30 12 11 Imigrante No Seculo Do Isolamento1 PDF
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IMIGRANTE
NO SCULO DO ISOLAMENTO / 1870 -1970
1 edio
So Leopoldo-RS
TRAO Produes Grficas Ltda.
2010
Ivan Seibel
IMIGRANTE
NO SCULO DO ISOLAMENTO / 1870 -1970
So Leopoldo-RS
2010
FICHA CATALOGRFICA
1.
2.
S457i
Seibel, Ivan
Imigrante no sculo de isolamento : 1870 - 1970
/ Ivan Seibel. So Leopoldo : EST/PPG, 2010.
350 f. : il. ; 30 cm.
Relatrio (Ps-Doutorado) Escola Superior em
Teologia. Programa de Ps-Graduao. PsDoutorado em Teologia. So Leopoldo, 2010.
Orientao: Prof. Dr. Wilhelm Wachholz.
1. Pomernios Esprito Santo. 2. Imigrantes
Esprito Santo. 3. Luteranos Esprito Santo. 4.
Pomernios Cultura Brasil Histria. 5.
Pomernios Religio. I. Wachholz, Wilhelm,
orient. II. Ttulo.
ISBN 978-85-62186-03-5
3.
CDD: 981.52
AGRADECIMENTOS
RESUMO
mostraram
que
os
protagonistas
deste
processo
de
europias. um
cidado
brasileiro com
um
grande
mas
que
precisa
descobrir
novos
caminhos
para
desenvolvimento.
Palavras-chave: 1. Pomernios Esprito Santo. 2. Imigrantes
Esprito Santo. 3. Luteranos Esprito Santo. 4. Pomernios
Cultura Brasil Histria. 5. Pomernios Religio.
seu
ABSTRACT
ZUSAMMENFASSUNG
Lebens
in
deutsch-brasilianischen
Kolonien
im
wirtschaftlicher
und
schulischer
Hinsicht.
Die
durchgefhrt,
darin
wurden
die
anfnglichen
Berichte
zeigen
ein
ziemlich
geschlossenes
Bevlkerung
whrend
des
vergangenen
LISTA DE ILUSTRAES
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
44
65
78
87
88
91
93
108
116
118
121
135
136
138
143
149
157
179
182
186
11
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
12
187
189
190
193
195
196
199
200
219
223
246
247
266
267
268
269
270
281
282
297
305
314
315
318
332
333
336
357
358
361
368
396
404
408
486
537
540
547
549
554
13
LISTA DE TABELAS
39
41
42
43
45
46
Populao da Pomernia .
63
Descendentes germnicos ..
191
192
14
SUMRIO
1.1
2.1
2.2
2.3
2.4
2.5
Prefcio....................................................................
19
APRESENTAO ...................
22
25
48
56
66
69
70
3.7
104
113
4.1
4.2
4.3
4.4
117
120
124
128
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
3.6
74
77
81
86
96
15
4.5
4.6
4.7
4.8
4.9
4.10
4.11
4.12
4.13
4.14
4.15
4.16
4.17
4.18
4.19
4.20
4.21
4.22
4.23
4.24
4.25
5.1
5.2
5.3
5.4
5.5
5.6
5.7
5.8
5.9
5.10
5.11
5.12
5.13
16
133
140
148
151
155
160
165
167
173
179
184
188
191
194
198
205
211
213
218
223
227
232
239
244
248
252
254
256
258
262
264
271
275
277
6.8
6.9
7.1
7.2
7.3
7.4
7.5
7.6
7.7
7.8
7.9
7.10
7.11
7.12
7.13
7.14
7.15
313
317
322
329
337
342
355
362
367
375
378
379
382
384
386
8.1
8.2
8.3
8.4
8.5
8.6
8.7
391
392
394
396
398
402
404
6.1
6.2
6.3
6.4
6.5
6.6
6.7
281
283
288
291
294
300
304
306
309
17
8.8
8.9
8.10
8.11
9.1
9.2
9.3
9.4
9.5
9.6
9.7
9.8
9.9
18
406
409
411
415
421
425
436
442
449
455
460
461
464
469
CONCLUSOES E PERSPECTIVAS
FUTURAS.
476
REFERNCIAS.........................................................
489
499
502
507
534
PRIVILGIO
O telefone tocou e do outro lado, a ligao tinha origem na
cidade gacha de Venncio Aires e a voz era do mdico Ivan Seibel,
um capixaba que, ainda criana, na dcada 1960, deixou a
comunidade de Serra Pelada, Afonso Claudio, para ir busca do
seu futuro. Ivan um amigo dos tempos da modernidade, nos
conhecemos por meio da internet e estamos no mesmo caminho e
na mesma estrada, na rota dos nossos antepassados. Temos a
mesma mania: Historia de gente. Ivan me fez um pedido: queria que
eu desse uma lida e um parecer sobre o extenso, complexo e
profundo material que acabara de escrever para atender ao seu
compromisso com o Curso de Ps-doutorado em Histria, nas
Faculdades EST de So Leopoldo. De pronto aceitei e assumi o
compromisso. Naquela noite a internet me trouxe uma imensido de
pginas, com registros sobre a trajetria da vinda e da vida dos
pomernios ao Esprito Santo. Nos registros uma dose inebriante de
quem ao escrever nos passa uma sensao e um sentimento de
prazer e orgulho por estar registrando a sua prpria Histria. Uma
alegria por saber estar contribuindo com a perpetuao da fora,
coragem e determinao de um povo, que o seu povo, que h
centenas de anos no tem tido paz por querer seguir vivendo.
19
terminar.
Um
conjunto
de
50
entrevistas
com
113
de
dados
informaes
histricas,
geogrficas
21
APRESENTAO
Apesar do termo pomerano presumivelmente ser mais usual, o autor, com respaldo gramatical
no dicionrio portugus, adotou a denominao pomernio: Substantivo masculino e Adjetivo;
Separao das slabas de pomernio: po-me-r-ni-o; Plural de pomernio: pomernios.
22
Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) um conceito desenvolvido inicialmente pelo
antroplogo Edward Burnett Tylor para designar o todo complexo metabiolgico criado pelo
homem. So prticas e aes sociais que seguem um padro determinado no espao. Refere-se
a crenas, comportamentos, valores, instituies, regras morais que permeiam e identificam uma
sociedade. Explica e d sentido cosmologia social; a identidade prpria de um grupo humano
em um territrio e num determinado perodo. Cf.: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
3
Povo dentro do conceito de um conjunto de indivduos que, em regra falam a mesma lngua,
tem costumes e hbitos idnticos, juma histria e tradies comuns.
4
Modelo de sistematizao sugerido pelo autor, para uma melhor compreenso do processo
de coleta de dados e sua posterior reproduo em texto.
23
24
5
6
25
10
Johann Jakob von Tschudi , Gustav Giemsa & Ernst Nauck ., Ernst
11
12
13
17
15
16
26
alemo.
18
19
20
27
inicial muito
penoso,
tambm, aqui
mesmo muito
23
24
25
Cf. quadragsima entrevista realizada com M.B. na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada com H.C.F.B. na cidade de Santa Maria, no dia
26/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseado em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
SCHMAHL, H. Verpflanzt, aber nicht entwurzelt: Die Auswanderung aus HessenDarmstadt (Provinz Rheinhessen) nach Wisconsin im 19 Jahrhundert. Frankfurt am Main:
Peter Lang, 2000
Em uma comparao aos imigrantes hessenianos imigrados no estado de Visconsin, nos
Estados Unidos da Amrica e descrito por SCHMAHL, H. Na sua tese Verpflanzt, aber nicht
entwurzelt: Die Auswanderung aus Hessen-Darmstadt (Provinz Rheinhessen) nach
Wisconsin im 19 Jahrhundert. Frankfurt am Main: Peter Lang, 2000
28
suas
prprias
fileiras,
no
poucas
vezes,
convocaram
28
28
29
Cf. quadragsima entrevista realizada com M.B. na cidade de Santa Maria, no dia 01 08 08.
Anotaes feitas pelo autor baseado em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf. Primeira entrevista realizada com J.G.V. na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
Cf. Primeira entrevista realizada com J.G.V. na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
29
dispunham .
Rapidamente, talvez at em funo da grande capacidade
de adaptao, prpria deste grupo populacional, a maioria
conseguiu ambientar-se bem no novo pas. A inteligncia prtica
32
florescimento
de
empreendimentos
comerciais,
33
30
Anotaes feitas pelo autor baseado em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf quadragsima entrevista realizada com M.B., no dia 01 08 08. O relato mais ilustrativo
refere-se organizao criada no assentamento de Belm, presumivelmente estabelecido na
segunda metade da dcada de cinqenta.
32
Como exemplo podem ser citados alguns nomes como Jacob Seibel, de Rio Farinhas e
Guilherme Seibel, de Laranja da Terra, pelo seu trabalho como desbravadores, educadores e
liderana.
33
Em uma referencia a Casa Verflout, que comeou na localidade de Luxemburg e porteriormente
expandiu-se para a sede da Colnia de Santa Leopoldina.
31
30
34
Cf. Dcima entrevista realizada com P.H.B. na cidade de Santa Maria, no dia 23/07/08
Cf. Segunda entrevista realizada com T.K. na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
Cf. Dcima oitava entrevista realizada com A.L. na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
37
FACHIN, Patrcia. Bons soldados e excelentes agricultores. IHUON-LINE. Revista do Instituto
Humanitas Unisinos. Edio 271. Pgina 8. 01/09/08. So Leopoldo.
38
Loraine Slomp Giron professora, historiadora, pesquisadora e escritora brasileira. Natural de
Caxias do Sul, docente da UCS e coordena o grupo de pesquisa Cultura e Comunicao.
35
36
31
so
32
39 40 41 42
expansionista
procurava
pontos
estratgicos
para
BAHIA, Joana. Prticas Mgicas entre as Pomeranas. Porto Alegre: Cincias Sociais e
Religio, ano 2, n.2.p.153-176, st. 2000.
CARVALHO, Regina Mees. Santa Maria de Jetib Uma Com unidade Teuto-Capixaba.
Dissertao de Mestrado da Professora, apresentada ao Departamento de Histria, da
Faculdade de Filosofia, Letras e Cincias Humanas da Universidade de So Paulo, no ano de
1978. Uma obra, infelizmente muito pouco divulgada porm muito rica em informaes e que
descreve, especialmente a vida do pomernio nos anos de 1970.
41
RLKE, Helmar Reinhard. Descobrindo Razes Aspectos Geogrficos, Histricos e Culturais
da Pomernea. Vitria: UFES. Secretaria de Produo e Difuso Cultural, 1996.
42
ROCHA, Levy. Viajantes estrangeiros no Esprito Santo. Braslia: Editora de Braslia, 1971.
40
43
Por se tratar de uma regio muito plana e sem quaisquer obstculos naturais, esta condio
sempre foi ideal para a passagem de exrcitos e ao longo de toda a sua historia trouxe
invases de tropas dos mais variados paises.
33
34
47
45
46
47
Cf. trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. Segunda entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
Informao colhida pelo pesquisador na cidade de Hamm am Rhein, Alemanha, por ocasio do
levantamento de dados para a preparao do livro Imigrante, a duras penas.
35
48
49
50
51
52
Informao colhida pelo pesquisador na cidade de Hamm am Rhein, Alemanha, por ocasio do
levantamento de dados para a preparao do livro Imigrante, a duras penas.
Cf. quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Stima entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08
Em todas as entrevistas se identificou os elementos relacionados a vida restrita na pequena
propriedade rural.
Nos dias atuais permanece apenas a pequena igreja construda h quase cento e cinqenta
anos. A casa paroquial h muito deixou de existir. (Anotaes feitas pelo autor baseadas em
informaes repassadas pelos seus prprios familiares, sobre a vivncia destes nas
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo).
36
seu
trabalho
de
assistncia
espiritual
aos
membros
da
53
papel
aglutinador
da
populao
54
germnica ,
os
57 58
53
Todas as sedes paroquiais antigas localizavam-se na rea rural. O Pfarrerland, isto , as terras
da Comunidade deveriam servir de retaguarda para o necessrio subsdio alimentar do pastor
e da sua famlia.
54
Os Turnervereine (Sociedade Ginstica) e os Schtzenvereine (Sociedade de Tiro e Caa),
aglutinadores dos imigrantes teutos, eram conhecidos em todas as regies de colonizao dos
estados do sul do Brasil.
55
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
56
Estes so costumes que em muitas localidades persistem at a atualidade. As longos distncias
at a igreja precisam ser percorridos em caminhadas, a cavalo, em charette, de bicicleta ou
veculo auto motor. Com isto muitos chegam bem antes do inicio dos ofcios religiosos. Este
importante encontro social se constituia em uma boa oportunidade para troca de informaes,
fechamento de nogocios e estabelecimento de novas amizades. (Anotaes feitas pelo autor
baseadas na prpria vivncia e tambm em informaes repassadas pelos seus familiares,
sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo).
57
Pelo costume popular o som da concertina animava as tardes de domingos e as festas nas
casas de muitos agricultores. O costume persiste at mesmo depois da chegada da
eletrificao rural.
58
Anotaes feitas pelo autor baseadas na prpria vivncia e tambm em informaes
repassadas pelos seus familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do
Estado de Esprito Santo
37
60
62
59
38
ptria .
Pelo planejamento inicial cerca de vinte a trinta pessoas
com idade superior a setenta e cinco deveriam ter participado do
presente estudo no Estado de Esprito Santo. Seriam indicados
pelas suas respectivas comunidades e deveriam dispor de uma boa
bagagem de informaes sobre a histria dos imigrantes capixabas
e deveriam conseguir expressar-se de forma lgica e coerente e que
espontaneamente tivessem concordado em documentar e divulgar
64
63
64
Entrevistados
Escolaridade mnima
25
Instruo bsica
15
Total de entrevistados
50
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Mediante a assinatura do Consentimento Livre e Informado (Anexo I) aprovado pela Comisso
de tica em Pesquisa das Faculdades EST.
39
66
66
40
Entrevist
ados
Teuto-brasileiros
41
talo-brasileiros
Luso-brasileiros
Outros
Total de entrevistados
50
fornecidas,
entretanto,
poucos
assinaram
Presidente da Parquia Luterana de Serra Pelada durante 35 anos, Loureno Seibel sempre
teve uma ativa participao nas atividades das Igrejas Luterana em todo o estado do Esprito e
tambm na Diretoria da Fundao Diacnica Luterana.
41
Entrevistados
Assinaram o consentimento
16
24
No Alfabetizados. Consentimento
testemunha
Entrevistas no concludas
com
8
2
Total de entrevistados
50
jornalistas,
professores,
secretrios
de
educao
terminou-se
incluindo
informaes
obtidas
nos
42
Entrevistados
30 a 40 anos
40 a 50 anos
50 a 60 anos
12
60 a 70 anos
70 a 80 anos
13
80 a 90 anos
14
Total de entrevistados
50
43
Entrevistados
Rural
26
Urbano
24
Total de entrevistados
50
45
Entrevistados
Masculino
38
Feminino
12
Total de entrevistados
50
que
os
teuto-brasileiros
capixabas,
partir
de
imagens
47
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
48
69
70
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
49
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
50
72
73
74 75 76
72
73
74
75
76
51
por tantos lagos. Pois o estreito vnculo com o mar, com seus lagos
e com a natureza sempre foi uma das marcas desta populao da
77
antiga Pomernea .
Dentro desta percepo poderia tentar caracterizar os
possveis primeiros habitantes daquelas terras, na poca, ainda
cobertas de densas florestas. Poderia identificar um grupo
populacional com traos culturais j prprios. Poderia conhecer um
pouco mais daquele grupo populacional que deu origem etnia por
ser estudada.
Tambm aqui poderia averiguar se todos os indivduos
deste grupo populacional se enquadram dentro de determinadas
78
da
outra,
portanto,
tambm
caracteriza
um
grupo
Com
P Morju, palavra sorbica, que traduzido significa, habitantes junto ao mar. Em Fachin Patrcia.
Bons soldados e excelentes agricultores. IHUON-LINE. Revista do Instituto Humanitas
Unisinos. Edio 271. Pgina 5. 01/09/08. So Leopoldo.
78
FOETSCH, Alcimara Aparecida. Refletindo sobre as identidades culturais, a raa e a
etnicidade. Parte adaptada do Segundo Captulo da dissertao de Mestrado. Revista Espao
Acadmico Nr. 69 fevereiro/2007 Mensal Ano VI. Ri Disponvel em:
http:///www.espacoacademico.com.br/-69/69foetsch.htm. Acesso em 12/03/08. p. 1.
52
79
processo de formao de
79
80
Ibidem, p. 2.
Ibidem, p. 1.
53
81
grupos indo-germnicos .
A influncia germnica se tornou marcante, em primeiro
lugar, com o processo de cristianizao empreendida por Otto de
84
foram
criadas
vilas
com
85
81
82
83
84
85
54
religiosas ou confessionais .
As manifestaes culturais dos pomernios, alm da
88
91
86
55
92
56
dcadas .
Nesta poca, esta regio, em boa parte, ainda estava
coberta por extensas florestas habitadas por diversos grupos de
eslavos. Em torno do ano 1000, surge o primeiro Ducado na parte
ocidental da Pomernea e que parece ter sido responsvel pela
fortificao das cidades de Cammin e Stettin. Foi esta dinastia de
duques pomernios, tambm conhecida como dinastia dos grifos
(Greifen), que deu uma autonomia, mesmo que durante perodos
transitrios para esta regio at o desaparecimento do seu ltimo
95
94
95
FACHIM, op. Cit. As mais variadas fontes histricas da Pomernea fazem referencia a
Pommern como Terra junto ao Mar e Pomeranen como sendo um povo eslavo ocidental ou
tambm o povo junto ao mar.
Greifen.
Disponvel em: http://de.wikipedia.org/wiki/Greifen. Aus Wikipdia, der freien
Enzyklopdie. Acesso em: 01 mai. 2010.
Geschichte Pommers. Disponvel em: http://de.wikipedia.org/wiki/Geschichte_Pommerns.
Aus Wikipdia, der freien Enzyklopdie. Acesso em: 01 mai. 2010.
57
poder .
O assentamento, no sculo XIII, de uma populao urbana
proveniente de diversos estados germnicos que, sculos mais
tarde, vieram a constituir o que hoje conhecemos como a Alemanha,
efetivamente iniciou o deslocamento de agricultores teutos para esta
rea, na poca ainda ocupada essencialmente por eslavos. Apesar
deste lento e gradativo aumento da populao de origem germnica,
no h relatos de hostilizao da populao eslava. Na verdade,
medida que foi se definindo uma nova supremacia, a partir desta
migrao proveniente do oeste germnico, tambm passou a
ocorrer uma gradativa miscigenao com a populao eslava nativa.
No
somente
denominaes
nomes
de
trazidos
lugares
do
ocidente
cidades
eslavas
como
tambm
foram
sendo
eslavas foram
sendo germanizadas
58
pelas
97
100
lgico que, com isto a influncia germnica passou a ser cada vez
mais
forte.
Isto
gerou
desavenas
entre
os
diferentes
101
. Mesmo
um
perodo
de
florescimento
econmico,
97
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
100
A Liga Hansetica (em alemo, die Hanse, sendo que An Hanse significava
aproximadamente associao) foi uma aliana de cidades mercantis que estabeleceu e
manteve um monoplio comercial sobre quase todo norte da Europa e Bltico, em fins da
Idade Mdia e comeo da Idade Moderna (entre os sculos XIII e XVII). De incio com carter
essencialmente econmico, desdobrou-se posteriormente numa aliana poltica.
101
Die Geschichte der Region - Pommern. Disponvel em:
http.www.deutschlandundeuropa.de/33_96/dueur.htm. Acesso em: 02 mai. 2008.
98
99
59
102
103
104
105
106
102
Ibidem.
Ibidem.
Regies com administrao prpria, porm subordinadas a outros governantes.
105
Die Geschichte der Region - Pommern. Disponvel em:
http.www.deutschlandundeuropa.de/33_96/dueur.htm. Acesso em: 02 mai. 2008.
106
Ibidem.
107
Ibidem.
103
104
60
108
109
110
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
61
111
do
112
relacionamento
relativamente
estreito
da
113
De um lado passaram a
Ibidem.
Ibidem.
KROCKOW C. G. v.: Die Reise nach Pommern. Bericht aus einem verschwiegenen Land.
Deutsche Verlags-Anstalt, 1985, p. 200-2006.
62
114
26.500 habitantes
Senso de 1748
310.000 habitantes
Assentamento de imigrantes
alemes 1740-1786
26.500 habitantes
Senso de 1800
480.000 habitantes
Senso de 1810
529.000 habitantes
Senso de 1816
683.000 habitantes
Senso de 1843
1.106.000 habitantes
Senso de 1875
1.462.000 habitantes
Senso de 1900
1.635.000 habitantes
Senso de 1925
1.879.000 habitantes
114
115
63
Senso de 1939
2.394.000 habitantes
2.000.000 habitantes
tambm
teve
forte
influncia
no
crescente
agricultura,
pois,
precisava-se
de
mquinas
para
consumo
117
118
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
64
119
Ibidem.
65
120
121
122
123
O culto
124
120
66
126
125
XII?
128
129
manifestaes
inexplicveis,
como
do
Spauk
125
67
130
ou de crendices
131
132
. Estas esto
133
. Ou mesmo a preservao de
134
135
136
um
130
137
68
2.4 A Cristianizao
138
. Neste
139
. Na cristianizao da
140
mstico
ainda
hoje
remanescente
entre
os
141
, a transio do
69
142
Reforma na Pomernea
do
domnio
da
nobreza.
Isto
porque
todas
as
144
Ibidem.
KROCKOW, op. cit.
Geschichte Pommers. Disponvel em: http://de.wikipedia.org/wiki/Geschichte_Pommerns.
Aus Wikipdia, der freien Enzyklopdie. Acesso em 01 mai. 2010, p. 6.
70
145
nos altares das igrejas. A sua tiragem teria sido de mil volumes dos
quais cerca de vinte exemplares puderam ser conservados at os
dias de hoje. Esta edio em lngua pomerana continha noventa
riqussimas figuras do mundo bblico ilustradas a cores.
146
147
71
148
149
150
escreveu, a
148
149
150
151
72
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
Ibidem.
Pomernea,
gradativamente
transformou
uma
diviso
152
152
73
153
154
154
74
155
da
Colnia
de
Rio
Novo
157
156
. Da mesma forma a
constituiu-se
em
um
155
Informacao nao comprovada, porm colhido durante a primeira entrevista realizada na cidade
de Domingos Martins, no dia 19/07/ 08
JONES, Judith McNight Jones. O Soldado Descansa. Informao colhida de familiar de
imigrante americano no Esprito Santo. 2009. Calcula-se que cerca de 9.000 sulistas chegaram
ao Brasil depois da Guerra de Secesso nos Estados Unidos a partir de 1865. Passaram a ser
conhecidos como os Confederados. A grande maioria fixou-se em Americana e Santa
Brbara do Oeste no estado de So Paulo. Entretanto, uma tentativa de assentamento
Americano tambm aconteceu no ES, perto de Linhares/Lagoa Juparan.
157
Terese von Beyern. Meine Reise in den Brasilianischen Tropen. Berlin. Dietrich Reimer,
1897, p 30.
156
75
158
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
76
caboclo
159
160
161
162
159
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Outro exemplo muito elucidadivo encontramos em um dos personagens de muito elucidadivo
encontramos em um dos personagens de Graa Aranha. Cana. Ediouro Publicaes Ltda.
Bonsucesso Rio de Janeiro. 2002.
161
ARANHA, Graa. Cana. Ediouro Publicaes Ltda. Bonsucesso Rio de Janeiro. 2002
Cenrios Muito bem descritos neste romance.
162
Meu Municpio: Conhecendo o Municpio. Construindo mais cidadania. Santa Leopoldina ES.
1999-2000
160
77
163
163
164
78
164
comprovao
desta
informao,
entretanto,
alguns
80
169
170
171
168
81
172
Unidos
da
Amrica,
para
posteriormente
serem
172
Constitui-se em exemplo bem concreto a forma como foi efetuado o transporte martimo dos
familiares do autor. O embarque em Anturpia com destino Amrica para depois serem
redirecionados para o Brasil.
173
Cf. Stima entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
82
175
indesejveis
os
mais
pobres
dos
pobres
176
177
174
83
tempo,
indesejveis
178
de
todos
os
arruaceiros
politicamente
179
180
, alm de toda a
178
181
. Isto tambm
84
eles
impostas
182
Portanto,
tinham
dificuldades
para
se
183
184
182
Obtido em 06/01/08 sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito
Santo. Aqui na colnia, como que continuando este sistema de explorao dos antigos
latifundirios de fala alem da Pomernea, muitos viam nos administradores de fala
portuguesa o continusmo de um sistema do qual queriam tando fugir.
183
Cf. Dcima quinta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
184
Cf. Dcima quinta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
85
185
. J a Colnia
186
187
. A quase absoluta
SEIDE, Frederico Herdmann. Colonizao alem no Esprito Santo. Texto indito produzido
em 1980, por encomenda de Fernando Achiam para a Enciclopdia Histrica Contempornea
de Esprito Santo, no editado. Texto nos arquivos do pesquisador. Disponvel em
http://www.estacaocapixaba.com.br/textos/imigracao/seide/alemaes.html. Acesso em 06 jan.
2008.
186
Terese von Beyern. Meine Reise in den Brasilianischen Tropen. Berlin. Dietrich Reimer,
1897.
187
SEIDE, op. Cit.
86
que,
em
muito,
comprometeram
posterior
188
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
87
189
190
88
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima primeira entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 23/0/08
191
192
de
restante
da
193
89
195
196
194
197
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas por outros moradores mais
antigos e no incluidos entre os entrevistados..
196
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
197
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
195
90
198
. Com isto,
198
91
200
201
202
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terraa, no dia 28/07/08.
Frequentemente dois ou trs irmos de uma mesma famlia tomavam seus pares entre irmos
de outra famlia irgualmente munerosa.
201
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
202
O exemplo mais significativo foi relatado na Cf. quadragsima sexta entrevista realizada na
cidade de Vitria, no dia 02/08/08, no relato das estrututao da Colnia de Belm. As
diferentes funes de apoio, como pastor-colono, mdico da floresta (Walddokor), etc, eram
indicados. Estes, por seu lado assumiam de forma plena as suas funes.
200
92
203
204
204
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terraa, no dia 28/07/08.
Meu Municpio: Conhecendo o Municpio. Construindo mais cidadania. Santa Leopoldina
ES. 1999-2000.
93
205
206
de
Santa
Leopoldina
207
choque
entre
as
205
208
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Episodio no comprovado, porm relatado por alguns moradores mais antigos da colnia.
Cf. Dcima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
208
Cf. Dcima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
206
207
94
210
de reas j
211
209
Cf. Dcima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
210
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
211
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
210
95
brasileira
212
213
Pelos relatos de habitantes mais antigos se identifica este verdadeiro abandono em que a
populao de encontrava. No havia qualquer preocupao com assistncia social, assistncia
mdica ou at mesmo com a adaptao s novas condies de trabalho na agricultura. A
expresso foram largados no mato denota a mais grave situao de abandono desta
populao trazida para esta selva capixaba.
213
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
96
214
215
216
214
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
216
Na prtica exemplificada pelo maior fluxo de imigrantes pomernios e depois de italianos
chegados em Esprito Santo e nos estados do sul do Brasil.
215
97
217
. A eles foram
218
219
220
221
217
222
Dados disponveis no Arquivo Publico de Esprito Santo e tambm divulgados pelo Museu do
Imigrante de Santa Leopoldina.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas por outros moradores mais
antigos e no incluidos entre os entrevistados.
219
No h documentao comprovando estes dados. Entretanto, diversas fontes orais confirmam
estes relatos.
220
No h documentao comprovando estes dados. Entretanto, diversas fontes orais confirmam
estes relatos.
221
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas por familiares e por outros
moradores mais antigos e no incluidos entre os entrevistados. Nos anos de 1960 ainda
contavam historias dos ndios. Entretanto, dizia-se que estes haviam se mudado para o norte
do Rio Doce j antes dos anos da sua infncia.
222
Uma referencia aos milhares de imigrantes de Hessen Darmstadt que seguiram para
Visconsin. (SCHMAHL, H. Verpflanzt, aber nicht entwurzelt: Die Auswanderung aus Hessen218
98
germnico
no
estabelecimento
de
uma
regular
223
224
225
226
227
99
230
informaes
sobre
aspectos
culturais
relacionados
aos
231 232
. Era desta
100
233
101
235
237
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf. trigsima sexta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
237
Expresso popular.
236
102
dos
desmatamentos
nos
aglomerados
urbanos
238
239
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Uma situao que praticamente se manteve at a segunda metade do sculo vinte, quando
muitos passaram a atuar na conservao manual das estradas (eram conhecidos como
garimpeiros). Outros gradativamente migraram para centros urbanos onde foram assumindo
funes vinculadas ao servio pblico.
239
Expresso popular muito usada entre os habitantes mais antigos.
103
240 241
242
. Aqui no se
240
104
aprendida e assimilada
243
244
245
. A canjica de
246
243
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas por outros moradores mais
antigos e no incluidos entre os entrevistados. Relatos dos moradores mais antigos referem-se
a esta comida dos ndios e que aprenderam a utilizar.
244
Cf. Terceira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 20/07/08
245
A grande diferena entre a fauna e flora europia e a brasileiro precisou ser identificada, para
que pudesse ser melhor aproveitada pelos assentados.
246
Cf. Terceira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 20/07/08
247
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
105
106
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/ 07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
256
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
254
255
107
257
257
258
258
108
da
flora
aqui
existente.
medida
que
259
260
261
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Nona entrevista realizada com A.B. na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
Cf. Stima entrevista realizada com O.E. na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
109
264
. Alm
262
263
264
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
110
ser mais bem aceita como substituto da farinha de trigo que tinha
sido utilizada na Europa
265
266
. O caf,
267
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas por outros moradores mais
antigos e no incluidos entre os entrevistados.
267
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas por outros moradores mais
antigos e no incluidos entre os entrevistados.
268
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
266
111
269
270
. A batata inglesa
271
. Depois
269
Disponvel em:
http://www.esev.ipv.pt/patrimonio/Descricao.ASP?CodEscola=334&CodElemento=246. Acesso
em: 10 mai. 2010.
270
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
271
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
112
passaram
acontecer,
como
entre
holandeses,
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Quadragsima entrevista realizada. na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
113
274
274
uma constatao que facilmente pode ser comprovada at os dias atuais por qualquer
visitante que v conversar com os habitantes das localidades mais retiradas.
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
276
Cf. Sexta entrevista realizada cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/ 07/08
277
Cf. Trigsima segunda entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
275
114
281
282
278
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Quadragsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares
281
Niederdeutsches Bibelzentrum St.Jrgen im Barth eine Begegnungssttte. Disponvel
em: http://www.bibelzentrum-barth.de/barther_bibel.html. Acesso em 06 jun. 2008. H apenas
cerca de vinte exemplares, ainda conservados em alguns museus na Alemanha.
282
Ibidem.
279
280
115
283
116
as
terras
anteriormente
habitadas
pelos
ndios
284
284
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
117
vnetos
285
285
118
Treze
filhos
na
poca
era
uma
grande
famlia.
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
Cf. Nona entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08
Cf. Segunda entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
289
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
287
288
119
290
. Como
290
291
291
. Ainda outros,
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Observao feita pelo autor. A casa de comrcio construda nas proximidades da igreja de
Luxemburg, na qual nos dias atuais ainda vivem descendentes destes pioneiros ainda
impressiona pela preservao e pela sua beleza arquitetnica.
120
292
293
. Na verdade,
292
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Em uma referencia ao pioneiro Jacob Seibel.
293
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
121
294
no
seu
trabalho,
logo
se
transformou
em
um
295
297
296
294
122
298
299
. Inicialmente como um
300
298
Cf. Museu do Imigrante de Santa Leopoldina. Entre os anos de 1857 e 1873 chegaram 2.142
imigrantes dos quais a maioria era constituda de pomernios, passando a ser maioria entre os
assentados
299
Tendo-se sobressado especialmente na colonizao de Laranja da Terra.
300
GROTTKE, G. Aus der Geschichte einer lutherischen Gemeinde in Esprito Santo: Laranja
da Terra. So Leopoldo: Rotermund, 1955.
123
301
302
303
. A
Anotaes feitas pelo autor. Praticamente todas as entrevistas trazem dados muito vagos
sobre os primeiros anos nas novas colnias. Isto demonstra a grande dificuldade havida no
repasse das informaes orais destes pioneiros.
302
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Isto em parte pode ser atribudo ao empobrecimento cultural e tambm ao costume de se
desfazerem de todos os documentos de familiares falecidos.
303
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
124
da Pomernea
304
. Ao chegarem aqui,
306
304
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
306
Em uma referncia ao contraste entre as plancies da Pomernia e as selvas montanhosas de
Esprito Santo.
305
125
sido
Leibeichene,
ou
seja,
servos.
Aqui,
com
307
da Mata Fria de
308
sua
propriedade
309
por
esta
representar
um
bem
que
307
rapidamente
se
transformaram
no
grupo
mais
Expresso popular que designa lugares situados grande distncia e beira de precipcios.
Todos os primeiros padres e pastores tinham vida da Europa, especialmente depois da
constatao de von Tchudi, do grande abandono espiritual em que os primeiros imigrantes se
encontravam.
309
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
308
126
310
311
311
Um dado que certamente contribuiu para a rpida e gradativa pomerizao de toda a colnia
de Santa Leopoldina
Novo mundo, novas terras, novos hbitos. Tudo tiveram que aprender.
127
fatores
que
contriburam
para
este
isolamento
dos
128
315
316
315
129
320
. Na verdade
318
319
320
Cf. Dcima quarta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
Cf. Dcima quarta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
As poucas notcias provenientes da Europa eram repassadas pelos pastores, padres ou alguns
professores que conseguiam manter algum contato com alguns familiares da velha ptria. Os
pastores, apesar de permanecerem apenas por tempo limitado no Brasil, em funo da prpria
barreira represenada pelo idioma alemo, pouca informao repassavam aos pomernios. At
porque, estes pouco entendiam do alemo alto. Alem disto, os alemes desprezavam o falar
pomernio por considerarem-no uma lngua sem valor. Com isto persistia a eterna dificuldade
de comunicao, at mesmo dentro das igrejas.
130
321
322
323
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Durante a vigncia da unio Igreja/Estado os casamentos eram validados pela igreja catlico
romana, papel depois da proclamao da Repblica assumido pelos Cartrios de Registro
Civil.
322
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
323
Uma referncia ao empobrecimento cultural observado em muitas famlias onde filhos de
pessoas com um bom conhecimento simplesmente se transformavam em verdadeiros
analfabetos dados colhidos na trigsima sexta entrevista realizada com F.K. na cidade de
Itarana, no dia 31/07/08.
131
Cf. trigsima segunda entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. Trigsima segunda entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
132
326
327
133
de
Igreja
da
Prssia.
Unio
Prussiana
329
? So IECLB
330
ou IELB
328
? So
331
332
. Ou
328
134
136
de
comunidades.
Nestas
Freigemeinden,
ou
333
334
335
336
337
entre
grande
grupo
de
teutos.
Muitas
vezes
333
137
comunidades prximas passavam a pertencer a correntes polticoreligiosas diferentes. Na localidade de Laranja da Terra chegaram a
existir duas igrejas, cada uma vinculada a uma destas entidades
Somente muitos anos mais tarde com a fundao da UPES
338
339
Cf. Dsima sexta entrevista realizada com I.T. na cidade de Sana Maria, no dia 24/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo. O
problema efetivamente comeou a ser solucionado com a criao da Unio Paroquial de
Esprito Santo - UPES, a qual reuniu todas as comunidades sob uma nica coordenao.
138
os chamados Urwaldpfarrer
342
um
comunidades
as
diferentes
343
340
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor. Expresso ainda muito ouvida no tempo da infncia do autor.
342
Cf. Trigsima stima entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
343
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
341
139
4.6
que chegaram
na provncia
de
Esprito Santo
344
345 346
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Nada foi efetivamente comprovado, entretanto as informaes que chegam aos dias de hoje
apontam as diferenas religiosas como tendo sido a causa desta tragdia.
345
Cf. Primeira entrevista realizada comna cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08. Relatos
orais do conta de que na localidade de Belm, j logo depois da criao deste assentamento,
tenha sido criada uma escola, na mesma casa que servia com o local dos ofcios religiosos.
346
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
140
348
. A
349
141
352
resultados muito
354
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
Cf. Terceira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 20/07/08
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
354
Muitas vezes se ouvia a expresso: No quero que meus filhos sejam to desinformados.
352
353
142
355
356
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Antepassados do autor.
143
de
colnias
(Kolonieschaul)
358
Estas
eram
escolas
359
. Na prtica, escolas de
357
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, bem como de vivncia pessoal do autor na poca da sua infncia.
359
WAGEMANN, Ernst. A colonizao alem no Esprito Santo. Os colonos alemes.
Disponvel
em:<ttp://www.estacaocapixaba.com.br/textos/imigracao/wagemann/capitulo_9.html>. Acesso
em: 17 fev. 2007, p. 3.
358
144
361
362
365
364
, mais tarde
Cf. Vigsima nona entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 29/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
362
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
363
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
364
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
365
Em uma referencia ao episodio do assassinato dos dois pastores.
361
145
367
366
367
146
368
primeiros
imigrantes
possuam
uma
escolaridade
371
372
368
147
374
. Por
375
Os relatos obtidos
376
Cf. Terceira entrevista realizada comna cidade de Domingos Martins, no dia 20/ 07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
375
Em uma referencia estrutura quase teocrtica das Comunidades Luteranas.
376
Apesar de nos dias atuais se ter uma grande dificuldade de contabilizar informaes precisas
sobre os primeiros anos da imigrao uma grande parte da informao oral confere com os
poucos textos escritos datados dos primrdios da imigrao capixaba.
374
148
aqui, depois de um
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares. Jacob Seibel, antepassado do autor, participava deste rduo trabalho de abertura de
estradas, tendo inclusive vindo a falecer em decorrncia de um acidente ocorrido durante esta
atividade.
149
1875
379
.
populao
de
imigrantes
ainda
vivia
380
150
382
Na
383
desenvolvimento
de
qualquer
sentimento
de
381
Cf. Dcima segunda entrevista realizada. na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
DERENZI, L.S. Os italianos no Estado de Esprito Santo. Arquivo Pblico do Estado de
Esprito Santo. Captulo X. Disponvel em Arquivo Pblico do Estado de Esprito Santo,
Biblioteca Digital.
383
Ibidem.
382
151
384
385
de
propriedades
como
inventrios
ou
mesmo
386
384
387
descendentes
dos
escravos
eram
considerados
152
388
389
. No s de fato
153
390
391
390
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares. Somente com a chegada da Republica em 1889 a separao da Igreja Catlico
Romana do Estado, esta situao foi efetivamente regularizada
391
Cf. trigsima quarta entrevista realizada com E.K. na cidade de Itarana, no dia 31/07/08. O
pomernio somente na segunda metade do sculo vinte passou a se interessar por poltica, e
mesmo assim, de forma muito acanhada.
154
392
393
155
de
desbravamento
da
nova
Colnia.
Apesar
da
395
394
396
156
397
. A alta natalidade,
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Costume local e que persistiu at a primeira metade do sculo vinte.
157
398
399
Esta nova disputa por estas propriedades nas chamadas Terras Quentes desencadeou a
abertura de uma nova frente de desmatamento, transps o Rio Doce e transformou-se em um
novo desafio. Este passou a ser a nica opo para dar seguimento sua opo de vida: Ter
sua prpria colnia, poder casar despreocupadamente e constituir sua famlia.
399
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Episdio registrado na famlia do pesquisador e repassado em forma de anedota de gerao
em gerao. Isto porque o pioneiro Jacob foi pai de nove filhos homens e seu visinho tinha
mais de meia dzia de filhas.
158
temperatura
chegava
aos
ou
at
graus.
400
401
400
401
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
159
402
costura
e,
quando
muito,
algumas
moedas
de
ouro,
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
160
403
404
405
406
407
. At porque, na falta de
403
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
405
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
406
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
407
Graa Aranha. CANA. Ediouro Publicaes Ltda. Bonsucesso Rio de Janeiro. 2002.
Cenrios Muito bem descritos neste romance.
404
161
medio e registro
arbitrrias
de
qualquer
propriedade
sempre
eram
408
pequenos
409
. O povoado de
410
408
162
411
Novamente
aqui
temos
dois
aspectos
serem
um
grande
desequilbrio
entre
os
poderes
412
412
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Exemplo muito bem descrito por Graa Aranha em sua obra CANA;
163
as
novas
colnias.
Com
criao
destes
novos
415
Este
processo
de
414
e Sana Maria, em
desmembramento
procedeu-se,
416
. Na
um
raciocnio
poltico
neste povo. Na
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
PORT, D. C.; PORT, I. Alto Santa Joana 100 Anos de Histria. Santa Maria de Jetib:
Grfica e Editora Follador Ltda, 2007.
415
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
416
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
414
164
417
. Com
isto passou a ser cada vez mais comum encontrar quem falasse
dois trs ou quatro idiomas ou dialetos diferentes, especialmente
entre aqueles vinculados ao comrcio ou ao transporte de
mercadorias. Por outro lado, com o micro-regionalismo criado pelo
prprio
distanciamento entre
as
diferentes
comunidades
ou
constitudo
procedncias
contribuiu
pelos
pomernios
definitivamente
para
os
de
este
outras
gradativo
417
165
regies
418
suecos,
poloneses,
dinamarqueses
419
418
420
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Em uma referncia ao passado em que a Pomernea foi dominado por estes deferentes paises
da Europa Central.
420
Um exemplo bem tpico foi a prolfica famlia do pioneiro Jacob Seibel, cujos filhos todos
casaram com pomeranas e a grande maioria dos seus descendentes terminou por assimilar a
lngua pomerana.
419
166
421
167
424
168
433
430
Cf. Dcima quarta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Cf. Oitava entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08
433
Vivencia pessoal do autor. So tambm Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes
repassadas pelos seus prprios familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do
interior do Estado de Esprito Santo.
431
432
169
434
435
436
Cf. Dcima quinta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07 08.
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
170
437
438
437
438
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
171
439
. Os meninos
440
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
441
Cf. trigsima quinta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
440
172
responsvel
pelos
resultados
financeiros
obtidos
pelos
Esta caracterstioca
442
. Este
442
FACHIN, Patrcia. H entre os pomernios uma tica de trabalho muito acentuada. IHUONLINE. Revista do Instituto Humanitas Unisinos. Edio 271, So Leopoldo, 1 set. 2008. p.
22.
173
443
filhos,
preservou
neles
caracterstica
de
eternos
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
174
aqui logo organizou sua vida no seu lote de terras e na sua pequena
comunidade. Seu contato com o mundo exterior, na rea financeira,
da compra e venda de mercadorias, ficou centrado no vendeiro, isto
, no pequeno comerciante e no campo espiritual, educacional e de
definio da conduta moral, no pastor ou no padre.
Mesmo j tendo transcorrido mais de quarenta anos desde o
incio da imigrao, a distribuio do trabalho nas propriedades
continuava sendo bem distinta. Assim, cabia s mulheres cuidar da
alimentao e do vesturio. Neste ltimo item inclui-se tanto a
lavao de roupas como a prpria confeco das mesmas. No
cuidado com os animais o servio mais leve como o trato das aves,
a ordenha das vacas continuava sendo executado pelas mulheres e
adolescentes, enquanto que os homens realizavam o trabalho mais
pesado como o cuidado com os cavalos, a construo e
manuteno dos estbulos, cercas, chiqueiros para os porcos e a
prpria alimentao destes animais. No dia a dia do trabalho na
lavoura, homens e mulheres costumavam trabalhar juntos. Os filhos
cresciam e passavam a sonhar com seu prprio imvel ao mesmo
tempo em que na casa paterna aprendiam os segredos dos
cuidados com a terra.
A rigidez na moral e nos costumes sempre se manteve,
quem sabe, como uma tentativa de preservar a prpria cultura de
origem. O relacionamento com pessoas de fora da colnia
continuava sendo proibido, quer pela prpria dificuldade de
comunicao quer pela desconfiana gerada com as espordicas
convivncias com pessoas da populao nativa
444
444
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
175
445
446
As
447
.
Com o passar dos anos, mesmo que nunca tivessem
445
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
447
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
446
176
448
449
, isto , gente
tornado o meio de comunicao habitual em toda a colnia. Falavase portugus por ser a lngua do relacionamento com os rgos do
governo. Falava-se ainda no seio da famlia, o idioma ou dialeto de
origem europia, como o holands, o belga ou o tirols
450
448
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Expresso usada entre os pomernios para se referirem aos descendentes de imigrantes
teutos em Esprito Santo.
450
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
449
177
Domingos
Martins,
alguns
agricultores,
especialmente
na
451
Com a
452
. O milho
452
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
178
453
453
454
454
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
180
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
458
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
456
457
181
182
tambm
aqui
que
vendiam
os
excedentes
da
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
183
462
463
ou
464
465
466
At
467
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
Anotaes feitas pelo autor baseadas na prpria vivncia e tambm em informaes
repassadas pelos seus familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do
Estado de Esprito Santo.
464
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
465
Informao colhida no Museu do Imigrante na cidade de Santa Leopoldina.
466
Denominao ainda utilizada em grande parte dos lugares da Colnia, especialmente Afonso
Cludio, como sinnimo de agricultor, trabalhador rural ou colono.
467
Informao colhida no Museu do Imigrante na cidade de Santa Leopoldina.
463
184
468
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
185
469
470
. Uma ou outra
469
470
De anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
186
modificaes,
especialmente
pela
substituio
da
471
sempre
preservaram
policultura
de
subsistncia.
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
188
189
472
472
190
Populao
Santa Leopoldina
900
Santa Maria
2.200
Campinho
1.900
Jequitib
2.700
Califrinia
1.900
Santa Joana
1.300
Santa Cruz
300
300
Populao total
11.500
Nos
primeiro
anos
da
colonizao,
cada
imigrante
473
. Alguns
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo. A
expresso ai Kunie, ou seja, uma colnia era muito usada pelos antigos e referia-se a uma
propriedade padro que costumava ser adquirida pelos pioneiros. Esta expresso continuou
sendo utilizada no meio rural capixaba at a segunda metade do sculo vinte e se refere a uma
colnia de terras, ou seja, um imvel com algo em torno de vinte a trinta hectares.
191
474
. A
475
476
Total em hectares
Caf
Pastagens
16
O prprio exemplo de Jacob Seibel vem a ser muito ilustrativo, pois j pelo censo de 1886 era
proprietrio de nada menos que seis colnias.
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Estes dados costumavam ser aproximados. Porm a preservao de reas com mata nativa
costumava ocorrer em todas as propriedades.
476
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
475
192
477
478
477 478
193
engenhos
para
beneficiamento
de
milho,
479
479
480
480
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
194
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
195
prticas a ela
483
483
196
484
485
486
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
Censo de Esprito Santo.
SEIDE, Frederico Herdmann. Colonizao alem no Esprito Santo. Texto indito produzido
em 1980, por encomenda de Fernando Achiam para a Enciclopdia Histrica Contempornea
de Esprito Santo, no editado. Disponvel em:
http://www.estacaocapixaba.com.br/textos/imigracao/seide/alemaes.html. Acesso em 22 jan.
2004, p. 12.
197
populao teve um
indivduos
487
487
488
489
489
Ibidem.
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
198
199
200
passaram
cinquenta anos
490
491
201
495
202
496
, entretanto, a insatisfao e o
497
populacional
com
que
se
deparavam
nos
498
203
499
204
500
500
Na presente obra est sendo utilizada a terminologia Igreja Luterana na referncia s duas
correntes germnicas, isto , o grupo auto denominado de Gotteskastes (Caixa de Deus) e
um segundo grupo vinculado ao Snodo Brasil Central. Estes dois grupos na dcada de 1960
se fundiram constituindo a UPES Unio Paroquial de Esprito Santo a qual, por seu lado, nos
anos seguintes terminou sendo integrada IECLB Igreja Evanglica de Confisso Luterana
no Brasil. A Igreja Missri no Esprito Santo, por outro lado, inicialmente vinculado ao
movimento missionrio do estado norte-americano de mesmo nome, mais tarde foi integrada a
uma nova estrutura de abrangncia nacional, a IELB Igreja Evanglica Luterana do Brasil.
205
congregacional,
chegou
existir
nos
primrdios
da
503
501
502
503
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Dcima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 23/07/08
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
206
504
207
505
para
505
208
das
comunidades
livres,
tambm
chamadas
de
507
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Cf. Vigsima nona entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 29/07/08.
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Lasranmja da Terra, no dia 29/07/08.
510
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
508
509
209
511
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
210
512
513
Em geral o pomernios muito pouco sabem sobre as guerras na Europa. Alm disto,
entrevistas provocam lembranas inclusive intermediadas, contaminadas por entrevistas
anteriores ou mesmo por relatos de terceiros.
513
As informaes estavam acessveis apenas aos pouqussimos que dominavam a lngua
portuguesa e podiam manter algum contato com a populao dos centros urbanos. Os
pastores no admitiam a lngua pomerana como idioma de comunicao. Por outro lado,
muitos pomernios costumavam ter dificuldade para compreender a fala do pastor.
514
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
515
Cf. Dcima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 23/07/08
211
ser
abertas,
muitas
vezes
patrocinadas
pelos
prprios
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
212
518
519
sendo
as
grandes
dificuldades
para
qualquer
mais escura.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
520
Cf. Dcima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
519
213
521
Cf. Dcima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22 07/08.
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Lasranmja da Terra, no dia 29/07/08.
524
Cf. Trigsima stima entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
525
Cf. Trigsima stima entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
522
523
214
526
527
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
215
At
porque,
grande
barreira
representada
pelo
216
se
depararia
com
uma
populao
com
muitas
530
. A vida destes
529
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
531
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
530
217
introvertido, resistente a quaisquer inovaes, o colono teutobrasileiro do interior esprito santense, talvz pela sua tenacidade e
persistncia terminou estigmatizado como o pomernio cabeadura, o Hatschdlicher Pomeraner. Entretanto, independente do
grau das suas dificuldades, sempre conseguiu sobreviver. Afinal de
contas, h mil anos vem aprendendo a sobreviver.
532
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
218
533
219
536
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Lasranmja da Terra, no dia 29/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
220
538
539
540
Daqui se deslocaram
537
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
539
Este um argumento a favor da teoria de que os mais pobres tenham sido embarcados para o
hemisfrio sul e que aqueles que possuiam algum bem material eram conduzidos
preferencialmente para os Estados Unidos. Prova disto est no documento de liberao dos
Seibels, guardado no Arquivo Pblico de Darmstadt ex-capital do Gro-Ducado de Hessen
Darmstadt.
540
Dados do senso estadual.
541
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
538
221
545
Cf. Vigsima stima entrevista realizada com D.B. na cidade de Laranja da Terra, no dia
28/07/08.
543
Cf. Vigsima stima entrevista realizada com D.B. na cidade de Laranja da Terra, no dia
28/07/08.
544
Cf. Vigsima stima entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
545
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
222
546
547
548
546
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo..
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
548
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo..
547
224
550
Assim o terreno
551
549
225
inhabus,
macucos,
arrubas,
pombas
do
mato,
553
552
226
555
. J em Santa
comerciantes
radicados,
gradativamente
556
sobretudo
foram
na
acumulando
sede
do
riquezas,
557
555
227
558
559
. A
560
. Consta que as
561
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Vale lembrar que Jacob Seibel antepasado do autor, quando jovem tambm participou desta
atividade de transporte fluvial.
559
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
560
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
561
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
228
562
563
564
. Desta forma
562
Toda a famlia prolfica alimentava o sonho de ver seus filhos assentados em terras prprias.
Com isto, todo e qualquer excedente pecunirio originrio das suas colnias precisava ser
convertido em novas propriedades.
563
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
564
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
229
565
566
565
567
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
567
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
566
230
568
568
569
569
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
Nas pequenas cidades como Itarana, Serra Pelada e Afonso Cludio, eles tinham pouco
contato porque havia o comerciante que era o fornecedor, ele era o supermercado. Era tudo
na vida do colono.
231
5.1 O pangermanismo
570
570
232
Este
processo
foi
novamente
reforado
com
571
572
574
571
233
com
passar
das
primeiras
dcadas
rapidamente
se
577
234
579
580
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
Cf. Dcima quarta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
581
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
582
Cf. Trigsima quinta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
579
580
235
pastores
antigos
realmente
nunca
demonstraram
realidade
populao
estava
cada
vez
mais
583
584
585
585
236
ser
discutidos.
Todos
estavam
muito
mais
586
587
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
588
O terno Hunsbuckel derivado da palavra hunsrck, mesmo significado, isto , lombo de
cachorro, originrio da regio do Hunsrck no Mdio Reno.
589
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
590
Cf. Vigsima nona entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 29/07/08.
587
237
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. quadragsima primeira entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
238
que
depois
resultou
em
uma
srie
de
desentendimentos locais.
593
594
593
595
240
segunda
fase
de
certa
forma
at
se
confunde
596
dcada
do
assentamento,
quando,
forada
pelo
241
Porm, da
esta
populao
teuto
vivenciou
gradativo
597
Cf. Dcima quinta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
243
598
, como o isolamento
599
600
244
602
603
604
601
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
603
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
604
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
602
245
246
605
. A
606
607
605
Os imigrantes logo se deram conta que, ao sarem da Europa, os laos com a antiga ptria
tinha sido cortados.
A expresso somos pomernios e no alemes denota um forte sentimento de pertencimento
a este grupo tnico.
607
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
606
247
609
608
um
sentimento
610
de
coeso
tnica
que
As
248
611
613
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
613
Em algumas localidades chagava-se a criar uma verdadeira administrao teocrata qual
poucos ousavam contrariar.
614
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
612
249
616
250
619
: O agricultor nada
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada. na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
KROCKOW, op. cit.
251
5.5 O Getulismo
A revoluo de 1930 muito pouco marcou os descendentes
teuto-pomeranos do interior de Esprito Santo, at porque, o parco
conhecimento do idioma portugus continuava restringindo o contato
dos colonos com a populao urbana de lngua essencialmente
portuguesa. Excetuando a meia dzia de filhos de imigrantes que
terminaram sendo incorporados s tropas legalistas, poucos
chegaram a se inteirar das razes de toda a movimentao dentro
dos quartis
621
Sei que era uma revoluo, mas no se ouvia nada por aqui.
Pelos
movimento
prprios
militar
relatos
depreende-se
dos
que
que
participaram
muitas
vezes
622
deste
sequer
620
621
622
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07 08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
252
623
624
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
253
ao
movimento
nacional
socialista
propagado
625
certa
simpatia
pela
envolvimento, desconheo.
626
causa.
Mas
que
tenha
havido
627
625
Entre os entrevistados nada se conseguiu identificar que pudesse caracterizar algum tipo de
propaganda nazista.
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
627
Ricamente ilustrado nas entrevistas transcritas no anexo C.
626
254
628
630
631
628
629
630
631
Cf. Dcima terceira entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
Material de propaganda que chegou s mos do pesquisador na poca da sua infncia.
Mesmo depois da Segunda Grande Guerra, poucos falavam sobre o assunto.
255
633
632
633
634
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Poder ser conferido no anexo trs sobre que aborda a questo do Integralismo.
Cf. Primeira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08
256
estas instalaes
635
Sei que nesta poca aconteceu alguma coisa muito grave e que
comearam a ter muita raiva dos alemes. Os pastores foram
presos. Disto ainda me lembro muito bem.
636
637
.O
638
257
640
641
642
Cf. Quadragsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Trigsima quinta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
258
645
Cf. Dcima terceira entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Trigsima sexta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
Vale observar as entrevistas vigsima oitava e da trigsima sexta: Pais professores, poliglotas
e filhos analfabetos.
646
Cf. Trigsima sexta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
644
645
259
de
terrorismo
com
estas
crianas
que
sequer
648
. Tinha uma
649
647
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
649
Cf. Vigsima quinta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
648
260
650
261
654
.
Diziam que iriam pegar todos os livros em alemo e iriam
destruir tudo. Meu pai colocou todos os livros em uma caixa
e os enterrou em um buraco. Eles andavam por tudo na
procura de material escrito em alemo. Vinham os Captura
e simplesmente iam destruindo tudo. Meu pai gostava tanto
655
de ler...
Com a proibio de funcionamento das escolas de
656
. O
654
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
Cf. Trigsima stima entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
656
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
655
262
657
658
659
660
263
os
estrangeiros,
exceto
os
que
tinham
adotado
661
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
664
Cf. Vigsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
662
663
264
At
mesmo
para
quem
era
muito
necessrio
na
665
666
667
265
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
266
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08
Cf. Vigsima nona entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 29/07/08.
267
671
Cf. Vigsima quinta entrevista realizada com A.S. na cidade de Laranja da Terra, no dia
28/07/08.
268
672
673
269
674
675
270
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28 07 08.
Cf. Nona entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/0/08.
271
679
679
272
que casas
fossem
invadidas, criando um
vandalismo
indescritvel.
Naquela poca usavam-se talheres dourados ou de prata.
Isto eles queriam. Lembro de uma noite, quando j tnhamos
voltado do Rio de Janeiro, chegaram a nos assaltar. A partir
daqui meu pai combinou com o pessoal da comunidade de
que se acontecesse alguma coisa grave com ele, ir-se-ia
tocar os sinos da igreja, para que pudessem vir em nosso
684
socorro. Felizmente nada mais aconteceu.
O prdio da nossa escola foi encampado pelo governo e foi
mandada uma professora, a [...] uma carioca. No posso
esquecer, porque ela hostilizou tremendamente meu pai. Ela
passou a lecionar em portugus. Nenhuma criana podia
mais falar em alemo ou pomernio, nem entre eles. No
682
273
687
274
690
275
691
691
695
276
696
697
698
699
696
277
fechamentos de eventuais
700
casamentos
eventuais
confraternizaes
como
de
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
702
Cf. Trigsima stima entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
701
278
nazistas.
Foram
perseguidos,
aterrorizados,
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
Cf. Dcima quarta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
705
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
706
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08 08.
707
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
704
279
280
708
281
709
. Com isto, o
710
os
outros
jovens
711
que
).
foram
convocados
709
Brasileira
tiveram
enormes
dificuldades
no
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
711
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
710
282
712
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo
283
713
. Por
714
715
713
284
716
717
. E at l,
716
285
718
quartel. Diziam que j era bem antiga, mas podia-se ter uma ideia o
seu funcionamento.
Os meses passavam, o treinamento foi se tornando mais e
mais intenso. As marchas com o Tenente costumavam tomar o dia
inteiro. Era proibido conversar. Soubemos que alguns tinham
embarcado em navios com destino Itlia e que outros j estavam
aguardando em quartis do Rio de Janeiro, prontos para o
embarque.
Deve ter sido muito difcil. Muitos foram apenas para Vitria
outros at o Rio de Janeiro. Apenas alguns poucos chegaram at
Monte Castelo. Mais tarde, aqueles que de l retornaram
descreveram seus pesadelos: Eram vivncias tristes e um
sentimento de revolta.
Uma poro daqui foi para a guerra. Chegaram a ir at a
Itlia. Eles foram incorporados e no sabiam falar em
718
719
286
724
720
287
A guerra terminou!
725
725
288
726
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
289
727
727
728
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terraa, no dia 28/07/08.
Cf. Trigsima primeira entrevista na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
290
730
731
732
729
291
Novamente,
733
Perguntavam-se:
porque
prender
os
pastores
733
292
293
736
. Muitos chegaram a
ser presos por falarem alemo. Quando cheguei aqui, isto foi em,
734
735
736
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Vigsima stima entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Uma referencial campanha da Fora Expedicionria Brasileira na Itlia.
294
737
739
737
295
Cf. Vigsima stima entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
Cf. Trigsima stima entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
296
do
facultativo
evitando
desta
forma
estas
744
744
297
745
746
745
298
749
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
299
Em
751
752
751
752
753
753
300
754
755
755
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
301
756
derrubavam
todo
produto
no
solo
para
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
302
757
em
grandes
balaios
presos
em
cangalhas,
758
759
Tambm, aqui, logo iniciou um novo processo de prbeneficiamento dos gros de caf, ao ser realizada a retirada da
polpa suculenta que envolvia a semente propriamente dita. Este
processo, que passou a ser conhecido como despolpagem do caf,
757
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
759
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
758
303
760
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
304
761
762
Cf. Vigsima nona entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 29/07/08.
Cf. Segunda entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
305
765
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
306
terminava
aderindo
este
verdadeiro
processo
de
766
.
Na prtica a absoluta maioria das casas no tinha qualquer
767
A grande maioria dos relatos, inclusive dos familiares do autor, trazem descries destas
primeiras habitaes. Eram simples abrigos, cuja caracterstica provisria por vezes
permanecia por meses ou anos, j que a prioridade era prover alimentos para o sustento da
prole.
767
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares. Estas habitaes costumavam ser construdas nas proximidades dos pequenos
crregos ou rios. Estes j forneciam a gua para o preparo dos alimentos, para a lavao da
roupa e para o banho de bacia. A chamada bica de gua, na qual longos troncos
escavados de palmito ou tambm grossas varas de bambu, depois de terem seus ns
extrados serviam de condutores do precioso liquido, de pontos mais elevados dos riachos at
a proximidade das casas. At mesmo na dcada de 1950 poucas casas dispunham destes
modernos recursos. A construo de instalaes sanitrias comearam a surgir a partir de
1950.
307
768
769
A malria e a desinteria
costumavam ser bastante comuns nas reas de colonizao teutobrasileira, especialmente nas chamadas terras quentes, talvez em
decorrncia da prpria deteriorao dos alimentos, favorecido pela
precariedade higinica e tambm pelo prprio calor
770
768
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares. Este ndice, segundo relatos colhidos em muitas famlias, em alguns casos podia
chegar aos quinze ou vinte por cento.
769
WAGEMANN, Ernst. A colonizao alem no Esprito Santo. A salubridade. Disponvel
em:<ttp://www.estacaocapixaba.com.br/textos/imigracao/wagemann/capitulo_8.html> p.. 3.
Acesso em: 22 jan. 04.
770
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares. A desinformao e as prticas de medicina popular, sem qualquer poder de cura
terminou levando a perda de muitas vidas.
308
771
772
774
775
, ou de alguns nomes
771
De Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
A Caixa de Remdios contra picada de cobra de Santa Joana, durante muitos anos foi mantida
pelo av do pesquisador.
773
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Lasranja da Terra, no dia 29/07/08.
774
A exposio aos inmeros insetos do clima tropical, para quem estava habituado a um clima
muito frio fez surgir um sem nmero de doenas cutneas e que at os dias atuais continuam
molestando os descendentes destes imigrantes.
775
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
776
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
772
309
de mdicos prticos
777
778
779
777
Estes muitas vezes transitavam pelo interior da Colnia ou at ms se fixavam nas localidades,
onde atuavam como agricultores e sempre que solicitados, prestavam os servios mdicos
aos necessitados.
778
A maioria dos relatrios oficiais de Santa Leopoldina se refere presena de mdico na sua
sede. Entretanto, a grande maioria da populao vivia a dezenas de quilmetros de distncia
deste recurso. Muitas vezes moribundos eram transportados em verdadeiras liteiras
improvisadas ao longo de cinco ou dez horas de exaustivas caminhadas, na procura de um
ltimo recurso.
779
Cf. SEIBEL, Ivan. Primdios da Medicina Brasileira, em Polmicas e Benefcios da
Educao Mdica Informal da Dcima Enfermaria. WS. Editor Porto Alegre. 2004. p 132.
780
Cf. Oitava entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08
310
781
782
de
coleta
de
cobras.
Eram
as
chamadas
781
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
783
Av do pesquisador.
784
Cf. Trigsima terceira entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
782
311
mesma
forma
como
atendimento
mdico,
785
785
312
786
. A ltima, na
Ambos eram assinados pelo av do pesquisador. Era uma forma de ter acesso aos
acontecimentos de fora da Colnia e que at permitia certa interao ao se escrever cartas ao
Zeitungsonkel, o redator da Sesso do Leitor da Brasil Post e depois ver publicada a sua
cartinha.
313
Figura 42: Casa paterna do autor, com suas cores azul e branco
787
787
314
788
789
790
788
Tudo leva pensar que de fato tenham sido grupos treinados pelos integralistas. No h
qualquer informao sobre grupos simpatizantes com o Nacional Socialismo.
Ver entrevista transcrita no Anexo Trs.
790
Cf. quadragsima primeira entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
789
315
A lngua
791
792
Cf. Nona entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07 /08
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
316
793
Como poder ser mais bem visto em quarta fase da migrao interna (Fig. 29).
317
barro
pisoteado
(amassado)
atirado
por
duas
pessoas
794
794
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
318
utilizados alguns
estabilidade s paredes.
Meu pai sempre falava que seu av participou na construo
da primeira igreja de Luxemburgo. Meu bisav nesta poca
e terminou morrendo l mesmo em Rio Farinhas. Contava
que as paredes teriam sido feitas com terra socada. Teriam
feito formas de tbuas e que a terra costumava ser molhada
com um pouco de gua e desta forma era possvel coloc-la
dentro destas formas. Assim socando-a com socador, era
possvel dar-lhe consistncia a ponto de permitir o
levantamento da parede. Ao final estas paredes foram
revestidas com cal natural, encontrado em muitos lugares da
797
regio.
795
796
797
Cf. Vigsima entrevista realizada com G.R.P. na cidade de Santa Maria, no dia 25 07 08.
Cf. Vigsima stima entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28 07 08.
Cf. Vigsima nona entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 29 07 08.
319
800
Cf. Dcima quarta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 22/07/08.
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08
Cf. Vigsima stima entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
320
801
802
802
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
321
803
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
322
Esta era uma forma de lidar com uma coisa que as crianas
no deveriam saber. Ou seja, de onde as crianas vinham.
Havia muitos barbados nas matas. So at parecidos com
as pessoas. A cegonha era mais uma tradio da Alemanha.
805
Tambm continuou em uso por aqui.
A me tinha que observar os trinta dias de resguardo. No
podia trabalhar. Por isto elas costumavam ter tanta sade.
No podiam ir visita antes do batizado. A bno jovem
me era um costume que os imigrantes trouxeram da
Alemanha e que persistiu por aqui. Desta forma, toda a me,
depois do batismo de seu filho recebia a bno em frente
806
ao altar.
Mas no podia sair de forma alguma com a criana. Era
proibido. A porta era fechada com a vov e ela durante trs
semanas, dentro de casa, at que ela pudesse ir para a
igreja levando a criana. Depois sim estava livre. Ningum
807
me contou o motivo.
804
323
808
envelope
do
presente
do
padrinho,
chamado
808
809
810
810
324
811
fantasmas.
811
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Dcima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 02/08/08.
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
814
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
812
813
325
815
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
326
816
tambm
Hering
(arenque)
salgado,
encontrado
em
817
819
816
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Cf. Nona entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
818
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
819
Anotaes feitas pelo autor baseadas em vivncias pessoais enclucive por ocasio do
falecimento de seu prprio pai.
820
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
817
327
821
328
7.4 A superstio
825
825
329
826
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
330
827
831
Se ele
832
Cf. Vigsima quarta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terraa, no dia 28/07/08.
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Lasranmja da Terra, no dia 29/07/08.
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
830
Cf. Trigsima quarta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
831
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
832
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Lasranmja da Terra, no dia 29/07/08.
828
829
331
833
834
332
333
839
836
334
335
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
336
846
Eu tenho
847
848
845
Cf. Dcima quinta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
Cf. Vigsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
848
Cf. Trigsima quarta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
849
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
850
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
846
847
337
851
852
853
338
854
855
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
339
859
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
Cf. Trigsima quarta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
859
Cf. Nona entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
860
Cf. Segunda entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
857
858
340
861
862
861
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo: Que
preparavam chs ou solues com presumvel valor medicinal.
862
Cf. Trigsima sexta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
863
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
864
Cf. Segunda entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
341
O que dizer das tantas pessoas que ainda nos dias atuais
continuam encarando com desconsiderao esta srie de questes
dos pomernios do meio rural capixaba e que so, quem sabe,
tnicas, envolvendo a superstio, a crena na assombrao, na
benzedura e no andaum, se historicamente este costume pode ser
classificado como um aspecto cultural de um povo e no apenas
uma questo, digamos, no crist? So perguntas para as quais
ainda no h resposta.
7.6 Os Benzimentos
Cf. Dcima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
342
866
. Por isto as
866
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo. A
fraze tem que acreditar podia ser ouvida em todas as ocasies em que a eficcia do benzimento
era discutida. E outras palavras, uma repetio de uma outra frase tantas vezes ouvida em
outras circunstncias: Somente a f pode curar!
867
Cf. Trigsima quarta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
343
870
868
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Trigsima quarta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
871
Cf. Segunda entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
869
870
344
Cf. Stima entrevista realizada comna cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Trigsima segunda entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
345
comunidade
muito
menos
em
tivessem
alguma
Cf. Trigsima segunda entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
346
Lass das sein (deixe isto pra l!). Depois disto passou a
benzer com os seguintes dizeres: Hilfts oder hilfst nicht das
vs ich nicht. Aber ein Kilo Spek gibs doch. (Se ajuda ou
no ajuda no sei, mas sempre garante um kilo de toicinho).
Todo mundo ia l se benzer e levava uma sacola com o
quilo de toicinho. A verdade era que ele havia feito da
benzedura seu meio de sustento e a clientela continuou
levando seu quilo de toicinho e ele exercendo seu ofcio.
Com isto no precisava engordar porcos e conseguia
garantir seu sustento. Depois levava o toicinho para a venda
e trocava por seus produtos de primeira necessidade. Era o
878
meio de vida dele.
As pessoas acreditavam em qualquer coisa. Assim, por
exemplo, a dona [...], quando perdeu o marido ficou com
uma escadinha de cinco filhos. Outro dia ela apareceu aqui
em casa para pagar o Sindicato. Ela chegou contando uma
histria de que minhas crianas brincaram com os
leitozinhos e agora esto cheios de piolhos. Eu louco de
pressa, pois precisava entregar minha mercadoria no outro
dia em Vitria. Isto no nada, eu disse. Piolho de gente
no vem do leitozinho. Ela acreditou que eu tinha feito
alguma coisa. Passadas trs semanas a minha irm
apareceu dizendo, que soube que o irmo agora curador
tambm. Disse que a XXX no sabe o que vai dar de
879
presente para voc, porque dos piolhos no sobrou um.
Pelos dados obtidos no presente estudo pode-se ver
claramente que continuam sendo poucas as pessoas que,
efetivamente, realizam benzimentos. Em geral h um ou dois mais
comprometidos com a prtica em cada comunidade. Raramente se
encontrava mais pessoas envolvidas com esta prtica.
Tinha algumas famlias que faziam isto. Minha sogra era
uma destas. Fazia muito. [...] Eu no sei. Era tudo escondido
de mim. No sei. [...] Minha v fazia isto. Era mais costume
878
879
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. Nona entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
347
880
881
882
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Trigsima stima entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
348
escondidas,
apenas
pelos
que
detm
conhecimento do ritual.
Isto (ensinar a benzer) eu no posso fazer. [...] No [...] No
acontece nada. Apenas no adianta trabalhar. Isto me tira a
minha fora. Isto tem que ficar em segredo.
(Ele prescrevia os chs e ainda benzia) Sim ele fazia a
orao para isto. O que exatamente, isto no sei. [...] No
sei. Naquela poca eu ainda era pequena. (Neste momento
o netinho chegou perto da v e disse:) Voc tambm sabe
885
fazer!.
883
884
885
349
350
887
888
889
351
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Referindo-se ao idioma portugus.
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Lasranmja da Terra, no dia 29/07/08.
352
353
896
897
354
899
900
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
BAHIA, J: O tiro da bruxa: Identidade, magia e religio entre os pomernios de Esprito Santo.
[Tese de Doutorado]. Rio de janeiro UFRJ/ Museu Nacional. 2000.
900
BESCHWRUNG. Disponvel em: http://de.wikipedia.org/wiki/Beschw%C3%B6rung. Aus
Wikipdia,der freien Enzyklopdie. Acesso em: 07 jun. 08.
899
355
901
suas
imagens
mitolgicas
dando-lhes
novos
356
357
358
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima primeira entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 23/07/08.
Cf. Dcima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 25/07/08.
359
360
festa
da
colheita
do
pomernio
parece
estar
907
907
361
362
911
912
(Fig. 29).
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Sem comprovao histrica, porm valendo como informao oral colhida junto a antigos
msicos pomernios.
912
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
911
363
Cf. trigsima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. trigsima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
364
Cf. trigsima nona entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. trigsima nona entrevista realizada. na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Dcima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 02/08/08.
365
920
366
922
922
Segundo este costume, a noiva teria que passar a sua noite de npcias no leito do seu senhor
feudal.
367
923
924
368
925
926
colnia
antiga,
de
certa
forma
prevaleciam
os
369
931
928
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Nona entrevista realizada com A.B. na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
931
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
929
930
370
932
936
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Cf. Nona entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
Cf. trigsima quarta entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
935
Cf. Terceira entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 20/07/08.
936
KROCKOW, op. cit.
933
934
371
372
938
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08 /08.
Cf. Segunda entrevista realizada na cidade de Domingos Martins, no dia 19/07/08.
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
941
Cf. Quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
939
940
373
942
942
374
7.10 A herana
947
947
375
948
949
948
KROCKOW, op. Cit. As questes da herana e da prpria formao da etnia pomerana esto
intimamente relacionadas com o estabeleciemento da fronteira religiosa entre a prpria
Pomeranea e a Polnia e que j foram analizadas em capitulo anterior.
949
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Constituiu-se em condio de sobrevivncia deste sistema de famlia das trs geraes.
950
Cf. Dcima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 23/07/08.
951
Cf. Oitava entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
952
Cf. Trigsima terceira entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
376
953
954
955
956
957
. Mesmo assim,
953
377
958
960
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Trigsima entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 29/07/08.
961
Cf. Nona entrevista realizada cona cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
959
960
378
forma,
sempre
foi
mantido
um
963
determinado
964
962
379
967
. Aqui
Cf. Vigsima quinta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Terceira entrevista realizada com B.K. na cidade de Domingos Martins, no dia 20 07 08
FACHIN, op. Cit.
968
Cf. Sexta entrevista realizada com L.E. na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
969
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
966
967
380
desta
forma,
fugindo
da
germanizao
sem
970
971
972
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Vigsima stima entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
381
973
382
974
975
976
. Foi desta
977
974
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
976
Entre estes o pai do autor.
977
Um bom nmero destas microusinas domsticas foram construdas pelo pai do autor nas
regies de Rio Farinhas, Laranja da Terra e Serra Pelada.
975
383
978
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
979
Cf. Sexta entrevista realizada na cidade de Santa Leopoldina, no dia 22/07/08.
384
984
. Muitas crianas, ao
980
385
985
[...] inicialmente
986
985
986
386
tarefa
989
987
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26 /07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
989
Neste aspecto vale citar que durante sculos a Pomeranea j teve suas terras cultivadas.
990
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
988
387
991
. Mesmo
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
992
Cf. quadragsima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
388
993
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
389
390
994
995
996
994
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
996
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
995
392
997
998
: Casas muito
Anedota popular.
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
393
999
terminavam
tambm
conhecendo
os
hbitos
999
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
394
1001
1002
1000
Cf. Vigsima segunda entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 26/07/08.
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1002
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1001
395
396
1003
diariamente
ultrapassar
barreira
criada
pela
1004
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1004
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
397
1005
1006
Em
geral,
as
de
1007
origem
eram
mais
1005
No se conhecia doces ou compotas industrializados. A banana era uma das frutas mais
comuns naregio e com isto um cosido na base de banana com acar constitua-se em uma
excelene cobertura para adoar o po de milho.
1006
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo. O terrorismo praticado contra alunos de
procedncia teuta continuava em algumas escolas. Em diversas entrevistas se conseguiu
identificar referencias a professores de Santa Maria e Afonso Cludio.
1007
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo. Em uma referencia aquelas professoras de
descendncia alem ou pomerana.
399
400
1008
1009
1010
remanescentes,
as
chuvas
torrenciais
rapidamente
1008
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1009
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1010
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
401
1011
1011
1012
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1012
402
1013
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
403
1014
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo. Referncia aos fatos lamentveis
registrados no Ginsio Pblico de Afonso Cludio.
404
1015
405
seus
descendentes
grande
dificuldade
na
1016
1017
1018
1016
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1018
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1017
407
1019
1020
1019
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1020
408
1021
muita satisfao.
Aos poucos, tambm aquele colono que at aqui mais vinha
sendo considerado um caipira passou a ser visto como algum que,
apesar de suas dificuldades na comunicao e no relacionamento,
tambm passou a conquistar o seu espao na vida urbana. Tudo
isto explica a convocao de alguns agricultores descendentes de
imigrantes para o corpo de jurados da comarca de Afonso Cludio j
a partir da dcada de 1960
1022
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1022
409
1023
grupo
1024
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1024
410
1025
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
411
maioria
dos
imigrantes
capixabas
sempre
esteve
1026
412
1028
1029
. O Culto
tinha
cultos
1030
Frauenkreiss
para
os
adultos.
Grupo
de
Senhoras
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1029
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1030
Ordem Auxiliadora de Senhoras OASE.
1028
413
1031
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
414
Seu
efetivo
funcionamento
sempre
dependia
da
mesmo
de
outros
aglomerados
urbanos
1032
molestados
europia
1033
chegaram
negar
sua
descendncia
1032
1033
415
1034
Cf. Quadragsima sexta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/ 08.
Cf. Trigsima terceira entrevista realizada na cidade de Itarana, no dia 31/07/08.
416
para
as
cidades.
Este
processo
de
transferncia
1036
1037
Laranja da Terra
1038
1039
1036
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1037
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1038
Observaes feitas pelo autor no decorrer dos anos de sua convivncia com as diferentes
comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1039
O homnem de mais idade costumava deter o poder de mando do grupo. A mulher de mais
idade era responsvel pelo cuidado com as crianas e o preparo das refees. O homem mais
jovem constitua-se no principal brao de trabalho da propriedade. A esposa deste, alm de ser
responsvel pela lavao das roupas e pela limpesa da casa, acompanhava o marido ao trabalho
na lavoura. J os filhos, quando no estavam na escola, executavam uma srie de tarefas que
lhes cabiam dentro da estrutura familiar.
417
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf.Vigsima sexta entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
418
1042
, aos poucos
Pelos registros disponveis no Arquivo Pblico Estadual pode-se constatar que o fluxo
imigratrio teuto no Espirito Santo cessou depois de 1880. Os raros alemes que chegaram nos
anos posteriores representam nmeros poucos significativos para o computo geral.
419
420
1043
421
Ao
se
analisar,
por
exemplo,
dos
dados
425
deram
suas
respostas
aos
questionamentos
426
1045
Cf. Vigsima oitava entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 28/07/08.
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
427
momentos,
ao
ser-lhes
solicitado
consentimento
desconfiana
um
trao
muito
caracterstico.
Qualquer
1047
1048
O autor do presente estudo, cuja me e avo eram pomeranas, mesmo tendo vivido at a idade
de quatorze anos, de forma restrita em meio ao seu povo, jamais presenciou qualquer ato de
bruxaria ou de benzimento.
1048
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
428
vida
pblica,
especialmente
aquela
desenvolvida
pelas
1049
1049
Como escreveu von Krockow: Sobre a nova doutrina eles nada entendiam, nem sabiam dizer
se era melhor ou pior. Para tal compreenso eles, os agricultores eram muito ignorantes, mas,
eles sempre aceitavam o que o sacerdote pregava. KROCKOW, C. G. v.: Die Reise nach
430
primeiros
imigrantes
realmente
houve
pessoas
que
se
1050
1050
431
1051
1053
1052
1052
1053
432
tinham
credibilidade.
Representavam
imagem
433
1054
dos pomernios
1055
1054
A expresso vida cigana ou Zigeurnerleben podia ser muito ouvida entre os pomernios em
uma referncia ao seu hbito de trocarem de moradia com muita freqncia. Alis, alguns at
se divertem com a cano Lustig ist das Zigeunerleben... (alegre a vida cigana...)
1055
Cf. Vigsima terceira entrevista realizada na cidade de Laranja da Terra, no dia 26/07/08.
1056
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
1057
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
1058
Cf. Quadragsima quinta entrevista realizada na cidade de Vitria, no dia 02/08/08.
434
dados
do
presente
levantamento
conferem
com
435
sugeriram
alguns
entrevistados.
Deve-se
continuar
9.2 O dia a dia na vida da populao das colnias teutobrasileiras no estado de Esprito Santo
1060
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
436
Esta foi a sua forma pela qual acreditou poder descrever o seu
prprio povo.
[...] disto que precisamos [...] preciso evitar certas
distores que tm sado na imprensa. Quando vem uma
equipe [...] imediatamente estabelecemos contato. s vezes
chegam na calada da noite, sem falar com ningum, e
fazem um reportagem. Ai no outro dia voc no jornal e s sai
porcaria. Quando conseguimos controlar, procuramos
rastrear seu trabalho. Porm quando chegam sem nos
1061
consultar...
.
1061
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
437
1062
1063
Cf. escreveu KROCKOW, op. Cit. a nao passou a ser guardada na igreja como uma
questo de igreja, da mesma forma como a prpria igreja para o pomernio se constitua em
parte da batida do corao.
1063
Dados do censo da Alemanha.
438
1064
1065
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
439
anos
mais
tarde, com
a criao
da
IECLB,
esta
1067
1066
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Alguns entrevistados chegaram a dizer: eu me tornei Missri porque l era muito mais
barato.
1067
440
1068
natural
deste
povo. Eram
os
deuses
da
natureza
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
Cf. Trigsima primeira entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
441
Spoikerai
(assombrao),
muitos
esto
revivendo
as
acredita
no
efeito
dos
medicamentos
utilizados,
1070
Viajantes Estrangeiros
443
se
verifica
que
muitos
detalhes
registrados
1071
444
Europa
1072
1073
um
reforar
esta
documento
que
certamente
vem
preciso salientar que a lngua falada pelosn pastores alemes era o alemo alto, enquanto
os imigrantes capixabas, na sua absoluta maioria eram pomernios, portanto de fala pomerana.
1073
Anotaes feitas pelo autor baseadas em informaes repassadas pelos seus prprios
familiares, sobre a vivncia destes nas comunidades do interior do Estado de Esprito Santo.
1074
Disponvel em:
http://gazetaonline.globo.com/index.php?id=/local/especialis/a_gazeta_80_anos/materia.php.
Acesso em: 07 mai. 2010.
445
1075
1076
formos analisar
1075
KROCKOW, 1985.
Thomas Fredrik Weybye Barth (nascido em 1928), antropologista noruegues, com vrias
publicaes na rea de Etnografia (Grego ethnos folk = / as pessoas e graphein =
1076
446
por
um
grupo
populacional
com
determinadas
1077
447
1078
1079
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
448
1080
449
1081
analisa estes
450
1082
Thomas Fredrik Weybye Barth (nascido em 1928), antropologista noruegues, com vrias
publicaes na rea de Etnografia (Grego ethnos folk = / as pessoas e graphein
= Escrever) uma estratgia de pesquisa usada frequentemente nas cincias sociais,
particularmente em antropologia e, em alguns ramos de sociologia.
451
1083
Aqui entra a falcia popular de que aos silvcolas teriam sido distribudos roupas usados por
europeus com varola, para desta forma apressar a limpesa das florestas.
452
1084
(deuses
das
fontes),
medo
do
Spauk
1084
453
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
454
O historiador Tressmann
1086
1086
Ismael Tressmann. Informao pessoal repassada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
455
do
rito
religioso
enquanto
as
antigas
prticas
pomernio
muito
religioso.
Aqui
novamente ser preciso rever a histria, pois h 900 anos ele era
um povo pago. Certamente deve ter vivido de forma muito primitiva
como todos os povos das regies o faziam. Como tal tambm tinha
as suas divindades: os da floresta, os deuses da gua, das
1087
1088
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
456
mdicos
seria
uma
distenso
muscular,
instalou-se
nos
cemitrios
de
tantas
outras
manifestaes
1090
na
constituindo-se
em
um
caso
isolado
daquela
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/0/08.
BAHIA, 2000.
459
1091
1091
1092
1093
Cf. trigsima segunda entrevista realizada na cidade de Afonso Cludio, no dia 30/07/08.
GERTZ, Ren. O perigo alemo. Porto Alegre: Ed.da Universidade/UFRGS, 2000.
Ibidem, p. 21.
460
1094
especialmente
por
ter
sido
confundido
com
Ibidem, p. 40.
461
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
462
1096
1097
1096
1097
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Dcima quinta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
463
1098
1099
1100
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
464
Como
descrever
perfil
intelectual
destes
dois
personagens?
Aqui, na realidade at h uma dificuldade de se descrever o
prprio processo de formao destas pessoas. De um lado,
comparados com os pais, tiveram privados o direito escolaridade,
o direito educao formal. Em uma avaliao destas pessoas
poder-se-ia estudar a sua capacidade de aprendizagem e no a sua
escolaridade. Poder-se-ia avaliar o seu potencial intelectual e no
seu grau de acesso informao. Um destes personagens reside no
alto da montanha, em um local extremametne afastado e que
mesmo, mal escrevendo seu prprio nome, executa toda ritualstica
da benzedura, com a utlizao dos mais variados textos bblicos e
suas indicaes para as mais variadas oxasies. No segundo caso
temos um curador ou Walddoktor com cuja memria os clientes
precisavam contar para obterem sua medicao mais apropriada.
Tanto que prescrevia medicamentos, com isto ajudando muitas
pessoas. O pai, um intelectual, possuidor de uma biblioteca de trs
mil volumes, dominando o alemo, o francs, o italiano e o
portugues foi professor, apesar de no falar o pomernio em casa.
Depois da sua morte, em conseqncia de todo uma sistemtica
perseguio aos valores teutos, a biblioteca desapareceu, seus
465
de
benzeo,
conhecimento
sobre
medicamentos,
1101
1101
466
medicina
alternativa.
Hoje
os
detentores
do
1102
Cf. Dcima quinta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
468
Brasil,
assimilaram
1104
palavras
do
idioma
nativo,
1103
1104
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
469
1105
(comunidades livres)
1106
como lingusticos
1107
1108
1105
470
1110
1110
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
471
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
472
473
1115
1116
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
475
capixaba
de
origem
pomerana
germnica,
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
Cf. Dcima stima entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
477
Cf. trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08 08.
478
Cf. trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
479
foi
um
corredor
de
passagem
de
tropas
em
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
480
divisa
com
desenvolveram
uma
Wanderbauern
(agricultores
Venezuela.
sistemtica
Na
migrao.
itinerantes),
ou
verdade
eles
Tornaram-se
seja,
nunca
lembremos
von
Krickow,
se
referindo
aos
1122
Cf. Dcima sexta entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 24/07/08.
482
483
forem
sendo
oferecidas
oportunidades
adequadas
de
pelo
primeiro
ponto.
Neste
momento,
Cf. Trigsima oitava entrevista realizada na cidade de Santa Maria, no dia 01/08/08.
484
Santo?
Praticamente
todas.
existem
diversas
486
488
REFERNCIAS
ALVES, D.B. Cartas de imigrantes como fonte para o
historiador: Rio de Janeiro Turingia (1852-1853). Rev. Bras. Hist.
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491
493
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PRIEN, H. J. Formao da Igreja Evanglica no Brasil. So
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RETZ, S. Memria, vivncia e testemunho. Santa Maria de Jetib:
GRAFICOL, 2005.
495
496
497
498
ANEXO A
Ttulo da Pesquisa:
IMIGRANTE NO SCULO DO ISOLAMENTO - 1870 / 1970
Nome do Pesquisador: Ivan Seibel
Nome do Orientador: Prof. Dr. Wilhelm Wachholz
d.
f.
______________________________
Nome do Participante da Pesquisa
__________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
500
_________________________________
Assinatura Pesquisador Ivan Seibel
_____________________________
Assinatura do Orientador
TELEFONE
Pesquisador Ivan Seibel: Telefone: 0 XX 51 81844828
Secretaria da EST: Fone: 0 XX 51 2111 1400 e Fax: 0 XX 51
2111 14112111-14002111-2111-14001400
501
ANEXO B
Ttulo da Pesquisa:
IMIGRANTE NO SCULO DO ISOLAMENTO - 1870 / 1970
Nome do Pesquisador: Ivan Seibel
Nome do Orientador: Prof. Dr. Wilhelm Wachholz
h. No
i.
j.
k.
l.
m.
n.
o.
p.
q.
r.
s.
502
t.
kkk.
504
rrrr.
505
506
ANEXO C
Entrevista A:
Dun wiras ala ruunerforlangt un msta sai Ouviram do
Ipiranga singa. Ento eles foram todos convocados e tinham que
cantar o Hino Nacional. Emil Schulz sr dun: E.S. disse ento: Wij
hwa dat doch ni leirt! Ns no aprendemos isso!. Wat schala wij
dr singa? O que ns vamos cantar l! Dun sr mij fter:? Ento
508
meu pai disse :Den singst man: Ento cante: Tuk am bdel, rak
am sak. Mexa na mochila, coce o saco! Fom Plnio Salgado, dr
haara sai dat mer mit. Do P.S. eles sempre falavam. Grousfter
Franz wir dr ni mit an? Vov F. no fazia parte do movimento Dem
hwa sai dr ni mit ranerkreega. Este eles no conseguiram
convencer. Papa (Albert) hwa sai sou suit inblaud- sou suit inreerd.
Papai (A) entrou na conversa doce deles. Wat dira sai dera lra
den forspreeka, wem dr mit ranergng? O que eles prometiam para
as pessoas que se filivam? Dat wait ik ni meir. Isto eu no sei
mais.Dr wir ik j nogklain...Neste tempo eu era criana... Dr kaim
ain nijg regirung riner. Iria entrar um novo governo. Brasijlien dir
beeter waara. O Brasil iria melhorar. Wira dat feel in Tijuco Preto?
Havia muitos adeptos em T.P? Dat wir ain groud geschicht, wait
Got wat dr ales bij wir. Era bastante gente, sabe Deus quem tudo
participou. Jeirer kreig air gruin hemd. Todos ganhavam uma camisa
verde. Fain genigt. Bem costurada. Dr msta sai mit marschijra.
Com esta eles tinham que marchar. Dat kan ik mij nog denka. Disto
ainda consigo me lembrar Dat haar papa im kasta leigend. Esta
camisa papaitinha guardada no ba.
Wou is dat hemd bleewa? Onde ficou esta camisa? Ik main,
dat ht hai nheer forbrent. Eu acho que ele queimou esta camisa.
Ik hew dat hemd ni meir saiend kreega. Eu nunca mais cheguei a
ver esta camisa. Soldta schula kma taum dai hser uutrmen.
Soldados estavam para chegar e revistar as casas. Un nheer, ais
dat mit ais ales uutga is, wat ht dat dun geewt? E depois quando o
partido foi extinto, o que aconteceu? Dun haaras angst, drwst kair
meir wat fon sga. A eles tinham medo. Ningum podia comentar
nada. Wens sich mila dira, den haaras angst sai wira ruunerhoolt,
509
sei ) Wem is nog in Tijuco Preto inspuunt woura? Quem mais foi
preso em T.P.? Albert Benewitz het toupseeta mit P. Bielefeld. A B.
esteve junto com o pastor B. Dat eeten wat Bielefeld ina kadei ni ait,
ait Benewitz. A comida que o pastor no comia na cadeia, B. comia.
Gbels un leepels haaras kain. Garfo e colher eles no tinham.
Benewitz stopt dat eeten ruuner mit dai fingern. B. enfiava a comida
na boca com os dedos. Wat sra dai lr in Tijuco Preto? O que se
comentava em T.P.? Dai wira baal ala forrkt woura. As pessoas
estavam quase doidas. Wir dat dtsch reeren uut? Falar em
alemo estava proibido? Drwst kair meir wat sga ina kirch.
Ningum podia dizer nada na igreja. Kair wourd dtsch drwst ni
meir reerd waara. Nenhuma palavra em alemo podia ser falada Ni
meir dit, ni meir dat. Nem isto, nem aquilo. Wem dir dr in de tijd
kirch hula? Quem dava culto l naquela poca. Dr wir P. Lieppert.
L estava o pastor L. Hai wir na Dtschland in urlaub. Ele estava
de frias na Alemanha. Doir de krijg is hai dr fast bleewa. Por
causa da guerra ele ficou detido Dai tijdoiwer kaim Bielefeld fon
Campinho taum kirchhulen. Durante este tempo B. vinha de
Campinho para dar culto. Nheer diras sich bij Ponta, bij P. Adler
ansluuta. Depois a comunidade se anexou a Rio Ponte com pastor
A. Oona erlaubnis fon Califrnia, ht Tijuco Preto sich bij Rio Ponte
ansloota. Sem permisso de Califrnia, T.P. se filiou a RP. Dir
Adler wat mka up portugijsisch? Adler fazia algo em portugus? Hai
dir wat mka up sijn rt, wer dat kaim ales kopoiwer ruuter. Ele
fazia algo em portugus ao seu jeito, mas saia tudo de cabea para
baixo. Hai haar kain leir ni had. Ele no teve estudo (portugus) Dai
lr fortstna dat uk gr ni. O povo tambm no entendia nada.
Wat hai maik, wir ales richtig for eer. O que ele fazia estava tudo
511
Quem quiser ser bom soldado espingarda deve ter (2x). Andar
sempre preparado... Bijm singen mstas sijla. Ao cantar eles
tinham que mirar. -Wem wir dai schaulleirer? Quem era o
professor? Dat wir Pit. Era Pit. Sij fter wir landforsrijwer bij Ewald
(Paraju) Seu pai fera escrivo em Paraju. (Jos Francisco de Jesus.
Ele tinha muita mgoa dos alemes. Se ele pudesse engolir, ele
engolia... Porque, no sei dizer.) Dira Pit un Koehler sich forsta?
Pit e Koehler se entendiam? J, dai dira beid thoup schaul hula.
Sim, os dois lecionavam juntos. Dat lijd O hino Quem quiser ser
bom soldado, dir Koehler up dtsch singa: Koehler cantava em
alemo Wer will unter die Soldaten, der muss haben ein Gewehr.
Das muss er mit Pulwer laden... Sai sta beid thoup up aim
schaulafestbijld fon 1947 in Tijuco Preto. Eles esto juntos numa foto
de uma festa de escola em 1947 em T.P. Wir hijr nog fona
gruinhemda reerd? Aqui ainda se falava dos camisas-verde? In dera
tijd drwst fona gruinhemda ni meir reerd waara. Neste tempo era
proibido falar dos camisas-verde. Dat is glijk nm twaida wildkrijg
wst. Isto foi logo aps a Segunda Guerra. Dai kiner sta ala mit
huldgeweera, ala barft, meist puura pomera. Todas as crianas com
espingardas de madeira, todas descalas, quase s pomeranas.
Sn dai beid, Koehler u Pit, gruinhemda wst? Foram os dois, K. e
P., camisa-verde? Dat kan ik ni sga. Isto eu no posso afirmar. Sai
hwa dr in Tijuco Preto, mit dai kiner m dera kirchabarg aina weeg
hakt un dr diras mit eer marschijra. Eles cavaram uma estrada em
volta do morro da igreja com as crianas por onde eles marchavam
com elas. Uut forrktheid, aim jeirer air klair huldgeweer sou mkt.
Por maluquice fizeram para cada um uma espingarda de madeira.
Dat schul sou up dai rt ain exrcito bedra. Era para significar um
513
Entrevista B:
Giwt dat nog air bijld fona gruin.hemda? Existe ainda uma
foto dos camisa-verde? Dat bijld ht sich Bertold Kalk fon Albert
Discher borgt. Esta foto B K tomou emprestado de A B. Dat mut dr
nog sin bij de witfruuga- dat hwas j sicher ni wegsmeeta. Esta foto
ainda deve estar com a viva. Com certeza no foi jogada fora. Wira dai gruin.hemda geigen dat drinken? Os camisas-verde eram
contra a bebida? Dun ist sou wijt wst. Chegou a este ponto: Duun
drwsta dai lr ni meir drinka. As pessoas no podiam mais beber.
Karl Strey dem grouda Oto sijr fter, ul August Neumg un Fritz
Hse Marciano sij grousfter. KS- o pai do grande O, o velho AN e
FH- av do M. Dai drai hwa seir, seir drunka. Estes tres bebiam
muito, muito. Dun sn dai afnma woura. Estes foram fotografados.
516
518
Entrevista C:
eles
marchavam.
Arthur
Schneider
forstn
wat
fom
Entrevista D:
Form Nazismo wir Lieppert air seir gaur praister. Antes do
Nazismo L foi um pastor muito bom. wer nheer is hai farkooma.
Mas depois ele se perdeu. Dun wir hai im forkeirdem suld insuldret.
Foi salgado com sal errado. Dun wir hai uk gr nischt meir weird. A
ele no tinha mais valor nenhum. Airster haar hai sijna weirt im
sinouda, nheer wir hai sou air uunarhemd. Antes ele tinha voz no
snodo, depois passou a ser uma camiseta. Haar uk kaina schik
meir. No tinha mais jeito. Dai ainsigsta wat em gaud bleewa sin,
wira dai Bullerjahns un wek fon dai Kumma wat em lijra kna- wek
blousig. Os nicos que gostavam dele eram os B. e os K.- s alguns.
Hai haar j aina feigel. Ele tinha um defeito. Hai dir j blous up dem
dtschtuum un dtscha raig hula. Ele s se atinha ao germanismo
e ao reino alemo. Kaim as air anard ina kirch, dai haar kaina weirt
for em. Outro que vinha na igreja, no tinha valor para ele. Frr
524
kaim j ais hen un wen, air anard wat ni dtsch kn, ina kirch.
Antigamente s vinha l alguma vez algum para igreja que no
soubesse pomernio. Dai haar for em kaina tswek. Esse no tinha
sentido para ele. Ais wir dr as air man dai hait Hartman Berger.
Uma vez havia um homem que se chamava HB. Dai dir sou
rmerhanla, dir de lra ndels besorga un sou wijrer. Ele
mascateava, trazia agulhas para o povo e assim por diante. Wir
sou air gaur frndlig smalitsig meisch, wer kst dat al nam
nooma hira, dat wir air dtsch-juura. Era um homem amigvel ,
magro mas j dava para se ouvir pelo nome: era um judeu-alemo.
Un dat haar Lieppert ruuter kreega. Isto L havia descoberto. Dai is
nheer taum glka wegtrekt. Por sorte este homem se mudou
depois. Hai dir hijr ni forgans woona, war haar sijn lr, wou hai
nachtbleiw. Ele no tinha morada permanente por aqui, mas ele
tinha as suas pessoas onde ele pernoitava. Dat wir sou air meisch,
dai wir taum biwuunern. Era uma pessoa de se admirar. Wen hai
nana kirch gng, dir hai jeiras ml fijw milreis upm opfertela lega.
Quando ele ia a igreja ele deixava cada vez cinco milris no prato
das ofertas. Dat wir sij nijrig. Este era o valor mnimo. Wen hai glk
haar had dai wek oiwer, den gaiw hai sougr teichen urer wekmls
twansich. Aps a semana em que ele havia tido sorte (nas vendas),
ele dava dez e s vezes at vinte milris. Dat haar Lieppert
ruuterkreega dat hai air hanelsjuura wir. L. descobrira que ele era
um judeu-mascate. Wek drfon sn j miserbig, wer deis ni.
Alguns deles so miserveis, mas este no. Dirst dij wat bistela bij
em, door kst dij sicher up sin, dir lang duura wer dat rangijrt hai
dij. O que voc deixava encomendado com ele, nisto vo podia
confiar. Custava mas esta mercadoria ele lhe arranjava. Drweegen
525
haila dai lr feel up em. Por isso as pessoas tinham apreo por ele.
Wen hai nam Goteshuus gng dai juura haara hijr kair huus- dir
hai dat binutsa taum sijn opfer geewen. Quando ele ia a casa de
Deus judeus no tinham aqui a sua casa - ento ele usava esta
para deixar a sua oferta. Dat haar Lieppert slechtfuuna, dat wir spot
wat hai mka dir. L. via isto com maus olhos, era deboche que ele
estaria fazendo. Kijk, dat Hitler dai juura uutrota dir, wu hai dat hijr
uk sou mka. Veja, porque Hitler exterminava os judeus, ele queria
fazer o mesmo aqui. Hitlers sriwta Mein Kampf- wira ala in
Califrnia- ina bibliotek. Os escritos de Hitler podiam ser todos
encontrados na biblioteca em Califrnia. Dat hwas mst ales
drmang ruutersamla dat sai ni gans in unglk gerra dira. Estes
tiveram que ser recolhidos para os responsveis no cairem em
desgraa. Leesa dir ik dai buika lijkerst geirn. Apesar de tudo eu
gostava de ler estes livros. Ni dat ik dr air fon wir, wer blous taum
kenen leiren. No que eu fosse um deles, mas apenas para
aprender a conhecer. Dat wir j grr mijn lust. Este era exatamente
o meu prazer. Mij fter sijn dumheit wir dat Dtschland houg
kooma schul, wer hai bigreip ni wat dr hijner staik, mit Hitler. A
tolice do meu do meu pai era querer que Alemanha crescesse mas
ele no percebia o que estava acontecendo com H. Hai lait sich dat
ni neema. Ele no se deixava convencer. Hai haar kt dat dr doch
al ansaia dat air jeira wat aina feigel haar, farstt wir. Ele j podia
ter percebido nisto que todos que tinham um deficincia eram
desprezados. Un sou uk mit dai integralisten. Essa era tambm a
conduta dos integralistas. Ik wil nuu ais sga, wenn air suupa dit,
de koinas doch ni farstita un sga, duu bist air suupswijr, duu hst
kainer weird. Eu quero agora dizer, se algum um bebedor, este
526
me lembrar com quem. Eer swesters hwa mit Bruskes frijgt ( Robert
un Walter). Suas irms casaram com os B. (R eW. Am Bout (Na
Barca) Em Sta. Leopoldina. Hijr am Bout wir dai Integralismus ni
sou slim. Aqui em SL o integralismo no foi to bravo (no teve
muitos adeptos). Bij dai Vervloets drwst dai nma Plnio Salgado ni
nend waara. Perto dos V. o nome de PS no podia nem ser
mencionado. Den spijgta dai ala. Ento todos cuspiam. Dai wira dr
ala geigen. Eles eram todos contra. Ik kan mij kaina denka wat dr
mit an wir. No me lembro de nenhum que fosse adepto. Fon
Santa Maria wait ik weinig. De Sta Maria eu sei pouco. Kan licht sin
dat dr uk wek wst sin. bem possvel que l tambm houveram
adeptos. Fom Bout wst ik meir. De SL eu sabia mais. Fter gng
dr mer oft hen. Meu pai viajava muitas vezes para l. Galo dir j
nam Bout henhira. Galo pertencia a SL. Im Bout ht dai
Integralismus kaina plats fuuna. Em SL o integralismo no encontrou
cho. Dai Schwartza hwa dr kaina sps an hat. Os S no viam
graa nele. Peron in Argentina wir dai selbig spijl. P na Argentina
era o mesmo jogo. Dr dir Francisco Schwartz fr oiwer spijga.
Sobre ele FS cuspia fogo. Dr wul hai nischt fon waita. Ele no
queria saber nada disto. Geigen dai dtscha Contra os alemes (
e/ou pomernios. Im Bout sins fo frr an geigen dai dtscha
wst. Em SL as lideranas foram desde o comeo contra os
alemes. Drbij wira dai dtscha eer airsta lr wat Bout
hougbrgt hwa. Apesar de terem sido os alemes suas primeiras
pessoas que fizeram SL progredir. Dat wira dai Reisen. Eram os R.
( Ik hw noch sou gr air taschametser wat dai Reisen in
Dtschland mka lta hwa. Eu tenho at um canivete que os R.
mandaram fazer na Alemanha. Snit sou seir gaud. Corta muito bem.
528
Steit sou gr eer nma up. Est at o nome deles em cima) Dat
wira uk dai van de Koeks... Haviam tambm os van de K. Puura
dtscha. Todos alemes. Komandogeschicht wira dai Ribeiros un
Almeidas. O comando poltico sempre esteve com os R e A. Dai
dira de pot drekig mka. Estes sujavam o pinico. Air wir den aisDjalmo Coutinho. Certa vez houve um DC. Dem hwas wlt as
prefeit. Este foi eleito como prefeito. Dai is uk riner kooma. Ele
tambm foi empossado Den schuld j uk ais aners waara im Bout.
Ento se esperava que a situao em SL fosse mudar. Dun is hai
mit ais doudschoota woura upa strt un kair wtt bet ht wemt
daua ht. Este foi de repente assassinado na rua e ningum sabe
at hoje quem fez isto. Mud air up aim houg huus kroopa sin un dai
prefeit stn upa strt, for aina bakarig un forteld. Algum deve ter
subido numa casa alta e o prefeito estava na rua em frente a uma
padaria conversando. Dun kmt ain kuugel fon bwen ruuner... Da
veio uma bala de cima para baixo... Mud upgeschikt wst sin. Deve
ter sido a mando. Dai meisch mud hijner roiwer wou dai katoulisch
kirch steid uutreeta sin. Esta pessoa deve ter fugido pelo outro lado
onde est a igreja catlica. Dai lr haara sich ala frigt dr im Galo
rmer, nuu kt ais beeter waara for eer. Na regio do Galo as
pessoas estavam contentes na esperana de que agora a situao
poderia melhorar para elas. Djalmo Coutinho wir de konista eer
gans. DC era todo dos colonos Dai hail feel for eer. Tinha muito
apreo por eles. Dai wul nischt waita fona colarinho branco. No
queria saber nada dos colarinhos brancos. Hair wir air gans
ainfach meisch. Era uma pessoa bem simples. Hai seer, sai kna
sich gr ni sou groud inbijla. Ele dizia que eles nem podiam se fazer
de grandes. Wen dai konista hin ni wira den haara sai ala nischt.
529
Campinho upm naka. Ento a minha mulher teve que ser carregada
nas costas at Campinho. Gott sei Dank is juuch dai angst airer
injgt. Graas a Deus o medo se apoderou de vocs antes da
hora. Dr is nog nischt forloora ga. Ainda no se perdeu nada. Dat
duurt nuu nog oiwer twai stuun- sr hai. Ainda vai demorar mais de
duas horas disse ele. Dat wst hai sou genau. isto ele sabia to
exatamente. Hai foit de puls an, keik dai ougen... Ele tomava o
pulso, olhava os olhos... Fter dir twijla wer ik haar mijna glouba
dr an. O pai duvidava mas eu tinha a minha f nisto. Ik haar feel mit
em thouparbeid, berhaupt politisch. Eu trabalhei muito com ele,
principalmente na poltica. Hai wir aina seir gaura poltico Ele era
um bom poltico. Ik hail feel fon em. Eu o estimava muito. Wir hai
uk gruin.hemd? Ele tambm foi camisa- verde? No, no, dr haar
hai nischt mit tau dauen. No, no, com isto ele no tinha nada a
haver. Gruin hemda wira Waldemiro Hlle, Arthur Schneider,
Octaviano Santos un Osvaldo Schmidt. CV eram WH AS OS e OSc.
Schmidt dir upa strtkompanij arbeira. Schmidt trabalhava na
companhia de estradas. Dai wir ni sou fanatisch as Arthurzinho
Schneider. Este no era to fantico assim com AS. Dat wir taum
kotsen wen dai anfng. Era de vomitar quando este comeava. Wen
dai ana preegen anfng, den gng ik al wijrer. Quando este
comeava a discursar, eu j me afastava. Dat lait sou as wen mit
dem Integralismo dai lr ala lebendig ina himel gnga...
Parecia como se com integralismo as pessoas entrariam vivas
no cu... Wou dai lr den ala bihaneld wira...Como as pessoas
seriam tratadas... Htsendgs kreiga sich dai lr kair uunarhemd
kft, den kreigas ales duuwelt geschenkt. Atualmente as pessoas
no conseguiam nem comprar uma camiseta, (com os integralistas
531
no poder) elas ganhariam tudo em dobro. Dai feela lr laita sich dat
j ales sou suit inreera, wen Arthur Schneider anfnga dir. A maoria
do pessoal entrava na conversa doce dele, quando AS comeava.
Mger wir hai ma fon puura slechtigkeit. Era magro de pura
maldade. Fruugslr haila bij em ni uut. Mulheres no aguentavam
com ele. Fruug wir for em air stk fai. Mulher para ele era uma
cabea de gado. Un dat wir uk den ni richtig bij de integralisten. Isto
tambm no era certo por parte dos integralistas. Dai ul Eduard
Schneider ht mst sij diploom kipa. O velho ES teve que comprar
o seu diploma. Hai ht gr ni sou feel leirt taum doirkoomen. Ele
nem estudou tanto para passar. Hai haar aina afkt in Vitria wat em
helpa dir. Ele tinha um advogado em Vitria que o ajudava. Dem
drig hai dai papijra hen. A este ele levava os papis. As
landforsrijwer haar hai groud ansaien bij de lra wail hai dtsch
kn. Como escrivo de terra ele tinha muito prestgio junto ao povo
porque ele sabia o alemo. Doirt dai gruin.hemda maik hai sich
grita as hai wir. Atravs dos CV ele se fazia maior do que era. Ik
wir mer nijdlich un keik sijn papijra wat hai srijwa dir an sijm chef.
Eu sempre era curioso e olhava os seus papis que ele escrevia
para o seu chefe. Soun keirls srijwa j slecht, wer ik kreigt lijkerst
leest. Tais homens escrevem mal, mas mesmo assim eu conseguia
ler. Drdoir kaim ik hijner dat hai grni sou geleirt wir. Com isto eu
descobri que ele nem era to estudado assim. Ik dir in dera tijd as
kascheir arbeira bij Eduard Dietrich un mst an em sijn stel oft
ruuner nana stad sachen forkipa un Arthurzinho dir den thoup
reisa. Eu trabalhava nesta poca como cacheiro com ED e muitas
vezes eu tinha que ir a cidade em seu lugar vender mercadorias e A
ento viajava comigo. Hai dir den sijm chef peru.hns mitneema un
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fain ingemkta bt. Ele levava perus e pacotes bem embalados para
o seu chefe. Hai dir sich bij de lra landforsrijwen un doirhelpen
oiwerneema. Ele assumia escrituraes de terra e advogava junto
com o povo. Dai lr naima sich em ala an wijl hai dtsch kn. O
povo o contratava porque falava alemo Un drbij maik hai sich
beeter as hai wir. E com isso ele se fazia melhor do que era. Dai
integralisten gaiwa em de buunta kitel. Os integralistas davam-lhe o
palet colorido (aval). Sijr chef wir air ordentlich registrijrt afkt. Seu
chefe era advogado devidamente registrado. Arthurzinho wir air
laienbruder- air handlanger- dat hw ik ruuterkreega. A.. era um
irmo-leigo - um servente- isto eu descobri. Oswald Schmidt un
Franz Seibel wira fiscals oiwer dat strtmken un cabo eleitoral.
O Sch FS eram fiscais na construo de estradas e cabos
eleitorais. Seibel wir de fruuges eer kandidat. S era o candidato
das mulheres. Drweechen is hai doud schoota woura. Por isso foi
assassinado. Mit Ulrich Hlle sijn fruug haara dat mer. Sempre
tinha caso com a mulher de UH. Un de lait dat sou hsslig. E era to
feia. Ik wait ni wat dai keirls dran saichta. No sei o que os homens
viam nela .
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ANEXO D
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um povo cru. Wat dai Costa wir, wat hijr ruuner gng hw ik nog
beleewt hijr sn sai nog ga ais ik hijr al woona dir. O que era o
C. que descia por aqui, - eu ainda vivenciei- eles ainda transitavam
por aqui quando eu j morava aqui. Dai haar teigen lot eesels. Ele
tinha dez lotes de burro. Dat wir seir roug folk. Era um povo cru.
Dat wir kair gaur folk. No era gente boa. Hijr wir dai richtg
tropaweeg. Aqui era a rota certa das tropas. Gng ruper doirt
RioClaro, Rio Lamego un Garrafo bet Afonso Cludio. Subia por
Rio Claro, Rio Lamego e Garrafo at Afonso Cludio. Dai hwa
firtsein dg bruukt, hen un trig fon Afonso Cludio bet nam Bout.
Eles gastavam quatorze dias, ida e volta de Afonso Cludio a Sta
Leopoldina. Acht dg ruuner un acht dg ruper. Oito dias para
descer e oito dias para subir. Ruuner gnga sai mit kafa un ruper mit
weitmeel. Eles desciam com caf e subiam com farinha de trigo.
Weitmeel wir in dera tijd swr taum hwen, ni sou licht as
htsendgs. Trigo era difcil de se comprar, no to fcil como hoje.
Tau Wijnacht laip ales hijnem meel. No Natal tudo corria atr de
trigo. J, wen man weka krijga... sr Heinrich Krger. Tudo bem
se a gente conseguir algum (trigo), dizia HKForsprka kan man
ni. No posso garantir. Oft wirt eidailt wat kaim. Muitas vezes
dividia-se o que vinha. Wek kna sich kaina sak kipa. Alguns no
tinham como comprar um saco. Dai kfta sich den aina halwa sak.
Estes compravam um meio saco. Feel kfta sich aina rouba. Muitos
compravam uma @. Meel wir in de tijd dr. Trigo era caro naquele
tempo. Ais ik hijr anfnga hw, dat kan ik dij uk nog fortela, dun wir
mijn hogtijd, mit fuwsig famijlcha. Quando eu comecei aqui, isto
tambm posso lhe contar, a aconteceu o meu casamento com
cinquenta famlias. Fter kft sijna sak meel hijr bij Heinrich Krger,
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hai wir den meist hijr an. O pai comprou o seu saco de trigo com
HK, na maior parte do tempo ele era fregus dele. Brauna lr dira
den meist bij Joo Kleina hanla. O pessoal dos Braun negociavam
mais com JK. Dai kfta eera sak meel dr den. Eles compraram o
seu saco de trigo l. Dat wira den twai sak meel tau ous hogtijd.
Eram pois dois sacos de trigo para o nosso casamento.
Ainunfuwsich mijlreis kost dai sak meel dun un dai rouba kafa wir
soiwen mijlreis. Cinquenta e um milris custava o saco de trigo e a
@ de caf custava sete milris. Msta soiwen rouba kafa sin tau
aina sak meel. Tinha que ter sete @ de caf para um saco de trigo.
Bijn twai sak kafa tau ainem sak meel. Quase dois sacos de caf
para um saco de trigo. Aina haud dir draisig mijlreis kosta. Um
chapu custava trinta milris. Wir gr ni sou aina gaura. No era
dos melhores. Air gaur kost fuwsich mijlreis. Um bom custava
cinquenta milris. For air pr schau mst ik fnfundraisich geewa.
Por um par de sapato eu tive dar trinta e cinco milris. Air gewinlig
ansuug kost fuwsich mijlreis. Um terno normal custava cinquenta
milris. Nam meel n wir air ansuug bijlig. Em comparao ao trigo,
o terno era barato. Dat eeten wir drer. A comida era mais cara.
Wita suker wir nij aners kft as tana fest taum broudbaken. Aucar
branco s se comprava para festa, para fazer po. Rijs wir nij kft,
blous aina kijla taum rijssup kooken tana fest. Arroz no se
comprava, s um quilo para fazer sopa de arroz para festa. Wem
weka wul eeta, dai mst sich weka planda. Quem quisesse comer
arroz, tinha que plant-lo. -Meel in fssa. Farinha de trigo em barril.
Gans frr is dat meel in fssa kooma. Bem antigamente o trigo
vinha em barrs. Bij grousfters huus stn nog mer sou ain fass.
Na casa do vov sempre tinha um tal barril. Na, wat is dat fter?
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ele
aprendeu
brasileiro.
Hai
kn
uk
gaud
hougdtsch reera. Ele tambm sabia falar bem o alto alemo. Dat
wir em ales glijk. Tudo era igual para ele. Soulang as dai dtscha
praisters kooma sn, ht hai eer sprk uk leirt. Enquanto vinham
pastores, ele aprendera a lngua deles tambm. -Woudoir kaim dat,
dat hai mit dai dtscha praisters thoup wir? Atravs de que
aconteceu o contato com os pastores alemes? Wir hai ni
Calvinist? Ele no era Calvinista? -Hougdtsch hwa sai leirt doirt
dai kirch. O alto alemo eles aprenderam atravs da igreja. Sai
hwa dai Numer Eins Kirch in Luxemburg buuga hulpa. Eles
ajudaram a construir a igreja Nr Um em Luxemburgo Dai ht Anton
trecht mka hulpa. Esta A ajudou a concluir. Jeirer mitglijd ht mst
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buuntfreeta. Os carrapatos me deixaram pintado de tanto morder. Ina reegentijd wir dat reisen uk ni licht? -Na poca de chuva, viajar
tambm no era fcil? (Antoninho) Sou as dai wgen ht steekend
blijwa, sou bleiwa frer dai eesels steekend im mora.(Antoninho o
filho) Assim com os carros hoje ficam agarrados, antigamente os
burros ficavam agarrados na lama. Ik kan mij nog denka dai weeg
wat hijr de barg ruper gng na Rio Claro. Eu ainda me lembro da
estrada que subia aqui no morro em direo a RioClaro. Dat wira
blous stufta, wek fo aina halwa meiter houg wou dai tijra ruperstijga
msta. Eram somente degraus, alguns de meio metro de altura que
os animais tinham que escalar. Am buuk wira de tijra eer hra ala
afsrupt. Os pelos da barriga dos animais estavam todos raspados.
Dat kan ik mij uk nog denka. Disso eu ainda me lembro. Wij haara
ais acht urer neegen fetbrch. Ns tnhamos uma vez oito ou nove
capados. Adolf Pagung dir dai leewig kipa. AP os comprava vivos
.Un dun hwa wij mst dai hijr ruunerkeira- wtst dat nog, papa? E a
ns tivemos que conduz-los daqui para baixo tu ainda te lembras,
papai? Sou kreig mas ni drgt, dun hw mas henkeird. No havia
como transport-los, a tivemos que conduzi-los. Dai ga gaud wens
upa strt sn. Eles andam bem quando esto na estrada. Dai ga ni
uuter weeg. Eles no saem do caminho. Dai ga mer sou langsm
weg. Eles vo sempre devagar para frente.
(Antoninho) Dat wir 1968. Isto foi em 1968 Dun dir papa
sich as aina wga kipa A papai comprou um carro. (Chevrolet 51Cara de Sapo) Dun wira wij nog ala thuus. Ns estvamos todos
em casa. Wira sss kiner, haar nog kair frijgt. Eram seis filhos,
nenhum havia casado. Drai jonges un drai mkes.Tres rapazes e
tres meninas. Un dun kft papa de wga un wij haara seir feel
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wir ous dag- moralcha uutdrga mit stain wou dai wga hngend
bleiw. Eu e A amos toda semana, quarta-feiraera nosso dia - com
um carrinho de mo fechar os atoleiros com pedras onde o carro
ficava pendurado. Dat wir ous arbeid mirweeks. Este era o nosso
trabalho na quarta-feira. Dai rest tijd wir ma den upm land. O resto
do tempo a gente trabalhava na roa. Dragt thoupbringa mit dem
wga sou as ht brkst gr ni andenka. Ajuntar carga com o
caminho como hoje, nem pensar. Dai dragt wir ales mit tijra
thoupdrgt. A carga era toda ajuntada com animais. Sou hw ma
den langsm anfonga. Assim a gente comeou devargarzinho.
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bischafa sin? Com isso feito? Wat mach dat ais sin? O que ser
isso? Un den kaimdat mer wijrer. Depois isso foi se espalhando.
Ul Han Boone, wat mij unkel wir, dai dir dai maschijn den buuga.
O velho HB que era o meu tio construia tal mquina. Dat gng dun
mer wijrer ruper bet Tijuco Preto un Garrafo. Isso foi se
espalhando at Tijuco Preto e Garrafo. Wou ain klain wterfal wir,
dr stn uk ain klain farijndriger. Onde havia uma queda de gua,
havia tambm um torrador de farinha. Dun wir feela farijn. A havia
muita farinha. Ain tijdlang wir dai farijn dr. Por um tempo a
farinha esteve cara. Man kreig twansich, fnfuntwansich mijlreis for
aina sak. Conseguia-se, vinte, vinte e cinco milris por saco. Mijn
schaul Minha escol. Ik bin in Jequitib inseegend woura. Eu fui
confirmado em Jequitib. Dr wou ous kirch nuu stid, dr bin ik ina
schaul ga. L onde est a nossa igreja hoje eu fui na escola. Dai ul
Fritz Zumach wir schaulleirer. O velho FZ era professor. Twai un
halw jr hw ik mijn schaul doirmkt. Dois anos e meio passei por
esta escola. Drai jr mst ik den noch upa barg Jequitib mit
praister Strohling ina kunfirmanda. Tres anos eu tinha que ir ao
morro em Jequitib no ensino confirmatrio com o pastor S. Mij
grousfter un andra wula ain kirch hijr in Rio Claro buuga. Meu av e
outros queriam construir uma igreja em Rio Claro. Dun hwa sai dai
kunij kft. A eles compraram a colnia. Dr ht mst jeirer famijlch
draisich mijlreis geewa. Para tal cada famlia teve que dar trinta
milris. Dat wira ain draisich bet firtsich famijlcha. Eram umas trinta
a quarenta famlias. Dai sn dr wer ni gans klr kooma. Eles no
conseguiram se entender. Grousfter git dun af un sai buuga hijr
uuner dai schaul wou ous kirch ht stid. Vov se desfiliou e eles
construiram a escola onde est nossa igreja hoje. Dr ht hai dai
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Sobre o Autor
Ivan Seibel nasceu no Estado de Esprito Santo. Mdico. Jornalista. Ps-graduado
em Urologia FFFCMPA. Ps-graduado em Gesto de Cooperativas UNISINOS.
Mestre e Doutor em Clnica Mdica/Nefrologia PUCRS. Ps-Doutor em
Teologia/Histria pela EST. Professor Curso de Medicina da Universidade de Santa Cruz do
Sul.
Obras publicadas:
1.
2.
3.
4.
11. Imigrante, duras penas. vol. 1. Nova Petrpolis: Editora Amstad, 2007.
12. Imigrante, no sculo do isolamento. vol. 1. Venncio Aires: Trao,
Produes Grficas, 2010.
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