Sermão Do Monte (Djalma Moita Argollo) PDF
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Introduo
Os Espritos e os ensinos de Jesus.
Desde os primrdios do movimento medinico atual, que teve seu marco
zero em 31 de maro de 1848, os Espritos repetem e divulgam os ensinos
de Jesus. Arthur Conan Doyle, na sua The History of Spiritualism
(publicado pela Editora Pensamento sob o tt produzidos por Espritos
que, em 1837, comearam a se manifestar durante o culto nas comunidades
Shakers, dos EEUU. Os Espfritos anunciavam sua chegada com batidas
porta, que eram abertas por dois presbteros, tendo incio a
incorporao dos mdiuns da comunidade. Os visitantes principais eram
ndios Peles Vermelhas, que se apresentavam em grupos ou tribos.
Passaram a ser evangelizados (hoje dizemos doutrinados), em suas lnguas
originais. Esse intercmbio durou at 1844, quando os Espfritos
anunciaram que no mais se comunicariam, mas que voltariam em breve,
invadindo o mundo e tanto entrariam nas choupanas quanto nos palcios.
Quando, quatro anos depois, comearam os fenmenos com as irms Fox,
Elder Evans e 28 outros membros dos Shakers foram visit-las em Rochester,
sendo recebidos por ruidosa multiplicidade de raps. Por comunicao
tiptolgica, lhes disseram que ali se iniciava o trabalho que haviam predito (cap.
II).
Portanto, os indgenas que se tornariam depois guias
dos grandes mdiuns de efeitos fsicos, e inteligentes, dos EEUU e
Europa, tiveram uma preparao evanglica prvia. Desde ento, todos os
Espritos que se tm comunicado conosco trazem uma mensagem de fundo
absolutamente cristo, incentivando os homens prtica dos princpios
ensinados pelo Mestre Galileu (ver sobre o assunto o nosso livro O Novo
Testamento: um enfoque esprita - Livraria, Editora e Distribuidora
Mnmio Tlio - onde estudamos os motivos sociolgicos, psicolgicos e
histricos desta situao). A Doutrina Esprita, que se iniciou em 18 de
abril de 1857 com a publicao de O Livro dos Espritos, foi
anunciada, desde o inciQ do trabalho de Allan Kardec, como o
Consolador prometido por Jesus (segundo anotaes de Joo Evangelista
5
significado espiritual para os homens, suas relaes com Deus, sua sobrevivncia
morte e o significado desta morte, etc.
No caso dos carismas, que ocorriam nas reunies da comunidade crist, Paulo
classificou-os, traando normas disciplinares para exerccio e correta
realizao do intercmbios espiritual (ver PCor 12-14). Paulo, contudo, foi, seno
o criador, pelo menos o divulgador da Teoria da Graa, causadora maior das
distores ideolgicas sofridas pelo Cristianismo. Ela nasceu da incapacidade
do Grande Divulgador de entender o que se passou consigo prprio que,
Perseguidor e assassino dos seguidores do Mestre, foi por ele chamado para
o apostolado.
Isto o levou a magnificar o conceito veterotestamentrio de
que s a vontade divina prevalecnte, e no o esforo do homem, ou
seja, ningum se transforma por deciso e vontade desejo individual. J
a anedota bblica de Caim e Abel (Gn 4, 1-16) coloca Deus como um
arbitrrio e suscetvel reitelete oriental, aceitando ou rejeitando as
homenagens de seus sditos conforme o humor do momento, o que
incompatvel com a imagem Dele feita por Jesus, quando O afirma Pai
Misericordioso, Justo e Bom. Paulo ficou desnorteado com o que lhe
aconteceu: perseguidor implacvel dos cristos, cmplice de um
assassinato e culpado da tortura de inmeras pessoas (Eu, de minha
parte, julgara-me um dia no dever de fazer a maior oposio ao nome de
Jesus Nazareno. E o fiz em Jerusalm, onde encarcerei muitos santos com
o poder que tinha dos prncipes dos sacerdotes. E quando se tratava de
execut-los, dava o meu voto. Muitas vezes, de sinagoga em sinagoga, eu
os obrigava, por fora de castigos, a blasfemar e, louco de furor, os
persegui at em cidades estrangeiras. At 26, 9-11), foi, apesar de
tudo, convocado pelo Mestre, s portas de Damasco, para uma misso
grandiosa, que cumpriu fielmente. No h no episdio, todavia, nenhuma
gratuidade. Ele possua as necessrias qualidades de carter e
conhecimento para o trabalho, bem como enfibratura moral. Havia se
colocado, por natural erro de educao, na defesa de idias e ideais
que pressupunham a violncia como mtodo normal de auto-preservao (Se
algum outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao
oitavo dia, da raa de Israel, da tribo de Benjamin, hebreu filho de hebreus;
quanto ao zelo, perseguidor da Comunidade; quanto a retido que h na Lei,
irrepreensvel (Fil 3, 4-6). Alm do mais, as criminosas arbitrariedades qu
segundo suas prprias palavras: Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. Dos
judeus recebi cinco vezes os quarenta golpes menos um. Trs vezes fui
flagelado. Uma vez, apedrejado. Trs vezes naufraguei. Passei um dia e
uma noite em alto mar. Fiz numerosas viagens. Sofri perigos nos rios,
perigos por parte dos ladres, perigos por parte dos meus irmos de
estirpe, perigo por parte dos gentios, perigos na cidade, perigos no
deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmos! (2ECor
11, 23-26). Alis o Cristo j o antecipara a Ananias:Eu mesmo lhe
mostrarei quanto lhe preciso sofrer em favor do meu nome (At 9, 16).
Paulo foi chamado para o servio cristo como o foram Mateus e Zaqueu,
defraudadores dos seus irmos como cobradores de impostos, Maria de
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** Consultar LE, livro III, ESE, cap. 1, G, cap. 1 e VL, cap. 161.
AMPLIAO DOS MANDAMENTOS MOISAICOS
VIOLNCIA E RECONCILIAO
- 21 - Ouvistes o que foi dito aos antigos: No matars; e aquele
que matar estar sujeito a julgamento.
Antigos (arkaois), os que ouviram a Lei quando promulgada, os hebreus
para os quais Moiss leu o declogo, grafado por escrita direta em
pedra, ao descer do Monte Sinai. A segunda parte (aquele que matar...),
foi um acrscimo das autoridades hebraicas posteriores, especificando a
conseqncia do ato de matar.
- 22 - Eu, todavia, vos digo: todo aquele que se irar contra seu
irmo, ser passvel de julgamento; e quem lhe disser: Raca, ser ru
ante o sindrio; e quem lhe chamar tolo, ser ru do fogo do Vale do
Hinnm.
Raka, transliterao para o grego do termo aramaico reiqah, tem como
tradues possveis: estulto, burro, cabea vazia. Geena, transliterao
para o grego do hebraico GI-Hinnm (vale do Hinnm) era a denominao
do vale localizado no lado ocidental e da Bblia hebraica referem-se
vrias vezes ao gei ben-Hinnm (vale dos filhos de Hinnm). No tempo
dos Juzes era a fronteira entre as tribos de Jud e Benjamin. Durante
o reinado de Josias (640-609a.C.) em Jud, aps a diviso das tribos,
foi realizada uma purificao religiosa e, no vale, onde se queimavam
crianas em homenagem a Moloch, foi criado o depsito de lixo da
cidade. Este depsito vivia em chamas, por causa do gaz metano oriundo
da decomposio das matrias orgnicas. A pena mais severa aplicada aos
rus de determinados crimes era a de, aps a execuo, terem seus corpos
lanados ao fogo eterno, que crepitava no Gi-Hinnm, para serem
queimados. O Direito Divino nao aplica seus cnones apenas a violncia
fsica, mas estende-os a todo e qualquer tipo de agresso, pois , em
qualquer circunstncia, um atentado Lei do Amor, fundamento da criao.
Dos pequenos atos de violncia do cotidiano individual, nascem os
terrveis flagelos sociais como os crimes de morte, o terrorismo, as
revolues sangrentas e as guerras.
- 23 - Se, pois, ao apresentares tua oferenda ante o altar, lembrares
que teu irmo tem alguma coisa contra ti.
- 24 - deixa ali tua oferenda, diante do altar, e vai primeiro, te
reconciliar com o teu irmo, e depois vem apresentar tua 1 oferta. - 25
- 25 - Reconcilia-te, depressa, com o teu adversrio, enquanto ests no caminho
com ele, para no acontecer que o teu adversrio te entregue ao. Juiz, e o Juiz
aos soldados, e estes te lancem na priso.
- 26 - Em verdade te digo que dali no sairs, enquanto no pagares o
ltimo centavo.
Drn, significa presente, oferta, oferenda, dom. Os hebreus ofereciam
presentes, ou ofertas, a Deus, que os sacerdotes recebiam e colocavam no
altar, retirando sua parte. Kodrnten era a penltima frao de moeda
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- 32 - Eu, porm, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a
no ser em caso de adultrio, a faz adltera; e quem se casar com a
repudiada, comete adultrio.
Na anlise do problema do divrcio temos de levar em considerao os
objetivos do matrimnio que, quase sempre, instrumento de reajuste. O
Espiritismo nos orienta para a manuteno dos laos esponsalcios, pela
aplicao das lies evanglicas na vid atinge as raias do insuportvel.
Mas no se torna conivente com a fuga aos compromissos assumidos por
simples irresponsabilidade. Leiamos, a este respeito, esta
esclarecedora passagem, escrita por Joanna de Angelis: A soluo, para
os relacionamentos perturbadores, no a separao, como supem muitos.
Rompendo-se com algum, no pode o indivduo crer-se livre para um
outro tentame, que lhe resultaria feliz, porquanto o problema no da
relao em si, mas do seu estado ntimo, psicolgico. Para tanto, como
forma de equacionamento, s a adoo do amor com toda a sua estrutura
renovadora, saudvel, de plenificao, consegue o xito almejado,
porquanto, para onde ou para quem o indivduo se transfira, conduzir
toda a sua memria social, o seu comportamento e o que . Desse modo,
transferir-se no resolve problemas. Antes, deve solucionar-se para trasladar-se,
se for o caso, depois (LII, cap. 7).
** Ler ESE, cap. XXII.
RETIDO NO FALAR
- 33 Da mesma forma, ouvistes o que foi dito aos antigos: No jurars
falso, mas cumprirs teus juramentos para com o Senhor
- 34 - Eu, todavia, vos digo que de nenhuma maneira jureis; nem pelo
cu, pois o trono de Deus;
Ti ourani, pelo cu, ou seja pelo firmamento.
- 35 - nem pela Terra, porque o estrado de seus ps; nem por
Jerusalm, pois a4 cidade do Grande Rei;
- 36 - nem jures por tua cabea, pois no podes mudar um s cabelo
branco ou preto.
- 37 - Seja, contudo, o vosso falar sim, sim,
no, no, porque o que da passa origina-se do mal.
O Esprita, portanto o cristo, deve buscar viver, num nvel tico que
o coloque num clima de veracidade natural, sem que precise reforar suas
afirmaes com juramentos, a fim de ser crido. Sua maneira de viver
deve bastar para corroborar suas palavra
** Ler PN, cap. 80.
NO VIOLNCIA
- 38 - Ouvistes o que foi dito: Olho por olho e dente por dente.
- 39 - Eu, contudo, vos digo no resistais ao perverso, mas a qualquer
que te bater na face direita, oferece-lhe tambm a outra.
Joachim Jeremias, exegeta e ex-professor da Universidade de Gttingem,
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que lhe caia nas garras. O Espfrita tem obrigao de socorrer quem
esteja em necessidade real, mesmo que possa no receber de volta o
emprstimo.
** Ler ESE, cap. XII.
AMOR E DIO
- 43 - Ouvistes o que foi dito: Amars o teu prximo e odiars o teu
inimigo.
Misseis tem como sentido odiar, detestar. Pleson significa prximos,
como parentes ou amigos.
- 44 - Eu, todavia, vos digo: Amai vossos inimigos e orai pelos que
vos perseguem.
- 45 - A fim de que vos tomeis filhos do vosso Pai, que est nos cus;
pois ele faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e chover sobre justos e injustos.
Tou en ouranois, nos cus, nas dimenses espirituais superiores. A
orao pelos que nos perseguem tem a vantagem de nos colocar numa
posio vibratria superior deles. Acontecendo isto, suas vibraes
negativas no podero nos atingir e, em conseqncia, retomaro fonte
emissora. Paralelamente a isto, um ato de perdo, o qual igualmente
nos livra de uma interao causal com os nosso adversrios. E,
finalmente, significa uma submisso Lei do Amor, que estabelece a
necessidade da harmonia entre todos os seres.
- 46 - Pois, se amardes aos que vos amam, qual a vossa recompensa? no
fazem assim os coletores de impostos?
Telounai,, em grego: coletor de impostos, publicano. Apesar de
publicano ser -.um termo consagrado pelo uso, optamos por coletor de
impostos, por ser mais explcito. Os romanos recolhiam impostos de dois
tipos: o fiscus - imposto de natureza fundiria, pessoal, ou de
rendimento -, recolhido ao tesouro imperial. Este era aplicado na
Judia, por ser uma provncia imperial. E o Aerarium, imposto recolhido
ao caixa do Senado, por ser recolhido nas provncias senatoriais. Estes
impostos eram cobrados por delegados estveis, com a proteo das
autoridades locais. Os impostos alfandegrios, de peagem, de aluguis de
locais pblicos - como mercados, denominados gabelas, eram empreitados
a ricos concessionrios, os publicanos, que pagavam ao procurador uma
soma previamente estipulada, e se ressarciam arrecadando uma parte a
mais para si. Seus empregado eram chamados exactores ou portiores. O sistema
ensejava extorses perversas.
** Ver ESE, Introduo, LII - Notcias Histricas, VL, cap. 41 e FV,
cap.
- 47 - E se saudardes apenas aos vossos irmos, que fazeis demais? no
fazem assim os no judeus?
Ethnikoi tem o sentido de no judeu, o que se convencionou chamar
gentio. Jesus pe o amor incondicional como norma de vida. Se Deus nos
ama, apesar de nossa renitncia no mal, no se justifica qualquer
atitude discriminatria de nossa parte, face aos nossos irmos em
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conduta.
** Ler ESE, cap. XXV e VL, cap. 152.
JULGAMENTOS
PORQUE NO SE DEVE JULGAR
- 1 - No julgueis, para que no sejais julgados.
-2- Pois com o juzo que julgais, sereis julgados; e com a medida com
que medis, vos mediro.
-3-Porque vs uma pequena lasca de madeira no olho do teu irmo, e no
reparas na viga que est em teu olho?
**LerF\l,cap. 113.
-4- Ou como dirs ao teu irmo: Deixa-me retirar a pequena lasca de
madeira de teu olho, quando possuis uma viga no teu?
-5- Hipcrita, tira primeiro a viga do teu olho e, ento, enxergars
bem para tirar a pequena lasca de madeira do olho do teu irmo.
Krfos tem o sentido de cisco, pequena lasca de madeira, argueiro. O
segundo est mais de acordo com a prpria profisso do Mestre. Doks
significa tronco, viga trave. Optamos por viga, por ser de mais bvia compreenso.
muito comum, nos meios religiosos, os
doutrinadores hbeis em consertar a vida moral alheia sem, contudo,
possuirem estatura tica para tanto. Naturalmente no se pode alcanar
um elevado padro moral de um momento para o outro. Mas se deve realizar
um esforo sincero neste sentido.
** Ler ESE, cap. XVIII e M, caps. 11 e 12.
NO PERDER TEMPO COM PESSOAS REFRATARIAS
-6- No deis aos ces o que santo, nem atireis aos porcos as vossas
prolas, para no suceder que as esmaguem sob as patas e, voltando-se,
vos dilacerem.
Muitas vezes, no af de ajudar, no percebemos que a pessoa no possui
nvel evolutivo para receber a mensagem superior, e sofremos terrveis
decepes e constrangimentos. Jesus nos alerta para o problema, e este
critrio deve ser usado, inclusive, par
**LerVL, cap. 93.
RESPOSTA ORAO
- 7 - Pedi, e vos ser dado; buscai e achareis, batei e se vos abrir.
- 8- Porque todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate
se lhe abre.
- 9 - Ou, quem dentre vs o homem que, se seu filho lhe pedir um po, darlhe- uma pedra?
-10-Ou, pedindo-lhe um peixe, dar-lhe- uma serpente?
- 11 - Se vs, que sois maus, sabeis dar bons presentes aos vossos
filhos, quanto mais vosso Pai, que est nos cus, dar boas coisas aos
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bons frutos.
-19- Toda rvore que no d bom fruto cortada e atirada ao fogo.
-20- Assim, pelos seus frutos os conhecereis.
Infelizmente, nas fileiras religiosas costumam ser encontrados
aproveitadores inescrupulosos que, assumindo atitudes beatficas, com
voz macia e recheada de diminutivos ridculos, aparentam postura de
santo, mas promovem a ciznia, a discrdia, vivendo falsamente lifluidades,
atribuindo-lhes todos os defeitos de que so portadores.
No Movimento Espfrita, tais estelionatrios da virtude
costumam tachar de obse-diado, em campanhas surdas e srdidas, a quem
quer que permanea distncia de suas influncias nocivas, nem se deixe
embair pela mascara espiiria que ostentam. Costumam, habitualmente,
falar muito em humildade, com isto procurando disfarar a vaidade e o
orgulho que possuem, de forma desmedida. A caracterstica princi-pal
dessa matilha das sombrasa covardia, que eles, blasfemamente, apelidam
de caridade fraterna, preferindo a maledicncia e a intriga para, no
anonimato pervertido, tecerem suas campanhas infelizes. Envolvendo-os
em preces, no sintonizando com suas vibraes, neutralizamos tais
mdiuns das trevas, mantendo a harmonia em nossos ncleos.
** Ler CVV, cap. 122.
-21 -Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor! entrar no reino
dos cus, mas aquele que faza vontade de meu Pai, que est nos cus.
Nos cus, ver comentrio ao cap. 5, vers. 12.
-22-Muitos me diro, naquele dia: Senhor, Senhor! no profetizamos em
teu nome? e em teu nome no expelimos demnios? e em teu nome no
realizamos atos sobrenaturais?
Daimnia, sobre o significado ver LE, questo 131 e comentrio.
Dynmeis, tem o sentido de: poderes, fora, obra de poder, milagres,
poderes sobrenaturais. Escolhemos a traduo que ressalta o carter de
ato medinico, inerente a tais poderes, que no tm nada de
sobrenatural, pois esto regidos por leis cientificamente conhecveis.
-23 - E, ento, declararei: nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vs
que cometeis iniqidade..
Os falsos profetas enxameiam na Terra, principalmente, entre os que
fazem da religio, ou da mediunidade, um meio de vida. Estamos a
assistir a uma verdadeira orgia simonaca de pastores protestantes e
mdiuns corrompidos, neste atribulado fim do segundo milnio. O simples
fato de se fazerem brilhantes pregaes evanglicas, realizar curas, ou
quaisquer fenmenos psquicos ou medinicos, no pressupe uma conduta
moral Ou crist. Magnetismo, poderes psquicos ou mediunidade existem
independentemente do comportamento tico.
** Ler ESE, caps. XVII a XIX, XXI e XXVI, G, caps. XIII a XV, M, caps.
8 a 12.
CONHECIMENTO E PRTICA DOS ENSINOS DE JESUS
- 24 - Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as
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pratica, ser comparado a um homem sensato, que construiu sua casa sobre
a rocha.
-25- E caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e
cafram sobre aquela casa, entretanto ela no ruiu, porque estava
alicerada sobre rocha.
-26- Mas, todo aquele que escuta estas minhas palavras, e no as
pratica, ser comparado a um homem estulto, que construiu sua casa sobre
areia.
-27 - E caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e
feriram aquela casa, e ela ruiu, e foi grande a sua runa.
Por ouvirmos a mensagem do Cristo, sem o necessrio esforo para uma
prxis consentnea, temos vivido estes dois milnios de expiaes,
angstias, inquietaes e misria espiritual. Faz-se mister que
tomemos, com urgncia, uma atitude para reverter este quadro, no s
individualmente, como espritas, mas no conjunto do prprio Movimento.
**Ler ESE CAP 9.
CONCLUSO
-28- E, finalizando Jesus este discurso, as multides se estarreciam
com seu ensino.
-29-Porque lhes ensinava como tendo autoridade, e no como os
escribas.
Aautoridadeda palavra de Jesus nascia, espontaneamente, de sua
estrutura espiritual. Nele no havia contradio entre palavra e ao.
Uma refletia a outra, numa integrao perfeita. Quando existe esta
integrao entre a teoria do bem e sua prtica, o n e reconhecem, sem
necessitar de provas adicionais.
ANEXO 1
EVANGELHO SEGUNDO LUCAS
O SERMO DA PLANICIE
- 1 -Aconteceu que, naqueles dias, saiu ele para ir orar sobre o
monte; e passou a noite toda em orao a Deus.
- 2 - Quando veio o dia, ele chamou a si seus discpulos, e selecionou
doze dentre eles, aos quais denominou apstolos:
Apostlous, significa mensageiro, enviado, legado; expedio naval.
- 3 - Simo, a quem chamou Pedro, e Andr, seu irmo; Tiago e Joo;
Filipe e Bartolomeu;
- 4 - Mateus e Tiago, filho de Alfeu; Simo, chamado o Zelota;
Zeloutn, significa: pessoa zelosa ou entusiasta; membro de uma faco
nacionalista judaica.
- 5 - Judas, filho de Tiago e Judas, o homem de Qerit, o traidor.
Iskarioten, seguimos a traduo proposta por Claude Tresmontant (Evangile de
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