Apostila de Calculo PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 86

Universidade de Itana

B) Grado: arco equivalente a

Clculo Diferencial e Integral I

1
da circunferncia.
400

Quando queremos medir um ngulo, procedemos da forma abaixo:


B

A
fig. 1

fig. 2

Dividimos a circunferncia em 360 partes ( graus ) ou 400 partes ( grados ) e a medida do


ngulo a quantidade de arcos determinada na parte interna do ngulo.
Suponhamos que na fig. 2 acima, quando dividimos a circunferncia em 360 partes,
encontramos 30 pequenos arcos na regio interna ao ngulo. A medida do ngulo ser
ento de 30 graus. Representamos:
m ( AB ) = 30 0

Do mesmo modo, se tivssemos dividido em 400 partes e encontrado 42 pequenos arcos


na regio interna ao ngulo, a medida do mesmo seria 42 grados. Representamos:

m ( AB ) = 42 gra
No utilizaremos a medida grado em nosso curso.
C) Radiano
Consideremos um arco de uma circunferncia que retificado equivale ao seu raio ( ver
figura ):
B
O

Admitamos que a medida do arco AB quando


A

retificado seja equivalente ao raio OA .


Diremos que a medida de AB igual a 1 radiano

Representamos:

m ( AB ) = 1 rad
Observaes:
1-) A medida mais utilizada nos cursos de Clculo Diferencial e Integral o radiano pois
os teoremas so demonstrados utilizando esta unidade de medida.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

2-) Para medir ngulos em radianos, teremos de usar fraes pois o arco que equivale a
um radiano muito grande, comparado com as outras unidades de medida. ( Um radiano
equivale aproximadamente 57,3 0 )
COMO TRABALHAR COM RADIANOS:
A letra representa uma constante matemtica obtida pelo resultado da diviso do
C
comprimento de uma circunferncia pelo seu dimetro. Assim, =
. Quando
2. R
efetuamos essa operao, em qualquer circunferncia, encontramos o valor : = 3,1415...
Da, C = 2 . . R .
Exemplo: Qual o comprimento da circunferncia de raio 5 cm, quando retificada?
Soluo: C = 2 . . R = 2 3,1415 5 = 31,415 cm .
Se queremos medir a circunferncia sem retific-la, devemos substituir o raio por uma
medida equivalente, que acompanhe a circunferncia. Como vimos anteriormente, essa
medida o radiano.
Assim, C = 2 . .1 rad C = 2 . rad .
Quando pegamos a metade de uma circunferncia, podemos afirmar que sua medida
ser dada por:
180 0
200 gra
1 rad

Para mudarmos uma unidade de medida, utilizamos uma regra de trs.


Exemplo: Determine em radianos a medida de um ngulo de 30 0
180 0 rad

Teremos:

30 0 x rad x =

30 rad

x=
rad
180
6

Observao:
Durante o curso omitiremos escrever o smbolo rad para simplificar. Assim, quando
escrevemos que a medida de um ngulo igual a

entendemos

rad

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

RAZES TRIGONOMTRICAS DE UM NGULO AGUDO


Um ngulo chamado ngulo agudo quando sua medida est compreendida entre 0 e 90
graus, como na figura abaixo:

Consideremos ento um ngulo agudo:

Tomemos vrios pontos em um de seus lados e faamos suas projees ortogonais sobre
o outro lado como indicado abaixo:
A4
A2

A3

A1
O

B1


B2 B 3

B4

Os tringulos OA 1 B1 , OA 2 B 2 , OA 3 B3 , OA 4 B4 , etc, so semelhantes, pois tm dois ngulos


com a mesma medida ( um ngulo de 90 0 e o ngulo ) e portanto, as medidas de seus
lados so proporcionais.
Da, podemos criar vrias propores. Veja a seguir:

A1 B 1
O A1

A2B 2
O A2

A3B 3
O A3

A4B 4
O A4

= ............ = K 1

Observe que as fraes acima tm o mesmo valor pois entre elas est o sinal de
igualdade. O valor acima foi ento chamado de seno do ngulo de medida .
Representamos: sen = K 1
Outras propores podem ser criadas. Veja:

Universidade de Itana
OB 1
O A1
A1 B 1
O B1
OB 1
A1 B 1
OA 1
O B1
OA 1
A1 B 1

OB 2
O A2

A2B 2

OB 2

OB2

A2B 2
OA 2
OB2
OA 2
A2B 2

OB 3
O A3

A3B 3

OB 3

O B3

A3B 3

OA 3
O B3
=

OA 3
A3B 3

OB 4
O A4

= ............ = K 2

A4B 4

OB 4

OB4

A4B 4

OA 4
OB4
=

Clculo Diferencial e Integral I

= ........ = K 3

= ......... = K 4

= .............. = K 5

OA 4
A4B 4

= ......... = K 6

As constantes K 2 , K 3 , K 4 , K 5 e K 6 recebem o nome, respectivamente de:


cosseno, tangente, cotangente secante e cossecante do ngulo de medida .
cos = k 2
tg = k 3
cot g = k 4
Representamos: sec = k
5
cos sec = k 6

Como a razo de proporcionalidade a mesma em qualquer um dos tringulos obtidos,


podemos trabalhar apenas com um deles para facilitar o raciocnio.
OA1 = hipotenusa

Assim,
A1
O

B1

A 1 B 1 = cateto oposto ao ngulo


OB 1 = cateto adjacente ao ngulo

A partir das consideraes acima, temos as seguintes definies, que devero ser
memorizadas.

Universidade de Itana
A1

Clculo Diferencial e Integral I


sen =

A1B 1

cos =

OB 1

tg =

A1B 1

0 A1

0 A1

B1

0B 1

cot g =

sec =

cateto oposto
hipotenusa

cateto adjacente
hipotenusa

cateto oposto
cateto adjacente

OB 1

A1 B 1

OA 1
0B 1

cos sec =

cateto adjacente
cateto oposto

hipotenusa
cateo adjacente

0 A1
A1B 1

hipotenusa
cateto oposto

Veja o exemplo:
Consideremos o tringulo retngulo abaixo representado:

3
5

sen =

cos =
4
tg =

4
5

3
4

cot g =
sec =

4
3

5
4

cos sec =

5
3

Observao: As relaes que aparecem com mais frequncia so o seno, cosseno e


tangente. As outras so simplesmente inverses das primeiras.
RAZES TRIGONOMTRICAS DE 30 0, 45 0 E 60 0
Consideremos um tringulo retngulo e issceles:
x=a

Os catetos tm a mesma medida ( issceles ). Seja a essa medida

e x a medida da hipotenusa. Usando o teorema de Pitgoras:


45 0
a

x 2 = a 2 + a 2 x 2 = 2a 2 x =

2a 2 x = a

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Aplicando as definies de seno, cosseno e tangente, teremos:

sen 45 0 =

cos 45 0 =

tg 45 0 =

a
a

2
a

2
2
2
2

. Portanto, sen 45 0 =

2
2

. Portanto, cos 45 0 =

a 1
= = 1 . Portanto, tg 45 0 = 1
a
1

Consideremos agora um tringulo eqiltero de lado a


A altura de um tringulo eqiltero em funo de seu lado dada
30 0

frmula: h =

h
0
60
a
2
a

h=

( geometria elementar )

Extraindo da figura acima apenas o tringulo que nos interessa e


aplicando as definies de seno, cosseno e tangente:
60

30 0

a
2

sen 30 0

a 3
a
a 3 1
3
a
1
1
= 2 = = e sen 60 0 = 2 =
=
a
2 a
2
a
2
a
2

a
cos 30

tg 30 0 =

2
a

3
2

a
3
1
a 1 1
0
=
e cos 60 = 2 = =
a
2
a
2 a 2

a
2
a

a
2
1

=
=
e tg 60 0 =
2 a 3
3
3

2
Poderemos ento, montar a tabela seguinte, que dever ser memorizada:

3
2
a
2

3
2

2
=
a

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

30 0
sen
cos

45 0

60 0

1
2

2
3

2
1
2

3
1
3
Com o que foi visto at agora, podemos trabalhar apenas com ngulos agudos. Para
ampliar o estudo necessrio um estudo de arcos e ngulos.
tg

ARCOS E NGULOS
NGULO CENTRAL
Consideremos um crculo de centro O e raio R. O ngulo formado por dois raios deste
crculo chamado ngulo central e tem a mesma medida do arco determinado por eles no
crculo. Veja figura:
M
R
O

AM

) = m ( )

Portanto, a partir de agora, no faremos mais distino entre arco e ngulo pois
estaremos sempre trabalhando com suas medidas.
Assim,

sen

AM

)=

sen

CICLO TRIGONOMTRICO
Consideremos um crculo de raio unitrio ( medida igual a 1 ) com centro na origem do
plano cartesiano. Veja figura:
y
O ponto A chamado origem, e quando um ponto se move
sobre
o crculo no sentido anti-horrio, a partir de A,
M
descreve um arco de medida positiva. Se o movimento for no
II
I
sentido horrio, sua medida ser negativa.
A
x
O
IV
III
Assim, m ( AM ) > 0 e m ( AN ) < 0
N
Os eixos dividem o crculo em quatro regies distintas
chamadas quadrantes, assim distribudos:

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

1 quadrante: entre 00 e 90 0 ( I )
2 quadrante: entre 900 e 180 0 ( II )
3 quadrante: entre 1800 e 270 0 ( III )
4 quadrante: entre 2700 e 360 0 ( IV )
ARCOS CNGRUOS
Se um ponto se move no crculo e para em um ponto M no sentido anti-horrio, a
medida do arco AM um nmero positivo " " . Se outro ponto d uma volta completa e
pra no mesmo ponto M sua medida ser a medida de AM acrescida de 2 rad .
Assim, podemos imaginar vrios arcos determinados por pontos que do voltas completas
e sempre param no ponto M e temos ento uma expresso chamada expresso geral
dos arcos cngruos de AM .
Escrevemos: AM = + k 2 , k Z ou ainda, AM = + 2 k , k Z
O valor de chamado menor determinao do arco AM .
Os arcos descritos acima so chamados arcos cngruos.
Exemplo:
So arcos cngruos: 30 0, 390 0, 750 0, - 330 0, - 690 0, etc, que equivalem, em radianos, s
11
23
13 25
medidas:
, etc.
,
,
,
,
6
6
6
6
6
Para determinarmos a menor determinao positiva de um arco procedemos da seguinte
forma:
A ) O arco est medido em graus.
Determine a menor determinao do arco de medida 1380 0
1380 0 360 0
30 0

Da, 1380 0 = 3 360 + 300 0 ( significa que o ponto deu trs voltas
completas e parou em 300 0 na quarta volta.)

Portanto, a menor determinao do arco de 1380 0 300 0


B ) O arco est medido em radianos.
Exemplo 1: determine a menor determinao do arco de medida

26
rad
3

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Pensamos no primeiro nmero abaixo de 26 que mltiplo de 3. Este nmero o 24 e a


diviso de 24 por 3 igual a 8, que um nmero par.
Da,

26
24
2
2
2
( significa que o ponto deu quatro
=
+
=8 +
=42 +
3
3
3
3
3
2
na quinta volta.)
voltas completas e parou em
3

Portanto, a menor determinao do arco de

26
2
rad
rad
3
3

Exemplo 2: determine a menor determinao do arco de medida

34
rad
3

Pensemos no primeiro nmero abaixo de 34 que mltiplo de 3. Este nmero o 33 e a


diviso de 33 por 3 igual a 11, que um nmero mpar. O primeiro abaixo de 33 que
mltiplo de 3 o 30 e a diviso de 30 por 3 10 que um nmero par
34
30
4
4
4
( significa que o ponto deu cinco
=
+
= 10 +
=52 +
3
3
3
3
3
4
na quinta volta.)
voltas completas e parou em
3

Da,

Portanto, a menor determinao do arco de

34
4
rad
rad
3
3

Exerccios ( Devero ser resolvidos pelos alunos em casa )


01-) Num tringulo retngulo, os dois catetos medem, respectivamente, 12 cm e 5 cm.
Determine:
A) A medida da hipotenusa

Resp: 13 cm

B) Os valores do seno, cosseno e tangente do ngulo de medida oposto ao menor


cateto.
5

sen = 13
Resp:
12
cos =
13

tg = 5

12
02-) Transforme em radianos as medidas dadas em graus:
A) 300 0

Resp:

5
3

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

B) 240 0

Resp:

4
3

C) 150 0

Resp:

5
6

D) 225 0

Resp:

5
4

02-) Transforme em graus as medidas dadas em radianos:


A)

B)

7
4

Resp: 315 0

Resp: 30 0

C)

3
4

Resp: 135 0

D)

2
3

Resp: 120 0

03-) Escreva e expresso geral dos arcos seguintes, dando a sua menor determinao:
A) 830 0

110 0 + k 360 0 ; k Z
Resp:
110 0

B) 4730 0

50 0 + k 360 0 ; k Z
Resp:
50 0

55
C)
3

3 + 2k ; k Z
Resp:

89
D)
6

5
6 + 2k ; k Z
Resp:
5

04-) Calcule o valor de cada uma das expresses seguintes:

Universidade de Itana

A)

Clculo Diferencial e Integral I

sen 2550 0 + tg 1845 0


cos sec 2190

Resp:

109
25
+ cot g
6
3
B)
61
43
tg
cos sec
6
3
cos

3
4

Resp:

5
2

3.6.2 Funes Trigonomtricas


3.6.2.1 Funo Seno
Consideremos o ciclo trigonomtrico e neste ciclo, um ponto M que se desloca no
sentido positivo ( anti-horrio ), at parar em um determinado lugar. ( Veja figura ). Este
ponto M ( x, y ) determinar um arco AM e consequentemente, um ngulo central de
medida .
y
M

( x,

x
x

Definimos funo seno de como sendo a funo que associa cada R ao valor de
y , ordenada do ponto M. Assim, sen = y . Como o maior valor de y 1 e o menor
valor 1,

1 sen 1

Variao de Sinais
Veja nos ciclos trigonomtricos das figuras, os sinais das ordenadas de um ponto M
localizado em cada um dos quadrantes:
y
y
y
y

M
M

Observe que os pontos localizados no primeiro e segundo quadrantes, tm ordenadas


positivas enquanto que pontos localizados no terceiro e quarto quadrantes, tm
ordenadas negativas.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Assim, os senos dos arcos localizados no primeiro ou segundo quadrantes, so positivos


enquanto os senos dos arcos localizados no terceiro ou quarto quadrantes, so negativos.
Resumindo os sinais dos senos, temos:

Variao de Valores
Para estudarmos a variao de valores da funo seno, atribuiremos a os valores
correspondentes aos arcos que tm extremidades nas divises dos quadrantes. Veja a
tabela de correspondncia e o grfico do seno ( senoide )
sen

sen
0

1
2

3
2
2

3
2

3
2

3.6.2.2 Funo Cosseno


Consideremos o ciclo trigonomtrico e neste ciclo, um ponto M que se desloca no
sentido positivo ( anti-horrio ), at parar em um determinado lugar. ( Ver figura ). Este
ponto M ( x, y ) determinar um arco AM e consequentemente, um ngulo central de
medida .
y
M

( x,

A
x
x

Definimos funo cosseno de como sendo a funo que associa cada R ao valor
de x , abscissa do ponto M. Assim, cos = x Como o maior valor de x 1 e o menor
valor 1,

1 cos 1

Variao de Sinais

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Veja nos ciclos trigonomtricos das figuras os sinais das abscissas de um ponto M
localizado em cada um dos quadrantes:
y
y
y
y
M

Observe que os pontos localizados no primeiro e quarto quadrantes, tm abscissas


positivas enquanto que pontos localizados no segundo e terceiro quadrantes, tm
abscissas negativas.
Assim, os cossenos dos arcos localizados no primeiro ou quarto quadrantes, so positivos
enquanto os cossenos dos arcos localizados no segundo ou terceiro quadrantes, so
negativos.
+
+

Resumindo os sinais dos senos, temos:


Variao de Valores

Para estudarmos a variao de valores da funo cosseno, atribuiremos a os valores


correspondentes aos arcos que tm extremidades nas divises dos quadrantes. Veja a
tabela de correspondncia e o grfico do cosseno ( cossenide )

3
2
2

cos

cos
1

0
1

3
2

2
0

3
2

0
1

3.6.2.3 Funo Tangente


Para o estudo da funo tangente iremos acrescentar um eixo paralelo ao eixo das
ordenadas, onde iremos medir os valores das tangentes de um arco. Veja a figura:
y
T
M

tg = AT

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Variao de Sinais
Veja nos ciclos trigonomtricos das figuras, os sinais das tangentes de um arco localizado
em cada um dos quadrantes:
y
y
y
y
M

Observe que os arcos localizados no primeiro e terceiro quadrantes, tm tangentes


positivas, enquanto que arcos localizados no segundo e quarto quadrantes, tm tangentes
negativas.
+
Resumindo os sinais das tangentes, temos:
+
Variao de Valores
Para estudarmos a variao de valores da funo tangente, atribuiremos a os valores
correspondentes aos arcos que tm extremidades nas divises dos quadrantes. Veja a
tabela de correspondncia e o grfico da tangente.
tg

tg

3
2

3
2

3
2

seno, muito pequenas

( )

3
e
tm tangentes muito grandes ( +
2
2
e nesses pontos, teremos assntotas no grfico.

Observe que arcos prximos de

ou

3.6.2.4 Funo Cotangente


Para o estudo da funo cotangente iremos acrescentar um eixo paralelo ao eixo das
abscissas, onde iremos medir os valores das cotangentes de um arco. Veja a figura:

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

y
B

T
M

cot g = BT
A

Variao de Sinais
Veja nos ciclos trigonomtricos das figuras, os sinais das cotangentes de um arco
localizado em cada um dos quadrante
y
y
y
y
M

x
M

Observe que os arcos localizados no primeiro e terceiro quadrantes, tm cotangentes


positivas enquanto que arcos localizados no segundo e quarto quadrantes, tm
cotangentes negativas.
+
Resumindo os sinais das cotangentes, temos:
+
Variao de Valores
Para estudarmos a variao de valores da funo cotangente, atribuiremos a os valores
correspondentes aos arcos que tm extremidades nas divises dos quadrantes. Veja a
tabela de correspondncia e o grfico da cotangente.

co tg

3
2

cot g

3
2

2
0

3
2

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Observe que arcos prximos de


seno, muito pequenas

( )

0 e

tm cotangentes muito grandes

( + ) ou

e nesses pontos, teremos assntotas no grfico. ( O eixo

das ordenadas j uma assntota.


3.6.2.5 Funo Secante
Consideremos o ciclo trigonomtrico e neste ciclo, um ponto M que se desloca no
sentido positivo ( anti-horrio ), at parar em um determinado lugar. ( Ver figura ). Este
ponto M ( x, y ) determinar um arco AM e consequentemente, um ngulo central de
medida .
y

sec = OT

Variao de Sinais
Veja nos ciclos trigonomtricos das figuras, os sinais das secantes de um arco localizado
em cada um dos quadrantes:
y
y
y
y
M

x
M

x
M

Observe que os arcos localizados no primeiro e quarto quadrantes, tm secantes


positivas enquanto que arcos localizados no segundo e terceiro quadrantes, tm secantes
negativas.
+
Resumindo os sinais das secantes, temos:
+
Variao de Valores
Para estudarmos a variao de valores da funo secante, atribuiremos a os valores
correspondentes aos arcos que tm extremidades nas divises dos quadrantes. Veja a
tabela de correspondncia e o grfico da secante.

Universidade de Itana

sec

sec

Clculo Diferencial e Integral I

3
2

seno, muito pequenas

( )

3
tm secantes muito grandes ( +
2
2
e nesses pontos, teremos assntotas no grfico.

Observe que arcos prximos de

ou

3.6.2.6 Funo Cossecante


Consideremos o ciclo trigonomtrico e neste ciclo, um ponto M que se desloca no
sentido positivo ( anti-horrio ), at parar em um determinado lugar. ( Ver figura ). Este
ponto M ( x, y ) determinar um arco AM e consequentemente, um ngulo central de
medida .
y
T

M
cos sec = OT

Variao de Sinais
Veja nos ciclos trigonomtricos das figuras, os sinais das cossecantes de um arco
localizado em cada um dos quadrantes:
y
y
y
y

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Observe que os arcos localizados no primeiro e segundo quadrantes, tm cossecantes


positivas enquanto que arcos localizados no terceiro e quarto quadrantes, tm
cossecantes negativas.
+ +
Resumindo os sinais das cossecantes, temos:

Variao de Valores
Para estudarmos a variao de valores da funo cossecante, atribuiremos a os valores
correspondentes aos arcos que tm extremidades nas divises dos quadrantes. Veja a
tabela de correspondncia e o grfico da secante.

cos sec

cos sec
+

+
1

3
2

Observe que arcos prximos de


seno, muito pequenas

( )

tm cossecantes muito grandes ( + ) ou


2
e nesses pontos, teremos assntotas no grfico.O eixo
0 e

das ordenadas j uma assntota.


Relaes Trigonomtricas Fundamentais
b
a
Elevando ao quadrado e somando as igualdades:
c
cos =
a
sen =

b2
2
2
2
sen = 2
a sen 2 + cos 2 = b + c

2
a2
cos 2 = c

a2

Pelo

teorema

de

Pitgoras

a2 = b2 + c2.

igualdade acima, sen 2 + cos 2 =

a2

Substituindo

sen 2 + cos 2 = 1

na

Universidade de Itana
tg =

Clculo Diferencial e Integral I

b
. Dividindo o numerador e o denominador desta frao por a :
c

b
tg = a Como
c
a

cot g =

c
. Dividindo o numerador e o denominador desta frao por a :
b

c
cot g = a
b
a
sec =

b
sen
a
tg =
c
cos
cos =
a
sen =

b
a
Como
c
cos =
a
sen =

cot g =

cos
1
=
sen
tg

a
. Dividindo o numerador e o denominador desta frao por a :
c

a
c
sec = a Como cos =
c
a
a
cos sec =

sec =

1
cos

a
. Dividindo o numerador e o denominador desta frao por a :
b

a
b
cos sec = a Como sen =
b
a
a

cos sec =

1
sen

Tomemos agora a primeira identidade demonstrada : sen 2 + cos 2 = 1


Dividindo esta igualdade por cos 2 , teremos:

sen 2
cos 2
1
+
=
. Da,
2
2
cos
cos
cos 2

tg 2 + 1 = sec 2

Dividindo a mesma igualdade por sen 2 , teremos:

sen 2
cos 2
1
+
=
. Da,
2
2
sen
sen
sen 2

cot g 2 + 1 = cos sec 2

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Vamos agora montar uma tabela com as identidades fundamentais:

sen 2 + cos 2 = 1
sen
tg =
cos
cot g =
sec =

tg 2 + 1 = sec 2
cot g 2 + 1 = cos sec 2

cos
1
=
sen
tg

1
cos

cos sec =

1
sen

Reduo ao Primeiro Quadrante


Quando temos um arco localizado no segundo, terceiro ou quarto quadrantes, possvel
determinar um arco localizado no primeiro quadrante de tal forma que suas funes
trigonomtricas sejam iguais ( em valor absoluto ) s dos arcos localizados em outros
quadrantes. Para isto, usamos as frmulas de reduo ao primeiro quadrante que
passaremos a determinar
A) O arco est localizado no segundo quadrante
Observando a figura, vemos que + = 180 0

Da, = 180 0

que a frmula que nos permite

determinar o arco do primeiro quadrante que


equivalente ao do segundo

Veja o exemplo:
Calcule o valor de cos 150 0
Como vemos, 150 0 um arco compreendido entre 90 0 e 180 0 sendo portanto, um arco
do segundo quadrante.
Teremos: = 180 0 = 180 0 150 0 = 30 0

Universidade de Itana
Como

cosseno

de

cos 150 0 = cos 30 0 =

3
2

Clculo Diferencial e Integral I

um

arco

do

. Ento, cos 150 0 =

segundo

quadrante

negativo,

3
2

Quando o arco medido em radianos, a frmula de reduo

Exemplo:

2
3

Calcule tg

um arco cuja medida est compreendida entre


e e portanto, um arco do
3
2
segundo quadrante.
Teremos: : = =

=
3
3

Como a tangente de um arco do segundo quadrante negativa, tg


. Ento, tg

2
=
3

= tg
=
3
3

B) O arco est localizado no terceiro quadrante

Observando a figura, vemos que

Da, = 180 0

= 180 0

que a frmula que nos permite

determinar o arco do primeiro quadrante que

equivalente ao do terceiro

Veja o exemplo:
Calcule o valor de sen 225 0
Como vemos, 225 0 um arco compreendido entre 180 0 e 270 0 sendo portanto, um
arco do terceiro quadrante.
Teremos: = 180 0 = 225 0 180 0 = 45 0

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Como o seno de um arco do terceiro quadrante negativo, sen 225 0 = sen 45 0 =


Ento,

sen 225 0 =

2
2

2
2

Quando o arco medido em radianos, a frmula de reduo =


Exemplo:
Calcule cos

4
3

4
3
um arco cuja medida est compreendida entre e
e portanto, um arco do
3
2
terceiro quadrante.
Teremos: : = =

=
3
3

Como o cosseno de um arco do terceiro quadrante negativo, cos


Ento, cos

1
.
= cos
=
3
3
2

4
1
=
3
2

C) O arco est localizado no quarto quadrante


M

Observando a figura, vemos que + = 360


0
Da, = 360

que a frmula que nos permite

determinar o arco do primeiro quadrante que equivalente ao do quarto.


Veja o exemplo:
Calcule o valor de cos 330 0
Como vemos, 330 0 um arco compreendido entre 270 0 e 360 0 sendo portanto, um
arco do quarto quadrante.
Teremos: = 360 0 = 360 0 330 0 = 30 0

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Como o cosseno de um arco do quarto quadrante positivo, cos 330 0 = cos 30 0 =

cos 330 0 =

Ento,

= 2

Quando o arco medido em radianos, a frmula de reduo

5
3

Calcule tg

5
3
um arco cuja medida est compreendida entre
e 2 e portanto, um arco
3
2
do quarto quadrante.
Teremos: : = 2 = 2

5
=
3
3

Como a tangente de um arco do quarto quadrante negativa, tg


5
=
3

Ento, tg

= tg
=
3
3

Exerccios ( Devero ser resolvidos pelos alunos em casa )


01-) Calcule os valores das expresses:
A) cos sec

B) cot g

29
3

35
4

C ) sec

41
3

D) sen

55
6

02-) Sendo sen x =

Re sp :

2 3
3

Re sp : 1

Re sp : 2

Re sp :

1
2

2
e x um arco do segundo quadrante, calcule cot g x
3
Re sp :

5
2

3 .

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

03-) Sendo tg x = 3 e x um arco do terceiro quadrante, calcule sen x


Re sp :

04-) Determine m R tal que tg x =

05-) Dado cos x =

10
10

m 1
5
e cot g x = 8 Re sp : m =
2
4

sec x cos sec x


4

e 0 < x < , calcule o valor de y = 12 .


5
2
1 cot g x

Re sp : y = 15

06-) Sabendo que cos sec x =

5
e x um arco do primeiro quadrante, calcule o valor da
4

expresso 25 sen 2 x 9 tg 2 x

Re sp : 0

x
cos 4 x + 2 tg sen 2 x

2
07-) Determine o valor da expresso y =
para x =
cot g x . cos sec x + sec 8 x
2
Re sp : y = 3

3.6.3 Funes Trigonomtricas Inversas


3.6.6.1 Funo arco seno


Consideremos a funo f : ,
[ 1 , 1
2 2

( x ) = sen x . Seu grfico ser

y
1

2
1

Veja que esta funo crescente em seu domnio e portanto, possui funo inversa.
Chamamos funo arco seno funo inversa da funo seno, dentro das condies
estabelecidas acima. Assim,

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I


f : [ 1 , 1 ] ,

2 2

(x)

= arc sen x

O grfico da funo arco seno ter um aspecto parecido com o grfico abaixo:
y

1
1

3.6.6.2 Funo arco cosseno


Consideremos a funo f : [ 0 ,

] [ 1 , 1 ]

( x ) = cos

x . Seu grfico ser:

y
1

0
1

Veja que esta funo decrescente em seu domnio e portanto, possui funo inversa.
Chamamos funo arco cosseno funo inversa da funo cosseno, dentro das
condies estabelecidas acima. Assim,
f : [ 1 , 1 ] [ 0 ,

= arc cos x

O grfico da funo arco cosseno ter um aspecto parecido com o grfico abaixo:
y

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

3.6.6.3 Funo arco tangente


Consideremos a funo f : ,
R
2 2

( x ) = tg

x . Seu grfico ser:

Veja que esta funo crescente em seu domnio e portanto, possui funo inversa.
Chamamos funo arco tangente funo inversa da funo tangente, dentro das
condies estabelecidas acima. Assim,


f :R ,

2 2

(x)

= arc tg x

O grfico da funo arco tangente ter um aspecto parecido com o grfico seguinte:

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

1 . LIMITES
1.1- NOO INTUITIVA DE LIMITES
Seja a funo dada por f ( x ) = 3 x 1 . Estudemos o seu comportamento quando fazemos
a varivel

se aproximar de um nmero real ( por exemplo, se aproximar de 2 ).

1,9

1,99

1,999

.............................

f (x)

4,7

4,97

4,997

...............................

2,1

2,01

2,001

.............................

f (x)

5,3

5,03

5,003

...............................

Note que quando a varivel

se aproxima de 2, os valores da funo f ( x ) se aproximam

de 5
Intuitivamente, dizemos que o limite da funo f ( x ) quando

se aproxima de 2 igual a

5 e representamos lim ( 3x 1 ) = 5
x2

Observemos que f ( 2 ) = 3 2 1 = 5 . Porm, nem sempre isto acontece. Vejamos o


exemplo seguinte: seja a funo dada por
comportamento quando fazemos a varivel

f (x)=

2,9

2,99

2,999

.............................

f (x)

5,9

5,99

5,999

...............................

3,1

3,01

3,001

.............................

f (x)

6,1

6,01

6,001

...............................

aproximam de 6

. Estudemos o seu

se aproximar do nmero real 3.

Observe que quando a varivel

x2 9
x 3

se aproxima de 3, os valores da funo f ( x ) se

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Intuitivamente, dizemos que o limite da funo f ( x ) quando


6 e representamos lim
x3

x2 9

x 3

se aproxima de 3 igual a

= 6

Quando calculamos f ( 3 ) , temos: f ( 3 ) =

32 9
0
=
33
0

1.2 VIZINHANA NA RETA REAL


Chamamos vizinhana de um nmero real c , de raio , ao intervalo aberto
V ( c ) = ] c , c + [ . Exemplo: V 0 ,1 ( 5 ) = ] 5 0 ,1, 5 + 0 ,1 [ = ] 4 ,9 ; 5 ,1 [ .
1.3 DEFINIO DE LIMITE
f (x) = l

Dizemos que lim


xc

se e somente se, atribuda uma vizinhana arbitrria de l

com raio , for possvel determinar uma vizinhana de


V ( c ) tenham suas imagens em V ( l ) , x c .

c,

com raio tal que pontos de

Formalizando:
x ]c , c + [ f ( x ) ]l , l + [
c < x < c + l < f (x) < l +
< x c < < f ( x ) l <
xc <

f (x) l <

Assim, se lim

f (x) = l,

xc

temos: x c < f ( x ) l < .

Exemplo: Mostre atravs da definio de limite que lim ( 3x 1 ) = 5


x2

Temos:
x 2 < 3x 1 5 <
3x 6 < 3 . ( x 2 ) < 3 . x 2 < x 2 <

Comparando
x2 <
x2 <

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Assim, atribuda uma vizinhana V ( l ) , basta que construamos uma vizinhana V ( c ) tal
que

e da, afirmar que pontos de

V ( c )

tero suas imagens em V ( l ) , x c e da

fica demonstrado o nosso limite. Veja no esquema seguinte:


R
R

o
c
o

Provar que um limite verdadeiro atravs da definio muito trabalhoso e s vezes


impraticvel, devido complexidade de algumas funes. Passaremos a seguir a estudar
algumas tcnicas que nos permitiro calcular alguns limites.
1.4 PROPRIEDADES DOS LIMITES
01-) lim [ f ( x ) + g ( x ) ] = lim f ( x ) + lim g ( x )
x c

x c

xc

02-) lim [ f ( x ) g ( x ) ] = lim f ( x ) lim g ( x )


x c

x c

03-) lim f
g
x c

(x)
( x )

lim f
x c
=
lim g
x c

( x)

( x)

04-) lim [ f ( x ) ] = [ lim f ( x ) ]


n

x c

(x)

lim f

= ax c

(x)

06-) lim log [ f ( x ) ] = log


xc

desde que g ( x ) 0

x c

x c

05-) lim a

xc

desde que a R e 0 < a 1

[ lim

xc

f (x)

desde que f

( x ) > 0; a R

e0< a 1

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Observaes:
01-) Poderamos enumerar outras propriedades, mas deixaremos para faz-lo, se
necessrio, durante o curso.
02-) No demonstraremos as propriedades dadas.
1.5 CLCULO DE ALGUNS LIMITES
01-) O limite da funo constante a prpria constante.
Assim, lim k = k ; c, k R
x c

Exemplo: lim 7 = 7
x 5

02-) O limite da funo identidade

(x)=

x ) , igual ao valor da tendncia da varivel.

Assim, lim x = c ; c R
x c

Exemplo: lim x = 5
x 5

03-) O limite de um polinmio quando x c igual ao valor numrico do polinmio


quando x = c
Assim, lim P ( x ) = P ( c ) ; c R
x c

Demonstrao:
Seja P ( x ) = a 0 x + a 1 x
n

n 1

+ a2 x

n2

+ ........... + a n 1 x + a n uma funo polinomial de

grau n
n
n 1
n2
lim a 0 x + a 1 x
+ a2 x
+ .......... . + a n 1 x + a n

xc

[ ]

n
n 1
+ lim a x n 2 + ........... + lim a x + lim a
= lim a 0 x + lim a 1 x
n 1
x c 2

xc
xc n
x c
x c

lim a 0 . [ lim x ] + lim a 1 . [ lim x ]


n

xc

xc

a 0 c + a1 c

n 1

xc

+ a2c

n2

x c

n 1

+ lim a 2 . [ lim x ]
xc

xc

+ .......... + a n 1 c + a n = P ( c )

n2

+ ... + lim a n 1 . lim x + lim a n


x c

x c

xc

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Exemplo:
3
2
3
2
lim 2 x + 3 x 5 x + 1 = 2 . ( 1 ) + 3 . ( 1 ) 5 . ( 1 ) + 1 = 2 + 3 + 5 + 1 = 7

x 1

Portanto,

3
2
lim 2 x + 3 x 5 x + 1 = 7

x 1

04-) Limite de uma funo racional.

lim

x c

P (x)
lim
=
lim
xc Q ( x )

x c

[ P (x) ]
[ Q (x) ]

P (c )
Q (c )

Para os clculos destes limites, devemos considerar trs casos.


4.1 - P ( c ) 0 .
Se P ( c ) 0 , o valor do limite ser o resultado encontrado.

3 x 3 + x 3 3 . 2 3 + 2 3 24 + 2 3 23
=
=
=
Exemplo: lim
2
2

4+1
5
x +1
2
+
1
x2

Portanto,

3x3 + x 3
= 23
lim
2

5
x 2
x +1

4.2 - P ( c ) = Q ( c ) = 0
Se P ( c ) = Q ( c ) = 0 , o valor do limite indicar como resultado o valor

0
.
0

0
no tem significado real e na teoria dos limites ele considerado um
0
valor indeterminado, ou simplesmente, uma indeterminao.

Porm, o valor

Para o clculo de limites deste caso, devemos fatorar os polinmios e calcular o limite da
expresso simplificada.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Exemplo:

x 2 9 32 9 0
=
lim
= ( indeterminao )
33
0
x3

x 2 9
(x 3) (x + 3)
= lim
Resolvendo: lim
= lim
x3
x 3 x 3 x 3
x 3

x+3

)=3+3=6

x 2 9
= 6
lim
x 3 x 3

Alguns polinmios no se enquadram nos casos de fatorao mais usuais. Quando isso
acontece, podemos fazer a fatorao dos mesmos usando o dispositivo de Briot-Ruffini.
3

2
x
+ 5 x + 26
Exemplo: calcule o limite: lim
5

x 2
35 + x

2 . ( 2 ) + 5 . ( 2 ) + 26
3

-2

32 + ( 2 )
2
2

26

- 4 13

16 10 + 26 0
=
( indeterminao )
32 32
0
-2

1
1

0
-2

( x + 2 ) 2 x 4 x + 13

= lim
4
3
2
( x + 2 ) x 2 x + 4 x 8 x + 16
x 2

4.3 - P ( c ) 0 e Q ( c ) = 0

P( x ) P(c )
lim
R
=
0
Q( x )

x c

0
4

- 8 16

32
0

2 x 4 x + 13

=
lim

4 2 x 3 + 4 x 2 8 x + 16

x 2 x

29
=
80

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Para estudarmos esse limite, temos de estudar algumas teorias:


4.3.1 Limites laterais
Como vimos no incio do curso de limites, na noo intuitiva de limites, quando
calculamos um limite, estudamos a aproximao da tendncia da varivel livre, com
valores anteriores e posteriores a ela. Reveja o exemplo:
Seja a funo dada por f ( x ) = 3 x 1 . Estudemos o seu comportamento quando fazemos
a varivel

se aproximar de um nmero real ( por exemplo, aproximar de 2 ).

1,9

1,99

1,999

.............................

f (x)

4,7

4,97

4,997

...............................

2,1

2,01

2,001

.............................

f (x)

5,3

5,03

5,003

...............................

Note que quando a varivel

se aproxima de 2, os valores da funo f ( x ) se aproximam

de 5
Quando analisamos as tabelas, podemos separar os limites da seguinte forma:

lim ( 3 x 1 ) = 5 e lim ( 3 x 1 ) = 5 . Esses limites, quando analisados separadamente,


x 2
x<2

x2
x>2

so chamados limites laterais.

O primeiro, chamado limite lateral esquerda , iremos representar por lim ( 3 x 1 ) = 5 e


x 2

o segundo, limite lateral direita, cuja representao ser lim ( 3 x 1 ) = 5 .


x 2+

Para calcularmos um limite lateral nos valeremos tambm da noo intuitiva de limites.
Veja:
1,9

2 0,1

1,99 =

2 0,01

1,999 =

2 0,001

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Observe que quanto mais perto de 2 chegamos, o nmero considerado da forma 2 h,


e o valor de h sempre mais prximo de zero.
Assim, se x 2 , 2 = 2 h e h 0 ; h > 0 .
Portanto, lim ( 3 x 1 ) = 5 = lim [ 3 . ( 2 h ) 1 ] = lim [ 5 3 h ] = 5
x 2

h 0

h 0

Quando procedemos da mesma forma para o clculo do limite lateral direita, temos:

x 2+ , 2 = 2 + h e h 0 ; h > 0 .
Resumindo, lim f ( x ) = lim f ( c h

lim f ( x ) = lim f ( c + h

h 0

x c

x c+

h 0

Existe um teorema chamado teorema da unicidade dos limites, que enunciaremos e no


demonstraremos.
Se existe lim f ( x ) , ele nico .
x c

A conseqncia natural desse teorema que se existe lim f ( x ) , seus limites laterais
x c

so necessariamente iguais. Portanto:


Se existe lim f ( x ) lim f ( x ) = lim+ f ( x ) .
x c

x c

x c

k
4.3.2 Anlise do limite: lim

x 0
x

Quando diminumos o valor do denominador de uma frao fazendo com que ele se
aproxime de zero, o valor da frao assume um valor de mdulo muito grande. Veja os
exemplos:
Se x = 0,00000001

5
5
=
= 50000000
x 0,00000001

Se x = 0,00000001

5
5
=
= 50000000
x
0,00000001

k
k
Quando generalizamos, lim
= + e lim

= .
+

x 0 x
x 0 x
k
Conseqentemente, lim
.
x 0 x

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Exerccios: devero ser resolvidos pelo professor em sala:


Calcule os limites seguintes:
01-) lim

x 2

(2 x 3 5 x + 7 )

3
+1
x
02-) lim 2
x 1 x 5 x + 1

3
x
+ 5 x 12
03-) lim
4

x 3
81 x

2 x + 5
04-) lim

x3 3 x

x + x 2
05-) lim 2
x 2 x 4 x + 4

x
+ 4x + 3
06-) lim 3
2

x 1 x + 3 x
+ 3 x + 1

Exerccios: devero ser resolvidos pelos alunos em casa:


Calcule os limites seguintes:

01-) lim 3 x 2 + 7 x 5
x 1

Resp: - 9

2 x + x 4

02-) lim
2
x 2 x + x 5

Resp:

3
2

2 x 5 x x + 6

03-) lim
4

x 2
16 x

Resp:

5 x + 2
04-) lim

x 5 5 + x

Resp: no existe

22
3

3
32

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

x + 2 x 1
05-) lim 2

x 3
x + 6x + 9

Resp: +

x 5x + 6

06-) lim
3
2

x 2
x 6 x + 12 x 8

Resp:

2x + 3
07-) lim 2
x 2
x 5x +

Resp: no existe

05-) Limites que comparecem os termos


Para calcularmos limites que envolvem polinmios e x , observemos:
k
lim k = k ; lim x = e lim
=0
x
x
x x

As expresses e
5.1 - lim

lim

[ P (x) ]

[ P (x) ] =

= lim
x

so consideradas formas indeterminadas.

a0 x

n
n 1
n2

+ a2 x
+ ....... + a n 1 x + a n
lim a 0 x + a 1 x

an 1
a
a
a2

. 1 + 1 +
+
.......
+
+ nn
2
n

1
an x

an x
x
x

an 1
a
a
a2
n

+
.......
+
+ nn
= lim a 0 x . lim 1 + 1 +
2
n

1
x
an x
x
an x
x
x

n
n

= lim a 0 x . ( 1 + 0 + 0 + ........ + 0 + 0 ) = lim a 0 x .


x

Portanto,

lim

[ P (x) ] =

lim

a xn
0

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Exemplos: para serem resolvidos pelo professor em sala:


Calcule os limites:
5
2

01-) lim 2 x + 3 x 5 x + 7

x +
2
5

02-) lim 2 + 3 x 5 x 7 x

5
3

3x 2x + 7x

03-) lim
3

x
2x + 5x + 1

3
2

3x 2x + 7x

03-) lim
3
2

x
2x + 5x + 1

x
3
2x + 7

03-) lim
5
3

x + 2x + 5x + x + 1

06-) Limites que contm radicais


lim n
x c

f ( x ) = n lim f ( x )
x c

Exemplo: lim

5 4x =

x 1

lim

x 1

( 5 4x )

5 4 . ( 1 ) =

5+4 =

9 =3

Observao:
Quando um limite contm radicais de ndice 2 ( razes quadradas ) e indeterminado,
devemos racionalizar a parte que contm radicais para levantar a indeterminao.
Exemplos : devero ser resolvidos pelo professor em sala:

01-) lim
x 2

2 x + 5 3
5

32 x

x + 5x + 6

02-) lim
5 16 3 x
x 3

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

5 x + 36 4
03-) lim

2 8 + x
x 4

07-) Limites Fundamentais


7.1 - Sequncia de Euler
1

a sequncia cujo termo geral dado por a n = 1 +

Se n = 1 a 1 = 1 + a 1 = 2
1

n = 2 a2 = 1 +
a 2 = 2,25
2

n = 3 a 3 = 1 + a 3 = 2,3703703703
3

...............................

n = 50000 a 50000

= 1+

50000

50000

a 50000 = 2,7182546461

O que se observa que aumentando o valor de n , o valor de a n aumenta muito pouco e


possvel se demonstrar que aumentando infinitamente o valor de n o valor de a n tende
a se aproximar de 2,71828182846... que um nmero irracional, chamado nmero de
Euler e representado pela letra e .
n

Intuitivamente, podemos escrever:

lim 1 +
=e
n
n

Note que numa substituio direta, lim 1 +


=1
n
n

O smbolo 1 tambm uma forma indeterminada.


Faamos agora uma modificao no limite encontrado anteriormente:

Universidade de Itana
1
1
=xn=
n
x
n x 0

lim

(1+

Clculo Diferencial e Integral I

1
x

=e

x0

A partir do exposto, criaremos ento dois limites fundamentais, a saber:

lim 1 +
=e
x
x

lim
x0

(1+

Exemplos que devero ser resolvidos pelo professor em sala.


Calcule os limites seguintes:

01-) lim 1 +
7 x
x

01-) lim 1
3 x
x

01-) lim
x0

( 1 + 4x )

3x

5x

3
2x

7.2 Funo exponencial

x
a 1
Consideremos o limite: lim
x
x0

x
a 1
Observemos que na substituio direta, lim

x
x0

Faamos a 1 = t . Da, se x 0 t 0 .
Se a 1 = t a = 1 + t x = log a ( 1 + t
x

= 0
0

1
x

=e

Universidade de Itana

x
a 1
Voltando ao limite, lim

x
x0

1
lim log a ( 1 + t

x0

1
t

Clculo Diferencial e Integral I

t
= lim
x 0 log ( 1 + t
a

=
log a lim

x0

(1+t )

1
t

1
= lim
=
x 0 1 . log ( 1 + t )
a
t

1
1
1
=
=
= ln a .
ln e
1
log a e
ln a
ln a

Concluindo,

x
a 1
lim
x
x0

= ln a

Exemplos: Devero ser resolvidos pelo professor em sala:


Calcule os limites seguintes:

5 1
01) lim
x
x0

3 81
02) lim
x4
x4

3x

2 1
03) lim
7x
x0

7 x 49

04) lim
5
x 2 32 x

5 x 25

05) lim
x
x 2 49 7

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

7.3 Limites Trigonomtricos


7.3.1 Teorema do confronto

Sejam as funes

(x )

que

Se

xc

lim f

(x)

(x ); g (x ) e h (x )

h ( x ) , x I . Seja

(x)= l

definidas em um intervalo aberto I e tais


cI

lim g ( x ) = l ( no demonstraremos esse teorema )


xc

lim h ( x ) = l

xc

Consideremos o limite
Na substituio direta ,
Observe a figura:

sen x
lim
onde x um arco medido em radianos .
x
x0
sen x sen 0 0
lim
=
=
( indeterminao ).
x
0
0
x0

y
Pela figura,

sen x

tg x

sen x x tg x

sen x
tg x
x

sen x
sen x
sen x
1

x
cos x
sen x

sen x
1

x
cos x

Como

lim 1 = 1
x0

1
lim
=1
cos x
x0

sen x
lim
=1
x
x0

( Teorema do confronto )

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Exemplos: devero ser resolvidos pelo professor em sala:


tg x
01) lim
x
x0
1 cos x
02) lim

x
x0

1 cos x

03) lim
2
x0

Exerccios ( devero ser resolvidos pelos alunos em casa:


01-) Observe o grfico da funo y = f

(x)

abaixo e determine os limites indicados:


A) lim f ( x )

x 4

B ) lim f ( x )
x 4 +

C ) lim f
x 4

( x)

D ) lim f ( x )

x 2+

E ) lim f ( x
x 2

F ) lim f

( x)

x 2

G ) lim f ( x

H ) lim f ( x

x +

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

02-) Calcule os limites seguintes:


A ) lim

x 1

( 2x

5 x 3 + 10

B ) lim 1 x + 5 x 2 x 3
x

Re sp : 13

Re sp : +

x2 7x + 6
C ) lim

x4 +1

x1

Re sp : 0

x 3 3x 2 x + 3
D ) lim

81 x 4
x 3

Re sp :

2 7x
E ) lim 2

x 2
x 4

2 7x
Re sp : lim 2

x 4

x2 + x 6
F ) lim 3

2
x 2 x 3 x + 4

x2 + x 6
Re sp : lim 3

2
x 3x + 4

2
27

2x3 5x + 1
G ) lim 5

x 3 x + x 3 x + 7

Re sp : 0

3x 2 x + 1
H ) lim

2
x +
5x +3x 2

Re sp :

3
5

Re sp :

1
6

03-) Calcule os limites seguintes:

A) lim
x 7

x + 2 3

x7

x 2 x 12
B) lim

x 4
5 x 1
2 x + 7 3
C) lim

x 1
2 5 x

Re sp : 14

Re sp :

4
3

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

04-) Calcule os limites seguintes:


2x

A ) lim 1

5x
x
B ) lim ( 1 + 2 x )

Re sp : e
3
7x

6
5

Re sp : e

6
7

x 0

05-) Calcule os limites seguintes:


3 2 x 1
A ) lim

x 2 5 x 10

1
Re sp : ln 3
5

5 3x 1
B) lim
2x

x 0 1 3

Re sp :

3 ln 5
2 ln 3

2x 8
C ) lim
3
x 3 27 x

Re sp :

8
ln 2
27

06-) Calcule os limites seguintes:

sen 5 x
A) lim
x 0
3 x

Re sp :

1 cos 3 x
B) lim

sen 5 x
x 0

Re sp : 0

1 cos 2 x
C ) lim

x 0
5x 2

Re sp :

sec x 1
D) lim

x 0 sen 3 x

Re sp : 0

sen x sen x cos x


E ) lim

x3

x 0

Re sp :

sen x + x sen x
F ) lim

x 0

5
3

2
5

1
2

Re sp : cos x

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

cos x + x cos x
F ) lim

x 0

Re sp : sen x

CONTINUIDADE
01-) Funo Contnua em um Ponto

(x)
(c )

Definio: uma funo y = f


se,

lim

xc

f (x) = f

contnua num ponto de abscissa c , se e somente

Para que a definio acima seja verdadeira, podemos desmembr-la em trs partes:
A) f

(c ) R ;

f (x)

B) existe lim
C) lim

xc

xc

f (x) = f

(c )

Exerccios para serem resolvidos pelo professor em sala.


01-) Verifique se so contnuas as funes dadas pelas equaes seguintes, nos pontos
de abscissas dadas. Nos itens A e B, represente a funo graficamente e comprove o
resultado encontrado.
2 x 5 ; se x 3

A-) f

(x)=

B-) f

(x)=

x 8 ; se x > 3

2 x 5 ; se x 3
2

x + 1 ; se x > 3

; no ponto de abscissa c = 3

; no ponto de abscissa

c=3

3x 9

; se x 2
3
C-) f ( x ) =
; no ponto de abscissa
8 x
3 x 5 ; se x = 2

02-)

Determine

2 x sen 5 x

( x ) = 1 cos 3 x

valor

; se x 0

2 3 k ; se x = 0

de

kR

de

modo

c=2

que

funo

seja contnua no ponto de abscissa c = 0 .

dada

por

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Exerccios para serem resolvidos pelos alunos em casa.


01-) Verifique se so contnuas as funes dadas pelas equaes seguintes, nos pontos
de abscissas dadas. Nos itens A B D e E, represente a funo graficamente e
comprove o resultado encontrado.

A-) f

( x ) = x

B-) f

(x)=

5 ; se x 2 ; no ponto de abscissa c = 2
3 x 7 ; se x > 2

2 x 5 ; se x 3
2

x + 1 ; se x > 3

; no ponto de abscissa

c=3

x 2 + 3 x 10

; se x 2
3
C-) f ( x ) = x 2 x 4
; no ponto de abscissa

53
; se x = 2
3x
10

c=2

x 2 4 se x 2
; no ponto de abscissa c = 2
D-) f ( x ) =
3 x 6 se x > 2
5 2 x se x 3
E-) f ( x ) =
; no ponto de abscissa c = 3
x + 1 se x > 3

02-)

Determine

valor

de

kR

de

modo

que

funo

dada

por

dada

por

2 x tg 5 x
; se x 0

seja contnua no ponto de abscissa c = 0 .


f ( x ) = 1 cos 2 x
3 2 k ; se x = 0

03-)

Determine

valor

de

x 2 5x + 6
se x 2
2

f (x)= x x 2
2k + 1
se x = 2

04-)

Determine

valor

de

kR

de

modo

que

funo

seja contnua no ponto de abscissa c = 2 .

kR

de

modo

que

funo

e 3x 1
se x 0

5x
f (x)=
seja contnua no ponto de abscissa c = 0 .
13 5 k se x = 0
5

dada

por

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

02-) Funo Contnua em um Intervalo

( x ) contnua
) , se ela contnua em todos os pontos de ( a , b ) .

Definio : Dizemos que uma funo y = f

(a,b

em um intervalo aberto

Observao: consideraremos o intervalo aberto, pois se fosse intervalo fechado, no


teramos o limite lateral esquerda no ponto de abscissa a e o limite lateral direita no
ponto de abscissa b , no podendo portanto, confirmar a existncia dos limites nestes
pontos.
Para ilustrar a definio acima, usaremos um grfico. Observe:
y

Esta funo contnua por exemplo, nos intervalos


( 1 ; 1 ) ; ( 0,5 ; 2 ) ; ( 3 ; + ) entre outros, e no
contnua por exemplo, no intervalo

( 1 ; 3 ),

no contnua no ponto de abscissa 2


2

pois ela

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

DERIVADAS
01-) Derivada de uma funo em um ponto de abscissa x o
Seja uma funo y = f

(x)

contnua em um intervalo aberto I , cujo grfico uma curva

suave em I , e seja x 0 I .
Admitamos um acrscimo x , feito na varivel x . Observe o grfico abaixo:
y
f

(x

+ x

)
y

(x )
0

x0

x0 + x

Definio I - Chamamos taxa mdia de variao da funo y = f

f
y
=
x

(x

+ x f

( x ) ao quociente:

(x )
0

Observaes:
A-) O nmero

y
tambm chamado de quociente de Newton.
x

B-) Este nmero mede com que intensidade uma funo est variando em um intervalo.
C-) Se a funo crescente em um intervalo,

y
y
> 0 e se for decrescente,
< 0.
x
x

Exemplos: Para serem resolvidos pelo professor em sala.


01-) Determine a taxa mdia de variao da funo dada por f

(x)=

x 5 quando

x varia de 1 at 3.
02-) Determine a taxa mdia de variao da funo dada por f
x varia de 1 at 3.

(x)=1

quando

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Construa os grficos e faa uma comparao com os resultados obtidos.


Definio 2 : Chamamos derivada da funo y = f

(x)

no ponto de abscissa x 0 , ao

limite da taxa mdia de variao da funo, quando x 0 .

Representamos por f

Assim,

,(x

,(x

o )

= lim
x 0 x x 0
lim

( x0 + x ) f ( x 0 )

Exemplos: Para serem resolvidos pelo professor em sala de aula.


Calcule as derivadas das funes seguintes nos pontos de abscissas dadas:
01-) f

( x ) = 3x 2 5x + 1 ;

02-) f

(x)= 2

03-) f

(x)=

04-) f

( x ) = sen 2 x ;

3x 2

x 0 = 1

; x0 = 2

5 4 x ; x 0 = 1

x0 =

Exerccios: Para serem resolvidos pelos alunos em casa


Calcule as derivadas das funes seguintes nos pontos de abscissas dadas:
01-) f

( x ) = 2 x 3 3 ;

02-) f

(x)=3

03-) f

(x)=

04-) f

( x ) = cos 2 x ;

05-) f

( x ) = e 3x

x0 = 2

Resp: f

, ( 2 ) = 24

; x0 = 2

Resp: f

, ( 2 ) = 54 ln 3

2 x + 5 ; x 0 = 10

Resp: f

,( 10 ) = 1

2x 1

x0 =

; x 0 = 1


Resp: f =
6
Resp: f

, ( 1 ) = 3 e 3

Universidade de Itana

06-) f

( x ) = sen 3 x ;

x0 =

Clculo Diferencial e Integral I

3 2

Resp: f =
2
4

02-) Interpretao geomtrica da derivada de uma funo num ponto de abscissa x o


Voltemos ao grfico da unidade anterior
y

(x

+ x

(x )

x0 + x

x0

Observe que a declividade da reta secante s ser dada por tg =

y
.
x

Quando calculamos a derivada da funo no ponto de abscissa x 0 , fazemos x 0 .


Da, surgem as seguintes implicaes:
QP
s t

x0

tg tg

Portanto, ao calcularmos a derivada, encontraremos a tangente trigonomtrica do ngulo


, que mede a declividade da reta t .
Concluso: a derivada de uma funo em um ponto de abscissa x 0 igual tangente
trigonomtrica do ngulo que a tangente geomtrica curva no ponto, faz com o eixo das
abscissas, no sentido positivo.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Da,

,( x ) = tg
0

Poderamos ento resumir a figura destacando apenas o significado da derivada, como a


seguir:
n

t
y

f
f

(x )

,
( x ) = tg
0

x0

Utilizando os conceitos de geometria analtica, poderamos escrever a equao da reta


tangente curva:
y f

( x0 ) = f ,( x0 ) ( x x0 )

A reta n que chamada reta normal curva, no ponto de abscissa x 0 perpendicular


reta t no ponto P e, de acordo com princpios de geometria analtica, tambm fica
definida como a seguir:
y f

( x 0 ) = f , (1x ) ( x x 0 )
0

Exemplo: Para ser resolvido pelo professor em sala.


Escreva as equaes da reta tangente e da reta normal curva dada por y = x 3 + 1 no
ponto de abscissa 2. Faa a representao grfica destacando a curva e as retas
tangente e normal.
Exerccio: Para ser resolvido pelos alunos em casa.
Escreva as equaes da reta tangente e da reta normal curva dada por y = x 2 + 2 x 5
no ponto de abscissa 2. Faa a representao grfica destacando a curva e as retas
tangente e normal.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

03-) Interpretao cinemtica da derivada de uma funo num ponto de abscissa t o


Consideremos uma funo do espao percorrido por um mvel em funo do tempo gasto
para percorr-lo.
f

(t ) = S (t )

Observe o grfico seguinte:


S

S t0 + t

)
s

( )

S t0

t0 + t t

t0
t

De acordo com os ensinamentos da fsica, a velocidade mdia do mvel quando passa do


s
instante t 0 para o instante t 0 + t ser dada por V M =
t
Vejam que o mesmo significado de taxa mdia de variao estudado anteriormente.
Quando diminumos o valor de t , passamos a estudar a velocidade mdia em um
intervalo menor e se fazemos t 0 , obtemos a velocidade do mvel no instante t 0 .

Assim,

( )

t 0

V t 0 = lim

(t 0 + t ) S (t 0 )
t

=S

,( t )
0

Se procedermos da mesma forma e considerarmos a equao da velocidade de um


mvel em funo do tempo e calcularmos a derivada no ponto de abscissa t 0 ,
encontraremos a acelerao do mvel neste instante.

Assim,

( )

t 0

a t 0 = lim

(t 0 + t ) V (t 0 )
t

=V

, (t )
0

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Exemplo: Para ser resolvido pelo professor em sala.


Considere a equao do espao percorrido por um mvel dada por

S ( t ) = 2t + 3
3

S em metros e t em segundos.
Determine:
A-) O espao percorrido pelo mvel em 2 s e em 5 s.
B-) A velocidade mdia do mvel neste intervalo de tempo.
C-) A velocidade do mvel nos instantes t = 2 s e t = 5 s.
D-) A acelerao do mvel nos instantes t = 2 s e t = 5 s.
Exemplo: Para ser resolvido pelos alunos em casa.
Considere a equao do espao percorrido por um mvel dada por

S ( t ) = 3 t +1 ( S
2

em metros e t em segundos.
Determine:
A-) O espao percorrido pelo mvel em 1 s e em 4 s.
B-) A velocidade mdia do mvel neste intervalo de tempo.
C-) A velocidade do mvel nos instantes t = 1 s e t = 4 s.
D-) A acelerao do mvel nos instantes t = 1 s e t = 4 s.
Como vimos nos exemplos, o clculo da derivada atravs da definio feito atravs de
um processo demorado e trabalhoso.
Passaremos ento a estudar mtodos de calcular a derivada de um modo mais objetivo.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

04-) Derivada de uma funo em um ponto qualquer


y
f

(x +

x)

f
f

,( x ) = lim

x0

(x)
x

x+x

(x + x ) f(x )
x

Exemplo: Para ser resolvido pelo professor em sala.


Determine a funo derivada da funo dada por f

( x ) = 2x

+1

+ 5x 2

Exemplo: Para ser resolvido pelos alunos em casa.


Determine a funo derivada da funo dada por f

( x ) = 3x

05-) Notao de Leibniz

. Portanto, estaremos trabalhando


x0 x
sempre com valores de y e x muito prximos de zero.

Como vimos anteriormente, f

( x ) = lim

y 0
Assim,
. Passaremos ento a adotar a seguinte notao:
x 0
y 0
y = d y
e portanto, f

x 0
x = d x

Concluindo, temos:

( x ) = lim

x0

, ,( x ) = d y

y= f

dx

y
dy

=
dx
x

que a notao de Leibniz para derivadas

Observao : Passaremos a utilizar daqui em diante, a notao de Leibniz para


representar uma derivada.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

06-)Derivadas das funes usuais


6.1 Derivada da funo constante

( x ) = k ; k R

y = f
f

(x + x)= k

Portanto, y = k

( x ) = lim

x0

k k

= lim 0 = 0 y = f
x x0

(x)=

dy
=0
dx

dy
=0
dx

6.2 Derivada da funo identidade


y = f (x)= x
f (x + x)= x + x
f

,(

x + x x
x
x ) = lim
= lim
= lim 1 = 1 y = f
x0
x
x0 x x0

Portanto, y = x

,(

x)=

dy
=1
dx

6.3 Derivada da funo linear afim


y = f ( x ) = a x + b ; a, b R ; a o ; b 0
f ( x + x ) = a( x + x ) + b = a x + a x + b

ax + ax + b ax b
ax
= lim

= lim a = a
x0
x
x0 x x0
dy
y = f (x)=
=a
dx
f

( x ) = lim

Portanto, y = a x + b

dy
=a
dx

Exemplo: y = 7 3 x

dy
= 3
dx

6.4 Derivada da funo potncia

y= f

(x)= x

; n N ; n 2.

dy
=1
dx

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

A demonstrao desta derivada um processo muito longo e trabalhoso. Vamos resolver


um exerccio particularizando um valor para n ". Por exemplo, faamos n = 3.
Assim, y = f

(x)=

(x + x) = (x + x)

= x + 3 x x + 3 x ( x ) + ( x)
3

2
3
2
3
3
x + 3x x + 3x( x ) + ( x ) x

f ( x ) = lim
x
x0

= lim
x0

2
2

x 3x + 3x x + ( x )

2
2
2
= lim 3 x + 3 x x + ( x ) = 3 x

x0
3

Portanto, y = x

2
dy
= 3x
dx

Observao: quando demonstramos para um valor de n qualquer, chegamos


seguinte concluso:
n

y= x
7

Exemplo: y = x

n 1
dy
= nx
dx

6
dy
= 7x .
dx

A derivada da funo potncia pode ser estendida para expoentes reais. Portanto,
n

y= x

n 1
dy
= nx
dx

n R ; n 1

6.5 Derivada da funo raiz

y= n x y= x

1
n

dy 1 n

= .x
dx n

1
= x
n

1 n
n

1
.
n

1
x

dy
Portanto, y = n x
=
dx

Exemplo: y = 5 x

n n x

dy
=
dx

) n 1

( 5 x )4

n 1
n

1
1
.
n
n
x

n 1

n 1
n n x

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Observao: muito importante darmos um destaque para a raiz quadrada


y=

Da, y =

dy
=
dx

2 1

1
2

dy
1
=
dx
2 x

6.6 Derivada da funo exponencial

(x)= a

; a R ; 0 < a 1

(x + x)= a

= lim a

x0

x + x

x
x + x
a
a

f ( x ) = lim
x
x0

x
a
1
. lim

x0

y=a

Portanto,

= lim
x0

x x

1
a a

x
= a . ln a

x
dy
= a . ln a
dx

Exemplo:

y=5

x
dy
= 5 . ln 5
dx

Observao: no caso particular onde a base o nmero de Euler ( e ), temos:


y=e

x
x
x
dy
dy
= e . ln e . Como ln e = 1 , y = e
=e
dx
dx

Concluindo,

y=e

x
dy
=e
dx

6.7 - Derivada da funo seno


f

( x ) = sen x

( x + x ) = sen ( x + x )

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

x + x x
x + x + x
2 sen
cos

sen ( x + x ) sen x
2
2


f ( x ) = lim
=
= lim

x
x0

2 x + x
= lim 2 cos

2
x0

Portanto,

y = sen x

sen
2

. lim
x
x0

= 2 . cos x . 1 = cos x

dy
= cos x
dx

6.7 Derivada da funo cosseno


A demonstrao da derivada da funo cosseno muito parecida com a demonstrao da
derivada da funo seno e por isto, a omitiremos

y = cos x

dy
= sen x
dx

Para prosseguirmos com as demonstraes das demais funes usuais dependeremos


de alguns conceitos que passaremos a estudar.
7- Regras de Derivao
7.1 Funo Soma
f

(x)= u (x)+ v (x)

,( x ) = lim

x0

(x +

x)= u (x + x)+ v (x + x)

u ( x + x) + v ( x + x ) u ( x ) v ( x )

=
x

u ( x + x ) u ( x)
v ( x + x) v ( x )
= lim
+
=
x0
x
x

u ( x + x ) u ( x )
v ( x + x ) v ( x )
= lim
+ lim
= u ( x) + v ( x )
x
x
x0
x0

Resumindo,

, , ,

y=u +v y=u+v

Observao: essa regra se estende para a soma de vrias funes.

Universidade de Itana
x

Exemplo: y = e + x

Clculo Diferencial e Integral I

x
4
dy
1
= e + 5x
dx
2 x

7.2 Funo Produto

(x)= u (x).v (x)

(x + x) = u (x + x). v (x + x)

u ( x + x) . v ( x + x ) u ( x ) . v ( x )

= Somando e subtraindo o termo


x
x0

u ( x ). v ( x + x )
f

,( x ) = lim

u ( x + x) + v ( x + x ) u ( x )v ( x + x ) + u ( x )v ( x + x ) u ( x ) . v ( x )

=
x
x0

v ( x + x ) ( u ( x + x ) u ( x )) + u ( x ) (v ( x + x ) v ( x ))
f ( x ) = lim
=
x
x0

,( x ) = lim

,( x ) = lim

,(

x0

u ( x + x) u ( x )
v ( x + x) v ( x )

+ lim [ u ( x ) ]. lim
=
x
x
x0
x0
x0

[ v ( x + x ) ]. lim

x ) = v( x ) . u ( x ) + u( x ) . v ( x )

y =u.v y =u v + v u

Resumindo,
Exemplo:
y=

x . sen x

Portanto, y =

dy
=
dx

x sen x + ( sen x )

x . sen x

dy
1
=
sen x +
dx
2 x

x =

1
2

sen x +

x cos x

x cos x

Observao:
Se uma das funes for a funo constante, podemos resumir a regra. Veja:

, ,

y = k . v ; k R y = k v + v k y = k v

Da,

y =k .v y =k v

Exemplo:

Universidade de Itana
y = 3 cos x

Clculo Diferencial e Integral I

dy
= 3 sen x
dx

Aplicao: Derivada de um polinmio

dy
3
2
y = 2x + 5x 7x + 4
= 2 . x + 5. x 7 .( x ) + ( 4 )
dx

2
dy
= 2 . 3x + 5 . 2x 7 .1 + 0
dx
2
dy
= 6 x + 10 x 7
dx
3

7.3 Funo quociente


A demonstrao da derivada de um quociente muito parecida com a do produto, porm,
muito mais trabalhosa e por isto, a omitiremos.

y=

, ,

u vv u
u
y=
2
v
v

Observao:
Se o numerador for a funo constante, podemos resumir a regra. Veja:

, ,

k vvk
k v
k
y= y=
y = 2
2
v
v
v

Aplicaes:
01-) Demonstre a frmula da derivada da funo

y = tgx

sen x
d y ( sen x ) cos x ( cos x ) sen x cos x cos x ( sen x ) sen x
y = tg x =

=
=
2
2
cos x
dx
( cos x )
cos x
2

cos x + sen x
2

cos x

1
2

= sec x

cos x
Portanto,

y = tg x

2
dy
= sec x
dx

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I


y = cot g x

02-) Demonstre a frmula da derivada da funo

cos x
d y ( cos x ) sen x ( sen x ) cos x
y = cot g x =

=
=
2
sen x
dx
( cos x )
2

sen x cos x
2

cos x

1
2

( sen x ) sen x cos x cos x


2

cos x

= cos sec x

cos x
Portanto,

03-) Demonstre a frmula da derivada da funo

y = cot g x

2
dy
= cos sec x
dx

y = sec x

d y 1.( cos x )
sen x
sen x
1
1
y = sec x =

=
=
=
.
= sec x . tg x
2
2
cos x
dx
cos x cos x
( cos x )
cos x

Portanto,
04-) Demonstre a frmula da derivada da funo

y = sec x

dy
= sec x . tg x
dx

y = cos sec x

y = cos sec x =

d y 1.( sen x )
cos x
cos x
1
1

=
=
=
.
= cos sec x . cot g x
2
2
sen x
dx
sen x sen x
( sen x )
sen x

Portanto,

y = cos sec x

dy
= cos sec x . cot g x
dx

08-) Derivao das Funes Compostas ( Regra da Cadeia )


Como j foi visto, quando temos uma composio de funes, podemos representar por:
y = h ( x ) = v ( u ( x ) ) . ( Composio de duas funes. )

Para derivar uma funo composta, formamos uma regra chamada regra da cadeia,
utilizando a notao de Leibniz, como a seguir:
d y dh du dv
=
=
.
d x d x d x du

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Observao: a regra da cadeia se estende para uma composio de mais de duas


funes.
Assim, se temos por exemplo: y = w ( t

( v ( u ( x )))) d y = d w = d u . d v . d t .d w
dx

dx

d x du dv dt

Exemplos: ( Para serem resolvidos pelo professor em sala )


01-) Determine a funo derivada de cada uma das funes seguintes:

A-) y = sen 3 x 2 5

cos x

B-) y = e
C-) y =

( 3 5 x ) .( 2 x + 1 )

D-) y =

( 3x + 7 )
5
( 2 5x )

E-) y = sen 5

tg x

09-) Derivao das Funes Implcitas


J vimos anteriormente que uma funo pode aparecer escrita implicitamente e muitas
vezes no pode ser explicitada.
Exemplos:
2

1) 3 x y 5 x y + 7 x y 3 = 0
2
2

2-) sen x y + cos x y

Para derivar uma funo implcita procedemos da mesma forma estudada para funes
explcitas, porm, lembrando que se y = f ( x ) , devemos utilizar o conceito de derivao
de funo composta.

Universidade de Itana
Exemplos:

Clculo Diferencial e Integral I

2 3
2
3 2

2 3
1) 3 x y 5 x y = 0 3 x y + y 3 x 5 x y y 5 x = 0

3
2 d y
2
2 2
3
dy
6x y + 3y .
. 3 x 15 x y 2 y .
.5 x = 0
dx
dx
2

6x y + 9x y .

2 2
3
dy
dy
15 x y 10 x y .
=0
dx
dx

2 2
3
3
2 2
dy
. 9 x y 10 x y + 6 x y 15 x y = 0
dx

dy
15 x y 6 x y
=
2 2
3
dx
9 x y 10 x y

09-) Derivao das Funes Inversas.


Estudamos que se y = f

(x)

possui uma funo inversa, ela ser da forma x = g

( y ).

Para encontrarmos uma funo derivada atravs da inversa, usamos novamente a


notao de Leibniz.
dy
1
=
dx
dx
dy

Aplicao
Demonstre a frmula de derivao da funo y = log a x
Teremos: x = a

Da, y = log a x

dy
=
dx

1
y

a . ln a

.Como y = log a x ,

dy
=
dx

1
a

log a x

. ln a

dy
1
=
dx
x ln a

Observao: Se y = ln x

dy
1
=
dx
x

Exerccios: Para serem resolvidos pelo professor em sala.


Demonstre as frmulas das derivadas das funes y = arc sen x e y = arc tg x
10-) Derivadas Sucessivas.

dy
1
=
dx
x ln a

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Se uma funo possui a funo derivada e esta tambm possui derivada, chamamos a
derivada da derivada da funo de derivada segunda. Se o processo se repete, temos as
derivadas sucessivas.
Representamos:

y= f

(x)

,,

,,,

dy
d y
; y =
; y
2
dx
dx

y =

d y

dx

; y

(4)

dx

Exemplo:
Calcule as derivadas sucessivas da funo y =
d y 1. ( 1 + x
=
2
dx
(1+ x )

1
1+ x

(1+

2
1. ( 1 + x )
d y
= 2.( 1 + x ) =
=
2
2
4
2
dx
(1+ x )

( 1 + x )

(1+

3
2. ( 1 + x )
d y

= 2 . 3 .( 1 + x
=
3
2
6
3
dx
(1+ x )

( 1 + x )

6.

(1+

4
( 1 + x )
d y
=
=
4
2
4
dx

(
1
+
x
)

6 . 4 .( 1 + x

(1+

Poderamos neste caso, escrever:

dx

y
n

= =

24

(1+

( 1 )

d y

n!

(1+ x )

......... ; y

(n )

d y
dxn

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

11-) Regra de LHpital.


A regra de LHpital muito til no clculo de alguns limites, e diz o seguinte:

f (x) 0
f (x)
f

Se lim
=
ou
, lim
= lim

x c g ( x )
x c g
0
x c g ( x )

, (x)
, ( x )

Observao: no demonstraremos esta frmula.


Exemplo:

Calcule o limite lim


x 2

lim

x 2

2x 1
125
5
5

32 x

Teremos: lim
x 2

Portanto, lim
x 2

2x 1
125
5
5

32 x

utilizando a regra de LHpital.

= 0

2x 1
125
5
5

32 x

= lim

x 2

2x 1
125
5
5

32 x

2x 1

. ln
2.5
4

5x

5
2 . 125 . ln 5
250 ln 5
=
=

80
80

250 ln 5
80

Exerccios: Para serem resolvidos pelos alunos em casa.


01-) Considere a funo dada por f

(x)= e

3 4x

calcule a derivada de f ( x ) no ponto de abscissa 1


02-) Sendo y = sen ( 3 2 x ) , calcule

. Utilizando a definio de derivada,


Resp: f

( 1 ) = 4 e 7

dy
atravs da definio de derivada.
dx

Resp:

dy
= 2 cos ( 3 2 x )
dx

03)Resolva os exerccios ( 01 ) e ( 02 ) utilizando as regras de derivao.


04-) Atravs do uso das regras de derivao, calcule a derivada de cada uma das funes
dadas pelas equaes seguintes:

Universidade de Itana
A) y = ( 5 3 x )
B) y = 3

Clculo Diferencial e Integral I


Re sp : 21( 5 3 x )

5x + 2

Re sp :

( )

C ) y = cos e

D) y = tg 3 x 2 4

G ) y = ln sen 3 x 1
H ) y = sec

ln 3

( )

sen e
2

Re sp : 6 x sec 2 3 x 2 4
cos x
Re sp :
1 + sen 2 x
2x 5
Re sp :
2
x 5 x + 3 ln 10

E ) y arc tg ( sen x )
F ) y = log x 2 5 x + 3

5x +2

2 5x + 2

Re sp :

5.3

Re sp : 6 x cot g 3 x 1

2x + 1

Re sp :

tg

2 x + 1 sec 2 x + 1

2x + 1
05-) Atravs do uso das regras de derivao, calcule a derivada de cada uma das funes
dadas pelas equaes seguintes:
A) y = ( 5 3 x ) 2 . ( 2 x + 1 ) 3
B) y =

( 3 x + 2 )3
( 3 2x )4

Re sp : y =

C ) y = e 2 x sen 5 x cos 7 x
D) y =

Re sp : y =

Re sp : y = e

sen 3 x
ln 5 x

06-) Sendo y =

( 2 sen 5 x cos 7 x + 5 cos 5 x cos 7 x 7 sen 7 x sen 5 x )


Re sp : y =

( ln 5 x ) 2

1 4 1 3
x x 5 x 2 + 7 x 3 , determine os valores de x para os quais
12
2
Re sp : { x R 2 x 5

( x + 2 ) 5 , determine os valores de x para os quais


(3 x )4
Re sp : { 2 }

08-) Sendo y = f
ponto ( 1 , 2 )

3 x cos 3 x ln 5 x sen 3 x
x

d 2y
0
dx2

07-) Sendo y =

2x

( 5 3 x )( 2 x + 1 ) 2 ( 12 x + 7 )
( 3 x + 2 ) 2 ( 6 x + 43 )
( 3 2 x )5

(x) e

x2y + x y

{x R

dy
dx

}
0

3 < x 23

= 9 x + 1 , pede-se determinar o valor de


Re sp :

3
13

dy
dx

no

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

09-) Escreva as equaes das retas tangente e normal em cada uma das curvas
seguintes, nos pontos indicados:
A) y =

5x 1 ; x = 2

B) y = sen

2x
; x=
3

C ) x 3 y 2 + x 2 y 3 = 4 ; x = 1

t 5x 6 y + 8 = 0
Re sp :
n 6 x + 5 y 27 = 0
t 2 x + 6 y 3 3 2 = 0
Re sp :
n 6 x 2 y + 3 6 = 0
t 2x + 5y 8 = 0
Re sp :
n 5 x 2 y 9 = 0

10-) Uma partcula percorre uma curva segundo a lei s = 10 + 6 t 2 t 3 . ( s em cm e t em


segundos ). Determine:
A) o instante em que a velocidade nula;

Re sp : t = 0 s ou t = 4 s

B) a acelerao nesse instante;

Re sp : a = 12 m / s 2 ou a = 12 m / s 2

C) o espao percorrido at esse instante.

Re sp : s = 32 cm

11-) Um ponto move-se de acordo com a equao s ( t ) = 9 + t 2 ( s em metros e t em


segundos ) . Pede-se a sua velocidade e a sua acelerao no instante t = 4 s.

R esp :

v = 0,8 m / s
a = 0,036 m / s 2

sen 2 x 1
2

atravs da regra de LHpital


12-) Calcule o limite lim
2

x
x
2

Resp: 0

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

A-) Derivadas das funes usuais


dy
01) y = k
=0
dx
dy
02) y = x
=1
dx
dy
03) y = a x + b
=a
dx
n
n 1
dy
04 ) y = x
= n. x
dx
dy
1
05 ) y = n x
=
dx
n. n x
dy
1
06 ) y = x
=
dx 2 x

04 ) y =

13 ) y
14 ) y

y =v(u

dy
= sec x . tg x
dx
dy
16 ) y = cos sec x
= cos sec x . cot g x
dx
dy
1
17 ) y = arc sen x
=
dx
1 x2

15 ) y = sec x

d y
=
d x

; kR

C- ) Regra da Cadeia

x
dy
=e
dx
dy
1
= log a x
=
dx
x ln a
dy
1
= ln x
=
dx
x
dy
= sen x
= cos x
dx
dy
= cos x
= sen x
dx
2
dy
= tg x
= sec x
dx
2
dy
= cot g x
= cos sec x
dx

18 ) y = arc tg x

v
k .v

n 1

12 ) y

y=

08 ) y = e

11) y

k
05 ) y = y = 2
v
v

x
dy
07 ) y = a
= a ln a
dx

10 ) y

, , ,
, ,
,
02 ) y = u . v y = u . v + v . u
,
,
03 ) y = k . v y = k v ; k R
u
, u,. v v , u
01 ) y = u + v y = u + v

09 ) y

B-) Regras de derivao

1
1 + x

(x ))

d y du dv
=
.
d x d x du

D-) Funo Inversa

dy
1
=
dx
dx
dy

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

APLICAES DAS DERIVADAS


01-) CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO DAS FUNES
Seja y = f

( x ) uma funo cujo grfico uma curva suave em um intervalo aberto I

Def. 1 Se y = f

(x)

(x)> 0 ,

crescente em I, f

x I . Com efeito, observe o grfico

abaixo:

. Como
2
um ngulo agudo, tg > 0 e se f ( x ) = tg , a
Como vemos no grfico, 0 < <

concluso que f

(x)> 0 ,

xI

x
Def. 2 Se y = f

(x)

decrescente em I, f

(x)< 0 , xI.

Com efeito, observe o grfico

abaixo:

< < . Como


2
um ngulo obtuso, tg < 0 e se f ( x ) = tg , a

Como vemos no grfico,

concluso que f

(x)< 0 , xI

EXERCCIOS: Devero ser resolvidos pelo professor em sala.


Determine os intervalos de crescimento e decrescimento das funes dadas pelas equaes
seguintes:
01-) f

( x ) = 2x

+5x + 3

02-) f

(x ) = 1 x

03-) f

( x ) = ( 2 3x ) . ( 2 x + 3 )

5 2
x 4x + 7
2
3

Universidade de Itana

04-) f

( x ) = ( 6 2x )3
( 3 x +1 )

05-) f

( x ) = ln 5 4 x x

06-) f

(x)=

Clculo Diferencial e Integral I

2 x
x+5

EXERCCIOS: Devero ser resolvidos pelos alunos em casa.


Determine os intervalos de crescimento e decrescimento das funes dadas pelas equaes
seguintes:
01-) f

( x ) = 3 x

+x + 2

Resp:

Crescente em ,
6

Decrescente em
,+
6

02-) f

(x ) = 1 x
3

7 2
x 6 x + 1 Resp: : Crescente em
2

(1, 6 )

Decrescente em
03-) f

( x ) = ( 1 2x ) . ( 3x + 1 )
2

Resp: :

( ,1 ) ( 6 , + )

1 1 1 1

Crescente em , , , +
3 3 6 2

1 1
Decrescente em
,

6 2

( x ) = ( 5 3x ) 2
(2x+4)
3

04-) f

Resp: :

28

Crescente em
, 2
3

28
5 5

Decrescente em ,
2, , +
3
3 3

05-) f

( x ) = ln

x 4x + 3

Resp: :

Crescente em

(3,+ )

Decrescente em

, 1

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

1 x
x+3

06-) f

(x)=

07-) f

(x ) = 1 x
3

Resp: Crescente em

3 2
x 7x + 4
2

( 3 , 1 ]

Resp: Decrescente em

,+

02-) MXIMOS E MNIMOS LOCAIS


Seja y = f

( x ) uma funo cujo grfico uma curva suave em um intervalo aberto I e

Def. 1 Dizemos que x 0 a abscissa de um ponto de mximo local , se

x0 I .

( x0 )

(x)

x I . Com efeito, observe o grfico abaixo:


y
f

( x0 )

Como vemos no grfico, = 0


tg = 0 . Se

,
f (x )= 0 .

,
f ( x ) = tg ,

e portanto,

a concluso que

x0

Def. 2 Dizemos que x 0 a abscissa de um ponto de mnimo local, se

( x 0 )

(x)

x I . Com efeito, observe o grfico abaixo:


y

Como vemos no grfico, = 0

( x0 )

tg = 0 . Se

,
f (x )= 0 .

,
f ( x ) = tg ,

e portanto,

a concluso que

x0

Portanto, se x 0 abscissa de um ponto de mximo local, ou de mnimo local, f

( x0 ) = 0 .

Um modo de verificarmos se a abscissa encontrada de um mximo local ou de um mnimo local,


fazermos um estudo dos sinais da derivada. Veja os grficos abaixo:

y
f

Sinal da derivada

( x0 )
x0

x0

Observao: observe os grficos abaixo:

Sinal da derivada

( x0 )

.
0

x0

x0

+
x

Universidade de Itana
y
f

Clculo Diferencial e Integral I


y

Sinal da derivada

( x0 )

.
0

x0

+
f

x0

.
0

x0

( x0 )

Sinal da derivada

x0

Veja que as derivadas se anulam porm, no mudam de sinal. Nestes casos dizemos que x 0 a
abscissa de um ponto de inflexo.
Os pontos de mximo local, mnimo local e de inflexo so chamados pontos crticos da funo.
EXERCCIOS: Devero ser resolvidos pelo professor em sala.
Determine os pontos crticos das funes dadas pelas equaes seguintes, dando a classificao
dos mesmos
01-) f

( x ) = 2x

+5x + 3

02-) f

(x ) = 1 x

03-) f

( x ) = ( 2 3x ) . ( 2 x + 3 )

04-) f

( x ) = ( 6 2x )3
( 3 x +1 )

05-) f

( x ) = ln 5 4 x x

06-) f

(x)=

5 2
x 4x + 7
2
3

2 x
x+5

EXERCCIOS: Devero ser resolvidos pelos alunos em casa.


Determine os pontos crticos das funes dadas pelas equaes seguintes, dando a classificao
dos mesmos:
01-) f

( x ) = 3 x

+x + 2

25
1
Resp: P
,
ponto de mximo local
4
6

Universidade de Itana

02-) f

(x ) = 1 x

Clculo Diferencial e Integral I

7 2
1 25
x 6 x + 1 Resp: P1 ,
ponto de mnimo local
4
2
6
P2

03-) f

( x ) = ( 1 2x ) . ( 3x + 1 )
2

Resp:

(6,

29 ) ponto de mximo local

P1 , 0 ponto de inflexo
3

3
1
P2 ,
ponto de mximo local
6 2
1

, 0 ponto de mnimo local


P3
2

( x ) = ( 5 3x ) 2
(2x+4)
3

04-) f

Resp: :

28

P1
; 167,1 ponto de mnimo local
3

P1
, 0 ponto de inflexo
3

05-) f

( x ) = ln

x 4x + 3

Resp: : no tem

06-) f

(x)=

1 x
x+3

Resp: no tem

07-) f

(x ) = 1 x
3

3 2
x 7x + 4
2

Resp: no tem

3-) PROBLEMAS DE MXIMOS E MNIMOS


Alguns exerccios prticos podem ser resolvidos com o auxlio de derivadas.
Exerccios: para serem resolvidos pelo professor em sala.
01-) Uma pessoa dispe de 1400 metros de arame e pretende cercar uma rea em forma
retangular, utilizando 4 fios deste arame na cerca. Determine as dimenses do terreno de
modo que sua rea seja a maior possvel.
02-) Determine a altura e o raio da base de um co9ne circular reto que dever ser inscrito
em uma esfera de modo que seu volume seja mximo.
03-) Deseja-se construir uma caixa sem tampa em forma de um paraleleppedo retngulo,
cortando-se quadrados de mesmo tamanho nos quatro cantos de uma chapa retangular,

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

de 6 metros de comprimento por 4 metros de largura e dobrando o restante da chapa para


se obter a caixa. Determine a medida dos lados dos quadrados a serem cortados de
modo que o volume da caixa seja mximo.
Exerccios: para serem resolvidos pelos alunos em casa.
01-) Determine dois nmeros cuja soma seja 20 e cujo produto seja mximo.

R: 10 e 10

02-) Dividir o nmero 120 em duas partes tais que o produto de uma pelo quadrado da
outra seja mximo. R: 80 e 40
03-) As dimenses de um retngulo so x e y . Sabendo que sua rea 9 cm 2, calcule x e
y para que seu permetro seja mnimo. R: x = y = 3
04-) Considere todos os nmeros reais x e y tais que 3 x 2 + y = 4 . Determine par ( x , y )
de nmeros reais para os quais o produto x . y seja mnimo. Calcule x + y

R: 2

05-) Um ponto material lanado do solo, verticalmente para cima, e tem posies s no
decorrer do tempo t dadas pela funo horria s = 60 t 5 t 2 ( s em metros e t em
segundos )
( A ) Calcule o tempo gasto para atingir a altura mxima; R: 6 s
( B ) Determine a altura mxima em relao ao solo.

R: 180 m

06-) Um agricultor deseja construir um reservatrio cilndrico, fechado em cima, com uma
chapa metlica, com a capacidade de 6.280 m 3. Sabendo que o preo da chapa de
R$ 50,00 o metro quadrado e considerando = 3,14 , determine:
( A ) suas dimenses de forma que o custo seja mnimo
( B ) o custo mnimo

R: r = 10 m e h = 20 m

R: R$ 94.200,00

07-) Dado o retngulo abaixo, de permetro 16 m, calcule a e b, para que a rea do


tringulo ABC seja mxima.
R: a = 4 m e b = 4 m
B

08-) Um fazendeiro precisa construir um galinheiro de forma retangular utilizando-se de


uma tela de l6 metros de comprimento. Sabendo que o fazendeiro vai usar um muro como
fundo do galinheiro, determine as dimenses do mesmo para que sua rea seja mxima.
R: 4 m e 8 m

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

09-) A janela de uma casa tem a forma da figura abaixo: um retngulo sobreposto por um
semicrculo. Sabendo que o permetro da janela 714 cm, calcule as dimenses x e y que
permitem uma maior entrada de luz. Adote = 3,14
R: x = 200 cm ; y = 100 cm

x
y

09-) Um fazendeiro deseja construir um depsito em forma de prisma reto de base


quadrada, sem tampa e com capacidade de 64 m 3, conforme figura abaixo. Determine as
dimenses a e b de modo que o material necessrio para constru-lo seja mnimo.

R: a = 2 3 2 m
b =83 2 m

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I


INTEGRAO

01 Integral de Riemann
Consideremos uma funo y = f ( x ) cujo grfico uma curva suave em um
intervalo [ a, b ] , como a seguir:

y = f (x)

Observe a rea compreendida entre as retas x = a , x = b , a curva y = f

( x ) e o eixo das

abscissas ,assinalada na figura.


O clculo desta rea no pode ser feito utilizando as frmulas usuais estudadas no ensino
fundamental e mdio.
Para calcularmos esta rea vamos estudar um novo mtodo.
Considere o grfico e o retngulo destacado nele:

y = f (x)

(x )
0

x0

x1

xo

Denominemos por x o a amplitude do intervalo x o , x1 . Assim, x o = x1 x 0 .Como a


rea de um retngulo igual ao produto da base pela altura, a rea do retngulo
destacado ser dada por A0 = f x 0 . x 0 .

( )

Observe que a rea do nosso retngulo um valor aproximado da rea compreendida


entre a curva, as retas x = x 0 , x = x1 e o eixo das abscissas.
Essa aproximao ser maior quando fazemos um retngulo com a base menor. ( Quanto
menor a base, maior ser a aproximao. )

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Tomemos agora vrios valores x 0 , x1 , x 2 ,... x n 1 e x n compreendidos entre a e

para construirmos vrios retngulos, como na figura a seguir:

y = f (x)

x
x 0 x1

x n 1 xn

x2

A soma das reas de todos os retngulos assim obtidos ser bem prxima da rea do
incio do problema e essa aproximao ser muito maior quando colocarmos mais valores
de x , fazendo as bases dos retngulos diminurem.

( )

Denominando x 0 , x1 . x 2 ,........ x n 1 e x n as bases desses retngulos e f x 0 ,

( ) ( )

) e f ( x ) , podemos estabelecer a seguinte relao:


). x + f ( x ) . x
+ f ( x ) . x + f ( x ) . x + ..... + f ( x

f x 1 , f x 2 ,......., f x n 1

( )

A f x0 . x0

Ou ainda,

n 1

(x ). x
k

n 1

k =0

Quando imaginamos que o valor de n imensamente grande os valores de x so


muito pequenos e se usamos a teoria de limites, podemos escrever:
Se n x 0 e assim, a soma das reas dos retngulos ser igual referida rea .

Portanto,

A = lim

k =0

Este limite chamado integral de Riemann.


Representamos:

(x ). x
k

Universidade de Itana

A=

O smbolo

( x )d x

Clculo Diferencial e Integral I

f ( x ) d x = lim

a
n

(x ). x
k

k =0

chamado integral definida de f ( x ) quando x varia de

at b .
O clculo destes limites muito complexo e passaremos a estudar daqui em diante,
tcnicas para calcular as integrais definidas.
02 Primitiva de uma funo
Consideremos
uma funo F, derivvel em um intervalo aberto I de tal modo que
,
F ( x ) = f ( x ), x I .
A funo F ser chamada primitiva de f, no intervalo I.
Exemplo: A funo f

( x ) = 5x4 +3

uma primitiva da funo F ( x ) = x + 3 x + 7 , pois


5

F ( x ) = 5x 4 +3.

Observe que o termo independente de x da funo F ( x ), o nmero 7, poderia ser


substitudo por qualquer outro nmero pois a derivada de uma constante zero.

Assim, a funo F ( x ) = x + 3 x + C a primitiva da famlia de funes F ( x ) = 5 x 4 + 3 .


5

03 Diferencial de uma funo


Como vimos anteriormente, a derivada de uma funo pode ser representada pela
notao de Leibniz.
Assim, se y = f

(x)

,
dy
= f ( x ).
dx

Podemos ento escrever d y = f


A expresso d y = f

( x ). d x

( x ). d x

chamada diferencial da funo f ( x ).

04 Integral indefinida de f ( x )
Consideremos uma funo y = f ( x ) de modo que sua funo primitiva seja dada por y =
F(x)+C.
Chamamos integral indefinida de y = f ( x ) famlia de funes da forma y = F ( x ) + C

Universidade de Itana

Representamos:

Clculo Diferencial e Integral I

f (x)d x = F (x)+ C

Veja alguns exemplos:


01-)

cos x dx = sen x + C pois se y = sen x + C d y = cos x d x

02-)

1
dx
dx
= ln x + C pois se y = ln x + C d y = d x =
x
x
x

4.1 Propriedades da integral indefinida


01-)

[ f (x)+ g (x) ]d x =

02-)

. f (x)dx = .

(x)d x +

g (x)dx

(x)d x

Muitas integrais podem ser obtidas diretamente de uma tabela e so chamadas integrais
imediatas
Essa tabela obtida da prpria tabela de derivadas .

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

( 02 ) x n dx =

( 01 ) dx = x + c
ax
+c
ln a

( 03 ) a x dx =
( 05 )

( 04 ) e x dx = e x + c

( 06 ) sen x dx = cos x + c

dx
= ln x + c
x

( 08 )

( 07 ) cos x dx = sen x + c

cot g x dx = ln sen x + c

( 09 )
( 11 )
(12)

tg x dx = ln cos x + c

( 10 )

sec x dx = ln ( sec x + tg x ) + c

cos sec x dx = ln (cos sec x + cot g x ) + c

sec x dx = tg x + c

( 14 )

1+ x

( 16 )

( 17 )

x n +1
+c
n +1

dx

( 18 )
( 19 )

dx = arctg x + c

dx
1+ x

( 13 )

(15 )

cos sec x dx = cot g x + c


dx
1 x 2

dx = arcsen x + c

dx = ln x + 1 + x 2 + c

a 2 x 2 dx =

x
2

a2 x2 +

a2
x
arcsen + c
a
2

a 2 + x 2 dx =

x
2

a2 +x2 +

a2
ln x +
2

a 2 + x 2 + c

x 2 a 2 dx =

x
2

x 2 a 2

a2
ln x +
2

x 2 a 2 + c

( 20 )

ln x dx = x ln x x + c

( 21 )

u dv = u v v du ( integral por partes )

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

Existem outras integrais que poderiam aparecer na tabela.


Como no possvel montar uma tabela que contenha todas as integrais de todas as
funes, estudaremos a seguir, algumas tcnicas de integrao.
4.2 Integrao por substituio
Esta tcnica consiste em mudarmos a varivel da funo de modo que sempre
retornemos na tabela de integrais imediatas.
Faremos e exposio deste mtodo atravs de exemplos.
Calcule I =

(3x + 7 )

dx

t = 3 x + 7 d t = 3d x
1
I = .
3

( 3x + 7 )

Assim,

(3x + 7 )

1
.3dx = .
3
dx=

1 t
1 6
1
t dt = .
+C=
.t + C =
. ( 3x + 7
3 6
18
18
5

1
. ( 3x + 7
18

+C

Os exemplos seguintes devero ser resolvidos pelo professor em sala de aula.

01)

7x

02)

5e dx

03)

( 2x + 1 ) d x

05)

( 2 x + 3 )d x

07 )

( 3 x 1 )d x

x +x3

5 x +1

25 + 4 x

7 sen ( 3 4 x ) d x

06)

4 + 9x

08)

( 6 x + 15 ) d x

04)

x +5x 1

7dx

( 2 x 5 )d x

4x

20 x + 25

Exerccios ( devero ser resolvidos pelos alunos em casa )


01)

02)

3x e

5x

dx
2

9 4x d x

Resp:

3 5x
e
+C
10

Resp:

5x
2

9 4x

2x
45
arc sen
+C
4
3

+C

Universidade de Itana
03)

( 3 x + 1 )d x

04)

( 2 x + 5 )d x

05)

06)

9x

07 )

08)

09)

10)

x +4

3x + 1
2

9 + 25 x d x

+ 6x + 1

3 x 2 7 x

dx
3x + 2

1 x

Resp:

2
13
x+
ln ( 3 x + 1 ) + C
3
9
9 + 25 x

Resp: 5 arctg ( x + 3

+ 6 x + 10

3x + 2

3 2
1
x
ln x + 4 + arctg + C
2
2
2

9
ln 5 x +
5

9 + 25 x

+ C

1
Resp: ln ( 3 x + 1 ) + C
3

5dx
2

Resp:

Resp: x

( 3 x + 1 )d x
2

Clculo Diferencial e Integral I

+C

x
Resp:
3 x + 2 ln ( 3 x + 2
2

+ C

x4
Resp: arcsen
+ C
4

dx

Resp:

cos x d x

1
1
x + sen 2 x + C
2
4

4.3 Integrao por partes


Algumas integrais da forma

u ( x ).v ( x )d x no podem ser integradas pelo mtodo da

substituio.
Uma tentativa para o clculo dessas integrais utilizar um mtodo chamado integrao
por partes. Que consiste no seguinte :
Escolhemos uma das funes , chamamos de u e calculamos du".
Chamamos o restante de dv e calculamos v .
Aplicamos a frmula:

u d v = u .v v d u

Vamos ilustrar com um exemplo:

Universidade de Itana

Calcule

Clculo Diferencial e Integral I

x. sen x d x
,

u = x d u = x.d x d u = d x

d v = sen x d x v = sen x d x v = cos x

x . sen x d x = x .( cos x ) cos x d x

x . sen x d x = x cos x . + cos x d x = x cos x + sen x + C


Portanto,

x . sen x d x = x cos x + sen x + C


importante observar que a escolha de u e dv preponderante no processo e
depende muito de bom senso.
Vejamos a soluo do exerccio anterior, fazendo uma escolha diferente.
Calcule

x. sen x d x
,

u = sen x d u = ( sen x ). d x d u = cos x d x

x
d v = xd x v = xd x v =

x
. sen x .
2

x . sen x d x =

x
. cos x d x
2

Observe que a integral que temos de resolver, muito mais complicada que a integral
proposta no exerccio.
Exerccios: ( devero ser resolvidos pelo professor em sala )
01-)

xe d x

03-)

x sec x d x

05-)

5xe

07-)

sen x d x

3 x

dx

02-)

x e dx

04-)

e sen x d x

06-) ln x d x

08-)

Exerccios: ( devero ser resolvidos pelos alunos em casa )

cos x d x

Universidade de Itana

01-)

02-)

03-)

x ln x d x

04-)

x e dx

05-)

e cos x d x

x sen
2

Clculo Diferencial e Integral I

x
dx
2

Resp: 2 x cos
2

Resp: x sen x + 2 x cos x 2 sen x + C

cos x d x

Resp:

1 2
1 2
x ln x x + C
2
4

3
2
x
Resp: x 3 x + 6 x 6 . e + C

06-) x sen 2 x d x

07-)

x
x
+ 4 sen + C
2
2

sen x d x

Resp:

1 x
e ( sen x + cos x ) + C
2

Resp:

1 2
1
1
x cos 2 x + x sen 2 x + cos 2 x + C
2
2
4

Resp:

1
1
x sen 2 x + C
2
4

4.4 Clculo de algumas reas


Usando os conceitos do item 1 e o teorema fundamental do clculo, podemos calcular
algumas reas de figuras planas.
Ex. 1 Calcule a rea compreendida entre as retas y = 2 x + 1 , x = 1 , x = 3 e o eixo das
y = 2x + 1
abscissas.
y

x =1 x = 3
A rea pedida ser dada por A =

= 12 2 = 10

Portanto,

3
2
2

2 x + 1 ) d x = x + x = 3 + 3 1 + 1

A = 10 u. a.

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

O exemplo anterior pode ser calculado com conhecimentos bsicos de geometria plana.
A rea de um trapzio pode ser calculada pela frmula:

A=

(B + b ). h
2

( 7 + 3 ) . 2 = 10
2

A = 10 u. a.

Portanto,

2
2
Ex 2: Calcule a rea compreendida entre a curva y = x 5 , o eixo das abscissas e as
retas x = 1 e x = 2
y
x3

A=
5x
x 5 d x =

3
1

8
1

22 14
10 + 5 =

=
3
3
3

3
36
=
= 12
3

Portanto,

A = 12 u.a.

Observao: O sinal negativo que aparece antes da integral porque a rea est abaixo
do eixo das abscissas.

Ex 3: Calcule a rea compreendida entre a parbola y = 4 x

e a reta y = 2 x + 1

y
y = 2x +1
2
2

2 2x +1 = 4 x x + 2 x 3 = 0
y
=
4

2 4
x=
x = 1 ou x = 3
2

Universidade de Itana

Clculo Diferencial e Integral I

x2 2 x + 3 d x =
4 x ( 2 x + 1 )d x =

3
3
1
3
2

x
5
32
1

x + 3x
= 1 + 3 (9 9 9 ) = + 9 =
3
3
3

3 3

A=

Re sp ; A =

Exerccios para serem resolvidos pelo professor em sala


Calcule as reas compreendidas entre as curvas nos seguintes casos:
2

01 ) y = 2 x x e y = 3
2

02 ) y = x 2 x e y = x
2

03 ) y = 7 2 x e y = x 2 + 4
2

04 ) y = 8 cos x e y = sec x ;

Exerccios para serem resolvidos pelos alunos em casa


Calcule as reas compreendidas entre as curvas nos seguintes casos:
2

01 ) y = x 2 e y = 2
4

02 ) y = x e y = 8 x
2

03 ) y = x e y = x + 4 x
2

Re sp :

32
3

Re sp :

48
5

Re sp :

8
3
243
8

04 ) y 4 x = 4 e 4 x y = 16

Re sp :

05 ) y = 2 sen x e y = sen 2 x ; 0 x

Re sp : 4

32
u. a.
3

Você também pode gostar