Relatório de Ensaio de Transformador v.3
Relatório de Ensaio de Transformador v.3
Relatório de Ensaio de Transformador v.3
1. Introduo
Transformadores
so
mquinas
estticas
que
transferem
potncia
eltrica
atravs de um circuito magntico.
O
circuito
magntico
do
transformador formado por
bobinas
e
um
ncleo,
normalmente de ferro, que acopla
magneticamente
as
bobinas,
operando
assim
segundo
o
princpio da induo magntica.
A
aplicao
dos
transformadores bastante vasta,
tais mquinas desempenham um
papel fundamental em toda a
cadeia de fornecimento de energia
eltrica, com maior nfase na
transmisso e na distribuio.
Tambm so utilizados como
isoladores, filtros, auxiliam na
medio de parmetros eltricos,
esto presentes em conversores
entre outras aplicaes.
2. Transformador Ideal
O
transformador
ideal,
conforme apresentado na figura 1
no apresenta perdas, ou seja,
toda potncia fornecida em um
enrolamento retirada no outro. O
estudo do transformador ideal
muito importante, pois dentro do
modelo
equivalente
real
do
transformador ele est presente.
Alm disso, as principais relaes
entre a transferncia de potncia
so facilmente visualizadas no
modelo ideal.
V 1 I2
N1
= = =
V 2 I1
N2
(5)
A relao de transformao
do transformador () representada
pelo nmero de espiras do
primrio
(N1),
dividido
pelo
nmero de espiras do secundrio
(N2), conforme a equao 1.
N1
N2
Onde I1 a corrente no
primrio e I2 a corrente no
secundrio.
3. Transformador Real
O circuito equivalente do
transformador real apresenta suas
no idealidades, isso na prtica
representa as perdas que ocorrem
no transformador real. O modelo
equivalente do transformador real
apresentado na figura 2.
(1)
Entretanto
esta
relao
tambm vlida para a tenso de
entrada (V1), dividida pala tenso
de sada (V2), conforme a equao
2.
V1
V2
(2)
N1 V1
=
=
N2 V2
(3)
Partindo do princpio que a
potncia fornecida no enrolamento
primrio (P1) igual a potncia
entregue no secundrio (P2),
temos que:
P1=P2
Que equivalente a:
(4)
As resistncias R1 e R2 so
representam as perdas hmicas
relativas a cada enrolamento. X1 e
X2 representam as reatncias de
disperso de fluxo magntico
relativo a cada enrolamento. Rm
molda as perdas ativas no ferro do
transformador e Xm molda a
reatncia de magnetizao.
Comumente as impedncias
de um lado do transformador so
rebatidas para o outro lado. Esse
procedimento facilita a anlise do
circuito e segue a seguinte
relao:
Z 1=Z 2
(6)
Onde Z1 a impedncia
observada pelo primrio e Z2 a
impedncia no secundrio.
curto circuito
abaixo.
4.1
Circuito
Ensaio
de
Curto
enumerados
4. Ensaios
Os ensaios apresentados a
seguir servem para definir os
parmetros do circuito equivalente
do
transformador.
Os
dois
principais ensaios so:
so
Zcc=
Vcc
Icc
Rcc=
Pcc
Ic c 2
Xcc=( Zc c 2Rc c2 )
Como o fluxo magntico no
ncleo muito baixo durante este
ensaio pode-se afirmar que:
Rcc=Req
Xcc=Xeq
Onde:
Req=R 1+ R 2
Xcc=X 1+ X 2
Os valores de R1, R2, X1 e
X2 podem ser aproximados por:
R 1=R 2=
( 12 )Req
( 12 )Xeq
X 1=X 2=
Como
a
corrente
de
excitao muito pequena a
queda de tenso relativa a R1 e X1
pode ser desprezada, assim podese admitir que:
Bm=Bca
importante observar que
R2 e X2 esto rebatidos para o
primrio. Para consider-los no
secundrio deve-se utilizar a
relao apresentada em (6).
I ca
Yca=
Vca
Gca=
Pca
Vc a2
Bca= Yc a2Gca2
importante observar que
por se tratar de um ramo em
paralelo
trabalha-se
com
a
admitncia equivalente e no com
a impedncia equivalente.
Gm=Gca
Para obter os valores de Rm
e Xm deva-se inverter os valores
de Bm e Gm, conforme mostrado a
seguir.
Rm=
1
Gm
Xm=
1
Bm
Outro
ponto
muito
importante a ser observado que
a medida dos valores realizada
no secundrio, desta forma os
parmetros Rm e Xm esto
rebatidos para o secundrio. Para
rebat-los
para
o
primrio,
novamente, deve-se utilizar a
relao apresentada em (6).
5. Materiais e Mtodos
Para a realizao dos
ensaios
foram
utilizados
os
recursos
do
laboratrio
de
Eletromecnica
do
IFSC;
A
atividade
foi
desenvolvida
extraclasse. Foram desenvolvidos
os ensaios anteriormente descritos
e tambm ensaios para obteno
da curva de tenso, rendimento do
transformador,
relao
de
transformao e polaridade.
Os ensaios de curva de
tenso e rendimento caracterizamse pela medio da tenso,
corrente e potencia ativa em
ambos
os
enrolamentos
do
transformador aplicando cargas de
diferentes
resistncias
no
enrolamento
secundrio
correspondente ao lado de baixa
tenso. Posteriormente realizada
a comparao e anlise dos dados
para a obteno das curvas de
rendimento e tenso.
No laboratrio em questo,
os alunos fizeram uso dos
seguintes equipamentos:
1. Transformador com entrada
220V
fornecido
pelo
professor e orientador da
atividade;
2. 4
(quatro)
Multmetros
digitais;
3. 2
(dois)
wattmetros
analgicos;
4. 1 (um) Variador de Tenso
AC;
5. 4
(quatro)
Cargas
de
Resistncia Varivel de 0
50 , Corrente mx. 6 A e
Potncia mx. 1250 W.
6. Fios
para
realizar
as
conexes.
Os equipamentos so mostrados
na Imagem abaixo:
Figura 4. Equipamentos
6. Resultados
O primeiro teste realizado
no transformador trotou-se da
identificao
da
relao
de
transformao (). Partindo da
informao inicial de que o
primrio do transformador possui
tenso nominal de 220V aplicou-se
esta e, com o auxlio de um
multmetro, verificou-se a tenso
no secundrio. O secundrio
apresentou tenso de 22V, assim
definiu-se
=10,
segundo
a
equao 1.
O segundo teste tratou-se
da verificao da polaridade do
transformador. Aplicando a tenso
nominal do no primrio e fechando
uma malha entorno das bobinas
do primrio e do secundrio,
conforme a figura 8 mostra, foi
possvel identificar a polaridade do
transformador com o auxlio de um
multmetro. O resultado foi uma
tenso de 242V, isso significa que
o transformador possui polaridade
aditiva.
Tenso
(V)
AT BT
22 22,
100
0
6
22 22,
50
0
8
22 22,
25
0
6
22 22,
16,7
0
5
22 22,
12,5
0
4
22 21,
6
0
6
22 20,
3
0
4
22 17,
1,5
0
5
Car
ga
()
Corrente
(A)
AT
BT
0,05
0,21
9
0,08
0,44
1
0,12
0,88
4
0,16
1,33
8
0,2
Potnci
a (W)
AT BT
14
18 10
24 20
36 29
1,78 42 39
10
98
2
20 16
0,89 8,27
0
9
36 28
1,85 17,8
0
0
0,48 4,33
A comparao da corrente
e
da
tenso
eltrica
do
enrolamento
secundrio,
A curva de rendimento,
caracterizada pela comparao
entre a potncia aplicada no
enrolamento
primrio
e
seu
respectivo
rendimento
no
secundrio mostrada no grfico
da figura 10.
Curva Potncia x Rendimento
1.000
0.900
0.800
Rendimento (%) 0.700
0.600
0.500
parmetros
do
ramo
de
magnetizao do transformador.
Os resultados so mostrados a
seguir.
Carga x Regulao
40
30
Regulao (%)
20
Ym=195.45 S
10
0
Gm=41.32 S
Bm=191 S
Res itncia ()
Tenso
(V)
AT
BT
9,1
0
Corrente
(A)
AT
BT
0,42
4
Potncia
(W)
AT BT
1
0
Tenso
(V)
AT
BT
220 22
220
22
Corrente
(A)
AT
BT
0
0,39
0,04
0
3
Potncia
(W)
AT
BT
0
2
Zcc=21,66
Rcc=5,66
Xcc=20,9
Com os dados do ensaio de
circuito aberto, estimaram-se os
Assim, transformando os
valores para Rm e Xm, temos:
Rm=
1
=24.2 K
Gm
Xm=
1
=5235.6
Bm
7.Concluses
Com a atividade realizada
foi possvel associar o contedo
estudado em sala com a pratica
em
laboratrio.
Algumas
dificuldades se apresentaram em
medies com cargas de maior
resistncia,
tornando-se
difcil
observar os valores de potncia
para estes. Isso foi contornado
utilizando cargas com menores
resistncias.
Neste
transformador
abaixador, com =10, verificou-se
que o melhor rendimento do
mesmo
encontra-se
a
uma
potncia pouco acima de 100W,
regio na qual recomenda-se a
operao.
tambm visvel que a
regulao do transformador
inversamente
proporcional