Guia para Qualidade em Química Analítica
Guia para Qualidade em Química Analítica
Guia para Qualidade em Química Analítica
APNDICE
II
GUIA PARA
QUALIDADE EM
QUMICA ANALTICA
UMA ASSISTNCIA ACREDITAO
942 - IAL
944 - IAL
Publicado em 2002
IAL - 945
NDICE
Seo Ttulo
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
Metas e objetivos
Introduo
Definio e Terminologia
Acreditao
Escopo
A tarefa analtica
Especificao do requisito analtico
Estratgia analtica
Anlises no rotineiras
Pessoal
Amostragem, manuseio e preparao das amostras
Ambiente
Equipamentos
Reagentes
Rastreabilidade
Incerteza de medio
Mtodos/ procedimentos para ensaios e calibrao
Validao de metodologia
Calibrao
Materiais de referncia
Controle de qualidade e ensaios de proficincia
Computadores e sistemas controlados por computador
Auditoria do laboratrio e anlise crtica
Referncias e Bibliografia
Siglas
Apndices
A
B
C
946 - IAL
1.
METAS E OBJETIVOS
1.1 A meta deste guia fornecer aos laboratrios diretrizes sobre a melhor prtica para
as operaes analticas por eles realizadas. O guia abrange anlises qualitativa e
quantitativa realizadas em bases rotineiras e no-rotineiras. Um guia em separado
abrange trabalhos de pesquisa e desenvolvimento (Guia CITAC/EURACHEM
Referncia A1 na pgina 43).
1.2 O guia objetiva auxiliar aquelas pessoas implementando a garantia da qualidade
em laboratrios. Para aqueles que trabalham com acreditao, certificao ou outra
conformidade com requisitos particulares da qualidade, ele ir ajudar a explicar o
que esses requisitos significam. O guia tambm ser til para aqueles envolvidos na
avaliao da qualidade de laboratrios analticos, por comparao com esses requisitos de qualidade. Referncias cruzadas s normas ISO/IEC 17025, ISO 9000 e
aos requisitos das Boas Prticas de Laboratrio (GLP) da OECD, so fornecidas.
1.3 Este documento foi desenvolvido a partir da anterior Guia 1 CITAC (que, por
sua vez, foi baseada no Guia EURACHEM/WELAC), e atualizado para levar em
conta novos materiais e desenvolvimentos, particularmente os novos requisitos da
norma ISO/IEC 17025.
1.4 Esse guia foi produzido por um grupo de trabalho constitudo por David Holcombe, LGC, RU; Bernard King, NARL, Austrlia; Alan Squirrell, NATA, Austrlia
e Maire Walsh, Laboratrio Estadual, Irlanda. Alm disto, ao longo dos anos de
elaborao deste guia e de suas verses anteriores, tem havido extensa contribuio
por parte de um grande nmero de indivduos e organizaes, incluindo: CITAC,
EURACHEM, EA, ILAC, A.O.A.C.I, IUPAC, CCQM, entre outros (consulte a
lista de Acrnimos na pgina 58).
1.5 Este guia se concentra nas questes tcnicas da garantia da qualidade (GQ), com
nfase naquelas reas onde h a necessidade de uma interpretao particular para
ensaios qumicos ou medies relacionadas. Existe um nmero de aspectos adicionais de GQ, onde nenhuma orientao dada, j que estes so integralmente focados em outros documentos, tal como a norma ISO/IEC 17025. Estes incluem:
registros; relatrios; sistemas da qualidade; subcontratao; reclamaes; requisitos
do fornecedor; reviso de contratos; confidencialidade e manipulao de dados.
IAL - 947
2.
INTRODUO
2.1 O valor das medies qumicas depende do nvel de confiana que pode ser estabelecido
nos resultados. De maneira crescente, a comunidade de analistas qumicos est adotando
princpios de GQ que, embora no garantindo realmente a qualidade dos dados produzidos, eleva a possibilidade deles serem bem fundamentados e se adequarem ao fim pretendido.
2.2 Uma GQ apropriada pode permitir que um laboratrio mostre que possui instalaes e
equipamentos adequados para execuo de anlises qumicas e que o trabalho foi realizado
por pessoal competente de uma maneira controlada, seguindo um mtodo validado documentado. A GQ deve focar questes centrais que determinem resultados de qualidade,
custos e oportunidades, e evitem desvio de energias para questes menos importantes.
2.3 Uma boa prtica de GQ, incluindo seu reconhecimento formal por acreditao, certificao etc., ajuda a garantir que os resultados sejam vlidos e adequados aos fins propostos.
Contudo, importante que tanto os laboratrios quanto seus clientes entendam que a GQ
no pode garantir que 100% dos resultados individuais sejam confiveis. Existem duas
razes para isto:
1.
2.
2.4.1 ISO/IEC 17025:1999: (Ref B1) Esta norma aborda a competncia tcnica
de laboratrios para a realizao de ensaios e calibraes especficos, e usada
em todo o mundo por organismos de acreditao de laboratrios, como um
requisito bsico para a acreditao;
2.4.2 ISO 9001:2000: (Ref B2) e suas equivalentes nacionais e internacionais. Esta
norma se refere principalmente gesto da qualidade para instalaes que
realizam a produo ou prestam servios, incluindo anlises qumicas;
2.4.3 Princpios de Boas Prticas de Laboratrio (GLP) da OECD: 1998 (Ref B3)
e suas equivalentes nacionais e setoriais. Estas diretrizes dizem respeito aos
processos e condies organizacionais sob os quais estudos de laboratrio,
relativos a determinado trabalho regulamentar, so realizados.
2.5 Alm disto, existem abordagens sobre Gesto da Qualidade Total (GQT) para GQ,
que do nfase melhoria contnua (a nova ISO 9001:2000 d mais nfase neste
aspecto). O fundamental neste guia o enfoque que, em nvel tcnico, a boa prtica em GQ analtica independe do sistema formal de GQ adotado.
2.6 Um laboratrio pode decidir criar seus prprios procedimentos de GQ, ou pode
adotar um dos protocolos estabelecidos. Neste ltimo caso, ele pode reivindicar
conformidade informal com o protocolo ou, em condies ideais, pode ser submetido a uma avaliao independente por parte de uma entidade especializada oficial,
com o objetivo de obter aprovao independente de seu sistema da qualidade. Tal
avaliao/aprovao independente variavelmente conhecida como acreditao,
registro ou certificao, dependendo de qual norma esteja sendo usada na avaliao. Em reas especficas de anlise, a acreditao algumas vezes obrigatria, porm, na maioria dos casos, o laboratrio livre para decidir que espcies de medidas
de GQ ele deseja adotar. O caminho pela avaliao independente tem reconhecidas
vantagens, particularmente onde os clientes do laboratrio necessitem de evidncia
objetiva da competncia tcnica do laboratrio. Para obter esclarecimentos sobre o
termo acreditao, conforme usado neste guia, veja as sees 3.2 e 4 abaixo.
3.
DEFINIES E TERMINOLOGIA
Existe uma pluralidade de termos importantes usados em gesto da qualidade e
avaliao de conformidade, cujo significado pode variar conforme o contexto em
que eles forem usados. importante compreender a distino entre os diferentes termos. Alguns deles so aqui apresentados. A referncia bsica a ISO Guia
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2:1996 Ref B4. Outros termos podem ser encontrados na ISO 9000:2000 Ref
B5 (Nota: ISO 8402:1994 Qualidade Vocabulrio foi retirada).
3.1 QUALIDADE: Grau em que um conjunto de caractersticas inerentes satisfaz requisitos (ISO 9000:2000).
3.2 ACREDITAO: Procedimento pelo qual uma entidade autorizada concede reconhecimento formal de que uma organizao ou pessoa competente para realizar tarefas especficas (ISO Guia 2-1996).
3.2.1 No contexto de um laboratrio realizando medies, acreditao o reconhecimento formal de que o laboratrio competente para executar calibraes
ou ensaios especficos, ou tipos especficos de calibraes ou ensaios. O mecanismo pelo qual a acreditao concedida est descrito abaixo na seo 4, e o
documento dos principais requisitos a norma ISO/IEC 17025:1999.
3.2.2 Acreditao tambm usada no contexto das atividades baseadas na norma
ISO 9000, para descrever o processo pelo qual uma organizao nacional reconhece formalmente os organismos de certificao como competentes para
avaliar e certificar organizaes, como estando em conformidade com a srie
de normas ISO 9000 (sistemas de gesto da qualidade).
3.3 CERTIFICAO: Procedimento pelo qual um organismo de terceira parte fornece garantia por escrito de que um produto, processo ou servio est em conformidade com requisitos especificados (ISO Guia 2:1996). A Certificao (algumas
vezes conhecida como registro) difere basicamente da acreditao na medida em
que a competncia tcnica no especificamente focada.
3.4 GARANTIA DA QUALIDADE (GQ): GQ descreve as medidas globais que um
laboratrio utiliza para assegurar a qualidade de suas operaes. Tipicamente estas
podem incluir:
Um sistema da qualidade
Ambiente de laboratrio adequado
Pessoal instrudo, treinado e habilitado
Procedimentos e registros de treinamento
Equipamento adequadamente conservado e calibrado
Procedimentos para controle da qualidade
Mtodos documentados e validados
950 - IAL
IAL - 951
3.7 NORMA (STANDARD): Esta palavra possui uma variedade de significados distintos na lngua inglesa. No passado, ela foi usada rotineiramente para se referir
primeiramente a normas escritas amplamente adotadas, isto , procedimentos,
especificaes, recomendaes tcnicas, etc., e em segundo lugar, a padres qumicos ou fsicos usados para fins de calibrao. Neste guia, para minimizar a confuso, norma usada somente no sentido de normas escritas. O termo padro
de medida usado para descrever padres qumicos ou fsicos, usados para fins
de calibrao ou validao, tais como: produtos qumicos de pureza estabelecida e
suas correspondentes solues de concentrao conhecida; filtros UV; pesos, etc.
Materiais de referncia so uma (importante) categoria de padres de medida.
3.8 MATERIAL DE REFERNCIA (MR): Material ou substncia, com um ou mais
valores de suas propriedades que so suficientemente homogneos e bem estabelecidos, para ser usada na calibrao de um aparelho, na avaliao de um mtodo de
medio ou na atribuio de valores a materiais. (ISO Guia 30 Ref C1).
3.9 MATERIAL DE REFERNCIA CERTIFICADO (MRC): Material de referncia, acompanhado de um certificado, com um ou mais valores de suas propriedades
certificadas por um procedimento que estabelece sua rastreabilidade obteno
exata da unidade na qual os valores da propriedade so expressos, e cada valor certificado acompanhado por uma incerteza para um nvel de confiana estabelecido.
(ISO Guia 30:1992 Ref C1).
3.10 RASTREABILIDADE: Propriedade do resultado de uma medio ou do valor
de um padro estar relacionado a referncias estabelecidas, geralmente a padres
nacionais ou internacionais, atravs de uma cadeia contnua de comparaes, todas
com incertezas estabelecidas. (VIM 1993 Ref B6).
3.11 INCERTEZA DE MEDIO: Parmetro associado ao resultado de uma medida
que caracteriza a disperso dos valores que podem ser razoavelmente atribudos ao
medidor. (VIM 1993 Ref B6).
4
ACREDITAO
Ttulo
ISO/IEC
17025:1999
ISO 9001:
2000
Escopo
Referncias normativas
Termos e definies
3 ISO
9000:2000
Seo I 2
Requisitos gerenciais
Vrias
Seo II 1.1
Organizao
4.1
Diretor de estudo
Seo I 1
Seo II - 1.2
IAL - 953
Ttulo
Gerente da Qualidade
Sistema da Qualidade
Poltica da Qualidade
Manual da Qualidade
Comprometimento da gerncia com a
qualidade
Controle de documentos
Aprovao e emisso de documentos
Alteraes em documentos
Anlise crtica dos pedidos, propostas e
contratos
Subcontratao
Aquisio de servios e suprimentos
Verificao de suprimentos
Foco no cliente
Atendimento ao cliente
Reclamaes
Controle de trabalho no-conforme
Melhoria
Anlise de causas
Ao corretiva
Ao preventiva
Controle de registros
Auditorias internas
Anlises crticas pela gerncia
Requisitos tcnicos gerais
Pessoal
Acomodaes e condies ambientais
Mtodos de ensaio e calibrao
954 - IAL
ISO/IEC
17025:1999
ISO 9001:
2000
4.1.5
4.2
4.2.2
4.2.2
5.5.2
4
5.3
4.2.2
4.2.2
5.1
4.3
4.3.2
4.3.3
4.2.3
4.2.3
4.2.3
4.4
7.2
4.5
4.6
7.4
4.6.2
4.7
4.8
4.9
4.10.2
4.10.3
4.10.4
4.11
4.12
4.13, 4.10.5
4.14
5.1
5.2
5.3
5.4
7.4.3
Seo II 7.1
Seo II 6.2.3
(somente item de
ensaio)
5.2, 8.2.1
7.2.3
7.2.3
8.3
8.5
8.5.2
8.5.2
8.5.3
4.2.4
8.2.2
5.6
Seo II 10
Seo II 2.2
6.2
6.3, 6.4
7.5.1
Seo II - 1.3
Seo II 3
Seo II 7
Ttulo
Validao de metodologias
Incerteza de medio
Verificaes de clculo e de transcries
Validao da TI
Equipamentos
Qualificao de equipamentos
Rastreabilidade da medio
Calibrao
Padres de referncia e materiais de
referncia
Amostragem
Manuseio de itens de ensaio ou calibrao
(transporte/armazenagem/identificao/
descarte)
Identificao da amostra
7.6
Seo II 6
5.7
5.8
7.5.5
5.8.2
7.5.3
7.5.1, 7.6,
8.2.3,
8.2.4
5.9
5.10
5.10.5
5.10.7
5.10.9
Seo II 8.3.1
Seo II 2
Seo II 9
8.3
Seo II 9.1.4
Nota: Consideraes esto sendo feitas para o alinhamento dos requisitos do sistema de
gesto da qualidade da Seo 4 (baseada na ISO 9001: 1994) da ISO/IEC 17025: 1999
com a ISO 9001: 2000.
4.4 A acreditao concedida a um laboratrio para um conjunto especfico de atividades (isto , ensaios ou calibraes) aps a avaliao daquele laboratrio. Tais
avaliaes iro incluir tipicamente um exame dos procedimentos analticos em uso,
o sistema da qualidade e a documentao da qualidade. Os procedimentos analticos sero examinados para garantir que eles sejam tecnicamente apropriados ao
IAL - 955
fim pretendido e que tenham sido validados. O desempenho dos ensaios pode
ser testemunhado para garantir que os procedimentos documentados estejam sendo seguidos e possam ser, de fato, acompanhados. O desempenho do laboratrio
em esquemas de ensaios de proficincia pode ser tambm examinado. A avaliao
pode, adicionalmente, incluir uma auditoria de desempenho, onde necessrio
que o laboratrio analise amostras fornecidas pela entidade acreditadora e atinja
nveis de preciso aceitveis. Essa auditoria de desempenho efetivamente uma
forma de ensaio de proficincia (ver a seo 21).
4.5 de responsabilidade do laboratrio garantir que todos os procedimentos usados
sejam apropriados ao seu fim pretendido. O processo de avaliao examina este
aspecto de adequao ao uso.
4.6 Cada entidade acreditadora possui procedimentos estabelecidos com os quais ela
opera, avalia laboratrios e concede a acreditao. Por exemplo, as entidades acreditadoras de laboratrios operam, segundo requisitos baseados na ISO/IEC Guia
58 (Ref C8). Similarmente, entidades oferecendo esquemas de certificao operam
segundo os requisitos da ISO/IEC Guia 62 (Ref 19).
4.7 Da mesma forma, avaliadores so escolhidos por critrios especificados. Por exemplo, os critrios de seleo para nomeao de avaliadores para avaliar em nome das
entidades acreditadoras de laboratrios so especificados na ISO/IEC Guia 58. Estes incluem o requisito de conhecimento tcnico nas reas especficas de operao
sendo avaliadas.
4.8 O benefcio da acreditao permitir aos clientes em potencial do laboratrio terem
confiana na qualidade do servio desempenhado. Vrios desenvolvimentos internacionais significam que a aprovao conferida por acreditao e outras avaliaes
possuem reconhecimento mundial. Muitas entidades acreditadoras de laboratrios
(que foram avaliadas e confirmadas como satisfazendo requisitos relevantes ver
4.6 acima) assinaram um acordo multilateral (o Acordo ILAC) para reconhecer a
equivalncia dos esquemas de acreditao de laboratrio. Acordos internacionais similares foram desenvolvidos para entidades associadas a esquemas de certificao.
4.9 A orientao fornecida abaixo ser til para laboratrios buscando acreditao relativa ISO/IEC 17025, certificao relativa ISO 9001, ou conformidade/registro
com os princpios das BPL (GLP).
5.
ESCOPO
956 - IAL
IAL - 957
6.1 A anlise uma investigao complexa em mltiplos estgios que podem ser sumarizados nas sub-tarefas relacionadas abaixo. Quando apropriado, a seo correspondente deste guia tambm listada. Nem todas as etapas sero necessrias a cada vez
que uma medio de rotina for realizada. Tambm, na realidade, a medio muitas
vezes um processo iterativo, que passa pela srie linear de etapas mostradas abaixo:
7.1 O laboratrio tem o dever de prestar um servio analtico que seja apropriado para
resolver os problemas de seus clientes.
7.2 A chave para uma boa anlise uma especificao clara e adequada dos requisitos.
Isto precisar ser produzido em cooperao com o cliente, que pode necessitar de
ajuda considervel para converter seus requisitos funcionais numa tarefa analtica
tcnica. O requisito analtico pode ser tambm desenvolvido durante os trabalhos
de uma comisso, mas no deve sofrer desvios. Quaisquer mudanas so possveis
de serem orientadas pelo cliente, mas devem ter o acordo de ambos: cliente e laboratrio. A especificao do pedido analtico deve abordar as seguintes questes:
958 - IAL
Contexto analtico
Informaes requeridas
Relevncia (Nvel crtico)/risco aceitvel
Restries de tempo
Restries de custos
Amostragem
Requisitos de rastreabilidade
Incerteza de medio
Requisitos do mtodo, incluindo preparao da amostra
Identificao/confirmao/caracterizao
Critrios de limites
Requisitos de GQ/CQ
Requisitos do plano de pesquisa/aprovao
7.3 O nvel da documentao deve ser proporcional escala e nvel crtico da tarefa e
inclui a produo de qualquer anlise de informaes e pensamento criativo.
8.
ESTRATGIA ANALTICA
8.1 Todo trabalho analtico deve ser adequadamente planejado. Um plano destes pode
ser, em sua forma mais bsica, simplesmente uma entrada em um caderno de anotaes. Planos mais detalhados devero ser apropriados para tarefas maiores e mais
complicadas. Para trabalho realizado segundo as BPLs, h um requisito especfico
de que o trabalho seja realizado segundo planos de estudo documentados.
8.2 Os planos, tipicamente, devero indicar o ponto de partida e de trmino pretendido da tarefa especfica em conjunto com a estratgia para alcanar as metas desejadas. Quando, durante a evoluo do trabalho, for apropriado alterar a estratgia, o
plano deve ser corrigido de acordo.
9
ANLISES FORA-DE-ROTINA
9.1 Anlises fora-de-rotina podem ser consideradas tambm como tarefas, mas que so
realizadas ocasionalmente, onde metodologia confivel j se encontra estabelecida,
ou como tarefas onde cada amostra requer uma abordagem diferente e a metodologia precisa ser estabelecida na ocasio. Orientaes so dadas na Referncia A1.
9.2 Os custos da medio qumica refletem os custos associados aos vrios estgios de desenvolvimento do mtodo, validao, instrumentao, consumveis, manuteno conIAL - 959
tnua, participao de pessoal, calibrao, controle de qualidade, etc. Muitos desses custos so independentes do nmero de amostras que sero subseqentemente analisadas
usando-se esse mtodo. Assim, quando um nico mtodo puder ser usado para um
grande quantidade de amostras, os custos analticos unitrios sero comparativamente baixos. Quando um mtodo tiver que ser especialmente desenvolvido apenas para
poucas amostras, os custos analticos unitrios podem ser muito altos. Para tal anlise
fora-de-rotina, alguns custos podem ser reduzidos pelo uso de mtodos genricos, isto ,
mtodos que so amplamente aplicveis. Em alguns casos, a subcontratao de servios
de um laboratrio especializado em um tipo particular de trabalho poderia ser a melhor
soluo custo/benefcio. Contudo, quando o trabalho for subcontratado, procedimentos de GQ apropriados devem ser empregados.
9.3 Em termos simples, uma medio pode ser convenientemente descrita em termos
de uma etapa de isolamento e um estgio de medio. Raramente um analito pode
ser medido sem primeiro separ-lo da matriz da amostra. Assim, a finalidade da
etapa de isolamento simplificar a matriz na qual o analito finalmente medido.
Freqentemente o procedimento de isolamento pode variar muito pouco para uma
ampla variedade de analitos numa faixa de matrizes de amostra. Um bom exemplo
de um procedimento de isolamento genrico a tcnica de digesto para isolar
traos de metais em alimentos.
9.4 Da mesma forma, uma vez que os analitos tenham sido isolados da matriz da
amostra e estejam presentes em um meio comparativamente limpo, tal como um
solvente, pode ser possvel ter um nico mtodo genrico para cobrir a medio de
uma ampla variedade de analitos. Por exemplo, cromatografia gasosa, ou espectrofotometria UV-Visvel.
9.5 A documentao de tais mtodos genricos deve ser elaborada de forma que possa
acomodar facilmente as pequenas mudanas relacionadas com a extrao, depurao ou medio de diferentes analitos, por exemplo pelo uso de tabelas. Os parmetros que podem ser variados so: tamanho da amostra, quantidade e tipo dos
solventes de extrao, condies de extrao, colunas cromatogrficas ou condies
de separao, ou ajustes de comprimento de onda no espectrmetro.
9.6 O valor de tais mtodos para anlises fora-de-rotina que, quando uma nova combinao de analito/matriz encontrada, freqentemente possvel incorpor-la a
um mtodo genrico existente, com validao adicional, clculos de incerteza da medio e documentao apropriados. Assim, os custos adicionais incorridos so minimizados em comparao com o desenvolvimento integral de um novo mtodo. O mtodo
960 - IAL
deve definir as verificaes que precisaro ser realizadas para os diferentes analitos ou
tipos de amostras, a fim de verificar se a anlise vlida. Informaes suficientes precisaro ser registradas, a fim de que o trabalho possa ser repetido, precisamente da mesma
maneira, numa data futura. Quando uma anlise especfica subseqentemente se torna
rotina, um mtodo especfico pode ser validado e documentado.
9.7 possvel acreditar uma anlise fora-de-rotina, e a maior parte das entidades acreditadoras ter uma poltica para avaliar tais mtodos e descrev-los no programa ou
escopo de acreditao do laboratrio. O nus caber ao laboratrio de demonstrar
aos avaliadores que ao usar estas tcnicas ele est satisfazendo todos os critrios da
norma de qualidade relevante. Particularmente, a experincia, a capacitao e o
treinamento do pessoal envolvido, sero importantes fatores na determinao se
tais anlises podem ou no ser acreditadas.
10. PESSOAL
10.1 A gerncia do laboratrio deve definir, normalmente, os nveis mnimos de qualificao e experincia necessrios aos principais cargos dentro do laboratrio. As
anlises qumicas devem ser realizadas por um analista qualificado, experiente e
competente, ou sob a superviso deste. Outra equipe de funcionrios snior do
laboratrio possuir normalmente competncias similares. Menores qualificaes
formais podem ser aceitveis quando o pessoal possuir relevante e extensa experincia e/ou o escopo das atividades for limitado. A equipe qualificada em nvel de
graduao dever ter, normalmente, pelo menos dois anos de experincia em trabalho pertinente antes de ser considera composta por analistas experientes. O pessoal
em treinamento, ou sem nenhuma qualificao relevante, pode realizar anlises,
desde que tenham comprovadamente recebido um nvel adequado de treinamento
e sejam adequadamente supervisionados.
10.2 Em determinadas circunstncias, os requisitos mnimos de qualificaes e experincia para o pessoal que realiza tipos particulares de anlises podem ser especificados em regulamentos.
10.3 O laboratrio deve assegurar que todo o pessoal receba treinamento adequado para
o desempenho competente dos ensaios e operao dos equipamentos. Quando
apropriado, isto dever incluir treinamento nos princpios e teorias por trs de
tcnicas particulares. Quando possvel, medidas objetivas devem ser tomadas para
avaliar o alcance da competncia durante o treinamento. Somente analistas que
possam demonstrar a competncia necessria, ou que sejam adequadamente superIAL - 961
11.12.5 Qualquer que seja a estratgia usada para a amostragem, de vital importncia que o amostrador mantenha um registro claro dos procedimentos
seguidos, a fim de que o processo de amostragem possa ser exatamente
repetido.
11.12.6 Quando mais de uma amostra for retirada do material original pode ser
til incluir um diagrama como parte integrante da documentao, para
indicar o padro da amostragem. Isto dever tornar mais fcil a repetio
da amostragem numa data futura, podendo tambm auxiliar na obteno
de concluses a partir dos resultados do ensaio. Uma aplicao tpica,
onde um esquema deste ser til, na amostragem de solos sobre uma
ampla rea para monitorar sedimentos das emisses de chamins.
11.12.7 Quando o laboratrio no tiver sido responsvel pela fase de amostragem,
ele deve declarar no relatrio que as amostras foram analisadas como recebidas. Se o laboratrio tiver conduzido ou dirigido a fase de amostragem,
ele deve informar sobre os procedimentos utilizados e comentar acerca de
quaisquer limitaes decorrentes impostas aos resultados.
11.13 A embalagem da amostra e os instrumentos usados para manipulao da amostra
devem ser selecionados de forma que todas as superfcies em contato com a amostra sejam essencialmente inertes. Ateno particular deve ser dedicada possvel
contaminao das amostras por metais ou plastificantes lixiviados (migrados) do
recipiente, ou de sua tampa, para a amostra. A embalagem deve tambm garantir
que a amostra possa ser manipulada sem ocasionar um risco qumico, microbiolgico, ou outro qualquer.
11.14 O fechamento da embalagem deve ser adequado, de forma a garantir que no haja
vazamento da amostra, e que a prpria amostra no seja contaminada. Em algumas circunstncias, por exemplo, quando amostras tiverem sido coletadas para fins
legais, a amostra deve ser lacrada de forma que o acesso a ela somente seja possvel
pela ruptura do lacre. A confirmao do estado satisfatrio dos lacres ir ento,
normalmente, fazer parte do relatrio analtico.
11.15 O rtulo da amostra um importante aspecto da documentao e deve identificla, sem ambigidade, a planos ou notas relacionadas. A rotulagem particularmente importante, mais adiante no processo analtico, quando a amostra possa ter sido
dividida, subamostrada, ou modificada de alguma forma. Em tais circunstncias,
informaes adicionais podem ser apropriadas, tais como referncias amostra
IAL - 967
12.4 Na seleo de reas que sero designadas para novos trabalhos, o uso anterior da
rea deve ser levado em considerao. Antes do uso, devem ser feitas verificaes
para garantir que a rea esteja livre de contaminao.
12.5 O laboratrio deve proporcionar condies ambientais apropriadas e os controles
necessrios para a realizao de ensaios especficos, ou para a operao de equipamento especfico, incluindo: temperatura, umidade, iseno de vibrao, iseno
de contaminao microbiolgica em suspenso no ar ou em poeira, iluminao
especial, proteo contra radiao, e servios especficos. Condies ambientais crticas devem ser monitoradas e mantidas dentro de limites predeterminados.
12.6 Um desvio das condies ambientais crticas pode ser indicado por sistemas de monitoramento ou pelo controle de qualidade analtico em ensaios especficos. O imIAL - 969
pacto de tais falhas pode ser avaliado como parte integrante dos ensaios de robustez
durante a validao do mtodo e, quando apropriado, estabelecidos procedimentos
de emergncia.
12.7 Procedimentos de descontaminao podem ser apropriados quando o ambiente ou
o equipamento estiver sujeito mudanas de uso, ou quando ocorrer contaminao acidental.
13. EQUIPAMENTOS (Ver tambm Apndice B)
13.1 Categorias de equipamentos
13.1.1 Todo o equipamento usado nos laboratrios deve ser de uma especificao suficiente para a finalidade pretendida, e mantido num
estado de manuteno e calibrao consistente com seu uso. Equipamentos normalmente encontrados no laboratrio qumico podem ser classificados como:
i) equipamento para servios gerais, no usado para medies ou com mnima influncia sobre medies (p. ex. chapas quentes, agitadores, vidraria no-volumtrica e vidraria
usada para medio grosseira de volume, tais como provetas)
e sistemas para aquecimento ou ventilao de laboratrio;
ii) equipamento volumtrico (p. ex. frascos, pipetas, picnmetros, buretas, etc.) e instrumentos de medio (p. ex.
hidrmetros, viscosmetros de tubo em U, termmetros,
cronmetros, espectrmetros, cromatgrafos, medidores eletroqumicos, balanas, etc.);
iii) padres de medida fsica (pesos, termmetros de referncia);
iv) computadores e processadores de dados.
13.2 Equipamento para servios gerais
13.2.1 Equipamento para servios gerais ser conservado, tipicamente,
apenas por meio de limpeza e verificaes de segurana, conforme
necessrio. Calibraes ou verificaes de desempenho sero neces970 - IAL
IAL - 971
13.3.4 A freqncia de tais verificaes de desempenho pode ser especificada em manuais ou procedimentos operacionais. Caso contrrio,
ela dever ser determinada pela experincia e baseada na necessidade, tipo e desempenho anterior do equipamento. Os intervalos
entre as verificaes devem ser mais curtos do que o tempo que
o equipamento leva, na prtica, para ultrapassar os limites aceitveis.
13.3.5 Muitas vezes possvel criar verificaes de desempenho verificaes de adequao do sistema dentro dos mtodos de ensaio
(p. ex. baseado nos nveis de resposta esperados dos detectores ou
sensores para materiais de referncia, a resoluo das misturas de
componentes por sistemas de separao, as caractersticas espectrais
de padres de medida etc.). Essas verificaes devem ser satisfatoriamente concludas, antes do equipamento ser usado.
13.4 Padres de medida fsica
13.4.1 Onde quer que os parmetros fsicos sejam decisivos para o correto
desempenho de um ensaio em particular, o laboratrio deve possuir, ou ter acesso, ao padro de medida relevante, como um meio
de calibrao.
2.2.2
Em alguns casos, um ensaio e seu desempenho so na verdade definidos em termos de uma pea especfica do equipamento, e verificaes sero necessrias para confirmar que o equipamento est
de acordo com a especificao relevante. Por exemplo, valores do
ponto de fulgor para uma amostra inflamvel especfica so dependentes das dimenses e geometria dos aparelhos utilizados no
ensaio.
13.4.3 Materiais padres de medio e quaisquer certificados anexos devem ser armazenados e utilizados de maneira consistente para a
preservao do estado de calibrao. Deve ser dada considerao
particular a qualquer recomendao de armazenagem mencionada
na documentao fornecida com o padro de medida.
13.5 Computadores e processadores de dados. Os requisitos para computadores so
apresentados na seo 20.
972 - IAL
14. REAGENTES
14.1 A qualidade dos reagentes e de outros materiais consumveis deve ser apropriada
ao uso pretendido. Devem ser feitas consideraes a respeito da seleo, compra,
recebimento e armazenamento de reagentes.
14.2 A qualidade de qualquer reagente crtico utilizado (incluindo gua) deve ser mencionada no mtodo, juntamente com o guia sobre quaisquer precaues especficas a serem observadas na sua preparao, armazenamento e uso. Essas precaues
incluem toxicidade, inflamabilidade, estabilidade trmica ao ar e a luz; reatividade
com outros produtos qumicos; reatividade com recipientes especficos; e outros
riscos. Reagentes e materiais de referncia preparados no laboratrio devem ser
rotulados para identificar a substncia, concentrao, solvente (quando diferente
da gua), quaisquer precaues ou riscos especiais, restries de uso, e data de preparao e/ou validade. A pessoa responsvel pela preparao deve ser identificvel a
partir do rtulo ou dos registros.
14.3 O correto descarte de reagentes no afeta diretamente a qualidade da anlise da
amostra, contudo ele faz parte das boas prticas de laboratrio e deve obedecer aos
regulamentos nacionais sobre sade e segurana, ou meio ambiente.
14.4 Quando a qualidade de um reagente for crtica para um ensaio, a qualidade de um
novo lote deve ser verificada em comparao com o lote anteriormente em uso
(de sada), antes de seu emprego, desde que o lote de sada seja reconhecido como
sendo ainda utilizvel.
15. RASTREABILIDADE
15.1 A definio formal de rastreabilidade apresentada em 3.10 e uma declarao de
poltica da CITAC foi preparada (Ref A6). Um guia sobre a rastreabilidade de
medies qumicas est sendo desenvolvido (Ref A7). A rastreabilidade diz respeito
ao requisito de relacionar os resultados das medies aos valores de padres ou
referncias rastreveis ao Sistema Internacional de Unidades, o SI. Isto alcanado
com o emprego de padres primrios (ou outros padres de alto nvel), que so
utilizados para estabelecer padres secundrios que, por sua vez, podem ser usados
como padres em calibraes de trabalho e sistemas de medio relacionados. A
rastreabilidade estabelecida em um nvel declarado de incerteza de medio, onde
cada etapa na cadeia da rastreabilidade acrescenta mais incerteza. A rastreabilidade
IAL - 973
contudo, impossvel de ser obtido. Isto ocorre porque os diferentes fatores variam
de experimento a experimento, e porque o efeito de cada fator sobre o resultado
nunca exatamente conhecido. A possvel faixa de desvios precisa ser, portanto,
estimada.
16.5 A principal tarefa na atribuio de um valor para a incerteza de uma medio
a identificao das fontes relevantes de incerteza e a atribuio de um valor a
cada contribuio significativa. As contribuies distintas precisam ser ento combinadas (conforme mostrado na seo 16.13), afim de fornecer um valor global.
necessrio manter registros das fontes individuais de incerteza identificadas, do
valor de cada contribuio e a origem do valor (por exemplo: medies repetidas,
referncias de literatura, dados de MRCs, etc.).
16.6 Na identificao das principais fontes de incerteza, a seqncia completa de eventos
necessrios para atingir a finalidade da anlise deve ser considerada. Tipicamente,
essa seqncia inclui amostragem e subamostragem, preparao de amostra, extrao, depurao, concentrao ou diluio, calibrao de instrumento (incluindo
preparao do material de referncia), anlise instrumental, processamento de dados brutos e transcrio do resultado produzido.
16.7 Cada um dos estgios ter fontes de incerteza associadas. As incertezas de componentes podem ser avaliadas individualmente ou em grupos apropriados. Por
exemplo, a repetitividade de uma medio pode servir como uma estimativa de
contribuio total da capacidade de variabilidade aleatria, devido a um nmero de
etapas num processo de medio. Da mesma forma, uma estimativa da tendncia
global e sua incerteza podem ser derivadas de estudos de materiais de referncia
certificados com matrizes combinadas e estudos de fortificao.
16.8 O tamanho das contribuies de incerteza pode ser estimado de diversas maneiras.
O valor de um componente de incerteza, associado a variaes aleatrias em fatores
de influncia, pode ser estimado pela medida da disperso dos resultados de um
nmero adequado de determinaes sob uma faixa de condies representativas.
(Em tais investigaes, o nmero de medies no deve ser normalmente inferior
a dez). Os componentes de incerteza originados do conhecimento imperfeito, por
exemplo, de uma tendncia ou tendncia em potencial, podem ser estimados com
base em um modelo matemtico, julgamento profissional fundamentado, comparaes interlaboratoriais internacionais, experimentos sobre sistemas modelo, etc.
Estes diferentes mtodos para estimativa dos componentes individuais de incerteza
podem ser vlidos.
IAL - 977
16.9
Quando as contribuies de incerteza forem estimadas em grupos, importante, apesar de tudo, registrar as fontes de incerteza que so consideradas como
sendo includas em cada grupo, e medir e registrar valores dos componentes
individuais de incerteza, quando disponveis, como uma verificao sobre a
contribuio do grupo.
16.10
Se forem usadas informaes provenientes de resultados de comparaes interlaboratoriais, essencial considerar incertezas originadas fora do escopo de
tais estudos. Por exemplo, valores nominais para materiais de referncia so tipicamente informados como uma faixa, e quando diversos laboratrios usam
o mesmo material de referncia num experimento colaborativo, a incerteza no
valor do material de referncia no includa na variao interlaboratorial. Da
mesma forma, experimentos interlaboratoriais utilizam tipicamente uma faixa
restrita de materiais de ensaio, normalmente homogeneizados com cuidado, de
modo que a possibilidade de falta de homogeneidade e diferenas na matriz, entre amostras reais e materiais de ensaio nos experimentos colaborativos, devem
ser tambm levadas em considerao.
16.11
Tipicamente, as contribuies da incerteza para resultados analticos podem incidir em quatro grupos principais:
i) Contribuies da variabilidade aleatria de curta durao, tipicamente estimada a partir de experimentos de repetitividade.
ii) Contribuies, tais como: efeitos do operador, incerteza de calibrao, erros
de escala graduada, efeitos do equipamento e do laboratrio, estimativas a
partir dos experimentos de reprodutibilidade entre laboratrios, intercomparaes internas, resultados de ensaios de proficincia ou por julgamento
profissional.
iii) Contribuies fora do escopo dos ensaios interlaboratoriais, tais como incerteza dos materiais de referncia.
6.12
978 - IAL
16.14
Essa expresso simplifica consideravelmente os dois casos mais comuns. Quando as quantidades de influncia ou resultados intermedirios so adicionados
ou subtrados para fornecer o resultado, a incerteza u igual raiz quadrada da
soma dos contribuintes dos componentes da incerteza ao quadrado, todos expressos como desvio-padro. Quando os resultados intermedirios forem combinados por multiplicao ou diviso, o desvio padro relativo (DPR) combinado calculado extraindo-se a raiz quadrada da soma dos DPRs ao quadrado,
para cada resultado intermedirio, e a incerteza padro u combinada calculada
a partir do DPR combinado e do resultado.
16.15
A incerteza global deve ser expressa como um mltiplo do desvio-padro calculado. O multiplicador recomendado 2, isto , a incerteza igual a 2u. Quando
as contribuies forem originadas de erros normalmente distribudos, este valor
ir corresponder aproximadamente a um intervalo de confiana de 95%.
16.16
No normalmente seguro estender este argumento a maiores nveis de confiana sem o conhecimento das distribuies envolvidas. De modo particular,
normalmente constatado que distribuies de incerteza experimentais so muito mais amplas no nvel de confiana de 99%, do que seria previsto por hipteses de normalidade.
16.17
IAL - 979
17.
17.1
17.2
Os padres de qualidade freqentemente favorecem o uso de padres ou mtodos colaborativamente testados, sempre que possvel. Embora isto possa ser
desejvel em situaes onde um mtodo tiver que ser amplamente usado, ou
definido em regulamento, algumas vezes um laboratrio pode ter um mtodo
prprio mais adequado. As consideraes mais importantes so de que o mtodo deva ser adequado ao fim pretendido, seja adequadamente validado e documentado, e fornea resultados que sejam rastreveis com relao s referncias
mencionadas em um nvel de incerteza apropriado.
17.3
17.4
Mtodos desenvolvidos internamente devem ser adequadamente validados, documentados e autorizados antes do uso. Onde eles estiverem disponveis, materiais de referncia com matrizes combinadas devem ser usados para determinar
qualquer tendncia, ou quando isto no for possvel, os resultados devem ser
comparados com outra(s) tcnica(s), de preferncia baseada(s) em diferentes
princpios de medio. A medio da recuperao de analito fortificado, gravimetricamente adicionado, medio dos brancos e o estudo de interferncias
e efeitos matriciais podem ser tambm usados para verificao da tendncia ou
recuperao imperfeita. A estimativa da incerteza deve fazer parte deste processo de validao e, alm de cobrir os fatores acima, deve abordar questes, tais
como a homogeneidade e estabilidade das amostras. Uma recomendao sobre
validao de metodologia apresentada na seo 18.
A documentao de mtodos deve incluir dados de validao, limitaes de aplicabilidade, procedimentos para controle da qualidade, calibrao e controle de
documentos. Um laboratrio documentando mtodos pode achar conveniente
adotar um formato comum, tal como a ISO 78-2: (Ref C10), que fornece um
modelo til. Alm disto, recomendaes sobre documentao de mtodos esto
17.5
980 - IAL
disponveis por outras fontes, tais como rgos de acreditao e rgos nacionais de normalizao.
17.6
Desenvolvimentos em metodologias e tcnicas iro requerer que os mtodos sejam alterados de tempos em tempos e, assim, a documentao do mtodo deve
estar sujeita a um controle adequado de documentos. Cada cpia do mtodo
deve apresentar o nmero/data da edio, autoridade da edio e nmero da
cpia. Deve ser possvel determinar a partir dos registros, qual a verso mais
atualizada de cada mtodo autorizado para uso.
17.7
Mtodos obsoletos devem ser descontinuados, mas devem ser guardados para
fins de arquivo e identificados claramente como obsoletos. A diferena de desempenho entre mtodos revisados e obsoletos deve ser estabelecida, de modo
que seja possvel comparar dados novos e antigos.
17.8
18
VALIDAO DO MTODO
18.1
Verificaes precisam ser realizadas para garantir que as caractersticas de desempenho de um mtodo sejam entendidas e para demonstrar que o mtodo seja
cientificamente coerente, sob as condies nas quais ele deve ser aplicado. Essas
verificaes so coletivamente conhecidas como validao. A validao de um
mtodo estabelece, atravs de estudos sistemticos de laboratrio, que o mtodo
adequado finalidade, isto , suas caractersticas de desempenho so capazes
de produzir resultados correspondentes s necessidades do problema analtico.
As principais caractersticas de desempenho incluem:
Robustez;
Preciso
* Em alguns campos da medio qumica, o termo recuperao usado para
descrever a tendncia total; em outros campos, recuperao usada em relao
a determinados elementos de tendncia.
As caractersticas acima so inter-relacionadas, muitas delas contribuindo para a
incerteza total de medio, e os dados gerados podem ser usados para avaliar a
incerteza de medio (ver seo 16 e ref C13) durante a validao.
A boa prtica na validao do mtodo descrita em um Guia EURACHEM
(Ref A3). Observe que no existe um acordo unnime sobre a interpretao de
alguns dos termos acima, nem sobre as convenes usadas na sua determinao.
Assim, ao mencionar dados de validao, recomendvel mencionar quaisquer
convenes adotadas.
18.2
18.3
18.4
Conforme acima indicado, existem diferentes opinies a respeito da terminologia e do processo de validao do mtodo. As explicaes a seguir complementam aquelas em outras partes deste guia e tem a inteno de servir como uma
diretriz, ao invs de um ponto de vista definitivo.
Seletividade de um mtodo se refere extenso at a qual ele pode determinar
analito(s) especfico(s) numa mistura complexa, sem interferncia dos outros
componentes na mistura. Um mtodo, que seja seletivo para um analito ou grupo de analitos, dito como sendo especfico. A aplicabilidade do mtodo deve ser
estudada usando-se vrias amostras, variando desde padres de medida pura at
18.5
982 - IAL
Faixa: Para a anlise quantitativa, a faixa de trabalho para um mtodo determinada pelo exame de amostras com diferentes concentraes de analito e determinao da faixa de concentraes para qual a incerteza admissvel possa ser
alcanada. A faixa operacional geralmente mais extensa do que a faixa linear,
que determinada pela anlise de um nmero de amostras de concentraes
de analito variveis e clculo da regresso a partir dos resultados, normalmente
usando o mtodo dos mnimos quadrados. A relao entre a resposta do analito
e a concentrao no precisa ser perfeitamente linear para que o mtodo seja
efetivo. Para mtodos apresentando boa linearidade, normalmente suficiente plotar uma curva de calibrao, usando-se padres de medida em 5 nveis
distintos de concentrao (mais o branco). Um maior nmero de padres de
medida ser necessrio quando a linearidade for baixa. Em anlise qualitativa
comum examinar amostras replicadas e padres de medida ao longo de uma
faixa de concentraes, para estabelecer em que concentrao um ponto de corte confivel pode ser traado entre deteco e no-deteco (ver tambm a seo
18.8).
18.7
Linearidade para mtodos quantitativos determinada pela medio de amostras com concentraes de analito abrangendo a faixa reivindicada do mtodo.
Os resultados so usados para obter uma reta por regresso com relao ao clculo de analito, usando-se o mtodo dos mnimos quadrados. conveniente
que um mtodo seja linear ao longo de uma faixa especfica, mas este no um
requisito absoluto. Quando a linearidade for inatingvel para um procedimento
especfico, deve ser determinado um algoritmo adequado para clculos.
18.8
Para mtodos qualitativos existe a possibilidade de haver um limite de concentrao abaixo do qual uma identificao positiva se torna no-confivel. A faixa
de respostas deve ser examinada pelo ensaio de uma srie de amostras e padres
de medida, constituda de brancos e de amostras contendo uma faixa dos nveis
do analito. Em cada nvel de concentrao, ser necessrio medir aproximadamente 10 replicatas. Uma curva de resposta de resultados de % positiva (ou
negativa) versus concentrao deve ser traada. A partir dessa curva ser possvel
determinar a concentrao limite, na qual o ensaio se torna no-confivel. No
IAL - 983
Exemplo:
Concentrao (g.g-1)
200
100
75
50
25
0
N de Replicaes
10
10
10
10
10
10
Positiva/Negativa
10/0
10/0
5/5
1/9
0/10
0/10
18.9
18.10
O limite de quantificao a menor concentrao de analito, que pode ser determinada com um nvel de incerteza aceitvel. Ele deve ser estabelecido usando-se uma amostra ou padro de medida apropriado, isto , ele normalmente
o ponto mais baixo na curva de calibrao (excluindo o branco). Ele no deve
ser determinado por extrapolao. Vrias convenes assumem o limite como
sendo de 5, 6 ou 10 desvios-padro da medio do branco.
18.11
Solidez: Algumas vezes tambm chamada de robustez. Quando diferentes laboratrios usam o mesmo mtodo, eles introduzem inevitavelmente pequenas
variaes no procedimento, que pode ter ou no uma influncia significativa
sobre o desempenho do mtodo. A solidez de um mtodo testada, pela introduo deliberada de pequenas alteraes no mtodo e exame das conseqncias.
Um grande nmero de fatores pode precisar ser considerado, mas devido ao fato
da maioria destes ter um efeito desprezvel, ser normalmente possvel variar
diversos deles de uma s vez. A solidez normalmente avaliada pelo laboratrio
de origem, antes que outros laboratrios colaborem.
18.12
A tendncia (algumas vezes chamada de recuperao) de um sistema de medio (mtodo) o erro sistemtico desse sistema de medio. As questes associadas estimativa da tendncia e recuperao so comentadas na seo 15.4.
Alm da avaliao da tendncia, importante estimar a incerteza de medio
984 - IAL
18.14
Observe que estas declaraes de preciso se aplicam anlise quantitativa. Anlises qualitativas podem ser tratadas de uma maneira ligeiramente diferente. A
anlise qualitativa efetivamente uma medio de sim/no para um determinado valor limite de analito. Para mtodos qualitativos a preciso no pode ser
expressa como um desvio padro ou um desvio padro relativo, mas pode ser
expressa como taxas de verdadeiro e falso positivo (e negativo). Essas taxas devem ser determinadas numa variedade de concentraes abaixo do nvel limite,
no nvel limite, e acima deste. Os dados obtidos por um mtodo de comparao
confirmatrio devem ser usados sempre que um mtodo apropriado para tal
fim estiver disponvel. Se um mtodo destes no estiver disponvel, amostras de
brancos, fortificadas ou no, podem ser analisadas.
% de falsos positivos = falsos positivos x 100/ total de negativos conhecidos
% de falsos negativos = falsos negativos x 100/ total de positivos conhecidos
18.15
componentes orgnicos desconhecidos por cromatografia gasosa, o uso de tcnicas confirmatrias essencial.
19.
CALIBRAO
19.1
Calibrao um conjunto de operaes que estabelece, sob condies especificadas, a relao entre valores de quantidades indicados por um instrumento
de medio ou sistema de medio, ou valores representados por um material
de referncia, e os valores correspondentes estabelecidos por padres (ver VIMB6). A maneira usual para realizar a calibrao submeter pores conhecidas
da quantidade (p. ex: usando-se um padro de medida ou material de referncia)
ao processo de medio e monitorar a resposta assim obtida. Informaes mais
detalhadas sobre materiais de referncia so apresentadas no prximo captulo.
19.2
Um programa geral para calibrao no laboratrio qumico deve ser criado para
assegurar que todas as medies que possuam um efeito significativo sobre os
resultados do ensaio ou calibrao sejam rastreveis a um padro de medida, de
preferncia um padro de medida nacional ou internacional, tal como um material de referncia. Quando apropriado e possvel, devem ser usados materiais
de referncia certificados. Quando padres de medida formalmente definidos
no estiverem disponveis, um material com propriedades e estabilidade adequadas deve ser selecionado ou preparado pelo laboratrio, e usado como um
padro de medida do laboratrio. As propriedades requeridas desse material
devem ser caracterizadas por ensaios repetidos, preferencialmente por mais de
um laboratrio e usando-se uma variedade de mtodos validados (ver ISO Guia
35: Ref C6).
19.3
amostra, tal como ponto de fulgor, o equipamento muitas vezes definido num
mtodo padro nacional ou internacional, e materiais de referncia rastreveis
devem ser usados para fins de calibrao, quando disponveis. Equipamentos
novos ou recentemente adquiridos devem ser verificados pelo laboratrio antes
do uso para garantir a conformidade com as especificaes, desempenho e dimenses requeridos.
19.3.3 Instrumentos, tais como cromatgrafos e espectrmetros, que necessitem de
calibrao como parte integrante de sua operao normal, devem ser calibrados
usando-se materiais de referncia de composio conhecida (provavelmente solues de produtos qumicos puros).
19.3.4 Em alguns casos, a calibrao de todo o processo analtico pode ser realizada
por comparao do resultado de medio de uma amostra com o resultado produzido por um material de referncia adequado, que foi submetido ao mesmo
processo analtico integral como a amostra. O material de referncia pode ser
uma mistura sinttica preparada no laboratrio a partir de materiais de pureza
conhecida (e de preferncia certificados) ou uma matriz comercial de material
de referncia certificado. Contudo, em tais casos, uma estreita combinao entre a amostra para ensaio e a matriz do material de referncia, em termos da
natureza da matriz, e a concentrao do analito precisa ser assegurada.
19.4
19.5
Procedimentos para a realizao de calibraes devem ser adequadamente documentados, quer como parte integrante de mtodos analticos especficos, quer
como um documento geral de calibrao. A documentao deve indicar como
realizar a calibrao, a freqncia de calibrao necessria, e a ao a ser tomada
no caso de falha na calibrao. Intervalos de freqncia para recalibrao de
padres de medida fsica devem ser tambm indicados.
Amostra
Material p/ CQ
|
Poro de Ensaio
|
-- |MR da Matriz
|
|
|
|Branco
Digesto
|
Extrao
|
Derivao
|Amostra Fortificada
Separao
MedioMR p/ Calibrao
Clculo do ResultadoFatores
20.
20.1
Uma srie de Guias ISO relativa aos materiais de referncia est disponibilizada
(Ref C1-C6).
20.2
20.3
20.4
Para muitos tipos de anlises, a calibrao pode ser realizada utilizando-se materiais de referncia preparados no laboratrio, a partir de produtos qumicos
de pureza e composio conhecidas. Alguns produtos qumicos podem ser adquiridos com um certificado do fabricante declarando a pureza do material. Alternativamente, produtos qumicos com pureza declarada, mas no certificada,
podem ser adquiridos de fornecedores idneos. Qualquer que seja a fonte,
responsabilidade do usurio estabelecer que a qualidade de tais materiais seja satisfatria. Algumas vezes, ensaios adicionais precisaro ser realizados pelo laboratrio. Normalmente, um novo lote de um produto qumico deve ser confronIAL - 989
tado com o lote anterior. De maneira ideal, todos os produtos qumicos a serem
usados para fins de material de referncia devem ser adquiridos de fabricantes
com sistemas comprovados de GQ. Contudo, um sistema de GQ no garante
automaticamente a qualidade dos produtos do fabricante, e os laboratrios devem tomar todas as medidas razoveis para confirmar a qualidade de materiais
crticos. O controle de impurezas importante, especialmente para a anlise de
traos (residual), onde eles podem causar interferncias. Ateno especial deve
ser dada s recomendaes dos fabricantes sobre a armazenagem e prazo de
validade. Alm disso, necessrio cautela, j que os fornecedores nem sempre
disponibilizam informaes sobre todas as impurezas.
20.5
O uso de materiais de referncia apropriados pode propiciar rastreabilidade essencial e permitir que os analistas demonstrem a preciso dos resultados, calibrem equipamentos e mtodos, monitorem o desempenho do laboratrio e
validem mtodos, permitindo, ainda, a comparao de mtodos atravs do uso
como padres de transferncia (de medida). O seu uso fortemente encorajado,
sempre que apropriado.
20.6
20.7
A composio do material de referncia certificado deve ser a mais prxima possvel da composio das amostras. Quando existirem interferncias de matriz,
um mtodo deve ser idealmente validado usando-se um material de referncia
de matriz combinada, certificado de uma maneira confivel. Se um material
deste tipo no estiver disponvel, pode ser aceito o uso de uma amostra fortificada com o material de referncia.
20.8
990 - IAL
valor certificado (ver seo 16). A Guia ISO 34 (Ref C5) e um Guia ILAC (Ref
B15) lidam com critrios para a competncia dos provedores de materiais de
referncia. Esses guias podem constituir a base para uma futura avaliao de
provedores de materiais de referncia.
20.9
Materiais de referncia e materiais de referncia certificados devem ser claramente rotulados, de forma que sejam identificados sem ambigidades e relacionados
com os respectivos certificados ou outra documentao anexa. Informaes devem ser disponibilizadas, indicando o prazo de validade, condies de armazenamento, aplicabilidade e restries de uso. Materiais de referncia preparados
dentro do laboratrio, p. ex. como solues, devem ser tratados como reagentes
para fins de rotulagem, ver seo 14.2.
20.10
21.
21.1
21.2
21.3
CQ Interno: Este pode assumir uma variedade de formas, incluindo o uso de:
brancos; padres de medida; amostras fortificadas; amostras cegas; anlises de
replicatas e amostras de CQ. O uso de grficos de controle recomendado,
particularmente para o monitoramento das amostras de controle de CQ (Ref
C20-22).
IAL - 991
992 - IAL
21.4
21.5
22.
22.1
Em laboratrios de ensaios qumicos, computadores possuem uma ampla variedade de usos, incluindo:
controle de condies ambientais crticas;
monitoramento e controle do inventrio;
programao de calibraes e manutenes;
controle de estoque de reagentes e padres de medida;
projeto e desempenho de experimentos estatsticos;
programao de amostras e monitorao da produo do trabalho;
gerao de grficos de controle;
monitoramento de procedimentos de ensaio;
controle da instrumentao automatizada;
captura, armazenagem, recuperao, processamento de dados, manual ou
automaticamente;
correspondncia das amostras com os dados em biblioteca;
gerao de relatrios de ensaio,
IAL - 993
processamento de texto;
comunicao.
22.2
Interfaces e cabos fornecem conexes fsicas entre diferentes partes do computador ou entre diferentes computadores. importante que as interfaces e cabos
sejam escolhidos para se adequarem aplicao especfica, visto que eles podem
afetar seriamente a velocidade e a qualidade da transferncia dos dados.
22.3
22.4
A validao inicial deve verificar o maior nmero possvel de aspectos da operao de um computador. Verificaes similares devem ser realizadas se o uso do
computador for alterado, ou aps manuteno, ou reviso do software. Quando
um computador for utilizado para a coleta e processamento de dados associados
a ensaios qumicos, para validao desta funo, geralmente suficiente assumir
sua correta operao se o computador produzir respostas previstas para a entrada de parmetros conhecidos. Programas de computador que efetuam clculos
podem ser validados pela comparao com resultados calculados manualmente. Deve ser notado que algumas falhas podero ocorrer somente quando um
grupo particular de parmetros for inserido. Em ensaios qumicos, verificaes
adequadas sobre as funes de coleta e manipulao de dados podem ser feitas
utilizando-se um Material de Referncia Certificado para a validao inicial,
usando-se, ento, um padro secundrio de medida como material de controle
de qualidade para verificaes repetitivas regulares. Quaisquer recomendaes
feitas pelo fabricante devem ser levadas em considerao. O procedimento de
validao usado para um sistema em particular e quaisquer dados registrados
durante a validao devem ser documentados. Pode ser difcil validar esses sistemas de forma isolada do instrumento analtico que produz o sinal original. Normalmente, todo o sistema validado de uma s vez, atravs do uso de padres
de medida qumica ou materiais de referncia. Essa validao normalmente
aceitvel. conveniente ilustrar a validao usando-se exemplos de aplicaes
tpicas:
23.1
23.2
23.3
O programa de auditoria e anlise crtica normalmente coordenado pelo gerente da qualidade do laboratrio, que responsvel por assegurar que os auditores tenham o treinamento correto, orientao e autoridade necessria para
conduo da auditoria. As auditorias so normalmente realizadas por pessoal
do laboratrio que trabalha fora da rea em exame. Isto, claro, nem sempre
possvel onde o grupo de trabalho reduzido.
23.4
As auditorias podem ser realizadas de duas maneiras bsicas. Na auditoria horizontal, o auditor ir examinar em detalhes aspectos individuais do sistema da
qualidade, por exemplo, calibrao ou relatrios. Na auditoria vertical, o auditor ir selecionar uma amostra e acompanhar seu andamento no laboratrio,
desde o recebimento at a disposio final, examinando todos os aspectos do
IAL - 997
23.6
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
A seo a seguir apresenta Referncias teis (Subsees A, B, C estas so referidas no
texto endereos de Websites (D), e a Bibliografia (E)).
A.
1.
2.
Quantifying Uncertainty in Analytical Measurement: 2000 (CITAC/EURACHEM) (ver tambm site - Ref D12)
3.
4.
Harmonised Guidelines for the Use of Recovery Information in Analytical Measurement: 1998 (EURACHEM/IUPAC/ISO/A.O.A.C.I)
Selection, Use & Interpretation of Proficiency Testing (PT) Schemes by Laboratories: 2000 (EURACHEM)
5.
6.
998 - IAL
7.
B.
REFERNCIAS BSICAS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
The selection and use of reference materials - A basic guide for laboratories and
accreditation bodies - draft EEEE/RM 2002 - prepared by B King 2000
10. Position of third party quality assessment of reference materials and their production EEEE/RM/069 rev 1: Draft 2001
11. APLAC Policy and Guidance on the Estimation of Uncertainty of Measurement in
Testing Draft April 2002
12. ILAC P10: 2002 ILAC Policy on Traceability of Measurements Results
13.
Specification
14. ILAC G9: 1996 Guidelines for the Selection and Use of Certified Reference Materials
15. ILAC G12: 2000 Guidelines for the Requirements for the Competence of Reference Material Producers
16. ILAC G13: 2000 Guidelines for the Requirements for the Competence of Providers of Proficiency Testing Schemes
17. ILAC G15: 2001 Guidance for Accreditation to ISO/IEC 17025
18. ILAC G17: 2002 Guidance for Introducing the Concept of Uncertainty of Measurement in Testing in Association with the Application of the Standard ISO/IEC
17025
Nota: Outras Diretrizes produzidas por rgos Regionais de Acreditao so tambm
relevantes aqui (ver endereos de Websites na Seo D, ns 7, 8 e 9 abaixo). Alm disto,
a maioria dos rgos nacionais de acreditao publicam diretrizes fundamentando seus
requisitos (normalmente baseados em normas ISO).
C.
1.
ISO Guide 30:1992 Terms and definitions used in connection with reference materials
2.
3.
ISO Guide 32:1997 Calibration in analytical chemistry and use of certified reference materials
4.
5.
ISO Guide 34:2000 General requirements for the competence of reference material producers
ISO Guide 35:1989 (under revision) Certification of reference materials -- General
and statistical principles
6.
7.
1000 - IAL
ISO/IEC Guide 58: 1993 Calibration and testing laboratory accreditation systems
general requirements for operation and recognition. (To be replaced by ISO/IEC
17011 General requirements for bodies providing assessment and accreditation)
9.
10. ISO 78-2:1999 Chemistry -- Layouts for standards -- Part 2: Methods of chemical
analysis
11. ISO/DIS 10576-1:2001 Statistical Methods - Guidelines for the evaluation with
specified requirements Pt 1. General principles
12. ISO 3534 Statistics -- Vocabulary and symbols -- Parts 1, 2 and 3 (1999)
13. ISO/DTS 21748-2002 (under preparation) Guide to the use of repeatability and
reproducibility and trueness estimates in measurement uncertainty estimation.
14. ISO 5725-1:1994 Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and
results -- Part 1: General principles and definitions ISO 5725-1:1994/Cor 1:1998
15. ISO 5725-2:1994 Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and
results -- Part 2: Basic method for the determination of repeatability and reproducibility of a standard measurement method
16. ISO 5725-3:1994 Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and
results -- Part 3: Intermediate measures of the precision of a standard measurement
method
17. ISO 5725-4:1994 Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and
results -- Part 4: Basic methods for the determination of the trueness of a standard
measurement method
18. ISO 5725-5:1998 Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and
results -- Part 5: Alternative methods for the determination of the precision of a
standard measurement method
19. ISO 5725-6:1994 Accuracy (trueness and precision) of measurement methods and
IAL - 1001
1.
CITAC - www.citac.ws
2.
EURACHEM - www.eurachem.org
3.
ISO - www.iso.ch
4.
(ISO)REMCO - www.iso.org/remco
5.
6.
A.O.A.C. - www.A.O.A.C..org
7.
ILAC - www.ilac.org
8.
APLAC - www.ianz.govt.nz/aplac
9.
EA - www.european-accreditation.org
BIBLIOGRAFIA
1002 - IAL
1.
2.
3.
4.
Enell, J. W., Which Sampling Plan Should I Choose?, Journal of Quality Technology 1984, 16(3), 168-171
(Enell, J. W., Que Plano de Amostragem Devo Escolher?, Jornal de Tecnologia
da Qualidade 1984, 16(3), 168-171)
5.
Garfield, F. M., Sampling in the Analytical Scheme, J. Assoc. Off. Anal. Chem.
1989, 72(3), 405-411
(Garfield, F. M., Amostragem no Esquema Analtico, J. Assoc. Profissional de
Qum. Anal. 1989, 72(3), 405-411)
6.
7.
8.
9.
Horwitz, W., Design, conduct and interpretation of method performance stuIAL - 1003
1004 - IAL
17. Prichard, E., Quality in the Analytical Chemistry Laboratory, ACOL, Wiley
1997
(Prichard, E., Qualidade no Laboratrio de Qumica Analtica, ACOL, Wiley
1997)
18. Stoeppler, Marcus (Ed), Sampling and sample preparation: practical guide for
analytical chemists; Berlin: Springer Verlag, 1997
(Stoeppler, Marcus (Ed), Amostragem e preparao de amostras: guia prtico para
qumicos analticos; Berlim: Springer Verlag, 1997)
19. Taylor, B. N., Kuyatt, C. E., Guidelines for evaluating and expressing uncertainty
in NIST measurement results, NIST technical note 1297, 1994, National Institute
of Standards and Technology
(Taylor, B. N., Kuyatt, C. E., Diretrizes para avaliao e divulgao da incerteza em
resultados de medidas NIST, nota tcnica NIST 1297, 1994, Instituto Nacional de
Normas e Tecnologia)
20. Taylor, J. K., Quality Assurance of Chemical Measurements, Lewis Publishers,
Michigan, 1987
(Taylor, J. K., Garantia da Qualidade de Medies Qumicas, Lewis Publishers,
Michigan, 1987)
21. UK DTI VAM Programme General Guidelines for use with a protocol for QA
of Trace Analysis 1998
(Programa UK DTI VAM Diretrizes Gerais para uso com um protocolo para
GQ de Anlise Residual 1998)
22. Youden, W. J., and Steiner, E. H., Statistical manual of the Association of Official Analytical Chemists. Statistical techniques for collaborative tests. Planning and analysis of
results of collaborative tests. Washington DC: A.O.A.C., 1975
(Youden, W. J., e Steiner, E. H., Manual estatstico da Associao Profissional de Qumicos Analticos. Tcnicas estatsticas para ensaios cooperativos. Planejamento e anlise de
resultados dos ensaios cooperativos. Washington DC: A.O.A.C., 1975)
SIGLAS
Seguem alguns acrnimos comuns:
IAL - 1005
Pessoal
i) O pessoal possui a combinao adequada de instruo, qualificaes acadmicas
ou vocacionais, experincia e treinamento prtico para o servio desempenhado.
ii) O treinamento prtico realizado segundo critrios estabelecidos, os quais,
sempre que possvel, so objetivos. So mantidos registros atualizados dos treinamentos.
1006 - IAL
Ambiente
i) O ambiente do laboratrio adequado para o trabalho realizado.
ii) As instalaes e utilizades do laboratrio so adequados para o trabalho realizado.
iii) Existe separao adequada entre trabalhos potencialmente conflitantes.
iv) As reas do laboratrio so suficientemente limpas e organizadas, para garantir
que a qualidade do trabalho realizado no seja comprometida.
v) Existe separao adequada na recepo de amostras, preparao, depurao, e
reas de medio, para garantir que a qualidade do trabalho realizado no seja
comprometida.
vi) O cumprimento dos regulamentos de segurana consistente com os requisitos
da norma de gerenciamento da qualidade.
3.
Equipamento
i)
ii)
iii)
iv)
Equipamentos crticos, p. ex: balanas, termmetros, vidrarias, cronmetros, pipetas etc. so individualmente identificados, corretamente calibrados
(com rastreabilidade adequada), os certificados correspondentes ou outros
registros demonstrando a rastreabilidade a padres de medida nacionais de
medio esto disponveis.
v)
vi)
Verificaes de desempenho e procedimentos de calibrao dos instrumentos so documentados e disponibilizados aos usurios.
vii) Procedimentos de calibrao e verificaes de desempenho de instrumentos so realizados em intervalos apropriados e mostram que a calibrao
mantida e o desempenho dirio aceitvel. Aes corretivas apropriadas so
tomadas, quando necessrio.
viii) Registros de calibrao, verificaes de desempenho e aes corretivas so
mantidas.
4.
Mtodos e Procedimentos
i)
Mtodos desenvolvidos internamente so plenamente documentados, adequadamente validados e autorizados para uso.
ii)
iii)
iv)
v)
vi)
1008 - IAL
iv)
v)
vi)
7.
8.
Controle de Qualidade
i)
ii)
iii)
iv)
v)
vi)
Existe um sistema eficaz para vinculao do desempenho nos ensaios de proficincia com o controle de qualidade dirio.
Existe um sistema eficaz documentado para o recebimento de amostras, relacionando essas amostras s anlises requisitadas, mostrando o andamento da
anlise, emisso de relatrio, e destinao final da amostra.
ii)
Registros
IAL - 1009
9.
i)
ii)
iii)
Quando um erro for corrigido a alterao rastrevel pessoa que fez a correo.
iv)
Relatrios de Ensaio
i)
10. Diversos
i)
Procedimentos documentados esto implementados para lidar com reclamaes e dvidas, e falhas do sistema.
ii)
iii)
iv)
v)
1010 - IAL
APNDICE B
Intervalos de Calibrao e Verificaes de Desempenho.
B1.
Freqncia de Verificao
Depende do uso
Hidrmetros
(em operao)
Anualmente
(d)
Hidrmetros
(de referncia)
5 anos
(e) Barmetros *
5 anos
Um ponto
Exatido
(f )
Cronmetros
(ver nota)
2 anos ou menos,
dependendo do uso
(g)
Termmetros
(de referncia)
5 anos
(h) Termmetros
Parmetros a serem
Verificados
Linearidade, Ponto zero,
Exatido (usando pesos
calibrados)
Exatido, Preciso
(pipetas/buretas)
Calibrao de um ponto
contra
hidrmetro de referncia
Calibrao de um ponto
usando-se padro de medida
de densidade especfica
conhecida
Anualmente, dependendo do
uso
Nota: Instrumentos assinalados com * normalmente sero calibrados em um laboratrio de calibrao acreditado, mas devem, pelo menos, apresentar rastreabilidade a padres
de medida nacionais.
IAL - 1011
Os seguintes aspectos dos instrumentos abaixo listados podem precisar ser verificados, dependendo do mtodo:
B2.1
B2.2
B2.3
B2.4
1012 - IAL
i)
ii)
iii)
iv)
v)
ii)
ii)
B2.5
B2.6
i)
Calibrao peridica do sistema sensor de temperatura usando-se termmetro ou pirmetro calibrados, apropriados.
ii)
iii)
iv)
Espectrmetros e espectrofotmetros, incluindo absoro atmica, determinao fluorimtrica, plasma induzido acoplado emisso tica, infravermelho , luminescncia,
massa, ressonncia magntica nuclear, fluorescncia ultra-violeta/visvel e de raios X:
i)
ii)
Estabilidade da fonte.
iii)
iv)
Relao sinal/rudo.
v)
Calibrao do detetor (massa, ppm, comprimento de onda, freqncia, absorbncia, transmitncia, largura de banda, intensidade etc.).
vi)
Microscpios:
i)
Poder de resoluo.
ii)
iii)
B2.7
Amostradores automticos:
i)
Exatido e preciso dos sistemas sncronos.
IAL - 1013
ii)
iii)
APNDICE C
Comparao entre ISO/IEC 17025:1999 e ISO/IEC Guia: 1990 (Esta tabela reproduzida da ILAC G15:2001, Diretrizes para Acreditao de acordo com a ISO/IEC 17025)
ISO/IEC
17025
Clusula
ISO/IEC Guia 25
1.1
1.1
1.2
1.3
1.4
1.3
1.5
7.6 Nota
1.6
Introduo
Referncias normativas
Termos e definies
4.1.1
4.1
4.1.2
1.2
4.1.3
4.1
Requisitos gerenciais
Organizao
1014 - IAL
4.1.4
4.1.5 (a)
4.2 a)
4.1.5 (b)
4.2 b)
4.1.5 (c)
4.2 i)
4.1.5 (d)
4.2 c)
4.1.5 (e)
4.1.5 (f)
4.2 d)
4.1.5 (g)
4.2 e)
4.1.5 (h)
4.2 f)
ISO/IEC
17025
Clusula
ISO/IEC Guia 25
4.1.5 (i)
4.2 g)
4.1.5 (j)
4.2 h)
Sistema da qualidade
Controle de documentos
4.2.1
5.1
4.2.2
5.1, 5.2 a)
4.2.2 (a)
5.1
4.2.2 (b)
5.2 a)
4.2.2 (d)
5.2 a)
4.2.2 (e)
5.1
4.2.3
5.2
4.2.4
5.2 n)
4.3.1
5.2 e)
4.3.2.1
5.2 d)
4.3.2.2 (a)
5.1, 5.2 d)
4.3.2.2 (b)
5.2 d)
4.3.2.2 (c)
5.2 d)
4.3.2.2 (d)
5.2 d)
4.3.2.3
5.2 d)
4.3.3.1
5.2 d)
4.3.3.2
5.2 d)
4.3.3.3
5.2 d)
4.3.3.4
5.2 d)
4.4.1
5.2 i)
4.4.1 (a)
5.2 i)
4.4.1 (b)
5.2 i)
4.4.1 (c)
5.2 i)
4.4.2
5.2 i)
4.4.3
5.2 i)
4.4.4
5.2 i)
4.4.5
5.2 i)
4.5.1
14.1
4.5.2
14.1
ISO/IEC
17025
Clusula
ISO/IEC Guia 25
4.5.3
4.5.4
14.2
IAL - 1015
4.6.1
10.8, 15.2
4.6.2
15.1
4.6.3
4.6.4
15.3
Atendimento ao cliente
4.7
Reclamaes
4.8
16.1
Ao corretiva
Ao preventiva
Controle de registros
Auditorias internas
4.9.1
5.2 o)
4.9.1 (a)
5.2 o)
4.9.1 (b)
5.2 o)
4.9.1 (c)
5.2 o)
4.9.1 (d)
5.2 o) , 13.6
4.9.1 (e)
5.2 o)
4.9.2
16.2
4.10.1
16.2
4.10.2
16.2
4.10.3
16.2
4.10.4
16.2
4.10.5
16.2
4.11.1
4.11.2
4.12.1.1
12.1
4.12.1.2
12.2
4.12.1.3
12.2
4.12.1.4
10.7 e)
4.12..2.1
12.1
4.12..2.2
4.12..2.3
4.13.1
5.3
4.13.2
5.3
4.13.3
5.5
ISO/IEC
17025
Clusula
ISO/IEC Guia 25
4.13.4
4.14.1
5.4
4.14.2
5.5
5.1.1
5.1.2
5.2.1
6.1
5.2.1
6.2
5.2.3
5.2.4
5.2 e)
5.2.5
6.3
5.3.1
7.1, 7.2
5.3.2
7.3
5.3.3
7.4
5.3.4
7.5
5.3.5
7.6
5.4.1
5.4.2
10.3
5.4.3
5.4.4
10.4
5.4.5.1
5.4.5.2
10.4
5.4.5.3
5.4.6.1
10.2
5.4.6.2
10.2
5.4.6.3
5.4.7.1
10.6
5.4.7.2
10.7
5.4.7.2 (a)
10.7 b)
5.4.7.2 (b)
10.7 c)
5.4.7.2 (c)
10.7 d)
Requisitos tcnicos
Generalidades
Pessoal
ISO/IEC
17025
Clusula
5.5.1
5.5.2
ISO/IEC Guia 25
8.1
9.1
IAL - 1017
Amostragem
1018 - IAL
5.5.3
5.5.4
5.5.5 (a)
5.5.5 (b)
5.5.5 (c)
5.5.5 (d)
5.5.5 (e)
5.5.5 (f )
5.5.5 (g)
5.5.5 (h)
5.5.6
5.5.7
5.5.8
5.5.9
5.5.10
5.5.11
5.5.12
5.6.1
5.6.2.1.1
5.6.2.1.2
5.6.2.2.1
6.5.2.2.2
5.6.3.1
5.6.3.2
5.6.3.3
5.6.3.4
5.7.1
5.7.2
5.7.3
5.8.1
10.1
8.4 a)
8.4 b)
8.4 d)
8.4 f )
8.4 g)
8.4 h)
8.4 i)
8.2
8.2
8.3
9.1
9.2
9.3
9.2
9.3
9.4, 9.5
9.7
9.6
10.5
11.4
ISO/IEC
17025
Clusula
ISO/IEC Guia 25
5.8.2
11.1
5.8.3
11.2
5.8.4
11.3
5.9
5.6, 5.6 a)
5.9 (a)
5.6 c)
5.9 (b)
5.6 b)
5.9 (c)
5.6 d)
5.9 (d)
5.6 e)
5.9 (e)
5.6 f )
5.10.1
13.1
5.10.2 (a)
13.2 a)
5.10.2 (b)
13.2 b)
5.10.2 (c)
13.2 c)
5.10.2 (d)
13.2 d)
5.10.2 (e)
13.2 h)
5.10.2 (f )
5.10.2 (g)
13.2 g)
5.10.2 (h)
13.2 i)
5.10.2 (i)
13.2 k)
5.10.2 (j)
13.2 m)
5.10.2 (k)
13.2 n)
5.10.3.1
13.2 j)
5.10.3.1 (a)
5.10.3.1 (b)
13.2 l)
5.10.3.1 (c)
5.10.3.1 (d)
5.10.3.1 (e)
5.10.3.2 (a)
5.10.3.2 (b)
--
5.10.3.2 (c)
--
5.10.3.2 (d)
ISO/IEC
17025
Clusula
ISO/IEC Guia 25
5.10.3.2 (e)
--
5.10.3.2 (f)
IAL - 1019
1020 - IAL