Permacultura Urbana e Book1
Permacultura Urbana e Book1
Permacultura Urbana e Book1
Fernando J. P. Neme
Fernando J. P. Neme
Permacultura Urbana
1 Edio
So Paulo
Fernando Jos Passarelli Neme
2014
ISBN 978-85-913080-4-0
SOBRE O AUTOR
Fernando J. P. Neme permacultor, projetista ecolgico, paisagista alimentar, agente socioambiental pelo programa Carta da Terra em Ao/SP, consultor jurdico e ambiental, educador de ecologia,
escritor e coordenador da Pra Melhor Ambiental Projetos Ecolgicos
(http://pramelhorambiental.wordpress.com/).
Permacultura Urbana
SUMRIO
Permacultura Urbana
O que Permacultura?............................................................................ 7
Histrico da Permacultura..................................................................... 8
Conceito da Permacultura...................................................................11
A tica da Permacultura........................................................................13
Fundamentos da Permacultura..........................................................16
Princpios de Ao da Permacultura.................................................18
O Despertar da Conscincia Ambiental
Os nossos direitos e a educao ambiental...................................22
Mude voc que o mundo melhora...................................................25
Reflexes sobre a Natureza..................................................................29
Conhecendo o territrio.......................................................................30
Questes urbanas...................................................................................33
A tica da Sustentabilidade
Desvendando os Sete Erres.................................................................37
Trabalhando Dezessete Erres..............................................................39
Diferena entre tica e moral..............................................................40
Cuidar para prosperar............................................................................42
A tica da Sustentabilidade.................................................................43
A Formao da Cidadania Planetria
A Permacultura Urbana e o seu compromisso com as prticas
sustentveis no dia a dia.......................................................................53
Anexos........................................................................................................67
Permacultura Urbana
Permacultura Urbana
Permacultura Urbana
O que Permacultura?
Permacultura um estilo de vida, e tambm uma tcnica de planejamento ambiental com fundamentos ticos e princpios de conduta. Seu objetivo desenvolver reas humanas
produtivas de forma sustentvel, respeitando os ciclos naturais
e o equilbrio dos biomas. Seus mtodos de planejamento so
diversificados e dinmicos, necessitando sempre de adaptaes
locais via observao e estudo da paisagem.
O planejamento enfatiza e promove melhorias ecolgicas
no uso do espao, privilegiando os seus elementos locais, ordenando e dividindo as reas por zonas e setores, potencializando
suas qualidades, buscando eficincia energtica e um ciclo produtivo realimentado com os resduos da etapa anterior (desenvolvimento de fluxos eficientes de produo). As ferramentas
do desenho so um conjunto de princpios que balizam e incentivam solues inovadoras, adaptadas ao local, e ambientalmente sustentveis s necessidades humanas essenciais. Seus
objetivos principais so: cuidar da terra, cuidar da pessoa, produzir fartura, no poluir, mitigar e compensar, cultivar alimentos
saudveis, captar e usar a gua de forma responsvel, construir
se inserindo na paisagem, preferir o uso de energia renovvel de
fonte limpa, fomentar o comrcio justo e solidrio, entre outras
aes socioambientais resilientes.
Permacultura Urbana
Histrico da Permacultura
A Permacultura nasceu na Austrlia, durante a dcada de 1960,
e foi concebida pelo professor universitrio de psicologia ambiental Bill Mollison, junto com seu aluno e futuro parceiro David
Holmgren. A inspirao surgiu no momento em que atravessavam uma crise ambiental em seu pas, quando o ecossistema se
degradava violentamente pela mecanizao intensa da lavoura,
e pelo uso indiscriminado de produtos qumicos devido s influncias da chamada Revoluo Verde (agricultura baseada
na monocultura, uso intensivo de fertilizantes e agrotxicos qumicos, uso exagerado de mquinas e pouca mo de obra, entre
outros).
Na dcada de 1960, Bill Mollison e David Holmgren, influenciados pela Teoria Gaia de James Loverlock, pela Teoria dos Sistemas de Ludwig Von Bertalanffy, pelas contribuies Teoria
Geral dos Sistemas do Dr. Howard T. Odum, pelos movimentos
sociais de protesto e contestao do sistema, mais os dados
mundiais sobre poluio planetria, com a inteno de dar uma
resposta ao sistema industrial e suas prticas agrcolas poluidoras e degradantes, iniciam uma viagem pelo mundoresgatando
conhecimentos ancestrais, habilidades tecnolgicas dos povos
tradicionais, sabedorias aborgines, lies espirituais e os modos
harmnicos de convivncia com o meio ambiente, e a todo este
acervo foram acrescentadas as novidades das cincias modernas. Na harmonia entre o resgate das tradies e a incluso da
modernidade nasce a Permacultura.
Nos anos 70, na busca dos princpios de uma Agricultura Permanente, cunharam a palavra Permacultura para conceituar um
sistema evolutivo integrado de espcies vegetais e animais perenes teis ao homem, com diversas praticas que criam solues
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Permacultura Urbana
Permacultura Urbana
Permacultura Urbana
Conceito da Permacultura
De acordo com Bill Mollison, na sua obra Introduo Permacultura:
Permacultura o planejamento e a manuteno
consciente de ecossistemas de agricultura produtivos, que tenham a diversidade, a estabilidade
e a resistncia dos ecossistemas naturais. a integrao harmoniosa das pessoas e a paisagem,
provendo alimento, energia, abrigo e outras necessidades, materiais ou no, de forma sustentvel. Sem uma agricultura permanente no existe
a possibilidade de uma ordem social estvel. O
design na permacultura um sistema para unir
componentes conceituais, materiais e estratgicos em um padro que opera para beneficiar a
vida em todas as suas formas. A filosofia por trs
da Permacultura visa trabalhar com a natureza e
no contra esta. um trabalho de observao do
mundo natural, com concluses transferidas para
o ambiente planejado. Necessitamos observar os
sistemas em todas as suas funes, ao contrrio
de exigir somente um produto destes. Para isto
devemos permitir que estes sistemas produtivos
desenvolvam-se nas suas evolues prprias.
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A tica da Permacultura
Cuidar da Terra e das Pessoas.
Produzir fartura respeitando os limites da resilincia.
Distribuir os excedentes no planejamento produtivo.
Cuidar da Terra
respeitar, preservar, e criar identidade com o planeta Terra. de
forma consciente cuidar de todas as coisas vivas e naturais (fauna, flora, biomas, nichos ecolgicos, rochas, solos, gua e atmosfera). pisar o cho se sentindo envergonhado de colocar os
ps sobre aquela que sustenta e alimenta a vida. Como ensina Bahullh:
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Fundamentos da Permacultura
Observar e aprender com a Natureza: localize-se na bacia hidrogrfica da sua regio, identifique-se com o bioma em que
vive, harmonize os seus desejos e necessidades com os produtos
locais, tea conexes regionais;
Trabalhe com a Natureza: planeje imitando ao mximo os ciclos naturais, e trabalhe com a Natureza a seu favor (melhor produtividade, menos manuteno). Interfira o mnimo possvel na
paisagem, e promova a biodiversidade (potencializando qualidades e a eficincia do sistema).
Procure solues: todo entrave carrega a sua soluo (no
existem problemas, voc que ainda no enxergou a soluo).
Transforme tudo em recursos, e lembrando que os nicos limites
que existem no projeto so a quantidade de informaes, e a
capacidade de imaginao do projetista.
Para cada elemento vrias funes e para cada funo importante duas ou mais fontes de energia: desenhe cada elemento do sistema para executar duas ou mais funes e, principalmente, toda funo deve ser alimentada por duas ou mais
fontes de energia, assim aproveitamos melhor as instalaes
multiuso, e deixamos de depender das foras externas (clima,
empresas fornecedoras de energia e gua, fbricas de sementes,
produtos industrializados etc.).
Captao e uso dos recursos locais: recurso todo e qualquer
elemento capaz de armazenar/trocar energia no projeto. A meta
desenvolver fluxo no sistema (urbano ou rural) e suprir as necessidades da vizinhana com os excessos de produo. Faa o
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Princpios de ao da permacultura
Planejamento de longo prazo: priorize projetos menores, dentro da sua capacidade financeira e administrativa, preferindo o
desenvolvimento slido e lento, ao lucro imediato, trabalhando
paliativamente as suas potencialidades, absorvendo aprendizados, fazendo correes, buscando melhor eficincia, e alta produtividade.
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tes, desenhando de forma que os resduos da etapa anterior sejam usados como fonte da etapa subsequente.
Agricultura sustentvel: princpio tico de cuidar da terra, privilegiando cultivares de plantas nativas (em especial as Plantas
Alimentcias No Convencionais), fomentando a biodiversidade com suas mltiplas interaes, estabilizando ecossistemas, e
projetar usando tcnicas da sucesso natural, que imita ao mximo os processos naturais, seus ciclos e sua evoluo sucessria,
prevendo espaos necessrios de crescimento.
Resumo:
Metodologia do Desenho: o planejamento nasce na eterna observao e imitao das formas e padres naturais, posicionamento relativo de cada elemento, valorizao da biodiversidade,
aprendizado e aproveitamento das bordas, implantao de zonas e setores gerando cooperao, economia, e racionalidade ao
fluxo energtico da produo, priorizando instalaes multifuncionais, alimentadas por uma carteira energtica diversa, preferencialmente, limpas e renovveis.
Ser permacultor assumir a responsabilidade de desenhar a
paisagem interferindo pouco e socializando bastante, cuidar
da terra com gratido pela vida, cuidar de si para aprender
a cuidar dos demais, usar com lgica os recursos naturais,
prosperar contendo a ganncia, distribuir sem avareza, ser
criativo e malevel para continuar operante.
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O Despertar da Conscincia
Ambiental
Formulao da tica da Sustentabilidade
Os Nossos Direitos e a Educao Ambiental
Conforme prev a Constituio Federal/88, art.225, 1, VI, todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade
de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever
de defend-lo e preserv-lo s presentes e futuras geraes e
para assegurar por completo a efetividade desse direito, deve
o Poder Pblico promover a educao ambiental e a conscientizao ecolgica, buscando assegurar ao povo, alm da titularidade do direito ambiental, tambm o resguardo do princpio
de participao e salvaguarda desse direito. Qualquer um do
povo solidariamente ao Poder Pblico tm responsabilidades
na manuteno, proteo e preservao do meio ambiente.
Ensina o Prof. Dr. Celso A.P. Fiorillo, em seu Curso de Direto Ambiental (ed. Saraiva/2011) que educar ambientalmente significa: a) reduzir os custos ambientais, medida que a populao
atuar como guardi do meio ambiente; b) efetivar o princpio
da preveno; c) fixar a ideia de conscincia ecolgica, que buscar sempre a utilizao de tecnologias limpas; d) incentivar a
realizao do princpio da solidariedade, no exato sentido que
perceber que o meio ambiente nico, indivisvel e de titulares indeterminveis, devendo ser justa e distributivamente
acessvel a todos; e) efetivar o princpio da participao, entre
outras finalidades.
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2 - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a
recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com soluo
tcnica exigida pelo rgo pblico competente, na forma da lei.
3 - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a
sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao
de reparar os danos causados.
4 - A Floresta Amaznica brasileira, a Mata Atlntica, a Serra
do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira so patrimnio
nacional, e sua utilizao far-se-, na forma da lei, dentro de condies
que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao
uso dos recursos naturais.
5 - So indisponveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos
Estados, por aes discriminatrias, necessrias proteo dos
ecossistemas naturais.
6 - As usinas que operem com reator nuclear devero ter sua
localizao definida em lei federal, sem o que no podero ser instaladas.
Permacultura Urbana
Permacultura Urbana
Permacultura Urbana
Um exemplo de conscientizao ambiental a questo dos resduos, quando colocamos o lixo na rua estamos preocupados
com o seu destino e com quanto o municpio gasta para fazer a
coleta? Sabemos qual o valor dos recursos gastos neste servio
em detrimento de outras reas sociais como a sade e a educao? Somos cidados engajados e preocupados com o bem
estar social? O agente de sustentabilidade produz poucos resduos porque compra em feiras ou a granel, prepara em casa o
mximo do seu alimento, produtos de limpeza, higiene e cosmticos, no desperdia, reutiliza (uso na mesma funo), ou reusa
com criatividade todas as coisas possveis antes de enviar para
a reciclagem e, principalmente, preocupado com a gerao de
resduos, produz adubo de qualidade para a sua horta caseira
fazendo vermicompostagem em casa (recomendamos a leitura
do ANEXO 01, sobre minhocrios caseiros, encontrado no final
deste trabalho).
Qual o nosso entendimento sobre natureza? Ser a natureza
s o mundo l fora, formada por todo o cosmos, que historicamente nos ensinaram que est nossa eterna disposio para
ser despojada e destruda de forma egosta e imediata? Ou a
natureza da filosofia estruturada na simbiose entre interior e exterior? O agente de sustentabilidade sabe que no causar dano
aos outros tambm implica deixar de causar dano para si.
importante diferenciar os bons produtos dos cones de marca,
estar na moda no exibir uma etiqueta famosa, porque esta
propaganda itinerante se permitir ser carimbado para mostrar
ao sistema qual o seu patamar de consumo real ou ilusrio. Ter
etiqueta saber se portar com requinte e isto no se compra no
mercado, arduamente conquistado com educao e cultura.
O agente de sustentabilidade toma cuidado com a iluso das
classes sociais e a confuso dos desejos materiais.
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Conhecendo o Territrio
Voc conhece o seu territrio? Conhece quem foi ou porque a
sua rua se chama assim? Sabe a histria do seu bairro, da sua
cidade, do seu estado ou pas? Sabe em que bacia hidrogrfica
voc se localiza? Sabe qual a formao geogrfica, geolgica
e biolgica de onde voc vive? Voc tem certeza que conhece o
seu territrio?
A palavra territrio refere-se a uma rea delimitada sob a posse
de um animal, de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma
organizao ou de uma instituio. O termo empregado na poltica (referente ao Estado Nao, por exemplo), na biologia (rea
de vivncia de uma espcie animal) e na psicologia (aes de animais ou indivduos para a defesa de um espao, por exemplo).
H vrios sentidos figurados para a palavra territrio, mas todos
compartilham da ideia de apropriao de uma parcela geogrfica por um indivduo ou uma coletividade.
Premissa
Nas nossas futuras aes, como agentes de sustentabilidade,
no devemos nos importar com os erros do passado, porque
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ningum (de boa ndole) erra porque quer, nem para si e nem
para os outros. Todos, de boa f, fazem as coisas pensando ser
o melhor possvel, totalmente inofensivo e correto. Cada poca
tem a sua evoluo.
Hoje, agregar os conhecimentos de ecologia e sustentabilidade
no nosso cotidiano, urgente e necessrio, primeiro, pela economia gerada, segundo, pela lgica de trabalhar a favor dos ciclos
e leis naturais e terceiro, pela vital necessidade das seguranas
hdrica, energtica, alimentar e de sade.
A tecnologia ambiental chega para agregar valores e conhecimentos. Ela abrangente e holstica, ou seja, permeia e faz a costura entre todos os saberes. generalista na essncia e jamais
senhora da razo.
A sustentabilidade hoje no se apresenta para mudar por mudar,
mas para somar e buscar a melhor forma de desenvolvimento,
ensinando atitudes positivas no nosso jeito de ser, viver, se relacionar, construir e, principalmente, consumir.
Portanto, no importam as causas e nem os equvocos do passado, mas imprescindvel saber o que vamos fazer de hoje em
diante!
Hoje, o que importa como vai ser a sua histria, e como ns,
todos juntos e misturados, vamos construir a nossa histria!
Mantra da Revoluo Sustentvel
SEM REMOROS COM ESFOROS
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Questes Urbanas
Segurana Hdrica, Energtica e Alimentar.
Reflexes gerais: vocs sabem a distncia, dependncia e fragilidade nas relaes entre a produo e o consumo, mais a mobilidade viria da sua cidade?
Segurana Hdrica
De acordo com Grey, D. e Sadoff (Sink or Swim? Water security for
growth and development), a segurana hdrica pode ser definida como a disponibilidade de uma quantidade e qualidade aceitvel de gua para sade, meios de vida, ecossistemas e produ33
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A tica da Sustentabilidade
Desvendando os Sete Erres
Os nossos caminhos propostos so para auxiliar naimplantao
dacidadaniaambiental ea Cultura de Paz na sociedade, e o nosso objetivo fomentar as transformaes necessrias de sustentabilidade estimulando as pessoasareduziremo consumo para
o estritamente necessrio e de uso imediato,prevendo, sempre
antes das compras, a gerao de resduospara evitarao mximo
a produo de lixo; incentivar o reusoimediato de cada produto
possvel, em especial as embalagens, na sua forma original, bem
como a reutilizao de tudo o que estiver mo da forma mais
criativa possvel; alertar que a reparao do bem, em geral,
mais econmica que a sua troca, eexigir leis que eliminem aobsolescncia programada, pois esta era dos descartveis deve terminar porque o futuro exige novos paradigmas socioambientais
e a Cultura da Durabilidade, e tambm, promover a reciclagempara aumentar a oferta de matria-prima indstriae,em
especial, enfatizar a compostagem caseira como forma inteligente de tratar os resduos orgnicos e sua transformao em
adubo, aumentando a vida til dos aterros sanitrios e ajudando os municpios a economizar fundos utilizados na coleta de
lixo que podero ser relocados para outras reas sociais. Incentivamos tambm que as pessoas, em conjunto com a sociedade, atravs das redes sociais, seminrios, congressos, consultas
pblicas, engajamento cidado,democracia participativa, entre
outras ferramentas sociais, possa ajudar arepensartoda a nossa
atual relao de depredao do planeta trazendo propostas e
colaborando com a economia verde, cooperativa, justa esolidria; e por fim, estar atento s manobras de marketing, as investidas de mercado, as tentativas contra a democracia e aliberda37
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Reflorestar com urgncia reas degradadas, margens de rios, topos de morros, reservas legais e todas as cidades.
Recuperar o solo para que este possa voltar a gerar a vida, e que
a agricultura tenha por base a produo natural, agroflorestal, e
orgnica, limpa e ecologicamente sustentvel.
Reencontrar-se constantemente para estar sempre encantado
com a vida.
Reeducar-se para a Paz e ser um agente de transformao no
mundo.
Permacultura Urbana
racterizada pela reflexo filosfica e puramente racional da moral e busca justificar as regras morais e fundamentar o que boa
conduta a nvel mundial com aplicabilidade a todos os sujeitos.
A tica universalista e seu objeto de estudo tudo o que guia
a ao (motivos, causas, princpios, mximas, circunstncias, essncia) e tambm analisa as consequncias destas aes com o
objetivo de orientar com racionalidade a vida humana. A moral
restritiva porque pertence a indivduos, comunidades e/ou sociedades e suas regras diferem no espao (cada lugar um diferente costume social) e evoluem ao longo do tempo.
A norma moral no lei por si mesma (no est escrita e nem
passou pelos trmites necessrios at a promulgao), mas a
base de onde surgem as leis. O conceito de moral/imoral relativo e difere entre cada cdigo de conduta que existe. Mas a
tica visa fundamentar as aes humanas universais e orientar a
modificao racional de hbitos morais locais que contrapem o
melhor modo vida com humanidade.
Hoje, somente os cdigos de tica profissionais no bastam para
transformar a sociedade, e cada vez mais necessria a aplicao da tica no quotidiano das pessoas, em especial a tica da
sustentabilidade, que tem na base o entendimento que cada
ao local vai reverberar no global e as aes pessoais tm consequncias no s para si mas principalmente para os outros, e
que estas aes no podem ser encaradas s por um nico ponto de vista, mas, sim, de forma holstica (interdisciplinar e transdisciplinar)
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Permacultura Urbana
Permacultura Urbana
- O que so as pessoas?
Somos todos ns terrqueos.
- Como cuidar das pessoas?
Novamente, reforando o exposto anteriormente na obra, cuidar
das pessoas ser sincero em no fazer aos outros aquilo que no
quer para si (Regra de Ouro). estimular a cooperao e a vida social
em comunidades. preencher as necessidades bsicas de alimento,
abrigo, educao, trabalho e convivncia desestimulando a competio que destri pela colaborao que constri. Cuidar das pessoas
comea com voc e parte para a famlia, para os amigos, os vizinhos,
a comunidade, o bairro, a cidade e o mundo todo. Mudar o mundo
sozinho impossvel, mas mude voc que o mundo melhora.
A tica da Sustentabilidade
Aps todo o exposto acima, trazemos a seguinte questo: quais
as coisas realmente importantes para a vida?
Para comear, podemos garantir que trs so imprescindveis
existncia e manuteno da VIDA. Outra importantssima porque nos protege e nos posiciona no mundo. E todas as demais
vo depender do grau de necessidades, de utilizao imediata
e das subjetivas sensaes de conforto e bem estar (incio das
iluses, dos desvios e mensuraes desproporcionadas).
Por ordem de grandeza, a primeira coisa e a mais importante o
AR, nosso primeiro sopro para a vida e sem o qual impossvel
vivermos. Em segundo lugar vem a GUA, nosso primeiro habitat, a fonte de vida do planeta Terra e sem a sua ingesto o corpo
fenece em poucos dias. E em terceiro lugar vem o ALIMENTO,
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fonte de energia, sade e fora para crescermos e nos desenvolvermos, frente ao qual temos um pouco mais de resistncia sua
falta, mas no jejum continuado morre-se de fome.
H ainda uma quarta coisa (importantssima): o nosso ABRIGO, que podem ser as roupas e calados certos, para nos ajudar
a enfrentar as intempries do tempo e os diversos terrenos, e
tambm a nossa casa, local que tambm nos protege do clima,
nos d segurana fsica e psquica para o nosso desenvolvimento material e evoluo espiritual, e principalmente, porque nos
afasta das feras. A leitura de feras pode estar se referindo aos
animais selvagens potencialmente perigosos ao homem, quanto
s feras metafricas que tem a capacidade de destruir o LAR.
Deste ponto em diante entramos no campo das subjetividades,
dos desvios de conduta, das percepes equivocadas e das falsas interpretaes de realidade da nossa espcie (homo sapiens).
Entramos no territrio dos medos e dos temores, a fonte dos erros e da falta de identidade com o prximo, o instigar das atitudes malficas, do exacerbar do egocentrismo, da ganncia que
estimula a competitividade e as consequentes barbaridades da
cultura de guerra, enfim, todas as ILUSES HUMANAS.
Entendemos ser nosso dever, como permacultores, cuidar do ar,
da gua, da terra, da produo de alimento, da construo de lares, da cooperao de vizinhana, da harmonia de relacionamentos, e buscar sempre solues pacficas aos conflitos socioambientais, principalmente, produzir fartura, nossa maior defesa e
contraponto cartilha econmica atual, que impe a escassez
para ditar as regras de mercado, preos abusivos, mercadorias
de baixa qualidade, amedrontando e criando turbulncias artificiais para aumentar a manipulao e poder das corporaes.
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Produzir fartura com os recursos e a biodiversidade locais fortalecer a comunidade ante as imposies externas. Produzir fartura
compreender o entorno e estar inserido no habitat. Produzir fartura cultural, conhecer as necessidades elementares e se satisfazer sem desejos corrompidos. Produzir fartura ser independente
e autossuficiente (liberdade de escolha e ao). Produzir fartura
na prtica saber plantar, colher, cozinhar, costurar e construir um
mundo socioambiental melhor. Produzir fartura com metforas artsticas e filosficas saber plantar, colher, cozinhar, costurar
e construir um futuro humanitrio. Produzir fartura impor limites de produo e consumo no desenvolvimento e construo da
cidadania planetria. Produzir fartura administrar o seu tempo
de forma til, saudvel e distinguindo a realidade da iluso para
ter tempo de se espiritualizar. Um exemplo de produo de fartura econmica e cultural, no nosso caso brasileiro, restringir ao
mximo o consumo da farinha de trigo (planta extica, mercado
abastecido pela importao, com grandes perdas de divisas e gastos enormes de transporte, alm de ser um hbito herdado dos
colonizadores), substituindo-o pela tapioca (produo cem por
cento regional, farinha processada da mandioca (planta nativa),
que requer poucos tratos culturais, baixo consumo de insumos, e
produz alto rendimento por hectare).
- Necessrio versus Extraordinrio
As necessidades humanas bsicas so ar puro, gua limpa, alimento nutritivo, um abrigo contra as feras e as intempries naturais, e uma mente disciplinada, todo o resto poluio. A arte
da produo colher fartura, a arte do sucesso planejar com
eficincia energtica, a arte da economia ser comedido e a arte
da sabedoria ser feliz na simplicidade.
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Com o despertar da conscincia individual se iniciam as mudanas sociais. O primeiro passo a ecologia interna (paz/alimento/
sade). O segundo o consumo consciente e as relaes humanas (cuidar da terra e das pessoas). O terceiro com sabedoria
perpetuar os recursos da Terra. E para finalizar, conhecer o territrio, ter identidade cultural, e instituir a cidadania planetria
(pensar local e agir global).
- A tica da Sustentabilidade na construo da Cidadania
Ambiental Planetria
No nossa proposta mastigar o contedo, muito menos digerir
todas as informaes expostas at agora, porm, queremos instigar a curiosidade, incentivar o aprofundamento dos temas, e
que assim possam surgir novas reflexes, porque dogmas e certezas so todos relativos, mas as dvidas sempre sero as nossas
motrizes.
O pleno entendimento, necessrio para o incio das aes, exige
o desligamento do modo operante racional em prol do sensitivo (menos crebro, mais corao), porque tudo, de agora em
diante, ser um aprendizado coletivo, pois ningum no mundo
sabe o que , ou como ser sustentvel. Portanto, cabe a cada um
de ns esta criao conjunta, partindo da conscincia individual,
formando o juzo coletivo, e finalizando de tal forma que o todo
seja maior que a soma das partes.
A proposta de todo dia acordar encantado com uma nova descoberta, com a complexidade das suas relaes e reverberaes
no coletivo, de domar o intrnseco instinto de sobrevivncia,
substituindo a competitividade pela cooperao, e se identifi47
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cando de corpo e alma com o entorno (comunidade, bacia hidrogrfica, ecossistema), somado ao nexo de pertencimento ao
nico grupo humano social que existe: os terrqueos.
E, ainda, refletir, discutir e rever as regras atuais de comrcio e
consumo, acrescentando a varivel dos servios ambientais
(ecossistemas equilibrados, floresta em p, filtragem da gua pelos mangues, cidades arborizadas, entre outras), nos clculos, e
confrontar as nossas atuais crises sistmicas (social, ambiental,
econmica, e de valores) despertando novos paradigmas formadores de um mundo mais igual, justo, partilhado, equilibrado e
sustentvel.
Desde muito cedo o nosso caminho natural seguir regras e padres impostos pelo jeito de ser destrutivo da sociedade (aprendemos histria estudando as guerras), e agora, a hora de refletirmos sobre qual a nossa atual responsabilidade, obrigao
e engajamento pela manuteno da nossa espcie no planeta,
pois j ensina o jargo, no o planeta que corre o risco de acabar, mas ns como espcie. Engana-se quem ainda acha que
temos o poder de salvar a Natureza. Pelo contrrio, nossa nica funo a de zeladoria, caso contrrio a nossa sobrevivncia
neste mundo fica invivel, e s temos aqui para morar.
Enfatizo que nascemos, e ainda somos criados, levando-se em
considerao uma nica via de desenvolvimento, a concorrncia individualista de mercado (fonte filosfica da segregao e
alimento da indstria da guerra), mas chegou o momento de
discutir, rever, obstruir esta regra secular e renovar nossas posies cidads, de valores morais, e de justia socioambiental. No
crime e nem pecado sonhar, ser e viver de forma diferente do
sistema atual, pois se cada um fizer a sua parte a revoluo ser
dignificante e completa.
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mundiais. O zelador cuida de algo que no lhe pertence. Estamos aqui de passagem e nos cobrado uma boa e digna estadia.
Outra excelente ferramenta, de cunho mais prtico, resgatar
todo o conhecimento ancestral e tradicional, pois estes viveram
e prosperaram num mundo sem dependncia de petrleo, de
tomadas eltricas e, principalmente, produzindo alimentos limpos e livres de venenos. Lembrando sempre que, alm de todo
o seu contedo, imprescindvel ressuscitarmos a forma como
estes conhecimentos eram transmitidos, inclusive os ambientes
fsicos na paisagem, pois s assim toda a riqueza cultural e o seu
acervo intelectual podero ser concretizados.
Sempre que falamos sobre tica, princpios e escrpulos so citados das formas mais abrangentes possveis.
Caminho das Pedras: incomodar-se, informar-se, identificar-se,
conhecer-se, mudar e inovar. Em relao participao poltica
todas essas formas de manifestao so necessrias, via instituies, organizaes, partidos ou apartidrios, presena em audincias pblicas de seu interesse, contato com polticos, entre
outras, porque, como ensina a sabedoria popular, o grande problema est quando os bons se calam, porque quem no presta
faz a festa!
bom lembrar que os valores no so impostos, mas brotam
espontaneamente da essncia. Valores esto alm da regra e das
leis. As leis mediam e tentam unificar as aes valorosas, e orientar o caminho, mas quem faz tudo isto acontecer so as pessoas
no exerccio da cidadania.
Com a globalizao, e a sua consequente massificao e padronizao mediana, estamos engolindo o que querem nos vender.
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Permacultura Urbana
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A Formao da Cidadania
Planetria
A Permacultura Urbana e o seu compromisso com as
prticas sustentveis no dia a dia.
Sermos pessoas mais econmicas e preocupadas com as questes ecolgicas caracteriza o primeiro passo para vivermos melhor, com mais qualidade de vida, e sem poluir o meio ambiente.
O alcance geral e a sua implantao de baixo custo, simples,
fcil, barata, e que qualquer pessoa poder aplicar em casa de
forma imediata, diminuindo suas despesas, melhorando a convivncia coletiva, e sem agredir o meio ambiente. importante
prestar ateno nos detalhes do dia a dia, porque so nos pequenos gestos que esto as grandes transformaes mundiais. Mude voc, o meio ambiente retribui e todos ganham!
Neste trabalho vamos apresentar os primeiros e mais simples
passos de transformao, como forma de incentivo. Abaixo divididos em quatro mdulos:
- AR: como melhorar a qualidade do ar em casa;
- GUA E ENERGIA: dicas de economia e uso racional;
- ALIMENTO E SADE: alimentao vegetariana, orgnica, e medicina preventiva;
- ABRIGO: como construir e viver com economia, e sem agresses qumicas.
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AR
- Nenhum de ns, trabalhando sozinho, pode limpar todo o ar
da atmosfera, certo? Mas, nos cercando de plantas dentro e fora
de nossos lares (e locais de trabalho), j um excelente comeo,
lembrando sempre que rvores, arbustos, folhagens de todos
os tamanhos, gramados, cercas vivas e todos os tipos de plantas
ajudam a reduzir o nvel de poluentes e materiais particulados
nas cidades, concluindo que toda rea verde, por menor que parea, so muito bem vindas para a cidade.
- D preferncia ao cultivo de hortas em apartamentos e pequenos espaos, e aprenda como cuidar de plantas comestveis no
e-book Paisagismo Alimentar, a implantao de um conceito
(Neme/Pra Melhor Ambiental/2012), disponvel para download
gratuito no endereo: http://pramelhorambiental.files.wordpress.com/2013/11/paisagismo-alimentar-e-book1.pdf (acessado em Setembro/14).
- Aprenda tambm sobre as plantas alimentcias no convencionais, germinaes e alimentao viva, base da agricultura de
subsistncia nas cidades, no e-book Agricultura Urbana (Neme/
Pra Melhor Ambiental/2014), disponvel para download gratuito no endereo: http://pramelhorambiental.files.wordpress.
com/2013/11/agricultura-urbana-e-book.pdf (acessado em Setembro/14).
- Plante em vasos ou no quintal de casa pelo menos uma das
espcies de plantas despoluidoras abaixo relacionadas, cuja eficcia comprovada por estudos cientficos:
ANTRIO (Anthurium andreanum) absorve e neutraliza o amo54
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naco dos produtos de limpeza e o xileno. Floresce bem no banheiro e na cozinha. txico e adora a umidade.
ARECA (Chrysalidocarpus lutescens), palmeira que absorve xileno e formaldedo. Excelente para ambientes e mveis recm pintados. Gosta de muita luz e umidade.
AZALEIA (Rhododendron indicum) uma excelente neutralizadora de amonacos. Por isso, recomenda-se cultivar a espcie em
ambientes como a cozinha e banheiros, que esto mais expostos
a esse produto qumico.
CLOROFITO (Chlorophytum comosum) age sobre o benzeno, tolueno e monxido de carbono, xileno, formaldedo. Para qualquer ambiente onde h queima de gs. Apresenta o melhor
desempenho na neutralizao do monxido de carbono (96%)
e do formaldedo (86%). Manter em ambiente fresco e com luz
solar direta. Cresce em terra mida.
CRISNTEMO (Chrysanthemum morifolium), a flor um excelente neutralizador de compostos de formaldedo, benzeno e amnia. Pode ficar em qualquer ambiente. noite colocar do lado de
fora. Gosta de temperaturas mais baixas. Flores com plen.
DRACENA MASSANGEANA (Dracaena fragrans), conhecida como
planta do milho, da famlia das Agavaceae, cresce lentamente e
caracterizada por faixas amarelas no centro das folhas. Ao longo
do ano, pode dar frutos e flores discretos. Manter afastada da luz
solar direta. Deve ser regada para estar sempre mida. DRACENA
DE MADAGASCAR (Dracaena marginata) outra espcie que ainda vem sendo pesquisada, mas que j demonstrou a capacidade
de absorver e neutralizar os compostos de formaldedo, tolueno,
monxido de carbono e, principalmente, xileno.
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ESPADA DE SO JORGE (Sansevieria trifasciata), a planta comprovadamente eficaz na absoro de substncias qumicas como
o tricloroetileno (13%) e benzeno (53%).
FNIX (Phoenix roebelenii) atua contra o xileno e o formaldedo.
Fica bem no hall de entrada, varanda ou terrao com p direito
alto. Gosta de luz, suporta o calor e fcil de cuidar.
FCUS (Ficus benjamina), tima eliminadora de formaldedos, liberta o ar de espaos fechados de toxinas naturais. Embora possa
chegar aos 15 metros de largura e 30 de altura, adequada para
o interior de casa e dura muitos anos. Deve ser mantida mida,
mas no em demasia. Cresce melhor em terra normal e no sol.
FILODENDRO ROXO (Philodendrum erubescens) age em formaldedo e tricloroetileno. Perfeito para banheiro. Gosta de umidade
e fcil de cuidar. FILODENDRO (Philodendrum bipinnatifidum),
tambm conhecida pelos nomes guaimb, banana-do-mato,
banana-de-morcego, banana-de-imb e imb, elimina o pentaclorofenol, uma substncia txica encontrada nos produtos de
tratamento de madeiras. Devido sua capacidade de eliminar
muito vapor dgua, a filodendro tambm apresenta alta capacidade de umidificar o ar da casa. FILODENDRO com folha em
forma de corao (Philodendron scandens) filtra as toxinas dos
espaos fechados.
GRBERA (Gerbera jamesonii) atua sobre o benzeno, formaldedo, tolueno e tricloroetileno. muito til na cozinha e limpa as
roupas impregnadas de fumaa de cigarro. Flores com plen.
Gosta de luz e adora o peitoril das janelas.
HERA TREPADEIRA ou HERA INGLESA (Hedera Helix), tima arma
contra os compostos de formaldedo e xileno, eficiente neutra56
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- Mais informaes:
Tintas, colas, vernizes, produtos de limpeza em geral e cigarro
figuram entre os maiores viles que atacam a qualidade do ar
domstico. Deles, desprendem-se compostos como o formaldedo, um gs txico presente em produtos insuspeitos como materiais de construo, compensados de madeira, tintas, papel de
parede, detergentes, colas, adesivos e at no cigarro. Classificado
como cancergeno pelo Centro Internacional de Pesquisa sobre
o Cncer da Frana, o formaldedo pode originar cnceres como
o de boca e das fossas nasais.
Benzeno, monxido de carbono, xileno e tolueno so outros
compostos comuns em ambientes residenciais. Todos eles esto
presentes, em maior ou menor quantidade, em produtos de limpeza, tintas, solventes, alguns produtos cosmticos, plsticos e,
quase sempre, na fumaa do cigarro.
Livrar-se dessas substncias quase impossvel. Felizmente, algumas aes simples resultam na disperso desses gases, como
abrir as janelas e promover uma boa ventilao diria. Uma das
formas mais naturais e ecolgicas para limpar a casa ou o escritrio de poluentes areos colocar uma planta para cada 10 m2
de espao interior.
Fonte: Associao Plantairpur (entidade francesa que divulga os resultados de pesquisas cientficas desenvolvidas
pela Faculdade de Farmcia de Lille, do CSTB - Centre Scientifique e Technique Du Btiment (Centro Tcnico Cientfico
de Moradias) e da NASA).
- Para pequenas distncias prefira a locomoo a p, ou de bicicleta, para as demais locomoes privilegie o transporte coletivo.
No caso de locomoo particular, mantenha o motor regulado, e
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a manuteno geral dos seus veculos sempre em dia. Crie o hbito de fazer compras prestigiando o comrcio do bairro, v a p,
faa amizades, conhea e desfrute da sua vizinhana, prefira produtos artesanais ou caseiros, faa ou customize as suas roupas,
conserte os sapatos, cintos e acessrios, e repare os seus equipamentos eletroeletrnicos quebrados. Pea aos comerciantes do
bairro que providenciem produtos naturais e orgnicos em suas
prateleiras. Prefira as feiras livres, cozinhe em casa, faa marmitas
para levar ao trabalho, faa piqueniques com os amigos e a famlia, rena amigos em casa, passeie com as crianas em parques,
praas, museus e lugares abertos sempre longe da tentao das
tomadas eltricas.
Todas estas sugestes contribuem para a melhoria do ar nas cidades.
GUA E ENERGIA
Dicas de economia e uso consciente da gua e energia eltrica.
Dentre tantas outras dicas divulgadas pelas mdias em geral,
destacamos as seguintes medidas de economia e uso racional,
lembrando que o nosso objetivo estimular a conscientizao
ambiental de forma simples e aes prticas no dia a dia:
- Faa a captao da gua da chuva para usos diversos.
- Conserte os vazamentos das torneiras, mangueiras e chuveiros.
Ao ensaboar panelas, louas e talheres, lavar as mos, escovar
os dentes e se barbear mantenha a torneira fechada. No demorar no banho, e sempre fechar a torneira enquanto se ensaboa.
Sempre usar a mquina de lavar roupas na capacidade mxima,
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e junte toda a roupa limpa para passar. Para lavar a loua prefira
o uso do sabo de coco, para limpar a casa use vinagre, limo, bicarbonato, buchas vegetais, vassouras tipo feiticeiras, para limpar vidros e espelhos use folhas de jornal, nas lixeiras elimine os
sacos plsticos (aprenda como fazer um saco de lixo usando uma
folha de papel jornal enviando um pedido para o e-mail: cursos.
[email protected]), e para desinfetar a casa e louas sanitrias use
cloro orgnico, ou vapor de gua.
- Instalar sistemas de controle de fluxo de gua (aeradores) nas
torneiras. Detectar e consertar vazamentos. Se verificar vazamentos externos chame a companhia de gua imediatamente.
Trocar as vlvulas de descarga pelas modernas de 3 e 6 litros.
Usar a descarga apenas o necessrio. Manter a vlvula sempre
regulada.
- Reutilizar a gua sempre que possvel; por exemplo, a gua
usada da mquina de lavar roupa para lavar o quintal. No jardim
usar um regador no lugar da mangueira. No quintal usar uma
vassoura ao invs da mangueira. Para lavar o carro use baldes.
Armazene a gua usada na limpeza das frutas, tubrculos e verduras para regar as plantas, e tambm a gua do enxague das
panelas, louas e talheres na cozinha para abastecer os sistemas
de tratamento de gua conhecidos como crculos de bananeiras.
- Para quem tiver piscinas, tratar a sua gua e cobrir com lona
para evitar sujeiras e evaporao.
- No jogar leo de fritura pelo ralo da pia. Alm de correr o risco
de entupir o encanamento da residncia, esta prtica polui os
rios e dificulta o tratamento da gua.
- Economizar energia eltrica sempre. Apague as luzes e desligue
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- Nas cidades, em especial no inverno e perodos secos, para melhorar a sua imunidade contra infeces respiratrias ocasionadas pelo aumento da poluio do ar, alm das sugestes acima,
evite se exercitar nos horrios de trfego intenso; evite locais
com alta concentrao de pessoas; evite locais com sistema de
ventilao pouco eficiente (risco de contgio de viroses); nos dias
de baixa umidade relativa do ar aumente a ingesto de gua;
evite permanecer muito tempo em ambientes muito refrigerados; mantenha o ambiente de dormir bem arejado; se for alrgico, evite roupas de l, carpetes, bichinhos de pelcia, cortinas de
pano e colchas felpudas; evite animais com pelo dentro de casa,
e na faxina de casa, evite usar o espanador de p, optando por
um pano mido.
- Prefira sempre o uso de produtos de limpeza, higiene e cosmticos naturais (amplamente divulgadas suas receitas em pginas
na Internet).
ABRIGO
- O primeiro abrigo so nossas roupas, portanto, prefira o uso de
tecidos naturais, de produo local, e sem uso de mo de obra
infantil, escrava, ou anloga escravido, bem como, advindas
da produo mais limpa e natural, de preferncia produzidas o
mais prximo possvel da sua casa, e, principalmente, fabricadas
sem nenhum sofrimento ou morte de qualquer animal.
- Projetar as casas com bastante luz e ventilao natural, com telhados verdes ou brancos, bastante rea permevel, construes
com madeira e bambu, privilegiando sempre o uso das tcnicas
e dos materiais ecolgicos de construo (fibrocimento, superadobe, telhas ecolgicas, tijolos de adobe ou de barro produzidos
sem queima, tintas naturais, entre outros).
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- Para mais informaes sobre o assunto, indicamos a publicao Guia de Permacultura para Administradores de Parques
(SVMA/SP), disponvel gratuitamente no endereo: http://www.
prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/publicacoes_svma/index.php?p=41791 (acessado em Setembro/14).
- E tambm a leitura do ANEXO 02, encontrado no final deste
trabalho, que trata especificamente de construes e reformas
sustentveis.
CONSUMO
- Sempre privilegie o uso de tudo aquilo que j tem em mos,
faa adaptaes, use a criatividade, mas caso no consiga ou
precise usar ou adquirir algo que no esteja disponvel, siga as
seguintes etapas: comece tomando emprestado de algum, se
no tiver sucesso, procure trocar alguma coisa sua menos til no
momento por algo mais necessrio, se esta tentativa for frustrada, estude como fazer voc mesmo. Esgotadas todas as alternativas anteriores, e a necessidade de uso, ou compra, seja impretervel, opte por produtos usados, e no caso de obrigatoriedade
de material novo, compre somente o essencial, de uso imediato,
se alimentos, opte pelos da safra, e tudo com o mnimo de embalagem possvel.
Outras dicas e aes pela preservao do meio ambiente
A data de 14 de agosto foi instituda como o Dia de Combate
Poluio, exatamente para lembrar s pessoas sobre a importncia das medidas coletivas e individuais para evitar a degradao da natureza. Portanto, imprescindvel que diariamente
nos conscientizemos e aprofundemos sobre os temas ecologia e
sustentabilidade, nossas urgentes necessidades de mudanas de
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hbitos, usos racionais dos recursos naturais, reciclagem e compostagem dos resduos, comeando em nossos lares, galgando
a famlia, os amigos, permeando a coletividade no trabalho com
os colegas, funcionrios e fornecedores, e nas escolas com os
professores, envolvendo alunos e pais. Agindo local, pensando
global (Agenda 21).
Dicas gerais: medidas de economia de gua e luz, compras
conscientes, uso em larga escala do papel reciclado (uso interno,
correspondncia, envelopes, boletos bancrios, mais a impresso duas faces que reduz pela metade o consumo), implantao
da coleta seletiva e compostagem (responsabilidade social do
descarte e encaminhamento correto dos resduos, em especial,
coleta e reciclagem do material de informtica (computadores e
perifricos), equipamentos eletroeletrnicos (e-lixo), pilhas, baterias, celulares obsoletos, carregadores, e lmpadas fluorescentes). Uso de canecas e louas substituindo produtos descartveis.
Colar adesivos nos banheiros para incentivar o uso racional de
papel toalha, sabonete, gua e energia. Instalar sistemas de captao de gua de chuva para uso no potvel, e instituir programas de plantio de rvores e aquisio de crditos de carbono
para mitigar a produo de CO2 anual (para calcular suas emisses de dixido de carbono acesse: www.florestasdofuturo.org.
br/site/calculadora (acessado em Setembro/14)).
Dicas pontuais: institua como rotina ler os e-mails na tela do
computador e imprimir somente o que for realmente necessrio;
prefira produtos com menos embalagens e de fcil decomposio; reduza, reutilize, recicle.
Dicas para crianas: converse sobre as rvores e sua importncia para o ambiente em que vivemos. Plante uma rvore com
ela e acompanhe o seu desenvolvimento. Para incentivar a crian65
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Sua outra funo na educao ambiental, sensibilizando e mobilizando um nmero crescente de cidados s prticas de sustentabilidade, consumo consciente e reduo do desperdcio.
A partir desta ferramenta, possvel uma maior reflexo sobre
nossos hbitos de consumo atuais, a quantidade de lixo produzido diariamente e como com aes simples no cotidiano a sociedade se torna mais sustentvel.
O sistema do minhocrio simples: consiste de trs caixas empilhadas e uma tampa. A caixa do meio e a de cima devem ter
muitosfuros (broca seis milmetros) no fundo de cadacaixa. A
tampatambm deve ter alguns furos (broca dois milmetrosou
menor) suficientes para o ar circular.A caixa inferior serve para
recolher o chorume, que pode ser usado como adubo lquido na
proporo de 10:1. possvel instalar, opcionalmente, uma torneira na caixa inferior, para a drenagem do chorume.
O processo se inicia colocando na caixa superior um pouco de
terra ou hmus, em seguida uma quantidade de resduo orgnico e matria seca, na proporo de 2:1 (duas partes de material seco (fonte de carbono) para uma parte de material orgnico
(fonte de nitrognio)). Quando a caixa de cima estiver cheia, muda-se a posio da de cima para o meio e recomea a colocao
dos resduos.
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Quando o minhocrio estiver funcionando, no mais necessrio colocar terra no fundo da caixa superior. Normalmente, a cada
40 dias o material j est composto e pode ser usado, liberando
a caixa para reinicio do ciclo de transformao do lixo orgnico.
O sistema se inicia com trs caixas, mas podem ser empilhadas
mais caixas de acordo com a necessidade, as inferiores contendo
o material em processo de compostagem e a de cima recebendo os resduos. Para ajudar na aerao e acelerar o processo,
aconselhvel remexer o material em maturaouma vez a cada
quinzedias. Uma vez por ms pode ser colocada cinza de lareira
ou forno lenha para corrigir o pH.Ateno: nunca colocar no
minhocriocinzas de carvo usado em churrasqueiras, pois vai
desestabilizar o sistema.
Algumas fontes de carbono encontradas nas cidades so: p de
caf usado, filtro de caf usado, serragem grossa de serraria (no
colocar serragem de marcenaria), folhas secas, papelo sem tinta. As fontes de nitrognio praticamente so todos os resduos
orgnicos in natura.
O que PODE ser colocado na caixa: restos e cascas de frutas
e vegetais, cascas de ovos, p e filtro de caf (papel), saquinhos
de ch usados, papelo, caixas de ovos, flores, ervas, podas de
jardins e de rvores (folhas, galhos, gravetos e ramos).
O que NO PODE ser colocado na caixa: frutas ctricas (morango, kiwi, abacaxi, laranja) se no forem previamente curtidas
ao relento por pelo menos quatro dias ou quando suas cascas
j estiverem bem secas, alimentos preparados que contenham
gordura, carnes e derivados de leite, plstico, papel brilhante de
revistas, fezes de animais e fraldas descartveis.
Se tiver cheiro ou aparecerem mosquitinhos (drosfilas) sobre68
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