Apostila 1 Mag Final
Apostila 1 Mag Final
Apostila 1 Mag Final
CPRM
GEOFISCA APLICADA AO
MAPEAMENTO GEOLGICO
INTERPRETAO QUALITATIVA DE MAPAS
MAGNETOMETRIA E GAMAESPECTROMETRIA
Antonino Juarez Borges
Geofsico da CP R M
EDIO P R E L I M I N A R
Restrito ao uso interno da C P R M.
O autor solicita e agradece as crticas dos leitores
Belo Horizonte, 08 de dezembro de 2007
M M E
CPRM
APRESENTA O
Este texto foi elaborado para ser usado pelos gelogos recm contratados pela
CPRM, com o objetivo de servir de guia para o treinamento em interpretao
qualitativa de mapas aerogeofsicos de magnetometria e gamaespectrometria.
Como pr-requisito para este treinamento, tambm abordado, a ttulo de
reviso, os princpios gerais e bsicos de cada mtodo, os quais so necessrios
para o entendimento e utilizao de mapas aerogeofsicos em trabalhos de
mapeamento geolgico, prospeco ou outros fins. Com isso, espera-se
proporcionar aos gelogos conceitos e prticas fundamentais para uma aplicao
mais intensa e produtiva dos mapas geofsicos.
Deve ficar registrado que os conceitos tcnicos aqui emitidos e aqueles
apresentados verbalmente durante o treinamento, foram propositalmente
simplificados em benefcio de um melhor entendimento e aprendizado por parte
dos treinandos.
M M E
CPRM
MAGNETOMETRIA
A - CONCEITOS BSICOS
1.1
- Introduo
M M E
CPRM
T= k
m1 m2
rn
M M E
CPRM
CPRM
Figura 4 -
M M E
M M E
CPRM
M M E
CPRM
CAMPO GEOMAGNTICO
S
Figura 4 - A Terra e um modelo simplificado do Campo Geomagntico.
M M E
CPRM
TG
T
TI
I = Inclinao = 20
D = Declinao = 16
T
T
TG
T = TG+I = TG + TI
T = Campo resultante
TI
M M E
CPRM
por sua vez atrair uma terceira que atrair uma quarta e assim sucessivamente.
Assim, Correlacionando este exemplo com o Campo Geomagntico, conclui-se
que:
S
Figura 8 O mapa acima mostra a anomalia de Arax como exemplo de uma Anomalia
Induzida. Nota-se que a direo de magnetizao da anomalia coincidente com o
Campo Geomagntico (N-S Magntico), estando os baixos magnticos (azul) situados a
sul e os altos (vermelho) para o norte magntico.
10
M M E
CPRM
TR
T G+I
TI
= TG + TI + TR
TG
Figura 9 Soma vetorial dos trs campos que compem o Campo Resultante T: o
Campo Geomagntico TG, Induzido TI e o Remanescente TR.
11
M M E
CPRM
N
Figura 10 O Mapa de Intensidade Magntica Total mostra a Anomalia de Pirapora.
Nota-se que sua polaridade est totalmente invertida, com o azul (baixo) para cima e o
vermelho (alto) para baixo, em relao ao Campo Geomagntico atual. Isto porque a
Magnetizao Remanescente tem sentido oposto e maior intensidade do que a
Magnetizao Induzida atual. A figura direita mostra como era o campo geomagntico
a bilhes de anos atrs.
12
M M E
CPRM
Afora isso, aqui mais importante que se tenha sempre em mente que, o que se
mede em um levantamento sempre a intensidade da fora de atrao exercida
por copos de rochas que contm minerais magnticos, principalmente a
magnetita.
1.6 Magnetmetros
Os equipamentos usados para medir a Intensidade do Campo so os
Magnetmetros, sendo que as medies ou levantamentos podem ser feitos ao
longo de perfis, ou em malhas de pontos.
Scintrex Smartmag
Figura 11 Mostra o princpio de funcionamento de um magnetmetro rudimentar e
outros equipamentos modernos em operaes areas e terrestres.
13
M M E
CPRM
14
M M E
CPRM
metlicos, etc., ou seja, o local deve ser onde o relevo magntico for o mais
suave possvel. Nos levantamentos areos executados no Brasil exigido que a
estao base fique situada a uma distncia menor do que 200 km do limite mais
distante da rea.
1.9 - Tempestades magnticas
So variaes bruscas do Campo Geomagntico, que so observadas
simultaneamente em reas continentais, com durao de um a cinco dias. As
tempestades magnticas interferem nas medies do campo produzindo falsas
anomalias, para as quais no h correes ou filtros para recuperar os dados.
Como estas variaes ocorrem de forma errtica, a deciso mais segura e usual
paralisar os trabalhos enquanto durarem as tempestades.
Quando o levantamento est sendo executado com um s magnetmetro, o que
normal em trabalhos de reconhecimento ou follow-up, os prospectores mais
experientes identificam os sinais de tempestade quando se observa variaes
anormais nas leituras dos magnetmetros. Outra forma repetir um trecho j
levantado e verificar se o perfil tem a mesma forma. Porm, o mais seguro
usar uma Estao Base, que alm das variaes diurna, detectam tambm as
tempestades (Figura 12).
50 nT
1 dia
Figura 13 - Tempestade Magntica tpica (Breiner, 1973)
1.10 - Mapas Magnticos
Durante muitos anos os resultados dos levantamentos eram apresentados
apenas em Mapas de Contorno de Intensidade Magntica Total. Estes mapas
mostravam os valores medidos da intensidade j com as devidas correes
diurnas e o monitoramento das tempestades. A elaborao de mapas residuais,
mapas de derivadas, filtros, etc., era feita apenas para reas mais restritas ou
com algum potencial. Isto porque, todos os trabalhos de clculos matemticos e
os desenhos dos respectivos mapas ou perfis eram feitos manualmente e, como
tal, muito demorados e onerosos.
Nos tempos atuais, com o avano da computao, foi possvel operacionalizar o
uso de teorias e equaes matemticas atravs de softwares especficos, os
quais, partindo-se dos valores de Intensidade Total, permitem a elaborao de
diferentes tipos de mapas direcionados para realar feies prprias de corpos e
estruturas de interesse para a geologia (Figura 13).
15
M M E
CPRM
Figura 14 Levantamentos e Mapas Aeromagnetomtricos A aeronave voa em zigzag at cobrir toda rea. O magnetmetro mede Intensidade Magntica Total em
intervalos de tempo constante. Atualmente usado o intervalo de 0.1s, que equivale a
uma distncia voada de aproximadamente 7m. O registro de um vo representado por
um perfil. Com uma srie de vos paralelos espaados de uma distncia fixa, p.ex.
500m, constri-se um mapa da rea.
16
M M E
CPRM
T/x
Assim fazendo, constroi-se grids com com os valores calculados das derivadas na
direo desejada, x, y, z ou qualquer outra direo, podendo-se ento elaborar
mapas e perfis que realaro as pequenas anomalias causadas por pequenos
corpos ou estruturas, as quais, as quais ficavam obscuras nos mapas de
Intensidade Total.
Outro fator de dvida ao axaminar um mapa de Intensidade Total ou de
Derivada, que as anomalias em regies de baixas Latitudes Geogrficas, como
o caso do Brasil, sempre aparecem constitudas por um alto e um baixo
magntico, embora sejam devidas a um s corpo, sendo por isso chamadas de
bipolares. Assim, o intrprete fica sem saber a posio real do corpo que causou
a anomalia. Procurando resolver este problema, aplicou-se a soluo clssica
para eliminar nmeros negativos, ou seja, elevar todos ao quadrado, ou seja: (T)x(-T) = +T. Aprimorando ainda mais este raciocnio, passou a trabalhar com
os valores das derivadas da intensidade dT em cada direo, conforme mostra
a Figura 15.
17
M M E
CPRM
SINAL ANALTICO
DERIVADA VERTICAL
INTENSIDADE TOTAL
18
M M E
CPRM
19
M M E
CPRM
20
M M E
CPRM
21
M M E
CPRM
B - Lineamentos magnticos
C - Anomalias isoladas
Uma anomalia isolada caracteriza a presena de um corpo magntico em um
meio menos magntico, sendo um timo exemplo estruturas ou corpos como as
Chamins Alcalinas e os Kimberlitos, (Figuras 18 e 19). Por outro lado, uma
anomalia pode ser tambm caracterizada pela existncia de um corpo no
magntico em um meio menos magntico, como o caso do macio de Caldas
Novas, no Estado de Gois (Figura 18). Os mapas de Sinal Analtico so os mais
apropriados para o estudo destes corpos, seja as anomalias magnticas ou no
magnticas, pricipalmente no que diz respeito localizao e delimitao dos
mesmos no terreno. Em regies de baixas latitudes, como o caso do Brasil, as
anomalias isoladas aparecem como bipolares, prevalece na grande maioria das
vezes a magnetizao induzida, caracterizada por um baixo magntico para o sul
(azul) e um alto para norte (vermelho). Nos mapas de Derivada Vertical estas
anomalias so evidenciadas por interrupes ou deformaes de lineamentos.
22
M M E
CPRM
23
M M E
CPRM
24
M M E
CPRM
25