Manual Viveiros Frutícolas
Manual Viveiros Frutícolas
Manual Viveiros Frutícolas
Frutcolas
Raul Manuel de Albuquerque Sardinha
FICHA TCNICA
Coordenao e Autoria do Estudo
Raul Manuel de Albuquerque Sardinha
Reviso
Instituto Marqus de Valle Flr
(Diogo Ferreira, Gonalo Marques e Rita Caetano)
Composio e Edio
Instituto Marqus de Valle Flr
Concepo Grfica
Matrioska Design, Lda
Impresso e Acabamento
Europam, Lda
Co-Financiamento
Comisso Europeia
Depsito Legal
Tiragem
ndice
NDICE DE QUADROS, FIGURAS E MAPAS
PREFCIO
9
9
9
9
9
10
10
10
10
10
11
11
12
12
12
12
12
13
13
13
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15
28
28
29
29
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33
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35
35
36
14
15
15
3
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37
37
38
38
39
39
39
39
39
40
40
40
40
40
41
41
42
42
43
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
44
ndice
FIGURAS
1. Esquema mostrando as relaes entre a coleco
base de fruteiras classificadas e a sua distribuio
e manuteno
2. Estacas para plantao
3. Ciclo de produo de fruteiras
4. Modelo do ciclo de vida clonal
5. Enxertia
6. Emergncia de razes adventcias
7. Estacas preparadas a partir dos lanamentos
8. Preparao de estacas com uma serra mecnica
9. Preparao das estacas a partir de um lanamento
retirado da rvore-me
10. Tipos de estacas lenhosas
11. Fenda na base da estaca antes do tratamento
com auxina
12. Esquematizao das etapas de enraizamento
de estacas lenhosas
13. Esquema indicativo dos lanamentos
14. Efeito da polaridade do rebento de enxertia
15. Efeito da polaridade da estaca utilizada
16. Raiz deformada de uma fruteira plantada
com sistema radicular
17. Etapas bsicas de execuo de uma enxertia
de borbulha
18. Enxertia de fenda simples
19. Enxertia de fenda dupla
20. Enxertia de fenda vazada ou incrustao
21. Esquema de execuo da enxertia inglesa
12
15
17
18
18
18
20
20
20
21
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36
36
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21
QUADROS
23
24
25
25
27
30
31
31
32
33
13
14
19
21
MAPAS
1. Localizao do Municpio da Ecunha,
Provncia do Huambo, Angola
PREFCIO
A expanso do nmero de fruteiras numa regio em fase
de crescimento demogrfico, de consolidao da sua produo
agrcola e da prpria propriedade rural, um instrumento de
particular relevncia no desenvolvimento e no combate
pobreza do agricultor. Na verdade, fazer crescer rvores
de fruto , em todos os trpicos, uma forma de consolidar
os quintais de casa o que requer mais do que simplesmente
plantar e colher. As fruteiras vm sendo, um pouco por todo
o mundo tropical, um instrumento da consolidao
da propriedade rural e da fixao camponesa. Alm de ser uma
prtica consuetudinria de marcar um vnculo terra
e de afirmar a propriedade, a prtica de associao benfica
da rvore agricultura ganhou, graas ao trabalho de inmeros
profissionais, um estatuto reconhecido como cincia integrativa
de vrias disciplinas com enormes potenciais para
a transformao do estatuto nutricional da populao em
certas fases do ciclo anual de produo e para a transformao
de paisagens em vias de degradao. O papel da rvore
de fruto na sensibilizao do agricultor para a importncia
da rvore no ordenamento da paisagem rural , igualmente,
importante em zonas como o Municpio de Ecunha, onde
a degradao do coberto arbreo natural vem deixando
marcas preocupantes na paisagem e onde a percepo
do agricultor sobre a importncia dos bens ambientais bastante
reduzida.
Mungo
Bailundo
Londuimbali
Ecunha
Katchiumgo
Ukuma
Tchindjenje
Huambo
Caala
Tchikala
Tcholoaga
Longojo
1.2 Clima
As fruteiras mais aconselhadas para as zonas ecolgicas do Planalto
Central so as que se expressam nos mapas de aptido conforme
constam dos mapas apresentados no captulo II deste Manual.
1.3 gua
Tal como se refere no Manual do Viveiro Florestal, a disponibilidade
de gua um factor importante num viveiro para a produo
de rvores de fruta. Sendo que uma pequena produo de plantas
9
4. O Viveiro frutcola
dos agricultores.
Aspectos a considerar:
A disponibilidade de uma rede viria que facilite o escoamento
2. Material de plantao
3. Mercado
do Viveiro Florestal);
Todas as plantas devem estar acessveis para que sejam facilmente realizadas as operaes dirias (rega, monda, enxertia);
10
4.3 Planeamento
para ferramentas;
Canteiros para atempamento ou rustificao das plantas antes
da expedio;
Germoplasma base
Fase 1
Desenvolvimento
Fase 2
Manuteno
Fase 3
Multiplicao
e distribuio
Blocos de base
Propagao
Blocos descendentes
Plantas
de progene
9. Gesto do viveiro
e sugestes de correco
Sugestes de correco
das plantas
Condies de iluminao
desadequadas
Rega desadequada
sobre as folhas;
a descalar as plantas;
Este planeamento passa por definir qual vai ser o esforo de produo
de forma satisfatria.
do Viveiro Florestal.
Plantas demasiado
crescidas
14
9.2 Timing
9.3 Retroaco
de Abril e Maio.
10.1.2 Estacas
Quais so os obstculos?
Sementes
Germoplasma Base
(Coleco base
de fruteiras
de qualidade)
Plantas enxertadas
de fertilidade do solo;
Interplantar os talhes de germoplasma com leguminosas
Cavalo
Designa-se por cavalo a parte inferior do enxerto, que sustenta o sistema
radicular da rvore enxertada. Este obtido por via seminal ou por
estaca que posta a enraizar.
17
10.1.4 Mergulhia
Semente
Gomos
Garfos
Estacas
Explants
Frutos
Pontos vegetativos
de crescimento
Flores
Fase vegetativa
Fase reprodutiva
o gomo
zona de enxertia
d origem copa
d origem raiz
por estaca
18
inferiores
Estacas lenhificadas
abaixo do n
abaixo do n.
Nas estacas basais o
seccionamento de topo feito
entre 15-25 mm acima do n
19
enraizamento.
N singular
2 ns
ns mltiplos
Fig. 8 - Preparao de estacas com uma serra mecnica. Este mtodo muito
mais rpido do que aquele feito com uma tesoura de poda e em muitos casos
igualmente bons resultados.
20
Ramo indicando
as partes de onde
tirar as estacas
21
fenlicas;
celular.
23
2. Reguladores de crescimento;
5. Fungicidas;
6. Nvel de execuo do corte para evitar o esmagamento dos tecidos.
24
7. No caso de razes muito longas pode-as com uma tesoura bem afiada
10.2.1 Sementeira
ficar dobradas ou com as pontas viradas para cima. O buraco deve ser
mesmas.
da rvore;
4. Os seminrios devem ser bem regados nas vinte e quatro horas que
precedem a repicagem;
certa.
5. Quando tenha de efectuar adio suplementar de nutrientes lembrese que a aplicao de nutrientes lquidos mais econmica que
os adubos granulados.
10.2.6 Poda das razes
As razes da sua necessidade e procedimentos para a sua realizao
so idnticas s j descritas para as plntulas florestais pelo que
no sero repetidas.
Fig. 16 - Raiz deformada de uma fruteira plantada com sistema radicular
j enrolado por longa permanncia no vaso ou por uso de recipiente desadequado
10.2.7 Rustificao
Este um processo destinado a fazer com que as plantas gradualmente
10.2.4 Rega
Florestal.
10.2.5 Nutrio
os seguintes objectivos:
10.2.8 Classificao
Trmitas;
Grilos;
Lagartas cortadoras;
Gafanhotos;
Afdeos;
Cochenilas.
executada.
Para qualquer operao de enxertia com sucesso h cinco requisitos
12. Enxertias
cedo como 1000 a.C. No tempo dos romanos a enxertia era popular.
a desabrochar.
28
de enxertia utilizado.
cobertura prpria.
execuo rpida;
Modo operatrio
a reproduzir.
Para os enxertos de Primavera, a recolha dos ramos considerados para
fornecer os garfos sero realizados em Julho (na altura das podas dos
29
j implantado.
Modo operatrio
Em fins de Agosto, podam-se os cavalos de 1 a 3 cm de dimetro
do trabalho:
A partir dos ramos porta-garfos recolhidos e postos em estratificao, prepara-se o garfo utilizando a parte media do ramo. Seccio-
o garfo pegou;
se o pecolo secou e no caiu, o garfo no pegou.
corte transversal
da navalha.
A espessura das cascas dos cavalos e garfos sendo diferentes, no
podem coincidir exteriormente. Para se assegurar que as zonas
geradoras ficam em contacto o garfo deve ser ligeiramente introduzido.
Deve-se atar a enxertia com uma ligadura de rfia.
Envolver todo o conjunto com uma quantidade suficiente de pasta
borbulha
colocada
30
Observao
garfo
cmbio do garfo
fenda
casca
cmbio
lenho
de lado
bom contacto
entre cmbios
de frente
contacto
entre cmbios
s num ponto
cavalo
raminho protector.
31
Observao
ENXERTIA DE FENDA VAZADA OU INCRUSTAO
enxertia de fenda simples
Esta enxertia que se faz por cima dos cavalos com porte elevado e porte
mdio, pode igualmente fazer-se sobre uma poro da raiz ou sobre
o colo da jovem planta. Este modo de proceder chamado "enxerto
garfo
fenda
de lado
de frente
fenda
garfo
CMBIO
cavalo
cavalo
jovens.
Esta enxertia sobretudo utilizada para rvores de pevide e principalmente
em microenxertias como sucede, entre muitos casos com o cajueiro.
Modo operatrio
Executa-se tambm depois do perodo de dormncia do ciclo vegetativo
(fins de Agosto e durante Setembro no Planalto Central), recorrendose aos porta garfos recolhidos durante o perodo de dormncia
e conservados em estratificao.
Prepara-se o cavalo em fim de Agosto ou princpio de Setembro,
apara-se o golpe com a navalha e talha-se a extremidade do cavalo
em bisel alongado. Nos 2/3 superiores deste bisel, pratica-se uma
fenda vertical de cima para baixo, penetrando cerca de 2 a 3 cm.
O garfo constitudo por uma poro de ramo, com 3 gomos bem
constitudos. O seu dimetro deve ser igual ao do cavalo. A base
do garfo talhada em bisel da mesma forma que aquele que se
Tecidos cambiais
Cavalo
s fazem contacto
de um lado
a) corte oblquo
longo (2,5 a 6cm)
feito no cavalo
b) Um 2 corte
c) Puxados
d) Primeiro
e) Segundo
que se inicia
os extremos
corte no garfo para fazer
a 1/3 da distncia faz-se o entalhe
o entalhe
da ponta
f) Os entalhes
do cavalo e o garfo
so ajustados
13. Mergulhia
A mergulhia um mtodo de propagao vegetativa pelo qual se faz
induzir o desenvolvimento de razes adventcias num ramo enquanto
este se encontra ainda ligado planta. Logo que haja razes desenvolvidas,
do tecido cicatricial.
Usos da mergulhia
limitante.
13.1.1 Nutrio
34
de enraizamento.
em desenvolvimento so completamente cobertos de meio de enraizamento, o que imprescindvel quanto se trata de mergulhias feitas
e a estiolao.
recursos naturais.
A - Mergulhia simples
35
a) Um canteiro
de multiplicao
comea pela
plantao
de uma estaca
enraizada
b) A planta-me
cresce durante
uma estao
de crescimento
para ficar bem
estabelecida
c) O topo removido
a 2,5cm do solo
justamente
antes do inicio
do crescimento
d) Quando os novos
lanamentos tm
8 a 13cm, junta-se ter
ou serradura
formando-se um montculo
e) No fim da estao
as razes na base
dos lanamentos
esto formadas
f) Os lanamentos
j enraizados so
cortados to junto
da base quanto possvel
36
37
Chicuma.
de folhelho (mulching).
Caf Arbica
zonas de distribuio cultural
1
2
3
4
8
7
13
11
10
onde ficam includas as reas de distribuio actual da cultura, tomaramse em linha de conta os aspectos seguintes:
14
12
16
15
18
17
Caf Arbica
zonas mais favorveis cultura
1
2
16C e 18C;
relativamente fraca incidncia de geadas, tendentes a ocorrer nas
3
4
8
13
9
11
10
6
7
14
12
16
15
17
18
1
2
3
4
8
7
13
9
11
10
14
12
16
15
18
17
Citrinos
zonas mais favorveis cultura
1
2
3
4
8
7
13
9
11
10
14
12
16
15
17
18
40
inferior a 19C-20C;
de geadas.
No aspecto edfico seleccionaram-se os solos Fersialticos e Ferralticos
Goiabeira
zonas de distribuio cultural
1
2
3
4
8
7
13
9
11
10
14
12
16
15
Goiabeira
zonas mais favorveis cultura
1
2
8
7
13
9
11
10
3
4
18
17
capacidade de infiltrao.
14
12
16
15
17
18
41
do fruto.
Maracuj
zonas de distribuio cultural
1
2
3
4
8
7
13
11
10
14
12
16
15
18
17
3
4
11
10
ausncia de geadas ou ento com ocorrncia no bimestre Junhograu higromtrico do ar compreendido entre os 60% e 75%
8
13
6
7
14
12
16
15
17
18
43
REFERNCIAS
BIBLIOGRFICAS
44
ANEXO I
ALGUMAS MISTURAS PARA O FABRICO
DE SUBSTRATOS PARA OS VIVEIROS DE PLANTAS
FRUTCOLAS
A fertilizao suplementar que pode ser adicionada por cada volume
1 parte
2 partes
2 partes
Mistura B
a. Casca de pinheiro
b. Serradura
c. Solo florestal
1 parte
1 parte
1 parte
Mistura C
a. Casca de pinheiro
b. Areia
Mistura D
a. Casca de pinheiro
b. Areia
c. Solo
Mistura E
a. Casca de pinheiro
b. Solo
c. Composto/estrume
d. Areia
Superfosfato simples
45 g
Calcrio
45 g
Sulfato de potssio
25g
Borato de sdio
0,45g
Oxido de zinco
0,45g
Sulfato de cobre
0,90g
1 parte
1 parte
1 parte
Nitrato de amnio
60g
Muriato de potssio
60g
Superfosfato simples
80g
3 partes
3 partes
3 partes
1 parte
45
46