Manga
Manga
Manga
Autores
Ana Lcia Borges
Engenheira agrnoma, Doutora em Solos e Nutrio de Plantas,
pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
Fruticultura Tropical
Mrcio Eduardo Canto Pereira
Engenheiro agrnomo, Mestre em Fitotecnia, pesquisador da
Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
Nelson Fonseca
Engenheiro agrnomo, Doutor em Fitotecnia, pesquisador da
Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
Rossana Catie Bueno de Godoy
Engenheira agrnoma, Mestre em Tecnologia de Alimentos,
pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical,
Apresentao
A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, no exerccio da
sua misso de viabilizar solues para o desenvolvimento sustentvel
do agronegcio fruticultura tropical, apresenta aos mangicultores,
estudantes e profissionais da agricultura o livro Manga 500
Perguntas, 500 Respostas.
Trata-se de uma elaborada e criteriosa seleo de perguntas e
dvidas encaminhadas pelos usurios do Sistema Embrapa ao nosso
Servio de Atendimento ao Cliente (SAC) por meio de cartas, telefone,
fax ou e-mail, e por meio de consultas diretas aos pesquisadores da
equipe de manga.
Esta publicao visa sanar as principais dvidas pertinentes ao
cultivo da mangueira sem, contudo, ser a nica fonte de consulta
para a cultura.
Assim, colocamos disposio da sociedade mais uma prova
do esforo e do envolvimento institucional com o agronegcio da
manga, esse expressivo ramo da atividade agrcola brasileira.
Jos Carlos Nascimento
Chefe-Geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
Sumrio
Introduo ................................................................. 13
Variedades ................................................................ 19
Propagao ............................................................... 39
Irrigao .................................................................... 81
Fertirrigao .............................................................. 89
Podas ........................................................................ 95
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Introduo
A mangicultura uma das principais atividades do agronegcio
frutcola do Brasil, apresentando desempenho crescente nos ltimos
anos. Sendo o nono maior produtor mundial de manga e o segundo
maior exportador dessa fruta, o Brasil vem ampliando sua
participao nas exportaes mundiais e gerando empregos e renda
em todo o territrio nacional, especialmente no Nordeste.
Mas o crescimento por si, no basta. preciso haver, tambm,
incremento de qualidade do produto a fim de atender s crescentes
demandas dos consumidores por qualidade e segurana alimentar,
notria tendncia nacional e mundial. Para que esse objetivo seja
alcanado, necessrio lanar mo de tecnologias modernas e
adaptadas s regies produtoras.
O acesso ao conhecimento, informao tecnolgica oriunda
da pesquisa cientfica permite que produtores e profissionais do
agronegcio da manga sejam cada vez mais capacitados para
alcanar os desejados incrementos de produtividade e qualidade.
A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical vem preenchendo essa
lacuna h mais de duas dcadas, cumprindo sua misso de viabilizar
solues para o desenvolvimento sustentvel do agronegcio
mandioca e fruticultura por meio da gerao, adaptao e
transferncia de conhecimentos e tecnologias em benefcio da
sociedade.
Este novo ttulo da coleo 500 Perguntas, 500 Respostas vem
fornecer, em linguagem adequada, informaes teis para melhorar
o agronegcio da manga em qualquer nvel de produo. a
Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical contribuindo, mais uma
vez, com a agricultura e o agricultor brasileiros.
Classificao e
Descrio Botnica
Amricas
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Variedades
Nelson Fonseca
Laerte Scanavaca Jnior
Fernanda Vidigal Duarte Souza
Janay Almeida dos Santos-Serejo
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Haden
Keitt
Kent
Palmer
Van Dyke
As variedades sul-africanas so:
Heidi
Joa
Nldica
As variedades indianas so:
Alphonso
Amrapali
Dashehari
Langra
Mallika
Mulgoba
Neelum
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A
variedade
Tommy Atkins responde por 80% dos plantios de manga por causa de sua maior tolerncia a pragas e doenas e, tambm, por sua
maior durabilidade
ps-colheita. Possui
casca de colorao avermelhada, requisito bsico para a exportao. Entretanto, no tem cheiro e medianamente fibrosa.
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As variedades locais ou mais tradicionais em cada regio devem ser priorizadas, uma vez que j esto bem adaptadas. Variedades como a Espada, Rosa, Bourbon e Ub, dentre outras, so boas
opes de diversificao por sua boa aceitao no mercado interno,
algumas para consumo ao natural, outras para processamento.
Existem tambm novas variedades, oriundas de melhoramento
gentico.
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fcil, simples e de baixo custo, embora sua eficcia seja muitas vezes questionada, uma vez que eficiente para caractersticas
de alta herdabilidade.
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Augusta.
Brasil, entre outras.
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A hibridao a fuso de gametas de dois genitores geneticamente distintos, que resultam em indivduos hbridos heterozigticos, podendo ocorrer naturalmente ou ser dirigida artificialmente (hibridao controlada). Sua importncia est no incremento da
variabilidade gentica da populao para uma posterior escolha de
hbridos superiores, reunindo caractersticas desejveis de ambos
os pais.
A hibridao controlada envolve procedimentos de emasculao, polinizao manual e cuidados ps-polinizao. Na mangueira, a desvantagem desse mtodo a baixa eficincia em termos
de pegamento de frutos. Ainda assim, os programas de hibridao
controlada tm permitido o lanamento de novas variedades em
pases como Israel, ndia e Austrlia.
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29
Clima e Solo
Nelson Fonseca
Laerte Scanavaca Jnior
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As temperaturas baixas paralisam o crescimento das mangueiras, de importncia fundamental para a ocorrncia do florescimento.
As plantas tendem a crescer vegetativamente e a florescer irregularmente em condies de temperaturas elevadas (> 30oC dia/25oC
noite). A 15oC j ocorre paralisao do crescimento do ramo, estimulando intenso florescimento.
A iniciao das brotaes florais depende dos dias de frio que
ocorrem de dezembro a fevereiro, no Hemisfrio Norte, e de junho a
outubro, no Hemisfrio Sul. Prximo ao equador, esses perodos so
variveis.
38
As variedades de mangueira so diferentes quanto necessidade de frio para que tenham florescimento em condies naturais.
Para a variedade Tommy Atkins so necessrios de 30 a 40 dias de
32
Sim. Existem variedades que tendem a vegetar mais em temperaturas elevadas e que devem ser evitadas para o cultivo nos trpicos, j que respondem menos ao florescimento sob essas condies
ambientais.
40
A altitude interfere alterando principalmente a temperatura do ambiente e, assim, atrasando o florescimento da planta. A
cada 100 m de aumento da altitude, a temperatura diminui
aproximadamente 1oC e a data
de florescimento atrasada em,
aproximadamente, 5 dias.
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Sim. A quantidade de luz interceptada pela planta tem influncia direta na realizao da fotossntese, processo biolgico essencial da nutrio vegetal. A radiao solar , tambm, um fator
importante para o florescimento da mangueira, e, em geral, as plantas ou os locais da copa sombreados no florescem ou florescem
mal.
Alm disso, a luminosidade importante para melhorar a colorao avermelhada dos frutos, beneficiando o desenvolvimento
do pigmento antocianina.
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Nveis de umidade relativa do ar elevados interferem na polinizao e favorecem a proliferao de doenas fngicas, como antracnose e odio. Assim, as regies com baixa umidade relativa do ar
(menos de 60%) so as mais recomendadas para o cultivo da mangueira.
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Outras caractersticas do solo so importantes, como a profundidade efetiva (espao em sentido vertical de explorao pelas razes),
drenagem, textura e estrutura, fertilidade natural e pH. Essas caractersticas devem ser consideradas na escolha do local de instalao do
pomar.
37
Propagao
Nelson Fonseca
Manoel Teixeira de Castro Neto
Fernanda Vidigal Duarte Souza
Laerte Scanavaca Junior
52
Esse tipo de semente possui apenas o embrio zigtico, originado da fecundao do vulo. Essa semente d origem a uma nica
planta.
55
Sim. Geralmente as plantas geradas das sementes poliembrinicas podem ser usadas para formar outras mudas, preferencialmente do tipo porta-enxertos. Contudo, a separao deve ser feita
quando as plantas estiverem ainda muito novas, para evitar danos
ao sistema radicular.
40
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No Brasil, a semeadura normalmente ocorre de outubro a maro, durante o perodo de safra natural.
61
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A semeadura direta feita em embalagens ou em sacos de plstico, enchidos com substrato, geralmente de solo, onde as amndoas so semeadas. Deve-se colocar apenas uma amndoa em cada
saco, a uma profundidade suficiente para cobri-la.
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Cada mtodo tem sua particularidade. O mtodo de semeadura direta tem a vantagem de no exigir o transplante da muda para o
saco de plstico, pois a amndoa semeada diretamente no saco.
Este, porm, deve ser rearranjado, mais tarde, com base no tamanho
das mudas, a fim de manter sua uniformidade.
O mtodo indireto (semeadura feita em canteiros) proporciona
maior uniformidade das mudas no viveiro, como resultado da seleo na poca de transplantio.
De forma geral, a semeadura direta confere maior precocidade
da muda pronta para enxertia.
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Z
ZZ
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Deve-se observar se o esterco est com fermentao inadequada (no bem curtido), se h problemas com alta salinidade, se h
contaminao por resduos de agrotxicos ou com plantas daninhas.
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Primeiro retira-se o solo nas laterais da fileira de mudas do canteiro, desprendendo e separando as mudas, com cuidado, para no
quebrar as razes. Aps a seleo das mudas pelo tamanho, aparamse as pontas das razes. Em seguida, com uma estaca de madeira,
faz-se um buraco no substrato dos sacos de plstico, enterrando as
razes o suficiente para encobri-las.
importante fazer o ajuntamento do substrato nas laterais das
razes e a irrigao das mudas recm-transplantadas para facilitar o
pegamento.
75
Recomenda-se formar o viveiro em local plano, ventilado (abrigado de ventos fortes), com abundncia de gua de boa qualidade,
afastado de pomares atacados por doenas e pragas e de estradas
com muita poeira.
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Adubaes de cobertura, irrigao, controle de plantas daninhas, podas de ramos e controle de pragas e doenas so os principais tratos culturais durante a formao do porta- enxerto.
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Com o crescimento das plantas em altura ocorre o alongamento do caule, que fica fino em dimetro. Para evitar essa
dominncia apical e favorecer o engrossamento do caule, faz-se a
poda dos ramos do porta-enxerto a cerca de 40 cm de altura da
planta.
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So os caros, cochonilhas e
tripes.
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Esses fatores so a afinidade entre porta-enxerto e enxerto, condies fisiolgicas do garfo e do porta-enxerto, condies climticas, mtodo de enxertia, habilidade do enxertador e os cuidados
que antecedem e sucedem a enxertia.
89
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Uma vez tomada a deciso quanto variedade a ser produzida, deve-se fazer a seleo das plantas mais produtivas no campo
para o fornecimento de garfos e ponteiros . Essas plantas devem ser
isentas de pragas e doenas e no devem ter sido tratadas com
paclobutrazol (PBZ) a fim de no afetar a velocidade da brotao e o
crescimento da muda.
95
Os garfos so selecionados na planta matriz, e devem ser ramos maduros, retos, sem problemas de pragas, doenas ou de
ferimentos e, em seguida, so desfolhados para que ocorra o
intumescimento das gemas.
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Sim. O porta-enxerto tem influncia sobre o vigor (altura e dimetro), produo e qualidade dos frutos.
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Aps a coleta do garfo (de 15 a 20 cm de comprimento ), realiza-se a enxertia o mais rpido possvel.
A enxertia feita a 20 cm do solo. O garfo e o porta-enxerto
devem ter o mesmo dimetro (cerca de 1 cm) para facilitar a unio.
Com uma tesoura de poda decepa-se o porta-enxerto, e com um
canivete limpo e bem afiado faz-se um corte central e vertical de 3 a
4 cm de profundidade no topo do caule.
Na extremidade do garfo, usando o canivete, faz-se dois cortes
em forma de cunha com a mesma dimenso do corte feito no portaenxerto. Abre-se a fenda do porta-enxerto com o canivete e introduz-se o lado em cunha do garfo, e ajusta-se um de seus lados com
um dos lados do porta-enxerto (contato com o tecido cambial).
53
Em seguida, ata-se a zona de unio com fita de plstico, cobrindo o enxerto com um saquinho de plstico para evitar seu
ressecamento e facilitar a brotao.
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118
A nica diferena entre esse mtodo e a borbulhia em T invertido que, neste, retira-se um escudo do caule do porta-enxerto
com as mesmas dimenses do escudo retirado do enxerto, de 3 cm
de comprimento por 1,5 cm de largura.
No porta-enxerto, o corte realizado de baixo para cima, cortando a casca com um pouco de lenho. Deve-se ajustar o escudo do
enxerto ao porta-enxerto, de tal modo que seus tecidos cambiais (casca) estejam em contato.
Amarra-se a borbulhia enxertada com uma fita de plstico e os
cuidados referentes conduo da muda so os mesmos que os
aplicados na borbulhia em T invertido.
Laboratrio
119
O que micropropagao?
120
No. Os protocolos para micropropagao em mangueiras ainda esto em fase de desenvolvimento. preciso ainda contornar os
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Instalao do
Pomar
Nelson Fonseca
Manoel Teixeira de Castro Neto
123
Os principais fatores so o levantamento das condies climticas, das caractersticas fsicas e qumicas do solo, dos recursos
hdricos existentes, bem como da qualidade e do volume de gua
no perodo mais seco do ano.
124
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Pode ocorrer a superficializao do sistema radicular, ou seja, uma grande parte das
razes situar-se na camada superficial do solo
(nos primeiros 30 cm).
60
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Sim. Densidades maiores que 250 plantas/ha podem ser usadas. No entanto, tornam-se mais exigentes as operaes de manejo
do pomar, como podas, nutrio, uso de paclobutrazol (PBZ) e de
dficit hdrico, principalmente para manter o tamanho da planta dentro do espaamento preestabelecido.
132
Realiza-se o alinhamento em quadrado ou retngulo, de acordo com o espaamento estabelecido, colocando-se os piquetes no
local onde sero feitas as aberturas de covas.
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Inicia-se a operao de plantio colocando-se na cova a metade da mistura de solo com adubo e sobre ela a muda. Em seguida,
retira-se o saco de plstico que envolve o bloco de terra da muda, a
qual colocada no centro da cova de tal forma que o colo da muda
fique nivelada com a borda da cova. A outra metade da mistura
usada para completar o enchimento da cova.
Finalmente, faz-se uma bacia em torno da muda com a terra
de enchimento da cova, cobre-se com cobertura morta (restos vegetais), faz-se o tutoramento e irriga-se com 20 L de gua.
138
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141
o uso de uma ou mais culturas diferentes no pomar de mangueiras, cujo cultivo vai desde a fase de instalao at o incio de
produo.
142
As culturas mais usadas so as culturas anuais de feijo e milho, hortalias, mamo, maracuj e abacaxi.
144
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Normalmente, o controle feito com formicida em p, podendo tambm serem usadas iscas atrativas.
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A mosca-das-frutas a praga de maior importncia e est relacionada com o fruto da mangueira. Assim, deve-se evitar o plantio
de pomares de manga prximos de fruteiras como serigela (Spondia
purpurea) ou caj (Spondia mombin), caj-mirim (Spondia lutea),
carambola (Averroa carambola), goiaba (Psidium guajava), pitanga
(Eugenia uniflora), pssego (Prunus persica) e citros (Citrus sp.)
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O controle de plantas daninhas realizado por roagem, capinas manuais ou pela aplicao de herbicidas na fileiras de plantio.
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O adubo verde constitudo por determinadas plantas, principalmente leguminosas, cultivadas no pomar com o objetivo de promover a ciclagem de nutrientes nas camadas superficiais do solo,
alm de contribuir para a efetiva reduo da infestao de plantas
daninhas.
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O que alelopatia?
a interferncia provocada por substncias qumicas produzidas por determinadas plantas, afetando outros componentes ou plantas no ambiente em que vivem.
160
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Adubao e
Calagem
161
Em pomares em formao e em produo, a coleta de amostras deve ser feita entre a extremidade da projeo da copa e 1,50 m
do tronco, de plantas adultas. Recomenda-se coletar 50% das amostras na projeo da copa e 50% alm do raio da copa, em cerca de
20 plantas, nas profundidades de 0 a 20 cm e de 20 a 40 cm, que
permitiro avaliar a fertilidade para efeito de adubao e identificar
possveis barreiras qumicas ao crescimento radicular, como deficincia de clcio e excesso de alumnio.
163
Em pomares com incidncia de colapso interno dos frutos, sugere-se a aplicao de 2 t/ha de gesso em solos com at 30% de
argila, e 3 t/ha nos argilosos.
Se aps a calagem ainda houver incidncia de colapso interno, recomenda-se aplicar de 2 a 3 t/ha de gesso agrcola, na superfcie, sem incorporao.
71
168
dos:
1,57 kg de K.
1,23 kg de N.
0,28 kg de Ca.
72
0,20 kg de Mg.
0,15 kg de P.
0,15 kg de S.
4,19 g de Fe.
3,53 g de Cu.
3,27 g de Zn.
2,71 g de Mn.
1,22 g de B.
172
O nitrognio atua no desenvolvimento vegetativo, na produo de gemas florais, na reduo da alternncia de produo e no
aumento da produtividade.
173
Esse elemento tem funo estrutural na planta, sendo constituinte de pectatos das membranas e paredes celulares da planta,
tornando-as mais resistentes, o que resulta em frutos mais firmes,
com melhor aparncia, resistentes ao manuseio e ao transporte, reduzindo tambm o distrbio fisiolgico conhecido como colapso
interno.
174
A deficincia de Ca corrigida com o uso de calcrio, elevando-se a saturao por bases para 80%, com gesso (260-309 g/kg Ca)
ou nitrato de clcio (280 g/kg Ca) em pulverizao ou fertirrigao.
O Mg pode ser corrigido tanto com aplicao de calcrio
dolomtico (calagem) via solo ou, quando no h recomendao
de calagem, com o suprimento de sulfato ou nitrato de Mg (100 a
160 g/kg MgO) e as formas quelatizadas de Mg.
73
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181
Qual a maneira correta de aplicao dos adubos nitrogenados, fosfatados e potssicos mangueira, na instalao
do pomar?
77
185
B
Zn
186
Quais os micronutrientes
mais importantes para a
mangueira?
inflorescncia (aumento do nmero de flores hermafroditas, resultando em melhor pegamento dos frutos e maior produtividade).
Durante o crescimento, as adubaes foliares devem ser feitas
nos fluxos novos de brotao.
Em relao ao zinco, sua aplicao na forma slida mais
eficiente em pH abaixo de 7,0, devendo-se repetir a dose a cada
ano.
189
A Tabela 1 mostra os adubos orgnicos e minerais mais recomendados e o equivalente a 10 kg do nutriente em questo para
cada fonte.
Tabela 1. Quantidade de adubos equivalentes a 10 kg de N, P2 O 5 e K2O.
Equivalente a 10 kg de:
Adubos
N
Esterco de curral (bovinos) (5 g N,1g P2O5, 5 g K2O/kg)
2.000
Esterco de aves (20 g N, 5 g P2O5, 8 g K2O/kg)
500
Torta de cacau (30 g N, 6 g P2O5,10 g K2O/kg)
300
Torta de mamona (50 g N, 6 g P2O5, 4 g K2O/kg)
200
Uria (450 g N/kg)
22
Sulfato de amnio (200 g N, 220-240 g S/kg)
50
Superfosfato simples (180 g P2O5, 100-120 g S, 180-200 g Ca/kg)
Superfosfato triplo (450 g P2O5/kg)
Fosfato monoamnico (90 g N, 480 g P2O5/kg)
100
Fosfato diamnico (160 g N, 450 g P2O5/kg)
63
Cloreto de potssio (580 g K2O/kg)
Sulfato de potssio (480 g K2O, 150-170 g S/kg)
79
P2O 5
K2O
55
22
21
22
17
20
Irrigao
190
194
Pode-se usar apenas uma linha de gotejadores por fileira, disposta em anel ao redor da planta, com cinco a seis gotejadores igual82
A maior necessidade de
gua da mangueira ocorre a partir do perodo de florao at a
fase de colheita, sendo a fase de
crescimento de frutos a fase de
maior demanda hdrica do ciclo
produtivo, especialmente entre a
4a e a 6a semanas aps o pegamento dos frutos.
197
floral.
198
83
200
Nas condies do Semi- rido, os coeficientes de cultura conseguidos pelas pesquisas, at o momento, variam de 0,39, no estgio de florao, a 0,85, na formao de frutos, decrescendo em seguida para 0,58, durante a maturao de frutos.
201
No Meio-Norte do Brasil, as condies de umidade mais adequadas ao solo para produo da manga foram conseguidas usando-se coeficientes de cultura variando de 1,0, no incio da florao,
para 1,16 aos 40 dias da ltima induo floral, chegando a 1,30 aos
90 dias da ltima induo, seguido de uma reduo para 1,0 a partir
de 90 dias at a maturao.
202
De 40% a 50% da gua extrada pelas plantas at a profundidade de 0,50 m, e entre 60% a 80% extrada at a profundidade
0,75 m do solo.
204
bilidade de gua. Esse momento pode ser detectado por sensores de umidade ou de potencial de gua do solo, como os
tensimetros.
205
Os valores do potencial matricial capazes de garantir desenvolvimento e produtividade adequados da cultura situam-se entre 15 e -25 kPa, em solos arenosos, e entre -30 e -60 kPa, em solos
argilosos.
207
85
208
O uso do mtodo do
balano de gua na zona
radicular o mais criterioso,
mas o que requer maior
quantidade de clculos.
Pode-se, entretanto, fazer
um balano simplificado.
A lmina dgua a ser aplicada ser a diferena entre
a gua que entra no solo
(precipitao PT) e a que
deixa o solo (evapotranspirao da cultura ETc) num
determinado perodo de tempo. Calcula-se o valor de ETC PT.
Se o resultado for positivo, deve-se irrigar o equivalente ao valor
obtido, corrigindo-se esse valor para a eficincia do sistema e a rea
molhada.
Se for negativo, considera-se o valor obtido como precipitao
no prximo clculo. Ao mesmo tempo, deve-se monitorar o estado
da gua do solo com um tensimetro, para confirmar a eficincia
do mtodo, e considerar o tensimetro, para definir o reincio das
irrigaes aps perodos chuvosos.
209
86
210
Define-se uma rea quadrangular, colocando no centro o emissor de gua. Nessa rea, que deve ser suficiente para coletar toda a
gua emitida, so distribudos coletores de gua. Coleta-se a gua
durante 1 hora e, em seguida, determina-se a intensidade mdia
de aplicao do emissor em mm/h. Dividindo-se a lmina bruta
pela intensidade de aplicao do emissor, obtm-se o tempo de
irrigao. Deve-se fazer esse ensaio periodicamente, conforme a
necessidade.
87
Fertirrigao
211
O que fertirrigao?
a aplicao de fertilizantes via gua de irrigao.
212
Os sistemas de irrigao localizada (gotejamento e microasperso) so os mais adequados, pois proporcionam uma distribuio mais uniforme de gua e nutrientes s plantas.
215
Nesse caso, a escolha da fonte fertilizante fundamental, devendo-se considerar seu ndice salino/unidade (ISu). Por exemplo,
91
92
223
O nitrognio (N) deve ser aplicado durante toda a fase de crescimento, devendo-se reduzir as quantidades ou suspender a aplicao no perodo prximo induo floral.
Na fase de produo, as quantidades de N a serem aplicadas
so definidas pelo teor do nutriente nas folhas e pela produtividade
esperada. Os perodos de maior demanda ocorrem aps a colheita e
entre o pegamento dos frutos at atingirem 5 cm de dimetro.
O N deve ser parcelado em duas partes iguais, nessas duas
fases (50% em cada fase).
226
O potssio (K) deve ser aplicado durante toda a fase de crescimento. Na fase de produo, quantidades de K a serem aplicadas
93
94
Podas
Nelson Fonseca
95
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96
97
233
234
Os restos vegetais com problemas de doenas devem ser queimados, e os outros materiais podados, de preferncia, devem ser triturados para a formao de compostos orgnicos.
235
237
238
Aps a quarta ou quinta poda, a planta estar com aproximadamente 1,50 m de altura, 1,20 m de dimetro de copa em
formato de taa. Ter aproximadamente 81 ramos formados, podendo chegar a 200, a partir das brotaes.
239
240
Ainda no foi feita nenhuma pesquisa na tentativa de aumentar o nmero de ramos da planta. No entanto, ao invs de trs ramos
ou pernadas, pode-se deixar quatro, e assim por diante at a quarta
poda, que possivelmente aumentar ainda mais o nmero de ramos
finais destinados produo.
242
O desponte o desbaste dos brotos mal formados e excedentes das brotaes dos ramos, e pode ser realizado at a quarta poda.
243
Porque at a quarta poda os ramos so destinados a dar melhor estrutura de sustentao, capaz de suportar o peso das folhas, o
peso de novos ramos formados e o peso da carga de frutos. As podas
acima do n so destinadas reproduo ou produo de frutos da
mangueira.
244
atrasar o formato ideal da planta, com um nmero desejado de ramos, e distribudos a uma altura conveniente.
245
A finalidade manter um espaamento entre as fileiras de plantas a fim de permitir a passagem de tratores e implementos para efetuar as pulverizaes, colheitas, etc.
251
102
254
Essa poda destina-se a estabelecer um equilbrio entre a produo de folhagem e a produo de frutos nas plantas, uma vez que
com o passar dos anos a relao entre a produo de folhas e de
frutos aumenta, sem que a maior quantidade de folhagem contribua
para o aumento na produo de frutos.
255
Essa poda feita logo aps a colheita, com a primeira consistindo na retirada de ramos da periferia e do interior da copa, que
comprometeram sua luminosidade e ventilao. Nos anos subseqentes, a poda limitada ao raleio das folhas dos ramos entre 4 e
5 meses antes do florescimento.
256
257
104
10
Florescimento e
Frutificao
Nelson Fonseca
Janay Almeida dos Santos-Serejo
105
259
o estudo da relao entre o clima e os fatores biolgicos (estgios de crescimento e desenvolvimento) que ocorrem nas plantas
cultivadas. muito importante o conhecimento da fenologia da mangueira para o estabelecimento de mtodos eficazes de manejo da
cultura.
260
Sim. De forma geral, as plantas passam por uma fase de insensibilidade aos fatores que promovem o florescimento, chamado de
juvenilidade, precisando, portanto, que o meristema seja capaz de
responder aos sinais evocativos.
263
Sim. Em mangueiras, a
utilizao de mudas de p franco, ou originadas de semente,
produz uma planta com fase juvenil mais longa, variando de
3 a 10 anos, ao passo que o uso
de mudas enxertadas proporciona uma planta com maior precocidade (de 2 a 3 anos) e uniformidade no florescimento.
264
265
266
Na poca que antecede e durante o florescimento da mangueira so encontradas altas quantidades de auxinas, citocininas,
etileno e cido abscsico, em comparao com plantas que esto
fora da poca de florescimento.
Baixos nveis de giberelinas nas extremidades dos ramos so
encontrados nas plantas em processo de florescimento.
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108
268
A alternncia de produo, ou produo bianual, uma caracterstica das mangueiras em todo o mundo, ou seja, ocorre boa produo em um ano e, no ano seguinte, produo baixa ou nenhuma.
271
272
Com o emprego dessas prticas, foi possvel eliminar praticamente a alternncia de produo, aumentar a produtividade da mangueira e colher frutos durante todo o ano, principalmente nas reas
tropicais semi-ridas.
273
Sim. Existe uma variedade de mangueira norte-americana chamada Edward que produz mais flores em relao Tommy Atkins.
274
Quais as principais condies para que ocorra o florescimento natural das mangueiras?
Em condies naturais, os perodos de seca e frio so essenciais para o florescimento da mangueira. Os perodos chuvosos, prin-
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111
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280
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Sim. Com a pulverizao do cido giberlico durante a emisso ou brotao floral das gemas dos ramos da planta.
283
O composto possui baixa toxidade crnica e aguda para animais e no apresenta risco ao aplicador quando usado conforme
indicado. Os baixos nveis de resduo no fruto indicam uma ausncia de risco para os consumidores dos frutos tratados.
284
113
287
Qual a dose de aplicao de PBZ recomendada nas condies semi-ridas do Nordeste brasileiro?
No momento, as escassas pesquisas sobre a eficincia do dficit hdrico no florescimento no so conclusivas. No entanto, tem-se
comprovado a substituio parcial do uso de PBZ em at 50% pelo
dficit hdrico, diminuindo os custos e reduzindo a quantidade de
gua da irrigao sem afetar a produo.
292
A irrigao deve ser retomada quando 60% das gemas dos ramos das mangueiras apresentarem sinais de brotao.
294
115
Sim, pois desenvolveu estratgias de adaptao como um sistema radicular profundo, razes secundrias tolerantes dessecao
e mecanismos que evitam a seca, envolvendo um sistema de canais
de resina distribudos por toda a planta.
297
A funo do sulfato de potssio relaciona-se com o on potssio, que interfere na relao potssio/nitrognio (K/N), impedindo que
a planta vegete, alm de aumentar o teor de carboidratos.
299
O que so nitratos?
300
O principal objetivo do
nitrato durante a poca de
induo floral quebrar a
dormncia das gemas e desencadear o florescimento da
planta.
301
O nmero de aplicaes depende do ndice de brotao obtido, sendo necessrias, em geral, de trs a quatro aplicaes com
intervalo de 7 dias, para que ocorra a brotao das gemas. Uma gema
floral demora mais a brotar que uma vegetativa.
117
304
306
Que outros produtos podem ser usados para quebrar a dormncia das gemas?
Outros produtos, que no so base de nitrato, tambm podem promover a quebra de dormncia, como a thiourea a 0,5% e os
biofertilizantes base de microrganismos eficazes (EM4 e EM5), que,
associados ao dficit hdrico monitorado, provocam o florescimento
das plantas.
Alm disso, a urina de bovinos e o sal marinho tambm podem ser usados.
119
310
O modelo convencional de induo do florescimento da mangueira Tommy Atkins, principalmente na regio do Submdio do
120
Como deve ser feito o manejo da induo floral da mangueira, no sistema de cultivo orgnico irrigado?
122
11
Monitoramento e
Controle de Pragas
314
As principais pragas so as
moscas-das-frutas, por sua importncia econmica e quarentenria.
As moscas-das-frutas causam danos
diretos produo e dificultam a exportao de frutos ao natural para
pases que impem barreiras
quarentenrias.
315
317
124
318
So utilizadas a armadilha Mc
Phail, com atrativo alimentar base
de protena hidrolizada, e a armadilha Jackson, com o atrativo sexual trimedlure.
319
O principal controle o cultural, que consiste em recolher todos os frutos maduros do cho e enterr-los, no uso de iscas txicas,
no controle biolgico e no uso de inseto estril.
323
Essas vespinhas so produzidas em grande escala, em complexos industriais, conhecidos como biofbricas.
326
Esse besouro (Hypocriphalus mangiferae) o principal responsvel pela transmisso da seca da mangueira, doena causada pelo
fungo Ceratocystis fimbriata. Se no for controlada no incio da infeco, essa doena pode disseminar-se pelo pomar, causando a
morte de plantas em reboleira.
327
329
O ataque do tripes (Selenotrips rubrocinctus) ocorre principalmente na superfcie das folhas, prximo nervura central.
127
334
Quando ocorrem grandes infestaes, os frutos podem ser atacados, apresentando, inicialmente, colorao prateada, que pode
evoluir para o amarelo-plido e para o marrom, deixando a superfcie spera.
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340
Deve-se impedir a entrada de material (frutos ou qualquer parte da planta) originrio de pases onde essas pragas quarentenrias
ocorrem. Essa funo cabe aos rgos de defesa agropecuria do
Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa).
129
12
Monitoramento e
Controle de Doenas
341
343
132
345
Sim. A umidade do ar o fator que mais influencia o desenvolvimento dessa doena. Sua menor incidncia em regies de clima seco, como o Semi-rido nordestino, onde sua importncia
secundria, tem motivado a preferncia do plantio da mangueira
nessas regies.
346
Os sintomas da antracnose que podem ser observados nas folhas velhas so o aparecimento de manchas marrons arredondadas
ou irregulares, de tamanho varivel (de 1 a 10 mm de dimetro). As
leses podem surgir tanto no pice e nas margens das folhas como
no centro do limbo foliar, podendo aumentar de tamanho e coalescer,
causando o rompimento do limbo foliar, assumindo a aparncia de
queimadura.
Folhas novas, mais severamente atacadas, mostram leses circulares, aquosas, com descolorao do tecido, que fica translcido
nos bordos da leso.
Nas brotaes e ramos novos surgem leses escuras e
necrticas, que podem evoluir com o tempo, ocasionalmente apresentando exsudao de goma.
347
133
Os frutos podem ser afetados em qualquer estgio de seu desenvolvimento e, quando novos, tornam-se mumificados ou caem.
Nos frutos maiores, o patgeno pode, a princpio, ficar latente e depois ativar-se e provocar seu apodrecimento durante o processo de
amadurecimento ou aps a colheita.
Nos frutos maduros, os sintomas apresentam-se sob a forma de
manchas ou leses escuras, levemente deprimidas, de tamanho varivel e em geral arredondadas.
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356
Brasil.
Carlota.
Espada.
Imperial.
Coquinho.
Tommy Atkins.
Keitt.
Sensation.
Alm de serem menos suscetveis ao odio, as variedades citadas produzem frutos que pesam menos que os de outras espcies e
possuem pednculos de maior dimetro, o que lhes permite permanecer na planta, apesar das leses provocadas pela doena.
360
363
Os sintomas so facilmente
reconhecveis, em virtude do
secamento total ou parcial da copa
das rvores. Na parte area, a doena ataca em primeiro lugar os
ramos finos, progredindo em direo ao tronco. Inicialmente, a colorao verde das folhas da extremidade dos ramos torna-se mais clara, ocorrendo em seguida a queima das margens e do pice das folhas e, posteriormente, o
retorcimento do limbo foliar para dentro.
As folhas permanecem aderidas ao ramo e s caem aps algum tempo. Com a evoluo da doena, ocorre o secamento de
galhos e a contaminao sucessiva de toda a copa, atravs do ponto
de interseo dos galhos, at que o tronco seja atingido, sobrevindo
a morte lenta da planta.
364
Como o fungo sozinho incapaz de penetrar nos ramos, torna-se necessria a presena de leses para que as infeces se desenvolvam, e a participao de coleobrocas, sobretudo dos gneros
Hypocryphalus, Xileborus e Platyphus, fundamental. Atrados pelo
odor do fungo, os besouros so estimulados a perfurar galerias, introduzindo e disseminando o fungo na planta e no pomar.
Na entrada dos inmeros orifcios de aproximadamente 15 mm
abertos pelas coleobrocas, pode-se observar a liberao de tufos cilndricos de tecido vegetal (p de serra) e a exsudao de uma resina
de consistncia gomosa, sinal do ataque dos insetos. Mediante cortes de fora para dentro, feitos nos pontos onde ocorre a exsudao
de goma, consegue-se em alguns casos encontrar o local da infeco.
139
Quando a infeco comea nas razes, o fungo vai progredindo lentamente em direo ao tronco. Na maioria das vezes, isso acontece sem que nenhum sintoma se torne aparente, levando anos para
atingir as bifurcaes dos galhos. Quando atinge esse estgio, entretanto, observa-se a seca de ramos e a morte rpida da planta. Em
cortes longitudinais no tronco, tambm so observadas manchas
escuras no interior do lenho, como tambm exsudados gomosos.
366
Sua importncia econmica vem aumentando com a disseminao nos pomares e com os prejuzos provocados pela morte de
milhares de plantas em plena produo e pela no deteco da
doena no sistema radicular das mudas, ainda na fase de formao.
367
O controle preventivo mais coerente deve ser feito com a aplicao de medida de excluso, ou seja, com a aplicao efetiva de
medidas legais de defesa vegetal, que impeam a entrada da doena
em reas ou regies onde ela no existe. Um exemplo de medida de
excluso impedir o transporte de mudas produzidas em locais onde
a doena ocorre para locais em que no ocorre.
368
141
Manga dgua.
Carabao.
Pico.
IAC 102.
As variedades copa Kent e Sensation apresentam resistncia
varivel de regio para regio, provavelmente em virtude da existncia de diferentes raas do patgeno.
371
142
poda, no proteo dos ferimentos naturais das bifurcaes e permanncia no solo de tecidos vegetais da planta.
375
de cor acinzentada do fungo, tornando as folhas um pouco murchas, que, em seguida, perdem o vigor e ficam quebradias. Acontece, ento, o secamento de cima para baixo e toda a planta enegrece
e morre.
377
378
No controle qumico ao B. theobromae, a pesquisa selecionou, em testes de eficincia, os produtos tiabendazol, tiofanatometlico, tebuconazol, carbendazin e carbendazin+pochloraz.
As pulverizaes de proteo so recomendadas nos perodos
crticos da cultura, ou seja, na poda, nos dficits hdricos, na induo
floral, no florescimento e frutificao. Recomenda-se a alternncia
entre os produtos de grupos diferentes a fim de evitar resistncia do
fungo.
380
O tratamento hidrotrmico para exportao, utilizado no combate s moscas-das-frutas, tem se mostrado satisfatrio no combate
podrido-basal e antracnose.
381
A infeco e a gravidade da doena so acentuadas pela ocorrncia de altos nveis de umidade e temperatura, bem como por ventos fortes e chuvas de granizo que podem ferir a planta, favorecendo
a penetrao da bactria.
No Submdio do Vale do So Francisco, at o presente , a doena se manifesta principalmente em folhas de brotaes jovens e
raramente em frutos, no primeiro semestre do ano, quando ocorre
um aumento da umidade relativa do ar, num perodo curto de fevereiro a abril. A doena pode ocorrer, em condies atpicas, fora desse
perodo de umidade.
384
Por se tratar de uma doena bacteriana, as medidas de controle so basicamente preventivas. So recomendaes importantes:
Plantio de mudas sadias e utilizao de material de enxertia
de procedncia conhecida. O material vegetativo, ainda que
obtido de plantas sadias, porm de regies onde exista a doena, deve ser desinfestado por imerso numa soluo de
hipoclorito de sdio, ou de clcio a 0,35%, por 5 minutos,
antes da enxertia.
147
Nas reas mais expostas ao aparecimento da doena, pulveriza-se o pomar, preventivamente, com a mistura de oxicloreto de
cobre e mancozeb, em intervalos de 15 a 20 dias, nas pocas de
chuva, e de 30 a 40 dias, nos perodos secos.
As pulverizaes devem ser suspensas durante o florescimento,
a fim de evitar a queima de flores.
390
Os sintomas podem ser observados nas folhas e frutos. Nas folhas, principalmente nas mais velhas, os sintomas se expressam na
148
forma de manchas necrticas, isoladas ou coalescentes, arredondadas ou ovaladas, algumas poligonais, de colorao inicialmente prpura e, posteriormente, pardo-acinzentada, com bordos escuros e
levemente salientes, quase sempre circundadas por halo clortico.
A sintomatologia da mancha-de-alternria em mangueira, causada por A. alternata, semelhante causada por A. solani, o que
dificulta uma diagnose precisa da doena em condies de campo,
em termos de espcie.
392
Pouco se sabe sobre o controle dessa doena. No entanto, resultados de pesquisa indicaram que a pulverizao, em campo, com
o fungicida pochloraz (900 mg/mL) associado ao tratamento
hidrotrmico, em ps-colheita, com gua quente a 55oC, por 5 minutos, mostrou-se mais eficiente do que apenas o tratamento
hidrotrmico.
Como controle cultural, recomendam-se:
Moderao em todo o processo de manejo de induo floral, como reduo do perodo de dias de dficit hdrico.
Poda de limpeza na copa da planta infectada, retirando ramos danificados ou com gemas em estresse.
Retirada de todas as folhas com sintoma da doena, recolhendo-as em um saco para queima posterior.
Pincelamento de todas as reas de ferimento das podas com
fungicida sistmico registrado para a cultura, mais um produto adesivo e pulverizao da planta.
393
O que murcha-de-esclerdio?
394
395
A malformao vegetativa encontrada mais amide nas mudas em viveiros. Ocorre tambm em rvores adultas, embora menos
freqentemente que a malformao floral. Nas plantas jovens, o principal sintoma a brotao de gemas auxiliares na extremidade do
ramo principal e dos secundrios, em virtude da inibio da
dominncia apical. Os interndios so reduzidos, comprimindo um
grande nmero de pequenas folhas e ramos numa estrutura compacta na parte terminal do ramo.
O sintoma caracterstico da malformao floral a aparncia
adquirida pela inflorescncia de um cacho compacto, tanto no eixo
primrio quanto nas ramificaes secundrias da pancula mais curta . Em alguns casos, as vrias partes da inflorescncia aumentam de
tamanho e enrijecem. O nmero de flores alterado, bem como a
proporo de tipos: as hermafroditas so substitudas por masculinas, resultando na reduo do nmero de flores perfeitas.
151
400
405
No Brasil, a importncia econmica do distrbio aumenta porque algumas das variedades comerciais como Tommy Atkins e Van
154
De maneira geral, o colapso interno no foi observado, no Brasil, em variedades poliembrinicas e fibrosas como Turpentine, Espada e Coquinho.
As variedades para exportao mais suscetveis so:
Tommy Atkins.
Kent.
Irwin.
Sensation.
Keitt.
411
156
414
157
13
Colheita e
Ps-Colheita
415
160
419
Os colhedores devem ser treinados e mostrarem-se cuidadosos durante as operaes de colheita. Os frutos
cados no cho no devem ser misturados aos colhidos na planta. Devese evitar as horas mais quentes e a
exposio dos frutos ao sol, que pode
ocasionar aquecimento e queimaduras. Para a colheita, recomenda-se o
uso de caixas de plstico, pois permitem limpeza e higienizao antes e aps o uso.
420
O apodrecimento rpido da manga provocado por temperatura alta, pela presena de etileno no ambiente de armazenamento,
por danos por impacto, por doenas e injrias diversas.
422
161
423
424
425
No. No entanto, possvel minimizar os efeitos do ltex e estancar seu fluxo mergulhando os frutos com os pednculos recmcortados em tanque com gua e cal (hidrxido de clcio) a 1%.
162
426
O enceramento objetiva melhorar a aparncia do fruto, conferindo-lhe brilho, reduzir a perda de peso, a transpirao e a murcha.
A aplicao de cera tambm contribui para a reduo da incidncia
de podrides e para o prolongamento da vida til ps-colheita dos
frutos.
427
429
163
431
432
O que um palete?
434
As caixas de madeira no so recomendadas para a embalagem dos frutos, por causarem muitos danos, como amassamento,
abraso ou cortes. Alm disso, a madeira no permite a limpeza e
higienizao da caixa.
435
A armazenagem mista no recomendada. Frutas que produzem muito etileno podem acelerar o amadurecimento da manga.
Mangas maduras tambm podem acelerar a senescncia (envelhecimento) de outras frutas.
436
A temperatura de segurana
para o armazenamento refrigerado
de 13oC. No entanto, se os frutos forem expostos por um perodo curto,
possvel utilizar temperaturas mais
baixas (10oC), sem que o frio cause
injrias.
438
13c
439
As pesquisas no param. As mais novas tecnologias so baseadas em mtodos no destrutivos de determinao do ponto de
colheita adequado, de uso do controle e modificao da atmosfera,
de irradiao e de bloqueadores da sntese e da ao do etileno.
166
14
Processamento
167
440
441
Segundo os Padres de Identidade e Qualidade (PIQ), definidos pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Mapa),
polpa de manga o produto no fermentado e no diludo, obtido
da parte comestvel da manga, por processo tecnolgico adequado.
Essa polpa deve ter colorao amarela, de sabor doce e levemente cido prprio da manga, aroma de manga e possuir, no mnimo, 11% de slidos solveis totais, medida que visa controlar a diluio do produto. Para a elaborao de polpa de manga, escolhemse frutos bons , maduros, livres de podrido e de insetos.
445
446
Depois de produzida, a polpa pode ser conservada por enchimento a quente, por congelamento, com substncias qumicas ou
ainda por processo assptico. comum usar mais de um mtodo
para assegurar a conservao do produto.
447
Aps a pasteurizao, a polpa ainda quente, a uma temperatura em torno de 80oC a 85oC, segue para as embalagens, geralmente
latas. Depois do enchimento, as latas so fechadas e invertidas para
esterilizar a parte de cima. Pode-se fazer, em seguida, o resfriamento
trmico das latas.
448
Nesse sistema, aps a pasteurizao, a polpa resfriada e segue para cmaras com temperatura de -40oC (congelamento instantneo). O congelamento rpido impede alteraes qumicas, bioqumicas e microbiolgicas, alm de evitar cristais de gelo durante o
congelamento.
449
Aps o congelamento rpido, o produto transferido para cmaras de armazenamento, com temperaturas de -18oC a -20oC.
450
A polpa congelada tem boas caractersticas quanto a cor, aroma e sabor, muito prximas das caractersticas da polpa de manga
ao natural. No entanto, em condies normais de congelamento,
170
171
455
Polpas produzidas em sistema assptico tm melhor aparncia, melhor reteno do aroma e do sabor e menores perdas de nutrientes.
456
um produto pronto para beber. A polpa de manga misturada com gua, acar, cidos e outras substncias passando, depois,
por um equipamento para a retirada do ar, sofre um tratamento trmico, sendo embalada, em seguida.
457
comum o uso de aditivos qumicos nesses produtos, os mesmos usados na polpa, em diferentes propores.
458
Acar
Aucar
Pectina
Pectina
459
Nesse ponto de maturao, os frutos so mais cidos e apresentam boa parte da pectina natural da fruta na forma insolvel,
facilitando a formao do gel.
461
O processo de elaborao o mesmo, a diferena est na consistncia final do produto. As gelias so menos concentradas ao
passo que os doces devem ser concentrados de tal forma que permitam o corte, o que quer dizer que para se obter maior concentrao
preciso mais tempo de fogo.
463
173
Esse produto um molho preparado com mangas verdes, cozidas num xarope de acar, vinagre e diversos condimentos como
gengibre, alho, pimenta, etc. Aps o cozimento, esse molho, ainda
quente, acondicionado em vidros, podendo ser posteriormente
pasteurizado e resfriado. servido como acompanhamento para
carnes em geral.
174
468
O que so mangas
minimamente processadas?
So os frutos apresentados
de forma conveniente, prontos
para o consumo.
469
175
15
Comercializao
471
Bahia
So
Paulo
472
473
a Tommy Atkins. Estima-se que essa variedade ocupe, aproximadamente, 80% da rea plantada com manga, no Brasil.
474
O custo mdio de produo depende de vrios fatores, especialmente do preo, dos insumos, inclusive de mo-de-obra, e do sistema de produo. Na Regio do Submdio So Francisco, a mais
importante do Pas na produo de manga tipo exportao, o custo
por tonelada, em 2002, foi estimado em R$ 300,00.
178
476
Segundo dados da Pesquisa de Oramentos Familiares, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), no ano de 2003, o
consumo foi de 0,888 kg/hab./ano.
477
479
179
481
482
485
486
487
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181
491
Os melhores preos, no mercado externo, so alcanados durante o perodo de entressafra, que vai de setembro a maro. Essa ,
por coincidncia, a poca em que o Brasil mais produz e exporta.
492
Isso pode e est sendo feito com a induo floral, hoje bastante
utilizada nos principais plos produtores e exportadores de manga
do Pas.
493
495
so:
Tommy Atkins.
Haden.
Keitt.
Kent.
Miami Late.
182
Rubi.
Smith.
Palmer.
Sensation.
Irwin.
Zill.
Tolbert.
Manzanillo.
Osteen.
Lippens.
Manila.
Ataulfo.
496
497
O tamanho do
fruto determinado
pela quantidade de
manga que cabe em
uma caixa. As especificaes para uma caixa com 4 kg so as seguintes:
6 frutos de 666 g ou 12 frutos de 330 g.
183
So os Estados Unidos e a Holanda. O porto de Roterd, localizado na Holanda, a principal porta de entrada de produtos agrcolas na Europa, razo pela qual o pas, geralmente, figura como
principal importador, no mercado europeu.
500
184
Impresso e acabamento
Embrapa Informao Tecnolgica
185