Lei Do Plano Diretor de Pouso Alegre
Lei Do Plano Diretor de Pouso Alegre
Lei Do Plano Diretor de Pouso Alegre
Texto
Prefeitura Municipal de Pouso Alegre
Junho / 2008
SUMRIO
CAPTULO I - DA EDUCAO
CAPTULO II - DA CULTURA
CAPTULO III - DO ESPORTE E LAZER
CAPTULO IV - DA SADE
CAPTULO V - DA ASSISTNCIA SOCIAL
CAPTULO VI - DA SEGURANA PBLICA
CAPTULO VII - DA POLTICA HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL
PREMBULO
O Plano Diretor de Pouso Alegre objetiva dotar o Municpio de critrios de desenvolvimento, ocupao e
uso de seu solo que atendam aos princpios da garantia da plena realizao das funes sociais da
cidade e da propriedade; da consolidao da cidadania; e da participao social, obedecendo aos
preceitos legais estipulados pela Constituio da Repblica, pelo Estatuto da Cidade, pela Constituio do
Estado de Minas Gerais e pela Lei Orgnica do Municpio de Pouso Alegre.
LEI N 4.707/2008
A Cmara Municipal de Pouso Alegre, Estado de Minas Gerais, aprova e o Chefe do Poder Executivo
sanciona e promulga a seguinte lei:
TTULO I
DOS PRINCPIOS E OBJETIVOS FUNDAMENTAIS E DOS EIXOS ESTRATGICOS
Art. 1 - O Plano Diretor de Pouso Alegre o instrumento bsico de desenvolvimento e expanso urbana
do Municpio, como parte integrante do processo do Planejamento Municipal, devendo o Plano Plurianual,
as Diretrizes Oramentrias e o Oramento Anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.
Art. 3 - A propriedade urbana dever cumprir a sua funo social em benefcio do bem coletivo, da
segurana pblica, do equilbrio ambiental e do bem-estar de todos os cidados.
Pargrafo nico - Cumpre a funo social a propriedade que atender s exigncias fundamentais da
ordenao da cidade, assegurando o atendimento s necessidades dos cidados, quanto qualidade de
vida, justia social e ao desenvolvimento das atividades econmicas no Municpio.
Art. 4 - A gesto democrtica da cidade ser garantida pela participao da populao e suas
representaes nos processos de deciso, planejamento, oramento e gesto, por meio do Sistema de
Planejamento e Gesto.
TTULO II
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPTULO I
DO MACROZONEAMENTO MUNICIPAL
Zona Rural (ZR) - corresponde s reas pertencentes ao territrio municipal destinadas aos usos rurais,
excludas as reas pertencentes ao permetro urbano e aquelas isoladamente ocupadas por
parcelamento do solo em mdulos menores que o permitido em reas rurais;
Zona Urbana (ZU) - corresponde s reas includas no permetro urbano do Municpio, ocupadas pelos
usos urbanos, assim como aquelas ainda desocupadas dentro deste permetro e que so adequadas aos
usos urbanos, e ainda as reas isoladamente ocupadas por parcelamento do solo em mdulos menores
que o permitido em reas rurais;
Zonas Urbanas Especiais (ZUE) - correspondem Sede do Distrito de So Jos do Pntano e aos
povoados de Maaranduba, Cruz Alta, Algodo, Cervo, Afonsos, Anhumas, Ferreiras, Cantagalo, Cristal,
Fazendinha, Cajuru e Fazenda Grande, onde se manifestam processos de parcelamento do solo em lotes
menores que a Frao Mnima de Parcelamento (FMP) do Instituto Nacional de Colonizao e Reforma
Agrria (INCRA), com uso residencial, institucional e econmicos de abrangncia local e que apresentam
potencial articulador das regies prximas;
Zona de Proteo Ambiental (ZPA) - alm daquelas j protegidas pela legislao federal e estadual,
corresponde s reas que o Municpio considera de relevncia para a preservao ambiental, as quais
devero ser objeto de projeto e tratamento especficos visando o controle de sua ocupao e/ou a
instituio de Unidades de Conservao, compreendendo as seguintes categorias:
3 - Na ZPA 2, dever ser estimulada a averbao das reas de reserva legal das propriedades que
integram a microbacia, as quais devero ser objeto de projeto de reflorestamento de espcies florestais,
intensificando a fiscalizao no que tange s reas de preservao permanente.
4 - As propriedades seccionadas pelo limite do permetro urbano sero consideradas urbanas caso a
parcela remanescente na zona rural seja inferior ao mdulo mnimo de parcelamento admitido pelo
INCRA.
3 - Os procedimentos para alterao de uso rural para uso urbano de propriedades rurais situadas
dentro do permetro urbano sero definidos na Lei de Parcelamento do solo urbano, a ser elaborada em
complementao ao disposto neste Plano Diretor.
CAPTULO II
DO MACROZONEAMENTO URBANO
Art. 9- O macrozoneamento da Zona Urbana indica os usos permitidos nos diversos espaos j
ocupados pelos usos urbanos e nas reas a serem ocupadas por esses usos, compreendendo o uso
residencial e os usos diversificados compatveis com o uso residencial, desde que:
Art. 10 - A Lei de Uso e Ocupao do Solo detalhar o macrozoneamento urbano da Sede Municipal e
das Zonas Urbanas Especiais, por meio de definio e delimitao de zonas, considerando-se a
disponibilidade de infra-estrutura e a capacidade de adensamento e o grau de incmodo e poluio ao
ambiente urbano.
Art. 11 - A Zona Urbana do Distrito Sede dividida nas seguintes macrozonas, de acordo com o Anexo II:
Zona Mista Central (ZMC) - corresponde s reas do centro tradicional da cidade, onde se situam o
comrcio e as atividades de prestao de servios de atendimento geral, com ocupao caracterizada por
usos mltiplos como residncias uni e multifamiliares, comrcio, servios e uso institucional, sendo
possvel a instalao de usos multifamiliares, institucionais, comerciais e de servios de atendimento local
e geral, com medidas de conteno do processo de verticalizao;
Zona Mista 1 (ZM 1) - corresponde s reas urbanas em que predomina a ocupao residencial
unifamiliar de baixa densidade, sendo permitidos usos residenciais unifamiliares e usos institucionais e
econmicos de atendimento local, onde devem ser aplicados parmetros de uso e ocupao que
permitam manter as condies de conforto ambiental e qualidade de vida existentes;
Zona Mista 2 (ZM 2) - corresponde s reas de mdia densidade, com ocupao caracterizada por usos
mltiplos como residncias uni e multifamiliares, comrcio, servios e uso institucional, sendo possvel a
instalao de usos multifamiliares, institucionais, comerciais e de servios de atendimento local, onde
devem ser aplicados parmetros de ocupao que impeam o processo de adensamento para garantir as
condies de conforto ambiental e qualidade de vida existentes, com impedimento de fracionamento de
lotes;
Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) - corresponde s reas ocupadas por populao pertencente
aos estratos de menor renda nas quais h interesse pblico em ordenar a ocupao, por meio de
regularizao urbanstica e fundiria ou reassentamento, assim como aquelas onde o Poder Pblico tem
interesse em implantar novos empreendimentos habitacionais de interesse social, segundo parmetros
especficos definidos pela Lei de Uso e Ocupao do Solo e programas de regularizao, sendo:
ZEIS 1 - reas ocupadas por populao pertencente aos estratos de menor renda, as quais devero ser
objeto de programas de regularizao urbanstica e fundiria e/ou reassentamento, quando for o caso;
ZEIS 2 - reas destinadas ao reassentamento de populao em rea de risco ou em reas de proteo
ambiental;
ZEIS 3 - reas destinadas a novos empreendimentos habitacionais de interesse social.
Zona Mista de Verticalizao (ZMV) - corresponde s reas mistas de alta densidade, onde sero
permitidos processos de verticalizao e usos multifamiliares, institucionais, comerciais e de servios de
atendimento local e geral, compreendendo os lotes lindeiros s seguintes vias:
a) Avenida Vicente Simes em toda sua extenso;
b) Avenida Levindo Ribeiro do Couto em toda sua extenso;
c) Avenida Alberto de Barros Cobra em toda sua extenso;
d) Avenida Prefeito Olavo Gomes de Oliveira em toda sua extenso;
e) Avenida Getlio Vargas entre Praa Dr. Garcia Coutinho e Rua So Pedro;
f) Avenida Moiss Lopes em toda sua extenso;
g) Avenida So Francisco, em toda sua extenso.
Zona de Empreendimentos de Porte (ZEP) - corresponde s reas ocupadas pelo Distrito Industrial, por
grandes indstrias, por equipamentos de grande porte e aquelas onde sero permitidos usos econmicos
e empreendimentos de maior porte conflitantes com o uso residencial, cuja instalao e funcionamento
devero ser precedidos de licenciamento ambiental fundamentado em estudos de impacto ambiental e
urbanstico, conduzido pelo setor competente da Prefeitura Municipal;
Zona de Expanso Urbana (ZEU) - corresponde s reas ainda vazias dentro do permetro urbano e
propcias ocupao, pelas condies do stio natural e possibilidade de instalao de infra-estrutura,
respeitando-se as reas de Preservao Permanente (APP) previstas na legislao ambiental e aquelas
com declividade acima de 30%, com a classificao preliminar ZM 2;
1 - Os parmetros urbansticos para as zonas descritas sero definidos pela Lei de Uso e Ocupao do
Solo.
2 - Sero mantidos os usos estabelecidos nos memoriais descritivos dos parcelamentos aprovados e
implantados at a data de aprovao deste Plano Diretor e da legislao urbanstica bsica dele
decorrente.
3 - Os usos econmicos devero se localizar preferencialmente nas vias coletoras e arteriais, sendo
que cada loteamento poder restringir o uso misto a essas vias no interior do seu permetro.
6 - As intervenes nas ZEIS devero se dar de forma integrada a programas e projetos das demais
polticas sociais e de gerao de renda, privilegiando a intersetorialidade das polticas e o enfoque
territorial para a efetividade dessas intervenes, tanto na transformao desses espaos como no
empoderamento da sua populao.
8 - Outras ZEIS podero ser definidas em programas municipais de habitao de interesse social ou
programas municipais de regularizao e de reassentamento.
CAPTULO III
DAS REAS DE INTERESSE ESPECIAL
Art. 12 - Ficam estabelecidas as seguintes reas de Interesse Especial, cujas diretrizes prevalecero
sobre as diretrizes do macrozoneamento:
III. reas de Interesse Cultural (AIC) - correspondem s reas comprometidas com a preservao da
cultura e histria do Municpio e de seus habitantes, exigindo a adoo de medidas e parmetros
destinados sua preservao, destacando-se a AIC Centro, correspondente ao ncleo do centro
tradicional da cidade.
1 - As reas de Interesse Especial no delimitadas neste Plano Diretor devero ser delimitadas pelo
Conselho Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano (COMDU), apoiado pelos conselhos nas
reas de cultura, patrimnio histrico, meio ambiente e Defesa Civil, e definidas em legislao municipal
especfica, considerando a dinmica municipal.
2 - As intervenes nas reas de Interesse Especial devero ser precedidas de projetos especficos e
anlise pelos conselhos municipais nas reas de cultura, patrimnio histrico, meio ambiente e Defesa
Civil, alm do COMDU, contemplando estratgias amplas para o desenvolvimento das reas objeto das
intervenes e do seu entorno, assim como da populao beneficiada, por meio de aes integradas
entre o Poder Pblico, a iniciativa privada e a sociedade, visando a sustentabilidade dessas intervenes.
5 - As intervenes internas e externas nos imveis pertencentes AIC Centro, em especial com
relao s suas fachadas, devero ser precedidas de anuncia prvia do Conselho Deliberativo do
Patrimnio Histrico, que definir os parmetros para essas intervenes.
6 - Outras reas de Interesse Especial podero ser criadas, na medida em que a dinmica municipal
assim o exigir, mediante anlise e proposio do COMDU, apoiado pelos demais conselhos municipais e
equipes tcnicas do Executivo.
7 - Se sobre uma mesma rea incidir mais de uma classificao de reas de Interesse Especial,
prevalecero os parmetros mais restritivos.
CAPTULO IV
DA LEGISLAO COMPLEMENTAR
Art. 13 - O direito de construir est submetido ao cumprimento dos princpios previstos neste Plano
Diretor.
Art. 14 - Quaisquer atividades que venham e se instalar no Municpio estaro sujeitas s normas
dispostas neste Plano Diretor e em seus instrumentos normativos.
Pargrafo nico - Os instrumentos normativos de que tratam os incisos I a V do caput deste artigo sero
definidos em legislao especfica, no prazo de 90 (noventa) dias contados a partir da aprovao desta
lei.
1 - Nas ZEIS, caso seja necessrio, ser admitida a adoo de parmetros inferiores aos estabelecidos
pela legislao, de acordo com regulamentao especifica para cada rea a partir de programas
municipais de regularizao fundiria.
2 - Nos novos loteamentos sero reservados espaos para o desenvolvimento de atividades coletivas
Art. 17 - Nas reas destinadas implantao de parcelamentos de interesse social de exclusiva iniciativa
do Poder Pblico ser permitido o parcelamento em lotes de 125 m (cento e vinte cinco metros
quadrados).
Art. 18 - A legislao de uso e ocupao do solo estabelecer os parmetros urbansticos e a
classificao de usos para cada zona, adotando a hierarquizao viria para a articulao intraurbana,
municipal e regional estabelecida nesta Lei.
Pargrafo nico - Ficam definidos como Usos Especiais, aqueles causadores de impactos ao meio
ambiente urbano, conforme listagem exemplificativa constante do Anexo IV desta Lei, sendo sua
implantao objeto de projeto e licenciamento especficos, aprovados pelos rgos competentes.
CAPTULO V
DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO
Art. 19 - Empreendimentos de impacto so aqueles cujos efeitos decorrentes de sua instalao possam
ocasionar a gerao de efluentes poluidores, de rudos excessivos e/ou riscos segurana de
trabalhadores e muncipes, provocar impactos sobre o meio antrpico e/ou sobre o meio natural.
Art. 20 - Os empreendimentos de impacto esto sujeitos ao controle ambiental, que verifique sua
sustentabilidade e conseqente viabilidade ambiental, para obter licenas ou alvars a cargo do Poder
Pblico Municipal.
1 - O controle ambiental ser feito pelo Estado e/ou Municpio, mediante os instrumentos do
zoneamento, dos estudos de avaliao de impactos ambientais, do licenciamento, monitoramento e
educao ambiental ou outro instrumento definido pela legislao ambiental municipal, sendo
responsabilidade do setor competente da Prefeitura Municipal, apoiado por aqueles relacionados ao tema
tratado.
2 - Exigir-se- o Estudo Prvio de Impacto de Vizinhana (EIV), para empreendimento ou atividade que
possam causar impactos positivos e negativos sobre a qualidade de vida da populao residente na rea
e suas proximidades, como instrumento para tomada de deciso e de medidas mitigadoras ou
compensatrias, abrangendo os meios fsico, bitico e scio-econmico, com a obrigatoriedade da
participao da sociedade, a partir de Termos de Referncia elaborados pelas equipes tcnicas da
Prefeitura Municipal.
Art. 21 - Sero adotados os seguintes critrios, visando a reduo de impactos que quaisquer
empreendimentos causem ao ambiente urbano, pela gerao de efluentes de qualquer natureza, pela
atrao de pessoas ou demanda de rea de estacionamento e pela necessidade de movimento de
veculos para carga e descarga:
esferas de governo, sem prejuzo de outras licenas legalmente exigveis, sempre priorizando o interesse
pblico.
Art. 23 - A instalao de qualquer uso que possa ocasionar impactos ao funcionamento do sistema virio,
pela atratividade de pessoas ou demanda de rea de estacionamento e pela necessidade de movimentos
de veculos para carga e descarga torna obrigatria a internalizao desses impactos nos prprios
terrenos, de modo a preservar o uso pblico das vias, condicionando-se o alvar de funcionamento
aprovao pelo Municpio do respectivo Relatrio de Impacto na Circulao (RIC).
CAPTULO VI
DA ESTRUTURAO URBANA E MUNICIPAL
Art. 24 - A estruturao urbana e municipal se dar atravs dos Centros Urbanos, distribudos por todo o
territrio, considerando as reas urbanas e as reas rurais do Municpio, articulados pela rede viria
municipal, que inclui rodovias federais e estaduais e as principais vias municipais.
Art. 25 - Centros Urbanos so regies de referncia que concentram atividades comerciais, de servios,
institucionais e espaos de convivncia da comunidade local, exercendo um importante papel na
construo da identidade da populao.
2 - Os Centros Urbanos integraro uma rede de centros com o objetivo de promover o suporte para a
vida cotidiana da populao e para a diversificao da economia municipal.
Art. 26 - As diretrizes gerais para interveno nas regies e respectivos Centros Urbanos sero:
a Sede Municipal de Pouso Alegre, na qual devero ser identificados, pelo planejamento municipal local,
sub-centros complementares ao centro principal;
o Distrito de So Jos do Pantano;
o povoado de Maaranduba;
o povoado de Cruz Alta;
o povoado do Algodo;
o povoado de Afonsos;
o povoado do Cervo;
o povoado de Anhumas;
o povoado de Ferreiras;
o povoado de Cantagalo;
o povoado de Cristal;
o povoado de Fazendinha;
o povoado de Cajuru;
o povoado de Fazenda Grande.
Pargrafo nico - Outras centralidades podero ser criadas, a partir do monitoramento da dinmica
municipal e das avaliaes cclicas dos resultados da implementao da poltica urbana e de
ordenamento territorial expressas neste Plano Diretor.
CAPTULO VII
DAS DIRETRIZES PARA A ESTRUTURAO DA ZONA RURAL
Art. 28 - A estruturao da Zona Rural do Municpio de Pouso Alegre se dar por meio da articulao dos
Centros Urbanos de So Jos do Pantano, Maaranduba, Cruz Alta, Algodo, Afonsos e Cervo,
Anhumas, Ferreiras, Cantagalo, Cristal, Fazendinha, Cajuru e Fazenda Grande.
Art. 29 - As diretrizes para atuao nos Centros Urbanos e na Zona Rural de modo geral, visando a
sustentabilidade do Municpio de forma integrada, so:
famlias no campo;
apoio aos pequenos produtores, ao associativismo, ao cooperativismo, aos processos de gesto local e
agricultura familiar, em parcerias com as instituies governamentais e de sociedade civil, inclusive
associaes de Municpios;
incentivo instalao de agro-vilas e agro-indstrias, onde a produo local se apresente expressiva;
orientao aos produtores sobre tcnicas de preparo do terreno para o plantio, alertando contra a arao
segundo a linha de mxima declividade, destacando a utilizao sustentvel dos recursos naturais;
divulgao entre a populao rural de tcnicas de coleta de guas pluviais, para substituio de guas
superficiais salobras, cisternas secas e diques retentores;
fomento capacitao profissional dos trabalhadores e difuso de recursos tecnolgicos;
estmulo modernizao da atividade agropecuria, visando ampliao das taxas de desfrute e
agregao de valor aos produtos rurais e da agricultura familiar;
implementao de aes coletivas integrando produtores, Poder Pblico e instituies atuantes no meio
rural visando a melhoria da sade dos animais e a erradicao de doenas contagiosas;
pesquisa, divulgao e apoio para a consecuo de linhas de financiamento do tipo micro-crdito ao
pequeno produtor e programas de gerao de renda;
incentivos para a instalao de agroindstrias e de cadeia produtiva a partir dos principais produtos do
Municpio;
ampliao do mercado institucional para o escoamento da produo agrcola familiar, por meio de
mecanismos como a compra direta dos produtos para uso em alimentao escolar e em outros espaos
como asilos e hospitais.
considerar nos licenciamentos ambientais os impactos sobre a disponibilidade de reas para a produo
de alimentos, segundo os princpios do direito humano alimentao adequada e da funo social da
terra.
preservar e difundir a cultura prpria da Zona Rural e promover o desenvolvimento do seu capital
humano, por meio de:
garantia s comunidades rurais do acesso educao no campo, em cumprimento Lei de Diretrizes e
bases, com a utilizao de pedagogia e calendrio apropriados, enfocando a valorizao cultural, a autoestima, a profissionalizao no campo, a agricultura agro-ecolgica e a flora medicinal, entre outros
temas, reconhecendo os saberes locais;
criao/ampliao de programas de incluso digital, em especial para os jovens;
promoo da educao infantil com creches e/ou outras instituies apropriadas, para atender demanda
das famlias no campo, com profissionais capacitados sempre que possvel identificados na prpria
comunidade, atendendo Lei de Diretrizes e bases e o Estatuto da Criana e do Adolescente.
promover a melhoria das condies da sade da populao rural, por meio de:
fortalecimento da infra-estrutura da ateno bsica, levando em considerao as especificidades do
campo;
implementao de atividades de lazer, esporte e cultura, atendendo ao desenvolvimento pleno de uma
vida saudvel, para todas as idades.
destinar recursos financeiros para a implementao de atividades voltadas para o desenvolvimento rural
relativo a:
a) manifestaes culturais;
b) eventos esportivos e religiosos;
c) construo de moradias;
d) manuteno das estradas rurais;
e) fornecimento de energia eltrica;
f) abastecimento de gua;
g) segurana pblica;
h) instalao de pontos de comercializao dos produtos regionais;
i) incluso digital.
TTULO III
CAPTULO I
DA INFRA-ESTRUTURA MUNICIPAL
Art. 30 - O Executivo Municipal, para prover a infra-estrutura e demais servios pblicos, poder
obedecidas as diretrizes desta Lei, conceder sua implantao a empresas pblicas ou privadas, de
acordo com a legislao vigente e com as diretrizes deste Plano Diretor, cabendo ao Poder Pblico a
adequada fiscalizao da manuteno dos servios concedidos.
CAPTULO II
DO SISTEMA VIRIO, DA CIRCULAO, DOS TRANSPORTES E DA MOBILIDADE
Art. 31 - O sistema virio e de transportes e mobilidade no Municpio, que abrange a malha viria, o
sistema de circulao viria, os transportes coletivos e individuais pblicos e privados, de cargas e
passageiros e as necessidades especficas de circulao de bicicletas, pedestres e deficientes fsicos,
atender s seguintes diretrizes gerais:
apoiar a articulao da estrutura urbana, atendendo s necessidades cotidianas dos cidados, com
conforto, segurana e regularidade, em todas as suas formas e meios;
prover a acessibilidade aos espaos e edificaes, de modo a consolidar e/ou ampliar as oportunidades
de emprego, educao, recreao, lazer e comunicao;
enfatizar a acessibilidade para os portadores de deficincia fsica e mental, assim como para idosos,
crianas e cidados com mobilidade reduzida, de acordo com as normas tcnicas e legislao especfica;
coibir a instalao de barreiras nas caladas, visando a segurana e a circulao dos pedestres;
planejar e projetar o sistema virio de forma a privilegiar a segurana dos pedestres em geral;
planejar e projetar o sistema virio de forma a contemplar a implantao de ciclovias e pistas de
caminhadas;
implantar passarelas sobre as rodovias que interceptam as reas urbanas do municpio;
promover a estruturao hierrquica do sistema virio da cidade;
provisionar capacidade para acompanhamento do desenvolvimento das atividades econmicas e se
adaptar s necessidades de deslocamento dentro do Municpio;
reduzir a ocorrncia de acidentes e mortes no trnsito.
Art. 32 - O sistema virio municipal ser implementado de acordo com as seguintes diretrizes especficas:
Pargrafo nico - A aprovao de novos loteamentos no Municpio prever a reserva das reas
necessrias implantao das vias previstas no Plano de Classificao Viria Municipal, condicionando
sua aprovao e alvar de implantao ao atendimento as exigncias constantes diretrizes, constantes
desta Lei, da Lei de Parcelamento e de Uso e Ocupao do Solo e anuncia prvia do setor competente
da administrao municipal.
Art. 33 - Para a classificao das vias e emisso de diretrizes para o parcelamento o uso e ocupao do
solo ficam definidas como:
Vias de Ligao Regional - as rodovias federais e estaduais e as vias principais municipais, de acesso e
transposio do Municpio e de ligao entre a sede e o distrito de So Jos do pntano e os povoados
rurais, com controle de acesso atravs de intersees sinalizadas ou obras de arte especiais;
Vias Arteriais - as principais vias de ligao entre bairros e entre os bairros e o centro, sendo permitida a
entrada de veculos nas vias apenas em locais bem sinalizados e o estacionamento em locais
determinados de forma a favorecer a localizao do comrcio, servios e outras atividades;
Vias Coletoras - as vias auxiliares das vias arteriais, que cumprem o duplo papel de coletar e distribuir o
trfego local para as vias arteriais e destas para as vias locais, de forma a minimizar impactos negativos
nas reas lindeiras, sendo permitido o estacionamento em locais determinados para favorecer a
localizao do comrcio, servios e outras atividades;
Vias Locais - as vias destinadas predominantemente a promover o acesso imediato s unidades que
abrigam atividades lindeiras, sendo permitido o estacionamento de veculos;
Vias de Pedestres - as vias destinadas preferencialmente circulao de pedestres em condies
especiais de conforto e segurana, sendo permitido o trfego eventual de veculos para acesso s
unidades lindeiras, para servios pblicos e privados e para segurana pblica, enquadrando-se nesta
classificao os becos, passagens e vielas existentes;
Ciclovias - as vias destinadas ao uso exclusivo de bicicletas e veculos no-motorizados, excludos
aqueles movidos por trao animal, com diferenciao de pisos para circulao de pedestres, no sendo
permitidos a circulao e o estacionamento de veculos motorizados.
Pargrafo nico - O Anexo III apresenta o Mapa das Diretrizes para a Classificao Viria Municipal,
como referncia para o Plano de Classificao Viria Municipal, as quais so complementadas pelo
Anexo I - Mapa do Macrozoneamento Municipal.
planejar, gerenciar, coordenar, e fiscalizar os servios de transportes de todos os modais que efetuem o
transporte pblico de passageiros, incluindo nibus, txi, transporte escolar, transporte fretado e turstico
em todo o territrio municipal, integrando o sistema de transporte e circulao, entre as diversas reas
urbanas e localidades do Municpio;
divulgar para a sociedade as composies de custos para a definio de tarifas do transporte coletivo;
garantir e melhorar a circulao e o transporte urbano proporcionando deslocamentos intra e interurbanos
que atendam s necessidades da populao;
priorizar a circulao do transporte coletivo sobre o transporte individual na ordenao do sistema virio;
tornar o sistema de transporte coletivo um provedor eficaz e democrtico de mobilidade e acessibilidade
urbana;
garantir a universalidade do transporte pblico, em especial nas reas rurais e naquelas ocupadas por
populao de baixa renda;
vincular o planejamento e a implantao da infra-estrutura fsica de circulao e de transporte pblico s
diretrizes de planejamento contidas no Plano Diretor;
ampliar e aperfeioar a participao comunitria na gesto, fiscalizao e controle do sistema de
transporte;
adequar a oferta de transportes demanda, compatibilizando seus efeitos indutores com os objetivos e
diretrizes de uso e ocupao do solo, contribuindo, em especial, para a requalificao dos espaos
urbanos e fortalecimento de centros de bairros;
regulamentar a circulao de nibus fretados;
operar o sistema virio priorizando o transporte coletivo, em especial na rea consolidada, respeitadas as
peculiaridades das vias de carter eminentemente residencial.
implantar bilhete nico com bilhetagem eletrnica em toda a rede de transporte coletivo, de forma a
permitir a implantao de uma poltica de integrao tarifria justa para o usurio e eficiente para o
sistema;
implantar corredores segregados e faixas exclusivas de nibus, reservando espao no virio estrutural
para os deslocamentos de coletivos, conforme demanda de transporte, capacidade e funo da via;
implantar prioridade operacional para a circulao dos nibus nas horas de pico nos corredores do
sistema virio estrutural que no tenham espao disponvel para a implantao de corredores
segregados;
implantar sistema diferenciado de transporte coletivo com tarifas especiais para atrair o usurio de
automvel;
criar programa de adaptao dos logradouros para melhorar as condies de circulao de pedestres e
de grupos especficos, como idosos, portadores de necessidades especiais e crianas;
promover gradativamente a adequao da frota de transporte coletivo s necessidades de passageiros
portadores de necessidades especiais;
implantar gradativamente semforos sonoros nos principais cruzamentos virios da cidade, para a
segurana da locomoo dos deficientes visuais;
implantar novas vias ou melhoramentos virios em reas em que o sistema virio estrutural se apresente
insuficiente, em funo do transporte coletivo;
CAPTULO III
DO SANEAMENTO BSICO
Art. 37 - A Poltica Municipal de Saneamento Ambiental visa assegurar a proteo da sade da populao
e a salubridade ambiental urbana e rural por meio do abastecimento de gua potvel em quantidade
suficiente para a higiene e conforto, da coleta e tratamento dos esgotos sanitrios, da drenagem de guas
pluviais, do manejo integrado de resduos slidos e do controle de vetores.
Art. 38 - O Municpio, de acordo com a Constituio Federal, o titular dos servios de saneamento,
podendo exerc-los diretamente ou por meio de concesses ou permisses, por meio de legislao
pertinente.
Pargrafo nico - Para implantao dos programas estabelecidos neste captulo, o Executivo e/ou a(s)
sua(s) concessionria(s) destinaro, alm dos recursos oramentrios prprios, aqueles obtidos mediante
financiamentos, ou ainda aqueles obtidos mediante convnios com entidades pblicas ou privadas, desde
que respeitando a legislao vigente.
o desenvolvimento sustentvel;
a universalidade do atendimento e o planejamento compatibilizado com a evoluo da demanda;
a ampliao do atendimento s regies carentes e a compatibilizao das tarifas com o poder aquisitivo
da populao;
a preservao dos recursos hdricos, nascentes e mananciais;
a integrao com os programas de sade e educao;
a atuao conjunta com os Municpios vizinhos, sempre que favorvel ao interesse pblico;
a elaborao de planos setoriais de saneamento que atendam s diretrizes gerais e especficas e aos
princpios bsicos deste Plano.
Pargrafo nico - A educao sanitria e ambiental dever ser considerada como um processo que visa
envolver a populao com as questes ambientais e os problemas que lhe so associados, buscando
conhecimentos, habilidades, atitudes, motivaes e compromissos para a participao e cooperao
individual e coletiva em busca de solues sustentveis.
Seo I
Da Drenagem Pluvial
2 - A rede de microdrenagem destina-se captao e escoamento das guas pluviais nas reas de
ocupao urbana, conectando-se rede de macrodrenagem ou diretamente aos corpos hdricos
receptores quando for o caso.
elaborar Plano Municipal de Drenagem Pluvial, detectando os problemas atuais e potenciais oriundos da
expanso urbana e definindo as obras emergenciais na rede de drenagem de guas pluviais;
redimensionar o sistema atual e expandir a rede para as reas de ocupao urbana consolidada onde
inexista rede de microdrenagem, desligando todas as conexes existentes com redes de esgotamento
sanitrio;
estabelecer normas e procedimentos relativos manuteno da rede existente, promovendo sua
adequao onde as mesmas apresentem-se saturadas;
estabelecer, na legislao urbanstica, Taxas de Permeabilidade mnimas para disciplinar a ocupao dos
lotes urbanos, visando manter a capacidade de infiltrao natural de guas pluviais;
priorizar a recuperao, tratamento e preservao dos fundos de vale ainda no urbanizados.
Seo II
Do Abastecimento de gua
gerenciar a concesso da prestao dos servios, especialmente no que diz respeito ao planejamento e
estabelecimento de prioridades, garantindo o fornecimento de gua em quantidade e qualidade de acordo
com os padres adequados;
requisitar da concessionria a avaliao da necessidade de medidas de adequao para o perfeito
funcionamento da Estao de Tratamento de gua (ETA);
atender prioritariamente os loteamentos regulares carentes;
exigir a justa distribuio e tarifao dos servios oferecidos pelo Municpio ou pela concessionria dos
servios, considerando as diferentes realidades socioeconmicas da populao e os sistemas existentes;
garantir a proteo dos mananciais existentes no territrio municipal, cadastrando-os e procedendo ao
seu constante monitoramento.
Pargrafo nico - O Municpio no estabelecer qualquer tipo de taxao sobre as guas pluviais
coletadas e introduzidas na matriz de suprimento individual, na Zona Urbana ou Rural.
Seo III
Do Esgotamento Sanitrio
gerenciar a concesso da prestao dos servios, de acordo com os padres adequados, nas reas
urbanas, estabelecendo normas relativas ao planejamento e estabelecimento de prioridades;
exigir a justa distribuio e tarifao dos servios oferecidos pelo Municpio ou pela concessionria dos
servios, considerando as diferentes realidades socioeconmicas da populao e os sistemas existentes;
construir interceptores nos fundos de vale, evitando a canalizao dos cursos d'gua;
exigir o tratamento dos efluentes gerados pelas indstrias e agroindstrias instaladas no Municpio, de
acordo com a legislao federal e estadual;
implantar programa caa-esgotos buscando interligar toda a rede coletora existente aos interceptores
implantados ao longo dos fundos de vale;
realizar fiscalizao sistemtica, alm de campanha educativa, para esclarecimento populao da
inconvenincia de se lanarem guas pluviais na rede de esgotamento sanitrio, provocando danos na
Pargrafo nico - Devero ser consideradas e obedecidas as condicionantes estabelecidas pelos rgos
ambientais estaduais para a implantao das Estaes de Tratamento de Esgotos (ETEs), assim como
para os demais equipamentos integrantes do sistema de captao, tratamento e distribuio de gua no
municpio, em especial quanto ao disciplinamento do uso e ocupao do solo no entorno desses
equipamentos.
Seo IV
Da Limpeza Pblica
Art. 46 - O Sistema de Limpeza Pblica de Pouso Alegre compreende a coleta do lixo domiciliar e sptico,
a capina e varrio dos espaos pblicos, bem como a disposio de forma ambientalmente adequada
dos resduos slidos coletados, de acordo com as seguintes diretrizes especficas:
prestar ou gerenciar a concesso da prestao dos servios, de acordo com os padres adequados, nas
reas urbanas, estabelecendo normas relativas ao planejamento e estabelecimento de prioridades;
implantar progressivamente o sistema de coleta seletiva, associado a programa de reduo e reutilizao
de resduos slidos e a programa de educao ambiental, com a publicao de cartilhas sobre o processo
de coleta seletiva;
exigir a seleo do lixo patognico no prprio estabelecimento, com coleta e destinao de acordo com o
estabelecido na Resoluo CONAMA n. 283, de 12 de julho de 2001;
utilizar reas degradadas, ou de caractersticas naturais inadequadas para a urbanizao imediata, como
reas receptoras para a disposio de inertes, expandindo o territrio edificvel, divulgando sua
localizao.
1 - O sistema de coleta e disposio final de resduos slidos ter assegurado anualmente dotao
oramentria para sua manuteno e contar com recursos adicionais provenientes de:
taxa de lixo a ser cobrada pelo Municpio, de modo diferenciado por bairro ou grupo de bairros,
considerando o tipo de uso do solo;
tarifas a serem fixadas para o recolhimento de entulho e outras modalidades de coleta especial;
repasse de recursos de outras fontes, mediante convnios com instituies governamentais, ou doaes
financeiras de entidades nacionais ou estrangeiras.
2 - Os recursos extraordinrios de que trata o presente artigo sero depositados em conta especial e
se destinaro exclusivamente manuteno e modernizao do sistema de coleta e disposio final do
lixo.
Art. 47 - O municpio dever desenvolver seu Plano Municipal de Gerenciamento Integrado dos Resduos
Slidos Urbanos (PGRSU), o qual dever contemplar:
Art. 48 - vedado o depsito de resduos slidos, na forma de lixes a cu aberto, em todo o territrio
municipal.
2 - Os programas de educao sanitria e ambiental nas escolas do Municpio devem buscar nfase no
princpio dos 3Rs - Reduzir, Reutilizar e Reciclar.
4 - As vias que constituem acesso s reas atendidas pela coleta e transporte dos resduos slidos,
alm das que interligam a rea da disposio final, devem ser mantidas transitveis, mesmo em perodo
chuvoso.
Seo V
Do Controle de Vetores
Art. 49 - O Sistema de Controle de Vetores compreende a vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como
o controle de vetores propriamente dita, de acordo com as seguintes diretrizes especficas:
TTULO IV
DO MEIO AMBIENTE
definio de locais para bota-foras aproveitando, sempre que possvel, a atividade para recuperar reas
degradadas, inclusive com utilizao de resduos inertes da construo civil;
exigncia da recuperao de reas degradadas por atividades econmicas diversas, mineraes,
exploraes de cascalho, a ser executada pelas empresas responsveis;
promoo de aes que visem a reduo do desperdcio, em todos os nveis, na execuo de obras;
reduo do impacto erosivo da atividade agropecuria, estimulando a modernizao, a agricultura
orgnica e incrementando a dimenso das reas destinadas a atividades no geradoras de eroso;
fiscalizao das prticas de queimadas;
implantao de aceiros nas divisas das propriedades rurais ao longo das rodovias, inclusive as
municipais;
promover a preservao e reabilitao pela diversificao da produo rural;
implantao de projetos de sivicultura e a utilizao de prticas agrcolas menos impactantes.
estabelecer parcerias com entidades privadas, governamentais e no-governamentais visando a
ampliao da participao na gesto geoambiental;
buscar a ampliao das reas verdes no Municpio, de modo a garantir a infiltrao das guas pluviais, a
permeabilidade do solo e a qualidade ambiental urbana;
priorizar a resoluo dos conflitos resultantes do passivo ambiental de processos de licenciamento no
concludos;
implementar a gesto das Unidades de Conservao do Municpio, buscando, dentre outros, o incremento
do repasse do Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (ICMS) ecolgico da Lei Robin Hood.
introduzir na cultura tcnica local o recurso da mureta de p, capaz de imobilizar as massas terrosas em
trnsito gravitacional;
introduzir a prtica da coleta ou infiltrao forada, principalmente nas reas topograficamente elevadas
das guas pluviais;
implementar a construo de bacias de conteno de guas pluviais nas estradas rurais;
estabelecer a obrigatoriedade da coordenao de rgos de socorro, assistncia e acompanhamento
social;
estimular o registro e o desenvolvimento de tecnologias de monitoramento e interveno corretiva que
respeitem os ciclos ambientais.
TTULO V
DO DESENVOLVIMENTO ECONMICO
atividades produtivas com vistas a agregar valor mo obra local e atrair empreendimentos com base
tecnolgica
inserir o municpio nos contextos regional, nacional e internacional nos aspectos relativos ao seu
desenvolvimento sustentvel.
Pargrafo nico - O planejamento estratgico do Municpio dever ser revisto pelo menos a cada quatro
anos contados a partir da aprovao desta Lei.
TTULO VI
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Art. 56 - As polticas sociais municipais referem-se aos servios e equipamentos de uso coletivo
destinados prestao dos servios de educao, cultura, esporte e lazer, sade, ao social, segurana
e habitao de interesse social.
a universalidade do atendimento;
a melhoria da qualidade e acessibilidade dos equipamentos;
a implementao dos respectivos Sistemas Municipais, que incluem conselhos e fundos, com o
fortalecimento dos conselhos municipais, como instncias de participao social na construo das
polticas pblicas e controle das aes governamentais;
a elaborao de planos setoriais que atendam s diretrizes gerais e especificas e aos princpios bsicos
deste Plano Diretor;
a discusso junto s reas contbeis e oramentrias de uma forma mais adequada de apropriao das
despesas das polticas sociais, visando evidenciar corretamente os gastos dos diversos programas e
projetos desenvolvidos;
a formatao e implantao dos programas e dos projetos considerando a dimenso da descentralizao
territorial nas reas urbanas e rurais, a fim de que os benefcios possam chegar ao cidado mais
necessitados;
a disponibilizao de recursos humanos, materiais e financeiros adequados ao desenvolvimento das
aes e atividades das secretarias vinculadas s polticas sociais;
o exerccio democrtico de acompanhamento da discusso, elaborao e gesto dos Planos Plurianuais
(PPA) e, principalmente, das Leis Oramentrias Anuais (LOA), de forma a evitar a diminuio dos
recursos destinados s polticas sociais e a descontinuidade dos programas e projetos desenvolvidos;
a implementao da participao direta da comunidade nos planos, programas e projetos inseridos nos
Planos Plurianuais (PPA), nas Leis de Diretrizes Oramentrias (LDO) e nas Leis Oramentrias Anuais
(LOA), fortalecendo o Conselho Municipal do Oramento Participativo;
a integrao, a articulao e a intersetorialidade nas aes entre as diversas secretarias, visando a
unificao dos cadastros e o efetivo atendimento da populao-alvo nos programas sociais do Municpio,
assim como a avaliao para correo de rumos das polticas e aes executadas;
a utilizao de indicadores sociais globais e especficos, como referncia para o desenvolvimento de
polticas sociais focalizadas e territorializadas;
a implementao e o fortalecimento dos conselhos municipais, visando aumentar a abrangncia no
desenvolvimento das atividades e aes de desenvolvimento social, vinculando o repasse de recursos
pblicos anlise desses conselhos;
promover um amplo programa e/ou projeto de capacitao e qualificao permanente dos conselheiros e
dos profissionais ligados s polticas sociais, visando oferecer um acolhimento adequado e de qualidade
aos usurios.
CAPTULO I
DA EDUCAO
Art. 58 - A poltica municipal de educao tem como norteadora a Lei Federal 9.394, de 20 de dezembro
de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDBN) e atender s seguintes diretrizes
especficas definidas a partir do Plano Decenal Municipal de Educao - 2005/2014, alm das diretrizes
gerais indicadas, no preparo para o exerccio da cidadania e na qualificao para o trabalho:
estabelecer parcerias com estabelecimentos de ensino superior, empresas e o Sistema S, dentre outros,
para viabilizar projetos de ampliao de formao profissional;
estabelecer parcerias efetivas com o Conselho Tutelar, Promotoria e Juizado da Infncia e Adolescncia
no combate ao uso de drogas e infreqncia escolar;
estabelecer parceria com o Conservatrio Estadual de Msica de Pouso Alegre Juscelino Kubitscheck de
Oliveira, destacando a sua importncia como referncia regional de cultura erudita e popular, visando o
fornecimento do apoio de profissionais especializados rede escolar e implantao de rede de centros
culturais;
estimular o envolvimento das famlias dos educandos na escola;
fazer o diagnstico da rede fsica de escolas e creches, com o objetivo de verificar onde h real
necessidade de criao de unidades para atender a demanda com a devida qualidade, diminuindo os
ndices de evaso escolar;
ter como meta a manuteno das creches em funcionamento em tempo integral, mesmo em perodos de
frias escolares, como forma de contribuir para o trabalho materno;
equipar as escolas com o material necessrio, incluindo equipamentos tecnolgicos, bibliotecas e material
de apoio pessoal, docente e discente, dando-lhes condies de oferecer um ensino de qualidade;
oferecer comodidade aos alunos com necessidades especiais como cadeirantes, cegos e outros,
adequando a rede fsica das escolas;
oferecer acompanhamento preventivo dos profissionais da sade aos profissionais da educao e aos
educandos de cada instituio de educao infantil;
garantir o efetivo funcionamento das assemblias escolares das unidades municipais;
preparar os gestores para um exerccio democrtico, autnomo e participativo, de modo que esses
profissionais tenham formao tcnica compatvel com o nvel da escola;
manter a conservao dos prdios escolares pblicos prevendo na dotao oramentria, recursos
financeiros suficientes;
viabilizar recursos e parcerias para a ampliao do transporte escolar para atendimento da comunidade
escolar urbana e rural.
avaliar constantemente a demanda e criar novas unidades educacionais de educao infantil nos bairros
que apresentem deficincias, em especial os de menor renda e maior adensamento populacional;
unificar o currculo da Educao Infantil no Municpio, fundamentando o trabalho de todos os educadores
para o entendimento de sua funo e dos reais objetivos do processo educacional;
garantir ao aluno egresso da Educao Infantil a continuidade no atendimento escolar pblico,
estendendo para a proposta curricular do Ensino Fundamental, prticas de ensino baseadas no princpio
scio-interacionista.
garantir ao educando acesso a currculo nico na rede pblica do Municpio, trabalhando a parte cognitiva
com conhecimentos significativos;
atender toda a demanda do Ensino Fundamental de forma efetiva, com qualidade e comodidade,
notadamente o atendimento material e pedaggico adequado s sries iniciais no Ensino Fundamental de
9 (nove) anos.
atender a grande demanda proveniente do ensino fundamental ou que est fora da escola e da faixa
etria;
garantir a continuidade de estudos supletivos em ncleos pblicos estaduais;
implementar modalidades de profissionalizao, capacitao e ensino supletivo nas modalidades semipresencial e presencial, na regio central e perifrica da cidade;
garantir a permanncia de jovens e adultos no EJA com propostas curriculares adequadas, executando
projetos pedaggicos que atendam as necessidades especficas do perfil do aluno jovem ou adulto, sendo
quatro projetos por ano letivo, um em cada bimestre, seguindo as respectivas reas, tornando as aulas
mais dinmicas e incentivando os alunos a terminarem o curso;
criar oportunidade de ministrar cursos profissionalizantes na modalidade de ps-mdio para educao de
jovens e adultos.
infantil, incentivando a participao por meio do oferecimento de vantagens no plano de cargo e salrios;
incorporar ao ncleo gestor das escolas coordenadores pedaggicos e psiclogos que acompanhem as
dificuldades enfrentadas pelos professores e pelos alunos;
promover a orientao e acompanhamento sistemtico nos planejamentos, nos estudos e reflexes
individuais e coletivas, implementando cursos, palestras e seminrios;
propiciar aos educadores da rede municipal acesso ao Centro de Referncia do Professor visando
melhoria em seu desempenho;
definir, em conjunto com o Estado, a melhor forma de avaliar a produtividade dos profissionais da
educao, valorizando aqueles que tiveram bom desempenho e pontualidade;
proporcionar aos profissionais de educao condies de aprimoramento de seu conhecimento facilitando
seu acesso s universidades para curso de graduao e ps-graduao;
viabilizar o intercmbio entre as escolas particulares, tanto na promoo de eventos, como nos cursos de
capacitao e aperfeioamento dos docentes.
CAPTULO II
DA CULTURA
Art. 64 - A poltica municipal da cultura atender s seguintes diretrizes especficas, alm das diretrizes
gerais indicadas:
fazer o mapeamento cultural e divulgar o mesmo, criando stio na Internet para divulgao de informaes
culturais locais, abrangendo todas as atividades e manifestaes culturais existentes na Zona Urbana e
Zona Rural de Pouso Alegre;
promover aes no sentido de estruturar uma rede de unidades culturais em articulao com a rede de
centralidades no Municpio, destacando a reativao do Centro Cultural de Cidadania Pousoalegrense, a
criao do Museu Digital para registrar as manifestaes da vida cultural dos muncipes e a criao de
uma rede de espaos pblicos culturais, descentralizada, destinados ao ensino, produo e expresso
das manifestaes culturais e artsticas, principalmente para os artistas municipais, difundindo a produo
cultural local;
apoiar os espaos comunitrios e alternativos de manifestaes populares e culturais, promovendo o
acesso democrtico a todas as modalidades de cultura;
apoiar a Orquestra Sinfnica de Pouso Alegre;
promover aes que garantam parcerias entre instituies governamentais e no-governamentais no
desenvolvimento da cultura;
promover o dilogo entre Poder Pblico e sociedade civil organizada, promovendo fruns culturais na
Zona Urbana e na Zona Rural, para identificar as vocaes e aes conjuntas a serem desenvolvidas nas
diversas reas do Municpio, respeitando sua identidade;
capacitar os gestores de cultura de Pouso Alegre, para a implantao das polticas pblicas culturais e
desenvolver aes de acompanhamento, gesto e monitoramento dos recursos disponveis para a
cultura.
CAPTULO III
DO ESPORTE E LAZER
Art. 65 - A poltica municipal de esporte e lazer atender s seguintes diretrizes especficas, alm das
diretrizes gerais indicadas:
Associaes de Moradores, na utilizao e gesto das reas pblicas de esporte e lazer instaladas nos
bairros;
IX. elaborar um programa e/ou projeto de construo, recuperao da infra-estrutura fsica e aquisio de
equipamentos das unidades esportivas, tendo em vista a maximizao dos recursos utilizados, como, por
exemplo, a construo de quadras esportivas, podendo, inclusive, disponibiliz-las s unidades escolares
em dias e horrios diferentes do perodo regular de ensino, incrementado o seu uso e priorizando as
regies perifricas de menor renda e a Zona Rural.
X. Criar o Fundo Municipal de Esporte e Lazer.
CAPTULO IV
DA SADE
Art. 66 - A poltica municipal da sade atender s seguintes diretrizes especficas, alm das diretrizes
gerais indicadas:
equilibrar a oferta de leitos hospitalares utilizando como indicador o nmero de leitos por mil habitantes;
promover a ateno diferenciada na internao;
instituir avaliao geritrica global realizada por equipe multidisciplinar;
organizar o programa de sade mental, atravs da criao do Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) II,
com horrio de funcionamento em trs turnos;
implantar a Central de Regulao Mdica e Alta Complexidade;
implantar a poltica de atendimento s urgncias, com o Servio de Atendimento Mvel de Urgncia
(SAMU);
criar servio de verificao de bitos e comits de vigilncia do bito com participao social;
constituir Grupo Tcnico de Ateno a Sade (GT Ateno a Sade), visando avaliar e recomendar
estratgicas de interveno do SUS para abordagem da morte sbita;
estimular a doao de sangue e hemoderivados, garantido sua qualidade e distribuio em parceria com
Estado;
manter e incentivar a poltica de combate s doenas emergentes e endmicas, com nfase na dengue,
hansenase, tuberculose e influenza;
difundir para a populao de forma geral, em especial para os estratos de baixa renda, os princpios
bsicos de higiene, sade e cidadania;
incentivar o programa de DST/AIDS, melhorando as condies de trabalho e reorganizando a estrutura do
servio para atuar em grupos de risco;
organizar programa para atendimento das doenas no transmissveis como hipertenso arterial,
diabetes, asma e rinite;
promover aes para os portadores de necessidades especiais nos diferentes nveis de ateno sade,
visando melhoria de qualidade de vida;
promover campanha de cunho educativo e informativo pela mdia, alm de programas especficos nas
escolas municipais de todos os nveis, sobre os princpios bsicos de higiene, sade e cidadania,
estimulando a promoo da sade, com nfase na atividade fsica regular, alimentao adequada e
saudvel e combate dependncia de drogas em geral;
promover a sade do trabalhador e a sade ambiental;
organizar a assistncia farmacutica municipal nos componentes Bsico, Estratgico e de Dispensao
Excepcional, garantindo, dentre outros, o fornecimento de medicamentos para sndromes hipertensivas
gestacionais;
criar mecanismos para garantir o cumprimento das propostas referentes Vigilncia Alimentar e
Nutricional por parte dos setores responsveis, utilizando os resultados para fomentar polticas pblicas
que garantam o direito humano alimentao adequada, conforme a Lei Nacional 11.346/06 e a Lei
Estadual 15.982/06;
fortalecer as aes de alimentao e nutrio em todos os nveis de ateno sade, efetivando a
articulao entre as esferas de governo para essa rea e as secretarias municipais, principalmente
aquelas responsveis pelas demais polticas sociais;
desenvolver aes de qualificao de profissionais de ateno bsica por meio de estratgia de educao
permanente e de oferta de cursos de especializao e residncia multiprofissional;
aprimorar a insero de profissionais da ateno bsica, atravs de vnculos de trabalhos que favoream
a fixao e provimento de profissionais;
estimular a poltica de valorizao dos recursos humanos da rea da sade, atravs de plano de cargos,
carreira e salrios, com remunerao de acordo com piso nacional de salarial das categorias,
garantir infra-estrutura necessria ao funcionamento das unidades bsicas de sade, com melhoria das
condies arquitetnica e adequao s normas de vigilncia sanitria, assim como garantir recursos
materiais, insumos e equipamentos para aes de ateno bsica;
buscar a ampliao da capacidade de atendimento apoiando a instalao de novas unidades a partir de
demanda constatada, distribuindo-as estrategicamente no espao municipal, inclusive nas reas rurais,
considerando a estruturao por meio dos Centros Urbanos;
fortalecer a vigilncia em sade, compreendendo a vigilncia epidemiolgica e ambiental em sade e a
vigilncia sanitria em sade;
implantar o Programa Sade do Animal (PSA) do Centro de Controle de Zoonoses com o objetivo de
diminuir o nmero de ces e gatos abandonados e sacrificados na cidade, alm de diminuir o risco de
transmisso de zoonoses por essas espcies e adotar aes no sentido de:
implantar o Registro Geral do Animal;
implantar sistema de castrao de animais para populao de baixo poder aquisitivo;
reestruturar o Canil Municipal;
regulamentar o Cdigo Sanitrio Municipal, trabalhando a educao quanto aos riscos sanitrios,
inerentes ao objeto de ao, e avanando em aes de regulao, controle e avaliao de produtos e
servios associados ao conjunto de atividades;
manter atualizado o Cdigo de Sade, de forma a incorporar alteraes recentes da legislao estadual e
federal.
CAPTULO V
DA ASSISTNCIA SOCIAL
Art. 67 - A poltica municipal de ao social atender s seguintes diretrizes especficas, alm das
diretrizes gerais indicadas:
programa;
VIII. empreender programas de gerao de trabalho e renda que estimulem o associativismo e o
cooperativismo para combate pobreza de forma articulada com as diretrizes do desenvolvimento
econmico;
IX. elaborar projeto que incorpore, atravs de parcerias, as empresas e organizaes sociais locais nas
aes e atividades do desenvolvimento social de Pouso Alegre, especialmente os programas de gerao
de renda;
X. elaborar o Plano Municipal de Desenvolvimento Social de Pouso Alegre, de forma a consolidar a
condio de gesto que defina a institucionalizao de uma poltica pblica efetiva de desenvolvimento
social, considerando as modificaes e exigncias legais em implantao da Norma Operacional Bsica
de Recursos Humanos do Sistema nico de Assistncia Social (NOB-SUAS) e o atendimento social a
faixas da populao no atendidas;
XI. intensificar e incrementar, com as demais secretarias, o desenvolvimento de programas e projetos
integrados, tendo como objetivo a insero da populao excluda das polticas sociais bsicas, incluindo
moradores de rua;
XII. elaborar Plano de Carreira e de Cargos e Salrios, conforme exigncia da NOB - SUAS;
XIII. estruturar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, de forma a eliminar a carncia da infraestrutura de pessoal, recursos financeiros e equipamentos disponveis;
XIV. discutir a forma e a intensidade de participao do desenvolvimento social que a secretaria
disponibiliza no atendimento s necessidades de assistncia social do Municpio, envolvendo as
associaes e entidades privadas locais;
XV. promover aes no sentido de se definir em lei a porcentagem do oramento municipal destinado
assistncia social.
CAPTULO VI
DA SEGURANA PBLICA
Art. 68- A poltica municipal de segurana pblica atender s seguintes diretrizes especficas, alm das
diretrizes gerais indicadas:
controlar a ocupao e adensamento das reas cujo solo e subsolo so suscetveis a processos erosivos,
inundaes e riscos geolgicos;
implementar as aes de Defesa Civil para atendimento da populao em casos de emergncia, definindo
comportamentos e critrios a serem adotados em parceria com a Comisso de Defesa Civil (COMDEC);
implementar programas de atendimento a crianas, jovens, mulheres e idosos em situao de risco, em
parceria com a poltica de assistncia social;
apoiar os projetos especiais da Polcia Militar voltados para escolas e comunidade;
identificar as demandas de policiamento e elaborar programa de atendimento, em parceria com o
Conselho de Segurana Pblica (CONSEP) e a comunidade, de forma a facilitar a implantao do
policiamento comunitrio;
implementar programa de preveno de incndios, com a previso de implantao de rede de hidrantes;
instalar uma Brigada Municipal para combate e preveno a incndio;
CAPTULO VII
DA POLTICA HABITACIONAL DE INTERESSE SOCIAL
Art. 69 - A Poltica Habitacional de Interesse Social tem o objetivo de reduzir o dficit de moradias,
melhorar as condies de vida e de habitao da populao carente, inibindo a ocupao desordenada e
em reas de risco geolgico ou natural, oferecendo alternativas e garantindo o atendimento das funes
sociais da cidade e da propriedade, buscando a cooperao da iniciativa privada e ainda recursos de
outras fontes, financiamentos, convnios e insero em programas federais ou estaduais.
Pargrafo nico - A Poltica Habitacional de Interesse Social se organiza por meio de sistema
descentralizado e participativo, contemplando conselho e fundo prprios, sendo o Plano Municipal de
Habitao de Interesse Social o mecanismo bsico para efetivao deste sistema, ampliando o acesso a
terra urbanizada e habitao digna e sustentvel para a populao de menor renda.
Art. 70 - O Plano Municipal da Habitao de Interesse Social dever seguir as seguintes diretrizes:
criar o Programa de Regularizao Fundiria para interveno nas ZEIS, previstas no Anexo II, Mapa de
Pargrafo nico - A regularizao fundiria ser precedida da regularizao urbanstica, podendo atender
s comunidades ocupantes de terras pblicas ou privadas,
Art. 71 - Para a implantao da Poltica Habitacional de Interesse Social e de suas aes, o Municpio
poder utilizar os seguintes instrumentos, na forma da Lei:
criao do Fundo Municipal de Habitao de Interesse Social, com os recursos auferidos, dentre outros,
com a aplicao dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade e neste Plano Diretor;
criao de ZEIS;
utilizao dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade e neste Plano Diretor;
instituio de banco de terras;
compra ou desapropriao de assentamentos;
recursos oramentrios ou extra-oramentrios;
financiamentos, doaes e convnios.
Pargrafo nico - O Municpio buscar cooperao com os governos estadual e federal na soluo das
questes habitacionais.
TTULO VII
DAS DIRETRIZES PARA A ADMINISTRAO MUNICIPAL
desempenhar sua misso e suas metas institucionais, definindo funes, papis e atribuies;
viabilizar as estratgias de governo;
aperfeioar o funcionamento integrado das diversas reas, dotando-as de instrumentos eficazes de
gerenciamento, operao e controle;
adequar-se- s mudanas decorrentes da prpria dinmica do Municpio;
planejar e implantar aes de racionalizao e informatizao dos processos administrativos da
Prefeitura Municipal;
desenvolver e implantar sistema de informaes gerenciais;
implementar a reviso e adequao do Cdigo Tributrio do Municpio, em consonncia com as
diretrizes constantes neste Plano Diretor, desenvolvendo aes voltadas para aumentar a arrecadao
das receitas tributrias prprias;
implementar a atualizao do Cadastro de Atividades Econmicas (CAE) e do Cadastro Tcnico
Municipal (CTM);
promover e apoiar a organizao e o desenvolvimento da sociedade civil.
prover condies objetivas para o exerccio do poder de polcia pelo Executivo, por meio da
reestruturao de fiscalizao sanitria, tributria, de obras e de posturas compatveis com as
necessidades decorrentes do exerccio do poder de polcia;
incentivar a discusso e definio de polticas pblicas, bem como o acompanhamento e controle da sua
elaborao, execuo e monitoramento, estimulando a participao da comunidade e garantindo as
condies efetivas de funcionamento dos Conselhos Municipais, inclusive com o desenvolvimento de
aes de capacitao dos conselheiros;
prover o Poder Pblico Municipal de instrumentos legais e gerenciais adequados a uma gesto
Art. 75 - A Estrutura Administrativa de Pouso Alegre integrada pela Controladoria Municipal com
atividade independente, sem vnculo com qualquer outro rgo, com atribuio de avaliar programas,
projetos e aes de responsabilidade da administrao pblica municipal.
2 - Assim considerado e segundo as normas constitucionais, o rgo tem, entre outras, as seguintes
atribuies:
1 - O Poder Pblico do Municpio implementar poltica pblica de recursos humanos que contenha o
Plano de Cargos, Carreiras e Salrios.
2 - O Poder Executivo Municipal ter o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da publicao desta
Lei, para nomear os tcnicos e engenheiros da Prefeitura para desempenhar as seguintes funes:
TTULO VIII
DA IMPLEMENTAO E GESTO DO PLANO DIRETOR
CAPTULO I
DOS INSTRUMENTOS DE POLTICA URBANA
Art. 77 - Compete ao Poder Executivo Municipal, a implementao do Plano Diretor, por meio dos
seguintes instrumentos urbansticos, tributrios, de induo ao desenvolvimento urbano e de gesto
democrtica da cidade:
planejamento municipal:
legislao de parcelamento, uso e ocupao do solo, cdigo de obras e de posturas;
zoneamento e legislao ambiental;
planos plurianuais;
diretrizes oramentrias e oramento anual;
planos, programas e projetos setoriais;
planos de desenvolvimento econmico-social.
institutos jurdicos:
tombamento;
desapropriao;
servido ou limitao administrativa;
gesto democrtica:
oramento participativo;
debates, audincias e consultas pblicas;
conferncias sobre assuntos de interesse pblico, nos nveis nacional, estadual e municipal;
iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano.
referendo popular e plebiscito
Estudo Prvio de Impacto Ambiental (EIA), Estudo Prvio de Impacto de Vizinhana (EIV), Relatrio de
Impacto na Circulao (RIC), assim como outros estudos e sistemas de controle ambiental.
2 - Os eventos citados nas alneas b) e c) do inciso IV do presente artigo devero ser precedidos de
oficinas preparatrias e, para a realizao desses eventos, dever ser adotada metodologia que
contemple mtodos pedaggicos e calendrio apropriados s comunidades.
Seo I
Da Concesso do Direito Real de Uso e Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia
Art. 78 - A concesso do direito real de uso um instrumento jurdico que ser utilizado pelo Poder
Pblico para a regularizao fundiria em terrenos pblicos ocupados, por famlias de baixa renda, para
fins de moradia e, tambm , quando o uso no se destinar a moradia, mediante contrato e condies
estabelecidas em lei municipal especfica.
Art. 79 - A concesso de uso especial para fins de moradia atender Medida Provisria 2.220, de 04 de
setembro de 2001 e dar suporte aos programas de regularizao urbanstica e fundiria, em caso de
necessidade.
Seo II
Do Parcelamento, Edificao ou Utilizao Compulsrios
1 - Considera-se solo urbano no edificado terrenos e glebas com rea superior a 1.000m (um mil
metros quadrados) situados no interior do permetro urbano da sede municipal, onde o Coeficiente de
Aproveitamento igual a zero.
2 - Considera-se solo urbano subutilizado terrenos e glebas onde o Coeficiente de Aproveitamento seja
menor que 10% (dez por cento) do permitido pela Lei de Uso e Ocupao do Solo Urbano, exceto nas
reas de proteo ambiental.
3 - Considera-se solo urbano no utilizado edificaes na sede municipal que tenham 80% (oitenta por
cento) de sua rea construda desocupada h mais de 10 (dez) anos, ressalvados casos jurdicos ou
judiciais.
4 - As reas para aplicao deste instrumento no territrio municipal sero definidas em lei especfica a
partir da identificao de demanda, mediante anlise da dinmica urbana e sua evoluo, considerando
as diretrizes do planejamento municipal, com apreciao pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano (COMDU).
Seo III
Do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo
1 - O valor da alquota a ser aplicado a cada ano ser fixado em lei especfica e no exceder a duas
vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alquota mxima de quinze por cento.
2 - vedada a concesso de isenes ou de anistia relativas tributao progressiva de que trata este
artigo.
Seo IV
Da Desapropriao com Pagamento em Ttulos
Art. 82 - Decorridos cinco anos de cobrana do IPTU progressivo sem que o proprietrio tenha cumprido a
obrigao de parcelamento, edificao ou utilizao, o Municpio poder proceder desapropriao do
imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica.
1 - Os ttulos da dvida pblica tero prvia aprovao pelo Senado Federal e sero resgatados no
prazo de at dez anos, em prestaes anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenizao e os juros legais de seis por cento ao ano.
refletir o valor da base de clculo do IPTU, descontado o montante incorporado em funo de obras
realizadas pelo Poder Pblico na rea onde o mesmo se localiza aps a notificao de que trata o 2 do
art. 5do Estatuto da Cidade;
no computar expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatrios.
3 - Os ttulos de que trata este artigo no tero poder liberatrio para pagamento de tributos.
5 - O aproveitamento do imvel poder ser efetivado diretamente pelo Poder Pblico ou por meio de
alienao ou concesso a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido procedimento licitatrio.
6 - Ficam mantidas para o adquirente de imvel nos termos do pargrafo anterior as mesmas
obrigaes de parcelamento, edificao ou utilizao previstas nesta Lei.
Seo V
Da Usucapio Especial de Imvel Urbano
Art. 83 - O instrumento da usucapio especial de imvel urbano ser aplicado com fundamento na seo
correspondente do Estatuto da Cidade, nos seus artigos 9 a 14.
Seo VI
Do Direito de Superfcie
Art. 84 - Define-se como direito de superfcie o direito do proprietrio urbano conceder a outrem o direito
de superfcie do seu terreno, de modo gratuito ou oneroso, por tempo determinado ou indeterminado,
mediante escritura pblica registrada no cartrio de registro de imveis, abrangendo o direito de utilizar o
solo, o subsolo ou o espao areo relativo ao terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo,
Seo VII
Do Direito de Preempo
Art. 85 - Define-se como direito de preempo a prioridade do Municpio na aquisio de imveis urbanos
objeto de alienao onerosa entre particulares para implantao de planos, programas e projetos de
interesse pblico referentes a:
regularizao fundiria;
execuo de programas e projetos habitacionais de interesse social;
constituio de reserva fundiria;
ordenamento e direcionamento da expanso urbana;
implantao de equipamentos urbanos e comunitrios, dentre eles, o Centro Administrativo,
equipamentos de apoio ao desenvolvimento econmico, equipamentos de reforo aos Centros Urbanos,
ampliao de sistema virio;
criao de espaos pblicos de lazer e reas verdes, em especial nos Centros Urbanos e demais
centralidades da sede municipal;
criao de unidades de conservao ou proteo de outras reas de interesse ambiental, considerando
as diretrizes estabelecidas no Ttulo IV - Do Meio Ambiente e os macrozoneamentos municipal e urbano
estabelecidos neste Plano Diretor;
proteo de reas e edificaes de interesse histrico, cultural ou paisagstico, em especial nas reas de
Interesse Especial estabelecidas no Ttulo II - Do Ordenamento Territorial, Captulo III - Das reas de
Interesse Especial.
Art. 86 - As reas sobre as quais poder incidir o direito de preempo sero anteriormente definidas por
lei municipal especfica, a partir da identificao da necessidade de implantao de projetos especiais
estruturantes para o desenvolvimento do Municpio, para a recuperao e/ou a revitalizao de reas e a
proteo ao meio ambiente e ao patrimnio histrico.
Pargrafo nico - A lei municipal especfica de que trata o caput deste artigo dever regulamentar as
condies e os prazos para implementao do direito de preempo.
Seo VIII
Da Transferncia do Direito de Construir
Art. 88 - Ser mantido registro das transferncias do potencial construtivo, constando os imveis
transmissores e receptores, bem como os respectivos potenciais construtivos transferidos e recebidos.
Pargrafo nico - O potencial construtivo transferido fica vinculado ao imvel receptor, vedada nova
transferncia.
Art. 89 - Os valores para a transferncia do potencial construtivo observaro equivalncia entre os valores
do metro quadrado dos imveis de origem e receptor, de acordo com a Planta Genrica de Valores
utilizada para o clculo do Imposto sobre Transmisso Inter Vivos de Bens Imveis (ITBI).
Seo IX
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir e de Alterao de Uso
Art. 91 - O direito de construir e o de alterao de uso podero ser aplicados tendo como objetivo o
controle do adensamento nas reas urbanas do municpio, em especial na ZMC, considerando tanto a
necessidade de conteno como as possibilidades de ampliao, mediante anlise da dinmica urbana e
sua evoluo, considerando as diretrizes do planejamento municipal, e de acordo com contrapartida a ser
prestada pelo beneficirio.
1 - Lei municipal especfica estabelecer as condies a serem observadas para a outorga onerosa do
direito de construir e de alterao de uso, nos termos dos artigos 28, 29, 30 e 31 da seo
correspondente do Estatuto da Cidade, considerando os parmetros estabelecidos na Lei de Uso e
Ocupao do Solo.
2 - Os recursos gerados por meio do instrumento de que trata o caput deste artigo integraro o Fundo
Municipal de Habitao de Interesse Social.
Seo X
Das Operaes Urbanas Consorciadas
Art. 92 - Definem-se como operaes urbanas consorciadas o conjunto de intervenes coordenadas pelo
Executivo e com a participao de investidores privados, entidades da iniciativa privada, associaes
comunitrias e proprietrios, objetivando projetos urbansticos especiais, implantao de infra-estrutura
bsica, de equipamentos pblicos ou de empreendimentos de interesse social, em reas previamente
delimitadas, de propriedade pblica ou privada, segundo condies estabelecidas por lei especfica.
1 - A operao urbana consorciada pode ser proposta ao Executivo por qualquer cidado ou entidade
que nela tenha interesse, podendo abranger:
Art. 93 - As operaes urbanas consorciadas devero ser previstas em leis especficas, estabelecendo:
Art. 94 - Os recursos levantados para a realizao das operaes urbanas somente podero ser
aplicados em aspectos relacionados s mesmas.
Seo XI
Da Regularizao Urbanstica e Fundiria
1 - As aes de regularizao urbanstica e fundiria sero adotadas nas ZEIS definidas nesta Lei,
observando tambm o disposto no Ttulo II - Do Ordenamento Territorial, Captulo II - Do
Macrozoneamento Urbano.
2 - Para cada assentamento objeto da aplicao deste instrumento, dever ser elaborado Plano de
Interveno contendo, no mnimo:
operao;
legislao de uso e ocupao do solo para o assentamento regularizado.
sob pontes, viadutos e redes de alta tenso ou sobre redes de gua, esgotos, drenagem pluvial, faixa de
domnio de rodovias;
em reas de preservao permanente ou inundveis;
em reas que apresentem riscos para a segurana de seus moradores;
em reas destinadas implantao de obras ou planos urbansticos de interesse coletivo;
em reas formadas h menos de 12 (doze) meses da aprovao desta lei.
Seo XII
Do Estudo de Impacto de Vizinhana
Art. 96 - O Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV) ser executado de forma a contemplar os efeitos
positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto qualidade de vida da populao residente
na rea e suas proximidades, incluindo a anlise, no mnimo, das seguintes questes:
adensamento populacional;
equipamentos urbanos e comunitrios;
uso e ocupao do solo;
valorizao imobiliria;
gerao de trfego e demanda por transporte pblico;
ventilao e iluminao;
paisagem urbana e patrimnio natural e cultural;
dinmica urbana, ambiental, scio-econmica e cultural da rea de influncia do empreendimento, com
mapeamento.
poluio sonora, visual, do ar, sanitria ou qualquer outra ao que afete a qualidade de vida e o meio
ambiente.
1 - O EIV ser exigido nos termos do Ttulo II - Do Ordenamento Territorial, Captulo V - Dos
Empreendimentos de Impacto, complementado por outras legislaes municipais pertinentes.
2 - Dar-se- publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficaro disponveis para consulta, nos
meios oficiais de comunicao Poder Pblico municipal, por qualquer interessado.
CAPTULO II
DA GESTO DO PLANO DIRETOR
Seo I
Do Sistema de Planejamento e Gesto
Art. 98 - O processo de gesto do Plano Diretor ser conduzido pelo Executivo Municipal, pela Cmara
Legislativa e entidades da sociedade civil, de forma participativa.
Pargrafo nico - Ser adotado o modelo de gesto integrada das polticas pblicas, para discusso das
questes relevantes para a qualidade de vida, valorizando-se a participao social atravs dos Conselhos
Municipais, nas deliberaes pblicas de maneira geral e o estabelecimento de parcerias entre o
Executivo Municipal e a sociedade, inclusive com a adoo de novas formas de gesto compartilhada,
tais como os consrcios intermunicipais e microrregionais.
Art. 99 - Para a implementao do Plano Diretor, o Executivo Municipal criar o Sistema de Planejamento
e Gesto, visando a coordenao das aes decorrentes deste Plano.
Pargrafo nico - Entende-se por Sistema de Planejamento e Gesto o conjunto de rgos, normas,
recursos humanos e tcnicos objetivando a coordenao das aes dos setores pblico e privado, e da
sociedade em geral, a integrao entre os diversos programas setoriais e a dinamizao e modernizao
da ao governamental.
Art. 100 - O Sistema de Planejamento e Gesto, conduzido pelo setor pblico, dever garantir a
necessria transparncia e a participao dos cidados e de entidades representativas, com as seguintes
atribuies:
Seo II
Da Conferncia Municipal da Cidade
Art. 102 - A Conferncia Municipal da Cidade integra o processo de discusso pblica e ampliada da
Poltica Urbana e Territorial onde o cidado ter direito a voz e voto atravs de seus representantes
eleitos por segmentos sociais, visando avaliar a execuo e propor alteraes na poltica e na legislao
de desenvolvimento territorial municipal.
Pargrafo nico - Compete ao Executivo Municipal convocar, dar assistncia tcnica e administrativa a
Conferncia Municipal da Cidade at o terceiro ano de gesto do Executivo Municipal e dentro do
processo de discusso nacional, quando convocada pelo Ministrio das Cidades.
Seo III
Do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano
Art. 103 - O Conselho Municipal Desenvolvimento Urbano (COMDU) ter as seguintes atribuies:
Realizar a cada trs anos a Conferncia Municipal da Cidade em consonncia com a Conferncia
Nacional e Estadual das Cidades a serem convocadas pelos governos federal e estaduais, da qual
resultaro propostas de encaminhamento da Poltica Urbana e Territorial e de reviso da legislao
urbanstica municipal, alm da discusso de temas de mbito nacional e estadual propostos pelos
respectivos nveis de governo.
elaborar o seu regimento interno;
deliberar sobre propostas encaminhadas, no nvel de recursos, sobre processos administrativos afetos ao
Plano Diretor;
coordenar, acompanhar e avaliar a implementao do Plano Diretor, nos seus aspectos territorial,
econmico e social, assim como coordenar o seu processo de reviso;
deliberar sobre a instalao de empreendimentos de impacto, com suporte tcnico dos demais rgos do
Sistema de Planejamento e Gesto;
deliberar sobre casos omissos nos dispositivos legais municipais, relativos ao Plano Diretor e suas Leis
Complementares;
deliberar sobre compatibilidade de obras contidas nos Planos Plurianuais e Oramentos Anuais com as
diretrizes do Plano Diretor;
analisar as propostas de alterao da legislao urbanstica bsica, especialmente do zoneamento e de
seus parmetros, a partir dos pareceres apresentados pelo Executivo Municipal, pronunciando-se a
respeito da matria;
assegurar a participao da populao no processo de planejamento e o seu acesso ao sistema de
informaes municipais;
acompanhar e fiscalizar o cumprimento de todos os prazos previstos nesta Lei, definir aqueles que no se
encontram estabelecidos, assim como acompanhar e fiscalizar todos os temas remetidos para legislao
especfica.
Pargrafo nico - O COMDU ter funo consultiva e deliberativa e as suas deliberaes se daro em
conjunto com os demais rgos do Sistema de Planejamento e Gesto.
Art. 104 - O COMDU ser constitudo por representantes de todos os segmentos sociais existentes no
Municpio, com membros efetivos e seus respectivos suplentes, tendo como referncia a
proporcionalidade definida na Resoluo Normativa n. 04, de 06 de dezembro de 2006, do Conselho
Nacional das Cidades, considerando os seguintes segmentos:
1 - Os membros do COMDU sero eleitos em conferencia e o mandato ser de 2 anos, com direito a
reeleio ou o equivalente metade do mandato do Executivo municipal.
3 - As reunies do COMDU sero, no mnimo, trimestrais e sero pblicas, facultado aos cidados
solicitar, por escrito e com justificativa, que se inclua assunto de seu interesse na pauta em reunio
subseqente.
5 - O Executivo Municipal ter o prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da publicao desta Lei,
para elaborar Decreto e dar posse aos membros para a primeira gesto do COMDU, que sero os
mesmos j eleitos, dentro de seus segmentos, para o Ncleo Gestor, responsvel pela coordenao da
elaborao deste Plano Diretor.
6 - O primeiro conselho instalado de acordo com o inciso anterior ter seu mandato estendido at a
metade do prximo mandato do Executivo municipal.
7 - Qualquer secretaria municipal poder solicitar sua participao nas reunies do COMDU onde ser
discutido e decidido assunto que julgue afeto s polticas setoriais de sua responsabilidade.
Seo IV
Da Diviso de Planejamento
Art. 105 - A Diviso de Planejamento Municipal, visando a coordenao das aes decorrentes do Plano
Diretor, tem como atribuies, dentre outras:
Seo V
Do Instituto de Planejamento para o Desenvolvimento Sustentvel de Pouso Alegre
Art. 106 - Ser criado, mediante lei municipal especfica, o Instituto de Planejamento para o
Desenvolvimento Sustentvel Pouso Alegre (IPDSPA), com o objetivo de oferecer suporte tcnico para o
planejamento e desenvolvimento do Municpio e para a gesto deste Plano Diretor.
Art. 107 - O Instituto de Planejamento para o Desenvolvimento Sustentvel Pouso Alegre (IPDSPA) ser
composto por meio de concurso pblico regido por edital prprio, de acordo com a legislao vigente.
Seo VI
Do Sistema de Municipal de Informaes
Art. 108 - O Executivo Municipal criar o Sistema Municipal de Informaes constitudo por um banco de
dados associado ao georeferenciamento continuo, bem como a planos, programas, projetos, publicaes
e cadastros referentes ao Municpio, tanto nas reas urbanas como nas reas rurais.
Art. 109 - O Sistema Municipal de Informaes dever estar embasado em uma rede informatizada que
possibilite a integrao interna entre os organismos da administrao municipal e dos conselhos
municipais, e externa, entre a Administrao Municipal e os muncipes, no fornecimento de informaes e
servios pblicos.
Art. 110 - O Sistema Municipal de Informaes conter e manter atualizados dados, informaes e
indicadores sociais, culturais, econmicos, financeiros, patrimoniais, ambientais, administrativos, fsicoterritoriais, cartogrficos, imobilirios e outros de relevante interesse para o Municpio.
TTULO IX
DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS
Art. 112 - O Executivo Municipal adequar a sua estrutura administrativa s diretrizes e determinaes
desta Lei, acatando os princpios participativos e definindo papis, responsabilidades e nveis de
autoridade, visando descentralizao do processo de gesto.
Art. 113 - A responsabilidade pela implementao das diretrizes e aes estabelecidas neste Plano
Diretor cabe ao conjunto das secretarias e rgos do Executivo municipal, em suas reas afins,
articuladas por meio da Secretaria de Planejamento, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e pelos
ncleos de gesto de cada uma delas, de forma integrada ao COMDU a aos demais componentes do
Sistema de Planejamento e Gesto do municpio.
Art. 114 - A regulamentao do Plano Diretor ser promovida num prazo mximo de 12 (doze) meses.
2 - A fiscalizao dos prazos e aes citados no pargrafo anterior ser feita em conjunto por todas as
instancias do Sistema de Planejamento e Gesto.
Art. 115 - A partir de sua instalao, o COMDU proceder definio de uma agenda que estabelea as
prioridades e o detalhamento de prazos para a atuao do Executivo municipal, com relao s diretrizes
e aes constantes deste Plano Diretor, da qual dar cincia a toda a sociedade, por meio de audincia
pblica.
Pargrafo nico - A agenda de que trata o caput deste artigo dever destacar:
I. o encaminhamento das leis complementares a este Plano Diretor com relao legislao urbanstica
bsica e aplicao dos instrumentos previstos;
II. a resoluo das pendncias relativas implantao das avenidas-dique, com a concluso da sua
implantao segundo a legislao ambiental vigente;
III. o estudo de viabilidade tcnica e financeira sobre a ampliao do atual aeroporto e/ou a alternativa de
instalao de um novo aeroporto, com a definio do seu porte;
IV. a constituio do Plano Municipal de Habitao de Interesse Social e dos Programas de
Regularizao Urbanstica e Fundiria.
V. a definio da rede de centralidades da sede municipal, integrando-a rede de centralidades do
municpio, a qual abrange os povoados da Zona Rural classificados como Centros Urbanos,
considerando:
a) sua localizao;
b) quais equipamentos pblicos, planos, programas e projetos devero ser implantados e onde, a partir de
uma equalizao da demanda, da distribuio territorial e da complementariedade entre os Centros
Urbanos, tendo em vista a sustentabilidade do desenvolvimento econmico, ambiental e social;
c) instalao de infra-estrutura bsica quanto a transporte, energia eltrica, abastecimento de gua,
esgotamento sanitrio e drenagem pluvial, observando os contratos com as Concessionrias de servio
pblico;
d) recuperao e/ou pavimentao de vias prioritrias para a articulao municipal.
Art. 117 - Este Plano Diretor se impe sobre as aes no territrio municipal a partir da sua aprovao,
entrando em vigor na data de sua publicao, revogando-se as disposies em contrrio.
Jair Siqueira
PREFEITO MUNICIPAL
Antenas de antenas de recepo e transmisso de sinais de televiso, de telefonia fixa e mvel, de rdio
e similares, com estrutura em torre ou similar;
Cemitrios e necrotrios;
Centros de convenes;
Comrcio atacadista;
Empreendimentos destinados a uso misto, em que o somatrio da razo entre o nmero de unidades
residenciais e 100 (cem) e da razo entre a rea da parte da edificao destinada ao uso no-residencial
e 5.000 m (cinco mil metros quadrados) seja igual ou superior a 1 (um);
Empreendimentos destinados a uso no residencial nos quais a rea edificada seja igual ou superior a
5.000 m (cinco mil metros quadrados);
Empreendimentos destinados a uso residencial que tenham mais de 100 (cem) unidades;
Estabelecimentos prisionais;
Estdios esportivos, empreendimentos desportivos, recreativos, tursticos ou de lazer, tais como clubes
desportivos e recreativos, estdios, camping, hotel-fazenda, hipdromos;
Intervenes virias compreendidas por implantao, ampliao e/ou modificao geomtrica de vias que
impliquem a supresso de mais de 20 (vinte) indivduos arbreos;
Intervenes virias compreendidas por implantao, ampliao e/ou modificao geomtrica de vias que
impliquem a impermeabilizao de mais de 1.000m (mil metros quadrados) de superfcie de espao
pblico;
Lavanderias e tinturarias;
Matadouros e abatedouros;
Mega-eventos de lazer com durao igual ou superior a dois dias, previstos para espaos pblicos no
utilizados e/ou equipados usualmente para tal fim;
Obras para explorao de recursos hdricos, tais como barragens, canalizaes de gua, transposies
de bacias e diques;
Parcelamentos do solo, com rea parcelada igual ou superior a 10.000m (dez mil metros quadrados);
Parques temticos;
Usinas de asfalto;
Usinas de gerao de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primria, acima de 10 mW (dez
megawatts);
ANEXO V - GLOSSRIO
ALTURA MXIMA NA DIVISA - Distncia mxima vertical, medida do ponto mais alto da edificao at a
cota de nvel de referncia estabelecida de acordo com o relevo do terreno.
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO (CA) - Relao entre a rea total construda e a rea do terreno.
LOGRADOURO PBLICO - rea de terreno destinada pela Prefeitura Municipal ao uso e trnsito
pblicos.
LOTE - Terreno servido de infra-estrutura bsica cujas dimenses atendam aos ndices urbansticos
definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe com frente para via pblica e
destinado a receber edificao.
LOTEAMENTO - Subdiviso de gleba em lotes destinados edificao, com abertura de novas vias de
circulao, de logradouros pblicos ou prolongamento, modificao ou ampliao das vias existentes.
Nmero de pavimentos - Quantidade de andares que as edificaes podem ter acima do solo; todas as
zonas podem ter at 3 pavimentos, desde que o lote tenha rea mnima de 360m.
PAVIMENTO - Espao de uma edificao situado no mesmo piso, excetuados o subsolo, o jirau, a
sobreloja, o mezanino e o sto.
PILOTIS - Pavimento com espao livre destinado a uso comum, podendo ser fechado para instalao de
lazer e recreao.
Sistema Virio - Compreende as reas utilizadas para vias de circulao de pedestres e veculos,
incluindo ou no parada ou estacionamento de veculos.
SUBSOLO - Pavimento cuja laje de cobertura no ultrapassa o ponto mdio do alinhamento da via
pblica.
Taxa de Ocupao - Relao percentual entre a rea da projeo horizontal da edificao e a rea do
lote. Regula a densidade e a lucratividade dos terrenos nas diversas zonas.
Taxa de Permeabilidade - Relao percentual entre a parte permevel, que permita infiltrao de gua no
solo, livre de qualquer edificao, e a rea do lote.
TESTADA - Maior extenso possvel do alinhamento de um lote ou grupo de lotes voltados para uma
mesma via.