Relatorio de Estagio Supervisionado Microbiologia
Relatorio de Estagio Supervisionado Microbiologia
Relatorio de Estagio Supervisionado Microbiologia
PR
Mauricio Borges
PATO BRANCO
NOVENBRO 2008
MAURICIO BORGES
PATO BRANCO,
NOVENBRO 2008.
AGRADECIMENTOS
SUMRIO
4.3.
4.4.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Atividade de gua dos alimentos................................................................ 23
Tabela 02: Atividade de gua dos microorganismos. ................................................... 24
Tabela 03: pH para multiplicao de bactrias............................................................. 25
Tabela 04: Potencial de oxi-reduo dos alimentos...................................................... 26
1. INTRODUO
O presente relatrio descreve as atividades desenvolvidas no laboratrio
LAQUA UTFPR-PR, da Unidade Sudoeste Campus Pato Branco, no que se refere,
especificamente, ao trabalho de Estgio Supervisionado que consistiu em anlises
microbiolgicas de alimentos.
Esse trabalho iniciou em 04 de agosto de 2008 e cujo trmino ocorreu em 15 de
novembro de 2008, com durao total de 400 horas, as quais so exigidas pelo Curso de
Tecnologia em Controle de Processos Qumicos, na disciplina de Estgio
Supervisionado.
De um modo geral, os alimentos so constitudos por carboidratos, protenas,
lipdios, sais minerais, fibras, vitaminas, pigmentos e gua, que so essencialmente
necessrios vida de qualquer organismo vivo, tanto os animais superiores, entre eles o
homem, como os microorganismos unicelulares.
Os microorganismos so responsveis pela deteriorao de alimentos, sendo
responsveis tambm por doenas infecciosas que podem ser transferidas para o
homem, de animais contaminados, ou pela ingesto de alimentos contaminados.
Dentre os aspectos de segurana alimentar, a produo de alimentos seguros tem
sido uma exigncia mundial, especialmente nos ltimos anos, devido a ocorrncias de
toxinfeces na Europa e EUA, mais especificamente em carnes e aves. Com efeito, a
ingesto de alimento seguro o mnimo que o consumidor deseja e espera.
Assim, como trabalho de estgio, no laboratrio LAQUA UTFPR-PR foi
realizado anlises microbiolgicas de alimentos e gua a fim de assegurar a sua
qualidade, determinando, ento, se a quantidade de microorganismos contaminantes
existentes nas amostras estava dentro dos padres exigidos pela legislao.
A primeira parte do relatrio aborda a exigncia legal do Estgio como um dos
requisitos essenciais para a concluso do curso.
Em seguida, a descrio sobre o local do laboratrio em que foi realizado o
estgio.
J, na Fundamentao Terica, abordam-se alguns pressupostos e princpios
necessrios para o controle microbiolgico em alimentos, e guas a partir de estudos
tericos da rea bem como de legislao vigente, que do sustentao e orientao s
atividades desenvolvidas no laboratrio.
2.1. JUSTIFICATIVA
2.2. OBJETIVOS
Deteco de Salmonella.
Durante o perodo de estgio vrios alimentos chegaram ao laboratrio, porm
as anlises mais freqentes foram realizadas com amostras de queijos, produtos crneos
e gua.
3. FUNDAMENTAO TERICA
Pelczar
(1981),
os
microorganismos
que
so
empregados
3.4.2. Leveduras
3.4.3. Bactrias
4) Cocos Gram-positivos:
So includas, nesse grupo, as bactrias aerbias e anaerbias facultativas da
famlia Micrococcaceae e os cocos pertencentes aos gneros Aerococcus, Enterococcus,
Lactococcus, Leuconostoc, Streptococcus, Pediococcus e Vagococcus.
3.4.4. Vrus
3.5.3. Enterococos
2) Acidez (pH):
O pH neutro mais favorvel para a maioria dos microorganismos, sendo que
alguns deles so favorecidos pelo meio cido (bactrias lticas). Os bolores necessitam
de pH mais baixo para a multiplicao que as leveduras, e estas toleram mais a variao
de pH que as bactrias.
Na tabela n03 esto relacionados os valores de pH favorveis para a
multiplicao de algumas bactrias:
Mximo
Acetobacter
4,0
5,4 a 6,3
Clostridium botulinum
4,8 a 5,0
6,0 a 8,0
8,5 a 8,8
Clostridium perfringens
5,0 a 5,5
6,0 a 7,6
8,5
Escherichia coli
4,3 a 4,4
6,0 a 8,0
9,0 a 10,0
Lactobacillus (maioria)
3,0 a 4,4
5,5 a 6,0
7,2 a 8,0
Salmonella
4,5 a 5,0
6,0 a 7,5
8,0 a 9,6
Staphylococcus aureus
4,0 a 4,7
6,0 a 7,0
9,5 a 9,8
bactrias
aerbias
multiplicam-se
em
condies
reduzidas,
+200 a +300
+300 a -100
-50 a -100
Ovos infeteis
+500
-200
-60 a -150
+225
+300
Carnes enlatadas
-20 a -150
Gros de trigo
-320 a -360
Tubrculos de batata
-150
Suco de uva
+409
Suco de limo
+383
4) Composio qumica:
Os microorganismos precisam de nutrientes disponveis para sua multiplicao,
como gua, fonte de energia, fonte de nitrognio, vitaminas e sais minerais. Como fonte
de energia, utilizam acares, lcoois, aminocidos e lipdios. Utilizam como fonte de
nitrognio os aminocidos e outros compostos nitrogenados. As vitaminas so
importantes fatores de crescimento de microorganismos, sendo as mais importantes as
do complexo B, a biotina e o cido pantotnico. Os minerais so indispensveis para o
crescimento microbiano, pois esto envolvidos em reaes enzimticas (FRANCO,
2002).
produtoras de cido ltico, que alteram o pH do alimento, deixando-o cido demais para
o desenvolvimento dos demais microorganismos.
O maior interesse na rea de alimentos pelas bactrias lticas, que produzem
uma ou mais bacteriocinas que podem ser protenas simples, componentes lipdicos e
acares. As bacteriocinas so empregadas em alimentos com o objetivo de controlar o
desenvolvimento de microorganismos patognicos e deteriorantes. Podem estimular a
competitividade entre os microorganismos, reduzindo a populao de uma certa
bactria, processo que se chama excluso competitiva.
As bacteriocinas, assim como as bactrias produtoras de bacteriocinas em
alimentos, so conservadoras naturais utilizadas na produo de certos tipos de
alimentos para controlar o desenvolvimento de microorganismos patognicos e
deteriorantes (FRANCO, 2002).
1) Temperatura ambiental:
Segundo Franco (2002), os microorganismos podem se multiplicar entre -35 C
a 90 C, por isso necessria a diviso em grupos:
-
Os
microorganismos
psicrfilos
apresentam
temperatura
de
Para evitar esse tipo de problema, o fabricante deve estar atento s normas de
limpeza e higienizao da indstria, dos equipamentos, e do pessoal a fim de reduzir a
contaminao dos alimentos (SILVA, 2000).
3.7.7. Contaminao
durante
armazenamento,
transporte
comercializao.
4.
5. MATERIAIS E MTODOS
Abaixo esto descritos os materiais e mtodos que foram utilizados para
realizao das anlises microbiolgicas de alimentos no LAQUA.
5.1. MATERIAIS
Os materiais utilizados nas anlises microbiolgicas como, meios de cultura,
diluentes, vidrarias e demais utenslios, so preparados para ficarem limpos, estreis e
isentos de resduos qumicos e orgnicos, que possam ter contato com as amostras de
alimentos no momento da anlise, para que no interfiram no resultado da anlise, o que
pode acontecer se no forem preparados.
5.1.1. Utenslios e vidrarias:
o Tubos de diluio;
o Pipetas graduadas;
o Estufa incubadora regulada 35 C;
o Estufa incubadora regulada 45,5 C;
o Tubos de Durhan;
o Ala de Drigalski;
o Ala Nquel-Cromo;
o Lminas de vidro;
o Cmara de Fluxo Laminar;
o Contador de Colnias;
o Homogeneizadores;
5.1.3. Reagentes:
o Perxido de Hidrognio (3%);
o Soluo Salina Fisiolgica;
o Anti soro somtico polivalente (Poli O)
5.2. MTODOS
Atravs da verificao do nmero mais provvel pela contagem dos tubos que
produziram gs, possvel saber se o alimento est dentro dos padres microbiolgicos
exigidos pelo Cdigo de Vigilncia Sanitria.
6. CONSIDERAES FINAIS
No decorrer das atividades de estgio, cuja durao foi de 400 horas, o objetivo
determinado foi alcanado, dentro do que se esperava para se obter conhecimento e
aperfeioamento na rea de microbiologia do Curso de Controle de Processos Qumicos.
Ao passar por esse perodo de experincia, percebemos que estamos cada vez
mais aptos a enfrentar o mercado de trabalho, que exige profissionais bem qualificados,
principalmente na rea de anlises microbiolgicas. Sabemos que necessrio o
conhecimento e a boa prtica de laboratrio, pois a rea de microbiologia necessita de
cuidados precisos na realizao e na avaliao dos resultados das anlises
microbiolgicas de alimentos, para que no ocorram falsos resultados, os quais atravs
de modificaes para sua melhoria, interferem no custo, no processo de produo, na
qualidade e na confiana do produto.
Ao estagiar percebemos o quanto importante o conhecimento e a busca de
aperfeioamento, para que se faa um trabalho de qualidade na prtica, com resultado
satisfatrio para crescer em busca de mercado de trabalho. Isso tambm importante
para definir a rea de especializao do formado, definindo, assim, o rumo de sua
carreira.
A satisfao em realizar esse estgio tambm se d em poder avaliar a qualidade
dos alimentos que chegam ao laboratrio, para que empresas no ramo alimentcio
possam melhorar e/ou assegurar alimentos de boa qualidade, que no interfiram de
modo malfico na sade do consumidor, na regio sudoeste do Paran, e em outras
regies de abrangncia do laboratrio LAQUA da UTFPR- Campus Pato Branco.
7. REFERNCIAS