Hobsbawn A Era Das Revoluções - Capitulo VI - As Revoluções RESUMO
Hobsbawn A Era Das Revoluções - Capitulo VI - As Revoluções RESUMO
Hobsbawn A Era Das Revoluções - Capitulo VI - As Revoluções RESUMO
Sendo assim, a dcada de grande importncia traz uma inovao na poltica, onde surge a
classe operria, lutando conscientemente e independente nos movimentos assim como os
movimentos nacionalistas Europeus. Assim como mudanas polticas estavam acontecendo,
mudanas sociais e econmicas andavam de mos dadas, e no ano de 1830 que h uma grande
proeminncia de tais fatos, tal como a industrializao e urbanizao na Europa e nos EUA, o
volume migratrio tanto por causas sociais como geogrficas, ideolgicas, artsticas, entre outras. E
nesse contexto que as revolues se instalam, determinando as dcadas de crise da sociedade que
surgia, at suas derrotas em 1848.
A terceira e maior das ondas revolucionrias, a de 1848, foi o produto dessa
crise (HOBSBAWN, 1977, p.130) e explodiu em diversas localidades quase que
simultaneamente.
As revolues de 1815-48, ao contrrio das do final do sculo XVIII, foram
intencionais e ocorreram graas insatisfao dada a inadequao dos sistemas polticos
impostos populao europeia, gerando cada vez mais e mais descontentamentos
econmicos e sociais, fazendo com que as pessoas se unissem em um nico movimento com
um objetivo em comum.
Aps 1815 surgiram trs grandes tendncias oposicionistas: o liberal
moderado, regido pela classe mdia superior e aristocracia liberal, o democrata radical,
representado pela classe mdia baixa, novos industriais e nobreza insatisfeita, e o socialista,
representado pelas novas classes trabalhadoras da indstria crescente. Entretanto, todos
tinham pouco em comum, a oposio aos poderes existentes da monarquia absolutista, Igreja
e aristocracia. A histria do perodo que vai de 1815 a 1848 a histria da desintegrao
dessa frente unida. (HOBSBAWN, 1977, p.131)
Em seus descontentamentos, todos os revolucionrios consideravam-se
pequenas elites de emancipados e progressistas atuando entre uma vasta e inerte massa do
povo ignorante e iludido, que sem dvida receberia com alegria a libertao quando ela
chegasse. (HOBSBAWN, 1977, p.133) Na luta contra os absolutistas a revoluo se
unificou pela Europa, utilizando o mesmo meio de se organizar secretamente, assim como a
maonaria, conhecidos como bons primos ou carbonari.
As rpidas transformaes sociais e econmicas resultaram na busca por uma
poltica de massa unida a sua revoluo, inspirada no modelo criado em 1789 com a queda
da Bastilha na Frana. Com o decorrer dos fatos, as revolues dividiram a Europa em duas
partes, a oeste do Reno e a leste do Reno e apesar das revolues de 1848 ocorrerem nas
duas partes, surgiu uma diferena relevante em cada uma das partes. Para Hobsbawn (1977,
p.136):
Essas diferenas refletiam as variaes no ritmo de evoluo e nas condies sociais em
diferentes pases, que se tornaram cada vez mais evidentes nas dcadas de 1830 e 1840 e
cada vez mais importantes para a poltica. Assim, a avanada industrializao da GrBretanha mudou o ritmo da poltica britnica: enquanto a maior parte do continente passou
pelo seu mais agudo perodo de crises sociais em 1846-8, a Gr-Bretanha teve um perodo
equivalente em 1841-2.