Devarim
Devarim
Devarim
Se pudssemos separar o curto tempo necessrio para revisar, imagine como seria mais
duradouro o impacto que teriam estas lies. Ao implementar at mesmo o mais brando
regime de reviso, podemos usar as lies que aprendemos na aula ou lemos em um livro
para elevar-nos a nveis mais altos na compreenso e prtica da Tor, sem ao menos
percebermos isso. Pense nos resultados! Sero literalmente espantosos.
Se est pensando em reviso, leia este artigo uma vez mais.
Devarim
Mosh rene a nao
A derrota de Og
Uma vez mais, os ouvintes aceitaram as duras palavras de Mosh. Esta era de fato uma
gerao notvel! Ningum gritou: "Pessoalmente, no tenho culpa!"
Mosh ainda no terminara com a lista dos erros: "Todos se lembram do que aconteceu
no deserto de Paran! Vocs enviaram espies! Mais tarde, quando se aproximaram de
Chatserot, Crach se rebelou!"
Finalmente, Mosh falou sobre o pecado mais grave de todos: o bezerro de ouro.
"Vocs estavam ricos com ouro quando saram do Egito!" Mosh disse: "Porm, usaramno para fazer um bezerro de ouro. Ao invs de terem sido destrudos, Dus ordenou que
construssem um Mishcan e perdoou-os pelo mrito do Mishcan."
Novamente, Ben Yisrael aceita a admoestao de Mosh. Fizeram teshuv pelo pecado
do bezerro de ouro.
O qu a Tor nos diz sobre estas falhas
Se voc abrir o Livro da Tor nesta parash e tentar encontrar o discurso de Mosh, ficar
surpreso. No est l!
Tudo que se pode encontrar na Tor so estas poucas palavras: "Mosh falou a Ben
Yisrael sobre o que aconteceu nas plancies de Moav, no Mar Vermelho, no deserto"... E
assim por diante. A Tor apenas menciona o nome de cada local onde um pecado
aconteceu. Por que no h mais detalhes?
Dus queria poupar o povo judeu da vergonha de ter um grande nmero de falhas
enumeradas no incio de um novo Livro da Tor. Por considerao para com os judeus, a
Tor Escrita apenas d indcios do discurso de Mosh.
A Avraham: "Olhe para o cu. Tente contar as estrelas! Assim como esta tarefa impossvel,
da mesma forma ser impossvel contar seus filhos!"
A Yitschac: "Seus filhos sero to numerosos como os gros de areia na praia!"
A Yaacov: "Seus filhos sero como o p da terra."
Tentemos entender como os judeus so comparados - as estrelas, areia e p:
Estrelas Cada estrela importante para o universo. Se apenas uma estiver faltando, a
criao de Dus imperfeita. Da mesma forma, cada judeu tambm de suma importncia.
Areia Embora ondas poderosas quebrem contra a praia arenosa, a delicada areia uma
forte barreira. A gua no pode passar por ela e carreg-la para longe.
Similarmente, o povo judeu repetidamente sobrevive aos ataques das naes do mundo.
P da terra Plantas e rvores no cresceriam sem o solo. Ben Yisrael pode ser
comparados terra porque, pelo seu mrito, todas as naes so abenoadas.
Na poca de Mosh, Dus j tinha completado Sua promessa de que Ben Yisrael seriam como
as estrelas. Apenas na poca de Mashiach todas as promessas que Dus fez aos patriarcas
sero totalmente cumpridas.
Como Mosh escolhia os juzes
Mosh continuou seu discurso:
"Disse-lhes que trouxessem a mim os homens justos que sejam sbios e compreensivos. Eu os
escolheria como juzes.
"Ao ouvir este pedido, vocs deveriam ter respondido: Mosh, preferimos que sejas nosso nico juiz!
Tu quem recebeste os mandamentos diretamente de Dus. Os outros juzes so apenas teus alunos;
no possuem todo o teu conhecimento.
"Mas vocs concordaram imediatamente. Pensaram: Entre tantos juzes, alguns aceitaro suborno e
nos favorecero!"
"Eu disse aos novos juzes: Julguem todos os casos que puderem. Se um caso for muito difcil,
tragam-no a mim."
Embora Mosh assim falasse, Dus mostrou-lhe que mesmo ele no conseguiria cuidar sozinho de
todos os casos difceis. Quando as filhas de Tselofchad (na parash de Pinechs) vieram perguntar a
Mosh se a herana paterna deveria ser-lhes concedida, Mosh no respondeu de imediato,
consultando primeiro Dus. Mosh ento repetiu ao povo as regras que havia ensinado aos juzes.
As regras para os juzes judeus
O mesmo tipo de problema pode ser trazido a vocs mais de uma vez. Da primeira, ser novo para
vocs, assim estudaro cuidadosamente a soluo. Da segunda vez, vocs no estudaro to
detalhadamente. Quando ouvirem o problema pela terceira vez pensaro: "Por que deveria eu escutar
estas leis novamente? J conheo este caso." Mas esto errados! Devem revisar cuidadosamente
cada caso antes de tomar uma deciso, mesmo se acharem que lhes familiar.
Pode acontecer de lhe perguntarem sobre um caso a respeito de alguns centavos. Mais tarde, um
caso envolvendo uma fortuna pode lhes ser apresentado. No adiem a questo a respeito da pequena
quantia, julgando o segundo em primeiro lugar. Devem ambos ter a mesma importncia para voc.
Quando duas pessoas entrarem para julgamento, no pensem: "Esta pessoa parece ser um
vigarista. O outro aparenta ser uma pessoa decente!"
Ao contrrio, ambas as partes devem parecer igualmente culpadas para vocs. Aps aceitarem a
deciso da justia e sarem, ambos devem ser como tsadikim a seus olhos.
Um pobre e um rico tm uma disputa. No pensem: "Esta uma boa oportunidade de ajudar o
homem pobre! Farei com que o rico perca o caso, para que pague dinheiro ao outro. Desta maneira,
ajudarei o homem pobre!" Isto no permitido! No podem tambm favorecer o homem rico. Ambos
devem ser iguais para vocs.
Nunca temam pessoa alguma. Se um rufio ameaar: "No ouse fazer-me perder, ou porei fogo em
sua casa!" - no se deixem intimidar.
Vocs devem ouvir cada caso diretamente das pessoas envolvidas e no atravs de um tradutor. Por
esta razo, para ser um membro do Sanhedrin (Suprema Corte) era preciso saber muitos idiomas.
Assuntos financeiros devem ser decididos por trs juzes. Uma sentena de vida ou morte, porm,
deve ser decidida por pelo menos vinte e trs juzes.
o Uma sentena de morte jamais pode ser pronunciada em um nico dia. A deciso final deve ser
tomada no dia seguinte.
acontecimento tambm causou minha morte no deserto. Porque golpeei a rocha em M Meriva, Dus
disse-me que Yehoshua lideraria Ben Yisrael Terra Prometida."
Mesmo assim, Dus nos permitiu recolher os despojos deles. Foram eles que haviam contratado o
mgico Bilam para nos amaldioar e enviaram as suas filhas para nos fazer pecar (Parashat Balac)."
Por que Dus ordenou aos judeus que no atacassem Moav?
Dus previu que uma mulher notvel nasceria em Moav. Tornar-se-ia judia, desposaria Boaz e seria
mais tarde a av do Rei David. Por causa dela, o povo de Moav no foi destrudo.
"Enviamos mensageiros ao rei de Moav, pedindo permisso para passar pelas suas terras. Mas ele
tambm recusou, e ento viajamos ao redor de Moav."
Ben Yisrael e Amon
"Quando nos aproximamos de Amon, Dus ordenou: Ben Yisrael no podem lutar com os amonim.
Nem ao menos lhes ser permitido recolher os despojos deles. So descendentes de Lot, e
receberam o pas at que chegue a era de Mashiach."
Por que Amon foi poupado?
Dus previu que do povo de Amon nasceria uma mulher importante: Naama. Ela se tornaria judia e
seria a mulher do Rei Shelom. Seu filho, Rechavam, seria coroado rei aps a morte de Shelom.
H uma outra razo pela qual Dus proibiu a conquista de Moav e Amon:
Dus poupou-os como recompensa pelo silncio de Lot. Qual foi o mrito de Lot?
No livro de Bereshit, na parash de Lech Lech a Tor nos relata o seguinte: Quando Avraham viajou
ao Egito, fingiu que Sara era sua irm. Lot, o sobrinho de Avraham, os acompanhou nesta viagem e
sabia a verdade: Sara era a esposa de Avraham! Ele podia ter contado ao Fara que Sara era a
mulher de Avraham. O que poderia acontecer a Avraham? O Fara o teria matado para ficar com
Sara. Quando Lot ficou em silncio, salvou a vida de Avraham. Como recompensa, Dus poupou as
vidas de seus descendentes, os moavim e amonim.
Por que Mosh lembrou aos judeus que Dus havia proibido a conquista de Seir, Amon e Moav?
Ben Yisrael poderiam perguntar um dia: "Ser que o exrcito de Mosh era muito fraco para derrotar
aquelas naes?" Mosh deixou claro: "Embora Dus tivesse prometido a Avraham que vocs
conquistariam dez naes, Ele est dando a vocs agora apenas sete naes. As outras trs Seir,
Amon e Moav sero dadas a vocs apenas na era de Mashiach. No porque sejam muito fracos
para sobrepuj-los, mas porque Dus assim o ordenou. Ele est esperando o momento certo para
entregar estas trs naes em suas mos."
Ben Yisrael vencem Sichon e seu exrcito
Mosh continuou: "Dus no nos permitiu conquistar Edom, Amon e Moav. Mas Ele deixou-nos
conquistar a terra de Sichon, rei dos emorim."
Os emorim tinham tentado impiedosamente aniquilar os judeus. Ordenaram a seus soldados que se
escondessem em cavernas na montanha, e atirassem suas flechas em Ben Yisrael enquanto estes
estivessem passando por um estreito vale Emorita. Os judeus teriam sido destrudos se no fosse
pela ajuda de Dus (veja Parashat Chucat).
Mosh disse: "Enviei mensageiros a Sichon, pedindo: Por favor, deixe-nos passar por seu pas! Se
precisarmos de comida, a compraremos de vocs.
"Sichon recusou-se a nos deixar passar. Mesmo assim, senti que havia agido corretamente em enviarlhe mensageiros. Aprendi de Dus que mesmo aos perversos deve-se dar uma chance."
"Sichon mobilizou ser exrcito. Deixou a capital e marchou para atacar. Esta foi uma bondade especial
de Dus. A capital de Sichon estava to bem guarnecida que teramos tido problemas em conquist-la.
No tivemos que enfrentar diversos grupos de soldados espalhados em locais diferentes. O exrcito
Mesmo assim, Dus nos permitiu recolher os despojos deles. Foram eles que haviam contratado o
mgico Bilam para nos amaldioar e enviaram as suas filhas para nos fazer pecar (Parashat Balac)."
Por que Dus ordenou aos judeus que no atacassem Moav?
Dus previu que uma mulher notvel nasceria em Moav. Tornar-se-ia judia, desposaria Boaz e seria
mais tarde a av do Rei David. Por causa dela, o povo de Moav no foi destrudo.
"Enviamos mensageiros ao rei de Moav, pedindo permisso para passar pelas suas terras. Mas ele
tambm recusou, e ento viajamos ao redor de Moav."
Ben Yisrael e Amon
"Quando nos aproximamos de Amon, Dus ordenou: Ben Yisrael no podem lutar com os amonim.
Nem ao menos lhes ser permitido recolher os despojos deles. So descendentes de Lot, e
receberam o pas at que chegue a era de Mashiach."
Por que Amon foi poupado?
Dus previu que do povo de Amon nasceria uma mulher importante: Naama. Ela se tornaria judia e
seria a mulher do Rei Shelom. Seu filho, Rechavam, seria coroado rei aps a morte de Shelom.
H uma outra razo pela qual Dus proibiu a conquista de Moav e Amon:
Dus poupou-os como recompensa pelo silncio de Lot. Qual foi o mrito de Lot?
No livro de Bereshit, na parash de Lech Lech a Tor nos relata o seguinte: Quando Avraham viajou
ao Egito, fingiu que Sara era sua irm. Lot, o sobrinho de Avraham, os acompanhou nesta viagem e
sabia a verdade: Sara era a esposa de Avraham! Ele podia ter contado ao Fara que Sara era a
mulher de Avraham. O que poderia acontecer a Avraham? O Fara o teria matado para ficar com
Sara. Quando Lot ficou em silncio, salvou a vida de Avraham. Como recompensa, Dus poupou as
vidas de seus descendentes, os moavim e amonim.
Por que Mosh lembrou aos judeus que Dus havia proibido a conquista de Seir, Amon e Moav?
Ben Yisrael poderiam perguntar um dia: "Ser que o exrcito de Mosh era muito fraco para derrotar
aquelas naes?" Mosh deixou claro: "Embora Dus tivesse prometido a Avraham que vocs
conquistariam dez naes, Ele est dando a vocs agora apenas sete naes. As outras trs Seir,
Amon e Moav sero dadas a vocs apenas na era de Mashiach. No porque sejam muito fracos
para sobrepuj-los, mas porque Dus assim o ordenou. Ele est esperando o momento certo para
entregar estas trs naes em suas mos."
Ben Yisrael vencem Sichon e seu exrcito
Mosh continuou: "Dus no nos permitiu conquistar Edom, Amon e Moav. Mas Ele deixou-nos
conquistar a terra de Sichon, rei dos emorim."
Os emorim tinham tentado impiedosamente aniquilar os judeus. Ordenaram a seus soldados que se
escondessem em cavernas na montanha, e atirassem suas flechas em Ben Yisrael enquanto estes
estivessem passando por um estreito vale Emorita. Os judeus teriam sido destrudos se no fosse
pela ajuda de Dus (veja Parashat Chucat).
Mosh disse: "Enviei mensageiros a Sichon, pedindo: Por favor, deixe-nos passar por seu pas! Se
precisarmos de comida, a compraremos de vocs.
"Sichon recusou-se a nos deixar passar. Mesmo assim, senti que havia agido corretamente em enviarlhe mensageiros. Aprendi de Dus que mesmo aos perversos deve-se dar uma chance."
"Sichon mobilizou ser exrcito. Deixou a capital e marchou para atacar. Esta foi uma bondade especial
de Dus. A capital de Sichon estava to bem guarnecida que teramos tido problemas em conquist-la.
No tivemos que enfrentar diversos grupos de soldados espalhados em locais diferentes. O exrcito
estava todo agrupado. Por isso, o capturamos rapidamente.
"Matamos Sichon, o poderoso gigante e seu filho. Desta maneira, conquistamos a terra dos Emorim."
A derrota de Og
O gigante Og era meio-irmo de Sichon. Governava o reino Emorita de Bashan. Quem era Og?
O Midrash nos relata:
Como Og sobreviveu at a poca de Mosh
Todos os gigantes poderosos que viviam ao tempo de Nach se afogaram no dilvio. Apenas Og
sobreviveu. Subiu por uma escada at a arca e implorou a Nach: "Por favor, salve-me! Serei seu
escravo para sempre,"
Nach refletiu: "Tantas pessoas tentaram salvar-se subindo na arca, mas nenhuma delas conseguiu.
Como Og teve sucesso em chegar aqui, Dus provavelmente deseja que ele sobreviva!"
Assim Nach fez um pequeno furo na arca e passava comida a Og todos os dias. S esta tarefa j
mantinha Nach e seus filhos muito ocupados! Nossos sbios dizem que Og devorava incrveis
quantidades de comida, e que bebia gales de gua. Mesmo assim, Nach o alimentou, e Og
sobreviveu.
Por que Dus permitiu que vivesse?
Dus desejava que o mundo visse um gigante da poca anterior ao dilvio. O mundo aprenderia ento
que Dus destruiu at mesmo esta raa de gigantes, porque rebelaram-se contra Ele.
Og ainda estava vivo ao tempo de Avraham. Quando Lot, sobrinho de Avraham, foi capturado numa
guerra, (Parashat Lech Lech) Og pensou: "Vou correr e dizer a Avraham que seu sobrinho foi preso.
Quando Avraham for resgat-lo, ser morto pelos captores de Lot. Poderei ento casar-me com a
linda Sara!"
Dus imediatamente prometeu: "Pelos esforo que fizeste para trazer a Avraham a mensagem, ters
vida longa. Mas como desejaste que Avraham fosse morto, sers destrudo pelos seus descendentes!"
Og era uma das pessoas convidadas ao berit mil de Yitschac. Os reis de Cnaan haviam sido
convidados tambm. Os reis disseram a Og, "Voc sempre chamou Avraham de mula, dizendo que
ele como uma mula que no pode dar cria. Porm, veja, ele tem um filho, Yitschac!"
Og olhou para o beb de Avraham, um menino. Naquela poca, os bebs nasciam to grandes que
mesmo os recm-nascidos precisavam de uma cama de adulto. Yitschac foi o primeiro beb a nascer
pequeno e fraco, como os bebs atuais.
"Este beb to pequeno que precisa de um bero!" - zombou Og. "Eu poderia mat-lo com um
dedo!"
" assim que voc fala do filho que dei a Avraham?" Dus disse. "Voc viver para ver dezenas de
milhares de descendentes deste bebezinho! E voc cair em suas mos."
Quando Yaacov chegou ao Egito, Og estava visitando o Fara.
O Fara disse a Og: "Voc sempre afirmou que Avraham nunca teria filhos! Mas aqui est o neto de
Avraham, Yaacov, e ele trouxe setenta dos descendentes de Avraham com ele!"
Og ficou furioso. Desejou que todos os descendentes perecessem!
"Seu malvado!" - disse Dus. "Por que lhe deseja mal? No fim, voc ser destrudo!"
Mosh contou a histria: "Og tornou-se o governante de Bashan. Quando ouviu que havamos
conquistado Sichon, preparou seu exrcito para a guerra.
"Chegamos perto de Edr, a cidade fortificada de Og. L acampamos para passar a noite e
preparamo-nos para invadir a cidade pela manh.
"Dus disse-me: Veja Og sentado sobre a muralha! Ele era to imenso que quando sentava-se sobre
a muralha, seus ps tocavam o solo.
"Eu estava com medo. Pensei: Este o malvado que zombou de Avraham e Sara. Disse que eles
eram como rvores prximas da gua, mas que no do frutos. No o tema, disse-me Dus.
"Og apanhou uma enorme pedra para jogar em cima de ns. Mas Dus transformou-a em pedaos.
Enquanto isso, apanhei um machado e atingi Og no calcanhar. Caiu para trs e morreu."
"Enfrentamos o exrcito de Og. Dus fez o sol ficar imvel at que a batalha terminasse. Assim, o
mundo inteiro soube desta guerra e de nossa vitria."
Derrotamos o exrcito emorita. Agora possumos enormes lotes de terra a leste do Rio Jordo.Dividi a
terra entre Reuven, Gad, e metade de Menash. Ordenei ento: Embora j tenham recebido seu
quinho, devem acompanhar Ben Yisrael at rets Yisrael e ajud-los a lutar. Depois, podem
retornar sua terra.
"A Yehoshua, eu disse: Voc viu como Dus destruiu os poderosos gigantes Sichon e Og. Assim Ele
destruir todos os reis que vivem em rets Cnaan. No tenha medo, pois Dus est lutando por voc!"
Dus tem falado com pessoas, mas nunca antes, ou depois, a uma
nao inteira. Alguma vez aconteceu que toda uma nao foi salva por
meio de milagres como o das Dez Pragas? Dus realizou estes
milagres para vocs porque Ele amou seus antepassados e vocs,
filhos deles. Qual foi o propsito de todos estes milagres? Mostrar que
Ele o nico D, que no h outro poder alm dEle. Assim como Dus
os tirou do Egito, ele os resgatar de todas as outras naes."
Os versculos acima (Devarim 4:25-40) so lidos da Tor na sinagoga,
na manh do jejum de Tish Beav. Esta Parash apropriada para
Tish Beav, porque fala sobre a punio de Ben Yisrael, e promete
que Dus aceitar nossa teshuv mesmo quando estivermos no exlio.
O Midrash nos diz:
As palavras de Mosh eram uma profecia
Quando Mosh advertiu Ben Yisrael a guardarem a Tor mesmo
aps viverem em rets Yisrael por um longo tempo, ele usava a
palavra venoshantem. Isto significa "aps voc ter-se tornado velho e
instalado no pas" (da raiz yashan, velho). A Tor usa esta palavra
porque faz uma insinuao ao futuro. O seu valor numrico
(guematriy) 852. Mosh profetizou: "Se servirem dolos, Dus os
expulsar de rets Yisrael aps 852 anos".
A profecia de Mosh tornou-se realidade?
Na verdade, Ben Yisrael permaneceu no pas apenas 850 anos antes
que o Primeiro Bt Hamicdash fosse destrudo, no 852.
Em Sua misericrdia, Dus enviou a punio dois anos antes da data
que Mosh previu. Se Dus tivesse esperado mais dois anos, Ben
Yisrael teria cado to baixo que Dus teria que destru-los, Dus no o
permita.
Mosh ameaou que, se Ben Yisrael pecasse, seria rapidamente
exilado do pas. Mesmo assim Dus esperou pacientemente por 850
anos, sempre esperando que Ben Yisrael fizesse teshuv.
Mosh separa ar miclat (cidades de refgio)
Agora Mosh interrompeu seu discurso. "At este momento, tenho
falado sobre guardar as leis de Dus . Agora quero realmente cumprir
uma delas!"
Sobre qual mitsv Mosh estava falando?
Dus disse a Mosh que seis cidades de refgio deveriam ser
estabelecidas: trs a leste do Jordo e trs em rets Cnaan. Mas as
trs primeiras no poderiam proteger assassinos antes que as trs em
rets Yisrael fossem estabelecidas.
Mosh poderia ter falado "Como no chegarei a rets Cnaan, eu no
posso assentar os trs cidades-refgio l. Por isso, no faz sentido
estabelecer os ar miclat aqui, a leste do Rio Jordo. No podem
servir de abrigo para um assassino."
Mosh no disse isso. Pelo contrrio, pensou: "Devo cumprir toda e
qualquer mitsv que estiver ao meu alcance!"
Os Dez Mandamentos
Os Dez Mandamentos j foram explicados na Parash Yitr. Entretanto, como a Tor
os repete nesta Parash, explicaremos novamente.
O Primeiro Mandamento
Anochi Dus Elokecha / Cr em Dus!
"Eu sou Dus, teu Dus! Sou tanto um Dus de misericrdia, chamado Dus, como um
Dus severo, chamado Elokim. No sou dois deuses distintos! Sou Aquele que faz tudo
acontecer. Vocs viram como afoguei os egpcios no Mar Vermelho, e ao mesmo
tempo salvei vocs dividindo as guas."
O Segundo Mandamento
L yihy lecha / No tenhas outros deuses!
"No digas: Servirei a Dus e servirei outros deuses, tambm. Eles sero Seus
ajudantes! Deves servir apenas a Mim.
"No podes fazer uma imagem Minha, mesmo que penses que isto te ajudar a servirMe melhor."
O Terceiro Mandamento
L tissa / No pronuncie o nome de Dus em vo!
Este mandamento probe jurar falsamente ou sem necessidade em nome de Dus.
Uma histria:
Mais esperto que o ladro
Um comerciante tinha viajado a outra cidade para adquirir mercadorias. Levou com ele
uma bolsa contendo 500 moedas de ouro. Ao chegar a seu destino, encontrou uma
estalagem na qual passaria a noite. Mas estava preocupado com o dinheiro, pois
poderia ser roubado. Deveria deix-lo no quarto, ou carreg-lo consigo todo o tempo?
No conhecia pessoa alguma na cidade, por isso decidiu que o melhor seria esconder
as moedas. Cavou um buraco no solo, a um canto do quarto, e l escondeu a bolsa.
Cobriu tudo com terra.
O infeliz viajante no podia imaginar que estava sendo observado. O estalajadeiro, um
homem desonesto, assistia suas aes atravs de um furo na parede, esfregando as
mos satisfeito com a descoberta. Assim que o comerciante saiu, o estalajadeiro
cavou e roubou a bolsa.
Pelos dias que se seguiram, o homem de negcios nem ao menos pensou sobre o
dinheiro, pois considerava-o a salvo. Quando chegou o dia em que precisou do
dinheiro, foi direto ao canto do quarto. Em choque, ficou olhando para o buraco vazio;
a bolsa se fora! Esmiuou o crebro para tentar lembrar onde poderia estar. No falara
a ningum sobre o esconderijo; algum deveria t-lo vigiado. Aps fazer uma completa
busca pelo aposento, o mercador descobriu o buraquinho. Percebeu que o hospedeiro
deveria t-lo observado atravs dele. Agora era necessrio um truque bem esperto
para conseguir o dinheiro de volta. O que faria?
O comerciante teve uma idia. Aps acalmar-se um pouco, foi em busca do hoteleiro.
"Ouvi dizer que um homem sbio!" disse ele. "Poderia por favor aconselhar-me, pois
tenho um problema?"
"Certamente," respondeu o homem, lisonjeado.
O mercador prosseguiu: "Veja s, eu trouxe comigo duas bolsas. Uma contm 500
moedas de ouro, e a outra, 800. Decidi esconder a primeira, mas estou na dvida
sobre o qu fazer com a segunda. Acha que seguro escond-la no mesmo local? Ou
ao contrrio, deveria eu d-la para algum na cidade guard-la?"
"No a d a ningum!" respondeu o albergueiro. "A pessoa pode ser desonesta.
muito arriscado. Sugiro que voc o esconda."
Secretamente, o estalajadeiro pensou: "Agora conseguirei a segunda bolsa, tambm!"
"Obrigado pelo bondoso conselho," disse o comerciante. "Preciso sair agora para uma
reunio com alguns outros mercadores. Quando voltar, farei da maneira que sugeriu."
Assim que saiu, o hospedeiro ps a bolsa roubada no esconderijo. "O mercador
colocar a segunda bolsa l tambm," pensou alegremente. "Logo terei ambas em
meu poder."
Mais tarde, o mercador voltou ao seu quarto. O plano teria dado certo? Acharia sua
bolsa?
Foi ao esconderijo e, graas a Dus, l estava o dinheiro! "Bendito seja Dus, que
devolveu a propriedade perdida ao seu devido dono!" bradou ele.
Rapidamente deixou a estalagem, para nunca mais voltar.
O Nono Mandamento
L taan / No ds falso testemunho!
proibido testemunhar perante um Bt Din (justia) sobre um acontecimento que no
foi observado pessoalmente pela testemunha. Se algum testemunhar baseado em
relatos de terceiros, mesmo se estiver convencido da integridade do acusado, estar
transgredindo este mandamento.
O Dcimo Mandamento
L tachmod / No desejes aquilo que no te pertence!
H vrios tipos de inveja: voc pode estar com inveja porque seu amigo um tsadic
maior que voc e aprende mais Tor. "Olhe quantas horas ele estuda. Invejo-o,
realmente," talvez diga. Ou pode invejar suas posses materiais: "Seu carro melhor
que o meu! Ele tem dinheiro que jamais terei!"
Algum destes tipos de inveja permitido?
Sim, o primeiro . Voc pode invejar as conquistas espirituais de outra pessoa, mas
no suas posses mundanas.
Por que somos geralmente invejosos das coisas que os outros possuem?
O ytser har (m inclinao) astuto e deseja que pensemos que os objetos dos
outros so melhores que os nossos.Para que possamos cumprir a mitsv de "No
cobice!" devemos crer que Dus d a cada pessoa o que melhor para ela.
Se temos que ser invejosos, que o sejamos das maiores conquistas alheias da Tor.
Isto nos far tentar aprender com mais empenho e a cumprir mais mitsvot nos
refinando.
Mosh ensina o primeiro versculo do "Shem"
A leitura do Shem um mandamento positivo da Tor que deve ser
cumprido duas vezes ao dia: pela manh na prece de Shacharit e aps
o anoitecer na prece de Arvit. Uma vez que o Shem da manh deve
ser lido no primeiro quarto do dia, aconselhvel l-lo logo aps as
Bnos Matinais, antes da prece de Shacharit para no atrasar este
horrio (e durante a prece de Shacharit, o Shem ser lido novamente
na seqncia normal da prece).
O Shem composto de trs trechos da Tor (Deut. 6:4-9;11:13-21; e
Nm. 15:37-41) que devem ser lidos cuidadosamente e sem
interrupo, seja por palavras, seja por gestos. Os homens costumam
beijar os tsitsit (na leitura do Shem de dia) cada vez que mencionam
esta palavra no meio do terceiro pargrafo do Shem e tambm na
ltima palavra ("emet").
Cobrem-se os olhos com a mo direita ao recitar o primeiro versculo
do Shem para maior concentrao. Ao pronunciar o nome de Dus
("A-do-nai"), deve-se ter em mente que Ele Eterno, i.e., existe,
existiu e existir. A ltima palavra do primeiro versculo ("Echad"),
composta de trs letras hebraicas, deve ser pronunciada com nfase
especial, enquanto se reflete sobre seu significado: a primeira letra,
alef, com valor numrico 1, diz respeito ao Dus nico; a segunda,
chet, com valor numrico 8, significa que Ele tem soberania absoluta
sobre os Sete Cus e a Terra; a terceira, dalet, com valor numrico 4,
palavras do Shem, Dus protege cada uma das 248 partes de nosso
corpo.
Sempre que rezamos, importante pronunciar cada palavra. Se as
pulamos ou pronunciamos de forma incorreta (principalmente as
palavras "Dus " e "Eloknu") ento no estamos rezando
devidamente. Quando dizemos Shem, ainda mais importante
pronunciar cada palavra claramente, mesmo que isso leve mais
tempo.
Veahavt / O segundo versculo do primeiro pargrafo do Shem
Mosh continuou: "Veahavt et Hashem Elokecha bechol levavech
uvchol nafshech uvchol meodcha"; "Ame a Dus , teu Dus, com todo
o teu corao, com toda a tua alma, e com todas tuas posses."
Por que Dus deseja que O amemos?
Se O amamos, cumpriremos Suas mitsvot muito mais
cuidadosamente. Se voc ama Dus, pensar antes de cada mitsv:
"De que maneira posso cumprir melhor esta mitsv?"
*Avraham Yitschac e Yaacov cumpriram a mitsv de "amar Dus " da
forma em que est ordenada no Shem:
Avraham amou Dus com todo seu corao. Quando Avraham j era
um homem velho, Dus disse-lhe para oferecer seu nico filho Yitschac
em sacrifcio. Avraham amava Yitschac. Mesmo assim, cumpriu a
vontade de Dus mostrando a fora de seu amor por Ele. Da mesma
forma, somos ordenados a resistir nossos impulsos e amar Dus de
todo o corao.
* Yitschac um exemplo de algum que estava pronto a oferecer sua
vida a Dus.
Concordou em ser sacrificado por Avraham no monte de Moriy. Ns,
tambm, devemos amar tanto a Dus que estejamos prontos a
renunciar a nossa vida por Ele.
* Yaacov estava pronto a doar toda sua fortuna para Dus. Na casa de
seu pai, Yaacov aprendeu a Tor, antes de preocupar-se em
enriquecer. A caminho da casa de Lavan, prometeu dar a Dus um
dcimo de todas suas posses. Aps tornar-se rico na casa de Lavan,
Yaacov deu tudo que havia ganho ao seu irmo Essav, para comprar
sua sepultura na gruta de Machpel.
Quando Mosh ordenou aos judeus: "Ame Dus com todo seu corao,
com toda sua alma e com todas suas posses," pde usar os patriarcas
como exemplos perfeitos.
Mosh continuou: "Vehayu hadevarim hale asher Anochi metsavech
hayom al levavcha"; "Estas palavras que Eu te ordeno hoje ficaro
sobre teu corao." No devem sentir que estas palavras so velhas;
devem sentir-se como se as tivessem recebido ainda hoje no Monte
Sinai."
"Veshinantam levancha vedibart bam beshivtech bevetcha
uvlechtech vadrech uvshochbech uvcumcha"; "Inculca-las-s
diligentemente em teus
filhos e falars a respeito delas, estando em tua casa andando por teu
caminho, e ao te deitares e ao te levantares." Fale sobre a Tor mais
kev (Devarim 7:12 - 11:25) comea com Mosh encorajando os filhos de Israel a confiar
em Dus e nas maravilhosas recompensas que Ele lhes dar se guardarem a Tor. Mosh
assegura-lhes que derrotaro com xito as naes de Cana, quando devero remover todo
e qualquer vestgio de idolatria remanescente na Terra Santa.
Mosh os lembra sobre o miraculoso man e as outras maravilhas com que Dus os
cumulou pelos quarenta anos passados, e ele adverte o povo judeu para estar consciente
das armadilhas de sua futura prosperidade e orgulho das faanhas militares, o que pode
faz-los esquecer Dus. Ele os relembra ainda de suas transgresses no deserto,
recontando toda a histria do bezerro de ouro, e descrevendo a abundante misericrdia de
Dus.
Mosh enfatiza que a gerao do deserto tinha uma responsabilidade especial de
permanecer leal s mitsvot, preceitos da Tor, por causa dos muitos milagres que
vivenciaram pessoalmente. Aps detalhar as numerosas virtudes da Terra Prometida,
Mosh ensina ao povo o segundo pargrafo do Shem, que enfatiza a doutrina fundamental
de recompensa e punio, baseada em nosso cumprimento das mitsvot.
Esta Poro da Tor conclui com a promessa de Dus, uma vez mais, de que Ele proteger
o povo judeu se eles cumprirem as Leis da Tor.
Mensagem da Parash
De pernas para o ar
por Rabi Lee Jay Lowenstein
O nome da poro desta semana da Tor, kev, literalmente significa "calcanhar." Uma
traduo simples do versculo introdutrio seria portanto: "E ser nos calcanhares de seu
cumprimento dos mandamentos que D'us cumprir Sua aliana e Sua bondade que Ele
prometeu aos seus antepassados."
Rashi cita um Midrash que oferece uma leitura alternativa do versculo. O Midrash declara
que se voc for cuidadoso em observar os mandamentos que as pessoas normalmente
esmagam sob os calcanhares, ento o Todo Poderoso cumprir Suas promessas a voc.
primeira vista, a pessoa poderia dizer instintivamente que o Midrash significa que se voc
for to cuidadoso em cumprir at mesmo as mincias da Tor, ento as recompensas
ilimitadas de D'us sero suas. Entretanto, um escrutnio mais cuidadoso revela o que isso
quer dizer: A recompensa vem por cumprir as "menores" mitsvot e por no fazer distino
entre elas e aquelas consideradas mais "srias". Isso levanta vrias dificuldades. Por que
no deveramos distinguir entre elas? justo determinar que a recompensa vem por realizar
as "menores" mitsvot da mesma forma que ocorre com o cumprimento das mais 'srias"?
Alm disso, qual a definio de uma mitsv que algum "esmagaria sob o calcanhar"?
Finalmente, por que nossos sbios selecionam o calcanhar como oposto a nomear todo o
p como o culpado que to impiedosamente pisoteia a palavra de D'us?
De volta ao Jardim do den, o homem falhou no maior teste de todos os tempos. O
problema de comer da rvore do Conhecimento no foi meramente uma questo do homem
procurando o alimento mais extico para agradar suas papilas gustativas. Foi sobre a
prpria existncia, e sobre quem comanda o espetculo.
D'us, em Sua infinita sabedoria, sabia que era melhor para o homem no receber parte da
rvore naquela ocasio. Mesmo assim o Homem acreditou que sabia mais; ele determinou
que era ele quem controlava seu destino e que era capaz de fazer tudo certo. Talvez para
expressar isso em um nvel mais profundo: O homem pensou que merecia existir, que tinha
o direito de ser, e que estava devidamente habilitado a exercitar seu direito, tornando-se o
nico senhor de seu destino. Aps sua queda, quando ele, sua mulher e a serpente foram
amaldioados, D'us declarou que haveria inimizade entre a serpente e a raa humana; "a
cobra morder seu calcanhar e ele esmagar sua cabea" (Bereshit 3:15).
O outrora grandioso e potencialmente eterno homem torna-se agora uma perptua vtima da
serpente; e onde especificamente estaria seu "calcanhar de Aquiles", o prprio calcanhar.
Por que?
Existe uma expresso que descreve a firma resoluo de algum que deseja conseguir um
cargo "ele est cavando com os calcanhares". O calcanhar representa a afirmao do
homem sobre a terra. Como diz o versculo: "Os cus pertencem a D'us, mas a terra foi
dada Humanidade" (Tehilim 115:16).
O homem reivindica que a terra sua propriedade, e portanto tem o direito de control-la,
de exercer domnio sobre ela. A conexo com a terra atravs do calcanhar incentiva o
homem. Observe quantas guerras foram travadas sobre limites territoriais! Quanto mais o
homem "cava" a terra, mais poder ele pensa que exerce, e quanto mais direitos sente que
tem, mais se distancia de um relacionamento significativo com D'us.
Ironicamente, a mesma fora que d ao homem tanto poder, a causa de sua queda o
calcanhar. No surpresa, portanto, que est seja a rea de ataque, sobre a qual a
serpente sempre ter um ponto de vantagem.
A palavra hebraica para sapato "na'al". Etimologicamente, pode derivar da palavra
hebraica "no'el" que significa "trancar", ou da palavra "aliyah" que significa "subir". De
qualquer forma, a conotao que sapatos rompem nossas amarras com o solo e isolam o
homem da atrao impetuosa da terra. Assim fazendo, os sapatos nos do uma alyiah, uma
ascenso espiritual, porque nos removem da fora que busca arrastar-nos para baixo e para
longe de D'us a terra.
No temos dificuldade em entender filosoficamente que a Tor foi criada por D'us para o
aperfeioamento da humanidade. Obviamente, deve haver um livro mestre que governa o
universo e estabelece um padro de valores e comportamentos desejveis. Entretanto, qual
realmente nossa atitude com a Tor? Cumprimos a mitsvot porque ns desejamos o que
melhor para ns e o estilo de vida da Tor preenche esta necessidade? Sentimos que
temos o direito de decidir por ns mesmos o que verdadeiro e justo? Ou, talvez, afastamonos da equao e dizemos que um ser humano no pode saber independentemente o que
melhor para si, e que portanto devemos conceder a total determinao sobre o certo e o
errado Tor?
O Maharal explica que as mitsvot que tendem a ser pisoteadas so aquelas que
entendemos como no merecedoras de grande recompensa. Se nossa atitude para com a
Tor meramente utilitria, que temos o direito de escolher o que melhor para ns e
portanto escolhemos a Tor, pode-se prontamente entender como aquelas mitsvot que no
proporcionam os maiores benefcios possam ser "varridas para debaixo do tapete" em favor
das "grandes mitsvot". Por que eu deveria escolher o que melhor para mim?
kev
O cumprimento das mitsvot e a conquista
da terra
A tefil
Temor a Dus
"Dus manter todas as doenas distantes de vocs: tanto as doenas comuns como as
raras que Ele enviou aos egpcios. Pelo contrrio, aquelas doenas cairo sobre seus
inimigos.
"Vocs sero vitoriosos sobre as sete naes de Erets Canaan, e vocs as destruiro."
A conquista das naes
"Vocs poderiam pensar: As naes em Erets Canaan so mais poderosas e numerosas
que ns. Como poderemos expuls-las? Mas no tenham medo! Lembrem-se do que
Dus fez ao fara e aos egpcios? Dus realizar milagres semelhantes para vocs, quando
conquistarem Erets Canaan.
"Enviar insetos tzira (vespas) frente de vocs. Quando seus inimigos se esconderem,
estes insetos voaro at seus esconderijos e os envenenaro. Isto far com que os
soldados inimigos tornem-se cegos, e vocs podero derrot-los facilmente.
"Dus tambm confundir as naes de Canaan, para que vocs possam derrot-los.
"Mas fiquem atentos! Lembrem-se de queimar os dolos: no sejam atrados pela
adorao de dolos nem tirem qualquer proveito do ouro ou prata com que so feitos. Dus
odeia qualquer coisa relacionada a adorao de dolos."
"Eu os lembrarei de como Dus nos cuidou no deserto. E vocs esto no deserto por
quase quarenta anos agora, e jamais sentiram fome. A cada manh, Dus lhes d um
alimento maravilhoso: o man do cu.
"Dus poderia t-los levado por pases habitados por pessoas, onde fosse possvel
comprar alimentos. Ou Ele poderia ter dado a vocs um enorme suprimento de man para
poup-los todos os dias da preocupao de questionar de onde viria a refeio do dia
seguinte. Mas a razo pela qual no agiu desta forma porque desejava que confiassem
nEle completamente para todas suas necessidades.
"Dus tambm os vestiu por quarenta anos. As nuvens de glria mantiveram suas roupas
limpas e novas. Seus filhos nunca perderam as roupas devido ao crescimento.
Miraculosamente, suas vestes cresciam com eles, assim como a concha de um caracol
cresce com ele.
"Embora achassem difcil a vida no deserto, Dus queria isso para seu prprio bem, Ele os
treinou a cumprirem Suas mitsvot e a confiar nEle, e Ele os preparou para receber Erets
Yisrael.
"Enquanto cumprirem as mitsvot de Dus, Ele continuar a cuidar de vocs como fez no
deserto. Confiem nEle plenamente."
Dus. Para impedir que isso acontea, devem bendiz-lo toda vez que forem comer ou beber.
"No fiquem orgulhosos, pensando: Minha fora e meu talento fizeram-se ter sucesso.
Lembrem-se que tudo vem de Dus.
"Vocs podero pensar: A razo pela qual Dus nos concedeu todas estas maravilhas porque
somos tsadikim. No por isso que Dus deu-lhes Erets Yisrael. Lembrem-se de que pecaram
muitas vezes e deixaram-No aborrecido. Esto sendo tarzidos a esta terra porque Dus assim
prometeu aos descendentes de Avraham, e chegou a hora das naes que vivem no pas
serem expulsas por causa de sua perversidade."
Mosh ensinou aos judeus que o sucesso no deveria torn-los orgulhosos.
O Bircat Hamazon
A Tor ordena: "Bendiga Dus aps ter comido e sentir-se satisfeito."
A Tor obriga um judeu a recitar uma bno se ele comeu po at ficar saciado. Nossos
Sbios instituram que deve-se recitar bircat hamazon (graas aps a refeio) mesmo se
comeu apenas um kezayit (pedao do tamanho de uma azeitona) de po.
Bircat hamazon consiste de quatro partes:
1 Bircat Hazan a bno quele que alimenta todas as criaturas: Mosh instituiu esta
bno quando os judeus receberam o man.
O milagre do man caindo do cu enquanto os judeus estavam no deserto demonstrou
abertamente a eles que Dus, em Sua bondade, cuida de todas as criaturas. Mais tarde,
quando eles comeram os frutos de seu prprio trabalho na Terra, entenderam que o po deste
mundo era concedido pelo mesmo atributo Divino de bondade. Por isso,nesta primeira bno,
reconhecemos que, embora os seres humanos trabalhem para assegurar seu sustento, ainda
assim Dus que prov o alimento a todas as criaturas.
2 Bircat Haarets a bno sobre a Terra: Yehoshua introduziu esta segunda bno
quando ele e o povo mereceram entrar na Terra, pelo desejo ardente de Mosh e sua gerao.
(O texto original de Yehoshua era: "Tu nos deste um legado, um bem desejvel, e um grande
Pas." Completamos isso desta forma: "Tu deste aos nossos pais")
Nesta bno mencionamos a mitsv do berit mil, pois pelo seu mrito Dus concedeu Erets
Yisrael ao povo judeu. Tambm Lhe agradecemos por Sua Tor, dessa maneira expressando o
propsito definitivo da posse de Erets Yisrael: estudar e cumprir os mandamentos de Dus.
3 Bircat Yerushalayim a bno da paz para Jerusalm e o Bet Hamicdash: O Rei David e
Salomo estabeleceram a terceira bno, que pede pela continuao da liderana da Casa de
David e pela paz em Jerusalm e o Bet Hamicdash (Seguindo-se destruio, completamos o
texto e pedimos a Dus para reconstruir Jerusalm.)
4 Hatov Vehamaitiv a bno quele que bom e faz o bem: esta bno foi adicionada
por nossos sbios para celebrar o milagre que aconteceu na cidade de Bethar aps a
destruio do Bet Hamicdash.
Que pecados precipitaram a destruio de Bethar? Conforme as opinies na Guemara
(Yerushalmi Taanis 4:5), a prostituio era muito difundida l: conforme outros, o povo jogava
bola. A segunda opinio insinua que os habitantes jogavam bola no Shabat, desse modo
profanando a honra do Shabat; ou que desperdiavam o tempo em divertimentos fteis, em vez
de se ocuparem com o estudo de Tor.
Meshech Chochma explica que o Bircat hamazon foi estruturado para expressar nossos
agradecimentos a Dus, por distinguir nossa nao com Sua Providncia individual.
Dus assegurou a sobrevivncia de nosso povo com o milagre declarado do man no deserto, e
demonstrou novamente Sua Providncia na forma de milagres realizados no Bet Hamicdash. A
destruio do Bet Hamicdash, e posteriormente de Bethar, pode ter provocado a suspeita de
que Dus no estava mais com Seu povo. Por esta razo, o milagre que ocorreu em Bethar foi
uma bondade recebida como sinal da presena de Dus entre ns, mesmo estando no exlio, e
por isso foi incorporada no Bircat Hamazon.
Pelos nossos padres, a gerao que chegou a Erets Yisrael era justa. Mosh os reprovou por
no terem ainda atingido os padres de perfeio deles exigidos, proporcionais s revelaes
declaradas que vivenciaram (Or Hachaim, Aitz Yosaif).
Mosh disse: "Aps comerem o bastante para ficarem satisfeitos, bendigam Dus pela boa terra
que Ele lhes deu." Esta a mitsv de bensh (recitar Bircat Hamazon)", aps uma refeio com
po.
Para cumprir a mitsv corretamente, devemos ser cuidadosos ao pronunciar cada palavra,
claramente. ( uma boa idia usar sempre um Sidur, mesmo se soubermos a orao de cor.)
Crianas muito pequenas para pronunciar todo o Bircat Hamazon, podem pronunciar uma
bno mais curta: "Bendito seja o Misericordioso, nosso Dus, Rei do Universo, o dono do
po."
O que acontece quando algum faz uma refeio e se esquece da bno? Se ela lembrar-se
dentro de um prazo de 72 minutos aps o trmino da refeio, ainda poder rezar. muito
importante agradecer, mesmo aps ter passado algum tempo desde que comeu seu po.
Nossos sbios decretaram que devemos falar a berach (bno) apropriada antes e depois
de ingerir qualquer alimento. Se um judeu come sem uma berach, como se tivesse roubado
o alimento de Seu Dono: Dus. importante pronunciarmos cada palavra da berach
claramente, especialmente as palavras Dus, Elo-kei-nu. Enquanto recitamos a berach,
importante refletir na infinita bondade de Hashem que nos fornece vida a cada instante.
Derech erets ao se alimentar
Algumas destas regras encontram-se na Guemara; outras, em Sefer HaRokeach (Sefer
HaRokeach contm dinim, as leis. Foi escrito pelo Rokeach, Rabi Elazar de Worms, Alemanha,
na Idade Mdia).
No correto alimentar-se em p. A pessoa deve sempre sentar-se para comer.
Mesmo se voc comer em p, deve sentar-se para rezar.
o No converse enquanto estiver mastigando.
o Nunca reponha a comida na travessa sobre a mesa, se j mordeu um pedao. Nem
deveria oferecer a outra pessoa.
No oferea um copo a outra pessoa se j bebeu nele.
No lamba os dedos!
No educado morder uma fruta ou qualquer outro alimento maior que um kezaitz
(equivalente ao tamanho de um ovo). Aquele que o faz parecer uma pessoa gulosa
que est devorando a comida. A maneira refinada de comer cortar pedaos no
maiores que um kezaitz.
Da mesma forma, no educado jogar comida de qualquer jeito, a fim de no
desprez-la e para que no se estrague.
Apanhe qualquer alimento que observar estar jogado no cho.
No correto alimentar-se na rua.
No passado, o Beit Din costumava julgar pelas declaraes de testemunhas. Se os
juzes soubessem que uma testemunha fora vista comendo na rua, declaravam: "Ele
no serve para ser nossa testemunha," pois agiu de maneira imprpria.
O Zohar diz que antes de uma bno, a pessoa deve remover (ou cobrir) quaisquer
facas que estejam sobre a mesa. Uma mesa como o misbeach, o altar onde se
realizavam os sacrifcios a Dus, trazendo paz ao mundo. Nenhum utenslio de ferro
podia tocar o misbeach. Por isso, uma faca, instrumento usado para matar, no deveria
estar sobre a mesa durante a bno. (Esta regra aplica-se apenas aos dias de
semana. No Shabat, Rosh Chdesh ou yom tov, podemos deixar facas sobre a mesa).
O po deve ser deixado sobre a mesa no momento em que se recitar o Bircat
Hamazon.
Por que devemos nos preocupar com tantas regras quando comemos?
Sempre que nos alimentamos, seja o que for que faamos, estamos na presena de um Rei
muito mais poderoso que qualquer outro rei ou governante neste mundo: o Rei dos reis. No
deveramos nos comportar de forma correta em todas as ocasies, sabendo que estamos
diante de Sua presena?
Nesta Parash aprenderemos sobre a mitsv de temer a Dus. Se nos comportamos
corretamente mesa, demonstramos que tememos a Dus. No somos como no-judeus que
se esquecem de Dus quando comem ou bebem. Os judeus lembram-se dele e agem com
derech erets (boas maneiras) antes, durante e aps a refeio.
"Embora tenham pecado, Dus ainda os ama. Sua nica exigncia : temam-No."
O que isto significa, sempre temer a Dus?
Compare seu comportamento quando voc est sozinho e quando est com outras
pessoas. Voc age da mesma forma? Voc reza da mesma maneira quando est
sozinho e quando est com outros? Recita uma berach da mesma maneira quando
ningum est ouvindo e quando h algum por perto?
difcil estar sempre consciente da presena de Dus. Por que? Porque no O vemos,
ento fica fcil esquec-lo ou fingir que Ele no est presente. As pessoas nos
parecem mais reais que Dus porque as vemos com nossos prprios olhos.
Como cumprimos a mitsv de "temer Dus?" Devemos estudar sefarim que mostram
como estamos sempre nas mos de Dus. Se no fosse por Ele, no estaramos
vivendo, respirando, falando, ou nos movendo. Devemos tambm entender que Dus
sabe de todas nossas aes, e conhece at nossos pensamentos.
Nossos sbios ensinam: "H um olho que v e um ouvido que escuta, e todos seus
atos so anotados em um livro. (Pirk Avot 2:1)."
Imagine que voc viaja a um pas onde o governo vigia os estrangeiros. Embora voc
no veja a polcia, sabe que est sendo espionado o tempo todo. Gravadores secretos
foram instalados em seu quarto de hotel. Uma cmera oculta registra tudo que voc
faz. Parece assustador?
Dus deseja que nos lembremos que Ele est sempre nos vigiando. Isto nos ajudar a
agir de maneira correta todo o tempo.
Se voc vir um co raivoso ou um homem com uma arma correndo em sua direo,
entrar certamente em pnico. Imediatamente, seu corao comea a bater
desenfreado; talvez seus joelhos tremam. Voc fica aterrorizado. Ningum precisa
ensin-lo a ter medo. Por outro lado, se ouvir algo do tipo: "Rosh Hashan est
chegando; Dus decidir se voc deve viver ou morrer," seus joelhos no comeam a
tremer. Voc no entra em pnico. Voc tem que meditar profundamente sobre isso,
antes de comear a sentir-se assustado.
Agora voc pode entender porque to difcil aprender como temer Dus.
Devemos treinar nossa mente a faz-lo. Mosh nos ensinou que uma das mitsvot
mais importantes da Tor. Dus no nos criou com um medo instintivo dEle. Ele
deseja que nos esforcemos para cumprir este preceito fundamental, e desta forma
seremos merecedores de Suas bnos.
A tefil
Mosh ensinou os judeus: "Sirva Dus, rezando a Ele todos os dias!"
Comeamos a ensinar uma criana a rezar antes mesmo de saber ler em um Sidur. Assim, to
logo seja capaz, ns a treinamos a responder: "Amen,"sempre que ouvir uma berach.
Rabi Yossi contou esta histria:
Certa vez, eu estava caminhando em Jerusalm quando percebi que estava na hora de rezar
Minch. Sabia que precisava rezar logo, ou ento ficaria muito tarde. Mas onde poderia achar
um cantinho sossegado? No queria permanecer na rua, pois poderia ser incomodado em
minha tefil. De repente, percebi um edifcio em runas. Entrei ali e rezei. Ao terminar, percebi
Eliyhu HaNavi de p, entrada das runas! No entrou, mas aguardou at que eu terminasse
minha tefil. Ento, falou comigo.
"Voc jamais deveria entrar numa runa!" advertiu-me. " perigoso! No percebe que pode cair
a qualquer momento? Voc deveria ter rezado rapidamente a amid do lado de fora!" S ento
entendi porque Eliyhu no entrara na runa. Sa rapidamente.
J l fora, ele me perguntou: "Meu filho, o que escutou na runa?"
Respondi: "Ouvi uma voz que parecia o arrulhar de uma pomba dizendo: Por causa de meus
pecados, destru Minha casa e os exilei entre os adoradores de dolos."
Eliyhu explicou: "Era Dus pranteando a destruio do Bet Hamicdash. Dus faz isso trs
vezes ao dia. Quando os judeus dizem: Amain, yehai shemai rabba, nas sinagogas e casas de
estudo, Dus balana tristemente a cabea e exclama: Como Eu era feliz quando Ben Yisrael
Me louvava assim no Bet Hamicdash! Como triste para o Pai que precisou exilar Seus filhos
entre os adoradores de dolos. E deploro os filhos que foram expulsos da mesa de seu Pai!"
Desta histria, deduzimos como importante louvar a Dus.
Quando uma criana j consegue ler em um Sidur, comeamos a ensin-la a rezar com a
congregao. Isto um mrito especial.
Sempre que voc rezar, importante que pronuncie cada palavra (se no tem muito tempo,
melhor rezar menos, mas pronunciando as palavras cuidadosamente). Lembre-se, Dus "est
no outro lado da linha." Ele escuta tudo aquilo que voc diz, embora possa no responder
imediatamente. Nossas tefilot nos ajudam e aos judeus de toda parte. Como diz o versculo:
Dus est prximo de todos que O chamam daqueles que O chamam sinceramente." (Tehilim
145:18).
Mosh continua seu discurso
"Vocs assistiram aos milagres que Dus realizou no deserto: como afogou o fara e seu
exrcito no Mar Vermelho, e enviou man do cu. Lembram-se que Ele fez a terra engolir
Dasan, Aviram e suas famlias, quando no deram ouvidos a Ele.
"Certifiquem-se de cumprir todas as mitsvot cuidadosamente! Vocs conquistaro Erets Yisrael
e permanecero no pas.
"Erets Yisrael no como o Egito, que plano com o Rio Nilo para supri-lo de gua. Erets
Yisrael est repleto de colinas e precisa de chuva para que as plantas cresam. Dus lhes
fornecer chuva se cumprirem Seus preceitos!"
Mosh continua a falar: "Estudem e pratiquem as mitsvot! Repassem seus estudos de Tor
muitas e muitas vezes, para que se lembrem. A Tor deve ser para vocs to nova e
interessante como se a escutassem pessoalmente no Monte Sinai. Estudem apenas por amor
a Dus, servindo a Dus com todo o corao."
"Dus declarou: Se Me servirem desta maneira, Eu tornarei a vida uma bno para vocs/
Tero mais tempo para Me servir. Concederei chuva quando a terra precisar dela. A primeira
chuva vir no outono, aps a semeadura, para encharcar a terra e fazer as plantas crescerem.
Darei chuva tardia na primavera, prximo da poca da colheita. Isso far seus cereais
brotarem.
"Vocs juntaro seu cereal, vinho e azeite."
"Tero farta produo, mas os pases sua volta no. Eles viro com ouro e prata para
comprarem comida de vocs.
"Vocs tero pasto suficiente para os animais, e no tero de procurar grama distante para
aliment-los. Abenoarei tambm seus alimentos. Vocs ficaro satisfeitos mesmo aps
comerem apenas uma quantidade pequena.
"Fiquem alertas! Por terem uma vida fcil e mais do que o suficiente para comer; seu yetzer
har tentar persuadi-los a abandonar Dus. A riqueza e facilidades podem facilmente levar a
pessoa a esquecer-se da Divindade."
Por isso Mosh advertiu:
"No dem ouvidos ao yetzer har quando tenta fazer com que vocs abandonem Dus!Se
servirem dolos, a fria de Dus se voltar contra vocs. Ele fechar os cus para que no haja
chuva. O cu talvez fique repleto de nuvens, mas no cair uma gota de chuva! As plantaes
no crescero. Em seguida, vocs sero expulsos da boa terra que Dus lhes concedeu.
"Vocs vivero fora de Erets Yisrael. Continuem a cumprir a Tor e aquelas mitsvot que podem
ser cumpridas fora do pas, como colocar tefilin sobre a cabea e o brao. Continuem a ensinar
Tor a seus filhos, mesmo no galut (exlio). Comecem desde o momento que aprendam a falar.
O estudo de Tor deve ser feito sempre: em casa, viajando, quando se levantam e ao irem
dormir.
"Continuem a escrever as palavras do Shem nas mezuzot, que devem ser afixadas nos
portes de suas casas. Cumpram todas as mitsvot, exceto aquelas que se aplicam apenas a
Erets Yisrael."
"Se agirem desta forma, merecero retornar terra que Dus prometeu aos seus
antepassados. Vivero l por muito tempo e a terra lhes pertencer para sempre."
Ben Yisrael no precisa temer outras naes
Mosh terminou fazendo uma promessa: "Estudem a Tor repetidamente. Copiem as midot de
Dus: sejam bons e misericordiosos como Ele. Dus expulsar as naes inimigas. Mesmo se
parecerem maiores e mais poderosas, no temam, nem mesmo ao gigante Og."
Mosh esperava que estas palavras de encorajamento ajudassem Ben Yisrael quando ele
no estivesse mais vivo para lider-los. Rezou para que Ben Yisrael ouvisse suas palavras.
Nossa Parash enfatiza a concretizao das seguintes bnos:
Dus os amar Esta a suprema bno. Se a pessoa amada por Dus, recebe os
maiores benefcios.
Ele o abenoar com bens materiais.
Ele o multiplicar de maneira extraordinria, como no Egito, onde vocs se
multiplicaram de uma famlia com 70 pessoas at uma nao de 600.000 homens.
Posteriormente, a Tor enfatiza: "No haver homem ou mulher estril entre vocs. A
Tor considera cada alma humana to preciosa como o universo inteiro, e considera
um aumento na nao da Tor como uma das maiores bnos (Hirsch).
Ele abenoar o fruto de seu tero. Voc no perder bebs, nem seus filhos
morrero enquanto voc for vivo.
Seus descendentes sero abenoados de maneira to bvia que aqueles que virem
crianas judias exclamaro: "To inteligentes! To puros! "Todos aqueles que os virem
reconhecero que so sementes abenoadas por Dus" (Yeshayhu 61:9).
Ele abenoar os produtos de seu solo: seu cereal, vinho e azeite Dus abenoar
todos os seus produtos, mas estes trs so mencionados especificamente porque so
as principais fontes de renda de um fazendeiro.
Os filhotes de seus animais Dus proteger seus rebanhos de sofrerem abortos.
As bnos acima sero concedidas em Erets Yisrael, a Terra que Dus prometeu a
seus pais.
Vocs sero abenoados por todas as naes As naes reconhecero: "Esta uma
nao maravilhosa, Divinamente abenoada!"
No haver homem ou mulher estril entre vocs Alm do sentido literal, este
versculo sugere:
1 Suas preces no permanecero estreis, ou sem frutos, perante o Todo Poderoso; Ele as
aceitar e as conceder.
2 Nenhum judeu ser estril, ou ignorante de Tor. Judeus de todas as posies sociais
sero instrudos.
Dus os livrar de todas as doenas corriqueiras, e no colocar nenhuma das doenas
malignas do Egito sobre vocs.
"Vocs derrotaro todas as naes que Dus fizer passar por suas mos" Mosh prometeu
que se Ben Yisrael se excederem no estudo de Tor e cumprimento das mitsvot, Dus
milagrosamente entregar os inimigos em suas mos. Nenhuma guerra ser necessria para
conquistar Erets Yisrael. Ao contrrio, Ben Yisrael derrotaro as naes sem esforo, pois
seus inimigos fugiro ou se rendero.
Entretanto, Dus no destruir miraculosamente os dolos de Erets Canaan, como destruiu
todas as imagens egpcias durante a Praga da Morte dos Primognitos (Ele fez com que as
imagens de ferro derretessem, e as de madeira apodrecessem.) " vosso trabalho," Mosh
disse a Ben Yisrael, "destruirem os dolos das sete naes. No tomem para uso prprio o
material anteriormente associado a adorao de dolos. No usem nem seu ouro ou seus
ornamentos de prata. Devem ser totalmente destrudos"
Mosh descreveu como Dus levou os judeus milagrosamente atravs da jornada no deserto a
fim de prepar-los para a vida futura em Erets Canaan, onde deveriam confiar nEle, assim
como haviam feito no deserto.
"Lembrem-se das matsot que trouxeram do Egito e duraram apenas um ms. Mais tarde, vocs
choraram para Dus e Ele lhes forneceu o man."
As repetidas advertncias de Mosh no Livro de Devarim para que o povo judeu no sentisse
medo de lutar contra as naes de Erets Canaan, destruisse seus dolos, e no permitisse que
idlatras permanecessem no meio deles devem ser entendidas literalmente. Vamos nos
imaginar na situao daquela gerao que iria entrar na Terra: pessoas inexperientes nas lides
da guerra que receberam ordens de invadir um pas estrangeiro habitado por guerreiros
poderosos com exrcitos bem treinados, muito maiores que os seus. Os judeus poderiam
preparar-se para este feito aparentemente irracional apenas fortificando-se com total confiana
em Dus. As exortaes de Mosh eram ainda mais necessrias porque a nao sabia que ele
morreria no deserto, e por isso no poderia ele mesmo liderar a conquista.
"Acima de tudo, vocs viveram alimentados pelo man para aprender uma lio eterna, Nem
s de po vive o homem, mas de cada palavra que emana da boca de Dus vive o homem."
A pessoa deve estar consciente de que o alimento no tem a habilidade intrnseca de
nutri-la, apenas a nutre porque Dus assim o decretou nos Seis Dias da Criao. Ele
criou o mundo com um padro estabelecido a que chamamos "natureza," mas se Dus
retirasse Seu poder que faz com que o po seja nutritivo, este alimento perderia
instantaneamente seu valor. (De modo contrrio, a vontade de Dus pode converter
qualquer substncia intragvel em algo nutritivo).
O po alimenta o corpo do ser humano, mas no sua alma. Para sustentar a alma, um
judeu necessita das palavras de Dus, a Tor. Ao estudar e cumprir os mandamentos
de Dus, sua alma adquire vida neste mundo e no prximo.
natural atribuir-se o sucesso de algum a suas prprias capacidades, relegando o
Todo Poderoso ao segundo plano. A Tor ensina uma tica diferente: tudo aquilo que
ns adquirimos ou produzimos no mundo material deve-se a Dus, que nos concede
todos os atributos fsicos e mentais necessrios para o sucesso. E mesmo aps
recebermos de Dus todas as habilidades requeridas, no teremos sucesso se essa
no for Sua vontade.
Temor a Dus
Mosh continuou seu discurso de reprovao: "Embora vocs tenham enfurecido Dus
repetidamente, Ele os perdoar se ao menos retornarem a Ele e cumprirem Suas
mitsvot.
"O que Dus pede de vocs? Apenas que O temam. Se O temerem, conseqentemente
procuraro seguir Seus caminhos bons e misericordiosos; vocs O amaro; O serviro
de todo corao; e cumpriro Seus mandamentos."
Por que Mosh descreveu o temor a Dus como algo fcil de adquirir: "O que Dus pede
de vocs apenas que O temam!" O temor a Dus no requer um esforo mental
considervel?
O episdio que se segue ilustra que, na verdade, temer Dus no fcil.
Quando R. Yochanan ben Zakai jazia em seu leito de morte, seus alunos entraram e
lhe pediram: "Rebe, abenoe-nos!"
Ele os abenoou: "Que seu temor a Dus seja sempre to grande como seu temor ao
prximo!"
"Mas professor," protestaram eles, "no deveria nosso temor a Dus ser superior ao
temor ao prximo?"
Replicou ele: "Quisera que temessem a Ele tanto quanto temem os seres humanos!
Quando algum comete um pecado, preocupa-se que algum possa estar observando
seu ato, mas no teme que Dus testemunhe sua transgresso."
Qual o significado de "temor a Dus?"
De acordo com Chinuch (130), somos ordenados a estar conscientes de que Dus pune
o ser humano por todos e cada um de seus pecados. Quando uma pessoa est prestes
a pecar, inicia-se uma batalha contra a tentao, visualizando os castigos de Dus.
Um nvel mais elevado de "temor a Dus," a que a pessoa deveria aspirar, sentir
reverncia na presena de Dus, evocada ao se contemplar a grandeza de Dus e a
prpria insignificncia. O respeito vontade de Dus faz com que a pessoa tenha medo
de pecar (Mesilas Yesharim, Charaidim).
Entretanto, mesmo a pessoa que conseguiu o mais elevado grau de respeito pode s
vezes ser forada a utilizar este "medo da punio" em situaes em que suas ms
inclinaes o atacam fortemente. Mosh atingiu o nvel de: "Sempre visualizo Dus
perante mim."
Esta uma conquista superior, pois enquanto o medo do perigo um instinto natural
de sobrevivncia, o temor a Dus que no tangvel nem visvel essencialmente
estranho psicologia humana. As mitsvot da Tor auxiliam um judeu a usar seu
intelecto a se impregnar de temor a Dus. Se o conseguir, atingiu o verdadeiro objetivo
da vida.
Apesar disso, Mosh mostrou temor de Dus como algo fcil porque ele prprio atingira
tamanho grau de auto-controle que o temor a Dus lhe era natural e no requeria
esforo. Na verdade, Dus sabe quanta fora de vontade e esforo so necessrios
para que se atinja o temor a Dus. No h nada que Ele considere mais que um ser
humano temente a Ele.
Um embaixador estrangeiro viajou ao oriente, para transmitir a um certo ministro as
saudaes amigveis de seu governo. Em sua valise, levava valiosos presentes
enormes pedras consideradas preciosas em seu pas.
Ficou espantado quando o ministro, ao receber as jias, nem sequer lhes dirigiu um
olhar! Passado algum tempo, o embaixador percebeu seu engano: o pas era repleto
com as tais pedras a ponto de poderem ser compradas em cada esquina a preo de
banana!
Refletindo seriamente sobre qual presente o ministro apreciaria, o embaixador decidiu
enviar-lhe uma charpe bordada mo, cujos pontos finos e precisos, alm do
desenho intricado, requeriam um grau de habilidade dominada apenas por um seleto
grupo de artesos em seu pas. Quando ofereceu este presente, o ministro ficou
encantado, e agradeceu profusamente ao visitante. Assegurou ao embaixador o quanto
valorizava aquele veste sem par, que pretendia usar apenas em ocasies especiais.
Da mesma forma, de todas as coisas que a pessoa adquire ao longo da vida, Dus
aprecia muito a quem o teme.
Por que Dus no se impressiona com as conquistas materiais da pessoa como sua
fortuna ou sucesso na carreira?
A resposta que aquelas "conquistas" no so na verdade frutos do homem, mas
frutos de Dus. Apenas Dus pode conceder ao homem a capacidade para ser bemsucedido, e decreta se a pessoa ir ou no ter realmente sucesso.
H apenas uma rea na qual o homem ao utilizar seu livre arbtrio, seu esforo
reconhecido por Dus: se vai ou no tem-Lo. Por isso, Dus armazena todas as
decises corretas que a pessoa toma sobre si.
todos os seres humanos. Um ser humano pode concentrar-se apenas em uma conversa por
vez, mas Dus escuta todas as preces juntas.
Alm disso, o versculo sugere que Dus aceita as preces de toda a carne igualmente, no
importa sua posio ou situao material sejam eles homens ou mulheres, homens livres ou
escravos, milionrios ou mendigos.
O infortnio no deve ser o nico estmulo para a prece. A pessoa deve rezar quando as coisas
vo bem, para prevenir que as ms aconteam. Uma vez que a pessoa est doente, necessita
de grandes mritos para ficar bom novamente.
As tefilot tornam-se uma "coroa" porque os judeus, em suas preces, proclamam que Dus o
Rei do Universo (Yefai Toar). De acordo com este Midrash, a palavra significa "jia," conforme
se encontra em Yeshayhu, 49:8.
Mosh reitera que os judeus conquistaro Erets Yisrael e tero prosperidade somente se
guardarem a Tor.
Mosh continua a enfatizar que os judeus conquistaro Erets Yisrael apenas se estudarem e
cumprirem a Tor.
Ele conclamou o povo: "Considerem minhas palavras! Tero sucesso na conquista apenas se
cumprirem a Tor. Escutem-me! Muitos de vocs testemunharam pessoalmente como Dus
puniu em pblico aqueles que transgrediram Sua vontade: realizando maravilhas no Egito,
destruiu o exrcito do fara que os perseguia, e fez com que a terra engolisse Dasan, Aviram,
suas famlias e propriedades.
"Aps chegar em Erets Yisrael, tero que ser especialmente cuidadosos no cumprimento das
mitsvot. Caso contrrio, Dus no lhes enviar chuva (como ser explicado no prximo
captulo).
O cumprimento das mitsvot em Erets Yisrael requer meticulosidade, pois os olhos de Dus
esto constantemente voltados para a Terra; Ele a supervisiona com cuiddado especial.
(Embora ele vigie todos os pases do mundo, Ele o faz indiretamente, via Erets Yisrael.) Por
isso em Erets Yisrael, o Palcio de Dus, seja muito cuidadoso no cumprimento das mitsvot,
para que Sua ira no seja despertada.
Mosh concluiu: "Dus os privilegiou, Sua nao amada, a entrar na querida Terra para l
cumprirem Seus mandamentos, como disse (Tehilim 105:44-45): E Ele lhes deu as terras das
naes e deixou-os herdar o trabalho do povo (as casas construdas pelos canaanitas, as
vinhas e os pomares de oliveiras que plantaram) para que pudessem estudar Suas leis e
cumprir Suas mitsvot.
Por que h tantas advertncias a respeito deste detalhe?
lgico assumir que o estudo de Tor atrasaria os preparativos para uma conquista militar.
Mosh, por esta razo, enfatizou novamente que para o povo judeu o oposto verdadeiro:
apenas estudando Tor e cumprindo as mitsvot, Dus lhes dar a fora necessria para sarem
vitoriosos. (Or Haachaim).
A Tor exorta cada indivduo a aceitar Dus da melhor maneira que sua capacidade o
permitir. Entretanto, a seo onde Dus promete recompensa sobrenatural (chuva e
prosperidade) pelo cumprimento das mitsvot, e punio (seca e exlio) por seu
abandono, est escrito no plural, implicando que estas sanes universais e benefcios
so conferidos somente em resposta s aes da maioria (Ramban).
Comentaristas explicam que realmente ocorrem algumas formas no singular no
Shem para indicar que, mesmo dentro da comunidade em geral, Dus confere justia
individual.
"Se servirem a Dus com toda sua alma e corao, Eu farei minha parte," diz Dus.
"Dar-lhes-ei a chuva em sua Terra nas estaes apropriadas, a chuva de outono em
Marcheshvan e a chuva da primavera em Nissan, para que sua produo cresa e
vocs colham cereal, vinho e azeite."
Por isso, o versculo declara: "Eu mesmo dar-lhes-ei chuva, se cumprirem Minhas
mitsvot."
Dus no confia permanentemente as chaves aos trs assuntos vitais aos anjos, mas
as mantm com Ele mesmo.
1 A chave da chuva (subsistncia)
2 Procriao
3 Techias hamaisim.
Chfets Chaim explica: Se um anjo fosse escolhido para designar aos seres humanos
sua parnassa (meio de subsistncia), e percebesse aqueles que no servem a Dus
apropriadamente, poderia subseqentemente tirar-lhes o sustento, ou pelo menos boa
parte dele. Como resultado, centenas de milhares de pessoas morreriam todos os
dias. O prprio Dus, portanto, a fonte de toda misericrdia e sustenta todas as
criaturas, mesmo as que no so merecedoras.
Similarmente, um anjo condenaria morte grande nmero de mulheres dando luz,
porm Dus paciente e concede perdo. Dus Ele prprio trs cada criana,
nesham, ao mundo, trazendo mais luz e felicidade ao mundo.
Finalmente, se um anjo tivesse que determinar quem deveria erguer-se em techiat
hamaitim (ressurreio dos mortos), ele excluiria grande parte dos judeus que no
estudaram Tor. Dus, entretanto, decidir por Si mesmo, e em Sua misericrdia
achar mrito para estes judeus; Ele poder consider-los dignos de techiat hamaisim
porque sustentaram eruditos a fim de que no interrompessem seu estudo de Tor.
A Tor to difcil de ser adquirida quanto o ouro, e to fcil de se perder quanto o
vidro, que se quebra caso no seja tratado cuidadosamente.
Assim como a pessoa cuidadosa para no perder seu dinheiro, da mesma forma
deve tomar cuidado para no perder a Tor que estudou (negligenciando as
repeties).
Com que freqncia a pessoa deve revisar aquilo que aprendeu?
Nossos sbios ensinaram que: "Aquele que revisou seu aprendizado 101 vezes vale
incomparavelmente mais que aquele que o fez apenas 100."
101 vezes no , porm, o nmero mximo: no h limite para a reviso.
Certa vez o Shaagas Aryeh (contemporneo do Vilna Gaon) pediu que lhe fosse
preparada um refeio festiva. "Qual a ocasio?" perguntaram-lhe. E ele respondeu:
"Acabei de completar o Talmud Bavli pela milsima vez."
Poro Semanal: Re
Bereshit 47:28 - 49:26
Na Parashat Re (Devarim 11:26 - 16:17), Mosh continua a exortar o povo judeu a seguir
os caminhos da Tor, e a confiar em Dus. Mosh comea a colocar as mitsvot em
perspectiva, sem ambigidade, declarando que o povo judeu ser abenoado se cumprir a
Tor, e amaldioado se no o fizer.
Ele comea ento uma longa reviso de vrias mitsvot, compreendendo a maior parte do
livro Devarim. Primeiro discute alguns dos mandamentos que so relevantes iminente
conquista da Terra de Israel pelo povo, conclamando-os novamente a remover qualquer
vestgio de idolatria. Aps ensinar-lhes certos detalhes sobre a oferenda e o consumo de
corbanot, sacrifcios, a Tor ordena que o povo judeu se abstenha de imitar as naes que
os circundam. A eles dito que permaneam atentos aos falsos profetas e outras pessoas
que poderiam afast-los de Dus, e aprendem as leis de uma cidade judaica que tornou-se
to corrupta que a maioria de seus cidados sucumbiu idolatria, recebendo por isso a
pena de morte.
A Tor faz uma reviso sobre quais animais so casher, permitidos para consumo, e quais
no o so, seguida pelas leis de maaser sheni o segundo "dzimo", que consumido por
seus proprietrios, mas apenas na cidade de Jerusalm.
Aps ordenar que todas as dvidas sejam canceladas ao final de cada stimo ano
(Shemitah), e que devemos ser calorosos e caridosos com nossos irmos, a Tor repete as
leis relativas ao servo judeu. Ele deve ser libertado incondicionalmente no stimo ano e
coberto de presentes generosos por seu antigo amo.
A Parashat Re conclui com uma breve descrio das trs festas de peregrinao
Pssach, Shavuot e Sucot quando todos deveriam ir a Jerusalm e ao Templo com
oferendas, para celebrar sua prosperidade
Mensagem da Parash
Importncia individual
por Ranon Cortell
A poro desta semana da Tor comea com a dramtica exortao de D'us: "Vejam, hoje
apresento perante vs uma bno e uma maldio" (Devarim 11:26).
Quanto ao tipo de bno e maldio, os sbios nos informam que isso refere-se sagrada
Tor e suas mitsvot que, dependendo de nossa observncia, nos fornecero uma bno
ou uma maldio. Entretanto, se algum examinar o contedo gramatical desta declarao,
perceber uma perfeita contradio nos tempos do verbo usado em cada versculo.
Primeiro, no singular, D'us ensina cada indivduo 're' veja". Depois, o versculo descreve
a bno e a maldio como sendo proferidas perante uma audincia plural: "perante vs",
referindo-se toda a nao judaica. Diversas explicaes foram desenvolvidas por nossos
eminentes sbios para solucionar esta diferenciao das mais singulares.
Rabi Mosh Alshich sugere que esta contradio revela a natureza da misso de D'us para
o povo judeu em nosso infeliz mundo corrupto. Um monarca comum, quando designa um
empreendimento gigantesco nao, no se preocuparia com o progresso de cada
indivduo, desde que a obra fosse completada ao final do prazo. Entretanto, isso no se
aplica misso designada pelo Rei dos reis sua sagrada nao. Todo e cada indivduo
tem total responsabilidade de cumprir tudo que est includo nos limites da Tor. Por esta
razo, o versculo usa os tempos contraditrios, para informar-nos que embora a Tor tenha
sido outorgada nao como um todo, cada judeu deve esforar-se para cumprir os
deveres a ele impostos por D'us.
Uma segunda explicao sobre a dicotomia deste versculo explora o conceito de que cada
judeu responsvel pela observncia de seu prximo da Tor. Como conseqncia direta
deste conceito, podemos ser punidos ou recompensados pelas aes de nossos amigos.
Portanto, o versculo usa o singular e o plural para ensinar-nos que, ao colocar a
responsabilidade de guardar a Tor sobre cada indivduo, D'us est tambm impondo sobre
ns a responsabilidade de conferir se nossa famlia e nossos amigos tambm cumprem
Suas sagradas leis.
Como resultado destas nuances perspicazes de uma simples contradio textual, podemos
deduzir que devemos constantemente lembrar que a responsabilidade da Tor cabe a cada
um de ns. Alm disso, devemos tambm estar constantemente preocupados com o bemestar e o crescimento da observncia de nossos irmos.
Re
A santidade de rets Yisrael e a remoo
da idolatria
toda relao com algum assim. Um Bet Din (Tribunal Rabnico) deve sentenci-lo
morte.
2 Um profeta que proclama que Dus nos ordenou deixar de cumprir qualquer mitsv
para sempre, falso.
Ele poderia nos dizer: "Farei um milagre para provar que Dus realmente falou
comigo."
Mosh alertou os judeus: "No acreditem nele, mesmo se prever acontecimentos
futuros! No confiem nele mesmo se realizar maravilhas nos cus ou na terra. No se
impressionem mesmo se ele parar o sol! No se influenciem por milagres de um falso
profeta! Ele um impostor!"
Como o Maimnides codificou, um dos treze princpios da f judaica, o conceito que
a Tor nunca poder ser mudada, no importa quantos milagres sejam realizados por
um profeta. A nossa f no baseada em milagres.
" Se vocs se perguntarem: "Por que Dus o permite realizar milagres? Esse na
verdade um teste ao qual Dus nos submete. Dus est pondo prova nossa lealdade
a Ele. Se no seguimos um profeta falso, estaremos demonstrando um verdadeiro
amor por Dus."
Missionrios
O messit, instigador, aquele que influencia outros a servir dolos. pior influenciar
outros a adorar dolos que servi-los por conta prpria.
Mosh alertou: "Se qualquer judeu - at mesmo um parente seu muito prximo como
um pai ou uma esposa - lhe propuser: Vamos deixar de lado a tradio dos nossos
antepassados e servir um dos deuses dos outros povos. Rejeite imediatamente sua
proposta"
"Voc poder pensar: No vou ouvi-lo e certamente no servirei dolos. Porm ficarei
quieto, no direi a ningum que ele tentou me influenciar a adorar dolos. Esta atitude
um erro. No deves proteg-lo de nenhuma maneira."
A Tor decreta leis muito severas respeito de um "instigador" ou "missionrio", que
tenta convencer nosso povo a aceitar deuses estranhos. Apesar da sermos ordenados
a amar todo judeu, o messit no est includo na mitsv de "Amars ao teu prximo".
Ele uma exceo. Levar outros idolatria to grave, que a Tor no tolera este
indivduo. Este pecador pode ser um parente muito querido, mesmo assim a vtima
obrigada a denunci-lo ao Bet Din, que ir conden-lo morte.
Mosh continuou: "Nem devers pensar: No quero testemunhar contra ele. Me sinto
culpado de causar sua morte. Isto tambm um erro. uma mitsv ajudar o Bet Din a
executar um messit."
Um messit pior que um assassino. Um assassino tira a vida de uma pessoa apenas
neste mundo, mas o messit prejudica a pessoa tambm no mundo vindouro.
Um messit pode ocultar parcialmente suas verdadeiras intenes e tentar persuadir
outros com palavras gentis e amorosas. Os missionrios so alguns dos atuais
messitim. Eles tentam convencer judeus ignorantes (e s vezes tambm necessitados),
a abandonem a Tor. Uma boa maneira de combat-los ajudar financeiramente
organizaes que resgatam judeus das mos de missionrios.
Ir hanidachat e leis de cashrut
Mosh continuou com o assunto de adorao de dolos:
"Pode acontecer que a maioria dos judeus de uma cidade seja persuadida a adorar
dolos."
Se os juzes do Sanhedrin ouvirem tal coisa, devem verificar a veracidade desta
notcia. Se as testemunhas declararem que a maioria dos habitantes serviram dolos, a
cidade e tudo que ela conter deve ser destrudo. Isso chamado ir hanidachat uma
cidade que foi convencida a adorar dolos.
"Todos aqueles que servem dolos devem ser condenados morte pelo Bet Din.
Aquele que no o fez pode deixar a cidade. Entretanto, quando a cidade for destruda,
seus pertences devem ser destrudos tambm. Ningum tem permisso de usar coisa
alguma da cidade. A cidade queimada e jamais poder ser reconstruda."
De acordo com alguns de nossos sbios, jamais existiu uma ir hanidachat e jamais
haver uma. (Seria impossvel preencher todas as condies). Mesmo assim, a Tor
ordenou esta mitsv para nos ensinar a gravidade da adorao de dolos.
Animais casher e no-casher
Na Parash Shemini no livro de Vayicr, aprendemos que os judeus podem ingerir
animais e peixes apenas se estes tiverem dois sinais indicando que so casher. Mosh
agora repete estas leis. Acrescentou tambm novas leis, e advertiu os judeus
novamente a no misturarem leite e carne.
A Tor enumera apenas dez espcies de animais terrestres casher que possuem patas
fendidas e ruminam; e quatro animais que no so casher por terem apenas um
desses sinais. Vale salientar que no existem outras espcies que tenham s uma
dessas caractersticas.
Os comentaristas observam que isto demonstra a origem Divina da Tor, pois um
legislador humano jamais arriscaria ser refutado por descobertas de outros animais
para ele desconhecidos, quela poca.
Rashi explica porque vrios animais so proibidos aos judeus. A misso espiritual do
povo judeu unir-se Fonte Primordial de vida espiritual. Conseqentemente, os
judeus devem abster-se de consumir quaisquer alimentos que o Intelecto Divino saiba
ser um obstculo para atingir seu sublime objetivo.
Numa parbola encontrada no Midrash, um mdico veio visitar dois pacientes. Para o
primeiro ele disse: "Voc pode comer tudo o que quiser." Para o outro ele prescreveu
uma dieta detalhada e rigorosa. Logo, o primeiro paciente morreu, e o segundo
recuperou-se. O mdico explicou que no havia esperana para o primeiro, no
havendo, portanto, razo para negar-lhe alimentos dos quais gostava. Porm o
segundo paciente estava basicamente saudvel, por isso era importante ministrar-lhe
uma dieta que recuperasse suas foras e plena sade.
assim com o povo de Israel. Sendo que o povo judeu possui o potencial para a vida
espiritual, Dus "prescreveu" alimentos que incrementam seu crescimento espiritual.
A importncia da cashrut
A Tor enfatiza a razo da cashrut com termos bastante claros: ao observar as leis de
cashrut, o judeu consegue elevar-se na escada da santidade.
Apesar de que o dano que os alimentos proibidos causam no fsico, todavia,
impedem que o corao capte e atinja os elevados valores da alma atravs do estudo
da Tor.
O alimento no-casher contamina a alma de forma que exame fsico algum consegue
detectar, e cria um impedimento entre o judeu e sua percepo de Dus. Gradualmente,
este consumo constri uma barreira que bloqueia e impede sua compreenso da
santidade.
Assim como algum que est constantemente exposto msica alta e forte barulho,
lenta e imperceptivelmente, porm com certeza, sofre perda de sua capacidade de
ouvir sons delicados e de detectar modulaes sutis; a Tor nos diz que da mesma
forma, se um judeu ingere alimentos no casher, ele mina e entorpece suas
capacidades espirituais, e nega a si mesmo plena oportunidade de santificar-se.
Quem consome alimentos proibidos torna-se incapaz de perceber suas perdas e no
entende a lgica destas proibies. Assim como quem vive tomando analgsicos, acha
estranho que outros chorem de dor e sensaes que ele no sente. Analgsicos
entorpecem os nervos assim como alimentos proibidos entorpecem os chips
espirituais.
Por esse motivo, mesmo uma criana pequena deve evitar comer alimentos proibidos,
para que seu potencial espiritual no seja prejudicado.
Maasser e o ano de Shemit
Maasser Rishon - O Primeiro dzimo
Mosh tambm ordenou Ben Yisrael a separarem maasser (um dcimo) dos produtos
que crescem em rets Yisrael.
O Midrash nos ensina que um judeu que ingere alimentos dos quais no foi separado o
maasser, como se tivesse comido carne no casher!
"Se vocs produzirem vinho, cereais, ou azeite, devem sempre separar o dzimo antes
de com-lo," lembrou Mosh. "Se vocs derem o maasser aos levitas, Dus os
abenoar com riquezas."
Maasser sheni / O segundo dzimo
Como aprendemos, um judeu tinha que separar um dcimo de sua colheita. Dava-o a
um levita. Aps o primeiro maasser, cada fazendeiro tinha que separar outro dcimo de
sua produo. Era chamado maasser sheni, o segundo maasser.
O que ele fazia com o maasser sheni?
O agricultor e sua famlia viajavam a Jerusalm com sua produo de maasser sheni e
a comiam l. Se fosse muito oneroso transportar a produo para Jerusalm, o
proprietrio podia troc-la por dinheiro. Levava o dinheiro ento para Jerusalm e com
ele, comprava alimentos para si e para sua famlia.
Por que Dus desejava que os judeus comessem maasser sheni em Jerusalm?
A Tor explica: "Isso os ensinar a temer Dus."
Na poca do Bet Hamicdash, uma visita a Jerusalm era uma experincia maravilhosa.
No Bet Hamicdash, um judeu podia sentir a presena Divina e at mesmo presenciar
milagres. Podia visitar os juzes no Grande Sanhedrin, os grandes sbios da nao. E
podiam admirar os tsadikim que l viviam.
Quando um judeu retornava de sua viagem de "maasser sheni" em Jerusalm, sentiase to entusiasmado que isso o ajudava a cumprir melhor as mitsvot.
Maasser ani - O dzimo para os pobres
No primeiro, segundo, quarto e quinto anos de cada ciclo de sete, o fazendeiro tinha
que separar o maasser sheni e com-lo em Jerusalm. No terceiro e sexto anos, o
agricultor tirava maasser ani (dzimo para os pobres) ao invs do maasser sheni. Esta
dcima parte era para as pessoas necessitadas, que vinham ao seu campo reivindiclo.
Shemitat kessafim - O cancelamento de dvidas
Mosh ensinou a Ben Yisrael sobre outra mitsv que est relacionada com chssed
(bondade). Aprendemos que cada stimo ano um ano shemit (sabtico) em rets
Yisrael, quando o solo repousa. Entretanto, h uma lei de shemit que deve ser
mantida mesmo fora de rets Yisrael.
Nesta parash, a Tor (Devarim XV:2) diz: "Ao fim de cada sete anos fars o ano
sabtico. E este o procedimento da shemit: cada credor perdoar tudo o que
emprestou a seu semelhante; nada exigir dele."
Esta passagem significa que proibido cobrar dvidas particulares durante o ano
sabtico. Isto se aplica tanto na Terra de Israel quanto fora dela (enquanto que as leis
agrcolas de shemit aplicam-se somente Terra Santa).
Portanto, depois que passou o ano shemit, um judeu que emprestou dinheiro a outro
no pode mais pedir que lhe devolva o emprstimo. Pode exigir o pagamento apenas
at o ltimo dia do ano anterior, vspera de Rosh Hashan. Se Rosh Hashan passar
e o emprstimo no foi quitado, o pagamento no pode ser exigido. (Porm, se o
devedor, espontaneamente, oferecer este valor como um presente, o credor pode
aceit-lo. Esta seria a conduta correta).
Dus nos deu esta lei para nos ensinar uma lio. Ele deseja que percebamos que
Ele o dono de tudo que possumos, bem como nosso dinheiro.
O que acontece se um judeu precisa pedir dinheiro emprestado ao final de um ano
anterior a shemit? Aquele que empresta pode pensar: "Estou certo de que ele no
poder me pagar antes do incio do ano de shemit. Poderei perder meu dinheiro."
Se a pessoa que precisa de um emprstimo pobre, ter dificuldade em achar algum
que deseje emprestar-lhe dinheiro.
J na poca do Talmud, muitas pessoas deixavam de emprestar dinheiro quando o ano
de shemit se aproximava. Para resolver este problema, o ilustre erudito e lder Hilel
instituiu uma frmula que permite reclamar o pagamento mesmo depois do stimo ano,
denominada Peruzbul. Consiste no credor transferir suas dvidas a uma corte rabnica
antes do ano sabtico. A dvida, ento, deixa de ser individual, tornando-se passvel de
cobrana (conforme a prpria lei da Tor estipula) durante ou aps o ano de shemit.
Embora pessoas em particular no possam pedir o pagamento aps shemit, o Beit
Din sempre tem permisso de reclamar este pagamento. Assim, os necessitados
conseguiro emprstimos sempre, inclusive antes de um ano de shemit.
aconselhvel que cada um faa um peruzbul antes da shemit (mesmo quem no
tenha emprstimos pendentes para receber ou que no se importe de quitar os que
tem), demonstrando assim o respeito por uma ordem de nossos sbios e, ao mesmo
tempo, cumprindo um decreto rabnico que s ocorre a cada sete anos. No h
nenhuma exigncia de especificar as dvidas; somente declarar sua transferncia
corte rabnica. O peruzbul pode ser lido perante um Tribunal Rabnico, por ocasio de
hatarat nedarim (anulao das promessas) na vspera de Rosh Hashan. Logo aps o
texto da anulao das promessas, deve-se recitar: "Entrego-lhes todos os meus
crditos para que eu possa cobr-los quando desejar."
Neste caso no h necessidade de escrever ou assinar o peruzbul. Ou ento, antes da
vspera de Rosh Hashan, deve-se enviar para um tribunal rabnico um documento
assinado e datado com o seguinte texto:
"Eu, abaixo assinado, entrego aos senhores..., membros do Bet Din na cidade de...,
todos os crditos que tenho de outrem, seja por documento ou oralmente, a fim de que
possa cobr-los quando desejar."
O peruzbul tambm deve ser repetido ao final do ano de shemit.
O fiador do emprstimo
Um filsofo perguntou a Rabi Gamliel: "Sua Tor lhes ordena a dar tsedac freqentemente, e
no ter receio de comprometer sua situao financeira. Mas esse receio no algo natural?
Como algum pode dar seu dinheiro sem se preocupar se deveria ou no poup-lo para uma
hora de necessidade?
Rabi Gamliel, ento, indagou: "Se lhe pedissem um emprstimo, voc me concederia?"
"Depende de quem est pedindo," respondeu o filsofo. "Se o requerente for um estranho, eu
teria medo de perder meu dinheiro."
"E se o requerente apresentasse fiadores?", perguntou Rabi Gamliel.
"Bem, se eu soubesse que so confiveis, concordaria," replicou o filsofo.
"Deixe-me perguntar-lhe", continuou Rabi Gamliel, "como voc se sentiria se o requerente
apresentasse o chefe do governo como fiador?"
"Certamente eu lhe emprestaria o dinheiro, sob estas circunstncias, pois estaria
completamente seguro de que meu emprstimo est garantido," declarou o filsofo.
Rabi Gamliel explicou: "Quando algum d tsedac, ele na verdade concede um emprstimo
garantido pelo Criador do Universo. As escrituras dizem: "Aquele que d ao pobre com
benevolncia empresta a Dus, Que lhe retribuir tudo o que lhe devido." (Dus pagar ao
benfeitor neste mundo, restituindo-lhe o emprstimo, e guarda a recompensa completa para o
mundo vindouro.) Ningum to honrado e digno de confiana como o Criador; se Ele garante
que restitui o dinheiro ao doador: por qu algum deveria hesitar em dar tsedac ?
Ningum nunca ficou pobre por dar tsedac.
De fato, a verdade o oposto, de acordo com o versculo: "Aquele que d tsedac ao pobre,
nada lhe faltar". Dus restitui o dinheiro gasto em tsedac, ao passo que o dinheiro sonegado
ao pobre, ao fim, ser perdido.
Como Dus recompensa quem doa grandes quantias para tsedac
Rabi Elazar, Rabi Yehoshua e Rabi Akiva percorriam o pas a fim de coletar uma vasta soma
para sustentar os estudiosos da Tor carentes.
Eles chegaram aos arredores de Antiquia, lar de Aba Yudan, o famoso magnata e filantropo.
Quando Aba Yudan viu os sbios se aproximando, empalideceu de vergonha e pesar, pois
havia perdido todo o seu dinheiro, e no poderia ajud-los.
Sua esposa ficou chocada ao ver que sua aparncia mudara to drasticamente, e indagou-lhe
a razo.
"Os sbios esto visitando nossa vizinhana," ele respondeu, "e no tenho posses para fazerlhes um donativo."
Sua esposa, que era ainda mais generosa que ele, aconselhou-o: "Venda metade do campo
que nos restou, e d o dinheiro aos sbios." (Este era um ato de bondade no requerido pela
lei.)
Ao receberem seu presente, os sbios o abenoaram: "Que o Todo-Poderoso reponha sua
perda!"
Mais tarde, enquanto Aba Yudan estava arando a parte que lhe restou do campo, sua vaca
caiu num buraco e quebrou a perna. Ao entrar no buraco para socorr-la, Dus iluminou os
olhos de Aba Yudan, e de repente ele avistou um tesouro enterrado naquele buraco. Cheio de
jbilo, exclamou: "Minha vaca machucou-se para meu benefcio!"
Da prxima vez que os sbios visitaram aquela vizinhana, indagaram: "Como est Aba
Yudan?"
Responderam-lhes: "Aba Yudan possui escravos, rebanhos de carneiros e cfilas de camelos.
No temos palavras para descrever sua fantstica fortuna!"
Aba Yudan soube da chegada dos sbios e foi dar-lhes as boas-vindas. "Suas preces em prol
de meu sucesso foram muito benficas," disse-lhes. "Dus no apenas reps o dinheiro que dei
a vocs, como abenoou-me com muito mais do que jamais tive!"
Eles retrucaram: "Seu sucesso se deve aos seus prprios atos de tsedac. J que voc deu
tsedac com tanta generosidade, Dus considerou-o merecedor de Suas bnos."
Sobre ele os sbios citam o versculo: "Um presente generoso (para tsedac) acarreta que seu
sustento seja ampliado."
O poder da tsedac
Tsedac pode prolongar a vida de uma pessoa.
Trs atos tm o poder de abolir os decretos dos cus:
1. Arrependimento (teshuv)
2. Dar tsedac
3. Oraes (tefil)
Halachot (leis) referentes a tsedac
Se algum tem parentes pobres, a prioridade ajud-los. A seguir, ele deve dar
tsedac aos seus vizinhos pobres; e ento aos pobres de sua cidade. Se for preciso
escolher entre dar tsedac para pobres de uma outra cidade, e a pobres de rets
Yisrael, os pobres de rets Yisrael tm prioridade.
A mitsv de tsedac abrange dinheiro ou alimentos.
O valor mnimo a ser doado para tsedac um dcimo dos rendimentos.
Quando no tiver dinheiro consigo para contribuir, ao menos seja amvel com o pobre.
As bnos que uma pessoa recebe por confortar uma pessoa necessitada so ainda
maiores que aquelas recebidas por dar tsedac.
A tsedac deve ser dada de maneira amigvel, acompanhada de palavras
encorajadoras. Aquele que doa irritado ou com raiva, mesmo que sejam altas somas,
perde o mrito da mitsv.
Uma pessoa no deveria jamais sentir-se mal por dar tsedac. A mitsv deve ser
cumprida com alegria. Aquele que d tsedac ganha mais que a pessoa que a recebe.
Se o pobre est constrangido por receber tsedac, preciso encontrar uma maneira de
poupar-lhe embaraos. Por exemplo, pode-se dizer que o dinheiro um emprstimo.
Mais tarde, podemos inform-lo que, na realidade, no necessrio que devolva esta
soma.
A maneira mais sublime de cumprir a mitsv tem lugar quando o doador no conhece
quem recebe a tsedac, tampouco quem recebe conhece o doador (evitando, assim,
que quem recebe fique envergonhado).
A maior tsedac evitar que um colega judeu tenha de aceitar tsedac. Se algum
puder encontrar-lhe um emprego adequado, juntar-se a ele como scio, ou emprestarlhe dinheiro a fim de torn-lo auto-suficiente, este doador realizou a melhor e mais
elevada forma de tsedac.
Ao pensar em como distribuir dinheiro particular para tsedac, deve-se dar prioridade
aos pobres que esforam-se no estudo da Tor. Assim como os maasrot (dzimos)
sustentavam os cohanim e leviyim que faziam o servio no Bet Hamicdash, tambm
devemos separar um dcimo de nossa renda para os estudantes da Tor em
necessidades financeiras.
Um bom investimento
Rabi Tarfon, que era um homem muito rico, no dava tsedac proporcionalmente sua
fortuna.Rabi Akiva props-lhe a seguinte questo: "Voc quer que eu invista uma parte de seu
dinheiro em imveis?" Rabi Tarfon concordou, e deu-lhe quatrocentos dinares de ouro. Rabi
Akiva pegou o dinheiro e distribui-o entre os pobres.
Depois de algum tempo, quando Rabi Tarfon pediu-lhe para ver seus imveis, Rabi Akiva
conduziu-o ao Bet Hamidrash (casa de estudos), abriu o livro de Tehilim, e leu: "Aquele que
distribuiu amigavelmente e deu aos pobres, sua virtude e retido perduraro para sempre."
(Tehilim, 112:9) "Foi assim que investi seu dinheiro."
Rabi Tarfon beijou-o e exclamou: "Voc meu mestre e professor. mais sbio que eu, e
ensinou-me a lio da maneira correta."
A fim de realmente demonstrar sua aprovao, Rabi Tarfon deu mais dinheiro a Rabi Akiva,
para doar aos pobres.
De fato, Rabi Akiva no enganou Rabi Tarfon quando descreveu o ato de dar tsedac como
"investimento em imveis". Quando algum d tsedac neste mundo, est investindo numa
casa para sua alma no mundo vindouro.
Mais idias sobre tsedac
Maimnides, o Rambam, escreve: "Nunca houve dez judeus que morassem no mesmo local e
no estabelecessem um fundo de tsedac.
"Ns, o povo judeu, precisamos garantir o cumprimento da mitsv de tsedac de maneira
elevada, pois ela nos caracteriza como a virtuosa e bondosa semente de Avraham, sobre quem
Dus declarou: Pois Sei que ele ordenar seus filhos e descendentes depois dele a fazer
tsedac."
Quanto agradecimento e louvor uma pessoa deve ao Criador, por possibilitar-lhe estar entre os
que do tsedac a outros!
A pessoa deve perceber, contudo, que todo o dinheiro que controla, em realidade, no "seu",
mas do Criador. Se Dus confiou-lhe riqueza, para testar se dar tsedac com generosidade,
e com as intenes apropriadas.
O servo judeu e Shalosh Regalim
Mosh continuou com outra mitsv de chssed.
Aprendemos que se um judeu furta dinheiro e no pode pag-lo, o Beit Din vende o ladro
como servo. O dinheiro da venda cobre o furto. O servo judeu deve servir ao amo por seis
anos. Ento ganha sua liberdade, no ano Sabtico, shan Shemit.
Mosh ensinou: "Quando seu servo judeu vai embora, voc deve prov-lo com carne, po e
vinho."
Nossos sbios estabeleceram a quantidade exata que cada um deve dar ao escravo
judeu.Dus ordenou esta mitsv como um ato de bondade ao servo judeu. Quando torna-se
livre, no possui dinheiro. Com estes presentes, tem suprimentos para iniciar uma nova vida.
As trs festas de peregrinao" Shalosh Regalim"
Depois de ter exortado os judeu a trazerem seu dzimo a Jerusalm, a Tor agora menciona as
trs festas quando os judeus faziam peregrinaes Yerushalyim.
A Tor repete aqui a obrigao de cada homem viajar ao Bet Hamicdash em Pssach, Shavuot
e Sucot.
"Durante estas pocas to essenciais, comparea ao Bet Hamicdash, para que voc saiba que
Dus o Mestre que controla as leis da natureza e sustenta o mundo. Agradea a Ele, e
obedea Seus mandamentos".
A Tor promete que Dus protege as posses dos que deixam seus lares para cumprir esta
mitsv. Dus declara: "Os judeus que abandonam seu ouro, prata e outros bens a fim de saudar
a Shechin esto sob Minha proteo."
Dois ricos irmos de Ashkelon tinham invejosos vizinhos no judeus, que planejavam roubar
suas casas quando de sua prxima visita a Yerushalyim.
Aparentemente, os irmos descobriram o plano perverso, pois os vizinhos notaram que,
naquele ano, os irmos no viajaram para Yerushalyim. E quo surpresos os vizinhos no
ficaram ento, quando os irmos vieram e os obsequiaram com presentes.
"O que esto comemorando?" - indagaram.
"Voltamos de Yerushalyim e trouxemos - lhes estas lembranas," responderam os irmos.
Os vizinhos ficaram boquiabertos de espanto. "De Yerushalyim?!" - exclamaram. "Mas vimos
vocs entrando e saindo de casa todos os dias! Quando vocs partiram?"
"Na data tal, " retrucaram os irmos.
"Abenoado o Dus dos judeus, Que no os abandona", exclamaram os vizinhos.
"Pretendamos arrombar suas casas quando vocs se ausentassem, mas o Dus em Quem
vocs crem e confiam enviou anjos para proteg-los."
Um estudo demogrfico das cidades de refgio descritas na poro desta semana da Tor
revela um elemento surpreendente na populao. Podera-se presumir que as cidades
compreendiam somente os levitas que l tinham residncia permanente e alguns indivduos
que mataram acidentalmente e buscavam proteo de seus perseguidores. Entretanto, h
um outro grupo os rabinos. O Talmud (Tratado Makot) explica que qualquer indivduo que
fugisse para a cidade de refgio deveria levar consigo seu rabino (no seu advogado,
contador, ou mdico). Analisando esta lei, podemos fazer uma avaliao mais profunda da
primazia da Tor na vida de uma pessoa.
Esta obrigao brota de um versculo: "Ele [o assassino acidental] deve fugir para uma das
cidades e viver" (Devarim 19:4).
Somente o sustento fsico no permite que o assassino "viva". Apenas quando completado
com sustento espiritual (i.e., seu rabino) pode viver realmente. Um comentrio no
caracterstico do Rambam apoia esta noo. Embora o estilo do Rambam em sua obra legal
magna seja elucidar a lei judaica, ele acrescenta um comentrio revelador ao articular o
requerimento de trazer o rabino da pessoa cidade de refgio. Ele escreve que indivduos
sbios carentes de estudo e conhecimento de Tor so considerados carentes de vida. A
Tor infunde vida.
Uma histria contada no Talmud sobre Rabi Akiva cristaliza a importncia da Tor. Rabi
Akiva viveu durante o perodo dos perseguidores romanos, que proibiam o estudo de Tor.
Apesar da proibio, Rabi Akiva continuou seus estudos e foi capturado e sentenciado
morte pelos romanos. Quando inquirido por seus alunos por que assumira tal risco, contoulhes a histria da raposa e do peixe.
Uma astuta raposa fez uma maravilhosa proposta ao peixe: "Venha para a terra, e ficar a
salvo da rede do pescador!" O precavido peixe respondeu: "Vivendo na gua, existe uma
possibilidade de que eu possa viver, evitando a rede do pescador. Entretanto, na terra
certamente morrerei."
Sem as guas potentes da Tor, ns tambm no podemos sobreviver.
Quando a pessoa deixar este mundo, uma das perguntas que D'us lhe far se reservou
tempo para o estudo da Tor todos os dias (Talmud Tratado Sanhedrin 7a e Shabat 31a). A
Tor no meramente um guia legal para a vida. Estudando a Tor, aprofundamos nosso
conhecimento das mitsvot e revigoramos nosso relacionamento com D'us.
Ao aproximarmo-nos de Rosh Hashan, faamos um compromisso de imergirmos no mar da
Tor e que sejamos abenoados por suas guas vivas a cada dia.
Shofetim
Nomear juzes
Nomear juzes
Esta Parash trata dos fundamentos da liderana judaica: o estabelecimento de cortes
legislativas judaicas e, mais adiante, algumas leis relacionadas a juzes; a nomeao de
um rei judeu e vrias leis relacionadas s guerras, as quais o rei deve conduzir e conclui
com a mitsv de egl aruf (a bezerra cuja nuca quebrada), que envolve tanto juzes
como cohanim.
H mitsvot especiais para os lderes da nao. Os lderes devem lembrar a toda hora que
eles so um exemplo para toda a nao.
Os lderes da nao judaica so:
1. Juzes,
2. cohanim,
3. profetas,
4. o rei.
Todos os acima escritos carregam uma enorme responsabilidade, pois sua conduta e
comportamento exercem forte influncia sobre o resto do povo, positiva ou negativa.
Mosh descreveu a Ben Yisrael todas as leis que os lderes devem saber.
Mosh explicou: "Em Yerushalyim vocs tero o Grande Sanhedrin". Esta a mais alta
corte legislativa do pas. Quando vocs viajarem para Yerushalyim para Yom Tov, vocs
podero ir para o Sanhedrin com os seus casos de justia.
"Alm do tribunal, Dus quer que cada cidade em rets Yisrael tenha o seu prprio Bet Din
(Tribunal). Em uma cidade pequena, um tribunal de trs juzes j o bastante. Apesar de
que trs juzes no podem julgar casos de vida e morte, eles podem solucionar problemas
ligados a dinheiro e propriedade. Uma cidade maior (onde moram pelo menos 120 judeus)
deve ter um Bet Din de 23 membros. Este Bet Din tem o poder de decretar uma sentena
de morte.
"Se os juzes de um Bet Din esto indecisos a respeito de um caso, devem viajar at o
Grande Tribunal."
O Grande Tribunal tem setenta juzes e um nassi (presidente) sobre eles. O Sanhedrin se
rene diariamente em uma das salas do Bet Hamicdash. Os juzes sentam em um
semicrculo. Deste modo, eles poderiam ver uns aos outros e o presidente poderia v-los
todos. Quanto maior fosse o juiz, mais prximo do presidente ele se sentava. Hoje em dia,
j que a corrente da semich est rompida, ns no temos mais a mitsv de nomear um
Sanhedrin.
O que semich?
Semich quer dizer "ordenao". Quando Mosh nomeou Yehoshua e os setenta zekenim
(sbios experientes) do Sanhedrin, colocou suas mos sobre a cabea deles. Mais tarde,
aqueles sbios nomearam os lderes da prxima gerao. Mesmo no tendo colocado
suas mos sobre as cabeas dos seus sucessores, o ato de orden-los ainda era
chamado de "dar a semich". A corrente de semich continuou a passar dos lderes de
uma gerao para a prxima.
Quando os romanos destruram o segundo Bet Hamicdash, queriam abalar a coragem dos
judeus. Porm sabiam que enquanto o Sanhedrin estivesse de p, o povo continuaria
espiritualmente forte. Por isso eles tentaram destruir o Sanhedrin que continuou
exercendo sua funnao em segredo. Dar ou receber semich era punido com morte.
Apesar do decreto romano, a semich continuou por mais 150 anos depois da destruio
do Bet Hamicdash. No final ela foi rompida.
Em toda Amid diria ns rezamos:"Hashiva shoftenu kevarishona; Por favor, traga de
volta nossos juzes assim como era antes!" Pedimos para Dus trazer Mashiach e
restabelecer o Sanhedrin que novamente conceder a semich. Adicionalmente aos
juzes, a Tor manda ter tambm os shoterim, policiais. Os shoterim executam os decretos
dos juzes. Mosh avisou: "Nomeiem somente juzes capazes e honestos. Lembrem-se de
que para ser um verdadeiro juiz de acordo com a Tor, o indivduo deve antes de tudo
cumprir ele mesmo as mitsvot."
Uma histria:
Faa o que voc diz!
Rabi Yonatan tinha uma rvore cujos galhos alcanavam o quintal do seu vizinho nojudeu. Certo dia, dois judeus vieram para o Rabi Yonatan. Um deles reclamou que a
rvore do seu amigo se estendia at sua propriedade. Eles pediram para o Rabi Yonatan
resolver sua discusso. Quando Rabi Yonatan ouviu o caso, percebeu que ele mesmo
estava cometendo o mesmo erro. "Por favor, voltem amanh!" disse a eles.
O vizinho no-judeu de Rabi Yonatan ouviu falar sobre o caso jurdico. Ele disse: "Como
Rabi Yonatan pode dizer para mais algum o que fazer, quando ele mesmo no est
fazendo a coisa certa?"
Naquela mesma noite, Rabi Yonatan chamou um trabalhador. "Corte os galhos que esto
se estendendo alm da minha casa", ele instruiu.
Cedo na manh seguinte, os dois homens retornaram para ouvir a deciso de Rabi
Yonatan. "Voc deve cortar os galhos que esto avanando", disse ele para o dono da
rvore.
O vizinho no-judeu de Rabi Yonatan tinha vindo para ouvir como Rabi Yonatan decidiria o
caso. Ao ouvir o veredicto, ele no pde se controlar e explodiu com raiva: "E o que me diz
de si prprio?" balbuciou. "Por que voc no faz o que diz? Como pode ordenar algum
para cortar os galhos, quando os seus galhos tambm esto avanando para o meu
ptio?!"
"Eles no esto!" respondeu o rabino. "V verificar isto voc mesmo."
Indo at l, o no-judeu constatou que Rabi Yonatan tinha realmente cortado os galhos.
"Abenoado seja o D-us dos judeus!" ele exclamou. "Seus juzes fazem o mesmo que
dizem para os outros fazerem!"
Certa vez, uma discusso irrompeu entre os sbios sobre um forno. "Este forno tam,
impuro", os sbios decidiram.
"No, puro" - argumentou Rabi Elizer. Ele trouxe provas para sua opinio, porm os outros
ainda discordavam.
"Deixem-me mostrar para vocs que mesmo Dus concorda comigo!" Disse Rabi Elizer.
"Esto vendo esta alfarrobeira no ptio? Se estou com a razo, que Dus faa esta rvore
mover-se 100 amot (48 metros) adiante!"
Rabi Elizer escolheu propositadamente a alfarrobeira, para dar um indcio aos sbios.
Assim como a alfarrobeira produz frutos somente uma vez a cada setenta anos, assim as
palavras de Tor dos sbios - seus frutos - no eram nem produtivos nem verdadeiros.
Assim que Rabi Elizer ordenou, a rvore moveu-se por 100 amot. "Agora vem como estou
certo?" Perguntou.
"Isto no prova que voc est certo!" Responderam os sbios. "J que voc um grande
tsadic, Dus est fazendo milagres para voc!"
"No verdade," insistiu Rabi Elizer. "Dus fez isso para provar queestou certo. Repito: o
forno est puro! Se no acreditam em mim, que o riacho do outro lado corra para trs!"
Rabi Elizer indicou aos outros que a Tor deles (que comparada gua) estava indo para a
direo errada. O riacho realmente retrocedeu no seu curso. Isto era um verdadeiro milagre.
Porm, os sbios recusaram-se a ceder ao Rabi Elizer.
"Que as paredes do Bet Hamidrash (casa de estudos) caiam!" gritou Rabi Elizer. Ele estava
indicando a eles que o Bet Hamidrash no merecia continuar de p por causa da sua deciso
errada.
Quando as paredes comearam a desabar para dentro, Rabi Yehoshua disse a elas:
"Como vocs, paredes, ousam se intrometer em uma discusso entre os sbios?
Reendireitem-se imediatamente!"
As paredes tinham um problema. No podiam cair em respeito a Rabi Yehoshua; e no podiam
endireitar-se em respeito a Rabi Elizer. Por isso mantiveram-se inclinadas.
Quando Rabi Elizer viu que os milagres no convenceram os sbios, ele clamou: "Que o
prprio Dus prove que estou certo!"
Imediatamente, uma voz celestial ressoou no Bet Hamidrash: "Rabi Elizer est certo!"
Rabi Yehoshua veio e retrucou: "Dus! No foi voc quem ordenou na sua Tor que ns
sempre temos que seguir a opinio da maioria do Sanhedrin? No vamos ouvir a voz Celestial.
Voc com certeza s fez isso para testar-nos!"
A halach (lei) permaneceu de acordo com a maioria do Sanhedrin. Toda a comida assada
nos fornos que Rabi Elizer declarou serem "puros" foram queimadas para se ter certeza de
que ningum seguisse a sua opinio.
Hoje em dia no temos Sanhedrin.
Como a mitsv de obedecer o Sanhedrin pode ser aplicada a ns?
Devemos ouvir os conselhos dos grandes lderes espirituais da nossa gerao. Mesmo se eles
no equiparam-se em sabedoria aos juzes de antigamente, deve-se obedec-los, pois tudo o
que temos "o juiz de nossa prpria poca." Dus no deixa seu povo sujeito anarquia; Ele
providencia-lhe lderes compatveis com as necessidades de sua poca e local.
Zaken Mamr - o sbio que desobedece o Sanhedrin
Se um judeu desobedece uma regra do Grande Sanhedrin ou dos lderes espirituais de sua
gerao, est transgredindo um mandamento da Tor. Caso um sbio competente, na poca
do Bet Hamicdash, tenha instrudo outras pessoas a agir contrariamente s regras do Grande
Sanhedrin, ou ele mesmo agiu desta maneira, poderia at ser condenado morte.
Por que ele era punido to rigorosamente?
Com isso, a Tor quer nos demonstrar a importncia fundamental de obedecer a Palavra de
Dus formulada pelo Sanhedrin.
Inevitavelmente, haver diferenas de opinio sobre como interpretar a Lei Escrita, e aplic-la
novas situaes. Todavia, se todos os pontos de vista tivessem o mesmo status de idntica
legitimidade, as disputas multiplicar-se-iam, resultando em diversas verses da Tor, cada qual
competindo com as outras. Por este motivo, a Tor investiu o Sanhedrin de plena autoridade
para resolver todas as disputas e cujas decises seriam acatadas at mesmo por eminentes
estudiosos. Porquanto um judeu deve acreditar que Dus guia e orienta as decises de Seus
servos devotos.
Instituir e promulgar a autoridade dos sbios to importante que a Tor imps a pena capital
para qualquer juiz mesmo para um juiz notvel que legisle contra as decises majoritrias
do Grande Sanhedrin.
Tor lo yarbe, o rei no deve ter a mais! O rei Shelom desobedeceu a esta mitsv!"
Dus confortou o yud: "No se preocupe! Mesmo uma pequena letra como voc muito
importante! Voc ver que Shelom errou. A ficar claro que as leis da Tor se aplicam a
todos, sem excees."
E assim aconteceu. Quando o rei Shelom j era avanado em idade, suas esposas (que se
converteram ao judasmo antes de se casarem com ele) serviram dolos. Shelom no
protestou o suficiente. Dus ficou to aborrecido com o rei Shelom que Ele escreveu no
Tana"ch (Bblia): "Shelom serviu a dolos." Para um grande tsadic como o rei Shelom foi
considerado como se ele mesmo tivesse praticado idolatria. O rei Shelom tambm adquiriu
cavalos demais. Como conseqncia, alguns judeus acabaram morando no Egito. Mais ainda,
os pesados impostos que seu vasto tesouro exigia fizeram com que a nao se dividisse aps
sua morte.
Shelom comps um livro cheio de sbios conselhos, chamado Cohlet. Nele, ele escreve: "Eu
me apoiei na minha grande sabedoria e ignorei as palavras da Tor, enraivecendo a Dus. As
mitsvot de Dus so mais sbias do que tudo o que um ser humano poderia sequer imaginar."
A Tor, geralmente, no nos d a razo das mitsvot. Shelom falhou pois a Tor deu a razo
das mitsvot dos reis. Ele racionalizou que elas no se aplicavam a ele. Se a Tor tivesse nos
ensinado o significado de outras mitsvot, poderamos transgredi-las tambm, achando que
estas no se aplicam a ns.
O rei deve cumprir uma outra mitsv:
4. O sefer-Tor do rei: Andamos lap-tops e celulares para no perdermos nenhuma notcia ou
chamada telefnica, onde quer que estejamos. Nos tempos dos reis judeus, eles levavam
consigo mais uma coisa: um mini sfer-Tor. O carregavam a toda hora: no seu palcio, em
viagem, e mesmo nas batalhas.
O rei sempre estava extremamente atarefado. Poderamos pensar portanto que ele era isento
do estudo dirio da Tor. Mas no, a Tor ordena: "O rei deve ter dois sifr-Tor.
Um guardado em seu tesouro. E o outro carregado por ele aonde quer que v, a cada dia
de sua vida. Ela vai ensin-lo a temer a Dus e guardar Suas mitsvot. Tambm o impedir de
tornar-se orgulhoso, ou arrogante demais em relao aos seus irmos.
Em proporo imensa honra que ele recebe, o rei deve se destacar na virtude da humildade
(sentindo-se especialmente subjugado e grato a Dus, Que tanto o distinguiu). Para reduzir o
grande perigo da arrogncia, a Tor ordena ao rei carregar consigo um sfer Tor para estudo
freqente e para recordar a toda hora sua posio como o servo de Dus. Em seu corao ele
nunca deve esquecer que afinal, ele somente um ser humano e Dus o verdadeiro Rei.
Para demonstrar sua grande humildade, o rei tinha que se curvar na orao da amid at mais
do que pessoas comuns. Ns nos inclinamos quatro vezes, porm o rei tinha que manter-se
curvado ao longo de toda a amid.
Maimnides escreve: a Tor aqui probe a presuno e a vaidade. At mesmo o rei, apesar da
sua posio especial, proibido de ser arrogante; quanto mais as simples e ordinrias
pessoas. Dus no tolera soberba alguma. Somente a Dus pertence toda a grandeza, a fora e
a glria.
Nossos sbios nos contam:
O rei David e o rei Mashiach
Assim como grandes sbios, o rei David nunca tinha tempo para dormir adequadamente.
Estudava Tor at o meio da noite, cochilando somente quando estava exausto. meia noite,
o vento norte tocava as cordas de sua harpa que ficava sobre o seu leito. Este era um sinal
para David acordar. Ento, cantava msicas de louvor para Dus at o amanhecer.
Durante o dia, ele se encontrava com reis estrangeiros. No discutia poltica com eles. Em vez
disso ele falava sobre Tor, seu assunto favorito. Os judeus seguiam o exemplo de seus reis.
O rei era a inspirao para o esprito nacional. Por isso, na poca de David, todos estudavam
Tor.
Alkm disto, o rei David era muito humilde. Nunca levantava a cabea ao andar entre seus
sditos. Dizia a Dus: "Posso ser o rei, porm voc o Rei dos reis."
Dus denominou David como Seu servo. Ele prometeu que o reinado continuaria na famlia de
David para sempre. Apesar de que o reinado de David est suspenso enquanto estamos no
exlio, Dus prometeu que Ele ir restaur-lo no futuro. O rei Mashiach tambm ser um
descendente do rei David.
Maimnides traz a seguinte halach (lei) que descreve Mashiach: "Se surgir um rei da casa de
David que se ocupar com a Tor e as mitsvot tanto a Tor Oral como a Tor Escrita assim
como seu antecedente David, e que far todos os judeus retornarem para a observncia,
podemos presumir que ele o Mashiach."
"Se tiver sucesso reconstruindo o Bet Hamicdash e reunindo os exilados, certamente o
Mashiach. Mashiach far com que o mundo todo retorne ao caminho da verdade, e com que
todas as naes sirvam a Dus com harmonia."
Os Cohanim e seus turnos (mishmarot)
Mosh ordenou que os cohanim fossem divididos em oito viglias, ou "grupos" (mishmarot), que
trabalhariam em turnos para realizar o servio no Tabernculo. Mais tarde, o rei David e o
profeta Shemuel aumentaram o nmero de turnos para vinte e quatro. Desta forma, cada
cohen ficaria "de planto" por um pouco mais que duas semanas ao ano. Apesar do servio
regular ser uma prerrogativa do turno designado, qualquer cohen podia realizar o servio de
suas oferendas pessoais a qualquer poca do ano; e de ir ao Templo durante Pssach,
Shavuot e Sucot tomar parte no servio e receber em troca parte das oferendas da
comunidade.
Em rets Yisrael os cohanim vivero espalhados por todo o pas, e viro a Yerushalyim
apenas quando for seu respectivo turno de realizar os servios. Durante o resto do ano, os
cohanim cumpriro suas obrigaes guiando o povo no caminho da Tor, ensinando-os e
sendo um exemplo pessoal.
Quando um rei no-judeu queria empreender uma guerra, ele antes perguntava ao seu
adivinho se ele seria ou no vitorioso. Um rei judeu proibido de fazer isso. seu dever e do
Sanhedrin assegurar que no existam bruxos em rets Yisrael.
Todas as antigas naes tinham mgicos, incluindo a terra de Canaan. Alguns eram baal ov:
convocavam os espritos de pessoas mortas e formulavam perguntas sobre o futuro. Havia
outro tipo de mago chamado yideoni: ele colocava o osso de um animal na boca, e o osso
comeava a falar.
Os no-judeus tambm tinham alguns sinais de "sorte" e de "azar". Por exemplo, se algum
comesse po e um pedao casse de sua boca, era considerado um azarado.
Mosh avisou: "Vocs no podem acreditar em todas estas supersties, assim como consultar
mgicos e astrlogos proibido."
Conhecendo o futuro
"S lhes permitido conhecer o futuro de duas formas:
1. Podem consultar um profeta de Dus.
2. O rei ou o presidente do Sanhedrin podem perguntar aos urim vetumim."
Como os urim vetumim respondiam? Como sabemos, o cohen gadol (sumo-sacerdote) usava o
Chshen (peitoral). Sobre ele havia doze pedras preciosas com os nomes das doze tribos
gravados nelas. Os urim vetumim, o nome sagrado de Dus, ficava oculto dentro do Chshen.
Isso fazia com que as letras do Chshen se iluminassem fornecendo e formando as respostas.
Mosh disse: "O profeta que declarar que Dus tenha falado com ele, deve ser testado.
Perguntem a ele algo sobre o futuro. Se a predio realizar-se, a Tor ordena que vocs
acreditem nele dali em diante. Se o seu sinal no se confirmar, ele um falso profeta. Vocs
devem conden-lo morte."
Imagine um soldado que chamado para a guerra exatamente antes do seu casamento. Seu
corao est repleto de preocupao.Ele pode nunca voltar. Outra pessoa pode desposar sua
noiva! Ele provavelmente no conseguir se concentrar em lutar bravamente. No s no ter
coragem, mas tambm servir de mau exemplo para outros soldados. Por isso, o exrcito
estar melhor sem ele. O mesmo se d com algum que no teve chance de morar em sua
nova casa ou usufruir das frutas do seu vinhedo. H tambm uma outra explicao: a Tor
somente pretendia mandar para casa aquele que tivesse medo de batalha ou aquele que
tivesse pecado. Porm seria muito embaraoso para esta pessoa ir embora! Todos saberiam
que ele era ou um covarde ou um pecador! Por isso, para proteg-los da vergonha, a Tor
ordena tambm os outros trs grupos de pessoas que deveriam retornar. Desta forma, quando
todos estes grupos deixavam o exrcito para ir para casa, os outros no saberiam exatamente
quem era desprovido de coragem ou pecador.
Estas leis nos mostram o quo cuidadosos devemos ser para no embaraar um outro judeu,
principalmente em pblico.
preocuparei para que chegue o tempo quando todas as morte cessaro. Na poca de
Mashiach, instrumentos de matana sero usados somente para fins pacficos."
Ki Tets (Devarim 21:10 - 25:19) comea discutindo o caso de uma mulher quando
capturada por um soldado judeu durante uma batalha. Pelo resto da Poro, a Tor
continua com uma lista de vrias mitsvot cobrindo vasta gama de tpicos. Relata ento os
direitos especiais de herana do primognito, o caso do filho teimoso, a importncia de
respeitar-se a propriedade de outras pessoas, a obrigao de enxotar a ave me do ninho
antes de pegar seus filhotes, e que no se deve vestir shatnez, mescla de l e linho na
mesma pea de roupa.
O caso da difamao da mulher casada ento discutido, seguido pela proibio de
adultrio e outros casamentos proibidos, bem como a ordem de manter o acampamento do
exrcito como local santificado. Aps mencionar brevemente o divrcio e o requerimento de
um guet (carta de divrcio), a Tor discute o sequestro, a mitsv de pagar os trabalhadores
no tempo apropriado, e o conceito da responsabilidade do indivduo por suas prprias
aes.
A Tor descreve ento a considerao especial que deve ser dada a um rfo e a uma
viva, o casamento levirato e a mitsv de ser honesto nos negcios. Esta Poro da Tor
conclui com uma exortao para recordar as atrocidades que a nao de Amalek cometeu
contra ns aps o xodo.
Mensagem da Parash
Prisioneiro de guerra
por Yoel Spotts
primeira vista, a seo registrada no incio da poro desta semana da Tor a respeito de
eshet y'fat to'ar parece inteiramente fora de carter com a mensagem geral da Tor.
Durante todos os cinco livros de Mosh lemos sobre as leis enfatizando a restrio e autodisciplina, responsabilidade e controle. Mesmo assim, na poro desta semana da Tor
descobrimos o caso de eshet y'fat to'ar, quando um soldado, em tempo de guerra, tem
permisso de abandonar aqueles ideais elevados e render-se a seus desejos.
Que mensagem a Tor est tentando transmitir, quando aparentemente permite que
soldados judeus apoderem-se de mulheres cativas vontade, sem dar importncia alguma
ao auto-controle?
Entretanto, antes que faamos um julgamento apressado, devemos primeiro examinar mais
cuidadosamente os versculos que relacionam a atitude prescrita, pois o consentimento da
Tor a esse encontro com uma mulher prisioneira no representa nem metade da histria.
Em Devarim 21:12, aprendemos que logo aps seu encontro inicial, a mulher deve raspar
sua cabea e deixar crescer as unhas, certamente uma viso nada atraente. O versculo 13
explica ainda que ela deve chorar incessantemente por seus pais mortos, durante trinta
dias, tudo isso vista de seu captor. Apenas aps este ms de luto eles podero iniciar um
relacionamento normal como marido e mulher. Certamente aps esta exibio, quase
qualquer homem se tornaria rapidamente desinteressado pela mulher que, apenas pouco
tempo atrs, tanto estimulara seu interesse.
Na verdade a Tor, esperando tal reao, prescreve a ao correta que far com que o
homem no mais deseje esta mulher como esposa. Obviamente, a aparente sano da
Tor a tal comportamento no bem precisa; claramente, existe aqui uma mensagem mais
profunda. Consideremos por um momento a provao do soldado em tempo de guerra.
Afastado da esposa e da famlia por meses interminveis, est sujeito s duras condies
do brutal confronto. Se isso no fosse suficiente, deve ainda suportar as tentaes da
mulher no-judia que passou a desfilar em frente aos soldados da forma mais sedutora
possvel, a fim de distrair sua ateno da batalha. (De fato, por este motivo a Tor exige
que a mulher "raptada" troque suas roupas de guerra antes de entrar na casa do soldado.)
O soldado judeu nesta situao poder ver-se incapaz de controlar suas emoes, e
conseqentemente ficar seduzido pelas armadilhas desta mulher.
O que deve acontecer com este soldado ser condenado danao eterna pelo seu
crime? O Judasmo diz que no. D'us criou o homem como um ser fsico num mundo fsico,
com desejos fsicos. claro que a misso do homem nesta terra superar sua m
inclinao, que o leva a agir segundo estes desejos. Entretanto, no se pode esperar que a
pessoa domine suas emoes do dia para a noite. uma batalha para a vida toda. Dessa
maneira, a Tor aceita que a pessoa possa ver-se incapaz de resistir aos apelos do
pecado. Apesar disso, no deve permitir-se permanecer neste estado de depravao.
Embora tenha falhado desta vez, deve tomar as precaues para ter sucesso na prxima.
Dessa maneira, o soldado deve raspar a cabea da mulher, permitir que suas unhas
cresam, abster-se de ter relaes com ela, fazer tudo para tornar a mulher desprezvel.
Afortunadamente, quando trinta dias se passarem, seu desejo pela mulher tambm ter
passado.
Embora muitos de ns jamais tenhamos nos defrontado com estas mesmas circunstncias
que o soldado judeu descrito na poro desta semana da Tor, mesmo assim temos que
suportar nossa prpria cota de tentaes. No se espera que a pessoa consiga derrotar
seus desejos todas as vezes. O Rei Salomo declarou isso h muito tempo, quando disse:
"No existe homem que seja to correto na terra que sempre faa o bem e jamais peque"
(Cohlet 7:20).
Todos em alguma ocasio sucumbem por seus desejos. A verdadeira questo : O que
acontece depois? A pessoa se render s suas fraquezas, resignando-se noo de que o
homem no tem esperana em sua guerra contra a m inclinao e que tudo est perdido?
Ou se reerguer com nova determinao, acreditando que embora possa ter perdido a
batalha, ainda pode vencer a guerra?
Aprender realmente com seus erros, e tomar as devidas precaues para assegurar
futuras vitrias?
A maneira pela qual algum responde estas perguntas determina se ele se permitir ser
refm de suas emoes, ou se ser capaz de libertar-se das amarras da m inclinao.
Com o mandamento de eshet y'fat to'ar, a Tor nos forneceu uma receita para tratar
eficazmente a sndrome de ps-pecado.
Agora cabe a ns tomar corretamente o remdio.
Ki Tets
Desposar uma mulher cativa
Fazer cercas
Casamentos proibidos
Vestimentas apropriadas
Relembrando Amalec
Porque o prximo assunto do qual a Tor fala sobre um marido que tem duas esposas e
odeia uma delas. Quando o soldado viu a yefat toar pela primeira vez, ficou cego por sua
beleza. No levou em conta se ela seria ou no uma esposa adequada para si. Uma vez
casado, comeou a pensar: "Como pude querer essa moa? Ela no to fina, delicada e
educada como uma esposa judia deve ser!" Ele se lamentaria e se arrependeria de ter se
casado com ela, at que, finalmente, comearia a odi-la.
Se isso acontecesse, ele poderia pensar: "Farei dela uma escrava! Ou talvez a venda
como escrava!" Mas a Tor o probe de agir assim: "Voc a tomou por esposa, agora,
deve trat-la bem!"
Tampouco pode ser sentenciado morte se no ingerir a comida da maneira como nossos
sbios chamam de "repugnante". Alm disso, se o rapaz ainda no tem idade de bar-mitsv, ou
se j decorreram trs ou mais meses desde seu bar-mitsv, as leis de ben sorer umor no so
aplicveis.
Se esse caso realmente nunca aconteceu, porqu Dus ps esse assunto na Tor?
Dus queria que estudssemos estas leis por dois motivos. O primeiro para sermos
recompensados por as termos estudado. E o segundo para que aprendamos uma lio. Por
exemplo: Os pais podem preferir ser lenientes com a desobedincia e gula de uma criana.
Podem considerar sua m conduta como relativamente incua. A Tor, contudo, proclama:
"No tolere seu comportamento! No o declare inocente! necessrio intervir!"
Essa questo desta forma ensina aos pais a obrigao de educar seus filhos no caminho da
Tor e mitsvot, e a repreend-los; e tambm inculcar neles os elevados e virtuosos valores
judaicos. Quando jovens, crianas no gostam dessas restries; mas, um dia, sero gratas a
seus pais. Por isso, foram ensinadas a seguir o caminho correto, tornarem-se judias cujas
vidas so pautadas pela Tor; disciplinadas, atenciosas e prestativas. Foram educadas para
verdadeiramente aproveitar a vida. Uma criana mimada e egosta transformar-se num adulto
infeliz. Todavia, uma criana que se transforma num adulto realizado, decidir: "Educarei meus
filhos da mesma maneira!"
O rei Salomo admoesta (Mishl, 1:8): "Shem ben mussar avicha, ve al titosh torat imecha" "Oua, meu filho, os conselhos de teu pai, e no te afastes dos ensinamentos de tua me."
Um belo dia, Rabi Shemuel estava andando na praia, quando avistou algo brilhando na areia.
O bracelete perdido! Rabi Shemuel guardou o bracelete at que os trinta dias findassem. S
ento ele o devolveu rainha.
"Voc sabe que h uma punio por devolver o bracelete aps trinta dias?
"Sim," respondeu Rabi Shemuel.
"Porqu, ento, voc esperou tanto antes de devolver o bracelete?" perguntou ela.
"Queria mostrar a voc," explicou Rabi Shemuel, "que a razo de eu ter devolvido o bracelete
no porque a temo, mas porque temo a Dus!"
"Louvado seja o Dus dos judeus!" exclamou a rainha.
A mitsv de hashavat aved aplica-se quando trata-se de um proprietrio judeu. Contudo,
uma obrigao judaica devolver um objeto perdido a qualquer pessoa, pois nosso
comportamento em todas as esferas da vida deve ser o de fazer kidush Hashem (santificar do
nome de Dus).
Nossos sbios nos contam tambm acerca da extraordinria maneira como Rabi Pinchas ben
Yair cumpria essa mitsv. Certa vez, dois judeus deixaram com ele duas medidas de gros de
trigo. Rabi Pinchas semeou-os, e depois armazenou a colheita em seus silos. Sete anos
depois, os dois judeus retornaram.
Rabi Pinchas mostrou-lhes um armazm repleto de gros e disse-lhes: "Tudo isto de vocs!"
Rabi Pinchas ben Yair era um grande tzadic. Ele fez mais do que a mitsv requeria. Teria sido
suficiente se ele simplesmente guardasse o trigo. Ou, se o trigo estivesse comeando a se
estragar, ele poderia ter vendido o trigo e entregue o dinheiro aos proprietrios.
Vestimentas apropriadas
Um homem judeu no pode vestir trajes ou jias normalmente utilizados por mulheres,
e uma mulher no pode usar roupas masculinas.
"Lo yihy kli guever al ish, velo yilbash guever simlat ish"; "No haver traje de
homem na mulher, e no usar o homem vestimenta de mulher." ( Ki Tetz, 22:5)
A Tor quer que respeitemos e preservemos a distino que Dus criou entre os sexos.
A proibio impede um homem de vestir-se como mulher a fim de misturar-se com
mulheres, e vice-versa, evitando, assim, imoralidade e promiscuidade, abominadas por
Dus.
Fazer cercas
Maak Construir cercas em reas perigosas
Mosh ordenou: "Se voc se mudar para uma casa com laje ou varanda que utilizar, deve
imediatamente construir uma forte cerca protetora que a circunde."
A cerca deve ter no mnimo dez tefachim (80 cm) de altura.
Dus protege os tsadikim de qualquer infortnio. No obstante, temos de tomar precaues
contra acidentes, pois Dus quer que ajamos de acordo com as leis da natureza, que Ele criou.
Tambm proibido que algum deixe largados em sua propriedade objetos perigosos ou que
ofeream riscos, tais como uma escada quebrada. Esta mitsv tambm se refere a qualquer
situao perigosa, como piscinas ou escadas altas.
Se algum ferir-se ou morrer porque um proprietrio no tomou as devidas precaues, este
culpado pelo acidente; apesar de que nenhum acidente ocorre acidentalmente", ou seja, sem o
consentimento Divino. No obstante, somos advertidos para no sermos os agentes culpados
de algum infortnio.
Histrias
Nossos sbios preocupavam-se com a segurana
Certa vez, na cidade de Nahardaya, em Bavel, havia um muro instvel. Contudo, as pessoas
passavam perto dele. Elas asseveravam umas s outras, dizendo: "Este muro est assim h
treze anos, e nunca ocorreu nenhum acidente. Provavelmente, seguro!"
Todavia, dois sbios, Rav e Shemuel recusavam-se a andar rente ao muro. " perigoso,"
diziam. Eles sempre se desviavam de seu caminho, para no passar perto do muro.
Um dia, Rav Ahada bar Ahava, que era um grande tsadic, visitou os chachamim (sbios).
Os trs saram juntos, e chegaram perto do muro. Shemuel disse a Rav: "Vamos circund-lo,
como sempre fazemos."
Rav replicou: "Desta vez no ser necessrio, pois Rav Ahada est conosco. Seu zechut
(mrito) to grande que tenho certeza de que nenhum mal nos suceder."
Outro sbio, Rav Huna, estava preocupado com sua adega. As paredes estavam to vacilantes
que ele temia entrar na adega. Mas era uma pena desperdiar tantos barris de vinho. Se as
paredes russem, esmagariam os barris, e o vinho se perderia.
"Como posso retirar o vinho em segurana?" perguntou-se Rav Huna. Ento, teve uma idia:
"Sei que as paredes no tombaro enquanto o tsadic Rav Ahada l permanecer. Vou chamlo."
Rav Huna convidou Rav Ahada sua casa. Eles discorreram sobre assuntos da Tor. Rav
Huna e seu convidado adentraram a adega, enquanto continuavam a falar de temas da Tor.
Rav Huna fez sinal para que seus criados removessem os barris para fora. Assim que a adega
foi evacuada, Rav Huna conduziu seu inocente amigo para fora. Neste instante, as paredes
ruram! Quando Rav Ahada percebeu que foi usado para salvar o vinho de seu anfitrio, ficou
aborrecido:
"Voc correu um grande risco," reclamou para Rav Huna. "No sou um tsadic perfeito.
Poderamos ambos termos sido soterrados sob os escombros! Ningum pode colocar-se numa
situao de perigo e ento confiar num milagre que o salvar!"
Vemos dessa histria que Rav Huna no se considerava um tsadic fora do comum. Era um
homem muito humilde, a despeito de sua grandeza. O Talmud nos conta muitas coisas
maravilhosas sobre Rav Huna. Em seus ltimos anos, sempre que havia uma forte
tempestade, costumava percorrer a cidade numa carruagem. Ele inspecionava todas as casas,
para verificar quais delas eram seguras. Quando avistava uma parede cujas estruturas
estavam abaladas, aconselhava o proprietrio a reconstru-la. Com freqncia, Rav Huna
encontrava um pobre cuja choupana era frgil. Caso o pobre lhe dissesse: "No posso arcar
com as despesas de uma reforma." Rav Huna contribua com seu prprio dinheiro para
reconstruir a casa.
Mitsv goreret mitsv
Dizem nossos sbios: Um pecado leva a outro, uma mitsv atra outra.
Como as mitsvot desta parash esto relacionadas umas s outras?
A parash comea com o tema da yefat toar. Se um judeu se casar com uma yefat toar, ele
ter duas esposas. Elas discutiro, e o marido logo odiar uma delas. A yefat toar
provavelmente dar luz um ben sorer umor (filho rebelde).
O incio da parash nos mostra como uma aver leva outra.
Analogamente, mitsvot conduzem a mais mitsvot.
Se algum cumpre a mitsv de afugentar o pssaro-me de seu ninho, Dus o recompensar
com uma casa. Ento, ele ter a chance de cumprir a mitsv de construir uma cerca de
proteo (maak). Em decorrncia disto, Dus lhe dar campos, onde cumprir a mitsv de
kilayim (no semear duas espcies diferentes juntas). Dus, ento, lhe conceder animais, com
os quais cumprir a mitsv de no arar sua plantao usando dois animais diferentes,
atrelados juntos.
Como recompensa, Dus lhe dar roupas com as quais poder agora cumprir a mitsv de tsitsit.
E assim a lista continua.
Casamentos proibidos
Mosh continuou a explicar as leis sobre a vida familiar judaica. Geralmente, permitido casarse com um no judeu, homem ou mulher, desde que ele(ela) tenha se convertido ao judasmo
conforme a Halach, Lei Judaicae passa a cumprir todas as mitsvot. Contudo, h excees,
como veremos na tabela abaixo.
Casamentos entre judeus e no judeus
Nao ___________________ Guer (Convertido) __________________ Guiyoret (Convertida)
Amon ____________________ Proibido __________________________ Permitido
Moav _____________________ Proibido __________________________ Permitido
Edom _____________________ Permitido na 3 gerao ______________ Permitido na 3
gerao
Egito ______________________ Permitido na 3 gerao ______________ Permitido na 3
gerao
Explicando a tabela:
Convertidos de Amon e Moav
Mosh explicou: " Os amonim e moavim so descendentes de Lot, sobrinho de Avraham. Lot
devia sua vida a Avraham. Avraham resgatou-o quando foi capturado pelos quatro reis que
conquistaram Sedom. O mrito de Avraham tambm salvou Lot quando os perversos de
Sedom foram destrudos.
"Amon e Moav deveriam ter sido bondosos e solcitos com Ben Yisrael, pois devem sua
prpria existncia a Avraham Ao invs disso, foram cruis. Quando Ben Yisrael aproximaramse das terras de Amon e Moav, o povo no ofereceu po e gua a Ben Yisrael. Eles no
sabiam que os judeus tinham o man e o poo de gua de Miriam. Sabiam que Ben Yisrael
estavam cansados e famintos, porm recusaram-se a oferecer-lhes hospitalidade. Moav
chegou at a contratar o feiticeiro Bilam para maldizer Ben Yisrael. Como tinham mau carter
Dus no queria que o povo judeu se casa-se com eles."
Mas porque permitido que suas mulheres convertidas casem-se com judeus?
As mulheres moabitas e amonitas no tm culpa de terem negado hospitalidade. No seria um
ato de recato as mulheres terem sado para saudar estrangeiros com alimentos. Isto era uma
obrigao exclusiva dos homens, no das mulheres. Outro motivo pelo qual Dus probe o
casamento com amonitas e moabitas porque, em Shitim, eles enviaram suas filhas para que
Ben Yisrael cassem em tentao e pecassem. Tentar destruir o povo judeu espiritualmente
muito mais grave sua destruio fsica.
Convertidos de Edom
Convertidos de Edom, homens ou mulheres, podem casar-se com outros convertidos (de sua
nao ou de uma outra diferente), mas no com um judeu de nascimento. Seus filhos tambm
s podero casar-se com guerim. Mas seus netos, homens e mulheres, podem casar-se com
judeus natos.
Por qu?
Os edomitas so descendentes de Essav. So parentes prximos de Ben Yisrael, e tm o
mrito de descender dos santos filhos de Avraham. Por este motivo, Dus releva o mal que
fizeram a Ben Yisrael. Quando Ben Yisrael se aproximou do pas de Edom, os edomitas
mobilizaram seus exrcitos. Agiram belicosamente, pois foram ensinados por seus
antepassados que Yaacov tomou a primogenitura de Essav.
A terceira gerao de convertidos egpcios
Assim como os edomitas, os convertidos egpcios precisam aguardar at a terceira gerao
para casar-se com judeus natos. Transcorridas essas geraes, eles poderiam casar-se com
Ben Yisrael.
Isto surpreendente. Acaso os egpcios no escravizaram nosso povo? Acaso no causaram
enorme sofrimento ao Povo de Israel? Como lhes dada esta permisso?
Quando Yaacov e sua famlia desceram ao Egito, durante a fome, os egpcios os convidaram a
ficar. No princpio, trataram bem os judeus.
autoridade halchica competente, caso contrrio, so invlidos, de acordo com a lei da Tor, e
causam tragdias irreparveis.
O guet protege a santidade do casamento (similarmente ao kidushin, a cerimnia de
casamento realizada em pblico e perante testemunhas). Os diversos detalhes halchicos de
como escrever um guet tambm impedem que o marido queira, num mpeto, "divorciar-se" de
sua esposa quando, digamos, ele estiver de mau humor.
Se um judeu divorcia-se de sua esposa e esta casa-se novamente, a Tor probe que seu
primeiro marido case-se de novo com ela, mesmo aps a morte do segundo marido, ou se ela
divorciou-se dele. Esta proibio impede a possibilidade de trocas previamente combinadas de
esposas, sob o manto protetor da legalidade.
Leis sobre garantia de emprstimos
Enumeramos algumas leis da Tor sobre garantias de emprstimos:
*No se pode aceitar como garantia algo que o comodatrio necessite para preparar seus
alimentos; por exemplo: a m que ele utiliza para moer a farinha.
*Tambm no se pode confiscar do comodatrio a faca para shechit, seu forno, ou qualquer
outro objeto necessrio para o preparo de refeies.
Se voc emprestar dinheiro a algum e esquecer-se ou no se der ao trabalho de pedir uma
garantia, voc no poder exigi-la depois. Em vez disso, voc dir ao Bet Din (tribunal) que
emprestou dinheiro a algum e quer uma garantia. O Bet Din enviar mensageiros que exigiro
uma garantia. proibido ao mensageiro do Bet Din at mesmo entrar na casa do comodatrio.
Ele deve esperar do lado de fora at que o comodatrio lhe traga a garantia.
*O que acontece se o comodatrio for to pobre que no possua nada valioso para usar como
garantia? Ele pode dizer ao cedente: "Voc pode reter minhas roupas como garantia." Se ele
der seus pijamas, e no tiver outros, a Tor ordena que o cedente devolva os pijamas toda
noite. Em seu lugar, o cedente pode reter as roupas diurnas do comodatrio durante a noite.
De manh, o cedente pode pegar os pijamas novamente. Se o comodatrio der as roupas que
veste de dia ao cedente, este poder ret-las apenas durante a noite, e obrigado a devolvlas todas as manhs.
*Ningum pode aproveitar-se de um judeu, e faz-lo sofrer porque deve dinheiro.
A Tor nos inculca traos de carter positivos.
Se uma viva pedir um emprstimo, no se pode pedir-lhe garantia. A Tor compreende que a
vida de uma viva difcil. No devemos dificultar-lhe ainda mais, pedindo-lhe garantias.
desejar. Nos casos em que o cunhado e a viva so realmente incompatveis, o prprio Bet Din
os dissuade de casarem-se.
Atualmente, no se realizam mais casamentos atravs de yibum. O costume fazer somente a
chalits.
A proibio de possuir falsos pesos e medidas
A Tor exige que um judeu utilize pesos e medidas perfeitamente exatos e precisos. No
somente proibido gerir os negcios com pesos incorretos, mas tambm proibido t-los em
casa. Aquele que frauda e trapaceia com pesos ou medidas adulterados odioso e abominvel
aos olhos de Dus. "Voc pode enganar seu prximo, mas no pode enganar a Mim. Assim
como Eu sabia quem eram, na verdade, os primognitos no Egito (inclusive os nascidos fora
dos laos matrimoniais), tambm sei quem desonesto com os pesos e medidas, e os punirei."
Dus promete que recompensar com abundncia material aquele que meticulosa e
cuidadosamente honesto com os pesos e medidas de suas mercadorias.
Relembrando Amalec
A Tor ordena: "Lembre-se do que Amalec fez a voc logo aps a sada do Egito!" Dus dividiu
o Yam Suf (Mar Vermelho) e afogou os egpcios. Todas as naes tremiam, apavoradas.
Apenas Amalec ousou atacar. Eles queriam mostrar que Dus fraco, e destruir Seu povo.
"E naqueles dias voc estavam cansados de viajar." Os amalequitas atacaram secretamente,
de surpresa, pela retaguarda, os judeus que andavam do lado de fora das Nuvens de Glria.
"Aps estabelecer-se em rets Yisrael, o rei judeu deve destruir totalmente a nao de Amalec.
No deve poupar uma alma sequer."
Shaul, o primeiro rei de Israel, foi ordenado a guerrear e destruir todos os amalequitas. Ele
venceu a guerra e matou todos os soldados Tomou Agag, o rei amalequita como prisioneiro.
Agag implorou a Shaul que este poupasse sua vida. "Tenha misericrdia! Porque devo ser
destrudo?" suplicou Agag a Shaul.
Shaul sentiu pena de Agag, e deixou-o viver. Shaul tambm no matou todos os animais dos
amalequitas, como a Tor exigia. O erro de Shaul causou trgicos resultados. Para entender
melhor, leia a histria a seguir.
Uma histria
A erva vivificante
Um homem que viajava a rets Yisrael viu dois pssaros brigando. Ao final, um matou o outro.
Apareceu um terceiro pssaro, com uma erva em seu bico. Este colocou a erva sobre o corpo
do pssaro morto e algo espantoso aconteceu: o pssaro morto voltou vida.
"Isto incrvel!" exclamou o homem. Ele correu, para conseguir a erva.
"Agora poderei ressuscitar os judeus mortos em rets Yisrael!" declarou alegremente.
O homem colocou a preciosa erva na sua mochila e continuou seu caminho. Pouco depois,
avistou uma raposa morta num campo. "Vejamos se isto funciona mesmo," pensou, e colocou a
erva sobre a raposa. Esta abriu os olhos e saiu andando!
O homem ficou maravilhado. Logo passou por um leo morto beira da floresta. "Se a erva
puder trazer um leo de volta vida," pensou, "saberei que realmente poderosa." Colocou a
erva sobre o leo. Este levantou-se com um estrondoso rugido. Quando o leo avistou o
homem, abriu a boca imediatamente e devorou-o.
O rei Shaul pensou que estava sendo bondoso poupando a vida de Agag. Qual foi o
resultado?
Agag teve um descendente, Haman, que tentou aniquilar todo o povo judeu de uma s vez!
uma mitsv ler os versculos do final desta parash uma vez por ano. Ns os lemos no
Shabat que antecede Purim. Desta maneira, cumprimos o mandamento da Tor de lembrar o
que Amalec fez ao povo judeu. A histria de Purim nos conta como Haman, o inquo e perverso
descendente de Amalec quis destruir o povo judeu; mas Dus os salvou. Na poca de Mashiach
Amalec ser completamente destrudo.
Parashat Ki Tavo (Devarim 26:1 - 29:8) inicia descrevendo a mitsv anual aos fazendeiros
de Israel para que trouxessem seus bicurim, primeiros frutos, ao cohen no Templo, quando
ento o fazendeiro reconhece o importante papel de Dus na proviso de seu sustento.
Aps novamente exortar o povo judeu a permanecer fiel a Dus, que os elegeu
especificamente como Seu povo escolhido dentre todas as naes do mundo, Mosh
ensina duas mitsvot especiais que eles devero cumprir ao entrar na Terra de Israel para
reafirmar seu compromisso com a Tor. Primeiro devero escrever toda a Tor em doze
grandes pedras, e ento devero recitar bnos e maldies no vale entre Monte Gerizim
e Monte Eival, as quais se aplicaro respectivamente queles que cumprem e queles que
afrontam a Tor. Seguindo-se uma recontagem das maravilhosas bnos que Dus
conceder ao povo judeu por permanecer fiel, Mosh faz uma assustadora profecia do que
se abater sobre o povo judeu por no cumprir a Tor. Conhecido como admoestao,
Mosh descreve com detalhes a horrvel destruio que infelizmente acontecer quando
nos desviarmos das mitsvot.
A Poro da Tor conclui quando Mosh contempla em retrospecto os maravilhosos
milagres que Dus realizou pelos quarenta anos anteriores, lembrando o povo da enorme
dvida de gratido que tem com Dus por Seu carinhoso amor.
Mensagem da Parash
Tudo no corao
por Kevin Rodbell
O nico breve toque de seu relgio digital anunciando a hora, 4:30 da tarde, assustou e
acordou Jon de seu devaneio. O copo de coca-cola escorregou da bandeja e caiu direto no
cho. Espatifou-se contra os ladrilhos brancos e pretos, espalhando vidro em todas as
direes. O lquido escuro correu rapidamente sobre onze azulejos, formando uma poa
escorregadia de refrigerante prximo mesa onde Jon estava servindo. "Desculpe-me,
senhor, sinto muito no sei onde estava com a cabea."
Na verdade, Jon no estava se concentrando em equilibrar a bandeja. claro que,
enquanto seu rosto enrubescia, concentrou-se totalmente na situao do momento. Seu
emprego de vero como garon comeava s 9 da manh e terminava s 5 da tarde.
Geralmente, s 4h30, j estava ansioso para sair; hoje no era uma exceo. Embora suas
mos, olhos e ouvidos estivessem ocupados servindo suculentos hambrgueres, batatas
fritas engorduradas e refrigerantes gelados, a mente de Jon estava constantemente
vagando at o jogo de futebol que aconteceria naquela noite. O passatempo favorito de
Jon. Gostava tanto do entusiasmo e camaradagem que vises de correr atrs de bolas
altas enchiam sua mente sem cessar. Jon concentrava-se nos lances do esporte, ao invs
de servir refeies. Hoje ele enfrentava as conseqncias com um esfrego, em vez de
assistir ao seu time jogar.
Todos conhecem o sentimento de "minha mente est em outro lugar". Algumas coisas que
consideramos mais importantes seja pagar a conta de luz ou tirar umas merecidas frias
tendem a desviar nossa ateno do equilbrio da bandeja ou seja o que for que estejamos
fazendo. Em vez disso, as pessoas podem passar a maior parte do dia realizando tarefas
necessrias que no so de primordial importncia, como fica evidente quando devaneiam
sobre outros assuntos. Jon, por exemplo, passa dois teros do tempo no restaurante, mas
sua principal ocupao em termos de horas no indica o verdadeiro interesse de seu
corao.
Da mesma forma, muitos judeus passam longas horas no trabalho, mas esta alocao de
tempo dos profissionais judeus no reflete o que deveria ser sua suprema aspirao na
vida, a aspirao que expressamos duas vezes ao dia quando lemos o Shem. "Amars
Dus com todo teu corao..." Apesar de todo o tempo que passamos realizando atividades
aparentemente mundanas, o corao de um judeu na verdade anseia por crescer em Tor
e construir um relacionamento com seu Criador.
Rabi Mosh Feinstein destaca este conceito em uma declarao intrigante que Mosh faz
ao povo judeu na poro desta semana da Tor: "Vocs viram tudo que Dus fez perante
seus olhos na terra do Egitoas grandes provas que seus olhos viram, aqueles sinais, e
grandes maravilhas. Porm o Eterno no lhes deu um corao para conhecer as bondades
de Dus, e e olhos para ver, e ouvidos para ouvir, at os dias de hoje" (Devarim 29:1-3).
Os judeus reclamaram em dez ocasies diferentes sobre as condies inspitas do deserto
no qual Dus os colocara, mas jamais reconheceram todos os grandes milagres que Dus
realizou para eles no Egito e no deserto durante os quarenta anos. Dus provou
constantemente Sua dedicao aos Filhos de Israel, mas eles sempre responderam com
rebelio e dissenso. Finalmente, naquele dia, ao final de sua jornada pelo deserto, Mosh
percebeu que os judeus eram definitivamente dedicados a Dus.
Um acontecimento em particular alterou a opinio de Mosh sobre o povo judeu. No final de
sua vida, Mosh copiou toda a Tor e tentou dar o rolo famlia de Levi; eles, mais que
qualquer outra tribo, deviam dedicar a vida a estudar e ensinar o precioso livro de Dus ao
povo judeu. Rashi relata que o restante do povo judeu reuniu-se e disse a Mosh que eles
tambm tinham estado presentes no Monte Sinai quando Dus outorgou a Tor. Eles
afirmaram que presentear este rolo especial da Tor aos Levitas poderia algum dia faz-los
dizer que a Tor fora dada exclusivamente a eles.
Rabi Mosh Feinstein explica que, na verdade, a famlia de levi jamais faria reivindicao
to audaciosa; claro que a Tor completa, mesmo as leis especificamente aplicadas aos
levitas, foram dadas a todo o povo judeu. Ao contrrio, as outras tribos suspeitaram de algo
mais sutil. Os no-levitas, que deviam passar longas horas no trabalho para ganhar o
sustento, temiam que os levitas, que tinham a oportunidade de passar o dia inteiro
mergulhados na Tor, exigiriam exclusividade nas reas de ensinamento da Tor, e na
resoluo de complicados problemas da Lei Judaica. Os no-levitas desejavam assegurar
um lugar para si mesmos entre os especialistas em Tor.
Ao exigir um papel ativo na perpetuao da Tor, o povo judeu mostrou o enfoque em seu
corao, e reassegurou a Mosh que tinham as corretas prioridades. Ter uma renda
certamente uma necessidade, mas no importa quanto esforo devotem a outras
atividades, os judeus devem lembrar-se que a Tor e o relacionamento com Dus
permanecem sendo nosso verdadeiro objetivo de vida.
A mitsv de bicurim
Os primeiros frutos so trazidos das sete espcies pelas quais rets Yisrael abenoada:
(Deuteronmio 26:3): "Eu declaro hoje a Dus, nosso Dus, que eu vim terra que Dus
prometeu aos nossos antepassados que a daria para ns." Ele assim reconhecia que Dus
manteve a Sua promessa para com os nossos antepassados, e que ele trouxe para o Bet
Hamicdhash um presente de bicurim da sua poro de terra. Enquanto o proprietrio segurava
a ala da cesta, o cohen colocava suas mo sob esta, e juntos, eles erguiam a oferenda.
Lendo a declarao de bicurim
A fruta era colocada em frente ao altar (os bicurim eram colocados prximos do altar para
simbolizar que eles no eram trazidos para o cohen, mas sim para Dus, Que os dava de
presente aos cohanim). E o proprietrio recitava em hebraico o captulo referente aos bicurim
(Deuteronmio 26: 5 -10).
Originalmente, aqueles que sabiam ler hebraico recitavam o texto sozinhos, e aqueles que no
sabiam, um leitor realizava a mitsv. Quando os sbios perceberam que os judeus no letrados
abstinham-se de trazer bicurim ao Bet Hamicdash, pois tinham vergonha, eles instituram que o
texto fosse lido por um terceiro em qualquer caso. (Similarmente, em tempos passados a Tor
era lida na sinagoga por aqueles que eram chamados para recitar a bno. J que algumas
congregaes no sabiam ler, foi institudo que a Tor deve ser lida por um expert, comum a
todos.)
A Tor ordena ao proprietrio dos bicurim para ler justamente esta poro da Tor porque ela
descreve a bondade de Dus para com os judeus. O proprietrio reconhece sua gratido por
tudo que Dus fez por ele. O texto relata os sofrimentos e as aflies do nosso povo, pois para
apreciar as bnos deve ter em mente os infortnios do passado. Isso o que se l, enquanto
se segura os bicurim (versculos encontrados na nossa parash Deuteronmio 26:5):
"E ele (Yaacov) desceu ao Egito com pouca gente e l tornou-se um povo poderoso e
numeroso. E os egpcios nos maltrataram e nos afligiram e colocaram sobre ns trabalho duro.
Ns gritamos para Dus, Dus dos nossos pais, e Dus ouviu nossa voz, e viu nossa misria,
nossa labuta e nossa aflio. E Dus nos tirou do Egito com mo forte e brao estendido e com
grande temor, com sinais e maravilhas. E Ele nos trouxe para este lugar, e nos deu esta terra,
a terra onde jorram o leite e o mel."
J que eu reconheo que tudo o que possuo graas bondade de Dus:
"E agora, portanto, eu trouxe as primcias da terra que Tu, Dus, me deste."
Completada a leitura, os bicurim so erguidos uma segunda vez, o proprietrio coloca-os ao
lado do altar, prostra-se e deixa o Bet Hamicdash. Os bicurim eram distribudos entre os
cohanim que estavam em servio no Templo Sagrado.
Aquele que oferecia os bicurim deveria trazer oferendas e passar a noite em Yerushalayim
antes de retornar a sua casa. Esta mitsv era chamada de lin, ou seja, pernoitar em
Yerushalayim. Uma das razes para pernoitar l que Dus queria que aquele que oferecia os
bicurim, depois de ter comparecido ao Bet Hamicdash, absorvesse plenamente a santidade de
Yerushalayim antes de retornar a seu lar, para que a mitsv tivesse um efeito duradouro sobre
ele.
A mitsv de bicurim, as primcias, um exemplo impressionante dos esforos que os judeus
fazem para embelezar as mitsvot. Somente um profundo amor para a mitsv poderia converter
o mandamento de "trazer os primeiros frutos ao Bet Hamicdash" em um glorioso procedimento
uma festiva procisso at Yerushalayim, o recital das escrituras acompanhado de msica, e a
apresentao de cestas de frutos cuidadosamente arranjadas e decoradas para os cohanim.
O midrash nos conta:
A voz celestial
Depois de o judeu ter cumprido a mitsv de bicurim, uma voz celestial podia ser ouvida no Bet
Hamicdash: "Que voc tenha o mrito de trazer seus bicurim no prximo ano mais uma vez!"
Similarmente, nossos sbios nos contam que dois anjos acompanham o judeu da sinagoga
para casa na noite de Shabat um anjo misericordioso e um anjo negativo. Se as velas de
Shabat esto acesas, a mesa posta, e a casa preparada para honrar o Shabat, o anjo bom
clama: "Que seja a vontade de Dus que no prximo shabat seja a mesma coisa!" O anjo
negativo v-se obrigado a responder "Amen". Se, Dus nos livre, a casa no est preparada
para o Shabat, o anjo negativo clama: "Espero que no Shabat que vem seja a mesma coisa!" E
o anjo bom v-se obrigado e responder "Amen".
Sempre que um indivduo cumpre uma mitsv, ele cria um anjo que o ajuda a cumprir mais
mitsvot.
Mosh completou a reviso da Tor e o ensinamento das mitsvot. (O resto das parashiyot do
livro de Devarim referem-se a fortificar a observncia da Tor: escrever a Tor em pedras ao
atravessar o rio Jordo; um novo pacto com Ben Yisrael; predies sobre o futuro; e
admoestao para retornar a Dus em tempos de angstia.
Agora Mosh exortou Ben Yisrael: "Vocs receberam a Tor h quarenta anos no Monte
Sinai, porm seus ensinamentos devem ser todo dia novos e frescos para vocs como se fosse
o primeiro dia que vocs os ouviram. O objetivo do estudo da Tor para saber a vontade de
Dus e para cumpri-la de todo o corao (e no mecanicamente).
"Vocs proclamam diariamente a unicidade de Dus atravs do versculo Shem Yisrael oua
Yisrael. "Em retorno, Dus declara que vocs tambm so nicos: E quem como o teu povo,
Israel, uma nao na Terra (Shemuel II 7:23)!
"Ele lhes prometeu na outorga da Tor que vocs so Sua preciosa nao. J que vocs
estudam Sua Tor e so uma nao sagrada, vocs sero reconhecidos como supremos por
todas as naes e elas os louvaro."
Dus e o povo de Israel so inseparveis.
O memorial de pedras
Dus ordenou a Mosh: "Erga doze pedras enormes nas plancies de Moav. Escreva a Tor
sobre elas." Mosh fez como Dus ordenou. As pedras serviam para lembrar a gerao que
entrou em rets Yisrael do cumprimento da Tor. Somente ao preservar a Tor eles
preservariam a terra. Dus ordenou que mais dois grupos de pedras fossem erguidos pelo
prximo lder, Yehoshua.
1. Yehoshua e Ben Yisrael atravessariam o rio Jordo para entrar na Terra de Yisrael.
Yehoshua deveria colocar doze pedras no local onde Ben Yisrael atravessaria o rio.
2. Outras doze pedras deveriam ser removidas do rio Jordo e ser carregadas at o monte
Eval. Esta uma montanha no centro de rets Yisrael. Yehoshua e Ben Yisrael deveriam
construir um altar com as pedras tiradas do rio Jordo para fazer oferendas para Dus. Depois
de escrever a Tor nas pedras do altar, Ben Yisrael deveria peg-las e lev-las novamente
at a fronteira da terra de Canaan. Elas eram deixadas l como um memorial.
Como as instrues de Mosh foram executadas na poca de Yehoshua?
Uma histria do livro de Yehoshua
A entrada miraculosa de Ben Yisrael para rets Yisrael
Mosh faleceu no deserto. Seu aluno Yehoshua levou Ben Yisrael at o rio Jordo, na
fronteira de rets Yisrael.
No dia 9 de Nissan, 2488, Yehoshua anunciou: "Preparem-se! Amanh vocs atravessaro o
Jordo de forma milagrosa!"
Era poca da primavera. Aps a estao chuvosa, o rio Jordo estava transbordante. No dia
seguinte, Yehoshua comandou os oficiais: "Percorram o acampamento e clamem: O Aron
(arca sagrada que continha as tbuas da lei) ir na frente. Todos devem segui-lo, porm
mantenham distncia dele, em sinal de respeito."
Yehoshua escolheu quatro cohanim. "Em vez dos leviyim, vocs carregaro o aron hoje" ele
instruiu. "Vocs so mais santos que os leviyim. Hoje um milagre se realizar por intermdio do
aron."
Dus orientou Yehoshua: "Diga aos cohanim que carregam o aron para entrarem no Jordo e
na Terra Santa?
Este seria um novo pacto, uma nova aceitao da Tor na prpria Terra Santa. As duas
montanhas serviriam como testemunhas eternas que lembrariam os judeus de sua promessa
de cuidar da Tor em rets Yisrael.
Os leviyim deveriam amaldioar aquele que cometesse um dos onze pecados apontados (e
abenoar aqueles que se abstivessem deles). Estes pecados so geralmente cometidos em
segredo, portanto no podem ser punidos por uma corte de justia.
Eles so:
* Abenoado seja o homem que no molda secretamente uma imagem de idolatria!
Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no despreza seu pai e sua me! Amaldioado seja aquele
que despreza seu pai e sua me [um pecado cometido freqentemente em segredo]!
* Abenoado seja o homem que no move a demarcao de fronteira do seu vizinho
[secretamente, para roubar sua terra]! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no induz o cego a errar no seu caminho (que no d
conselhos errneos para um indivduo ignorante)! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no perverte o julgamento de um guer (convertido), de um
rfo e de uma viva! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com a mulher do seu pai!
Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com um animal! Amaldioado seja
aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com a sua irm! Amaldioado seja
aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com a sua sogra! Amaldioado seja
aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no atinge seu prximo secretamente [falando mal dele]!
Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no pega suborno [ou qualquer outro ganho financeiro] para
matar um inocente! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que cumpre todas as palavras da Tor! Amaldioado seja aquele
que no o faz!
A ltima bno e maldio abrangente. Mosh abenoou o judeu que aceita a Tor sobre si
e amaldioou aquele que no o faz. O povo deveria responder "amen" depois de cada bno
ou maldio.
O livro de Yehoshua relata que no dia em que entraram em rets Yisrael, os judeus viajaram
at os montes Guerizim e Eval e pronunciaram as bnos e as maldies assim como a Tor
ordenou.
Depois disso, Mosh continuou a pronunciar bnos pelo cumprimento da Tor e reprovaes
pela sua transgresso.
Bnos e advertncias
Na Parash de Bechucotai, no livro de Vayikr, Dus prometeu bnos para Ben Yisrael por
Bnos e maldies
H duas montanhas em rets Yisrael na vizinhana de Shechem monte Guerizim e monte
Eval. Moshe ordenou que no dia que os judeus entrassem em rets Yisrael, sob liderana do
seu sucessor, eles deveriam viajar diretamente quele lugar, para pronunciar as bnos e as
maldies de Dus da seguinte maneira:
Seis tribos deveriam subir o monte Guerizim: Shimon, Levi, Yehuda, Yissachar, Yossef e
Binyamin. Mais seis no monte Eval: Reuven, Gad, Asher, Zevulun, Dan e Naftali.
O aron Hacodesh (Arca Sagrada), os cohanim e os mais velhos dentre os leviyim deveriam
ficar no vale entre as duas montanhas, os cohanim formando um crculo interno em volta do
aron e os leviyim formando um crculo externo em volta dos cohanim. Virando seus rostos em
direo ao monte Guerizim, os mais velhos entre os leviyim proclamavam a primeira bno
para que as tribos das duas montanhas pudessem ouvir: "Abenoado o homem que no faz
uma imagem esculpida ou fundida." As tribos das duas montanhas deveriam responder: "Amen
que assim seja." Ento os mais velhos dentre os leviyim viravam-se para o monte Eval e
pronunciavam a primeira maldio: "Amaldioado o homem que faz uma imagem esculpida
ou fundida." As tribos das duas montanhas deveriam responder: "Amen que assim seja."
Os leviyim deveriam continuar a pronunciar alternadamente uma bno e uma maldio.
(Apesar de que a Tor escrita somente declara as maldies, cada maldio era antes
formulada positivamente, como uma bno).
Por que Dus ordenou que os judeus escutassem a bnos e maldies no dia que entrassem
na Terra Santa?
Este seria um novo pacto, uma nova aceitao da Tor na prpria Terra Santa. As duas
montanhas serviriam como testemunhas eternas que lembrariam os judeus de sua promessa
de cuidar da Tor em rets Yisrael.
Os leviyim deveriam amaldioar aquele que cometesse um dos onze pecados apontados (e
abenoar aqueles que se abstivessem deles). Estes pecados so geralmente cometidos em
segredo, portanto no podem ser punidos por uma corte de justia.
Eles so:
* Abenoado seja o homem que no molda secretamente uma imagem de idolatria!
Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no despreza seu pai e sua me! Amaldioado seja aquele
que despreza seu pai e sua me [um pecado cometido freqentemente em segredo]!
* Abenoado seja o homem que no move a demarcao de fronteira do seu vizinho
[secretamente, para roubar sua terra]! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no induz o cego a errar no seu caminho (que no d
conselhos errneos para um indivduo ignorante)! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no perverte o julgamento de um guer (convertido), de um
rfo e de uma viva! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com a mulher do seu pai!
Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com um animal! Amaldioado seja
aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com a sua irm! Amaldioado seja
aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no deita (secretamente) com a sua sogra! Amaldioado seja
aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no atinge seu prximo secretamente [falando mal dele]!
Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que no pega suborno [ou qualquer outro ganho financeiro] para
matar um inocente! Amaldioado seja aquele que o faz!
* Abenoado seja o homem que cumpre todas as palavras da Tor! Amaldioado seja aquele
que no o faz!
A ltima bno e maldio abrangente. Mosh abenoou o judeu que aceita a Tor sobre si
e amaldioou aquele que no o faz. O povo deveria responder "amen" depois de cada bno
ou maldio.
O livro de Yehoshua relata que no dia em que entraram em rets Yisrael, os judeus viajaram
at os montes Guerizim e Eval e pronunciaram as bnos e as maldies assim como a Tor
ordenou.
Depois disso, Mosh continuou a pronunciar bnos pelo cumprimento da Tor e reprovaes
pela sua transgresso.
Bnos e advertncias
Na Parash de Bechucotai, no livro de Vayikr, Dus prometeu bnos para Ben Yisrael por
cumprirem a Tor e punies Dus nos livre por deix-la.
Mosh estava muito preocupado. Ele temia que depois de sua morte o povo judia trangredisse
a Tor! Por isso, pediu a Dus: "Posso dar aos judeus mais bnos e advertncias?" Dus
concordou com o pedido de Mosh. Quando Mosh expressou estas bnos e advertncias
adicionais, o Ruach Hakodesh (Esprito de Profecia) pairou sobre ele. A maioria das punies
que ele predisse ocorreram na poca da destruio do segundo Bet Hamicdash.
Assim como explicado anteriormente, as bnos no so a recompensa final pelo
cumprimento da Tor, assim como as maldies no so a punio final pela violao desta.
Um pagamento completo pelas mitsvot ser dado somente no Mundo Vindouro. At certo
ponto, se o povo judeu cumpre a Tor plenamente, Dus o livra de preocupaes materiais e o
abenoa com abundncia para lhes dar a oportunidade de cumprir mais mitsvot. Por outro lado,
se negligenciam a Tor e as mitsvot, Dus os pune com sofrimentos, que limitam suas
oportunidades de cumprir mitsvot.
As bnos e as maldies, ento, indicam para o povo judeu se eles esto ou no seguindo o
caminho correto. Se forem afligidos por uma ou mais maldies, eles devem reconhecer que o
seu comportamento possu falhas e devem reparar seus caminhos.
Sucesso
Dus nos promete sucesso em nossos negcios na cidade (pelo mrito das mitsvot que ns
cumprimos como moradores urbanos mitsvot como viver em uma suc em sucot, afixar
mezuzot em nossas portas, e cercar nossos terraos e tetos). Igualmente, nossos campos
sero abenoados (pelo mrito do cumprimento das mitsvot associadas agricultura dando
parte da colheita para os levitas e necessitados).
Ele abenoar nossas crianas, nossa produo e nossos animais.
"Abenoado sers em sua chegada, abenoado sers em sua sada!" Sers abenoado ao
entrar na casa de estudos e ao sair para os teus negcios. (Dus promete abenoar o judeu
que faz da sua "chegada casa de estudos" i.e., o estudo da Tor, como o principal objetivo de
sua vida.)
Imprima
o
Midrash
completo
Mendl Schneerson, sucedeu-o na liderana de ChabadLubavitch, o indivduo lhe expressou seu desapontamento pela
no-realizao da berach dada pelo seu sogro. O Rebe lhe
respondeu que a bno como a chuva. A chuva s tem valor
quando o fazendeiro ara o campo, cultiva o solo e o semeia.
Ento, se Dus rega o solo com chuva, ele pode antecipar uma
boa colheita. Porm, o fazendeiro que negligencia sua terra e
somente reza pela chuva ridculo pois nada crescer l sem o
esforo requisitado e merecido.
A palavra "itch" "para voc", no versculo acima, pode ser
traduzida como "junto com voc". A Tor est nos ensinando
que Dus ordenar Sua bno "em seus armazns e em todos
os seus empreendimentos" sabendo que tem o "itch" a sua
participao e esforo sincero.
Ns seremos o povo sagrado de Dus, respeitados por
todas as naes
"Dus os estabelecer como Seu povo santo, e vocs devero
seguir os caminhos que so corretos perante Ele. Todas as
naes devero perceber que vocs so chamados pelo nome
de Dus quando eles vem vocs usando seus tefilin, e eles os
temero."
Nossos sbios explicam:
Os Tefilin so como uma coroa
Os tefilin na cabea so uma coroa especial de Dus. Quando
um tsadic coloca os tefilin, os no judeus o temem pois ele est
carregando o nome de Dus.
Lemos na histria de Purim que Mordechai tornou-se um
ministro do rei. Deram-lhe cinco peas de roupa reais para
vestir, e uma coroa para colocar em sua cabea. Sobre a coroa,
Mordechai colocou os tefilin. Quando os gentios viram os tefilin,
tsentiram um temor e respeito intensos por Mordechai, dizendo
um para o outro: "Ele est usando o smbolo de Dus!"
Nossos sbios nos contam sobre Rav Abin, que certa vez foi
convocado para comparecer perante o imperador. Ao final da
audincia, Rav Abin deveria ter andado para trs, para no dar
as suas costas para o imperador, como era o costume naquele
pas. Em vez disso, Rav Abin virou-se e simplesmente foi
andando. Ele no percebeu ter cometido um crime imperdovel.
O imperador estava para ordenar a execuo do Rav Abin,
quando de repente, viu duas faixas de fogo saindo dos tefilin
dele. "Dus est com este homem!" pensou o imperador, com
um tremor. Ele nem pensou em prend-lo.
O seguinte versculo havia se realizado com o Rav Abin: "As
naes percebero que vocs carregam o nome de Dus (nos
tefilin), e elas os temero."
Dus outorgar bnos extraordinrias sobre as suas crianas,
animais e produo. Ele abrir os Portes Celestiais de
abundncia e os regar com extraordinria bondade. Vocs
sero capazes de emprestar dinheiro para os gentios, e no
A repreenso Divina
Quando Mosh comeou a citar as palavras de repreenso, a Terra foi sacudida, os Cus
tremeram, o Sol e a Lua escureceram, as estrelas perderam o seu brilho, os patriarcas
choraram em seus tmulos, as criaturas silenciaram, e os galhos das rvores no mais
oscilavam.
Os patriarcas protestaram: "Como nossos filhos sero capazes de agentar estas punies?
Talvez eles perecero, pois no tero mritos suficientes para proteg-los e ningum rezar
por eles!"
Uma voz Celestial soou das Alturas: "No temam, patriarcas dos judeus. O juramento que Eu
fiz para vocs no ser violado, e Eu os protegerei".
Mosh explicou: "As maldies de Dus s tero efeito se vocs no cumprirem Suas mitsvot (
sua escolha de evitar que elas se tornem realidade)."
A maldio pairar sobre os negcios, sobre a produo, sobre os filhos e os animais.
Confuso e doena
Seca e derrota
Pavor de doenas de pele e confuso mental, falta de conselhos
A Tor prediz que se os judeus deixarem a Tor, eles sero como "cegos no escuro". Alm de
se sentirem (espiritualmente) perdidos e confusos, eles sentiro falta de algum que poderia
ajud-los e gui-los.
Fracasso e frustrao
Exlio: Se as desgraas que ocorrerem na sua prpria terra no os direcionarem de volta para
Dus, vocs sero por fim exilados.
Desolao da terra e degradao daqueles que continuam em rets Yisrael.
Mosh ento explicou que Dus pune medida por medida:
"J que vocs no serviram Dus, seu Dus, com alegria e com jbilo do corao ao aproveitar
o grande nmero das Suas bnos, vocs devem, portanto, servir seus inimigos, os quais
Dus mandar contra vocs, com fome, sede, nus e com incontveis necessidades."
* Se vocs no quiserem servir a Dus, vocs tero que servir a no-judeus.
* Se vocs no quiserem contribuir para o Bet Hamicdash, tero que pagar tributos para o
governo dos inimigos.
* Se vocs no repararem as estradas para aqueles que viajam para o Bet Hamicdash, vocs
tero que reparar as estradas para os reis.
* Se vocs no servirem a Dus com alegria em tempos de prosperidade, vocs tero que
servi-Lo com fome e necessidades.
Um povo de um pas distante sitiar Yerushalayim, e viro a fome e o sofrimento como
resultado
O destino dos exilados se eles no cumprirem a Tor
Que aqueles que estiverem exilados no acreditem que com a expulso da terra, Dus os livrou
da obrigao de cumprir a Tor!
Disperso global, medo do futuro, retorno ao Egito.
retornar para o Egito em navios uma bno disfarada. Isso uma dica que no futuro Dus
realizar milagres similares queles ocorridos aps o xodo. As naes viro em navios e
tentaro destruir os judeus, porm em vez disso estes navios sero afundados.
Quando a pomba retornou noite com a mensagem do Rabi Shimon Bar Yochai para o Rabi
Yosse, este ltimo exclamou maravilhado: "Pomba, pomba, voc a mais fiel das criaturas!"
Ele mostrou a mensagem do Rabi Shimon para os sbios e declarou: "Mesmo que ns no
sabemos o paradeiro de Rabi Shimon, onde quer que ele esteja, a Tor com certeza l est.
Afortunada a sua poro!"
Uma histria:
Quando o Rabi Shneur Zalman de Liadi (o primeiro Rebe de Chabad) vivia em Liozna, ele era o
baal kor leitor da poro semanal no shabat. Certa vez, ele estava fora na semana de
parasht Ki Tav, e outra pessoa a leu em seu lugar. Seu filho, Rabi Dov Ber (que mais tarde o
sucedeu como lder de Chabad), ainda no era Bar Mitsv e desmaiou quando as maldies
foram lidas, e ficou muito doente. Tanto, que era questionvel se ele poderia jejuar no Yom
Kipur. Depois de ser reavivado, foi-lhe perguntado por que ele foi mais afetado agora do que
em anos anteriores? Ao que ele respondeu:
"Quando meu pai l a Tor, ningum ouve nenhuma maldio."
Para o Rabi Sheneur Zalman, a maldies no eram o desejo final de Dus. Ao contrrio, Dus
ama seu povo e quer reg-los com bnos. Estas maldies so somente superficiais, e
ocultas dentro delas h bnos que o povo judeu eventualmente merecer.
Um exemplo de bnos ocultas pode ser achado no seguinte passuk: "Shorech tavuach
leencha vel tochal mimnu, chamorech gazul milefancha vel yashuv lach, tsonech
netunot leoyevcha ven lech mosha." "Seus bois sero abatidos perante os seus olhos e
no comers dele, seu burro ser roubado de ti e no retornar, seu rebanho ser dado aos
seus inimigos e no ters nenhum salvador." (28:31).
Quando este passuk lido de trs para frente, ele est cheio de bnos:
"Mosha lech ven leoyevcha" "Ele ajudar a vocs e no aos seus inimigos" "yashuv lach
tsonech netunot" "o seu rebanho que foi dado para outros retornar para voc" "vel
milefancha gazul Chamorcha" "Teu burro no ser roubado de ti" "mimnu tochal vel
leencha tavuach shorcha" "Voc comer dele e seu boi no ser abatido perante os teus
olhos".
Nitzavim (Devarim 29:9-30:20) inicia-se com Mosh reunindo todos os membros do povo
judeu pela ltima vez em sua vida, para inici-los na eterna aliana com D'us.
Mosh os adverte a no serem tentados pelos atos maus dos idlatras que vivem ao redor
deles, e a evitarem racionalizar a conduta imprpria dizendo que D'us os perdoar, pois
manter tal crena a suprema fonte de nossa destruio e exlio. Embora ir cometer
pecados, o povo judeu ao final se arrepender e retornar para a Tor, e D'us introduzir a
Era Messinica, quando todos retornaremos terra de Israel e as muitas bnos
maravilhosas da Tor sero cumpridas. Mosh diz ao povo para no temer serem incapazes
de corresponder s expectativas da Tor, assegurando-lhes que as mitsvot no so
distantes ou inacessveis; uma vida de Tor est ao alcance de qualquer pessoa.
A poro termina com uma exortao para escolher a Tor e vida, acima da sinistra
alternativa do mal e morte.
Mensagem da Parash
Responsabilidade da Alma
por Rabi Lee Jay Lowenstein
de D'us. Este tipo de teshuv mais um ato de "salvar a prpria pele" que uma tentativa de
corrigir um ato falho. H, entretanto, um mpeto mais profundo, que jaz no mago da alma
judaica, e onde est o verdadeiro poder da teshuv.
Como podemos explicar o dito talmdico que a Tor no est mais nos cus? Como
possvel que argumentemos com a palavra do prprio Todo Poderoso e sejamos corretos
em nossa aplicao da halach?
Pode existir apenas uma soluo: O povo judeu no composto de simples servos de D'us;
somos parceiros com total responsabilidade de preservar e determinar as aplicaes dos
eternos princpios da Tor. Como ocorre com qualquer sociedade, deve haver um
denominador comum a nos conectar, formando a base do relacionamento. Neste exemplo,
a qualidade nica da alma judaica. A alma de um judeu mencionada nas fontes
cabalsticas como tendo uma centelha do Divino. Existe dentro de ns um fragmento de
eternidade. este fogo sagrado que d poder ao judeu, inspira seu desejo de controlar seu
ambiente e o impele em direo ao maior sucesso que a vida pode oferecer. Esta mesma
alma nos possibilita "imitar" as qualidades Divinas de D'us e nos torna depositrios
apropriados das verdades absolutas da Tor.
Estar autorizado a estabelecer a poltica, interpretar a Tor e aplic-la segundo os mtodos
prescritos que foram transmitidos a Mosh, atestam a natureza elevada do povo judeu.
Somos criaturas Divinas e temos o poder de moldar a realidade conforme nossa sabedoria
coletiva. Alm disso, se D'us nos confiou Sua Tor, Seu presente mais precioso, uma
prova do poderoso amor que Ele sente por ns. A pessoa no confia a um servo, no
importa quo leal seja este, seu bem de maior valor. Apenas a um filho ou amigo querido a
pessoa deseja legar o objeto de sua paixo.
Entendido neste nvel, o pecado no apenas hediondo por causa de sua afronta ao
Criador, como tambm igualmente prejudicial para ns em nvel pessoal. Certamente o
fumante inveterado, que est sofrendo com cncer do pulmo, deve sentir uma pontinha de
arrependimento pelos anos de prejuzo auto-infligido. Muito mais remorso deveria sentir o
pecador quando reflete sobre o enorme dano que seus pecados causaram.
Isso deveria fazer algum refletir: "Como pude eu, uma centelha do Divino, agir de maneira
to desonrosa fazendo isso e aquilo? Devo a mim mesmo ser uma pessoa melhor,
corresponder ao papel que D'us criou para mim; ser Seu querido parceiro na maior histria
de todos os tempos, a histria de minha vida e a histria do povo judeu!"
Que seja a vontade de D'us que este ano nos vejamos sob uma luz diferente. Em vez de
nos aproximarmos dos Dias Festivos com sentimentos de ansiedade, pensemos sobre o que
realmente somos e como devemos aperfeioar a ns mesmos. Afinal, que tipo de histria
nossa vida refletiria se nada mais for que uma reprise?
Nitsavim
Mosh consola o povo
ns pereamos."
Mosh viu seus semblantes transtornados pelo pnico. Por isso, to logo terminou de falar
sobre os castigos, comeou a consolar os judeus: "No temam! A nao judaica
sobreviver neste mundo e no olam hab (mundo vindouro). As demais naes sofrero
menos neste mundo, mas sero destrudas por causa de sua perversidade.
"s vezes, o dia comea escuro e nublado. Ento, o sol surge dentre as nuvens,
aquecendo e iluminando. Similarmente, por vezes, sua vida pode parecer difcil. Porm,
sempre pode almejar duradoura felicidade do olam hab."
so: "E Dus, teu Dus, te redimir de teu cativeiro e ter misericrdia de ti Se teus exilados
estiverem nos confins dos cus Dus, teu Dus, te levar para a Terra que teus antepassados
possuam, e tu a possuir." (Devarim, 30:3-5).
Nossos sbios nos contam:
Dus retornar da galut (exlio)
O Maimnides menciona este versculo em seu livro de Leis.
A Tor no diz: "Dus retornar seus cativos da galut." As palavras empregadas no passuk so:
"Dus tambm retornar com seus cativos (Veshav).
Daqui aprendemos que a Shechin, por assim dizer, tambm ser redimida.
Aps a destruio do primeiro Bt Hamicdash, o general babilnio Nevuzaradan conduziu Ben
Yisrael acorrentados para a Babilnia. O profeta Yirmiyahu acompanhou os cativos em sua
jornada.
Com tristeza Yirmiyahu perambulava ao lado de seus irmos. Dus, porm, tinha planos
diferentes para ele. Dus disse a Yirmiyahu: "Se voc for com os judeus para Bavel (Babilnia),
Eu ficarei com os poucos que ficaram em Erets Yisrael. Se voc ficar em Erets Yisrael, eu irei
com os cativos!"
Yirmiyahu respondeu: "Que benefcio traria minha presena a esses pobres
prisioneiros? Que o Criador os acompanhe; certamente Ele poder auxili-los."
Yirmiyahu voltou e juntou-se ao pequeno grupo que ficara em Erets Yisrael. A
Shechin, por assim dizer, foi para o exlio com Ben Yisrael.
A Shechin est com os judeus em cada galut (exlio). Quando eles esto sofrendo, Dus, por
assim dizer, tambm est. E quando a Redeno chegarda mesma forma Dus ser redimido
com eles.
"Quando voc retornar a Dus com todo seu corao e toda a sua alma, voc, Ben Yisrael,
ser abenoado com sucesso em tudo o que fizer. Dus se alegrar com voc da mesma forma
que Se alegrou com seus antepassados".
Explicando:
Um tsadic vive sua vida exatamente como Dus deseja que ele o faa, observando Tor e
mitsvot sem jamais cometer qualquer transgresso. Sua vida inteira passada no mbito da
santidade e pureza.
Um bal teshuv (penitente), em contraste, tem a vantagem de poder realmente transformar
a escurido em luz. Exatamente porque ele se afastou tanto, seu desejo de apegar-se a
Dus ainda maior que o do tsadic. Seu amor por Dus to intenso que at seus pecados
deliberados so transformados em mritos.
Quando Mashiach vier, o justo far teshuv no sentido de ascender a nveis ainda mais altos
de conexo com Dus. Quando toda a humanidade, incluindo os tsadikim, testemunhar a
infinita santidade da Era Messinica, at os nveis espirituais mais elevados que j foram
atingidos parecero ser nada, e sero alados a alturas nunca vistas, com a energia e vigor
dos baalei teshuv. Isso, evidentemente, ser realizado por Mashiach, que abrir os olhos
O som da Tor
O famoso Rabi Yochanan ben Zacai tinha cinco alunos eminentes. Ele tinha diferentes palavras
de louvor para cada um deles. Ele cumprimentava um pela sua fantstica memria, e elogiava
outro por pensar constantemente em novas idias no estudo da Tor, como uma nascente da
qual sempre brota gua fresca.
Um de seus pupilos era Rabi Yehoshua ben Chananya, sobre o qual Rabi Yochanan
costumava dizer: "Bem-aventurada a me que lhe deu luz!"
Graas a ela Rabi Yehoshua tornou-se to grande. Mesmo antes do beb nascer, a me de
Rabi Yehoshua comparecia diante de todos os chachamim da cidade, pedindo-lhes: "Por favor,
rezem para que a criana que terei cresa para ser um talmid chacham!"
E quando a criana nasceu, ela levava seu bero Casa de Estudos. Ela queria que ele
ouvisse os sons e a melodia do estudo da Tor mesmo sendo um lactente.
Quando Rabi Yehoshua cresceu, era querido por todos. No era apenas grande em sabedoria
da Tor, mas possua os mais tocantes traos de carter.
A cano de Haazinu
Dus disse a Mosh: "Sei que aps sua morte os judeus quebraro o pacto que selaram
Comigo, e adoraro outros deuses. Ento, ocultarei deles minha face. Sero atormentados por
muitos problemas. Esperarei que se voltem a Mim em teshuv.
"Escreva isto na cano de Haazinu. Isto lembrar Ben Yisrael de que suas dificuldades no
aconteceram por acaso. No deixe que atribuam sua f coincidncia. "
Mosh escreveu a cano que Dus lhe ditou. Ele e Yehoshua ensinaram-na ao povo. O que
Dus predisse tornou-se realidade. Na galut, no sentimos a presena de Dus como sentamos
na poca do Bet Hamicdash, Ele, por assim dizer, oculta Sua face.
"Se eles voltarem para Mim e orarem, lhes responderei. Percebero ento que Eu sempre
estive com eles em seu sofrimento."
Uma analogia
Uma mulher estava prestes a dar luz, e comeou a gritar de dor. Sua me, que morava no
andar de cima, ouviu os sons desesperados, e tambm comeou a gritar.
"O que est acontecendo?" perguntou um vizinho. "Ambas esto dando luz?"
Informaram-lhe a resposta da "me: "Acaso a dor de minha filha no minha dor tambm?"
Da mesma forma, quando o Bet Hamicdash foi destrudo, Dus, no Cu, tambm afligiu-se. Ele
sofre conosco no exlio, como est escrito: "Imo Anoch Betsar" - "Estou com ele na aflio"
(Tehilim 91:15)
At hoje, o texto de nossos Sifrei idntico ao do que foi escrito por Mosh.
Agora Mosh e Yehoshua ensinaro a cano de Haazinu, que figura na prxima parash.
Como todos os aspectos da Tor esto relacionados estao na qual so lidos, podemos
facilmente entender que a lio dupla acima mencionada de Mosh e Yesha'yhu
especialmente relevante durante os Dez Dias de Penitncia, durante os quais lemos a
Poro de Haaznu.
Como atingiremos estes nveis?
Durante todo o ano, o servio divino de um judeu envolve mais aquelas coisas que tm a ver
com "terra" a Tor e as mitsvot como so encontradas aqui. Com o advento dos Dez Dias
de Penitncia, entretanto, cada judeu sente-se descontente com este estado terreno e
deseja arrepender-se para retornar e ser envolvido por D'us. Como "uma pessoa achada
totalmente onde est seu desejo", segue-se que o desejo de ser totalmente um com D'us
afeta imediatamente tal indivduo, para que atinja um estado de estar "prximo ao cu"
(Divindade) e "distante da terra".
Entretanto, este apenas o primeiro passo. Logo em seguida, tendo saciado sua sede pela
revelao Divina, o mesmo indivduo percebe que a essncia de D'us mais prontamente
atingida quando se transforma o mundo numa morada para Ele. A pessoa ento sente-se
"mais prxima da terra e distante do cu" torna-se consciente de que nada pode ser maior
que seres mundanos tornando-se recipientes para conter a Essncia de D'us. E isto
conseguido ao realizar o apaixonado desejo de D'us, que o de ter uma morada para Sua
Essncia neste mundo mais inferior.
A cano de Haaznu
A cano de Haazinu descreve poeticamente o que acontecer ao povo judeu at o fim dos
dias. Prev seu castigo por transgredir o pacto com Dus, e descreve como, por fim, Dus punir
aqueles que erraram contra eles no exlio.
H dez shirot, ou canes profticas, das quais Haazinu a quarta:
1 Adam recitou a primeira shira no Gan Eden.
Ele comps "mizmor shir leyom haShabat/ Uma cano, um poema para o Shabat", na qual
louvou a grandeza do Shabat.
2 Nas praias do Mar Vermelho Mosh e Ben Yisrael entoaram uma shira pela sua
miraculosa libertao do exrcito do fara.
3 Ben Yisrael entoou uma cano em louvor ao Poo de Miriam (parashat Chucat).
4 Mosh ensinou ao povo a cano de Haazinu no dia de seu falecimento.
5 Quando Yehoshua lutou com os Emoritas em Givon e o sol milagrosamente deteve seu
curso em benefcio do exrcito judaico conquistador, Yehoshua cantou
shira.
6 Devora e Barak compuseram uma shira quando Dus entregou os inimigos em suas mos,
incluindo o general canaanita Sisra (Shofetim 5).
7 Quando Chana deu luz Shemuel, aps ter sido estril durante muitos anos, ela louvou
Dus com uma cano proftica (Shemuel 2).
8 O Rei David, no final da vida, comps uma shira de agradecimento a Dus por t-lo salvado
de todos os seus inimigos (II Shemuel 22).
9 O Rei Shelom escreveu Shir Hashirim.
10 A dcima e mais bela cano ser entoada pelo povo judeu quando Dus o redimir do
atual exlio.
Embora as primeiras nove canes sejam chamadas shira, no gnero feminino, a dcima
denominada shir (masculino), pois est escrito: "Naquele dia este shir ser cantado na terra de
Yehuda" (Yeshayhu 26:1).
A dcima cano, porm, marcar o fim de todos os exlios; no ser seguida por qualquer
sofrimento ou provao.
Para aceitar o sofrimento, devemos entender que segundo a Tor, at o maior deleite deste
mundo nada quando comparado s bnos do Mundo Vindouro. Alm disso, aquilo que
considerado infortnio aqui pode na verdade no o ser, quando visto sob a absoluta
perspectiva do Mundo Vindouro. E ao contrrio, aquilo que parece afortunado neste mundo
pode na verdade ser um impedimento ao crescimento espiritual da pessoa.
Portanto, um judeu no deve considerar seu bem-estar fsico como um benefcio absoluto. Se
for golpeado pelo infortnio, ele deve aceit-lo com a f que "tudo aquilo que Dus faz, para o
melhor." Assim como o bem-estar fsico no absoluto, o infortnio tambm relativo. Dus
com certeza planejou-o para terminar sendo um benefcio, "pois todos os Seus caminhos so
justos".
Justia
No versculo "A Rocha, Seu fazer perfeito", Mosh tambm aludiu aos eventos que diziam
respeito sua pessoa. No dia de seu falecimento, Mosh reconheceu publicamente a justia
do veredicto de Dus.
Ele no queria que os judeus pensassem que Dus agia injustamente com ele ao no permitir
que entrasse em Erets Yisrael. Portanto, ele explicou que Dus leal ao recompensar os
tsadikim no Mundo Vindouro.
Mosh portanto descreveu Dus como "a Rocha", numa aluso ao seu pecado de golpear a
pedra nas guas de Meriva, pelo qual ele estava ento sendo punido.
Assim como o maior dos profetas (Mosh) reconheceu a justia de Dus no dia de sua morte,
fazemos da mesma forma quando sabemos da morte de algum.
Pronunciamos a bno: "Bendito sejas Tu, Dus , nosso Dus, Rei do mundo, o verdadeiro
Juiz."
Mosh explica aos judeus que todo pecado auto-infligido; Dus no deve ser culpado por isso:
"Se vocs se atolarem no pecado, por sua prpria culpa. Vocs, os amados filhos de Dus ,
desse modo se tornam uma gerao corrupta e perversa.
"Alm disso, quando vocs pecam, esto se corrompendo. Prejudicam a si mesmos, no a
Dus ."
que no futuro Dus far milagres semelhantes queles ocorridos aps o xodo. Mosh
profetizou os atos de bondade de Dus para com Erets Yisrael:
"Ele os deixar repousar nas cidades de Erets Yisrael. Ele os alimentar com os deliciosos
produtos da Terra (que tm sabor mais delicioso que os frutos de qualquer outro pas) e Ele
lhes dar mel para sugar das frutas crescendo sobre as rochas, e azeite de suas azeitonas e
plantas que crescem na rocha nua. (Os frutos que amadurecem nas encostas rochosas das
montanhas so mais doces que as frutas do vale, porque esto expostos ao sol abundante.)
"Manteiga do rebanho e leite das ovelhas, com gordura dos cordeiros cevados, e carneiros da
raa de Bashan (que so muito gordos) e com cabras Dus os alimentar."
Estas previses se concretizaram durante o reinado de Shelom e reis subseqentes.
Mosh continuou: "Prevejo profeticamente que se os judeus guardarem fielmente as mitsvot da
Tor, suas espigas de trigo crescero at o tamanho do rim de um boi, e o vinho tinto a fluir de
uma nica uva encher um copo inteiro."
De fato, quando Shlomtzion foi rainha e seu irmo Shimon ben Shetach era o lder espiritual de
Klal Yisrael, as espigas do trigo cresceram at o tamanho de rins. Os Sbios as preservaram
para mostrar s futuras geraes como Dus abenoa a nao por guardar a Tor.
"Ao pecar contra Ele, vocs enfraqueceram Seu poder, por assim dizer, de conceder
favores a vocs."
O Monte Nevo
No dia da morte de Mosh, Dus lhe ordenou: "Suba ao Monte Nevo e dali ver Erets
Yisrael. Pois voc morrer naquela montanha e sua alma ser reunida ao seu povo.
Sua morte ser causada por um "beijo Divino", assim como seu irmo Aharon, como
voc desejou."
Mosh implorou mais uma vez: "Mestre do universo, no me deixe ser como o homem
que preparou a celebrao de casamento do seu nico filho, apenas para ser
convocado corte do rei para ser informado de sua execuo imediata. Eu criei este
povo; eu os tirei do Egito; eu ensinei a eles s Sua Tor; constru para eles um Mishcan
em Seu mrito; e agora, quando estamos a ponto de cruzar o Jordo e tomar posse da
Terra, fico sabendo que vou morrer! Por favor, deixe-me pelo menos cruzar o Jordo,
Vezot Haberach (Devarim 33:1 - 34:12), lida na festa de Simchat Tor, descreve as ltimas
palavras de Mosh ao povo judeu. Aps elogiar toda a nao por acolher a Tor, ele
concede bnos especficas profticas para cada uma das tribos, de acordo com suas
responsabilidades nacionais e grandeza individual, e ento abenoa a nao como um todo.
A Tor conclui com a morte de Mosh no Monte Nebo, e com um tributo sua grandeza e
nvel mpar de profecia, o mais elevado jamais atingido por um ser humano.
Mensagem da Parash
Muitas e muitas vezes
por Yitschak Saltz
cessado, era necessrio revisar, para ficarem de prontido e passar com sucesso pelos
variados desafios desse novo estgio em sua vida.
Ao completar o Tratado do Talmud, muitas vezes o primeiro passo desenvolver um
sistema de reviso. Agora que embarcamos em um novo ano e comeamos novamente
nosso ciclo pela Tor, no podemos nos esquecer daquilo que aprendemos no passado.
sobre pergaminho.
2 A Tor foi entregue em meio ao fogo: os anjos descendo com Dus ao Har Sinai estavam
em chamas: a montanha estava em chamas; foi dado por Dus, que chamado "um Fogo
devorador"; e a face do agente de Dus (Mosh) reluziu por entre o fogo.
Mosh agora abenoou os judeus para que merecessem a vida eterna no Mundo Vindouro por
terem aceitado a Tor. "Dus amava muito as tribos. Ele atou as almas dos tsadikim com Ele
para a vida eterna. Eles a merecem, pois se colocaram ao p do Monte Sinai e aceitaram o
jugo da Tor."
na poro de Yehuda.
Shimon foi abenoado junto com Yehuda, o "leo", e foi feito seu vizinho, na esperana de que
a presena de Yehuda refreasse Shimon de mais atos de violncia injustificada.
A bno de Yehuda
Mosh profeticamente abenoou Yehuda depois de Reuven, porque Yehuda era a tribo
liderante. Alm disso, a tribo merecia ser abenoada depois de Reuven, porque o fundador da
tribo fez seu irmo Reuven confessar abertamente seu pecado. Depois da corajosa admisso
de culpa no incidente envolvendo Tamar. Reuven tambm tomou coragem e admitiu em frente
de seu pai Yaacov: "Eu desarrumei a cama de meu pai,"
Nossos Sbios mencionam ainda outro motivo para Mosh colocar a bno de Yehuda em
seguida de Reuven, e por que ele introduziu a bno de Yehuda com as palavras: "E esta
para Yehuda."
Durante sua jornada de quarenta anos pelo deserto, Ben Yisrael carregou o caixo de todos
os filhos de Yaacov, at finalmente enterrar seus corpos em Erets Yisrael. Mas enquanto os
outros corpos permaneceram intactos, os ossos de Yehuda se desconectaram e rolaram dentro
do caixo.
Yehuda atraiu este castigo sobre si quando implorou ao seu pai Yaacov: "Deixa-me levar
Binyamin ao Egito. Se eu no devolv-lo a ti, que eu seja banido por todos os meus dias,
mesmo depois da morte." Embora Yehuda tenha devolvido Binyamin a Yaacov, seu banimento
em referncia s palavras de um homem justo por fora teve efeito.
Portanto, a alma de Yehuda no pde entrar no Gan Eden, e ao mesmo tempo seus ossos no
encontraram repouso.
Mosh suplicou a Dus: "O corpo de Reuven deve permanecer intacto, enquanto o de Yehuda
est desmembrado? No foi Yehuda que fez Reuven confessar abertamente seu erro?
Portanto, ouve, Dus a voz de Yehuda!"
Assim que Mosh falou as palavras: "Ouve, Dus a voz de Yehuda", os ossos de Yehuda se
juntaram novamente. Quando Mosh falou: "e leva-o ao seu povo", a alma de Yehuda foi
admitida academia Celestial, onde se reuniu s almas dos judeus justos. As palavras finais
de Mosh "e seja uma ajuda para ele de seus adversrios", fez com que a alma de Yehuda
atingisse o nvel mais elevado de apego a Dus no Olam Hab.
As palavras de Mosh "E esta bno para Yehuda tambm alude Tor. Mosh indicou: "Os
reis, que descendero de Yehuda, devem estudar Tor a vida toda."
Mosh rezou: "Mestre do Universo, aceita as preces dos reis da casa de David, sempre que
forem ameaados pelo inimigo! Retorna seus soldados em segurana! Que tenham sucesso na
batalha, e sejas uma ajuda para eles contra seus adversrios!"
Mosh anteviu profeticamente que David algumas vezes se encontraria em grande perigo, e
portanto convenceu Dus a resgatar o futuro monarca. Ele tambm rezou pelo Rei Yoshiyhu,
vislumbrando que Yoshiyhu retornaria a Dus e destruiria os dolos em Erets Yisrael. Devido
s preces de Mosh, Dus aceitou a teshuv de Yoshiyhu e prometeu no destruir o Bet
Hamicdash em seu tempo. Mosh, alm disso, rezou pelo Rei Menashe, para que Dus
aceitasse sua prece, pronunciada no cativeiro da Babilnia, e o libertasse.
"Tu testaste Aharon nas guas de Meriva, onde decretaste que ele morreria no
deserto por apoiar quando Mosh golpeou a pedra. Aharon poderia ter protestado:
No cometi qualquer pecado; por que tenho de morrer? Mas seu corao era perfeito
Contigo; ele no teve queixas. Portanto, conquistou o direito de usar o urim vetumim
sobre o corao."
Em outro nvel, Mosh estava louvando toda a tribo de Levi, que fora escolhida para
desempenhar o Servio de Dus no Mishcan e no Bet Hamicdash: "Toda vez que
testaste os homens da tribo de Levi, eles foram perfeitos; quando Tu fizeste um teste
com eles nas guas de Meriva, eles foram leais."
Os membros de Levi no tiveram (falsa) pena dos adoradores do bezerro de ouro,
mas executaram a todos at seus prprios parentes.
"Eles cumpriram Teu mandamento: No ters outros deuses. Eles no contriburam
com ouro para o bezerro, nem o serviram.
"Eles guardaram corajosamente o Teu pacto do brit mil, circuncidando seus filhos at
no deserto (enquanto o restante das tribos desistiu, por causa dos perigos que se
apresentavam).
"Eles so merecedores de ensinar tais leis a Yaacov e Tua Tor para Israel. Os
cohanim da sua tribo Te oferecero incenso diariamente, e sacrifcios sobre Teu altar.
"Abenoa, Dus, as propriedades dos leviim, e aceita a obra de suas mos (o servio
dos sacrifcios) favoravelmente."
De fato, a tefil de Mosh fez os membros da tribo de Levi serem to abenoados
materialmente que se diz: "A maioria dos cohanim rica." Alm disso, o versculo "Eu
fui jovem, e agora sou velho; mas no vi um homem justo abandonado, nem o vi
esmolando po (Tehilim 37:25), era entendido como referindo-se aos cohanim.
Mosh concluiu sua bno:
"Golpeia as ancas daqueles que se levantam contra ele e os seus inimigos, para que
no se levantem outra vez."
A quais inimigos dos leviim ele se referia?
1 Mosh rezou para que aqueles que usurpassem o ofcio do sacerdcio fossem
castigados.
2 Mosh anteviu profeticamente que na era do Segundo Templo os chashmonaim
(hasmoneanos) descendentes de Levi, lutariam contra um exrcito grego que era
numericamente muito superior. Ento, ele rezou a Dus: "Golpeia as ancas dos que se
erguerem contra eles."
Por que os chashmonaim eram to bem-sucedidos, para que Dus entregasse muitos
nas mos de poucos? Tal milagre transpirou pelo mrito da bno de Mosh tribo
de Levi.
O milagre de Chanuc ocorreu atravs dos descendentes de Levi, cuja kedush
(santidade) podia superar as foras da tum (impureza).
A Bno de Binyamin
Yossef, Yehoshua e Gidon: "Sobre o lder Yehoshua, que descender dele, ser
concedida a fora de um boi e os belos chifres dos Reaim. Com eles ele rasgar os
trinta e um reis de Erets Canaan.
"Dezenas de milhares (de Canaanim) sero assassinados por Yehoshua, um
descendente de Efrayim, e milhares (de Midyanim) pelo juiz Gidon, um descendente
de Menashe."
Segundo a bno de Mosh a Yossef, o estandarte de Efrayim estampa a pintura de
um boi, e de Menache um Reaim.
Mosh abenoa as Tribos de Zevulun e Yissachar
Mosh abenoou Yissachar e Zevulun em conjunto, porque as duas tribos eram
parceiras. Zevulun engajou-se no comrcio e dividiu seus lucros com Yissachar, cujos
membros devotavam-se ao estudo de Tor. Embora Yissachar fosse mais velho,
Mosh abenoou Zevulun primeiro, porque se no fosse pelo apoio de Zevulun,
Yissachar no teria conseguido prosseguir seus estudos.
Mosh os abenoou: "Zevulun, que tenhas sucesso nos negcios, e Yissachar em
suas tendas de estudo de Tor."
Mosh assegurou a Zevulun que suas jornadas no teriam perigo ou possibilidade de
fracasso. Como ele pretendia sustentar Yissachar com seus ganhos, seu sucesso e
segurana foram assegurados. Alm disso, Zevulun deveria regozijar-se porque sua
sociedade com Yissachar lhe granjearia recompensa no Mundo Vindouro.
A bno de Yissachar formulada de maneira mais concisa que a de qualquer outra
tribo. Mosh a expressou em apenas duas palavras: "Yissachar (se rejubile) em suas
tendas." Na verdade, estas palavras abrangem todas as bnos possveis. Mosh
estava dizendo a esta tribo: "Rejubilem-se quando estudarem Tor, pois no h
felicidade maior neste mundo que o estudo de Tor, como est escrito: Os estatutos
de Dus so eretos, fazem o corao se alegrar" (Tehilim 19:9). Alm disso, vocs se
alegraro na Tenda Celestial no Alto, onde sua felicidade ser completa."
Mosh continuou: "Os eruditos de Tor de Yissachar iro estabelecer sabiamente o
incio dos novos meses, assim fazendo com que as tribos sejam chamadas ao Monte
do Templo para as festas, quando iro sacrificar as oferendas de yom tov.
"Yissachar e Zevulun ganharo com as riquezas do mar (em cuja costa esto
localizadas suas pores). Eles apanharo e vendero um caro atum, e tambm a
criatura Chilazon (com cujo sangue um dos tsitsit tingido de azul); com a areia
branca da sua praia um valioso vidro claro ser feito; alm disso, eles descobriro na
areia tesouros levados costa provenientes de navios naufragados.
"Por causa de suas riquezas, Yissachar e Zevulun tero tempo livre para estudar
Tor."
Mosh tambm previu:
"Os negcios de Zevulun atrairo mercadores gentios costa do Mediterrneo. Eles
diro: Como viajamos to longe, vamos visitar a capital do pas judaico, visitar seu
templo, e ver quais so suas divindades e seus costumes.
Quando eles chegarem a Yerushalyim e virem como todos os judeus se unem para
adorar um nico Dus, e como comem apenas determinados alimentos (ou seja,
comida casher), eles ficaro impressionados e declararo: Jamais vimos um pas
como este!
"Eles reconhecero a futilidade de seus cultos idlatras, e muitos se convertero ao
Judasmo, e oferecero sacrifcios de justia sobre o Har Hamoria."
"Ele afastou o inimigo da sua frente Ele destruiu os egpcios, Sichon, e Og e Ele disse:
Exterminem-nos! (Dus nos ordenou destruir Amalek e as sete naes de Erets Canaan.)"
Mosh proclamou que os judeus viveriam pacificamente e com segurana em Erets Yisrael:
"Cada indivduo judeu habitar com segurana numa Terra de cereais e vinho, segundo as
bnos de Yaacov: E Dus estar com vocs e os restaurar Terra de seus antepassados.
Os cus tambm faro cair o orvalho da bno, segundo a bno de Yitschac: Que Dus
lhes d o orvalho dos Cus."
Mosh concluiu:
"Felizes so vocs, Yisrael! Quem como vocs, um povo salvo por Dus! Quo grande a
recompensa que Ele guardou para vocs no Mundo Vindouro! Ele devolver a vocs a espada
de sua majestade, as coroas (espirituais) que Ele removeu de vocs depois que pecaram no
incidente do bezerro de ouro.
"Seus inimigos ficaro com tanto medo de vocs que negaro qualquer identidade, e vocs
andaro em seus locais elevados."
A ltima bno de Mosh aludia suprema recompensa de Klal Yisrael, o Mundo Vindouro.
Como prova de que sua profecia sobre a futura recompensa espiritual seria cumprida, Mosh
deu sinais de que isso ocorreria no mundo atual; que os inimigos de Ben Yisrael negariam sua
identidade, e que os judeus pisariam nos pescoo de seus inimigos.
As palavras de Mosh foram cumpridas, por exemplo, na poca de Yehoshua: os Gibeonitas
disfararam sua identidade como uma das sete naes; e Yehoshua ordenou que seus
generais pisassem no pescoo de cinco reis inimigos (Yehoshua 19:24).
Mosh atingisse uma vitria ainda maior sobre o Sat). Samael pairou sobre a cabea de
Mosh e tirou a espada da bainha. Mosh golpeou o anjo com toda sua fora, com o basto
onde estava gravado o nome de Dus. Samael fugiu. Mosh dominou-o e cegou-o com os
Raios da Glria que brotavam de sua face.
Uma Voz Celestial proclamou: "A hora de sua morte chegou!"
"Por favor, no me entregue ao Anjo da Morte" Mosh suplicou a Dus. Lembre-Se de como
eu O servi na minha juventude, quando Voc Se revelou para mim na moita, e quando fiquei
em Har Sinai durante quarenta dias e noites e me esforcei para aprender a Tor!"
"No tenha medo" declarou a Voz Celestial. "Eu mesmo cuidarei de voc."
Mosh levantou-se e preparou-se para morrer, santificando-se como um dos anjos.
Dus desceu com os anjos Michael, Gavriel e Zagzagael.
Michael preparou o leito para Mosh; Gavriel estendeu uma coberta de linho para sua cabea;
e Zagzagael outro pano para seus ps.
O Todo Poderoso falou: "Mosh, feche os olhos."
Mosh assim o fez.
"Coloque as mos sobre o peito" ordenou o Todo Poderoso.
Mosh obedeceu.
"Junte seus ps" ordenou Ele.
Mosh obedeceu.
Dus chamou a alma de Mosh.
"Minha filha" dirigiu-se Ele alma "planejei que voc permanecesse no corpo de Mosh por
120 anos. Agora deve sair; no demore."
A alma respondeu: "Mestre do Universo, existe um corpo mais puro que o de Mosh? Portanto,
eu o amo e no quero deix-lo."
"Eu a guardarei sob Meu Trono Celestial de Glria com os anjos" prometeu Dus.
" melhor para mim permanecer no corpo de Mosh que misturar-me com os anjos"
protestou a alma. "Ele to puro quanto um anjo, embora viva na terra; por outro lado, Voc
certa vez permitiu que dois anjos, Uza e Azael, morassem entre os homens, e eles se
corromperam. Mosh no vive com a mulher desde o dia em que Voc falou com ele da sara
ardente (segundo uma opinio. Segundo outras, desde matan Tor). Por favor, deixe-me no
corpo de Mosh!"
Aps ouvir a alma atestar sobre a pureza do corpo de Mosh, Dus por assim dizer beijou
Mosh. A alma sentiu o inigualvel prazer da Divina Presena (que era maior que o prazer que
ela derivava do corpo de Mosh) e retornou para Dus.
Mosh pranteado no Cu e na terra, e sepultado pelo Prprio Todo Poderoso
Os cus choraram, dizendo: "O homem piedoso pereceu na terra" (Mich 7:2). A terra chorou,
pranteando " e o justo entre os homens no mais" (ibid.).
Os anjos o elogiaram: "Ele executou a justia de Dus e Suas leis com Yisrael" (Devarim 33:21).
Uma Voz Celestial proclamou: "Mosh, o grande escriba de Yisrael (que escreveu a Tor para
eles) morreu."
O man O po Celestial que tinha sido fornecido pelo mrito de Mosh. Embora ele parasse
de cair no dia da morte de Mosh, o restante durou milagrosamente por mais um ms, at 16
de Nissan. (No entanto, embora o man durante a vida de Mosh assumisse qualquer sabor
que Ben Yisrael desejasse, depois de sua morte tinha apenas um sabor. Os judeus tinham
merecido encontrar muitos sabores no man, pois o fenmeno refletia sua descoberta espiritual
de "muitos sabores" no seu estudo de Tor. Como o nvel de estudo de Tor declinou aps a
morte de Mosh, o sabor do man no variava mais.) A 16 de Nissan os judeus cruzaram o
Jordo para Erets Yisrael e levaram a oferenda do mer, que lhes permitia comer o novo cereal
colhido em Erets Cana.
O Poo de Miriam O Poo tinha deixado de fluir com o falecimento de Miriam, mas voltou
pelo mrito de Mosh at que ele morreu.
As Sete Nuvens da Glria que rodeavam Ben Yisrael como muros protetores no deserto, e o
pilar de fogo que iluminava o caminho `a noite. As Nuvens tinham desaparecido com a morte
de Aharon, mas voltaram pelo mrito de Mosh e acompanharam Ben Yisrael at que ele
faleceu.
Cada um dos trs presentes nos sero devolvidos por Dus no mundo futuro.
Dus no permitiu que Mosh fosse enterrado em Erets Yisrael. Ele foi sepultado no deserto,
num local chamado pela Tor de "Bait Peor", pelo seguinte motivo:
Ao adorar o deus Peor em Shittim e cometer prostituio com as filhas de Moav, Ben Yisrael
criou um Anjo Acusador. (O cometimento de um pecado cria um anjo, ou fora espiritual, que
acusa o transgressor).
O Todo Poderoso j tinha preparado o local de sepultamento de Mosh, o qual expiaria o
pecado com Peor, durante os Seis Dias da Criao.
Embora a Tor descreva a localizao do tmulo de Mosh na terra de Moav, em frente a
Bait Peor ningum conseguiu encontr-lo.
Por que Dus ocultou o tmulo de Mosh da humanidade?
1 Dus temia que antes da destruio do Bet Hamicdash e do subseqente exlio, os judeus
fossem ao tmulo de Mosh para chorar e gritar: "Mosh, suplica a Dus para reverter a
tragdia!" O enorme poder das preces de Mosh aps a morte teria cancelado a destruio.
(Dus no poderia permitir isso, pois ento em vez disso Ele teria de destruir o povo judeu).
2 A localizao do tmulo de Mosh desconhecida para impedir os judeus de oferecerem
sacrifcios e incenso ali, em vez de no Bet Hamicdash; alm disso, para que os gentios no o
profanassem com esttuas idlatras.
3 A ocultao de seu tmulo tambm um castigo para a falha de Mosh em agir em Shittim,
onde Zimri levou a princesa midianita Kozbi para sua tenda. Mosh deveria ter feito um
supremo esforo para lembrar-se da halach adequada, mas em vez disso ficou em
desespero, deixando a aplicao da lei para Pinchas, que assassinou Zimri.
Uma passagem subterrnea vai do tmulo de Mosh at a Gruta de Machpel, onde esto
sepultados os Patriarcas.
Os ltimos oito versculos da Tor
Os ltimos oito versculos da Tor relatam a morte de Mosh e seu enterro: "E Mosh, o servo
de Dus, morreu ali na terra de Moav"
Quem escreveu estes versculos?
R. Meir ensinou: "Mosh escreveu toda a Tor, do primeiro ao ltimo versculo. medida que
Dus ditava um versculo, Mosh o repetia, e depois o anotava. Porm os ltimos oito
versculos ele no repetiu, porque estava sofrendo tanto. Ele os escreveu com lgrimas em vez
de tinta, e Yehoshua mais tarde os preencheu com tinta.
A profecia de Mosh e seus milagres superaram os de qualquer outro Profeta. Mosh atingiu
mais que qualquer outro homem na Tor em sabedoria e profecia.
Nenhum outro profeta pde conversar com Dus o tempo todo, sem preparao, e v-Lo com
absoluta clareza.
Como a profecia de Mosh foi superior a todas as outras profecias, nenhum profeta ou tribunal
judaico pde mudar ou apagar qualquer palavra da Tor. Nenhum profeta posterior realizou
maravilhas to abertamente quanto Mosh. Seus milagres foram testemunhados por toda a
nossa nao (mais de um milho de almas).
Todo Israel viu como os primognitos foram assassinados no Egito, uma demonstrao da
fora da mo de Dus, e como Mosh abriu o Mar Vermelho. Eles vivenciaram a outorga da
Tor e testemunharam os milagres no deserto, aprendendo assim a temer a Dus.
Dus deixou Mosh fazer milagres em meio a grande publicidade, para que a Tor fosse
adotada por todas as futuras geraes.
No futuro, o Prprio Dus realizar milagres semelhantes, e ainda maiores.
A Tor termina com a palavra "Yisrael" e comea com Bereshit/ "No princpio." Isso insinua que
o mundo foi criado para Klal Yisrael, como est escrito: "Yisrael sagrado para Dus, o
primeiro de Sua criao" (Yirmiyhu 2:3). Dus concebeu a criao do universo pelo bem de
Ben Yisrael, um povo que estudaria e cumpriria Suas leis.