Efeitos de Um Destreinamento Na Capacidade Funcional em Idosos
Efeitos de Um Destreinamento Na Capacidade Funcional em Idosos
Efeitos de Um Destreinamento Na Capacidade Funcional em Idosos
UNIVERSIDADE DE BRASLIA
FACULDADE DE EDUCAO FSICA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO STRICTO SENSU EM EDUCAO
FSICA
Braslia
2009
EFEITOS
DO
DESTREINAMENTO
FSICO
NA
CAPACIDADE
Banca examinadora:
_____________________________________
Prof. Dr. Marisete Peralta Safons
(Orientadora FEF/UnB)
________________________________________
Prof. Dr. Martim Francisco Bottaro Marques
(Examinador Interno FEF/UnB)
____________________________________
Prof. Dr. Jane Dullius
(Examinador Externo FEF/UnB)
do
grau de
Educao Fsica.
Mestre
em
DEDICATRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, sr. Jacinto e sra. Ivanilde por me dar a
oportunidade de arriscar nos estudos, por me cercar de princpios e por me
formar um homem.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais Jacinto e Ivanilde, por todo o apoio durante esta minha
longa carreira de estudos e riscos passados.
s minhas irms Ana Caroline, Camila e Beatriz por acreditarem em mim
e me darem espao para o crescimento pessoal.
minha carinhosa namorada Raphaela que sempre me estimulou e me
motivou a continuar em todos os momentos.
minha orientadora professora Marisete Peralta Safons, sempre
disponvel, compreensiva e generosa me ofertando o espao e estrutura do
GEPAFI para o desenvolvimento do meu conhecimento cientfico.
minha grande amiga e parceira de estudos, professora Gisele Rodrigues,
pelo amor e apoio no desenvolvimento deste trabalho e nos momentos
filosficos da vida.
A todos os amigos do GEPAFI, Juliana, Mrcio, Nlida e Carol
Gonalves por me ajudarem nos momentos difceis, por me fazerem mais feliz e
humano e por se dedicarem a uma causa to nobre que o trabalho desenvolvido
no grupo de pesquisa. O sucesso deste trabalho fruto da dedicao de todos
vocs.
Ao colega e amigo professor Sandor Balsamo pela motivao e confiana
em importantes momentos profissionais e do mundo acadmico.
A todos os professores da Faculdade de Educao Fsica e da Faculdade
de Cincias da Sade da Universidade de Braslia pela importante contribuio
na minha formao acadmica.
A todos os colegas que indiretamente me auxiliaram na criao e
desenvolvimento deste trabalho.
SUMRIO
PGINAS
1. ILUSTRAES...........................................................................................i-iii
2. LISTA DE ABREVIAES...........................................................................4
3. RESUMO.........................................................................................................5
4. ABSTRACT.....................................................................................................6
5. INTRODUO............................................................................................7-8
6. OBJETIVOS GERAL......................................................................................9
6.1.OBJETIVOS ESPECFICOS.....................................................................9
7. REVISO DE LITERATURA
7.1.Destreinamento Fsico........................................................................10-11
7.2.Destreinamento e Aptides Fsicas
7.2.1. Destreinamento e Condio Cardiovascular..............................12-16
7.2.2. Destreinametno e Fora Muscular.............................................17-21
7.2.3. Destreinamento e Flexibilidade.................................................22-23
7.2.4. Destreinamento e Equilbrio...........................................................24
7.2.5. Destreinamento e Agilidade......................................................25-26
8. MTODOS.....................................................................................................27
8.1.Amostra...............................................................................................27-28
8.2.Testes..................................................................................................28-30
8.3.Critrios de Incluso................................................................................30
8.4.Critrios de Excluso...............................................................................30
8.5.Protocolo de Anlise do Experimento......................................................30
8.6.Anlise Estatstica...............................................................................31-32
9. RESULTADOS.........................................................................................33-34
10.DISCUSSO............................................................................................35-40
11.CONCLUSES..............................................................................................40
12.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS......................................................41-44
13.ANEXOS E APNDICES........................................................................45-47
1 - ILUSTRAES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
10
2 - LISTA DE ABREVIAES
TR treinamento resistido
DT destreinamento
GC Grupo Destreinamento Curto (6 semanas)
GL Grupo Destreinamento Longo (16 semanas)
Flex flexo de tronco no banco de Wells
EU Equilbrio Unipodal com Restrio Visual
UG Up and Go! (teste de agilidade)
SL sentar e levantar por 30 segundos
PM preenso manual
ME marcha estacionria
AVD atividades da vida diria
RM repetio mxima
TCAC Teste de Condicionamento Aerbio Canadense
CNPQ Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
GEPAFI Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Atividade Fsica para Idosos
UnB Universidade de Braslia
Reps repeties
PSE percepo subjetiva do esforo
IR intervalo de recuperao
IMC ndice de massa corprea
Masc masculino
Fem - feminino
11
12
SUBJECTS
FOLLOWING
RESISTANCE
TRAINING
PROGRAM
and
37,475,58;
ME
106,115,78
and
106,5617,47.
13
5 - INTRODUO
14
efeitos
deletrios
deste
fenmeno,
estudos
analisam
impacto
do
fsico,
alm
dos
prejuzos
naturais
do
processo
de
15
6 - OBJETIVO GERAL
16
7 - REVISO DE LITERATURA
17
18
19
20
cardiovascular
foram
realizadas
por
meio
de
equipamento
21
22
23
fora
muscular de
membros
inferiores
foi
mantida
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
8 - MTODOS
8.1 - Amostra
34
8.2 Testes
35
36
tronco. Recomendou-se que o indivduo realizasse algumas tentativas de sentarlevantar (1 a 3 reps) para aprendizagem do movimento. Ao sinal de Ateno,
j!, o avaliado executou o mximo de execues possveis durante 30 segundos
(RIKLI & JONES, 1999).
Marcha Estacionria o avaliado foi posicionado de frente para cavaletes
e foi ajustada uma fita ligando estes cavaletes na altura mdia entre a crista
ilaca e a patela, de acordo com o comprimento da coxa de cada indivduo. Ao
sinal de Ateno, j!, o indivduo iniciou uma marcha, encostando os joelhos
na fita sem sair do lugar durante 2 minutos. A perna direita iniciou a marcha e
foi contado o nmero de flexes realizadas pela perna direita somente. O
avaliador encorajou o indivduo a realizar o mximo de ciclo de passadas num
intervalo de 2 minutos e informou que os joelhos deveriam obrigatoriamente
tocar na fita, sob pena de suspenso da tentativa (RIKLI & JONES, 1999).
37
38
SRIES
REPS
PSE
IR (min)
10-15
5-6
8-12
7-8
8-12
7-8
0,05.
39
9 - RESULTADOS
GL
Idade (anos)
64,71 7,68
66,84 5,14
Massa (kg)
65,21 11,50
65,76 10,41
Altura (m)
1,58 0,09
1,60 0,08
IMC (kg/m2)
26,04 3,89
25,83 3,58
PS
103,73 7,84
100,18 15,55
0,306
16,18 3,55
15,91 3,30
0,320
22,52 4,54
23,39 5,32
0,320
Flexibilidade (cm)
26,34 6,16
26,77 7,69
0,836
5,71 0,82
6,24 0,66
0,036
4,56 2,95
4,65 3,06
0,932
fsicas
avaliadas
no
presente
estudo
nenhuma
diferena
40
PS
Masc
106,11 5,78
106,56 17,47
1,00
Fem
110, 41 14,95
111,05 15,79
1,00
Masc
17,89 3,48
21,67 4,90
0,40
Fem
17,14 4,73
18,5 4,74
0,81
Masc
38,47 2,05
37,47 5,58
0,97
Fem
24,00 4,03
25,03 4,74
0,89
Masc
17,16 5,65
18,42 4,58
0,99
Fem
29,91 9,67
27,44 12,05
0,87
Masc
5,59 0,60
5,71 0,40
1,00
Fem
6,00 1,37
6,24 1,20
0,92
Masc
3,40 1,71
3,30 1,46
1,00
Fem
4,76 3,12
3,87 3,03
0,77
Flexibilidade (cm)
41
10 - DISCUSSO
51 anos)
42
queda
significativa
de
desempenho
43
44
2007; CARVALHO et al., 2009). Esta controvrsia pode ser atribuda aos
diferentes tipos de avaliao realizadas nestes estudos. Aparentemente, os testes
que avaliaram a fora por meio de repeties mximas e eletromiografia foram
mais sensveis para a deteco de oscilaes de fora em comparao com os
testes funcionais e dinamometria manual (HENWOOD E TAAFFE, 2008). A
idade da amostra parece interferir negativamente durante o destreinamento,
tendo em vista que idosos mais velhos (> 75 anos) apresentaram maior prejuzo
da funcionalidade, principalmente em perodos longos de destreinamento,
quando comparados a idosos mais jovens 60-73 anos (TORAMAN, 2005;
TORAMAN E AYCEMAN, 2005). Outro fator que pode influenciar os efeitos
da interrupo de treinamento a intensidade do treinamento prvio, visto que
maiores intensidades > 60% 1RM promoveram uma manuteno mais
prolongada dos ganhos de fora muscular em alguns estudos (FATOUROS et al.,
2005; FATOUROS et al., 2006), porm h controvrsias (HARRIS et al., 2007).
O trabalho que mais se assemelha ao presente estudo e que mostrou resultados
conflitantes foi o de Carvalho et al. (2009). Isto pode ter acontecido em funo
do menor volume de treinamento resistido e do tipo de treinamento resistido
realizado (elsticos e pesos livres). Alm disso, o grupo do presente estudo
parece ter mais experincia com treinamento resistido (mnimo de 6 meses).
Logo, o desenvolvimento prvio da fora muscular tem papel importante na
manuteno da funcionalidade dos idosos, principalmente se avaliado por testes
especficos para a funcionalidade dos idosos.
A flexibilidade articular foi outra varivel do condicionamento fsico geral,
verificada no presente estudo que demonstrou no haver diminuio do
desempenho em ambos os perodos de destreinamento, e h concordncia dos
resultados encontrados somente no trabalho de Tomas-Carus et al. (2007).
Porm, deve-se ter cautela ao verificar tal comportamento visto que no achado
destes autores o treinamento prvio no foi especfico para o desenvolvimento
da flexibilidade, visto que a amostra participou de aulas de hidroginstica e
45
prvio
(FATOUROS
et
al.,
2006)
parecem
influenciar
agilidade
ou equilbrio
dinmico
no
apresentou diferenas
46
da agilidade tanto de idosos mais jovens quanto mais velhos, sendo que a idade
no afetou o comportamento desta varivel quando comparados os grupos. Em
adendo, Fatouros et al. (2005) mostraram em seu trabalho que os efeitos do
destreinamento na agilidade esto relacionados intensidade do treinamento e
durao do destreinamento, visto que o grupo que treinou com maiores
intensidades reteram o desempenho durante 36 semanas e o grupo que treinou
com menores intensidades apresentaram queda signigicativa da agilidade a partir
de 12 semanas.
47
11 - CONCLUSES
48
12 - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
A.;
JAMURTAS,
A.Z.;
DOUROUDOS,
I.;
49
inactive older men are intensity dependent. Br J Sports Med, v. 39, p. 776-780,
2005.
HENWOOD, T.R & TAAFFE D.R. Detraining and retraining in older adults
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HERRERO, F.; SAN JUAN, A.F.; FLECK, S.J.; FOSTER, C.; LUCIA, A.
Effects of detraining on the functional capacity of previously trained breast
cncer survivors. Int J Sports Med, v. 28, p. 257-264, 2007.
KALAPOTHARAKOS,
V.I.;
SMILIOS,
I.;
PARLAVATZAS,
A.;
50
51
TOMAS-CARUS, P., HAKKINEN, A.; GUSI, N.; LEAL, A.; HAKKINEN, K.;
ORTEGA-ALONSO, A. Aquatic training and detraining on fitness and quality
of life in fibromyalgia. Medicine & Science in sports & exercise, v. 39, n. 7, p.
1044-1050, 2007.
TORAMAN, N. F. Short term and long term detraining: is there any difference
between young-old and old people? Br J Sports Med, v. 39, p. 561-564, 2005.
TORAMAN, N.F & AYCEMAN, N. Effects of six weeks of detraining on
retention of functional fitness of old people after nine weeks of multicomponent
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TOULOTTE, C.; THEVENON, A.; FABRE, C. Effects of training and
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pilot study. Disability and Rehabilitation, v. 28, n. 2, p. 125-133, 2006.
52
13 - ANEXOS E APNDICES
53
O (A) senhor (a) est sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa
envolvendo aulas de musculao e suas interrupes para pessoas com idade
maior do que 60 anos. A musculao muito importante para a sade da
populao em geral, principalmente, para pessoas com idade avanada que so
mais frgeis por causa do sedentarismo. importante que os pesquisadores e a
comunidade saibam quais os efeitos dos perodos de interrupo do treinamento
de musculao nas atividades da vida diria.
O objetivo dessa pesquisa analisar os efeitos do destreinamento fsico na
capacidade funcional de idosos submetidos a um programa de treinamento de
musculao. Para isso, sero realizados testes de fora, medio de peso e altura.
As aulas de musculao e as avaliaes acontecero gratuitamente no Centro
Olmpico da Universidade de Braslia (UnB), tero durao aproximada de 1
hora e sero supervisionadas por uma equipe de professores de educao fsica.
Como benefcio da sua participao nesta pesquisa espera-se que ao final das
aulas voc tenha melhorado o seu estado de sade, alm de ter contribudo com
o levantamento de informaes importantes para prescries de exerccios cada
vez mais adequadas, para previso dos momentos de interrupo do treinamento
fsico, comuns principalmente na populao idosa, alm da preveno e
tratamento de males relacionados inatividade e envelhecimento. O treinamento
no oferece riscos, porm possvel e normal que algumas pessoas sintam
desconforto e dor muscular por causa da adaptao aos exerccios,
principalmente na primeira semana de treino. Todas as informaes fornecidas
sero mantidas em sigilo e somente os pesquisadores envolvidos no projeto
tero acesso a elas. Tambm estaremos disposio para orientar e esclarecer
qualquer dvida antes e durante a pesquisa. Voc no obrigado a responder
54
________________________________
Frederico Santos de Santana CREF 3683-G/DF
Pesquisador Responsvel