O Cone de Sombras
O Cone de Sombras
O Cone de Sombras
O CONE DE SOMBRAS
A alma constituda da mesma substncia que os astros, o ter, animada de um movimento circular
perptuo, ao contrrio dos elementos terrestres que se movem retilineamente. O movimento
circular, assegurador da imortalidade, prprio da alma porque prprio do ter. Sendo as almas
constitudas da mesma essncia que os astros, seu desejo inconsciente o de voltar a eles, da a
vontade pelas coisas do alto, pelas coisas divinas. As almas e os astros tm no ter um parentesco
comum, que se pode deduzir da semelhana de seus movimentos. Este o princpio que impulsiona
as almas durante os Equincios e os Solstcios.
A subida e a descida das almas do cu para o mundo sublunar e vice-versa, se faz atravs das portas
do cu. Essas portas so os dois plos opostos, pelos quais a Via Lctea corta o zodaco e que so
igualmente os dois pontos extremos, que limitam o curso do sol: o Trpico de Inverno sob o signo
de Capricrnio e o Trpico de Vero sob o signo de Cncer.
Pela porta de Cncer (Fundo do Cu), chamada "Porta dos Homens", se faz o descenso das almas
sobre a terra, enquanto que pela porta de Capricrnio (Meio do Cu), chamada "Porta dos Deuses",
se faz o retorno das almas ao plano divino.
Atrada pelo ciclo reencarnatrio, a alma desce pelo Trpico de Cncer para a constelao de Leo.
Entre Cncer e Leo ela bebe da Taa do Esquecimento, e depois corre ao longo do Zodaco, at as
esferas planetrias inferiores.
De cada uma das rbitas planetrias ela empresta uma vestimenta etrea e as faculdades
correspondentes, tanto positivas como negativas, para atender s experincias da prxima
encarnao:
Influncias Planetrias na Gestao
MS
PLANETA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Saturno
Jpiter
Marte
Sol
Vnus
Mercrio
Lua
Saturno
Jpiter
INFLUNCIA
As almas tm sua origem no ter (mesma substncia da qual so formados os planetas), mas
medida em que elas descem para as camadas mais densas da natureza, elas so governadas pelo
elemento ar e, como o elemento ar contm o bem e o mal, a alma est sob os influxos da ira que
domina a natureza.
A alma se nutre com alimento espiritual, de acordo com seu temperamento. a maneira que tem de
acender seu prprio fogo, cujo combustvel deve ser seu prprio temperamento ou alguma
substncia que lhe advenha de Deus.
A alma ser dirigida e governada de acordo com aquilo que a nutrir. Se ela se evade de seu prprio
temperamento para as coisas divinas, ela se nutre da substncia celestial; ento, a alma obtm uma
vontade divina e obriga o corpo a fazer aquilo que no faria, segundo sua natural inclinao ou
temperamento. Neste estado, no o temperamento que governa a alma, mas sim a alma que exerce
domnio sobre o corpo exterior.
Quando a alma trava uma luta com o temperamento para ver quem exerce o maior domnio, a
pessoa sente-se perturbada e se atormenta porque no consegue abrir, com seus desejos, as virtudes
que possui em seu interior, lamenta-se e teme que Deus a tenha abandonado sua prpria sorte.
Em essncia, toda alma imortal, sendo imortal tudo aquilo que est sempre em movimento. Sendo
assim, toda alma que aprisionada numa existncia de penalidade dentro do Cone de Sombras, no
possui movimento e isso pode lev-la extino.
Com a degradao das almas e seu apego matria, surgem as distores: Dybbuk e Ibbur.
O Dybbuk uma alma desencarnada se apossa de um corpo vivo que pertence a uma outra alma.
H vrias origens atribudas a esses espritos. No incio, eram considerados demnios nohumanos, depois se reconheceu que eles eram pessoas falecidas. O Dybbuk pode ser a alma de um
pecador que deseja escapar ao justo castigo, seja aquele infligido pelos anjos, seja uma outra forma
de castigo, como por exemplo vagar sobre a terra. Um Dybbuk pode procurar se vingar de um mal
que lhe foi feito enquanto viveu. Alternativamente, pode ser algum perdido, que entrar em um
corpo simplesmente para buscar ajuda. A pessoa viva pode ou no saber que um Dybbuk est
ocupando seu corpo. Tambm pode ser atormentado, sem saber o que se passa. Isso depende da
inteno da alma aliengena.
O Ibbur - A traduo literal do hebraico desta palavra "impregnao". Ibbur a forma mais
positiva de posse, e a mais complexa. Acontece quando uma alma ntegra decide ocupar o corpo de
uma pessoa viva durante algum tempo, e se une a ela ou, espiritualmente falando, "satura" a alma
encarnada. O Ibbur sempre temporrio, e a pessoa viva pode ou no saber o que aconteceu.
Freqentemente a pessoa viva consente com o Ibbur. A razo para o Ibbur sempre benevolente,
isto , a alma desencarnada deseja completar uma tarefa importante, uma promessa, ou executar um
Mitzv (dever religioso) e isso s pode ser realizado na carne.
Se, apesar dos auxlios que lhes chegam da parte da humanidade celeste, esses miserveis
elementares persistem indefinidamente em uma existncia degradante, arriscam-se a chegar, aps
sculos desse lento suicdio, ao embrutecimento, obscuridade total da centelha divina. Arriscam
mesmo, acreditam alguns, reencarnarem sob forma animal.
Em princpio, o Cone de Sombras no nada alm de uma estadia passageira, um purgatrio.
Somente para aqueles que ali se demoram voluntariamente, ele se torna um abismo de torturas sem
fim, um inferno.
Em muitos casos, quando uma excepcional vontade acrescida de um grande vigor anmico, pouco
comum, no lhes serviu para libertar-se desse vale de sombras da morte, que lhes era assinalado
como purgatrio, h seres que podem, como vimos acima, trocar sua herana imortal por um feudo
FIM