História Do Rio de Janeiro

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HISTRIA DO RIO DE JANEIRO

A regio que ocupa atualmente a cidade do Rio de Janeiro foi descoberta no dia 1 de janeiro de 1502 por
uma expedio portuguesa comandada por Gaspar de Lemos, que acreditou ter chegado desembocadura de
um grande rio, assim, batizou a baa com o nome de Rio de Janeiro. Contudo, foram os franceses que
primeiro se estabeleceram na regio e competiam com os portugueses no comrcio madeireiro. Os
portugueses estabeleceram serrarias naquela localidade e, em resposta ameaa da presena portuguesa, os
franceses trouxeram colonos para habitar e explorar o lugar, em 1555. Depois de anos de luta os franceses
foram expulsos.
Como resposta s intenes francesas, no dia 1 de maro de 1565, Estcio de S funda a cidade de So
Sebastio do Rio de Janeiro. A cidade possua ruas irregulares e estilo portugus medieval. A expulso definitiva
dos franceses ocorreu em 1567.
Devido posio estratgica da cidade na Baa de Guanabara, desenvolveu-se ali uma zona porturia e comercial
(madeira, pesca e cana-de-acar), desta forma, a populao tambm aumentou. Em 1660, a populao daquela
cidade contava com 6000 ndios, 750 portugueses e 100 negros.
No fim do sculo XVII e incio do sculo XVIII, a descoberta de metais, especialmente ouro, em Minas Gerais, fez
com que o Rio de Janeiro se transformasse numa ponte entre as minas e a Europa.
No final do sculo XVIII, a cidade foi abalada por uma crise econmica, as minas j no produziam tanto e havia
outros pases sul-americanos que competiam com o Brasil na produo de cana-de-acar. Contudo, o cultivo do
caf, a chegada da famliareal, em 1808, e o conseqente translado do governo portugus para a colnia deram
um novo alento economia da cidade. Nesta poca, a realeza construiu igrejas e palcios. Na segunda metade do
sculo XIX, a instalao de vias frreas trouxe um novo impulso produo agrcola e de caf, comeavam a
aparecer as primeiras indstrias no centro da cidade, a iluminao a gs e circulavam transportes com trao
animal.
A cidade havia crescido bastante, no final do sculo XIX, contava com 800.000 habitantes e os problemas
sanitrios, de emprego, habitacionais e as constantes epidemias de varola, tuberculose e febre
amarela castigavam a ento capital do Brasil. Em 1903, Francisco Pereira passos tornou-se prefeito da cidade.
Durante sua administrao foram criadas avenidas e parques e tambm um novo porto, casas sem condies
adequadas de higiene foram demolidas levando a populao pobre a viver nos subrbios.
A cidade do Rio de Janeiro conheceu seu maior esplendor entre 1920 e 1950, quando pessoas do mundo inteiro
vinham atradas pela sua imagem romntica, seus cassinos e suas belezas naturais. Em 1960, deixou de ser
capital do pas.

Histria do Rio de Janeiro


No dia 1 de janeiro de 1502, navegadores portugueses avistaram a Baa de Guanabara. Acreditando que se tratava
da foz de um grande rio, deram-lhe o nome de Rio de Janeiro, dando origem ao nome da cidade. O municpio em si
foi fundado em 1565 por Estcio de S, com o nome de So Sebastio do Rio de Janeiro, em homenagem ao ento
Rei de Portugal, D. Sebastio.

Duzentos anos adiante, em 1763 o Rio de Janeiro tornou-se a capital do Brasil, ttulo que manteve at 1960, quando
foi inaugurada Braslia, a atual capital do pas.

Devido s guerras napolenicas, a famlia real portuguesa transferiu-se, em 1808, para o Rio de Janeiro, onde em
1815 o Prncipe Regente D. Joo VI foi coroado Rei do Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarves, um fato histrico
que foi da maior importncia para os rumos da Nao Brasileira.

A economia da cidade foi impulsionada a partir do sculo XVII pelos ciclos da cana de acar, do ouro e do caf.
Hoje, o Estado do Rio de Janeiro , aps So Paulo, o segundo plo industrial do Brasil, est entre os primeiros do
turismo, alm de ser o principal centro cultural do pas e importante centro poltico.
Povos europeus, principalmente portugueses, misturando-se com escravos africanos e ndios brasileiros, deram
origem a um povo gentil, alegre e bonito que compem a populao de mais de 6 milhes de CARIOCAS, como so
chamados os habitantes da cidade.
Situada em meio a uma paisagem privilegiada pela natureza, entre o mar e as montanhas, a cidade do Rio de
Janeiro uma das mais belas do mundo o que lhe valeu o ttulo de Cidade Maravilhosa.

A primeira expedio exploratria enviada ao Brasil pelos portugueses chegaram ao que lhes parecia ser a foz de um grande rio
e chamaram-no de Rio de Janeiro. Era 1 de janeiro de 1502. Tratava-se, na realidade, da entrada da barra da baa de
Guanabara.
Em 1534, o governo portugus preocupa-se com as sucessivas invases. O Rei D. Joo III decide colonizar o Pas, dividindo-o
em 15 Capitanias Hereditrias, para 12 fidalgos cuja obrigao principal era ocupar e desenvolver a agricultura em suas terras,
defendendo-se dos ataques dos ndios e dos contrabandistas. O territrio hoje ocupado pelo Rio de Janeiro foi entregue aos
donatrios da Capitania de So Vicente, doada em 1534 a Martim Afonso de Souza, e a de So Tom, doada em 1536 a Pero
Gis da Silveira, vizinha do Esprito Santo. O donatrio de So Tom fundou a Vila Rainha, perto do Rio Itabapoana
desenvolvendo a lavoura canavieira, mas esta foi constantemente atacada pelos ndios Goitacases, provocando a fuga dos
colonos para o hoje Esprito Santo. A capitania de So Vicente foi povoada apenas na parte sul do quinho que lhe coube e se
desenvolveu em torno do porto de So Vicente, hoje em So Paulo. Martim Afonso de Souza concedeu algumas sesmarias na
regio de Parati e Angra dos Reis, em 1556.
1548 - No tendo a colonizao dado bons resultados com as Capitanias Hereditrias e, com o permanente assdio dos
franceses sobre os ndios para comercializar o pau-brasil, resolve o Rei de Portugal criar um governo geral destinado a auxiliar os
donatrios especialmente na luta contra os ndios, que no paravam de atacar vilas e engenhos, destruindo as plantaes dos
colonos. nomeado o fidalgo portugus Thom de Souza, primeiro governador geral do Brasil.
1549 - Thom de Souza desembarca na Bahia e funda a Cidade do Salvador, nossa primeira capital.
1552 - Nesse poca, o litoral fluminense encontra-se praticamente despovoado, Thom de Souza comunica ao Rei que na baa
de Guanabara nada havia e ali se devia mandar fazer uma povoao honrada e boa , pois era ponto preferido pelos franceses.
1555 - Durante o governo de D. Duarte da Costa, sucessor de Thom de Souza, instalou-se em ilhotas, na entrada da baa de
Guanabara, uma expedio francesa de 100 homens, comandada pelo Vice-Almirante Villegagnon. construdo o forte de
Coligny na ilha, onde se situa hoje a Escola Naval. Funda-se a a Frana Antrtica, que dois anos depois recebe o reforo de 300
colonos calvinistas.
1560 - O 3 governador geral, Mem de S, recebe ordens para expulsar os franceses. Rene todas as foras de que dispe,
tanto na Bahia quanto em Capitanias vizinhas e, aps vrios combates, derrota os franceses, inutilizando suas fortificaes.
Alguns franceses escaparam para as matas com o auxlio dos Tamoios, voltando a frequentar a baa quando o governador
retorna para Salvador.
1565 - Chega de Portugal o capito mor Estcio de S, sobrinho de Mem de S, frente de nova expedio com a incumbncia
de fundar uma cidade mantendo a posse da terra pelos portugueses. A 1 de maro, ocorre a fundao da cidade de So
Sebastio do Rio de Janeiro, na vrzea existente entre os morros do Po de Acar e morro Cara de Co. Foi a segunda cidade
fundada no Brasil, depois de Salvador.
1567 - Aps prolongada luta com os Tamoios e seus aliados franceses, a nova cidade foi transferida para o Morro do Castelo. Na
ocasio, delimitou-se uma rea quadrada de seis lguas de lado, fundando a a Capitania Real do Rio de Janeiro sob o comando
de Salvador Correa de S.
1568 - Portugueses concedem aos ndios que colaboram nas lutas contra os franceses, favores do governo. Araribia, chefe da
tribo dos Temimims, obtm como recompensa pelos servios, quatro lguas de terra na margem oriental da baa de
Guanabara. A fundou-se a povoao de So Loureno, que muito mais tarde daria origem cidade de Niteri.

Em 1572, Portugal decide dividir o Brasil em dois governos para melhor administrar, sediados um em Salvador e o outro no Rio
de Janeiro. O governador deste, Dr. Antonio Salema, combateu os ndios da regio de Cabo Frio que, aliados aos franceses,
auxiliavam no contrabando de pau-brasil. As tribos locais foram praticamente exterminadas. Inicia-se a ocupao definitiva com
a criao de aldeias povoadas, freguesias e vilas.
Em 1578, A Amrica Portuguesa foi novamente unificada, com capital em Salvador.

O Rio de Janeiro no tem grande expresso econmica no sculo 17. A capital do Brasil era Salvador, e
Pernambuco, com sua grande produo aucareira, constitua a capitania economicamente mais importante.
Consolida-se a ocupao do territrio fluminense pelos portugueses que expulsam os franceses tambm em Cabo
Frio, onde contrabandeavam o pau-brasil.
A explorao e o povoamento do interior da Capitania se devem aos colonos que adentravam o territrio procura
de ndios e pedras preciosas, e se estabeleciam plantando cana de acar e construindo pequenos engenhos. Aps
a derrota dos Corsrios e dos ndios os colonos ocupam novas terras situadas alm de Cabo Frio, atingindo a
baixada atravessada pelo Rio Paraba do Sul. A cultura aucareira passa a ser a principal atividade econmica
seguida da extrao do pau-brasil, sal (em Cabo Frio) e pesca. Na agricultura destaca-se o cultivo da mandioca.
Em 1627, grande parte da Capitania de So Tom dividida e so concedidas sesmarias aos sete capites
(homens que adquiriram grande prestgio ao se destacarem na luta contra os ndios e franceses). Os novos donos
trataram de ocupar suas propriedades, ocupando as vastas plancies da regio, com excelentes pastagens e cursos
dgua com a criao de gado cujas matrizes vieram dos Aores e Cabo Verde.
Em 16 de novembro de 1676, foi criada a Diocese de So Sebastio do Rio de Janeiro, subordinada
Arquidiocese de So Salvador da Bahia.
No final do sculo 17, a lavoura aucareira, baseada no uso intensivo da mo de obra escrava, era a grande
geradora de riquezas. A zona canavieira caracterizava-se pela existncia de grandes latifndios gerando poderosa
aristocracia rural.
O sculo 18 inicia-se com a grande corrida para o interior na busca das riquezas das Minas Gerais. O Rio de
Janeiro torna-se uma cidade mundialmente conhecida como ponto de partida e entreposto de fornecimento das
Minas Gerais. A grande febre do ouro contagia toda a populao. A abertura do Caminho Novo pelos bandeirantes,
transpondo a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, estabelece uma ligao direta entre o Rio de Janeiro e os
distritos mineiros: os engenhos e plantaes se despovoam. necessrio importar negros em quantidades
ilimitadas. De Portugal acorrem, aos milhares, colonos e aventureiros.
A exportao do ouro obriga a adaptao do antigo porto do Rio de Janeiro, agora visitado por linhas regulares de
navegao.

1710 - A prosperidade repentina atrai aventureiros como os franceses comandados por Duclerc que invadem a
cidade do Rio de Janeiro mas so derrotados.
1711 - Sob o comando de Duguay-Trouin, 6000 homens em 17 navios ocupam e saqueiam a cidade do Rio de
Janeiro, onde permanecem por 2 meses, trazendo horror e pnico aos locais.
1733 - Toma posse do Governo do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade que permaneceria no cargo por 30
anos, trazendo grandes benefcios para a cidade do Rio de Janeiro como a construo dos Arcos, obra mais
importante do perodo colonial, concluda em 1750.
1763 - Carta rgia transfere a sede do Governo do Estado do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro. Graas
descoberta do ouro das Minas Gerais, a regio Centro Sul assume grande importncia econmica. A cidade do Rio
de Janeiro contava com cerca de 50 mil habitantes.
No final do sculo 18, a decadncia da minerao provoca srias alteraes no panorama social e econmico da
Capitania do Rio de Janeiro, retornando grande contingente populacional s terras. A Bahia volta a se mais rica
capitania.
Na regio de Campos, os canaviais tornam-se mais numerosos. O caf comea a ser plantado (matrizes vindas do
Par, onde era plantado desde 1727), h produo de sal marinho em Cabo Frio e Parati fabrica aguardente,
trocada por escravos no litoral africano.
O sculo 19 comea com o Rio de Janeiro sendo a capital do Estado do Brasil (desde 1763) e Salvador, a maior
cidade.
Em novembro de 1807, a famlia real portuguesa deixa Lisboa, fugindo do domnio de Napoleo que invade
Portugal. O Prncipe Regente D. Joo desembarca em Salvador, em 23 de janeiro de 1808, onde toma as primeiras
medidas da Corte no Brasil, incluindo a abertura dos portos s naes amigas. Aps 35 dias, Dom Joo segue para
o Rio de Janeiro.
O Prncipe Regente D. Joo, filho da Rainha D. Maria I, faz-se acompanhar da Corte por mais de dez mil pessoas.
A cidade do Rio de Janeiro e as terras vizinhas passaram a se desenvolver extraordinariamente, com grandes
melhoramentos urbanos. Transferem-se para o Brasil todos os rgos da Administrao Pblica e da Justia,
criam-se academias, hospitais, quartis, tornando-se tambm o Rio de Janeiro ponto de partida de inmeras
expedies cientficas. Destacam-se entre os estudiosos o alemo Eschwege, o ingls Mawe, o francs SaintHilaire, os austracos Pohl e von Matterer, o toscano Raddi e os bavaros Spix e Martius.
Os cafezais, inicialmente cultivados nos arredores da cidade do Rio de Janeiro, atingem Angra dos Reis e Parati
evoluindo para o vale do Rio Paraba do Sul at as encostas da serra fluminense. O caf passa ento a concorrer
com as lavouras tradicionais: acar, algodo e tabaco. Importantssimo negcio foi o trfico de escravos trazidos,
aos milhares, em navios negreiros e vendidos aos fazendeiros e comerciantes.
Dentro da Baa de Guanabara era praticada pesca em grande escala, inclusive de baleia, cujo leo era utilizado
para a iluminao da cidade.
Histria do Rio de Janeiro
A Rua do Ouvidor em desenho de 1844, do paisagista alemo Eduard Hildebrandt (1818-1869). V-se a torre da igreja dos
Mercadores da Lapa e da igreja da Cruz dos Militares. Original na Nationalgalerie, em Berlim.

Em 3 de janeiro de 1820, fundada a vila de Nova Friburgo seguindo um acordo assinado com o governo da Sua
para a introduo de 100 famlias catlicas daquele pas que, trabalhando como colonos livres, substituram os
escravos africanos nos servios das fazendas.
Em 1824, colonos alemes reforam a colonizao iniciada pelos suos. Campos era, poca, a regio mais
povoada do interior da Capitania e tambm a que possua a maior quantidade de escravos trabalhando em
fazendas.
1821- Capitanias do Brasil passam a chamar-se Provncias. A mais importante era a Provncia do Rio de Janeiro
onde estava localizada a sede do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves desde 1815.
1822 - A Capitania do Rio de Janeiro conta com 330 mil habitantes sendo 170 mil escravos. Em Sete de Setembro,
Dom Pedro rompe com Portugal e a Guerra da Independncia do Brasil tomo vulto. Em outubro, o Prncipe
Regente aclamado Dom Pedro I, Imperador do Brasil, sem o reconhecimento de Portugal.
Na Guerra da Independncia, as batalhas ocorrem em algumas provncias. Os principais confrontos entre
brasileiros e portugueses acontecem no Recncavo Baiano, onde os portugueses so expulsos em Dois de Julho de
1823, aps a sangrenta Batalha de Piraj. Portugal mantinha um poderoso exrcito em Salvador e, caso
conseguisse dominar a Bahia, tudo indica que seguiria para retomar o Rio de Janeiro.
1824 - Portugal reconhece a soberania do Brasil.
Com a Independncia, o Rio de Janeiro permanece como Capital do Pas, a Capitania transformada em Provncia
e passa a ser governada por Ministros do Imprio.
Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdica em favor de seu filho D. Pedro II. O governo de Pedro I caracterizou-se
por extremo autoritarismo e proteo aos portugueses residentes no Brasil, em detrimento dos brasileiros.

Hostilidades manifestadas em lutas de ruas, barricadas e pesada ao da oposio pela imprensa, levam
abdicao.
1831-1834 - Perodo regencial marcado por grande agitao poltica e social em todo o pas. Em 12 de agosto de
1834 votada uma lei com o nome de Ato Adicional que separa da Provncia a cidade do Rio de Janeiro , agora
denominada Municpio Neutro. A Provncia do Rio de Janeiro teve como sua primeira Capital a cidade de Niteri.
Essa separao durou at 15 de maro de 1875, quando tornaram a se unir. Assume a presidncia da Provncia do
Rio de Janeiro um presidente nomeado pelo Imperador.
1835 - A Vila Real da Praia Grande, fundada em 1819 em terrenos da sesmaria, concedida em 1568 a Araribia,
origina a Cidade de Niteri, elevada a esta categoria em 28 de maro de 1835.
1841 - D. Pedro II coroado Imperador do Brasil. Por causa de sua situao geogrfica junto capital do Brasil e,
principalmente, por ser a maior produtora de caf, a Provncia do Rio de Janeiro teve uma fase de grande
prosperidade durante o II Reinado.
1854 - Por iniciativa do Baro de Mau e com a finalidade de facilitar o escoamento da produo cafeeira, foi
construda a primeira estrada de ferro do Pas, ligando o Porto de Mau (hoje Mag) Raiz da Serra da Estrela, no
caminho de Petrpolis. Em pouco tempo Nova Friburgo, Barra do Pira, Barra Mansa, Resende, Rio Bonito,
Itabora, So Fidlis, Maca e Campos foram servidos por via frrea.
1861 - Inaugurao da estrada de rodagem Unio e Indstria ligando Petrpolis a Juiz de Fora.
1862 - Companhia de barcas a vapor inicia servio ligando o Rio de Janeiro a Niteri. A Provncia do Rio de Janeiro
era ento a maior produtora de caf de todo o Pas, e os cafezais ocupavam extensas reas dos Municpios de
Barra Mansa, Barra do Pira, Resende, Vassouras, Valena, Paraba do Sul, Sapucaia, Carmo, Cantagalo, Nova
Friburgo, Santo Antonio de Pdua, Miracema, Itaperuna e Bom Jesus de Itabapoana. Mesmo no litoral, havia
plantaes nas zonas de So Gonalo, So Pedro da Aldeia, Barra de So Joo, Maca e perto de Niteri.
1873 - A populao escrava da Provncia do Rio de Janeiro contava com mais de 300 mil indivduos alm dos 47
mil que viviam na Corte. Ocupavam-se dos trabalhos de plantio, colheita, secagem e transporte dos sacos para as
estaes de embarque. Alm do porto do Rio de Janeiro, Parati, Angra dos Reis e Mangaratiba escoavam os
produtos de exportao das quatro provncias: Rio de Janeiro, Minas Gerais, So Paulo e Esprito Santo.
1883 - Instalada a luz eltrica na cidade de Campos, essa se tornou a primeira, em todo o Brasil, a contar com
esse melhoramento.
1888 - A abolio da escravatura, decretada em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel, atingiu fortemente a
produo fluminense concentrada nas fazendas de caf e da cana de acar, determinando o declnio imediato. Ao
contrrio das fazendas paulistas, cujos proprietrios tinham contratado milhares de imigrantes italianos para
substituir os escravos. Campos, Valena, Cantagalo e Vassouras foram os Municpios mais atingidos da Provncia,
pois detinham a maior quantidade de escravos. Os ricos fazendeiros descontentes com a libertao de seus
escravos, milhares dos quais abandonaram imediatamente as plantaes, ficaram a favor da propaganda
republicana na esperana de receberem do governo alguma indenizao pelos prejuzos.
1889 - Comea a Repblica em 15 de novembro. Novo regime poltico aceito sem reao dos polticos ou dos
habitantes da Provncia, que passa a se chamar Estado do Rio de Janeiro. nomeado Francisco Portela para
governador do Estado. O Municpio Neutro teve seu nome mudado para Distrito Federal.
Em 29 de junho de 1891 aprovada pela Assembleia a primeira constituio do Estado do Rio de Janeiro.
1892 - o Papa Leo XIII cria a Arquidiocese do Rio de janeiro, a segunda do Brasil depois daArquidiocese de So
Salvador da Bahia.
1894 - Transferida a capital do governo do Estado de Niteri para Petrpolis. Em 1893 fora ordenada a mudana
da Capital para Terespolis mas no foi executada.
Em 1903, a capital do Estado volta a se estabelecer em Niteri.
Em 1920, a populao da cidade do Rio de Janeiro ultrapassa um milho de habitantes.
1923-1927 - Feliciano Sodr - Construo dos portos de So Loureno e Angra dos Reis, instalao de usinas
eltricas.
No perodo da 1a. Repblica, acentua-se, na terra fluminense, a crise iniciada no Imprio: lavouras tradicionais,
caf e acar esto em decadncia. A produo de caf concentra-se em Itaperuna, Muria e Itabapoana. reas
cafeicultoras tradicionais como Cantagalo, Vassouras e Valena so substitudas pela pecuria, ocupando os solos
esgotados. Cultivo de laranja e banana, em escala econmica, inicia-se na baixada fluminense, mas s a partir de
1926 atinge os mercados externos (Reino Unido).
1930 - (Revoluo) - Sucederam-se na chefia do Estado do Rio vrios interventores federais que revelam o
controle exercido pelo Governo Federal sobre o Estado.
A situao econmico-financeira foi limitada aos prprios recursos do Estado, em razo dos reflexos sofridos pela
Nao, provocados pelas mudanas polticas, assim como pela crise mundial de 1929. Reduziu-se a produo
cafeeira, enquanto duplicou a produo canavieira. A partir de 1933 desenvolve-se a indstria do cimento. Faltam
recursos para infra-estrutura, restringindo-se o desenvolvimento a aspectos sociais como assistncia mdica e
ensino.

Desde o sculo 19, a exploso demogrfica do Rio de Janeiro resultou numa proliferao descontrolada de
favelas na Cidade. No incio do sculo 20, as favelas j comeavam a dominar os morros. Foto de Augusto Malta,
Favela Morro do Pinto, Rio de Janeiro, 1912.

Prdio da Universidade do Brasil, na Praia Vermelha, atualmente parte da Universidade Federal do Rio de janeiro. Abriga hoje a
Biblioteca Pedro Calmon, em homenagem ao historiador baianoe reitor da Universidade nos anos '60.
Mais Universidades no Brasil

1937 - Implantando o Estado Novo - nomeado interventor federal o Cte. Ernni do Amaral Peixoto, que
reorganizou o sistema tributrio, criou as Secretarias de Educao e Sade Pblica, Agricultura, Indstria e
Comrcio e desenvolveu amplo programa rodovirio e de abastecimento de gua.
1941 - Incio das atividades da Companhia Siderrgica Nacional em Volta Redonda, estrategicamente localizada
entre Rio de Janeiro e So Paulo, dois maiores centros de consumo e distribuio dos produtos de siderurgia.
Seguem-se os governos de vrios interventores federais at a eleio do governador Gal. Edmundo de Macedo
Soares e Silva, em 1947, que imprime novo desenvolvimento: quadruplica a produo do ao e promove a
produo de cimento, tambm ascendente. Reergue a produo agropecuria atravs de crdito rural e
desenvolve o corporativismo.
1951-1954 - Eleito, Amaral Peixoto executa vasto plano rodovirio e incrementa a produo industrial; cria a Cia.
Nacional de lcalis, em Cabo Frio; conclui a Usina Hidreltrica de Macacu, alm de obras importantes de
saneamento, gua e esgoto em vrios municpios e da adutora do Laranjal.
1954-1958 - o governador Miguel Couto Filho beneficiou o setor de sade pblica criando postos de atendimento e
unidades itinerantes. Estendeu a rede eltrica a vrios municpios.
1959-1961 - Roberto Teixeira da Silveira dinamiza a organizao estadual criando as Secretarias de Energia
Eltrica, Desenvolvimento Econmico, Administrao Geral, Trabalho e Servio Social e Comunicao e
Transportes. Destaque para o Movimento Popular de Alfabetizao.
Em 21 de abril de 1960, a cidade do Rio de Janeiro deixa de ser Distrito Federal e Capital do Brasil, transferida
para Braslia.
Em Maro de 1974, inaugura-se a ponte Costa e Silva, ligando as cidades do Rio de Janeiro e Niteri.
1975 - Em 15 de maro de 1975, fundiram-se o Estado da Guanabara e o Estado do Rio de Janeiro, com o nome
de Estado do Rio de Janeiro, assumindo o governo da nova unidade federativa o almirante Faria Lima. Em 23 de
julho - Promulgao da Constituio do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1982, pela primeira vez desde 1964, houve eleies diretas para governadores.
Mais: Rio de janeiro no Sculo 18 e Sculo 19
A avenida Rio Branco no incio do sculo 20, quando o Rio de Janeiro tornou-se uma das maiores cidades da Amrica.

Em 1903, a capital do Estado volta a se estabelecer em Niteri.


Em 1920, a populao da cidade do Rio de Janeiro ultrapassa um milho de habitantes.
1923-1927 - Feliciano Sodr - Construo dos portos de So Loureno e Angra dos Reis, instalao de usinas
eltricas.
No perodo da 1a. Repblica, acentua-se, na terra fluminense, a crise iniciada no Imprio: lavouras tradicionais,
caf e acar esto em decadncia. A produo de caf concentra-se em Itaperuna, Muria e Itabapoana. reas
cafeicultoras tradicionais como Cantagalo, Vassouras e Valena so substitudas pela pecuria, ocupando os solos
esgotados. Cultivo de laranja e banana, em escala econmica, inicia-se na baixada fluminense, mas s a partir de
1926 atinge os mercados externos (Reino Unido).
1930 - (Revoluo) - Sucederam-se na chefia do Estado do Rio vrios interventores federais que revelam o
controle exercido pelo Governo Federal sobre o Estado.
A situao econmico-financeira foi limitada aos prprios recursos do Estado, em razo dos reflexos sofridos pela
Nao, provocados pelas mudanas polticas, assim como pela crise mundial de 1929. Reduziu-se a produo
cafeeira, enquanto duplicou a produo canavieira. A partir de 1933 desenvolve-se a indstria do cimento. Faltam

recursos para infra-estrutura, restringindo-se o desenvolvimento a aspectos sociais como assistncia mdica e
ensino.

Desde o sculo 19, a exploso demogrfica do Rio de Janeiro resultou numa proliferao descontrolada de
favelas na Cidade. No incio do sculo 20, as favelas j comeavam a dominar os morros. Foto de Augusto Malta,
Favela Morro do Pinto, Rio de Janeiro, 1912.

A fundao da cidade do Rio de Janeiro e primeiros governos


Estcio de S foi o fundador da Cidade do Rio de Janeiro, em 1 de maro de 1565. O objetivo da
fundao foi dar incio expulso dos franceses que j estavam na rea h 10 anos. Morreu em 20 de
fevereiro de 1567, um ms depois de expulsar os franceses, em conseqncia de uma infeco no
rosto causada por uma flecha envenenada, que o feriu durante os combates.

Mem de S, terceiro governador-geral do Brasil e tio do fundador da cidade transferiu, aps a morte de
Estcio de S, a cidade da rea da Urca para o Morro do Castelo com o objetivo de melhor defender a
cidade de ataques. Passou, em seguida, o governo do Rio de Janeiro para outro sobrinho, Salvador
Correia de S.
Com o primeiro governo de Salvador Correia de S em 1568, inicia-se o que poderamos chamar de
dinastia carioca dos Correia de S. Com grande e enorme prestgio no Rio de Janeiro, por quase um
sculo trs geraes dos Correia de S governariam o Rio de Janeiro repetidas vezes. A Ilha do
Governador possui esse nome por ter sido um engenho de acar de Salvador.

Por dentro da Histria do Rio de Janeiro


O litoral fluminense atraiu colonizadores portugueses e corsrios franceses em razo do rendoso
comrcio de pau-brasil.
Combatendo os franceses instalados na Baa de Guanabara, Estcio de S, sobrinho do governador
geral Mem de S, funda a cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro, em 1 de maro de 1565.

Ocupando posio estratgica no litoral sul da colnia, na Baa de Guanabara, a povoao cresce como
regio porturia e comercial. No sculo XVIII, com o desenvolvimento da minerao, o Porto do Rio de
Janeiro torna-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde
saem ouro e diamantes e entram escravos e manufaturados, entre outros produtos. Em 1763 a cidade
transforma-se na sede do Governo Geral, em substituio a Salvador.
Em 1808, com a chegada da famlia real, o Rio torna-se a sede do governo portugus. Aps a
independncia, a cidade continua como capital, enquanto a provncia enriquece com a agricultura
canavieira da regio de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do caf no Vale do Paraba. Para
separar a provncia e a capital do Imprio, a cidade converte-se, em 1834, em municpio neutro e a
provncia do Rio de Janeiro passa a ter como capital Niteri.
Como centro poltico do pas, o Rio concentra a vida poltico-partidria do Imprio e os movimentos
abolicionista e republicano. Durante a Repblica Velha, com a decadncia de suas reas cafeeiras, o
estado perde a fora poltica para So Paulo e Minas Gerais.
O processo de enfraquecimento econmico e poltico do Rio continua aps a Revoluo de 1930. A
economia fluminense no se beneficia da industrializao,apesar de o estado ser escolhido para sediar
a Companhia Siderrgica Nacional, em Volta Redonda, ponto de partida para a implantao da
indstria de base no pas.
A cidade do Rio de Janeiro mantm-se como importante zona comercial, industrial e financeira, mas
com a mudana da capital federal para Braslia, em 1960, o declnio do novo estado da Guanabara
inevitvel. Em 1974 os estados do Rio de Janeiro e Guanabara fundem-se por determinao do Regime

Militar, constituindo o atual estado do Rio de Janeiro. Com o objetivo de recuperar a sua importncia
poltica e econmica os governos militares fazem grandes investimentos no estado, como a construo
de Angra I e Angra II, no municpio de Angra dos Reis, e a implantao do plo petrolfero na bacia de
Campos, a mais produtiva do pas.

Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa


O maranhense Coelho Neto, o "Prncipe dos Prosadores Brasileiros", escritor, jornalista, professor e
membro fundador da Academia Brasileira de Letras, criou este sinnimo para o Rio de Janeiro em
1908, nas pginas do jornal "A Notcia".

Em 1934, o compositor baiano Andr Filho lana, para o carnaval uma das msicas brasileiras mais
famosas de todos os tempos, transformada em Hino do Rio de Janeiro: Cidade Maravilhosa (cheia de
encantos mil, cidade maravilhosa, corao do meu Brasil).
O Rio de Janeiro uma cidade para ser ouvida, admirada, percorrida, descoberta. Esta a nica
maneira de entender porque o Rio incomparvel!
A Frana Antrtica - Invaso francesa no Rio de Janeiro
No governo de Duarte da Costa ocorreram diversas incurses de corsrios de potncias europias,
dentre elas a dos franceses. A Frana no reconhecia o Tratado de Tordesilhas e defendia o princpio
do direito posse da terra por quem a ocupasse. Assim, foram duas as tentativas francesas de fixao
no territrio brasileiro: a primeira no Rio, a Frana Antrtica, em 1555. A segunda, no Maranho, a
Frana Equinocial, a partir de 1594.

Os franceses aportaram na Baa de Guanabara em 1555, comandados por Nicolau Durand de


Villegaignon e se fixaram na Ilha de Serigipe, na Baa de Guanabara. Por dez anos resistiram aos
portugueses, organizaram um Arraial e construiram um forte, chamado Coligny.
Pretendiam garantir a explorao do pau-brasil no litoral sul e conseguir um espao onde os
protestantes franceses pudessem exercer livremente sua religio.
Fizeram amizade com os ndios Tupinambs que, junto com outras naes indgenas, guerreavam com
os portugueses contra sua escravizao. A unio das tribos indgenas contra os portugueses ficou
conhecida como a Confederao dos Tamoios.
A primeira expedio organizada por Mem de S contra os franceses ocorreu em 1560.
Com a destruio do forte de Coligny, foram expulsos temporariamente da baa de Guanabara.
Em 1563 a Metrpole enviou reforos para o governador.
Em 1 de maro de 1565, Estcio de S fundou a cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro, que
serviria inicialmente de base na luta contra os franceses e seus aliados indgenas.
Mesmo aps a fundao do Rio, os franceses no deixaram a cidade. Em 1567, no dia 18 de janeiro,
Mem de S mandou reforos para enfrent-los. A batalha final aconteceu em 20 de janeiro, dia de So
Sebastio, no Outeiro da Glria. Os portugueses venceram, mas Estcio de S foi ferido no rosto e
morreu um ms depois. Com a sua morte, Mem de S transfere a cidade da Vila Velha, no Cara de
Co, para o Morro do Descanso, depois conhecido como Morro do Castelo.

JEAN DE LRY
Jean de Lry e Andr de Thevet foram os responsveis pelas primeiras referncias sobre o pau-brasil
em livro. Lry chegou ao Brasil em 1557, poca em que Nicolau Durand de Villegaignon tentou
desenvolver o projeto de estabelecer no Rio de Janeiro a 'Frana Antrtica', uma colnia que serviria

explorao mercantil e abrigaria os protestantes perseguidos na Frana. No livro Viagem Terra do


Brasil, Jean de Lry documentou a incompreenso do nativo em relao necessidade de acumulao
de bens por parte dos colonizadores.

Os ndios no compreendem o mercantilismo


... Os nossos tupinambs muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros que se deram ao
trabalho de ir buscar seu arabut (pau-brasil). Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vs
outros, mairs e pers (franceses e portugueses) buscar lenha de to longe para vos aquecer? No
tendes madeira em vossa terra? Respondi que tnhamos muita mas no daquela qualidade, e que no
a queimvamos, como supunha ele, mas dela extraamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com
seus cordes de algodo e suas plumas.
Retrucou o velho imediatamente: E por ventura precisais de muito? - Sim, respondi-lhe, pois no nosso
pas existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do
que podeis imaginar e um s deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam
carregados. - Ah!, retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem
compreender o que eu lhes dissera: mas esse homem to rico de que me falas no morre? - Sim, disse
eu, morre como os outros.
Mas os selvagens so grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto at o fim, por isso,
perguntou-me de novo: E quando morrem, pra quem fica o que deixam? - Para seus filhos, se os tm,
respondi: na falta destes, para os irmos ou parentes mais prximos. - Na verdade, continuou o velho,
que , como vereis, no era nenhum tolo, agora vejo que vs outros mairs sois grandes loucos, pois
atravessais o mar e sofreis grandes incmodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto
para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem. No ser a terra que
vos nutriu suficiente para aliment-los tambm? Temos pais, mes e filhos a quem amamos; mas
estamos certos de que depois de nossa morte a terra que nos nutriu tambm os nutrir, por isso
descansamos sem maiores cuidados.
(Jean de Lry - Viagem Terra do Brasil, 1557)

O Rio de Janeiro foi novamente invadido em 1710 e 1711 pelos corsrios Jean Francois Du Clerc e
Duguay-Trouin. Em 1710 os franceses foram derrotados, mas em 1711 impuseram enorme humilhao
cidade, sob o comando do corso francs Duguay-Trouin. Com 6000 homens em 17 navios ocuparam
e saquearam a cidade do Rio de Janeiro, onde permanecem por 2 meses, trazendo horror e pnico aos
locais. Depois de pilhar a cidade e afugentar a populao para o interior, Duguay-Troin exigiu o
pagamento de um resgate sob pena de destru-la. O governador de ento, Francisco de Castro, acabou
pagando com seus prprios recursos parte do valor exigido, aconselhando o corso a levar todo ouro e
riquezas que conseguisse amealhar em butim, alegando que a populao levara consigo seus
pertences de valor, tornando impossvel arrecadar o resgate exigido.

O Corsrio, ao contrrio do Pirata, do ponto de vista do direito internacional, um combatente regular,


a quem o governo dava uma carta de corso. Poderia ser mantido diretamente pelo governo ou por um
particular. No h grande diferena dos piratas quanto aos mtodos, porm, o corso reservava de 1/3
a 1/5 do amealhado para o tesouro real.
Em 11 de agosto de 1710 chegou barra a esquadra do capito-de-fragata francs Jean Franois
Duclerc, e foram repelidos pelos portugueses. Em 16 de agosto houve nova tentativa, entre 8 e 9
horas da noite, com cinco naus que traziam o capito Duclerc e suas tropas de invaso. No dia
seguinte, em 17 de agosto, a esquadra de Duclerc, depois de trocar tiros com a Fortaleza de Santa
Cruz, desiste de forar a entrada da barra e ruma para a Ilha Grande, onde chegam no dia 27. Em 11
de setembro o capito Duclerc desembarca com 1.050 homens em Guaratiba e toma o caminho da
cidade, marchando por sete dias. Cruzou o que hoje so os bairros da Barra da Tijuca e Jacarepagu,
atravessando montanhas e florestas. Aps invadir a cidade pelos lados do atual bairro de Santa Tereza,
chegaram na Praa do Carmo (atual Praa XV) em 19 de setembro. Nova batalha e Duclerc, com seus
600 homens restantes, renderam-se encurralados no trapiche da cidade. Em 21 de setembro os navios
de Duclerc entregam-se por ordem de seu capito, que foi mantido como prisioneiro de guerra na
cidade.

Em 18 de maro de 1711 o capito Duclerc assassinado em seu crcere, uma confortvel casa na
Rua da Quitanda. A Frana, a pretexto de indignao com o ocorrido envia, sob o comando do
almirante Ren Duguay Trouin, uma esquadra com 17 navios e 5.400 homens, que chega ao Rio de
Janeiro em 12 de setembro de 1711. Favorecida por forte nevoeiro penetra na cidade sem ser vista e
vai ocupar com 500 homens a Ilha das Cobras. Logo aps desembarcam 3.800 homens na praia de
So Diogo e ocupam sem resistncia os morros de So Diogo, da Providncia , do Livramento e da
Sade. Em 20 de setembro s 11 horas da noite, depois do bombardeio da cidade pelas foras de
Duguay Trouin, o governador Francisco de Castro Morais abandona a cidade e foge para o interior. Em
meio a medonhas trovoadas e chuvas, a populao tambm abandona a cidade em pnico. Em 23 de
setembro a guarnio da Fortaleza de Santa Cruz rende-se s foras francesas. Em 10 de outubro
ocorre a assinatura da conveno para pagamento de grande soma em dinheiro, pelo resgate da
cidade; acordam o ato o almirante Duguay Trouin e o mestre de campo Joo de Paiva Souto Maior,
representando do governador Francisco de Castro Morais. Em 11 de outubro chega cidade uma tropa
de 6.000 homens chefiada por Antonio Albuquerque Coelho de Carvalho, governador da capitania de
So Paulo e Minas, que nada pode fazer em funo do acordo assinado entre o governador Castro
Morais e os invasores. Em 4 de novembro, aps receber a ltima parcela do valor acordado, Duguay
Trouin evacua a cidade. Em 13 de novembro as tropas francesas partem do Rio de Janeiro deixando
para trs uma cidade totalmente devastada.
Sobre as invases de 1710 e 1711 Brasil Gerson, em seu famoso livro "Histria das Ruas do Rio",
relata:
"Rua da Quitanda - Ela uma rua - a da Quitanda - que est ligada, bem de perto, a acontecimentos
decisivos da nossa histria, e a um crime famoso que teve profundas repercusses da nossa vida
estudantil. Porto de desembarque para Portugal do ouro que descia das montanhas mineiras, o Rio
passou a despertar, logo no comeo do sculo XVIII, a cobia de muita gente vida de fcil
enriquecimento. Esse o motivo que levou o Capito de Fragata Duclerc a atac-o em setembro de
1710, com sua poderosa esquadra. Temeroso de forar as fortalezas costeiras, contornou-as por
Guaratiba, vindo dali a p, frente de seus marinheiros. O ataque foi iniciado depois de um descanso
no Engenho Velho dos jesutas, e com inteiro xito, a princpio, para os invasores, s repelidos na Rua
Direita (ou 1 de maro), em combates nos quais de destacaram os estudantes do Colgio da
Sociedade de Jesus, do Morro do Castelo, os maiores dos quais eram organizados militarmente e
estavam sob o comando do Capito Bento do Amaral Coutinho, irmo do Capito-Mor de So Paulo do
cl dos Amaral Gurgel, descendente do francs Toussaint Gurgel e famoso aventureiro que, forado a
abandonar o Rio, se havia ento imposto como duro e vingativo "sargento de batalha" dos emboabas
contra mineradores paulistas em Minas - e, alm desses estudantes, os escravos e os homens brancos
recrutados por Gregrio de Castro Morais, irmo do Governador, e pelo Frade Francisco de Menezes,
no menos aventureiro que Bento, e de Minas escorraado como concessionrio do contrato da carne.
Refugiados na Alfndega, acabaram por se render, e no dia 19 seu comandante Duclerc foi levado
preso para o Colgio e logo transferido para o Forte de So Sebastio, tambm no Morro do Castelo, e
por ltimo para a casa do Tenente Toms Gomes da Silva, na esquina da Rua da Quitanda e da do
Sabo (ou General Cmara, j demolida), vista da Candelria - e nela sendo assassinado na noite de
18 de maro de 1711 por quatro encapuados.
Para ving-lo e ver se levava o que ele no levou, outra frota francesa apareceu no Rio a 12 de
setembro, ainda de 1711, dispondo de 750 peas de fogo, entrando a barra protegida por um grande
nevoeiro, e sem que lhe pudesse oferecer maior resistncia (diante da inrcia do Governador Castro de
Morais) os que se tinham oposto a ele, entre os quais o Sargento-mor de batalha Costa Atade, o
Capito-de-mar-e-guerra Gillet du Bocage (av do poeta), o Coronel Manuel Correia Vasques e os
capites Manuel Gomes Barbosa e Bento do Amaral, este morto em combate, no dia 23, s margens
da Lagoa da Sentinela, na confluncia das ruas do Riachuelo (Mata-Cavalos) e Frei Caneca (MataPorcos).
O saque foi espantoso. Tudo quanto havia de valioso ao alcance de suas mos eles transportaram para
bordo: ouro da Casa dos Contos, acar e outras cargas dos trapiches, coisas belas das igrejas e das
casas particulares. Arquivos foram remexidos e queimados. E para retirar-se, satisfeito e vingado,
Duguay-Trouin, embora algo contido nos seus mpetos pela mediao hbil dos padres, ainda exigiu
que lhe dessem dinheiro, no valor de 616.000 cruzados - contados moeda por moeda, na Rua da
Quitanda nmero 89, esquina da do Sabo.
Com os homens que lhe restariam, Costa Atade se retirou para o Engenho Novo, e a encontraria o

irmo de Bento do Amaral, o Capito-mor de Paraty, Francisco Gurgel do Amaral, vindo do litoral de
sua jurisdio com mais de 500 voluntrios, para a expulso do invasor. E a eles se juntando, por
outro lado, o Governador Antnio de Albuquerque Coelho de Carvalho, com mais de mil paulistas e
emboabas j por eles apaziguados, numa marcha batida de 17 dias atravs do Caminho Novo, que
Rodrigues Garcia Pais (o filho do Caador de Esmeraldas) tinha aberto sua custa entre Minas e o Rio,
e concludo por volta de 1700. E eis por que, sabedor de que ele j se havia acampado em Iraj para
recompor suas foras, o invasor saciado abandonaria seu plano de fixar a bandeira da Frana na terra
carioca permanentemente, e zarparia, antes de ter de enfrent-los, a Francisco do Amaral e a
Albuquerque reunidos, e razo pela qual o povo do Rio aclamaria Albuquerque seu novo governador."

O carnaval brasileiro apresenta muitas diferenas das origens crists europias, as misturando
heranas africanas e indgenas. As origens do carnaval brasileiro podem remontar ao sculo 15,
quando as classes mais abastadas do Rio de Janeiro imitaram a realizao de bailes de mscara de
Paris. O carnaval brasileiro inicialmente imitava o estilo europeu, e aos poucos foi incorporando
elementos nativos e africanos.

Ao final do sculo 19 os cordes foram introduzidos no Rio de Janeiro. Estes cordes eram os grupos
que desfilaram nas avenidas da cidade tocando instrumentos e danando. Hoje em dia os cordes eles
so conhecidos como blocos de carnaval. Os blocos so geralmente associados a bairros.

Os blocos tornaram-se uma caracterstica do carnaval carioca. Hoje, eles so mais de 100 e os grupos
de aumentar a cada ano. Blocos podem ser formados por pequenos ou grandes grupos de folies, com
um ttulo distinto ou com um trocadilho muitas vezes engraado. Eles tambm podem adotar como
nome seu bairro.

Os blocos costumam se reunir em uma praa, e em seguida desfilam em bairros da cidade, muitas
vezes perto da praia. Alguns blocos nunca deixam uma rua e tem um lugar especfico, como um bar,
para atrair espectadores. Os desfiles de blocos comeam em janeiro e podem durar at o domingo
aps o carnaval.

Entre os blocos mais famosos do Rio de Janeiro esto o "Cordo do Bola Preta", que atravessa o
corao do centro histrico do Rio, e "Suvaco do Cristo", prximo ao Jardim Botnico, e o Monobloco.
Outra grande marca do carnaval so as escolas de samba, que costuma se preparar quase o ano todo
para o desfile. Pode-se agrupar o carnaval do Rio de Janeiro em trs grandes tipos de festas: bailes de
carnaval, blocos de rua e desfile de escolas de samba.

Histria do Rio: Cidade que se


desfez de seu legado!

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domingoSET 2012

POSTED BY HISTORIADORIO IN APENAS NA MEMRIA


3 COMENTRIOS

Tradio! Algum no Brasil sabe realmente do que se trata? Pois bem, em uma poca de muitos
holofotes na cidade sede das Olimpadas que ir, em breve, necessitar de uma gama infinita de hotis
e um sistema de transporte eficiente, o que vemos nestas fotos so uma demostrao da falta de
compromisso com a histria de cada um de ns, falta comprometimento com a histria do Rio!
O Hotel Avenida era sinnimo de puro luxo e glamour. Tinha belos sales e um terrao aconchegante
e charmoso. Era to pomposo que daria inveja ao Copacabana Place com facilidade. Entretanto, com
a chegada do progresso, o hotel foi abaixo para dar lugar ao Edifcio Avenida Central. O prdio um
bloco de concreto armado que hoje abriga inmeros empreendimentos, inclusive, de prostituio.
Faceta de uma decadncia vislumbrvel. A especulao imobiliria to falada nos dias de hoje, desde
aquela poca j dava o tom dos dias desta cidade. Passamos assim, a trazer a cultura norteamericana, deixando a Paris dos trpicos, planejada, bem feita, totalmente esquecida.
Histria do Rio marcada por demolies

No foi s o Hotel Avenida altamente tradicional e luxuoso poca, quem sucumbiu aos desmandos da
sempre contestvel poltica brasileira. Outros monumentos, prdios e linhas de bonde simplesmente
sumiram no tempo. O Hotel Avenida tinha em sua porta uma estao de bonde. O que h de to
moderno hoje por aqui? Ver que deixamos de lado o que hoje lutamos para reativar a certeza de que
podemos nos chamar de burros, isso mesmo, burros. L em Portugal isto dava uma bela piada.
Tiramos os bondes, os hotis e agora, precisamos de VLTs e empreendimentos hoteleiros para atender
uma demanda. Vejam, as instalaes do Hotel Avenida eram para l de interessantes e agregaria alto
valor ao centro carioca.

Naturalmente, o progresso bem-vindo sempre. S que at ele passa pelo respeito histria. No h
como esquecer dela. Em nomes dos interesses de empresrios e de apenas uma pequena poro,
destrumos de tudo um pouco e abandonamos o transporte sobre trilhos. A cidade tinha em sua
estrutura de trfego, uma frota sobre trilhos totalmente interessante. As obras do incio do sculo
realmente a transformaram numa espcie de capital europeia. Entretanto, logo logo fizeram o favor de
nos devolver realidade dos trpicos: Desorganizao e entropia social!
Especulao Imobiliria, a grande vil

Triste saber que, desde muito tempo, isto j faz parte


das nossas vidas. Antes da existncia de um rgo regulamentador como o Iphan, entretanto, isso era
mais fcil. Derrubar monumentos, destruir histria antigamente, era muito mais fcil, menos impune.
Terrvel saber que ningum se importa muito com essas coisas e que aqui, estou escrevendo para
poucos. Assim, a histria vai virando p e escorrendo por entre os dedos. S lembramos ou sabemos
quando temos numa imagem, a lembrana de um passado glorioso. O centro das tradies, brilho e
cultura, hoje apenas o centro da cidade.

Centro Histrico

Sobre o Centro do Histrico do


Rio de Janeiro, realando nesta pagina as principais atraes a serem visitadas. Entre elas a
Praa 15, o Pao Real o Arco do Teles a Igreja do Carmo, a Rua Primeiro de Maro e demais
atraes nas reas prximas e adjacentes.
O Que o Centro Histrico
Aqui chama-se de Centro Histrico do Rio de Janeiro, os stios e construes histricas, mais
ligadas ao perodo colonial desde os primrdios da fundao da cidade como tambm do perodo
subsequente, quando da vinda da Famlia Real e Corte Portuguesa para o Brasil, englobando
tambm o perodo do Primeiro e Segundo Reinado.
Entre estes stios e construes histricas enumero aqui os seguintes, divididos em reas para
facilitar tanto o entendimento como tambm a visitao.
Prioridades para ver e visitar
Se voce dispe de pouco tempo na cidade, ento no deixe de visitar e priorizar a Praa XV com
suas construes adjascentes. Para quem muito interessado em histria, deve visitar tambm o
Largo da Misericrdia, muito prximo Praa XV, onde existem antigas construes e um pedao
de uma das trs mais antigas ladeiras da cidade, sendo o que restou do arrasamento do Morro
do Castelo.
Praa XV | Antigo Largo do Pao

A Praa XV o antigo Largo do Carmo, depois Largo do Pao,


local de fundamental importncia na histria do Rio de Janeiro onde localiza-se preservado
o Pao Real ou Pao Imperial, alm de outras construes histricas como o Arco do Teles e
oChafariz da Pirmide o edifcio do antigo Convento do Carmo que l funcionou at a chegada
da Corte Portuguesa em 1808.
Destacam-se tambm duas Igrejas histricas na Praa XV, como a Igreja do Carmo ou Antiga
S, a Igreja da Ordem 3 do Carmo, uma ao lado da outra, podendo portanto serem visitadas no
mesmo dia, juntamente com as outras construes do local, descritas anteriormente.
Rua Primeiro de Maro | Antiga Rua Direita
A Rua Primeiro de Maro j foi a mais movimentada e importante rua do Rio de Janeiro na
verdade continua a ser.

Na antiga Rua Direita, esto as Igrejas de So Jos, a Igreja do


Carmo ou Antiga S, a Igreja da Ordem 3 do Carmo, a Igreja de Santa Cruz do Miliatares. O
prdio do antigo Convento do Carmo tambm situa-se nesta rua, de frente para a Praa XV,
enquanto o Pao Imperial faz fundos para a Rua Primeiro de Maro. As construes enumeradas
acima so as mais antigas construes que permanecem no local.
Tambm na Primeiro de Maro se encontra o Palcio Tiradentes em estilo ecltico-neoclssico,
construdo no incio do sculo 20, onde existia a antiga Cadeia Velha e Cmara. Outra prdio de
destaque antiga sede do Banco do Brasil, onde hoje oCCBB ou Centro Cultural Banco do
Brasil, uma construo do final do sculo 19 mas somente inaugurado no incio do sculo 20, cuja
destinao era sediar uma Praa de Comrcio, espcie de Bolsa de Valores da poca.
Rua do Mercado e Ruas Prximas

Do lado esquerdo de quem olha para o mar, na Praa XV fica


a Rua do Mercado, rea onde existia um antigo mercado, com outras ruas igualmente antigas e
com algumas contrues de valor histrico que merecem serem visitadass, entre elas a que sedia
hoje a Casa Frana Brasil, construo neoclssica do tempo de D. Joo VI cuja primeira
destinao era sediar Praa de Comrcio, uma espcie de bolsa de valores da poca.
Nesta rea existem muitos bares e restaurantes em um ambiente agradvel e pitoresco,
mesclando descontrao e cultura. Parte da Rua do Ouvidor, Rua do Rosrio e Travessa do
Comrcio que vem do Arco do Teles fazem parte desta rea e emaranhado de antigas ruas, por
onde se v muitas pessoas sentadas e conversando, tomando algo, comendo petiscos ou
fazendo refeios. O lugar realmente interessante e vale a pena ser visitado.
Largo da Misericrdia e rea da Antiga Ponta do Calabouo

O Largo da Misericrida situa-se do lado do direito de quem


olha em direo ao mar, se voce estiver na Praa XV. No local encontram-se construes antigas
e preservadas, e uma antiga relquia, talvez o mais antigo stio histrico do Rio que ainda se
encontra de p. Se trata de um trecho da Ladeira da Misericrdia, ladeira esta que subia para
o Morro do Castelo, local dos primeiros assentamentos, aps a mudana da Villa Velha (Morro
Cara de Co) para o local onde o Rio de Janeiro verdadeiramente floresceu e deu os primeiros
passos.

Pode-se ver no local a Igreja de N.S. de Bonsucesso, e muito


prximo a Santa Casa de Misericrida na Rua Santa Luzia, onde fica tambm a igualmente
histrica, Igreja de Santa Luzia, situada aos ps do extinto Morro do Castelo. Como no local do
Morro do Castelo hoje existe a "Esplanada do Castelo", a Igreja de Santa Luzia permanece no
local como uma reminscencia de um Rio com uma topografia totalmente diferente da que existe
nos dias de hoje.
As edificaes do Museu Histrico Nacional tambm ficam em um antigo stio histrico
chamado Ponta do Calabouo. No local existiu um antigo forte chamado Forte So Tiago, na
extremidade do que era uma espcie de ponta de rocha que se projetava contra o mar.
Posteriamente no local existiu o Arsenal de Guerra e Casa do Trem.

No ano de 1922, aconteceu uma grande feira mundial no Rio de


Janeiro, ento capital Federal, com intuito de comemorar os 100 anos da Indepndencia. As
antigas edificaes da Ponta do Calabouo foram reformadas para a feira, e tomaram a aparncia
que ainda conservam at os dias de hoje. Aps o fim da feira, as edificaes passaram a abrigar
o recm fundado Museu Histrico Nacional.
Tambm no ano de 1922, poca do desmonte do Morro do Castelo, a rea havia sido aterrada
ao seu redor com material do desmonte do Morro do Castelo, e teve sua topografia modificada,
perdendo o formato de pequena ponta de terra e rocha que se projetava em direo mar.
Bairro da Sade e rea da Praa Mau
Caminhando em direo ao lado Norte, est a Praa Mau, que no incio da colonizao era uma
praia com pequeno cais, mas hoje em dia totalmente descaracterizada. Entretanto podem ser
vistos alguns edifcios preservados que tem ver com a histria mais recente, ligada ao sculo
20.

Dos tempos coloniais, nos


entornos da Praa Maua existe o Morro de So Bento com o igualmente chamado Mosteiro de
So Bentoe Igreja de N.S. Montserrat, uma preciosidade e relquia da arquitetura, engenharia e
arte dos tempos coloniais. No interior da Igreja existem valiosos trabalhos de talha barroca de
rara beleza.
No bairro da Sade, vizinho Praa Mau, situa-se a Igreja de So Francisco e um antigo
casario que pode interessar aos mais minuciosos.

No Morro da Conceio, com entrada pela Rua do Acre, tambm prximo Praa Mau, fica a
histrica Fortaleza da Conceio e o antigo Palacete do Bispo, edificaes estas que remetem a
trs ou quatro sculos.
Largo da Carioca e Passeio Pblico
Um pouco mais afastado da Praa XV, mas no muito, no Largo da Carioca, se encontra
preservado o Convento de Santo Antnio e tambm as Igrejas anexas, um conjunto de
construes dos tempos Coloniais.

Um pouco mais para o Sul,


est o Passeio Pblico, um parque cujo primeiro projeto coube a Mestre Valentim, construdo ao
final do sculo 18. O parque teve partes demolidas e modificadas, mas ainda conserva as obras
escultricas de Valentim, assim como o porto do mesmo. Excetuando-se a parte do parque que
tinha um terrao voltado para aBaa de Guanabara, de um modo geral, o Passeio Pblico guarda
a mesma aparncia que tinha aps a primeira interveno (ou reforma) que sofreu, na metade do
sculo 19.
Esta rea que vem do Passeio Pblico (junto ao Largo da Lapa) at o Largo da Carioca j era
bastante ocupada nos tempos coloniais e foi bastante descaracterizada.
Largo da Lapa, Aqueduto da Carioca e Convento de Santa Teresa

Bem mais afastado da Praa XV, mas a uma distncia vivel


para quem se permite uma caminhada de meia hora ou mais, esto os Arcos
da Lapa ou Aqueduto da Carioca, que levava gua do Rio Carioca para os chafarizes que um
dia existiram noLargo da Carioca.
No Largo da Lapa fica tambm outra Igreja histrica, a Igreja do Carmo da Lapa.
Praa Tiradentes e Campo de Santana
Saindo do Largo da Carioca e pegando a Rua da Carioca, pode-se ver um antigo casario do incio
do sculo 20, e tambm do final do sculo 19. A Rua da Carioca desemboca na Praa
Tiradentes, ex-Largo do Rcio e ex-Praa da Constituio, sendo uma rea de antiga
ocupao, mas no tanto quanto Praa XV.

A Praa Tiradentes teve grande importncia no primeiro e


segundo reinado, e est bastante descaracterizada quando s edificaes sua volta e se

encontra em processo de revitalizao cultural. Possui construes importantes em seus


entornos, mas estas no remetem aos primordios da colonizao. Destaca-se no centro da
mesma um bela esttua esquestre de D.Pedro I, forjada em meados do sculo 19.
O Campo de Santana (atual Praa da Repblica e rea da Av. Presidente Vargas em frente
Central do Brasil) tambm outra rea que ganhou importncia no sculo 19. At o final do
sculo 18 e incio do sculo 19, a cidade terminava nos limites do Campo de Santana. De l em
diante era "serto", alm de que, entre o Campo de Santana e So Cristvo existia um
manguezal ou alagadio, chamava-se manguezal de So Diogo, que se extendia por uma nesga
de mar que foi canalizada, sendo o que hoje o "Canal do Mangue", canal este que passa pela
Av. Francisco Bicalho e por parte da atual Av. Presidente Vargas, no trecho em frente Cidade
Nova.

O Campo de Santana sofreu muitas interfernicas tendo uma


igreja e outras construes demolidas, em contrapartidoa teve construes importantes
acrescidas ao seu redor no sculo 19. Foi transformado num imenso parque ou jardim ao estilo
Ingls ou romantico ainda na segunda metade do sculo 19, e posteriormente teve parte de sua
rea reduzida no sculo 20 com a abertura da Av Presidente Vargas. As construes importantes
que possui sua volta, no esto ligadas aos primrdios da colonizao.

O enfoque para visita estas reas mais ligado histria do


tempo dos Vice-Reis, tempo de D. Joo VI, Primeiro e Segundo Reinados. Excetuando-se
algumas igrejas mais antigas, o casario mais antigo que est de p ou preservado remete ao
sculo 19 e sculo 20. Algumas construes poderiam ter sido erguidas antes do sculo 19, mas
foram demolidas ou reconstrudas no sculo 19 ou sculo 20. Entretanto, estes prdios
imponentes ligados histria mais recentes, assim como casas onde residiram personagens
importantes como Duque de Caxias e o Marechal Deodoro da Fonseca podem ser vistos no local
fazendo frente e ao redor da grande praa.
Referncias

Visitas ao local e fotos tiradas pelo autor da pgina.


Consulta a livros diversos sobre o Rio de Janeiro e sua histria para dar suporte criao desta pgina.
O Rio de Janeiro (tanto o Estado quanto o municpio) tem uma das Histrias mais ricas do Brasil.
No apenas porque uma das Histrias mais longevas.
Mas principalmente porque, como o Rio foi por longo tempo capital administrativa (tanto da
Colnia, como do Imprio, como da Repblica), econmica e cultural do pas, ele foi palco de
grandes eventos e marcos da Histria, muitos dos quais encontram-se registrados (o Rio tem
mais museus e centros de cultura do que qualquer outro Estado do Brasil) e visveis at os dias de
hoje (para um estudioso de Histria, um passeio entre Copacabana e oCentro
Histrico demandaria paradas em diversos pontos).
A cidade do Rio de Janeiro foi fundada em 1 de maro de 1565, por Estcio de S, primeiro
Governador-Geral do Rio de Janeiro.

Ao contrrio dos dias atuais, em que a orla do Rio tem os terrenos mais caros do pas, no sculo
XVI o interesse da Coroa Portuguesa pelo sul do Brasil era muito baixo.
Ao se lanar na expanso ultra-marina, o objetivo de Portugal era encontrar regies de onde traria
produtos para revender na Europa; assim foi com as minas de ouro e os mercados de escravos na
Africa, e os mercados de especiaria na India.
No Brasil, o produto que mais se adaptava a esse interesse mercantilista era o pau-brasil.
Entretanto, como as operaes na India eram mais lucrativas, o Brasil foi, a princpio, relegado por
Portugal.
Em 1555, os franceses, comandados por Nicolau Durand de Villegaignon, invadiram a Baa da
Guanabara e criaram a Frana Antrtica, onde ficaram por dez anos (no confundir com a
segunda invaso francesa, que ocorreria quase 200 anos depois).

Logo aps a expulso dos franceses, o Rei


determinou a Estcio de S que fundasse a Cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro, na vrzea
existente entre os Morros do Po de Acar e Morro Cara de Co (quadro ao lado retrata a
Fundao do Rio de Janeiro, autor Antonio Firmino Monteiro).
Pelo restante do sculo 16 e todo o sculo 17, o Rio de Janeiro teve papel secundrio no Brasil
colnia.
Foi a poca do ciclo de cana de acar, que desenvolveu-se mais no Nordeste
(principalmente Pernambuco e Bahia) do que no Sul. Vencidas as subsequentes batalhas contra
franceses e indios (osgoitacases eram particularmente guerreiros e hostis), a economia aucareira
viu tambm certo desenvolvimento no Rio, primeiro em direo ao Norte, e depois ao longo do Vale
do Rio Paraba do Sul; por essa poca, o Rio comeou a utilizar mo-de-obra escrava africana.
No incio do sculo 18, fortaleceu-se o ciclo do ouro.
A regio aurfera das Minas Gerais (incluindo cidades como Ouro Preto - antiga Vila Rica,
Diamantina, Barbacena) tornou-se o centro econmico da Colnia.
Todo o ouro tinha que ser exportado para Portugal. Para controlar a produo e transporte, o Rei
de Portugal ordenou a criao de postos ao longo de uma trilha que ligava as cidades produtoras
ao Porto de Parati; essa trilha originou a hoje famosa Estrada Real.
O Rio passa a ganhar importncia econmica e poltica.
Em 1763, o Rei determinou que a capital da colnia fosse transferida de Salvador para o Rio de
Janeiro; o Rio tinha ento 50.000 habitantes.
No final do sculo 18, as minas comeam a exaurir (Tiradentes liderou a Inconfidncia Mineira e foi
enforcado no Rio, no local onde hoje a Praa Tiradentes) e o Rio perde a pujana econmica.
Sob esse clima, em 1808, a Corte Portuguesa transfere-se para o Rio.

O Rei instalou-se na Quinta da Boa


Vista, atualbairro de So Cristvo.
O Brasil deixou de ser apenas colnia e tornou-se membro e sede da Corte; para adaptar-se a
essa nova situao, o Rei promoveu grandes transformaes, principalmente sociais, econmicas
e polticas.
O Brasil passou a realizar comrcio com a Inglaterra (aliado de Portugal), o que ficou conhecido
comoAbertura dos Portos.
O comrcio entre Brasil e Inglaterra cresceu vertiginosamente. O Brasil remetia produtos agrcolas
e importava industrializados. O comrcio de escravos atingiu o pice.
O Banco do Brasil foi criado em 1808; foi aberta a Academia Militar (que daria origem a diversos
movimentos militares posteriores, incluindo a Proclamao da Repblica); a Biblioteca e o Museu
Nacional foram inaugurados.
As primeiras faculdades foram criadas no Brasil, incluindo a Faculdade de Medicina do Rio e a
Faculdade de Direito em Sao Paulo. Diversos cientistas so trazidos para estudar e retratar o
Brasil, tais como a misso francesa, o alemo Eschwege, o ingls Mawe, o francs Saint-Hilaire, os
austracos Pohl e von Matterer, o toscano Raddi e os bavaros Spix e Martius.
Foram autorizadas tmidas iniciativas nas reas de imprensa e industrializao.
Em 1818, foi fundada a cidade de Nova Friburgo, com a imigrao de algumas centenas de
famlias da Sua.
Todos esses fatos resultaram em grande impulso econmico e cultural do Rio de Janeiro, at o
retorno da Corte a Portugal, em 1821.
Ao retornar a Portugal, a Corte tentou reverter as liberdades antes instauradas no Brasil.
No foi difcil para as elites convencerem Dom Pedro a proclamar a Independncia do Brasil, em
1822. No momento da proclamao, Pedro estava por acaso em So Paulo visitando sua amante,
a Marquesa de Santos, mas jamais se cogitou em estabelecer a capital do Imprio em outro local
que no o Rio.

Acima: Pao Imperial, residncia dos Imperadores.


Localizado na atual Praa XV, no centro do Rio.
Em 1822, o Rio torna-se Provncia; tinha ento aproximadamente 330.000 habitantes, dos quais
170.000 eram escravos.
A Provncia do Rio de Janeiro, como as demais provncias do Brasil Imprio, era governada por um
Presidente nomeado pelo Imperador (Dom Pedro I at 1831, Dom Pedro II a partir de 1841).
Entretanto, a atual cidade do Rio foi separada da Provncia, ficando sob administrao do Gabinete
Imperial. Em 1835, foi criado o municpio de Niteri.

Em 1854, Irineu Evangelista de Sousa, o futuro Baro de Mau, inaugurou a primeira ferrovia do
Brasil, que ia da atual Mag at as proximidades de Petrpolis. O Baro de Mau foi o homem
mais rico do Brasil em todos os tempos, e tambm o mais empreendedor; graas a ele, o Rio viveu
um surto de modernizao comercial, financeira e industrial.
Dentre outras empreitadas, o Baro recriou o Banco do Brasil, trouxe iluminao a gs para o Rio,
criou um estaleiro e uma empresa de navegao. A sociedade brasileira, em particular o Imperador
Dom Pedro II, no comungavam da viso empresarial do Baro, e terminaram por travar seu
progresso industrial.
Assim, a economia do Rio durante o restante do sculo 19 girou ao redor da produo de caf e de
seu consectrio, o comrcio de escravos.
A Provncia do Rio de Janeiro tornou-se a maior produtora de caf do Pas; os cafezais ocupavam
extensas reas dos Municpios de Barra Mansa, Barra do Pira, Resende, Vassouras, Valena,
Paraba do Sul, Sapucaia, Carmo, Cantagalo, Nova Friburgo, Santo Antonio de Pdua, Miracema,
Itaperuna e Bom Jesus de Itabapoana. Mesmo no litoral, havia plantaes nas zonas de
S.Gonalo, So Pedro da Aldeia, Barra de So Joo, Maca e perto de Niteri.
Ao mesmo tempo, o cultivo da cana de acar foi retomado, principalmente em Campos dos
Goitacases, onde os engenhos primitivos deram lugar a grandes e prsperas usinas. Em 1883,
Campos tornou-se a primeira cidade do Brasil a instalar rede de energia eltrica.
A crescente restrio ao trfico negreiro levou Abolio da Escravatura, em 1888. Diferentemente
de So Paulo, que havia trazido levas de imigrantes para trabalhar na lavour cafeeira, no Rio havia
grande dependncia da mo-de-obra escrava.
A abolio teve grande repercusso financeira (falncia de muitas fazendas) e social (os escravos
viram-se livres, mas jogados prpria sorte).

Em 1889, a insatisfao das elites (cujos interesses


cafeeiros e escravocratas foram os principais sustentculos do Imprio) levou Proclamao da
Repblica, no ento Campo de Santana, atualPraa da Repblica. Os antigos palcios imperiais
foram transformados em bens da Repblica.
Com a Repblica, as Provncias tornam-se Estados. O Estado do Rio de Janeiro passou a ter por
capital Niteri, enquanto o municpio do Rio de Janeiro ganhou o status de Distrito Federal.
Em 1894, a capital do Estado transferida para Petrpolis; em 1903, Niteri volta a ser a capital.
Entre 1903 e 1906, o ento Prefeito, Pereira Passos, promove uma radical reforma urbana no
centro do Rio. Inspirado no plano urbano de Paris, Pereira Passos colocou abaixo os antigos
prdios, abriu largas avenidas, construiu diversos prdios pblicos; foi essa reforma que deu ao
Centro do Rio o aspecto atual.
Em 1903, Oswaldo Cruz assume o cargo de Diretor Geral de Sade Pblica; em 1904, Cruz lana
a campanha de vacinao obrigatria contra varola, que detona a chamada Revolta da Vacina. Em
1917, ano de sua morte, Oswaldo Cruz havia sido reconhecido como grande sanitarista, tendo
praticamente erradicado a febre amarela e a varola do Rio; o ento Instituto Manguinhos passa a
ser chamado Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz.
Em 1912, inaugurado o Bondinho do Po de Acar.

Em 1920, a cidade do Rio ultrapassa a marca de 1.000.000


de habitantes, ento a maior do Brasil.
Nas primeiras dcadas do sculo 20, o caf, ainda o principal produto econmico do Brasil,
continuou sua expanso rumo ao centro de So Paulo. Graas a terras mais frteis, mais e melhor
mo de obra (os imigrantes) e melhor infra-estrutura (principalmente ferrovias), So Paulo logo se
tornou o maior produtor do pas.
O Rio perdeu poder econmico e poltico. A Primeira Repblica ficou conhecida como Repblica do
Caf Com Leite, pois os Presidentes eram de So Paulo (produtor de caf) e Minas Gerais
(produtor de leite).
Em 1930, Getlio Vargas comanda uma Revoluo e toma o poder.
Em 1931, inaugurada a Esttua do Cristo Redentor no Corcovado.
Em 1937, Vargas rasga a Constituio e institui o regime totalitrio do Estado Novo.
Em 1939, eclode a Segunda Guerra Mundial. Vargas negocia o apoio brasileiro aos Aliados, e
obtm dos Estados Unidos a promessa de diversos investimentos.
Assim que em 1941 iniciam-se as atividades da Companhia Siderrgica Nacional, em Volta
Redonda; a CSN marcaria o incio de novo perodo de industrializao do Estado do Rio.
At 1954, o Estado veria a abertura de fbricas de cimento, a Companhia Nacional de lcalis, a
Usina Hidreltrica de Macacu; vrias obras de infraestrutura foram reiniciadas, como esgoto,
saneamento e rede eltrica.
As reformas estruturantes beneficiaram tambm So Paulo, que consolidou sua posio de lder
econmico do Brasil.
Em 1960, Braslia torna-se o novo Distrito Federal; o municpio do Rio transforma-se no Estado da
Guanabara.
Entretanto, o Rio permaneceu como capital cultural (as principais manifestaes culturais do pas,
em setores como msica, cinema e literatura, tinham origem no Rio) e como principal plo
administrativo do Brasil (diversas estatais, como a Petrobrs e o Banco do Brasil, permaneceram
no Rio, que at hoje conta com mais funcionrios pblicos que Braslia).
O primeiro Governador da Guanabara foi Carlos Lacerda, que promoveu grandes mudanas.

Aterro do Flamengo, na
poca do aterramento.
Lacerda comandou a remoo de favelas para outras regies (e a consequente criao da Vila
Kennedy e da Cidade de Deus), a construo da adutora do Rio Guandu para o abastecimento de
gua cidade, e implementou uma srie de modificaes paisagsticas.
Dentre as principais obras realizadas na cidade nesse perodo, destacam-se a abertura do Tnel
Rebouas, o alargamento da praia de Copacabana, e a construo da maior parte do Aterro do
Flamengo, sobre o qual foi formada a mais extensa e completa rea de lazer da cidade, o Parque
do Flamengo (hoje denominado oficialmente de Parque Brigadeiro Eduardo Gomes), situado junto
orla da Baa de Guanabara, com 121,9 hectares e que se estende desde o Aeroporto Santos
Dumont at o Morro da Viva, em Botafogo.
Desde essa poca, o Rio passou a consolidar a posio deprincipal destino turstico do Brasil.
Em 1974, foi inaugurada a Ponte Rio-Niteri.
Em 1974, foi descoberto o primeiro poo de petrleo em Campos, no litoral do Rio, no campo de
Garoupa. Sucessivas descobertas em anos seguintes levaram o Rio condio de maior produtor
de petrleo do Brasil. Diversas empresas petrolferas mundiais instalaram-se no Rio.
Em 1975, deu-se a fuso dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro; o novo Estado
denominou-se Rio de Janeiro, com capital no municpio do Rio de Janeiro.
Nas dcadas recentes, o Estado consolidou sua posio de plo econmico, cultural, esportivo e
administrativo do Brasil.
O Rio ainda sede administrativa de importantes rgos pblicos e empresas privadas.
O Rio o principal destino de turismo de lazer do pas; as redes de hoteis, restaurantes e outros
servios voltados ao turismo so dos melhores no Brasil. Alm da capital, diversas cidades no
litoral e no interior tm aprimorado suas infraestruturas e organizado eventos que atraem cada vez
mais visitantes, brasileiros e estrangeiros.
O futuro parece bastante promissor.
Em 2006, a Petrobrs descobriu um campo de petrleo gigante em uma nova formao,
chamada pr-sal.
Em 2007, o Brasil foi escolhido sede da Copa do Mundo 2014, e o Maracan j foi escolhido como
estdio principal do evento.
Em 2009, o Rio foi eleito sede dos Jogos Olmpicos de 2016.
Essa conjuno de fatores no apenas atrai imensos investimentos (tanto privados como pblicos),
como ajuda o Rio a aumentar a auto-estima e firmar-se cada vez mais como Estado e cidade dos
mais relevantes no Brasil.

Estado do Rio de Janeiro/Histria


< Estado do Rio de Janeiro
Existe 1 alterao pendente a aguardar reviso. A verso publicada foi verificada a 18 de maio de 2013.

Estado do Rio de Janeiro

Natureza

Cultura

Sambaqui

Cermica encontrada em sambaqui

Figura de pedra antropomorfa encontrada num sambaqui

Dois chefes tupinambs, tribo tupi que dominou a maior parte do atual litoral fluminense

Rio Carioca

Praia do Flamengo

Gravura do sculo XVI retratando a extrao de pau-brasil no litoral brasileiro

Pau-brasil (Caesalpinia echinata)

Largo do Pao no sculo XIX em pintura de Franz Josef Frhbeck

Desenho representando ataque ao Forte Coligny pelos navios portugueses

Formas de po de acar de engenho de acar

Engenho de acar

Pesca de baleia na Baa de Guanabara em pintura do sculo XVIII de Leandro Joaquim

Reconstituio da Vila da Rainha

ndios puris

Convento dos Anjos em Cabo Frio

Fortaleza de Santa Cruz, em Niteri

Busto de dom Joo VI no Jardim Botnico

Parati

Enforcamento de Tiradentes em pintura de Francisco Aurlio de Figueiredo e Melo

O continente americano j era habitado desde pelo menos 10000 a.C. por povos provenientes de outros
continentes[1]. Os primeiros vestgios de ocupao humana no territrio do estado do Rio de Janeiro so os
sambaquis, termo que vem do tupi tamba (concha) e ki (depsito), ou seja, significa "depsito de conchas"[2].
Sambaquis so montes fossilizados de conchas, ossos, cinzas, cadveres e utenslios datados de milhares de
anos. Estudos indicam que so restos de uma cultura baseada na coleta de moluscos, pesca e caa[3]. Tal
cultura foi destruda ou absorvida pelos povos tupis que invadiram a regio por volta do ano 1000, provenientes
da Amaznia. Os povos tupis, que j comeavam a desenvolver a agricultura, conquistaram todo o atual litoral
fluminense, com exceo da regio da foz do Rio Paraba do Sul. Essa rea, bem como o interior do estado,
permaneceu dominada pelos povos coletores mais antigos, falantes de lnguas do tronco macro-j,
denominados goitacs (que habitavam a foz do Rio Paraba do Sul) e puris (habitantes da regio do interior do
atual estado do Rio de Janeiro)[4].
Em 1 de janeiro de 1502, supostamente, acredita-se que uma expedio portuguesa liderada por Gonalo
Coelho penetrou na Baa de Guanabara, nomeando-a ento como "Rio de Janeiro" por acreditar tratar-se da foz
de um rio. Na poca, a Baa de Guanabara era um paraso ecolgico, com cardumes de sardinhas, robalos,
tainhas, xereletes, camares, lagostas, golfinhos e baleias, as quais utilizavam suas guas quentes para parir
seus filhos no inverno.[5]. O nome indgena do local, krana par (mar semelhante a enseada)[6], que gerou o
nome atual de Guanabara, uma referncia ao formato circular da baa. A entrada da baa era chamada, pelos
ndios, de 'yetro'y, que significa "rio verdadeiro frio"[7][8].
A Baa de Guanabara era cercada por aldeias tamoias (tambm chamadas tupinambs). A nica exceo a
esse domnio era a atual Ilha do Governador, no meio da Baa de Guanabara, que era dominada pela tribo dos
temimins. Porm, por volta de 1550, os temimins abandonaram a ilha a bordo um navio portugus que
passava pelo local e se mudaram para a Capitania do Esprito Santo, fugindo aos ataques tupinambs[9]. Uma
segunda expedio portuguesa, em 1503, teria erguido uma feitoria de comrcio com 24 homens em Cabo Frio.
Na mesma poca, teria sido construda uma casa de pedra na foz do Rio Carioca, na atual Praia do Flamengo,
na cidade do Rio de Janeiro[10][11]. Tal casa teria sido denominada pelos ndios tamoios habitantes da regio
como akari oka, que significa "casa de cascudo". Os ndios tamoios chamavam os portugueses de akari,
"cascudo", pois as armaduras dos portugueses se assemelhavam carapaa desse tipo de peixe[12]. Embora
uma hiptese alternativa sobre a origem do termo aponte para a existncia de uma aldeia indgena prxima a
esse local (mais especificamente, no sop do Outeiro da Glria, conhecida como Karioka (termo tupi que
significa "casa de ndio carij")[13].
Aps verificarem que o litoral brasileiro no apresentava riquezas minerais, os portugueses desinteressaram-se
pela regio, o que permitiu a ao intensa de navegadores de outros pases, especialmente franceses, na
extrao de pau-brasil. A madeira era cortada pelos ndios do litoral, os quais trocavam-na por mercadorias
baratas (espelhos, facas, chapus, tecidos etc.) com os europeus. Tal tipo de associao gerou um forte
vnculo entre tamoios e franceses no litoral fluminense. Temendo perder o territrio brasileiro para os franceses,
o rei portugus dom Joo III, em 1532, decidiu dividi-lo em quinze lotes e ceder sua administrao para nobres
portugueses. Eram as chamadas "capitanias hereditrias"[14]. Desta forma, o sul do atual estado do Rio de
Janeiro ficou pertencendo ao lote setentrional da capitania de So Vicente (que ia da atual cidade paulista de
Caraguatatuba at a atual cidade fluminense de Maca) e o norte, capitania de So Tom (que ia de Maca
at a atual cidade capixaba de Cachoeiro do Itapemirim). Porm o lote setentrional da Capitania de So Vicente
foi ignorado pelo seu donatrio, Martim Afonso de Souza, que preferiu concentrar seus esforos de colonizao
no outro lote da Capitania de So Vicente, que ficava no atual litoral do estado de So Paulo entre as cidades
de Caraguatatuba e Cananeia.
Como resultado, em 1555, uma expedio francesa liderada por Nicolas Durand de Villegaignon iniciou um
projeto de colonizao na regio da Baa de Guanabara chamado Frana Antrtica. Os franceses, aliados aos
tamoios, construram o Forte Coligny na Ilha de Serigipe, na entrada da baa. Segundo o antroplogo brasileiro
Darcy Ribeiro, os franceses se uniram s ndias locais, gerando mais de mil mestios que povoaram toda a
regio da Baa de Guanabara[15]. Tal pode ser a origem do atual sotaque fluminense, que caracterizado pelo
"erre" tpico do francs e inexistente no portugus de Portugal e dos demais estados brasileiros, nas lnguas
indgenas brasileiras e nas lnguas dos negros africanos. Quanto Capitania de So Tom, apesar dos
esforos do seu donatrio, Pero de Gis, que construiu nela a Vila da Rainha (no local da atual cidade de So
Joo da Barra), acabou devastada pelos ndios goitacases[16].
Diante do fracasso de quase todas as capitanias hereditrias, o rei portugus dom Joo III resolveu enviar ao
Brasil um governador-geral para comandar os esforos de colonizao do territrio. O terceiro desses
governadores, Mem de S, liderou uma expedio militar contra os franceses na Capitania do Rio de Janeiro
em 1560, culminando na destruio do Forte Coligny. Porm os franceses sobreviventes continuaram na
regio, sendo necessria uma segunda expedio militar portuguesa, em 1565, liderada pelo sobrinho de Mem
de S, Estcio de S e uma terceira, em 1567, liderado por Mem de S, para expulsar definitivamente os
franceses da regio. No decorrer da luta, foi fundada a cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro no sop do
Morro Cara de Co em 1 de maro de 1565 por Estcio de S, para servir como ncleo da resistncia
portuguesa.

Em 1567, em um combate em Uruumirim (a atual Praia do Flamengo), Estcio de S foi mortalmente ferido
com uma flecha envenenada. Durante todos os combates, os portugueses contaram com o apoio de ndios
temimins e tupiniquins. Como recompensa pela ajuda indgena, Mem de S concedeu a posse da margem
direita da entrada da Baa de Guanabara (a atual cidade de Niteri) ao lder temimin Arariboia[17]. No mesmo
ano de 1567, o lote setentrional da capitania de So Vicente foi renomeado como Capitania do Rio de Janeiro.
Posteriormente, houve outras aes militares contra os tamoios, como a comandada pelo governador do Rio de
Janeiro, Antnio de Salema, em 1575, na chamada Guerra de Cabo Frio, que destruiu o ltimo reduto tamoio
no estado[18]. Paralelamente, o territrio fluminense foi sendo dividido em sesmarias e sua posse foi sendo dada
a colonos portugueses.
Os colonos dedicaram-se ao plantio de cana-de-acar, construo de engenhos de acar, criao de gado,
extrao de pau-brasil, pesca (inclusive de baleia na baa de Guanabara, que era um local de reproduo das
baleias-francas-austrais), produo de gneros de subsistncia e comrcio de escravos africanos, os quais
comearam a chegar em grande nmero para executar o trabalho braal. Diante das investidas militares dos
portugueses, os ndios goitacases tiveram de abandonar a foz do Rio Paraba do Sul e se deslocar para o
interior. Seus descendentes formaram as tribos denominadas puris, coroados e corops. Visando a pacificar os
ndios e criar condies para a ocupao do territrio, os portugueses, com o auxlio dos jesutas, reuniram os
ndios em aldeamentos, onde eram catequizados e aculturados. Estes aldeamentos deram origem a vrias das
atuais cidades do interior fluminense, como Niteri, Itabora, Itagua, Cabo Frio, Resende, Maca,
Conservatria, Cantagalo, Campos dos Goytacazes, Valena, Santo Antnio de Pdua, So Pedro da Aldeia
etc.[19]. A produo de cachaa teve grande importncia econmica no incio da colonizao portuguesa no
estado do Rio de Janeiro.
No sculo XVII, chegou a haver uma Revolta da Cachaa, na qual produtores se revoltaram contra a deciso do
governo portugus de comear a taxar a produo de cachaa e marcharam em armas de Niteri e So
Gonalo at a cidade do Rio de Janeiro e destituram o governador. Em 1615, a Capitania de So Tom foi
renomeada como Capitania da Paraba do Sul[20]. No final do sculo XVII, foi descoberto ouro nas Minas Gerais.
Isto gerou a guerra dos Emboabas, entre 1707 e 1709, entre paulistas e portugueses, pelo controle das minas.
A guerra ocasionou a separao jurdica da capitania de So Vicente em relao capitania do Rio de Janeiro.
A descoberta das minas tambm aumentou a importncia estratgica da cidade do Rio de Janeiro, que era o
local natural para o escoamento do ouro at Portugal. Isto tambm despertou a cobia de corsrios franceses,
que atacaram a cidade por duas vezes: em 1710, com Jean-Franois Duclerc[21] e, em 1711, com Ren
Duguay-Trouin[22]. Em 1752, a Capitania da Paraba do Sul foi reincorporada pelo governo portugus e, um ano
depois, foi incorporada Capitania do Esprito Santo[23]. Visando a ter mais controle sobre o escoamento do
ouro das Minas Gerais, o governo portugus decidiu transferir a capital da colnia, at ento localizada em
Salvador, para a cidade do Rio de Janeiro, em 1763. A descoberta do ouro em Minas Gerais ainda provocou o
desenvolvimento das ligaes entre Minas Gerais e o litoral fluminense: ao Caminho Velho das Minas, ligando
Vila Rica (a atual cidade de Ouro Preto) a Parati, veio juntar-se o Caminho Novo, que ligava Vila Rica
diretamente ao Rio de Janeiro[24].
Ao Ciclo do Ouro, em Minas Gerais, se liga ainda a figura histrica de Tiradentes, um dos participantes do
movimento da Inconfidncia Mineira e que foi enforcado na cidade do Rio de Janeiro em 1792, por "conduzir os
povos da Capitnia de Minas Gerais a uma rebelio"[25]. Em 1808, a expanso do Imprio Napolenico francs
atingiu Portugal, ocasionando a fuga de grande parte da corte portuguesa para o Brasil. Com isto, Dom Joo VI
passou a governar o imprio Portugus a partir da cidade do Rio de Janeiro, convertendo-a efetivamente na
capital do imprio. Isto trouxe grandes melhorias para a cidade, como a criao da Biblioteca Real, da Guarda
Real, do Jardim Botnico, da Fbrica de Plvora, da Academia da Marinha, da Academia Militar etc.
Em 1819, com o fim de povoar o Brasil e torn-lo mais europeu em termos tnicos e culturais, dom Joo
autorizou a vinda de colonos suos para a regio de Nova Friburgo, na Serra Fluminense[26]. Treze anos aps
sua chegada, dom Joo VI voltou enfim para Lisboa, pressionado pelos portugueses, que h muito j haviam se
livrado dos franceses. Deixou porm seu filho Pedro como regente do Brasil. Em 1821, as Cortes Gerais
Extraordinrias e Constituintes da Nao Portuguesa, que haviam sido reconvocadas pela junta provisria que
governava Portugal, decidiram descentralizar a administrao do Brasil, transformando as capitanias em
provncias e chamar de volta o prncipe dom Pedro. Com o apoio da populao brasileira, dom Pedro decidiu,
em 9 de janeiro do ano seguinte, no Pao Municipal, contrariar as determinaes portuguesas e ficar no Brasil.
E, em 7 de setembro do mesmo ano, em uma viagem a So Paulo, rompeu definitivamente os laos do Brasil
com Portugal[27]. Entrementes, o caf, que havia sido introduzido na cidade do Rio de Janeiro no final do sculo
XVIII, se expandia pela Serra do Mar, at atingir o Vale do Rio Paraba do Sul, em 1825. Nessa regio, o cultivo
do caf encontrou condies favorveis e se tornou o principal item das exportaes brasileiras, gerando uma
nova elite social: a dos "bares do caf" (os ttulos de nobreza eram conferidos aos fazendeiros pelo imperador
como forma de conquistar seu apoio poltico)[28].
Em 1831, o imperador dom Pedro I abdicou em favor de seu filho, Pedro de Alcntara e embarcou para a
Europa, fugindo dos violentos conflitos entre as diferentes faces polticas brasileiras[29]. Como Pedro de

Alcntara possua apenas cinco anos, em seu lugar governaram vrios regentes, at ser decretada sua
maioridade, em 1840. Em 1832, a regio da antiga Capitania da Paraba do Sul, que havia sido anexada
Capitania do Esprito Santo, foi incorporada Provncia do Rio de Janeiro[30].
Em 1834, a cidade do Rio de Janeiro se separou da Provncia do Rio de Janeiro para se constituir no Municpio
Neutro da Corte, ligado diretamente administrao imperial. Como gentlico do novo municpio, foi adotado o
termo "carioca", o mesmo nome da casa de pedra construda pelos portugueses em 1503 e que havia sido o
marco inicial da ocupao portuguesa na regio. Ou ento, o nome da aldeia tamoia que se localizava prxima
ao ncleo inicial da cidade do Rio de Janeiro. Em 1837, mais colonos estrangeiros haviam chegado provncia
do Rio de Janeiro: desta vez, eram os alemes, que ocuparam terras em Petrpolis. Em 1854, foi inaugurada a
primeira estrada de ferro no Brasil: era a Estrada de Ferro Mau, que ligava Maj a Petrpolis.
Dom Pedro II reinou, com o apoio da aristocracia rural, at 1889, quando a monarquia foi substituda pela
repblica. Um ano antes, a escravido fora finalmente abolida, desestabilizando a economia fluminense, que
era em grande parte dependente da mo de obra escrava. Como resultado da abolio da escravido no Brasil,
os escravos abandonaram as fazendas de caf do interior fluminense, levando-as runa. Ao mesmo tempo, os
escravos emigraram para a cidade do Rio de Janeiro, onde, sem instruo escolar, acabaram se dedicando a
empregos de baixa remunerao ou mesmo ao crime, formando os bairros pobres atualmente conhecidos como
"favelas"[31]. Termo este que foi cunhado ao fim da Guerra de Canudos (1896-1897), quando os soldados que
haviam retornado da guerra na Baa acamparam no Morro da Providncia, na Regio Central da cidade do Rio
de Janeiro e passaram a se referir ao acampamento como "favela", em referncia a um homnimo morro em
Canudos no qual abundava uma planta denominada "favela". Este Morro da Favela, posteriormente rebatizado
como Morro da Providncia, daria o nome a este tipo de comunidade, que proliferaria em todo o estado e
mesmo em todo o pas, da em diante.
A capital brasileira continuou na cidade do Rio de Janeiro sob a repblica. As provncias transformaram-se em
estados. Em 8 de abril de 1892, foi promulgada a primeira constituio do estado do Rio de Janeiro, o qual,
como a antiga Provncia do Rio de Janeiro, tinha como capital a cidade de Niteri. A cidade do Rio de Janeiro,
antigo Municpio Neutro da Corte, adquiriu o ttulo de Distrito Federal. Entre 1893 e 1903, a capital do estado do
Rio de Janeiro foi transferida para a cidade de Petrpolis, por causa da ameaa de invaso da cidade de Niteri
pelos revoltosos da Revolta da Armada, em 1893.
Em 1917, foi gravada a msica Pelo Telefone, que considerada o primeiro registro gravado da histria do
samba. Na dcada de 1920, mais um fluxo de colonos europeus trouxe famlias finlandesas para Penedo, na
regio de Itatiaia[32]. Em 1922, a revolta do Forte de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, resultou na
morte de quase todos os revoltosos. Tal movimento, que era contra a "poltica do caf com leite" que dominava
a poltica nacional, enfim chegaria ao poder com a revoluo de 1930. Em 1926, foi inaugurada a Rodovia RioPetrpolis, dando incio era rodoviria no pas[33].
Em 1931, foi inaugurada a esttua do Cristo Redentor, no alto do Morro do Corcovado, a qual viria a se tornar
um dos principais smbolos da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil. Em 1932, ocorreu o primeiro desfile de
escolas de samba na praa 11 de Junho, no Rio de Janeiro. Ao longo das dcadas de 1930 e 1940, a cidade de
So Joo Marcos, prxima a Mangaratiba, foi sendo abandonada em razo das obras da represa de Ribeiro
das Lajes, que inundaria a cidade. A cidade havia sido uma das principais do estado no sculo XIX em razo da
sua produo de caf[34]. Em 1941, durante o regime ditatorial do Estado Novo, o presidente brasileiro Getlio
Vargas criou a Companhia Siderrgica Nacional, em Volta Redonda, a primeira usina siderrgica brasileira.
Em meados do sculo, com a abertura da estrada Parati-Cunha e da Rodovia Rio-Santos, a histrica cidade de
Parati foi redescoberta. A cidade, que havia estagnado com a crise da cultura cafeeira no Vale do Paraba e
com a abertura da estrada de ferro no Vale do Paraba, no sculo anterior, havia mantido sua arquitetura
colonial intocada. Isso motivou seu tombamento como patrimnio nacional e sua revitalizao, desta vez como
polo turstico[35].
Em 1953, a construo da Barragem de Santa Ceclia, em Barra do Pira, implicou no desvio de dois teros da
gua do Rio Paraba do Sul, de modo a aumentar a vazo de gua do Rio Guandu e fornecer a maior parte da
gua consumida na regio metropolitana do Rio de Janeiro[36]. A obra solucionou o problema do abastecimento
de gua da regio metropolitana, porm gerou a diminuio da vazo de gua na foz do Rio Paraba do Sul,
causando a invaso do mar no litoral da regio[37].
No final da dcada de 1950, surgiu o estilo musical da bossa nova, na cidade do Rio de Janeiro. Na dcada de
1960, a indstria do sal atingiu seu apogeu na Regio dos Lagos fluminense[38]. Em 1960, a capital brasileira foi
transferida para a cidade planejada de Braslia. O antigo Distrito Federal tornou-se, ento, o estado da
Guanabara. Tal situao perdurou at 1975, quando o estado da Guanabara fundiu-se ao estado do Rio de
Janeiro, que tinha como capital Niteri, desaparecendo a denominao de estado da Guanabara. A capital do
Estado do Rio de Janeiro passou a ser a cidade do Rio de Janeiro. Porm a perda do status de capital federal,
aliada decadncia da cultura cafeeira no Vale do Paraba, causou um declnio econmico do estado. Isto
gerou um aumento da violncia.

Em 1974, um ano antes da fuso, foi descoberto petrleo na Bacia de Campos, na plataforma continental na
altura das cidades de Campos e Maca. A regio iria se converter na maior provncia petrolfera do pas[39]. No
mesmo ano, foi inaugurada a Ponte Presidente Costa e Silva, ligando as cidades do Rio de Janeiro e Niteri.
Em 1979, foi inaugurado o metr da cidade do Rio de Janeiro. No mesmo ano, foi inaugurada a nova catedral
catlica da cidade: a Catedral de So Sebastio, localizada na Avenida Repblica do Chile.
Na dcada de 1980, comeou a funcionar a primeira usina nuclear brasileira: a usina Angra 1, no municpio
fluminense de Angra dos Reis. A localizao era estratgica: Angra dos Reis fica entre os trs principais centros
de consumo de energia eltrica no Brasil (as cidades de Rio de Janeiro, So Paulo e Belo Horizonte), bem
como fica beira-mar, o que facilita a captao de gua para o resfriamento dos reatores e o transporte de
peas atravs de navios. A usina faz parte do Centro Nuclear Almirante lvaro Alberto, que, quando concludo,
contar com mais duas usinas nucleares.
A partir do final do sculo XX, o estado voltou a ser ocupado por povos indgenas, o que no acontecia desde o
extermnio dos povos indgenas nativos na poca colonial. Em 1996, ndios guaranis (que pertencem ao mesmo
grupo lingustico dos antigos ndios tamoios e temimins que habitavam o sul do estado) procedentes do sul da
Amrica do Sul conseguiram legalizar territrios indgenas nos municpios fluminenses de Angra dos Reis e
Parati[40]. Em 2007, a cidade do Rio de Janeiro sediou os Jogos Pan-Americanos.
O aumento dos ndices de criminalidade no estado, principalmente os relacionados ao trfico de drogas, no final
do sculo XX e incio do sculo XXI refletiu-se na produo de filmes brasileiros sobre o tema que alcanaram
grande sucesso de pblico, como Cidade de Deus (2002), Tropa de Elite (2007) e Tropa de Elite 2 (2010). A
partir de 2008, com a instalao da primeira unidade de polcia pacificadora no estado, na Favela Santa Marta,
na cidade do Rio de Janeiro, o problema da segurana pblica no estado comeou a ser, aparentemente,
controlado. As unidades procuravam implantar um policiamento permanente dentro das comunidades de baixa
renda, ao invs de apenas realizar incurses policiais peridicas. Seguiu-se a instalao de vrios outras
unidades na cidade, inclusive com o apoio indito das foras armadas (na ocupao policial do Complexo do
Alemo, em 2010[41][42] e na das favelas da Rocinha e do Vidigal, em 2011[43]). Em 2011, foram abertas,
visitao pblica, as runas da antiga cidade de So Joo Marcos, no sudoeste do estado[44].

iagem na Histria do Rio de Janeiro

Viajar na histria diferente de passear por stios, locais e construes histricas no Rio de
Janeiro. viajar no tempo, por locais que, ou no mais existem como eram no passado, ou com
intuito de ver cenas de um cotidiano ou momentos que se perderam em um tempo distante.
preciso procurar nos livros ou na iconografia que revela o passado, pois so apenas vises de um
tempo a ser lembrado, e que aqui neste website voce convidado, a conhecer estes locais e
cenas que o tempo levou.
Iniciando a Viagem Pela Histria do Rio
Para quem se interessa por viajar pela histria do Rio de Janeiro, pode-se comear pela pgina
que versa sobre a Baa de Guanabara e sua histria ao longo dos anos, ou quem sabe sobre
fatos acerca da fundao da cidade, como sobre o "Marco da Cidade" ou comeando pelo
monumento Estcio de S.
Hotis Que Marcaram poca no Antigo Rio de Janeiro
Que tal escolher um local onde se hospedar no passado? Sim, antes de mais nada, lembre-se
que voce est fazendo uma viagem na histria. E certamente no encontrar nos tempos atuais
alguns hotis onde voce poder hospedar-se ao viajar ao passado, em tempos remotos da

Cidade do Rio de Janeiro. Estes hotis no mais existem, exceto na iconografia da cidade e nos
livros que registram suas memrias e existncias.
Baa de Guanabara, Habitantes Primitivos e Chegada dos Primeiros Portugueses em 1502
Inicialmente um cenrio encantado, com belssimas montanhas de rocha, enconstas verdes e
praias paradisiacas. Mas ao pisar nas terras que a circundavam encontraram os primeiros
exploradores muitos mangues e lagoas entre as altas montanhas, que de incio dificultaram a
escolha do local para se tornar o primeiro ponto de colonizao. Os habitantes primitivos eram
ndios do ramo Tup.
Vulces no Rio de Janeiro
Voltando no tempo, 60 milhes de anos atrs encontraremos dois vules no Macio ou Serra
da Medanha. Ser que realmente existiram? Polmica parte, um dos vulces se tornou at
atrao turistica na divisa do Rio de Janeiro com Nova Iguau.
Sambaquis e os Cariocas Pr-Histricos
Os sambaquis montanhas de conchinhas feitas pelos habitantes pr-histricos da costa do Brasil,
possivelmente uns 4 mil anos atrs. Dentro dos limites ou em reas prximas atual cidade do
Rio de Janeiro, podemos encontrar esta estranhas construes.
Mapa da Guanabara e Tomada do Forte de Villegainon no Sculo 16
O mapa e ilustrao histrica do sculo 16, mostra a tomada do Forte Coligny, tambm conhecido
como Forte da Ilha de Villegaignon em 1560 e ilustra tambm vrios pontos da Baa de
Guanabara.
Marco de Fundao da Cidade do Rio de Janeiro
Este Marco de pedra, visto acima, tudo leva a crer, que se trate de um marco comemorativo da
fundao da Cidade por Estcio de S, provavelmente tambm talhado e gravado no ano de
1565.
Local de Fundao do Rio de Janeiro
Uma bela praia, entre o Morro Cara de Co e o Po de Aucar, foi o local do incio da colonizao
portugusa no Rio de Janeiro. No ano de 1565, Estcio de S chegou ao local com a misso de
fundar a Cidade e expulsar os invasores.
Baa de Guanabara - Mapa Histrico de 1574 e Atual
Mapa histrico e explicativo da Baa de Guanabara onde so mostrados seus principais pontos
nos tempos atuais e nos tempos remotos.
Monumento Estcio de S - Parte Interior
O Monumento Estcio de S tem abaixo de sua base uma parte interior, interessante e
surpreendente, tanto por sua arquitetura, instalaes como tambm por interesse histrico. No
local, existe uma pedra gravada de 1583, sendo a lpide da sepultura de Estcio de S.
Arcos da Lapa ou Aqueduto da Carioca em 1790
Aparncia do local onde o Largo da Lapa e Passeio Pblico em 1790, vista atravs de um
painel de Leandro Joaquim. Em frente ao Aqueduto da Carioca (Arcos da Lapa), havia a Lagoa
do Boqueiro, com uma pequena praia sua frente.
Convento de Santa Teresa e Arcos da Lapa em 1820
O Convento de Santa Teresa era um ponto destacante na paisagem do Rio de Janeiro, assim
como o Aqueduto da Carioca que hoje chamado de Arcos da Lapa. Nesta pgina voce pode ver
em descrio e pintura, como era aparncia do Rio naquela poca, em relao aquele locas e
estas construes.
Lapa no Incio do Sculo XX
A Lapa e Largo da Lapa passaram por inmeras transformaes desde os tempos coloniais e no
incio do sculo 20 durante a modernizao da cidade. Poucas construes do tempo dos ViceReis sobreviveram e o Rio e o Largo da Lapa entravam no tempo da Belle Epoque.

Cavalhadas no Rio de Janeiro em 1818


Sobre as cavalhadas, torneios e jogos que aconteciam no Rio de Janeiro desde os tempos do
Brasil colnia.
Baia de Guanabara - Era Uma Vez no Sculo 19
A Baa de Guanabara e suas paisagens circundantes, paisagens naturais feita de lindas e
lmpidas guas, cercadas por montanhas e encostas verdas, assim como a arquitetura da
emergente Cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro encantava pintores viajantes, que da
Europa vieram para contar o que viam nestas terras, onde nossa civilizao florescia e
despertava curiosidade dos habitantes de alm mar, no velho continente. Livros e pinturas
circularam pela Europa narrando o que aqui viram.
Baia de Guanabara no Incio do Sculo 19 | 1834
A Baa de Guanabara e suas paisagens circundantes, paisagens naturais feita de lindas e
lmpidas guas, cercadas por montanhas e encostas verdas, assim como a arquitetura da
emergente Cidade de So Sebastio do Rio de Janeiro encantava pintores viajantes, que da
Europa vieram para contar o que viam nestas terras, onde nossa civilizao florescia e
despertava curiosidade dos habitantes de alm mar, no velho continente. Livros e pinturas
circularam pela Europa narrando o que aqui viram.
Malhao do Judas em 1830
A malhao do Judas no Sbado de Aleluia uma das mais antigas tradies da cidade e que
continua nos dias de hoje. Em tempos passados era mais cenogrfica, contava com fogos de
artifcio e at efeitos teatrais.
Folia do Divino no Rio de Janeiro, por volta de 1830
Cenas e relatos de outra antiga tradio da Cidade do Rio de Janeiro que desapareceu com o
tempo, mas continua viva em outras cidades do interior do estado e tambm do Brasil. Nos
relatos e nas cenas um episdio curioso e engraado foi anotado.
Entrada da Baia de Guanabara Vista do Passeio Pblico em 1845
Cenarios incrveis ficaram registrados atravs de aquarelas, pinturas e desenhos de artistas que
testemunharam uma poca. Nesta pgina, mostrada a vista tomada de um local que no mais
existe como era originalmente, nem como j havia sido modificado em 1845. A Baa de Guanabar
vista do antigo terrao do Passeio Pblico.
Largo do Pao | Praa XV em 1818
A atual Praa 15 de Novembro, era chamada de Largo do Pao na primeira metade do sculo 19,
onde local ficava o palcio dos Vice-Reis. Aps a vinda de D.Joo VI com a corte Portuguesa
para o Brasil este ocupou o palcio durante algum tempo para morada e posteriormente para
local de despacho e cerimnias. A pgina contm fotos comparando o local como era no incio do
sculo 19 e com sua aparncia atual, em 2012, no incio do sculo 21.
Pao Imperial de So Cristovo
O local chamado Quinta da Boa Vista no atual bairro de So Cristovo, j foi parte de fazenda
dos Jesuitas, j foi chcara de um rico comerciante que l possua um belo casaro. Este casaro
passou a pertencer a Dom Joo VI quando este veio para o Brasil 1808.
Campo de Santana em 1818
O Campo de Santana, atualmente tambm chamado de Praa da Repblica, era um enorme
Largo at meados do sculo de 19, que foi palco de importantes acontecementos, e em torno do
qual sempre existiram importantes construes associadas histria da Cidade do Rio de
Janeiro.
Largo Rcio em 1821, Atual Praa Tiradentes
Um evento histrico no Largo do Rcio, atual Praa Tiradentes, serviu de pretexto para a
produo de um documento iconogrfico acerca da histria da Praa, e situao daquele Largo
em 1821. Se tratava da "Aceitao Provisria da Constituio de Lisboa".

Marquesa de Santos e Dom Pedro I


Dom Pedro I, por algum tempo, durante seu primeiro casamento, teve um romance que se tornou
pblico e notrio, com uma dama que por sugesto dele, morou em um palacete conhecido como
Casa da Marquesa de Santos a poucos metros do Pao Imperial [...]
Academia Real de Belas Artes e sua Histria no Rio de Janeiro
Aps a vinda de D.Joo VI juntamente com a corte Portuguesa, muitas artistas francesas foram
contratados e vieram ao Brasil em misso para fundar uma Academia Real de Belas Artes nos
moldes da Francesa. Boa vontade, dificuldades, poltica, intrigas e sucessos fizeram parte desta
empreitada descrita por Jean-Baptiste Debret que se esmerou participando da criao mesma.
Morro do Castelo
O Morro do Castelo um dos locais e stios histricos do Rio onde no mais possvel fazer uma
visita, viagem ou passeio in loco, pois de longa data no mais existe. Mas a imaginao nos
convida a uma tour mgica, baseada em livros e grvuras de poca.
Visita Floresta da Tijuca em 1885
O Visconde de Taunay, militar, escritor e fundador da Academia Brasileira de Letras descreve
uma visita Floresta da Tijuca no ano de 1885.
Baile da Ilha Fiscal em 1889
Hoje em dia, o Palacete da Ilha Fiscal tambm muito conhecido pelo fato de ter acontecido no
local o ltimo baile da Monarquia Constitucional Parlementar, em 9 de novembro de 1889.
Excesso de pompa e ostentao ou apenas pretexto para o golpe que proclamou a Repblica?
[...]
Antigas Praias do Rio Que No Mais Existem
Esta pgina fala sobre praias do Rio de Janeiro que no mais existem, figurando apenas na
histria da cidade e suas transformaes urbansticas. Locais paradisacos que poderiam ser
descritos como paradisacos no incio dos primeiros assentamentos, e muito bonitos e tranquilos
at a metade do sculo 19. Saiba como estas praias desapareceram do mapa atual da cidade.
Antigas Lagoas
Inicialmente, quando os primeiros colonizadores chegaram ao Rio de Janeiro, encontraram
inmeras lagoas, reas pantanosas e manguezais em suas partes baixas ou varzeas. O processo
civilizatrio e ocupao das terras fizeram com que inmeras destas lagoas fossem aterradas.
Antigos Aqurios Publicos
Dois aqurios pblicos foram famosos e muito frequentados no Rio do incio do Sculo 20, sendo
um no Passeio Pblico e outroaqurio na Quinta da Boa Vista. O aqurio do Passeio
Pblico no existe mais e na Quinta da Boa Vista existe outro, diferente do original.
A Capoeira no Sculo 19 e Incio do Sculo 20
A Capoeira tem uma longa histria, tendo sido representada em aquarelas do tempo de Dom
Joo VI e D. Pedro I, tendo tido adeptos tanto nas fileiras da polcia como tambm de turmas no
muito bem vistas.
O Chafariz da Pirmide
Um belo Chafariz construdo na Praa XV, no final do Sculo 18, no tempo do Vice-Rei Marques
do Lavradio, j foi um dos mais destacados cones arquitetnicos da Cidade do Rio de Janeiro.
Era um tempo que chafariz era sinnimo de ponto de abastecimento de gua para a cidade e
tambm navios que aqui aportavam.

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