5 Proteco das instalaes, equipamentos e
pessoas
Introduo s Instalaes Elctricas
Vasco Santos
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Introduo
TIPOS DE PROTECO
Proteco contra sobre-intensidades ou sobrecorrentes
Proteco contracorrentes de sobrecarga
Proteco contra correntes de curto-circuito
Proteces por seccionamento e comando
Proteco contra efeitos trmicos (incndio por temperaturas elevadas)
Proteco contra abaixamentos de tenso
Proteco contra choques elctricos (contactos directos e indirectos)
Proteco contra sobretenses (oriundas de fenmenos atmosfricos, manobras)
A tratar noutra seco
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Definies
Proteco contra sobre-intensidades ou sobrecorrentes
Ocorre sobre-intensidade quando a corrente elctrica nos condutores (I) ultrapassar o valor
nominal (In) no circuito.
Sobrecarga: Por exemplo, quando demasiados aparelhos so ligados simultaneamente no
mesmo circuito pode originar uma sobrecarga (I>In).
Curto-circuito: Quando dois pontos de um circuito com potenciais elctricos diferentes
entram em contacto directo entre si (I>>In).
Disjuntores e fusveis
Os disjuntores e os fusveis, componentes que sero abordados nos prximos itens, so
dispositivos de proteco contra sobre-intensidade. Possuem caractersticas que lhes
permitem efectuar o corte da alimentao do circuito que protegem quando nele ocorrem
defeitos de impedncia desprezvel (curto-circuito) ou sobrecargas, em resultado dos quais
se geram correntes muito elevadas.
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Definio
Os disjuntores so dispositivos simultaneamente de proteco e de manobra
(comando), pelo que realizam as seguintes funes bsicas:
Actuam aquando de sobre-intensidades, sobrecarga e curto-circuito, que
detectam (abrem em carga o circuito).
Promovem a proteco face a contactos directos.
Permitem abrir ou fechar voluntariamente o circuito.
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Princpio de funcionamento
Os disjuntores de baixa tenso so normalmente do tipo magnetotrmico ou
termomagntico. Baseiam o seu funcionamento, em circunstncias pr definidas, num rel
instantneo de mxima corrente (magntico) e um rel trmico (lmina bimetlica) que
funciona por efeito de Joule (aquecimento devido passagem da corrente elctrica).
Disjuntor magnetotrmico
Disjuntor unipolar em corte
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Funcionamento por sobrecarga
O rel trmico, provoca o disparo do disjuntor por deformao da lmina bimetlica devido
ao aquecimento, por efeito de Joule. Trata-se de um funcionamento temporizado.
Rel trmico
(lmina bimetlica)
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Funcionamento por curto-circuito
Aquando de um curto-circuito, o disjuntor funciona por aco do rel electromagntico. Um
aumento instantneo do valor da corrente faz com que um forte campo magntico de energia
I2cct seja produzido pela bobina e este provoque a atraco de um ncleo de ferro que, por sua
vez, provoca o disparo do disjuntor. O funcionamento instantneo.
Rel electromagntico
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Disjuntor
(Norma: CEI 60947)
Tipos de disjuntores
Destacam-se dois tipos de disjuntores:
Disjuntores tipo industrial
Disjuntores tipo domstico
(Norma: CEI 60898)
Disjuntor tipo industrial
tetrapolar
Disjuntores tipo domstico,
unipolar, bipolar e tripolar.
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Disjuntor
Curvas caractersticas dos disjuntores
Tipo domstico
Curva B
O seu disparador magntico, no curto-circuito, actua quando a intensidade
de curto-circuito, Icc, atingir um valor entre 3 a 5 vezes o valor da corrente
nominal, In.
Este disjuntor destinado proteco dos condutores que alimentam cargas
de natureza resistiva. (Ex: Aquecedores, Lmpadas incandescentes,)
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Curvas caractersticas dos disjuntores
Tipo industrial
Curva C
O seu disparador magntico, actua entre 5 e 10 vezes a corrente
nominal, In.
Este dispositivo destinado proteco dos condutores que alimentam cargas
de natureza indutiva. (Ex: Motores, electrobombas, compressores etc,)
Curva D
O seu disparador magntico, actua entre 10 e 50 vezes a corrente nominal.
Este dispositivo destinado proteco dos condutores que alimentam cargas
de natureza fortemente indutiva.
(Ex: Transformadores e demais cargas com
10 I n
elevada corrente de partida,
)
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10
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Curvas caractersticas dos disjuntores tipo domstico
Observam-se duas zonas distintas:
Zona de funcionamento trmico, comum s
trs curvas
Zona de funcionamento magntico,
diferenciadas.
In Corrente estipulada do disjuntor:
Valor para o qual o disjuntor no funciona
Inf Corrente convencional de no funcionamento:
Valor para o qual o disjuntor no deve funcionar durante o
tempo convencional
I2 - Corrente convencional de no funcionamento:
Valor para o qual o disjuntor deve funcionar antes de expirar
o tempo convencional
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Disjuntores do tipo domstico
Tempos convencionas de funcionamento dos disjuntores
CEI 608098
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Disjuntor
Correntes estipuladas e correntes convencionais dos disjuntores tipo
In Corrente estipulada do disjuntor ; Inf Corrente convencional de no funcionamento
I2 Corrente convencional de funcionamento
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Fusvel
Definio
Aparelho cuja funo interromper, por fuso de um ou mais dos seus elementos
concebidos e calibrados para esse efeito, o circuito no qual estiver inserido, cortando
a corrente quando esta ultrapassar, durante um tempo predefinido, um dado valor.
Fusvel
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Fusvel
Princpio de funcionamento
O princpio de funcionamento dos fusveis baseia-se na fuso, em circunstncias pr definidas,
de um elemento condutor especfico (fio ou lmina de cobre, prata, chumbo e outros) que
produzida pelo aquecimento por efeito de Joule.
Constituio
Os principais elementos constituintes dos fusveis so:
Base
Elemento de substituio
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Fusvel
Fusveis de Baixa Tenso (BT) com Alto Poder de Corte (APC)
Fusveis tipo cartucho
Fusveis tipo cilndrico ou rolo
APC100kA
Seccionador fusvel unipolar
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Seccionador fusvel tripolar
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Fusvel
Classificao de fusveis de BT
Fusveis de aco lenta tipo gG
Fusveis de uso geral que asseguram proteco face a curto-circuitos e a sobrecargas.
So utilizados em redes ou instalaes com potncia de curto-circuito elevada.
Fusveis de aco rpida tipo aM
So fusveis de uso geral que apenas asseguram proteco face a curto-circuitos
(chamados de acompanhamento pois obrigam utilizao de outro dispositivo de
proteco caso se pretenda garantir a proteco face a sobrecargas).
No funcionam para pequenas e mdias sobrecargas.
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Fusvel
Fusveis de aco lenta tipo gG
Curva caracterstica de um fusvel gG de 10A
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Fusveis de aco rpida tipo aM
Curva caracterstica de um fusvel aM
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Fusvel
Fusveis de aco lenta tipo gG
In Corrente estipulada do disjuntor:
Valor para o qual o disjuntor no funciona
Inf Corrente convencional de no funcionamento:
Valor para o qual o disjuntor no deve funcionar durante o
tempo convencional
I2 - Corrente convencional de no funcionamento:
Valor para o qual o disjuntor deve funcionar antes de expirar
o tempo convencional
Curva caracterstica de um fusvel gG de 10A
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Fusvel
Fusveis de aco lenta tipo gG
Tempos convencionas de funcionamento dos fusveis gG
Caractersticas dos fusveis gG
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco
Poder de corte (PC)
Capacidade do dispositivo de proteco de actuar, sem se danificar e antes
que as prprias instalaes sofram dano.
definido pelo valor mximo da corrente de curto-circuito, expresso em kA, que o
dispositivo pode interromper.
O valor de corrente de curto-circuito previsvel para uma instalao, ICC, deve ser inferior
ao poder de corte de um dispositivo de proteco.
O dispositivo de proteco tem de actuar em tempo reduzido para evitar que o calor
produzido pela corrente ICC no eleve a temperatura do condutor acima do valor suportado
pelo seu isolamento.
k 115 134 143 ...
t
Vasco Santos
k S
I 2 CC
2
k depende do condutor
t tempo necessrio para que ICC eleve a
temperatura de um condutor (seco S) at
temperatura mxima que o seu isolamento
suporta.
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Condies de proteco contra curto-circuito
Princpio a observar pelos disjuntores
Os disjuntores tm de possuir um poder de corte superior corrente de curto-circuito
previsvel para a instalao e tem de possuir caractersticas para funcionar nas condies:
Actuar num tempo inferior ao tempo correspondente ao esforo trmico limite que
a canalizao pode suportar (ICC>Ia). [Fig.1]
Curvas caractersticas de fadiga trmica da canalizao e de funcionamento de um disjuntor
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Condies de proteco contra curto-circuito
Princpio a observar pelos fusveis
Para que a proteco de uma canalizao seja garantida, o tempo de fuso de um fusvel
deve ser inferior ao tempo limite em que os condutores suportam uma corrente de curtocircuito.
Interseco das curvas caractersticas da fadiga trmica da canalizao e de funcionamento do fusvel
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Interruptor Disp. Seccionamento e Comando
Definio
Aparelho mecnico capaz de estabelecer, de suportar e de interromper correntes nas
condies normais de funcionamento do circuito, incluindo suportar eventualmente
condies especficas de sobrecarga, ou correntes anormais durante algum tempo, como
por exemplo de curto-circuito. Tem poder de corte e de fecho para correntes de servio, e
actua sob comando, ou seja, tem actuao intencional.
Interruptor
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Seccionador Disp. Seccionamento Comando
Definio
Aparelho mecnico cuja funo, quando aberto, colocar fora de tenso toda
ou parte de uma instalao, separando-a, de forma visvel por razes de
segurana, da fonte de energia. Proporciona uma abertura visvel do circuito,
mas no tem poder de corte.
O seccionador utilizado em instalaes elctricas de mdia e alta tenso (MT
e AT).
Seccionador
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Rels Disp. Seccionamento Comando
Definio
Dispositivos elctricos destinados a produzir modificaes sbitas e predeterminadas num
ou mais circuitos elctricos de sada, quando certas condies so satisfeitas nos circuitos de
entrada que controlam o dispositivo. Isto , tm apenas uma funo lgica entre os circuitos
de entrada e sada. Detectam variao de grandezas elctricas.
Os rels so associados electricamente aos disjuntores ou contactores, provocando a sua
abertura aquando da deteco de alguma anomalia.
Classificao:
1. Rel monoestvel
2. Rel biestvel
3. Rel de mximo
4. Rel de mnimo
5. Rels de medio (instantneo, de tempo dependente, de tempo constante)
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Rels
Rels de proteco
1. Rel monoestvel
2. Rel biestvel
3. Rel de mximo
4. Rel de mnimo
Rel, que tendo alterado o seu estado sob aco de
uma grandeza caracterstica, retorna ao seu estado
anterior aps remoo da referida grandeza.
Rel, que tendo alterado o seu estado sob aco de uma
grandeza caracterstica, permanece nesse estado aps
remoo da referida grandeza.
Quando o valor de funcionamento ou regulao ultrapassado com a
grandeza caracterstica a crescer.
Quando o valor de funcionamento ou regulao ultrapassado com a grandeza caracterstica a
decrescer.
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Rels
Rels de proteco
5. Rels de medio
instantneo
de tempo dependente
de tempo constante
Rel a tempo especificado para o qual os tempos
dependem, de modo especificado, do valor da
grandeza caracterstica.
Rel a tempo especificado, para o qual o tempo de
actuao pode ser considerado como independente
do valor da grandeza caracterstica, dentro dos seus
limites predefinidos.
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Seco 433 das RTIEBT
Definio
O choque elctrico traduz-se pela sensao e efeitos da passagem da corrente
elctrica pelo corpo humano (dependendo da resistncia elctrica do corpo humano)
quando este sujeito a uma tenso elctrica (ou diferena de potencial).
Os efeitos da corrente elctrica no corpo humano no dependem s do valor da
corrente elctrica mas tambm do tempo de exposio a essa corrente.
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
CEI 60479
ACO DA CORRENTE ELCTRICA SOBRE O CORPO
Zona 1 : Limiar de sensibilidade, no
causa qualquer reaco passagem da
corrente elctrica no corpo humano.
Zona 2 : Habitualmente no causa
efeitos fisiopatolgicos perigosos no
corpo humano.
Zona 3 : Possibilidade de efeitos
fisiopatolgicos
no
mortais,
habitualmente
reversveis,
com
possibilidade de fibrilao auricular e
paragens temporrias do corao (sem
fibrilao ventricular); a probabilidade
de morte superior a 50%.
Grfico de tempo/corrente dos efeitos da corrente elctrica no corpo humano
Vasco Santos
Zona 4 : Probabilidade de fibrilao
ventricular, paragens cardacas e
respiratrias,
bem
como
de
queimaduras graves; a probabilidade
de morte superior a 50%.
30
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Os choques elctricos podem sofrer-se:
por contacto directo com as partes activas de uma instalao elctrica
(contactos directos) ou,
por contacto com as partes metlicas dos equipamentos que, devido a defeitos
de isolamento, possam ficar em contacto com as partes activas e ficarem a um
potencial perigoso (contactos indirectos).
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Contactos directos
Vasco Santos
Contactos indirectos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Seco 411 das RTIEBT
Medidas de proteco simultnea contra os contactos directos e indirectos
Seco 412 das RTIEBT
Medidas de proteco apenas contra os contactos directos
Seco 413 das RTIEBT
Medidas de proteco apenas contra os contactos indirectos
Vasco Santos
33
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Seco 412 das RTIEBT
Medidas para garantir proteco contra choques directos
a) Medidas que impeam a corrente de percorrer o corpo humano ou o corpo de um animal;
b) Limitao da corrente que possa percorrer o corpo a um valor inferior ao da corrente de
choque.
Processos:
Isolamento das partes activas;
Uso de barreiras, invlucros ou obstculos;
Uso de tenso reduzida de segurana TRS (circuitos no ligados terra)
Uso de tenso reduzida de proteco TRP (circuitos ligados terra)
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Medidas de proteco contra os contactos directos
Por isolamento (Aplicveis a todas as condies de influncias externas)
1)Todas as partes activas devem
ser completamente isoladas, por
isolamento que apenas se possa
retirar por destruio;
2)
Os
isolamentos
de
equipamentos montados em fbrica
devem satisfazer s regras
aplicveis a esses equipamentos;
3) Os isolamentos no montados em
fbrica devem ser dotados de proteco
que suporte, de forma durvel, as
solicitaes a que possam vir a ser
submetidos.
Por barreiras ou obstculos (Aplicveis apenas em locais acessveis a pessoas qualificadas ou instrudas*)
1) As partes activas devem ser colocadas dentro de invlucros ou por trs de barreiras com IPIP2X (aberturas
de dimenso inferior a 12,5 mm);
2) Se no for possvel cumprir o preceituado em 1) deve: a) tomar-se precaues para impedir que as pessoas e
os animais toquem acidentalmente nas partes activas; e b) garantir que as pessoas estejam conscientes de que
as partes que fiquem acessveis pela abertura so partes activas.
3) Pisos e passadeiras colocados por cima de partes activas devem ter um IP com IP IP4X;
4) As barreiras e os invlucros devem ser fixados de forma segura e terem robustez e durabilidade para
manterem o grau de proteco exigido;
5) Os obstculos devem impedir a aproximao s partes activas e os contactos no intencionais com as partes
activas durante a explorao.
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Medidas de proteco contra os contactos directos
Por colocao fora de alcance (Aplicveis apenas em locais acessveis a pessoas qualificadas ou instrudas *)
1) As partes activas no se
devem situar no volume de
acessibilidade;
2) O volume de acessibilidade
pode ser condicionado por
obstculo, na horizontal,
mantendo-se na vertical o
afastamento de 2,5 m.
Por proteco complementar com dispositivo diferencial
1) A proteco complementar por dispositivo diferencial de alta sensibilidade In=30 mA, deve ser usada como
efectivo complemento de qualquer uma das outras medidas, no podendo ser considerada por si s uma
medida suficiente.
De referir que esta medida no evita acidentes em que o contacto bipolar), pelo que se torna importante a
aplicao correcta das outras medidas referenciadas.
Vasco Santos
36
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Seco 413 das RTIEBT
Medidas para garantir proteco contra choques indirectos
a) Medidas que impeam a corrente de defeito de percorrer o corpo humano ou o corpo de
um animal;
b) Limitao da corrente de defeito que possa percorrer o corpo a um valor inferior ao da
corrente de choque.
c) Corte automtico, num tempo determinado, aps o aparecimento de um defeito
susceptvel de, em caso de contacto com as massas, ocasionar a passagem atravs do corpo
de uma corrente de valor no inferior ao da corrente de choque.
Processos para o esquema TT (mais utilizado)
Corte automtico da alimentao por recurso a um aparelho sensvel corrente diferencial residual
associado a um adequado sistema de terras de proteco;
Interruptor diferencial - ID
Disjuntor diferencial - DDR
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Choques indirectos
Seco 413.1.1.1 das RTIEBT
Proteco por corte automtico da alimentao
Consiste em:
Interromper automaticamente a alimentao do circuito por recurso a um
dispositivo sensvel a correntes de defeito, quando estas atingem um determinado
valor.
A tenso de contacto UC no deve ultrapassar o valor da tenso limite
convencional Uc UL (50 V c.a. e 120 V c.c.)
O tempo de permanncia da tenso de contacto no deve ultrapassar os 5 s.
necessrio que exista ainda coordenao entre os esquemas de ligao terra, as
caractersticas dos condutores de proteco e os dispositivos de proteco.
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Medidas de proteco contra os contactos indirectos
Condies de corte automtico em TT
Para que a proteco seja garantida no sistema de
distribuio de energia TT necessrio verificar-se a
seguinte condio:
(R B R A ) Ia 50 V
RB - Resistncia de terra de proteco
RA - Resistncia dos condutores da malha de
defeito
Ia - Intensidade de corrente de defeito
UL - Tenso limite convencional
Malha de defeito no esquema TT
Vasco Santos
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Medidas de proteco contra os contactos indirectos
Condies de corte automtico em TT
Proteco com dispositivo diferencial (DD)
Tempos mximos de corte do dispositivo de corte automtico
Ia In
Ia - Intensidade de corrente de
defeito
In
Vasco Santos
Corrente diferencial
residual estipulada no DD
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Choques indirectos
Seco 413.1.6. das RTIEBT
Proteco por ligao equipotencial suplementar
Consiste em:
Ligar simultaneamente todas as partes acessveis de uma instalao, como
sejam, as massas de equipamentos fixos, os equipamentos condutores e as
armaduras principais, de beto armado.
Utilizao quando:
No for possvel garantir todas as condies exigveis para o corte automtico,
numa parte ou em toda a instalao onde esta medida for aplicada.
Todos os condutores de proteco de todos os equipamentos, incluindo os das
fichas e das tomadas devem ser ligados ao sistema equipotencial suplementar.
Vasco Santos
41
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Choques indirectos
Seco 413.2 das RTIEBT
Proteco por utilizao de equipamentos da classe II
Consiste no recurso a:
Equipamentos dotados de duplo isolamento ou com isolamento total, cujas
caractersticas so identificadas pela marcao com duplo quadrado.
Isolamento suplementar
As partes condutoras protegidas no devem ser ligadas a qualquer condutor de
proteco.
Vasco Santos
42
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Constituio
Interruptor diferencial (ID)
Disjuntor diferencial (DDR)
Interruptores diferenciais: bipolar e tetrapolar
Vasco Santos
Rel diferencial
Rel de sobrecarga
Rel de mximo de
intensidade (CC)
Disjuntor diferencial
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Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Caractersticas: ID e DDR
Gama de variao
Corrente estipulada (In)
Corrente diferencial residual estipulada (In)
Tenso estipulada (Un)
Nmero de plos
Caractersticas: DDR
Poder de corte (I1)
I1 In para ID
25,40,63,80,100,,(A)
6,12,30,100,300,500,1000,(mA)
Bipolar, tetrapolar, com corte omnipolar
Gama de variao
3000, 4000, 6000, , (A)
Caractersticas dos dispositivos diferenciais
Vasco Santos
44
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Um interruptor diferencial funciona como sensor medindo as correntes que o
atravessam.
No circuito representado na fig.1 as intensidades tm o mesmo valor mas direces contrrias em
relao carga. Logo a soma das mesmas nula (fig.2). Isso s no acontece quando existir fuga de
corrente para a terra (fig.3) e portanto choque elctrico.
Princpio de funcionamento de um Interruptor diferencial
Vasco Santos
45
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Um interruptor diferencial deve ser instalado em srie com os disjuntores
de um quadro de distribuio.
Coloca-se normalmente o interruptor depois do disjuntor principal e
antes dos disjuntores de distribuio.
Para facilitar a deteco do defeito, aconselha-se a proteger cada aparelho
com um disjuntor diferencial.
Caso no seja vivel, aconselha-se a separao dos aparelhos por grupos
que possuam caractersticas semelhante. Por exemplo: circuito de
tomadas, circuito de iluminao, etc.
Instalao de um Interruptor diferencial
Vasco Santos
46
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Um disjuntor com proteco diferencial (DDR) possui, incorporados num
nico produto, um interruptor diferencial (DR) e um mini-disjuntor.
A sua proteco contra contactos directos e indirectos e proteco contra
sobrecarga e curto-circuito.
Com um DDR tanto so protegidas as pessoas contra choque elctricos como
os equipamentos.
Caractersticas de um disjuntor diferencial
Vasco Santos
47
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Disjuntor diferencial
Vasco Santos
48
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Os dispositivos diferenciais ao funcionarem em caso de defeito pem em causa as
condies de explorao e, deste modo, o funcionamento dos servios que asseguram. A
continuidade de servio garantida por uma selectividade apropriada entre os diferentes
dispositivos de proteco.
A selectividade consiste em assegurar a coordenao entre os dispositivos de proteco,
de modo que, quando ocorra defeito numa parte da instalao, as outras partes
constituintes continuem em funcionamento.
In - Corrente diferencial residual estipulada
Vasco Santos
Selectividade entre aparelhos diferenciais
49
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Para se puder assegurar a
selectividade entre dispositivos
diferenciais, estes devem ser
escolhidos de modo que as suas
curvas de funcionamento no
apresentem sobreposio.
In 2 3 In1
Vasco Santos
Selectividade entre aparelhos diferenciais
50
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Vasco Santos
Zonas de no funcionamento, de incerteza e de funcionamento dos dispositivos diferenciais
51
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Sensibilidade dos aparelhos de corte automtico
A sensibilidade de um interruptor diferencial (ID) ou disjuntor diferencial (DDR) deve ser
seleccionada em funo do valor da resistncia de terra do circuito de proteco.
R T In UL 50 V
UL- Tenso limite convencional de contacto
Valores limite da resistncia de terra para as diversas correntes diferenciais estipuladas
Vasco Santos
52
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
TRS NVEIS DE PROTECO
Determine a corrente diferencial
residual estipulada para D1 e D2.
Vasco Santos
Selectividade entre aparelhos diferenciais
53
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS
Qual o valor da corrente diferencial residual?
Vasco Santos
Funcionamento em sistema monofsico
54
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Regimes de Neutro; Sistemas de Terra
SISTEMAS DE TERRA
Quadro de entrada
Barramento de Terra
Definio:
Uma instalao de ligao
terra consiste na utilizao de
elementos que permitam
efectuar as ligaes dos
aparelhos de utilizao e
massas
aos
diversos
componentes do sistema de
terras.
Condutores de proteco
dos diferentes circuitos
Condutor principal de proteco
Ligao equipotencial principal
Barra de repartio
(Equipamento especial que necessitam de
terras sem rudo: telecomunicaes)
Borne principal de terra ou
Ligador Amovvel
(Antenas de radiocomunicaes)
Condutor de terra
Elctrodo de terra
Circuitos de terra Edifcio unifamiliar
Vasco Santos
55
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Choques indirectos
Seco 413.1.2.2 /6 das RTIEBT
Proteco por ligao equipotencial suplementar
Consiste em:
Interligar todas as partes condutoras simultaneamente acessveis tais como, as
massas dos equipamentos fixos, os elementos condutores e as armaduras
principais de beto armado.
Vasco Santos
56
Proteco das instalaes, equipamentos e pessoas
Dispositivos de proteco contra choques elctricos
Choques indirectos
Seco 413.5 das RTIEBT
Proteco por utilizao de equipamentos da classe II
Vasco Santos
57