Apostila Topografia Selma Abrahão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIOSA

Campus Florestal
Curso Tcnico Ps-mdio em Agropecuria II
2 semestre de 2010

CFA 011 Topografia Bsica


Notas de Aula do Professor

Professor: Selma Alves Abraho


Ramal: 3346
[email protected]

Florestal - MG
Agosto de 2010

I. Avaliaes











Prova 01 15% - 06/09/2010 (horrio da aula prtica)


Prova 02 20% - 25/10/2010 (horrio da aula prtica)
01/11/2010 Reviso da prova 01 e 02 (horrio da aula prtica)
Prova 03 20% - 06/12/2010 (horrio da aula prtica)
13/12/2010 Reviso da prova 03 (horrio da aula terica)
Participao dos alunos 5%
Lista de exerccios 10%
Trabalho Prtico 30% (entregar dia 06/12/2010, junto com a prova 03)
Prova de recuperao 21/12 (matria da prova 02 e 03)
Exame especial 23/12 (todo contedo)

Observaes:
 Em todas as provas ser necessrio o uso de calculadora cientfica;
 No ser permitido durante a realizao da prova: emprestar e consultar qualquer tipo de material
(calculadora, lpis, apontador, borracha, caneta etc.), comunicar entre alunos e utilizar celular.
 Trabalhos e listas de exerccios iguais (cpias) tero nota zero;
 Reviso da prova ser na prxima aula aps a prova.

II. Bibliografia recomendada:



Notas de aula do Professor.

PINTO, F.A. 2007. EAM 301 Topografia Bsica (notas de aula). Viosa: DEC/UFV.

COMASTRI, J.A. 1977. Topografia: planimetria. Viosa: UFV.

COMASTRI, J.A. e GRIPP JR., J. 1998. Topografia aplicada: medio, diviso e demarcao. Viosa:
UFV.
COMASTRI, J.A. e TULER 1999. Topografia: altimetria. Viosa: UFV.


RODRIGUES, D.D. 2008. Topografia: planimetria para engenheiros Agrimensores e Cartgrafos
(apostila em desenvolvimento). Viosa: DEC/UFV.

III. Aulas tericas

AULA TERICA 01: INTRODUO, CONCEITOS E APLICAES




Paralelo entre Topografia e Geografia

Topografia Geografia -

Conceitos:
do grego topos = lugar, local, regio, e graphein = descrio, a cincia que tem por objetivo
a descrio de um local, ou seja, parte da superfcie da Terra.
do grego geo = terra e graphein = descrio, a cincia que tem por objeto a descrio da
superfcie da Terra.

Dos conceitos citados acima, pode-se observar semelhanas e diferenas entre estas duas cincias.
Enquanto a Geografia preocupa-se com a descrio de uma ampla superfcie da Terra, a Topografia trata da
descrio minuciosa de um local. Na superfcie terrestre, aproximadamente esfrica, entende-se por local, uma
regio limitada por um raio de, aproximadamente, trinta quilmetros, por outro lado, vale observar, que no se
atribui um limite inferior de ao a nenhuma das duas cincias.
A topografia uma cincia aplicada, baseada na geometria e na trigonometria, cujo objetivo representar
graficamente em um papel (desenhar), parte da superfcie terrestre, considerada plana, com todos os detalhes
naturais (montanhas, vales, rios, lagos, serras etc.) e artificiais (casas, estradas, divisas, povoados, pontes etc.).
A planta topogrfica constitui-se a representao grfica (desenho), em escala reduzida, do local a ser
descrito. sob a planta topogrfica que o Arquiteto projeta a edificao, o Engenheiro civil a ponte, o Agrnomo a
irrigao e o Engenheiro agrimensor o sistema cartogrfico. A partir da planta tambm possvel extrair
informaes topogrficas e redigir o memorial descritivo.
Para atingir o objetivo da Topografia necessrio fazer o levantamento topogrfico, que consiste no
conjunto de operaes realizadas no campo e no escritrio, utilizando mtodos e equipamentos adequados com a
finalidade do trabalho, para obter dados necessrios para representar graficamente parte da superfcie terrestre.
 Operaes realizadas no campo: medidas de ngulos e distncias; e
 Operaes realizadas no escritrio: processamento dos dados obtidos em campo e desenho da
planta topogrfica.
Didaticamente, pode-se subdividir a Topografia em:
 Planimetria: que se ocupa em medir, tratar e representar informaes de um local, em um plano
horizontal (levantamento planimtrico);
 Altimetria: onde as medidas, o tratamento e representao so realizadas em um plano vertical
(levantamento altimtrico); e
 Planialtimetria: onde se trabalha com o espao tridimensional (levantamento planialtimtrico).
A Topografia pode ser aplicada a vrias reas. Qualquer trabalho de Engenharia, Arquitetura ou
Urbanismo se desenvolve em funo do terreno sobre o qual se assenta como, por exemplo, obras virias,
ncleos habitacionais, edifcios, aeroportos, hidrografia, irrigao e drenagem, usinas hidreltricas,
telecomunicao, sistemas de gua e esgoto, cadastramento e planejamento urbano e rural, paisagismo etc.
Exerccios:
1. O que topografia?
2. Qual o objetivo da topografia?
3. Quais so as subdivises da topografia?

REVISO DE MATEMTICA
Nesta nota realizada uma reviso de unidades de medida e trigonometria, necessrio para o estudo das
prximas aulas.


Unidades de medidas
1. De medida linear:
1.1. Sistema mtrico decimal (SMD):
O metro a unidade bsica para representao de medidas no Sistema Internacional (SI). O metro (m)
e seus derivados: quilmetro (km), hectmetro (hm), decmetro (dam), decmetro (dm), centmetro
(cm) e milmetro (mm).
1 km = 1000 m 1 m = 0,001 km
1 hm = 100 m
1 m = 0,01 hm
1 dam = 10 m
1 m = 0,1 dam
1 dm = 0,1 m
1 m = 10 dm
1 cm = 0,01 m
1 m = 100 cm
1 mm = 0,001 m 1 m = 1000 mm
1.2. Sistema antigo brasileiro de pesos e medidas:
1 lgua = 3000 braas = 6600 m
1 quadra = 60 braas = 132 m
1 corda = 15 braas = 33 m
1 braa = 2 varas = 2,2 m
1 vara = 5 palmos = 1,1 m
1 palmo = 22 cm
1.3. Nos EUA e na Inglaterra:
1 p = 30,48 cm
1 polegada = 2,54 cm
1 milha = 1609,344 m
2. De medida angular:
2.1. Radianos:
Radiano (rad) corresponde ao ngulo central subtendido por um arco de circunferncia de
comprimento igual ao raio desta mesma circunferncia (Figura 1).
Existem 2rad numa circunferncia completa, portanto:
2rad = 360

Meia circunferncia:
rad = 180

Figura 1.

2.2. Sistema sexagesimal (graus, minutos e segundos):


Uma circunferncia completa tem 360.
grau =
1 = 60
minuto =
1 = 60
segundo = 1 = 3600

2.3. Sistema centesimal (grados):


Uma circunferncia completa tem 400 grados.
grado = g
1g = 100
minuto =
1 = 100
segundo = 1g = 10000
3. De superfcie

3.1. Sistema mtrico decimal: m2


Unidades agrrias: hectare, are e centiare:
1 hectare (ha) = 10000 m2
1 are (a) = 100 m2
1 centiare (ca) = 1 m2
3.2. Sistema antigo brasileiro de pesos e medidas (SABPM):
Neste sistema a unidade principal o alqueire, que derivado da braa e tem variaes regionais.
Utiliza-se ainda a quarta (1/4 do alqueire), o prato (968 m2) e o litro (605 m2).
Principais tipos de alqueires:
Dimenses (braas)
50 x 50
100 x 100 (mineiro ou geomtrico)
50 x 75
80 x 80
50 x 100 (paulista)
200 x 200

SABPM
20 litros
80 litros
30 litros
32 pratos
40 litros
320 litros

SMD (m2)
12100
48400
18500
30976
24200
193600

Unidade agrria (ha)


1,2100
4,8400
1,8500
3,0976
2,4200
19,3600

Exerccios:
1. Transforme os seguintes ngulos em graus, minutos e segundos:
a) 30,4560 graus =
b) 355,2559 graus =
2. Transforme os seguintes ngulos em graus:
a) 304530 =
b) 1834359 =
3. Calcule os ngulos:
a) 302030 + 205233 =
b) 284115 + 393945 =
c) 423045 204014 =
4. Transforme a rea de 21005 m2 em hectare.
5. Transforme a rea de 51 ha em m2.
6. Transformar a rea de 21 alqueires (mineiro), 3 quartas e 15 litros em hectare.
7. Transformar a rea de 21 alqueires (paulista), 3 quartas e 15 litros em hectare.

Geometria plana: relaes trigonomtricas


1. Tringulo retngulo
um tringulo que possui um ngulo reto, isto , um dos seus ngulos mede 90 (Figura 2).
ngulo

Figura 2.
e : ngulos internos;
A, B e C: vrtices; e
a, b e c : lados, em que a a
hipotenusa e c e b os catetos.

cateto oposto
b
c

cateto adjacente
c
b

Propriedades:
+ + 90 = 180
+ = 90

A partir da Figura 2 podem ser estabelecidas as seguintes relaes:


seno:
cosseno:
tangente:
 



()
 
adjacente ()
 



()
sen =
cos =
tag =

  ()

   ()
 
adjacente ()
Exerccio:
1. A partir da Figura 2, faa as relaes trigonomtricas para o ngulo .
2. Teorema de Pitgoras
O quadrado do comprimento da hipotenusa igual a soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos.
 =   +  
Exerccios:
1. No tringulo abaixo, determinar as relaes.

2. Um observador na margem de um rio v o topo de uma torre na outra margem segundo um ngulo de
56. Afastando-se de 20 m, o mesmo observador v a mesma torre segundo um ngulo de 35.
Calcule a largura do rio (d).

2. Tringulo qualquer
a) Lei dos senos
Num tringulo qualquer a razo entre cada lado e o seno do ngulo oposto constante e igual ao
dimetro da circunferncia circunscrita.




=
=
() () ()
b) Lei dos cossenos
Num tringulo qualquer, o quadrado da medida de um lado igual soma dos quadrados das medidas dos
outros dois, menos o dobro do produto das medidas dos dois lados pelo cosseno do ngulo que eles formam.
 =   +   2. cos ()
Exerccios:
1. Faa a mesma relao da lei dos cossenos para os lados b e c.
2. Um topgrafo, a partir dos pontos A e B, distantes de 20 m, realiza a medio dos ngulos horizontais
a duas balizas colocadas em D e C, com o auxlio de um teodolito. Calcule a distncia entre as balizas.

AULA TERICA 02: SISTEMAS DE COORDENADAS


Os sistemas de coordenadas so necessrios para representar a posio dos pontos sobre uma
superfcie, seja ela um elipside, uma esfera ou um plano.
Em uma regio pequena, num raio de aproximadamente 30 km, campo de atuao da topografia,
pode-se admitir a Terra como uma superfcie plana (superfcie topogrfica). Para uma regio um pouco maior,
pode-se admitir um modelo esfrico para a forma da Terra. Para a Terra como um todo, o modelo que mais se
adapta Terra o elipside de revoluo, obtido girando uma elipse em torno de seu eixo menor. Todos estes
so modelos matemticos, figuras exatas, para a forma da Terra. Em verdade ela se diferencia de todos eles.
O modelo fsico para a Terra o Geide, superfcie de mesmo potencial gravitacional altura do nvel mdio
dos mares, Figura 1.
Para uma superfcie plana, ou seja, superfcie topogrfica, um sistema de coordenadas retangulares X
e Y usualmente empregado. Para a esfera terrestre usualmente empregamos um sistema de coordenadas
geogrficas, representado pelos meridianos e paralelos (Figura 2).

Figura 1. Superfcies que se aproximam da forma


da Terra.

Figura 2. Sistema de coordenadas geogrficas.

Os meridianos so planos que passam pelo eixo da Terra e interceptam sua superfcie segundo um
crculo, supondo-a esfrica. O meridiano de origem o Greenwich (0). Os paralelos so planos
perpendiculares ao eixo terrestre. O paralelo de origem o equador terrestre. Os planos meridianos definem a
longitude e os paralelos a latitude.
Coordenadas geogrficas de Florestal:
Latitude: 19 52' 55'' S
Longitude: 44 25' 09'' W
Altitude: 776 m (altura do ponto em relao ao geide ou elipside)

Plano topogrfico:
E Topografia, como as reas so relativamente pequenas as projees dos pontos so feitas em um
plano topogrfico (tambm conhecida como superfcie topogrfica). O plano topogrfico um plano horizontal
tangente superfcie terrestre num ponto que esteja situado dentro da rea a ser levantada.
Ao substituir a forma da Terra, considerada esfrica, pelo plano topogrfico comete-se erro
denominado de erro de esfericidade (Figura 3).
Determinao do erro de esfericidade:
O erro de esfericidade (e) corresponde a diferena
entre os comprimentos do segmento AB e do arco AF:
e = AB AF
Determinao do segmento AB:
Do tringulo retngulo ABC, temos:
AB = Rtg, em que R o raio da Terra.
Determinao do arco AF:
2R  360
AF 
Ento, AF = 2R / 360 = R / 180
Assim:
 e = Rtg R / 180
Figura 3.
Se fizermos o ngulo central igual a 30 ( = 30) e utilizando um raio mdio de 6366193 m, qual seria o erro de
esfericidade?
Resposta: AB = 55556,9 m; AF = 55555,5 m; e = 1,4 m.
Em topografia, o erro de 1,4 m para a distncia em torno de 55 km pode ser considerada insignificante. Por
essa razo em vez de corrigir o erro ocasionado pela esfericidade terrestre, procura-se limitar a extenso do
terreno a ser levantado pelos recursos da Topografia a uma rea correspondente de um crculo de raio
inferior a 50 km. Considerando esse raio a extenso de aproximadamente 785398 hectares. As propriedades
agrcolas, em geral, no atingem essa rea.
Exerccios:
1. Se fizermos o ngulo central igual a 1 ( = 1) e utilizando um raio mdio de 6366193 m, qual seria o
erro de esfericidade?
Resposta: AB = 111122 m; AF = 111111 m; e = 11 m.
2. Se fizermos o ngulo central igual a 2 ( = 2), qual seria o erro de esfericidade?
3. Se fizermos o ngulo central igual a 3 ( = 3), qual seria o erro de esfericidade?
4. Se fizermos o ngulo central igual a 4 ( = 4), qual seria o erro de esfericidade?
5. Se fizermos o ngulo central igual a 5 ( = 5), qual seria o erro de esfericidade?

AULA TERICA 03: MEDIO DE NGULOS


Levantamento topogrfico definido como conjunto de operaes, no campo e no escritrio, por meio
de mtodos e instrumentos adequados a finalidade do trabalho, destinados obteno de elementos
necessrios para representao do terreno.
 Operaes realizadas no campo: medidas de ngulos e distncias; e
No trabalho de campo os pontos so os elementos necessrios para representao do terreno. Estes
pontos so definidos pela medio de ngulos e distncias. Desta forma, os instrumentos utilizados em
levantamentos topogrficos so divididos em duas partes: instrumentos para medio de ngulos e
instrumentos para medio de distncias.
Os instrumentos que medem ngulos so chamados de gonimetros.
Em topografia trabalha-se com os seguintes ngulos: horizontal e de inclinao do terreno.
1. ngulos horizontais
ngulo horizontal qualquer ngulo medido no plano horizontal (plano normal vertical que passa
pelo ponto topogrfico), Figura 1.
Os pontos A, B e C da Figura 1 so chamados de pontos topogrficos. O ponto A, onde instala o
instrumento de medio chamado de Estao.
A materializao de um ponto topogrfico feita por meio de um piquete e de uma estaca, geralmente
de madeira. O piquete a ser cravado no terreno, deve ter sua parte superior a uma altura de 1 a 2 cm em
relao a superfcie. A estaca utilizada para identificao do ponto. Na medio do ngulo utiliza-se, ainda,
uma baliza para assinalar o ponto sobre o piquete (Figura 2).

Figura 1. ngulo horizontal.


Figura 2. Materializao de um ponto topogrfico.
Os ngulos horizontais que tm origem na ponta norte do meridiano e so contados no sentido horrio
da graduao de 0 a 360 do limbo so chamados de azimutes (Figura 3). Os ngulos horizontais que tm
origem tanto na ponta norte como na ponta sul do meridiano e so contados em quadrantes (0 a 90) so
chamados de rumos (Figura 4).

Figura 3. Azimutes.

Figura 4. Rumos.

Os azimutes so empregados para orientar plantas topogrficas em relao ao eixo de rotao da


Terra, ou seja, em relao ao Norte. As bssolas so instrumentos que medem azimutes e rumos magnticos
diretamente, entretanto, esto em desuso para fins topogrficos. A tendncia atual utilizar receptores de
sinais de satlites de navegao (GPS) para determinarem coordenadas de dois pontos e a partir destas, obter
o azimute geogrfico (ou verdadeiro).
O clculo de ngulos horizontais, horrios ou anti-horrios, entre alinhamentos a partir de azimutes,
tarefa bastante comum em topografia, pode ser generalizado da seguinte forma:
 ngulos horrios (se o ngulo for menor que 0, somar 360):

 ngulos anti-horrios (se o ngulo for menor que 0, somar 360):

Embora a tendncia seja padronizar o uso de azimutes, rumos ainda so empregados e se torna
necessrio conhecer a relao entre eles. A Figura 5 mostra para cada quadrante a equao que relaciona
azimutes e rumos.

Figura 5. Relao entre rumos e azimutes.

1 quadrante: R12 = AZ12 NL (ou NE)


AZ12 = R12
2 quadrante: R13 = 180 - AZ13 SL (ou SE)
AZ13 = 180 - R13
Resumo:
ngulo horizontal:
Azimute
Rumo

Origem:
ponta Norte
ponta Norte (1 e 4 quadrante)
ponta Sul (2 e 3 quadrante)

3 quadrante: R14 = AZ14 180 SO


AZ14 = 180 + R14
4 quadrante: R15 = 360 - AZ15 NO
AZ15 = 360 - R15

Sentido:
Horrio
horrio (1 e 3 quadrante)
anti-horrio (2 e 4 quadrante)

Graduao:
0 a 360
0 a 90

Exerccio:
1. Dados a Figura e a caderneta a seguir, calcular os ngulos internos a partir dos azimutes lidos.
Transformar o azimute lido em rumo. Preencher a caderneta e identificar sobre a Figura os Azimutes e os
ngulos internos.
Estaes Pontos visados Azimutes Rumos ngulos internos
B
1010402
A
C
1495555
C
2341442
B
A
2810405
A
3295552
C
B
541445
2. ngulos de inclinao do terreno
ngulo de inclinao do terreno qualquer ngulo medido no plano vertical (plano que contm a
vertical que passa pelo ponto topogrfico), ele define a altimetria do mesmo ponto e serve de elemento bsico
para reduo da distncia inclinada ao horizonte (distncia horizontal), Figura 6.
Quando a origem de contagem do ngulo de inclinao do terreno no plano horizontal, o ngulo
denominado vertical (Figura 7). Quando a origem de contagem corresponde a vertical do ponto, o ngulo
chamado de zenital (Figura 8).

Figura 6. ngulo de inclinao.


Figura 7. ngulo vertical.
Figura 8. ngulo zenital.
Converso dos ngulos zenitais para verticais:
Exerccios:
V = 90- Z
1. Transforme o ngulo vertical 073305 em ngulo
zenital.
2. Transforme o ngulo zenital 82555 em ngulo
vertical.

AULA TERCIA 04: DECLINAO MAGNTICA


Declinao Magntica: como os plos geogrficos (plos verdadeiros), de modo geral, no coincidem com os
plos magnticos, h um desvio do meridiano magntico em relao ao geogrfico. O ngulo compreendido
entre esses meridianos denominado declinao magntica (Figura 4).

Figura 4.
Em 2005, o plo norte magntico estava localizado aproximadamente a 118 a oeste de Greenwich e a 83
acima do equador. J o plo sul magntico situava-se, aproximadamente, na longitude 138 leste e latitude 64
sul.
Tipos de declinao magntica: a posio do norte magntico pode estar esquerda, direita ou mesmo
coincidir com a posio do norte geogrfico. Dessa forma, tm-se trs tipos de declinao magntica:
 Declinao negativa ou ocidental: o norte magntico (NM) est a esquerda do norte verdadeiro (NV),
sentido anti-horrio (Figura 5).
 Declinao positiva ou oriental: o norte magntico (NM) est a direita do norte verdadeiro (NV), sentido
horrio (Figura 6).
 Declinao nula: o norte magntico coincide com o norte verdadeiro, NM = NV (Figura 7).

Figura 5. Ocidental (do) ou negativa (-).

Figura 6. Oriental (de) ou positiva (+).

Figura 7. Nula.

Atualmente, em grande parte do territrio brasileiro, a direo norte dada pela agulha imantada se encontra
esquerda do norte verdadeiro, ou seja, a declinao ocidental (do ou -). Em Florestal-MG, atualmente, a
declinao est em torno de 2156 ocidental.
Variao da declinao magntica:
a) Posio geogrfica e poca do ano: a declinao magntica varia com a posio geogrfica em que
observada e para cada poca do ano.
b) Seculares: so aquelas observadas no decorrer dos sculos. Tem origem no interior da Terra e deve-se ao
movimento das cargas eltricas da parte lquida do ncleo terrestre (formado por nquel e ferro), que
funciona como um m cujo magnetismo d origem ao campo magntico terrestre. J foram observados
variaes de 25 oriental at 25 ocidental.
c) Locais: so perturbaes ocasionadas pela presena ou proximidade de algum material metlico, linhas de
transmisses de energia etc.

Distncias mnimas a serem observadas nas operaes com bssolas:


 Linha de alta tenso: 140 m;
 Linha telefnica: 40 m;
 Cerca de arame farpado: 10 m.
Atualmente, para atualizar as declinaes e suas variaes emprega-se cartas magnticas digitais e
programas computacionais especficos para tal fim.
a) Cartas magnticas digitais:
Os pontos da superfcie que tm o mesmo valor de declinao num determinado instante, se unidos formam as
linhas isognicas, originando os mapas de isognicas. Os pontos da superfcie que tem a mesma variao
anual de declinao so mostrados em mapas denominados isopricos.
Os mapas de isognicas e isopricos so publicados periodicamente pelos observatrios astronmicos. Na
Figura 8 tem-se um esboo de parte, regio de Viosa MG, da carta magntica do Brasil de 2000.

Figura 8. Parte de uma carta magntica para a regio de Viosa-MG para o ano 2000.
A declinao magntica em um determinado local, para uma determinada poca t, pode ser calculada
realizando interpolaes na carta magntica confeccionada para uma poca to empregando a seguinte
Equao:
em que,
to = poca, para a qual foi confeccionado a carta isognica (em anos),
t = poca, para a qual se deseja calcular a declinao magntica (em anos),
dto= declinao magntica, para o local, extrada da carta isognica (em minutos
dt = dto + dtom.(t to)
sexagesimais),
dtom = variao da declinao, para o local, extrada do mapa (em minutos por ano),
dt = declinao magntica, para o local, na poca t (em minutos).
b) Programas computacionais:
Na pgina http://www.ngdc.noaa.gov/geomagmodels/struts/calcDeclination possvel determinar diretamente,
para qualquer lugar a declinao magntica (Declination, de acordo com o programa computacional). Quanto
ao perodo de validade dos clculos depende do modelo que est sendo empregado pelo programa.
Normalmente, o perodo de uso de um modelo de cinco anos.

Correo de rumos e azimutes:


Uma vez que o norte magntico sofre variaes at mesmo dirias, uma planta topogrfica deve ser orientada
pelo norte geogrfico e no pelo magntico. No entanto, este pode ser determinado a partir daquele, se a
declinao para uma poca t conhecida, empregando as seguintes Equaes:
Rumos:
RV = RM declinao magntica
Obs.: o sinal + ou vai depender do quadrante do
rumo magntico e do tipo de declinao.

Azimutes:
AZV = AZM do
AZV = AZM + de

Ainda hoje comum encontrar-se plantas orientadas pelo norte magntico. Porm, se a data de medio do
azimute constar na planta, o azimute geogrfico, e consequentemente o meridiano geogrfico, pode ser
resgatado atravs das Equaes citadas acima. A tendncia atual utilizar receptores de sinais de satlites de
navegao (GPS) para determinarem coordenadas de dois pontos e a partir destas, obter diretamente o
azimute geogrfico. Bssolas e declinatrias esto em desuso para fins topogrficos.
Exerccios:
1. Transforme rumo magntico em rumo verdadeiro:
a) RM = 45 NE, do = 19 e RV = ?
b) RM = 15 NE, do = 19 e RV = ?

2. Transforme azimute magntico em azimute


verdadeiro:
a) AZM = 35, de = 15 e AZV = ?
b) AZM = 115, do = 15 e AZV = ?
3. Na Figura ao lado ilustra-se uma operao topogrfica em
Florestal-MG que foram medidos os ngulos horizontais, , e .
O rumo magntico do alinhamento de 0 para 1 foi medido em
janeiro de 2000, sendo que naquela poca a declinao
magntica era 2118 ocidental. Sabendo-se que a variao da
declinao magntica daquela poca para hoje foi de 30 para o
ocidente, pede-se encontrar os rumos magnticos e rumos
verdadeiros atuais para os alinhamentos 0 para 2, 0 para 3 e 0
para 4. Mostrar todos os clculos.
Dados: RM01 (Rumo magntico de 0 para 1) = 125513 NE, =
512753, = 1472939 e = 3574034

AULA TERICA 05: MEDIO DE DISTNCIAS


As medies de distncias e ngulos possibilitam o posicionamento de pontos em um determinado sistema de
referncia (X e Y).
A distncia entre dois pontos (Distncia Inclinada DI) pode ser decomposta em (Figura 1):
 Distncia Horizontal (DH): tambm conhecida como distncia reduzida. a distncia entre dois pontos
medida em um plano horizontal. Esta distncia a que, por fora de lei, consta em escrituras
imobilirias, por isso tambm denominada distncia legal.
 Distncia Vertical (DV) ou Diferena de Nvel (DN): a distncia entre dois pontos medida ao longo da
vertical.

Figura 1. Distncia inclinada, horizontal e vertical entre dois pontos.


Processos de medio de distncias: direto e indireto.
1) Processo direto: a distncia entre dois pontos pode ser determinada percorrendo o alinhamento do incio ao

fim, medindo diretamente a grandeza procurada. Entretanto, obstculos como lagos, rios, construes etc.,
entre os extremos do seguimento a ser medido, impedem o emprego desse processo.
Instrumentos (ou diastmetros) mais utilizados:
 Trena de invar (liga de ao e nquel 36% de nquel).
 Trena de ao: constitui-se de uma lmina de ao inoxidvel devidamente graduada. Comprimentos
disponveis no mercado: 1, 2, 3, 5, 10, 20 e 50 metros.
 Trena de fibra de vidro: feita de material bastante resistente (produto inorgnico obtido do prprio vidro por
processos especiais). Comprimentos disponveis no mercado: 20 e 50 metros.
 Trena de lona: feita de pano oleado ao qual esto ligados fios de arame muito finos que lhe do alguma
consistncia e invariabilidade de comprimento. Comprimentos disponveis no mercado: 20 e 50 metros.
 Roda Contadora: instrumento utilizado para medir distncias curvas.
Quando a distncia a ser medida maior que a trena utilizada ou o terreno muito ngreme, divide-se o
alinhamento em sees de comprimento menor ou no tamanho da trena (Figura 2). Os extremos de cada
seo devem ser alinhados com os extremos do alinhamento com auxlio de um teodolito. O operador
posicionado em A visa uma baliza colocada em B e em seguida prende o movimento do limbo horizontal,
movimentando a luneta verticalmente orienta-se o balizeiro para marcar o primeiro ponto da seo e os
prximos pontos.

Figura 2.
Fontes de erros na medio direta de distncias horizontais com trenas:
a) Erros de leitura: embora seja muito simples fazer leituras em uma trena, bom tomar cuidado,
principalmente para no inverter a origem da trena e no misturar leitura no sistema mtrico com leitura em
polegadas (sistema EUA e Inglaterra).
b) Dilatao: depende do material de composio e do comprimento da trena e da diferena entre a
temperatura ambiente e a de aferio. Se houver dilatao o valor lido (VL) ser menor que o valor
procurado (VP).
c) Elasticidade: depende do material de composio, do comprimento, da espessura e da largura da trena e
da diferena entre a tenso aplicada na medio e na aferio. Com a distenso da trena o valor lido tornase menor que procurado (VL < VP).
d) Catenria: curvatura ou barriga que se forma ao tencionar a trena. funo do seu peso, do seu
comprimento e da tenso aplicada (Figura 3a). Devido catenria o valor lido sempre maior que o
procurado (VL > VP).
e) Falta de verticalidade da baliza: qualquer inclinao na baliza na direo do alinhamento provocar um
aumento ou diminuio na distncia que est sendo medida, caso esteja incorretamente posicionada para
trs ou para frente, respectivamente. Este tipo de erro s poder ser evitado se for feito uso do nvel de
cantoneira ou substituindo a baliza por um fio de prumo (Figura 3b).
f) Falta de horizontalidade da trena: com a trena inclinada o valor lido ser sempre maior que o procurado (VL
> VP), Figura 3c. Uma forma de eliminar esse erro oscilar a trena em torno da linha de referncia, por
exemplo, uma baliza, e anotar o menor valor.
g) Erro de alinhamento das sees: ocorre quando as sees no esto alinhadas com os pontos extremos
(Figura 3d). Neste caso VL > VP.

(a)

(b)

Vista superior
(c)
(d)
Figura 3. Principais fontes de erros na medio com trenas, catenria (a), falta de verticalidade da trena (b), falta de
horizontalidade da trena (c) e erro de alinhamento entre as sees (d).
Medir distncias horizontais pelo processo direto pode ser muito demorado e impreciso se a equipe de trabalho
no estiver bem treinada e o relevo for muito acidentado. Caso haja algum obstculo no alinhamento deve-se
empregar o processo indireto.
2) Processo indireto: a distncia entre dois pontos pode ser determinada a partir de observaes que estejam

implcita ou explicitamente ligadas distncia procurada.


Instrumentos e mtodos:
a) Teodolito + mira horizontal ou mira vertical = Taqueometria ou Estadimetria;
b) Estao total + refletor. Dependendo do tipo de estao total e da distncia a ser medida, o refletor pode
ser dispensado;
c) Satlites de navegao + receptor + antena: no h necessidade da intervisibilidade entre as estaes;
d) Quasares + antenas parablicas (VLBI Very Long Baseline Interferometry). Para distncias longas,
como a distncia entre a Amrica e a frica, por exemplo. , atualmente, a tcnica que propicia maior
preciso na medio de tais distncias.
a) Taqueometria ou Estadimetria
O gonimetro que alm de medir ngulos horizontais e de inclinao do terreno dotado de fios estadimtricos
(ou fios do retculo) pode ser chamado de taquemetro ou simplesmente teodolito. A Figura 4 mostra os fios
estadimtricos de um teodolito com o qual se pode tambm determinar as distncias horizontal e vertical.

Figura 4. Fios estadimtricos, fio superior (FS), fio mdio (FM), fio inferior (FI) e fio vertical (FV).
Princpio de funcionamento:
Existem taquemetros denominados normais e autoredutores, trataremos aqui dos taquemetros normais.
Medio com a luneta na horizontal (ngulo zenital = 90 ou ngulo vertical = 0)
A Figura 5 reala o centro do teodolito e a posio dos fios estadimtricos. A razo entre a distncia da
localizao dos fios ao centro do aparelho, distncia Ob, e a distncia do fio superior ao inferior, distncia ac,
conhecida como constante estadimtrica (g). A constante estadimtrica, na maioria dos instrumentos, igual a
100 (esta informao encontra-se no manual do instrumento), ou seja, ac cem vezes menor que Ob.
1.

Figura 5.
A Figura 6 esquematiza a medio de uma distncia horizontal, DH, por taqueometria com a luneta na posio
horizontal. O teodolito est num dos extremos do seguimento a ser medido e no outro est uma rgua
graduada, denominada mira, perfeitamente na vertical. FS, FM e FI so as leituras realizadas na mira,
observando, pela ocular, as posies dos fios superior, mdio e inferior, respectivamente.
Da Figura 6, verifica-se que o tringulo Oac semelhante ao tringulo OAC e, portanto:

Mas Ob/ac a constante estadimtrica do teodolito e de acordo com a Figura 6:


Sendo (FS FI) conhecida com leitura estadimtrica e representada pela letra m. Assim:
Se as observaes forem realizadas com a luneta na horizontal, a Equao utilizada para calcular distncia
horizontal (DH) ser:

Figura 6.
Fontes de erro:
a) Leitura na mira: funo da refrao atmosfrica, da capacidade de aumento da luneta, de defeitos na
graduao da mira, da paralaxe etc.;
Para minimizar os erros devido refrao atmosfrica recomenda-se no realizar medidas, na mira, abaixo
de 0,5 m, principalmente em dias e/ou lugares quentes. Erros devido paralaxe so evitados se as leituras
FS, FM e FI so feitas de uma nica vez, sem que o observador altere seu ponto de vista de leitura. O
problema com a capacidade de aumento da luneta resolvido evitando medir distncias grandes, acima de
70 m.
b) Impreciso na constante estadimtrica;
c) No verticalidade da mira.
A verticalidade da mira pode ser garantida empregando um nvel de cantoneira ou um fio de prumo. Para
minimizar o erro recomenda-se no realizar leituras na parte mais alta da mira.
2.

Medio com a luneta inclinada


Neste caso, devido a diferena de nvel entre os extremos do seguimento a ser medido, para visar a mira
h necessidade de inclinar a luneta para cima ou para baixo, de um ngulo vertical (V), ou ngulo zenital
(Z), em relao ao plano horizontal, como indicado na Figura 7.
Se o ngulo de inclinao do terreno lido o vertical, tem-se que a distncia horizontal (DH) e distncia
vertical (DV) so calculadas por:

Se o ngulo de inclinao do terreno lido o zenital, tem-se que a distncia horizontal (DH) e distncia
vertical (DV) so calculadas por:

 Observe que a Equao para calcular a distncia vertical no se alterou!

Figura 7.
Alm daquelas que ocorrem quando a luneta est na horizontal tm-se como fontes de erro:
a) Leitura do ngulo vertical e
b) A hiptese simplificativa adotada para se chegar Equao (no demonstrada aqui).
Exerccios:
1. De uma estao A foi visada, com a luneta na horizontal, uma mira colocada em um ponto B. Foram feitas
as seguintes leituras: fio inferior = 0,855 m e fio superior = 2,005 m. Calcule a distncia horizontal entre os
pontos (AB). E se a leitura no fio superior fosse 2,000 m em vez de 2,005, qual seria a nova distncia?
Calcule a diferena entre as distncias encontradas, em centmetros.
2. Foram visados, a partir do ponto A, os pontos B e C e feitas as seguintes leituras:
 Em B: FI = 2,000; FM=2,504; FS = 3,008; ngulo vertical = 0106;
 Em C: FI = 1,000; FM= 1,478; FS = 1,956; ngulo vertical = 0212.
Sabendo-se que a altura do teodolito era 1,55 m, calcule:
c) As distncias horizontais entre A e B e entre A e C;
d) O valor mximo e mnimo que pode ter a distncia horizontal entre os pontos B e C;
e) As diferenas de nvel ou distncias verticais entre A e B, A e C, e entre B e C.

AULA TERICA 06: LEVANTAMENTO TOPOGRFICO


Feito os estudos dos mtodos e instrumentos empregados na medio dos ngulos e das distncias,
necessrio agora, que utilizamos bem deste estudo no levantamento topogrfico. Levantamento topogrfico de
uma determinada regio consiste em obter, com preciso, informaes necessrias para o desenho da sua
planta, em escala conveniente. Essas informaes so as coordenadas (ngulos e distncias) que definiro no
desenho as posies tanto planimtrica como altimtrica dos pontos topogrficos.
Assim, definimos levantamento topogrfico como conjunto de operaes realizadas no campo e no
escritrio, por meio de mtodos e instrumentos adequados a finalidade do trabalho, destinados obteno de
elementos necessrios para representao grfica do terreno (ou seja, parte da superfcie terrestre).
 Operaes realizadas no campo: medidas de ngulos e distncias; e
 Operaes realizadas no escritrio: processamento dos dados obtidos em campo e desenho da planta
topogrfica.
O procedimento bsico para levantar uma determinada rea : instalar o instrumento em um determinado
ponto devidamente materializado, cravando no local um piquete de madeira ou de concreto, e proceder
medio dos ngulos e distncias. Este ponto materializado chamado de ponto de apoio ou Estao. Os
pontos mapeados em torno dele so chamados de pontos de interesse, pontos de detalhes ou pontos
temticos.
Etapas de um levantamento planimtrico:
1) Planejamento: no planejamento deve-se definir, principalmente, a finalidade (construo de um ptio de
secagem de gros, construo de um viveiro para criao de peixes, projeto de irrigao e de drenagem, de
conservao de solo e gua, de saneamento bsico etc.), a escala mxima, os equipamentos e os mtodos
de levantamento.
2) Reconhecimento da rea e elaborao de croqui: consiste em percorrer a rea a ser levantada, atravs de
um mapa em escala pequena (por ex. 1/50000), de uma foto area ou de imagens orbitais, e fazer um
croqui da rea definindo a posio dos pontos de apoio e dos pontos de interesse que caracterizam o
contorno do terreno e a posio dos acidentes naturais (lagos, rios, mata, relevo etc.) e artificiais
(benfeitorias, pontes, estradas, cercas etc.) que devero ser levantados.
3) Levantamento da poligonal bsica: consiste na materializao e levantamento dos pontos de apoio
empregando mtodo adequado (poligonao, triangulao, trilaterao, triangulaterao ou levantamento
por satlites de posicionamento). Desses mtodos, somente poligonao e levantamento por satlites de
posicionamento sero enfatizados nesta disciplina.
4) Levantamento dos pontos de detalhes: consiste em definir os acidentes naturais e artificiais na rea a ser
levantada empregando os diferentes mtodos (ordenadas, irradiao e interseo).
5) Processamento dos pontos de apoio e detalhes: consiste em corrigir os erros (fechamento angular,
altimtrico etc.), avaliar a qualidade do levantamento (se est dentro da tolerncia) e determinar as
coordenadas.
6) Desenho da planta topogrfica: transformar a descrio numrica do terreno em descrio grfica, uma
forma de visualizar a rea levantada e possibilitar a concepo de projetos.
7) Redao do memorial descritivo: texto que descreve o limite do lote urbano ou rural levantado. o
documento legal que possibilita a confeco da escritura do terreno.
8) Redao do relatrio tcnico: texto que descreve a finalidade do levantamento bem como os mtodos e
instrumentos empregados.
1.
a)
b)
c)
d)
e)

Mtodos de levantamento topogrfico:


Levantamento por irradiao
Levantamento por interseo
Levantamento por ordenadas
Poligonao
Levantamento por satlites de posicionamento

a) Levantamento por irradiao


Este mtodo consiste em escolher um ponto no interior do terreno a ser levantado e a partir deste ponto
determinar os elementos necessrios (ngulos e distncias) para definir a posio dos pontos topogrficos.
A posio escolhida para instalar o instrumento deve permitir a visada de todos os pontos que
caracterizam o permetro (contorno) e os acidentes naturais e artificiais do terreno. Deste modo, este
mtodo empregado para levantamento de reas pequenas, regulares e descampadas. Geralmente, o
mtodo irradiao empregado como auxiliar ao mtodo poligonao para levantamento de pontos de
detalhes.
As direes das linhas de visada podem ser obtidas com a bssola ou a partir da medio de ngulos
horizontais, tomando como referncia a primeira linha de visada (primeiro alinhamento). As distncias
podem ser obtidas por processo direto e indireto.

Figura 1.
A seguir apresentada uma caderneta de campo tpica de um levantamento por irradiao a bssola e
medio direta de distncias.
Caderneta de campo:
Estao
Pontos visados
0
1
2
A
3
4
5
6

Azimute

Distncia (m)

Observaes

b) Levantamento por interseo


Neste mtodo os pontos topogrficos sero definidos pelas intersees dos lados de ngulos horizontais
medidos das extremidades de uma base estabelecida no terreno. A nica distncia a ser medida em
campo neste mtodo aquela correspondente ao comprimento da base (por exemplo, a base AB da
Figura 2), geralmente obtida com uma trena. As distncias entre as extremidades da base e os pontos
topogrficos (por exemplo, as distncias AP, AQ, BP e BQ da Figura 2) podem ser determinadas por
relaes trigonomtricas.

Figura 2.
Este mtodo empregado para levantamento de reas pequenas, regulares e descampadas. Geralmente,
o mtodo de levantamento por interseo empregado como auxiliar ao mtodo poligonao para
levantamento de pontos de difcil acesso ou muito distantes.
Exemplo 1: Determinar a distncia da extremidade A ao ponto I. Dados: AB = 50,00 m, A = 40 e B = 85.
Resposta:
A + B + C = 180  C = 180 - (A + B)
C = 180 - (40 + 85) = 55
#$
#'
=
 %&  %(
Ento:
#$.  %( 50.  85
#' =
=
= 60,81 0
 %&
 55
Figura 3.
Exemplo 2: Dada a Figura 2, mostrar como encontrar a distncia do ponto P ao ponto Q, onde P um
ponto de difcil acesso, do outro lado da margem do rio.
Resposta:
Do triangulo ABQ, temos que:
#$  
Do tringulo ABP, temos que:
#6
=
#1
#$
#$  2
(% +  )
=
#1 =
Do triangulo AQP, temos que:
 2  32
 32
Mas, 32 = 180 (%2 + 2 )
16 = #1 + #6  2 #1 #6 cos (%2 + % )
Portanto: 32 = (%2 + 2 )
#$  2
#1 =
(%2 + 2 )
c) Levantamento por ordenadas
Neste mtodo a posio do ponto topogrfico definida pela medio de suas respectivas coordenadas
retangulares (abscissas e ordenadas).
Assim, o ponto P7 da Figura 4 ser determinado medindo-se no campo a abscissa A1 = x1 e a ordenada 1P7 =
y1. As distncias so obtidas pelo mtodo direto, com trenas. Os ngulos normais s abscissas sero definidos
por meio de gonimetros.

Este mtodo tambm empregado como auxiliar ao mtodo poligonao para levantamento de detalhes
sinuosos, como linhas divisrias (cercas), cursos de gua, estradas etc.

Figura 4.
d) Poligonao
um mtodo para levantamento de pontos de apoio, tambm conhecido como levantamento por
caminhamento, consiste na medio sucessiva de ngulos e distncias entre pontos consecutivos de uma
poligonal (Figura 5).
Existem outros mtodos de levantamentos de pontos de apoio como: triangulao (somente ngulos),
trilaterao (somente distncias) e triangulaterao (ngulos e distncias). Desses mtodos, somente
poligonao ser enfatizado nesta disciplina.
Procedimentos para coleta de dados em campo:
Levantamento por caminhamento (poligonao), como prprio nome diz, consiste em um caminhamento onde,
instalado o instrumento em um ponto de apoio, necessrio que sejam visveis dois outros pontos de apoio:
um anterior, chamado de r e um posterior, chamado de vante. Os vrtices e os lados da poligonal so
utilizados para levantamento dos pontos de detalhes (acidentes naturais e artificiais no terreno) com emprego
de mtodos auxiliares.
Na Figura 5, os pontos de apoios (ou as estaes) so identificados com nmeros variando de 0 a 4. O ponto 0
o ponto de referncia (ou inicial), ele pode ter coordenadas conhecidas ou ser simplesmente um ponto onde
fez a leitura do azimute. Os ngulos horizontais horrios, com origem a r, so identificados com a letra e
com o nmero da estao subscrito. As distncias entre a estao e ponto de vante, so identificadas com a
letra d e com o nmero da estao subscrito. Inicialmente, instala-se o instrumento no ponto de referncia,
estao 0, e observa-se o ngulo horizontal horrio 0, com origem no ponto 4 (r) e trmino no ponto 1
(vante). Observa-se a distncia horizontal entre pontos 0 e 1, d0. Muda-se o instrumento para a estao 1 e
observa-se 1 e d1. Muda-se para 2 e observa-se 2 e d2. E assim por diante. Verifica-se que, necessrio
passar pelo ponto 1, mesmo que seja possvel medir, da estao 0 o ngulo e a distncia at a estao 2.

(a)

(b)

Figura 5. Mtodo poligonao, caminhamento sentido horrio (a) e caminhamento sentido anti-horrio
anti
(b).
O mtodo caminhamento (poligonao
poligonao) caracterizado pela natureza dos ngulos que se mede, da classificaclassifica
se em:
i.
Caminhamento pelos ngulos horrios;
ii.
Caminhamento pelos ngulos de deflexes;
iii.
Caminhamento bssola;
i.

Caminhamento pelos ngulos horrios

ngulos horrios so ngulos horizontais medidos


med
sempre no sentido horrio. Dependendo do sentido do
caminhamento, os ngulos horrios podem ser internos ou externos. Quando o caminhamento feito no
sentido horrio, os ngulos horrios so externos, ver Figura 5a. Quando o caminhamento feito no sentido
anti-horrio, os ngulos horrios so internos, ver Figura 5b.
5
 Frmula para clculo dos azimutes:
menor que 180  + 180
maior que 180 e menor que 540  - 180
Azimutecalculado = Azimuteanterior + ngulo horrio
maior que 540  - 540
Exemplo 1. Dados a caderneta de campo e o croqui, obtidos utilizando o levantamento por caminhamento
pelos ngulos horrios para levantar pontos de apoio (vrtices da poligonal) e o mtodo auxiliar irradiao para
levantar pontos de detalhes (quina
quina de uma casa),
casa determinar: os azimutescalculados dos outros pontos,
pontos verificar o
erro angular de fechamento,, e se o erro tiver dentro da tolerncia, fazer a correo do erro angular de
fechamento.
Observao: o azimute do ponto de referncia (inicial) lido no instrumento em campo.
Croqui:

Caderneta de campo:
Estao
0
1
2
3
3
4
5

Pontos visados
Azimutes
ngulo horrio
OBS.
R
Vante
lido
Calculados
5
1
26740
14500
0
2
11600
1
3
29500
2
4
26330
2
a
31045
casa
3
5
22730
4
0
27030
-

Resposta:
a) Azimute calculado:
Azimutecalculado = Azimuteanterior + ngulo horrio
Azimute01 = 14500 (lido em campo)
Azimute12 = Azimute01 + ngulo horrio12
Azimute12 = 14500 + 11600 = 26100 (> 180 e < 540  - 180) = 26100 - 18000 = 8100
Azimute23 = 8100 + 29500 = 37600 (> 180 e < 540  - 180) = 37600 - 18000 = 19600
Azimute34 = 19600 + 26330 = 45930 (> 180 e < 540  - 180) = 45930 - 18000 = 27930
Azimute3a = 19600 + 31045 = 50645 (> 180 e < 540  - 180) = 50645 - 18000 = 32645
Azimute45 = 27930 + 22730 = 50700 (> 180 e < 540  - 180) = 50700 - 18000 = 32700
Azimute50 = 32700 + 27030 = 59730 (> 540  - 540) = 59730 - 54000 = 5730
Azimute01 = 5730 + 26740 = 32510 (> 180 e < 540  - 180) = 32510 - 18000 = 14510
Estao
0
1
2
3
3
4
5

Pontos visados
Azimutes
ngulo horrio
OBS.
R
Vante
lido
Calculados
5
1
26740
14500
14510
0
2
11600
8100
1
3
29500
19600
2
4
26330
27930
2
a
31045
32645
casa
3
5
22730
32700
4
0
27030
5730

b) Verificao do erro angular de fechamento:


I.
Mtodo 1
A soma dos ngulos externos de um polgono = 180(n+2)
em que, n=nmero de lados (ou vrtices) do polgono. Ento:
soma dos ngulos externos de um polgono = 180(6+2) = 144000
soma dos ngulos externos de um polgono = 26740 + 116 + 295 + 26330 + 22730 + 27030 = 144010
erro angular de fechamento = 144010 - 144000 = 10
II. Mtodo 2
erro angular de fechamento = Azimute01 (calculado) - Azimute01 (lido)
erro angular de fechamento = 14510 - 14500 = 10
c) Tolerncia do erro angular de fechamento (T):
7 = 5 ento: 7 = 56 = 1214,85  Concluso: o erro angular de fechamento cometido durante as
operaes de campo, igual a 1214,85, permito. Nesse caso, o erro deve ser distribudo para a seqncia do
trabalho de escritrio.

d) Correo do erro angular de fechamento


O erro angular de fechamento do polgono, igual a 10, dever ser distribudo nos ltimos lados. A correo
cumulativa, sendo somada ou subtrada de acordo com o azimute lido e calculado do alinhamento 01. No se
corrige os azimutes dos pontos levantados por processos auxiliares, ou seja, os pontos de detalhes.
Estao
0
1
2
3
3
4
5

Pontos visados
Azimutes
OBS.
R
Vante
Lido
calculados
Corrigidos
5
1
14500 14510
= 14510 10 = 145
0
2
8100
= 8100
1
3
19600 = 19600 2 = 19558
2
4
27930 = 27930 4 = 27926
2
a
32645
= 32645
casa
3
5
32700 = 32700 6 = 32654
4
0
5730
= 5730 8 = 5722

OBS.: se o caminhamento fosse no sentido anti-horrio, o procedimento seria o mesmo, porm os ngulos
medidos no campo, seriam ngulos internos do polgono.

ii.

Caminhamento pelos ngulos de deflexes

ngulo de deflexo: o ngulo formado pelo prolongamento do alinhamento anterior estao do instrumento
e o alinhamento seguinte. O ngulo de deflexo varia de 0 a 180 direita ou esquerda do prolongamento
do alinhamento.

Figura 6.

Operaes para medio do ngulo de


deflexo do alinhamento 12:
1) Centralizar e nivelar o teodolito na
estao 1;
2) Inverter a luneta e visar a estao r
(estao 0), zerar o limbo horizontal;
3) Voltar a luneta posio normal;
4) Soltar o movimento do limbo
horizontal e visar a vante (estao 2);
5) Ler o ngulo de deflexo no limbo
horizontal do instrumento.

 Controle do erro de medio angular:


O levantamento por caminhamento pelos ngulos de deflexes permite o controle de medio angular quando
o teodolito dotado de bssola. Pode-se calcular o rumo (ou azimute) de um alinhamento a partir do ngulo de
deflexo do mesmo e do rumo (ou azimute) do alinhamento anterior. O ngulo calculado comparado com
aquele lido no limbo da bssola. Caso a diferena entre eles seja significativa, as medidas devem ser
repetidas.

1. Caso de bssola graduada para medio de rumos:


No existe frmula para calcular o rumo, sempre teremos que desenhar!

R23 = R12 + D

R23 = R12 - E

2. Caso de bssola graduada para medio de azimutes:


Azimutecalculado = Azimuteanterior + D
Azimutecalculado = Azimuteanterior E

 Verificao do erro angular de fechamento:


A verificao do erro angular de fechamento feita com bases nas estaes da poligonal. Dessa forma, os
pontos levantados por processos auxiliares no so includos.
Considerando a poligonal da Figura 7, pode-se escrever:

Figura 7.
D1 + 1 = 180
D2 + 2 = 180
D3 + 3 = 180
D4 + 4 = 180
D5 + 5 = 180
D6 + 6 = 180
=

<>2
?

<>2
?

1 E1= 180
2 E2 = 180


<>2
A

<>2
A

<>2

<>2

: < : @< = 2 180

: ;< + : < = 6 180

: < : @< = B 180

: ;< + : %< =  180

k = nmero do vrtice

<>2
?

<>2
?

<>2
A

<>2
A

<>2
?

<>2
?

<>2
?

<>2
?

<>2
A

<>2
A

<>2

<>2

<>2

<>2

<>2
?

<>2
A

<>2

<>2

<>2

<>2

: ;< + : %< =  180


: < : @< = B 180

: ;< + : < + : < : @< =  180 + B 180

: ;< + : < + : < : @< = ( + B) 180

 + B =   n = nmero de lados ou vrtices do polgono


: ;< + : < + : < : @< = () 180
: < + : < =
0 C
EF
 G
C

FE

= ( 2) 180

Ento:

: ;< + 180 ( 2) : @< =  180

<>2
?

<>2

<>2

<>2

: ;< : @< = 360

Exemplo 1: De um levantamento por caminhamento pelos ngulos de deflexes, foram anotados os seguintes
dados: D1 = 7610; D2 = 10830; D3 = 9210; D4 = 3400; D5 = 11104; E1 = 6205. Fazer o clculo do erro
angular de fechamento e verificar se o erro est dentro da tolerncia.
Resposta:
?<>2 ;< = 7610 + 10830 + 9210 + 3400 + 11104 = 42154
?<>2 @< = 6205
?<>2 ;< A<>2 @< = 42154 - 6205= 35949
Erro angular = 36000 - 35949 = 11
7 = 5 ento: 7 = 56 = 1214,85  Neste caso, o erro angular de fechamento cometido durante as
operaes de campo, igual a 11, permito. Nesse caso, o erro deve ser distribudo para a seqncia do
trabalho de escritrio.
Observao: o erro angular obtido no levantamento deve coincidir com a diferena entre o primeiro rumo lido e
o calculado. Caso contrrio, h erros no clculo.

iii.

Caminhamento bssola

Neste mtodo de levantamento, os alinhamentos da poligonal so definidos por meio de rumos ou azimutes,
alm das distncias. Para locais sujeitos a interferncias magnticas o presente mtodo no indicado,
tornando-o de baixssima preciso.
 Controle da medio angular:
a) Bssolas graduadas com rumos
Os rumos devero ter o mesmo valor numrico, porm em quadrantes opostos.
b) Bssolas graduadas com azimutes
O valor do azimute de r deve diferir de 180 em relao ao azimute da primeira estao.

Figura 8.

Figura 9.

Exerccios:
1) Dada a caderneta de campo abaixo obtida por um levantamento por caminhamento pelos ngulos
horrios internos, calcular: os azimutescalculados, o erro angular de fechamento, e se o erro angular
estiver no limite de tolerncia, os azimutescorrigidos.
Pontos
Azimutes
ngulo
visados
Estao
interno
R
Vante
lidos
calculados
corrigidos
0
5
1
8959
12730
1
0
2
8959
2
1
3
8959
3
2
4
26959
4
3
5
8959
5
4
0
8959
2) Dada a caderneta de campo abaixo obtida por um levantamento por caminhamento pelos ngulos
horrios externos, calcular: os azimutescalculados, o erro angular de fechamento, e se o erro angular
estiver no limite de tolerncia, os azimutescorrigidos.
Pontos
Azimutes
ngulo
visados
Estao
interno
R
Vante
lidos
calculados
corrigidos
0
5
1
27001
13730
1
0
2
27001
2
1
3
27000
3
2
4
9002
4
3
5
27001
5
4
0
27001

AULA TERICA 07: OPERAES TOPOGRFICAS DE ESCRITRIO


As operao topogrficas de escritrio so:
a) Verificao do erro angular de fechamento (apresentado nas aulas anteriores)
b) Distribuio do erro angular (apresentado nas aulas anteriores)
c) Preparo das cadernetas de escritrio
d) Confeco da planta topogrfica
 Preparo das cadernetas de escritrio
Para confeco da planta topogrfica necessrio obter a distncia horizontal (ou reduzida) dos alinhamentos
medidos no campo que juntamente com a direo (rumos ou azimutes corrigidos) dos mesmos permitir a
representao planimtrica do terreno. A representao altimtrica obtida a partir das diferenas de nvel
(distncias verticais), ou seja, cotas ou altitudes.
Exemplo 1. Dada a caderneta de campo abaixo, obtida utilizando o levantamento por caminhamento pelos
ngulos horrios para levantar pontos de apoio e o mtodo auxiliar irradiao para levantar pontos de detalhes,
no caso quinas de uma casa e um poste, preencher a caderneta de escritrio.
Caderneta de campo:
leitura de mira
ngulo
Azimutes
i
OBS.
Estao
vertical
Calculados
FI
FM
FS
0-1
10950
1,200 1,500 1,800 1,540 330
1-a
20020
1,300 1,540 1,780 1,600 210
casa
1-2
6915
1,300 1,705 2,110 1,600 623
2-b
20500
1,310 1,620 1,930 1,600 310 poste
2-3
16120
1,240 1,667 2,094 1,600 400
3-4
21120
1,300 1,672 2,044 1,650 - 440
4-5
27725
1,000 1,575 2,150 1,620 - 300
4-c
33840
1,280 1,540 1,800 1,620 100
casa
5-0
35700
1,000 1,605 2,210 1,540 - 255
FI = fio inferior; FM = fio mdio; FS = fio superior; i = altura do instrumento.
Respostas:
Caderneta de escritrio:
Azimutes
Cotas
Estao
DH (m) DN (m) Cotas (m)
OBS.
calculados
Corrigidas
01
10950
59,78 + 3,70
23,70
23,67
Cota0 = 20,00 m
1a
20020
47,93 + 1,87
25,57
25,54
casa
12
6915
80,00 + 8,84
32,54
32,48
2b
20500
61,81 + 3,40
35,94
35,88
poste
23
16120
84,98 + 5,88
38,42
38,33
34
21120
73,91
- 6,06
32,36
32,24
45
27725
114,69 - 5,97
26,39
26,24
4c
33840
51,98 + 0,99
33,35
33,23
casa
50
35700
120,69 - 6,21
20,18
20,00
DH = distncia horizontal; DN = diferena de nvel.

 Clculo das cotas do terreno:


O clculo deve ser feito a partir de um valor inicial de cota arbitrrio para o ponto inicial (ponto 0). A escolha do
valor inicial deve ser feita de modo que ao calcular as demais cotas os valores obtidos sejam positivos.
Cota0 = 20,00 m (valor de cota arbitrrio para o ponto 0) Cota3 = Cota2 + DN2-3 = 32,54 + 5,88 = 38,42 m
Cota1 = Cota0 + DN0-1 = 20,00 + 3,70 = 23,70 m
Cota4 = Cota3 + DN3-4 = 38,42 6,06 = 32,36 m
Cotaa = Cota1 + DN1-a = 23,70 + 1,87 = 25,57 m
Cota5 = Cota4 + DN4-5 = 32,36 - 5,97 = 26,39 m
Cota2 = Cota1 + DN1-2 = 23,70 + 8,84 = 32,54 m
Cotac = Cota4 + DN4-c = 32,36 + 0,99 = 33,35 m
Cotab = Cota2 + DN2-b = 32,54 + 3,40 = 35,94 m
Cota0 = Cota5 + DN5-0 = 26,39 6,21 = 20,18 m
 Erro altimtrico
Mtodo 1: A soma algbrica das diferenas de nvel dos pontos da poligonal deve ser igual a zero. Caso
contrrio, h erro, que denominado de erro altimtrico.
Erro altimtrico = 3,70 + 8,84+ 5,88- 6,06- 5,97- 6,21 = 0,18 m
Mtodo 2: O erro altimtrico pode ser obtido comparando-se o valor arbitrrio para a cota do ponto 0, no incio
dos clculos, com a cota calculada para o ponto 0 no fechamento do polgono.
Erro altimtrico = 20,00 - 20,18 = 0,18 m.
 Tolerncia (T):
7=

500 1
em que, d = permetro da poligonal (m) e n = nmero de lados ou vrtices da poligonal.
No exemplo: d = 59,78 + 80,00 + 84,98 + 73,91 + 114,69 + 120,69 = 534,05 m e n = 6, ento:
534,05
7=
= 0,48 0
5006 1
Neste caso, o erro altimtrico cometido durante as operaes de campo, igual a 0,48 m, permito e deve ser
distribudo nos vrtices do polgono. A correo cumulativa e efetuada a partir do vrtice 1, ou seja, Cota1.
No exemplo, como temos 6 vrtices, pode-se distribuir 0,18 m nos 6 vrtices, isto , 0,03 m em cada um. Como
a cota calculada do ponto 0, 20,18 m, foi superior ao valor arbitrado no incio dos clculos, 20,00 m, a correo
deve ser negativa.
Nas irradiaes, corrige-se o mesmo valor correspondente ao da estao em que foi visado o ponto. Por
exemplo, no ponto a, a correo a ser feita de 0,03 m, isto , igual quela que foi feita para estao 1.
Cota1 = 23,70 0,03 = 23,67 m
Cota4 = 32,36 0,12 = 32,24 m
Cotaa = 25,57 0,03 = 25,54 m
Cota5 = 26,39 0,15 = 26,24 m
Cota2 = 32,54 0,06 = 32,48 m
Cotac = 33,35 0,15 = 33,23 m
Cotab = 35,94 0,06 = 35,88 m
Cota0 = 20,18 0,18 = 20,00 m
Cota3 = 38,42 0,09 = 38,33 m
A fase seguinte ao preparo da caderneta de escritrio a execuo do desenho do terreno, ou seja, a planta
topogrfica.
 Confeco da planta topogrfica
Planta topogrfica o desenho do terreno levantado topograficamente.
Existem dois processos para execuo do desenho:
1. Coordenadas polares: o desenho executado por meio da transferncia de ngulos e distancias no
papel. Os ngulos so transferidos por meio de transferidores comuns ou tecngrafos e as distncias
por meio de rguas comuns ou escalmetros.
2. Coordenadas retangulares: o desenho executado por meio da transferncia de distancias apenas. O
processo ser enfatizado na prxima aula.

AULA TERICA 08: DESENHO DA PLANTA TOPOGRFICA


Itens necessrios para execuo do desenho da planta topogrfica:
1. Caractersticas dimensionais das folhas:
As dimenses das folhas seguem os formatos da srie A (Tabela 1). O desenho deve ser executado em
menor formato possvel, desde que no prejudique a sua clareza. O formato bsico para desenhos tcnicos,
designado por A0 (A zero), o retngulo de rea igual a 1 m2. Deste formato bsico, deriva-se a srie "A" pela
bipartio ou pela duplicao sucessiva.
Tabela 1. Alguns formatos da srie A e suas dimenses
Margem
Dimenses
Formato
(mm)
Esquerda (mm)
Outras (mm)
A0
841 x 1189
25
10
A1
594 x 841
25
10
A2
420 x 594
25
7
A3
297 x 420
25
7
A4
210 x 297
25
7

Comprimento da legenda (mm)


175
175
178
178
178

2. Leiaute:
a) Posio: as folhas podem ser utilizadas tanto na posio vertical (Figura 2a) como na posio horizontal
(Figura 2b).

(a)
(b)
Figura 2. Posio das folhas: vertical (a) e horizontal (b).
Exemplo 1: Dados as coordenadas dos vrtices de uma determinada poligonal a ser desenhada, determinar
qual deve ser a posio da folha.
Coordenadas
Pontos
X (m)
Y (m)
1
156,000
72,000
2
74,000
41,000
3
62,000
20,000
4
30,000
51,000
5
46,000
68,000
6
100,000
80,000

Resposta:

A posio da folha do desenho determinada por meio das diferenas de coordenadas mximas e mnimas,
ou seja:
 Posio vertical quando (XM Xm) < (YM Ym) e
 Posio horizontal quando (XM Xm) > (YM Ym)
em que,
XM = abscissa maior obtida na coluna das coordenadas, no Exemplo 1: XM = 156,000 m;
Xm = abscissa menor obtida na coluna das coordenadas, no Exemplo 1: Xm = 30,000 m;
YM = ordenada maior obtida na coluna das coordenadas, no Exemplo 1: YM = 80,000 m;
Ym = ordenada menor obtida na coluna das coordenadas, no Exemplo 1: Ym = 20,000 m.
Ento, (XM Xm) = 156,000 30,000 = 126,000 m e (YM Ym) = 80,000 20,000 = 60,000 m.
Como 126,000 > 60,000, a poligonal tem sua maior parte na posio horizontal, ento a posio da folha ser
horizontal.
b) Margens e Quadro: as margens devem ter as dimenses constantes na Tabela 1. A margem esquerda tem
dimenso maior e serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. As margens so limitadas pelo
contorno externo da folha (limite do papel) e quadro. O quadro limita o espao para o desenho (Figura 3).

Figura 3. Margem e quadro.


c) Posio e dimenso da legenda: a posio da legenda deve estar dentro do quadro e estar situada no
canto inferior direito da folha, tanto nas folhas posicionadas verticalmente (Figura 2a) como horizontalmente
(Figura 2b). A direo da leitura da legenda deve corresponder do desenho.
A legenda deve conter todos os dados para identificao do desenho:
 Cabealho descrevendo tipo de levantamento:  Descrio
e
somatrio
das
reas
planimtrico, altimtrico ou planialtimtrico;
(reserva legal e permanente, estradas etc.);
 Nome, matrcula, rea e permetro do imvel;
 Espao
livre
para
 Nome do Municpio Comarca e Estado;
por carimbos, registros e assinaturas
 Data da elaborao do trabalho;
de rgos oficiais.
 Assinatura do proprietrio e do responsvel  Escala (conforme NBR 8196): mltiplos de 100,
tcnico contendo CREA e Qualificao
200, 250 e 500;
profissional.
 Nmero do desenho.
d) Escrita: as principais exigncias na escrita em desenhos tcnicos so: legibilidade: os caracteres devem ser
claramente distinguveis entre si, para evitar qualquer troca ou algum desvio mnimo da forma ideal;
uniformidade: para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maisculas e
minsculas; adequao microfilmagem e a outros processos de reproduo: para a microfilmagem e
outros processos de reproduo necessrio que a distncia entre caracteres (a) corresponda, no mnimo,
duas vezes a largura da linha (d), conforme Figura 5 e Tabela 2.
Condies especficas:
 A altura h das letras maisculas deve ser tomada como base para o dimensionamento.

 As alturas h e c no devem ser menores do que 2,5 mm. Na aplicao simultnea de letras maisculas e
minsculas, a altura h no deve ser menor que 3,5 mm.
 A escrita pode ser vertical ou inclinada em um ngulo de 15 para a direita em relao vertical.
 A escrita pode ser manual ou por instrumento. Na escrita manual as letras so sempre maisculas e
verticais.
Tabela 2. Propores e dimenses de smbolos grficos
Caractersticas
Relao
Altura das letras maisculas (h)
h (10/10) 2,50
Altura das letras minsculas (c)
h (7/10)
Distncia mnima entre caracteres h (2/10) 0,50
(a)
Distncia mnima entre linhas de h (14/10) 3,50
base (b)
Distncia mnima entre palavras (e)
h (6/10) 1,50
Largura da linha (d)
h (1/10) 0,25

Dimenses (mm)
3,50 5,00 7,00 10,00 14,00 20,00
2,50 3,50 5,00 7,00 10,00 14,00
0,70 1,00 1,40 2,00 2,80 4,00
5,00 7,00 10,00 14,00 20,00 28,00
2,10 3,00
0,35 0,50

4,20
0,70

6,00
1,00

8,40
1,40

12,00
2,00

Figura 5. Caractersticas da forma de escrita.


e) Dobramento de todos os formatos das folhas: o dobramento feito para facilitar a fixao das folhas em
pastas, elas so dobradas at as dimenses do formato A4.
Condies gerais:
 As cpias devem ser dobradas de modo a deixar visvel a legenda (Figura 6);
 Efetua-se o dobramento a partir do lado direito em dobras verticais de 185 mm; a parte final a dobrada
ao meio. Para o formato A2, por ser a parte final de apenas 14 mm, permitido um dobramento
simplificado, com dobras verticais de 192 mm.
 Uma vez efetuado o dobramento no sentido da largura, a folha deve ser dobrada segundo a altura, em
dobras horizontais de 297 mm.
 Quando as folhas de formatos A0, A1 e A2 tiverem de ser perfuradas, para arquivamento, deve-se dobrar
para trs o canto superior esquerdo, de acordo com as indicaes das Figuras 7, 8 e 9, respectivamente.

Figura 6.

Figura 8.

Figura 7.

Figura 9.

Figura 10.

f) Escala: os desenhos tcnicos so executados em folhas de papel com dimenses padronizadas por norma
tcnica (ABNT), onde a rea til para executar o desenho delimitada pelas margens, legenda, textos etc.
Desta forma se tivermos que desenhar uma planta topogrfica, neste formato, esta dever estar em
ESCALA. As escalas so encontradas em rguas prprias, chamadas de escalmetros.
As escalas so classificadas em dois tipos: numrica e grfica.
Escala Numrica (E): indica a relao entre cada dimenso do desenho (D = Desenho = x) e a sua dimenso
real no objeto (R = Real = y). Aparece na forma de uma razo, x:y ou x/y.
E = D/R
(Equao 01)
A escala numrica pode ser de ampliao ou de reduo. chamada de ampliao quando a representao
grfica maior do que o tamanho real do objeto. Exemplo: 3:1, 5:1 e 10:1. A escala de reduo mais
utilizada em desenho topogrfico, quando o desenho realizado em tamanho inferior ao que o objeto real.
Exemplo: 1:25, 1:50 e 1:100. Assim, a escala 1:y ser chamada de escala de reduo, pois a figura ficar
reduzida y vezes no desenho. A escala x:1 ser chamada de escala de ampliao, pois a figura ficar ampliada
x vezes no desenho.

Escala Grfica: a representao da escala numrica ao longo de uma barra graduada (ou grfico), Figura 11.
Ela feita marcando-se as medidas reais da figura sobre uma linha horizontal na escala numrica do desenho.
O talo da escala grfica sempre ser desenhado esquerda do corpo e corresponde a uma frao do corpo
da escala subdividida em 5 ou 10 partes iguais. O corpo da escala grfica ser composto por tantas fraes
quanto forem necessrias. Tem a finalidade de facilitar as tomadas de medidas sobre o desenho e tambm
permitir a reduo ou ampliao da figura por meios fotogrficos, Xerox, etc., sem alterar a escala, fato
impossvel com a escala numrica. bastante utilizada e plantas topogrficas.

Figura 11. Escala grfica feita mo.


Exemplo 2: Utilizando os mesmos dados do Exemplo 1, determinar a escala do desenho.

Podemos determinar duas escalas, uma para as abscissas (EX) e outra para as ordenadas (EY), essas
escalas so denominadas de escalas provveis, pois devemos adotar uma nica escala (E) a fim de no
deformar o desenho, de forma a conservar a forma do objeto.
Para o clculo da escala, deve-se, primeiramente, determinar o formato e a posio da folha. Adotaremos o
formato A3 (297 x 420 mm) e a posio horizontal para folha (j determinada no Exemplo 1). Determinados o
formato e a posio, define-se a rea til para executar o desenho, que delimitado pelas margens, legenda,
texto etc.
Para uma folha no formato A3 na posio horizontal, a rea til para o desenho (Figura 6):
 dimenso til para o desenho na horizontal (DH) = 420 mm (dimenso da folha A4 na horizontal) 25 mm
(margem esquerda) 7 mm (margem direita) = 388 mm
 altura da legenda = 6 linhas x 7 mm (1 mm + 5 mm (altura da letra) + 1 mm) = 42 mm
 dimenso til para o desenho na vertical (DV) = 297 mm (dimenso da folha A4 na vertical) 7 mm
(margem superior) 7 mm (margem inferior) 42 mm (altura da legenda) = 241 mm
 maior dimenso real do objeto na horizontal (RH) = (XM Xm) = 126,000 m
 maior dimenso real do objeto na vertical (RV) = (YM Ym) = 60,000 m
 EX = DH/RH = 388 mm / 126000 mm = 0,003 = 1/325
 EY = DV/RV = 241 mm / 60000 mm = 0,004 = 1/249
 Devemos adotar a menor escala, ou seja, E = 1/325, como na norma no existe esta escala outra (algumas
escalas da ABNT: 1/100, 1/200, 1/250, 1/500, 1/750, 1/1000, 1/2000), devemos adotar uma escala mais
prxima e menor, ou seja, E = 1/500.
g) Determinao das coordenadas centrais: coordenadas centrais (XC e YC) so coordenadas de um ponto
que se encontra no centro da rea til para executar o desenho e das coordenadas dos outros pontos
determinados em campo. Sabendo-se a rea til para executar o desenho, a escala e as coordenadas
centrais, inicia-se ento o desenho da planta topogrfica.
 XC = abscissa central = (XM + Xm)/2
 YC = ordenada central = (YM + Ym)/2.
 Do Exemplo 1, temos que XC = (156,000 + 30,000)/2 = 93,000 m e YC = (80,000 + 20,000)/2=50,000
m.

Convenes topogrficas:
So smbolos representativos dos acidentes naturais e artificiais contidos no terreno na planta topogrfica.
Vm listados num quadro localizado normalmente dentro do quadro e estar situado no canto inferior esquerdo
da folha.

Orientao:
As plantas devem apresentar no canto superior esquerdo da folha um quadro com a sua orientao: Norte
Verdadeiro, Norte de quadrcula e o Norte verdadeiro. As plantas desenhadas no sistema de coordenadas
UTM devero conter as informaes referentes s origens das coordenadas, convergncia meridiana,
declinao magntica, e s vezes, necessrio informar as coordenadas geodsicas de um ponto de partida.
COORDENADAS PLANAS SISTEMA UTM
ORIGEM DAS COORDENADAS
N - EQUADOR ACRESCIDO DE 10000000000 m
E - MERIDIANO DE ___ ACRESCIDO 50000000 m
DATUM VERTICAL: IMBUTUBA-SC
DATUM HORIZONTAL: CHU-MG SAD69
CONVERGNCIA MERIDIANA NO PONTO ___
C = _____________
DECLINAO MAGNTICA DO DIA __/__/__
D = _____________

Memorial descritivo:
Cabealho contendo: propriedade, proprietrio, municpio, comarca, rea, permetro e matricula do imvel.
Descrio do permetro contendo:
a) Descrio e localizao do ponto inicial, com as respectivas coordenadas no sistema UTM, bem como
Meridiano Central e Datum Horizontal SAD 69 (Oficial - IBGE);
b) Descrio dos confrontantes, conforme desenvolvimento da descrio do permetro do imvel, no sendo
necessrio repetir o confrontante em comum a cada lado de desenvolvimento;
c) A descrio dever conter azimutes, seguido das respectivas distncias e coordenadas N e E, no Sistema
UTM dos respectivos vrtices, georreferenciados no Sistema Geodsico Brasileiro, separando cada lado
descrito por ponto vrgula ( ; );
d) Ao trmino da descrio do permetro, informar a rea em Hectares com 4 casas decimais.
e) A descrio do permetro principal ou do imvel propriamente dito dever estar em folhas distintas com
assinatura somente do tcnico responsvel, seguido da qualificao profissional e CREA;
f) A descrio de reas internas, tais como reas de preservao permanente, de reserva legal e outras,
poder ser de modo corrente, ou seqencial com uma nica assinatura do responsvel tcnico no final.

MEMORIAL PLANIMETRICO GEORREFERENCIADO


PROPRIEDADE: [Nome da propriedade] - [Municpio] - [UF]
PROPRIETRIO: [Nome do proprietrio]
REFERNCIA CARTOGRFICA: [FUSO 22 - MC: 51 - SAD_69]
LOTE: [Nome da gleba] PERIMETRO: [Permetro da gleba em metros]
CONFRONTAES GENRICAS
AO NORTE: [Descreva aqui as confrontaes ao Norte]
ESTE: [Descreva aqui as confrontaes ao Norte]
OESTE: [Descreva aqui as confrontaes ao Norte]
AO SUL: [Descreva aqui as confrontaes ao Norte]
O permetro descrito abaixo est georreferenciado no Sistema Geodsico Brasileiro e tem inicio no vrtice
denominado (1) de coordenadas Plano Retangulares relativas, sistema UTM, E: 444955,495 e N:
7668151,290, Datum SAD_69 referente ao meridiano 51, localizado [ Descrever localizao do ponto inicial];
fazendo divisa com terras de [Descrever divisa], seguindo dai com azimute de 199 25' 44" e distncia de
124,82 m, confrontado com [Descrever confrontao inicial], at o vrtice (2) de coordenadas E: 444953,891 e
N: 7668146,744; segue com azimute de 290 23' 50" e distncia de 121,25 m, confrontando agora com
[Descrever nova confrontao, se existir], at o vrtice (4) de coordenadas E: 444840,248 e N: 7668189,001;
segue com azimute de 290 23' 31" e distncia de 269,38 m at o vrtice (7) de coordenadas E: 444587,749 e
N: 7668282,865; segue com azimute de 290 19' 12" e distncia de 283,46 m at o vrtice (8) de coordenadas
E: 444321,926 e N: 7668381,300; segue com azimute de 291 15' 28" e distncia de 10,12 m at o vrtice (9)
de coordenadas E: 444312,493 e N: 7668384,970; segue com azimute de 290 10' 23" e distncia de 2974,95
m at o vrtice (26) de coordenadas E: 441520,034 e N: 7669410,898; segue com azimute de 289 11' 16" e
distncia de 633,00 m at o vrtice (34)..... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... ....
.... .... ... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... .... at o vrtice
(329) de coordenadas E: 444752,101 e N: 7669461,795; segue com azimute de 110 02' 09" e distncia de
588,89 m at o vrtice (336) de coordenadas E: 445305,352 e N: 7669260,036; segue, confrontando agora
com [Descrever confrontao final, se existir], fechando o permetro, com azimute de 197 27' 18" e distncia
de 244,81 m at alcanar o vrtice inicial (1).
O permetro acima descrito encerra uma rea de [rea] ha
[Local e data]
[Nome do engenheiro]
[Titulao profissional]
[Registro no CREA]

AULA TERICA 09: CURVAS DE NVEL


Curvas de nvel so linhas sinuosas que unem pontos de mesma cota (ou altitude) inteira (Figura 1).

Figura 1. Esquema de representao do terreno.


Caractersticas:
 As curvas de nvel podem ser mestras (ou principais) e intermedirias. As mestras so mltiplas de 5 ou 10
m, so identificadas por trao contnuo grosso e so cotadas. As intermedirias no so cotadas e ficam
entre as mestras, identificadas por trao contnuo mdio.
 Duas curvas de nvel nunca se cruzam ou se tocam.
 Uma curva de nvel no pode aparecer nem desaparecer repentinamente, estando compreendida entre
outras duas.
 Curvas de nvel bem afastadas significa terreno suave, e bem prximas, terreno ngreme (acentuado);
 Uma elevao ocorre quando o valor das cotas aumenta da parte externa para o interior (Figura 1). Uma
depresso ocorre quando o valor das cotas diminui da parte externa para o interior.
Existem dois mtodos para traar curvas de nvel: interpolao e a partir do desenho do perfil do terreno (no
apresentado aqui).
Mtodo Interpolao:
Inicialmente, para traar curvas de nvel pelo processo de interpolao, necessrio obter os pontos de
passagem das curvas com cotas (ou altitudes) inteiras. Para obter os pontos de passagem das curvas precisase definir o espaamento vertical (EV) a ser utilizado. EV corresponde diferena de nvel entre duas curvas
de nvel consecutivas (ver Figura 1). O EV depende da finalidade da planta topogrfica ou da escala do
desenho (Tabela 1).
Tabela 1. Espaamento vertical em funo da escala do desenho
Escala Espaamento vertical (m)
1/500
0,25 a 0,50
1/1000
1,00
1/2000
2,00
1/5000
5,00
1/10000
10,00
1/50000
20,00
1/100000
50,00

Exemplo 1: fazer o traado das curvas de nvel na planta topogrfica de um terreno a seguir. Utilizar o
espaamento vertical de 1 m.
Inicialmente, para traar curvas de nvel, necessrio
obter os pontos de passagem das curvas com cotas
inteiras:
a) alinhamento 0 1:
 distncia grfica = 6,0 cm (medida na planta com
rgua comum).
 diferena
iferena de nvel = 23,67 20,00 = 3,67 m.
 distncia horizontal entre curvas no alinhamento:
alinhamento
3,67 m --------- 6,00 cm
1,00 m --------- x
x = 1,63 cm.
Assim, as curvas de nvel com espaamento vertical
de 1 m estaro distanciadas de 1,63 cm,
considerando o alinhamento 0 - 1.
Prximo passo: marcar sobre o alinhamento 0 1 as
cotas inteiras 21, 22 e 23 m, distanciadas de 1,63 cm,
com auxlio da rgua comum.

b) alinhamento 1 - 2:
 distncia grfica = 8,0 cm.
 diferena de nvel = 32,48 23,67 = 8,81 m.
 distncia
istncia horizontal entre curvas de nvel:
8,81 m --------- 8,00 cm
1,00 m --------- x
x = 0,91 cm.
O valor 0,91 cm corresponde a distncia horizontal
para 1,00 m de EV. Noo entanto, a primeira curva que
intercepta o alinhamento 1 - 2 a de cota 24,00 m,
que tem um desnvel de 0,33 m em relao ao ponto
1 (cota 1 = 23,67 m). Nesse
esse caso,
caso necessrio
calcular a distnciaa horizontal para esse desnvel:
1,00 m --------- 0,91 cm
0,33 m --------- y
y = 0,30 cm.
A distncia horizontal entre o ponto
pon com cota 24,00 m
e o ponto 1(cota 1 = 23,67 m) ser de 0,30 cm. As
cotas inteiras seguintes estaro distanciadas
d
de 0,91
cm.
Prximo passo: marcar sobre o alinhamento 1 2 as
cotas inteiras 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32 m.
 Observa-se que, no alinhamento 1 - 2 o
espaamento entre curvas menor, pois esse
alinhamento apresenta inclinao mais
acentuada.

Os mesmos clculos devero ser feitos para os outros


alinhamentos do polgono.
Deve-se considerar, tambm, os alinhamentos
internos, traados para auxiliar no traado das curvas.

Traar as curvas de nvel, por meio de traos


contnuos mdios sinuosos, unindo pontos de mesma
cota inteira.

Apagar os excessos e os traos dos alinhamentos


internos.
ltimo passo: acentuar as linhas mestras e cot-las.

AULA TERICA 10: ALTIMETRIA


Altimetria a parte da Topografia que trata dos mtodos e instrumentos empregados no estudo e na
representao grfica do relevo do solo.
O estudo e a representao do relevo do terreno, planimetricamente conhecido, consiste na determinao das
alturas de seus pontos caractersticos, relacionados com uma superfcie de nvel de comparao.
Altura de um ponto, em altimetria, a distncia vertical que separa o ponto de um plano horizontal denominado
superfcie de nvel de comparao (SNC).

hA = altura do ponto A, hB = altura do ponto B, hC = altura do ponto C, hD = altura do ponto D, hE = altura do ponto E e hF =
altura do ponto F.

Esta superfcie de nvel de comparao pode ser tomada arbitrariamente, e as alturas dos diferentes pontos
caractersticos com ela relacionados recebem a denominao de cotas ou alturas relativas. Porm, quando se
toma como superfcie de nvel de comparao o nvel mdio dos mares, suposta prolongada por baixo dos
continentes, as alturas dos pontos recebem a denominao de altitudes ou alturas absolutas.

A superfcie de nvel de comparao nvel mdio dos mares corresponde forma da Terra, supondo-a isenta
de suas elevaes e depresses, tambm denominada superfcie de nvel verdadeira. Porm, nas operaes
topogrficas (na prtica), no possvel obter a superfcie de nvel verdadeira (SNV), utiliza-se uma superfcie
de nvel aparente (SNA). A superfcie de nvel aparente corresponde ao plano tangente superfcie de nvel
verdadeira e materializada, na prtica, pelo plano horizontal de visada dos instrumentos de nivelamento.

Erro de nvel aparente (ENA): o erro ocasionado pela substituio da SNV pela SNA.
Determinao do erro:
Observe na Figura ao lado que os pontos A e B
pertencem superfcie de nvel verdadeira, portanto,
entre eles, no deve existir diferena de altura. No
entanto, o plano de visada do instrumento intercepta
a mira em M em vez de B, ocasionando, dessa forma,
o erro de nvel aparente corresponde ao seguimento
MB.
Resolvendo o tringulo retngulo AM temos:
OM2 = AM2 + OA2 (Equao 01)
OM = OB + BM (Equao 02)
OB = raio terrestre = R
BM = erro de nvel aparente = e
OM = R + e (Equao 03)
(R + e)2 = AM2 + OA2 (Equao 04)
AM = distncia entre os pontos considerados = D
OA = raio terrestre = R
(R + e)2 = D2 + R2 (Equao 05)
R2 + 2Re + e2 = D2 + R2
e(2R + e) = D2
e = D2/(2R + e)  e = D2/2R
R = 6378137 m
Observaes:
a) Na prtica, o erro de nvel aparente torna-se menor em razo do efeito da refrao atmosfrica sobre a
linha de visada, que desvia a linha de visada para baixo (Tabela 1).
Tabela 1. Valores de erro de nvel aparente em funo da distncia de visada
Distncia (m) ENA (mm)
40
0,10
60
0,23
80
0,42
100
0,66
120
0,95
140
1,29
160
1,69
180
2,14

b)

Nas operaes topogrficas, considera-se sem efeito o erro do nvel aparente inferior a 1 mm. Por essa
razo, em vez de corrigirmos o erro, limitamos a distncia de visada em 120 m (conforme Tabela anterior).

Processos e instrumentos de nivelamento:


Para calcular as cotas ou altitudes dos pontos, necessrio que se determinem, primeiramente, as diferenas
de nvel entre os pontos definidores da altimetria do terreno em estudo.
Diferena de nvel: a distncia vertical que separa os pontos topogrficos. Na Figura abaixo, a diferena de
nvel entre os pontos A e B est representada pelas letras DVAB.

A diferena de nvel pode ter valor positivo ou negativo, conforme os pontos estudados estejam acima (valor
positivo) ou abaixo (valor negativo) daquele tomado como termo de comparao.
Para determinar as diferenas de nvel entre os pontos necessrio proceder uma operao topogrfica
denominada nivelamento.
Nivelamento: uma operao topogrfica que consiste em determinar a diferena de nvel entre dois ou mais
pontos topogrficos.
Esta operao topogrfica realizada empregando mtodos e instrumento adequados, uma vez que a
diferena de nvel pode ser determinada diretamente, com emprego de nveis, ou indiretamente, com base em
relaes trigonomtricas ou com base em princpios baromtricos.
Mtodos de nivelamento:
1. Direto
1.1. Nivelamento Geomtrico Simples
1.2. Nivelamento Geomtrico Composto
2. Indireto
2.1. Trigonomtrico
2.2. Baromtrico
2.3. Estadimtrico
Instrumentos de nivelamento:
1. Instrumentos cujo plano de visada sempre horizontal
1.1. Instrumentos com princpio de equilbrio dos lquidos em vasos comunicantes
 nvel de mangueira: consiste em um tubo plstico transparente contendo lquido (gua)

1.2. Instrumentos com nvel de bolha


 Nvel de pedreiro

 Nvel tico

2. Instrumentos cujo plano de visada tem movimento ascendente ou descendente em relao ao plano
horizontal
Estes instrumentos permitem a determinao do ngulo de inclinao e/ou a declividade do terreno.
Exemplos: clinmetros (apoiado na mo), eclmetros (montados em trip), clismetros (fornece
declividades) e teodolitos.

Aplicaes dos nivelamentos:


Projetos de irrigao (canais e drenos);
Locao de curvas de nvel;
Determinao de desnveis (altura de elevao de gua para bombeamento);
Construes: aplainamento de reas, nivelamento de pisos etc.;
Determinao de declividades do terreno (estradas, conservao de solos etc.)

AULA TERICA 11: NIVELAMENTO GEOMTRICO SIMPLES E COMPOSTO


Nivelamento Geomtrico Simples: o nivelamento executado a partir da instalao do instrumento em apenas
uma posio escolhida no terreno.
Nas operaes de nivelamento, os pontos que definem o relevo so materializados no terreno por meio de
piquetes. Costuma-se utilizar estaqueamento com distncias fixas de 5, 10, 20 ou 50 m dependendo da
finalidade do nivelamento.
A instalao do instrumento geralmente afastada dos pontos para permitir as leituras de mira dos mesmos.
Exemplo:

Caderneta de campo:
Estaca

Leitura de mira

Diferena de nvel

Cota

Obs.

2,90

20,00

Estacas a cada 10 m

2,00

+ 0,90

20,90

2,40

+ 0,50

20,50

1,50

+ 1,40

21,40

3 + 4,6 m

0,90

+ 2,00

22,00

0,90

+ 2,00

22,00

Desenho do perfil:

Limitaes:
 Em terrenos com diferena de nvel superior ao comprimento da mira;
 Em eixos ou reas muito extensos, h limitaes em razo do erro de nvel aparente torna-se significativo
e ainda problemas de focalizao dos fios do retculo e mira.

Nivelamento Geomtrico Composto: uma sucesso de nivelamentos geomtricos simples, interligados por
estacas de mudana.
Tipos:
a) Visadas mltiplas de cada posio do nvel (topogrfico)
b) Duas visadas por posio de nvel (geodsico) no apresentado aqui.
Exemplo de nivelamento com mltiplas visadas:

Leitura de mira
Estaca

Ponto visado
R

Plano de visada

Cota (m)

OBS.:

12,10

10,00

Estacas a cada 20,00 m.

Vante

2,10

0,80

11,30

0,70

11,40

2,00

13,40

11,40

1,00

12,40

1,50

11,90

2,40

11,00

0,60

11,60

11,00

1,20

10,40

0,70

10,90

 Verificao de erros nos clculos das cotas:


r vante(estaca de mudana) = DNtotal
r = 2,10 + 2,00 + 0,60 = 4,70 m
vante(estaca de mudana) = 0,70 + 2,40 + 0,70 = 3,80 m
r vante(estaca de mudana) = 4,70 3,80 = 0,90 m
DNtotal = Cota7 Conta0
DNtotal = 10,90 10,00 = 0,90 m
Caso a igualdade no se confirme, os clculos devero ser refeitos.

 Verificao do erro de nivelamento:


O erro cometido na operao de nivelamento considerado com base em um outro nivelamento realizado no
mesmo eixo, porm, em sentido contrrio ao anterior, chamando de contranivelamento. Nesse caso, basta
comparar a diferena de nvel total do nivelamento com a do contranivelamento.
erro = |DN total nivelamento| - |DN total contranivelamento|
 Tolerncia do erro de nivelamento:
Em que:
T tolerncia em mm;
C preciso do nivelamento em mm/km;
k comprimento do eixo em km.

7 = 2LM

Tabela 1. Classificao do nivelamento geomtrico


Classe
C (mm/km)
alta preciso
1,5 a 2,5
1 ordem
2,5 a 5
2 ordem
5 a 10
3 ordem
10 a 15
4 ordem
15 a 20
5 ordem
20 a 50
 Correo do erro de nivelamento:
Na caderneta de campo a seguir esto representadas as cota obtidas das operaes de nivelamento e
contranivelamento de um eixo. O erro de nivelamento somado ou subtrado s cotas do contranivelamento.
As cotas compensadas so obtidas atravs da mdia entre as contas do contranivelamento corrigidas e as
cotas do nivelamento.
Cota
Nivelamento

Contranivelamento

Cota
contranivelamento
corrigida

100,000

100,030

100,000

100,000

Estacas

101,200

101,170

101,140

101,170

a cada

1 + 7,00 m

101,270

101,300

101,270

101,270

20,00 m

99,000

99,010

98,980

98,990

2 + 13,00 m

98,500

98,520

98,490

98,495

98,000

98,010

97,980

97,990

100,500

100,500

100,470

100,485

RN

104,500

104,480

104,450

104,475

103,700

103,690

103,660

103,680

105,100

105,100

105,070

105,085

Estaca

Cota compensada

OBS.:

erro = |DN total nivelamento| - |DN total contranivelamento| = 100,030 100,00 = 0,30 m
7 = 2LM = 2 50N0,120 = 35 00
erro < T, o erro deve ser distribudo.
 Procedimentos a serem adotadas no nivelamento geomtrico:
1. Estaqueamento do eixo: distncia horizontal e estacas intermedirias;
2. Evitar leituras no terceiro tero nas miras de encaixe (4 m);
3. Limitar as distncias de visada a um mximo de 120 m;
4. Verificao do clculo das cotas;
5. Determinar o erro de nivelamento;
6. Locar referncias de nvel nas proximidades do eixo nivelado.

AULA TERICA 12: NIVELAMENTO TRIGONOMTRICO, ESTADIMTRICO E BAROMTRICO


Nivelamento trigonomtrico: esse nivelamento tem por base o ngulo de inclinao do terreno. A diferena de
nvel por meio de relaes
elaes trigonomtricas,
trigonomtricas, ou seja, resoluo de tringulos retngulos.

Exemplos:
a) Nivelamento trigonomtrico com clinmetro
Esse nivelamentoo usado em servios de conservao
conservao de solos, nivelamento de sees transversais
em estradas etc.
Croqui do nivelamento:

DNAB = 30,00 x tg 20 = 10,92 m


Caderneta de campo:
Estao ngulo Distncia (m)
AB
20
30,00
BC
-18
11,00
CD
0
15,00
D-E
9
25,00

Diferena de nvel (m)


+ 10,92
- 3,57
0
+ 3,96

Cotas (m)
60,92
57,35
57,35
61,31

OBS.
Cota A = 50 m

b) Nivelamento trigonomtrico com teodolito


Esse nivelamento utilizado quando se quer obter diferenas de nvel para pontos de difcil acesso ou
distantes.

A distncia AB determinada indiretamente pelo mtodo de interseo (visto na aula levantamentos


topogrficos).
OBS.: para determinar o ngulo de inclinao do terreno,
terreno, a visada feita do eixo da luneta at a
superfcie do terreno, portanto, deve-se
deve acrescentar diferena de nvel a altura do instrumento.
DNAB = BB + BC = BB + i

Nivelamento estadimtrico: neste mtodo a diferena de nvel obtida por meio da equao estadimtrica:
;O =

0E (2%)
+  PQ
2

Nivelamento baromtrico: a diferena de nvel determinada a partir da relao que existe entre a altitude e a
presso atmosfrica. Esta relao determinada exprimindo-se a densidade do mercrio em relao do ar.
R
G F0G
=

13,6
= 10518
1, 293T10UV

Este valor indica que o mercrio 10518 vezes mais denso que o ar. Assim, ao posicionar o barmetro em
duas posies diferentes, cada variao de 1 mm na coluna baromtrica dever corresponder a uma variao
de 10518 mm na diferena de nvel entre os pontos considerados.
Assim, para determinar a diferena de nvel entre dois pontos:
DN = fator altimtrico x diferena de leitura na coluna baromtrica
Os barmetros podem ser de mercrios ou metlico, sendo o ltimo denominado de aneride ou altmetro.

AULA TERICA 13: REFERNCIA DE NVEL


Referncia de nvel (RN) um marco deixado no terreno, nas proximidades do eixo nivelado, cuja cota (ou
altitude) vem registrada em caderneta de campo.
Finalidade: servir como ponto de partida para nivelamentos futuros em trabalhos de locao. uma referncia
segura e permanente no terreno.
Materializao da RN: marcos de concreto ou madeira de lei ou alicerces de construes (piso).
Utilizao da referncia de nvel: locao de obras e verificao de cortes e aterrros.
a) Locao de obras:
Exemplo: partindo-se de uma RN com cota igual a 20,00 m, calcular as alturas de cortes e aterros para
construo de um galpo cujo piso deve ficar 1,5 m abaixo da RN.
Croqui da rea:
A (18,50 m)
C (18,50 m)


RN (20,00 m)
B (18,50 m)

D (18,50 m)

Procedimentos:
 Instalar o nvel prximo RN;
 Determinar as leituras de mira da RN e dos pontos do projeto (no caso, A B C e D);
 Calcular as leituras de mira da obra a partir da leitura de mira feita na RN.
Caderneta de campo e locao:
Leitura de mira
alturas
OBS.
Estaca
terreno
Calculada
corte
aterro
RN
1,40
A
3,40
2,90
0,50
B
3,60
2,90
0,70
C
2,70
2,90
0,20
D
2,62
2,90
0,28
Como o piso do galpo deve ficar 1,5 m abaixo da RN, a leitura de mira da obra dever ser igual da RN
acrescida de 1,5 m. Nesse exemplo, a leitura de mira na RN foi de 1,40 m, assim, a da obra dever ser 2,90 m.
As alturas de cortes e aterros so obtidas comparando-se as leituras de mira calculadas com as do terreno.
b) Verificao de cortes e aterros
O esquema abaixo representa um projeto de uma rampa em um terreno irregular.

Procedimentos:
 Instalar o nvel e visar a RN;
 Calcular a altura do plano de visada  plano de visada = Cota RN + visada na RN;
 Visar os pontos do projeto e calcular as cotas;
 Comparar os valores obtidos com aqueles projetados para o GREIDE.

AULA TERICA 14: POSICIONAMENTO POR SATLITES GPS


Os levantamentos topogrficos podem ser realizados utilizando:
 Mtodos clssicos, que se baseiam na medio sucessiva de ngulos e distncias, obtidos por
equipamentos como teodolitos, estaes totais e nveis;
 Mtodos fotogramtricos, que se baseiam em informaes obtidas por meio de fotografias ou
imagens digitais, adquiridas por cmaras acopladas em plataformas como bales, avies e satlites artificiais;
 Sistema de posicionamento por satlites artificiais, mais conhecido como GPS, que utiliza
receptores de sinais de satlites para determinarem as coordenadas dos pontos.
Com o lanamento do primeiro satlite artificial de comunicao pelos russos, SPUTNIK I, dcada de
60, os cientistas observaram o conhecido efeito Doppler1 nas transmisses de ondas eletromagnticas e
descobriram que, medindo-se a variao deste efeito a partir de pontos com coordenadas conhecidas, era
possvel determinar a rbita do satlite. Mais tarde, ficou demonstrado que esta tcnica poderia ser utilizada ao
reverso, isto , a posio do receptor poderia ser determinada desde que a rbita do satlite fosse conhecida.
Era interesse da Marinha dos Estados Unidos o desenvolvimento de tcnicas de navegao de longo
alcance, assim, lanaram em 1963 os satlites artificiais de navegao do Sistema NNSS/TRANSIT, com
acurcia da ordem do decmetro. O Sistema TRANSIT chamou ateno pelo seu desempenho e em 1978, as
agncias americanas, tais como Departamento de Defesa, da Administrao Nacional da Aeronutica e do
Espao (NASA), da Administrao Federal da Aeronutica e de Transportes, lanaram o primeiro satlite do
Sistema NAVSTAR/GPS, que permite alcanar melhores precises, da ordem do milmetro.
O Sistema GPS um sistema de satlites de navegao que fornece a posio em trs dimenses
(latitude, longitude e altitude) para pontos localizados em qualquer parte da superfcie terrestre. O sistema
possui 24 satlites em rbita a uma altitude de aproximadamente 20200 km, com um perodo de 12h siderais,
distribudos em 6 planos orbitais. Estes planos esto separados entre si por cerca de 60 em longitude e tm
inclinaes prximas dos 55 em relao ao plano equatorial terrestre. Foi concebido de forma que existam no
mnimo 4 satlites visveis acima do horizonte em qualquer ponto da superfcie e em qualquer altura.
Com a finalidade de tornar compatveis os usos civis e militares, foram criadas salvaguardas para
impossibilitar a navegao precisa de msseis como:
 SA (Selective Avaliability) disponibilidade seletiva. Com o SA ativado, a acurcia do sistema de
30 a 100 metros, como na Segunda Guerra do Golfo.
 AS (Anti-Spoofing) anti-burla;
 limites de altitude e de velocidade para o funcionamento de receptores.
Atualmente, existem dois sistemas de posicionamento por satlites em funcionamento, o GPS e o
GLONASS, e mais dois sistemas em implantao, o GALILEO e o COMPASS.
 GLONASS: sistema russo (antigo sistema sovitico) desenvolvido para competir com o sistema
GPS, possui 24 satlites, sendo 3 reservas, distribudos em 3 rbitas planas com inclinao de 64,8, a uma
altitude em torno de 19100 km. O primeiro Ministro Vladimir Putin anunciou que at o fim do ano, o pas planeja
lanar sete novos satlites, o que far com que 28 estejam em operao.
 GALILEO: sistema europeu para uso civil com previso de operao em 2013. O sistema completo
possuir 30 satlites, sendo 3 reservas, distribudos em 3 rbitas planas com inclinao de 56, a uma altitude
Efeito Doppler: a freqncia de um sinal recebido por um observador depende da velocidade do observador e/ou da velocidade da
fonte produtora do sinal. O efeito pode ser explicado atravs de um satlite transmitindo continuamente para o receptor capaz de
receber a onda emitida pelo satlite. Quando o satlite aproxima do receptor o sinal recebido tem uma freqncia maior que a
transmitida. Quando o satlite afasta do receptor a freqncia vai diminuindo.
1

de 23616 km. O sistema ter as seguintes vantagens: maior acurcia (ainda a ser confirmado em testes reais),
maior segurana (possibilidade de transmitir e confirmar pedidos de ajuda em caso emergncia) e menos
sujeito a problemas (o sistema tem a capacidade de testar a sua integridade automaticamente). Alm disso, o
sistema ter interoperabilidade com os outros dois sistemas j existentes, permitindo uma maior cobertura de
satlites.
 COMPASS: Sistema chins, atualmente conta com 4 satlites geoestacionrios que cobrem o
territrio chins. A previso de lanar at 2020 mais um satlite geoestacionrio e 30 satlites em rbita.
Funcionamento do Sistema GPS:
1. Porque usamos satlites para o mapeamento?
O GPS uma ferramenta de mapeamento efetiva por que:
 No necessrio fazer visadas de r e vante como na topografia clssica (Figura 1). S
necessria uma abertura no cu. Isso quer dizer que no pode haver impedimento fsico entre a antena do
receptor e os satlites, como por exemplo, copa de rvores, coberturas etc.;
 Trabalha de dia e noite;
 Preciso do mapeamento planimtrico;
 Rapidez no mapeamento;
 Coleta de dados para Sistemas de Informaes Geogrficas.

Figura 1. Visada.

2. O sistema GPS
O sistema GPS formado por trs segmentos, o espacial, o de controle e o dos usurios (Figura 2).

Figura 2. Segmentos do GPS.


a) Segmento espacial
O segmento espacial constitudo por uma constelao de 24 satlites em rbita a uma altitude de
aproximadamente 20200 km, com um perodo de 12h siderais, distribudos em 6 planos orbitais. Estes planos
esto separados entre si por cerca de 60 em longitude e tm inclinaes prximas dos 55 em relao ao
plano equatorial terrestre (Figura 3). Foi concebido de forma que existam no mnimo 4 satlites visveis acima
do horizonte em qualquer ponto da superfcie e em qualquer altura.

Figura 3. Constelao de Satlites GPS.


Os satlites do segmento espacial devem assegurar as seguintes funes:
 Manter uma escala de tempo muito precisa, para isso, cada satlite possui relgios atmicos (csio,
rubdio etc.).

 Emitir sinais altamente estveis em uma frequncia, sobre essas frequncias modulam-se os sinais
de navegao conhecidos como cdigos:
- Frequncia portadora da banda L1 - 1575,42 MHz
- Frequncia portadora da banda L2 - 1227,60 MHz
- Frequncia portadora da banda L5 - 1176,45 MHz (modernizao)
- Cdigo C/A - uso civil, modula a L1
- Cdigo P - uso militar, modula a L1, L2 e L5
 Receber e armazenar informaes provenientes do segmento de controle.
 Efetuar manobras orbitais para guardar a sua posio definida na constelao ou para substituir
outro satlite defeituoso.
 Efetuar alguns clculos.
 Retransmitir informaes (mensagens ou efemrides) ao solo.
Este segmento est sendo desenvolvido em blocos (ou geraes), cada um com caractersticas
particulares, incorporando novas mudanas ou desenvolvimento de equipamentos.
 BLOCO I (1978): Prottipos. Os 11 satlites desse bloco no possuam degradao do sinal
(AS/AS) e possuam relgios de quartzo. Foram construdos para durar 8 anos. No h mais satlites ativos
deste bloco na constelao GPS.
 BLOCO II (1989): 1 gerao de satlites GPS (srie operacional). Os 9 satlites tm comunicao
recproca, armazenam apenas 14 dias de dados de navegao (memria) e relgios de csio e rubdio. Estes
satlites possuem degradao do sinal.
 BLOCO IIA (1990): 2 gerao de satlites GPS (satlites de reposio). Os 19 satlites tm
comunicao recproca, armazenam 180 dias de dados de navegao e relgios de csio e rubdio. Estes
satlites possuem degradao do sinal.
 BLOCO IIR (1997): 3 gerao de satlites GPS (satlites de reposio). Os 20 satlites foram
desenvolvidos para substituir os dos blocos II e IIA; Estes satlites tm a habilidade de se comunicar com os
outros satlites, alm da estao de controle em terra. Esta nova funo elimina o problema de que um satlite
tenha almanaques desatualizados. Relgios de rubdio.
 BLOCO IIF: 4 gerao de satlites GPS (satlites de reposio). Sero lanados 33 satlites com
mais um novo sinal de navegao L5, alm do L1 e L2. Relgios a Maser2 de hidrognio. Oficiais da Fora
Area Norte americana anunciam que o primeiro satlite do bloco GPS IIF, lanado em 27 de maio de 2010, j
comeou a transmitir o novo sinal de navegao L5.
 BLOCO IIIA: dever ter o seu primeiro lanamento em 2014.

b) Segmento de controle
O Segmento de Controle rastreia os satlites, atualiza as suas posies orbitais e calibra e sincroniza
os seus relgios. Outra funo importante determinar as rbitas de cada satlite e prever a sua trajetria nas
24h seguintes. Esta informao enviada para cada satlite para depois ser transmitida por este, informando o
receptor do local onde possvel encontrar o satlite.

2 MASER a sigla de Microwave Amplification by Stimulated Emission of Radiation que uma amplificao microondas por emisso estimulada de radiao.

Este segmento opera a partir da Base Falcon da Fora Area Americana em Colorado Springs,
Colorado, USA. O segmento tambm contm quatro estaes monitoras e trs estaes de carga distribudas
ao redor do mundo. Diariamente cada satlite passa sobre uma estao monitora.
Esta dependncia pelo bom funcionamento do GPS requer foco na manuteno e modernizao do
sistema. Oficiais da Fora Area Norte-Americana acabam de contratar a empresa Raytheon para o
desenvolvimento da prxima gerao do segmento de controle, conhecido como OCX, que incluiu o
desenvolvimento e instalao de hardware e software nas estaes de controle do GPS na base de
Vandenberg, na Califrnia, alm da implementao de estaes de monitoramento nos locais remotos e
suporte pelos prximos cinco anos. Com o novo sistema de controle em solo ser possvel comandar o
nmero adicional de satlites previsto na modernizao do GPS. Enquanto o sistema atual pode controlar
apenas 32 satlites, o OCX ter capacidade de monitorar 64.
Usurios civis que experimentarem qualquer anomalia, durante o uso de receptores GPS, podem
reportar-se ao Centro de Navegao da Guarda Costeira, pelo telefone 703-313-5900.

c) Segmento dos usurios:


Incluem todos aqueles que usam um receptor GPS para receber e converter o sinal GPS em posio.
Inclui ainda todos os elementos necessrios neste processo como as antenas e software de processamento.
Alguns autores classificam os receptores segundo a sua acurcia e investimento:
 Navegao: so equipamentos que fornecem a sua posio em tempo real baseado no cdigo C/A
ou P (uso militar), obtendo-se acurcia na ordem de 5 a 15 m com cdigo C/A e acurcia de 1 a 5 m
com cdigo P;
 Topogrficos: so equipamentos que trabalham com a frequncia L1 (cdigo C/A), com correo
ps-processada dos dados, obtendo-se acurcia na ordem de 1 cm;
 Geodsicos: so equipamentos que trabalham com duas freqncias, L1 (cdigo C/A) e L2 (cdigo
C/A e P), com correo ps-processada dos dados, obtendo-se acurcia na ordem de 5 mm + 1
ppm. So indicados para realizar transporte de coordenadas e controle de redes;
 DGPS: so equipamentos que possuem a capacidade de receber sinais de correo em tempo real
via link de rdio com acurcia da ordem de 1 m.

3. Os cinco passos para entender o GPS


Vimos na introduo que com o lanamento do primeiro satlite artificial SPUTNIK I, os cientistas
observaram o conhecido efeito Doppler nas transmisses de ondas eletromagnticas e descobriram que,
medindo-se a variao deste efeito a partir de pontos com coordenadas conhecidas, era possvel determinar a
rbita do satlite. Mais tarde, ficou demonstrado que esta tcnica poderia ser utilizada ao reverso, isto , a
posio do receptor poderia ser determinada desde que a rbita do satlite fosse conhecida.
Assim, conhecendo-se a rbita dos satlites e a distncia de vrios satlites ao receptor, o receptor
GPS pode calcular a sua posio por meio de triangulao.

3.1. Triangulao
Calcula-se uma posio do receptor GPS mediante o conhecimento da rbita dos satlites e a
distncia de vrios satlites ao receptor. Os satlites atuam como pontos de referncia. O seguinte exemplo
explica a triangulao com maiores detalhes:
a) Primeira medio
Imagine que voc est em algum lugar sobre a superfcie terrestre e quer determinar a sua posio.
Voc liga o seu receptor GPS e ele localiza um satlite e calcula a sua distncia at o satlite, que de 19000
km. Ento, voc pode estar em qualquer ponto sobre uma esfera de 19000 km em relao ao satlite (Figura
4).

Figura 4. Primeira medio.


b) Segunda medio
Ao receber o sinal de um segundo satlite, seu receptor GPS calcula que a distncia at ele de
20000 km. Ento outra esfera de raio 20000 km criada, e voc est sobre essa esfera na regio onde ela
comum a outra esfera. Como a rea de contato (interseo) entre duas esferas uma elipse, sua posio s
pode estar em qualquer ponto desta rea (Figura 5).

Figura 5. Segunda medio.

Figura 6. Terceira medio.

c) Terceira medio
Ao receber o sinal de um terceiro satlite, uma terceira esfera criada. Ento a interseo de trs
esferas so s dois pontos (Figura 6). Com estas trs medies, o receptor seria capaz de determinar a sua
posio correta, pois um dos dois pontos apresenta um valor absurdo e poderia ser eliminado por
procedimentos matemticos. Entretanto, esta posio determinada em duas dimenses (latitude e longitude).

d) Quarta medio
Uma quarta medio decide entre as duas posies determinando assim a sua posio (Figura 7).
Em resumo, a triangulao um processo mediante o qual se determina a distncia de uma posio
desconhecida a quatro pontos de referncia conhecidos. Isto permite calcular a posio em trs dimenses
(latitude, longitude e altitude) de uma localizao desconhecida.

Figura 7. Quarta medio.


3.2. Distncia do receptor GPS ao satlite
Para medir a distncia de um receptor at um satlite, necessitamos conhecer o tempo que leva entre
a sada do sinal do satlite e a chegada at o receptor (Figura 8).

Figura 8.
O sinal GPS viaja a velocidade aproximada da velocidade da luz (3x108 m/s). Conhecemos o tempo
exato em que o sinal deixou o satlite. Tambm conhecemos em que tempo o sinal chegou ao receptor.
Conhecendo esses dois tempos, o receptor determina a diferena e multiplica pela velocidade da luz para
calcular a distncia entre o receptor e o satlite (distncia = velocidade x tempo).
Para medir o tempo de viagem do sinal GPS, o receptor determina quando o sinal deixou o satlite.
Isso se realiza usando um cdigo pseudo-aleatrio que gerado ao mesmo tempo em ambos, receptor e
satlite. O receptor examina o cdigo de entrada e logo verifica quanto tempo faz desde que ele gerou o
mesmo cdigo (Figura 9).

Figura 9.
Cada satlite emite um cdigo pseudo-aleatrio (PRN) nico. Seu receptor GPS conhece cada cdigo
e espera capt-los quando est ligado. J que o receptor conhece o que tem que captar, o cdigo se torna
facilmente reconhecvel apesar de um ambguo rudo atmosfrico de fundo. Alm do mais, os diferentes
cdigos permitem ao satlite emitir informao e uma freqncia comum. Isso significa que os sinais GPS no
tm que ser poderosos e que os receptores podem usar antenas menores e econmicas.
A cronometragem importante j que o cdigo em ambos, o receptor e o satlite, devem estar
sincronizados. Os satlites tm relgios atmicos que so precisos at o nano segundos, porem estes relgios
so muitos caros para serem colocados nos receptores. Esses receptores usam relgios consistentes e
utilizam a medio de um quarto satlite para remover os erros do relgio.
Quando os relgios do satlite e do receptor esto sincronizados, a posio pode ser reduzida a
medio das distncias at os satlites. A Figura 10 abaixo representa uma condio ideal onde os relgios
so precisos.
Se todos os relgios esto sincronizados, uma terceira medida interceptar perfeitamente, produzindo
uma posio precisa (Figura 11). Se os relgios do receptor e do satlite no esto sincronizados, a posio
resultante alterada significativamente (Figura 12).

Figura 10.

Figura 11.
O grau de erro devido a relgios incorretos mais evidente quando mostrado com trs medidas.
Perde-se a intersees das medies e se obtm como resultado uma grande rea em que o ponto pode estar
localizado (Figura 13).

Figura 12.

.
Figura 13
Felizmente, o receptor ajusta seu relgio com o relgio do satlite, o que permite que as esferas dos
trs satlites se intersectem em um nico ponto.
Embora a cronometragem e os cdigos sejam importantes, todos estariam perdidos se no
conhecesse a posio de cada satlite. As posies dos satlites so transmitidas aos satlites pela estao

de controle. Logo, o satlite transmite sua posio e outros dados para o seu receptor. Se um satlite falha em
manter sua rbita apropriada, so feitas as correes necessrias. Se existe um problema no satlite o
segmento de controle o considera doente.
i.

Almanaque
Um almanaque um conjunto de parmetros usados para calcular a posio grosseira de cada
satlite. Este conjunto de parmetros usado para pr-planejamento da misso.
As mensagens de almanaque so enviadas ao receptor continuamente, predizendo as posies
futuras de todos os satlites. Antes de comear um novo projeto voc deve re-coletar um almanaque, carreglo em seu computador e us-lo para planejar a misso atravs do software que acompanha os aparelhos.
Para re-coletar um almanaque, ligue o aparelho e deixe-o parado por mais de 15 minutos. Tambm se
podem obter os almanaques desde os arquivos base re-coletados por bases instaladas pelos fabricantes ou
representantes dos aparelhos. importante que voc no use um almanaque com mais de uma semana
anterior a data de coleta de dados, ou faa um planejamento com mais de uma semana de antecedncia.
ii.

Efemrides
Uma efemride um conjunto de parmetros usados para determinar a posio exata de um satlite.
Sem as mensagens de Efemrides a triangulao seria impossvel e no poderamos obter posies GPS
confiveis.

4. Acurcia do sistema
Definir a acurcia de um receptor GPS uma tarefa difcil, j que existem muitas variveis envolvidas.
Algumas destas variveis so listadas mais abaixo.
a) Tempo de coleta de uma posio: quanto maior o nmero de posies (leituras) coletadas em uma
local, maior a acurcia. O tempo de coleta muito importante quando se utiliza receptores antigos, a nova
tecnologia tem minimizado a importncia desta varivel.
b) Tipo do receptor: os receptores de GPS so projetados para alcanar diferentes graus de acurcia,
por exemplo, os receptores de grau topogrfico tm acurcia abaixo de 1 cm ao passo que os receptores de
grau navegao possuem acurcia de 5 a 15 metros.
c) Posio relativa dos satlites: como regra se tem que as melhores posies so obtidas quando se
usam satlites que possuem uma grande distncia entre eles. Por esta razo, as posies mais precisas so
obtidas geralmente quando uma grande parte do cu est visvel.
d) Configurao do receptor: a acurcia pode depender do nvel de tolerncia estabelecida na
configurao do receptor.
e) Mtodos de posicionamento:
 Sem correo: menor acurcia. Ao se coletar posies com qualquer receptor GPS, ocorrer um
erro de at 100 m.
 Correo Diferencial: o processo de utilizar dados de satlites coletados por um receptor
localizado em uma posio conhecida, para ajustar as posies GPS calculadas por outros
receptores.

5. Vantagens, desvantagens e aplicaes


O GPS um sistema de posicionamento que apresenta inmeras vantagens em relao aos mtodos
clssicos usados nos levantamentos topogrficos, dentre as vantagens pode-se destacar: a rapidez nos
levantamentos; a facilidade de integrao com SIG; o baixo custo operacional e a possibilidade de se trabalhar
durante o dia ou noite em qualquer condio de tempo.
Dentre as desvantagens pode-se destacar: dificuldade para trabalho em reas urbanas (edificaes
altas) ou com obstrues fsicas (cobertura arbrea); o sistema pode ser desligado a qualquer momento pelo
Departamento de Defesa dos EUA; no tem acurcia altimtrica; no indicado para levantamento de
pequenas reas.
Atualmente ao redor do mundo os usurios civis so em maior nmero que os usurios militares.
Dentro da aplicao civil, podem-se imaginar algumas das aplicaes possveis:
 Navegao area, martima e terrestre;
 Topografia;
 Servios de emergncia;
 Agricultura;
 Previso de terremotos e tsunamis;
 Pesquisa;
 Outras.
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) vem se tornando uma importante ferramenta para
profissionais que atuam na agricultura. Os aparelhos GPS podem ser usados na agricultura para se fazer
levantamentos de pontos, linhas e reas. Alm disso, o GPS, integrado a um sistema de barra de luz, vem
sendo usado para orientar os operadores de mquinas agrcolas durante as operaes de campo, garantindo
uma melhor qualidade dessas operaes. O GPS tambm uma ferramenta bsica em agricultura de
preciso. utilizado em mquinas que fazem a aplicao taxa varivel, utilizado para se fazer scouting
das reas de produo e componente importante nos sistemas de mapeamento de produtividade.

IV. Aulas prticas:

AULA PRTICA 01: RGOS E PARTES COMPONENTES DOS GONIMETROS (TEODOLITOS)


Teodolitos so gonimetros que medem tanto ngulos horizontais como verticais. Gonimetro o nome dado a
todo equipamento que mede ngulos. Quando os teodolitos acumulam tambm a funo de medir oticamente
as distncias recebem a denominao de teodolitos taquiomtricos.
 Recomendaes sobre o uso dos instrumentos topogrficos
Ao obter um instrumento exija do revendedor o catlogo com as especificaes tcnicas do instrumento
(manejo, sistema de graduao do limbo etc.). Quando operar um instrumento, lembre-se que tem nas mos
um instrumento delicado e que qualquer acidente poder inutiliz-lo.
1.







Ao guardar o instrumento
Ao tirar o instrumento dentro da caixa de transporte, deve-se verificar cuidadosamente a posio dos
diferentes rgos para facilitar a sua colocao posterior (ou seja, guardar o instrumento dentro da caixa).
Ao guardar o instrumento dentro da caixa, todos os parafusos de presso devem estar frouxos (ou soltos).
Aps colocar o instrumento em sua posio certa, todos os parafusos de presso devem ser apertados sem
forar.
No caso das bssolas, o movimento da agulha imantada deve ser bloqueado, evitando danificar a parte
central da agulha e a ponta do piv.
Deve ser guardado, de preferncia, fora da caixa e em local sem umidade, onde tenha um instrumento
desumidificador, ou em um armrio com saquinhos contendo slica gel.
Ao guardar o equipamento sempre faa uma limpeza antes.

Ao transportar o instrumento
 O transporte do instrumento deve ser feito na sua caixa de transporte.

2.

Ao trabalhar com o instrumento


 Para tirar ou colocar o instrumento no trip (ou na caixa de transporte), solte o parafuso do movimento
geral.
 Nunca apertar demasiadamente os parafusos de fixao, pois as roscas espanam com facilidade. Sempre
que se notar resistncia ao movimento de um rgo do instrumento, no forar e sim verificar a sua causa.
 Nunca girar o instrumento sem soltar o correspondente movimento.
 Instale o instrumento sempre em terreno firme. As pernas do trip devem ser bem fixadas no solo. No caso
das bssolas, instale longe de fios de alta tenso ou instrumentos com fontes magnticas.
 Depois de instalado e nivelado o instrumento, evite tocar no trip e faa o manejo com o mximo cuidado
possvel.
 Nunca deixar o instrumento s no campo e tambm com pessoas sem experincia.
 Proteja sempre o aparelho contra sol, chuva e poeira.
 Evite que o aparelho receba choques ou movimentos bruscos, pois estes podem alterar as retificaes do
aparelho.
 Ao dar movimentos ao aparelho, verifique se a agulha imanta est solta.
 Nunca sente sobre a caixa de transporte.
3.

 rgos e partes componentes de um teodolito


O teodolito consta esquematicamente das seguintes partes, conforme a Figura 1, que podem variar segundo
os diversos modos de fabricao, porm os orgos principais so escritos abaixo:
1.

a)
b)

a)
b)


rgos de sustentao:
Trips
Fixos (as pernas so de uma nica pea, instrumentos mais antigos);
Telescpicos, mveis ou regulveis (as pernas so de duas peas extensveis, facilidade na centralizao
do teodolito em terreno acidentado, no manejo e transporte).
Pratos dos trips
Circulares;
Triangulares.
Parafuso de fixao do instrumento (onde adaptado o fio de prumo)

2.






rgos de manobra:
Parafusos calantes ou niveladores (finalidade nivelamento do instrumento, costuma ter de 3 ou 4 parafusos)
Parafuso de fixao do movimento geral
Parafuso de fixao do limbo horizontal
Parafuso de fixao do limbo vertical e da luneta
Parafuso ou alavanca de fixao da agulha da bssola

3. rgos de ajuste (dispositivos que permitem dar as partes mobilizadas pelos parafusos de fixao, um
movimento lento e de certa amplitude possibilitando, deste modo, obter uma coincidncia perfeita da linha
de colimao com o ponto visado):
 Parafuso de chamada do movimento geral
 Parafuso de chamada do movimento do limbo horizontal
 Parafuso de chamada do movimento do limbo vertical e da luneta
 Parafuso de enfoque do objeto visado
 Parafuso de enfoque dos fios de retculo (ocular)
 Os parafusos de chamada tambm so conhecidos como parafusos tangenciais.
4.

a)
b)

rgos de visada:
Luneta
Terrestre: imagem direta
Astronmica: imagem inversa

5.




rgos de leitura:
Limbo horizontal e vernier
Limbo vertical e vernier
Fios reticulares

6.

a)
b)
c)

rgos acessrios:
Prumos
 Niveis de bolha
Fio de prumo
a) Tubulares ou cilindricos
Basto
b) Esfricos ou circulares
Prumo tico (o parafuso de  Bssolas
fixao
do
rgo
de a) Circulares
sustentaao internamente b) Declinatrias
oco).

 Lupas (facilitar leituras nos


limbos)
a) Fixas
b) Separadas
 Ala e massa de mira
(dispositivo
simples
de
pontaria)

Figura 1.

GONIOLOGIA: a parte da topografia em que se estudam os ngulos utilizados na execuo dos trabalhos
em campo.
A Goniologia dividida em:
Goniometria: estuda os processos, mtodos e instrumentos empregados na medio dos ngulos.
Goniografia: trata dos processos e instrumentos empregados para representao grfica dos ngulos.
O gonimetro todo aparelho usado para medir ngulos. Um exemplo o teodolito. A parte especializada do
gonimetro para medio dos ngulos o limbo.

1)
a)
b)

Classificao dos limbos:


Quanto aos tipos de limbos:
Limbo horizontal: medem ngulos horizontais
Limbo vertical: medem ngulos de inclinao do terreno

2) Quanto sistema de graduao:


a) Centesimal: limbo dividido em 400 unidades (em b) Sexagesimal: limbo dividido em 360 unidades (em
grados).
graus).

3) Quanto ao sentido de graduao:


a) Horrio
b) Anti-horrio

d) Conjugado:

c) Quadrantes

i. Com dois sentidos: horrio e ii. Com graduao sentido horrio


anti-horrio
e em quadrantes

Sempre que operarmos um instrumento pela primeira vez, devemos nos familiarizar bem com o modo de
graduao do limbo para evitar erros de medio dos ngulos.
 Leitura de ngulos:
Definies:

O limbo um crculo graduado, onde fazemos leituras dos ngulos. Pode ser dividido em graus, 1/2
grau (30), at 1/6 do grau (10), Figura 1.

Figura 1.
O limbo um gonimetro grosseiro, pois no permite fazer leituras abaixo do valor angular. Para maior
preciso, introduziu-se o vernier no limbo dos gonimetros.
O vernier, tambm conhecido como nnio, um arco adicionado ao limbo, de mesma curvatura (ou
mesmo comprimento) e mesmo sentido da graduao (horrio ou anti-horrio), porm graduado de modo
especial que permite fazer leituras menores do que o valor angular do limbo.
Em instrumentos que utilizam o limbo e vernier, o ndice de leitura o zero do vernier. Para entender
como fazer a leitura de ngulos, temos que entender primeiro o princpio bsico de construo do vernier.
Princpio bsico da construo do vernier:
Vamos demonstrar como achar o valor da menor leitura angular feita por um gonimetro dotado de
vernier, chamada de aproximao efetiva (d).
A graduao do vernier (lembra, ela feita de modo especial) feita de modo que para certo nmero
de divises do limbo (m) correspondem a m+1 divises do vernier (n), ou seja, o vernier ter sempre uma
diviso a mais do que o limbo (Figura 2).
Em que:
L: valor angular do limbo ( o
valor da menor graduao do
limbo, ou seja, menor ngulo em
que se pode ler);
: valor angular do vernier;
L1: curvatura (ou comprimento)
do limbo;
L2: curvatura (ou comprimento)
do vernier (L1 = L2);
m: nmero de divises do limbo;
Figura 2.
n: nmero de divises do vernier
(n = m+1).
Na Figura 2, o n = 10, ento o m = 9;
Ento:
n = m+1 => m = n -1
(Equao 01)
L1 = L x m
(Equao 02)
L2 = x n
(Equao 03)
d = L => = L - d
(Equao 04)
L1=L2 => L x m = x n
(Equao 05)
Substituindo a Equao 01 e 04 em 05, temos:
L x (n-1) = (L-d) x n => Ln L = Ln dn => L = dn
d = L/n `
(Equao 06)
A Equao 06 aproximao efetiva do vernier. Para a Figura 2, a aproximao efetiva igual a:

L = 1/9 = 60/9 = 6,667... (6 + 0,667 x 60) = 640


n =10
d = 640/10 = (6 x 60 + 40) = 400/10 = 40
Exemplos:
Teodolito TV M3
L = 30
n = 30
d = L/n = 30/30 = 1

Teodolito FUJI
L = 20
n = 60
d = L/n = 20

Assim, para fazer a leitura do ngulo aumentado das aproximaes do vernier, l-se primeiro o ngulo
do limbo com referencia o zero do vernier e acrescenta-se tantas vezes a aproximao, ou seja, quantos forem
os traos do vernier anteriores ao que coincide com o do limbo e mai esse coincidido.
Exerccios:
1. Determinar a leitura do exemplo abaixo. Mostrar todos os clculos. Dados: n = 60, frmula: d = L/n.

2. Determinar a leitura do exemplo abaixo. Mostrar todos os clculos. Dados: n = 30, frmula: d = L/n.

3. Determinar a leitura do exemplo abaixo. Mostrar todos os clculos. Dados: n = 60, frmula: d = L/n.

AULA PRTICA 02: MANEJO COM OS TEODOLITOS - MEDIO DE NGULOS HORIZONTAIS


 Marcha das operaes para medio de um ngulo:
Material: marreta, piquetes, baliza, trip e teodolito.
Objetivo: operaes necessrias para medir ngulos horizontais com o teodolito (Figura 1).

Figura 1.
1 Materializao: materializar os pontos topogrficos O, A e B, com piquetes taxados.
2 Estacionamento:
 Coloque o trip aproximadamente sobre o ponto O, que corresponde ao vrtice do ngulo.
 Procure colocar o trip de forma que a base fique mais horizontal possvel e os ps do trip bem firmes, caso
contrrio, poder forar os parafusos calantes ou perder a centralizao.
 Em terreno inclinado, coloque um dos trips voltado para o lado mais alto para se ter maior estabilidade.
 O instrumento deve ser instalado de modo que o trip no fique muito aberto e a luneta fique aproximadamente na
mesma altura do olho do observador.
2 Centralizao do instrumento: centrar o instrumento o mximo possvel sobre o ponto O materializado no terreno,
com o fio de prumo ou prumo tico.
3 Nivelamento do instrumento (instrumentos com trs parafusos calantes e dois nveis de referncia):
 Deixar o parafuso de fixao do movimento geral solto.
 Colocar um dos nveis paralelo linha que uni dois parafusos calantes, movimentar os parafusos at centrar a bolha.
Os movimentos nos dois parafusos calantes devem ser feitos simultaneamente com o auxlio do dedo polegar de
ambas as mos, em sentido contrrio.
 Atuar no outro parafuso calante e nivelar o outro nvel (se o aparelho no possuir o outro nvel, girar o movimento
horizontal 90 em relao posio anterior).
 Girar o aparelho 180, e se a bolha estiver um pouco fora do centro, atuar nos dois parafusos calantes para nivel-lo.
Atuar tambm no outro calante para ajustar o outro nvel, se necessrio.
 Aps as operaes anteriores, se a bolha no permanecer no centro em qualquer posio, o instrumento est
necessitando de ajuste.
4 Coincidncia do zero do limbo horizontal com o zero do vernier (ou nnio): soltar o movimento do limbo horizontal e
procurar coincidir o zero do limbo com o zero do vernier, prendendo a seguir o referido movimento. Atuando no parafuso
de chamada do movimento do limbo, fazer a perfeita coincidncia dos zeros.
5 Fazer pontaria para A: com o movimento geral solto e o movimento do limbo horizontal fechado, visar a baliza em A
com auxilio da ala de mira. Fecha-se o movimento geral e atua-se no parafuso de chamada do movimento geral, para
fazer com que o fio vertical do retculo coincida com o eixo da baliza. Sempre que possvel visar o p da baliza.
6 Fazer pontaria em B: soltar o movimento do limbo horizontal e visar a baliza em B com auxilio da ala de mira.
Fecha-se em seguida o movimento do limbo horizontal. A seguir atuando no parafuso de chamada do limbo, fazer a
perfeita coincidncia do fio vertical do retculo com a baliza colocada em B.
7 Fazer a leitura do ngulo horizontal e anotar numa caderneta apropriada:
Estaes

Pontos visados

ngulos internos

OBS.

AULA PRTICA 03: MANEJO COM OS TEODOLITOS - MEDIO DE AZIMUTES


Material: uma marreta, trs piquetes, uma caderneta de campo, uma baliza, um trip e teodolito com bssola.
Objetivo: operaes necessrias para medio dos ngulos internos de um tringulo.
Procedimentos:
1) Materializao: materializar uma poligonal topogrfica com trs lados (tringulo) no campo, os pontos
topogrficos A, B e C (Figura 1).

Figura 1. Croqui da aula prtica.


2) Estacionamento: coloque o trip aproximadamente sobre o ponto A, que corresponde um dos vrtices do
tringulo.
3) Centralizao do instrumento: centrar o instrumento o mximo possvel sobre o ponto A materializado no
terreno, com o fio de prumo.
4) Nivelamento do instrumento:
 Deixar o parafuso de fixao do movimento geral solto.
 Colocar um dos nveis paralelo linha que uni dois parafusos calantes, movimentar os parafusos at
centrar a bolha. Os movimentos nos dois parafusos calantes devem ser feitos simultaneamente com o
auxlio do dedo polegar de ambas as mos, em sentido contrrio.
 Atuar no outro parafuso calante e nivelar o outro nvel (se o aparelho no possuir o outro nvel, girar o
movimento horizontal 90 em relao posio anterior).
 Girar o aparelho 180, e se a bolha estiver um pouco fora do centro, atuar nos dois parafusos calantes para
nivel-lo. Atuar tambm no outro calante para ajustar o outro nvel, se necessrio.
5) Zerar o instrumento: soltar o movimento do limbo horizontal e procurar coincidir o zero do limbo com o zero
do vernier, prendendo a seguir o referido movimento. Atuando no parafuso de chamada do movimento do
limbo, fazer a perfeita coincidncia dos zeros.
6) Fazer pontaria para o meridiano magntico
 Soltar a alavanca de fixao da agulha imantada da bssola.
 Orientar a luneta para o meridiano magntico, com o movimento geral solto e o limbo horizontal zerado fixo.
Essa orientao consiste em deixar a luneta voltada para o Norte Magntico (NM).
 Aps a orientao, bloquear o movimento geral.
7) Fazer pontaria para B:
 Com o movimento horizontal solto visar baliza em B com auxilio da ala de mira. Fecha-se o movimento
horizontal e atua-se no parafuso de chamada, para fazer com que o fio vertical do retculo coincida com o
eixo da baliza. Sempre que possvel visar o p da baliza.
 Fazer a leitura do azimute do alinhamento AB e anotar numa caderneta de campo apropriada.

Caderneta de campo:
Estaes
A
B
C

Pontos
Visados
B
C
C
A
A
B

Azimutes

ngulos
Internos

Rumos*

OBS.

8) Fazer pontaria para C:


 Com o movimento horizontal solto visar baliza em C com auxilio da ala de mira. Fecha-se o movimento
horizontal e atua-se no parafuso de chamada, para fazer com que o fio vertical do retculo coincida com o
eixo da baliza. Sempre que possvel visar o p da baliza.
 Fazer a leitura do azimute do alinhamento AC e anotar na caderneta.
9) Repetir as operaes 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 nos pontos topogrficos B e C.
10) Fazer a verificao do erro angular de fechamento:
 Calcular os ngulos internos lidos a partir dos azimutes lidos.
 A soma dos ngulos internos (Si) de um polgono regular obtida por Si = 180(n-2), onde n = nmero de
lados de uma poligonal.
 Como estamos sujeitos a erros nos processos de medio necessrio estabelecer uma tolerncia para os
erros cometidos: Tolerncia = 5.
* A coluna referente aos rumos tem a finalidade de apenas verificar se os rumos de cada alinhamento
apresentados no limbo da bssola correspondem os azimutes lidos no limbo horizontal do teodolito.

AULA PRTICA 04: MEDIO INDIRETA DE DISTNCIAS - ESTADIMETRIA


Material: marreta, trs piquetes, caderneta de campo, baliza, mira ou estadia, trip e teodolito eletrnico (luneta
com fios estadimtricos).
Objetivo: operaes necessrias para medio dos lados e ngulos internos de um tringulo.
Procedimentos:
1) Materializao: materializar um polgono com trs lados, os pontos topogrficos 0, 1 e 2 (Figura 1).

Figura 1.
2) Estacionamento: coloque o trip aproximadamente sobre o ponto 0, que corresponde um dos vrtices do
tringulo.
3) Centralizao do instrumento: centrar o instrumento o mximo possvel sobre o ponto 0 materializado no
terreno, com o prumo tico.
4) Nivelamento do instrumento:
a) Deixar o parafuso do movimento do limbo horizontal solto.
b) Colocar um dos nveis paralelo linha que uni dois parafusos calantes, movimentar os parafusos at
centrar a bolha. Os movimentos nos dois parafusos calantes devem ser feitos simultaneamente com o
auxlio do dedo polegar de ambas as mos, em sentido contrrio.
c) Girar o movimento horizontal 90 em relao posio anterior e atuar no outro parafuso calante.
d) Girar o aparelho 90 e se a bolha estiver um pouco fora do centro, atuar nos dois parafusos calantes
para nivel-lo, ou seja, repetir as operaes b e c.
5) Visar a baliza sobre o ponto 1 e zerar o limbo horizontal:
 Com o movimento o movimento do limbo horizontal solto, visar o p da baliza em 1 com auxilio da ala de
mira. Fecha-se o movimento do limbo horizontal e atua-se no parafuso de chamada do movimento do limbo
horizontal, para fazer com que o fio vertical do retculo coincida com o eixo da baliza. Zerar o limbo
horizontal apertando o boto 0 SET do teclado do teodolito eletrnico.
 Ainda no ponto 0, trocar a baliza sobre o ponto 1 pela mira e efetuar as leituras dos fios superior, mdio
e inferior.
 Medir a altura do instrumento (i).
 Fazer a leitura do ngulo vertical.
 Anotar os valores lidos na caderneta de campo.
6) Visar a baliza sobre o ponto 2:
 Soltar o movimento do limbo horizontal e visar a baliza em 2 com auxilio da ala de mira. Fecha-se em
seguida o movimento do limbo horizontal. A seguir atuando no parafuso de chamada do limbo, fazer a
perfeita coincidncia do fio vertical do retculo com a baliza colocada em 2.
 Fazer a leitura do ngulo horizontal.
 Ainda no ponto 0, trocar a baliza sobre o ponto 2 pela mira e efetuar as leituras dos fios superior, mdio
e inferior, anotando os valores lidos na caderneta de campo.
 Fazer a leitura do ngulo vertical.

Est.

PV

ngulo interno

FI

Leitura da mira
FM

FS

DH

OBS.

1
2
0
1
2
0
2
1
Est. = estao ocupada, PV = ponto visados, FI = Fio Inferior, FM = Fio Mdio, FS = Fio Superior, V = ngulo vertical, i = altura do instrumento e DH =
Distncia horizontal.
0

7)
8)
9)
10)

Repetir as operaes 2, 3, 4, 5, 6 para os pontos topogrficos 1 e 2.


Fazer a verificao do erro angular de fechamento.
Completar a caderneta de campo calculando as distncias reduzidas.
Fazer o desenho.

AULA PRTICA 05: LEVANTAMENTO TOPOGRFICO POR IRRADIAO


Obs.: Trabalho de campo em grupos. Desenho individual feito em casa e para entregar na prxima aula
terica!
Material: 1 marreta, 5 piquetes, 1 caderneta de campo, 1 baliza, 1 mira, 1 trip e 1 teodolito com bssola.
Objetivo: levantamento topogrfico por irradiao.
Procedimentos:
1) Materializao: materializar uma poligonal com cinco lados no campo. Materializar a sede de irradiao
(Estao A), Figura 1.

Figura 1. Croqui do levantamento.


2) Estacionamento e centralizao do instrumento: coloque o trip aproximadamente sobre o ponto A, que
corresponde a sede de irradiao. Centrar o instrumento o mximo possvel sobre o ponto A materializado
no terreno, com o fio de prumo.
3) Nivelamento do instrumento:
 Deixar o parafuso de fixao do movimento geral solto.
 Colocar um dos nveis paralelo linha que uni dois parafusos calantes, movimentar os parafusos at
centrar a bolha. Os movimentos nos dois parafusos calantes devem ser feitos simultaneamente, em sentido
contrrio.
 Atuar no outro parafuso calante e nivelar o outro nvel.
 Girar o aparelho 180, e se a bolha estiver um pouco fora do centro, atuar nos dois parafusos calantes para
nivel-lo. Atuar tambm no outro calante para ajustar o outro nvel, se necessrio.
4) Fazer pontaria para o meridiano magntico
 Soltar o movimento do limbo horizontal e procurar coincidir o zero do limbo com o zero do vernier,
prendendo a seguir o referido movimento. Atuando no parafuso de chamada do movimento do limbo, fazer
a perfeita coincidncia dos zeros.
 Soltar a alavanca de fixao da agulha imantada da bssola.
 Orientar a luneta para o meridiano magntico, com o movimento geral solto e o limbo horizontal zerado fixo.
Essa orientao consiste em deixar a luneta voltada para o Norte Magntico (NM).
 Aps a orientao, bloquear o movimento geral.
5) Fazer pontaria para 1 (quina da quadra):
 Com o movimento geral solto visar baliza em 1 com auxilio da ala de mira. Fecha-se o movimento geral
e atua-se no parafuso de chamada do movimento geral, para fazer com que o fio vertical do retculo
coincida com o eixo da baliza. Sempre que possvel visar o p da baliza.
 Fazer a leitura do azimute do alinhamento A1 e anotar numa caderneta apropriada (modelo abaixo).
 Ainda no ponto 1, trocar a baliza pela mira e efetuar as leituras do fio inferior, fio superior e fio mdio,
anotando os valores lidos na caderneta de campo.
 Medir a altura do instrumento, anotar na caderneta de campo.
 Fazer a leitura do ngulo vertical no limbo vertical, anotar na caderneta de campo.
 Repetir as operaes para os pontos topogrficos 2, 3 e 4.

6) Em casa:
 Completar a caderneta de campo calculando as distncias reduzidas.
 Efetuar o desenho topogrfico em escala conveniente.

Leitura da mira
Est.
PV
Azimute
V
i
DH
OBS.
FI
FM
FS
1
2
A
3
4
Est. = estao ocupada, PV = ponto visados, FI = Fio Inferior, FM = Fio Mdio, FS = Fio Superior, V = ngulo
vertical, i = altura do instrumento e DH = Distncia horizontal.

AULA PRTICA 06: LEVANTAMENTO TOPOGRFICO POR CAMINHAMENTO POR MEIO DE NGULOS
HORRIOS
Material necessrio: 1 marreta, 6 piquetes, 1 caderneta de campo, 2 balizas, 2 miras, 1 trip,1 teodolito
eletrnico.
Procedimentos de campo:
1) Materializar uma poligonal bsica com cinco lados no campo (Figura 1);

Figura 1. Croqui do levantamento.


2)
3)
4)
5)
6)
7)
8)
9)
10)
11)

Centralizar e nivelar o instrumento na Estao 0;


Ligar o aparelho e acionar o limbo vertical (girar a luneta);
Fazer pontaria para Estao anterior, ou seja, Estao 5 (r);
Zerar o limbo horizontal;
Fazer pontaria para Estao 1, ou seja, vante;
Ler o ngulo horrio;
Medir a altura do instrumento;
Fazer leituras dos fios estadimtricos na mira;
Ler o ngulo zenital (ou vertical);
Repetir os procedimentos nas prximas estaes.

Observao:
a) Os dados devero ser anotados na caderneta a seguir;
b) Calcular as distncias horizontais;
c) Os azimutes devero ser calculados a partir da Estao 1;
d) Deve-se fazer a verificao do erro angular e corrigir os azimutes.
e) Entregar na prxima aula os clculos e a caderneta preenchida.

Estao

Pontos
Visados
R

Vante

ngulo
horrio

Azimute
lido

Leitura da mira
Fio
Inferior

Fio
Mdio

Fio
Superior

ngulo
Vertical Altura do
ou
instrumento
Zenital

OBS.

AULA PRTICA 07: TRABALHO PRTICO 1 LEVANTAMENTO PLANIALTIMTRICO (CAMINHAMENTO


POR NGULOS HORRIOS)
1 TRABALHO PRTICO Valor: 30 pontos
LEVANTAMENTO TOPOGRFICO PLANIALTIMTRICO
CAMINHAMENTO POR MEIO DOS NGULOS HORRIOS
As aulas seguintes sero destinadas a elaborao do primeiro trabalho prtico da disciplina. Trata-se de um
levantamento topogrfico planialtimtrico de uma rea a ser definida no campus da universidade. As
operaes topogrficas de campo sero feita em grupos. A seguir apresentado o modelo da caderneta de
campo a ser utilizada. As operaes topogrficas de escritrios sero feitas individualmente. Esse trabalho
consta ainda do preenchimento de mais trs planilhas ( mo) conforme modelos em anexos e da
apresentao da planta topogrfica planialtimtrica, com a representao do relevo em curvas de nvel com
espaamento vertical a ser definido. A planta topogrfica ser feita por meio de coordenadas retangulares
absolutas, em papel milimetrado, formato A3, em escala.
CADERNETA DE CAMPO:
Pontos
visados
ngulo
Estao
horrio
R Vante

Azimute
lido

Leitura da mira
Fio
Inferior

Fio
Mdio

Fio
Superior

ngulo
Vertical Altura do
ou
instrumento
Zenital

OBS.

CADERNETA DE ESCRITRIO:
Azimutes
Azimutes
Estao
calculados
corrigidos

Distncia
reduzida

Diferena
de nvel

CLCULO DAS COORDENADAS RETANGULARES:


Abscissa relativa
Azimutes Distncia
Estao
corrigidos reduzida
calculada
corrigida

Cotas
corrigidas

Cotas

OBS.

Ordenada relativa
calculada
corrigida

Abscissa Ordenada
absoluta absoluta

Diferena binria

reas duplas

CLCULO ANALTICO DE REA:


Soma binria
Estao

Abscissas

Ordenadas

:T

:W

: T W : W T

AULA PRTICA 08: COORDENADAS RETANGULARES


No processo de coordenadas retangulares o desenho da planta topogrfica executado por meio da
transferncia de distancias apenas. As distncias a serem transferidas correspondem s projees do
alinhamento num sistema de eixos coordenados originando as abscissas e ordenadas, que so as
coordenadas retangulares de cada ponto definido no campo.
Clculo do caminhamento: consiste em transformar coordenadas polares em retangulares.

Coordenadas polares

Coordenadas retangulares

Quando se utiliza rumos os sinais das abscissas e ordenadas dependem do quadrante do rumo:
Exemplo 1: Transforme as coordenadas polares,
rumo = 5020 SE e distncia
istncia = 90,00 m,
m do
alinhamento 01, em coordenadas retangulares, X1 e
Y1 .
Resposta:
X1 = 90,00.sen 5020 = 69,28 m
Y1 = 90,00.cos 5020 = 57,45 m
Como o alinhamento 01 est no segundo quadrante,
o valor da abscissa deve ser positivo e da ordenada
negativo, assim:
m
X1 = 69,28 m e Y1 = - 57,45 m.
Quando se utiliza azimutes, os sinais das coordenadas so dados diretamente nas operaes de clculo:
Exemplo 2: Transforme as coordenadas polares, azimute = 14030
1403 e distncia = 80,00
0,00 m,
m do alinhamento 01,
em coordenadas retangulares, X1 e Y1.
Resposta:
X1 = 80,00.sen 14030 = 50,89 m
Y1 = 80,00.cos 14030 = - 61,73 m
Observao: as coordenadas obtidas nos clculos acima so denominadas coordenadas relativas.

Erro linear de fechamento (e):


A soma algbrica das projees dos lados de um polgono regular sobre dois eixos retangulares deve
dev ser nula,
caso contrrio, h erro angular de fechamento.
O erro linear de fechamento representado pela hipotenusa de um tringulo retngulo que tem como catetos o
erro das abscissas e o erro das ordenadas relativas.
ex = soma algbrica das abscissas;
ey = soma algbrica das ordenadas;
e = erro linear de fechamento.

Tolerncia T(m):
em que: t = preciso do levantamento (depende das exigncias cadastrais),
cadastrais) varia de 0,2 a 2,0 m,
m e k=
permetro do polgono (km).
Exemplo 3: Na caderneta abaixo esto representadas os dados obtidos a partir de um levantamento
topogrfico de uma poligonal de seis lados e trs pontos de detalhes internos. Determine as coordenadas
retangulares relativas dos pontos e o erro linear de fechamento.
Resposta:
Estao Azimutes corrigidos Distncia (m)
 Clculos das coordenadas relativas:
relativas
0-1
10950
59,78

X
=
59,78.sen
sen
10950
=
56,23 m
1
1-2
6915
80,00
 Y1 = 59,78.cos
cos 10950 = - 20,28 m
1-a
20020
47,93
 X2 = 80,00.sen
sen 6915 = 74,81 m
2-3
16120
84,98
 Y2 = 80,00.cos
cos 6915 = 28,34 m
2-b
20500
61,81
 Xa = 47,93.sen
sen 20020 = -16,65 m
3-4
21120
73,91
 Ya = 47,93.cos
cos 20020 = - 44,94 m
4-c
33840
51,98
Os clculos dos outros pontos encontram-se
encontram
4-5
27725
114,69
na caderneta a seguir:
5-0
35700
120,69
Estao Azimutes corrigidos Distncia Abscissa relativa Ordenada relativa
0-1
10950
59,78
56,23
- 20,28
1-2
6915
80,00
74,81
28,34
1-a
20020
47,93
- 16,65
- 44,94
2-3
16120
84,98
27,20
- 80,51
2-b
20500
61,81
- 26,12
- 56,01
3-4
21120
73,91
-38,43
- 63,13
4-c
33840
51,98
- 18,91
48,42
4-5
27725
114,69
- 113,73
14,80
5-0
35700
120,69
- 6,32
120,52

 Determinao do erro linear de fechamento:


 ex = 56,23 + 74,81 + 27,20 + (- 38,43) + (- 113,73) + (- 6,32) = - 0,24 m
 ey = (- 20,28) + 28,34 + (- 80,51) + (- 63,13) + 14,80 + 120,52 = - 0,26 m
 e2 = ex2 + ey2  e = 0,35 m
 T = 0,73 m (t = 1 m e k = 0,53405)
Nesse caso, o erro menor que a tolerncia, portanto deve ser corrigido. A correo do erro feita por
meio de coeficiente obtidos a partir dos erros as abscissas e das ordenadas.
Esses coeficientes podem ser determinados por dois mtodos: mtodo do coeficiente de
proporcionalidade relacionado ao permetro do polgono ou mtodo do coeficiente de proporcionalidade
relacionado soma das coordenadas.
 Mtodo 1: Mtodo do coeficiente de proporcionalidade relacionado ao permetro
Consiste em distribuir os erros das abscissas e das ordenadas proporcionalmente ao tamanho dos lados da
poligonal base. Os lados maiores estaro sujeitos s correes maiores.
 Coeficiente para correo das abscissas (Cx):
Cx = ex / d
em que, d = permetro da poligonal (m).
Cx = - 0,24 m / 534,05 m = - 0,0004494
 Coeficiente para correo das ordenadas (Cy):
Cy = ey / d
Cy = - 0,26 m / 534,05 m = - 0,0004868
A correo a ser feita em cada vrtice da poligonal igual ao coeficiente de correo das abscissas ou das
ordenadas, multiplicando pela distncia de cada alinhamento.
OBS.: Recomenda-se utilizar o mximo de dgitos do coeficiente ao fazer essa multiplicao, deixando as
aproximaes para quando apresentar o resultado.
 Correo do erro linear:
abscissacorrigida = abscissacalculada distncia.Cx
ordenadacorrigida = ordenadacalculada distncia.Cy
abscissacorrigida = abscissacalculada distncia.Cx
X1 = 56,23 59,78.(- 0,0004494) = 56,26
X2 = 74,81 80,00.(- 0,0004494) = 74,85
X3 = 27,20 84,98.(- 0,0004494) = 27,24
X4 = - 38,43 73,91.(- 0,0004494) = - 38,40
X5 = - 113,73 114,69.(- 0,0004494) = - 113,68
X0 = - 6,32 120,69.(- 0,0004494) = - 6,27

ordenadacorrigida = ordenadacalculada distncia.Cy


Y1 = - 20,28 59,78.(- 0,0004868) = - 20,25
Y2 = 28,34 80,00.(- 0,0004868) = 28,38
Y3 = - 80,51 84,98.(- 0,0004868) = - 80,47
Y4 = - 63,13 73,91.(- 0,0004868) = - 63,09
Y5 = 14,80 114,69.(- 0,0004868) = 14,85
Y0 = 120,52 120,69.(- 0,0004868) = 120,58

OBS.: Os pontos levantados por processos auxiliares, como o caso dos pontos a, b e c, no so
submetidos correo do erro linear.
A partir das coordenadas corrigidas feito o clculo das abscissas e ordenadas absolutas que sero utilizadas
para o desenho da planta. As coordenadas absolutas sero obtidas acumulando-se a partir de um valor inicial
arbitrrio as coordenadas corrigidas.

Abscissa relativa
Ordenada relativa Abscissa Ordenada
Azimute
Distncia
corrigido
Calculada Corrigida calculada corrigida absoluta absoluta
0
200,00
200,00
1
10950
59,78
56,23
56,26
-20,28
-20,25
256,26
179,75
2
6915
80,00
74,81
74,85
28,34
28,38
331,11
208,13
1- a
20020
47,93
-16,65
-44,94
239,61
134,81
3
16120
84,98
27,20
27,24
-80,51
-80,47
358,35
127,66
2b
20500
61,81
-26,12
-56,01
304,99
152,12
4
21120
73,91
-38,43
-38,40
-63,13
-63,09
319,95
64,57
4c
33840
51,98
-18,91
48,42
301,04
112,99
5
27725
114,69
-113,73
-113,68
14,80
14,85
206,27
79,42
0
35700
120,69
-6,32
-6,27
120,52
120,58
200,00
200,00
 Confeco do desenho:
Estao

 Mtodo 2: Mtodo do coeficiente de proporcionalidade relacionado soma das coordenadas


 Coeficiente para correo das abscissas (Cx):
Cx = ex / Sx
em que, Sx = soma dos mdulos das abscissas (m).
Cx = - 0,24 m / 316,72 m = - 0,0007577671
 Coeficiente para correo das ordenadas (Cy):
Cy = ey / Sy
em que, Sy = soma dos mdulos das ordenadas (m).
Cy = - 0,26 m / 534,05 m = - 0,0007936992
A correo a ser feita em cada vrtice igual ao coeficiente de correo das abscissas ou das
ordenadas multiplicando pelo valor de cada ordenada.
 Correo do erro linear:
abscissacorrigida = abscissacalculada abscissacalculada.Cx
ordenadacorrigida = ordenadacalculada ordenadacalculada.Cy
abscissacorrigida = abscissacalculada abscissacalculada.Cx ordenadacorrigida = ordenadacalculada ordenadacalculada.Cy
X1 = 56,23 56,23*(- 0,0007577671) = 56,27
Y1 = - 20,28 [- 20,28*(- 0,0007936992) = - 20,26
X2 = 74,81 74,81*(- 0,0007577671) = 74,87
Y2 = 28,34 28,34*(- 0,0007936992) = 28,36
X3 = 27,20 27,20*(- 0,0007577671) = 27,22
Y3 = - 80,51 [- 80,51*(- 0,0007936992) = - 80,45
X4 = - 38,43 [- 38,43*(- 0,0007577671)] = - 38,40
Y4 = - 63,13 [- 63,13*(- 0,0007936992) = - 63,08
X5 = -113,73 [- 113,73*(- 0,0007577671)] = - 113,64 Y5 = 14,80 14,80*(- 0,0007936992) = 14,81
X0 = - 6,32 [- 6,32*(- 0,0007577671)] = - 6,32
Y0 = 120,52 120,52*(- 0,0007936992) = 120,62
Vantagens do mtodo:
 Permite determinar a preciso do levantamento antes de executar o desenho;
 Para executar o desenho transferem-se apenas distncias;
 Permite obter rea do terreno analiticamente (ser apresentado nas prximas aulas).

AULA PRTICA 09: DETERMINAO DE REAS


Diversos so os processos de determinao de reas, a escolha de um deles depender do maior ou menor
rigor com que se deseja fazer a determinao.
1. Processo direto: a rea do terreno determinada no terreno e
2. Processo indireto: a rea do terreno determinada sobre a planta topogrfica.
1. Processo direto:
A rea avaliada por meio de medidas feitas
diretamente no terreno (ex. utilizando a trena).
Aplica-se quando o terreno tem a forma de um polgono
regular.
Exemplo 1: Determinar a rea do lote urbano ao lado.
rea = 30,00 x 12,00 = 360,00 m2

2. Processo Indireto:
A rea do terreno determinada indiretamente a partir da rea do desenho que representa sua projeo
horizontal. Neste caso, emprega-se a seguinte Equao:
St = Sd x N2
em que: St = rea do terreno, Sd = rea do desenho e N = denominador da escala.
OBS.: Caso o desenho tenha duas escalas:
St = Sd x N1 x N2
Processos para determinao da Sd:
a) Geomtrico;
b) Mecnico;
c) Analtico.
a) Processo Geomtrico:
Consiste na decomposio da poligonal levantada em figuras geomtricas simples, tais como: tringulos,
retngulos, trapzios etc. A rea total do desenho ser igual a soma das reas dessas figuras parciais.
Frmulas: Trapzios, Simpson, Poncelet etc.

b) Processo Mecnico
- Mtodo dos planmetros:
Planmetro um instrumento que permite determinar a rea de uma superfcie plana limitada por um contorno
qualquer. O instrumento constitudo de duas hastes, uma fixa (plo) e outra traadora (estilete), e de um
rgo registrador (tambor, limbo e vernier).

c) Processos analtico:
A rea do terreno obtida a partir das coordenadas retangulares dos vrtices, sem ser necessrio recorrer o
desenho.

em que:
e

= duplo da rea do polgono.

= representam a soma binria entre as abscissas e entre = representam a diferena binria entre as abscissas e
entre as ordenadas.
as ordenadas.
A frmula anterior pode ser organizada em forma de planilha. A planilha a seguir mostra um exemplo de como
calcular a rea de um polgono topogrfico a partir das coordenadas absolutas de seus vrtices pelo processo
analtico (dados da aula terica sobre coordenadas retangulares).
Soma binria Diferena binria
Produto
Estao X (m) Y (m)
X
Y
X
Y
XY
YX
0
200,00 200,00
1
256,26 179,75 456,26 379,75 -56,26 20,25 9239,27 -21364,74
2
331,11 208,13 587,37 387,88 -74,85 -28,38 -16669,56 -29032,82
3
358,35 127,66 689,46 335,79 -27,24 80,47 55480,85 -9146,92
4
319,95 64,57 678,30 192,23 38,40 63,09 42793,95 7381,63
5
206,27 79,42 526,22 143,99 113,68 -14,85 -7814,37 16368,78
0
200,00 200,00 406,27 279,42 6,27 -120,58 -48988,04 1751,96
2S
34042,09 -34042,09
34042,09 = 17021,05
S
2
= 1,7 ha

AULA PRTICA 10: MANEJO COM NVEIS DE LUNETA - PROJETO DE UMA REDE DE DRENAGEM
PLUVIAL
Para atender as especificaes do projeto (declividades), as cotas do terreno devero ser alteradas, isto ,
ser necessrio fazer cortes e/ou aterros. Essas novas cotas so denominadas de cotas de Greide. O ideal
num trabalho que a soma das alturas de cortes seja aproximadamente igual de aterros, de modo que a
movimentao de terra fique restrita rea. Neste caso, para obter as cotas de Greide deve-se partir de uma
cota inicial (arbitrada) para uma determinada estaca e a partir dela obter as outras cotas tomando por base as
declividades pr-estabelecidas.
Material necessrio:
 Nvel de luneta ou nvel de preciso;
 Balizas;
 Trena;
 Mira ou estadia;
 Caderneta de campo.
Procedimentos:
 Locao e estaqueamento do eixo da rede (5,00 em 5,00 m);
 OBS.: Caso haja mudana de declividade do terreno no intervalo do estaqueamento, deve-se
materializar a mudana com as estacas intermedirias.
 Nivelamento geomtrico simples do eixo locado, anotando todos os valores de leitura de mira do terreno na
caderneta de campo;
 Contranivelamento para verificao do erro de fechamento.
Caderneta de campo:
Diferena de nvel
Estacas
Leitura da mira
Cotas
OBS.
+
-

Trabalho de escritrio:
 Desenho do perfil do terreno em papel milimetrado. Para seu traado utilizam-se duas escalas, uma para o
eixo horizontal, onde so representadas as estacas e a outra para o eixo vertical, de menor denominador,
onde so representadas as cotas do terreno;
 Declividade do eixo = 3%  100 m 3 m (regra de trs)
 Determinao das Cotas do Greide;
 Clculo das alturas de cortes e aterros;

Caderneta de escritrio:
Estacas

Cotas
Terreno

Alturas
Greide

Corte

Aterro

OBS.:

AULA PRTICA 11: SISTEMATIZAO DE TERRENOS


Definio: sistematizar um terreno uma operao topogrfica que consiste colocar a sua superfcie em
planos uniformes, com declividades adequadas de acordo com cada tipo de projeto a ser executado.
Campos de aplicao:
 Em obras civis: Estradas, ncleos habitacionais, ptio de secagem de gros, distritos industriais,
campos de futebol etc.
 Em agricultura: Irrigao, conservao de solos, construo de viveiros etc.
Objetivo da aula: sistematizao de um terreno para construo de um ptio de secagem de gros.
Croqui:
Conforme especificaes do projeto, apresentado no croqui ao lado, o ptio
dever ficar com declividade no sentido transversal ao eixo central de -1% e
com declividade no sentido longitudinal de -2%. Para atingir esse objetivo
os trabalhos necessrios de campo sero divididos em duas etapas.

Material necessrio:
 Nvel de luneta ou nvel de preciso;
 Balizas;
 Trena;
 Mira ou estadia;
 Caderneta de campo.
Procedimentos:
a) Trabalho de campo
 Locao e estaqueamento do eixo longitudinal do ptio (5,00 em 5,00 m);
 Abertura das sees transversais (esquadro de trena);
 Nivelamento geomtrico simples do eixo central e das sees transversais.
OBS.: as anotaes de campo so feitas na rede de quadrculas conforme conveno a seguir.
Nmero da estaca Leitura de mira
Cota do terreno
Para o clculo das cotas pode-se estipular um valor de cota para uma das estacas da rede de quadrculas (por
exemplo, estaca 0). A partir da cota dessa estaca e da leitura de mira feita na referida estaca ser estabelecida
a altura do plano de visada que servir para o clculo das demais cotas do terreno.
Exemplo 1: A seguir apresentada uma rede de quadrculas com nove estacas.
Cota estipulada para estaca 0 = 10,000 m
Altura do plano de visada = 10,000 + 1,340 = 11,340 m
Como o nivelamento foi realizado a partir de apenas uma posio no terreno, a altura do plano de visada
constante para toda rea.
Cota da estaca 1 = 11,340 1,470 = 9,870 m
Cota da estaca 2 = 11,340 1,140 = 10,200 m

0 1,340
10,000

1 1,470
9,870

2 1,140
10,200

3 1,780
9,560

4 1,940
9,400

5 1,840
9,500

6 2,000
9,340

7 1,840
9,500

8 3,000
8,340

Aps o clculo das cotas do terreno realizada a etapa de escritrio.


b) Trabalho de escritrio
Para atender as especificaes do projeto (declividades), as cotas do terreno devero ser alteradas, isto ,
ser necessrio fazer cortes e/ou aterros. Essas novas cotas so denominadas cotas de GREIDE. O ideal num
trabalho que a soma das alturas de cortes seja aproximadamente igual de aterros, de modo que a
movimentao de terra fique restrita rea. Neste caso, para obter as cotas de GREIDE deve-se partir de uma
cota inicial (arbitrada) para uma determinada estaca e a partir dela obter as outras cotas tomando por base as
declividades pr-estabelecidas. Os valores obtidos nesta tentativa levar a uma resultado que poder ser
alterado para que os cortes feitos sejam suficientes para fazer os aterros e vice-versa.
Para fazer as anotaes na etapa de escritrio, recomenda-se apresentar uma nova rede de quadrculas e nos
vrtices das mesmas, fazer anotaes como se segue:
Nmero da estaca Cota do terreno
Cota do GREIDE - Corte ou
+ Aterro
Para obter o plano de sistematizao do terreno partiremos de uma cota da estaca 1 igual a 9,800 m. Esse
um valor arbitrado, poderia ser um outro qualquer.
Segundo as especificaes do projeto, os eixos longitudinais, direes 0-6, 1-7 e 2-8, devero ter declividade
de -2%. Supondo que cada quadrcula tenha 10 m de lado, as cotas do GREIDE sero obtidas como se segue:
Clculo das cotas do eixo longitudinal (eixo central):
Declividade do eixo = - 2%
Estaqueamento = 10 m
100 m  - 2 m
10 m  x
x = - 0,2 m
O valor de x corresponde ao desnvel (negativo) que deve haver entre estacas consecutivas dos eixos
longitudinais, isto , cada cota ser reduzida desse valor, j que o eixo ter declividade descendente.
Cota de 1 = 9,800 (arbitrada)
Cota de 4 = 9,800 0,200 = 9,600
Cota de 7 = 9,600 0,200 = 9,400
As cotas dos eixos transversais sero calculadas a partir das cotas do eixo central, calculadas anteriormente.
Ressalta-se que as cotas iro decrescer do eixo central para as laterais de um valor correspondente
declividade de 1%, como especificado. Os clculos so apresentados a seguir:
Clculo das cotas dos eixos transversais:
Declividade do eixo = - 1%
Estaqueamento = 10 m

100 m  - 1 m
10 m  x

x = - 0,1 m

Cota de 1 = 9,800 (arbitrada)


Cota de 0 = 9,800 0,1 = 9,700 m
Cota de 2 = 9,800 0,1 = 9,700 m
Cota de 4 = 9,600
Cota de 3 = 9,600 0,1 = 9,500 m
Cota de 5 = 9,600 0,1 = 9,500 m
Cota de 7 = 9,400
Cota de 3 = 9,400 0,1 = 9,300 m
Cota de 5 = 9,400 0,1 = 9,300 m
Clculo das alturas de corte e aterro:
Para obter as alturas de corte e aterro as cotas do GREIDE so comparadas com as cotas do terreno. Quando
a cota do terreno for maior do que a cota do GREIDE, teremos uma altura de corte, correspondente diferena
entre essas cotas. Em caso contrrio, teremos aterro. No quadriculado a seguir, esto apresentados os cortes
procedidos de sinal negativo e aterros com sinais positivos. Observa-se que na estaca 5 no houve corte e
nem aterro, j que a cota do GREIDE coincide com a do terreno.

 -2%

- 1% -1% 
0 10,000
1 9,870
9,700 - 0,300
9,800 - 0,070

2 10,200
9,700 - 0,500

3 9,560
9,500 - 0,060

4 9,400
9,600 + 0,200

5 9,500
9,500

6 9,340
9,300 - 0,040

7
9,500
9,400 - 0,100

8 8,340
9,300 + 0,960

Balanceamento de cortes e aterros:


O balanceamento visa igualar as alturas de cortes e aterros. Para atender a essa exigncia, o plano de
sistematizao dever ser alterado de uma altura correspondente diferena entre cortes e aterros dividida
pelo nmero de estacas. Se a soma das alturas de cortes for superior a de aterros o plano dever ser elevado,
em caso contrrio, rebaixado.
Pelo exemplo anterior teramos:
Soma das alturas de cortes = C = 1,070 m
Soma das alturas de aterros = A = 1,160 m
Nmero de estacas = n = 9
&U Y 2,[\[U2,2=[
Alterao = Z =
= - 0,010
]
Nesse caso, como temos altura de aterros maior que altura de cortes, o plano de sistematizao deve ser
rebaixado de 0,010 m. Em vez de utilizar como cota da estaca 1 o valor 9,800, deve-se utilizar 9,800 0,010 =
9,790. Refazendo os clculos a partir de 9,790 encontraremos C = A = 1,1400 m.
Plano de sistematizao recalculado:

 -2%

0 10,000
9,690 - 0,310

- 1% -1% 
1 9,870
9,790 - 0,080

2 10,200
9,690 - 0,510

3 9,560
9,490 - 0,070

4 9,400
9,590 + 0,190

5 9,500
9,490 -0,010

6 9,340
9,290 - 0,050

7
9,500
9,390 - 0,110

8 8,340
9,290 + 0,950

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