LEI COMP 039 02 - Prividencia Estadual

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SGT PM ALMEIDA

L E I C O M P L E M E N T A R Nº 039, DE 9 DE JANEIRO DE 2002.*

Institui o Regime de Previdência Estadual do Pará, e dá outras providências.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte Lei


Complementar:

TÍTULO I

DO REGIME DE PREVIDÊNCIA ESTADUAL

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Regime de Previdência dos servidores do Estado
do Pará, englobando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; autarquias e fundações
estaduais; o Ministério Público Estadual; o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas
do Estado e dos Municípios; os Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios; os
Magistrados; os Conselheiros dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios; os
Membros do Ministério Público Estadual; os Membros do Ministério Público junto aos
Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios; os aposentados, os militares ativos ou da
reserva remunerada e os reformados; objetivando assegurar o gozo dos benefícios nela
previstos, a serem custeados pelo Estado e pelos segurados em atividade.

Art. 2º O Regime de Previdência Estadual, reorganizado por esta Lei, visa assegurar o
direito relativo à previdência aos servidores públicos, aos militares estaduais, aos
segurados do Regime e seus dependentes obedecendo aos seguintes princípios e
diretrizes:

I - financiamento obrigatório mediante recursos provenientes do Estado, de suas


Autarquias e Fundações, e das contribuições do pessoal civil e militar, membros dos
Poderes Públicos mencionados no art. 1º;

II - cobertura exclusiva aos segurados e respectivos dependentes, vedado o pagamento de


benefícios mediante convênios e consórcios;

III - caráter democrático da gestão administrativa, com participação de representantes do


Poder Público Estadual e dos seus segurados nos termos desta Lei e regulamento;

IV - sistema solidário de seguridade, com a obrigatoriedade de participação, mediante


contribuição de seus participantes;

V - organização baseada em normas gerais de contabilidade e atuária, de modo a garantir


equilíbrio financeiro e atuarial ao Regime;

VI - identificação e consolidação em demonstrativos financeiros e orçamentários de todas


as despesas fixas e variáveis dos segurados e dependentes, dos demais encargos
incidentes sobre proventos e pensões;

VII - proibição de criar, majorar ou estender qualquer benefício ou serviço sem a


correspondente fonte de custeio total, de forma a preservar o seu equilíbrio financeiro-
atuarial;

VIII - registro contábil individualizado das contribuições de cada segurado e dos entes
estatais;

IX - pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime e


participação de representantes dos servidores públicos e dos militares, ativos e inativos,
nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e
deliberação, nos termos da presente lei.
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Art. 3º O Regime de Previdência instituído por esta Lei compreende os seguintes


benefícios:

I - Quanto ao segurado :

a) Aposentadoria por invalidez permanente;

b) Aposentadoria compulsória por implemento de idade;

c) aposentadoria voluntária por tempo de contribuição e por idade; (NR)

d) Reforma e Reserva remunerada.

II - Quanto aos dependentes:

a) Pensão por morte do segurado;

b) Pensão por ausência do segurado.

§ 1º Benefícios são prestações de caráter pecuniário a que faz jus o segurado ou seus
depende, conforme a respectiva titularidade.

§ 2º Os benefícios serão concedidos nos termos das Constituições Federal e Estadual e da


legislação infraconstitucional em vigor, observados os regramentos introduzidos por esta
Lei.

§ 3º Os benefícios de auxílio-doença, salário-maternidade, auxílio-reclusão e salário-família


permanecerão sendo administrados e custeados diretamente pelo Estado, suas autarquias
e fundações, e demais entidades sob seu controle direto ou indireto. (NR)

§ 4º Observadas as normas previstas na presente Lei, os militares continuam regidos pela


legislação específica a eles aplicável, nos termos dos arts. 42, § 1º, e 142, § 3º, inciso X,
da Constituição Federal. (NR)

§ 5º À segurada do Regime de Previdência Estadual que adotar ou obtiver guarda judicial


para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e
vinte) dias, se a criança tiver até 1 (um) ano de idade, de 60 (sessenta) dias, se a criança
tiver entre 1(um) e 4 (quatro) anos de idade, e de 30 (trinta) dias, se a criança tiver de 4
(quatro) a 8 (oito) anos de idade. (NR)

§ 6º O salário-família será devido mensalmente ao servidor ativo ou inativo na proporção


do respectivo número de filhos ou equiparados, nos termos do art. 6º, § 6º, desta Lei
Complementar, de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos ou inválidos. (NR)

Capítulo II

Dos Beneficiários

Art. 4º Os beneficiários do Regime de Previdência Estadual classificam-se em segurados


obrigatórios e dependentes.

Seção I

Dos Segurados

Art. 5º São segurados obrigatórios do Regime de Previdência Estadual instituído por esta
Lei:

I - os servidores públicos titulares de cargo efetivo do Estado, do Poder Executivo,


incluindo suas autarquias e fundações, dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público Estadual, do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas do Estado e dos
Municípios e dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios;
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II - os Membros do Ministério Público Estadual; os Membros do Ministério Público junto aos


Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios, os Membros da Magistratura e os
Conselheiros dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios;

III - os aposentados do Estado; e

IV - os militares ativos, da reserva remunerada e os reformados.

Parágrafo único. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado


em lei de livre nomeação e exoneração, ou função temporária ou de emprego público,
aplica-se o Regime Geral de Previdência Social.

Seção II

Dos Dependentes

Art. 6º Consideram-se dependentes dos Segurados, para fins do Regime de Previdência


que trata a presente Lei:

I - o cônjuge, a companheira ou companheiro, na constância do casamento ou da união


estável, respectivamente;

II - filhos solteiros não emancipados, de qualquer condição, menores de 21 anos;

III - filhos maiores inválidos, solteiros e desde que a invalidez anteceda o fato gerador do
benefício e não percebam benefício previdenciário federal, estadual ou municipal como
segurados; (NR)

IV - R E V O G A D O

V - os pais, desde que não percebam renda própria superior a dois salários mínimos;

VI - o enteado, desde que comprovadamente esteja sob dependência econômica do


segurado, não seja credor de alimentos e nem receba benefício previdenciário do Estado
ou de qualquer outro regime federal ou municipal;

VII - o menor tutelado, desde que comprovadamente resida com o segurado e deste
dependa economicamente, não sendo ainda credor de alimentos e nem possua renda para
o próprio sustento, inclusive de seus genitores ou decorrente da percepção de outro
benefício previdenciário pago pelos cofres públicos.

§ 1º A existência de dependentes de qualquer das classes previstas neste artigo exclui do


direito às prestações os das classes seguintes. (NR)

§ 2º Considera-se companheiro ou companheira a pessoa que, não sendo casada, mantém


união estável com o(a) segurado(a) solteiro(a), viúvo(a), separado(a) judicialmente ou
divorciado (a), e habitem sob o mesmo teto perfazendo núcleo familiar, como se marido e
mulher fossem os conviventes, por prazo não inferior a 2 (dois) anos, prazo esse
dispensado, quando houver prole comum.

§ 3º Não será computado o tempo de coabitação simultânea, mesmo em teto distintos,


entre o segurado e mais de uma pessoa.

§ 4º É vedada a inscrição de pessoas designadas e para a qual não haja previsão específica
na presente Lei.

§ 5º A dependência econômica das pessoas indicadas nos incisos I e II é presumida e a


das demais, prevista nos incisos III, V, VI e VII, deve ser comprovada de acordo com o
disposto em regulamento e resolução do Conselho Estadual de Previdência. (NR)

§ 6º Para fins de percepção de benefícios previdenciários, observados os requisitos


previstos em lei, regulamento ou resolução do Conselho Estadual de Previdência, o
enteado e o menor tutelado se equiparam ao filho. (NR)
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Art. 7º No caso de dependente inválido para fins de inscrição e concessão do benefício, a


invalidez será apurada por junta médica oficial do Estado ou por instituição credenciada
pelo Poder Público. (NR)

Seção III

Da inscrição no Regime, da suspensão e da perda da condição de segurado e


beneficiário

Art. 8º A qualidade de segurado do Regime de Previdência Estadual representa condição


essencial para auferição de qualquer benefício previsto na presente Lei. (NR)

Art. 9º No que se refere aos segurados referidos no art. 5º a inscrição é automática,


resultando do início do exercício no cargo público.

Art. 10. Os dependentes serão inscritos pelo segurado, permitindo-se que promovam sua
própria inscrição, se o servidor tiver falecido sem tê-la efetivado.

Art. 11. A inscrição dos dependentes mencionados nos incisos II, III, V, VI e VII do art. 6º
depende de comprovação dos requisitos especificados em relação a cada classe, devendo
se fazer acompanhar dos documentos exigidos por regulamento e resoluções do Conselho
Estadual de Previdência. (NR)

Art. 12. A comprovação da união estável, para o companheiro ou companheira é


imprescindível para efeito de inscrição no Regime de Previdência Estadual.

Art. 13. R E V O G A D O

Art. 14. Perderá a qualidade de beneficiário :

I - O segurado obrigatório e o dependente que vier a falecer;

II - O segurado obrigatório que for exonerado, dispensado, demitido ou desligado;

III - O filho que alcançar a maioridade civil, ainda que antecipada, ressalvado o direito ao
benefício pelo inciso III do art. 6º; (NR)

IV - R E V O G A D O

V - O filho, que vier a contrair matrimônio, união estável, ou que vier a perder a
dependência econômica;

VI - O (a) cônjuge pelo abandono do lar reconhecido por sentença judicial transitada em
julgado, anulação do casamento, separação judicial ou pelo divórcio, salvo se lhe tiver sido
assegurada a percepção de alimentos

VII - O(a) companheiro(a) pela cessação da união estável com o segurado e não lhe for
assegurada a prestação de alimentos;

VIII - O enteado e o menor tutelado com a perda da dependência econômica, ou percepção


de alimentos, ou percepção de benefício previdenciário pago pelos cofres públicos;

IX - O(a) cônjuge, companheiro ou companheira de segurado falecido, pelo casamento ou


pelo estabelecimento de união estável;

X - o maior inválido, pela cessação da invalidez; (NR)

XI - Os beneficiários economicamente dependentes, quando cessar esta situação;

XII - O dependente em geral, pela perda da qualidade do segurado ativo com o Estado.

Art. 15. Não se poderá, para efeito previdenciário estadual, considerar normas de inscrição
no Regime, de suspensão e de perda da condição de segurado e beneficiário distintas das
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estabelecidas na presente Lei, inclusive em relação aos militares, Membros do Ministério


Público e dos Tribunais de Contas.

Capítulo III

DOS BENEFÍCIOS

Seção I

Da Aposentadoria por Invalidez Permanente

Art. 16. A aposentadoria por invalidez permanente será concedida ao segurado ativo civil
que for considerado definitivamente incapacitado para o desempenho de função ou cargo
público, por deficiência física, mental ou fisiológica.

§ 1º R E V O G A D O

§ 2º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde ou


por acidente, licença esta paga diretamente pelo Estado do Pará e que não poderá exceder
a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 3º A concessão do benefício que trata o caput somente ocorrerá depois da verificação da


condição incapacitante, através de exame médico-pericial por Junta constituída nos termos
estabelecido em Regulamento.

Art. 17. A aposentadoria por invalidez permanente será devida a partir da publicação do
ato concessivo, e não poderá cumular-se com licenças médicas.

Art. 18. Os proventos de aposentadoria por invalidez permanente serão proporcionais ao


tempo de contribuição do segurado, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, avaliadas por
Junta médica, quando serão concedidas com base na remuneração integral do segurado do
cargo efetivo em que se der a aposentadoria.

Art. 19. O segurado aposentado por invalidez está obrigado, nos 5 (cinco) anos seguintes
ao ato de aposentadoria, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a perícia
médica bem como a exames médicos, processo de reabilitação profissional e tratamento,
exceto cirúrgicos, conforme definido em Regulamento.

§ 1º Ao menos uma vez por ano, submeter-se-á o segurado aposentado por invalidez nos
5 (cinco) anos seguintes ao ato de aposentadoria, à revisão e perícia médica para
avaliação do seu estado de incapacidade ou invalidez.

§ 2º Aplica-se as disposições do presente artigo aos casos de aposentadoria por invalidez,


concedidas após a publicação desta Lei.

Art. 20. Cessa a aposentadoria por invalidez permanente, relativamente aos benefícios
concedidos a partir da presente Lei, quando o segurado estiver apto a retornar às
atividades laborativas, cessando o pagamento do benefício imediatamente, assegurando-se
o retorno do beneficiário à atividade no cargo que desempenhava, ou outro decorrente de
reclassificação, observadas as limitações e prescrições legais.

Seção II

Da Aposentadoria Compulsória por Implemento de Idade

Art. 21. Dar-se-á a aposentadoria compulsória ao segurado ativo que completar 70


(setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição,
calculados com base na remuneração integral do segurado no cargo efetivo em que se der
a aposentadoria.

Seção III
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Da Aposentadoria Voluntária por Tempo de Contribuição e por Idade

Art. 22. A aposentadoria por tempo de contribuição ou voluntária, desde que cumprido o
tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo
efetivo em que se dará a aposentadoria, será devida ao participante:

I - aos sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e


cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; e

II - aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

§ 1º A aposentadoria voluntária vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 2º R E V O G A D O

Art. 23. Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos
em relação ao disposto no inciso I do artigo anterior, para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício de funções de magistério na educação infantil e
no ensino fundamental e médio. (NR)

Seção IV

Da Reforma e Reserva Remunerada

Art. 24. As condições de transferência do militar para a inatividade regulam-se por


disposições de lei específica a ele aplicável, nos termos dos arts. 42, § 1º, e 142, § 3º,
inciso X, da Constituição Federal. (NR)

Seção V

Da Pensão por Morte

Art. 25. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado
falecido, ativo ou inativo, definidos e limitados nos termos do art. 6º e parágrafos desta
Lei, equivalente ao valor dos proventos do segurado falecido ou ao valor dos proventos a
que teria direito o segurado em atividade na data de seu falecimento, observados os
limites e restrições previstos na Constituição Federal. (NR)

§ 1º R E V O G A D O

§ 2º Para efeito de cálculo da pensão do segurado falecido em atividade aplica-se, no que


couber, as normas e condições inerentes a aposentadoria por invalidez.

Seção VI

Da Pensão por Ausência

Art. 26. A pensão por ausência será devida ao conjunto dos dependentes do segurado
ausente, ativo ou inativo, definidos e com limites no art. 6º e parágrafos desta Lei, pelo
estado de ausente ou de morte presumida em virtude de acidente e/ou catástrofe. (NR)

§ 1º A pensão de que versa o "caput" corresponderá ao valor dos proventos do segurado


ausente ou ao valor dos proventos a que teria direito o segurado em atividade na data de
sua ausência ou morte presumida, observados os limites e restrições previstos na
Constituição Federal. (NR)

§ 2º No caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou


desastre, a pensão será devida, mediante o processamento da justificação, nos termos da
legislação federal específica.

Art. 27. A pensão pela ausência será devida :


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I - a partir da sentença transitada em julgado que reconhecer o estado em caso de


ausência ou morte presumida, retroagindo seus efeitos a partir da data do evento;

II - a partir do acidente ou catástrofe, mediante prova inequívoca do fato jurídico.

Seção VII

Das Disposições Gerais relativas às Pensões

Art. 28. R E V O G A D O

Art. 29. A concessão da pensão não poderá ser protelada pela falta de habilitação de outro
possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior, que importe em
inclusão ou exclusão de dependente, somente produzirá efeitos, a contar da data de sua
efetiva ocorrência.

§ 1º O cônjuge ausente, nos termos do Código Civil Brasileiro, não exclui do direito à
pensão por morte o companheiro ou companheira, que somente fará jus ao benefício, a
partir da data de sua efetiva habilitação e mediante prova de dependência econômica.

§ 2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente, que comprovar a percepção de


pensão alimentícia até a data do falecimento do segurado, concorrerá em igualdade de
condições com os dependentes referidos no inciso I do art. 6º desta Lei.

Art. 30. Havendo mais de um dependente com direito à percepção do benefício, a pensão
por morte será rateada entre os mesmos em cotas-partes iguais.

§1º Para o rateio da pensão serão considerados apenas os dependentes inscritos.

§ 2º Havendo extinção de cota-parte de pensionista ou inscrição posterior de dependente,


novo rateio do benefício será necessário.

Art. 31. É vedada a percepção cumulativa de pensões, ressalvadas as hipóteses de


acumulação constitucional de cargos e do filho em relação aos genitores, segurados do
Regime de Previdência Estadual.

Art. 32. A cota- parte de pensão extingue-se pelos motivos enumerados no art. 14,
revertendo em favor dos demais dependentes até a sua completa extinção.

Parágrafo único. Com a extinção da cota-parte do último pensionista extingue-se a pensão.

Art. 33. Aplicam-se as normas relativas à pensão a todos os beneficiários previstos na


presente Lei.

Seção VIII

Das Disposições Gerais relativas aos Benefícios Previdenciários

Art. 34. R E V O G A D O

Art. 35. R E V O G A D O

Art. 36. A concessão dos benefícios de aposentadoria, de reserva remunerada e de reforma


é regulada pela legislação vigente à data da inatividade e os de pensão, pela legislação em
vigor da data do óbito, respeitadas as normas de transição previstas na presente Lei e o
direito adquirido.

Art. 37. Os benefícios de prestação continuada de aposentadoria, reserva remunerada,


reforma, pensão serão modificados ou extintos, de acordo com a lei vigente ao tempo da
ocorrência do fato modificativo ou extintivo, ressalvado o direito adquirido.

Art. 38. Os benefícios serão pagos diretamente ao titular ou dependente, salvo em caso de
ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando serão pagos a
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procurador com instrumento público, cujo mandato não terá prazo superior a 6 (seis)
meses.

Art. 39. O pagamento do benefício devido ao dependente civilmente incapaz será feito ao
seu representante legal, admitindo-se, na falta deste e por período não superior a 6 (seis)
meses, o pagamento a herdeiro legítimo, civilmente capaz, mediante termo de
compromisso firmado no ato do recebimento, sujeitando o procurador à responsabilidade
civil e criminal pelo recebimento indevido do benefício, bem como falta de comunicação de
qualquer ato que invalide o seu instrumento ou o próprio falecimento do representado.

Art. 40. O 13º (décimo terceiro) salário será devido aos segurados aposentados, da
reserva remunerada, reformados e pensionistas, e equivalerá ao valor da respectiva
remuneração, dos proventos ou da pensão referente ao mês de dezembro de cada ano.

Parágrafo único. No ano da ocorrência do fato gerador ou extintivo do benefício


previdenciário, o cálculo da prestação obedecerá à proporcionalidade da manutenção do
benefício no correspondente exercício, equivalendo cada mês decorrido, ou fração de dias
superior a 15 (quinze) a 1/12 (um doze avos).

Art. 41. O recebimento indevido de benefícios importa na obrigação de devolução, ao


Tesouro Estadual do total auferido indevidamente, com atualização monetária,
independentemente de ação, em até 6 (seis) parcelas conforme especificado em
Regulamento, salvo casos de fraude, dolo ou má-fé, que obrigam a devolução de uma
única vez.

Art. 42. Podem ser descontados dos benefícios previdenciários:

I - as contribuições e valores devidos pelos segurados ao Regime;

II - as restituições dos valores de benefícios recebidos a maior;

III - o imposto de renda retido na fonte, ressalvadas as disposições legais;

IV - a pensão de alimentos decretada em decisão judicial;

V - a cota de participação no custeio da assistência à saúde;

VI - outros descontos instituídos por lei.

Art. 43. Não haverá restituição de contribuições, excetuado o caso de recolhimento


indevido.

Art. 44. A prescrição para ação reclamatória de qualquer direito ou benefício será de 5
(cinco) anos, incidentes sobre as prestações e não ao fundo de direito.

Art. 45. Os valores devidos a segurado inativo que vier a falecer antes do seu recebimento
serão pagos a seus dependentes .

Art. 46. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da


Constituição Federal é vedada a percepção de mais de um benefício de inatividade à conta
do regime de previdência previsto na presente Lei.

Art. 47. Aplica-se aos benefícios previdenciários previstos na presente Lei, ainda que
cumulado legalmente, o limite fixado no art. 37, XI, da Constituição Federal .

Art. 48. Os proventos de aposentadoria, e as pensões, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria, ou que esta servir de referência para a concessão da pensão.

Art. 49. V E T A D O

Art. 50. Observado o disposto no artigo 37, inciso XI da Constituição Federal, os proventos
da aposentadoria, reserva remunerada e reforma serão revistos na mesma proporção e na
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mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos segurados em atividade, sendo
também estendidos aos aposentados, reformados ou em reserva remunerada quaisquer
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos segurados em atividade, inclusive
quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu
a aposentadoria e inatividade ou que serviu de referência para a concessão da pensão.

Art. 51. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeitos
de aposentadoria, reforma e reserva, assim como o tempo de serviço correspondente para
efeito de disponibilidade.

Art. 52. É expressamente vedado, para efeitos de aposentadoria, reforma e reserva


remunerada neste regime previdenciário, a contagem de tempo de contribuição fictício.

Art. 53. Para efeito de concessão de aposentadoria, reforma e reserva remunerada


constitui-se em incumbência do órgão de origem do servidor a instrução completa do
processo de inativação, inclusive com juntada de certidão que comprove a legalidade das
promoções e vantagens concedidas.

CAPÍTULO IV

Das Disposições Finais e Transitórias sobre os Benefícios Previdenciários

Art. 54. Ressalvado o direito de opção pelas novas normas de aposentadoria, o servidor
público que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo nos quadros funcionais do
Estado, na Administração Pública, Direta, Autárquica ou Fundacional, até 16 de dezembro
de 1998, terá direito à aposentadoria voluntária, com proventos integrais, quando,
cumulativamente:

I - contar 53 (cinqüenta e três) anos ou mais de idade, se homem, e 48 (quarenta e oito)


anos ou mais, se mulher;

II - tiver 5 (cinco) anos ou mais de efetivo exercício no cargo em que se dará a


aposentadoria;

III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma de:

a) 35 (trinta e cinco anos), se homem, e 30 (trinta) anos, se mulher;

b) um período adicional de contribuição equivalente, no mínimo, a 20% (vinte por cento)


do tempo que, no dia 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de tempo
constante da alínea anterior.

§ 1º O servidor de que trata este artigo terá direito à aposentadoria voluntária com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente:

I - contar 53 (cinqüenta e três) anos ou mais de idade, se homem, e 48 (quarenta e oito)


anos ou mais de idade, se mulher;

II - tiver 5 (cinco) anos ou mais de efetivo exercício no cargo em que se dará a


aposentadoria;

III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo à soma de:

a) 30 (trinta) anos, se homem, e 25 (vinte e cinco) anos, se mulher;

b) um período adicional de contribuição equivalente a, no mínimo, a 40% (quarenta por


cento) do tempo que, no dia 16 de dezembro de 1998, faltava para atingir o limite de
tempo constante da alínea anterior.

§ 2º R E V O G A D O

§ 3º O professor público estadual, que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo de


magistério e que opte por aposentar-se na forma do disposto no caput, terá o tempo de
SGT PM ALMEIDA

serviço exercido até 16 de dezembro de 1998, contado com acréscimo de 17% (dezessete
por cento), se homem, e de 20% (vinte por cento), se mulher, desde que se aposente,
exclusivamente, com tempo de efetivo exercício das funções de magistério, assim
considerada exclusivamente a atividade docente.

§ 4º O magistrado ou membro do Ministério Público e de Tribunal de Contas que opte por


aposentar-se na forma do disposto no caput, se homem, terá o tempo de serviço exercido
até 16 de dezembro de 1998 contado com acréscimo de 17% (dezessete por cento).

Art. 55. Os proventos da aposentadoria proporcional serão equivalentes a 70% (setenta


por cento) do tempo do valor máximo que o servidor poderia obter, de acordo com o
caput, acrescido de 5% (cinco por cento) por ano de contribuição que supere a soma a que
se refere o inciso III do parágrafo anterior, até o limite de 100% (cem por cento).

Art. 56. É assegurada a concessão de aposentadoria e pensão, a qualquer tempo, nas


condições previstas pela legislação em vigor à época em que foram atendidas as
prescrições legais nelas estabelecidas ou nas condições previstas na legislação vigente até
16 de dezembro de 1998, aos servidores públicos, bem como aos seus dependentes, que,
até aquela data, tenham cumprido os requisitos para obtê-las.

Parágrafo único. O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências
para a aposentadoria integral e que opte por permanecer em atividade fará jus à isenção
da contribuição previdenciária, até completar as exigências para aposentadoria contidas no
artigo 40, § 1º,inciso III, alínea "a" da Constituição Federal.

Art. 57. Observado o disposto no art. 40, §10 , da Constituição Federal, o tempo de serviço
considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até a que a lei
discipline a matéria, será contado como tempo de contribuição nos termos do art. 4º da
Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998 .

Art. 58. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a
essa qualidade.

§ 1º A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria, para cuja


concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em vigor à
época em que estes requisitos foram atendidos.

§ 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após
a perda desta qualidade, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da
aposentadoria, na forma do parágrafo anterior.

Art. 59. Concedido o benefício previdenciário será o ato publicado e encaminhado à


apreciação do Tribunal de Contas do Estado.

Parágrafo único. Caso o ato de concessão não seja aprovado pelo Tribunal de Contas do
Estado, o pagamento do benefício será imediatamente suspenso até a regularização da
situação.

TÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO DO REGIME DE PREVIDÊNCIA

Capítulo I

Das Disposições Gerais

Art. 60. Fica criado o Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará - IGEPREV,
autarquia estadual, com sede e foro na Capital do Estado do Pará, vinculada à Secretaria
Especial de Estado de Gestão, dotada de personalidade jurídica de direito público,
patrimônio e receitas próprios, gestão administrativa, técnica, patrimonial e financeira
descentralizadas.(NR)
SGT PM ALMEIDA

I - executar, coordenar e supervisionar os procedimentos operacionais de concessão dos


benefícios do Regime Básico de Previdência, com as ressalvas do § 4o do presente artigo.

II - as ações referentes à inscrição e ao cadastro de segurados e beneficiários;

III - processar a concessão e o pagamento dos benefícios previdenciários, de que trata o


art. 3º desta Lei;

IV - acompanhar e controlar o Plano de Custeio Previdenciário.

§ 1º A gestão de que trata este artigo, dependerá de processo de reestruturação


organizacional a ser implementado no IPASEP, no prazo máximo de 12 (doze) meses,
contado da data da publicação desta Lei.

§ 2º Manter-se-ão as competências dos órgãos do Estado e do IPASEP, definidas na


legislação em vigor quanto à inscrição, cadastro, recolhimento de contribuições, concessão
e pagamento de benefícios, até que se realize a reestruturação de que trata o § 1º do
presente artigo.

§ 3º A partir do prazo mencionado no parágrafo anterior, fica a cargo do IPASEP efetuar os


atos necessários ao processo de concessão e de pagamento das aposentadorias em relação
aos servidores do Poder Executivo e militares do Estado.

§ 4º A gestão dos benefícios previdenciários de que trata a presente lei, no que concerne
aos membros e servidores do Poder Judiciário, servidores do Poder Legislativo, membros e
servidores do Ministério Público Estadual, do Ministério Público junto aos Tribunais de
Contas do Estado e dos Municípios e dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios,
caberá, respectivamente, aos órgãos competentes de cada qual.

Art. 60-A. Cabe ao IGEPREV, em relação aos servidores do Poder Executivo e militares do
Estado, a gestão dos benefícios previdenciários de que trata a presente Lei, sob a
orientação superior do Conselho Estadual de Previdência, tendo por incumbência: (NR)

I - executar, coordenar e supervisionar os procedimentos operacionais de concessão dos


benefícios do Regime Básico de Previdência, com as ressalvas do § 3o do presente artigo;
(NR)

II - executar as ações referentes à inscrição e ao cadastro de segurados e beneficiários;


(NR)

III - processar a concessão e o pagamento dos benefícios previdenciários de que trata o


art. 3º desta Lei; (NR)

IV - acompanhar e controlar o Plano de Custeio Previdenciário. (NR)

§ 1º Manter-se-ão as competências dos órgãos do Estado e do IPASEP, definidas na


legislação em vigor, quanto à inscrição, cadastro, recolhimento de contribuições, concessão
e pagamento de benefícios, até que se realize a estruturação do IGEPREV, no prazo
máximo de 12 (doze) meses, a partir da data de publicação desta Lei. (NR)

§ 2º A partir do prazo mencionado no parágrafo anterior, fica a cargo do IGEPREV efetuar


os atos necessários ao processo de concessão e de pagamento das aposentadorias em
relação aos servidores do Poder Executivo e aos militares do Estado. (NR)

§ 3º A gestão dos benefícios previdenciários de que trata a presente Lei, no que concerne
aos membros e servidores do Poder Judiciário, servidores do Poder Legislativo, membros e
servidores do Ministério Público Estadual, do Ministério Público junto aos Tribunais de
Contas do Estado e dos Municípios e dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios,
caberá, respectivamente, aos órgãos competentes de cada qual. (NR)

Art. 61. O Conselho Estadual de Previdência - CEP, que ora se institui, órgão superior de
deliberação colegiada, terá 16 (dezesseis) membros efetivos e respectivos suplentes, com
a seguinte composição:
SGT PM ALMEIDA

I - o Secretário Especial de Estado de Gestão, que o presidirá;

II - o Secretário Executivo de Estado da Fazenda;

III - o Secretário Executivo de Estado de Administração;

IV - o Presidente do IGEPREV; (NR)

V- o Secretário Executivo de Estado de Planejamento;

VI - dois representantes da Assembléia Legislativa, sendo um indicado por seu Presidente e


outro pela entidade de classe dos seus servidores;

VII - um representante do Tribunal de Justiça do Estado, indicado pelo seu Presidente;

VIII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas do Estado,
devendo, para tanto, contratar auditoria externa a custo do IGEPREV; (NR)

IX - um representante da Procuradoria Geral do Estado;

X - deliberar sobre os casos omissos no âmbito das regras aplicáveis ao Regime de Previdência
Estadual, editar atos de caráter normativo em matéria de sua competência e exercer as
atribuições de Conselho de Administração do IGEPREV. (NR)

XI - um representante dos inativos do Estado;

XII - um representante dos pensionistas do Estado.

Art. 62. Os representantes dos segurados, participantes e beneficiários, bem como de seus
suplentes, serão nomeados pelo Governador do Estado por indicação de seus sindicatos e
associações de classe mediante proposição escrita remetida ao Secretário Especial de Estado de
Gestão, até 15 (quinze) dias corridos contados da publicação de edital específico no Diário
Oficial do Estado, respeitando procedimento constante de Regulamento desta Lei.

Parágrafo único. Em caso de ausência de indicação ou perda de prazo pelos Sindicatos e


Associações, poderá o Governador nomear, por sua livre escolha, servidor da mesma classe
para integrar o Conselho.

Art. 63. Os suplentes dos Secretários de Estado serão obrigatoriamente, os que os substituem
legalmente, em suas respectivas Secretarias, em casos de impedimentos, ausências ou licenças.

Art. 64. Os integrantes do Conselho Estadual de Previdência, na qualidade de representante dos


servidores públicos do Estado do Pará, ativos, inativos e militares deverão contar com, no
mínimo, 10 (dez) anos de efetivo exercício em cargo público efetivo estadual.

Art. 65. O mandato dos membros do CEP é de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma
única vez, por igual período, à exceção dos referidos nos incisos de I à V do art. 61 desta Lei
que terão assento enquanto investidos na função especificada, dada sua qualidade de membro
nato.

Art. 66. O Conselho Estadual de Previdência reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês, e
extraordinariamente quando convocado, com a presença da maioria absoluta de seus
conselheiros, e deliberará por maioria simples, salvo exceção prevista nesta Lei ou em seu
regulamento.

Art. 67. O presidente do CEP terá direito à voz e voto, inclusive de desempate.

Art. 68. Compete ao Conselho Estadual de Previdência - CEP:


SGT PM ALMEIDA

I - estabelecer diretrizes gerais e apreciar as decisões de políticas aplicáveis ao Regime de


Previdência Estadual;

II - definir, observando a legislação de regência, as diretrizes e regras relativas à aplicação dos


recursos econômico-financeiros do Regime de Previdência Estadual, à política de benefícios e à
adequação entre os planos de custeio e de benefícios;

III - participar, acompanhar e avaliar sistematicamente a gestão previdenciária;

IV - apreciar e aprovar, anualmente, os planos e programas de benefícios e custeio do Regime


de Previdência Estadual;

V - apreciar e aprovar as propostas de programação orçamentária(s) do Regime de Previdência


Estadual;

VI - acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos
planos, programas e orçamentos do Regime de Previdência Estadual;

VII - acompanhar e fiscalizar a aplicação da legislação pertinente ao Regime de Previdência


Estadual;

VIII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas do Estado,
devendo, para tanto, contratar auditoria externa, a custo do IPASEP;

IX - elaborar e aprovar seu regimento interno e suas eventuais alterações; e

X - deliberar sobre os casos omissos no âmbito das regras aplicáveis ao Regime de Previdência
Estadual e exercer as atribuições de Conselho de Administração do IPASEP.

Parágrafo único. As decisões proferidas pelo CEP deverão ser publicadas no Diário Oficial do
Estado.

TÍTULO III

DO PLANO DE CUSTEIO DO REGIME ESTADUAL DE PREVIDÊNCIA

Capítulo I

Das Disposições Gerais

Art. 69. O Plano de Custeio do Regime de Previdência Estadual será aprovado, anualmente,
pelo Conselho Estadual de Previdência, do mesmo constando, obrigatoriamente, a programação
e os correspondentes regimes financeiros e os respectivos cálculos atuariais.

Parágrafo único. O Plano de Custeio do Regime de Previdência Estadual instituído pela


presente Lei, toda vez que houver a necessidade de revisão de proventos dos inativos e
pensionistas, será revisto, assegurando-se, no mínimo, uma revisão anual, com base em critérios
atuariais, objetivando a manutenção do equilíbrio entre os recursos arrecadados e os encargos
decorrentes deste Regime.

Capítulo II

Do Fundo Financeiro de Previdência

Art. 70. Fica instituído o Fundo Financeiro de Previdência do Estado do Pará, vinculado ao
IGEPREV, com a finalidade de prover recursos, exclusivamente, para o pagamento dos
SGT PM ALMEIDA

benefícios de aposentadoria, reserva remunerada, reforma e pensão aos beneficiários do Regime


de Previdência Estadual de que trata a presente Lei. (NR)

Art. 71. Constituem, dentre outros, receita ou patrimônio do Fundo:

I - as contribuições previdenciárias do Estado, suas Fundações e Autarquias, e dos segurados do


Regime de Previdência do Estado instituído por esta Lei;

II - as dotações consignadas na lei orçamentária anual e os créditos adicionais;

III - o produto da alienação de bens que lhe forem destinados;

IV - os rendimentos de seu patrimônio, tais como os obtidos com aplicações financeiras ou com
o recebimento de contrapartida pelo uso de seus bens;

V - os recursos provenientes de convênios, contratos, acordos ou ajustes de prestação de


serviços;

VI - os recursos de operações de crédito decorrentes de empréstimos e financiamentos junto a


organismos nacionais e internacionais para capitalização do Fundo;

VII - os recursos oriundos da compensação financeira entre o Regime Geral de Previdência


Social e o regime próprio dos servidores estaduais, na forma prevista na legislação federal;

VIII - as doações, legados e rendas extraordinárias ou eventuais.

Art. 72. Fica criado no Fundo Financeiro de Previdência do Estado do Pará, subconta específica
para depósito das contribuições previdenciárias relativas aos segurados, que ingressarem no
Estado após a publicação da presente Lei, com destinação exclusiva de prover recursos para o
financiamento de benefícios previdenciários correspondentes a esses segurados.

Art. 73. Sem prejuízo de sua contribuição estabelecida no inciso II do art. 84 desta Lei, e das
transferências vinculadas ao pagamento das aposentadorias, das reservas remuneradas, das
reformas ou das pensões, o Estado poderá propor, quando necessário, a alocação de recursos
orçamentários destinados à cobertura de eventuais insuficiências técnicas reveladas no plano de
custeio do Fundo.

Art. 74. Observadas as diretrizes de investimento estabelecidas pelo Conselho Estadual de


Previdência, a aplicação dos recursos do Fundo instituído por esta Lei, obedecerá às normas
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, sendo expressamente vedado:

I - a utilização de recursos para empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, Estados,


Distrito Federal, Municípios, entidades de administração indireta bem como aos segurados e
pensionistas;

II - a aplicação dos recursos em títulos públicos, à exceção daqueles de emissão do Governo


Federal;

III - a aplicação de recursos em operações ativas que envolvam interesses do Estado, bem como
na utilização para aquisição de bens e valores mobiliários do Estado, de suas autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista;

IV - a utilização de recursos do Fundo no custeio de atividades administrativas, em despesas


com pessoal e encargos, na aquisição ou arrendamento de bens de uso, de veículos e de
equipamentos, à exceção da remuneração que trata o art. 76.

Art. 75. As aplicações financeiras dos recursos do Fundo serão realizadas, diretamente ou por
intermédio de instituições especializadas credenciadas para esse fim pelo IGEPREV, após
SGT PM ALMEIDA

aprovação e exclusivamente segundo critérios estabelecidos pelo Conselho Estadual de


Previdência, em operações que preencham os seguintes requisitos, de modo a assegurar a
cobertura tempestiva de suas obrigações: (NR)

I - garantia real de investimento;

II - segurança e rentabilidade de capital;

III - liquidez;

IV - atualização monetária e juros.

Art. 76. As receitas, as rendas e os resultados das aplicações dos recursos disponíveis serão
empregados, exclusivamente, na consecução das finalidades previstas nesta Lei, no aumento do
valor real do patrimônio do Fundo e na obtenção de recursos destinados ao custeio de suas
atividades finalísticas, permitida no entanto, a remuneração da instituição financeira que aplicar
os recursos e ativos do Fundo, nos termos definidos pelo CEP.

Art. 77. A gestão do Fundo deverá, dentre outros princípios aplicáveis à administração pública,
obedecer:

I - às diretrizes gerais de gestão, investimento e alocação dos recursos aprovados pelo Conselho
Estadual de Previdência;

II - aos parâmetros dispostos nas normas gerais de atuária e àqueles estabelecidos em atos
reguladores próprios;

III - a inspeções anuais de auditoria por entidade independente legalmente estabelecida;

IV - a sistema de registro contábil individualizado de cada servidor e dos entes estatais;

V - ao pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime ora instituído.

Art. 78. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil e a contabilidade obedecerá, às
normas gerais públicas da administração financeira.

Art. 79. Os orçamentos, a programação financeira e o balanço do Fundo obedecerão aos


padrões e normas instituídos por legislação específica, ajustados às suas peculiaridades.

Parágrafo único Ao final de cada exercício financeiro, juntamente com o balanço geral, deverá
ser realizada a avaliação atuarial do Fundo, elaborada por entidades ou profissionais legalmente
habilitados.

Art. 80. As importâncias devidas ou recebidas a mais pelos segurados ou seus dependentes
serão ressarcidas ao Fundo, podendo ser parcelado na forma regulamentar, excetuando-se as
vedações expressas nesta Lei.

Art. 81. O saldo positivo do Fundo, apurado em balanço ao final de cada exercício financeiro,
será transferido para o exercício seguinte, a crédito do próprio Fundo.

Art. 82. O Fundo terá contabilidade própria, cujo Plano Geral de Contas discriminará as receitas
realizadas e despesas incorridas, as reservas técnicas, as provisões, os saldos patrimoniais e
outros elementos, de forma a possibilitar o acompanhamento permanente do seu desempenho e
a sistemática avaliação de sua situação atuarial, financeira, econômica e patrimonial.

Art. 83. O Fundo será submetido, ao menos uma vez por ano, a auditoria externa independente,
contratada por licitação, cujo resultado será publicado no Diário Oficial do Estado.
SGT PM ALMEIDA

Capítulo III

Das Contribuições

Art. 84. As contribuições devidas ao Regime de Previdência Estadual são:

I - contribuição mensal dos segurados ativos à razão de 8 % (oito por cento) sobre a parcela de
remuneração ou subsídio ;

II - contribuição mensal do Estado através dos órgãos dos Poderes Executivo, suas Autarquias e
Fundações públicas, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, à razão
de 16 % (dezesseis por cento) da remuneração e subsídios.

Parágrafo único. A contribuição mensal dos segurados ativos e do Estado, tratada nos inciso I e
II do presente artigo, aumentará em 1% (um por cento) após 12 (doze) meses da data de sua
exigibilidade, e mais 1% (um por cento) após 24 (vinte e quatro) meses da mesma data.

Art. 85. As contribuições de que tratam o art. 84 serão exigidas após 90 (noventa) dias da data
da vigência desta Lei, devendo ser revistas com observância dos princípios atuariais e da
capacidade contributiva dos beneficiários.

Art. 86. Considera-se base de cálculo para fins de contribuição ao Regime de Previdência
Estadual a remuneração total ou subsídios totais assim entendidos como o vencimento,
subsídios ou soldo.

§ 1º Acresce-se à base de cálculo que trata o caput as gratificações, inclusive 13º salário, e
adicionais de qualquer natureza.

§ 2º Excetuam-se da base de cálculo de contribuição as diárias, as ajudas de custo, o salário


família, o auxílio fardamento e as gratificações de periculosidade, de insalubridade e de risco de
vida.

Capítulo IV

Do Recolhimento

Art. 87. As contribuições devidas pelos segurados serão descontadas de ofício pelos setores
encarregados do pagamento das respectivas remunerações, soldos e subsídios e recolhidas ao
Fundo até o 12º (décimo segundo) dia do mês subseqüente, sob pena de responsabilidade civil,
penal e administrativa do responsável pelo órgão ou entidade inadimplente, independente do
disposto no art. 91, parágrafo único, desta Lei. (NR)

Art. 88. As contribuições previdenciárias do Estado, através dos seus Poderes, das autarquias e
das fundações públicas, deverão ser recolhidas mensalmente ao Fundo, até o 12º (décimo
segundo) dia do mês subseqüente.

Art. 89. Eventual diferença entre o valor necessário ao pagamento das aposentadorias, reservas
remuneradas, reformas e pensões e o valor das contribuições previdenciárias correspondentes ao
mês anterior, em decorrência de recolhimentos a menor que o necessário para o pagamento dos
benefícios, será objeto de transferência de recursos do Estado, através dos seus Poderes, das
autarquias e das fundações públicas, ao Fundo e deverá ser realizada até 4 (quatro) dias úteis
que antecedam as datas estabelecidas para os respectivos pagamentos.

Art. 90. As contribuições não recolhidas nos prazos estabelecidos nesta Lei ficam sujeitas a
juros de mora e atualização monetária, de acordo com a variação do índice oficial adotado pelo
Estado.
SGT PM ALMEIDA

Parágrafo único. As contribuições em atraso dos órgãos que deveriam efetuar os recolhimentos,
de qualquer Poder, serão objeto de desconto nos repasses subseqüentes das dotações
orçamentárias de que trata o art. 207 da Constituição Estadual.

Art. 91. A Secretaria Executiva de Estado da Fazenda alocará, mensalmente, à Secretaria


Executiva de Estado de Administração e ao IPASEP, os recursos financeiros necessários ao
pagamento, respectivamente, das aposentadorias e das pensões.

Parágrafo único. Os recursos a que se refere o "caput" deste artigo, a partir do prazo
estabelecido no § 1º do art. 60-A desta Lei, serão repassados pelo IGEPREV ao Poder
Judiciário, ao Poder Legislativo, ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público junto
aos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e aos Tribunais de Contas do Estado e dos
Municípios. (NR)

TÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Capítulo Único

Das Disposições Gerais e Transitórias

Art. 92. A este regime previdenciário aplicam-se subsidiariamente as normas do Regime Geral
da Previdência Social.

Art. 93. Enquanto não transferidas as correspondentes responsabilidades e os correspondentes


recursos garantidores ao Fundo, o pagamento de proventos e pensões aos atuais aposentados e
pensionistas do Estado, de suas autarquias e fundações, e demais entidades por ele controladas
direta ou indiretamente, permanecerá sendo executado pelos órgãos e entes responsáveis.

Art. 93-A. Enquanto não for efetuada a reestruturação prevista no § 1º do art. 60-A, o integrante
do CEP disposto no inciso IV do art. 61 será designado pelo Governador do Estado. (NR)

Art. 94. Ficam revogadas quaisquer disposições que impliquem incorporação aos proventos de
aposentadoria de verbas de caráter temporário, incluindo gratificação por desempenho de
função ou cargo comissionado, preservados os direitos daqueles que se acharem investidos em
tais cargos ou funções até a data de publicação desta lei complementar, sem necessidade de
exoneração, cessando, no entanto, o direito à incorporação quanto ao tempo de exercício
posterior à publicação da presente Lei.

§ 1º A revogação de que trata o "caput" deste artigo estende-se às disposições legais que
impliquem incorporação de verbas de caráter temporário, decorrentes do exercício de
representação, cargos em comissão ou funções gratificadas, à remuneração, soldo, subsídio ou
qualquer outra espécie remuneratória dos servidores e militares do Estado. (NR)

§ 2º Fica assegurado o direito adquirido à incorporação pelo exercício de representação, cargo


em comissão ou função gratificada aos servidores e militares estaduais que, até a data da
publicação desta Lei, completaram período mínimo exigido em lei para a aquisição da
vantagem. (NR)

§ 3º Aos servidores e militares que, na data da publicação desta Lei, possuírem direito adquirido
à incorporação do adicional por exercício de representação, cargo em comissão ou função
gratificada e que vierem a exercer referidos cargos ou funções a partir dessa data, é vedada a
percepção simultânea da vantagem incorporada com a representação devida em razão do
exercício de tais cargos ou funções, ressalvado o direito de opção. (NR)
SGT PM ALMEIDA

Art. 95. R E V O G A D O

Art. 96. Os requisitos e critérios para a concessão de aposentadoria aos policiais civis atenderão
ao que dispuser a legislação federal.

Art. 96-A. O Poder Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias, encaminhará à Assembléia


Legislativa projetos de lei dispondo sobre a estrutura interna do IGEPREV e a reestruturação
dos órgãos da Administração Estadual alterados por força desta Lei. (NR)

Art. 97. Fica o Poder Executivo autorizado a:

I - praticar os atos necessários à reestruturação da Secretaria Executiva de Estado de


Administração e do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado do Pará;

II - praticar os atos necessários à continuidade dos serviços, até a definitiva estruturação dos
órgãos referidos no inciso I do presente artigo, ficando mantidas as estruturas atuais de
pagamento de aposentadorias e pensões;

III - promover a movimentação do pessoal do quadro efetivo, para atender às necessidades


decorrentes da presente Lei, observadas as atribuições dos respectivos cargos;

IV - praticar os atos regulamentares e regimentais que decorram desta Lei Complementar,


inclusive os que se relacionem com pessoal, material e patrimônio.

Art. 98. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial, para atender o disposto nesta
Lei, no limite:

I - das contribuições previdenciárias;

II - da arrecadação das demais receitas que forem destinadas ao financiamento do Regime de


Previdência Estadual.

Parágrafo único. Os recursos necessários à execução do presente crédito especial deverão estar
em consonância ao art. 43, incisos I, II e III da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Art. 99. O Poder Executivo editará, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a regulamentação da
presente Lei.

Art. 100. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 101. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o art. 130 e parágrafos da Lei
5.810, 24 de janeiro de 1994, e os §§ 2º e 3º do art. 70 da Lei Complementar nº 022, de 15 de
março de 1994. (NR)

PALÁCIO DO GOVERNO, 9 de janeiro de 2002.

ALMIR GABRIEL

Governador do Estado

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