LEI COMP 039 02 - Prividencia Estadual
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TÍTULO I
CAPÍTULO I
Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Regime de Previdência dos servidores do Estado
do Pará, englobando os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; autarquias e fundações
estaduais; o Ministério Público Estadual; o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas
do Estado e dos Municípios; os Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios; os
Magistrados; os Conselheiros dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios; os
Membros do Ministério Público Estadual; os Membros do Ministério Público junto aos
Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios; os aposentados, os militares ativos ou da
reserva remunerada e os reformados; objetivando assegurar o gozo dos benefícios nela
previstos, a serem custeados pelo Estado e pelos segurados em atividade.
Art. 2º O Regime de Previdência Estadual, reorganizado por esta Lei, visa assegurar o
direito relativo à previdência aos servidores públicos, aos militares estaduais, aos
segurados do Regime e seus dependentes obedecendo aos seguintes princípios e
diretrizes:
VIII - registro contábil individualizado das contribuições de cada segurado e dos entes
estatais;
I - Quanto ao segurado :
§ 1º Benefícios são prestações de caráter pecuniário a que faz jus o segurado ou seus
depende, conforme a respectiva titularidade.
Capítulo II
Dos Beneficiários
Seção I
Dos Segurados
Art. 5º São segurados obrigatórios do Regime de Previdência Estadual instituído por esta
Lei:
Seção II
Dos Dependentes
III - filhos maiores inválidos, solteiros e desde que a invalidez anteceda o fato gerador do
benefício e não percebam benefício previdenciário federal, estadual ou municipal como
segurados; (NR)
IV - R E V O G A D O
V - os pais, desde que não percebam renda própria superior a dois salários mínimos;
VII - o menor tutelado, desde que comprovadamente resida com o segurado e deste
dependa economicamente, não sendo ainda credor de alimentos e nem possua renda para
o próprio sustento, inclusive de seus genitores ou decorrente da percepção de outro
benefício previdenciário pago pelos cofres públicos.
§ 4º É vedada a inscrição de pessoas designadas e para a qual não haja previsão específica
na presente Lei.
Seção III
Art. 10. Os dependentes serão inscritos pelo segurado, permitindo-se que promovam sua
própria inscrição, se o servidor tiver falecido sem tê-la efetivado.
Art. 11. A inscrição dos dependentes mencionados nos incisos II, III, V, VI e VII do art. 6º
depende de comprovação dos requisitos especificados em relação a cada classe, devendo
se fazer acompanhar dos documentos exigidos por regulamento e resoluções do Conselho
Estadual de Previdência. (NR)
Art. 13. R E V O G A D O
III - O filho que alcançar a maioridade civil, ainda que antecipada, ressalvado o direito ao
benefício pelo inciso III do art. 6º; (NR)
IV - R E V O G A D O
V - O filho, que vier a contrair matrimônio, união estável, ou que vier a perder a
dependência econômica;
VI - O (a) cônjuge pelo abandono do lar reconhecido por sentença judicial transitada em
julgado, anulação do casamento, separação judicial ou pelo divórcio, salvo se lhe tiver sido
assegurada a percepção de alimentos
VII - O(a) companheiro(a) pela cessação da união estável com o segurado e não lhe for
assegurada a prestação de alimentos;
XII - O dependente em geral, pela perda da qualidade do segurado ativo com o Estado.
Art. 15. Não se poderá, para efeito previdenciário estadual, considerar normas de inscrição
no Regime, de suspensão e de perda da condição de segurado e beneficiário distintas das
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Capítulo III
DOS BENEFÍCIOS
Seção I
Art. 16. A aposentadoria por invalidez permanente será concedida ao segurado ativo civil
que for considerado definitivamente incapacitado para o desempenho de função ou cargo
público, por deficiência física, mental ou fisiológica.
§ 1º R E V O G A D O
Art. 17. A aposentadoria por invalidez permanente será devida a partir da publicação do
ato concessivo, e não poderá cumular-se com licenças médicas.
Art. 19. O segurado aposentado por invalidez está obrigado, nos 5 (cinco) anos seguintes
ao ato de aposentadoria, sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a perícia
médica bem como a exames médicos, processo de reabilitação profissional e tratamento,
exceto cirúrgicos, conforme definido em Regulamento.
§ 1º Ao menos uma vez por ano, submeter-se-á o segurado aposentado por invalidez nos
5 (cinco) anos seguintes ao ato de aposentadoria, à revisão e perícia médica para
avaliação do seu estado de incapacidade ou invalidez.
Art. 20. Cessa a aposentadoria por invalidez permanente, relativamente aos benefícios
concedidos a partir da presente Lei, quando o segurado estiver apto a retornar às
atividades laborativas, cessando o pagamento do benefício imediatamente, assegurando-se
o retorno do beneficiário à atividade no cargo que desempenhava, ou outro decorrente de
reclassificação, observadas as limitações e prescrições legais.
Seção II
Seção III
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Art. 22. A aposentadoria por tempo de contribuição ou voluntária, desde que cumprido o
tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo
efetivo em que se dará a aposentadoria, será devida ao participante:
II - aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 2º R E V O G A D O
Art. 23. Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos
em relação ao disposto no inciso I do artigo anterior, para o professor que comprove
exclusivamente tempo de efetivo exercício de funções de magistério na educação infantil e
no ensino fundamental e médio. (NR)
Seção IV
Seção V
Art. 25. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado
falecido, ativo ou inativo, definidos e limitados nos termos do art. 6º e parágrafos desta
Lei, equivalente ao valor dos proventos do segurado falecido ou ao valor dos proventos a
que teria direito o segurado em atividade na data de seu falecimento, observados os
limites e restrições previstos na Constituição Federal. (NR)
§ 1º R E V O G A D O
Seção VI
Art. 26. A pensão por ausência será devida ao conjunto dos dependentes do segurado
ausente, ativo ou inativo, definidos e com limites no art. 6º e parágrafos desta Lei, pelo
estado de ausente ou de morte presumida em virtude de acidente e/ou catástrofe. (NR)
Seção VII
Art. 28. R E V O G A D O
Art. 29. A concessão da pensão não poderá ser protelada pela falta de habilitação de outro
possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior, que importe em
inclusão ou exclusão de dependente, somente produzirá efeitos, a contar da data de sua
efetiva ocorrência.
§ 1º O cônjuge ausente, nos termos do Código Civil Brasileiro, não exclui do direito à
pensão por morte o companheiro ou companheira, que somente fará jus ao benefício, a
partir da data de sua efetiva habilitação e mediante prova de dependência econômica.
Art. 30. Havendo mais de um dependente com direito à percepção do benefício, a pensão
por morte será rateada entre os mesmos em cotas-partes iguais.
Art. 32. A cota- parte de pensão extingue-se pelos motivos enumerados no art. 14,
revertendo em favor dos demais dependentes até a sua completa extinção.
Seção VIII
Art. 34. R E V O G A D O
Art. 35. R E V O G A D O
Art. 38. Os benefícios serão pagos diretamente ao titular ou dependente, salvo em caso de
ausência, moléstia contagiosa ou impossibilidade de locomoção, quando serão pagos a
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procurador com instrumento público, cujo mandato não terá prazo superior a 6 (seis)
meses.
Art. 39. O pagamento do benefício devido ao dependente civilmente incapaz será feito ao
seu representante legal, admitindo-se, na falta deste e por período não superior a 6 (seis)
meses, o pagamento a herdeiro legítimo, civilmente capaz, mediante termo de
compromisso firmado no ato do recebimento, sujeitando o procurador à responsabilidade
civil e criminal pelo recebimento indevido do benefício, bem como falta de comunicação de
qualquer ato que invalide o seu instrumento ou o próprio falecimento do representado.
Art. 40. O 13º (décimo terceiro) salário será devido aos segurados aposentados, da
reserva remunerada, reformados e pensionistas, e equivalerá ao valor da respectiva
remuneração, dos proventos ou da pensão referente ao mês de dezembro de cada ano.
Art. 44. A prescrição para ação reclamatória de qualquer direito ou benefício será de 5
(cinco) anos, incidentes sobre as prestações e não ao fundo de direito.
Art. 45. Os valores devidos a segurado inativo que vier a falecer antes do seu recebimento
serão pagos a seus dependentes .
Art. 47. Aplica-se aos benefícios previdenciários previstos na presente Lei, ainda que
cumulado legalmente, o limite fixado no art. 37, XI, da Constituição Federal .
Art. 48. Os proventos de aposentadoria, e as pensões, por ocasião de sua concessão, não
poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a
aposentadoria, ou que esta servir de referência para a concessão da pensão.
Art. 49. V E T A D O
Art. 50. Observado o disposto no artigo 37, inciso XI da Constituição Federal, os proventos
da aposentadoria, reserva remunerada e reforma serão revistos na mesma proporção e na
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mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos segurados em atividade, sendo
também estendidos aos aposentados, reformados ou em reserva remunerada quaisquer
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos segurados em atividade, inclusive
quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu
a aposentadoria e inatividade ou que serviu de referência para a concessão da pensão.
Art. 51. O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeitos
de aposentadoria, reforma e reserva, assim como o tempo de serviço correspondente para
efeito de disponibilidade.
CAPÍTULO IV
Art. 54. Ressalvado o direito de opção pelas novas normas de aposentadoria, o servidor
público que tenha ingressado regularmente em cargo efetivo nos quadros funcionais do
Estado, na Administração Pública, Direta, Autárquica ou Fundacional, até 16 de dezembro
de 1998, terá direito à aposentadoria voluntária, com proventos integrais, quando,
cumulativamente:
§ 1º O servidor de que trata este artigo terá direito à aposentadoria voluntária com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição, quando, cumulativamente:
§ 2º R E V O G A D O
serviço exercido até 16 de dezembro de 1998, contado com acréscimo de 17% (dezessete
por cento), se homem, e de 20% (vinte por cento), se mulher, desde que se aposente,
exclusivamente, com tempo de efetivo exercício das funções de magistério, assim
considerada exclusivamente a atividade docente.
Parágrafo único. O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências
para a aposentadoria integral e que opte por permanecer em atividade fará jus à isenção
da contribuição previdenciária, até completar as exigências para aposentadoria contidas no
artigo 40, § 1º,inciso III, alínea "a" da Constituição Federal.
Art. 57. Observado o disposto no art. 40, §10 , da Constituição Federal, o tempo de serviço
considerado pela legislação vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até a que a lei
discipline a matéria, será contado como tempo de contribuição nos termos do art. 4º da
Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998 .
Art. 58. A perda da qualidade de segurado importa em caducidade dos direitos inerentes a
essa qualidade.
§ 2º Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após
a perda desta qualidade, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da
aposentadoria, na forma do parágrafo anterior.
Parágrafo único. Caso o ato de concessão não seja aprovado pelo Tribunal de Contas do
Estado, o pagamento do benefício será imediatamente suspenso até a regularização da
situação.
TÍTULO II
Capítulo I
Art. 60. Fica criado o Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará - IGEPREV,
autarquia estadual, com sede e foro na Capital do Estado do Pará, vinculada à Secretaria
Especial de Estado de Gestão, dotada de personalidade jurídica de direito público,
patrimônio e receitas próprios, gestão administrativa, técnica, patrimonial e financeira
descentralizadas.(NR)
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§ 4º A gestão dos benefícios previdenciários de que trata a presente lei, no que concerne
aos membros e servidores do Poder Judiciário, servidores do Poder Legislativo, membros e
servidores do Ministério Público Estadual, do Ministério Público junto aos Tribunais de
Contas do Estado e dos Municípios e dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios,
caberá, respectivamente, aos órgãos competentes de cada qual.
Art. 60-A. Cabe ao IGEPREV, em relação aos servidores do Poder Executivo e militares do
Estado, a gestão dos benefícios previdenciários de que trata a presente Lei, sob a
orientação superior do Conselho Estadual de Previdência, tendo por incumbência: (NR)
§ 3º A gestão dos benefícios previdenciários de que trata a presente Lei, no que concerne
aos membros e servidores do Poder Judiciário, servidores do Poder Legislativo, membros e
servidores do Ministério Público Estadual, do Ministério Público junto aos Tribunais de
Contas do Estado e dos Municípios e dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios,
caberá, respectivamente, aos órgãos competentes de cada qual. (NR)
Art. 61. O Conselho Estadual de Previdência - CEP, que ora se institui, órgão superior de
deliberação colegiada, terá 16 (dezesseis) membros efetivos e respectivos suplentes, com
a seguinte composição:
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VIII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas do Estado,
devendo, para tanto, contratar auditoria externa a custo do IGEPREV; (NR)
X - deliberar sobre os casos omissos no âmbito das regras aplicáveis ao Regime de Previdência
Estadual, editar atos de caráter normativo em matéria de sua competência e exercer as
atribuições de Conselho de Administração do IGEPREV. (NR)
Art. 62. Os representantes dos segurados, participantes e beneficiários, bem como de seus
suplentes, serão nomeados pelo Governador do Estado por indicação de seus sindicatos e
associações de classe mediante proposição escrita remetida ao Secretário Especial de Estado de
Gestão, até 15 (quinze) dias corridos contados da publicação de edital específico no Diário
Oficial do Estado, respeitando procedimento constante de Regulamento desta Lei.
Art. 63. Os suplentes dos Secretários de Estado serão obrigatoriamente, os que os substituem
legalmente, em suas respectivas Secretarias, em casos de impedimentos, ausências ou licenças.
Art. 65. O mandato dos membros do CEP é de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos uma
única vez, por igual período, à exceção dos referidos nos incisos de I à V do art. 61 desta Lei
que terão assento enquanto investidos na função especificada, dada sua qualidade de membro
nato.
Art. 66. O Conselho Estadual de Previdência reunir-se-á ordinariamente uma vez por mês, e
extraordinariamente quando convocado, com a presença da maioria absoluta de seus
conselheiros, e deliberará por maioria simples, salvo exceção prevista nesta Lei ou em seu
regulamento.
Art. 67. O presidente do CEP terá direito à voz e voto, inclusive de desempate.
VI - acompanhar e apreciar, mediante relatórios gerenciais por ele definidos, a execução dos
planos, programas e orçamentos do Regime de Previdência Estadual;
VIII - apreciar a prestação de contas anual a ser remetida ao Tribunal de Contas do Estado,
devendo, para tanto, contratar auditoria externa, a custo do IPASEP;
X - deliberar sobre os casos omissos no âmbito das regras aplicáveis ao Regime de Previdência
Estadual e exercer as atribuições de Conselho de Administração do IPASEP.
Parágrafo único. As decisões proferidas pelo CEP deverão ser publicadas no Diário Oficial do
Estado.
TÍTULO III
Capítulo I
Art. 69. O Plano de Custeio do Regime de Previdência Estadual será aprovado, anualmente,
pelo Conselho Estadual de Previdência, do mesmo constando, obrigatoriamente, a programação
e os correspondentes regimes financeiros e os respectivos cálculos atuariais.
Capítulo II
Art. 70. Fica instituído o Fundo Financeiro de Previdência do Estado do Pará, vinculado ao
IGEPREV, com a finalidade de prover recursos, exclusivamente, para o pagamento dos
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IV - os rendimentos de seu patrimônio, tais como os obtidos com aplicações financeiras ou com
o recebimento de contrapartida pelo uso de seus bens;
Art. 72. Fica criado no Fundo Financeiro de Previdência do Estado do Pará, subconta específica
para depósito das contribuições previdenciárias relativas aos segurados, que ingressarem no
Estado após a publicação da presente Lei, com destinação exclusiva de prover recursos para o
financiamento de benefícios previdenciários correspondentes a esses segurados.
Art. 73. Sem prejuízo de sua contribuição estabelecida no inciso II do art. 84 desta Lei, e das
transferências vinculadas ao pagamento das aposentadorias, das reservas remuneradas, das
reformas ou das pensões, o Estado poderá propor, quando necessário, a alocação de recursos
orçamentários destinados à cobertura de eventuais insuficiências técnicas reveladas no plano de
custeio do Fundo.
III - a aplicação de recursos em operações ativas que envolvam interesses do Estado, bem como
na utilização para aquisição de bens e valores mobiliários do Estado, de suas autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista;
Art. 75. As aplicações financeiras dos recursos do Fundo serão realizadas, diretamente ou por
intermédio de instituições especializadas credenciadas para esse fim pelo IGEPREV, após
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III - liquidez;
Art. 76. As receitas, as rendas e os resultados das aplicações dos recursos disponíveis serão
empregados, exclusivamente, na consecução das finalidades previstas nesta Lei, no aumento do
valor real do patrimônio do Fundo e na obtenção de recursos destinados ao custeio de suas
atividades finalísticas, permitida no entanto, a remuneração da instituição financeira que aplicar
os recursos e ativos do Fundo, nos termos definidos pelo CEP.
Art. 77. A gestão do Fundo deverá, dentre outros princípios aplicáveis à administração pública,
obedecer:
I - às diretrizes gerais de gestão, investimento e alocação dos recursos aprovados pelo Conselho
Estadual de Previdência;
II - aos parâmetros dispostos nas normas gerais de atuária e àqueles estabelecidos em atos
reguladores próprios;
V - ao pleno acesso dos segurados às informações relativas à gestão do regime ora instituído.
Art. 78. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil e a contabilidade obedecerá, às
normas gerais públicas da administração financeira.
Parágrafo único Ao final de cada exercício financeiro, juntamente com o balanço geral, deverá
ser realizada a avaliação atuarial do Fundo, elaborada por entidades ou profissionais legalmente
habilitados.
Art. 80. As importâncias devidas ou recebidas a mais pelos segurados ou seus dependentes
serão ressarcidas ao Fundo, podendo ser parcelado na forma regulamentar, excetuando-se as
vedações expressas nesta Lei.
Art. 81. O saldo positivo do Fundo, apurado em balanço ao final de cada exercício financeiro,
será transferido para o exercício seguinte, a crédito do próprio Fundo.
Art. 82. O Fundo terá contabilidade própria, cujo Plano Geral de Contas discriminará as receitas
realizadas e despesas incorridas, as reservas técnicas, as provisões, os saldos patrimoniais e
outros elementos, de forma a possibilitar o acompanhamento permanente do seu desempenho e
a sistemática avaliação de sua situação atuarial, financeira, econômica e patrimonial.
Art. 83. O Fundo será submetido, ao menos uma vez por ano, a auditoria externa independente,
contratada por licitação, cujo resultado será publicado no Diário Oficial do Estado.
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Capítulo III
Das Contribuições
I - contribuição mensal dos segurados ativos à razão de 8 % (oito por cento) sobre a parcela de
remuneração ou subsídio ;
II - contribuição mensal do Estado através dos órgãos dos Poderes Executivo, suas Autarquias e
Fundações públicas, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, à razão
de 16 % (dezesseis por cento) da remuneração e subsídios.
Parágrafo único. A contribuição mensal dos segurados ativos e do Estado, tratada nos inciso I e
II do presente artigo, aumentará em 1% (um por cento) após 12 (doze) meses da data de sua
exigibilidade, e mais 1% (um por cento) após 24 (vinte e quatro) meses da mesma data.
Art. 85. As contribuições de que tratam o art. 84 serão exigidas após 90 (noventa) dias da data
da vigência desta Lei, devendo ser revistas com observância dos princípios atuariais e da
capacidade contributiva dos beneficiários.
Art. 86. Considera-se base de cálculo para fins de contribuição ao Regime de Previdência
Estadual a remuneração total ou subsídios totais assim entendidos como o vencimento,
subsídios ou soldo.
§ 1º Acresce-se à base de cálculo que trata o caput as gratificações, inclusive 13º salário, e
adicionais de qualquer natureza.
Capítulo IV
Do Recolhimento
Art. 87. As contribuições devidas pelos segurados serão descontadas de ofício pelos setores
encarregados do pagamento das respectivas remunerações, soldos e subsídios e recolhidas ao
Fundo até o 12º (décimo segundo) dia do mês subseqüente, sob pena de responsabilidade civil,
penal e administrativa do responsável pelo órgão ou entidade inadimplente, independente do
disposto no art. 91, parágrafo único, desta Lei. (NR)
Art. 88. As contribuições previdenciárias do Estado, através dos seus Poderes, das autarquias e
das fundações públicas, deverão ser recolhidas mensalmente ao Fundo, até o 12º (décimo
segundo) dia do mês subseqüente.
Art. 89. Eventual diferença entre o valor necessário ao pagamento das aposentadorias, reservas
remuneradas, reformas e pensões e o valor das contribuições previdenciárias correspondentes ao
mês anterior, em decorrência de recolhimentos a menor que o necessário para o pagamento dos
benefícios, será objeto de transferência de recursos do Estado, através dos seus Poderes, das
autarquias e das fundações públicas, ao Fundo e deverá ser realizada até 4 (quatro) dias úteis
que antecedam as datas estabelecidas para os respectivos pagamentos.
Art. 90. As contribuições não recolhidas nos prazos estabelecidos nesta Lei ficam sujeitas a
juros de mora e atualização monetária, de acordo com a variação do índice oficial adotado pelo
Estado.
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Parágrafo único. As contribuições em atraso dos órgãos que deveriam efetuar os recolhimentos,
de qualquer Poder, serão objeto de desconto nos repasses subseqüentes das dotações
orçamentárias de que trata o art. 207 da Constituição Estadual.
Parágrafo único. Os recursos a que se refere o "caput" deste artigo, a partir do prazo
estabelecido no § 1º do art. 60-A desta Lei, serão repassados pelo IGEPREV ao Poder
Judiciário, ao Poder Legislativo, ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público junto
aos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios e aos Tribunais de Contas do Estado e dos
Municípios. (NR)
TÍTULO IV
Capítulo Único
Art. 92. A este regime previdenciário aplicam-se subsidiariamente as normas do Regime Geral
da Previdência Social.
Art. 93-A. Enquanto não for efetuada a reestruturação prevista no § 1º do art. 60-A, o integrante
do CEP disposto no inciso IV do art. 61 será designado pelo Governador do Estado. (NR)
Art. 94. Ficam revogadas quaisquer disposições que impliquem incorporação aos proventos de
aposentadoria de verbas de caráter temporário, incluindo gratificação por desempenho de
função ou cargo comissionado, preservados os direitos daqueles que se acharem investidos em
tais cargos ou funções até a data de publicação desta lei complementar, sem necessidade de
exoneração, cessando, no entanto, o direito à incorporação quanto ao tempo de exercício
posterior à publicação da presente Lei.
§ 1º A revogação de que trata o "caput" deste artigo estende-se às disposições legais que
impliquem incorporação de verbas de caráter temporário, decorrentes do exercício de
representação, cargos em comissão ou funções gratificadas, à remuneração, soldo, subsídio ou
qualquer outra espécie remuneratória dos servidores e militares do Estado. (NR)
§ 3º Aos servidores e militares que, na data da publicação desta Lei, possuírem direito adquirido
à incorporação do adicional por exercício de representação, cargo em comissão ou função
gratificada e que vierem a exercer referidos cargos ou funções a partir dessa data, é vedada a
percepção simultânea da vantagem incorporada com a representação devida em razão do
exercício de tais cargos ou funções, ressalvado o direito de opção. (NR)
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Art. 95. R E V O G A D O
Art. 96. Os requisitos e critérios para a concessão de aposentadoria aos policiais civis atenderão
ao que dispuser a legislação federal.
II - praticar os atos necessários à continuidade dos serviços, até a definitiva estruturação dos
órgãos referidos no inciso I do presente artigo, ficando mantidas as estruturas atuais de
pagamento de aposentadorias e pensões;
Art. 98. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito especial, para atender o disposto nesta
Lei, no limite:
Parágrafo único. Os recursos necessários à execução do presente crédito especial deverão estar
em consonância ao art. 43, incisos I, II e III da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.
Art. 99. O Poder Executivo editará, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a regulamentação da
presente Lei.
Art. 100. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 101. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o art. 130 e parágrafos da Lei
5.810, 24 de janeiro de 1994, e os §§ 2º e 3º do art. 70 da Lei Complementar nº 022, de 15 de
março de 1994. (NR)
ALMIR GABRIEL
Governador do Estado