Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos anatômicos, incluindo posições anatômicas, planos anatômicos, termos descritivos e estruturas ósseas. Descreve os principais ossos do corpo humano, suas formas e componentes, bem como o esqueleto axial e os membros superiores. Tem como objetivo fornecer uma visão geral dos fundamentos da anatomia humana.
Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos anatômicos, incluindo posições anatômicas, planos anatômicos, termos descritivos e estruturas ósseas. Descreve os principais ossos do corpo humano, suas formas e componentes, bem como o esqueleto axial e os membros superiores. Tem como objetivo fornecer uma visão geral dos fundamentos da anatomia humana.
Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos anatômicos, incluindo posições anatômicas, planos anatômicos, termos descritivos e estruturas ósseas. Descreve os principais ossos do corpo humano, suas formas e componentes, bem como o esqueleto axial e os membros superiores. Tem como objetivo fornecer uma visão geral dos fundamentos da anatomia humana.
Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos anatômicos, incluindo posições anatômicas, planos anatômicos, termos descritivos e estruturas ósseas. Descreve os principais ossos do corpo humano, suas formas e componentes, bem como o esqueleto axial e os membros superiores. Tem como objetivo fornecer uma visão geral dos fundamentos da anatomia humana.
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2010/2011
Anatomia e Histologia | Raquel Figueiredo
FFUP ANATOMIA E HISTOLOGIA
ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Captulo 1 Planos Anatmicos Posies do Corpo
A posio anatmica refere-se a estar de p e erecto, com a face orientada para a frente, os membros superiores ao longo do corpo, as faces palmares das mos orientadas para a frente com os polegares virados para fora e de ps juntos. As descries relacionais so sempre baseadas na posio anatmica.
Planos anatmicos
Planos so superfcies planas imaginrias que atravessam o corpo:
Plano Sagital: atravessa verticalmente o corpo e separa-o em duas pores, a direita e a esquerda; Plano Medial: divide o corpo em duas metades iguais, direita e esquerda; Plano Transversal/Horizontal/Axial: atravessa o corpo paralelamente ao cho e divide-o em duas pores, superior e inferior; Plano Coronal/Frontal: divide o corpo em duas pores, anterior e posterior;
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Termos Descritivos ou de Referncia
Os termos descritivos descrevem as partes do corpo humana relativamente umas s outras. Nos seres humanos, superior sinnimo de ceflico, o que significa em direco cabea. Inferior sinnimo de caudal. Os termos ceflico e caudal podem ser utilizados para descrever a direco dos movimentos no tronco, mas no podem ser usados para descrever os movimentos dos membros. Superior e anterior descrevem as estruturas em ralao com o eixo vertical do corpo. A cabea superior em relao aos ombros. A superfcie anterior do corpo humano a superfcie ventral, ou abdominal. A palavra posterior significa aquele que se segue a e dorsal significa costas/dorso. A superfcie posterior do corpo a dorsal, que nos segue quando caminhamos. Anterior (ventral) e posterior (dorsal) descrevem a posio de estrutura com relao com a frente e o dorso do corpo. O nariz uma estrutura anterior e a coluna vertebral uma estrura posterior. O nariz anterior em relao com as orelhas e a coluna vertebral posterior ao esterno. Proximal significa mais prximo, distal significa mais distante. Estes termos usam-se para referir estruturas lineares como os membros, nas quais uma extremidade se encontra perto de outra estrutura e a outra extremidade se encontra afastada. Cada membro est ligado ao corpo pela sua extremidade proximal e, a extremidade distal, como a mo por exemplo, encontra-se mais afastada. Proximal e distal usam-se para referir estruturas mais prximas ou mais afastadas da origem de uma estrutura, em particular dos membros. Interno significa mais prximo da linha mdia, e externo significa mais afastado da linha mdia. O nariz encontra-se numa posio medial da face e os olhos so laterais ao nariz. O termo superficial refere-se a uma estrutura perto da superfcie do corpo e profundo significa em direco ao interior do corpo. A pele superficial ao msculo e aos ossos. Medial e lateral descrevem a posio de estruturas em relao ao plano mdio sagital e aos lados do corpo. O nariz encontra-se no plano mdio sagital e medial em relao aos olhos, que por sua vez so mediais em relao s orelhas. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Superficial e profundo usam-se para descrever as posies relativas de duas estruturas em relao superfcie do corpo. O esterno superficial ao corao e o estmago encontra-se profundo em relao parede abdominal.
Os rgos so frequentemente seccionados de forma a revelar a sua estrutura interna. Um corte ao longo do eixo maior do rgo constitui um corte longitudinal e um corte ao longo do plano que forma um ngulo recto com um eixo maior constitui um corte transversal. Se o corte for realizado ao longo do eixo maior formando um ngulo diferente do ngulo recto, denomina-se oblquo.
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Regies e Quadrantes
Quadrantes: duas linhas imaginrias que dividem o abdmen. Regies: quatro linhas imaginrias que dividem o abdmen.
Cavidades Corporais
O corpo contm trs grandes cavidades: a torcica, a abdominal e a plvica.
Cavidade Torcica: encontra-se rodeada pela caixa torcica e separada da cavidade abdominal pelo diafragma. Encontra-se dividida em duas pores, direita e esquerda, por uma estrutura mediana denominada mediastino. Mediastino o espao que contm o corao, timo, traqueia, esfago e outras estruturas como vasos sanguneos e nervos. Os pulmes localizam-se cada um de cada lado do mediastino. Cavidade Abdominal: os msculos abdominais constituem o limite exterior desta cavidade que contm o estmago, os intestinos, o fgado, o bao, o pncreas e os rins. Cavidade Plvica: pequeno espao delimitado pelos ossos plvicos e contm a bexiga, parte do intestino grosso e os rgos reprodutores internos.
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Captulo 2 Anatomia ssea
Configuraes dos Ossos
Cada osso pode ser classificado de acordo com a sua forma como:
Osso Longo: so mais compridos do que largos; Osso Curto: so aproximadamente to largos e espessos quanto compridos. So quase cbicos e redondos (ossos do punho (carpo) e ossos dos tornozelos (tarso); Osso Achatado (ou chato): forma relativamente delgada e achatada e so gerlamente encurvados (ossos do crnio, costelas, esterno e omoplatas); Osso Irregular: possuem formas que no se enquadram em nenhuma das outras trs categorias;
Estrutura dos Ossos Longos
Cada osso longo em crescimento possui trs componentes principais: a difise, as epfises e a placa epifisiria.
Difise (ou corpo do osso): composta por osso compacto, na sua maior parte constitudo por matriz ssea que rodeia pequenos espaos; Epfises (ou extremidades do osso): compostas por osso esponjoso, constitudo essencialmente por pequenos espaos ou cavidades rodeados por matriz ssea. A superfcie exterior da epfise composta por uma camada de osso compacto que nas articulaes recoberto por cartilagem articular; ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Placa epifisria (ou de crescimento): constituda por cartilagem hialina, e situa-se entre a epfise e a difise. O crescimento sseo em comprimento ocorre na placa epifisria e quando pra, esta ossifica e passa a denominar-se linha epifisria.
Estrutura dos Ossos Achatados
Os ossos achatados no possuem difise nem epfise, e contm no interior uma estrutura de osso esponjoso entre duas camadas de osso compacto. So relativamente finos e geralmente encurvados.
Estrutura dos Ossos Curtos
Possuem composio semelhante das epfises dos ossos longos, e superfcies de osso compacto que envolvem um centro sseo esponjoso. No apresentam difises. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Estrutura dos Ossos Irregulares
Compostos praticamente por osso compacto, mas podem apresentar algum osso esponjoso. Tm formas que no os permitem ser includos nas outras categorias.
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Esqueleto Axial
O esqueleto axial divide-se em cabea ssea, osso hiide, coluna vertebral e caixa torcica. O esqueleto axial forma o eixo vertical do corpo. Protege tambm o encfalo, a medula espinhal e os rgos vitais alojados no trax. Cintura Escapular e Membro Superior
Cintura escapular ou ombro (ou cintura dos peitorais) constituda por dois pares de ossos que ligam o membro superior ao corpo: cada par constitudo pela omoplata (escpula) e pela clavcula.
Omoplata (escpula): o acrmio ou apfise acromial forma uma cobertura protectora para a articulao do ombro, forma uma faceta articular para a clavcula, e proporciona pontos de insero para alguns msculos do ombro. A espinha da omoplata (espinha escapular) estende-se do acrmio atravs da face posterior da omoplata e divide essa face numa pequena fossa supra-espinhosa, superior espinha, e numa fossa infra-espinhosa, maior, inferior espinha. A face interior e profunda da omoplata constitui a fossa intra-escapular. A apfise coracoideia, mais pequena, oferece pontos de insero a alguns msculos. A cavidade glenoideia articula-se com a cabea do mero.
Clavcula: osso longo com uma ligeira curva sigmoideia. A extremidade externa da clavcula articula-se com o acrmio e a sua extremidade interna articula-se com o manbrio do esterno. A clavcula mantm o membro superior afastado do tronco, facilitando a sua mobilidade.
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Brao
O brao, ou parte do membro superior que vai do ombro ao cotovelo, contm apenas um osso, o mero. A cabea do mero articula-se com a cavidade glenoideia da omoplata. O colo anatmico vem antes do colo cirrgico. O troquino (grande tubrculo), localiza-se na face externa (lateral) da extremidade proximal do mero, e o troquiter (pequeno tubrculo), localiza-se na face anterior desta extremidade. A goteira bicipital localiza-se entre o troquino e o troquiter. A impresso deltoideia (tuberosidade deltoideia) localiza-se na face externa (lateral do mero) e constitui um ponto de insero do msculo deltide. A parte externa da superfcie articular articula-se com o rdio e chama-se cndilo umeral (capitulum). A parte interna (medial) articula-se com o cbito e chama-se trclea umeral (carreto). Na vizinhana imediata do cndilo e da trclea encontra-se o epicndilo, externo (epicndio medial) e a epitrclea, interna (epicndilo lateral).
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Antebrao
O antebrao apresenta dois ossos: o cbito (ulna) encontra-se no lado interno (medial), e o rdio (radius) encontra-se no lado externo (lateral). A extremidade proximal do cbito tem uma superfcie articular para a trclea do mero, chamada grande cavidade sigmoideia (chanfradura troclear ou semi-lunar). Esta a composta por duas apfises. A apfise maior, que posterior, o olecrnio (a ponta do cotovelo). A apfise mais pequena, que anterior, a apfise coronoideia.
A extremidade distal do cbito tem uma pequena cabea, que se articula em simultneo com o rdio e com os ossos do carpo. A cabea tem uma pequena apfise estiloideia na qual se inserem ligamentos do punho.
A extremidade proximal do rdio a cabea, que se articula com o cndilo do mero. As superfcies laterais da cabea constituem um cilindro liso, onde o rdio roda contra a pequena chanfradura sigmoideia do cbito (chanfradura radial). A extremidade distal do rdio que se articula com o cbito e com os ossos do carpo, apresenta uma apfise estiloideia que se localiza externamente.
Punho
O punho composto por oito ossos que constituem o carpo, que no seu conjunto so convexos atrs e cncavos frente. Pelo tnel do carpo passam tendes, nervos e vasos sanguneos que entram na mo.
Mo
Os cinco metacrpicos articulam-se com os ossos do carpo e constituem o esqueleto da mo. Os cinco dedos de cada mo designam-se pela sua ordem, contando-se do lado externo para o interno: 1, 2, 3, 4 e 5 dedos. Cada dedo constitudo por pequenos ossos longos chamados falanges. O polegar tem duas falanges e os outros dedos tm trs. Na juno entre a falange proximal do polegar e o respectivo metacrpico do polegar formam-se muitas vezes um ou dois ossos sesamoideus, que se localizam nos tendes.
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Cintura Plvica e Membro Inferior
Os membros inferiores suportam o corpo e so essenciais para estar de p, andar e correr normalmente. Os membros inferiores tm um padro geral muito semelhante ao membro superior, s que a cintura plvica liga-se ao corpo de forma mais firme do que a cintura escapular e os ossos so de uma maneira geral mais grossos, pesados e compridos do que os do membro superior.
Cintura Plvica
A anca ou cintura plvica formada pelos ossos coxais direito e esquerdo (ossos ilacos) e o sacro. Os dois ossos coxais renem- se um com o outro, adiante, e com o sacro, atrs, para formar um anel sseo chamado bacia ssea ou pelve. Cada osso coxal formado superiormente por uma lmina ssea grande e concava e inferiormente por um anel sseo que rodeia um grande buraco obturado. Na face externa (lateral) de cada osso coxal, no ponto de articulao do membro inferior com a cintura plvica, localiza- se uma escavao chamada acetbulo. Cada osso coxal formado pela fuso de trs ossos perto do ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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centro do acetbulo: o lion (virilha), o squion (anca) e o pbis. O bordo superior do ilaco chama-se crista ilaca. A crista termina anteriormente na espinha ilaca ntero-superior e posteriormente na espinha ilaca pstero-superior. A grande chanfradura citica (grande chanfadura isquitica) encontra-se no bordo posterior do lion, logo abaixo da espinha ilaca pstero-inferior. A superfcie articular do lion rene-se ao sacro para formar a articulao sacro-ilaca. A fossa interna (medial) do lion consiste numa grande depresso chamada fossa ilaca.
Diferenas entre Bacia Feminina e Masculina
Bacia feminina:
Mais leve e mais larga, mais curta no sentido vertical, menos afunilada; Os pontos de insero muscular so menos bvios na mulher do que no homem;
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Coxa
A coxa tal como o brao, contm um nico osso, o fmur. O fmur tem uma cabea que se articula com o acetbulo, e um colo bem definido. O corpo proximal tem duas tuberosidades: o grande trocnter lateral ao colo e um pequeno trocnter, inferior e posterior ao colo. A extremidade distal do fmur apresenta os cndilos interno e externo, superfcies lisas e arredondadas que se articulam com a tbia. Com localizao proximal em relao aos cndilos esto os epicndilos interno e externo, superfcies lisas e arredondadas que se articulam com a tbia. Com localizao proximal em relao aos cndilos esto os epicndilos interno e externo.
A rtula um osso que se articula com a trclea femural (chanfradura rotuliana).
Perna
A perna a parte do membro inferior situada entre o joelho e o tornozelo e consiste em dois ossos: a tbia e o pernio (fbula). A tbia o maior dos dois ossos. Logo abaixo da rtula h uma tuberosidade anterior da tbia (tuberosidade tibial). A crista anterior forma a canela. A extremidade proximal da tbia apresenta as cavidades glenoideias da tbia, lateral e medial, achatadas, que se articulam com os cndilos do fmur. Localizada entre as cavidades est a espinha da tbia (eminncia inter-condiliana). A extremidade distal da tbia alargada para formar o malolo interno que contribui para formar a face interna da articulao do tornozelo. O pernio no se articula com o fmur mas tem uma pequena cabea proximal onde se articula com a tbia. A extremidade distal do pernio est alargada no malolo externo.
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P
A poro proximal do p formada por sete ossos trsicos (da sola do p). O astrlago (osso do tornozelo) articula-se com a tbia e o pernio formando a articulao tbio-trsica. O calcneo localiza-se abaixo do astrlago e suporta-o. Os metatrsicos e as falanges do p esto dispostos de uma maneira muito semelhante ao polegar. O p no seu conjunto convexo dorsalmente e cncavo ventralmente (inferiormente), formando as arcadas plantares.
Arcadas do P
O p tem 3 arcadas principais que distribuem o peso do corpo entre o calcanhar e a bola do p quando em p ou em andamento. Quando o p se apoia no cho, o peso transferido da tbia e do pernio para o astrgalo. A forma das arcadas mantida pela configurao dos ossos, pelos ligamentos que os unem e pelos msculos que actuam sobre o p.
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Caixa Torcica
A caixa torcica protege os rgos vitais alojados no trax e consiste nas vrtebras torcicas, costelas com as suas cartilagens costais associadas e esterno.
Costelas e Cartilagens Costais
Os 12 pares de costelas podem dividir-se em verdadeiras e falsas costelas. Os sete pares superiores, costelas verdadeiras ou vrtebro-esternais articulam-se atrs com as vrtebras torcicas e adiante unem-se ao esterno atravs das suas cartilagens costais. Os cinco pares inferiores, costelas falsas, articulam-se com as vrtebras torcicas mas no se articulam directamente com o esterno. As falsas costelas constituem dois grupos. As oitavas, nonas e dcimas, chamadas vrtebro-condrais, renem-se numa cartilagem comum, que por sua vez se insere no esterno, por uma fuso com a cartilagem costal das stimas costelas. Duas das falsas costelas, a 11 e a 12, so tambm designadas por costelas flutuantes ou vertebrais, porque no tm qualquer ligao com o esterno. A maior parte das costelas tem dois pontos de ligao com as vrtebras torcicas. A cabea articula-se com os corpos de duas vrtebras adjacentes e o disco intervertebral entre elas. O tubrculo ou tuberosidade da costela articula-se com as apfises transversas de uma vrtebra. O colo fica entre a cabea e a tuberosidade e o corpo, a parte principal da costela.
Esterno
O esterno divide-se em trs partes: o manbrio, o corpo e o apndice xifoideu. A primeira costela e a clavcula articulam-se com o manbrio. O ponto em que o manbrio se une ao corpo do esterno chama-se ngulo esternal.
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Coluna Vertebral
constituda por 26 ossos, que se podem dividir em cinco regies. A coluna vertebral formada por:
As cinco regies da coluna vertebral do adulto tm 4 curvaturas principais: duas aparecem durante o desenvolvimento embrionrio e reflectem a forma de C do embrio e do feto no tero. Na coluna vertebral de um adulto, a regio cervical convexa para diante, a torcica cncava para diante, a regio lombar convexa para diante e as regies sagrada e coccgea, no seu conjunto so cncavas para diante. O embrio em desenvolvimento tem cerca de 34 vrtebras, mas as vrtebras sagradas fundem-se, formando um osso nico, e as 4/5 vrtebras coccgeas tambm se fundem num nico osso.
Vrtebras
A coluna vertebral desempenha 5 funes principais:
Suporta o peso da cabea e do tronco; Protege a medula espinhal; ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Permite aos nervos raquidianos abandonar a medula espinhal; Proporciona um local de insero muscular; Permite o movimento da cabea e do tronco;
Cada vrtebra constituda por um corpo, um arco e diversas apfises. O corpo um cilindro sseo que suporta o peso. O arco vertebral projecta-se posteriormente a partir do corpo. O arco pode dividir-se em metades direita e esquerda, e cada metade tem duas partes: o pedculo que est unido ao corpo e a lmina que se rene com a lmina da outra metade. O arco vertebral e a superfcie posterior do corpo rodeiam uma ampla abertura, chamada buraco vertebral. Os buracos vertebrais de vrtebras adjacentes associam-se para formar o canal vertebral, que contem a medula espinhal.
A apfise transversa projecta-se lateralmente de cada lado do arco e existe uma apfise espinhosa nica, implantada no ponto de juno entre as duas lminas. Cada vrtebra tem uma apfise articular superior e uma inferior de cada lado, articulando-se a apfise superior de uma vrtebra com a inferior da vrtebra que lhe est imediatamente acima.
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Discos Invertebrais
So constitudos por fibrocartilagem e localizam-se entre os corpos de vrtebras adjacentes. Proporcionam um suporte adicional e evitam que os corpos vertebrais faam atrito uns contra os outros. Os discos invertebrais so formados por um anel fibroso exterior, perifrico e por um ncleo pulposo, gelatinoso no exterior.
Crnio
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Captulo 3 Sistema Muscular
Formas dos Msculos
Alguns msculos tm os feixes dispostos como barbas de uma pena ao longo de um tendo comum e por isso chamam-se msculos de tipo peniforme. Um msculo que s tem feixes de um dos lados do tendo de tipo unipeniforme, se tiver feixes dos dois lados do tendo de tipo bipeniforme e um msculo cujos feixes se dispem em muitos locais em torno do tendo central multipeniforme. Em outros msculos, chamados msculos paralelos, os feixes dispem-se paralelamente ao maior eixo do msculo. Nos msculos convergentes, a base muito mais larga do que a insero distal. Os msculos circulares tm os feixes dispostos em crculo em torno de uma abertura e actuam como esfncteres.
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Nomenclatura
Os msculos designam-se de acordo com a sua:
Localizao; Tamanho; Forma; Orientao; Inseres de origem e terminao; Nmero de cabeas; Funo;
Msculos de Expresso Facial
Diversos msculos actuam sobre a pele em torno dos olhos e sobrancelhas. O occipitofrontal levanta a pele das regies supraciliares (rea de implantao de sobrancelhas) e secundariamente as plpebras superiores. So diversos os msculos implicados no movimento dos lbios e da pele em torno da boca. O orbicular dos lbios e o bucinador, franzem a boca. O sorriso feito pelo grande e pequeno zigomticos.
Msculos de Mastigao
O mascar, ou mastigar, envolve obrigatoriamente o encerrar da boca (elevao da mandbula) e a triturao dos alimentos entre os dentes. Os msculos da mastigao e os msculos hioideus movem a mandbula.
Temporal: eleva e retrai a mandbula; Masster: elevao e projeco da mandbula; Pterigoideu externo: projeco e depresso da mandbula; Pterigoideu interno: projeco e elevao da mandbula;
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Msculos Envolvidos no Movimento do Globo Ocular
O globo ocular move-se na cavidade orbitaria, permitindo a viso num amplo leque de direces. Os movimentos de cada olho so efectuados por seis msculos extrnsecos ao globo ocular designados de acordo com a orientao dos seus feixes em relao ao globo ocular.
Msculos da Lngua
A lngua consiste numa massa de msculos intrnsecos (inteiramente dentro da lngua) que esto implicados na mudana da formato da lngua e msculos extrnsecos (fora da lngua mas nela inseridos) que ajudam a mudar a forma e mover a lngua.
Msculos Evolvidos na Respirao
Inspirao:
Intercostais internos; Diafragma; Escaleno anterior, mdio e posterior; Esternocleudomastoideu;
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Expirao:
Intercostais externos; Msculos abdominais;
Msculos da Parede Abdominal Anterior
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Msculos dos Membros Superiores
Msculos do Membro Inferior
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Captulo 4 Artrologia
Classificao das Articulaes
As articulaes classificam-se estruturalmente como fibrosas, cartilagneas e sinoviais. As articulaes tambm se podem classificar de acordo com a sua funo, com base no grau de mobilidade de cada uma. Fala-se ento em sinartroses (imveis), anfiartroses (semi-mveis) e diartroses (que se movem livremente).
Articulaes Fibrosas
Suturas
Suturas so linhas de juno entre ossos do crnio. Raramente so lisas, e os ossos que se articulam muitas vezes interpenetram-se. O tecido entre os dois ossos tecido conjuntivo denso.
Sindesmoses
Sindesmose um tipo de articulao fibrosa em que os ossos esto mais afastados do que numa sutura e so unidos por ligamentos.
Gonfoses
Gonfoses so articulaes especializadas que consistem no encaixe em cavidades e so mantidas no seu lugar por finos feixes de tecido conjuntivo rico em colagnio.
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Articulaes Cartilagneas
As articulaes cartilagneas ligam dois ossos entre si por meio de cartilagem hialina ou de fibrocartilagem. As articulaes que contm cartilagem hialina chamam-se sincondroses, as que contm fibrocartilagem chamam-se snfises.
Sincondroses
A sincondrose uma articulao em que a juno de dois ossos se faz por cartilagem hialina, com pouco ou nenhum movimento.
Snfises
A snfise consiste em fibrocartilagem que une dois ossos que aderem por superfcies planas.
Articulaes Sinoviais
As articulaes sinoviais contm lquido sinovial e permitem um movimento considervel entre ossos que a se articulam. A maior parte das articulaes que renem os ossos do esqueleto so sinoviais, o que reflecte a muito maior mobilidade deste esqueleto apendicular em comparao com o esqueleto axial. As superfcies articulares dos ossos com articulaes sinoviais esto cobertas por uma fina camada de cartilagem hialina que se chama cartilagem articular e que constitui uma superfcie lisa onde os ossos entram em contacto. Diveras articulaes sinoviais, tm ainda meniscos. As superfcies articulares dos ossos que se encontram numa articulao sinovial est encerrada numa cavidade articular, rodeada por uma cpsula articular que ajuda a manter os ossos unidos ao mesmo tempo que permite o movimento. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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A cpsula articular consta ainda de duas camadas: uma cpsula fibrosa exterior e uma membrana sinovial interior. A membrana sinovial forra a cavidade articular, excepto sobre a cartilagem articular. uma membrana fina e delicada que consiste num conjunto de clulas de tecido conjuntivo modificado intercaladas em partes da cpsula fibrosa ou separadas dela por uma camada de tecido aerolar ou adiposo. A membrana produz lquido sinovial que contm cido hialurnico.
Tipos de Articulaes Sinoviais
As articulaes sinoviais classificam-se de acordo com a forma das suas superfcies articulares. O movimento das articulaes sinoviais pode ser descrito como mono-axial (que ocorre em redor de um eixo), bi-axial (que ocorre em redor de dois eixos formando entre si um ngulo recto), ou multi-axial (que ocorre em redor de vrios eixos).
As articulaes planas consistem em duas superfcies planas opostas e de dimenses aproximadamente iguais, em que ocorre ligeiro movimento de deslizamento entre os ossos. So mono-axiais.
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As articulaes em sela ou efipiartroses consistem em duas superfcies articulares em forma de sela orientadas em ngulo recto uma para a outra. So bi- axiais.
As articulaes em roldana ou trocleastroses so mono- axiais. Consistem numa escavao em forma de duplo cone truncado. So exemplo as as articulaes do cotovelo e do joelho.
As articulaes cilndricas ou trocartroses so mono-axiais, restringindo o movimento rotao em torno de um nico eixo.
As articulaes esfricas ou enartroses consistem numa cabea esfrica na extremidade de um osso e num encaixe no osso adjacente em que entra uma poro dessa cabea. multi-axial.
As articulaes de contorno elptico ou condilartroses so articulaes esfricas modificadas. So bi-axiais.
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Movimentos Angulares
So aquelesem que uma parte de uma estrutura linear, como o corpo no seu todo ou um membro, se dobram em relao a outra parte da mesma estrutura, modificando o ngulo entra as duas partes. Os mais comuns so a flexo, a extenso, a abduo e a aduo.
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Histologia
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Captulo 1 Tecido Epitielial
As clulas epiteliais so estreitas e apresentam uma pequena matriz extracelular entre elas. Na maior parte dos casos, as clulas epiteliais tm uma superfcie livre (a apical) que no est ligada a outras clulas. Cada superfcie da clula tem uma funo diferente: a superfcie apical encontra-se livre, a superfcie lateral liga-se a outras clulas epiteliais, e a superfcie basal est ligada lmina basal ou membrana basal.
Lmina Basal e Membrana Basal
Lmina basal
Na superfcie de contacto entre as clulas epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente h uma estrutura chamada lmina basal. Os seus componentes principais so:
Colagnio tipo IV; Laminina; Entactina; Proteoglicanos;
A lmina basal est ancorada ao tecido conjuntivo por colagnio do tipo VII.
Membrana Basal
A membrana basal uma camada situada abaixo de epitlios, que geralmente formada pela fuso de duas lminas basais ou de uma lmina basal e uma reticular, e por isso mais espessa que uma lmina basal isolada. A membrana basal formada por:
Lmina Basal; Protenas/Glicoprotenas; Colagnio tipo III;
Especializaes da Superfcie Livre das Clulas Epiteliais
Clios e Flagelos
Os clios so prolongamentos longos e dotados de mobilidade, presentes na superfcie da algumas clulas epiteliais. So envolvidos pela membrana plasmtica e contm dois microtbulos centrais, cercados por 9 pares de microtbulos perifricos. O ATP a fonte de energia para o movimento ciliar.
A estrutura dos flagelos, que no corpo humano s se encontram nos espermatozides, semelhante dos clios, porm os flagelos so mais longos e limitados por clula, e movem toda a clula.
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Microvilosidades
So extenses da membrana plasmtica de forma cilndrica, que contm citoplasma e filamentos de actina. So suportados por filamentos de actina e no por microtbulos e por isso no se movem. So menores do que os clios, e podem ser encontrados no intestino e em locais onde a absoro uma funo importante.
Estereoclios
So prolongamentos longos e imveis de clulas do epiddimo e do ducto deferente que na verdade so microvilosidades longas e ramificadas, por esse motivo no devem ser confundidos com verdadeiros clios. Os estereoclios aumentam a rea de superfcie da clula, facilitando o movimento de molculas para dentro e para fora da clula.
Junes Intercelulares
A adeso entre clulas em parte devida ao coesiva das caderinas. Estas perdem a sua capacidade de promover adesividade na ausncia de Ca 2- . Alm dos efeitos coesivos da caderina, as membranas laterais de muitos tipos de clulas epiteliais exibem vrias especializaes que constituem as junes intercelulares. Os vrios tipos de junes servem como locais de adeso, como vedantes e ainda podem oferecer canais para a comunicao entre clulas adjacentes. As junes podem ser classificadas como:
Junes de adeso hemidesmossomas e desmossomas; Junes apertadas zonas de ocluso e de adeso; Junes comunicantes gap junctions;
Zonas de Ocluso
Costumam ser as junes mais apicais e formam uma barreira permevel. Contribuem para a formao de dois compartimentos funcionais e permitem a fuso das membranas e o encerramento do espao inter-celular.
Zonas de Adeso
Esta juno circunda toda a clula e contribui para a aderncia entre clulas vizinhas. Uma caracterstica importante desta juno a insero de vrios filamentos de actina no citoplasma subjacente membrana da juno.
Junes Comunicantes (gap junctions) Podem existir praticamente em qualquer local das membranas laterais das clulas epiteliais. As conexes entre as clulas adjacentes so alinhadas de forma a formar canais hidroflicos entre as duas clulas.
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Funes das clulas epiteliais
Proteco das estruturas adjacentes; Actuam como barreiras; Permitem a passagem de substncias; Secretam e absorvem substncias;
Epitlios de Revestimento
Os epitlios so divididos em grupos de acordo com a sua estrutura e funo: epitlios de revestimento, neuroepitlios e epitlios glandulares. Os epitlios de revestimento so classificados de acordo com o nmero de camadas de clulas e conforme as caractersticas morfolgicas das clulas na camada superficial.
O epitlio simples pode ser pavimentoso, cbico ou colunar.
O epitlio estratificado classificado em pavimentoso, cbico, colunar ou de transio, de acordo com a forma das clulas da sua camada mais superficial.
O epitlio pseudo-estratificado assim chamado porque embora seja formado por apenas uma camada de clulas, os ncleos parecem estar em vrias camadas. Todas as suas clulas esto apoiadas na lmina basal mas nem todas alcanam a superfcie do epitlio, fazendo com que a posio dos ncleos seja varivel. O epitlio pseudo-estratificado nunca mostra mais que uma camada de ncleos, apenas ncleos em diversas posies.
Nmero de camadas de clulas Epitlio Simples Epitlio Estratificado Epitlio pseudo- estratificado Caractersticas Morfologicas das Clulas na Camada Superficial Epitlio Pavimentoso Epitlio Cbico Epitlio Colunar ou Cilndrico ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Epitlio Colunar Simples
Estrutura: uma nica camada de clulas estreitas e compridas que podem ter clios ou microvilosidades.
Funo: Secreo em clulas glandulares e absoro em clulas intestinais;
Localizao: Estmago, intestinos, sistema respiratrio entre outros.
Epitlio Cbico Simples
Estrutura: uma nica camada de clulas em forma cbica, que podem ter clios ou microvilosidades;
Funo: transporte activo, difuso facilitada e secreo;
Localizao: Ovrios, ductos de glndulas e folculos tiroidianos;
Epitlio Pavimentoso Simples
Estrutura: nica camada de clulas achatadas;
Funo: difuso, filtrao, secreo;
Localizao: coisas sinistras;
Epitlio de Transio
Estrutura: clulas estratificadas que aparentam ser cbicas quando o rgo no se encontra estendido e pavimentosas quando este se encontra estendido;
Funo: proteco, secreo e transporte mediado por clios;
Localizao: sistema urinrio;
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Epitlio pavimentoso estratificado
Estrutura: mltiplas camadas de clulas cbicas na lmina basal que vo ficando progressivamente mais planas ao longo da superfcie, podem ser queratinizadas ou no-queratinizadas;
Funo: proteco contra abraso, infeco e reduz as perdas de gua pelo corpo;
Localizao: glndulas sudorparas, folculos ovrios em crescimento;
Epitlio colunar estratificado
Estrutura: mltiplas camadas de clulas longas que contm clios;
Funo: secreo e proteo;
Localizao: glndula mamria e uretra masculina;
Epitlio colunar pseudoestratificado
Estrutura: uma nica camada de clulas, dando a iluso de que so vrias camadas porque os ncleos esto em nveis diferentes. A maior parte destas clulas tem clios;
Funo: sintetizar e secretar muco pela superfcie apical e mover o muco formado;
Localizao: cavidade nasal e grande parte do sistema respiratrio;
Epitlios Glandulares
Os epitlios glandulares so constitudos por clulas especializadas em secreo. Estas clulas podem armazenar, sintetizar e secretar protenas, lpidos e complexos de hidratos de carbono e protenas.
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Forma como as secrees so transportadas Excrina Endcrina Nmero de clulas Unicelular Multicelular Modo como os produtos de secreo abandonam a clula Glndulas Mercrinas Glndulas Holcrinas Glndulas Apcrinas Tipos de Epitlios Glandulares
Os epitlios que constituem as glndulas do corpo podem ser classificados de acordo com vrios critrios. As glndulas so formadas a partir de epitlios de revestimento cujas clulas proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente.
Diferentes critrios de classificao de glndulas
Glndulas excrinas: mantm a sua conexo com o epitlio do qual se originaram. Essa conexo transformada em ductos para onde so libertadas as secrees.
Glndulas endcrinas: no formam ductos, as suas secrees so transportadas pelo sangue.
Glndulas mercrinas: a secreo libertada pela clula por exocitose, sem perda de outro material celular.
Glndulas holcrinas: o produto de secreo eliminado juntamente com toda a clula, processo que envolve a destruio das clulas repletas de secreo.
Glndulas apcrinas: o produto de secreo descarregado junto com pores do citoplasma apical.
Tipos de Clulas Presentes no Tecido Epitelial
Clulas que transportam ies
Usam ATP como fonte de energia para transporte activo. A transferncia de ies e de fluidos atravs do epitlio chamado de transporte transcelular.
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Clulas que transportam por pinocitose
As molculas do meio extracelular so digeridas no citoplasma por vesculas de pinocitose. So clulas com porucos organielos na supefrfcie apical.
Clulas que produzem protenas
Tm o RER muito desnvolvido na superfcie basal. Na superfcie apical tm um complexo de golgi desenvolvido e numerosos grnulos de secreo. Exemplo: clulas do pncreas e salivares.
Captulo 2 Tecido Conjuntivo
Os tecidos conjuntivos so responsveis pelo estabelecimento e manuteno da forma do corpo. Diferente de outros tipos de tecidos, que so formados principalmente por clulas, o principal constituinte do tecido conjutivo a matriz extracelular. Alm de desempenhas uma evidente funo estrutural, a grande variedade de molculas do tecido conjuntivo desempenham importantes papis biolgicos, como reserva de hormonas.
Nomes das clulas do tecido conjuntivo
De acordo com a terminao, possvel identificar a funo da clula:
-blastos: criam a matriz (fibroblastos, condroblastos e osteoblastos); -citos: mantm a matriz (fibrocitos, condrocitos, osteocitos); -clastos: destroem a matriz para a sua remodelao (osteoclastos);
Clulas do Tecido Conjuntivo
Fibroblastos
Sintetizam as protenas colagnio e elastina, alm das glicosaminoglicanas, proteoglicanas e glicoprotenas que fazem parte da matriz extracelular. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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A sua funo principal fundamentalmente estrutural e so as clulas mais abundantes do tecido conjuntivo.
Macrfagos vs Moncitos
Os macrfagos tm uma maior sntese de protenas, so clulas maiores e com um RER igualmente maior, para alm de apresentarem mais lisossomas, microtubulos e microfilamentos.
Plasmcitos
So pouco abundantes no tecido conjuntivo normal, excepto em locais sujeitos penetrao de bactrias e protenas estranhas. Tm um complexo de golgi bastante desenvolvido pois o local onde ocorre a glicosilao terminal dos anticorpos.
Mastcitos
So clulas globulosas, grande e com o citoplasma repleto de grnulos que se coram intensamente. Colaboram com as reaes imunes e tm um papel fundamental na inflamao, nas reaes alrgicas e na expulso de parasitas. Embora sejam morfologicamente semelhantes, existem no tecido conjuntivo pelo menos duas populaes de mastcitos. Um tipo denominado de mastcito do tecido conjuntivo e encontrado na pele e na cavidade peritoneal. Os seus grnulos contm uma substncia anticoagulante, a heparina. O segundo tipo so os mastcitos da mucosa e est presente na mucosa intestinal e pulmes e os seus grnulos contm sulfato de condroitim.
Clulas Adiposas
So clulas do tecido conjuntivo que se tornaram especializadas no armazenamento de energia na forma de triglicerdeos.
Leuccitos
So constituintes normais dos tecidos conjuntivos, vindos do sangue por migrao (diapdese) atravs da parede de capilares. Os leuccitos no retornam para o sangue depois de terem ido para o tecido conjuntivo, com excepo dos linfcitos.
Fibras Proteicas
A matriz extracelular composta por fibras proteicas e substancia fundamental. Existem 3 tipos de fibras proteicas: as de colagnio, as reticulares e as elsticas. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Fibras de Colagnio
Colagneo que forma longas fibrilhas
As fibrilhas longas de colagneo so formadas pela agregao de molculas do tipo I, II, III, V e IX. O colagneo do tipo I o mais abundante.
Colagneo associados a fibrilhas
So estruturas curtas que ligam as fibrilhas de colagneo umas s outras e a outros componentes da matriz extracelular. Pertencem a este grupo os colagneos do tipo IX, XII e XIV.
Colagneo que forma rede
O colagneo cujas molculas de associam para formar uma rede o colagneo do tipo IV, um dos principais componentes estruturais das lminas basais.
Colagneo de Ancoragem
do tipo VII e est presente nas filbrilhas que ancoram as fibras de colagnio lmina basal.
Biosntese do Colagneo Tipo I
1. Os poliribossomas sintetizam molculas de procolagneo. 2. Forma-se procolagneo quando o peptdeo sinal quebrado. 3. Hidroxilao de prolina e lisina. 4. Glicosilao da hidroxilisina. 5. Forma-se a cadeia alfa dos peptdeos. 6. Assegura-se a correcta posio da tripla hlice e que dentro da clulas essas molculas so solveis. 7. No meio extracelular as procolagneo peptidases removem certos peptdeos formando tropocolagneo. 8. O tropocolagneo associa-se em fibrilhas de colagneo.
Fibras Reticulares
As fibras reticulares so formadas predominantemente por colagneo do tipo III. Elas so extremamente finas e formam uma rede extensa em certos rgos. Devido sua afinidade por sais de prata, estas fibras so chamadas de argirfilas. Estas fibras no so visveis em preparados corados pela hematoxilina.
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Sistema Elstico
O sistema elstico composto por trs tipos de fibras:
Oxitalnica: podem ser encontradas no olho e entre a derme e a lmina basal. No so elsticas, no tm elastina. So formadas por glicoprotenas;
Elaunnica: pode ser encontrasa nas glndulas sudorparas. Contm uma mistura de elastina e microfibrilhas sem orientao preferencial;
Elstica: rica em elastina e apresenta diferentes propores de microfibrilhas dependendo da funo do tecido.
Substncia Fundamental
uma mistura complexa altamente hidratada e formada por glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoprotenas multiadesivas. Esta complexa mistura incolor e transparente, e preenche os espaos entre as clulas e fibras do tecido conjuntivo. Devido abundncia de grupos hidroxilo, carboxilo e sulfato na cadeia dos glicosaminoglicanos, as molculas so altamente hidroflicas. Os proteoglicanos so compostos de um eixo proteico associado a um ou mais dos 4 tipos de glicosaminoglicanos: sulfato de dermatam, de condroitim, de queratam e de heparam. As glicoprotenas adesivas so compostos de glicoprotenas: fibronectina, laminina, integrinas e tenascena.
Tipos de Tecido Conjuntivo
H diversas variedades de tecidos conjuntivos, formados pelos constituintes bsicos j descritos (clulas e matriz extracelular). Os nomes dados a estes vrios tipos de tecidos reflectem o seu componente predominante ou a organizao estrutural do tecido.
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Tecido conjuntivo propriamente dito
Existem duas classes de tecidos conjuntivos propriamente ditos: o laxo e o denso.
Tecido conjuntivo laxo
Estrutura: formado por clulas como os fibroblastos, macrfagos e linfcitos. Com uma fina rede principalmente de fibras de colagneo.
Funo: suporte e fornecimento de nutrientes s estruturas que lhe esto associadas;
Localizao: clulas musculares, epiteliais e vasos sanguneos.
Tecido conjuntivo denso regular (moderado)
Estrutura: feixes de colagneo paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblastos. Trata-se de um conjuntivo que formou as suas fibras de colagneo em resposta s foras de trao exercidas num determinado sentido.
Funo: resistir a grandes foras de extenso exercidas na direo da orientao das fibras.
Localizao: tendes ligados a msculos e ligamentos que unem os ossos uns aos outros.
Tecido conjuntivo denso irregular (no-moderado)
Estrutura: fibras de colagneo organizadas em feixes sem uma orientao definida.
Funo: resiste s traes exercidas em qualquer direo;
Localizao: na maior parte da derme da pele, septo e cobertura de tubos do corpo.
Tecido Elstico
O tecido elstico, presente, p.ex., na pele e vasos sanguneos, um tipo de tecido conjuntivo de suporte cujo elemento mais abundante so as fibras elsticas. Tal como o nome indica estas fibras conferem flexibilidade e elasticidade aos tecidos, ou seja, a propriedade de retomarem a sua forma original aps distenso. As fibras elsticas so maioritariamente compostas por elastina, uma protena sintetizada pelos fibroblastos na forma do seu precursor, a tropoelastina.
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Estrutura: feixes espessos de colagneo e de fibras elsticas orientadas ou orientadas em vrias direes;
Funo: capaz de esticar e recolher com fora na direo da orientao das fibras.
Localizao: ligamentos ao longo da coluna vertebral, da parte dorsal do pescoo e das cordas vocais (tecido regular); artrias elsticas (tecido irregular); Tecido Reticular
O tecido elstico, presente, p.ex., na pele e vasos sanguneos, um tipo de tecido conjuntivo de suporte cujo elemento mais abundante so as fibras elsticas. Tal como o nome indica estas fibras conferem flexibilidade e elasticidade aos tecidos, ou seja, a propriedade de retomarem a sua forma original aps distenso. As fibras elsticas so maioritariamente compostas por elastina, uma protena sintetizada pelos fibroblastos na forma do seu precursor, a tropoelastina.
Estrutura: fina rede de fibras reticulares irregularmente distribudas;
Funo: proporciona uma estrutura de suporte para tecidos linfticos;
Localizao: medula ssea, ndulos linfticos e bao;
Tecido Mucoso
Estrutura: clulas mesenquimatosas de forma irregular. Matriz extracelular abundante.
Funo: cordo umbilical dos recm nascidos e polpa dos dedos;
Sangue
Estrutura: clulas sanguneas e matriz fluida;
Funo: transporte de nutrientes, oxignio, hormonas entre outros; protege o corpo de infees e est envolvido na regulao da temperatura do corpo;
Localizao: dentro dos vasos sanguneos;
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Tecido sseo
Estrutura: duro e com matrix extracelular predominante em relao s clulas presentes (osteoblastos, osteocitos e osteoclastos);
Funo: proporciona grande rigidez e suporte;
Localizao: ossos
Tecido Cartilagneo
Estrutura: pequenas fibras de colagneo dispersas pela matriz. As clulas presentes so os condroblastos e os condrcitos (localizados nas lacunas, normalmente h at 8 clulas por lacuna);
Funo: permite o crescimento dos ossos longos, proporciona rigidiez e alguma flexibilidade na traqueia, brnquios e nariz.
Localizao: tecido cartilagneo.
Tecido adiposo multilocular ou castanho
Estrutura: clulas poligonais e mais pequenas do que as presentes no tecido unilocular. O citoplasma tem vrias gotculas lipdicas e de vrios tamanhos.
Funo: produo de calor;
Tecido adiposo unilocular ou branco
Estrutura: pouca matriz extracelular ao redor das clulas. Os adipcitos esto cheios de lpidos que pressionam o citoplasma e o ncleo para a periferia da clula;
Funo: armazenamento de energia e protege o organismos de danos fsicos externos;
Localizao: predominantemente em reas subcutneas, na plvis, nas glndulas mamrias;
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Captulo 3 Tecido Cartilagneo
O tecido cartilagneo uma forma especializada de tecido conjuntivo. Desempenha a funo de suporte de tecidos moles, reveste superfcies articulares, onde absorve choques e facilita o deslizamento dos ossos nas articulaes. O tecido cartilagneo contm clulas, os condrcitos, e matriz extracelular abundante. As cavidades da matriz ocupadas pelos condrcitos, so chamadas lacunas, que podem conter at 8 condrcitos. As cartilagens so envolvidas por uma bainha conjuntiva que recebe o nome de pericndrio. Este uma dupla camada de tecido conjuntivo que cobre a cartilagem (excepto a articular). A camada interior tem poucas fibras e contem condroblastos que se podem diferenciar em condrocitos. Os vasos sanguneos penetram a camada exterior mas no a cartilagem.
Como a cartilagem no tem vasos sanguneos, a glucose metabolizada por gliclise anaerbia para produzir cido lctico. Histognese
Primeiro ocorre o arredondamento das clulas mesenquimatosas que retraem os seus prolongamentos e multiplicam-se rapidamente, formando aglomerados. As clulas assim formadas tm o citoplasma muito basfilo e recebem o nome de condroblastos. Em seguida comea a sntese da matriz, o que afasta os condroblastos uns dos outros. A diferenciao das cartilagens d-se do centro para a periferia, de modo que as clulas mais centrais j apresentam as caractersticas de condrcitos, enquanto as mais perifricas ainda so condroblastos tpicos.
Crescimento
O crescimento da cartilagem deve-se a dois processos: o crescimento intersticial, por diviso mittica dos condrcitos pr-existentes, e o crescimento aposicional que se faz apartir de diferenciao de clulas do pericndrio e mais frequente. Nos dois casos, os novos condrcitos formados produzem logo fibrilhas de colagnio, de proteoglicanos e glicoprotenas, de modo que o crescimento real muito maior do que o produzido pelo aumento do nmero de clulas. O crescimento intersticial menos importante e quase s ocorre nas primeiras fases da vida da cartilagem. Resulta de divises mitticas de condrcitos pr-existentes. medida que a matriz se torna cada vez mais rgida, o crescimento intersticial deixa de ser vivel e a cartilagem passa a crescer somente por aposio. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Clulas da parte profunda do pericndrio multiplicam-se e diferenciam-se em condrcitos, que so adicionados cartilagem.
Tipos de Cartilagem
Conforme as diversas necessidades funcionais do organismo, as cartilagens diferenciam-se em trs tipos: cartilagam hialina, que a mais comum e cuja matriz possui delicadas fibrilhas constitudas principalmente por colagneo tipo II; cartilagem elstica, que possui poucas fibrilhas de colagnio tipo II e abundantes fibras elsticas; e cartilagem fibrosa, que apresenta matriz constituda preponderantemente por fibras de colagnio tipo I.
Cartilagem Hialina
o tipo mais frequente encontrado no corpo humano. Nos adultos encontrada principalmente na parede das fossas nasais, traqueia e brnquios, na extremidade ventral das costelas e a recobrir as superfcies articulares dos ossos longos (com grande mobilidade).
Estrutura: fibras de colagneo predominantemente do tipo II, pequenas e dispersas pela matriz fazendo-a parecer transparente;
Funo: proporciona rigidez com flexibilidade em anis do sistema respiratrio e forma o esqueleto do embrio;
Cartilagem Elstica
encontrada no pavilho auditivo, na epiglote e na cartilagem da laringe. Basicamente semelhante cartilagem hialina, porm inclui alm das fibrilhas de colagneo, uma abundante rede de fibras elsticas contnuas com as do pericndrio. A cartilagem elstica pode estar presente isoladamente ou formar uma pea cartilaginosa junto com a cartilagem hialina. Tal como a cartilagem hialina, a elstica possui pericndrio e cresce principalmente por aposio. A cartilagem elstica menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina.
Funo: proporciona rigidez com mais flexibilidade do que a cartilagem hialina devido presena de fibras elsticas.
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Cartilagem Fibrosa ou Fibrocartilagem
um tecido com caractersticas intermedirias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina. Encontra-se nos discos intervertebrais e nos pontos de insero de certos tendes e ligamentos nos ossos. A fibrocartilagem est sempre associada a conjuntivo denso, sendo imprecisos os limites entre os dois. Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras de colagneo (tipo I) constituem feixes, que seguem uma orientao aparentemente irregular entre os condrcitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrcitos em fileiras.
Estrutura: as fibras de colagnio so mais numerosas do que noutro tipo de cartilagem e apresentam uma densa rede de colagneo tipo I;
Funo: contem estruturas que esto sujeitas a grandes presses;
Processo degenerativo e regenerativo da cartilagem
Processo degenerativo ao longo da idade:
A cartilagem hialina fica mais susceptvel; Calcificao da matriz, aumentando o volume e tamanho dos condrcitos e morte;
Regenerao:
difcil e incompleta excepto em crianas novas; O pericndrio invade a rea afectada e regenera nova cartilagem; Captulo 4 Tecido Muscular
O tecido muscular constitudo por clulas alongadas que contm grande quantidade de protenas contrateis, geradoras de foras necessrias para a contrao desse tecido, utilizando a energia do ATP. Os msculos tm as propriedades de serem contrateis, excitveis, extensveis e elsticos.
Tendes
So estruturas cilndricas alongadas que ligam o msculo ao osso, formados por tecido conjuntivo denso, rico em colagneo do tipo I (branco e no extensvel).
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Tipos de tecido muscular
De acordo com as suas caractersticas funcionais e morfolgicas, distinguem-se trs tipos de tecido muscular. O msculo esqueltico, o cardaco e o liso.
Certos componentes das clulas musculares receberam nomes especiais. A membrana celular chamada de sarcolema, o citosol adquire o nome de sarcoplasma e o retculo endoplasmtico liso o retculo sarcoplasmtico.
Tecido do Msculo Esqueltico
formado por feixes de clulas muito longas, cilndricas e multinucleadas, contendo muitos filamentos, as miofibrilhas. As clulas so estriadas. As suas principais funes so fazer o movimento do corpo com controlo voluntrio e involuntrio. Encontra-se ligado ao osso ou a outros tecidos conjuntivos.
Organizao do Msculo Esqueltico
Neste tipo de msculo, as fibras musculares esto organizadas em grupos de feixes, sendo o conjunto de feixes envolvido por uma camada de tecido conjuntivo chamada epimsio, que recobre o msculo inteiro. Do epimsio partem fios septos de tecido conjuntivo que se dirigem ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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para o interior do msculo, separando os feixes. Estes septos constituem o perimsio, que envolve os feixes de fibras. Cada conjunto destes feixes de fibras envolvidas pelo perimsio designa-se fascculo. Cada fibra muscular, individualmente, envolvida pelo endomsio, que formado pela lmina basal da fibra muscular associada a fibras reticulares.
Organizao das fibras musculares esquelticas
As fibras musculares esquelticas mostram estriaes transversais, pela alternncia de faixas claras (bandas I) e escuras (bandas A). No centro de cada banda I nota-se uma linha transversal escura, a linha Z. A estriao da miofibrilha deve-se repetio de unidades iguais, chamadas sarcmeros. Os sarcmeros so formados pela parte da miofibrilha que fica entre duas linhas Z sucessivas e contm uma banda A separando duas semi-bandas I. Cada fibra muscular contm muitos feixes cilndricos de filamentos, as miofibrilhas, que consistem no arranjo repetitivo de sarcmeros.
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Mecanismo de Contrao dos Msculos
O sarcomero em repouso consiste em filamentos finos e grossos que se sobrepe parcialmente. A contrao deve-se ao deslizamento dos filamentos uns sobre os outros, o que aumenta o tamanho da zona de sobreposio entre os filamentos e diminui o tamanho do sarcmero. O primeiro passo para a contrao consiste na estimulao: o sistema nervosa controla as contraes dos msculos esquelticos pelos axnios, ento sinais elctricos chamados potenciais de aco atravessam o sistema nervoso central atravs dos axnios para as fibras musculares e causam a contrao destas.
O sistema de tbulos transversais ou sistema T responsvel pela contrao uniforme de cada fibra muscular esqueltica. Este sistema constituido por uma rede de invaginaes tubulares da membrana plasmtica (sarcolema) da fibra muscular, cujos ramos vo envolvendo as junes das bandas A e I de cada sarcmero. Msculo Liso
O musculo liso formado pela associao de clulas longas, mais espessas no centro e afilando-se nas extremidades, com ncleo nico e central. As clulas musculares lisas so revestidas por lmina basal e mantidas juntas por uma rede muito delicada de fibras reticulares. Essas fibras amarram as clulas musculares lisas umas s outras de tal maneira que a contrao simultnea de apenas algumas clulas se transforme na contrao do msculo inteiro.
Estrutura: as clulas do tecido muscular liso no so estriadas e tm um nico ncleo;
Funo: regular o tamanho dos rgos, forar o movimento de fluidos, controlar a quantidade de luz que penetra nos olhos;
Localizao: estmago, intestino
O sarcolema destas clulas tem grande quantidade de depresses com o aspecto e as dimenses das vesculas de pinocitose, denominadas cavolas (no tm sistema T, tm cavolas). As cavolas contm ies Ca 2+ que sero utilizados para das incio ao processo de contrao.
Contrao Muscular
Embora dependa do deslizamento de filamentos de actina e de miosina, o mecanismo molecular de contrao do msculo liso diferente do esqueltico e do cardaco. Existem no sarcoplasma das clulas musculares lisas filamentos de actina estabilizados pela combinao com tropomiosina, porm no existem sarcmeros nem troponina. Os filamentos de miosina s se formam no momento da contrao.
O processo de contrao do msculo liso vai ser descrito resumidamente:
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Ioes Ca 2+
migram das cavolas para o sarcoplasma por estmulo do sistema nervoso autnomo. Estes ies combinam-se com as molculas de calmodulina. O complexo formado activa a enzima cinase da miosina II que forsforila as molculas desta. Essas molculas distendem-se e combinam- se com a actina A actina e a miosina II esto ligadas a filamentos intermedirios que se prendem aos corpos densos da membrana da clula Contrao da clula como um todo
Para que ocorra o relaxamento das clulas, a miosina fosfatase tem de remover o fosfato da cabea da miosina. Msculo Cardaco
O msculo do corao constitudo por clulas alongadas e ramificadas que se prendem por meio de junes intercelulares complexas, tm estriaes transversais semelhantes s do msculo esqueltico, mas s possuem apenas um ou dois ncleos ao contrrio das fibras esquelticas. As fibras cardacas so circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo que contm uma abundante rede de capilares sanguneos e ligam-se umas s outras atravs de discos intercalares. A principal funo do msculo cardaco bombear o sangue pelo corpo e localiza-se no corao.
Discos Intercalares
Nos discos intercalares encontram-se 3 especializaes juncionais principais: znulas de adeso, desmossomas e gap junctions.
Znulas de adeso: principal especializao da membrana da parte transversal do disco, esto presentes tambm nas partes laterais e servem para ancorar os filamentos de actina dos sarcmeros terminais.
Desmossomas: unem as clulas musculares cardacas impedindo que se separem durante a contrao.
Gap junctions: encontram-se nas partes laterais dos discos e so responsveis pela troca inica entre clulas vizinhas.
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Comparao entre msculo cardaco e msculo esqueltico
O sistema T e o retculo sarcoplasmtico no so to bem organizados como no msculo esqueltico;
Na musculatura dos ventrculos, os tbulos T so maiores do que no msculo esqueltico;
Os tbulos T cardacos localizam-se na altura da banda Z e no na juno das bandas A e I, como acontece no msculo esqueltico;
No msculo cardaco existe apenas uma expenso do tbulo T por sarcmero e no duas, como no msculo esqueltico;
O retculo sarcoplasmtico no to desenvolvido e distribui-se irregularmente entre os filamentos;
Tem maior nmero de mitocndrias;
Regenerao dos Msculos
Esqueltico Liso Cardaco Regenerao Limitada Capaz de uma regenerao activa Depois da infncia quase no tem capacidade de regenerao Ncleos incapazes de fazer mitose As clulas mononucleadas de msculo liso so capazes de fazer mitose e substituir tecidos lesionados Defeitos ou danos so geralmente substitudos por proliferao de tecido conjuntivo A fonte de regenerao so as clulas satlite, que so mioblastos inactivos que fazem mitose e substituem alguns tecidos lesionados
Captulo 5 Tecido Nervoso
Anatomicamente, o sistema nervoso dividido em: sistema nervoso central (encfalo e medula espinal), sistema nervoso perifrico (nervos e pequenos agregados de clulas nervosas denominadas gnglios nervosos. O tecido nervoso apresenta dois componentes principais: os neurnios, clulas geralmente com longos prolongamentos, e vrios tipos de clulas da glia ou neuroglia, que sustentam os neurnios e participam noutras funes.
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Neurnios
As clulas nervosas ou neurnios so formadas por um corpo celular ou pericrio, que contm o ncleo e do qual partem prolongamentos. Os neurnios apresentam sempre 3 componentes:
Dendrites: prolongamentos especializados em receber estmulos (do meio ambiente, de clulas epiteliais sensorais ou de outros neurnios)
Corpo celular ou pericrio: centro da clula que tambm capaz de receber estmulos;
Axnio: prolongamento nico, especializado na conduo de impulsos que transmitem informaes do neurnio para outras clulas (nervosas, musculares e glandulares)
Axnios
Existe um movimento muito activo de molculas ao longo dos axnios. O centro de produo o pericrio, a as molculas sintetizadas migram pelos axnios (fluxo antergradro). Alm do fluxo antergrado existe tambm um transporte de substncias em sentido contrrio (do axnio para o corpo do neurnio). Este fluxo retrgrado leva molculas para serem reutilizadas no corpo celular.
Classificao morfolgica dos neurnios
Neurnios multipolares: apresentam mais de dois prolongamentos celulares;
Neurnios bipolares: possuem uma dendrite e um axnio;
Neurnios pseudo-unipolares: apresentam prximo do corpo celular, um prolongamento nico que logo se divide em dois, dirigindo-se um ramo para a periferia e outro para o sistema nervoso central.
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Classificao funcional dos neurnios
Neurnios motores: controlam rgos efetores como glndulas excrinas e endcrinas e fibras musculares
Neurnios sensoriais: recebem estmulos sensoriais do meio ambiente e do organismo
Interneurnios: estabelecem conexes entre outros neurnios
Sinapses
Tipos de sinapses
Alm das sinapses qumicas, nas quais a transmio do impulso mediada pela libertao de certas substncias, existem ainda as sinapses eltricas. Nestas, as clulas nervosas unem-se ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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por junes comunicantes que possiilitam a passagem de ies de uma clula para a outra, promovendo assim a conexo eltrica e a transmisso de impulsos. Este tipo de sinapse rara nos mamferos.
Clulas da Glia
Astrcitos
Clulas de forma estrelada que apresentam feixes de filamentos intermedirios constitudos pela protena fibrilar cida da glia. Os astrcitos ligam os neurnios aos capilares sanguneos e pia-mter (camada de tecido conjuntivo que reveste o sistema nervoso central). Os astrcitos com prolongamentos menos numerosos e mais longos so chamados astrcitos fibrosos e localizam-se na substncia branca. Os astrcitos protoplasmticos encontram-se na substncia cinzenta e apresentam maior nmero de prolongamentos, que so curtos e ramificados. De todas as clulas da glia, os astrcitos so os mais numerosos e de maior diversidade funcional. Alm da funo de sustentao, participam no controlo da composio inica do ambiente extracelular dos neurnios. Os astrcitos formam uma camada contnua na superfcie externa do SNC.
Oligodendrcitos
Produzem as bainhas de mielina que servem de isolantes eltricos para os neurnios do sistema nervoso central. Tm prolongamentos que se enrolam em volta dos axnios, produzindo assim a bainha de mielina.
Clulas de Shwann
Tm a mesma funo dos oligodendrcitos, mas localizam-se em axnios do sistema nervoso perifrico. Cada clula de Shwann forma mielina em torno de um segmento de um nico axnio. Sintetiza colageneo tipo III.
Clulas Ependimrias
So clulas epiteliais colunares que revestem os ventrculos do crebro e o canal central da medula espinhal. Em alguns locais as clulas so ciliadas, o que facilita a movimentao do lquido cefalorraquidiano. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Podem fagocitar clulas.
Fibras Mielnicas e Amielnicas
Extenses citoplasmticas de clulas de Schwann no sistema nervoso perifrico e oligodendrctios no sistema nervoso central rodeiam os axnios para formar axnios mielnicas e amielnicas.
Fibras Mielnicas
Extenses dessas clulas envolvem-se volta dos segmentos dos axnios. Formam uma srie de membranas ricas em fosfolpidos. A bainha de mielina interrompe-se em intervalos regulares, formando ndulos de Ranvier, que so recobertos por expanses laterais das clulas de Schwann.
Fibras Amielnicas
Tanto no sistema nervoso central como no perifrico nem todos os axnios so recobertos por mielina. As Fibras amielnicas perifricas so tambm envolvidas pelas clulas de Schwann, mas neste co no ocorre enrolamento em espiral.
Meninges
O sistema nervoso central est contido e protegido na caixa craniana e no canal vertebral, sendo envolvido por membranas de tecido conjuntivo chamadas meninges. As meninges so formadas por trs camadas que, de fora para dentro so as seguintes: dura- mter, aracnide e pia-mter.
Dura-mter
a meninge mais externa, constituda por tecido conjuntivo denso, contnua com o peristeo dos ossos da caixa craniana. Envolve a medula espinhal, separada do peristeo das vrtebras, formando-se entre os dois, o espao peridural.
Aracnide
Apresenta duas partes, uma em contacto com a dura-mter e sob a forma de membrana e outra constituda por traves que ligam a aracnide com a pia-mter. As cavidades entre as traves conjuntivas formam o espao subaracnideo, que contm lquido cefalorraquidiano, comunica com os ventrculos cerebrais mas no tem comunicao com o espao subdural. A aracnide formada por tecido conjuntivo sem vasos sanguneos e as suas superfcies so todas revestidas pelo mesmo tipo de epitlio simples pavimentoso, de origem mesenquimatosa, que reveste a dura-mter. A aracnide forma em certos locais expanses que perfuram a dura-mter e vo fazer salincias em seios venosos, onde terminam como dilataes fechadas: as vilosidades da aracnide (cuja funo transferir lquido cefalorraquidiano para o sangue).
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Pia-mter
A pia-mter muito vascularizada e aderente ao tecido nervoso, mas no est em contacto directo com as clulas ou fibras nervosas. Os vasos sanguneos penetram no tecido nervoso por meio de tneis revestidos por pia-mter, os espaos perivasculares.
Barreira Hematoenceflica
uma barreira que dificulta a passagem de certas substncias, como certos antibiticos, agentes qumicos e toxinas, do sangue para o tecido nervoso. Esta barreira devida a uma menor permeabilidade dos capilares sanguneos do tecido nervoso. O seu principal componente estrutural so as junes oclusivas entre as clulas endoteliais. possvel que os prolongamentos dos astrcitos tambm faam parte da barreira hematoenceflica.
Plexos corides e lquido cefalorraquidiano
Os plexos corides so constitudos pelo tecido conjuntivo laxo da pia-mter, revestido por epitlio simples, cbico ou colunar. A sua principal funo secretar o lquido cfalorraquidiano (LCR).
Nervos
No sistema nervoso perifrico as fibras nervosas agrupam-se em feixes, dando origem aos nervos. Devido ao seu contedo em mielina e colgeneo, os nervos so esbranquiados,excepto os raros nervos muito finos formados somente por fibras amielnicas. A maior parte dos nervos so formados por axnios amielnicos. O tecido de sustentao dos nervos constitudo por uma camada fibrosa mais externa de tecido conjuntivo denso, o epineuro, que reveste o nervo e preenche os espaos entre os feixes de fibras nervosas. Cada um desses feixes revestido por uma bainha de vrias camadas de clulas achatadas justapostas, o perineuro. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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Dentro da bainha perineural encontram-se os axnios, cada um envolvido pela bainha de clulas de Schwann, com a sua lmina basal e um envoltrio conjuntivo constitudo principalmente por fibras reticulares sintetizado pelas clulas de Schwann, chamado endoneuro.
Gnglios
So acumulaes de neurnios localizados fora do SNC. Conforme a direo do impulso nervoso, os gnglios podem ser: sensoriais (aferentes) ou gnglios do sistema nervoso autnomo (eferentes).
Gnglios Sensoriais
Os gnglios sensoriais recebem impulsos aferentes e so de dois tirpos: craniana e espinhal. Gnglios espinhais so gnglios que se localizam nas razes dorsais dos nervos espinhais. Os gnglios espinhais so aglomerados de grandes corpos neuronais, com muitos corpos de Nissi e circundados por clulas da glia denominadas clulas satlites. Um estroma de tecido conjuntivo apoia os neurnios e forma uma cpsula que envolve cada gnglio sensorial.
Gnglios do sistema nervoso autnomo
Aparecem como formaes bulbosas ao longo dos nervos do sistema nervoso autnomo, localizando-se alguns no interior de certos rgos, principalmente na parede do tubo digestivo, formando os gnglios intramurais. Estes no possuem cpsula conjuntiva, sendo o seu estroma continuao do prrpio estroma do orgao onde esto situados.
Degenerao e Regenerao do tecido nervoso
Clulas da neuroglia e clulas de Shwann: So capazes de mitose, os espaos deixados pelos neurnios por doena ou leso so substitudos por estas clulas.
Neurnios: No so capazes de mitose. Captulo 6 -Tecido sseo
um tipo especializado de tecido conjuntivo formado por clulas e material extracelular calcificado, a matriz ssea. As clulas so: os oestcitos, que se situam em cavidades ou lacunas no interior da matriz, os osteoblastos, produtores de da parte orgnica da matriz, e os osteoclastos, que reabsorvem o tecido sseo, participando nos processos de remodelao dos ossos.
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Composio do Osso
Osteoblastos, ostecitos e osteoclastos; Colagnio tipo I; Glicosaminoglicanos e proteoglicanos; Matriz com lacunas;
Clulas do tecido sseo
Ostecitos
So as clulas encontradas no interior da matriz ssea, ocupando as lacunas das quais partem canalculos. Cada lacuna contm apenas um ostecito. Os ostecitos dentro dos canalculos estabelecem contactos atraves de junes comunicantes. Tm pequena actividade sinttica, mas so essenciais para a manuteno da matriz ssea. A sua morte seguida por reabsoro da matriz.
Osteoblastos
So as clulas que sintetizam a parte orgnica (colagneo I, proteoglicanos e glicoprotenas) da matriz ssea e participam na mineralizao da matriz. Uma vez aprisionado pela matriz recm- sintetizada, o osteoblasto passa a ser chamado de ostecito. A matriz ssea recm-formada, adjacente aos osteoblastos ativos e que no est ainda calcificada, recebe o nome de osteide.
Osteoclastos
Nas reas de reabsoro de tecido sseo encontram-se pores dilatadas dos osteoclastos, colocadas em depresses da matriz escavadas pela atividade dos osteoclastos e conhecidas como lacunas de Howship. A sua atividade controlada por citoquinas e hormonas.
Peristeo
As superfcies internas e externas dos ossos so recobertas por clulas osteognicas e tecido conjuntivo, que constituem o endsteo e o peristeo, respectivamente. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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A camada mais superficial do peristeo contm principalmente fibras colagneas e fibroblastos. As fibras de Sharpey so feixes de fibras colagneas do peristeo que penetram no tecido sseo e prendem firmemente o peristeo ao osso. Na sua poro profunda, o peristeo mais celular e apresenta clulas osteoprogenitoras, morfologicamente parecidas com os fibroblastos.
Endsteo
O endsteo geralmente constitudo por uma camada de clulas osteognicas achatadas revestindo as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, os canais de Havers e os de Volkmann, e uma pequena camada de tecido conjuntivo. mais fino do que o peristeo. As principais funes do endsteo e do peristeo so a nutrio do tecido sseo e o fornecimento de novos osteoblastos, para o crescimento e a recuperao do osso.
Tipos de tecido sseo
Observando-se a olho nu a superfcie de um osso serrado verifica-se que ele formado por partes sem cavidades visveis, o osso compacto, e por partes com muitas cavidades intercomunicantes, o osso esponjoso. Esta classificao no histolgica.
Histologicamente existem dois tipos de tecido sseo: o imaturo ou primrio, e o maduro, secundrio ou lamelar. Os dois tipos possuem as mesmas clulas e os mesmos constituintes da matriz.
Tecido sseo primrio
o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionrio como na reparao das fraturas, sendo temporrio e substitudo por tecido secundrio. As fibras cartilagnias dispem-se irregularmente, sem orientao definida. Tem uma menor quantidade de minerais e maior produo de ostecitos do que o tecido sseo secundrio. ANATOMIA E HISTOLOGIA 2010/2011
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o primeiro tecido que aparece mas substitudo gradualmente por tecido sseo lamelar ou secundrio. No adulto raro, persiste apenas prximo s suturas dos ossos do crnio, nos alvolos dentrios e em alguns pontos de insero de tendes.
Tecido sseo secundrio
geralmente encontrado no adulto. Possui fibras de colagnio organizadas, que ou ficam paralelas uma s outras, ou se dispem em camadas concntricas em torno de canais com vasos, formando os sistemas de Havers ou steons. As lacunas, contendo ostecitos, esto em geral situadas entre as lamelas sseas, porm algumas vezes esto dentro delas. Em cada lamela as fibras colagneas so paralelas umas s outras. Ao se separar grupos de lamelas, ocorre frequentemente a acumulao de uma substncia cimentante que consiste em matriz mineralizada, porm com muito pouco colagneo.
Cada sistema de Harvers ou steon um cilindro longo, s vezes bifurcado, paralelo difise e formado por 4 a 20 lamelas sseas concntricas. No centro desse cilindro sseo existe um canal revestido de endsteo, o canal de Harvers, que contm vasos e nervos. Os canais de Harvers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfcie externa de osso por meio de canais transversais ou oblquos, os canais de Volkmann, que se distinguem dos de Havers porque no apresentam lamelas sseas concntricas.