Criação de Tenébrio Molitor
Criação de Tenébrio Molitor
Criação de Tenébrio Molitor
O TENBRIO MOLITOR
PERTENCENTE A ORDEM DOS COLEPTEROS, SUAS LARVAS SE
CONSTITUEM NA MAIS PRTICA E ECONMICA OPO DE ALIMENTAO
PARA CRIA DOS CURIS POR TRATAR-SE DE FONTE RICA EM PROTENA E
MATRIA FOSFATADA.
O TENBRIO
O Tenebrio molitor caracteriza-se pela sua espantosa reproduo de algo entre
500 a 1000 larvas por desova de cada coleptero. exigente de calor e atinge sua
mxima produtividade em torno dos 26 a 32 Graus Celsius. No voa, preferindo sempre
ambientes secos e escuros. Desprovidos de qualquer tipo de odor ou ferro, no picam
ou secretam qualquer tipo de lquido ou substncias desagradveis e prejudiciais ao
homem, no constando em sua ficha que seja transmissor de qualquer tipo de doena,
podendo no mximo, os besouros adultos, servir de hospedeiros intermedirios para
algumas espcies de parasitas. De todos os alimentos vivos que se empregam na
COMPONENTES MORFOLGICOS
CICLO DE VIDA
O ciclo de vida completo do Tenebrio molitor compreende quatro fases distintas que
so: ovo larva pupa imago, completando todo o ciclo em aproximadamente
quatro a cinco meses de durao, podendo ainda se estender at doze meses
dependendo das condies climticas, em especial a temperatura do ambiente. Cada
fmea do besouro bota de 500 a 1000 ovos no ambiente aonde eles infestam
denominado de terrrio que eclodem entre 10 a 15 dias, tornando-se visveis a olho
nu apenas pelo movimento que transmitem ao substrato no centro da desova.
medida que crescem efetuaro de 5 a 7 mudas de pele, por ser esta quitinosa e no
acompanhar o crescimento larval. comum observarmos a presena das peles
sobre o local da desova, pois nesta fase as larvas mantm-se agrupadas, separandose mais tarde com o crescimento que durar aproximadamente 60 dias, quando
atingiro o seu tamanho mximo cerca de 18 a 24mm para em seguida puparem.
Logo aps as mudas as larvas so de colorao branca e muito mole constituindo-se
em excelente alimento.
TENBRIO MOLITOR
TERRRIO
Caixas
Para se iniciar uma criao domstica de Tenbrios recomendamos a construo de no
mnimo duas caixas de madeira com as seguintes dimenses:
(40x40x20) cm dotadas de tampa constituda por um pedao de tela metlica de malha
de (2x2) mm com dimenses de (50x50) cm que ser colocada por cima da caixa de
forma que ultrapasse todo o seu permetro de 5cm que ser dobrada ao longo de toda a
sua volta redobrando lateralmente nos cantos. Esta tampa alem de evitar a
decomposio e contaminao do substrato por fungos permite maior aerao, evita as
fugas de besouros bem como os freqentes esmagamentos de larvas e besouros das
tampas em corredias, dispensando ainda despesas com fechos, dobradias etc. Devero
receber internamente revestimento em chapa fina de alumnio fixada mediante ao de
pistola de grampear com a finalidade de proteger a madeira da ao dos besouros e
larvas. Este procedimento dispensado nas caixas plsticas. Pode ainda ser utilizado
para substituir as caixas em madeira, gavetas plsticas transparentes destas que
compem as geladeiras domsticas ou ainda caixas plsticas em PVC de tamanhos
variados encontradas facilmente no mercado. As tampas para as caixas plsticas devero
ser confeccionadas a exemplo das de madeira tendo o cuidado de efetuar cortes na tela
para obter-se um dobramento anatmico e eficiente.
Substrato
Dever ser composto basicamente de cereais e derivados ricos em carboidratos. Deve-se
dedicar especial ateno decomposio de seus componentes quanto presena de
fungos, bactrias e parasitos nocivos ao ambiente. Raes muito ricas em protena e
carboidrato so as mais indicadas, no entanto contra indicamos pela sua rpida
perecividade por fermentao e contaminao levando a caixa runa total, em especial
no inverno.
Recomendamos para compor o substrato uma mistura de rao granulado para pssaro
(sabi, pssaro preto) peletizada com no mximo 22% de protena e alto teor de clcio
misturada a 20% do seu volume a farelo de trigo. O substrato deve ter uma espessura
mxima de 15 cm e umidade compreendida entre 8 a 10%. Rao para frangos, ces e
outros animais no deve ser usada. O terrrio no deve ficar em ambiente mido acima
de 75% de umidade relativa e muito menos em locais que possibilitem o umedecimento
do substrato pois isto provocaria uma fermentao e a conseqente derrocada da caixa.
As larvas e besouros possuem a capacidade de retirar umidade do ar no entanto, no
vero, quando a temperatura sobe muito e a umidade relativa cai a nveis muito baixos
precisamos fornecer suprimento de lquido mediante algumas fatias transversais de
chuchu com 1 cm de grossura aps lavarmos as fatias para remoo do leite, e seca-las
ao sol por quatro horas; podemos fornecer ainda espigas de milho verde, e folhas de
papel absorvente levemente umedecidos em gua. Todos os fornecimentos de lquidos
devem ser ministrados com moderao, evitando a contaminao acidental do substrato
por lquidos. O ideal manter o terrrio em um quarto seco e em penumbra. Os
tenbrios odeiam a incidncia direta dos raios solares e possuem hbitos noturnos.
Formao da Colnia
Metamorfose
Todo o processo de transformao de Larva Pupa - Imago ocorre de forma rpida e
abundante mediante temperatura ambiente entre 26 a 32 graus Celsius e umidade
relativa do ar em torno de 75%.
Aps a migrao das larvas para a toalha de papel, observam-se alguns dias de
prostrao sem qualquer movimento e passam a apresentar colorao amarelada com
aumento do seu dimetro, engrossam e entram na fase de pupa. Nesta fase a
metamorfose se completa dando origem ao imago. A pupa no se move normalmente,
mais quando tocada move-se principalmente para deslocar-se para a superfcie. Dentro
do pupal a larva vai lentamente transformando-se no corpo do imago medindo
aproximadamente 1,5 mm e de um branco levemente esverdeado no incio a um
branco amarelado no fim. No final do processo a pupa se abre liberando o imago que
tem colorao branca no incio mudando para um bege e vermelho amarronzado. No
fim, todo processo dura aproximadamente 2 dias. Os imagos so moles e marrons nas
costas; Os besouros adultos so pretos e muito duros.
Temos observado os tenbrios h aproximadamente 15 anos e posso afirmar que nunca
os vi voar, efetuam movimentos com as asas muito raramente e seu vo no passa de
um salto de aproximadamente 10 a 15 cm.
Aps a cruza da fmea mediante monta do macho, a fmea efetua uma postura de 500 a
1000 ovos de colorao branca de forma ovalada, envoltos por uma substncia pegajosa
que permitem a aderncia dos mesmos aos materiais do substrato e logo em seguida
morre e devorada por todos, restando apenas as asas e o escudo. A ecloso se verifica
entre 10 a 15 dias, completando todo o ciclo reprodutivo.
Verificamos com o manejo que repomos a caixa principal ou Caixa Me somente com
besouros, larvas grandes e mdias e pupas se houverem e surgiro duas novas caixas
denominadas de: Caixa Creche e Caixa Berrio que fornecero as larvas para
alimentao das fmeas em cria.
Predadores e Parasitas
Predadores
Dentre os predadores do Tenbrio Molitor mais significativos que atuam no Terrrio
encontramos a lagartixa (Rptil), a garrincha (Troglodytes msculos) pssaro , e
formigas diversas, sendo que os dois primeiros no atacam as caixas, esto sempre em
busca de alguma larva fujona, o que de certa forma constitui-se num trabalho benfico
dado ao poder destrutivo que as larvas exercem soltas dentro de uma residncia. As
formigas destroem qualquer Terrrio, devem ser combatidas a qualquer custo sobre pena
de perdermos toda a criao. Costuma-se untar com Vaselina Slida, Graxa
Lubrificante os ps das mesas e estantes que suportam as caixas evitando deste modo o
ataque. Tambm muito usado vasilhames com leo sob os ps das mesas e estantes
com muita eficincia.
Parasitas
Os parasitas que infestam as caixas de Tenbrios Molitor mais significativos pelo
estrago que provocam so: aranhas (Aracndeos) - atacam as larvas em vrias fases de
seu desenvolvimento, gorgulhos e carunchos - pequenos besouros de colorao
avermelhada muito geis que atacam o substrato, mariposa - pequena medindo
aproximadamente 8mm de comprimento e de cor bege esbranquiada. Suas larvas ficam
dento de longos tubos construdos com material do substrato por aglutinao de
partculas mediante o lanamento de substncia viscosa secretada por sua larva.
Transformam ao longo do tempo toda a caixa em uma imensa ramificao de casulos
atacando em especial as larvas em todas as fases do seu desenvolvimento. A sua larva
de cor branca, e medida que se desloca emite uma substncia viscosa que vai
aglutinando tudo no seu caminho. A larva dentro de algum tempo empupa,
transformando-se novamente em mariposa que voam quando abrimos a caixa
contaminando todo o terrrio .
Verifica-se ainda a presena de mofo no substrato por excesso de umidade no ambiente
do terrrio. Todo o substrato assume colorao esverdeada e somos obrigados a
promover a reciclagem imediata de toda a caixa sobre pena de perde-la.
Preveno
A maneira mais eficiente de combater os parasitas a preveno. Devemos submeter
todo o substrato a temperatura de 90C para esterilizao, e s depois utiliza-lo. Caso
ocorra a contaminao de uma caixa por qualquer um dos parasitas citados, devemos
tomar as iniciativas de combate manual imediatamente. Quando das reciclagens
NOTA
Desejoso de contribuir com aqueles que esto iniciando na reproduo dos Curis, e
conhecedor das dificuldades encontradas pelos mesmos para alimentar as ninhadas,
encorajaram-me por fazer este relato sobre Tenbrio Molitor e sua criao reunindo toda
a experincia conseguida durante vrios anos com narrao detalhada dos mtodos por
ns experimentados com sucesso durante todos estes anos. Estou convencido de ser o
Tenbrio molitor o melhor alimento para criar filhotes de Curis em criao domstica,
no sendo necessrio qualquer outro tipo de alimentao, exceto a concomitncia com
uma boa mistura de sementes e a farinhada de ovo cozido e peneirado com milharina e
Toplife.
O AUTOR
Raniri Rodrigues Moraes