O documento resume um livro sobre justiça escrito por Michael J. Sandel. Ele discute diversas teorias de justiça desenvolvidas por filósofos como Kant, Rawls e Aristóteles. Sandel analisa essas teorias, apontando contradições e falhas em cada uma delas, utilizando exemplos cotidianos para ilustrar conceitos como liberdade, moral e acordo. O autor não defende uma teoria em específico, mas busca fazer o leitor refletir sobre o que é justo.
O documento resume um livro sobre justiça escrito por Michael J. Sandel. Ele discute diversas teorias de justiça desenvolvidas por filósofos como Kant, Rawls e Aristóteles. Sandel analisa essas teorias, apontando contradições e falhas em cada uma delas, utilizando exemplos cotidianos para ilustrar conceitos como liberdade, moral e acordo. O autor não defende uma teoria em específico, mas busca fazer o leitor refletir sobre o que é justo.
O documento resume um livro sobre justiça escrito por Michael J. Sandel. Ele discute diversas teorias de justiça desenvolvidas por filósofos como Kant, Rawls e Aristóteles. Sandel analisa essas teorias, apontando contradições e falhas em cada uma delas, utilizando exemplos cotidianos para ilustrar conceitos como liberdade, moral e acordo. O autor não defende uma teoria em específico, mas busca fazer o leitor refletir sobre o que é justo.
O documento resume um livro sobre justiça escrito por Michael J. Sandel. Ele discute diversas teorias de justiça desenvolvidas por filósofos como Kant, Rawls e Aristóteles. Sandel analisa essas teorias, apontando contradições e falhas em cada uma delas, utilizando exemplos cotidianos para ilustrar conceitos como liberdade, moral e acordo. O autor não defende uma teoria em específico, mas busca fazer o leitor refletir sobre o que é justo.
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JUSTIA - O QUE FAZER A COISA CERTA
IDENTIFICAO DA OBRA E AUTOR:
SANDEL, Michael J. Justia: O que fazer a coisa certa. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2011. Michael J. Sandel nasceu em Minneapolis em 1953 e um dos mais importantes filsofos de sua gerao. professor de Harvard e leciona o curso Justice e desse curso que deriva vrias obras do autor. Alm disso, o Justice um dos cursos mais procurados e influentes da Universidade e fez de Sandel famoso em vrias partes do mundo. professor convidado na Sorbonne, em Paris, e deu as Tanner Lectures em Oxford. Tambm membro da Academia das Artes e Cincias. Ele sempre se dedicou a trabalhos sobre poltica, tica e justia e o autor de Liberalism and the Limits of Justice,. A obra Justia: o que fazer a coisa certa, se destacou por tratar de um tema acadmico de forma acessvel a todos. RESUMO: O livro Justia: o que fazer a coisa certa uma obra voltada para a discusso de diversas teorias de justia, desenvolvidas por filsofos como Immanuel Kant, John Rawls, Aristteles e ideologias como o utilitarismo e o ideal libertrio. No decorrer dos captulos, Sandel apresenta essas teorias e com argumentos e questionamentos, desconstri essas idias e apresenta contradies e falhas de cada uma delas. Para retratar essas formulaes, o autor utiliza exemplos cotidianos e polmicos como o suicdio assistido, canibalismo consensual, desigualdade econmica e sexo casual.Conceitos como liberdade, moral, virtude, verdade e acordo so usados por Sandel para explicar as formulaes dos filsofos fazendo uma conexo desses conceitos com a justia. A justia tratada pelo autor no como um ideal somente poltico, mas tambm como uma das ferramentas para a construo do bem estar social. Sandel no conclui qual a melhor teoria de justia. A obra faz o leitor entender algumas idias do senso comum e o ajuda a perceber que o certo e o errado s existem de determinados pontos de vista. APRECIAO CRTICA: O livro Justia: O que fazer a coisa certa aborda questes da nossa vida cvica, nos faz refletir sobre questes pblicas, sem referncia a concepes substantivas de virtude. Para posicionar-se sobre o que realmente se fazer justia, usa exemplos como o furaco Charley que varreu a Flrida no vero de 2004. Seria justo o aumento abusivo dos preos a partir da catstrofe ou seria uma forma de capitalizar custa das dificuldades dos outros? Como os preos de um mercado so fixados a partir de uma oferta e sua procura seria impossvel denominar o preo justo de qualquer produto. Nesse caso, o correto seria o Estado regular o mercado ou vice-versa? '' errado que vendedores de mercadorias e servios se aproveitem de um desastre natural, cobrando tanto quanto o mercado possa suportar? Em caso positivo, o que, se que existe algo, a lei deve fazer a respeito? O Estado deve proibir abuso de preos mesmo que, ao agir assim, interfira na liberdade de compradores e vendedores de negociar da maneira que escolherem? Essas questes no dizem respeito apenas maneira como os indivduos devem tratar uns aos outros. Elas tambm dizem respeito a como a lei deve ser e como a sociedade deve se organizar. So questes sobre justia.'' (SANDEL, 2011, p-p. 13-14). Frente a todo o ocorrido, em outubro de 2008, o presidente George W. Bush apoiou financeiramente as empresas e os bancos para que no falissem. Uma sociedade justa d a cada um o que lhe devido. Mas o que devido a quem nesse contexto? Abordamos a justia com a inteno de maximizar o bem- estar, respeitar a liberdade e seus direitos humanos universais ou associada virtude e uma vida boa. Martin Luther King, por exemplo, baseou sua viso de justia em ideais religiosos e morais. O autor cita o exemplo fictcio do bonde desgovernado para discutir se seria justo sacrificar uma vida em favor de cinco outras vidas. O raciocnio moral uma forma de resolver nossas convices e tambm uma forma de persuadir os outros. Como exemplo verdadeiro, a busca de um lder do Talib, por uma equipe em uma misso secreta. Sem saber o desdobramento ftico da histria, seria justo matar para salvar a misso? O certo e o errado, o justo e o injusto so relativos e divergentes em uma vida em sociedade. Acima da razo, esto a nossa crena e o modo como fomos educados. Expostos a uma tenso, revemos e o que est em jogo e repensamos nossos princpios.Assim sendo, a reflexo moral depende do coletivo, no uma busca individual. Para Plato, necessrio se posicionar acima dos preconceitos e das rotinas para entendermos o que justia. Partindo do pressuposto utilitarista, a moral pesa custos e benefcios e o tratamento entre seres humanos. Uma abordagem de justia apoia que a moral depende das consequncias que uma ao acarreta e outra abordagem diz que o justo depende de direitos e deveres que no dependem somente das consequncias sociais dos atos. Jeremy Bentham fundou a doutrina utilitarista maximizando a felicidade, ou seja, como utilidade ele defende qualquer coisa que produza prazer e evite a dor. Mas o utilitarismo apresenta objees. A primeira delas argumenta que ele no consegue respeitar direitos individuais. Como considera a soma das satisfaes, pode acabar sendo cruel com o indivduo isolado. A segunda objeo iguala todos os valores morais, como se tivessem a mesma natureza. Nascido uma gerao aps Bentham, John Stuart Mill tentou reformular o utilitarismo para salva-lo de forma mais humana e menos calculista. Ele tentou conciliar os direitos individuais com a filosofia utilitarista que herdara do pai e adotara de Bentham. Usou como princpio que o indivduo soberano para fazer o que quiser desde que no atinja ou prejudique os demais. Para ele, permitir que a maioria se imponha aos dissidentes pode maximizar a felicidade hoje, mas trar consequncias a longo prazo para a sociedade. Aconformidade, para Mill, impede o desenvolvimento completo e livre, indo alm dos limites da moral utilitarista. ''As faculdades humanas de percepo, julgamento, sentimento discriminativo, atividade mental e at mesmo a preferncia moral s so exercitadas quando se faz uma escolha. Aquele que s faz alguma coisa porque o costume no faz escolha alguma. Ele no capaz de discernir nem de desejar o que melhor. As capacidades mentais e morais, assim como as musculares, s se aperfeioam se forem estimuladas (...) Quem abdica de tomar as prprias decises no necessita de outra faculdade, apenas da capacidade de imitar, como os macacos. Aquele que decide por si emprega todas as suas faculdades.'' (SANDEL, 2011, p. 66). Aes e consequncias no so o bastante para se chegar a qualquer ponto, necessrio ter carter. Mas como Mill apela para os ideais morais alm dos utilitrios, ele renuncia o princpio de Bentham e no o reformula, como afirma. Mill tenta poupar o utilitarismo da segunda objeo, tentando mostrar que os utilitaristas distinguem entre o prazer mais elevado e o menos elevado, opondo-se a Bentham que no distinguia qualitativamente os prazeres. Mill avalia a qualidade, e no apenas a quantidade ou intensidade dos nossos desejos. Com todos os mritos, Mill foi o filsofo utilitarista mais humano, e Bentham o mais consistente. No captulo Somos donos de ns mesmos? /A Ideologia Libertria, Sandel aborda sobre a desigualdade econmica existente nas democracias atuais, sendo os EUA o pas que representa a desigualdade mais exorbitante. Alguns so favorveis a taxao dos ricos para ajudar os pobres, enquanto outros defendem a idia de que no h nada de errado na desigualdade desde que ela resulte do uso da fora ou de fraude. Segundo Michael, aqueles que se ope a redistribuio de renda so chamados libertrios. ''Os libertrios defendem os mercados livres alm de alegar que cada um de ns, tem o direito fundamental liberdade - direito de fazer o que quisermos com aquilo que nos pertence, desde que respeitemos os direitos dos outros de fazer o mesmo.'' (SANDEL, 2011, p.78). A taxao, para o autor, no deve ser ditada pelo governo, deve ser facultativa a cada indivduo. At que ponto temos direitos sobre ns mesmos e sobre os outros? At que ponto somos realmente livres? Sandel coloca esse tema com exemplos reais como a venda de rins, o suicdio assistido e o canibalismo consensual. Seria justo poder vender seus rins para qualquer finalidade, mesmo que isso no inclua salvar vidas e/ou inclua a perda da sua prpria vida? Michael defende ento a liberdade ilusria, afirmando que no somos totalmente donos de ns, havendo limites para a boa convivncia em sociedade. No captulo Prestadores de servio/O mercado e conceitos morais Sandel fala sobre o papel do mercado na sociedade e sobre o que pode ou no ser comercializado. O autor aborda o assunto sob a perspectiva das duas teorias de justiaapresentadas: a teoria utilitarista e a teoria libertria. Para exemplificar, ele questiona se o exrcito de um pas deve ser composto por meio de alistamento compulsrio, convocao com possibilidade de substituio ou voluntrio. Essa questo amplamente discutida durante o captulo e o autor expe de maneira clara e lcida a resposta das duas correntes filosficas. Outro exemplo utilizado por Sandel a venda da barriga de aluguel. Ser que uma criana gerada por meio desse tipo de relao uma mercadoria? Com quem ela deve ficar? Esses so questionamentos usados para indagar qual tipo de servio e relao deve ter valor financeiro atribudo. No captulo O que importa o motivo/Immanuel Kant, Sandel discute a filosofia kantiana sobre a liberdade, a moral e a razo, a fim de concluir qual a teoria de justia para o pensador. A partir de questionamentos desses conceitos, o autor desconstri a idia do senso comum em relao a essas idias e as confronta com outras correntes filosficas, como o utilitarismo. Para proporcionar ao leitor maior entendimento dessas questes, Michael usa exemplos cotidianos e contemporneos e expe ainda, de forma simples e prpria as formulaes que fundamentam o pensamento kantiano. No decorrer da leitura, o leitor se depara com perguntas feitas pelo autor sobre a obra de Kant e suas possveis contradies e embaraos. O valor moral de uma ao e como ele deve ser atribudo para Kant frisado pelo autor de forma incisiva e atrepetitiva. Os conceitos de autonomia e heteronomia, criados pelo filsofo tambm so retomados durante todo o texto. Kant defende que quando agimos com autonomia e obedecemos a uma lei que estabelecemos para ns mesmos, estamos fazendo algo por fazer algo, como uma finalidade em si mesma. Essa capacidade de agir com autonomia o que confere vida humana sua dignidade especial. (SANDEL, 2011, p.142). Sua teoria de justia baseada nesse respeito dignidade humana e na liberdade. O autor esboa a idia de Kant, sem dar detalhes da formulao sobre o contrato social idealizado pelo filsofo. Sandel diz que uma Constituio justa no deve ser baseada em Constituies passadas, at porque no existe como provar que um contrato social tenha existido. Alm do mais, os princpios morais no podem derivar apenas de fatos empricos. (SANDEL, 2011, p. 172). Sandel continua desconstruindo e questionando as teorias de justia de vrios filsofos no captulo 6 de sua obra. Depois de sua argumentao sobre Kant, vez do filsofo John Rawls. A teoria de Rawls desconstri de forma incisiva e categrica a idia utilitarista. O filsofo prope a construo de um contrato social, onde os princpios selecionados para integr-lo seriam escolhidos por todos ns. Porm, para a elaborao desse contrato, deveramos nos munir de um vu de ignorncia. Esse vu seria como uma forma de no usarmos nossa condio social, raa, opinies para incluir no contrato social princpios quebeneficie e/ou prejudique de forma direta algum. O filsofo questiona a e justia dos contratos atuais e Sandel d exemplos atuais para ilustrar e proporcionar maior entendimento ao leitor. H ainda o questionamento se um acordo garante a justia para ambas as partes. Rawls usa esse argumento para imaginar o contrato perfeito. O vu da ignorncia d origem a equidade de Rawls. Embora a equidade social e econmica no requeira uma distribuio igualitria de renda e riqueza, ele permite apenas as desigualdades sociais e econmicas que beneficiam os membros menos favorecidos de uma sociedade (SANDEL, 2011, p.179). Sandel apresenta as maiores crticas de outros filsofos a teoria de Rawls. Ela fundamenta numa hiptese. Ser que se todos ns usssemos o vu da ignorncia, ns escolheramos os princpios mais justos? Essa a maior dvida sobre a formulao do filsofo. O captulo 7 aborda o tema referente a poltica de ao afirmativa que busca privilegiar candidatos das minorias. Considerando a questo moral, injusto considerar raa e etnia fatores prioritrios no mercado de trabalho e na admisso universidades? A correo das falhas nos testes, assim como a compensao pelos danos do passado e a promoo da diversidade, so justificativas que apoiam tal ao. Em contrapartida, o autor fala sobre a objeo ideolgica e alega que utilizar a raa ou a etnia como fator para admisso injusto, pois viola os direitos dos candidatos que compartilham de condiessemelhantes, mas no so negros ou indgenas. Para os utilitaristas a questo dependeria apenas da avaliao dos benefcios educacionais e cvicos. J os libertrios alegam que nem mesmo os objetivos mais desejveis devem se sobrepor aos direitos individuais.'' (SANDEL,2011,p.215). A justia no deve ser dissociada do mrito moral, pois muitas vezes est ligada a um aspecto honorfico. Tais qualidades merecedoras de honrarias e prmios so estabelecidas pelas instituies sociais quando definem sua misso, que no livre, pois deve proporcionar benefcios caractersticos. (SANDEL,2011,p.221 e 222). No captulo Quem merece o que /Aristteles, o autor aborda a filosofia poltica de Aristteles, que se baseia em duas concepes centrais, a justia teleolgica e honorfica. Para Aristteles, preciso saber qual a finalidade da prtica social em questo para definir os direitos, e compreender o tlos de uma prtica significa discutir as virtudes que ela deve honrar e recompensar. (SANDEL,2011,p.233). Aristteles acredita que a justia no possa ser neutra, para que as pessoas escolham seus objetivos por conta prpria, mas que as discusses sobre tal assunto sejam debates sobre honra, virtude e a natureza de uma vida boa. (SANDEL,2011,p.234). A justificativa filosfica de Aristteles, que defende a escravido, que a justia uma questo de adequao. Pois atribuir direitos buscar o tlos de instituies sociais e ajustar as pessoas aos papis quelhes cabem e que lhes permitem realizar sua natureza. (SANDEL,2011,p.248) O que devemos uns aos outros?/Dilemas de lealdade. Pedir desculpas em pblico e indenizar vtimas so formas de aliviar as injustias cometidas no passado pela comunidade poltica. Mas isso tambm pode trazer malefcios, variando de acordo com o caso. Pedir desculpas assumir o erro, e ningum pode assumir um erro que no cometeu; ento os crticos do pedido de desculpas dizem que no justo uma gerao assumir responsabilidades de outra gerao. "Henry Hyde, deputado republicano criticou a idia de indenizao com base nesse argumento: Nunca tive um escravo. Nunca oprimi ningum. No vejo porque deveria pagar por algum que fez isso muitos anos antes de eu nascer" (SANDEL,2011,p.263) A doutrina do individualismo moral defende que, por sermos livres, s somos responsveis pelos nossos atos, o que presume que no devemos arcar com as consequncias moras das injustias histricas. Pode-se at optar a assumir responsabilidades de outra pessoa ou gerao mas no uma obrigao. A idia do governo de se manter moralmente neutro traz junto a idia libertria, mas essa liberdade de escolha em condies justas no adequada. ''Nem sempre possvel definir nossos direitos e deveres sem se aprofundar em alguns questionamentos morais; e mesmo quando isso possvel, pode no ser desejvel."(SANDEL,2011,p.272) A justia e o bem comum. Para se discutir justia e direitos, deve-se deixar o ladomoral e religioso e utilizar a concepo poltica. Os republicanos e democratas defendiam a idia da neutralidade, porm, de forma diferente. Os republicanos brigavam pela neutralidade poltica econmica dizendo que o estado deveria intervir mais na economia e que o livre mercado fosse neutro. J os democratas abordavam assuntos sociais e culturais, defendendo que o governo no deveria legislar a moral decidindo comportamentos sexuais e assuntos de reproduo. Essa neutralidade nem sempre possvel, principalmente quando envolve a vida de uma pessoa. Como exemplo, temos a questo do aborto e das pesquisas com clulas tronco, casos que envolvem tirar a vida de um ser humano. O governo anda junto com a moral e a religiosidade. "No possvel resolver a questo legal sem considerar a questo moral e religiosa implcita." (SANDEL,2011,p.314). A poltica do bem comum gira em torno do bem estar e da liberdade. Nesse captulo o autor ainda aborda as trs concepes de justia expostas no decorrer do livro. A primeira o utilitarismo que defende que justia significa maximizar a felicidade, ou seja, felicidade para o maior nmero de pessoas, que possui dois defeitos. "Primeiramente, faz da justia e dos direitos uma questo de clculo, e no de princpio. Em segundo lugar, ao tentar traduzir todos os bens humanos em uma nica e uniforme medida de valor, ela os nivela e no considera as diferenas qualitativas entre eles." (SANDEL,2011,p.322). A concepo libertriadiz que justia liberdade de escolha. Sandel tambm no concorda com tal teoria, pois para ele ela faz com que todos aceitem as preferncias dos indivduos independentemente de suas consequncias. J a justia moral tem relao com a virtude e o bem comum, sendo a concepo de Justia defendida por Sandel. Ele acredita que para se chegar em uma sociedade justa preciso criar um conceito de vida boa e possui uma cultura que aceite as diferenas que so inevitveis nesse caso. "A justia invariavelmente crtica. No importa se estamos discutindo bailouts ou Coraes Prpuras, barrigas de aluguel ou casamento entre pessoas do mesmo sexo, ao afirmativa ou servio militar, os salrios dos executivos ou o direito ao uso de um carrinho de golfe, questes de justia so indissociveis de concepes divergentes de honra e virtude, orgulho e reconhecimento. Justia no apenas a forma certa de distribuir as coisas. Ela tambm diz respeito a forma certa de avaliar as coisas." (SANDEL,2011,p.322,323). CONCLUSO: A leitura do livro Justia, o que fazer a coisa certa vlida, pois a obra consegue tratar da filosofia e da idia de grandes pensadores de forma ldica e de fcil entendimento. A obra contribui para a construo do raciocnio filosfico do leitor, pois ele capaz, ao terminar o livro de entender e aplicar a filosofia em questes acadmicas e dodia a dia. O livro instigante, pois relata exemplos polmicos como barriga de aluguel, sexo casual, casamento homossexual e ainda questiona conceitos como liberdade, moral e o que certo e o que errado. Isso faz com que o leitor reflita sobre idias do senso comum e produza debates sobre temas to presentes no cotidiano, mas muitas vezes esquecidos. O autor se preocupa em exemplificar de forma atual todos os conceitos tratados. Ele expe de diferentes ngulos e maneiras uma mesma situao, a fim de confrontar as diferentes idias do que justia, moral, liberdade. Porm, o autor se mostra em muitos momentos, repetitivos em algumas idias, deixando a leitura um pouco cansativa. Mas, em comparao a obras que tratam do mesmo assunto, Sandel inova ao falar sobre um tema to caracterstico do mundo acadmico, as teorias de justia. No utiliza vocabulrio especfico, tornando o texto acessvel a todos. Michael Sandel contribui atravs desse livro para o verdadeiro entendimento de questes pertinentes no s ao Direito, mas tambm a uma sociedade crtica e interessada em compreender o que realmente justia. BIBLIOGRAFIA: SANDEL, Michael J. Justia: O que fazer a coisa certa. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2011. EDITORIAL PRESENA: O gosto pela leitura. Disponvel em . Acesso em 08 de maio de 2012. GRUPO EDITORIAL RECORD. Disponvel em < http://www.record.com.br/autor_sobre.asp?id_autor=6347>. Acesso em 08 de maio de 2012.
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