1. Este documento fornece orientações sobre a regulamentação da Informação Nutricional Complementar (INC) no Brasil de acordo com a Resolução RDC no 54/2012 da ANVISA.
2. A ANVISA revisou a portaria anterior sobre INC para harmonizá-la com os padrões internacionais e do MERCOSUL.
3. A nova regulamentação estabelece critérios claros para o uso de diferentes tipos de INC e fornece orientações sobre como fabricantes e consumidores devem interpretar e aplicar a INC.
1. Este documento fornece orientações sobre a regulamentação da Informação Nutricional Complementar (INC) no Brasil de acordo com a Resolução RDC no 54/2012 da ANVISA.
2. A ANVISA revisou a portaria anterior sobre INC para harmonizá-la com os padrões internacionais e do MERCOSUL.
3. A nova regulamentação estabelece critérios claros para o uso de diferentes tipos de INC e fornece orientações sobre como fabricantes e consumidores devem interpretar e aplicar a INC.
1. Este documento fornece orientações sobre a regulamentação da Informação Nutricional Complementar (INC) no Brasil de acordo com a Resolução RDC no 54/2012 da ANVISA.
2. A ANVISA revisou a portaria anterior sobre INC para harmonizá-la com os padrões internacionais e do MERCOSUL.
3. A nova regulamentação estabelece critérios claros para o uso de diferentes tipos de INC e fornece orientações sobre como fabricantes e consumidores devem interpretar e aplicar a INC.
1. Este documento fornece orientações sobre a regulamentação da Informação Nutricional Complementar (INC) no Brasil de acordo com a Resolução RDC no 54/2012 da ANVISA.
2. A ANVISA revisou a portaria anterior sobre INC para harmonizá-la com os padrões internacionais e do MERCOSUL.
3. A nova regulamentação estabelece critérios claros para o uso de diferentes tipos de INC e fornece orientações sobre como fabricantes e consumidores devem interpretar e aplicar a INC.
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ANVISA
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria
Perguntas e Respostas sobre Informao Nutricional Complementar
Gerncia de Produtos Especiais Gerncia Geral de Alimentos
Braslia/DF Junho de 2013 www.anvisa.gov.br
ELABORAO
Gerente Geral de Alimentos (GGALI) Denise de Oliveira Resende
Gerente de Produtos Especiais (GPESP) Antonia Maria de Aquino
Equipe Tcnica Aline Cristino Figueiredo Ana Claudia Marquim Firmo de Araujo Ana Paula Rezende Peretti Fatima Machado Braga Fernanda Lopes Brito Garcia Gustavo Tayar Peres Laila Sofia Mouawad Liliane Alves Fernandes Renata de Araujo Ferreira Rodrigo Martins de Vargas
O presente documento tem como objetivo fornecer orientaes sobre a nova regulamentao de informao nutricional complementar, publicada pela RDC n. 54, de 12 de novembro de 2012, que internalizou ao ordenamento jurdico nacional a Resoluo GMC n. 1/2012. Espera-se que esse trabalho possa auxiliar as empresas de alimentos e os rgos que compem o Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria na aplicao e interpretao da legislao sanitria. Tambm so abordadas questes relacionadas ao uso da INC pelo consumidor a fim de esclarecer de que forma essa informao deve ser utilizada na seleo de alimentos. As orientaes so apresentadas no formato de perguntas e respostas. Essa a quarta verso elaborada com algumas correes e novos questionamentos.
Lista de Abreviaturas
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) Code of Federal Regulations (CFR) Coordenao Geral de Alimentao e Nutrio (CGAN) Departamento de Proteo e Defesa do Consumidor (DPDC) Informao nutricional complementar (INC) Ingesto Diria Recomendada (IDR) Grupo Mercado Comum (GMC) Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) Ministrio da Justia (MJ) Ministrio da Sade (MS) Organizao Mundial de Sade (OMS) Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio (PNAN) Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria (SNVS) Regulamentos Tcnicos (RT) Resoluo de Diretoria Colegiada (RDC)
Sumrio. 1. Quais so os regulamentos que tratam da INC? ......................................................................... 1 2. Por que a ANVISA decidiu revisar a Portaria SVS/MS n. 27/1998? ............................................. 1 3. Quais foram os principais objetivos da ANVISA durante essa reviso? ...................................... 1 4. Como foi conduzido o processo de harmonizao desse regulamento no MERCOSUL? ........... 2 5. Qual o prazo para adequao dos alimentos nova regulamentao de INC? ......................... 2 6. Quais foram as referncias internacionais utilizadas na elaborao do novo regulamento sobre INC? ....................................................................................................................................... 2 7. O que INC? ................................................................................................................................ 3 8. Quais tipos de INC existem? ........................................................................................................ 3 9. Os fabricantes so obrigados a utilizar INC em seus alimentos? ................................................ 4 10. Os alimentos com INC so mais saudveis do que outros alimentos? ..................................... 4 11. Existem alimentos que esto proibidos de conter INC? Por qu? ............................................ 4 12. Como o consumidor pode identificar uma INC? ....................................................................... 5 13. Como o consumidor deve utilizar a INC? .................................................................................. 5 14. Quais so as principais modificaes na regulamentao da INC introduzidas pela RDC n. 54/2012? ......................................................................................................................................... 6 15. A RDC n. 54/2012 no se aplica aos alimentos para fins especiais, s guas envasadas destinadas ao consumo humano e ao sal de mesa. Isso significa que no posso utilizar alegaes nutricionais nesses alimentos? ....................................................................................................... 9 16. A regulamentao de INC se aplica a publicidade de alimentos? .......................................... 10 17. Quais tipos de critrios so empregados para regulamentar o uso da INC? .......................... 10 18. Posso utilizar uma INC no prevista ou que no atenda a algum dos critrios estabelecidos na RDC n. 54/2012? ....................................................................................................................... 10 19. A rotulagem nutricional obrigatria baseada no valor nutricional do alimento tal como exposto venda. A INC tambm segue essa forma de clculo? ................................................... 10 20. Muitos alimentos podem ser consumidos tanto na forma como expostos venda quanto em diferentes preparaes. Nestes casos, a INC deve ser calculada no alimento tal como exposto venda ou no alimento aps preparo? .......................................................................... 11
21. O alimento que fabrico necessita ser preparado antes de seu consumo. Devo considerar a contribuio nutricional dos ingredientes a serem adicionados no clculo da INC? ................... 12 22. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 exigia que os critrios para uso de INC fossem calculados com base em 100 g ou ml do alimento. Essa regra foi alterada? ......................................................... 12 23. Como determino a poro do meu alimento para verificar a possibilidade de realizao de uma INC? ....................................................................................................................................... 13 24. Existe alguma exceo em relao ao uso da poro de referncia estabelecida na RDC n. 359/2003 como base para o clculo da INC? Por qu? ................................................................ 13 25. A poro declarada na tabela nutricional do meu alimento diferente daquela estabelecida na RDC n. 359/2003. Qual poro deve ser utilizada para calcular a INC, a declarada na rotulagem nutricional ou a prevista no regulamento tcnico? Por qu? ..................................... 14 26. Consultei a RDC n. 359/2003 e no encontrei a poro do meu alimento. Como determino o tamanho da poro do meu alimento para verificar a possibilidade de uso de uma INC? .......... 15 27. Por que o critrio de poro pequena ( 30 g ou ml) previsto no regulamento de INC no exigido para o uso de alegaes de no contm? ........................................................................ 15 28. O que um alimento de referncia mencionado nas regras para realizao de INC comparativa? ................................................................................................................................. 16 29. Por que a realizao de uma INC comparativa de um alimento deve ser baseada na comparao com o alimento de referncia? ................................................................................ 16 30. Pretendo realizar uma INC comparativa no meu produto que um p para preparo de sopa sabor galinha. Posso utilizar como alimento de referncia um p para preparo de sopa sabor carne? ............................................................................................................................................ 16 31. O que a ANVISA entende como alimento do mesmo fabricante para fins de atendimento ao disposto no item 3.10.1.1 da RDC n. 54/2012? ............................................................................ 17 32. Pretendo desenvolver um alimento com INC comparativa. Existem vrios alimentos de referncia no mercado, de diferentes fabricantes. Como defino qual deve ser utilizado como alimento de referncia? ................................................................................................................ 17 33. Pretendo desenvolver um alimento com INC comparativa, mas no fabrico o alimento de referncia. Encontrei apenas dois alimentos de referncia no mercado. Posso realizar a comparao com base na mdia desses produtos? ..................................................................... 18 34. Pretendo desenvolver um alimento inovador com INC comparativa e no existe um alimento de referncia no mercado. Como fao nessa situao? ................................................ 18
35. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 previa o uso de uma base de dados de valor reconhecido como referncia para realizao de uma INC comparativa. Por que essa possibilidade no consta da RDC n. 54/2012? ........................................................................................................... 19 36. A quantidade comparada do alimento com INC comparativa pode ser diferente daquela do alimento de referncia? ................................................................................................................ 19 37. Ao realizar uma INC comparativa devo identificar os alimentos comparados. Como devo fazer essa identificao? necessrio fazer uma tabela comparativa e citar as marcas dos alimentos de referncia? .............................................................................................................. 20 38. Por que tenho que declarar a diferena entre a quantidade de nutriente objeto da comparao do meu produto com a do alimento de referncia? Como essa declarao deve ser realizada? Posso substitu-la por uma tabela comparativa? ........................................................ 20 39. Posso declarar a diferena entre a quantidade de nutriente objeto da comparao do meu produto com a do alimento de referncia no sentido vertical, enquanto a INC est em sentido horizontal?..................................................................................................................................... 21 40. Por que exigida uma reduo ou aumento de no mnimo 25% na quantidade do nutriente objeto de uma INC comparativa? ................................................................................................. 21 41. Por que exigido que o alimento de referncia no atenda ao atributo de baixo no nutriente que objeto de uma INC comparativa de reduzido? ................................................... 22 42. Por que as condies para uso de INC comparativa de gorduras saturadas estabelecem que a reduo no deve resultar em um aumento das quantidades de cidos graxos trans? ........... 22 43. Por que no foi permitida uma INC comparativa de gorduras trans? .................................... 22 44. Pretendo utilizar uma INC, mas no gostaria de declarar a tabela de informao nutricional. Posso substituir uma informao pela outra? .............................................................................. 23 45. Preciso declarar a quantidade do nutriente objeto de uma INC na tabela de informao nutricional?.................................................................................................................................... 23 46. Como deve ser a tabela de informao nutricional de um alimento que necessita de preparo com adio de outros ingredientes e utiliza uma INC?................................................................. 23 47. Por que exigido um esclarecimento junto INC que baseada em caractersticas inerentes ao alimento? Como deve ser realizado esse esclarecimento? ..................................... 24 48. No tenho espao no meu painel frontal para realizar o esclarecimento exigido para alimentos com INC baseados em caractersticas inerentes ao alimento. Posso colocar esse esclarecimento em outro local? .................................................................................................... 24
49. Posso declarar o esclarecimento exigido para alimentos com INC baseados em caractersticas inerentes ao alimento no sentido vertical, enquanto a INC est em sentido horizontal?..................................................................................................................................... 25 50. A regulamentao de INC se aplica as marcas ou nomes comerciais utilizados nos alimentos? Por qu? ...................................................................................................................... 25 51. Meu produto possui uma marca que faz referncia a atributos e/ou termos relacionados INC. Quais critrios da RDC n. 54/2012 devo atender para utilizar essa marca? ......................... 26 52. Importo um produto que tem a marca LIGHT, mas que no atende ao critrio exigido pela RDC n. 54/2012 para uso dessa expresso. O que devo fazer? .................................................... 26 53. Por que no posso mais utilizar a alegao LIGHT em alimentos que atendam ao atributo baixo em determinado nutriente? Terei que parar de fabricar meu produto? ........................... 27 54. No posso mais utilizar termos em ingls para expressar as propriedades nutricionais do meu alimento? Por qu? ............................................................................................................... 27 55. Posso utilizar o termo calorias quando for realizar uma INC absoluta ou comparativa sobre o valor energtico do meu alimento? .............................................................................................. 27 56. Nas condies para uso de INC sobre acares fica estabelecido que no so permitidas alegaes sobre acares especficos. Isso quer dizer que no posso utilizar a alegao de que meu alimento isento de lactose? ............................................................................................... 28 57. Essa situao no coloca em risco os consumidores com intolerncia lactose ou galactosemia? Como o consumidor pode ser informado? ........................................................... 28 58. Por que devo incluir a informao de que meu alimento no baixo ou reduzido em energia quando realizo uma INC sobre acares? ..................................................................................... 29 59. Meu alimento atende aos critrios de composio para uso da alegao sem acares. Utilizo na sua formulao maltodextrina, amido e fcula. Preciso incluir na declarao da lista de ingredientes a nota indicando que esses ingredientes no fornecem quantidades significativas de acares? ............................................................................................................ 29 60. Apesar de no adicionar acares na elaborao do meu alimento, o mesmo contm acares que esto naturalmente presente em seus ingredientes. Nesse caso posso utilizar a alegao sem adio de acares? ............................................................................................... 30 61. No processo de fabricao de um produto fermentado, o acar adicionado totalmente transformado ou eliminado, no restando acares adicionados no produto final. Posso utilizar a alegao de sem adio de acares nesse alimento? .............................................................. 31
62. Para realizar a alegao de sem adio de acares exigido que o alimento de referncia seja normalmente elaborado com acares adicionados. Isso significa que um alimento inovador que no possui um alimento de referncia no pode veicular essa INC? ..................... 31 63. Por que devo incluir a informao de que meu alimento no baixo ou reduzido em energia quando realizo uma INC sobre gorduras totais? ........................................................................... 31 64. Por que as condies para uso das alegaes baixo e no contm gorduras saturadas ficaram atreladas ao atendimento do atributo no contm gorduras trans? .............................. 32 65. Por que o critrio para uso da alegao no contm gorduras saturadas utilizou o limite mximo de 0,1 g quando a RDC n. 360/2003 define como quantidade no significativa de gorduras saturadas o valor de 0,2 g? ............................................................................................ 32 66. Tal situao no representa um conflito com o disposto na RDC n. 360/2003? Que valor devo utilizar como no significativo para gorduras saturadas na declarao desse nutriente na tabela de informao nutricional? ................................................................................................ 32 67. Por que foi adotado um limite mximo diferente para o uso da alegao no contm gorduras saturadas em leites, leites fermentados e queijos que sejam desnatados? ................. 33 68. Por que as condies para uso da alegao sem gorduras trans ficaram atreladas ao atendimento do atributo baixo em gorduras saturadas? ............................................................. 33 69. Por que o critrio para uso da alegao no contm gorduras trans utilizou o limite mximo de 0,1 g quando a RDC n. 360/2003 define como quantidade no significativa de gorduras trans o valor de 0,2 g? ............................................................................................................................ 34 70. Tal situao no representa um conflito com o disposto na RDC n. 360/2003? Que valor devo utilizar como no significativo para gorduras trans na declarao de sua quantidade na tabela de informao nutricional? ................................................................................................ 34 71. Por que no foram definidos critrios para o uso da alegao baixo em gorduras trans? .... 35 72. Por que foram desenvolvidas alegaes de contedo para mega 3, 6 e 9? ......................... 35 73. No caso de INC sobre cidos graxos mega 3, 6 ou 9, posso utilizar apenas os termos mega 3, 6 ou 9 sem declarar os termos cidos graxos? ....................................................... 36 74. Por que devo incluir a informao de que meu alimento no baixo ou reduzido em gorduras saturadas quando realizo uma INC sobre mega 3, 6 ou 9? ......................................... 36 75. A Resoluo RDC n. 54/2012 proibiu a utilizao da alegao sem colesterol nos leos vegetais? ........................................................................................................................................ 36 76. Por que as condies para uso das alegaes baixo e no contm colesterol ficaram atreladas ao atendimento do atributo baixo em gorduras saturadas? ........................................ 37
77. Por que os limites mximos de sdio para uso das alegaes baixo e muito baixo em sdio foram reduzidos em relao Portaria SVS/MS n. 27/1998? ...................................................... 37 78. Por que foi permitido o uso da alegao sem adio de sal? ................................................. 37 79. No adiciono sal (cloreto de sdio) no meu alimento, mas o mesmo tem a adio de aditivos alimentares autorizados que contm sdio. Nesse caso posso utilizar a alegao sem adio de sal? ................................................................................................................................................. 38 80. Por que nas condies para uso de INC sobre fibras alimentares fica estabelecido que no so permitidas alegaes sobre fibras alimentares especficas?.................................................. 38 81. Por que foram desenvolvidos critrios relacionados qualidade proteica para o uso de INC sobre protenas?............................................................................................................................ 39 82. Posso realizar uma INC para uma vitamina ou mineral que no possui IDR? ........................ 39 83. Quais valores de IDR devem ser utilizados para fins de INC, aqueles presentes no anexo A da RDC n. 360/2003 ou os constantes da RDC n. 269/2005? ............................................................ 39 84. Qual a diferena entre a RDC n. 54/2012 e a Portaria SVS/MS n. 31/1998? .......................... 39 85. Quais as penalidades podem ser aplicadas aos fabricantes que no cumprirem a Resoluo RDC n. 54/2012? ............................................................................................................................ 40 86. Como devo proceder para utilizar uma INC em alimentos em cpsulas, tabletes e comprimidos e em outros alimentos cuja indicao de consumo seja em doses? ...................... 41 87. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 estabelecia que para cumprir algum atributo previsto no regulamento de INC, era permitida a substituio de ingredientes e ou a alterao dos parmetros estabelecidos nos Padres de Identidade e Qualidade. Essa previso no consta da RDC n. 54/2012. Por que isso ocorreu? ........................................................................................ 41 88. Isso significa que as empresa no podero mais realizar modificaes nutricionais em alimentos padronizados para realizar uma INC? .......................................................................... 42 89. Os alimentos infantis podem conter INC? .............................................................................. 42 90. Os alimentos para nutrio enteral podem utilizar INC? Qual base deve ser utilizada para verificar se meu produto atende aos critrios estabelecidos na RDC n. 54/2012? ...................... 43
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1. Quais so os regulamentos que tratam da INC? Resposta ANVISA: Atualmente, a INC regulamentada pela RDC n. 54/2012. A publicao dessa resoluo internalizou ao ordenamento jurdico nacional a Resoluo GMC n. 1/2012 que harmonizou o tema no mbito do MERCOSUL. Alm disso, essa resoluo atualiza e revoga a Portaria SVS/MS n. 27/1998. A RDC n. 54/2012 tambm exige que o uso da INC atenda a determinados aspectos previstos na RDC n. 359/2003, que aprovou o regulamento tcnico de pores de alimentos embalados para fins de rotulagem nutricional, e na RDC n. 360/2003, que aprovou o regulamento tcnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados. 2. Por que a ANVISA decidiu revisar a Portaria SVS/MS n. 27/1998? Resposta ANVISA: A reviso da Portaria SVS/MS n. 27/1998 foi necessria em virtude do compromisso assumido pelo Brasil de harmonizar os RT relacionados rotulagem nutricional no mbito do MERCOSUL. Essa harmonizao tem como objetivos facilitar a livre circulao dos alimentos, evitar obstculos tcnicos ao comrcio e melhorar a informao para o consumidor. Alm disso, a experincia adquirida pelo SNVS no controle sanitrio dos alimentos com INC, durante a vigncia da Portaria SVS/MS n. 27/1998, reforava a necessidade de atualizao dos requisitos legais existentes. 3. Quais foram os principais objetivos da ANVISA durante essa reviso? Resposta ANVISA: A reviso teve como principais objetivos melhorar o acesso do consumidor a informaes relevantes sobre o contedo nutricional dos alimentos, contribuindo para a seleo adequada dos mesmos, e exigir o uso correto e padronizado dessas informaes a fim de no induzir o consumidor ao engano. Outro aspecto importante observado durante essa reviso foi a necessidade de alinhar os critrios para uso da INC s estratgias e polticas de sade, especialmente a PNAN do MS. 2
Alm disso, critrios claros e objetivos para o uso da INC facilitam as aes de fiscalizao e monitoramento dessas informaes pelo SNVS, criam condies mais leais de comrcio e incentivam os fabricantes a reformularem seus produtos, fornecendo alternativas mais saudveis. 4. Como foi conduzido o processo de harmonizao desse regulamento no MERCOSUL? Resposta ANVISA: As discusses tcnicas sobre a harmonizao da INC ocorreram na Comisso de Alimentos do Subgrupo de Trabalho 3, que trata de regulamentos tcnicos e avaliao da conformidade, e durou aproximadamente quatro anos, o que demonstra a complexidade e relevncia do tema. Durante esse perodo, alm de compor a delegao brasileira nas reunies do SGT-3, a ANVISA coordenou as reunies internas com representantes do MAPA, DPDC e de diferentes setores da sociedade a fim de garantir uma ampla participao e discusso dos aspectos mais relevantes para definir a posio brasileira. Ademais, a ANVISA realizou todo o processo de consulta pblica interna da proposta de regulamento tcnico sobre INC, que foi publicada por meio da CP n. 21/2011. 5. Qual o prazo para adequao dos alimentos nova regulamentao de INC? Resposta ANVISA: Inicialmente, cabe destacar que a RDC n. 54/2012 entrou em vigor na data de sua publicao. No entanto, a fim de reduzir os impactos no comrcio de alimentos, especialmente daqueles que j esto sendo produzidos e necessitam de modificaes, a referida resoluo forneceu o prazo at 1 de janeiro de 2014 para que as empresas promovam as adequaes necessrias em seus produtos. Os produtos fabricados antes do prazo fornecido podem ser comercializados at o fim do seu prazo de validade. 6. Quais foram as referncias internacionais utilizadas na elaborao do novo regulamento sobre INC? Resposta ANVISA: As principais referncias internacionais utilizadas na elaborao do regulamento de INC foram: (a) as Diretrizes para Uso de Alegaes Nutricionais e de Sade (CAC/GL 23-1997) do Codex Alimentarius, devido sua relevncia como referncia internacional na regulamentao de 3
alimentos; (b) a legislao do Canad sobre alegaes de contedo de nutrientes, Food and Drug Regulations (CRC, c. 870, B.01.500), em funo de o modelo empregado para rotulagem nutricional ser similar ao adotado pelo MERCOSUL (declarao de nutrientes com base na poro dos alimentos); (c) a regulamentao dos Estudos Unidos sobre alegaes de contedo de nutrientes, 21 CFR, Part 101, em funo de o modelo empregado para rotulagem nutricional ser similar ao adotado pelo MERCOSUL (declarao de nutrientes com base na poro dos alimentos); e (d) o Regulamento (UE) n. 116/2010 da Unio Europeia sobre alegaes nutricionais devido presena de critrios para alegaes de cidos graxos mega 3 e outros tipos de gorduras. 7. O que INC? Resposta ANVISA: A INC, tambm chamada de declarao de propriedade nutricional ou de alegao nutricional, a informao utilizada para descrever o nvel absoluto ou relativo de determinados nutrientes ou valor energtico presentes em alimentos. A INC utilizada pelos fabricantes de forma opcional. 8. Quais tipos de INC existem? Resposta ANVISA: A INC pode ser classificada em dois tipos: (a) INC de contedo absoluto e (b) INC de contedo comparativo. A INC de contedo absoluto aquela que descreve a ausncia ou a presena (baixa ou elevada quantidade) de determinados nutrientes ou valor energtico presentes no alimento. Exemplos desse tipo de INC incluem as alegaes: no contm acares, sem gorduras trans, baixo em calorias, fonte de clcio, alto teor de fibras e rico em ferro. As alegaes de sem adio de acares e de sal tambm so consideradas alegaes nutricionais de contedo absoluto. Essas alegaes, embora relacionadas a ingredientes, indicam aos consumidores que o alimento possui propriedades nutricionais particulares em relao ao seu contedo de acares e sdio. A INC relativa ou de contedo comparativo aquela que compara o nvel de um ou mais nutrientes ou valor energtico presentes no alimento em relao ao nvel encontrado no 4
alimento de referncia (vide resposta da pergunta 28), tais como: reduzido em calorias, reduzido em acares, aumentado em ferro. 9. Os fabricantes so obrigados a utilizar INC em seus alimentos? Resposta ANVISA: No. A INC o componente opcional da rotulagem nutricional que tambm inclui a declarao obrigatria de nutrientes, regulamentada pela RDC n. 360/2003, e que apresentada ao consumidor por meio da tabela de informao nutricional. Embora voluntria, a INC s pode ser utilizada quando os critrios de composio e rotulagem estabelecidos na legislao especfica forem atendidos. 10. Os alimentos com INC so mais saudveis do que outros alimentos? Resposta ANVISA: No. A INC chama a ateno do consumidor para uma qualidade nutricional especfica do alimento, mas no revela todas as suas caractersticas. Por exemplo, um alimento com a alegao de sem acares pode conter quantidades elevadas de gorduras saturadas e sdio. Consequentemente, no possvel identificar somente por meio de uma INC se determinado alimento mais ou menos nutritivo do que outro. Isso significa que o consumidor no deve selecionar seus alimentos somente com base na presena de uma INC. Assim, muito importante que os consumidores tambm consultem a tabela de informao nutricional constante nos rtulos, uma vez que ela apresenta outras informaes relevantes sobre a composio nutricional dos alimentos. 11. Existem alimentos que esto proibidos de conter INC? Por qu? Resposta ANVISA: Sim. O regulamento tcnico determina que no pode ser utilizada INC em: (a) bebidas alcolicas, (b) aditivos alimentares, (c) coadjuvantes de tecnologia, (d) especiarias, (e) vinagres, (f) caf, e (e) erva-mate e espcies vegetais para preparo de chs e outras ervas, sem adio de outros ingredientes que forneam valor nutricional. A proibio do uso de INC em bebidas alcolicas uma medida destinada a reduzir os danos sade associados ao uso abusivo desses produtos. Essa proibio impede que as bebidas 5
alcolicas tenham seu consumo estimulado por meio do uso de informaes sobre suas propriedades nutricionais, estando alinhada Poltica Nacional sobre o lcool, aprovada pelo Decreto n. 6.117/2007. Os aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia so por definio legal, substncias utilizadas nos alimentos com finalidade tecnolgica, no possuindo inteno de nutrir. Portanto, a proibio do uso de INC nessas categorias de substncias mantm coerncia com sua definio legal e seu propsito de uso. J as especiarias, vinagres, caf, erva-mate e espcies vegetais para preparo de chs, sem adio de outros ingredientes que forneam valor nutricional so alimentos que apresentam quantidades insignificantes de energia e nutrientes devido a suas caractersticas de composio e quantidades habitualmente consumidas. Esses alimentos esto dispensados, inclusive, da declarao obrigatria da rotulagem nutricional, de acordo com a RDC n. 360/2003. Portanto, a proibio do uso de INC nesses produtos visa coibir o uso de alegaes nutricionais enganosas. 12. Como o consumidor pode identificar uma INC? Resposta ANVISA: A INC, geralmente, pode ser encontrada em destaque no painel principal do alimento e apresentada na forma de alegaes compostas por um descritor qualitativo (ex. sem, baixo, fonte, reduzido) seguido do nome do nutriente. Exemplos de INC incluem as alegaes sem colesterol, fonte de clcio e baixo teor de gordura saturada. Para os alimentos com alegaes de reduo em valor energtico ou determinado nutriente, tambm permitido o uso da expresso LIGHT. Nesses casos, deve ser veiculada a informao sobre a quantidade de reduo do nutriente em questo ou do valor energtico. Exemplo: Uso da alegao light em sdio, seguida da informao menos 30% de sdio. 13. Como o consumidor deve utilizar a INC? Resposta ANVISA: A INC especialmente til para os consumidores que procuram alimentos com caractersticas nutricionais especficas. No entanto, como o nome sugere essa informao deve ser sempre utilizada de forma complementar aos demais dados nutricionais presentes no produto que podem ser encontrados na tabela de informao nutricional. Desta forma, o consumidor no 6
corre o risco de ser enganado sobre as caractersticas nutricionais dos alimentos, tornando a INC uma ferramenta efetiva para seleo de alimentos. 14. Quais so as principais modificaes na regulamentao da INC introduzidas pela RDC n. 54/2012? Resposta ANVISA: Foram realizadas diversas modificaes na regulamentao da INC a fim de atingir os objetivos estabelecidos. As principais alteraes e suas respectivas justificativas so apresentadas a seguir. (a) Alterao da base de referncia para clculo da INC. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 exigia que os critrios para uso de INC fossem calculados com base em 100 g ou ml do alimento. Por exemplo, para veicular uma alegao de sem acar, um alimento slido no podia conter mais de 0,5 g de acares por 100 g. A RDC n. 54/2012 alterou essa base de referncia e passou a exigir que os critrios para uso de INC da maioria dos alimentos fossem calculados com base na poro. Por exemplo, para veicular a alegao de sem acar, o alimento no pode conter mais de 0,5 g de acares por poro. Essa modificao foi realizada para alinhar os critrios utilizados na regulamentao da INC com aqueles estabelecidos para declarao obrigatria dos nutrientes (tabela de informao nutricional) que, de acordo com a RDC n. 360/2003, deve ser realizada por poro. Este alinhamento pode facilitar as aes de fiscalizao e monitoramento da rotulagem dos alimentos pelos rgos competentes. Ademais, essa modificao evita que os consumidores sejam expostos a informaes nutricionais conflitantes que poderiam ocorrer devido s diferenas entre os regulamentos. Antes dessa compatibilizao, por exemplo, uma bebida com 0,5 g de gorduras totais por 100 ml e com poro de 200 ml poderia utilizar a alegao sem gorduras e ter a quantidade de 1 g de gordura declarada em sua tabela de informao nutricional. Essa mudana tambm representa um aprimoramento dos critrios estabelecidos para o uso de INC, pois faz com que a quantidade ingerida do alimento e, consequentemente, do nutriente seja levada em considerao. 7
Anteriormente, um alimento com elevado percentual de um nutriente poderia destacar sua presena mesmo se consumido em pequenas quantidades. Isso significava que em alguns casos o consumidor poderia consumir um alimento fonte de determinado nutriente, mas no ingerir uma quantidade significativa desse nutriente. Agora, com os critrios sendo calculados com base na poro do alimento, mais difcil que essa situao ocorra. (b) Desenvolvimento de novas INC. A nova regulamentao estabeleceu a possibilidade do uso de oito novas alegaes nutricionais a partir do desenvolvimento de critrios para: no contm gorduras trans; fonte de cidos graxos mega 3; alto contedo de cidos graxos mega 3; fonte de cidos graxos mega 6; alto contedo de cidos graxos mega 6; fonte de cidos graxos mega 9; alto contedo de cidos graxos mega 9; e sem adio de sal. Essas novas alegaes foram desenvolvidas com o intuito de estimular a reformulao e desenvolvimento de produtos industrializados mais adequados nutricionalmente e permitir que os consumidores fossem informados dessas caractersticas nutricionais. (c) Alterao do critrio para uso da alegao LIGHT. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 permitia que a alegao light fosse utilizada em duas situaes: para os alimentos que atendiam aos atributos de baixo em valor energtico ou qualquer nutriente; e para os alimentos que atendiam aos atributos de reduzido em valor energtico ou qualquer nutriente. Tal situao dificultava o entendimento e a identificao pelos consumidores e profissionais de sade das diferenas entre produtos com a alegao light, gerando confuso e engano. Alm disso, tal prtica destoava sobremaneira de todas as referncias internacionais utilizadas na regulamentao de alimentos, que permitem o uso da expresso light somente para produtos que atendam ao atributo reduzido. Assim, com a publicao da RDC n. 54/2012 essa distoro foi corrigida. Agora, somente os alimentos que atendam aos critrios estabelecidos para o atributo reduzido em valor energtico ou em algum nutriente podem utilizar a alegao light. 8
(d) Elaborao de critrios de visibilidade e legibilidade para os esclarecimentos e advertncias. Muitas vezes o uso de uma INC demanda a declarao de um esclarecimento ou advertncia na rotulagem a fim de proteger o consumidor da veiculao de informaes incompletas e potencialmente enganosas. Um exemplo o caso dos leites com a alegao fonte de protena. Nesses casos, os fabricantes so obrigados a informar ao consumidor que todo leite um produto fonte de protena, ou seja, que essa uma caracterstica inerente do alimento, que no depende de sua marca. Como a Portaria SVS/MS n. 27/1998 no estabelecia requisitos especficos sobre as caractersticas de visibilidade e legibilidade desses esclarecimentos, os fabricantes utilizavam-se dessa brecha legal para colocar essas informaes distantes da alegao, em tamanho reduzido e muitas vezes sem um contraste adequado, prejudicando a leitura e o entendimento pelo consumidor. A RDC n. 54/2012 procurou resolver esse problema ao estabelecer que todos os esclarecimentos ou advertncias exigidos em funo do uso de uma INC especfica devem ser declarados junto INC, com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50% do seu tamanho, de cor contrastante ao fundo do rtulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informao. Desta forma, espera-se que essas informaes fiquem dispostas de forma mais acessvel ao consumidor, auxiliando-os na seleo dos alimentos. Alm disso, critrios mais objetivos e mensurveis podem facilitar as aes fiscais desenvolvidas pelo SNVS. (e) Alterao dos critrios para fonte e alto teor de protenas. Os critrios para o uso das alegaes de fonte e alto teor de protenas receberam a exigncia adicional de que as protenas do alimento devem atender a um critrio mnimo de qualidade. Agora, alm de conter uma quantidade mnima, o alimento que utilize tais alegaes deve possuir uma qualidade proteica mnima. Essa alterao visa proteger o consumidor de informaes e prticas enganosas como, por exemplo, o uso de alegaes de fonte de protena em alimentos que contenham protenas incompletas e de baixa qualidade.
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(f) Definio de alimento de referncia. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 no possua uma definio clara de quais alimentos deveriam ser utilizados como referncia para fins de realizao de uma INC comparativa. Consequentemente, muitos fabricantes realizavam alegaes com base em comparaes inapropriadas de alimentos de diferente natureza e caractersticas, levando o consumidor ao engano. Como exemplos dessa situao, podemos citar a comparao inadequada do valor energtico de uma maionese com o do azeite de oliva ou do contedo de ferro de um petit suisse com o de um bife. Por esse motivo, a nova regulamentao contm uma definio de alimento de referncia, de forma a exigir que os alimentos com essa informao sejam obrigatoriamente comparados com a verso convencional do mesmo alimento. Portanto, uma maionese com reduo de gordura deve ser comparada a uma maionese tradicional, um petit suisse aumentado em ferro deve ser comparado a um petit suisse convencional. 15. A RDC n. 54/2012 no se aplica aos alimentos para fins especiais, s guas envasadas destinadas ao consumo humano e ao sal de mesa. Isso significa que no posso utilizar alegaes nutricionais nesses alimentos? Resposta ANVISA: Essa redao foi uma soluo encontrada para harmonizar as diferenas existentes na forma como os pases regulamentam o uso da INC nos alimentos para fins especiais, guas envasadas e sal, pois os RT de tais alimentos no esto harmonizados no MERCOSUL. Isso significa que a possibilidade de uso de INC nesses produtos ser definida por seus RT especficos. Esse entendimento foi dado pelo item 1.4 da RDC n. 54/2012 que estabelece que: O presente Regulamento Tcnico no se aplica aos alimentos para fins especiais (de acordo com o definido no RTM sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados); s guas minerais e s demais guas envasadas destinadas ao consumo humano; e ao sal de mesa; sem prejuzo do estabelecido nos regulamentos tcnicos especficos. (grifo nosso)
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Por exemplo, os alimentos para dietas com restrio de nutrientes podem utilizar INC, pois a Portaria SVS/MS n. 29/1998 estabelece que quando qualquer INC for utilizada, deve estar de acordo com o regulamento de INC. J as frmulas infantis no podem utilizar INC, pois as Resolues RDC n. 43, 44 e 45/2011 probem a veiculao desse tipo de informao. 16. A regulamentao de INC se aplica a publicidade de alimentos? Resposta ANVISA: Sim. A regulamentao se aplica INC presente em anncios veiculados por meios de comunicao e em toda mensagem transmitida de forma oral ou escrita. Isso significa que as alegaes nutricionais veiculadas pelos diferentes meios de comunicao para a promoo dos alimentos devem atender aos critrios estabelecidos pela RDC n. 54/2012. 17. Quais tipos de critrios so empregados para regulamentar o uso da INC? Resposta ANVISA: Para que uma INC possa ser realizada devem ser atendidos aos critrios definidos nos itens 3, 4 e 5 da RDC n. 54/2012. De maneira geral, esses critrios podem ser divididos em: (a) critrios de composio, que definem regras qualitativas e/ou quantitativas sobre o contedo energtico, de nutrientes ou de ingredientes do alimento, e (b) critrios de rotulagem, que estabelecem as regras para veiculao da INC, incluindo as expresses permitidas, as situaes que requerem esclarecimentos e a forma de veiculao desses esclarecimentos. 18. Posso utilizar uma INC no prevista ou que no atenda a algum dos critrios estabelecidos na RDC n. 54/2012? Resposta ANVISA: No. O item 3.1 da RDC n. 54/2012 determina que embora seja opcional, o uso de uma INC exige o cumprimento dos critrios estabelecidos. Assim, no possvel utilizar INC que no esteja prevista ou que no atenda integralmente os critrios estabelecidos. 19. A rotulagem nutricional obrigatria baseada no valor nutricional do alimento tal como exposto venda. A INC tambm segue essa forma de clculo? Resposta ANVISA: No. O atendimento aos requisitos de composio estabelecidos para uso de uma INC absoluta ou comparativa deve ser realizado no alimento pronto para o consumo. 11
Assim, os fabricantes que pretendem utilizar determinada INC em alimentos que necessitam de preparo antes do seu consumo devem garantir que os critrios de composio estabelecidos para essa INC sejam atendidos no alimento pronto para o consumo, preparado de acordo com as instrues indicadas na rotulagem. Desta forma, o preparo recomendado do alimento no pode influenciar negativamente nas propriedades nutritivas destacadas. Por exemplo, se um p para preparo de sopa traz em sua rotulagem que o alimento fonte de vitamina C, a quantidade desse nutriente presente no produto aps seu preparo, de acordo com as instrues do fabricante (diluio e coco), no pode estar abaixo do limite estabelecido para o atributo fonte de vitamina C. 20. Muitos alimentos podem ser consumidos tanto na forma como expostos venda quanto em diferentes preparaes. Nestes casos, a INC deve ser calculada no alimento tal como exposto venda ou no alimento aps preparo? Resposta ANVISA: O atendimento aos requisitos de composio estabelecidos para uso de uma INC absoluta ou comparativa deve ser realizado no alimento pronto para o consumo. Para os alimentos que possam ser consumidos tanto na forma como expostos venda quanto aps sua utilizao em preparaes ou em conjunto com outros alimentos (ex. aveia em flocos, farinha de mandioca), as empresas devem garantir que os critrios de composio estabelecidos para a INC pretendida sejam atendidos no alimento tal como exposto venda. Entretanto, para os produtos que no possam ou no sejam destinados para consumo na forma como exposto venda (ex. arroz, feijo, achocolatado em p, farinha de trigo, farinha de milho), as empresas devem garantir que os critrios de composio estabelecidos para a INC pretendida sejam atendidos no alimento pronto para o consumo, preparado de acordo com as instrues indicadas na rotulagem. Nesses casos, o preparo recomendado do alimento no pode influenciar negativamente nas propriedades nutritivas destacadas (vide resposta da pergunta 19). Ademais, a necessidade de considerar a contribuio nutricional dos ingredientes adicionados deve ser verificada (vide resposta da pergunta 21). 12
21. O alimento que fabrico necessita ser preparado antes de seu consumo. Devo considerar a contribuio nutricional dos ingredientes a serem adicionados no clculo da INC? Resposta ANVISA: Depende. Se a INC realizada for referente aos atributos fonte ou alto teor, a contribuio nutricional dos ingredientes adicionados segundo as instrues de preparo do fabricante no pode ser considerada no clculo para atendimento dos critrios de uso da INC. Por exemplo, uma empresa que veicula a INC fonte de clcio em um achocolatado recomendando sua diluio em leite, no pode utilizar a quantidade de clcio fornecida pelo leite para o clculo do atendimento do atributo fonte de clcio. No entanto, caso a INC veiculada seja referente aos atributos baixo, muito baixo, no contm e sem adio de, a contribuio nutricional dos ingredientes adicionados segundo as instrues de preparo devem obrigatoriamente ser considerados. Por exemplo, um p para preparo de bolo somente pode trazer a alegao baixo em acares se a quantidade total de acares, considerando a quantidade fornecida pelo produto com aquela adicionada segundo as instrues de preparo da rotulagem, atender ao atributo baixo em acares. Tais requisitos foram elaborados dessa forma a fim de proteger o consumidor de prticas enganosas que pudessem lev-lo ao engano quanto verdadeira composio nutricional do alimento comercializado. 22. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 exigia que os critrios para uso de INC fossem calculados com base em 100 g ou ml do alimento. Essa regra foi alterada? Resposta ANVISA: Sim. Essa foi uma das principais alteraes realizadas pela nova regulamentao. Para maiores informaes sobre as razes que levaram a essa alterao, consultar a resposta da pergunta 14.
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23. Como determino a poro do meu alimento para verificar a possibilidade de realizao de uma INC? Resposta ANVISA: A poro do alimento que deve ser utilizada para fins de INC a poro do alimento que est estabelecida na RDC n. 359/2003, que aprovou o regulamento de pores de alimentos embalados para fins de rotulagem nutricional. 24. Existe alguma exceo em relao ao uso da poro de referncia estabelecida na RDC n. 359/2003 como base para o clculo da INC? Por qu? Resposta ANVISA: Sim. Algumas situaes demandaram a elaborao de critrios alternativos ou adicionais para definio da base de clculo de uma INC: (a) alimentos apresentados em pores pequenas com alegaes de baixo e muito baixo; (b) prato preparado semipronto ou pronto para o consumo; (c) alimentos comercializados em embalagens individuais; (d) alimentos apresentados em unidades de consumo ou fracionados; e (e) alimentos sem poro definida na RDC n. 359/2003. (a) Alimentos apresentados em pores pequenas com alegaes de baixo e muito baixo. Os alimentos de consumo ocasional e aqueles que fornecem energia principalmente de acares e gorduras esto entre os alimentos que apresentam as menores pores na RDC n. 359/2003, uma vez que uma alimentao saudvel e equilibrada exige o consumo espordico e em pequena quantidade desses produtos. Entretanto, as pores pequenas desses alimentos poderiam permitir que apesar do seu elevado percentual de nutrientes negativos (acares, gordura total, gordura saturada e sdio), os mesmos veiculassem alegaes de baixo ou muito baixo contedo desses nutrientes. Assim, ficou definido que no caso dos alimentos com pores iguais ou menores que 30 g ou ml, o atendimento aos atributos baixo e muito baixo seja realizado em 50 g. (b) Prato preparado semipronto ou pronto para o consumo. No caso dos alimentos preparados, cozidos ou pr-cozidos, que no requerem adio de ingredientes para seu consumo foi necessrio utilizar uma base de clculo diferenciada porque 14
a RDC n. 359/2003 no estabelece uma poro fixa para esses produtos, permitindo que essas pores sejam definidas pelos fabricantes. A nica regra estabelecida que as pores definidas no podem ultrapassar 500 kcal. O uso dessa regra para clculo da INC permitiria que os fabricantes definissem a poro de seus pratos preparados com base nas alegaes pretendidas, aumentando o tamanho das pores para o caso das alegaes de fonte e alto contedo e diminuindo o tamanho das pores para o caso das alegaes de no contm, baixo e muito baixo. Tal situao poderia claramente levar o consumidor ao erro quanto s verdadeiras propriedades nutricionais do alimento. Assim, para esses produtos ficou definido que os critrios para atendimento da INC deveriam ser calculados em 100 g ou ml. (c) Alimentos comercializados em embalagens individuais. Vide resposta da pergunta 25. (d) Alimentos apresentados em unidades de consumo ou fracionados. Vide resposta da pergunta 25. (e) Alimentos sem poro definida na RDC n. 359/2003. Vide resposta da pergunta 26. 25. A poro declarada na tabela nutricional do meu alimento diferente daquela estabelecida na RDC n. 359/2003. Qual poro deve ser utilizada para calcular a INC, a declarada na rotulagem nutricional ou a prevista no regulamento tcnico? Por qu? Resposta ANVISA: A RDC n. 359/2003 permite que os alimentos com embalagens individuais e os alimentos apresentados em unidades de consumo ou fracionados tenham a poro declarada na rotulagem nutricional obrigatria diferente da poro prevista no regulamento tcnico. Nesses casos, a INC deve ser atendida tanto na poro de referncia estabelecida na RDC n. 359/2003, quanto na poro declarada na rotulagem nutricional. Por exemplo, uma bebida com alegao de baixo em acares que seja comercializada em uma embalagem individual de 300 ml deve garantir que o critrio estabelecido para baixo em 15
acares seja atendido tanto na poro de referncia estabelecida na RDC n. 359/2003 (200 ml), quanto na poro declarada na rotulagem nutricional (300 ml). Essa exigncia legal procurou evitar que o atendimento dos critrios para uso de INC pudesse ser manipulado em alguns casos a partir da alterao do tamanho da embalagem do produto. 26. Consultei a RDC n. 359/2003 e no encontrei a poro do meu alimento. Como determino o tamanho da poro do meu alimento para verificar a possibilidade de uso de uma INC? Resposta ANVISA: Nos casos em que um alimento no possuir uma poro estabelecida na RDC n. 359/2003, as empresas devem utilizar como referncia a poro daquele alimento que por sua caracterstica nutricional seja comparvel e/ou similar. Caso tal produto no exista, a empresa deve utilizar a metodologia empregada para harmonizao das pores descritas na RDC n. 359/2003, ou seja, o alimento deve ser classificado em um dos grupos previstos no referido regulamento tcnico de acordo com suas caractersticas e o valor energtico mdio desse grupo deve ser utilizado para determinar o tamanho da poro do alimento em questo. 27. Por que o critrio de poro pequena ( 30 g ou ml) previsto no regulamento de INC no exigido para o uso de alegaes de no contm? Resposta ANVISA: Os exerccios realizados durante a discusso da resoluo no MERCOSUL demonstraram que no era necessrio exigir o critrio de poro pequena para a realizao de alegaes nutricionais de no contm porque os limites estabelecidos para o uso dessas alegaes eram muito baixos. Assim, os limites estabelecidos na resoluo se mostraram suficientes para evitar que alimentos com pores pequenas e com elevado percentual de nutrientes negativos (acares, gordura total, gordura saturada e sdio) veiculassem alegaes de ausncia desses nutrientes somente por conta do tamanho da poro.
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28. O que um alimento de referncia mencionado nas regras para realizao de INC comparativa? Resposta ANVISA: O alimento de referncia a verso convencional do mesmo alimento que utiliza a INC comparativa e que serve como padro de comparao para realizar e destacar uma modificao nutricional relacionada, especificamente, aos atributos comparativos de reduzido ou de aumentado. Por exemplo, o alimento de referncia de um chocolate reduzido em acares o chocolate tradicional. 29. Por que a realizao de uma INC comparativa de um alimento deve ser baseada na comparao com o alimento de referncia? Resposta ANVISA: Vide resposta da pergunta 14. 30. Pretendo realizar uma INC comparativa no meu produto que um p para preparo de sopa sabor galinha. Posso utilizar como alimento de referncia um p para preparo de sopa sabor carne? Resposta ANVISA: No. A RDC n. 54/2012 exige que os alimentos com INC comparativa sejam comparados com a verso convencional do mesmo alimento. Alimentos com designaes distintas, mesmo que em funo de variaes de sabor, no podem ser considerados diferentes verses do mesmo alimento para fins de atendimento da definio de alimento de referncia estabelecida na RDC n. 54/2012. Quando o fabricante do alimento com INC comparativa no produzir o alimento de referncia, deve ser utilizado o valor mdio do contedo de trs alimentos de referncia disponveis no mercado.
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31. O que a ANVISA entende como alimento do mesmo fabricante para fins de atendimento ao disposto no item 3.10.1.1 da RDC n. 54/2012? Resposta ANVISA: A RDC n. 54/2012 estabelece que o alimento com INC comparativa deve ser comparado com o alimento de referncia do mesmo fabricante. Por mesmo fabricante entende-se a mesma empresa responsvel pelo produto, independente de o produto ter sido produzido por fabricantes distintos (ex. alimentos produzidos por filiais, produo terceirizada de alimentos). A empresa responsvel pelo produto pode ser o fabricante, produtor, fracionador ou detentor da marca e sua identificao deve constar do rtulo em atendimento ao disposto no item 6.4.1 da RDC n. 259/2002. Assim, para fins de atendimento do disposto no item 3.10.1.1 da RDC n. 54/2012, entende-se que o alimento com INC comparativa e seu respectivo alimento de referncia sero do mesmo fabricante quando apresentarem o mesmo responsvel descrito na rotulagem, independente dos produtos apresentarem marcas ou nomes comerciais idnticos ou no. Nos casos em que a rotulagem traga os dados de mais de uma empresa responsvel (ex. fabricante e fracionador), os produtos sero considerados do mesmo fabricante quando pelo menos uma das empresas identificadas for a mesma. 32. Pretendo desenvolver um alimento com INC comparativa. Existem vrios alimentos de referncia no mercado, de diferentes fabricantes. Como defino qual deve ser utilizado como alimento de referncia? Resposta ANVISA: A RDC n. 54/2012 estabelece que a comparao deve ser realizada com o alimento de referncia do mesmo fabricante. Caso o fabricante do alimento com INC comparativa no produza o alimento de referncia, deve ser utilizado o valor mdio do contedo de trs alimentos de referncia disponveis no mercado. 18
Quando existirem mais de trs alimentos de referncia disponveis de outros fabricantes para comparao, cabe empresa responsvel pela realizao da INC a escolha dos produtos que sero utilizados como referncia. Porm, a identidade e a composio dos alimentos de referncia devem ser apresentadas autoridade competente sempre que solicitado. 33. Pretendo desenvolver um alimento com INC comparativa, mas no fabrico o alimento de referncia. Encontrei apenas dois alimentos de referncia no mercado. Posso realizar a comparao com base na mdia desses produtos? Resposta ANVISA: No. A RDC n. 54/2012 determina que caso no exista o alimento de referncia do mesmo fabricante deve ser utilizado o valor mdio do contedo de trs alimentos de referncia comercializados. Assim, nesse caso se no existirem trs alimentos de referncia no mercado, o produto desenvolvido no pode conter uma INC comparativa. Caso a empresa tenha interesse em usar alguma INC dever verificar se o produto atende aos requisitos previstos para uso de declaraes de propriedades nutricionais de contedo absoluto. 34. Pretendo desenvolver um alimento inovador com INC comparativa e no existe um alimento de referncia no mercado. Como fao nessa situao? Resposta ANVISA: No caso de no existir o alimento de referncia no se pode utilizar INC comparativa, pois no existe o que comparar. Assim, nesse caso a empresa no pode veicular alegaes comparativas na rotulagem de seu produto. Caso a empresa tenha interesse em usar alguma INC dever verificar se o produto atende aos requisitos previstos para uso de declaraes de propriedades nutricionais de contedo absoluto.
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35. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 previa o uso de uma base de dados de valor reconhecido como referncia para realizao de uma INC comparativa. Por que essa possibilidade no consta da RDC n. 54/2012? Resposta ANVISA: A possibilidade de realizao de uma INC comparativa a partir de dados de composio do alimento de referncia publicados em tabelas de composio de alimentos e outras bases de dados no foi permitida porque no existe uma base de dados de composio de alimentos com valor reconhecido e harmonizado entre os pases do MERCOSUL. Alm disso, os alimentos industrializados sofrem constantes mudanas em sua composio, o que torna as bases de dados desatualizadas e, consequentemente, inadequadas para uso como referncia para INC comparativas. Assim, ficou estabelecido que a INC comparativa deve ser baseada a partir de comparaes entre produtos comercializados no mercado. A fim de garantir o adequado cumprimento dessa exigncia, a RDC n. 54/2012 exige que a empresa responsvel pela realizao de uma INC comparativa mantenha a documentao sobre a identidade e a composio dos alimentos de referncia utilizados para consulta das autoridades competentes quando solicitado. 36. A quantidade comparada do alimento com INC comparativa pode ser diferente daquela do alimento de referncia? Resposta ANVISA: A RDC n. 54/2012 estabelece que para os alimentos com INC comparativa, o tamanho das pores comparadas deve ser igual considerando o alimento pronto para o consumo. Portanto, as quantidades comparadas do alimento pronto para o consumo devem ser sempre iguais. No entanto, isso no significa que as quantidades necessrias para produzir o alimento pronto para o consumo devam ser iguais. Por exemplo, para o preparo de uma gelatina reduzida em acares pode ser necessrio o uso de 30 g para produzir 120 ml do alimento pronto para o consumo, enquanto a gelatina convencional do mesmo fabricante pode exigir 50 g para preparar a mesma quantidade. Nessa situao, as pores comparadas do alimento pronto 20
para o consumo so iguais, mas as quantidades necessrias para preparar o alimento so diferentes. 37. Ao realizar uma INC comparativa devo identificar os alimentos comparados. Como devo fazer essa identificao? necessrio fazer uma tabela comparativa e citar as marcas dos alimentos de referncia? Resposta ANVISA: O rtulo ou publicidade dos alimentos com INC deve identificar se o alimento foi comparado com o alimento de referncia do mesmo fabricante ou com uma mdia dos alimentos do mercado. No entanto, a legislao no determina de que forma esse identificao deve ser realizada. As empresas podem simplesmente esclarecer junto declarao se a reduo ou aumento foi realizado em comparao ao alimento do mesmo fabricante ou a uma mdia do mercado (vide exemplo da resposta da pergunta 38). Outra opo utilizar tabelas comparativas ou outras formas de identificao desde que respeitados os critrios estabelecidos na RDC n. 54/2012. No obrigatrio declarar a marca ou nome comercial dos alimentos de referncia na rotulagem. No entanto, as empresas devem dispor da documentao sobre a identidade e a composio do alimento de referncia utilizado para consulta das autoridades competentes e dos consumidores. 38. Por que tenho que declarar a diferena entre a quantidade de nutriente objeto da comparao do meu produto com a do alimento de referncia? Como essa declarao deve ser realizada? Posso substitu-la por uma tabela comparativa? Resposta ANVISA: Essa diferena deve ser declarada para permitir que o consumidor saiba a quantidade do nutriente que foi reduzida ou aumentada. Isso permite que o consumidor compare mais facilmente os produtos que possuem tais propriedades e selecione o mais adequado para sua alimentao. Essa diferena deve ser expressa quantitativamente no rtulo em porcentagem, frao ou quantidade absoluta e deve obrigatoriamente ser declarada junto INC, com o mesmo tipo de 21
letra da INC, com pelo menos 50% do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rtulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informao.
Esse tipo de declarao no pode ser substitudo por tabelas comparativas. No entanto, o uso adicional de tais tabelas no proibido. 39. Posso declarar a diferena entre a quantidade de nutriente objeto da comparao do meu produto com a do alimento de referncia no sentido vertical, enquanto a INC est em sentido horizontal? Resposta ANVISA: No. A INC e os esclarecimentos exigidos devem estar redigidos no mesmo sentido. A disposio dessas informaes em sentidos diferentes compromete a visibilidade e legibilidade dos esclarecimentos, contrariando, consequentemente, os requisitos estabelecidos na RDC n. 54/2012. 40. Por que exigida uma reduo ou aumento de no mnimo 25% na quantidade do nutriente objeto de uma INC comparativa? Resposta ANVISA: A quantidade de 25% a mnima necessria para identificar com preciso a reduo ou aumento no teor de um macronutriente no alimento por meio de anlises laboratoriais e considerando a tolerncia de 20%, fornecida pela RDC n. 360/2003, em relao aos valores de nutrientes declarados na rotulagem. 22
41. Por que exigido que o alimento de referncia no atenda ao atributo de baixo no nutriente que objeto de uma INC comparativa de reduzido? Resposta ANVISA: Esse critrio foi utilizado a fim de evitar que alimentos com pequenas quantidades de determinado nutriente pudessem realizar uma alegao de reduo sem que ocorresse uma reduo absoluta significativa do nutriente no produto. Sem esse critrio, por exemplo, um alimento com 1g de gordura total por poro poderia realizar uma alegao de reduzido em gordura total com uma reduo insignificante de 0,25 g de gordura, que nesse caso seria equivalente a 25%. 42. Por que as condies para uso de INC comparativa de gorduras saturadas estabelecem que a reduo no deve resultar em um aumento das quantidades de cidos graxos trans? Resposta ANVISA: Essa condio foi desenvolvida a fim de proteger a sade do consumidor e evitar a veiculao de informaes potencialmente enganosas, pois ambos os tipos de gordura aumentam o risco de doenas cardiovasculares quando consumidas em quantidades inadequadas e tecnologicamente um tipo de gordura pode ser utilizado como substituto do outro. 43. Por que no foi permitida uma INC comparativa de gorduras trans? Resposta ANVISA: Durante as discusses do assunto no MERCOSUL, todas as delegaes acordaram que a permisso do uso dessa alegao conflitaria com a Estratgia Global sobre Alimentao, Atividade Fsica e Sade da OMS que recomenda a eliminao desse tipo de gordura da alimentao. No Brasil, a permisso do uso dessa alegao tambm iria de encontro ao disposto nas orientaes do Guia Alimentar da Populao Brasileira e na PNAN do MS. Ora, se as evidncias cientficas demonstram que no existe um limite seguro de consumo de gorduras trans, sendo amplamente recomendada sua eliminao da dieta, no existe uma quantidade que possa ser considerada reduzida e, consequentemente, no faz sentido autorizar o uso de uma alegao de reduzido em gorduras trans. 23
44. Pretendo utilizar uma INC, mas no gostaria de declarar a tabela de informao nutricional. Posso substituir uma informao pela outra? Resposta ANVISA: No. Todo alimento que apresente INC deve conter a declarao da tabela de informao nutricional em consonncia com as regras estabelecidas pela RDC n. 360/2003. 45. Preciso declarar a quantidade do nutriente objeto de uma INC na tabela de informao nutricional? Resposta ANVISA: Sim. A quantidade de qualquer nutriente sobre o qual se faa uma INC deve ser declarada na tabela de informao nutricional. A declarao do nutriente deve seguir as regras estabelecidas na RDC n. 360/2003. No caso de INC sobre acares, a quantidade desse nutriente deve ser indicada na tabela de informao nutricional abaixo da declarao de carboidratos, conforme estabelece o item 3.4.5 da RDC n. 360/2003. No caso de INC sobre gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans ou colesterol, deve ser indicada na tabela de informao nutricional a quantidade de gorduras totais, saturadas, trans, monoinsaturadas, poli-insaturadas e colesterol, conforme estabelece o item 3.4.6 da RDC n. 360/2003. Se a INC for sobre cidos graxos mega 3, 6 ou 9, alm da declarao exigida no item 3.4.6 da RDC n. 360/2003, a declarao das quantidades dos cidos graxos especficos deve ser realizada abaixo de seu respectivo grupo de gorduras. Isso significa que a quantidade de cidos graxos mega 9 deve ser declarada abaixo da quantidade de gorduras monoinsaturadas e as quantidades de cidos graxos mega 3 e 6 devem ser declaradas abaixo da quantidade de gorduras poli-insaturadas. 46. Como deve ser a tabela de informao nutricional de um alimento que necessita de preparo com adio de outros ingredientes e utiliza uma INC? Resposta ANVISA: Nesses casos, alm da declarao da tabela de informao nutricional do alimento tal como exposto venda exigida pela RDC n. 360/2003, a empresa deve declarar adicionalmente a 24
tabela de informao nutricional do alimento pronto para o consumo, conforme instrues de preparo indicadas pelo fabricante. No entanto, os produtos que sejam reconstitudos somente com gua esto excludos dessa obrigatoriedade. 47. Por que exigido um esclarecimento junto INC que baseada em caractersticas inerentes ao alimento? Como deve ser realizado esse esclarecimento? Resposta ANVISA: Essa exigncia visa esclarecer ao consumidor que determinadas propriedades nutricionais alegadas esto presentes em todos os alimentos desse tipo, independente da marca do alimento. Esse esclarecimento deve ser realizado seguido da alegao com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50% do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rtulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informao.
48. No tenho espao no meu painel frontal para realizar o esclarecimento exigido para alimentos com INC baseados em caractersticas inerentes ao alimento. Posso colocar esse esclarecimento em outro local? Resposta ANVISA: No. O esclarecimento deve estar seguido da alegao e atender aos outros critrios estabelecidos. Portanto, se a alegao est no painel principal, o esclarecimento tambm deve estar. Caso no seja possvel realizar o esclarecimento nos moldes exigidos, a INC no pode ser veiculada. 25
49. Posso declarar o esclarecimento exigido para alimentos com INC baseados em caractersticas inerentes ao alimento no sentido vertical, enquanto a INC est em sentido horizontal? Resposta ANVISA: No. A INC e os esclarecimentos exigidos devem estar redigidos no mesmo sentido. A disposio dessas informaes em sentidos diferentes compromete a visibilidade e legibilidade dos esclarecimentos, contrariando, consequentemente, os requisitos estabelecidos na RDC n. 54/2012. 50. A regulamentao de INC se aplica as marcas ou nomes comerciais utilizados nos alimentos? Por qu? Resposta ANVISA: Sim. A RDC n. 54/2012 define que as marcas que faam referncias a atributos e/ou termos relacionados INC, somente podero ser usadas nos alimentos que atenderem aos requisitos estabelecidos para uso da INC. Por exemplo, as marcas ZERO CAL e SUGARFREE s podem ser veiculadas em alimentos que atendam aos critrios para uso das alegaes sem energia e sem acar, respectivamente. Essa previso visa proteger o consumidor de informaes enganosas que possam gerar erro quanto verdadeira composio ou propriedades nutricionais do alimento. Cabe destacar que a legislao sanitria h muito tempo j disciplina o uso de marcas e outras expresses em alimentos. O artigo 21 do Decreto-lei n. 986/1969 e o item 3.1 da RDC n. 259/2002 determinam, por exemplo, que no podem constar na rotulagem de alimentos denominaes, designaes, nomes geogrficos, smbolos, figuras, desenhos ou indicaes que possibilitem interpretao falsa, erro ou confuso quanto origem, procedncia, natureza, composio ou qualidade do alimento, ou que lhe atribuam qualidades ou caractersticas nutritivas superiores quelas que realmente possuem. Assim, a incluso de um dispositivo especfico sobre marcas no escopo da RDC n. 54/2012 foi realizada com o intuito de deixar mais clara a interpretao de que as marcas empregadas nos alimentos tambm devem seguir aos critrios legais gerais desenvolvidos para proteger o consumidor de informaes falsas e enganosas. 26
51. Meu produto possui uma marca que faz referncia a atributos e/ou termos relacionados INC. Quais critrios da RDC n. 54/2012 devo atender para utilizar essa marca? Resposta ANVISA: A empresa que pretende utilizar uma marca que faz referncia a atributos e/ou termos relacionados INC, deve atender a todos os critrios de composio e de rotulagem exigidos para o atributo ou termo relacionado. Alm disso, nestes casos a declarao da INC ser obrigatria a fim de informar adequadamente ao consumidor sobre a propriedade nutricional que est relacionada marca. Por exemplo, a marca ZERO CAL s pode ser utilizada se o produto contiver no mximo 4 kcal por poro, ou no caso de pratos preparados, por 100 g ou ml. A empresa tambm deve utilizar a alegao sem calorias ou outra equivalente que esteja autorizada. Ademais, se essa for uma caracterstica inerente a produtos de mesma natureza, a empresa deve incluir esse esclarecimento na rotulagem atendendo aos critrios estabelecidos. No caso da marca DHA, o alimento deve atender a pelo menos o atributo fonte de mega 3, considerando o limite exigido para a soma de EPA e DHA. Assim, o produto deve conter no mnimo 40 mg da soma de EPA e DHA por poro, ou no caso de pratos preparados, por 100 g ou ml. A empresa tambm deve utilizar a alegao fonte de mega 3 ou outra equivalente que esteja autorizada e incluir a declarao desse nutriente na tabela nutricional (vide resposta da pergunta 45). Ademais, se essa for uma caracterstica inerente a produtos de mesma natureza e/ou se o produto no for baixo ou reduzido em gordura saturada, a empresa deve incluir os respectivos esclarecimento na rotulagem atendendo aos critrios estabelecidos. 52. Importo um produto que tem a marca LIGHT, mas que no atende ao critrio exigido pela RDC n. 54/2012 para uso dessa expresso. O que devo fazer? Resposta ANVISA: Nos casos em que existam textos em outros idiomas relacionados com a INC que no cumpram com o estabelecido na RDC n. 54/2012, estes no devem estar visveis no rtulo. Assim, a empresa deve ocultar essa informao, sendo permitido o uso de uma etiqueta complementar para tal finalidade. 27
53. Por que no posso mais utilizar a alegao LIGHT em alimentos que atendam ao atributo baixo em determinado nutriente? Terei que parar de fabricar meu produto? Resposta ANVISA: As razes que levaram a alterao dos critrios para uso da alegao light esto explicadas na resposta da pergunta 14. O prazo para adequao dos produtos foi esclarecido na resposta da pergunta 5. Aps esse prazo, os alimentos que no atenderem aos critrios estabelecidos na RDC n. 54/2012 no podero mais ser comercializados com a alegao light. Isso no significa que as empresas sero exigidas a parar de fabricar esses produtos, apenas tero que adequar a rotulagem dos mesmos a fim de no veicular mais essa alegao. 54. No posso mais utilizar termos em ingls para expressar as propriedades nutricionais do meu alimento? Por qu? Resposta ANVISA: O novo regulamento tcnico exige que a INC esteja redigida no idioma oficial do pas de consumo, ou seja, em portugus. Portanto, INC em outros idiomas devem ser traduzidas. O nico termo em ingls autorizado para uso em alimentos comercializados no Brasil o termo LIGHT. No entanto, o uso dessa expresso requer informaes complementares sobre a quantidade que foi reduzida do nutriente ou valor energtico, permitindo que o consumidor tenha acesso a uma informao completa e padronizada. Cabe ressaltar, no entanto, que tal determinao no impede que na rotulagem existam termos em outros idiomas relacionados com a INC, desde que cumpridos os critrios para uso da INC estabelecidos na RDC n. 54/2012. 55. Posso utilizar o termo calorias quando for realizar uma INC absoluta ou comparativa sobre o valor energtico do meu alimento? Resposta ANVISA: Sim. O regulamento tcnico estabelece que os termos calorias, kilocalorias ou kcal podem ser utilizados como sinnimos do termo valor energtico para fins de uma INC. 28
56. Nas condies para uso de INC sobre acares fica estabelecido que no so permitidas alegaes sobre acares especficos. Isso quer dizer que no posso utilizar a alegao de que meu alimento isento de lactose? Resposta ANVISA: Inicialmente, esclarecemos que a alegao sem lactose nunca foi permitida para uso em alimentos pela regulamentao de INC. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 permitia apenas o uso de INC para acares, que segundo a legislao vigente de rotulagem nutricional so os acares totais do produto. A RDC n. 360/2003 define acares como: todos os monossacardeos e dissacardeos presentes em um alimento que so digeridos, absorvidos e metabolizados pelo ser humano. No incluem os poliis. Tal situao foi mantida com a publicao da RDC n. 54/2012, pois todos os membros do MERCOSUL entenderam que alegaes para acares especficos, incluindo sem lactose, so relevantes apenas para indivduos que apresentam doenas ou alteraes metablicas e fisiolgicas, como a intolerncia lactose e a galactosemia e, portanto, deveriam ser regulamentadas no contexto dos alimentos para fins especiais e no como INC. Alm de respaldada cientificamente, essa abordagem est alinhada com a forma como o assunto tratado no mbito internacional, segundo o Codex Alimentarius. Portanto, o uso de alegaes de contedo de lactose em alimentos para fins especiais ou em alimentos de consumo regular que por natureza sejam isentos de lactose deve ser tratada por meio da regulamentao de alimentos para fins especiais, ou seja, a partir da reviso da Portaria SVS/MS n. 29/1998. 57. Essa situao no coloca em risco os consumidores com intolerncia lactose ou galactosemia? Como o consumidor pode ser informado? Resposta ANVISA: O uso de alegaes de contedo de lactose em alimentos no considerado imprescindvel para que os consumidores com intolerncia lactose ou galactosemia identifiquem os alimentos mais adequados para compor sua alimentao, pois existe uma categoria especfica de alimentos para fins especiais para dietas com restrio de lactose. 29
Alm disso, a regulamentao da rotulagem de alimentos exige que os rtulos dos produtos tragam a lista de ingredientes, o que permite aos consumidores identificar se existe a adio de lactose e derivados lcteos. As empresas tambm podem declarar a quantidade de lactose presente no produto na tabela de informao nutricional, abaixo da declarao dos carboidratos e dos acares, conforme autorizado pela RDC n. 360/2003. Tal atitude permite que os consumidores tenham acesso ao contedo de lactose no produto. 58. Por que devo incluir a informao de que meu alimento no baixo ou reduzido em energia quando realizo uma INC sobre acares? Resposta ANVISA: Esse esclarecimento exigido quando for realizada uma INC sobre acares (baixo, no contm, sem adio de ou reduzido) e o alimento no atender aos critrios estabelecidos para baixo ou reduzido em valor energtico. Seu propsito evitar que o consumidor seja enganado sobre as verdadeiras propriedades nutricionais do produto, pois a informao de que o produto possui caractersticas especficas sobre seu contedo de acares pode levar ao entendimento de que o mesmo sofreu alterao no seu contedo energtico, o que nem sempre ocorre. 59. Meu alimento atende aos critrios de composio para uso da alegao sem acares. Utilizo na sua formulao maltodextrina, amido e fcula. Preciso incluir na declarao da lista de ingredientes a nota indicando que esses ingredientes no fornecem quantidades significativas de acares? Resposta ANVISA: No. Os ingredientes maltodextrina, amido e fcula, embora contenham naturalmente pequenas quantidades de acares, no so entendidos como alimentos com acares. Portanto, no caso citado no necessrio declar-los na lista de ingredientes com a nota de esclarecimento. A presena da nota de esclarecimento seria obrigatria se o produto com a alegao de sem acares tivesse em sua composio ingredientes reconhecidos pela presena de acares, tais como frutas ou mel. 30
60. Apesar de no adicionar acares na elaborao do meu alimento, o mesmo contm acares que esto naturalmente presente em seus ingredientes. Nesse caso posso utilizar a alegao sem adio de acares? Resposta ANVISA: Depende. Para utilizar a alegao sem adio de acares, devem ser atendidos diversos critrios. Primeiramente, o produto no pode conter acares adicionados. Isso significa que o produto no pode ter adio de ingredientes compostos por mono ou dissacardeos, tais como: sacarose, lactose, glicose, xarope de glicose, acar invertido etc. Os ingredientes adicionados ao produto tambm no podem ter acares adicionados. Isso significa que se o produto tiver adio de ingredientes compostos, esses no podem ter sido adicionados de mono ou dissacardeos. Por exemplo, um alimento que tem adio de um preparado de frutas composto por frutas desidratadas, gua e acar invertido no pode trazer a alegao sem adio de acares. O alimento tambm no pode ter a adio de ingredientes que contm naturalmente acares e que tenham sido adicionados para fornecer sabor doce. Por exemplo, alimentos adoados com suco integrais de fruta e mel no podem trazer essa alegao. Outro critrio exige que o processamento do alimento no aumente o contedo de acares presentes no produto final. Por exemplo, um produto que tenha adio de amido e utilize enzimas para converter parte desse amido em acares no pode conter essa alegao. Alm disso, o alimento de referncia deve ser elaborado com acares adicionados. Isso significa que essa alegao no permitida em alimentos que no so tipicamente preparados com adio de acares. Caso todos esses requisitos sejam atendidos, mas o produto no atenda ao atributo no contm acares em funo da presena de acares naturalmente presentes em seus ingredientes, a empresa pode realizar a INC de sem adio de acares desde que declare junto INC a frase contm acares prprios dos ingredientes com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50% do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rtulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informao. 31
61. No processo de fabricao de um produto fermentado, o acar adicionado totalmente transformado ou eliminado, no restando acares adicionados no produto final. Posso utilizar a alegao de sem adio de acares nesse alimento? Resposta ANVISA: Os critrios estabelecidos pela RDC n. 54/2012 exigem que o alimento no contenha acares adicionados ou ingredientes que contenham acares adicionados, no existindo qualquer exceo para as situaes nas quais o acar adicionado seja transformado ou eliminado de alguma forma. Assim, o uso da alegao sem adio de acares no permitida para nessa situao. 62. Para realizar a alegao de sem adio de acares exigido que o alimento de referncia seja normalmente elaborado com acares adicionados. Isso significa que um alimento inovador que no possui um alimento de referncia no pode veicular essa INC? Resposta ANVISA: Sim. No caso de no existir o alimento de referncia no se pode utilizar essa INC, pois a exigncia estabelecida no seria atendida. Assim, nesse caso a empresa no pode veicular alegaes de sem adio de acares na rotulagem de seu produto, mesmo que os outros requisitos sejam atendidos. 63. Por que devo incluir a informao de que meu alimento no baixo ou reduzido em energia quando realizo uma INC sobre gorduras totais? Resposta ANVISA: Esse esclarecimento exigido quando for realizada uma INC sobre gorduras totais (baixo, no contm ou reduzido) e o alimento no atender aos critrios estabelecidos para baixo ou reduzido em valor energtico. Seu propsito evitar que o consumidor seja enganado sobre as verdadeiras propriedades nutricionais do produto, pois a informao de que o produto possui caractersticas especficas sobre seu contedo de gorduras totais pode levar ao entendimento de que o mesmo sofreu alterao no seu contedo energtico, o que nem sempre ocorre. 32
64. Por que as condies para uso das alegaes baixo e no contm gorduras saturadas ficaram atreladas ao atendimento do atributo no contm gorduras trans? Resposta ANVISA: Essas condies ficaram relacionadas a fim de proteger a sade do consumidor e evitar a veiculao de informaes potencialmente enganosas, pois ambos os tipos de gordura aumentam o risco de doenas cardiovasculares quando consumidas em quantidades inadequadas e tecnologicamente um tipo de gordura pode ser utilizado como substituto do outro. 65. Por que o critrio para uso da alegao no contm gorduras saturadas utilizou o limite mximo de 0,1 g quando a RDC n. 360/2003 define como quantidade no significativa de gorduras saturadas o valor de 0,2 g? Resposta ANVISA: Um limite mximo mais restritivo para o uso da alegao sem gorduras saturadas foi utilizado com o intuito de proteger a sade do consumidor, pois esse tipo de gordura aumenta o risco de doenas cardiovasculares. Alm disso, esse limite foi escolhido como forma de evitar a veiculao de informaes potencialmente enganosas, garantindo que o limite mximo adotado para essa alegao representasse uma quantidade muito baixa, especialmente em virtude do critrio de pores pequenas no ter sido adotado para as alegaes relacionadas ao atributo no contm, conforme explicado na resposta da pergunta 27. 66. Tal situao no representa um conflito com o disposto na RDC n. 360/2003? Que valor devo utilizar como no significativo para gorduras saturadas na declarao desse nutriente na tabela de informao nutricional? Resposta ANVISA: Entendemos que tal situao pode gerar confuso e que em virtude de se tratar de dois regulamentos sobre rotulagem nutricional seria desejvel que os valores considerados no significativos fossem harmonizados. Essa posio foi inclusive manifestada pela delegao brasileira em inmeras oportunidades durante as discusses no MERCOSUL e foi uma das razes que fundamentou o pedido de reviso do regulamento tcnico sobre rotulagem nutricional obrigatria. 33
No entanto, no existe um conflito, pois um valor mais restritivo para uso de uma alegao no representa uma mudana no valor no significativo de gorduras saturadas que foi aprovado pela RDC n. 360/2003. At mesmo porque a RDC n. 54/2012 contm diversos outros critrios de composio e rotulagem que so exigidos para declarao de uma alegao de sem gorduras saturadas, que no so exigidos pela RDC n. 360/2003 para a declarao de no contm gorduras saturadas na tabela de informao nutricional. Assim, as empresas devem continuar utilizando o valor de 0,2 g de gorduras saturadas por poro como valor no significativo para a declarao da quantidade de gorduras saturadas na tabela de informao nutricional. 67. Por que foi adotado um limite mximo diferente para o uso da alegao no contm gorduras saturadas em leites, leites fermentados e queijos que sejam desnatados? Resposta ANVISA: Durante as discusses no MERCOSUL, foi identificado que o critrio de 0,1 g seria excessivamente restritivo para alguns produtos lcteos desnatados, impossibilitando-os de veicularem as alegaes sem gorduras totais e sem gorduras saturadas. Consequentemente, esses alimentos no poderiam ter essas caractersticas nutricionais destacadas, restringindo o uso dessas alegaes nutricionais para incentivar um maior consumo desses produtos. Claramente, essa situao no estaria alinhada s orientaes do Guia Alimentar da Populao Brasileira e PNAN do MS. Assim, foi acordado que o valor de 0,2 g seria adotado para os produtos em questo por ser tecnologicamente vivel. 68. Por que as condies para uso da alegao sem gorduras trans ficaram atreladas ao atendimento do atributo baixo em gorduras saturadas? Resposta ANVISA: Essas condies ficaram relacionadas a fim de proteger a sade do consumidor e evitar a veiculao de informaes potencialmente enganosas, pois ambos os tipos de gordura aumentam o risco de doenas cardiovasculares quando consumidas em quantidades inadequadas e tecnologicamente um tipo de gordura pode ser utilizado como substituto do outro. 34
69. Por que o critrio para uso da alegao no contm gorduras trans utilizou o limite mximo de 0,1 g quando a RDC n. 360/2003 define como quantidade no significativa de gorduras trans o valor de 0,2 g? Resposta ANVISA: Um limite mximo mais restritivo para o uso da alegao sem gorduras trans foi utilizado com o intuito de proteger a sade do consumidor, pois esse tipo de gordura aumenta o risco de doenas cardiovasculares. Alm disso, esse limite foi escolhido como forma de evitar a veiculao de informaes potencialmente enganosas, garantindo que o limite mximo adotado para essa alegao representasse uma quantidade muito baixa, especialmente em virtude do critrio de pores pequenas no ter sido adotado para as alegaes relacionadas ao atributo no contm, conforme explicado na resposta da pergunta 27. 70. Tal situao no representa um conflito com o disposto na RDC n. 360/2003? Que valor devo utilizar como no significativo para gorduras trans na declarao de sua quantidade na tabela de informao nutricional? Resposta ANVISA: Entendemos que tal situao pode gerar confuso e que em virtude de se tratar de dois regulamentos sobre rotulagem nutricional seria desejvel que os valores considerados no significativos fossem harmonizados. Essa posio foi inclusive manifestada pela delegao brasileira em inmeras oportunidades durante as discusses no MERCOSUL e foi uma das razes que fundamentou o pedido de reviso do regulamento tcnico sobre rotulagem nutricional obrigatria. No entanto, no existe um conflito, pois um valor mais restritivo para uso de uma alegao no representa uma mudana no valor no significativo de gorduras trans que foi aprovado pela RDC n. 360/2003. At mesmo porque a RDC n. 54/2012 contm diversos outros critrios de composio e rotulagem que so exigidos para declarao de uma alegao de sem gorduras trans, que no so exigidos pela RDC n. 360/2003 para a declarao de no contm gorduras trans na tabela de informao nutricional. 35
Assim, as empresas devem continuar utilizando o valor de 0,2 g de gorduras trans por poro como valor no significativo para a declarao de sua quantidade na tabela de informao nutricional. 71. Por que no foram definidos critrios para o uso da alegao baixo em gorduras trans? Resposta ANVISA: Durante as discusses no MERCOSUL, todas as delegaes acordaram que a permisso do uso dessa alegao conflitaria com a Estratgia Global sobre Alimentao, Atividade Fsica e Sade da OMS que recomenda a eliminao desse tipo de gordura da alimentao. No Brasil, a permisso do uso dessa alegao tambm iria de encontrado ao disposto nas orientaes do Guia Alimentar da Populao Brasileira e na PNAN do MS. Assim, se as evidncias cientficas demonstram que no existe um limite seguro de consumo de gorduras trans, sendo amplamente recomendada sua eliminao da dieta, e que no existe uma quantidade que possa ser considerada baixa, consequentemente, no seria coerente autorizar o uso de uma alegao de baixo em gorduras trans. 72. Por que foram desenvolvidas alegaes de contedo para mega 3, 6 e 9? Resposta ANVISA: As recomendaes internacionais e nacionais apontam para a importncia de alterar o padro de consumo de gorduras, eliminando o consumo de gorduras trans, reduzindo o consumo de gorduras saturadas e aumentando o consumo de gorduras insaturadas. Assim, essas novas alegaes permitem que os consumidores sejam informados sobre a presena desses cidos graxos nos alimentos, utilizando essas informaes na seleo de alimentos mais saudveis. Essas novas alegaes tambm podem estimular a reformulao e desenvolvimento de produtos industrializados mais adequados nutricionalmente.
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73. No caso de INC sobre cidos graxos mega 3, 6 ou 9, posso utilizar apenas os termos mega 3, 6 ou 9 sem declarar os termos cidos graxos? Resposta ANVISA: Sim. A empresa pode optar por utilizar qualquer uma das duas alternativas para expresso das alegaes de fonte ou alto teor desses nutrientes, desde que os critrios de composio e rotulagem estabelecidos na Resoluo RDC n. 54/2012 sejam atendidos. 74. Por que devo incluir a informao de que meu alimento no baixo ou reduzido em gorduras saturadas quando realizo uma INC sobre mega 3, 6 ou 9? Resposta ANVISA: Esse esclarecimento exigido quando for realizada uma INC sobre cidos graxos mega 3, 6 ou 9 (fonte ou alto teor) e o alimento no atender aos critrios estabelecidos para os atributos baixo ou reduzido em gorduras saturadas. Seu propsito evitar que o consumidor seja enganado sobre as verdadeiras propriedades nutricionais do produto, pois a informao de que o produto possui caractersticas especficas sobre seu contedo de cidos graxos mega 3, 6 ou 9 pode levar ao entendimento de que o mesmo no possui uma quantidade significativa de gorduras saturadas, o que nem sempre ocorre. 75. A Resoluo RDC n. 54/2012 proibiu a utilizao da alegao sem colesterol nos leos vegetais? Resposta ANVISA: Para utilizar qualquer INC necessrio o atendimento dos respectivos requisitos de composio e rotulagem estabelecidos pela Resoluo RDC n. 54/2012. O uso da alegao sem colesterol em leos vegetais requer o atendimento de quatro requisitos de composio: (1) Contedo de colesterol menor ou igual a 5 mg em 13 ml; (2) Contedo de gorduras saturadas menor ou igual a 1,5 g em 50ml; (3) A energia de gorduras saturadas no pode ultrapassa 10% do valor energtico total do leo; e (4) Contedo de gorduras trans no pode ser superior a 0,1 g em 13 ml. 37
Embora os leos vegetais atendam aos requisitos (1) e (4) e alguns leos vegetais atendam ao requisito (3), nenhum leo atende ao requisito (2), referente ao contedo mximo de gorduras saturadas no produto. Assim, o uso dessa alegao em leos vegetais no possvel. 76. Por que as condies para uso das alegaes baixo e no contm colesterol ficaram atreladas ao atendimento do atributo baixo em gorduras saturadas? Resposta ANVISA: Essas condies ficaram relacionadas a fim de proteger a sade do consumidor e evitar a veiculao de informaes potencialmente enganosas, pois o consumo de gorduras saturadas e trans (ambos possuem limites para o atributo baixo em gorduras saturadas) mais relevante como fator de risco para doenas cardiovasculares, do que o consumo de colesterol. 77. Por que os limites mximos de sdio para uso das alegaes baixo e muito baixo em sdio foram reduzidos em relao Portaria SVS/MS n. 27/1998? Resposta ANVISA: Esses limites foram reduzidos em funo das recomendaes nacionais e internacionais que apontam para a necessidade de reduo do consumo de sdio e considerando os esforos que vem sendo realizados para reduo das quantidades desse nutriente nos alimentos industrializados. Foi verificado tambm que os limites anteriores poderiam levar a situaes potencialmente enganosas nas quais alimentos que reconhecidamente possuem um elevado teor de sdio poderiam realizar alegaes de baixo contedo. 78. Por que foi permitido o uso da alegao sem adio de sal? Resposta ANVISA: As recomendaes internacionais e nacionais apontam para a importncia de reduzir o consumo de sdio cuja principal fonte na alimentao o sal. Assim, essa nova alegao permite que os consumidores sejam informados sobre a no utilizao desse ingrediente na elaborao dos alimentos e utilizem essa informao na seleo de alimentos mais saudveis. 38
Essa alegao tambm pode estimular a reformulao e desenvolvimento de produtos industrializados mais adequados nutricionalmente. 79. No adiciono sal (cloreto de sdio) no meu alimento, mas o mesmo tem a adio de aditivos alimentares autorizados que contm sdio. Nesse caso posso utilizar a alegao sem adio de sal? Resposta ANVISA: No. Para utilizar a alegao sem adio de sal, devem ser atendidos diversos critrios. Inicialmente, cabe destacar que, embora a alegao seja em relao a no adio de sal, o nutriente de preocupao nesse caso o sdio. Assim, o primeiro requisito o de que o produto no pode conter sal adicionado. Isso significa que o produto no pode ter adio de cloreto de sdio. Adicionalmente, o alimento no pode conter outros sais de sdio adicionados ou ingredientes que contenham sais de sdio adicionados. Tais requisitos foram desenvolvidos para evitar o uso de qualquer outro sal de sdio, independente de sua funo ou finalidade, pois essa adio aumenta o contedo de sdio do alimento. Assim, alimentos que tenham o uso de aditivos contendo sdio no podem veicular a alegao sem adio de sal, mesmo que no tenham sido adicionados de cloreto de sdio. Alm disso, o alimento de referncia deve ser elaborado com adio de sal ou qualquer outro sal de sdio. Por exemplo, no se permite o uso dessa alegao em alimentos que no sejam tipicamente preparados com a adio de sal ou outros sais de sdio. 80. Por que nas condies para uso de INC sobre fibras alimentares fica estabelecido que no so permitidas alegaes sobre fibras alimentares especficas? Resposta ANVISA: Durante as discusses no MERCOSUL, foi observado que o uso de alegaes de contedo para fibras especficas tinha relao direta com a veiculao de alegaes sobre os benefcios especficos dessas fibras no organismo. 39
Assim, foi acordado que essas alegaes no seriam regulamentadas como INC, sendo tratadas internamente pelos pases por meio da regulamentao de alegaes de propriedades funcionais e ou de sade. 81. Por que foram desenvolvidos critrios relacionados qualidade proteica para o uso de INC sobre protenas? Resposta ANVISA: Vide resposta da pergunta 14. 82. Posso realizar uma INC para uma vitamina ou mineral que no possui IDR? Resposta ANVISA: No. A RDC n. 54/2012 estabelece que somente podem ser objeto de INC aquelas vitaminas e minerais para os quais esteja estabelecido um valor de IDR na regulamentao Mercosul correspondente, ou seja, na RDC n. 360/2003. 83. Quais valores de IDR devem ser utilizados para fins de INC, aqueles presentes no anexo A da RDC n. 360/2003 ou os constantes da RDC n. 269/2005? Resposta ANVISA: As nicas IDR que so aplicveis rotulagem nutricional dos alimentos so aquelas previstas no anexo A da RDC n. 360/2003. Segundo o item 2.1 da RDC n. 360/2003, a rotulagem nutricional compreende a declarao do valor energtico e de nutrientes (informao nutricional obrigatria) e a declarao de propriedades nutricionais (INC). Assim, tanto para o clculo do %VD como para o uso de INC em alimentos destinados a pessoas maiores de 3 anos, as empresas devem utilizar como base o Anexo A da RDC n. 360/2003. Alm disso, essa a nica regulamentao que possui valores de IDR que esto harmonizados no MERCOSUL. Desta forma, para realizao de INC sobre vitaminas e minerais devem ser observados unicamente os valores de IDR constantes do anexo A da RDC n. 360/2003. 84. Qual a diferena entre a RDC n. 54/2012 e a Portaria SVS/MS n. 31/1998? Resposta ANVISA: A RDC n. 54/2012 um regulamento de rotulagem e no abrange a adio de vitaminas e minerais em alimentos. Essa resoluo estabelece apenas os critrios de composio e 40
rotulagem que devem ser atendidos por um alimento para que possa ser utilizada determinada INC. Quando um alimento atender aos requisitos estabelecidos para uso de determinada INC, a empresa pode optar por utilizar essa informao em sua rotulagem. A possibilidade de adio de vitaminas e minerais nos alimentos regulamentada pela Portaria SVS/MS n. 31/1998, que estabelece os critrios gerais para esse procedimento. Esse regulamento determina que a adio realizada de forma voluntria deve estar baseada no objetivo de reforar o valor nutricional do alimento de forma a garantir que o nutriente adicionado no esteja presente em concentraes que impliquem em ingesto excessiva ou insignificante do nutriente, considerando as quantidades derivadas de outros alimentos da dieta e as necessidades do consumidor a que se destina. As quantidades de vitaminas e minerais adicionadas tambm no podem alcanar valores teraputicos no alimento. Portanto, a adio de vitaminas e minerais no deve ser baseada na finalidade de utilizar uma INC, mas de reforar o valor nutricional do alimento levando em considerao os princpios bsicos definidos na Portaria SVS/MS n. 31/1998. Quando a adio realizada nesse contexto permitir que o alimento atenda aos critrios de composio estabelecidos na RDC n. 54/2012 para uso de uma INC, o fabricante pode optar em utilizar essa informao no produto. 85. Quais as penalidades podem ser aplicadas aos fabricantes que no cumprirem a Resoluo RDC n. 54/2012? Resposta ANVISA: O descumprimento das disposies contidas na Resoluo RDC n. 54/2012 constitui infrao sanitria, nos termos da Lei n. 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuzo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabveis. As penalidades previstas para fabricantes que rotulam seus alimentos em desacordo com as normas legais e regulamentares esto previstas no inciso XV do artigo 10 da Lei n. 6.437/1977 e incluem: advertncia, inutilizao, interdio e ou multa.
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86. Como devo proceder para utilizar uma INC em alimentos em cpsulas, tabletes e comprimidos e em outros alimentos cuja indicao de consumo seja em doses? Resposta ANVISA: Destaca-se que a RDC n. 54/2012 passou a exigir que os critrios para uso de INC da maioria dos alimentos fossem calculados com base na poro do alimento. Nesse sentido, para o uso de INC em alimentos em cpsulas, tabletes e comprimidos e em outros alimentos cuja indicao de consumo seja em doses, deve-se utilizar como base de clculo para atendimento de uma INC a recomendao diria indicada pelo fabricante. Alm disso, considerando que muitos desses produtos possuem recomendao diria indicada pelo fabricante menor ou igual a 30 g ou 30 ml, o critrio para poro pequena estabelecido para uso dos atributos baixo e muito baixo tambm deve ser aplicado para esse tipo de alimento. 87. A Portaria SVS/MS n. 27/1998 estabelecia que para cumprir algum atributo previsto no regulamento de INC, era permitida a substituio de ingredientes e ou a alterao dos parmetros estabelecidos nos Padres de Identidade e Qualidade. Essa previso no consta da RDC n. 54/2012. Por que isso ocorreu? Resposta ANVISA: Durante as discusses sobre a harmonizao do regulamento sobre INC no mbito do MERCOSUL, a delegao brasileira discutiu amplamente a necessidade de uma regulamentao que abordasse as situaes dos alimentos com modificaes nutricionais para fins de uma INC e que por esse motivo no atendessem mais os parmetros estabelecidos em seus RT especficos. Porm, as demais delegaes manifestaram que a regulamentao de modificaes nutricionais em alimentos estava fora do escopo da regulamentao da INC, pois esta trata de rotulagem de alimentos e no dos seus parmetros de identidade e qualidade. A delegao brasileira concordou com essa observao e props, ento, a elaborao e harmonizao no MERCOSUL de um RT especfico sobre alimentos nutricionalmente modificados. No entanto, a tentativa de discusso dessa proposta tambm no teve xito, pois as demais delegaes manifestaram que essa regulamentao traria incompatibilidades com suas legislaes internas. 42
Assim, o tema foi excludo da discusso sob a ressalva de que cada pas deveria realizar o gerenciamento interno das questes necessrias para garantir a adequada implantao do regulamento sobre INC. 88. Isso significa que as empresa no podero mais realizar modificaes nutricionais em alimentos padronizados para realizar uma INC? Resposta ANVISA: Inicialmente, cabe destacar que a retirada desse texto da nova regulamentao no impacta a maioria dos alimentos, mas apenas aqueles que venham a ter alegaes nutricionais que requeiram modificaes de composio a ponto de fazer com que a nova verso do produto no atenda mais os parmetros de identidade e qualidade estabelecidos em seu RT. A RDC n. 54/2012 prev vrios tipos de alegaes nutricionais e muitas dessas alegaes podem ser realizadas por alimentos que tenham RT que estabeleam limites de nutrientes sem a necessidade de qualquer de modificao nutricional. De qualquer forma, com o intuito de no inviabilizar modificaes nutricionais em alimentos padronizados para fins de INC, a ANVISA publicou a RDC n. 3/2013, que dispe sobre modificaes na composio de alimentos padronizados para uso de INC, estabelecendo os critrios que devem ser observados por esses produtos. Para maiores informaes sobre esse regulamento tcnico, favor consultar o documento de Perguntas e Respostas sobre Modificaes Nutricionais em Alimentos Padronizados para Uso de INC. 89. Os alimentos infantis podem conter INC? Resposta ANVISA: Inicialmente, importante esclarecer que, de acordo com a legislao brasileira, alimentos infantis so aqueles destinados a lactentes (0 a 12 meses) e ou crianas de primeira infncia (crianas de 1 a 3 anos). No h na legislao brasileira alimentos infantis para outras faixas etrias. A legislao brasileira prev as seguintes categorias de alimentos infantis: a) Frmulas infantis, que so regulamentadas pelas Resolues RDC n. 43, 44 e 45/2011. 43
b) Alimentos de transio para lactentes e crianas de primeira infncia, que so regulamentados pela Portaria n. 34/1998. c) Alimentos base de cereais para alimentao infantil, que so regulamentados pela Portaria n. 36/1998. As Resolues RDC n. 43, 44 e 45/2011 probem a veiculao de INC. Dessa forma, nenhum tipo de frmula infantil pode utilizar esse tipo de alegao. Considerando que as Portarias n. 34 e 36/1998 no probem explicitamente o uso de INC e que a Portaria n. 29/1998 prev o uso de INC nos alimentos para fins especiais de modo geral, entende-se que os alimentos de transio para lactentes e crianas de primeira infncia e aqueles base de cereais para alimentao infantil poderiam usar INC. Nesses casos, poderiam ser usadas as IDRs especficas previstas na RDC n. 269/2005 no clculo para uso de INC de vitaminas e minerais, uma vez que esses alimentos so destinados a indivduos menores de 3 anos. De forma complementar, destaca-se que o Informe Tcnico n. 36, publicado no portal da ANVISA em 27 de junho de 2008 orienta que o clculo do %VD para esses alimentos tambm deve ser calculado com base nas IDRs especficas previstas na RDC n. 269/2005. 90. Os alimentos para nutrio enteral podem utilizar INC? Qual base deve ser utilizada para verificar se meu produto atende aos critrios estabelecidos na RDC n. 54/2012? Resposta ANVISA: Conforme explicado em maiores detalhes na resposta da pergunta 15, os alimentos para nutrio enteral podem utilizar INC, pois tanto a Portaria SVS/MS n. 29/1998, que trata de alimentos para fins especiais, quanto a Resoluo n. 449/1999, que aprova o regulamento tcnico sobre alimentos para nutrio enteral, permitem a veiculao desse tipo de informao desde que sejam atendidos os critrios estabelecidos no regulamento tcnico sobre INC. A anlise do atendimento aos critrios de composio estabelecidos na RDC n. 54/2012 deve ser realizada por 100 ml do alimento pronto para o consumo, pois em funo das caractersticas de composio e de finalidade de uso desses produtos as regras estabelecidas na RDC n. 359/2003 para definio do tamanho da poro no so aplicveis. 44
Cabe esclarecer que a Resoluo n. 449/1999 est em processo de reviso e que a inteno proibir o uso de INC nesses alimentos, pois esto sendo elaboradas alegaes especficas para esses produtos mais adequadas s suas caractersticas de composio e de uso e alinhadas s terminologias empregadas na prtica clnica. No entanto, at que a Resoluo n. 449/1999 seja revogada e a nova regulamentao publicada, o uso de INC nos alimentos para nutrio enteral permitido desde que atendidos os critrios da RDC n. 54/2012.