O documento descreve diferentes tipos de fornos usados no processo de fundição de metais, incluindo fornos cubilô, de reverberação e de crisol. O forno cubilô é utilizado principalmente na fundição de ferro e consiste em um cilindro vertical com canais de ventilação onde o coque é queimado, fundindo o ferro. Já o forno de reverberação utiliza a radiação térmica para fundir o metal sem contato direto com o carvão. O forno de crisol permite fundições de alta qualidade ao evitar contato dos
O documento descreve diferentes tipos de fornos usados no processo de fundição de metais, incluindo fornos cubilô, de reverberação e de crisol. O forno cubilô é utilizado principalmente na fundição de ferro e consiste em um cilindro vertical com canais de ventilação onde o coque é queimado, fundindo o ferro. Já o forno de reverberação utiliza a radiação térmica para fundir o metal sem contato direto com o carvão. O forno de crisol permite fundições de alta qualidade ao evitar contato dos
O documento descreve diferentes tipos de fornos usados no processo de fundição de metais, incluindo fornos cubilô, de reverberação e de crisol. O forno cubilô é utilizado principalmente na fundição de ferro e consiste em um cilindro vertical com canais de ventilação onde o coque é queimado, fundindo o ferro. Já o forno de reverberação utiliza a radiação térmica para fundir o metal sem contato direto com o carvão. O forno de crisol permite fundições de alta qualidade ao evitar contato dos
O documento descreve diferentes tipos de fornos usados no processo de fundição de metais, incluindo fornos cubilô, de reverberação e de crisol. O forno cubilô é utilizado principalmente na fundição de ferro e consiste em um cilindro vertical com canais de ventilação onde o coque é queimado, fundindo o ferro. Já o forno de reverberação utiliza a radiação térmica para fundir o metal sem contato direto com o carvão. O forno de crisol permite fundições de alta qualidade ao evitar contato dos
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Prof.
Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico
Introduo Os processos de fundio dos metais consistem principalmente em aquecer os metais, fundindo-os e preenchendo moldes preparados com este metal lquido. O aquecimento at o ponto de fuso feito em fornos de fuso. Podem ser de diferentes tipos, segundo o metal e a qualidade das peas que deseja fundir. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Tipos de Fornos Entre os principais tipos de fornos utilizados para a fundio esto: Fornos Cubil Fornos de Reverberao Fornos de Crisol Fornos Eltricos a Arco Fornos Eltricos por Induo Fornos Eltricos pro Resistncia Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Tipos de Fornos Fornos Cubil Fundio de Ferro Fornos de Reverberao Fundio do Ao Fornos de Crisol Fundio do Ferro, do Ao, das Ligas Leves e das Ligas de Cobre Fornos Eltricos a Arco Fundio do Ferro e do Ao Fornos Eltricos por Induo Fundio das Ligas Leves Fornos Eltricos pro Resistncia Fundio de toda classe de metais Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Utilizado na maioria das fundies de ferro. Forno de cuba vertical Cilindro de placas de ferro com revestimento refratrio Crisol: parte inferior, onde se deposita o Ferro Fundido. Caixa de vento: alimentao do ar necessrio para a combusto do carvo. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Ar soprado com presso entre 0,03 e 0,10 kg/cm, controlado por manmetros. Garantir boa temperatura e fluidez do metal lquido. Correto fluxo de ar para elevao da temperatura atravs da combusto completa do carvo. Excesso de ar acarreta resfriamento do ferro lquido nos canais. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil O ferro fundido depositado entre os canais e a placa de fundo, na parte inferior do cubil, permanecendo as escrias sobre a superfcie do ferro lquido. A escria evacuada por orifcio adequado: escoriador. Evita que as escrias alcanem os canais, provocando sua obstruo. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Na parte superior existe uma abertura chamada alapo, onde introduzida toda a matria-prima para a fundio do ferro. Ferro fundido Sucata Coque Calcrio Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Acima do alapo termina o forno na chamin, por onde ocorre a exausto dos gases produzidos pela combusto do carbono entre outros. Cmara de Fagulhas: evitar a sada destas para o exterior e consequentemente incndios. Cortina de gua: eliminar completamente as fagulhas. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Desvantagem: No consegue grande quantidade de ferro fundido em uma nica vez, pois precisa esperar o enchimento do crisol para cada vazamento, proporcionando uma marcha irregular de produo. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Soluo: Instalao de antecrisol: O ferro fundido no cubil passa imediatamente para um crisol externo. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Funcionamento: Pr aquecimento do forno com queima de lenha no crisol: eliminar umidade que pode danificar o refratrio. Carregamento de coque at 1m acima dos canais de ventilao aproximadamente. Coque duro, denso e resistente para evitar fragmentao e queima rpida. (Carbono fixo: 90% mn. Cinzas: 10% mx. Enxofre: 1% mx.) Carrega-se o ferro, com camadas alternadas de coque e fundente: formao de escrias fluidas. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Funcionamento: O Coque se queima com o ar projetado pelo ventilador, fundindo o ferro, que goteja no crisol. A zona de coque no pode estar baixa, evitando a proximidade da zona de fuso do ferro com os canais de ventilao: oxidao do metal e aumento do enxofre. O aumento de xido de ferro na escria diminui sua eficincia. Abre-se o alvado ou orifcio de vazamento, at ento fechado com tampo de argila. (80% de argila refratria, 20% p de carvo) Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno Cubil Formao de escria: CaCO3 + calor = CaO + CO2 CaO+SiO2=CaSiO3 (escria) Dessulfurao: FeS + Na2CO3 = Na2S + FeO + CO2 Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Reverberao Nesses fornos o carvo no est em contato com o metal, logo no se produz um aumento no teor de carbono no ferro. Utilizado para ferros fundidos com baixo teor de carbono (2,0-2,5%) e na fundio de bronze. Utilizado para fundir peas de grandes dimenses. Calefao feita a partir de hulha (60-80%C), carvo pulverizado, petrleo, leo diesel ou gs. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Reverberao 1. Lareira. 2. Laboratrio: Fuso do metal. Ocorre pela reverberao da chama de gs pela abbada, aquecendo o metal. 3. Altar: Separa o laboratrio da lareira. 4. Sada dos gases. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Reverberao Consiste em uma lareira revestida de ladrilhos refratrios, separadas da soleira ou laboratrio onde se encontra o metal por um muro chamado altar. A soleira deve ter uma dimenso tal que os gases ao sair pelo alapo ainda tenho temperatura suficiente para fundir o metal. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Reverberao Funcionamento: Combusto incompleta do carvo: CO 2C + O 2 = 2CO Este xido queimado com o ar secundrio insuflado, completando a reao: 2CO + O 2 = 2CO 2 Reao exotrmica, desprendendo calor para o funcionamento do forno. O calor se transmite por radiao, isto, pela reverberao da abbada e as paredes do forno, distribuindo-se pela soleira. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Reverberao Obtm-se temperaturas de 1500 a 1600C Pode ser rotativo, com queimador de combustvel em um extremo e no outro a sada de gases. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Reverberao Reverberao: Ato ou efeito de reverberar. Reflexo da luz ou calor. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Amplamente utilizados para todo tipo de fundies: Fundio de ferro, ao, ligas leves e bronzes. Crisol: recipiente construdo de material refratrio, argila e grafite, que colocado no interior de uma mufla coberta interiormente por ladrilhos refratrios, que se aquece por meio de carvo, gs, leo combustvel, petrleo, etc. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol O combustvel no entra em contato com o metal fundido, de modo que nestes fornos podem ser preparadas fundies de alta qualidade. Atravs de tampas adequadas, capas protetoras de fundentes ou campanas de gases inertes, evita-se tambm o contato dos gases de combusto com o metal lquido, Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Observa-se o crisol C de grafite, sustentado pelo pedestal P, sobre um fundo de revestimento refratrio do forno. A chama do queimador envolve o crisol antes de sair pela chamin superior. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Podem ser basculantes para facilitar o vazamento, ou pode ter o crisol retirado por meio de tenazes adequadas para efetuar o vazamento do metal lquido contido no mesmo. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Abaixo, um tipo de forno de crisol para fuso do bronze. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Neste tipo de forno para bronze a tampa est situada ao nvel do solo. O crisol colocado sobre um queimador, estando totalmente rodeado pelo coque em combusto. Construdo num fosso, de modo que possa se extrair facilmente do crisol o metal fundido, com o auxlio de uma concha. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol O crisol est apoiado por um suporte ou pedestal no fundo do forno, cujo interior est revestido de ladrilhos refratrios Na parte inferior temos o queimador, junto a uma entrada de ar forado, procedente de um ventilador eltrico. A chama sobre entre a parede refratrio e o crisol, saindo pela parte superior do forno. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Desvantagens: Em fornos aquecidos por carvo, deve-se tomar cuidado no armazenamento do coque, para evitar umidade: desprendimento do vapor de gua oxidaria o crisol. Da mesma maneira evita-se o abastecimento do forno com coque de alta granulometria, pois o ar alcanaria a superfcie do crisol, oxidando-a. Em fornos com calefao a leo, a oxidao dos crisis devida frequentemente tambm ao mal funcionamento dos queimadores, ao no pulverizar corretamento o combustvel. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Atmosfera controlada: Neutra: no exerce nenhuma ao sobre o metal fundido, conseguido com a combusto completa, sem excesso de oxignio (difcil de se obter na prtica). Oxidante: excesso de ar, provocando perdas de metal fundido por oxidao. Redutora: Falta de ar, com combusto incompleta do combustvel, produzindo gases redutores, que podem ser absorvidos pelo metal lquido formando porosidades. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Crisol Cuidados: Fuso de Bronze e Lates: evitar a incorporao dos gases redutores com a criao de atmosfera oxidante ao redor do metal. Efetuar a carga com lingotes e sucata que possam se dilatar livremente, evitando a presso sobre as paredes do crisol, rompendo as mesmas. Ligas com muitos fundentes, evitar a incrustrao destes na parede do crisol, tambm mantendo o mesmo livre de dilataes distintas. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Fornos Eltricos Os fornos eltricos podem ser de 3 tipos: A arco Por induo Por resistncia Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Fornos Eltricos Vantagens: Peas fundidas de alta qualidade: controle de composio do produto final, evitando a contaminao. Menos espao para instalao. Operados com maior limpeza e facilidade. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno a Arco Utilizam o calor desenvolvido pela descarga eltrica em forma de arco os eletrodos que so introduzidos no forno. Dois eletrodos: corrente monofsica Trs eletrodos: corrente trifsica Dois eletrodos e a soleira: corrente trifsica Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno a Arco A corrente utilizada muito grande e so conectados a rede de distribuio de alta tenso atravs de transformadores especiais. So construdos normalmente de forma basculante para facilitar o vazamento. Existe tipos de forno com arco entre um eletrodo e a parede do forno, e aps fundir o metal, entre o eletrodo e o banho de metal lquido. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno a Arco Funcionamento: Os eletrodos so baixados at entrar em contato com a carga metlica. Neste momento salta o arco, comeando o aquecimento e a fuso do metal. A partir deste momento, os eletrodos sobem e descem at se formar um depsito de metal lquido debaixo de cada um. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno a Arco Pelo fato de no estar em contato com combustveis, nem gases resultantes da combusto, obtido um metal de boa qualidade, podendo ser mantido o controle de composio qumica mais exato do que em qualquer outro tipo de forno. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Induo Fundio das Ligas Leves Podem ser de baixa ou alta frequncia. Vantagens: Em ambos a fora eletrodinmica produz agitao no banho, obtendo-se um metal homogneo. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Induo Baixa frequncia: Metal fundido se dispem em um cadinho de forma anular, que constitui a espira secundria de um transformador. Pela ao magntica da bobina primria, gera-se na bobina secundria uma correntes de alta intensidade, desenvolvendo o calor necessrio para a fuso do metal. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Induo Alta frequncia: Como no forno de baixa frequncia, a corrente de alta frequncia percorre o a bobina cilndrica em cujo interior est o cadinho, de modo que o metal a ser fundido seja o ncleo percorrido pelo fluxo magntico induzido pela bobina. Pela variao desse fluxo magntico, so geradas correntes que produzem o aquecimento e a fuso do metal. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Induo Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Resistncia Utilizados para a fundio de metais de baixo ponto de fuso, geralmente alumnio e ligas leves, sendo sua capacidade bastante reduzida. So basicamente constitudos de uma mufla de material refratrio com alojamentos para a resistncia (fios de Nquel-Cromo). Na mufla alojado o cadinho de grafite ou metlico. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Resistncia No so muito empregados na fundio, apesar de o fato de o metal no entrar em contato com os combustveis ou gases produzidos pela combusto dos mesmos, produzem peas de boa qualidade. A regulagem de temperatura perfeita por pirmetros e termopares automticos. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico Forno de Resistncia Desvantagem: Consumo elevado de energia. Levam tempo para alcanar a temperatura de fuso. Geralmente exigem reparos ou trocas frequentes de resistncia. Prof. Brenno Ferreira de Souza Engenheiro Metalrgico OBRIGADO! Maro de 2011 [email protected]