Apostila de Microbiologia 01

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DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA

ELABORAO: Wanderson Dantas Ramos




MDULO 01




Microbiologia

A cincia da Microbiologia [do grego: mikros (pequeno), bios (vida) e logos
(cincia)] o estudo dos organismos microscpicos e de suas atividades.
Preocupa-se com a forma, a estrutura, a reproduo, a fisiologia, o metabolismo
e a identificao dos seres microscpicos. Inclui o estudo da sua distribuio
natural, suas relaes recprocas e com outros seres vivos, seus efeitos benficos
e prejudiciais sobre os homens e as alteraes fsicas e qumicas que provocam
em seu meio ambiente.
classicamente definida como a rea da cincia que dedica-se ao estudo de
organismos que somente podem ser visualizados ao microscpio.
o ramo da biologia que estuda os micro-organismos, incluindo eucariontes
unicelulares e procariontes, como as bactrias e fungos.
Estudo dos organismos microscpicos, da vida microscpica. O micro-
organismo o objeto de estudo (morfologia, reproduo (gentica), fisiologia,
taxonomia e suas interaes com o homem, animais, planta, e outros
microrganismos.

Em sua maior parte, a Microbiologia trata com organismos microscpicos
unicelulares. Nas assim chamadas formas superiores de vida, os organismos so
compostos de muitas clulas, que constituem tecidos altamente especializados e rgos
destinados a exercer funes especficas. Nos indivduos unicelulares, todos os
processos vitais so realizados numa nica clula. Independentemente da complexidade
de um organismo, a clula , na realidade, a unidade bsica da vida.
Todas as clulas vivas so basicamente semelhantes. Conforme j foi visto, elas
compem-se de protoplasma (do grego: a primeira substncia formada), um complexo
orgnico coloidal constitudo principalmente de protenas, lipdeos e cidos nucleicos; o
conjunto circundado por membranas limitantes ou parede celular, e todos contm um
ncleo ou uma substncia nuclear equivalente.
Todos os sistemas biolgicos tm as seguintes caractersticas comuns: 1)
habilidade de reproduo; 2) capacidade de ingesto ou assimilao de substncias
alimentares, metabolizando-as para suas necessidades de energia e de crescimento; 3)
habilidade de excreo de produtos de escria; 4) capacidade de reagir a alteraes do
meio ambiente (algumas vezes chamada de "irritabilidade"), e 5) suscetibilidade
mutao.
Os princpios da Biologia podem ser demonstrados atravs do estudo da
Microbiologia, pois os microrganismos tm muitas caractersticas que os tornam
instrumentos ideais para a pesquisa dos fenmenos biolgicos. Os microrganismos
fornecem sistemas especficos para a investigao das reaes fisiolgicas, genticas e
bioqumicas, que so a base da vida. Eles podem crescer, de maneira conveniente, em
tubos de ensaio ou frascos, exigindo, assim, menos espao e cuidados de manuteno do
que as plantas superiores e os animais. Alm disso, crescem rapidamente e se
reproduzem num ritmo muito alto; algumas espcies bacterianas demonstram quase 100
geraes num perodo de 24 horas. Os processos metablicos dos microrganismos
seguem os padres que ocorrem nos vegetais superiores e nos animais. As leveduras,
por exemplo, utilizam a glicose, basicamente do mesmo modo que as clulas dos
tecidos de mamferos, revelando que o mesmo sistema enzimtico est presente nestes
organismos to diversos.



Em Microbiologia pode-se estudar os organismos em grande detalhe e observar
seus processos vitais durante o crescimento, a reproduo, o envelhecimento e a morte.
Modificando-se a composio do meio ambiente, possvel alterar as atividades
metablicas, regular o crescimento e, at alterar alguns detalhes do padro gentico,
tudo sem causar a destruio do microrganismo.
Assim, a microbiologia envolve o estudo de organismos procariticos (bactrias,
archaeas), eucariticos (algas, protozorios, fungos) e tambm seres acelulares (vrus).
Atualmente, a microbiologia, como as demais reas das cincias mdicas, segue
o caminho do DEVE-SE ESPECIALIZAR O MXIMO QUE SE PUDER. Assim,
encontramos os bacteriologistas (especializados em bactrias), os virologistas
(especializados em vrus), os micologistas (especializados em fungos), os ficologistas
(especializados em algas microscpicas) etc.
Muitos microbiologistas estudam a relao entre os micrbios e o homem, os
animais e as plantas. Os microbiologistas mdicos pesquisam o papel dos
microrganismos nas doenas humanas e buscam meios de prevenir e curar tais doenas.
Os microbiologistas especializados em odontologia estudam os patgenos encontrados
na boca, especialmente seu papel na crie dentria e outras doenas bucais. Em
agricultura, os microbiologistas estudam as doenas das plantas, o papel dos
microrganismos na fertilidade do solo, e os prejuzos que os microrganismos causam
produo agrcola. Na indstria, os microbiologistas usam os microrganismos na
fabricao de produtos tais como bebidas alcolicas, antibiticos, cido ctrico e
vitamina C. Os microbiologistas no especializados em um campo particular estudam os
fatos bsicos dos microrganismos, inclusive suas relaes ecolgicas, genticas,
Metablicas, Fisiolgicas e Morfolgicas.
Os microrganismos tambm desempenham importante papel no tratamento de
esgotos e no controle da poluio. Um novo ramo da microbiologia que vem se
desenvolvendo rapidamente a microbiologia marinha, que dedica sua ateno ao vasto
nmero de microrganismos dos oceanos.
Certos microrganismos esto sendo cultivados e armazenados
experimentalmente, para serem usados como alimento.
Os principais tipos de micro-organismos:

Os fungos so seres pluricelulares formados por
clulas filamentosas, pertencentes ao Reino dos
Fungos.






Os protozorios so seres vivos unicelulares, com
ncleo organizado e pertencem ao Reino Protista.










Os Vrus so organismos acelulares , pois s
conseguem realizar as suas funes quando invadem
uma clula.






As bactrias so seres unicelulares, sem ncleo
organizado e pertencem ao reino Monera.




Um pouco sobre marcos histricos sobre a microbiologia
Bblia- Deuteronmio, 13. Moises lixo slido enterrado. Passagens relam
sobre a lepra e o isolamento dos doentes.
400 a.C. Grcia:
Mdico Hipcrates- (transmisso por roupas e objetos).
Historiador Tucdides- pessoas curadas podiam tratar de doentes com peste.
Peste bubnica 542 d.C., Mediterrneo e todo Europa. Guetos judeus menor
incidncia.

ROBERT HOOKE foi o primeiro a utilizar o termo clula ao
descrever a cortia observada ao microscpio. (ampliao de 30X)
A Hooke tambm atribuda frequncia a inveno do
microscpio composto, com lentes mltiplas (geralmente trs - uma
ocular, uma lente de campo e uma objetiva). Embora tenha prestado
muitos conselhos sobre novos projetos para microscpios ao
fabricante Christopher Cock, esta atribuio parece estar incorreta.

ANTONY VAN
LEEUWENHOEK -
inventor do microscpio
Relacionado entre
as grandes invenes da
Medicina, o microscpio,
criado no incio do sculo
XVII, possibilitou o avano
do estudo da Biologia e
uma nova percepo da



cincia mdica.
A inveno do microscpio, atribuda a Galileu, foi na verdade fruto do
aperfeioamento realizado pelo naturalista holands Antony van Leeuwenhoek, que o
utilizou na observao de seres vivos. Dotado de apenas uma lente de vidro, o
microscpio primitivo inventado pelo pesquisador permitia aumento de percepo
visual de at 300 vezes e com razovel nitidez. E tudo aquilo que se encontrava
invisvel aos olhos tornou-se visvel o suficiente para que fosse pesquisado. Este
primitivo microscpio foi construdo em 1674 e com ele conseguiu-se observar
bactrias de 1 a 2 micra (medida equivalente a um milsimo de milmetro).
Com este simples instrumento, o naturalista estudou os glbulos vermelhos do
sangue, constatou a existncia dos espermatozoides e desvendou tambm o mundo dos
microrganismos.
Anos mais tarde o microscpio primitivo de Leeuwenhoek foi aprimorado
por Robert Hooke, ganhando mais uma lente e a possibilidade de ampliao de
imagem ainda maior. As primeiras observaes de Hooke e os estudos de Antony van
Leeuwenhoek levaram descoberta das clulas. Porm somente em 1839, com o
botnico Matthias Jacob Schleiden (1804 1841) e o zologo e fisiologista Theodor
Schwann (1810 1882), ambos da Alemanha, a clula foi reconhecida como unidade
fundamental da vida.

E. H. HAECKEL - zologo alemo. Este autor sugeriu que um
terceiro reino inclusse os micro-organismos que, tipicamente no
poderiam ser classificados como vegetais ou animais. Esses
organismos foram chamados de protistas e colocados no reino
Protista, constitudo unicamente por seres unicelulares. Assim, ao se
falar de modo geral em protistas, compreendem-se bactrias, algas,
fungos e protozorios, excluindo-se os vrus que no so organismos
celulares.

HANS CHRISTIAN GRAM - Pioneiro no estudo sobre a reao em
que se submetem bactrias, inicialmente, colorao por violeta-de-
genciana e, em seguida, soluo delugol.
O mtodo de colorao de bactrias desenvolvido pelo mdico
dinamarqus (1884) consiste no tratamento sucessivo de um esfregao
bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes cristal violeta, iodo,
etanol-acetona e fucsina bsica. Essa tcnica permite a separao de
amostras bacterianas em Gram-positivas e Gram-negativas e a
determinao da morfologia e do tamanho das amostras analisadas. O seu mtodo da
colorao baseado na capacidade das paredes celulares de bactrias Gram-positivas de
reterem o corante cristal violeta durante um tratamento com etanol-acetona enquanto
que as paredes celulares de bactrias Gram-negativas no o fazem. Ou seja, so
classificadas de gram-positivas as que retm, a despeito de tratamento pelo lcool, a
colorao adquirida, e de gram-negativas as que no a conservam.

JULIUS PETRI, quando trabalhava no laboratrio de Koch,
desenvolveu as caixas de Petri, que permitiam: Cobrir a base com a
tampa, logo aps o plaqueamento, a quente, que evita a contaminao
com o ar; e a visualizao das amostras sem abrir a caixa.




LOUIS PASTEUR (Dole, 27 de dezembro de 1822 Marnes-la-
Coquette, 28 de setembro de 1895) foi um cientista francs. Suas
descobertas tiveram enorme importncia na histria da qumica e
da medicina.
lembrado por suas notveis descobertas das causas e prevenes de
doenas. Entre seus feitos mais notveis pode-se citar a reduo da
mortalidade e a criao da primeira vacina contra a raiva. Seus
experimentos deram fundamento para a teoria microbiolgica da
doena. Foi mais conhecido do pblico em geral por inventar um
mtodo para impedir que leite e vinho causem doenas, um processo que veio a ser
chamada pasteurizao. Ele considerado um dos trs principais fundadores
da microbiologia, juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch. Pasteur tambm fez
muitas descobertas no campo da qumica, principalmente a base molecular para
a assimetria de certos cristais. Seu corpo est enterrado sob o Instituto Pasteur em Paris,
em um mausolu decorado por mosaicos que lembram suas realizaes.

HEINRICH HERMANN ROBERT KOCH (Clausthal, 11 de
dezembro de 1843 Baden-Baden, 27 de maio de1910) foi
um mdico, patologista e bacteriologista alemo. Foi um dos
fundadores da microbiologia e um dos principais responsveis pela
atual compreenso da epidemiologia das doenas transmissveis. As
suas principais contribuies para a cincia mdica incluem a
descoberta e descrio do agente do carbnculo e do seu ciclo,
a etiologia da infeco traumtica, os mtodos de fixao e colorao
de bactrias para estudo no microscpio com respectiva identificao e classificao, e a
descoberta, em 1882, do bacilo da tuberculose (o Bacilo de Koch) e sua
responsabilizao etiolgica. O seu primeiro artigo sobre esta descoberta contm a
primeira declarao do que veio a ser conhecido pelos postulados de Koch. Em 1883,
descobriu - ou redescobriu, segundo alguns autores - o vibrio cholerae. Foi contemplado
com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1905.

FERDINAND COHN - Pioneiro da bacteriologia, Ferdinand Cohn
contribuiu, ao lado de Louis Pasteur e John Tyndall, para derrubar a teoria
da gerao espontnea, segundo a qual os organismos vivos so capazes de
desenvolver-se a partir da matria inorgnica.
Ferdinand Julius Cohn nasceu em 24 de janeiro de 1828, de famlia judia,
em Breslau, posterior Wroclaw, na Polnia. Seu pai enriqueceu no comrcio
e ele pde se dedicar ao estudo das cincias, em que se destacou apesar da
surdez. Aos 14 anos ingressou na Universidade de Breslau, mas no pde
doutorar-se devido s leis anti-semitas. Transferiu-se ento para a
Universidade de Berlim, onde obteve o ttulo de doutor aos 19 anos. Ali teve como mestre
Christian Gottfried Ehrenberg, que o iniciou no estudo dos micro-organismos. Em 1849
regressou a Breslau, onde ocupou o cargo de professor de fisiologia. Seus primeiros trabalhos
foram sobre as algas unicelulares. Em 1866, fundou o primeiro instituto de fisiologia
vegetal do mundo e ali se dedicou ao estudo das bactrias. Verificou que existem muitos tipos
de micro-organismos, com formas e rgos funcionais distintos, e deu-lhes classificao
sistemtica. Descobriu tambm, em certas bactrias, os chamados endsporos (esporos que se
formam no interior de clulas). Essa descoberta fez ruir a teoria da gerao espontnea e



permitiu o desenvolvimento de tcnicas de esterilizao. Cohn morreu em Breslau, em 25 de
junho de 1898

SIR ALEXANDER FLEMING - Os dois descobrimentos de
Fleming ocorreram nos anos 20 e ainda que tenham sido acidentais
demonstram a grande capacidade de observao e intuio deste
mdico britnico. O descobrimento da lisozima ocorreu depois que
o muco de seu nariz, procedente de um espirro, casse sobre uma
placa de cultura onde cresciam colnias bacterianas. Alguns dias
mais tarde notou que as bactrias haviam sido destrudas no local
onde se havia depositado o fluido nasal. E tambm descobre a
penicilina, o primeiro antibitico.

ROBERT H. WHITTAKER, props um outro sistema de
classificao, o sistema dos cinco reinos, baseado no modo pelo qual
o organismo obtm nutrientes de sua alimentao. Este sistema ,
agora, amplamente aceito porque considera relaes evolutivas e
compatvel com os recentes estudos bioqumicos, genticos e
ultraestruturais, os quais sugerem que a endossimbiose (viver junto,
um no interior do outro) hereditria levou at a clula eucaritica, tal
como ela conhecida, a partir de uma variedade de unidades
procariticas, desenvolvendo-se desde um ancestral procaritico
comum.

CARL WOESE taxonomia dos micro-organismos. At 1977, a ideia
prevalecente era de que os organismos procariotos, por causa da sua
simplicidade estrutural, eram os ancestrais de eucariotos mais
complexos. Com as pesquisas de Carl Woese e seus colaboradores,
ficou comprovado que os procariotos e eucariotos evoluram por vias
completamente diferentes a partir de uma forma ancestral comum.
Estes pesquisadores utilizaram uma tcnica que compara o arranjo
nucleotdico do RNAr entre diferentes organismos.













Fatos mais importantes na microbiologia, ressaltando aqueles que ocorreram durante a
Idade de Ouro da Microbiologia.




DIVERSIDADE DOS MICRORGANISMOS
BACTRIAS
FUNGOS
VRUS
PROTOZORIOS
ALGAS









Taxonomia- a cincia da classificao.
Os sistemas de classificao dos seres vivos foi relatado por:

Linnaeus (sc. XVIII): Reinos Animal e Vegetal.


Haeckel (1866): Incluso do reino Protista: "animais" e "vegetais unicelulares.


Whittaker (1969): Cinco reinos - caractersticas morflogicas e fisiolgicas:
Monera: Procariotos
Protista: Eucariotos unicelulares
Fungi: Eucariotos aclorofilados
Plantae: Vegetais
Animalia: Animais




A sistemtica a cincia dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e
compreender as relaes filogenticas entre os organismos.
Taxonomia: do grego tassein = "para classificar" e nomos = lei. a cincia de
administrar a descoberta, descrio e classificao das espcies e grupo de
espcies, com suas normas e princpios.
Filogenia: relaes evolutivas entre os organismos.
Classificao definitiva: mtodos fenotpicos e genotpicos.

UNIDADES DE MEDIDA
Como os micro-organismos e seus componentes so muito pequenos, eles so
medidos em unidades que no so familiares para muitos de nos em nossa vida diria.
Quando medimos os micro-organismos, utilizamos o sistema mtrico. A unidade padro
de comprimento no sistema mtrico e o metro (m). Uma grande vantagem do sistema
mtrico e que as unidades esto relacionadas umas as outras por fatores de 10. Desse
modo, 1 m equivale a 10 decmetros (dm) ou 100 centmetros (cm) ou 1.000 milmetros
(mm). As unidades do sistema de medida dos Estados Unidos no possuem a vantagem
da fcil converso por um nico fator de 10. Por exemplo, os norte-americanos utilizam
3 ps ou 36 polegadas que equivalem a 1 jarda.
Os micro-organismos e seus componentes estruturais so medidos em unidades
ainda menores, como os micrometros e os nanmetros. Um micrometro (m) e igual a
0,000001 m (10-6 m). O prefixo micro indica que a unidade seguinte deve ser dividida
por 1 milho, ou 106 (veja a seo sobre Notao Exponencial no Apndice B). Um
nanmetro (nm) e igual a 0,000000001 m (10-9 m). Angstrom (A) era usado
antigamente para representar 10-10 m, ou 0,1 nm.

MICROSCOPIA: INSTRUMENTOS
O microscpio simples utilizado por van Leeuwenhoek no sculo XVII possua
somente uma lente e era similar a uma lupa. Entretanto, van Leeuwenhoek foi o melhor
polidor de lentes no mundo em sua poca. Suas lentes eram polidas com tal preciso
que uma nica lente podia ampliar um micrbio em 300 vezes. Seus microscpios
simples permitiram que ele fosse a primeira pessoa a ver as bactrias.
Os contemporneos de van Leeuwenhoek, como Robert Hooke, construram
microscpios compostos, que possuem mltiplas lentes. Na verdade, e creditada a um
fabricante holands de binculos, Zaccharias Janssen, a produo do primeiro
microscpio composto por volta de 1600. Entretanto, esses microscpios compostos
iniciais eram de pouca qualidade e no podiam ser usados para se observar bactrias.
Foi somente em 1830 que um microscpio significativamente melhor foi desenvolvido
por Joseph Jackson Lister (o pai de Joseph Lister). Varias melhorias no microscpio de
Lister resultaram no desenvolvimento do microscpio composto moderno, do tipo usado
em laboratrios de microbiologia atualmente. Os estudos microscpicos de espcimes
vivos revelaram interaes dramticas entre os micrbios.

MICROSCOPIA PTICA
Microscopia ptica refere-se ao uso de qualquer tipo de microscpio que utilize luz
para observar amostras. Neste capitulo examinaremos vrios tipos de microscopia
ptica.
Microscopia ptica composta;
Microscopia de campo escuro;
Microscopia de contraste de fase;



Microscopia de contraste com interferncia diferencial;
Microscopia de fluorescncia;
Microscopia confocal.

MICROSCOPIA DE DOIS FTONS
Da mesma maneira que na microscopia confocal, na microscopia de dois ftons
(MDF) as amostras so coradas com um fluorocromo. A microscopia de dois ftons
utiliza uma luz de comprimento de onda longo (vermelha), e dessa forma dois ftons,
em vez de um, so necessrios para excitar o fluorocromo para emitir luz. O
comprimento de onda mais longo permite a imagem de clulas vivas em tecidos de ate 1
mm de espessura.

MICROSCOPIA ACSTICA DE VARREDURA
A microscopia acstica de varredura (MAV) basicamente consiste em interpretar
a ao de uma onda sonora enviada atravs de uma amostra. Uma onda sonora de uma
frequncia especifica propaga-se atravs da amostra, e uma parte dessa onda e refletida
de volta toda vez que atinge uma interface dentro do material. A resoluo e de cerca de
1 m. A MAV e usada para estudar clulas vivas aderidas a outra superfcie, como
clulas cancergenas, placas aterosclerticas e biofilmes bacterianos que obstruem
equipamentos.

MICROSCOPIA ELETRNICA
Objetos menores que 0,2 m, como vrus ou estruturas internas das clulas, devem
ser examinados com um microscpio eletrnico. Na microscopia eletrnica, um feixe de
eltrons e usado ao invs da luz. Como a luz, os eltrons livres se deslocam em ondas.
A potncia de resoluo do microscpio eletrnico e muito maior que a dos outros
microscpios descritos ate agora. A melhor resoluo dos microscpios eletrnicos e
devida aos comprimentos de onda mais curtos dos eltrons; os comprimentos de onda
dos eltrons so cerca de 100 mil vezes menores que os comprimentos de onda da luz
visvel.
Microscopia eletrnica de transmisso;
Microscopia eletrnica de varredura.

MICROSCOPIA DE VARREDURA POR SONDA
Desde o inicio da dcada de 1980, vrios novos tipos de microscpios, denominados
microscpios de varredura por sonda, tem sido desenvolvidos. Eles utilizam vrios tipos
de sondas para examinar em escala muito prxima a superfcie de uma amostra sem
modifica-la ou expo-l a radiao de alta energia. Esses microscpios podem ser usados
para mapear formas atmicas e moleculares, caracterizar propriedades magnticas e
qumicas e determinar as variaes de temperatura no interior das clulas.
Microscopia de tunelamento;
Microscopia de fora atmica.

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