Apostila Agronomia Demonstrativo 5edicao

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 83

A

A
P
P
O
O
S
S
T
T
I
I
L
L
A
A

P
P
R
R
E
E
P
P
A
A
R
R
A
A
T
T

R
R
I
I
A
A


C
C
O
O
N
N
C
C
U
U
R
R
S
S
O
O
D
D
E
E

F
F
I
I
S
S
C
C
A
A
L
L
A
A
G
G
R
R
O
O
P
P
E
E
C
C
U
U

R
R
I
I
O
O

A
A
G
G
R
R
O
O
N
N
O
O
M
M
I
I
A
A



CONHECIMENTOS ESPECFICOS, CONFORME
E
E
D
D
I
I
T
T
A
A
L
L N 1, DE 21 DE JANEIRO DE
2
2
0
0
1
1
4
4

TEORIA + LEGISLAO COMPLETA + EXERCCIOS

Inclui: PROVAS DE CONCURSOS
C
C
O
O
M
M
E
E
N
N
T
T
A
A
D
D
A
A
S
S E
GABARITADAS, DA
C
C
O
O
N
N
S
S
U
U
L
L
P
P
L
L
A
A
N
N
E O U T R A S O R G A N I Z A D O R A S
- 5 Edio -










mais de 300 Questes
Gabaritadas e
mais de 110 Questes
Comentadas da


Ttulo da obra: CTI - Apostila Fiscal Agropecurio - Agronomia - 5 Edio

PARTE DO CONTEDO ABORDADO:
Acordos Internacionais (Codex Alimentarius, Conveno Internacional de Proteo, Tratado de
Assuno, etc.); Agrotxicos. Amostragem. Anlise e gerenciamento de risco. rea livre de pragas.
Armazenamento. Bactrias, Fungos, Insetos e Vrus. Bebidas. Bicudo. Biotecnologia, engenharia
gentica e plantas transgnicas (OGM). Boas prticas de fabricao. CFO. CFOC. Citros. Controle
biolgico. Decretos. Defesa agropecuria e sanitria. Doenas de plantas. EPI. Epidemiologia.
Fitossanidade. Frutas e hortalias. Instrues Normativas. Leis. Mamoeiro. Manejo integrado de
pragas e doenas. Milho. Moscas. Organismos internacionais. PTV. Plantas daninhas. Pragas
quarentenrias e no-quarentenrias. Quarentena. Receiturio agronmico. Sementes e mudas.
Sigatoka. Sistema de produo orgnico e agroecolgico. Solos. ENTRE OUTROS.

SNTESE TEORICA DE TODO CONTEDO ESPECFICO

LEGISLAO COMPLETA E ATUALIZADA

MAIS DE 200 QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES
COMENTADAS (incluindo questes da CONSULPLAN)

MAIS DE 1.300 QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES
GABARITADAS (incluindo questes da CONSULPLAN)


Organizadores:
Cristiano Nunes Gonalves Analista em C&T CNPq
Manoel Messias Pereira da Silva Analista em C&T CNPq


CTI Centro de Treinamento Intensivo

Todos os direitos autorais desta obra so reservados e protegidos pela Lei n 9.610, de 19/2/98. Proibida
a reproduo de qualquer parte deste livro, sem autorizao prvia expressa por escrito dos
organizadores e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrnicos, mecnicos,
videogrficos, fonogrficos, reprogrficos, microflmicos, fotogrficos, grficos ou outros. Essas proibies
aplicam-se tambm editorao da obra, bem como s suas caractersticas grficas.

Autorizao Especial:
Ao comprador da obra, nominalmente identificado nos rodaps das pginas e na marca dgua, dada a
possibilidade de impresso de um exemplar para manuseio fsico da obra.



https://www.facebook.com/cti.bsb
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.

ENGENHEIRO AGRNOMO
SNTESE TEORICA DE TODO CONTEDO ESPECFICO

QUESTES DE CONCURSOS - U GABARITADAS U
QUESTES DE CONCURSOS - U COMENTADAS U

LEGISLAO DE FISCALIZAO AGROPECURIA

ASSUNTO PGINA
Captulo 1 - Fitopatologia. 3
Captulo 2 - Entomologia. 17
Captulo 3 - Pragas qarentenrias 32
Captulo 4 - Pragas no quarentenrias regulamentadas. 36
Captulo 5 - Manejo integrado de pragas. 45
Captulo 6 - Pragas com exigncias fitossanitrias de pases importadores. 79
Captulo 7 - Anlises de riscos. 83
Captulo 8 - Uso correto de agrotxicos e afins. 98
Captulo 9 - Quarentena vegetal. 135
Captulo 10 - Tratamentos para fins quarentenrios. 139
Captulo 11- reas de baixa prevalncia de pragas. 156
Captulo 12 - reas livres de pragas. 167
Captulo 13 - Sistemas de manejo de riscos (Sistema Approach). 184
Captulo 14 - Certificao fitossanitria. 197
Captulo 15 - Certificao fitossanitria de origem. 209
Captulo 16 - Direitos de obtentores. 230
Captulo 17 - Legislao federal
Captulo 17.1 - Defesa sanitria vegetal: Decreto n 24114/34 244
Captulo 17.2 - Padronizao, classificao e fiscalizao de produtos e
vegetais, seus produtos, subprodutos e resduos de valor econmico: Lei
n 9972/2000; Decreto n 6.268/2007


266
Captulo 17.3 - Padronizao, classificao, registro, inspeo e fiscalizao de
bebidas em geral e de vinhos e derivados da uva e vinho: Lei n 8918/94;
Decreto n 6871/2009; Lei n 7678/88; Decreto n 99066/90


291
Captulo 17.4 - Fiscalizao de insumos agrcolas: agrotxicos - fertilizantes -
sementes e mudas: Lei n 7802/89; Lei n 10711/2003; Lei n 6894/80;
Decreto n 4954/2004; Decreto n 4074/2002; Decreto n 5981/2006;
Decreto n 5153/2004)



361
Captulo 17.5 - Proteo de Cultivares: Lei n 9456/97; Decreto n 2366/97 523
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
Captulo 17.6 - Organismos geneticamente modificado: Lei n 11105/2005;
Decreto n 5591/2005

549
Captulo 18 - Agricultura Orgnica: conceitos, princpios e manejo da produo
vegetal orgnica: Lei n 10831/2003; IN 64/2008

581
Captulo 19 - Armazenamento de produtos agropecurios: Lei n 9973/2000; Decreto
n3855/2001

615
Captulo 20 - Conhecimentos bsicos sobre organismos internacionais e blocos
econmicos regionais

Captulo 20.1 - OMC com foco na agricultura (SPS -TBT), 651
Captulo 20.2 FAO 653
Captulo 20.3 OMS 654
Captulo 20.4 CIPV (Decreto n 5759/2006) 656
Captulo 20.5 - Codex Alimentarius 676
Captulo 20.6 - COSAVE 680
Captulo 20.7 - EU 681
Captulo 20.8 - Mercosul 685
Captulo 20.9 - OMPI 703
Captulo 20.10 - CDB 705
Captulo 20.11 - Tratado FAO para Intercmbio de Recursos Genticos 705
Captulo 20.1 2- UPOV 708
Captulo 21 - Economia Rural 725
Captulo 22 - Sociologia Rural 779
Captulo 23 - Desenvolvimento territorial 790
Captulo 24 - Planejamento rural 801
Captulo 25 - Propriedade intelectual 811
Captulo 26 - Lei da propriedade industrial (Biotecnologia, indicaes geogrficas,
marcas coletivas e marcas de certificao. Acesso, intercmbio e conservao
de recursos genticos)


840
Captulo 27 - Proteo de cultivares 885
Captulo 28 - Cdigo de Defesa do Consumidor 903
Captulo 29 - Noes gerais de cooperativismo 932
Captulo 30 - Lei Federal n 8.027, de 12de abril de 1990 Cdigo de tica dos
Servidores Pblicos

944
Captulo 31 - Glossrio 958
Captulo 32 Questionamentos Relevantes 970
Captulo 33 - Questes de Agronomia - rea de Fiscal Agropecurio - Gabaritadas 995
Captulo 34 - Questes de Agronomia - diversos cargos - Gabaritadas 1148
Captulo 35 - Gabaritos 1191
Captulo 36 - Questes de Agronomia - rea de Fiscal Agropecurio - Comentadas 1203
Captulo 37 Questes CONSUPLAN - Engenheiro Agrnomo - Gabaritadas 1293
Captulo 38 Questes CONSUPLAN - Engenheiro Agrnomo - Comentadas 1381
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
INDICE REMISSIVO

ASSUNTO QUESTO
Abacaxi 80
Abbora (abobrinha, etc.) 311, 576
Acordos Internacionais (Blocos Econmicos,
Codex Alimentarius, Conveno
Internacional de Proteo (de Plantas,
Fitossanitria, dos Vegetais), Tratado de
Assuno, etc.)
4, 7, 43, 43, 77, 163, 268, 283, 314, 534
Agrotxicos 52, 56, 61, 64, 71, 78, 100, 122, 126, 130, 142, 143,
144, 145, 230, 238, 252, 264, 265, 266, 267, 270, 271,
272, 273, 278, 285, 286, 287, 305, 330, 333, 355, 356,
396, 398, 399, 400, 401, 402, 516, 526, 536, 543, 586-
600, 607, 608, 609, 619
Aguardente 51
Algodoeiro 57, 245, 248, 251, 323, 538, 563
Alimentos (aditivos, consumo,
microrganismos patognicos, preparo, etc.)
84, 279, 341, 467-472
Amendoim 478
Amostragem 15, 20, 28, 41, 104, 145, 168, 495
Anlise e gerenciamento de risco (de praga,
preliminar, sanitrio, etc.)
125, 312, 332, 434-442
Antracnose 165, 538, 549
rea de Proteo Fitossanitria APF 147
rea de Proteo Permanente 202, 394
rea livre de pragas (ALP) 62, 311, 504, 567, 578
Armazenamento 9, 21, 58, 68, 158, 160, 214, 226
Arroz 67, 87, 195, 213, 227, 538
Artrpodes, Bactrias, Fungos, Insetos,
Nematides, Vrus
57, 72, 87, 88, 89, 105, 111, 137, 254, 276, 304, 348,
349, 351
Aveia 479
Avicultura 119,
Bananeira 137, 301, 320, 362, 538
Batata 32, 35, 211
Bebidas 166, 493-494, 496
Bicudo 248, 538, 563
Biotecnologia, da engenharia gentica e das
plantas transgnicas (OGM, etc.)
6, 30, 60, 65, 74, 109, 115, 171, 212, 220, 251, 404,
405, 406
Boas prticas de fabricao (antissepsia,
autorizao, avaliao, certificao,
higienizao, inspeo, procedimento
operacional padronizado, etc.)
413-417, 429-433
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.

ASSUNTO QUESTO
Brocas (das pontas do cajueiro, do-olho-do-
coqueiro, do rizoma, do tronco da
gravioleira, etc.)
324, 346
Brusone 67, 538
Cajueiro 309, 328
Campanhas fitossanitrias 31
Cana-de-acar 325
Cancro ctrico 49, 274
Carambola 382
Caruncho 158
Cebola 112
Cercosporiose 147, 313
CFO, CFOC 22, 47, 237, 249, 269, 282, 290, 315, 384, 386, 387,
488-489, 491-492, 518, 521, 534, 575, 577, 582-583,
585
Citros 140, 274, 292, 377, 378, 379, 381, 389, 483, 487
Classificao 16, 59, 259, 260, 511, 525, 537, 569-571
Climatologia 187, 188
Cochonilhas 53, 276, 318
Cdigo Penal (crime, etc.) 106, 403
Colheita 228
Contaminao microbiana 463-466
Controle biolgico 18, 89, 118, 209, 255, 354
Controle e gerenciamento da qualidade
(avaliao, garantia, no-conformidade,
sistema, tomada de deciso)
407-412
Coqueiro 306, 324, 326
Crestamento 105
Cultivares 44
Decreto n 24.114/1934 49, 393, 478-482
Decreto n 81.771/1978 540
Decreto n 2.314/1997 51, 167, 493-497
Decreto n 2.366/1997 44, 557-560
Decreto n 3.664/2000 27, 41, 507-511, 537
Decreto n 4.074/2002 142, 143, 144, 145, 231, 286, 396, 397, 512-516, 543
Decreto n 4.680/2003 6
Decreto n 4.954/2004 28
Decreto n 5.153/2004 151, 153, 545-547
Decreto n 5.741/2006 281
Decreto n 6.268/2007 233, 569-571
Defesa (agropecuria, sanitria, etc.) 232, 478, 498-499
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.

ASSUNTO QUESTO
Depositrio 40, 45, 58
Desenvolvimento sustentvel 178, 189
Dicotiledneas 94
Documentos de fiscalizao 167
Doenas de plantas 352, 357, 358, 359, 361
Ecologia (ecossistema, meio ambiente, etc.) 117, 120, 347
Economia (cadeia produtiva, etc.) 203, 204, 223
Embalagens 135, 149
Endemia 365
Enxertia 210
EPI 127, 397, 586, 590
Epidemiologia 366, 422-428, 443-450, 601
Erva-mate 194
Estrelinha 274
Expurgo 58
Feijoeiro (de corda, etc.) 244, 308, 329, 562
Ferrugem (asitica, etc.) 250
Fertilizantes, corretivos e inoculantes 50, 104
Fiscal Federal Agropecurio 73
Fisiologia (hormnios, etc.) 208, 215
Fitossanidade 502, 517, 533, 601
Floresta (manejo, etc.) 116, 190, 191
Floricultura 110, 113, 302, 322
Fogo bacteriano das pomceas 54
Frutas e hortalias 10, 11, 342, 355, 361, 480
Fumigao 148
Fusariose 80
Georreferenciamento e cartografia 119, 186
Girassol 482
Goiabeira 346
Gorgulho 346
Helicnia 276
Hbrido 95
Incidncia 368
Infeces alimentares 101
Infestao cruzada 12
Instruo Normativa n 4/2004 148
Instruo Normativa n 6/2000 106, 157, 384, 488-492, 534
Instruo Normativa n 7/1999 26
Instruo Normativa n 11/2000 114, 371, 372
Instruo Normativa n 13/2006 311
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.

ASSUNTO QUESTO
Instruo Normativa n 16/2003 389
Instruo Normativa n 17/2005 82
Instruo Normativa n 20/2001 342, 378, 379, 380, 381, 483-487
Instruo Normativa n 24/2001 91
Instruo Normativa n 38/1999 46, 373, 374, 473-477, 532
Instruo Normativa n 41/2002 24, 375, 376
Instruo Normativa n 45/2006 147
Instruo Normativa n 51/2003 91
Instruo Normativa n 54/2007 236, 269
Instruo Normativa n 60/2002 388
Instruo Normativa Conjunta n 09/2002 149
Irrigao 179
Joaninha 118
Laboratrios credenciados 91
Lagarta (elasmo, etc.) 561
Lei n 4.504/1964 200
Lei n 4.771/1965 196, 201
Lei n 6.507/1977 540
Lei n 6.894/1980 28
Lei n 7.802/89 99, 100, 230, 285, 286, 288, 512-516, 543, 607, 608,
609, 610
Lei n 8.078/1990 30
Lei n 8.171/1991 232, 339, 340, 370, 614
Lei n 8.918/1994 51, 166
Lei n 9.456/1997 44, 539, 557-560
Lei n 9.605/1998 197, 198
Lei n 9.712/1998 498-501
Lei n 9.972/2000 41, 507-511, 537, 569-571
Lei n 9.973/2000 40
Lei n 9.974/2000 287
Lei n 10.711/2003 150, 156, 390, 391, 392, 527-531, 545-547, 602, 603,
604, 611, 612, 613, 615
Lei n 10.814/2003 395
Lei n 10.831/2003 3, 25
Mamoeiro 139, 192, 275, 296, 307, 327, 538
Mancha (anelar, preta, etc.) 263, 296, 359
Mandioca 173
Manejo integrado de pragas e doenas 169, 222, 246, 247, 251, 252, 261, 262, 331, 345, 353,
506
Mangueira 277, 538
Maracujazeiro 193, 304, 321, 359
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
ASSUNTO QUESTO
Medidas 125
Melancia 311
Melanose 140
Meleira 275
Meloeiro 311, 345, 568, 574
Mtodo de controle cultural 218
Mldio 48, 92
Milho 58, 206, 221, 222, 253, 310, 313
Minhocas 108
Mofo branco 253
Mosaico 275
Mosca (branca, da carambola, -das-
cucurbitceas, das frutas, minadora, negra,
etc.)
34, 57, 244, 292, 304, 343, 344, 345, 350, 369, 377,
378, 379, 381, 483, 487, 520, 522, 524, 538, 550, 562,
564, 566
Murcha (bacteriana, -de-fusarium, etc.) 32, 165, 219, 548
Norma regulamentadora 131
Organismos internacionais (COSAVE, OIE,
OMC, etc.)
43, 69, 124, 284, 316
Palma 293, 303, 318
Pastagem 195
Pepino 48, 311
Percevejo (rajado, verde, etc.) 240, 243, 304
Permisso de Trnsito de Vegetais (PTV) 114, 146, 164, 236, 269, 282, 293, 294, 317, 372, 484,
523, 582
Pesquisa e inovao 86, 177
Plantas Daninhas 63, 121, 122, 221, 544, 551-553
Podrido (apical do fruto, do colo, etc.) 93, 275, 276
Poltica agrcola 241, 242
Portaria n 21/1999 383
Ps-colheita 153, 360
Pragas quarentenrias e no quarentrias 22, 35, 46, 47, 70, 107, 123, 124, 146, 147, 148, 159,
165, 234, 235, 246, 249, 289, 314, 371, 373, 374, 385,
473-477, 488, 490, 532, 534, 565, 601, 616-618
Prevalncia 367
Projetos (anlise, ciclo de vida,
planejamento, etc.)
174, 175, 176, 239
Proteo do patrimnio gentico 19
Pulges e vaquinhas 276, 550
Pulverizao 52, 128, 129, 141
Quarentena 5, 23, 29, 55, 66, 76, 170, 344, 364, 505
Quebra da resistncia 33
Raiz das plantas 102, 103
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.

ASSUNTO QUESTO
Rastreabilidade 25, 97
Receiturio agronmico 272, 280, 288, 334, 363, 543
Requeima 35, 211
Reserva legal 201, 202
Resfriamento 152
Rotulagem 6, 30, 43
Sanidade agropecuria 155, 500-501
Secagem 58, 68, 160
Sementes e mudas 1, 2, 8, 13, 42, 132, 133, 134, 150, 151, 153, 207, 217,
226, 257, 258, 338, 390, 391, 392, 482, 527-531, 539,
540, 541, 542, 545-547, 554-556, 572-573, 579-581,
602, 613
Sensibilidade ao frio 154
Seringueira 194, 205
Servio Nacional de Proteo de Cultivares
(SNPC)
44, 557-560
Sigatoka (Amarela, Negra, etc.) 24, 54, 82, 138, 165, 256, 291, 294, 320, 359, 362, 375,
376, 519, 538
Sistema de produo orgnico e
agroecolgico
3, 7, 17, 18, 25, 26, 48, 75, 79, 172, 220, 319, 335, 336,
337
Sistema de transporte 136
Sistema de vigilncia (epidemiolgica, etc.) 451-462, 480-481
Sistema Nacional de Unidades de
Conservao (SNUC)
199
Soja 98, 240, 243, 250, 254, 395
Solos 81, 83, 85, 90, 96, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 205,
216, 224, 225, 229
Termo de apreenso 45
Tomateiro 93, 219, 261, 262
Toxicidade 127
Traa 158
Tristeza dos citros 274
Validao 418-421
Verrugose 274
Videira 92
VIGIARO 5
Vigilncia agropecuria 14, 499
Vinho 45
Zona de baixa prevalncia 503


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
3


CAPTULO 1 FITOPATOLOGIA



1.1. FUNGOS
Os fungos verdadeiros pertencentes ao reino Fungi (Mycota), so organismos eucariticos,
filamentosos (com hifa), pluricelulares, com paredes celulares, aclorofilados, heterotrficos, que se
nutrem por absoro, reproduzem-se assexual ou sexualmente atravs de esporos (unidade reprodutiva
bsica) e podem ser parasitas (facultativos ou obrigatrios) ou ainda saprfitos. Atualmente os
organismos do tipo fungo pertencentes aos filos Plasmodiophoromycota, Chytridiomycota e Oomycota
esto classificados nos reinos Protozoa, Chytridia e Straminipila, respectivamente.

Classificao dos fungos
A classificao dos fungos (Reino Fungi ou Mycetae) vem mudando com o decorrer dos
tempos, acompanhado o avano da cincia.
- Diviso Myxomycota - Reino Protozoa (Filo Plasmodiophoromycota e Filo Myxomycota) no so
filamentosos e formam plasmdio ou pseudoplasmdio polinucleados e sem parede celular. Exemplos:
Plasmodiophora e Spongospora.
- Diviso Eumycota em geral filamentosos (hifa) e com parede celular.
a) Subdiviso Mastigomycota Reino Straminipila (Filo Oomycota) e Reino Chytridia (Filo
Chytridiomycota) hifa asseptada, zoosporngio, zosporo e osporo. Exemplo: Olpidium
(Chytridiomycota) e Phytophthora (Oomycota).
b) Subdiviso Zygomicotina (Filo Zygomicota) hifa normalmente asseptada, esporngio,
aplansporo e zigsporo. Exemplos: Rhizopus e Mucor.
c) Subdiviso Ascomycotina (Filo Ascomycota) hifa septada, ascsporo em asca livre ou em
ascocarpo. Exemplos: Glomerella e Venturia.
d) Subdiviso Basidiomycotina (Filo Basidiomycota) hifa septada, basdio livre ou em
basidiocarpo e basidisporo. Exemplos: Hemileia e Puccinia.
e) Subdiviso Deuteromycotina (Filo Deuteromycota) hifa septada, condio em conidiforo.
Exemplos: Alternaria, Bipolaris e Cercospora.

Alguns fungos fitopatognicos
A) Diviso Myxomycota (Reino Protozoa, Filo Plasmodiophoromycota): Plasmodiophora brassicae
hrnia das crucferas (tumor em razes de couve, repolho e brcolis); Polymyxa graminis leses
radiculares em trigo; Spongospora subterrnea sarna pulverulenta da batata.
B) Diviso Eumycota Filos: Chitridiomycota (Reino Chytridia), Oomycota (Reino Straminipila),
Zygomycota, Ascomycota, basidiomycota e Deuteromycota): Olpidium brassicae leso radicular
em couve e repolho; Synchytrium endobioticum verruga negra da batata; Physoderma maydis
mancha parda do milho, Pythium podrido radicular em fumo e milho; Phytophthora capsici
murcha em pimento; Phytophthora infestans requeima da batata; Bremia lactucae mldio do
alface; Peronospora destructor mldio da cebola; Peronosclerospora sorghi mldio do milho;

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
17


CAPTULO 2 ENTOMOLOGIA


O reino animal constitudo por mais de 1.200.000 espcies de seres vivos, sendo que 96,6%
so invertebrados (970.000 espcies pertencem ao Ramo Artrpode) e 3,4% vertebrados. A superclasse
Hexapoda formada em mais de 99,5% pela classe Insecta.
Cerca de 950.000 espcies de insetos so conhecidas, ou seja, representam 75% dos animais
(25% so colepteros). o maior grupo de animais que habita a terra. Podem ser teis como as abelhas
e bicho-da-seda (polinizadores) e nocivos como os fitfagos e os vetores de doenas para o homem.
Para o controle de pragas ou doenas em qualquer cultura, preciso que haja uma razo de
ordem econmica. Todo agricultor tem a sua lavoura como negcio e no como obra filantrpica.
Assim tudo que afeta a produtividade da lavoura motivo de preocupao por parte dos lavradores que
chegam, s vezes, ao exagero, tomando medidas antieconmicas visando a soluo do problema, porm
com isso, prejudicando o meio ambiente e contaminando alimentos.


2.1. OS INSETOS COMO PRAGA EM PLANTAS CULTIVADAS
Praga agrcola ou florestal compreende uma populao de organismos capazes de causar danos
s plantas, seus produtos e subprodutos. O dano pode afetar o rendimento do produto ou sua qualidade,
atravs do consumo direto dos tecidos ou rgos da planta, frutos ou sementes, suco de seiva,
transmisso de doenas, competio por espao e por nutrientes. Alm disso, deve-se considerar o
custo do controle destas pragas.
O menor rendimento das colheitas, o valor depreciado dos produtos pelo efeito do dano causado
pelas pragas, aliado ao custo das medidas de controle, significam para o agricultor uma reduo
importante em seus lucros.
Por praga agrcola entende-se ainda: Populao de organismos que so capazes de reduzir a
quantidade ou a qualidade dos alimentos, raes, forragens, fibras, flores, madeiras; durante a
produo, colheita, processamento, armazenagem, transporte ou uso.
Na agricultura, o conceito de inseto-praga est diretamente relacionado com os efeitos
econmicos produzidos pela sua alimentao nas plantas. Um s inseto jamais poder produzir um
dano que compense a sua eliminao da cultura. Apenas quando a densidade populacional atinge
determinada populao, que eles iro consumir uma quantidade de alimento que produzir um
prejuzo para a planta explorada pelo homem.
O termo praga pode ser caracterizado no sentido numrico (densidade populacional), onde uma
determinada populao do inseto se evidencia com seus estragos, afetando a produo. Isto quer dizer
que o fato de serem observados danos nas diferentes partes vegetais, no significa que a produo foi
ou ser afetada.



ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
32


CAPTULO 3 PRAGAS QUARENTENRIAS


Praga Quarentenria todo o organismo de natureza animal e/ou vegetal, que, estando presente
em outros pases ou regies, mesmo sob o controle permanente, constitui ameaa economia agrcola
do pas ou regio importadora exposta. Tais organismos so geralmente exticos para esse pas ou
regio e podem ser transportados de um local para outro, auxiliados pelo homem e seus meios de
transporte, por meio do trnsito de plantas, animais ou por frutos e sementes infestadas. As Pragas
Quarentenrias se agrupam em duas categorias:
A1 so as pragas exticas no presentes no pas;
A2 so pragas de importncia econmica potencial, j presentes no pas, porm apresentando
disseminao localizada e submetidas a programa oficial de controle.
So consideradas pragas quarentenrias na fruticultura, para o Brasil, as moscas-das-frutas:
Anastrepha ludens (mosca-das-frutas mexicanas), Anastrepha suspensa (mosca-das-frutas do Caribe),
Ceratitis rosa (mosca-das-frutas de natal), Daucs curcubitae (mosca-do-melo), Daucs tryoni (mosca
de queensland), Toxotripana curvicauda (mosca-do-mamo), Bactrocera carambolae (mosca-da-
carambola). Alm das moscas das frutas citadas, so ainda relacionadas como pragas quarentenrias
para as frutferas no Brasil: a mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi), o gorgulho da manga
(Sternochetus mangiferae) e a cochonilha rosada (Maconellicoccus hirsutus). No caso especfico da
manga, o impacto negativo da introduo da mosca-da-carambola, bem como da mosca-negra-dos-
citros e de outras pragas A1, como o gorgulho da manga e a cochonilha rosada, pode ter consequncias
desastrosas tanto econmica quanto ambientalmente. Mas medidas preventivas para evitar a entrada
dessas pragas no Brasil e na regio do vale do So Francisco esto sendo tomadas.
De maneira semelhante, tambm esto sendo executadas medidas preventivas para evitar a
entrada de pragas do tipo A2 no Vale do So Francisco, uma vez que a ocorrncia desse tipo de praga
em alguns estados brasileiros foi registrada.

O Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) revisa periodicamente a
relao de Pragas Quarentenrias. Por isso, foi publicada, no Dirio oficial da Unio do dia 19 de
dezembro de 2013, a Instruo Normativa (IN) n 59, que atualiza essa relao.
As pragas quarentenrias presentes afetam o trnsito interestadual de vegetais e seus produtos,
controlado pela Certificao Fitossanitria de Origem (CFO) e Permisso de Trnsito de Vegetais
(PTV). Com base na lista, o Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), da Secretaria de Defesa
Agropecuria (SDA), poder aplicar medidas fitossanitrias de preveno, controle, erradicao e
monitoramento de plantas e seus produtos.
A lista de Pragas Quarentenrias Ausentes subsidia a poltica do MAPA para preveno e
erradicao de pragas e, portanto, deve ser revisada periodicamente. A Instruo Normativa n 59
excluiu dessa relao algumas pragas, que foram identificadas no Pas. Dentre elas esto a lagarta
Helicoverpa armigera, o caro Raoiella indica e a praga Maconellicoccus hirsutus, tambm conhecida
como cochonilha rosada.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
36


CAPTULO 4 PRAGAS NO
QUARENTENRIAS REGULAMENTADAS


Certas pragas no quarentenrias esto sujeitas a medidas fitossanitrias porque sua presena
em plantas para plantio resulta em impactos economicamente inaceitveis associados com o uso
proposto dessas plantas. Essas pragas so conhecidas como pragas no quarentenrias regulamentadas
(PNQRs), esto presentes, muitas vezes amplamente distribudas no pas importador, e seu impacto
econmico deveria ser conhecido.
A Praga No-Quarentenria Regulamentada (PNQR) praga no-quarentenria, presente em
Material de Propagao Vegetal (MPV), que afeta o uso proposto deste material, causando impactos
economicamente inaceitveis e que est regulamentada na rea de Anlise de Risco de Pragas (ARP).
PNQR praga no-quarentenria, presente em Material de Propagao Vegetal (MPV), que
afeta o uso proposto deste material, causando impactos economicamente inaceitveis e que est
regulamentada na rea de ARP.
Os nveis de tolerncia estabelecidos para PNQR devero estar tecnicamente fundamentados
por meio de ARP, e se aplicam em todo o territrio nacional.
Justificadamente, poder-se- realizar ARP para rea (s) dentro do territrionacional,
sendo os nveis aplicados na (s) respectivas reas de ARP.
As importaes de Material de Propagao Vegetal obedecero aos nveis de tolerncia
estabelecidos pela respectiva ARP.
Todas as ARPs devero ser aprovadas pelo MAPA.
As Anlisesde Risco de Pragas (ARPs) para PNQR sero realizadas para identificar pragas
associadas a MPV, avaliar o potencial destas pragas em causar dano econmico e, se for o caso, indicar
os nveis de tolerncia, e identificar as opes de manejo para garantir o nvel de tolerncia.
A ARP para PNQR composta por 3 (trs) etapas, sendo:
I - Etapa 1: incio do processo - identificao das pragas associadas ao Material de
Propagao Vegetal (MPV), que no so pragas quarentenrias mas podem ter importncia
regulatria e serem consideradas na ARP;
II - Etapa 2: avaliao do risco - inicia com a categorizao individual das pragas associadas ao
MPV e seu uso proposto, para determinar se satisfaz aos critrios de PNQR. A avaliao do
risco continua com uma anlise para determinar se o MPV constitui uma das principais
fontes de infestao da praga, e se o impacto econmico da praga inaceitvel para o uso
proposto do MPV; e
III - Etapa 3: manejo do risco - indicao do nvel de tolerncia da PNQR, para evitar os
impactos econmicos inaceitveis, identificados na etapa 2, e opes de manejo para
garantir o nvel de tolerncia indicado.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
45


CAPTULO 5 MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS


Do ponto de vista do manejo integrado de pragas (MIP), um organismo s considerado praga
quando causa danos econmicos.


5.1. HISTRICO DO MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (M.I.P.)
A palavra integrado, foi utilizada pela primeira vez nos anos cinqenta, na expresso
controle integrado, para traduzir a reunio na prtica de dois conceitos: o controle qumico e o
biolgico.
A integrao das vantagens dos dois conceitos foi proposta para alcanar uma proteo das
culturas que proporcionasse os mais satisfatrios resultados tcnicos. Desde ento, esta integrao
evoluiu no que se refere a um melhor conhecimento da importncia econmica dos prejuzos causados
pelas pragas, aperfeioamento dos mtodos de amostragem e de captura, demonstrao da
importncia de diferentes fatores no qumicos na reduo das pragas e no fomento dos inimigos
naturais e dos mtodos culturais, desenvolvendo assim meios de controle mais integrados e seletivos
aos inimigos naturais.
De acordo com a FAO (1967) (Food and Agriculture Organization of the United Nations) o
manejo integrado de pragas pode ser definido como um sistema de proteo contra uma praga que
considerando as condies ambientais particulares e a dinmica da populao das espcies em questo,
utiliza todas as tcnicas e mtodos apropriados com o objetivo de manter as populaes das pragas a
um nvel abaixo daquele que causa dano econmico.
No M.I.P. tambm so utilizados os agrotxicos, mas apenas aps monitoramento sistemtico
da populao da praga e quando fatores de controle natural o identifiquem como necessrio.
O modelo ideal de um programa de Manejo de Pragas, considera todas as aes viveis de
controle de pragas e suas interaes.

Nveis populacionais
Densidade populacional
a) Nvel de equilbrio (NE): a densidade populacional mdia da populao durante um longo
perodo de tempo. Reflete a populao da praga na lavoura sem causar dano significativo.
b) Nvel de Controle (NC) Threshold ou Limiar: a densidade populacional onde medidas
devem ser tomadas para impedir que a populao atinja o nvel de dano econmico.
a. Nvel de ao ou controle (NA ou NC): a densidade populacional da praga em que
devemos adotar medidas de controle, para que esta no cause danos econmicos. Sendo
que a diferena entre os valores do ND e do NC, deve-se a velocidade de ao dos
mtodos de controle.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
79


CAPTULO 6 PRAGAS COM EXIGNCIAS
FITOSSANITRIAS DE PASES IMPORTADORES


A Organizao Mundial do Comrcio (OMC) estabelece regras para a elaborao e
implementao de normas tcnicas que regulam, inclusive, o fluxo internacional de produtos
agropecurios. As normas de carter sanitrio e fitossanitrio so estabelecidas no Acordo Sanitrio e
Fitossanitrio (SPS) e, embora legitimadas por argumentos como a necessidade de preservar a sade
animal e do consumidor, em muitos casos configuram-se na realidade como barreiras no-tarifrias ao
livre comrcio internacional.
A Conferncia para Comrcio e Desenvolvimento das Naes Unidas - UNCTAD define
Barreiras No-Tarifrias como todas as regulaes pblicas e prticas governamentais que
estabelecem um tratamento desigual entre bens domsticos e bens estrangeiros de produo igual ou
similar.
Segundo a UNCTAD, a imposio de normas que regulamentam o comrcio internacional pode
funcionar como Barreira No-Tarifria quando: a) impe padres tecnolgicos e culturais
incompatveis com o do pas exportador, implicando alteraes importantes no processo produtivo,
elevando custos sem justificativa tcnica; b) discrimina produtos provenientes do exterior; c)
discrimina uso de insumos, especialmente produtos agrcolas, sob a alegao, no comprovada, de
danos sade e ao meio ambiente; e d) exigncias tcnicas no so divulgadas claramente.
crescente a importncia das questes sanitrias para o desempenho nas transaes comerciais
dos pases. Uma das dificuldades que tm se verificado na produo e comercializao de produtos
agropecurios relaciona-se justamente com as questes de natureza sanitria. Padres tm sido
estabelecidos, unilateralmente, por alguns parceiros comerciais, em detrimento aos j existentes no
mbito da Organizao Mundial de Comrcio, o que acaba gerando mais entraves para a adequao dos
produtos exportao.
Ao mesmo tempo, importante ressaltar que o atendimento s exigncias do consumidor j no
est mais relacionado somente eficincia econmica e reduo de custos. A concorrncia pelos
mercados externos de produtos e servios est cada vez mais relacionada a fatores extra-preo, como
qualidade e inocuidade do produto, incluindo embalagem, classificao e o atendimento s
especificaes sanitrias/fitossanitrias.
Por sua vez, a qualidade de um produto resultado de um processo de controle dos fatores de
produo e comercializao, desde a escolha e aquisio de insumos a serem empregados na sua
produo at o momento em que chega s mos do consumidor. Assim, desde a escolha dos insumos,
os produtores e empresrios devem estar cientes de que exportar exige o conhecimento dos padres
sanitrios e das especificaes tcnicas exigidas pelos pases importadores.
Conforme ilustra o Fluxograma Geral na prxima pgina, o processo de certificao para
exportao envolve diversos rgos e entidades. A sua complexidade reside no s na exigncia
documental, mas tambm na quantidade de informaes necessrias, uma vez que, a rigor, o processo
de produo para exportar se inicia desde a obteno de informaes que sero usadas ex-ante

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
83


CAPTULO 7 ANLISES DE RISCOS


A Instruo Normativa n. 34 aprova os procedimentos para a Realizao de Anlise de Risco
de Pragas - ARP, quando da importao de vegetais, seus produtos e subprodutos para o mercado
interno. Na prtica isto significa que, a partir da data de entrada em vigor desta medida, em 28 de
novembro de 2002, s podero continuar sendo importados pelo Brasil os produtos vegetais cuja ARP
tenha sido realizada em cumprimento de todas as exigncias estabelecidas pelas autoridades
fitossanitrias. Para a Cadeia Produtiva das Flores e Plantas Ornamentais do Brasil, o assunto
extremamente relevante, considerando que h grande dependncia das importaes de material
gentico destinado reproduo e propagao de muitas das espcies cultivadas. Contudo, existe,
ainda, por parte dos produtores e importadores, uma grande dificuldade na compreenso de todo o
processo de realizao de uma ARP, que se justifica tanto pela complexidade prpria deste trabalho,
quanto pela falta de clareza e objetividade da prpria legislao, que deixa muitas margens a dvidas e
interpretaes divergentes. Visando dar uma orientao bsica para os interessados, seguem abaixo
algumas respostas s dvidas mais freqentes sobre a realizao de uma ARP.

1. O que e para que serve uma Anlise de Risco de Pragas (ARP)?
A Anlise de Risco de Pragas consiste num levantamento organizado de informaes voltado para a
definio dos riscos que uma praga extica pode causar em uma determinada rea. Este risco pode ser
determinado tanto qualitativa como quantitativamente como a chance que uma praga tem de se
disseminar ou ser disseminada, com o auxlio do homem ou atravs de fenmenos naturais, de uma
rea onde o organismo se encontra para uma outra rea onde ele no ocorre e que pode, dependendo
das condies ambientais e climticas, se estabelecer (FAO, 1995). O seu objetivo principal o de
garantir a tomada de decises, baseando-se na avaliao de riscos, ainda que na ausncia de
informaes completas e suficientes.

2. Como se inicia uma ARP?
O processo de ARP, segundo a FAO (1995,1999), pode ser iniciado por trs categorias gerais de
eventos: a) Identificao de um processo ou produto, geralmente um produto primrio importado, que
pode permitir a introduo e/ou disperso de pragas quarentenrias (ARP iniciada por um produto); b)
Identificao de uma praga que pode ser qualificada como praga quarentenria e que pode induzir a
regulamentao fitossanitria (ARP iniciada por uma praga); c) Reviso de polticas e/ou prioridades
fitossanitrias (ARP iniciada por uma poltica pblica).
Esse processo de iniciao da ARP considerado o Estgio 1, e inclui a identificao da rea da ARP,
a coleta de informaes sobre as pragas e uma concluso. Se esta concluso permitir a identificao de
uma praga (ou uma lista de pragas) que deve ser submetida avaliao de risco, tem incio o Estgio 2
da ARP.


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
98


CAPTULO 8 USO CORRETO
DE AGROTXICOS E AFINS



8.1. AGROTXICOS
Agrotxico um nome genrico dado aos venenos utilizados na agricultura sob o pretexto de
exterminar pragas e doenas. Existe o eufemismo "defensivo" (ou remdio) utilizado pelos que
lucram com eles, que longe de defender, envenenam e poluem o meio-ambiente.
Os agrotxicos podem ser: pesticidas (ou praguicidas), fungicidas e herbicidas. Os pesticidas,
mais especificamente, subdividem-se em:
1- Quanto finalidade: aficida, ovicida, larvicida, raticida, formicida, acaricida,etc.
2- Quanto maneira de agir: de ingesto, de contato, microbiano, fumigante.
3- Quanto origem: inorgnicos e orgnicos.

Ao dos Agrotxicos:
- Ao de contato: Caracteriza o modo de ao de um pesticida que age e absorvido pela pele
(tegumento) do inseto.
- Ao de ingesto: Caracteriza o modo de ao de um pesticida que age e penetra no organismo
por via oral.
- Ao de profundidade: Caracteriza o modo de atuao de um inseticida que tem ao
translaminar, ou seja, que aplicado na face de uma folha, exerce sua toxidez contra insetos alojados
inclusive na outra face da folha. Esta ao tambm pode ser observada nos frutos, quando o pesticida
atinge o interior dos mesmos por translocao, destruindo as larvas das moscas-da-fruta.
- Ao fumigante: Caracteriza o modo de ao de um pesticida que age penetrando no inseto na
forma de vapor atravs de suas vias respiratrias.
- Ao sistmica: Ao que exercida por um pesticida que absorvido por uma planta e
translocado em quantidades suficientes para tornar o local de translocao txico para os insetos por
um tempo ilimitado.

Os pesticidas orgnicos compreendem os de origem vegetal e os organo-sintticos. Os primeiros,
tambm muito utilizados no passado, so de baixa toxidade e de curta permanncia no ambiente (como
p.ex. o piretro e a rotenona).
Os organo-sintticos se subdividem em clorados, cloro-fosforados, fosforados, carbamatos e
fumigantes:
- Clorados (ou Organoclorados): Grupo qumico dos agrotxicos compostos por um
hidrocarboneto clorado que possui um ou mais anis aromticos, ou mesmo cclico saturado. Em
relao aos outros organo-sintticos, os clorados so menos txicos (em termos de toxidade aguda),

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
135


CAPTULO 9 QUARENTENA VEGETAL


Quarentena Confinamento oficial de artigos regulamentados para observao e pesquisa, ou
para inspeo, teste e/ou tratamento adicional.
Quarentena Vegetal Toda atividade destinada a prevenir a introduo e/ou disseminao de
pragas quarentenrias para assegurar seu controle oficial.
Quarentena Post-Entrada (QPE) Quarentena aplicada a um envio, depois de sua entrada.


9.1. MEDIDAS QUARENTENRIAS
A palavra quarentena derivada do italiano quarantina (perodo de quarenta dias), por sua vez
derivada do latim quadraginta, quarenta. Em italiano, esta palavra foi originalmente aplicada para o
perodo de 40 dias de isolamento requerido para que um navio, incluindo seus passageiros e cargas,
permanecesse ancorado em um porto de chegada, quando proveniente de um pas onde ocorressem
doenas endmicas. Desse modo, seria permitido o desenvolvimento e subseqente deteco de
sintomas nos passageiros antes do desembarque.
Quarentena vegetal significa o isolamento de plantas por 40 dias, como perodo de incubao
para o aparecimento e deteco de sintomas de doenas. Na verdade este procedimento constitui apenas
uma frao das diversas aes que podem ser utilizadas em um programa de excluso de organismos
indesejveis.
Como medidas quarentenrias mais frequentemente utilizadas so citadas: inspeo
fitossanitria e interceptao de pragas em pontos de entrada; quarentena de ps-entrada e proibio; e
restrio ou requisio de tratamentos quarentenrios para a importao de produtos provenientes de
pases onde espcies de expresso quarentenria so assinaladas. Pode-se solicitar tambm que
produtos sejam provenientes de reas livres de pragas.
O sucesso de uma quarentena est baseado na integrao entre os conhecimentos cientficos,
administrativos e legislativos. Quando um desses elos falhar danos irreparveis tanto na liberao de
pragas exticas quanto nos programas de melhoramento gentico de um pas podero ocorrer.
No inicio do sculo XX, os pases passaram a adotar maior controle sanitrio, a fim de evitar
que neles ingressassem pragas exticas, j pensando na proteo da agricultura e do meio ambiente. O
conjunto de prticas, medidas ou mtodos para impedir a introduo e controlar essas pragas constitui o
que se denomina defesa sanitria vegetal, quarentena vegetal ou fitossanidade.
No Brasil, desde a dcada de 1990, o tratamento hidrotrmico vem sendo utilizado para
desinfestao ps-colheita de frutas, objetivando o controle das espcies quarentenrias: A. obliqua, A.
fraterculus e C. capitata, atendendo s exigncias quarentenrias do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA).



ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
139


CAPTULO 10 TRATAMENTOS
PARA FINS QUARENTENRIOS



10.1. TRATAMENTOS RECONHECIDOS
A propsito do reconhecimento internacional exigido, a Norma Internacional de Medida
Fitossanitria n 15, da FAO, que trata da descrio de medidas fitossanitria para reduzr o risco de
introduo e/ou disseminao de pragas quarentenrias associadas a materiais de madeira presentes em
embalagens utilizadas no transporte de cargas, de qualquer natureza, no mercado internacional,
considera as seguintes situaes:

10.1.1. Medidas de controle fitossanitrio de longo prazo
So tratamentos, processos ou combinao destes, significativamente efetivos no controle de
vrias pragas. Normalmente, o emprego de medidas dessa natureza resulta em mudana das
caractersticas da madeira, com efeito de longo prazo na reduo do risco fitossanitrio. A escolha de
uma medida de longo prazo deve levar em considerao o nmero de pragas para as quais sejam
eficiente, bem como a viabilidade tcnica e comercial de sua aplicao.
A FAO recomenda que as ONPFs, ao aceitarem um medida de longo prazo para permitir a
internalizao de madeira, inclusive a presente em embalagens e seus suportes, devero faz-lo sem
requerimentos adicionais.
No entanto, tais requerimentos adicionais podero ser estabelecidos com base em resultados de
interceptaes ou de Anlises de Risco de Pragas, que diagnostiquem a associao de uma praga
quarentenria a materiais de madeira, inclusive a presente em embalagens e seus suportes, exigindo,
dessa forma, medidas mais rigorosas.
Embalagens de madeira e seus suportes que forem submetidos a tratamentos reconhecidos
devero ser sinalizadas com a marca internacional, aprovada pelo Comit Interino de Medidas
Fitossanitria da FAO. A gravao da marca internacionla na madeira de embalagem ou pallets poder
ser feita com a utilizao de tinta indelvel ou outro processo que garanta a persistncia da marca. O
espao preenchido por XX 000 dever conter, na seqncia, a sigla do pas BR (Brasil, por exemplo)
e a codificao da empresa que realizou o tratamento.
A codificao da empresa, no caso do Brasil, obedece ao disposto na Instruo Normativa n 12,
de 7 de maro de 2003. A oficializao e o controle dos cdigos de responsabilidade da Coordenao
de Fiscalizao de Agrotxicos (CFA/DDIV). O espao preenchido por YY dever conter o tipo de
tratamento a que a embalagem foi submetida HT (Tratamento a Quente) ou MB (Fumigao com
Brometo de Metila). Assim, teramos BR 001 MB Embalagem tratada no Brasil pela empresa
credenciada 001, mediante a fumigao com Brometo de Metila.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
156


CAPTULO 11 REAS DE BAIXA
PREVALNCIA DE PRAGAS


O estabelecimento de uma rea de baixa prevalncia de pragas (ABPP) uma opo de manejo
de pragas usada para manter ou reduzir a populao da praga abaixo de um determinado nvel nessa
rea. Uma ABPP pode ser usada para facilitar a exportao ou limitar o impacto de pragas na rea.
Um especificado nvel baixo de praga deveria ser determinado levando em conta a viabilidade
geral econmica e operacional de se estabelecer um programa para atender ou manter esse nvel, e o
objetivo para o qual uma ABPP ser estabelecida.
Ao determinar uma ABPP, a Organizao Nacional de Proteo Fitossanitria (ONPF) deveria
descrever a rea envolvida. As ABPPs podem ser estabelecidas e mantidas para pragas regulamentadas
ou para pragas regulamentas somente por um pas importador.
A vigilncia das pragas relevantes deveria ser conduzida de acordo com protocolos apropriados.
Outros procedimentos fitossanitrios podem ser necessrios para estabelecer e manter uma ABPP.
Uma vez estabelecida, a ABPP deveria ser mantida pela continuao das medidas usadas para
seu estabelecimento, alm dos procedimentos necessrios de documentao e verificao. Na maioria
dos casos, ser necessrio um plano operacional oficial especificando os procedimentos fitossanitrios
requeridos. Se houver alterao no status da ABPP, um plano de ao corretivo deveria ser iniciado.


11.1. CONSIDERAES GERAIS
11.1.1. Conceito de reas de baixa prevalncia de pragas
O conceito de reas de baixa prevalncia de pragas (ABPP) citado na CIPV e no Acordo sobre
Medidas Sanitrias e Fitossanitrias da Organizao Mundial do Comrcio (Acordo OMC -SPS).
A CIPV (1997) define uma ABPP como "uma rea, seja todo um pas, parte dele, ou a
totalidade ou uma parte de vrios pases, identificada pelas autoridades competentes, na qual ocorre
uma praga especfica em nveis baixos e que est sujeita a medidas efetivas de vigilncia, controle ou
erradicao" (Artigo II). Alm disso, o artigo IV.2e declara que entre as responsabilidades da
Organizao Nacional de Proteo Fitossanitria (ONPF) esto includas a proteo de reas
ameaadas e a designao, manuteno e vigilncia de reas livres de pragas (ALPs) e ABPPs.
O artigo 6 do Acordo OMC -SPS se intitula "Adaptao a condies regionais, inclusive reas
livres de pragas ou doenas e reas com baixa prevalncia de pragas e doenas". Ele se estende sobre as
responsabilidades dos pases membros para ABPPs


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
167


CAPTULO 12 REAS LIVRES DE PRAGAS


Uma "rea livre de pragas" : Uma rea na qual uma praga especfica no ocorre como
demonstrado por evidncia cientfica e na qual, quando apropriado, esta condio mantida
oficialmente.
O estabelecimento e utilizao de uma ALP por uma ONPF permitem a exportao de vegetais,
produtos vegetais e outros artigos regulamentados do pas em que a rea est situada (pas exportador)
para outro pas (pas importador), sem a necessidade de aplicao de medidas fitossanitrias adicionais
quando forem cumpridos determinados requisitos. Assim, o status livre de pragas referente a uma rea
pode ser utilizado como base para uma certificao fitossanitria de plantas, produtos vegetais e outros
artigos regulamentados em relao (s) praga(s) declarada(s). Tambm disponibiliza, como um
elemento na avaliao de risco de pragas, a confirmao cientfica da ausncia de uma determinada
praga em uma rea. A ALP ento um elemento na justificativa das medidas fitossanitrias adotadas
por um pas importador para proteger uma rea em perigo.
Embora o termo "reas livres de pragas" englobe uma vasta gama de tipos (de um pas inteiro
que livre de uma praga a uma pequena rea que livre, mas situada dentro de um pas onde h
prevalncia da praga), verificou-se ser conveniente discutir os requisitos de ALPs definindo-se trs
tipos:
- um pas inteiro
- uma parte no infestada de um pas no qual est presente uma rea infestada limitada
- uma parte no infestada de um pas situada dentro de uma rea no geral infestada.
Em cada um desses casos, a ALP pode, conforme apropriado, incluir a totalidade ou parte de
vrios pases.
Trs principais componentes ou estgios so considerados no estabelecimento e posterior
manuteno de uma ALP:
- sistemas para estabelecer uma rea livre de uma praga
- medidas fitossanitrias para manter uma rea livre de uma praga
- controles para verificar a manuteno de uma rea livre de uma praga
A natureza desses componentes variar de acordo com a biologia da praga, os tipos e as
caractersticas da ALP e o nvel requerido de segurana fitossanitria, com base na anlise de risco de
pragas. Os mtodos utilizados para obter esses componentes podem incluir:
- compilao de dados
- levantamentos (delimitao, deteco, verificao)
- controles regulatrios
- auditoria (reviso e avaliao)
- documentao (relatrios, planos de trabalho).

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
184


CAPTULO 13 SISTEMAS DE MANEJO DE RISCOS
(SISTEMA APPROACH)


O que o "system approach"?
O "system approach" pode ser traduzido como uma anlise sistmica de todo o processo de produo
das frutas, desde as prticas culturais em campo, passando pelo processo de embalagem da fruta em
casas de embalagem, at o seu embarque com destino ao consumidor.
O sistema visa a produo de frutas de alta qualidade, sem resduos de agrotxicos e sem a presena de
pragas qualificadas como quarentenrias pelos pases importadores, especialmente as moscas-das-
frutas.

Entre as formas de manejo de praga se destaca o System Approach. Ele reduz o uso de
agrotxico e garante uma segurana para viabilizar a comercializao e exportao de mamo. O
sistema diminui a perda de produtividade na medida em que aumenta a qualidade do fruto, reduz os
impactos ambientais e prejuzos sade humana.

O conceito de Commodity System Approach (CSA) proposto por DAVIS & GOLDBERG
(1957) abrange todos aqueles envolvidos com a produo, transformao e distribuio de um produto.
O conceito tambm inclui todas as instituies que afetam a coordenao dos estgios sucessivos do
fluxo de produtos, tais como instituies governamentais, mercados futuros e associaes comerciais.
o CSA tem como ponto de partida o estudo de um produto desde o incio da cadeia, ou seja, do
produtor primrio.
Nota-se uma semelhana entre o termo System Approach empregado na cultura do mamo e o
conceito de Commodity System Approach - CSA empregado em anlises agroindustriais. A noo de
CSA considera as atividades agrcolas como fazendo parte de uma extensa rede de agentes econmicos,
que vo desde a produo de insumos e a transformao industrial at a armazenagem e distribuio
dos produtos (BATALHA, 1997). Analogamente, o System Approach tambm um conceito de
associaoentre as prticas de pr e ps-colheita empregadas na produo, na colheita, no
empacotamento e no transporte dos frutos para atingir a segurana quarentenria exigida pelos pases
importadores.


13.1. O SYSTEM APPROACH E A EXPORTAO DA PAPAIA
O System Approach definido como a integrao de fatores biolgicos, fsicos e operacionais
que podem afetar a incidncia, viabilidade e potencial reprodutivo de uma praga em um sistema de
prticas e procedimentos que juntos levam a segurana quarentenria. Completando esse raciocnio,
conceitua-se o System Approach como a integrao das prticas de pr e ps-colheita empregadas na
produo, na colheita, no empacotamento e no transporte dos frutos, que proporcionam, em cada passo,

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
197


CAPTULO 14 CERTIFICAO FITOSSANITRIA


14.1. REQUISITOS PARA CERTIFICADOS FITOSSANITRIOS

14.1.1. Consideraes Gerais
O Artigo V.2a da CIPV (1997) estabelece que: "A inspeo e outras atividades relacionadas
que conduzam emisso de certificados fitossanitrios devem ser realizadas somente pela ou sob a
autoridade da organizao nacional de proteo fitossanitria oficial. A emisso de certificados
fitossanitrios deve ser feita por funcionrios pblicos que so tecnicamente qualificados e
devidamente autorizados pela organizao nacional de proteo fitossanitria oficial para atuar em
seu nome e sob o seu controle e com conhecimento e informaes disponveis para aqueles
funcionrios, de forma que as autoridades das partes contratantes importadoras possam aceitar os
certificados fitossanitrios com a confiana que os documentos merecem." (Ver tambm NIMF N 7:
Sistema de certificao para exportaes).
O Artigo V.3 estabelece: "Cada parte contratante se compromete a no requerer que envios de
plantas ou produtos vegetais ou outros artigos regulamentados, importados para seus territrios,
estejam acompanhados por certificados fitossanitrios inconsistentes com os modelos estabelecidos no
Anexo desta Conveno. Quaisquer requisitos de declaraes adicionais devero estar limitados
queles tecnicamente justificados."
Conforme esclarecido quando da adoo da CIPV (1997), entende-se que funcionrios pblicos
que so tecnicamente qualificados e devidamente autorizados pela organizao nacional de proteo
fitossanitria inclui funcionrios da organizao nacional de proteo fitossanitria. Pblico, nesse
contexto, significa empregado por um nvel de governo, no por uma empresa privada. Inclui
funcionrios da organizao nacional de proteo fitossanitria significa que o funcionrio pode ser
diretamente empregado pela ONPF, mas no tem de ser diretamente empregado pela ONPF.

14.1.1.1. Finalidade dos certificados fitossanitrios
Os certificados fitossanitrios so emitidos para indicar que envios de plantas, produtos vegetais
ou outros artigos regulamentados atendem aos requisitos fitossanitrios de importao especificados e
esto em conformidade com a declarao de certificao do modelo de certificado apropriado.
Certificados fitossanitrios somente deveriam ser emitidos com essa finalidade.
Os modelos de certificados fornecem um padro de texto e formato que deveriam ser seguidos
para a preparao de certificados fitossanitrios oficiais. Isso necessrio para garantir a validade dos
documentos, que eles so facilmente reconhecidos e que a informao essencial est registrada.
Os pases importadores somente deveriam requerer certificados fitossanitrios para artigos
regulamentados. Estes incluem produtos bsicos tais como plantas, bulbos e tubrculos, ou sementes
para propagao, frutas e hortalias, flores e ramos cortados, gros, e meio de crescimento. Os
certificados fitossanitrios tambm podem ser usados para certos produtos vegetais que tenham sido
processados, quando tais produtos, por sua natureza ou do seu processamento, tm um potencial para
introduzir pragas regulamentadas (por exemplo, madeira, algodo). Um certificado fitossanitrio

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
209


CAPTULO 15 CERTIFICAO
FITOSSANITRIA DE ORIGEM


15.1. CERTIFICADO FITOSSANITRIO DE ORIGEM - CFO
Com o ingresso do Brasil na Organizao Mundial do Comercio - OMC, ocorrido em dezembro
de 1994, passaram a vigorar no Pas as regras estipuladas pelos acordos que regem as relaes
comerciais entre os pases membros, e que visam a reduo ou at mesmo a eliminao de barreiras
desnecessrias ao livre comrcio. Foram assinados dezessete acordos internacionais de regulao do
comercio internacional de bens e servios, os chamados "Acordos de Marrakech", os quais conferem
aos pases signatrios a realidade de um mercado aberto, resultando num incremento extraordinrio no
trnsito de mercadorias em seus territrios. Este incremento no trnsito de mercadorias traz consigo
tambm um incremento no risco de introduo de novas pragas e doenas vegetais. Um dos acordos
assinados, chamado "Acordo de Medidas Sanitrias e Fitossanitrias - SPS", diz respeito ao direito que
os pases membros possuem de estabelecer medidas de proteo ao seu patrimnio vegetal. Entre as
medidas possveis, pode estar a exigncia de que o produto agrcola ou florestal seja produzido sob um
sistema oficial de certificao fitossanitria. O documento internacional que atesta tal certificao o
Certificado Fitossanitrio Internacional - CFI, emitido exclusivamente pelos fiscais do Ministrio da
Agricultura, lotados no postos de fronteiras internacionais.
A dificuldade de se identificar com correo o estado fitossanitrio dos produtos que chegavam
aos postos de fronteira do Ministrio da Agricultura, aliado a necessidade de se conferir credibilidade
internacional Certificao Brasileira, levaram o Pas implementar um sistema de Certificao
Fitossanitria que atestasse o real estado fitossanitrio do produto ainda dentro da "porteira" da
propriedade rural, como resultado do acompanhamento do seu ciclo produtivo por profissionais ligados
assistncia tcnica, e serviria ento, de base para a emisso do Certificado Fitossanitrio
Internacional. A implementao deste sistema teve inicio em dezembro de 1999 com a publicao da
Instruo Normativa n. 246, que foi posteriormente substituda pela I.N. n. 6/2001, ambas estipulando
as regras para a Certificao Fitossanitria, cujo documento comprobatrio passa a se denominar
Certificado Fitossanitrio de Origem - CFO.
O CFO ento um documento emitido por Engenheiros Agrnomos ou Florestais, ligados
assistncia tcnica e credenciados pelo poder pblico para que em seu nome, certifiquem a sanidade de
certo produto, como resultado do efetivo acompanhamento do seu ciclo produtivo.
Tendo em vista as dimenses continentais do territrio nacional, ocorrem no Pas reas ainda
indenes de certas pragas e doenas dos vegetais, desta forma a prerrogativa de auto proteo tambm
pode ser adotada pelas diversas Unidades da Federao no intuito de proteo do seu patrimnio
vegetal.
Valem ento para o trnsito interno de vegetais, as mesmas regras de certificao da sanidade
existentes no comercio internacional. Aquelas pragas e doenas presentes apenas em algumas regies
do Pas, denominam-se "Pragas Quarentenrias", e todo aquele vegetal que seja potencial veculo de
disseminao destas pragas ou doenas necessitam de certificao fitossanitria para seu transporte

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
230


CAPTULO 16 DIREITOS DE OBTENTORES


16.1. DIREITOS DO OBTENTOR
As CEDs podem ser protegidas do mesmo modo que qualquer outra cultivar desde que
cumpram os requisitos bsicos para a proteo.
3
Uma vez protegida a CED, terceiros que queiram
comercializar4
4
seu material propagativo devem ter autorizao do titular dos direitos sobre ela.
Entretanto, as disposies contidas na Conveno da UPOV de 19915
5
e na Lei n 9.456/1997
6

ampliam o alcance do direito do obtentor da cultivar inicial protegida s suas cultivares essencialmente
derivadas.
Desse modo, utilizando o exemplo da Figura abaixo, para que o titular dos direitos sobre a
cultivar B, essencialmente derivada da inicial protegida A, comercialize o seu material propagativo,
deve requerer a autorizao do titular dos direitos da cultivar inicial A. Consequentemente, para um
terceiro comercializar o material propagativo da cultivar B, seria necessria tanto a autorizao do
titular da cultivar inicial A quanto do titular da CED B.

Figura. Exemplo de cultivar essencialmente derivada obtida diretamente a partir de uma cultivar inicial.


3
Os requisitos bsicos para a concesso de um ttulo de proteo so: novidade, distinguibilidade, homogeneidade,
estabilidade e denominao prpria, alm de serem obedecidas certas formalidades, como a solicitao da proteo no rgo
competente e o pagamento das respectivas taxas.
4
Nesta seo, para efeitos didticos, o termo comercializao compreende todos os atos tutelados pelo direito de
proteo. Ver artigo 9, da Lei n 9.456/1997.
5
Conveno da UPOV 1991: Art. 14.5 (a) As disposies dos pargrafos (1) a (4) aplicam-se tambm: (i) s cultivares
essencialmente derivadas da cultivar protegida, desde que esta no seja, ela prpria, uma cultivar essencialmente derivada;
6
Lei n 9.456/1997: Art. 10 [...] 2 [...] II - uma cultivar venha a ser caracterizada como essencialmente derivada de uma
cultivar protegida, sua explorao comercial estar condicionada autorizao do titular da proteo desta mesma cultivar
protegida;


244


CAPTULO 17 LEGISLAO FEDERAL


DECRETO N 24.114 DE 12 DE ABRIL DE 1934.

Aprova o Regulamento de Defesa Sanitria Vegetal

O CHEFE DO GOVERNO PROVISRIO DA REPBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO
BRASIL, usando das atribues que lhe confere o art. 1 do decreto n 19.398, de 11 de novembro de
1930,
DECRETA:
Art. 1 Fica aprovado o regulamento da Sanitaria Vegetal que com ste baixa, assinado pelo
ministro de Estado dos Negcios da Agricultura e referendado pelos da Fazenda, das Relaes
Exteriores e da Viao e Obras Pblicas.
Art. 2 Revogam-se as disposies em contrrio.
Rio de Janeiro, 12 de abril de 1934, 113 da Independncia e 46 da Repblica.
GETLIO VARGAS
Juarez do Nascimento Fernandes Tavora
Oswaldo Aranha
Felix de Barros Cavalcanti de Lacerda
Jos Americo de Almeida

Regulamento de Defesa Sanitria Vegetal
CAPTULO I
DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1 So proibidos, em todo o territrio nacional, nas condies abaixo determinadas, a
importao, o comrcio, o trnsito e a exportao:
a) de vegetais e partes de vegetais, como sejam: mudas, galhos, estacas, baclos, frutos, sementes,
razes, tubrculos, bulbos, rizomas, flhas e flores, quando portadores de doenas ou pragas perigosas;
b) de instos vivos, caros, nematodes e outros parasitos nocivos s plantas, em qualquer fase de
evoluo;
c) de culturas de bactrias e cogumelos nocivos s plantas;
d) de caixas, sacos e outros artigos de acondicionamento, que tenham servido ao transporte dos
produtos enumerados nste artigo;
e) de terras, compostos e produtos vegetais que possam conter, em qualquer estado de
desenvolvimento, criptgomos, insetos e outros parasitos nocivos aos vegetais, quer acompanhem ou
no plantas vivas.


266

LEI N 9.972, DE 25 DE MAIO DE 2000.

Regulamento
Regulamento
Mensagem de Veto
Institui a classificao de produtos vegetais,
subprodutos e resduos de valor econmico, e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1
o
Em todo o territrio nacional, a classificao obrigatria para os produtos vegetais,
seus subprodutos e resduos de valor econmico:
I - quando destinados diretamente alimentao humana;
II - nas operaes de compra e venda do Poder Pblico; e
III - nos portos, aeroportos e postos de fronteiras, quando da importao.
1
o
A classificao para as operaes previstas no inciso II ser de responsabilidade do Poder
Pblico, que poder repass-la aos agentes credenciados nos termos desta Lei.
2
o
prerrogativa exclusiva do Poder Pblico a classificao dos produtos vegetais importados.
3
o
A classificao ser realizada uma nica vez desde que o produto mantenha sua identidade e
qualidade.
Art. 2
o
A classificao a que se refere o artigo anterior fica sujeita organizao normativa,
superviso tcnica, fiscalizao e ao controle do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 3
o
Para efeitos desta Lei, entende-se por classificao o ato de determinar as qualidades
intrnsecas e extrnsecas de um produto vegetal, com base em padres oficiais, fsicos ou descritos.
Pargrafo nico. Os padres oficiais de produtos vegetais, seus subprodutos e resduos de valor
econmico sero estabelecidos pelo Ministrio da Agricultura e do Abastecimento.
Art. 4
o
Ficam autorizadas a exercer a classificao de que trata esta Lei, mediante
credenciamento do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento e conforme procedimentos e
exigncias contidos em regulamento:
I os Estados e o Distrito Federal, diretamente ou por intermdio de rgos ou empresas
especializadas;
II as cooperativas agrcolas e as empresas ou entidades especializadas na atividade; e
III as bolsas de mercadorias, as universidades e institutos de pesquisa.
Art. 5
o
(VETADO)
Pargrafo nico. Os servios objeto do credenciamento, bem como as pessoas fsicas ou
jurdicas neles envolvidas, esto sujeitos superviso, ao controle e fiscalizao do Ministrio da
Agricultura e do Abastecimento quanto atividade de classificao levada a efeito, capacitao e
qualificao dos tcnicos, adequao de equipamentos e instalaes e conformidade dos servios
prestados.
Art. 6
o
Fica institudo, no Ministrio da Agricultura e do Abastecimento, para fins de controle e
fiscalizao, o Cadastro Geral de Classificao, destinado ao registro de pessoas fsicas ou jurdicas, de
direito pblico ou privado, envolvidas no processo de classificao.
Art. 7
o
(VETADO)


268
LEI N 9.972, DE 25 DE MAIO DE 2000.

DECRETO N 6.268, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2007
DECRETO N 6.268, DE 22 E NOVEMBRO DE 2007.

Regulamenta a Lei n
o
9.972, de 25 de maio de
2000, que institui a classificao de produtos
vegetais, seus subprodutos e resduos de valor
econmico, e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV,
da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n
o
9.972, de 25 de maio de 2000.
DECRETA:
CAPTULO I
DAS DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1
o
Este Decreto estabelece as normas regulamentadoras sobre a classificao de produtos
vegetais, seus subprodutos e resduos de valor econmico, em cumprimento ao disposto na Lei n
o
9.972,
de 25 de maio de 2000.
Pargrafo nico. Para os fins deste Decreto, considera-se:
I - amostra: poro representativa de um lote ou volume do qual foi retirada;
II - amostra de classificao: a coletada para fins de determinar as caractersticas intrnsecas e
extrnsecas do produto vegetal, seus subprodutos e resduos de valor econmico, objetivando a emisso
do documento de classificao;
III - amostra de fiscalizao: a coletada para fins de aferio da qualidade dos servios
prestados e da conformidade da classificao dos produtos vegetais, seus subprodutos e resduos de
valor econmico;
IV - amostragem: processo de retirada de amostra de um lote ou volume;
V - apreenso: o recolhimento definitivo do produto, subproduto e resduo de valor econmico,
embalagem, envoltrio ou contentor;
VI - Cadastro Geral de Classificao (CGC): procedimento administrativo para registro, junto ao
Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, das pessoas fsicas ou jurdicas processadoras,
beneficiadoras, industrializadoras e embaladoras de produtos vegetais, seus subprodutos e resduos de
valor econmico padronizados sujeitos classificao e das pessoas fsicas ou jurdicas autorizadas a
executar a classificao desses produtos;
VII - classificao de fiscalizao: procedimento de aferio da identidade e da qualidade dos
produtos vegetais, seus subprodutos e resduos de valor econmico, padronizados, compreendendo as
etapas de coleta de amostras, anlise, emisso de laudo, comunicao do resultado ao interessado,
garantia do direito de contestao mediante percia e a ratificao ou retificao do resultado;
VIII - classificador: pessoa fsica, devidamente habilitada e registrada no Ministrio da
Agricultura, Pecuria e Abastecimento, responsvel pela classificao dos produtos vegetais, seus
subprodutos e resduos de valor econmico;
IX - controle: fiscalizao exercida sobre as atividades de pessoas fsicas ou jurdicas envolvidas
nas atividades de classificao;
X - credenciamento: procedimento administrativo que objetiva conceder autorizao para que as
pessoas jurdicas executem a classificao de produtos vegetais, seus subprodutos e resduos de valor
econmico;


291

Lei n 8.918/94


Regulamento
Mensagem de Veto
Dispe sobre a padronizao, a classificao, o registro,
a inspeo, a produo e a fiscalizao de bebidas,
autoriza a criao da Comisso Intersetorial de Bebidas
e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:
Art. 1 estabelecida, em todo o territrio nacional, a obrigatoriedade do registro, da
padronizao, da classificao, da inspeo e da fiscalizao da produo e do comrcio de bebidas.
Pargrafo nico. A inspeo e a fiscalizao de que trata esta lei incidiro sobre:
I - Inspeo:
a) equipamentos e instalaes, sob os aspectos higinicos, sanitrios e tcnicos;
b) embalagens, matrias-primas e demais substncias, sob os aspectos higinicos, sanitrios e
qualitativos;
II - Fiscalizao;
a) estabelecimentos que se dediquem industrializao, exportao e importao dos produtos
objeto desta lei;
b) portos, aeroportos e postos de fronteiras;
c) transporte, armazenagem, depsito, cooperativa e casa atacadista; e
d) quaisquer outros locais previstos na regulamentao desta lei.
Art. 2 O registro, a padronizao, a classificao, e, ainda, a inspeo e a fiscalizao da
produo e do comrcio de bebidas, em relao aos seus aspectos tecnolgicos, competem ao
Ministrio da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrria.
Art. 3 A inspeo e a fiscalizao de bebidas, nos seus aspectos bromatolgicos e sanitrios, so
da competncia do Sistema nico de Sade (SUS), por intermdio de seus rgos especficos.
Art. 4 Os estabelecimentos que industrializem ou importem bebidas ou que as comercializem a
granel s podero faz-lo se obedecerem, em seus equipamentos e instalaes, bem como em seus
produtos, aos padres de identidade e qualidade fixados para cada caso.
Pargrafo nico. As bebidas de procedncia estrangeira somente podero ser objeto de comrcio
ou entregues ao consumo quando suas especificaes atenderem aos padres de identidade e qualidade
previstos para os produtos nacionais, excetuados os produtos que tenham caractersticas peculiares e
cuja comercializao seja autorizada no pas de origem.
Art. 5 Suco ou sumo bebida no fermentada, no concentrada e no diluda, obtida da fruta
madura e s, ou parte do vegetal de origem, por processamento tecnolgico adequado, submetida a
tratamento que assegure a sua apresentao e conservao at o momento do consumo.
1 O suco no poder conter substncias estranhas fruta ou parte do vegetal de sua origem,
excetuadas as previstas na legislao especfica.
2 No rtulo da embalagem ou vasilhame do suco ser mencionado o nome da fruta, ou parte do
vegetal, de sua origem.
3 O suco que for parcialmente desidratado dever mencionar no rtulo o percentual de sua
concentrao, devendo ser denominado suco concentrado.


294

Decreto n 6.871/2009


Regulamenta a Lei n
o
8.918, de 14 de julho de 1994,
que dispe sobre a padronizao, a classificao, o
registro, a inspeo, a produo e a fiscalizao de
bebidas.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV,
da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n
o
8.918, de 14 de julho de 1994,
DECRETA:
Art. 1
o
Fica aprovado, na forma do Anexo a este Decreto, o Regulamento da Lei n
o
8.918, de 14
de julho de 1994, sobre a padronizao, a classificao, o registro, a inspeo e a fiscalizao da
produo e do comrcio de bebidas.
Art. 2
o
Este Decreto entra em vigor na data da sua publicao, fixado o prazo de cento e oitenta
dias para a adequao s alteraes estabelecidas.
Art. 3
o
Ficam revogados os Decretos n
os
:
I - 2.314, de 4 de setembro de 1997;
II - 3.510, de 16 de junho de 2000;
III - 4.851, de 2 de outubro de 2003; e
IV - 5.305, de 13 de dezembro de 2004.
Braslia, 4 de junho de 2009; 188
o
da Independncia e 121
o
da Repblica.
LUIZ INCIO LULA DA SILVA
Reinhold Stephanes

ANEXO
REGULAMENTO DA LEI No 8.918, DE 14 DE JULHO DE 1994
CAPTULO I
DAS DISPOSIES GERAIS
Art. 1o O registro, a padronizao, a classificao, a inspeo e a fiscalizao da produo e do
comrcio de bebidas obedecero s normas fixadas pela Lei no 8.918, de 14 de julho de 1994, e pelo
disposto neste Regulamento.
Pargrafo nico. Excluem-se deste Regulamento os vinhos, o vinagre, o suco de uva e as bebidas
alcolicas derivadas da uva e do vinho.
Art. 2o Para os fins deste Regulamento, considera-se:
I - estabelecimento de bebida: o espao delimitado que compreende o local e a rea que o
circunda, onde se efetiva conjunto de operaes e processos, que tem como finalidade a obteno de
bebida, assim como o armazenamento e transporte desta e suas matrias-primas;
II - bebida: o produto de origem vegetal industrializado, destinado ingesto humana em estado
lquido, sem finalidade medicamentosa ou teraputica;
III - tambm bebida: a polpa de fruta, o xarope sem finalidade medicamentosa ou teraputica, os
preparados slidos e lquidos para bebida, a soda e os fermentados alcolicos de origem animal, os


330

Lei n 7.678/88

Regulamento
Dispe sobre a produo, circulao e comercializao
do vinho e derivados da uva e do vinho, e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 A produo, circulao e comercializao de vinho e derivados da uva e do vinho, em todo
o Territrio Nacional, obedecero s normas fixadas por esta Lei e Padres de Identidade e Qualidade
que forem estabelecidos pelo rgo indicado no regulamento.
Art. 2 Os vinhos e derivados da uva e do vinho, nacionais e estrangeiros, somente podero ser
objeto do comrcio ou entregues ao consumo dentro do territrio nacional depois de prvio exame de
laboratrio oficial, devidamente credenciado pelo rgo indicado no regulamento.
1
o
Os produtos nacionais de que trata este artigo devero estar acompanhados da respectiva guia
de livre trnsito, expedida pelo rgo fiscalizador ou, por entidade pblica ou privada, mediante
delegao. (Redao dada pela Lei n 10.970, de 2004)
2 A avaliao fsico-qumica e organolptica ou sensorial dos vinhos e derivados, para fins de
concurso ou competio pblica, com ou sem divulgao, devero contar com a prvia e expressa
autorizao dos produtores eventualmente interessados em participar, sendo obrigatria a fiscalizao
por organismos e servios especficos do rgo indicado no regulamento, que fixaro as normas e
mtodos a serem empregados.
Art. 3 Vinho a bebida obtida pela fermentao alcolica do mosto simples de uva s, fresca e
madura.
Pargrafo nico. A denominao vinho privativa do produto a que se refere este artigo, sendo
vedada sua utilizao para produtos obtidos de quaisquer outras matrias-primas.
Art. 4 Mosto simples de uva o produto obtido pelo esmagamento ou prensagem da uva s,
fresca e madura, com a presena ou no de suas partes slidas.
1 Mosto concentrado o produto obtido pela desidratao parcial de mosto no fermentado.
2 Mosto sulfitado o mosto simples estabilizado pela adio de anidrido sulfuroso ou
metabissulfito de potssio.
3 Mosto cozido o produto resultante da concentrao avanada de mostos, a fogo direto ou a
vapor, sensivelmente caramelizado, com um contedo de acar a ser fixado em regulamento.
4 Ao mosto em fermentao podero ser adicionados os corretivos lcool vnico e/ou mosto
concentrado e/ou sacarose, dentro dos limites e normas estabelecidos em regulamento.
5 O Poder Executivo poder determinar, anualmente, considerada a previso de futura safra,
qual ou quais dos corretivos previstos no pargrafo anterior devero nela ser usados, bem assim
estabelecer sua proporo.
6 Fica proibida a industrializao de mosto e de uvas de procedncia estrangeira, para a
produo de vinhos e derivados da uva e do vinho.
7 Ficam proibidas a industrializao e comercializao de vinhos e derivados da uva e do
vinho, cuja relao de proporcionalidade entre matria-prima e produto no obedea aos limites
tecnolgicos estabelecidos pelo rgo indicado no regulamento.


338

Decreto n 99.066/90


Regulamenta a Lei n. 7.678, de 8 de novembro de
1988, que dispe sobre a produo, circulao e
comercializao do vinho e derivados do vinho e
da uva.
O PRESIDENTE DA REPBLICA , no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV,
da Constituio, e tendo em vista o disposto no art. 52 da Lei n 7.678, de 8 de novembro de 1988,
DECRETA:
Disposio Preliminar
Art. 1 A produo, circulao e comercializao da uva, do vinho e derivados do vinho e da uva
obedecero as normas fixadas pela Lei n 7.678, de 8 de novembro de 1988, e Padres de Identidade e
Qualidade que forem estabelecidos pela Secretaria de Inspeo de Produto Vegetal SIPV do Ministrio
da Agricultura.
CAPTULO I
Da Competncia do Ministrio da Agricultura
Art. 2 Ao Ministrio da Agricultura compete:
I - o registro do vinho e derivados do vinho e da uva;
II - o registro e classificao dos estabelecimentos de industrializao e importao do vinho e
derivados do vinho e da uva;
III - a classificao e a padronizao da uva, do vinho e dos derivados da uva e do vinho,
estabelecendo preceitos de identidade e qualidade;
IV - a inspeo, a fiscalizao e o controle sanitrio dos estabelecimentos produtores do vinho e
derivados do vinho e da uva, desde a produo at a comercializao;
V - a anlise do vinho e derivados do vinho e da uva nacional e estrangeiro;
VI - estabelecer, e reconhecer como oficiais, mtodos de anlise e amostragem, e os limites de
tolerncia analtica;
VII - expedir Guia de Livre Trnsito para comercializao do vinho e derivados do vinho e da uva,
a granel, envasados e engarrafados;
VIII - indicar as prticas enolgicas e uso de aditivos e coadjuvantes na elaborao do vinho e
derivados do vinho e da uva;
IX - estabelecer as correlaes de proporcionalidade entre a matria-prima e o produto, nos limites
tecnolgicos previstos neste regulamento, assim como fixar margens de tolerncia admitidas no clculo
de rendimentos;
X - estabelecer o controle do perodo de envelhecimento e da capacidade mxima dos recipientes
utilizados para os destilados alcolicos e as aguardentes envelhecidas, derivados do vinho;
XI - fixar as normas para o transporte da uva destinada industrializao;
XII - propor o zoneamento da viticultura no Pas e o controle do plantio e da multiplicao de
mudas;
XIII - providenciar a execuo e atualizao do cadastramento da viticultura brasileira;
XIV - orientar o setor vitivincola quanto aos produtos e estabelecimentos; e
XV - designar o perito da anlise de desempate, quando no houver acordo entre as partes.


361

Lei n 7.802/89

Regulamento
Dispe sobre a pesquisa, a experimentao, a
produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercializao, a propaganda
comercial, a utilizao, a importao, a exportao,
o destino final dos resduos e embalagens, o
registro, a classificao, o controle, a inspeo e a
fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e
afins, e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
Art. 1 A pesquisa, a experimentao, a produo, a embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercializao, a propaganda comercial, a utilizao, a importao, a exportao, o
destino final dos resduos e embalagens, o registro, a classificao, o controle, a inspeo e a
fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e afins, sero regidos por esta Lei.
Art. 2 Para os efeitos desta Lei, consideram-se:
I - agrotxicos e afins:
a) os produtos e os agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos
setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas, nas pastagens, na
proteo de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e tambm de ambientes
urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de
preserv-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos;
b) substncias e produtos, empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores
de crescimento;
II - componentes: os princpios ativos, os produtos tcnicos, suas matrias-primas, os ingredientes
inertes e aditivos usados na fabricao de agrotxicos e afins.
Art. 3 Os agrotxicos, seus componentes e afins, de acordo com definio do art. 2 desta Lei, s
podero ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente
registrados em rgo federal, de acordo com as diretrizes e exigncias dos rgos federais responsveis
pelos setores da sade, do meio ambiente e da agricultura.
1 Fica criado o registro especial temporrio para agrotxicos, seus componentes e afins, quando
se destinarem pesquisa e experimentao.
2 Os registrantes e titulares de registro fornecero, obrigatoriamente, Unio, as inovaes
concernentes aos dados fornecidos para o registro de seus produtos.
3 Entidades pblicas e privadas de ensino, assistncia tcnica e pesquisa podero realizar
experimentao e pesquisas, e podero fornecer laudos no campo da agronomia, toxicologia, resduos,
qumica e meio ambiente.
4 Quando organizaes internacionais responsveis pela sade, alimentao ou meio ambiente,
das quais o Brasil seja membro integrante ou signatrio de acordos e convnios, alertarem para riscos
ou desaconselharem o uso de agrotxicos, seus componentes e afins, caber autoridade competente
tomar imediatas providncias, sob pena de responsabilidade.


368

Lei n 10.711/2003

Regulamento
Vigncia
Dispe sobre o Sistema Nacional de Sementes e
Mudas e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
CAPTULO I
DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1
o
O Sistema Nacional de Sementes e Mudas, institudo nos termos desta Lei e de seu
regulamento, objetiva garantir a identidade e a qualidade do material de multiplicao e de reproduo
vegetal produzido, comercializado e utilizado em todo o territrio nacional.
Art. 2
o
Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
I amostra: poro representativa de um lote de sementes ou de mudas, suficientemente
homognea e corretamente identificada, obtida por mtodo indicado pelo Ministrio da Agricultura,
Pecuria e Abastecimento - Mapa;
II amostra oficial: amostra retirada por fiscal, para fins de anlise de fiscalizao;
III - amostragem: ato ou processo de obteno de poro de sementes ou de mudas, definido no
regulamento desta Lei, para constituir amostra representativa de campo ou de lote definido;
IV - amostrador: pessoa fsica credenciada pelo Mapa para execuo de amostragem;
V - armazenador: pessoa fsica ou jurdica que armazena sementes para si ou para terceiros;
VI - beneficiamento: operao efetuada mediante meios fsicos, qumicos ou mecnicos, com o
objetivo de se aprimorar a qualidade de um lote de sementes;
VII - beneficiador: pessoa fsica ou jurdica que presta servios de beneficiamento de sementes ou
mudas para terceiros, assistida por responsvel tcnico;
VIII - categoria: unidade de classificao, dentro de uma classe de semente, que considera a
origem gentica, a qualidade e o nmero de geraes, quando for o caso;
IX - certificao de sementes ou mudas: processo de produo de sementes ou mudas, executado
mediante controle de qualidade em todas as etapas do seu ciclo, incluindo o conhecimento da origem
gentica e o controle de geraes;
X - certificado de sementes ou mudas: documento emitido pelo certificador, comprovante de que o
lote de sementes ou de mudas foi produzido de acordo com as normas e padres de certificao
estabelecidos;
XI - certificador: o Mapa ou pessoa jurdica por este credenciada para executar a certificao de
sementes e mudas;
XII - classe: grupo de identificao da semente de acordo com o processo de produo;
XIII - comerciante: pessoa fsica ou jurdica que exerce o comrcio de sementes ou mudas;
XIV - comrcio: o ato de anunciar, expor venda, ofertar, vender, consignar, reembalar, importar
ou exportar sementes ou mudas;
XV - cultivar: a variedade de qualquer gnero ou espcie vegetal superior que seja claramente
distinguvel de outras cultivares conhecidas, por margem mnima de descritores, por sua denominao
prpria, que seja homognea e estvel quanto aos descritores atravs de geraes sucessivas e seja de


378

Lei n 6.894/80

Regulamento
Dispe sobre a inspeo e fiscalizao da produo e
do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes,
estimulantes ou biofertilizantes, destinados
agricultura, e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA , fao saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 - A inspeo e fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos,
inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados agricultura, sero regidos pelas disposies
desta Lei. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)
Art 2 A inspeo e a fiscalizao previstas nesta Lei sero realizadas pelo Ministrio da
Agricultura.
Pargrafo nico. O Ministrio da Agricultura poder delegar a fiscalizao do comrcio aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Territrios.
Art 3 Para efeitos desta Lei, considera-se:
a) fertilizante, a substncia mineral ou orgnica, natural ou sinttica, fornecedora de um ou mais
nutrientes vegetais;
b) corretivo, o material apto a corrigir uma ou mais caractersticas desfavorveis do solo;
c) inoculante, a substncia que contenha microorganismos com a atuao favorvel ao
desenvolvimento vegetal. (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)
d) estimulante ou biofertilizante, o produto que contenha princpio ativo apto a melhorar, direta ou
indiretamente, o desenvolvimento das plantas.
Art 4 As pessoas fsicas ou jurdicas que produzam ou comercializem fertilizantes, corretivos,
inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes ficam obrigadas a promover o seu registro no Ministrio da
Agricultura, conforme dispuser o regulamento.
1 (VETADO).
2 Os produtos a que se refere este artigo devero ser igualmente registrados no Ministrio da
Agricultura.
3 - Para a obteno dos registros a que se refere este artigo, quando se tratar de atividade de
produo industrial, ser exigida a assistncia tcnica permanente de profissional habilitado, com a
conseqente responsabilidade funcional. (Includo pela Lei n 6.934, de 1981)
Art. 5 - A infrao s disposies desta Lei acarretar, nos termos previstos em regulamento, e
independentemente de medidas cautelares, a aplicao das seguintes sanes: (Redao dada pela Lei
n 6.934, de 1981)
I - advertncia;
II - multa igual a 5 (cinco) vezes o valor das diferenas para menos, entre o teor dos
macronutrientes primrios indicados no registro do produto e os resultados apurados na anlise,
calculada sobre o lote de fertilizante produzido, comercializado ou estocado;
Ill - multa de at 1.000 (mil) vezes o maior valor de referncia estabelecido na forma da Lei n
6.205, de 29 de abril de 1975, aplicvel em dobro nos casos de reincidncia genrica ou
especfica; (Redao dada pela Lei n 6.934, de 1981)


380

Decreto n 4.954/2004


Aprova o Regulamento da Lei n
o
6.894, de 16 de
dezembro de 1980, que dispe sobre a inspeo e
fiscalizao da produo e do comrcio de
fertilizantes, corretivos, inoculantes ou
biofertilizantes destinados agricultura, e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n
o
6.894, de 16 de dezembro de 1980,
DECRETA:
Art. 1
o
Fica aprovado, na forma do Anexo, o Regulamento da Lei n
o
6.894, de 16 de dezembro de
1980.
Art. 2
o
Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 3
o
Ficam revogados o Decreto n
o
86.955, de 18 de fevereiro de 1982, e o inciso IV do art.
1
o
do Decreto n
o
99.427, de 31 de julho de 1990.
Braslia, 14 de janeiro de 2004; 183 da Independncia e 116 da Repblica.
LUIZ INCIO LULA DA SILVA
Roberto Rodrigues

A N E X O
REGULAMENTO DA LEI N
o
6.894, DE 16 DE DEZEMBRO DE 1980
DAS DISPOSIES GERAIS
CAPTULO I
DAS DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1
o
Este Regulamento estabelece as normas gerais sobre registro, padronizao, classificao,
inspeo e fiscalizao da produo e do comrcio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou
biofertilizantes destinados agricultura.
Art. 2
o
Para os fins deste Regulamento, considera-se:
I - produo: qualquer operao de fabricao ou industrializao e acondicionamento que
modifique a natureza, acabamento, apresentao ou finalidade do produto;
II - comrcio: atividade que consiste na compra, venda, cesso, emprstimo ou permuta de
fertilizantes, corretivos, inoculantes, biofertilizantes e matrias-primas;
III - fertilizante: substncia mineral ou orgnica, natural ou sinttica, fornecedora de um ou mais
nutrientes de plantas, sendo:
a) fertilizante mineral: produto de natureza fundamentalmente mineral, natural ou sinttico, obtido
por processo fsico, qumico ou fsico-qumico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas;
b) fertilizante orgnico: produto de natureza fundamentalmente orgnica, obtido por processo
fsico, qumico, fsico-qumico ou bioqumico, natural ou controlado, a partir de matrias-primas de
origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, enriquecido ou no de nutrientes minerais;
c) fertilizante mononutriente: produto que contm um s dos macronutrientes primrios;


419

Decreto n 4.074/2002

Texto compilado
Regulamenta a Lei n
o
7.802, de 11 de julho de
1989, que dispe sobre a pesquisa, a
experimentao, a produo, a embalagem e
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a
comercializao, a propaganda comercial, a
utilizao, a importao, a exportao, o destino
final dos resduos e embalagens, o registro, a
classificao, o controle, a inspeo e a fiscalizao
de agrotxicos, seus componentes e afins, e d
outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n
o
7.802, de 11 de julho de 1989,
DECRETA:
Captulo I
Das Disposies Preliminares
Art. 1
o
Para os efeitos deste Decreto, entende-se por:
I - aditivo - substncia ou produto adicionado a agrotxicos, componentes e afins, para melhorar
sua ao, funo, durabilidade, estabilidade e deteco ou para facilitar o processo de produo;
II - adjuvante - produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua
aplicao;
III - agente biolgico de controle - o organismo vivo, de ocorrncia natural ou obtido por
manipulao gentica, introduzido no ambiente para o controle de uma populao ou de atividades
biolgicas de outro organismo vivo considerado nocivo;
IV - agrotxicos e afins - produtos e agentes de processos fsicos, qumicos ou biolgicos,
destinados ao uso nos setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrcolas,
nas pastagens, na proteo de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes
urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora ou da fauna, a fim de
preserv-las da ao danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substncias e produtos
empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento;
V - centro ou central de recolhimento - estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais
fabricantes e registrantes, ou conjuntamente com comerciantes, destinado ao recebimento e
armazenamento provisrio de embalagens vazias de agrotxicos e afins dos estabelecimentos
comerciais, dos postos de recebimento ou diretamente dos usurios;
VI - comercializao - operao de compra, venda ou permuta dos agrotxicos, seus componentes
e afins;
VII - componentes - princpios ativos, produtos tcnicos, suas matrias-primas, ingredientes
inertes e aditivos usados na fabricao de agrotxicos e afins;
VIII - controle - verificao do cumprimento dos dispositivos legais e requisitos tcnicos relativos
a agrotxicos, seus componentes e afins;


471

Decreto n 5.981/2006


D nova redao e inclui dispositivos ao Decreto
n
o
4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a
Lei n
o
7.802, de 11 de julho de 1989, que dispe
sobre a pesquisa, a experimentao, a produo, a
embalagem e rotulagem, o transporte, o
armazenamento, a comercializao, a propaganda
comercial, a utilizao, a importao, a exportao,
o destino final dos resduos e embalagens, o
registro, a classificao, o controle, a inspeo e a
fiscalizao de agrotxicos, seus componentes e
afins.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, inciso IV,
da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n
o
7.802, de 11 de julho de 1989,
DECRETA:
Art. 1
o
Os arts. 10, 86 e 94 do Decreto n
o
4.074, de 4 de janeiro de 2002, passam a vigorar com a
seguinte redao:
Art. 10. ...............................................................................
............................................................................................
2
o
O requerente de registro de produto tcnico equivalente dever fornecer os dados e documentos
exigidos no Anexo II, itens 1 a 11, 15 e 16.1 a 16.6.
3
o
O rgo federal de sade informar ao requerente de registro por equivalncia se o produto
tcnico de referncia indicado contm ou no contm os estudos, testes, dados e informaes
necessrios avaliao do registro, no prazo de quinze dias da solicitao do registro de produto
tcnico por equivalncia.
4
o
Quando o produto tcnico de referncia indicado no contiver os estudos, testes, dados e
informaes necessrios avaliao, o rgo federal de sade, ouvidos os demais rgos de registro,
informar ao requerente de registro por equivalncia quais produtos tcnicos esto aptos a serem
indicados como produto tcnico de referncia para o ingrediente ativo de interesse ou a alternativa de
encaminhamento para o pleito de registro, no prazo de trinta dias aps o prazo previsto no 3
o
.
5
o
Os produtos tcnicos registrados com base em equivalncia no podero ser indicados como
produtos tcnicos de referncia
6
o
Os produtos com registro cancelado podero ser indicados como produtos tcnicos de referncia,
desde que atendam aos requisitos previstos na legislao para registro de agrotxicos e afins e
contenham os estudos, testes, dados e informaes necessrios ao registro por equivalncia.
7
o
A avaliao para determinao da equivalncia entre produtos tcnicos ser realizada
conjuntamente pelos rgos responsveis pelos setores da agricultura, sade e meio ambiente,
resguardadas as suas competncias, com observncia dos critrios de equivalncia da Organizao das
Naes Unidas para Agricultura e Alimentao - FAO, conforme descrito no Anexo X.
8
o
Na Fase I do processo de avaliao dos pleitos de registro de produto tcnico com base em
equivalncia, os rgos verificaro se o produto tcnico equivalente ao produto tcnico de referncia
indicado, de acordo com os critrios previstos nos itens 1 a 3 do Anexo X, com base nos dados e
informaes apresentadas conforme os itens 15 e 16.1 a 16.6 do Anexo II.


479

Decreto n 5.153/2004)


Aprova o Regulamento da Lei n 10.711, de 5 de
agosto de 2003, que dispe sobre o Sistema Nacional
de Sementes e Mudas - SNSM, e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituio, e tendo em vista o disposto no art. 50 da Lei n 10.711, de 5 de agosto de 2003,
DECRETA:
Art. 1 Fica aprovado o Anexo Regulamento da Lei n 10.711, de 5 de agosto de 2003, que dispe
sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM.
Art. 2 Compete ao Ministro de Estado da Agricultura, Pecuria e Abastecimento a edio dos
atos e normas complementares previstos no Regulamento ora aprovado.
Art. 3 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.
Art. 4 Revogam-se os Decretos n
s
81.771, de 7 de junho de 1978, e 2.854, de 2 de dezembro de
1998.
Braslia, 23 de julho de 2004; 183 da Independncia e 116 da Repblica.
LUIZ INCIO LULA DA SILVA
Roberto Rodrigues

ANEXO
REGULAMENTO DA LEI N
o
10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003,
QUE DISPE SOBRE O SISTEMA NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS - SNSM
CAPTULO I
DAS DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1
o
As atividades do Sistema Nacional de Sementes e Mudas SNSM sero reguladas de
acordo com o disposto na Lei n
o
10.711, de 5 de agosto de 2003, neste Regulamento e em normas
complementares.
Pargrafo nico. As aes decorrentes das atividades previstas neste Regulamento sero exercidas
pelo Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, resguardada a competncia prevista no art.
5
o
da Lei n
o
10.711, de 2003.
Art. 2
o
Para efeito deste Regulamento, respeitadas as definies constantes da Lei n
o
10.711, de
2003, entende-se por:
I - amostra de identificao: amostra com a finalidade de identificao do lote de sementes ou de
mudas;
II - anlise de semente ou de muda: procedimentos tcnicos utilizados para avaliar a qualidade e a
identidade da amostra;
III - atestado de origem gentica: documento que garante a identidade gentica do material de
propagao, emitido por melhorista;
IV - auditoria: avaliao e verificao, mediante o exame de processos e atividades, aplicvel s
entidades delegadas e pessoas credenciadas, em intervalos definidos, com o objetivo de verificar se


523

LEI N 9.456, DE 25 DE ABRIL DE 1997.

Regulamento
Institui a Lei de Proteo de Cultivares e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
TTULO I
DAS DISPOSIES PRELIMINARES
Art. 1 Fica institudo o direito de Proteo de Cultivares, de acordo com o estabelecido nesta Lei.
Art. 2 A proteo dos direitos relativos propriedade intelectual referente a cultivar se efetua
mediante a concesso de Certificado de Proteo de Cultivar, considerado bem mvel para todos os
efeitos legais e nica forma de proteo de cultivares e de direito que poder obstar a livre utilizao de
plantas ou de suas partes de reproduo ou de multiplicao vegetativa, no Pas.
Art. 3 Considera-se, para os efeitos desta Lei:
I - melhorista: a pessoa fsica que obtiver cultivar e estabelecer descritores que a diferenciem das
demais;
II - descritor: a caracterstica morfolgica, fisiolgica, bioqumica ou molecular que seja herdada
geneticamente, utilizada na identificao de cultivar;
III - margem mnima: o conjunto mnimo de descritores, a critrio do rgo competente, suficiente
para diferenciar uma nova cultivar ou uma cultivar essencialmente derivada das demais cultivares
conhecidas;
IV - cultivar: a variedade de qualquer gnero ou espcie vegetal superior que seja claramente
distinguvel de outras cultivares conhecidas por margem mnima de descritores, por sua denominao
prpria, que seja homognea e estvel quanto aos descritores atravs de geraes sucessivas e seja de
espcie passvel de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicao especializada disponvel e
acessvel ao pblico, bem como a linhagem componente de hbridos;
Comentrio: Esse o primeiro artigo que cita denominao como parte importante do
processo de proteo. Quando determina que a cultivar, alm de outros atributos
especficos, dever ter denominao prpria, o legislador quis dizer que no haveria duas
cultivares com a mesma denominao. O artigo 7 do Decreto n 2.366/97 estabelece os
critrios de distino entre as denominaes, detalhando as especificidades.
V - nova cultivar: a cultivar que no tenha sido oferecida venda no Brasil h mais de doze meses
em relao data do pedido de proteo e que, observado o prazo de comercializao no Brasil, no
tenha sido oferecida venda em outros pases, com o consentimento do obtentor, h mais de seis anos
para espcies de rvores e videiras e h mais de quatro anos para as demais espcies;
VI - cultivar distinta: a cultivar que se distingue claramente de qualquer outra cuja existncia na
data do pedido de proteo seja reconhecida;
VII - cultivar homognea: a cultivar que, utilizada em plantio, em escala comercial, apresente
variabilidade mnima quanto aos descritores que a identifiquem, segundo critrios estabelecidos pelo
rgo competente;
VIII - cultivar estvel: a cultivar que, reproduzida em escala comercial, mantenha a sua
homogeneidade atravs de geraes sucessivas;


536

DECRETO N 2.366, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1997.


Regulamenta a Lei n 9.456, de 25 de abril de
1997, que institui a Proteo de Cultivares, dispe
sobre o Servio Nacional de Proteo de Cultivares
- SNPC, e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA , no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV,
da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n 9.456, de 25 de abril de 1997,
DECRETA:
CAPTULO I
DAS DISPOSIES GERAIS
SEO I
Das Disposies Preliminares
Art 1 A proteo de cultivares, nos termos da Lei n 9.456, de 25 de abril de 1997, dar-se- em
conformidade com as normas previstas neste Decreto.
Art 2 A proteo dos direitos relativos propriedade intelectual referente a cultivar se efetua
mediante a concesso de Certificado de Proteo de Cultivar, considerado bem mvel para todos os
efeitos legais e nica forma de proteo de cultivares e de direito que poder obstar a livre utilizao de
plantas ou de suas partes de reproduo ou de multiplicao vegetativa, no Pas.
SEO II
Do rgo de Proteo de Cultivar
Art 3 O Servio Nacional de Proteo de Cultivares - SNPC, criado pela Lei n 9.456, de 1997,
no mbito do Ministrio da Agricultura e do Abastecimento, o rgo competente para a proteo de
cultivares no Pas, cabendo-lhe especialmente:
I - proteger as novas cultivares e as cultivares essencialmente derivadas, outorgando-lhes os
certificados de proteo correspondentes;
II - divulgar, progressivamente, as espcies vegetais e respectivos descritores mnimos,
necessrios abertura de pedidos de proteo, bem como a data-limite, na hiptese da alnea "a" do
1 do art. 6 deste Decreto, para apresentao dos pedidos;
III - elaborar e submeter aprovao do Ministro de Estado da Agricultura e do Abastecimento
normas complementares, no mbito de sua competncia, sobre a proteo de novas cultivares e de
cultivares essencialmente derivadas, bem assim de cultivares passveis de proteo na forma do art. 4,
1, da Lei n 9.456, de 1997, de qualquer gnero ou espcie vegetal, e estabelecer os formulrios
necessrios tramitao do pedido de proteo;
IV - receber, protocolizar, deferir e indeferir pedidos de proteo, formalizados mediante
requerimento assinado pela pessoa fsica ou jurdica que obtiver cultivar, ou por seu procurador
devidamente habilitado;
V - receber, protocolizar, julgar, deferir e indeferir pedidos de impugnao apresentados por
terceiros ou pelo requerente do direito de proteo;
VI - receber, protocolizar, instruir e encaminhar ao Ministro de Estado da Agricultura e do
Abastecimento recursos apresentados por terceiros ou pelo requerente do pedido de proteo;


549

Lei n 11.105/2005

Mensagem de veto

Regulamento
Regulamenta os incisos II, IV e V do 1
o
do art. 225
da Constituio Federal, estabelece normas de
segurana e mecanismos de fiscalizao de atividades
que envolvam organismos geneticamente modificados
OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de
Biossegurana CNBS, reestrutura a Comisso
Tcnica Nacional de Biossegurana CTNBio, dispe
sobre a Poltica Nacional de Biossegurana PNB,
revoga a Lei n
o
8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a
Medida Provisria n
o
2.191-9, de 23 de agosto de
2001, e os arts. 5
o
, 6
o
, 7
o
, 8
o
, 9
o
, 10 e 16 da Lei
n
o
10.814, de 15 de dezembro de 2003, e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte Lei:
CAPTULO I
DISPOSIES PRELIMINARES E GERAIS
Art. 1
o
Esta Lei estabelece normas de segurana e mecanismos de fiscalizao sobre a construo,
o cultivo, a produo, a manipulao, o transporte, a transferncia, a importao, a exportao, o
armazenamento, a pesquisa, a comercializao, o consumo, a liberao no meio ambiente e o descarte
de organismos geneticamente modificados OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estmulo
ao avano cientfico na rea de biossegurana e biotecnologia, a proteo vida e sade humana,
animal e vegetal, e a observncia do princpio da precauo para a proteo do meio ambiente.
1
o
Para os fins desta Lei, considera-se atividade de pesquisa a realizada em laboratrio, regime
de conteno ou campo, como parte do processo de obteno de OGM e seus derivados ou de avaliao
da biossegurana de OGM e seus derivados, o que engloba, no mbito experimental, a construo, o
cultivo, a manipulao, o transporte, a transferncia, a importao, a exportao, o armazenamento, a
liberao no meio ambiente e o descarte de OGM e seus derivados.
2
o
Para os fins desta Lei, considera-se atividade de uso comercial de OGM e seus derivados a
que no se enquadra como atividade de pesquisa, e que trata do cultivo, da produo, da manipulao,
do transporte, da transferncia, da comercializao, da importao, da exportao, do armazenamento,
do consumo, da liberao e do descarte de OGM e seus derivados para fins comerciais.
Art. 2
o
As atividades e projetos que envolvam OGM e seus derivados, relacionados ao ensino com
manipulao de organismos vivos, pesquisa cientfica, ao desenvolvimento tecnolgico e produo
industrial ficam restritos ao mbito de entidades de direito pblico ou privado, que sero responsveis
pela obedincia aos preceitos desta Lei e de sua regulamentao, bem como pelas eventuais
conseqncias ou efeitos advindos de seu descumprimento.
1
o
Para os fins desta Lei, consideram-se atividades e projetos no mbito de entidade os
conduzidos em instalaes prprias ou sob a responsabilidade administrativa, tcnica ou cientfica da
entidade.


562

Decreto n 5.591/2005


Regulamenta dispositivos da Lei n
o
11.105, de 24
de maro de 2005, que regulamenta os incisos II,
IV e V do 1
o
do art. 225 da Constituio, e d
outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso das atribuies que lhe confere o art. 84, incisos IV
e VI, alnea "a", da Constituio, e tendo em vista o disposto na Lei n
o
11.105, de 24 de maro de 2005,
DECRETA:
CAPTULO I
DAS DISPOSIES PRELIMINARES E GERAIS
Art. 1
o
Este Decreto regulamenta dispositivos da Lei n
o
11.105, de 24 de maro de 2005, que
estabelece normas de segurana e mecanismos de fiscalizao sobre a construo, o cultivo, a
produo, a manipulao, o transporte, a transferncia, a importao, a exportao, o armazenamento, a
pesquisa, a comercializao, o consumo, a liberao no meio ambiente e o descarte de organismos
geneticamente modificados - OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estmulo ao avano
cientfico na rea de biossegurana e biotecnologia, a proteo vida e sade humana, animal e
vegetal, e a observncia do princpio da precauo para a proteo do meio ambiente, bem como
normas para o uso mediante autorizao de clulas-tronco embrionrias obtidas de embries humanos
produzidos por fertilizao in vitro e no utilizados no respectivo procedimento, para fins de pesquisa e
terapia.
Art. 2
o
As atividades e projetos que envolvam OGM e seus derivados, relacionados ao ensino
com manipulao de organismos vivos, pesquisa cientfica, ao desenvolvimento tecnolgico e
produo industrial ficam restritos ao mbito de entidades de direito pblico ou privado, que sero
responsveis pela obedincia aos preceitos da Lei n
o
11.105, de 2005, deste Decreto e de normas
complementares, bem como pelas eventuais conseqncias ou efeitos advindos de seu
descumprimento.
1
o
Para os fins deste Decreto, consideram-se atividades e projetos no mbito de entidade os
conduzidos em instalaes prprias ou sob a responsabilidade administrativa, tcnica ou cientfica da
entidade.
2
o
As atividades e projetos de que trata este artigo so vedados a pessoas fsicas em atuao
autnoma e independente, ainda que mantenham vnculo empregatcio ou qualquer outro com pessoas
jurdicas.
3
o
Os interessados em realizar atividade prevista neste Decreto devero requerer autorizao
Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana - CTNBio, que se manifestar no prazo fixado em norma
prpria.
Art. 3
o
Para os efeitos deste Decreto, considera-se:
I - atividade de pesquisa: a realizada em laboratrio, regime de conteno ou campo, como parte
do processo de obteno de OGM e seus derivados ou de avaliao da biossegurana de OGM e seus
derivados, o que engloba, no mbito experimental, a construo, o cultivo, a manipulao, o transporte,
a transferncia, a importao, a exportao, o armazenamento, a liberao no meio ambiente e o
descarte de OGM e seus derivados;
II - atividade de uso comercial de OGM e seus derivados: a que no se enquadra como atividade
de pesquisa, e que trata do cultivo, da produo, da manipulao, do transporte, da transferncia, da

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
581


CAPTULO 18 AGRICULTURA ORGNICA:
CONCEITOS, PRINCPIOS E MANEJO DA
PRODUO VEGETAL ORGNICA


18.1. CONSIDERAES SOBRE A AGROECOLOGIA, SEUS PRINCPIOS E AVANOS NA
AGRICULTURA

Considerando os casos e as discusses apresentadas, assim como outros tantos casos e debates
de como devemos avanar a agricultura, podemos fazer algumas generalizaes. Em primeiro lugar,
parece ser necessrio reforar alguns conceitos, pois ainda vemos muita confuso na utilizao de
alguns termos pelos movimentos de agricultura alternativa. Destacam-se os conceitos de Agroecologia,
Sustentabilidade, e Agrobiodiversidade.
Agroecologia tem sido definida como a Integrao de princpios agronmicos, ecolgicos,
sociais e econmicos na compreenso e avaliao do impacto de tecnologias sobre os
agroecossistemas. Visa propor modelos e mtodos de manejo que promovam a sustentabilidade dos
agroecossistemas. Embora em muitos modelos de agricultura orgnica algumas das prticas utilizadas
possam conduzir a modelos sustentveis de manejo de agroecossistemas, a Agricultura Orgnica no
sinnimo de Agroecologia, e vice-versa.
Sustentabilidade um conceito muito confuso, e que tem sido empregado com os mais diversos
propsitos, honestos ou escusos. Por definio, a sustentabilidade de um sistema sua habilidade de
produzir um determinado trabalho sem perder a capacidade de regenerao. Quando nos referimos
sustentabilidade de um agroecossistema, que por natureza um sistema aberto, complexo e em
constante evoluo, devemos ter em mente que improvvel que sejamos capazes de determinar
efetivamente sua capacidade de regenerao. Isto faz da sustentabilidade dos agroecossistemas uma
utopia e, da Agroecologia, uma esperana de que estejamos no caminho correto, em direo
sustentabilidade. Para avaliarmos nosso progresso, devemos descobrir sensores, que possam indicar a
direo da evoluo dos sistemas que manipulamos, os indicadores de sustentabilidade. Devemos
tambm aprender com as experincias mais antigas, que se mantm ao longo de muitos anos,
localmente adaptadas, que potencialmente so mais sustentveis, sendo as mais antigas as experincias
dos sistemas naturais.
Outro conceito confuso, e mal interpretado, o de agrobiodiversidade. Embora claramente
derivado do conceito de biodiversidade, a agrobiodiversidade inclui outras dimenses no encontradas
em um ecossistema natural, principalmente as dimenses socioculturais inerentes s populaes
humanas. Assim, a agrobiodiversidade, alm da diversidade gentica e de espcies, caracterizada pela
diversidade cultural e de mtodos de manejo dos agroecossistemas. Todos estes aspectos devem ser
levados em considerao quando se pretende defender a estabilidade dinmica dos agroecossistemas e,
por conseguinte, a possvel sustentabilidade destes.
Verificamos ser muito importante a dar impulso aos modelos agrcolas que preservem a
diversidade biolgica, com um grande nmero de espcies e com uma ampla base gentica, ao mesmo

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
615


CAPTULO 19 ARMAZENAMENTO DE
PRODUTOS AGROPECURIOS


19.1. A SECAGEM DE SEMENTES

A secagem de sementes, alm de contribuir para a preservao da qualidade fisiolgica durante
o armazenamento, possibilita a antecipao da colheita evitando perdas de natureza diversa durante o
processo produtivo.
Na escolha do mtodo de secagem, o fator quantidade de sementes limitante e, quando
necessitamos secar grandes quantidades, imprescindvel a utilizao de secagem artificial, cujos
custos de operao esto relacionados com volume, velocidade de secagem e temperatura do ar.
O objetivo do trabalho analisar os mtodos utilizados e seus efeitos na manuteno da
qualidade fisiolgica das sementes.

19.1.1. Maturao das sementes e a necessidade de secagem
A tecnologia para a produo de sementes preconiza, genericamente, a realizao da colheita no
momento mais prximo possvel da maturidade fisiolgica. Sabe-se, entretanto, que as sementes, de
uma maneira geral, atingem a maturidade fisiolgica com teores de gua superiores a 30%, no
compatvel, com a tecnologia disponvel para a colheita mecnica.
A maturao das sementes uma fase que compreende as transformaes morfolgicas,
fisiolgicas e funcionais que se iniciam no momento da fertilizao do vulo e terminam com o
acmulo mximo de matria seca. Este estdio definido como o ponto de maturidade fisiolgica e,
genericamente, considerado o momento em que as sementes desligam-se da planta-me e apresentam
seu maior potencial de qualidade, indicado pelo maior peso de matria seca, germinao e vigor.
Desde a maturidade fisiolgica at o momento de sua utilizao na semeadura, as sementes
esto sujeitas perda da qualidade fisiolgica pelas mudanas bioqumicas e fisiolgicas que passam a
ocorrer. A deteriorao, em muitos casos imperceptvel na fase inicial, manifesta-se no decorrer do
tempo, ocasionando reflexos negativos no vigor. A rapidez com que ocorre a perda de qualidade das
sementes aps a maturidade fisiolgica funo da espcie, da cultivar e das condies impostas s
sementes no campo, aps a colheita e durante as operaes de beneficiamento e armazenamento.
De um modo geral, possvel afirmar que a qualidade das sementes decresce a partir da
maturidade fisiolgica, dependendo das condies climticas, principalmente, temperatura e umidade
relativa do ambiente em que ficam expostas, at atingir o momento de colheita.
Os mecanismos de soro e dessoro dirios de gua em sementes de soja, entre a maturidade
fisiolgica e o momento de colheita, podem alcanar amplitude superior a cinco pontos percentuais, em
decorrncia das variaes da umidade relativa do ambiente. Tal fato, mesmo que em intensidade
varivel, pode ocorrer para outras espcies, considerando que as sementes esto em permanente
intercmbio de gua com o ambiente.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
651


CAPTULO 20 CONHECIMENTOS BSICOS
SOBRE ORGANISMOS INTERNACIONAIS E
BLOCOS ECONMICOS REGIONAIS


20.1. OMC COM FOCO NA AGRICULTURA (SPS TBT)

Dois aspectos podem ser destacados quanto ao tema da legitimidade das medidas sanitria se
tcnicas, e, conseqentemente, da proteo ou protecionismo que esto gerando. O primeiro deles
refere-se viso de muitos autores de que concomitantemente liberalizao das medidas tradicionais
de proteo, cresce em importncia o papel das normas tcnicas, inclusive as sanitrias, na
determinao do comrcio. Nesse contexto que, durantea Rodada Uruguai do General Agreement on
Trade and Tariffs (GATT), foi criado o Agreement on Sanitary and Phytosanitary Measures (SPS),
ou Acordo sobre Medidas Sanitrias e Fitossanitrias. O segundo aspecto que tem sido explorado se o
SPS efetivamente tem contribudo para melhorar o comrcio dos pases, inclusive daqueles em
desenvolvimento.

Na Rodada Tquio do GATT (1973-79) foi estabelecido o Standards Code (Cdigo de
Normas), de adeso voluntria, cujo escopo era disciplinar o tema de regulamentos tcnicos, incluindo
as medidas de natureza sanitria. A disciplina sobre este assunto avanou durante a Rodada Uruguai
(1986-1993), quando o Standards Code foi sucedido por dois novos acordos, o de Medidas Sanitrias e
Fitossanitrias (Sanitary and Phytosanitary Agreement - SPS) e o Acordo sobre Barreiras Tcnicas ao
Comrcio (Agreement on Technical Barriers to Trade - TBT). A diferena bsica entre os dois est em
seus objetivos e, portanto, em sua abrangncia.
O Acordo SPS aplica-se a todas as medidas sanitrias e fitossanitrias que possam afetar o
comrcio, direta ou indiretamente, e estabelece que os pases tm o direito de adotar medidas sanitrias
e fitossanitrias que sejam necessrias para a proteo da vida ou sade humana, animal ou vegetal,
desde que tais medidas no sejam inconsistentes com os princpios do Acordo. Essas medidas
compreendem leis, regulamentos, decretos, exigncias e procedimentos, mtodos de processamento e
produo, testes, inspeo, certificao, tratamento de quarentena, transporte, mtodos estatsticos,
amostragem e exigncias de empacotamento e embalagem, diretamente ligados segurana alimentar.
O Acordo TBT tem entre seus objetivos garantir que as normas e padres tcnicos elaborados e
aplicados pelos pases, tais como exigncias de embalagem e rotulagem e procedimentos para avaliao
de conformidade com as normas e padres tcnicos, no criem obstculos desnecessrios ao comrcio
internacional. Conforme estabelece em suas provises gerais, abrange tanto produtos industriais quanto
agrcolas. Contudo, as disposies desse Acordo no se aplicams medidas sanitrias e fitossanitrias
definidas no Acordo SPS. O TBT aplica-se a caractersticas do produto e aos mtodos de processo e
produo que tenham efeito sobre as caractersticas e qualidade do produto, tendo como objetivo
garantir padres de qualidade e de segurana e proteo sade dos consumidores, bem como de
proteo ao ambiente, objetivos expressos no TBT como legtimos.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
653
Artigo 6 - Regionalizao: adoo de condies regionais, incluindo reas livres de febre
aftosa, reas de baixa incidncia de doena ou prevalncia de doenas.
Artigo 7 - Transparncia: os membros notificaro mudanas em suas medidas SPS e
fornecero informaes de Acordo com as normas definidas junto OMC.
Artigo 9 - Assistncia Tcnica:
Artigo 9.1: pases membros concordam em facilitar a promoo e assistncia tcnica de
outros membros, de forma bilateral ou por meio de instituies internacionais apropriadas.
Artigo 10 - Tratamento especial ou diferenciado aos pases em desenvolvimento e menos
desenvolvidos na aplicao e preparao de medidas sanitrias e fitossanitrias.
O Acordo SPS criou tambm mecanismos visando assegurar a sua implementao e
manuteno. Um comit sobre medidas sanitrias e fitossanitrias foi institudo para discutir as
medidas SPS, seu estabelecimento e controle. Alm disso, todo pas-membro pode criar e manter um
enquiry point para receber e responder a qualquer solicitao por maiores informaes sobre o tema.
Outro instrumento previsto no Acordo o da notificao (Artigo 7). Sempre que um governo prope
uma nova regulamentao ou modifica uma j existente, deve notificar a deciso
OMC,principalmente se esta diferir de um padro internacional ou se tiver algum efeito potencial sobre
o comrcio. Uma vez notificado, o Secretariado da OMC responsabiliza-se pela circulao desta
notificao entre todos seus pases-membros. Entretanto,sua apresentao deve ocorrer antes que a
nova regulamentao seja implementada no pas que a notificou, para que os demais signatrios
possam discuti-las e coment-las.


20.2. FAO
20.2.1. FAO: Os recursos Genticos na agricultura so chaves para a segurana Alimentar
A assinatura do Tratado em Recursos Genticos de Plantas para Segurana Alimentar e
Agricultura o marco principal de uma etapa para garantir a segurana alimentar em todo o mundo.
tambm um marco histrico da cooperao Norte-Sul, de acordo com FAO, que ocorreu na vspera da
primeira reunio de seus estados signatrios.
O Tratado um instrumento legal obrigatrio negociado pelos estados membros da FAO, que
veio fora em junho 2004 com a culminao de um longo processo que comeou na dcada de 70.
Sua finalidade proteger a diversidade gentica de cultivares um patrimnio de importncia crucial
s geraes futuras cujas estimativas evidenciam uma perda de trs quartos durante o ltimo sculo.
Durante toda sua histria, os seres humanos usaram cerca de 10.000 espcies de plantas como
alimento; hoje, nossa dieta baseada em apenas 100 espcies, devido introduo de um pequeno
nmero de variedades comerciais modernas e enormemente uniformes.

20.2.1.1. A importncia do tratado
Este acordo internacional garante, no somente a conservao e o uso sustentvel de recursos
genticos das plantas, mas o compartilhamento justo e eqitativo dos benefcios alm de seu uso,
incluindo todos os benefcios monetrios da comercializao. Pela primeira vez, os direitos dos
agricultores so reconhecidos formalmente, na compreenso de que foram os produtores tradicionais
em cada parte no mundo que contriburam enormemente para o desenvolvimento da diversidade
biolgica agrcola atravs do milnio, e so ainda seus principais curadores disse Jos Esquinas
Alczar no frum Intergovernamental, onde o Tratado foi negociado.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
654
Os recursos genticos so matrias primas da produo e os cientistas necessitam desenvolver
novas variedades de modo que a humanidade possa necessitar em eventuais mudanas, como o
surgimento de novas pragas agrcolas alteraes climticas, e de modo que as populaes mundiais
possam melhorar suas dietas. A FAO considera este tratado um meio essencial de alcanar os objetivos
do desenvolvimento do Milnio, especialmente o objetivo 1: erradicao da fome e pobreza extrema, e
o objetivo 7: assegurar a sustentabilidade ambiental.

20.2.1.2. Interdependncia
O tratado cria um sistema multilateral de acesso e benefcios compartilhados, para facilitar o
acesso as Partes Contratadas aos recursos genticos das plantas enquanto assegura o compartilhamento
multilateral dos benefcios. Este sistema aplica-se a uma lista de 64 espcies de plantas, selecionadas
com base nos critrios de segurana e interdependncia alimentar, incluindo trigo, arroz, batatas e
milho, que so os principais constituintes das dietas existentes entre as inmeras populaes do mundo.
O compartilhamento de benefcios pretendido equipa os pases em desenvolvimento em
particular, com meios e recursos necessrios conservao dos recursos genticos que eles necessitam,
sejam in situ ou ex situ (fora de seu ambiente natural).
Nenhum pas auto-suficiente em recursos genticos agrcolas. A FAO calcula que os pases
sejam aproximadamente 70% interdependentes. Cada pas depende da diversidade gentica de plantas
existentes em outros pases e regies para garantir a segurana alimentar para suas prprias
populaes, afirma Esquinas.
As maiores diversidades biolgicas agrcolas encontram-se em zonas tropicais e subtropicais,
isto , em pases em desenvolvimento. Muitos pases considerados pobres so conseqentemente
ricos de biodiversidade, mas dependem da disponibilidade e da troca constante de recursos genticos
entre as plantas, especialmente os pases mais desenvolvidos. A cooperao internacional neste ponto
no trs somente benefcios a alguns pases, mas toda a humanidade.
A biodiversidade agrcola um legado vital deixado a ns por geraes anteriores. Uma vez
que o material gentico perdido, torna-se irrecupervel. Ns temos uma obrigao moral de pass-lo
adiante, intacto, aos nossos filhos. Deste modo, o Tratado transforma a obrigao moral de conserv-lo
(material gentico) para as geraes futuras em uma obrigao legal,Esquinas conclui.


20.3. OMS
A Organizao Mundial da Sade (World Health Organization) uma agncia especializada
das Naes Unidas, ou seja, faz parte da famlia de instituies da Organizao das Naes Unidas
(ONU), com autonomia. Criada em 07 de abril de 1948, coordena o trabalho internacional de sade,
com o objetivo de promov-la no mais alto grau de sade para todos os povos. Em razo da data da sua
criao, no dia 07 de abril comemora-se o Dia Mundial da Sade.
No prembulo da Constituio da Organizao Mundial da Sade (OMS) estabelece-se que
gozar do melhor estado de sade que possvel atingir constitui um dos direitos fundamentais de todo
o ser humano, sem distino de raa, de religio, de credo poltico, de condio econmica ou social,
bem como que os Governos tm responsabilidade pela sade dos seus povos, a qual s pode ser
assumida pelo estabelecimento de medidas sanitrias e sociais adequadas.
Sua principal tarefa zelar para que todos os povos possam obter o mais alto grau de sade que
se possa alcanar.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
656
Luxemburgo, Madagascar, Mal, Mxico, Namibia, Portugal, Rumania, Rwanda, Singapur, Sri Lanka,
Tailandia, Tonga y Turquia.
No relatrio mundial da Sade de 2006, como uma das atividades de comemorao do Dia
Mundial da Sade, a OMS lanou o Relatrio Mundial da Sade 2006, Trabalhando juntos pela sade,
que revela uma defasagem de 4,3 milhes de profissionais de sade no mundo, especialmente onde h
mais necessidade, em razo da migrao desses profissionais para os pases desenvolvidos, na busca de
melhores condies de vida.


20.4. CIPV

A Conveno Internacional para a Proteo dos Vegetais (CIPV) tem por base garantir aes
comuns e efetivas para prevenir a disseminao e a introduo de pragas de plantas e produtos de
origem vegetal, alm de promover as medidas apropriadas para o seu controle (Artigo I da CIPV,
1997). Dentro deste contexto, os dispositivos da CIPV abrangem quaisquer organismos capazes de
abrigar ou disseminar pragas de plantas, particularmente quando envolve o trnsito internacional
(Artigo I da CIPV, 1997).
A CIPV (1997) contm as seguintes disposies em relao regulamentao de agentes de
controle biolgico e outros organismos benficos. O Artigo VII.1 estabelece que:
Com o objetivo de prevenir a introduo e/ou a disseminao de pragas regulamentadas dentro de
seus territrios, as partes contratantes devero ter autoridade soberana para regulamentar, de acordo
com os acordos internacionais pertinentes, a entrada de plantas e produtos de origem vegetal, alm de
outros artigos regulamentados e, para este fim, podero: ...
c) proibir ou restringir a movimentao de pragas regulamentadas para dentro de seus territrios;
d) proibir ou restringir a movimentao, para dentro de seus territrios, de agentes de controle
biolgico e outros organismos de interesse fitossanitrio que foram declarados benficos.
A CIPV (1997) leva em considerao os princpios internacionalmente reconhecidos que regem
a proteo do ambiente (Prembulo). Seu propsito inclui a promoo de medidas fitossanitrias
adequadas (Artigo I.1). Quando se realiza uma anlise de risco de pragas de acordo com esta e outras
NIMFs apropriadas e quando se desenvolve e se aplica medidas fitossanitrias relacionadas, as partes
contratantes tambm deveriam considerar os potenciais impactos ambientais maiores resultantes da
liberao de agentes de controle biolgico e outros organismos benficos (por exemplo, impactos sobre
invertebrados no alvo).

Com relao s medidas fitossanitrias, a CIPV estabelece que:
Com o objetivo de evitar a introduo e/ou a disseminao de pragas regulamentadas dentro
de seus territrios, as partes contratantes tero a autoridade soberana para regulamentar, conforme
os acordos internacionais aplicveis, a entrada de plantas e produtos de origem vegetal e outros
artigos regulamentados e, para este objetivo, podem:
a) prescrever e adotar medidas fitossanitrias relacionadas importao de plantas, produtos
de origem vegetal e outros artigos regulamentados, incluindo, por exemplo, inspeo,
proibio da importao e tratamento;
b) recusar a entrada ou reter, ou exigir tratamento, destruio ou retirada do territrio da
parte contratante de plantas, produtos de origem vegetal e outros artigos regulamentados ou

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
676
________________do qual o original * [ ] a cpia autenticada * [ ] est anexa ao presente certificado;
que so embalados * [ ] reembalados * [ ] dentro das embalagens iniciais * [ ] dentro de novas
embalagens * [ ]; que segundo o certificado fitossanitrio original * [ ] e a inspeo adicional * [ ] , so
considerados em conformidade com as exigncias fitossanitrias em vigor da parte contratante
importadora, e que durante o armazenamento em _________________(parte contratante de
reexportao) a partida no foi exposta ao risco de infestao ou infeco.
* [ ]: Pr uma cruz na alternativa [ ] que corresponde.
II. Declarao Adicional
III - Tratamento de Desinfestao e Desinfeo
Data______Tratamento_____________Produto qumico (ingrediente ativo)_____________
Durao e Temperatura__________________Concentrao_________________________
Informao adicional_________________________________________________________
Lugar da expedio___________________________________
(Carimbo da Organizao) Nome do servidor autorizado_____________________________
Data_________ ___________________________________
Assinatura
__________________________________________________________________________
Esta Organizao__________________________(nome da organizao de proteo fitossanitria),
seus servidores e representantes declinam de toda a responsabilidade financeira resultante deste
certificado. (**)
(**) Clusula facultativa


20.5. CODEX ALIMENTARIUS

O Codex Alimentarius um frum internacional de normalizao de alimentos estabelecido pela
Organizao das Naes Unidas atravs da FAO (Food and Agriculture Organization) e OMS
(Organizao Mundial de Sade), criado em 1963, com a finalidade de proteger a sade dos
consumidores e assegurar prticas eqitativas no comrcio regional e internacional de alimentos.
As normas Codex abrangem os principais alimentos, sejam estes processados, semiprocessados
ou crus, tambm abrange substncia/produtos que so usadas para a elaborao dos alimentos, na
medida em que seja necessrio para alcanar os principais objetivos do Codex. As diretrizes Codex
referem-se aos aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, abrangendo, cdigo de
prtica e normas de: aditivos alimentares, pesticidas e resduos de medicamentos veterinrios,
substncias contaminantes, rotulagem, classificao, mtodos de amostragem e anlise de riscos. Desde
a sua criao, o Codex gerou investigaes cientficas sobre os alimentos e contribuiu para que
aumentasse consideravelmente a conscincia da comunidade internacional acerca de temas
fundamentais, como a qualidade e inocuidade dos alimentos e a sade pblica.

20.5.1. Coordenao de Assuntos do Codex CCODEX
Subordinada Secretria de Relaes Internacionais do Agronegcio (SRI) e ao Departamento
de Assuntos Sanitrios e Fitossanitrios (DASF), a Coordenao de Assuntos do Codex Alimentarius
(CCODEX) foi criada na reestruturao do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento,
ocorrida no incio do ano de 2005.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
680
20.6. COSAVE
Um Tratado internacional relativo rea de sanidade vegetal, ao que aderiram 144 governos.
A Conveno est depositada junto ao Diretor Geral da FAO desde sua adoo inicial feita pela
Conferncia da FAO em 1951.
A Conferncia da FAO, no seu 29perodo de sesses (novembro de 1997), aprovou emendas
Conveno.
De conformidade com o Artigo XIII, pargrafo 4, da Conveno, o novo texto revisado entrou em
vigor, para todas as partes contratantes, trinta dias aps ter sido aceito pelos dois teros das partes
contratantes, no dia 2 de outubro de 2005.

A criao das Organizaes Regionais de Defesa Sanitria Vegetal, foi uma inovao
importante para o alcance dos objetivos da CIPV. No Cone Sul da Amrica do Sul, foi criado o Comit
de Sanidade Vegetal do Cone Sul COSAVE, que atuou a partir de 1979, sob os auspcios da FAO e
do Instituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura IICA. Somente em 09 de maro de
1989 foi oficializado sua constituio mediante acordo entre os Governos da Argentina, Brasil, Chile,
Paraguai e Uruguai. Tem como objetivo fortalecer a integrao fitossanitria regional e desenvolver
aes integradas para soluo de problemas fitossanitrios de interesse comum dos pases membros,
harmonizando os requisitos fitossanitrios com base nas listas de pragas quarentenrias. O COSAVE
um rgo consultivo para a defesa sanitria vegetal no Brasil e pases do Cone Sul e coopera com o
Secretariado da CIPV-FAO, na elaborao de Normas Internacionais de Medidas Fitossanitrias
(NIMF).
As atividades do COSAVE so financiadas por aportes anuais dos pases membros, com apoio
do Instituto Interamericano de Cooperao para a Agricultura (IICA) atravs do exerccio da Secretaria
de Coordenao, conforme Convnio subscrito entre a Direo Geral do IICA e o Conselho de
Ministros do COSAVE.
Para que um Tratamento Quarentenrio seja adotado oficialmente pelo MERCOSUL,
necessrio que cumpra os seguintes requisitos estabelecidos pelo COSAVE:
Requisitos Tcnicos
Requisitos Administrativos
Mecanismos de Aprovao e Rechao
Mecanismos de Reconsiderao

O Comit Fitossanitrio (COSAVE) uma Organizao Regional de Proteo Fitossanitria
(ORPF) estabelecida sob a Conveno Fitossanitria Internacional (CFI). Opera como coordenao a
nvel intergovernamental e uma ao concertada para resolver problemas fitossanitrios de interesse
mtuo para os seus pases membros e fortalecer a planta de integrao regional.
Ele foi criado por a Conveno assinada em 09 de maro de 1989, entre os Governos da
Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. A primeira adeso ao acordo formalizado em Maro de
2013, data em que o Governo do Peru fez o depsito de um instrumento de adeso junto do Ministrio
dos Negcios Estrangeiros da Repblica do Uruguai, tornando-se, portanto, em parte integrante da
organizao. A Bolvia est participando das atividades da organizao e com os estgios finais do
processo de adeso formal.
A estrutura organizacional prevista na Carta muito simples e so especificamente definidas as
funes dos rgos executivos com poder de deciso (Conselho de Ministros e Comisso de

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
681
Coordenao), representao e monitoramento (presidente) e coordenao (Secretaria de
Coordenao).
Alm disso, parte da estrutura do Grupo de Trabalho Tcnico e os Pontos de Contacto Nacionais , cujas
funes foram especificamente definido pelo Comit Gestor.
As orientaes estratgicas so definidas pelo Conselho de Ministros e sua execuo se reflete
nos Planos Anuais de Trabalho aprovados pelo Comit Gestor.
A organizao trabalha principalmente com a proviso de recursos suportados pelos pases
membros e tem o apoio tcnico e administrativo do Instituto Interamericano de Cooperao para a
Agricultura, ao abrigo das disposies do Acordo assinado entre as duas organizaes e com base nos
Planos de operaes que so aprovados anualmente.
A presidncia da Organizao gira a cada dois anos, o que corresponde ao exerccio Uruguai at
28 de fevereiro de 2014.
Quanto ligao com outras organizaes regionais de proteo fitossanitria, COSAVE uma
parte ativa da Grupo Interamericano de Coordenao de Proteo de Plantas, que rene Regional de
Proteo Fitossanitria Organizaes das Amricas e fornece um frum para a coordenao das aes
de interesse comum.
Da mesma forma, uma parte integrante da Consulta Tcnica sobre servios fitossanitrios
regionais existentes no mundo, em que as questes substantivas sejam tratadas em fruns internacionais
na rea da usina so discutidos.


20.7. EU

20.7.1. Histrico da Unio Europia
A Unio Europia, nascida com a entrada em vigor do Tratado de Maastricht, em 1 de
novembro de 1993, resulta-do de dcadas de evoluo no caminho da integrao europia. Os ideais
de Jean Monnet e Robert Schuman (Chanceler francs) visavam constituio de um modelo
federativo que permitisse a integrao das economias exauridas e complementares dos Estados
Europeus do ps-guerra, a fim de assegurar-lhes prosperidade e desenvolvimento social crescentes. Em
1951, criou-se a Comunidade Europia do Carvo e do Ao (CECA), composta pela Frana, Alemanha
Federal, Itlia e Benelux. Em 1957, o Tratado de Roma criou a Comunidade Econmica Europia,
reunindo os mesmos seis pases.
De 1957 a 1995, a Europa dos Seis transformou-se em Europa dos Quinze, com a
incorporao da Gr-Bretanha, Irlanda e Dinamarca (1973); Grcia (1981); Portugal e Espanha (1986);
ustria, Finlndia e Sucia (1995). Outra evoluo importante da Unio Europia foi a entrada em
vigor, em 1987, do Ato nico Europeu, que estabeleceu as bases para a criao, em 1992, do Mercado
nico Europeu. Em 1 de janeiro de 1993, a Europa comunitria passou a permitir, entre seus
associados, a livre circulao de mercadorias, servios, mo-de-obra e capitais.
Em 1 de novembro de 1993, entrou em vigor o Tratado de Maastricht. Os mais importantes
objetivos do Tratado so, em primeiro lugar, a unio econmica e monetria dos Estados Membros da
UE; a seguir, busca-se a definio e a execuo de uma poltica externa e de segurana comuns; a
cooperao em assuntos jurdicos; e a criao de uma cidadania europia.
A terceira fase da Unio Monetria Europia (UEM) foi iniciada em 1 de janeiro de 1999, com
a introduo da moeda nica, o Euro, em onze pases participantes (Alemanha, Frana, Itlia, Blgica,

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
685
pblica e animal. Tal lista submetida Comisso para aprovao, assim como toda e qualquer
emenda posterior. Tal diretiva comunitria a origem de srios entraves s exportaes brasileiras, na
medida em que o processo de habilitao geralmente lento, o que impede durante longos perodos o
incio das exportaes de novos estabelecimentos brasileiros para o mercado da UE.


20.8. MERCOSUL
20.8.1.
TRATADO PARA A CONSTITUIO DE UM MERCADO COMUM
ENTRE A REPUBLICA ARGENTINA, A REPUBLICA FEDERATIVA
DO BRASIL, A REPUBLICA DO PARAGUAI E A REPUBLICA
ORIENTAL DO URUGUAI

A Repblica Argentina, a Repblica Federativa do Brasil, a Repblica do Paraguai e a Repblica
Oriental do Uruguai, doravante denominados Estados Partes.
Considerando que a ampliao das atuais dimenses de seus mercados nacionais, atravs da integrao
constitui condio fundamental para acelerar seus processos de desenvolvimento econmico com
justia social;
Entendendo que esse objetivo deve ser alcanado mediante o aproveitamento mais eficaz dos recursos
disponveis a preservao do meio ambiente, melhoramento das interconexes fsicas a coordenao de
polticas macroeconmica da complementao dos diferentes setores da economia, com base nos
princpios de gradualidade, flexibilidade e equilbrio.
Tendo em conta a evoluo dos acontecimentos internacionais, em especial a consolidao de grandes
espaos econmicos e a importncia de lograr uma adequada insero internacional para seus pases;
Expressando que este processo de integrao constitui uma resposta adequada a tais acontecimentos;
Conscientes de que o presente Tratado deve ser considerado como um novo avano no esforo tendente
ao desenvolvimento progressivo da integrao da Amrica Latina, conforme o objetivo do Tratado de
Montevidu de 1980;
Convencidos da necessidade de promover o desenvolvimento cientfico e tecnolgico dos Estados
Partes e de modernizar suas economias para ampliar a oferta e a qualidade dos bens de servios
disponveis, a fim de melhorar as condies de vida de seus habitantes;
Reafirmando sua vontade poltica de deixar estabelecidas as bases para uma unio cada vez mais
estreita entre seus povos, com a finalidade de alcanar os objetivos supramencionados;
Acordam:

CAPTULO I
Propsito, Princpios e Instrumentos

ARTIGO 1
Os Estados Partes decidem constituir um Mercado Comum, que dever estar estabelecido a 31 de
dezembro de 1994, e que se denominar Mercado Comum do Sul (MERCOSUL).
Este Mercado Comum implica:

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
703
20.9. OMPI

20.9.1. A ORGANIZAO MUNDIAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL
A multiplicao do nmero de pases em desenvolvimento e o surgimento de um movimento da
sociedade civil em prol do acesso ao conhecimento trouxeram maior complexidade ao regime de
propriedade intelectual. Nesse contexto, em 1967 foi criada a Organizao Mundial de propriedade
Intelectual, que passou a servir como uma moldura institucional para a discusso dos temas
relacionados proteo da propriedade intelectual no mbito internacional.
Em 1974, a OMPI celebrou um acordo com a ONU e tornou-se uma agncia especializada das
Naes Unidas. Diversas razes justii cam esse acordo. Em primeiro lugar, o carter universal da ONU
consolidou-se no ps-guerra e havia um interesse em ampliar o regime de proteo propriedade
intelectual para que abrangesse todos os pases. Fazer parte do sistema ONU era uma forma de atrair
pases em desenvolvimento para que tomassem parte nos acordos celebrados no mbito da OMPI.
Em segundo lugar, o acordo entre a OMPI e a ONU legitimava a primeira como locus principal
de discusso do tema da propriedade intelectual. Diversas agncias especializadas da ONU haviam
comeado a realizar estudos sobre a ei ccia e os custos sociais do sistema de proteo propriedade
intelectual. O PNUD, por exemplo, elaborou um relatrio ai rmando que direitos de propriedade
intelectual mais restritivos aumentam o preo da transferncia de tecnologia, e podem bloquear a
entrada dos pases em desenvolvimento em setores dinmicos da economia do conhecimento (...)
As agncias especializadas comearam a perceber a relao intrnseca que existe entre o tema
da propriedade intelectual e vrios outros, como os direitos humanos, o desenvolvimento, a sade, o
meio-ambiente e a segurana alimentar.
Por um lado, o acordo com a ONU levou a adaptaes da agenda da OMPI. A sua principal
meta, a universalizao da proteo propriedade intelectual, teve de ser compatibilizada com os
objetivos da ONU, como as metas do milnio e o comprometimento com a promoo do
desenvolvimento. Por outro lado, o acordo com a ONU foi estrategicamente importante para a OMPI,
que consolidou sua centralidade no regime internacional de proteo propriedade intelectual at a
celebrao do acordo TRIPS no mbito da OMC, discutido mais adiante. A OMPI ainda um frum
privilegiado para conceber uma poltica de propriedade intelectual de longo prazo e celebrar acordos
sobre temas mais complexos.
Atualmente, dois dos acordos que os pases desenvolvidos esto buscando aprovar no mbito da
OMPI so: um tratado para a proteo de obras audiovisuais e um tratado para a proteo de sinais de
broadcasting. Os pases em desenvolvimento, por sua vez, tm buscado a celebrao de acordos que
levem os Estados-parte a incorporar nas suas legislaes nacionais as limitaes e excees aos direitos
autorais e aos diretos de patente que j so facultadas pelos tratados internacionais (Convenes de
Paris e Berna e TRIPS). Hoje cabe a cada pas decidir se incorpora ou no tais limitaes s suas leis
internas.
No Comit de direitos autorais e conexos da OMPI (SCCP, na sigla em ingls) encontra-se em
discusso, por exemplo, uma proposta de tratado que torne obrigatria para todos os Estados-parte uma
limitao aos direitos autorais que autorize a adaptao de obras protegidas para facilitar o acesso de
cegos e outros dei cientes com dificuldade para ler materiais impressos s obras intelectuais.
Alm de ser um exemplo da disputa de concepes que norteia o debate no mbito das
organizaes que tratam do tema da propriedade internacional, o caso acima demonstra a amplitude da
transformao que tem ocorrido no mbito das relaes internacionais. Organizaes com interesse

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
705
20.10. CDB
A Conveno sobre Diversidade Biolgica - CDB um dos principais resultados da
Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento - CNUMAD (Rio 92),
realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. um dos mais importantes instrumentos internacionais
relacionados ao meio-ambiente e funciona como um guarda-chuva legal/poltico para diversas
convenes e acordos ambientais mais especficos. A CDB o principal frum mundial na definio do
marco legal e poltico para temas e questes relacionados biodiversidade (168 pases assinaram a
CDB e 188 pases j a ratificaram, tendo estes ltimos se tornado Parte da Conveno).
A CDB tem definido importantes marcos legais e polticos mundiais que orientam a gesto da
biodiversidade em todo o mundo: o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurana, que estabelece as
regras para a movimentao transfronteiria de organismos geneticamente modificados (OGMs) vivos;
o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenticos para a Alimentao e a Agricultura, que
estabelece, no mbito da FAO, as regras para o acesso aos recursos genticos vegetais e para a
repartio de benefcios; as Diretrizes de Bonn, que orientam o estabelecimento das legislaes
nacionais para regular o acesso aos recursos genticos e a repartio dos benefcios resultantes da
utilizao desses recursos (combate biopirataria); as Diretrizes para o Turismo Sustentvel e a
Biodiversidade; os Princpios de Addis Abeba para a Utilizao Sustentvel da Biodiversidade; as
Diretrizes para a Preveno, Controle e Erradicao das Espcies Exticas Invasoras; e os Princpios e
Diretrizes da Abordagem Ecossistmica para a Gesto da Biodiversidade. Igualmente no mbito da
CDB, foi iniciada a negociao de um Regime Internacional sobre Acesso aos Recursos Genticos e
Repartio dos Benefcios resultantes desse acesso.
A CDB estabeleceu importantes programas de trabalho temticos nas reas de biodiversidade
marinha e costeira, biodiversidade das guas continentais, biodiversidade florestal, biodiversidade das
terras ridas e sub-midas, biodiversidade das montanhas e biodiversidade dos sistemas agrcolas
(agrobiodiversidade). Adicionalmente a CDB criou iniciativas transversais e programas de trabalho
sobre reas protegidas, conservao de plantas, conservao e uso sustentvel dos polinizadores,
transferncia de tecnologias, medidas de incentivo econmico, proteo dos conhecimentos tradicionais
dos povos indgenas e comunidades locais associados biodiversidade, educao e sensibilizao
pblica, entre outras.
O Brasil foi o primeiro pas a assinar a Conveno sobre Diversidade Biolgica e, para cumprir
com os compromissos resultantes, vem criando instrumentos, tais como o Projeto Estratgia Nacional
da Diversidade Biolgica, cujo principal objetivo a formalizao da Poltica Nacional da
Biodiversidade; a elaborao do Programa Nacional da Diversidade Biolgica - PRONABIO, que
viabiliza as aes propostas pela Poltica Nacional; e o Projeto de Conservao e Utilizao Sustentvel
da Diversidade Biolgica Brasileira - PROBIO, o componente executivo do PRONABIO, que tem
como objetivo principal apoiar iniciativas que ofeream informaes e subsdios bsicos sobre a
biodiversidade brasileira. A Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), por meio da Diretoria de
Conservao da Biodiversidade (DCBio) o ponto focal tcnico da Conveno sobre Diversidade
Biolgica no pas.


20.11. TRATADO FAO PARA INTERCMBIO DE RECURSOS GENTICOS

A agricultura tem base no intercmbio, no na exclusividade de recursos genticos: (a)
intercmbio de variedades e raas locais; (b) cruzamento entre sementes exticas intercambiadas e
variedades prprias para evitar diminuio de produtividade.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
708
participao dos diferentes elos da cadeia produtiva no processo de desenvolvimento de novas
variedades. As ferramentas biotecnolgicas so mencionadas como alternativas adicionais para
alcanar os objetivos propostos.
A promoo do desenvolvimento e da comercializao de culturas e espcies subutilizadas o
elemento principal da rea prioritria nmero 12. A nfases deve ser na identificao daquelas culturas
e espcies que possam contribuir para o aumento da segurana alimentar nacional e para o uso
sustentvel do recursos genticos existentes no pas.
Caso no existam mecanismos que apoiem a produo e a distribuio de sementes (rea
prioritria nmero 13), todas as reas anteriormente citadas podem apresentar um limitado impacto
para a sociedade. Esta estratgia est centrada em estimular as organizaes de sementes que existem
no pas a melhorar e ampliar seus campos de ao. Desta maneira, as organizaes passariam a
englobar todos os segmentos que desempenham um papel marcante no processo de produo e
distribuio de sementes. Tambm abrange as possibilidades de apoio aos pases para que
desenvolvam polticas de comercializao de sementes e de apoio ao setor informal. As atividades
dessa rea buscam tambm fortalecer a ligao entre os bancos de germoplasma, programas de
melhoramento e o setor de produo de sementes.
A ltima rea prioritria relacioanda s atividades dirias dos pesquisadores que trabalham com
o melhoramento gentico das plantas diz respeito ao desenvolvimento de novos mercados para
variedades locais e produtos ricos em diversidade. A estratgia estimular os governos para que criem
polticas nas reas de treinamento, infraestrutura e incentivos para o estabelecimento de mercados
para a diversidade das culturas e das espcies.
Entre os aspectos mencionados anteriormente as conseqncias diretas da implementao do TI
aos programas de melhoramento esto ligadas ao intercmbio de germoplasma. As provises contidas
no TI pautam as diretrizes para esse intercmbio, considerando, como mencionado, uma distribuio
justa e eqitativa dos benefcios advindos de seu uso. As diretrizes desse TI so aplicveis a
todos os recursos genticos e incluem o acesso multilateral e a distribuio dos benefcios para as
culturas mais importantes como o arroz, batata, cevada, feijo, mandioca, milho, sorgo, trigo, etc.
Isso evita que os melhoristas tenham que realizar contratos para ter acesso as amostras de recursos
genticos dessas culturas. Alm disso, tambm estabelece as regras de uso dos recursos
genticos armazenados nos bancos de germoplasma dos Centros Internacionais do Grupo Consultivo
para a Pesquisa Agrcola Internacional (CGIARC do ingls).
Em resumo, o TI dever beneficiar direta ou indiretamente todos os pases signatrios do
mesmo, atravs do estabelecimento de diretrizes para a conservao e o uso sustentvel dos recursos
genticos. Alm disso, dever favorecer aos melhoristas em suas estratgias de intercmbio de
germoplasma.


20.12. UPOV
A Unio Internacional para a Proteo das Obtenes Vegetais (UPOV) uma organizao
intergovernamental com sede em Genebra, na Sua.
A UPOV foi criada em 1961 pela Conveno Internacional para a Proteo das Obtenes
Vegetais (a "Conveno da UPOV "). A misso da UPOV fornecer e promover um sistema eficaz de
proteo de cultivar, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de novas variedades de plantas,
para o benefcio da sociedade. A maioria dos pases e organizaes intergovernamentais que
introduziram um sistema de proteo de cultivares (PVP) optaram por basear o seu sistema sobre a

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
725


CAPTULO 21 ECONOMIA RURAL


21.1. PRINCPIOS DE ECONOMIA RURAL

21.1.1. Demanda de produtos agrcolas

Conceito de Demanda:
uma relao que descreve quanto de um bem os consumidores esto dispostos a adquirir, a diferentes
nveis de preos, num determinado perodo de tempo, dado um conjunto de condies.
Matematicamente, a procura pode ser representada por uma forma de equao, podendo ser linear,
quadrtica, exponencial, cbica, etc.
Modelo econmico: Q = f(x) onde:
Q = quantidade comprada do produto
x = preo deste produto

Modelos matemticos:
Forma linear: Q = a - bx
Forma quadrtica: Q = a + bx - cx
2

Forma cbica: Q = a - bx + cx
2
+ dx
3


Conceito de Demanda de Mercado:
A curva de demanda de mercado representa a soma horizontal, de todas as curvas de demanda
individual, para determinado produto. A cada preo, a quantidade demandada no mercado, a soma
das quantidades demandadas de cada indivduo.

Origem das Curvas de Demanda:
Para uma melhor compreenso do conceito de demanda, faz-se necessrio, o estudo da origem das
curvas de demanda, que baseiam-se em alguns pressupostos da teoria do comportamento do
consumidor, quais sejam;
a) Excetuando-se a poupana, os consumidores consomem suas rendas em bens de consumo.
b) Os consumidores nunca adquirem todos os bens de que necessitam(insaciabilidade no
consumo).
c) Os consumidores buscam maximizar a satisfao total, sujeito a sua restrio de renda e dos
preos dos bens disponveis.
d) A renda monetria dos consumidores fixa.
e) Todos os preos so constantes, exceto o da mercadoria que estamos estudando.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
779


CAPTULO 22 SOCIOLOGIA RURAL


22.1. AGRICULTURA E MEIO AMBIENTE COMO UMA QUESTO
O meio ambiente emerge como uma questo na agricultura aps a modernizao ancorada no
iderio da chamada revoluo verde na dcada de setenta. Embora j se constate, na histria do
pensamento brasileiro, preocupaes de carter preservacionista no h, em perodo anterior a dcada
de 70, manifestaes de cunho ecolgico que coloque em questo, o padro industrial de
desenvolvimento, a relao sociedade-ambiente, ou mesmo os instrumentos que intermediam essa
relao. somente aps a chamada modernizao conservadora da agricultura que ocorrem
manifestaes de contestao ao padro tcnico e econmico implementado pelas polticas agrcolas,
fortemente subsidiadas pelo Estado. Isto porque, jamais se presenciou na histria da sociedade
brasileira um processo de excluso social de tamanha expresso; de trabalhadores, pequenos
agricultores e camponeses de modo geral. Assim, a partir da intensa modernizao agrria que grupos
organizados, representantes e lderes de associaes e sindicatos, questionam o padro de
desenvolvimento fundamentado na primazia da razo instrumental.

22.1.1. Manifestaes populares: questionando os efeitos da modernizao
As diferentes manifestaes de contestao excluso social realizadas por diversos atores
(trabalhadores, bias-frias, mulheres, pequenos produtores...) no revelam, num primeiro momento,
uma preocupao explcita com o meio ambiente ou pelo menos com os aspectos relacionados com a
preservao ou destruio dos recursos naturais. Apenas trs movimentos apresentam alguma relao
com a questo ambiental em razo de sua luta pela preservao da terra ou de seus meios de produo.
So eles: o movimento de pequenos agricultores familiares atingidos por barragens; o movimento de
indgenas que lutam pelo direito de posse de suas terras e o movimento de seringueiros que lutam pela
preservao de suas atividades extrativistas na floresta amaznica. Uma das poucas organizaes que
surgem no campo e que se manifestam claramente questionando o uso indiscriminado de agroqumicos
foi a Associao Gacha de Proteo ao Ambiente Natural- AGAPAN, liderado por Jos Lutzemberg,
Entre os movimentos ecolgicos, um deles ir contestar o padro tcnico de produo,
fomentado pelas polticas de modernizao e que eram formuladas em nome da redeno do atraso
agricultura em relao aos demais setores da economia: o movimento em favor de uma agricultura
alternativa.
As polticas governamentais implementadas pelos rgos pblicos no primeiro perodo da
modernizao agrcola acenavam em seu discurso com a perspectiva de um progresso social e
econmico das categorias produtoras, o que de fato resultou num processo de excluso sem
precedentes. J na dcada seguinte primeira modernizao agrcola, o pequeno agricultor em
processo de excluso e trabalhadores j excludos vinculados s associaes, organizaes sindicais
combativas e pastorais religiosas, viriam a questionar tanto as polticas agrcolas como as tcnicas por
elas implementadas. Surge da um movimento de construo de uma agricultura tida como
alternativa ao modelo hegemnico e que ir resgatar prticas tradicionais de produo, condenadas
pelo modelo vigente. A Federao de rgos para a Assistncia Social e Educao-FASE seria a

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
790


CAPTULO 23 DESENVOLVIMENTO
TERRITORIAL


23.1. O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL RURAL (DTR) NO BRASIL

23.1. Introduo
De forma inicial, o autor baseia sua argumentao em Montenegro Gmez, que, depois de
identificar o duplo rural nos discursos das polticas de desenvolvimento o rural do atraso e o rural da
possibilidade , afirma que:
Em ambos os casos, o termo de comparao um desenvolvimento baseado tanto na
colonizao do social pelo econmico, universalizando comportamentos ocidentais
alicerados na lgica de mercado e na reproduo e acumulao do capital, como na
implementao de estratgias de controle que permitam um governo do social capaz de
garantir a reproduo do sistema socioeconmico vigente.
Acredita-se que o alicerce desse posicionamento no momento em que critica o regime vigente
de reproduo social est na compreenso da necessidade que tem o desenvolvimento em cientificar a
reproduo social com o intuito de facilitar a integrao de novos territrios dinmica capitalista de
reproduo do espao. O pano de fundo deste artigo que a territorializao do controle e da
normatizao, realizada por meio das polticas de desenvolvimento territorial, uma forma de
institucionalizar certas relaes de poder que sustentam uma determinada forma de territorializao da
tecnicidade e cientificidade.
O que se quer mostrar que a poltica de territrios rurais uma tcnica apropriada pelo MDA
para despolitizar o desenvolvimento, transformando-o no movimento racional do simples progresso
espao-temporal do mundo. Argumenta-se que:
A vida assim realizada por meio dessas tcnicas , pois, cada vez menos subordinada
ao aleatrio e cada vez mais exige dos homens comportamentos previsveis. Essa
previsibilidade de comportamento assegura, de alguma maneira, uma viso mais
racional do mundo e tambm dos lugares e conduz a uma organizao sociotcnica do
trabalho, do territrio e do fenmeno do poder.
As polticas territoriais tentam definir, dessa forma, uma posio de apoio ao planejamento
enquanto uma tecnicidade do agir, um planejamento que ressalta a condio de disciplinar o cidado,
normatizar e padronizar a realidade, inserindo as pessoas em uma realidade que pode ser controlada
pelo Estado. Este movimento resultado da utilizao de instrumentos de planejamento econmico,
como o caso das polticas de desenvolvimento territorial, que ao tentar alocar os meios de produo
no territrio, o faz de forma tecnicista e racionalista, porm, diferente do que faz parecer, nunca de
forma apoltica.
O desenvolvimento deixaria de ser uma opo para se tornar uma obrigatoriedade e,
consequentemente, um instituto inquestionvel. Ao despolitizar o desenvolvimento, consegue-se impor
polticas com o objetivo de auxiliar a territorializao do controle e da normatizao da sociedade.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
801


CAPTULO 24 PLANEJAMENTO RURAL



24.1. ADMINISTRAO RURAL
Administrao: processo de atravs de atos e fatos administrativos, gerar uma produo que seja
de maior rendimento e lucro.
Fatores:
TERRA
CAPITAL
MO-DE-OBRA:
- Trabalho: Dispndio de energia humana usada na obteno de bem de consumo imediato.
- Administrao Combinao, distribuio, quantidade do produto a ser produzido; tecnologia e
linhas de produo
- Superviso: Funo de cupula, busca de recursos e superviso de atividades (erros).

Fases do Processo de Tomada de Deciso :
IDENTIFICAO DO PROBLEMA: dif. entre o existente e o que deveria existir.
OBSERVAO: verif. variaveis mais atuantes e alternativas.
ANLISE: Mt. Dedutivo (problema geral -> problema especfico)
Mt. Indutivo (pequenos problemas -> geral)
TOMADA DE DECISO: Agir (com conhec. de causa) ou No Agir
AO: Executar deciso, passando da teoria a prtica.

Funes e atuaes em uma Propr. Rural :
a) Conhecer bens da empresa
b) Como dispor dos recursos e combin-los eficientemente
c) Organizar meios de produo
d) Planejar atividades (sempre em andamento)
e) Visar lucros cresc., mximos e contnuos; com o < dispndio

Fatores que afetam a renda de uma empresa :
CONTROLVEIS : . n de linhas de produo
. tecnologia
. n de ha a ser produzidos
. etc.
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
811


CAPTULO 25 PROPRIEDADE INTELECTUAL



PROPRIEDADE INDUSTRIAL E INTELECTUAL

Propriedade intelectual
A Propriedade Intelectual um ramo do direito que trata a propriedade de bens imateriais e ou
incorpreos resultantes da manifestao intelectual do ser humano. Trata-se do sistema de propriedade
intelectual que, em seu sentido mais amplo, refere-se s criaes do esprito humano e aos direitos de
proteo dos interesses dos criadores sobre suas criaes. O direito sobre a propriedade intelectual no
recai sobre os objetos e suas cpias, mas sobre a informao ou o conhecimento refletido nesses
objetos e cpias.

Abrangncia da propriedade intelectual
Propriedade intelectual se divide em trs grandes grupos:
Direito autoral:
obras literrias, artsticas e cientficas;
programas de computador;
descobertas cientficas;
direitos conexos (interpretaes dos artistas intrpretes e as execues dos artistas executantes,
os fonogramas e as emisses de radiodifuso).
Propriedade Industrial:
Patentes que protegem as invenes em todos os domnios da atividade humana;
Marcas, nomes e designaes empresariais;
Desenhos e modelos industriais;
Indicaes geogrficas;
Segredo industrial e represso concorrncia desleal.
Proteo sui generis:
Topografias de circuitos integrados;
As cultivares;
Conhecimentos tradicionais.
(Fonte: INOVAO E PROPRIEDADE INTELECTUAL Guia para o Docente,
http://www.cni.org.br/portal/data/files/FF808081273FFE64012748B28F47475B/Guia%20DocenteWE
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
836

CAPTULO 25 - PROPRIEDADE INDUSTRIAL E INTELECTUAL
EXERCCIOS

No que concerne a propriedade industrial e intelectual, julgue os itens a seguir:
(01) A Propriedade Industrial um ramo do direito que trata a propriedade de bens imateriais e ou
incorpreos resultantes da manifestao intelectual do ser humano. O direito sobre a propriedade
intelectual no recai sobre os objetos e suas cpias, mas sobre a informao ou o conhecimento
refletido nesses objetos e cpias.
(02) A propriedade intelectual se divide em trs grandes grupos: (a) Direito autoral; (b) Propriedade
Industrial; (c) Proteo sui generis.
(03) Os bens intangveis de uma indstria, em geral, so mais valiosos que o conjunto de seus ativos
materiais. Essa realidade foi responsvel pela acelerada evoluo do sistema de registro de patentes no
mundo.
(04) Patente pode ser definida como um documento expedido por um rgo governamental, que
descreve a inveno e cria uma situao legal, na qual a inveno patenteada pode normalmente ser
explorada (fabricada, importada, vendida e usada) com autorizao do titular.
(05) Uma inveno pode ser considerada nova quando no est inserida no estado da tcnica, e este
constitudo por todo o registro de acesso pblico antes da data de depsito do pedido de patente, por
descrio escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no pas de origem ou no exterior.
(06) Inveno uma nova soluo para problemas tcnicos. Esses problemas podem at ser antigos,
mas a soluo, para receber o nome de inveno, deve ter novidade absoluta, isto , deve demonstrar
algumas caractersticas novas que no sejam conhecidas no corpo dos conhecimentos existentes
(chamado estado da tcnica) no seu campo tcnico.
(07) A propriedade intelectual (PI) um benefcio para a sociedade, sendo que precisa ser utilizada de
forma justa e equilibrada para contribuir com sua funo social de disseminao do conhecimento, de
transferncia de tecnologia e de desenvolvimento. O sistema de propriedade intelectual no apenas
protege os frutos derivados da atividade criativa, mas tambm os investimentos que so feitos para
levar esses frutos ao mercado.
(08) Podem ser protegidos pelo Direito Autoral: os textos de obras literrias, artsticas ou cientficas; as
obras fotogrficas; as cartas geogrficas; esboos de engenharia; as tradues de obras originais,
apresentadas como criao intelectual nova.
(09) No podem ser protegidos pelo Direito Autoral: procedimentos normativos, sistemas e mtodos; o
aproveitamento industrial ou comercial das idias contidas nas obras.
(10) No registro de patente o inventor pode ser obrigado a revelar detalhadamente todo o contedo
tcnico do invento, sendo possvel para o tcnico com a qualificao adequada reproduzi-lo em
laboratrio.
(11) Uma patente de inveno ou modelo de utilidade confere ao titular o direito de impedir terceiros
de fabricar, utilizar, oferecer venda, importar ou vender o invento (produto ou processo) sem o seu
consentimento.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
840


CAPTULO 26 LEI DA
PROPRIEDADE INDUSTRIAL


26.1. BIOTECNOLOGIA, INDICAES GEOGRFICAS, MARCAS COLETIVAS E
MARCAS DE CERTIFICAO. ACESSO, INTERCMBIO E CONSERVAO DE
RECURSOS GENTICOS

O que biotecnologia?
Biotecnologia um campo tecnolgico de crescente importncia, no qual inventos podem
representar em significativos efeitos no nosso futuro, particularmente na medicina, na alimentao, na
agricultura, na energia e na proteo ao meio-ambiente. A cincia da biotecnologia preocupa-se com
organismos vivos, tais como plantas, animais, sementes e micro-organismos, bem como com materiais
biolgicos como enzimas, protenas e plasmdios (que so utilizados em engenharia gentica).
Recentemente, cientistas desenvolveram processos para modificar a composio genticas de
organismos vivos (engenharia gentica). Por exemplo, os micro-organismos modificados criados por
Chakrabarty (um inventor dos Estados Unidos) tornaram possvel a decomposio de elementos
responsveis pela contaminao de petrleo em oceanos e rios. A patente desses microorganismos foi
objeto de uma importante deciso da Suprema Corte dos Estados Unidos, resultando no
reconhecimento da patenteabilidade de micro-organismos modificados. A Suprema Corte referiu que as
leis da natureza, os fenmenos fsicos e as idias abstratas no so patenteveis. O invento pretendido,
contudo, no se tratava de um fenmeno natural existente, mas de uma nova bactria com
caractersticas marcadamente diferentes de qualquer outra que se pudesse encontrar na natureza. O
invento, assim, resultou da engenhosidade e dos esforos empregados pelo inventor, podendo ser objeto
de patente.
A lista de indstrias utilizando biotecnologia expandiu-se, incluindo tratamentos mdicos,
agricultura, processamento de alimentos, biodecomposio, reflorestamento, enzimas, produtos
qumicos, cosmticos, energia, fabricao de papel, eletrnicos, txteis e minerao. Essa expanso das
aplicaes resultou de inovaes que permitiram significativa atividade econmica e desenvolvimento.

Por que proteger invenes biotecnolgicas?
Como em outros campos da tecnologia, h necessidade de se conferir proteo jurdica a
inventos biotecnolgicos. Esses inventos so criaes da mente humana tanto quanto os demais, e
geralmente so resultado de substanciais pesquisas, esforo inventivo e investimento em sofisticados
laboratrios. Tipicamente, empresas engajadas em pesquisas somente fazem investimentos se existe
proteo jurdica aos resultados que podem ser obtidos. Tal como em outros inventos e indstrias, a
necessidade de investimento em pesquisa e desenvolvimento cria uma bvia necessidade de proteo a
inventos biotecnolgicos. Essa necessidade no se d apenas no interesse dos inventores e de seus
patres, mas tambm no interesse pblico em promover o progresso tecnolgico.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
885


CAPTULO 27 PROTEO DE CULTIVARES



27.1. A PROTEO DE CULTIVARES NO BRASIL
A discusso do tema proteo de cultivares no Brasil remonta a pelo menos 1976, quando
houve uma primeira tentativa de elaborar uma lei que regulasse a propriedade intelectual no campo do
melhoramento vegetal. O assunto, poca, foi debatido no Ministrio da Agricultura, abortando-se a
iniciativa no mbito administrativo e tcnico sem que houvesse maior envolvimento de outros
segmentos governamentais e sociais.
O mais recente debate iniciou-se em 1991, quando se deu um novo impulso ideia, discutindo-
se o tema por cerca de dois anos. Aparentemente, tal iniciativa decorreu de presses dos mesmos
grupos que, na fase final, mais se esforaram para ver aprovada a lei: o setor de pesquisa e de produo
de sementes e as empresas de agroqumicos e biotecnologia.
Foi criada, poca, uma comisso interministerial, com a participao da Embrapa, que
elaborou um anteprojeto de lei. Este anteprojeto foi apreciado pelo Conselho Nacional de Poltica
Agrcola (CNPA), do Ministrio da Agricultura, e, aprovado, foi encaminhado aos escales superiores.
A ideia era divulg-lo sociedade civil para obter sugestes, o que, aparentemente, no chegou a se
concretizar.
Desde aquela poca foram realizados em Braslia dois grandes simpsios especficos sobre o
tema, em 1992 e em 1995, com a participao de entidades cientficas e de representao poltica,
contando com a presena do secretrio adjunto da UPOV. Os simpsios foram promovidos pelo
Conselho Brasileiro de Fitossanidade (Cobrafi) e tinham o claro propsito de aprofundar os debates
tcnicos e pressionar pela implantao de uma lei de proteo de cultivares.
Tambm a Comisso de Agricultura e Poltica Rural da Cmara dos Deputados, sem que
houvesse projeto de lei em tramitao, tomou a iniciativa de promover um debate sobre o tema, em
1995, para aprofundar as discusses e preparar-se para a apreciao futura das matrias.
importante atentar-se para o fato de que, a partir de 19901991, como parte das mudanas
propostas pelo governo federal para o Estado brasileiro, j se discutia a formulao da nova Lei de
Propriedade Industrial (Lei das Patentes), formando-se um consenso de que a questo da propriedade
intelectual no campo do melhoramento vegetal deveria ser objeto de legislao especfica (como o foi),
embora isto no tenha sido uma determinao explcita da Lei das Patentes.
Entretanto, no chegava ao Congresso Nacional o projeto de lei de proteo de cultivares.
Talvez por inao governamental, talvez para, estrategicamente, no acumular dois temas correlatos na
pauta da Casa Legislativa (a Lei de Patentes e a Lei de Cultivares), no era encaminhado o projeto de
lei desta ltima, a despeito do interesse e da presso dos setores interessados (Cobrafi, Abrasem,
empresas multinacionais de biotecnologia, entre outros).
Somente em dezembro de 1995, com a apresentao de um projeto de lei de autoria do deputado
Renato Johnson (PPB-PR), o tema foi objeto de apreciao legislativa. O referido projeto de lei possua
contedo muito semelhante ao anteprojeto do CNPA.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
903


CAPTULO 28 CDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR


LEI N 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

Mensagem de veto
Regulamento
Regulamento
Regulamento
Vigncia
Vide Decreto n 2.181, de 1997
Dispe sobre a proteo do consumidor e d outras
providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte lei:
TTULO I
Dos Direitos do Consumidor
CAPTULO I
Disposies Gerais
Art. 1 O presente cdigo estabelece normas de proteo e defesa do consumidor, de ordem
pblica e interesse social, nos termos dos arts. 5, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituio Federal
e art. 48 de suas Disposies Transitrias.
Constituio da Repblica
O art. 5, XXXII, da Constituio da Repblica Federativa do Brasil determina ao
Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor, ao passo que o art. 170, V,
estabelece o princpio da defesa do consumidor, entre outros, para a ordem econmica.
O Cdigo de Defesa do Consumidor foi institudo por fora do art. 48 do Ato das
Disposies Constitucionais Transitrias, que concedia o prazo de 120 dias para que o
Congresso Nacional o elaborasse.

Norma de interesse social
O termo interesse social, colocado no art. 1 do CDC, tambm vago, dizendo pouca
coisa, j que difcil imaginar lei que no seja de interesse da sociedade, no Estado de
Direito.
Trata-se de outro conceito jurdico indeterminado.
Todavia, segundo a doutrina, as leis de funo social se caracterizam por impor novas
noes valorativas que devem orientar a sociedade, e por isso, optam, geralmente, por
positivar uma srie de direitos assegurados ao grupo tutelado. Impem, assim, uma srie de

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
930
QUESTES - DIREITO DO CONSUMIDOR - CONSULPLAN

1 - (CONSULPLAN - 2013 - Banestes - Assistente Securitrio)
Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou servio como
intermedirio.
( ) Equipara - se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que esteja
intervindo nas relaes de consumo.
( ) Fornecedor toda pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, nacional ou estrangeira, bem como
os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produo, montagem, criao, construo,
trans- formao, importao, exportao, distribuio ou comercializao de produtos ou prestao de
servios.
( ) Produto qualquer bem, mvel ou imvel, material, no sendo considervel os bens imateriais como
produto para efeitos do Cdigo de Defesa do Consumidor.
A sequncia est correta em
a) F, F, V, V
b) V, V, F, F
c) F, V, V, F
d) V, F, F, V
e) V, F, F, F

2 - (CONSULPLAN - 2008 - Correios - Agente de Correios - Atendente Comercial)
As infraes das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, conforme o caso, s seguintes
sanes administrativas, EXCETO:
a) Suspenso temporria da atividade.
b) Revogao de concesso ou permisso de uso.
c) Interveno administrativa.
d) Contraposio de contrapropaganda.
e) Inutilizao do produto.

3 - (CONSULPLAN - 2008 - Correios - Agente de Correios - Atendente Comercial)
Nos termos da Lei Federal n 8.078/90, integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
(SNDC):
a) rgos Federais e Estaduais, do Distrito Federal e Municipais.
b) Entidades privadas de defesa do consumidor.
c) Polcia judiciria.
d) Somente as alternativas A e B esto corretas.
e) As alternativas A, B, e C esto corretas.

4 - (CONSULPLAN - 2008 - Correios - Agente de Correios - Atendente Comercial)
Consumidor toda pessoa fsica ou _________ que adquire ou utiliza produto ou servio como
destinatrio final. Marque abaixo a alternativa em que a palavra completa corretamente o artigo da Lei
Federal n8078/90:
a) pblica
b) jurdica
c) privada
d) nacional
e) de exportao

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
932


CAPTULO 29 NOES GERAIS
DE COOPERATIVISMO


29.1. HISTRICO DO COOPERATIVISMO AGRCOLA NO BRASIL E PERSPECTIVAS
PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

29.1. Introduo problemtica
A justia scio-ambiental, a ampliao da cidadania e a descentralizao foram temas
norteadores da elaborao da Constituio Brasileira de 1988. A agricultura familiar, historicamente
presente nos movimentos de resistncia e atuante em espaos marginais de participao, insere-se, por
meio de suas organizaes, no novo processo de gesto pblica em curso no Brasil, nos nveis
municipal, estadual e federal.
Novos espaos de deciso e de gesto foram recentemente institucionalizados e ocupados pelos
agricultores familiares, tais como, as associaes, centrais de servios, fruns regionais, articulaes da
sociedade civil. Vale a pena lembrar aqui a existncia de outras formas de organizao,
tradicionalmente reconhecidas por sua histria e atuao nos diferentes pases, como o caso do
cooperativismo agrcola.
No Brasil, desde a dcada de 1930, o cooperativismo constituiu-se em um importante
instrumento de poltica agrcola. No final dos anos de 1950, com o objetivo de modernizar a
agricultura, o forte estmulo estatal transformou-o em um dos principais indutores do desenvolvimento
rural e de uma melhor insero do pas no mercado internacional.
As cooperativas agrcolas, no apenas se tornaram o elo entre a agricultura familiar e os
sistemas modernos de produo, contribuindo para que as unidades agrcolas adquirissem perfil
empresarial, como tambm articularam produtores, instituies pblicas de fomento e mercado
consumidor.
importante ressaltar que durante os processos de concentrao organizacional, de crescimento
econmico e de expanso territorial, o cooperativismo agrcola foi acumulando contradies e crises,
apresentando limites e alterando suas estratgias de atuao.
O processo de autogesto ocorrido no final dos anos 1980 marca o incio de uma nova fase
orientada tanto para uma dinamizao das atividades econmicas e um maior investimento em novas
tecnologias, quanto para uma estratgia de atuao poltica mais efetiva.
Nos ltimos anos do sculo XX, o movimento cooperativista brasileiro sofreu uma bifurcao,
apresentando-se hoje sob duas formas ideologicamente diferentes de organizao e de representao
das foras sociais presentes no campo: o cooperativismo empresarial/tradicional e o cooperativismo
popular/de resistncia .
Desse contexto, em permanente mudana, surge a questo central do presente artigo: qual o
papel do cooperativismo agrcola no processo de (re)composio e de sustentabilidade da agricultura
familiar, frente aos processos de globalizao e de conformao de novos territrios?

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
944


CAPTULO 30 CDIGO DE TICA
DOS SERVIDORES PBLICOS


LEI N 8.027, DE 12 DE ABRIL DE 1990.

Converso da Medida Provisria n 159/90
Dispe sobre normas de conduta dos servidores
pblicos civis da Unio, das Autarquias e das
Fundaes Pblicas, e d outras providncias.
O PRESIDENTE DA REPBLICA, fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono
a seguinte lei:
Art. 1 Para os efeitos desta lei, servidor pblico a pessoa legalmente investida em cargo ou em
emprego pblico na administrao direta, nas autarquias ou nas fundaes pblicas.
Art. 2 So deveres dos servidores pblicos civis:
I - exercer com zelo e dedicao as atribuies legais e regulamentares inerentes ao cargo ou
funo;
O art. 37, caput, da CF (redao da EC n 19/98) acrescentou a eficincia como princpio
da administrao pblica.
Entre os deveres do servidor pblico discriminados pelo Cdigo de tica, podemos citar
(item XIV - a e b): a) desempenhar, a tempo, as atribuies do cargo, funo ou
emprego pblico de que seja titular; b) exercer suas atribuies com rapidez, perfeio e
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situaes
procrastinatrias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espcie de atraso na
prestao dos servios pelo setor em que exera suas atribuies, com o fim de evitar dano
moral ao usurio;
As atividades desempenhadas pelos servidores devem ser, regra geral, aquelas previstas
nas atribuies do cargo efetivo ocupado, podendo somente em situaes de emergncia e
transitrias desempenhar atribuies no pertinentes ao cargo, conforme art. 117, inciso
XVII, deste RJU.
O art. 5 do RJU prev que a investidura em cargo pblico depende de alguns requisitos
bsicos. Aqui, porm, a questo o exerccio das atribuies do cargo. Zelo e dedicao so
os dois atributos includos pelo legislador para caracterizar a forma atravs da qual o
servidor deve vivenciar a sua situao de agente pblico.
O exerccio das atribuies do cargo com zelo e dedicao muito tem a ver com o princpio
da eficincia, e com o requisito da produtividade para se obter aprovao no estgio
probatrio.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
958


CAPTULO 31 GLOSSRIO


A
ADTA: Autorizao de Declarao de Trnsito Aduaneiro
Aeroporto Internacional: Aeroporto de entrada ou de sada de mercadorias e passageiros no trfego
areo internacional.
AFIDI: Autorizao Fitossanitria de Importao.
Agente de Controle Biolgico: Inimigo natural ou competidor, ou outra entidade bitica, capaz de se
replicar ou reproduzir, utilizada para o controle de pragas.
Agroecossistema: sistema ecolgico, originalmente natural, transformado em espao agrrio utilizado
para produo agrcola e pecuria, segundo diferentes tipos e nveis de manejo; referncia: Lima e
Silva, P.P. de; Guerra, A.J.T.; Mousinho, P.orgs. Dicionrio Brasileiro de Cincias Ambientais. RJ:
Thex Ed., 1999.
Agrotxico: substncia txica utilizada na agricultura para combater diferentes tipos de pragas que
atacam as lavouras (p.ex: insetos, fungos, ervas daninhas); referncia: Lima e Silva, P.P. de; Guerra,
A.J.T.; Mousinho, P.orgs. Dicionrio Brasileiro de Cincias Ambientais. RJ: Thex Ed., 1999.
Amostra: grupo de itens ou indivduos, retirados de uma populao maior, que fornece informaes
para a avaliao de caractersticas de uma populao; referncia: Management Consulting Group
(MCG) - Glossrio de Auditoria Ambiental, 2000.
Amostragem: o conjunto de procedimentos que tem por finalidade possibilitar a retirada aleatria de
amostras representativas de certa quantidade de um produto a ser inspecionado ou analisado.
Anlise: Exame oficial para determinar se existem pragas ou agentes etiolgicos presentes, para
identificar tais pragas ou agentes e/ou para determinar outras caractersticas da mercadoria.
Anlise Oficial (AO) Exame oficial no visual para determinar se existem pragas presentes ou para
identificar tais pragas.
Anlise de Risco de Pragas: processo de avaliao biolgica ou outras evidncias cientficas ou
econmicas, para determinar se uma praga deveria estar regulamentada e a intensidade de qualquer
medida fitossanitria aplicada para seu controle; referncia: Glossrio nico de Termos Fitossanitrios,
de 10/05/99, COSAVE.
Anlise de Perigos e Pontos Crticos de Controle APPCC (Hazard Analysis and Critical
Control Point HACCP): consiste em um sistema que identifica, avalia e controla perigos que so
significativos para segurana alimentar; referncia: Textos Bsicos de Higiene Alimentar Codex
Alimentarius.
Animal: Toda classe de mamferos ou de aves domsticas e selvagens.
Animal de Consumo: Animal das espcies bovina, bubalina, caprina, eqina, ovina, suna, e qualquer
outro animal domstico, transportado ou conduzido sob controle da Autoridade Veterinria Oficial, a
um matadouro oficialmente autorizado, para ser abatido.
Anuncia: Ato de conceder, acordar ou aprovar.
rea: Um pas, parte de um pas, vrios pases, ou partes de vrios pases, definidos oficialmente.

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
970


CAPTULO 32 QUESTIONAMENTOS
RELEVANTES


32.1. ORIENTAES POR CATEGORIA DE PRODUTOS

1 - Onde obter informaes sobre os padres sanitrios/fitossanitrios e documentos exigidos, por
produto e pas de destino, para as exportaes brasileiras de produtos de origem agropecuria?
Antes mesmo de produzir mercadorias destinadas exportao, importante que produtores,
industriais e comerciantes conheam as exigncias sanitrias/fitossanitrias dos pases importadores,
para os quais pretendem exportar.
Obter essas informaes responsabilidade do interessado em exportar. Informaes
especficas sobre produtos, principalmente aqueles que no tm tradio na pauta comercial, e/ou sobre
mercados importadores especficos, podem ser obtidas junto s Cmaras de Comrcio1, Consulados e
Embaixadas dos pases importadores.
Quando se deseja obter informaes sobre a potencialidade dos mercados importadores para
produtos especficos, pode-se fazer uma consulta tambm ao Ministrio das Relaes Exteriores
(MRE), que atravs da sua Diviso de Informao Comercial, que integra o Departamento de
Promoo Comercial, e dos Setores de Promoo Comercial (SECOMs), pode orientar pesquisas de
prospeco em mercados potencialmente importadores.
Os exportadores brasileiros tambm podem cadastrar-se no Braziltradenet, e atravs do site
http://www.braziltradenet.gov.br podem obter informaes a respeito de produtos e mercados bem
como realizar consultas, caso as informaes necessrias ainda no estejam disponveis.

2 - Qual o documento bsico para exportao de produtos de origem agropecuria, que
comprova a sanidade da mercadoria?
o Certificado Sanitrio/Fitossanitrio Internacional2, que acompanha, obrigatoriamente, esses
produtos exportados at o seu destino, no mercado importador.

3 - Quais so os produtos sujeitos exigncia desses certificados para exportao?
Todos os produtos de origem vegetal e animal destinados exportao devem obter um certificado de
sanidade/fitossanidade. Alguns pases importadores exigem documentos especficos e procedimentos
especiais,

4 - Qual o rgo emissor do Certificado Sanitrio/Fitossanitrio Internacional?
o Ministrio da Agricultura e do Abastecimento, atravs do Servio de Sanidade Vegetal (SSV) e da
Diviso de Produtos de Origem Animal (DIPOA).


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
995


CAPTULO 33 - QUESTES DE FISCAL
AGROPECURIO GABARITADAS


(FJPF Fiscal Agropecurio Engenheiro Agrnomo - MAPA 2006)

1. As classes de sementes podem ser distribudas da seguinte maneira: semente gentica, semente
bsica, semente registrada e semente certificada. A classe de sementes que vai ser distribuda
comercialmente entre os agricultores e que dar origem s plantaes comerciais a semente:
A) bsica;
B) gentica;
C) certificada;
D) registrada;
E) monitorada.

2. Uma unidade produtora, beneficiadora e armazenadora de sementes recebeu um lote de sementes de
soja e decidiu pela determinao do teor de gua em estufa do material. Ao final da determinao, o
tcnico da unidade passou os seguintes dados:

Massa em gramas, sendo, Mi - massa total inicial, Pi massa inicial, Mf - massa final, Pa - massa de
gua, Pms - massa de matria seca, U% (b.u.) - teor de gua base mida. O Teor de gua, em
porcentagem base mida, das sementes de feijo depois deste procedimento em estufa :
A) 10;
B) 12;
C) 11;
D) 9,5;
E) 13.


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1148


CAPTULO 34 - DIVERSOS CONCURSOS
RECENTES PARA ENGENHEIRO AGRONMO


(CESPE Perito Criminal Federal - Engenharia Agronmica DPF 2013) - Obs.: Gabarito
Preliminar
Em relao a normas tcnicas e metodologias de avaliao de imveis rurais, julgue os itens a
seguir.
620 Os laudos de avaliao de imveis rurais so classificados quanto fundamentao nos graus I, II
ou III e devem conter, obrigatoriamente, a vistoria do imvel avaliado, a identificao das fontes e, no
mnimo, trs dados de mercado, efetivamente utilizados.
621 Quando adotado exclusivamente o mtodo comparativo direto de dados de mercado com o uso de
regresso linear, a avaliao do imvel rural dever ser especificada quanto preciso.
622 Na determinao do valor da terra nua, a partir de dados de mercado, considera-se o custo de
oportunidade sobre o capital que a terra nua representa ou o valor de seu arrendamento, sendo
inadmissvel utilizar dados de mercado de imveis que contenham benfeitorias, para evitar que o valor
determinado seja superestimado.
623 Quando no empregado o mtodo comparativo direto de dados de mercado, a avaliao de
construes e instalaes deve ser realizada com base em oramentos qualitativos e quantitativos,
compatveis com o grau de fundamentao determinado.
624 Na avaliao em separado de culturas de ciclo longo no primeiro ano de implantao, recomenda-
se utilizar, como alternativa ao mtodo da capitalizao da renda, o custo de implantao, includos os
custos diretos e indiretos.
625 Quando existir explorao econmica de florestas nativas autorizada pelo rgo competente, a
avaliao poder ser realizada pelo mtodo da capitalizao da renda, e dever ser executado, nesse
caso, o inventrio florestal e desconsiderados os custos diretos e indiretos.
626 O mtodo comparativo direto de dados de mercado, utilizado na avaliao de imveis rurais,
identifica o valor do empreendimento com base na expectativa de resultados futuros, a partir da
elaborao de cenrios possveis.

Julgue os itens seguintes, acerca de crdito rural, programas de financiamento e comercializao
agrcola.
627 A comercializao de estoques pblicos de produtos agrcolas excedentes por meio de leiles
eletrnicos uma forma utilizada pelo Estado para abastecer regies deficitrias e garantir aos
produtores a venda de seu produto por um preo que lhes permita manter-se na atividade rural.
628 Os recursos do crdito rural so destinados a custeio, investimento ou comercializao de produtos
agrcolas, modalidades de crdito s quais tm acesso tanto o produtor, como pessoa fsica ou jurdica,
quanto as cooperativas rurais.
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
QUESTES DE CONCURSOS E LEGISLAO




ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano de Tal, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
ttulo, a sua reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1191
GABARITOS
1. Opo C
2. Opo A
3. Opo E
4. Opo B
5. Opo D
6. Opo A
7. Opo B
8. Opo E
9. Opo D
10. Opo C
11. Opo C
12. Opo A
13. Opo D
14. Opo B
15. Opo E
16. Opo E
17. Opo A
18. Opo B
19. Opo D
20. Opo C
21 Opo C
22 Opo A
23 Opo C
24 Opo A
25 Opo E
26 Opo E
27 Opo D
28 Opo D
29 Opo B
30 Opo C
31 Opo C
32 Opo A
33 Opo B
34 Opo D
35 Opo B
36 Opo E
37 Opo D
38 Opo E
39 Opo A
40 Opo B
41. 1) C / 2) C / 3) E / 4) E / 5) E
42. 1) E / 2) E / 3) C / 4) C / 5) E
43. 1) C / 2) C / 3) E / 4) E / 5) C
44. 1) C / 2) E / 3) C / 4) E / 5) E
45. 1) E / 2) C / 3) C / 4) C / 5) E
46. 1) C / 2) E / 3) C / 4) E / 5) E
47. 1) E / 2) C / 3) C / 4) C / 5) E
48. 1) C / 2) E / 3) C / 4) E / 5) E
49. 1) E / 2) C / 4) C / 5) C
50. 1) C / 2) C / 3) E / 4) E / 5) C
51. 1) E / 2) E / 3) E / 4) E / 5) E
52. 1) E / 2) E / 3) E / 4) E / 5) E
53. 1) C / 2) E / 3) C / 4) E / 5) E
54. 1) C / 2) E / 3) E / 4) C / 5) C
55. 1) C / 2) C / 3) C / 4) C / 5) C
56. 1) E / 2) E / 3) E / 4) E / 5) E
57. 1) C / 2) E / 3) C / 4) C / 5) E
58. 1) C / 2) C / 3) C / 4) C / 5) E
59. 1) C / 2) C / 3) C / 4) C / 5) E
60. 1) E / 2) C / 4) E / 5) E
61. Opo C
62. Opo E
63. Opo A
64. Opo D
65. Opo A
66. Opo B
67. Opo C
68. Opo C
69. Opo B
70. Opo D
71. Opo B
72. Opo D
73. Opo B
74. Opo D
75. Opo A
76. Opo E
77. Opo E
78. Opo E
79. Opo A
80. Opo C
81. Opo b
82. Opo a
83. Opo c
84. Opo e
85. Opo c
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1203

CAPTULO 36 - QUESTES DE AGRONOMIA -
REA DE FISCAL AGROPECURIO - COMENTADAS

(FJPF Fiscal Agropecurio Engenheiro Agrnomo - MAPA 2006)

1. As classes de sementes podem ser distribudas da seguinte maneira: semente gentica, semente
bsica, semente registrada e semente certificada. A classe de sementes que vai ser distribuda
comercialmente entre os agricultores e que dar origem s plantaes comerciais a semente:
A) bsica;
B) gentica;
C) certificada;
D) registrada;
E) monitorada.
Comentrio:
A semente se constitui em insumo bsico imprescindvel a uma agricultura produtiva.
Os resultados da nova safra dependem:
de suas caractersticas genticas, fsicas, fisiolgicas e sanitrias;
da maneira como utilizada.
Existem quatro classes de sementes:
a) Gentica: produzida exclusivamente sob a responsabilidade do melhorista ou entidade melhoradora
e, por ser portadora da carga gentica varietal, deve ser multiplicada sob condies de rigoroso controle
de qualidade no sentido de assegurar a obteno de sementes com grau de pureza inquestionvel;
A semente gentica produzida exclusivamente sob a responsabilidade dos melhoristas e da
instituio de pesquisa que lanou ou recomendou a cultivar.
Para a produo destas sementes parte-se de apenas algumas panculas representativas da
cultivar, de cujas sementes so produzidas mudas e transplantadas manualmente, muda a
muda, a fim de manter a pureza varietal.
b) Bsica: resulta da multiplicao da semente gentica ou da prpria bsica. usualmente produzida
sob a responsabilidade da entidade de pesquisa que lanou a cultivar ou por pessoa fsica, ou jurdica,
por ela credenciada;
A semente bsica resulta da multiplicao da semente gentica. produzida sob
responsabilidade da entidade de pesquisa.
a semente fornecida aos produtores de sementes comerciais. Toda a produo de semente
bsica obtida por transplante mecnico de mudas, como forma de garantir a pureza
varietal.
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1204
c) Registrada: a primeira classe de semente comercial, obtida da multiplicao da semente bsica ou
da prpria registrada por, no mximo, trs geraes. produzida por produtores credenciados pela
Entidade Certificadora;
d) Certificada: resulta da multiplicao da semente bsica, registrada ou da prpria certificada, por, no
mximo trs geraes, geralmente destinada a plantios para produo de gros.
A semente certificada uma classe de semente comercial resultante da multiplicao da
semente gentica ou bsica, produzida por produtores credenciados sob as normas e padres
estabelecidos
A semente fiscalizada, embora ainda produzida, no um classe aceita pela Certificao. Contudo, para
fins didticos, deve-se saber que a semente fiscalizada resulta da multiplicao de qualquer uma das
classes anteriores ou da prpria fiscalizada e no h exigncia quanto ao nmero de geraes desde que
a semente produzida esteja em conformidade com as normas e padres estabelecidos pela Entidade
Certificadora.
Gabarito: C

2. Uma unidade produtora, beneficiadora e armazenadora de sementes recebeu um lote de sementes de
soja e decidiu pela determinao do teor de gua em estufa do material. Ao final da determinao, o
tcnico da unidade passou os seguintes dados:

Massa em gramas, sendo, Mi - massa total inicial, Pi massa inicial, Mf - massa final, Pa - massa de
gua, Pms - massa de matria seca, U% (b.u.) - teor de gua base mida. O Teor de gua, em
porcentagem base mida, das sementes de feijo depois deste procedimento em estufa :
A) 10; B) 12; C) 11;
D) 9,5; E) 13.
Comentrio:
No quadro abaixo apresentado um esquema da composio de uma massa de gros, representada
apenas como formada por gua e matria seca.
GUA m
H2O
= massa de gua
m
t
= massa total
MATRIA SECA

m
ms
= massa de matria seca

O teor de umidade dos produtos pode ser expresso tanto em base mida como em base seca.
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1205
Teor de umidade em base mida (U
bu
): a relao entre a massa de gua e a massa total de
produto
Teor de umidade em base seca (U
bs
): a relao entre a massa de gua contida no produto e a
massa de matria seca.


Calculando a coluna Pi (massa inicial):
Pi
Amostra 1
: 65 - 15 = 50
Pi
Amostra 2
: 66 - 16 = 50
Pi
Amostra 3
: 65 - 15 = 50

Calculando a coluna Pa (massa de gua):
Pa
Amostra 1
: 50 - (60 - 15) = 5
Pa
Amostra 2
: 50 - (61 - 16) = 5
Pa
Amostra 3
: 50 - (60 - 15) = 5

Calculando a coluna Pms (massa de matria seca):
Observao: para resolver esta questo no era necessrio calcular-se esse coluna.
Pms
Amostra 1
: 50 - 5 = 45
Pms
Amostra 2
: 50 - 5 = 45
Pms
Amostra 3
: 50 - 5 = 45
Calculando a coluna U (% B.U.) (teor de umidade em base mida):
Pa
Amostra 1
: 5 / 50 = 10%
Pa
Amostra 2
: 5 / 50 = 10%
Pa
Amostra 3
: 5 / 50 = 10%
Como todos os valores foram de 10%, a mdia tambm, naturalmente, de 10%.
Gabarito: A

3. A Lei n 10.831, de 23 de Dezembro de 2003, no Art. 1, estabelece as finalidades de determinado
sistema de produo: ofertar produtos saudveis isentos de contaminantes intencionais; preservar a
diversidade biolgica dos ecossistemas naturais e a recomposio ou incremento da diversidade
biolgica dos ecossistemas modificados em que se insere o sistema de produo; incrementar a
atividade biolgica do solo; promover um uso saudvel do solo, da gua e do ar; reduzir ao mnimo
todas as formas de contaminao desses elementos que possam resultar das prticas agrcolas; manter
ou incrementar a fertilidade do solo a longo prazo; reciclar resduos de origem orgnica, reduzindo ao
mnimo o emprego de recursos no-renovveis; basear-se em recursos renovveis e em sistemas
agrcolas organizados localmente; incentivar a integrao entre os diferentes segmentos da cadeia
produtiva e de consumo de produtos orgnicos e a regionalizao da produo e comrcio desses
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1206
produtos; manipular os produtos agrcolas com base no uso de mtodos de elaborao cuidadosos, com
o propsito de manter a integridade orgnica e as qualidades vitais do produto em todas as etapas.
Dentro desta linha de trabalho, esta lei trata do sistema de produo:
A) em plantio direto;
B) integrado;
C) agrcola;
D) ecolgico;
E) orgnico.
Comentrio:
O sistema de produo orgnico visa o manejo sustentvel da unidade de produo com enfoque
sistmico que privilegia a preservao ambiental, a agrobiodiversidade, os ciclos biogeoqumicos e a
qualidade de vida. Assim, ocorre o uso mnimo e eficiente dos recursos naturais no renovveis, aliado
ao melhor aproveitamento dos recursos naturais renovveis e dos processos biolgicos, manuteno
da biodiversidade, preservao ambiental, o desenvolvimento econmico, bem como, qualidade de
vida.
Gabarito: E

4. O Tratado de Assuno, assinado em Assuno em 26/03/1991, conhecido e tem como membros
os pases:
A) ALCA / Mxico, Brasil, Guiana, Venezuela, Equador, Estados Unidos e Colmbia;
B) MERCOSUL / Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai;
C) ACORDO DAS AMRICAS / Mxico, Brasil, Venezuela, Peru, Equador, Estados Unidos e
Colmbia;
D) AGENDA DE ASSUNO / Argentina, Brasil, Peru e Uruguai;
E) LIVRE COMRCIO DAS AMRICAS / Argentina, Brasil, Peru, Bolvia, Colmbia e Uruguai.
Comentrio:
O MERCOSUL conhecido como o Mercado Comum do Sul. a unio aduaneira (livre-comrcio,
intrazona e poltica comercial comum) de cinco pases da Amrica do Sul. Em sua formao original, o
bloco era composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em virtude da remoo de Fernando
Lugo da presidncia do Paraguai, o pas foi temporariamente suspenso do bloco; esse fato tornou
possvel a adeso da Venezuela como membro pleno do Mercosul a partir de 31 de julho de 2012,
incluso at ento impossvel em razo do veto paraguaio.
Gabarito: B

5. Segundo o VIGIARO, ser prescrita quarentena oficial a todos os materiais de propagao vegetal e
demais produtos importados que a requeiram, como meio de evitar:
A) a prescrio do tratamento fitossanitrio;
B) sempre que houver condies de reclassificar, selecionar ou separar a mercadoria;
C) a fumigao a bordo de navios;

ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1293
CAPTULO 37 - DIVERSOS CONCURSOS
ORGANIZADORA: C CO ON NS SU UL LP PL LA AN N
CARGO DE ENGENHEIRO AGRONMO

(CONSULPLAN Engenheiro Agrnomo Pref. de Uberlndia/MG 2012)
1
Das mais de 7.700 cooperativas distribudas em todo pas, Minas Gerais sedia __________ desse total,
sendo o _______________ estado em nmero de organizaes associativas. Aproximadamente 800
cooperativas esto registradas no Sindicato e Organizao das Cooperativas do Estado de Minas
Gerais, totalizando mais de 900 mil associados e ________________ empregos diretos. Estima-se que,
em 2009, as cooperativas mineiras tenham movimentado R$ 16,2 bilhes, o que representa
__________ do PIB do Estado. Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a
afirmativa anterior.
A) 3,6% / sexto / 8 mil / 1,7% D) 1,3% / oitavo / 13 mil / 3,9%
B) 50,8% / primeiro / 221 mil / 25,6% E) 10,3% / quarto / 26 mil / 6,3%
C) 34,1% / segundo / 44 mil / 9,9%

2
A respeito da proteo de nascentes em reas rurais, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para
as falsas.
( ) A maioria das estradas construdas no meio rural no passou por um planejamento adequado com o
objetivo de proteger as nascentes. costume projetar as estradas perto de rios e nascentes por serem
esses terrenos naturalmente mais planos e, portanto, de relevo mais favorvel. Assim, realizam-se
cortes para construo da estrada em locais indevidos do terreno, deixando o solo exposto a diferentes
processos de eroso causados pelas chuvas, o que torna o terreno mais compactado e mais propcio
formao de enxurradas.
( ) um fator insignificante a proximidade das culturas que utilizam elevado nvel de produtos
qumicos, pois mesmo que nas pocas das chuvas esses poluentes desam com as enxurradas para as
nascentes, ou se infiltrem no solo atingindo o lenol fretico, tais produtos qumicos agrcolas sero
eliminados com fervura, clorao ou filtragem.
( ) Devem ser retiradas todas e quaisquer habitaes, galinheiros, estbulos, pocilgas e outras
construes que possam, ou por infiltrao das excrees, ou por carreamento superficial (enxurradas),
contaminar o lenol fretico, bem como poluir diretamente a nascente.
( ) O pasto e os animais devem estar afastados, ao mximo, da nascente, pois, mesmo que os animais
no tenham livre acesso gua, seus dejetos contaminam o terreno e, nos perodos de chuvas, acabam
por contaminar a gua. Desta forma, organismos patognicos que infestam os animais podem atingir o
homem; a tuberculose bovina, a brucelose e a aftosa so, dentre outras, doenas que podem contaminar
o homem, tendo como veculo a gua contaminada.
A sequncia est correta em
A) F, F, V, V B) F, V, V, V C) V, F, V, V D) V, F, F, F E) F, V, F, V

ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1381
CAPTULO 38 - DIVERSOS CONCURSOS
ORGANIZADORA: C CO ON NS SU UL LP PL LA AN N
CARGO DE ENGENHEIRO AGRONMO
Q QU UE ES ST T E ES S C CO OM ME EN NT TA AD DA AS S

(CONSULPLAN Engenheiro Agrnomo Pref. de Uberlndia/MG 2012)
2
A respeito da proteo de nascentes em reas rurais, marque V para as afirmativas
verdadeiras e F para as falsas.
( ) A maioria das estradas construdas no meio rural no passou por um planejamento
adequado com o objetivo de proteger as nascentes. costume projetar as estradas perto de
rios e nascentes por serem esses terrenos naturalmente mais planos e, portanto, de relevo
mais favorvel. Assim, realizam-se cortes para construo da estrada em locais indevidos
do terreno, deixando o solo exposto a diferentes processos de eroso causados pelas
chuvas, o que torna o terreno mais compactado e mais propcio formao de enxurradas.
( ) um fator insignificante a proximidade das culturas que utilizam elevado nvel de
produtos qumicos, pois mesmo que nas pocas das chuvas esses poluentes desam com as
enxurradas para as nascentes, ou se infiltrem no solo atingindo o lenol fretico, tais
produtos qumicos agrcolas sero eliminados com fervura, clorao ou filtragem.
( ) Devem ser retiradas todas e quaisquer habitaes, galinheiros, estbulos, pocilgas e
outras construes que possam, ou por infiltrao das excrees, ou por carreamento
superficial (enxurradas), contaminar o lenol fretico, bem como poluir diretamente a
nascente.
( ) O pasto e os animais devem estar afastados, ao mximo, da nascente, pois, mesmo que
os animais no tenham livre acesso gua, seus dejetos contaminam o terreno e, nos
perodos de chuvas, acabam por contaminar a gua. Desta forma, organismos patognicos
que infestam os animais podem atingir o homem; a tuberculose bovina, a brucelose e a
aftosa so, dentre outras, doenas que podem contaminar o homem, tendo como veculo a
gua contaminada.
A sequncia est correta em
A) F, F, V, V B) F, V, V, V C) V, F, V, V D) V, F, F, F E)
F, V, F, V
Comentrios:
Item A maioria das estradas construdas (...), verdadeiro.
Item um fator insignificante a proximidade (...), falso. Embora o solo tenha a funo de
filtro, podendo assim retirar da gua os agrotxicos que se encontrem nela dissolvidos,
necessrio considerar os seguintes aspectos: quantidades elevadas de agrotxicos aplicadas
nas regies agrcolas do Pas; arraste dos agrotxicos que se encontram na superfcie do
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1382
solo para a superfcie d'gua pelas enxurradas, principalmente nas chuvas mais intensas;
contaminao da gua por agrotxico quando os pulverizadores so abastecidos
diretamente nos cursos d'gua.
Tendo em vista que os compostos qumicos presentes nos agrotxicos no so eliminados
pela fervura, clorao ou filtragem, torna-se importante evitar que cheguem as nascentes e
cursos d'gua. O controle da contaminao ambiental por agrotxicos poder ser feito pelo
seguinte conjunto de aes, j consolidadas: uso da agroecologia como sistema de
produo; manejo de pragas e invasoras, com o objetivo de criar condies para o uso
racional de agrotxicos; destinao correta de embalagens de agrotxicos; localizao de
abastecedouros de pulverizadores comunitrios em reas que no ofeream risco de
contaminao de mananciais.
Item Devem ser retiradas todas e quaisquer (...), verdadeiro.
Item O pasto e os animais devem estar (...), verdadeiro. O pasto e os animais devem ser
afastados, ao mximo, da nascente, pois, mesmo que os animais no tenham livre acesso
gua, seus dejetos contaminam o terreno e, nos perodos de chuvas, acabam por contaminar
a gua. Essa contaminao pode provocar o aumento da matria orgnica na gua, o que
acarretaria o desenvolvimento exagerado de algas bem como a contaminao por
organismos patognicos que infestam os animais e podem atingir o homem. A tuberculose
bovina, a brucelose, a aftosa so, entre outras, doenas que podem contaminar o homem,
tendo como veculo a gua contaminada.
Gabarito: Correta a alternativa C

3
Sobre a irrigao localizada, assinale a afirmativa INCORRETA.
A) A rea deve ser plana ou nivelada artificialmente a um limite de 1%. Alm disso, um
dos meios de irrigao mais afetados pelos ventos.
B) No mtodo da irrigao localizada, a gua , em geral, aplicada em apenas uma frao
do sistema radicular das plantas, empregando-se emissores pontuais (gotejadores), lineares
(tubo poroso ou tripa) ou superficiais (microaspersores).
C) O teor de umidade do solo pode ser mantido alto, atravs de irrigaes frequentes e em
pequenas quantidades, beneficiando culturas que respondem a essa condio.
D) Seu custo inicial relativamente alto, tanto mais alto quanto menor for o espaamento
entre linhas laterais, sendo recomendado para situaes especiais como pesquisa, produo
de sementes e de milho verde. um mtodo que permite automao total, o que requer
menor emprego de mo-de-obra em sua operao.
E) Os principais sistemas de irrigao localizada so o gotejamento, a microasperso e o
gotejamento subsuperficial.
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1383
Comentrios:
Na irrigao localizada a gua, em geral, aplicada em apenas uma frao do sistema
radicular das plantas, empregando-se emissores pontuais (gotejadores), lineares (tubo
poroso ou "tripa") ou superficiais (microaspersores). A proporo da rea molhada varia de
20 a 80% da rea total, o que pode resultar em economia de gua. O teor de umidade do
solo pode ser mantido alto, atravs de irrigaes frequentes e em pequenas quantidades,
beneficiando culturas que respondem a essa condio, como o caso da produo de milho
verde. O custo inicial relativamente alto, tanto mais alto quanto menor for o espaamento
entre linhas laterais sendo recomendado para situaes especiais como, pesquisa, produo
de sementes e de milho verde.
Tabela. Fatores que afetam a seleo do mtodo de irrigao
7
.
Mtodo Fatores
Declividade
Taxa de
Infiltrao
Sensibilidade da
Cultura ao
Molhamento
Efeito do Vento
Superfcie
rea deve ser plana
ou nivelada
artificialmente a
um limite de 1%.
Maiores
declividades podem
ser empregadas
tomando-se
cuidados no
dimensionamento
No
recomendado
para solo com
taxa de infiltrao
acima de 60
mm/h ou com
taxa de infiltrao
muito baixa
Adaptvel cultura
do milho,
especialmente o
sistema de sulcos.
No problema
para o sistema de
sulcos.
Asperso
Adaptvel a
diversas condies.
Adaptvel s
mais diversas
condies.
Pode propiciar o
desenvolvimento
de doenas
foliares.
Pode afetar a
uniformidade de
distribuio e a
eficincia.
Localizada
Adaptvel s mais
diversas
condies.
Todo tipo. Pode
ser usado em
casos extremos,
como solos muito
arenosos ou
muito pesados.
Menor efeito de
doenas que a
asperso. Permite
umedecimento de
apenas parte da
rea.
Nenhum efeito
no caso de
gotejamento.
Subirrigao
rea deve ser plana
ou nivelada.
O solo deve ter
uma camada
impermevel
abaixo da zona
das razes, ou
lenol fretico
alto que possa ser
controlado.
Adaptvel cultura
do milho desde que
o solo no fique
encharcado o
tempo todo. Pode
prejudicar a
germinao.
No tem efeito.
Gabarito: Incorreta a alternativa A

7
Fonte: ANDRADE, C.L.T & BRITO, R.A.L. Irrigao. Sistema de Produo, 1. Embrapa Milho e Sorgo.
ENGENHEIRO AGRNOMO
FISCAL AGROPECURIO
TEORIA + LEGISLAO + QUESTES CONCURSOS


ctibsb.com.br
O contedo deste curso de uso exclusivo de Fulano, CPF 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer ttulo, a sua
reproduo, cpia, divulgao e distribuio, sujeitando-se os infratores responsabilidade civil e criminal.
1384
4
A utilizao de guas residurias de esgotos tratados em cultivos agrcolas tem sido uma
prtica cada vez mais adotada, tanto pelas empresas que tratam os efluentes domsticos,
quanto pelos produtores rurais. Diante do exposto, assinale a alternativa correta.
A) A economia de gua por meio do reuso de esgoto sanitrio para fins potveis tem sido
largamente empregada. Em pases onde a disponibilidade de gua potvel pequena, como
Canad, o uso para o abastecimento pblico de gua proveniente de esgoto pr-tratado
intenso.
B) A qualidade sanitria das plantas submetidas a guas residurias foi avaliada em
algumas pesquisas, tendo sido registrados casos de contaminao graves na sua maioria. Os
ndices de coliformes foram significativamente maiores do que nos produtos comerciais
irrigados com gua natural e amostrados para comparao.
C) As guas residurias apresentam considerveis quantidades de nutrientes essenciais ao
crescimento e desenvolvimento de plantas. Estas guas so consideradas de grande
potencial para fertirrigao em sistemas de produo agrcola porque estes nutrientes
apresentam-se em quantidades balanceadas.
D) A escolha do cultivo agrcola tem papel decisivo na avaliao da viabilidade da
irrigao com esgoto tratado, uma vez que a resistncia cultural poder trazer restries
comercializao do produto final.
E) Solos rasos, arenosos, bsicos e de baixa reserva de cidos so indicados como aqueles
de maior aptido para fertirrigao com guas residurias, tendo em vista as contribuies
para construo da fertilidade do solo e seguridade ambiental.
Comentrios:
As guas residurias contm basicamente matria orgnica e mineral em soluo e em
suspenso, assim como alta quantidade de bactrias e outros organismos patognicos e no
patognicos. As guas residurias em decomposio anaerbica produzem gases que, em
espaos fechados, como tubulaes e estaes, podem estar concentrados a nveis
perigosos, exigindo o uso de material especial e equipes de resgate. O gs sulfdrico o
principal responsvel pelo cheiro caracterstico do esgoto em decomposio anaerbica.
O mtodo de clorao de guas residurias, j tratado previamente numa Estao de
Tratamento de Esgoto (ETE), pode contribuir na reduo de organismos patognicos no
lanamento dos efluentes. Revelou-se ser o processo de menor custo e de elevado grau de
eficincia em relao a outros processos como a ozonizao que bastante dispendiosa e a
radiao ultravioleta que no aplicvel a qualquer situao.
No uso de guas residurias, em relao aos aspectos sanitrios, possvel identificar as
necessidades de desinfeco que garantam a segurana dos agricultores e produtos, que tm
por referncia as diretrizes da Organizao Mundial de Sade ou da Agncia de Proteo
Ambiental dos Estados Unidos. A qualidade sanitria das plantas foi avaliada em algumas
pesquisas, no tendo sido registrados casos de contaminao que constitussem
preocupao maior. Foram obtidos ndices de coliformes comparveis ou inferiores queles
de produtos comerciais irrigados com gua natural e amostrados para comparao.
Gabarito: Correta a alternativa D

Você também pode gostar