A Face Da Batalha

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INTRODUO:

O livro A FACE DA BATALHA de John Keegan desenvolve trs batalhas de


pocas distintas que exemplificam a evoluo da guerra introduzindo os horrores do
campo de batalha independentemente dos armamentos aprendendo no somente a
natureza das batalhas, mas incluindo a natureza humana. Dentro desses parmetros
mostra o como e o porqu dos soldados continuarem a lutar, que durante uma
batalha, num ambiente fsico e emocional extremamente instvel, elegem os seus
prprios lderes e suas prprias regras.
Outro fator ressaltado da importncia da atualizao dos manuais usando fatos
histricos para adestramento como, por exemplo, Formaes de Combate: linha e
coluna ... qualquer esquema mais complicado era simplesmente impraticvel...
Napoleo Bonaparte, da Interveno na manobra pela presena do comandante
utilizado pelos Csar da antiga Roma e Nunca ponha lenha na fogueira no reforce o
insucesso.
Apesar de ter esses fatores s compreender plenamente quem teve vivncia em
uma guerra total deixando de lado lutas peridicas e de pequena escala.
BATALHA DE AZINCOURT:
Batalha de Agincourt foi uma batalha que aconteceu em 25 de outubro de 1415 e
que faz parte da Guerra dos Cem Anos.
Em grande inferioridade numrica, os ingleses utilizaram uma excelente estratgia
com os arqueiros que praticamente liquidaram os franceses em um terreno estrito e
alagadio.
O combate foi muito bem arquitetado pelos ingleses onde utilizaram o terreno ao
seu favor para posicionar seus militares e para retirar a vantagem numrica dos
franceses. Os arqueiros foram posicionados no flanco protegidos a sua frente com
estacas afiadas que impediam o avano da cavalaria. A infantaria francesa no os
ameaava porque utilizavam armaduras pesadas e ao cair tornavam-se alvos fceis.
Apesar da infantaria e cavalaria serem compostas de nobres com armaduras e
espadas, os arqueiros eram marginais que se alistavam visando os esplios de guerra.
Alm disso, o campo de batalha era uma oportunidade nica, na poca, de enriquecer
rapidamente com o resgate dos nobres que se rendiam.
Outro fator que contribuiu para diminuir a vantagem numrica foi guerra de
choque em um terreno estreito onde a linha de frente tornou-se um obstculo de corpos
e equipamentos dificultando o avano francs e tornando-os alvos fceis para os
arqueiros, que utilizavam nesta batalha o arco gals.
Contudo, os relatos acima so difceis de confirmar em sua totalidade decido a
parcialidade dos relatos e da falta de uma observao geral do combate.
BATALHA DE WATERLOO:
A Batalha de Waterloo ocorreu em 18 de Junho de 1815 em Waterloo, Blgica,
sendo um combate decisivo das foras francesas contra as britnicas.
O primeiro ensinamento valioso deste conflito foi que o plano deve ser seguido
pelas cabeas pensantes, principalmente pelas dificuldades das comunicaes, caso ao
contrrio o avano de qualquer tropa torna-se desorganizado e ineficaz.

O uso da artilharia para desgastar, amaciar o terreno foi prejudicado pela pouca
munio e pouco espao para manobra, onde o avano da cavalaria limitava esses fogos.
A preocupao com fratricdio fez com se estipulasse medidas de coordenao.
Marchas longas, por volta de 50 km ao dia, armados e equipados deixavam as
tropas cansadas que se uniam a falta de comida, ao frio e de estarem molhados a maior
parte do dia diminuindo e muito o poder de combate das tropas. Sem assistncia
religiosa, o que significava que as partes envolvidas no tinham certeza se iria realmente
ocorrer uma batalha, deixava a tropa fora de sintonia com o combate estando apenas
aguardando ordens. Alm desses fatores, carecia-se de experincia aos soldados
ingleses.
A cavalaria, que estava descansada, dependia da manuteno das formaes para
no ser abatido por partes. Os cavalos, que tombavam, no possuam proteo como
seus cavaleiros, tornavam-se obstculos para a prpria cavalaria. Em complemento, a
relao infantaria e cavalaria eram de quatro para um. Esta relao facilitava a
resistncia dos infantes e frustravam as tentativas da cavalaria de forar a disparos fora
do alcance da infantaria inimiga.
No campo de batalha, durante o conflito, a fumaa dos mosquetes, barulho e
umidade do terreno dificultavam o avano. O combate individual era limitado, onde os
campos de centeio eram utilizados como cobertura para aproximao, os ngulos
mortos, provenientes das elevaes, para proteger e/ou descansar a tropa dos tiros
diretos e o rio como LAADA. Para expor as tropas oponentes utilizou-se um ataque
combinado de armas, onde a infantaria e cavalaria foravam o inimigo levantar para
artilharia atacar. Apesar disso, a Infantaria, desde desta poca, era considerada a nica
arma considerada elemento de combate, sendo a nica fora que ocupa o terreno. Fora
isso, a infantaria era m vista devido aos saques que realizavam para se auto-sustentar.
A liderana dos oficiais foi crucial para manter as formaes, sem esta liderana
exrcitos tornam-se multides guiadas pela emoo e no pela disciplina conforme um
exrcito treinado, homogneo e determinado.
Toda tropa possua sua bandeira que alm de servir como identificao para
reagrupar era considerada fonte de inspirao criando histrias de herosmo para defesa
e captura.
Com a escurido veio desordem causando fratricdio. Presos franceses que ao se
entregarem reagem e matam os ingleses ao baixar a guarda causou uma reao de no
fazer mais prisioneiros inclusive matando os feridos como medida de segurana.
O desespero dos franceses chegou s suas origens se amontoando como forma de
se sentir mais protegido, mas o que ocasionou pilhas de uns esmagando os outros.
Depois do desfecho da batalha, as tropas, principalmente as inglesas,
encontravam-se exaustas a ponto de estarem famintos e mesmo assim desmaiarem em
um sono profundo. Com isso, sabiamente utilizaram-se os prussianos, tropa mais
descansada, que foram utilizados para realizar o Aproveitamento do xito
perseguindo os franceses pelo campo de batalha.
Ao trmino da batalha comeava-se a racionalizar as aes tomadas durante a
batalha. As tropas inglesas preocupavam-se com a opinio pblica de seus compatriotas,
o qual foi bem aceito.
O que para alguns se tornou um alvio para outros era o incio de uma grande
espera. Os feridos que se encontravam em campo aberto, sem gua, sem sombra
deparavam com uma realidade de poucos mdicos e de demora da Evacuao Mdica,
que era realizada por msicos de regimento. Situao contraditria foi de alguns
combatentes ainda em campo ignoravam os feridos por que passavam, o que foi
considerado mais como uma defesa psicolgica do que desprezo pela via humana.

BATALHA DE SOMME:
A Batalha do Somme foi travada entre julho a novembro de 1916, sendo
considerada uma das maiores batalhas da Primeira Guerra Mundial. Tratou-se de uma
ofensiva anglo-francesa, com o objetivo de romper as linhas de defesa alems de frente
de 24 km.
Em verdade, a Ofensiva do Somme foi concebida para ser uma segunda frente de
batalha, cujo objetivo era desgastar as foras alems sobre Verdun, palco dos combates
mais violentos at ento. No entanto, a violncia dos combates no Somme fez com que
as perdas para ambos os lados ultrapassasse as perdas de Verdun. A infantaria dos
Aliados enfrentou um pesadelo de granadas, fogo de metralhadoras, arame farpado,
lama, devido os alemes encontrassem em posio de vantagem no terreno,
estrategicamente entrincheirados.
A formao do exrcito tornou-se um motivo de orgulho ingls, onde massas de
voluntrios, acima do esperado, apresentaram-se independentemente de classe ou
salrio. Em proveito disto, a organizao ttica foi sabiamente baseada em laos dos
voluntrios seja por trabalho, cidade ou familiar. Com isso, criaram-se unidades com
identidades prprias e nas quais os seus combatentes lutariam em prol no s do seu
pas, mas, principalmente, pelos seus companheiros. Este grande nmero de voluntrios
criou um problema logstico, onde se faltava uniforme e armamento. O adestramento se
resumia a marchas em trajes civis. A maioria dessas tropas s veio receber seus
uniformes e armamentos em campo de batalha. A falta de experincia do Estado Maior
e da tropa, sem estar adestrada, tornava as manobras mais simples em grandes
pesadelos. Ao contrrio das tropas inglesas, os franceses executavam fogo e movimento
com disciplina de fogos e uma base de fogos contnua.
Nos seis meses que antecederam o dia D iniciou-se o planejamento com as
principais preocupaes sendo: a criao de vias de transporte para facilitar o
resuprimento das tropas e um plano de fogos detalhados. Foram utilizados 2,96 milhes
de granadas que executaram sete dias contnuos de apoio de fogo. Dentro dos
armamentos de apoio de fogo utilizados estava o Morteiro de Trincheira utilizado pela
infantaria para bater os ngulos mortos que as trincheiras proporcionavam. Dentre as
tarefas da artilharia estava: apoiar o avano das tropas, fogos de contra bateria, abrir
brechas no arame farpado a frente da terra de ningum e destruir instalaes.
Analisando essas tarefas podemos concluir que mesmo com um grande nmero de
granadas no foi cumprida nenhuma delas em sua plenitude. O motivo foi que a grande
maioria das granadas empregadas eram de mdio calibre no tendo o efeito desejado
perante as trincheiras fortemente fortificadas. As principais vitrias do apoio de fogo
foram o fator psicolgico do barulho ensurdecedor dos morteiros e a utilizao de
granadas de gs de cloro, que foram eficientes, porm perderam o efeito a partir do
momento em que os alemes prontificaram um antdoto.
Com um bombardeio fraco nas execues de suas tarefas, e no no nmero de
granadas, a infantaria sofreu inmeras baixas, principalmente por a artilharia alem
estar intacta. A tropa ficou desorganizada, principalmente pela fumaa dos projetis, e
no conseguiu aproveitar a barragem o que agravou ainda mais as baixas sofridas. Outro
fator a ser considerado que aps a hora H perdia-se comunicao com as unidades
subordinadas que somado a uma rea com pouco comandamento e aonde as
informaes chegavam aps duas horas por mensageiros, quando sobreviviam, as tropas
ficariam por si s e tinham somente como opo seguir o planejado. Com isso, o escalo
superior no tinha a possibilidade de executar o controle das aes planejadas no
conseguindo retardar o avano, utilizar a reserva ou atrasar o apoio da artilharia.

Com esta conjuntura de desorganizao os mais prejudicados foram os feridos que


agonizaram todo o primeiro dia na terra de ningum. O processo evolutivo das armas
propiciou nesta batalha um nmero mais variado e de maior gravidade de ferimentos
que os conflitos anteriores, dificultando o trabalho mdico e induzindo um atendimento
cada vez prximo do combate. No processo de triagem os feridos eram divididos em
trs classes: os que podem voltar a combater, os graves que necessitariam de cirurgia e
os que seriam deixados a morrer devido serem graves demais. A princpio horrvel e
inadmissvel desistir de um combatente, porm encarando a realidade de uma batalha e
da gravidade torna-se aceitvel, ainda mais, sendo tratado conforme em Somme que
eram alimentados, limpos e confortados pelas enfermeiras.
A fora de lutar, de manter o combatente sob intensos fogos foi difcil de ser
analisado. Ainda mais, em uma poca em que os esplios da guerra, que era uma fonte
de riqueza rpida, no mais existiam juntamente com os resgates dos militares
prisioneiros. Ento, o que motiva esses homens? A liderana dos oficiais, a
autoconfiana e a credulidade. Esses eram os principais fatores, porm nada era to
romntico. A polcia de batalha, a qual vinha retaguarda, impedia que houvesse
desertores a batalha e ainda existiam aqueles que se auto infligia ferimentos para poder
ser retrado da fronte.
Esta carnificina denominada Batalha de Somme, que foi equiparada por muitos
como um campo de concentrao, mostrou-nos que existe um limite no do armamento
ou das tticas e sim do ser humano.
Nunca em toda a histria militar tantos pereceram por to pouco.
CONCLUSO:
Uma batalha sempre acaba em uma desintegrao moral e depois fsica de um dos
lados, onde o ponto em comum o ser humano que luta para cumprir o seu instinto de
auto-preservao, o seu estado de honra e alcanar determinado fim que leva outros
combatentes a estarem prontos a mat-los. Baseado nesses fatores o futuro da batalha,
numa realidade de grandes economias, eleitorado de massa e dos exrcitos de
conscritos, auxiliar ao combatente ter a maior probabilidade de sobreviver a um
combate. Nesses parmetros, ampliasse a importncia de uma equipagem com proteo
balstica, apoios blindado e conforto, o que aumentar a confiana da tropa
implementando uma motivao a mais na fora de lutar.

ASPECTOS NEGATIVOS:
Uso de expresses em francs/ingls sem traduo
Menes de vultos ingleses como conhecidos
Siglas sem significados

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