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ECONOMIA E GESTO INOVAO, TECNOLOGIA E PRODUTIVIDADE
1 INOVAO EM ANGOLA INTERNET 4G - 4 GRUPO
1. INTRODUO A rea de telecomunicaes tem sido objecto de profundas transformaes desde meados dos anos 70, quando o avano da microeletrnica j pronunciava a convergncia tecnolgica entre as reas de informtica e de telecomunicaes. Nos anos 80, comprovou-se que a evoluo no era apenas tecnolgica, mas tambm de mercados, ou seja, as indstrias de informtica e de telecomunicaes no apenas passavam a usar crescentemente os componentes da microeletrnica como, sobretudo, apresentavam servios e aplicaes conjuntas que viabilizaram o surgimento de mercados novos e muito dinmicos. Do ponto de vista tecnolgico, a inovao ou evoluo pode ser visualizada na utilizao de novos meios de transmisso e comutao - centrais digitais, satlites, fibras pticas, novo aproveitamento do espectro de radiofrequncias entre outros - e no desenvolvimento de novos servios para o usurio - fax, telefone mvel, PCS (personal comunications service), videoconferncia e uma ampla gama de aplicaes on-line e comrcio eletrnico, culminando com a recente exploso dos servios viabilizados pela Internet. O desenvolvimento das infraestruturas de telecomunicaes em Angola enfrentou vrios obstculos tendo em conta a guerra civil que durou mais de 20 anos, "mutilando" assim qualquer projecto de grande envergadura. Este revelou-se ser uma necessidade para o engrandecimento e a evoluo do nosso pas. O desenvolvimento da comunicao nos oferece muitas vantagens de mbito poltico-econmico, tecnolgico e no s. atravs dela que nos podemos inteirar da situao poltico-econmica mundial e no s, assim como facilitar negociaes de qualquer envergadura. Saindo de uma infraestrutura totalmente analgica, Angola tenta seguir a evoluo tecnolgica em relao ao exterior, modificando o seu sistema totalmente analgico para um sistema digital, aumentando a abrangncia do seu sinal para todo territrio nacional, disponibilizando vrios tipos de servios como telefonia, dados e vdeo, atravs de uma nica rede, etc. No presente trabalho apresentaremos de forma sucinta o sistema de telecomunicaes usado em Angola e as inovaes que sofreu numa caracterizao global dos actuais sistemas e tecnologias, e como tema central do trabalho nos debruaremos sobre o servio de internet 4G prestado pelas operadoras moveis de Angola sistema este que o um dos primeiros em frica
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2. FUNDAMENTAO TERICA O conceito de inovao bastante variado, dependendo, principalmente, da sua aplicao. De forma sucinta, a inovao a explorao com sucesso de novas ideias. E sucesso para as empresas, por exemplo, significa aumento de faturamento, acesso a novos mercados, aumento das margens de lucro, entre outros benefcios. Dentre as vrias possibilidades de inovar, aquelas que se referem a inovaes de produto ou de processo so conhecidas como inovaes tecnolgicas. Outros tipos de inovaes podem se relacionar a novos mercados, novos modelos de negcio, novos processos e mtodos organizacionais. Ou, at mesmo, novas fontes de suprimentos. As pessoas frequentemente confundem inovao e processos de inovao com melhoria contnua e processos relacionados a esse tema. Para que uma inovao seja caracterizada como tal, necessrio que seja causado um impacto significativo na estrutura de preos, na participao de mercado, na receita da empresa etc. As melhorias contnuas, normalmente, no so capazes de criar vantagens competitivas de mdio e longo prazo, mas de manter a competitividade dos produtos em termos de custo. 2.1. Abordagem Geral das Infraestruturas Telefnica
Uma rede telefnica constituda por aparelhos telefnicos, centrais de comutao, concentradores remotos e os meios fsicos de transmisso. As centrais de comutao que so as partes mais importantes da rede podem ser do tipo local ou de trnsito. Uma das principais funes das centrais de comutao local (abreviadamente centrais locais) que so colocadas em pontos estratgicos de uma cidade concentrar os aparelhos telefnicos. Outras funes so interligar, para chamadas direcionadas para a prpria central, os aparelhos telefnicos conectados na central e encaminhar as chamadas para outras centrais convenientes.
Elementos de uma rede telefnica local.
A funo principal da central de trnsito concentrar as centrais locais. Tem a funo tambm, de encaminhar chamadas para outras centrais de trnsito.
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Em certas localidades, pode haver um conjunto de telefones que esto razoavelmente afastados da central local, e so localidades que tm poucas potencialidades de crescimento futuro. Nestas localidades so utilizados os concentradores remotos (CR). O concentrador remoto ou central remota, em geral, no tem a funo de comutao; concentra os aparelhos telefnicos, e utilizando um meio de transmisso de alta velocidade comunica com a central local em que fica conectado e a comutao feita nessa central. Assim, pode-se dizer que um concentrador uma parte da central local ligada atravs de um cordo umbilical. O conjunto formado por central local, aparelhos telefnicos e linhas de assinantes, denominado de rede local de assinantes. Na rede telefnica mvel, os aparelhos telefnicos no possuem linhas fsicas de assinantes. Toda comunicao entre o aparelho e a central telefnica feita via rdio. A figura abaixo mostra os elementos de uma rede telefnica mvel. Uma regio, normalmente uma cidade, dividida em subreas (clulas) com formatos hexagonais e cada uma dessas subreas hexagonais possui uma antena que capta os sinais de rdio enviados por um aparelho telefnico mvel.
Esquema da telefonia mvel
Cada antena conectada a uma central de comutao de telefonia mvel - MTSO (Mobile Telephone Switching Office) atravs de cabos. A MTSO faz todo o gerenciamento das comunicaes, fazendo a comutao entre os assinantes de aparelhos mveis, ou no caso em que um aparelho fixo, envia ou recebe a chamada para a rede telefnica fixa. Existem outros tipos de comunicao como comunicao por satlite. Mas, a comunicao por satlite, pode-se considerar como uma parte do sistema de transmisso. A comunicao por satlite tradicional pode ser considerada como um sistema de rdio microondas com apenas um repetidor. As estaes terrenas se comunicam transmitindo sinais ao satlite e o satlite retransmite para as estaes.
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2.2. Cronologia da Evoluo das Telecomunicaes em Angola Podemos dividir a evoluo das telecomunicaes em Angola em dois perodos: o colonial e o ps-indepncia que por sua vez divide-se em trs perodos: 1 - Perodo colonial 1885 - Instalao dos primeiros 50 telefones, pois constatando-se os bons resultados conseguidos com os dois telefones modernos ento existentes, se encomendaram mais 50. 1902 - Entrada em vigor do "Regulamento dos Correios Ultramarinos", que tem por objecto a reforma e codificao de toda a legislao dispersa, dos correios e telgrafos coloniais centralizando num organismo os "Correios, Telgrafos e Telefones". Este regulamento se conservou em vigor at 29 de Novembro de 1916. 1913 - Criao da Escola de Correios e Telgrafos. 1927 - Primeiro Servio Rdio eltrico entre Luanda e Lisboa. 1940 - O Ministrio das Colnias, estabelecendo uma nova organizao para as comunicaes nas colnias, concedendo-lhes autonomia administrativa e atribuindo a Angola e Moambique o estatuto de "Direces de Servios" e de "Reparties Centrais" as restantes colnias. Este diploma legal contribuiu decisivamente para o desenvolvimento das comunicaes coloniais, o que constituiu um pilar decisivo, no domnio institucional, para o desenvolvimento registado nas comunicaes 1944 - Criao dos CTTU. 1951 - Inaugurao de circuitos telefnicos e telegrficos entre Luanda e Lisboa. 1952 - Estabelecimento dos circuitos radiotelegrficos nas rotas Luanda-Kinshasa, Luanda-Brazzaville e introduo do servio de telefotografias entre Luanda e Lisboa. 1963 - Estabelecimento de ligaes entre as principais cidades de Angola e entre elas e o exterior do territrio, atravs de Sistemas de Radiocomunicaes. 1974 - Entrada em servio da estao terrena para comunicaes via satlite da Cacuaco, equipada com 120 canais Telefnicos e 72 de Telex e ainda a possibilidade de Transmitir e Captar sinais de Televiso. 2 - Perodo Ps - Independncia 1975 - Criao da Secretaria de Estado das Comunicaes. 1976 - Adeso de Angola Unio Internacional de Telecomunicaes (UIT). 1976 - Criao da Empresa Pblica de Telecomunicaes (EPTEL). 1979 - Passagem da tutela das comunicaes para o Ministrio dos Transportes e Comunicaes (MINTEC). 1980 - Separao dos Correios das Telecomunicaes. 1985 - Aprovao da Lei das Telecomunicaes. 1989 - Implementao do Instituto Nacional de Telecomunicaes (ITEL). 1993 - Concretizao da deciso de fuso da ENATEL e EPTEL para criao da Empresa Angolana de Telecomunicaes (ANGOLA - TELECOM). 1995 - Adeso a RASCOM- Organizao Pan-Africana de Comunicaes por Satlite. 1997 - Criao do Ministrio dos Correios e Telecomunicaes. 1998 - Adeso ao Cabo Submarino em Fibra ptica SAT-3. 1998 - Foi constituda A UNITEL S.A. 1999 - Criao do INACOM. 2001 - UNITEL S.A. comea a operar em Angola 2003 - Movicel iniciou a actividade de prestao de servios de telecomunicaes mveis 2005 - servio de internet mvel 3G pela Movicel ECONOMIA E GESTO INOVAO, TECNOLOGIA E PRODUTIVIDADE
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2008 - servio de roaming pela Unitel 2012 - instalao do servio de dados 4G pela Movicel (Maio) Unitel (Dezembro)
2.3. O que e como funciona a 4G O sistema de telefonia e internet mvel vm evoluindo rapidamente, bom seria se sua aplicao tambm fosse to rpida quanto a evoluo, pois, em vrias regies do pas a 3 gerao ainda desconhecida. Com a nova tecnologia, assistir vdeos e programas de televiso no seu smartphone enquanto voc est caminhando pelas ruas no ser um problema, sem falar na possibilidade de fazer chamadas de vdeo em tempo real com seus amigos, sem ter os problemas de conexo constantes da internet mvel tradicional que temos. 4G a sigla que define a quarta gerao de telefonia mvel, sucessora da segunda e terceira gerao, ela funciona com a tecnologia LTE (Long Term Evolution) - que uma tecnologia de transmisso de dados baseada na tecnologia WCDMA e GSM, porm, j que atualmente a transmisso de dados bem mais comum que a transmisso de voz, a tecnologia 4G da prioridade a dados de internet, mas, claro, no descarta a ideia de que ainda podemos fazer ligaes por voz. Por ter como prioridade o trafego de dados, a rede seria com toda certeza mais rpida e estvel, inclusive, quando a LTE foi criada, nem ao menos existia possibilidade de trfego de voz, o que obrigaria as operadoras a adaptarem a mesma para isso. O grande trunfo est mesmo nos equipamentos utilizados pelas redes 4G, pois so eles os responsveis pela maior eficincia no empacotamento dos dados o que trar altas velocidades na transmisso como principal
4G a quarta gerao de telefonia mvel. A tecnologia permite conexes internet, atravs de dispositivos mveis, com velocidade at dez vezes superior s redes atuais. O 4G permitir melhor acesso a contedo multimdia como vdeos em alta definio, videoconferncias e msicas diretamente da internet. A tecnologia 4G opera em vrias frequncias no mundo. Alguns pases utilizam a de 2,5GHz, outros a de 1,8 GHz ou de 2,1 GHz e outros ainda a faixa de 700 MHz. Estados Unidos e Argentina, por exemplo, usam a faixa de 700 MHz. ECONOMIA E GESTO INOVAO, TECNOLOGIA E PRODUTIVIDADE
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Podemos concluir que a tecnologia 4G revolucionria, enquanto a internet est tomando conta do mundo, fazendo com que praticamente todas as pessoas estejam conectadas a um computador, os mobiles esto tentando acompanhar essa evoluo e crescer junto com ela, possibilitando um maior conforto a seus usurios sem precisar estar em casa. 2.4. Introduo da Rede 4G em Angola O comeo do 4G em Angola resulta de uma parceria entre a operadora Movicel e a ZTE companhia chinesa. Tendo em conta a expanso da economia de Angola, as telecomunicaes so um sector estratgico por isso a Movicel apostou na nova tecnologia que pode proporcionar servios de banda larga mvel de melhor qualidade. A empresa chinesa ZTE fornece todo o equipamento, incluindo os telemveis, alm de desempenhar um papel crucial na actualizao de todo o sistema da Movicel. A princpio, a rede 4G abrangiu a regio produtora de petrleo de Cabinda, bem como outras 15 de maior densidade populacional, incluindo Luanda e numa segunda fase vai ser alargada a mais 30 cidades. A Movicel investiu cerca de 100 milhes de dlares na actualizao da actual rede mvel para a 4G. Por sua vez a Unitel, operadora mvel lder em Angola, introduzir a rede 4G (4 Gerao Mvel) em Angola, permitindo o acesso internet mvel com velocidades de download at 150 Mbps. Para a edificao da rede 4G, a Unitel tem vindo a realizar investimentos na construo de infra-estruturas, na expanso da rede de fibra ptica, bem como na formao de quadros angolanos, prevendo-se mais investimentos durante os prximos anos que iro ascender, no total, aos 800 milhes USD. A cobertura de rede 4G da Unitel centra-se na capital, em Luanda, estando planeada a expanso progressiva s restantes provncias de Angola. A Movicel e a Unitel foram uma das primeiras operadoras a lanar comercialmente a rede 4G em frica, reforando assim o seu posicionamento de vanguarda e inovao escala continental.
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3. CONCLUSO A evoluo de analgicas para centrais totalmente digitais trouxe centrais angolanas, flexibilidade, confiabilidade, diminuio de tamanho, economia no consumo de potncia e facilidade na incorporao de novos servios. de se salientar que a rede telefnica no teria a evoluo que se observa hoje se no houvesse o progresso na tecnologia do meio de transmisso. O 4G ou o LTE uma tecnologia mvel de transmisso de dados que foi criada com base no GSM e WCDMA. A diferena que, dessa vez, a tecnologia prioriza o trfego de dados em vez do trfego de voz, como acontecia em geraes anteriores. Isso proporciona uma rede de dados mais rpida e estvel O LTE j se encontra em operao em 32 pases da Europa, sia, Oceania e Amricas. A primeira rede LTE no mundo foi lanada em dezembro de 2009 na Sucia pela operadora Telia Sonera. Hoje, no mundo, as redes LTE esto mais abrangentes, mas ainda assim no algo to comum. O 4G ainda continua sendo um servio caro e para poucos, j que, mesmo os primeiros pases a implementar, a rede 4G no possuem cobertura a nvel nacional. J que a era que se vive da informao, investimento e do desenvolvimento do pas, e pelo nmero massivo de empresas ou filiais de empresas principalmente estrangeiras o 4G entrou em Angola para revolucionar e dar suporte a empresas e particulares pelo volume de informao que este sistema ou servio permite trocar em tempo til.
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