Abs 2
Abs 2
Abs 2
TRAVAGEM
ANTIBLOQUEIO
SISTEMAS DE
TRAVAGEM
ANTIBLOQUEIO
Coleco
Formao Modular Automvel
COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
Sistemas de Travagem Antibloqueio
Referncias
Coleco Formao Modular Automvel
Ttulo do Mdulo Sistemas de Travagem Antibloqueio
Coordenao Tcnico-Pedaggica CEPRA Centro de Formao Profissional
da Reparao Automvel
Departamento Tcnico Pedaggico
Direco Editorial CEPRA Direco
Autor CEPRA Desenvolvimento Curricular
Maquetagem CEPRA Ncleo de Apoio Grfico
Propriedade Instituto de Emprego e Formao Profissional
Av. J os Malhoa, 11 - 1000 Lisboa
1 Edio Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000
Depsito Legal 148212/00
Produo apoiada pelo Programa Operacional Formao Profissional e Emprego, cofinanciado pelo
Estado Portugus, e pela Unio Europeia, atravs do FSE
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Copyright, 2000
Todos os direitos reservados
IEFP
Sistemas de Travagem Antibloqueio
ndice
NDICE
DOCUMENTOS DE ENTRADA
OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS.................................................... E.1
PR-REQUISITOS........................................................................................ E.2
CORPO DO MDULO
0 INTRODUO.........................................................................................0.1
1 - O QUE O ABS? 1.1
1.1 - VANTAGENS DO SISTEMA ABS ................................................................1.1
1.2 - FUNDAMENTOS DO ABS 1.2
2 - SISTEMA BOSCH 2.1
2.1 - COMPONENTES..........................................................................................2.1
2.2 - FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES 2.2
2.3 - DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA BOSCH....................2.7
2.4 - ESQUEMA ELCTRICO DE UM SISTEMA ABS BOSCH.........................2.11
3 - SISTEMA BENDIX....................................................................................3.1
3.1 - COMPONENTES..........................................................................................3.1
3.2 - FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES ................................................3.1
3.3 - DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA BENDIX....................3.6
3.4 - ESQUEMA ELCTRICO DE UM VECULO EQUIPADO COM UM
SISTEMA ABS BENDIX 3.14
4 - SISTEMA TEVES .....................................................................................4.1
4.1 - COMPONENTES DO SISTEMA TEVES......................................................4.2
4.2 - DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA TEVES .....................4.6
4.3 - ESQUEMA ELCTRICO DE UM VECULO EQUIPADO COM UM
SISTEMA ABS TEVES 4.10
5 - TCNICAS DE REPARAO DE VECULOS EQUIPADOS COM
ABS 5.1
5.1 - ALGUMAS INDICAES PRTICAS A TER EM CONTA NA REPA-
RAO DE VECULOS EQUIPADOS COM ABS 5.2
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................ C.1
Sistemas de Travagem Antibloqueio
ndice
DOCUMENTOS DE SADA
PS -TESTE ................................................................................................... S.1
CORRIGENDA E TABELA DO PS -TESTE ................................................ S.9
ANEXOS
EXERCCIOS PRTICOS............................................................................... A.1
GUIA DE AVALIAO DOS EXERCCIOS PRTICOS................................ A.2
Sistemas de Travagem Antibloqueio E.1
Objectivos Gerais e Especficos
OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS
No final deste mdulo, o formando dever ser capaz de:
OBJECTIVO GERAL
OBJECTIVOS ESPECFICOS
Explicar a influncia dos sistemas ABS no comportamento do automvel,
descrever o funcionamento dos diversos sistemas de travagem antiblo-
queio geridos electronicamente e identificar os seus componentes. Dever
ainda ser capaz de fazer o diagnstico de avarias em sistemas de trava-
gem ABS.
1. Descrever o princpio de funcionamento dos seguintes sistemas de trava-
gem:
1.1 Bosch
1.2 Teves
1.3 Bendix
2. Identificar os componentes dos diversos sistemas antibloqueio geridos
electronicamente.
3. Identificar as possveis anomalias que possam surgir dos diversos siste-
mas antibloqueio.
4. Reparar avarias segundo tcnicas bem definidas.
Pr-Requisitos
Sistemas de Travagem Antibloqueio E.2
COLECO FORMAO MODULAR AUTOMVEL
Ci r c. I nt eg r ad o s,
M i cr o co nt r o l ad o r
es e
M i cr o p r o cessad o
r es
Red e d e A r
Co mp . e
M anut eno d e
Fer r ament as
Pneumt i cas
Si st emas
El ect r ni co s
Di esel
Car act er st i cas e
Funci o nament o
d o s M o t o r es
Fo cag em d e
Far i s
Lmp ad as, Far i s
e Far o l i ns
Si st emas d e
A r r ef eci ment o
So b r eal i ment ao
Red e El ct r i ca e
M anut eno d e
Fer r ament as
El ct r i cas
Si st emas d e
I nf o r mao
Si st emas d e
Seg ur ana
Passi va
Si st emas d e
Di r eco
M ecni ca e
A ssi st i d a
Si st emas d e
Tr ansmi sso
Si st emas d e
Co nf o r t o e
Seg ur ana
Emb r ai ag em e
Cai xas d e
V el o ci d ad es
Si st emas d e
I nj eco M ecni ca
Di ag n st i co e
Rep ar ao em
Si st emas
M ecni co s
Di ag n st i co e
Rep . d e A var i as
no Si st ema d e
Susp enso
Uni d ad es
El ect r ni cas d e
Co mand o ,
Senso r es e
A ct uad o r es
No es B si cas
d e So l d ad ur a
M et r o l o g i a
r g o s d a
Susp enso e seu
Funci o nament o
Geo met r i a d e
Di r eco
OUTROS MDULOS A ESTUDAR
A nl i se d e Gases
d e Escap e e
Op aci d ad e
Pr o cesso s d e
Fur ao ,
M and r i l ag em e
Ro scag em
Gases
Car b ur ant es e
Co mb ust o
No es d e
M ecni ca
A ut o m vel p ar a
GPL
Co nst i t ui o e
Funci o nament o d o
Eq ui p ament o Co n-
ver so r p ar a GPL
Leg i sl ao
Esp ec f i ca so b r e
GPL
Di ag n st i co e
Rep ar ao em
Si st emas co m
Gest o
El ect r ni ca
Di ag n si co e
Rep ar ao em
Si st emas
El ct r i co s
Co nvenci o nai s
Ro d as e Pneus
Fer r ament as
M anuai s
Ter mo d i nmi ca
M anut eno
Pr o g r amad a
Pr o cesso s d e
Tr aag em e
Punci o nament o
Pr o cesso s d e
Co r t e e Desb ast e
Emi ss es
Po l uent es e
Di sp o si t i vo s d e
Co nt r o l o d e
Emi ss es
Si st emas d e
Seg ur ana A ct i va
Si st emas d e
Tr avag em
A nt i b l o q uei o
Si st emas d e
I nj eco
El ect r ni ca
V ent i l ao
Fo r ad a e A r
Co nd i ci o nad o
Si st emas d e
Tr avag em
Hi d r ul i co s
M ag net i smo e
El ect r o mag net i sm
o - M o t o r es e
Ger ad o r es
Si st emas d e
Car g a e A r r anq ue
Co nst r uo d a
I nst al ao
El ct r i ca
Lub r i f i cao d e
M o t o r es e
Tr ansmi sso
A l i ment ao
Di esel
Si st emas d e
A l i ment ao p o r
Car b ur ad o r
Lei t ur a e
I nt er p r et ao d e
Esq uemas
El ct r i co s A ut o
Di st r i b ui o
Co mp o nent es d o
Si st ema El ct r i co
e sua Si mb o l o g i a
El ect r i ci d ad e
B si ca
Si st emas d e
A vi so A cst i co s e
Lumi no so s
Si st emas d e
I g ni o
Si st emas d e
Co muni cao
Tecno l o g i a d o s
Semi - Co nd ut o r es -
Co mp o nent es
Cl cul o s e Cur vas
Car act er st i cas
d o M o t o r
Si st emas d e
A d mi sso e d e
Escap e
Ti p o s d e B at er i as
e sua M anut eno
Or g ani zao
Of i ci nal
LEGENDA
Mdulo em
est udo
Pr -Requisit o
I nt r o d uo ao
A ut o m vel
Desenho Tcni co
M at emt i ca
( cl cul o )
F si ca, Qu mi ca e
M at er i ai s
PR-REQUISITOS
Sistemas de Travagem Antibloqueio 0.1
Introduo
0 - INTRODUO
Desde o aparecimento do automvel que os seus fabricantes se empenham em melhorar
todas as suas caractersticas. A potncia, velocidade, conforto, segurana em travagem e
robustez, so desde essa altura, temas muito estudados. Como resultado desses estudos
aparecem veculos cada vez mais sofisticados e com melhores comportamentos.
A preocupao em criar um sistema de travagem mais eficiente no um tema recente.
Desde finais da dcada de 1920 que cientistas inventaram vrios dispositivos para evitar o
bloqueio das rodas. A primeira aplicao de um sistema antibloqueio foi num avio da
Boeing em 1948. Desde essa altura que outras companhias de aviao seguiram o exem-
plo da sua concorrente e aplicaram sistemas idnticos, com o objectivo de aterrarem os
seus avies em melhores condies de segurana e estabilidade.
S no final dos anos 50 que a aplicao do ABS, no ramo automvel se iniciou. Nessa
altura os veculos comearam a andar em melhores estradas e atingir cada vez maiores
velocidades, logo exigiam melhores sistemas de travagem. Os primeiros sistemas antiblo-
queio eram mecnicos, tendo depois evoludo para a electrnica (a partir da dcada de
60), embora o seu princpio de funcionamento se mantivesse.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 1.1
O que o ABS?
1 - O QUE O ABS
Todo o condutor j teve a experincia assustadora de sentir as rodas bloqueadas e o seu
carro resvalar incontroladamente. As derrapagens acontecem porque o comportamento do
carro se altera rapidamente quando as rodas bloqueiam. Assim que estas ficam presas,
perdem a aderncia estrada, comeam a escorregar em vez de rodar e o condutor deixa
de poder controlar a direco do carro. Nesta situao, por mais voltas que se d ao volan-
te o carro vai sempre a direito acabando por bater no obstculo.
Para evitar esta situao, devia-se fazer uma tra-
vagem cadenciada, isto , carregar no pedal do
travo, em rpidos golpes seguidos, para se ter
a certeza de que as rodas no cheguem a blo-
quear.
Numa situao de emergncia o condutor no
tem esta atitude. A reaco mais natural a de
travar com toda a fora sem aliviar o pedal do
travo quando as rodas ficam presas.
Fig. 1.1- Travagem de emergncia
Para evitar que as rodas fiquem presas durante uma travagem, foi criado o ABS (anti bloc-
king system), o sistema antiblocagem de rodas. O ABS vai ento controlar toda a trava-
gem. Ao detectar que as rodas vo bloquear, automaticamente provoca uma sequncia
rpida de alvio e aperto dos traves. Deste modo o condutor j pode controlar melhor o
carro utilizando a direco para se desviar do obstculo e travar ao mesmo tempo, (ver
Fig. 1.1).
O objectivo do ABS no mais do que dar uma maior segurana ao condutor durante uma
travagem de emergncia.
1.1 - VANTAGENS DO SISTEMA ABS
Estabilidade em movimento - O veculo no derrapa durante uma travagem
brusca.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 1.2
O que o ABS?
Facilidade de manobra - Pode-se controlar o veculo com a direco quando
se trava fortemente numa curva. Mesmo que o condutor fixe energicamente o
p sobre o pedal do travo, o ABS impede o bloquear das rodas. Assim, o con-
dutor poder evitar o acidente porque a direco ir responder s mudanas
efectuadas no volante.
Travagem menos agressiva para os pneus - Numa travagem em que a roda
bloqueia, o pneu sofre um grande desgaste s na zona de arrasto, podendo-o
danificar definitivamente. ( Fig. 1.2)
Fig. 1.2 Pneu degradado devido ao
bloqueio em travagem
Com o sistema ABS, como as rodas no chegam a bloquear, o pneu sofre um desgaste
por igual ao longo da sua superfcie.
1.2 - FUNDAMENTO DO ABS
Durante a travagem, as rodas diminuem mais rapidamente a sua velocidade do que a velo-
cidade do veculo. Entende-se por deslizamento de uma roda a diferena entre a velo-
cidade da roda e a velocidade do veculo. Sob forma de percentagem o deslizamento
dado por:
100
carro do Velocidade
roda da Velocidade - carro do Velocidade
to deslizamen de e Coeficient =
Sistemas de Travegem Antibloqueio 1.3
O que o ABS?
Assim temos:
Aps realizadas muitas experincias, verificou-se que durante a travagem, o atrito entre a
roda e o piso vai aumentando gradualmente at valores de deslizamento das rodas de
20% a 30%. Para valores de deslizamento superiores a 30% o atrito entre o piso e os
pneumticos tem uma evoluo decrescente atingindo o mnimo na blocagem.
Graf. 1.1 - Variao da fora de travagem com a estabilidade direccional
Curva A Indica a fora de travagem
Curva B Indica a estabilidade e maneabilidade direccional
Deste grfico obtm-se duas concluses muito importantes:
A funo do sistema antiblocagem das rodas ento de garantir que numa travagem o
coeficiente de deslizamento das rodas rondem os 25% a 35%.
Veculo em movimento e roda livre Coef. de deslizamento 0%
Veculo em movimento e roda bloqueada Coef. de deslizamento 100%
Com as rodas bloqueadas o veculo necessita de mais espao para parar
bem como perde estabilidade direccional
Numa travagem, as rodas do veculo tm maior aderncia para coeficien-
tes de deslizamento entre os 25% a 35% .
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.1
O que o ABS?
2 SISTEMA BOSCH
2.1 COMPONENTES
Os principais componentes do sistema so:
A Unidade Central de Comando Electrnica o componente que controla todo o proces-
so de funcionamento do ABS. Tem influncia directa sobre a unidade central de comando
electrohidrulica (UCCEH).
A Unidade Central de Comando Electrohidrulica tem como funo variar a presso de
travagem nas pinas dos traves atravs de duas electrovlvulas em cada roda.
Os quatro sensores registam a velocidade (angular) de rotao das rodas, sob forma de
sinais electromagnticos enviando-os para a UCCE.
Os restantes elementos que compem o sistema so:
Fig. 2.1. Interruptor no pedal do travo para
indicao de travagem - A
Unidade Central de Comando Electrnica - (UCCE)
Unidade Central de Comando Electrohidrulica - (UCCEH)
Quatro sensores de velocidade (um por cada roda)
Quatro rodas dentadas (uma por cada roda)
Tubagem do sistema hidrulico
Cablagem elctrica
Interruptor no pedal do travo para indicao de travagem (Fig. 2.1)
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.2
O que o ABS?
Esta luz fornece informaes sobre as avarias do sistema, atravs de uma srie codifica-
da de lampejos. Isto acontece para que num centro de diagnstico se identifique algum
mau funcionamento do ABS. Esta informao memorizada na memria da unidade cen-
tral de comando electrnica.
2.2 - FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES
GRUPO ELECTROHIDRULICO DE COMANDO
O grupo electrohidrulico de comando composto por dois componentes:
Fig. 2.2 Grupo electrohidrulico de comando
A UCCE est ligada cablagem do sistema por meio de uma juno de terminais (Ver
Fig.2.3 pormenor B). Com a indicao dos sinais vindos dos sensores e com a ajuda de
programas instalados nas suas memrias, a UCCE controla o funcionamento da UCCEH.
Esta est ligada bomba dos traves e aos cilindros das pinas de travo atravs da tuba-
gem do sistema de travagem.
Fig. 2.3 Unidade Central de Comando Electrohidrulico -UCCEH
Luz avisadora de avaria situada no quadro de instrumentos
Unidade Central de Comando Electrnico (UCCE)
Unidade Central de Comando Electrohidrulico (UCCEH)
A Grupo electrohidrulico de comando
B Terminal electrnico
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.3
O que o ABS?
UCCE Unidade Central de Comando Electrnico
Esta unidade constituda por circuitos com resistncias, dodos, transstores e circuitos
integrados.
O corao deste aparelho constitudo por dois microprocessadores (CMOS), os quais
executam individualmente o mesmo programa. A eles chegam os mesmos sinais dos sen-
sores das rodas e quando os resultados obtidos so idnticos que a UCCE atribui uma
ordem UCCEH.
Se os resultados so diferentes (existindo uma avaria em algum componente), o sistema
automaticamente coloca-se fora de servio. Se esta situao ocorrer, a travagem feita de
modo convencional ou seja, com o sistema mecnico servo-assistido. Ao mesmo tempo
acende-se a luz avisadora de avaria no painel de instrumentos do veculo.
Fig. 2.4 Unidade Central de Comando Electrnico - UCCE
Os dados da avaria so gravados na memria dos microprocessadores. Assim, num local
de assistncia tcnica e com a ligao de aparelhos de diagnstico pode-se identificar
quais as avarias do sistema e proceder sua reparao.
Analisando o funcionamento da UCCE de uma forma mais detalhada temos:
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.4
O que o ABS?
Os sensores de rotao (A), provocados pelo movimento das rodas geram uma tenso
alternada que enviada a um circuito de entrada (1).
A este componente esto atribudas trs funes:
Os microprocessadores calculam a velocidade, a acelerao/desacelerao das rodas do
veculo.
Para que este processo se realize, os sinais de onda quadrada provenientes do circuito de
entrada so transformados em valores numricos.
Quando as rodas tendem a bloquear, os valores obtidos pelos microprocessadores coman-
das os reguladores de corrente das rodas dianteiras (4) e os das rodas posteriores (5).
Estes reguladores geram sinais de comando que so enviados aos estdios finais (6) e (7)
os quais fecham massa os circuitos das electrovlvulas VL VR (anteriores) e HL HR
posteriores situadas na UCCEH.
Fig. 2.5 Funcionamento da UCCE
Filtragem dos sinais;
Amplificar a forma sinusoidal dos sinais e transforma-la sob forma de
onda quadrada;
Enviar os sinais de onda quadrada para os microprocessadores (2) e (3).
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.5
O que o ABS?
O sinal do interruptor de comando das luzes de stop (C) recebido pelo mdulo (8). Este
tem como funes:
Ao mdulo (9) so atribudas as seguintes funes:
Finalmente, a ficha de diagnstico (10), permite a ligao de um aparelho de diagnstico.
MTODO DE FUNCIONAMENTO DA UNIDADE CENTRAL DE COMANDO
ELECTRNICO
Os sinais vindos dos sensores de velocidade so enviados unidade central de comando
electrnico. Atravs da frequncia de chegada destes sinais, calculada a velocidade,
acelerao ou desacelerao de cada uma das rodas.
Das leituras das velocidades individuais de cada roda, calculada a velocidade do veculo
em cada instante.
Numa situao de travagem, as rodas podem desacelerar de modo diferente. Tendo em
conta cada velocidade individual e a velocidade do veculo calculado o deslizamento de
cada roda.
UCCEH
Esta unidade pilotada pela UCCE.
Verificar a ligao elctrica do interruptor de comando das luzes stop;
Controlar a tenso de alimentao do motor da bomba de recuperao (D);
Enviar as informaes ao mdulo (9).
Fechar massa os circuitos dos rels de comando das electrovlvulas (E);
Comando da bomba de recuperao (F);
Estabilizar a tenso da bateria (G);
Gerir o funcionamento da luz avisadora de avaria.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.6
O que o ABS?
Fig. 2.6 Unidade Central de Comando
Electrohidrulico -UCCEH
Atravs das instrues dadas pela UCCE, as electrovlvulas deste componente permitem
diminuir, manter ou restituir s pinas dos traves, a presso imposta pelo condutor no
pedal de travo.
O objectivo destas instrues manter durante a travagem o deslizamento, acelerao ou
desacelerao nos valores ptimos.
Seguidamente apresenta-se a ttulo de exemplo uma verso do sistema Bosch aplicado
num veculo :
1. Depsito do lquido dos traves; 2. Bomba principal do circuito dos traves das quatro rodas; 3.
Servo-freio; 4. Grupo de comando electrohidrulico; 5. Sensor de velocidade das rodas dianteiras;
6. Traves dianteiros; 7. Luz avisadora de avaria do ABS; 8. Interruptor de comando das luzes
stop; 9. Sensor de velocidade das rodas traseiras; 10. Regulador de travagem da roda traseira
direita; 11. Regulador de travagem da roda traseira esquerda; 12. Traves traseiros de tambor
Fig. 2.7 Esquema do sistema Bosch aplicado num veculo
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.7
O que o ABS?
SENSORES DE ROTAO DAS RODAS
A funo dos sensores de velocidade de rotao das rodas medir trs grandezas funda-
mentais para o funcionamento correcto do sistema ABS:
Como foi referido anteriormente, estas grandezas so transmitidas pelos sensores
UCCE. Esta analisa-os e de acordo com o resultado envia instrues UCCEH.
Fig. 2.8 Sensor de rotao das rodas
Graf. 2.1 - Sinais transmitidos pelos sensores de velocidade (Grfico funo
Velocidade /Tempo)
Velocidade da roda
Acelerao da roda
Desacelerao da roda
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.8
O que o ABS?
Fig. 2.9 - Posicionamento dos sensores de velocidade nas rodas traseiras (A) e dianteiras (B)
LUZ AVISADORA DE AVARIA ABS
A luz avisadora de avaria encontra-se no painel de instrumentos.
Quando se coloca a chave de ignio na posio de marcha, a luz acende-
-se durante cerca de dois segundos. Passado este intervalo de tempo, e se o sistema de
controlo no detectar nenhuma avaria, a luz apaga-se. Se a luz permanecer acesa, ento
sinal que existe uma avaria. Caso isso acontea, o sistema ABS autoexclui-se, ficando o
veculo capacitado com o sistema de travagem mecnico tradicional.
Quando o veculo inicia a marcha, por volta dos 3 km/h inicia-se um teste de funcionamen-
to do sistema ABS. Se todos os elementos do sistema estiverem em perfeitas condies, a
luz avisadora permanece apagada. Caso contrrio acende-se.
2.3 - DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA
BOSCH
FASE DE AUMENTO DE PRESSO
Quando o condutor carrega no pedal do travo, a presso produzida pela bomba do travo
actua nas pinas dos traves.
medida que a fora de travagem aumenta, produz um aumento da desacelerao da
roda ou seja, aumenta o deslizamento da roda.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.9
O que o ABS?
1. Grupo de presso; 2. UCCEH; 3. Roda dentada; 4. Sensor de rotao; 5. Bomba de Recupe-
rao; 6. Motor elctrico; 7. UCCE; 8. Acumulador
Fig. 2.10 Fase de aumento de presso
Ao mesmo tempo, o sensor de velocidade de rotao da roda envia para a UCCE os sinais
electromagnticos. A UCCE analisa esses sinais e calcula o coeficiente de deslizamento.
Se o coeficiente de deslizamento estiver dentro dos valores ptimos (entre os
20% a 30%), a UCCE no d nenhuma instruo UCCEH.
Se o coeficiente de deslizamento estiver fora dos valores ptimos (superior a
30%) ver fase seguinte.
FASE DE DIMINUIO DA PRESSO
Se a UCCE, ao calcular o coeficiente de deslizamento, verificar que est fora dos valores
ptimos (superior a 30%), ou seja, confirmar que a roda est com tendncia a bloquear, d
instrues UCCEH atravs de sinais elctricos para reduzir a presso nas pinas do tra-
vo.
A UCCEH, ao receber os sinais elctricos da UCCE, activa as electrovlvulas de forma a
aliviar a presso do leo na pina do travo.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.10
O que o ABS?
Fig. 2.11 Fase de diminuio de presso
Ao mesmo tempo a UCCE liga a bomba de recuperao para parte do leo ser retirado da
pina do travo. Este leo enviado novamente para o circuito principal fazendo com que
o condutor sinta uma trepidao no pedal dos traves (Ver Fig.2.10). Esta situao nor-
mal.
Em certas verses deste sistema ABS, existem reservatrios de leo no circuito principal
com a funo de diminuir essas trepidaes.
FASE DE MANUTENO DA PRESSO
Logo que os valores de deslizamento voltem aos valores ptimos, a UCCE d instrues
UCCEH, atravs de sinais elctricos, para manter a presso do leo na pina do travo.
A UCCEH liga as electrollvulas de modo a que a presso na pina do travo se mante-
nha. Nesta fase, por mais que o condutor carregue no pedal do travo, a presso do leo
na pina sempre a mesma (Fig. 2.11).
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.11
O que o ABS?
Fig. 2.12 Fase de manuteno da presso
Se a roda (de acordo com as condies do piso) aumentar a velocidade, a UCCE d ins-
trues UCCEH para permitir o aumento da presso na pina do travo.
Se a roda diminuir de velocidade de modo a que o valor do coeficiente de deslizamento
esteja fora da gama de valores ptimos, a UCCE d instrues para se passar fase de
diminuio da presso.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 2.12
O que o ABS?
2.4 - ESQUEMA ELCTRICO DE UM SISTEMA ABS BOSCH
O quadro seguinte representa um esquema elctrico de um sistema ABS BOSCH aplicado
no veculo Fiat Punto:
1. UCCE
2. Sensor n de rotaes posterior esquerdo
3. Sensor n de rotaes anterior esquerdo
4. Sensor n de rotaes anterior direito
5. Sensor n de rotaes posterior direito
6. Fusvel de proteco 10A
7. Fusvel de proteco 60A
8. Fusvel de proteco 40A
9. Bateria
10. Comutador de ignio
11. Ficha de diagnstico
12. Interruptor luzes de stop
13. Luz avisadora ABS
14. Unidade de derivao
15. Fusvel 125A
Fig. 2.13 Esquema elctrico de um sistema ABS BOSCH
Fig. 2.13 - Esquema elctrico de um sistema ABS BOSCH
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.1
Sistema Bendix
3 - SISTEMA BENDIX
O objectivo deste sistema ABS exactamente o mesmo dos outros sistemas antibloqueio.
Numa travagem, atravs da variao da presso do leo nas pinas dos traves, conse-
gue que as rodas tenham valores de deslizamento entre os 20% e 30%.
3.1 COMPONENTES
O sistema Bendix constitudo pelos seguintes elementos:
3.2 FUNCIONAMENTO DOS COMPONENTES
GRUPO DE PRESSO DE TRAVAGEM
Este grupo constitudo pelos seguintes componentes (Ver Fig. 3.1):
1. Um reservatrio
2. Dois distribuidores
3. Seis electrovlvulas
Fig. 3.1- Grupo de presso de travagem
Funo:
Regular a presso do leo dos traves nas bombas das rodas, agindo como componente
de travagem e de antibloqueio.
Grupo de presso de travagem
Grupo electrobomba
Grupo electrnico de comando
Dois indicadores de controlo no quadro de instrumentos
Uma ficha de diagnstico
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.2
Sistema Bendix
GRUPO ELECTROBOMBA
Este grupo constituido pelos seguintes componentes:
2. Um motor elctrico
3. Uma bomba hidrulica
8. Trs pressostatos
9. Um acumulador de presso
Fig. 3.2 Grupo electrobomba
Para alm destes componentes, o grupo electrobomba composto por:
1. Bocal de alimentao
4. Vlvula de descarga
5. Parafuso de descarga
6. Vlvula de no retorno
7. Bocal de sada de alta presso
Funo:
Fornecer a presso hidrulica ao sistema de travagem.
Funcionamento:
Logo que o motor (2) entre em funcionamento, o lquido dos traves atravessa a vlvula de
no retorno (6) e enviado ao mesmo tempo para os pressostatos (8), acumulador (9) e
para o bocal de sada de alta presso (7).
Os pressostatos tm a seguinte funo:
Ao ligar a ignio do veculo, se a presso do leo estiver abaixo dos 90 bar, o primeiro
pressostato activa a bomba, e no painel dos instrumentos provoca a iluminao dos indica-
dores dos traves e ABS. Ultrapassados os 90 bar, a iluminao desliga-se.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.3
Sistema Bendix
Atingindo a presso de 180 bar, o leo faz com que o terceiro pressostato desligue a bom-
ba de assistncia.
Numa travagem, a presso do leo no acumulador decresce. Quando atinge valores infe-
riores a 160 bar de presso, o segundo pressostato liga a bomba de assistncia para
enviar leo atravs do bocal de alimentao para o acumulador.
O acumulador tem a seguinte funo:
O acumulador est dividido em dois compartimentos diferentes, divididos por uma mem-
brana deformvel (Fig.3.3). Na parte superior encontra-se um gs (Azoto). A parte inferior
tem ligao bomba hidrulica e tem como funo receber o leo dos traves.
Fig. 3.3 - Acumulador
Este componente tem a funo de armazenar o leo que enviado pela bomba a alta
presso. Esta presso varia entre 160 bar e 180 bar e controlada pelos dois pressosta-
tos.
Quando os traves so solicitados, parte do leo do acumulador utilizado para aumentar
a presso nas pinas dos traves.
GRUPO ELECTRNICO DE COMANDO
Este grupo constitudo pelos seguintes componentes:
Um Calculador electrnico ou Unidade central de comando
electrnico (Fig. 3.4)
Fig. 3.4 - Unidade central de
comando electrnica
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.4
Sistema Bendix
Quatro sensores de velocidade de rotao (um por cada roda)
Fig. 3.5 - Sensor de velocidade de rota-
o (1) e Ficha elctrica (2)
Quatro rodas dentadas (uma por cada roda)
Fig. 3.6 Roda dentada
Funo: Controlar todo o sistema de travagem antibloqueio.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.5
Sistema Bendix
O CALCULADOR ELECTRNICO
O calculador constitudo por um microprocessador principal que assegura os clculos
e controla os comandos do sistema.
Um segundo microprocessador de menor performance, prossegue uma lgica independen-
te. A sua funo verificar a coexistncia dos sinais recebidos e emitidos pelo micropro-
cessador principal.
FUNCIONAMENTO DO CALCULADOR
Aps a ligao do veculo corrente, o calculador desencadeia uma sequncia de auto-
controle efectuado em duas fases:
1 fase: (durao 0,5s)
2 fase: (durao 0,5s)
O calculador comanda:
Teste de continuidade com desactivao do transistor e verificao do poten-
cial em alta:
Estes testes so repetidos trs vezes. Durante o tempo que decorrem (3s), a lmpada
de testemunho de ABS mantm-se acesa. Se no existirem defeitos, ela apaga-se.
Seguidamente, apresenta-se um esquema do calculador:
Tenso de alimentao;
A lmpada de testemunho (teste em curto circuito);
Os fusveis de alimentao do circuito.
Os rels de segurana das electrovlvulas;
As electrovlvulas;
Teste de curto circuito com a activao dos transistors de comando e
verifica o potencial em baixa;
O circuito elctrico.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.6
Sistema Bendix
1. Microprocessador principal; 2. Sensores de rotao; 3. Microprocessador secundrio; 4.
Captador de polarizao; 5. Recertor; 6. Comando de rels; 7. Comando de electrovlvulas;
8. Rels de segurana; 9. Electrovlvulas (6); 10. Luz testemunho do ABS; 11. Ficha diag-
nstico
Fig. 3.7 Esquema da Unidade Central de Comando Electrnico (ou Calculador)
3.3 DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA BEN-
DIX
PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO
Logo que o condutor carrega no p do travo, os distribuidores hidrulicos fazem com que
o leo sob presso contido no acumulador alimente as pinas dos traves. A travagem
feita em dois circuitos cruzados. Cada circuito composto por um distribuidor hidrulico e
por um compensador de travagem para as rodas traseiras.
Em caso de alguma avaria o sistema autoexclui-se, ficando o veculo com o sistema de tra-
vagem mecnico servo-freio. O sistema tem uma ficha de diagnstico que ligada a equipa-
mento prprio num local de assistncia tcnica permite detectar uma avaria.
POSIO DE REPOUSO
O grupo de presso de travagem tem as vlvulas 1 e 2 fechadas. O leo que est em con-
tacto com estas vlvulas (proveniente do grupo electrobomba) est presso de 180 bar
(Fig. 3.8).
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.7
Sistema Bendix
Fig. 3.8 - Grupo de presso de travagem
Nesta fase no h passagem de leo para o circuito dos traves das quatro rodas.
1. Reservatrio; 2. Bomba; 3. Acumulador; 4. Pressostatos; 5. Grupo de travagem; 6. Electrovlvula;
7. Electrovlvula; 8. By-pass A; 9. Electrovlvula; 10. By-pass B; 11. Compensador; 12. Pinas dos
traves
Fig. 3.9 Posio de repouso
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.8
Sistema Bendix
POSIO DE TRAVAGEM
Quando o condutor carrega no pedal do travo, as electrovlvulas 6 e 7 (Fig.39), so aber-
tas, permitindo deste modo, que o leo passe para o circuito de travagem das quatro
rodas.
Fig. 3.10 Pormenor das vlvu-
las 6 e 7 abertas
Os sensores enviam para a unidade central de comando electrnico sinais electromagnti-
cos os quais permitem calcular a velocidade, a desacelerao e o deslizamento de cada
roda.
As electrovlvulas 6, 7 e 9 (Fig. 3.8), encontram-se abertas, permitindo o aumento da pres-
so do leo nas pinas dos traves.
Fig. 3.11 Posio de travagem
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.9
Sistema Bendix
SITUAO DE RISCO DE BLOQUEIO DE UMA RODA DIANTEIRA:
Fig. 3.12- Situao de risco de bloqueio de uma roda dianteira
1 AUMENTO RPIDO DA PRESSO
Logo que o condutor carregue no pedal do travo, provoca um aumento brusco da presso
no sistema de travagem.
2 AUMENTO LENTO DA PRESSO
Se alguma roda dianteira apresentar valores de deslizamento que indiquem uma tendncia
para a blocagem, a unidade central de comando electrnico provoca o fecho da electrovl-
vula 7 (Fig.3.8). O leo obrigado a passar pelo By-pass A (Fig.3.8), provocando um
aumento menos acentuado da presso na pina do travo.
Fig. 3.13 Pormenor das electrovlvulas 6 e 7
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.10
Sistema Bendix
3 REDUO ACENTUADA DA PRESSO
Se aps a operao anterior, a roda apresentar valores de deslizamento que indiquem ten-
dncia a bloquear, tem que se reduzir fortemente a presso do leo na pina do travo.
Deste modo, a unidade central de comando provoca a abertura da electrovlvula 7 e fecha
a electrovlvula 6 .
Fig. 3.14 - Pormenor das electrovlvulas 6 e 7
4 REDUO LENTA DA PRESSO
Logo que a acelerao da roda aumente ligeiramente, mas ainda apresente valores que
indicam tendncia a bloquear, a unidade central de comando fecha a electrovlvula 7 e
mantm fechada a electrovlvula 6. Assim o leo obrigado a passar pelo By-pass A, pro-
vocando uma reduo lenta da presso nas pinas do travo.
Fig. 3.15 - Pormenor das electrovlvulas 6 e 7
O seguinte grfico mostra as 4 etapas do funcionamento do sistema de travagem dianteiro:
Graf. 3.1 Sequncia de funcionamento (Presso em funo do Tempo)
1. Aumento acentuado da presso
2. Aumento lento da presso
3. Reduo acentuada da presso
4. Reduo lenta da presso
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.11
Sistema Bendix
Nas fases de Reduo acentuada da presso e Reduo lenta da presso, o leo que
sai do circuito do travo direccionado para o reservatrio (1 da fig. 3.9).
SITUAO DE RISCO DE BLOQUEIO DE UMA RODA TRASEIRA:
Fig. 3.16 Situao de risco de bloqueio de uma roda traseira
1 - AUMENTO RPIDO DA PRESSO DO LEO
Em situao de travagem normal, o By-pass B (Fig. 3.9), encontra-se aberto permitindo a
passagem do leo. Deste modo aumenta-se rapidamente a presso nas pinas dos tra-
ves das rodas traseiras.
Fig. 3.17 Pormenor dos By-pass B e electrovlvula 9
2 - REDUO ACENTUADA DA PRESSO DO LEO
Se uma das rodas traseiras indicar (atravs dos sensores de velocidade), valores de desli-
zamento fora dos recomendados (superiores a 30%), necessrio reduzir a presso do
leo nas pinas do travo. Assim, a unidade central de comando provoca o fecho da elec-
trovlvula 9.
9
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.12
Sistema Bendix
Dado que o leo passa a dirigir-se para o reservatrio 1 (Fig. 3.9), (aliviando a presso nas
pinas do travo), o By-pass B passa posio de fechado devido diferena de presso
entre as suas extremidades.
Fig. 3.18 - Pormenor dos By-pass B e electrovlvula 9
3 - AUMENTO LENTO DA PRESSO
Logo que a acelerao da roda aumente ligeiramente, necessrio elevar gradualmente a
presso do leo na pina do travo. A unidade central de comando provoca a abertura da
electrovlvula 9 (Fig. 3.19). O By-pass B permanece fechado, dado que a presso do leo
proveniente do grupo de presso, superior presso do leo das pinas do travo da
roda. Deste modo, o leo obrigado a passar por uma restrio com a forma de chicane
permitindo assim uma subida progressiva da presso do leo.
Fig. 3.19 - Pormenor dos By-pass B e electrovlvula 9
O grfico seguinte mostra as 3 etapas do funcionamento do sistema de travagem traseiro:
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.13
Sistema Bendix
Graf 3.2 Sequncia de
funcionamento (Presso em funo do Tempo)
O sistema de travagem traseiro ajustado pelo sistema Select-low. Isto significa que a
unidade central de comando electrnica ao enviar um sinal elctrico, este recebido pelas
duas electrovlvulas 9 (Fig. 3.9).
Pode-se concluir que com este sistema, as rodas traseiras so igualmente reguladas pela
que de entre elas tiver menor aderncia.
1. Aumento acentuado da
presso
2. Reduo acentuada da
presso
3. Aumento lento da presso
Sistemas de Travegem Antibloqueio 3.14
Sistema Bendix
3.4 - ESQUEMA ELCTRICO DE UM VECULO EQUIPADO
COM UM SISTEMA ABS BENDIX
1. Sensor de rotao da roda dianteira esquerda; 2. Sensor de rotao da roda traseira esquerda; 3. Sensor de
rotao da roda dianteira direita; 4. Sensor de rotao da roda traseira direita; 6. Unidade de controlo ABS; 7.
Modulador ABS; 8. Motor bomba ABS; 9. Luz testemunho; 10. Bateria; 11. Interruptor; 13. Rel do motor de bom-
ba ABS; 14. Rel ABS; 16. Ficha de diagnstico ABS; 17. Quadro de instrumentos; 18. Fusvel do motor da bom-
ba ABS; 20. Interruptor testemunho de travo de mo; 22. Interruptor de nvel de lquido de travo; 23. Fusvel;
26. Pressostato; 49. Diodo; 81. Rel de aviso de presso hidrulica; 82. Rel de interrupo do motor de arranque
Fig. 3.20 Esquema elctrico de um sistema ABS Bendix
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.1
Sistema Teves
4 - SISTEMA TEVES
O sistema TEVES mais um sistema de travagem ABS que tem como princpio evitar o
bloqueio das rodas do veculo perante uma travagem.
O principio bsico de funcionamento deste sistema de travagem antibloqueio rege-se da
seguinte forma:
A presso do leo nas pinas dos traves regulada por electrovvulas, que por sua vez,
so comandadas por uma unidade central de comando (por vezes este equipamento
tambm designado por Calculador ).
Ao calculador, chegam sinais electromagnticos de quatro sensores que indicam a de
velocidade de rotao das rodas (um sensor por cada roda).
Atravs destes sinais electromagnticos, o calculador analisa se alguma roda est em ris-
co de bloqueio. Se esse risco existir, envia ordens s electrovlvulas no sentido de o evi-
tar.
FUNCIONAMENTO DO CALCULADOR
Aps a ligao da ignio corrente, o calculador recebe uma informao (+) que desen-
cadeia um ciclo de duas operaes sucessivas:
Durante estas duas fases a luz do ABS mantm-se acesa. Verificado o bom funcionamento
do sistema ela apaga-se.
Fase de inicializao (durao aprox. 1,7s)
Teste de nvel de lquido dos traves e da presso do acumulador e con-
trolo dos contactos (durao aprox 0,9s)
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.2
Sistema Teves
O funcionamento do calculador processa-se da seguinte forma:
1. Microprocessador (1)
2. Microprocessador (2)
3. Bloco lgico
4. Gerador de impulso
5. Luz de ABS
6. Comparador (1)
7. Comparador (2)
8. Captador
9. Electrovalvula
10. Canal de comando
11. Transistor de comando
Os sinais provenientes do sensores de velocidade chegam ao captador (8). Da so aplifi-
cados e transformados de ondas de forma sinusoidal para ondas de forma quadrada. Estes
so enviados para o bloco lgico (3). Aps os clculos, so transmitidos sinais pelo canal
de comando (10), aos transistors de comando (11), para controlar as electrovlvulas (9).
Como se pode observar o microprocessador 2 efectua um controlo suplementar cujo fun-
cionamento permanente.
4.1 - COMPONENTES DO SISTEMA TEVES
GRUPO DE ALTA PRESSO
constitudo por:
1. Um acumulador
2. Uma bomba hidrulica
3. Um motor elctrico
4. Um pressostato
5. Caudal de admisso
6. Vlvula de purga
7. Vlvula de segurana
Fig. 4.1 Esquema de funcionamento do Calculador
6
7
5
Fig. 4.2 - Grupo de alta presso
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.3
Sistema Teves
FUNO:
Pode-se afirmar que o pressostato tem como funo:
GRUPO DISTRIBUIDOR
constitudo por:
Ligar e desligar a bomba hidrulica (Funo de servio)
Cilindro principal 6 (Fig. 4.2)
Amplificador 5 (Fig. 4.2)
A bomba hidrulica (2), atravs do motor elctrico (3), envia leo dos tra-
ves do reservatrio (7) (Fig.4.2) para o acumulador (1) com o objectivo
de o manter presso de 140 bar.
Quando a presso do leo no acumulador atingir o valor de 140 bar, o
pressostato (4) provoca a paragem do motor elctrico e consequentemen-
te a bomba hidrulica.
Sempre que os traves so solicitados, parte do leo armazenado no
acumulador, utilizado para aumentar a presso de travagem nas rodas.
Deste modo existe uma diminuio de volume de leo e consequente-
mente de presso no interior do acumulador. Como a presso do leo no
acumulador passa a ser inferior a 140 bar, o pressostato provoca a liga-
o da bomba hidrulica.
Se a presso do leo no acumulador ultrapassar os 210 bar (por exem-
plo: se o pressostato avariar) uma vlvula de segurana permite o retorno
do leo para o canal de admisso.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.4
Sistema Teves
Fig. 4.3 Diversos componentes do sistema Teves
FUNO:
GRUPO DE REGULAO HIDRULICA
composto por seis electrovlvulas 8 (Fig.4.2).
Para a roda dianteira esquerda tem:
Para a roda dianteira direita tem:
1. Acumulador
2. Bomba hidrulica
3. Motor elctrico
4. Pressostato
5. Amplificador
6. Cilindro principal
7. Reservatrio
8. Bloco hidrulico
Uma electrovlvula de admisso
Uma electrovlvula de escape
Uma electrovlvula de admisso
Uma electrovlvula de escape
Distribuir o fluido dos traves pelos trs circuitos de travagem (um para a
roda dianteira direita, outro para a roda dianteira esquerda e o outro para
as duas rodas traseiras).
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.5
Sistema Teves
Para as duas rodas traseiras tem:
O bloco hidrulico (8), ligado ao cilindro principal por trs tubos de alimentao e trs
sadas em direco aos traves.
As electrovlvulas de admisso tm as seguintes caractersticas:
As electrovlvulas de escape tm as seguintes caractersticas:
QUATRO SENSORES DE ROTAO DAS RODAS (um por cada roda)
Fig. 4.4 Dois modelos de sensores de velocidade
Uma electrovlvula de admisso
Uma electrovlvula de escape
Tipos dois orifcios / duas posies
Abertas em posio de repouso
Comandadas pela unidade central de comando
Tipos dois orifcios / duas posies
Fechadas em posio de repouso
Comandadas pela unidade central de comando
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.6
Sistema Teves
FUNO:
UNIDADE CENTRAL DE COMANDO (CALCULADOR)
O calculador o componente do sistema TEVES que controla todo o processo de trava-
gem. Dele partem instrues para o funcionamento, a abertura, ou fecho das electrovlvu-
las, com o objectivo de evitar o bloqueio de qualquer roda do veculo.
Este componente constitudo por dois microprocessadores iguais que recebem os mes-
mos sinais dos sensores de velocidade. Simultaneamente, cada processador faz o clculo
da velocidade, acelerao / desacelerao e o coeficiente de deslizamento.
Se todos os componentes do sistema de travagem (incluindo o calculador) estiverem em
perfeitas condies de funcionamento, os resultados de cada processador tero de ser
iguais. O caso contrrio indicao de uma anomalia. Como consequncia, imediatamen-
te acende-se a luz indicadora de avaria no painel de instrumentos, ficando o veculo com o
sistema tradicional de travagem.
4.2 - DESCRIO DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA
TEVES
SITUAO DE TRAVAGEM
Logo que o condutor carregue no pedal do travo, ocorrem dois mecanismos distintos:
Enviar os sinais electromagnticos para a unidade central de comando
(calculador).
Nos traves da frente, o cilindro principal, alimentado pelo grupo de alta
presso, desloca-se provocando um aumento de presso no fluido. Este
passa pelo grupo de regulao hidrulica em duas electrovlvulas de
admisso (uma para ao travo da roda direita e outra para o travo da
roda esquerda) que se encontram abertas.
Nos traves traseiros, o fluido de travagem proveniente do grupo de alta
presso, passa no grupo de regulao hidrulica por uma electrovlvula
de admisso (que serve os dois traves traseiros). Da, enviado para o
compensador de travagem e s depois chega aos traves traseiros.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.7
Sistema Teves
As trs electrovlvulas de escape encontram-se fechadas.
SITUAO DE BLOQUEIO DE UMA RODA TRASEIRA
Se a unidade central de comando verificar a existncia de risco de bloqueio de uma roda
traseira, provoca o fechar da electrovlvula de admisso 1 (Fig. 4.6), com o objectivo de
manter a presso exercida nos traves.
O sistema de travagem traseiro ajustado pelo sistema Select-low. Isto significa que a
presso do fluido nos dois traves, igualmente regulada pela roda que tiver menor ade-
rncia. Deste modo, as duas rodas traseiras numa situao de travagem esto sujeitas
mesma presso do fluido dos traves.
1. Electrovlvula de admisso
Fig. 4.6 Fase manuteno da presso
1. Reservatrio; 2. Bomba hidrulica; 3. Acumulador; 4. Pressostato; 5. Travo da roda dianteira
direita; 6. Cilindro principal; 7. Electrovlvulas de admisso; 8. Electrovlvula de escape; 9.
Electrvlvulas de escape; 10. Travo da roda traseira direita; 11. Compensador
Fig. 4.5 - Situao de travagem
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.8
Sistema Teves
Se, com a manuteno da presso, persistir o risco de bloqueio da roda, necessrio
reduzir a presso do fluido no travo. Deste modo, o calculador provoca a abertura da
electrovlvula de escape do sistema de travagem traseiro (E) (Fig. 4.7), e o fluido regressa
ao reservatrio. A electrovlvula de admisso (A) (Fig. 4.7), permanece fechada.
A Electrovlvula de admisso
E Electrovlvula de escape
Fig. 4.7 Fase reduo da presso
Deste modo o risco de bloqueio deixa de existir. Seguidamente procede-se ao aumento da
presso do fluido repetindo-se assim o ciclo de funcionamento.
SITUAO DE BLOQUEIO DE UMA RODA DIANTEIRA
Se a unidade central de comando verificar a existncia de risco de bloqueio de uma roda
dianteira, provoca o fechar da electrovlvula de admisso, com o objectivo de manter a
presso exercida nos traves. A electrovlvula de escape da roda est fechada (Fig. 4.8).
Se o risco de bloqueio persistir necessrio diminuir a presso do fluido no travo. Deste
modo a unidade central de comando provoca ao abertura da electrovlvula de escape
(mantendo a electrovlvula de admisso fechada).
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.9
Sistema Teves
A. Cmara
B. Cmara
C. Vlvula
Fig. 4.8 Situao de bloqueio de uma roda dianteira
A diferena de presso entre as cmaras A e B (Fig. 4.8), no suficiente para vencer a
mola da vlvula C. Deste modo no h passagem de fluido entre estas duas cmaras.
Logo que cheguem valores indicadores da ausncia de risco de bloqueio, a unidade central
de comando provoca o fecho da electrovlvula de escape e a abertura da electrovlvula de
admisso. A presso do fluido na cmara B diminui. Assim, a diferena de presso entre a
cmara A e B provoca a passagem de fluido na vlvula C (Fig. 4.9). Isto acontece at que
a presso do fluido nas duas cmaras se equilibrem. Deste modo, a fixao do pedal do
travo que deveria existir em consequncia da baixa de presso no circuito de travagem,
foi compensada pela presso cadenciada do amplificador.
O ciclo volta situao inicial (situao de travagem).
A. Cmara
B. Cmara
C. Vlvula
Fig. 4.9 - Situao de bloqueio de uma roda dianteira
Sistemas de Travegem Antibloqueio 4.10
Sistema Teves
4.3 - ESQUEMA ELCTRICO DE UM VECULO EQUIPADO
COM UM SISTEMA ABS TEVES
Seguidamente apresenta-se um esquema elctrico de um veculo equipado com um siste-
ma ABS Teves:
1. Sensor de rotao da roda dianteira esquerda; 2. Sensor de rotao da roda traseira esquerda; 3. Sensor de
rotao da roda dianteira direita; 4. Sensor de rotao da roda traseira direita; 6. Unidade de controlo ABS; 7.
Modulador; 8. Motor bomba ABS; 9. Luz testemunho; 10. Bateria; 11. Interruptor; 13. Rel do motor de bomba
ABS; 23. Fusvel ABS; 29. Interruptor Luzes de traves; 51. Rel de proteco de sobrecarga ABS; 63. Sensor
de curso do pedal
Fig. 4.10 Esquema elctrico
Sistemas de Travegem Antibloqueio 5.1
Tcnicas de Reparao de Veculos Equipados com ABS
5 - TCNICAS DE REPARAO DE VECULOS EQUI-
PADOS COM ABS
Este captulo tem como objectivo transmitir ao formando a importncia de seguir as instru-
es do fabricante sobre o sistema ABS na deteco e reparao de qualquer anomalia.
A deteco de avarias dos componentes de um sistema ABS deve ser feita de acordo com
uma metodologia bem definida.
Dada a existncia de vrios sistemas de travagem antibloqueio, deve-se ter principal preo-
cupao seguir as indicaes do fabricante. Deste modo, pode-se afirmar que no existe
uma nica forma de actuar na deteco de eventuais avarias nos sistemas ABS.
Seguidamente, apresentam-se duas formas de actuar em sistemas ABS distintos.
SISTEMAS QUE NECESSITAM DE EQUIPAMENTOS DE TESTE
Para este tipo de sistemas ABS e necessria a ligao de um equipamento de teste
(identificado pelo fabricante), fixa de diagnstico. Aps esta ligao, o sistema antiblo-
queio desactiva-se automaticamente. A luz avizadora de avaria no painel de instrumentos
permanece acesa. Seguidamente procede-se ao diagnstico. Aps concludo, o equipa-
mento detecta a avaria.
SISTEMAS QUE NO NECESSITAM DE EQUIPAMENTOS DE TESTE
Estes sistemas tm a possibilidade de gerir autonomamente (sem o auxlio de aparelhos
de teste), o diagnstico e respectiva sinalizao de avarias.
A identificao da avaria apresenta-se sob forma de lampejos da luz avisadora, situada no
quadro de instrumentos do veculo. Cada sequncia de lampejos corresponde a um deter-
minado cdigo. Este cdigo composto por dois algarismos o qual permite revelar qual a
avaria detectada atravs de documentao cedida pelo fabricante.
O algarismo das dezenas corresponde ao nmero de vezes que inicialmente a luz avisa-
dora de avaria acende e apaga.
Aps o intervalo de 1 a 1,5 segundos de inactividade da luz (dependendo do modelo), o
nmero de vezes que acende e apaga corresponde ao algarismo das unidades.
Exemplo:
Sistemas de Travegem Antibloqueio 5.2
Tcnicas de Reparao de Veculos Equipados com ABS
Interpretao:
5.1 - ALGUMAS INDICAES PRTICAS A TER EM CONTA
NA REPARAO DE VECULOS EQUIPADOS COM ABS
Antes da realizao de qualquer trabalho de soldadura elctrica, deve-se desligar a juno
da Unidade Central de Comando Electrnico.
Caso seja necessrio a desmontagem da UCCEH, deve-se desligar o cabo negativo da
bateria.
Aps cada substituio de qualquer componente do sistema ABS, tais como sensores de
rotao, cablagens, etc, deve-se realizar um teste de diagnstico de avaria do sistema.
Aps qualquer interveno no circuito hidrulico do sistema ABS, deve-se ter o cuidado de
o encher com lquido dos traves (indicado pelo fabricante), verificar todos os pontos de
ligao e realizar a purga do ar.
Ter especial ateno se os tubos no esto em nenhum ponto, em contacto com a carro-
aria para evitar danos da proteco dos tubos, bem como evitar a transmisso de rudo
durante o funcionamento do sistema ABS.
Sempre que se realizar uma inspeco ao estado geral do sistema ABS, controlar o valor
do entre-ferro entre o sensor de velocidade de rotao e a roda dentada (em cada roda).
A luz comea por acender e apagar trs vezes.
Durante 1,5 segundos a luz fica apagada.
Aps esse intervalo de tempo a luz acende e apaga duas vezes.
O algarismo das dezenas o trs (3).
O algarismo das unidades o dois (2).
O cdigo da avaria a identificar na folha de cdigos (fornecida pelo fabri-
cante), o 32.
Sistemas de Travegem Antibloqueio 5.3
Tcnicas de Reparao de Veculos Equipados com ABS
Ver prxima figura.
Ter em ateno que o entre-ferro no regulvel. Deste modo, quando se encontram valo-
res que diferem da tolerncia indicada pelo fabricante, verificar o estado do sensor e dos
dentes da roda dentada.
Fig. 5.1 Controlo do valor do entre ferro entre o sensor do nmero de rotaes e da
roda fnica (Roda anterior figura da esquerda; Roda posterior figura da
direita)
TESTE PS-REPARAO
Depois de qualquer interveno no sistema de travagem ABS, deve-se fazer um teste em
estrada de acordo com o indicado pelo fabricante.
Apesar do sistema de comando do ABS variar de acordo com o modelo, pode-se realizar
um teste que servir detectar eventuais avarias, maus contactos, etc.
1 - Conduzir o veculo a uma velocidade baixa mas superior a 15 km/h e manter essa
velocidade. Deste modo a UCCE efectua todas as verificaes de funcionamento dos com-
ponentes do sistema.
2 - Aps a verificao da ausncia de alguma anomalia ( a luz avisadora permanece apa-
gada), prosseguir o teste velocidade de 50 km/h por um perodo de 5 a 10 minutos,
fazendo o uso normal dos traves. Se houver alguma deficincia no sistema a luz avisado-
ra acender, caso contrrio pode dar-se por concludo o teste em estrada.
Sistema de Travagem Antibloqueio C.1
Bibliografia
BIBLIOGRAFIA
ETAI Technologie du Freinage A.B.S., ditions Techniques Pour LAutomobile Et
LIndustrie
CAMBERT, Alain Le Systme de Freinage, Gabarra, ETAI
Documentao Fiat Auto
AUTO MOTOR n 61 J ulho 1994
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.1
Ps-Teste
PS-TESTE
Assinale com X a resposta correcta. Apenas existe uma resposta correcta para cada ques-
to.
1. Para que foi criado o ABS?
a) Para evitar que o veculo trave...............................................................................
b) Para que o veculo fique mais caro........................................................................
c) Para diminuir o consumo de combustvel do veculo.............................................
d) Para evitar o bloqueio das rodas durante a travagem...........................................
2. Quais as principais vantagens do ABS?
a) Substituio da aco do condutor numa travagem...............................................
b) Numa travagem, o veculo com ABS trava instantaneamente...............................
c) Numa travagem, o veculo fica com melhor estabilidade em movimento permitindo
ao conduto um melhor controlo do veculo bem como um desgaste mais uniforme
dos pneus .. ...
d) O veculo consegue travar at ficar parado em menor espao apenas quando
chove ...
3. O que entende por deslizamento de uma roda?
a) a diferena entre a velocidade da roda e a velocidade do veculo.....................
b) o rodar mais ou menos facilmente durante uma travagem.................................
c) o deslizar do pneu durante o andamento em recta.............................................
d) o deslizar do pneu durante o andamento em curva............................................
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.2
Ps-Teste
4. Quando que numa situao de travagem se verifica uma maior aderncia entre o
piso e o pneu?
a) Quando o coeficiente de deslizamento 0% ........................................................
b) Quando o coeficiente de deslizamento varia entre 25 a 30%................................
c) Quando o coeficiente de deslizamento 50%........................................................
d) Quando o coeficiente de deslizamento 100%.....................................................
5. Quais so os principais componentes do sistema BOSCH?
a) Tubagem do sistema hidrulico, cablagem elctrica e luz avisadora de avaria ....
b) Unidade Central de Comando Electrnico, Unidade Central de Comando Electrohi-
drlico, sensores de velocidade de rotao e quatro rodas dentadas ..................
c) Grupo de Comando Electrohidrulico.....................................................................
d) Bateria, leo dos traves e pedal dos traves........................................................
6. Quais os componentes que constituem o Grupo Electrohidrulico de Comando do
sistema BOSCH?
a) UCCE e UCCEH ....................................................................................................
b) Luz avisadora de avaria..........................................................................................
c) Tubagem do sistema hidrulico..............................................................................
d) Interruptor do travo, UCCE, UCCEH e Sensores de velocidade..........................
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.3
Ps-Teste
7. No caso da existncia de avaria do sistema ABS no sistema BOSCH, o que que
acontece?
a) O condutor no se apercebe at ficar sem traves............
b) O sistema detecta a avaria, automaticamente coloca-se fora de servio, a luz avisa-
dora de avaria acende-se e o veculo fica sem nenhum sistema de travagem at ser
colocado o sistema mecnico servo-assistido.........................................
c) O sistema detecta a existncia da avaria, acende no painel de instrumentos a luz
avisadora de avaria, colocando-se automaticamente fora de servio. O veculo tra-
va com o sistema de travagem tradicional, ou seja, com o sistema mecnico servo-
assistido... .........................................
d) O veculo dispara o alarme indicando a existncia de uma avaria no sistema ABS,
ficando com o sistema de travagem tradicional..
8. Qual a funo das electrovlvulas da UCCE?
a) Permitir que a travagem seja feita com o menor rudo possvel.............................
b) Calcular os valores do deslizamento, acelerao ou desacelerao numa trava-
gem........................................................................................................................
c) Permitir de acordo com as instrues da UCCE, diminuir, manter ou restituir s pin-
as dos traves a presso imposta pelo conduto no pedal do travo....................
d) Ler as velocidades individuais de cada roda, para calcular a frequncia dos sinais
electromagnticos dos sensores de rotao...........................................................
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.4
Ps-Teste
9. Se ao colocar a chave de ignio na posio de marcha, e a luza avisadora de ava-
ria acender, o que se deve fazer?
a) Desligar rapidamente o veculo retirando a chave da ignio................................
b) Se ao fim de aproximadamente 2 a 3 segundos desligar, no existe nenhum proble-
ma. O sistema est em perfeitas condies de funcionamento .............................
c) Se a luz ficar intermitente sinal que as pinas dos traves esto gastas, devendo-
se dirigir o mais rapidamente a um centro de reparao para as substituir...........
d) Se a luz permanecer acesa um minuto, sinal que o veculo tem problemas na uni-
dade central de comando electrohidrulico. Quando for a altura da reviso deve-se
substituir este componente .....................................................................................
10. De quantas fases de funcionamento composto o sistema BOSCH?
a) Duas fases: aumento da presso e diminuio da presso...................................
b) Uma fase: esta permite controlar a velocidade da roda aumentando a presso de
travagem..................................................................................................................
c) Trs fases: aumento da presso, diminiuo da presso e manuteno da pres-
so ..........................................................................................................................
d) Quatro fases: aumento da presso, controle da temperatura do leo dos traves,
diminuio da presso e manuteno da presso..................................................
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.5
Ps-Teste
11. Na fase de manuteno da presso o que que acontece se o condutor carregar
com mais fora no pedal do travo?
a) A presso do leo aumenta nas pinas dos traves pemitindo uma melhor travagem
das rodas.................................................................................................................
b) A luz avisadora de avaria acende para que o condutor no carregue tanto no pedal
do travo.................................................................................................................
c) A cablagem hidrulica rebenta, ficando o veculo com o sistema de travagem tradi-
cional ......................................................................................................................
d) A presso do leo nas pinas dos traves mantida, no sendo alterada por maior
fora que o condutor faa no pedal dos traves
12. Qual a funo do grupo de presso de travagem no sistema BENDIX?
a) Regula a presso do leo dos traves nas bombas das rodas.............................
b) Regula a presso do leo no reservatrio, nos dois distribuidores e nas seis electro-
vlvulas .................................................................................................................
c) Permite que o grupo electrobomba funcione dom presses mais elevadas.........
d) Permite que o condutor no sinta trepidao durante o accionamento do ABS...
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.6
Ps-Teste
13. Qual a sequncia de funcionamento do sistema BENDIX numa situao de risco
de bloqueio de uma roda dianteira?
a) Aumento acentuado de presso; reduo acentuada de presso; reduo lenta de
presso....................................................................................................................
b) Aumento acentuado de presso;aumento lento de presso; reduo acentuada de
presso; reduo lenta de presso........................................................................
c) Aumento lento de presso; reduo acentuada de presso; reduo lenta de pres-
so..........................................................................................................................
d) Aumento lento de presso; reduo lenta de presso; reduo acentuada de pres-
so; aumento acentuado de presso.....................................................................
14. Qual a sequncia de funcionamento do sistema BENDIX numa situao de risco
de bloqueio de uma roda traseira?
a) Aumento acentuado de presso; reduo acentuada de presso; aumento lento de
presso...................................................................................................................
b) Diminuio acentuada de presso; aumento lento de presso..............................
c) Aumento lento de presso; reduo lenta de presso; reduo acentuada de pres-
so; aumento acentuado de presso......................................................................
d) Aumento lento de presso; reduo acentuada de presso; reduo lenta de pres-
so...........................................................................................................................
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.7
Ps-Teste
15. Quais os grupos de componentes que consituem o sistema TEVES?
a) Grupo de alta presso, Grupo de distribuio e grupo de regulao hidrulica....
b) Grupo de quatro sensores, grupo de alta presso e grupo de quatro rodas denta-
das..........................................................................................................................
c) Grupo de travagem a baixa presso.......................................................................
d) Grupo de regulao elctrica..................................................................................
16. Para que presso que a vlvula de segurana do grupo de alta presso entra
em funcionamento (no sistema TEVES)?
a) Presso superior a 140 bar....................................................................................
b) Presso superior a 210 bar.....................................................................................
c) Presso inferior a 210 bar.......................................................................................
d) Presso inferior a 140 bar.......................................................................................
17. Quantas electrovlvulas de admisso compem o grupo de regulao hidrulica
no sistema TEVES?
a) Uma........................................................................................................................
b) Duas........................................................................................................................
c) Trs .........................................................................................................................
d) Quatro.....................................................................................................................
Sistemas de Travagem Antibloqueio S.8
Ps-Teste
18. Qual a funo da Unidade Central de Comando?
a) Calcular a velocidade do veculo...........................................................................
b) Calcular o deslizamento das rodas.........................................................................
c) Controlar todo o processo de travagem. Da UCC partem as instrues para a aber-
tura ou fecho das electrovlvulas com o objectivo de evitar o bloqueio de qualquer
roda do veculo........................................................................................................
d) Aumentar ou diminuir a presso do leo no acumulador.......................................
Sistema de Travagem Antibloqueio S.9
Corrigenda e Tabela de Cotao do Ps-teste
CORRIGENDA E TABELA DE COTAO
DO PS-TESTE
N DA QUESTO RESPOSTA CORRECTA COTAO
1 D 1
2 C 1
3 A 1
4 B 1
5 B 1
6 A 1
7 C 1
8 C 1
9 B 1
10 C 1
11 D 1
12 A 1
13 B 1
14 A 3
15 A 1
16 B 1
17 C 1
18 C 1
TOTAL 20
Sistemas de Travagem Antibloqueio A.1
Exerccios Prticos
EXERCCIOS PRTICOS
EXERCCIO N. 1 VERIFICAO DO SISTEMA ABS.
- VERIFICAR A OPERACIONALIDADE DO SISTEMA ABS, REALIZANDO AS TAREFAS
INDICADAS EM SEGUIDA, TENDO EM CONTA OS CUIDADOS DE HIGIENE E SEGU-
RANA.
EQUIPAMENTO NECESSRIO
- 1 VECULO AUTOMVEL COM SISTEMA DE TRAVAGEM ANTIBLOQUEIO
- EQUIPAMENTO DE DIAGNSTICO DE SISTEMAS DE ABS. VARIA CONSOANTE O SIS-
TEMA.
TAREFAS A EXECUTAR
1 COLOCAR A CHAVE DE IGNIO NA POSIO DE MARCHA. OBSERVAR O COM-
PORTAMENTO DA LUZ AVISADORA.
2 VERIFICAR SE O SISTEMA NECESSITA DE EQUIPAMENTO AUXILIAR DE TESTE.
3 APS A IDENTIFICAO DO MODELO DO SISTEMA ABS, INICIAR O PROCEDIMEN-
TO DE DIAGNSTICO DE AVARIA.
4 IDENTIFICAR (CASO EXISTA), A/AS AVARIAS DO SISTEMA ABS.
5 VERIFICAR O ESTADO DOS SENSORES DE ROTAO DE VELOCIDADE E AS
RODAS DENTADAS. INDICAR, SE FOR O CASO, OS RGOS DANIFICADOS OU EM
MAU ESTADO.
6 VERIFICAR O VALOR DA DISTNCIA DO ENTRE -FERRO DO SENSOR DE VELOCI-
DADE DE ROTAO E A RODA DENTADA (EM CADA RODA). VERIFICAR SE A DIS-
TNCIA SE ENCONTRA DENTRO DO RECOMENDADO.
7 VERIFICAR SE OS TUBOS DO CIRCUITO HIDRULICO DO SISTEMA ABS NO
ESTO EM NENHUM PONTO EM CONTACTO COM A CARROARIA.
Exemplo de exerccios prticos a desenvolver no seu posto de trabalho e de acordo com a
matria constante no presente mdulo.
Sistemas de Travagem Antibloqueio A.2
Guia de Avaliao dos Exerccios Prticos
GUIA DE AVALIAO DOS
EXERCCIOS PRTICOS
EXERCCIO PRTICO N 1: VERIFICAO DO SISTEMA ABS
TAREFAS A EXECUTAR
NVEL DE
EXECUO
GUIA DE
AVALIAO
1 - Colocar a chave de ignio na posio de marcha.
Observar o comportamento da luz avisadora.
4
2 - Verificar se o sistema necessita de equipamento auxiliar
de teste.
2
3 - Aps a identificao do modelo do sistema ABS, iniciar o
procedimento de diagnstico de avaria.
2
4 - Identificar (caso exista), a/as avarias do sistema ABS.
4
5 - Verificar o estado dos sensores de rotao de velocidade
e as rodas dentadas. Indicar, se for o caso, os rgos
danificados ou em mau estado.
3
6 - Verificar o valor da distncia do entre - ferro do sensor de
velocidade de rotao e a roda dentada (em cada roda).
Verificar se a distncia se encontra dentro do recomenda-
do.
3
7 - Verificar se os tubos do circuito hidrulico do sistema
ABS no esto em nenhum ponto em contacto com a car-
roaria.
2
CLASSIFICAO 20