Relvas Cap1Ciclovitalfamiliar
Relvas Cap1Ciclovitalfamiliar
Relvas Cap1Ciclovitalfamiliar
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lerao n. lerccira llsc (scgundo os atores cirados
"lmia
com
filhos em idade escoa ou adoos!-entes)) que desdobramos cm duas.
rn nossa opinio. a cntrudi na escola e . adolescncia dos lilhos
cok)cm frlia questcs bcm djlercnciadas, no tanto en leo\ do
<sentido, ds mudnas. quc scr sepfe a separao, mls cm lrno
tlo <gnu, qulidade c eiitos" d pfpda mrdanr. E posio prccc.
rlis. tzer a pore cnc rs pcrspcctivrs ais radicnhnenle
(c.uLuflris/
/ gbbl i zant es) co o a dc Mi nuchi r, e . rs m. s <i r di vi dui l sl as, , coDn)
. , . d. DL\ r l l . Hi LR"Jr . A. n n. , egu r e , o, , , , cr Li nr ( c. qucr r J:
l.' ellp Fonnao do casrl.
2. " Fr "nJ FJ , l J. or , r l h, \
| er t | | eno,
3. " et npa - Fan i a conr i l hos na cscol l
4. " et apa - , ami l i a com l i hos ado cscent es.
5.'etapa Falia cor lilhos adultos (d/,lr),rs).
Um pioiro conrcntno s direntcs calcgofizrcs do desen-
vol vi ncnt o do c cl o vi t a da i rn l a , : l i z espc l o s di screpnci as
enconiradas a nvc dc' nLncro c
(nrarcadores),
drs ras e!pis. Como
se vi u. o(s) cri t r o(t do i nvest i ga. : l o l nd cnt r . pc o quc h que
acetar a exinca dc urr ccr1. trbitrariedde ncss dclDio- Do
esro odo, h quc considertl| a necessidrde dc unra ccrta relativi-
zao iacc ao scu vaor. c a correspondente flexibizao lce sua
uri 7o.
Por outro lado, conrc lcgundo conrentrio, note-se quc quaso rodas
elas dizem respcto lrlia dpica. de classe mdia, prcssupordo nesse
til;csmo a lniu nucor inrrcta. Apresentanr-sc com uma norma-
t i vi dadc
( ue
ob! i i rrenl e no cont cn r a uma sri e de vari an es quc.
hojc c cada vez rais, so mpo.lan[c! c lcros de anlse da irL
c de quc so exepos. enc oulras, os div(icios. as fnliis ccons,
t i t u das, as 1 n l s . onoprcnt ai s. rs I t n l i as de ho osscxu. ri s. l s
tlias sen llhos ou is lamlias de a&to. 1a.bnr no podcmos
csqucccr lctorcs cono i evoho demogici. o conlrolo drl natal-
dadc, o aucnlo da csper.rnr de vda, o trablho cnliniro. a cxpanso
da cvlizao uban co o coffcspondenre aumento do rtusr c dis
lancirmento 1clivo e geogrlco, quc impicanr novas vicissitudes no
ci cl o l i t al da f am l i a, mcs o quando sc consi dera <] n l a t p c"
dt sociedade ocidental. S(i conlo um dos possveis exemplos, rcpfc-
\c cono a duao das direntes etrpas sc tcr cnr rno de aguns
A CICLO V AL DA FAM|LIA PERSPECTIVA SIS\EIVICA 23
desles fclorcs (aumenro do tempo de vidi conjunu do casal, amenlo
do perodo de dcpcndncia dos filhos...).
Vem a posto cllectir sobre a rpida cvouo remporal de
spcclos quc sc nos presenlam coo cxprcsso da <ordem nalul
ds coisas", de tal modo se convcrtcm c dados inqueslionvcs c
incLrDtcstveis. A organizao scio psicogica que hoje se considcra
unr imi lpic ien, de fcto, poucos anos de vidai a relevncia da
lnia nucletr impe-se a partir dcslc sculo- Por outo lado. a inlncia
una inveno muilo cccntc. dtad.r do scrlo dezoito; a doescncia
surge somente um scuo nais lrde, associada s mudanas sociais,
cutu|as e poltcs d pocai o
jovcnr
adulto ndependentc ! vio
como 1l no scuo vnlc, c autononia da mulhe prctcndc iniiuir-
-se e institucionalizar-sc ainda nais tadimente. Etapas como o rrrply-
,r/s/ c a velhice s no final dcstc scuo assumern o senlido cspcctco
poquc nos preoculam actuacnlc. S isb, sem seque tcos neccssi-
dade de pensar enr aniscs lranscukurais. moslr cono as nossas <ve
ddes) so ralivas no lepo e nos conlexlos. Iazendo sobress,ir dc
novo a arbtraredadc c o carclef datdo dos macadorcs do ciclo vita.
Um tcccirc comonLrio prende-se com a hipotric linearidadc da
vid miliar. As ctapas do ciclo vital ataeccm bcm idenrificdas,
bem <arrunads' nas dilcrcrtcs cassificaes, u as scguir s ouras,
cono se as famlias <rcsovcssem) uma fase l} em scguida passassem
a outra. Ora, a realidadc do cada famli rnosta quc no bem ssim:
em grnde nlimeo dc lmias, os estdios de dcscnvolvimenro sobc
pem-se e podemos enconlr. por exemplo. uma lmil com uma
gmnde fatria e filhos muito pequenos ao ldo dc fihos j adolescen-
tes. Estas sobrcposies, e consequenlcmcnrc a existncia de dilcrcn-
lcs nvcis dc dcsenvolvrnento na csma lamlia, ajudam a ale.taf part
a necessiddc dc alcnder ndividualidadc dc cada famla, no s nos
scus contcdos nas tambm nas suas possibdades de coituio e
ognizao. Por otro lado, as tacls aprcsentadas como cracrerst-
cas dc cada ctapa no cessam ma sc inicia a segrinte: so larcls pF
dculancntc assinalads, com o objoclivo de destacar a sua prencia
ou grau de dificldade em delemrinda fase. Por exempo, lrmo
do casa ou a parcntalidade sio. como vcrcmos, tarels sempc presenres
ao ongo do rcnpo de vlda da fami.
A conceptualizao do c;clo vita da fmilia, que tcn corno grande
objcctivo rostrar a mpotncia da continuidade nas cles hmanas,
noneadamente familiares, no tcndo en considerao estcs lspcctos
podc lransbrmaf-se, paradoxalmente, num nslrumento que pronovc
o cstudo cspailhado e desconlnuo da vid lniiar.
Pc sc cnto a queo da utilidadc dcsrc conceito e do seu esludo
c in\rcsligao. No obstante estas considcfaes ele fulcral pafa o
clnico (leapcur amiliar ou qualque lcapcut que lide direct ou
indieclamcnlc com a fnmli) em lermos do dignstico/avaliao da
siluao quc hc apresentad:. E no s: Jay Halcy. na obra apaixonanlc
c dc cariz radicmente clnico em que plscnra a brilhanre tlrapir
estratgic de M. Erickson, mostra claamenlc iportncia da con-
textualizao das sit!aes no cclo vital d mlii, tanto en termos
da anlise do cso, como da comprcenso global da prpria terapia
e, prticuarmente, da in@Neno. Ele prprio afima: <Coreava
a pensar que os probcmas hum nos so nevit\res sc sc consideraf
lba conlo a lnlia evolu no tempo c dci rc conta que a tcrapia
do Df. Edcksor se poiava, em largr nrcdida. nesta hiptese. Tinha
cnconlrdo o quadro qle me fallava (...),. Haey completa esra idca
nlis licnte: <Ele (Erickson) mant sempre presentes os proccssos
''normais'
ou odinrios da vida humana. No lrla um
jovem
cas
cono um par quc tem vinle anos de casacnb>
",
Ao longo do livro
vai descrevcndo cstratgias para resolver os probcmas especficos quc
sobrevm enl cda um. de.s etapas, pindo do princpio que ns
famlias experimentam os maiorcs nveis de rr./lf nos pontos de tran-
sio de uma 1se para oul. N. sua perspectiv, o snlonln sinaiza
que fmlia ficou boqucada c ten dilculdade em lransilar para a
lsc scguintc. peo qre o papel do tcrapcula se deve central7rr no
cslbro dc he dvolver a capacdadc dc rctomar o seu processo no.ma
dc descnvolvincnto. um ponto de vista quc pernile ao clnico vair
no s os probcmas e dificuldades da famia, ms tambm as suas
Cono nota Minuchin, <este modclo d ao terapeuta um bse
paa sc movc apidaene em dieco aos objcctivos teraputicos'rr,
consideando a elo indivduo/peqeno gupo (subsistema)/grande
"
H ALEY , L (1.)84). Un Thltut."tc hors .h I auun, M ili.n EiL*n)4 P!is, Pt.
r r
Mi nuchi n c I i shn . n. Ob. ci r . , p. 22.
r l
A C]CLA V!AL DA FAA'IILIA PERSPEC.IVA SISTEfuJ|CA
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grupl (lamlia/sociedadc). Ao pcnnr a incluso do poblem ou
si rual o no coDl cxt ' dcseDvo vi cnt r d l m i a, f aci l i l o l evant a-
nlonto dc hjp(ilcscs c r panii;clo d eatgi lerputic incal.
No contexto da utilidde clnica dea abofdagem, surgcm nrcsn
al guns esquenras do ci cl o vi t a , cui os cri l ri os i nt cgru r. para a n
dos aspecbs nieriormente refidos, ua vertente clnca explcita:
Ni chol s' r rel re os de Sol omon ( 973) e Br rnhi l c Longo ( 978). O
pri mei ro sugcrc quc a i dcnt i l cao do cda uma das l ascs podc scf
usada co o csquonra de di agnst i co pam o pi ancrmcnt o d nl cwcn'
o
terputica. Dislingue cinco lses e fespectivas Iinhts condtoras:
.drr1,?rrlo, cop'onrisso c riuslamcnto mtrc do casali 2rlr.l/rcnlo,
reloro dt rclao maddo'mulhef e assupo dos papis prfenris;
n.,lrdti./, autommia dos clenrcnios nais)vens dr tmli;/d./l
lor
/i1r,r,
autonomia das geraes nas velh.s: nte!1tua.la luto,
entientar perds d\,ersas. A classifcao de Brnhll e t-onao. emho
na nrcsm, inhu mstodolgica, conccptrrrncntc cfcsccnLt tl8o de
novo an!c or. Rccorrcndo os conccilos psicllnalicos dc regrcssao
c i xao. os rut orcs p opc n quc, scn prc
quc
a l unr i u sc cncont re
hoqueada num estdio, o teapeula vcilquc qlrais a\ t?r,.rier dc so
, t ue I n : n
t r e\
. r nenr e n : nci JJ, r . , ' r l l i / JL ! \ u
esquenra coDsiderando as transies entre os edios do cico vla
.r prcsen t ados por Duval (0- I
,
comprom isso; I -2. desenvo lvi mento de
novos prpis p<rcnrais. c1c.).
Concuindo, digr-sc quc o ter.t)eura que pretende ajud.. una
i! nlo podo. ruDca. csquecef a f\e do ciclo vitrl em qrc cla sc
encontr. soh pen dc esLa a conclcf u1 gralc crfo tcfaputico. Lem-
bamo-nos do caso dc ua lani n1orlrprrcra en consequnca
do di v ! o dos pai s (const i t ni da por nrc c i l ho) c c n quc o f l ho,
pacienle identific.Ldo, era portado dc uma dclcincja lsic bcnl evi-
dente. O trahalho terapuico leve en contdcrro cstcs lrclores pek)
que os obiectivos se ceniraran na regulao das clacs mo-lilho e
pri ilho. un contcxto de realamento de ligaes itcrfonrpidas. O
proccsso avanava c os scus elilos pareciam pamdoxais e inconsislcntcs
l qrc c supcfvi!o sc noru que os le.peutas se tnhan <csquocido)
quc o flho lrria su cntradn nr doloscnc.
(liha ca|Lnzc nnos)'
esquocentlJ tanto mas gavc porquanlo a relao me-flho ca fran-
cnrcnte 1rsonal. Corsderar cslc aspeclo
permiliu una altcrro no
pano rcraputico
quc perspcclivassc as necessdades do llho' no s
no sentdo da dcstriangulo flLcc aos pais, mas trmb na vecnte
d criao de una auftomr e invostimento cxlairmiia
'
fcto difcil
para todos, a|ondendo nomeadarcntc sua dcficincir.
E rcsu o: a conccpt url i zao do ci cb vi l al da l nr l i a dd urn
contrbuto vaioso
fara
o seu esludo, ao ccntfaf-se ntr cvouiio rcnlo-
rtl das ntcraces
(cntrc os nrcnrbros da mla' entr! estes c outfos
nL lailircs, entre r nlia c o!as eslrulurs socas) e o pcrs-
pectivi . conlinuidadc. lansibmando-sc nrn instrumento clnico
impointe p n o diagnco e pdncamenlo da inteNono Devo. no
ent r nl o. se ut i rado co r gun rs caul el as,
J
que co po r rrscr s oc
<no| ma i / o, c cspa i hanl enl o d ! l ddc l m l i ar, quando aPl i
cacb numa perspccLi va si mp st a e i ncrr que csc nol ei c . r i ndi vi dut
lidade dc cad. lnla.
TENIPO E N{UDAN-4.
Na hordagc d m l i a h doi s i act ores pc manenl c cnLe
i mpl c l os: o t e npo c a mudana.
O tcnipo surgo rssociado s taeftrs do desenvolvienio dt lrnlia
benr cono os mrcadorcs ds espcctivas tses. No entaDlo. no se
la de unr tcmpo espccficamcntc cronolgico: :r idadc dos ndi!duos
sem dvida imporlante e dc agun nrodo ndicirdora ds tarcls
dc desenvolimento cn rnrportane. c o que se pooc
designar por /e,?po pr,.i.rstrdL Ee tenpo d.ion. sc com os divcr
sos nromcnlos eruluais que pogressivlcnte se vo aticulrndo na
1ila. onenlos cn que sc
jogan dilocntes
faps
e posiciona
nentos. bcn coDo dlentcs
Procninncit\
desscs nrcsos papors
Ao l ongo da ! i d. r un pi scnrprc pai . as o quc i sl o si gni l i cr c
(eflos
rclacionais vai-se al(crado conlinuimente Podc. ento. Il
-se dc u1t teurya
lniLio
I quc sc pende no s com ossa progressro.
nas tanhn com toda Lmr hria fanji,rf que preccdc e procedo
cada l:nlia Duclcar. O nodo coro um pai vai nrodiicando o scu
" Nt cHoLs. s v
r e , f
_, /
TL.
t .
t , 4. . \ , . , , v
. . 4, \
\
r ,
O CICLA VAL DA FAII411A. PRSPEC IVA SIS|MICA
posicionamento
cn relao aos ilhos tem que ve, p<r alm das
cspcctivas idadcs, con aspeclos concreos c lstuais da vida tmiar o
soca ( dicrente se o llho ainda osiudaf ou scj iver unr cprego),
tal como com ludo o qe vivcu e pendcu na sua imlia do origcm.
Esse te po laniliar cxprss-se no dcsenrolar do ctuojdjano. no
iLmo dos das c das 1ses por que cada lnlia vai passando.
Sinula_
neacntc. prmile aiculao c o reenq0dnrnenro dos ciclos vitais
das <dive|sas fanias nuclearcs, de cada lmti. Os lhos j
sar,m
dc casa mas os pais, agora idosos. prcisam da ajuda do csal:
"os
lcnpos) intcrcruzam-se <nunr tempo,, numn
lcrspccriv
rultigera-
crona. A nd,na situa-sc ncsse tempo... mas no a nrdna como o
oposto da no nrudana, uma rez qlrc nesle conlcxlo esrabilidacle e
tfansformo so encaadas como duas ces da csma mocd.
euer
io dizer que nurna famlia, como em ququer
oulo organismo vivo,
a mudana pcmranente:
a idcia de quc nromentos de iranstormao
se seguem momenos dc csrbilidadc absoluta ntceirvcl ro contexlo
do que se oblc|va no dcscnvolvin]cnlo da fmtia.
Os rabhos do quico tlya Pdgoginc vicrnm ajudaf a peccber
que lami. cst srcil.l a flutuacs permncntcs que ao aingrcm
dctcrminad anrpliude inrpicam a rccsrrurLro do prprio sjsre.
na medida cnr que prcvocm atc.aes quaiitalivas
do scu funcion_
mento- A mud na desconlnu, cntcndida como ruprua prccesslra, ,
cnto, imprevisvel e ircvcNvel sc rrrira rm cofo dc vidfo contm
unla superlcc dura posso calc lar que se pa|!ir, mas no quais xs
inhas de iaclura segundo.s quais quebrar; mesmo quc o colc, no
voltar ser o mcsmo copo.
Esta pcrspecliva
jncui
a noo de un fncionunenro dinmco
d() srstemar quando a mlia utrapassa a margcm de cskbilidadc
rr I rrrr crn q, n . r\ f l Jrur\ ucs . o f r' 1l i dr: c (' n qUe \ i \ rern. r
| cnnJncf L
ais ou mcnos estvc, ocorfen mudanas ireversvcis das quas
cnrcge uDr ovo pddr.a.ftncio al orsni.a.lo (Translmao). O
rclacionamcnto e modo de vida de m casl sem lhos no podc
' runcr
er
u m(\ mo JcJ ur\ do r 15(i n, cnrn. l r'
( i : nr'
Sen esla! udanas, a evoluo e tarbm a contnLlidade da
famia ficariam entravads, como lcil de concluir. Esscs monen-
tos de lranslomao cocspondm aos marcadoes do cioo vil1, ou
scia. ao incio dos seus dilcrenles csldios de !nsio ou ses So
moncntos da dcnominda nu.latla 2 na enninologia da Escoa de
Pk) Allor'
(rssinr
classificda
por oposio trddriid / que sc sucede
sc i n pl i car a mudna gbhrl e qua t rt va do s st cma)
Tas momenios corcspondcm. como se sbc. s charnadas crlses,
pois implicam grande rr,"r.t na v;da lmiliar' Sc vcdade quc conci-
dcm com uma raior probabilidadc dc disfuncionamento na lnla,
l -rnh, I n
. c
t ^de
oh. . r\ Jr q re ncrn
. . ml re u. J. nre(. i mcnru'
que
"'
assinia tm uni carga al-ccliva negaliva. Com elilo. lod e curlqucr
mudani! cairsa slr?$ c, como lci1 de conclur consullando a tabela
dc valorcs dc strers rcllivos s pdncipais ocorncias da vida':lJ(lr
?venar), o casamento ou uma econciliao coniuga caus mais .trrerr
tio que a docna de um lanriia ou a sad de um llho de cs N,
portanto o ccter agradvcl ou desagrrdvel du acontecimenlo
que
o definc como cfise, nras sim o scu cacter dc mudana.
O aspccto parrdoxa1 da noo dc crise evidcnte: a lngua chinesa
cscreve a palvra ulilizando os dois caractercs
<perigo, c <sorte);
Minuchin dclne-a magislalmenlc como o.dsio e .ir.d, ocasio de
mudna. risco dc patologia ou dinconamcnlo Com clcilo' a crise
scntidn pcc, sistemr como ameaadora um vez quc compora uma
dimenso do imprevisibilidade ao exigi a transibnao de um modco
dc elaes que o sistema contola. No entanto. sc o sistema
(gc'
a
cssa necessidade, sua cvoluo e pcrmanncia fica
(hipotecada).
Po
oulo ldo, cise, que tcm que se rcsolvida no prescntc' tem um p
no passdo e oulo no 1turo: . anuleno da coenci do sistera
cxige uma coninudade cntre estruura pssad c a que se encontra
' !
Cl. WATZLAWICK. P j WEAKLAND. J H 1.1915) Cha|.t|.its,
P4tu
. 1, r . 4pJf r / , r r i , ?t , i c Pai s, scui l
' "
Apeserad! cnr SKINNER. R
i
CLEESE. l (1990) Fdnlntt.. c tttro
Irn,.)ri.t.at.la\
Plo. Edics Afnnlldento, pp. 65' 66
O CICLO V AL DA FAM.LIA PERSPECII\/A SIS|MICA
cnl vir\ dc crborao. H quc ncgoci.f nolas rcsposrs sc irbindonal
tolume.tc os antgos rrcdolos... a qucsto quc, c nlujtos casos, o
p do passdo arscchr-sc i u p dc chumbol
Cri se no pode ser en o um equi l al ent e de pa, t r. : est a l l i a
noo no se adequa. o 1 nci onment o dos si st emas vi vos, co o
aconlccc com o d s nquin s. Na mquna o aparccimenlo de unra
/drr.
.csuta na suspcn!o Lrcntnca da sua histria. isLo , do seu
l unci on ncnl o. c r sur cso uo bt sc a-sc no af rt ni o ou subst i rLri o
dr pou csada. Fcilo isto a ri(uinr relonr.rf r sua actividade habi-
r uJ 4, , . . ' r r i - i o LJJ cr i qr ' i nJ. u . : . r ( n r I r r ( r
f Jr J: f r u! . cSUc: , . Ur l
l(iir retando ccncontif un novo os!dio dc cquiitrio alravs da
nudana. Tab aqu sc cnconlr o as|cclo prrufuxtl d crise ante-
i on c. Lc l cdo: o ! c ho cq ri l bri o no servc c t oda a
(l ut . D
se d ri gc
nr busca da crbjdidc quc runca o scr, de lcto, enquanto o siea
Cono nola Philippc Cailrr. a crisc rcqucr urna translnao do
nrodelo relacion.le no a ep..ro o suhsti(Lro du <dclbilo'. o
que pode ser conflicado porque essa lranslbrmao 1c quc so coc-
rene conr n nova lse da histia fanliar. <Po u ado . cortinuao
prcvisvcl dc unrt histujfir progrna,:la nreriomcntc. Por outro, una
hi sl ri a quo cnl ra cm conl l i t o consi . so p pr a e co u a b l rrcaL
inprc!isvc do tutu)),. Se unr pai no descnpcnha adcqudnmcntc o
seu
f.pe
de pai de um adolesccntc, porqrc o latn con cfiann. niio
deixaf pof sso de acluar conro pi. T.rrbn no possvcl que s
ee n de o seu comportncnlo. pois sc isso.rcontoccf o nmdo coro
o lilho se conpota modr ncccssadumonlc. No cntanto, toda essa
nudinr no podo saif do que nornra fmliar.
Crise no cqu!c aidu u rg,.t/, a qual. .pesar de exigir unra
grande nrobli7o de recurso!. nilo cxigo nudinr no sentido anlc
riofleote indcado. Se algun da .rir br sujcito uma interveno
cirfgica, h que resolve a sluao atravs dc ajustes no quotidiano.
quc nao i n pl i cn . cont udo, uma nov csl rart ! ru rc rci on l .
conveni ent e re ri r que a! c i l cs l am i arcs no se esgot m nos
n onrc l os de l rt nsi o. l o ci cl o vi t . l ; cst u! l cro as cdses esf erxds.
Nao obstantc, outros icontecienlos srrrgidos ao ongo da hislri
:r
CALL.P.
(1987) (l-
ntctr.trrir, l.srsneerltr ct\\c, Thlnre
l.nili.ll
fmilirf podcf !c o trnsfornar em criscs co todas as slras impi-
cacs: o caso d, clcda nterveno cirrgca podcr convcrter-se
nunra crisc, sc la slr sequncia ocorref o lccinrcrlo ou r invlidez
do sueito. Situacs como o dcsemprego do pr ou una prclunda
rlteao poltica podonr. lmbn. assuir esse valor prra a famia.
A articulo espno-tempo fmiliar
Na rnlisc da lnrla dciiniu-sc u iro Jt?.ft?i.r. do esfo
rilaf. cmjncnlccntc rclacona. Nclc sc
jogan.
em eqrilibrio. a
i ndi vi durl i zao c r soci a i r o dos seus el ernent os. Concret ment e,
o eixo sincfrico rovol sc n c.ulu da famli, nas relaes enlre
os seus ner bros, nas suas al i ans c mi l es, no t j po e modos de comr -
nicao pof ccs
trivicgdos.
Desse modo criam-se e dcscnvolvcn'
-se as nofls e os pud6cs ou modclos dc nlcraco que caraclerizr
dete inada fmlia (se c na! dc quc odo. sc pai nas conro...).
As taefs de desenvolvimcnto espcclicas dca vcrlcntc tm quc vcr
fundanentamenle com a protcco. ccscincnto c aulonomizao dos
elemenos da mia.
Consdera-sc .nda a cxis!ncia dc un outro cxo. o
(ixo
la(fti-
ni.o, do
(empo
lniliaf, cnircnrcncnlc hifco. no qua surgc conlo
ndamentl o desenvolvimcnto da lanlia. cm cquilbdo co sua
tendncia para a manuteno. Concrcl.rmcnlc csta vcrlcn!c obscrva sc
na histria d.r 1alia. no dcscnrcar d lua vida quolid;ana c do scu
ci c o v l a .
11 cada um destes eixos . fanrlia aprcsenta novnentos de aber-
l u e f echo que possi bi l t am um equi bdo di nmi co, t ant o ent rc di f -
enciao/coordenao (crn relao.ro cxtcrior. supfl sistcma c ao intc
iof, subsstemas). corno ene movimentos de evouo c conscNao.
Os primeiros situam-se bsicanrente no eixo sincftinico e os segLrndos
ro dicrnco. Enlre os dois eixos gefa-se um outrojogo de equilbios,
quc aicua os dilrnles contexlos relaconais d vida lmiliar com
continuidde t-ansgeracional e cor a necessria adaptabilidade a essa
v.dedde de contextos. epresenta a nrudana contnua a que rrla
cst sujeita. Concretizando: medida que o tempo vai pssando as rela-
(os
vo-sc organizando dicrcrlccntc. O
jovcm
casal quc criou o
scu prpdo modolo dc rcacionamcnto vai scntr ncccssidadc dc o atc-
r
30 O CICLO VI.AL DA FAMIL|A PESPECT|VA SISTLM|CA
mr (mudan nos aspectos do eixo sincnico) quando os flhos nascem
(nova lasc do cico vila, avano no cixo diacrnico). O par que ambos
consritDem vai ter que <abri' e, por hprcse, a mc vi tc paa o
narido mcnos tcmpo do que linh at a.
Na aicuo cspo lcpo da lmlia, cr surge como fhr-
tuo mais mpa nessa mudana conrnua (no scnddo de permanene),
inlrodrzindo a tal ruptua pocessua c exigjndo uma rccsrrulurao
el aci onal . Assi nal a-se no ci xo di acr i co, ponuando hi st ri a d
famla; vive-se e elaboa se no cixo sincnico, organizando o aspecto
TEMPO
A crise pode ler quc vcr con exigncias de mdana, inlerras ou
exlernas; pode te quc vcr com as tarefas normtivas do evoluir lmi,
liar, ou com situaes c |onlcs de rr,"c.r acidentais que de lgm odo
intesectam oD coidem com o <cminho) da lmlia ao logo do ciclo
vital. No primeiro caso. i cise situa-se nos pontos de transio do
ciclo vital. ou seja, nos scus <marcadores).
Toda e qualquer mlia est sujeita a mudanas, ao .rrri.r, e pssa
necessriamente por vris crises. Em ltima ansc. as 1mlias
diferenciam-se na lbma como so capazes de as claborar, isro , de
encontrar vias que hc\ pcnitam a reesuturao que as laz avanar
no caninho da co-evoluo. Difeencim-sc n lcxibilidade, na possi-
bilidade de enconta. o equilbrio dinmico a abcrtur-cho do sis-
1c4.
"brndo)
um ou ouo aspecto conme o momcnlo evolutivo
o exige. As chamadas famlias ss irprcscnlanl cssa llexibilidade e cria-
livrnenle evolem, rvs das cises, pi vcis mais complexos. Por
exempo, se o casamento rcquc o rclativo lccho do sisema para que o
novo casal possa negociar as suas cacs o mais livre possvel de
inte.frncias de terceiros. adoloscncia dos llhos implca ! novi
nenio de sinal contrriot ou scja, o sistcna brc-se permilindo a enlada
de elemenlos do cxtcior cxenamente importantes, co o os agosi
escoa, as oulras mias, ctc. A fanlia s, apesr d reia quc
possa senir, com maior ou meno dilcuddc, Io-. As famlias que
o no conseguem, porque se lchm cxccssivnene (o p de chumbo
do passado cond -ls rigdficao) ou poque se abrem excessiva-
mente (entrando num caos lransaccional), no cncontrando camnho
par ess co-evol uo, cnt m cn di sl unc onamen o que podc
crislalizar-se na patologia dc um ou mais dos ses elementos.
A hslria da vida da fmli , erto, a histia da succssiva
progrcsso dos scus norentos de crise e periodos dc tnsio, bem
conro da cvolugo ou d;ficuldades que a sua elaboo comporia no
chnado ciclo vitnl e no inercruzar das geratus. A histrd da
fanll
len assm um pincpio, que se no vslumbra, e u lm scn linal,
quc sc no divinha... mas es l, contendo e orientando vid lmiliar.
ESPAO
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