Vegetação - Parque Estadual de Itapuã

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FERNANDO L.

GLUSZCZAK
MICHELE M. EIDT
MICHELLE H. VISCARDI








LEVANTAMENTO DA COMUNIDADE ARBREA DE UM REMANESCENTE
DE FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL NO PARQUE ESTADUAL
DE ITAPU, VIAMO, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL











CANOAS, 2014.
Levantamento da comunidade arbrea de um remanescente de
Floresta Estacional Semidecidual no Parque Estadual de Itapu,
Viamo, Rio Grande do Sul, Brasil

Fernando L. Gluszczak, Michele M. Eidt & Michelle H. Viscardi
Acadmicos do Curso de Cincias Biolgicas, Unilasalle


RESUMO
Estudo realizado no Parque Estadual de Itapu, localizado no municpio de Viamo, Rio
Grande do Sul, na trilha entre a Praia das Pombas e a Praia da Ona (Trilha da Ona),
onde se encontra um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual. Foi avaliado o
componente arbreo da rea, utilizando-se do mtodo de parcelas, sendo incluso na
amostragem todos os indivduos com CAP 15cm, totalizando uma rea de 600m. De
cada indivduo foram levantados os dados de CAP, espcie e altura total estimada (H).
Foram encontrados 135 indivduos distribudos em 23 espcies e 16 famlias, sendo a
Myrtaceae a famlia com maior nmero de espcies (4) seguida de Fabaceae (2),
Rubiaceae (2), Rutaceae (2) e Salicaceae (2). As espcies com maiores ndices de Valor
de Importncia (IVI) foram: Sebastiania commersoniana (38,7), Myrciaria cuspidata
(35,4), Guapira opposita (34,3). O ndice de Diversidade de Shannon foi de 2,7, ndice
considerado dentro da mdia quando comparado a outras reas de Floresta Estacional
Semidecidual do estado do Rio Grande do Sul. A Curva do Coletor mostrou que o
nmero de Unidades Amostrais no foi suficiente para representar a real riqueza da
rea. A rea apresenta espcies tpicas de Florestas Estacionais Semideciduais do
estado, estando em processo de regenerao, com indivduos arbreos jovens,
merecendo ateno especial, sendo importante manter as polticas pblicas para a
continuidade da recuperao e preservao desse fragmento.
Palavras-chave: Estacional semidecidual, Comunidade arbrea, Itapu

INTRODUO
O processo de colonizao do Rio Grande do Sul, bem como o crescimento
populacional e a ocupao das terras em sucessivos ciclos econmicos como o do trigo
e o da soja, ocasionaram uma drstica reduo da rea ocupada por florestas nativas,
alm do desaparecimento de banhados, campos, lagoas e outros ecossistemas naturais
de igual importncia para a manuteno do equilbrio ecolgico (Rio Grande do Sul,
1997).
O Parque Estadual de Itapu, situado no municpio de Viamo, Regio
Metropolitana de Porto Alegre, foi criado em 1973, mas s foi implantado
recentemente, recebendo, a partir de 1998, a infra-estrutura necessria para o efetivo
cumprimento de seus objetivos como uma Unidade de Conservao de Proteo
Integral. Em seus 5.566ha protege remanescentes dos ecossistemas naturais de toda a
regio, o que lhe confere grande importncia ecolgica, cientifica e social (IRGANG,
2003), sendo a ltima amostra dos ecossistemas originalmente existentes na regio
metropolitana de Porto Alegre (Rio Grande do Sul, 1997).
Ao longo do tempo, as sucessivas administraes estaduais, por inexperincia, falta
de recursos, descaso ou omisso, oportunizaram a explorao de pedreiras, o
crescimento de loteamentos clandestinos de veraneio e visitao desordenada. O fim da
explorao das pedreiras se deu em 1985, junto com a instalao de um posto de
fiscalizao e a freada no crescimento dos loteamentos clandestinos (Rio Grande do Sul,
1997).
At 1991, quando o Parque foi fechado visitao pblica, o acesso era
praticamente livre, o que facilitou invases das praias, que somente foram retiradas em
1991, mediante ao judicial (Rio Grande do Sul, 1997). O Parque foi reaberto em abril
de 2002, aps ter ficado fechado por mais de dez anos para a recuperao de seus
ecossistemas e sua estruturao administrativa, mas somente a Praia das Pombas est
aberta visitao, com o limite dirio de 350 visitantes por dia, sendo permitida a
realizao de passeios orientados por guias pela trilha que vai at a Praia da Ona
(Trilha da Ona). Atualmente tambm so desenvolvidas no Parque trabalhos de
pesquisa cientfica, estudos dos locais histricos e dos stios arqueolgicos e atividades
de fiscalizao para evitar novas invases, bem como proteger a fauna e a flora (Rio
Grande do Sul, 1997).
Os fragmentos florestais remanescentes so definidos como qualquer rea de
vegetao natural contnua, interrompidos por barreiras antrpicas ou naturais capazes
de diminuir significativamente o fluxo de animais, plen e/ou sementes (Viana, 1990
apud SILVA & SOARES, 2002). Estes fragmentos apresentam srios problemas, como
um grande nmero de rvores mortas, alta ocorrncia de cips, um grande nmero de
espcies raras e poucos indivduos e espcies pertencentes a estgios mais avanados da
sucesso (Almeida, 1996 apud SILVA & SOARES, 2002), porm, so fundamentais
para a conservao da biodiversidade, devendo-se adotar tcnicas apropriadas para a
recuperao e o manejo (SILVA & SOARES, 2002).
Segundo VELOSO & GES FILHO (1982) apud VACCARO, 1997, o conceito
ecolgico da Floresta Estacional est ligado ao clima, caracterizado por duas estaes
distintas: uma chuvosa e outra seca, ou com acentuada variao trmica, com
estacionalidade foliar dos elementos arbreos dominantes do estrato emergente, os quais
tem adaptao deficincia hdrica ou queda da temperatura nos meses frios, que atua
como seca fisiolgica nas espcies tropicais. A perda de folhas do conjunto florestal
semidecidual situa-se entre 20% e 50% (CARVALHO, 2003 apud COPEL, 2009).
Quanto a estrutura, KLEIN (1983) apud VACCARO, 1997, afirma que podem ser
distinguidos trs estratos arbreos. O estrato das rvores altas, que podem atingir de 30
a 35 metros de altura, no forma uma cobertura contnua, ocorrendo como rvores
emergentes. O estrato das rvores, comumente entre 20 e 25 metros de altura, bastante
denso e contnuo. O estrato das arvoretas possui um nmero relativamente elevado de
rvores medianas, normalmente de 5 a 12 metros de altura, dentre as quais algumas
apresentam valores sociolgicos muito elevados, sendo as restantes bastante raras. Os
dimetros maiores so encontrados nas espcies secundrias tardias e clmax; as
pioneiras raramente ultrapassam 50 cm de dimetro.
O presente trabalho teve como objetivo o levantamento fitossociolgico do estrato
arbreo em um remanescente de Floresta Estacional Semidecdua localizado no Parque
Estadual de Itapu, municpio de Viamo, Rio Grande do Sul.

MATERIAL E MTODOS
rea de estudo: O Parque Estadual de Itapu est localizado no municpio de Viamo,
Rio Grande do Sul, possuindo 5,566ha, sendo limitado a oeste pelo Lago Guaba e ao
sul e a leste pela Laguna dos Patos (RIO GRANDE DO SUL, 1997). O parque foi
criado em 1973, mas permaneceu em estado de abandono at 1985. Nesse perodo,
esteve sujeito ao crescimento de loteamentos clandestinos, explorao de pedreiras
para extrao de granito-rosa e visitao desordenada. Todos estes impactos foram
responsveis por srias alteraes ambientais, cujas consequncias podem ser
observadas at hoje (BENCKE, 2005). Atualmente, as reas situadas no interior do
parque encontram-se em processo de recuperao, principalmente aps a retirada do
gado e a remoo de espcies arbreas exticas (Irgang & Oliveira, 2004 apud
BENCKE, 2005).
Segundo o sistema de Koeppen (1948), o clima da regio onde se localiza o Parque
Estadual de Itapu classifica-se dentro da variedade geral Cfalg'n descrita como clima
subtropical mido, com mdia do ms mais quente superior a 22C, mdia do ms mais
frio contida dentro dos limites -3C e 18C (RIO GRANDE DO SUL, 1997), e
temperaturas mdias anuais em torno de 19,5C (BENCKE, 2005). A pluviosidade
mdia anual fica em torno de 1.300 mm, com chuvas distribudas de forma
relativamente uniforme ao longo do ano (MUSSKOPF, 2006). Os dados climticos
mdios de 30 anos (1961 a 1990) mostram a existncia de uma tnue sazonalidade. O
perodo de novembro a maio corresponde a uma estao menos mida, cuja precipitao
mdia mensal de 100mm (BENCKE, 2005).
Existem trs grandes conjuntos de vegetao, a floresta de encosta, que recobre as
plancies e morros prximos ao Guaba e Laguna dos Patos, principalmente nas suas
vertentes meridionais e ocidentais; os campos rupestres, presentes em topos e encostas
de morros granticos com solos rasos; e a floresta de restinga formada pela complexa
vegetao das baixadas e areias costeiras. A floresta de encosta apresenta um estrato
herbceo discreto, um estrato arbustivo denso, dossel compacto e de altura mdia de
cerca de 10 metros, dificilmente ultrapassando os 15 metros, sem rvores emergentes,
com predomnio de espcies de ampla distribuio (MUSSKOPF, 2006).
A rea amostrada pertence a chamada Trilha da Ona, com extenso de 1.640m, que
fica entre a Praia das Pombas e a Praia da Ona, onde encontra-se um remanescente de
Floresta Estacional Semidecidual (mata de encosta), bioma Mata Atlntida, fazendo
parte do processo de sucesso secundria, onde h a formao de uma comunidade
sobre um substrato anteriormente ocupado por uma outra comunidade, que sofreu
grande degradao. Este trecho ainda recebe visitantes, em trilhas guiadas pelos ficais
do Parque.
Levantamento arbreo: No ms de maio de 2014, foram demarcadas de forma
sistemtica e contnua 6 parcelas de 10m x 10m totalizando 600m. Foram includas ao
registro de cada parcela as espcies com circunferncia dos troncos igual ou superior a
15cm na altura de 1,30m acima do solo (CAP circunferncia a altura do peito), tais
medidas foram feitas com fita mtrica. Caso os perfilhamentos partissem do nvel do
solo foram medidas as circunferncias individuais de cada tronco filho, somando-se os
valores. As alturas foram estimadas visualmente, em intervalos de dois em dois metros,
utilizando-se a pessoa mais alta do grupo para estimar os primeiros dois metros.
A identificao das espcies foi feita em campo, com a ajuda do Professor Doutor
Srgio Augusto de Loreto Bordignon, que possui mestrado em Botnica pela UFRGS
(1990), e atualmente professor do Unilasalle. Tem experincia na rea de Botnica,
com nfase em Taxonomia da Famlia Lamiaceae e Estudo da Flora do Rio Grande do
Sul.
Os dados coletados foram utilizados para a anlise da fitossociologia da comunidade
atravs da densidade, dominncia e frequncia (MUELLERDOMBOIS &
ELLEMBERG, 1974 apud SANTOS-DINIZ et al, 2012):
a) Densidade Total por rea (DTA) = N/600m, onde: N = nmero de indivduos
amostrados.
b) Densidade Relativa (DRx) = (nx/N) x 100, onde: Nx = nmero de indivduos
amostrados da espcie e N = nmero de indivduos amostrados.
c) Dominncia por rea (DoAx) = DAx x ABx , onde: DAx= densidade por rea de
espcie e ABx = rea basal mdia de espcie.
d) Dominncia relativa por espcie (DoR) = ( ABI/ ABT) x 100, onde: ABI = rea
basal de cada individuo de espcie; ABT = Soma das reas basais de todas as espcies
de amostradas.
e) Frequncia Absoluta (FA) = (Px/ Pt) x 100, onde: Px = Nmero de parcelas de
ocorrncia da espcie e Pt = Nmero total de parcelas.
f) Frequncia Relativa (FR) = (FA/FAT) x 100, onde: FA = Freqncia absoluta da
espcie, FAT = Frequncia total (soma das FA de todas as espcies amostradas).
Para avaliar o ndice de Valor de Importncia (IVI), que mostra o grau em que a
espcie se encontra estabelecida na comunidade (importncia ecolgica), foi utilizada a
equao:
IVI = DR + FR + DoR, onde: DR = Densidade Relativa, FR = Freqncia Relativa e
DoR = Dominncia relativa por espcie (KENT & COKER, 1992 apud SANTOS-
DINIZ et al, 2012).
Para avaliar o ndice de Valor de Cobertura (IVC), que expressa a contribuio
do txon na cobertura vegetal do ambiente, foi utilizada a equao:
IVC = (DR + DoR) onde: DR = Densidade Relativa e DoR = Dominncia relativa por
espcie (MACARAJ et al, 2003).
Os clculos foram realizados com o auxilio do Microsoft Office Excel Windows
XP.
Para a anlise da diversidade florstica, relacionada com a riqueza, isto , o nmero
de espcies de uma comunidade, e com abundncia, que representa a distribuio do
nmero de indivduos por espcie (MACARAJ et al, 2003), foi utilizado o ndice de
Shannon (H),. dado pela frmula:
H = - pi x Ln(pi), onde: pi= ni/N; ni= nmero de indivduos amostrados da espcie i,
N= nmero total de indivduos amostrados, Ln= logaritmo neperiano (MAGURRAN,
1988, apud SANTOS-DINIZ et al, 2012). Para o clculo foi utilizado o software DivEs
2.0.
Para avaliar se o nmero de parcelas amostradas suficiente, ou seja,
representativa da comunidade vegetal em estudo (a idia de representatividade nesse
caso est relacionada indicao de que a composio florstica e a densidade de
rvores por espcie est adequadamente amostrada) (SCHILLING & BATISTA, 2008),
foi usada a curva do coletor, onde o nmero acumulado de espcies encontradas
plotado em relao ao aumento progressivo da rea amostrada. Assim, a suficincia
amostral corresponde ao ponto onde a curva torna-se praticamente horizontal, ou seja,
um aumento da rea de amostragem no implica num acrscimo significativo no
nmero de espcies.

RESULTADOS E DISCUES
Foram registrados um total de 135 indivduos, sendo 23 espcies, distribudas em 19
gneros e 16 famlias, alm de 3 indivduos mortos, no identificados. As rvores
mortas, ainda em p, tm valor ecolgico para a fauna silvestre, fornecendo abrigo,
local de nidificao, fonte indireta de alimento, entre outros (LOPES, 1998 apud
SANTOS-DINIZ et al, 2012).
As famlias que apresentaram maior nmero de espcies foram: Myrtaceae com 4
espcies, Fabaceae, Rubiaceae, Rutaceae e Salicaceae com 2 espcies cada (Quadro 1).
A presena destas famlias corrobora com a caracterizao de Floresta Estacional
Semidecidual, conforme tambm apontam trabalhos em florestas semideciduais de
outras regies do Brasil, sendo a Myrtaceae sempre a mais frequente (JARENKOW,
J.A.; WAECHTER, J.L., 2001; SILVA, S.M. et al., 1992; LONGHI et al, 2008;
BUDKE, J.B. et al., 2004).



QUADRO 1- Espcies encontradas no levantamento florstico e fitossociolgico do
Parque Estadual de Itapu, municpio de Viamo, Rio Grande do Sul.
FAMLIA ESPCIE NOME POPULAR
ANACARDIACEAE Lithraea brasiliensis Marchand Aroeira-brava
BIGNONIACEAE Handroanthus pulcherrimus
(Sandwith) S.O.Grose
Ip-amarelo
EBENACEAE Diospyros inconstans Jacq. Maria-preta
ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum argentinum
O.E.Schulz
Coco
EUPHORBIACEAE Sebastiania commersoniana (Baill.)
L.B. Sm. & Downs
Branquilho
FABACEAE Enterolobium contortisiliquum
(Vell.) Morong
Timbava
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Maric
MELIACEAE Trichilia claussenii C.DC. Catigu
MORACEAE Ficus cestrifolia Schott Figueira
MYRTACEAE Eugenia hiemalis Cambess. Guamirim
Eugenia myrcianthes Nied. Pessegueiro-do-mato
Eugenia uruguayensis Cambess. Guamirim
Myrciaria cuspidata O.Berg Camboim
NYCTAGINACEAE Guapira opposita (Vell.) Reitz Maria-mole
PRIMULACEAE Myrsine umbellata Mart. Capororoco
RUBIACEAE Guettarda uruguensis Cham. &
Schltdl.
Veludinho
Randia ferox (Cham. & Schltdl.)
DC.
Limoeiro-do-mato
RUTACEAE Zanthoxylum rhoifolium Lam. Mamica-de-cadela
Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. Coentrilho
SALICACEAE Casearia decandra Jacq. Guaatunga
Casearia sylvestris Sw. Ch-de-bugre
SAPINDACEAE Allophylus edulis (A.St.-Hil.,
Cambess. & A. Juss.) Radlk.
Chal chal
SOLANACEAE Solanum pseudoquina A. St.-Hill. Coerana


.
A densidade total da rea amostrada foi de 135 indivduos por 600m, sendo que
somente a Sebastiania commersoniana e Myrciaria cuspidata j representam 32,6% dos
indivduos (44).
As espcies que apresentaram os maiores ndices de Valor de Importncia (IVI)
foram: Sebastiania commersoniana, Myrciaria cuspidata, Guapira opposita (Tabela 1).
A soma dos indivduos dessas quatro espcies representa quase 43% do total de
indivduos presentes na rea amostrada. Teoricamente, as espcies mais importantes so
mais adaptadas ao ambiente e formam a estrutura da mata, pois apresentam maior
sucesso em explorar os recursos de seu hbitat (FELFILI & VENTUROLI, 2000 apud
SANTOS-DINIZ et al, 2012).
Em trabalho realizado em um remanescente de floresta estacional semidecidual, em
Montenegro, RS por LONGHI et al, 2008 encontrou como espcies com maior ndice
de Valor de Importncia Sebastiania commersoniana, Casearia sylvestris, Myrsine
umbellata, Mimosa bimucronata e Allophylus edulis, representando 51,52 % do IVI,
estando em partes semelhantes com os resultados encontrados no Parque Estadual de
Itapu. Ainda segundo LONGHI et al, 2008, Sebastiania commersoniana representou
quase 25% do total dos indivduos amostrados. Esse alto valor de densidade se deve aos
aspectos ecolgicos da espcie e s condies favorveis do local (ambiente aberto e
mido), que, segundo CARVALHO (2003), a espcie pode ocorrer de forma quase pura
em determinados ambientes, principalmente em solos midos de baixada nas beiras dos
cursos de gua, sendo considerada uma das plantas pioneiras mais expressivas.
Em estudo realizado por RUCKER et al, 2003, em um fragmento florestal no Morro
Santana, em Porto Alegre, regio prxima Itapu, houve uma pequena divergncia
quanto a famlia mais representativa, aparecendo essa como sendo a famlia
Sapindaceae. A seguir, a famlia Euphorbiaceae. A famlia Myrtaceae contribuiu com
10% dos indivduos, distribudos em 12 espcies e 7 gneros, tendo sido a com o maior
nmero de espcies na rea amostrada. Neste estudo, no Parque Estadual de Itapu, a
famlia Myrtaceae alm de apresentar o maior nmero de espcies tambm detm o
maior nmero de indivduos (34). RUCKER et al, 2003, achou no fragmento florestal
no Morro Santana como maior ndice de Valor de Importncia a Sebastiania serrata. O
segundo maior VI foi apresentado por Guapira opposita, devido aos grandes dimetros
dos seus indivduos, com reflexo na dominncia relativa da espcie. O gnero
Sebastiania, assim como Guapira opposita tambm figuram em outros trabalhos
realizados no Morro Santana de Porto Alegre - MOHR, 1995 (RUCKER et al, 2003).
Quanto ao valor de cobertura, as principais espcies representativas foram
Sebastiania commersoniana (29,2), Myrciaria cuspidata (27,5), Guapira opposita
(24,8), Myrcini umbelata (16,6), Eugenia myrcianthes (13,2) e Allophylus edulis (12,9),
totalizando 62% do valor de cobertura total (Figura 2). IVC e IVI so estimadores da
importncia ecolgica de um txon (espcie, famlia, etc) dentro de uma comunidade
florestal. O IVC calcula do pela soma da densidade relativa com a dominncia relativa
de determinada espcie, sendo seu valor mximo possvel igual a 200% (no caso da
floresta ser composta por apenas uma espcie). O IVI, alm destes dois parmetros,
considera ainda a freqncia relativa, seu valor mximo, portanto, corresponde a 300%.
Estes estimadores consideram que os parmetro s usados para seu clculo retratam, de
certa forma, a importncia ecolgica de uma certa espcie na comunidade, quando
comparado s outras espcies nela existentes, uma vez que so utilizados valores
relativos (IAP, 2002). Normalmente as espcies com maior valor de importncia so
semelhantes s espcies com maiores valores de cobertura. Nesta amostragem houve
uma divergncia entre as com maiores valores de IVI e IVC. Allophylus edulis a
quinta espcie com maior valor de IVI, porm, a quinta espcie com maior valor de IVC
a Eugenia myrcianthes. Isso se d por a E. myrcianthes apareceu somente na metade
das parcelas, apresentando uma Freqncia Relativa menor que A. edulis, e esse valor
no tem importncia para o ndice de cobertura, somente para o ndice de importncia.
E. myrcianthes tambm apresenta um valor mais elevado de Dominncia Relativa,
indicando que os indivduos amostrados possuam maiores reas basais, o que
influencia diretamente o valor de cobertura da espcie.
Segundo o Inventrio Florestal Contnuo do Rio Grande do Sul, 2002, na Floresta
Estacional Semidecidual do Estado as famlias Myrtaceae, Lauraceae, Fabaceae,
Flacourtiaeae, Rubiaceae e Sapindaceae foram as mais representativas. As espcies
Podocarpus lambertii, Lithraea brasiliensis, Sebastiania commersoniana, Casearia
sylvestris, Myrsine umbellata e Matayba elaeagnoides foram as mais importantes do
ponto de vista fitossociolgico. Estes dados confirmam, mais uma vez, a caracterizao
de Floresta Estacional Semidecidual da rea do Parque Estadual de Itapu estudada.
Sete espcies (5,2%) apresentaram apenas um indivduo amostrado. Espcies com
baixos valores de densidade e freqncia so consideradas raras. Entretanto, esta
considerao deve ser feita apenas para a rea de estudo, sem generalizaes, pois estas
espcies podem ocorrer em elevada densidade, mesmo em reas prximas (BUDKE et
al, 2004). Ficus cestrifolia imune ao corte, conforme a Lei Estadual N. 9519/1992
(Cdigo Florestal Estadual).

TABELA 1- Parmetros fitossociolgicos das espcies do Parque Estadual de Itapu.
Dados ordenados de acordo com os valores do ndice do Valor de Importncia (IVI).
Espcie N F.O.A F.O.R DRx DoR IVC IVI
Sebastiania commersoniana 22 100 9,5 16,4 12,8 29,2 38,7
Myrciaria cuspidata 22 83,3 7,9 16,4 11,1 27,5 35,4
Guapira opposita 14 100 9,5 10,4 14,4 24,8 34,3
Myrcini umbelata 13 66,6 6,3 9,6 7 16,6 22,9
Allophylus edulis 9 83,3 7,9 6,7 6,2 12,9 20,8
Erythroxylum argentinum 7 83,3 7,9 5,2 5 10,2 18,1
Eugenia myrcianthes 8 50 4,7 5,9 7,3 13,2 17,9
Casearia sylvestris 6 50 4,7 4,4 3,5 7,9 12,6
Zantoxylum rhoifolium 4 50 4,7 3 3,3 6,3 11
Lithraea brasiliensis 4 16,6 1,5 3 5,3 8,3 9,8
Eugenia uruguayensis 3 50 4,7 2,2 1,8 4 8,7
Diospyros inconstans 3 33,3 3,1 2,2 2,8 5 8,1
Randia ferox 3 50 4,7 2,2 1 3,2 7,9
Trichilia claussenii 3 33,3 3,1 2,2 2,3 4,5 7,6
Ficus cestrifolia 1 16,6 1,5 0,7 5,2 5,9 7,4
Enterolobium contortisiliqum 1 16,6 1,5 0,7 3,4 4,1 5,6
Guettarda uruguayensis 2 33,3 3,1 1,5 1 2,5 5,6
Casearia decandra 2 16,6 1,5 1,5 0,5 2 3,5
Mimosa bimucronata 1 16,6 1,5 0,7 1,8 2,5 4
Zanthoxylum fagara 1 16,6 1,5 0,7 1,8 2,5 4
Solanum pseudoquina 1 16,6 1,5 0,7 0,6 1,3 2,8
Tabebuia pulcherrima 1 16,6 1,5 0,7 0,6 1,3 2,8
Eugenia hiemalis 1 16,6 1,5 0,7 0,2 0,9 2,4
Mortas 3 50 4,7 2,2 0,7 2,9 7,6
TOTAL 135 1049,2 100 100 100 200 300
Sebastiania commersoniana
Myrciaria cuspidata
Guapira opposita
Myrcini umbelata
Allophylus edulis
Outras Espcies

FIGURA 1 Espcies com maiores valores de IVI do Parque Estadual de Itapu,
municpio de Viamo, Rio Grande do Sul.
Sebastiania commersoniana
Myrciaria cuspidata
Guapira opposita
Myrcini umbelata
Eugenia myrcianthes
Outras Espcies

FIGURA 2 Espcies com maiores valores de IVC do Parque Estadual de Itapu,
municpio de Viamo, Rio Grande do Sul.
A maioria dos indivduos (64%) encontrados no local do estudo apresentou rvores
com alturas entre 6,1 e 10m, podendo ser considerado o dossel da floresta. O estrato
arbreo inferior representado por indivduos entre 3,1 e 6m (20,7%). Apenas dezesseis
indivduos apresentaram altura superior 11m, sendo a rvore mais alta com 14m, e por
estarem presentes em pouca quantidade, alm de se destacarem acima do dossel do
fragmento, podem ser considerados emergentes neste remanescente florestal, sendo
estes alguns membros das espcies Ficus cestrifolia, Guapira opposita, Solanum
pseudoquina, Eugenia myrcianthes, Erythroxylum argentinum, Sebastiania
commersoniana, Myrcini umbelata (Figura 3). 70% dos indivduos apresentaram
circunferncia do caule entre 15 e 80cm, apenas dezessete indivduos apresentaram
circunferncias superiores a 100cm, como organismos das espcies Ficus cestrifolia,
Sebastiania commersoniana, Trichilia claussenii, Guapira opposita, Eugenia
myrcianthes, Lithraea brasiliensis, Zanthoxylum fagara, Enterolobium
contortisiliquum, Myrcini umbelata, Zantoxylum rhoifolium, Erythroxylum argentinum,
Allophylus edulis (Figura 3).
Os indicadores estruturais e os parmetros fitossociolgicos podem ser relacionados
ao estado de conservao da mata, de acordo com LEITO FILHO, 1993 apud
RUCKER et al, 2003. RUCKER et al, 2003, no fragmento florestal no Morro Santana,
observaram que a maior parte dos indivduos amostrados (51%) apresenta entre 6 e 10
metros de altura, tratando-se, portanto, de uma mata baixa. Mais de dois teros dos
indivduos (76%) apresenta dimetros reduzidos, ou seja, entre 3 e 12cm, denotando que
a mata relativamente jovem. De acordo com VACCARO 1997, as espcies
Sebastiania commersoniana, Casearia silvestris, Zanthoxylum rhoifolium, Allophylus
edulis, Guapira opposita pertencem as sucesses secundrias iniciais.
A anlise florstica e estrutural da rea amostrada em Itapu evidenciou tratar-se de
uma mata jovem e baixa, em franco processo de regenerao, e de carter secundrio,
uma vez que, alm da maioria dos indivduos apresentarem alturas e circunferncias
reduzidas, verifica-se a predominncia de espcies tpicas de estdios sucessionais
iniciais, como a Euphorbiaceae Sebastiania commersoniana (cujos altos valores de
importncia so reflexo de um maior nmero de indivduos), a Sapindaceae Allophylus
edulis, a Salicaceae Casearia silvestris, a Rutaceae Zanthoxylum rhoifolium e a
Nyctaginaceae Guapira opposita.

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40
45
50
0 - 2 2,1 - 4 4,1 - 6 6,1 - 8 8,1 - 10 10,1 - 12 12,1 - 14
Classes de Alturas (m)
N

m
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r
o

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n
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,
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,
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0
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6
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,
1

-

4
2
1
Classes de Circunferncias (cm)
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FIGURA 3 - Distribuio das classes de alturas (m) e circunferncias (cm) das espcies
encontradas no Parque Estadual de Itapu, municpio de Viamo, Rio Grande do Sul.


O ndice de Diversidade de Shannon calculado na rea foi de H= 2,7022. O
emprego de ndices de diversidade muitas vezes restrito a situaes comparativas.
Podemos usar o ndice de Shannon para dizer que a comunidade A mais diversa do
que a comunidade B. Entretanto, o valor do ndice em si algo abstrato e difcil de se
interpretar (MELO, 2008).
O ndice encontrado para a rea amostrada do Parque Estadual de Itapu est alto se
comparado ao que LONGHI, 2008 encontrou em um remanescente florestal de
Montenegro RS, no valor de 1,995, indicando antropismo. Mas, est prximo a
ndices encontrados por VACCARO, 1997 em uma Floresta Estacional Decidual em
Santa Teresa - RS, no valor de 2,75 para a Floresta Secundria, por JARENKOW &
WAECHTER, 2001 em uma Floresta Estacional Semidecidual no Vale do Sol RS, no
valor de 2,244, por BUDKE et al, 2004 em uma floresta ribeirinha em Santa Maria
RS, no valor de 2,73. Porm, este ltimo, concluiu ser o valor de diversidade encontrado
intermedirio quando comparado a valores encontrados em estudos de outras reas da
regio e muito baixo se comparado aos encontrados para matas de galeria da regio
Central e Sudeste do Brasil. Segundo o Inventrio Florestal Contnuo do Rio Grande do
Sul, 2002, na Floresta Estacional Semidecidual do Estado a mdia do ndice de
Diversidade de Shannon foi de 2,6305, variando entre 2,0110 e 3,0792 nas regies
amostradas.
Verificou-se que as parcelas amostradas no foram suficientes para representar a
composio florstica da rea estudada, sendo possvel observar que a curva no tende a
estabilizao, significando que no houve suficincia amostral neste estudo (Figura 4),
sendo importante para futuros trabalho um maior nmero de parcelas (unidades
amostrais).

0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1 2 3 4 5 6
Esforo amostral
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FIGURA 4 - Distribuio das classes de alturas (m) e circunferncias (cm) das espcies
encontradas no Parque Estadual de Itapu, municpio de Viamo, Rio Grande do Sul.


CONSIDERAES FINAIS
A rea amostrada no Parque Estadual de Itapu apresenta espcies tpicas de
Florestas Estacionais Semideciduais do estado, estando em processo de regenerao,
com indivduos arbreos jovens, onde a maioria apresentou alturas e circunferncias
reduzidas, alm da predominncia de espcies tpicas de estgios sucessionais iniciais.
Estando as reas situadas no interior do parque em processo de recuperao, este merece
ateno especial, sendo importante manter as polticas pblicas para a continuidade da
recuperao e preservao desse fragmento. Seria interessante ter o Plano de Manejo do
Parque atualizado, sendo este de 1997, devendo ter sido atualizado em 2007, j que
muitos aspectos do Parque devem ter se alterado. imprescindvel a continuidade do
objetivo do manejo como Unidade de Conservao de Proteo Integral para promover
a recuperao das reas alteradas pela atividade humana e proteger a vegetao da Mata
Atlntica ocorrente na rea, principalmente as espcies raras, ameaadas ou em perigo
de extino ou de corte proibido no Rio Grande do Sul, tais como a figueira (Ficus
organensis) encontrada neste estudo, e com isso proteger a ltima amostra dos
ecossistemas originalmente existentes na Regio Metropolitana de Porto Alegre.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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LONGHI, Solon Jonas; BRENA, Dodi Antnio; SCIPIONI, Marcelo Callegari;
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