Estampagem
Estampagem
Estampagem
estampagem e seus tipos de processos: Corte, Dobra e Estampagem profunda. Sero mostrados
os detalhes de cada tipo de processo, passos da operao, materiais obtidos, lubrificao da
pea, quando devemos realizar a operao em uma pea mais de uma vez, economia de material
atravs da disposio dos moldes a serem cortados na chapa, dentre outros assuntos.
Alm de todos os assuntos acima citados, ser dito onde podemos encontrar o produto final do
processo de estampagem, mais do que apenas um processo feito para obter peas usadas em
grandes indstrias, a estampagem produz peas para o cotidiano, como rodas de carros, pra-
lamas, caps e lataria de carros, panelas e canecas de alumnio ou outros materiais.
Devido estampagem ser composta de outros processos em sua realizao, sero demonstrados
mais de uma definio para o processo, como a definio para os processos de corte, dobra e
para estampagem profunda. Sero mencionados alguns tipos de realizao dos processos de
estampagem, como o puncionamento, tipo de corte de chapas.
Grande parte do material obtido para a realizao deste trabalho foi obtido atravs de aulas
sobre o assunto e em apostilas coletadas na internet, na qual foram feitos resumos das obras e
depois de coletado o necessrio de cada material, inclusive imagens exemplificando processos,
algumas citaes de relevncia, dentre outros assuntos, foi realizada a montagem do trabalho,
dando nfase nas partes mais importantes de cada processo, procurando sempre no deixar de
lado alguma caracterstica fundamental de cada processo.
Para a melhor compreenso do assunto debatido, ser feito o uso de imagens para que seja
ilustrado o que se quer transmitir atravs do texto, como em demonstrativos de processos de
dobra.
Estampagem um processo de conformao mecnica, sem produo de cavacos, geralmente
realizado a frio, que compreende uma srie de operaes com a finalidade de uma chapa plana
ser submetida a uma ou mais transformaes com a finalidade de obtermos peas com
geometrias e formas prprias, sendo ela geomtrica, plana ou oca. Sendo assim, podemos dizer
que a estampagem uma deformao plstica do metal.
O processo de estampagem feito com o emprego de prensas de estampagem e com o auxlio
de dispositivos especiais chamados de estampos ou matrizes.
O processo de estampagem basicamente compreende algumas operaes, so elas: corte,
dobramento e/ou encurvamento e estampagem profunda ou embutimento profundo. Enquanto as
duas primeiras so normalmente realizadas a frio, a estampagem profunda pode eventualmente
ser realizada a quente, de acordo com as necessidades tcnicas.
Em alguns casos, uma nica realizao do processo suficiente para a obteno do produto
final, mas em alguns outros casos a operao deve ser feita mais de uma vez para que se
obtenha o produto desejado devido a comportamentos do metal, que ser observado mais
abaixo.
A estampagem da chapa pode ser simples, quando se executa uma s operao, ou combinada
com a ajuda da estampagem de chapas, fabricam-se peas de ao baixo carbono, aos
inoxidveis, alumnio, cobre e de diferentes ligas no ferrosas. Devido as suas caractersticas
este processo apropriado para as grandes sries de peas, obtendo-se grandes vantagens: Alta
produo;
Custo por pea reduzido;
Com acabamento, no necessitando de processamento posterior;
Maior resistncia das peas devido conformao causarem o encruamento no material.
Baixo custo de controle de qualidade devido uniformidade da produo e a facilidade para a
deteco de desvios.
Corte: Consiste em separar-se de uma chapa, mediante golpe de uma prensa, uma poro de
material com contorno determinado, utilizando-se ferramental apropriado denominado estampo
de corte.
Dobramento: Como o prprio nome indica, consiste em dobrar uma chapa plana uma ou mais
vezes, para tal, utiliza-se uma ferramenta chamada estampo de dobra.
Embutimento ou Estampagem Profunda: Esta operao tem como finalidade obter peas em
forma de recipientes, como canecas, caixas e tubos, obtidas pela deformao da chapa, a golpes
de prensas e empregando ferramental especial denominado estampo de repuxo.
Nomenclatura bsica do Processo de Estampagem:
Puno: o elemento da ferramenta que provoca a perfurao atravs de movimento e fora
transmitidos pela prensa;
Matriz: o elemento da ferramenta que fica na base da prensa e sob o qual se apia chapa;
Folga: espao existente entre o puno e a matriz na parte paralela de corte;
Alvio de ferramenta: ngulo dado a matriz, aps a parte de corte, para permitir o escape fcil da
parte cortada.
O processo de corte corresponde obteno de formas geomtricas determinadas, a partir de
chapas, submetidas ao de uma ferramenta ou puno de corte, aplicada por intermdio de
uma prensa que exerce presso sobre a chapa apoiada numa matriz. Nesse processo o esforo de
compresso se converte em esforo de cisalhamento (esforo cortante), como pode ser visto na
figura abaixo:
As operaes de corte de chapas de metal so obtidas via foras de cisalhamento aplicadas na
chapa pelos dois cantos da ferramenta criando tenses internas que, ultrapassando o limite de
resistncia ao cisalhamento do material, provocam a ruptura e finalmente a separao. Na
operao de corte, ocorrem fundamentalmente trs etapas, que so: Deformao plstica,
Reduo de rea e fratura.
1. Deformao Plstica:
Obs.: a folga entre as facas de corte pode ocasionar a quebra da ferramenta de corte.
2. Cisalhamento:
Caractersticas adicionais: Maiores ngulos das facas Para materiais mais duros
Material mole Maior cisalhamento
Material duro Maior Ruptura
Material Mole Provoca abraso na superfcie da ferramenta levando ao rpido desgaste
Quando o puno pressiona a chapa, o material comea a deformar-se at que o limite elstico
da chapa seja ultrapassado. Ento o material de forma se plasticamente e penetra na matriz,
formando uma calota na parte inferior. Recomenda-se fazer uma disposio das formas a serem
recortadas nas chapas para evitar o desperdcio de material da chapa. Observe abaixo exemplos
de disposio:
Dentro da rea de corte, podemos destacas alguns tipos de corte, dentre eles:
Entalhe: Quando h corte de material, mas sem a separao por completo;
Puncionamento: a obteno de figuras geomtricas por meio de puno e matriz atravs de
impacto;
Recorte: a operao de corte realizada pela segunda vez, normalmente para se retirar algum
material indesejado que no seja possvel de se retirar na primeira vez;
Transpasse: a operao de corte associada operao de deformao (enrijecimento em
chapas muito finas).
A dobra um processo de fabricao em que uma ferramenta composta por um conjunto de
duas ou mais peas exerce uma fora sobre uma superfcie, alterando-a. Na figura abaixo
podemos observar o conjunto de dobra. A chapa, plana, alterada, obtendo-se a mesma forma
encontrada tanto no puno quanto na matriz.
Caractersticas da operao de dobra:
Como todo material submetido a flexo, a chapa dobrada solicitada por trao no lado externo
da dobra e por compresso no lado interno, caracterizando o estado duplo de tenso.
Assim sendo, as tenses a que est sujeito o material so decrescentes das faces externas em
direo ao ncleo da pea e, como as mesmas so de sentido inverso haver uma linha onde
essas tenses se anulam, que chamada de linha neutra.
Esta linha importante na operao de dobramento, pois como a tenso zero ela no sofre
alterao de comprimento durante a deformao, o que no acontece com as partes que esto
sendo tracionadas e comprimidas que, aumentam ou diminuem de comprimento,
respectivamente, aps a operao.
atravs da linha neutra que se calculam as dimenses do desenvolvimento (blank), ou seja,
da tira antes do dobramento.
Quando se inicia o dobramento, a linha neutra est localizada no centro da espessura da tira e,
conforme a operao vai sendo executada, a sua tendncia deslocar-se em direo ao lado
interno da curvatura (lado da compresso).
Retorno Elstico (Spring Back):
No dobramento, deve-se levar em conta o fato de que, depois de terminado o esforo do puno
sobre o material, haver certo retorno da pea dobrada, ficando a dobra com um ngulo maior
que o obtido no momento da presso da ferramenta.
Tal retorno devido elasticidade do material, pois a deformao plstica permanente
conseguida apenas nas fibras mais extremas do material, permanecendo as prximas linha
neutra no estado elstico.
O ngulo de retorno depende, principalmente, do material, de sua espessura e do raio de
curvatura. Normalmente ele varia de 1 a 10 e, para ter-se uma idia de seu valor, convm
realizar-se um ensaio prvio de dobra.
Portanto, as ferramentas de dobra devem ser feitas com ngulo que compensem esse retorno.
Nos dobramentos de perfis em U o fundo feito levemente cncavo para compensar a ao
elstica do material.
Folga entre Folga entre puno e matriz: 1
A folga entre o puno e a matriz deve ser igual espessura da chapa, a menos que a chapa v
ser submetida a um efeito de cunhagem, o que aumentar significativamente as foras
necessrias para o dobramento. Como a espessura da chapa pode variar dentro das tolerncias
de usina, istro deve ser considerado no dimensional da folga. Normalmente costuma-se
acrescentar 10% da espessura para compensar essas tolerncias. Usando-se esse critrio a folga
ser igual a 1,1e.
Sujeitador:
Nas operaes de dobramento poder haver a necessidade de manter-se a tira de chapa presa
firmemente, para evitar que a mesma se desloque durante a operao. A funo do sujeitador
evitar que a chapa se desloque. Consiste de uma prensa-chapa com ao de molas.
Normalmente, o valor dessa fora de sujeio pode ser considerado com sendo 0,3 Fd.
ESTAMPAGEM PROFUNDA: 12
A estampagem profunda ou embutimento um processo utilizado para fazer com que uma
chapa plana adquira a forma de uma matriz (fmea), imposta pela ao do puno, fazendo com
que a chapa adquira a forma de um copo, ou seja, um objeto oco, sem modificar a espessura da
chapa. O processo empregado na fabricao de peas de uso dirio, como pra-lamas, portas
de carro, rodas, panelas, etc.
As possibilidades de embutimento comeam no limite elstico e terminam um pouco antes do
limite de ruptura. Portanto, quanto maior for a diferena entre o limite elstico e o de ruptura,
maiores sero as possibilidades de se trabalhar determinado material.
Nesta operao, ao contrrio das precedentes, praticamente todo o volume da pea sofre tenes
e encruado, exceto o fundo da pea, que serviu de apoio face do puno.
De forma geral, o encruamento melhora a qualidade do produto acabado. Por exemplo, partes de
carroceria de automvel, onde so feitas deformaes com a finalidade especfica de encruar a
chapa, aumentando a resistncia a rupturas e deformaes. Mas por outro lado, encruamentos
excessivos devem ser evitados, pois isso tornar a pea frgil.
A figura acima mostra as tenses a que a pea repuxada esta sujeita. Enquanto as paredes
verticais esto sendo tracionadas, a rea do desenvolvimento est tendo sua circunferncia
reduzida atravs da atuao de foras de compresso. Como em geral, a chapa fina, as foras
de compresso tendem a flambar a chapa na zona plana, o que origina ondulaes e rugas nesta
rea. Para se evitar este fenmeno, utilizam-se prensas-chapas, o que implica no aparecimento
de foras de atrito entre este e a chapa que est sendo embutida.
Fora de embutimento:
No fcil calcular o esforo necessrio para a operao de embutimento de uma pea, pois so
muitos fatores que devem ser levados em conta, como: o tipo de material, espessura da chapa,
profundidade do embutimento, raiz da matriz e do puno, acabamento superficial, lubrificao,
etc. Porm certo que a fora de embutimento deve ser menor que a necessria para o corte do
fundo da pea. Assim, praticamente, podemos dizer que a fora de embutimento (Fe) pode ser
obtida multiplicando-se a fora de corte (Fc) por um coeficiente m, menor que 1, tabelado em
funo da relao d/D.
d/D m
Embutimento Progressivo:
Quando a pea a ser trabalhada possui a altura muito grande em relao s dimenses do fundo,
no possvel obt-la em uma s operao, pois o esforo de embutimento seria to grande que
a chapa seria rompida.
Para contornarmos este problema, devemos recorrer ao embutimento em etapas. No caso de
peas cilndricas, a seqncia para determinao do nmero de etapas e dos vrios dimetros
intermedirios inicia-se pelo clculo do dimetro do desenvolvimento (D)
A relao entre o dimetro da pea e o dimetro do desenvolvimento que ir determinar se a
pea pode ser executada em uma nica operao ou se sero necessrios embutimentos
intermedirios.
A relao d/D para que a pea possa ser obtida em uma nica operao varia com a resistncia a
trao do material, com a espessura da chapa, com a presso da prensa-chapa, com a fora de
atrito e com coeficiente de alongamento do material. claro que folgas, raios e ngulos, bem
como seu acabamento so de fundamental importncia para a operao de repuxo.
Prensas excntricas:
Nessas prensas, o volante acumula uma quantidade de energia, que cede no momento em que a
pea a cortar, dobrar ou embutir, ope resistncia ao movimento. No eixo do volante h um
excntrico que funciona por meio de uma biela, transmitindo movimento alternativo ao
cabeote, que desliza por guias regulveis, onde se acopla o conjunto superior do estampo. O
conjunto inferior fixado mesa, por meio de parafusos e placas de fixao.
Prensas excntricas de simples efeito: So aquelas que possuem um nico cabeote, onde
montada a ferramenta.
Prensas de duplo efeito: So as que realizam aes distintas e sucessivas atravs do uso de dois
cabeotes. O interno, cujo movimento retardado, um quarto de volta do externo movido por
um excntrico, como nas prensas de simples efeito e nele , geralmente, fixado o puno de
embutir. O externo movido por um excntrico que aciona a prensa-chapa e o cortador, em
alguns casos.
Prensas excntricas inclinveis: So geralmente utilizados nos estampos de duplo efeito e sua
mesa dispe de um disco central com ao de mola, permitindo o funcionamento do expulsor
adaptado nos estampos. O ngulo de inclinao da prensa varia entre 25 e 30, para permitir
uma voa viso do estampo ao operar e facilitar a sada das peas, em combinao com um bico
de ar comprimido que as dirige a uma calha, de onde caem num recipiente.
Prensas hidrulicas:
Estas prensas tm seus movimentos feitos atravs de presso de leo e so utilizadas,
geralmente, para os estampos de grandes dimenses. Podem competir com as prensas
mecnicas, desde que tenham as mesmas vantagens (alta velocidade de trabalho e autonomia).
A bomba de embolo rotativo, de alimentao varivel, apresenta a caracterstica de conferir ao
curso da prensa, a velocidade mxima quando a presso mxima. Portanto, o cabeote da
prensa desce rapidamente, sem exercer nenhuma presso. Em seguida, iniciase a estampagem da
chapa previamente colocada sobre a matriz inferir e, como conseqncia a velocidade diminui e
a prensa desenvolve toda a presso requerida para executar a estampagem.
Terminada a ao, o cabeote retorna at a posio superior em grande velocidade. evidente,
portanto, que a bomba oferece meios capazes de conferir ao curso do cabeote vrias
velocidades, em funo da presso necessria.
Este trabalho cumpriu sua principal funo, esclareceu todas as dvidas e nos deu mais
informaes a respeito deste processo, dvidas foram tiradas, debates sobre o assunto foram
realizados e informaes tambm foram adquiridas, por mais que algumas pessoas no tenham
participado da montagem do trabalho final, tiraram dvidas pesquisando sobre o trabalho.
Por mais que o assunto seja muito extenso, inclusive muitos assuntos foram cortados do
trabalho, acreditamos que o mais essencial do trabalho, suas principais funes na indstria,
caractersticas de cada funo, dentre outros temas, foram mencionadas.
Todo o processo de montagem do trabalho foi demorado em um pouco trabalhoso, mas isso
proporcionou que se tivesse maior ateno nos assuntos colocados no trabalho, fazendo com
que assuntos fossem reescritos, alguns assuntos colocados e outros retirados.
Na questo da apresentao dos trabalhos, o que mencionado apenas um resumo do trabalho,
por impossibilidade de apresentar todo o contedo do trabalho, dito o essencial para o
entendimento geral do trabalho.
O resultado final em ns, alunos, a sensao de dever cumprido, de que nosso potencial foi
dado em funo deste trabalho, e que nos sentimos bem em ver que todos os dias de pesquisa
resultaram neste trabalho.