1. O documento discute os códigos de ética de empresas de tecnologia da informação e como eles abordam a ética profissional.
2. Cinco códigos de ética de empresas brasileiras e multinacionais são analisados para traçar um perfil do comportamento esperado por essas empresas.
3. O documento também examina a doutrina sobre ética na tecnologia da informação para apoiar a análise dos códigos de ética.
1. O documento discute os códigos de ética de empresas de tecnologia da informação e como eles abordam a ética profissional.
2. Cinco códigos de ética de empresas brasileiras e multinacionais são analisados para traçar um perfil do comportamento esperado por essas empresas.
3. O documento também examina a doutrina sobre ética na tecnologia da informação para apoiar a análise dos códigos de ética.
1. O documento discute os códigos de ética de empresas de tecnologia da informação e como eles abordam a ética profissional.
2. Cinco códigos de ética de empresas brasileiras e multinacionais são analisados para traçar um perfil do comportamento esperado por essas empresas.
3. O documento também examina a doutrina sobre ética na tecnologia da informação para apoiar a análise dos códigos de ética.
1. O documento discute os códigos de ética de empresas de tecnologia da informação e como eles abordam a ética profissional.
2. Cinco códigos de ética de empresas brasileiras e multinacionais são analisados para traçar um perfil do comportamento esperado por essas empresas.
3. O documento também examina a doutrina sobre ética na tecnologia da informação para apoiar a análise dos códigos de ética.
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TICA PROFISSIONAL NA TECNOLOGIA DA INFORMAO: OS
CDIGOS DE TICA EMPRESARIAIS.
Ana Cristina Azevedo Pontes de Carvalho Docente da Faculdade de Computao e Informtica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Mestre em Direito Internacional pela USP, especialista em Direito Tributrio pela PUC/SP e bacharela em Direito pela UFPB. Advogada atuante na rea de Tecnologia da Informao. Faculdade de Computao e Informtica da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Resumo O presente trabalho tem por objetivo o estudo do tratamento concedido por empresas da rea de TI (Tecnologia da Informao) tica Profissional. No Brasil, os profissionais dessa rea ainda no so disciplinados por lei no que concerne tica profissional, havendo to somente um projeto de lei a tramitar no Congresso Nacional, o qual institui a criao de um Conselho Profissional, responsvel pela elaborao de um Cdigo de tica especfico para tal rea. Sabendo que as multinacionais de TI, em grande parte, j possuem Cdigos de tica muito bem estruturados, cinco Cdigos de tica de empresas brasileiras ou de multinacionais com filiais no Brasil, sero analisados, alm da mais competente doutrina acerca da tica em TI. Aps vasta reviso bibliogrfica, ser traado um perfil capaz de expressar o padro de comportamento que essas empresas esperam dos seus subordinados, o qual poder contribuir para o desenvolvimento dos profissionais de TI no seu ambiente de trabalho.
Abstract The objective of this study is to reflect on the treatment given by companies on the field of IT (Information Technology) to Professional Ethics. In Brazil, there is not any law regarding Ethics in this this professional cathegory, but a project of law is being analysed by the Congress, which orders the creation of a Professional Board that will elaborate an specific Code of Ethics applied to this area. Some IT multinational companies already have their own codes of ethics, and this work will analyse five codes of Brazilian companies or multinationals which have affiliates in Brazil. Doctrine regarding Ethics in IT will also be used. At the end of this study, a professional profile will be elaborated granting a standard for the behavior expected by these companies to their employees, and it may contribute to the development of IT professionals inside their companies.
1. Introduo
Os profissionais brasileiros atuantes na rea de TI (Tecnologia da Informao) ainda no dispem de um Cdigo de tica que os discipline, ao contrrio de outras categorias profissionais, como, por exemplo, a dos advogados. Por enquanto, tem-se apenas um Projeto de Lei em tramitao no Congresso Nacional, o qual institui a criao de um Conselho Profissional, responsvel pela elaborao de um Cdigo de tica especfico para a rea de TI. No entanto, tal situao no implica na total desregulamentao dos profissionais de TI, medida em que vrias empresas dessa rea dispem de Cdigos de tica autnomos e aplicveis apenas aos seus prprios funcionrios. Para o desenvolvimento do presente trabalho, foram selecionados os Cdigos de tica das empresas: EDS, Nokia, Novartis, Oracle e Votorantim, alm da doutrina acerca da tica em TI. Dessa forma, buscar-se- traar um perfil capaz de expressar o padro de comportamento que essas empresas esperam dos seus subordinados, o qual poder contribuir para o desenvolvimento dos profissionais de TI no seu ambiente de trabalho.
2. Fundamentao terica Ante a inexistncia, no Brasil, de um Cdigo de tica que regule as atividades dos profissionais da rea de Tecnologia da Informao, essa tarefa recai sobre as prprias empresas onde trabalham, que procuram demonstrar, para os seus empregados, a forma como eles devem agir no ambiente de trabalho. Dentre os cinco cdigos de tica pesquisados, encontra-se o mais amplo espectro de comportamentos, que sempre devem ser pautados pela integridade, ou seja, agindo da forma adequada e observando as leis, os regulamentos e os padres descritos nas polticas e nos Cdigos de tica. Os clientes devem ser tratados com cordialidade, honestidade, respeito e dignidade, sempre mantendo sigilo em relao s informaes confidenciais da empresa e dos seus clientes, exceto quando a divulgao autorizada ou ordenada judicialmente. No que diz respeito privacidade e proteo de dados, a empresa empregadora que usuria de dados e provedora de servios de tecnologia da informao responsvel por esses dados. As informaes pessoais de funcionrios, consultores e diretores, necessrias operao efetiva dos negcios, so coletadas, compartilhadas, quando relevantes s necessidades empresariais legtimas, e retidas de acordo com a legislao aplicvel. Por sua vez, os funcionrios com acesso a informaes confidenciais no devem divulg-las nem fazer uso pessoal delas, sob o risco de violarem a legislao aplicvel ou a poltica da empresa. As empresas, em geral, salientam que no h privacidade quando os funcionrios utilizam os recursos da empresa, como equipamentos e sistemas de computao ou telefnicos, seja para uso comercial ou pessoal, medida em que elas inspecionam instalaes, ativos, registros e sistemas da empresa, incluindo sistemas eletrnicos e as informaes contidas neles, com ou sem aviso prvio aos funcionrios. Nesse contexto, a maioria das empresas permite o uso limitado e racional, para fins pessoais, de servios e sistemas bsicos, como, por exemplo, telefones, fotocopiadoras, aparelhos de fax, computadores pessoais e acesso Internet e a outras redes pblicas. O uso pessoal de recursos corporativos um privilgio limitado, no um direito. Ao usar os ativos ou os recursos da empresa para fins pessoais, necessrio ter bom senso e minimizar esse uso, alm do que a empresa se reserva o direito de monitorar o uso e o contedo de seus ativos e recursos. O uso limitado e racional de recursos da empresa tambm permitido para executar trabalhos relacionados a associaes aprovadas de carter comercial, filantrpico e organizaes de servios comunitrios. O assdio sexual ou outro tipo de comportamento ilcito no local de trabalho no tolerado, independente de ser proveniente de um chefe, colega, cliente, colaborador, fornecedor ou de qualquer outra pessoa. Aes, palavras, brincadeiras ou comentrios pejorativos e baseados em sexo, raa, orientao sexual, idade, religio ou deficincia fsica no so permitidos. Outra questo interessante diz respeito ao emprego de parentes, o qual pode pode gerar questes referentes confidencialidade, objetividade e integridade nas relaes de trabalho. Para promover a integridade nas relaes de trabalho, e a menos que isso contrarie a legislao aplicvel, necessrio revelar imediatamente empresa a existncia de quaisquer relaes familiares ou pessoais com indivduos que trabalhem ou que possam vir a trabalhar l. A empresa pode permitir que parentes ou indivduos envolvidos em um relacionamento pessoal trabalhem na mesma unidade, desde que nenhum desses indivduos seja gerente imediato do outro nem esteja diretamente envolvido em decises relacionadas empregabilidade da outra pessoa, como atribuies, remunerao, avaliaes de desempenho, aes disciplinares ou promoes. expressamente proibido o uso de cpias de software ilegais ou sem licena. Alm disso, as empresas costumam licenciar muitos programas de computador de terceiros. Tal poltica exige que o funcionrio respeite os direitos autorais de terceiros e use software licenciado na empresa, tudo de acordo com os contratos de licena aplicveis. A violao de um contrato de licena de software pode resultar em risco legal contra a empresa e contra o indivduo responsvel. Outros tipos de propriedade intelectual, como msica, trabalhos literrios, fotografias, filmes, vdeos e outros materiais publicados tambm contam com a proteo da legislao na maior parte dos pases, como o caso do Brasil. Antes de usar, distribuir ou copiar essa propriedade, deve- se consultar a empresa para saber se a ela tem o direito de fazer o que o funcionrio pretende. Redes eletrnicas pblicas, como a Internet, aumentam a possibilidade de acesso no autorizado a e-mails e a outros arquivos transmitidos por essas redes. A segurana dos dados transmitidos por redes pblicas nunca pode ser garantida. Dessa forma, dados confidenciais devem estar suficientemente protegidos antes de serem enviados pela Internet ou a outras redes pblicas. A segurana fsica da rede e dos equipamentos responsabilidade de todos dentro da empresa. Esses equipamentos devem estar sempre protegidos, assim como a confidencialidade e a integridade das informaes usadas para acessar as redes, incluindo IDs e senhas, dispositivos portteis de autenticao, cdigos de acesso e cartes de acesso ao prdio. As mesmas precaues devem ser tomadas para proteger os sistemas de computao, incluindo dados de clientes, de fornecedores e da empresa; softwares aplicativos, registros de auditoria e arquivos de auditoria e recuperao. Deve-se fazer logoff da rede ou ativar uma tela protegida por senha sempre que o computador ficar desocupado ou desprotegido. Tanto na comunicao face a face quanto na que ocorre por meio de ferramentas eletrnicas, tais como computador, telefone, fax, correio de voz, mensagens de telefone celular ou outros dispositivos de comunicao sem fio, a comunicao deve ser feita de maneira profissional. As empresas no toleram o uso de ferramentas de comunicao e mensagens (incluindo Internet e intranet) para envio, recuperao ou armazenamento de mensagens perturbadoras, ameaadoras, depreciativas, difamatrias ou obscenas para quem quer que seja. proibido o uso de ferramentas de comunicao para enviar correntes, avisos enganadores ou outras comunicaes desse tipo, por no ser um comportamento profissional.
3. Concluso O objetivo ltimo do presente trabalho consistiu em traar um perfil que retrate o padro de comportamento esperado pelas empresas de TI dos seus funcionrios no Brasil. Tem-se, pois, a integridade como a maior qualidade exigida de um funcionrio no exerccio de suas funes dentro da empresa, acompanhada de um tratamento de cordialidade, honestidade, respeito e dignidade dado ao cliente, o que envolve o sigilo das informaes confidenciais. Por fim, mister se faz aduzir que os empregados tm sua disposio os recursos da empresa para uso comercial e pessoal, e h uma relao de confiana no sentido de que estes sero utilizados de forma limitada e racional, com a devida notificao sobre a falta de privacidade dos usurios nessas atividades. 4. Referncias Bibliogrficas BRITO, Jos Augusto Pereira. Uma reflexo sobre a revoluo da informao e da comunicao. In: Mrcia Mello Costa de Liberal (org.). Um olhar sobre tica e cidadania. So Paulo: Mackenzie, 2002. COMPARATO, Fbio Konder. tica: direito, moral e religio no mundo moderno. So Paulo: Companhia das letras, 2006. EDS. Cdigo de conduta empresarial. So Paulo: Electronic Data Systems Corporation, 2006. LIBERAL, Mrcia Mello Costa de. Um olhar sobre tica e cidadania (org.). So Paulo: Mackenzie, 2002. LIBERAL, Mrcia Mello Costa de; SOUZA NETO, Joo Clemente de. Apontamentos para uma compreenso da tica na dinmica das transformaes sociais. In: Mrcia Mello Costa de Liberal (org.). Um olhar sobre tica e cidadania. So Paulo: Mackenzie, 2002. MASIERO, Paulo Cesar. tica em Computao. So Paulo: Editora da Universidade de So Paulo, 2004. NOKIA. Cdigo de conduta Nokia. Disponvel em: <http://www.nokia.com.br/BaseProject/Sites/Nokia_Brasil_28064/CDA/Cat egories/ANokia/Empresa/Responsabilidadedaempresa/Codigodeconduta/ _Content/_Static_Files/coc_port.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2007. NOVARTIS. Cdigo de conduta Novartis. Disponvel em: <http://www.novartis.com.br/downloads/pt/codigo_conduta.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2007. ORACLE. Cdigo de tica e conduta comercial da Oracle. So Paulo: Oracle Corporation, 2001. VOTORORANTIM. Cdigo de conduta. Disponvel em: <http://www.vcp.com.br/NR/rdonlyres/D8B9FC41-6E0D-4965-8465- 347CF306FB13/12453/codigoconduta.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2007.