Manual Do Cipeiro
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rientar a atuao dos cipeiros classistas e combativos, informar sobre seus direitos e deveres, tirar suas principais dvidas a respeito das normas de sade e segurana que devem ser seguidas pelas empresas e explicar pontos importantes da legislao, que estejam relacionados ao trabalho da CIPA. So esses os principais objetivos deste manual, produzido pelo departamento de Comunicao do Sindicato dos Metalrgicos de So Jos dos Campos e regio sob superviso da Secretaria de Organizao de Base e Departamento de Sade do Sindicato. Nosso objetivo que este material seja uma fonte de consultas para cipeiros e cipeiras da nossa base e possa esclarecer dvidas que venham a surgir no exerccio de sua funo. Tambm esperamos que este manual possa contribuir para ampliar e despertar ainda mais a conscincia dos trabalhadores para a importncia da CIPA e do papel que deve ser desempenhado para garantir que este seja um instrumento verdadeiramente forte e atuante na defesa dos trabalhadores. E que isso, consequentemente, possa promover a ampliao da luta por um ambiente de trabalho saudvel e seguro. Boa leitura!
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Expediente
Este material responsabilidade da Secretaria de Organizao de Base e departamento de Sade do Sindicato dos Metalrgicos de So Jos dos Campos e regio Sede: Rua Maurcio Diamante, 65 - So Jos dos Campos/SP Cep. 12209-570 - Fone: (12) 3946-5333 - Fax: 3922.4775 Site: www.sindmetalsjc.org.br - E-mail: [email protected] Superviso: Patrcia Pena e Maria Elvira Mariano Redao: Eliane Mendona Edio: Ana Cristina Silva Reviso: Ana Cristina Silva e Rodrigo Correia Editorao eletrnica: 360 MKT & Design Ilustrao: Bruno Csar Galvo Fotolito e Impresso: Grfica Monteart permitida a utilizao parcial ou total dos textos desta cartilha, desde que citada a fonte. expressamente proibida a utilizao das ilustraes sem autorizao expressa, sob pena de violao de direitos autorais.
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ndice
As condies de trabalho e o aumento da explorao 05 11 13 14 16 21 22 23 24 25 26 27 29 30 31 35 37 39 43 44 46 48 50 51 52 55 59 66
CIPA: UM INSTRUMENTO DE LUTA DOS TRABALHADORES CIPA: Comisso Interna de Preveno de Acidentes Entenda pra que serve sua estabilidade CIPA e Sindicato: com esse time a vitria certa Os 10 mandamentos dos cipeiros e cipeiras classistas e combativos CIPA - FUNCIONAMENTO Como funciona a CIPA? Como um bom cipeiro deve agir? A importncia das mulheres na CIPA Como funcionam as reunies da CIPA? Investigao de acidentes: uma tarefa do cipeiro Mapa de Risco: o que ? Como elaborar o Mapa de Risco Tabela descritiva dos riscos ambientais Saiba o que a SIPAT Cursos de Formao CIPA - OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SADE NAS EMPRESAS LER/DORT uma epidemia nas fbricas Combater o assdio moral: uma prioridade do bom cipeiro Depresso: uma doena que pode ser causada pelo trabalho ENTENDA SEUS DIREITOS CAT: Comunicao de Acidente de Trabalho Em quais situaes devemos exigir a CAT do empregador Entenda os tipos de auxlio-doena O que o auxlio-acidente? O que PPP e pra que serve? Aposentadoria especial Ataques do governo dificultam a vida do trabalhador Defender a estabilidade dos lesionados uma das metas LEGISLAO Conhea as principais leis, NRs e clusulas sociais Procure sempre o Sindicato
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as ltimas dcadas, o trabalho passou por profundas mudanas. Hoje, trabalhamos de forma totalmente diferente do que se fazia antigamente.
a chamada reestruturao produtiva, que comeou a ser implementada com fora a partir da dcada de 90, e que afetou profundamente os trabalhadores e trabalhadoras. As empresas adotaram novos mtodos de produo e de trabalho. So mudanas que, juntamente com as novas tecnologias, alteraram completamente a forma de se trabalhar. Polivalncia Hoje, nas fbricas e locais de trabalho, o trabalhador chega a fazer o trabalho de duas, trs pessoas para dar conta da produo exigida pelos patres.
A reestruturao produtiva tem significado demisses, corte de custos, polivalncia (vrias atividades para um mesmo trabalhador), flexibilizao da jornada e direitos, entre outras mudanas prejudiciais aos trabalhadores.
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Ritmo acelerado Outro aspecto desta nova realidade a eliminao dos tempos e pausas. o trabalho just-in-time, enxuto, com ritmo pr-determinado, em que o trabalhador tem de atender a produo da empresa, sob presso do chefe, das mquinas e at dos prprios companheiros. O nmero de horas extras excessivo. Alm disso, as empresas demitem e cada vez mais reduzem os postos de trabalho. Quando fazem recontrataes, com salrio menor. J o ritmo de produo s aumenta. Para se ter uma ideia, na GM, em 1997, se produziam 37 carros por hora, com 10 mil trabalhadores. Hoje, so cerca de 8.500 funcionrios para dar conta de uma produo de 54 carros por hora. Tudo isso faz o trabalhador ultrapassar os seus limites. Sob tanta presso, no toa que tem aumentado a cada ano o nmero de acidentes e doenas ocupacionais. O fato que no capitalismo, o nico objetivo das empresas obter lucro a qualquer custo. Os patres esto sempre em busca de maior competitividade e produtividade. Para isso, no pensam duas vezes em explorar nossa fora de trabalho ao mximo.
Crise econmica A crise econmica, que estourou em 2008, agravou ainda mais esse cenrio. E os trabalhadores esto sentindo na pele as consequncias. Para se safarem da crise, que eles mesmos criaram, os capitalistas j mostram como pretendem agir: aumentando a explorao dos trabalhadores. Os patres esto jogando a conta da crise nas costas dos trabalhadores, com demisses, reduo de direitos, aumento da jornada e do ritmo de trabalho. Por outro lado, os governos federal e estadual, que liberaram bilhes para salvar empresas e banqueiros, alm de conceder incentivos fiscais, como a reduo do IPI, nada fizeram para garantir aos trabalhadores a estabilidade no emprego. Ao contrrio, tambm tm feito vrios ataques aos direitos. Portanto, mais do que nunca, a classe trabalhadora deve estar unida e se organizar para enfrentar os ataques.
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O QUE ?
PARA QUE SERVE? A principal tarefa da CIPA garantir a sade e a segurana dos trabalhadores no desempenho do seu trabalho. A CIPA tem como responsabilidade investigar, discutir e lutar contra as condies de trabalho inseguras, insalubres, perigosas e irregulares. Cipeiros e cipeiras podem e devem organizar e encaminhar reivindicaes e negociar melhorias no local de trabalho. A participao da CIPA nas campanhas salariais e de PLR, junto com o Sindicato, tambm fundamental. Isso porque a CIPA deve sempre defender os interesses dos trabalhadores e ser um elo entre trabalhadores e o Sindicato.
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CIPA surgiu de uma recomendao da OIT (Organizao Internacional do Trabalho), em 1921, e transformou-se em determinao legal no Brasil, atravs do decreto-lei 7.036, artigo 82, de 1944. Mas foi s no final da dcada de 70 que a CIPA tornou-se um instrumento de luta dos trabalhadores para a conquista de melhores condies de trabalho. Hoje, mais de 30 anos depois, o que vemos patres e governo se unindo para criar, a cada dia, mais mecanismos para enfraquecer e descaracterizar a CIPA, reduzindo o nmero de participantes e retirando direitos j conquistados pelos trabalhadores. Isso acontece porque a burguesia sabe da fora da CIPA e, por isso, constantemente ataca a organizao no local de trabalho e faz de tudo para impedir sua existncia. Prova disso so os frequentes ataques e perseguies a cipeiros e cipeiras, em vrias fbricas de nossa base.
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estabilidade, que concedida por lei aos cipeiros e cipeiras, no uma medida com o objetivo de benefici-los.
um dos instrumentos necessrios para garantir que o cipeiro ou cipeira tenha total liberdade de atuao na defesa dos trabalhadores, sem que seja penalizado pela empresa, com a demisso. Portanto, o mandato de um cipeiro da categoria que o elegeu e deve ser utilizado para benefcio dos trabalhadores. Portanto, faa o seu trabalho e use sua estabilidade da melhor forma possvel. isso que os trabalhadores que o elegeram esperam de voc. Pense nisso!
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Voc sabia?
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cato ainda mais fortes para combater os ataques dos patres e do governo. Alm disso, cipeiros e cipeiras eleitos pelos trabalhadores tornam-se, automaticamente, membros do Conselho de Representantes, que um dos rgos mais importantes de deciso do Sindicato, estando acima da prpria diretoria. assim porque quem deve mandar no Sindicato e decidir os rumos da entidade a base. Contamos com voc!
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Prevenir
Prevenir no observar se o trabalhador est usando EPI (equipamento de proteo individual). Prevenir estar atento s condies do local de trabalho e seus efeitos sobre os trabalhadores. ter conscincia que o mais importante a preveno coletiva. Observar tudo, desde as mquinas e sua conservao at o ritmo de trabalho e a presso da chefia.
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Ouvir
Estar preparado para ouvir toda e qualquer reclamao ou denncia dos trabalhadores. s vezes, pode parecer pouco, mas todo trabalhador pode ajudar o cipeiro e toda informao tem importncia. Oua sempre.
Anotar
Anote tudo: todas as reclamaes, sugestes, crticas, denncias, para que possam ser averiguadas e respondidas.
Responder
Responda a todos os questionamentos, sugestes e reclamaes que receber dos trabalhadores. Isso estabelece uma relao de confiana entre o trabalhador e o cipeiro.
Investigar
Investigue todo e qualquer acidente no local de trabalho e elabore um relatrio completo sobre os fatos.
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Organizar
No existe CIPA atuante e forte sem a organizao dos trabalhadores. Os trabalhadores precisam conhecer e ajudar a elaborao do trabalho do cipeiro para que seja uma luta do conjunto da fbrica. Qualquer reivindicao com os trabalhadores unidos e organizados mais fcil de ser conquistada. Organizao e luta a meta de qualquer CIPA atuante.
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Formar-se
Um bom cipeiro deve sempre estar interessado em adquirir conhecimento, fazer cursos de formao e conhecer a legislao. A empresa tem engenheiros, mdicos, tcnicos para defender o ponto de vista da empresa. Cipeiros combativos precisam se preparar e se formar para responder a patronal e saber argumentar na hora de defender os direitos dos trabalhadores.
CIPA - Funcionamento
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As eleies devem ocorrer anualmente, em todas as empresas, obrigatoriamente. O mandato dos eleitos na CIPA de um ano, sendo permitida uma reeleio. O nmero de cipeiros pode variar de uma fbrica para outra, em razo do nmero de funcionrios, atividade e grau de risco da empresa. As reunies da CIPA devem, obrigatoriamente, ser realizadas mensalmente, para debater problemas de sade e segurana dos trabalhadores. As reunies devem ser acompanhadas por todos os membros da CIPA (os indicados pela empresa e os eleitos pelos trabalhadores). Os cipeiros devem convocar reunies extraordinrias todas as vezes em que houver necessidade, como no caso de acidentes. Todo e qualquer trabalhador ou trabalhadora pode se candidatar a uma vaga na Cipa. Como forma de barrar a represso das empresas, a lei garante estabilidade de emprego aos cipeiros e cipeiras eleitos (as) por dois anos (durante o ano do mandato e no ano posterior, chamado de perodo de carncia).
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formao da CIPA paritria, ou seja, metade de seus membros indicada pela empresa e a outra metade eleita pelos trabalhadores.
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m cipeiro classista e combativo sabe que deve usar sua estabilidade no emprego para estar a servio da classe trabalhadora.
No tarefa do cipeiro fiscalizar se os colegas esto ou no usando os equipamentos de segurana. Lembre-se: isso o que a empresa quer que voc faa. Um cipeiro classista deve estar sempre atento s irregularidades no ambiente de trabalho e nunca, jamais, fazer conchavos com o patro. Um cipeiro combativo vai fiscalizar a empresa e as condies de trabalho a que os trabalhadores so submetidos. Isso significa estar atento ao ritmo de trabalho, s condies de trabalho, presso da chefia, ao estado de conservao dos maquinrios e equipamentos, assdio moral, falta de gente nas linhas, etc. Deve fazer rondas dirias, ouvir reclamaes de trabalhadores e agir sempre quando a empresa tentar colocar o lucro na frente da segurana dos trabalhadores: esse o principal papel do cipeiro. O cipeiro dos trabalhadores tambm deve assegurar que tudo o que for discutido nas reunies da CIPA seja devidamente documentado em ata.
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esmo aps anos de combate ao machismo, a discriminao contra a mulher ainda grande. O fato que o capitalismo utiliza da opresso s mulheres para aumentar a explorao e garantir mais lucros. As mulheres so as que ganham os salrios mais baixos, alm de sofrerem com o alto ritmo da produo e com as doenas ocupacionais. So principais vtimas do assdio moral no trabalho, correspondendo a 70% dos casos. Tambm so as que sofrem maior presso no trabalho, sem contar o assdio sexual. Se tudo isso no bastasse, as mulheres ainda so as primeiras da lista em caso de demisses. Portanto, de extrema importncia que as mulheres tambm participem ativamente das CIPAs nas fbricas. preciso fortalecer a CIPA, elegendo companheiras que possam atuar na defesa de todos os trabalhadores mas, em especial, das mulheres trabalhadoras de sua empresa.
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CIPA deve investigar sempre que ocorrer um acidente dentro da fbrica. Essa uma das principais tarefas dos cipeiros.
Na investigao, o cipeiro classista deve considerar todo e qualquer tipo de interferncia que pode ter levado ao acidente. Desde a presso da chefia, ritmo acelerado de trabalho, excesso de horas extras, reduo de mo de obra, at a negligncia da empresa (no caso de o risco com a mquina em questo j ter sido alertado pela CIPA, por exemplo). O patro sempre tentar fugir da sua responsabilidade em um acidente e jogar a culpa no funcionrio. Mas um cipeiro classista deve ficar atento a qualquer manobra que a empresa tenta fazer e defender o trabalhador. Lembre-se: o mais importante na apurao de um acidente evitar que outros acidentes ocorram. Portanto, importante que o resultado de uma investigao sempre resulte na melhoria das condies de trabalho do setor em questo. papel da CIPA sugerir as alteraes para que os acidentes no se repitam, alm de cobrar da empresa a efetivao dessas mudanas. Tambm papel do cipeiro e da cipeira dos trabalhadores acompanhar todo o tratamento e recuperao do funcionrio acidentado, certificando-se sempre que a empresa est amparando o trabalhador acidentado, custeando todo o seu tratamento e atendimentos necessrios.
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Fique atento
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O primeiro passo procurar conhecer todos os setores/sees da empresa: o que se produz em cada uma delas e como o processo de produo. Tambm necessrio saber o quanto produzido, para se estimar o quanto produzido por hora, avaliando assim o tempo que os trabalhadores dispem para executar o trabalho.
Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia, tais como medidas de proteo coletiva e individual; medidas de organizao do trabalho (ritmo, horas extras, pausas para descanso, jornada de trabalho, turnos de revezamento, etc); e medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatrios, vestirios, armrios, bebedouro, refeitrio, rea de lazer.
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O prximo passo listar todas as matrias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de alimentao das mquinas etc.) envolvidos no processo produtivo. Afinal, riscos qumicos podem estar envolvidos. Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem muitos, priorize aqueles que os trabalhadores mais se queixam, aqueles que geram doenas ocupacionais ou do trabalho, comprovadas ou no, ou que haja suspeitas). Considere importante qualquer informao dos trabalhadores.
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Identificar os indicadores de sade: - queixas mais frequentes; - acidentes ocorridos/ doenas do trabalho com maior incidncia; - principais causas de ausncia no trabalho.
Agora, na planta da seo, exatamente no local onde se encontra o risco (uma mquina, por exemplo) deve ser colocado o crculo no tamanho avaliado pela CIPA e na cor correspondente ao grau de risco.
A intensidade do risco, de acordo com a percepo dos trabalhadores, deve ser representada por crculos de tamanhos proporcionalmente diferenciados: pequeno (2,5 cm de dimetro), mdio (5 cm de dimetro) e grande (10 cm de dimetro).
Essas marcaes tambm recebem uma cor (vermelho, verde, marrom, amarelo e azul), que corresponde a um tipo de risco: qumico, fsico, biolgico, ergonmico e mecnico.
Pronto! Agora s colocar o mapa em um local visvel para alertar aos trabalhadores sobre os perigos existentes naquela rea.
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VERDE
VERMELHO
AMARELO
Riscos fsicos
Poeiras Fumos Nvoas
Riscos qumicos
Rudos
Vibraes
Radiaes ionizantes
Neblinas
Frio
Calor
Presses anormais
Umidade
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Sipat (Semana Interna de Preveno de Acidentes do Trabalho) um evento obrigatrio nas empresas brasileiras segundo a legislao trabalhista. Deve ser organizada anualmente pela CIPA (Comisso Interna de Preveno de Acidentes) com o objetivo de conscientizar os empregados sobre a sade e segurana no trabalho alm da preveno de acidentes. No entanto, nem todas as empresas cumprem isso risca. Algumas empresas ficam anos sem realizar uma Sipat. Algumas realizam de forma irregular, como o caso da GM, que desrespeita a lei, j que no deixa que a CIPA organize a Sipat. Com isso, a empresa toma a frente do evento, que acaba sendo superficial, alm de levar aos trabalhadores apenas informaes que so de interesse da patronal. Os riscos e problemas existentes na fbrica so escondidos ou camuflados. Por isso, papel dos cipeiros dos trabalhadores cobrar a realizao da Sipat, anualmente, e que, de fato, ela seja organizada pelos cipeiros e aborde questes importantes e de interesse dos funcionrios.
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Cursos de Formao
cipeiro classista e combativo deve ter uma formao tcnica, poltica, terica e ideolgica que lhe d condio de compreender o sistema capitalista, sob uma viso classista, para que possa lutar contra a explorao e em defesa da classe trabalhadora.
Fique atento
A nossa Conveno Coletiva garante 2 dias por ano para que os cipeiros (as) participem de cursos de formao, sem prejuzo para o trabalhador
Neste sentido, os cursos, palestras e debates promovidos pelo Sindicato so fundamentais. Os cipeiros devem participar de todo e qualquer curso ministrado pelo Sindicato. Os cursos, palestras e debates, que so promovidos pelo Sindicato, tm o objetivo de oferecer um suporte tcnico aos cipeiros e cipeiras para que possam enfrentar a disputa com a patronal e construir uma atuao classista e combativa. Os cursos das empresas Os cipeiros e cipeiras eleitos tambm devem estar atentos quanto ao contedo e tempo dos cursos, que devem ser realizados sempre pelas empresas, no incio de cada gesto, e devem ter a durao de 20 horas. Caso sejam ministrados aos sbados ou depois do expediente de trabalho, os cipeiros e cipeiras tm de receber horas extras.
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abe aquela dorzinha chata que aparece justamente quando voc est trabalhando? Cuidado! Voc pode estar com LER/DORT (Leso por Esforo Repetitivo/Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). O termo LER/DORT refere-se a um conjunto de doenas do sistema musculoesqueltico, que lesionado por excesso de uso ou uso indevido. Isso ocorre pelos mais diversos motivos, sendo que o principal causador, invariavelmente, o processo de organizao do trabalho. A mais comum das doenas ocupacionais atinge principalmente msculos, ossos e tendes, causando, por exemplo, tenossinovites, tendinites, bursites e mialgias.
Voc sabia?
Se sofrer um acidente de trabalho ou adquirir uma doena ocupacional e ficar com alguma sequela irreversvel ou alguma reduo de sua capacidade de trabalho, a estabilidade garantida, pela nossa Conveno Coletiva, at a aposentadoria.
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Como prevenir importante que todos entendam que obrigao dos patres oferecerem boas condies de trabalho. Porm, o que vemos so jornadas prolongadas, ritmo acelerado, cobrana excessiva de metas de produo e pouco tempo para descanso. Pressionados pela reestruturao produtiva, implementada pelas empresas, os trabalhadores veem sua sade ser prejudicada a cada dia. O que todos precisam saber que a CIPA a porta de entrada para combater tudo isso. A preveno o combate superexplorao no ambiente de trabalho, o que inclui o combate ao ritmo acelerado de trabalho, longas jornadas e presso da chefia, alm de exigir pausas entre os ciclos. E, para isso, a construo de uma CIPA forte e mobilizada indispensvel. Mas a CIPA s atingir esse objetivo se for classista e combativa.
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ssdio moral crime e vem se tornando um problema cada vez mais frequente dentro das empresas. Por isso, deve ser uma das frentes de combate dos cipeiros e cipeiras. Como identificar? O assdio moral caracterizado pela exposio constante e repetitiva a situaes de humilhao no ambiente de trabalho. So situaes que expem o trabalhador a um clima ruim de trabalho, ofende sua dignidade e chega a colocar em risco seu emprego. Ou seja, uma prtica comum de chefes e superiores, que gera uma srie de consequncias negativas sade e ao bem estar do trabalhador.
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O assdio moral um problema de sade? Sim. Segundo psiclogos, o assdio moral leva o trabalhador a uma desestabilizao emocional que pode resultar em medo, raiva e ansiedade, num primeiro momento. Mas pode evoluir para transtornos maiores, como a depresso e a sndrome do pnico, ou at levar o trabalhador ao suicdio, em casos mais graves.
O que o cipeiro (a) pode fazer para combater essa prtica? O cipeiro deve orientar os trabalhadores a denunciar e a no baixar a cabea para situaes que causem constrangimento. Se a situao persistir, o cipeiro pode e deve intervir. O caminho denunciar o assdio, organizar os trabalhadores e fazer com que o ataque conste em ata. Em casos mais graves, o caso pode at ser levado Justia. Tambm deve instigar a solidariedade de classe, sempre. Do tipo:Mexeu com meu companheiro, mexeu comigo!
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risteza, desnimo, agitao ou ansiedade demonstrados em excesso. Se no seu ambiente de trabalho voc tem colegas que se enquadram em algum desses comportamentos, fique alerta. Eles podem estar com depresso. A depresso uma doena incapacitante para o trabalho. Hoje, j a 5 doena que mais gera afastamentos do trabalho. A depresso ocupacional pode ser desencadeada, principalmente, por trs fatores: assdio psicolgico, assdio moral e determinados produtos qumicos. O assdio psicolgico ocorre, por exemplo, quando uma leso leva limitao fsica. Diante dessa limitao, o trabalhador sente-se incapaz e, consequentemente, entra em depresso.
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Outro fator o assdio moral. Quando o trabalhador humilhado por seu chefe e, por medo de represlias, no tem como se defender, corre srio risco de entrar num quadro depressivo. Por fim, o contato com produtos qumicos, como os solventes utilizados na Embraer, que so neurotxicos.
Fique atento
extremamente necessrio que o cipeiro classista fique atento a eventuais casos de depresso que possam surgir no seu ambiente de trabalho. Tambm deve orientar o trabalhador a procurar ajuda. Apesar do preconceito que existe em torno da doena, preciso lutar para que as empresas reconheam a depresso como uma doena ocupacional e emitam a CAT.
Voc sabia?
Segundo estatsticas da Previdncia Social os transtornos mentais ocupam a terceira posio entre as causas de concesso de benefcios previdencirios.
Uma pesquisa da Universidade de Braslia (UnB), em parceria com a Previdncia Social, revelou que o nmero de trabalhadores com problemas mentais vem aumentando nos ltimos anos. Bancrios, frentistas, trabalhadores do comrcio, metalrgicos, rodovirios e transportadores areos esto entre as categorias de maior risco.
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CAT (Comunicao de Acidente de Trabalho) o documento que a empresa precisa emitir sempre que ocorrer um acidente tpico ou uma doena do trabalho, com ou sem o afastamento do trabalhador. O registro da CAT deve ser feito pela empresa que deve dar uma cpia para o trabalhador e encaminhar uma cpia para o Sindicato. Mas se a empresa se negar a emitir a CAT, o Sindicato ou qualquer outra autoridade pblica tambm pode emitir o documento. Alm disso, tambm pode ser emitida pelo prprio acidentado, seus dependentes ou seu mdico de confiana. Pra que serve? CAT serve para registrar a ocorrncia de um acidente de trabalho, doena profissional ou uma doena relacionada ao trabalho, como o caso da LER/DORT, por exemplo. O registro dos dados referentes aos acidentes de trabalho e doenas ocupacionais tem o objetivo de enquadrar as empresas, de acordo com os graus.
Ateno
A CAT, por si s, no d garantia de estabilidade de emprego para ningum. Ela s prova que o trabalhador sofreu um acidente ou tem um problema de sade relacionado ao trabalho. Para ter a estabilidade, o trabalhador tem que ter se afastado da empresa por mais de 15 dias e ter recebido o benefcio do tipo B91, do INSS.
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Afastamentos A CAT tambm precisa ser emitida quando o trabalhador permanece afastado da empresa por mais de 15 dias por conta de uma dor que suspeite ter sido causada pelo trabalho. Lembre-se: voc tem direito ao registro de uma CAT, independente da gravidade do caso. Alm disso, a empresa deve entregar uma via do documento ao trabalhador, constando o nmero de registro no INSS. Fique de olho e exija sempre os seus direitos! Em caso de qualquer problema, procure o Departamento de Sade do Sindicato.
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xistem dois tipos de auxlio-doena: o previdencirio (B31) e o acidentrio (B91). Ambos beneficiam trabalhadores com algum tipo de problema de sade. Mas os dois tm caractersticas que os diferem. Veja:
Auxlio-doena previdencirio (B31) Funciona assim: todo trabalhador que, por problemas de sade, se sentir incapacitado para o trabalho, deve consultar um mdico. Se houver a necessidade de afastamento do trabalho, o mdico ir emitir um atestado, que deve ser levado empresa. importante tambm solicitar um laudo ou relatrio mdico sobre o respectivo problema de sade. Os primeiros 15 (quinze) dias de afastamento, com atestado, responsabilidade da empresa, que dever efetuar o pagamento integral trabalhador. A partir do 16 dia, se ainda persistir a necessidade afastamento, o trabalhador encaminhado ao INSS com o requerimento auxlio-doena. Uma vez concedido, o pagamento passa a ser responsabilidade do INSS. de ao de do de
Para ter direito ao auxlio-doena previdencirio, tambm conhecido como B31, necessrio que j tenha cumprido a carncia de, no mnimo 12 meses de contribuies previdencirias.
Auxlio-doena acidentrio (B91) Esta modalidade de auxlio-doena concedido em casos de doenas relacionadas ao trabalho, ou em decorrncia de acidente de trabalho ou de trajeto. Ou seja, pode ter sido causado por um acidente tpico (cair, cortar, bater, quebrar, escorregar, queimar, etc), ou de trajeto (aqueles que acontecem no trajeto entre o trabalho e a residncia do trabalhador, ou vice-versa). Tambm
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pode ter sido provocado pelo exerccio da profisso ou da funo (LER/ DORT, depresso, problemas de coluna, etc).
Ateno
Oriente os trabalhadores a sempre tirar cpias de todos seus atestados e exames antes de entregar as cpias para a empresa.
Para a concesso deste tipo de benefcio, imprescindvel que o trabalhador tenha uma CAT emitida pela empresa. A CAT um direito do trabalhador e deve ser exigida, sempre, pela CIPA.
B91
comum, ou seja, Benefcio concedido ao trabalhador com doena ca profissional. prti a nte dura ou que no foi adquirida no trabalho ilidade de estab tem r lhado Com esse tipo de benefcio, o traba do a 60 limita to, amen afast seu emprego por igual perodo ao do dias aps o retorno ao trabalho.
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O que auxlio-acidente?
revisto pelo artigo 86 da Lei 8213/91, o auxlio acidente um benefcio mensal, no valor de 50% do salrio benefcio, concedido pelo INSS ao segurado como indenizao, at a aposentadoria. Nos casos de acidentes relacionados ao trabalho ou doena ocupacional, o auxlio-acidente conhecido como B94.
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Quem tem direito? O trabalhador vtima de acidente, que tenha ficado com alguma sequela que implique na reduo de sua capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
Voc sabia?
Esse benefcio vem sofrendo ataques do governo federal. At 98 era concedido de forma vitalcia. No entanto, FHC cortou esse dispositivo, e o benefcio passou a ser concedido at a aposentadoria. O decreto 3048/99 possui vrios anexos, entre eles o anexo III que estabelece que pode receber o benefcio o trabalhador que tiver alguma perda auditiva, visual ou da fala, prejuzo esttico, perda total ou parcial de membros, alteraes articulares, reduo da fora ou desempenho muscular ou reduo da capacidade respiratria. Estes anexos criados pelo governo federal restringiram o direito concesso administrativa do benefcio pelo INSS. Contudo, possvel recorrer ao judicirio caso voc tenha alguma sequela que implique na reduo de sua capacidade para o trabalho.
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Aposentadoria especial
Quem tem direito aposentadoria especial? Tem direito aposentadoria especial quem trabalhou, no mnimo, 15, 20 ou 25 anos em atividade exposta a riscos que prejudique sua sade ou sua integridade fsica. Mas, para isso, preciso que o trabalhador comprove, atravs do PPP, perante o INSS, que o trabalho foi exercido de forma permanente, no ocasional ou intermitente. Quais os agentes nocivos considerados prejudiciais sade? A lista extensa. Mas, via de regra, os agentes nocivos podem ser qumicos (substncias qumicas), fsicos (como rudo, vibrao ou calor em excesso, por exemplo) ou biolgicos (fungos ou bactrias, por exemplo). Como o cipeiro deve agir para ajudar os trabalhadores que tm direito aposentadoria especial? Sempre que identificar um risco, o cipeiro deve solicitar medies e o registro . Isso tambm deve ser feito sempre que houver mudanas que alterem esses nveis como, por exemplo, a chegada de novas mquinas no setor ou o barulho excessivo de um equipamento devido falta de manuteno ou manuteno inadequada. Tambm tarefa do cipeiro acompanhar as medies, alm de assegurar que sejam corretamente anotadas no PPP dos trabalhadores. Afinal, uma medio correta d ao trabalhador o direito ao adicional de insalubridade, se comprovado que os nveis esto acima dos considerados como aceitveis. O recebimento do adicional de insalubridade facilita bastante a concesso da aposentadoria especial, no futuro. Se a empresa se negar a fazer O mesmo se aplica aos demais medies, deixe isso registrado agentes nocivos, como a eletricidade nas atas de reunio da CIPA. ou produtos qumicos.
Fique atento
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NTEP
Criado pela lei 11.430/06 e regulamentado pelo Decreto n. 6.042/07, entrou em vigor em 01/04/07. O NTEP tem por finalidade estabelecer uma relao entre uma causa (ambiente laboral) e um efeito (doena ocupacional do trabalhador), ou seja, o nexo entre a doena e a atividade laboral. Foi lanado com ares de ser uma coisa boa, j que tirava do trabalhador a tarefa de provar que adquiriu uma doena em funo do trabalho, uma vez que isso passou a ocorrer de forma automtica. Caso a empresa discordasse, teria 15 dias para apresentar as contraprovas e tentar alterar o benefcio e, por consequncia, a estabilidade do trabalhador. Porm, na prtica, isso no verdade. O projeto que criou o NTEP sofreu vrias modificaes, que descaracterizaram totalmente o que poderia ter de vlido. Vrias empresas ficaram de fora da lista do nexo causal. Empresas com alto ndice de afastamentos e doenas ocupacionais. Outra modificao o direito da empresa recorrer do B91, com base na IN (Instruo Normativa (IN) 31, do INSS, que se caracteriza como um dos maiores ataques do governo, pois joga nas costas do trabalhador a responsabilidade de provar o nexo da doena com o trabalho.
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Instruo Normativa (IN) 31 Depois de receber inmeras reclamaes das empresas, devido instituio do NTEP, o governo federal editou a Instruo Normativa 31, que foi publicada no Dirio Oficial da Unio no dia 11/09/2008, alterando alguns procedimentos e rotinas para beneficiar os patres. A IN 31 criou a possibilidade de o estabelecimento de nexo no acontecer em alguns casos de acidentes tpicos e de trajeto, alm das doenas relacionadas exposio ao amianto, silica ou chumbo. Um absurdo sem tamanho. Outra coisa que mudou foi o prazo de recurso. Antes, a empresa tinha 15 dias para recorrer, apresentando suas contraprovas. S depois da anlise dessas contraprovas que o INSS decidia se o benefcio era suspenso ou sofria alguma alterao. A partir da IN 31, a empresa ganha maior prazo de recurso. O pior que o simples recebimento do recurso pelo INSS j altera o benefcio, suspende a estabilidade e deixa o trabalhador merc da empresa.
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Legislao
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odo bom cipeiro deve, obrigatoriamente, conhecer o mnimo da legislao sobre sade e segurana do trabalho, o que inclui as principais NRs (Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina no Trabalho) que, entre outras coisas, regulamenta a CIPA e seu funcionamento. Como o nmero de leis e NRs muito grande, inclumos nesse manual um glossrio, com uma breve descrio das principais leis e NRs em vigor, para que voc, cipeiro e cipeira, possa consultar sempre que necessrio. Lembre-se que todos os direitos descritos neste adendo resultado de longos anos de lutas dos trabalhadores e, portanto, devem ser respeitados. Ter conhecimento destes direitos importante para a defesa da sade e segurana no trabalho. E lembre-se: voc foi eleito pelos trabalhadores da sua empresa. Portanto, sua tarefa lutar para fazer com que tais direitos sejam cumpridos.
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- Leis
Constituio Federal, artigo 7: Todo trabalhador tem o direito a um ambiente de trabalho saudvel. Lei 8.213/91 do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) Artigo 89 - Reabilitao/Servio Compatvel Na reabilitao, o trabalhador acidentado ser readaptado para uma funo adequada sua reduo da capacidade laborativa. Artigo 93 - Portadores de deficincia Toda empresa com mais de 100 trabalhadores est obrigada a preencher em seu quadro funcional, um percentual de 2% a 5%, com reabilitados ou portadores de deficincia. Artigo 338 - Ambiente seguro A empresa responsvel pela adoo de medidas de proteo individual e coletiva; Artigo 341 - Punio A Previdncia Social deve impor uma ao regressiva contra a empresa em caso de negligncia quanto s normas.
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conduzidas, os recursos, o pedido de reunio extraordinria e as eleies. EPIs (Equipamento de Proteo Individual) Estabelece as regras para a fabricao, importao, uso, restaurao e treinamento dos equipamentos de proteo individual e especficos para proteo aos riscos nos ambientes de trabalho. Tambm determina que o fornecimento dos EPIs deve ser feito pelas empresas, gratuitamente. Alm disso, as empresas tambm devem promover a substituio do EPI imediatamente, quando danificado. Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO Trata dos exames mdicos: admissional, peridicos, de retorno ao trabalho, de mudana de funo e do exame demissional. Tambm determina que, a cada exame mdico realizado, o mdico emitir o ASO (Atestado de Sade Ocupacional), em 2 (duas) vias, sendo que uma das vias ser obrigatoriamente entregue ao trabalhador. PPRA (Programa de Preveno de Riscos Ambientais) Visa fazer com que a empresa se antecipe e controle os riscos ambientais. Uma das determinaes desta NR a elaborao do Mapa de Risco. Segurana em instalaes e servios em eletricidade Estabelece parmetros para a garantia da segurana no trabalho, nas diversas etapas dos servios em eletricidade. Tambm prev que os trabalhadores podem se recusar a executar uma tarefa sempre que constatarem evidncias de riscos graves e iminentes para a sua segurana e sade ou a de outras pessoas. Mquinas e Equipamentos Determina que, para os trabalhos contnuos em prensas ou outras mquinas e equipamentos, onde o operador possa trabalhar sentado, devem ser fornecidos assentos adequados. O mesmo se aplica s mesas para colocao de peas que estejam sendo trabalhadas. Os equipamentos devem estar na altura e posio adequadas, a fim de evitar fadiga ao operador. Atividades e Operaes Insalubres Esta NR estipula os Limites de Tolerncia dos agentes de risco que no causaro danos sade dos trabalhadores durante o trabalho. Tambm deixa
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claro que as empresas devem ter por meta a eliminao ou neutralizao da insalubridade. Ateno: fique de olho nos anexos. O Anexo 1 Limites de Tolerncia para Rudo, por exemplo, tem uma tabela bem explicativa do quanto de hora trabalhada permitido para determinado nvel de rudo. Determina tambm como devem ser realizadas as medies. Alm de rudo, existem anexos com limites para calor, frio, radiaes, agentes qumicos, poeiras minerais, dentre outros. Atividades e Operaes Perigosas Esta NR classifica as atividades consideradas perigosas (combustvel, explosivos e eletricidade), que podem ocasionar vrios acidentes graves. Tambm esta NR que determina o pagamento dos adicionais de periculosidade, de forma temporria ou contnua, dependendo da atividade executada. Ergonomia Estabelece alguns parmetros que permitem a adaptao das condies de trabalho s caractersticas psicofisiolgicas (corpo e mente) dos trabalhadores(as). Ateno A NR 17 tambm prev que nas atividades que exijam sobrecarga muscular esttica ou dinmica do pescoo, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, importante observar a obrigatoriedade de pausas para descanso, como forma de prevenir problemas de sade mais graves. Alm disso, aps qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, o trabalhador dever retornar gradativamente aos nveis de produo vigentes na poca anterior ao afastamento. Por exemplo: No caso de digitadores, o trabalhador no dever ultrapassar a marca de 8.000 toques por hora e, no mximo, cinco horas de jornada fazendo a mesma atividade. Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho O local de trabalho deve dispor de conforto e segurana para os trabalhadores, com instalaes sanitrias adequadas, vestirios com armrios, ambiente limpo e organizado, locais especficos para refeies, rea para descanso e fornecimento de gua potvel.
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Ateno: Est previsto na NR 24: cada empresa deve dispor de um sanitrio para cada 20 trabalhadores, que devem estar limpos, higienizados e sem nehum odor. Tambm deve ter pias e toalhas secas e limpas disposio dos trabalhadores. Sinalizao de segurana Serve para indicar e advertir sobre os riscos existentes no local de trabalho. A tal sinalizao secundria. O importante nesta NR a tal rotulagem preventiva, que determina que os rtulos de todos os produtos perigosos ou nocivos sade utilizados pela produo contenham informao breve, precisa, simples e de fcil compreenso sobre o produto, alm de contraindicaes de uso, riscos, medidas de primeiros socorros, etc.
NR 26
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* Em todo o exame mdico para efeito de trabalho dever ser emitido o ASO (Atestado de Sade Ocupacional), com cpia para o trabalhador (NR 7). Sobre tica e comportamento dos mdicos *Os mdicos das empresas devem basear suas atividades profissionais de acordo com o Cdigo de tica da categoria, que est regulamentado pela resoluo n 1.931/2009, do Conselho Federal de Medicina, em vigor desde 13/04/2010. Veja o que diz esse Cdigo de tica, em seus principais trechos: Captulo 1 - Princpios Fundamentais Pargrafo XII O mdico empenhar-se- pela melhor adequao do trabalho ao ser humano, pela eliminao e controle dos riscos sade inerentes s atividades laborais. vedado ao mdico: Captulo 3 - Responsabilidade Profissional Artigo 12 Deixar de esclarecer o trabalhador sobre as condies de trabalho que ponham em risco sua sade, devendo comunicar o fato aos empregadores responsveis. Pargrafo nico. Se o fato persistir, dever do mdico comunicar o ocorrido s autoridades competentes e ao Conselho Regional de Medicina. Captulo 10 - Documentos Mdicos Artigo 80 Expedir documento mdico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que no corresponda verdade. Artigo 88 Negar ao paciente o acesso ao seu pronturio, deixar de lhe fornecer cpia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicaes necessrias sua compreenso, salvo quando ocasionarem riscos ao prprio paciente ou a terceiros.
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Captulo 11 - Auditoria e Percia Mdica Artigo 92 Assinar laudos periciais, auditoriais ou de verificao mdico-legal, quando no tenha realizado pessoalmente o exame. Artigo 93 Ser perito ou auditor do prprio paciente, de pessoa de sua famlia ou de qualquer outra com a qual tenha relaes capazes de influir em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado. Artigo 94 Intervir, quando em funo de auditor, assistente tcnico ou perito, nos atos profissionais de outro mdico, ou fazer qualquer apreciao em presena do examinado, reservando suas observaes para o relatrio. Artigo 98 Deixar de atuar com absoluta iseno quando designado para servir como perito ou como auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuies e de sua competncia. Sobre a abertura de CATs: *Artigo 169 da CLT - obriga a notificao de doenas profissionais e das que foram ocasionadas em virtude de condies especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as instrues expedidas pelo Ministrio do Trabalho. * Lei 8.213 - Artigo 22 A empresa obrigada a emitir a CAT em todos os casos de acidente de trabalho ou de doena ocupacional (adquirida no trabalho), no prazo de 24 horas. A CAT deve ser enviada ao INSS com a cpia para o trabalhador e para o Sindicato. Em caso de recusa por parte da empresa em emitir a CAT, esta poder ser feita em um rgo do servio de sade pblica, a pedido do Sindicato ou do prprio trabalhador.
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m cada uma das pginas dessa cartilha voc, cipeiro ou cipeira de luta, aprendeu um pouco mais sobre como agir, de forma classista e combativa, nas mais diversas situaes. Esperamos ter atingido o nosso objetivo, que era dar a munio necessria para que os cipeiros e cipeiras pudessem fazer o seu trabalho, da melhor forma possvel, alm de entender a responsabilidade do seu papel no cho de fbrica. No se esquea: o classismo deve nortear todos os seus passos. Sua principal misso, como ativista, resgatar o esprito de classe nos trabalhadores da sua empresa. S assim ficaremos mais fortes e, por consequncia, faremos uma luta mais forte tambm. Se no caminho surgir alguma dvida, procure sempre o Sindicato. A Secretaria de Organizao de Base e o Departamento de Sade esto sempre prontos para atend-lo e orient-lo. Portanto, ocupe esse espao. Voc pode vir pessoalmente ou entrar em contato pelo email [email protected] ou ainda pelo telefone 3946-5308.
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Telefones teis
- Sindicato Recepo Sade Jurdico - Gerncia Reg. do Min. do Trabalho - Ministrio Pblico do Trabalho - Creso - Pronto Socorro Municipal - Resgate (Bombeiros) (12) 3946-5333 (12) 3946-5308 (12) 3946-5319 (12) 3921-5466 (12) 3922-5794 (12) 3947-8667 (12) 3901-3400 193
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