Autismo Slides

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE PSICOLOGIA
PSICOPATOLOGIA INFANTIL
Profa. Luciana Saraiva

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Um dos principais entraves ao avanço dos estudos sobre a psicose infantil e o


autismo está na disputa diagnóstica. A falta de concordância entre profissionais
impede, logo de saída, qualquer estudo epidemiológico, e dificulta enormemente as
trocas científicas, já que os pesquisadores não estão falando do mesmo objeto de
pesquisa - o autista do neurologista não é o autista do psicanalista.

CONCEITO

Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver
relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e
geralmente não desenvolve inteligência normal.

É uma alteração "cerebral" / "comportamental" que afecta a capacidade da pessoa


comunicar, de estabelecer relacionamentos e de responder apropriadamente ao
ambiente que a rodeia.

Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas,


algumas apresentam também retardo mental, mutismo ou importantes atrasos no
desenvolvimento da linguagem.

Alguns parecem fechados e distantes e outros parecem presos a comportamentos


restritos e rígidos padrões de comportamento.

O autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um


alheamento da criança ou adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se
centrado em si mesmo ou seja existem perturbações das relações afectivas com o
meio.

A maioria das crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de
sons ou palavras), inversão pronominal etc..

O comportamento delas é constituido por actos repetitivos e estereotipados; não


suportam mudanças de ambiente e preferem um contexto inanimado.

O termo autismo se refere ás características de isolamento e auto-concentração das


crianças. O autista possui uma incapacidade inata para estabelecer relações
afectivas, bem como para responder aos estímulos do meio.

É universalmente reconhecida a grande dificuldade que os autistas têm em relação


á expressão das emoções.

Características comuns do autista:


• Tem dificuldade em estabelecer contacto com os olhos,
• Parece surdo, apesar de não o ser,
• Pode começar a desenvolver a linguagem mas repentinamente ela é
completamente interrompida.
• Age como se não tomasse conhecimento do que acontece com os outros,
• Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para
isso,
• Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras
pessoas,
• Não explora o ambiente e as novidades e costuma restringir-se e fixar-se
em poucas coisas,
• Apresenta certos gestos repetitivos e imotivados como balançar as mãos ou
balançar-se,
• Cheira, morde ou lambe os brinquedos e ou roupas,
• Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se
intencionalmente
• Etc.

Tratamentos:

Poucos são os tratamentos atualmente existentes uma vez que os resultados são
muito pequenos e morosos.

Os tratamentos passam por uma estimulação constante e por um apoio constante


como forma de estimular e fazer com que a criança interaja com o ambiente, com
as pessoas e com outras crianças.

Frequentemente usa-se a hipoterapia, a musicoterapia, a terapia da fala, a


natação, o contacto com animais, o apoio em casa e com especialistas e muitas
outras abordagens.

Infelizmente estas abordagens não resolvem as causas por detrás do autismo.

Há que resolver as causas por detrás do autismo e para isso há que compreender
quais elas são.

O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral,


embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.

Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes


dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em
meninos do que em meninas.

Causas:

A nível médico as causas são desconhecidas apesar das investigações e estudos feitos. A
causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a
desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos
se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia,
alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita
ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de
enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica).
Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito
através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja
disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de
desordem cerebral.

Na tentativa de produzir uma uniformidade diagnóstica, a Associação Americana de


Psiquiatria passou, desde 1994, a colocar dentro de uma mesma categoria as
crianças que eram anteriormente classificadas como psicóticas e autistas, não
importando as causas admitidas, em sua quarta edição do Manual de Diagnóstico e
Estatística de Distúrbios Mentais (DSM-IV). Às crianças desta ampla categoria foi
atribuído o nome de "portadores de distúrbios globais do desenvolvimento."

Os diagnósticos de psicose infantil e autismo têm uma história recente. Até o


início deste século, o olhar médico ainda não havia subtraído, do grupo das
crianças deficientes mentais, aquelas que apresentavam bizarrices, alheamentos,
auto-agressões ou desconexões significativas ao lado do rebaixamento intelectual.
Para a sociedade, todas eram deficientes, e todas votadas ao cruel destino dos
adultos doentes mentais: o recolhimento em asilo e a alienação.

Dentre os inúmeros problemas a serem enfrentados, há a discordância sobre as


diferenças entre a psicose infantil e o autismo.

Psicose autística e Psicose simbiótica. Na primeira, a mãe parece não ser percebida
como elemento externo, e não é investida libidinalmente, o que aproxima essa
categoria com a clássica de autismo. Na psicose simbiótica, a representação
psíquica da mãe existe, mas fusionada ao self; essa segunda categoria aproxima-a
da psicose infantil clássica.

AUTISMO: falha a função materna.

PSICOSE: falha a função paterna.

A reflexão acerca do diagnóstico de pacientes com problemas emocionais graves


implica na consideração de uma série de fatores. Além das diversas abordagens
possíveis a singularidade e sutileza de cada caso nos leva quase sempre por
caminhos desconhecidos e terrenos nada firmes.

Em se tratando de crianças a polêmica torna-se mais acirrada, pois alguns


profissionais da área acreditam que a psicose se configuraria somente na
adolescência (após o período de latência), tornando, portanto, precipitado um
diagnóstico de psicose infantil, que além disso incidiria sobre a criança justamente
durante seu crescimento, marcando-a de maneira definitiva, podendo bloquear seu
desenvolvimento futuro, colaborando, assim, para a piora e cronificação de seus
problemas.

A loucura foi adquirindo ao longo da história, como acabou transformando-se em


um termo médico como "psicose" e a maneira pela qual a loucura tornou-se algo
sem lugar na sociedade atual, uma via para a marginalização social. Esse aspecto é
importante na medida em que um diagnóstico de louco ou psicótico para uma
criança a incluiria entre os "doentes mentais," excluindo-a quase que
automaticamente da possibilidade de escolarização, diminuindo suas chances de
socialização entre seus pares, uma vez que os "doentes mentais" são considerados
incapazes de atuar como cidadãos, sendo-lhes até negados os direitos e deveres
civis.
Segundo Foucault (1994), durante e até o final da Idade Média, a loucura fazia
parte da vida cotidiana, circulando livremente por todos os espaços sociais. Não
havia uma preocupação médica com o louco nem tampouco com seu isolamento. O
grupo de pessoas excluídas eram os leprosos, que eram ao mesmo tempo temidos
e sacralizados; sua doença era símbolo da cólera e da bondade de Deus, uma vez
que a doença era para o leproso o caminho para a purificação e a salvação.

Com o advento do Renascimento, profundas mudanças culturais marcaram


também uma diferença na maneira de perceber a loucura. Os loucos, muitas vezes,
eram embarcados e encerrados em uma nau errante de cidade em cidade, o que
para Foucault tem um sentido simbólico de exílio ritual. Embarcá-los seria purificá-
los e assegurar que partiriam para longe.

No século XVI, as mudanças no pensamento provocadas por Rene Descartes (1596-


1650) são radicais e determinantes para os séculos posteriores.
"Penso, logo existo," esta sua máxima exclui o louco da existência pois a loucura é
condição de impossibilidade de pensamento. Assim, a partir do racionalismo
moderno, sabedoria e loucura se separam. A "consciência crítica" veiculada pela
literatura e pela filosofia vai ganhando força em detrimento da "experiência trágica"
das imagens que vai subsistir obscuramente nos subterrâneos dos pensamentos e
dos sonhos.

Antes da metade do século XVII, a loucura passa a ser denominada e percebida


como o avesso imediato da razão. Por toda a Europa criam-se casas de internação.
O mundo da loucura vai tornar-se o mundo da exclusão.

A medicina, ao iniciar sua preocupação com a loucura, traz evidentemente consigo


seu imperativo metodológico: sua objetividade e cientificidade.

Essa pretensa objetividade da medicina acaba com a subjetividade tanto do médico


quanto do paciente tornando vazia a relação médico-doente.

Como tratar de maneira externa e objetiva aspectos diretamente relacionados à


própria constituição do paciente como sujeito? A loucura não se situa em um órgão
que possa ser isolado, examinado em suas funções. A loucura é o próprio sujeito
louco em sua totalidade.

O louco foi silenciado na medida em que suas palavras eram vistas como
destituídas de sentido e razão; a preocupação fundamental da medicina era sua
"cura" e esta, ao ser decretada como impossível, aponta o asilo como o destino do
louco, fica assim garantida a tranqüilidade da ordem social.

A psicanálise, apesar de ter sido pensada por um médico neurologista e ter forte
relação com a psiquiatria principalmente no âmbito das psicoses, difere
radicalmente da proposta da ordem médica.

Freud deixa para trás a medicina ao abandonar as técnicas de sugestão e hipnose e


substituí-las pela livre associação. A livre associação parte do analisando e deve
ser ouvida pelo analista de forma "flutuante," sem priorizar nenhum elemento. E o
único modo pelo qual alguma mudança pode ocorrer é através da transferência, ou
seja, numa relação de sujeito-sujeito. O psiquiatra deixa de ser o sujeito que sabe
para ocupar o lugar de sujeito suposto saber.
A questão do diagnóstico se insere aqui como uma conseqüência polêmica de
posturas tão divergentes entre a medicina e a psicanálise. Para o médico, o
diagnóstico e o próprio tratamento, tem como objetivo excluir a diferença e a
individualidade do paciente. Através de um vocabulário reduzido e específico o
médico procura a univocidade de sentido, ideal do código. Por exemplo: a
"síndrome do pânico," hoje tão em moda, é diagnosticada a partir de vários
sintomas observáveis como sensação de morte eminente, taquicardia, sudorese,
etc., perdendo-se assim totalmente o que representa para a singularidade deste
paciente essas sensações.

A fala do sujeito é ouvida apenas para ser descartada imediatamente, onde se


depreeende a função silenciadora do discurso médico e seu posicionamento
exatamente inverso ao da psicanálise. Onde a função eminentemente silenciosa do
analista não apenas faculta mas também promove a proliferação da fala do sujeito,
o analista não constituindo, pois, obstáculo à emergência do desejo.

O que importa fundamentalmente para a medicina de maneira geral, na questão do


diagnóstico, é definir uma entidade nosográfica. Este procedimento de modo geral
possível nas doenças ditas orgânicas, se complica quando se tenta aplicá-lo às
doenças mentais. A psiquiatria inicialmente conseguiu, de certa forma, inúmeros
avanços, como o quadro nosográfico sistematizado por Kraeplin; mas a medida que
as doenças foram melhor estudadas, foi ficando clara a difícil verificação da relação
direta, mecânica, entre o processo orgânico e a sintomatologia psiquiátrica.

A psiquiatria inicia seu diagnóstico na procura de sintomas pensados a partir de


uma perspectiva fenomenológica, ou seja, nas manifestações que pudessem ser
indicadoras de alterações de juízo, pensamento e percepção. Ora, para a
psicanálise, o sintoma tem um outro sentido que está ligado e articulado à história
particular e única desse sujeito alterado e pensado somente a partir da situação
analítica. Para a psicanálise, o sintoma é um sintoma falado e o analista estaria
implicado na produção enquanto que para a psiquiatria o médico seria um
observador externo e suas observações válidas para todo e qualquer outro
observador. Essas diferenças, evidentemente, são fundamentais na medida que o
diagnóstico fica alterado em função da utilização de um ou outro parâmetro. Não
me deterei aqui no diagnóstico psiquiátrico, sendo meu objetivo até o momento
apenas enfatizar as diferentes possibilidades de leitura das manifestações
psíquicas.

Freud, ao montar sua nosografia, baseou-se na terminologia psiquiátrica, não para


negá-la como poderia parecer, mas para ultrapassá-la.

Para ele, o funcionamento psíquico poderia ser entendido como maneiras do sujeito
posicionar-se frente a angústia.

O diagnóstico psiquiátrico é feito em apenas algumas entrevistas, nas quais o


médico tenta observar os sintomas que lhe indiquem uma ou outra patologia, para
orientá-lo na decisão sobre a necessidade e o tipo de medicação; o diagnóstico em
psicanálise é tomado como uma hipótese norteadora do trabalho porém não
definidora do paciente, que vai sendo modificada durante o processo analítico. É
preciso que fique claro que o diagnóstico em psicanálise não se coloca frontalmente
contra o diagnóstico psiquiátrico, mas se apresenta como uma nova perspectiva,
pois as manifestações psicóticas, consideradas em seus critérios fenomenológicos,
devem ser levadas em conta. O que acredito é que essa outra possibilidade
diagnóstica possa abrir novas chances para os indivíduos com problemas
emocionais graves, principalmente crianças, pois permitindo que sejam ouvidos,
compreendidos possa talvez, evitar a cronificação de suas crises. O objetivo da
psicanálise não está na cura ou na normalização do paciente, mas na tentativa da
resolução de uma questão analítica que, elaborada, possa trazer maior liberdade
ao paciente tomado como sujeito. Para a psiquiatria, que pensa a loucura como
uma doença, um desvio, a cura seria na direção de uma maior adaptação do
sujeito à sociedade. Enquanto que para a psicanálise, a preocupação seria, se
assim posso dizer, adaptar o sujeito a sim mesmo, a seu self.

Foi a partir da crítica a essa postura adaptativa e segregacionista da psiquiatria em


relação à loucura, que alguns jovens psiquiatras europeus fundam, nos anos 40, o
movimento da antipsiquiatria5 que pode ser entendido como uma síntese dialética
surgida da interpenetração de teorias de campos diferentes como a psiquiatria, a
psicanálise e a filosofia. A principal crítica dos antipsiquiatras é colocada em relação
à segregação institucional existente nos manicômios, argumentando que o médico
psiquiatra utiliza seu saber, não em função de beneficiar seu paciente, mas muito
mais servindo a necessidades sociais e administrativas, pactuando com crenças e
preconceitos da população em relação aos doentes mentais.

Diferentemente da psiquiatria, onde o médico se coloca exclusivamente na posição


de observador, para a psicanálise a questão do diagnóstico deve ser pensada
também nos termos acima descritos, onde o psicanalista estaria implicado no
processo, pois uma resposta somente seria obtida levando em conta o fenômeno da
transferência. Sendo assim, a resposta diagnóstica somente poderia ser dada ao
longo de um processo que acaba se tornando de certa forma paradoxal: é preciso
um diagnóstico para que se possa tratar do paciente, porém esse diagnóstico só é
possível a partir da relação. O que na realidade se pode fazer é ir ao longo do
processo construindo hipóteses que vão norteando o caminho.

Os pais, ao trazerem seu filho "problema" ao analista, solicitam sua atuação no


sentido de promoverem uma adaptação dessa criança ao seu meio social, não se
dando conta que, muitas vezes, esse comportamento louco é a única maneira
dessa criança poder expressar a verdade sobre si e sua família, a única maneira de
dizer o indizível. A criança perturbada, muitas vezes, encarna em si a loucura da
família, revelando um segredo jamais revelado. Nosso papel, segundo Dolto seria o
de:

... ouvir, por trás do sujeito que fala, aquele que permanece presente num desejo
que a angústia autentica e, ao mesmo tempo, mascara, presente emparedado
nesse corpo e nessa inteligência mais ou menos desenvolvida, e que busca a
comunicação com outro sujeito.

A criança perturbada nos é trazida muitas vezes como objeto, sem condição da
fala, sem condição de ter acesso a seu próprio desejo. O analista oferece-lhe
então uma escuta diferenciada, que vai abordar, escutar essa criança como
sujeito. A diferença toda está na sustentação, por parte do analista, da suposição
de que seu pequeno paciente seja um sujeito, mesmo que ali não haja
formulação do eu. É preciso muita paciência e uma tentativa de se despir o mais
possível de nossos próprios conteúdos para que a subjetividade do paciente
possa surgir.

Nossa presença e escuta terá um efeito na criança, possibilitando-lhe e


permitindo-lhe um deslocamento. O que provocará, na maioria das vezes, crises
familiares pois estaremos mexendo em uma situação pré-estabelecida. A mãe
que nos traz essa criança, apontando-a como a única causa de seus problemas e
da família, se desconcerta. Ela vem em busca de uma posição ou maneiras de
como lidar com o filho, e começa perceber que o filho leva suas marcas. Em
nossa concepção de analista, a mãe não é só vista como alguém que faz isso ou
aquilo, mas que desempenha funções na constituição da criança. Portanto, em
nosso trabalho com crianças com problemas emocionais graves, pensamos ser de
suma importância um trabalho concomitante com a mãe.

O conceito de sintoma para a psicanálise difere radicalmente daquele entendido


pela psiquiatria clássica: Freud ao trabalhar com as histéricas descobre um
sentido em seus sintomas, que seria revelado, ao bom entendedor e ouvinte,
pela palavra, e a partir dela tais sintomas seriam resolvidos. O sintoma indicaria
uma verdade do sujeito do inconsciente, que seria revelada e ao mesmo tempo
escondida por meias palavras, pois seu acesso estaria barrado pela censura. O
sintoma, ao invés de ser entendido como uma doença ou deficiência, pode então
ser tratado como uma questão que concerne a uma verdade, uma verdade em
relação à história do sujeito. O sintoma é tomado, portanto, como algo que é
analisável, demarcando assim um campo de trabalho para o psicanalista, um
campo a ser pesquisado em relação à história do sujeito.

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