SSO3 Psicologia Social I

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 166

Caderno de Atividades

Psicologia Social I

Semestre 3

Servio Social

CLIQUEAQUIPARA VIRARAPGINA

Caderno de Atividades Servio Social Disciplina Psicologia Social Coordenao do Curso Elisa Cleia Pinheiro Rodrigues Nobre Autoras Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Karem Angely Grubert Rojas

FICHA TCNICA Equipe de Gesto Editorial Regina Cludia Fiorin Joo Henrique Canella Firio Priscilla Ramos Capello Anlise de Processos Juliana Cristina e Silva Flvia Lopes

Reviso Textual Alexia Galvo Alves Giovana Valente Ferreira Ingrid Favoretto Julio Camillo Luana Mercrio Diagramao Clula de Inovao e Produo de Contedos

Chanceler Ana Maria Costa de Sousa Reitora Leocdia Agla Petry Leme Pr-Reitor Administrativo Antonio Fonseca de Carvalho

Pr-Reitor de Graduao Eduardo de Oliveira Elias Pr-Reitor de Extenso Ivo Arcanglo Vedrsculo Busato Pr-Reitora de Pesquisa e PsGraduao Luciana Paes de Andrade

Realizao: Diretoria de Planejamento de EAD Jos Manuel Moran Barbara Campos Diretoria de Desenvolvimento de EAD Thais Costa de Sousa Gerncia de Design Educacional Rodolfo Pinelli Gabriel Arajo

Como citar esse documento: COELHO, Helenrose Aparecida da Silva Pedroso e ROJAS, Karem Angely Grubert, Psicologia Social. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. p. 1-166. Disponvel em: <http://www.anhanguera.com>. Acesso em: 02 jan. 2014.

2013 Anhanguera Educacional Proibida a reproduo final ou parcial por qualquer meio de impresso, em forma idntica, resumida ou modificada em lngua portuguesa ou qualquer outro idioma.

ndic e

Tema 01: Histria, Epistemologia e tica  Tema 02: Individuo, cultura e sociedade e pesquisa  Tema 03: Ideologia e Representaes Sociais  Tema 04: Linguagem e Conhecimento  Tema 05: Comunicao e identidade  Tema 06: Subjetividade e Gnero  Tema 07: Processo Grupal e Psicologia Poltica  Tema 08: Experincias na escola, no trabalho e na comunidade 

6 24 44 62 84 106 126 144

Tema 01

Histria, Epistemologia e tica

sees

s e e S

Tema 01

Histria, Epistemologia e tica

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: A evoluo da Psicologia Social, desde a sua concepo at o rompimento com as ideias iniciais de uma cincia de base positivista. Como o repdio positivismo de Wundt e com a constatao de que estudar o Homem exige um olhar para os processos histricos que o constitui, a Psicologia Social comea a tomar novos rumos. Que na dcada de 1960 que a Psicologia Social na Amrica Latina e no Brasil comeou a tomar a sua forma atual.

CONTEDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Qual a histria da Psicologia Social no ocidente e seus fundamentos filosficos? Como foi o nascimento da Psicologia Social na Amrica Latina e no Brasil? O que foi a crise epistemolgica da Psicologia e quais os seus pressupostos ticos?

LEITURAOBRIGATRIA
Histria, Epistemologia e tica
Voc sabia que a psicologia uma cincia bastante jovem? Pois , essa uma rea de conhecimento que ainda est se constituindo e por esse motivo, muitas vezes voc ver uma srie de conflitos tericos e filosficos na sua histria. Voc percebeu que inicialmente sua pretenso era de se igualar s cincias da natureza? O positivismo foi o ponto de partida para os primeiros estudiosos da Psicologia, inclusive da Psicologia Social. Wundt foi o primeiro cientista a buscar igualar a psicologia s cincias positivas com pretenses experimentais, no entanto, ele mesmo no desenrolar da sua histria percebeu que isso no seria possvel, pois, a psicologia tem um vis nas cincias humanas e a metodologia experimental no era suficiente para abarcar seu objeto de estudo. Sendo assim, essa forma de pensar o homem e suas relaes foi questionada e voc poder entender como o sujeito social pensado nas suas relaes e na construo da subjetividade na atualidade. A postura da psicologia Social mudou de uma base positivista com inspirao do pragmatismo americano para um olhar scio-histrico sobre a construo da realidade humana, esse o grande diferencial que temos hoje. De acordo com Lane (1981), toda a Psicologia Social, pois impossvel considerar o indivduo isolado, mesmo em situaes simples o individuo influencia e influenciado pelo outro, sendo assim, a mesma autora que afirma: os comportamentos no existem em si
10

LEITURAOBRIGATRIA
e por si. Todo comportamento humano se desenvolve na relao com o outro social em uma teia de relaes que constitui na trama dos acontecimentos histricos, no existe um psiquismo abstrato que se constitui isoladamente. O inicio da Psicologia Social aconteceu na Europa, no entanto, foi nos Estados Unidos que realmente se desenvolveu de forma plena, o principal motivo para isso foi a migrao de muitos cientistas europeus para a Amrica do norte em funo das duas grandes guerras mundiais. Por esse motivo, podemos afirmar que apesar das razes da psicologia serem europias foi nos estado Unidos que ela de fato teve um desenvolvimento slido, e por isso manteve fortes caractersticas dessa cultura que na poca estava em plena expanso. Nesse perodo existiam duas tendncias predominantes em psicologia social: uma pragmtica (Estados Unidos) e uma filosfica (Europa), a primeira visava minimizar os conflitos, tornando os homens felizes, reconstrutores da humanidade que acabava de sair da destruio de uma II Guerra Mundial e a segunda, que buscava conhecimentos que evitassem novas catstrofes mundiais. Ambas tratavam de realidades acrticas e com um otimismo excessivo em relao ao caminho traado pela humanidade at aquele momento histrico. A Psicologia nesse perodo estava completamente imersa no ideal de uma cincia positivista, visando busca da verdade experimental, observao e a equiparao s cincias da natureza, com isso os conflitos de poder construdos entre dominantes e dominados no eram analisados por uma perspectiva mais realista da sociedade. Na dcada de 1960 essas tendncias comearam a ser questionadas pelos estudiosos na America Latina e no Brasil, desencadeando aquilo que veio a se chamada crise da Psicologia Social, que a partir de novos referenciais questionou os parmetros de estudo da realidade social baseados na metodologia importada dos Estados Unidos. Para esses estudiosos a realidade americana no era parmetro para o estudo das peculiaridades da realidade poltica e social da America Latina e a cincia positiva no dava todas as condies necessrias para a anlise profunda do fato social. Segundo essa nova viso, a especificidade da nossa histria no poderia ser pensada com referencial americano repleto de ideologias e com o objetivo de manter as relaes de dominao at ento existentes. De acordo com Bomfim (1994) foi nos anos oitenta que surgiram os primeiros cursos de ps-graduao na rea da Psicologia Social e foi criada a Abrapso-Associao Brasileira
11

LEITURAOBRIGATRIA
de Psicologia Social. Nesse cenrio novas prticas emergiram em Psicologia Social que visavam atender s demandas de uma populao cada vez mais pobre. De acordo com Bock (2004, p. 142), a nova Psicologia Social pretende ir alm do que observvel, ou seja, alm do comportamento, buscando compreender o mundo invisvel do homem. O mundo invisvel presente nas relaes que estabelecem no curso da histria, sendo que agora o homem visto como algum em constante transformao e fruto das condies materiais da vida e da cultura. Principalmente a partir das novas revolues tecnolgicas e econmicas um novo recorte de estudo sobre a constituio do sujeito e sua interao nos grupos precisou ser proposta, a dinmica da vida e a liquidez das relaes uma temtica que a cincia positivista no tem como responder. Foi instalada nesse momento a crise epistemolgica da psicologia Social. Com essa nova perspectiva de estudo surgem novas teorias para dar sustentao ao novo modelo da Psicologia Social, uma das mais importantes a teoria das Representaes Sociais formulada por Moscovici e que prope um novo modelo para compreender o homem nas suas relaes sociais, indo buscar no cotidiano e no senso comum as construes simblicas elaboradas pelos grupos humanos para dar conta das realidades que se apresentavam e que no podiam ser compreendidas. Paralelo a todas essas mudanas caminha a discusso sobre a questo tica da Psicologia Social na produo do seu conhecimento e na atuao nas comunidades, trazendo uma forma de pensar o conhecimento cientfico e as questes ticas de uma forma completamente diversa dos paradigmas estabelecidos at aquele momento, a tica passa a ser algo a ser construdo e um fazer constante na realidade tendo como ponto de partida e de chegada a relao com o outro, ou seja, o principio da alteridade. Para essa nova viso no existe cincia neutra de contedos ideolgicos, sendo assim, a dimenso tica um pilar central na nova Psicologia Social. Esse tema retomado e no novo cenrio a tica passa a ser pensada como: instncia crtica e propositiva sobre o dever ser das relaes humanas em vista de nossa plena realizao como seres humanos. (DOS ANJOS, 1996, p.12).

12

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Consulte o site da ABRAPSO. Disponvel em: <http://www.abrapso.org.br/>. Acesso em: 2 jan. 2014. Trata-se do site da Associao Brasileira de Psicologia Social. Acesse o site Psicologia on-line. Disponvel em: <http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/>. Acesso em: 2 jan. 2014. Trata-se do site do Conselho Federal de Psicologia. Acesse o site Livros Eletrnicos de Psicologia. Disponvel em <http://newpsi.bvs-psi.org.br/ ebooks2010/pt/Inicio.html>. Acesso em: 2 jan. 2014. Nesse site voc poder ter acesso a muitos livros de psicologia gratuitamente.

13

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1:
Para Silvia Lane toda a Psicologia social, sendo assim, de acordo com o que estudamos sobre o nascimento da Psicologia Social crtica a partir dos anos 70 no Brasil, faa uma discusso com o seu grupo e responda: o que significa essa firmao diante dos novos parmetros da Psicologia Social no Brasil?

a) Baseado na Psicanlise. b) Como uma cincia sociolgica. c) Como uma pseudocincia. d) Como uma cincia marxista. e) Dos Estados Unidos.

Questo 3:
Podemos destacar como precursores da chama da crise da Psicologia Social, que ocorreu na dcada de 1970 na Amrica Latina? I. Excesso de psiclogos no mercado de trabalho. II. Excesso de riqueza na America latina.

Questo 2:
Antes da dcada de 1970 no Brasil e na Amrica Latina a Psicologia Social buscava um modelo de cincia que se aproximava do modelo:

14

AGORAASUAVEZ
III.Transposio dos mtodos e teorias americanas. IV. Posturas acrticas das teorias importadas. V. Baixa auto-estima dos psiclogos latino americanos. Esto corretas as afirmativas: a) IV e V apenas. b) I, II e III apenas. c) III e IV apenas. d) todas. e) I, IV e V apenas d) A criao de uma Psicologia uma experimental e outra gestaltista. e) A criao de uma Psicologia experimental, uma social e de uma filosofia cientfica.

Questo 5:
Podemos afirmar que uma das razes que leva ram a Psicologia Social a uma sria crise em torno dos parmetros epistemolgicos vigentes foi: a) Comunicao de massa. b) Pesquisa c) tica. d) A concepo da racionalidade cientfica. e) Princpios da psicologia comunitria.

Questo 4:
Wundt, considerado o pai da psicologia por muitos autores, foi um terico muito dedicado ao estudo da psicologia, logo no incio da sua pro fisso estabeleceu trs objetivos para cumprir ao longo da sua carreira. Podemos afirma que so eles: a) A criao de uma Psicologia uma fenomenol gica, social e da psicanlise. b) A criao de uma Psicologia uma aplicada e ou tra social. c) A criao de uma Psicologia uma behaviorista, uma clnica e outra comunitria.

Questo 6:
Uma das dimenses da tica a tica como tica das relaes, sobre esse prisma podemos afirmar sobre esse conceito que: a) A eticidade da existncia consiste no reconhe cimento da alteridade. b) A tica no diz respeito ao outro. c) A tica como dimenso no se relaciona com o conceito de alteridade.

15

AGORAASUAVEZ
d) A tica em um positivismo jurdico. e) A tica em uma dimenso individualista. invlucros seria um homem presente em todos os tempos e espaos (Disponvel em:<http://www.nucleohumanidades.ufma. br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20 Piedade%20Araujo.pdf>) De acordo com o texto faa uma anlise crtica sobre os motivos que levaram crise da Psicolo gia Social no Brasil.

Questo 7:
A psicologia nasceu como cincia com preten ses experimentais baseadas nas ideias positi vistas. Caracterize os pontos principais do posi tivismo.

Questo 8:
Sendo A Psicologia Social, at o incio dos anos 1960 parecia que daria respostas a todos os problemas sociais, mas foi atravessada por uma polmica em torno de seu carter terico e ideolgico, ocasionando uma crise. Tal crise foi devida tanto sua metodologia como s formas de teorizao utilizadas, pois a Psicologia de at ento no havia desenvolvido uma base slida de conhecimentos estruturada na realidade so cial e nas vivncias cotidianas. Sua teorizao era centrada no cognitivismo (relevo aos fatores cognitivos do indivduo), no experimentalismo como mtodo de pesquisa, no individualismo (ou seja, na anlise dos fenmenos sociais a partir da perspectiva do indivduo), no etnocentrismo (j que este modelo de indivduo era o estabelecido na cultura norte-americana), no uso de microteo rias (ou seja, na investigao de micro-espaos do social) e, finalmente, na perspectiva a-histrica, j que o homem estudado atravs destes diversos
16

Questo 9:
Segundo Guareschi (2003), a dimenso crtica da tica significa que ela no pode ser considerada algo pronto, acabado. Ao contrrio, ela est sem pre por se fazer, sendo uma busca infinita, inces sante por crescimento e transformao. Ela pre cisa ser tambm propositiva, ou seja, no pode colocar apenas exigncias e desafios, mas tais desafios precisam ser reelaborados, redimensio nados. Assim, segundo o autor, a crtica resgata a dimenso tica de toda ao humana, sem que se feche a questo sobre a presena de uma di menso tica especfica. Uma postura terica que toma a cincia como uma prtica que diz como as coisas so esconde, no fundo, uma postura con servadora, e tanto uma como a outra possuem di menses ticas, pois ser conservador uma ao to tica como lutar pela mudana (2003, p.22). A outra dimenso fundamental dessa concepo a da tica enquanto tica das relaes, ou seja, a tica s pode se referir s relaes, e ela mes ma sempre uma relao. As-

AGORAASUAVEZ
sim, ningum pode dizer-se tico a partir de si mesmo, como postu la o liberalismo. O pensamento liberal centraliza tudo no eu. Perdemos, com isso, a dimenso relacional e mistificamos o verdadeiro sentido da tica. (Disponvel em: <http://www.crpsp.org. br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6>). Acesso em: 2 jan. 2014. O texto acima nos remete tica como instan cia crtica, conceito mais aceito pela Psicologia Social atual. Baseado na leitura desse material construa um conceito de tica.

Questo 10:
Discuta com seu grupo e conceitue epistemologia.

17

FINALIZANDO
No primeiro tema voc conheceu um pouco da histria da Psicologia, viu como a Psicologia se estruturou como cincia e o quanto ainda uma disciplina complexa. Inicialmente Wundt tentou transform-la em uma rea do conhecimento experimental com as mesmas caractersticas das cincias naturais, mas logo ele mesmo percebeu que isso no era possvel, uma vez que, o objeto de estudo da psicologia mutvel e no est em condies de adequar aos princpios positivistas de cincia. Quanto Psicologia Social no foi diferente, embora ela tenha nascido com tendncias experimentais na sociedade americana ela logo muda sua configurao na Amrica Latina e no Brasil a partir da crise da Psicologia Social, que rompe com esse modelo hegemnico de conhecimento e estabelece uma forma de pensar o sujeito humano a partir dos referenciais scio-histricos embasados na teoria marxistas. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014.
18

REFERNCIAS
ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014. BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014. BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000.

19

REFERNCIAS
DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004. GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988. Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014.
20

REFERNCIAS
PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

21

GLOSSRIO
Wundt: considerado o pai da psicologia como cincia experimental. Subjetividade: movimento dialtico no qual existe uma inter-relao do ser humano consigo mesmo e o seu ambiente social. Disponvel: <http://www.fae.edu/publicacoes/fae_ v9_n2/02_silmara_cimbalista.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. Pragmatismo: uma doutrina filosfica que adota como critrio da verdade a utilidade prtica, identificando o verdadeiro como til; busca o senso prtico.

GABARITO
Questo 1 Resposta: O grupo deve seguir a seguinte linha de pensamento. Para Slvia, toda a Psicologia seria social, j que o ser humano se constitui no social, sendo produto e produtor da histria, a partir do domnio dos instrumentos de trabalho e do desenvolvimento da lingua gem. Assim, os objetos de estudo da Psicologia Social devem ser a linguagem e o grupo, pois a partir desses dois processos que o ser humano encontra a sua identidade. Disponvel em: <http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a10/camposguedes01.htm> Questo 2 Resposta: Alternativa E.
22

GABARITO
Questo 3 Resposta: Alternativa C. Questo 4 Resposta: Alternativa E. Questo 5 Resposta: Alternativa D. Questo 6 Resposta: Alternativa A. Questo 7 Resposta: - Conhecimento cientfico como nica forma verdadeira de conhecimento. - O conhecimento precisa ser comprovado para ter valor cientfico. - Valor supremo experincia imediata. - Cincia neutra e objetiva. Questo 8 Resposta: A crise da Psicologia Social no Brasil e na Amrica Latina comeou principalmente a partir de uma ruptura com os padres estabelecidos para a anlise do homem e dos fatos sociais importados dos Estados Unidos. Os psiclogos latinos americanos comearam a questionar o modelo de cincia utilizada pelos cientistas americanos e a viso de um sujeito que era visto em uma perspectiva que no levava em considerao sua realidade scio-histrica. Questo 9 Resposta: Nessa questo o grupo deve articular os trs pontos principais do conceito. tica como algo a ser construdo, seus pressupostos precisam ser redimensionados e deve estar sempre em relao ao outro. Questo 10 Resposta: A epistemologia pode ser chamada de teoria do conhecimento, ela o ramo da filosofia in teressada na investigao da natureza, fontes e validade do conhecimento. O desafio da epistemologia responder o que e como alcanamos o conhecimento?
23

Tema 02

Individuo, cultura e sociedade e pesquisa

sees

s e e S

Tema 02

Individuo, cultura e sociedade e pesquisa

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: A abordagem do ser humano como ser social, como ele se constri a partir do seu nascimento. O conceito de cultura como sendo o conjunto de crenas, valores, smbolos, idioma, tecnologia, normas e sanes de um determinado grupo a importncia da discusso do tema no contexto atual, diante da globalizao, onde vrias etnias tentam sobreviver. A neutralidade do pesquisador, a forma de conceber e realizar a pesquisa, a relativizao da verdade.

27

CONTEDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Qual o conceito de cultura e como a cultura interfere em nossas relaes interpessoais? Qual o significado da palavra status? Quais so as posies sociais que podemos ocupar e como a socializao interfere na articulao do papel social? Como distinguir as diferentes formas de poder e como elas se manifestam e estruturam a sociedade? De que forma aprender como se realiza a pesquisa na rea social?

LEITURAOBRIGATRIA
Indivduo, cultura e sociedade e pesquisa
Na maioria das vezes em que se fala em Psicologia Social se reporta ideia da juno entre a Psicologia e a Sociologia, mas, na realidade, no somente isso, pois a Psicologia Social uma disciplina autnoma. Tanto a Sociologia como a Psicologia partem de perspectivas tericas distintas, ou seja, existem diferenas quanto problemtica terica dos problemas de investigao e dos paradigmas, construindo, assim, distintos objetos cientficos. A psicologia evidencia a interao entre determinantes biolgicos e culturais das condutas e elucida as funes psicolgicas do homem enquanto ser que se adapta ao meio. Por outro lado, a sociologia procura realar as regularidades que existem na sociedade, ou seja, os padres decorrentes da vida social que determinam a ao e que so observveis pela recorrncia do relacionamento entre as pessoas. Assim temos a Psicologia Social como sendo a juno dessas duas cincias, incorporando em seu arcabouo terico tanto os conceitos da Psicologia como os da Sociologia.
28

LEITURAOBRIGATRIA
A Psicologia Social avana no sentido de romper com a oposio existente at ento entre o indivduo e a sociedade, enquanto objeto que seria excludente, procura analisar as relaes entre indivduos, categorias, grupos e representaes sociais. Dessa forma, o objeto de estudo da Psicologia Social so os indivduos no contexto social, observando a cultura a que pertencem, pois atravs dela que aprendemos e transmitimos a informao e o conhecimento da sociedade. Segundo Lane (1988), se a Psicologia apenas descrever o que observado ou enfocar o indivduo como causa e efeito de sua individualidade, ela ter uma ao conservadora, estatizante e ideolgica. Se o homem no for visto como produto e produtor, no s de sua histria pessoal, mas da histria de sua sociedade, a Psicologia estar apenas reproduzindo as condies necessrias para impedir a emergncia das contradies e a transformao social. A Psicologia Social, porm, tem como objetivo conhecer o indivduo dentro do conjunto de suas relaes sociais. Ao longo da vida, conforme se vive em sociedade, se adquire papis sociais, ou seja, comportamentos de acordo com a necessidade social. Por exemplo, quando criana, o indivduo tem os seguintes papis: filho, irmo, neto, sobrinho; depois vai para a escola e adquire outros papis como: aluno, colega, amigo. Quanto mais o tempo passa e vivemos em sociedade, vamos adquirindo muitos outros papis. Os papis sociais so formas de funcionamento do indivduo em relao ao meio. No meio esto includos os objetos, a natureza, os animais, a tecnologia, as outras pessoas e o mundo interno de cada um. O indivduo se relaciona ento com o seu ambiente e vai aprendendo os seus papis dentro da dinmica social como por exemplo, o papel de filho, o papel de pai, o papel de chefe, o papel de aluno, etc. Dessa maneira, o vnculo do indivduo com os objetos surge do desempenho de determinados papis. O grupo social ensina o indivduo atravs da interao social quais as normas, regras, direitos e deveres que ele tem e como ele deve desempenhar o seu papel na sociedade. As posies que os indivduos ocupam na sociedade possuem uma delimitao bem definida porque existem diferenas de direitos e deveres entre elas que so aceitas por toda a sociedade. Essas diferenas fazem parte da cultura especfica de cada grupo social e no necessariamente esto explicitadas em documentos oficiais. O conjunto de direitos
29

LEITURAOBRIGATRIA
e deveres que caracteriza uma posio modifica de uma cultura para outra e de situao para situao. Conhecendo a cultura e todos os seus aspectos, faz com que se perceba e se aprenda comportamentos e hbitos previamente existentes em nossa cultura e que passam a ser impostos a ns. As organizaes e os grupos sociais podem ser investigados por meio dos papis que contm e so desempenhados por sujeitos que podem ser trocados. De outro modo, pode-se dizer que os papis existem independente dos sujeitos. bvio que as diferenas individuais de personalidade imprimem diferenas no desempenho dos papis, mas a estrutura geral do papel a mesma. O desempenho de papis se relaciona s caractersticas de personalidade de, pelo menos, duas maneiras distintas. Levando em conta que personalidade o conjunto de caractersticas do indivduo que, integradas, estabelecem a forma pela qual ele reage costumeiramente ao meio, pode-se entender que essas caractersticas, alm de fazer com que a pessoa desempenhe seu papel de forma prpria e nica, tambm iro influenciar na escolha do papel a ser desempenhado. A questo do papel social extremamente relevante para a existncia de uma equilibrada convivncia em sociedade, porque se desempenha vrios papis ao mesmo tempo no meio em que se vive. Por exemplo: os papis de me, profissional, irm, esposa, amiga so desempenhados concomitantemente. A contribuio da Psicologia no campo social bastante ampla, pois possibilita o conhecimento dos mecanismos de funcionamento dos indivduos no meio social, podendo, dessa forma, entender como a interao social acontece. Conclui-se que o comportamento humano se d em um ambiente social, e proveniente dele e, ao mesmo tempo, o determina, por isso se pode visualizar a importncia de no dissociar o homem do seu meio e das suas relaes interpessoais. Alm disso, a pesquisa na rea social tem suas particularidades em relao s pesquisas que so realizadas em outras reas e por isso possui uma metodologia e tcnicas especficas dessa rea.

30

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Leia o artigo Status e Papel Social, do autor Rainer Gonalves Sousa o site Mundo e Educao. Disponvel em: <http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/status-papel-social.htm>. Acesso em: 2 jan. 2014. O artigo trata sobre a diferena entre os conceitos de status e papel social. Leia o texto O mtodo na pesquisa psicanaltica de fenmenos sociais e polticos: a utilizao da entrevista e da observao de autoria de Rosa, Miriam Debieux; Domingues, Eliane. Disponvel em: <http://www.scielo.br/pdf/psoc/v22n1/v22n1a21.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. O artigo traz uma discusso sobre mtodos de pesquisa e estuda os fenmenos sociais e polticos. Leia o texto Na escuta de textos: olhares sobre a cultura e a identidade de Hayde Ribeiro Coelho no site. Disponvel em: <http://www.fflch.usp.br/dlcv/posgraduacao/ecl/pdf/via04/via04_12.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. Nele, voc complementar o estudo sobre o tema, realizando uma reflexo sobre a cultura e a identidade. Acesse o site do Ministrio das Relaes Exteriores. Disponvel em: <http://www.dc.mre.gov.br/ imagens-e-textos>. Acesso em: 2 jan. 2014. Nele, existem vrios textos e imagens interessantes que so divulgados sobre o Brasil no exterior.
31

LINKSIMPORTANTES
Leia o texto sobre o Relativismo Cultural de Renato Ortiz. , no site: Disponvel em: <http://www.revistaalambre.com/Articulos/ArticuloMuestra.asp?Id=33>. Acesso em: 2 jan. 2014

Vdeos Importantes
Patch Adams O Amor Contagioso Um estudante de medicina comea a usar amor e carinho como armas para ajudar as pessoas hospitalizadas, at que comea a despertar desconfiana e cime dentro da prpria classe mdica. Com direo de Tom Shadyac (O professor aloprado), Robin Williams e Philip Seymour Hoffman no elenco. Recebeu uma indicao ao Oscar. (extrado do site <http://www.telacritica.org/letraP.htm#patch>). Acesso em: 2 jan. 2014. Espera de Um Milagre. Passado no Corredor da Morte de uma priso do sul dos Estados Unidos, em 1935, Espera de Um Milagre a adaptao para o cinema do romance best-seller de Stephen King (publicado em 1996) sobre a histria de um guarda de priso que desenvolve um relacionamento incomum e comovente com um preso que possui um dom ao mesmo tempo mgico, misterioso e miraculoso. (extrado do site <http://www.webcine.com.br/filmessi/ greenmil.htm>). Acesso em: 2 jan. 2014.

32

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1:
Faa uma dinmica de grupo chamada de Choque Cultural, que tem por objetivo levar a reflexo das diferenas e riquezas culturais; valorizar e respei tar as diferenas culturais; perceber a cultura como dimenso de tudo o que se faz em cada grupo hu mano e perceber a cultura como a identidade de um povo. Etapas da dinmica: a) Inicialmente deve-se dividir o grupo em trs subgrupos. Um subgrupo vai encenar uma tribo indgena chegando a cidade pela primeira vez. Outro subgrupo encena um grupo de operrios chegando a uma tribo indgena.

O terceiro subgrupo ser observador e avaliador das encenaes. Sugesto: os temas de cada subgrupo podem ser sorteados. b) O grupo deve procurar colocar na sua apresen tao os costumes, hbitos e relaes sociais de cada grupo humano que vai representar. c) Enquanto os dois subgrupos se preparam, o tutor orienta o subgrupo que vai observar e avaliar as encenaes. d) Em primeiro lugar, a tribo indgena encena sua chegada cidade. No conhecem nada sobre a cidade, estranham tudo, at as coisas mais simples, e no percebem os riscos que a cida de oferece e situaes de perigo que podem enfrentar.
33

AGORAASUAVEZ
e) Em segundo lugar, os operrios chegam a uma tribo indgena, ignorando toda a sua realidade. f) Depois das apresentaes ser feito um tema. Abaixo temos algumas sugestes para orien tar o debate: - O que observamos? - O que pode ocorrer no confronto (choque) de duas culturas diferentes? - Como analisamos a colonizao do Brasil, a partir da encenao? - Quais as consequncias para ns, hoje, desse choque de culturas? g) Vamos avaliar as apresentaes agora: - O terceiro subgrupo avalia o trabalho, emitin do opinies e sintetizando o que foi aprendido com a dinmica e o que foi sentido pelos gru pos. Alm disso, deve-se refletir sobre o que foi modificado no pensamento dos alunos aps a realizao dessa dinmica. d) um trao distintivo do homem, mas que no homogneo. e) as capacidades e os hbitos esquecidos pelo homem.

Questo 3:
Muitas vezes o ser humano tem a tendncia de considerar a sua cultura como sendo a melhor em relao s outras, considerando-a a mais natural, a mais correta. A esse fenmeno d-se o nome de: a) Egocentrismo. b) Heliocentrismo. c) Etnocentrismo. d) Heliomorfismo. e) Dadasmo

Questo 4:
Sob o ponto de vista dos estudos da Antropolo gia, assinale qual a alternativa correta em rela o ao conceito de cultura: a) A cultura no diz respeito aos atributos histri cos que singularizam um povo. b) Determinamos a cultura de um povo pelo meio natural. c) Sabemos que a cultura herdada biologica mente e condiciona o comportamento dos po vos.

Questo 2:
A Antropologia define o termo de cultura como: a) um elemento que aproxima os homens dos animais. b) uma funo orgnica do homem. c) um elemento que garante a homogeneidade entre os povos.

34

AGORAASUAVEZ
d) A cultura uma forma de linguagem que tem origem simblica. e) A cultura no exerce influncia no cotidiano do indivduo. emocional, motivacional e cognitiva de uma pessoa. Assinale a alternativa Verdadeira: a) Todas as afirmaes esto corretas. b) Somente as afirmaes I e II esto corretas. c) Apenas a afirmao III est errada. d) As afirmaes III e IV esto erradas e) Todas as afirmaes esto erradas.

Questo 5:
Quando se estuda a relao indivduo e cultura, h convergncia de conceitos da Sociologia com os da Antropologia para se compreender a vida social e o relacionamento que o indivduo esta belece entre as normas sociais e suas convic es. Analise as afirmaes e responda a seguir: I a sociedade no existe por si mesma e se im pe aos indivduos, mas o das relaes in terpessoais. Compreendendo-se as relaes interpessoais torna-se mais fcil a compre enso do eu, das instituies e das atividades culturais. II o indivduo um ser concebido como um pro duto da histria e da cultura, capaz de ser cria tivo e intencional, em constante transformao, e que, coletivamente, pode mudar o prprio processo cultural que o constitui. III as pessoas se cosntituem em um sistema cul tural dado previamente, formando uma rede de inter-relaes, por isso, so sujeitos constitu dos passivamente pelo meio em que vivem. IV o eu construdo na vida social, proporcio nando o desenvolvimento da vida

Questo 6:
Mohandas K. Gandhi (conhecido como Mahat ma, que em sncrito significa grande alma) foi um lder nacional e espiritual indiano, nascido em uma famlia da casta Hindu Bania (comerciante), foi educado na ndia e Gr-Bretanha, diplomando -se como advogado em Londres. Exerceu o Di reiro por algum tempo na ndia, mas mudou-se para a frica do Sul onde se tornou um advogado bem-sucedido. L desenvolveu sua tcnica satya graha (verdade-fora ou resistncia no-violenta). De volta ndia, fez contatos polticos por meio de campanhas pelos direitos dos trabalhadores e camponeses. Liderou os nacionalistas indianos em uma srie de confrontos com o Raj (dom nio) britnico, incluindo a manifestao contra o Rowlatt Act (legislao repressiva, que seguia o relatrio de um comit que permitia a priso sem julgamento de
35

AGORAASUAVEZ
qualquer suspeito de atividades ilegais) e do movimento de no-cooperao com os britnicos. As atividades de Gandhi na ndia so exemplo de um processo de: a) Assimilao da cultura anglosaxnica. b) Valorizao e de resistncia cultural. c) Aplicao da concepo do eu independente. d) Pluralidade cultural. e) Aplicao dos eus interdependentes.

Questo 8:
A finalidade de se estudar Indivduo, Cultura e Sociedade compreender o ser humano alm de seu corpo e sua origem animal, entendendo-o em seu contexto sociocultural. Nesse sentido, pela te oria histrico-cultural, h algumas concluses que podemos tirar em face desse estudo: I a aquisio da linguagem por uma criana pos sibilita seu ingresso em um processo plenamente cultural, pois com o domnio da fala pode absorver o contedo simblico (inerente ao falar) contido nas instituies culturais. II cada indivduo integra uma grande rede de inter-relaes e constroi o seu eu (self, pessoa), que o permite tomar decises, orientar-se no mundo e elaborar sua autoimagem e autoestima. III o controle da fala sobre o comportamento de uma crinaa realizado pelos comandos da me sobre a criana (relao interpessoal), que passa a se autoinstruir sobre como deve se comportar (controle intrapessoal). Uma pessoa passa de uma relao interpessoal para um planejamneto intrapessoal de controle tanto de suas prprias atividades quanto das de outras pessoas (repre sentaes mentais). IV H uma contradio entre o indivduo e a so ciedade, pois embora seja um ser histrico-cultu ral, com hbitos e costumes aprendidos na socie dade, quando est so-

Questo 7:
Vamos tratar do tema da indstria cultural e sa bemos que ela produz bens culturais como se fossem mercadorias. Alm disso, um dos efeitos observados da indstria cultural criar a iluso de felicidade no presente e eliminar a dimenso crtica do ser humano e ocupar o espao de la zer do trabalhador gerando a alienao em re lao s condies de explorao em que vive. Partindo dessa reflexo, escreva um texto de aproximadamente 20 linhas, apontando a influ ncia da indstria cultural no processo de mas sificao da cultura e do conhecimento.

36

AGORAASUAVEZ
litrio em uma ilha, deixa de adotar os referidos comportamentos adquiridos na sociedade em que viveu. Assinale a alternativa verdadeira: a) as afirmaes I, II e III esto erradas b) a afirmao III est errada. c) todas as afirmaes esto corretas. d) a afirmao IV est errada. e) todas as afirmaes esto erradas. Com base no texto e nos conhecimentos sobre as relaes entre cincia e cultura no Ociden te, redija um texto demonstrando como nossa sociedade se desenvolveu no campo da cincia para produzir conhecimento e desenvolver ha bilidades.

Questo 10:
Leia o texto abaixo de autoria de Tiago Dantas e retirado do site <http://www.mundoeducacao.com.br/sociologia/ku-klux-klan.htm> A palavra Ku Klux Klan provm da palavra gre ga kyklos (crculo). Trata-se de uma organizao scio-religiosa fundada em 1865, no Tennessee, Estados Unidos. Devido ao fato de um dos fun dadores da organizao ser de origem escocesa, foi adotada a palavra klan, em harmonia com a ortografia adotada. Tudo se iniciou aps a Guerra de Secesso nos EUA, quando um grupo de rapazes decidiu fazer brincadeiras noite. Para isso, se fantasiaram com panos e capuzes e passaram a assustar os negros recm-libertados. Esses, geralmente su persticiosas e sem instruo, acreditavam se de parar com fantasmas. Aos poucos, a brincadeira se tornou uma coisa sria. O Ku Klux Klan passou a oprimir os escra vos recm-libertados e a impedir a integrao so cial dos mesmos, como por exemplo, o direito de votar e de adquirir
37

Questo 9:
A cincia e a cultura so processos histricos que caminham juntos. A pesquisa cientfica na era moderna apresenta diferentes metodologias que devem ser seguidas com rigor para que te nha valor cientfico em nossa sociedade. Da mesma forma, o processo de escolarizao fundamental para se ter acesso cincia e cultura e, assim, uma poltica de ensino associa -se a uma poltica cultural que tem por objetivo gerar cidados competentes. A escola, em nossa cultura, passa a ter um pa pel determinante em torno de uma cultura que produzida por ela, independemente das diversi dades sociais, culturais e religiosas. (Adaptado de: WARNIER, Jean-Pierre. A mundializao da cultura. Bauru: EDUSC, 2000. p. 103-104).

AGORAASUAVEZ
terras. A organizao apoiava a supremacia dos cristos protestantes anglo-sa xes em detrimento s outras religies e grupos tnicos. Em 1872, o grupo foi reconhecido como uma entidade terrorista e entrou em decadncia. Agora, faa uma reflexo do que estamos viven ciando atualmente diante da questo do terroris mo e a globalizao. O texto deve conter aproxi madamente 20 linhas.

FINALIZANDO
Voc estudou os conceitos de cultura, subcultura e como a cultura interfere nas relaes sociais. Alm disso, observou os diferentes status e como se d a articulao do papel social. Verificou que o ser humano um ser social e histrico, que vive em constante interao com os outros. Muitos outros conceitos tambm esto relacionados, como xenofobia, etnocentrismo, personalidade social, status e mobilidade social. O tema da pesquisa social tambm foi visto neste captulo e nele descobriu-se o cuidado que o cientista social deve ter ao realizar uma pesquisa, desde a escolha do mtodo, at as tcnicas, a coleta de dados, a interpretao dos resultados e as consideraes finais. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

38

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014. BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014.
39

REFERNCIAS
BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000. DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004. GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988.
40

REFERNCIAS
Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014. PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

41

GABARITO
Questo 1 Resposta: A dinmica vai fazer o aluno refletir sobre a dificuldade que um povo ou um grupo social tem em compreender como vive o outro grupo social. Serve para a compreenso da necessidade de se respeitar o outro e sua cultura, respeitando as diferenas. Questo 2 Resposta: Alternativa D. Questo 3 Resposta: Alternativa C. Questo 4 Resposta: Alternativa D. Questo 5 Resposta: Alternativa C. Questo 6 Resposta: Alternativa B. Questo 7 Resposta: O aluno vai refletir sobre a influncia dos meios de comunicao no cotidiano. Como a im prensa escrita e falada, os programas de televiso, novelas, etc influenciam na opinio da populao e manipulam, muitas vezes, o comportamento e o pensamento dos indivduos.

42

GABARITO
Questo 8 Resposta: Alternativa D. Questo 9 Resposta: O aluno vai apontar os avanos na rea tecnolgica, no desenvolvimento da medicina, da engenharia, etc. Deve ter uma noo do desenvolvimento da sociedade atual na rea da comunicao, atravs da internet e das redes sociais. Levantar na rea da cincia, os principais avanos alcanados. Questo 10 Resposta: Nessa atividade o aluno vai refletir e associar a questo do preconceito no mundo atual e como o terrorismo levou segregao e ao preconceito em relao aos povos rabes e muulmanos. Devem observar que existe grande discriminao contra essas culturas. Outro aspecto a ser observado que a globalizao tenta impor ao mundo oriental um padro de conduta do ocidente, desrespeitando muitas vezes a cultura do local. Alguns pases ocidentais chegam a invadir pases do oriente, alegando que vo levar a democracia a esses povos, ferindo a soberania e interferindo nos aspectos de identi dade dessas outras culturas.

43

Tema 03

Ideologia e Representaes Sociais

sees

s e e S

Tema 03

Ideologia e Representaes Sociais

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: O conceito de ideologia sendo desenvolvida na Psicologia Social Crtica, e tambm conhecer a evoluo da teoria sobre as Representaes Sociais de Serge Moscovici. Os conceitos centrais de estudo da Psicologia Social. A teoria das Representaes Sociais, conhecendo seus principais pressupostos.

47

CONTEDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Quais so os conceitos mais utilizados de ideologia? Como relacionar o conceito de ideologia com o estudo e a prtica da Psicologia Social contempornea? Qual a importncia da Teoria de Moscovici sobre as Representaes Sociais?

LEITURAOBRIGATRIA
Ideologia e Representaes Sociais
Voc j pensou porque agimos, pensamos e sentimos de uma forma ou de outra? Ser que isso acon tece naturalmente ou uma construo histrica? Justamente sobre isso que voc estudar nessa aula, como as ideologias presentes em nossa sociedade direcionam a formao da nossa subjetividade constituindo nosso posicionamento diante do mundo. Como voc pode ver o conceito de ideologia est diretamente relacionado ao conceito de poder, pois um instrumento que molda o comportamento do homem de acordo com interesses vigentes, por esse motivo fundamental conhecer esse conceito. E os estudos das Representaes Sociais porque to importante na atualidade? Justamente porque por meio dessa teoria que voc poder compreender como os grupos humanos constroem os sabe res sobre a sua realidade. Entender esses dois conceitos muito importante para solidificar uma viso crtica do mundo em que estamos vivendo. O conceito de ideologia conforme voc ver nesse tema amplo complexo, sendo abordado de vrias maneiras no campo das cincias humanas ao longo da histria.

48

LEITURAOBRIGATRIA
Desde as culturas gregas esse tema j era discutido, no entanto, ainda no denominado ideologia, apa recendo como tal somente h mais ou menos um sculo, principalmente nas idias de Bacon, atravs de seus estudos sobre a teoria das quatro classes de dolos. Na atualidade ideologia pode ser entendida principalmente em dois sentidos: Ideologia no sentido positivo ou neutro: pode ser conceituada como uma forma de viso de mun do, valores, ideias de uma pessoa ou grupo. Ideologia no sentido negativo ou crtico: podem ser pensadas como ideias enganadoras que tem como objetivo distorcer a realidade e obscurecer a forma como as pessoas julgam os aconteci mentos. Recentemente a partir da idias de Thompson (1995) o estudo da ideologia mudou o seu enfoque e esse tema passou a ser estudado no mais se preocupando com a validade dos conceitos ou com as doutrinas filosficas ou tericas, mas sim com a influncia das formas simblicas na constituio do sujeito e da sociedade. Atualmente podemos pensar ideologia de duas formas: Ideologia no sentido positivo ou neutro: diz respeito a um conjunto de valores, idias, ideais ou filosofia de um indivduo ou grupo. Ideologia no sentido negativo ou crtico: diz respeito a idias distorcidas que tem como objetivo enganar e obscurecer a capacidade das pessoas de compreenderem a realidade de uma forma mais prxima do que real. J em anos recentes com os estudos de Thompson (1995) o conceito de ideologia passou a ser estu dado de uma forma diferente, j no h uma preocupao com a falsidade ou validade dos conceitos j estabelecidos e tambm se afasta das idias abstratas ou filosficas e concentra-se em compreender como as formas abstratas formadas pelas concepes vigentes em contextos sociais especficos. Sendo assim, de acordo com esse enfoque estudar ideologia estudar como os sentidos criados his toricamente servem para criar e manter relaes de dominao. nesse momento que as formas sim blicas, na dimenso cultural, passam a carregar consigo relaes ideolgicas. Um dos passos para romper com esta ideologia analis-la, ou seja, estudar as maneiras como as formas simblicas se entrecruzam com as relaes de poder. (THOMPSON, 1995).
49

LEITURAOBRIGATRIA
Mesmo com esses avanos estudar ideologia exige uma imensa capacidade de compreenso das vrias facetas que o tema apresenta, no entanto, ele se revela muito frutfero tendo em vista que des cortina como as formas simblicas construdas culturalmente afetam a vida do indivduo e o desenvolvi mento da comunidade, sedimentando as formas de poder e mantendo as relaes de dominao. Por meio do poder que o contedo ideolgico exerce na formao da subjetividade humana que os mecanismos de dominao e repetio da desigualdade se estabelecem na histria da sociedade con tempornea, somente descortinando esses saberes que se tornam naturalizados ser possvel construir uma sociedade mais solidria e justa. Prximo ao tema ideologia tem a temtica das Representaes Sociais, conceito fundamental principal mente como instrumento para o estudo das formas simblicas construdas por mecanismos ideolgicos nas subjetividades e sociedades humanas. A noo de representao social, tal como aqui entendida, foi introduzida por Moscovici em 1961, em um estudo sobre a representao social da psicanlise. Em 1976, referindose a esse trabalho, Mos covici revelava que sua inteno era redefinir o campo da Psicologia Social a partir daquele fenmeno, enfatizando sua funo simblica e seu poder de construo do real. Afirmava, ento, que a tradio behaviorista, o fato de a Psicologia Social ter-se limitado a estudar o indivduo, o pequeno grupo, as relaes no formais, constituam e continuam constituindo um obstculo a esse respeito. A tradio positivista constituiria um obstculo adicional expanso dos limites da Psicologia Social. Disponvel em: <http://www.metodista.br/ppc/multiplas-leituras/multiplas-leituras01/representacoessociais-aspectos-teoricos-e-aplicacoes-a-educacao>). Acesso em: 2 jan. 2014. Portanto, Moscovici desenvolve as RS como forma de crtica aos mtodos positivistas de estudo da re alidade at ento existentes, essa postura positiva no levava em conta os aspectos histricos-crticos do contexto social. Embora Moscovici no tenha tido a preocupao de dar um conceito definitivo para a teoria das repre sentaes sociais, pode-se dizer que uma forma de conhecimento socialmente elaborada e partilhada que visa a construo de uma realidade comum. (JODELET, 1989) Na atualidade essa teoria um campo frtil de interpretao da realidade simblica construda pelas comunidades, mostrando novas possibilidades de analisar o comportamento e as ideologias sedimen tadas a partir das vivencias cotidianas.
50

LEITURAOBRIGATRIA
A importncia do estudo dessa teoria para o estudante das cincias humanas e sociais reside no fato de que essa perspectiva uma forma conhecer as motivaes que levam as pessoas a realizar deter minados atos e que nem sempre esto ligados a aspectos racionais, mas a aspectos afetivos, ideolgi cos, mticos, religiosos e etc. Esse olhar, embora complexo, permite ao cientista social novos prismas de interpretao e interveno nas sociedades humanas considerando os movimentos histricos que influenciam e por ela so influenciados. A nova perspectiva da psicologia social crtica busca com esse novo modelo terico uma forma mais rica e dinmica de compreenso da realidade.

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Consulte o site da ABRAPSO. Disponvel em <http://www.abrapso.org.br/>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. Trata-se do site da Associao Brasileira de Psicologia Social. Consulte o site <http://newpsi.bvs-psi.org.br/cgi-bin/wxis1660.exe/iah/?IsisScript=iah/iah. xis&lang=P&base=livros>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. Nesse site voc vai encontrar vrios livros sobre o contedo de Psicologia.

Vdeos Importantes
Assista ao filme A Outra Histria Americana, esse filme mostrar como contedos ideolgicos transmitidos desde a infncia podem afetar a viso de mundo e a vida de uma pessoa, levando a uma reflexo bastante interessante sobre o tema em vrios aspectos. Acesso em 2 jan. 2014.
51

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1:
Segundo a definio de Jodelet (1985), esse conceito diz respeito a modalidades de conheci mento prtico orientados para a comunicao e para a compreenso do contexto social, material e ideativo em que vivemos. Estamos nos referin do ao conceito de: a) Ideologia. b) Grupo operativo. c) Esquizoanlise. d) Representaes Sociais. e) Identidade.

Questo 2:
Nas sociedades modernas, somos diariamente confrontados com uma grande massa de infor maes. As novas questes e os eventos que surgem no horizonte social frequentemente exi gem, por nos afetarem de alguma maneira, que busquemos compreend-los, aproximando-os daquilo que j conhecemos, usando palavras que fazem parte de nosso repertrio. Nas con versaes dirias, em casa, no trabalho, com os amigos, somos instados a nos manifestar sobre eles procurando explicaes, fazendo julgamen tos e tomando posies. Estas interaes sociais vo criando universos consensuais no mbi to dos quais as novas representaes vo sen do

52

AGORAASUAVEZ
produzidas e comunicadas, passando a fazer parte desse universo no mais como simples opi nies, mas como verdadeiras teorias do senso comum, construes esquemticas que visam dar conta da complexidade do objeto, facilitar a comu nicao e orientar condutas. Essas teorias aju dam a forjar a identidade grupal e o sentimento de pertencimento do indivduo ao grupo. (Disponvel em: <http://www.metodista.br/ ppc/multiplas-leituras/multiplas-leituras-01/ representacoes-sociais-aspectos-teoricose-aplicacoes-a-educacao>) De acordo com a leitura do texto acima podemos afirma que: a) A mdia e a informao no so importantes na formao de contedos ideolgicos. b) O senso comum no busca formular teoria para dar conta de compreender as novas realidades que se apresentam. c) O ser humano no necessita de uma identida de comum ao grupo para ter o sentimento de pertencimento social. d) O estudo das representaes sociais ajuda na compreenso das teorias formuladas pelo sen so comum. e) A teoria das representaes sociais foi criada por Moscovici para compreender a era da infor mao.

Questo 3:
Leia o conceito abaixo e assinale a alternativa correspondente; Pode ser usado para se referir s maneiras como o sentido (significado) serve em circunstncias particulares, para estabelecer relaes de poder que so sistematicamente assimtricas. (Dispo nvel em: <http://www.anped.org.br/33encontro/app/ webroot/files/file/Trabalhos%20em%20 PDF/GT21-6105--Int.pdf>) a) Ideologia no sentido positivo. b) Identidade. c) Representaes sociais. d) Ideologia no sentido negativo. e) Grupo operativo.

Questo 4:
Uma outra caracterstica importante da ideologia que ela ahistrica, ou seja, desconhece a histria ao matar o passado como conseqente do presente. Ela simplifica tudo, esconde com plexidades. comum relacionar diretamente as drogas como explicao da violncia ou respon sabilizar apenas os governantes por tal proble ma. No que no se possa fazer tais ligaes, entretanto isto uma viso redutiva da realida de. Essa viso esconde que a violncia urbana e o trfico tm uma hist53

AGORAASUAVEZ
ria que vem de antes de tais governantes. No responde ao problema da origem nem do trfico e nem da violncia, muito menos nos leva ao motivo das pessoas consu mirem drogas. Ainda mais, esconde que a vio lncia e o trfico tm relao com um contexto maior, que envolve um circuito internacional e mesmo polticas nacionais de preveno. Mes mo se pensarmos em uma favela, e dissermos que l h trfico porque uma favela, estamos escondendo o fato de que aquela favela est l por algum motivo, no veio do nada. Se h uma favela, h uma estrutura social de desigualdade social com base na histria. Nenhuma casa de papelo surge do nada. (Disponivel em: <https://sites.google.com/a/webhumanas. net/www/ideologia>) Segundo o fragmento do texto acima acima pode mos dizer que para superar as desigualdades e injustias que so mantidas pelos contedos ide olgicos qual postura serria a mais adequada ao profissional das ciencias humanas? (I) Desenvolver uma interveno positivista da realidade social. (II) Buscar uma compreenso scio-histrica da construo da realidade social. (III) Alienar-se no consumismo capitalista. (IV) Desenvolver por meio do senso crtico for mas de resistencias ao discurso institudo socialmente. So verdadeiras as seguintes afirmaes: a) Todas so corretas. b) A I e a II so corretas. c) A II e a IV so corretas. d) A III e a IV so corretas. e) A I e a IV so corretas.

Questo 5:
Em relao ao conceito de ideologia para Marx podemos correto afirmar que: a) A ideologia uma construo que sempre re flete a realidade. b) Ideologia o conjunto das ideias dos grupos dominantes na sociedade. c) Ideologia uma forma de estar no mundo. d) O capitalismo e ideologias so sinnimos. e) a cincia experimental.

Questo 6:
Em relao s diferenas da teoria das Repre sentaes Sociais de outras teorias podemos di zer que a principal delas refere-se a:

54

AGORAASUAVEZ
a) Dinamicidade e historicidade especfica nos contextos estudados. b) Certeza experimental. c) Ligada s cincias da natureza verdades absolutas. d) Rigidez em relao realidade. e) V o ser humano como determinado pelo inconsciente. Tendo em vista o contexto em que o poeta e com positor fez essa msica, no final da dcada de 80 no Brasil, com a decepo na poltica brasileira aps o fim da ditadura e a descoberta da sua do ena, como voc analisa o conceito de ideologia que est exposta no terceiro verso da msica?

Questo 10:
Como podemos por meio do estudo da ideologia promover uma transformao social auxiliando as pessoas a enxergarem a realidade de uma forma menos obscurecida pelas formas simblicas?

Questo 7:
De acordo com o conceito de ideologia adotado pela Psicologia Social contempornea faa uma reflexo e responda: voc acha possvel no ser afetado pelos contedos ideolgicos vigentes em nossa sociedade? Justifique sua resposta.

Questo 8:
Discuta com o seu grupo e d um exemplo de di tado, msica, poema, propaganda ou outro que voc tenha percebido um contedo ideolgico no sentido em que ns estudamos.

Questo 9:
Leia a letra da msica Ideologia, de Cazuza. Disponvel em: <http://letras.terra. com.br/cazu za/43860/>. Acesso em: 2 jan. 2014. E respon da:

55

FINALIZANDO
Voc conheceu a relevncia e a complexidade do tema ideologia, a importncia de saber como os contedos simblicos estruturam nas pessoas formas de pensar e de estar no mundo gerando uma srie de comportamentos que servem para sustentar relaes de dominao e manter a sociedade injusta e desigual. Aprendeu tambm que a nica forma de mudar esse panorama ajudando aos indivduos a conhecerem sua realidade de maneira mais clara e condizente com a verdade construda historicamente. A teoria das Representaes Sociais estudada nesse tema um instrumento fundamental para a compreenso das formas simblicas de dominao e para dar possibilidades de atuao nas comunidades, alterando as ideologias vigentes a partir de novas posturas diante do real. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014.
56

REFERNCIAS
ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014. BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014. BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000.

57

REFERNCIAS
DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004. GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988. Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014.
58

REFERNCIAS
PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

59

GLOSSRIO
Bacon: poltico, filsofo e ensaista ingls. considerado como o fundador da cincia moderna. Psicanlise: cincia do inconsciente fundada por Sigmund Freud.

GABARITO
Questo 1 Resposta: Alternativa D. Questo 2 Resposta: Alternativa D. Questo 3 Resposta: Alternativa D. Questo 4 Resposta: Alternativa C. Questo 5 Resposta: Alternativa B.

60

GABARITO
Questo 6 Resposta: Alternativa A. Questo 7 Resposta: Essa resposta livre, para sua coreo observar a coerncia argumentativa do grupo em relao ao tema. Questo 8 Resposta: Exemplos: pau que nasce torto morre torto, filho de peixe peixinho . Questo 9 Resposta: No tereciro verso Cazuza utiliza o conceito de ideologia no sentido positivo. Questo 10 Resposta: Por meio de um olhar crtico sobre a realidade que desvende os sentidos simblicos ocultos nas mensagens ideolgicas construdas pelas classes dominantes, dessa forma possvel fazer resis tncia s formas de poder estabelecidas na sociedade.

61

Tema 04

Linguagem e Conhecimento

sees

s e e S

Tema 04

Linguagem e Conhecimento

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: O conceito de linguagem e sua importncia para o ser humano. Os vrios tipos de linguagem que existem, abordando-a como uma funo complexa na constru o do indivduo porque, como instrumento de comunicao poderoso, promove a interao dos indivduos. As instituies sociais como sistemas cognitivas e as instituies como tecnologias intelectuais dentro da Ecologia Cognitiva.

65

CONTEDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Quais so os fundamentos da linguagem, com base em seus principais tericos, e as mudanas que seu surgimento acarretou para a humanidade? Qual a relao entre comunicao, linguagem e conscincia e sua influncia no meio social? Como possvel relacionar a importncia do estudo da linguagem na atuao do Assistente Social?

LEITURAOBRIGATRIA
Linguagem e Conhecimento
Estudar a linguagem entrar diretamente no universo da interao humana, pois no existe interao sem comunicao e comunicao sem interao. Constantemente, voc est interagindo com pessoas, pois, por mais que leve uma vida isolada, sempre ter a necessidade de se comunicar com algum. O surgimento da linguagem ocorre a partir da necessidade de transmisso de resultados de uma ao entre os membros de um grupo. A linguagem um produto social, que surge a partir da relao com o outro. Alguns autores afirmam que essa necessidade est intimamente ligada ao trabalho humano. Voc quer saber como surgiu a linguagem? Ento agora voc far uma viagem desde os primrdios do surgimento do homem e ver que a comunicao, por meio da linguagem, j existia desde aquela poca onde o homem vivia nas cavernas! A histria da linguagem se reporta ao fato de que ela progrediu quando os homens tiveram de cooperar para a sua sobrevivncia. Ento se verifica que o ser humano desenvolveu a linguagem como uma ma neira de transmitir a prtica de sobrevivncia.
66

LEITURAOBRIGATRIA
Lane (1983) cita que conforme as relaes entre os homens foram se tornando mais complexas, a lin guagem tambm se tornou mais complexa: ela deixou de atuar somente em um nvel prtico-sensorial para ir se tornando tambm genrica, abstrata, atendendo s novas atividades produzidas social e his toricamente: artes, religio, modas, tecnologias, educao, maneiras de lazer etc. Na linguagem encontramos uma importante fonte de transmisso do conhecimento humano e dos h bitos, costumes, valores, crenas e comportamentos. Observa-se que a criana aprende e se comunica por meio da linguagem e vai aos poucos compre endendo como funciona a dinmica do ambiente em que vive. Por isso a linguagem considerada um fundamental instrumento de interao social. Lane (1983) comenta que a contra-arma do poder da palavra se encontra na prpria natureza do signi ficado: ampli-lo, question-lo, refletir sobre ele e no puramente agir em resposta a uma palavra. Entre a palavra e a ao, dever sempre ocorrer o pensamento para no sermos dominados por aqueles que detm o poder da palavra. A linguagem pode ser um instrumento de dominao e de manipulao constatado na explorao abu siva dos meios de comunicao de massa. Ela tem sido fator determinante na aquisio e na trans formao de valores. A utilizao da linguagem pela mdia to importante que criou a necessidade de estudos na rea. Um publicitrio utiliza-se todo o tempo de tcnicas, a fim de convencer o pblico a adquirir o que est sendo anunciado. algo to forte que muitas vezes uma simples propaganda nos faz achar que precisamos de algo que at ento no nos fazia a menor falta. Por meio da linguagem do corpo, se pode expressar muitas coisas aos outros e eles acabam respon dendo muitas coisas para ns. Nosso corpo , antes de mais nada, um plo de informaes para ns mesmos, sendo uma linguagem que no mente. Alm disso, a linguagem corporal tem tambm sua funo no processo de interao social. To antiga quanto o homem a linguagem, pois desde os primrdios da civilizao, o ser humano dei xava as suas marcas por onde passava (a linguagem escrita da poca). Por isso ela surge no s como instrumento de integrao dos indivduos como tambm como forma de entendermos a dinmica social.

67

LEITURAOBRIGATRIA
No possvel compreender o homem sem a linguagem, ou compreender a linguagem sem o homem. Eles so inseparveis, pois a linguagem evoluiu e evolui com o homem; e a humanidade evoluiu e evolui com a linguagem. A linguagem serve como tomada de conscincia de uma realidade por meio da comunicao entre os seres humanos. Permite que perceba os sentimentos do outro quando h comunicao. A linguagem se manifesta de variadas formas como a forma escrita, a falada e a gestual. Muitas vezes, inclusive, pelos gestos podemos ter a noo exata do que a pessoa est sentindo ou o que ela est querendo dizer. No ambiente profissional a linguagem tambm fundamental. Sabe-se que vrias profisses tm um jargo especfico e se utilizam dele como instrumento de poder. Como exemplo, temos o caso dos m dicos e dos advogados que se utilizam de uma linguagem prpria que de difcil compreenso e serve para demonstrar a especificidade e a importncia da profisso. Por outro lado, nas profisses que necessitam do contato com o outro, no atendimento a usurios, por exemplo, necessrio que deixemos clara a informao que queremos passar para que o ouvinte possa compreender a orientao que est sendo fornecida, sob pena de prejudicarmos o atendimento. No nosso livro-texto estudaremos dois grandes estudiosos do tema: Vygotski e Bakhtin. Vygotski apro funda o estudo da linguagem no processo da constituio dos sujeitos, trazendo para esse mbito a perspectiva do ser humano histrico e social. Para ele a linguagem exerce o papel de instrumento criado pelos homens para promover a comunicao entre eles e entre as geraes, permitindo o registro e a transmisso da produo cultural historicamente acumulada. Ela exerce tambm a funo de mediao simblica que permite ao homem desenvolver modos peculiares de pensamento s a ele possveis. Desta forma, a linguagem permite o desenvolvimento das funes psicolgicas superiores: raciocnio lgico, memria voluntria, ateno dirigida etc. Atravs da obra de Bakhtin procuramos compreender a questo do signo, as significaes, onde no possvel separar a ideologia da realidade materializada no signo e dissociar os signos das forma con cretas de comunicao social. Assim os signos e a situao social em que se inserem estao indissolu velmente ligados.
68

LEITURAOBRIGATRIA
A linguagem conceito chave na Psicologia Social porque faz parte das relaes sociais e exerce gran de influncia no ser humano. Vemos que o aprendizado ocorre atravs dela, bem como a transmisso da cultura, o exerccio do poder, enfim diversas maneiras pelas quais so construdas as sociedades. Da mesma forma, por meio dela que o ser humano interpreta seu universo e tambm emite respostas s influncias sofridas. Por isso deve ficar bem claro que no existe comunicao se no houver um transmissor e um receptor e que no um caminho de sentido nico, ao contrrio, o receptor tambm influencia o transmissor de vrias maneiras.

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Leia o artigo Linguagem da Internet: um meio de comunicao global de autoria de Fernanda Correa Silveira Galli. Disponvel em: <http://www.ufpe.br/nehte/artigos/LINGUAGEM%20DA%20INTERNETum%20meio.pdf.> Acesso em: 2 jan. 2014. O artigo aborda o desenvolvimento tecnolgico. Leia o artigo A influncia da linguagem virtual na linguagem formal de adolescentes, de autoria de Elisngela Ribas et al. Disponvel em: <http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/8dElisangela.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. O artigo aborda a influencia dos recursos tecnolgicos na sociedade. Leia o artigo A linguagem politicamente correta e a anlise do discurso, de autoria de Srio Possenti. Disponvel em: <http://relin.letras.ufmg.br/revista/upload/Relin_N3-2_19956.pdf.> Acesso em 2 jan. 2014.
69

LINKSIMPORTANTES
O artigo traz a anlise de algumas formas lingsticas que levam a desvalorizao dos indivduos. Leia o artigo Interferncias dos meios de comunicao no nosso conhecimento, de autoria de Jos Manuel Moran. Disponvel em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/interf.htm>. Acesso em 2 jan. 2014. O artigo aborda a interferncia dos meios de comunicao no conhecimento.

Vdeos Importantes
O Terminal. Direo de Steven Spielberg. Sinopse: um filme que tem seu roteiro inspirado em um fato real ocorrido com um Iraniano que morou durante 15 anos no aeroporto Charles de Gaule, em Paris. Esse drama ocorre quando um cidado comum (Vicktor Narvoski), vindo de um pas europeu com destino a Nova York tendo como objetivo realizar um sonho de seu pai, ficando impossibilitado de sair do aeroporto, pois o seu pas de origem sofre um golpe poltico e seu visto de entrada cancelado, portanto Viktor obrigado a ficar esperando dentro do aeroporto durante horas, dias e meses, nesse momento percebe-se a vulnerabilidade no sistema de comunicao do aeroporto mais importante do pas e mais evoludo do mundo. (extrado do site <http://universoacademico21.blogspot.com/2008/08/ filme-o-terminal-formas-de-comunicao-e.html>. Acesso em: 2 jan. 2014). Obrigado por fumar. Direo: Jason Reitman. Sinopse: Nick Naylor (Aaron Eckhart) o principal porta-voz das grandes empresas de cigarros, ganhando a vida defendendo os direitos dos fumantes nos Estados Unidos. Desafiado pelos vigilantes da sade e tambm por um senador oportunista, Ortolan K. Finistirre (William H. Macy), que deseja colocar rtulos de veneno nos maos de cigarros, Nick passa a manipular informaes de forma a diminuir os riscos do cigarro em programas de TV. Alm disto Nick conta com a ajuda de Jeff Megall (Rob Lowe), um poderoso agente de Hollywood, para fazer com que o cigarro seja promovido nos filmes. Sua fama faz com que Nick atraia a ateno dos principais chefes da indstria do tabaco e tambm de Heather Holloway (Katie Holmes), a reprter de um jornal de Washington que deseja investig-lo. Nick repetidamente diz que trabalha apenas para pagar as contas, mas a ateno cada vez maior que seu filho Joey (Cameron Bright) d ao seu trabalho comea a preocup-lo. (extrado do site <http://www.adorocinema.com/filmes/ obrigado-por-fumar/>. Acesso em: 2 jan. 2014).

70

LINKSIMPORTANTES
O nome da Rosa. Direo: Jean-Jacques Annaud. Sinopse: Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um novio que o acompanha, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itlia. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a ateno desviada por vrios assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville comea a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, alm dos mais religiosos acreditarem que obra do Demnio. William de Baskerville no partilha desta opinio, mas antes que ele conclua as investigaes Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Gro-Inquisidor, chega ao local e est pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Considerando que ele no gosta de Baskerville, ele inclinado a coloc-lo no topo da lista dos que so diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideolgica entre franciscanos e dominicanos, travada enquanto o motivo dos assassinatos lentamente solucionado. (extrado do site <http://www.adorocinema.com/ filmes/nome-da-rosa/>. Acesso em: 2 jan. 2014).

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

71

AGORAASUAVEZ
Questo 1:
De acordo com Siqueira e Nuemberg (2003, p. 125), quando se estuda a relao pensamento e linguagem, informam que Vygotski identifica o sig nificado da palavra como a unidade desta relao, onde pensamento e linguagem so mutuamente constitutivos, embora cada uma delas tem suas prprias caractersticas: A estrutura da linguagem no simples reflexo especular da estrutura do pensamento. Por isto o pensamento no pode usar a linguagem como um traje sob medida. A linguagem no expressa o pensamento puro. O pensamento se reestru tura e se modifica ao transformar-se em lingua gem. O pensamento no se expressa na pala vra, mas se realiza nela.. Por essa linha de pensamento pode-se concluir que pensamento e linguagem so distintos e, no entanto, inseparveis a partir do desenvolvimen to histrico da conscincia, quando se apropriar do signo para elaborar o pensamento verbal e a fala significativa. Assinale a alternativa que contm o nome desta corrente de pensamento: a) Socrtica. b) Filosfica. c) Histrico-cultural. d) Existencialista. e) Indoeuropia.

Questo 2:
Dinmica: TELGRAFO Objetivo: trabalhar a percepo como fator na comunicao Material: humano Desenvolvimento: Dividir os participantes em dois grupos com igual nmero de participantes que devero sentar-se frente a frente em fila. Numa das extremidades, entre as duas fileiras posiciona-se o instrutor. Os participantes so orientados a darem as mos para os participantes de sua equipe. O ins trutor dever ento transmitir uma mensagem te legrfica, apertando simultaneamente a mo dos dois primeiros participantes, que devero pass-la adiante e assim sucessivamente. O ltimo jogador da fileira ao receber a mensagem, dever levantar a mo acusando seu recebimento e reproduzi-la para sua verificao. Ganha o jogo o grupo que ao final de trs partidas fizer o maior nmero de pontos pela velocidade e preciso. Questes para discusso: 1. A mensagem chegou certa sempre? O que pode ter interferido?

72

AGORAASUAVEZ
2. Em que momentos houve a interferncia? Quais motivos levaram ocorrncia do fato? O que poderia ser feito para evit-la? 3. Como ocorre a transmisso de informaes no seu local de trabalho? H falhas? Quais? 4. fcil descobrir onde ocorreu a falha na co municao interna? O que mais importante descobrir onde falhou ou o por qu falhou? II Bakhtin elaborou um conceito-chave de nominado dialogia, que vai alm do simples conceito de dilogo, pois para ele qualquer enunciao h mais de uma voz, como, por exemplo, quando se est tentando entender o que uma pessoa quer nos transmitir: A cada palavra da enunciao que estamos em pro cesso de compreender, fazemos correspon der uma srie de palavras nossas, formando uma rplica. (...) A compreenso uma forma de dilogo; ela est para a enunciao assim como uma rplica est para outra no dilogo. Compreender opor palavra do locutor uma contra-palavra.. III A formao da conscincia para Bakhtin um fato socioideolgico, porque a conscincia formada pelo conjunto dos discursos inte riorizados pelo sujeito ao longo de sua vida, ou seja, sua base a linguagem, que sempre ser carregada de contedo ideolgico. Atra vs desses discursos o homem aprende a ver o mundo e os reproduz em sua fala. IV Uma das concluses que Baktin a respeito da conscincia a de que no h homem que no tenha sua mente formada em um contex to no qual foi formado. Por essa razo, seus pensamentos so autnomos e tem sua indi vidualidade preservada, podendo afirmar que h individualidade absoluta do sujeito e de seu discurso.

Questo 3:
Dois grandes estudiosos da formao da lingua gem, da conscincia e do pensamento do homem, foram Vygotski e Bakhtin. Julgue falsa ou verdadeira cada uma das seguin tes assertivas e indique sua resposta ao final: I - Vygotski elaborou a teoria da formao social do psiquismo humano, pela qual pode-se en tender que quando se modifica o significado de uma palavra, estabelece-se outra relao entre pensamento e linguagem. Em geral as transformaes do significado da palavra decorrem de transformaes mais amplas que incidem sobre o sujeito e das aes do mesmo com o mundo. Em outras palavras, o homem ao transformar o mundo, tambm, transforma-se a si mesmo.

73

AGORAASUAVEZ
Assinale a alternativa correta: a) Apenas a afirmao IV verdadeira. b) Todas so verdadeiras. c) Apenas as afirmaes II e III so falsas d) A afirmao IV falsa e) Todas so falsas. entre o ho mem e os animais, do ponto de vista psicolgico. III a linguagem possibilita a transformao das funes psicolgicas elementares em superiores, pois por meio da instrumentalizao dos sig nos que as funes psicolgicas passam a pos sibilitar ao sujeito atuar na realidade de forma consciente e deliberada. Assinale a alternativa correta: a) Apenas a afirmao III verdadeira. b) Todas so verdadeiras. c) Apenas as afirmaes I e II so falsas d) A afirmao II falsa e) Todas so falsas.

Questo 4:
Para Bakhtin, a palavra a arena onde se con frontam os valores sociais contraditrios, as rela es de dominao e de resistncia, ou seja, con tm uma viso de mundo resultante das relaes sociais. A partir do pargrafo acima, escreva um texto de 10 linhas a respeito do chamado discurso crtico.

Questo 6:
Escreva um texto de 10 linhas para discorrer acerca do conceito de conhecimento. Aps dis cuta, em sala de aula, com os colegas os pontos de vista divergentes que foram abordados.

Questo 5:
Considerando os estudos de Vygotski a respeito da linguagem, que considera ter como base a co municao e a significao, julgue verdadeiras ou falsas as afirmaes abaixo e indique sua respos ta: I signo todo estmulo condicional criado pelo homem artificialmente e do qual se utiliza como meio para dominar a conduta, prpria ou alheia. II a significao, ou seja, a criao e o emprego de signos a diferena fundamental
74

Questo 7:
H uma discusso acerca da produo do co nhecimento, ou seja, entendia-se que o conhe cimento era produzido no interior da mente de uma pessoa, quer seja, de um cientista, de um pesquisador ou de um te-

AGORAASUAVEZ
rico. Hoje, concebe -se que o conhecimento produzido mediante trocas permanentes de ideias, que o saber no originado em apenas uma pessoa, mas cons trudo em um processo de colaborao facilitado pelo uso de novas tecnologias. Faa uma pesquisa na Internet a respeito deste tpico, abordando os recursos tecnolgicos que contribuem para atingir o referido conhecimento compartilhado, reunindo o contedo pesquisado em um texto de vinte linhas. tanto ele pensa, planeja sua ao e depois de executada, ela pensa da, avaliada, determinando aes subseqen tes, e este pensar se d atravs dos significa dos transmitidos pela linguagem aprendida. c) A linguagem e o discurso de uma pessoa trans mite a representao que ela tem do mundo em que vive, ou seja, a sua realidade subjetiva, determinada e determinante de seus compor tamentos e atividades. d) o estudo das representaes sociais (lingua gem-pensamento) e das aes de uma pessoa no contribuem para se entender o seu nvel de conscincia. e) O confronto entre o nvel do discurso e o n vel da ao essencial para se compreen der o indivduo, seja enquanto reprodutor de ideologia como para anlise de seu nvel de conscincia.

Questo 8:
De acordo com Lane (1988), o homem como ser ativo e inteligente se insere historicamente em um grupo social atravs da aquisio da linguagem, condio bsica para a comunicao e desenvol vimento de suas relaes sociais e, consequente mente, de sua prpria individualidade. A respeito da linguagem, assinale a alternativa falsa: a) A linguagem, enquanto produto histrico, traz representaes, significados e valores existen tes em um grupo social, e como tal veculo da ideologia do grupo; enquanto para o indivduo tambm condio necessria para o desen volvimento de seu pensamento. b) O homem age produzindo e transformando o seu ambiente e para

Questo 9:
De acordo com Lane (1988, pp. 32-38) o uso da linguagem pode estar relacionado a uma fina lidade ou a um objetivo que o transmitente de uma mensagem pretende atingir. Marque a alternativa correta que indique, res pectivamente, em que funes a linguagem est sendo usada nas afirmativas abaixo: I Com o aprendizado de sua lngua materna, uma pessoa ao falar reproduz a viso
75

AGORAASUAVEZ
de mundo de seu grupo social e levada a agir de forma a no perturbar a ordem vigente, caso contrrio, ela ser considerada anor mal, um marginal e pode ser afastada do convvio social. II quando os significados das palavras so produzidos pela classe dominante, que de tm o poder de pensar e conhecer a rea lidade, explicando-a por meio de verdades inquestionveis e atribuindo valores absolu tos de tal forma que as contradies geradas pela dominao e vividas no cotidiano dos homens so camufladas e escamoteadas por explicaes tidas como verdades univer sais ou naturais. III no processo de comunicao uma pessoa testa o posicionamento dos que se comunicam com ela, com o objetivo de selecionar compor tamentos e entender quais os papis que os outros esto exercendo em sua vida e na so ciedade em geral, bem como entender o lugar que essa pessoa ocupa em relao aos outros. IV realizar a comunicao e o intercmbio so cial, por meio dos quais uma criana entende o mundo que a cerca e que influenciar seu pensamento e suas aes no seu processo de desenvolvimento enquanto pessoa. a) funo primria da linguagem, construo da representao social, ideolgica e reproduo social. b) ideolgica, reproduo social, funo primria da linguagem e construo da representao social. c) reproduo social, ideolgica, construo da representao social e funo primria da lin guagem. d) ideolgica, reproduo social, construo da representao social e funo primria da lin guagem. e) construo da representao social, ideolgi ca, funo primria da linguagem e reproduo social.

Questo 10:
No seguinte pargrafo, o autor tem uma viso prpria a respeito do discurso e seu papel na so ciedade. Escreva dois pargrafos manifestando sua opi nio a respeito do assunto e exponha suas ideias aos colegas de sala de aula, para realizar um fechamento sobre o tema. ... A palavra oral, a escrita, a ciberntica so exemplos de tecnologias intelectuais: so pr ticas sociais, na medida em que criam signos, possibilitam ou limitam modos de expresso e intercmbio, pautam as interaes, constroem universos de sentido. Cada nova tecnologia que constroi um mundo de novas relaes sgnicas, cada sistema semitico abre novos caminhos para o pensamento um mundo, no s concre to, mas tambm mental, conceitual.

76

AGORAASUAVEZ
Os discur sos no podem ser tratados como um conjunto de signos, mas sim como prtica social consti tuinte dos objetos dos quais falam (FOUCAULT apud MARASCHIN e AXT, 2003, p. 139).

FINALIZANDO
Voc estudou o conceito de linguagem e pode verificar a sua importncia nas relaes sociais. Alm disso, observou o poder da linguagem e como os meios de comunicao se utilizam dela. Ampliando a questo da cultura, estudada no segundo captulo, pode verificar que a linguagem um dos aspectos da cultura e serve como instrumento de transmisso. Como fonte de poder, a linguagem serve como instrumento utilizado em discursos, mensagens de propaganda e publicidade etc. Voc estudou outros temas importantes como a comunicao, a ideologia e o conhecimento porque todos eles esto interligados com a linguagem. Voc aprendeu tambm a linguagem no somente a linguagem verbal ou a escrita, mas, tambm a linguagem gestual, que transmite os sentimentos do indivduo no momento em que se expressa. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

77

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014. BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014.
78

REFERNCIAS
BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000. DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004. GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988.
79

REFERNCIAS
Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014. PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

80

GLOSSRIO
Meios de comunicao de massa: transmisso de informaes por meio de jornais, televiso, rdio, cinema, internet, etc. Tem como caracterstica atingir um grande nmero de pessoas ao mesmo tempo e por isso so denominadas de comunicao de massa. Mdia: um termo utilizado para designar o conjunto dos principais meios de comunicao de uma sociedade.

GABARITO
Questo 1 Resposta: Alternativa C. Questo 2 Resposta: Ganha o jogo o grupo que, ao final de trs partidas, fizer o maior nmero de pontos pela velocidade e preciso. Questo 3 Resposta: Alternativa D. Somente esta alternativa falsa, porque de acordo com as teorias de Baktin se a conscincia formada no contexto em que uma pessoa se encontra, ento, no h individualidade absoluta do sujeito nem de seu discurso.

81

GABARITO
Questo 4 Resposta: O aluno ao abordar, em seu texto, a perspectiva de Bakhtin, dever concluir que o termo discurso crtico surge dos conflitos e contradies existentes na realidade, decorrente da comparao entre o dis curso de cada pessoa, que carregado da ideologia do contexto em que viveu e a realidade em si mesma. Questo 5 Resposta: Alternativa B. (ver Siqueira e Nuemberg pp. 122 e 123) Questo 6 Resposta: As pesquisas devem discutir o que conhecimento para o senso comum, que, em geral, entende-se conhecimento como algo material ou uma informao (uma substncia) que se pode ad quirir e que costuma ser julgado como conhecimento verdadeiro ou conhecimento falso (essncia do contedo). Essa discusso dar suporte questo 7, para aprofundar o conceito. Questo 7 Resposta: Deve-se discutir que conhecimento uma atividade cognitiva que pressupe uma relao entre os homens, que produzir um conhecimento, ou seja, uma produo de sentidos e que esses sentidos so resultado do contexto em que foi produzido e dos pressupostos que serviram de base para determinada concluso. Pode ser explorada a questo da tecnocincia (uso de redes, tecnologia intelectual) para produo de conhecimento, por meio da interao. H o aspecto do conhecimento produzido por instituies sociais, que estabelecem nveis de complexidade, estabelecem ordens, atribuem significados s coisas, como, por exemplo, as informaes que uma fbrica repassa s pessoas que participam de sua rede de infor maes. Questo 8 Resposta: Alternativa D.

82

GABARITO
Questo 9 Resposta: Alternativa C. Questo 10 Resposta: Discute-se at que ponto as tecnologias intelectuais alteram conceitos estabelecidos na so ciedade.

83

Tema 05

Comunicao e identidade

sees

s e e S

Tema 05

Comunicao e identidade

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: Como a comunicao influencia na vida das pessoas constituindo subjetividades, e ver que a Psicologia Social se interessa pelo estudo da comunicao de massa procurando compreender como a mdia influencia e molda o comportamento das pessoas na contemporaneidade. Algumas teorias da psicologia: o comportamentalismo, o cognitivismo, a psicanlise e a teoria crtica. A identidade como uma conceituao que tem se desenvolvido ao longo do tempo na Psicologia, sendo imagem de si mesmo, conjunto de traos ou self, mas que no pensamento atual da Psicologia Social brasileira, principalmente com as idias de Ciampa
87

CONTEDOSEHABILIDADES
(1987), refere-se multiplicidade, alternncia ou mais precisamente metamorfose como teoriza o autor, sendo um conceito complexo que remete pluralidade e unicidade.

Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Como conhecer o conceito de identidade? Qual a relao do conceito de identidade com a construo das subjetividades humanas a partir das ideologias vigentes? Qual a importncia da relao do conceito de ideologia com os meios de comunicao de massa?

LEITURAOBRIGATRIA
Comunicao e identidade
O termo comunicao. deriva do latim communicare, com o sentido de tornar comum, partilhar, repartir, trocar opinies, associar ou conferenciar.(BARBOSA,1987). Dessa forma a comunicao na sociedade atual tem a funo de transmitir informao e tambm de criar formas de comportamento, por isso, um instrumento de poder e alvo de estudo pela Psicologia Social. Segundo Ramonet (2002) a partir do conhecimento do ser humano, de seus limites, desejos, de suas necessidades, de seus automatismos, de seus mecanismos psquicos, que as aes da mdia so criadas e endereadas. As guloseimas ofertadas nos trazem a idia de identidade, personalidade; elas nos conquistam pela seduo do nosso conveniente desejo, no pelo prenncio da punio, mas por nossa prpria sede de prazer. De acordo com Moscovici o objeto central da Psicologia Social deve ser o estudo de tudo o que se refere ideologia e comunicao do ponto de vista da sua estrutura e
88

LEITURAOBRIGATRIA
funo. Para os estudiosos que adotam uma concepo de ser humano historicamente construdo e que enxergam a sociedade como um produto histrico-dialtico, a comunicao obrigatoriamente torna-se um problema a ser pesquisado. Ela deve ser estudada como um campo de problemas, na medida em que sua prtica requer a superao da prpria realidade. A preocupao no mais com o que comunicado, mas sim com a maneira com que se comunica e com o significado que a comunicao tem para o ser humano. Na viso de Moscovici e de outros tericos da Psicologia Social estudar a comunicao de massa , sobretudo conhecer como so formados por meio da mdia os contedos ideolgicos que moldam as forma de sentir, agir e pensar dos sujeitos sociais. Conforme Guareschi (2004) a mdia constitui um novo personagem dentro de casa, que est presente em nossas vidas e com quem ns estamos em intenso contato, muitas horas por dia. Esse personagem infiltrado nos lares, com sua voz poderosa, apenas nos d respostas, agrega valores e estabelece relaes hierrquicas, atrai os receptores a valorizarem e adotarem seus dizeres e modos de ser, agindo no cotidiano das pessoas e na vida social. Por meio de tais prticas, a mdia, torna os seres os humanos seus refns, reconstruindo e modelando suas subjetividades. O homem da atualidade bombardeado constantemente por uma que enxurrada de informaes as quais precisa processar e compreender de forma crtica, caso contrrio torna-se instrumento de manipulao dos mecanismos miditicos que muitas vezes esto em harmonia com a cristalizao de ideias e opinies que favorecem as elites dominantes dos meios de produo. A publicidade no vende produtos nem idias, mas um modelo falsificado e hipntico da felicidade. Essa ambivalncia ociosa e agradvel no nada mais do que o prazer de viver segundo as normas idealizadas dos consumidores ricos. A publicidade oferece aos nossos desejos um universo subliminar que insinua que a juventude, a sade, a virilidade, bem como a feminilidade, dependem daquilo que compramos. (TOSCANI, 1996, p.27). nesse sentido que estudar os processos de comunicao de massa fundamental para o aluno da rea de cincias humanas e sociais, afinal, a mdia um aspecto relevante na construo das identidades contemporneas, tendo em vista que seu contedo est repleto de construes ideolgicas que servem para criar e manter relaes de poder imobilizando o sujeito em uma posio discursiva estereotipada sem que ele d conta da sua condio de enfeitiado.
89

LEITURAOBRIGATRIA
De acordo com Guareschi (2004,p.32):
Ser que o novo personagem no tem nada a ver com a construo de nosso ser, de nossa subjetividade? Se ns somos o resultado da soma total de nossas relaes, ser que as relaes que estabelecemos com a mdia no teriam algo a dizer sobre o que somos? (...) A psicologia est pensando e pesquisando a formao do ser humano, de sua subjetividade nos dias atuais? Que tipo de pessoas esto sendo construdas dentro dessa nova sociedade midiada? Que comportamentos e atitudes tornar-se-o preponderantes na vida das pessoas?

Sendo assim, nesse contexto que se formam as identidades modernas, ou ps-modernas e so esses sujeitos que constroem a histria e a sociedade atual, nas palavras de Ciampa: O conceito de identidade social, designando um fenmeno constitudo na dialtica entre indivduo e sociedade, deve ser considerado como um conceito central em Psicologia Social, pois melhor que qualquer outro, permite uma adequada compreenso daquela relao entre indivduo e sociedade (CIAMPA, 1994, p.137). Sociedade essa que percebemos estar completamente imersa em um discurso miditico, muitas vezes, voltado para o consumo e para a banalizao do humano, substituindo o ser pelo ter e margem do compromisso com a tica e justifica social.52 Compreender os processos de comunicao na modernidade um caminho para conhecer a formao das identidades construdas social e individualmente, isso d a possibilidade refletir criticamente sobre a formao das subjetividades e da engrenagem social que movida pelos sujeitos histricos.

90

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Acesse o site Comunicao, Mdia e Consumo. Disponvel em: <http://revistacmc.espm.br/index.php/revistacmc>. Acesso em: 2 jan. 2014. Nesse site voc pode acessar materiais que tratam do tema Comunicao, Mdia e Consumo. Acesse o site Psicologia e Cinema. Disponvel em: <http://www.psicologiaecinema.com>. Acesso em: 2 jan. 2014. Nesse site voc encontrar muitos filmes que tratam sobre temas que envolvem a Psicologia e o ser humano.

Vdeos Importantes
Assista ao documentrio O reverso da mdia (A era da Insensatez). Disponvel em: <http://youtube/hK_KRuAx8Bc>. Acesso em: 2 jan. 2014. Esse documentrio fala sobre o poder da mdia na sociedade atual. Assista ao filme Identidade. Esse filme fala sobre uma patologia que envolve a formao da identi dade e suas mltiplas expresses. Vale a pena conferir!

91

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1:
De modo global, estudar subjetividade procurar no indivduo as marcas da sociedade. Ou seja, dizer que o indivduo mediado socialmente, no significa que ele seja afetado externamente pela sociedade, mas sim que se constitui por ela, isto , pela sua introjeo. Assim, a psicologia, para entender as questes que se referem sub jetividade, deve compreender as finalidades, as instncias, os meios, pelos quais uma determi nada cultura forma o indivduo. Este argumento s pode ser efetivo a partir do momento em que se admite que a cultura modela a subjetividade, disponibilizando seus hbitos e costumes, valo res e padres de comportamento. Tais elemen tos que in92

corporamos ou que nos formam advm das vrias experincias de sociabilidade pelas quais passamos: nossa famlia, a escola, nossos colegas e amigos, a comunidade local, a igreja. (Disponvel: <http://www.redepsi.com.br/portal/modules/smartsection/ makepdf.php?itemid=384>) Sabemos que a comunicao, ou seja, a mdia um elemento fundamental na constituio do ho mem na atualidade, sendo assim como podemos definir subjetividade a partir do texto acima: a) A relao que se estabelece com a me na primeira infncia em que so criados os vncu los iniciais me-beb e que na teoria freudiana caracteriza-se como a fase oral.

AGORAASUAVEZ
b) a influncia que a sociedade tem sobre o su jeito atravs da modelagem de comportamento. c) Diz respeito ao aspecto psicolgico de formao da personalidade atravs da utilizao de meca nismos de defesa e de introjeo. d) definida como o mundo subjetivo do indivduo com o qual ele se relaciona com o mundo social, isso implica tanto na sua singularidade como na partilha de construes de valores no seu grupo de convivncia. e) Diz trepseito as fases de coeso, luta e fuga presentes na realizao nas tarefas do ECRO grupal. c) So mais agressivas que as de antigamente por conta da influncia da televiso. d) So to independentes e inteligentes quanto s de 40 anos atrs. e) Se desenvolvem sob influncias mais negati vas que as de antigamente.

Questo 3:
O conceito de identidade agrupa vrias idias, como a noo de permanncia, de manuteno de pontos de referncia que no mudam com o passar do tempo, como o nome de uma pessoa, suas relaes de parentesco, sua nacionalida de. So aspectos que geralmente, as pessoas carregam a vida toda. Assim, o termo identidade aplica-se delimitao que permite a distino de uma unidade. Por fim, a identidade permite uma relao com os outros, propiciando um re conhecimento de si. (BOCK, 2002). De acordo com o texto sobre identidade pode mos AFIRMAR que: I - uma construo que define alguns pontos que so imutveis ao longo da vida. II - Somente o nome um aspecto permanente importante na identidade do sujeito. III - O conceito de identidade nos remete sin gularidade do indivduo que o leve a ser re conhecido pelo outro e por si mesmo.
93

Questo 2:
(ENADE- 2000) H dcadas atrs, atividades in fantis, tais como as brincadeiras de rua com os pa res, tiveram um papel importante na formao da subjetividade infantil. Hoje, a televiso, o computa dor e os games tambm podem ser considerados como elementos importantes de formao dessa subjetividade. Da pode-se AFIRMAR que as crian as de hoje: a) S podem ser compreendidas a partir da espe cificidade histrico-cultural da poca contempo rnea. b) So incapazes de se contrapor influncia da televiso.

AGORAASUAVEZ
a) Somente a I verdadeira. b) Somente a II verdadeira. c) I e II so verdadeiras. d) I, II e III so verdadeiras. e) Todas esto erradas. d) O autor refere-se estar com dificuldades em re lao percepo de si mesmo, demonstrando focos psicticos. e) O autor fala de uma identidade que mutvel diante das vivncias e experincias, que ele prefere a transformao mesmice.

Questo 4:
Eu quero dizer /Agora o oposto/Do que eu disse antes/Eu prefiro ser/Essa metamorfose ambulan te/Do que ter aquela velha opinio/Formada sobre tudo/Do que ter aquela velha opinio/Formada so bre tudo /Sobre o que o amor/Sobre o que eu/ Nem sei quem sou/Se hoje eu sou estrela/ Ama nh j se apagou/Se hoje eu te odeio/Amanh lhe tenho amor/Lhe tenho amor/Lhe tenho horror/Lhe fao amor/Eu sou um ator (Metamorfose Ambulan te Raul Seixas) Em relao ao fragmento da cano acima, levan do em considerao o conceito de identidade po demos AFIRMAR que: a) O autor refere-se a uma crise com a autoridade paterna e da dificuldade de pensar o que me lhor para ele no futuro. b) O autor refere-se vivncia de uma dificulda de em relao a compreenso do mundo a sua volta. c) O autor sente-se como objeto de estigma pelos outros.

Questo 5:
Em relao ao aspecto histrico do conceito de identidade podemos afirmar que INCORRE TO dizer: a) O conceito de identidade fundamental para a psicologia social contempornea na atualidade. b) Na Idade Mdia houve um declnio na expan so do conceito de identidade em funo da viso teocntrica de homem desse perodo. c) Foi durante o Iluminismo, mais precisamente, na consolidao do capitalismo que o con ceito de identidade retomou sua importncia em funo da nfase individualista dada ao sujeito moderno. d) A emancipao da Psicologia como cincia resultou em um impulso para a ampliao do conceito de identidade. e) Na atualidade o conceito de identidade est estruturado sobre os pilares da modernidade e configura-se como um conceito da ordem do fixo e do imutvel.

94

AGORAASUAVEZ
Questo 6:
Observe as letras das msicas abaixo e assina le a alternativa correta: (1) Alegria, Alegria Caetano Veloso Caminhando contra o vento Sem leno e sem documento No sol de quase dezembro Eu vou O sol se reparte em crimes Espaonaves, guerrilhas Em cardinales bonitas Eu vou Em caras de presidentes Em grandes beijos de amor Em dentes, pernas, bandeiras Bomba e Brigitte Bardot O sol nas bancas de revista Me enche de alegria e preguia Quem l tanta notcia Eu vou Por entre fotos e nomes Os olhos cheios de cores O peito cheio de amores vos Eu vou Por que no, por que no Ela pensa em casamento E eu nunca mais fui escola Sem leno e sem documento, Eu vou Eu tomo uma coca-cola Ela pensa em casamento E uma cano me consola Eu vou Por entre fotos e nomes Sem livros e sem fuzil Sem fome, sem telefone No corao do Brasil Ela nem sabe at pensei Em cantar na televiso O sol to bonito Eu vou Sem leno, sem documento Nada no bolso ou nas mos Eu quero seguir vivendo, amor Eu vou Por que no, por que no
95

AGORAASUAVEZ
Por que no, por que no Por que no, por que no Por que no, por que no (2) Como Nossos Pais Belchior No quero lhe falar, Meu grande amor, Das coisas que aprendi Nos discos... Quero lhe contar como eu vivi E tudo o que aconteceu comigo Viver melhor que sonhar Eu sei que o amor uma coisa boa Mas tambm sei Que qualquer canto menor do que a vida De qualquer pessoa... Por isso cuidado meu bem H perigo na esquina Eles venceram e o sinal
96

Est fechado pr ns Que somos jovens... Para abraar seu irmo E beijar sua menina na rua que se fez o seu brao, O seu lbio e a sua voz... Voc me pergunta Pela minha paixo Digo que estou encantada Como uma nova inveno Eu vou ficar nesta cidade No vou voltar pro serto Pois vejo vir vindo no vento Cheiro de nova estao Eu sei de tudo na ferida viva Do meu corao... J faz tempo Eu vi voc na rua Cabelo ao vento Gente jovem reunida Na parede da memria

AGORAASUAVEZ
Essa lembrana o quadro que di mais... No difcil aprender Todas as manhas do seu jogo sujo No assim que tem que ser (3) Gerao Coca-Cola Renato Russo Quando nascemos fomos programados A receber o que vocs Nos empurraram com os enlatados Dos U.S.A., de nove as seis. Desde pequenos ns comemos lixo Comercial e industrial Mas agora chegou nossa vez Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocs Somos os filhos da revoluo Somos burgueses sem religio Somos o futuro da nao Gerao Coca-Cola Depois de 20 anos na escola
97

Vamos fazer nosso dever de casa E a ento vocs vo ver Suas crianas derrubando reis Fazer comdia no cinema com as suas leis Somos os filhos da revoluo Somos burgueses sem religio Somos o futuro da nao Gerao Coca-Cola Gerao Coca-Cola Gerao Coca-Cola A msica reflete o momento histrico vivido, sen do assim, como podemos compreender as sub jetividades e identidades juvenis expostas nas letras das canes acima? Lembre-se que para analisar essas composies bom lembrar que: a primeira letra de 1967, a segunda de 1976 e a terceira de 1987, o que configura realidades sociais bastante distintas e isso tm um impacto muito grande na constituio dos sujeitos.

AGORAASUAVEZ
a) Na terceira msica temos um jovem que vive a opresso sofrida nas ruas, nos meios de comunicao, em sua cultura nativa, no seu prprio pas. b) Na primeira a cano o autor fala sobre a passagem do tempo e a juventude, a maturi dade e a impotncia, a iluso e a decepo, sobre ganhar e perder e sobre a importncia de no desistir. c) Na terceira msica temos uma gerao mar cada pelo consumismo, que procuram para si a praticidade, tm ideais banais e vo cons truir uma nao baseada em valores superfi ciais. d) A terceira msica traz a viso de uma juventude otimista, revolucionria capaz de mudar a reali dade do pas. e) As msicas 1 e 3 no se configuram como crti cas americanizao da cultura brasileira e s influencia da ditadura no Brasil.

Questo 9:
Em um mundo onde a globalizao tem sido cada vez mais imposta s pessoas seja atravs de propagandas ou de qualquer outro meio - preci samos parar, pensar e refletir se o que realmente queremos uma populao de andrides, ou se queremos que as culturas (e sub-culturas) sobrevi vam. A tentativa de padronizar vestimentas, tecno logias, modo de viver, de pensar e agir no so so mente discriminao ou excluso; reforar uma moral esttica e esquecer a tica na produo de formas simblicas. O intuito obter grandes vendas e lucro, assassinando culturas, massifi cando, cada vez mais, as pessoas. (Disponvel em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=iso>). Acesso em: 2 jan. 2014. De acordo o texto acima responda: como pro fissionais da rea de assistncia social como podemos desenvolver formas de resistncias

Questo 7:
Faa uma pequena pesquisa com o seu grupo e responda: o que mdia?

Questo 10:
Com todo o contedo j estudado elabore em grupo um pequeno texto sobre tica e comunica o de massa. (mximo 15 linhas)

Questo 8:
Como podemos conceituar identidade a partir do pensamento da psicologia Social Contempornea?

98

FINALIZANDO
No tema Comunicao e Identidade, voc estudou muitas coisas novas, voc pde conhecer como a mdia interfere e usada para a construo de ideologias e comportamentos na sociedade atual, bem como, sobre a influncia da comunicao de massa nas subjetividades contemporneas. Quando falamos sobre Identidade ficou mais fcil compreender como nosso mundo mental formado e influenciado pelos meios de comunicao vigentes, dessa forma, ficou mais simples compreender porque importante para a psicologia Social o estudo desses temas. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014.
99

REFERNCIAS
BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014. BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000. DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004.
100

REFERNCIAS
GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988. Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014. PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014.

101

REFERNCIAS
RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

GLOSSRIO
Ideologia: conjunto de ideias de pessoas ou grupo sociais. uma forma de interpretao do mundo. A ideologia da classe dominante foi estudada por Karl Marx que apontou-a como forma de manuteno da estrutura dominante.

102

GABARITO
Questo 1 Resposta: Alternativa D. Questo 2 Resposta: Alternativa A. Questo 3 Resposta: Alternativa C. Questo 4 Resposta: Alternativa E. Questo 5 Resposta: Alternativa E. Questo 6 Resposta: Alternativa C. Questo 7 Resposta: Questo livre. Para a correo deve ser observada a coerncia textual e conceitual. Questo 8 Resposta: Para Ciampa, que, seguindo os pressupostos apresentados, difere das tradicionais concep es de identidade que tendem naturalizao do desenvolvimento individual, ou ainda, daquelas que trabalham com a perspectiva de personalidade. Na
103

GABARITO
concepo desenvolvida por Ciampa, a identidade do humano construo, reconstruo e desconstruo constantes, no dia-a-dia do convvio social, na multiplicidade das experincias vividas (Kolyniak & Ciampa, 1993, p. 9). Como esse autor costuma postular, a identidade o que estou-sendo ao mesmo tempo em que aquilo que me nega naquilo que tambm sousem-estar-sendo, na medida em que sempre compareo como representante de mim mes mo (uma personagem) perante os outros. Ciampa diz ainda que cada indivduo encarna as relaes sociais, configurando uma identidade pessoal, uma histria de vida, um projeto de vida. Uma vida que nem sempre--vivida, no emaranhado das relaes sociais (Ciampa, 1987, p. 127). Para Ciampa, a identidade sempre pressuposta, uma identidade que re-posta a cada momento, sob pena desses objetivos sociais, filho, pais, famlia etc., deixarem de existir (1987, p. 163) e que isso introduz uma complexidade ao passo que ao ser re-posta a identidade vista como dada e no como se dando, num continuo processo de identificao. como se, uma vez identificado o indivduo, a pro duo de sua identidade se esgotasse com o produto (Ciampa, 1987, p. 163), dando a impresso que a identidade continua a mesma, quando na realidade est presa num movimento de mesmice. Disponvel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-71822008000100010&script=sci_ arttext> Questo 9 Resposta: A nica forma de oferecer resistncia a essas formas ideolgicas institudas oferecer aos sujeitos e grupos humanos a possibilidade de pensar de forma crtica a realidade, ou seja, descortinado as construes ideolgicas que moldam comportamentos. Questo 10 Resposta: Questo livre. Observa coerncia textual e argumentao em relao ao tema.

104

Tema 06

Subjetividade e Gnero

sees

s e e S

Tema 06

Subjetividade e Gnero

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: A subjetividade humana nos dias atuais. A questo da identidade como princpio. O perodo pr-socrtico, passando pelas diversas correntes filosficos na Grcia. O ponto de vista de vrios autores como Hegel e Claude Lvi-Strauss. As variaes em gnero por meio das culturas e as teorias sobre a hierarquia de gnero.

109

CONTEDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Qual o conceito de subjetividade humana e o processo de produo do ser humano desde a filosofia grega? Quais as vrias correntes epistemolgicas que estudam o desenvolvimento do ser humano? O que gnero e quais so suas diferenas em relao questo sexual?

LEITURAOBRIGATRIA
Subjetividade e Gnero
A questo da subjetividade parece a primeira vista bastante complexa, mas se fizer o caminho percorrendo os estudos sobre o pensamento humano desde a filosofia grega veremos que no to complicado assim. Falar em subjetividade remete a pensarmos em algo que est enraizado no ser humano, algo que diz respeito sua intimidade. Diz respeito ao mundo interno do indivduo e por isso objeto de estudo da Psicologia Social. A partir da subjetividade de cada um se constri um espao de convivncia com o outro, pois sabemos que o ser humano se v a partir do outro, como num espelho. A subjetividade encontra-se no nosso pensamento e s depois de tornar esse pensamento real que ele se transforma em objetividade. Desta forma, estudar a subjetividade exige entender como funciona o pensamento humano. A expresso subjetividade foi utilizada primeiramente na filosofia grega, com Plato e Aristteles e por isso voc far um passeio pela filosofia para poder compreend-la.
110

LEITURAOBRIGATRIA
A questo de gnero, tambm objetivo do nosso tema, bastante interessante para discusso porque na maioria das vezes confundida com o termo sexo. Veja que no assim. fcil pensar em subjetividade quando se sabe que cada indivduo possui um gosto particular, por exem plo, torce por um determinado time de futebol. Considerando o gosto pelas coisas como sendo algo sub jetivo porque cada um tem o seu. Assim, isso se encontra no campo da subjetividade, da mesma forma as questes relacionadas a religio, poltica, escolhas, opinies etc. Tambm fazem parte da subjetividade do indivduo os afetos, as representaes e o desejo. Dentro do tema das representaes sociais, necessrio abordar a questo ideolgica, porque a realidade est inserida dentro de conceitos amplos, derivados da sociedade e que acabam por interferir nas representa es entre os objetos e as aes. Para se conhecer as representaes sociais de um indivduo, necessrio, segundo Lane S. (1988), de finir o lugar que ele ocupa em relao aos outros, e por meio do discurso, como seu espao se constitui nessa relao enquanto realidade subjetiva que se insere no real, socialmente representado; ou seja, dentro de nossa atividade como profissional da rea social, teremos que observar de onde o sujeito fala para podermos compreender qual o significado de sua interpretao da realidade. Para que servem as representaes sociais? Segundo Moscovici (2004, p.34), elas convencionalizam os objetos, pessoas ou acontecimentos. Colocam os objetos em categorias e modelos partilhados por um determinado grupo de pessoas. Por exemplo: acredita-se que a Terra redonda, associa-se o comunismo cor vermelha etc. Na realidade, as representaes sociais auxiliam a interpretar mensagens como significantes em relao a outras, como, por exemplo, o fato de ver um brao levantado e saber se ele est assim para saudar um amigo ou para mostrar impacincia ou uma atitude violenta. Assim, importante verificar que nunca estamos livres dos efeitos de condicionamentos anteriores que nos so impostos por representaes, linguagem ou cultura. Ns vemos o que as convenes subjacen tes nos permitem ver, e somente com esforo podemos nos tornar conscientes do aspecto convencional da realidade e ento trabalhar para escapar de algumas exigncias que ela impe em nossas percepes e pensamentos.

111

LEITURAOBRIGATRIA
Desde que nascemos j encontramos uma estrutura social pronta, com respostas s nossas questes e com explicaes para todas as aes. Quer dizer, ento, que a representao no est diretamente relacionada nossa forma de pensar; ela imposta a ns, transmitida como resultado de sucessivas geraes. No entanto, pessoas e grupos, longe de serem receptores passivos, pensam por si mesmos, produzem e comunicam suas representaes e solues s questes que se deparam no cotidiano das ruas, bares, escritrios, hospitais etc., e analisam, comentam e formulam ideias prprias, que tem um impacto decisivo em suas relaes sociais, em suas escolhas, na maneira como educam os filhos, como planejam o futuro etc. As representaes so criadas pelas pessoas e grupos no decurso da comunicao e da cooperao, no so criadas por um s indivduo isoladamente. Mas uma vez criadas, elas adquirem vida prpria, circulam dentro da sociedade e do oportunidade para o surgimento de novas representaes, substituindo as velhas representaes. Para os profissionais de Servio Social, fundamental ter conscincia do conceito de representaes so ciais e a influncia que estas exercem no indivduo, pois o ambiente natural do ser humano a sociedade e esta sociedade se mostra como sendo um sistema de relaes que geram crenas, normas, linguagens, mitos, rituais coletivos e partilhados que mantm a coeso das pessoas, ento as representaes sociais so fora da sociedade que se comunica e se transforma. O outro tema a ser abordado a questo de gnero. importante primeiro distinguir sexo de gnero. Sexo tem a ver com os aspectos biofisiolgicos que di zem respeito s diferenas corporais da mulher e do homem e gnero est ligado representao social que ns fazemos do que ser homem e ser mulher em nossa sociedade. Sabe-se que dentro da sociedade so criadas ideias sobre o significado de ser homem e de ser mulher, o que se chama de representao social de gnero. So criados padres sociais de como o universo masculino e o feminino e o ser humano deve se ade quar a esses valores e comportamentos ditados pela sociedade. Volta-se questo dos papis que a sociedade estabelece para os indivduos. Dessa forma, conforme a poca histrica que se vive, a sociedade define papis diferentes tanto para homens como para mulheres.
112

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Leia o texto Subjetividade e paradigma de conhecimento. Autoria de Jeni Vaitsman. Disponvel em http: <www.senac.br/informativo/bts/212/2102003009.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014. O texto trata da concepo moderna de cincia e discute a questo da subjetividade e da diferena. Leia o artigo Educao e Subjetividade na Cultura Globalizada: ideias a partir da Teoria da Complexidade, de Edgar Morin, autoria de Marcos Antnio Lorieri. Disponvel em: <http://www.hottopos.com/notand_lib_11/lorieri2.pdf>. Acesso em: 2 jan. 2014 Que enfoca um pensador im portante no mundo moderno, Edgar Morin e suas ideias sobre comunicao. Leia o texto Gnero: uma questo feminina?, de autoria de Lcia Cortes da Costa. Disponvel em: <http://www.uepg.br/nupes/genero.htm>. Acesso em: 2 jan. 2014. Que questiona se a ques to de gnero est restrita ao debate entre as mulheres somente.

Vdeos Importantes
Assista ao vdeo Curta FIT. Disponvel em: <http://www.youtube.com/watch?v=r75l4z8SHqY>. Acesso em: 2 jan. 2014. O vdeo traz uma entrevista pessoas comuns, artistas e intelectuais a definirem o que subjetividade. Assista ao vdeo Minha vida em cor de rosa. Disponvel em: <http://www.youtube.com/watch?v=V_rwpU2ZPaw&feature=player_ embedded#>. Acesso em: 2 jan. 2014.
113

LINKSIMPORTANTES
O vdeo trata da discriminao por que passa a famlia e a criana, quando esta no adota comportamentos estabelecidos pela socie dade. Assista aos vdeos: Dogville e Manderlay, ambos do diretor Lars Von Triers. So filmes que fazem parte de uma trilogia denominada EUA: terra de oportunidades. Sinopse de Dogville: Na dcada de 1930, em plena depresso norte-americana, a fugitiva Grace (Ni cole Kidman) chega a Dogville, um pequeno vilarejo dos Estados Unidos. Inicialmente, ela acolhida pelos moradores sem ter de dar nada em troca. Enquanto os gngsteres e os policiais cmplices dos bandidos continuam a procur-la, os habitantes locais se do conta da situao vulnervel de Grace, iniciando todo um processo de escravido e opresso. Grace percebe a duras penas que a bondade uma coisa bastante relativa por l, sem ter como se defender. (extrado do site <http://www.cineclick.com. br/ filmes/ficha/nomefilme/dogville/id/11482>). Sinopse de Manderlay: a segunda parte de uma trilogia, a primeira foi o filme Dogville, e tinha como protagonista a atriz Nicole Kidman no papel de Grace. No inicio da trilogia, Grace uma fugitiva abriga da pelos moradores de Dogville, o que no inicio parecia ser uma caridade, torna-se escravido braal e sexual. Aps ser resgatada pelo pai e seus capangas, a herona segue seu rumo e, no caminho, deparam-se com o vilarejo Manderlay, onde informada de que h trabalho escravo, inconformada com tal anacronismo, resolve libertar os escravos, e a que o filme e a histria tomam contornos surpreen dentes. (extrado do site <http://www.cranik.com/manderlay.html>). Assista ao filme Doze homens e uma sentena. Direo de Sidney Lumet e realizado em 1957. Si nopse: Doze jurados devem decidir se um homem culpado ou no de um assassinato, sob pena de morte. Onze tm plena certeza que ele culpado, enquanto um no acredita em sua inocncia, mas tambm no o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado nmero 8 no deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretao dos fatos para achar a inocncia do ru, mas tambm a m vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas. (extrado do site <http://www.cineplayers.com/filme.php?id=33>). Assista ao filme Perfume de mulher. Direo de Martin Brest. Sinopse: Frank Slade (Al Pacino), um tenente-coronel cego, viaja para Nova York com Charlie Simms (Chris ODonnell), um jovem acompa nhante, com quem resolve ter um final de semana inesquecvel antes de morrer. Porm, na viagem ele comea a se interessar pelos problemas do jovem, esquecendo um pouco sua amarga infelicidade. (extrado do site <http://www.interfilmes. com/filme_14162_perfume.de.mulher.html>).
114

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1:
Responda a pergunta abaixo e acrescente, ao fi nal, dois exemplos: O que subjetividade?

Questo 2:
Com base no texto abaixo assinale a alternativa correta: ... a temtica da relao entre a objetividade e a subjetividade, que j martelava a conscincia humana desde a antiguidade pde ser retomada no mundo moderno no enfrentamento lgico e histrico da relao entre indivduo e sociedade. Tema fundamental no campo da psicologia, seu desen-

volvimento se dar a partir dos princpios explicativos que estavam postos at ento, e que constituiro uma dupla tendncia de apre enso da relao indivduo-sociedade no campo da psicologia: uma relao dicotmica e fundada na exterioridade de uma e outra realidade; e ou tra, fundada na interioridade e unidade sinttica de ambas. (trecho extrado do artigo Subjetivi dade: novas abordagens de antigas dicotomias, de Anita C. Azevedo Resende. 2005, p. 1). a) A questo da subjetividade aparece somente no sculo XXI, com as novas tendncias da Psicologia Social. b) Para a Psicologia Social no interessa a rela o entre objetividade e subjetividade.
115

AGORAASUAVEZ
c) A autora apresenta os conceitos de objetivida de e subjetividade como se no fossem antagnicos. d) Desde a antiguidade a relao entre indivduo e sociedade era estudada. e) O conceito de subjetividade permite perceber que a sociedade possui uma estrutura imutvel. Desenvolvimento: Pea ao grupo que se sente em crculo. A seguir, coloque a msica e entregue a caixa com compor tamentos escritos em pequenos papis aos parti cipantes. Ao parar a msica, quem tiver a caixa na mo dever sortear um comportamento, sem olhar; aps, dever l-lo e classific-lo enquanto masculino ou feminino. Esta classificao dever ser registrada em papel pardo. Ao final, analise os registros e discuta com os in tegrantes do grupo acerca da classificao como masculino ou feminino dos seguintes compor tamentos: fazer curso de informtica; tomar ini ciativa sexual; urinar em p; sair para beber um chope; passar a roupa da famlia; ser gerente de hotel; usar roupas ntimas delicadas; tomar inicia tiva para namorar; usar cosmticos; dirigir cami nho; orientar sexualmente os filhos; ser sens vel; chorar em filmes dramticos; usar brincos; ter fora e coragem; ter docilidade e romantismo; lavar loua em casa; ter esprito prtico e fumar charuto.

Questo 3:
Escreva um texto de 20 linhas como resposta seguinte questo: Qual a diferena entre sexo e gnero?

Questo 4:
Elabore um texto de aproximadamente 10 linhas discutindo a questo de gnero e sua subjetividade.

Questo 5:
Dinmica de grupo Objetivo: Evidenciar as diferenas entre os papis sexuais dentro do nosso contexto cultural. Durao: 30 minutos. Material: Uma caixa, frases com comportamen tos, papel pardo, hidrocor e aparelho de som.

Questo 6:
Quando se estuda gnero, uma das questes debatidas a crtica ao conceito binrio sexo/ gnero, que produziu na sociedade um perfil para mulher. Uma estudiosa que aprofundou este tema foi Judith P. Butler, que teve o papel de repensar teoricamente a identidade definida das mulheres

116

AGORAASUAVEZ
como categoria a ser defendida e emancipada no movimento feminista e alterar o senso comum, que ainda associa o feminino com fragilidade ou submisso e serve para justificar preconceitos. (extrado de resenha intitulada Bu tler e a desconstruo do gnero. pp. 179-180). Assinale a alternativa errada a respeito desse assunto. a) O principal embate de Butler foi com a premis sa na qual se origina a distino sexo/gnero: sexo natural e gnero construdo. b) Ao comentar a frase de Simone de Beauvoir A gente no nasce mulher, torna-se mulher, Butler aponta para o fato de que no h nada em sua explicao que garanta que o ser que se torna mulher seja necessariamente fmea. c) No pretendeu criticar as dicotomias que a diviso sexo/gnero produziu na sociedade, mas sim se concentrar na definio de gne ro. d) O gnero resultado da convergncia de as pectos das relaes entre pessoas, da cultura e da histria de uma pessoa. e) Ser um gnero um efeito. Aceitar esse car ter de efeito seria aceitar que a identidade ou a essncia do gnero so expresses, e no um sentido em si do sujeito (da pessoa).

Questo 7:
Existem diversas teorias que discutem a questo de gnero dentro da Psicologia. Assinale a alternativa correta que melhor define gnero para o pensamento da corrente da Psicolo gia Social histrico-crtica. a) Tem uma viso baseada nas diferenas biolgi cas entre os sexos. b) Segue os esteretipos do senso comum. c) Considera os estudos baseados nas escalas como sendo fundamentais para o entendimento da questo. d) visto como uma construo histrica, social e cultural. e) Acreditam que a dominao masculina devida seleo natural.

Questo 8:
Muito se fala dos efeitos negativos do preconceito e da discriminao em face de diferenas encon tradas no meio social: raa, gnero, opo sexual, origem geogrfica, tnica ou religiosa (nortista, su lista, muulmano, candombl, latino, alemo etc.), mas lutar contra o preconceito e a discriminao uma tarefa que a coletividade precisa incluir na sua agenda, no seu dia-a-dia, porque no uma responsabilidade s de quem discriminado.
117

AGORAASUAVEZ
I Se a construo da autoimagem do jovem em nosso pas prev que o negro se sinta submisso e o branco, superior, sempre haver problemas para a sociedade como um todo, analisa a consultora educacional Isabel San tos, do Centro de Estudo das Relaes de Trabalho e Desigualdades, o Ceert. II - A discriminao afeta a auto-estima do estu dante. Isso se reflete no aprendizado e uma das causas da evaso do estudante negro, confirma a pesquisadora Ana Maria de Nie meyer, professora do Departamento de Antro pologia da Universidade Estadual de Campinas. III - consenso, na comunidade, que o negro s aceito por seu esforo individual, nunca por ao do grupo, enfatiza Ana Maria de Nie meyer, professora do Departamento de Antro pologia da Unicamp. IV - Foi importante eles perceberem que, apesar de serem vtimas de racismo, muitos discrimi navam os homossexuais, afirma Maria Jos Coordenadora da Escola Municipal de Ensi no Fundamental Ministro Synsio Rocha, em Campinas-SP. V Perguntei aos pequenos se os ndios que moram aqui na cidade tm os mesmos costu mes que eles. A resposta devia vir na forma de desenhos que mostrassem as hipteses da turma sobre como a casa, a alimenta o, os brinquedos. A maioria acreditava que os ndios viviam de tanga,
118

tomavam banho no rio e se alimentavam de peixes. O prximo passo foi ir at uma aldeia terena. Quando vi ram que eles vo escola, onde tm acesso a computador, e gostam dos mesmos desenhos animados e dos mesmos doces, meus aluni nhos ficaram muito surpresos, lembra Adriana Godoy, professora do 1 ano da Escola Gappe, em Campo Grande-MS. Solues propostas: 1) conhecer os diversos povos que habitam a ci dade em que mora, para compreender as dife renas de etnias e o seu modo de vida. 2) promover a pluralidade cultural, conhecer as vrias culturas, valorizando-as e respeitando -as como maneira de combater o racismo. 3) elogiar e destacar a ao de personalidades negras no cenrio mundial. 4) respeitar as diferenas e formar jovens mais tolerantes, reconhecendo as qualidades da prpria cultura, exigindo respeito para si e para os outros. 5) promover a auto-educao, com reviso dos prprios conceitos, para superao de atitudes preconceituosas em relao s caractersticas e opes das pessoas. (extrado de: <http://revistaescola.abril. com.br/geografia/pratica-pedagogica/ respeitar-diferen cas-427108.shtml>. Acesso em 2 jan.2014).

AGORAASUAVEZ
Associe as informaes dos itens I a V com as so lues propostas para as situaes apresentadas e assinale a resposta correta. a) I-2, II-4, III-3, IV-5, V-1. b) I-1, II-5, III-2, IV-3, V-4. c) I-1, II-4, III-3, IV-5, V-2. d) I-2, II-1, III-4, IV-3, V-5. e) I-2, II-3, III-4, IV-1, V-5. IV constroi-se uma subjetividade desejvel aos empresrios quando se estabelece que toda pessoa deve ter aprendizado contnuo, mobilidade geogrfica para se deslocar para onde a empresa determinar (com ou sem sua famlia), capacidade de adaptao a novos ambientes e situaes, para atender aos in teresses da empresa. a) Todas as afirmaes esto corretas. b) Somente a afirmao I est correta. c) A afirmao II est errada. d) Todas as afirmaes esto erradas. e) As afirmaes I e III esto corretas.

Questo 9:
A respeito da subjetividade e do nosso mundo contemporneo, podemos afirmar que: I a subjetividade hoje permanece massiva mente controlada pelos dispositivos do poder e de saber que colocam as inovaes tcni cas, cientficas e artsticas a servio das figu ras mais retrgradas da socialidade. II - a vergonha utilizada contra o desempre gado, em um processo de subjetivao, que faz com que ele se considere incompatvel com uma sociedade da qual ele um produto tambm. A vergonha tem sua aplicabilidade como domesticadora, funcionando como um elemento importante do lucro. III a subjetividade um produto cultural como qualquer outro, porque a produo da subjeti vidade inseparvel da produo do mundo.

Questo 10:
De acordo com Strey (2003 p. 189), algumas te orias dizem que as mulheres sempre estiveram subordinadas aos homens desde a origem da hu manidade. Isso teria se dado em funo de sua inerente passividade, sua fraqueza fsica ou sua incapacidade de funcionar como uma igual, devi do s demandas de procriao. Faa uma pesquisa acerca de uma das seguintes teorias sobre a hierarquia de gnero, tais como: o homem caador, o complexo da supremacia mas culina, teoria da sociobiologia, teoria estruturalista e teoria do processo histrico. Elabore um texto com os elementos que susten tam a teoria que escolheu e apre119

AGORAASUAVEZ
sente-os em sala de aula, com a finalidade de confrontar com os pressupostos das outras teorias e, ao final, formar um painel das diferentes correntes de pensamen to a respeito do tema.

FINALIZANDO
Voc estudou os conceitos de subjetividade e de representao social. Esses dois conceitos so funda mentais para a compreenso do estudo das relaes intersociais. A subjetividade diz respeito ao interior de cada ser humano e se estabelece nas cincias como novo pa radigma de conhecimento, ou seja, questiona as ideias postas como universais. Outro tema abordado e que exemplifica os dois temas anteriores a questo de gnero. Sabe-se que gnero no tem o mesmo significado que sexo e que importante o debate desta questo para que saibamos os diversos papeis que homens e mulheres ocupam na sociedade. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

120

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014. BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014.
121

REFERNCIAS
BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000. DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004. GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988.
122

REFERNCIAS
Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014. PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

123

GABARITO
Questo 1 Resposta: De acordo com a corrente histrica da Psicologia Social, a subjetividade um produto cultu ral como qualquer outro, porque a produo da subjetividade imanente produo do mundo. Como processo, a subjetividade emergente, se relaciona com o mundo pelo limite, pela vizinhana: individua -se nas relaes de alteridade e coletiviza-se nas multiplicidades, para alm do indivduo e para aqum da pessoa. Questo 2 Resposta: Alternativa D. Questo 3 Resposta: O aluno deve concluir que sexo est ligado a questes biolgicas, do organismo fsico, en quanto gnero diz respeito a uma construo social que determina os valores e comportamentos rela cionados ao mundo masculino e feminino. Questo 4 Resposta: Essa discusso permite unir os dois temas tratados. A questo de gnero est ligada a sub jetividade porque cada indivduo constroi seu mundo interno a partir do seu cotidiano e o seu mundo de subjetividade interior vai sofrer a influncia de valores que a sociedade transmite e que, muitas vezes, pode ser determinante em relao ao gnero. Questo 5 Resposta: Como o objetivo da dinmica de grupo e evidenciar as diferenas entre os papis sexuais dentro do nosso contexto cultural. O resultado deve buscar a ampliao da discusso, para alm do senso comum de gnero.

124

GABARITO
Questo 6 Resposta: Alternativa C. (errada p. 180 da resenha intitulada Butler e a desconstruo do gnero, ver Referncias) Questo 7 Resposta: Alternativa D. Questo 8 Resposta: Alternativa A. Questo 9 Resposta: Alternativa A. (I certo Guattari, 1989, p. 26 apud Nilza Silva, p. 175-176; II - certo Nilza Silva p. 178; III certo Nilza Silva p. 175; IV - certo Nilza Silva p. 176) Questo 10 Resposta: O professor tutor organizar a sequncia de apresentao e far a convergncia de pensa mentos. Poder se guiar pelo texto Gnero, de autoria de Marlene Neves Strey (p. 181 do livro Psicolo gia Social Contempornea, ver Referncias)

125

Tema 07

Processo Grupal e Psicologia Poltica

sees

s e e S

Tema 07

Processo Grupal e Psicologia Poltica

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: A origem social do sujeito humano, suas primeiras relaes e a importncia do outro na formao da sua identidade e na sua forma de estar em sociedade. A dinmica e funcionamento dos grupos feito por Kurt Lewin e por Jacob Moreno na dcada de 1940. Que com o desenvolvimento da Psicologia Social o grupo passa a ser visto de uma forma diferente em relao aos estudos de Lewin, o grupo coeso e livre de conflitos, harmnico com as regras sociais so pensados como reprodutores da dominao capitalista. Nessa nova abordagem o grupo lugar um espao de luta onde os trabalhadores podem encontrar um espao de libertao para a constituio de novas formas de subjetividades.
129

CONTEDOSEHABILIDADES
A Psicologia Social desenvolvendo tambm a disciplina de Psicologia Poltica como forma de compreender os fenmenos polticos tanto nos aspectos subjetivos como nos fenmenos sociais das aes polticas do mundo contemporneo.

Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Qual a importncia do estudo do processo grupal para a Psicologia Social? O que grupo operativo? Qual a diferena entre Psicologia Poltica e Psicologia da Poltica? Como relacionar Psicologia Poltica e Psicologia Social?

LEITURAOBRIGATRIA
Processo Grupal e Psicologia Poltica
Voc j imaginou como seria a nossa vida se ns vivssemos isolados? Impossvel, no ? De fato, desde o nosso nascimento pertencemos a um grupo que nos cuida biologicamente, e subjetivamente oferece elementos para a formao da nossa identidade individual e social. nesse sentido, que toda psicologia uma psicologia social, afinal, tornar-se humano tem uma relao fundamental com o grupo social e as relaes que ali se estabelecem. Na realidade nos constitumos como humanos a partir da relao com o outro, sendo assim, para a Psicologia Social o estudo do processo grupal to importante e, alm disso, o grupo humano o grande responsvel pelas transformaes da sociedade ou pela manuteno das formas de dominao. O grupo quando muda sua forma de estar na sociedade e passa a assumir posicionamentos e discursos diferentes podem alterar os rumos da histria de uma comunidade.
130

LEITURAOBRIGATRIA
Os movimentos dos grupos humanos, nessa perspectiva so estudados no campo da Psicologia Social e tambm da Psicologia Poltica. Vamos conhecer um pouco mais sobre esse tema? Desde o nascimento o indivduo faz parte de um grupo em uma relao constante da busca da identidade individual e da identidade social ou grupal, mantendo sempre uma interdependncia com o outro. Sendo assim de acordo com Zimerman e Osrio (1997, p.28) podemos conceituar o grupo como:
Um grupo no um mero somatrio de indivduos; pelo contrrio, ele se constitui como nova entidade, com leis e mecanismos prprios e especficos. Todos os integrantes do grupo esto reunidos, face a face, em tomo de uma tarefa e de um objetivo comuns ao interesse deles. O grupo uma unidade que se comporta como uma totalidade, e viceversa, de modo que, to importante quanto o fato de ele se organizar a servio de seus membros, tambm a recproca disso. Cabe uma analogia com a relao que existe entre as peas separadas de um quebra-cabeas e deste com o todo a ser armado. Apesar de um grupo se constituir como uma nova entidade, com uma identidade grupal prpria e genuna, tambm indispensvel que fiquem claramente preservadas, separadamente, as identidades especficas de cada um dos indivduos componentes do grupo. Em todo grupo coexistem duas foras contraditrias permanentemente em jogo: uma tendente sua coeso, e a outra, sua desintegrao. A dinmica grupal de qualquer grupo se processa em dois planos, tal como nos ensinou Bion: um o da intencionalidade consciente (grupo de trabalho), e o outro o da interferncia de fatores inconscientes (grupo de supostos bsicos). E claro que, na prtica, esses dois planos no so rigidamente estanques, pelo contrrio, costuma haver certa flutuao e superposio entre eles. E inerente conceituao de grupo a existncia entre os seus membros de alguma forma de interao afetiva, a qual costuma assumir as mais variadas e mltiplas formas. Nos grupos sempre vai existir uma hierrquica distribuio de posies e de papis, de distintas modalidades.

131

LEITURAOBRIGATRIA
E inevitvel a formao de um campo grupal dinmico, em que gravitam fantasias, ansiedades, mecanismos defensivos, funes, fenmenos resistncias e transferenciais, etc., alm de alguns outros fenmenos que so prprios e especficos dos grupos, tal como pretendemos desenvolver no tpico que segue.

Sendo assim, podemos afirmar que estudar o processo grupal perceber a complexidade das relaes que se estabelecem nas relaes grupais e a partir da construir as possveis formas de interferncias nos posicionamentos do mesmo. Conhecer as caractersticas psicolgicas do funcionamento grupal a nica forma possvel de auxiliar o grupo no seu processo de amadurecimento. Na Psicologia, o estudo sistemtico dos pequenos grupos sociais, busca compreender a dinmica dos mesmos, tendo incio na dcada de 1930 e 1940, com Moreno e Kurt Lewin, logo aps as inovaes tayloristas da organizao do trabalho que deteriorou ainda mais as relaes entre os empregados e patres e empregados. De acordo com Lane (2001), os estudos sobre pequenos grupos esto vinculados teoria de K. Lewin, que os analisa em termos de espao topolgico e de sistema de foras, procurando captar a dinmica que ocorre quando pessoas estabelecem uma interdependncia, seja em relao a uma tarefa proposta (scio-grupo), seja em relao aos prprios membros em termos de atrao, afeio etc. Em outra viso, mais prxima Psicologia Social Crtica, o grupo visto como um lugar onde as pessoas mostram suas diferenas, onde so expressas as relaes de poder e que afirmam que conflito inerente ao processo de relaes humanas. Esse olhar define um grupo dinmico e inserido nos processos scio-histricos da realidade social.74 Segundo Lane (2001), o grupo precisa ser visto como um campo onde os trabalhadores sociais que se aventuram devem ter claro que o homem sempre um homem alienado e o grupo uma possibilidade de libertao, uma possibilidade de ser sujeito. Com essa perspectiva quem muito contribuiu foi o psicanalista argentino Enrique PichonRivire (1907 1977), de origem sua, que levantou sobre a psiquiatria e a questo dos grupos em hospitais psiquitricos, criando a tcnica dos grupos operativos. Grupo operativo consiste numa tcnica de trabalho com grupos, cujo objetivo promover um processo de aprendizagem, sendo assim, ele centrado em uma tarefa. Aprender em grupo significa uma leitura crtica da realidade, uma apropriao ativa dos significados do mundo.
132

LEITURAOBRIGATRIA
Uma atitude investigadora, na qual cada resposta obtida se transforma, imediatamente, numa nova pergunta. Aprender na teoria de Pichn sinnimo de mudana. (ABDUCH, 2008). Como agente possvel de transformao social, o estudo dos grupos fundamental para o estudante de servio social, que estar atuando junto s populaes mais vulnervel. Sobre a Psicologia Poltica, podemos dizer que um campo de estudos interdisciplinar que investiga o comportamento poltico nas sociedades contemporneas a partir da interseco entre psicologia e poltica. (Disponvel em: <http://www.each.usp.br/gpp/ gepsipolim/?page=home>.) um campo de estudo novo no Brasil, mas que se mostra como um terreno frtil para a compreenso da sociedade e suas relaes com as questes polticas.

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Visite o site Revista de Psicologia Poltica. Disponvel em: <http://www.fafich.ufmg.br/rpp>. Aces so em: 2 jan. 2014. Nesse site voc poder acessar artigos sobre o tema. Acesse o site Psicologia Social e Grupos. Disponvel em: <http://www.fafich.ufmg.br/rpp/>. Aces so em: 2 jan. 2014. Nesse site voc poder acessar artigos sobre o funcionamento grupal. Leia o artigo, de Sueli Terezinha Ferreira Martins, Psicologia social e processo grupal: a co erncia entre fazer, pensar sentir em Svia Lane. Disponvel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010271822007000500022&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 2 jan. 2014.
133

LINKSIMPORTANTES
Vdeos Importantes
Assista ao filme O senhor das Moscas. Esse filme mostra o funcionamento grupal a partir da relao com as lideranas.

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1:
De acordo com a tcnica de grupo operativo, o ECRO (esquema conceitual referencial e operativo) tem papel central. Sobre esse conceito, assinale a alternativa CORRETA. a) ECRO individual e ECRO grupal tm o mesmo conceito. b) O conceito de ECRO est baseado na teoria behaviorista.

c) Esse conceito foi criado por Kurt Lewin. d) constitudo por nossas crenas e valores. e) um conceito que diz respeito teoria dos grupos autnomos.

Questo 2:
Sobre grupos operativos criado por Pichon Rivire, assinale a alternativa incorreta:

134

AGORAASUAVEZ
a) O objetivo do grupo operativo desenvolver a aprendizagem e mudana de atitudes. b) Essa modalidade de trabalho em grupo pode ser utilizada de vrias formas, em vrios ambientes e com vrias finalidades. c) O porta voz do grupo aquele que fala as angstias e ansiedades que o grupo no consegue verbalizar. d) Constata-se a manifestao de vrios papis no campo grupal, destacando-se o papel do porta-voz, bode expiatrio, lder e sabotador. e) O grupo operativo somente pode ser usado com finalidades psicoteraputicas. cientficas que se consideram axiologicamente asspticas e neutras. (SABUCEDO, p.19, 1996). De acordo com o texto assinale a alternativa correta: (I) A psicologia da poltica pode ser considerada uma abordagem acrtica de psicologia e da realidade. (II) A psicologia da poltica pressupe a neutralidade do cientista e da cincia. (III) A psicologia poltica cresceu no Brasil a partir da dcada de 80, mas ainda sua expanso tmida em nossa realidade. a) Somente a I correta. b) Somente a II correta. c) A I e a II so corretas. d) Somente a III correta. e) Todas so corretas.

Questo 3:
Se falamos de psicologia poltica, nos deparamos com uma disciplina que assume que a poltica no algo completamente alheio e margem da poltica, que a prpria psicologia contm teorias polticas. Se, em vez disso, nos referimos a uma psicologia da poltica, estamos ante uma abordagem totalmente diferente. Neste ltimo caso, a psicologia e a poltica seriam duas entidades absolutamente diferenciadas. A finalidade dessa disciplina, a psicologia da poltica, consistiria na aplicao do conhecimento psicolgico ao estudo dos fenmenos polticos. Esse conhecimento psicolgico seria exagerado a partir de instncias

Questo 4:
Os primeiros autores a pesquisarem sobre os pequenos grupos e seu funcionamento de forma sistemtica podemos dizer que foram: a) Freud e Skinner. b) Fromm e Marx.

135

AGORAASUAVEZ
c) Lewin e Moreno. d) Engels e Moscovici. e) Lane e Cod.

Questo 6:
Pichon Rivire deu importantes contribuies para a psicologia social com a tcnica sobre grupos operativos. Em relao ao tema NO correto afirmar que: a) O grupo operativo deve ser realizado, exclusivamente, em ambientes escolares. b) O grupo operativo implica na realizao de uma tarefa. c) Um dos seus objetivos a mudana de comportamento do sujeito e do grupo. d) O coordenador do grupo operativo deve lidar com as ansiedades do grupo e de resistncia mudana. e) Um dos conceitos fundamentais da sua tcnica a de ECRO grupal e individual.

Questo 5:
H uma tradio no estudo e na interveno com pequenos grupos que privilegia o treinamento em busca da produtividade, nesses casos, os especialistas em grupos se atm a aplicao de tcnicas grupais que desenvolvem a cooperao entre os participantes e no levam o grupo a se autocriticar e buscar o seu caminho para o funcionamento, pois uma das possibilidades no mais se constituir enquanto grupo. Para essa abordagem a constituio do grupo est a servio da instituio, como instrumento de controle sobre os indivduos. (Jacques,2005) De acordo com o texto acima podemos afirmar que essa viso do grupo harmnico e sem conflitos est associada teoria de: a) Silvia Lane. b) Marx. c) Lewin. d) Freud. e) Pichon Rivire.

Questo 7:
De acordo com o socilogo Olmsted como pode ser defino grupo?

Questo 8:
De acordo com a leitura do material didtico e com a discusso em grupo construa um definio para Psicologia Poltica.

136

AGORAASUAVEZ
Questo 9:
Qual a viso da Psicologia Social Crtica sobre a aplicao das tcnicas de dinmicas de grupo nos chamados treinamentos grupais?

Questo 10:
Como Lapassade define o funcionamento do processo grupal.

FINALIZANDO
Os temas que voc estudou sero muito importantes para sua formao, eles falam sobre a dinmica grupal e a psicologia poltica. Sobre os grupos muito importante voc compreender a evoluo do seu conceito, desde Lewin at a atualidade. No incio o grupo era visto como um organismo que deveria caminhar para a harmonia e estabilidade, negando o conflito, na contemporaneidade com o olhar da Psicologia Social, o grupo lugar de embate, de diversidade em que as diferenas devem existir e serem respeitadas como formas de enriquecimento e criatividade grupal. A teoria que privilegia esse enfoque no que diz respeito tcnica de trabalho grupal a teoria sobre grupo operativo. Quanto Psicologia Poltica, ainda existe uma disciplina jovem que tem uma funo social muito impor tante analisando os fenmenos polticos em relao constante com os sabres da psicologia. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!

137

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014. BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014.
138

REFERNCIAS
BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000. DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004. GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988.
139

REFERNCIAS
Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014. PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

140

GLOSSRIO
Resistncia: designa todos os processos mentais que interferem no desenvolvimento do trabalho teraputico.

GABARITO
Questo 1 Resposta: Alternativa D. Questo 2 Resposta: Alternativa E. Questo 3 Resposta: Alternativa E. Questo 4 Resposta: Alternativa C. Questo 5 Resposta: Alternativa C. Questo 6 Resposta: Alternativa A.
141

GABARITO
Questo 7 Resposta: Para esse autor o conceito de grupo uma pluralidade de pessoas que esto em contato uns com os outros, que se consideram mutuamente e que esto conscientes de que tm algo significativamente importante em comum Questo 8 Resposta: Questo livre. Observar coerncia textual e conceitual em relao ao tema. Questo 9 Resposta: Para alguns autores essas tcnicas servem apenas para buscar produtividade, no levam o grupo a um posicionamento crtico sobre seu funcionamento. O grupo mobilizado somente para servir a instituio e a seus mecanismos de controle. Questo 10 Resposta: Para esse autor o funcionamento grupal pensado como uma entidade inacabada, em cons tate processo dialtico.

142

Tema 08

sees

Experincias na escola, no trabalho e na comunidade

s e e S

Tema 08

Experincias na escola, no trabalho e na comunidade

Introduo ao Estudo da Disciplina


Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Psicologia Social Contempornea, das autoras JACQUES, Maria da Graa Correa et al, da Editora Vozes, PLT 345.

Roteiro de Estudo:
Psicologia Social I Prof. Helenrose Aparecida da Silva Pedroso Coelho Prof. Karem Angely Grubert Rojas

CONTEDOSEHABILIDADES
Contedo
Nessa aula voc estudar: A longa histria da atuao do profissional, com o olhar da perspectiva adotada no modelo preventivo-curativo. A importncia da Psicologia Social nas organizaes, conhecendo o papel do profissional dessa rea. A Psicologia Social, no aspecto comunitrio, que tem adotado o psicodrama como metodologia, estudando os papis que o indivduo deve desempenhar em seu cotidiano. As tcnicas utilizadas no psicodrama.

147

CONTEDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Quais so os campos de atuao da Psicologia na sade e na comunidade? Como identificar os novos rumos da Psicologia Social? O que a interdisciplinaridade? Qual a importncia do trabalho em grupos interdisciplinares? Quais so as proximidades entre a Psicologia Social e o Servio Social?

LEITURAOBRIGATRIA
Experincias na escola, no trabalho e na comunidade
A Psicologia Social tem como objetivo conhecer o indivduo dentro do conjunto de suas relaes sociais. difcil chegar a um consenso acerca do nascimento da Psicologia Social, mas a maioria dos autores considera a segunda metade do sculo XIX como o perodo de origem do pensamento psicossociolgico. Esse momento visto como um marco porque a partir desse perodo, tanto a Psicologia quanto a Sociologia comearam a se firmar como disciplinas cientficas independentes da Filosofia. Nos Estados Unidos, a Psicologia Social floresceu no sculo XX com um carter funcionalista, ou seja, com uma preocupao em relao sua funo na sociedade. Frederic Bartlett e Solomon Asch foram nomes que despontaram no ramo. No Brasil, nos anos 60 e 70 do sculo XX, a Psicologia Social se assemelhava dos Estados Unidos. Em algumas obras da rea, ficava explcita a transposio e replicao de teorias e mtodos norte-americanos, evidenciando uma total dependncia do modelo original.
148

LEITURAOBRIGATRIA
Na dcada de 1960, entretanto, inicia-se um movimento de rechao a essa dependncia intelectual e vrias associaes comeam a surgir engajadas em uma nova proposta de emancipao da Psicologia Social latino-americana. Dentre elas, destaca-se a Associao Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), que surgiu em 1980 e foi uma iniciativa de alguns colaboradores, entre eles, Silvia Lane, importante representante de nossa Psicologia. Em 1984, Lane e Codo organizam a obra marco da emancipao da Psicologia Social Brasileira: Psicologia Social: o homem em movimento, cuja discusso principal gira em torno de como extrair entidades psicolgicas de fenmenos sociais, fortemente influenciada pelo materialismo histrico marxista. o rompimento com a Psicologia Social cientificista norte-americana e, desde ento, as produes nessa rea tm se desenvolvido de forma equiparada, em termos de qualidade, ao restante do Ocidente. A ABRAPSO uma sociedade sem fins lucrativos, fundada durante a 32 Reunio da SBPC, no Rio de Janeiro, em julho de 1980. Fruto de um posicionamento crtico na Psicologia Social, desde a sua criao, a ABRAPSO tem sido um importante espao para o intercmbio entre estudantes de graduao e de ps-graduao, profissionais, docentes e pesquisadores. Os encontros nacionais e regionais da entidade tm atrado um nmero cada vez maior de estudiosos da Psicologia e possibilitam visualizar os problemas sociais que a realidade brasileira tem apresentado Psicologia Social. A revista Psicologia & Sociedade o veculo de divulgao cientfica da entidade (extrado do site: <http://abrapso.org.br>. Acesso em: 2 jan. 2014. A Psicologia Social, no Brasil e em outros pases da Amrica Latina, surge com base materialista-histrica e voltada para trabalhos comunitrios (LANE, 1988). O homem visto como um ser histrico e, por isso, importante que recupere a histria da sociedade alm de sua prpria histria. Para entendermos a prtica do psiclogo na rea social, necessrio conhecer as principais categorias com que trabalha. So elas: linguagem, pensamento, representaes sociais, alienao, atitudes e identidade. Com referncia atuao da Psicologia Social no momento atual, percebemos que a mesma saiu dos consultrios e est realizando uma ao mais efetiva com os indivduos no seu prprio meio. Anteriormente, o atendimento ao paciente era mais individualizado e curativo, nos moldes de um tratamento clnico, que, alis, se aproximava muito do modelo mdico. Hoje, percebe-se a psicologia mudando sua viso de homem e de mundo. Mesmo sem perder sua conotao clnica, j transita em ambientes sociais e institucionais, realizando
149

LEITURAOBRIGATRIA
um atendimento mais coletivo e preventivo, trabalhando com as minorias sociais e apresentando respostas s necessidades da nossa sociedade. Nesse caminho, voc entender sobre o histrico social no Brasil para que se possa entender como se encontra, atualmente, a prtica do psiclogo nesta rea. importante, ento, reportar ao passado para compreender a sua evoluo. Ferreira Neto (2004, p. 167) comenta que: o social surge como tema importante no pas nos anos 80 do sculo XX, reverberando fortemente no contexto da Psicologia no Brasil. Esse autor ainda complementa: A diminuio da demanda psicoteraputica que ter seu pice na dcada de 1990 (...) tem associada a si um conjunto de fatores, alm da progressiva proletarizao da classe mdia. So eles: o aumento desproporcional da oferta mediante a abertura de novos cursos de psicologia; o declnio do prestgio social da psicoterapia, especialmente, a psicanlise; o aumento da oferta de novas tecnologias de si (autoajuda, esoterismos, prticas alternativas etc.); e a possibilidade de uma maior variabilidade de formas de expresso subjetiva que os novos tempos democrticos oferecem (atividades artsticas em geral, dana, ginstica, incentivo ao cultivo de hobbies pessoais). Segundo Ferreira Neto (2004, p. 167), estamos em um perodo scio-histrico, no qual deveria haver menos preocupao com a correo dos desvios da ordem psicolgica ou social; e, mais, com a construo de um novo mundo scio-psicolgico mediante a programao das subjetividades. Devido s novas prticas da psicologia que esto surgindo, est ocorrendo uma ampliao da rea psicolgica a outras parcelas da sociedade at ento excludas desse atendimento, ou melhor, tem-se dado lugar a uma viso mais socializante e menos individualista do que o carter elitista que, muitas vezes, cercava a profisso. De acordo com Dimenstein (2000, p. 2), historicamente, a psicologia sempre esteve mope diante da realidade social, das necessidades e sofrimento da populao, levando os profissionais a cometer muitas distores tericas, a prticas descontextualizadas e etnocntricas, e a uma psicologizao dos problemas sociais, na medida em que no so capacitados para perceber as especificidades culturais dos sujeitos. Assim, a psicologia serviu como um instrumento til para a reproduo das estruturas perversas dos sistemas sociais, ou seja, vem servindo de suporte cientfico das ideologias dominantes, das relaes hierarquizadas de poder e para a manipulao da maioria pobre por uma minoria, na qual os profissionais aparecem como [...] cmplices da j conhecida poltica de dominao dos mais fracos (Botom, 1996, apud Dimenstein, 2000, p. 2).
150

LEITURAOBRIGATRIA
Na prtica, a Psicologia Social teve dificuldade em abandonar o modelo curativo e assistencialista, voltado para o setor dos atendimentos privados, pois difcil abandonar prticas cristalizadas e adaptar-se a novas exigncias de responsabilidade social, obedecendo aos princpios da qualidade, da tica e da cidadania. No entanto, os psiclogos sociais, em seu cotidiano, necessitam incorporar uma nova concepo de prtica profissional associada ao processo de cidadania, de construo de sujeitos com capacidade de ao e de proposio. As prticas afastadas de outros profissionais prejudicam o trabalho do psiclogo, porque dificultam o entendimento das situaes e dos casos que ele tem de lidar no seu cotidiano. Da a necessidade de que o trabalho seja desenvolvido por uma equipe multidisciplinar. Desse modo, pode-se ressaltar que a Psicologia Social questiona a atuao que acontece por meio do atendimento individual, no modelo biomdico, sem parcerias e estratgias especficas.

LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites
Leia o artigo Psicologia Social. Disponvel em: <http://www.portaldapsique.com.br/Artigos/Psicologia_Social.htm>. Acesso em: 2 jan. 2014. Que trata das origens da Psicologia Social e seu desenvolvimento ao longo da histria. Leia o artigo Psicologia social e processo grupal: a coerncia entre fazer, pensar sentir em Slvia Lane da autora Sueli Terezinha Ferreira Martins, publicado na revista Psicologia & Sociedade. Dispo nvel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010271822007000500022&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 2 jan. 2014.
151

LINKSIMPORTANTES
Que discorre sobre o trabalho de uma importante psi cloga social brasileira, Silvia Lane, que contribuiu muito para o desenvolvimento da Psicologia Social na Amrica Latina. Pesquise no Portal dos Psiclogos, os textos de Psicologia Social que esto disponveis no seguinte endereo: <http://www.psicologia.pt/areas/area.php?cod=d9>. Acesso em: 2 jan. 2014. Neste site voc encontrar diferentes artigos que tratam dos mais diversos temas da Psicologia Social e que merecem ser lidos.

Vdeos Importantes
Vale a pena conferir tambm os seguintes filmes: Cidade de Deus. Direo: Fernando Meirelles. Sinopse: Buscap (Alexandre Rodrigues) um jovem pobre, negro e muito sensvel, que cresce em um universo de muita violncia. Buscap vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscap acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotgrafo, o qual permite que siga carreira na profisso. atravs de seu olhar atrs da c mera que Buscap analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violncia aparenta ser infinita. (fonte: <http://www. adorocinema.com/filmes/cidade-de-deus>/). Bagdad Caf. Direo: Percy Adlon. Sinopse: Depois de brigar com seu marido e ser abandonada na estrada, a turista alem Jasmin (Marianne Sgebrecht) caminha pelo deserto do Arizona at chegar ao posto-motel Bagdad Caf. Recebida com aspereza por Brenda (CCH Pounder), a dona do local que acabou de colocar o marido para fora de casa, Jasmin aos poucos conquista a simpatia dos filhos de Brenda, dos hspedes e da clientela. (fonte: <http://www.adorocinema.com/filmes/bagdad-cafe>/).

152

AGORAASUAVEZ
Instrues:
Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1:
A Psicologia Comunitria um movimento de apro ximao da Psicologia no cotidiano das pessoas porque essa cincia permaneceu distante da popu lao de baixa renda por longos anos. Faa uma pesquisa em livros, artigos e na Internet e indique como a Psicologia atua na comunidade, relatando quais os recursos que so utilizados por ela.

Vamos fazer uma dinmica de grupo para com preender melhor o trabalho interdisciplinar (em equipe)? Objetivo: Demonstrar a eficincia de um trabalho de equipe. Tempo: 30 minutos Material: cpia da tabela A Avenida Complicada e caneta, para cada participante. Descrio: O coordenador formar grupos de 5 a 7 pessoas, entregando a cada participante uma cpia da tabela A avenida complicada. O pro blema deve ser resolvido pela equipe. O grupo vencedor ser aquele que encontrar um mtodo de trabalho que resolva, com mxima rapidez, o problema.

Questo 2:
Hoje, o trabalho interdisciplinar realizado por profissionais tais como psiclogo, assistente so cial, mdico, enfermeiro, administrador pblico e outros, vem demonstrando que um caminho de bons resultados.

153

AGORAASUAVEZ
Terminado o exerccio, cada grupo avaliar a participao dos membros da equipe na tarefa grupal. O coordenador poder formar um plenrio com a participao de todos os membros dos grupos para comentrios e depoimentos. Problema: Na avenida h cinco casas numera das: 801, 803, 805, 807 e 809, da esquerda para a direita. Cada casa tem caractersticas prprias, ou seja, cor, proprietrio de nacionalidades dife rentes, veculo, bebida e animal domstico (nada se repete). Siga estas instrues: 1. As casas esto localizadas no mesmo lado da avenida. 2. O mexicano mora na casa vermelha, o peruano tem um carro mercedes-benz, o argentino pos sui um cachorro, o chileno bebe coca-cola. 3. Os coelhos esto mesma distncia do cadilac e da cerveja. 4. O gato no bebe caf e no mora na casa azul. Na casa verde bebe-se whisky. 5. A vaca vizinha da casa onde se bebe coca-co la, a casa verde vizinha da casa direita, cinza, o peruano e o argentino so vizinhos. 6. O proprietrio do volkswagem cria coelhos, o chevrolet pertence casa de cor rosa.
154

7. Bebe-se pepsi-cola na casa 3, o brasileiro vi zinho da casa azul, o proprietrio do carro Ford bebe cerveja, o proprietrio da vaca vizinho do dono do cadilac, o proprietrio do carro chevro let vizinho do dono do cavalo. A Avenida Complicada Casa 1 Casa 2 Casa 3 Casa 4 Casa 5

Questo 3:
Qual o resultado esperado da atuao profissio nal do psiclogo social em questes que envolvam as relaes de trabalho? a) Que o trabalhador conhea a sua doena. b) Que se tenha a compreenso do processo libertador de que o trabalho capaz na sociedade atual. c) Repensar a noo de sade a partir das rela es de produo. d) Fazer o trabalhador compreender que a reali dade neutra e natural.

AGORAASUAVEZ
e) Limitar-se a dar instrues sobre o funciona mento da empresa. psiclogo na rea do trabalho. Explore outros campos de atuao, alm das atividades de recursos humanos.

Questo 4:
De que maneira a Psicologia Social pode contri buir com a superao do fracasso escolar, den tro de uma perspectiva social crtica? a) Fazendo com que os pais compreendam que a culpa exclusivamente deles. b) Identificando os distrbios mentais das crianas. c) Atuando de forma preventivo-curativa nas escolas. d) Analisando e redimensionando as relaes sociais que se estabelecem no contexto educacional. e) Separando os distrbios mentais em catego rias e montando salas especiais.

Questo 7:
Conforme nos informa Neves e Bernardes (2003, pp. 245-247), as oficinas de psicodrama vm sendo utilizadas, desde 1993, em servios da rede muni cipal de Porto Alegre: Centro de Comunidade, Es cola Aberta e Projeto de Educao Social de Rua, que so iniciativas que se destinam ao atendimen to socioeducativo de crianas e de adolescentes em situao de risco e de vida precria (trabalho, profissionalizao, sade, escolarizao, habita o, lazer). O trabalho desenvolvido a partir da percepo dos participantes quanto ao seu mundo de relaes interpessoais e aprendizado e desem penho de papeis sociais de seu cotidiano. Prope-se a realizao de um sociodrama com um grupo da sala de aula, com as seguintes caracte rsticas: 1. Objetivo: desenvolver a sensibilidade para pro blemas vitais e a conscientizao acerca de ati tudes positivas ou negativas diante deles. 2. Instrues:

Questo 5:
Em grupos de cinco alunos, elabore um texto de 20 linhas, indicando quais os principais obstcu los para atuao do psiclogo na rea educacio nal?

Questo 6:
Faa uma pesquisa em livros, textos ou na Internet e indique quais as atribuies do

a) Indicar um diretor. b) O grupo deve escolher um fato real, que apre sente um conflito.
155

AGORAASUAVEZ
c) Adotar a tragdia ou a comdia como gnero dramtico. d) Definir as personagens e suas caractersticas. No h necessidade de muitos personagens em um sociodrama. e) Elaborar os dilogos, ordenando as cenas da histria e, se necessrio, pesquisar a respeito do assunto a ser abordado. f) Organizar a apresentao: cenrio, figurino, sonoplastia. g) Realizar o sociodrama e, aps, dar a palavra para a plateia para manifestaes. 3. Avaliao: Que ensinamentos podem ser ex trados do sociodrama realizado? tre homens e mulheres no mercado de trabalho, que oca sionam desajustes sociais. II As consequncias graves das inovaes tec nolgicas no trabalho so o desemprego, per da de direitos trabalhistas e marginalizao de pessoas excludas, o que desequilibra as rela es interpessoais e familiares. III O tempo livre foi incorporado ao processo produtivo obedecendo s mesmas regras da lgica de produo de mercadorias, que regem o tempo de trabalho dos indivduos. Agora, tra balha-se nas horas de descanso, quer seja no ambiente familiar ou de lazer, pois o trabalha dor chamado a conectar-se Internet ou ficar com o celular ligado, para atender s deman das do empregador. A sade mental do traba lhador est em segundo plano. IV Com as novas tecnologias, o trabalho atual no mais necessita da fora para se movimen tar, tendo como consequncia a liberao dos trabalhadores para serem mais criativos, pois podem receber o mesmo salrio e ter uma jor nada de trabalho reduzida. Avalie as afirmaes e marque a alternativa que est em desacordo com essa viso profissional. a) Todas as afirmaes esto corretas, porque so reas que necessitam da atuao do psi clogo.

Questo 8:
As afirmaes abaixo esto relacionadas viso da Psicologia Social para atuao do psiclogo na rea do trabalho, pois entende que h espa os e assuntos que o referido profissional pode tratar, intervir e dar sua contribuio, em face dos problemas causados pessoa, famlia e ao ambiente de trabalho. A atuao ampla por que os problemas de sade do trabalhador, em sua maioria, so originados no espao social e no somente no interior da pessoa. I A questo de gnero no trabalho passou a ser abordada pela cincia, na construo de co nhecimento e pelas profisses em geral, devi do s desigualdades existentes en156

AGORAASUAVEZ
b) A afirmao IV est em desacordo com a pro posta da Psicologia Social porque as consequ ncias das novas tecnologias no so apenas positivas, h aquelas que prejudicam a sade do trabalhador. c) A afirmao III est em desacordo porque, o psiclogo deve atuar na clnica e no no am biente de trabalho. d) As afirmaes I e II esto em desacordo com a viso da Psicologia Social. e) A afirmao I est em desacordo porque um problema resolvido pela Constituio Fe deral de 1988, que tornou homens e mulhe res iguais perante a lei.
Item Dimenso 1 2 fatalismo individuialismo Letra A B Representao Social Descuidado, desatento Destino, sorte ou azar Trabalho perigoso, pressa, desafio, falta de equipamento de proteo, coero

mediaes

a) 1-A, 2-B, 3-C. b) 1-C, 2-B, 3-A. c) 1-B, 2-A, 3-C. d) 1-A, 2-C, 3-B. e) 1-B, 2-C, 3-A.

Questo 9:
Uma pesquisa que investiga as representaes sociais do acidente de trabalho entre trabalha dores da construo civil um exemplo da apli cao da Psicologia Social rea do trabalho. Neste exemplo, foram identificadas trs dimen ses que agrupam as representaes sociais das causas dos acidentes de trabalho. Ento, se a maioria dos trabalhadores acredita que o acidente ocorreu por fatalidade, h risco de ocorrncia de novos acidentes e o psiclogo deve trabalhar para modificar essa representa o social, com a finalidade de mudar a realidade diagnosticada. Associe a coluna Dimenso com a coluna Re presentao Social e assinale a resposta certa:

Questo 10:
Em pesquisa de Psicologia Social na comunidade, foram elaborados Mapas de Riscos Sociais, ob tendo concluses dos moradores de determinado bairro, que construram categorias de risco a partir de seus prprios referenciais, tais como: 1. a falta de energia eltrica no s limitava aes no espa o domstico, mas tambm reproduzia os limites do ir e vir destes sujeitos no espao pblico; 2. os esgotos a cu aberto no s traziam possibilidade de contaminao, mas evidenciavam o descaso dos rgos
157

AGORAASUAVEZ
oficiais para com a sade da popula o excluda. Observou-se que as concluses eram mais volta das para problemas concretos e poucos aborda ram que o risco acarreta, alm do sofrimento fsico, o sofrimento mental. Faa uma pesquisa em livros, revistas e Internet a respeito de pesquisas de Psicologia Social, apli cadas ao trabalho, sade ou educao, elabo re um texto comentando dois casos de pesquisa e apresente-os em sala de aula para ampliar o co nhecimento com os colegas.

FINALIZANDO
Voc estudou os ramos da Psicologia Social e os novos caminhos que ela est percorrendo. Observou que a Psicologia Social da Amrica Latina tem crescido e desenvolvido seu contedo terico e prtico nas comunidades, utilizando novos formatos de atuao profissional. Verificou como a Psicologia Social estuda os fenmenos internos do ser humano, seu pensamento e sua forma de expresso, para conhecer como ela se integra na sociedade e procura, por meio de ofi cinas e dinmicas de grupo fazer com que os indivduos percebam mais claramente a sua realidade. Tambm compreendeu sobre os ramos de atuao do psiclogo social na rea educacional, no trabalho e na comunidade e como se d a sua interveno. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos!
158

REFERNCIAS
ABDUCH, C. Grupos Operativos com Adolescente. Disponvel em: http://www.adolec. br/bvs/adolec/P/ cadernos/capitulo/cap28/cap28.htm. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ABRAPSO. HTTP//WWW.abbrapso.com.br. acesso em 2 de janeiro de 2014. ARAUJO, M. A psicologia social no Brasil: um pequeno resgate. 2008. Disponvel em:http://www.nucleohumanidades.ufma.br/pastas/EH/VIII/Marcia%20Antonia%20Piedade%20Araujo.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ARAJO, Dbora. Ideologia e racismo: anlise de discurso sobre a recepo de leituras de obras infanto-juvenis.Disponvel em: http://www.anped.org.br/33encontro/app/webroot/ files/file/Trabalhos%20 em%20PDF/GT21-6105--Res.pdf. Acesso em 2 de janeiro de 2014. BARBOSA, G. & RABAA, C. Dicionrio de Comunicao. So Paulo: tica, 1987. BAGDAD Caf (Out of Rosenheim). Direo: Percy Adlon. Intrpretes: Marianne Sgebrecht, CCH Pounder, Jack Palance, Christine Kaufmann, Monica Calhoun e outros. Alemanha, 1987. (1 DVD 91 min). BARREMBLIT, Gregrio. Grupos teoria e tcnica. Rio de Janeiro, 1982 Ed.Graal BOMFIM, E. M. 1994. Psicologia social, psicologia do esporte e psicologia jurdica. In: Conselho Federal de Psicologia. Psiclogo brasileiro: prticas emergentes e desafios para a formao. So Paulo: Casa do Psiclogo, pp. 203, 204, 215, 219. BONIN, L. F. R. Indivduo, Cultura e Sociedade. In: JAQUES, M. C. e outros (orgs.). Psicologia Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 2003. BOCK, A. M. B. A perspectiva scio-histrica de Leontiev e a crtica naturalizao da formao do ser humano: a adolescncia em questo. Caderno Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 26-43, abril, 2004. Disponvel em http://www.scielo.br/pdf/ccedes/ v24n62/20090.pdf. Acesso em: 02/01/2014.
159

REFERNCIAS
BRANDO, A. et al. Subjetividade. Psicologia: Rede Psi. Disponvel: http://www.redepsi. com.br/portal/modules/smartsection/makepdf.php?itemid=384. Acesso em 2 de janeiro de 2014. CAZUZA. Ideologia, Ideologia. ABPD, 1988. CIAMPA, A. Identidade. In: LANE, S.T.M., CODO, W. (Orgs.). Psicologia social: o homem em movimen to. So Paulo: Brasiliense, 1994. CIDADE DE Deus. Direo: Fernando Meirelles. Intrpretes: Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Ale xandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora e outros. Brasil, 2002. (1 DVD 135 min). DIMENSTEIN, M. D. B. A cultura profissional do psiclogo e o iderio individualista. Estudos Psi canalticos, Natal, v. 5, n. 1, p. 95-121, jan.-jun. 2000. DOS ANJOS, M. F. Apresentao. In: DOS ANJOS, M. F. e LIMA LOPES, J. R. tica e Direito: um di logo. Aparecida, SP: Santurio, 1996. FERREIRA NETO, J. L. A formao do psiclogo: clnica, social e mercado. So Paulo: Escuta, 2004; Belo Horizonte/MG: FUMEC/FCH, 2004. GUARESCHI, Pedrinho A. Psicologia, Subjetividade e Mdia. In: FURTADO, Odair. (Org.). II Semin rio de Psicologia e Direitos Humanos - Compromissos e comprometimentos da psicologia. Recife: Ed. Universitria, 2004, v. 1. GRISCI, C. L. I. e LAZZAROTTO, G. R. Psicologia Social no Trabalho in Psicologia Social Contempo rnea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. GRUBITS, S; PEDROSO, M. Relaes ticas em Pesquisas com Populaes Indgenas. 2006. Dis ponvel em: http://www.crpsp.org.br/povos/fr_ver_texto.aspx?id=6. Aceso em: 2 de janeiro de 2014. JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social Contempornea: Livro-texto. 9 Ed. Petropolis, RJ: Vo zes, 2005. Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: O homem em movimento. Coleo Primeiros Passos. So Pau lo: Brasiliense, 1981. LANE, S. T.M. A psicologia social e uma nova concepo de homem para a psicologia. In: Lane, S.T.M.; Codo, W. (orgs.). Psicologia social: o homem em movimento. So Paulo: Brasiliense, 1988.
160

REFERNCIAS
Livros eletrnicos de psicologia. http://newpsi.bvs-psi.org.br/ebooks2010/pt/Inicio.html. Acesso em 2 de janeiro de 2014. LIMA. A. Psicologa Social como Psicologa Poltica: La Psicologa Social Critica Propuesta por Silvia Lane. Psicologia poltica. vol. 9. n 18. pp. 223-236. jul. - dez. 2009. Disponvel em: http://www.fafich. ufmg.br/rpp/seer/ojs/viewissue.php?id=8. Acesso em 2 de janeiro de 2014. MOSCOVICI, S. A representao social da psicanlise. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. NEVES, S. M. e BERNARDES, N. M. G. Psicologia Social e Comunidade in Psicologia Social Contempornea. Org. JACQUES. M. C. e outros. 8 ed. Petrpolis: Vozes, 2003. NOVA Enciclopdia Ilustrada Folha. Vol 1. Ed. Folha de So Paulo,1996 (pp. 386-387). Psicologia On-line. http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/. Acesso em 2 de janeiro de 2014. PICCHIONI, M. A Modernidade Liquida. Disponvel em: http://www.acoalfaplp. net/0003acoalfaplp/000 3acoalfaplp_textos/4bresenhas/12res_modernidade_liquida.pdf. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. RAMONET, Igmacio. Propagandas silenciosas: massas, televiso, cinema. Petrpoles, RJ: Vozes, 2002 ROSO, Adriane et al . Cultura e ideologia: a mdia revelando esteretipos raciais de gnero. Psicol. Soc., Belo Horizonte, v. 14, n. 2, dez. 2002. Disponvel em <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0102-71822002000200005&lng=pt&nrm=i so>. Acesso em 2 de janeiro de 2014. SABUCEDO, J. Psicologia Poltica. Madri. Editora Sintesis,1996. TOSCANI, Oliviero. A publicidade um cadver que nos sorri. 2. Edio, Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, p.13-40. USP - Escola de Artes Cincias e Humanidades. Disponvel em: http://www.each.usp.br/ gpp/ gepsipolim/?page=home. Acesso em: 2 de janeiro de 2014. ZIMERMAN, D. E.; OSRIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1997.

161

GLOSSRIO
Silvia Lane: foi professora na Faculdade de Psicologia da Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo, onde foi a primeira diretora do curso. Trabalhou na PUCSP por mais de 40 anos e foi uma das pioneiras na construo de uma Psicologia Social Latino Americana.

GABARITO
Questo 1 Resposta: A Psicologia procura se aproximar da comunidade ajudando-a na conscientizao de sua identidade, de seu papel social. Valoriza o trabalho educativo, o trabalho com a viso de mundo do indi vduo, autopercepo, reavaliao de hbitos e costumes da famlia e dos grupos. Trabalha em equipes multidisciplinares com pais, famlia, escolas, associaes, igrejas, unidades b sicas de sade etc., realizando oficinas, organizando grupos de trabalho, levantando os principais pro blemas da comunidade e auxiliando na busca de solues. Utiliza-se de tcnicas como o psicodrama. Questo 2 Resposta: Pode ser que algum grupo consiga montar uma resposta diferente desta, o importante que todos os itens relacionados no se repitam, por exemplo, ter dois animais na mesma casa etc. E tam bm que a ordem no interfira nos detalhes como o proprietrio da vaca ser vizinho do dono do cadilac, ou ento, a casa verde vizinha da casa direita, cinza.
162

GABARITO
Casa 1 Verde 801 Whisky Mercedes Peruano Gato Questo 3 Resposta: Alternativa C. Questo 4 Resposta: Alternativa D. Questo 5 Resposta: Alguns dos problemas que podero ser indicados pelos alunos: a) atribuir ao psiclogo uma atuao meramente tcnica, para diagnosticar doenas ou aplicar testes de inteligncia. b) falta de coordenao ou entrosamento entre as reas da Psicologia e da Pedagogia; c) ter uma viso individualista do ser humano, afastado do contexto social; d) querer impor padres de comportamento e de ajustamento social. Questo 6 Resposta: Alm da rea de Recursos Humanos, cujo trabalho selecionar candidatos, promover capa citaes e eventos relacionados ao trabalho, o psiclogo tambm deve promover dinmicas de integra o, incentivar trabalho em equipe, desenvolver a motivao, promover palestras educativas, incentivar a compreenso do processo de trabalho e a criatividade, informar sobre as doenas laborais etc. Casa 2 Cinza 803 Cerveja Ford Argentino Cachorro Casa 3 Vermelha 805 Pepsi-cola Volkswagem Mexicano Coelho Casa 4 Azul 807 Coca-cola Cadilac Chileno Cavalo Casa 5 Rosa 809 Caf Chevrolet Brasileiro Vaca

163

GABARITO
Questo 7 Resposta: O psicodrama possibilita a reviso dos papeis sociais, um momento de perceber a rigidez com que os papeis sociais so estabelecidos. Essa percepo possibilita a modificao e a transfor mao de situaes concretas, vividas pelo sujeito que incorporou um papel social. Um aspecto que o psicodrama permite visualizar como ocorre a relao do sujeito com o outro, que diferente, o reconhecimento da alteridade. Questo 8 Resposta: Alternativa B (Grisci e Lazzarotto 2003, p. 233) Questo 9 Resposta: Alternativa C (Grisci e Lazzarotto 2003, p. 237) Questo 10 Resposta: O professor tutor organizar um escalonamento para as apresentaes em sala de aula e abrir para discusses os temas pesquisados. Usar o texto Psicologia Social no trabalho, das autoras Grisci e Lazzarotto, 2003, p. 235-239, como suporte ao debate, que poder convergir para a consta tao de que o saber acadmico desconhece as diversas realidades existentes, que, se apreendidas, muito poder contribuir para a promoo das pessoas e resoluo de problemas.

164

Você também pode gostar