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Este livro pertence a

Cinco Dedos Doces A empresa de Su Cesso faz parte de um conjunto de materiais pedaggicos desenvolvidos no mbito de uma interveno prtica ao nvel do empreendedorismo junto de crianas e jovens em idade escolar. Partindo do princpio que atravs da educao possvel moldar e criar uma sociedade mais empreendedora e com capacidade de ao e transformao, o projeto Ateliers Empreender Criana o contributo da Associao Industrial Portuguesa para que os alunos possam exercitar a sua capacidade de imaginar as mudanas e desenvolver desde muito cedo a capacidade de iniciativa, criatividade, auto-conana, liderana, trabalho em equipa, responsabilidade e sentido cvico em tudo o que empreenderem, seja na vida acadmica e prossional, como nos aspetos pessoais e sociais da vida quotidiana.

Cinco Dedos Doces

EDIO Associao Industrial Portuguesa - Cmara de Comrcio e Indstria Direco de Competitividade Empresarial Departamento de Cooperao Empresarial e Empreendedorismo Praa das Indstrias 1300-307 Lisboa Tel.: 213601693/673/688 Email: [email protected] Sites de referncia: www.aip.pt / www.empreender.aip.pt TeXto Rita Vilela | Nsnalinha IlUstraes Patrcia Alves | Nsnalinha DESIGN GRFICO NsnaLinha FINANCIAMENTO: POAT Programa Operacional de Assistncia Tcnica FSE Gerir, conhecer e intervir Ano de Edio 2012 INFORMAES, SUGESTES E COMENTRIOS [email protected] Copyright Associao Industrial Portuguesa - Cmara de Comrcio e Indstria ISBN 978-989-97973-0-7 DEPSITO LEGAL 347899/12

A empresa de

Cinco Dedos Doces

Su Cesso
Rita Vilela Patrcia Alves

Susana Cesso conversava com os seus amigos. O que eu adoro nos bolos a cobertura de chocolate. E a minha av, no dia dos meus anos, deixou-me enar a mo dentro do creme. Fiquei com uma luva de chocolate que deixei secar e fui lambendo devagarinho durante a tarde. Fabuloso, Su! disseram os amigos, que preferiam cham-la de Su, em vez de Susana. Pois foi! Foi a minha melhor prenda de aniversrio: cinco dedos, mais a palma e as costas da mo tudo de chocolate comentou ela. Eu gostava tanto que a minha av me zesse o mesmo disse um dos rapazes, e todos os restantes conrmaram com a cabea que tambm gostariam.

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I D E NTI F IC A R U M A NECESS IDADE

IDE

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no haveria uma f orm sar se n e p ad a ea u s a a r e n a a i o l r i c z c ar e s jud i a f r t u s u se d o ar S s a E ese jo el fabricar lu vas ossv p a de i r ch Se oc ol at e?

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SPE E as, que rto, O s e r I p O m e o m duas u foi at ao P ia uma AP a h n i t u S se cr o m Oe ios de S m criado, e t o c s r O be s havia . Ela queria sa o i r m para p a r r e p s z . e l s a e e s e el u er re dias com o de uma emp cio? Como q e preciso faz s n u r u ? g passa ue faz o don osso ne . E depois o q uma empresa v o q a r o a r o e fbrica urgiu a ideia p ontem-me tud dar? bom te s C ? de il? dem rimeiro De on resa? Foi difc nselhos me po p r e b a s co mp s da res criar a e a fbrica? Que ueria saber. vez. O que que das as dvida s, to rir la q da isa para ge tas coisa que e ergunta de ca esclarecendo e imensas co p n -lh m havia ta , querida. Uma a, os tios fora cia, ensinaram t a Esper nta a pergun a sua experin osto em g o t u d i g u e r h m E, pe laram-l sseram: temos a f , s , e a r n a i s a i d ec Sus al ainda empre que pr n o n e na s Telefo ar-te. ajud
LVER A IDEIA E O PLANO DE NEGC IO

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Quando reg res a deciso de sou a casa, Su j tinha to fabricar luv as de choco mado Sentou-se la te. mostravam secretria, fez desenh os que co funcionar e mo ela via a sua em pre es necessrio p creveu tudo o que j s sa a abia ser ara l chega r.

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DESENVO

Depois, pegou no aluno da turma telemvel e ligou para o m elhor . Ol, Manuel , daqui a S usa luvas de choco late mas no se na. Quero fabricar i qu precisar. Ser q ue me podes da e equipamento irei r um Claro, Su, vou j para a resp a ajuda? o Durante a tard e, o Manuel e a ndeu o rapaz. S u tr pesquisaram n a Net e, ho abalharam juntos, ra pronta a lista d do lanche, esta e equipamento va s e seria necessrio de tudo o mais . que Em seguida, S u pegou na ca lculadora e com fazer contas. eou a Sempre que su rgiam diculda des que no sa resolver, o telefo biam ne da tia tocava no Porto. Ol tia, no vamente a Su sana ligar outra vez, mas surgiu aqu . Desculpe estar a im Diz querida repetia a tia, sem ais uma questo pre disponvel, de j ter recebid apesar o 12 telefonem as da sobrinha .

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O passo seguinte foi dar um nome empresa. A Cinco Dedos Doces acabara de nascer e Su estava muito satisfeita. Estava mortinha por contar a toda a gente, mas antes disso havia uma coisa que ela tinha de fazer: Professora chamou a Susana, no m das aulas. Tive uma ideia para a minha empresa, mas tenho medo que ma possam roubar. Fizeste bem em falar comigo. Vou incluir a tua ideia na lista de invenes dos alunos da escola, assim, se algum tentar copi-la, podes provar que a ideia tua. J est? questionou a Susana, que estava espera que demorasse mais tempo. Sim, a tua ideia j est protegi. Susana nem lhe deu tempo para acabar a frase e correu para o recreio para convidar os amigos para irem lanchar com ela, para comemorar a novidade.

IDEIA A D O CRIAO DA EMPRESA E PROTE

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FI NA N

O NT E AM I C

Su sabia que iria ter despesas com a sua empresa. Levantou-se, foi at estante e partiu o porquinho mealheiro. Em seguida, mostrou aos avs o plano que zera e pediu-lhes que antecipassem a sua prenda de Natal. Por ltimo, procurou um colega que era muito poupadinho e fez-lhe uma proposta. Se me emprestares 10 moedas, eu pago-te 11 e dou-te como garantia a minha foto autografada do Cristiano Ronaldo. O colega aceitou e Su contou as moedas eram 52. Pelas suas contas, j deviam chegar.

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MERCADO ALVO
Foi decidido que as suas luvas seriam s para crianas, pois os adultos tm vergonha de lamber os dedos e as luvas para mos grandes gastam imenso chocolate.

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PR

IPO T OT

MERCA E D E EST T E

DO

Maria, uma grande amiga da Susana, era excelente a fazer doces. As duas enaram-se na cozinha e s saram de l quando cinco deliciosas luvas de chocolate caram prontas. Levaram-nas para a escola e deram-nas a provar a todos os alunos da turma, perguntando-lhes a sua opinio. O que acham das nossas luvas de chocolate? O que podemos fazer para carem ainda melhores? Quase todos adoraram, mas mais de metade armou que preferia que as luvas fossem da mo esquerda, pois necessitavam da mo direita livre para fazerem outras coisas enquanto comiam.

PRIMAS

INS
J tinham o produto era agora necessrio comear a produzir. Para isso, necessitavam de um local, de equipamento e de chocolate. A garagem parecia o local ideal! Com o apoio do Manuel, a bicicleta foi transformada numa batedeira a mesa de ping-pong deu origem a uma bancada de trabalho bales em forma de mo serviriam de moldes uma caixa de arrumao de brinquedos deu origem a uma banheira onde os bales seriam mergulhados na massa castanha e o estendal transformou-se num sistema de secagem onde as luvas seriam penduradas at o chocolate car duro. Su foi ao supermercado comprar os ingredientes: manteiga, acar, ovos, chocolate e outras coisas que no podemos dizer porque a receita secreta. A garagem estava pronta para comear a produzir.

MATRIAS

MENTO QUIPA E SE E A L A

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RECURSOS HUMANOS

O passo seguinte era arranjar uma equipa. Entre os colegas que se davam bem com toda a gente, escolheu dois, com cuidado, para garantir que seriam os melhores para o trabalho a desenvolver. O Lus, que adorava BTT, cou responsvel pela bicicleta-batedeira. O Afonso, que praticava natao e tinha muito flego, encheria os bales com forma de mo. Os dois rapazes, em conjunto, assumiriam a tarefa de mergulhar os bales na massa de chocolate e de os pr a secar. Maria cabia a preparao dos ingredientes a misturar e seria tambm ela que, no nal, trataria de retirar os bales e de embalar as luvas que estavam prontas. Su acompanharia o trabalho e caria responsvel por experimentar uma luva por caixa para ter a certeza que estava tudo bem.

HO ORGANIZAO DE TRABAL

CONTROLO DE QUALIDADE
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MA RK

ING ET

A primeira caixa de luvas de chocolate para mo esquerda estava pronta. Era agora importante que todos soubessem. Com a ajuda da sua equipa, Su encheu uns bales e, com um marcador, escreveu em todos a mesma frase Descobrir o prazer de lamber os dedos?. Depois, espalhou-os por toda a escola.

VENDAS

sada das aulas, os gmeos Liz e Lisa, os irmos mais populares da turma, vestindo umas t-shirts a dizer Cinco Dedos Doces, agitaram as luvas de chocolate enquanto repetiam em voz alta: Quem quer descobrir o prazer de lamber os dedos? Quem quer? Quem quer? Nessa tarde, Liz e Lisa venderam quase todas as luvas de chocolate que tinham trazido e foram muitas as crianas que saram dali a lamber, deliciadas, as suas mos esquerdas.

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No m do primeiro ms, Su fez as contas, pedindo ajuda ao tio, para que nada fosse esquecido. Dez moedas de manteiga, acar, ovos, chocolate e outros ingredientes secretos. Vinte moedas a distribuir pelo Manuel, a Maria, o Lus, o Afonso, o Liz e a Lisa. O pagamento do colega que lhe emprestara o dinheiro Feitas as contas, ainda lhe sobravam trs moedas.

NCEIRA REA FINA

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Susana Cesso, tambm conhecida por Su Cesso, estava muito feliz.

E tu, o que pensas desta histria? No gostarias de seguir o exemplo da Susana e criar tambm a tua prpria empresa? No um caminho fcil, mas ela diz que vale a pena!

FIM

RESULTADOS E LUCRO
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A Cinco Dedos Doces, no primeiro ms, dera trs moedas de lucro!!!

Ao ler este livro, descobriste algumas expresses novas. Descobre o seu signicado!

EMPREENDEDOR Aquele que tem uma ideia de negcio e, atravs de um conjunto de competncias e atitudes (criativo, inovador, lder e motivador), ativo na obteno dos recursos necessrios para lanar a sua ideia de negcio. IDENTIFICAR UMA NECESSIDADE Reconhecer um problema ou uma situao que precisa de resoluo. IDEIA DE NEGCIO Ponto de partida para a criao de uma empresa; imagem que se cria na nossa mente e que constitui uma soluo adequada para determinado problema ou situao; ter uma ideia de negcio pode referir-se criao de um novo produto ou servio, mas tambm pode referir-se alterao no modo de o fazer, a novas formas de pensar e atuar ou at a melhoramentos de produtos ou servios que j existem. FORMAO O objectivo da formao prossional consiste em aumentar e adequar o conhecimento e as habilidades dos trabalhadores ao longo da vida.

Agora j

sei!

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PROTEO DA IDEIA Se a ideia de negcio for realmente nova, til, uma boa soluo e uma boa oportunidade de negcio, merece ser protegida. Protegendo a ideia, registando-a nas entidades competentes para o efeito, ningum poder utiliz-la sem o consentimento do seu titular. O registo no obrigatrio, mas muito aconselhvel.

FINANCIAMENTO Valor/dinheiro disponvel (recursos nanceiros) para aplicar no desenvolvimento da ideia de negcio; o nanciamento inicial necessrio para suportar as despesas iniciais da empresa, tais como: comprar ou alugar espao, gastos com a preparao do espao, aquisio de material, pagamento aos colaboradores, etc., por isso o empreendedor deve decidir como vai nanciar o seu projeto empresarial - atravs dos seu dinheiro prprio ou atravs de dinheiro emprestado.

PLANO DE NEGCIO Documento que dene o que o negcio, a que clientes se destina, qual o objetivo do produto ou servio e de que forma esse objetivo poder ser atingido. A elaborao do Plano de Negcio uma etapa fundamental na criao de uma empresa.

PROCURAR APOIO ESPECIALIZADO Pedir ajuda, colaborao ou esclarecer-se junto de pessoas ou associaes que possam contribuir positivamente para o desenvolvimento da ideia de negcio; obter opinies prossionais ou de pessoas com experincia no setor em causa; procurar especialistas que possuam a experincia, saberes ou recursos que faltam ao empreendedor.

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MERCADO ALVO Pessoas a quem se destina o produto ou servio, fruto da ideia de negcio. PROTTIPO Modelo daquilo que se pretende construir; amostra; exemplo; produto que ainda no foi comercializado mas que est em fase de testes. TESTE DE MERCADO Teste controlado, realizado numa rea limitada e a um determinado pblico-alvo selecionado, cujo objetivo obter as suas reaes.

INSTALAES Local onde se desenvolve o produto ou servio; local onde funciona a empresa. EQUIPAMENTO Conjunto de instrumentos necessrios para realizar uma determinada atividade.

MATRIA PRIMA Matrias ou substncias que servem para a produo dos produtos ou servios.

RECURSOS HUMANOS Conjunto das pessoas que trabalham na empresa.

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GASTOS Gastos para desenvolver uma atividade. Exemplo: Para a escola fornecer refeies aos alunos tem despesas diversas, como comprar refeies 1000 /ms, energia para aquecer alimentos 200 /ms, funcionrios para servir (salrios) 600 /ms. RENDIMENTO Valor de venda dos produtos ou servios de uma atividade. Exemplo: A escola cobra a todos os alunos um total de 2.000 /ms. RESULTADO Diferena entre os Gastos e os Rendimentos. Exemplo: Ao rendimento a escola retira o valor total das despesas que efetua com o fornecimento das refeies, obtendo um resultado de duzentos euros 2000 (1000+200+600)= 200. LUCRO Exemplo: Para colocar o refeitrio a funcionar a escola pediu um emprstimo ao banco e teve que pagar juros. Os juros mensais eram de 50 , ento o lucro ser 150 . 200 50 = 150

MARKETING Tem como principal objetivo a satisfao dos desejos e necessidades dos clientes potenciais. Um plano de marketing um plano de aes que visa essencialmente lanar produtos, marcas ou empresas, promover a sua imagem e divulglos, com vista conquista de novos clientes.

REA FINANCEIRA rea responsvel pelos recursos nanceiros da empresa. nesta rea que as analises, decises e direcionamento dos recursos nanceiros so denidos.

CONTROLO DE QUALIDADE So as aes relacionadas com a medio da qualidade para avaliar se os requisitos esto a ser respeitados e se os objetivos da empresa esto a ser atingidos.

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Aqui ca um espao em branco para anotares e desenvolveres as tuas ideias. Rel a histria Cinco dedos Doces e procura seguir os mesmos passos que a Susana seguiu. A tua empresa, produto ou servio pode nascer aqui!

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