Lei N° 282 - 2012 - Estatuto Dos Servidores
Lei N° 282 - 2012 - Estatuto Dos Servidores
Lei N° 282 - 2012 - Estatuto Dos Servidores
: 2009-2012
LEI N. 282/2012. Dispe sobre o Estatuto dos Servidores Pblicos de Cana dos Carajs e d outras providncias. O Prefeito em exerccio de Cana dos Carajs, Estado do Par, WALTER DINIZ MARQUES, fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: TTULO I Das Disposies Preliminares CAPTULO I Do Objeto e da Abrangncia Art. 1 Esta Lei dispe sobre o Estatuto dos Servidores Pblicos de Cana dos Carajs, abrangida a administrao direta, autrquica e fundacional. 1 O regime jurdico dos servidores pblicos de Cana dos Carajs o estatutrio, com direito estabilidade nos termos do Artigo 41 da Constituio Federal vigente. 2 Para os efeitos desta Lei, so servidores aqueles legalmente investidos em cargos pblicos de provimento efetivo ou de provimento em comisso. 3 O disposto nesta Lei no se aplica: I - aos servidores investidos em empregos pblicos na Administrao Direta, assim previstos em lei municipal especfica; II - aos contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, na forma da lei; III - aos agentes polticos municipais. Art. 2 Os cargos de provimento efetivo so organizados em carreira, admitindo-se, se necessrio, a criao de cargos isolados. Pargrafo nico. As carreiras so organizadas em classes de cargos, observadas a escolaridade e a qualificao profissional exigidas, bem como a natureza e a complexidade das respectivas atribuies, na forma prevista na legislao especfica.
Art. 12 As normas gerais para a realizao do concurso sero fixadas em edital, que ser divulgado em meios de comunicao de ampla audincia e/ou circulao no Municpio e regio adjacente. Pargrafo nico. Alm das normas gerais, o concurso pblico ser regido por instrues especiais, que tambm sero fixadas em edital, de modo a atender ao princpio da publicidade. Art. 13 Fica assegurado pessoa portadora de deficincia o direito de inscrever-se em concurso pblico, em igualdade de condies com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuies sejam compatveis com a sua deficincia. 1 O regulamento do concurso estabelecer as condies para inscrio e realizao de provas nos casos previstos no caput deste Artigo. 2 Os candidatos portadores de deficincia, em razo de necessria igualdade de condies, concorrero a todas as vagas, sendo a eles reservado um percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas no concurso. 3 Caso a aplicao do percentual de que trata o pargrafo anterior resulte em nmero fracionado, desde que iguale ou ultrapasse o importe de 0,50 (cinqenta centsimos), este dever ser elevado at o primeiro nmero inteiro subseqente. 4 O edital poder prever a reverso das vagas reservadas a portadores de deficincia, na hiptese de o nmero de aprovados ser inferior ao nmero de vagas reservadas. 5 No caso da reverso prevista no pargrafo anterior, em no havendo mais candidatos classificados, os candidatos aprovados e no classificados que alcanarem maior pontuao na classificao geral faro jus ao preenchimento das vagas reservadas, observando-se, em caso de empate, as regras gerais do edital. Art. 14 Do edital do concurso devero constar entre outros: I - o prazo de validade do concurso; II - grau de instruo exigvel e habilitao legal, a serem comprovados pelo nomeado quando convocado por edital para apresentar documentao competente, preliminarmente ao ato da posse; III - as atribuies e tarefas essenciais do cargo; IV jornada de trabalho; V - nmero de vagas a serem preenchidas nos respectivos cargos pblicos, distribudas por especializao ou disciplina, quando for o caso, com o respectivo vencimento inicial do cargo. 4
Pargrafo nico. Nos casos de vagas destinadas aos portadores de deficincia, observado o disposto no Art. 13, o edital do concurso pblico dever conter, alm dos requisitos previstos no caput, tambm os seguintes: I - o nmero de vagas, exigncia do curso de formao e do estgio probatrio, conforme as deficincias do candidato; II - exigncia de apresentao, pelo candidato portador de deficincia, no ato da inscrio, de laudo mdico atestando a espcie e o grau ou nvel da mesma, com expressa referncia ao cdigo correspondente da Classificao Internacional de Doenas - CID , bem como a sua provvel causa. Art. 15 A aprovao em concurso pblico no gerar direito nomeao, mas esta, quando ocorrer, ser feita observando-se a ordem rigorosa de classificao dos candidatos, aps prvia percia mdica. Art. 16 No se realizar novo concurso pblico para o mesmo cargo, enquanto este puder ser ocupado por servidor em disponibilidade ou por candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade ainda no expirado. Art. 17 Assegura-se aos candidatos direito de recurso nas fases de homologao das inscries, de publicao dos resultados parciais ou globais, de homologao do concurso e de nomeao. Art. 18 Garante-se a participao de entidade ou comisso representativa dos servidores o processo de fiscalizao de concurso pblico. CAPTULO III Das Investiduras Art. 19 vedado cometer ao servidor atribuies diversas das de seu cargo, exceto as de cargo de provimento em comisso, ou de comisses especiais institudas por ato da autoridade competente. Art. 20 proibido o exerccio gratuito de cargos pblicos, salvo nos casos previstos em lei. Art. 21 So formas de provimento de cargo pblico. I - nomeao; II - readaptao; III - reverso; IV - reintegrao; V - reconduo; 5
3 vedado o exerccio cumulativo de mais de uma funo gratificada, ressalvada a designao em substituio, hiptese em que o servidor dever optar pela remunerao de uma delas durante o perodo da substituio. Subseo II Da Posse e Entrada em Exerccio Art. 26 A posse dar-se- com a assinatura, pela autoridade competente e pelo empossado, do respectivo termo, no qual devero constar as atribuies, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que resultaro aceitos, com compromisso de bem servir, e no podero ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofcio previstos em lei. 1 A posse de servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ocorrer no prazo de at 30 (trinta) dias contados da publicao do ato de nomeao, prorrogvel, uma nica vez, por igual perodo, a requerimento do interessado e por convenincia administrativa, ressalvados os casos de urgncia, a critrio da Administrao, hiptese em que o prazo ser de 10 (dez) dias. 2 Em se tratando de servidor que esteja na data da publicao do ato de nomeao em gozo de licena ou ausente por qualquer outro motivo legal, os prazos estabelecidos no pargrafo anterior sero contados do trmino da licena ou da ausncia. 3 A posse em cargo de provimento em comisso ocorrer no prazo de 05 (cinco) dias, contados da publicao do ato de nomeao. 4 Somente haver posse os casos de provimento de cargo por nomeao. 5 Preliminarmente ao ato da posse, quando convocado por edital, o servidor nomeado dever apresentar, obrigatoriamente: I - declarao de bens e valores que constituem o seu patrimnio; II - declarao de exerccio ou no de outro cargo, emprego ou funo pblica, especificandoo, quando for o caso; III - comprovao de estar em condies de sade fsica e mental compatveis com o exerccio do cargo, de acordo com prvia percia mdica oficial do Municpio; IV - comprovao do grau de instruo e da habilitao legal exigido para o exerccio do cargo. 6 A autoridade que der posse ter de verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas as exigncias estabelecidas para a investidura no cargo. 7
7 Ser tornado automaticamente sem efeito o ato de nomeao se a posse no ocorrer nos prazos previstos nos 1, 2 e 3 deste Artigo. Art. 27 Ser de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor efetivo entrar em exerccio, salvo comprovado caso fortuito ou fora maior, contado: I - da posse; II - da publicao oficial do ato, no caso de reverso, reintegrao e aproveitamento do servidor em disponibilidade. 1 O prazo a que se refere o caput deste Artigo ser 02 (dois) dias em caso de urgncia por necessidade do servio, a critrio da Administrao. 2 A promoo, a readaptao e a reconduo no interrompem o exerccio. 3 Ser exonerado o servidor empossado em cargo de provimento efetivo que no entrar em exerccio nos prazos previstos neste Artigo. 4 Ser exonerado o servidor empossado em cargo de provimento em comisso que no entrar em exerccio no primeiro dia til imediato data da posse. 5 autoridade do rgo ou entidade onde for lotado o servidor, compete dar-lhe entrada em exerccio. 6 Ao entrar em exerccio o servidor apresentar ao rgo competente os documentos necessrios ao seu assentamento individual. 7 Na hiptese de o servidor encontrar-se em licena ou ausente por qualquer outro motivo legal, os prazos previstos neste Artigo sero contados a partir do trmino da licena ou da ausncia. Art. 28 Os efeitos financeiros da nomeao tero vigncia a partir do incio efetivo da entrada em exerccio do cargo ou funo. Seo II Da Readaptao Art. 29 Readaptao a investidura do servidor efetivo em cargo de atribuies e responsabilidades compatveis com a limitao que tenha sofrido em sua capacidade fsica ou mental, verificada em percia realizada por mdico credenciado do Municpio. 8
11
12
Subseo III Dos Indicadores e dos ndices Art. 44 Qs indicadores a serem considerados na operao do PRADEP so: I - qualidade do trabalho: grau de exatido, correo e clareza das atividades realizadas; II - produtividade: volume de trabalho executado em determinado espao de tempo; III - prontido: disposio para agir prontamente no cumprimento das demandas de trabalho; IV - assiduidade: comparecimento regular e permanncia no local de trabalho; V - pontualidade: observncia do horario de trabalho a cumprimento da carga horria definida para o cargo ocupado; VI - aproveitamento de capacitao: aplicao dos conhecimentos, habilidades e atitudes construdos em eventos de qualificao e desenvolvimento na realizao dos trabalhos; VII - uso adequado dos equipamentos e instalaes do servio: cuidado e zelo na utilizao e conservao dos equipamentos e instalaes na realizao das atividades e tarefas. VIII - aproveitamento dos recursos a racionalizao de processos: melhor utilizao dos recursos disponveis, visando melhoria dos fluxos dos processos de trabalho e a consecuo de resultados eficientes. IX - Senso e capacidade de trabalho em equipe: capacidade de desenvolver as atividades e tarefas em equipe, valorizando o trabalho em conjunto na busca de resultados comuns. Pargrafo nico. Os ndices, os formulrios e os procedimentos de apurao e registro dos resultados do PRADEP sero definidos em regulamento especfico, por ato do Executivo Municipal. Art.45 Os resultados obtidos em cada um dos indicadores pelos participantes do PRADEP em cada uma das etapas de avaliao so expressos em valores numricos de 0 a 10 (zero a 10) pontos. Subseo IV Da Gesto e da Operao
13
14
Art. 53 O servidor que no concordar com os resultados de sua avaliao, em qualquer uma das etapas, tem o direito de pedir reconsiderao, dirigindo-se CAR no prazo de 10 (dez) dias teis, a contar da data de cincia do resultado. Pargrafo nico A CAR tem o prazo de 05 (cinco) dias teis para responder o pedido de reconsiderao. Art. 54 Fica assegurado ao servidor o direito de recorrer de sua avaliao nas diferentes etapas, dirigindo-se Comisso Gestora no prazo 10 (dez) dias teis, a contar da data de cincia do resultado, negado seu pedido de reconsiderao. 1 A Comisso Gestora tem o prazo de 05 (cinco) dias teis para responder o recurso interposto pelo servidor. 2 indeferido liminarmente o recurso interposto fora do prazo. Seo II Da Estabilidade Art. 55 So estveis, nos termos do Artigo 41 da Constituio Federal em vigor, aps 03 (trs) anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de aprovao em concurso pblico, desde que aprovados em estgio probatrio. Pargrafo nico. A aquisio da estabilidade de que trata o caput deste Artigo est condicionada obrigatria avaliao de desempenho, conforme disposto na Seo anterior deste Captulo. Art. 56 O servidor estvel somente perder o cargo em virtude de: I - sentena judicial transitada em julgado; II - confirmao de culpa em processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa; III - resultado insatisfatrio em procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma do disposto em lei complementar, assegurada ampla defesa; IV - necessidade de reduo de pessoal, em cumprimento ao limite de despesa estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal. Pargrafo nico. O servidor que perder o cargo na forma do inciso IV deste Artigo far jus indenizao correspondente a um ms de remunerao por ano de servio.
16
Art. 66 vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria no servio pblico com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma do Artigo 65 desta Lei, os cargos eletivos e os cargos em comisso, observado o disposto na legislao pertinente. Art. 67 O servidor no poder exercer mais de um cargo em comisso nem mais de um cargo em rgo de deliberao coletiva. Art. 68 O servidor que acumular licitamente dois cargos de carreira, quando investido em cargo de provimento em comisso, ficar afastado de ambos os cargos efetivos. Pargrafo nico. O servidor de que trata este artigo poder optar pela remunerao de cargo efetivo de maior valor, acrescida de gratificao fixada em 70% (setenta por cento) sobre o vencimento deste. Art. 69 Verificada em processo disciplinar especial a acumulao proibida e no havendo prova de mf, o servidor optar pela assuno de um dos cargos. 1 Provada a m-f, perder o cargo que exercia a menos tempo e ser obrigado a restituir o que tiver percebido indevidamente, sem prejuzo do procedimento penal cabvel. 2 Na hiptese do 1 deste artigo, sendo um dos cargos, empregos ou funes exercidos em outro rgo ou entidade, a demisso ser-lhe- comunicada. Art. 70 As autoridades e os chefes de servio que tiverem conhecimento de que qualquer de seus subordinados acumula, indevidamente, cargos ou funes pblicas, comunicaro o fato ao rgo de pessoal sob pena de co-responsabilidade. Seo III Das Concesses Art. 71 Sem qualquer prejuzo, ser concedido ao servidor: 1 Ausncia ao servio: I - por 01 (um) dia: a) em cada 03 (trs) meses, para doao de sangue; b) por motivo de aniversrio do servidor.
19
20
Pargrafo nico. Em caso de provimento de pedido de reconsiderao ou do recurso, os efeitos da deciso retroagiro data do ato impugnado. Art. 78 O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de disponibilidade, demisso, cassao de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e crditos resultantes das relaes de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. 1 O prazo de prescrio ser contado da data da publicao do ato impugnado ou da data da cincia, pelo interessado, quando o ato no for publicado. 2 O requerimento, o pedido de reconsiderao e o recurso, quando cabveis, interrompem a prescrio. 3 A prescrio de ordem pblica, no podendo ser relevada pela Administrao, devendo ser suscitada de ofcio a qualquer tempo. Art. 79 Para o exerccio de seu direito de petio, assegurada vista do processo ou documento no rgo, ao servidor ou a procurador por ele constitudo, sendo-lhes facultado fotocopi-lo a suas expensas. Art. 80 A Administrao Pblica dever anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornem ilegais, ou poder revog-los, por motivo de convenincia e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial. 1 O direito da Administrao de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favorveis para os destinatrios decai em 05 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados salvo comprovada m-f. 2 No caso de efeitos patrimoniais contnuos, o prazo de decadncia contar-se- da percepo do primeiro pagamento. 3 Considera-se exerccio do direito de anular, qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnao validade do ato. Art. 81 So fatais e improrrogveis os prazos estabelecidos neste Captulo.
22
2 Ser considerado como co-autor o superior hierrquico que, recebendo denncia ou representao verbal ou escrita a respeito de irregularidades no servio ou de falta cometida por servidor seu subordinado, deixar de tomar as providncias necessrias sua apurao. Seo II Das Responsabilidades Art. 83 Pelo exerccio irregular de suas atribuies o servidor responde civil, penal e administrativamente. Pargrafo nico. As responsabilidades civil e penal sero apurados e punidas na forma da legislao federal pertinente. Art. 84 A responsabilidade civil decorre de ao ou omisso ilegal, dolosa ou culposa, que acarrete prejuzo Fazenda Pblica Municipal ou a terceiros. 1 A indenizao de prejuzo dolosamente causado Fazenda Pblica Municipal, se no reparada na forma prevista nesta Lei, ensejar inscrio na Dvida Ativa e conseqente execuo do dbito pela via judicial. 2 Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responder perante a Fazenda Pblica Municipal, por meio de ao regressiva. 3 A obrigao de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles ser executada, at o limite do valor do patrimnio transferido. Art. 85 A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenes imputados ao servidor, nessa qualidade. Art. 86 A responsabilidade administrativa, apurada mediante processo administrativo disciplinar, decorre da prtica de infrao disciplinar prevista nesta Lei, mediante conduta comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa, no desempenho do cargo ou funo. Pargrafo nico. A responsabilidade administrativa do servidor ser afastada no caso de sentena criminal absolutria que reconhea estar provada a inexistncia do fato ou existir circunstncia que exclua o crime ou isente o servidor de pena. Art. 87 As sanes civis, penais e administrativas, podero cumular-se, sendo independentes entre si.
24
25
26
27
28
29
30
32
33
35
36
Art. 127 Ser concedida, a pedido ou de ofcio, licena ao servidor acidentado em servio ou acometido de doena profissional, com base em percia realizada por mdico credenciado do Municpio, sem prejuzo da remunerao a que fizer jus poca da licena. 1 Acidente em servio o dano fsico ou mental que estiver relacionado, mediata ou imediatamente, com exerccio das atribuies inerentes ao cargo. 2 Equipara-se ao dano, em razo de acidente em servio: I - decorrente de agresso sofrida e no provocada pelo servidor, em razo do desempenho do cargo, ainda que fora do local de trabalho: II - sofrido no percurso da residncia para o trabalho e vice-versa; III - sofrido no percurso de ida ou de volta do local de refeio no intervalo de trabalho; IVsofrido em razo de doena considerada profissional ou ocupacional. 3 Entende-se por doena profissional ou ocupacional aquela prevista na legislao federal pertinente e que decorra das condies de servio ou dos fatos nele ocorridos, devendo o laudo mdico estabelecer-lhe rigorosa caracterizao e nexo de causalidade. Art. 128 O servidor que, na hiptese de acidente em servio ou acometido por doena profissional, necessitar de tratamento especializado no disponvel em instituio pblica, poder ser tratado em instituio privada, correndo as despesas por conta do Municpio, desde que atestado pelo mdico credenciado do Municpio. Art. 129 A prova do acidente em servio ser feita em processo especial no prazo de 10 (dez) dias, prorrogvel por igual perodo quando as circunstncias o exigirem. Art. 130 Aplica-se ao servidor acometido de doena profissional ou acidentado em servio o disposto na Subseo II deste Captulo, no que couber. Subseo IV Da Licena em Razo da Gestao, Adoo ou Paternidade Art. 131 A servidora gestante far jus licena de 180(cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuzo da remunerao, mediante percia realizada pelo mdico credenciado do Municpio. 1 A licena poder iniciar-se a partir do primeiro dia do 9 (nono) ms de gestao, salvo antecipao por prescrio mdica.
38
I - para as associaes de secretarias, autarquias e fundaes municipais, sindicatos de base estadual, federaes e demais sindicatos de servidores municipais, podero ser licenciados at 02(dois) servidores; II - para os sindicatos de base municipal, representativos do conjunto dos servidores municipais de Cana dos Carajs, podero ser licenciados at 06 (seis) servidores; III - para as centrais sindicais e confederaes poder ser licenciado 01(um) servidor. Subseo VI Da Licena para Capacitao Profissional do Servidor Art. 135 O servidor poder pleitear licena para sua capacitao profissional, que depender de autorizao prvia, devendo ser dispensado temporariamente do exerccio integral ou parcial das atividades de seu cargo. 1 A licena de que trata este Artigo somente ser concedida quando relacionada com a atividade profissional do servidor e precedida de assinatura de termo de compromisso. 2 No caso de prorrogao da licena, o pedido dever ser feito em at 30 (trinta) dias antes do trmino do prazo autorizado inicialmente, acompanhado da documentao especfica. 3 No ser permitida nova licena, nem concedida exonerao, antes de decorrido prazo igual ao da licena, ressalvada a hiptese de ressarcimento da despesa havida devidamente atualizada. 4 No poder exceder a 10% (dez por cento) do total de servidores lotados no rgo ou na entidade o nmero de servidores em gozo simultneo de licena para capacitao profissional. Art. 136 O servidor licenciado para capacitao dever, obrigatoriamente, participar de atividades de aperfeioamento ou freqentar cursos de especializao, mestrado ou doutorado, que venham a contribuir com o seu desenvolvimento, com a melhoria de eficincia e com a qualidade dos servios prestados. 1 A solicitao da licena prevista nesta Seo dever ser acompanhada de comprovao de inscrio do candidato com a respectiva carga horria em instituio devidamente autorizada pelo Ministrio da Educao. 2 O servidor licenciado para aperfeioamento, especializao, mestrado e doutorado ficar obrigado a encaminhar ao superior imediato, semestralmente, relatrio das atividades executadas, bem como apresentar relatrio geral por ocasio do trmino da licena e que, se for o caso, poder ser constitudo pela monografia, dissertao ou tese. 40
3 O perodo de licena para aperfeioamento e especializao no exceder 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado por mais 01 (um) ano, incluindo-se o perodo destinado elaborao de monografia; para os cursos de mestrados e doutorado, no exceder 04 (quatro) anos, incluindose as prorrogaes. Art. 137 O servidor poder, independentemente de solicitao, ser afastado do exerccio do seu cargo, para sua capacitao profissional, mediante ato da Secretaria de Gesto e Planejamento. 1 No caso previsto no caput deste Artigo, o servidor somente poder afastar-se por no mximo 30 (trinta) dias consecutivos ou 90 (noventa) dias por ano. 2 O servidor far jus a dirias durante o perodo do afastamento previsto neste Artigo nos termos desta Lei, e as despesas com a capacitao correro por conta do Errio Municipal. Subseo VII Da Licena por Motivo de Doena em Pessoa da Famlia Art. 138 Poder ser concedida licena ao servidor, por motivo de doena do cnjuge, companheiro, padrasto, madrasta, ascendente, descendente, enteada, irmo, criana, adolescente sob guarda, tutela ou curatela, que vivam s suas expensas e constem seu assentamento funcional. 1 A licena ser precedida de comprovao de relao prevista no caput deste Artigo bem como de atestado e relatrio mdicos, acompanhados de exames complementares se necessrios, que sero avaliados pelo mdico credenciado do Municpio, que pode ratific-los ou no. 2 Se a licena no for superior a 10 (dez) dias, poder ser dispensado o relatrio a que se refere o pargrafo anterior, devendo o atestado mdico ser homologado pelo mdico credenciado do Municpio. 3 A licena ou sua prorrogao somente ser deferida se a assistncia direta do servidor for indispensvel e no puder ser prestada simultaneamente com o exerccio do cargo, o que dever ser verificado atravs de acompanhamento por Assistente Social. 4 Quando mais de um servidor guardar com o enfermo a relao prevista no caput deste Artigo, somente um deles poder licenciar-se, sendo concedida a licena quele que reunir as melhores condies de prestar a assistncia requerida, conforme laudo de Assistente Social.
41
42
43
45
48
50
51
mximo e improrrogvel de 120 (cento e vinte) dias, a contar da publicao da presente lei, devendo estes ndices ser regulamentados atravs de Decreto Municipal a ser expedido pelo Chefe do Poder Executivo. 2 O servidor que fizer jus a mais de um dos adicionais dispostos nesta Subseo dever optar por um deles, sendo vedado o recebimento cumulativo destas vantagens. 3 O adicional de que trata esta Subseo uma vantagem transitria, cessando o direito sua percepo com a eliminao das condies ou dos riscos que deram causa sua concesso. Art.190 Haver permanente controle da atividade de servidores em operaes ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos, visando reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de procedimentos e normas de sade, higiene e segurana. Pargrafo nico. A servidora gestante ou lactante ser afastada, enquanto durar a gestao e a lactao, das operaes e locais previstos neste Artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em servio no penoso e no perigoso. Art. 191 Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios-X ou substncias radioativas sero mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiao ionizante no ultrapassem o nvel mximo previsto na legislao prpria. Art. 192 Todo servidor exposto a condies de penosidade, insalubridade ou periculosidade deve ser submetido a exames mdicos peridicos e especficos, observada a periodicidade definida na legislao federal. Subseo IV Do Adicional por Trabalho Extraordinrio Art.193 O trabalho extraordinrio ser remunerado com o acrscimo de 50% (cinqenta por cento) em relao hora normal e de 100% (cem por cento) quando executado aos sbados, domingos e feriados, exceto nos casos em que a escala de trabalho seja exigncia do cargo ou nos casos em que haja legislao especfica. 1 O clculo da hora ser efetuado sobre a remunerao do servidor, excetuadas as gratificaes e adicionais peridicas. 2 O trabalho extraordinrio realizado no horrio previsto no Artigo 193 ser acrescido do percentual relativo ao trabalho noturno, em funo de cada hora extra. 54
Art. 194 Somente ser permitido servio extraordinrio para atender a situaes excepcionais e temporrias, respeitado o limite mximo de 02 (duas) horas dirias e observado o disposto no Art. 111 desta Lei. Pargrafo nico. Havendo a compensao de horrios prevista no Art. 112, 2, no ser concedido o adicional de que trata esta Subseo. Art. 195 O exerccio de cargo em comisso exclui a gratificao por trabalho extraordinrio. Art. 196 vedado conceder adicional por servio extraordinrio com o objetivo de remunerar outros servios ou encargos. Subseo V Do Adicional por Trabalho Tcnico e Docente Excepcional Art. 197 Ao servidor ocupante de cargo efetivo designado para integrar grupo de trabalho tcnico ou cientifico, com durao de, no mximo, 60 (sessenta) dias, prorrogvel uma nica vez por igual perodo, a critrio da Administrao, ser concedido adicional de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o vencimento base de cada servidor, a ser pago em parcela nica na ocasio da apresentao do relatrio final dos trabalhos. 1 proibida a concesso do adicional referido neste Artigo aos servidores efetivos em exerccio de cargo em comisso. 2 O adicional de que trata o caput deste Artigo tem natureza transitria, cessando sua percepo ao trmino dos trabalhos. Art.198 Ao servidor que, por sua formao tcnica e pedaggica, ministrar cursos ou atividades de treinamento para servidores pblicos municipais, no constantes nas atribuies de seu cargo ou funo, ser devido um adicional a titulo de pr-labore". 1 No faro jus ao adicional de "pr-labore" os casos de simples repasse de conhecimentos prticos ou tericos adquiridos atravs de cursos ou palestras custeadas pelo errio municipal ou exerccio das atividades inerentes ao cargo. 2 O valor por hora trabalhada do adicional a que refere o caput deste Artigo corresponder a 03 (trs) UFMs - Unidades Fiscais do Municpio.
55
3 Sendo o trabalho realizado em horrio diverso daquele do servidor, o valor-hora a que se refere o 2 deste Artigo ser acrescido em 50% (cinqenta por cento). Subseo VI Do Adicional pela Escolaridade e sua Elevao. Art. 199 A gratificao de escolaridade calculada sobre o vencimento ser na seguinte proporo correspondente a 50% (cinqenta por cento), ao titular de cargo para cujo exerccio a lei seja a habilitao correspondente concluso do grau universitrio. Art. 200 Ao servidor pblico municipal ocupante de cargo de provimento efetivo ser concedido, no mbito do grupo ocupacional em que se encontrar, Adicional por Elevao da Escolaridade quando adquirir ttulo de educao formal superior ao ser exigido para o cargo que exercer. Art. 201 O adicional por Elevao da Escolaridade ser concedido levando em considerao os seguintes nveis de titulao e percentuais a incidirem sobre o vencimento base do cargo: I - para o grupo operacional Agente de Servio Pblico Mdio", Ensino mdio Tcnico e /ou Ensino Superior Tecnolgico em curso para formao de Tecnlogo, quando tiver relao direta com o cargo exercido ser concedido o Adicional por Elevao de Escolaridade de 15% (quinze por cento) e quando no tiver relao direta com o cargo, esse Adicional ser de 5% (cinco por cento), e Ensino Superior Completo (bacharelado ou Licenciatura); II - para o grupo ocupacional Agente de Servio Pblico Superior", quando tiver relao direta com o cargo exercido, ser concedido um Adicional por Elevao de Escolaridade de 5% (cinco por cento) para os servidores que adquirirem ttulo de Especializao; 10% (dez por cento) para aquisio do ttulo de Mestrado e 20% (vinte por cento) para aquisio do ttulo de Doutorado. 1 No caso de aquisio de titulo em rea de conhecimento com correlao direta com o cargo exercido, a concesso do incentivo fica vinculada validao do mesmo pelo rgo gestor de pessoal. 2 Os Adicionais por Elevao de Escolaridade previstos no inciso II do presente artigo sero concedidos de forma cumulativa, no sendo permitido o recebimento cumulado dessa vantagem nos casos previstos no inciso I. Subseo VII Do Adicional de Frias 56
Art. 202 Independentemente de solicitao, ser pago ao servidor, por ocasio das frias, adicional correspondente a 1/3 (um tero) da remunerao do perodo de frias, conforme previsto nos Artigos 156 a 158 desta Lei. Pargrafo nico. No caso de o servidor efetivo ocupar tambm licitamente cargo de provimento em comisso, a respectiva vantagem ser considerada no clculo do adicional de frias. Subseo VIII Do Adicional por Risco de Morte Art. 203 O Adicional por Risco de Morte ser concedido ao servidor que est constantemente sujeito a atos violentos, no efetivo exerccio de suas funes, no percentual de 15% (quinze por cento) sobre o vencimento padro do cargo do Agente de Trnsito e Transporte. Pargrafo nico. O servidor que fizer jus aos adicionais de atividades penosas, de insalubridade, de periculosidade e de risco de morte dever optar por uma delas. Seo V Das Indenizaes e dos Auxlios Art. 204 Constituem indenizaes e auxlios pagos ao servidor: I Dirias para viagem; II - Abono Famlia; III - Auxlio-Funeral; Pargrafo nico. As indenizaes no sofrero desconto de qualquer natureza, nem podero ser computadas para percepo de qualquer vantagem. Subseo I Das Dirias Para Viagem Art. 205 Ao servidor, inclusive o ocupante de cargo de provimento em comisso, que for designado para servio, curso ou outra atividade, nas vilas ou fora dos limites do Municpio, em carter eventual ou transitrio, sero concedidas dirias para custeio das despesas de alimentao, hospedagem e locomoo. 1 No se incluem nas dirias as despesas com passagens rodovirias ou areas, que correro a despesas do Municpio.
57
2 A diria ser concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade, quando o deslocamento no incluir pernoite ou iniciar-se aps as catorze horas. 3 Sero considerados para efeito de concesso de dirias, os servidores que prestam servios nas vilas, quando designados para atividades situadas na sede do Municpio, sendo excetuados os servidores pblicos que j esto lotados e que prestam a sua atividade laboral nessas localidades. 4 Ao servidor referido no 3 deste Artigo, quando no for fornecido transporte pelo respectivo poder, ser concedida diria integral, independente da durao da atividade para a qual foi designado. 5 O servidor, no perodo em que estiver percebendo dirias, no far jus a adicional por trabalho Extraordinrio. 6 Nenhum servidor poder receber em dirias, no perodo de 01 (um) ms, montante superior ao vencimento do cargo que estiver exercendo. Art. 206 O servidor que receber dirias e no participar do servio, curso ou outra atividade qual foi designado, por qualquer motivo, fica obrigado a restitu-las, integralmente, no prazo de dois dias teis. Pargrafo nico. Na hiptese de retornar ao Municpio no prazo menor do que o previsto para seu afastamento, o servidor devera restituir as dirias recebidas em excesso, no prazo estabelecido no caput deste Artigo. Art. 207 Os valores e os critrios de concesso e de prestao de contas das dirias sero fixados em regulamento especifico, por ato do executivo Municipal. Subseo II Do Abono Familiar Art. 208 O abono familiar ser devido, de acordo com a legislao previdenciria especifica, em razo do dependente do servidor de baixa renda. Subseo III Do Auxlio-Funeral Art. 209 O Auxilio-Funeral ser devido famlia do servidor falecido na atividade ou na inatividade, em valor equivalente a um ms de remunerao ou provento. 58
1 No caso de acumulao licita de cargos, o auxilio de que trata este Artigo ser pago em razo do cargo com remunerao de maior valor. 2 O Auxilio - Funeral ser pago no prazo de cinco dias teis pessoa da familiar ou terceiro que houver, comprovadamente, custeado o funeral. CAPITULO VI DA MOVIMENTAO Seo I Da Remoo Art. 210 Remoo o ato pelo qual o servidor passa a ter exerccio em outra unidade do mesmo rgo ou em outro rgo da Administrao Municipal, no mbito do mesmo quadro de pessoal. 1 Dar -se - a remoo: I de oficio, para atender s necessidades do servio, inclusive nos casos de reorganizao da estrutura interna da Administrao Municipal; II - a pedido, a critrio da Administrao. 2 A remoo pode ser operada por permuta, caso em que ser precedida de requerimento de ambos os interesses com a anuncia da Administrao. 3 A remoo de que trata o inciso I deste artigo ser concedida pelo prazo de 01 (um) ano, prorrogvel, uma nica vez, por igual perodo, quando se tratar de remoo para outro rgo municipal. Seo II Da Redistribuio Art. 211 Redistribuio o deslocamento do servidor efetivo, com o respectivo cargo, para o quadro de pessoal de outro rgo ou entidade da Administrao Municipal, observando sempre o interesse da administrao. 1 A redistribuio dar-se- exclusivamente para ajustamento de quadros de pessoal s necessidades do servio, inclusive nos casos de reorganizao, extino ou criao de rgo ou entidade da Administrao Publica Municipal. 59
2 Nos casos de reorganizao ou extino de rgo ou entidade, os servidores estveis que no puderam ser redistribudos, sero colocados em disponibilidades, ate seu aproveitamento na forma prevista nos Artigos 36 a 39 desta Lei. 3 A redistribuio possui os seguintes pressupostos: I interesse da Administrao Publica Municipal; II - equivalncia de remunerao; III - manuteno da essncia das atribuies do cargo; IV - vinculao entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - compatibilidade entre as atribuies do cargo e as finalidades institucionais do rgo ou entidade. Seo III
Da Cesso Art. 212 O servidor estvel poder ser cedido a pedido, pelo prazo ate de 04(quatro) anos, para ter exerccio em outro rgo municipal, no mbito do quadro de pessoal diverso ou para rgo ou entidade dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e de outro Municpio, nas seguintes hipteses: I - para exerccio de cargo de provimento em comisso; II - em casos previstos em leis especificas; III - em razo de cumprimento de convnio ou acordo. 1 A cesso ser formalizada em termo especifico firmado pelo Prefeito ou diretor de autarquia ou fundao e pela autoridade competente do rgo ou entidade requisitante. 2 O nus da remunerao e os encargos sero do rgo ou entidade requisitante, salvo nos casos previstos em lei, convenio ou acordo expressos. Art. 213 Fica vedada a cesso do servidor que estiver respondendo a processo administrativo disciplinar. Art. 214 Caso o servidor no retorne ao rgo de origem ao termino do prazo previsto no Artigo 212, sua ausncia ser considerada abandono de funo, salvo em caso de doena comprovada por meio de pericia realizada por medico credenciado do Municpio. Pargrafo nico. A hiptese prevista neste Artigo tambm configurar abandono de cargo apurado mediante processo administrativo disciplinar, na forma desta Lei.
60
XIII - aceitar comisso, emprego ou penso de Estado estrangeiro; XIV praticar usura sob qualquer de suas formas; XIV - proceder de forma desidiosa, assim entendida a falta ao dever de diligencia no cumprimento de suas obrigaes; XV - cometer a outro servidor atribuies estranhas s do cargo que ocupa, exceto em situaes emergenciais e transitrias; XVI - exercer quaisquer atividades habituais que sejam incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho; XVII - ingerir bebida alcolica ou fazer uso de substancia entorpecente durante o horrio de trabalho ou apresentar-se habitualmente sob sua influencia ao servio, exceto quando comprovada a dependncia por pericia medica oficial do Municpio. XVIII - impedir ou dificultar o curso normal do servio publico, por ao ou omisso XIX- constranger algum com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condio de superior hierrquico ou ascendncia inerentes ao exerccio do cargo ou funo; XX -assediar moralmente subordinado ou colega de trabalho, mantendo conduta abusiva caracterizada pela repetio prolongada de comportamento hostil que ofenda a sua dignidade ou integridade fsica ou psquica; XXI - apresentar inassiduidade habitual, assim entendida a falta de servio, por 60 (sessenta) dias, intercaladamente, sem causa justificada, no perodo de 12 (doze) meses; XXII - praticar ato de incontinncia publica e conduta escandalosa no ambiente de trabalho; XXIV proceder com insubordinao grave em servio; XXIII - ofender fisicamente, em servio, a servidor ou a particular, salvo se em legitima defesa prpria ou de outrem; XXIV - acumular ilegalmente cargos, empregos ou funes publicas, inclusive de proventos deles decorrentes, quando eivados de m-f; XXV - praticar atos de sabotagem contra o servio pblico; XXVI - participar de gerencia ou de administrao de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comrcio e, nessa qualidade, transacionar com o Municpio; XXVII - atuar como procurador ou intermedirio junto a reparties publicas municipais, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de parentes ate segundo grau e de cnjuges ou convivente; XXVIII - receber propina, comisso, presente ou vantagem de qualquer espcie, em razo de suas atribuies, XXIX - retirar, modificar ou substituir, sem prvia anuncia da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartio, com o fim de criar direitos obrigaes ou alterar a verdade dos fatos.
63
Pargrafo nico. facultado ao servidor, vitima de assdio sexual ou moral, pleitear junto a administrao, a mudana do local de trabalho, sem prejuzo de sua remunerao, ate a concluso do respectivo processo administrativo disciplinar. Seo II Das Sanes Art. 219 So sanes aplicveis aos servidores pblicos municipais: I - Advertncia; II - suspenso; III - demisso. Pargrafo nico. Devero constar do assentamento individual do servidor as sanes que lhe forem impostas. Art. 220 Na aplicao das sanes sero consideradas a natureza e a gravidade da infrao cometida, bem como os danos dela decorrentes para o servio pblico, as circunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. Pargrafo nico. O ato de imposio da sano mencionar sempre o fundamento legal e a causa de sua aplicao. Art. 221 So infraes disciplinares, punveis com pena de advertncia por escrito, os casos de inobservncia de dever funcional previstos no Artigo, e em regulamentao ou norma interna, que no justifique imposio de penalidades mais graves e os casos de violao de proibio constantes no Artigo 218, inciso I a IX. Art. 222 A suspenso ser aplicada em caso de reincidncia das infraes disciplinares punidas com advertncia e de violao das vedaes previstas no artigo 218, incisos X a XII, no podendo exceder a 90 (noventa) dias. 1 O servidor suspenso perder todos os direitos e vantagens do cargo durante o perodo de suspenso, exceto o abono familiar. 2 Por convenincia do servio, a pena de suspenso poder ser convertida em multa, na base de 50% (cinqenta por cento) por dia de remunerao, na proporo de tantos diasmulta quantos forem os dias de suspenso, ficando o servidor obrigado a permanecer em servio.
64
3 Ser punido com suspenso de ate 15(quinze) dias o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido pericia medica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade, uma vez cumprida a determinao. 4 Ser punido com suspenso de ate 15(quinze) dias o servidor que, injustificadamente, deixar de comparecer, quando comprovadamente convocado, para prestar depoimento ou declarao perante quem presidir, na forma desta Lei, a sindicncia ou processo administrativo disciplinar. Art. 223 As penalidades de advertncia e suspenso tero seus registros cancelados aps o decurso de 03 (trs) e 05 (cinco) anos de efetivo exerccio, respectivamente desde que nesse perodo no haja o servidor praticado nova infrao disciplinar. 1 O cancelamento do registro a que se reporta este Artigo no surtir efeitos retroativos nem ensejara nenhuma indenizao ou reposio pecuniria. 2 O servidor no ser considerado reincidente, para quaisquer efeitos disciplinares aps o decurso do prazo previsto no caput deste Artigo. Art. 224 A pena de demisso ser aplicada quando houver transgresso do Artigo 218, incisos XIII a XXX ou forem cometidas as seguintes infraes: I - crime contra a administrao pblica; II - improbidade administrativa; III - abandono de cargo, configurado pela ausncia intencional do servidor ao servio por mais de 30 (trinta) dias consecutivos e nas hipteses dos Artigos 31,34 e 39 desta Lei; IV - aplicao irregular de verbas pblicas; V - leso aos cofres pblicos e dilapidao do patrimnio municipal; VI corrupo; VII - revelar segredo de que teve conhecimento em razo do cargo ou funo; VIII - valer-se do cargo ou funo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da funo publica. IX - utilizar pessoal ou recursos materiais da administrao Publica Municipal em servio ou atividades particulares. 1 Aplicar-se- a pena de demisso quando o servidor for reincidente em infraes disciplinares penalizadas com suspenso, observando o disposto no Artigo 230 desta Lei. 2 Para a aplicao da pena de demisso no caso previsto no inciso I, deste Artigo observarse- se houver sentena criminal condenando o servidor pena privativa de liberdade por 65
tempo igual ou superior a 01 (um) ano,quando este tenha praticado o crime com abuso de poder ou violao de dever para com a Administrao Pblica e o Juiz tenha declarado expressa e motivadamente a perda do cargo, nos termos da legislao penal vigente. 3 Tambm ser aplicada a pena de demisso quando houver sentena criminal condenando o servidor pena privativa de liberdade por perodo superior a 04 (quatro) anos e o juiz tenha declarado expressa e motivadamente a perda do cargo, nos termos da legislao penal vigente. 4 Para a aplicao da pena de demisso no caso previsto no inciso II, deste Artigo observarse- se houver sentena condenatria transitada em julgado, nos termos do Artigo 20, da Lei Federal n 8.429, de 02/06/92. 5 No depender de segurana condenatria a punio com demisso nos casos previstos nos incisos III e IX deste Artigo. Art. 225 A demisso, a destituio do cargo em comisso, fundadas em infrao prevista no Artigo 218, incisos XII a XIV, XVI, XVIII, XXI, a XXV e Artigo 224, inciso III, incompatibilizar o exservidor para nova investidura em cargo pblico municipal pelo prazo de 02 (dois) anos. 1 No poder retornar ao servio pblico municipal, pelo prazo de 06(seis) anos, o servidor que for demitido por infringncia do Artigo 218, incisos XV, XVII, XXVI, XXVII e artigo 223, incisos VI a IX. 2 No poder retornar ao servio publico municipal, pelo prazo de 06 (seis) anos, o servidor que for demitido, por infringncia do Artigo 218, incisos XIX e XX e Artigo 224, Incisos I, II, IV e V. 3 A demisso e a destituio do cargo em comisso fundadas em infrao disciplinar que cause leso ao errio pblico implicaro em ressarcimento, efetuado na forma do Art. 166, sem prejuzo da ao penal competente. Art. 226 So causas que diminuem em (um quarto) as sanes previstas no Artigo anterior: I - a prestao de mais de 01 (um) ano de servio com exemplar comportamento e zelo; II - ter o servidor: a) Procurado, por sua espontnea vontade e com eficincia, logo aps o ilcito, evitar-lhe ou minorar-lhe as conseqncias, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano.
66
b) Cometido o ilcito sob coao a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior; c) Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do ilcito.
Pargrafo nico. Na aplicao da sano sero admitidas ate duas causas de diminuio. Art. 227 So causas que aumentam em (um quarto) as sanes previstas no Artigo 224 desta Lei: I - a reincidncia genrica ou especifica do ilcito; II - ter o servidor cometido o ilcito: a) Para facilitar ou assegurar execuo, a ocultao, a impunidade ou a vantagem de outro ilcito; b) Com abuso de poder, quando este no configurar elemento integrante do ilcito; c) Em conluio para a pratica da infrao. Pargrafo nico. Na aplicao da sano sero admitidas at duas causas de aumento. Art. 228 Ainda que tenham transcorrido os prazos estabelecidos no Artigo 225 e seus pargrafos, a nova investidura somente poder se dar aps o ressarcimento, com o valor atualizado, dos danos ou prejuzos decorrentes das infraes disciplinares em razo das quais foram as sanes aplicadas. Art. 229 As sanes disciplinares sero aplicadas: I - pelo Prefeito e pelo dirigente superior de autarquia ou fundao, quando se tratar de demisso, destituio de cargo em comisso do servidor vinculado ao respectivo Poder ou entidade; II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior quelas mencionadas no inciso anterior, quando se tratar se suspenso de servidor vinculado ao respectivo rgo; III - pelo superior imediato ou diretor competente, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de advertncia. Art. 230 A ao disciplinar prescrever: I - em 05 (cinco) anos, relativamente s infraes punveis com demisso ou cassao de disponibilidade; II - em 02 (dois) anos, relativamente suspenso; 67
Seo III Dos Procedimentos Administrativos Subseo I Das Disposies Gerais Art. 232 A Administrao Pblica Municipal obedecer, dentre outros, aos princpios da legalidade, finalidade, motivao, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditrio, segurana jurdica, interesse pblico e eficincia. Pargrafo nico. Nos procedimentos administrativos sero observados, entre outros, os critrios de: I - atuao conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renuncia total ou parcial de poderes ou competncias, salvo autorizao em lei; III - objetividade no atendimento do interesse pblico, vedada a promoo pessoal de agentes ou autoridades; IV - atuao de acordo com padres ticos de probidade, de decoro e de boa-f; V - divulgao oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas na Constituio Federal; VI - adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes, restries e sanes em medida superior quelas estritamente necessrias ao atendimento do interesse pblico; VII - indicao dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a deciso; 68
III - processo disciplinar ordinrio ou especial, quando: a) Houver indcios suficientes de que a gravidade da ao ou omisso torne o autor passvel de sujeio s sanes de suspenso superior a 30 (trinta) dias ou demisso previstas nos incisos III a V do Artigo 218 desta Lei; b) Na sindicncia forem encontrados indcios da autoria do fato e da ocorrncia de infrao disciplinar grave, punvel com as sanes previstas na alnea anterior. Art. 235 A autoridade que tiver cincia de irregularidade no servio pblico municipal obrigada, sob pena de responsabilidade, a promover-lhe a apurao imediata.
69
Art. 236 As denuncias sobre irregularidades sero objeto de apurao, desde que contenham a identificao e o endereo do denunciante e sejam formuladas por escrito confirmada a autenticidade junto ao rgo competente. Pargrafo nico. Quando o fato narrado no configurar evidente infrao disciplinar, ilcito civil ou penal, a denuncia ser arquivada por falta de objeto. Art. 237 So competentes para instaurar e julgar: I - a sindicncia e processo disciplinar sumario, os Secretrios do Municpio e dirigentes superiores das autarquias e fundaes em suas reas funcionais; II - os processos disciplinares ordinrio e especial, o Prefeito. Art. 238 A sindicncia e o processo administrativo disciplinar sero conduzidos por comisso designada por ato da autoridade competente, nos termos do Artigo anterior e sero compostas por 03 (trs) servidores efetivos e estveis, sendo um deles designado para exercer a presidncia. 1 Os membros da comisso, a que se refere o caput deste Artigo, devero: I - ser ocupantes de cargo efetivo de hierarquia superior ou equivalente ao do acusado; ou II - ter nvel de escolaridade superior ou igual ao do acusado. 2 A comisso referida no caput deste Artigo assegurar ao processo o sigilo necessrio a elucidao do fato exigido pelo interesse da Administrao e exercer suas atividades com independncia e imparcialidade. 3 Ao presidente da comisso caber: I - designar um servidor efetivo e estvel para funcionar como secretrio, o qual poder ser um dos membros da comisso; II - designar se necessrio, um servidor efetivo e estvel para funcionar como auxiliar da comisso, o qual ficar responsvel pelo cumprimento dos mandados e diligencias determinadas pelo presidente. 4 No podero participar de comisso de sindicncia ou de processo disciplinar cnjuge, companheiro ou parente do acusado, consangneo ou afim, em linha reta ou colateral, at terceiro grau civil ou terceiros que, de alguma forma, tenham qualquer interesse com relao aos fatos apurados.
70
5 As atividades da comisso tero preferncia a quaisquer outras, ficando os seus membros dispensados dos demais encargos durante o curso do processo e do registro de ponto, enquanto durarem os trabalhos. 6 Sempre que necessrio, a comisso dedicar tempo integral aos seus trabalhos. 7 As reunies e as audincias da comisso tero carter reservado e sero registradas em atas que devero detalhar os fatos e as deliberaes adotadas. Art. 239 Arquivada a sindicncia ou processo administrativo disciplinar, com base no disposto no incisos I do Artigo 244 e I ou II do Artigo 253, respectivamente, podero ser eles reabertos em virtude de novas provas, desde que no tenha havido prescrio, na forma do Artigo 229 desta Lei. 1 A deciso pela reabertura da sindicncia ou processo administrativo disciplinar caber autoridade competente para a instaurao, a qual, em despacho fundamentado, expedir novo ato. 2 No haver, em qualquer hiptese, mais de um desarquivamento dos autos.
Subseo II Da Sindicncia Art. 240 A sindicncia o procedimento utilizado para apurar infraes disciplinares cometidas no servio publico municipal, quando no houver indcios suficientes quanto autoria dos fatos ou, sendo determinado o autor, no for a infrao confessada, documentalmente provada ou manifestamente evidente. Pargrafo nico. Para os fins do disposto no caput deste Artigo, a sindicncia: I - ser instaurada por ato da autoridade competente, contendo a designao da comisso, a descrio sumaria do fato e a indicao do suposto infrator, aplicando-se, subsidiariamente, o disposto no caput do Artigo 274; II - ser realizada por uma comisso, constituda na forma do Artigo 238 e pargrafos desta Lei; III - no comporta o contraditrio, devendo ser ouvidos, se houver o autor da denuncia e o servidor sindicado, bem como todos os outros envolvidos, se necessria a prova testemunhal, como forma de encontrar indcios suficientes da autoria e materialidade do fato; IV - ter carter sigiloso quando for necessrio elucidao dos fatos; 71
V - ser concluda em at 30 (trinta) dias, podendo, no entanto, ser prorrogada por uma vez, por igual perodo, a critrio da autoridade competente. Art. 241 A sindicncia preceder o processo administrativo disciplinar e ter por finalidade fornecer elementos concretos para a sua instaurao. 1 Na hiptese prevista neste Artigo, os autos da sindicncia integraro o processo administrativo disciplinar e tero carter meramente informativo. 2 Torna-se desnecessria a instaurao de sindicncia sempre que houver elementos de convico suficientes para a imediata instaurao do processo administrativo disciplinar. Art. 242 Reunidos os elementos apurados, a comisso sindicante traduzir no relatrio as suas concluses, descrevendo articuladamente os fatos, recomendando o arquivamento do feito, a absolvio do servidor ou a instaurao de processo administrativo disciplinar, indicando o possvel autor, a infrao disciplinar e o seu enquadramento nas disposies desta Lei, quando os fatos apurados a tal conduzirem, na forma dos incisos II ou III do Artigo 244. Art. 243 A autoridade, de posse do relatrio da comisso sindicante, acompanhado de elementos que instrurem o processo, decidir, no prazo de 05 (cinco) dias teis, pela instaurao de processo administrativo disciplinar, pelo arquivamento da sindicncia ou pela absolvio do servidor, se for o caso e estiver dentro de sua alada. Art. 244 Da sindicncia poder resultar: I - arquivamento, por falta de prova da existncia do fato ou da sua autoria; II - absolvio, por existncia de prova de no ser o sindicado o autor do fato; III - absolvio, por existncia de prova de no-ocorrncia do fato ou por este no constituir infrao de natureza disciplinar; IV - instaurao de processo administrativo disciplinar. Pargrafo nico. Em caso de arquivamento, a sindicncia poder ser reaberta, observando-se o disposto no Artigo 239 desta Lei. Art. 245 Aplica-se sindicncia, no que couber, o disposto na Seo IV, deste Capitulo. Subseo III Do Afastamento Preventivo
72
Art. 246 A fim de que o servidor no venha influenciar a apurao da infrao, a autoridade instauradora da sindicncia ou do processo administrativo disciplinar, quando julgar necessrio, poder ordenar, como medida cautelar, o seu afastamento do exerccio do cargo, sem prejuzo da remunerao. 1 O prazo do afastamento, previsto no caput deste Artigo, corresponder respectivamente, aos prazos de concluso da sindicncia ou do processo administrativo disciplinar, podendo ser prorrogado, uma nica vez, por igual perodo, findo o qual cessaro os seus efeitos, ainda que no concludos a sindicncia ou o processo. 2 Tratando-se de alcance ou malversao de dinheiro pblico o afastamento ser obrigatrio durante todo o perodo do processo administrativo disciplinar. 3 O servidor ter direito a contagem do tempo de servio relativo ao perodo em que estiver afastado preventivamente. 4 A juzo da autoridade competente, o afastamento preventivo poder ser revogado, sempre que cessarem os motivos de sua necessidade. Seo IV Dos Processos Administrativos Disciplinares Subseo I Das Disposies Gerais Art. 247 O processo administrativo disciplinar o instrumento destinado a apurar as responsabilidades do servidor por infrao praticada no exerccio de suas atribuies ou relacionada com o cargo que ocupa, assegurando-se ao servidor processado contraditrio e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Pargrafo nico. Constituem meios de processo administrativo disciplinar: I - o processo disciplinar sumrio; II - o processo disciplinar ordinrio; III - o processo disciplinar especial. Art. 248 assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo, pessoalmente ou por intermdio de procurador, arrolar, inquirir testemunhas, produzir provas, contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.
73
1 O presidente da comisso poder denegar pedidos considerados impertinentes meramente protelatrios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. 2 Ser indeferido o pedido de prova pericial quando a comprovao do fato prescindir de conhecimento especial de perito. Art. 249 Considerar-se- revel o servidor que, regularmente citado, no se apresentar a interrogatrio. 1 Ao servidor revel ser designado um defensor dativo, de preferncia bacharel em Direito ocupante de cargo efetivo no servio publico municipal ou, na ausncia deste, um servidor com escolaridade suficiente para esse fim. 2 A revelia ser decretada por termo nos autos e devolver o prazo para a defesa. Art. 250 Quando houver duvida sobre a sanidade mental do servidor, a comisso proposta pela autoridade competente que instaurou o processo disciplinar determinar que ele seja submetido a exame por medico credenciado. Pargrafo nico. O incidente de sanidade mental ser processado em autos apartados apensos ao processo principal, aps a expedio do laudo pericial. Art. 251 O servidor que responder a processo administrativo disciplinar somente ser exonerado a pedido, aps a concluso do devido processo e cumprimento da penalidade, caso aplicada. Art. 252 O ato de exonerao do servidor que no satisfez as condies do estagio probatrio ser convertido em demisso sempre que do processo administrativo disciplinar resultar aplicao desta sano. Art. 253 Dos processos administrativos disciplinares podero resultar: I - arquivamento, por falta de prova da existncia do fato ou da sua autoria; II - arquivamento, por falta de prova suficiente aplicao da penalidade administrativa; III - absolvio, por existncia de prova de no ser acusado o autor do fato; IV - absolvio, por existncia de prova de no-ocorrncia do fato ou por este no constituir infrao disciplinar; V - aplicao de sano de advertncia ou suspenso; VI aplicao da sano de demisso.
74
2 Sendo determinada pela comisso ou requerida pelo indiciado a prova pericial facultarlhe- formulao de quesitos, no prazo previsto no pargrafo anterior. Art. 257 Concludas as diligencias ou esgotado o prazo previsto no Artigo anterior sem requerimentos, a comisso formulara termo de acusao do servidor, com a especificao dos fatos a ele imputados, das respectivas provas e a tipificao da infrao disciplinar apurados na fase introdutria. Art. 258 Aps procedida a instruo, o acusado ser intimado para apresentar defesa escrita no prazo de 05 (cinco) dias teis, observado o disposto no Artigo 255. Art. 259 Apresentada a defesa, a comisso elaborar relatrio final em at 03 (trs) dias observado o disposto no Artigo 278. Pargrafo nico. Concluindo o relatrio final da comisso que a infrao disciplinar no punvel com a sano de advertncia ou suspenso de at 30 (trinta) dias, os autos sero remetidos autoridade competente para instaurar o correto processo administrativo disciplinar, servindo como instrumento informativo. Art. 260 Recebendo os autos, com o relatrio final da comisso, a autoridade julgadora proferir sua deciso no prazo de 05 (cinco) dias teis. Subseo III Do Processo Disciplinar Ordinrio Art. 261 O processo disciplinar ordinrio ser realizado por comisso, constituda na forma do Artigo 238 e pargrafos, para apurar infraes disciplinares nos casos previstos no Artigo 234, inciso III. Art. 262 O processo disciplinar ordinrio desenvolve-se nas seguintes fases: I - instaurao, com a publicao do ato que constituir a comisso; II instruo; III - defesa; 76
78
Art. 270 A comisso promover o interrogatrio do indiciado, observados os procedimentos previstos para oitiva das testemunhas, no que couber. Pargrafo nico. Havendo mais de um indiciado, cada um deles ser interrogado separadamente e, sempre que houver divergncia em suas declaraes sobre fatos ou circunstancias, poder ser promovida acareao entre eles. Art. 271 O indiciado, por si ou por seu advogado, dever, ao final do interrogatrio, arrolar as testemunhas de defesa, no mximo de 03 (trs), observado o disposto no inciso II do Artigo 268 desta Lei. Art. 272 Testemunha a pessoa que presta depoimento sob compromisso legal de dizer a verdade e no omiti-la. 1 Se a testemunha for servidor publico municipal, ser intimada a depor mediante mandado expedido pelo presidente da comisso, devendo a 2 (segunda) via, com o seu ciente, ser anexada nos autos. 2 A expedio do mandado ser imediatamente comunicada ao chefe do rgo onde servir a testemunha, com a indicao de dia e hora marcados para inquirio. 3 As testemunhas de defesa comparecero a audincia levadas pelo indiciado, independentemente de intimao, ou mediante esta se assim for requerido, observando-se, neste caso, o disposto nos pargrafos anteriores deste Artigo. Art. 273 As testemunhas sero ouvidas, preferencialmente na seguinte ordem: I - As apresentadas pelo denunciante, caso haja; II - as indicadas pela comisso; III - as arroladas pelo acusado; 1 Antes de depor, a testemunha ser devidamente qualificada, declarando nome, estado civil, idade, profisso, residncia, se parente ou no do indiciado, ou se amigo intimo ou inimigo do mesmo. 2 O depoimento ser prestado oralmente, no sendo licito a testemunha traz-lo por escrito, podendo, entretanto, fazer breve consulta a apontamentos. 3 As testemunhas sero inquiridas separadamente, de modo a evitar que uma oua o depoimento da outra. 79
4 Sempre que divergirem em seus depoimentos sobre fatos ou circunstancias relevantes para o esclarecimento da verdade, proceder-se- acareao das testemunhas, que sero reinquiridas para que expliquem os pontos controversos. 5 O depoimento e a acareao das testemunhas sero reduzidos a termo, assinados por elas, pelo presidente da comisso e pelo indiciado. Art. 274 Assegura-se ao indiciado o direito de ser acompanhado por seu advogado inquirio das testemunhas, e no comparecendo, por este ser representado, ao qual no ser permitido influir, de qualquer modo, nas perguntas e respostas, facultando-se lhe, porem, reinquirir as testemunhas, por intermdio do presidente da comisso. Pargrafo nico. Verificando que a presena do acusado, por sua atitude, poder influir no nimo da testemunha, de modo que prejudique a verdade do depoimento, o presidente da comisso ordenar sua sada, fazendo constar no termo da ocorrncia e os motivos que a determinaram, prosseguindo na inquirio com a presena do advogado do indiciado. Art. 275 Imediatamente aps a oitiva das testemunhas, a comisso determinar a realizao de diligencias, inclusive a produo de prova pericial, sempre que necessrio para a completa elucidao dos fatos, cientificando, desde logo, o indiciado. 1 O indiciado poder requerer dentro de 48 (quarenta e oito) horas, contadas a partir do termino da oitiva das testemunhas, as diligencias cuja necessidade ou convenincia se origine de circunstancias ou de fatos apurados. 2 Sendo determinada pela comisso ou requerida pelo indiciado a prova pericial facultarlhe- a formulao de quesitos, no prazo previsto no pargrafo anterior. Art. 276 Concludas as diligencias sem requerimentos, a comisso formular termo de acusao do servidor, com a especificao dos fatos a ele imputados, das respectivas provas e a da tipificao da infrao disciplinar apurados na fase instrutria. Art. 277 O acusado ser intimado por mandado expedido pelo presidente da comisso e acompanhado de copia do termo de acusao, para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo no local onde funcionar a comisso. 1 Havendo 02 (dois) ou mais acusados, o prazo ser comum e de 20 (vinte) dias.
80
2 No caso de recusa do acusado em opor o ciente na copia do mandado, o prazo para defesa contar-se- da data da intimao, declarada, em termo prprio, pelo auxiliar da comisso que realizou. 3 No tendo sido encontrado o indiciado, ser intimado seu advogado e, na ausncia deste, ser decretada a revelia e nomeado defensor dativo para apresentao de defesa escrita. 4 Aplica-se intimao o disposto nos 3 e 7 a 10, do Artigo 269 desta Lei. Art. 278 Apreciada a defesa, a comisso elaborar relatrio minucioso onde resumir as peas principais dos autos e mencionar as provas em que se baseou para formar a sua convico. 1 O relatrio ser sempre opinativo quanto inocncia ou a responsabilidade do servidor. 2 Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comisso indicar o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, a sano disciplinar aplicvel, bem como as circunstncias agravantes e atenuantes. 3 O processo disciplinar ordinrio, com o relatrio da comisso, ser remetido autoridade que determinou a sua instaurao, para julgamento. Art. 279 No prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferir sua deciso. Art. 280 O julgamento ser baseado no relatrio da comisso, no obrigando, contudo, a autoridade julgadora, que poder, analisando os autos, apresentar concluso diversa, formando sua convico pela livre apreciao das provas. 1 Caso julgue necessrio, a autoridade julgadora poder solicitar parecer fundamentado de Procuradoria Geral do Municpio a respeito do processo. 2 A autoridade julgadora poder, motivadamente, agravar a sano disciplinar proposta, abrand-la ou inocentar o servidor. Art. 281 Verificada a existncia de vcio insanvel, a autoridade julgadora ou outra de hierarquia superior declarar a nulidade do ato e daqueles que dele dependem ou sejam conseqncia. 1 Havendo nulidade total do processo, a autoridade determinar nova instaurao designando outra comisso. 81
2 Poder o servidor processado argir a existncia de vicio sanvel no momento da sua ocorrncia ou at a apresentao de sua defesa escrita, sob pena de precluso e convalidao. 3 Argida e verificada a existncia de vicio sanvel, a autoridade julgadora declarar a nulidade do ato e daqueles que dele dependam ou sejam conseqncia, ordenado o normal prosseguimento do feito. 4 As irregularidades processuais que no constiturem vcios suscetveis de influrem na apurao da verdade ou na deciso do processo no lhe determinaro a nulidade. 5 O julgamento fora do prazo legal no implica nulidade do processo. Art. 282 Quando a infrao disciplinar estiver tipificada como crime, cpia autenticada do processo disciplinar ordinrio ser remetida ao Ministrio Pblico para ajuizamento da competente ao penal. Subseo IV Do Processo Disciplinar Especial Art. 283 Instaura-se o processo disciplinar especial quando o servidor cometer as infraes disciplinares de: I - acumulao ilegal de cargos, empregos ou funes publicas; II abandono de cargo; III - inassiduidade habitual do servio. 1 O processo disciplinar especial desenvolver-se- nas fases de: I instaurao II - acusao; III - defesa; IV - relatrio; V - julgamento. 2 O processo disciplinar especial ser instaurado com a publicao do ato da autoridade competente que constituir a comisso e designar os seus membros e ser iniciado no prazo previsto no Artigo 263 desta Lei, devendo conter ainda a indicao da autoria da infrao disciplinar, por intermdio do nome e matricula do servidor.
82
3 O termo de acusao do servidor ser lavrado pela comisso at 03 (trs) dias aps a publicao do ato que a constituiu, o qual dever conter a qualificao do servidor, especificao dos fatos a ele imputados e sua circunstancias, os dispositivos legais violados e aqueles que prevem a sano disciplinar aplicvel, ordenando a sua citao de tudo notificando as autoridades interessadas. 4 O prazo para concluso do processo disciplinar especial no exceder a 45 (quarenta e cinco) dias, contados da data da instalao dos trabalhos, admitida a sua prorrogao, uma nica vez, por 15 (quinze) dias, quando as circunstncias a exigirem. 5 O processo disciplinar especial rege-se pelas disposies desta Subseo, observando-se, no que lhe for aplicvel, subsidiariamente, o disposto Titulo III, Capitulo VIII, Seo IV desta Lei. Art. 284 O servidor ser citado pessoalmente, por mandado ou por aviso de recebimento, acompanhado de cpia de termo de acusao, para apresentar defesa escrita no prazo de 10 (dez) dias, observado o disposto no artigo 269, 3,7,9 e 10 desta Lei, assegurando-se vista dos autos. 1 No caso de recusa do acusado em apor o ciente na cpia do mandado, o prazo para a defesa escrita contar-se- da data da citao, declarada, em termo prprio, pelo auxiliar da comisso que a realizou. 2 A citao por edital dever conter copia do termo de acusao e correr quando houver fundada suspeita de ocultao do indiciado ou quando o indiciado se encontrar em lugar incerto ou no sabido. 3 O edital de citao dever ser publicado por 02 (duas) vezes com intervalo de 05 (cinco) dias, no Quadro de Avisos do Municpio, juntando-se o comprovante ao processo. 4 Regularmente citado o acusado e no apresentando a defesa no prazo, ser decretada a revelia e nomeado defensor dativo. Art. 285 Apresentada a defesa, a comisso elaborar relatrio final, observando o disposto no Artigo 278 desta Lei. Pargrafo nico. Em caso de acumulao de cargos, empregos ou funes pblicas, o relatrio opinar sobre a licitude da acumulao e, em sendo ilcita, se o acusado agiu de boa ou m-f. Art. 286 Recebendo os autos do processo disciplinar especial, com relatrio final da comisso, a autoridade julgadora proferir sua deciso no prazo de 05 ( cinco) dias. 83
1 Verificada que a acumulao ilcita se deu de boa-f, o servidor optar por um dos cargos ou funes publicas no prazo de 10 (dez) dias, a contar da intimao da deciso, sob pena de caracterizar-se a m-f. 2 Provada ou caracterizada a m-f, aplicar-se- o disposto no Pargrafo primeiro do Artigo 69. 3 Aplica-se o disposto no Artigo 281 desta Lei ao julgamento do processo disciplinar especial. Seo V Da Reviso do Processo Administrativo Disciplinar Art. 287 A reviso ser processada mediante requerimento ou de oficio, quando: I - a deciso for manifestamente contraria a dispositivo legal ou fato comprovado nos autos; II - a deciso fundar-se em depoimentos, exames periciais, vistorias ou documentos comprovadamente falsos ou eivados de erros; III - forem apresentados novos fatos ou circunstancias suscetveis de justificarem a inocncia do punido ou a inadequao da sano disciplinar aplicada; IV - surgirem, aps a deciso, provas da inocncia do punido. 1 No processo revisional, o nus da prova cabe ao requerente. 2 A simples alegao de injustia da penalidade no constitui fundamento para a reviso, que requer novos elementos ou ainda no devidamente apreciados no processo originrio. 3 A reviso, que poder ser realizada a qualquer tempo, no autoriza o agravamento da pena. 4 Tratando-se de servidor falecido, ausente ou desaparecido, a reviso poder ser requerida pelo conjugue, companheiro, descendente, ascendente ou colateral consangneo at o 2 (segundo) grau civil. 5 Em caso de incapacidade mental do servidor, a reviso ser requerida pelo respectivo curador. Art. 288 O requerimento da reviso do processo administrativo disciplinar ser apensado aos autos principais e dirigido autoridade que aplicou a penalidade, a qual se autoriza a reviso, 84
que providenciar a constituio de comisso revisria, na forma do Artigo 238 e pargrafos desta Lei. Pargrafo nico. Na petio inicial, o requerente solicitar dia e hora para a produo de provas e a inquirio das testemunhas que arrolar. Art. 289 Aplicam-se aos trabalhos da comisso revisora, no que couber, as normas e procedimentos prprios das comisses de processo administrativo disciplinar. Pargrafo nico. A comisso revisora ter o prazo de 60 (sessenta) dias para concluso dos trabalhos. Art. 290 O julgamento caber autoridade que aplicou a penalidade. Pargrafo nico. O prazo para julgamento ser de 10 (dez) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poder determinar diligncias. Art. 291 Da reviso julgada procedente resultar: I - reconhecimento da inocncia do requerente a invalidao da sano disciplinar aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor por ela atingidos, exceto em relao destituio do cargo de provimento em comisso, que ser convertida em exonerao. II - reconhecimento da inadequao da sano e aplicao de pena mais branda. CAPTULO IX DA SEGURIDADE SOCIAL Art. 292 O regime previdencirio dos servidores abrangidos por esta Lei o RGPS - Regime Geral de Previdncia Social. Art. 293 Todos os direitos e obrigaes previdencirios dos servidores abrangidos por esta Lei so regulados pelo Regime Geral da Previdncia Social, nos termos da Constituio Federal e das leis complementares e ordinrias pertinentes.
85
Art. 294 Atendendo sempre as necessidades do servio e o interesse pblico, o Secretario de Gesto e Planejamento poder alterar, de oficio, a lotao do servidor, mediante remoo ou redistribuio, previstas nesta Lei desde que no haja desvio de funo e decrscimo de remunerao. Art. 295 Para todos os efeitos previstos nesta Lei, os exames de sanidade fsica e mental sero obrigatoriamente realizados pelo Medico Credenciado do Municpio. Art. 296 So contados em dias corridos os prazos previstos nesta Lei, observando o seguinte: I - na contagem do prazo, exclui-se o dia do inicio e inclui-se o do vencimento; II - quando o prazo iniciar ou vencer em dia que no haja expediente, fica adiado o seu inicio ou prorrogado o seu termino para a primeiro dia til seguinte. Pargrafo nico. Sendo suspenso ou interrompido o prazo, observar-se- respectivamente, que: I - continuar a correr a partir do primeiro dia til aps o motivo da suspenso; II - comear a ser contado do inicio a partir do primeiro dia til aps o motivo da interrupo. Art. 297 O Dia do Servidor Pblico ser comemorado no dia 28 (vinte e oito) de outubro. Art. 298 Fica vedada a concesso de quaisquer gratificaes, adicionais ou vantagens, ressalvados honorrios advocatcios, que no estejam expressamente previstos nesta Lei e no Plano de Cargos, Carreira e Remunerao dos Trabalhadores em Educao do Municpio. Art. 299 Podero ser institudos incentivos funcionais aos servidores, compreendendo basicamente: I - prmios pela apresentao de idias, inventos ou trabalhos que favoream o aumento de produtividade e a reduo dos custos operacionais; II - concesso de medalhas, diplomas de honra ao mrito, condecoraes e elogios por servios prestados Administrao Pblica Municipal. Art. 300 So assegurados ao servidor pblico os direitos de associao profissional sindical e de greve. 1 So direitos que decorrem da livre associao Sindical:
86
I - a representao judicial e extrajudicial, na defesa de interesses coletivos ou individual dos filiados, pela entidade associativa, quando expressamente autorizada; II - a inamovibilidade do dirigente da entidade de classe, da organizao profissional ou sindical, at 01 (um) ano aps o final do mandato, salvo se a pedido. 2 O servidor ter descontado em folha o valor das mensalidades e contribuies sindicais definidas em assemblia geral da categoria. 3 O direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei federal, resguardando-se, entretanto, o funcionamento dos servios de natureza essencial. 4 Nenhum servidor ser compelido a associar-se a entidade de classe, organizao profissional ou sindical, a partido poltico ou a credo religioso. Art. 301 Por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, nenhum servidor, nesta qualidade, poder ser privado de quaisquer de seus direitos ou sofrer discriminao em sua vida funcional, salvo se as invocar para eximir-se de obrigaes legal a todos imposta a recusar-se a cumprir prestao alternativa fixada em lei. Art. 321 O servidor que esteja sujeito fiscalizao de rgo profissional e for suspenso do exerccio da profisso, enquanto durar a medida, no poder desempenhar atividade que envolva responsabilidade tcnico-profissional. Art. 303 vedado ceder servidor para entidade de direito privado, estranha ao Sistema Administrativo Municipal, salvo em caso de convnio, para funo considerada de relevante interesse social. Art. 304 O Prefeito baixar os regulamentos necessrios fiel execuo da Presente Lei. Art. 305 Em relao aos servidores de fundaes e autarquias aplicar-se- o disposto nesta Lei, cabendo s suas autoridades mximas exercer as atribuies reservadas ao Prefeito, caso haja previso nas normas instituidoras e organizadas da entidade. Art. 306 O Regime Jurdico dos servidores contratados para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico ser estabelecido em lei especial. Art. 307 Os direitos permanentes, adquiridos anteriormente vigncia desta Lei, integraro a remunerao dos servidores, nos termos das respectivas Leis que as concediam, em razo do inciso XXXVI do art. 5 da Constituio Federal.
87
Art. 308 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo de provimento em comisso declarado e lei de livre nomeao e exonerao, bem como de outro cargo temporrio ou de emprego publico, aplica-se o regime geral de Previdncia Social. Art. 309 O rgo de lotao do servidor providenciar gratuitamente carteira de identidade profissional, da qual constaro elementos de sua identificao pessoal e funcional. Art. 310 Ser fornecido uniforme ao servidor, quando seu uso for obrigatrio. Art. 311 Fica assegurada ao servidor com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou portadores de deficincia, devidamente comprovadas, a prioridade na apreciao de seus direitos, independentemente do pedido. 1 O servidor que j tenha completado os requisitos para a aposentadoria e tenha essa situao confirmada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS poder requerer o afastamento do exerccio do seu cargo aps 90 (noventa) dias da instaurao do processo. 2 O requerimento de que trata o pargrafo anterior ser encaminhado ao superior imediato do servidor, que poder indeferi-lo, motivadamente, por interesse do servio ou outras circunstncias devidamente justificadas. Art. 312 O servidor pblico municipal far jus a um recesso de 06 (seis) dias teis, imediatamente anterior ou posterior ao dia 25 (vinte e cinco) de dezembro. 1 O dia que, durante o recesso, for decretado ponto facultativo ser contado como til para os fins do disposto no caput deste Artigo. 2 O servidor poder fazer a opo pelo perodo em que gozar o recesso, a qual ser submetida apreciao do superior imediato, que poder alter-la conforme a convenincia do servio. 3 O disposto no caput deste artigo no se aplica aos servios pblicos considerados essenciais, cuja regncia ser regulamentada por Decreto Municipal. Art. 313 A comprovao do tempo de servio, dependncia econmica, identidade e de relao de parentesco, para os efeitos desta Lei, inclusive mediante justificao administrativa ou judicial, s produzir efeito quando baseada em indicio de prova material, no sendo admitida prova exclusivamente testemunhal, salvo na ocorrncia de fora maior ou caso fortuito, conforme disposto em regulamento.
88
Art. 314 As consignaes em folha de pagamento, para efeito de desconto, no podero exceder a 1/3 (um tero) do vencimento base dos servidores pblicos municipais. Pargrafo nico. A consignao em folha de pagamento servir unicamente como garantia de: I - dbito a Fazenda Pblica Municipal; II - contribuies para as associaes ou sindicatos representantes das categorias dos servidores pblicos municipais; III - dvidas para cnjuge, ascendente ou descendente, em cumprimento de deciso judicial; IV - emprstimos contrados junto a instituies financeiras, mediante prvia habilitao e credenciamento dos servidores consignatrios junto a Secretaria Municipal de Gesto e Planejamento. Art. 315 Para as despesas decorrentes da aplicao desta Lei sero utilizados recursos oramentrios prprios em cada exerccio. Art. 316 Revogam-se a Lei 018, de 22 de agosto de 1997; a Lei 045, de 07 de fevereiro de 2003; a Lei 080, de 08 de junho de 2005, as normas delas decorrentes e as demais disposies em contrrio. Pargrafo nico. Os servidores que tiverem formalizado pedido junto a Administrao Pblica de vantagens regidas na gide da legislao elencada no caput desse artigo antes da aprovao da presente Lei e que ainda no obtiveram resposta da municipalidade lhes sero assegurados a anlise dos benefcios em conformidade com o ordenamento jurdico vigente poca do requerimento. Art. 317 Fica assegurado ao servidor pblico municipal o recebimento de seus proventos at o 5 (quinto) dia normal corrido do ms subseqente. Art. 318 Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao. Gabinete do Prefeito Municipal de Cana dos Carajs aos 22 de maro de 2012.
89