REDAcaO Vanessa Alves
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CARACTERSTICAS DO TEXTO DISSERTATIVO CONSIDERAES IMPORTANTES: Numa texto dissertativo-argumentativo, no use a 1 pessoa do singular (Eu). Prefira usar os verbos na 3 pessoa do singular (Compreende-se ..., percebe-se ...). Em cada pargrafo, procure elaborar de dois a trs perodos. No faa perodos longos nem muito curtos. No use grias nem provrbios. No use etc. nem reticncias. Use anforas, catforas, hipernimos, hipnimos, perfrases e antonomsias para atribuir coeso a seu texto. Ao escrevermos um texto, utilizamo-nos de vrios elementos de referenciao como: pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, assim como apostos, hipernimos (palavras de ideias gerais "instrumentos", "ferramentas", ...), hipnimos (palavras de ideias restritas "violo", "martelo", ...), perfrases ("a Cidade Maravilhosa" para substituir, por exemplo, "Rio de Janeiro"), antonomsias ("Poeta dos Escravos" = Castro Alves) entre outros artifcios lingusticos. No repita palavras ou expresses. Use sinnimos. S use exemplos que sejam de domnio pblico, portanto apenas aqueles que tenham sado na mdia: jornais, revistas, ... Evite estrangeirismos. Por outro lado, se for necessrio, use aspas para palavras latinas, americanas ...( condio "sinequa non" = essencial).
O que penso sobre a onda de violncia que assola o pas? R: A violncia uma chaga social, uma enfermidade epidmica. Por que penso dessa maneira? R: Porque, no Brasil, as ondas de criminalidade esto ligadas s desigualdades sociais, lentido do sistema judicirio e falta de investimentos em segurana pblica. 2PASSO: construir o esquema da dissertao argumentativa: Introduo: A violncia urbana uma chaga social que acomete nossa nao. (Tpico frasal) Desenvolvimento: a) Causas da violncia: As desigualdades sociais; Lentido da malha judiciria; No investimento em segurana pblica; Sistema prisional ineficaz. b) Consequncias da violncia: Os assassinatos, no Brasil, duplicaram de 13 para 25 por cada grupo de 100 mil habitantes; O pas tambm foi responsvel por cerca de 12% das mortes por arma de fogo registradas no mundo; Populao amedrontada; Concluso: No combate violncia preciso que haja: Uma diviso de renda menos brutal; Motivao por parte dos policiais para executar seu trabalho; A criao de leis que acabem com a impunidade; O investimento em educao (elemento transformacional de um povo). TTULO: Imersos numa guerrilha urbana
DICA-BNUS: Em provas e concursos, as redaes devem ser desenvolvidas em torno de um tema proposto pela comisso de avaliao. Pense em seu texto como uma resposta. Sim, todo texto uma resposta. Mas voc precisa conhecer bem a pergunta. Leia a proposta (pergunta) com muita ateno e fiscalize-se para no fugir dela sob nenhuma hiptese. O desenvolvimento do tema, a objetividade frente sua apresentao, a seleo e articulao dos argumentos e a consistncia da argumentao so quesitos avaliados com muito rigor.
A REDAO NOS CONCURSOS PBLICOS Entidade: Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio. Cargo: Tcnico Judicirio (rea administrativa). Proposta1:Diante das ondas de violncia que assolam, principalmente nossas grandes cidades, as avaliaes so as mais diversas. Nos extremos: h duas: a) a dos que acreditam que tais manifestaes violentas s sero controladas por foras de
INTRODUO: Sequncia de frases nominais Assaltos. Sequestros. Trfico de drogas. Tiroteios. Mortes. Infelizmente, essas so palavras corriqueiras no cotidiano dos cidados brasileiros, visto que a
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violncia urbana uma chaga social que acomete o Brasil. DESENVOLVIMENTO: Causa X Consequncia Observa-se que as profundas desigualdades sociais, a lentido da malha judiciria, bem como o no investimento em segurana pblica so fatores que contribuem substancialmente com os elevados ndices de criminalidade. Uma recente pesquisa divulgada pela UNESCO revelou que, de 1980 a 1996, os assassinatos, no Brasil, duplicaram de 13 para 25 por cada grupo de 100 mil habitantes e o pas tambm foi responsvel por cerca de 12% das mortes por arma de fogo registradas no mundo. Hoje, a criminalidade est em todos os cantos do pas; das favelas cariocas aos arrabaldes recifenses, ela se faz presente. Imersa nessa guerrilha urbana, a populao vivencia essas terrveis estatsticas. Roga diariamente para que as balas perdidas, o trfico, os assaltos, isto , a violncia banalizada no cruze seu caminho. Desta forma, o sentimento de insegurana marca registrada dos brasileiros, que amedrontados e merc da prpria sorte, ainda se deparam com um sistema prisional subumano e ineficaz (rebelies, crime organizado, impunidade). As prises so verdadeiras escolas do crime e no contemplam a ressocializao dos detentos. CONCLUSO: Propostas de soluo problema abordado para o
Em linhas gerais, verificamos que a violncia uma enfermidade contagiosa presente em nosso cotidiano e que, na verdade, no existe soluo mgica para seu combate. Precisamos de uma diviso de renda menos brutal, motivar os policiais para executar sua funo, criar leis que acabem com a impunidade e investir pesadamente em educao (elemento transformacional de um povo).
Proposta 2:
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de uma era...
4 Citao: textual e comentada. TEMA: ESCRAVIDO NOBRASIL Exemplo: Textual: "O escravo brasileiro, literalmente falando, s tem uma coisa: a morte." Joaquim Nabuco, grande terico do movimento abolicionista brasileiro. Nabuco revela uma das caractersticas que o pensamento antiescravista apresenta: a nota de comiserao pelo escravo. Comentada: O terico Joaquim Nabuco, em sua comiserao pelo escravo brasileiro, disse que este s tem a prpria morte. O movimento brasileiro antiescravista, quando j fortalecido, deixou bem clara essa pungente acusao nas palavras dos abolicionistas. 5 Pergunta ou uma sequncia de perguntas: TEMA: OS ALIMENTOS TRANSGNICOS Exemplo: Os alimentos geneticamente transformados, os transgnicos, traro realmente benefcios populao mundial? Cientistas e tcnicos do mundo inteiro tm opinies diferentes e a polmica ainda dever gerar muitas discusses nos prximos anos. 6 Definio:
A ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO Todo texto dissertativo composto por trs partes coesas e coerentes: INTRODUO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSO.
TIPOS DE INTRODUO 1 Cena descritiva: TEMA: POLUIO Exemplo: O som invade a cidade. Buzinas estridentes atordoam os passantes. Edifcios altssimos cobrem os cus cinzentos da metrpole. Uma fumaa densa e ameaadora empresta cidade o aspecto de fotografias antigas sombreadas pela cor do tempo. a paisagem tristonha da poluio.
TEMA: O BRASIL EST FICANDO VELHO Exemplo: O envelhecimento um processo evolutivo que depende dos fatores hereditrios, do ambiente e da idade, embora ainda no tenham sido descobertas as causa precisas que o determinam em toda a sua amplitude e diversidade. 7 Linguagem figurada:
2- Frases ou expresses nominais: TEMA: SADE PBLICA NO BRASIL Exemplo: Baixos salrios. Mdicos descontentes. Enfermagem pouco qualificada. Falta de medicamentos. Desvio de verbas. Hospitais insuficientes e mal aparelhados. Atendimento precrio. Esse o retrato da sade pblica brasileira. 3Resgate histrico ou dados retrospectivos: TEMA: COMUNICAO HUMANA Exemplo: As primeiras manifestaes de comunicao humana nas eras mais primitivas foram traduzidas por sons que expressavam sentimentos de dor, alegria ou espanto. Mais tarde, as pinturas rupestres surgiram como primeiros vestgios de tentativa de preservao TEMA: ALDEIA GOLBAL - A DINAMICIDADE DAS INFORMAOES NO SCULO XXI. Exemplo: Os meios de comunicao, com sua velocidade estonteante de informao, fazem de cada homem um condmino do mundo. De repente, todos ficaram sabendo quase tudo, sem tempo para digerir 90% das informaes que recebem; uma ilha cercada de comunicaes por todos os lados.
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O ano de 1997 foi marcado pela expanso da informtica no pas: realizaram-se as mais importantes feiras do mundo, apresentando novidades que deslumbraram os brasileiros. Os mais vidos pela busca da atualizao, transformaram-se em presas definitivas de um dos mercados mais lucrativos do planeta. 9-Ideias contrastantes ou ponto de vista oposto: TEMA: TECNOLOGIA X TRABALHADORES Exemplo 1: De um lado, uma indstria que cada vez mais busca solues na tecnologia. De outro, trabalhadores mal preparados, sem especializao, que iro engrossar ainda mais a enorme fila dos desempregados. Essa a dura realidade de homens e mulheres brasileiras em busca de uma ocupao. TEMA: INCLUSO OU EXCLUSO DIGITAL? Exemplo 2: A era da informtica veio aprofundar os abismos do pas: de um lado, assistimos ao avano tecnolgico desfrutado por uma pequena parcela da populao; de outro, assistimos crescente marginalizao da maioria que sequer consegue alfabetizar-se minimamente. 10 Declarao surpreendente: TEMA: O CINEMA - UM OUTRO OLHAR SOB A REALIDADE Exemplo: Jamais houve cinema silencioso. A projeo das fitas mudas era acompanhada por msica de piano ou pequena orquestra. No Japo e outras partes do mundo, popularizou-se a figura do narrador ou comentador de imagens, que explicava a histria ao pblico. Muitos filmes, desde os primrdios do cinema, comportavam msica e rudos especialmente compostos. Na construo da introduo, a utilizao de um dos mtodos apresentados no seria suficiente. Deve-se, num segundo perodo, lanar as ideias a serem explicitadas no desenvolvimento. Para tanto pode-se levantar 3 argumentos, causas e consequncias, prs e contras. Lembre-se de que as explicaes e respectivas fundamentaes de cada uma dessas ideias cabem somente ao desenvolvimento. 2. DESENVOLVIMENTO - a parte mais extensa do texto dissertativo. Compreende os argumentos (evidncias, exemplos, justificativas etc.) que do sustentao tese ideia central apresentada no primeiro pargrafo. O contedo dos pargrafos de desenvolvimento deve obedecer a uma progresso: repetir ideias mudando apenas as palavras resulta em redundncia. preciso encadear os enunciados de maneira que se completem (cada enunciado
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b) Desenvolvimento por Causas e Consequncias: expem-se, obviamente, as causas e as consequncias do problema abordado. Geralmente se encadeiam as causas em um pargrafo e as consequncias noutro, mas, como sabemos, no se pode dizer que isso seja uma regra, e sim um costume da redao dissertativa. possvel, ainda, valer-se somente das causas ou somente das consequncias do problema. Tudo vai depender dos dados e dos conhecimentos de que voc dispe. Leia um exemplo, produzido a partir do tema: Evoluo tecnolgica e proteo ambiental como conciliar? Redao: inevitvel o desenvolvimento da humanidade, porm esta se concentra apenas em criar meios tecnolgicos que lhe proporcionem maior comodidade e se esquece de analisar as consequncias que tal procedimento poder gerar. Questionamentos sobre o futuro do mundo j esto sendo levantados por muitos cientistas que se preocupam, principalmente, com itens relacionados ao desmatamento. Mais de 45% das florestas tropicais foram desmatadas e nada se tem feito para reverter essa situao. A sociedade rodeada de pessoas gananciosas que visam apenas ao seu bem-estar, no importando quanto mal tal procedimento poder causar aos demais. o caso, por exemplo, da Amaznia. 25% de sua mata original deu espao agricultura e pecuria, e, atualmente, foi reivindicado ao governo o desflorestamento de mais 25% do restante. Isso gerou certa revolta por parte da populao, mas como intervir nesse tipo de problema, que envolve pessoas com muita influncia no poder? Outra agravante relaciona-se poluio. Cidades como So Paulo e Nova Iorque possuem um dos mais elevados ndices de internaes hospitalares decorrentes de problemas respiratrios. Foi por esse motivo, entre outros, que as naes se uniram e elaboraram o Tratado de Kyoto, pedindo a reduo dos gases poluentes gerados pelas indstrias. Entretanto, os EUA, um dos principais responsveis pela poluio mundial, recusaram-se a assinar o acordo, que, segundo o presidente George Bush, poderia afetar sua economia.
c) Desenvolvimento por Trajetria Histrica: se voc tiver um bom conhecimento de histria (fruto de seu estudo ou de uma boa coletnea de textos do vestibular!), pode utiliz-lo a seu favor. possvel ilustrar a defesa de seu ponto de vista ou a exposio de informaes por meio de fatos histricos. Nas dissertaes escolares, costuma-se fazer isso desta maneira: em um pargrafo, geralmente o primeiro do desenvolvimento, utiliza-se um fato do passado; noutro, o segundo, um do futuro. Se quiser, voc tambm pode elaborar um terceiro pargrafo, no qual se vislumbre uma situao futura. Leia uma dissertao sobre o tema Preconceito. De um lado, o discurso disseminado da necessidade de combate ao preconceito, de outro, o comodismo, a conivncia diante das injustias sociais. O primeiro revela a enormidade do passo dado pela mentalidade social no ltimo sculo, enquanto o segundo aponta para os resqucios da podridoescondida nos grilhes da histria. Outrossim, no de hoje que se convive com a discriminao, sem que, no entanto, medidas eficazes de erradicao de tal poltica tenham sido encontradas. Antes mesmo da expanso ultramarina, a qual empurraria o mundo para a lubrificao da mquina escravocrata, ora indgena, ora negra, j se podia encontrar discriminao nas entrelinhas da histria. O repdio aos brbaros, bem como o escrnio aos mouros infiis so a gnese dos sentimentos que hoje explodem em sknheads, com promessas de morte a negros, judeus, homossexuais e outras minorias. Ademais, do mercantilismo ao capitalismo neoliberalista constituiu-se a necessidade da pobreza para untar a frma que se criou para o lucro. No se pode negar, entretanto, os avanos na mentalidade social, ao longo do sculo XX em especial. Da pregao da ausncia de alma dos negros pela Igreja Catlica eleio de Nelson Mandela para governar a frica do Sul, passando por polticas vergonhosas como o apartheid, institudo em 1948, a humanidade conheceu amadurecimento considervel. Da salvao que o Cristianismo supostamente representativa,
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impulsionando cruzadas e jesutas, liberdade de culto e , ao menos terica, demarcao de terras indgenas, esboou-se a decncia. Descobriu-se a importncia da diferena e ministrou-se a reduo dos degraus da injustia. Entretanto, no se sabe, ainda, viver sem tal escada. Contudo, o mesmo que reverenciou Hitler e abenoou Mussolini no pode se orgulhar do passado que ostenta. Olhar para o espelho representar, ainda, tarefa rdua para sociedades maculadas. O enfrentamento, entretanto, h de se tornar mais fcil, se o reflexo se mostrar raiz da primorosa rvore. Etapa to necessria quanto superada da escalada da igualdade. ESQUEMA:
ESQUEMA:
d) Desenvolvimento por contraste de ideias: na dissertao argumentativa, possvel contrastar argumentos contrrios e favorveis a algum tema e, a partir dessa oposio, posicionar-se (contrria ou favoravelmente, claro) diante dele. importante que, nesse embate de ideias, aquelas que respaldam o real ponto de vista do autor sejam nitidamente mais convincentes e razoveis que as adversas. J na dissertao expositiva, como no h o mesmo posicionamento argumentativo do escritor, este age como mero intermediador entre ideias favorveis e contrrias a determinado tema. Sua funo, nesse caso, a de mostrar ao leitor como existem opinies contrastantes sobre o assunto. Veja agora uma dissertao predominantemente expositiva sobre um tema bastante atual e polmico: A clonagem em seres humanos. Observe que o autor, no primeiro pargrafo do desenvolvimento, explora o lado negativo desse procedimento cientfico e, no segundo, o positivo: Redao: Muito se debate, atualmente, a respeito da clonagem humana. Acredita-se que esse processo possa ser desastroso, trazendo ao mundo possveis "seres mutantes". Por outro lado, ela pode ser benfica, pois devidamente utilizada privilegiar a sociedade com avanos cientficos jamais vistos. Alguns constatam que a clonagem em humanos, para apenas reproduzir novos seres, pode ser perigosa, pois ela no est livre de
e) Desenvolvimento a partir de Enumerao: sempre que se enumerarem na introduo os argumentos ou informaes que constaro dos pargrafos subsequentes, tratar-se- de um desenvolvimento a partir de enumerao. importante, como j vimos, que em cada pargrafo do desenvolvimento seja abordado somente um argumento/informao e que nenhum dos argumentos/informaes antecipados na introduo seja esquecido na parte mais importante do texto dissertativo.
O Brasil essencialmente uma mistura de raas. dito um lugar sem preconceitos, o que no verdade. Vrios pontos nos mostram a discriminao, dentre eles o nmero reduzido de negros nas universidades e a preferncia pelo branco no mercado de trabalho. O ambiente acadmico revela claramente a situao de discriminao racial do Brasil. Nas universidades pblicas, cujas vagas so mais concorridas que na maioria das particulares, raro encontrar negros. Por no terem as mesmas
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condies de estudo que a maioria dos brancos, ele no podem disputar de igual para igual uma vaga na faculdade. Na questo do emprego, a vantagem dos brancos tambm ntida. Vrias reportagens da imprensa mostraram que as empresas preferem escolher brancos a negros de nvel escolar maior, em virtude da cor da pele. Em relao ao salrio, o branco recebe mais que o dobro, pelos dados do IBGE. [...]
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EXERCCIOS PROPOSTOS
CAUSA X CONSEQUNCIA Apresente uma causa e uma consequncia relacionados proposio abaixo e construa um pargrafo para cada argumento: TEMA: Precariedade transportes no Brasil Tpico frasal: Causa: DIVISO DE IDEIAS "Em primeiro lugar ...; em segundo ...; por ltimo ..." "Por um lado ...; por outro ..." "Primeiramente, ...; em seguida, ...; finalmente, ..." ENUMERAO " preciso considerar que ..." "Tambm no devemos esquecer que ..." "No podemos deixar de lembrar que..." USO DE CITAES "Segundo ..." "Conforme ..." "De acordo com o que afirma ..." REAFIRMAO "Compreende-se ento que ..." " bom acrescentar ainda que ..". " interessante reiterar ..." EXEMPLIFICAO TEMA: A escassez dos recursos naturais do Planeta Tpico frasal: Causa: Consequncia: Consequncia: do sistema pblico de
Exemplos de expresses utilizadas em pargrafos de desenvolvimento: CONFRONTO " possvel que... no entanto..." " certo que... entretanto..." " provvel que ... porm..."
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Pargrafo: ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ _____________________________________ Contrrio:
OPOSIO/ CONTRA-ARGUMENTAO
Levante um argumento favorvel e um desfavorvel para cada proposio abaixo. Em seguida, construa um pargrafo envolvendo suas ideias. TEMA: As greves dos trabalhadores em relao sociedade e nao no Brasil Tpico frasal: Favorvel: Contrrio:
CONCLUSO - Quando elaboramos uma dissertao, temos sempre um objetivo definido: defender uma ideia, um ponto de vista. Para tanto, formulamos uma tese interessante, que ser desenvolvida com eficientes argumentos, at atingir a ltima etapa da estrutura dissertativa: a concluso. Assim, as ideias devem estar articuladas numa sequncia que conduza logicamente ao final do texto. No h um modelo nico de concluso. Cada texto pede um determinado tipo de fechamento, a depender do tema, bem como do enfoque escolhido pelo autor. Em textos com teor informativo, por exemplo, caber a concluso que condense as ideias consideradas. J no caso de textos cujo contedo seja polmico, questionador, ser apropriada uma concluso que proponha solues ou trace perspectivas para o tema discutido. Observe alguns dos procedimentos adequados para se concluir um texto dissertativo: Sntese da discusso apropriada para textos expositivos, limita-se a condensar as ideias defendidas ao longo da explanao. Retomada da tese a confirmao da ideia central. Refora a posio apresentada no incio do texto. Deve-se, contudo, evitar a redundncia ou mera repetio da tese. Proposta(s) de soluo partindo de questes levantadas na argumentao, consiste na sugesto de possveis solues para os problemas discutidos. Com interrogao (retrica) s deve ser utilizada quando trouxer implcita a crtica procedente, que instigue a reflexo do leitor. preciso evitar perguntas que repassem ao leitor a incumbncia de encontrar respostas que deveriam estar contidas no prprio texto. Palavras e expresses adequadas para voc encerrar seu texto:
Portanto... Assim... Logo... Desta forma... Diante do exposto... Em linhas gerais... Em virtude do que foi dito...
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Face ao que foi mencionado... TIPOS DE CONCLUSO a) Concluso-Reforo: esse o tipo bsico de concluso. Nele, simplesmente se refora o ponto de vista apresentado na introduo (dissertao argumentativa) ou resumem-se as informaes transmitidas ao leitor (dissertao expositiva). Lembrese: sem informaes ou argumentos novos! Leia uma dissertao argumentativa sobre a iniciativa de se criarem vagas especiais para negros nas universidades pblicas brasileiras e preste ateno ao ltimo pargrafo, a concluso: b) Concluso com proposta: como o prprio nome denuncia, nela se fazem propostas para solucionar ou pelo menos amenizar o problema abordado. Observao 1: muito comum a concluso ter, ao mesmo tempo, o reforo e a proposta. Observao 2: as propostas tambm podem, dependendo da dissertao, ser apresentadas no desenvolvimento. Leiamos um exemplo de concluso com proposta, produzido a partir do tema: O trabalhador brasileiro, em sua grande maioria, recebe salrio mensal que tem como ponto de referncia a chamada Cesta Bsica. COMIDA (Arnaldo Antunes/Marcelo Fromer/Sergio Brito) Bebida gua Comida pasto Voc tem sede de qu? Voc tem fome de qu? A gente no quer s comida, A gente quer comida, diverso e arte. A gente no quer s comida, A gente quer sada para qualquer parte. A gente no quer s comida, A gente quer bebida, diverso, bal. A gente no quer s comida, A gente quer a vida como a vida quer. Bebida gua. Comida pasto. Voc tem sede de qu? Voc tem fome de qu? A gente no quer s comer, A gente quer comer e quer fazer amor. A gente no quer s comer, A gente quer prazer pra aliviar a dor. A gente no quer s dinheiro, A gente quer dinheiro e felicidade. A gente no quer s dinheiro, A gente quer inteiro e no pela metade. Em Jesus no tem dentes no pas dos banguelas (Tits, 1988).
Observe que na concluso o autor prope que se valorizem os esportes, as artes, a cultura e o lazer pblico. Em seguida, justifica a proposta com a afirmao de que o sentido da vida encontra-se na busca da felicidade.
TERCEIRO MDULO
EXPLORANDO TEMA, TESE e ARGUMENTOS do TEXTO MOTIVADOR
TEXTO 1:TREINADOS PARA A INDIFERENA Se nos tempos de Hitler houvesse televiso em cadeia mundial, ele no teria conseguido manter por tanto tempo campos de concentrao, nem fazer o gueto de Varsvia. A opinio pblica teria apoiado a guerra contra o nazismo desde o seu incio. A falta da televiso atrasou o enorme esforo feito para barrar o avano do totalitarismo. Hoje, o mundo assiste indiferente aos horrores em escala global. Porque vivemos um tempo de indiferena. No Oriente Mdio, h anos assistimos pela televiso ao momento quase exato em que jovens palestinos se suicidam assassinando jovens israelenses e em que soldados israelenses se embrutecem matando jovens palestinos. Cada qual dizendo defender sua prpria terra, eles sacrificam e se sacrificam, diante da indiferena do mundo. Porque o mundo vem treinando h dcadas para ficar indiferente. O terror deve ser interrompido no apenas em defesa da vida de suas vtimas, mas em defesa tambm dos prprios jovens que se suicidam matando; a brutalidade dos soldados deve tambm ser interrompida, no apenas em defesa de suas vtimas, mas tambm dos prprios soldados, que ficaro para
O povo brasileiro no quer ter, em seu salrio, apenas a garantia de uma cesta bsica, capaz de suprir-lhe a alimentao. Como seres humanos que somos, queremos tambm lazer e cultura.
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sempre embrutecidos pela ao violenta que hoje praticam. Mas, o mundo assiste ao martrio dos inocentes cujo nico erro foi estar em um caf no momento em que ali explode uma bomba que eles no esperavam, ou o martrio do terrorista que deliberadamente explode a bomba em seu prprio corpo; ou do jovem palestino vtima de um tiro do soldado israelense; ou o sofrimento do prprio soldado com o corpo protegido dentro de um tanque monumental, mas o esprito vitimado pelas maldades que lhe mandaram executar. Vivemos um mundo onde todos so vtimas, sem uma indignao que faa parar a tragdia. E assistimos em cadeia nacional s exploses, aos tiros, s mortes, porque fomos treinados para isso. H dcadas, assistimos s imagens de crianas morrendo de fome, em um mundo com excedente de alimentos; assistimos a milhes morrendo de Aids, quando a cincia j oferece coquetis salvadores; vemos crianas trabalhando, adultos desempregados, famlias sem atendimento mdico, tudo diante da indiferena. Um mundo que tem quase US$ 40 trilhes de renda mundial concentrada em poucos pases, obriga os povos pobres a pagarem US$ 300 bilhes por ano de servio da dvida, quando apenas 0,1% da renda total seria suficiente para abolir o trabalho infantil, levando 250 milhes de crianas para a escola. Tudo isso diante da indiferena dos governos, dos organismos internacionais e da opinio pblica. Diferentemente da inocente populao nos tempos do nazismo, que no sabia o que acontecia, a populao mundial de hoje no pode dizer que desconhece a realidade. Ela assiste tragdia em cadeia mundial de televiso. H cinquenta anos, as fotos em branco e preto dos campos de concentrao nazistas horrorizaram o mundo, quando publicadas em revistas, anos depois de terem acontecido. Hoje, assistimos ao vivo e em cores, pela televiso, a cenas ainda mais dramticas de campos de concentrao da modernidade, sem cercas, nem guardas, sem totalitarismo, nas estepes africanas ou na periferia das grandes cidades de qualquer pas. E pouco se v de horror ou indignao. Os filmes sobre o gueto de Varsvia nos chocam at hoje, mas no nos chocam as cenas reais transmitidas pela televiso dos modernos guetos que so as favelas dos pobres excludos, no importa a cidade do mundo onde estejam. Porque, banalizando a tragdia, treinamos para a indiferena e endurecemos nossos coraes. A modernidade da globalizao espalhou pelo mundo campos de concentrao e guetos, sem preconceitos tnicos, sem opo poltica, sem necessidade de totalitarismo, acobertados pela indiferena que domina nossos tempos. Dentro de dcadas, quando escreverem a Histria de nosso tempo, no ser o avano tcnico nem a riqueza que definiro nossa era. Tambm no poder ser a pobreza, porque ela apenas uma parte da nossa realidade. Os historiadores tero de encontrar uma expresso que indique ao mesmo tempo a riqueza e a pobreza, a democracia e os
EXERCCIOS PROPOSTOS Qual a tese defendida pelo autor do texto? ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ _______________________________________
Qual seu posicionamento pessoal acerca do assunto em anlise? ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ _______________________________________
TEMA 2: O PRECONCEITO NOSSO DE CADA DIA Preconceito, nunca. Temos apenas opinies bem definidas sobre as coisas. Preconceito o outro que tem... Mas, por falar nisso, j observou o leitor como temos o fcil hbito de generalizar sobre tudo e todos? Falamos sobre mulheres, a partir de experincias pessoais; conhecemos os polticos, aps acompanhar a carreira de dois ou trs; sabemos tudo sobre os militares porque o sndico de nosso prdio um sargento aposentado; discorremos sobre sogras, advogados, professores, motorista de caminho, pees de obras, danarinos, enfim, sobre tudo. Mas discorremos de maneira especial sobre raas e nacionalidades e, por extenso, sobre atributos inerentes a pessoas nascidas em determinados Estados. Afinal, todos sabemos (sabemos?) que os franceses no tomam banho; os mexicanos so preguiosos; os suos, pontuais; os italianos, ruidosos; os japoneses, trabalhadores; e por a afora.
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Sabemos tambm que cariocas so folgados; baianos, festeiros; nordestinos, pobres; mineiros, diplomatas etc. Sabemos ainda que o negro no tem o mesmo potencial que o branco, a no ser em algumas atividades bem-definidas como o esporte, a msica, a dana e algumas outras que exigem mais do corpo e menos da inteligncia. O mecanismo funciona mais ou menos assim: estabelecemos uma expectativa de comportamento coletivo (nacional, regional, racial), mesmo sem conhecermos, pessoalmente, muitos ou mesmo nenhum membro do grupo sobre o qual pontificamos. No nos detemos em analisar a questo um pouco mais a fundo. No nos interessa estudar o papel que a escravido teve na formao histrica de nossos negros. Nada disso. O importante reproduzir, de forma acrtica e boal, os preconceitos que nos so passados por piadinhas, por tradio familiar, pela religio, pela necessidade de compensar nossa real inferioridade individual por uma pretensa superioridade coletiva que assumimos ao carimbar o outro com a marca de qualquer inferioridade. Temos pesos, medidas e at um vocabulrio diferente para nos referirmos ao nosso e ao do outro, numa atitude que, mais do que autocondescendncia, no passa de preconceito puro. Por exemplo, a nossa, religio, a do outro seita; ns temos fervor religioso, eles so fanticos; ns temos hbitos, eles, vcios; ns cometemos excessos compreensveis, eles so um caso perdido; e, finalmente, no temos preconceito, apenas opinio formada sobre as coisas. Ou deveramos ser como esses intelectuais que para afirmar qualquer coisa acham necessrio estudar e observar atentamente? Observar, estudar e agir respeitando as diferenas o que se espera de cidados que acreditam na democracia e, de fato, lutam por um mundo mais justo. De nada adianta protestar contra limpezas raciais e discriminao pelo mundo afora, se no ficamos atentos ao preconceito nosso de cada dia. Jaime Pinsky. O Estado de S. Paulo. So Paulo, 20/5/93. Adaptado. Qual a tese defendida pelo autor do texto? ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ _______________________________________
Qual seu posicionamento pessoal acerca do assunto em anlise? ___________________________________________ ___________________________________________ ___________________________________________ _______________________________________
Chegando ao terceiro milnio, o homem ainda no conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos, pois existem populaes imersas em completa misria, a paz interrompida frequentemente por conflitos internacionais e, alm do mais, o meio ambiente encontra-se ameaado por srio desequilbrio ecolgico. Embora o planeta disponha de riquezas incalculveis estas, mal distribudas, quer entre Estados, quer entre indivduos encontramos legies de famintos em pontos especficos da Terra. Nos pases do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regies da frica, v-se, com tristeza, a falncia da solidariedade humana e da colaborao entre as naes. Alm disso, nestas ltimas dcadas, tem-se assistido, com certa preocupao, aos conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memria a lembrana das guerras do Vietn e da Coria, as quais provocaram grande extermnio. Na atualidade, as pessoas testemunham conflitos na antiga Iugoslvia, em alguns membros da Comunidade dos Estados Independentes. Ainda, deve-se mencionar a Guerra do Golfo, que tanta apreenso nos causou. Outra preocupao constante o desequilbrio ecolgico, provocado pela ambio desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as guas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agresses, acabe por se transformar em local inabitvel. Em virtude disso, as pessoas so levadas a acreditar que o homem est muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidria. desejvel que providncias sejam tomadas no sentido de melhorar a vida no mundo contemporneo. Dessa forma, o mundo aprender a conviver com as adversidades se preocupando em super-las.
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