A Igreja Neopentecostal
A Igreja Neopentecostal
A Igreja Neopentecostal
As pessoas querem optar pela sua “preferência” religiosa sem ser importunadas por
opiniões contrárias. Os critérios que orientam essas escolhas são todos íntimos e
subjetivos. Semelhantemente, também não tentarão impor sua nova opção de fé a
ninguém.
Na Igreja, o que antes era convicção, hoje é opção. Os mandamentos divinos passaram a
ser sugestões divinas. A igreja é orientada por aquilo que dá certo e não por aquilo que
é certo. O pragmatismo missionário e o “novo poder” da igreja (político, econômico,
tecnológico, etc) esvaziou o significado da oração e seu espaço na tarefa da igreja.
Confiamos mais em nossos recursos e menos em Deus, superestimamos o poder de
César e subestimamos o poder de Deus. As ferramentas ideológicas e tecnológicas
tornaram-se mais eficientes que a comunidade e a comunhão.
Nossa tarefa apologética para esta era pós-moderna é restaurar a confiança na verdade.
A Bíblia continua sendo a Palavra de Deus. A Bíblia é um documento inspirado da
revelação divina, quer este ou aquele indivíduo receba ou não o seu testemunho.
Devemos, pois, respeito e obediência à Bíblia, não por ser letra fixa e estática, mas
porque, sob a orientação do Espírito Santo, essa letra é a Palavra viva do Deus vivo
dirigida não só ao crente individual, mas à Igreja em geral.
A igreja precisa rever sua atuação, olhando para o Senhor Jesus e lançando-se
humildemente de volta às Escrituras, resgatando sua identidade e o seu chamado. Se
abrirmos mão da Palavra de Deus como verdade absoluta, correremos sérios riscos
diante de uma sociedade sem referenciais, mas principalmente diante de um Senhor
zeloso que rege a história e têm em suas mãos todo o domínio e todo o poder.
É difícil categorizá-las adequadamente, não só por serem ainda recentes, mas porque, ao
lado de alguns traços comuns, também apresentam diferenças significativas entre si. A
Igreja Mundial investe fortemente na cura divina. Seu apóstolo garante que ninguém
realiza mais milagres do que ele. Seu estilo é personalista e carismático. Caminha no
meio dos fiéis, deixa que as pessoas recolham o suor do seu rosto para fins terapêuticos,
às vezes é ríspido com os auxiliares. O missionário da Igreja Internacional é simpático e
bonachão; parece um pastor à moda antiga. É também polivalente: prega, canta, conta
piadas, anuncia produtos e serviços. Controla com rédea curta o seu pequeno império.
Todavia, nenhuma dessas igrejas vai tão longe na ruptura de paradigmas quanto a
IURD. Dependendo do ângulo de análise, parece protestante ou católica. Seu carro-
chefe é a teologia da prosperidade. Defende sem pejo a ética da sociedade de consumo.
Seu líder está entrando na lista dos homens mais ricos do país.
O problema hermenêutico
Uma grave deficiência dessas novas igrejas está na maneira como interpretam a Bíblia.
Os reformadores protestantes insistiram no valioso, porém arriscado, princípio do “livre
exame das Escrituras”, ou seja, de que todo cristão tem o direito e o dever de ler e
estudar por si mesmo a Palavra de Deus. Acontece que muitos viram nisso uma licença
para a livre interpretação do texto sagrado, o que nunca esteve na mente dos líderes da
Reforma. Eles lutaram contra uma abordagem individualista e tendenciosa da Escritura,
insistindo na adoção de princípios equilibrados de interpretação que levavam em conta
o sentido literal e gramatical do texto, a intenção original do autor, o contexto histórico
das passagens e também a tradição exegética da igreja. Por essas razões, eles rejeitaram
o antigo método de interpretação alegórica, isto é, a busca de sentidos múltiplos na
Escritura, por entenderam que ela obscurecia e distorcia a mensagem bíblica.
Fundamento questionável
A teologia da prosperidade, que serve de base para boa parte da pregação e das práticas
neopentecostais, é uma das mais graves distorções do evangelho já vistas na história
cristã. Essa abordagem teve início nos Estados Unidos há várias décadas, sob o nome de
“health and wealth gospel”, ou seja, evangelho da saúde e da riqueza. No
neopentecostalismo, essa se torna a principal chave hermenêutica das Escrituras. Tudo
passa a ser visto dessa perspectiva reducionista acerca do relacionamento entre Deus e
os seres humanos. O raciocínio é que Cristo, através da sua obra na cruz, veio trazer
solução para todos os tipos de problemas humanos. Na prática, acaba se dando maior
prioridade às carências materiais e emocionais, em detrimento das morais e espirituais,
muito mais importantes.
Conclusão
O neopentecostalismo representa um grande desafio para as igrejas históricas e mesmo
para as pentecostais clássicas. Esse movimento tem encontrado novas formas de atrair
as massas que não estão sendo alcançadas pelas igrejas mais antigas. Nem todos os
grupos padecem dos males apontados atrás. Muitas igrejas neopentecostais são
modestas, evangelizam com autenticidade e não se rendem à tentação dos resultados
rápidos, dos projetos megalomaníacos e dos métodos incompatíveis com o evangelho. O
grande problema está nas megaigrejas e seus líderes centralizadores, ávidos de fama,
poder e dinheiro. Estes precisam arrepender-se e voltar às prioridades da mensagem
cristã, buscando em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, para que então as
demais coisas lhes sejam acrescentadas.
Mas, não é somente isso. Hoje, as igrejas evangélicas pentecostais tradicionais correm o risco de
ser minadas pelo liberalismo teológico, através dos obreiros e pastores que vão buscar um
diploma de teologia reconhecido pelo MEC em universidades públicas e seminários dominados
pelo velho liberalismo teológico. Não há nada errado em almejar um diploma desses, mas é que
as instituições credenciadas para emiti-los usam o chamado "método científico" para estudar a
Bíblia, método esse que parte do pressuposto que ela é simplesmente um livro religioso e não a
infalível Palavra de Deus.
As igrejas históricas continuam pequenas e sem muito poder de fogo no cenário nacional,
embora sejam elas que estejam fornecendo os professores de seminários onde os demais
evangélicos vão buscar diplomas reconhecidos. São elas, também, que estão na linha de frente
provendo informações e estudos sobre as questões éticas que estão sendo debatidas hoje no
Brasil, como, por exemplo, a lei da homofobia. Algumas dessas denominações tradicionais estão
totalmente divididas internamente entre conservadores, pentecostais e liberais, que lutam por
tomar o controle dessas denominações.
Em outras palavras, não vejo o atual cenário brasileiro evangélico com muito otimismo, embora
recentemente tenham acontecido algumas coisas que sugerem que nem tudo está perdido. Uma
denominação histórica que estava muito minada por pastores e professores de teologia liberais
deu uma reviravolta e cortou toda e qualquer relação com organismos ecumênicos que envolvam
o catolicismo. Para muitos foi um retrocesso, para mim, um avanço. Percebo igualmente um
aumento do interesse de muitos, especialmente dos pentecostais, pela teologia reformada, pela
teologia conservadora séria, erudita e pastoral, que traz um misto de profundidade e piedade.
Cresce bastante o mercado de livros evangélicos com boa teologia e boa prática. Isso traz alguma
esperança.
Por outro lado, o apelo que o neopentecostalismo faz à alma católica dos evangélicos é muito
grande: objetos ungidos, relíquias, líderes apostólicos, prosperidades, milagres físicos – tudo
herança do catolicismo na mentalidade brasileira. Mas, muitas igrejas tradicionais já estudaram
o assunto e já tomaram posição sobre ele. A Igreja Presbiteriana do Brasil, por exemplo, tem
veiculado cartas pastorais que instruem seus membros sobre o movimento G-12, as práticas da
Universal do Reino de Deus, coreografia e dança litúrgica, para mencionar alguns. Isso ajuda os
membros e pastores presbiterianos a ficarem firmes contra essas práticas.
Augustus: Como alguém já disse, “é muito difícil profetizar sobre o futuro”. O presente sugere
que esse futuro não é róseo. O crescimento vertiginoso entre os evangélicos do pragmatismo, o
relativismo, o liberalismo, a libertinagem, associado à desorganização e à fragmentação do
movimento evangélico só pode pressagiar dias maus pela frente, a menos que Deus tenha
misericórdia de Sua Igreja e intervenha de forma poderosa, como já fez várias vezes no passado.
O que mais me preocupa quanto ao futuro é que os evangélicos estão cada vez mais achando que
os valores morais e doutrinários são relativos e cada vez mais abandonando o conceito de
verdades absolutas e permanentes. Essa tendência é o resultado óbvio da influência do
relativismo que permeia a cultura brasileira.
• Comunidade da Graça
• Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra
• Convenção Batista Nacional
• Igreja Apostólica Renascer em Cristo
• Igreja Apostólica Fonte da Vida
• Igreja Bola de Neve
• Igreja Comunhão Plena
• Igreja Celular Internacional
• Igreja Evangélica Templo das Águias
• Igreja Internacional da Graça de Deus
• Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo
• Igreja Novo Destino
• Igreja Mundial do Poder de Deus
• Igreja Tabernáculo Evangélico de Jesus
• Igreja Universal do Reino de Deus
• Igreja Evangélica Verbo da Vida
• Ministério Apascentar
• Ministério Internacional da Restauração
• Missão Socorrista Evangélica
• O Movimento G12 ou M12.
Somente amparados por esta teoria podemos encontrar um sentido para o fenômeno do
progresso das igrejas neopentecostais no Brasil e no mundo. No entanto, faz-se
necessário conhecermos sob quais idéias o conceito de “Neopentecostalismo” se
ampara. Segundo a crença cristã, após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, os
apóstolos temiam ser perseguidos e, por isto, passaram a viver escondidos. Eis que,
diante do medo de evangelizar dos discípulos, Deus teria enviado sobre cada um deles,
que estavam reunidos, línguas de fogo do Espírito Santo, entidade à qual se atribui o
poder de inspirar e dar novo ânimo aos batizados. A partir deste fenômeno, os mesmos
teriam ficado cheios de um novo ar, teriam se reavivado. Tal acontecimento se revestiu
de um caráter absolutamente mágico e fantástico da manifestação do Espírito Santo,
denominado Pentecostes 4. Sendo assim, se uma igreja se denomina pentecostal, evoca
um “avivamento”, um entusiasmo diferenciado justamente por seu caráter divino.
O prefixo “Neo” também nos induz a pensar que teria existido um outro fenômeno
precedente, que o atual buscaria reeditar. De fato, as primeiras fontes que temos em
relação ao pentecostalismo no Brasil datam da década de 1960, e dizem respeito ao
surgimento de igrejas protestantes que traziam muita contribuição de fenômenos
similares surgidos no Estados Unidos. O pentecostalismo tradicional enfatiza em suas
práticas a atualização dos dons do Espírito Santo, a inspiração pelo mesmo, o “batismo
de fogo”, a conversão e libertação do mal demoníaco, um puritanismo de conduta e um
distanciamento do mundo 5.
As igrejas neopentecostais se destacam a partir dos finais dos anos 1970 e se fortalecem
a partir de meados dos anos 1980. Não há como definir uma marca principal ou
específica do movimento, isto porque ele encarna várias facetas. Neste trabalho, iremos
nos ocupar, justamente, em evidenciar as características mais polêmicas deste fenômeno
que vem despertando a curiosidade dos demais grupos evangélicos 6, dos católicos e
afro-brasileiros. Também a Academia tem se ocupado na análise do
neopentecostalismo, ação que demanda um esforço cooperativo entre a História, a
Psicologia, a Sociologia, a Antropologia e, até mesmo, a Publicidade, denotando a
complexidade do terreno que pretendemos explorar.
Sendo assim, é importante esclarecer que não iremos efetuar nenhuma análise de caráter
profundo em relação às conexões com as disciplinas evocadas no parágrafo anterior.
Nosso intuito é de trazer à tona as principais características das quais o
neopentecostalismo se reveste, o que pode trazer alguma contribuição para o
entendimento do sucesso do nosso objeto de estudo no mundo contemporâneo.
No entanto, até agora tratamos somente de aspectos mais estruturais do nosso objeto,
aqueles que menos incitam polêmicas. O centro dos debates se encontra, naturalmente,
nos paradigmas da espiritualidade próprios a esta tendência. Para que compreendamos
todos eles, precisamos conhecer a partir de qual pressuposto o neopentecostalismo age.
A Teologia da Prosperidade, surgida nos EUA, prega que a pobreza é de origem
demoníaca e que o verdadeiro Deus, que seria um pai amoroso e rico, teria a vontade de
ver seus filhos sadios e prósperos. Aquele que vive excluído deste plano de riqueza
estaria fora dos propósitos divinos.
Todo aquele que crê nesta doutrina teria o direito de exigir de Deus a realização
imediata de seus anseios devido à promessa de aliança feita com Ele, a partir da morte
sacrificial de Jesus. Deste modo, Deus estaria obrigado a resolver os assuntos de saúde,
de riqueza e de felicidade daqueles filhos que manifestassem fé incondicional 11. No
entanto, esta incondicionalidade da fé se manifesta na oferta de dinheiro, que deve ser
generosa na proporcionalidade da graça que se deseja receber. A oferta é feita na lógica
do sacrifício, e não da compra da benção, o gasto com o sagrado não deve ser medido 12.
Sendo assim, podemos afirmar que há o deslocamento do sentido do dinheiro, que,
historicamente visto como algo impuro, assume aqui o papel de realizador da mediação
com o sagrado 13. E mais, obedece a parâmetros quantitativos, já que a chance de receber
a graça depende do valor ofertado.
Tal “informativo”, com uma tiragem que varia de 2.500.000 a 3.000.000 de exemplares,
é distribuído gratuitamente em locais de grande movimento, como a estação de trens
urbanos Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Estrategicamente, o jornal, os programas
de televisão e rádio, além dos livros lançados 16, agem como captadores de grupos de
pessoas insatisfeitas, na atração para a possibilidade de sucesso a partir da experiência
religiosa.
“A IURD como empresa religiosa sempre soube, desde seu início, na figura
caris¬mática de seu líder maior, Edir Macedo, utilizar as mais modernas técnicas
mer¬cadológicas de convencimento, tendo consciência de que, na sociedade de
consumo, o êxito de qualquer empre¬endimento depende diretamente da satisfação das
necessidades do público consumidor.” 21
Podemos concluir que tal caráter abre caminho para uma aceitação e incentivo ao prazer
de viver bem, de desfrute do corpo saudável e da riqueza para benefício próprio.
neopentecostalismo perdeu no caminho o tradicional mal estar do cristão no mundo. O
mundo não é algo estranho, ambiente de sofrimento e aprimoramento espiritual para o
alcance do céu como recompensa. Uma vida próspera é sinalizadora de profunda
comunhão com um Deus de opulência, graça que só se alcança através de grandes
sacrifícios pessoais medidos na generosidade da oferta em dinheiro. O ambiente
eclesiástico deve estar revestido de atmosfera de grandiosidade, vide o tamanho dos
templos, e de festividade, produzindo o que podemos chamar de “religião de
espetáculo”, onde os aparatos midiáticos têm grande peso.
b) NEO-PENTECOSTALISMO:
Nos anos 50, surge um novo grupo pentecostal fazendo dos milagres e da cura divina
sua principal ênfase, diferente do primeiro grupo, onde a ênfase recaía sobre a
glossolalia; entretanto, a marca fundante e o aspecto doutrinário principal
permaneceram inalterados. Esse segundo grupo pentecostal é liderado pela Igreja do
evangelho quadrangular quando dois atores do cinema americano chegam ao Brasil em
1951: Harold Williams e Raymond Boatright. Suas primeiras atividades foi o trabalho
debaixo de tendas para suas reuniões. Um outro aspecto foi a difusão por meio do rádio
(que era considerado até então pelo pentecostalismo clássico como atividade
“mundana”). Foi a Igreja do Evangelho quadrangular que criou a primeira escola
teológica pentecostal. Fazem parte, ainda, desse primeiro grupo: Igreja Pentecostal O
Brasil para Cristo (1956); Igreja Pentecostal Deus é Amor (1957); Igreja de Nova Vida
(1960); Casa da Benção (1964), Metodista Weslyana (1967). Além desses, muitos
outros pequenos grupos surgem no Brasil, com o mesmo modelo e ênfases. É
importante notar as diferenças que começam a surgir no pentecostalismo dentro desse
grupo. Em primeiro lugar a ênfase muda para as curas e as visões apesar de as línguas
fazerem parte da experiência pentecostal. Um outro aspecto que começa a mudar é a
participação nas atividades da sociedade como o uso do rádio, uso de estilos musicais
mais modernos, criação de seminários de teologia.
c ) PÓS-PENTECOSTALISMO
Com esse grupo tem início a uma ruptura com a igreja pentecostal e um apego em suas
práticas ao sincretismo religioso. Entendemos que nos anos setenta, o país recebe o
impacto deste grupo pentecostal, junto com uma crise econômica sem precedentes, uma
crise internacional do petróleo e vivendo uma ditadura militar. O grande discurso
religioso desses grupos é que a culpa de todos os males, financeiros, de saúde e da
moral, é do diabo. Com essas idéias surge então o Salão da Fé (1975), a Igreja Universal
do Reino de Deus (1977), a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980) e várias outras
igrejas menores com essas mesmas idéias teológicas e práticas sincréticas dentro do
pentecostalismo. Ficaram para trás as preocupações escatológicas e até mesmo a
glossolalia que no início do século XX era a grande bandeira do pentecostalismo.
Este ensino afirma que se alguém possue algum problema relacionado a pornografia,
nervosismo, divórcio, aloolismo, depressão, adultério, alcoolismo e muitos outros, é por
que um antepassado ou a geração passada está afetando e isso precisa ser quebrado.
(mesmo se a pessoa já for um cristão).Outras questões são quanto as questões criadas
por essa corrente sobre: ‘espíritos familiares’, ‘maldição de nomes próprios”, “espiritos
territoriais’, ‘mapeamento espiritual’, a’ crença na morte espiritual de Jesus’. Esse
assunto é uma confirmação das raízes da confissão positiva: o gnosticismo. Uma outra
questão muito delicada é a questão da batalha espiritual. A igreja cristã não pode negar a
verdade desta luta, mas deve ser ponderada, nesse caso específico, para aqueles, o
cristão pode ter sua vida afetada e ele ser possuido pelos demônios. Seu maior expoente
neste modelo de teologia é Kenneth Hagin.