Sebenta Total
Sebenta Total
Sebenta Total
MODULAÇÃO DE IMPULSOS
(Introdução à codificação de sinais)
Outubro de 2007
Em muitos sistemas de transmissão de dados, os sinais
analógicos são primeiro convertidos na forma digital pelo
transmissor, transmitidos na forma digital e finalmente
reconstruídos no receptor em sinais analógicos. O sinal resultante
segue, normalmente, o sinal de entrada mas não é exactamente o
mesmo, uma vez que o quantificador, no transmissor, produz os
mesmos dígitos (código) para todos os valores que caem num
mesmo intervalo, de um número finito de intervalos.
Joel Max
1 INTRODUÇÃO. ........................................................................................1
APÊNDICES ..................................................................................................57
APÊNDICE 1 - FUNÇÃO DE AUTO-CORRELAÇÃO TEMPORAL DE UMA SINUSÓIDE DISCRETA....57
APÊNDICE 2 – SINUSÓIDE COM PREDITOR UNITÁRIO .............................................................58
APÊNDICE 3 - SNR PARA A MODULAÇÃO ∆Σ DE ORDEM N ..................................................59
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS .....................................................................61
BIBLIOGRAFIA............................................................................................77
GLOSSÁRIO DE ACRÓNIMOS.................................................................79
Introdução. 1
1 Introdução.
Este texto discute a codificação digital de sinais, dando ênfase aos sinais
de fala. Existem diversos métodos de codificação de sinais de fala: codificação de
forma de onda; codificação paramétrica; e codificação híbrida. Serão
apresentados apenas os métodos de codificação de forma de onda, de débito
binário mais elevado, e serão apresentados os codificadores desta classe
normalizados pelo ITU-T1. Estes correspondem a um capítulo introdutório sobre
codificação de fonte.
2 Conversão analógico-digital
1
ITU-T, International Telecommunication Union - Telecommunication Standardization Sector.
Anteriormente a 1993 denominava-se CCITT (Comité Consultatif International Téléphonique et
Télégraphique).
2
Sinal eléctrico que tem uma variação análoga à variação da grandeza física que quer representar.
Conversão analógico-digital 3
2.1 Amostragem
∞ ∞
mδ (t ) = m(t ) × δ Ts (t ) = m(t ) ∑ δ (t − nTs ) = ∑ m(nTs )δ (t − nTs ) . (2.1)
n = −∞ n = −∞
f s ≥ 2W , (2.2)
Figura 2.1
Interpretação da amostragem no domínio da frequência
Em a) representa-se o espectro de um sinal de entrada m(t), com banda limitada W. Em b)
representa-se o espectro do sinal amostrado. A reconstrução do sinal é possível sem distorção
por filtragem passa-baixo à frequência de corte fs/2, pois W<fs/2. Em c) representa-se o
sinal amostrado em que as repetições espectrais se sobrepõem (aliasing), pois W>fs/2.
∞
m(t ) = ∑ m(nTs )sinc( f s (t − nTs )) . (2.3)
n =−∞
Figura 2.2
Interpretação da reconstrução do sinal no domínio do tempo.
O sinal é reconstruído por sobreposição de funções sinc, correspondentes à resposta
impulsiva do filtro de reconstrução, pesadas pelos valores da amostra correspondente e
deslocadas para a sua posição. As funções tomam o valor zero na posição de todas as
outras amostras.
Figura 2.3
Cadeia de amostragem e reconstrução, com filtro anti-aliasing.
6 Modulação de impulsos Carlos Meneses
Figura 2.4
Esquema de blocos equivalente à amostragem e retenção de
duração T ou modulação por amplitude de impulsos (PAM).
que tem o primeiro zero em f=1/T. Este filtro distorce o espectro, pelo que na
reconstrução esta distorção deve ser compensada. O filtro reconstrutor deixa de
Conversão analógico-digital 7
1 1
= , -fs/2 ≤ f ≤fs/2, (2.5)
H ( f ) Tsinc( fT )e − jTπf
Figura 2.5
Módulo da resposta em frequência do filtro de retenção de ordem
zero e respectiva compensação na reconstrução.
Se T<<Ts, podem-se colocar sinais de diversas fontes, cada uma nas zonas
de não existência de impulsos das outras fontes, conseguindo-se partilhar o
mesmo canal de transmissão por divisão no tempo (TDM – Time Division
Multiplexing). Quanto T =T s (amostragem e retenção até à próxima
amostragem), à sequência amostragem e retenção dá-se o nome de S&H (S&H –
Sampling and Hold).
2.3 Quantificação
Figura 2.6
Amostragem e quantificação de sinais.
O sinal analógico m(t) é amostrado dando origem ao sinal m±(t).
A quantificação torna o sinal discreto, reconhecendo-se na figura 8 valores de
quantificação. No gráfico, o sinal quantificado é representado em PAM com duração do
período de amostragem (amostragem e retenção).
v j + v j −1
tj = . (2.7)
2
Figura 2.7
Funções entrada-saída dos quantificadores
(a) midtread e (b) midrise.
10 Modulação de impulsos Carlos Meneses
codificador PCM resultante denomina-se PCM uniforme. Para uma gama entre
–V e V e utilizando um número L de valores coincidente com uma potência de 2
de modo a optimizar o número R de bits de codificação por amostra, esta
dimensão3 é dada por:
2V 2V
∆q = = R. (3.1)
L 2
3
Assume-se quantificação midrise, sendo os cálculos aproximados para quantificação midtread.
PCM - Modulação por código de impulsos 11
2
∞
1
∆q / 2
∆q V2
σ = ∫ q f Q (q )dq =
2 2
∫ q dq =
2
= , (3.2)
∆q 3 × 22R
q
−∞ − ∆q / 2
12
Figura 3.1
Função densidade de probabilidade (pdf) do ruído de quantificação em PCM
com quantificação uniforme.
ou em decibéis4:
⎛ 3P ⎞
SNRdB = 6,02 R + 10 log10 ⎜ 2 ⎟ . (3.4)
⎝V ⎠
A relação sinal ruído aumenta 6,02 dB por cada bit de codificação por
amostra, sendo também função da relação entre a potência do sinal de entrada e
o quadrado do valor máximo de quantificação V. Por exemplo, a uma
diminuição da amplitude para metade corresponde uma diminuição em potência
de 0,25 ou de 6,02 dB de SNR. Este resultado pode ser interpretado como a
utilização de menos 1 bit de codificação por amostra, já que nunca são
produzidas metade das possibilidades do código. Por outro lado, a amplitude do
sinal, mmax, não deve ser superior ao valor máximo de quantificação, V. Caso
contrário produz-se ruído de saturação de amplitude, deixando as equações 3.2 a
3.4 de ser válidas.
Rb = R × f s . (3.7)
4
decibel (dB), 10 x a relação logarítmica entre duas potências (10 log10 (P2/P1). Cada 3 dB corresponde à duplicação da
relação de potências (10 log10 (2) = 3 dB). A potência sonora Ps é usualmente medida em decibéis, ao compara-la com uma
potência de referência P0=10-12, considerada o limite inferior de audibilidade, ou seja, Ps (dB) = 10 log10 (Ps/P0) =
10 log10((Ps)+120 (dB).
PCM - Modulação por código de impulsos 13
Pn dB Entrada SNR dB
-45 7,9
-35 17,9
-25 27,9
-20 32,9
-15 37,9
-10 42,9
-4,77 Triangular ou distribuição uniforme 48,2
-3 sinusoidal 49,9
0 quadrada 52,9
Tabela 3.2
Valores da SNR de quantificação, com R=8 bits (64 kbit/s para sinais
amostrados a 8 kHz), função da potência normalizada do sinal de entrada.
Por cada bit adicional de codificação a SNR aumenta 6,02 dB.
∆q/2=2-17=15 µV para V=1 Volt, que se pode confundir com o ruído térmico
nos sistemas electrónicos utilizados).
14 Modulação de impulsos Carlos Meneses
Figura 3.2
Não linearidade seguida de quantificação uniforme,
equivalente à quantificação não uniforme.
PCM - Modulação por código de impulsos 15
2 g (V )
∆j ≈ , (3.8)
Lg ′(v j )
t j +1
Nj = (m − v j ) 2 f M (m)dm , (3.9)
∫t
j
∆3j
t j +1
N j ≈ f M (v j ) ∫ (m − v j ) dm ≈ f M (v j )
2
, (3.10)
tj
12
16 Modulação de impulsos Carlos Meneses
g (V ) 2 f M (v j )
Nj = ∆j. (3.11)
3L2 g ′(v j ) 2
g (V ) 2
L L f M (v j ) g (V ) 2
mmax
f M ( m)
σ = ∑Nj =
2
∑ ∆j ≈ ∫ dm , (3.12)
3L2 j =1 g ′(v j ) g ′(m) 2
2
3L2
q
j =1 − mmax
P 3L2 P
SNRq = = , (3.13)
σ q2 mmax i
f M ( m)
∫
2
g (V ) dm
− mmax g ′(m) 2
sendo necessário, para calcular a SNR final, ser conhecida a derivada da não
linearidade e a distribuição do sinal de entrada. No caso particular da
quantificação uniforme, a derivada da função vale 1 e a equação 3.13 reduz-se à
equação 3.3. Esta conclusão é válida mesmo para linearidades em que
g(m)=Km, pois valendo a derivada K=g(V)/V e assumindo V= mmax, teremos
para o denominador da equação 3.13:
f M (m )
mmax m m
K 2 2 max max
g ′(m )
2 2
− mmax K − mmax − mmax
3L2 P 3L2
SNR q = = . (3.15)
mmax
g (mmax ) 2
2 g (V ) 2 ∫m
2
f M (m)dm
0
1 + ln( A m ) 1
g (m ) = ± ≤ m ≤1
1 + ln( A) A . (3.16)
1
g (m ) = ±
Am
0≤ m ≤
1 + ln( A) A
A=87,56
A=10
Uniforme
A=1
Figura 3.3
Lei-A
São ilustradas as funções não-lineares Lei-A, que dão origem a uma quantificação
não uniforme. O valor normalizado pela recomendação ITU-T G.711 é A=87,56.
Só são apresentados valores positivos, tendo as curvas características ímpares.
1 1
g ′(m ) = ≤ m ≤1
m(1 + ln( A)) A
, (3.17)
1
g ′(m ) =
A
0≤ m ≤
1 + ln( A) A
a SNR virá:
3L2 P 3L2
SNRq ≈ = = 0,1L2 , (3.18)
2(1 + ln( A) )
1
(1 + ln( A) ) 2
∫m
2 2
f M (m)dm
0
ou, em decibéis:
Para a Lei-µ:
ln(1 + µ m )
g (m ) = ± 0 ≤ m ≤1 , (3.20)
ln(1 + µ )
µ 1
g ′(m ) = , (3.21)
ln(1 + µ ) 1 + µ m
pelo que a SNR virá, com o valor normalizado µ=255, aplicando a equação 3.13:
3L2 µ 2P
SNRq =
ln(1 + µ )
2 1
2∫ (1 + µ m ) f (m)dm
2
0
3L2 µ 2P , (3.22)
=
(ln(1 + µ )) 2
1 + µ P + 2µE [ m ]
2
3L2
≈ ≈ 0,1L2
(ln(1 + µ )) 2
50,0
40,0
Companding Lei-µ
SNR (dB)
30,0
20,0
10,0 Uniforme
0,0
-60 -55 -50 -45 -40 -35 -30 -25 -20 -15 -10 -5 0
unif orme -7,1 -2,1 2,9 7,9 12,9 17,9 22,9 27,9 32,9 37,9 42,9 47,9 52,9
Lei-u 24,6 28,5 31,7 34,1 35,7 36,7 37,3 37,6 37,8 37,9 38,0 38,0 38,0
Figura 3.4
Relação sinal ruído em PCM com companding Lei-µ(255) e sua
comparação com PCM com quantificação uniforme, função da potência
normalizada do sinal de entrada, para 8 bits por amostra. De realçar a
característica quase constante do companding e o seu melhor desempenho em
relação ao PCM com quantificação uniforme para potências abaixo dos -14,77 dB.
t j +1
∫ (m − v )
L L
σ = ∑Nj = ∑
2
q j
2
f M (m)dm , (3.23)
j =1 j =1
tj
5
corpus: conjunto de sinais de fala. Termo utilizado na investigação e desenvolvimento de
aplicações com processamento de fala.
24 Modulação de impulsos Carlos Meneses
0.2 0.2
0.15 0.15
0.1 0.1
0.05 0.05
0 0
-1 -0.5 0 0.5 1 -1 -0.5 0 0.5 1
a) b)
0.2 0.2
0.15 0.15
0.1 0.1
0.05 0.05
0 0
-1 -0.5 0 0.5 1 -1 -0.5 0 0.5 1
c) d)
0.2
0.15
0.1
0.05
0
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
e)
Figura 3.5
Exemplo do algoritmos Lloyd-Max. Histograma de um sinal de fala.
Em a) é ilustrado o quantificador uniforme utilizado para inicializar o
algoritmo. Em b) são mostrados os novos valores de quantificação,
obtidos pela média dos valores de cada intervalo de quantificação,
pesados pelos respectivos valores do histograma. Em c) e d) é ilustrada a
segunda iteração, partindo dos valores obtidos na iteração anterior.
Em e) são apresentados os
O - Valores de quantificação uniforme (SNR= -0,2 dB) e os
- Valores óptimos (SNR= 7,5 dB), obtidos após 9 iterações.
PCM - Modulação por código de impulsos 25
0.05
0.04
0.03
0.02
0.01
0
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Figura 3.6
Histograma de um sinal com distribuição sinusoidal.
O - Valores de quantificação uniforme (SNR= 12,8 dB) - Valores óptimos (SNR= 13,8
dB).
Distribuição Distribuição
Gaussiana “Sinusoidal”
R=2 R=3 R=4 R=2 R=3 R=4
0,4528 0,2451 0,1284 0,2971 0,1436 0.0697
1,510 0,7560 0,3831 0,8540 0,4267 0.2086
1,344 0,6568 0,6973 0.3470
2,152 0,9424 0,9384 0.4839
1,256 0.6176
1,618 0.7466
2,069 0.8673
2,733 0,9732
Tabela 3.4
Valores dos valores de quantificação para sinais com funções
densidade de probabilidade Gaussiana e Gamma.
Os valores de decisão deverão estar equidistantes dos valores de
quantificação do respectivo intervalo.
26 Modulação de impulsos Carlos Meneses
0.8
0.6
0.4
0.2
m[n]
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
m[n-1]
Figura 4.1
Semelhança entre amostras adjacentes em sinais de baixa frequência.
Amostras de um sinal de fala função das respectivas amostras anteriores. A
semelhança pode ser verificada pois esta função apresenta-se à volta de uma
recta de declive unitário.
Codificação preditiva – modulação diferencial 27
a) Emissor DPCM
b) Receptor DPCM
Figura 4.2
Modulação por codificação de impulsos diferenciais.
Em a) apresenta-se o esquema de blocos de um emissor por modulação de impulsos
diferenciais, e em b) o respectivo receptor, correspondendo a parte do emissor.
28 Modulação de impulsos Carlos Meneses
q[n] = m[n] − mq [n] = (m p [n] + e[n]) − (m p [n] + eq [n]) = e[n] − eq [n] , (4.1)
2V1
∆q = . (4.2)
2R
P 12 P
SNRq = = , (4.3)
σ 2
q ∆q
2
Codificação preditiva – modulação diferencial 29
A SNR virá, pela equação 3.4, com a mesma alteração de V por V1,
⎛ 3P ⎞
SNRdB = 6,02 R + 10 log10 ⎜⎜ 2 ⎟⎟ . (4.4)
⎝ V1 ⎠
V2 V
10 log10 2 = 20 log10 . (4.5)
V1 V1
⎛ 3P P ⎞ ⎛ 3P ⎞
SNRdB = 6,02 R + 10 log10 ⎜⎜ 2e ⎟⎟ = Gp dB + 6,02 R + 10 log10 ⎜⎜ 2e ⎟⎟
⎝ V1 Pe ⎠ ⎝ V1 ⎠ (4.6)
= Gp dB + SNR PCMdB (e[n]) ,
P
Gp = . (4.7)
Pe
Figura 4.3
Distorção de declive em codificação DPCM.
Em DPCM não existe distorção de amplitude mas pode existir distorção de
declive (slope overload), quando a variação do sinal de entrada no intervalo
entre amostras for superior à tensão máxima de quantificação V1.
P V2
Gp = ≈ , (4.9)
Pe V12
e V1 virá, aproximadamente,
V2
V1 ≈ . (4.10)
Gp
⎛ 3P ⎞
SNRdB ≈ Gp dB + 6,02 R + 10 log10 ⎜ 2 ⎟ = Gp dB + SNR PCMdB (m[n]) . (4.11)
⎝V ⎠
Pmq = P + σ q2 ≈ P , (4.12)
6
A potência do sinal soma só é igual à soma das potências desde que os sinais sejam ortogonais. Para um
número suficiente de bits, pode-se considerar que o ruído de quantificação é ortogonal ao sinal de entrada.
32 Modulação de impulsos Carlos Meneses
∑ (m[n] − am q [n − 1])
1 N 2 1 N
Pe = lim ∑ e [n] = lim
N →∞ 2 N N →∞ 2 N
n=− N n=− N
1 N 2 1 N 2 2 1 N
= lim ∑ m [n] + lim ∑ a m q [n − 1] − lim ∑ 2am[n]m q [n − 1] , (4.13)
N →∞ 2 N N →∞ 2 N 2 N N →∞ n = − N
n=− N n=− N
(
≈ P + a P − 2aR[1] = P 1 + a − 2ar [1]
2 2
)
sendo r[k] a função de auto-correlação com atraso kTs, normalizada pela
potência P=R[0]. O ganho de predição (não em dB) virá:
P 1
Gp = = . (4.14)
Pe (
1 + a − 2ar [1]
2
)
Uma desvantagem da codificação DPCM em relação à codificação PCM
prende-se com a propagação de erros do canal de transmissão. Em PCM, um
erro no canal de transmissão afecta apenas a amostra correspondente, enquanto
que em DPCM este erro é propagado às amostras posteriores, pois o sinal de
saída é calculado através do sistema linear representado por:
Se |a|< 1, então o erro é atenuado a cada iteração e tende para zero tão mais
rapidamente quanto menor for o valor de |a|. Se |a| = 1, então o erro nunca é
atenuado, enquanto que para a > 1 o erro é aumentado a cada iteração. A
mesma conclusão é retirada da função de transferência em Z correspondente à
equação às diferenças de 4.15, dada por:
7
Função de auto-correlação temporal, definida como o produto interno entre um sinal e a sua versão
1 N
deslocada de k amostras: R [k ] = lim ∑ m[n]m[n − k ] , ou para sinais contínuos, deslocado de um
N →∞ 2 N n = − N
T
1
tempo τ: R (τ ) = lim ∫ m(t )m(t − τ )dt .
T → ∞ 2T
−T
Codificação preditiva – modulação diferencial 33
z
H ( z) = , (4.16)
z−a
que tem um pólo em z = a. Este sistema é estável desde que este pólo esteja
dentro do círculo unitário, ou seja |a|< 1, criticamente estável para |a| = 1 e
instável para |a|> 1.
⎛P ⎞ ⎛ 1 ⎞
Gp dB = 10 log10 ⎜⎜ ⎟⎟ = 10 log10 ⎜⎜ ⎟⎟ . (4.17)
⎝ Pe ⎠ ⎝ 2(1 − r [1]) ⎠
4 Sinal de fala
x 10
1
Amplitude
0
-1
-2
5 10 15 20
t [ms]
x 104 Resíduo de predição - preditor de primeira ordem unitário
1
Amplitude
-1
-2
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
t [ms]
Figura 4.4
Exemplo do desempenho de um preditor de 1ª ordem unitário.
Em cima representa-se 22,5 ms de um sinal de fala. Em baixo o respectivo erro
de predição. Estes dois sinais são apresentados na mesma escala, sendo visível a
redução na gama dinâmica.
34 Modulação de impulsos Carlos Meneses
m p [n] = am [n − 1] , (4.18)
⎛1
∂Pe m
∂⎜ ∑ m 2 [n] + a 2 1 ∑ m 2 [n − 1] − 2a 1 ∑ m[n] m[n − 1]⎞⎟
= ⎝ ⎠
N n N n N n
∂a ∂a , (4.19)
1 1
= 2a ∑ m 2 [n − 1] − 2 ∑ m [n] m [n − 1] = 0
N n N n
∑ m[n] m[n − 1]
R [1]
a= n
= = r [1] . (4.20)
∑ m [n − 1]
2
R [0]
n
Codificação preditiva – modulação diferencial 35
P 1
Gp = = , (4.21)
Pe 1 − r [1]2
que, como ilustrado na figura 4.5, é sempre maior ou igual 0 dB,
independentemente do valor da auto-correlação, o que não acontece para o
preditor unitário de primeira ordem, que pode ser negativo.
Gp (dB) 30
20
10
0
-1 -0,5 0 0,5 r (1) 1
-10
Figura 4.5
Ganho de predição função da auto-correlação normalizada de primeira
ordem para preditores de 1ª ordem unitário e adaptativo.
que lhe é ortogonal. O ganho de predição é sempre positiva (equação 4.21, com
excepção da situação em que o sinal de entrada e a sua projecção são ortogonais
(a = r[1] = 0), em que o erro de predição coincide com o sinal de entrada e o
codificador degenera num codificador PCM.
Figura 4.6
Interpretação vectorial da predição.
À esquerda, predição com coeficiente unitário. À direita, predição adaptada.
de π/3 em relação à predição. Para uma sinusóide como sinal de entrada em que
r[1]=cos(2πf/fs) (Apêndice 1), então 2πf/fs= π/3. Para um sinal genérico esta
situação dá-se para a frequência a que corresponde a máxima derivada, que
denominaremos f’, pelo que o ganho de predição será positivo desde que:
fs
f'< . (4.22)
6
Codificação preditiva – modulação diferencial 37
p
m p [n] = −∑ a k m[n − k ] , (4.23)
k =1
APCM ADPCM
R=2 R=3 R=4 R=2 R=3 R=4
M(1) 0,6 0,85 0,8 0,8 0,9 0,9
M(2) 2,2 1,0 0,8 1,6 0,9 0,9
M(3) 1,0 0,8 1,25 0,9
M(4) 1,5 0,8 1,7 0,9
M(5) 1,2 1,2
M(6) 1,6 1,6
M(7) 2,0 2,0
M(8) 2,4 2,4
Tabela 4.1
Factores multiplicativos propostos por Jayant, para adaptar quantificadores
midrise em APCM e ADPCM utilizando memória de uma amostra. M(1)
corresponde ao valor de quantificação com o valor mais baixo (em módulo),
correspondendo o aumento do índice a um aumento (em módulo) do valor do
valor de quantificação.
Figura 4.7
Modulação Delta (DM)
Esquema de blocos de um emissor por Modulação Delta, representando o bit de
codificação se a diferença entre o sinal de entrada e a saída anterior é positiva ou
negativa. O receptor é igual ao do DPCM (Figura 4.2 b)), mas com um
descodificador de 1 bit (2 valores, ±∆).
40 Modulação de impulsos Carlos Meneses
Figura 4.8
Tipos de distorção na Modulação Delta
Há dois tipos de distorção na modulação delta: a distorção de saturação de declive, típico
das zonas de variação brusca do sinal em que o passo ∆ do quantificador é insuficiente; o
ruído granular, típico das zonas de pequena variação do sinal de entrada em que o passo
∆ do quantificador é demasiado grande.
∆
1 ∆2
2∆ −∫∆
σ n2 = e 2
de = . (4.26)
3
2
P 3 ⎛ f ⎞
SNRq = = 2 P = 3⎜⎜ ' s ⎟ P.
⎟ (4.27)
σ n2 ∆ ⎝ mmax ⎠
esta dá-se para uma frequência inferior, tipicamente f’<1333,3 Hz. De modo a
ter em consideração a relação (W/f’) a equação 4.27 pode ser alterada para,
2 2 2
⎛ fs ⎞ ⎛ 2W ⎞ 3 ⎛W ⎞
SNRq = 3⎜⎜ ⎟ P = 3⎜⎜
⎟ ⎟ Pn = 2 ⎜⎜ ' ⎟⎟ Pn
' ⎟
(4.28)
⎝ 2πf mmax ⎝ 2πf ⎠ π ⎝f ⎠
'
⎠
ou em decibéis:
⎛W ⎞ ⎛ 3P ⎞
SNRdB = 20 log10 ⎜⎜ ' ⎟⎟ + 10 log10 ⎜ 2n ⎟ . (4.29)
⎝f ⎠ ⎝π ⎠
⎛ b[n − 1] ⎞
∆[n] = ∆[n − 1]⎜⎜1 + α ⎟, 0 <α <1 (4.30)
⎝ b[n] ⎟⎠
Figura 4.9
Modulação Delta Adaptada
O passo ∆ do modulador é adaptado de modo a diminuir a distorção, segundo o
raciocínio seguinte: uma sequência de bits de saída com o mesmo nível lógico indicia
distorção de saturação de declive e o passo é aumentado; uma sequência de bits de
saída com níveis lógicos alternados indicia ruído granular e o passo é diminuído.
Sobre-amostragem 43
5 Sobre-amostragem
Figura 5.1
Função densidade espectral de potência do ruído de quantificação.
Estendendo-se o espectro de potências do ruído entre -fs/2 e fs/2 é possível diminui-lo
por filtragem passa-baixo à máxima frequência W do sinal de entrada.
fs (5.1)
Gf = = OSR ,
2W
5.3 Sobre-amostragem em DM
Figura 5.2
Receptor DM com filtragem final passa-baixo (W).
2
⎛ f ⎞ f s3
SNRq = 3⎜⎜ ' s ⎟ PG f = 3
⎟ 2
P, (5.2)
'
⎝ mmax ⎠ 2Wmmax
⎛W ⎞ ⎛ 3 ⎞
SNRdB = 30 log10 (OSR ) + 20 log10 ⎜⎜ ' ⎟⎟ + 10 log10 ⎜ 2 Pn ⎟ . (5.3)
⎝f ⎠ ⎝π ⎠
46 Modulação de impulsos Carlos Meneses
6 Modulação delta-sigma
Figura 6.1
Da Modulação ∆ à modulação ∆Σ
Em cima. Modulação ∆: No meio: Configuração intermédia Em baixo: Modulação ∆Σ.
Modulação delta-sigma 47
Figura 6.2
Esquema de blocos da modulação ∆Σ no domínio da frequência.
M ( z ) − M q ( z ) z −1
M q ( z) = + Q( z ) ,
1 − z −1
M ( z ) − M q ( z ) z −1 + Q( z )(1 − z −1 )
M q ( z) = ,
1 − z −1
M q ( z )(1 − z −1 ) = M ( z ) − M q ( z ) z −1 + Q( z )(1 − z −1 ) ,
48 Modulação de impulsos Carlos Meneses
e obtém-se,
M q ( z ) = M ( z ) + Q( z )(1 − z −1 ) , (6.1)
2 ∆2 2
N( f ) = 1 − e − j 2πf / f s
12 f s
2
∆2 ⎛ 2πf ⎞ ⎛ 2πf ⎞
= 1 − cos⎜⎜ ⎟⎟ − j sin ⎜⎜ ⎟⎟
12 f s ⎝ fs ⎠ ⎝ fs ⎠
⎛⎛ ⎞⎞
2
⎛ 2πf ⎞ ⎞⎟
=
∆2 ⎜ ⎜1 − cos⎛⎜ 2πf ⎟⎟ ⎟ + sin 2 ⎜⎜ ⎟⎟
12 f s ⎜⎜ ⎜ f ⎟ ⎟
⎝⎝ ⎝ s ⎠⎠ ⎝ fs ⎠⎠
⎛ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ ⎛ ⎞⎞
=
∆2 ⎜1 + cos 2 ⎜ 2πf ⎟ − 2 cos⎜ 2πf ⎟ + sin 2 ⎜ 2πf ⎟⎟ ⎟
12 f s⎜ ⎜ f ⎟ ⎜ f ⎟ ⎜ f ⎟
⎝ ⎝ s ⎠ ⎝ s ⎠ ⎝ s ⎠⎠
∆ ⎛⎜
2
⎛ 2πf ⎞ ⎞ ∆ ⎛⎜
2
2 ⎛ πf ⎞
⎞ ,
= 2 − 2 cos ⎜⎜ ⎟⎟ ⎟ = 4 sin ⎜⎜ ⎟⎟ ⎟ (6.2)
12 f s ⎜⎝ ⎟ ⎜
⎝ f s ⎠ ⎠ 12 f s ⎝
⎟
⎝ fs ⎠⎠
esboçado na figura 6.3, em que se verifica que o ruído deixou de ser plano para
ser formatado (noise shaping) de modo a ter menos potência na banda do sinal.
Figura 6.3
Distribuição em frequência do ruído de quantificação.
Modulação delta-sigma 49
N ( f ) df
W
=∫
2
σ n2
−W
4∆2
W
⎛ πf ⎞
= ∫ sin⎜⎜ ⎟⎟df f << f s
2
12 f s−W ⎝ fs ⎠
2
2
4mmax W
⎛ πf ⎞
3 f s −∫W ⎜⎝ f s ⎟⎠
= ⎜ ⎟ df α ≈ 0 ⇒ sin(α ) = α
4π 2 mmax
]
2
W
= 3
f 3 −W
9 fs
3
π 2 mmax
2
⎛ 2W ⎞ , (6.3)
= ⎜⎜ ⎟⎟
9 ⎝ s ⎠
f
9
SNRq = OSR 3 Pn , (6.4)
π2
ou em decibéis:
⎛ 9P ⎞
SNRdB = 30 log10 (OSR ) + 10 log10 ⎜ 2n ⎟ . (6.5)
⎝π ⎠
3(2 N + 1)
SNRq = OSR (2 N +1) Pn , (6.7)
π 2n
ou em decibéis:
⎛ 3(2 N + 1)Pn ⎞
SNRdB = (2 N + 1)10 log10 (OSR ) + 10 log10 ⎜ ⎟. (6.8)
⎝ π 2N ⎠
Figura 6.4
Diagrama de blocos de um conversor digital-analógico ∆Σ.
LPF – Filtro passa-baixo; Interp-N – Interpolação de N amostras;
Figura 6. 5
Diagrama de blocos de um conversor analógico-digital ∆Σ.
LPF – Filtro passa-baixo; Decim-N – Decimação de N amostras.
7 Sumário
Principais Fórmulas
f s ≥ 2W , (2.2)
Rb = R × f s (3.7)
P
Pn = 2
, (3.6)
mmax
PCM uniforme
2V 2V
∆q = = R . (3.1)
L 2
∆2q
σ =
2
q , (3.2)
12
⎛ 3P ⎞
SNRdB = 6,02 R + 10 log10 ⎜ 2 ⎟ (3.4)
⎝V ⎠
PCM não uniforme, Lei-A/Lei-µ, zona logarítmica:
⎛ 3P ⎞ ⎛ 3P ⎞
SNRdB = 6,02 R + 10 log10 ⎜⎜ 2 ⎟⎟ = Gp dB + 6,02 R + 10 log10 ⎜⎜ 2e ⎟
⎟ (4.4/6)
⎝ V1 ⎠ ⎝ V1 ⎠
56 Modulação de impulsos Carlos Meneses
P V2
Gp = ≈ , (4.9)
Pe V12
⎛P ⎞ ⎡ 1 ⎤
G p dB = 10 log10 ⎜⎜ ⎟⎟ = 10 log10 ⎢ (4.14)
⎝ Pe ⎠ ( )⎥
⎣ 1 + a − 2ar [1] ⎦
2
a = r [1] (4.20)
⎛ 1 ⎞
G p dB = 10 log10 ⎜⎜ ⎟
⎟ (4.21)
⎝ 1 − r [1]
2
⎠
Sobre-amostragem PCM/DPCM/DM
fs (5.1)
G f = OSR = ,
2W
DM
⎛W ⎞ ⎛ 3 ⎞
SNRdB = 30 log10 (OSR ) + 20 log10 ⎜⎜ ' ⎟⎟ + 10 log10 ⎜ 2 Pn ⎟ (5.3)
⎝f ⎠ ⎝π ⎠
ADM
⎛ b[n − 1] ⎞
∆[n] = ∆[n − 1]⎜⎜1 + α ⎟ 0 <α <1 (4.30)
⎝ b[n] ⎟⎠
∆Σ
⎛ 9P ⎞
SNRdB = 30 log10 (OSR ) + 10 log10 ⎜ 2n ⎟ = 30 log10 (OSR ) + 10 log10 (0,912 Pn ) (6.5)
⎝π ⎠
⎛ 3(2 N + 1)Pn ⎞
Ordem N SNRdB = (2 N + 1)10 log10 (OSR ) + 10 log10 ⎜ ⎟ (6.8)
⎝ π 2N ⎠
Apêndices 57
Apêndices
Solução:
i. A função de auto-correlação temporal (e não estatística) para sinais
1 N
discretos é definida por R[k ] = lim ∑ m[n]m[n − k ], correspondendo ao
N →∞ 2 N n = − N
A 2 cos(2πf 0τ ) T0 / 2
T0 / 2
A2
R(τ ) =
2T0 ∫ [cos(2πf 0τ ) + cos(4πf 0 t + 2πf 0τ + 2α )]dt =
−T0 / 2
2T0
t −T / 2
0
2
R(τ ) = cos(2πf 0τ )
A
2
v. Amostrando esta função com período Ts (τ=kTs) virá,
A2 ⎛ f ⎞
R[k ] = cos⎜⎜ 2π 0 k ⎟⎟
2 ⎝ fs ⎠
vi. A auto-correlação de ordem 0 corresponde à potência do sinal. A
auto-correlação normalizada virá:
R[k ] ⎛ f ⎞
r [k ] = = cos⎜⎜ 2π 0 k ⎟⎟ .
R[0] ⎝ fs ⎠
vii. A auto-correlação de uma sinusóide não depende da fase inicial e a
auto-correlação normalizada também não depende da amplitude. A
auto-correlação de uma sinusóide discreta depende da relação f0/fs e não
dos seus valores absolutos.
58 Modulação de impulsos Carlos Meneses
Solução:
1
i. Pela equação 4.17, G p =
2(1 − r [1])
ii. Para uma sinusóide a auto-correlação normalizada para 1 amostra de
⎛ f ⎞
atraso vem (apêndice 1) r [1] = cos⎜⎜ 2π 0 ⎟⎟ , pelo que
⎝ fs ⎠
1
Gp = .
⎛ ⎛ f0 ⎞⎞
2⎜⎜1 − cos⎜⎜ 2π ⎟⎟ ⎟
⎟
⎝ ⎝ f s ⎠⎠
iii. Assumindo a aproximação da equação 4.10,
V2 ⎛ ⎛ f ⎞⎞ ⎛ f ⎞ ⎛ f ⎞
V1 = = V 2 2⎜⎜1 − cos⎜⎜ 2π 0 ⎟⎟ ⎟⎟ = V 2 4 sin 2 ⎜⎜ π 0 ⎟⎟ = 2V sin ⎜⎜ π 0 ⎟⎟ ,
Gp ⎝ ⎝ fs ⎠⎠ ⎝ fs ⎠ ⎝ fs ⎠
que corresponde de facto, para uma sinusóide, à máxima variação no tempo
Ts, que se dá na zona de maior declive, ou seja, à volta de 0, como se pode
verificar pela figura seguinte:
Solução:
12 f s ⎟
−W ⎝ ⎠⎠
2N
∆2 N ⎛⎜ ⎛ πf ⎞⎞
W
Nq = 4 ∫ ⎜ ⎜⎜ ⎟⎟ ⎟ df f << fs
12 f s −W ⎝ ⎝ f s ⎟
⎠⎠
2
mmaxπ 2N 4N W 2
mmax π 2N 4N 2
mmax π 2 N 22 N
∫
2 N +1 W
Nq = f 2 N df = f = 2W N +1
3(2 N + 1) f s 3(2 N + 1) f s
2 N +1 2 N +1 −W 2 N +1
3 fs −W
2 N +1
2
mmax π 2 N 22 N 2
mmax π 2 N ⎛ 2W ⎞
Nq = 2W n +1
= ⎜ ⎟⎟
3(2 N + 1) f s
2 N +1
3(2 N + 1) ⎜⎝ f s ⎠
P 3(2 N + 1) ⎛ f s ⎞ 3(2 N + 1)
2 N +1
P
SNRq = = ⎜ ⎟ = OSR 2 N +1 Pn
Nq π 2 N ⎝ 2W ⎠ 2
mmax π 2N
iv. Em decibéis:
Exercícios resolvidos
Solução:
i. Utilizando a equação 3.1, o intervalo de quantificação ∆q =2/8=250 mV.
ii. Os valores de quantificação em midtread incluem o valor 0 Volts,
somando e subtraindo desde aí ∆q, não ultrapassando as tensões máximas
±1 Volt.
iii. Os valores de decisão encontram-se a meio dos valores de quantificação,
com excepção dos extremos cujos valores são ±∞.
iv. Os valores de decisão em midrise incluem o 0 Volts, somando e
subtraindo desde aí ∆q. nunca ultrapassando as tensões máximas ±1 Volt,
com excepção dos extremos cujos valores são ±∞.
v. Os valores de quantificação encontram-se a meio dos valores de
quantificação.
vi. Numera-se cada valor de quantificação, sequencialmente, do valor mais
baixo para o mais elevado.
Quantificação midtread Quantificação midrise Código
Valores de Valores de Valores de Valores de
dec/bin
decisão quantificação decisão quantificação
∞ ∞
1 0,875 7 (111)
0,875 0,75
0,75 0,625 6 (110)
0,625 0,5
0,5 0,375 5 (101)
0,375 0,25
0,25 0,125 4 (100)
0,125 0
0 -0,125 3 (011)
-0,125 -0,25
-0,25 -0,375 2 (010)
-0,375 -0,5
-0,5 -0,625 1 (001)
-0,625 -0,75
-0,75 -0,875 0 (000)
-∞ -∞
62 Modulação de impulsos Carlos Meneses
Solução:
i. A amostra de ordem n corresponde a substituir no sinal t por nTs
⎛ 1300 ⎞
m[n] = sin(2π 1300t ) t = nT = sin⎜ 2π n⎟
s
⎝ 8000 ⎠
ii. Para cada amostra verifica-se em que intervalo do quantificador esta recai
(tabela do exercício 1) e o respectivo código.
Amostra Amostragem Quantificação Codificação
n m[n] mq[n] q[n] decimal binário
0 0,000 -0,125 0,125 3 011
1 0,853 0,875 -0,022 7 111
2 0,891 0,875 0,016 7 111
3 0,078 0,125 -0,047 4 100
4 -0,809 -0,875 0,066 0 000
5 -0,924 -0,875 -0,049 0 000
6 -0,156 -0,125 -0,031 3 011
7 0,760 0,875 -0,115 7 111
Solução:
i. a) Sendo a distribuição de amplitudes do sinal de entrada uniforme
(plana) entre –1 e +1 Volts, esta vale 0 fora do intervalo e ½ no intervalo
de modo a que a sua área seja 1.
ii. Sendo a distribuição simétrica à volta do valor 0 é óbvio que a média do
sinal é 0, pelo que a potência é igual à variância. A média também podia
∞
11
∫ f (m)mdm = 2 2 m
2 1
ser calculada como m = m = 0.
−1
−∞
xii. Este valor é menor que o obtido através de um PCM uniforme porque a
potência normalizada do sinal de entrada é bastante grande (-4,77 dB).
Como se verifica pela figura 3.4 a SNR em PCM uniforme é melhor que
em companding quando a potência normalizada está acima dos 14,77 dB.
xiii. O quantificador óptimo para um sinal com distribuição uniforme é de
facto um quantificador uniforme. 36,12 dB é assim a melhor SNR em
PCM.
Exercícios resolvidos 65
Solução:
i. Gera-se um quantificador uniforme midrise (exercício 1).
ii. Gera-se o quantificador companding utilizando os valores do quantificador
uniforme como entrada da não linearidade inversa da equação 3.6 (Lei-A).
Quantificação uniforme Companding Lei-A
Valores de Valores de Valores de Valores de
decisão quantificação decisão quantificação
∞
0,875 0,505
0,75 0,255
0,625 0,128
0,5 0,065
0,375 0,033
0,25 0,017
0,125 0,008
0 0
0,505
0,875
0,255
0,75
0,75
0,128
0,625
0,065
0,5
0,5
0,033
0,375
0,017
0,25
0,25
0,008
0,125
0
0
0
0,000 0,250 0,500 0,750 1,000
66 Modulação de impulsos Carlos Meneses
- Distribuiçao a -
0.015
0.01
0.005
0
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
-3
x 10 - Distribuiçao b -
6
1
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
- Distribuiçao c -
0.05
0.04
0.03
0.02
0.01
0
-1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Solução:
i. a) As 3 distribuições distinguem-se por a (a) estar mais concentrada na
origem, a (b) ser praticamente uniforme e a (c) estar mais concentrada
nos valores maiores em módulo. Assim, à distribuição (a) corresponderá
ao quantificador com valores menores, o quantificador (3) e à (c) ao com
valores maiores, o quantificador (1). À distribuição (b) corresponde o
quantificador que falta atribuir, o quantificador (2), mas este é de facto
aquele que se aproxima de um quantificador uniforme.
ii. b) Os valores de decisão estão a meio dos valores de quantificação
(equação 2.7). Assim:
Valores de
-0,8536 -0,2945 0,2983 0,8529
quantificação
Valores de
-0,5741 0,0019 0,5756
decisão
Código 00 01 10 11
iii. Para cada amostra verifica-se em que intervalo do quantificador esta recai
(quantificação) e o respectivo código (codificação).
0,5 recai no intervalo [0,0019 : 0,5756] a que corresponde o código 10;
-0,1 recai no intervalo [0,5741 : 0,0019] a que corresponde o código 01;
2 recai no intervalo [0,5756 : ∞] a que corresponde o código 11. Repare-se
que as distribuições têm o valor máximo de 1, pelo que o quantificador está
saturado;
iv. c) A sequência binária a ser transmitida corresponde à concatenação por
ordem temporal dos códigos em binário: 100111.
v. d) Divide-se a sequência em conjuntos de R=2 bits 11 01 00,
correspondendo cada para ao código de cada amostra (3 amostras).
vi. (Descodificação) Verifica-se para cada código o valor de quantificação
respectivo,
11 corresponde ao valor de quantificação 0,8529
01 corresponde ao valor de quantificação -0,2945
00 corresponde ao valor de quantificação -0,8536
68 Modulação de impulsos Carlos Meneses
Solução:
i. Segue-se a metodologia do problema 1 para calcular o quantificador:
Valores de Valores de
dec/bin
decisão quantificação
∞
0,3 3 (11)
0,2
0,1 2 (10)
0
-0,1 1 (01)
-0,2
-0,3 0 (00)
-∞
ii. As 6 primeiras amostras correspondem a substituir n por 0 até 6 na
⎛ 500 ⎞
expressão m[n] = sin(2π 500t ) t = nT = sin⎜ 2π n⎟
s
⎝ 8000 ⎠
iii. Assume-se um valor predito inicial de 0 Volts.
iv. Calcula-se o erro de predição como a diferença entre a amostra de entrada
e a sua predição.
v. Quantifica-se este valor com o quantificador calculado em i).
vi. Calcula-se a amostra quantificada como a soma do valor predito com o
erro de predição quantificado.
vii. Este valor corresponde ao valor predito da próxima amostra (unitário).
viii. Repete-se iv) a vii) até à última amostra.
n m[n] mp[n e[n] eq[n] mq[n] código Ruído
0 0,00 0 0,00 0,1 0,1 10 -0,1
1 0,38 0,1 0,28 0,3 0,4 11 -0,02
2 0,71 0,4 0,31 0,3 0,7 11 0,01
3 0,92 0,7 0,22 0,3 1 11 -0,08
4 1,00 1 0,00 0,1 1,1 10 -0,1
5 0,92 1,1 -0,18 -0,1 1 01 -0,08
6 0,71 1 -0,29 -0,3 0,7 00 0,01
7 0,38 0,7 -0,32 -0,3 0,4 00 -0,02
Exercícios resolvidos 69
Solução:
i. Como a amplitude da sinusóide é de 1 V a sua potência é de 0,5 W, que
coincide com o seu valor normalizado.
ii. Um codificador PCM uniforme com 8 bits por amostra (64 kbit/s) produz
uma SNR de 50 dB (equação 3.5).
iii. Um codificador PCM companding produz uma SNR de 38 dB
(equação 3.19).
iv. Sabendo que a função de auto-correlação de um sinal sinusoidal é uma
função cosseno com a mesma frequência de amostragem (Apêndice 1),
r[k]=cos(2π320kTs), então r[1]=0,968, pelo que o ganho de predição de um
codificador DPCM virá Gp=15,88 (linear) ou Gp=12,09 dB (equação 4.21).
v. Note-se que para uma correlação normalizada tão elevada praticamente
não existe diferença de um preditor óptimo para um preditor unitário, que
produz 12,02 dB (equação 4.17).
vi. Um codificador DPCM com 8 bits por amostra produz 62 dB de SNR
(equação 4.11, SNR em PCM uniforme + Gp).
vii. A tensão de quantificação nestas condições é de 0,25 Volts (equação 4.10)
viii. De modo a manter a mesma SNR que em PCM uniforme seriam
necessários apenas 6 bits de codificação por amostra (48 kbit/s), que
correspondem à perda de 2x6 dB correspondentes ao ganho de predição.
ix. Se a frequência da onda sinusoidal subisse para 640 Hz a auto-correlação
desceria para r[1]=0,876 e o ganho de predição para Gp=6,34 dB, pelo que
a melhoria em relação ao PCM seria equivalente a apenas 1 bit por
amostra (56,26 dB) com a utilização de DPCM.
x. A mesma SNR em DPCM e PCM dá-se para a frequência fs/6=1333,3 Hz
(equação 4.17, r[1]=0,5 ou 4.22). Acima desta frequência DPCM será pior.
70 Modulação de impulsos Carlos Meneses
xi. Repare-se que a SNR em PCM não varia com a alteração da frequência
do sinal de entrada.
xii. Relembre-se o ponto ix), em DPCM, da perda de 6 dB quando se
aumentou a frequência do sinal de entrada de 320 Hz para 640 Hz. Estes 6
dB poderiam ser recuperados aumentando a fs de 1 oitava, para os 16
kHz, pois novamente r[1]=0,968 (ver ponto iv)).
xiii. A somar a estes 6 dB, estariam mais 3 dB devido à filtragem, num total
de 65 dB. Contudo o débito binário total é de 16000*8=128 kbit/s.
xiv. Obtêm-se melhores resultados mantendo a frequência de amostragem a 8
kHz e aumentando em 2 o número de bits de codificação por amostra para
8+2=10, ganhando 12 dB e não 9 dB, para um total de 68,3 dB.
xv. O débito binário é de apenas 80 kbit/s.
xvi. A derivada máxima do sinal, V2πW=2010 V/s.
xvii. Num codificador DM o valor mínimo de ∆ será de 251 mV (equação
4.25), o que conjuntamente com a equação 4.26 produz uma potência de
ruído de quantificação de 21 mW. Como a amplitude da sinusóide é de 1
V a sua potência é de 0,5 W e a SNR corresponderá a 13,76 dB
(correspondente à equação 4.27).
xviii. A SNR é mais baixa mas o débito binário também é de apenas 8 kbit/s.
xix. Para o mesmo débito binário do PCM (64 kbit/s), a sobre-amostragem é
de Rb/(2W)=8 vezes (Rb=fs e W=4kHz metade do fs original e f’=320Hz).
xx. A SNR virá então (equação 5.4) 40 dB.
xxi. Nestas condições o valor de ∆ é de 3,1 mV (equação 4.25).
xxii. Para manter a mesma SNR que em PCM uniforme (50 dB) são
necessários mais 9 dB, que corresponde a uma década e fs=128kHz.
xxiii. Para um modulador ∆Σ a sobre-amostragem é de 60 vezes (equação 6.3),
pelo que a frequência de amostragem virá 60*2*W=480kHz.
xxiv. Ao contrário do que acontece em DM, o valor de ∆ em ∆Σ é sempre
∆=2mmax= 2 Volt, qualquer que seja a frequência de amostragem.
Exercícios resolvidos 71
Solução:
i. a) O débito binário total em estéreo é de 2x16x44,1=1,4112 Mbit/s.
ii. Um CD com capacidade de 800 Mbytes (valor aproximado) poderá gravar
até 8*800/1,4112 = 4535 segundos ou 75,5 minutos.
iii. b) A qualidade dos sinais CD áudio é de ≈96 dB (equação 3.5).
iv. c) A sobre-amostragem é de 2822,4/44,1=64 vezes.
v. A SNR produzida por um modulador de 1ª ordem é de ≈51 dB (equação
6.5), claramente insuficiente para a qualidade CD áudio.
vi. Para produzir uma SNR equivalente a estes 50 dB em PCM uniforme são
necessários apenas 8 bits por amostra (equação 3.5).
vii. Para aumentar a qualidade utiliza-se um modulador de 2ª ordem, a que
correspondem ≈79 dB (equação 6.8 com n=2), ainda insuficiente.
viii. Para um modulador de 3ª ordem correspondem ≈106 dB, valor já superior
aos ≈96 dB requeridos, tendo mesmo mais de 1 bit de folga.
ix. d) Se baixar a frequência de amostragem uma década, a perda na SNR é
de 3(2 N + 1) dB. Para N=3 a perda é de 21 dB (N+1/2 bits). Para a
compensar são necessários mais 4 bits (4x6 = 24 dB), mas devido à folga
existente são precisos apenas 2 bits (12 dB), ficando um total de 3 bits.
73
Exercícios propostos
Pergunta teóricas
_____________________________________
Bibliografia
_____________________________________
[Carlson (86)] - A. B. Carlson, “Communication Systems”,
McGrawHill, 1986.
_____________________________________
Glossário de Acrónimos
_____________________________________
∆Σ – Delta-Sigma
ITU-T - International Telecommunication Union-Telecommunication
(União Internacional de Telecomunicações - Telecomunicações)
PCM - Pulse Code Modulation (Modulação por Código de Impulsos)
pdf - probability density function (função densidade de probabilidade)
RDIS - Rede Digital Integrada de Serviços (ISDN - Integrated Services
Digital Network)
S&H - Sampling & Hold (Amostragem e Retenção)
SNR - Signal to Noise Ratio (Relação Sinal-Ruído)
UMTS - Universal Mobile Telecommunications System
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ELECTRÓNICA E
TELECOMUNICAÇÕES E DE COMPUTADORES
SECÇÃO DE COMUNICAÇÕES E PROCESSAMENTO DE SINAIS
Comunicação de Dados
(Introdução)
Janeiro de 2008
ÍNDICE:
1 INTRODUÇÃO. ........................................................................................1
6 LARGURA DE BANDA.........................................................................17
6.1 ISI - INTERFERÊNCIA INTER-SIMBÓLICA ....................................................................17
6.2 LARGURA DE BANDA DO PRIMEIRO ZERO ..................................................................18
6.3 CRITÉRIO DE NYQUIST PARA TRANSMISSÃO SEM ISI.................................................18
7 DETECÇÃO DE SÍMBOLOS ...............................................................23
7.1 FILTRAGEM NA BANDA ..............................................................................................23
7.2 DETECTOR DE MÁXIMO A POSTERIORI .......................................................................24
7.3 DETECTOR DE MÁXIMA VEROSIMILHANÇA ................................................................25
7.4 CÁLCULO DO BER ....................................................................................................26
7.5 PADRÃO DE OLHO ......................................................................................................27
8 RECEPTOR ÓPTIMO ...........................................................................31
8.1 FILTRO ADAPTADO ....................................................................................................31
8.2 FILTRO ADAPTADO NORMADO ...................................................................................34
9 BER EM CÓDIGOS DE LINHA..........................................................35
9.1 BER EM CÓDIGOS DE LINHA “POLARES” ...................................................................35
9.2 BER EM CÓDIGOS DE LINHA “UNIPOLARES”..............................................................36
9.3 BER NO CÓDIGO DE LINHA AMI ...............................................................................36
9.4 BER NO CÓDIGO DE LINHA NRZI..............................................................................38
9.5 COMPARAÇÃO DO BER EM CÓDIGOS DE LINHA .........................................................39
10 TRANSMISSÃO M-ÁREA EM BANDA DE BASE ........................40
10.1 DÉBITO DE SÍMBOLOS ................................................................................................40
10.2 ENERGIA MÉDIA POR SÍMBOLO ..................................................................................41
10.3 LARGURA DE BANDA .................................................................................................41
10.4 CAPACIDADE DE CANAL ............................................................................................41
10.5 PROBABILIDADE DE ERRO DE SÍMBOLO .....................................................................42
10.6 PROBABILIDADE DE ERRO DE BIT...............................................................................43
10.7 CÓDIGO 2B1Q...........................................................................................................45
11 MODULAÇÃO DIGITAL BINÁRIA................................................47
11.1 MODULAÇÕES B-PSK, OOK E B-ASK .....................................................................48
11.2 MODULAÇÃO DIFERENCIAL .......................................................................................51
11.3 MODULAÇÃO FSK ....................................................................................................52
11.4 RECEPÇÃO NÃO COERENTE........................................................................................56
12 MODULAÇÃO DIGITAL M-ÁREA.................................................58
12.1 MODULAÇÃO M-PSK................................................................................................58
12.2 MODULAÇÃO QAM ..................................................................................................62
13 CODIFICAÇÃO DE CANAL.............................................................64
13.1 PROBABILIDADE DE ERRO DE BLOCO SEM CODIFICAÇÃO ...........................................64
13.2 CÓDIGO DE PARIDADE ...............................................................................................65
13.3 CARÁCTER DE VERIFICAÇÃO DE BLOCO – BCC .........................................................66
13.4 DETECÇÃO DE MÁXIMA VEROSIMILHANÇA E DISTÂNCIA DE HAMMING.....................68
13.5 EFICIÊNCIA DO CÓDIGO .............................................................................................69
13.6 CÓDIGO DE REPETIÇÃO ..............................................................................................70
13.7 CÓDIGO DE HAMMING ...............................................................................................72
13.8 VERIFICAÇÃO CÍCLICA DE REDUNDÂNCIA – CRC......................................................76
14 SUMÁRIO ............................................................................................78
APÊNDICES ..................................................................................................85
APÊNDICE 1 – DENSIDADE ESPECTRAL DE POTÊNCIA EM CÓDIGOS DE LINHA ........................85
APÊNDICE 2 – RELAÇÕES DE DENSIDADE ESPECTRAL NUM SLIT ..........................................87
APÊNDICE 3 – FUNÇÃO COMPLEMENTAR DE ERRO - DEDUÇÃO ..............................................89
APÊNDICE 4 – FUNÇÃO COMPLEMENTAR DE ERRO - TABELA .................................................91
EXERCÍCIOS PROPOSTOS .......................................................................93
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................101
GLOSSÁRIO DE ACRÓNIMOS...............................................................103
Introdução. 1
1 Introdução.
Figura 2.1
Modelo de referência OSI.
2.1 Camada física
3 Códigos de Linha
1
Rb = . (3.1)
Tb
Eb = p 0 E 0 + p1 E1 . (3.3)
Códigos de Linha 5
Eb
P= . (3.5)
Tb
3.1.2 Componente DC
3.1.5 Complexidade
Figura 3.1
Formas de onda dos códigos de linha mais comuns.
Códigos de Linha 9
Eb = A 2Tb . (3.8)
Uma das vantagens deste código é ter memória e ser possível detectar
erros quando da recepção dos níveis lógicos “1” que devem ocorrer no receptor
com tensões alternadas. Violações a esta regra correspondem a erros de bit.
12 Comunicação de Dados Carlos Meneses
Quando de um nível lógico “1” existe sempre uma transição que permite
o sincronismo de símbolo. Quando de uma sequência prolongada de níveis
lógicos “0” este sincronismo pode perder-se. Uma das maneiras de evitar esta
perda de sincronismo é produzir transições como se fossem transmitidos níveis
lógicos “1”, mas com violações que permitam ao receptor detectar esta situação
e substituir por níveis lógicos “0”. A esta técnica dá-se o nome de bipolar com
substituição de N zeros (BNZS – Bipolar with N Zero Substitution), em que N
é o número de níveis lógicos consecutivos a “0” a ser substituídos. Exemplos
comuns deste código são o B3ZS, B6ZS e B8Zs. O B6ZS tem a regra seguinte:
Este código de linha pode ser encarado como um código PNRZ em que a
sequência binária b[n] é pré-codificada em a[n] = (a[n-1] xor b[n]). No receptor
esta pré-codificação é desfeita com a pós-descodificação c[n] = (a[n] xor a[n-1])
(figura 3.2), que facilmente se verifica ser igual a b[n]. Na tabela 3.1 é
apresentada a pré-codificação e a pós-descodificação do exemplo da figura 3.1-f).
Figura 3.2
O código de linha NRZI pode ser visto como um código PNRZ que transmite
um sinal pré-codificado (a[n] = a[n-1] xor b[n]). Após o receptor PNRZ a sequência
binária é pós-descodificada através de (c[n] = a[n] xor a[n-1] = b[n]).
b[n] 1 0 1 0 0 1 1 0
a[n] = a[n-1] xor b[n] 0 1 1 0 0 0 1 0 0
c[n] = a[n] xor a[n-1] = b[n] 1 0 1 0 0 1 1 0
Tabela 3.1
Exemplo de pré-codificação e pós-descodificação em NRZI
(correspondente à figura 3.1-f)
Figura 4.1
Exemplo de transmissão assíncrona com código de linha
PNRZ para a tecla “c”, utilizando código ASCII.
Figura 5.1
Canal AWGN com filtragem passa-baixo à frequência Bc.
6 Largura de banda
PNRZ
1 PNRZ
PRZ
Densidade Espectral de Potência
AMI UNRZ
Manchester
0,75 AMI
Manchester
0,5 PRZ
UNRZ
0,25
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 f /R b
Figura 6.1
Densidade espectral de potência dos diversos códigos de linha.
Assume-se para todos os códigos uma potência de 1 Watt, os níveis lógicos equiprováveis
e a sua geração independente.
Uma solução é assumir que em pelo menos um ponto por símbolo, por
exemplo a meio do símbolo no caso do código PNRZ, o sinal tem que passar sem
erro pela tensão desejada ( ± A conforme o nível lógico), criando um ponto de
zero de interferência inter-simbólica por símbolo. No emissor, ainda antes do
sinal ser colocado no canal de transmissão e sofrer interferências, deve-se limitar
a largura de banda, desde que se garanta que o sinal passe pelos pontos de zero
de ISI, sem ser muito importante a evolução entre estes. Se a largura de banda
do canal de transmissão for maior que a limitação de banda imposta pelo
emissor, o sinal não será distorcido significativamente.
Largura de banda 19
Rb
BT = . (6.1)
2
Este pulso toma, como se pretendia, o valor A para t=0 e zero nos
múltiplos de Tb, ou seja, para t= ± Tb, ± 2Tb,…, não interferindo nos pontos de
amostragem dos outros símbolos.
sinal. Caso contrário o efeito do canal deve ser compensado no transmissor logo
no filtro de formatação de pulsos ou no receptor (equalização).
Figura 6.2
Transmissão de código PNRZ com formatação de pulso por filtro ideal.
cos(παRb t )
p(t ) = Asinc(Rb t ) , (6.3)
1 − (2αRb t )
2
Rb
BT = W = (1 + α ) , (6.5)
2
Largura de banda 21
e é tanto maior quanto maior for o factor de rolloff, mas também maior a
facilidade de realizar a formatação do pulso. α=0 corresponde à filtragem ideal
e, no outro extremo, com α=1, duplica-se a largura de banda. Outra vantagem
quando se aumenta a largura de banda prende-se com a maior robustez em
relação a pequenas variações no sincronismo. Estas provocam uma maior
alteração da tensão amostrada à medida que se diminui o factor de rolloff.
p (t ) P (f )
1/Rb
1
α =0
α =0
α =0,5 α =0,5
α =1
α =1
t /Tb
-5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5
0
-0,3 0 0,25 0,5 0,75 1 f /Rb
(a) (b)
Figura 6.3
Filtro de co-seno elevado
(a) Pulsos de formatação para diversos valores de α.
(b)Resposta em frequência.
No caso dos códigos de linha PRZ e Manchester, estes são definidos por
dois níveis de tensão por símbolo, necessitando para cada um deles de um ponto
de zero de ISI, pelo que o pulso terá uma abertura de apenas Rb e a largura de
banda virá o dobro da produzida pela equação 6.5:
BT = W = Rb (1 + α ) . (6.6)
22 Comunicação de Dados Carlos Meneses
0 1 2 3 4 5 6
2,0
1,0
0,0
-1,0
t /T b
-2,0
(a) α = 0,5
0 1 2 3 4 5 6
2,0
1,0
0,0
-1,0
t /T b
-2,0
(b) α = 1
Figura 6.4
Resposta do filtro de formatação de pulsos para o código de linha PNRZ com
A=1 Volt, tendo como entrada a sequência “1011001” (a) α=0,5. (b) α=1.
7 Detecção de símbolos
0 1 2 3 4 5 6
2,0
1,0
0,0
t /T b
-1,0
-2,0
α=1
Figura 7.1
Sequência “1011001” em PNRZ com A=1 Volt e factor de rolloff α=1, ao qual
foi adicionado ruído gaussiano.
N0
σ n2 = (2 BT ) = N 0 BT . (7.1)
2
⎧ y1 = + A
⎨ , (7.2)
⎩ y0 = − A
quando enviado o símbolo “0” tem a mesma variância mas média y0. Estas
distribuições são apresentadas na figura 7.2.
7.2
Análise do ruído em códigos de linha binários.
⎧ fY ( y |"1") p1
⎪⎪ P("1"| y ) = P( y )
para o nível lógico "1"
⎨ , (7.3)
f ( y |"0") p0
⎪ P("0"| y ) = Y para o nível lógico "0"
⎪⎩ P( y )
y 0 + y1
λopt = . (7.6)
2
Figura 7.3
Receptor binário com filtragem passa-baixo na banda.
26 Comunicação de Dados Carlos Meneses
em que p01 é a probabilidade de errar o nível lógico “1” (enviar o nível lógico “1”
mas descodificar o nível lógico “0”) e p10 é a probabilidade de errar o nível lógico
“0”. Para o critério de máxima verosimilhança (figura 7.2) estas probabilidades
são dadas por,
⎧ p 01 = f Y ( y < λopt |"1")
, (7.8)
⎩ p10 = f Y ( y > λopt |"0")
⎨
⎧ λopt
1 ⎛ d2 ⎞ 1 ⎛ A 2 ⎞⎟ 1 ⎛ Eb ⎞
⎪ p 01 = ∫ f y ( y |"1")dy = erfc ⎜ ⎟ = erfc⎜ = erfc ⎜ ⎟
⎪ −∞
2 ⎜
⎝ 2σ 2 ⎟
n ⎠ 2 ⎜
⎝ 2 N B
0 T ⎠
⎟ 2 ⎜
⎝ N 0 (1 + α ) ⎟
⎠ (7.9)
⎨
⎪
+∞
1 ⎛ d ⎞ 1
2 ⎛ 2 ⎞ 1 ⎛ Eb ⎞
⎪ p10 = ∫λ f y ( y |"0")dy = erfc⎜ ⎟ = erfc⎜
⎜ 2σ n2 ⎟ 2
A ⎟ = erfc⎜
⎜ 2 N 0 BT ⎟ 2 ⎜ N (1 + α ) ⎟
⎟
2 ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎩ opt 0
1 ⎛ Eb ⎞
BER = p1 p 01 + p0 p10 = erfc⎜⎜ ⎟. (7.10)
2 ⎝ N 0 (1 + α ) ⎟
⎠
1 ⎛ d2 ⎞
BER = erfc⎜ ⎟. (7.12)
2 ⎜ 2σ n2 ⎟
⎝ ⎠
Padrão de Olho
0.8
0.6
0.4
0.2
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
0 0.5 1 1.5 2
Canal passa-baixo Bc=Rb/2 Pn=0.00 Watt
Figura 7.4
Padrão de olho com 2 bits consecutivos e 100 varrimentos.
O código de linha é o PNRZ e o canal não tem ruído e é do tipo passa-baixo de 1ª
ordem, com Bc=Rb (First Null Bandwidth). O eixo das abcissas está normalizado em
múltiplos de Tb. Os pontos de amostragem correspondem a 0.5 e 1.5.
0.8
0.6
0.4
0.2
-0.2
-0.4
-0.6
-0.8
-1
0 0.5 1 1.5 2
Canal passa-baixo Bc=Rb/2 Pn=0.00 Watt
Figura 7.5
Padrão de olho com 2 bits consecutivos, com código de linha PNRZ.
Canal passa-baixo de 1ª ordem, com Bc=Rb/2 e sem ruído.
Detecção de símbolos 29
1.5
0.5
-0.5
-1
-1.5
-2
0 0.5 1 1.5 2
Canal passa-baixo Bc=Rb/2 Pn=0.05 Watt
Figura 7.6
Padrão de olho com 2 bits consecutivos, com código de linha PNRZ.
Canal passa-baixo de 1ª ordem, com Bc=Rb e 13 dB de SNR.
Padrão de Olho
1.5
0.5
-0.5
-1
-1.5
0 0.5 1 1.5 2
Canal passa-baixo Bc=Rb/2 Pn=0.05 Watt
Figura 7.7
Padrão de olho com 2 bits consecutivos, com código de linha PNRZ.
Canal passa-baixo de 1ª ordem, com Bc=Rb/2 e 13 dB de SNR.
30 Comunicação de Dados Carlos Meneses
1.5
0.5
-0.5
-1
-1.5
-2
0 0.5 1 1.5 2
rolloff=0 Pn=0.00 Watt
Figura 7.8
Padrão de olho com 2 bits consecutivos, com código de linha PNRZ com
formatação de pulso. O factor de rolloff α=0 e sem ruído
Padrão de Olho
2.5
1.5
0.5
-0.5
-1
-1.5
-2
-2.5
0 0.5 1 1.5 2
rolloff=0 Pn=0.05 Watt
Figura 7.9
Padrão de olho com 2 bits consecutivos, com código de linha PNRZ com
formatação de pulso. O factor de rolloff α=0 e é adicionado 13 dB de SNR.
Receptor óptimo 31
8 Receptor óptimo
8.1
Interpretação vectorial do filtro adaptado.
Como a correlação é feita com base num dos símbolos (símbolo j),
c(t ) = ks j (t ) , (8.1)
Figura 8.2
Diagrama de blocos do receptor óptimo com filtro adaptado.
Tb
= y l + ∫ ks j (t )w(t )dt
0
yl = kEl ⇐ s j (t ) = s l (t )
yl = −kEl ⇐ s j (t ) = − sl (t ) (8.4)
yl =0 ⇐ s j (t ) = 0
N0
σ n2 = Ec , (8.5)
2
em que Ec corresponde à energia de c(t).
Figura 8.3
Formas de onda no receptor óptimo com código PNRZ com ruído.
34 Comunicação de Dados Carlos Meneses
Assumindo que o sinal com que se faz a projecção tem energia unitária
(filtro adaptado normado), então,
Tb
Ec = k ∫ s (t )dt = 1 ,
2 2
j (8.6)
0
pelo que
1
k= , (8.7)
Ej
yl = El ⇐ s j (t ) = sl (t )
yl = − El ⇐ s j (t ) = − s l (t ) (8.8)
yl =0 ⇐ s j (t ) = 0
N0
σ n2 = (8.9)
2
1 ⎛ d2 ⎞
BER = erfc⎜ ⎟. (8.10)
2 ⎜ N0 ⎟
⎝ ⎠
Esta secção irá calcular o valor de BER para os diversos códigos de linha
assumindo um filtro adaptado, em que c(t) é dado pela equação 8.1, na direcção
do símbolo s1 (t ) , e um classificador de máxima verosimilhança (p0=p1=0,5).
s1 (t ) = − s 0 (t ) , (9.1)
⎧ y1 = + kE1 = + kEb
⎨ . (9.2)
⎩ y0 = −kE1 = − kEb
kEb − kEb
λopt = = 0. (9.3)
2
Uma vez que a potência do ruído é dada pela equação 8.5, o BER virá
(equação 7.12)
1 ⎛ d2 ⎞ 1 ⎛ 2 2 ⎞ 1 ⎛ ⎞
BER = erfc⎜ ⎟ = erfc⎜ k Eb ⎟ = erfc⎜ Eb ⎟ (9.5)
2 ⎜ 2σ n2 ⎟ 2 ⎜ k 2 Eb N 0 ⎟ 2 ⎜ N ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ 0 ⎠
36 Comunicação de Dados Carlos Meneses
⎧ y1 = + kE1 = +2kEb
⎨ . (9.6)
⎩ y0 = 0
2kEb + 0
λopt = = kEb , (9.7)
2
Uma vez que a potência do ruído é dada pela equação 8.5, o BER virá
(equação 7.12):
1 ⎛ d2 ⎞ 1 ⎛ k 2 Eb2 ⎞ 1 ⎛ ⎞
BER = erfc⎜ ⎟ = erfc⎜ ⎟ = erfc⎜ Eb ⎟ (9.9)
2 ⎜ 2σ n2 ⎟ 2 ⎜ 2k 2 Eb N 0 ⎟ 2 ⎜ 2N ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ 0 ⎠
kE1 − 0 2kEb
d= = = kEb . (9.11)
2 2
Figura 9.1
Funções de probabilidade na recepção do código bipolar
O nível lógico “0” estará errado se o valor de y for maior que d ou menor
que –d (2 vezes a área debaixo da gaussiana). Cada um dos dois símbolos
representantes do nível lógico “1”, com polarização positiva ou negativa, têm
probabilidade a priori de metade da probabilidade a priori deste nível lógico.
Deste modo o BER virá,
1 ⎛ d2 ⎞ p1 1 ⎛ d2 ⎞ p1 1 ⎛ d2 ⎞
BER = 2 p 0 erfc⎜ ⎟+ erfc⎜ ⎟+ erfc⎜ ⎟ (9.12)
2 ⎜ 2σ n2 ⎟ 2 2 ⎜ 2σ n2 ⎟ 2 2 ⎜ 2σ n2 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠
3 ⎛ d2 ⎞
BER = erfc⎜ ⎟, (9.13)
4 ⎜ 2σ n2 ⎟
⎝ ⎠
3 ⎛ k 2 Eb2 ⎞ 3 ⎛ ⎞
BER = erfc⎜ ⎟ = erfc⎜ Eb ⎟. (9.14)
4 ⎜ 2k 2 E b N 0 ⎟ 4 ⎜ 2N ⎟
⎝ ⎠ ⎝ 0 ⎠
Este valor do BER não entra com a capacidade deste código detectar
erros por violação da regra de polaridade alternada quando do envio de níveis
lógicos “1”. Por exemplo para erros isolados estes conseguem sempre ser
detectados. São exemplos:
– Havendo erro num nível lógico “1” que foi entendido como “0”, haverá
uma violação no próximo nível lógico “1” transmitido.
⎛ Eb ⎞
BER = erfc⎜ ⎟ (9.15)
⎜ N ⎟
⎝ 0 ⎠
BER em códigos de linha 39
de linha “polares”, sem componente DC, sendo aqueles que têm a menor energia
para o máximo afastamento entre símbolos, obtêm o melhor desempenho. Os
códigos “unipolares” estão distanciado destes 3 dB de relação Eb N 0 . O código
AMI é o que tem pior desempenho, mas tem boa capacidade de sincronismo,
nomeadamente em BNZS, não tem componente DC nem sofre de
desvanecimento. Nesta comparação também não se entra em consideração com
sua a capacidade de detecção de erros isolados, que aumenta o desempenho,
embora necessite de mecanismos de reenvio.
Figura 9.2
BER dos diversos códigos em função da relação Eb / N 0 em decibéis.
40 Comunicação de Dados Carlos Meneses
deixa de ser binário, ou seja, ter apenas 2 formas de onda, para ser M-áreo, ou
seja, com M formas de onda. Este código, denominado PAM (Pulse Amplitude
Modulation) M-áreo, é apresentado na figura 10.1.
Figura 10.1
Código PAM M-áreo
M = 2K . (10.1)
Ts = KTb , (10.2)
Rb
Rs = . (10.3)
K
Transmissão M-área em banda de base 41
Es
Eb = (10.4)
K
2a 2 M /2 2
( M 2 − 1) ( M 2 − 1)
∑ (k − 0,5) =
a (10.5)
E min ,
2
E s = Ts Ts =
M k =1 4 3 3
em que Emin é a energia do símbolo de menor energia, com amplitude a/2.
BT =
Rs
(1 + α ) = Rb (1 + α ) , (10.6)
2 2K
⎛ 12 E ⎞
⎟ = BT log 2 ⎛⎜1 + 2 ⎞⎟
12 P
Rb = BT log 2 ⎜⎜1 + 2 b ⎟ (10.7)
⎝ a Ts ⎠ ⎝ a ⎠
⎛ P⎞
C = BT log 2 ⎜1 + ⎟ (10.8)
⎝ N⎠
1
c(t ) = . (10.9)
Ts
Figura 10.2
Tensões de amostragem sem ruído no código PAM M-áreo e respectivas
distribuição de probabilidades.
2
⎛a⎞
d = Emin = ⎜ ⎟ Ts , (10.10)
⎝2⎠
2(M − 2) 1 ⎛ d2 ⎞ 2 1 ⎛ d2 ⎞
Ps = ercf ⎜ ⎟+ ercf ⎜ ⎟ (10.11)
M 2 ⎜ N0 ⎟ M 2 ⎜ N0 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
( M − 1) ⎛ E min ⎞ ( M − 1) ⎛ 3K Eb ⎞
Ps = ercf ⎜⎜ ⎟= ⎜ ⎟ (10.12)
M ⎝ N0
⎟
⎠ M
ercf ⎜
⎝ (M − 1) N 0
2 ⎟
⎠
BER =
(K + 1) 2 = K + 1 Ps (10.14)
K Ps K 2
44 Comunicação de Dados Carlos Meneses
1 K
símbolos ⇔ bits ↔ 1 símbolo errado ≈ 1 bit errado , (10.15)
Ps Ps
pelo que,
Ps
BER ≈ . (10.16)
K
( M − 1) ⎛ 3K Eb ⎞
BER = ercf ⎜⎜ ⎟ (10.17)
KM ⎝ (M − 1) N 0
2 ⎟
⎠
Figura 10.3
BER em função da relação E b N 0 em decibéis, para códigos de linha
PAM M-áreo utilizando código Gray (M=2:16).
Figura 10.4
Código 2B1Q correspondente a PAM quaternário utilizando código Gray.
46 Comunicação de Dados Carlos Meneses
3 ⎛ 2 Eb ⎞
BER = ercf ⎜⎜ ⎟,
⎟ (10.18)
8 ⎝ 5N0 ⎠
e a largura de banda virá, pela equação 10.6:
Rb
BT = (1 + α ) . (10.19)
4
Padrão de Olho
-1
-2
-3
-4
-5
0 0.5 1 1.5 2
rolloff=0 Pn=0.00 Watt/Hz
Figura 10.5
Padrão de olho no código 2B1Q com α=0 e a=2.
Figura 11.1
Modulações digitais binárias mais comuns.
B-PSK, OOK, B-ASK, DPSK, FSK
48 Comunicação de Dados Carlos Meneses
Figura 11.1
Modulação DSB.
BT = 2W = Rb (1 + α ) . (11.2)
A2
Eb = Tb . (11.3)
2
A2
Eb = Tb . (11.5)
4
A energia média por bit em ASK é a média das energias das sinusóides
de cada símbolo, dada por:
2 2
A1 + A0
Eb = Tb . (11.7)
4
⎧ A1
⎪⎪ y1 = E1 = Tb
2 , (11.8)
⎨ A
⎪ y 0 = E 0 = 0 Tb
⎪⎩ 2
y1 − y 0 E1 − E 0 A1 − A0
d= = = Tb . (11.9)
2 2 2 2
1 ⎛ T ( A1 − A0)2 ⎞
BER = ercf ⎜ b ⎟ (11.10)
2 ⎜ 8N 0 ⎟
⎝ ⎠
em que c(t) deverá ser proporcional aos símbolos (equação 8.1) e se o filtro
estiver normalizado deverá ainda ter energia unitária (equação 8.7), pelo que:
2
c(t ) = ks1 (t ) = cos(2πf c t ) (11.11)
Tb
L
Tb = LTc = , (11.12)
fc
Tb Tb
2
y1 = ∫ c(t )s1 (t )dt = ∫ A cos 2 (2πf c t )dt
Tb
0
Tb
0
(11.13)
A 2 A2 Tb A2Tb
= ∫0 [1 + cos (2π 2 f c t )]dt = t = = E1
2 Tb 2Tb 0 2
Figura 11.2
Desmodulação DPSK com filtro adaptado.
A2
Eb = Tb . (11.15)
2
f1 + f 0
fc = , (11.16)
2
∆ f = f1 − f c = f 0 − f c . (11.17)
BT = 2∆ f + 2W = f1 − f 0 + Rb (1 + α ) (11.18)
imposto pela equação 11.12, o produto interno entre os dois símbolos virá,
Tb Tb
Figura 11.3
Representação vectorial dos códigos
(a) ”unipolares”, (b) “unipolares” (c) ortogonais.
1 ⎛ d2 ⎞ 1 ⎛ 2 ⎞
BER = erfc⎜ ⎟ = erfc⎜ d ⎟ . (7.20)
2 ⎜ 2σ n2 ⎟ 2 ⎜ N0 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
E1 + E 0 Eb
d= = , (11.20)
2 2
pelo que o BER virá:
1 ⎛ Eb ⎞
BER = erfc⎜⎜ ⎟.
⎟ (11.21)
2 ⎝ 2N 0 ⎠
Modulação digital binária. 55
⎧ 2
⎪c1 (t ) = cos(2πf1t )
⎪ Tb
⎨ . (11.22)
⎪c (t ) = 2
cos(2πf 0 t )
⎪⎩ 0 Tb
Figura 11.4
Receptor óptimo para detecção B-FSK.
⎧
⎪ Eb para o nível lógico "1"
⎪
⎨ 0 para o nível lógico "0" . (11.23)
⎪ N0
⎪ potência do ruído
⎩ 2
⎧
⎪0 para o nível lógico "1"
⎪
⎨ Eb para o nível lógico "0" . (11.24)
⎪ N0
⎪ potência do ruído
⎩ 2
56 Comunicação de Dados Carlos Meneses
Note-se que continua a ser válida a figura 7.11 com os valores obtidos
pela equação 11.25 e continua a ser válida a equação 8.10, sendo a distância
Figura 11.5
Receptor não coerente para sinais OOK e B-ASK.
Modulação digital binária. 57
A1 + A0
λopt = . (7.26)
2
Figura 11.6
Receptor não coerente para sinais B-FSK.
58 Comunicação de Dados Carlos Meneses
2
c1 (t ) = cos(2πf ct )
Tb
. (12.1)
2
c2 (t ) = − sin (2πf ct )
Tb
As fases correspondentes a cada um dos símbolos k são dadas por:
2π
φk = k k = 0 : M −1, (12.2)
M
A2 , (12.4)
Eb = Tb
2
Modulação digital M-área. 59
Figura 12.1
Constelação M-PSK (Exemplo M=8).
BT = Rs (1 + α ) = (1 + α ) .
Rb
(12.5)
K
⎛π ⎞
d = E s sin ⎜ ⎟ , (12.6)
⎝M ⎠
60 Comunicação de Dados Carlos Meneses
e haverá erro à direita e à esquerda de cada símbolo, pelo que, pela equação 8.10
virá:
⎛ ⎛π ⎞E ⎞
Ps = erfc⎜ sin 2 ⎜ ⎟ s ⎟ , (12.7)
⎜ ⎝ M ⎠ N ⎟
⎝ o ⎠
1 ⎛ ⎛π ⎞ Eb ⎞
BER = erfc⎜ K sin 2 ⎜ ⎟ ⎟. (12.8)
K ⎜ ⎝M ⎠ No ⎟
⎝ ⎠
Figura 12.2
Emissor Q-PSK.
1 ⎛ Eb ⎞
BER = erfc⎜⎜ ⎟,
⎟ (12.9)
2 ⎝ N o ⎠
BT =
Rb
(1 + α ) , (12.10)
2
Modulação digital M-área. 61
Figura 12.3
Constelação Q-PSK.
Figura 12.4
Receptor Q-PSK.
tendo como sinal de entrada códigos de linha PAM com M símbolos cada um.
Figura 12.5
Constelação QAM (Exemplo M=16).
direcções dos vectores de base do símbolo com menor energia, como referido na
figura 12.5, a energia média por símbolo corresponde a duas vezes a energia
2(M − 1)
Es = E0 (12.11)
3
⎛ 1 ⎞ ⎛ E0 ⎞
Ps ≈ 2⎜1 − ⎟ercf ⎜⎜ ⎟
⎟ (12.12)
⎝ M ⎠ ⎝ N 0 ⎠
2⎛ 1 ⎞ ⎛ E0 ⎞
BER = ⎜1 − ⎟ercf ⎜⎜ ⎟.
⎟ (12.13)
K⎝ M ⎠ ⎝ N 0 ⎠
2⎛ 1 ⎞ ⎛ 3K Eb ⎞
BER = ⎜1 − ⎟ercf ⎜⎜ ⎟ (12.14)
⎝ 2(M − 1) N 0
K⎝ M ⎠ ⎟
⎠
Figura 12.6
Receptor QAM.
64 Comunicação de Dados Carlos Meneses
13 Codificação de canal
1 1
Te = Tb = . (13.1)
BER Rb BER
n(n − 1)
Pb ≈ f (2 n, BER ) = C2n BER 2 = BER 2 . (13.7)
2
2
BER' ≈ Pb = (n − 1)BER 2 , (13.8)
n
Pr ≈ nBER . (13.9)
cada carácter é apresentado em cada linha. Por sua vez cada coluna,
correspondente ao bit com o mesmo peso de cada carácter, estará também
Codificação de canal 67
Figura 13.1
Código de carácter de verificação de bloco.
linhas produzirá apenas 1 bit errado por carácter e esta situação será verificada
através das paridades de linha.
68 Comunicação de Dados Carlos Meneses
f r (r | c j ) pc j
p (c j | r ) = , (13.10)
p (r )
f r (r | c j ) (13.11)
c j , em igual posição. Por exemplo os blocos 001 e 010 terão uma distância de
Um código com n bits, dos quais k são bits de informação e n-k são bits
de paridade, é denominado código (n, k). A eficiência do código, no sentido do
número de bits de paridade (redundância) introduzidos, é dada por,
k
eficiência = , (13.13)
n
k
redundância = 1 − . (13.14)
n
n
Rb' = Rb . (13.15)
k
Note-se que o aumento do débito binário diminui a energia por bit, que
por sua vez aumenta o BER inicial.
n
o =
'
Ttransmissã Ttransmissão . (13.16)
k
(a) (b)
Figura 13.2
Palavras de código de 3 bits (a) Código de repetição (b) Código de paridade.
1
eficiência = . (13.17)
n
m7 m6 m5 p4 m3 p2 p1
1 0 0 x 1 x x
(a) (b)
Figura 13.3
Cálculo do código Hamming (7,4) (a) Pictograma (b) Exemplo.
m7 m6 m5 p4 m3 p2 p1
1 0 0 1 1 0 0
m7 m6 m5 p4 m3 p2 p1
Bits recebidos 1 1 0 1 1 0 0
Codificação de canal 73
Figura 13.4
Cálculo do código Hamming (7,4).
m7 m6 m5 p4 m3 p2 p1
Bits recebidos 1 1 0 1 1 0 0
Bits calculados 1 1 0 0 1 1 0
Sindroma 1 1 0
1
Módulo-2 (0+0=0; 0+1=1; 1+0=1; 1+1=0; 0-0=0; 0-1=1; 1-0=1; 1-1=0)
74 Comunicação de Dados Carlos Meneses
p4 p2 p1
7 111 1 1 1
3 011 0 1 1
Paridade 1 0 0
p4 p2 p1
7 111 1 1 1
4 100 1 0 0
3 011 0 1 1
Sindroma 0 0 0
p4 p2 p1
7 111 1 1 1
6 110 1 1 0
4 100 1 0 0
3 011 0 1 1
Sindroma 6 1 1 0
Note-se que por cada palavra de código válida haverá mais n blocos
correspondentes a cada posição possível com bit errado, não válidos. O número
de bits do sindroma, ou de um modo equivalente o número de bits de paridade,
n-k, deverá ser suficiente para detectar estas possibilidades, ou seja:
2 n−k = n + 1 , (13.19)
estando as posições dos bits de paridade sempre nas potências de 2.
m3 p2 p1
Codificação de canal 75
n(n − 1)
Pb = f (2 n, BER ) = C2n BER 2 = BER 2 . (13.20)
2
1,E-36
1,E-40
1,E-44
1,E-48
1,E-52
1,E-56
1,E-60
1,E-64
1,E-68
1,E-72
R(31)
Eficiência
Figura 13.5
Códigos de repetição versus Hamming função da eficiência, para BER=1e-5.
76 Comunicação de Dados Carlos Meneses
tem-se que,
M (x )2n − k R(x )
= Q( x ) + (13.22)
G(x ) G(x )
e,
M ( x )2 n − k − R( x ) M ( x )2 n − k + R( x ) R( x ) R( x )
= = Q(x ) + − = Q(x ) (13.23)
G(x ) G (x ) G (x ) G (x )
T (x ) + E (x ) T (x ) E (x )
= + . (13.25)
G (x ) G (x ) G(x )
– 2 erros;
– Paridade x1+1
14 Sumário
Principais Fórmulas
Tb Tempo de símbolo
Rb Débito binário
A Amplitude do código de linha/modulação
Ek Energia do símbolo k, k=0 ou 1
Eb Energia média por bit
ST Potência transmitida
ρ Eficiência espectral
α factor de rolloff
BT Largura de banda
σ n2 Potência do ruído após filtragem
No/2 Potência por Hz do ruído no canal de transmissão
yk Tensão após filtragem sem ruído para o símbolo k, k=0 ou 1
λopt Tensão óptima de comparação na detecção binária
BER probabilidade de erro de bit
C Capacidade de canal
1
Rb = (3.1)
Tb
Tb
E 0 + E1
Eb = . (3.4)
2
Eb
P= . (3.5)
Tb
Rb
ρ= . (3.6)
BT
Potência de ruído após filtragem
N0
σ n2 = (2 BT ) = N 0 BT . (7.1)
2
Filtro adaptado
y 0 + y1
λopt = . (7.6)
2
BER = p1 p 01 + p 0 p10 , (7.7)
80 Comunicação de Dados Carlos Meneses
y1 − y 0
d= . (7.11)
2
1 ⎛ d2 ⎞ 1
Área = erfc⎜ ⎟ = erfc( x ) (7.12)
2 ⎜ 2σ n2 ⎟ 2
⎝ ⎠
c(t ) = ks j (t ) (8.1)
N0
σ n2 = Ec (8.5)
2
Filtro adaptado normado
Ec = 1 (8.6)
N0
σ n2 = (8.9)
2
1 ⎛ d2 ⎞
BER = erfc⎜ ⎟ (8.10)
2 ⎜ N0 ⎟
⎝ ⎠
A2 1 ⎛ Eb ⎞
PRZ Não(1) Sim Rb (1 + α ) Tb ercf ⎜⎜ ⎟
2 2 N ⎟
⎝ 0 ⎠
Rb A2 1 ⎛ Eb ⎞
UNRZ Sim Não (1 + α ) Tb (1) ercf ⎜⎜ ⎟
⎟
2 2 2 ⎝ 2 N 0 ⎠
Manchester 1 ⎛ Eb ⎞
(Split- Não Sim Rb (1 + α ) A 2Tb ercf ⎜⎜ ⎟
2 ⎟
Phase) ⎝ N0 ⎠
Não(2) Rb A2 3 ⎛ Eb ⎞
AMI Não
Sim(BNZS)
(1 + α ) Tb (1) ercf ⎜⎜ ⎟
⎟
2 2 4 ⎝ 2 N 0 ⎠
Rb A2 ⎛ Eb ⎞
NRZI Não(1) Não (1 + α ) Tb (1) ercf ⎜⎜ ⎟
⎟
2 2 ⎝ N 0 ⎠
Com critério de 1º zero a largura de banda é dada com α=1.
1 – Desde que com 50% de ocorrência de bits a cada nível lógico.
2 – Sim, mas apenas nas sequências de bits ao nível lógico “1”.
Formulário 81
Transmissão M-área
K Número de bits por símbolo
M Número de níveis
Rs Débito de símbolos [símbolos/s]
M = 2K . (10.1)
Ts = KTb , (10.2)
Rb
Rs = . (10.3)
K
Es
Eb = (10.4)
K
Ps
BER ≈ para código Gray (10.16)
K
Capacidade de canal
⎛ P⎞
C = BT log 2 ⎜1 + ⎟ (10.8)
⎝ N⎠
Códigos/Modulações M-áreas
m!
f (l m, p ) = Clm p l (1 − p )
m −l
Clm =
(m − l )!l!
1
Sem erro em n bits (1 − BER )
Rb k
Te = =
n
Eficiência =
Rb BER Rb' n
Rb
Código k Pb BER '
Rb'
n −1 n(n − 1) 2
BER 2 = Pb = (n − 1)BER 2
n
Paridade n-1 C 2
BER 2
n 2 n
n +1 n +1
Repetição de 1
Pb = C
n 2 n 2
1 C n +1 BER n +1 BER
n bits n 2 2
'
Valores de Pb e BER aproximados, assumindo BER<<1 e n “pequeno”
Código de Hamming
Distância mínima de 3 bits; Corrige 1 bit ou detecta até 2 bits errados;
Rb
n-k n k Pb BER '
Rb'
n(n − 1) 3 3
n-k 2n − k − 1 n-(n-k)
k
C
n
2
BER 2
= BER 2
Pb = (n − 1)BER 2
n 2 n 2
2 (1) 3 1 0,33 3BER 2
3BER 2
3 7 4 0,57 21BER 2 9 BER 2
4 15 11 0,73 105BER 2 21BER 2
5 31 26 0,84 465BER 2 45BER 2
6 63 57 0,91 1953BER 2 93BER 2
'
Valores de Pb e BER aproximados, assumindo BER<<1 e n “pequeno”
(1)Equivalente ao código de repetição de 3 bits
84 Comunicação de Dados Carlos Meneses
Formulário 85
Apêndices
PNRZ
A2 ⎛ f ⎞
G( f ) = sinc 2 ⎜⎜ ⎟⎟
Rb ⎝ Rb ⎠
PRZ
A2 ⎛ f ⎞
G( f ) = sinc 2 ⎜⎜ ⎟⎟
4 Rb ⎝ 2 Rb ⎠
UNRZ
A2 2⎛ f ⎞ A2
G( f ) = ⎜
sinc ⎜ ⎟ +⎟ δ(f )
4 Rb ⎝ Rb ⎠ 4
Bipolar
A2 ⎛ f ⎞ ⎛ πf ⎞
G( f ) = sinc 2 ⎜⎜ ⎟⎟ sin 2 ⎜⎜ ⎟⎟
Rb ⎝ Rb ⎠ ⎝ Rb ⎠
Manchester
A2 ⎛ f ⎞ 2 ⎛ πf ⎞
G( f ) = sinc 2 ⎜⎜ ⎟⎟ sin ⎜⎜ ⎟⎟
Rb ⎝ 2 Rb ⎠ ⎝ 2 Rb ⎠
NRZI
A2 ⎛ f ⎞
G( f ) = sinc 2 ⎜⎜ ⎟⎟
Rb ⎝ Rb ⎠
Apêndices 87
N0
Densidade espectral de potência do ruído branco:
2
G y ( f ) = Gx ( f ) H ( f )
2
∞
Py = ∫ G y ( f )df
−∞
∞ ∞
Eh = ∫ h(t ) 2 dt = ∫ H( f )
2
df
−∞ −∞
∞ ∞
N N0
σ = ∫ Gw ( f ) H ( f ) ∫ H(f )
2 2
2
n df = 0 df = Eh
−∞
2 −∞
2
B
N0
σ n2 =
2 ∫ df
−B
= N0 B
Apêndices 89
∞
2
erfc( x ) =
−µ 2
π ∫e
x
dµ
y− y y− y d
µ= dy = 2σ y2 dµ =
2σ y2 2σ y2 2σ y2
y= y +d
∞ 2σ y2 1
∞
∫ ∫
2 2
Área = e − µ dµ = e − µ dµ
d 2πσ y2 π d
2σ y2 2σ y2
1 ⎛ d2 ⎞ 1
Área = erfc⎜ ⎟ = erfc( x )
2 ⎜ 2σ y2 ⎟ 2
⎝ ⎠
d2
Com x =
2σ y2
Apêndices 91
2 π ∫e
x
dµ
Exercícios propostos
2. Suponha uma transmissão binária num canal com uma largura de banda de
3300 Hz (banda telefónica). O canal é AWGN com ruído de 1 mWatt/Hz.
O código de linha usado é o split-phase, mas as amplitudes transmitidas
são 2 volts para o símbolo “0” e 3 volts para o símbolo “1”.
10. Suponha uma modulação PSK binária com um débito binário de 2400
bit/s, em que a portadora tem uma amplitude de 1 Volt. Calcule:
Pergunta teóricas
_____________________________________
Bibliografia
_____________________________________
[Carlson (86)] - A. B. Carlson, “Communication Systems”,
McGrawHill, 1986.
________________________________________
Glossário de Acrónimos
________________________________________