Kira Fukushima Beim - M

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 92

oen

AUTARQUIA ASSOCIADA UNIVERSIDADE DE SO PAULO

ESTUDO COMPARATIVO DAS TENSES CISALHANTES NA INTERFACE ENTRE CAMADAS DE UM COMPSITO POLIMRICO DE FIBRA DE CARBONO PELOS MTODOS NUMRICO E EXPERIMENTAL

KIRA FUKUSHIMA BEIM

Dissertao apresentada como parte dos requisitos para obteno do Grau de Mestre em Cincias na rea de Tecnologia Nuclear - Materiais. Orientador: Dr. Arnaldo H.P. Andrade

So Paulo 2008

INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGTICAS E NUCLEARES Autarqua associada Universidade de So Paulo

ESTUDO COMPARATIVO DAS TENSES CISALHANTES NA INTERFACE ENTRE CAMADAS DE UM COMPSITO POLIMRICO DE FIBRA DE CARBONO PELOS MTODOS NUMRICO E EXPERIMENTAL

Kira Fukushima Beim

Dissertao apresentada como parte dos requisitos para obteno do Grau de Mestre em Cincias na rea de Tecnologia Nuclear - Materiais.

Orientador: Dr. Arnaldo H. P. Andrade

SAO PAULO

2008

COMISSO HC:O AL

'^-:^

H'XHP^RSP-PCP

DEDICATRIA

A o s m e u s p a i s , Setul<o e Andr p o r iluminarem meu caminho e m e darem todo o apoio q u e precisei p a r a alcanar m e u s o b j e t i v o s e realizar m e u s s o n h o s .

III

AGRADECIMENTOS

A o I P E N p e l a o p o r t u n i d a d e d e d e s e n v o l v e r e s t a dissertao d e m e s t r a d o .

A o Prof. Dr. A r n a l d o H o m o b o n o A n d r a d e p e l a s u a dedicao, i n c e n t i v o e pacincia a o o r i e n t a r - m e n e s t e t r a b a l h o . M i n h a admirao e a g r a d e c i m e n t o especial.

A o Prof. G e r s o n M a h n u c c i p e l o a u x i l i o e dedicao n a p a r t e e x p e r i m e n t a l d e s t e trabalho.

A m i n h a famlia p e l a compreenso e a p o i o d u r a n t e o s a n o s d e dedicao a o mestrado.

IV

ESTUDO COMPARATIVO DAS TENSES CISALHANTES NA INTERFACE ENTRE CAMADAS DE UM COMPSITO POLIMRICO DE FIBRA DE CARBONO PELOS MTODOS NUMRICO E EXPERIMENTAL

Kira Fukushima Beim

RESUMO

E s s e t r a b a l h o a p r e s e n t a a validao d o mtodo numrico d o s e l e m e n t o s finitos p a r a e s t i m a r a resistncia a o c i s a l h a m e n t o d a i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s d e u m compsito polimrico d e f i b r a d e c a r b o n o . F o r a m r e a l i z a d o s e n s a i o s d e Resistncia a o C i s a l h a m e n t o I n t e r l a m i n a r ( I L S S , interlaminar shear strength) p a r a validao do modelamento numrico. O mtodo numhco consistiu no

d e s e n v o l v i m e n t o d e d o i s m o d e l o s e m e l e m e n t o s finitos u t i l i z a n d o u m p r o g r a m a c o m e r c i a l ( A N S Y S R e v . 1 0 ) . O p r i m e i r o u s a n d o e l e m e n t o s finitos d e c a s c a t r i d i m e n s i o n a l e o s e g u n d o , u s a n d o e l e m e n t o s finitos p l a n o s p a r a s i m u l a r o e n s a i o I L S S . O m o d e l o numrico q u e a p r e s e n t o u r e s u l t a d o s m a i s prximos a o s experimentais, o modelo tridimensional d e casca, apresentou u m erro d e a p e n a s 5 , 6 % , i n d i c a n d o u m a aproximao b a s t a n t e satisfatria.

COMPARATIVE STUDY OF THE INTERLAMINAR SHEAR STRESS IN A CARBON FIBER REINFORCED POLYMERIC COMPOSITE USING NUMERICAL AND EXPERIMENTAL METHODS

Kira Fukushima Beim

ABSTRACT

T h i s w o r k p r e s e n t s t h e v a l i d a t i o n o f t h e n u m e r i c a l m e t h o d o f finite e l e m e n t s t o e s t i m a t e t h e i n t e r l a m i n a r s h e a r s t r e n g t h in a c a r b o n f i b e r r e i n f o r c e d p o l y m e r i c composite. ILSS (interlaminar shear strength) tests w e r e performed to validate t h e numerical modeling. T h e numerical method consisted of t w o different finite

e l e m e n t m o d e l s u s i n g a c o m m e r c i a l s o f t w a r e (ANSYS R e v . 1 0 . 0 ) . T h e first m o d e l u s e s t r i d i m e n s i o n a l shell finite e l e m e n t s a n d t h e s e c o n d m o d e l , p l a n e finite e l e m e n t s t o simulate t h e ILSS test. T h e numerical method that presented t h e c l o s e s t r e s u l t s t o t h o s e f r o m t h e e x p e r i m e n t a l m e t h o d w a s t h e t r i d i m e n s i o n a l shell m o d e l , w i t h a n error d e v i a t i o n o f o n l y 5 . 6 % , w h i c h i n d i c a t e s v e r y g o o d p r e c i s i o n .

VI

SUMRIO

1 2 3 3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.9

INTRODUO OBJETIVO REVISO BIBLIOGRFICA M a t e r i a i s Compsitos Classificao d o s M a t e r i a i s Compsitos P r o c e s s o s d e Fabricao Definio d a s P r o p r i e d a d e s d o s M a t e r i a i s Compsitos Laminados E s t a d o s d e Tenso e m u m M a t e r i a l Compsito M e c a n i s m o s d e F a l h a e m u m M a t e r i a l Compsito Critrios d e F a l h a d e M a t e r i a i s Compsitos e L a m i n a d o s A l g u m a s Consideraes s o b r e o C i s a l h a m e n t o I n t e r l a m i n a r

1 4 5 5 7 10 13 14 16 18 20 25

3 . 1 0 A Avaliao E x p e r i m e n t a l d a s P r o p r i e d a d e s d a Regio I n t e r l a m i n a r d e u m Compsito 26 4 4.1 4.2 4.3 4.4 5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 5.7 5.8 5.9 5.10 6 7 MTODO E X P E R I M E N T A L A p a r a t o e condies d e t e s t e Corpo-de-prova Procedimento Resultados d o teste MTODO NUMRICO B r e v e Histrico Metodologia Aplicaes d o Mtodo Nomenclatura Formulao Matemtica Propriedades dos Materiais Modelo Plano Resultados para o Modelo Plano M o d e l o T r i d i m e n s i o n a l {Layered Shell Elemenf) Resultados para o Modelo Tridimensional DISCUSSO D O S R E S U L T A D O S E CONCLUSES REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 30 30 32 33 33 35 .35 36 39 39 40 44 44 54 68 76 79 81

VII

NDICE DE FIGURAS

F i g u r a 1 : Tpica f a l h a i n t e r l a m i n a r e m u m c o r p o - d e - p r o v a F i g u r a 2 : M o d o s I, II e III d e f a l h a . F i g u r a 3: (a) E n s a i o I L S S d e 3 p o n t o s e; (b) e n s a i o I L S S d e 4 p o n t o s . F i g u r a 4 : C o m p o n e n t e s e e q u i p a m e n t o s f a b r i c a d o s c o m compsito polimrico d e fibra d e carbono. F i g u r a 5: A r r a n j o d e f i b r a s d e s c o n t i n u a s . Figura 6: Arranjo d e fibras continuas. F i g u r a 7: A r r a n j o s d e f i b r a s v e r s u s isotropia d o m a t e r i a l . F i g u r a 8: E s q u e m a d e u m a b o l s a d e vcuo. F i g u r a 9: Mquina d e b o b i n a g e m . F i g u r a 10: Peas f a b r i c a d a s p o r pultruso .

1 2 3

6 8 8 9 11 12 12

F i g u r a 11 : E s q u e m a d e fabricao d e u m a m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a 13 F i g u r a 1 2 : E s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o xy. F i g u r a 13: M i c r o m e c a n i s m o s d e f a l h a . F i g u r a 1 4 : C o r p o - d e - p r o v a sanduche p a r a e n s a i o I L S S . F i g u r a 1 5 : D i s p o s i t i v o tpico d e e n s a i o I L S S . Figura 16: Ensaio ILSS d e 3 pontos. F i g u r a 17: C o r p o - d e - p r o v a p l a n o p a r a I L S S . 16 19 27 30 31 32

F i g u r a 18: E x e m p l o d e c u r v a c a r g a x d e s l o c a m e n t o f o r n e c i d a p e l o t e s t e I L S S . _ 3 3 F i g u r a 19: E x e m p l o d e m o d e l o e m a l h a d e e l e m e n t o s finitos. F i g u r a 2 0 : M o d e l o d e e l e m e n t o s finitos. F i g u r a 2 1 : G r a u s d e l i b e r d a d e d e u m n. F i g u r a 2 2 : Analoga M o l a / B a r r a . Figura 23: Sistema c o m duas molas F i g u r a 2 4 : E l e m e n t o finito p l a n o P L A N E I 8 3 F i g u r a 2 5 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o T A R G E 1 6 9 F i g u r a 2 6 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A 1 7 2 Figura 27: Modelo plano 37 39 40 41 42 45 46 47 48

F i g u r a 2 8 : P i o t a g e m p a r a m e l h o r visualizao d a s c a m a d a s d e epxi p u r o e d a s c a m a d a s d e f i b r a d e c a r b o n o + epxi F i g u r a 2 9 : M a l h a d e e l e m e n t o s finitos


C0MI5S N,s;..AL i . . . wv..;^:ArVSP-iPhN

49 51

VIII

F i g u r a 3 0 : M a l h a d e e l e m e n t o s f i n i t o s n a regio d o s u p o r t e F i g u r a 3 1 : M a l h a r e f i n a d a n a regio d o c o n t a t o F i g u r a 3 2 : ( a ) S i s t e m a d e c o o r d e n a d a s d o l a m i n a d o ; ( b ) Seo t r a n s v e r s a l d o l a m i n a d o e ; (c) D i a g r a m a d e c o r p o livre d o l a m i n a d o Figura 33: Deslocamentos e m y F i g u r a 3 4 : C a m i n h o s d a s linearizaes d e tenses F i g u r a 3 5 : Distribuio d a tenso d e c i s a l h a m e n t o , e m M P a F i g u r a 3 6 : Distribuio d a tenso d e c i s a l h a m e n t o n a s 1 5 c a m a d a s c e n t r a i s ,

52 53

55 56 58 59 60

F i g u r a 3 7 : Tenses d e c i s a l h a m e n t o n o s e l e m e n t o s f i n i t o s c o m p o s t o s d e fibra d e c a r b o n o + matriz, e m M P a (apenas a s 15 c a m a d a s centrais d o corpo-de-prova) 6 1 F i g u r a 3 8 : Tenses d e c i s a l h a m e n t o n o s e l e m e n t o s finitos c o m p o s t o s d e m a t r i z p u r a , e m M P a ( a p e n a s a s 15 c a m a d a s c e n t r a i s d o c o r p o - d e - p r o v a ) F i g u r a 3 9 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " L O N G M I D " F i g u r a 4 0 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S ( f o t o m a c r o ) F i g u r a 4 1 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S ( a u m e n t o 4 0 x ) F i g u r a 4 2 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " T R A N S V 1 " F i g u r a 4 3 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " T R A N S V 2 " F i g u r a 4 4 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " B O R D A " F i g u r a 4 5 : E l e m e n t o finito d e c a s c a m u l t i c a m a d a s S H E L L 9 9 F i g u r a 4 6 : E l e m e n t o finito slido t r i d i m e n s i o n a l S O L I D 4 5 F i g u r a 4 7 : e l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A I 7 5 Figura 48: Modelo d e casca F i g u r a 4 9 : M o d e l o d e e l e m e n t o s finitos (vista f r o n t a l ) F i g u r a 5 0 : E l e m e n t o s finitos d o c o r p o - d e - p r o v a 62 63 64 65 65 66 67 69 70 71 74 75 75

F i g u r a 5 1 : Distribuio d a s tenses c i s a l h a n t e s x z e m t o d o c o r p o - d e - p r o v a ( M P a ) 76 F i g u r a 5 2 : Grfico tenso c i s a l h a n t e x e s p e s s u r a F i g u r a 5 3 : Tenses c i s a l h a n t e s n a c a m a d a 2 . No h variao d a s tenses atravs d a l a r g u r a . 78 77

INTRODUO

O m a t e r i a l d o p r e s e n t e e s t u d o u m compsito f o r m a d o p o r c a m a d a s u n i d i r e c i o n a i s d e f i b r a d e c a r b o n o e m a t r i z polimrica, c u j a s p r o p r i e d a d e s , t a i s c o m o e l e v a d o mdulo d e e l a s t i c i d a d e , b a i x a d e n s i d a d e , e l e v a d a resistncia f a d i g a , e l e v a d a resistncia r u p t u r a p o r fluncia, e l e v a d a resistncia corroso e b a i x o c o e f i c i e n t e trmico d e dilatao ( C D T ) , so a t r a t i v a s p a r a aplicaes q u e r e q u e r e m e s s a s caractersticas. u m m a t e r i a l b a s t a n t e u s a d o n a indstria qumica, n a v a l , n u c l e a r , aeronutica e a e r o e s p a c i a l .

i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s , o u regio i n t e r i a m i n a r d e u m compsito

m u l t i c a m a d a s d e m a t r i z polimrica u m a f i n a regio d e m a t e r i a l polimrico (epxi, polister i n s a t u r a d o o u o u t r o s ) q u e s e e n c o n t r a e n t r e d u a s c a m a d a s d o compsito reforado ( c o m v i d r o , c a r b o n o , a r a m i d a o u o u t r o ) . u m a regio b a s t a n t e i m p o r t a n t e p a r a o d e s e m p e n h o d e s s e s m a t e r i a i s p o r g a r a n t i r , o u no, u m a b o a adeso e n t r e a s c a m a d a s q u e c o n s t i t u e m o compsito. A presena d e u m a f a l h a n e s s a regio p o d e c a u s a r u m fenmeno e x t r e m a m e n t e d a n o s o a o m a t e r i a l q u e a delaminao. Isso s i g n i f i c a q u e , s e n a regio i n t e r i a m i n a r o c o r r e r u m a trinca e esta s e propagar, pode haver u m descolamento entre c a m a d a s e conseqentemente, f a l h a d o m a t e r i a l , c o n f o r m e m o s t r a d o n a Figura 1 .

F i g u r a 1 : Tpica f a l h a i n t e r i a m i n a r e m u m c o r p o - d e - p r o v a d o t i p o v i g a c u r t a ( m i c r o g r a f i a ptica)

E x i s t e m trs d i f e r e n t e s t i p o s d e c a r r e g a m e n t o c a u s a d o r e s d e u m a f a l h a . O m o d o I aquele e m q u e a carga principal aplicada n o r m a l m e n t e falha,

(:QMISSONACONALD::::;;:V..UCLEAR/SP-F--

t e n d e n d o a abri-la. O m o d o II c o r r e s p o n d e a u m c a r r e g a m e n t o c i s a l h a n t e n o p l a n o e c a u s a u m " e s c o r r e g a m e n t o " e n t r e a s superfcies d a f a l h a e m direes o p o s t a s . O m o d o III r e f e r e - s e a u m c i s a l h a m e n t o f o r a d o p l a n o . A e s t r u t u r a p o d e e s t a r s u j e i t a a q u a l q u e r u m d e s s e s m o d o s d e c a r r e g a m e n t o , o u u m a combinao d e d o i s o u trs d e s s e s m o d o s . A F i g u r a 2 ilustra e s s e s m o d o s d e c a r r e g a m e n t o de falha: ( A L V E S , 2002)

Modo I

Modo II

i^ojjQ |

F i g u r a 2 : M o d o s I, II e III d e f a l h a . Q u a n d o e s t r u t u r a s f a b r i c a d a s d e m a t e r i a i s compsitos esto s u j e i t a s a u m c a r r e g a m e n t o d o m o d o II, a c a m a d a i n t e r l a m i n a r a p r i m e i r a a f a l h a r . E s t a f a l h a p o d e o c o r r e r d e v i d o s tenses d e c i s a l h a m e n t o c o m o tambm p o r tenses t r a n s v e r s a i s q u e s u r g e m n a regio i n t e r l a m i n a r , q u a n d o o m a t e r i a l est s o b flexo.

P o r t a n t o , a resistncia a o c i s a l h a m e n t o d a c a m a d a i n t e r l a m i n a r d e u m m a t e r i a l compsito d e e x t r e m a importncia, p o i s p o d e d e t e r m i n a r a resistncia falha d o c o m p o n e n t e , mesmo q u e o compsito utilize f i b r a s d e timas

p r o p r i e d a d e s mecnicas, c o m o a f i b r a d e c a r b o n o .

U m a m a n e i r a d e o b t e r a tenso d e c i s a l h a m e n t o n a regio i n t e r l a m i n a r d e u m compsito f a z e r o e n s a i o c h a m a d o d e Resistncia a o C i s a l h a m e n t o I n t e r l a m i n a r o u I L S S {interlaminar sliear strength). E s s e e n s a i o f e i t o c o m u m

carregamento e m 3 o u 4 pontos (Figura 3 ) e aplica u m a carga transversal e m u m c o r p o - d e - p r o v a d o tipo v i g a b a s t a n t e c u r t o p a r a q u e no o c o r r a flexo d o c o r p o d e - p r o v a , o q u e c a u s a tenses d e c i s a l h a m e n t o n a regio i n t e r l a m i n a r e

conseqente f a l h a d o m a t e r i a l d e v i d o a o d e s c o l a m e n t o d a s c a m a d a s

(ASTM

D 2 3 4 4 / D 2 3 4 4 M , 2 0 0 0 ) . O s v a l o r e s d a s tenses d e c i s a l h a m e n t o at a f a l h a t o t a l d o m a t e r i a l so r e g i s t r a d o s e m f o r m a d e grfico p e l o d i s p o s i t i v o d e e n s a i o . E s s e e n s a i o tambm c h a m a d o d e S B S ("short b e a m s h e a r " ) d e v i d o a o r e d u z i d o comprimento d o corpo-de-prova. O s procedimentos d o teste devem seguir a norma A S T M D2344/ D2344M.

6 4-Tl'Tl i|)

S(Z

t
I -.4 T

F i g u r a 3: ( a ) E n s a i o I L S S d e 3 p o n t o s e ; ( b ) e n s a i o I L S S d e 4 p o n t o s .

O u t r a m a n e i r a d e avaliar a tenso d e c i s a l h a m e n t o d a regio i n t e r l a m i n a r d e u m compsito e m q u e h o u v e f a l h a p e l o mtodo numrico d e anlise d e tenses p o r e l e m e n t o s finitos.

OBJETIVO

O o b j e t i v o d a p r e s e n t e dissertao v a l i d a r o mtodo numrico d o s e l e m e n t o s finitos p a r a e s t i m a r a resistncia a o c i s a l h a m e n t o d a i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s d e u m compsito polimrico d e f i b r a d e c a r b o n o a partir d e u m t e s t e d e resistncia a o c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r ( I L S S ) .

O e n s a i o e x p e r i m e n t a l p a r a determinao d a s tenses c i s a l h a n t e s e n t r e c a m a d a s f o i anlogo a q u e l e d e flexo e m 3 p o n t o s . O e n s a i o ser d e s c r i t o e m d e t a l h e s m a i s a d i a n t e . E m p a r a l e l o , f o i f e i t o u m e s t u d o p e l o mtodo numrico.

O mtodo numrico c o n s i s t e e m d u a s d i f e r e n t e s f o r m a s d e m o d e l a g e m p o r e l e m e n t o s finitos c o m o p r o g r a m a A N S Y S R e v . 1 0 . 0 p a r a a v a l i a r q u a l d e l a s melhor representa a realidade d o teste ILSS.

REVISO BIBLIOGRFICA

3.1

Materiais Compsitos

U m m a t e r i a l compsito e s t r u t u r a l u m m a t e r i a l q u e c o n s i s t e d e d u a s o u m a i s f a s e s n u m a e s c a l a macroscpica, n o q u a l a s p r o p r i e d a d e s mecnicas so p r o j e t a d a s p a r a s e r e m o t i m i z a d a s p a r a u m a d e t e r m i n a d a aplicao, d i f e r e n t e s daquelas d e cada fase (material) agindo independentemente. U m a d a s fases u s u a l m e n t e m a i s rgida e m a i s r e s i s t e n t e , c h a m a d a d e reforo, e n q u a n t o a o u t r a f a s e , m e n o s r e s i s t e n t e , c o n t i n u a e c h a m a d a m a t r i z . s v e z e s , d e v i d o s interaes qumicas o u o u t r o s e f e i t o s d e p r o c e s s o , u m a f a s e a d i c i o n a l , c h a m a d a i n t e r f a s e , e x i s t e e n t r e o reforo e a m a t r i z .

A s p r o p r i e d a d e s d e u m m a t e r i a l compsito d e p e n d e m d a s p r o p r i e d a d e s d e s e u s c o n s t i t u i n t e s , g e o m e t r i a e distribuio d a s f a s e s . U m d o s parmetros m a i s i m p o r t a n t e s a frao volumtrica o u frao d e p e s o d e reforo (fibra). A distribuio d a fibra d e t e r m i n a a h o m o g e n e i d a d e o u u n i f o r m i d a d e d o m a t e r i a l compsito. Q u a n t o m a i s u n i f o r m e a distribuio d o reforo, m a i s homogneo o m a t e r i a l e m e n o r a p r o b a b i l i d a d e d e f a l h a n a s reas m a i s frgeis. A g e o m e t r i a e orientao d a f i b r a a f e t a m a a n i s o t r o p i a d o s i s t e m a . ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )

Historicamente,

o s materiais

compsitos

polimricos

so

relativamente

r e c e n t e s . R e s i n a fenlica reforada c o m f i b r a s d e a s b e s t o s f o i i n t r o d u z i d a n o incio d o sculo 2 0 . O p r i m e i r o b a r c o feito d e f i b r a d e v i d r o f o i construdo e m 1 9 4 2 . Plsticos reforados e r a m u s a d o s tambm e m avies e c o m p o n e n t e s eletrnicos n a q u e l a poca. " F i l a m e n t W i n d i n g " , u m mtodo d e fabricao d e compsitos atravs d o e n r o l a m e n t o d e f i o contnuo, f o i i n v e n t a d o e m 1 9 4 6 e utilizado n a fabricao d e msseis n o s a n o s 1 9 5 0 . A s p r i m e i r a s f i b r a s d e c a r b o n o d e alta resistncia f o r a m i n t r o d u z i d a s n o incio d o s a n o s 1 9 6 0 , c o m aplicaes n a rea aeronutica. E m 1 9 7 3 a D u p o n t d e s e n v o l v e u a f i b r a a r a m i d a e atribuiu a o m a t e r i a l o n o m e d e K e v i a r . A partir d o final d o s a n o s 1 9 7 0 , a aplicao d e materiais compsitos s e e x p a n d i u largamente para a s reas aeronutica,

a u t o m o t i v a , e s p o r t i v a e indstrias qumicas. ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )

o compsito polimrico d e fibra d e c a r b o n o , m a t e r i a l d e e s t u d o , c o n s t i t u i d o d e m a t r i z polimrica d e epxi e fibra d e c a r b o n o c o m o reforo. u m a m a t e r i a l t i p i c a m e n t e c o n h e c i d o p o r a p r e s e n t a r timas p r o p r i e d a d e s mecnicas, t a i s c o m o : e l e v a d o mdulo d e e l a s t i c i d a d e , b a i x a d e n s i d a d e , e l e v a d a resistncia f a d i g a , e l e v a d a resistncia corroso e b a i x o c o e f i c i e n t e trmico d e dilatao ( C D T ) . Estas propriedades tornam o material composto de fibra de carbono

e x t r e m a m e n t e a t r a e n t e p a r a a s m a i s d i v e r s a s aplicaes: indstria qumica, n a v a l , n u c l e a r , aeronutica, a e r o e s p a c i a l , e s p o r t i v a e n t r e o u t r a s . A Figura 4

ilustra a l g u n s c o m p o n e n t e s e e q u i p a m e n t o s f a b r i c a d o s e m m a t e r i a l compsito polimrico d e fibra d e c a r b o n o .

F i g u r a 4 : C o m p o n e n t e s e e q u i p a m e n t o s f a b r i c a d o s c o m compsito polimrico d e fibra d e carbono. Quando visto apenas numa escala d e dimenso d a s fibras, materiais

compsitos tm a v a n t a g e m d a alta rigidez e alta resistncia d a s f i b r a s . A b a i x a t e n a c i d a d e f r a t u r a d a fibra c o m p e n s a d a p e l a e n e r g i a d i s s i p a d a n a i n t e r f a c e f i b r a / m a t r i z e a d u c t i l i d a d e d a m a t r i z . J u s t a m e n t e p o r e s t e m o t i v o , a adeso e n t r e a fibra e a m a t r i z d e v e s e r alta s u f i c i e n t e p a r a t r a n s f e r i r e s s a e n e r g i a e n t r e o s c o m p o n e n t e s d o m a t e r i a l compsito.

o nvel d e adeso entre a f i b r a e a m a t r i z , o u " b o n d i n g " , u m i m p o r t a n t e a s s u n t o d e e s t u d o . E s t a i n t e r f a c e tambm c o n h e c i d a p o r regio i n t r a l a m i n a r , d i f e r e n t e d a regio interlaminar, o b j e t o d o p r e s e n t e e s t u d o . A regio i n t e r l a m i n a r , por s u a vez, corresponde a u m a fina c a m a d a d e matriz entre duas c a m a d a s d e compsito ( f i b r a + m a t r i z ) . tambm u m a regio m u i t o i m p o r t a n t e a s e r e s t u d a d a p o r a p r e s e n t a r m e n o r resistncia mecnica q u e a s c a m a d a s v i z i n h a s e s e r , conseqentemente, constante motivo de falha do material devido aos

deslocamentos entre camadas. ( D A N I E L & ISHAI, 1994)

3.2

Classificao dos Materiais Compsitos

O s m a t e r i a i s compsitos p o d e m s e r c l a s s i f i c a d o s c o n f o r m e o t i p o d e reforo e c o n f o r m e o t i p o d e m a t r i z . O reforo, g e o m e t r i c a m e n t e , p o d e e s t a r n a f o r m a d e p a r t i c u l a d o , f i b r a contnua e f i b r a descontnua. ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

U m compsito p a r t i c u l a d o c o n s i s t e d e partculas d e vrias f o r m a s e t a m a n h o s dispersas aleatoriamente n a m a t r i z . O s compsitos p a r t i c u l a d o s podem ser

c o n s i d e r a d o s quase-homogneos n u m a e s c a l a b e m m a i o r d o q u e o t a m a n h o mdio d a s partculas. D e v i d o a l e a t o r i e d a d e d a distribuio d a s partculas o s podem ser considerados concreto, quase-isotrpicos. Alguns

compsitos p a r t i c u l a d o s exemplos d e compsito

particulado:

partculas

d e alumnio e m

p o l i u r e t a n o ( u s a d o e m p r o p e l e n t e s d e f o g u e t e s ) , partculas d e c a r b e t o d e silcio e m alumnio. ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

U m compsito c o m fibras descontnuas p o d e c o n t e r f i b r a s c u r t a s o u whiskers c o m o reforo. A razo d e a s p e c t o e n t r e o c o m p r i m e n t o e o dimetro d a s f i b r a s alta e a orientao d a s fibras p o d e s e r aleatria o u u n i d i r e c i o n a l . S u a utilizao , e m g e r a l , e m aplicaes d e b a i x a solicitao mecnica. A F i g u r a 5 f i b r a s descontnuas aleatrias e u n i d i r e c i o n a i s : ( A L M E I D A , 2 0 0 5 ) ilustra a s

aleatria

unidirecional

Mil !l!
I

|l I
1. 1 1 1 1

F i g u r a 5: A r r a n j o d e f i b r a s descontnuas. D e v i d o a l e a t o r i e d a d e d a distribuio d a s f i b r a s , o s compsitos c o m f i b r a s descontnuas c o m orientao aleatria p o d e m s e r c o n s i d e r a d o s quasi-isotrpicos. O material pode ser encontrado na forma d e mantas d e fibras picadas. (ALMEIDA, 2005)

U m compsito c o m f i b r a s contnuas contm f i b r a s l o n g a s e contnuas. A orientao d a s f i b r a s p o d e s e r u n i d i r e c i o n a l , b i - d i r e c i o n a l o u m u l t i d i r e c i o n a l . F i b r a s contnuas so u t i l i z a d a s e m aplicaes n a s q u a i s s e r e q u e r alta r i g i d e z e resistncia. A F i g u r a 6 (ALMEIDA, 2005) unidirecional bi-direcional multidirecional ilustra o s d i f e r e n t e s a r r a n j o s d e f i b r a s contnuas:

i^rii!s^ro2iaioeiQQ0S6<Q<ci^:si fL* *^ C * ) ff* fl^ C-<I4I-i ^I^!* li ^ SS Cf C^C* C* C * " C< i5 'li Q!^i3C<C4^2( 1 ^ ^-<Ii &&ZSfKf>H >li m H < 'K ^^^lo^IoCl i5iC*Si Si >I<*Z4 5" C * " i' '5 S i l l n *^ "* I" ^< C< I* li CiOi d I > C * & ^ SfCi Ii d C * ) Zi 1(51 l4iZi I<i

F i g u r a 6 : A r r a n j o d e f i b r a s contnuas. O e s q u e m a d a Figura 7 mostra o s diferentes arranjos d e fibras e s u a

relao c o m a isotropia d o m a t e r i a l : ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

reforo particulado

reforo de fibras descontnuas

reforo de fibras continuas

m II

I !
lUili
a) unidirecional a) unidirecional

b) orientao aleatria

b) tecido (cross-p/y)

quase isotropic
lili^lilic "?g c) multidirecional

Figura 7 : A r r a n j o s d e f i b r a s v e r s u s i s o t r o p i a d o m a t e r i a l . Q u a n t o composio d a m a t r i z , e s t a p o d e s e r : polimrica, cermica, metlica o u c a r b o n o . ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

matriz

polimrica

divide-se

e m termoplstica

e termorrgida ( o u

t e r m o f i x a ) . a p l i c a d a p a r a compsitos reforados p o r fibra d e v i d r o , a r a m i d a o u carbono e e m aplicaes d e t e m p e r a t u r a s relativamente baixas. A matriz

polimrica t e m a s s e g u i n t e s v a n t a g e n s : fcil p r o c e s s a m e n t o , c u s t o d e fabricao r e l a t i v a m e n t e baixo e f l e x i b i l i d a d e n a orientao d a s f i b r a s . ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

A m a t r i z polimrica termoplstica a p r e s e n t a a s s e g u i n t e s caractersticas: alta t e n a c i d a d e e d u c t i l i d a d e , consolidao (transformao fsica), p r o c e s s a m e n t o difcil e t e m p e r a t u r a d e u s o l i m i t a d a p e l a t e m p e r a t u r a d e a m o l e c i m e n t o o u fuso. (ALMEIDA, 2005)

A m a t r i z polimrica termorrgida a p r e s e n t a a s s e g u i n t e s caractersticas: p a s s a p e l o p r o c e s s o d a c u r a (transformao qumica), u m a v e z c u r a d a no p o d e s e r r e f u n d i d a , r e s i s t e n t e , rgida, frgil, perecvel, d e p r o c e s s a m e n t o s i m p l e s e temperatura de uso relativamente baixa. (ALMEIDA, 2005)

COMISSO mWU-

D ENER^ WUCLEAR/5P-PE

10

M a t r i z e s cermicas so u t i l i z a d a s p a r a aplicaes q u e r e q u e r e m u s o contnuo sob temperaturas muito elevadas. Apresentam as seguintes

caractersticas: alta t e m p e r a t u r a d e u s o , b a i x a d e n s i d a d e , alta rigidez e d u r e z a , p r o c e s s a m e n t o c o m p l e x o , i s o l a m e n t o eltrico, frgil ( b a i x a t e n a c i d a d e f r a t u r a ) e b a i x a tolerncia a o d a n o . ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

M a t r i z e s metlicas so u t i l i z a d a s p a r a aplicaes q u e r e q u e r e m u s o contnuo sob temperaturas elevadas e propriedades mecnicas elevadas.

A p r e s e n t a m a s s e g u i n t e s caractersticas: alta t e m p e r a t u r a d e u s o , alta r i g i d e z e resistncia, alta c o n d u t i v i d a d e trmica, alta t e n a c i d a d e f r a t u r a e alta tolerncia ao dano. (ALMEIDA, 2005)

M a t r i z e s d e c a r b o n o so s e m p r e

reforadas p o r f i b r a s d e c a r b o n o ,

f o r m a n d o u m compsito c a r b o n o - c a r b o n o . E s s a s m a t r i z e s so u t i l i z a d a s p a r a aplicaes que requerem alta resistncia a temperaturas muito elevadas

( e x e m p l o s : t u b e i r a d e f o g u e t e , f r e i o s d e avies). A p r e s e n t a m

as seguintes baixa

caractersticas: alta t e m p e r a t u r a d e u s o , alta rigidez, b a i x a d e n s i d a d e ,

expanso trmica, b o a c o n d u t i v i d a d e trmica e eltrica e p r o c e s s a m e n t o difcil. (ALMEIDA, 2005)

3.3

Processos de Fabricao

O p r o c e s s o d e fabricao u m a p a r t e b a s t a n t e i m p o r t a n t e n a aplicao d o s m a t e r i a i s compsitos. U m a g r a n d e v a r i e d a d e d e mtodos d e fabricao s e a d a p t a s v a r i a s aplicaes disponveis. E l e s i n c l u e m m o l d a g e m p o r b o l s a d e vcuo, b o b i n a g e m , pultruso e m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a ( R T M ) . (ALMEIDA, 2005)

C o m p o n e n t e s f a b r i c a d o s p o r a u t o c l a v e o u b o l s a d e vcuo c a r a c t e r i z a m - s e p o r b a i x o contedo d e v a z i o s ( c u r a s o b presso) e alto v o l u m e d e f i b r a s . u m mtodo d e fabricao i n d i c a d o p a r a peas d e e s p e s s u r a f i n a e f o r m a c o m p l e x a e estruturas vantagens: sanduche. A fabricao p o r b o l s a resulta e m peas d e b a i x a d e vcuo t e m a s s e g u i n t e s permite rgido controle

porosidade,

11

fibra/resina, usa ferramental simples e permite variados ciclos d e cura. Dentre a s d e s v a n t a g e n s d e s t e mtodo, t e m - s e : alto c u s t o d a matria p r i m a (reforo pri m p r e g n a d o ) , e x c e s s o d e s o b r a s d e m a t e r i a l , e x i g e s a l a d e laminao c l i m a t i z a d a , o reforo pr-impregnado perecvel, e x i g e e l e v a d o c o n s u m o d e energa e o p r o d u t o final a p r e s e n t a a p e n a s u m a nica s u p e r f i c i e a c a b a d a . A F i g u r a 8 ilustra o e s q u e m a d e fabricao d e u m a b o l s a d e vcuo: ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

S a c o de vcuo Filme separador Filme desmoldante Selante de vcuo.

F i g u r a 8 : E s q u e m a d e u m a b o l s a d e vcuo.

A b o b i n a g e m u m mtodo d e fabricao i n d i c a d o p a r a peas axisimtricas c o m o v a s o s d e presso, t a n q u e s e d u t o s . u m mtodo q u e s e c a r a c t e r i z a p o r b a i x o contedo d e v a z i o s , b o m c o n t r o l e d o p o s i c i o n a m e n t o d a fibra e b o m aproveitamento do material. A bobinagem apresenta as seguintes vantagens: possibilita fabricao d e peas g r a n d e s e p e q u e n a s , p e r m i t e b o m c o n t r o l e d a posio d a f i b r a , p e r m i t e e x c e l e n t e a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l e p e r m i t e u s o d e liners e m v a s o s d e presso. D e n t r e a s d e s v a n t a g e n s d o p r o c e s s o , t e m - s e : l i m i t a d o a f o r m a s axisimtricas, m a u c o n t r o l e d o contedo d e r e s i n a e e x i g e c o n t r o l e o p e r a c i o n a l (programao, parmetros d o p r o c e s s o ) . A F i g u r a 9 u m a mquina d e b o b i n a g e m . ( A L M E I D A , 2 0 0 5 ) ilustra

12

F i g u r a 9: Mquina d e b o b i n a g e m . A pultruso u m mtodo q u e s e c a r a c t e r i z a p o r : p r o c e s s o contnuo, b a i x o contedo d e v a z i o s , alto v o l u m e d e f i b r a s e b o m a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l . u m mtodo a p l i c a d o p a r a peas c o m seo t r a n s v e r s a l c o n s t a n t e (slidas o u vazadas). A pultruso apresenta as seguintes vantagens: excelente

a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l , alta t a x a d e produo, alto contedo d e r e s i n a o u d e f i b r a . D e n t r e a s d e s v a n t a g e n s d o p r o c e s s o , t e m - s e : seo t r a n s v e r s a l t e m q u e s e r u n i f o r m e , a c u r a rpida p o d e t r a n s v e r s a l . A F i g u r a 10 (ALMEIDA, 2005) reduzir propriedades e baixa resistncia

ilustra c o m p o n e n t e s tpicos f a b r i c a d o s p o r pultruso.

F i g u r a 1 0 : Peas f a b r i c a d a s p o r pultruso A m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a ( R T M ) u m mtodo q u e s e c a r a c t e r i z a p o r utilizar pr-forma i m p r e g n a d a e m m o l d e f e c h a d o , alta cadncia d e produo, b o m a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l e a c a b a m e n t o n a s d u a s superfcies. u m mtodo a p l i c a d o p a r a fabricao d e peas c o m g r a n d e s lotes e g e o m e t r i a s c o m p l e x a s . A m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a a p r e s e n t a a s s e g u i n t e s v a n t a g e n s : e x c e l e n t e a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l , alta t a x a d e produo, b o m

13

a c a b a m e n t o n a s d u a s superfcies, p e r m i t e m o l d a g e m d e f o r m a s c o m p l e x a s e p e r m i t e fabricao d e peas g r a n d e s e p e q u e n a s . D e n t r e a s d e s v a n t a g e n s d o p r o c e s s o , t e m - s e c u s t o d o m o l d e , q u e vivel s o m e n t e p a r a lotes g r a n d e s . A F i g u r a 1 0 ilustra o e s q u e m a d e fabricao d e u m a m o l d a g e m p o r transferncia de resina: (ALMEIDA, 2005)

molde

MOLDAGEM

pr-forma

injeo de

IMPREGNAO

aplicao de vcuo

F i g u r a 1 1 : E s q u e m a d e fabricao d e u m a m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a . C o m p o n e n t e s estruturais q u e consistem d e diferentes materiais, e s t r u t u r a s tipo sanduche d e honeycomb como

(colmeia), p o d e m ser fabricados pelo

p r o c e s s o c h a m a d o d e c u r a c o n j u n t a , mtodo e m q u e e l e m e n t o s d i f e r e n t e s so c u r a d o s a o m e s m o t e m p o , o b e d e c e n d o a u m m e s m o ciclo d e c u r a . N o e n t a n t o , a fabricao d o m a t e r i a l compsito a i n d a d e p e n d e d e mo d e o b r a q u a l i f i c a d a , c o m c e r t a limitao q u a n t o automao o u padronizao. Isso r e q u e r u m c o n t r o l e d e q u a l i d a d e m a i s e x t e n s o e rgido. ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )

3 .4

Definio das Propriedades dos Materiais Compsitos

U m m a t e r i a l homogneo s e s u a s p r o p r i e d a d e s so a s m e s m a s e m t o d o s o s p o n t o s o u so i n d e p e n d e n t e s d a localizao. O c o n c e i t o d e h o m o g e n e i d a d e est a s s o c i a d o c o m u m a e s c a l a o u v o l u m e caracterstico e p e l a definio d e propriedades envolvidas. Dependendo da escala o u volume observado, o material pode ser mais ou menos homogneo. S e e x i s t e numa escala baixa variabilidade d a s

propriedades

d e ponto

a outro,

macroscpica, o m a t e r i a l

r e f e r e n c i a d o c o m o q u a s e homogneo. ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )

OMISSO mcm^i

r >?!^

^ixiEAri'SP-pFf

14

Muitas propriedades d o material, c o m o

rigidez, resistncia mecnica,

expanso trmica e c o n d u t i v i d a d e trmica, so a s s o c i a d a s c o m a direo o u e i x o . O m a t e r i a l c o n s i d e r a d o isotrpico q u a n d o s u a s p r o p r i e d a d e s so a s m e s m a s e m t o d a s a s direes, i n d e p e n d e n t e m e n t e d a orientao d o e i x o d e referncia. ( D A N I E L & ISHAI, 1994)

U m m a t e r i a l anisotrpico q u a n d o s u a s p r o p r i e d a d e s e m u m p o n t o v a r i a m c o m a direo o u d e p e n d e m d a orientao d o s e i x o s d e referncia. S e a s p r o p r i e d a d e s d o m a t e r i a l a o l o n g o d e q u a l q u e r direo so a q u e l a s a o l o n g o d e u m a direo simtrica e m relao a u m p l a n o , ento, e s t e p l a n o d e f i n i d o c o m o p l a n o d e s i m e t r i a d o m a t e r i a l . U m m a t e r i a l p o d e t e r n e n h u m , u m , d o i s , trs, o u infinito nmero d e p l a n o s d e s i m e t r i a d o m a t e r i a l atravs d e u m p o n t o . U m m a t e r i a l isotrpico t e m u m nmero infinito d e p l a n o s d e s i m e t r i a . ( D A N I E L & ISHAI, 1994)

M a t e r i a i s compsitos, e m e s p e c i a l , so m a t e r i a i s ortotrpicos, isto , so m a t e r i a i s d e trs p l a n o s d e s i m e t r i a p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e s i . A s interseces d e s t e s p l a n o s d e f i n e m trs e i x o s p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e s i , c h a m a d o s d e e i x o s principais d e simetria d o material, o u simplesmente, eixos principais d o material. ( D A N I E L & ISHAI, 1994)

3.5

Laminados U m a lmina u m a c a m a d a p l a n a ( o u c u r v a ) d e f i b r a s u n i d i r e c i o n a i s o u

t e c i d o e m u m a matriz. N o c a s o d e f i b r a s u n i d i r e c i o n a i s , t e m - s e u m a lmina u n i d i r e c i o n a l . A lmina u m m a t e r i a l ortotrpico c o m e i x o s p r i n c i p a i s d o m a t e r i a l n a direo l o n g i t u d i n a l (direo d a s f i b r a s ) , direo t r a n s v e r s a l ( n o r m a l s f i b r a s n o p l a n o d a lmina) e n o r m a l a o p l a n o d a lmina. ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )

Um

l a m i n a d o constitudo d e d u a s o u m a i s

lminas

unidirecionais

e m p i l h a d a s e m vrias orientaes. O s l a m i n a d o s p o d e m t e r vrias e s p e s s u r a s o u p o d e m consistir d e diferentes materiais. C o m o o s eixos principais d o s materiais m u d a m d e c a m a d a a c a m a d a , mais conveniente analisar laminados usando u m

15

s i s t e m a f i x o e c o m u m d e c o o r d e n a d a s . A orientao d e u m a d e t e r m i n a d a c a m a d a d a d a p e l o ngulo e n t r e o e i x o x d e referncia e o e i x o p r i n c i p a l d o m a t e r i a l (orientao d a fibra) d a c a m a d a , m e d i d a n o s e n t i d o anti-horrio n o p l a n o x - y . (DANIEL & ISHAI, 1994)

A denominao d o s l a m i n a d o s d e p e n d e d o nmero, t i p o , orientao e seqncia d e e m p i l h a m e n t o d a s lminas. Q u a n d o o l a m i n a d o contm d o i s o u m a i s t i p o s d e m a t e r i a i s , c h a m a d o hbrido. A s e g u i r , esto l i s t a d a s a l g u m a s configuraes tpicas d e l a m i n a d o s e e x e m p l o s d e representao p e l a s r e g r a s d e denominao d e l a m i n a d o s : ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )

Unidirecional d e 6 c a m a d a s : [ 0 / 0 / 0 / 0 / 0 / 0 ] = [Oe] Simtrico c o m c a m a d a s c r u z a d a s (cross-ply) (O e 90): [ 0 / 9 0 / 9 0 / 0 ] = [0/90 ]s Simtrico m u l t i d i r e c i o n a l {angle-ply): [ + 4 5 / - 4 5 / - 4 5 / + 4 5 ] = [45 ]s


[ 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 / 3 0 ] = [30 ]2s

Assimtrico m u l t i d i r e c i o n a l (angle-ply): [ 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 ] = [30]4 M u l t i d i r e c i o n a l {angle ply): [ 0 / 4 5 / - 4 5 / - 4 5 / 4 5 / 0 ] = [0/45 ]s Hbrido: [0'^/0'^/45^/-45^/90/-45^/45^/0'^/0'^]T = O n d e o s smbolos s i g n i f i c a m : Nmero s u b s c r i t o = nmero d e c a m a d a s S = seqncia simtrica T = nmero t o t a l d e c a m a d a s = b a r r a s o b r e ngulo d a c a m a d a d e n o t a q u e o l a m i n a d o simtrico s o b r e o p l a n o mdio d e s t a c a m a d a [02^/45^m%

16

U m l a m i n a d o c o n s i d e r a d o b a l a n c e a d o q u a n d o o nmero d e c a m a d a s d e u m m e s m o m a t e r i a l e d e u m a m e s m a orientao d e fibra o m e s m o , o u s e j a , c o m o s e o p l a n o mdio ( p a r a l e l o e s p e s s u r a d o l a m i n a d o ) f o s s e u m e s p e l h o d a s camadas. (DANIEL & ISHAI, 1994)

3.6

Estados de Tenso em um Material Compsito

N a F i g u r a 1 1 , a s c o m p o n e n t e s c o m u m nico ndice ( O x , O y e O z ) so chamadas tenses normais (atuam perpendicularmente s faces). As

c o m p o n e n t e s c o m ndices d i f e r e n t e s (x^y, Xxz e t y z ) so c h a m a d a s tenses d e c i s a l h a m e n t o ( a t u a m t a n g e n c i a l m e n t e s f a c e s ) .

Q u a n d o t o d o s o s trs c o m p o n e n t e s d e tenses f o r a d o p l a n o so i g u a i s a z e r o atravs d a regio, ento s e t e m u m a condio d e e s t a d o p l a n o d e tenses. P o r e x e m p l o , n a F i g u r a 1 2 , a tenso n o r m a l O z e a m b a s c o m p o n e n t e s d e c i s a l h a m e n t o T Z X e Xzy f o r a d o p l a n o so n u l a s p a r a a condio d e e s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o x y . A s c o m p o n e n t e s d e tenso no n u l o s , n e s s e c a s o , so O x , O y e Xxy. N o t a - s e q u e o s c o m p o n e n t e s d e deformao no so n e c e s s a r i a m e n t e n u l a s p a r a o e s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o x y . O e s t a d o p l a n o d e tenses tpico d e p l a c a s f i n a s . ( H E R A K O V I C H , 1 9 9 8 )

F i g u r a 1 2 : E s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o x y .

17

A m a g n i t u d e d o s c o m p o n e n t e s z d e deformao d e p e n d e d a equao constitutiva e x p r e s s a a seguir: ( H E R A K O V I C H , 1998) s S a (Equao 3 . 1 )

o n d e S a i n v e r s a d a m a t r i z d e rigidez.

A deformao n o r m a l Szz f o r a d o p l a n o no-nula p a r a m a t e r i a i s q u e t e m c o e f i c i e n t e s d e P o i s s o n no-nulos. P a r a o c a s o d e e s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o x y , a s equaes d e equilbrio s e r e d u z e m a s e g u i n t e f o r m a m a i s s i m p l e s : ( H E R A K O V I C H , 1998)


o ^ ^ r ^ _ Q

(Equao 3.2)

dx dx

dy dy

E a s equaes d e c o m p a t i b i l i d a d e s e r e d u z e m nica equao: 2e


xy,yx ^-yy

+
yy.xx

(Equao 3 . 3 )

J a condio d e e s t a d o p l a n o d e deformao c o r r e s p o n d e situao e m q u e a s trs c o m p o n e n t e s d e deformao f o r a d o p l a n o ( E Z Z , E Z X , Szy) so n u l a s e a s tenses so, n a m a i o r i a , funes d e x e y. A s s i m c o m o a condio d e e s t a d o p l a n o d e tenses, a s c o m p o n e n t e s d e tenso f o r a d o p l a n o p e l a f o r m a d e equaes c o n s t i t u t i v a s , e a tenso n o r m a l a z g e r a l m e n t e no-nula. Equilbrio s e r e d u z a: ( H E R A K O V I C H , 1 9 9 8 ) a^^^_^ x dx dy dy (Equao 3 . 4 )

18

C o m a s c o m p o n e n t e s d e deformao f o r a d o p l a n o (szz, Szx, Szy) Iguais a z e r o , a s equaes d e c o m p a t i b i l i d a d e ( H E R A K O V I C H , 1998) 2s


xy,yx

s e r e d u z e m a u m a nica equao:

=s
xx,yy

+s
yy.xx

(Equao 3 . 5 )

L o g o , n o t a - s e q u e a equao d e c o m p a t i b i l i d a d e a m e s m a p a r a e s t a d o p l a n o d e tenses e e s t a d o p l a n o d e deformao. ( H E R A K O V I C H , 1 9 9 8 )

3.7

Mecanismos de Falha em um Material Compsito

E x i s t e m vrios m i c r o m e c a n i s m o s d e f a l h a d e u m m a t e r i a l compsito, destacando-se descolamento a fratura da fibra, flambagem da fibra, arrancamento, radial

d a fibra/ matriz, trincamente

d a matriz e trincamente

(ilustrados n a Figura 1 3 ) . N o caso d e laminados, o s m e c a n i s m o s d e falha microscpicos transversais se manifestam n o s planos n a s falhas d a lmina e m f o r m a falhas d a fibra d e trincas e m planos

paralelos

s f i b r a s ,

p e r p e n d i c u l a r e s s f i b r a s e delaminao e n t r e c a m a d a s d o l a m i n a d o . ( D A N I E L & ISHAI, 1994)

a) Fratura das fibras

b) Arrancamento

c) Trincamento da matriz
Interface

Rompimento da fibra Trincamento da interface d) Descolamento fbra/ matriz e) Flambagem das fibras f) Fratura radial da interface e rompimento da fibra

Figura 13: Micromecanismos d e falha. F r a t u r a t r a n s v e r s a l d a f i b r a , o u s e j a , q u e b r a d e u m a f i b r a contnua e m d o i s o u m a i s s e g m e n t o s d i s t i n t o s , o m a i s catastrfico m e c a n i s m o d e f a l h a , j q u e a s f i b r a s so t i p i c a m e n t e o s p r i n c i p a i s r e c e p t o r e s d o c a r r e g a m e n t o . A f r a t u r a d a f i b r a p o d e r e s u l t a r tambm d e tenses t r a t i v a s o u c o m p r e s s i v a s . A f r a t u r a d a f i b r a ( F i g u r a 1 3 . a ) o c o r r e s o b c a r r e g a m e n t o d e trao q u a n d o a tenso d e trao a x i a l mxima admissvel ( o u deformao) d a f i b r a e x c e d i d a . A r r a n c a m e n t o ( F i g u r a 1 3 . b ) o c o r r e q u a n d o a resistncia d a m a t r i z e x c e d i d a . F l a m b a g e m d a f i b r a ( F i g u r a 1 3 . e ) o c o r r e q u a n d o a tenso a x i a l c o m p r e s s i v a c a u s a a f l a m b a g e m d a f i b r a . A tenso crtica d e f l a m b a g e m p a r a u m a f i b r a e m b e b i d a e m m a t r i z u m a funo d a s p r o p r i e d a d e s d a f i b r a e d a m a t r i z ( q u e p r o p o r c i o n a s u p o r t e lateral p a r a a fibra). R o m p i m e n t o d a fibra e trincamente radial d a interface (Figura 13.f) o c o r r e m q u a n d o a s tenses t r a n s v e r s a i s o u t a n g e n c i a i s e m u m a f i b r a o u regio d e i n t e r f a c e e n t r e fibra e m a t r i z c h e g a m a o v a l o r d e s u a r u p t u r a . ( D A N I E L & ISHAI, 1994)

, OHiSSO FAC(0A l V

HUQIMiSP-PEM

20

3.8

Critrios de Falha de Materiais Compsitos e Laminados

E x i s t e m vrios critrios p a r a d e t e r m i n a r a f a l h a d e u m m a t e r i a l compsito. A l g u n s d e s s e s critrios sero e x p l i c a d o s a seguir:

Teoria

da

Mxima

Tenso:

U m a falha

ocorrer

quando

algum

dos

c o m p o n e n t e s d e tenso igual o u m a i o r q u e a fora intrnseca admissvel correspondente. Portanto, a falha ocorreria se: ( C H A W L A , 1987)
cT,>X (T2 >Xl CT.<-Xf ai<-Xi

(Equao 3.6)

Onde: o-, a tenso a p l i c a d a n a direo d a fibra ( 7 2 a tenso a p l i c a d a n a direo t r a n s v e r s a l d a fibra a tenso d e c i s a l h a m e n t o n o p l a n o Xi a resistncia d e r u p t u r a trao u n i a x i a l n a direo d a f i b r a X xl fibra X2 a resistncia d e r u p t u r a compresso uniaxial n a direo t r a n s v e r s a l a resistncia d e r u p t u r a compresso u n i a x i a l n a direo d a f i b r a a resistncia d e r u p t u r a trao u n i a x i a l n a direo t r a n s v e r s a l d a

da fibra S a resistncia d e r u p t u r a a o c i s a l h a m e n t o .

Q u a n d o alguma d a s desigualdades indicadas acima atingida, o material ir f a l h a r p e l o m o d o d e f a l h a r e l a c i o n a d o quela d e s i g u a l d a d e d e tenso. O critrio d a tenso mxima s p o d e s e r a p l i c a d o n a s direes p r i n c i p a i s d a lmina e n e n h u m a interao e n t r e m o d o s d e f a l h a p e r m i t i d a n e s s e critrio. ( C H A W L A , 1987)

21

Criterio da Mxima Deformao: mxima tenso. U m a falha ocorre

E s t e critrio anlogo a o criterio d e quando algum dos componentes de

deformao igual o u m a i o r s u a deformao admissvel. P o r t a n t o , ( C H A W L A , 1987) V. r ^ c (Equao 3 . 7 )

f 6

^e"

6^

Onde: Si a deformao r e s u l t a n t e n a direo d a f i b r a ^ 2 a deformao r e s u l t a n t e n a direo t r a n s v e r s a l d a fibra ^ 6 a deformao r e s u l t a n t e c i s a l h a n t e ei a deformao d e r u p t u r a trao n a direo d a fibra e{ a deformao d e r u p t u r a d e compresso n a direo d a f i b r a el a deformao d e r u p t u r a trao n a direo t r a n s v e r s a l 2 a deformao d e r u p t u r a d e compresso n a direo t r a n s v e r s a l a resistncia d e r u p t u r a a o c i s a l h a m e n t o .

O critrio d a deformao mxima tambm s p o d e s e r a p l i c a d o n a s direes p r i n c i p a i s d a lmina.

Critrio do Mximo Trabaiiio (Ou Tsai-l-lill) D e a c o r d o c o m o critrio d e T s a i - H i l l , u m a f a l h a d e u m a lmina o r t o t r o p i c a ir o c o r r e r s o b u m e s t a d o g e r a l d e tenses q u a n d o : ( C H A W L A , 1 9 8 7 )


0-?
x r
o-,o-2

0 -2

0 -6

(Equao 3.8)

Xi

22

Onde: ( T i a tenso a p l i c a d a n a direo d a f i b r a (72 a tenso a p l i c a d a n a direo t r a n s v e r s a l d a f i b r a ( 7 6 a tenso d e c i s a l h a m e n t o n o p l a n o X i a r e s i s t e n c i a d e r u p t u r a trao l o n g i t u d i n a l X 2 a tenso d e r u p t u r a trao t r a n s v e r s a l S e a resistencia a o cisalhamento no plano

S e a s tenses c o m p r e s s i v a s so e n v o l v i d a s , ento a s c o r r e s p o n d e n t e s resistncias d e r u p t u r a compresso d e v e m s e r u t i l i z a d a s . ( C H A W L A , 1 9 8 7 )

Considerando-se

n o v a m e n t e u m a tenso u n i a x i a l

cr, a p l i c a d a a u m a

lmina o r t o t r o p i c a . Ento: ( C H A W L A , 1 9 8 7 ) 2 a2 = (yxn


(Jb = (Jx mn

(Equao 3 . 9 )

Onde: m = cose n = sene S u b s t i t u i n d o - s e e s s e s v a l o r e s n a equao, s e t e m : ( C H A W L A , 1 9 8 7 ) m ,n _^ 22 ^ 1 + +m n 2 V5 Xl X2 1^


X l ;

(Equao 3 . 1 0 )

2 -<

2 2 <7x CTo

Critrio da Interao Quadrtica: C o m o o n o m e i n d i c a , e s t e critrio leva e m c o n t a a s interaes d a s tenses. T s a i e W u p r o p u s e r a m e s t a modificao d a t e o r i a d e Hill d a lmina a d i c i o n a n d o a l g u n s t e r m o s . T s a i e H a h n f o r n e c e m u m a b o a considerao d e s t e critrio. D e a c o r d o c o m e s t a t e o r i a , a superfcie d e f a l h a n o espao d e tenses p o d e s e r d e s c r i t o c o m o u m a funo d a s e g u i n t e f o r m a : ( C H A W L A , 1987)

23

f{(T)=Fia,

+ Fija,c7j

ij=1,2,6

(Equao 3 . 1 1 )

O n d e Fi e Fi, so o s parmetros d e fora. P a r a o c a s o d e tenso p l a n a , i,j=1,2,6 e a equao p o d e s e r d e s c r i t a d a s e g u i n t e m a n e i r a : ( C H A W L A , 1 9 8 7 ) IF 66 al + 2Fu (Ti cr? + 2^26 0-2(76= 1

x7-

2 . r ^ 2.

(Equao 3 . 1 2 )
\ h y /

F i o - i + F2cr2 + F6cr6 + F i i ( J i + F 2 2 ( J 2 +

2 F i 6 <7\ <T6

P a r a a lmina o r t o t r o p i c a , o sinal invertido p a r a a s tenses n o r m a i s , s e j a m t r a t i v a s o u c o m p r e s s i v a s , i m p o r t a n t e . O s t e r m o s d e tenso linear f o r n e c e m e s s a diferena. P a r a o c o m p o n e n t e d e tenso c i s a l h a n t e , o sinal d a m e s m a

i r r e l e v a n t e . P o r t a n t o , t e r m o s c o n t e n d o o p r i m e i r o g r a u d e tenso d e c i s a l h a m e n t o devem s e r retirados. Esses termos so F]6(T\cr6< F 26 ctict 6 Fe ereOs c o m p o n e n t e s d e tenso no so, e m g e r a l , n u l o s . P o r t a n t o , p a r a e s s e s trs t e r m o s a s e r e m r e t i r a d o s , p r e c i s o ter: ( C H A W L A , 1 9 8 7 )
F^6= F26 = F 6 = 0

A equao s i m p l i f i c a d a p a r a : + r
F i (Ti
+

2.
+

(Equao 3.13)
V

F 2 72 + F i 1 CTi + F22 (72

F66 cri + 2 F\2(J\(T2~ 1

N o c a s o d e l a m i n a d o s , a definio d a f a l h a d e p e n d e d a aplicao. E m a l g u m a s aplicaes o l a m i n a d o p o d e o p e r a r s a t i s f a t o r i a m e n t e c o m d e t e r m i n a d o s t i p o s d e d a n o . T r i n c a s n a m a t r i z a o l o n g o d a s f i b r a s p o d e m s e r t o l e r a d a s at e m e s t r u t u r a s primrias. ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

P a r a o e s t u d o d e f a l h a e m l a m i n a d o s , o c o e f i c i e n t e d e segurana d e u m a c a m a d a p a r a u m d a d o c a r r e g a m e n t o d e f i n i d o p e l a razo e n t r e a c a r g a d e f a l h a da camada e a c a r g a a p l i c a d a . O ndice d e f a l h a c a l c u l a d o para u m

24

determinado

critrio d e falla ( p o r e x e m p l o T s a i - W u o u T s a i - H i l l ) . Ento, o

c o e f i c i e n t e d e segurana p a r a u m a c a m a d a p o d e s e r c a l c u l a d o a partir d o s e u ndice d e f a l h a . H d o i s critrios bsicos p a r a a determinao d a resistncia d e u m l a m i n a d o : a ) f a l h a d a p r i m e i r a c a m a d a {first ply failure) e b ) f a l h a d a ltima c a m a d a (last ply failure). ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

O critrio d a f a l h a d a p r i m e i r a c a m a d a d e fcil aplicao, m a s p o d e s e r extremamente consen/ador. O critno e s t a b e l e c e q u e a c a r g a d e f a l h a d o

laminado para u m dado carregamento calculada determinando-se a camada c o m o m a i o r ndice d e f a l h a ; a c a r g a d e f a l h a p o d e s e r c a l c u l a d a a partir d o m a i o r ndice d e f a l h a . U m a f a l h a i n d i c a d a p e l o critrio d e f a l h a p o d e s e r u m a f a l h a n a direo t r a n s v e r s a l d e u m a nica c a m a d a e p a r a a l g u n s l a m i n a d o s , e s s e t i p o d e falha pode ocorrer para u m a carga muito mais baixa q u e a carga d e ruptura d o laminado. (ALMEIDA, 2005)

A f a l h a d e u m a c a m a d a i m p l i c a n u m a alterao d e s u a s

propriedades

mecnicas e u m a redistribuio d e c a r g a s p e l a s o u t r a s c a m a d a s e o conseqente a u m e n t o d e c a r g a p o d e c a u s a r a f a l h a d e o u t r a s c a m a d a s . A r u p t u r a final d o l a m i n a d o o c o r r e q u a n d o h u m a seqncia instvel d e f a l h a s ( f a l h a m t o d a s a s camadas). (ALMEIDA, 2005)

O critrio d e f a l h a d a u l t i m a c a m a d a d e difcil aplicao, m a s leva a e s t i m a t i v a s m a i s r e a l i s t a s d a c a r g a d e f r a t u r a d o l a m i n a d o . O critrio e s t a b e l e c e que o laminado falha quando todas a s c a m a d a s d o laminado falhem. O s dois e l e m e n t o s bsicos p a r a a aplicao d o critrio d e f a l h a d a u l t i m a c a m a d a so: a ) definio d o critrio d e f a l h a d e lmina a s e r u s a d o e b ) definio d e u m m o d e l o d e degradao d a s lminas f a l h a d a s . O m o d e l o d e degradao d a s lminas f a l h a d a s u m critrio p a r a s e a l t e r a r a s p r o p r i e d a d e s mecnicas d a s c a m a d a s d e v i d o presena d e u m a f a l h a . N u m m o d e l o m u i t o s i m p l e s e c o n s e r v a d o r , a s c a m a d a s p o d e m s e r s i m p l e s m e n t e r e m o v i d a s d a anlise aps a f a l h a , isto , a s suas propriedades mecnicas so z e r a d a s ( n a prtica u s a - s e u m nmero

p e q u e n o ) . A eliminao d e u m a c a m a d a a p r o p r i a d a n o c a s o d e f a l h a d a s f i b r a s ;

25

no caso d e falha d a matriz, esse procedimento conservador. (ALMEIDA, 2005)

pode ser exageradamente

D e v e - s e n o t a r q u e o criterio d e T s a i - H i l l no indica o t i p o d e f a l h a n a lmina. O u s o d e s s e t i p o d e criterio dificulta a utilizao d e m o d e l o s d e degradao. U m m o d e l o d e degradao m a i s e l a b o r a d o p a r a f a l h a n a m a t r i z d e u m a lmina s e r i a z e r a r a s s e g u i n t e s p r o p r i e d a d e s fsicas: E2, V12, V 2 1 , G 1 2 , 0,2, P2. R e c a l c u l a n d o - s e a s tenses n e s s a c a m a d a , o s v a l o r e s d e 0 2 e l e s e r i a m n u l o s j q u e a c a m a d a no t e m m a i s rigidez q u a n t o a e s s e s c a r r e g a m e n t o s . O s critrios d e f a l h a e s t u d a d o s f o r n e c e m r e s u l t a d o s p o u c o realistas n a presena d e f o r t e s concentraes d e tenses. ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )

3.9

Algumas Consideraes sobre o Cisalhamento Interlaminar

Em casos e m q u e a espessura d o laminado pequena se comparada c o m a s s u a s dimenses l a t e r a i s , a s tenses a g i n d o n o s p l a n o s i n t e r l a m i n a r e s n o interior d o l a m i n a d o ( l o n g e d a s b o r d a s livres) so desprezveis. a s s u m i d o , tambm, q u e e x i s t e u m a aderncia perfeita e n t r e q u a i s q u e r d u a s c a m a d a s . D e s t a m a n e i r a , a s lminas no sero c a p a z e s d e e s c o r r e g a r e m u m a s o b r e a o u t r a e ento, h a v e r i a d e s l o c a m e n t o s contnuos atravs d a aderncia. O u t r a i m p o r t a n t e hiptese f e i t a : u m a l i n h a o r i g i n a l m e n t e reta e p e r p e n d i c u l a r a o p l a n o mdio d o l a m i n a d o s e mantm d a m e s m a m a n e i r a d e p o i s d a deformao. A partir d e s s a s hipteses, o r i g i n a - s e a hiptese d e Kirchhoff. A hiptese d e K i r c h h o f f d e t e r m i n a que os deslocamentos n o p l a n o s e j a m funes l i n e a r e s d a e s p e s s u r a e,

conseqentemente, o s deformaes d e v i d o s a o c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r so desprezveis. C o m e s s a hiptese, possvel r e d u z i r o c o m p o r t a m e n t o d e u m l a m i n a d o a u m a a n a l i s e b i d i m e n s i o n a l d o p l a n o mdio d o l a m i n a d o . ( C H A W L A , 1987)

anlise clssica d e m a t e r i a i s

laminados,

baseada

n a hiptese d e

K i r c h h o f f i g n o r a a s deformaes p o r c i s a l h a m e n t o e n t r e a s c a m a d a s . N o e n t a n t o , esse ponto t e m sido b e m explorado por Whitney (1969) e Pagano (1969) e m p r o b l e m a s d e flexo d o m a t e r i a l . O c o m p o r t a m e n t o d o s m a t e r i a i s compsitos

26

l a m i n a d o s s o b e s t a d o p l a n o d e tenses f o r t e m e n t e i n f l u e n c i a d o p e l a presena d a s tenses d e c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r e s , isto , tenses d e c i s a l h a m e n t o distribudas n a s superfcies das camadas laminares. A resistncia ao

c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r p o d e s e r d e f i n i d a c o m o a resistncia d e u m compsito m u l t i c a m a d a s a foras i n t e r n a s q u e i n d u z e m o m o v i m e n t o p a r a l e l o e n t r e a s camadas. (BECKER, 1989)

resistncia

a o cisalhamento

interlaminar

no u m a p r o p r i e d a d e

mecnica fcil d e m e d i r e m u m compsito l a m i n a d o . U m g r a n d e nmero d e p r o c e d i m e n t o s d e e n s a i o s p a r a m e d i r e s t a resistncia m o s t r a c o m p l e x i d a d e a o definir e s t a p r o p r i e d a d e . ( W I L S O N , 1 9 8 9 )

3.10 A Avaliao Experimental das Propriedades da Regio Interlaminar de um Compsito

No foi d e s e n v o l v i d o a i n d a u m p r o c e d i m e n t o e x p e r i m e n t a l p a r a compsitos m u l t i c a m a d a s q u e fornea u m a tenso a o c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r uniforme

p a r a u m a g r a n d e regio e m u m a seco d o c o r p o - d e - p r o v a . Concentraes d e tenses so f o r m a d a s n a s regies v i z i n h a s a o c a m p o d e tenso c i s a l h a n t e . P a r a compsitos f i b r o s o s multidirecionais, o processo d e falha mostra tenses

c i s a l h a n t e s i n t e r l a m i n a r e s c o m o a s tenses m a i s crticas a c a u s a r e m a f a l h a d o l a m i n a d o . Q u a n d o o m a t e r i a l compsito l a m i n a d o est s u b m e t i d o a tenses g e n e r a l i z a d a s n o e s t a d o p l a n o , a s c a m a d a s t e n d e m a " e s c o r r e g a r " d e v i d o s d i f e r e n t e s c o n s t a n t e s elsticas. C o m o a s c a m a d a s so c o n e c t a d a s elsticamente p e l a s s u a s superfcies, tenses c i s a l h a n t e s relativas a p a r e c e m n a s f a c e s d e c a d a camada. Descobriu-se q u e a seqncia d e e m p i l h a m e n t o das camadas e

orientao d a s f i b r a s d a s c a m a d a s i n f l u e n c i a b a s t a n t e n a iniciao e propagao d a delaminao, o u d e s c o l a m e n t o e n t r e c a m a d a s . ( E L A W A D L Y , 2 0 0 3 )

U m a reviso analtica e e x p e r i m e n t a l d e d a d o s r e v e l a q u e t e s t e s I L S S d e 3 p o n t o s e 4 p o n t o s p o d e m a p r e s e n t a r f a l h a p o r endentao l o g o a b a i x o d o p o n t o d e aplicao d a c a r g a o u f a l h a p o r flexo a n t e s m e s m o d e o c o r r e r a delaminao p o r c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r . O p i n o d e c a r r e g a m e n t o c a u s a deformao e concentrao d e tenses c o m p r e s s i v a s e c i s a l h a n t e s t r a n s v e r s a i s n a regio d e

27

c o n t a t o . E s s a s tenses e x c e d e m o s limites d e resistncia d o m a t e r i a l a n t e s d a falha interlaminar ocorrer. (ABALI & S H I V A K U M A R , 2003)

Inmeras idias q u e m e l h o r a s s e m e s s e t i p o d e p r o b l e m a f o r a m s u g e r i d a s n a literatura, c o m o o u s o d e u m p i n o d e c a r g a d e m a i o r dimetro ( C U I et al, 1992).

A b a l i e t a l . ( 2 0 0 3 ) p r o p u s e r a m introduzir u m a f i n a c a m a d a d e m a t e r i a l m a c i o , p o r e x e m p l o u m elastmero, e s o b r e e s t a u m a f i n a c a m a d a d e alumnio a f i m d e e v i t a r a indentao n a rea d e a p o i o d o p i n o d e c a r g a . N o e n s a i o p r o p o s t o p o r A b a l i e t a l . ( 2 0 0 3 ) f o i u t i l i z a d a u m a p l a c a d e s i l i c o n e d e 1,1 m m d e e s p e s s u r a e u m a p l a c a d e alumnio d e 2 m m d e e s p e s s u r a .

Rahhal e Kotiensky (1992), entre outros, desenvolveram u m corpo-deprova sanduche de compsito carbono-carbono ( C C C ) para evitar o

carregamento direto n o material (Figura 13). Este modelo d e corpo-de-prova a p r e s e n t o u b o n s r e s u l t a d o s a o d e t e r m i n a r a s tenses c i s a l h a n t e s i n t e r l a m i n a r e s n o compsito.

Compsito Carbono' carbono Grafite/ Epxi

Grafite' Epxi

F i g u r a 1 4 : C o r p o - d e - p r o v a sanduche p a r a e n s a i o I L S S .

A partir d e s s e s c o r p o s d e p r o v a m o d i f i c a d o s d e c o m p o s t o d e f i b r a d e c a r b o n o c o m m a t r i z polimrica e c o m m a t r i z d e c a r b o n o , t e s t e s I L S S e m p a r a l e l o c o m anlise d e c o n t a t o p e l o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos f o r a m r e a l i z a d o s p a r a v a l i d a r o mtodo p r o p o s t o . A anlise p o r e l e m e n t o s finitos r e a l i z a d a p o r R a h h a l e

28

K o t i e n s k y m o s t r o u q u e o e n s a i o I L S S c a l c u l a d o a partir d a equao d a reta s u p e r e s t i m a a resistncia a o c i s a l h a m e n t o e m 5 % , t a n t o p a r a a m a t r i z polimrica c o m o para d e carbono. O s dados experimentais d o s ensaios realizados por R a h h a l e K o t i e n s k y c o n f i r m a r a m a tenso c i s a l h a n t e i n t e r l a m i n a r q u e c a u s a f a l h a e a p o u c a disperso n o s d a d o s m e d i d o s d e resistncia. O v a l o r m e d i d o n o e n s a i o I L S S d o compsito "sanduche" c a r b o n o - c a r b o n o T 3 0 0 (tipo d e f i b r a d a f a b r i c a n t e T o r a y ) , m a t e r i a l t e s t a d o p o r R a h h a l e K o t i e n s k y , f o i d e 18,5 M P a ; u m d o s m a i o r e s v a l o r e s r e l a t a d o s n a literatura. ( R A H H A L & K O T L E N S K Y , 1 9 9 2 )

M e d i d a s experimentais realizados por meio d a interferometria d e franjas d e Moir mostraram u m a distribuio descontnua interessante d a s tenses

c i s a l h a n t e s atravs d a e s p e s s u r a d o c o r p o - d e - p r o v a , c o m p i c o s n a s i n t e r f a c e s e n t r e c a m a d a s , e m q u e regies ricas e m r e s i n a so f o r m a d a s e a delaminao t e n d e a s e originar (POST, 1986).

J o o e S u n e s t u d a r a m a s tenses c i s a l h a n t e s i n t e r l a m i n a r e s e m l a m i n a d o s b a l a n c e a d o s e simtricos c o m b o r d a s livres e a s f a l h a s d e v i d o a e s s a s tenses. M o s t r o u - s e q u e a tenso c i s a l h a n t e i n t e r l a m i n a r mdia prxima b o r d a livre l i n e a r m e n t e p r o p o r c i o n a l a o g r a u d e d e s a j u s t e (mismatch) e n t r e a s p r o p r i e d a d e s elsticas d a s c a m a d a s a d j a c e n t e s regio i n t e r l a m i n a r e s t u d a d a . ( J O O et al, 1992)

F e r a b o l i r e a l i z o u a l g u n s t e s t e s I L S S d e 4 p o n t o s e m compsitos l a m i n a d o s u n i d i r e c i o n a i s e m u l t i d i r e c i o n a i s , d e s d e m a t e r i a i s quasi-isotrpicos at c a m a d a s 0-90 ( c r o s s - p l y ) . E s s e s e n s a i o s so r e a l i z a d o s n a s indstrias, m a s p o u c o d i v u l g a d o s n a literatura. U m b a n c o d e d a d o s e x p e r i m e n t a i s f o i f o r m a d o atravs d a verso m o d i f i c a d a d o t e s t e I L S S d a A S T M D 2 3 4 4 e o s r e s u l t a d o s m o s t r a r a m u m a p r o x i m i d a d e s u r p r e e n d e n t e d e r e s u l t a d o s p a r a 3 d i f e r e n t e s a r r a n j o s d e fibra p a r a u m m e s m o c o n j u n t o d e compsito. Vhas anlises p o r e l e m e n t o s finitos f o r a m desenvolvidas usando u m programa comercial, neste caso, o programa A N S Y S , p e r m i t i n d o u m m a i o r a p r o f u n d a m e n t o n o s m e c a n i s m o s d e delaminao e m u m a flexo d e 4 experimentais. pontos, O e mostraram final, resultados preciso, b e m prximos d o s v a l o r e s confirmou parcialmente as

modelo

mais

observaes f e i t a s p o r o u t r o s a u t o r e s s o b r e tenses c i s a l h a n t e s n o c o r p o - d e -

29

p r o v a e c o n s e g u i u m o s t r a r a distribuio d e s s a s tenses atravs d a e s p e s s u r a , s u a variao a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o , s u a distribuio atravs d a l a r g u r a , a localizao d a iniciao d a delaminao e propagao, e a s regies d e tenses c i s a l h a n t e s mximas e n c o n t r a d a s n o e n s a i o I L S S . ( F E R A B O L I & K E D W A R D , 2003)

30

MTODO EXPERIMENTAL

O e n s a i o I L S S u s a d o p a r a d e t e r m i n a r a tenso d e c i s a l h a m e n t o a p a r e n t e d e u m plstico reforado c o m f i b r a s p a r a l e l a s . O c o r p o - d e - p r o v a u m a v i g a c u r t a que corresponde a u m pequeno s e g m e n t o tirado d e u m anel o u u m a c h a p a plana d e l a m i n a d o d e at 6 , 4 m m d e e s p e s s u r a . E s t e mtodo aplicvel p a r a t o d o s o s t i p o s d e compsitos reforados c o m f i b r a s p a r a l e l a s ( A S T M 2000). D2344/D2344M,

O t e s t e r e a l i z a d o a q u e l e d e 3 p o n t o s e f o i r e a l i z a d o n o Laboratrio d e Comportamento observaes Mecnico do C T M (Centro pticas e Tecnolgico da Marinha). A s realizadas no

microestruturais,

eletrnicas

foram

Laboratrio d e M i c r o s c o p i a e Microanlise d o C C T M / Ipen ( C e n t r o d e Cincia e Tecnologia d e Materials).

4.1

Aparato e condies de teste

O equipamento d e teste, propriamente calibrado, opera c o m u m movimento d e v e l o c i d a d e c o n s t a n t e d o cabeote. A v e l o c i d a d e d e m o v i m e n t o d o cabeote utilizado f o i 1,3 m m . m i n " \ O s i s t e m a d e m e d i d a d a c a r g a no p o d e e x c e d e r u m e r r o d e 1 % . A F i g u r a 1 5 ilustra u m d i s p o s i t i v o tpico d e e n s a i o I L S S .

F i g u r a 1 5 : D i s p o s i t i v o tpico d e e n s a i o I L S S .

31

A mquina d e e n s a i o e x e r c e u m a c a r g a n o c o r p o - d e - p r o v a p o r m e i o d o c i l i n d r o d o d i s p o s i t i v o d e e n s a i o . O c i l i n d r o d e c a r g a t e m 6 , 3 5 m m d e dimetro, c o m d u r e z a e n t r e 6 0 e 6 2 H R C . S u a s u p e r f i c i e d e v e s e r livre d e endentaes e rebarbas, c o m todos os cantos vivos suavizados. O s suportes consistem e m dois c i l i n d r o s d e 3,2 m m d e dimetro, d i s p o s t o s s o b o c o r p o - d e - p r o v a c o n f o r m e a Figura 16 .

'-v^jr^

6 4 T i n ![)

2 -riTi

fr^

-^ e

Figura 16: Ensaio ILSS d e 3 pontos.

A distncia e n t r e o s s u p o r t e s t i p i c a m e n t e c o n h e c i d a p e l a p a l a v r a e m ingls span. D o r a v a n t e , e s s e c o m p r i m e n t o ser r e f e r e n c i a d o p e l a p a l a v r a span p o r s e r l a r g a m e n t e utilizada. O v a l o r d o span d u r a n t e o s e n s a i o s d e v e s e g u i r a norma A S T M D 2344, conforme mostra a Tabela 1.

T a b e l a 1 : Razo spani e s p e s s u r a e c o m p r i m e n t o / e s p e s s u r a . Reforo Fibra de vidro Fibra de carbono A r a m e de ao Filamentos d e Boro Aramida spanI espessura 5 4 4 4 4 comprimento/ espessura 7 6 6 6 6

U m micrmetro, d e p o n t a esfrica a d e q u a d o , d e v e a p r e s e n t a r leitura d e pelo m e n o s 0,025 m m por medida d e largura, espessura e comprimento d o corpode-prova.

A temperatura ambiente d a sala e m q u e o teste feito d e v e s e r mantida a 23C 1C e u m i d a d e relativa d e 5 0 10%.

32

4.2

Corpo-de-prova

O corpo-de-prova pode s e r plano ou anelar. Para o ensaio usado n o presente estudo, foi u s a d o o corpo-de-prova plano. A espessura d o corpo-dep r o v a no d e v e u l t r a p a s s a r 6 , 4 mm, s e g u n d o orientao d a n o r m a A S T M D 2 3 4 4 . O corpo-de-prova mostrado n a Figura 17.

6.4 mm

1'

Comprimentc

- l

F i g u r a 17: C o r p o - d e - p r o v a p l a n o p a r a I L S S .

A s dimenses d o c o r p o - d e - p r o v a d e v e m o b e d e c e r s relaes d a T a b e l a 1 anterior.

F o r a m u t i l i z a d o s 9 c o r p o s d e p r o v a p a r a o t e s t e . O s c o r p o s d e p r o v a so u n i d i r e c i o n a i s e tm c o m p r i m e n t o 2 7 m m , l a r g u r a d e 6 , 5 m m e e s p e s s u r a d e 3 , 5 m m . C o m o a T a b e l a 1 d e t e r m i n a u m a razo d e 4 e n t r e o span e a e s p e s s u r a , isso s i g n i f i c a q u e o span d e v e s e r d e 1 4 m m , j q u e a e s p e s s u r a d o c o r p o - d e - p r o v a 3,5 m m . So c o m p o s t o s d e 2 2 c a m a d a s d e fibra d e c a r b o n o T 3 0 0 6 k e m a t r i z d e r e s i n a epxi. A n o m e n c l a t u r a T 3 0 0 c o r r e s p o n d e a u m t i p o d e f i o d e fibra d e c a r b o n o f a b r i c a d o p e l a T o r a y , c o m a g r a m a t u r a d a fibra d e 4 0 0 g / m ^ e a nomenclatura 6 k significa q u e cada f i o contm 6000 monofilamentos. A

composio volumtrica d o compsito d e 6 8 % d e f i b r a d e c a r b o n o .

33

4.3

Procedimento P r i m e i r a m e n t e , m a r c a - s e c o m preciso a linha c e n t r a l n o c o m p r i m e n t o ,

o n d e a c a r g a ser a p l i c a d a . P o s i c i o n a - s e o c o r p o - d e - p r o v a s o b r e o s s u p o r t e s c o m o span s u g e r i d o p e l a n o r m a ( 1 4 m m ) .

A p l i c a - s e , ento, o c a r r e g a m e n t o a o c o r p o - d e - p r o v a n a t a x a d e m o v i m e n t o especificada. Acompanhando a curva d e carga (tenso) x deformao,

determina-se quando ocorreu a falha por meio d e u m a queda abrupta na curva. U m e x e m p l o d a f o r m a tpica d e s s a c u r v a m o s t r a d o n a F i g u r a 1 8 :

Carga (N)

Deslocamento (mm)

F i g u r a 18: E x e m p l o d e c u r v a c a r g a x d e s l o c a m e n t o f o r n e c i d a p e l o t e s t e I L S S .

4.4

Resultados do teste O s v a l o r e s d a s c a r g a s d e r u p t u r a , a s s i m c o m o o v a l o r d a tenso d e

c i s a l h a m e n t o p a r a a c a r g a d e r u p t u r a c o r r e s p o n d e n t e so l i s t a d o s n a T a b e l a 2

34

Tabela 2: Resultados d o ensaio I L S S . CP 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Mdia e desvio padro


Sh

(MPa) 73 86 69 74 68 74 67 70 68 726

Pb (N) 2195 2580 2066 2255 2078 2259 2001 2110 2054 2178

A tenso d e c i s a l h a m e n t o d e t e r m i n a d a c o n f o r m e a T e o r i a d e V i g a ( A S T M D2344/D2344M, 2000).

0 , 7 5 P, w.t

(Equao 4 . 1 )

Onde: S h = tenso d e c i s a l h a m e n t o , e m M P a Pb = c a r g a d e f a l h a , e m N w = largura d o corpo-de-prova, e m m m t = espessura do corpo-de-prova, e m m m

35

MTODO NUMRICO

5.1

Breve Histrico O mtodo d o s e l e m e n t o s f i n i t o s t e m s u a s o r i g e n s n o s a n o s 4 0 , t e n d o s i d o ,

e n t r e t a n t o , v a s t a m e n t e utilizado a p e n a s n o s ltimos v i n t e e c i n c o a n o s , graas a o s avanos tecnolgicos o c o r r i d o s n o s e q u i p a m e n t o s c o m p u t a c i o n a i s . O mtodo c o n s i s t e b a s i c a m e n t e n u m a adaptao/ modificao d e mtodos d e aproximao c o n h e c i d o s , j n o incio d e s t e sculo, c o m o , p o r e x e m p l o , o mtodo d e Ritz, e s t a b e l e c i d o e m 1 9 0 9 . a t u a l m e n t e c o n s i d e r a d o u m mtodo matemtico p a r a a soluo d e equaes d i f e r e n c i a i s p a r c i a i s , e n t r e a s q u a i s s e inclui a Equao d e P o i s s o n , Equao d e L a p l a c e , Equao d e H e l m h o l t z , N a v i e r - S t o k e s , entre

o u t r o s . D e v i d o s s u a s caractersticas d e f l e x i b i l i d a d e e e s t a b i l i d a d e numrica, e l e pode ser implementado na forma d e u m sistema computacional (programa d e c o m p u t a d o r ) , d e f o r m a c o n s i s t e n t e e sistemtica. ( A L V E S , 2 0 0 2 )

O mtodo l a r g a m e n t e u s a d o p a r a a n a l i s a r e p r o j e t a r condies d e t r a b a l h o o u g e o m e t r i a s n e m f o r m u l a d a s e m n o r m a s n e m e m clculos t r a d i c i o n a i s analticos. D e v i d o utilidade e i n t e r e s s e p a r a d i v e r s a s reas tcnicas, o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos t e m s i d o o b j e t o d e inmeros a r t i g o s e livros p u b l i c a d o s n o s ltimos a n o s , s e n d o tambm, includo c o m o disciplina d a g r a n d e m a i o r i a d a s universidades. medida que tcnicas computacionais e numricas

d e s e m p e n h a m u m papel cada v e z mais relevante na vida d o engenheiro, torna-se f u n d a m e n t a l o c o n h e c i m e n t o d o s f u n d a m e n t o s d o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos e d a s u a aplicao prtica, e s p e c i a l m e n t e p a r a a q u e l e s q u e t r a b a l h a m e m reas d e p r o j e t o e anlise. N o e n t a n t o , o nmero d e t r a b a l h o s f e i t o s s o b r e materiais

compsitos u t i l i z a n d o o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos a i n d a r e l a t i v a m e n t e restrito. P o r e s s e s m o t i v o s , ser d e e x t r e m a v a n t a g e m o u s o d o mtodo numrico para q u e seus resultados sejam comparados' a o s resultados d o mtodo

experimental.

J e n e t a l . ( 1 9 9 3 ) d e s e n v o l v e r a m u m m o d e l o matemtico p a r a e s t u d a r a s tenses e s i n g u l a r i d a d e s n a s b o r d a s i n t e r l a m i n a r e s e m u m compsito l a m i n a d o pr-trincado e p r e v e r a iniciao d a delaminao. O s a u t o r e s d e t e r m i n a r a m q u e a

36

localizao d a delaminao e t r i n c a m e n t o d a m a t r i z c o i n c i d e c o m a s i n t e r f a c e s c o m m a i o r e s teses c i s a l h a n t e e n o r m a l , c o n f o r m e s e u m o d e l o . ( J E N et al, 1 9 9 3 )

5.2

Metodologia O mtodo numrico usado n a avaliao d a s tenses cisalhantes

i n t e r l a m i n a r e s f o i o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos. O mtodo numrico t e m a g r a n d e v a n t a g e m d e s e r u m mtodo no-destrutivo d e avaliao d a i n t e g r i d a d e estrutural de componentes e equipamentos. O programa utilizado para a

m o d e l a g e m e simulao d o t e s t e I L S S n o p r e s e n t e e s t u d o f o i o A N S Y S R e v . 10.0.

O p r o c e s s o d e anlise p o r e l e m e n t o s f i n i t o s d i v i d i d o e m trs e t a p a s : prp r o c e s s a m e n t o , p r o c e s s a m e n t o ( o u soluo) e ps-processamento.

Etapa de pr-processamento: E s s a a e t a p a q u e p r e c e d e a soluo matemtica, p o s s u i n d o e s p e c i a l importncia, p o i s n e l a o n d e o m o d e l o c o n c e b i d o . N o pr-processamento sero s e g u i d o s c u i d a d o s a m e n t e o s s e g u i n t e s passos:

i.

O m o d e l a m e n t o , o u seja, o d e s e n h o d a geometria.

S e l e c i o n a r o t i p o d e e l e m e n t o finito p a r a d i s c r e t i z a r o m o d e l o e g e r a r a m a l h a . A gerao d a m a l h a c o n s i s t e e m dividir a g e o m e t r i a e m ns e elementos. O programa A N S Y S , usado no presente estudo, possui u m a vasta b i b l i o t e c a d e d i f e r e n t e s e l e m e n t o s finitos. C a d a t i p o d e e l e m e n t o finito p o s s u i u m a formulao matemtica especfica, a q u a l responsvel p e l a informao q u e o e l e m e n t o o f e r e c e ( d e s l o c a m e n t o s , rotaes, tenses, deformaes). O s e l e m e n t o s so f o r m a d o s p o r ns e o c o n j u n t o d e e l e m e n t o q u e leva o n o m e d e m a l h a . O s ns d e u m m o d e l o , p o r s e r e m d e p e n d e n t e s e n t r e s i , f o r m a m equaes d e d e s l o c a m e n t o s q u e s e r v e m p a r a c o m p o r a m a t r i z g l o b a l d e rigidez para a resoluo simultnea d e todas essas equaes. No

desenvolvimento

d o presente estudo, foram

selecionados

dois tipos d e

e l e m e n t o s f i n i t o s e , conseqentemente, d o i s t i p o s d e m o d e l a m e n t o : m o d e l o

37

plano e m o d e l o d e casca. A Figura 19 mostra u m exemplo d e u m m o d e l o d i s c r e t i z a d o e s u a m a l h a d e e l e m e n t o s finitos e r e s p e c t i v o s ns.

' 1 \

'cV.

F i g u r a 1 9 : E x e m p l o d e m o d e l o e m a l h a d e e l e m e n t o s finitos.

Q u a n t o m a i o r a q u a n t i d a d e d e ns, m a i o r a q u a n t i d a d e d e e l e m e n t o s finitos e, conseqentemente, m a i s r e f i n a d a a m a l h a . N a s regies d o m o d e l o e m q u e c o s t u m a o c o r r e r concentrao d e tenses, c o m o , p o r e x e m p l o , n a s regies d e c o n t a t o , transies geomtricas e d e aplicao d e c a r g a p o n t u a l , o n d e h u m g r a d i e n t e m a i o r d e variao d e tenses, r e c o m e n d a - s e u m m a i o r r e f i n a m e n t o d a m a l h a , q u e l e v a a u m a m a i o r preciso d o s r e s u l t a d o s . N o p r e s e n t e e s t u d o , a s regies d e c o n t a t o f o r a m m o d e l a d a s c o m u m a m a l h a d e elementos finitos mais refinada que o restante d o modelo.

ii.

Definir

as chamadas

constantes

reais

(rea, m o m e n t o

d e inrcia,

e s p e s s u r a ) p a r a o e l e m e n t o finito u t i l i z a d o ;

iii.

Definir

as propriedades

mecnicas

os modelos

que

descrevem

a p r o p r i a d a m e n t e o c o m p o r t a m e n t o d o e l e m e n t o finito q u e c o n f o r m a a simulao. N e s t e p r o j e t o ser feita u m a anlise linear esttica.

iv.

C r i a r a g e o m e t r i a d o s m o d e l o s . N e s t e p r o j e t o a s peas sero m o d e l a d a s respeitando-se a sua tridimensionalidade, atravs de um modelo

bidimensional, c o m espessura aplicada.

V.

D i s c r e t i z a r o s e l e m e n t o s q u e compem o m o d e l o , o u seja, definir a " m a l h a " d e e l e m e n t o s finitos a s e r utilizada. N e s t a f a s e i m p o r t a n t e levar e m considerao que uma malha mais fina pode oferecer (no

n e c e s s a r i a m e n t e ) m e l h o r e s r e s u l t a d o s , porm, o t e m p o d e clculo s e r i a

38

m a i o r . U m a m a l h a m a i s g r o s s a p o d e s i m p l i f i c a r a execuo d o m o d e l o , mais poderia comprometer a qualidade dos resultados.

vi.

Definir e a p l i c a r a s c a r g a s e x t e r n a s a t u a n t e s n a e s t r u t u r a a o m o d e l o a s s i m c o m o a s condies d e c o n t o r n o o u f r o n t e i r a ( a p o i o s o u vnculos).

Etapa de processamento: E n q u a n t o

a etapa

d e pr-processamento

i n t e i r a m e n t e interativa c o m o usurio, a e t a p a d e p r o c e s s a m e n t o r e a l i z a d a p e l o p r o g r a m a . Aps c a r r e g a r o p r o g r a m a c o m t o d a s a s informaes necessrias e a c i o n a r o c o m a n d o q u e s o l u c i o n a a anlise, o p r o g r a m a dever a c u s a r s e a soluo est c o m p l e t a e s e a p r e s e n t o u a l g u m p r o b l e m a o u no. N e s t a e t a p a d a anlise, o p r o g r a m a e n c a r r e g a - s e d e c a l c u l a r a m a t r i z d e rigidez, p a r a q u e s e j a m c a l c u l a d o s p o s t e r i o r m e n t e o s d e s l o c a m e n t o s n o d a i s e a s tenses. U m a v e z q u e a soluo est c o m p l e t a e s e m e r r o s p o d e - s e p a s s a r p a r a a ltima e t a p a , a e t a p a d e ps-processamento.

F i n a l m e n t e , a e t a p a d e ps-processamento a q u e l a q u e e x i b e o s r e s u l t a d o s . N a e t a p a d e ps-processamento possvel v i s u a l i z a r , atravs d o p r o g r a m a A N S Y S , d i v e r s a s informaes c o m o tenses e deformaes.

Etapa de ps-processamento: E s t a e t a p a m u i t o i m p o r t a n t e , pois n o psp r o c e s s a m e n t o sero v i s u a l i z a d o s o s d e s l o c a m e n t o s , a s tenses, t e m p e r a t u r a s e t o d a s a s d e m a i s informaes q u e s e d e s e j a o b t e r . A visualizao d o s r e s u l t a d o s f e i t o p o r m e i o d e u m a i n t e r f a c e grfica q u e ilustra o m o d e l o d e anlise e m u m a e s c a l a d e c o r e s q u e r e p r e s e n t a a distribuio d a s f a i x a s d e v a l o r e s a v a l i a d o s .

A s tenses e deformaes q u e sero m o s t r a d a s e m ilustraes n o s itens a d i a n t e so r e s u l t a d o s n o d a i s . O r e s u l t a d o n o d a l c o n s i s t e e m fazer, e m c a d a n d o m o d e l o , u m a m e d i a d o s r e s u l t a d o s d e t o d o s o s e l e m e n t o s finitos q u e contm e s t e n.

39

5.3

Aplicaes do Mtodo I n i c i a l m e n t e , n a dcada d e 6 0 , o mtodo d o s e l e m e n t o s f i n i t o s e r a u s a d o e m

clculo e s t r u t u r a l e h o j e l a r g a m e n t e a p l i c a d o e m p r o b l e m a s d e c a m p o (calor, f l u i d o s , c a m p o eltrico e magntico). A l g u n s e x e m p l o s d e anlises q u e p o d e m s e r e x e c u t a d a s e m p r e g a n d o - s e o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos: ( N E G R E T T I , 2006)

Anlise esttica linear d e tenses e deformaes (edifcios, p o n t e s , t o r r e s , tubulaes industriais, c o m p o n e n t e s mecnicos e m g e r a l ) ; Anlise dinmica ( m o d o s d e vibrao e freqncias n a t u r a i s ) ; Anlise no-linear d e tenses e deformaes (conformao, grandes

deformaes); Anlise trmica (transmisso d e c a l o r e m r e g i m e p e r m a n e n t e o u t r a n s i e n t e ) ; Anlise d e tenses d e v i d o a o c a r r e g a m e n t o trmico (tubulaes industriais); E s c o a m e n t o d e fludos (aerodinmica, hidrodinmica); Campos eltricos ( c o n d u t o r e s , i s o l a n t e s , eletrodeposio e corroso) e

magnticos.

5.4

Nomenclatura O m o d e l o d e elementos finitos c o m p o s t o por e l e m e n t o s conectados entre

si, p o r ns, f o r m a n d o a m a l h a d e e l e m e n t o s finitos, c o n f o r m e ilustra a F i g u r a 2 0 :

restrio nos ns i_

4
elemento Ns Sitxiao Real Modelo Elementos Finitos

F i g u r a 2 0 : M o d e l o d e e l e m e n t o s finitos.

40

N a anlise d e tenses e deformaes, c a d a n p o s s u i at s e i s g r a u s d e l i b e r d a d e ( G L ) e m relao a o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s c a r t e s i a n a s globais,

d e p e n d e n d o d o tipo d e elemento. U m grau d e liberdade a possibilidade q u e u m n t e m d e r o t a c i o n a r o u d e s e t r a n s l a d a r e m relao a u m e i x o d e c o o r d e n a d a s , c o n f o r m e ilustrado n a F i g u r a 2 1 .

Txyz - G L ' s de translao ao longo de um eixo coordenado

Rsyz - G L ' s de rotao ao longo de um eixo coordenado

F i g u r a 2 1 : G r a u s d e l i b e r d a d e d e u m n.

5.5

Formulao Matemtica

Dividir u m a e s t r u t u r a e m e l e m e n t o s e r a q u a s e n a t u r a l . N a s anlises e s t r u t u r a i s e r a tambm n a t u r a l o c o n c e i t o d e e l e m e n t o , p r i n c i p a l m e n t e e m trelias e v i g a s r e b i t a d a s o u s o l d a d a s . A e s t r u t u r a real t r a n s f o r m a d a m a t e m a t i c a m e n t e e m u m a srie d e e l e m e n t o s d o t i p o " m o l a " . A relao matemtica q u e d e s c r e v e fora v e r s u s d e s l o c a m e n t o p a r a u m a nica m o l a c o n h e c i d a c o m o a lei d e Hooke: a = E* (Equao 5 . 1 )

Onde: a = Tenso; E = Mdulo d e E l a s t i c i d a d e d e p r i m e i r a o r d e m o u Mdulo d e Y o u n g ; e = Deformao especfica.

A o s e c o l o c a r u m a proteo imaginria n a " m o l a " , e defini-la

como

"domnio", a i n t e r r o g a n t e ser: q u a i s so a s influncias e x t e r n a s ? Isto mostrar q u e a s influncias e x t e r n a s so a s foras a t u a n t e s n o s ns. A r e s p o s t a d o

41

s i s t e m a p a r a a fora a deflexo, o u s e j a , a s influncias e x t e r n a s , n e s t e c a s o , a s foras, p r o d u z e m a s incgnitas primrias: o s d e s l o c a m e n t o s . C o n s i d e r e e s t e "domnio" c o m o u m s i s t e m a d e e n t r a d a e sada. ( N E G R E T T I , 2 0 0 6 )

C o m o e x e m p l o d e aplicao d o mtodo e m tenso-deformao ser apresentado analogia d e u m a mola c o m u m a barra carregada axialmente:
V ^ v> \ ^\ sN\
^

Figura 22: Analogia Mola/ Barra.

D a F i g u r a 2 2 e d a resistncia d o s m a t e r i a i s vm:

a = ^ A

Tenso

(Equao 5 . 2 )

cr = E *

Lei de Hooke

(Equao 5 . 3 )

= >

Deformao

(Equao 5 . 4 )

Ento:
F = [ L j (E*\

(Equao 5.5)
= K

Onde K = C o n s t a n t e d e rigidez d a m o l a

42

Fl

F2

F3

A / W
Kl

A / W
K2

xl

x2

x3

Figura 23: Sistema c o m duas molas

S i s t e m a d e equaes q u e r e p r e s e n t a a situao d a F i g u r a 2 3 .

Fl = i:i*(xl-x2)
F2 = [{K\ + K2)* x2] - {Kl * X\)-{K2 * x3)

F3 = ^ 2 * ( - x 2 + x3)

Anlise m a t r i c i a l d o s i s t e m a d e equaes:

'Fl' K\ < F2. = < -Kl F3 0

-Kl KI + K2 -K2

0
-K2 K2

xl x2

x3

(Equao 5 . 6 )

onde: K = matriz d e rigidez d o sistema.

A varivel primria ( o v e t o r d e s l o c a m e n t o ) r e s o l v i d a p e l a inverso d a m a t r i z K.


{X}={k}-'*{f}

(Equao 5.7)

43

O exemplo d a s molas u m tanto elementar. A estrutura d e u m a ponte u m e x e m p l o prtico m u i t o m a i s i n t e r e s s a n t e . N o c a s o , a e s t r u t u r a m o d e l a d a e m p r e g a n d o - s e e l e m e n t o s d e trelia. ( N E G R E T T I , 2 0 0 6 )

A trelia p e r m i t e d e s l o c a m e n t o s e m d u a s direes (u e v) e m c a d a n. Neste caso, a matriz d e rigidez d o modelo u m a matriz d e 4 x 4 . Q u a n d o o s e l e m e n t o s so d e o r d e m s u p e r i o r , a m a t r i z d e r i g i d e z tambm s e t o r n a m a i s c o m p l e x a . P a r a e l e m e n t o s s i m p l e s a m a t r i z d e rigidez p o d e s e r escrita p o r m e i o d e expresses analticas. P a r a e l e m e n t o s m a i s c o m p l e x o s , e l a freqentemente avaliada numericamente. P a r a e f e t u a r u m a anlise p o r e l e m e n t o s finitos, o

p r o b l e m a principal achar e resolver estas matrizes. ( N E G R E T T I , 2006)

Em

programas

comerciais,

a soluo

desta

matriz

no

apresenta

d i f i c u l d a d e s a o usurio, p o i s g e r a l m e n t e e s t e s p r o g r a m a s o f e r e c e m u m a a m p l a b i b l i o t e c a d e e l e m e n t o s finitos p a r a o s q u a i s e l e s p o d e m m o n t a r e r e s o l v e r a m a t r i z d e rigidez. ( N E G R E T T I , 2 0 0 6 )

U m a v e z s e l e c i o n a d o u m e l e m e n t o , t o d o o s i s t e m a o u a equao p r i n c i p a l m o n t a d o l e v a n d o e m considerao a formulao matemtica d o m e s m o . A m o n t a g e m feita p e l a insero d o e l e m e n t o m a t r i c i a l n a r e s p e c t i v a linha e c o l u n a d a m a t r i z . E s t e p r o c e s s o d e m o n t a g e m f a c i l m e n t e e f e t u a d o pelo c o m p u t a d o r . F i n a l m e n t e a equao p r i n c i p a l r e s o l v i d a , o b t e n d o - s e a incgnita primria, o v e t o r d e d e s l o c a m e n t o , {d}. ( N E G R E T T I , 2 0 0 6 )

d}={K]*{F]

(Equao 5 . 8 )

S i m b o l i c a m e n t e , m o s t r a - s e isto p e l a inverso d a m a t r i z { K } . Porm n a prtica, a m a i o r i a d o s p r o g r a m a s c o m e r c i a i s u s a o mtodo d e eliminao d e G a u s s . O mtodo d a eliminao d e G a u s s c o n s i s t e e m r e d u z i r u m s i s t e m a c o m c e r t o nmero d e equaes e d e incgnitas a u m s i s t e m a c o m u m a equao e u m a incgnita a m e n o s , u s a n d o u m a d a s equaes p a r a e l i m i n a r u m a d a s incgnitas d a s d e m a i s equaes. Isto , u m a d a s incgnitas a c h a d a , e a s incgnitas r e s t a n t e s e n c o n t r a d a s p o r substituio i n v e r s a , o u s e j a , s u b s t i t u i - s e o v a l o r d a incgnita, e a s s i m s u c e s s i v a m e n t e . ( N E G R E T T I , 2 0 0 6 )

44

5.6

Propriedades dos IVIateriais

A s p r o p r i e d a d e s d o s m a t e r i a i s u s a d a s n a s anlises d e tenses f o r a m t i r a d a s d a referncia LEITO ( 2 0 0 7 ) , j q u e o m a t e r i a l e s t u d a d o n e s t a f o i o mesmo dos corpos-de-prova d o presente estudo. A Tabela 3 lista a s

propriedades.

T a b e l a 3: P r o p r i e d a d e s Ex [IVIPa] 153000 3500 203400 Ey [IVIPa] 10500 3500 203400 Ez [IVIPa] 10500 3500 203400
Vxy Vyz Vxz

Carbono/ epxi Epxi Ao carbono

0.3 0.34 0.3

0.3 0.34 0.3

0.3 0.34 0.3

Gxy [MPa] 6500

E s s a s so a s p r o p r i e d a d e s u s a d a s e m t o d a s a s d u a s m o d e l a g e n s e m e l e m e n t o s finitos.

5.7

Modelo Plano

O m o d e l o p l a n o c o n s i d e r a e s t a d o p l a n o d e tenses e r e p r e s e n t a a s 2 2 c a m a d a s e regies e n t r e c a m a d a s c o m e l e m e n t o s finitos p l a n o s " P L A N E I 8 3 " , a s s i m c o m o o p i n o d e c a r r e g a m e n t o e s u p o r t e s . F o r a m m o d e l a d o s tambm o s e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o " T A R G E T 1 6 9 " e " C O N T A I 7 2 " e n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o p i n o d e c a r r e g a m e n t o , e o c o r p o - d e - p r o v a e o cilindro d e s u p o r t e .

U m m a i o r d e t a l h a m e n t o d e s s e s e l e m e n t o s ser f e i t o a s e g u i r :

P L A N E I 8 3 : u m e l e m e n t o finito b i d i m e n s i o n a l d e 8 ns. E s t e e l e m e n t o finito t e m u m c o m p o r t a m e n t o d e d e s l o c a m e n t o quadrtico e i n d i c a d o p a r a m o d e l a r m a l h a s i r r e g u l a r e s . E s t e e l e m e n t o finito d e f i n i d o p o r 8 ns, t e n d o d o i s g r a u s d e l i b e r d a d e e m c a d a n - translaes n a s direes x e y. O e l e m e n t o p o d e s e r u s a d o c o m o e l e m e n t o finito p l a n o ( e s t a d o p l a n o d e tenses o u e s t a d o p l a n o d e deformaes) o u e m e l e m e n t o s finitos axissimtricos. E s t e e l e m e n t o t e m plasticidade, causada hiperelasticidade, fluncia, capacidade d e considerar rigidez

p o r deformao e d e c o n s i d e r a r g r a d e s deflexes e d e g r a n d e s

45

deformaes. O e l e m e n t o , alm d e q u a d r i c u l a r , p o d e s e r t r i a n g u l a r , n o q u a l trs d o s ns tm a m e s m a localizao ( c o m o s e f o s s e u m t o t a l d e 6 ns). Alm d o s ns, o u t r o d a d o d e e n t r a d a d o e l e m e n t o a e s p e s s u r a . A F i g u r a 2 4 ilustra o s e l e m e n t o s finitos quadrtico e t r i a n g u l a r e o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S : ( A N S Y S T U T O R I A L , 2 0 0 6 )

4 .)

F i g u r a 2 4 : E l e m e n t o finito p l a n o P L A N E I 8 3

T A R G E T 1 6 9 : E s t e e l e m e n t o finito u s a d o p a r a r e p r e s e n t a r u m a d a s superficies d e contato. No contato, existe a superficie d e contato e a superficie a l v o ( T A R G E T 1 6 9 ) . O e l e m e n t o finito T A R G E T 1 6 9 p o d e t r a b a l h a r c o m o a l v o d e trs o u t r a s opes d e c o n t a t o : C 0 N T A 1 7 1 , C O N T A 1 7 2 o u C O N T A 1 7 5 . N o presente estudo, a superficie d e contato usou elementos finitos C O N T A 1 7 2 . O s prprios e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o sobrepem o s e l e m e n t o s finitos a l v o slidos, d e s c r e v e n d o o c o n t o r n o d e u m c o r p o d e f o r m a d o e esto p o t e n c i a l m e n t e e m c o n t a t o c o m a superfcie a l v o d e c o n t a t o , d e f i n i d o p e l o T A R G E T 1 6 9 . A s u p e r f i c i e a l v o d e c o n t a t o c o m o s e l e m e n t o s f i n i t o s T A R G E T 1 6 9 so d i s c r e t i z a d o s p o r u m c o n j u n t o d e e l e m e n t o s finitos s e g m e n t a d o s q u e e m p a r e l h a m u n s c o m o s o u t r o s d a o u t r a superfcie d e c o n t a t o . A F i g u r a 2 5 ilustra o e l e m e n t o finito T A R G E T 1 6 9 e s e u c o r r e s p o n d e n t e C O N T A I 7 2 e s u a s orientaes c o n f o r m e o p r o g r a m a ANSYS.

46

Segmento alvo

yr
Contato superficie-superficie Contato n-superfcie Elemento de contato CONTA175

Elemento de contato CONTA171 ou CONTA172

F i g u r a 2 5 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o T A R G E 1 6 9

A s u p e r f i c i e a l v o m o d e l a d a atravs d e u m c o n j u n t o d e s e g m e n t o s - a l v o que se ligam, tipicamente, c o m os segmentos-contato d a superficie d e contato. (ANSYS TUTORIAL, 2006)

Determinando-se qual a superficie alvo d o contato e qual a superficie d e c o n t a t o , possvel m o d e l a r u m a s u p e r f i c i e r e s p e c t i v a m e n t e deformvel e u m a rgida. N o m o d e l o d o p r e s e n t e e s t u d o , o e l e m e n t o finito T A R G E 1 6 9 c o r r e s p o n d e regio d e c o n t a t o d o c o r p o - d e - p r o v a d e f i b r a d e c a r b o n o . ( A N S Y S T U T O R I A L , 2006)

C O N T A 1 7 2 : E s s e e l e m e n t o finito u s a d o p a r a r e p r e s e n t a r c o n t a t o e n t r e superficies bidimensionais. Este elemento finito aplicado a estruturas

b i d i m e n s i o n a i s q u e p o s s u e m n i n t e r m e d i a r i o ( P L A N E 2 , P L A N E 2 1 , P L A N E I 8 3 , SHELL209, PLANE82, VISC088, VOSCO108, PLANE35, PLANE223, PLANE230 o u M A T R I X 5 0 ) . T e m a s m e s m a s caractersticas d a f a c e d o e l e m e n t o finito slido a q u e est c o n e c t a d o . O c o n t a t o o c o r r e q u a n d o o e l e m e n t o finito C O N T A I 7 2 penetra em um dos elementos finitos de contato alvo (TARGE169)

c o r r e s p o n d e n t e s . A F i g u r a 2 6 ilustra o e l e m e n t o finito C O N T A I 7 2 e o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S :

47

Superfcie alvo associada Normal do contato Elemento de contato

Superfcie do Elemento Slido

F i g u r a 2 6 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A I 7 2

O m o d e l o p l a n o r e p r e s e n t a 14 d a g e o m e t r i a , a p r o v e i t a n d o o p l a n o d e s i m e t r i a y z . D e s t a m a n e i r a , a fora a p l i c a d a d e v e s e r ! 4 d a fora t o t a l e a s condies d e c o n t o r n o a p l i c a d a s d e v e m s e r a q u e l a s d e s i m e t r i a .

O cilindro d e s u p o r t e f o i m o d e l a d o c o m a p e n a s 14 d a s u a g e o m e t r i a , p o i s a p a r t e inferior d e s t e c i l i n d r o no t r a b a l h a , o u s e j a , no afeta o r e s u l t a d o . A e x t r e m i d a d e d o cilindro d e s u p o r t e r e c e b e u a condio d e c o n t o r n o d e a p o i o , o u s e j a , f o i restrito o m o v i m e n t o vertical (direo y ) d o s ns d e s t a regio.

A partir d e observao p o r microscpio ptico, e s t i m a - s e q u e 1/12 d a e s p e s s u r a d e c a d a c a m a d a c o r r e s p o n d a f i n a c a m a d a d e m a t r i z polimrica e x i s t e n t e n a regio i n t e r l a m i n a r . C a d a u m a d a s 2 2 c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s f o i m o d e l a d a c o m 1 1 / 1 2 d a e s p e s s u r a c o m a s p r o p r i e d a d e s d o compsito d e f i b r a d e carbono unidirecional/ epxi, e 1/12 d a e s p e s s u r a foi modelada com as

p r o p r i e d a d e s d a m a t r i z polimrica ( p r o p r i e d a d e s d o epxi).

O s cilindros d e c a r g a e s u p o r t e f o r a m m o d e l a d o s c o m a s p r o p r i e d a d e s d o ao c a r b o n o . A c a r g a d e r u p t u r a d o t e s t e , d e 2 1 7 8 N, f o i a p l i c a d a n a superfcie s u p e r i o r d o cilindro d e c a r g a . C o m o o m o d e l o simtrico, ento, e s s a c a r g a d e 1 0 8 9 N . A anlise esttica e linear.

Figura

2 7 ilustra

o modelo

de elementos

finitos,

utilizando u m a

simbologia de cores especificada na Tabela 4 . A cor amarela corresponde a o epxi p u r o (fina c a m a d a i n t e r l a m i n a r ) , a c o r l a r a n j a r e p r e s e n t a o compsito

48

c a r b o n o / epxi e a c o r a z u l r e p r e s e n t a o ao c a r b o n o . A f i g u r a tambm m o s t r a o v a l o r e local d e aplicao d a c a r g a e a s condies d e c o n t o r n o .

AN
ELEMH n ITS MAT F NUM 15 2007 22:44:31 PLOT N D . 3 APR

Figura 27: Modelo plano

T a b e l a 4 : Definio d e c o r e s d o m o d e l o p l a n o Cor Cor-de-laranja Amarela Azul Definio E l e m e n t o s finitos p l a n o s q u e r e p r e s e n t a m a s c a m a d a s c a r b o n o / epxi E l e m e n t o s finitos p l a n o s q u e r e p r e s e n t a m a s c a m a d a s d e m a t r i z polimrica p u r a (epxi p u r o ) E l e m e n t o s finitos p l a n o s q u e r e p r e s e n t a m c o m p o n e n t e s d e ao c a r b o n o Condies d e c o n t o r n o : restrio e m y n o cilindro d e s u p o r t e e restrio e m x n o p l a n o d e s i m e t r i a d o modelo.

C y a n (verde-gua)

49

N a F i g u r a 2 8 possvel d i s t i n g u i r a s c a m a d a s a m a r e l a s (epxi p u r o ) d a s c a m a d a s c o r - d e - l a r a n j a ( c a r b o n o / epxi).

ELEMENTS MAT NUM

F i g u r a 2 8 : P i o t a g e m p a r a m e l h o r visualizao d a s c a m a d a s d e epxi p u r o e d a s c a m a d a s d e fibra d e c a r b o n o + epxi

A gerao d a m a l h a d e e l e m e n t o s p a r a e s t e m o d e l o p a s s o u p o r u m a anlise d e s e n s i b i l i d a d e . Isso significa q u e vrias malhas c o m diferentes

t a m a n h o s d e e l e m e n t o s f o r a m t e s t a d a s p a r a a adequao d a m a l h a . O e r r o estrutural calculado pelo programa, e m b o r a mostrasse melhora c o m o a u m e n t o d o nmero d e e l e m e n t o s , no vlido d e v i d o a o u s o d e d i f e r e n t e s m a t e r i a i s n a anlise.

U m a d a s m a n e i r a s d e avaliao d a adequao d a m a l h a a comparao e n t r e o s r e s u l t a d o s n o d a i s , q u e c o r r e s p o n d e m s mdias d a s tenses d o s elementos vizinhos e m cada n, e o s resultados nos elementos, q u e

50

c o r r e s p o n d e m s tenses n o c e n t r o i d e d e c a d a e l e m e n t o . E s t a f o i a f o r m a utilizada para calcular o erro estrutural.

C o m p a r a n d o trs d i f e r e n t e s m a l h a s , a p r i m e i r a c o m u m e l e m e n t o a o l o n g o da espessura d a s c a m a d a s interlaminares, a segunda c o m dois elementos a o longo d a espessura d a s c a m a d a s interlaminares e a terceira c o m sete elementos a o l o n g o d a e s p e s s u r a d a s c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s , n o t o u - s e p o u c a variao d o s resultados. A malha c o m u m elemento ao longo d a espessura das camadas

i n t e r l a m i n a r e s a p r e s e n t o u u m e r r o mximo d e 2 , 9 % , a c o m d o i s e l e m e n t o s , 2 , 7 % e a c o m sete elementos, 1,7%. C o m o a malha c o m sete elementos a o longo d a espessura d a s c a m a d a s interlaminares deixou o modelo desnecessariamente

grande, a segunda malha, c o m dois elementos a o longo d a espessura foi aquele selecionado.

A m a l h a g e r a d a n o pr-processamento d a anlise p a r a e l e m e n t o finito p l a n o f o i b a s t a n t e r e f i n a d a , c o n t e n d o 2 6 8 8 4 ns e 8 7 9 9 e l e m e n t o s finitos,

c o n f o r m e m o s t r a a F i g u r a 2 9 . A s c a m a d a s d e m a t r i z polimrica p u r a ( a m a r e l a ) f o r a m d i v i d i a s e m d u a s c a m a d a s d e e l e m e n t o s f i n i t o s e m s u a s e s p e s s u r a s . J a s c a m a d a s de fibra/ matriz (cor-de-laranja) foram divididas, tipicamente, e m 5 c a m a d a s d e elementos finitos e m suas espessuras.

51

AN
ELEMEOTS MAT NUM

2 2007 20:11:28 PLOT m. 1

NOV

F i g u r a 2 9 : IVlalha d e e l e m e n t o s f i n i t o s A s regies d e c o n t a t o e n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o s c i l i n d r o s so m u i t o i m p o r t a n t e s j q u e n e s t a s regies o c o r r e u m a alta variao d o g r a d i e n t e d e tenses. Conseqentemente, e s s a s regies t i v e r a m s u a s m a l h a s d e e l e m e n t o s f i n i t o s m a i s r e f i n a d a s . A F i g u r a 3 0 ilustra a m a l h a d e e l e m e n t o s finitos u t i l i z a d a na regio d o s u p o r t e . i m p o r t a n t e l e m b r a r q u e o c o n t a t o e n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o s c i l i n d r o s d e s u p o r t e e c a r r e g a m e n t o f o i r e p r e s e n t a d o p o r e l e m e n t o s finitos d e contato C O N T A I 72 e T A R G E 1 6 9 , onde a superfcie c o n t a t o ( C O N T A I 72)

c o r r e s p o n d e superfcie d e c o n t a t o d o c i l i n d r o e a superfcie a l v o , o u s e j a , a superfcie d e f o r m a n t e ( T A R G E 1 6 9 ) , c o r r e s p o n d e superfcie d e c o n t a t o d o corpo-de-prova. Os elementos finitos C O N T A I 72 e TARGE169 so

r e p r e s e n t a d o s , n a F i g u r a 3 0 p o r l i n h a s c o r - d e - l a r a n j a , m u i t o sutis, n a s superfcies d e c o n t a t o d o c o r p o - d e - p r o v a e d o cilindro d e s u p o r t e .

52

F i g u r a 3 0 ; M a l h a d e e l e m e n t o s finitos n a regio d o s u p o r t e

O e s t u d o d e c o n t a t o e n t r e geometras, distribuio d e presso, tenses e deformaes d e c o n t a t o s cilndricos r e l a t i v a m e n t e c o m p l e x o . Derivaes d e equaes d e s t e s c a s o s esto e n t r e o s e x e m p l o s m a i s c o m p l e x o s d a t e o r i a d a e l a s t i c i d a d e . A s equaes p a r a a rea d e c o n t a t o , deformao, distribuio d e presso e tenses d e c o n t a t o entre dois corpos c o m carga esttica f o i

originalmente derivada por Hertz e m 1 8 8 1 . ( N O R T O N , 1998)

A regio d e c o n t a t o e n t r e o cilindro d e c a r g a e a superfcie d o c o r p o - d e p r o v a f o i r e f i n a d a , n a q u a l , d i v i d i u - s e e m 2 0 e l e m e n t o s finitos u m a l a r g u r a c a l c u l a d a pela t e o n a d e H e r t z c o m o a l a r g u r a d e c o n t a t o ( N O R T O N , 1 9 9 8 ) : (Equao 5 . 9 )


a =
\7r

53

Onde: mi = (1 -vi^)/ E l , e m m^/N ( c o n s t a n t e d o m a t e r i a l d o c o r p o - d e - p r o v a )


m2 = ( 1 - V 2 ^ ) / E 2 , e m m^/N ( c o n s t a n t e d o m a t e r i a l d o c i l i n d r o d e a p o i o )

Onde: El =10500 M P a
vi = 0,3

E2 = 2 0 3 4 0 0 M P a
V2=0,3

F = 2178 N, carga d e falha, e m N L = 6,5, l a r g u r a d o c o r p o - d e - p r o v a , e m m m 5 = - . ; o n d e R e o raio d o c i l i n d r o d e c a r g a , e m m m


2 R

C o m o o m o d e l o simtrico, a l a r g u r a d e c o n t a t o n o m o d e l o ser d e a / 2 , o u s e j a , 0 , 1 2 m m . A F i g u r a 3 1 ilustra a m a l h a r e f i n a d a n e s t a regio d e c o n t a t o .

F i g u r a 3 1 : M a l h a r e f i n a d a n a regio d o c o n t a t o

54

N a F i g u r a 3 1 s e n o t a q u e a regio d e c o n t a t o a p r e s e n t a a l g u n s e l e m e n t o s m u i t o rgidos n a transio d a m a l h a m a i s r e f i n a d a p a r a a m a l h a m a i s g r o s s e i r a . E s s e s e l e m e n t o s m u i t o rgidos, q u e c a u s a m distoro n o s r e s u l t a d o s , s e r i a m inaceitveis p a r a e l e m e n t o s l i n e a r e s . N o e n t a n t o , i m p o r t a n t e l e m b r a r , q u e o e l e m e n t o P L A N E I 8 3 t e m 8 ns e u m g r a u a m a i s n a formulao (parablica), permitindo resultados s e m erro m e s m o c o m malhas mais irregulares. C o m o pelo ensaio d e ILSS observou-se q u e a falha s e deu e m u m a d a s c a m a d a s centrais d o l a m i n a d o e no n a s c a m a d a s s u p e r f i c i a i s , ento b e m provvel q u e a tenso concentrada n a regio d e c o n t a t o c a u s a a p e n a s u m a falha extremamente

l o c a l i z a d a e p e q u e n a q u e no l e v a a f a l h a g l o b a l d o l a m i n a d o .

N a F i g u r a 3 1 tambm esto r e p r e s e n t a d o s o s e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o . A superfcie d e c o n t a t o d o c o r p o - d e - p r o v a f o i r e p r e s e n t a d a p o r e l e m e n t o s finitos a l v o d e c o n t a t o T A R G E 1 6 9 , e n q u a n t o a superfcie d e c o n t a t o d o cilindro d e c a r r e g a m e n t o , p o r e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o C O N T A I 7 2 . O s e l e m e n t o s finitos C O N T A I 7 2 e T A R G E 1 6 9 so r e p r e s e n t a d o s , n a F i g u r a 3 0 p o r l i n h a s c o r - d e l a r a n j a , m u i t o sutis, n a s superfcies d e c o n t a t o d o c o r p o - d e - p r o v a e d o cilindro d e suporte.

5.8

Resultados para o Modelo Plano

A F i g u r a 3 1 . a ilustra o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s t i p i c a m e n t e u s a d o e m u m l a m i n a d o m u l t i c a m a d a s d e c o m p r i m e n t o L, l a r g u r a 2 . b e e s p e s s u r a 2 . H . A o r i g e m do sistema d e coordenadas localiza-se n o centro d o laminado, conforme ilustram as Figuras 31.a e 31.b. O eixo X paralelo a o comprimento L d o laminado, o eixo Y paralelo largura 2.b d o laminado e o eixo Z paralelo espessura 2 . H d o l a m i n a d o . A orientao d a s tenses e d e s l o c a m e n t o s d e u m l a m i n a d o p o d e s e r c o m p r e e n d i d a a partir d o d i a g r a m a d e c o r p o livre a p r e s e n t a d o n a F i g u r a 3 2 . c . S e c o m p a r a d o a o d i a g r a m a d o c o r p o livre , o p l a n o x y d o m o d e l o p l a n o d e e l e m e n t o s finitos d o p r e s e n t e e s t u d o c o r r e s p o n d e a o p i a n o x z , p a r a l e l o a o c o m p r i m e n t o L representado Figura 3 2 . a . Conseqentemente, a s tenses cisalhantes de

i n t e r e s s e sero a s xxy, r e f e r e n c i a d a s n o s r e s u l t a d o s d a anlise d e tenses p o r Sxy.

55

F i g u r a 3 2 : ( a ) S i s t e m a d e c o o r d e n a d a s d o l a m i n a d o ; (b) Seo t r a n s v e r s a l d o l a m i n a d o e ; (c) D i a g r a m a d e c o r p o livre d o l a m i n a d o

O p r o g r a m a A N S Y S t e m u m a i n t e r f a c e grfica n a q u a l possvel v i s u a l i z a r d i f e r e n t e s c o m a n d o s e n t r a d o s p e l o usurio. A visualizao d e s s e s c o m a n d o s , e m f o r m a grfica, t i p i c a m e n t e d e n o m i n a d a p o r usurios d e p r o g r a m a s d e anlise p o r e l e m e n t o s finitos d e " p i o t a g e m " ; t e r m o o r i g i n a d o d a p a l a v r a e m ingls p/of. D o r a v a n t e , o t e r m o " p i o t a g e m " ser utilizado p a r a referir-se a e s s e s grficos. E x i s t e m p l o t a g e n s disponveis a p e n a s n a f a s e d e pr-processamento, c o m o a visualizao d a g e o m e t r i a d o m o d e l o , d a s condies d e c o n t o r n o , d a m a l h a d e e l e m e n t o s , e n t r e o u t r o s . J n a f a s e d e ps-processamento, possvel g e r a l p l o t a g e n s d o s r e s u l t a d o s d a anlise, c o m o tenses r e s u l t a n t e s , d e s l o c a m e n t o s , foras d e reao, e n t r e o u t r o s .

P r i m e i r a m e n t e , f o i t i r a d a a p i o t a g e m c o m o s d e s l o c a m e n t o s verticais ( n a direo y d o m o d e l o p l a n o d e e l e m e n t o s finitos). A F i g u r a 3 3 mostra os

r e s u l t a d o s . N o t a - s e q u e a regio c e n t r a l d o c o r p o - d e - p r o v a , o n d e a fora a p l i c a d a , e x i s t e u m a deflexo d e 0 , 1 9 m m v e r t i c a l m e n t e p a r a b a i x o , e n q u a n t o

56

q u e , n a s e x t r e m i d a d e s d o c o r p o - d e - p r o v a , h u m a p e q u e n a deflexo p a r a c i m a d e 0 , 0 2 9 m m , c o m o efeito d a flexo d o c o r p o - d e - p r o v a .

NCDL SOLUTICN STEI^L SB =10 TIME=1089 UY T3P RSYS=0 DMX = . 1 8 8 7 2 4 Sm = - . 1 8 8 7 2 4 SMX = . 0 2 8 9 5 7

AN
MOV 2 2007 20:26:14 PLOT NO. 7

.188724 -.164537

-.14035 -.116164

.091977 -.06779

-.043604 -.019417

.00477 .028957

Figura 33: D e s l o c a m e n t o s e m y E m s e g u i d a , f o r a m t i r a d a s a s p l o t a g e n s c o m a s tenses d e c i s a l h a m e n t o S x y . P a r a u m a m e l h o r visualizao d e s s a s tenses d e c i s a l h a m e n t o , f o r a m f e i t a s linearizaes d e tenses e m d i f e r e n t e s sees d o m o d e l o a o l o n g o d a e s p e s s u r a e a o longo do comprimento, conforme mostra a Figura 3 4 .

A linearizao d e tenses o n o m e d a d o a u m a f e r r a m e n t a b a s t a n t e til d o p r o g r a m a A N S Y S d e e l e m e n t o s finitos p a r a visualizao d o s r e s u l t a d o s n o d a i s d e m o d e l o s q u e u s a m e l e m e n t o s finitos slidos. Isso p o r q u e , e m e l e m e n t o s finitos slidos, possvel v i s u a l i z a r a distribuio d e tenses e d e deformaes, m a s difcil v i s u a l i z a r a variao e a s tenses e deformaes mdia e d e flexo. Atravs da linearizao d e tenses, o usurio d o p r o g r a m a p o d e s e l e c i o n a r u m " c a m i n h o " d e ns n o m o d e l o n o q u a l o p r o g r a m a A N S Y S f o r n e c e u m grfico q u e r e p r e s e n t a

57

o s v a l o r e s d e tenso o u d e deformao e m funo d a distncia a o l o n g o d e s t e " c a m i n h o " . D e s t a m a n e i r a , o s v a l o r e s d e tenso o u d e deformao n a q u e l a seo s e l e c i o n a d a f i c a m c l a r a m e n t e i l u s t r a d o s n o grfico. N o grfico f o r n e c i d o p e l a linearizao d e tenses, trs c u r v a s d e tenses o u deformao so i l u s t r a d a s a o l o n g o d o " c a m i n h o " . A c u r v a v e r m e l h a r e p r e s e n t a a s tenses totais a o l o n g o d o " c a m i n h o " s e l e c i o n a d o , a c u r v a a z u l r e p r e s e n t a a tenso mdia a o l o n g o d o " c a m i n h o " e a c u r v a r o x a r e p r e s e n t a a s tenses mdia m a i s flexo a o l o n g o d o "caminho". Na presente anlise p o r e l e m e n t o s finitos planos, a s tenses

r e s u l t a n t e s d e i n t e r e s s e so quelas d e c i s a l h a m e n t o t o t a l , r e p r e s e n t a d a s p e l a c u r v a v e r m e l h a n o s grficos a d i a n t e .

A linearizao a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o , d e n o m i n a d a L O N G M I D f o i feita j u s t a m e n t e n a c a m a d a d o m e i o , d e m a t r i z polimrica, p a r a m e l h o r ilustrar a distribuio d a tenso c i s a l h a n t e n a direo l o n g i t u d i n a l d o c o r p o - d e - p r o v a . N a s linearizaes atravs d a espessura, importante notar q u e a s sees

s e l e c i o n a d a s , d e n o m i n a d a s d e T R A N S V 1 , T R A N S V 2 e B O R D A esto d i s t a n t e s d a s regies d e perturbao, o u s e j a , d e tenses e x t r e m a m e n t e c o n c e n t r a d a s , q u e c o r r e s p o n d e m a o s p o n t o s d e c o n t a t o e n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o s cilindros d e carga e suporte.

58

ELEMENTS MftT NUM

AN 8 2007 15:08:34 PLOT I\iO. 2 OCT

IW3MID

TRANS v\

BGRDA

F i g u r a 3 4 : C a m i n l i o s d a s linearizaes d e tenses

A partir d o grfico d e distribuio d e tenses c i s a l t i a n t e s d o c a m i n h o " L O N G M I D " , d e t e r m i n o u - s e a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o , q u a l a seo t r a n s v e r s a l n o c o r p o - d e - p r o v a n a q u a i a tenso c i s a l h a n t e mxima. A partir d e s s e d a d o (I = 4 , 0 5 m m ) foi s e l e c i o n a d a a seo " T R A N S \ / 2 " p a r a s e r feita linearizao.

A distribuio d a s tenses d e c i s a l h a m e n t o e m t o d o o m o d e l o m o s t r a d a adiante na Figura 3 5 .

59

NCDAL soimia, STEP=1 SUB =10 TIMEH1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX = . 1 8 8 7 2 4 Sm = - 2 4 0 . 4 7 5 SMX =2583

^^^^

20:23:36 PLOT ND. 3

-240.475 73.289

387.053 700.817

1015 1328

1642 1955

2270 2583

F i g u r a 3 5 : Distribuio d a tenso d e c i s a l t i a m e n t o , e m M P a

Na

Figura

3 5 , o smbolo

M X corresponde

ao ponto

d e tenso d e

c i s a l h a m e n t o mxima, e o smbolo M N c o r r e s p o n d e a o p o n t o d e tenso d e c i s a l h a m e n t o mnima.

N o t a - s e pela F i g u r a 3 5 q u e a s regies d o cilindro d e a p o i o e o p o n t o d e aplicao da carga apresentam tenses de cisalhamento extremamente

c o n c e n t r a d a s , q u e p r e j u d i c a m a visualizao d a distribuio d e tenses d e c i s a l h a m e n t o a o l o n g o d a e s p e s s u r a d o c o r p o - d e - p r o v a . C o m o e s s a s tenses so e x t r e m a m e n t e altas, c h e g a n d o a 2 5 8 3 M P a n o p o n t o d e aplicao d a c a r g a d e compresso, no possvel v e r i f i c a r a f a i x a d e variao d e tenses n a regio f o r a da perturbao. P a r a contornar esse problema, as camadas superiores e

i n f e r i o r e s d o m o d e l o f o r a m excludas n a p i o t a g e m d a distribuio d e tenses d e cisalhamento, resultando na seguinte piotagem da Figura 3 6 :

60

NCDL SOLUTIOSI STEE ^l SB =10 TIME=1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX = . 1 8 8 7 2 4 sm =-40.338 SMX = 9 5 . 4 8

AN
2 2007 20:22:53 PLOT NO. 2 NOV

-40.338 -25.247

-10.156 4.935

20.025 35.116

50.207 65.298

80.389 95.48

F i g u r a 3 6 : Distribuio d a tenso d e c i s a l h a m e n t o n a s 1 5 c a m a d a s c e n t r a i s , em MPa

N a F i g u r a 3 6 a visualizao d a distribuio d e tenses d e c i s a l h a m e n t o a o l o n g o d a e s p e s s u r a fica b e m m a i s c l a r a , u m a v e z q u e a s c a m a d a s e m c o n t a t o c o m o s c i l i n d r o s so e l i m i n a d a s d a p i o t a g e m .

N o t a - s e u m a tenso d e c i s a l h a m e n t o mxima d e 9 5 , 5 M P a n o p o n t o d e aplicao d a c a r g a e u m a tenso d e - 4 0 , 3 M P a . A diferena d e sinais significa que o s cisalhamentos nessas camadas ocorrem e m sentidos opostos.

D o r a v a n t e , a s tenses r e s u l t a n t e s sero e x i b i d a s a p e n a s p a r a a s 1 5 c a m a d a s c e n t r a i s d o c o r p o - d e - p r o v a p o r s e r u m a regio livre d e perturbaes, e s t a s l o c a l i z a d a s n a regio d e aplicao d a fora e o a p o i o d o c o r p o - d e - p r o v a .

A F i g u r a 3 7 m o s t r a a s tenses d e c i s a l h a m e n t o atravs d a e s p e s s u r a n o s elementos finitos que representam a s regies d a s 1 5 c a m a d a s centrais

61

c o m p o s t a s d e fibra d e c a r b o n o + m a t r i z . N o t a - s e q u e a tenso mxima ( 9 5 , 5 IVIPa) o c o r r e j u s t a m e n t e e m u m a d a s regies c o m p o s t a s d e fibra + m a t r i z .

AN NCDfL SOUJTia\I qTvp-1 qm^in


bUti - i U

2 2007 20:24:31
4

PLOT NO.

TIME^1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX =.188724 SMN =-40.338 SMX =35.48

1 ^

-40.338

-25.247

-10.156

4.935

20.025

35.116

50.207

65.298

80.389

95.48

F i g u r a 3 7 : Tenses d e c i s a l h a m e n t o n o s e l e m e n t o s finitos c o m p o s t o s d e fibra d e carbono + matriz, e m M P a (apenas a s 15 c a m a d a s centrais d o corpo-de-prova)

A F i g u r a 3 8 m o s t r a a s tenses d e c i s a l h a m e n t o atravs d a e s p e s s u r a n o s elementos finitos que representam a s regies d a s 1 5 c a m a d a s centrais

c o m p o s t a s d e m a t r i z polimrica a p e n a s . A tenso d e c i s a l h a m e n t o mxima encontrada d e 80,7 M P a .

62

N A L SOLTICN _ , STT^E^l SUB = 1 0 TIM&=1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX = . 1 8 8 7 2 4 SMSI = - 2 5 . 6 7 3 SMX = 8 0 . 6 8 8

AN
2 2007 20:24:55 PI j OT no . 5 NOV

m.

-25.673 -13.855

-2.037 9.781

21.599 33.417

45.234 57 . 0 5 2

68.87 80.688

F i g u r a 3 8 : Tenses d e cisalliannento n o s e l e m e n t o s finitos c o m p o s t o s d e m a t r i z pura, e m M P a (apenas a s 15 c a m a d a s centrais d o corpo-de-prova)

C o n f o r m e i l u s t r a d o n a F i g u r a 3 4 , a l g u m a s sees a o l o n g o d o m o d e l o foram selecionadas p a r a q u e f o s s e m f e i t a s linearizaes d e tenses. Para

e s t u d a r a distribuio d e tenso d e c i s a l h a m e n t o a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o , f o i feita a linearizao p e l o c a m i n h o " L O N G M I D " , m o s t r a d o n a F i g u r a 3 9 .

63

AN
PTl STEf^l SUB =10 T1ME=1089 SECTICN PLOT NCD1=323 1MCD2=336
SXY 69.614 62.039

OCT 31 2007 12:44:53 PLOT NO. 1

STRESS GKBAL BM)


'm

m
0)

4-1
C (0 to O g

-6.118 2.7 1.35 4.05 5.4 6.75 8.1 9.45 12.15 13.5

Distancia

(mm)

F i g u r a 3 9 : tenses c i s a l l i a n t e s n a seo "LONGIVIID"

Nota-se

que a

curva

de

tenso

cisalhante

total

no

apresenta

d e s c o n t i n u i d a d e s n a s s u a s d i f e r e n t e s inclinaes, o q u e s i g n i f i c a q u e a m a l h a e s c o l h i d a foi a d e q u a d a p a r a c a p t a r a variao d e tenses c o r r e t a m e n t e . E s s a caracterstica r e p e t e - s e n o s prximos d o i s grficos. A p e n a s no o c o r r e n a

linearizao d a " B O R D A " p o r s e r u m a regio d e g r a n d e variao d e tenses, o q u e j e r a e s p e r a d o .

A tenso c i s a l h a n t e x y mxima n a c a m a d a i n t e r l a m i n a r mdia d o c o r p o - d e prova d e 69,6 MPa.

A partir d e s t e grfico d e linearizao d e tenses n o c o m p r i m e n t o e a partir d a p i o t a g e m d a F i g u r a 3 6 , n o t a - s e q u e o c a m p o d e tenso c i s a l h a n t e mxima e n c o n t r a - s e e n t r e a aplicao d a fora e o a p o i o . J u s t a m e n t e p o r e s t e m o t i v o , f o r a m s e l e c i o n a d a s a s sees " T R A N S V 1 " e " T R A N S V 2 " p a r a s e r e m a n a l i s a d a s c o m m a i s ateno q u a n t o s tenses d e c i s a l h a m e n t o .

64

A seo " T R A N S V 1 " est a u m a distncia l i o r i z o n t a l d e 2 , 3 m m d o c e n t r o d o c o r p o - d e - p r o v a , e a seo " T R A N V 2 " est a u m a distncia h o r i z o n t a l d e 4 , 7 m m do centro do corpo-de-prova.

A seo " B O R D A " foi s e l e c i o n a d a c o m o c a m i n h o d e linearizao d e tenses, a p e s a r d e a p r e s e n t a r tenses c i s a l h a n t e s m u i t o b a i x a s , p o r q u e d e p o i s d e feito o t e s t e I L S S , a s e x t r e m i d a d e s d o c o r p o - d e - p r o v a so j u s t a m e n t e a s regies e m q u e o c o r r e a delaminao e n t r e c a m a d a s , c o n f o r m e n o t a - s e n a F i g u r a 40 .

F i g u r a 4 0 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S (foto m a c r o )

A F i g u r a 4 1 m o s t r a a a b e r t u r a d a s t r i n c a s n o c o r p o - d e - p r o v a aps a f a l h a por ILSS c o m u m a u m e n t o d e 4 0 vezes.

65

F i g u r a 4 1 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S ( a u m e n t o 4 0 x )

A distribuio d e tenses d e c i s a l h a m e n t o a o l o n g o d a e s p e s s u r a p e l o s c a m i n h o s " T R A N S V 1 " , " T R A N S V 2 " e " b o r d a " so i l u s t r a d o s n a F i g u r a 4 2 e F i g u r a 43.

POSTl STEP=1 S U B =10 TIME=1089 SECTICN PLOT NCD1=19454 N2=21340 SXY STRESS GLCBL
M E M + B E I O '(5 TTTTAI, I

AN OCT 31 2007 12:45:01 PLOT NO. 2

H (t

VI
Q ) O
Cf)

Q )

1.396 .349 1.047 1.745

2.094 2.443

2.792 3.141

3.487

D i s t a n c i a (mm)

F i g u r a 4 2 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " T R A N S V V

N o grfico d a F i g u r a 4 1 , o e i x o x c o r r e s p o n d e distncia, atravs d a e s p e s s u r a , o n d e z e r o a f a c e inferior d o c o r p o - d e - p r o v a . O eixo y c o r r e s p o n d e a tenso

a o v a l o r d a s tenses c i s a l h a n t e s , e m M P a . A c u r v a " T O T A L "

c i s a l h a n t e p r o p r i a m e n t e dita. A curva " M E M B R A N E " c o r r e s p o n d e tenso d e c i s a l h a m e n t o mdia n a seo; e a c u r v a " M E M + B E N D " c o r r e s p o n d e tenso d e c i s a l h a m e n t o mdia s o m a d a tenso d e c i s a l h a m e n t o d e flexo. D e s t a m a n e i r a , a c u r v a " M E M B R A N E " reta c o n s t a n t e ; a c u r v a " M E M B + B E N D " r e t a ; e a

66

c u r v a " T O T A L " , p o d e t e r u m f o r m a t o q u a l q u e r p o r incluir t o d o s o s e f e i t o s mecnicos e geomtricos.

A c u r v a " T O T A L " a q u e l a d e i n t e r e s s e a o e s t u d o . N a seo " T R A N S V 1 " , a tenso d e c i s a l h a m e n t o mxima e n c o n t r a d a f o i d e 6 4 , 3 M P a .


AN
PT1 STEE^l SUB =10 T1ME=1089 SECTI PLOT NCD1=19470 raD2=21356
SXY 66.243 59.616

OCT 31 2007 12:45:07 PLOT I\fO. 3

STRESS GKBL MEM+BEC) 'm UTAL %i

m
QJ

1.396 .349 1.047 1.745

2.094 2.443

2.792 3.141

3.487

Distancia (mn)

F i g u r a 4 3 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " T R A N S V 2 "

N o grfico a c i m a , o e i x o x c o r r e s p o n d e distncia, atravs d a e s p e s s u r a , o n d e z e r o a f a c e inferior d o c o r p o - d e - p r o v a . O e i x o y c o r r e s p o n d e a o v a l o r d a s tenses c i s a l h a n t e s , e m M P a . A c u r v a " M E M B R A N E " c o r r e s p o n d e tenso d e cisalhamento mdia; a curva "MEM+BEND" corresponde tenso de

c i s a l h a m e n t o mdia s o m a d a tenso d e c i s a l h a m e n t o d e flexo; e a c u n / a " T O T A L " c o r r e s p o n d e tenso d e c i s a l h a m e n t o t o t a l . N a seo " T R A N S V 2 " , a tenso d e c i s a l h a m e n t o mxima e n c o n t r a d a f o i d e 6 6 , 2 M P a .

67

POSTl STEP=1 SB =10 T1ME^1089 SECTIOM PLOT NCD1=501 NCD2=10153 SXY STRESS GLCBL MEM+BHC) "O

AN
OCT 31 2007 12:45:14 PLOT ND. 4

RirrAL

^
4-)

ta

Q) O

E-I
-.193 .698 .349 1.047 1.396 1.745 2.094 2.443 2.792 3.141 3.487

Distancia (mm)

F i g u r a 4 4 : tenses c i s a i l l a n t e s n a seo " B O R D A "

Apesar de apresentarem

v a l o r e s mximos d e tenso c i s a l h a n t e b e m

prximos d o v a l o r d o t e s t e d e 7 2 M P a , p o u c o s e n o t a a diferena n a s tenses c i s a l h a n t e s n a s regies e n t r e c a m a d a s (epxi p u r o ) n o s grficos d e linearizao d e tenses c i s a l h a n t e s x y n a F i g u r a 4 2 e F i g u r a 4 3 . N o e n t a n t o , n a linearizao d a b o r d a d o c o r p o - d e - p r o v a , a diferena e n t r e a s tenses n a s regies c o m f i b r a e n a s regies c o m m a t r i z p u r a b e m c l a r a .

linearizao

d a seo

"BORDA"

ilustra

muito

b e m o efeito

da

delaminao, c o n f o r m e m o s t r a a F i g u r a 4 4 . J u s t a m e n t e p o r a p r e s e n t a r g r a n d e s deformaes, e s s a seo a p r e s e n t a tenses c i s a l h a n t e s b a i x a s , i n t e r e s s a n t e n o t a r n a F i g u r a 4 4 q u e o nmero d e p i c o s n o grfico o m e s m o nmero d e c a m a d a s d o c o r p o - d e - p r o v a ( 2 2 c a m a d a s ) . O s p i c o s c o r r e s p o n d e m s tenses n a s c a m a d a s c a r b o n o / epxi, e o s v a l e s , s tenses n a s c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s d e m a t r i z polimrica.

68

5.9

Modelo Tridimensional (Layered Shell Element)

D o i s p o n t o s m o t i v a r a m a e s c o l l i a d o e l e m e n t o finito d e c a s c a e m c a m a d a s (layered) c o m o u m a s e g u n d a opo d e e s t u d o .

O p r i m e i r o m o t i v o a s i m p l i c i d a d e d o e l e m e n t o . O e l e m e n t o finito d e c a s c a exige menos t e m p o e custo d e processamento e permite modelos b e m mais s i m p l e s d o q u e a q u e l e s slidos. A o r e p r e s e n t a r u m e q u i p a m e n t o g r a n d e , o e l e m e n t o finito d e c a s c a l e v a r i a m u i t o m e n o s t e m p o d e m o d e l a g e m e d e processamento.

U m s e g u n d o m o t i v o o e v e n t u a l fenmeno d e t r i d i m e n s i o n a l i d a d e d o c o r p o - d e - p r o v a , o u s e j a , o no e s t a d o p l a n o d e tenses. T r a b a l h o s tericos d e K e d w a r d p r e v i r a m u m a variao d a s tenses c i s a l h a n t e s atravs d a l a r g u r a d o m a t e r i a l , c o m p i c o s n a s b o r d a s d a c h a p a d e t e s t e ( K E D W A R D , 1 9 7 2 ) . Isso s i g n i f i c a q u e o s c o r p o s d e p r o v a so, n a v e r d a d e , t r i d i m e n s i o n a i s , c o m tenses v a r i a n d o atravs d o c o r p o - d e - p r o v a d o tipo v i g a . L o g o , o e s t a d o p l a n o d e tenses no p o d e s e r i n t e r p r e t a d o a d e q u a d a m e n t e p o r m e i o s d a t e o r i a d e v i g a clssica.

modelo

tridimensional

representa

o corpo-de-prova

d e compsito

c a r b o n o / epxi c o m e l e m e n t o finito d e c a s c a e m c a m a d a s (layered) " S H E L L 9 9 " . O p i n o d e s u p o r t e , c o m p r o p r i e d a d e s d o ao c a r b o n o , f o i r e p r e s e n t a d o c o m e l e m e n t o s finitos slidos t r i d i m e n s i o n a i s " S O L I D 4 5 " . E n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o pino d e suporte, f o r a m acrescentados elementos finitos d e contato " T A R G E T 1 6 9 " e " C O N T A I 75".

U m m a i o r d e t a l h a m e n t o d e s s e s e l e m e n t o s finitos ser feito a seguir:

SHELL99: Este elemento usado para modelos de casca

estruturais

c o m p o s t o s d e vrias c a m a d a s . O e l e m e n t o finito S H E L L 9 9 t e m 6 g r a u s d e l i b e r d a d e e m c a d a n: translaes d o n e m x, y e z e rotao d o n n o s e i x o s x , y e z. A F i g u r a 4 5 ilustra o s e l e m e n t o s finitos quadrtico e t r i a n g u l a r e o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S : TUTORIAL, 2006) (ANSYS

69

K.L.O

Elemento Triangular Superior

Inferior

F i g u r a 4 5 : E l e m e n t o finito d e c a s c a m u l t i c a m a d a s S H E L L 9 9

Na Figura 4 5 t e m - s e : Sistema d e coordenadas esquerda = sistema d e coordenadas global (diferente daquele d o elemento) X |j = eixo X d o e l e m e n t o , c a s o o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s no seja i n f o r m a d o p e l o usurio X = eixo X d o elemento, caso o sistema d e c o o r d e n a d a s seja informada p e l o usurio L N = Nmero d a c a m a d a N L = Nmero t o t a l d e c a m a d a s

O e l e m e n t o finito S H E L L 9 9 d e f i n i d o p o r 8 ns, e s p e s s u r a d a s c a m a d a s , m a t e r i a l d a c a m a d a e ngulo d a s f i b r a s , e p r o p r i e d a d e s ortotrpicas d o m a t e r i a l . O e l e m e n t o p o d e s e r d e f o r m a t o quadrtico o u t r i a n g u l a r .

N a verso d o p r o g r a m a A N S Y S utilizada p a r a o p r e s e n t e e s t u d o , u m nmero mximo N L d e 2 0 c a m a d a s p e r m i t i d o , o u s e j a , L N p o d e v a r i a r d e 1 a 2 0 . N o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s local d o e l e m e n t o , o ngulo d e orientao d a f i b r a e m c a d a u m a d a s L N r o t a c i o n a p o s i t i v a m e n t e d o e i x o x p a r a o e i x o y. O nmero

70

total d e c a m a d a s deve ser especificado. A s propriedades d e todas a s c a m a d a s d e v e m ser fornecidas.

O p r o g r a m a p e r m i t e q u e o usurio s e l e c i o n e o critrio d e f a l h a . O p r o g r a m a o f e r e c e c o m o opes o critrio d e f a l h a p o r deformao mxima, p o r tenso mxima, o critrio d e f a l h a d e Tsai-Hill o u a l g u m o u t r o critrio d e f a l h a q u e o usurio d e s e j e .

S O L I D 4 5 : Este e l e m e n t o finito u s a d o p a r a m o d e l o s t r i d i m e n s i o n a i s d e e s t r u t u r a s slidas. O e l e m e n t o finito S O L I D 4 5 d e f i n i d o p o r 8 ns c o m 3 g r a u s d e l i b e r d a d e e m c a d a u m d e l e s : translaes d o n e m x, y e z. O e l e m e n t o p e r m i t e p l a s t i c i d a d e , fluncia, g r a n d e s deformaes e g r a n d e s d e s l o c a m e n t o s . A F i g u r a 4 6 ilustra o s e l e m e n t o s finitos quadrtico, prismtico e tetradrico e o s i s t e m a d e coordenadas q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S : (ANSYS

TUTORIAL, 2006)

S i s t e m a de Coordenadas do E l e m e n t o

(/f^ y

Elemento Prismtico

'it-'Elemento Tetradrico (no r e c o m e n d a d o ) Sistema de Coordenadas da Superfcie

F i g u r a 4 6 : E l e m e n t o f i n i t o slido t r i d i m e n s i o n a l S O L I D 4 5

C O N T A I 7 5 : E s s e e l e m e n t o finito u s a d o p a r a r e p r e s e n t a r a superfcie d e c o n t a t o e n t r e d u a s superfcies. N o m o d e l o d o p r e s e n t e e s t u d o , o e l e m e n t o finito C O N T A I 7 5 c o r r e s p o n d e regio d e c o n t a t o d o s c i l i n d r o s d e c a r g a e s u p o r t e . E s t e e l e m e n t o aplicvel e m e s t r u t u r a s d e o u d u a s o u trs dimenses. A F i g u r a 4 7 ilustra o s e l e m e n t o s f i n i t o s quadrtico e t r i a n g u l a r e o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S :
COMISSO DE ^:m-^y f;:XLEAR/SP-rpE^

71

i
0 CONTAI 76 Normal do alvo

CONTAI 75

Superfcie alvo associada bidimensional (TARGET169)

Superfcie alvo associada tridimensional (TARGET170)

F i g u r a 4 7 : e l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A I 7 5

As

principais

direes so c o m p u t a d a s

n a superfcie a l v o e, ento,

p r o j e t a d a s n o n d o e l e m e n t o finito d e c o n t a t o . A p r i m e i r a direo p r i n c i p a l d e f i n i d a p e l a projeo d a p r i m e i r a direo d o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a e s c o l h i d o s o b r e a superfcie a l v o . A s e g u n d a direo p r i n c i p a l d e f i n i d a t o m a n d o - s e u m p r o d u t o v e t o r i a l d a p r i m e i r a direo p r i n c i p a l e a n o r m a d o a l v o . E s s a s direes tambm p e r m i t e m rotaes d e c o r p o rgido d o e l e m e n t o finito d e c o n t a t o p a r a m o d e l a r d e m a n e i r a c o r r e t a a dependncia d i r e c i o n a l d o atrito. necessrio q u e h a j a u m a e s c o l h a c u i d a d o s a d o s i s t e m a ( g l o b a l o u local) d e c o o r d e n a d a d e m a n e i r a q u e a p r i m e i r a direo d e s t e s i s t e m a e s t e j a d e n t r o d e 45 d a t a n g e n t e d a superfcie d e c o n t a t o . O e l e m e n t o finito C O N T A I 7 5 est a s s o c i a d o c o m o e l e m e n t o finito d e c o n t a t o a l v o T A R G E 1 6 9 p o r m e i o d e u m m e s m o c o n j u n t o d e constantes reais. Constantes reais c o r r e s p o n d e m a entradas de dados do

p r o g r a m a q u e c a r a c t e r i z a m o s e l e m e n t o s finitos, c o m o e s p e s s u r a , m o m e n t o d e inrcia, p r o p r i e d a d e s e m g e r a l . ( A N S Y S T U T O R I A L , 2 0 0 6 )

T A R G E T 1 6 9 : J d e f i n i d o n o i t e m 5 . 7 .

O m o d e l o utilizado p a r a e s t a anlise a p r e s e n t a orientao d i f e r e n t e d o m o d e l o d a anlise p l a n a a n t e r i o r . S e c o m p a r a d o a o m o d e l o d e d i a g r a m a d e c o r p o livre d a F i g u r a 3 2 , o m o d e l o d e e l e m e n t o s finitos d e c a s c a d o p r e s e n t e e s t u d o t e m s e u c o m p r i m e n t o p a r a l e l o a o e i x o x, s u a l a r g u r a p a r a l e l a a o eixo y e s u a

72

e s p e s s u r a p a r a l e l a a o e i x o z. Conseqentemente, a s tenses c i s a l h a n t e s d e i n t e r e s s e sero a s T X Z , r e f e r e n c i a d a s n o s r e s u l t a d o s d a anlise d e tenses p o r Sxz.

C o m o o p r o g r a m a p e r m i t e a p e n a s q u e s e d i v i d a o e l e m e n t o e m n o mximo 20 camadas, e o corpo-de-prova possui 4 4 camadas (22 c o m 0,146 d e espessura c o m a s p r o p r i e d a d e s c a r b o n o / epxi e 2 2 c o m 0 , 0 1 3 2 6 m m d e e s p e s s u r a c o m a s propriedades d a matriz polimrica), ento, f o i feita u m a aproximao n a

m o d e l a g e m . D e n t r e a s 2 2 , a s 6 c a m a d a s inferiores f o r a m r e p r e s e n t a d a s p o r u m a nica d e 1 , 1 0 0 3 8 m m d e e s p e s s u r a a p r o x i m a d a m e n t e c o m a s p r o p r i e d a d e s c a r b o n o / epxi. A s 8 c a m a d a s s e g u i n t e s , n a regio c e n t r a l d o compsito, f o r a m modeladas c o m o detalhamento d e 0,146 d e espessura c o m as propriedades c a r b o n o / epxi e 0 , 0 1 3 2 6 m m d e e s p e s s u r a c o m a s p r o p r i e d a d e s d a m a t r i z polimrica. E, f i n a l m e n t e , a s 7 c a m a d a s s u p e r i o r e s f o r a m r e p r e s e n t a d a s p o r u m a nica d e 1 , 1 1 3 m m d e e s p e s s u r a aproximadamente c o m as propriedades

c a r b o n o / epxi. E s s a aproximao f o i feita j u s t a m e n t e p o r q u e a regio c e n t r a l d o compsito a q u e l a d i s t a n t e a s regies d e perturbao ( c o n t a t o e n t r e p i n o s d e c a r g a e d e s u p o r t e ) e o n d e a anlise a n t e r i o r m o s t r o u v a l o r e s d e tenso c i s a l h a n t e m a i s prximos d o e x p e r i m e n t a l .

m u i t o i m p o r t a n t e q u e a c a m a d a s u p e r i o r e c a m a d a inferior t e n h a m p r o p r i e d a d e s mecnicas d o c a r b o n o + epxi, u m a v e z q u e so regies e m contato c o m o pino d e carregamento e pinos d e contato. Por este motivo, existe u m a p e q u e n a diferena e n t r e a s e s p e s s u r a s d a s c a m a d a s s u p e r i o r e inferior; a distribuio d a s c a m a d a s f o i feita j u s t a m e n t e d e m a n e i r a q u e o s e l e m e n t o s d e contato c o m o s pinos f o s s e m elementos c o m propriedades diferentes d a s d o epxi p u r o .

A T a b e l a 5 ilustra m e l h o r a distribuio d e c a m a d a s utilizada n o m o d e l o d e e l e m e n t o s f i n i t o s d e c a s c a ( a numerao d a s c a m a d a s 1 a 19 d e b a i x o p a r a cima).

73

T a b e l a 5: C a m a d a s d o e l e m e n t o finito d e c a s c a C a m a d a N L a y r N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Total Espessura [mm] 1.11364 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 1.10038 3.5 Material c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi

A s p r o p r i e d a d e s d o c a r b o n o / epxi, d o epxi e d o ao c a r b o n o ( p i n o d e s u p o r t e ) so a q u e l a s d a T a b e l a 3.

A s f i g u r a s q u e sero m o s t r a d a s a d i a n t e c o m o s v a l o r e s d e tenses cisalhantes so n u m e r a d a s conforma a Tabela 5 anterior. Desta maneira,

o r i e n t a n d o - s e p e l o nmero d a c a m a d a ( L A Y R ) , possvel s a b e r a e s p e s s u r a , localizao e m a t e r i a l d a c a m a d a e m questo. O c o m a n d o " L A Y R , L N " p e r m i t e q u e s e j a m v i s u a l i z a d a s a s tenses e m u m a d e t e r m i n a d a c a m a d a d o e l e m e n t o S H E L L 9 9 , s e n d o L N o nmero d a c a m a d a (1 a 19).

O p i n o d e s u p o r t e , c o m p r o p r i e d a d e s d o ao c a r b o n o , f o i r e p r e s e n t a d o c o m e l e m e n t o s f i n i t o s slidos t r i d i m e n s i o n a i s " S O L I D 4 5 " . E n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o p i n o d e s u p o r t e , f o r a m a c r e s c e n t a d o s e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o " T A R G E T 1 6 9 " e " C O N T A I 7 2 " . O carregamento d e ruptura d o ensaio d e ILSS d e 2 1 7 8 N foi a p l i c a d o e m f o r m a d e presso n u m a rea q u e c o r r e s p o n d e l a r g u r a d o c o r p o - d e -

74

prova X largura calculada anteriormente pela teoria d e Hertz (0,24 m m ) . O m o d e l o representa da geometria, aproveitando o plano d e simetria yz.

A F i g u r a 4 8 ilustra o m o d e l o d e e l e m e n t o s finitos, a m a l t i a d e e l e m e n t o s finitos e o c a r r e g a m e n t o . A F i g u r a 4 9 tambm ilustra o m o d e l o , n u m a vista f r o n t a l , m o s t r a n d o a s condies d e c o n t o r n o . A F i g u r a 5 0 m o s t r a a p e n a s o s e l e m e n t o s finitos q u e f o r m a m o c o r p o - d e - p r o v a , c o m e s p e s s u r a e m e s c a l a , m o s t r a n d o a s camadas consideradas.

EIEMEMTS MAT NUM PRES

AN

A P R 29 2007 15:38:55 PIjOT ^D. 3

Figura 48: Modelo d e casca

75

ELEMENTS MAT
PRES 1396

AN
APR 29 2007 15:39:26 PLOT ND. 4

NUM

F i g u r a 4 9 : IVIodelo d e e l e m e n t o s finitos (vista f r o n t a l )

AN
ELEMEI-JTS MftT HUM APR 29 2007 15:38:30 PIOT ND. 2

F i g u r a 5 0 : E l e m e n t o s finitos d o c o r p o - d e - p r o v a

76

5.10 Resultados para o Modelo Tridimensional

A F i g u r a 5 1 m o s t r a a distribuio d a s tenses d e c i s a l h a m e n t o S x z e m todo o modelo.

STEP=1

^ ^ ^ ^

APR 2 ^ ^ 0 0 7 19:31:42

SB = 1 0
TIME>1089 (A^A^) P3YS=0 CHX''^. 187415 SMJ = - . 4 1 9 E - 0 3 SMX = 7 6 . 1 0 2

^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
^

PLCRR WD.
^

20

^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^

^"^^"IvnP^^f li4rALiiji1
AVRES=Mat

-.419E-03

IP 911

50.735

F i g u r a 51 : Distribuio d a s tenses c i s a l h a n t e s x z e m t o d o c o r p o - d e - p r o v a ( M P a )

A s tenses n o s e l e m e n t o s finitos d e c a s c a p o d e m s e r c a l c u l a d a s n a s s u p e r f i c i e s inferior, mdia e s u p e r i o r . Como cada u m a d a s c a m a d a s ter,

p o r t a n t o , tenses n a s superfcies inferior, mdia e s u p e r i o r , f o i feito, p a r a u m a m e l h o r visualizao, f o i feito u m grfico c o m o s v a l o r e s d a s tenses c i s a l h a n t e s mximas e m c a d a u m a d a s superfcies d e c a d a u m a d a s c a m a d a s d o m o d e l o .

A s c a m a d a s (LAYR) 1 e 1 9 f o r a m excludas d o grfico p o r q u e p o s s u e m , p o r aproximao, p r o p r i e d a d e s d o c a r b o n o / epxi, s e m c o n s i d e r a r a s f i n a s c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s d e m a t r i z polimrica. D e s t a m a n e i r a , o grfico foi p l o t a d o a partir d a c a m a d a 2 a 1 8 d o m o d e l o d e e l e m e n t o s f i n i t o s , o u s e j a , a s c a m a d a s m a i s c e n t r a i s d o c o r p o - d e - p r o v a q u e c o m p r e e n d e m a s distncias l i n e a r e s e n t r e 1,127 m m e 2 , 8 6 4 m m a o l o n g o d a e s p e s s u r a , o r i e n t a d a s d a c a m a d a s u p e r i o r

77

p a r a a c a m a d a inferior. A s tenses f o r a m p l o t a d a s c o n f o r m e e s p e s s u r a e m relao superfcie inferior d o c o r p o - d e - p r o v a . O grfico d a F i g u r a 5 2 m o s t r a a distribuio d e tenso c i s a l h a n t e .

Tenso Cisalhante Sxz x

Espessura

2.285 2.181 2.035

E E 2

1.931 1.827

3 1.723 IA (A V 1.578 a (A IU 1.474


1.370 1.266 1.120 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

Tenso Cisalhante Sxz

(MPa)

F i g u r a 5 2 : Grfico tenso c i s a l h a n t e x e s p e s s u r a

C o m o o a l o n g a m e n t o o m e s m o e m t o d a s a s c a m a d a s , ento, o m a t e r i a l c o m m a i o r mdulo d e e l a s t i c i d a d e ter a m a i o r tenso. N o t a - s e , n a F i g u r a 5 2 , q u e a s f i n a s c a m a d a s d e m a t r i z polimrica (regies i n t e r i a m i n a r e s ) tenses e n t r e 12 e 16 M P a , enquanto apresentam

a s regies c o m fibra d e c a r b o n o

a p r e s e n t a m tenses b e m m a i o r e s , e n t r e 6 6 e 7 6 M P a .

U m d o s m o t i v o s p e l a q u a l f o i feita e s s a anlise f o i v e r i f i c a r s e h variao d a tenso c i s a l h a n t e atravs d a e s p e s s u r a . C o n s i d e r a n d o - s e a s p l o t a g e n s d a s tenses c i s a l h a n t e s n a s 1 9 c a m a d a s d o m o d e l o , t o d a s a p r e s e n t a r a m tenso c o n s t a n t e atravs d a l a r g u r a . P o r t a n t o , o fenmeno v e r i f i c a d o K e d w a r d ( 1 9 7 2 ) no f o i v e r i f i c a d o nessa anlise. A F i g u r a 53 abaixo mostra a s tenses

78

c i s a l h a n t e s S x z e m u m a d a s c a m a d a s p a r a m e l h o r ilustrar q u e no h variao d a s tenses atravs d a l a r g u r a .

N C D A L SaLDTICN STEI^l S U B =10 MimiE LAYR=2 RSYS=0


TIME>^1089 SXZ (fiVG)

AN
PIjOT ND. 21
A P R 29 2007 19:42:12

DMX = . 1 8 7 1 5 8 SK\I = - . 1 4 6 2 5 2 S M X =13.284

-.146252

LM

2.838
4 ^

5.823 7.315

8.807 10.299

11.791 13.284

F i g u r a 5 3 : Tenses c i s a l h a n t e s n a c a m a d a 2 . No h variao d a s tenses atravs d a l a r g u r a .

79

DISCUSSO DOS RESULTADOS E CONCLUSES

O e s t u d o m o s t r o u u m a b o a c o m p a t i b i l i d a d e e n t r e o s d o i s mtodos d e avaliao d a tenso d e c i s a l h a m e n t o n a regio i n t e r l a m i n a r d e u m compsito polimrico m u l t i c a m a d a s d e f i b r a . O s r e s u l t a d o s numricos x e x p e r i m e n t a l so c o m p a r a d o s n a T a b e l a 6.

Tabela 6: Resultados Carga Aplicada [N] Tenso Cisalhante [MPa] 2178 Mtodo Experimental 72 Erro Mtodo Numrico (modelo plano) 66.2 8.1% Mtodo Numrico (modelo 3-D) 76.0 5.6%

O e r r o d e 5 , 6 % e n t r e o r e s u l t a d o e x p e r i m e n t a l e o r e s u l t a d o p e l o mtodo numrico c o m m o d e l a g e m t r i d i m e n s i o n a l m e n o r q u e o prprio d e s v i o padro d o r e s u l t a d o d u r a n t e o e n s a i o , o u s e j a , a anlise numrica p e l o m o d e l o d e c a s c a t r i d i m e n s i o n a l d e aproximao b a s t a n t e satisfatria a o e x p e r i m e n t a l .

A resistncia a o c i s a l h a m e n t o e n t r e c a m a d a s d e u m m a t e r i a l compsito d e e x t r e m a importncia p o i s p o d e d e t e r m i n a r a s u a resistncia f a l h a , m e s m o q u e o compsito s e j a feito b a s e d e f i b r a s d e timas p r o p r i e d a d e s mecnicas, c o m o a fibra d e c a r b o n o , o b j e t o d e e s t u d o . D e n t r e o s m e c a n i s m o s d e f a l h a e m u m m a t e r i a l compsito, delaminao ( r o m p i m e n t o n a i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s devido a o cisalhamento d a c a m a d a interiaminar) bastante c o m u m , portanto, o presente estudo d e grande proveito.

possvel p r e v e n i r u m a e v e n t u a l f a l h a e m e q u i p a m e n t o s d e m a i o r e s dimenses atravs d e u m a anlise p o r e l e m e n t o s finitos, s a b e n d o - s e q u e u m a tenso d e c i s a l h a m e n t o i n t e r i a m i n a r e m t o r n o d e 7 0 M P a c a u s a f a l h a n o c o r p o d e - p r o v a ( p a r a u m compsito c o m a s caractersticas d o compsito e m e s t u d o ) .

80

O o b j e t i v o d a dissertao d e v a l i d a r o mtodo numrico d o s e l e m e n t o s finitos p a r a e s t i m a r a resistncia a o c i s a l h a m e n t o d a i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s d e u m compsito polimrico d e fibra d e c a r b o n o a partir d o t e s t e I L S S foi alcanado.

C o m o p r o p o s t a p a r a f u t u r o s e s t u d o s , s e r i a i n t e r e s s a n t e realizar o u t r o s e n s a i o s d e I L S S , d e s t a v e z c o m d i f e r e n t e s l a m i n a d o s ( d i f e r e n t e s orientaes d e fibra, o u d i f e r e n t e s nmeros d e c a m a d a s , p o r e x e m p l o ) p a r a verificar s e o m o d e l o numrico d e e l e m e n t o finito d e c a s c a t r i d i m e n s i o n a l p a r a r e p r e s e n t a r o e n s a i o continua apresentando resultados prximos queles experimentais. Desta

m a n e i r a , possvel f a z e r u m a validao d a p r o x i m i d a d e e n t r e o mtodo numrico e o mtodo e x p e r i m e n t a l c o m u m m a i o r espao a m o s t r a i .

81

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

A b a l i , F., P o r a , A . a n d S h i v a k u m a r , K . , M o d i f i e d S h o r t B e a m S h e a r T e s t f o r Measurement of Interlaminar Shear Strength of Composites, Journal of

Composite Materials, Vol.37, No.5: 4 5 3 - 464, 2 0 0 3 .

"

A l m e i d a , S . F . Mecnica d o s M a t e r i a i s Compsitos ( d i s c i p l i n a d e nvel d e psgraduao - C T A ) , n o t a s d e a u l a , 2 0 0 5 .

A l v e s , A . " E l e m e n t o s Finitos", 2^ e d . E d i t o r a E r i c a , 2 0 0 2 .

Anderson, T.L. "Fracture Mechanics: Fundamentals a n d Applications", C R C Press, 1995.

A n s y s Tutorial, 2006.

A S T M standard D 2 3 4 4 / D 2 3 4 4 M . Apparent interlaminar shear strength of u n i d i r e c t i o n a l parallel f i b e r c o m p o s i t e s b y s h o r t b e a m m e t h o d , 2 0 0 0 .

Becker,

H. P r o b l e m s

of Cryogenic

Interlaminar

Shear

Strength

Testing,

A d v a n c e s in C r y o g e n i c E n g i n e e r i n g ( M a t e r i a l s ) , 3 6 : 8 2 7 , 1 9 8 9 .

C h a w l a , K.K. " C o m p o s i t e M a t e r i a l s : S c i e n c e a n d E n g i n e e r i n g " , S p r i n g e r - V e r l a g N e w Y o r k Inc., 1 9 8 7 .

C u i , W . C . , W i s n o m , M.R. a n d J o n e s , N. F a i l u r e M e c h a n i s m s in T h r e e a n d F o u r Point Short Beam Bending Tests of Unidirectional Glass/Epoxy, Journal of S t r a i n A n a l y s i s , 2 7 (4): 2 3 5 - 2 4 3 , 1 9 9 2 .

D a n i e l , I.M. a n d I s h a i , O . " E n g i n e e r i n g M e c h a n i c s o f C o m p o s i t e M a t e r i a l s " , Oxford University Press, 1994.

'.:^Misso m m ; .

;:JCJ;AR/SF-;PEW

82

Elawadiy, K.M. O n t h e Interlaminar Shear Stress R e s p o n s e for E-Glass/Epoxy Composite, Journal of Composite Materials, Vol.37, No.23/2003: 2149- 2158, 2003.

F e r a b o l i , P a n d K e d w a r d , K. T . F o u r - p o i n t b e n d i n t e r l a m i n a r s h e a r t e s t i n g o f u n i a n d m u l t i - d i r e c t i o n a l c a r b o n / e p o x y c o m p o s i t e s y s t e m s . C o m p o s i t e s : Part A 34 (2003) 1 2 6 5 - 1 2 7 1 . 2 0 0 3 .

H e r a k o v i c h , C.T. " M e c h a n i c s o f F i b r o u s C o m p o s i t e s " , J o h n W i l e y & S o n s , Inc., 1998.

J e n , M . , K a u , Y . S . a n d H s u , J . M . Initiation a n d P r o p a g a t i o n o f D e l a m i n a t i o n in a Centrally Notched C o m p o s i t e Laminates, J. C o m p . Mat., 27(3): 272, 1993.

"

J o o , J.W. a n d S u n , C.T. Failure Criterion for Laminates G o v e r n e d by Free Edge Interlaminar Shear Stress, J. C o m p . M a t , 26(10): 1510, 1992.

"

K e d w a r d K. O n t h e s h o r t b e a m t e s t m e t h o d . F i b r e S c i T e c h n o l ; ( 5 ) : 8 5 - 9 5 , 1972.

Leito, E . S . Caracterizao Mecnica d e Compsitos Polimricos B o b i n a d o s e m D i v e r s a s Orientaes d o Reforo, T e s e d e M e s t r a d o , 2 0 0 7 .

"

N e g r e t t i , T . S o f t w a r e s d e Simulao A p l i c a d o s E n g e n h a r i a , E s c o l a d e Engenharia d a Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2006.

N o r t o n , R o b e r t L. " M a c h i n e D e s i g n - A n I n t e g r a t e d A p p r o a c h " , P r e n t i c e - H a l l Inc, p. 4 9 9 - 5 0 0 , 1 9 9 8 .

"

P a g a n o , N . J . E x a c t S o l u t i o n s f o r C o m p o s i t e L a m i n a t e s in C y l i n d r i c a l B e n d i n g , J . C o m p . Mat., 3: 3 9 6 ; 1 9 6 9 .

83

P o s t D. S h e a r s t r a i n s in a g r a p h i t e / P E E K b e a m b y M o i r e ' i n t e r f e r o m e t r y w i t h carrier f r i n g e s . S E M Fall C o n f e r e n c e o n E x p e r i m e n t a l M e c h a n i c s , K e y s t o n e , CO, 1986.

Rahhal, W . F . and Kotiensky, W . V . Modified Short-Beam Shear Test, Carbon, 30(3): 3 8 5 - 3 8 9 , 1992.

W h i t n e y , J . M . T h e Effect of T r a n s v e r s e S h e a r D e f o r m a t i o n o n t h e B e n d i n g of L a m i n a t e P l a t e s , J . C o m p . Mat., 3: 5 3 4 , 1 9 6 9 .

W i l s o n , D.W. A n O v e r v i e w of T e s t M e t h o d s u s e d for S h e a r C h a r a c t e r i z a t i o n of Advanced Composite Materials, Advances in Cryogenic Engineering

(Materials), 36: 793, 1989.

Você também pode gostar