Kira Fukushima Beim - M
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ESTUDO COMPARATIVO DAS TENSES CISALHANTES NA INTERFACE ENTRE CAMADAS DE UM COMPSITO POLIMRICO DE FIBRA DE CARBONO PELOS MTODOS NUMRICO E EXPERIMENTAL
Dissertao apresentada como parte dos requisitos para obteno do Grau de Mestre em Cincias na rea de Tecnologia Nuclear - Materiais. Orientador: Dr. Arnaldo H.P. Andrade
So Paulo 2008
ESTUDO COMPARATIVO DAS TENSES CISALHANTES NA INTERFACE ENTRE CAMADAS DE UM COMPSITO POLIMRICO DE FIBRA DE CARBONO PELOS MTODOS NUMRICO E EXPERIMENTAL
Dissertao apresentada como parte dos requisitos para obteno do Grau de Mestre em Cincias na rea de Tecnologia Nuclear - Materiais.
SAO PAULO
2008
COMISSO HC:O AL
'^-:^
H'XHP^RSP-PCP
DEDICATRIA
A o s m e u s p a i s , Setul<o e Andr p o r iluminarem meu caminho e m e darem todo o apoio q u e precisei p a r a alcanar m e u s o b j e t i v o s e realizar m e u s s o n h o s .
III
AGRADECIMENTOS
A o I P E N p e l a o p o r t u n i d a d e d e d e s e n v o l v e r e s t a dissertao d e m e s t r a d o .
IV
ESTUDO COMPARATIVO DAS TENSES CISALHANTES NA INTERFACE ENTRE CAMADAS DE UM COMPSITO POLIMRICO DE FIBRA DE CARBONO PELOS MTODOS NUMRICO E EXPERIMENTAL
RESUMO
E s s e t r a b a l h o a p r e s e n t a a validao d o mtodo numrico d o s e l e m e n t o s finitos p a r a e s t i m a r a resistncia a o c i s a l h a m e n t o d a i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s d e u m compsito polimrico d e f i b r a d e c a r b o n o . F o r a m r e a l i z a d o s e n s a i o s d e Resistncia a o C i s a l h a m e n t o I n t e r l a m i n a r ( I L S S , interlaminar shear strength) p a r a validao do modelamento numrico. O mtodo numhco consistiu no
d e s e n v o l v i m e n t o d e d o i s m o d e l o s e m e l e m e n t o s finitos u t i l i z a n d o u m p r o g r a m a c o m e r c i a l ( A N S Y S R e v . 1 0 ) . O p r i m e i r o u s a n d o e l e m e n t o s finitos d e c a s c a t r i d i m e n s i o n a l e o s e g u n d o , u s a n d o e l e m e n t o s finitos p l a n o s p a r a s i m u l a r o e n s a i o I L S S . O m o d e l o numrico q u e a p r e s e n t o u r e s u l t a d o s m a i s prximos a o s experimentais, o modelo tridimensional d e casca, apresentou u m erro d e a p e n a s 5 , 6 % , i n d i c a n d o u m a aproximao b a s t a n t e satisfatria.
COMPARATIVE STUDY OF THE INTERLAMINAR SHEAR STRESS IN A CARBON FIBER REINFORCED POLYMERIC COMPOSITE USING NUMERICAL AND EXPERIMENTAL METHODS
ABSTRACT
T h i s w o r k p r e s e n t s t h e v a l i d a t i o n o f t h e n u m e r i c a l m e t h o d o f finite e l e m e n t s t o e s t i m a t e t h e i n t e r l a m i n a r s h e a r s t r e n g t h in a c a r b o n f i b e r r e i n f o r c e d p o l y m e r i c composite. ILSS (interlaminar shear strength) tests w e r e performed to validate t h e numerical modeling. T h e numerical method consisted of t w o different finite
e l e m e n t m o d e l s u s i n g a c o m m e r c i a l s o f t w a r e (ANSYS R e v . 1 0 . 0 ) . T h e first m o d e l u s e s t r i d i m e n s i o n a l shell finite e l e m e n t s a n d t h e s e c o n d m o d e l , p l a n e finite e l e m e n t s t o simulate t h e ILSS test. T h e numerical method that presented t h e c l o s e s t r e s u l t s t o t h o s e f r o m t h e e x p e r i m e n t a l m e t h o d w a s t h e t r i d i m e n s i o n a l shell m o d e l , w i t h a n error d e v i a t i o n o f o n l y 5 . 6 % , w h i c h i n d i c a t e s v e r y g o o d p r e c i s i o n .
VI
SUMRIO
INTRODUO OBJETIVO REVISO BIBLIOGRFICA M a t e r i a i s Compsitos Classificao d o s M a t e r i a i s Compsitos P r o c e s s o s d e Fabricao Definio d a s P r o p r i e d a d e s d o s M a t e r i a i s Compsitos Laminados E s t a d o s d e Tenso e m u m M a t e r i a l Compsito M e c a n i s m o s d e F a l h a e m u m M a t e r i a l Compsito Critrios d e F a l h a d e M a t e r i a i s Compsitos e L a m i n a d o s A l g u m a s Consideraes s o b r e o C i s a l h a m e n t o I n t e r l a m i n a r
1 4 5 5 7 10 13 14 16 18 20 25
3 . 1 0 A Avaliao E x p e r i m e n t a l d a s P r o p r i e d a d e s d a Regio I n t e r l a m i n a r d e u m Compsito 26 4 4.1 4.2 4.3 4.4 5 5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6 5.7 5.8 5.9 5.10 6 7 MTODO E X P E R I M E N T A L A p a r a t o e condies d e t e s t e Corpo-de-prova Procedimento Resultados d o teste MTODO NUMRICO B r e v e Histrico Metodologia Aplicaes d o Mtodo Nomenclatura Formulao Matemtica Propriedades dos Materiais Modelo Plano Resultados para o Modelo Plano M o d e l o T r i d i m e n s i o n a l {Layered Shell Elemenf) Resultados para o Modelo Tridimensional DISCUSSO D O S R E S U L T A D O S E CONCLUSES REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 30 30 32 33 33 35 .35 36 39 39 40 44 44 54 68 76 79 81
VII
NDICE DE FIGURAS
F i g u r a 1 : Tpica f a l h a i n t e r l a m i n a r e m u m c o r p o - d e - p r o v a F i g u r a 2 : M o d o s I, II e III d e f a l h a . F i g u r a 3: (a) E n s a i o I L S S d e 3 p o n t o s e; (b) e n s a i o I L S S d e 4 p o n t o s . F i g u r a 4 : C o m p o n e n t e s e e q u i p a m e n t o s f a b r i c a d o s c o m compsito polimrico d e fibra d e carbono. F i g u r a 5: A r r a n j o d e f i b r a s d e s c o n t i n u a s . Figura 6: Arranjo d e fibras continuas. F i g u r a 7: A r r a n j o s d e f i b r a s v e r s u s isotropia d o m a t e r i a l . F i g u r a 8: E s q u e m a d e u m a b o l s a d e vcuo. F i g u r a 9: Mquina d e b o b i n a g e m . F i g u r a 10: Peas f a b r i c a d a s p o r pultruso .
1 2 3
6 8 8 9 11 12 12
F i g u r a 11 : E s q u e m a d e fabricao d e u m a m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a 13 F i g u r a 1 2 : E s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o xy. F i g u r a 13: M i c r o m e c a n i s m o s d e f a l h a . F i g u r a 1 4 : C o r p o - d e - p r o v a sanduche p a r a e n s a i o I L S S . F i g u r a 1 5 : D i s p o s i t i v o tpico d e e n s a i o I L S S . Figura 16: Ensaio ILSS d e 3 pontos. F i g u r a 17: C o r p o - d e - p r o v a p l a n o p a r a I L S S . 16 19 27 30 31 32
F i g u r a 18: E x e m p l o d e c u r v a c a r g a x d e s l o c a m e n t o f o r n e c i d a p e l o t e s t e I L S S . _ 3 3 F i g u r a 19: E x e m p l o d e m o d e l o e m a l h a d e e l e m e n t o s finitos. F i g u r a 2 0 : M o d e l o d e e l e m e n t o s finitos. F i g u r a 2 1 : G r a u s d e l i b e r d a d e d e u m n. F i g u r a 2 2 : Analoga M o l a / B a r r a . Figura 23: Sistema c o m duas molas F i g u r a 2 4 : E l e m e n t o finito p l a n o P L A N E I 8 3 F i g u r a 2 5 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o T A R G E 1 6 9 F i g u r a 2 6 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A 1 7 2 Figura 27: Modelo plano 37 39 40 41 42 45 46 47 48
49 51
VIII
F i g u r a 3 0 : M a l h a d e e l e m e n t o s f i n i t o s n a regio d o s u p o r t e F i g u r a 3 1 : M a l h a r e f i n a d a n a regio d o c o n t a t o F i g u r a 3 2 : ( a ) S i s t e m a d e c o o r d e n a d a s d o l a m i n a d o ; ( b ) Seo t r a n s v e r s a l d o l a m i n a d o e ; (c) D i a g r a m a d e c o r p o livre d o l a m i n a d o Figura 33: Deslocamentos e m y F i g u r a 3 4 : C a m i n h o s d a s linearizaes d e tenses F i g u r a 3 5 : Distribuio d a tenso d e c i s a l h a m e n t o , e m M P a F i g u r a 3 6 : Distribuio d a tenso d e c i s a l h a m e n t o n a s 1 5 c a m a d a s c e n t r a i s ,
52 53
55 56 58 59 60
F i g u r a 3 7 : Tenses d e c i s a l h a m e n t o n o s e l e m e n t o s f i n i t o s c o m p o s t o s d e fibra d e c a r b o n o + matriz, e m M P a (apenas a s 15 c a m a d a s centrais d o corpo-de-prova) 6 1 F i g u r a 3 8 : Tenses d e c i s a l h a m e n t o n o s e l e m e n t o s finitos c o m p o s t o s d e m a t r i z p u r a , e m M P a ( a p e n a s a s 15 c a m a d a s c e n t r a i s d o c o r p o - d e - p r o v a ) F i g u r a 3 9 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " L O N G M I D " F i g u r a 4 0 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S ( f o t o m a c r o ) F i g u r a 4 1 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S ( a u m e n t o 4 0 x ) F i g u r a 4 2 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " T R A N S V 1 " F i g u r a 4 3 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " T R A N S V 2 " F i g u r a 4 4 : tenses c i s a l h a n t e s n a seo " B O R D A " F i g u r a 4 5 : E l e m e n t o finito d e c a s c a m u l t i c a m a d a s S H E L L 9 9 F i g u r a 4 6 : E l e m e n t o finito slido t r i d i m e n s i o n a l S O L I D 4 5 F i g u r a 4 7 : e l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A I 7 5 Figura 48: Modelo d e casca F i g u r a 4 9 : M o d e l o d e e l e m e n t o s finitos (vista f r o n t a l ) F i g u r a 5 0 : E l e m e n t o s finitos d o c o r p o - d e - p r o v a 62 63 64 65 65 66 67 69 70 71 74 75 75
INTRODUO
O m a t e r i a l d o p r e s e n t e e s t u d o u m compsito f o r m a d o p o r c a m a d a s u n i d i r e c i o n a i s d e f i b r a d e c a r b o n o e m a t r i z polimrica, c u j a s p r o p r i e d a d e s , t a i s c o m o e l e v a d o mdulo d e e l a s t i c i d a d e , b a i x a d e n s i d a d e , e l e v a d a resistncia f a d i g a , e l e v a d a resistncia r u p t u r a p o r fluncia, e l e v a d a resistncia corroso e b a i x o c o e f i c i e n t e trmico d e dilatao ( C D T ) , so a t r a t i v a s p a r a aplicaes q u e r e q u e r e m e s s a s caractersticas. u m m a t e r i a l b a s t a n t e u s a d o n a indstria qumica, n a v a l , n u c l e a r , aeronutica e a e r o e s p a c i a l .
i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s , o u regio i n t e r i a m i n a r d e u m compsito
m u l t i c a m a d a s d e m a t r i z polimrica u m a f i n a regio d e m a t e r i a l polimrico (epxi, polister i n s a t u r a d o o u o u t r o s ) q u e s e e n c o n t r a e n t r e d u a s c a m a d a s d o compsito reforado ( c o m v i d r o , c a r b o n o , a r a m i d a o u o u t r o ) . u m a regio b a s t a n t e i m p o r t a n t e p a r a o d e s e m p e n h o d e s s e s m a t e r i a i s p o r g a r a n t i r , o u no, u m a b o a adeso e n t r e a s c a m a d a s q u e c o n s t i t u e m o compsito. A presena d e u m a f a l h a n e s s a regio p o d e c a u s a r u m fenmeno e x t r e m a m e n t e d a n o s o a o m a t e r i a l q u e a delaminao. Isso s i g n i f i c a q u e , s e n a regio i n t e r i a m i n a r o c o r r e r u m a trinca e esta s e propagar, pode haver u m descolamento entre c a m a d a s e conseqentemente, f a l h a d o m a t e r i a l , c o n f o r m e m o s t r a d o n a Figura 1 .
F i g u r a 1 : Tpica f a l h a i n t e r i a m i n a r e m u m c o r p o - d e - p r o v a d o t i p o v i g a c u r t a ( m i c r o g r a f i a ptica)
(:QMISSONACONALD::::;;:V..UCLEAR/SP-F--
t e n d e n d o a abri-la. O m o d o II c o r r e s p o n d e a u m c a r r e g a m e n t o c i s a l h a n t e n o p l a n o e c a u s a u m " e s c o r r e g a m e n t o " e n t r e a s superfcies d a f a l h a e m direes o p o s t a s . O m o d o III r e f e r e - s e a u m c i s a l h a m e n t o f o r a d o p l a n o . A e s t r u t u r a p o d e e s t a r s u j e i t a a q u a l q u e r u m d e s s e s m o d o s d e c a r r e g a m e n t o , o u u m a combinao d e d o i s o u trs d e s s e s m o d o s . A F i g u r a 2 ilustra e s s e s m o d o s d e c a r r e g a m e n t o de falha: ( A L V E S , 2002)
Modo I
Modo II
i^ojjQ |
F i g u r a 2 : M o d o s I, II e III d e f a l h a . Q u a n d o e s t r u t u r a s f a b r i c a d a s d e m a t e r i a i s compsitos esto s u j e i t a s a u m c a r r e g a m e n t o d o m o d o II, a c a m a d a i n t e r l a m i n a r a p r i m e i r a a f a l h a r . E s t a f a l h a p o d e o c o r r e r d e v i d o s tenses d e c i s a l h a m e n t o c o m o tambm p o r tenses t r a n s v e r s a i s q u e s u r g e m n a regio i n t e r l a m i n a r , q u a n d o o m a t e r i a l est s o b flexo.
p r o p r i e d a d e s mecnicas, c o m o a f i b r a d e c a r b o n o .
carregamento e m 3 o u 4 pontos (Figura 3 ) e aplica u m a carga transversal e m u m c o r p o - d e - p r o v a d o tipo v i g a b a s t a n t e c u r t o p a r a q u e no o c o r r a flexo d o c o r p o d e - p r o v a , o q u e c a u s a tenses d e c i s a l h a m e n t o n a regio i n t e r l a m i n a r e
conseqente f a l h a d o m a t e r i a l d e v i d o a o d e s c o l a m e n t o d a s c a m a d a s
(ASTM
D 2 3 4 4 / D 2 3 4 4 M , 2 0 0 0 ) . O s v a l o r e s d a s tenses d e c i s a l h a m e n t o at a f a l h a t o t a l d o m a t e r i a l so r e g i s t r a d o s e m f o r m a d e grfico p e l o d i s p o s i t i v o d e e n s a i o . E s s e e n s a i o tambm c h a m a d o d e S B S ("short b e a m s h e a r " ) d e v i d o a o r e d u z i d o comprimento d o corpo-de-prova. O s procedimentos d o teste devem seguir a norma A S T M D2344/ D2344M.
6 4-Tl'Tl i|)
S(Z
t
I -.4 T
F i g u r a 3: ( a ) E n s a i o I L S S d e 3 p o n t o s e ; ( b ) e n s a i o I L S S d e 4 p o n t o s .
OBJETIVO
REVISO BIBLIOGRFICA
3.1
Materiais Compsitos
U m m a t e r i a l compsito e s t r u t u r a l u m m a t e r i a l q u e c o n s i s t e d e d u a s o u m a i s f a s e s n u m a e s c a l a macroscpica, n o q u a l a s p r o p r i e d a d e s mecnicas so p r o j e t a d a s p a r a s e r e m o t i m i z a d a s p a r a u m a d e t e r m i n a d a aplicao, d i f e r e n t e s daquelas d e cada fase (material) agindo independentemente. U m a d a s fases u s u a l m e n t e m a i s rgida e m a i s r e s i s t e n t e , c h a m a d a d e reforo, e n q u a n t o a o u t r a f a s e , m e n o s r e s i s t e n t e , c o n t i n u a e c h a m a d a m a t r i z . s v e z e s , d e v i d o s interaes qumicas o u o u t r o s e f e i t o s d e p r o c e s s o , u m a f a s e a d i c i o n a l , c h a m a d a i n t e r f a s e , e x i s t e e n t r e o reforo e a m a t r i z .
A s p r o p r i e d a d e s d e u m m a t e r i a l compsito d e p e n d e m d a s p r o p r i e d a d e s d e s e u s c o n s t i t u i n t e s , g e o m e t r i a e distribuio d a s f a s e s . U m d o s parmetros m a i s i m p o r t a n t e s a frao volumtrica o u frao d e p e s o d e reforo (fibra). A distribuio d a fibra d e t e r m i n a a h o m o g e n e i d a d e o u u n i f o r m i d a d e d o m a t e r i a l compsito. Q u a n t o m a i s u n i f o r m e a distribuio d o reforo, m a i s homogneo o m a t e r i a l e m e n o r a p r o b a b i l i d a d e d e f a l h a n a s reas m a i s frgeis. A g e o m e t r i a e orientao d a f i b r a a f e t a m a a n i s o t r o p i a d o s i s t e m a . ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )
Historicamente,
o s materiais
compsitos
polimricos
so
relativamente
r e c e n t e s . R e s i n a fenlica reforada c o m f i b r a s d e a s b e s t o s f o i i n t r o d u z i d a n o incio d o sculo 2 0 . O p r i m e i r o b a r c o feito d e f i b r a d e v i d r o f o i construdo e m 1 9 4 2 . Plsticos reforados e r a m u s a d o s tambm e m avies e c o m p o n e n t e s eletrnicos n a q u e l a poca. " F i l a m e n t W i n d i n g " , u m mtodo d e fabricao d e compsitos atravs d o e n r o l a m e n t o d e f i o contnuo, f o i i n v e n t a d o e m 1 9 4 6 e utilizado n a fabricao d e msseis n o s a n o s 1 9 5 0 . A s p r i m e i r a s f i b r a s d e c a r b o n o d e alta resistncia f o r a m i n t r o d u z i d a s n o incio d o s a n o s 1 9 6 0 , c o m aplicaes n a rea aeronutica. E m 1 9 7 3 a D u p o n t d e s e n v o l v e u a f i b r a a r a m i d a e atribuiu a o m a t e r i a l o n o m e d e K e v i a r . A partir d o final d o s a n o s 1 9 7 0 , a aplicao d e materiais compsitos s e e x p a n d i u largamente para a s reas aeronutica,
o compsito polimrico d e fibra d e c a r b o n o , m a t e r i a l d e e s t u d o , c o n s t i t u i d o d e m a t r i z polimrica d e epxi e fibra d e c a r b o n o c o m o reforo. u m a m a t e r i a l t i p i c a m e n t e c o n h e c i d o p o r a p r e s e n t a r timas p r o p r i e d a d e s mecnicas, t a i s c o m o : e l e v a d o mdulo d e e l a s t i c i d a d e , b a i x a d e n s i d a d e , e l e v a d a resistncia f a d i g a , e l e v a d a resistncia corroso e b a i x o c o e f i c i e n t e trmico d e dilatao ( C D T ) . Estas propriedades tornam o material composto de fibra de carbono
F i g u r a 4 : C o m p o n e n t e s e e q u i p a m e n t o s f a b r i c a d o s c o m compsito polimrico d e fibra d e carbono. Quando visto apenas numa escala d e dimenso d a s fibras, materiais
compsitos tm a v a n t a g e m d a alta rigidez e alta resistncia d a s f i b r a s . A b a i x a t e n a c i d a d e f r a t u r a d a fibra c o m p e n s a d a p e l a e n e r g i a d i s s i p a d a n a i n t e r f a c e f i b r a / m a t r i z e a d u c t i l i d a d e d a m a t r i z . J u s t a m e n t e p o r e s t e m o t i v o , a adeso e n t r e a fibra e a m a t r i z d e v e s e r alta s u f i c i e n t e p a r a t r a n s f e r i r e s s a e n e r g i a e n t r e o s c o m p o n e n t e s d o m a t e r i a l compsito.
o nvel d e adeso entre a f i b r a e a m a t r i z , o u " b o n d i n g " , u m i m p o r t a n t e a s s u n t o d e e s t u d o . E s t a i n t e r f a c e tambm c o n h e c i d a p o r regio i n t r a l a m i n a r , d i f e r e n t e d a regio interlaminar, o b j e t o d o p r e s e n t e e s t u d o . A regio i n t e r l a m i n a r , por s u a vez, corresponde a u m a fina c a m a d a d e matriz entre duas c a m a d a s d e compsito ( f i b r a + m a t r i z ) . tambm u m a regio m u i t o i m p o r t a n t e a s e r e s t u d a d a p o r a p r e s e n t a r m e n o r resistncia mecnica q u e a s c a m a d a s v i z i n h a s e s e r , conseqentemente, constante motivo de falha do material devido aos
3.2
c o n s i d e r a d o s quase-homogneos n u m a e s c a l a b e m m a i o r d o q u e o t a m a n h o mdio d a s partculas. D e v i d o a l e a t o r i e d a d e d a distribuio d a s partculas o s podem ser considerados concreto, quase-isotrpicos. Alguns
particulado:
partculas
d e alumnio e m
U m compsito c o m fibras descontnuas p o d e c o n t e r f i b r a s c u r t a s o u whiskers c o m o reforo. A razo d e a s p e c t o e n t r e o c o m p r i m e n t o e o dimetro d a s f i b r a s alta e a orientao d a s fibras p o d e s e r aleatria o u u n i d i r e c i o n a l . S u a utilizao , e m g e r a l , e m aplicaes d e b a i x a solicitao mecnica. A F i g u r a 5 f i b r a s descontnuas aleatrias e u n i d i r e c i o n a i s : ( A L M E I D A , 2 0 0 5 ) ilustra a s
aleatria
unidirecional
Mil !l!
I
|l I
1. 1 1 1 1
F i g u r a 5: A r r a n j o d e f i b r a s descontnuas. D e v i d o a l e a t o r i e d a d e d a distribuio d a s f i b r a s , o s compsitos c o m f i b r a s descontnuas c o m orientao aleatria p o d e m s e r c o n s i d e r a d o s quasi-isotrpicos. O material pode ser encontrado na forma d e mantas d e fibras picadas. (ALMEIDA, 2005)
U m compsito c o m f i b r a s contnuas contm f i b r a s l o n g a s e contnuas. A orientao d a s f i b r a s p o d e s e r u n i d i r e c i o n a l , b i - d i r e c i o n a l o u m u l t i d i r e c i o n a l . F i b r a s contnuas so u t i l i z a d a s e m aplicaes n a s q u a i s s e r e q u e r alta r i g i d e z e resistncia. A F i g u r a 6 (ALMEIDA, 2005) unidirecional bi-direcional multidirecional ilustra o s d i f e r e n t e s a r r a n j o s d e f i b r a s contnuas:
i^rii!s^ro2iaioeiQQ0S6<Q<ci^:si fL* *^ C * ) ff* fl^ C-<I4I-i ^I^!* li ^ SS Cf C^C* C* C * " C< i5 'li Q!^i3C<C4^2( 1 ^ ^-<Ii &&ZSfKf>H >li m H < 'K ^^^lo^IoCl i5iC*Si Si >I<*Z4 5" C * " i' '5 S i l l n *^ "* I" ^< C< I* li CiOi d I > C * & ^ SfCi Ii d C * ) Zi 1(51 l4iZi I<i
relao c o m a isotropia d o m a t e r i a l : ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )
reforo particulado
m II
I !
lUili
a) unidirecional a) unidirecional
b) orientao aleatria
b) tecido (cross-p/y)
quase isotropic
lili^lilic "?g c) multidirecional
matriz
polimrica
divide-se
e m termoplstica
e termorrgida ( o u
A m a t r i z polimrica termoplstica a p r e s e n t a a s s e g u i n t e s caractersticas: alta t e n a c i d a d e e d u c t i l i d a d e , consolidao (transformao fsica), p r o c e s s a m e n t o difcil e t e m p e r a t u r a d e u s o l i m i t a d a p e l a t e m p e r a t u r a d e a m o l e c i m e n t o o u fuso. (ALMEIDA, 2005)
A m a t r i z polimrica termorrgida a p r e s e n t a a s s e g u i n t e s caractersticas: p a s s a p e l o p r o c e s s o d a c u r a (transformao qumica), u m a v e z c u r a d a no p o d e s e r r e f u n d i d a , r e s i s t e n t e , rgida, frgil, perecvel, d e p r o c e s s a m e n t o s i m p l e s e temperatura de uso relativamente baixa. (ALMEIDA, 2005)
COMISSO mWU-
D ENER^ WUCLEAR/5P-PE
10
A p r e s e n t a m a s s e g u i n t e s caractersticas: alta t e m p e r a t u r a d e u s o , alta r i g i d e z e resistncia, alta c o n d u t i v i d a d e trmica, alta t e n a c i d a d e f r a t u r a e alta tolerncia ao dano. (ALMEIDA, 2005)
M a t r i z e s d e c a r b o n o so s e m p r e
reforadas p o r f i b r a s d e c a r b o n o ,
( e x e m p l o s : t u b e i r a d e f o g u e t e , f r e i o s d e avies). A p r e s e n t a m
as seguintes baixa
3.3
Processos de Fabricao
O p r o c e s s o d e fabricao u m a p a r t e b a s t a n t e i m p o r t a n t e n a aplicao d o s m a t e r i a i s compsitos. U m a g r a n d e v a r i e d a d e d e mtodos d e fabricao s e a d a p t a s v a r i a s aplicaes disponveis. E l e s i n c l u e m m o l d a g e m p o r b o l s a d e vcuo, b o b i n a g e m , pultruso e m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a ( R T M ) . (ALMEIDA, 2005)
C o m p o n e n t e s f a b r i c a d o s p o r a u t o c l a v e o u b o l s a d e vcuo c a r a c t e r i z a m - s e p o r b a i x o contedo d e v a z i o s ( c u r a s o b presso) e alto v o l u m e d e f i b r a s . u m mtodo d e fabricao i n d i c a d o p a r a peas d e e s p e s s u r a f i n a e f o r m a c o m p l e x a e estruturas vantagens: sanduche. A fabricao p o r b o l s a resulta e m peas d e b a i x a d e vcuo t e m a s s e g u i n t e s permite rgido controle
porosidade,
11
fibra/resina, usa ferramental simples e permite variados ciclos d e cura. Dentre a s d e s v a n t a g e n s d e s t e mtodo, t e m - s e : alto c u s t o d a matria p r i m a (reforo pri m p r e g n a d o ) , e x c e s s o d e s o b r a s d e m a t e r i a l , e x i g e s a l a d e laminao c l i m a t i z a d a , o reforo pr-impregnado perecvel, e x i g e e l e v a d o c o n s u m o d e energa e o p r o d u t o final a p r e s e n t a a p e n a s u m a nica s u p e r f i c i e a c a b a d a . A F i g u r a 8 ilustra o e s q u e m a d e fabricao d e u m a b o l s a d e vcuo: ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )
F i g u r a 8 : E s q u e m a d e u m a b o l s a d e vcuo.
A b o b i n a g e m u m mtodo d e fabricao i n d i c a d o p a r a peas axisimtricas c o m o v a s o s d e presso, t a n q u e s e d u t o s . u m mtodo q u e s e c a r a c t e r i z a p o r b a i x o contedo d e v a z i o s , b o m c o n t r o l e d o p o s i c i o n a m e n t o d a fibra e b o m aproveitamento do material. A bobinagem apresenta as seguintes vantagens: possibilita fabricao d e peas g r a n d e s e p e q u e n a s , p e r m i t e b o m c o n t r o l e d a posio d a f i b r a , p e r m i t e e x c e l e n t e a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l e p e r m i t e u s o d e liners e m v a s o s d e presso. D e n t r e a s d e s v a n t a g e n s d o p r o c e s s o , t e m - s e : l i m i t a d o a f o r m a s axisimtricas, m a u c o n t r o l e d o contedo d e r e s i n a e e x i g e c o n t r o l e o p e r a c i o n a l (programao, parmetros d o p r o c e s s o ) . A F i g u r a 9 u m a mquina d e b o b i n a g e m . ( A L M E I D A , 2 0 0 5 ) ilustra
12
F i g u r a 9: Mquina d e b o b i n a g e m . A pultruso u m mtodo q u e s e c a r a c t e r i z a p o r : p r o c e s s o contnuo, b a i x o contedo d e v a z i o s , alto v o l u m e d e f i b r a s e b o m a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l . u m mtodo a p l i c a d o p a r a peas c o m seo t r a n s v e r s a l c o n s t a n t e (slidas o u vazadas). A pultruso apresenta as seguintes vantagens: excelente
a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l , alta t a x a d e produo, alto contedo d e r e s i n a o u d e f i b r a . D e n t r e a s d e s v a n t a g e n s d o p r o c e s s o , t e m - s e : seo t r a n s v e r s a l t e m q u e s e r u n i f o r m e , a c u r a rpida p o d e t r a n s v e r s a l . A F i g u r a 10 (ALMEIDA, 2005) reduzir propriedades e baixa resistncia
F i g u r a 1 0 : Peas f a b r i c a d a s p o r pultruso A m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a ( R T M ) u m mtodo q u e s e c a r a c t e r i z a p o r utilizar pr-forma i m p r e g n a d a e m m o l d e f e c h a d o , alta cadncia d e produo, b o m a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l e a c a b a m e n t o n a s d u a s superfcies. u m mtodo a p l i c a d o p a r a fabricao d e peas c o m g r a n d e s lotes e g e o m e t r i a s c o m p l e x a s . A m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a a p r e s e n t a a s s e g u i n t e s v a n t a g e n s : e x c e l e n t e a p r o v e i t a m e n t o d o m a t e r i a l , alta t a x a d e produo, b o m
13
a c a b a m e n t o n a s d u a s superfcies, p e r m i t e m o l d a g e m d e f o r m a s c o m p l e x a s e p e r m i t e fabricao d e peas g r a n d e s e p e q u e n a s . D e n t r e a s d e s v a n t a g e n s d o p r o c e s s o , t e m - s e c u s t o d o m o l d e , q u e vivel s o m e n t e p a r a lotes g r a n d e s . A F i g u r a 1 0 ilustra o e s q u e m a d e fabricao d e u m a m o l d a g e m p o r transferncia de resina: (ALMEIDA, 2005)
molde
MOLDAGEM
pr-forma
injeo de
IMPREGNAO
aplicao de vcuo
F i g u r a 1 1 : E s q u e m a d e fabricao d e u m a m o l d a g e m p o r transferncia d e r e s i n a . C o m p o n e n t e s estruturais q u e consistem d e diferentes materiais, e s t r u t u r a s tipo sanduche d e honeycomb como
p r o c e s s o c h a m a d o d e c u r a c o n j u n t a , mtodo e m q u e e l e m e n t o s d i f e r e n t e s so c u r a d o s a o m e s m o t e m p o , o b e d e c e n d o a u m m e s m o ciclo d e c u r a . N o e n t a n t o , a fabricao d o m a t e r i a l compsito a i n d a d e p e n d e d e mo d e o b r a q u a l i f i c a d a , c o m c e r t a limitao q u a n t o automao o u padronizao. Isso r e q u e r u m c o n t r o l e d e q u a l i d a d e m a i s e x t e n s o e rgido. ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )
3 .4
U m m a t e r i a l homogneo s e s u a s p r o p r i e d a d e s so a s m e s m a s e m t o d o s o s p o n t o s o u so i n d e p e n d e n t e s d a localizao. O c o n c e i t o d e h o m o g e n e i d a d e est a s s o c i a d o c o m u m a e s c a l a o u v o l u m e caracterstico e p e l a definio d e propriedades envolvidas. Dependendo da escala o u volume observado, o material pode ser mais ou menos homogneo. S e e x i s t e numa escala baixa variabilidade d a s
propriedades
d e ponto
a outro,
macroscpica, o m a t e r i a l
r e f e r e n c i a d o c o m o q u a s e homogneo. ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )
OMISSO mcm^i
r >?!^
^ixiEAri'SP-pFf
14
expanso trmica e c o n d u t i v i d a d e trmica, so a s s o c i a d a s c o m a direo o u e i x o . O m a t e r i a l c o n s i d e r a d o isotrpico q u a n d o s u a s p r o p r i e d a d e s so a s m e s m a s e m t o d a s a s direes, i n d e p e n d e n t e m e n t e d a orientao d o e i x o d e referncia. ( D A N I E L & ISHAI, 1994)
U m m a t e r i a l anisotrpico q u a n d o s u a s p r o p r i e d a d e s e m u m p o n t o v a r i a m c o m a direo o u d e p e n d e m d a orientao d o s e i x o s d e referncia. S e a s p r o p r i e d a d e s d o m a t e r i a l a o l o n g o d e q u a l q u e r direo so a q u e l a s a o l o n g o d e u m a direo simtrica e m relao a u m p l a n o , ento, e s t e p l a n o d e f i n i d o c o m o p l a n o d e s i m e t r i a d o m a t e r i a l . U m m a t e r i a l p o d e t e r n e n h u m , u m , d o i s , trs, o u infinito nmero d e p l a n o s d e s i m e t r i a d o m a t e r i a l atravs d e u m p o n t o . U m m a t e r i a l isotrpico t e m u m nmero infinito d e p l a n o s d e s i m e t r i a . ( D A N I E L & ISHAI, 1994)
M a t e r i a i s compsitos, e m e s p e c i a l , so m a t e r i a i s ortotrpicos, isto , so m a t e r i a i s d e trs p l a n o s d e s i m e t r i a p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e s i . A s interseces d e s t e s p l a n o s d e f i n e m trs e i x o s p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e s i , c h a m a d o s d e e i x o s principais d e simetria d o material, o u simplesmente, eixos principais d o material. ( D A N I E L & ISHAI, 1994)
3.5
Laminados U m a lmina u m a c a m a d a p l a n a ( o u c u r v a ) d e f i b r a s u n i d i r e c i o n a i s o u
t e c i d o e m u m a matriz. N o c a s o d e f i b r a s u n i d i r e c i o n a i s , t e m - s e u m a lmina u n i d i r e c i o n a l . A lmina u m m a t e r i a l ortotrpico c o m e i x o s p r i n c i p a i s d o m a t e r i a l n a direo l o n g i t u d i n a l (direo d a s f i b r a s ) , direo t r a n s v e r s a l ( n o r m a l s f i b r a s n o p l a n o d a lmina) e n o r m a l a o p l a n o d a lmina. ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )
Um
l a m i n a d o constitudo d e d u a s o u m a i s
lminas
unidirecionais
e m p i l h a d a s e m vrias orientaes. O s l a m i n a d o s p o d e m t e r vrias e s p e s s u r a s o u p o d e m consistir d e diferentes materiais. C o m o o s eixos principais d o s materiais m u d a m d e c a m a d a a c a m a d a , mais conveniente analisar laminados usando u m
15
s i s t e m a f i x o e c o m u m d e c o o r d e n a d a s . A orientao d e u m a d e t e r m i n a d a c a m a d a d a d a p e l o ngulo e n t r e o e i x o x d e referncia e o e i x o p r i n c i p a l d o m a t e r i a l (orientao d a fibra) d a c a m a d a , m e d i d a n o s e n t i d o anti-horrio n o p l a n o x - y . (DANIEL & ISHAI, 1994)
A denominao d o s l a m i n a d o s d e p e n d e d o nmero, t i p o , orientao e seqncia d e e m p i l h a m e n t o d a s lminas. Q u a n d o o l a m i n a d o contm d o i s o u m a i s t i p o s d e m a t e r i a i s , c h a m a d o hbrido. A s e g u i r , esto l i s t a d a s a l g u m a s configuraes tpicas d e l a m i n a d o s e e x e m p l o s d e representao p e l a s r e g r a s d e denominao d e l a m i n a d o s : ( D A N I E L & I S H A I , 1 9 9 4 )
Assimtrico m u l t i d i r e c i o n a l (angle-ply): [ 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 / 3 0 / - 3 0 ] = [30]4 M u l t i d i r e c i o n a l {angle ply): [ 0 / 4 5 / - 4 5 / - 4 5 / 4 5 / 0 ] = [0/45 ]s Hbrido: [0'^/0'^/45^/-45^/90/-45^/45^/0'^/0'^]T = O n d e o s smbolos s i g n i f i c a m : Nmero s u b s c r i t o = nmero d e c a m a d a s S = seqncia simtrica T = nmero t o t a l d e c a m a d a s = b a r r a s o b r e ngulo d a c a m a d a d e n o t a q u e o l a m i n a d o simtrico s o b r e o p l a n o mdio d e s t a c a m a d a [02^/45^m%
16
3.6
Q u a n d o t o d o s o s trs c o m p o n e n t e s d e tenses f o r a d o p l a n o so i g u a i s a z e r o atravs d a regio, ento s e t e m u m a condio d e e s t a d o p l a n o d e tenses. P o r e x e m p l o , n a F i g u r a 1 2 , a tenso n o r m a l O z e a m b a s c o m p o n e n t e s d e c i s a l h a m e n t o T Z X e Xzy f o r a d o p l a n o so n u l a s p a r a a condio d e e s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o x y . A s c o m p o n e n t e s d e tenso no n u l o s , n e s s e c a s o , so O x , O y e Xxy. N o t a - s e q u e o s c o m p o n e n t e s d e deformao no so n e c e s s a r i a m e n t e n u l a s p a r a o e s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o x y . O e s t a d o p l a n o d e tenses tpico d e p l a c a s f i n a s . ( H E R A K O V I C H , 1 9 9 8 )
F i g u r a 1 2 : E s t a d o p l a n o d e tenses n o p l a n o x y .
17
o n d e S a i n v e r s a d a m a t r i z d e rigidez.
(Equao 3.2)
dx dx
dy dy
+
yy.xx
(Equao 3 . 3 )
J a condio d e e s t a d o p l a n o d e deformao c o r r e s p o n d e situao e m q u e a s trs c o m p o n e n t e s d e deformao f o r a d o p l a n o ( E Z Z , E Z X , Szy) so n u l a s e a s tenses so, n a m a i o r i a , funes d e x e y. A s s i m c o m o a condio d e e s t a d o p l a n o d e tenses, a s c o m p o n e n t e s d e tenso f o r a d o p l a n o p e l a f o r m a d e equaes c o n s t i t u t i v a s , e a tenso n o r m a l a z g e r a l m e n t e no-nula. Equilbrio s e r e d u z a: ( H E R A K O V I C H , 1 9 9 8 ) a^^^_^ x dx dy dy (Equao 3 . 4 )
18
s e r e d u z e m a u m a nica equao:
=s
xx,yy
+s
yy.xx
(Equao 3 . 5 )
3.7
E x i s t e m vrios m i c r o m e c a n i s m o s d e f a l h a d e u m m a t e r i a l compsito, destacando-se descolamento a fratura da fibra, flambagem da fibra, arrancamento, radial
d a matriz e trincamente
(ilustrados n a Figura 1 3 ) . N o caso d e laminados, o s m e c a n i s m o s d e falha microscpicos transversais se manifestam n o s planos n a s falhas d a lmina e m f o r m a falhas d a fibra d e trincas e m planos
paralelos
s f i b r a s ,
b) Arrancamento
c) Trincamento da matriz
Interface
Rompimento da fibra Trincamento da interface d) Descolamento fbra/ matriz e) Flambagem das fibras f) Fratura radial da interface e rompimento da fibra
Figura 13: Micromecanismos d e falha. F r a t u r a t r a n s v e r s a l d a f i b r a , o u s e j a , q u e b r a d e u m a f i b r a contnua e m d o i s o u m a i s s e g m e n t o s d i s t i n t o s , o m a i s catastrfico m e c a n i s m o d e f a l h a , j q u e a s f i b r a s so t i p i c a m e n t e o s p r i n c i p a i s r e c e p t o r e s d o c a r r e g a m e n t o . A f r a t u r a d a f i b r a p o d e r e s u l t a r tambm d e tenses t r a t i v a s o u c o m p r e s s i v a s . A f r a t u r a d a f i b r a ( F i g u r a 1 3 . a ) o c o r r e s o b c a r r e g a m e n t o d e trao q u a n d o a tenso d e trao a x i a l mxima admissvel ( o u deformao) d a f i b r a e x c e d i d a . A r r a n c a m e n t o ( F i g u r a 1 3 . b ) o c o r r e q u a n d o a resistncia d a m a t r i z e x c e d i d a . F l a m b a g e m d a f i b r a ( F i g u r a 1 3 . e ) o c o r r e q u a n d o a tenso a x i a l c o m p r e s s i v a c a u s a a f l a m b a g e m d a f i b r a . A tenso crtica d e f l a m b a g e m p a r a u m a f i b r a e m b e b i d a e m m a t r i z u m a funo d a s p r o p r i e d a d e s d a f i b r a e d a m a t r i z ( q u e p r o p o r c i o n a s u p o r t e lateral p a r a a fibra). R o m p i m e n t o d a fibra e trincamente radial d a interface (Figura 13.f) o c o r r e m q u a n d o a s tenses t r a n s v e r s a i s o u t a n g e n c i a i s e m u m a f i b r a o u regio d e i n t e r f a c e e n t r e fibra e m a t r i z c h e g a m a o v a l o r d e s u a r u p t u r a . ( D A N I E L & ISHAI, 1994)
, OHiSSO FAC(0A l V
HUQIMiSP-PEM
20
3.8
Teoria
da
Mxima
Tenso:
U m a falha
ocorrer
quando
algum
dos
c o m p o n e n t e s d e tenso igual o u m a i o r q u e a fora intrnseca admissvel correspondente. Portanto, a falha ocorreria se: ( C H A W L A , 1987)
cT,>X (T2 >Xl CT.<-Xf ai<-Xi
(Equao 3.6)
Onde: o-, a tenso a p l i c a d a n a direo d a fibra ( 7 2 a tenso a p l i c a d a n a direo t r a n s v e r s a l d a fibra a tenso d e c i s a l h a m e n t o n o p l a n o Xi a resistncia d e r u p t u r a trao u n i a x i a l n a direo d a f i b r a X xl fibra X2 a resistncia d e r u p t u r a compresso uniaxial n a direo t r a n s v e r s a l a resistncia d e r u p t u r a compresso u n i a x i a l n a direo d a f i b r a a resistncia d e r u p t u r a trao u n i a x i a l n a direo t r a n s v e r s a l d a
da fibra S a resistncia d e r u p t u r a a o c i s a l h a m e n t o .
Q u a n d o alguma d a s desigualdades indicadas acima atingida, o material ir f a l h a r p e l o m o d o d e f a l h a r e l a c i o n a d o quela d e s i g u a l d a d e d e tenso. O critrio d a tenso mxima s p o d e s e r a p l i c a d o n a s direes p r i n c i p a i s d a lmina e n e n h u m a interao e n t r e m o d o s d e f a l h a p e r m i t i d a n e s s e critrio. ( C H A W L A , 1987)
21
f 6
^e"
6^
Onde: Si a deformao r e s u l t a n t e n a direo d a f i b r a ^ 2 a deformao r e s u l t a n t e n a direo t r a n s v e r s a l d a fibra ^ 6 a deformao r e s u l t a n t e c i s a l h a n t e ei a deformao d e r u p t u r a trao n a direo d a fibra e{ a deformao d e r u p t u r a d e compresso n a direo d a f i b r a el a deformao d e r u p t u r a trao n a direo t r a n s v e r s a l 2 a deformao d e r u p t u r a d e compresso n a direo t r a n s v e r s a l a resistncia d e r u p t u r a a o c i s a l h a m e n t o .
0 -2
0 -6
(Equao 3.8)
Xi
22
Onde: ( T i a tenso a p l i c a d a n a direo d a f i b r a (72 a tenso a p l i c a d a n a direo t r a n s v e r s a l d a f i b r a ( 7 6 a tenso d e c i s a l h a m e n t o n o p l a n o X i a r e s i s t e n c i a d e r u p t u r a trao l o n g i t u d i n a l X 2 a tenso d e r u p t u r a trao t r a n s v e r s a l S e a resistencia a o cisalhamento no plano
Considerando-se
n o v a m e n t e u m a tenso u n i a x i a l
cr, a p l i c a d a a u m a
(Equao 3 . 9 )
(Equao 3 . 1 0 )
2 -<
2 2 <7x CTo
Critrio da Interao Quadrtica: C o m o o n o m e i n d i c a , e s t e critrio leva e m c o n t a a s interaes d a s tenses. T s a i e W u p r o p u s e r a m e s t a modificao d a t e o r i a d e Hill d a lmina a d i c i o n a n d o a l g u n s t e r m o s . T s a i e H a h n f o r n e c e m u m a b o a considerao d e s t e critrio. D e a c o r d o c o m e s t a t e o r i a , a superfcie d e f a l h a n o espao d e tenses p o d e s e r d e s c r i t o c o m o u m a funo d a s e g u i n t e f o r m a : ( C H A W L A , 1987)
23
f{(T)=Fia,
+ Fija,c7j
ij=1,2,6
(Equao 3 . 1 1 )
O n d e Fi e Fi, so o s parmetros d e fora. P a r a o c a s o d e tenso p l a n a , i,j=1,2,6 e a equao p o d e s e r d e s c r i t a d a s e g u i n t e m a n e i r a : ( C H A W L A , 1 9 8 7 ) IF 66 al + 2Fu (Ti cr? + 2^26 0-2(76= 1
x7-
2 . r ^ 2.
(Equao 3 . 1 2 )
\ h y /
F i o - i + F2cr2 + F6cr6 + F i i ( J i + F 2 2 ( J 2 +
2 F i 6 <7\ <T6
i r r e l e v a n t e . P o r t a n t o , t e r m o s c o n t e n d o o p r i m e i r o g r a u d e tenso d e c i s a l h a m e n t o devem s e r retirados. Esses termos so F]6(T\cr6< F 26 ctict 6 Fe ereOs c o m p o n e n t e s d e tenso no so, e m g e r a l , n u l o s . P o r t a n t o , p a r a e s s e s trs t e r m o s a s e r e m r e t i r a d o s , p r e c i s o ter: ( C H A W L A , 1 9 8 7 )
F^6= F26 = F 6 = 0
A equao s i m p l i f i c a d a p a r a : + r
F i (Ti
+
2.
+
(Equao 3.13)
V
24
determinado
c o e f i c i e n t e d e segurana p a r a u m a c a m a d a p o d e s e r c a l c u l a d o a partir d o s e u ndice d e f a l h a . H d o i s critrios bsicos p a r a a determinao d a resistncia d e u m l a m i n a d o : a ) f a l h a d a p r i m e i r a c a m a d a {first ply failure) e b ) f a l h a d a ltima c a m a d a (last ply failure). ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )
laminado para u m dado carregamento calculada determinando-se a camada c o m o m a i o r ndice d e f a l h a ; a c a r g a d e f a l h a p o d e s e r c a l c u l a d a a partir d o m a i o r ndice d e f a l h a . U m a f a l h a i n d i c a d a p e l o critrio d e f a l h a p o d e s e r u m a f a l h a n a direo t r a n s v e r s a l d e u m a nica c a m a d a e p a r a a l g u n s l a m i n a d o s , e s s e t i p o d e falha pode ocorrer para u m a carga muito mais baixa q u e a carga d e ruptura d o laminado. (ALMEIDA, 2005)
A f a l h a d e u m a c a m a d a i m p l i c a n u m a alterao d e s u a s
propriedades
O critrio d e f a l h a d a u l t i m a c a m a d a d e difcil aplicao, m a s leva a e s t i m a t i v a s m a i s r e a l i s t a s d a c a r g a d e f r a t u r a d o l a m i n a d o . O critrio e s t a b e l e c e que o laminado falha quando todas a s c a m a d a s d o laminado falhem. O s dois e l e m e n t o s bsicos p a r a a aplicao d o critrio d e f a l h a d a u l t i m a c a m a d a so: a ) definio d o critrio d e f a l h a d e lmina a s e r u s a d o e b ) definio d e u m m o d e l o d e degradao d a s lminas f a l h a d a s . O m o d e l o d e degradao d a s lminas f a l h a d a s u m critrio p a r a s e a l t e r a r a s p r o p r i e d a d e s mecnicas d a s c a m a d a s d e v i d o presena d e u m a f a l h a . N u m m o d e l o m u i t o s i m p l e s e c o n s e r v a d o r , a s c a m a d a s p o d e m s e r s i m p l e s m e n t e r e m o v i d a s d a anlise aps a f a l h a , isto , a s suas propriedades mecnicas so z e r a d a s ( n a prtica u s a - s e u m nmero
p e q u e n o ) . A eliminao d e u m a c a m a d a a p r o p r i a d a n o c a s o d e f a l h a d a s f i b r a s ;
25
D e v e - s e n o t a r q u e o criterio d e T s a i - H i l l no indica o t i p o d e f a l h a n a lmina. O u s o d e s s e t i p o d e criterio dificulta a utilizao d e m o d e l o s d e degradao. U m m o d e l o d e degradao m a i s e l a b o r a d o p a r a f a l h a n a m a t r i z d e u m a lmina s e r i a z e r a r a s s e g u i n t e s p r o p r i e d a d e s fsicas: E2, V12, V 2 1 , G 1 2 , 0,2, P2. R e c a l c u l a n d o - s e a s tenses n e s s a c a m a d a , o s v a l o r e s d e 0 2 e l e s e r i a m n u l o s j q u e a c a m a d a no t e m m a i s rigidez q u a n t o a e s s e s c a r r e g a m e n t o s . O s critrios d e f a l h a e s t u d a d o s f o r n e c e m r e s u l t a d o s p o u c o realistas n a presena d e f o r t e s concentraes d e tenses. ( A L M E I D A , 2 0 0 5 )
3.9
Em casos e m q u e a espessura d o laminado pequena se comparada c o m a s s u a s dimenses l a t e r a i s , a s tenses a g i n d o n o s p l a n o s i n t e r l a m i n a r e s n o interior d o l a m i n a d o ( l o n g e d a s b o r d a s livres) so desprezveis. a s s u m i d o , tambm, q u e e x i s t e u m a aderncia perfeita e n t r e q u a i s q u e r d u a s c a m a d a s . D e s t a m a n e i r a , a s lminas no sero c a p a z e s d e e s c o r r e g a r e m u m a s o b r e a o u t r a e ento, h a v e r i a d e s l o c a m e n t o s contnuos atravs d a aderncia. O u t r a i m p o r t a n t e hiptese f e i t a : u m a l i n h a o r i g i n a l m e n t e reta e p e r p e n d i c u l a r a o p l a n o mdio d o l a m i n a d o s e mantm d a m e s m a m a n e i r a d e p o i s d a deformao. A partir d e s s a s hipteses, o r i g i n a - s e a hiptese d e Kirchhoff. A hiptese d e K i r c h h o f f d e t e r m i n a que os deslocamentos n o p l a n o s e j a m funes l i n e a r e s d a e s p e s s u r a e,
anlise clssica d e m a t e r i a i s
laminados,
baseada
n a hiptese d e
K i r c h h o f f i g n o r a a s deformaes p o r c i s a l h a m e n t o e n t r e a s c a m a d a s . N o e n t a n t o , esse ponto t e m sido b e m explorado por Whitney (1969) e Pagano (1969) e m p r o b l e m a s d e flexo d o m a t e r i a l . O c o m p o r t a m e n t o d o s m a t e r i a i s compsitos
26
l a m i n a d o s s o b e s t a d o p l a n o d e tenses f o r t e m e n t e i n f l u e n c i a d o p e l a presena d a s tenses d e c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r e s , isto , tenses d e c i s a l h a m e n t o distribudas n a s superfcies das camadas laminares. A resistncia ao
resistncia
a o cisalhamento
interlaminar
no u m a p r o p r i e d a d e
p a r a u m a g r a n d e regio e m u m a seco d o c o r p o - d e - p r o v a . Concentraes d e tenses so f o r m a d a s n a s regies v i z i n h a s a o c a m p o d e tenso c i s a l h a n t e . P a r a compsitos f i b r o s o s multidirecionais, o processo d e falha mostra tenses
c i s a l h a n t e s i n t e r l a m i n a r e s c o m o a s tenses m a i s crticas a c a u s a r e m a f a l h a d o l a m i n a d o . Q u a n d o o m a t e r i a l compsito l a m i n a d o est s u b m e t i d o a tenses g e n e r a l i z a d a s n o e s t a d o p l a n o , a s c a m a d a s t e n d e m a " e s c o r r e g a r " d e v i d o s d i f e r e n t e s c o n s t a n t e s elsticas. C o m o a s c a m a d a s so c o n e c t a d a s elsticamente p e l a s s u a s superfcies, tenses c i s a l h a n t e s relativas a p a r e c e m n a s f a c e s d e c a d a camada. Descobriu-se q u e a seqncia d e e m p i l h a m e n t o das camadas e
U m a reviso analtica e e x p e r i m e n t a l d e d a d o s r e v e l a q u e t e s t e s I L S S d e 3 p o n t o s e 4 p o n t o s p o d e m a p r e s e n t a r f a l h a p o r endentao l o g o a b a i x o d o p o n t o d e aplicao d a c a r g a o u f a l h a p o r flexo a n t e s m e s m o d e o c o r r e r a delaminao p o r c i s a l h a m e n t o i n t e r l a m i n a r . O p i n o d e c a r r e g a m e n t o c a u s a deformao e concentrao d e tenses c o m p r e s s i v a s e c i s a l h a n t e s t r a n s v e r s a i s n a regio d e
27
Rahhal e Kotiensky (1992), entre outros, desenvolveram u m corpo-deprova sanduche de compsito carbono-carbono ( C C C ) para evitar o
carregamento direto n o material (Figura 13). Este modelo d e corpo-de-prova a p r e s e n t o u b o n s r e s u l t a d o s a o d e t e r m i n a r a s tenses c i s a l h a n t e s i n t e r l a m i n a r e s n o compsito.
Grafite' Epxi
F i g u r a 1 4 : C o r p o - d e - p r o v a sanduche p a r a e n s a i o I L S S .
28
K o t i e n s k y m o s t r o u q u e o e n s a i o I L S S c a l c u l a d o a partir d a equao d a reta s u p e r e s t i m a a resistncia a o c i s a l h a m e n t o e m 5 % , t a n t o p a r a a m a t r i z polimrica c o m o para d e carbono. O s dados experimentais d o s ensaios realizados por R a h h a l e K o t i e n s k y c o n f i r m a r a m a tenso c i s a l h a n t e i n t e r l a m i n a r q u e c a u s a f a l h a e a p o u c a disperso n o s d a d o s m e d i d o s d e resistncia. O v a l o r m e d i d o n o e n s a i o I L S S d o compsito "sanduche" c a r b o n o - c a r b o n o T 3 0 0 (tipo d e f i b r a d a f a b r i c a n t e T o r a y ) , m a t e r i a l t e s t a d o p o r R a h h a l e K o t i e n s k y , f o i d e 18,5 M P a ; u m d o s m a i o r e s v a l o r e s r e l a t a d o s n a literatura. ( R A H H A L & K O T L E N S K Y , 1 9 9 2 )
M e d i d a s experimentais realizados por meio d a interferometria d e franjas d e Moir mostraram u m a distribuio descontnua interessante d a s tenses
J o o e S u n e s t u d a r a m a s tenses c i s a l h a n t e s i n t e r l a m i n a r e s e m l a m i n a d o s b a l a n c e a d o s e simtricos c o m b o r d a s livres e a s f a l h a s d e v i d o a e s s a s tenses. M o s t r o u - s e q u e a tenso c i s a l h a n t e i n t e r l a m i n a r mdia prxima b o r d a livre l i n e a r m e n t e p r o p o r c i o n a l a o g r a u d e d e s a j u s t e (mismatch) e n t r e a s p r o p r i e d a d e s elsticas d a s c a m a d a s a d j a c e n t e s regio i n t e r l a m i n a r e s t u d a d a . ( J O O et al, 1992)
F e r a b o l i r e a l i z o u a l g u n s t e s t e s I L S S d e 4 p o n t o s e m compsitos l a m i n a d o s u n i d i r e c i o n a i s e m u l t i d i r e c i o n a i s , d e s d e m a t e r i a i s quasi-isotrpicos at c a m a d a s 0-90 ( c r o s s - p l y ) . E s s e s e n s a i o s so r e a l i z a d o s n a s indstrias, m a s p o u c o d i v u l g a d o s n a literatura. U m b a n c o d e d a d o s e x p e r i m e n t a i s f o i f o r m a d o atravs d a verso m o d i f i c a d a d o t e s t e I L S S d a A S T M D 2 3 4 4 e o s r e s u l t a d o s m o s t r a r a m u m a p r o x i m i d a d e s u r p r e e n d e n t e d e r e s u l t a d o s p a r a 3 d i f e r e n t e s a r r a n j o s d e fibra p a r a u m m e s m o c o n j u n t o d e compsito. Vhas anlises p o r e l e m e n t o s finitos f o r a m desenvolvidas usando u m programa comercial, neste caso, o programa A N S Y S , p e r m i t i n d o u m m a i o r a p r o f u n d a m e n t o n o s m e c a n i s m o s d e delaminao e m u m a flexo d e 4 experimentais. pontos, O e mostraram final, resultados preciso, b e m prximos d o s v a l o r e s confirmou parcialmente as
modelo
mais
observaes f e i t a s p o r o u t r o s a u t o r e s s o b r e tenses c i s a l h a n t e s n o c o r p o - d e -
29
p r o v a e c o n s e g u i u m o s t r a r a distribuio d e s s a s tenses atravs d a e s p e s s u r a , s u a variao a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o , s u a distribuio atravs d a l a r g u r a , a localizao d a iniciao d a delaminao e propagao, e a s regies d e tenses c i s a l h a n t e s mximas e n c o n t r a d a s n o e n s a i o I L S S . ( F E R A B O L I & K E D W A R D , 2003)
30
MTODO EXPERIMENTAL
O e n s a i o I L S S u s a d o p a r a d e t e r m i n a r a tenso d e c i s a l h a m e n t o a p a r e n t e d e u m plstico reforado c o m f i b r a s p a r a l e l a s . O c o r p o - d e - p r o v a u m a v i g a c u r t a que corresponde a u m pequeno s e g m e n t o tirado d e u m anel o u u m a c h a p a plana d e l a m i n a d o d e at 6 , 4 m m d e e s p e s s u r a . E s t e mtodo aplicvel p a r a t o d o s o s t i p o s d e compsitos reforados c o m f i b r a s p a r a l e l a s ( A S T M 2000). D2344/D2344M,
microestruturais,
eletrnicas
foram
4.1
O equipamento d e teste, propriamente calibrado, opera c o m u m movimento d e v e l o c i d a d e c o n s t a n t e d o cabeote. A v e l o c i d a d e d e m o v i m e n t o d o cabeote utilizado f o i 1,3 m m . m i n " \ O s i s t e m a d e m e d i d a d a c a r g a no p o d e e x c e d e r u m e r r o d e 1 % . A F i g u r a 1 5 ilustra u m d i s p o s i t i v o tpico d e e n s a i o I L S S .
F i g u r a 1 5 : D i s p o s i t i v o tpico d e e n s a i o I L S S .
31
A mquina d e e n s a i o e x e r c e u m a c a r g a n o c o r p o - d e - p r o v a p o r m e i o d o c i l i n d r o d o d i s p o s i t i v o d e e n s a i o . O c i l i n d r o d e c a r g a t e m 6 , 3 5 m m d e dimetro, c o m d u r e z a e n t r e 6 0 e 6 2 H R C . S u a s u p e r f i c i e d e v e s e r livre d e endentaes e rebarbas, c o m todos os cantos vivos suavizados. O s suportes consistem e m dois c i l i n d r o s d e 3,2 m m d e dimetro, d i s p o s t o s s o b o c o r p o - d e - p r o v a c o n f o r m e a Figura 16 .
'-v^jr^
6 4 T i n ![)
2 -riTi
fr^
-^ e
A distncia e n t r e o s s u p o r t e s t i p i c a m e n t e c o n h e c i d a p e l a p a l a v r a e m ingls span. D o r a v a n t e , e s s e c o m p r i m e n t o ser r e f e r e n c i a d o p e l a p a l a v r a span p o r s e r l a r g a m e n t e utilizada. O v a l o r d o span d u r a n t e o s e n s a i o s d e v e s e g u i r a norma A S T M D 2344, conforme mostra a Tabela 1.
T a b e l a 1 : Razo spani e s p e s s u r a e c o m p r i m e n t o / e s p e s s u r a . Reforo Fibra de vidro Fibra de carbono A r a m e de ao Filamentos d e Boro Aramida spanI espessura 5 4 4 4 4 comprimento/ espessura 7 6 6 6 6
U m micrmetro, d e p o n t a esfrica a d e q u a d o , d e v e a p r e s e n t a r leitura d e pelo m e n o s 0,025 m m por medida d e largura, espessura e comprimento d o corpode-prova.
32
4.2
Corpo-de-prova
O corpo-de-prova pode s e r plano ou anelar. Para o ensaio usado n o presente estudo, foi u s a d o o corpo-de-prova plano. A espessura d o corpo-dep r o v a no d e v e u l t r a p a s s a r 6 , 4 mm, s e g u n d o orientao d a n o r m a A S T M D 2 3 4 4 . O corpo-de-prova mostrado n a Figura 17.
6.4 mm
1'
Comprimentc
- l
F i g u r a 17: C o r p o - d e - p r o v a p l a n o p a r a I L S S .
F o r a m u t i l i z a d o s 9 c o r p o s d e p r o v a p a r a o t e s t e . O s c o r p o s d e p r o v a so u n i d i r e c i o n a i s e tm c o m p r i m e n t o 2 7 m m , l a r g u r a d e 6 , 5 m m e e s p e s s u r a d e 3 , 5 m m . C o m o a T a b e l a 1 d e t e r m i n a u m a razo d e 4 e n t r e o span e a e s p e s s u r a , isso s i g n i f i c a q u e o span d e v e s e r d e 1 4 m m , j q u e a e s p e s s u r a d o c o r p o - d e - p r o v a 3,5 m m . So c o m p o s t o s d e 2 2 c a m a d a s d e fibra d e c a r b o n o T 3 0 0 6 k e m a t r i z d e r e s i n a epxi. A n o m e n c l a t u r a T 3 0 0 c o r r e s p o n d e a u m t i p o d e f i o d e fibra d e c a r b o n o f a b r i c a d o p e l a T o r a y , c o m a g r a m a t u r a d a fibra d e 4 0 0 g / m ^ e a nomenclatura 6 k significa q u e cada f i o contm 6000 monofilamentos. A
33
4.3
o n d e a c a r g a ser a p l i c a d a . P o s i c i o n a - s e o c o r p o - d e - p r o v a s o b r e o s s u p o r t e s c o m o span s u g e r i d o p e l a n o r m a ( 1 4 m m ) .
determina-se quando ocorreu a falha por meio d e u m a queda abrupta na curva. U m e x e m p l o d a f o r m a tpica d e s s a c u r v a m o s t r a d o n a F i g u r a 1 8 :
Carga (N)
Deslocamento (mm)
F i g u r a 18: E x e m p l o d e c u r v a c a r g a x d e s l o c a m e n t o f o r n e c i d a p e l o t e s t e I L S S .
4.4
c i s a l h a m e n t o p a r a a c a r g a d e r u p t u r a c o r r e s p o n d e n t e so l i s t a d o s n a T a b e l a 2
34
(MPa) 73 86 69 74 68 74 67 70 68 726
Pb (N) 2195 2580 2066 2255 2078 2259 2001 2110 2054 2178
0 , 7 5 P, w.t
(Equao 4 . 1 )
35
MTODO NUMRICO
5.1
e n t r e t a n t o , v a s t a m e n t e utilizado a p e n a s n o s ltimos v i n t e e c i n c o a n o s , graas a o s avanos tecnolgicos o c o r r i d o s n o s e q u i p a m e n t o s c o m p u t a c i o n a i s . O mtodo c o n s i s t e b a s i c a m e n t e n u m a adaptao/ modificao d e mtodos d e aproximao c o n h e c i d o s , j n o incio d e s t e sculo, c o m o , p o r e x e m p l o , o mtodo d e Ritz, e s t a b e l e c i d o e m 1 9 0 9 . a t u a l m e n t e c o n s i d e r a d o u m mtodo matemtico p a r a a soluo d e equaes d i f e r e n c i a i s p a r c i a i s , e n t r e a s q u a i s s e inclui a Equao d e P o i s s o n , Equao d e L a p l a c e , Equao d e H e l m h o l t z , N a v i e r - S t o k e s , entre
o u t r o s . D e v i d o s s u a s caractersticas d e f l e x i b i l i d a d e e e s t a b i l i d a d e numrica, e l e pode ser implementado na forma d e u m sistema computacional (programa d e c o m p u t a d o r ) , d e f o r m a c o n s i s t e n t e e sistemtica. ( A L V E S , 2 0 0 2 )
O mtodo l a r g a m e n t e u s a d o p a r a a n a l i s a r e p r o j e t a r condies d e t r a b a l h o o u g e o m e t r i a s n e m f o r m u l a d a s e m n o r m a s n e m e m clculos t r a d i c i o n a i s analticos. D e v i d o utilidade e i n t e r e s s e p a r a d i v e r s a s reas tcnicas, o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos t e m s i d o o b j e t o d e inmeros a r t i g o s e livros p u b l i c a d o s n o s ltimos a n o s , s e n d o tambm, includo c o m o disciplina d a g r a n d e m a i o r i a d a s universidades. medida que tcnicas computacionais e numricas
d e s e m p e n h a m u m papel cada v e z mais relevante na vida d o engenheiro, torna-se f u n d a m e n t a l o c o n h e c i m e n t o d o s f u n d a m e n t o s d o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos e d a s u a aplicao prtica, e s p e c i a l m e n t e p a r a a q u e l e s q u e t r a b a l h a m e m reas d e p r o j e t o e anlise. N o e n t a n t o , o nmero d e t r a b a l h o s f e i t o s s o b r e materiais
compsitos u t i l i z a n d o o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos a i n d a r e l a t i v a m e n t e restrito. P o r e s s e s m o t i v o s , ser d e e x t r e m a v a n t a g e m o u s o d o mtodo numrico para q u e seus resultados sejam comparados' a o s resultados d o mtodo
experimental.
36
5.2
i n t e r l a m i n a r e s f o i o mtodo d o s e l e m e n t o s finitos. O mtodo numrico t e m a g r a n d e v a n t a g e m d e s e r u m mtodo no-destrutivo d e avaliao d a i n t e g r i d a d e estrutural de componentes e equipamentos. O programa utilizado para a
m o d e l a g e m e simulao d o t e s t e I L S S n o p r e s e n t e e s t u d o f o i o A N S Y S R e v . 10.0.
i.
O m o d e l a m e n t o , o u seja, o d e s e n h o d a geometria.
S e l e c i o n a r o t i p o d e e l e m e n t o finito p a r a d i s c r e t i z a r o m o d e l o e g e r a r a m a l h a . A gerao d a m a l h a c o n s i s t e e m dividir a g e o m e t r i a e m ns e elementos. O programa A N S Y S , usado no presente estudo, possui u m a vasta b i b l i o t e c a d e d i f e r e n t e s e l e m e n t o s finitos. C a d a t i p o d e e l e m e n t o finito p o s s u i u m a formulao matemtica especfica, a q u a l responsvel p e l a informao q u e o e l e m e n t o o f e r e c e ( d e s l o c a m e n t o s , rotaes, tenses, deformaes). O s e l e m e n t o s so f o r m a d o s p o r ns e o c o n j u n t o d e e l e m e n t o q u e leva o n o m e d e m a l h a . O s ns d e u m m o d e l o , p o r s e r e m d e p e n d e n t e s e n t r e s i , f o r m a m equaes d e d e s l o c a m e n t o s q u e s e r v e m p a r a c o m p o r a m a t r i z g l o b a l d e rigidez para a resoluo simultnea d e todas essas equaes. No
desenvolvimento
selecionados
dois tipos d e
e l e m e n t o s f i n i t o s e , conseqentemente, d o i s t i p o s d e m o d e l a m e n t o : m o d e l o
37
' 1 \
'cV.
F i g u r a 1 9 : E x e m p l o d e m o d e l o e m a l h a d e e l e m e n t o s finitos.
Q u a n t o m a i o r a q u a n t i d a d e d e ns, m a i o r a q u a n t i d a d e d e e l e m e n t o s finitos e, conseqentemente, m a i s r e f i n a d a a m a l h a . N a s regies d o m o d e l o e m q u e c o s t u m a o c o r r e r concentrao d e tenses, c o m o , p o r e x e m p l o , n a s regies d e c o n t a t o , transies geomtricas e d e aplicao d e c a r g a p o n t u a l , o n d e h u m g r a d i e n t e m a i o r d e variao d e tenses, r e c o m e n d a - s e u m m a i o r r e f i n a m e n t o d a m a l h a , q u e l e v a a u m a m a i o r preciso d o s r e s u l t a d o s . N o p r e s e n t e e s t u d o , a s regies d e c o n t a t o f o r a m m o d e l a d a s c o m u m a m a l h a d e elementos finitos mais refinada que o restante d o modelo.
ii.
Definir
as chamadas
constantes
reais
(rea, m o m e n t o
d e inrcia,
e s p e s s u r a ) p a r a o e l e m e n t o finito u t i l i z a d o ;
iii.
Definir
as propriedades
mecnicas
os modelos
que
descrevem
iv.
V.
D i s c r e t i z a r o s e l e m e n t o s q u e compem o m o d e l o , o u seja, definir a " m a l h a " d e e l e m e n t o s finitos a s e r utilizada. N e s t a f a s e i m p o r t a n t e levar e m considerao que uma malha mais fina pode oferecer (no
n e c e s s a r i a m e n t e ) m e l h o r e s r e s u l t a d o s , porm, o t e m p o d e clculo s e r i a
38
vi.
Etapa de processamento: E n q u a n t o
a etapa
d e pr-processamento
i n t e i r a m e n t e interativa c o m o usurio, a e t a p a d e p r o c e s s a m e n t o r e a l i z a d a p e l o p r o g r a m a . Aps c a r r e g a r o p r o g r a m a c o m t o d a s a s informaes necessrias e a c i o n a r o c o m a n d o q u e s o l u c i o n a a anlise, o p r o g r a m a dever a c u s a r s e a soluo est c o m p l e t a e s e a p r e s e n t o u a l g u m p r o b l e m a o u no. N e s t a e t a p a d a anlise, o p r o g r a m a e n c a r r e g a - s e d e c a l c u l a r a m a t r i z d e rigidez, p a r a q u e s e j a m c a l c u l a d o s p o s t e r i o r m e n t e o s d e s l o c a m e n t o s n o d a i s e a s tenses. U m a v e z q u e a soluo est c o m p l e t a e s e m e r r o s p o d e - s e p a s s a r p a r a a ltima e t a p a , a e t a p a d e ps-processamento.
Etapa de ps-processamento: E s t a e t a p a m u i t o i m p o r t a n t e , pois n o psp r o c e s s a m e n t o sero v i s u a l i z a d o s o s d e s l o c a m e n t o s , a s tenses, t e m p e r a t u r a s e t o d a s a s d e m a i s informaes q u e s e d e s e j a o b t e r . A visualizao d o s r e s u l t a d o s f e i t o p o r m e i o d e u m a i n t e r f a c e grfica q u e ilustra o m o d e l o d e anlise e m u m a e s c a l a d e c o r e s q u e r e p r e s e n t a a distribuio d a s f a i x a s d e v a l o r e s a v a l i a d o s .
39
5.3
Anlise esttica linear d e tenses e deformaes (edifcios, p o n t e s , t o r r e s , tubulaes industriais, c o m p o n e n t e s mecnicos e m g e r a l ) ; Anlise dinmica ( m o d o s d e vibrao e freqncias n a t u r a i s ) ; Anlise no-linear d e tenses e deformaes (conformao, grandes
deformaes); Anlise trmica (transmisso d e c a l o r e m r e g i m e p e r m a n e n t e o u t r a n s i e n t e ) ; Anlise d e tenses d e v i d o a o c a r r e g a m e n t o trmico (tubulaes industriais); E s c o a m e n t o d e fludos (aerodinmica, hidrodinmica); Campos eltricos ( c o n d u t o r e s , i s o l a n t e s , eletrodeposio e corroso) e
magnticos.
5.4
restrio nos ns i_
4
elemento Ns Sitxiao Real Modelo Elementos Finitos
F i g u r a 2 0 : M o d e l o d e e l e m e n t o s finitos.
40
F i g u r a 2 1 : G r a u s d e l i b e r d a d e d e u m n.
5.5
Formulao Matemtica
Dividir u m a e s t r u t u r a e m e l e m e n t o s e r a q u a s e n a t u r a l . N a s anlises e s t r u t u r a i s e r a tambm n a t u r a l o c o n c e i t o d e e l e m e n t o , p r i n c i p a l m e n t e e m trelias e v i g a s r e b i t a d a s o u s o l d a d a s . A e s t r u t u r a real t r a n s f o r m a d a m a t e m a t i c a m e n t e e m u m a srie d e e l e m e n t o s d o t i p o " m o l a " . A relao matemtica q u e d e s c r e v e fora v e r s u s d e s l o c a m e n t o p a r a u m a nica m o l a c o n h e c i d a c o m o a lei d e Hooke: a = E* (Equao 5 . 1 )
como
41
C o m o e x e m p l o d e aplicao d o mtodo e m tenso-deformao ser apresentado analogia d e u m a mola c o m u m a barra carregada axialmente:
V ^ v> \ ^\ sN\
^
D a F i g u r a 2 2 e d a resistncia d o s m a t e r i a i s vm:
a = ^ A
Tenso
(Equao 5 . 2 )
cr = E *
Lei de Hooke
(Equao 5 . 3 )
= >
Deformao
(Equao 5 . 4 )
Ento:
F = [ L j (E*\
(Equao 5.5)
= K
Onde K = C o n s t a n t e d e rigidez d a m o l a
42
Fl
F2
F3
A / W
Kl
A / W
K2
xl
x2
x3
S i s t e m a d e equaes q u e r e p r e s e n t a a situao d a F i g u r a 2 3 .
Fl = i:i*(xl-x2)
F2 = [{K\ + K2)* x2] - {Kl * X\)-{K2 * x3)
F3 = ^ 2 * ( - x 2 + x3)
Anlise m a t r i c i a l d o s i s t e m a d e equaes:
-Kl KI + K2 -K2
0
-K2 K2
xl x2
x3
(Equao 5 . 6 )
(Equao 5.7)
43
A trelia p e r m i t e d e s l o c a m e n t o s e m d u a s direes (u e v) e m c a d a n. Neste caso, a matriz d e rigidez d o modelo u m a matriz d e 4 x 4 . Q u a n d o o s e l e m e n t o s so d e o r d e m s u p e r i o r , a m a t r i z d e r i g i d e z tambm s e t o r n a m a i s c o m p l e x a . P a r a e l e m e n t o s s i m p l e s a m a t r i z d e rigidez p o d e s e r escrita p o r m e i o d e expresses analticas. P a r a e l e m e n t o s m a i s c o m p l e x o s , e l a freqentemente avaliada numericamente. P a r a e f e t u a r u m a anlise p o r e l e m e n t o s finitos, o
Em
programas
comerciais,
a soluo
desta
matriz
no
apresenta
U m a v e z s e l e c i o n a d o u m e l e m e n t o , t o d o o s i s t e m a o u a equao p r i n c i p a l m o n t a d o l e v a n d o e m considerao a formulao matemtica d o m e s m o . A m o n t a g e m feita p e l a insero d o e l e m e n t o m a t r i c i a l n a r e s p e c t i v a linha e c o l u n a d a m a t r i z . E s t e p r o c e s s o d e m o n t a g e m f a c i l m e n t e e f e t u a d o pelo c o m p u t a d o r . F i n a l m e n t e a equao p r i n c i p a l r e s o l v i d a , o b t e n d o - s e a incgnita primria, o v e t o r d e d e s l o c a m e n t o , {d}. ( N E G R E T T I , 2 0 0 6 )
d}={K]*{F]
(Equao 5 . 8 )
S i m b o l i c a m e n t e , m o s t r a - s e isto p e l a inverso d a m a t r i z { K } . Porm n a prtica, a m a i o r i a d o s p r o g r a m a s c o m e r c i a i s u s a o mtodo d e eliminao d e G a u s s . O mtodo d a eliminao d e G a u s s c o n s i s t e e m r e d u z i r u m s i s t e m a c o m c e r t o nmero d e equaes e d e incgnitas a u m s i s t e m a c o m u m a equao e u m a incgnita a m e n o s , u s a n d o u m a d a s equaes p a r a e l i m i n a r u m a d a s incgnitas d a s d e m a i s equaes. Isto , u m a d a s incgnitas a c h a d a , e a s incgnitas r e s t a n t e s e n c o n t r a d a s p o r substituio i n v e r s a , o u s e j a , s u b s t i t u i - s e o v a l o r d a incgnita, e a s s i m s u c e s s i v a m e n t e . ( N E G R E T T I , 2 0 0 6 )
44
5.6
A s p r o p r i e d a d e s d o s m a t e r i a i s u s a d a s n a s anlises d e tenses f o r a m t i r a d a s d a referncia LEITO ( 2 0 0 7 ) , j q u e o m a t e r i a l e s t u d a d o n e s t a f o i o mesmo dos corpos-de-prova d o presente estudo. A Tabela 3 lista a s
propriedades.
T a b e l a 3: P r o p r i e d a d e s Ex [IVIPa] 153000 3500 203400 Ey [IVIPa] 10500 3500 203400 Ez [IVIPa] 10500 3500 203400
Vxy Vyz Vxz
E s s a s so a s p r o p r i e d a d e s u s a d a s e m t o d a s a s d u a s m o d e l a g e n s e m e l e m e n t o s finitos.
5.7
Modelo Plano
O m o d e l o p l a n o c o n s i d e r a e s t a d o p l a n o d e tenses e r e p r e s e n t a a s 2 2 c a m a d a s e regies e n t r e c a m a d a s c o m e l e m e n t o s finitos p l a n o s " P L A N E I 8 3 " , a s s i m c o m o o p i n o d e c a r r e g a m e n t o e s u p o r t e s . F o r a m m o d e l a d o s tambm o s e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o " T A R G E T 1 6 9 " e " C O N T A I 7 2 " e n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o p i n o d e c a r r e g a m e n t o , e o c o r p o - d e - p r o v a e o cilindro d e s u p o r t e .
U m m a i o r d e t a l h a m e n t o d e s s e s e l e m e n t o s ser f e i t o a s e g u i r :
P L A N E I 8 3 : u m e l e m e n t o finito b i d i m e n s i o n a l d e 8 ns. E s t e e l e m e n t o finito t e m u m c o m p o r t a m e n t o d e d e s l o c a m e n t o quadrtico e i n d i c a d o p a r a m o d e l a r m a l h a s i r r e g u l a r e s . E s t e e l e m e n t o finito d e f i n i d o p o r 8 ns, t e n d o d o i s g r a u s d e l i b e r d a d e e m c a d a n - translaes n a s direes x e y. O e l e m e n t o p o d e s e r u s a d o c o m o e l e m e n t o finito p l a n o ( e s t a d o p l a n o d e tenses o u e s t a d o p l a n o d e deformaes) o u e m e l e m e n t o s finitos axissimtricos. E s t e e l e m e n t o t e m plasticidade, causada hiperelasticidade, fluncia, capacidade d e considerar rigidez
p o r deformao e d e c o n s i d e r a r g r a d e s deflexes e d e g r a n d e s
45
deformaes. O e l e m e n t o , alm d e q u a d r i c u l a r , p o d e s e r t r i a n g u l a r , n o q u a l trs d o s ns tm a m e s m a localizao ( c o m o s e f o s s e u m t o t a l d e 6 ns). Alm d o s ns, o u t r o d a d o d e e n t r a d a d o e l e m e n t o a e s p e s s u r a . A F i g u r a 2 4 ilustra o s e l e m e n t o s finitos quadrtico e t r i a n g u l a r e o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S : ( A N S Y S T U T O R I A L , 2 0 0 6 )
4 .)
F i g u r a 2 4 : E l e m e n t o finito p l a n o P L A N E I 8 3
T A R G E T 1 6 9 : E s t e e l e m e n t o finito u s a d o p a r a r e p r e s e n t a r u m a d a s superficies d e contato. No contato, existe a superficie d e contato e a superficie a l v o ( T A R G E T 1 6 9 ) . O e l e m e n t o finito T A R G E T 1 6 9 p o d e t r a b a l h a r c o m o a l v o d e trs o u t r a s opes d e c o n t a t o : C 0 N T A 1 7 1 , C O N T A 1 7 2 o u C O N T A 1 7 5 . N o presente estudo, a superficie d e contato usou elementos finitos C O N T A 1 7 2 . O s prprios e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o sobrepem o s e l e m e n t o s finitos a l v o slidos, d e s c r e v e n d o o c o n t o r n o d e u m c o r p o d e f o r m a d o e esto p o t e n c i a l m e n t e e m c o n t a t o c o m a superfcie a l v o d e c o n t a t o , d e f i n i d o p e l o T A R G E T 1 6 9 . A s u p e r f i c i e a l v o d e c o n t a t o c o m o s e l e m e n t o s f i n i t o s T A R G E T 1 6 9 so d i s c r e t i z a d o s p o r u m c o n j u n t o d e e l e m e n t o s finitos s e g m e n t a d o s q u e e m p a r e l h a m u n s c o m o s o u t r o s d a o u t r a superfcie d e c o n t a t o . A F i g u r a 2 5 ilustra o e l e m e n t o finito T A R G E T 1 6 9 e s e u c o r r e s p o n d e n t e C O N T A I 7 2 e s u a s orientaes c o n f o r m e o p r o g r a m a ANSYS.
46
Segmento alvo
yr
Contato superficie-superficie Contato n-superfcie Elemento de contato CONTA175
F i g u r a 2 5 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o T A R G E 1 6 9
A s u p e r f i c i e a l v o m o d e l a d a atravs d e u m c o n j u n t o d e s e g m e n t o s - a l v o que se ligam, tipicamente, c o m os segmentos-contato d a superficie d e contato. (ANSYS TUTORIAL, 2006)
Determinando-se qual a superficie alvo d o contato e qual a superficie d e c o n t a t o , possvel m o d e l a r u m a s u p e r f i c i e r e s p e c t i v a m e n t e deformvel e u m a rgida. N o m o d e l o d o p r e s e n t e e s t u d o , o e l e m e n t o finito T A R G E 1 6 9 c o r r e s p o n d e regio d e c o n t a t o d o c o r p o - d e - p r o v a d e f i b r a d e c a r b o n o . ( A N S Y S T U T O R I A L , 2006)
b i d i m e n s i o n a i s q u e p o s s u e m n i n t e r m e d i a r i o ( P L A N E 2 , P L A N E 2 1 , P L A N E I 8 3 , SHELL209, PLANE82, VISC088, VOSCO108, PLANE35, PLANE223, PLANE230 o u M A T R I X 5 0 ) . T e m a s m e s m a s caractersticas d a f a c e d o e l e m e n t o finito slido a q u e est c o n e c t a d o . O c o n t a t o o c o r r e q u a n d o o e l e m e n t o finito C O N T A I 7 2 penetra em um dos elementos finitos de contato alvo (TARGE169)
47
F i g u r a 2 6 : E l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A I 7 2
A partir d e observao p o r microscpio ptico, e s t i m a - s e q u e 1/12 d a e s p e s s u r a d e c a d a c a m a d a c o r r e s p o n d a f i n a c a m a d a d e m a t r i z polimrica e x i s t e n t e n a regio i n t e r l a m i n a r . C a d a u m a d a s 2 2 c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s f o i m o d e l a d a c o m 1 1 / 1 2 d a e s p e s s u r a c o m a s p r o p r i e d a d e s d o compsito d e f i b r a d e carbono unidirecional/ epxi, e 1/12 d a e s p e s s u r a foi modelada com as
p r o p r i e d a d e s d a m a t r i z polimrica ( p r o p r i e d a d e s d o epxi).
Figura
2 7 ilustra
o modelo
de elementos
finitos,
utilizando u m a
simbologia de cores especificada na Tabela 4 . A cor amarela corresponde a o epxi p u r o (fina c a m a d a i n t e r l a m i n a r ) , a c o r l a r a n j a r e p r e s e n t a o compsito
48
AN
ELEMH n ITS MAT F NUM 15 2007 22:44:31 PLOT N D . 3 APR
T a b e l a 4 : Definio d e c o r e s d o m o d e l o p l a n o Cor Cor-de-laranja Amarela Azul Definio E l e m e n t o s finitos p l a n o s q u e r e p r e s e n t a m a s c a m a d a s c a r b o n o / epxi E l e m e n t o s finitos p l a n o s q u e r e p r e s e n t a m a s c a m a d a s d e m a t r i z polimrica p u r a (epxi p u r o ) E l e m e n t o s finitos p l a n o s q u e r e p r e s e n t a m c o m p o n e n t e s d e ao c a r b o n o Condies d e c o n t o r n o : restrio e m y n o cilindro d e s u p o r t e e restrio e m x n o p l a n o d e s i m e t r i a d o modelo.
C y a n (verde-gua)
49
t a m a n h o s d e e l e m e n t o s f o r a m t e s t a d a s p a r a a adequao d a m a l h a . O e r r o estrutural calculado pelo programa, e m b o r a mostrasse melhora c o m o a u m e n t o d o nmero d e e l e m e n t o s , no vlido d e v i d o a o u s o d e d i f e r e n t e s m a t e r i a i s n a anlise.
U m a d a s m a n e i r a s d e avaliao d a adequao d a m a l h a a comparao e n t r e o s r e s u l t a d o s n o d a i s , q u e c o r r e s p o n d e m s mdias d a s tenses d o s elementos vizinhos e m cada n, e o s resultados nos elementos, q u e
50
C o m p a r a n d o trs d i f e r e n t e s m a l h a s , a p r i m e i r a c o m u m e l e m e n t o a o l o n g o da espessura d a s c a m a d a s interlaminares, a segunda c o m dois elementos a o longo d a espessura d a s c a m a d a s interlaminares e a terceira c o m sete elementos a o l o n g o d a e s p e s s u r a d a s c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s , n o t o u - s e p o u c a variao d o s resultados. A malha c o m u m elemento ao longo d a espessura das camadas
i n t e r l a m i n a r e s a p r e s e n t o u u m e r r o mximo d e 2 , 9 % , a c o m d o i s e l e m e n t o s , 2 , 7 % e a c o m sete elementos, 1,7%. C o m o a malha c o m sete elementos a o longo d a espessura d a s c a m a d a s interlaminares deixou o modelo desnecessariamente
grande, a segunda malha, c o m dois elementos a o longo d a espessura foi aquele selecionado.
c o n f o r m e m o s t r a a F i g u r a 2 9 . A s c a m a d a s d e m a t r i z polimrica p u r a ( a m a r e l a ) f o r a m d i v i d i a s e m d u a s c a m a d a s d e e l e m e n t o s f i n i t o s e m s u a s e s p e s s u r a s . J a s c a m a d a s de fibra/ matriz (cor-de-laranja) foram divididas, tipicamente, e m 5 c a m a d a s d e elementos finitos e m suas espessuras.
51
AN
ELEMEOTS MAT NUM
NOV
F i g u r a 2 9 : IVlalha d e e l e m e n t o s f i n i t o s A s regies d e c o n t a t o e n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o s c i l i n d r o s so m u i t o i m p o r t a n t e s j q u e n e s t a s regies o c o r r e u m a alta variao d o g r a d i e n t e d e tenses. Conseqentemente, e s s a s regies t i v e r a m s u a s m a l h a s d e e l e m e n t o s f i n i t o s m a i s r e f i n a d a s . A F i g u r a 3 0 ilustra a m a l h a d e e l e m e n t o s finitos u t i l i z a d a na regio d o s u p o r t e . i m p o r t a n t e l e m b r a r q u e o c o n t a t o e n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o s c i l i n d r o s d e s u p o r t e e c a r r e g a m e n t o f o i r e p r e s e n t a d o p o r e l e m e n t o s finitos d e contato C O N T A I 72 e T A R G E 1 6 9 , onde a superfcie c o n t a t o ( C O N T A I 72)
52
F i g u r a 3 0 ; M a l h a d e e l e m e n t o s finitos n a regio d o s u p o r t e
O e s t u d o d e c o n t a t o e n t r e geometras, distribuio d e presso, tenses e deformaes d e c o n t a t o s cilndricos r e l a t i v a m e n t e c o m p l e x o . Derivaes d e equaes d e s t e s c a s o s esto e n t r e o s e x e m p l o s m a i s c o m p l e x o s d a t e o r i a d a e l a s t i c i d a d e . A s equaes p a r a a rea d e c o n t a t o , deformao, distribuio d e presso e tenses d e c o n t a t o entre dois corpos c o m carga esttica f o i
53
Onde: El =10500 M P a
vi = 0,3
E2 = 2 0 3 4 0 0 M P a
V2=0,3
F i g u r a 3 1 : M a l h a r e f i n a d a n a regio d o c o n t a t o
54
N a F i g u r a 3 1 s e n o t a q u e a regio d e c o n t a t o a p r e s e n t a a l g u n s e l e m e n t o s m u i t o rgidos n a transio d a m a l h a m a i s r e f i n a d a p a r a a m a l h a m a i s g r o s s e i r a . E s s e s e l e m e n t o s m u i t o rgidos, q u e c a u s a m distoro n o s r e s u l t a d o s , s e r i a m inaceitveis p a r a e l e m e n t o s l i n e a r e s . N o e n t a n t o , i m p o r t a n t e l e m b r a r , q u e o e l e m e n t o P L A N E I 8 3 t e m 8 ns e u m g r a u a m a i s n a formulao (parablica), permitindo resultados s e m erro m e s m o c o m malhas mais irregulares. C o m o pelo ensaio d e ILSS observou-se q u e a falha s e deu e m u m a d a s c a m a d a s centrais d o l a m i n a d o e no n a s c a m a d a s s u p e r f i c i a i s , ento b e m provvel q u e a tenso concentrada n a regio d e c o n t a t o c a u s a a p e n a s u m a falha extremamente
l o c a l i z a d a e p e q u e n a q u e no l e v a a f a l h a g l o b a l d o l a m i n a d o .
N a F i g u r a 3 1 tambm esto r e p r e s e n t a d o s o s e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o . A superfcie d e c o n t a t o d o c o r p o - d e - p r o v a f o i r e p r e s e n t a d a p o r e l e m e n t o s finitos a l v o d e c o n t a t o T A R G E 1 6 9 , e n q u a n t o a superfcie d e c o n t a t o d o cilindro d e c a r r e g a m e n t o , p o r e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o C O N T A I 7 2 . O s e l e m e n t o s finitos C O N T A I 7 2 e T A R G E 1 6 9 so r e p r e s e n t a d o s , n a F i g u r a 3 0 p o r l i n h a s c o r - d e l a r a n j a , m u i t o sutis, n a s superfcies d e c o n t a t o d o c o r p o - d e - p r o v a e d o cilindro d e suporte.
5.8
A F i g u r a 3 1 . a ilustra o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s t i p i c a m e n t e u s a d o e m u m l a m i n a d o m u l t i c a m a d a s d e c o m p r i m e n t o L, l a r g u r a 2 . b e e s p e s s u r a 2 . H . A o r i g e m do sistema d e coordenadas localiza-se n o centro d o laminado, conforme ilustram as Figuras 31.a e 31.b. O eixo X paralelo a o comprimento L d o laminado, o eixo Y paralelo largura 2.b d o laminado e o eixo Z paralelo espessura 2 . H d o l a m i n a d o . A orientao d a s tenses e d e s l o c a m e n t o s d e u m l a m i n a d o p o d e s e r c o m p r e e n d i d a a partir d o d i a g r a m a d e c o r p o livre a p r e s e n t a d o n a F i g u r a 3 2 . c . S e c o m p a r a d o a o d i a g r a m a d o c o r p o livre , o p l a n o x y d o m o d e l o p l a n o d e e l e m e n t o s finitos d o p r e s e n t e e s t u d o c o r r e s p o n d e a o p i a n o x z , p a r a l e l o a o c o m p r i m e n t o L representado Figura 3 2 . a . Conseqentemente, a s tenses cisalhantes de
55
O p r o g r a m a A N S Y S t e m u m a i n t e r f a c e grfica n a q u a l possvel v i s u a l i z a r d i f e r e n t e s c o m a n d o s e n t r a d o s p e l o usurio. A visualizao d e s s e s c o m a n d o s , e m f o r m a grfica, t i p i c a m e n t e d e n o m i n a d a p o r usurios d e p r o g r a m a s d e anlise p o r e l e m e n t o s finitos d e " p i o t a g e m " ; t e r m o o r i g i n a d o d a p a l a v r a e m ingls p/of. D o r a v a n t e , o t e r m o " p i o t a g e m " ser utilizado p a r a referir-se a e s s e s grficos. E x i s t e m p l o t a g e n s disponveis a p e n a s n a f a s e d e pr-processamento, c o m o a visualizao d a g e o m e t r i a d o m o d e l o , d a s condies d e c o n t o r n o , d a m a l h a d e e l e m e n t o s , e n t r e o u t r o s . J n a f a s e d e ps-processamento, possvel g e r a l p l o t a g e n s d o s r e s u l t a d o s d a anlise, c o m o tenses r e s u l t a n t e s , d e s l o c a m e n t o s , foras d e reao, e n t r e o u t r o s .
56
AN
MOV 2 2007 20:26:14 PLOT NO. 7
.188724 -.164537
-.14035 -.116164
.091977 -.06779
-.043604 -.019417
.00477 .028957
Figura 33: D e s l o c a m e n t o s e m y E m s e g u i d a , f o r a m t i r a d a s a s p l o t a g e n s c o m a s tenses d e c i s a l h a m e n t o S x y . P a r a u m a m e l h o r visualizao d e s s a s tenses d e c i s a l h a m e n t o , f o r a m f e i t a s linearizaes d e tenses e m d i f e r e n t e s sees d o m o d e l o a o l o n g o d a e s p e s s u r a e a o longo do comprimento, conforme mostra a Figura 3 4 .
A linearizao d e tenses o n o m e d a d o a u m a f e r r a m e n t a b a s t a n t e til d o p r o g r a m a A N S Y S d e e l e m e n t o s finitos p a r a visualizao d o s r e s u l t a d o s n o d a i s d e m o d e l o s q u e u s a m e l e m e n t o s finitos slidos. Isso p o r q u e , e m e l e m e n t o s finitos slidos, possvel v i s u a l i z a r a distribuio d e tenses e d e deformaes, m a s difcil v i s u a l i z a r a variao e a s tenses e deformaes mdia e d e flexo. Atravs da linearizao d e tenses, o usurio d o p r o g r a m a p o d e s e l e c i o n a r u m " c a m i n h o " d e ns n o m o d e l o n o q u a l o p r o g r a m a A N S Y S f o r n e c e u m grfico q u e r e p r e s e n t a
57
o s v a l o r e s d e tenso o u d e deformao e m funo d a distncia a o l o n g o d e s t e " c a m i n h o " . D e s t a m a n e i r a , o s v a l o r e s d e tenso o u d e deformao n a q u e l a seo s e l e c i o n a d a f i c a m c l a r a m e n t e i l u s t r a d o s n o grfico. N o grfico f o r n e c i d o p e l a linearizao d e tenses, trs c u r v a s d e tenses o u deformao so i l u s t r a d a s a o l o n g o d o " c a m i n h o " . A c u r v a v e r m e l h a r e p r e s e n t a a s tenses totais a o l o n g o d o " c a m i n h o " s e l e c i o n a d o , a c u r v a a z u l r e p r e s e n t a a tenso mdia a o l o n g o d o " c a m i n h o " e a c u r v a r o x a r e p r e s e n t a a s tenses mdia m a i s flexo a o l o n g o d o "caminho". Na presente anlise p o r e l e m e n t o s finitos planos, a s tenses
r e s u l t a n t e s d e i n t e r e s s e so quelas d e c i s a l h a m e n t o t o t a l , r e p r e s e n t a d a s p e l a c u r v a v e r m e l h a n o s grficos a d i a n t e .
A linearizao a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o , d e n o m i n a d a L O N G M I D f o i feita j u s t a m e n t e n a c a m a d a d o m e i o , d e m a t r i z polimrica, p a r a m e l h o r ilustrar a distribuio d a tenso c i s a l h a n t e n a direo l o n g i t u d i n a l d o c o r p o - d e - p r o v a . N a s linearizaes atravs d a espessura, importante notar q u e a s sees
58
IW3MID
TRANS v\
BGRDA
F i g u r a 3 4 : C a m i n l i o s d a s linearizaes d e tenses
A partir d o grfico d e distribuio d e tenses c i s a l t i a n t e s d o c a m i n h o " L O N G M I D " , d e t e r m i n o u - s e a o l o n g o d o c o m p r i m e n t o , q u a l a seo t r a n s v e r s a l n o c o r p o - d e - p r o v a n a q u a i a tenso c i s a l h a n t e mxima. A partir d e s s e d a d o (I = 4 , 0 5 m m ) foi s e l e c i o n a d a a seo " T R A N S \ / 2 " p a r a s e r feita linearizao.
59
NCDAL soimia, STEP=1 SUB =10 TIMEH1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX = . 1 8 8 7 2 4 Sm = - 2 4 0 . 4 7 5 SMX =2583
^^^^
-240.475 73.289
387.053 700.817
1015 1328
1642 1955
2270 2583
F i g u r a 3 5 : Distribuio d a tenso d e c i s a l t i a m e n t o , e m M P a
Na
Figura
3 5 , o smbolo
M X corresponde
ao ponto
d e tenso d e
c o n c e n t r a d a s , q u e p r e j u d i c a m a visualizao d a distribuio d e tenses d e c i s a l h a m e n t o a o l o n g o d a e s p e s s u r a d o c o r p o - d e - p r o v a . C o m o e s s a s tenses so e x t r e m a m e n t e altas, c h e g a n d o a 2 5 8 3 M P a n o p o n t o d e aplicao d a c a r g a d e compresso, no possvel v e r i f i c a r a f a i x a d e variao d e tenses n a regio f o r a da perturbao. P a r a contornar esse problema, as camadas superiores e
60
NCDL SOLUTIOSI STEE ^l SB =10 TIME=1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX = . 1 8 8 7 2 4 sm =-40.338 SMX = 9 5 . 4 8
AN
2 2007 20:22:53 PLOT NO. 2 NOV
-40.338 -25.247
-10.156 4.935
20.025 35.116
50.207 65.298
80.389 95.48
N o t a - s e u m a tenso d e c i s a l h a m e n t o mxima d e 9 5 , 5 M P a n o p o n t o d e aplicao d a c a r g a e u m a tenso d e - 4 0 , 3 M P a . A diferena d e sinais significa que o s cisalhamentos nessas camadas ocorrem e m sentidos opostos.
61
2 2007 20:24:31
4
PLOT NO.
TIME^1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX =.188724 SMN =-40.338 SMX =35.48
1 ^
-40.338
-25.247
-10.156
4.935
20.025
35.116
50.207
65.298
80.389
95.48
62
N A L SOLTICN _ , STT^E^l SUB = 1 0 TIM&=1089 SXY (AVG) RSYS=0 DMX = . 1 8 8 7 2 4 SMSI = - 2 5 . 6 7 3 SMX = 8 0 . 6 8 8
AN
2 2007 20:24:55 PI j OT no . 5 NOV
m.
-25.673 -13.855
-2.037 9.781
21.599 33.417
45.234 57 . 0 5 2
68.87 80.688
63
AN
PTl STEf^l SUB =10 T1ME=1089 SECTICN PLOT NCD1=323 1MCD2=336
SXY 69.614 62.039
m
0)
4-1
C (0 to O g
-6.118 2.7 1.35 4.05 5.4 6.75 8.1 9.45 12.15 13.5
Distancia
(mm)
Nota-se
que a
curva
de
tenso
cisalhante
total
no
apresenta
A partir d e s t e grfico d e linearizao d e tenses n o c o m p r i m e n t o e a partir d a p i o t a g e m d a F i g u r a 3 6 , n o t a - s e q u e o c a m p o d e tenso c i s a l h a n t e mxima e n c o n t r a - s e e n t r e a aplicao d a fora e o a p o i o . J u s t a m e n t e p o r e s t e m o t i v o , f o r a m s e l e c i o n a d a s a s sees " T R A N S V 1 " e " T R A N S V 2 " p a r a s e r e m a n a l i s a d a s c o m m a i s ateno q u a n t o s tenses d e c i s a l h a m e n t o .
64
A seo " T R A N S V 1 " est a u m a distncia l i o r i z o n t a l d e 2 , 3 m m d o c e n t r o d o c o r p o - d e - p r o v a , e a seo " T R A N V 2 " est a u m a distncia h o r i z o n t a l d e 4 , 7 m m do centro do corpo-de-prova.
A seo " B O R D A " foi s e l e c i o n a d a c o m o c a m i n h o d e linearizao d e tenses, a p e s a r d e a p r e s e n t a r tenses c i s a l h a n t e s m u i t o b a i x a s , p o r q u e d e p o i s d e feito o t e s t e I L S S , a s e x t r e m i d a d e s d o c o r p o - d e - p r o v a so j u s t a m e n t e a s regies e m q u e o c o r r e a delaminao e n t r e c a m a d a s , c o n f o r m e n o t a - s e n a F i g u r a 40 .
F i g u r a 4 0 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S (foto m a c r o )
65
F i g u r a 4 1 : c o r p o - d e - p r o v a aps f a l h a p o r I L S S ( a u m e n t o 4 0 x )
POSTl STEP=1 S U B =10 TIME=1089 SECTICN PLOT NCD1=19454 N2=21340 SXY STRESS GLCBL
M E M + B E I O '(5 TTTTAI, I
H (t
VI
Q ) O
Cf)
Q )
2.094 2.443
2.792 3.141
3.487
D i s t a n c i a (mm)
c i s a l h a n t e p r o p r i a m e n t e dita. A curva " M E M B R A N E " c o r r e s p o n d e tenso d e c i s a l h a m e n t o mdia n a seo; e a c u r v a " M E M + B E N D " c o r r e s p o n d e tenso d e c i s a l h a m e n t o mdia s o m a d a tenso d e c i s a l h a m e n t o d e flexo. D e s t a m a n e i r a , a c u r v a " M E M B R A N E " reta c o n s t a n t e ; a c u r v a " M E M B + B E N D " r e t a ; e a
66
m
QJ
2.094 2.443
2.792 3.141
3.487
Distancia (mn)
N o grfico a c i m a , o e i x o x c o r r e s p o n d e distncia, atravs d a e s p e s s u r a , o n d e z e r o a f a c e inferior d o c o r p o - d e - p r o v a . O e i x o y c o r r e s p o n d e a o v a l o r d a s tenses c i s a l h a n t e s , e m M P a . A c u r v a " M E M B R A N E " c o r r e s p o n d e tenso d e cisalhamento mdia; a curva "MEM+BEND" corresponde tenso de
c i s a l h a m e n t o mdia s o m a d a tenso d e c i s a l h a m e n t o d e flexo; e a c u n / a " T O T A L " c o r r e s p o n d e tenso d e c i s a l h a m e n t o t o t a l . N a seo " T R A N S V 2 " , a tenso d e c i s a l h a m e n t o mxima e n c o n t r a d a f o i d e 6 6 , 2 M P a .
67
POSTl STEP=1 SB =10 T1ME^1089 SECTIOM PLOT NCD1=501 NCD2=10153 SXY STRESS GLCBL MEM+BHC) "O
AN
OCT 31 2007 12:45:14 PLOT ND. 4
RirrAL
^
4-)
ta
Q) O
E-I
-.193 .698 .349 1.047 1.396 1.745 2.094 2.443 2.792 3.141 3.487
Distancia (mm)
Apesar de apresentarem
v a l o r e s mximos d e tenso c i s a l h a n t e b e m
prximos d o v a l o r d o t e s t e d e 7 2 M P a , p o u c o s e n o t a a diferena n a s tenses c i s a l h a n t e s n a s regies e n t r e c a m a d a s (epxi p u r o ) n o s grficos d e linearizao d e tenses c i s a l h a n t e s x y n a F i g u r a 4 2 e F i g u r a 4 3 . N o e n t a n t o , n a linearizao d a b o r d a d o c o r p o - d e - p r o v a , a diferena e n t r e a s tenses n a s regies c o m f i b r a e n a s regies c o m m a t r i z p u r a b e m c l a r a .
linearizao
d a seo
"BORDA"
ilustra
muito
b e m o efeito
da
delaminao, c o n f o r m e m o s t r a a F i g u r a 4 4 . J u s t a m e n t e p o r a p r e s e n t a r g r a n d e s deformaes, e s s a seo a p r e s e n t a tenses c i s a l h a n t e s b a i x a s , i n t e r e s s a n t e n o t a r n a F i g u r a 4 4 q u e o nmero d e p i c o s n o grfico o m e s m o nmero d e c a m a d a s d o c o r p o - d e - p r o v a ( 2 2 c a m a d a s ) . O s p i c o s c o r r e s p o n d e m s tenses n a s c a m a d a s c a r b o n o / epxi, e o s v a l e s , s tenses n a s c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s d e m a t r i z polimrica.
68
5.9
O p r i m e i r o m o t i v o a s i m p l i c i d a d e d o e l e m e n t o . O e l e m e n t o finito d e c a s c a exige menos t e m p o e custo d e processamento e permite modelos b e m mais s i m p l e s d o q u e a q u e l e s slidos. A o r e p r e s e n t a r u m e q u i p a m e n t o g r a n d e , o e l e m e n t o finito d e c a s c a l e v a r i a m u i t o m e n o s t e m p o d e m o d e l a g e m e d e processamento.
U m s e g u n d o m o t i v o o e v e n t u a l fenmeno d e t r i d i m e n s i o n a l i d a d e d o c o r p o - d e - p r o v a , o u s e j a , o no e s t a d o p l a n o d e tenses. T r a b a l h o s tericos d e K e d w a r d p r e v i r a m u m a variao d a s tenses c i s a l h a n t e s atravs d a l a r g u r a d o m a t e r i a l , c o m p i c o s n a s b o r d a s d a c h a p a d e t e s t e ( K E D W A R D , 1 9 7 2 ) . Isso s i g n i f i c a q u e o s c o r p o s d e p r o v a so, n a v e r d a d e , t r i d i m e n s i o n a i s , c o m tenses v a r i a n d o atravs d o c o r p o - d e - p r o v a d o tipo v i g a . L o g o , o e s t a d o p l a n o d e tenses no p o d e s e r i n t e r p r e t a d o a d e q u a d a m e n t e p o r m e i o s d a t e o r i a d e v i g a clssica.
modelo
tridimensional
representa
o corpo-de-prova
d e compsito
c a r b o n o / epxi c o m e l e m e n t o finito d e c a s c a e m c a m a d a s (layered) " S H E L L 9 9 " . O p i n o d e s u p o r t e , c o m p r o p r i e d a d e s d o ao c a r b o n o , f o i r e p r e s e n t a d o c o m e l e m e n t o s finitos slidos t r i d i m e n s i o n a i s " S O L I D 4 5 " . E n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o pino d e suporte, f o r a m acrescentados elementos finitos d e contato " T A R G E T 1 6 9 " e " C O N T A I 75".
estruturais
c o m p o s t o s d e vrias c a m a d a s . O e l e m e n t o finito S H E L L 9 9 t e m 6 g r a u s d e l i b e r d a d e e m c a d a n: translaes d o n e m x, y e z e rotao d o n n o s e i x o s x , y e z. A F i g u r a 4 5 ilustra o s e l e m e n t o s finitos quadrtico e t r i a n g u l a r e o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S : TUTORIAL, 2006) (ANSYS
69
K.L.O
Inferior
F i g u r a 4 5 : E l e m e n t o finito d e c a s c a m u l t i c a m a d a s S H E L L 9 9
Na Figura 4 5 t e m - s e : Sistema d e coordenadas esquerda = sistema d e coordenadas global (diferente daquele d o elemento) X |j = eixo X d o e l e m e n t o , c a s o o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s no seja i n f o r m a d o p e l o usurio X = eixo X d o elemento, caso o sistema d e c o o r d e n a d a s seja informada p e l o usurio L N = Nmero d a c a m a d a N L = Nmero t o t a l d e c a m a d a s
70
O p r o g r a m a p e r m i t e q u e o usurio s e l e c i o n e o critrio d e f a l h a . O p r o g r a m a o f e r e c e c o m o opes o critrio d e f a l h a p o r deformao mxima, p o r tenso mxima, o critrio d e f a l h a d e Tsai-Hill o u a l g u m o u t r o critrio d e f a l h a q u e o usurio d e s e j e .
S O L I D 4 5 : Este e l e m e n t o finito u s a d o p a r a m o d e l o s t r i d i m e n s i o n a i s d e e s t r u t u r a s slidas. O e l e m e n t o finito S O L I D 4 5 d e f i n i d o p o r 8 ns c o m 3 g r a u s d e l i b e r d a d e e m c a d a u m d e l e s : translaes d o n e m x, y e z. O e l e m e n t o p e r m i t e p l a s t i c i d a d e , fluncia, g r a n d e s deformaes e g r a n d e s d e s l o c a m e n t o s . A F i g u r a 4 6 ilustra o s e l e m e n t o s finitos quadrtico, prismtico e tetradrico e o s i s t e m a d e coordenadas q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S : (ANSYS
TUTORIAL, 2006)
S i s t e m a de Coordenadas do E l e m e n t o
(/f^ y
Elemento Prismtico
F i g u r a 4 6 : E l e m e n t o f i n i t o slido t r i d i m e n s i o n a l S O L I D 4 5
C O N T A I 7 5 : E s s e e l e m e n t o finito u s a d o p a r a r e p r e s e n t a r a superfcie d e c o n t a t o e n t r e d u a s superfcies. N o m o d e l o d o p r e s e n t e e s t u d o , o e l e m e n t o finito C O N T A I 7 5 c o r r e s p o n d e regio d e c o n t a t o d o s c i l i n d r o s d e c a r g a e s u p o r t e . E s t e e l e m e n t o aplicvel e m e s t r u t u r a s d e o u d u a s o u trs dimenses. A F i g u r a 4 7 ilustra o s e l e m e n t o s f i n i t o s quadrtico e t r i a n g u l a r e o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a s q u e o r i e n t a o e l e m e n t o finito n o p r o g r a m a A N S Y S :
COMISSO DE ^:m-^y f;:XLEAR/SP-rpE^
71
i
0 CONTAI 76 Normal do alvo
CONTAI 75
F i g u r a 4 7 : e l e m e n t o finito d e c o n t a t o C O N T A I 7 5
As
principais
direes so c o m p u t a d a s
n a superfcie a l v o e, ento,
p r o j e t a d a s n o n d o e l e m e n t o finito d e c o n t a t o . A p r i m e i r a direo p r i n c i p a l d e f i n i d a p e l a projeo d a p r i m e i r a direo d o s i s t e m a d e c o o r d e n a d a e s c o l h i d o s o b r e a superfcie a l v o . A s e g u n d a direo p r i n c i p a l d e f i n i d a t o m a n d o - s e u m p r o d u t o v e t o r i a l d a p r i m e i r a direo p r i n c i p a l e a n o r m a d o a l v o . E s s a s direes tambm p e r m i t e m rotaes d e c o r p o rgido d o e l e m e n t o finito d e c o n t a t o p a r a m o d e l a r d e m a n e i r a c o r r e t a a dependncia d i r e c i o n a l d o atrito. necessrio q u e h a j a u m a e s c o l h a c u i d a d o s a d o s i s t e m a ( g l o b a l o u local) d e c o o r d e n a d a d e m a n e i r a q u e a p r i m e i r a direo d e s t e s i s t e m a e s t e j a d e n t r o d e 45 d a t a n g e n t e d a superfcie d e c o n t a t o . O e l e m e n t o finito C O N T A I 7 5 est a s s o c i a d o c o m o e l e m e n t o finito d e c o n t a t o a l v o T A R G E 1 6 9 p o r m e i o d e u m m e s m o c o n j u n t o d e constantes reais. Constantes reais c o r r e s p o n d e m a entradas de dados do
p r o g r a m a q u e c a r a c t e r i z a m o s e l e m e n t o s finitos, c o m o e s p e s s u r a , m o m e n t o d e inrcia, p r o p r i e d a d e s e m g e r a l . ( A N S Y S T U T O R I A L , 2 0 0 6 )
T A R G E T 1 6 9 : J d e f i n i d o n o i t e m 5 . 7 .
72
C o m o o p r o g r a m a p e r m i t e a p e n a s q u e s e d i v i d a o e l e m e n t o e m n o mximo 20 camadas, e o corpo-de-prova possui 4 4 camadas (22 c o m 0,146 d e espessura c o m a s p r o p r i e d a d e s c a r b o n o / epxi e 2 2 c o m 0 , 0 1 3 2 6 m m d e e s p e s s u r a c o m a s propriedades d a matriz polimrica), ento, f o i feita u m a aproximao n a
m o d e l a g e m . D e n t r e a s 2 2 , a s 6 c a m a d a s inferiores f o r a m r e p r e s e n t a d a s p o r u m a nica d e 1 , 1 0 0 3 8 m m d e e s p e s s u r a a p r o x i m a d a m e n t e c o m a s p r o p r i e d a d e s c a r b o n o / epxi. A s 8 c a m a d a s s e g u i n t e s , n a regio c e n t r a l d o compsito, f o r a m modeladas c o m o detalhamento d e 0,146 d e espessura c o m as propriedades c a r b o n o / epxi e 0 , 0 1 3 2 6 m m d e e s p e s s u r a c o m a s p r o p r i e d a d e s d a m a t r i z polimrica. E, f i n a l m e n t e , a s 7 c a m a d a s s u p e r i o r e s f o r a m r e p r e s e n t a d a s p o r u m a nica d e 1 , 1 1 3 m m d e e s p e s s u r a aproximadamente c o m as propriedades
c a r b o n o / epxi. E s s a aproximao f o i feita j u s t a m e n t e p o r q u e a regio c e n t r a l d o compsito a q u e l a d i s t a n t e a s regies d e perturbao ( c o n t a t o e n t r e p i n o s d e c a r g a e d e s u p o r t e ) e o n d e a anlise a n t e r i o r m o s t r o u v a l o r e s d e tenso c i s a l h a n t e m a i s prximos d o e x p e r i m e n t a l .
m u i t o i m p o r t a n t e q u e a c a m a d a s u p e r i o r e c a m a d a inferior t e n h a m p r o p r i e d a d e s mecnicas d o c a r b o n o + epxi, u m a v e z q u e so regies e m contato c o m o pino d e carregamento e pinos d e contato. Por este motivo, existe u m a p e q u e n a diferena e n t r e a s e s p e s s u r a s d a s c a m a d a s s u p e r i o r e inferior; a distribuio d a s c a m a d a s f o i feita j u s t a m e n t e d e m a n e i r a q u e o s e l e m e n t o s d e contato c o m o s pinos f o s s e m elementos c o m propriedades diferentes d a s d o epxi p u r o .
73
T a b e l a 5: C a m a d a s d o e l e m e n t o finito d e c a s c a C a m a d a N L a y r N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Total Espessura [mm] 1.11364 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 0.14583 0.01326 1.10038 3.5 Material c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi epxi c a r b o n o / epxi
A s p r o p r i e d a d e s d o c a r b o n o / epxi, d o epxi e d o ao c a r b o n o ( p i n o d e s u p o r t e ) so a q u e l a s d a T a b e l a 3.
O p i n o d e s u p o r t e , c o m p r o p r i e d a d e s d o ao c a r b o n o , f o i r e p r e s e n t a d o c o m e l e m e n t o s f i n i t o s slidos t r i d i m e n s i o n a i s " S O L I D 4 5 " . E n t r e o c o r p o - d e - p r o v a e o p i n o d e s u p o r t e , f o r a m a c r e s c e n t a d o s e l e m e n t o s finitos d e c o n t a t o " T A R G E T 1 6 9 " e " C O N T A I 7 2 " . O carregamento d e ruptura d o ensaio d e ILSS d e 2 1 7 8 N foi a p l i c a d o e m f o r m a d e presso n u m a rea q u e c o r r e s p o n d e l a r g u r a d o c o r p o - d e -
74
prova X largura calculada anteriormente pela teoria d e Hertz (0,24 m m ) . O m o d e l o representa da geometria, aproveitando o plano d e simetria yz.
A F i g u r a 4 8 ilustra o m o d e l o d e e l e m e n t o s finitos, a m a l t i a d e e l e m e n t o s finitos e o c a r r e g a m e n t o . A F i g u r a 4 9 tambm ilustra o m o d e l o , n u m a vista f r o n t a l , m o s t r a n d o a s condies d e c o n t o r n o . A F i g u r a 5 0 m o s t r a a p e n a s o s e l e m e n t o s finitos q u e f o r m a m o c o r p o - d e - p r o v a , c o m e s p e s s u r a e m e s c a l a , m o s t r a n d o a s camadas consideradas.
AN
75
ELEMENTS MAT
PRES 1396
AN
APR 29 2007 15:39:26 PLOT ND. 4
NUM
AN
ELEMEI-JTS MftT HUM APR 29 2007 15:38:30 PIOT ND. 2
F i g u r a 5 0 : E l e m e n t o s finitos d o c o r p o - d e - p r o v a
76
STEP=1
^ ^ ^ ^
APR 2 ^ ^ 0 0 7 19:31:42
SB = 1 0
TIME>1089 (A^A^) P3YS=0 CHX''^. 187415 SMJ = - . 4 1 9 E - 0 3 SMX = 7 6 . 1 0 2
^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
^
PLCRR WD.
^
20
^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
^"^^"IvnP^^f li4rALiiji1
AVRES=Mat
-.419E-03
IP 911
50.735
F i g u r a 51 : Distribuio d a s tenses c i s a l h a n t e s x z e m t o d o c o r p o - d e - p r o v a ( M P a )
p o r t a n t o , tenses n a s superfcies inferior, mdia e s u p e r i o r , f o i feito, p a r a u m a m e l h o r visualizao, f o i feito u m grfico c o m o s v a l o r e s d a s tenses c i s a l h a n t e s mximas e m c a d a u m a d a s superfcies d e c a d a u m a d a s c a m a d a s d o m o d e l o .
A s c a m a d a s (LAYR) 1 e 1 9 f o r a m excludas d o grfico p o r q u e p o s s u e m , p o r aproximao, p r o p r i e d a d e s d o c a r b o n o / epxi, s e m c o n s i d e r a r a s f i n a s c a m a d a s i n t e r l a m i n a r e s d e m a t r i z polimrica. D e s t a m a n e i r a , o grfico foi p l o t a d o a partir d a c a m a d a 2 a 1 8 d o m o d e l o d e e l e m e n t o s f i n i t o s , o u s e j a , a s c a m a d a s m a i s c e n t r a i s d o c o r p o - d e - p r o v a q u e c o m p r e e n d e m a s distncias l i n e a r e s e n t r e 1,127 m m e 2 , 8 6 4 m m a o l o n g o d a e s p e s s u r a , o r i e n t a d a s d a c a m a d a s u p e r i o r
77
Espessura
E E 2
1.931 1.827
(MPa)
F i g u r a 5 2 : Grfico tenso c i s a l h a n t e x e s p e s s u r a
a s regies c o m fibra d e c a r b o n o
a p r e s e n t a m tenses b e m m a i o r e s , e n t r e 6 6 e 7 6 M P a .
U m d o s m o t i v o s p e l a q u a l f o i feita e s s a anlise f o i v e r i f i c a r s e h variao d a tenso c i s a l h a n t e atravs d a e s p e s s u r a . C o n s i d e r a n d o - s e a s p l o t a g e n s d a s tenses c i s a l h a n t e s n a s 1 9 c a m a d a s d o m o d e l o , t o d a s a p r e s e n t a r a m tenso c o n s t a n t e atravs d a l a r g u r a . P o r t a n t o , o fenmeno v e r i f i c a d o K e d w a r d ( 1 9 7 2 ) no f o i v e r i f i c a d o nessa anlise. A F i g u r a 53 abaixo mostra a s tenses
78
AN
PIjOT ND. 21
A P R 29 2007 19:42:12
-.146252
LM
2.838
4 ^
5.823 7.315
8.807 10.299
11.791 13.284
79
Tabela 6: Resultados Carga Aplicada [N] Tenso Cisalhante [MPa] 2178 Mtodo Experimental 72 Erro Mtodo Numrico (modelo plano) 66.2 8.1% Mtodo Numrico (modelo 3-D) 76.0 5.6%
A resistncia a o c i s a l h a m e n t o e n t r e c a m a d a s d e u m m a t e r i a l compsito d e e x t r e m a importncia p o i s p o d e d e t e r m i n a r a s u a resistncia f a l h a , m e s m o q u e o compsito s e j a feito b a s e d e f i b r a s d e timas p r o p r i e d a d e s mecnicas, c o m o a fibra d e c a r b o n o , o b j e t o d e e s t u d o . D e n t r e o s m e c a n i s m o s d e f a l h a e m u m m a t e r i a l compsito, delaminao ( r o m p i m e n t o n a i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s devido a o cisalhamento d a c a m a d a interiaminar) bastante c o m u m , portanto, o presente estudo d e grande proveito.
80
O o b j e t i v o d a dissertao d e v a l i d a r o mtodo numrico d o s e l e m e n t o s finitos p a r a e s t i m a r a resistncia a o c i s a l h a m e n t o d a i n t e r f a c e e n t r e c a m a d a s d e u m compsito polimrico d e fibra d e c a r b o n o a partir d o t e s t e I L S S foi alcanado.
C o m o p r o p o s t a p a r a f u t u r o s e s t u d o s , s e r i a i n t e r e s s a n t e realizar o u t r o s e n s a i o s d e I L S S , d e s t a v e z c o m d i f e r e n t e s l a m i n a d o s ( d i f e r e n t e s orientaes d e fibra, o u d i f e r e n t e s nmeros d e c a m a d a s , p o r e x e m p l o ) p a r a verificar s e o m o d e l o numrico d e e l e m e n t o finito d e c a s c a t r i d i m e n s i o n a l p a r a r e p r e s e n t a r o e n s a i o continua apresentando resultados prximos queles experimentais. Desta
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