Trabalho - Axiomas de Ordem
Trabalho - Axiomas de Ordem
Trabalho - Axiomas de Ordem
e -
= = =
A B C
r C B A r
C B C A B A
C B A
* *
, , :
, ,
* *
Obs.: O termo A * B * C, em todos os momentos citados significar que o
ponto B est entre os pontos A e C.
2.2 Axioma de Ordem 2
Dados trs pontos distintos de uma reta, um e somente um deles est entre os
outros dois.
A * B * C
B * C * A
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C * A * B
Obs.: Este axioma assegura que uma reta no um circulo, onde no
temos a noo bem clara de um ponto estar entre outros dois.
2.3 Axioma de Ordem 3
Dados dois pontos distintos B e D, existem pontos A, C e E pertencentes reta
contendo B e D, tais que A * B * D, B * C * D e
B * D * E.
A * B * C
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B * C * D
B * D * E
Obs.: Este axioma assegura que uma reta possui infinitos pontos. Tambm
garante que no h saltos, assim como distinguir segmento de reta.
2.4 Definio 1 (Segmento de Reta)
Sejam dois pontos distintos A e B, o segmento AB o conjunto de todos os
pontos entre A e B mais os pontos extremos A e B.
2.5 Definio 2 (Semirreta)
A semirreta com origem em A e contendo B o conjunto dos pontos C tais que A *
B * C mais os segmentos AB, sendo representando por S
AB
.
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2.6 Proposio 1
Para quaisquer dois pontos A e B, tm-se:
a) S
AB
U S
BA
= reta determinada por A e B
m S S
BA AB
c e
BA AB
S S m c
Demonstrao Seja m a reta determinada por A e B. Da definio de
semirreta, segue imediatamente que m S S
BA AB
c .
Se um ponto C pertence reta m, ento o Axioma de Ordem 2 implica somente
em trs alternativas:
- A * C * B (C pertence ao segmento AB).
- C * A * B (C pertence semirreta S
BA
).
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- A * B * C (C pertence semirreta S
AB
).
Em qualquer caso, C pertence a
BA AB
S S . Por hiptese o ponto C pertence
reta m, ento
BA AB
S S m c . Logo m S S
BA AB
= .
b) AB S S
BA AB
= .
Demonstrao Seja AB Ce . Pela definio de semirreta com origem no
ponto A passando por B, sabemos que
AB
S AB c , portanto
AB
S Ce . Como AB = BA,
BA Ce . De maneira anloga,
BA
S BA c , fazendo
BA
S Ce . Ento temos que
BA
S Ce
e
AB
S Ce , portanto
BA AB
S S AB C c e .
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2.7 Definio 3 (Semiplano)
Seja uma reta m. Dois pontos distintos fora de m, A e B, esto em um mesmo
lado da reta m SE o segmento AB no a intercepta, caso contrario, A e B esto em
lados opostos de m. O conjunto dos pontos de m e dos pontos C tais que A e C esto
em um mesmo lado da reta m chamado de semiplano determinado por m contendo
A, ou seja, P
mA
.
2.8 Axioma de Ordem 4
Para toda reta l e para quaisquer trs pontos A, B e C fora de l, tm-se:
a) Se A e B esto no mesmo lado de l e B e C esto no mesmo lado de l, ento A e C
esto no mesmo lado de l (Coisas iguais mesma coisa so iguais entre si).
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b) Se A e B esto em lado opostos de l e B e C esto em lados opostos de l, ento A
e C esto no mesmo lado de l.
2.9 Corolrio 1
Se A e B esto no mesmo lado de l e B e C esto em lados opostos de l, ento
A e C esto em lados opostos de l.
2.10 Proposio 2
Toda reta m determina exatamente dois semiplanos distintos cuja interseco
a reta m.
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Demonstrao
- Passo 1: Existe um ponto A fora da reta l.
(Proposio: Para todo ponto P existe pelo menos uma reta l que no passa por P).
- Passo 2: Existe um ponto O pertencente a l.
(Axioma de Incidncia 2: Em toda reta existe pelo menos dois pontos distintos).
- Passo 3: Existe um ponto B tal que A * O * B.
(Axioma de Ordem 3: Retas possuem infinitos pontos).
- Passo 4: Ento A e B esto em lados opostos de l, e l possui pelo menos dois lados.
- Passo 5: Seja C um ponto fora de l diferente de A e B. Se C e B no esto no mesmo
lado de l, ento A e C esto no mesmo lado de l. (Axioma de Ordem 4). Logo, o
conjunto dos pontos fora de l a unio dos semi-planos S
mA
e S
mB
.
- Passo 6: Se
mB mA
S S C e com m Ce , ento A e B esto do mesmo lado (Axioma de
Ordem 4); contradio com o Passo 4. Assim, se
mB mA
S S C e ento m Ce .
Portanto, m S S
mB mA
= .
2.11 Teorema 1 (Pasch)
Se A, B e C so pontos distintos e no colineares (no pertencem mesma
reta) e r qualquer reta interceptando AB em um ponto entre A e B, ento r tambm
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intercepta AC ou BC. Se C no est em r, ento r no intercepta ambos AC e BC (no
intercepta ao mesmo tempo).
Obs.: Euclides utilizou este Teorema sem prov-lo.
Demonstrao C pertence r ou no. Em caso afirmativo, segue a validade
da concluso, isto , C intercepta ambos os lados BC e AC. Consideraremos o caso
em que C no pertence r. Como A e B no pertencem r e r intercepta AB, segue
por definio que A e B esto em lados opostos r (Definio 3). Se C no pertence
r, ou C est do mesmo lado de A em relao r, ou no lado oposto de A em relao
r (Axioma de Ordem 4).
Se C e A esto do mesmo lado em relao r, ento C e B esto em lados
opostos em relao r. Isto significa que r intercepta BC e no AC. Se C e B esto do
mesmo lado em relao r, de modo anlogo concluso anterior, temos que r
intercepta AC, mas no BC.
Assim, em concluso a todas as hipteses para r, chegamos que r intercepta
um dos outros dois lados do tringulo.
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3. EXERCCIOS RESOLVIDOS
1) Prove que se A * B * C e B * C * D ento C pertence ao segmento AD.
Resoluo: Seja E um ponto que no pertence reta AB. Seja F um ponto da
reta CE, tal que F * E * C. Sendo AEC um tringulo e A * B * C (por hiptese), temos
que BF intercepta o segmento AE ou a reta CE. Como F * E * C, F no pode estar em
entre C e E. Dos dois fatos anteriores, segue-se que a reta BF tem que interceptar o
segmento AE (Teorema de Pasch). Considerando agora o tringulo BFC e a reta AE,
temos novamente do Teorema de Pasch que o ponto de interseco das retas AE e
BF est entre os pontos B e F. Chamemos de G este ponto de interseco.
Analogamente, prova-se que CF intercepta o segmento GD em algum ponto H.
Como H deve estar no segmento GD, e E no pertence ao segmento AG,
ento a reta EH ter um ponto em comum com o segmento AD (Teorema de Pasch
aplicado ao AGH). Assim, C est no segmento AD.
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2) Prove que se A * C * D e A * B * C, ento A * B * D e B * C * D.
Resoluo: Seja G um ponto no pertencente reta AB e F um ponto tal que B *
G * F. A reta CF no tem ponto em comum com AB, nem com BG. Assim, CF no tem
ponto em comum com AG. Como A * C * D e AGD um tringulo, temos do Teorema
de Pasch que CF intercepta GD em algum ponto H. Pelo mesmo modo, sendo BGD
um tringulo, segue-se que FH intercepta BD. Vemos assim que B * C * D e da
conclumos a veracidade da segunda afirmao. Das hipteses e da afirmao do
exerccio anterior, segue-se que A * B * D.
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3) Entre dois pontos distintos existe um infinidade de pontos.
Resoluo: Seja r uma reta e A e B dois pontos distintos dessa reta. Entre A e B
existe um ponto C, tal que A * C * B. Do mesmo modo, existe D tal que A * D * C.
assim, do exerccio anterior, segue-se que A* D * B, e consequentemente A, B, C, D
so pontos distintos de r. De maneira anlogo, pode-se afirmar que existe um ponto E
em r, tal que A * E * C e A* E * B, de forma que os pontos A, B, C, D, E so distintos e
pertencentes r. Continuando este mesmo raciocnio, podemos obter entre A e B um
conjunto infinito de pontos C, D, E... Como queramos demonstrar.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
SANTOS, Almir Rogrio Silva; VIGLIONI, Humberto Henrique de Barros. Geometria
Euclidiana Plana: Capitulo 1.4 Axiomas de Ordem. Pgs. 19 25.
Axiomas de Ordem. Disponvel em:
<http://pt.scribd.com/doc/54816298/50/Axiomas-de-ordem> Acesso em: 28 maio 2013.
PENEIREIRO, Joo Batista; SILVA, Maurcio Fronza. Geometria Plana e Desenho
Geomtrico: Captulo 2.2 Axiomas da Ordem. Pgs. 15 18.