ETEC - Hidráulica, Pneumática, Noções de Comandos Elétricos

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APOSTILA DE TSA - 2 TMPT E 2 TMPN - 1 SEM. 2012 - ETEC FERNANDO PRESTES prof. J.

. Antonio Hidrulica, Pneumtica, Noes de Comandos Eltricos, Eletropneumatica e Eletrohidraulica

SUMRIO: Assunto Noes bsicas de hidrulica Lei de Pascal Vantagens do acionamento hidrulico Fluidos Bombas Cavitao Reservatrio Presso Instrumentos indicadores Escoamento Acumulador de Presso Hidrulico Pneumtica Caractersticas do ar comprimido Transformao de temperatura Produo de ar comprimido Reservatrio de ar comprimido Tubulaes e conexes Unidade de conservao Elementos de trabalho Elementos de comando e regulagem Representao de seqncia de movimentos Esquemas de comando Converso pneumtica de sinais Noes de Comandos e Equipamentos eltricos Equipamentos de sada de sinal Componentes eltricos de Proteo Componentes eletromecnicos de manobra Diagramas de comando e simbologias Conversor de frequencia Motores eltricos Transformador eltrico Circuitos pneumticos tpicos Circuitos eletropneumticos Circuitos hidrulicos Exemplos de circuitos prticos Simbologias hidrulica, pneumtica e eltrica Formulas Tcnicas e Tabelas para clculos e Dimensionamentos pg 03 03 04 04 05 05 09 10 11 11 13 14 14 15 16 19 20 21 22 24 29 30 31 31 31 37 43 45 49 49 50 52 56 61 67 62 85

1 - Noes Bsicas de Hidrulica 1. Hidrulica: utiliza um lquido confinado (leo/gua) para transmitir movimento multiplicando foras. Para ganhar em fora, perde-se em deslocamento. Pelo fato de usar lquido praticamente incompressvel, a transmisso de movimentos instantnea. 1.1. Lei de Pascal: Pascal: se aplicarmos uma fora em uma rea (rolha) em lquido confinado, o resultado ser uma presso igual em todas as direes.

F = Fora (Kgf) P = Presso (Kgf/cm)

rea da Circunferncia:

A = 0,7854 x d
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A = rea (cm)

1.2. Vantagens do acionamento hidrulico: - Velocidade varivel atravs da vlvula reguladora de fluxo; - Reversibilidade atravs da vlvula direcional; - Parada instantnea atravs da vlvula direcional; - Proteo contra sobre carga atravs da vlvula de segurana ou limitadora de presso; - Dimenses reduzidas 1.3. Fluido definido como sendo qualquer lquido ou gs. Entretanto, em hidrulica, refere-se ao lquido utilizado como meio de transmitir energia (leo ou gua). 1.3.1. Funes do fluido hidrulico: - Transmitir energia; - Lubrificar peas mveis; - Vedar folga entre essas peas mveis; - Resfriar ou dissipar calor; - Limpar o sistema. 1.3.2. Principais fluidos hidrulicos: - gua (com aditivo); - leos minerais; - Fluidos sintticos; - Fluidos resistentes ao fogo (emulses de glicol em gua, solues de glicol em gua e fluidos sintticos no aquosos). 1.3.3. Viscosidade Cinematica: a caracterstica mais importante a ser observada na escolha de um fluido hidrulico. Pode ser definida como sendo a medida de resistncia do fluido ao se escoar, ou seja, a medida inversa da fluidez. Se um fluido escoa facilmente, sua
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viscosidade baixa e pode-se dizer que o fluido fino ou lhe falta corpo. Um fluido que escoa com dificuldade tem alta viscosidade. Neste caso, diz-se que grosso ou tem bastante corpo. Quanto maior for a temperatura de trabalho de um leo, menor ser sua viscosidade, ou seja, a viscosidade inversamente proporcional temperatura de trabalho. Os seguintes limites so considerados: Viscosidade de trabalho otimizada em relao eficincia, economia e segurana otim = 20-40 mm2/s. A temperatura padro de trabalho para operao de um sistema hidrulico entre 30C e 60C, -30C a menor e +90C a maior temperatura limite, temperatura a qual nunca deve ser excedida. leos minerais so oferecidos em diferentes classes de viscosidade cinemtica (VG, grau de viscosidade). O nmero caracterstico descreve a viscosidade nominal em mm2/s (cSt - Centstokes) a 40C. 1.4. Bomba Hidrulica utilizada nos circuitos hidrulicos para converter energia mecnica em energia hidrulica. Ela responsvel em criar fluxo de fluido para o sistema. A bomba hidrulica no gera presso. A presso s criada quando houver restrio passagem de fluxo.

Motor eltrico: converte energia eltrica em movimento mecnico rotativo. Acoplamento: transfere movimento mecnico rotativo do motor para a bomba. Bomba hidrulica: converte movimento mecnico rotativo em fluxo hidrulico. Reservatrio: armazena o fluido hidrulico.

1.4.1. Cavitao Cavitao: entrada de ar, pela tubulao de entrada de leo


para a bomba, para o sistema hidrulico. Pode ser provocada por filtro entupido ou at nvel de leo baixo no reservatrio. A cavitao deixa o sistema trabalhando irregularmente e a bomba barulhenta. Quando as bolhas de ar passar por zonas de depresso; implodem e provocam ondas de
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choque, desgaste, corroso e at mesmo destroem pedaos dos rotores, carcaas e tubulaes.

1.4.2. Classificao das bombas: 1.4.2.1 1.4.2.1 Bombas hidrodinmicas: so bombas de deslocamento no
positivo, usadas para transferir fluido e cuja nica resistncia criada pelo peso do fluido e pelo atrito. Por isso, so raramente utilizadas em circuitos hidrulicos, pois quando aumenta a resistncia passagem de fluido, reduz o seu deslocamento.

1.4.2.2 Bombas hidrostticas: so bombas de deslocamento positivo, que fornecem determinada quantidade de fluido a cada rotao ou ciclo. Como nas bombas hidrostticas a sada do fluido independe da presso, com exceo de perdas ou vazamentos, praticamente todas as bombas necessrias para transmitir fora hidrulica em equipamentos industriais, em maquinaria de construo e em aviao, so do tipo hidrosttica. Os tipos de bombas hidrostticas mais comuns encontradas so: de engrenagens, de engrenagens internas, de lbulo, tipo gerator, de palhetas balanceadas e no balanceadas, de pisto radial e axial.

Bomba de Palhetas

Bomba de Lbulo

Bomba de Engrenagens

CAMPO DE EMPREGO DAS BOMBAS

1.4.2.3 Deslocamento: o volume de lquido transferido durante uma


rotao da bomba e equivalente ao volume de uma cmara, multiplicado pelo nmero de cmaras que passam pelo prtico de sada da bomba durante uma rotao. Tipicamente, as bombas de pisto tm uma eficincia volumtrica inicial que alcana 90%. Os equipamentos de palheta e engrenagem tm uma eficincia volumtrica que varia de 85% a 95%.
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1.5. Reservatrio
O reservatrio ou tanque utilizado para o armazenamento do fluido hidrulico; contribui para a troca de calor e a decantao das partculas contaminantes. Devido a estas tarefas o reservatrio dever ter a sua capacidade determinada pela equao abaixo: CR = (3 a 5QB) + V Onde: CR = Volume do reservatrio (l) QB = Vazo mxima de trabalho (l/min) V = Volume lado da haste dos cilindros hidrulicos (l)

1.5.1 Recomendaes para os filtros de fluido hidraulico: - Filtros para linha de suco (interno ao tanque) 74 150 Microns - Filtros para linha de suco (externo ao tanque) 3 238 Microns - Filtros para linha de retorno 5 40 Microns - Filtros para linha de presso 3 a 40 Microns 1.6. Presso:
Podemos definir como sendo a restrio passagem do fluxo, ou ainda como a fora exercida por unidade de superfcie.

1.6.1. Presso absoluta: a soma da presso atmosfrica mais a


sobrepresso (aquela indicada pelo manmetro).

1.6.2. especifica: : tambm chamada de sobrepresso 1.6.2. Presso relativa ou especifica


(aquela indicada pelo manmetro), no est includa a presso atmosfrica.

1.6.3. 1.6. 3. Presso atmosfrica: a presso exercida por uma coluna de


mercrio (Hg) de 76 cm de altura, a 0C de temperatura, ao nvel do mar (barmetro de Torricelli).

1.6.4. Unidades de presso mais utilizadas nas indstrias:


atm, bar, kgf/cm e PSI (Libras por polegada quadrada)

1.6.5. Para clculo aproximado: 1atm=1bar =1kgf/cm=1kp/cm=14,7 PSI

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1.7. Instrumentos indicadores:


Os instrumentos indicadores mais utilizados em hidrulica e tambm em pneumtica so: manmetro, vacumetro e o termmetro.

1.7.2. Vacumetro: instrumento utilizado para indicar vcuo (ausncia


total ou parcial de ar).

1.7.3. Termmetro: instrumento utilizado para indicar temperatura.

1.8. Escoamento
As molculas de um fluido que se movimentam em tubulaes atritam-se umas s outras e com as paredes da tubulao, provocando perdas de foras. A velocidade de fluxo recomendada no sistema leo hidrulica pode ser:

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1.9. Fluxo em srie e em paralelo 1.9.1. Fluxo em paralelo


Uma caracterstica peculiar a todos os lquidos o fato de que eles sempre procuram os caminhos que oferecem menor resistncia. Assim, quando houver duas vias de fluxo em paralelo, cada qual com resistncia diferente, a presso s aumenta o necessrio e o fluxo procura sempre a via mais fcil.

1.9.2. Fluxo em srie

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1.9.3 Acumuladores Hidrulicos So dispositivos auxiliares que armazenam energia para desempenhar funes suplementares aos equipamentos e sistemas automatizados quando necessrio. A energia acumulada em forma de presso (energia potencial) e retornada ao sistema para atender as seguintes aplicaes: - Manter estvel o nvel de presso do sistema - Servir de fonte de suprimento emergencial - Absorver choques provocados por equipamentos do sistema Em processos de prensagem, laminao ou de fixao, evita que a interrupo do suprimento de leo prejudique a finalizao de um processo produtivo. Um acumulador, numa emergncia, poder manter a presso do sistema. O volume do acumulador muitas vezes usado para completar o ciclo da maquina.

Mantm a presso em uma parte do sistema enquanto a bomba estiver suprindo o fluxo pressurizado na outra parte. Mantm a presso do sistema, compensando a perda de presso ocorrida por vazamento ou aumento de presso causada pela expanso trmica. Quando a demanda do sistema maior do que a bomba pode suprir, a energia potencial acumulada no acumulador pode ser usada para prover o fluxo. Absorver os choques dos sistemas. O choque pode desenvolver-se em um sistema pela inrcia de uma carga ligada a um cilindro ou motor hidrulico, ou pode ser causado pela inrcia do fluido quando o fluxo do sistema bloqueado subitamente, ou mudar de direo quando uma vlvula de controle direcional acionada rapidamente.
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1.10. Composio de um Circuito Hidrulico:

2 Pneumtica Pneumtica
2. Pneumtica a cincia que estuda as propriedades fsicas do ar e
de outros gases.

2.1. Pneumtica
Utiliza ar sobre presso (ar comprimido) para transmitir movimento mecnico (linear ou rotativo) multiplicando foras.

2.1.1. Ar compressvel. 2.1.2. leo/gua incompressvel. 2.1.3. Ar comprimido ar atmosfrico com volume reduzido.
2.2. Caractersticas do ar comprimido: 2.2.1. Vantagens:

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Volume Temperatura Construo Segurana contra sobrecarga

Transporte Segurana Velocidade

Armazenagem Limpeza Regulagem

2.2.2. Desvantagens:
Preparao Custo Compressibilidade Escape ruidoso/desperdcio Potncia

2.3 Propriedades fsicas dos gases: 2.3.1. Ar: o ar pode ser comprimido ou expandido, dependendo da variao da temperatura, presso e do volume.

2.3.2 Caractersticas fsicas de desempenho do ar comprimido comprimido: :


As caractersticas fsicas de desempenho do ar comprimido so determinadas por: - Temperatura - Volume - Presso - Volume do fluxo - Caractersticas do fluxo As correlaes so descritas como seguem:

- Caractersticas de temperatura temperatura-volume volume-presso


A temperatura especifica a condio fsica de um objeto. Essa caracterstica indicada em Graus centgrados (C) ou convertida em kelvin (K). T[K] = t [C] + 273 Se a temperatura aumentada para um volume constante (transformao isocrica), conseqentemente a presso se eleva.

p0 : p1 = T0 : T1
Se o volume diminudo para uma temperatura constante (transformao isotrmica), conseqentemente a presso aumenta.

p0 x V0 = p1 x V1
Se a temperatura aumentada em presso constante (transformao isobrica), conseqentemente o volume aumenta.

V0 : V1 = T0 : T1

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2.3.3 Transformao de temperatura:

Para clculos realizados nas propriedades dos gases, a escala de temperatura utilizada a Kelvin por se tratar de uma escala absoluta.

3 - Produo do ar comprimido
3. Compressores: So mquinas ou equipamentos responsveis por admitir ou sugar o ar da atmosfera, comprimi-lo e envi-lo para um reservatrio que o armazenar.

3.1. Tipos de compressores:

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3.1.1. Central de Ar Comprimido

3.2. Critrios para a escolha de um compressor: 3.2.1. Volume fornecido: terico e efetivo. 3.2.3. Presso: de regime ou de trabalho. 3.2.4. Acionamento: motor eltrico ou de exploso (gasolina, lcool ou diesel)

1pcm = 0,029 m3/min = 1,7 m3/h 1psi = 0,7 bar = 0,7 kgf/cm2 = 6,9kPa
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3.2.5. Regulagem: 3.2.5.1. De marcha em vazio:


- regulagem por descarga atingindo a regulagem mxima, o ar escapa livremente por uma vlvula; - regulagem por fechamento atingindo a regulagem, fecha-se o lado da suco; - regulagem por garras usada em compressores de mbolo atingindo a Regulagem mxima, algumas garras mantm as vlvulas de suco abertas.

3.2.5.2. Regulagem de carga parcial:


- regulagem na rotao; - regulagem por estrangulamento.

3.2.5.3. Regulagem intermitente: quando o compressor atinge a presso


mxima, o motor desligado e quando atinge a presso mnima o motor ligado.

3.2.6 Refrigerao: a refrigerao de um compressor poder ser feita


por: gua utilizando um trocador de calor; e por ar dissipando o calor atravs de palhetas.

3.3. Reservatrio de ar comprimido :


No faz parte obrigatoriamente do compressor tendo as seguintes funes: - estabilizar a distribuio do ar comprimido; - eliminar oscilaes de presso na rede; - separar parte da umidade existente no ar; - garantir reserva de ar.

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3.3.1 Tamanho do reservatrio depende:


- do volume de ar fornecido pelo compressor; - do consumo de ar; - da rede de distribuio; - da regulagem do compressor; - da diferena de presso na rede. O dimensionamento do seu volume muitas vezes feito com regras prticas. Uma delas : Volume do reservatrio em m3 = (1/10) a (1/6) da vazo do compressor em m3/min.

4 - Tubulaes e conexes
4.1. Escolha do dimetro de uma tubulao:
O dimetro de uma tubulao da rede de ar comprimido deve ser escolhido de maneira que a queda de presso no ultrapasse 0,1 bar, bar mesmo se houver um crescente consumo de ar. Quanto maior for a queda de presso, menor ser a rentabilidade e a capacidade do sistema.

4.2. Consideraes para o dimensionamento da tubulao:


- volume corrente (vazo); - comprimento da rede; - queda de presso admissvel; - presso de trabalho; - nmero de partes de estrangulamento na rede.

Observao: considerar comprimento de reserva reserva para futuras instalaes.


4.3. Tipos de rede de distribuio: primria e secundria.

4.3.1. Tipos de redes primrias de distribuio de ar:

- rede de circuito aberta;

- rede de circuito fechada;

- rede de circuito combinada.


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4.4. Critrios para montar uma rede de distribuio: - as tubulaes devem ter um declive entre 1 e 2% do seu comprimento no sentido do fluxo; - sempre que possvel, manter a rede em circuito fechado que permite uma distribuio mais uniforme da presso; - retirar a rede secundria da parte superior da primria.

5. Unidade de conservao:
Partculas de p ou ferrugem e umidade que se condensam nas tubulaes podem ocasionar falhas ou avarias nas vlvulas, por isso perto do local de consumo colocada uma unidade de conservao (LUBREFIL) que composta de: - filtro de ar comprimido; - regulador de presso; - lubrificador de ar comprimido.

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OBSERVAO:
O lubrificador acrescenta ao ar comprimido uma fina nvoa de leo que ir se depositar nas vlvulas e cilindros, proporcionando a esses elementos a necessria lubrificao (Oleo Mineral SAE 10 ou ISO VG 32, ISO VG46 ).

6.0 Elementos de trabalho


A funo de um elemento de trabalho a de converter a energia hidrulica ou pneumtica em movimento. So classificados em: 6.1. Atuadores lineares A funo de um atuador linear a de converter a energia hidrulica ou pneumtica em movimento linear multiplicando foras. So classificados em: 6.1.1. Atuador linear de simples ao ou simples efeito: Realiza trabalho em um s sentido.

6.1.2. Atuador linear de dupla ao ou duplo efeito: Realiza trabalho nos dois sentidos, tanto no avano quanto no retorno. Tambm conhecido como atuador diferencial, pois a fora de avano maior que a fora de retorno.

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6.1.3. Atuador linear tipo telescpico:


composto por vrias hastes.

6.2. Atuadores rotativos :


A funo do atuador rotativo a de converter a energia hidrulica ou pneumtica em movimento rotativo, multiplicando fora.

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7. Elementos de comando e de regulagem: 7.1. Elementos de comando


7.1.1. Vlvulas direcionais
A funo de uma vlvula direcional a de direcionar o sentido de fluxo atendendo necessidade do circuito.

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So caracterizadas por: - nmero de vias; - nmero de posies; - posio de repouso; - tipo de acionamento (comando); - tipo de retorno (para a posio de descanso); - vazo. Um dos smbolos mais importantes aquele usado para representar vlvulas e, principalmente, as vlvulas direcionais. Uma vlvula pode assumir varias posies, dependendo do estado em que se encontra: no acionada, acionada para a direita, acionada para a esquerda etc. As vlvulas direcionais so classificadas de acordo com o numero de orifcios para passagem do fluxo de ar ou leo (vias) e pelo numero de posies que ela pode assumir. Cada posio da vlvula simbolizada por um quadrado e o nmero de quadrados indica o nmero de posies ou estados que ela pode assumir.

vlvulas de uma, duas ou trs posies No interior do quadrado, representam-se as passagens que esto abertas, permitindo o fluxo de fluido, e as que esto fechadas. Quando um orifcio da vlvula se comunica com outro, permitindo a passagem de fluido, essa passagem e representada por uma seta. As vias so identificadas por letras maisculas ou por nmeros:

As vias quando so fechadas so indicadas por um TR ao horizontal. As ligaes externas com as vias so indicadas por traos curtos.

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(a) Vias fechadas; b) vias em comunicao; c) Ligaes externas com as vias; d) vlvula com duas posies e trs vias. O orifcio 1 esta bloqueado e o orifcio 2 esta em comunicao com o orifcio 3. A posio de repouso aquela que a vlvula assume quando no acionada. A posio de partida aquela que a vlvula assume quando montada no sistema e recebe a presso da rede e ainda, se houver a ligao eltrica.

7.1.2. Vlvula de reteno


A vlvula de reteno usada para permitir a passagem do fluido num determinado sentido e fazer seu bloqueio no sentido oposto.

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7.1.3. Vlvula de escape rpido


Essa vlvula colocada diretamente no cilindro ou o mais prximo dele, com a finalidade de aumentar a velocidade do mbolo.

7.1.4. Vlvula alternadora (funo lgica OU)


Essa vlvula empregada quando h necessidade de enviar sinais de lugares diferentes a um ponto comum de comando.

7.1.5. Vlvula de simultaneidade (elemento lgico E)


Empregam-se essa vlvula, principalmente, em comando de bloqueio, comandos de segurana e funes de controle em combinaes lgicas.

7.2. Elementos de regulagem 7.2.1. Vlvula reguladora de fluxo


Emprega-se essa vlvula para a regulagem da velocidade em atuadores.

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7.2.2. Vlvula de retardo


A vlvula de retardo empregada quando h necessidade, num circuito pneumtico, de um espao de tempo entre uma e outra operao em um ciclo de operaes.

7.2.3. Vlvula de seqncia


Essa vlvula utilizada em comandos pneumticos quando h necessidade de uma presso determinada para o processo de comando (comando em dependncia da presso e comandos seqenciais).

7.3. Vlvula limitadora de presso


A finalidade dessa vlvula limitar a presso de trabalho a um determinado valor ajustado.

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7.4. Vlvula redutora de presso


A vlvula redutora de presso tem a funo de manter constante a presso de sada, mesmo havendo variao da presso de entrada, que dever ser sempre maior.

8. Representao de seqncia de movimentos


Quando a instalao hidrulica ou pneumtica realiza vrias operaes, possuindo vrios cilindros e/ou motores, importante que o tcnico de manuteno tenha a seu dispor os esquemas de comando e seqncia para montar ou reparar o equipamento. Esses esquemas permitiro realizar um estudo para localizar o defeito e com isso ganhar-se tempo na manuteno. Existem vrias formas de representar esta seqncia de trabalho, tais como: - relao em seqncia cronolgica; - tabela; - setas ou smbolos; - diagramas.

8.1. Relao cronolgica


Essa relao trata da descrio dos fatos na ordem exata dos acontecimentos. Por exemplo: - o cilindro A avana e eleva os pacotes; - o cilindro B empurra os pacotes no transportador II; - o cilindro A desce; - o cilindro B retorna.

8.2. Tabela

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Para representar a seqncia de trabalho de uma instalao em uma tabela, devem-se dispor, em colunas, os passos de trabalho e os movimentos dos cilindros. Por exemplo:

8.3. Setas ou smbolos


As setas ou smbolos oferecem um tipo de representao bem simplificada. Por exemplo: Avano Retorno A ou B ou A ou B ou ou + ou + + -

8.4. Diagrama de movimento


Esse diagrama representa o estado de comutao dos elementos de comando.

8.5. Esquemas de commando

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9. Converso pneumtica de sinais


Pressostato: tambm conhecidos como sensores de presso, so chaves eltricas acionadas por um piloto hidrulico ou pneumtico. Os pressostatos so montados em linhas de presso hidrulica e ou pneumticas e registram tanto o acrscimo como a queda de presso nessas linhas, invertendo seus contatos toda vez em que a presso do leo ou ar comprimido ultrapassar o valor ajustado na mola de reposio.

10. Noes de Comandos e Equipamentos eltricos


10.1 Equipamentos de entrada de sinais 10.1.1 Interruptor
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Elemento de comutao acionado manualmente com, pelo menos, duas posies de comutao, e que permanece em cada uma das posies aps o acionamento.

10.1.2. Botoeira Botes de comando


Os botes de comando, ou botoeiras, so equipamentos de comandos eltricos com a finalidade de enviar um sinal eltrico para o acionamento de um equipamento ou interrupo de um de comando. O acionamento dos botes de comando deve ser feito sempre por um operador. A foto a seguir ilustra alguns modelos de botes de impulso.

Quanto forma de acionamento do boto, temos dois tipos de botes de comando: de impulso e com reteno. O boto de impulso muda a posio de seus contatos no momento do acionamento, porm ao ser desacionado, seus contatos voltam posio de origem. Enquanto que os botes de reteno mantm o contato na nova posio e para voltar posio de origem necessrio um novo acionamento no sentido contrrio. A seguir so apresentados a simbologia dos botes de impulso e com reteno.

O acionamento desses botes pode ocorrer de vrias formas; pulsador simples, pulsador tipo cogumelo, comutador simples e comutador por chave. Segue as fotos desses tipos de acionamentos.

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Quanto aos elementos de contatos, so possveis uma srie de combinaes, de acordo com cada fabricante. Segue abaixo as combinaes mais comuns de contatos.

10.1.3. Chave fim de curso e Sinalizadores


As chaves fim-de-curso so elementos de comando com a finalidade de enviar sinais ao comando eltrico de um determinado sistema. Esse tipo de equipamento acionado por elementos de mquinas que compe um sistema industrial. A funo principal deste componente avisar o comando que determinada situao foi alcanada, como por exemplo, uma parte mvel da mquina chegou numa determinada posio.

Fonte: Catlogo Siemens

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Quanto aos elementos de contatos, so possveis algumas combinaes de acordo com o fabricante.

Sinalizadores
Os sinalizadores so equipamentos de comandos eltricos com a finalidade de sinalizar uma ocorrncia ou status de um equipamento ou mquina. Os sinalizadores so fabricados de diversas cores e formas. Os mais comuns so os sonoros e luminosos. A norma define as cores e as condies que o sinalizador est alertando. A tabela a seguir ilustra essa descrio.

10.2. Equipamento para processamento de sinais 10.2.1. Contator de potncia


Contator um dispositivo eletromecnico com a finalidade de abrir ou fechar circuitos. O acionamento deste dispositivo feito

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eletromagneticamente. Esse equipamento projetado para uma elevada freqncia de operao. O contator tem duas funes bsicas em comandos eltricos; lgica de contatos e acionamento de motores. Para o acionamento de motores, os contatos so abertos ou fechados simultaneamente, energizando ou desernegizando o motor.

Outro dado importante do contator a categoria de emprego. A tabela a seguir apresenta algumas categorias de emprego.

Fonte: Catlogo Siemens

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Esse tipo de contator possui os contatos principais, que vo alimentar o motor e contatos auxiliares, normalmente 2NA e 2NF, para algum tipo de ligao de comando ou sinalizao. Para especificar um contator, alguns dados so imprescindveis: tenso nominal da bobina, nmero de contatos principais e auxiliares e os dados de trabalho da carga; tenso nominal, freqncia nominal e corrente nominal. Ao executar um projeto de comandos eltricos a partir dos dados da carga, utilizando o catlogo do fabricante, especifica-se o contator. Por exemplo, o contator de potncia 3TF40 da Siemens tem a seguinte especificao de catlogo.

10.2.2 Contator Contator auxiliar: auxiliar: utilizado para montar a lgica de acionamento do comando e tambm para aumentar o nmero dos contatos auxiliares dos contatores de potncia, quando ligado em paralelo, ou sendo alimentado por um contato aberto do contator de potncia. Seu contato tem baixa capacidade de corrente eltrica, pois nesses contatos vai passar a corrente das bobinas dos contatores que sero acionados. Para especificar um contator auxiliar necessrio que se tenha um catlogo de fabricante para obter os dados de quantidade de contatos, fusvel de proteo e dimenses, conforme o modelo. A seguir so apresentados os dados de um catlogo.

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10.2 10.2.3 Rel de tempo Elemento de comutao temporizado, com retardo de fechamento ou de abertura.

Os temporizadores, tambm conhecidos como rels de tempo, so dispositivos eltricos utilizados em circuitos de comando com a funo de causar o acionamento de um determinado componente aps um tempo predeterminado. Para partida de motores em estrela-tringulo existe um modelo especfico de rel temporizador.

11. 11. COMPONENTES ELTRICOS DE PROTEO

11.1 Industriais 11.1 Fusveis Indu striais


Fusvel industrial um componente eltrico de proteo, com a funo de interromper a circulao da corrente eltrica num circuito, mediante curto-circuito ou sobrecarga de longa durao.

Os fusveis industriais se dividem em dois modelos: Fusveis NH e Fusveis Diazed. So especificados conforme a necessidade e tipo de circuito que vo proteger.
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Especificaes tcnicas Para a especificao desses componentes num determinado circuito so necessrios os seguintes dados: Corrente nominal, tenso nominal e capacidade de interrupo. Tipos de fusveis industriais Os fusveis industriais so fabricados em dois tipos, conforme o tempo de atuao; Ao Rpida ou Ao Retardada. Os Fusveis de Ao Rpida so utilizados onde a corrente do circuito em todos os momentos inferior ao valor da corrente nominal do circuito e qualquer sobrecorrente deve ser interrompida imediatamente, como por exemplo, circuitos eletrnicos e resistivos. J os Fusveis de Ao Retardada Retardada, ardada quando submetidos a uma sobrecorrente s vo atuar se essa sobrecorrente prevalecer por alguns segundos. Esse tipo de fusvel recomendado para proteo de circuitos sujeitos a sobrecargas peridicas, como por exemplo, circuitos com motores e capacitores. Desta forma, os fusveis industriais so utilizados somente como dispositivos de proteo contra curtocurto-circuito nas redes dos circuitos eltricos industriais.

Fusvel Diazed
Os fusveis Diazed so construdos com corpo cilndrico como se pode ver na foto abaixo. Para facilitar a identificao da corrente nominal do fusvel, quando em operao em um circuito, o indicador de queima apresenta uma cor que define sua corrente nominal. A tabela a seguir apresenta a cores normalizadas e as respectivas correntes.

A fuso do elo-fusvel de um diazed ocorre em funo dos valores de corrente e tempo de circulao. O grfico a seguir ilustra a curva caracterstica desse componente com esses valores para os fusveis da WEG.
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Fusvel NH Os fusveis NH tm sua forma construtiva conforme foto a seguir. Para a utilizao e conexo do fusvel ao circuito necessrio a utilizao da base. Para a manipulao do fusvel utiliza-se o punho.

Fonte: Catlogo Siemens

Da mesma forma que ocorre com os fusveis tipos diazed, os fusveis NH obedecem a uma curva caracterstica traada pelo fabricante para a fuso do elo fusvel.

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12.2 Rel de proteo de falta de fase


O rel de proteo de falta de fase um equipamento de proteo para um sistema de comandos eltricos industriais trifsicos, pois qualquer falha na alimentao, queda de fase e neutro ou assimetria entre fases, esse rel aciona o comando dando um sinal eltrico lgica de rels. A seguir apresentado a foto de um rel de proteo de falta de fase.

Fonte: Catlogo Siemens

A preocupao que se tem com relao falta de fase num sistema eltrico trifsico que dependendo das cargas instaladas, a falta de uma fase pode causar grandes prejuzos para a empresa.

11.3 11.3 Rel Trmico Trmico


Como j se sabe, a funo dos fusveis industriais no proteger o motor contra sobrecarga apenas contra curto-circuito, logo de nada adianta o fusvel nesses casos de sobrecarga no motor. Para evitar esse tipo de problema em instalaes de sistemas com motores, ser necessrio a instalao de um componente chamado rel trmico nos circuito de comando dos motores eltricos. Eles sero os protetores dos motores eltricos contra as sobrecargas. As principais vantagens na utilizao dos rels trmicos so: Proteo do circuito contra correntes acima dos valores predeterminados; No desarma com corrente de pico na partida de motores; Sinaliza o desarme; Permite a utilizao de contatos NA e NF para sinalizao e comando. Normalmente o rel trmico equipado com um conjunto de contatos com 1NA+1NF, boto de rearme manual para travamento automtico (azul), boto de teste-desliga (vermelho), indicador visual de disparo por sobrecarga (verde). A foto a seguir ilustra esses acessrios.

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Todo fabricante apresenta a curva caracterstica do componente. A seguir uma curva mdia caracterstica de disparo de um rel trmico.

Em circuitos trifsicos, utilizado um conjunto de trs bimetlicos para proteo de todas as fases. O esquema a seguir ilustra um rel trmico.

Os rels so acoplados aos contatores e devem ser especificado utilizando-se um catlogo de fabricante. A sua especificao feita

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conforme o modelo do contator e a faixa de corrente que esse rel deve proteger. Segue a foto de um conjunto.

Fonte: Catlogo Siemens

muito importante, antes de rearmar um rel trmico, descobrir qual foi o motivo causador do seu desarme no circuito eltrico.

11.4 11.4 Rels Temporizadores


Os temporizadores, tambm conhecidos como rels de tempo, so dispositivos eltricos utilizados em circuitos de comando com a funo de causar o acionamento de um determinado componente aps um tempo predeterminado. Esse dispositivo tem vrias utilidades nos circuitos de comandos, tais como; temporizao em lgicas de comandos, partidas seqenciais de motores eltricos, sistemas de partida de motores e muitas outras utilidades. Para partida de motores em estrela-tringulo existe um modelo especfico de rel temporizador.

12. 12. COMPONENTES ELETROMECANICOS DE MANOBRA DE MOTORES ELETRICOS


12.1 Chaves seccionadoras manuais Chaves seccionadoras manuais so componentes eletromecnicos, utilizados para manobras de motores eltricos. Atravs de um sistema mecnico acionado manualmente pelo operador, contatos eltricos mudam de posio, desligando ou comutando o posicionamento desses contatos. Desta forma, possvel ligar e desligar um motor, inverter o sentido de rotao, mudar a velocidade e at mesmo criar um sistema de partida. A foto abaixo ilustra uma chave seccionadora manual.

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Seu funcionamento mecnico est baseado na utilizao de cames acionados por um sistema rotativo. Quando o operador aciona o manpulo esses cames acionam os contatos eltricos mudando suas posies. Especificaes tcnicas: tcnicas: Para a especificao de uma chave seccionadora num determinado circuito so necessrios os seguintes dados: Corrente nominal, tenso nominal de servio, tenso de isolao e tipo de operao. Quanto ao tipo de operao, esse dado determina se a chave seccionadora opera com carga ou a vazio. Tipos de chaves seccionadoras: seccionadoras: As chaves seccionadoras podem ser divididas basicamente em dois tipos: Chave seccionadora com carga; Chave seccionadora sem carga. A chave seccionadora com carga tem seu mecanismo e contatos eltricos projetados para uma interrupo de linha sem ou com uma circulao de corrente eltrica. Esse tipo de chave equipado com um dispositivo chamado cmara de extino de arco voltaicoe as molas que impulsionam o mecanismo no momento da manobra so projetadas para proporcionar uma alta velocidade de comutao. O outro tipo, chave seccionadora sem carga, foi projetada e especificada para operar sem carga, ou seja, sem a circulao de uma corrente eltrica nos seus contatos. Neste caso o tempo de comutao dos contatos depende da velocidade que o operador impe no momento da manobra.

12.2 12.2 Chave reversora para motor monofsico


A chave reversora para motor monofsico tem como funes bsicas; ligar/desligar e inverter o sentido de rotao do motor monofsico. Essa chave possui trs posies; desligada, esquerda e direita. Na posio desligado todos os contatos esto abertos no permitindo uma circulao de corrente eltrica no motor.

12.3 12.3 Chave reversora para motor trifsico


A chave reversora para motor trifsico tem como funes bsicas, ligar/desligar e inverter o sentido de rotao do motor trifsico. Essa chave possui trs posies; desligada, esquerda e direita.

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Na posio desligado todos os contatos esto abertos no permitindo uma circulao de corrente eltrica no motor.

12.4 estrela-tringulo 12.4 Chave reversora estrela


A chave reversora estrela-tringulo, tem como funes bsicas; ligar/desligar alimentar o motor nas ligaes estrela ou tringulo. Essa chave possui trs posies; desligada, estrela e tringulo. Na posio desligado todos os contatos esto abertos no permitindo uma circulao de corrente eltrica no motor. 12.5 12.5 Chave comutadora para ligao Dahlander A chave comutadora para ligao Dahlander utilizada em motores com esse tipo de ligao, normalmente chamados; motor Dahlander. Essa chave tem como funes bsicas, ligar/desligar alimentar o motor na ligao tringulo ou na ligao duplo-estrela. Desta forma possvel obter duas velocidades com o mesmo motor eltrico por meio de comutao de plos. Essa chave possui trs posies; desligada, baixa velocidade e alta velocidade. Na posio desligado todos os contatos esto abertos no permitindo uma circulao de corrente eltrica no motor. 12.6 Disjuntor Termomagntico O disjunto termomagntico possui a funo de proteo e, eventualmente, de chave. Interrompe a passagem de corrente ao ocorrer uma sobrecarga ou curto-circuito. Define-se sobrecarga como uma corrente superior a corrente nominal que durante um perodo prolongado pode danificar o cabo condutor e/ou equipamento. Esta proteo baseiase no princpio da dilatao de duas lminas de metais distintos, portanto, com coeficientes de dilatao diferentes. Uma pequena sobrecarga faz o sistema de lminas deformar-se (efeito trmico) sob o calor desligando o circuito.

Figura 10 : Princpio de proteo para sobrecarga A proteo contra curto-circuito se d atravs de dispositivo magntico, desligando o circuito quase que instantaneamente (curva de resposta do dispositivo).

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Os disjuntores podem ser : monopolares, bipolares e tripolares. Algumas vantagens : religvel, no precisa de elemento de reposio, pode eventualmente ser utilizado como chave e comando.

Figura 11 : Smbolos eltricos do disjuntor

13. Diagramas de comandos e Simbologia 13.1 Diagramas de comandos


Existem vrios tipos de esquemas eltricos ou formas de representaes de sistemas eltricos industriais. Diagramas de comando so esquemas eltricos com a finalidade de ilustrar um sistema eltrico industrial de forma padronizada e de fcil interpretao de qualquer usurio, na instalao e manuteno desse sistema. O diagrama de comando permite a interpretao de um sistema industrial, pois: demonstra a seqncia de funcionamento do circuito; representa os componentes e funes; permite uma rpida localizao dos componentes. O diagrama de comando mais utilizado o diagrama funcional, pois esse diagrama representa os sistemas eltricos industriais de forma prtica com fcil compreenso. Nesse tipo de diagrama, o comando lgico separado da parte de acionamento e so chamados de Diagrama de Comando e Diagrama Principal. A seguir apresentado um exemplo de diagrama de comando funcional.

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O diagrama principal pode ser representado tambm de forma unifilar. O esquema a seguir ilustra os dois casos; diagrama multifilar e unifilar do mesmo circuito principal.

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13.2 13.2 Simbologia Eltrica


A seguir sero apresentados os principais smbolos grficos utilizados nos diagramas de comandos eltricos.

A identificao dos contatos dos rels e contatores so feita por meio de nmeros que indicam a funo e a posio do contato. Os contatos dos contatores de potncia que alimentam a carga, contatos principais (trs), tm a identificao feita da seguinte forma; entrada de fora nmeros mpares e sada dos contatos para a carga, nmeros pares. A figura a seguir ilustra essa identificao.

Os contatos de comando, ou seja, os contatos dos contatores auxiliar e contatos auxiliares dos contatores de potncia so identificados da seguinte forma: So identificados por dois nmeros, sendo que; o primeiro nmero (dezena) tanto na entrada como na sada indica a seqncia do contato, ou seja, se o contator auxiliar tem quatro
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contatos, o primeiro ser nmero 1, o segundo nmero 2 e assim por diante. o segundo nmero (unidade) identifica se o contato fechado NF, nmeros 1 e 2 sendo o 1 entrada e 2 sada, ou se o contato aberto NA, nmeros 3 e 4, sendo 3 entrada e 4 sada. Esse descritivo pode ser observado no esquema que segue.

13.3 13.3 Localizao dos contatos


Em comandos mais complexos, a localizao dos contatos dos contatores e rels so identificados logo abaixo do componente com o nmero da linha em que os contatos esto localizados. Alm da localizao, a identificao dos contatos feita em colunas A para contatos abertos (NA) e F para contatos fechados (NF). O esquema abaixo ilustra essa localizao.

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14 Conversores de Frequencia
Os conversores de freqncia (tambm conhecidos como inversores) se diferenciam dos dispositivos de partida de motores porque estes ltimos somente so capazes de alimentar o motor com a freqncia nominal da rede. Por outro lado, os inversores podem controlar a velocidade de um motor de corrente alternada trifsico entre zero e dez vezes a velocidade nominal do mesmo. Estes valores de velocidade mnima e mxima geralmente so limitados pelas caractersticas mecnicas e construtivas do motor a ser controlado. O principio de funcionamento dos inversores tem como base alimentar o motor com uma corrente de freqncia varivel, por exemplo: entre 0 e 600 Hz, e desta forma ajustar a velocidade de rotao do eixo ao valor desejado. Um motor de dois plos conectado a uma rede de 380 V CA 60 Hz gira aproximadamente a 3600 RPM se o inversor entregar uma freqncia de sada de 30 Hz, o motor girara com a metade da velocidade. O inversor tambm se encarregara de regular, junto com a freqncia, o valor eficaz da tenso de sada para manter constante a corrente entregue ao motor. E, desta forma, contar com o torque nominal do motor em uma ampla faixa de velocidades. Por isso, os inversores so ideais para controlar bombas, ventiladores, compressores, esteiras, maquinas de embalagem, bem como para aplicaes simples de posicionamento. E importante ter em conta que os motores novos podem ser controlados por um inversor de maneira excelente e eficaz, enquanto os motores antigos podem apresentar problemas de isolamento depois de alguns meses de trabalho satisfatrio.

Micromaster - Siemens

15 Motores Eltricos O motor eltrico e composto basicamente de um rotor (parte mvel) e um estator (parte fixa), os quais so formados por pacotes de chapas de ferro silcio com ranhuras, onde se alojam as bobinas. Entre elas ser produzida uma reao eletromagntica que transformara a energia eltrica absorvida da rede em energia mecnica na ponta do eixo, necessria para movimentar a carga. Em um motor de corrente alternada, o rotor composto por hastes de cobre ou liga de alumnio unidas em
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suas extremidades, dai o nome de rotor em curto-circuito ou de gaiola de esquilo como e conhecido. Os motores podem ser monofsicos ou trifsicos. Os primeiros so conectados a uma rede monofsica (dois cabos) e habitualmente so usados em residncias e pequenos comrcios. Produzem um campo magntico pulsante, por isso tem vibraes, sendo que no podem ser fabricados para grandes potencias, pois no tem torque de partida e precisam de um capacitor para dar partida. Os motores trifsicos so projetados para serem conectados a redes trifsicas (trs cabos), e so universalmente utilizados nas indstrias, edifcios e grandes instalaes. O motor trifsico produz um campo magntico giratrio. Por isso funciona sem vibraes e possui um elevado torque de partida. Normalmente tem seis terminais de conexo. So fabricados at para potencias muito elevadas.

Corte de um motor de induo trifasico

16. 16. Transformador Eltrico A ABNT (Associao Brasileira de Normas Tcnicas) define o TRANSFORMADOR como: Um dispositivo que por meio da induo eletromagntica, transfere energia eltrica de um ou mais circuitos (primrio) para outro ou outros circuitos (secundrio), usando a MESMA freqncia, mas, geralmente, com tenses e intensidades de correntes DIFERENTES. Ento, o um CONVERSOR de energia eletromagntica, cuja operao pode ser explicada em termos do comportamento de um circuito magntico excitado por uma corrente alternada.

APLICAES:
ALTERAO de nveis de TENSO e CORRENTE entre dois circuitos. Ex.: Sistema de energia eltrica.
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ISOLAMENTO para CORRENTE CONTNUA entre circuitos, mantendo a continuidade para corrente alternada. CASAMENTO de IMPEDNCIAS em circuitos eletrnicos (permite obter a mxima transferncia de potncia). MEDIO (transformador de potencial TP e Transformador de corrente TC). O transformador bsico formado por duas bobinas isoladas eletricamente, enroladas em torno de um ncleo de ferro silcio.

Transformador eltrico Na figura tem-se que: : Vp: Vs: Ip: Is: Np:

smbolos

fluxo magntico tenso primria (primrio do transformador) tenso secundria (secundrio do transformador) corrente primria corrente secundria nmero de espiras do primrio

Vale a relao: a = Vp/Vs = Np/Ns onde a a relao de tenso ou relao de espiras. Para a>1 transformador abaixador; a<1 transformador elevador
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17. Montagens Tpicas de Circuitos 17.1. Comando pneumtico bsico direto:

17.2. Comando em srie:

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17.3. Comando em paralelo:

17.4. Comando bsico indireto com simples piloto positivo:

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17.5. Comando bsico indireto com duplo piloto positivo:

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17.6. Comando de ciclo nico com retorno automtico:

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17.8. Comando eletropneumtico bsico com cilindro de simples ao:

17.9. Comando em srie:

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17.10. Comando em paralelo:

17.11. Comando com vlvula de impulso:

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17.12. Comando de auto-reteno:

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17.13. Comando com rel de tempo:

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17.14 auto-reteno 17.14. .14. Circuito seqencial com comando de auto

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17.15. Circuito hidrulico bsico linear:

17.16. Circuito hidrulico bsico rotativo:

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17.17. Circuito hidrulico com controle de velocidade:

17.18. Circuito hidrulico com controle de velocidade:

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17.19. Circuito hidrulico com aproximao rpida, avano controlado e retorno rpido:

17.20. Circuito hidrulico em seqncia:

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17.21. Circuito com contrabalano:

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17.22. Circuito hidrulico em seqncia com presso reduzida para a primeira operao:

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17.23. Circuito hidrulico em seqncia com velocidade controlada na segunda operao:

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17.3 Circuitos prticos 17.3.1 Hidraulico

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17.3.2 - Pneumtico

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17.3.3 Pneumtco e eletropneumtico

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Soluo eletropneumatica

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18.0 18.0 SIMBOLOGIA HIDRAULICA E PNEUMATICA

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19. 19. FORMULAS TCNICAS PARA DIMENSIONAMENTOS:


19.1 19.1 SISTEMA HIDRAULICO 19.1.1 Torque e Potencia Motor Hidraulico

19.1.2 19.1.2 Cilindros e Sistemas Hidraulicos

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19.1.3 19.1.3 Calculo da Fora e Volume deslocado em Cilindro Hidraulico: Hidraulico:

19.1.4 19.1.4

Nomograma para calculo do Diametro Interno de tubulao hidraulica industrial ndustrial: :

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19.2 19.2 SISTEMAS PNEUMATI PNEUMATICOS 19.2.1 Clindros Pneumticos

Ftav = Fora de avano teorica Fa = Fora de atrito


Consumo de ar num ciclo
QA = ( (.D2/4) . l . (PS + Patm)/ Patm QR = .(D2-d2)/4 . l . (PS + Patm)/ Patm Patm = Presso Atmosferica - (kgf/cm2) D = Diamtro do Embolo - (cm) d = Diamtro da Haste - (cm) Ps = Presso de Servio - (kgf/cm2) l = Numero de ciclos do pisto/min x curso do pisto - (cm/min) QA = Vazo no avano - (lpm); QR = Vazo no retorno (lpm)
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19.2.2 Consumo 19.2.2 - Tabela de C onsumo de ar e Fora Efetiva

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19.2.3 Motores Pneumaticos Potencia e Toque:


Cada motor tem uma curva, na qual se pode ler o momento torsor e a potncia de acordo com o nmero de revolues. Quando o motor est parado, sem ar, e quando gira sem carga no eixo (regime de potncia livre), no gera potncia. A potncia mxima se ganha normalmente quando o eixo gira na metade do nmero de revolues mximo admissvel. No regime de potncia livre, o momento torsor zero e, quando se comea a frear, o momento aumenta normalmente em forma linear at que pare. O motor pode permanecer parado com as palhetas em diferentes posies, porm impossvel conhecer de imediato o momento torsor ao iniciar suas revolues. O grfico indica, sem restries, o momento e potncia mnimos em um incio de partida de um motor de palhetas.

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19.2. 19.2.4 .2.4 - Nomograma para calculo do Dimetro Interno de Rede de Ar Comprimido

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19.3 19.3 Dispositivos de controle dos motores eltrico

19.3.1 Esquema de Partida Direta de Motor Induo Trifsico

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19.3.2 estrela-triangulo de Motor Induo Trifsico 19.3.2 Esquema de Partida estrela

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19. cargas: 19.3.3 3.3 Guia de seleo do tipo de motor para diferentes cargas:

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19. 19.3.4 CARACTERISTICAS TECNICAS MOTORES ELETRICOS TRIFASICOS 4 POLOS

* Motores com sobrelevao de temperatura T de 105K. 1) Para obter a corrente em 380V, multiplicar por 0,577. Em 440V, multiplicar por 0,5. 2) Os valores apresentados esto sujeitos alterao sem aviso prvio. 3) Carcaas 63 e 71: 220/380V ou 440V (ligao estrela)

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19. 19.3.5 Tabela - Equaes para determinar a corrente nominal (A) para motores de corrente contnua e alternada (monofsicos e trifsicos), a partir potncia nominal e aparente, fornecida em CV ou kW.

19.4 19.4 OBSERVAES:


1 OS PROJETOS ELETRICOS ALM DE SEREM EXECUTADOS CONFORME AS NORMAS ESPECIFICAS PERTINENTES DEVEM SE ORIENTAR PELOS CRITRIOS ESTABELECIDOS NA NORMA REGULAMENTARORA NR 10. 2 OS PROJETOS DE EQUIPAMENTOS E VASOS DE PRESSO ALM DE SEREM EXECUTADOS CONFORME AS NORMAS ESPECIFICAS PERTINENTES DEVEM SE ORIENTAR PELOS CRITRIOS ESTABELECIDOS PELA NORMA REGULAMENTADORA NR 13.

20. 20. BIBLIOGRAFIA:


Apostila Controle Eletrohidraulico e Eletropneumtico IFSC Manual M2001-1 BR Tecnologia Hidrulica Industrial PARKER Apostila de Automao Escola Tec. Estadual Republica Depto. Mecnica Apostila Comandos Eltricos DLB MAGCE Catlogos de Motores e Componentes eltricos - WEG e SIEMENS Manual Tecnologia Eletropneumtica Industrial Parker Apostila M1001 BR Tecnologia Pneumtica Industrial Parker Tecnologia Ar Comprimido Bosh Coletanea de Formulas Hidraulicas Rexroth

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