Chovot Halevavot

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Os Deveres do Corao

R. Ibn Paquda
Depos de nvestgar quas so os mas necessros pares e
fundamentos de nossa rego, descobrmos que a acetao
ncondcona da undade de D'us a raz e o fundamento do
|udasmo. o prmero dos portes da Tor, e o que faz a dferena
entre aquee que acredta e o hertco. a cabea e a testa da
verdade regosa, e aquee que se desva dsso - no ser capaz de
reazar atos regosos e sua fdedade no permanecer.
Devdo a sso, as prmeras paavras de D'us para ns no Monte Sna,
foram: "Eu sou o Eterno vosso Dus ... no ters outros deuses dante
de mm", e, mas tarde, Ee nos exortou atravs de Seu profeta,
dzendo: (Shema Ysrae ..) "Ouve, Israe, o Eterno nosso D'us, o
Eterno Um" (Devarm 6:4)
Voc deve estudar este captuo da Shema Ysrae at o seu fm, e
voc va ver como suas paavras passam de um assunto a outro,
compreendendo 10 questes, esse nmero correspondente aos dez
mandamentos. A expcao a que se segue:
Prmero, h o comando a acredtar no Crador, quando ee dz: "Ouve,
Israe, o Eterno...". Sua nteno no era para a mera audo do
ouvdo, mas sm para a crena e acetao do corao, como o verso
dz: "faremos e ouvremos" (Shemot 24:7), e "Ouve, pos, Israe, e
atenta para faz-o "(Devarm 06:03), e da mesma forma para todos
os outros verscuos que seguem, desta forma usando um termo que
denota" audo ", a nteno apenas trazer compreenso e
acetao.
Depos que Ee nos coocou sob a obrgao de acredtar na readade
da Sua exstnca (atravs da nvestgao racona), somos ento
nstados a compreender que Ee nosso D'us, como ndcado na
paavra Eohenu - "nosso Dus", e, depos, Ee nos ordenou que
entendamos que somente Ee verdaderamente um, ao dzer: "Dus
um".
Depos que Ee nos ordenou compreender e acetar esses trs
prncpos que mencone, prosseguu com o que compete-nos a segu-
os, ou se|a, amar a Deus de todo o corao, em prvado e em pbco,
com a nossa vda e com a nossa fora, como Ee dsse: "E deves amar
o Eterno teu Dus com todo o teu corao, e de toda a tua ama e com
todas as tuas foras" (Devarm 06:05). Tenho a nteno de
escarecer esta questo no Porto do Amor de Dus (Porto # 10),
com a a|uda do Todo-Poderoso.
Depos, ee contnuou nos exortando sobre as obrgaes do corao,
ao dzer: "E estas paavras, que eu ho|e te ordeno, estaro no teu
corao", que sgnfca un-as ao seu corao, e confar eas ao mas
ntmo do seu ser.
Depos, ee prosseguu para o mandamentos dos membros que
exgem pensamento e ao, como Ee dsse: "E os ensnares aos
vossos fhos".
E assm se voc no tver um fho, no pense erroneamente que o
(mandamento) da etura verba depende de ter um fho, Ee dsse:
"Devers faar sobre nees."
Depos, ee contnuou: "e devers faar nees quando voc se assentar
em sua casa, e quando voc andar peo camnho, e ao detar-te, e ao
evantar-te", porque o corao e a ngua nunca so mpeddos de
cumprr os deveres que hes so apcves, ao contrro dos outros
membros (que dependem de vros tempos e as crcunstncas). Na
ntroduo deste vro, | apontamos que as funes do corao so
obrgaes constantes.
E o ob|etvo de tudo sso para exortar sobre o que Ee dsse
anterormente: "E estas paavras, que eu ho|e te ordeno, estaro no
teu corao", o que sgnfca que habtuamente tendo as mesmas em
nossa ngua, nos traz a embrana partr do corao, sem nunca
permtr que o corao sempre embre-se de Dus, e sso
semehante ao que o re Dav, a paz este|a com ee, dsse: "tenho
sempre posto o Eterno dante de mm" (Samos 16:8). E a escrtura
dz: "Mas a paavra est muto perto de t, na tua boca e no teu
corao, que possas faz-a" (Devarm 30:14).
Depos, Ee passa aos deveres dos membros que consstem
uncamente em ao, e deu trs exempos, como Ee dsse: "E
devers vncu-as por sna na tua mo, e te sero por totafot
|testeras| entre os seus ohos, e voc deve escrev-as sobre os
umbras de tua casa e nas tuas portas", e sso refere-se ao tefn da
mo e ao da cabea, e mezuz, os quas nos fazem embrar do
Crador, para que O amemos de todo o corao, e ansemos por Ee, e
como dz a Escrtura a respeto de como os amantes mantm o seu
amor em mente:
"Pe-me como seo em teu corao, como seo sobre o seu brao"
(Shr Hashrm 8:6), e "Es que te grave nas pamas das mnhas
mos" (Yeshaya 49:16), e "Naquee da, dz o Eterno dos exrctos, eu
vou ev-o, Zorobabe, servo meu, fho de Seate, dz o Eterno, e
vou fazer de t um ane de snete, porque eu vos escoh a vs
"(Chaga 2:23), e "Um ramahete de mrra o meu amado para mm,
ee repousar entre os meus seos" (Shr Hashrm 1:13). D'us ordenou
trs snas a fm de que se|am mas fortes e mas duradouros, como o
sbo dsse: "Um cordo de trs dobras no se quebra to depressa"
(Koheet 4:12).
Assm, este captuo contm dez questes, cnco deas dzem respeto
ao esprtua (mente / corao), e cnco dees ao fsco (do corpo).
As cnco esprtuas so: (1) que o Crador exste. (2) Ee o nosso
Dus. (3) Ee a verdadera undade. (4) Oue O amamos com todo o
nosso corao. (5) Oue ns O servmos de todo o corao.
Os cnco fscos so: (1) Voc deve ensn-os a seus fhos. (2) Voc
deve faar sobre ees (3) Voc deve vncu-as como sna na tua mo
(4) Devem estar por totafot entre os ohos. (5) Voc deve escrev-
as sobre os umbras de tua casa e sobre os seus portes.
E os nossos mestres ensnaram: "Por que a rectao do captuo
"Shema" precede a rectao do captuo "Vehaya"? (.e., o segundo
captuo)
Resposta: Para nos ensnar que precso prmero reconhecermos a
soberana de Dus e, depos, assumr a obrgao de cumprrmos os
seus mandamentos (Berachot 13a). Portanto, consdero adequado
precedermos a Porta da Undade em reao s demas portas deste
vro.
Agora eu precso escarecer o assunto de reconhecer a undade (de
Dus) de todo o corao em dez questes:
1. Oua a defno da acetao ncondcona da undade de D'us?
2. Em quantas partes se dvde o tema da undade?
3. Se ou no o nosso dever de nvestgar nteectuamente o
assunto.
4. Oua a forma de nvestg-a e quas as ntrodues devemos
compreender antes de nvestgarmos a undade?
5. Escarecer as apresentaes que demonstram que o mundo tem
um Crador que o crou a partr do nada.
6. Como podemos apc-os para estabeecer a exstnca do Crador
7. Trazer provas de que Ee um
8. Escarecer a questo de uma undade temporra contra uma
verdadera undade.
9. Demonstrao de que Dus somente a verdadera undade e que
no h verdadera undade am Dee.
10. Os atrbutos dvnos, aquees deduzdos pea razo e aquees
escrtos nas escrturas e as formas em que estes devem ser
atrbudos a D'us ou negados a Ee.
*** CAPTULO 1 ***
A defno da acetao ncondcona da undade de D'us que o
corao e a ngua so guas em reconhecer a undade de D'us, aps
entender, na forma de provas gcas, a certeza da Sua exstnca e
da verdade de Sua undade. Pos o reconhecmento da uncdade de
D'us entre os homens dferente de acordo com seu nve de
ntegnca e compreenso.
Entre ees: Aquee que decara a undade (de D'us), com apenas a
ngua, ou se|a, que ouve as pessoas dzerem uma cosa e arrastado
atrs dees, sem entender o sgnfcado do que ee est dzendo.
Entre ees: Aquee que decara a undade de D'us com o corao e a
ngua, e que entende a questo do que ee est dzendo atravs da
trado que ee recebeu de seus antepassados, mas que no
entende o escarecmento do que ee recebeu sobre este assunto, e a
verdade do que ee acredta nesta questo.
Entre ees: Aquee que decara Sua undade aps a compreenso
atravs de provas gcas a verdade sobre o assunto, mas ee va
conceber a Undade de D'us como as outras undades que podem ser
encontradas, e ee vr a formar uma concepo matera do Crador e
represent-Lo com uma forma e semehana, porque ee no entende
a verdadera natureza de sua Undade e a questo da Sua exstnca.
Entre ees: Aquee que decara a undade de D'us com o corao e
com a ngua depos de entender o conceto de verdadera undade e
da uncdade temporra, e ee pode trazer provas para demonstrar a
exstnca de Deus e a verdadera undade - esta casse de homens
o grupo competo (sem mcua) sobre a questo da undade de D'us.
Portanto, eu defn o reconhecmento sncero da undade (de D'us) -
que a equazao da ngua e do corao na undade do Crador,
aps a qua pode-se trazer provas sobre sso e capaz de entender
os camnhos da Sua verdadera Undade atravs da nvestgao
nteectua.
*** CAPTULO 2 ***
Com reao a quantas maneras a undade de D'us concebda, eu
vou responder da segunte forma: Uma vez que a paavra "undade"
dfundu-se entre os homens da undade (os |udeus), ees se
acostumaram a us-a com freqnca em sua ngua e paavras, at
que se tornou numa expresso de espanto se|a para o bem ou para o
ma (quando aguma cosa ncrve e ncomum ocorre a ees se|a bom
ou rum, ees vo dzer que uma questo snguar e nca, sem gua
na forma de exagero e destaque.
E ees a usam para expressar seu temor de grande caamdade, e
para exager-a e expressar espanto, e ees no se pem a
compreender a verdadera questo do que passa por sua ngua (ao
rectar o Shem), devdo gnornca e pregua.
E consderam que a questo da undade este|a concuda para ees
quando termnam (de rectar) a sua paavra, e no sentem que o seu
corao est vazo de sua verdade e de que a sua mente est vaza
de seu sgnfcado, porque decaram a Sua undade com a sua ngua
e nas paavras, e ees O concebero em seus coraes como sendo
mas do que Um e O representaro em suas mentes com a
semehana de outras "undades" a serem encontradas, e vo faar de
seus atrbutos de uma forma que no pode pertencer verdadera
Undade (tas como as massas que atrbuem a Deus amor, do, rava
e como ees magnam que ha|a em seres humanos, porque ees no
entendem a questo da verdadera undade versus undade
temporra, com exceo de um entesourado nmero de poucos que
sondam as profundezas da sabedora e compreendem a questo do
Crador versus o que fo crado, e as caracterstcas da verdadera
undade e no que D'us exata e perfetamente snguar.
O fsofo faou a verdade quando dsse: "nngum pode servr a
Causa das causas e ao Prncpo dos prncpos, exceto o profeta da
gerao com seus sentdos ou o fsofo prmro com a sabedora que
adquru, mas outros servem outros que no Ee, uma vez que ees
no podem conceber o que exste (sem prncpo), mas s podem
conceber que composto (ou se|a, crado).
Sabe-se que os profetas vem, ouvem e apreendem com os ohos
esprtuas sobrenaturas, como se vssem e ouvssem com os seus
sentdos fscos, cosas mpressonantes que os fsofos e sbos que
passaram a maor parte de suas vdas para tentar compreender
corretamente , e possve que ees nunca consgam apreend-os,
ta como o vro Kuzar mencona sso.
Por causa dsto, a acetao da Undade encaxa-se em quatro
dvses, correspondentes aos dferentes nves de reconhecmento e
compreenso nos homens:
(1) Undade de Dus somente pea ngua. Este nve acanado pea
crana e peo smpro que no entende a questo do |udasmo, e
em cu|o corao a sua verdade no fxa.
(2) A Undade de D'us na mente e na ngua atravs da trado,
porque ee acredta naquees de quem a recebeu, mas no entende a
verdade sobre o assunto atravs de seu prpro nteecto e
compreenso. Ee como o cego que segue o homem que v, e
possve que aquee a quem ee segue tenha recebdo a trado de
um receptor como ee prpro, atravs da qua sso sera como uma
cadea de cegos onde cada um cooca as mos sobre os ombros de
seu companhero at que, na extremdade, encontra-se um homem
que v e que orenta todos ees, e se o homem no os vs ou se os
gnora, ou anda se no tem cudado de guard-os, ou se um dos
cegos na cadea tropea ou agum outro probema acontece - todos
ees ro comparthar o mesmo destno, e vo desvar-se do camnho,
e possve que ees vo car em um buraco ou vaa, ou ees
tropearo em ago que boquea seu progresso.
(Comentro Tov Haevanon: Certamente, para um cego que se apa
em um homem que v, mpossve que ee v anhar seu passo
exatamente ao do homem que v, sem se afastar um pouco dos seus
passos, e mesmo que sso no se|a perceptve ao prmero homem
cego, que est perto do homem que v, no entanto, se h mutos
cegos que seguem o homem que v, quando cada um dees se
desvar um pouco, os que se afastam vo estar combnados, at que
se|a possve que um dees acabe tropeando, e, tambm, todos ees
vo se desvar do camnho reto. A anaoga que uma pessoa que
no conhece a verdade da f atravs de seu prpro nteecto, mas
conta com a trado, de um homem para outro, por mutas geraes
at chegar na pessoa que entendeu a partr de seu prpro nteecto,
es que, na maora das vezes, possve que cada um se desve um
pouco da verdade, at que, eventuamente, sso possa se tornar um
grande desvo ...)
Da mesma forma, para aquee que procama a undade da trado,
no se pode ter certeza de que ee no chegar assocao (que o
oposto de undade), que, se ee ouvr as paavras dos Meshanm e
suas revndcaes, possve que ee v mudar sua perspectva, e
acabe errando sem perceber. Devdo a sso nossos sbos dsseram:
"Se|a ansoso para estudar a Tor para saber o que responder a um
apkoros (herege)" (Prke Avot 2:14). (Tradutor: a maora das
pessoas com quem fao acredta erroneamente que os argumentos
gcos para a exstnca de D'us foram refutados, Isso decorre de no
entenderem esses argumentos com profunddade sufcente, como
veremos).
(Comentro Tov Haevanon: Hava um homem chamado Man,
ymach shemo, que dza exstrem dos deuses, um que faza o bem e
outro, que faza o ma, e aquees que am atrs dee so chamados
aps o seu nome, peo termo Mnm. A paavra "apkoros" refere-se
ao nome de um homem que fo chamado de "Apkoros", ymach
shemo, que negava competamente a exstnca de D'us, o Moreh
(gua de Mamndes para o perpexo) o mencona no fna do prmero
captuo , e aquees que seguem aps seus pontos de vsta so
chamados de "apkorsm", este termo tambm fo emprestado para se
referr quees que dengrem os sbos, e que fasamente do
nterpretaes da Tor, ou ago semehante, como menconado peo
Tratado Sanhedrn (Tamud)
(3) O tercero grupo: a undade de Deus com a mente e a ngua aps
o qua pode-se trazer provas gcas demonstrando a verdade de Sua
exstnca, mas sem entender a questo da verdadera undade
contra a undade temporra. Isto como um homem que v e que
est va|ando ao ongo da estrada, dese|ando chegar a uma terra
dstante, e a estrada se dvde em mutos camnhos ncertos, e ee
no reconhece o camnho correto, o que conduz cdade que ee
dese|a acanar. Mesmo que ee saba a dreo gera (ee sabe, sem
dvda, atravs de provas gcas que h uma exstnca que crou o
mundo e que no h outro Dus, mas ee no sabe a dferena entre o
Crador e Suas craes e ee ser vunerve s vras refutaes
fasas, tas como: O que causou D'us, ou D-us de compexdade
nfnta, portanto, ee tambm deve ter tdo um pro|etsta. Ee fcar
muto cansado e va dexar de chegar ao seu destno, porque ee no
sabe a estrada (correta), como dz o verso: "a abuta do too va
cans-o pos no sabe como chegar cdade" (Koheet 10: 15).
(Comentro Tov Haevanon: O termo "too" se apca a um homem
que capaz de compreender com suas habdades, no entanto, ee
no quer a abuta mas procura conforto, como em "o too no dese|a
o entendmento" (Mshe 18: 2), sto o que o verso dz:
"a abuta do too" - ou se|a, a abuta que o too teme e, em vez dsso
opta por conforto para s mesmo; "r cans-o" - Exatamente o
oposto, sso r cans-o anda mas. "Ouem no sabe chegar a uma
cdade" - Como ee preguoso para conhecer as estradas
adequadamente, achando que ee va consegur sem conhec-a bem,
ee va cansar-se anda mas, porque sso va ev-o a errar o camnho
e no chegar a ugar agum)
(4) O quarto grupo: Reconhecmento da Undade de Deus com a
mente e a ngua depos que se aprende a trazer provas sobre sso, e
a compreender a verdade da sua undade atravs da dervao
nteectua e do correto e so racocno - este o grupo mas
competo e mportante, e este o nve ao qua o profeta nos exorta
ao dzer: "Sabe, pos, ho|e, e cooca em teu corao, que o Eterno
D'us" (Devarm 4:39).
***CAPTULO TRES***
Sobre se ou no o nosso dever nvestgar nteectuamente acerca
da undade de D'us, eu vou responder a sso da segunte forma: Para
quem capaz de nvestgar sobre este ou outros assuntos
semehantes atravs do racocno nteectua - seu dever faz-o de
acordo com a sua ntegnca e capacdade.
Eu | escrev na ntroduo deste vro agumas cosas que
demonstram a obrgao deste tema uma extenso sufcente.
Ouaquer pessoa que dexa de nvestgar censurve e
consderado como pertencente casse de homens que fcam aqum
em sabedora e conduta (porque h cosas que tocam em questes
prtcas como escarecdo na ntroduo.
Ee como um homem doente (um mdco), que um especasta
sobre a natureza da sua doena e do mtodo de cura correta, mas
depende de um outro mdco para cur-o, que apca vros mtodos
de cura, e ee preguoso para saber usar sua prpra sabedora e
racocno sobre os mtodos empregados peo mdco, para ver se o
mdco est dando com ee corretamente ou no, quando ee
facmente tera sdo capaz de fazer sso sem que nada o mpedsse. E
a Tor | o obrgou a sso, como est escrto: "Sabe, pos, ho|e, e
cooca em teu corao, que o Eterno D'us em cma nos cus e em
baxo na terra, no h outro" (Devarm 4: 39).
A prova de que a expresso "cooca em teu corao" refere-se
nvestgao nteectua, de que este verso em Isaas dz o segunte:
"E nngum pe sso em seu corao, e no h conhecmento nem
entendmento" (Yeshaya 44:19). Assm tambm Davd exortou seu
fho: "E tu, meu fho Saomo, conhea o Deus do seu pa, e srva-o
com corao perfeto e com uma ama vountra; pos O Eterno
esquadrnha todos os coraes" (Dvre Hayamm 28: 9), e Davd
dsse: "Saba que o Eterno, Ee D'us" (Samos 100:3), e "Porque ee
estabeeceu o seu amor sobre mm, tambm eu o vrare: vou cooc-
o no ato, porque conheceu o meu Nome "(Samos 91:14), e "Mas
aquee que se gora, gore-se nsso, por me entender e por me
conhecer"(Yrmya 9:23), e os nossos sbos dsseram: "Se|a dgente
no estudo da Tor e saba o que responder a um herege "(Avot 2:14),
e a Tor dz:" Guarda, pos, e faze-os, porque esta a vossa
sabedora e o vosso entendmento perante os ohos das naes ..
"(Devarm 4:6).
E mpossve que as naes admtam as nossas aegaes de
sabedora e compreenso superores, a menos que exstam provas e
evdncas que possam testemunhar a nosso favor, |untamente com o
testemunho do nteecto sobre a verdade da nossa Tor e da nossa
convco. E o nosso Crador | nos prometeu que r remover o vu
da gnornca de seu nteecto, e que Ee va mostrar a sua magnfca
gra como um sna para ns sobre a verdade da nossa Tor, quando
dsse: "E as naes camnharo tua uz "(Yeshaya 60:3), e "e mutos
povos dro: Vnde, e subamos ao monte do Eterno, casa do Deus
de |acob .. "(Yeshaya 2:3).
Comentro Marpe Lenefesh:
Ee escreveu este ponto, para que no se pergunte: "es aqu todas as
provas e evdncas, e o testemunho do nteecto e da trado esto
femente em nossas mos, a ponto de no serem capazes de refutar,
e ees anda assm no se retratam de seu erro? ".. Por sso, ee dsse
que o "vu da gnornca", que se refere ao avassaador poder dos
dese|os deste mundo (que domna sobre o seu nteecto, como
expcado no Porta da Abstnnca) o que causa separao entre
ees e a verdade, que ees no vo reconhecer at que D'us retre-
hes o vu da gnornca da face de seu nteecto)
Est agora caro a partr da gca, da escrtura e da trado, que
nosso dever nvestgar o que somos capazes de compreender
caramente com as nossas mentes.
***CAPTULO OUATRO***
Sobre qua a manera de nvestgar a verdade da undade, e quas
as premnares que precsamos saber antes de nvestgar sobre esta
undade, vou dzer o segunte.
Ouaquer assunto que gostaramos de entender quando se est em
dvda sobre sua prpra exstnca, deve ser prmero questonado
"ee exste ou no?" Depos de estabeecda a sua exstnca, deve-se,
em seguda, perguntar sobre o que ee , como ee , e por que ee .
Mas em reao ao Crador, o homem s pode perguntar * se * Ee
exste. E quando sua exstnca demonstrada atravs da
nvestgao racona, podemos anda perguntar se Ee um ou mas
do que um. E quando estver caro que Ee um, podemos consutar
sobre a questo da undade, e de quantas maneras este termo
usado, e desta forma vamos estabeecer para ns o reconhecmento
competo da undade de D'us, como o verscuo dz: "Ouve, Israe, o
Eterno nosso D'us, o Eterno Um" (Devarm 6:4).
Portanto, devemos prmero saber se este mundo tem um Crador.
Ouando se torna caro que o mundo tem um Crador que o crou como
ago novo, podemos ento anda perguntar se Ee um ou mas do
que um. Ento, quando for estabeecdo que Ee um, podemos
nvestgar a questo da verdadera undade (absouta) e da undade
temporra (reatva), e, em seguda, consderar o que podemos dzer
do Crador sobre sua verdadera matra, e assm teremos
competado a questo do reconhecmento da uncdade de D'us em
nossos coraes e mentes, com a a|uda de D'us.
***CAPTULO CINCO***
H trs premssas que, quando comprovadas demonstram que este
mundo tem um Crador, que o crou a partr do nada:
1) Cosa aguma pode fazer-se por s mesma.
2) Prncpos (causas) so mtados em nmero e, portanto, ees
devem ter um prmero prncpo que no teve nco antes dee.
3) Ouaquer cosa composta deve ter sdo trazda exstnca (no
pode ser eterno).
Ouando estas trs premssas so estabeecdas, a nfernca ser,
para aquee que entende como us-as e combn-as - que o mundo
tem um Crador que o crou a partr do nada, como vamos escarecer
com a a|uda de D'us.
(Comentro Tov Haevanon: Compreenda, que para escarecer as
razes da rego, h mutas maneras dferentes, mas o par centra
de que tudo depende a demonstrao gca do "chdush Haoam"
(este mundo fo trazdo exstnca) Ouando sso escarecdo,
ento, automatcamente, ser demonstrada a exstnca de Deus que
o crou. Mutos dos nossos sbos | se esforaram nesta rota, como
Rabenu Saada Gaon, e o Rambam (Mamndes). O Rambam, na
parte I, do captuo 73 do Moreh HaNevuchm comeou a evdencar a
demonstrao gca da exstnca de Deus e que Ee a undade
absouta e no fsca, mas ee trouxe as provas a partr das paavras
dos fsofos, e ee faou ongamente para desmantear seus pontos
de vsta e todas as suas provas. Retornando ento ao nco da 2
parte, depos de menconar as paavras de Arsttees, que acredtava
na exstnca de Deus e ao mesmo tempo acredtava na exstnca
eterna do mundo, e ao ongo desta mesma nha de racocno que
Arsttees apresentava para a exstnca de Deus e que Ee um e
no fsco, o Rambam evantou-se para dscutr com ee e refutar suas
provas sobre a eterndade do mundo, e para demonstrar que
Arsttees no tnha prova aguma sobre sso, at que ao contrro -
possa ser comprovada a crao. Contudo, o autor aqu, de
abenoada memra, penerando a verdade das paavras dos
fsofos, e acrescentou fora, e mos puras para revver as provas
para a crao e para consertar as suas brechas, e automatcamente
a exstnca de D'us ser demonstrada.)
A prova destas trs premssas como se segue.
PROVA DA PRIMEIRA PREMISSA
Todas as cosas que exstem, antes de no terem exstdo, no podem
escapar de duas possbdades: ou craram a s mesmas ou quaquer
outra cosa as crou.
Se craram a s mesmas, ento, tambm no podem escapar de duas
possbdades: ou craram-se antes de exstrem ou depos de
exstrem.
Ambos os termos so mpossves, porque caso supormos que eas
craram-se depos exstrem, ento nada fo feto, uma vez que no
era necessro fazer-se, porque | exstam antes de se fazer quaquer
cosa, por sso, nada se fez.
Se supormos que se fzeram antes de exstrem - naquea poca era
"efes v'efes" (absoutamente nada), e o que efes (nada) no pode
executar quaquer ao nem preparao (potenca) para a ao, pos
nada no pode fazer nada. Portanto, mpossve que ago se faa de
quaquer manera.
A prmera apresentao fo escarecda.
(Comentro Tov Haevanon: Sobre "efes v'efes": sto sgnfca aquo
que absoutamente nada, sem potenca, nem quaquer forma que
dexasse possbdades de exstnca. O termo aqu fo dupcado
apenas para enfatz-o.
Tradutor: Os fscos modernos descobrram que "partcuas
transtras vrtuas" aparecem e desaparecem no espao vazo em
ntervaos de tempo extremamente curtos (futuaes quntcas).
Aguns ateus proemnentes afrmam esta uma refutao da
premssa de que uma cosa no pode crar a s mesma, propondo que
possve que o unverso smpesmente tenha aparecdo do nada.
O professor Stephen Hawkng dsse o segunte:
"... voc entra em um mundo onde con|urar ago do nada possve
(peo menos, por um curto tempo). Isso porque nesta escaa, as
partcuas comportam-se de acordo com as es da natureza que
chamamos de 'mecnca quntca', e eas reamente podem aparecer
de forma aeatra, permanecendo por agum tempo, e depos
desaparecendo novamente, para ento reaparecerem em outro ugar.
"
Outro exempo: O professor Lawrence Krauss, um prestgado
astrofsco amercano, com uma onga sta de best seers, afrma em
sua obra, "O unverso do nada":
"S as es conhecdas da mecnca quntca e da reatvdade pode
produzr 400 bhes de gaxas, cada uma contendo 100 bhes de
estreas e, em seguda, para am de que se transforma quando voc
apca a mecnca quntca para a gravdade, o prpro espao pode
surgr do nada, assm como o tempo. Parece mpossve, mas
competamente possve ... "

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