Livro Verde - TI
Livro Verde - TI
Livro Verde - TI
da Informação
Brasil
Sociedade
da Informação
no Brasil
Livro Verde
Brasília
Setembro 2000
MINISTÉRIO DA GOVERNO
CIÊNCIA E TECNOLOGIA FEDERAL
Trabalhando em todo o Brasil
Tadao Takahashi
organizador
Brasília
Ministério da Ciência e Tecnologia
Setembro 2000
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Sociedade da informação no Brasil : livro verde / organizado por Tadao Takahashi. – Brasília
: Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000.
xxv, 195p. : il. ; 26cm.
Inclui bibliografia
ISBN 85-88063-01-8
CDU 316.42(81)
Endereço:
Programa Sociedade da Informação (SocInfo)
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
SAS, Quadra 5, Lote 6, Bloco H, 8º andar
CEP 70070-914, Brasília – DF, Brasil
http://www.socinfo.org.br
[email protected]
2000
Impresso no Brasil
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Apresentação
v
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
GT de Administração Pública
Solon Lemos Pinto (SLTI/MP), Coordenador
GT de Ações Empresariais
José Carlos De Luca (Assespro), Coordenador
GT de Cooperação Internacional
Carlos José Pereira de Lucena (PUC-RJ), Coordenador
GT de Divulgação à Sociedade
Silvio Romero Lemos Meira (UFPE), Coordenador
GT de Educação
Nelson de Lucca Pretto (Faced/UFBA), Coordenador
GT de Integração e Regionalização
Abraham Benzaquen Sicsu (FJN), Coordenador
GT de Pesquisa e Desenvolvimento
Flavio Rech Wagner (SBC), Coordenador
GT de Planejamento
Mário Dias Ripper (F&R Consultoria), Coordenador
GT de Trabalho
Maria de Nazaré Freitas Pereira (DEP/IBICT), Coordenadora
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Concepção e Elaboração
Apoio Técnico-administrativo
ix
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Contribuições
Cerca de 150 especialistas de todo o País se distribuíram, a convite, em Grupos de Trabalho orientados
por Temas (Grupos Temáticos) e participaram regularmente de suas reuniões. Várias dessas pessoas se
envolveram em diversos Grupos, prestando apoio adicional ao Programa na articulação de trabalhos
entre frentes paralelas de discussão.
Por outro lado, ao longo de 13 meses de trabalho, o Programa se beneficiou de comentários técnicos,
sugestões críticas, apoio técnico-administrativo e, mesmo, de puro estímulo da parte de incontáveis
pessoas no País e no exterior, em reuniões formais e informais, em conversas paralelas e via Internet.
Na tentativa de dar o merecido crédito e registrar agradecimentos ao maior número possível de pesso-
as, optamos por listar todos os nomes de que nos recordamos, sem distinção de papel ou posição, na
relação abaixo:
x
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
xi
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Lillian Maria Araújo de Rezende Alvares (IBICT) Mauro Cavalcante Pequeno (UFC)
Lindolpho de Carvalho Dias (MCT) Mauro Marcondes (Finep)
Liz-Rejane Issberner Legey (DEP/IBICT) Meiying Zhu (IAS/UNU)
Liscio José Monnerat Caparelli (Nortel) Michael Krieger (UCLA)
Lúcia Carvalho Pinto de Melo (FJN e MCT) Michel F. Bosco (European Commission)
Luciana Vieira de Araújo (SocInfo) Miguel Darcy de Oliveira (IDAC)
Luis Carlos Bresser Pereira (FGV) Miguel Noronha (Booz Allen & Hamilton)
-
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Priscila Koeller Rodrigues Vieira (MP) Tereza Maria Barros Campos do Amaral (UFPE)
Ramiro Jordán (Istec) Thereza Lobo (Comunidade Solidária)
Raphael Mandarino Júnior (CGI) Toomas-Hendrik Ilves (Ministry of Foreign Affairs,
Raul Antonio Del Fiol (Promon Eletrônica) Estônia)
Raul César Baptista Martins (4P Consultoria) Ubirajara Vicente da Silva (IBICT)
Regina Célia Peres Borges (Prodasen) Uta Wehn (University of Sussex, Inglaterra)
Ricardo de Oliveira Anido (Unicamp) Valéria Lúcia Pero (Instituto de Economia/UFRJ)
Ricardo Miranda Barcia (UFSC) Vanda Regina Teijeira Scartezini (Sepin/MCT)
Ricardo Oliveira Maciel (DGI Netc) Vanderlei Rainelli Ferreira (Microsoft)
Ricardo Tanscheit (PUC-RJ) Vani Moreira Kenski (USP)
Richard Reilly (Univ. College Dublin, Irlanda) Vera Cristina Rodrigues Feitosa (Consultora)
Robert Antônio Santana Pereira (SocInfo) Vera Valente (MS)
Robert Wilson III (CVC) Vicente Landim (Sepin/MCT)
Roberto Castelo (OMPI) Virgílio Augusto Fernandes Almeida (UFMG)
Roberto Craveiro Rodrigues (Fenadados) Virgínia Olga Koeche Müzell Jardim (Secretaria de C&T-
Roberto Hexsel (UFPR) RS)
Roberto Isnard (Abinee) Wagner Meira Jr. (UFMG)
Roberto J. Rodrigues (Opas) Walda Antunes (UnB)
Roberto Pinto Martins (Sepin/MCT) Walter Franco (PNUD)
Roberto Souto Maior de Barros (UFPE) Wang Quiming (Ministry of Science and Technology,
Robin Mansell (University of Sussex, Inglaterra) China)
Rodolfo Miguel Baccarelli (PMC) Wânia Maria de Souza Rodrigues (IBICT)
Rodrigo Baggio Barreto (CDI) Washington Braga Filho (Rede Rio/SCT-RJ)
Rogério Bellini dos Santos (Sebrae) William Sheppard (Intel, EUA)
Rogério dos Santos Bittencourt (SocInfo) Xavier Baquero Dirani (Equis, Equador)
Rogério Viana (MDIC) Yone Sepúlveda Chastinet (Prossiga/CNPq)
Romildo Monte (INTI/MCT) Yushi Komachi (National/Panasonic, Japão)
Rômulo Ângelo Zanco Filho (CPqD)
Ronaldo Mota Sardenberg (MCT)
Rony de Oliveira (FGV Consulting)
Rosa Delgado (SITA/ITU)
Rosa Eliane Rodrigues Silva (SocInfo)
Rosa Maria Vicari (UFRGS)
Rubem Cesar Fernandes (Viva Rio)
Rubem Fernandes Monteiro Filho (Sudene)
Rubens Queiróz de Almeida (Unicamp)
Rui Henrique P. Albuquerque (Unicamp)
Ruth Cardoso (Comunidade Solidária)
Ruy Barroso Jr. (Febraban)
Ruy de Araújo Caldas (Embrapa e UCB)
Saqer Abdel-Rahim (RSS, Jordania)
Sarita Albagli (DEP/IBICT)
Sérgio Barcellos (SLTI/MP)
Sérgio Francisco Alves (Finep)
Sérgio Góes de Paula (RITS)
Sérgio Saab (MC)
Simplício Freitas (Baker-Hughes)
Sílvio Romero Lemos Meira (UFPE)
Solon Lemos Pinto (SLTI/MP)
Srinivasan Ramani (Silverline Technologies, Índia)
Stefan Jahnichen (GMD, Alemanha)
Sushil Baguant (National Computer Board, Ilhas Maurício)
Taholo Kami (Small Island Developing States Network, Tonga)
Tarcisio Della Senta (IAS/UNU)
Teresinha Fróes Burnham (UFBA)
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Prefácio
Em maio do ano passado, por convite do Este Livro Verde resulta desse processo, que
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), contou com o envolvimento em variadas formas
principiou a se reunir em Brasília um grupo de de mais de 300 pessoas no País e no exterior.
discussão sobre os possíveis contornos e diretrizes Dessas pessoas, cerca de 150 se dividiram, ao
de um programa de ações rumo à Sociedade da longo de incontáveis reuniões, em 12 Grupos
Informação no Brasil. Tal programa traduziria em Temáticos, contribuindo com opiniões e sugestões
projetos concretos a iniciativa que fora aprovada em suas áreas de especialização. A mera citação
pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, dessas pessoas, feita nas páginas x a xiii, constitui
em dezembro de 1998, e que fora refletida em uma solução simplista de edição que não faz jus à
diversas ações propostas pelo MCT no Plano dedicação e ao entusiasmo desses colaboradores.
Plurianual para o período de 2000-2003.
O Livro Verde que ora se entrega ao MCT é sem
Já nos debates iniciais, ficou evidente para todos dúvida motivo de orgulho do Grupo de
a dimensão do desafio que tal programa Implantação, por resultar da contribuição de tantas
representaria, não somente em termos de pessoas e de tão laborioso esforço de concepção
conteúdo per se, como e (principalmente) quanto e detalhamento. Vale ressaltar que o documento
à necessidade de envolvimento de toda a se reveste de pelo menos duas características
sociedade na própria concepção da iniciativa. inusitadas, quando comparado com documentos
similares de outros países: 1ª) a proposta do
Isto posto, o grupo propôs ao MCT que um novo Grupo tenta cobrir, de forma articulada e
programa fosse concebido, aproveitando e abrangente, todos os aspectos considerados
articulando as ações em curso no âmbito do MCT relevantes para a Sociedade da Informação no
e as ações propostas no PPA, mas adotando um Brasil, de P&D a aplicações, do setor
modelo de planejamento e decolagem em três governamental ao setor privado, de tecnologias
estágios: estudos preliminares, conduzindo ao avançadas a impacto social; 2ª) a proposta do
lançamento formal do Programa; proposta Grupo tenta chegar até o nível de ações concretas,
detalhada, a ser sintetizada em um Livro Verde; visando a enriquecer as discussões subseqüentes
ampla consulta à sociedade, culminando com o para a consolidação de um plano final no Livro
plano detalhado de execução do Programa, a ser Branco.
descrito em um Livro Branco.
xv
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
xvi
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Sumário
Apresentação v
Grupo de Implantação do Programa Sociedade da Informação vii
Grupos Temáticos viii
Concepção e Elaboração ix
Apoio Técnico-Administrativo ix
Contribuições x
Prefácio xv
Sumário xvii
Destaques de Texto xxi
Figuras xxii
Gráficos xxiii
Quadros xxiii
Tabelas xxiii
xvii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
xviii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
xix
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Referências 141
Lista de Endereços Web 155
Glossário 163
Siglas, Acrônimos e Similares 179
Índice Remissivo 189
xx
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Destaques de Texto
xxi
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Figuras
xxii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Gráficos
Quadros
Tabelas
xxiii
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
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Capítulo 1
A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
2 A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 1 3
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
lução da conectividade internacional no perí- Fidonet etc.) mais antigas. Mesmo ainda sendo,
odo de 1991 a 1998, conforme ilustrado na Fi- em muitos países, um serviço restrito a poucos, a
gura 1.2. velocidade da disseminação da Internet, em com-
paração com a de outros serviços, mostra que
No curto período de oito anos, a Internet se dis- ela se tornou um padrão de fato, e que se está
seminou por praticamente todo o mundo, pro- diante de um fenômeno singular, a ser considera-
piciando conectividade a países até então fora de do como fator estratégico fundamental para o
redes e substituindo outras tecnologias (Bitnet, desenvolvimento das nações.
Figura 1.2
Conectividade Internacional e Internet (de 1991 a 1997)
Conectividade Internacional
versão 2 - 9/91 Copyright 1991
Larry Landweber
Internet
And the Internet Society.
,
Bitnet mas não Internet Unlimited permission to
Somente e-mail (UUCP, Fidonet) copy or use is hereby granted
Sem conectividade Subject to inclusion of
this copyright notice.
Conectividade Internacional
versão 16 - 15/6/97
4 A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Em cada país, a sociedade da informação está O País dispõe, pois, dos elementos essenciais
sendo construída em meio a diferentes condi- para a condução de uma iniciativa nacional
ções e projetos de desenvolvimento social, segun- rumo à sociedade da informação. E a emer-
do estratégias moldadas de acordo com cada con- gência do novo paradigma constitui, para o
texto. As tecnologias envolvidas vêm transfor- Brasil, oportunidade sem precedentes de
mando as estruturas e as práticas de produção, prestar significativa contribuição para res-
comercialização e consumo e de cooperação e gatar a sua dívida social, alavancar o desenvol-
competição entre os agentes, alterando, enfim, a vimento e manter uma posição de compe-
própria cadeia de geração de valor. Do mesmo titividade econômica no cenário internacional.
modo, regiões, segmentos sociais, setores econô- A inserção favorável nessa nova onda requer,
micos, organizações e indivíduos são afetados entretanto, além de base tecnológica e de infra-
diferentemente pelo novo paradigma, em fun- estrutura adequadas, um conjunto de condições
ção das condições de acesso à informação, da e de inovações nas estruturas produtivas e
base de conhecimentos e, sobretudo, da capaci- organizacionais, no sistema educacional e nas
dade de aprender e inovar. instâncias reguladoras, normativas e de governo
Capítulo 1 5
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
em geral. O impacto positivo que a “nova eco- porcionar as informações e os meios necessários
nomia” pode gerar para o País depende ainda da para que pessoas e empresas sejam capazes de
participação do maior número possível de pes- operar nas novas modalidades de negócios e co-
soas, organizações e regiões como usuárias ativas mércio.
das redes avançadas de informação.
PME: oportunidades na nova dinâmica
Todas essas constatações e reflexões sublinham a As Pequenas e Médias Empresas (PME) têm es-
importância do Programa aqui apresentado. O pecial importância estratégica pelo seu elevado
Programa busca contribuir, de forma efetiva, para: potencial gerador de emprego, trabalho e renda.
• a construção de uma sociedade mais justa, em No Brasil, entretanto, apesar de empregarem 60%
que sejam observados princípios e metas rela- da mão-de-obra, são responsáveis por apenas 6%
tivos à preservação de nossa identidade cultu- do valor exportado. Nesse quadro, as tecnologias
ral, fundada na riqueza da diversidade; de informação e comunicação – e a Internet, em
• a sustentabilidade de um padrão de desenvol- particular – oferecem boas oportunidades para
vimento que respeite as diferenças e busque o as PME, em vários aspectos: divulgação de ne-
equilíbrio regional; gócios, comunicação mais rápida e barata, acesso
• a efetiva participação social, sustentáculo da a informações úteis, agilidade na compra e ven-
democracia política. da, ampliação de mercados e diminuição de cus-
tos operacionais. O uso dessas tecnologias para
1.2 – O Programa Sociedade da Informa- aumentar a competitividade das pequenas e mé-
ção no Brasil dias empresas nacionais, portanto, é uma estraté-
gia a ser encorajada, principalmente pela concor-
rência cada vez mais acirrada das similares estran-
As Oportunidades e os Riscos geiras, que já exploram os benefícios dessas mes-
O caminho rumo à sociedade da informação é mas tecnologias e as utilizam para competir no
repleto de desafios em todos os países. Contu- mercado brasileiro.
do, em cada um, o desafio reflete uma combi-
nação singular de oportunidades e de riscos. Empreendedorismo: inovação e capital inte-
Todos os países caminham, voluntária ou lectual como base dos novos negócios
involuntariamente, rumo à sociedade da infor- Na sociedade da informação, o cenário econô-
mação. Compete a cada um encontrar sua rota e mico transforma-se de tal modo que inovar e
suas prioridades. converter conhecimento em vantagem competi-
tiva passam a constituir importantes diferenciais.
Comércio eletrônico: a pedra de toque da Da rapidez na geração e difusão de inovações,
nova economia decorrem a drástica diminuição da vida útil dos
Os negócios eletrônicos (e-business), entre os quais produtos e a necessidade de modernização con-
o comércio eletrônico (e-commerce), são hoje fun- tínua da produção e da comercialização de bens
damentais para a modernização do setor produ- e serviços. O processo inovador supõe, cada vez
tivo, pois permitem ampliar e diversificar merca- mais, a produção e aplicação de informações e
dos e aperfeiçoar as atividades de negócios. O conhecimentos e a sua gestão, nos moldes do que
comércio eletrônico apresenta taxas de crescimen- hoje se denomina inteligência coletiva, empresari-
to sem paralelo, tanto nas transações entre em- al e organizacional. Nos países economicamente
presas e consumidores, como nos negócios entre mais desenvolvidos, enfatiza-se o caráter dinâmi-
empresas, que é onde atualmente se realiza o mais co dos empreendimentos e a importância do ca-
alto nível de geração de receita. Entretanto, atuar pital intelectual. Como despertar e estimular o
no ambiente dos negócios e comércio eletrônico empreendedorismo dos brasileiros nesse sentido?
requer que tanto produtores de bens e serviços O ponto de partida é a adoção, por parte do
quanto consumidores estejam conectados às re- poder público e da iniciativa privada, de meca-
des digitais e capacitados para operá-las adequa- nismos de incentivo e financiamento para a in-
damente. Para isso, é preciso ampliar, facilitar e corporação de novos conhecimentos relaciona-
baratear o acesso às redes de comunicação e pro- dos com a geração de negócios e para o
6 A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 1 7
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
e das novas mídias eletrônicas. Esse repertório Quadro regulatório: diminuindo riscos e
permite o compartilhamento de conhecimentos, incertezas do mundo virtual
informações e dados, bem como enseja o desen- Há um hiato de legislação nos novos espaços eco-
volvimento humano. Em um contexto nômico, social e cultural, criado pela possibilida-
globalizado, o volume de informações disponí- de, antes inexistente, das mais diversas operações
veis nas redes passa a ser um indicador da capaci- a serem realizadas por meio das redes digitais.
dade de influenciar e de posicionar as popula- Em geral, a falta de regras e princípios claros causa
ções no futuro da sociedade. Assim, a preserva- incertezas que prejudicam a gestão dos negócios
ção da identidade nacional, na sociedade global, e os investimentos. No campo ainda imaturo das
é decisiva para a capacitação em assuntos cultu- aplicações das novas tecnologias, esse fato é mais
rais, artísticos, científicos e tecnológicos, com suas grave e forma uma das maiores barreiras para a
claras dimensões econômicas. Portanto, questão difusão do uso das redes eletrônicas, em decor-
estratégica nas políticas e programas de inserção rência do ambiente de indefinições e do adiamento
na sociedade da informação é – além de cuidar de decisões que gera. Com a lentidão das negoci-
do uso adequado das tecnologias – aumentar a ações dos acordos internacionais, estarão se for-
quantidade e a qualidade de conteúdos nacionais mando novas barreiras entre os países, em fun-
que circulam nas redes eletrônicas e nas novas ção de regulamentações adotadas unilateralmen-
mídias. O amparo às identidades culturais nos te e do estabelecimento de padrões de fato.
novos meios resultará em benefícios evidentes, Compatibilização de padrões tecnológicos, leis de
na forma de incremento da atividade econômica proteção a consumidores e autores, regimes de
em geral e de desenvolvimento da cidadania. tributação de bens e serviços são alguns dos pontos
em negociação que ganham complexidade em
Administração transparente e centrada no função do caráter transterritorial das transações
cidadão: governo ao alcance de todos da Internet. Nesse contexto, é importante ampli-
Uma administração pública mais transparente, ar o debate interno no Brasil, para definir estraté-
eficaz e voltada para a prestação de informações gias e interesses próprios e respaldar o encami-
e serviços à população: essa a grande contribui- nhamento dessas questões nos fóruns interna-
ção que as tecnologias de informação e comuni- cionais.
cação podem dar ao relacionamento do gover-
no com os cidadãos. Emissão de documentos, Pesquisa e desenvolvimento: o conhecimen-
prestação de informações ligadas aos serviços to é a riqueza das nações
públicos, acompanhamento das ações de gover- A nova economia requer o contínuo desenvolvi-
no e condução dos negócios públicos, acesso aos mento e domínio de novos saberes e competên-
governantes e representantes eleitos são exemplos cias. Particularmente estratégico, nesse contexto, é
das possibilidades do uso das tecnologias de in- deter conhecimento avançado sobre as tecnologias
formação e comunicação pela máquina adminis- de informação e comunicação que hoje ocupam
trativa pública. A tecnologia pode ainda ser lar- o centro da dinâmica de inovações e são fator
gamente aplicada para aperfeiçoar a própria ges- primordial de competitividade econômica. Con-
tão do governo – coordenação, planejamento, siderando a acelerada evolução do cenário
execução e controle de ações, contabilidade pú- tecnológico global, o Brasil deve dotar-se de pro-
blica etc. – e suas transações comerciais com o gramas, flexíveis e dinâmicos, de fomento à pes-
setor privado. A possibilidade de acesso aos ser- quisa, com foco no domínio de tecnologias-cha-
viços, de participação nas decisões e acompanha- ve, para o desenvolvimento da indústria nacional.
mento dos atos governamentais por parte de to- A agenda brasileira de P&D em tecnologias de
dos os cidadãos, portanto, impõe a adoção de informação e comunicação deve, sobretudo, re-
meios e métodos digitais por parte do governo, fletir as necessidades e prioridades nacionais, ori-
em todos os poderes constituídos e níveis gover- entando-se no sentido da geração de resultados
namentais, do emprego das tecnologias de infor- inovadores e de produtos e serviços que contri-
mação e comunicação em benefício da eficácia, buam para a melhoria da qualidade de vida e do
responsividade, transparência e governança. bem-estar social, assim como para o aumento da
eficiência e competitividade do setor produtivo.
8 A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
A capacitação para orientar escolhas tecnológicas tura global, baseada em redes de alta velocidade.
e para o efetivo domínio de algumas tecnologias- A implantação dessa infra-estrutura é hoje estra-
chave requer uma cadeia de investimento e de tégica para a maior parte dos países e blocos eco-
conhecimento que se traduz em uma matriz de nômicos, que percebem um enorme potencial de
competência ampla e diversificada. Para estar apto aplicações para melhorar sua competitividade e a
a acompanhar a rapidez do desenvolvimento da qualidade de vida de seus cidadãos. Os países que
base técnico-produtiva mundial, o País deve ain- não acompanharem essa tendência correm o ris-
da manter uma política consistente de investimento co de ficar à margem do desenvolvimento da
em recursos humanos, de modernização da infra- nova economia; em se tratando de países em de-
estrutura científico-tecnológica de apoio à senvolvimento, como o Brasil, os desníveis
integração universidade-empresa e de ativa coo- tecnológicos em relação aos países avançados
peração internacional. podem-se acentuar e as desigualdades sociais e
econômicas aprofundarem-se ainda mais. Nesse
Desenvolvimento sustentável: a preservação contexto, é prioritário o desenvolvimento e a
do futuro implantação da Internet de nova geração no País.
Para o Brasil, detentor de ricas e estratégicas re- A viabilização desse projeto requer comunicação
servas naturais, a perspectiva do desenvolvimen- avançada e segura, a partir da utilização de circui-
to sustentável constitui uma referência básica a ser tos de alta velocidade, com elevada capacidade
incorporada em seu projeto de sociedade da in- de tráfego. Sobre essa infra-estrutura, é preciso
formação. Sob a ótica da sustentabilidade ecoló- atribuir ênfase especial ao desenvolvimento de
gica, coloca-se a importância do domínio das serviços e aplicações em áreas sociais, comerciais
tecnologias relevantes para melhor conhecer, di- e estratégicas, pois o “que fazer” torna-se muito
agnosticar e monitorar as condições ambientais, mais importante do que a rede em si.
sobretudo em função da extensão do território
nacional, diversidade de ecossistemas e comple- Desenvolvimento e integração: valorizando
xidade dos problemas pertinentes. Com apoio vocações e potencialidades regionais
das tecnologias da informação e comunicação, é As disparidades socioeconômicas entre regiões
possível criar sistemas e serviços avançados de continuam sendo questão fundamental no Brasil.
informação e de prevenção de riscos sobre o meio Nesse ponto, as tecnologias de informação e co-
ambiente, como alerta e suporte às políticas pú- municação são, a um tempo, oportunidade de
blicas, estratégias empresariais e ações sociais. Com redução de disparidades e risco de agravamento
as novas mídias e redes eletrônicas, criam-se tam- da situação atual. Ao sabor do mercado, sem uma
bém condições mais favoráveis para a informa- política que proporcione igualdade de oportuni-
ção e conscientização públicas a respeito do meio dades de acesso a essas tecnologias, haverá con-
ambiente, da educação ambiental e da coopera- centração ainda maior da utilização dos novos
ção nacional e internacional nessa área, facilitando meios nas grandes empresas e segmentos sociais
a implantação de um modelo mais sustentável de renda mais elevada, nos centros urbanos mais
de desenvolvimento. populosos. A tecnologia pode ser mais um ele-
mento integrador, por reduzir distâncias, tempos
Desenvolvendo a infra-estrutura: a via da e custos. Por meio dela, pequenos negócios po-
integração dem desenvolver afinidades econômicas, ganhar
O avanço das tecnologias de informação e co- visibilidade global e conquistar mercados.
municação resultou no desenvolvimento de um Viabilizando-se os negócios, dão-se condições para
grande número de aplicações, como telemedicina, que pessoas e empresas possam se estabelecer
ensino a distância, comércio eletrônico etc., que onde desejarem e tirar partido das características
podem melhorar significativamente a qualidade e potencialidades regionais. Em um mundo em
de vida dos cidadãos e elevar a competitividade que conhecimento, informação, criatividade e ino-
das empresas. Em um mundo crescentemente vação são fatores de riqueza, a diversidade cultu-
globalizado, as transações econômicas entres pa- ral é para ser reconhecida e explorada como fa-
íses e as interações entre indivíduos e comunida- tor de vantagem competitiva. Na base do desen-
des tendem a ser realizadas por uma infra-estru- volvimento equilibrado do País, portanto, deve
Capítulo 1 9
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
estar a consecução de ações locais, orientadas para mercado global. A execução do Programa pres-
o aproveitamento das diversidades e supõe o compartilhamento de responsabilidades
especificidades de cada região. Nesse sentido, pela entre os três setores: governo, iniciativa privada e
maior proximidade de governos estaduais e mu- sociedade civil. Para tanto, irá se desdobrar nas
nicipais em relação às demandas da sociedade e seguintes grandes Linhas de Ação:
das comunidades, o seu envolvimento na defini-
ção de estratégias e no planejamento dos seus des- Mercado, trabalho e oportunidades – promo-
dobramentos é importante. ção da competitividade das empresas nacionais e
da expansão das pequenas e médias empresas, apoio
Integração e cooperação latino-americana à implantação de comércio eletrônico e oferta de
A formação de blocos e megamercados regio- novas formas de trabalho, por meio do uso intensi-
nais, em quase todos os continentes, é um traço vo de tecnologias de informação e comunicação.
marcante no cenário mundial. A intensificação do
comércio, a consolidação de mercados, o estí- Universalização de serviços para a cidadania
mulo a investimentos e a articulação de parcerias – promoção da universalização do acesso à Internet,
em busca de maior competitividade no mercado buscando soluções alternativas com base em no-
global estão entre os principais objetivos dessas vos dispositivos e novos meios de comunicação,
novas regionalizações. O Mercosul é uma impor- promoção de modelos de acesso coletivo ou com-
tante iniciativa de países latino-americanos diante partilhado à Internet, bem como fomento a proje-
dessa tendência mundial. Objetiva, sobretudo, tos que promovam a cidadania e a coesão social.
contribuir para um ambiente de integração e co-
operação entre os países membros, permitindo- Educação na sociedade da informação –
lhes maior intercâmbio e dinamismo econômico apoio aos esquemas de aprendizado, de educa-
e tecnológico, bem como promover a solidarie- ção continuada e a distância baseados na Internet
dade entre os povos da região e o desenvolvi- e em redes, mediante fomento a escolas,
mento social e cultural. As novas tecnologias de capacitação dos professores, auto-aprendizado e
informação e comunicação são estratégicas nesse certificação em tecnologias de informação e co-
esforço, pois constituem um dos elos básicos na municação em larga escala; implantação de re-
quebra de barreiras espaço-temporais, facilitan- formas curriculares visando ao uso de tecnologias
do a comunicação e o intercâmbio regional em de informação e comunicação em atividades pe-
todas as áreas de atividades e contribuindo para a dagógicas e educacionais, em todos os níveis da
intensificação do comércio na região. educação formal.
10 A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
O setor privado é o que dispõe da maior capa- Papel importante para o êxito do Programa ca-
berá às universidades e demais entidades edu-
cidade de investimento e de inovação, do dina-
cacionais, pelo seu envolvimento na formação de
mismo e das condições de ação abrangente e ao
recursos humanos e na construção da indispen-
mesmo tempo capilarizada, que são necessários
sável base científico-tecnológica.
para converter a proposta do Programa Socie-
dade da Informação em realidade. Conseqüen-
Finalmente, todos – cidadãos, setor privado, se-
temente, esse setor, em colaboração com dife-
tor acadêmico, governo – devem participar do
rentes grupos de usuários, deve tomar a dianteira
processo de concepção e de execução das ativi-
do investimento em tecnologias e aplicações. Essa
dades que converterão o projeto conjunto da
parceria deve também estar voltada para o de-
senvolvimento de produtos de alta qualidade e sociedade da informação em realidade concreta.
Capítulo 1 11
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
12 A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Figura 1.3
Estrutura Organizacional MCT
Conselho
Coordenação
Programa
Núcleo
Suporte
Comitê
Gestão / Execução
MCT
CNPq
FINEP
Fonte: SocInfo
Capítulo 1 13
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Figura 1.4
Estado-da-
Modelo de Referência para Discussão P&D arte em Mercado Aspectos
tecnologias Regulatórios
necessários: um primeiro nível mais geral, que Fonte: adaptado de Mansell & Wehn, 1998
14 A Sociedade da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 2
Mercado, Trabalho
e Oportunidades
Capítulo 2 15
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 2 17
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Quem acompanha o assunto pela grande impren- ga eficiente. Quando se trata de B2C, exigências adi-
sa tende a crer que a maior parte dos negócios cionais são colocadas pelos compradores virtuais,
gerados por comércio eletrônico está relaciona- entre elas, interatividade e facilidade de uso.
da com produtos e serviços oferecidos ao con-
sumidor final, na modalidade B2C. É certo que Regulamentação e auto-regulamentação
efetivamente os empreendimentos B2C movi- Um fator essencial para a difusão do comércio
mentam grandes receitas. Contudo, como ilustra eletrônico diz respeito à regulamentação dessa ati-
o Gráfico 2.1, a parte maior de volume de negó- vidade, em especial quanto aos seguintes aspec-
cios, nos diversos países da União Européia, está tos, alguns dos quais ainda polêmicos:
em transações entre empresas, no modelo B2B. • validação das transações eletrônicas, particu-
larmente quanto à certificação de assinaturas e
Fatores Críticos do Comércio Eletrônico documentos;
• proteção da privacidade de pessoas e instituições;
Massa crítica
• adoção de padrões para os serviços de co-
Para a ampliação do comércio eletrônico, é fun-
damental aumentar não somente o número de mércio eletrônico;
• taxação de transações eletrônicas e de bens e
usuários individuais da Internet, mas sobretudo a
serviços;
quantidade de empresas conectadas à rede, em
• regulamentação do modelo de arrecadação
particular as micro, pequenas e médias empresas,
das transações eletrônicas.
o que depende largamente da universalização do
acesso à rede global.
Tais aspectos são complexos, pois muitos pro-
dutos e serviços que podem ser entregues na for-
Segurança, confiabilidade e velocidade
ma digitalizada, como, por exemplo, software, ser-
O comércio eletrônico requer segurança,
viços de consultoria, música etc., são bens intan-
confiabilidade e velocidade na transmissão de in-
formações pela rede, bem como logística de entre- gíveis, que podem cruzar fronteiras entre países
eletronicamente, sem passar por alfândegas.
2000
1.890
1400
1.200
1200
1000
800
590
600 550
470 450
390 381
400 350
290 280 250
200
110 100 80 70 60 40
0
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Fonte: Booz-Allen & Hamilton
Capítulo 2 19
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Diversos países têm leis específicas para o co- Participação das PME na Nova Economia
mércio eletrônico. É o caso, na América Latina,
A importância das pequenas e médias empresas
da Argentina e do Uruguai. Na União Européia,
(PME) na geração de empregos tem levado um
onde Alemanha, Itália e Espanha adotaram leis
grande número de países a estabelecer políticas
que reconhecem a validade de documentos assina- voltadas para o desenvolvimento de competên-
dos eletronicamente, o grande desafio é harmoni-
cias necessárias e de facilitação do acesso dessas
zar o conteúdo das leis dos diferentes países, de
empresas às tecnologias de informação e comu-
modo a evitar assimetrias que criem dificuldades
nicação.
para o intercâmbio entre países da região. Desafio
semelhante coloca-se também para o Mercosul. A Internet, particularmente o comércio eletrôni-
co, oferece grande potencial de redução dos cus-
Em contrapartida, deve-se esperar que um am-
tos das PME e de ampliação dos seus mercados.
plo conjunto de aspectos seja objeto de ação do
Entretanto, essas empresas enfrentam sérios obs-
setor privado em busca de auto-regulamenta-
táculos à utilização da rede global, como a falta
ção: propaganda na Internet, idoneidade de lojas de percepção das oportunidades oferecidas pelo
virtuais, modelos de contratos comerciais etc.
comércio eletrônico, a incerteza quanto a seus be-
nefícios para o negócio, a falta de produtos ade-
O Quadro 2.1 ilustra algumas soluções de auto-
quados e de sistemas integrados para utilização
regulamentação concebidas e/ou propostas por
da Internet, a complexidade, os custos e a carga
entidades do setor privado em vários países.
Quadro 2.1
Soluções para Auto-regulamentação em Comércio Eletrônico
Tipo Instituição Divulgação
Certificado-ID geral com chave privada em cartão-ID eletrônico SEIS (Suécia) junho 98
Diretrizes para Propaganda na Internet ICC abril 98
Regras de Best-Practices para comércio de bens intangíveis ICC 1999 (esperado)
Repositório de E-Termos para Contratos ICC 1999 (esperado)
Contrato-modelo para Fluxo de Dados Transfronteiras ICC outubro 1998
Serviços de Certificação PKI ICC/IBCC 1999 (esperado)
Contrato-modelo para vendas eletrônicas (business-to-business) ICC 1999 (esperado)
Código-modelo para proteção de Informações Pessoais (no Canadá) CSA (Canadá) março 1996
BBBOnline Privacidade (apoio a Programas de empresas) BBBOnline (EUA) março 1999
Auto-regulamentação de Propaganda na Internet CAP (GB) 1999 (esperado)
Modelo de Avaliação de Tecnologias de Implementação de Shopping Malls ECOM (Japão) março 1998
Diretrizes para o uso de Smart Cards ECOM (Japão) março 1998
Diretrizes para Autoridades de Certificação ECOM (Japão) março 1998
Hotlines contra Conteúdos Ilegais NLIP (Holanda) 1996
Diretrizes para transações entre comerciantes e consumidores virtuais ECOM (Japão) 1998
Código de conduta para Comércio Eletrônico ECP.NIP (Holanda) 1999 (esperado)
Siglas:
•BBBOnline (EUA): Serviço do Council for Best Business Practices dos EUA (Associação Privada)
•CAP (Reino Unido): Community for Advertising Practices
•CSA (Canadá): Canadian Standards Association
•ECOM (Japão): Electronic Commerce Promotion Council of Japan
•ECP.NIP (Holanda): Internet Service Providers Association Netherlands
•IBCC (Internacional): International Bureau of Chambers of Commerce
•ICC (Internacional): International Chamber of Commerce
•SEIS (Suécia): Secured Electronic Information in Society (organização não-governamental)
burocrática imposta em suas operações e a falta Não é possível antecipar quais serão as novas de-
de um quadro jurídico. Tais obstáculos se refle- mandas profissionais que irão surgir nem que ru-
tem, inclusive, nos indicadores de países desen- mos irão tomar as mudanças nos padrões de tra-
volvidos, que comprovam que a penetração da balho e emprego, até porque o caráter e os im-
Internet nas PME é, de fato, bastante limitada. pactos dessas transformações irão variar segun-
Na Austrália e no Japão, por exemplo, o número do as condições de cada país, região, segmento
de grandes firmas com acesso à Internet em 1998 da economia e a qualificação do trabalhador.
foi de 86% e 80%, respectivamente. O número Determinantes dessas diferenças serão as políti-
de microempresas (menos de seis empregados) cas e estratégias adotadas pelos agentes, tanto
conectadas a essa rede cai para 25% na Austrália públicos quanto privados, em aspectos como a
e 19% no Japão. geração de empregos para os que ingressam no
mercado de trabalho, a qualificação e
Oportunidades para Negócios requalificação profissional dos trabalhadores e o
Inovadores estabelecimento de mecanismos de apoio e
As tecnologias de informação, particularmente recolocação dos desempregados. Informes esta-
tísticos das Nações Unidas indicam que, nos pró-
com o advento da Internet, têm propiciado o
ximos dez anos, será necessário gerar, no míni-
surgimento de negócios de natureza totalmente
mo, um bilhão de empregos no mundo.
inovadora no ramo de serviços, resultando na
criação de novas empresas. Um dos grandes pro-
blemas que as empresas assim criadas encontram Até que ponto as relações de trabalho podem se
deteriorar é também uma preocupação. Mantida
para se estabelecerem no mercado é o acesso a
a tendência atual, alguns estudos apontam que,
crédito e financiamento. Para o financiamento de
no início do novo século, apenas 25% da popula-
pequenas e médias empresas de base tecnológica,
ção economicamente ativa será de trabalhadores
aportes sucessivos de capital de risco mostram-
se especialmente adequados, uma vez que não permanentes, qualificados e protegidos pela le-
gislação, 25% dos trabalhadores deverão estar nos
geram obrigações de curto prazo para as empre-
chamados segmentos informais, pouco qualifi-
sas, não exigem garantias e permitem uma remu-
cados e desprotegidos, assim como 50% dos tra-
neração ao investidor compatível com o risco dos
balhadores poderão estar desempregados ou
empreendimentos, normalmente auferida quan-
do da oferta pública das ações em bolsa. A ofer- subempregados, em trabalhos sazonais, ocasio-
nais e totalmente desprotegidos pela legislação.
ta de ações não apenas remunera os investidores
das fases iniciais, como permite novo ciclo de
Cada vez mais se exige dos trabalhadores contí-
capitalização e confere maior visibilidade a tais
nua atualização e desenvolvimento de habilida-
empresas. Apenas nos Estados Unidos, 231 em-
presas abriram seu capital no primeiro trimestre des e competências, de modo a atender aos no-
vos requisitos técnico-econômicos e a aumentar
de 1999, levantando US$ 26,7 bilhões.
sua empregabilidade. A atividade empresarial di-
retamente influenciada pelos negócios eletrônicos
Mudanças no Perfil do Trabalho e
vem demandando novas competências, adapta-
Emprego
das à realidade tecnológica. Dentre os perfis pro-
Diante desse conjunto de mudanças técnico-eco- fissionais mais disputados, estão programadores,
nômicas, o mercado de trabalho e o perfil do web-designers, administradores de redes, jornalistas
emprego modificaram-se estruturalmente. Novas e outros profissionais que lidam com conteúdos
especializações profissionais e postos de trabalho na web, especialistas em marketing e gerentes de
surgiram, mas também diversas ocupações tradi- Internet.
cionais foram ou estão sendo transformadas, subs-
tituídas ou mesmo eliminadas. Aumentaram as Teletrabalho
disparidades de remuneração entre os trabalha-
O mercado virtual demanda organizações cada
dores mais qualificados e os demais, enquanto
vez mais flexíveis, atuando em redes. O
diversas atividades intermediárias tornam-se dis-
teletrabalho vai ao encontro do desenvolvimento
pensáveis.
Capítulo 2 21
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
dessas novas modalidades de organização pro- fundamente afetada com a abertura da econo-
dutiva. Condição para haver teletrabalho é a se- mia no início dos anos 90. As grandes empresas
paração do trabalhador do ambiente tradicional, internacionais foram atraídas pelas perspectivas
ou seja, do local físico do escritório, o que de crescimento do mercado brasileiro, bem como
desestrutura também o tempo de trabalho: esses pela capacitação tecnológica da mão-de-obra lo-
trabalhadores passam a dispor de horários flexí- cal. Fusões, aquisições e processos de privatização
veis para realização de suas tarefas. O teletrabalho trouxeram para o País empresas estrangeiras e suas
constitui, também, uma nova abordagem do tra- plantas produtivas.
balho por parte dos indivíduos diante da possi-
bilidade de se estabelecerem novos tipos de vín- Muitas dessas empresas estrangeiras estão utilizan-
culos e relações de trabalho com os empregado- do o Brasil como ponto estratégico para outros
res. O Quadro 2.2 apresenta algumas vantagens investimentos no mercado latino-americano, uma
do teletrabalho, do ponto de vista das empresas. vez que o País conta com um centro produtor
Cabe observar, no entanto, que a falta de uma diversificado e de grande porte, oferece amplo
perspectiva histórica do teletrabalho torna pre- mercado interno, capacidade manufatureira, base
coce avaliações mais rigorosas sobre suas vanta- instalada e acesso favorável aos demais merca-
gens e desvantagens, tanto do ponto de vista das dos da América do Sul.
empresas como dos trabalhadores.
Pequenas e Médias Empresas
Pesquisa realizada junto às PME paulistas revelou
2.2 – ONDE ESTAMOS que 27% dessas empresas tinham acesso à Internet
em 1998. Considerando que a pesquisa foi realiza-
A Indústria das Tecnologias de da no estado que detém o maior PIB do Brasil, é
Informação e Comunicação no Brasil de se supor que a média nacional deve estar bastan-
te abaixo desse número. Na mesma pesquisa, a
Base da nova economia, a indústria de tecnologias
maior parte das empresas considerou que o mais
de informação e comunicação, no Brasil, foi pro-
Quadro 2.2
Vantagens do Teletrabalho
Trabalhador Custos . custos menores de alimentação, transporte e vestuário
Oportunidades . mais tempo para atender a clientes
de negócio
. maiores oportunidades para pessoas com restrições de tempo e locomoção
. relacionamento mais estreito com clientes em comunidades específicas
. maior facilidade de atender a múltiplas empresas por parte de especialistas altamente qualificados
Gestão . maior facilidade de determinar estilo de vida e de trabalho
Empresa Custos . diminuição da estrutura física da empresa
. aumento de produtividade gerencial e profissional
Oportunidades . área geográfica de atuação mais ampla
de negócio
. maior proximidade com o cliente
. fixação mais fácil de profissionais experientes
. área geográfica de recrutamento mais ampla
. acesso mais fácil a profissionais altamente qualificados
Gestão . maior agilidade
. maior flexibilidade na composição de equipes de especialistas
Governo Custos . menor consumo de energia
Oportunidades . redução de veículos em circulação
de negócio
. governo mais próximo do cidadão
. prestação de serviços de melhor qualidade
Gestão . maior facilidade na organização e gestão de prestação de serviços
Fonte: SocInfo, com base em Pinel, 1998 e OECD, 1999
Capítulo 2 23
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
do setor e posicionar o País como um grande Apoio à elaboração de planos de negócio, análi-
provedor de software e soluções em nível mundi- ses de oportunidades no mercado internacional,
al. Nesta linha, estão sendo atraídos para o País organização da participação externa são também
centros de desenvolvimento de software de gran- oferecidos pelo programa Softex, iniciativa con-
des empresas. junta do MCT, Sebrae e Apex.
Capítulo 2 25
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Gráfico 2.2
Evolução do Primeiro Acesso ao Uso Intensivo
Nível de conhecimento
Power Player
(Ex.: Amazon)
Primeira venda
Empreendedor
Eletrônico
Autoria de Conteúdo (ativo em vendas)
Usuário Pesado
(ativo em compras
passivo em vendas)
Primeira compra on-line
- Cria oferta de serviços de qualidade
Consumidor - Encoraja novos usuários
Eletrônico
Primeira navegação (ativo)
Conectado
(passivo)
Sem
acesso
Tempo
Papel do Governo
Quebra de barreiras que impedem Quebra de barreiras em Comércio Eletrônico: Prover o melhor ambiente para Negócio Eletrônico
conexão e uso - Privacidade para os clientes - Empreendedorismo Eletrônico
- Legislação eletrônica
Fonte: Booz-Allen & Hamilton
Capítulo 2 27
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Outras Ações
• Promover a divulgação de portais, como o
Inovar da Finep, que veiculam oportunidades
e linhas de fomentos existentes no âmbito do
governo e estimular a criação de iniciativas do
gênero.
Capítulo 3
Universalização de Serviços
para a Cidadania
Capítulo 3 29
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 3 31
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Para uma pessoa ter acesso à Internet e “navegar” Um aspecto determinante da universalização de
na rede, a partir da residência, local de trabalho, cen- acesso diz respeito aos custos para o usuário –
tro comunitário, área de lazer etc., ela necessita de do terminal de acesso, da assinatura da linha te-
equipamento apropriado conectado em rede. Os lefônica, da tarifação local ou interurbana, dos
principais equipamentos hoje disponíveis são os serviços do provedor. Um dos principais pro-
microcomputadores pessoais, conhecidos como blemas de localidades mais distantes dos cen-
PC (Personal Computers) e os set-top boxes associados tros de maior desenvolvimento é a inexistência
aos aparelhos de televisão. O set-top box é um com- de provedores locais, o que força boa parcela
putador simplificado ligado à linha telefônica ou ao da população, para ter acesso a um provedor, a
cabo do provedor de serviço de TV a cabo, utili- arcar com o custo de ligações interurbanas. O
zando o aparelho de TV como monitor. O set-top Gráfico 3.1 mostra que quase todos os países
box realiza algumas funções do PC, embora com com alto custo de acesso apresentam baixa pe-
limitações, porém a um preço mais acessível. netração da Internet.
Gráfico 3.1
Penetração da Internet versus Custo de Acesso
70%
50%
Islândia
40% Finlândia Suécia
Canadá
30% Dinamarca
20 30 40 50 60 70 80 90 100
No entanto, o fato de os custos de acesso serem Nos últimos anos, tem aumentado o número de
relativamente baixos, como é o caso inclusive iniciativas, ora com o objetivo de acelerar a in-
do Brasil, não resulta, por si só, em grande pe- corporação dos cidadãos às novas formas de
netração da rede. Há outros condicionantes, tais organização social introduzidas pela tecnologia,
como renda per capita, penetração do serviço ora no sentido de evitar que a evolução tecnológica
telefônico e nível de escolaridade da população. funcione como novo fator de exclusão social.
A esses fatores agregam-se ainda aspectos cul- Mesmo nos países de economia avançada, esses
turais, a familiaridade das pessoas para a utiliza- objetivos têm demandado um esforço conside-
ção da Internet e a utilidade das informações rável por parte dos governos, em associação com
oferecidas. Outro aspecto importante é que, em a iniciativa privada.
geral, as interfaces dos programas usados para
acesso à rede exigem dos usuários uma Na maioria dos programas e propostas dos go-
capacitação específica em informática. Tudo isso, vernos, a universalização do acesso aos serviços
enfim, pressupõe adequar a tecnologia – hardware de Internet tem sido complementada por ações
e software –, bem como os conteúdos e serviços, focadas em pelo menos três grandes frentes: edu-
à diversidade das demandas e às características cação pública, informação para a cidadania
– sociais, culturais e físicas – dos usuários da e incentivo à montagem de centros de serviço
rede. de acesso público à Internet.
A marcha rumo à universalização de serviços da As propostas dos países do Primeiro Mundo têm
Internet, por requerer a universalização da telefonia, sido deliberadamente ambiciosas no que tange ao
apresenta uma série de desafios. A dimensão desses acesso à Internet por meio da rede de ensino público.
desafios varia de acordo com o nível de desenvol- Em alguns casos, os esforços têm sido dirigidos para
vimento e com o projeto de cada país. Nos países dar acesso e disponibilizar infra-estrutura física em
em desenvolvimento, as diferenças socioeconômicas todas as escolas. Em outros, os investimentos têm-
crônicas e as barreiras culturais formam o ponto se orientado também para redirecionar os objetivos
nevrálgico da questão do acesso ao novo mundo educacionais, treinar professores e oferecer-lhes re-
da informação. cursos para desenvolver novas metodologias adequa-
das à utilização da nova mídia e à avaliação de seus
Iniciativas Rumo à Universalização impactos na educação. Esses aspectos são tratados
em maior detalhe no Capítulo 4 – Educação na So-
É papel do Estado dedicar especial atenção à
ciedade da Informação, deste documento.
incorporação dos segmentos sociais menos fa-
vorecidos e de baixa renda à sociedade da in-
Em relação à informação para a cidadania, tem
formação. O Estado, nesse particular, tem a res-
ponsabilidade de induzir o setor privado a se sido importante a criação de conteúdos que
facilitem a vida do cidadão. Entre todos os
envolver no movimento de universalização e a
agentes econômicos, o setor público, as con-
participar ativamente das ações nesse sentido.
cessionárias e as prestadoras de serviços de
Outra função fundamental do Estado é regula-
utilidade pública – nas áreas de seguridade
mentar as ações do setor privado. Na origem
das propostas e iniciativas dos governos e de social, saúde e educação, por exemplo – têm o
potencial de ser as maiores fontes desse tipo
algumas organizações civis, está o reconheci-
de conteúdos. Há um vasto conjunto de infor-
mento da limitação das forças de mercado
mações relacionadas ao cotidiano das pessoas
como propulsoras da incorporação à vida so-
cuja disponibilidade seria um grande facilitador
cial dos benefícios das tecnologia de informa-
ção e comunicação. O crescimento recente da na interação entre o cidadão e o Estado, com
efeitos impactantes na qualidade do serviço
oferta de acesso gratuito à Internet por parte
prestado. Podem ser abordagens bastante sim-
dos provedores comerciais, como conseqüên-
ples, como horários de ônibus interurbanos,
cia do acirramento da competição, é elemento
condições para o parcelamento de débitos de
importante, mas não suficiente, para garantir a
universalização desse serviço. água, luz ou telefone, disponibilidade de vagas
em escolas etc.
Capítulo 3 33
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Tabela 3.1
Usuários e Hosts Internet em Países Latino-Americanos
Usuários Hosts Pop. Pop. Urbana Telefones Fixos PC Usuários /
Países (milhares) (p/10 mil hab.) (milhões) (%) (linhas / 100 hab.) (por mil hab.) Pop. (%)
Uruguai 100 49,7 3 91 23,2 21,9 3,33
Chile 450 15,4 15 84 18,0 54,1 3,00
Costa Rica 65 8,1 3 50 16,9 2,17
Brasil 3300 9,9 164 80 10,7 26,3 2,01
Colômbia 400 2,9 40 74 14,8 33,4 1,00
Argentina 350 15,9 36 89 19,1 39,2 0,97
México 900 8,8 94 74 9,6 37,3 0,96
Panamá 25 2,8 3 56 13,4 0,83
Venezuela 170 2,9 23 86 11,6 36,6 0,74
R. Dominicana 50 6,0 8 63 8,8 0,63
Peru 75 1,5 24 72 6,8 12,3 0,31
Paraguai 12 1,6 5 54 4,3 0,24
Nicarágua 12 1,4 5 63 2,9 0,24
Equador 25 1,0 12 60 7,5 13,0 0,21
Bolívia 15 0,6 8 62 6,9 0,19
Guatemala 18 1,0 11 40 4,1 3,0 0,16
El Salvador 9 1,1 6 46 5,6 0,15
Cuba 12 0,1 11 77 3,4 0,11
Honduras 5 0,2 6 45 3,7 0,08
Haiti 3 0,0 7 33 0,8 0,04
Totais e médias 5996 6,5 484 65 9,6 27,7 0,90
Fonte: compilação de dados do Banco Mundial, 1999 e da NUA Internet, 1999, conforme Afonso, Carlos Alberto et al.
Tabela 3.2
Usuários e Hosts Internet nas 10 Maiores Economias (por PIB)
Dez maiores Usuários Hosts Pop. Pop. Urbana Telefones Fixos PC Usuários/
economias (por PIB) (milhares) (p/10 mil hab.) (milhões) (%) (linhas p/100 hab.) (p/ mil hab.) Pop. (%)
Capítulo 3 35
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Quadro 3.1
Metas de Universalização das Concessionárias do Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC (dezembro de 2003)
2001 2003
Número mínimo de telefones de uso público (TUP) a serem implantados 981.300 unidades
Número mínimo de linhas telefônicas individuais a serem implantadas 37 milhões
Número mínimo de habitantes para que seja obrigatória a instalação de TUP para o 1.000 habitantes 300 habitantes
atendimento a uma localidade
Número mínimo de habitantes para uma localidade ser atendida por linhas telefônicas 1.000 habitantes 600 habitantes
individuais
Deslocamento máximo em áreas urbanas para alcançar um TUP 500 metros 300 metros
Prazo máximo para atender a pedido de instalação de linha telefônica individual 4 semanas 2 semanas
Prazo máximo para atender a pedido de instalação de linha telefônica individual para 3 semanas 1 semana
pessoas com necessidades especiais (audição / fala)
Prazo máximo para atender a pedido de instalação de TUP para pessoas com 2 semanas 1 semana
necessidades especiais
Capítulo 3 37
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
por parte do MEC, como se verá no Capítulo Inúmeras outras iniciativas mereceriam menção detalha-
da: a Rede Mineira (que reúne diretamente 22 organiza-
4 – Educação para a Sociedade da Informa- ções e, indiretamente, outras 380); a Rede de Mulheres
ção. No âmbito de iniciativas comunitárias, os no Rádio (animada pelo Cemina – Comunicação, Educa-
esforços de viabilização de acesso tendem a ção e Informação em Gênero, que congrega mais de 300
comunicadoras em todo o País); a Rede Voluntária (ani-
incluir o oferecimento de instrução básica em mada pelo Programa Voluntários do Conselho da Comu-
Informática. nidade Solidária, reunindo 27 Centros de Voluntariado
para a disseminação da cultura do trabalho voluntário no
Brasil) etc.
De maneira geral, contudo, para adquirir conhe-
Não há dúvidas de que um dos esteios fundamentais do
cimentos básicos em Informática, os interessa- Programa deverá ser o Terceiro Setor brasileiro.
dos precisam recorrer a cursos pagos com resul-
Fonte: SocInfo
tados nem sempre satisfatórios. Há cursos de toda
Capítulo 3 39
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
oportunidades de participar do mercado de tra- mos de convivência pacífica, para proteger seus
balho e do convívio social. Assim, devem ser membros e para procurar recuperar pessoas,
desenvolvidas soluções especiais para essas pes- bem como trazê-las de volta ao convívio social.
soas, levando em conta as especificidades das Na sociedade da informação, as tecnologias pro-
deficiências. É preciso ter em mente também que piciam novas formas de monitoramento e vigi-
as tecnologias de informação e comunicação ofe- lância de indivíduos.Por outro lado, podem ofe-
recem novas oportunidades e novos caminhos recer novas maneiras para o desenvolvimento
para soluções que contemplem essas pessoas nas pessoal e para a participação produtiva no con-
oportunidades oferecidas pela progressiva vívio social. A universalização de acesso deve
universalização do acesso. O Capítulo 2 – Mer- também incluir essas pessoas.
cado, Trabalho e Oportunidades – trata do as-
pecto de trabalho para pessoas com necessida- Suporte Tecnológico
des especiais.
As iniciativas de universalização de serviços
Internet no Brasil – ainda poucas – ressentem-se
Outras necessidades especiais da carência de suporte tecnológico para serem
Alguns outros grupos de pessoas ou situações de
mais que serviços-piloto, consolidarem-se e se ex-
contingência demandam soluções diferenciadas,
pandirem. Tal suporte deve incluir:
a saber:
• Ocorre freqüentemente que pessoas, por neces-
i. Pacotes de tecnologia configuráveis para a ins-
sidade ou opção, tenham que dividir o seu tem- talação de redes em centros comunitários e
po entre atividades profissionais e atividades
de quiosques em locais públicos, com ou sem
domésticas ou similares, seja em benefício pró-
conexão à Internet.
prio ou como trabalho comunitário de tomar
conta de crianças, do lar ou de pessoas que re-
ii. Programas aplicativos configuráveis para a or-
querem atenções especiais, como gestantes, ido- ganização e distribuição de informações em
sos ou doentes. Para essas, ter acesso à Internet e
servidores hierarquizados, centros comunitá-
a outros serviços modernos associados pode
rios e quiosques, bem como veiculação aberta
trazer interessantes benefícios, propiciando um
na Internet.
aproveitamento mais produtivo de seu tempo.
iii. Manuais e textos didáticos sobre Informática
• Pessoas com doenças, em tratamento ou com
e Internet, para apoio a instrutores e treinandos.
algum outro tipo de limitação de mobilidade.
Para estas, o acesso às tecnologias de infor-
mação e comunicação oferece oportunidades
3.3 – Para Onde Vamos
de uma participação mais produtiva na socie-
dade e uma redução de isolamento social.
• É necessário aumentar drasticamente o
• Pessoas em trânsito, que se encontram fora do número de pessoas com acesso direto
seu ambiente normal de vivência, sejam turistas ou indireto à Internet no Brasil
em passagem ou viajantes a trabalho. Com a Como meta, vale fixar um número como 36 mi-
difusão cada vez mais ampla da Internet, au- lhões de pessoas com acesso à Internet até o final
mentará também a dependência das pessoas de de 2003. Isso representa cerca de 20% da popu-
serviços de informação e comunicação acessados lação. Especial atenção deve ser dada a pessoas
via Internet. Assim, os lugares bons para serem portadoras de deficiências. A consecução de uma
incluídos no roteiro de turismo de férias ou pro- tal meta demanda, para começar, a concepção de
fissional serão aqueles que, além das suas outras uma estratégia nacional, envolvendo o governo e
qualidades, oferecem bom, fácil, farto e barato o setor privado, para superar os obstáculos estru-
acesso a serviços de Internet para turistas. turais para a penetração e uso da Internet no Bra-
sil. Como modelo geral, a Figura 3.1 ilustra a pro-
• A sociedade isola muitas das pessoas que não posta feita em relatório da Booz-Allen & Hamil-
se enquadram em determinados padrões míni- ton para o governo britânico.
Figura 3.1
Obstáculos para Penetração e Uso de Internet
- Doações para reduzir custo para - “Espaços verdes” bem gerenciados - Ambiente regulatório e legislação fiscal
usuários finais (controlados pelo governo) para manter que promova preços baixos via
Ambiente - Disponibilidade de terminais Internet crianças e indivíduos protegidos contra comércio eletrônico
em organizações e espaços públicos os “espaços negros” da Internet - Forte promoção governamental que
Governamental impulsione o reconhecimento das
(por exemplo, escolas) - Ênfase no treinamento em TIC nas
escolas qualidades e do valor de conteúdos
e aplicações on-line
- Competitividade entre empresas de - “Espaços verdes” bem gerenciados - Conteúdo no idioma original do país
telecomunicações, provedores de serviço (controlados pelas empresas) para - Forte marketing que impulsione o
Ambiente e fabricantes de hardware de PC manter crianças e indivíduos protegidos reconhecimento das qualidades e
Competitivo contra os “espaços negros” da Internet do valor de conteúdos e aplicações
- Disponibilidade de terminais públicos
Internet - Ênfase no treinamento de funcionários on-line
em TIC - Aplicações em Comércio Eletrônico
locais e regionais
Capítulo 3 41
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Internet etc., disponíveis a custo zero (em • Promover a concepção local, a fabricação na-
vídeo e/ou na rede); cional e a comercialização de computadores
- cursos livres a serem ministrados em centros voltados primordialmente para o acesso à
comunitários, escolas, bibliotecas públicas Internet (netcomputers) com custo unitário abai-
etc., ou em modalidades a distância; xo de R$1.000,00 para configurações iniciais.
- testes de habilitação reconhecidos pelo mer-
cado, seguindo o modelo do European
Computer Driving License (ECDL).
Outras Ações
• Criar e disponibilizar na Internet um banco de
dados de equipamentos que estejam em desu-
so, mas ainda operacionais, disponíveis para
doação por empresas ou instituições, ou mes-
mo pessoas físicas, para destinação social.
Educação na Sociedade
da Informação
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 4 45
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Nos Estados Unidos, por exemplo, estimativas ii. A interligação de computadores e pesso-
de 1996 apontavam que, para conectar todas as as em locais distantes, abrindo novas possibi-
escolas públicas norte-americanas na Internet, se- lidades de relação espaço-temporal entre edu-
riam necessários investimentos em infra-estrutura cadores e educandos.
e equipamentos beirando os US$30 bilhões, fora
as despesas de manutenção, na faixa de outros A Figura 4.1 ilustra os três aspectos do impacto
US$5 bilhões anuais (o orçamento anual do en- de computadores e tecnologias de informação e
sino fundamental nos Estados Unidos estava, comunicação.
então, em torno de US$24,2 bilhões/ano). Nos
anos recentes, a resposta a essa necessidade tem Figura 4.1
passado pelo ativo envolvimento de empresas Aspectos do Impacto de Computadores
de informática e de telecomunicações, com a
Processamento Processamento
meta de se ter todas essas escolas na Internet Simbólico/Lógico Numérico
em 2002.
Fonte: SocInfo
ii. Não há nesses países tradição de envolvimento
ativo do setor privado em suporte a causas edu- O que se pode fazer com tecnologias de infor-
cacionais e/ou sociais, como se vê em países mação e comunicação em educação?
avançados, notadamente os EUA.
As formas de utilização estão ainda simplesmen-
iii. A revolução da Internet atinge esses países sem te começando.
que a onda anterior de informatização tenha
efetivamente ocorrido e frutificado, como Além de propiciar uma rápida difusão de material
ocorreu nos países avançados ao longo das didático e de informações de interesse para pais,
décadas de 80 e 90. professores e alunos, as novas tecnologias permi-
tem, entre outras possibilidades, a construção
Novos Meios de Aprendizagem interdisciplinar de informações produzidas indi-
vidualmente ou em grupo por parte dos alunos,
O primeiro e talvez mais fundamental impacto de
o desenvolvimento colaborativo de projetos por
tecnologias de informação e comunicação na edu-
parte de alunos geograficamente dispersos, bem
cação foi ocasionado pelo advento de computa-
como a troca de projetos didáticos entre educado-
dores e sua fenomenal multiplicação nas capacida-
res das mais diferentes regiões do País. Conforme
des de processamento numérico (exemplo: pre-
as velocidades de transmissão das redes vão aumen-
visão meteorológica) e de processamento simbó-
tando, novas aplicações para fins educacionais vão
lico/lógico (exemplos: editoração de texto, siste-
se tornando viáveis, tais como laboratórios virtuais.
mas especialistas). Em seguida, uma terceira capaci-
dade, a de comunicação, veio amplificar o impac-
Educação a Distância
to de computadores em duas vertentes, a saber:
A disseminação da Internet nos anos recentes tem
i. A interação multimídia e a instrumentação feito ressurgir com novo ímpeto o interesse em
de dispositivos físicos, abrindo possibilidades Educação a Distância como mecanismo comple-
para interação via imagens, sons, controle e co- mentar, substitutivo ou integrante de ensino
mando de ações concretas no mundo real etc. presencial. Tal interesse se explica pelo fato de
possibilitar:
i. O aumento considerável da audiência de um to, cuidados devem ser tomados, para não repe-
curso ou palestra, tanto no tempo como no tir os erros do passado. Os investimentos fixos
espaço, através do concurso intensivo de meios são substancialmente maiores do que nas moda-
eletrônicos para o registro e a transmissão de lidades mais convencionais.
conteúdos. Isto permite, por exemplo, ofere-
cer boas oportunidades de educação para os São aspectos críticos, no ensino a distância, o de-
interessados, mesmo que em áreas remotas e senvolvimento de metodologias pedagógicas efi-
desprovidas de boas oportunidades locais de cientes para o novo meio e de ferramentas ade-
educação. Outro benefício é o compartilha- quadas para o estudo individual, ou em grupo.
mento de recursos de ensino entre instituições Nesse sentido, para que o ensino a distância al-
com interesses e quadros complementares, cance o potencial de vantagens que pode ofere-
mesmo que situadas em locais afastados entre cer, é preciso investir no seu aperfeiçoamento e,
si. sobretudo, regulamentar a atividade e também
definir e acompanhar indicadores de qualidade.
ii. A oferta de oportunidades de aprendizado
para estudo em casa ou no trabalho, em qual- O Desafio da Formação Tecnológica
quer horário, ampliando as possibilidades de
Desde o final da década de 60, quando foi
oferta de educação continuada.
convocada a primeira de uma série de conferên-
cias das Nações Unidas sobre Informática, as
iii. A individualização do processo educativo, mes-
tecnologias de informação e comunicação foram
mo em esquemas de grande escala, devido à
consideradas vetores de desenvolvimento econô-
maior interatividade propiciada pela Internet.
mico e social. Ao longo da década de 70 e 80,
inúmeros países – incluindo-se aí com destaque o
iv. A organização do trabalho em equipe de in-
Brasil – conceberam planos nacionais de
tensa cooperação, mesmo envolvendo pesso-
capacitação tecnológica e de produção domésti-
as geograficamente dispersas e trabalhando em
ca de bens e serviços em informática, como po-
horários distintos.
tenciais atalhos rumo ao desenvolvimento.
Vale registrar que processos de educação a dis-
Já na década de 90, uma concepção mais matizada
tância existem, pelo menos, desde o século pas-
do papel de tecnologias de informação e comuni-
sado. Entretanto, as iniciativas do passado não
cação em países em desenvolvimento principiou a
alcançaram as vantagens acima enumeradas em
ganhar espaço. Nessa concepção revista, atribuiu-se
sua totalidade, grande parte em função dos mo-
maior peso ao balanceamento da capacidade de
delos comerciais adotados.
geração, aplicação e uso de tecnologias de um
país que a produção de bens e serviços. Tal concep-
Mais recentemente, iniciativas em educação a dis-
ção é esboçada na Figura 4.2.
tância principiaram a utilizar material instrucional
na forma de vídeos (distribuídos em cartuchos
ou transmitidos via sinal aberto ou fechado de Figura 4.2
TV) e de software (distribuído via disquetes). O Aspectos de Capacitação Tecnológica
modelo de ensino a distância baseado em vídeo
prosperou em vários países, permitindo a gera- Geração Aplicação Uso
Capítulo 4 47
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
É importante observar que mesmo a capacidade ii. A geração de novos conhecimentos diz res-
de absorver tecnologias, de selecioná-las adequa- peito sobretudo à formação em nível de pós-
damente, pressupõe a existência de uma base de graduação. Mas é também viabilizada pela for-
pesquisa abrangente correspondente aos diversos mação profissional em nível de graduação em
níveis da cadeia de conhecimento a elas associadas. áreas diretamente relacionadas com tecnologias
de informação e comunicação e sua aplicação:
Há carência global de técnicos capacitados para a cursos de engenharia de computação, telecomu-
geração e aplicação de tecnologias de informa- nicações, ciências da informação, comunicação
ção e comunicação. Esses técnicos são indispen- social, cinema e animação etc.
sáveis na geração de novos produtos e serviços
incorporando tecnologias de informação e co- iii. A aplicação de tecnologias de informação
municação, bem como para a renovação de ati- e comunicação pode ser objeto de forma-
vidades tradicionais com a introdução acelerada ção desde o nível médio, sobretudo no âmbi-
de tecnologias de informação e comunicação. to de cursos técnicos em informática, ele-
trônica etc. Ela é certamente o foco central de
Como todos esses desafios se refletem na estru- cursos de graduação que tratam de tecnologias
tura formal de ensino? de informação e comunicação. E é também
preocupação dos cursos de pós-graduação em
A partir da Figura 4.3, podem-se fazer algumas tecnologias de informação e comunicação e
constatações à guisa de primeira tentativa de res- áreas correlatas, especialmente quando a apli-
posta à questão: cação de conhecimentos se refere à produção
ou aperfeiçoamento de bens e serviços na pró-
i. A alfabetização digital precisa ser promo- pria área, o que exige o domínio dos funda-
vida em todos os níveis de ensino, do funda- mentos conceituais básicos associados aos ní-
mental ao superior, por meio da renovação veis mais elevados de ensino.
curricular para todas áreas de especialização,
de cursos complementares e de extensão e na iv. Finalmente, a aplicação de tecnologias de
educação de jovens e adultos, na forma e con- informação e comunicação em quaisquer
cepção emanadas da Lei de Diretrizes e Bases outras áreas (não próximas de tecnologias
da Educação Nacional de 1996. de informação e comunicação), tais como saú-
de, transportes, biologia etc., demanda a par-
ticipação de profissionais dessas áreas, mas i. No nível médio, novas profissões surgiram
com conhecimentos aprofundados em com a difusão de tecnologias de informação
tecnologias de informação e comunicação, que e comunicação, particularmente a Internet. Por
transcendem em muito o nível de alfabetiza- exemplo:
ção digital. Como denominar essa capacidade - Projetista de web;
específica em tecnologias de informação e co- - Especialista em Arquitetura de Informações;
municação de profissionais de outras áreas - Administrador de Redes;
para aplicar tecnologias de informação e co- - outros.
municação nessas suas áreas?
Os Centros Federais de Educação Tecnológica
Uma possibilidade, inspirada em estudo recente e o Senac, em suas funções de formação téc-
conduzido nos EUA, é chamá-la de fluência em nica e profissional de nível médio e pós-mé-
tecnologias de informação e comunicação, con- dio, poderão contribuir de forma significativa
forme o Destaque 4.1. na oferta de tais oportunidades.
Capítulo 4 49
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 4 51
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
o status quo de ensino a distância nacional em ou- A qualidade dos cursos retratados na Tabela 4.2,
tro patamar, tanto em qualidade como quantida- principalmente de doutorado, pode ser considera-
de de cursos e atividades ofertadas. da boa, tendo por base os critérios de avaliação do
Capes. Mais da metade dos programas de mestrado
e doutorado obtiveram nota igual ou superior a 4
Destaque 4.2 (em uma escala de pontuação máxima 7) na última
Unirede: Universidade Virtual Pública do Brasil
avaliação nacional de pós-graduação.
Em dezembro de 1999 foi lançada a proposta da criação
de um consórcio de instituições públicas de ensino superior
com a finalidade de criar uma rede de universidades
virtuais, de âmbito nacional. O protocolo de intenções, Tabela 4.2
com adesão de 62 instituições de ensino superior de Pós-graduação na Área de Computação no Brasil (2000)
todas as regiões do país, prevê a cooperação técnica Mestrado Doutorado
entre os partícipes e a articulação de ações conjuntas
com o objetivo de criar condições propícias para o uso Número de Cursos 28 13
de educação mediada pelas tecnologias de informação e Alunos Ingressantes 877 124
comunicação. O consórcio conta com o apoio do
Alunos Matriculados 2.405 593
Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e
Tecnologia. Encontra-se em estudo uma proposta de Alunos Formados (1999) 461 65
diretrizes para o desenvolvimento de projetos, critérios, Orientadores 611 297
padrões e procedimentos para a organização de cursos
superiores de graduação baseadas em tecnologias de Fonte: SocInfo, com base em dados de Maldonado e Sugeta
informação e comunicação, bem como uma proposta Sociedade Brasileira de Computação (SBC), 2000
de infra-estrutura tecnológica.
Fonte: http://www.unirede.br Também consideradas importantes para o proces-
so de formação de recursos humanos para as
tecnologias de informação e comunicação, podem
Capacitação Avançada em Tecnologias ser incluídas as áreas de ciência da informação, lin-
de Informação e Comunicação güística, comunicação, desenho industrial. Ainda de
acordo com a Capes, encontram-se em funciona-
A efetiva evolução de um país para a sociedade
mento 44 cursos de mestrado e 19 de doutorado
da informação depende do envolvimento ativo
nestas áreas no País.
de seus quadros humanos, especialmente de seus
cientistas e pesquisadores em tecnologias de in-
Na área de microeletrônica, que é vital para a
formação e comunicação. De acordo com o Ca-
pretensão do País em verticalizar a produção de
dastro de Pesquisadores do CNPq, é de cerca de
componentes eletrônicos mais utilizados, de acor-
52.000 o número de pesquisadores no País, sen-
do com a Sociedade Brasileira de Microeletrônica,
do que 6.664 atuam nas áreas de engenharia e
entre as principais instituições do País atuantes na
computação. São 1.745 os grupos de pesquisa
área (Epusp, Unicamp, UFRGS etc.), há 30 mes-
atuantes nos setores de informática, indústria
tres e 85 doutores, e o aumento estimado para os
eletroeletrônica e telecomunicações, sendo a maior
próximos anos é pouco mais do que vegetativo.
parte pertencente a universidades. A Tabela 4.2
Em comparação, o Canadá busca formar, até
mostra a situação do Brasil em termos de oferta de
2005, 850 doutores, 4.900 mestres e 10.700 en-
treinamento em nível de pós-graduação na área de
genheiros para atuar nessa mesma área.
computação, conforme dados levantados pela So-
ciedade Brasileira de Computação (SBC).
A demanda por profissionais qualificados exigirá
uma ampliação significativa da capacidade insta-
De acordo com dados da Sepin/MCT, em 1980
lada de cursos de pós-graduação no País.
havia menos de 200 doutores em informática no
Brasil, ao passo que hoje são mais de 700. Em
O tempo médio necessário para a formação
termos comparativos com a América Latina, o
completa de um profissional na área de computa-
Brasil tem o maior número de doutores em
ção, desde o ingresso na graduação até a conclusão
Informática, mas ainda insuficiente para atender
do doutorado, parece ser demasiado longo. Nos
às necessidades atuais do País.
cursos de pós-graduação, o tempo médio de
titulação nas diversas instituições é de 56 meses para
Capítulo 4 53
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
o doutorado e 30,6 meses para o mestrado. Isto aplicação maciças de novas tecnologias, combinan-
significa que qualquer esforço de aumento significa- do inovação tecnológica com ampla disseminação.
tivo da capacidade de ensino e pesquisa deve consi- No Brasil, há atualmente raras iniciativas com essas
derar não somente o aumento de alunos de pós- características. O assunto é discutido em mais deta-
graduação, mas a aceleração do processo de for- lhe no Capítulo 7 – P&D, Tecnologias-chave e
mação, mediante flexibilização curricular, criação de Aplicações.
programas, incentivos especiais etc.
Capítulo 4 55
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Conteúdos e Identidade
Cultural
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
mites e interfere poderosamente nos processos A idéia de metadados sugere alguns desdobramentos.
econômicos, políticos e culturais das sociedades Por exemplo:
• o formulário preenchido constitui na realidade um
nacionais. arquivo de dados em dois níveis: o dos dados
propriamente ditos e o dos metadados;
A informação, as telecomunicações, as novas mídias, • nesse arquivo em dois níveis, pode-se também ver
cada metadado como um “rótulo” (tag) descritivo
a informática em geral e a indústria eletroeletrônica do dado que lhe corresponde.
passaram a ocupar lugar central no processo de acu-
mulação de capital. Como efeito imediato desse O conceito de metadados tem adquirido importância
crescente, na medida em que mais e mais conteúdos
processo, promove-se globalmente a privatização e completos são armazenados em computadores e
a desregulamentação do setor. Nesse novo quadro, transmitidos via redes: informações cartográficas, grandes
bases de dados em textos livres em diversas línguas etc.
a tecnologia aprofunda e estende a habilidade das O processamento adequado dessas grandes massas de
empresas para transformar em mercadorias os pro- dados passa pelo processamento dos metadados
dutos da telemática – que são informação em to- entremeados aos dados, que impõem estrutura e
inteligibilidade aos mesmos. O Capítulo 7 - P&D,
das as suas formas. Tecnologias-chave e Aplicações descreve uma ação
concreta sugerida pelo Programa para padronizar
Conteúdos metadados para aplicações de Governo.
Esse quadro relativo à identidade cultural não se sas, mas que incluem outros grupos (de defesa da
manifesta apenas no chamado “mundo subdesen- condição feminina ou da ecologia), entre os quais se
volvido” ou “em desenvolvimento”. Países econo- incluem o dos produtores culturais, que se definem
micamente mais avançados vêem na preservação não pelo culto do passado, mas pela idéia de um
da identidade nacional o instrumento decisivo para futuro organizado e que visam não apenas a con-
autocapacitação não apenas em assuntos culturais servar-se em um determinado estado, como tam-
como científicos e tecnológicos, com suas claras di- bém a propor novos modos de vida e novas vi-
mensões econômicas. Medidas de exceção são for- sões de mundo para si para e a comunidade –
muladas para proteger a cultura local em suas mais em uma palavra, que buscam a transformação
variadas formas, e, mais que isso, é resguardado o da estrutura social.
próprio idioma nacional.
De toda sorte, a língua em que são veiculados os
Levando em consideração, portanto, que será ne- conteúdos na Internet é fator determinante não
cessário planejar as ações que conduzem à produ- só das possibilidades de acesso a esses conteúdos
ção e distribuição de conteúdos que sirvam aos in- e de sua difusão, mas também da veiculação da
teresses das identidades culturais do País, e enten- identidade de uma nação em termos de sua varie-
dendo por identidade cultural a soma de significa- dade cultural. A presença da língua portuguesa no
dos que estruturem a vida de um indivíduo ou de mundo eletrônico é bastante reduzida, como de
um povo, parte-se do princípio de que será neces- resto ocorre com outros idiomas, à exceção do
sário ter em mente, antes de mais nada, que a iden- inglês. Apenas 0,7% dos conteúdos estão em nosso
tidade cultural não é mais una, porém múltipla. idioma, enquanto 84% estão em língua inglesa,
como descrito no Destaque 5.2.
Há, sem dúvida, uma identidade primária no País,
representada pela língua natural aqui usada e que, no Comparado ao espanhol, que é falado em quase
caso do Brasil, é de fato considerada una. Os diferentes todos os países da América Latina e por segmen-
modos de falar não constituem barreira séria ao enten- tos importantes nos EUA, o português é falado
dimento entre a população, e não há, sob esse aspecto, em poucos países, dentre os quais o Brasil tem a
reivindicações identitárias particularizantes. Isso não sig- maior população e peso econômico equivalente
nifica que a fonte de identidade primária do País não ao conjunto dos outros.
deva ser objeto de uma política cultural de apoio pen-
sada para o novo paradigma eletrônico de produção Coleta, Processamento e
de informação. Pelo contrário, programas específi- Disponibilização de Conteúdos
cos devem ser apoiados, visando à consolidação
Gigantescos acervos de conteúdos, sobre os mais
do português como idioma privilegiado da socie-
variados temas, em diferentes formatos, para to-
dade de informação brasileira.
dos os públicos, estão sendo desenvolvidos, princi-
palmente nos países mais avançados. E, na perspec-
Já quando se trata das identidades secundárias
tiva da sociedade da informação, o acesso ao con-
(própria, como exemplo, de regionalismos e gru-
teúdo internacional é também altamente importan-
pos de preferências de diversa natureza), o quadro
te. Mas essa importância vem apenas sublinhar a
se altera. Será necessário atentar para o fato de que
urgência de se intensificar a produção e difusão de
ao lado da identidade instituída (a identidade “ofi-
conteúdos que espelhem não só nossa identidade
cial”, que vem de cima para baixo e legitima a priori
cultural, mas também a rica diversidade de aspectos
as existências e as propostas, que fornecem o pa-
culturais que constroem essa unidade multifacetada.
drão ou código geral), manifestam-se diversas iden-
tidades instituintes que vêm de baixo para cima
Muito do desenvolvimento de um país depende da
e, nesse impulso, duas chamam a atenção desde logo.
capacidade de organização de suas instituições no
De um lado, as de resistência, próprias de minori-
tocante aos acervos de informações. O fato de os
as étnicas e religiosas, e que não raro se alimentam
conteúdos estarem sempre sendo produzidos e ar-
da memória ou do culto das origens. E, de outro, as
mazenados de forma descentralizada e dispersa
identidades instituintes de projeto, que podem
obriga a um enorme esforço para reunir e incorporá-
dizer respeito também a minorias étnicas e religio-
Capítulo 5 61
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
forma altamente descentralizada, mas integrada. formações requeridas pelo Conselho. Resul-
Diversas iniciativas brasileiras caminham rumo a tado do esforço conjunto do MCT, CNPq,
esse modelo. Três iniciativas, em particular, mere- Finep e Capes/MEC, constitui um importan-
cem destaque: o Prossiga, o Scielo e o Lattes. te passo para a integração dos sistemas de in-
formação das principais agências de fomento
• O Projeto Prossiga é uma iniciativa do CNPq do País, atendendo à antiga demanda da co-
que tem por objetivo favorecer e promover munidade científica e tecnológica.
o uso da informação relevante para ciência e
tecnologia já disponível na Internet ou em ar- Conteúdos em Arte e História
quivos convencionais existentes em instituições
É bastante limitada ainda a quantidade de con-
brasileiras. O projeto utiliza a Internet como
teúdos relativos a arte, história etc. na Internet
meio para divulgação e uso dos seus serviços,
brasileira. Isto se explica pelo alto custo envolvi-
procurando incentivar e favorecer a comuni-
do na geração ou digitalização de iconográficos.
cação científica interativa. Entre outros servi-
Como esforço pioneiro na direção necessária, vale
ços de informação, cria uma base de dados
a pena citar o Projeto Portinari, que se dedica ao
de trabalhos científicos produzidos pelos pes-
levantamento e registro fotográfico das obras atri-
quisadores vinculados ao CNPq. Já dispõe de
buídas ao pintor Cândido Portinari – desde o
mais de 850.000 referências bibliográficas de
menor esboço até os grandes afrescos, passando
mais de 13.000 pesquisadores. Conta com mais
por exemplares avulsos de gravuras – e dos
de 2.000 usuários cadastrados para discussão
documentos referentes à sua obra, vida e época.
interativa, em salas virtuais (o Ponto de En-
O material reunido pelo Projeto Portinari repre-
contro do Prossiga).
senta um importante arquivo multimídia sobre o
processo histórico-cultural brasileiro das décadas
• O Projeto Scielo (Scientific Electronic Library
de 1920 a 1960.
Online) é uma biblioteca virtual que contém
uma coleção selecionada de periódicos cientí-
Para tornar atraente a divulgação e o acesso ao
ficos brasileiros. Aplicação de um projeto de
acervo do projeto, foi mobilizado todo o mo-
pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa
derno instrumental da informática - hipertexto,
do Estado de São Paulo (Fapesp), em parce-
estruturas de bases de dados, multimídia. Além
ria com o Centro Latino-americano e do
de mais de 4.600 pinturas, desenhos e gravuras
Caribe de Informação em Ciências da Saúde
de Portinari, foram levantados mais de 25 mil
(Bireme), tem por objetivo o desenvolvimen-
documentos sobre a obra, vida e época do pin-
to de metodologia para a preparação,
tor. O programa de História Oral já registrou 72
armazenamento, disseminação e avaliação da
depoimentos, totalizando 130 horas gravadas.
produção científica em formato eletrônico.
Conta com os apoios da PUC-RJ, Faperj,
O site do Scielo é um dos produtos da aplica-
Petrobrás, IBM, Vitae e da Associação Cultural
ção da metodologia e tem o objetivo de
Cândido Portinari.
implementar o acesso a uma biblioteca eletrô-
nica de coleções de periódicos como um todo
Aspectos de Regionalização
aos fascículos de cada título e aos textos com-
pletos dos artigos. Por outro lado, a maior parte dos conteúdos na-
cionais são produzidos nas grandes cidades e nas
• A Plataforma Lattes é um conjunto de siste- corporações localizadas no Centro-Sul do País, o
mas computacionais do CNPq que visa a que remete para a necessidade de se incentivar a
compatibilizar e integrar as informações produção de conteúdos que expressem a cultura
coletadas em diferentes momentos de das diversas regiões, bem como daqueles grupos
interação da Agência com seus usuários, que se identificam por áreas de interesse profissi-
objetivando aprimorar a qualidade da sua base onal, de negócios, de lazer, de hobby e até mesmo
de dados e racionalizar o trabalho dos pesqui- de caráter alternativo.
sadores e estudantes no fornecimento das in-
Capítulo 5 63
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Esses números retratam uma realidade modes- Internamente, a Instituição conduziu, a partir de 1997,
ta em termos de recursos, se comparada com um grande esforço de informatização que permitiu que
países avançados, mas são potencialmente ex- hoje mais de 800 mil registros bibliográficos estejam
disponíveis em linha. Na Internet, o site da BN, além de
pressivos para a capilarização e democratiza- disponibilizar as bases de dados bibliográficas e
ção do acesso às tecnologias de informação e documentais para consulta, permite a cópia de registros
bibliográficos para bases de dados locais através do
comunicação. Consórcio Eletrônico de Bibliotecas – Rede BNMARC,
atraindo grande número de usuários (média diária de
Desde 1996, o Ministério da Cultura (MINC) 9.000 acessos). Na Biblioteca Virtual, além dos catálogos
on-line, estão disponíveis mais de 80 títulos clássicos da
executa o programa “Uma Biblioteca em Cada literatura brasileira, partituras digitalizadas de
Município”, visando a implantar bibliotecas em compositores brasileiros, fotografias do século XIX,
mapas raros e antigos.
municípios delas desprovidos. A ação é sem-
pre conveniada com municípios (ou estados), O desafio a ser enfrentado é a digitalização de coleções
cabendo à parte local fornecer instalação físi- históricas completas e que respondam à demanda de
uma sociedade da informação. Para isso, a unidade de
ca, conexão telefônica e funcionários, bem como digitalização foi ampliada a partir de 2000, com um
formalizar, por lei, a existência da biblioteca. D e programa voltado para a digitalização sistêmica desse
1996 a 1999, foram assim implantadas 687 tipo de material.
Fonte: http://www.bn.br
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 6
Capítulo 6 67
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 6 69
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
privada virtual, isto é, um serviço que é fechado e ter uma seqüência de versões para um serviço.
exclusivo do contratante, embora esteja utilizando a Muitas vezes, as versões são impostas pela evo-
infra-estrutura Internet que o fornecedor comercial lução tecnológica. Mas e especialmente no caso
usa para atender a todos os seus clientes. de software, o desenvolvimento em espiral é
utilizado como estratégia defensiva para o pro-
Já nos países em desenvolvimento, iniciativas go- jeto de sistemas complexos. A primeira des-
vernamentais de média/grande envergadura tendem crição acabada dessa estratégia remonta à déca-
à verticalização da infra-estrutura de redes, na da de 80, com Boehm, conforme a Figura 6.2.
busca por um maior grau de controle do processo
de informatização de serviços. Se, sob a ótica de
aplicações individuais, tal abordagem pode fazer sen- Figura 6.2
tido, é previsível que, do ponto de vista do setor Espiral de Boehm
custo acumulado
governamental como um todo, ela gere uma infra- Determinação
Avaliação de
alternativas,
de objetivos, identificação e
estrutura global fragmentada, mal distribuída, alternativas,
restrições
resolução de riscos
análise
dispendiosa e ineficiente. objetivos e
de riscos
condicionantes
análise
conceito de riscos
protótipo 2
Diretrizes Tecnológicas protótipo 1
Há de se considerar também que a escolha de diversas aplicações. O Gráfico 6.1 ilustra a di-
um padrão dentre novas tecnologias concor- versidade atual, em um conjunto universo de
rentes, em um determinado instante, poderá 3.226 softwares diferentes, todos abertos ou gra-
ser decisiva para direcionar o mercado e a tuitos para plataformas UNIX como o Linux.
própria evolução de aplicações governamen- Para algumas aplicações, como áudio, desenvol-
tais no futuro imediato. Por exemplo, a esco- vimento de sistemas, ambientes desktop, compu-
lha de uma opção tecnológica para cartões inte- tação gráfica e redes o volume de opções de
ligentes por parte de um governo terá um efeito soluções já é bastante expressivo, tornando-se
decisivo para aplicações governamentais de fu- uma alternativa viável em alguns casos.
turo imediato e para o futuro do mercado quan-
to a produtos utilizando tais cartões. O Quadro 6.1 lista alguns softwares abertos de
amplo uso no mundo.
• Softwares abertos
O custo de software, em comparação com os De certa forma relacionado ao tema, resta o
custos decrescentes de hardware, tem se tornado aspecto da utilização de formatos não-pro-
cada vez mais significativo. No caso de gover- prietários para a geração e distribuição de do-
nos, o problema não se refere somente ao de- cumentos governamentais.
senvolvimento de novos aplicativos, mas (e tal-
vez principalmente) ao licenciamento de cópias • O fator humano
de produtos de software para uso em milhares de Uma dúvida freqüente que se levanta diz respei-
equipamentos. to ao impacto do fator humano interno ao go-
verno na implantação do uso intensivo de
A recente emergência do Sistema Operacional tecnologias de informação e comunicação. Há
LINUX e de aplicativos associados tem trazido, várias histórias exemplares acerca das transfor-
à pauta de discussões em vários países, a hipóte- mações ocorridas em serviços públicos de al-
se de adoção de uma estratégia baseada em guns países com a introdução maciça de
softwares abertos para aplicações governamen- tecnologias de informação e comunicação. Não
tais. Há, em contraposição, uma tendência ao obstante, de uma maneira geral, não é despro-
oferecimento de novas formas de positado afirmar que, como regra, na absoluta
comercialização de software por parte dos fa- maioria dos países:
bricantes, utilizando mecanismos de distribui- - serviços de governo são com freqüência me-
ção de redes, contemplando aluguel (e não nos eficientes que os serviços prestados pelo
licenciamento definitivo) de software por tem- setor privado;
po limitado, reempa-
cotando funções em op-
ções mais variadas para Gráfico 6.1
os usuários etc. Essas Aplicações Abertas para UNIX
medidas tendem a bara-
tear os preços de software, 1000
abertos em atividades 0
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governamentais. i co re
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Capítulo 6 73
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 6 75
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
inspiração de alguns serviços similares em ou- atividades estão, não obstante, em estágio bas-
tros países, inclusive na União Européia. Do tante informal e assistemático.
ponto de vista de tecnologias de informação e
comunicação, tais aplicações têm ainda um cor- Por outro lado, a implantação de um quadro jurí-
te bastante conservador, tendo tido êxito até dico adequado é a providência mais urgente para
agora mais por uma revolução na atitude go- se promover o uso intensivo de tecnologias de
vernamental quanto a como prestar serviços informação e comunicação no governo.
do que por qualquer salto de qualidade no uso
de tecnologias. Quanto ao uso de tecnologias, as No âmbito federal, a Comissão de Ciência,
tendências recentes é que são interessantes: essas Tecnologia e Comunicações (CCTC) do Congres-
aplicações fatalmente ganharão um braço de dis- so Nacional é, do lado do Legislativo, a caixa de
seminação por meio de redes para pontos re- ressonância para a discussão desse aspecto e para
motos de acesso, via quiosques, centros comuni- o encaminhamento de propostas e soluções. Por
tários etc. seu turno, no Executivo, a Casa Civil articula as
ações relacionadas com o quadro jurídico através
Gestão Estratégica de Tecnologias de de um Grupo de Trabalho recentemente criado
Informação e Comunicação e que têm acelerado o processo de integração de
propostas e decisões. O fato de a coordenação
Há evidentemente um grande movimento rumo
operacional desse Grupo estar confiado à Secre-
ao uso intensivo de tecnologias de informação e
taria de Logística e Tecnologia da Informação
comunicação em aplicações governamentais no
do Ministério do Planejamento agiliza enorme-
País. Todavia:
mente a implantação de medidas de natureza mais
• não há coordenação pró-ativa desse movi-
prática e que não dependem da regulamentação
mento, articulando todas as facetas envolvidas
formal.
e promovendo metas de implantação, padrões
técnicos, compartilhamento de recursos etc.;
• não há recursos humanos no setor público na 6.3 – Para Onde Vamos
quantidade e qualidade necessárias para se le-
var a cabo as atividades de concepção, desen- • É preciso ampliar e capilarizar a
volvimento e/ou contratação e operação dos infra-estrutura de redes
sistemas complexos de que trata o setor pú- É necessário que se disponha de uma infra-
blico. estrutura de redes para aplicações governa-
mentais:
Há, para resumir, uma imensa lacuna em - mais veloz nos trechos centrais (entre as
capacitação para gestão estratégica de tecnologias grandes capitais);
de informação e comunicação no setor público - mais capilarizada (cobrindo todo o País de
brasileiro. forma articulada, e não somente as capitais);
- integrando aplicações nos três níveis (Federal,
Em regime de urgência, um grupo ad hoc montado Estadual e Municipal).
pelo MCT em meados de 1999 tem apoiado, entre
outros, o Ministério da Saúde (para o Cartão Naci- A transição da situação atual para uma tal situa-
onal de Saúde) e o Ministério da Justiça (para a ção futura é um desafio formidável de articula-
informatização futura do Denatran) na concepção, ção de esforços. O ponto imediato de partida
planejamento e decolagem de projetos de sistemas. terá de ser a integração das principais redes exis-
Tal tarefa está passando a ser articulada pela tentes no nível federal com as principais redes
Secretaria de Logística e Tecnologia da Infor- estaduais. Em paralelo, será necessário conceber
mação do Ministério do Planejamento, com a diretrizes gerais para o tema, considerando em
qual há em adição uma atividade de planeja- particular quando e como contratar serviços co-
mento de uma política de capacitação acelera- merciais externos como alternativa para a
da de recursos humanos para a gestão de verticalização interna de infra-estrutura.
tecnologias de informação e comunicação. Tais
Capítulo 6 77
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 6 79
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Outras Ações
• Definir um modelo de metadados para in-
formações governamentais e prototipar a
aplicação desse modelo em versão eletrô-
nica diária e completa do Diário Oficial
da União, estados e municípios.
Capítulo 7
P&D, Tecnologias-chave
e Aplicações
Capítulo 7 81
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 7 83
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 7 85
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
de formação de recursos humanos e atuam, em tistas e engenheiros. Tal mudança foi mais conspí-
geral, de forma bastante distanciada das necessida- cua em áreas como Engenharia de Software e Pro-
des e prioridades do segmento produtivo. jeto de Circuitos Integrados e em grandes aplica-
ções, como meteorologia e sensoreamento remo-
No segmento das tecnologias de informação, de to. No final da mesma década, o uso generaliza-
acordo com um censo recente do CNPq, existem do de redes e processamento de alto desempe-
hoje 1.745 grupos de pesquisa em atividade nos se- nho em apoio a P&D terminou por criar as con-
tores de informática, indústria eletroeletrônica e de dições para que um novo modelo cooperativo
telecomunicações. Esses grupos são os principais de pesquisa se consolidasse, envolvendo inúme-
responsáveis pela formação de recursos humanos ros grupos dispersos geograficamente, mas atu-
qualificados para atuação no setor. ando de forma bastante coordenada.
O contingente de recursos humanos existente e a No Brasil, com algum retardo, o mesmo fenôme-
capacidade de sua renovação são apresentados den- no ocorreu, e iniciativas como a da RNP e princi-
tro do conjunto de oportunidades educacionais palmente Protem-CC claramente se inscrevem nes-
descritas no Capítulo 4 - Educação na Sociedade sa linha de consórcios virtuais. A ação do Protem-
da Informação. CC no fomento à pesquisa, em especial, lançou as
bases em função das quais, hoje, o Brasil tem condi-
Além das universidades, há no Brasil alguns pou- ções de se lançar a iniciativas induzidas de maior
cos centros de pesquisa onde se realizam ativida- envergadura em tecnologias de informação e co-
des de P&D relacionadas ao setor de tecnologia municação.
de informação, tais como o Laboratório Nacio-
nal de Computação Científica (LNCC), o Insti- Em outras áreas, várias iniciativas de redes temáticas
tuto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o prosperaram no Brasil, por iniciativa de instituições
Instituto Nacional de Tecnologia da Informação como a Finep, o Programa Cyted etc.
(antiga CTI).
O exemplo mais acabado e bem-sucedido de pro-
O financiamento à atividade de P&D é ainda pre- jeto cooperativo no Brasil até agora é, contudo, uma
dominantemente oriundo de fonte governamen- iniciativa bastante articulada e com foco de atuação
tal. Nos anos recentes, pôde-se observar um cres- muito preciso em aplicações: o Programa Genoma
cimento significativo nos investimentos em Pes- da Fapesp, discutido no Destaque 7.2.
quisa e Desenvolvimento pelas empresas de
informática que usufruem os incentivos da Lei
Destaque 7.2
8.248, de forma direta ou em parceria com uni- Programa Genoma da Fapesp
versidades e centros de pesquisa. De acordo com
O Programa Genoma foi constituído pela Fapesp no
dados da Sepin, no ano de 1999 foram primeiro semestre de 1997, mediante o lançamento
contabilizados recursos no montante de R$600 sucessivo de três projetos, entre março e junho des-
milhões, aplicados em P&D pelas empresas in- se ano: o Genoma Humano do Câncer, o Genoma
da Cana-de-Açúcar e o Genoma Xanthomonas (re-
centivadas, dos quais R$255 milhões correspondem ferente à bactéria causadora do cancro cítrico). Os
à parcela destinada a projetos em colaboração com investimentos totais no programa foram (até agora)
universidades e centros de pesquisa. da ordem de US$35 milhões provindos da Fapesp e
de outras instituições consorciadas: o Instituto
Ludwig, a Fundecitrus e a Copersucar. Em janeiro
Iniciativas Cooperativas em Tecnologias deste ano, um grande marco foi atingido, com a
conclusão do seqüenciamento genético da bactéria
de Informação e Comunicação Xylella fastidiosa (a causa da chamada “praga do
amarelinho”), que afeta 34% dos pomares de laran-
Nos EUA, desde a segunda metade da década ja no estado e, portanto, tem impacto negativo con-
de 80, paradigmas de pesquisa em informática siderável na citricultura paulista. Participaram desse
em áreas mais próximas de projeto de artefatos esforço 35 laboratórios que compõem a chamada
Organização para o Seqüenciamento e Análise de
concretos principiaram a mudar, e o pesquisador Nucleotídeos.
solitário ou em pequeno grupo deu lugar a gran-
Fonte: SocInfo
des grupos de P&D envolvendo dezenas de cien-
Capítulo 7 87
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Em suma, o Brasil já exibe experiências interessan- • já existem algumas experiências pioneiras lo-
tes na estruturação de consórcios cooperativos para cais em alguns nichos potenciais que permi-
P&D com suporte em redes e processamento de tem vislumbrar oportunidades de atuação para
alto desempenho para interação virtual. O Progra- as empresas nacionais;
ma Sociedade da Informação tem, pois, bons
exemplos a partir dos quais conceber modelos de • existe uma visão estratégica subjacente a deci-
consórcios de P&D. sões de mercado, no sentido de assegurar
oportunidades de atuação para a tecnologia
Articulação Universidade-Indústria nacional.
Este é o principal “calcanhar de Aquiles” na
Comunicação Celular de Terceira Geração
situação atual de P&D cooperativo com o se-
(3G)
tor industrial ou, mesmo, na transferência a
A recente decisão da Anatel acerca da faixa de
posteriori de tecnologia gerada em iniciativas
freqüência a alocar para serviços de PCS no
de P&D em universidades e centros de pes-
Brasil provocou acirradas discussões e dispu-
quisa no Brasil.
tas de opinião entre defensores das tecnologias
TDMA, CDMA e GSM. Por trás da discus-
Um indicador significativo para mensurar a transfe-
sões aparentemente técnicas e operacionais,
rência tecnológica é a quantidade de incubadoras
contudo, estava a busca de posições rumo à
no País. Seguindo uma tendência de crescimento
competição pelo mercado de Terceira Gera-
acentuado ao longo de uma década, entre 1998 e
ção no Brasil. Como se sabe, em 1992 a
1999 o número de incubadoras saltou de 74 para
International Telecommunication Union (ITU)
100 no País, segundo a Associação Nacional de
definiu metas e diretrizes para a implantação
Entidades Promotoras de Empreendimentos de
de serviços sem fio de terceira geração por
Tecnologias Avançadas (Anprotec, 1999). Em 1999,
meio das especificações da International Mobile
77% destas incubadoras mantinham vínculo formal
Telecommunication 2000 (IMT-2000), lançando
ou informal com universidades e centros de pes-
bases para permitir a construção de redes sem
quisas, totalizando 800 empresas residentes. Tais in-
fio com capacidade de transmissão a 144kbps
dicadores ainda refletem uma situação muito aquém
em alta mobilidade e 2Mbps em comunicação
da desejável e salutar para a economia decorrente
a partir de um ponto imóvel. Para assegurar
de dificuldades de toda ordem relativos à transfor-
interoperabilidade mundial, as especificações
mação de resultados de pesquisa em produtos e
recomendavam reservar a faixa de 1.9Ghz para
serviços.
a 3G. A Figura 7.1 ilustra as diferentes zonas
de cobertura previstas.
Oportunidades em Tecnologias
Capacitadoras
Não há como identificar com segurança qualquer Figura 7.1
conjunto de tecnologias-chave sem encetar ela- Comunicação Celular 3G
borado exercício de estudos e discussões, envol-
vendo centenas de especialistas. No Brasil, o pro-
Zona 1V
blema é agravado pela ausência de experiência
em grandes iniciativas de planejamento em C&T, Satélite
300MHz
essa janela. UHF
TV
800
500 Bandas
AeB
VHF
O WAP vem responder à seguinte pergunta: 30MHz
TV
216
175
como ler páginas web nas minúsculas telas FM 108
88
de telefones celulares e computadores de
mão? Foi criado o padrão industrial chamado 3MHz
Wireless Application Protocol (WAP), incorporando
a chamada Wireless Mark-up Language (WML), que,
de forma análoga ao padrão HTML na web, 300KHz
Ond as de Rádio
seguintes:
• O acesso à Internet via celular, por enquanto, 3KHz
tecnologia.
30Hz
• Por outro lado, é evidente que o papel de ce-
lulares no futuro, em conexão com a Internet, 30Hz
Fonte: PricewaterhouseCoopers
é uma tendência mundial avassaladora. Não é Adaptado do Jornal “Valor” - 25/06/2000
seguro, nesse cenário, que WAP tenha espaço
a médio/longo prazo. Mas, a curto prazo, é Fonte: PricewaterhouseCoopers
certamente o padrão “da hora”! adaptado do Jornal “Valor” - 25/06/2000
Capítulo 7 89
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
• Mas, somados os dois aspectos acima comentados, O sistema tem diversas aplicações, tais como
surge a essência do chamado “empreendedorismo”: monitoramento de tráfego, planejamento urbano,
a disposição ou não em, considerados os prós e os inspeção de linhas de transmissão ou de oleodutos,
contras, entrar no jogo na fase inicial. prospecção mineral e arqueológica etc. Pode ser
utilizado no monitoramento de florestas, sítios eco-
Processamento de textos no mundo Internet lógicos e reservas ambientais. Pode também ser
A área de processamento de textos, que na déca- acoplado a uma estação rádio base móvel (barcos,
da de 80 cresceu com o mercado de editores de por exemplo), que pode se conectar a uma estação
textos e explodiu em seguida com a automação fixa, e esta pode por sua vez ser ligada à Internet
de escritórios, entrou em modo recessivo na pri- utilizando-se Very Small Aperture Terminal (VSAT),
meira metade da década de 90. Mais recentemente, sendo o controle do dirigível e o monitoramento
porém, ganhou ímpeto com a ênfase crescente da realizável a distância. Cabe lembrar que os locais
Internet em geração, tratamento e disseminação de monitorados constantemente encontram-se distan-
conteúdos (que, em larga medida, são ainda tex- tes de acessos à Internet. O monitoramento
tos). No Brasil, pelo menos duas iniciativas de pes- ambiental automático poderia evitar tragédias re-
quisa em máquinas de busca na Internet, capitali- centes como o derramamento de óleo no rio Iguaçu,
zando a experiência com pesquisas anteriores com PR, ou na Baía da Guanabara. Usado na região
processamento de textos (entre outras áreas), con- Norte, pode ser acoplado aos sistemas Sivam/
verteram-se em produtos ou serviços de sucesso. Sipam, funcionando como uma base mais próxi-
São os casos da UFPE e UFMG. ma de monitoramento do alvo final do que os saté-
lites. O AURORA III tem previsão de autonomia
Tradução entre linguagens naturais de mais de 24h, percorrendo mais de 100km.
Um dos principais desafios para a maior disse-
minação de Internet fora do mundo anglo- Criptografia
saxônico é o problema da língua em que con- A criptografia não apenas busca aumentar a priva-
teúdos estão vazados. A área de processamento cidade nas comunicações e armazenamento de in-
de linguagens naturais (incluindo obviamente a formações, mas também a integridade e, não me-
língua portuguesa) é objeto de interesse de vários nos importante, autenticidade dos autores ou atores
grupos de pesquisa no Brasil, embora em escala mais de uma transação ou documento eletrônico. Alguns
reduzida do que, por exemplo, em Portugal. Não países, como os EUA, dão especial destaque a esta
obstante, há significativas iniciativas no Brasil, com tecnologia, considerando-a como parte importan-
condições de gerar resultados no mesmo nível te da segurança nacional. Este fato, em função do
de grupos de pesquisa de renome mundial nessa predomínio tecnológico americano no setor, tem
área. É o caso, por exemplo, do NILC, consór- inibido o desenvolvimento sólido da segurança em
cio de pesquisadores da Universidade Federal de redes, ao mesmo tempo em que tem aberto pers-
São Carlos, Unicamp e Unesp. pectivas para o aparecimento de diferentes soluções
de criptografia, embora haja visível esforço para
Processamento de imagem e robótica padronizar os protocolos que utilizam estes
O processamento de imagens acoplado à robótica algoritmos, como o IPsec, o TLS etc.
constitui uma tecnologia emergente demandada por
uma série de aplicações, como monitoramento do Outra tendência para o setor é o desenvolvimento
meio ambiente, agricultura de precisão e de chips dedicados para criptografia, como o Proje-
geoprocessamento. No Brasil, há pelo menos um to Clipper norte-americano. Com a evolução para
projeto que visa a gerar aplicações relacionadas com a sociedade da informação e a tendência de diversi-
essa tecnologia: o projeto Autonomous Unmaned Remote ficação dos equipamentos de acesso à rede, soman-
Monitoring Robotic Airship (AURORA) do CTI. No do-se a expansão de aplicações que demandam
AURORA, tem-se um dirigível com capacidade maior segurança, surge a necessidade de uso de
para carregar menos de 10kg, dotado de um sistema criptografia por hardware, ampliando a utilização desta
de captação e tratamento de imagens capaz de guiá-lo tecnologia para dispositivos com dispositivos ma-
ao longo de um percurso previamente delimitado. nuais, celulares etc.
Há esforços de domínio desta tecnologia no para compor uma estratégia de oferta de ser-
Gabinete de Segurança Institucional da Presi- viços de alto desempenho no País, através de
dência da República, mais especificamente no uma hierarquia de equipamentos e servidores,
Cepesc, que tem o papel de assessoramento e como comentado no Capítulo 8 - Infra-estru-
coordenação das propostas de políticas e ações tura Avançada e Novos Serviços.
de governo para a utilização da criptografia
no País. Há também esforços de pesquisa no Telemedicina
Impa, na Unicamp e na UFPE. No setor pri- Considerando-se o ambiente global e, em parti-
vado, há esforços ainda embrionários de algu- cular, o de alguns países líderes no mundo, deve-
mas empresas. se ter em conta as repercussões que as novas
tecnologias de informação e comunicação pro-
Geoprocessamento duzirão no contexto dos médicos, trabalhado-
A tecnologia de geoprocessamento é estratégica res da saúde e pacientes. As aplicações das
para o governo em suas diversas esferas. Existe tecnologias emergentes na medicina, em espe-
uma série de aplicações onde o geoprocessamento cial aquelas relacionadas com a Internet, indi-
é um vetor determinante, como monitorização ferentemente chamadas de telemedicina, apre-
ambiental, controle fiscal, fiscalização agrária, vi- sentam um potencial extremamente atraente
gilância nacional, controle de tráfego aéreo, pre- pela eliminação das distâncias, oferecendo uma
visão meteorológica, zoneamento urbano, gerên- esperança de atendimento médico qualificado
cia do uso do solo, agricultura de precisão, entre em locais remotos e/ou desprovidos da me-
outras. lhor infra-estrutura.
O Brasil detém tecnologia nesta área, com ex- Deve-se ressaltar que a tecnologia não é a solu-
periências muito bem consolidadas, como, por ção para os problemas relacionados com infra-
exemplo, a atividade da Embrapa, em aplica- estrutura, investimentos, mão-de-obra, serviços
ções agrícolas, e do Inpe, com atuação já tra- e suas disponibilidades, mas sim um elemento
dicional na previsão meteorológica. Nos níveis adicional ao enorme esforço dos governos na
municipal e estadual há diversos esforços de superação das deficiências.
envergadura em alguns estados, como no caso
de Minas Gerais e Bahia, de planejamento e Televisão de alta definição
gerência do uso de vias públicas em grandes ci- A TV digital será em breve uma realidade para o
dades. Verifica-se também a atuação da iniciativa mercado brasileiro. Seguramente será uma mu-
privada ofertando sistemas e serviços, inclusive dança de grandes proporções tanto para as emis-
via Internet. soras quanto para os telespectadores, com custos
elevados para ambos.
Processamento de Alto Desempenho
Há considerável tradição no Brasil na pesquisa O resultado dos testes realizados até o presente
e prototipagem de equipamentos e software para indicam a pretensão de uso de parte do espectro
processamento de alto desempenho, com gru- e da infra-estrutura de distribuição dos sinais para
pos ativos em instituições como a UFRJ, USP, transporte de dados, nos moldes do que se arti-
Unicamp etc. Recentemente, um pacote cula no mercado norte-americano.
tecnológico oriundo dessas pesquisas foi trans-
ferido pela Finep para o setor privado, com Considerando a convergência com telecomu-
vistas a permitir a fabricação no Brasil de equi- nicações, as preocupações das emissoras cla-
pamentos para processamento de alto desem- ramente remetem a um novo modelo de ne-
penho para áreas específicas de aplicação, como gócio de TV. Tal convergência apresenta um
agricultura de precisão, inspeção visual de aero- aspecto relevante para avaliação e eventual
naves etc. A possibilidade de disponibilização regulação pela Anatel na implantação da TV
de equipamentos desse tipo (e de suas aplica- digital no Brasil.
ções) a um custo acessível no Brasil é essencial
Capítulo 7 91
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Necessidades sociais
Figura 7.3 A B C D E
1
Identificação de Tecnologias-chave 2
Tecnologia
3
4
5
6
Estratégicas
Tecnologias-chave
Tecnologia
Setores industriais
A B C D E Capacitadoras A B C D E
1 1
2 2
Tecno lo gia
Tecno lo gia
3 Mudanças tecnológicas 3
4 A B C D E 4
5 1 5
6 2 6
Tecn olo gia
3
4
5
Fonte: Hanna, N. (Banco Mundial)
Fonte: Hanna, N. (Banco Mundial)
6
Ações Estruturadoras
• Identificar dez tecnologias-chave em
tecnologias de informação e comunicação
com tempo de maturação de pelo menos qua-
tro anos e consolidar metodologia para am-
plo uso.
Capítulo 7 93
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 8
Infra-estrutura Avançada
e Novos Serviços
Capítulo 8 95
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Capítulo 8 97
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
10
6 Teleconferência
Transferência
de Imagens de Nova Geração, ou Internet 2, como muitos se
5 Acesso a referem ao novo ciclo de evolução da Internet em
10 Bases de
4
Dados
Multimídia
curso desde 1997 nos países mais avançados.
10
Transferência
10
3 de arquivos
de Textos Processamento de Alto Desempenho
2
Correio
10
Eletrônico A capacidade de processamento em nível local a
1
10 uma instituição vem crescendo substantivamente, ao
10
0 longo dos anos, à medida que processadores e es-
Regime Rajada tações de trabalho cada vez mais poderosos vão sur-
Requisitos de transmissão gindo no mercado, a custos relativos cada vez mais
Fonte: adaptado de Office of Science and Technology baixos. No entanto, a complexidade das aplicações
Policy, 1992 e a conseqüente demanda por processamento de
alto desempenho também cresce, especialmente na
Outras Características Técnicas
área de pesquisa.
A velocidade de transmissão é um fator determinante
do perfil de uso possível de uma rede. Contudo, há O Gráfico 8.2, adaptado de figura original da NSF,
diversas outras características desejáveis nas redes Internet ilustra a demanda por processamento para alguns
da próxima geração. Elas incluem: grandes desafios correntes em P&D.
Quadro 8.1
Contrastes entre Infra-estruturas para P&D e Infra-estruturas para Serviços de Governo
P&D Serviços de Governo
Foco Processamento Informação
Usuários Pesquisadores e engenheiros Usuários de aplicações e informações de governo, estendendo-se a
(totalizando dezenas de milhares) outros setores (totalizando centenas de milhares ou mesmo milhões)
Infra-estrutura básica Rede de Alta Velocidade (com Rede com média/baixa velocidade, com grande capilaridade e muitos
poucos pontos) e Processadores servidores de informações (> 100)
de Alto Desempenho (< dez)
Mecanismos de Acesso Estações de Trabalho com alto Microcomputadores, pools, quiosques etc., incluindo esquemas
desempenho e boa velocidade de móveis/sem fio
comunicação (> 10 Mbps)
Privacidade/Segurança Desejável, mas não crítica no início Essencial
Proteção de Propriedade Desejável, mas não crítica no início Essencial
Intelectual
Capítulo 8 99
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
ços de trunking etc.), bem como um grande nú- Estas são estruturas de uso exclusivo da co-
mero de instituições potencialmente interessadas em munidade acadêmica. Há um backbone nacio-
redes para veicular novos serviços e aplicações. nal da RNP e estruturas complementares em
Neste caso, a motivação subjacente seria: estados como São Paulo (ANSP), Rio de Janei-
- trocar tecnologia por aplicações; ro (RedeRio), Santa Catarina (RCT) e outras.
- fazer aplicações puxarem banda (isto é,
backboning). ii. Redes Governamentais
Estas são ou estruturas fechadas que servem
As duas frentes são complementares. É ocioso fri- exclusivamente a um órgão ou aplicação de
sar que, em cada uma delas, é necessário um imen- governo (exemplo: rede da Previdência) ou
so esforço de articulação para que iniciativas con- são estruturas abertas para apoiar qualquer apli-
cretas subseqüentes possam efetivamente ocorrer. cação governamental em seu nível específico
de atuação (como a rede do Serpro ou a rede
da Prodemge). Estas redes são discutidas no
8.2 – Onde Estamos Capítulo 6 – Governo ao Alcance de Todos.
Imperatriz
Fortaleza política clara de troca de tráfego no País.
Natal
João Pessoa
Recife
Maceió De qualquer forma, é evidente que, no conjunto,
Fibra ótica Aracaju
Existente
Prevista para 1999
Salvador essas iniciativas mostram uma vitalidade na infra-
Interligação do
Sistema Elétrico GNA
Brasília Porto Seguro estrutura de serviços Internet no País.
S. Mateus
CGE ULA Belo Horizonte
BRU Bauru Vitória
BRU
CGE
CTA
C. Grande
Curitiba PGA
SP
RJ Redes para P&D e Internet de Nova
GNA
JVE
Goiânia
Joinvile JVE
CTA
Geração
PGA Ponta Grossa
Florianópolis
ULA Uberlândia
Porto Alegre A infra-estrutura de redes para suporte à P&D
Uruguai
Argentina
UNISUR tem características distintas das redes para educa-
ção comentadas no Capítulo 4 - Educação na
Fonte: Ministério do Planejamento
Sociedade da Informação, bem como para o
governo (conforme indicado no Quadro 8.1). As
Há, portanto, um grande potencial para a expan-
atividades de P&D demandam, em geral, alto trá-
são de Internet de alta velocidade nos próximos
fego na rede, baixa capilaridade e, comparando-
anos no País, conforme se discute em maior de-
se com educação, baixo volume. Há também uma
talhe no Anexo 4.
demanda por serviço de rede de nova geração
com alta velocidade e suporte a QoS (conforme
Backbones Internet em Operação
comentado na seção anterior). Em termos de
Há três tipos de redes Internet no País: infra-estrutura de redes, portanto, temos um es-
i. Redes para Educação (essencialmente no pectro contínuo que se estende, desde redes com
nível superior) e P&D alto grau de capilaridade, de baixa velocidade e
Capítulo 8 101
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
que opera um backbone com boa cobertura regio- 64Kbps (solicitadas) Porto Alegre
64Kbps
nal, embora a baixas velocidades, está colocando (pendentes de definição Copyright C 1999, RNP.
de pontos de presença)
em operação uma nova malha a velocidades mais
altas entre alguns pontos no País, enquanto viabiliza Fonte: adaptado de http://www.rnp.br
um enlace de mais alta velocidade aos EUA, con-
forme ilustram as Figuras 8.3 e 8.4.
Figura 8.4
Backbone de Alta Velocidade da RNP (julho de 2000)
Por outro lado, a RNP assinou Memorando de
Entendimento com a UCAID para participação RR
BA
MT
Redes Metropolitanas de Alta Velocidade
DF MG
(Remav) GO
ES
SP
Existe uma iniciativa interessante, no âmbito do ATM a 155Mbps
ATM a 34Mbps
MS
Esses centros estão conectados à RNP por meio terão propostas concretas de evolução. Para
de enlaces de 2 a 4Mbps. fins de referência, até o final de 2003 deverá
haver pelo menos dois Centros de
Processamento de Alto Desempenho com
8.3 – Para Onde Vamos infra-estrutura e serviços compatíveis com os
serviços mais avançados no exterior. Diretri-
zes complementares podem incluir:
• É preciso expandir a infra-estrutura de
- incentivar a integração entre a universidade e
redes para P&D
setor empresarial existente, para a exploração
Primeiramente, é necessário consolidar um mo-
de nichos de mercado de sistemas de alto de-
delo de atuação nesta frente, articulando os inte-
sempenho, utilizando tecnologias-chave;
resses dos setores de governo, academia e in-
- desenvolver no País um sistema de alto de-
dústria, para a implantação e manutenção de re-
sempenho extremamente potente (1 Teraflop),
des deste tipo e sua articulação a outras redes.
constituído por conglomerados de
processadores, para uso integrado dos seto-
• É preciso acompanhar a evolução tecnológica
res acadêmico, empresarial e governamental,
rumo à Internet de Nova Geração
no desenvolvimento de tecnologias-chave e de
A capacidade de P&D já instalada no Brasil deve
aplicações de interesse estratégico para o País;
ser colocada a serviço da implantação acelerada
- gerar linhas de produção industrial de siste-
de tecnologias e serviços típicos de iniciativas
mas de alto desempenho, financiando lotes
como a da NGI e Internet 2. Tópicos a consi-
pioneiros destinados a áreas de aplicação es-
derar, em uma primeira enumeração, incluem:
pecíficas.
- IP sobre DWDM (Dense Wavelength Division
Multiplexing) para alcançar taxas de transmis-
• É preciso integrar a infra-estrutura e os servi-
são da ordem de 10Gbps em enlaces de fibra
ços avançados em uma malha computacional
ótica;
Uma malha computacional agrega a infra-es-
- serviços básicos: Multicasting, IP Móvel, LDAP
trutura e os serviços, alterando fundamental-
(Lightweight Directory Access Protocol), PKI (Public
mente a maneira com que usamos e pensa-
Key Infrastructure), IPsec (IP Security) etc.;
mos a computação. Provendo um acesso
- serviços com QoS: RSVP (Resource reServation
consistente, seguro e abrangente a recursos
Protocol), DiffServ (Differentiated Services), MPLS
computacionais avançados, as malhas
(MultiProtocol Label Switching ) etc.
computacionais vão apoiar o desenvolvimen-
to de novas classes de aplicações que depen-
• É preciso expandir, generalizar e consolidar
dem da existência de recursos computacionais
as Redes Metropolitanas de Alta Velocidade
não locais, tais como diagnóstico a distância,
As Remav atuais devem ser expandidas,
cartão de seguridade social etc.
institucionalizadas e convertidas em pólos auto-
sustentados de redes e aplicações de alta veloci-
dade para todos os fins, inclusive e principal-
8.4 – O que Fazer
mente para fins comerciais. Em adição, novas
Remav precisam ser fomentadas de tal sorte que,
em prazo previsível, todo pólo metropolitano Quadro Jurídico
em torno de cidades com (digamos) mais de
• Esforço de padronização de protocolos e ser-
500 mil habitantes tenha uma Remav.
viços de redes em amplo uso do Brasil há vários
anos.
• É preciso consolidar um modelo de Proces-
samento de Alto Desempenho no Brasil
• Definição de modelo para participação sistemá-
Um modelo para a implantação, o provimen-
tica do Brasil na discussão e elaboração de pa-
to e a sustentação de serviços de proces-
drões e recomendações internacionais sobre re-
samento de alto desempenho precisa ser defi-
des Internet e suas aplicações (via IETF, ISO etc.),
nido. À luz desse modelo, os Centros atuais
bem como seu rebatimento em ações no Brasil
Capítulo 8 103
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Anexo 1
A Evolução de Iniciativas
Rumo à Sociedade
da Informação no Mundo
Anexo I 105
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Anexo I 107
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
NII/GII seria o estágio primeiro rumo a Em nível mundial, é possível identificar uma li-
uma sociedade da informação, conforme a Fi- nha de evolução típica nas iniciativas nacionais mais
gura A1.1. adiantadas, em termos de seqüência de ativida-
des. Essa seqüência se compõe de cinco passos:
haver foco crescente em aspectos legais e te- grandes temas de pesquisa). Acertadamente (para
mas correlatos, tais como padrões e auto-re- o contexto americano), deixou-se a prototipagem
gulamentação, classificação de conteúdos e cri- de aplicações para a livre-iniciativa de pesquisado-
mes no mundo eletrônico. res e empreendedores. Mais recentemente, a ten-
dência é ainda mais clara. O relatório do Pitac diz
vi. Foco em Comércio Eletrônico e Conteúdos explicitamente que aplicações devem ser incenti-
Por último, tem havido ênfase crescente em Co- vadas, desde que não se perca de vista que o foco
mércio Eletrônico e em Conteúdos, como as é pesquisa (e pesquisa básica).
duas grandes frentes (de Aplicações) de impacto
quase imediato do tema sobre o grande públi- No caso da União Européia, o bloco em si pôs
co, já no estágio de aplicações concretas, e não prioridade em aplicações, como se reflete no
mais de projeto de infra-estrutura para o futuro. Work Program da DGXIII para 1994/98 e espe-
cialmente nos Projetos-Piloto do G7/G8 (con-
forme Destaque A1.2), sem maior preocupação
1.3 – Ênfases de Iniciativas Nacionais com qualidade de pesquisa.
Anexo I 109
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
pria no nível de infra-estrutura (isto é, telecomu- mos em termos de evolução. Além de adequa-
nicações). ções da legislação, iniciativas desta natureza de-
pendem fortemente também de ações integradas
É interessante constatar, por outro lado, que o entre países para que possam ter um desenvolvi-
programa da DGXIII para 1999/2002, deno- mento mais acelerado.
minado Information Society Technologies (IST), conti-
nua enfatizando aplicações, mas destaca temas de Outro aspecto a ser considerado em iniciativas
P&D logo abaixo da superfície. É bastante pro- nacionais é o de visão de P&D. A questão de
vável que qualidade de P&D nos temas selecio- P&D em tecnologias de informação tem sido
nados tenha critérios mais rígidos agora do que destacada como um aspecto central dessas iniciati-
no quatriênio 1994/98, quando a iniciativa euro- vas regionais e/ou nacionais. Quanto mais desen-
péia decolou. volvido o país/bloco em tecnologias de informa-
ção e comunicação, maior tem sido o destaque
O que é importante registrar é que há de se bus- dado ao papel de P&D. Mas os modelos va-
car e analisar a lógica geral subjacente aos ru- riam segundo as circunstâncias.
mos das grandes iniciativas, para balizar o pla-
nejamento de iniciativas como a do Programa No caso dos EUA, o Programa HPCC original
Sociedade da Informação. era de pesquisa em sua quase totalidade. A parte
de redes, a NREN, era voltada exclusivamente
para educação e pesquisa. Só depois, com a
1.4 – Atuação Governamental em inclusão do quinto componente, a IITA (no bojo
Aspectos Críticos da qual vieram a NII e os National Challenges) vin-
gou a vertente de infra-estrutura e aplicações para
fins externos à área científica. Em uma frase, no
Os principais problemas de alavancagem de ini- caso dos EUA, o esforço foi estruturado, na ori-
ciativas do tipo “sociedade da informação” não gem, como um megaprograma de pesquisa
são essencialmente técnicos. Existem diversos dentro do qual se inseriu um componente de
outros entraves que inibem e até podem vir a articulação de aplicações e de difusão para o
inviabilizar tais iniciativas. setor privado/governamental.
Por exemplo, um grande desafio é adequar a le- Já no caso da União Européia, a iniciativa foi
gislação vigente de cada país à nova realidade que estruturada, na origem, como um
vem moldada pelas tecnologias de informação e megaprograma de ações políticas (de várias
comunicação. naturezas, desde indução de aplicações até estí-
mulo à privatização de telecomunicações) dentro
Basicamente, a postura geral em termos de legis- do qual há um componente de P&D e de infra-
lação nos países mais avançados tem sido: estrutura de redes para educação e pesquisa.
i. definir claramente o que o governo vai regu-
lamentar e fazer a parte que lhe couber com A lista de aspectos críticos é obviamente muito
agilidade e concisão; maior, e os dois ou três pontos destacados ante-
ii. promover ativamente a auto-regulamenta- riormente apenas dão idéia do problema como
ção sempre que possível. um todo. O Programa Sociedade da Informa-
ção não pode deixar de examinar com cuidado
O surgimento da Icann põe ênfase no modelo iniciativas similares no exterior, para definir com
em nível de Administração de Redes, com peso clareza suas metas e aprender com os acertos e
no lado auto-regulamentado. desacertos do mundo em seu foco de atuação.
Temas como Comércio Eletrônico e Conteúdos
ainda não têm diretrizes claramente consolidadas.
Em relação a tais temas, os países que lideram o
processo em nível mundial estão muito próxi-
Anexo II
Indicadores
de Acompanhamento
Anexo II 111
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
e a seção 2.3 transcreve a lista de indicadores suge- Fonte: Mansell & Wehn, 1998
ridos no Draft Action Plan da iniciativa eEurope
2002, recentemente lançada pela União Européia.
Em seguida, são representados os indicadores de
produção e de consumo, posto que é consenso
2.2 – A ABORDAGEM INEXSK de especialistas que o conhecimento é um pro-
(INfrastrucuture, EXperience, Skills, cesso cumulativo decorrente de experiências de
Knowledge) produção ou consumo.
Esta seção resume trechos do Capítulo 1 do li- Em seguida (já no hemisfério superior da Figura
vro de Robin Mansell & Uta Wehn (1998). A2.1), aparecem indicadores de competência para
produção e consumo, que reforçarão os indica-
O Modelo Básico dores de (experiência em) produção e consumo.
Assim, os indicadores do hemisfério inferior
A análise do potencial das tecnologias de informa- viabilizam e contribuem para o desempenho dos
ção e comunicação no desenvolvimento econô- indicadores do hemisfério superior.
mico e social requer um método sistemático para
coletar dados e fazer comparações internacionais. Finalmente, no topo da Figura A2.1, está o indica-
dor “ideal”, que aponta a situação da informação e
Tal abordagem permite avaliar como a infra-es- da aplicação de informação para o desenvolvimen-
trutura, a experiência e competências podem to econômico e social de um país. Obviamente, o
contribuir para o desenvolvimento e o crescimen- indicador “ideal” serve apenas como referência, daí
to econômico a partir da aplicação de tecnologia o uso de um grupo de quatro níveis de indicadores
de informação e comunicação. para suprir a ausência do indicador “ideal”.
Anexo II 113
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Quadro A2.1
Indicadores Adotados
Indicador Variáveis Envolvidas Cálculo Utilizado País com 100
1 Índice de Computadores Pessoais Computadores pessoais (PC) PC per capita Nova Zelândia
População
2 Índice de Linhas Telefônicas Linhas telefônicas Linhas telefônicas Suécia
População per capita
3 Índice de Produção de Eletrônicos Receita de produção Parcela da receita no PIB Irlanda
PIB
4 Índice de Consumo de Eletrônicos Mercado de eletrônicos Consumo per capita Irlanda
PIB relativo a PIB per capita
5 Índice de Graduados Técnicos Graduados em Inform. e Mat. Total de graduados Holanda
mais todos os engenheiros por 1.000 habitantes
6 Índice de Alfabetização Porcentagem da população Simples porcentagem Nenhum
que é alfabetizada (100% = 100)
7 Índice de Internet Hosts Número de hosts Internet Hosts Internet Dinamarca
População por 1.000 habitantes
8 Índice de Televisores Número de aparelhos de TV Aparelhos de TV Grã-Bretanha
População por 100 habitantes
Fonte: Mansell & Wehn, 1998
ii. Na definição de indicadores para experiência como 100. A Grã-Bretanha é o país tomado como
em produção e consumo, é necessário consi- 100 para o índice de aparelhos de TV, embora os
derar o peso relativo dos números (referentes EUA e Japão tenham índices superiores.
ao setor de eletrônicos na economia) com a
economia como um todo, medida pelo PIB. A “Pegada” TI (IT Footprint)
Adotados os indicadores conforme se descreveu
iii. É necessário colocar diferentes países em uma
acima, o diagrama da Figura A2.3 permite com-
escala comum. por a “pegada” TI de um país.
Um país deve ser escolhido como o ponto “ex- A “pegada” TI em um país é desenhada através
tremo” ou de mais alto nível, com o qual compa- da ligação dos pontos correspondentes aos va-
rar os outros países, para cada índice. O país “to-
lores de índices desse país. No Centro do diagra-
mado como 100” não é, em geral, o de mais alto ma na Figura A2.3, o valor de cada índice é zero,
valor para o índice no mundo. Isto fica evidente e na borda do círculo o valor é 100. Quando um
na Tabela A2.1, no caso de Graduados Técnicos.
Quatro dos cinco países têm valores para esse ín-
dice que extrapolam o da Holanda, o país tomado Figura A2.3
A “Pegada” TI (IT Footprint)
Linhas telefônicas 82 72 74 92 72 X X
Graduados Técnicos 114 87 165 104 121 Índice de Produção Índice de Consumo
de Eletrônicos de Eletrônicos
Alfabetização n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. 3 4
Hosts Internet 27 60 78 238 22 Índice de Computadores
1 2 Índice de Linhas
Aparelhos de TV 95 90 100 127 101 Pessoais Telefônicas
Anexo II 115
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
valor de índice estiver abaixo de 5, ele será repre- - percentagem de escolas primárias e secun-
sentado pelo pequeno círculo no centro do dia- dárias na Internet;
grama, para permitir visualizá-lo no todo. - número de visitas a servidores de web de es-
colas e do sistema público de educação.
Em todos os diagramas, o “Indicador Ideal” é
incluído, para simbolizar o fato de que esta análi- b) Trabalhando na economia baseada em
se é provisória, e que melhores medidas do im- conhecimento
pacto de infra-estrutura, experiência e competên- - percentagem da força de trabalho que pos-
cias em iniciativas rumo à sociedade da informa- sui competências no uso de computadores;
ção são necessárias. - proporção da força de trabalho exercendo
teletrabalho.
Anexo II 117
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Anexo III
Informática e
Telecomunicações no Brasil
Destaque A3.1
ANATEL privado e de segmentos da sociedade em geral. Em dois anos
Anatel e a Infra-estrutura Nacional de Informações de funcionamento, a Anatel pôs à luz os seguintes documentos,
que dão dimensão concreta a aspectos críticos da Lei Geral de
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi instalada em Telecomunicações (LGT):
• Plano Geral de Metas de Universalização;
novembro de 1997, com a missão de viabilizar um novo modelo
para as telecomunicações brasileiras, principiando com a definição e • Plano Geral de Metas de Qualidade;
a execução do processo de privatização do Sistema Telebrás. O • Contrato de Concessão de Serviço de Telefonia Fixa;
Plano Geral de Outorgas (PGO), que proporia as linhas gerais do • Protocolo de Compromisso.
processo, estaria sendo colocado para consulta pública em exatos
30 dias. Em setembro de 1998, a Anatel criou o Comitê sobre Infra-
estrutura Nacional de Informações (C-INI), com o objetivo de
O papel fundamental da Anatel é de regulamentação, outorga e discutir e propor ações para o desenvolvimento da infra-estrutura
fiscalização de serviços de telecomunicações no País. Tal papel é nacional de comunicações, a partir de uma abordagem “demand-
de complexa execução: todos os trâmites, propostas e decisões pull”. O C-INI produziu, entre outros resultados de interesse, a
são submetidos a amplo escrutínio público, visando a conciliar o proposta do [email protected], um backbone nacional para serviços
interesse público maior com as visões particulares do setor governamentais.
Fonte: http://www.anatel.gov.br
tes tecnológicos por ela gerados, em particular o concessionárias de telefonia pela Anatel, tem ocor-
da família Trópico de estações de comutação. rido uma brusca mudança da situação e da tendên-
cia de evolução das telecomunicações do País.
O sucesso da privatização é hoje visível na ex-
plosão de novos serviços oferecidos, especial- Na área da telefonia celular, a evolução também tem
mente em telefonia celular. Diversos proble- sido grande. De 800 mil pessoas com telefone celu-
mas de operação em campo que haviam surgi- lar em 1994 e 5,6 milhões de aparelhos em uso em
do parecem estar sendo sanados. O início das julho de 1998, chegou-se a 15 milhões de aparelhos
operações de várias empresas-espelho e o inte- em operação em dezembro de 1999.
resse de empresas de outras áreas em atuar no
setor de telecomunicações parecem auspiciar um As metas de privatização, no que tange à densida-
bom futuro para o consumidor, especialmente a de telefônica (tanto fixa como móvel) em regiões
partir do início da ampla concorrência, em 2002. do País, são bastante ambiciosas, como ilustram as
Figuras A3.1 e A3.2, para 2005.
Resultados da Privatização
Em julho de 1998, quando as 27 empresas de
Figura A3.1
telefonia estatal foram privatizadas, havia no Bra-
sil 20,2 milhões de acessos telefônicos fixos. As Evolução da Densidade Telefônica do Serviço
34 operadoras de telefonia fixa instalaram, des- Telefônico Fixo Comutado (STFC)
de então até dezembro de 1999, 7,6 milhões de
novas linhas, um acréscimo de mais de 37% em
um ano e meio. De modo similar, os telefones de 2005
uso público (TUP), no mesmo período passaram
de 547 mil para 740 mil. Melhoraram, também no
mesmo período, os principais itens de qualidade,
como o índice de digitalização das redes, o tem- acessos por
100 habitantes
po de obtenção de sinal de discar, as taxas de
chamadas locais e de longa distância e o número até 10
de solicitações de reparos por 100 telefones de
10 a 20
uso público. Até maio de 1999, todos os mais de
271 mil telefones adquiridos pelos planos de ex- 20 a 30
pansão, mas ainda não entregues até dezembro de 30 a 40
1998, foram instalados. Assim, como resultado das mais de 40
metas estabelecidas e efetivamente cobradas das
Fonte: Anatel, Paste 2000
sos itens. A necessária preocupação em dar su- As quatro iniciativas tiveram considerável sucesso
porte à indústria instalada no País e à produção em sua fase inicial. A RNP, em particular, teve
local, por outro lado, seria contemplada com a papel crucial não somente na montagem de ser-
sanção da Lei 8.248 de Incentivos Fiscais em viços Internet para a área acadêmica como espe-
Informática. cialmente na transição e montagem de um mo-
delo de serviços abertos em Internet no País. Por
O início da década é, por outro lado, marcado outro lado, o programa Protem-CC capacitou a
pelo lançamento de várias iniciativas nacionais em comunidade de pesquisa na área para articular pro-
Informática, sob a égide do MCT: jetos coletivos em cooperação com o setor pri-
vado no País e com grupos de pesquisa no exte-
• Rede Nacional de Pesquisa (RNP), que visava rior.
a implantar uma Internet para educação e pes-
quisa em todo o País; Por volta de 1996, contudo, o modelo dos PPI
então existente principiava a se exaurir, devido a
• Programa Temático de Pesquisa em Compu- problemas de institucionalização, de financiamento
tação (Protem-CC), que visava a estruturar e e mesmo de necessidade de redefinição de ru-
apoiar um modelo de pesquisa consorciada mos estratégicos. Em 1997, por iniciativa do Con-
entre entidades acadêmicas e o setor privado; selho Nacional de Ciência e Tecnologia, foi ence-
tado um estudo sobre os possíveis contornos de
• Programa Nacional de Software para Expor- um programa nacional de Tecnologias para a
tação (Softex), que visava a estruturar e coor- Sociedade da Informação, envolvendo cerca de
denar um esforço nacional para incrementar 150 especialistas em 10 frentes de atuação. O pro-
significativamente a exportação de software pro- jeto em que se traduziu o estudo foi aprovado
duzido no País; pelo Conselho no final de 1998 e, em meados de
1999, deu origem a este Programa.
• Sistema Nacional de Processamento de Alto De-
sempenho (Sinapad), que visava a implantar um RNP
conjunto de centros prestadores de serviços de
A RNP, além de prestar serviços pioneiros de
supercomputação no País.
Internet à comunidade acadêmica do País, for-
mou um contingente numeroso e importante de
As primeiras três iniciativas foram colocadas sob
profissionais, com conhecimento de aplicação de
coordenação conjunta da Sepin/MCT (Destaque
tecnologia de ponta em redes e com experiência
A3.3), compondo os chamados Programas
prática em operação de um serviço para atender
Prioritários em Informática (PPI), para fins de
a um público exigente que é a comunidade aca-
beneficiamento segundo os termos da Lei 8.248.
dêmica. Assim, quando a Internet começou a
deixar de ser uma rede puramente acadêmica no
Destaque A3.3 Brasil, com o interesse crescente das empresas por
comunicação mais barata via correio eletrônico
Sepin/MCT C&T
BRASIL e, depois, por uma forma ainda primitiva de ne-
gócio eletrônico, usando os websites como vitrines
A Secretaria de Políticas em Informática e Automação e catálogos eletrônicos, havia esse contingente de pro-
(Sepin) do Ministério da Ciência e Tecnologia responde pela
concepção, implantação e acompanhamento de política
fissionais experientes que ajudaram viabilizar para
industrial em tecnologias da informação no País, com especial as empresas provedoras e clientes de serviços de
ênfase em equipamentos, software e microeletrônica. Tem Internet uma iniciação relativamente rápida na apli-
a seu cargo, em particular, a gestão de todos os aspectos
relacionados com a Lei de Incentivos Fiscais em Informática cação dessas novas tecnologias.
(Lei 8248).
Softex 2000
Coerentemente, a Sepin é quem efetivamente coordena
todas as ações que remetem a políticas industriais no O Programa Nacional de Software para Exporta-
Programa Sociedade da Informação.
ção (Softex) foi criado pelo MCT em fevereiro
Fonte: http://www.mct.gov.br/ de 1993 para promover a mudança de foco da
O Setor de Informática
3.4 – Situação Atual e Perspectivas Segundo a Sepin, em 1999 o setor cresceu cerca
de 14%, tendo a comercialização de bens e servi-
A Economia da Informação no Brasil (abrangen- ços de informática alcançado o valor de R$ 25,6
do todo tipo de bens e serviços em informática e bilhões. No período, o segmento de hardware cres-
telecomunicações) é da ordem de US$50 bilhões ceu 14%, o de software 15% e o de serviços técni-
anuais, como ilustrado na Tabela A3.1. cos de informática 13%.
A exemplo dos países centrais, o setor econômico Estimava-se que existissem cerca de 9 milhões de
ligado a tecnologias da informação e comunica- computadores instalados e em operação no merca-
ção é hoje um dos de maior dinamismo no País, do brasileiro, com projeção de crescimento anual
com efeito catalisador em toda a economia. Vale acima de 30% até o ano de 2001. Uma análise do
recordar que nos EUA, entre 1995 e 1998, o setor ano de 1999 indicava que para cada 1 bilhão de PIB,
contribuiu em média com mais de um terço do o Brasil possuía cerca de 11.400 computadores ins-
crescimento total real da economia americana. Em talados. O setor contribui, atualmente, com 100 mil
adição, entre 1996 e 1997, a queda da ordem de empregos diretos, sendo 36,23% com formação
7% em preços de bens e serviços de tecnologias universitária.
de informação e comunicação puxou a inflação
para baixo em 0,7% em cada ano. Este fenômeno Outra preocupação expressa da Sepin diz respei-
ajuda a explicar o fato de a economia americana, to à qualidade dos produtos e serviços de
nos últimos anos, ter sido capaz de conter a infla- informática. Dadas as exigências do mercado, as
ção e taxas de juros baixas, enquanto crescia a ta- empresas que atuam neste segmento têm se des-
xas da ordem de 5% ao ano. tacado na adoção de sistemas modernos de ges-
tão de qualidade. Atualmente, o Brasil possui cer-
No Brasil, o impacto abrangente de tecnologias ca de 198 empresas de informática com
de informação e comunicação (em particular certificação ISO 9000.
A avaliação desses resultados retrata um aumen- plo, entre as principais motivações que levaram a
to significativo dos investimentos em pesquisa e União Européia a recomendar a privatização de
desenvolvimento no País, em função dos incenti- empresas estatais da área em seus países mem-
vos da Lei. bros.
No ano de 1999, foram aprovados 183 pleitos Os resultados concretos logrados em muitos paí-
de incentivos fiscais de 263 empresas. ses após ações de privatização na área parecem
corroborar essa tese: em geral, a oferta de serviços
Sob a égide da Lei, foram atraídos investimentos de comunicações tem aumentado consideravel-
nacionais e estrangeiros em implantação, amplia- mente e, em menor grau, as tarifas de telefonia e
ção e modernização industrial. de comunicação de dados têm caído apreciavel-
mente, tanto em função da competição aberta,
Cresceram, também significativamente, os in- como em função da introdução de tecnologias de
vestimentos em pesquisa e desenvolvimento, melhor custo/performance. Contudo, nota-se que a
sendo contabilizado no ano de 1999, o total apregoada livre concorrência em serviços de tele-
de R$600 milhões, proveniente de empresas comunicações não se faz refletir na implantação
que usufruem os incentivos da lei, dos quais R$ de infra-estrutura para os mesmos serviços, nos
225 milhões referem-se a parcela investida pela mercados domésticos dos principais países do mun-
iniciativa privada em parceria com universida- do. A Tabela A3.2 mostra a situação a respeito em
des e centros de pesquisa. oito países, incluindo o Brasil, na qual fica claro
que o mercado doméstico de equipamentos de
Durante o ano de 1999, os Programas Prioritários comutação em cada país é amplamente domina-
do Ministério da Ciência e Tecnologia receberam do por fabricantes locais. O Brasil enfrenta, pois,
significativo volume de recursos financeiros e um desafio formidável que é o de tentar manter
materiais no valor de R$15 milhões, decorrentes uma parcela relevante de seu mercado de equipa-
das obrigações emanadas da Lei de Informática. mentos de telecomunicações em mãos da
Assim, pôde-se consolidar projetos de forma- tecnologia nacional.
ção e desenvolvimento de recursos humanos na
área de P&D, ampliar a Rede Nacional de Pes- Balança Comercial em Tecnologias de
quisa e apoiar a exportação de software. Informação e Comunicação
A situação da balança comercial no setor de
Tecnologia Local
informática vem se deteriorando continuamente
Uma das principais diretrizes que nortearam tanto a desde 1992, com as importações superando, em
política de telecomunicações quanto a de informática valores crescentes, as exportações. Esse quadro
no Brasil, desde pelo menos a década de 70, foi a se agravou ainda mais a partir de 1995, quando o
ênfase em domínio tecnológico e na produção de valor das importações atingiu a casa dos bilhões,
equipamentos e software no País.
enquanto as exportações, muito concentradas nas no próprio País. Portanto, iniciativas judiciosamen-
firmas líderes do mercado, mantiveram-se prati- te planejadas de substituição de importação de
camente estagnadas. Em 1997, as importações itens de alta densidade tecnológica têm seu lugar
mais que dobraram, ultrapassando o valor das na nova economia.
exportações em cinco vezes. O crescimento da
Internet no Brasil está sustentado basicamente pela São criadas, assim, condições para que a exporta-
importação de equipamentos de telecomunica- ção de produtos envolvendo tecnologias de in-
ção, e o déficit na balança comercial desse seg- formação e comunicação se torne cada vez mais
mento é crescente. A Tabela A3.3 sintetiza esse uma opção estratégica para o Brasil, uma vez que:
quadro. • primeiro, grandes empresas de manufatura e
de escala mundial de operações vêm se insta-
lando no Brasil para aqui produzir bens tanto
Tabela A3.3 para o mercado interno como para exporta-
Brasil: Balança Comercial - Informática e ção;
Telecomunicações 96/99 (em US$ milhões)
• segundo, empresas fornecedoras de partes,
Discriminação 1996 1997 1998
peças e serviços de alta densidade tecnológica
Importações 4.126 5.357 5.008
em tecnologias de informação e comunicação
Computadores e
periféricos 2.662 3.070 3.015 criam um ambiente propício para suporte à
Telecomunicações 1.464 2.287 1.993 produção de novos itens inovadores;
Tendências no MCT
Com os incentivos fiscais instituídos pela Lei
8.248, verificou-se uma crescente ampliação do
parque produtivo do setor de informática e tele-
comunicações. Todavia, os fabricantes de perifé-
ricos, componentes semicondutores, automação
industrial e instrumentação digital diminuíram suas
atividades industriais, o que indica a necessidade
de criação de novos mecanismos e instrumentos
de fortalecimentos destas indústrias.
A Internet
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
132 A Internet
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Anexo IV 133
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
4.2 – Arquitetura e Operação de Serviços Entre grandes centros de tráfego, há uma malha
Internet de comunicação, composta por vários enlaces de
dados a alta velocidade e denominada de backbone
(isto é, “espinha dorsal”).
Concretamente, a Internet se traduz em um conjun-
to de funções, tais como e-mail, ICQ etc., O backbone ilustrado acima interliga pontos em
implementadas sobre uma funcionalidade básica, a Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Hori-
de conexão em redes, que é corporificada no cha- zonte, Brasília e Salvador, no Brasil. Além disso,
mado protocolo IP. Na forma mais simples, um tem também uma ligação a Nova York, nos EUA,
usuário utiliza seu computador e se liga a um pro- presumivelmente a um ponto da Internet ameri-
vedor de serviços por meio de uma linha telefônica cana. Esses pontos são denominados Pontos de
comum. O provedor de serviços é o ponto mais Presença (PoP) desse provedor.
próximo aonde “chega” a Internet, e a partir do
qual e-mails, por exemplo, são enviadas a um desti- O trecho que falta entre a residência de um usuá-
natário remoto, talvez em outro país, que com boa rio e o Ponto de Presença mais próximo do pro-
probabilidade tem acesso à Internet via chamada vedor é o chamado acesso, ou última milha. Em
telefônica a seu provedor de serviços local. Como geral, hoje esse acesso é viabilizado, no Brasil, por
ocorre o transporte eletrônico da mensagem en- uma chamada telefônica usando a linha comum
tre os dois provedores de serviços, na origem e que o usuário tem em casa.
no destino, permanece um mistério para a maior
parte das pessoas. Outras opções que começam a surgir incluem a
conexão do serviço de TV por Assinatura, o te-
Backbone e Acesso lefone móvel etc.
Serviços Internet são implementados sobre a infra-
estrutura física de telecomunicações de uma re- Velocidade e Serviço
gião ou país. Essa infra-estrutura tinha, até a ex- Uma variável crítica para se ter um serviço Internet
plosão da Internet, um uso básico distinto, qual de qualidade é obviamente a velocidade tanto do
seja, a de comunicação de voz. Gradativamente, acesso (na última milha) como no backbone. De pra-
à medida que serviços Internet se expandem, essa xe, a velocidade limitativa principal é a da linha tele-
infra-estrutura vai sendo adaptada e problemas fônica entre o usuário e o provedor, que se mede
operacionais contornados. em, por exemplo, 28,8Kbps (ou quilobits por se-
gundo). A velocidade mínima de um backbone (isto é,
O modelo subjacente de comunicação na Internet do enlace de menor velocidade em um backbone) deve
é essencialmente o ilustrado na Figura A4.1 para ser pelo menos duas ordens de magnitude superior,
um provedor hipotético. para poder dar vazão ao fluxo de informação resultan-
te da comunicação concorrente de um grande número
Figura A4.1 de usuários sobre os enlaces de uso coletivo.
Um Backbone com Seis Pontos no País
Tráfego entre Backbones Distintos
NY - EUA
Consideremos, por hipótese, a existência de um
backbone B no Brasil, competindo com o ilustrado
Salvador na Figura A4.1, e interligando PoP próprios em
Brasília
Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo, conforme a
BH Figura A4.2.
São Paulo
Curitiba Vale salientar que esses PoP, embora nas mesmas
Rio de Janeiro
cidades, são distintos dos PoP do backbone anterior-
mente descrito, porque serão de empresas concor-
rentes, cada qual servindo seus próprios clientes,
Fonte: SocInfo
empresas e assinantes individuais.
134 A Internet
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Salvador
Rio de Janeiro
Brasília
BH
Curitiba
São Paulo
Fonte: SocInfo Curitiba
Rio de Janeiro
PTT-Rio de Janeiro
Cabe aqui, então, a seguinte pergunta: como é que PTT-São Paulo
Curitiba
A resposta é tecnicamente óbvia: de alguma for-
Fonte: SocInfo
ma, mas preferivelmente de forma direta, os dois
backbones deverão estar interconectados para tro-
ca de tráfego. Onde e como é feita essa Engenharia e Segurança de Redes
interconexão não deve (em tese, ao menos) ser No nível de implantação e manutenção de serviços
assunto de interesse para o usuário comum da Internet em um país, a implantação de Pontos de
Internet. A este, deve bastar saber o endereço ele- Troca de Tráfego (PTT) entre backbones Internet é
trônico de um usuário ou recurso da rede para apenas uma das preocupações.
poder alcançá-lo.
Há vários outros aspectos que precisam ser trata-
Do ponto de vista da arquitetura global de servi- dos, tais como:
ços Internet em um país, contudo, a questão é • padrões técnicos para serviços de redes;
absolutamente relevante. Para assegurar a passa- • novos serviços;
gem eficiente de comunicação de um backbone a • segurança e emergências.
outro, Pontos de Troca de Tráfego (PTT) devem
ser implementados em “encruzilhadas” críticas. A Isto significa que é preciso uma “casa das máqui-
Figura A4.3 ilustra uma possível configuração nas” que planeja e acompanha a operação de ser-
de dois PTT. À medida que aumentam os usu- viços Internet e é capaz de intervir explicitamente
ários de cada backbone e as velocidades dos enla- em situações de emergência.
ces, a implementação de múltiplos PTT com alta
performance se torna mais e mais importante para Em nível global, as questões maiores de enge-
otimizar o desempenho global das redes. nharia de redes na Internet são discutidas e, even-
tualmente, resolvidas pelo IETF, que funciona
Os PTT devem ser implantados idealmente con- como o fórum que estabelece os padrões de fato
templando todos os backbones nacionais. Esta é uma dos protocolos e serviços Internet. O IETF é
tarefa que exigirá um mínimo de articulação entre aberto, aceitando inscrições de profissionais de
os diversos provedores, com eventual instituições interessadas, e torna-se o fórum onde
interveniência de órgãos reguladores, visando a os interesses individuais são defendidos, em geral
promover os interesses dos usuários e dos própri- respaldados por propostas concretas e com
os provedores, diminuindo o tráfego internacio- implementações anteriores que são eventualmen-
nal de cada um, posto que a comunicação entre te recusadas, aprimoradas ou eventualmente acei-
backbones passaria a ser efetuada via os PTT, e não tas. O Brasil, isto é, as instituições e profissionais
via os concorridos links internacionais. brasileiros, tem participado tímida e exporadica-
mente do IETF. Este aspecto reflete a imaturi-
Anexo IV 135
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.
Estrutura de Domínios
a importância da participação no mais alto fórum
técnico da Internet.
domínios
A estrutura subjacente a esses endereços e a ope- O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CG) foi
ração de registro e habilitação dos mesmos, atra- instituído em abril de 1995, por iniciativa conjun-
vés da vinculação a endereços IP, é a chamada ta do Ministério das Comunicações e do Ministé-
estrutura de Nomes de Domínio da Internet. No rio da Ciência e Tecnologia, com a missão de or-
Brasil, o domínio global de primeiro nível é re- ganizar e supervisionar as funções básicas de infra-
presentado por “.br”, dentro do qual há estrutura para serviços Internet no Brasil, bem
subdomínios especializados, mas de uso coletivo como planejar e encaminhar a sua evolução no
como “.com”, “.org” etc. Finalmente, no tercei- futuro, contemplando adequadamente os interes-
ro nível, surgem nomes específicos de entidades, ses do setor público, setor privado, e as priorida-
tais como “socinfo”, “corinthians” etc. que iden- des científicas e tecnológicas do País.
tificam instituições do mundo real. A Figura A4.4
ilustra a estrutura de domínios Internet. As ditas funções básicas incluem:
• Alocação de endereços IP;
A alocação de endereços IP, o registro de No- • Registro de Nomes de Domínio (no “.br”);
mes de Domínio e a vinculação entre número e • Protocolos básicos e de serviços;
nome (que é verificada a cada referência a um • Engenharia de redes.
endereço) são funções adicionais no nível de “casa
das máquinas” que é necessário manter para asse- O Comitê Gestor é, no Brasil, a contrapartida na-
gurar o bom funcionamento da Internet. tural da International Corporation for Assigned Names
136 A Internet
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Gráfico A4.1
Distribuição de Hosts no Mundo França 1% Itália 1%
Finlândia 1%
Holanda 1%
Taiwan 1%
Austrália 2%
Canadá 2%
Reino Unido 3%
Suécia 1% Japão 4%
Brasil 1%
Espanha 1%
outros 10% EUA 73%
México 1%
Noruega 1% outros 6%
Anexo IV 137
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120.000
80.000 68.393
Outros
21% SP
27% 40.000
25.804
SC 6% 7.574
0
1996 1997 1998 1999 2000
BA 7% MG
outros 71 2.993 6.264 8.592
14% edu.br 297 513 854 1.224 1.278
PR 8% RJ RS mil.br + org.br + net.br 313 965 2.265 4.068 4.326
9% 9% gov.br 134 201 319 402 411
com.br 6.830 24.054 61.962 137.926 159.556
Fonte: Abranet - http://www.abranet.org.br Dados de 17/02/2000
138 A Internet
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Figura A4.5
Não se pode, certamente, defender tal esquema
Infra-estrutura de Fibra Ótica em Implantação no País
de forma generalizada e, em particular, para paí-
Boa Vista
ses em desenvolvimento, nos quais há ainda mui-
Santarém
Belém Américas 1
(EUA, Europa)
to por investir em infra-estrutura. Contudo, deve-
São Luís
Imperatriz
Fortaleza se registrar como importante a idéia de se criar
Natal
João Pessoa
tarifas especiais que favoreçam o uso da Internet.
Recife
Maceió
Nesse contexto, a Anatel tem interessante pro-
Aracaju
Fibra ótica
Existente Salvador posta no sentido de se implantar um esquema de
Prevista para 1999
Interligação do Brasília Porto Seguro
acesso próprio à Internet que contorne a infra-
GNA
Sistema Elétrico
CGE ULA Belo Horizonte
S. Mateus estrutura de telefonia normal e permita bilhetar
Vitória
BRU
CGE
Bauru
C. Grande
BRU
SP
esse serviço independentemente. Essa proposta,
CTA
GNA
Curitiba
Goiânia
PGA
CTA
RJ
de codinome 0i00, incorpora outra vantagem, que
JVE
PGA
Joinvile
Ponta Grossa
JVE
Florianópolis
é a possibilidade de se apoiar decisivamente a dis-
ULA Uberlândia
Porto Alegre
tribuição de provedores por uma ampla região, e
Uruguai
UNISUR
não somente em uma cidade, a preços fixos e
Argentina
uniformes; independentemente de distância entre
Fonte: Ministério do Planejamento
o usuário prospectivo e o provedor.
Anexo IV 139
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P&D Parcerias
No mesmo compasso das iniciativas americanas,
há diversos projetos similares no Canadá, Aus-
Fonte: Sepin/MCT
trália, Japão e na União Européia. Cada qual con-
cretiza, do ponto de vista organizacional, uma
UCAID, e da iniciativa Next Generation Internet visão específica ao país/bloco acerca de coope-
(NGI) do governo americano, conforme se re- ração entre governo, academia e setor privado
sume no Quadro A4.1. para o desenvolvimento de novos serviços de re-
des que, prototipados em ambientes de P&D, ra-
As duas iniciativas são, em vários sentidos, com- pidamente ganham espaço e uso nas redes co-
plementares e articuladas. Utilizam estruturas co- merciais.
muns de backboning (vBNS, Abilene). Contemplam
patamares e objetivos tecnológicos similares. Do Um dos grande desafios do Programa Socieda-
ponto de vista organizacional, a diferença funda- de da Informação é exatamente o de conceber,
mental reside na UCAID, um consórcio de uni- implementar e consolidar um modelo de coope-
versidades que contribuem para manter a iniciati- ração nessa área no Brasil.
Quadro A4.1
Iniciativas Americanas para a Evolução da Internet
Internet 2 NGI
Coordenação UCAID White House
Financiamento Consorciados, Corporações Congresso americano
Objetivos . Desenvolvimento de aplicações avançadas . Desenvolvimento de tecnologias avançadas de redes
. Desenvolvimento de ferramentas de redes . Implantação de testbeds
Fonte: SocInfo
140 A Internet
Lista de Endereços Web
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América Online
http://www.americaonline.com.br
Americanas.com
http://www.americanas.com.br
Arremate
http://www.arremate.com.br
Banco Bradesco
http://www.bradesco.com.br
Banco Rural
http://www.homeshopping.com.br
Biblioteca Nacional
http://www.bn.br
Camerasurf
http://www.camerasurf.com.br
Carteira de Identidade
http://www.caixa.gov.br/docpessoais/c_ident.htm
Carteira de Trabalho
http://www.mte.gov.br/sppe.ctps/default.htm
Catho Online
http://www.catho.com.br
Comparecom
http://www.comparecom.com.br
157
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Comunicação Celular 3G
http://misnt.indstate.edu/harper/UMTS.html
Correios
http://www.correiosonline.com.br
CPF
http://www.caixa.gov.br/docpessoais/cpf.htm
Easy.cred
http://www.easycred.com.br
Ecovias
http://www.ecovias.com.br
Elefante
http://www.elefante.com.br
Embratel
http://www.embratel.net.br
Eponte
http://www.eponte.com.br
Estadão
http://www.estadao.com.br/classificados/
FGTS
http://www.caixa.gov.br/fgts/fgts.htm
Fiat
http://www.fiat.com.br
FreeBsd
http://www.freebsd.org
Fulano
http://www.fulano.com.br
Gazeta Mercantil
http://www.gazetamercantil.com.br
158
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Global-One
http://www.global-one.net
GM Center
http://www.gmcenter.com.br
Guiasp
http://www.guiasp.com.br
Ibge
http://www.ibge.gov.br
IBM
http://www.ibm.om.br
Investshop
http://www.investshop.com.br
IR
http://receita.fazenda.gov.br
Itaú
http://www.itau.com.br
Itautecshop
http://www.itautecshop.com.br
Lancenet
http://www.lancenet.com.br
Lokau
http://www.lokau.com.br
Masp
http://www.uol.com.br/masp/
Mediacast
http://www.mediacast.com.br
Miner
http://www.miner.com.br
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MTV
http://www.mtv.com.br
Multilingüismo na Internet
http://babel.alis.com
Netcard
http://www.netcard.com.br
Netcasa
http://www.netcasa.com.br
Noite ao vivo
http://www.noiteaovivo.com.br
O Site
http://www.osite.com.br
Oneclick
http://www.oneclick.com.br
Passaporte
http://www.dpf.gov.br/passaporte.htm
Patagon
http://www.patagon.com.br
PIS/Pasep
http://www.caixa.gov.br/fgts/pis.htm
Planeta vida
http://www.planetavida.com.br
Plantão Eletrônico
http://www.seguranca.sp.gov.br
Ponto Frio
http://www.pontofrio.com.br
160
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Previdência Social
http://www.brasil.gov.br
Projeto Inovar
http://www.venturecapital.gov.br
Rádio 89 FM
http://www.rockwave.com.br
Receita Federal
http://www.receita.fazenda.gov.br
Rede Bahia
http://www.redebahia.br
Rede Catarinense
http://www.funcitec.rct-sc.br
Rede Governo
http://www.redegoverno.gov.br
Rede Rio
http://www.rederio.br
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Rede Tchê
http://www.tche.br
Saraiva
http://www.saraiva.com.br
Spasite
http://www.spasite.com.br
Starmedia
http://www.starmedia.com.br
Submarino
http://www.submarino.com.br
Terra
http://www.terra.com.br
Título de Eleitor
http://www.caixa.gov.br/docpessoais/tit_eleit.htm
Turismonet
http://www.turismonet.com.br
Turma da Mônica
http://www.turmadamonica.com.br
Unisys
http://unisys.com.br
UOL
http://www.uol.com.br
Usina do Som
http://www.usinadosom.com.br
Webmotors
http://www.webmotors.com.br
Yahoo!
http://www.yahoo.com.br
ZIP.NET
http://www.zip.net
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Glossário
163
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Glossário
ADSL
Asymmetric Digital Subscriber Line (Linha digital assimétrica de assinante).
Alfabetização digital
Processo de aquisição de habilidades básicas para o uso de computadores, redes e serviços de Internet.
Aplicativo
Programa de computador que desempenha finalidades específicas, tais como processar textos, organi-
zar e relacionar dados em forma de planilha, compactar arquivos, simular “mundos” virtuais com os
quais os usuários interagem (por exemplo, simuladores de vôo, jogos), gravar, organizar e reproduzir
sons etc.
ARPANET
Advanced Research Projects Agency Network (Rede da agência de projetos de pesquisa avançados).
ATM
Asynchronous Transfer Mode (Modo assíncrono de transferência).
AUP
Acceptable Use Policy (Política de Utilização Aceitável).
165
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Backbone
“Espinha dorsal” de uma rede. Enlaces principais que compõem a infra-estrutura de alta velocidade,
interligando várias redes e sub-redes.
Biblioteca digital
Biblioteca cujos conteúdos estão em forma eletrônica e digital e são acessados localmente ou por meio
de redes de comunicação.
Biblioteca virtual
Serviço que reúne informações antes dispersas, que são capturadas, organizadas, sistematizadas, inte-
gradas e disponibilizadas em rede. Consiste de dados e metadados relativos a documentos, pessoas,
instituições, serviços e objetos, existentes nas mais diversas formas. As informações podem ser apre-
sentadas mesclando texto e multimídia (imagem, som e vídeo).
Bit
Unidade mínima de informação em um sistema digital binário, que pode assumir apenas um de dois valores - 0
ou 1 (binary digit).
Bps
Bits por segundo. Medida da taxa de transferência de dados.
Byte
Unidade de informação que normalmente corresponde a oito bits.
Bitnet
Rede formada por computadores centrais (mainframe) que interligava principalmente instituições educa-
cionais americanas, para a transmissão de mensagens de correio eletrônico. Trata-se de um acrônimo da
expressão “because it is time network” (rede “pois já é hora”). Apesar de ter características distintas das da
Internet, as mensagens de correio eletrônico podiam ser intercambiadas entre as duas redes.
CA*net3
Rede experimental avançada canadense, destinada a ser a sucessora da CA*net e da CA*net II, que está
sendo desenvolvida, desde 1998, para uso em P&D.
[email protected]
Infovia de abrangência nacional, orientada para a atuação governamental integrada e para a prestação
dos serviços de governo ao cidadão brasileiro.
Cibercafé
Espaço público – normalmente localizado em estabelecimentos comerciais, tais como restaurantes,
livrarias, bares etc. – onde são oferecidos serviços de acesso a computadores pessoais e à Internet,
geralmente mediante pagamento de taxa de utilização.
Comércio eletrônico
Atividade econômica em que se efetuam transações de compra e venda, via redes de computadores.
Usa-se também a forma inglesa e-commerce.
166
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Conteúdo
Todas as informações utilizáveis pelo usuário que passam pela Internet. São conteúdos, por exemplo, as
home pages, as mensagens e os endereços de correio eletrônico, os acervos das bibliotecas digitais etc.
Correio eletrônico
Modalidade de transmissão de mensagens por meio de rede eletrônica, em particular a Internet. Usa-se
também a forma inglesa e-mail.
Digitalização
Conversão de qualquer tipo de informação para o formato digital.
DTH
Iniciais de direct-to-home. Conjunto de produtos e serviços utilizados principalmente para a difusão de
programação de televisão e de música, que permite, a custo relativamente baixo, a recepção direta, em
domicílios, de sinais de satélites.
DWDM
Dense Wavelength Division Multiplexing (Multiplexagem densa por divisão de comprimento de onda).
E-business
Ver negócios eletrônicos.
ECDL
European Computer’s Driving Licence (Certificado europeu de habilitação para uso de computadores).
E-commerce
Ver comércio eletrônico.
EDI
Electronic Data Interchange (Intercâmbio eletrônico de dados).
Educação a distância
Processo de ensino-aprendizagem caracterizado pela separação física entre professor e aluno, que subs-
titui a interação pessoal típica da sala de aula. Com a ascensão das tecnologias de informação e comunica-
ção a área tem incorporado novos serviços e aplicações que vão do correio eletrônico à videoconferência.
167
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E-mail
Ver correio eletrônico.
FTP
File Transfer Protocol (Protocolo de transferência de arquivos).
GigaPoP
Ponto de presença da Internet de nova geração com capacidade de tráfego da ordem de bilhão de bits
por segundo, suporte a QoS e implantação de AUP.
Grupos de discussão
Ver news(group)
Hacker
Pessoa com alta habilidade técnica para lidar com sistemas de computação ou comunicações em rede;
Cracker - especialista em sistemas informatizados que invade sistemas alheios, sem autorização. Diz-se
também pirata digital.
HDTV
High Definition Television (Televisão de alta definição).
168
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Hipertexto
Texto que contém links (apontadores, elos) para outros documentos ou outras partes do mesmo
documento. Os elos estão associados a palavras ou expressões que permitem ao leitor se deslocar
automaticamente para as partes por eles apontadas.
Hospedeiro
Ver host.
Home page
Principal e primeira página de um website. Serve como índice ou sumário de documentos armazenados
naquele ou em outro site.
Host
No contexto da Internet um host é um computador ou dispositivo que possua um endereço Internet e
possa se comunicar com outros hosts. É um nó da rede.
HPC
High Performance Computing (Computação de alto desempenho).
HPCC
High Performance Computing and Comunication (Computação e comunicação de alto desempenho).
HTML
Hypertext Markup Language (Linguagem de marcadores para hipertexto).
HTTP
Hypertext Transfer Protocol (Protocolo de transferência de hipertexto).
169
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ICQ
Representação sonora de I seek you. Um dos diversos serviços de mensagem instantânea disponíveis na
Internet que estabelece conexão para troca de mensagens, em tempo real, entre duas ou mais pessoas
conectadas simultaneamente à Internet.
IETF
The Internet Engineering Task Force.
IITA
Information Infrastructure Technology & Applications - IITA (Tecnologia e aplicações da infra-estrutura de
informações).
Infovia
1. Via de comunicação entre computadores, utilizada para a troca de informações. 2. Conjunto de
recursos utilizados para interligar, conectar, processar, controlar e compatibilizar as transmissões de
informações, comunicações e serviços em meio eletrônico na rede Internet. Diz-se, também, superestrada
da informação e supervia.
Infra-estrutura avançada
Sistema de telecomunicações (hardware e software) que permite conexões digitais a longa distância, com
qualidade de serviço e alta velocidade. Inclui os backbones e suas de derivações. As taxas de transmissão
alcançadas por esse sistema devem estar adequadas ao atendimento das demandas, ou seja, devem ser
suficientes para as diversas aplicações.
Internet Protocol – IP
Protocolo de Internet. Protocolo responsável pelo roteamento de pacotes entre dois sistemas que
utilizam a família de protocolos TCP/IP usada na Internet. Protocolo básico da Internet.
170
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Internet
Sistema mundial de redes de computadores – uma rede de redes – que pode ser utilizado por qualquer
pessoa, em qualquer parte do mundo, onde haja ponto de acesso, e que oferece um amplo leque de
serviços básicos, tais como correio eletrônico, acesso livre ou autorizado a informações em diversos
formatos digitais, transferência de arquivos. Os protocolos básicos para o transporte dos dados são do
TCP/IP.
Internet 2
Iniciativa norte-americana, voltada para o desenvolvimento de tecnologias e aplicações avançadas de
redes Internet para a comunidade acadêmica e de pesquisa. Envolve 150 universidades norte-america-
nas, além de agências do governo e da indústria, e visa ao desenvolvimento de novas aplicações, como
telemedicina, bibliotecas digitais, laboratórios virtuais, entre outras não viáveis com a tecnologia Internet
atual. Também se escreve Internet II.
IP
Internet Protocol (Protocolo de Internet).
IPsec
Internet Protocol Security (Segurança de protocolo Internet).
ISP
Internet Service Provider (Provedora de serviços Internet).
LDAP
Lightweight Directory Access Protocol (Protocolo leve de acesso a diretório).
Link
Elo ou apontador para outros documentos e/ou partes do documento, em hipertexto.
Login remoto
Procedimento utilizado para se ter acesso remoto a um computador, via rede.
171
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Metadados
Dados a respeito de outros dados, ou seja, qualquer dado usado para auxiliar na identificação, descri-
ção e localização de informações. Trata-se, em outras palavras, de dados estruturados que descrevem
as características de um recurso de informação.
Método Delphi
Um método para estruturar um processo de comunicação em grupo de tal forma que o processo é
efetivado permitindo a um grupo de indivíduos, como um todo, tratar um problema complexo
(Flanagan, 1999).
Modem
Dispositivo que permite que um computador transmita e receba dados através de um meio de comu-
nicação analógico, como linhas telefônicas. Acrônimo de modulador-demodulador.
MPLS
MultiProtocol Label Switching (Chaveamento multiprotocolo baseado em rótulo).
Negócio eletrônico
Atividade econômica em que se efetuam transações de compra, venda, pagamentos, marketing etc., em
redes, na forma digital. Usa-se também a forma inglesa e-business.
News(groups)
Grupos que entram em interação on-line em redes digitais, discutindo assuntos de interesse comum.
Diz-se também grupos de discussão.
NNTP
Network News Transfer Protocol (Protocolo de rede de transferência de notícias).
OSI
Open Systems Interconnection (Sistema aberto de interconexão).
172
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
PAD
Processamento de Alto Desempenho.
PEP
Ponto Eletrônico de Presença. Local onde redes inteiras ou máquinas individuais conectam-se a uma
rede maior, ou backbone.
Pirata digital
Ver hacker.
PKI
Public Key Infrastructure .
PoP
Point of presence (ponto de presença)
Portal
Site que reúne produtos e serviços de informação de determinada área de interesse e também de
interesse geral. Portais de acesso à web normalmente oferecem, por exemplo, serviços gratuitos de
correio eletrônico, notícias, chat, informações sobre o tempo, cotação de ações, facilidade para procu-
rar outros sites etc.
Portal vertical
Portal direcionado para um público específico, que oferece uma série de serviços on-line, visando a
atender amplamente às necessidades desse público. Pode servir como elemento catalisador, ensejando
a formação e desenvolvimento de nova comunidade virtual, com interesses bem definidos e comuns,
mediante realimentações que propiciam a criação de novos serviços ou reinvenção de outros. Diz-se
também vortal.
POSIX
Portable Operating System Interface (Interface portável de sistema operacional).
173
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Protocolo
Conjunto de regras que formam uma linguagem utilizada pelos computadores para intercomunicação.
Provedor
Empresa ou instituição que presta serviços Internet. Ver ISP.
PTT
Ponto de Troca de Tráfego
QoS
Quality of Service. Capacidade de uma rede de prover serviços com características diferenciadas em
função das necessidades das aplicações.
Quiosque eletrônico
Espaço, consoles ou cabines com computadores ligados a sistemas de informação, para fins de consul-
ta de um público-alvo (funcionários de uma empresa, visitantes de um parque, público em geral).
Redes proprietárias
Redes utilizadas por grupos fechados, as quais, em geral, não estão em conformidade com padrões
universais.
Roteamento de pacotes
Encaminhamento de pacote feito por hosts interligados a pelo menos duas redes, visando a atingir o
destinatário.
RSVP
Resource reSerVation Protocol (Protocolo de reserva de recursos).
174
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
SDSL
Symmetric Digital Subscriber Line (Linha de assinante digital simétrica).
Serviço de diretório
Serviço que auxilia a localização de pessoas ou objetos e informações associadas a partir de uma
organização análoga à das “páginas brancas” de lista telefônica que dão informações sobre assinantes.
Servidor
Programa que presta determinado serviço por demanda geralmente via rede. Na Internet, em particu-
lar, servidor de web é o programa que atende a solicitações de páginas ou arquivos em HTML.
Set-top box
Conversor que se conecta à TV, com a finalidade de permitir a conexão via telefone ou TV a cabo para
navegar na Internet e utilizar correio eletrônico. A tela da TV passa a funcionar como monitor.
SGML
Standard Generalized Markup Language (Linguagem padrão de marcação generalizada).
SIG
Sistema de Informações Geográficas.
Site
Coleção de páginas da web referentes a um assunto, instituição, empresa, pessoa etc. Diz-se também
website. A forma portuguesa sítio é pouco usada.
SMTP
Simple Mail Transfer Protocol.
SGML
Standard Generalized Markup Language.
Sítio
Ver site.
175
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Superestrada da informação
Ver infovia.
Supervia
Ver infovia.
TCP/IP
Transmission Control Protocol / Internet Protocol (Protocolo de controle de transmissão / Protocolo da
Internet).
Telemática
Ciência que trata da manipulação e utilização de informação através do computador. Utiliza-se um
conjunto de técnicas e de serviços de comunicação a distância que associam meios informáticos aos
sistemas de telecomunicações.
Telemedicina
Aplicação dos computadores e das telecomunicações à prática médica (remota e local), ao processo de
ensino-aprendizagem e à investigação científica na área das ciências médicas.
Teletrabalho
Atividade profissional realizada à distância física do local convencional de trabalho, ou seja, da empresa
contratante.
TEN-155
Rede pan-européia, de tecnologia avançada, que dá suporte à pesquisa cooperativa de tecnologia e às
aplicações de redes. Além de prover serviços de IP a altas velocidades, presta serviços de comunicação
avançados e funciona como campo de provas para pesquisas em redes e aplicações avançadas.
TIC
Ver tecnologias de informação e comunicação.
176
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
URL
Uniforme Resource Locator .
Usenet
Rede de fóruns de discussões baseada no NNTP.
UUCP
Unix-to-Unix Copy.
VBNS
Very high-speed Backbone Network Service (Serviço de rede de backbone de velocidade muito alta).
Vortal
Ver portal verticalizado.
xDSL
Digital Subscriber Line (Linha digital de assinante).
XML
Extensible Markup Language.
WAP
Wireless Application Protocol.
Web
Ver WWW.
177
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Website
Ver site.
WWW
Word Wide Web.
178
Siglas, Acrônimos e Similares
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180
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
181
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
CD Compact Disk
CDI Comitê para a Democratização da Informação
CDMA Code Division Multiple Access
CDS Centro de Desenvolvimento de Software
CEEInf Comissão de Especialistas de Ensino de Computação e Informática
Cemina Comunicação, Educação e Informação em Gênero
Cenapad Centro de Processamento de Alto Desempenho
Cepesc Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações
Cesup Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho
CG Comitê Gestor da Internet no Brasil
C-INI Comitê sobre Infra-estrutura Nacional de Informações (Anatel)
CLT Consolidação das Leis de Trabalho (Decreto-Lei nº 5452/43)
CNC Confederação Nacional do Comércio
CNI Confederação Nacional da Indústria
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CNS Cartão Nacional da Saúde
CNTR/Telebrás Centro Nacional de Treinamento/Telebrás
Comut Programa de Comutação Bibliográfica
Contec Programa de Capitalização de Pequenas Empresas e Base Tecnológica
Coppe Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
CPF Cadastro de Pessoa Física
CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações
CSA Canadian Standards Association
CTI Fundação Centro Tecnológico para Informática
CUT Central Única dos Trabalhadores
Cyted Programa Íbero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento
DAS Direct System Agent
Datasus Departamento de Informática do SUS
DB Database
Denatran Departamento Nacional de Trânsito
DEP/IBICT Departamento de Ensino e Pesquisa do Instituto Brasileiro de Informação em
Ciência e Tecnologia
DFN Deutsches Forschungsnetz
DGXIII The European Commission’s Directorate-General for Telecommunications, Information Market and Exploitation
of Research
DIB Direct Information Base
DiffServ Differentiated Services
DOE U.S. Department of Energy
DTH Direct-to-Home
DUA Directory User Agent
DWDM Dense Wavelenght Division Multiplexing
ECDL European Computer’ Driving License
ECOM Electronic Commerce Promotion Council of Japan
ECP.NIL Internet Service Providers Association Netherlands
EDI Electronic Data Interchange
Edifact Electronic Data Interchange for Administration, Commerce and Transport
Edusp Editora da Universidade de São Paulo
EHz Exahertz
EIC Escola de Informática e Cidadania
Embraer Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A.
Embrapa Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
182
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
184
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
MJ Ministério da Justiça
MP Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
MPLS MultiProtocol Label Switching
MS Ministério da Saúde
NGI Next Generation Internet
NII National Information Infrastructure
NILC Núcleo Interinstitucional de Lingüística Computacional
Nitedi Núcleo de Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Integrado
NLIP Vereniging van Nederlandse Internet Providers
NREN Nasa Research & Education Network
NRT Núcleo Regional de Tecnologia
NSF National Science Foudation
NTE Núcleo de Tecnologia Educacional
NUA Nua Ltd. (empresa de consultoria)
OCDE Organisation de Coopération et Dèveloppement Èconomique
OCYT Oficina de Ciencia y Tecnología
OECD Organisation for Economic Co-operation and Development
Oftel Office of Telecommunicatons
OMC Organização Mundial de Comércio
OMPI Organisation Mondiale de la Propriété Intellectuelle
ONG Organização Não Governamental
OPAS Organização Panamericana de Saúde
OSI Open Systems Interconnection
P&D Pesquisa e Desenvolvimento
PAD Processamento de Alto Desempenho
PART Parceiro Tecnológico
Pasep Patrimônio do Servidor Público
Paste Programa de Recuperação e Ampliação do Sistema de Telecomunicações e do
Sistema Postal (Anatel)
PC Computador Pessoal (Personal Computer)
PDI Plano Diretor de Informática
PEA População Economicamente Ativa
PEP Ponto Eletrônico de Presença
Perl Practical Extraction and Report Language
Petrobras Petróleo Brasileiro S.A.
PFE Posto Fiscal Eletrônico
PGO Plano Geral de Outorgas
PHP Hypertext Preprocessor
PHz Petahertz
PIB Produto Interno Bruto
PIS Programas de Integração Social
Pitac President´s Information Technology Advisory Committee
PKI Public Key Infrastructure
PMC Prefeitura Municipal de Campinas
PME Pequena e Média Empresa
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PoP Point of Presence
Posig Perfil OSI do Governo Brasileiro
PPA Plano Purianual de Ações
Prodemge Companhia de Processamento de Dados do Estado de Minas Gerais
Proder Programa de Emprego e Renda
185
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Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
187
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188
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Índice Remissivo
189
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190
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Índice Remissivo
A
Abilene 84, 140
Abinee 129
ABNT 104
Abranet 137, 138
ABTA 129
África 31
Agência Cidadão 75
Alemanha 20, 35, 84, 99, 115
alfabetização digital 27, 31, 38, 41, 42, 48, 49, 54, 55
América do Sul 22, 129
América Latina 5, 20, 24, 31, 34, 53, 60
Anatel 5, 14, 36, 78, 80, 88, 89, 91, 121, 122, 123, 138, 139. Ver também [email protected];
C-INI; FUST
Paste 2000 36, 122
Aneel 138
ANP 138
Anprotec 88
ANSP 101, 137
Argentina 20
Ásia & Pacífico 31
Assespro 123
assinatura digital 27
Associação de Amigos da Biblioteca 64
ATM 104
AURORA 90
Austrália 21, 34, 107, 125, 140
autenticação 70, 73, 79, 99
auto-regulamentação 19, 20, 109, 110
B
backbones 32, 84, 100, 101, 102, 104, 122, 134, 135, 137. Ver também redes comerciais; RNP
Abilene 84, 140
[email protected] 122
vBNS 84, 140
backboning 100, 101, 138, 140
balança comercial 127, 128
exportação 127, 128
importação 127, 128
Banco do Brasil 28
Banco Mundial 34, 35, 92
bases de dados 59, 61, 63, 64, 66, 71
biblioteca eletrônica 63, 109
Biblioteca Nacional 64
bibliotecas digitais 104
bibliotecas públicas 34, 41, 42, 64, 66, 80
191
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Bireme 63
Scielo 63
Bitnet 4, 133
BNDES 12, 129
BNDESPAR 24
Booz-Allen & Hamilton 19, 26, 27, 32, 40, 41
[email protected] 78, 80, 122. Ver também Anatel
C
C-INI 78, 122. Ver também Anatel
Ca-Net3 104
Caixa Econômica Federal 12, 28
Canadá 20, 31, 35, 53, 99, 107, 108, 109, 140
Canal Futura 52
Canarie 99
Capes 53, 63
Cartão Nacional de Saúde 76, 77
CDI 38
celular 3, 36, 37, 89, 122, 129
acesso à Internet 36
terceira geração (3G) 88
WAP 89
Cenapad 102
centros comunitários 37, 40, 41, 42, 56, 75, 77
China 35
cibercafé 34, 37, 38, 41
cidadania 7, 8, 10, 27, 31, 33, 38, 42, 45, 50, 70, 104
CNPq 53, 63, 87, 125
Cadastro de Pesquisadores 53
Lattes 63
Prossiga 63
comércio eletrônico 6, 9, 10, 17, 18, 19, 20, 27, 28, 109, 110, 116
agentes 18
Amazon 27
bens intangíveis 19
blocos econômicos regionais 27
Brasil 24
Comitê Executivo de Comércio Eletrônico 25
competitividade das empresas nacionais 10
crédito 12
empreendedorismo eletrônico 27
exportação de produtos brasileiros 27
fatores críticos 19
legislação 21
leis específicas 20
logística 19
mercado 24
modernização do setor produtivo 6
PME 20, 21
192
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
regulamentação e auto-regulamentação 19
substituição dos intermediários tradicionais 18
transações econômicas entres países 9
tributação 25, 27
Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicações 77
Comitê Executivo de Comércio Eletrônico 25
Comitê Gestor da Internet no Brasil 102, 104, 136, 137
ComprasNet 76
Confederação Nacional da Indústria (CNI) 52
Sesi 52
Congresso Nacional 12, 77
Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicações 77
Interlegis 76
Assembléias Legislativas Estaduais 76
Legislativo 77
Senado Federal 76
consórcios 56, 86, 87, 88, 90, 93, 99, 102, 140
de P&D 86, 88, 93
de pesquisadores 90
desenvolvimento de aplicações 93
empresas 102
governo, academia e indústria 99
NILC 90
Remav 102
UCAID 140
Uniredes 52
virtuais 87
conteúdos 2, 3, 7, 10, 11, 13, 20, 21, 23, 31, 33, 39, 42, 47, 50, 59, 60, 61, 62,
63, 65, 66, 90, 104, 109, 110, 138. Ver também globalização; identidade cultural; língua
portuguesa; metadados; portais
acervos culturais 65
arte, história 63
aspectos de regionalização 63
ciência e tecnologia 62
digitalização de acervos 61
obras de valor histórico 66
multilingüismo 61
produção de 61
Projeto Portinari 63
cooperação internacional 9, 13, 107
grupos cooperantes no exterior 93
grupos de pesquisa no exterior 124
integração e cooperação latino-americana 10
Mercosul 10
novo ciclo da Internet 104. Ver também UCAID
política 9
Programa Cyted 87
correio eletrônico 32, 97, 98, 124. Ver também e-mail
CPqD 86, 121
criptografia 90, 91
CTI 90
193
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
D
Datasus 76, 78
Denatran 77
Departamento de Defesa (EUA) 133
DFN 99
DGXIII 109, 110
Diário Oficial da União 80
DiffServ 103
direitos autorais 66. Ver também propriedade intelectual
diretórios eletrônicos 14, 78
diretórios distribuídos 97, 99
DOE 107
domínio 136, 138
estrutura de 136
nomes de 136
registro de 136
DWDM 14, 103, 104
E
e-business. Ver negócios eletrônicos
e-commerce. Ver comércio eletrônico
e-mail 14, 134. Ver também correio eletrônico
economia da informação 23
educação 7, 13, 14, 33, 45. Ver também alfabetização digital; bibliotecas públicas; Inep; Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional; língua portuguesa; Ministério: da
Educação; Senac; Sesi; Unesco; universalização do acesso
a distância 10, 46, 47. Ver também ensino a distância
censo escolar 50
continuada 7, 10, 28, 47, 50
currículos 28, 49, 52, 55
ensino fundamental 46, 49, 55
multimeios 55
nível médio 48, 49, 54, 55, 56
nível superior 50, 54, 55, 101. Ver também universidade
Parâmetros Curriculares Nacionais 49
supletiva 38
eEurope 2002 113, 116
Embrapa 91
Embratel 101, 121, 137
empreendedorismo 6, 27, 28, 90
emprego 6, 7, 20, 21, 26
alternativas de trabalho 7
aprendizado continuado 7
empregabilidade 7
mercado de trabalho 7
pessoas com necessidades especiais 26
PME 6
recolocação dos desempregados 21
194
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
relações de trabalho 21
remuneração 21
requalificação profissional 21
teletrabalho 21, 22, 26, 27, 28, 34, 116
legislação 26, 27
ensino a distância 9, 47, 52, 55, 56
aspectos críticos 47
Canal Futura 52
capacitação e formação tecnológica 55
Confederação Nacional da Indústria - CNI 52
FAT 52
Fiesp 52
Fundação Roberto Marinho 52
Prêmio Paulo Freire 52
Programa TV Escola 52
Secretaria de Educação a Distância 52
Sefor 52
Sesi 52
Telecurso 2000 52
Telessalas 2000 52
UFSC 52
Unirede 52
vídeo e Internet 56
EPA 107
Espanha 20, 35, 108, 125
espinha dorsal. Ver backbones
Estados Unidos 21, 25, 46. Ver também EUA
EUA 3, 20, 31, 35, 37, 46, 48, 49, 60, 64, 73, 84, 87, 90, 99, 102, 107, 108, 109, 110,
115, 126, 133, 134, 139, 140. Ver também Estados Unidos
Europa 30, 34, 85, 107, 109, 117
European Computer Driving License (ECDL) 42
F
Faperj 63
Fapesp 63, 87, 136, 138
Programa Genoma 87
Copersucar 87
Fundecitrus 87
Instituto Ludwig 87
Scielo 63
FAT 52
fibra ótica 3, 85, 97, 101, 121, 138, 139
fibra escura 100
Fidonet 4
Fiesp 52
Finep 12, 24, 28, 63, 87, 91, 125
Contec 24
Inovar 24, 28
FITness 49
195
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Foresight 86, 88
França 32, 35, 84, 85, 86, 108, 115
Minitel 32
Fundação Roberto Marinho 52
FUST 37, 41. Ver também Anatel
G
G7 107, 109
Genoma 84, 87. Ver também Fapesp: Programa Genoma
Projeto Genoma Humano 84
geoprocessamento 90, 91, 104
globalização 17, 23, 59
identidade cultural 60
tecnologias de informação e comunicação 17
governança na Internet 136
Comitê Gestor da Internet no Brasil 136. Ver também ICANN
Governo 5
administração pública 8, 10, 13, 107, 109
Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia 124
Estadual 11, 69, 74, 76, 77, 78, 80
Federal 11, 12, 69, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 80, 86, 121, 123, 129, 133
Municipal 11, 77, 78, 80
poder de compra 73
comprador/contratador 69
poder público 6, 84, 116
política industrial 69, 124
políticas públicas 9, 11
Presidência da República 12
recursos humanos 73, 77
serviços públicos 8, 38, 39, 62, 72, 75, 79, 116
transparência 8, 45, 65, 69, 76
Grã-Bretanha 84, 86, 115
H
HDTV 54, 104
High Performance Computing and Communications. Ver HPCC
Holanda 20, 99, 115
host 34, 35, 115, 137
HPCC 84, 99, 107, 110
HTML 71, 89
HTTP 71, 76
I
Ibase 38
IBGE 37, 50, 62
IBICT 62
196
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
J
Japão 20, 21, 35, 84, 108, 115, 140
K
Kidlink 39
L
Lattes 63
LDAP 79, 103
Lei 8248 de Incentivos Fiscais em Informática 87, 124, 126, 129
Programas Prioritários em Informática (PPI) 124
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 48
Lei Geral de Telecomunicações (LGT) 36, 122
Lei Rouanet 66
língua portuguesa 39, 60, 61, 62, 66, 90
LMCS 36
LNCC 87, 102
M
MCT 12, 13, 24, 53, 54, 63, 77, 86, 102, 108, 124, 125, 129, 133. Ver também
CNPq; IBICT; Ministério: da Ciência e Tecnologia; Sepin
197
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
MEC 38, 50, 51, 52, 56. Ver também Ministério: da Educação
meio ambiente 9, 84, 85, 90, 93, 109
Mercosul 10, 20, 27, 123, 129
metadados 59, 61, 66, 78, 80
microempresas. Ver Pequenas e Médias Empresas (PME)
Ministério
da Administração 74
da Ciência e Tecnologia 12, 25, 53, 74, 124, 127, 136
da Cultura 64
da Educação 50, 53, 74
da Fazenda 74
da Justiça 77
da Saúde 74, 76, 77
das Comunicações 136
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 25
do Planejamento 25, 74, 75, 77, 101, 139
do Trabalho e Emprego 52
Minitel 32
MPLS 103
multicasting 14, 103
N
Nações Unidas 21, 34, 47
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 34
Nafta 27
Nasa 107
National Science Foundation. Ver NSF
negócios eletrônicos 6, 18, 21, 61. Ver também comércio eletrônico; emprego; nova economia
NGI 14, 84, 99, 103, 140
NII 107, 108, 109, 110
nova economia 6, 7, 8, 9, 17, 22, 25, 27, 50, 128
NREN 110
NSF 98, 99, 107, 133, 139
NSFnet 139
O
OCDE 107, 139 Ver também OECD
OECD 20
ONG 11, 38, 133
Organizações Não Governamentais. Ver ONG
Oriente Médio 31
P
P&D. Ver pesquisa e desenvolvimento
Pequenas e Médias Empresas (PME) 6, 10, 19, 20, 21, 22, 23, 26, 27, 28, 34, 109, 123. Ver
também comércio eletrônico; Sebrae
198
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
199
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Prossiga 63
Protem-CC 124, 125
provedores 23, 32, 33, 37, 61, 126, 134, 135, 137, 138, 139
PTT 104, 135
interesses dos usuários 135
Public Key Infrastructure. Ver PKI
Q
QoS 14, 101, 103, 140
qualidade de serviço 78, 98. Ver também QoS
quiosques 34, 40, 75, 76, 77, 78, 80, 99
R
redes comerciais 99, 140
troca de tráfego 101
redes governamentais 74, 78, 137
evolução tecnológica 71
infra-estrutura 70
Previdência 101
Prodemge 101
Serpro 101
redes para P&D 99, 100, 101, 104
testbed 100, 104, 140
redes regionais acadêmicas 137
Rede ANSP 101, 137
Rede Bahia 137
Rede Catarinense 101, 137
Rede Internet Minas 137
Rede Paraibana de Pesquisa 137
Rede Pernambuco de Informática 137
Rede Rio Grandense de Informática 137
Rede Tchê 137
RedeRio 101, 137
Reino Unido 20
Remav 102, 103, 104
Rits 38
RNP 38, 74, 87, 101, 102, 103, 124, 125, 133, 136, 137
RSVP 103
S
SBC 53, 54, 86
SBIS 78
Scielo 63
Sebrae 23, 24, 28
APEX 24
200
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
Proer Especial 23
Secretaria da Receita Federal 75
Secretaria de Gestão 75
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação 77
Secretaria do Livro e da Leitura 64
segurança 11, 19, 70, 73, 79, 85, 90, 99, 116, 135, 140. Ver também assinatura
digital; autenticação; criptografia; privacidade
SEI 86, 123
Senac 49
Senegal 34
Sepin 108, 124, 126, 129
Serpro 28, 73, 74, 75, 101
Sesi 52
set-top box 32, 37, 42
Sinapad 124, 125, 126
Sintegra 75
Sistema Único de Saúde (SUS) 76
Sivam/Sipam 90
SMTP 71
Softex 24, 124, 125
Softex 2000 124
software aberto 72
atividades governamentais 72
formatos não-proprietários 72
na Internet 72
no mundo 72
plataformas UNIX 72
Suécia 20, 115
SURFnet 99
T
TCP/IP 71, 76, 79
tecnologias capacitadoras 83, 84, 88, 93
tecnologias-chave 9, 11, 17, 83, 84, 86, 88, 92, 93, 103, 129
100 Tecnologias-chave da França 86
Foresight da Grã-Bretanha 86
identificação de 84
planejamento em C&T 84
Telebrás 86, 121. Ver também CPqD
telecentro 34, 76
Telecurso 2000 38, 52
telefones de uso público (TUP) 36, 122
telemedicina 9, 91
Telessalas 2000 52
televisão 3, 32, 37, 64, 91, 129. Ver também set-top box; TV
TEN-155 104
201
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
U
UCAID 102, 140
Unesco 38
União Européia 19, 20, 27, 61, 73, 77, 107, 108, 109, 110, 113, 116, 127, 140
Uniredes 52
universalização do acesso 7, 10, 19, 33, 34, 40. Ver também Agência Cidadão; alfabetização
digital; Anatel; bibliotecas públicas; centros
comunitários; cidadania; FUST; ONG; quiosques; telecentros; Terceiro Setor
acesso comunitário 34, 37, 70
acesso público 33, 34, 41, 65, 116
cabines públicas 34
custos para o usuário 32
dispositivos de acesso 37
inclusão social 10, 45
jovens 28, 38, 39, 48, 50
mulheres 39
penetração da Internet 21, 32, 40, 116
pessoas portadoras de deficiências 39, 40
universidade 50. Ver também educação; pesquisa e desenvolvimento (P&D)
Federal de São Carlos 90
graduação 48, 49, 50, 51, 53, 55, 56
pós-graduação 48, 49, 50, 52, 53, 54, 55, 56, 92, 128
PUC-RJ 63
UFCE 102
UFMG 90, 102
UFPE 90, 91
UFRGS 53, 102, 125
UFRJ 91
UFSC 52
Unesp 90
Unicamp 53, 90, 91, 102
USP 91
Epusp 53
Uruguai 20
UUCP 133
202
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
V
vBNS 14, 84, 140
videoconferência 14, 78, 97, 98
VivaRio 38
W
WAP 89
WML 89
World Wide Web. Ver WWW
WWW 14, 32, 97
X
XML 71, 78
203
Sociedade da Informação no Brasil – Livro Verde
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