Constitucional - Anotações Das Aulas - Renato Vilela

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Prof: Dra. Roberta Fragoso Kaufmann FES!PDFT


Pro"ura#ora #o DF
I $ Intro#u%&o $ Informa%'es sobre o "urso
Direito Constitucional I at a 1 prova (Constitucionalismo e Direitos
Fundamentais);
Direito Constitucional II entre a 1 e a 2 prova (Poder constituinte e
controle de constitucionalidade)
Obs! todas as provas s"o sub#etivas e sem consulta al$uma %s provas
baseiam&se nos te'tos (ornecidos pela pro(essora
)iblio$ra(ia $eral
& Curso de Direito Constitucional * +in ,ilmar Ferreira +endes- Dr Paulo
,ustavo ,onet
II $ Const(tu"(ona)(smo
*. Const(tu"(ona)(smo !o#erno
*.*. Fruto #as Re+o)u%'es L(bera(s #o s,"u)o -.III
& O constitucionalismo sur$iu ap.s as revolu/0es liberais dos sc 12III!
3 4evolu/"o Francesa * 1567;
3 Independ8ncia das 19 col:nias norte&americanas
*./. Ins0(ra%&o 1usf()os2f("a: 3usnatura)(smo4 Ra"(ona)(smo4
I)um(n(smo4 Contratua)(smo e In#(+(#ua)(smo L(bera)
& % Constitui/"o re(le'o do conte'to ;ist.rico e pol<tico de cada poca- em
cada local do mundo
& %s revoltas e revolu/0es tin;am como est<mulo- alm do combate =s
limita/0es de liberdade e a escasse> de direitos e suporte- as ideias
(ilos.(icas ?ue iam sendo criadas e disseminadas (inspira/0es #us(ilos.(icas *
@usnaturalismo- 4acionalismo- Iluminismo etc)
1
Au)a 5* $
*67587/5**
*.8. Su0era%&o #a +e)9a fonte #e )eg(t(ma%&o #o 0o#er :#(+(no ou
tra#(%&o;
& %s Constitui/0es sur$iram para criar e di(erenciar os interesses do Astado
e dos administrados (o povo) %nti$amente as lideran/as pautavam&se num
Bpoder dado por DeusC ou na Bvontade de DeusC
*.6. Os 0r(m2r#(os #o Const(tu"(ona)(smo:
*.6.*. Organ(<a%&o #o Esta#o
& %s (un/0es do Astado na?uela poca eram apenas de $arantir a se$uran/a
do pa<s em rela/"o a $uerras e reali>ar pou?u<ssimas obras pDblicas
& % +onar?uia n"o (a>ia nada- nem o Clero e a Eobre>a %penas o povo
(camponeses e a bur$uesia) trabal;ava a pa$ava tributos Astes
sustentavam a?ueles
& Prevaleciam somente os interesses do Astado absolutista Ea li/"o de +a'
Feber- prevalecia o Astado Patrimonial- onde n"o ;avia distin/"o entre
interesse privado e pDblico- e'! nepotismo (utili>ar do aparato pDblico para
interesse particular) G utili>ar a coisa pDblica para (ins privados % oposi/"o
o Astado )urocrHtico- ?ue visa asse$urar e preservar os (ins pDblicos
A'iste- ainda- o Astado ,erencial- ?ue busca os mel;ores resultados
independente dos meios Priori>a&se o resultado (inal
*.6./. L(m(ta%&o #o Po#er Po)=t("o
& % limita/"o do poder- como pilar do constitucionalismo moderno- e'i$ia do
detentor do poder uma le$itimidade e (inalidade pDblica para a$ir
*.6.8. >arant(a #e es0a%o #e )(ber#a#e (n#(+(#ua)
& % no/"o de direitos (undamentais depende do conte'to cultural de cada
povo
*.6.6. % Constitui/"o norte&americana na sua vers"o ori$inHria era uma lei
?uase e'clusivamente or$ani>at.ria (5 arti$os)- desprovida da enuncia/"o e
da $arantia de direitos (undamentais- os ?uais- todavia- (oram inseridos na
primeira revis"o constitucional (1576)- nas primeiras de> emendas
*.6.?. % Declara/"o dos Direitos do Iomem e do Cidad"o de 1571 * %rti$o
1J! BKoda sociedade na ?ual n"o este#a asse$urada a $arantia dos direitos
nem determinada a separa/"o de poderes- n"o possui Constitui/"oC
III Const(tu(%&o :Cara"ter=st("as e Con"e0%'es;
*. I#e(a e e)ementos #a Const(tu(%&o
*.*. D(mens&o "u)tura) :.er#@ e ABber)e;
2
*./. Sent(#os +ar(a#os em +(rtu#e #e sua nature<a4 sua re"ente
9(st2r(a e suas #(+ersas a"e0%'es em +Cr(os 0a=ses
& Luando se trata de princ<pios constitucionais na verdade absoluta a
le$itima/"o das leis depende do conte'to s.cio&cultural de cada povo Mma
lei ?ue dH direitos para um determinado se$uimento num pa<s n"o
necessariamente se aplica a outro pa<s
& O modelo de Astado depende da cultura de cada povo
/. .ar(a%'es #e sent(#o ao )ongo #a 9(st2r(a
"onst(tu"(ona)
/.*. O Esta#o L(bera) e a Const(tu(%&o L(bera) A Era #as
Co#(f("a%'es
& O Astado Niberal (Astado m<nimo) o menor poss<vel- Blaissez faire laissez
passerC +aior e'emplo atual AM% O Astado n"o inter(ere ou inter(ere
apenas o m<nimo necessHrio na vida de seu povo
211 Oupera/"o do Astado %bsoluto!
Regis voluntas lex * (% vontade do 4ei lei suprema);
Quod principi placuit legis habet vigorarem * (a?uilo ?ue a$rada ao
pr<ncipe tem (or/a de lei);
The king can do no wrong * (o 4ei n"o comete erros)
212 Fruto das 4evolu/0es Niberais
219 I$ualdade e liberdade na concep/"o (ormal
21P Direitos Fundamentais de 1 $era/"o
21Q Keoria Formal da Constitui/"o
21J Fun/"o da Constitui/"o! or$ani>ar o Astado e espel;ar as rela/0es de
poder e'istentes (Ferdinand Nassale- Ians Relsen- ,eor$ @ellineS)
/./. O Esta#o So"(a) e a Const(tu(%&o So"(a) A Era #a
Const(tu"(ona)(<a%&o
221 %ltera/"o do paradi$ma social
& Eo aspecto Btaman;oC do Astado- o Astado Oocial se apro'ima do Astado
%bsolutista Contudo- di(erente deste- em ?ue prevalece a vontade do rei
Ea?uele o ob#etivo a preval8ncia do interesse pDblico
9
Esta#
o
L(bera
)
Esta#
o
So"(a)
Astado
Astado
Indiv<du
o
Indiv<du
o
& Avolu/"o Astatal (nessa ordem)!
%)OONMKIOK% NI)A4%N OOCI%N
& A'istem Astados Oociais e Niberais de sucesso e de (racassos
222 4evolu/"o Industrial
229 %ltera/0es das rela/0es sociais- trabal;istas- comerciais
22P Avid8ncias de desi$ualdades
& O Astado Oocial a$e para minimi>ar as desi$ualdades sociais
22Q Constitui/"o de Feimar (1717) e Constitui/"o do +'ico (1715)
22J Direitos Fundamentais de 2 $era/"o
& Eo Astado Oocial come/aram a sur$ir os direitos de i$ualdade (direitos
(undamentais de 2 $era/"o- pois os direitos (undamentais de 1 $era/"o
eram os de liberdade * Astado Niberal) Constitui/"o alem" de Feimar
(1717)
225 Constru/"o das bases da Keoria +aterial da Constitui/"o
226 Fun/"o da Constitui/"o! or$ani>ar o Astado- re$ular as rela/0es de
poder e elaborar pro$ramas (sentido propositivo)
/.8. O Esta#o Demo"rCt("o #e D(re(to
291 4ecuo do sentido intervencionista do Astado
& O )rasil- atualmente- encontra&se entre a interven/"o m<nima do Astado e
o Astado Oocial O $rande desa(io c;e$ar a um e?uil<brio entre a
interven/"o do Astado e o ?ue interesse pDblico O interesse pDblico n"o
pode le$itimar ?ual?uer conduta intervencionista e'a$erada
292 A?uil<brio entre a concep/"o paternalista e o princ<pio democrHtico
299 Desta?ue da dimens"o valorativo&a'iol.$ica da Constitui/"o
29P ,arantia dos direitos (undamentais di(usos
8. .ar(a%'es #e Sent(#o em re)a%&o D Con"e0%&o
3usf()os2f("a
P
8.*. Con"e0%&o So"(o)2g("a :Fer#(nan# Lassa)e $ a)em&o;
& Keve como principal ideali>ador Ferdinand Nassale Para ele a Constitui/"o
um re(le'o da?uilo ?ue a sociedade ?uer e (a> Do contrHrio- serH uma
mera fo)9a #e 0a0e) sem valor O ?ue interessa s"o os fatores rea(s #e
0o#er A ?uem detm esse poder o se$uimento dominante
& % Oociolo$ia a ci8ncia do OA4 (um soci.lo$o descreve a realidade)
& O Direito a ci8ncia do DA2A4 OA4 (;H uma indu/"o- uma prescri/"o de
al$uma coisa a ser (eita ou recon;ecida) O Direito (unciona sob uma
amea/a de san/"o a (im de alterar a realidade- modi(icando a conduta
;umana Oe o Direito n"o se prestar a isso ele n"o serve- n"o tem utilidade
Da< a teoria de Nassale n"o ser vista por muitos como a mais completa e
ade?uada Pois sua concep/"o redu> o direito = Oociolo$ia- ou se#a- apenas
ao OA4
Ferdinand Nassale e Ronrad Iesse s"o autores clHssicos
e suas teorias caem em todos os concursos
8./. Con"e0%&o Normat(+a :Konra# Aesse; N&o$re"e0%&o #e
normas "ontrCr(as e Es"u#o Const(tu"(ona)
& Kransmite a vis"o de ?ue o Direito deve in(luenciar a sociedade na medida
em ?ue tende a inter(erir em sua conduta- mudando seu comportamento-
sob pena de se aplicar certas san/0es
& De(ende a (or/a normativa da lei- sobretudo da Constitui/"o
& Oustenta ?ue a (or/a normativa constitucional opera como um (iltro- na
medida em ?ue n"o recepciona vHrias normas anteriores contrHrias
& Para Iesse n"o ;H norma ?ue se#a mera (ol;a de papel
I. $ C)ass(f("a%&o #as Const(tu(%'es
*. Con"e(tos #e Const(tu(%&o
*.*. Con"e(to Forma)
T Ori$em Constituinte (enunciadas de um Poder Constituinte);
T 4i$ide> ou Oupremacia Formal (Iierar?uia Eormativa);
T Fun/"o Eormativa Ori$inHria ((un/"o irradiadora para outras
normas)
& E"o se preocupa com o conteDdo- basta ?ue a previs"o este#a no te'to
constitucional
Q
Au)a 5/ $
*E7587/5**
Dica
(pes?uisar mel;or este t.pico)
U
*./. Con"e(to mater(a) #e Const(tu(%&o.
& Di> ?ue certas normas- apesar de estarem no te'to constitucional- n"o
teriam cun;o material Oeria norma material na?uilo ?ue tratar de!
. Or$ani>a/"o do Astado;
. Compet8ncias;
. Direitos e $arantias (undamentais
(pes?uisar mel;or este t.pico)
/. Fuanto D r(g(#e<
/.*.Const(tu(%&o f)eG=+e)
(pes?uisar mel;or este t.pico)
/./. Const(tu(%&o r=g(#a
(pes?uisar mel;or este t.pico)
/.8. Const(tu(%&o sem($r=g(#a Art(go *EH #a Const(tu(%&o Im0er(a)
#e *H/6
& Para as normas materialmente constitucionais o processo de altera/"o era
mais di(<cil Para as normas (ormalmente constitucionais a altera/"o se
processava como de lei ordinHria
(pes?uisar mel;or este t.pico)
/.6. Const(tu(%&o u)tra$r=g(#a
& Oeria o caso das clHusulas ptreas- normas essas ?ue n"o poderiam ser
emendadas
(pes?uisar mel;or este t.pico)
8. Fuanto D eGtens&o
8.*. Const(tu(%&o s(nt,t("a
(pes?uisar este t.pico)
8./. Const(tu(%&o ana)=t("a
(pes?uisar este t.pico)
6. Fuanto D or(gem
6.*. Const(tu(%&o 0romu)ga#a
(pes?uisar este t.pico)
J
6./. Const(tu(%&o outorga#a
(pes?uisar este t.pico)
?. C)ass(f("a%&o Onto)2g("a #e Const(tu(%&o
?.*. Im0ortIn"(a e #(feren%a #a ")ass(f("a%&o #e LoeJenste(n
& G a classi(ica/"o mais importante
& Importante por?ue analisa a Constitui/"o sob sua e(icHcia na sociedade
Am outras palavras- analisa se o te'to constitucional ou n"o cumprido
(pes?uisar mel;or este t.pico)
?./. Const(tu(%&o Normat(+a
& %?uela ?ue encontra correspond8ncia na sociedade A'emplo! Btodos s"o
i$uais perante a leiC e- ao analisar a sociedade- veri(ica&se ?ue- de (ato-
todos s"o tratados com i$ualdade perante a lei %?ui e'iste um
cumprimento ?uase per(eito da Constitui/"o A' Constitui/"o alem"
(pes?uisar este t.pico)
?.8. Const(tu(%&o Nom(na)
& Ocorre ?uando a Constitui/"o promete mais do ?ue e(etivamente pode
cumprir A' % e'pectativa ?ue o salHrio m<nimo deve atender (art 5V- I2- CF
* praticamente uma utopia)
Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que
visem melhoria de sua condio social:
(...)
! " sal#rio m$nimo , %i&ado em lei, nacionalmente uni%icado, ca'a( de
atender a suas necessidades vitais b#sicas e s de sua %am$lia com moradia,
alimentao, educao, sa)de, la(er, vestu#rio, hi*iene, trans'orte e
'revid+ncia social, com rea,ustes 'eri-dicos que lhe 'reservem o 'oder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculao 'ara qualquer %im. (...)
(pes?uisar este t.pico)
?.6. Const(tu(%&o SemInt("a
& Krata&se de Constitui/"o de B(ac;adaC E"o estH preocupada em ser
cumprida ou n"o Pretende apenas passar uma ima$em de le$itimidade a
um titular ?ue na verdade um ditador (ou absolutista) E"o interessa o
te'to constitucional- mas apenas a vontade do c;e(e de Astado G uma
mentira- eis ?ue n"o interessa o cumprimento da norma e- ainda- por?ue
n"o limita o poder do c;e(e de Astado O. ocorre em Astados totalitHrios ou
ditatoriais
(pes?uisar este t.pico)
5
. $ Ka)an%o >era): A Const(tu(%&o #e *LHH
*. Const(tu(%&o #e *LHH
/. O 0rob)ema #a Const(tu"(ona)(<a%&o e #a )eg(s)a%&o
s(mb2)("a
Ke'tos de +arcelo Eeves
& Mm dos autores mais conceituados e respeitados no mundo
& %tualmente consel;eiro no CE@
& Obra recomendada! A Constitucionalizao Simblica
S(mbo)(smo no D(re(to Kras()e(ro
a) AUTOPOIESE (BautoC W pr.prio X BpoieseC W cria/"o)
& Oi$ni(ica ?ue o processo de cria/"o vem de si mesmo
& %dotado por pa<ses de modernidade central
b) ALOPOIESE (BaloC W outro X BpoieseC W cria/"o)
& Oi$ni(ica ?ue o processo de cria/"o vem ou in(luenciado por outro
subsistema
& %dotado por pa<ses de modernidade peri(rica
& N(M)as Lu9mann (soci.lo$o alem"o) * trou'e a classi(ica/"o descrita
acima da )iolo$ia para as Ci8ncias Oociais %depto de uma teoria
particularmente pr.pria do pensamento sist8mico- teori>ou a sociedade
como um sistema autopoitico 2eri(icou ?ue cada subsistema (direito-
reli$i"o- sociolo$ia etc) dotado de um c.di$o binHrio- observando o ?ue
relevante para sua conduta- no caso do Direito- se a conduta l<cita ou
il<cita Considerando ?ue o Direito n"o leva em conta a +oral- pois para ele
irrelevante
& A'emplo desse tipo de rela/"o binHria!
Para o poder- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter poder;
Para a reli$i"o- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter (;
Para a (am<lia- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter amor;
Para a economia- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter din;eiro;
AUTOPOIESE
6
r=g(#a4 0romu)ga#a4 es"r(ta4
ana)=t("a4 nom(na)
Cai na
Prova !
& Ocorre ?uando determinado sistema (ou subsistema)- apesar de so(rer
in(lu8ncias e'ternas- tal condicionamento n"o serH determinante para o
Direito (subsistema) O c.di$o binHrio de um outro subsistema ) n"o serH
decisivo para reprodu/"o desse subsistema % A'emplo! ?uando um #ui>
condiciona o #ul$amento de caso ao (ato de o ru ter ou n"o ter poder
Eesse caso o Direito so(re in(lu8ncia e'terna- no caso- se demonstrando
alopoitico
& O processo le$islativo- em re$ra- autopoitico
ALOPOIESE
& Ocorre alopoiese ?uando a in(lu8ncia e'terna destrutiva-
comprometendo a cria/"o ou reprodu/"o do direito A'! mensal"o-
mensalin;o alopoiese
& % vis"o da alopoiese destrutiva- e n"o de compreens"o
& % alopoiese estH sempre li$ada a al$um tipo de corrup/"o e(etiva
(din;eiro- trH(ico de in(lu8ncia etc)
Obs! as convic/0es internas acerca de um subsistema n"o $eram alopoiese
?uando inter(erem no Direito A'! pela sua convic/"o de ( determinado
+inistro do OKF n"o aprova o aborto de anenc(alo
% contribui/"o de +arcelo Eeves entra na alopoiese- no ?ue tan$e ao
cumprimento das normas- sob o ponto de vista da!
4ela/"o de sub(ntegra%&o * Ocorre ?uando al$umas pessoas s.
t8m deveres e- na prHtica- n"o t8m direitos (por aus8ncia ou
omiss"o do Astado) Oeriam os sub&cidad"os
ou
4ela/"o de sobre(ntegra%&o * Ocorre ?uando al$umas pessoas
est"o acima dos direitos- n"o sendo obri$adas a cumprir seus
deveres e tendo o Astado bem presente para l;es conceder direitos
O"o os privil$ios e prerro$ativas O"os os sobre&cidad"os
& +arcelo Eeves- ent"o- come/ou a veri(icar o problema do direito
alopoitico- bem como a ?uest"o do simbolismo a ele relacionado
Obs! Oimbolismo nas leis ocorre em ?ual?uer lu$ar do mundo E"o tem-
necessariamente- rela/"o com direito alopoitico ou autopoitico
& Para Eeves- nos pa<ses de modernidade central o direito alopoitico pode
at e'istir- mas n"o t"o pernicioso como nos pa<ses de modernidade
peri(rica
& O s(mbo)(smo estH na inten/"o ?uando da cria/"o de leis acerca das
?uais n"o se importa ?ue se#am cumpridas G claro ?ue- eventualmente-
uma lei simb.lica pode ser cumprida Am outras palavras- ocorre
simbolismo em uma lei ?uando ela elaborada apenas com uma motiva/"o
de apar8ncia- para passar uma ima$em boa- por e'emplo- de democracia
& Da< a cr<tica e a preocupa/"o de Eeves- pois entende ?ue as normas
simb.licas (avorecem a alopoiese- na medida em ?ue o e(etivo
cumprimento das re$ras nelas previstas pode vir a ser pre#udicado-
mediante a in(lu8ncia destrutiva de outros subsistemas ?ue n"o o #ur<dico
(alopoiese)
7
Considera/0es $erais!
& Eem sempre uma Constitui/"o simb.lica nominalista
& % rela/"o simb.lica n"o necessariamente tem rela/"o com o
descumprimento das re$ras de uma lei
& Eem sempre o simbolismo perverso
& O simbolismo pernicioso ?uando a preocupa/"o principal do le$islador-
?uando da edi/"o da norma- dei'a de ser ao cumprimento da lei
& % (un/"o simb.lica perniciosa desmorali>a o Direito
& Eem sempre o simbolismo ine(ica>
& A'emplos de simbolismo!
a) PAC para asse$urar a (elicidade
b) BDemiss"oC do $erDndio
/0ecreto n 12.345, de 12 de setembro de 1667.
0emite o *er)ndio do 0istrito 7ederal, e d# outras 'rovid+ncias.
8 *overnador do 0istrito 7ederal, no uso das atribui9es que lhe con%ere o
arti*o 466, incisos ! e ::!, da ;ei 8r*<nica do 0istrito 7ederal,
0=>?=@A:
Art. 4A " 7ica demitido o Ber)ndio de todos os -r*os do Boverno do
0istrito 7ederal.
Art. 1A " 7ica 'roibido a 'artir desta data o uso do *er)ndio 'ara descul'a de
C=7>DC>A.
Art. 3A " =ste 0ecreto entra em vi*or na data de sua 'ublicao.
Art. 5 " ?evo*am"se as dis'osi9es em contr#rio.
Eras$lia, 12 de setembro de 1667.
44F da ?e')blica e 52 de Eras$lia
G8SH ?8E=?@8 A??I0A/
c) Decreto nV J11 de 22X11X2UU5 (art 1 V)
0J?8 87>A; C. 346K3 de 13L44L1667
BAEC=@= 0A B8!=?CA08?A
0 = > ? = @ 8 CA M44, 0= 11 0= C8!=NE?8 0= 1667.
=stabelece 'rocedimentos 'ara a cust-dia de mulheres e adolescentes nas
de'end+ncias das unidades da Ool$cia >ivil do =stado do Oar# e d# outras
'rovid+ncias.
1U
A B8!=?CA08?A 08 =S@A08 08 OA?J, usando das atribui9es que
lhe so con%eridas 'elo art. 43K, inciso !, da >onstituio =stadual, e
>onsiderando, o bai&o n$vel de investimento em se*urana ')blica e no
sistema 'enitenci#rio do =stado nos )ltimos anos. >onsiderando, que a
ine&ist+ncia de uma 'ol$tica de se*urana ')blica e%iciente, le*ou ao =stado
uma situao de *rave desa'arelhamento tanto 'ara o combate viol+ncia
quanto 'ara o cum'rimento das normas 'revistas no =statuto da >riana e do
Adolescentes e na ;ei de =&ecu9es Oenais, que 'rev+m condi9es
es'ec$%icas 'ara a cust-dia de adolescentes e mulheres. >onsiderando, que a
situao de descalabro administrativo que 'erdurava at recentemente na
#rea da se*urana ')blica %e( com que a'enas dois munic$'ios, dos cento e
quarenta e tr+s e&istentes no estado, 'ossuam instala9es 'ara salva*uardar
adequadamente em dele*acias de 'ol$cia a inte*ridade %$sica e di*nidade de
adolescentes e mulheres in%ratores.
>onsiderando, ser ')blico e not-rio as recentes ocorr+ncias de violao de
direitos humanos em dele*acias do =stado, que indi*nam o Ooder =&ecutivo
e a sociedade em *eral,

? = S 8 ; ! =:
Art. 4 A cust-dia de mulheres in%ratoras bem como de adolescentes
a'reendidos nas de'end+ncias das Seccionais Irbanas, Su'erintend+ncias e
0ele*acias de Ool$cia da ca'ital e do interior do =stado do Oar# %ica
condicionada a e&ist+ncia de instala9es que res'eitem as normas do
=statuto da >riana e do Adolescente e *arantam o res'eito di*nidade e
inte*ridade %$sica das mulheres, nos termos da ;ei 7ederal n 7.146, de 4F25
(;=O).
Art. 1 A autoridade 'olicial ao 'roceder a lavratura de auto de 'riso em
%la*rante delito contra mulher in%ratora, ao seu trmino dever#
imediatamente comunicar o %ato delituoso ao ,ui( com'etente, bem como
'rovidenciar em se*uida a conduo e entre*a da citada in%ratora ao -r*o
com'etente do Sistema Oenal do =stado, requerendo inclusive ao Ooder
Gudici#rio, sua trans%er+ncia outra comarca quando ine&istir no local do
%la*rante, de'end+ncias es'ec$%icas 'ara sua deteno nos termos 'revistos
no art. 21, P 4 da ;ei n 7.146, de 44 de ,ulho de 4F25.
Art. 3 Quando 'ela *ravidade do ato in%racional e sua re'ercusso social,
deva o adolescente in%rator 'ermanecer sob internao 'ara *arantia de sua
se*urana 'essoal ou manuteno da ordem ')blica, cu,o ato in%racional %or
lavrado nas unidades da Ool$cia no interior do =stado, a autoridade 'olicial
comunicar# imediatamente ao re'resentante do Ninistrio O)blico a sua
a'reenso.
Pargrafo nico. Cas localidades onde houver %alta de unidade 'olicial
es'eciali(ada, o adolescente a*uardar# a a'resentao em de'end+ncia
se'arada das destinadas as maiores de idade, no 'odendo em qualquer
hi'-tese e&ceder o 'ra(o de 15 horas, na con%ormidade do P 1 do art. 47K,
da ;ei n 2.6MF, de 43 de ,ulho 4FF6.
11
Art. 5 =m qualquer caso no 'ossuindo aLo in%rator(a) advo*ado constitu$do
'ara sua de%esa, dever# ser imediatamente comunicada a 0e%ensoria O)blica
acerca da 'riso.
Art. K 8 no cum'rimento das 'rovid+ncias acima estabelecidas su,eita a
autoridade 'olicial ou seus a*entes a medidas disci'linares e 'enais cab$veis.
Art. M 8 'resente 0ecreto entra em vi*or na data de sua 'ublicao.
OA;J>8 08 B8!=?C8, 11 de novembro de 1667.
ACA GR;A >A?=OA
Bovernadora do =stado
& Oimbolismo identi(icado no caso sobredito! ?ue (oi editado o art 1V desse
decreto como se #H n"o ;ouvesse lei disciplinando o tema- no caso- a Nei de
A'ecu/0es Penais (Nei nV 521UX6P)
& Mm dos problemas do simbolismo- por ve>es- por?ue n"o en(renta o
problema de uma ve> por todas- mas (ica apenas Bma?uiandoC uma
Bsolu/"oC ?ue n"o resolve e(etivamente- mas apenas passa uma ima$em
para a popula/"o de ?ue se BestH (a>endo al$oC
.I $ Inter0reta%&o Const(tu"(ona)
*. Cara"ter=st("as #a Inter0reta%&o 3ur=#("a
*.*. At(+(#a#e sem0re (n"om0)eta e (n#ef(n(#aN
& % interpreta/"o n"o uma conduta matemHtica (e'ata)
*./. Nature<a aG(o)2g("a #o ato (nter0retat(+oN
& Da leitura de um mesmo te'to por mais de uma pessoa podem advir
interpreta/0es di(erentes- pois a interpreta/"o ocorre de uma atividade
cultural e valorativa (e n"o e'ata)
*.8. Crculo Hermenutico de Hans Gadamer :Teor(a #o C=r"u)o
AermenOut("o;
& Con(us"o entre ob#eto- mtodo e su#eito (o su#eito re(lete no ob#eto as suas
pr&compreens0es)
& Oustenta ?ue ?ual?uer processo interpretativo deve levar em conta os
ob#etos- su#eitos e valores envolvidos na anHlise
12
& ,adamer disse! G imposs<vel pe$ar um ob#eto cultural (te'to- mDsica etc) e
separH&lo do su#eito ?ue irH interpretH&lo com base em suas pr&
compreens0es
& Ou se#a- ?ual?uer ob#eto cultural ?ue precisa ser valorado terH-
necessariamente- uma interpreta/"o di(erente por parte dos intrpretes
& O valor pressuposto ao sentido da interpreta/"o
& % neutralidade (imparcialidade) total imposs<vel- mesmo para os #u<>es-
pois todas as pessoas tra>em para essa interpreta/"o seus valores-
e'peri8ncias de vida- (ormas de ver a vida etc
& %s pr&compreens0es s"o relevantes na interpreta/"o- pois a in(luenciam
& A no Direito Constitucional as pr&compreens0es t8m ainda maior valor-
pois o Direito essencialmente cultural

*.6. Formato "(r"u)ar ou es0(ra) #o ato (nter0retat(+oN
(pes?uisar este t.pico)
*.?. Nature<a 9(st2r("o$"on"reta #o ato (nter0retat(+o.
(pes?uisar este t.pico)
/. Con"e(to #e Norma: D(+(s&o entre Regras e Pr(n"=0(os
& 4e$ras
P Eormas
& Princ<pios
& % interpreta/"o com base em princ<pios bastante peculiar Princ<pios s"o
normas abertas
RE>RA! G uma espcie de norma em ?ue n"o ;H espa/o $rande para
elocubra/0es A' Pra>o para interpor 4A 1Q dias e pronto
8. AusOn"(a #e Pr(n"=0(os
& Eecessidade de uma disciplina normativa e'austiva e completa
& Mm bom ordenamento #ur<dico n"o pode ser composto somente de
princ<pios ou somente de re$ras- pois- no caso da aus8ncia de re$ras- o
le$islador n"o conse$uiria prever todas as situa/0es Por outro- lado- um
ordenamento composto sem re$ras traria inse$uran/a #ur<dica
& O intrprete deve avaliar a norma (especialmente os princ<pios) de acordo
com os valores s.cio&culturais de seu conte'to de conv<vio
& Os valores do intrprete e da sociedade ?ue v"o condicionar a
capacidade normativa dos princ<pios
19
Au)a 58 $
//7587/5**
6. AusOn"(a #e Regras
& Inse$uran/a @ur<dica
& E"o ;avendo re$ra prevendo determinada situa/"o- a mesma poderia ser
#ul$ada mediante princ<pios- at por?ue vi$ora no ordenamento #ur<dico o
princ<pio do BEon Ni?uidC- pelo ?ual o #ui> deve promover uma solu/"o para
o caso com base no ordenamento #ur<dico
& Da< a importYncia de ;aver tanto re$ras- como princ<pios no ordenamento
#ur<dico
?. A (m0ortIn"(a #e se estu#ar a #(feren%a entre regras e
0r(n"=0(os
& Os princ<pios concedem autonomia cient<(ica e metodol.$ica aos diversos
ramos #ur<dicos- possibilitando a sua cate$ori>a/"o em es(eras distintas de
con;ecimento- de modo ?ue cada 4amo do Direito possui princ<pios ?ue l;e
s"o peculiares (A'emplos de Princ<pios de Direito Constitucional- de Direito
%dministrativo- de Direito Penal)
& Obri$a&nos a pensar o Direito n"o de (orma matemHtica- mas levando em
considera/"o elementos a'iol.$icos e culturais de cada sociedade- na
medida em ?ue analisamos as ?uest0es na dimens"o dos valores Asta a
principal caracter<stica dos princ<pios- pois caberH ao intrprete preenc;er o
$rau de normati>a/"o do princ<pio Oem isso o princ<pio se torna va>io
& Os princ<pios s"o mandamentos nucleares do sistema #ur<dico- verdadeiros
pedestais nos ?uais se assentam todas as demais normas % (un/"o
normo$entica n"o abran$e apenas a cria/"o de outras re$ras- mas
(undamentam tambm sub&princ<pios (Astado de Direito (limita/"o do
poder; triparti/"o dos poderes etc) * 4esponsabili>a/"o; Oupremacia do
Interesse PDblico * Impessoalidade)
& Os princ<pios tambm (undamentam as muta/0es #ur<dicas A'! o conceito
de Nivre Iniciativa * Petr.leo e Correios
& Os princ<pios s"o a e'press"o mais alta de normatividade ?ue (undamenta
a or$ani>a/"o do Poder
!uta%&o #e 0r(n"=0(os! Ocorre muta/"o de princ<pios- pois a sociedade
estH em constante mudan/a- e os princ<pios e normas constitucionais
acabam por re(letir as muta/0es sociais
!uta%&o 3ur=#("a! ocorre ?uando se estiver diante de uma altera/"o de
sentido ?ue dada a uma norma- sem ?ue ;a#a altera/"o e'pressa do te'to
da norma Isto tambm se aplica = CF muta/"o constitucional
A'! %rt Q2- 1- CF
Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal:
(...)
: " sus'ender a e&ecuo, no todo ou em 'arte, de lei declarada
inconstitucional 'or deciso de%initiva do Su'remo @ribunal 7ederal.
(...)
1P
Porm- o Oenado n"o cumpre o disposto- simplesmente o i$nora Diante
disso- o OKF (mais precisamente o +in ,ilmar +endes) disciplinou o tema
(interpreta/"o) di>endo ?ue norma en?uadrada nos casos previstos no
arti$o sobredito serH retirada do ordenamento #ur<dico em se$uida = decis"o
do OKF- e ao Oenado caberH apenas mandar publicar a suspens"o (pois ao
Oenado cabe reali>ar al$uma coisa nessa opera/"o- a (im de n"o tornar
totalmente va>io o dispositivo constitucional em comento)
Am provas- citar autores relacionados ao tema-
#urisprud8ncia- direito comparado etc
Casos emb)emCt("os no D(re(to Const(tu"(ona) mo#erno o"(#enta)!
& 2isam e'empli(icar a $rande capacidade dos princ<pios de levar = muta/"o
das normas
& Citam&se- a se$uir- dois e'emplos de casos emblemHticos (relacionados
entre os 1U tops) da Corte Ouprema norte&americana- ?ue interpretam de
(orma di(erente o mesmo princ<pio da i$ualdade ?ue vi$ora nos AM%!
a; Caso PlessZ vs Fer$uson (167J)
& % ?uest"o racial sempre (oi muito (orte no seio da sociedade norte&
americana Kanto ?ue nesse pa<s ;aviam separa/0es de direitos em ra>"o
da cor (restaurantes- ;ospitais- cemitrios etc- tanto para brancos- ?uanto
para ne$ros)
O critrio para distin$uir se o cidad"o ne$ro ou branco era con;ecido
como Buma $ota de san$ueC- ou se#a- se na ascend8ncia do cidad"o ;ouver
al$um ne$ro (ou moreno etc) a pessoa serH considerada ne$ra Eos AM%- a
classi(ica/"o de ra/a (cor) mani?ue<sta- ou se#a- s. ;H duas possibilidades!
branco ou preto %t ;o#e assim nos AM%
Obs! Eo )rasil nunca ;ouve distin/"o de direitos- muitos menos com base
em normas- tendo como (undamento critrios racistas (ou baseado na cor
da pele) Eo )rasil nunca ;ouve um critrio ob#etivo para de(inir ra/a ou cor
& PlessZ ?ueria pe$ar um transporte mas (oi barrado em ra>"o de sua cor
(moreno claro * mais pr.'imo do branco- mas (oi considerado ne$ro) Ale
pensava ?ue n"o ;avia essa distin/"o em rela/"o = livre circula/"o pelas
ruas- inclusive em por meio de transportes Am ra>"o desse
constran$imento ele resolveu in$ressar na @usti/a- com (undamento na
emenda 1I2 da Constitui/"o norte&americana- pela ?ual Btodos s"o i$uais
perante a leiC %o #ul$ar esse caso- a Ouprema Corte norte&americana
c;e$ou = important<ssima (para o conte'to social da poca) teoria Bi$uais-
mas separadosC (e?ual- but separated) % Corte decidiu ?ue Bs"o i$uais-
porm deveriam estar separadas em seus respectivos $uetosC
b; Caso )ro[n vs )oard o( Aducation (17QP)
& 2em contestar e por (im = teoria Bi$uais- mas separadosC no Ymbito da
educa/"o- somente- pois a Corte Ouprema entendia ?ue tal medida drHstica
seria inviHvel se aplicada de uma s. ve> a todos os se$mentos sociais- o
?ue poderia ocasionar at mesmo $uerras civis- eis ?ue o .dio racial
na?uela poca era latente Kal decis"o da Corte de acabar com a
se$re$a/"o no se$mento social da educa/"o- e'ternando sua mudan/a de
1Q
Dica
posicionamento- (undamentou&se no v<deo enviado pela Pro(essora (assistir
o v<deo) Asse caso demorou ?uin>e anos para ser e'ecutado
Os dois casos mencionados s"o e'emplos de muta/"o constitucional-
pois- partindo de um mesmo princ<pio da i$ualdade- ;ouve interpreta/"o
di(erenciada pela Corte Ouprema
& Depois- paulatinamente- o princ<pio Bi$uais- mas separadosC (oi sendo
retirado dos demais se$mentos sociais
& % colis"o de re$ras (obs! sempre cai em concurso) se resolve na dimens"o
validade
& Luando se estH diante de uma re$ra- se estH diante do Btudo ou nadaC
& +aiores autores sobre a postura universalistas dos princ<pios !
. 4onald D[orSin$ (norte&americano)
. 4obert %le'Z (alem"o) * +anual de Direito Constitucional (leitura
obri$at.ria)
. Paulo )onavides * no )rasil
& BKudo ou nadaC ?uer di>er ?ue n"o ;H muito espa/o para elocubra/"o
Ou se cumpre ou se descumpre a norma O $rau de abstra/"o menor
& Critrios de resolu/"o de antinomia!
P Co)(s&o A0arente! ocorre ?uando poss<vel encontrar um critrio le$al
dentro do Direito para resolver o con(lito A'! o critrio de ;ierar?uia entre
a CF e lei ordinHria Outros critrios! especialidade- data de vi$8ncia etc
P Co)(s&o rea)! ocorre ?uando n"o se conse$ue encontrar um critrio le$al
ou de(inido no ordenamento #ur<dico para resolver o con(lito Assa situa/"o
rara A'! %DPF (ar$\i/"o de descumprimento de preceito (undamental) 191
(depois convertida em %DIE)
Obs! E"o ;H ;ierar?uia entre lei complementar e lei ordinHria- nem pela
importYncia da matria tratada O critrio escol;ido (oi o maior ou menor
consenso sobre a matria
& maior consenso Nei ordinHria (NO);
& menor consenso Nei complementar (NC) * a (im de ?ue possa
;aver mais discuss"o sobre o assunto
& % norma in(erior precisa encontrar (undamento em norma superior para
ser vHlida A'! o (undamento de validade de uma NO a CF
1J
C
F
Nei
s
Decreto
s
e outros
& D[orSin$ di> ?ue a colis"o de re$ras se resolve no plano da validade
Obs! O OKF #H decidiu ?ue uma NO pode alterar NC- somente nas matrias
?ue n"o necessitariam ser tratadas por NC
& Ilustra/"o! Mma lei ) revo$a uma lei % Mma determinada lei % ;avia sido
re$ulamentada por um decreto % Depois- veio uma lei ) e revo$ou a lei %
O ?ue acontecerH com o decreto %]
& Neis anteriores = CF ser"o recepcionadas ou n"o con(orme (orem
compat<veis ou n"o com a CF- ou se#a- com o seu (undamento de validade
& De semel;ante modo- o decreto ?ue re$ula a lei % permanecerH vHlido se
encontrar (undamento de validade (se (or compat<vel) com a lei )-
revo$adora da lei %
& Os princ<pios s"o considerados o pedestal (normas mais importantes) do
ordenamento #ur<dico Contudo- nem sempre (oi assim- como na poca do
#usnaturalismo e do positivismo (os princ<pios eram meras vHlvulas de
escape- ante a aus8ncia de re$ras)- e'! NICC (princ<pios $erais do direito)
& Eeoconstitucionalismo (atualmente) * principais nomes no )rasil!
. Nui> 4oberto )arroso;
. %na Paula de )arcelos
. Daniel Oarmento
& Antendem ?ue a Constitui/"o o centro do ordenamento #ur<dico-
de modo ?ue as leis devem encontrar (undamento de validade na
CF A'! ,ilmar +endes (4A 175715 * o caso dos vereadores de +ira
Astrela)
Q. D(st(n%&o entre regras e 0r(n"=0(os :>ENERALIDADE4
FUALIDADE4 FOR!A DE RESOLURSO DE CONFLITOS;
Q.*. Regras
Q.*.*. !a(or 0re"(s&o #e sent(#oN
Q.*./. A0)("a$se a regra #o Ttu#o ou na#aU4 #(mens&o #e +a)(#a#e
:DJorM(ng;N
Q.*.8. >rau #e abstra%&o menorN
Q.*.6. Im0ortIn"(a re)at(+(<a#a no or#enamento 1ur=#("oN
15
Q.*.?. S&o +(n"u)a#os aos 0r(n"=0(osN
Q.*.Q. D(mens&o forma) #a un(#a#e #o s(stemaN
Q.*.E. Im0erat(+os "ateg2r("os fe"9a#osN
Q.*.H. A0)("am$se as regras #e afastamento #e "ontra#(%'es ou
(n"om0at(b()(#a#es :so)u%&o )2g("a 0ara regras ant(nVm("as ou
eG")u#entes;N
Q.*.H.*. A norma ma(s es0e"=f("a afasta a norma ma(s gera)
:es0e"(a)(#a#e;N
Q.*.H./. a norma ma(s re"ente afasta a norma ma(s ant(ga
:"rono)2g("o;N
Q.*.H.8. a norma su0er(or afasta a norma (nfer(or :9(erCrWu("o;N
Q./. Pr(n"=0(os
& Diante de um princ<pio a atua/"o do intrprete serH (undamental- pois s.
ele poderH (a>er a leitura correta (de(inir) a aplica/"o e(ica>- pois a ideia de
cada princ<pio isolada n"o produ> e(eitos satis(at.rios %lm disso- ao aplicar
um princ<pio- o intrprete o (arH com pr&compreens0es (,adamer) tra>idos
por sua e'peri8ncia de vida
Q./.*. Fases:
T @usnaturalista :D(mens&o ,t("o$+a)orat(+a D(re(to Natura) -
D(re(to Pos(t(+o;
& Assa (ase representa pouco interesse para o Positivismo
T Positivista :.C)+u)a #e Seguran%a;
& Oustenta ?ue os princ<pios seriam uma vHlvula de escape- pois s.
seriam empre$ados se n"o ;ouvesse lei para resolver
T P.s&positivista :Pe#esta) normat(+o sobre o Wua) se assenta
to#o o e#(f="(o 1ur=#("o o Neo"onst(tu"(ona)(smo;
& Antende os princ<pios como superiores = norma Kodas as normas
devem ser estudadas = lu> da Constitui/"o Federal O direito
constitucional estH no centro do ordenamento #ur<dico e se irradia para
todos os ramos Os princ<pios do direito constitucional ir"o nortear a
16
Au)a 56 $
5Q7567/5**
interpreta/"o e a aplica/"o das leis Importante do
Eeoconstitucionalismo no )rasil! Nu<s 4oberto )arroso
Q././. As Co)(s'es se reso)+em na #(mens&o #os +a)ores
& %s colis0es entre princ<pios ser"o aparentes- pois comum ;aver c;o?ues
% suposta colis"o se resolverH mediante a pondera/"o entre eles- para
de(inir ?ual deles irH prevalecer- con(orme o caso concreto
& %prioristicamente imposs<vel di>er ?ual o princ<pio irH prevalecer- de
modo ?ue n"o si$ni(ica ?ue um princ<pio serH mais importante do ?ue o
outro Kudo dependerH do caso concreto
%s colis0es entre princ<pios se resolvem no plano dos valores
& Os princ<pios se reali>ar"o na medida do poss<vel
& E"o ;H ;ierar?uia entre princ<pios
Q./.8. !enor 0re"(s&o #e sent(#o4 0o(s a"umu)am ma(or #ens(#a#e
semInt("a :"on"e(tos e (#e(as +agas e (n#eterm(na#as;
Q./.6. Pa0e) fun#amenta) no or#enamento 1ur=#("o
Q./.?. >rau #e abstra%&o ma(or
Q./.Q. Fun#amentam a e)abora%&o #as regras :Fun%&o
Normogen,t("a;
Q./.E. A0)("a$se a "on"or#In"(a 0rCt("a4 ou a 0on#era%&o #e +a)ores
ou a(n#a a 0ro0or"(ona)(#a#e :"on+(+On"(a e "on"()(a%&o;
Q./.H. N&o o"orrOn"(a #e "o)(s'es rea(s ou (n"om0at(b()(#a#es
Q./.L. !an#atos #e ot(m(<a%&o rea)(<am$se na ma(or me#(#a
0oss=+e) Po#em ser "um0r(#as em graus #(st(ntos
E. Pr(n"=0(os #e Inter0reta%&o Const(tu"(ona) A
Const(tu(%&o "omo s(stema aberto #e Regras e Pr(n"=0(os
Peter ABber)e
17
Au)a 5? $
*87567/5**
& Am sua obra- % Oociedade %berta dos Intrpretes da Constitui/"o- o
alem"o Peter I^berle- di> ?ue a Constitui/"o (unciona como sistema
aberto de re$ras e princ<pios- pois a Constitui/"o estH em constante
mudan/a- re(letindo as mudan/as da sociedade
& Dica! leitura (undamental acerca de princ<pios constitucionais
E.*. Pr(n"=0(o #a Un(#a#e #a Const(tu(%&o
E.*.*. % Constitui/"o como o ponto de conver$8ncia e de unidade do
sistema #ur<dico total;
& Kodas as normas constitucionais t8m a mesma importYncia e a mesma
;ierar?uia dentro do te'to constitucional G importante por?ue (a> com
?ue n"o se admita ;ierar?uia entre ?ual?uer norma ou princ<pio
constitucional ori$inHrios
& Nimite material ao poder constituinte derivado s"o as clHusulas ptreas
Porm nem elas mesmas implicam em ;ierar?uia dentro da CF- no ?ue
tan$e =s normas #ur<dicas constitucionais decorrentes de poder
constituinte ori$inHrio
E.*./. G na Constitui/"o ?ue se encontra o elo de li$a/"o das diversas
dimens0es do (en:meno pol<tico e #ur<dico;
E.*.8. Mtili>a a pondera/"o de valores e es(or/o de otimi>a/"o & a
interpreta/"o deve se dar de (orma a evitar contradi/0es e con(litos
entre normas constitucionais;
E.*.6. %(astamento da obra de Otto )ac;o( * BEormas Constitucionais
Inconstitucionais]C (17Q1) & a Constitui/"o como o Dnico paradi$ma de
controle de constitucionalidade
& )ac;o( di> ?ue poss<vel ?ue se considere ?ue normas constitucionais
ori$inHrias poderiam ser inconstitucionais
& Por ?ue )ac;o( disse isso] Por?ue antes da lei (undamental de )onn-
atual Constitui/"o da %leman;a- a constitui/"o vi$ente era a
Constitui/"o de Fiemar (1717)- em ?ue seu art P6- _ 2V- previa ?ue o
c;e(e do A'ecutivo poderia descumprir leis se (osse do interesse pDblico
% le$itima/"o e a ascens"o de Iitler (oi constitucional por causa desse
dispositivo )ac;o( #usti(ica ?ue uma norma constitucional ori$inHria
poderia ser inconstitucional ?uando viesse a se c;ocar contra princ<pios
ticos de ordem natural (metaprinc<pios)- direito material- ?ue estH
acima da Constitui/"o Controle em (ace do direito natural * medo de
aparecer outro Iitler
& Eo )rasil a teoria de )ac;o( n"o (oi adotada
E.*.?. %DI 61Q no OKF ( o leandin$ case dessa assunto)
2U
A0 24K L 07 " 0S@?@8 7=0=?A; AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 12L63L4FFM Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"46"6K"4FFM OO"4K434 =N=C@ !8;"64217"61
OO"66341
=N=C@A: " Ao direta de inconstitucionalidade. Oar#*ra%os 4. e 1. do
arti*o 5K da >onstituio 7ederal. " A tese de que h# hierarquia entre
normas constitucionais ori*inarias dando a(o a declarao de
inconstitucionalidade de umas em %ace de outras incom'oss$vel com
o sistema de >onstituio r$*ida. " Ca atual >arta Na*na /com'ete ao
Su'remo @ribunal 7ederal, 'reci'uamente, a *uarda da >onstituio/
(arti*o 461, /ca'ut/), o que im'lica di(er que essa ,urisdio lhe
atribu$da 'ara im'edir que se desres'eite a >onstituio como um todo,
e no 'ara, com relao a ela, e&ercer o 'a'el de %iscal do Ooder
>onstituinte ori*in#rio, a %im de veri%icar se este teria, ou no, violado
os 'rinc$'ios de direito su'ra'ositivo que ele 'r-'rio havia inclu$do no
te&to da mesma >onstituio. " Oor outro lado, as cl#usulas 'treas no
'odem ser invocadas 'ara sustentao da tese da inconstitucionalidade
de normas constitucionais in%eriores em %ace de normas constitucionais
su'eriores, 'orquanto a >onstituio as 'rev+ a'enas como limites ao
Ooder >onstituinte derivado ao rever ou ao emendar a >onstituio
elaborada 'elo Ooder >onstituinte ori*in#rio, e no como abarcando
normas cu,a observ<ncia se im'Vs ao 'r-'rio Ooder >onstituinte
ori*in#rio com relao s outras que no se,am consideradas como
cl#usulas 'treas, e, 'ortanto, 'ossam ser emendadas. Ao no
conhecida 'or im'ossibilidade ,ur$dica do 'edido.
E.*.Q. G re?uisito essencial de validade e de supremacia constitucional a
ine'ist8ncia de duas ou mais ordens #ur<dicas
E./. Pr(n"=0(o #o Efe(to Integra#or
& Ea solu/"o de problemas #ur<dico&constitucionais deve&se dar prima>ia a
critrios ou pontos de vista ?ue (avore/am a inte$ra/"o pol<tica e social e
sobrelevem a unidade constitucional e a unidade nacional
& 2isa aplicar a ideia ?ue (avore/a a inte$ra/"o social- economia- unidade
nacional etc
E.8. Pr(n"=0(o #a !CG(ma Efet(+(#a#e
& % interpreta/"o sempre deverH destacar a op/"o interpretativa ?ue d8
mais valor e e(icHcia = norma constitucional
& )usca a aplica/"o mais rHpida poss<vel do modelo constitucional mais
ade?uado
& E"o o mesmo ?ue o princ<pio da simetria- por?ue este n"o se destina a
(or/ar uma rHpida implementa/"o da norma constitucional
EMENTA: . >onstituio: 'rinc$'io da e%etividade m#&ima e transio. 4.
Na soluo dos problemas de transio de um para outro modelo
21
constitucional, deve prevalecer, sempre que possvel, a interpretao
que viabilize a implementao mais rpida do novo ordenamento. .
@ribunal de >ontas dos =stados: im'lementao do modelo de com'osio
hetero*+nea da >onstituio de 4F22. A >onstituio de 4F22 rom'eu com a
%-rmula tradicional de e&clusividade da livre indicao dos seus membros
'elo Ooder =&ecutivo 'ara, de um lado, im'or a 'redomin<ncia do
;e*islativo e, de outro, vincular a clientela de duas das tr+s va*as reservadas
ao >he%e do Boverno aos quadros tcnicos dos Auditores e do Ninistrio
O)blico es'ecial. Oara im'lementar, to ra'idamente quanto 'oss$vel, o novo
modelo constitucional nas 'rimeiras va*as ocorridas a 'artir de sua vi*+ncia,
a serem 'rovidas 'elo che%e do Ooder =&ecutivo, a 're%er+ncia deve caber s
cate*orias dos auditores e membros do Ninistrio O)blico es'ecial:
'recedentes do S@7. (A0N> 1KFM, ?el. Nin. Se')lveda Oertence)
E.6. Pr(n"=0(o #a Conform(#a#e Fun"(ona)
& Lual?uer interpreta/"o deverH impedir a altera/"o das reparti/0es de
(un/"o constitucionalmente estabelecida G mais um princ<pio de
compet8ncia por?ue di> respeito aos .r$"os pDblicos (@udiciHrio-
Ne$islativo e A'ecutivo! Mni"o- Astados e +unic<pios)
& O ativismo #udicial tem levado a inDmeras e'ce/0es a este princ<pio O
ativismo #udicial dH ense#o a ?ual?uer coisa
EMENTA: Nandado de in,uno. Cature(a. 8 mandado de in,uno nem
autori(a o Gudici#rio a su'rir a omisso le*islativa ou re*ulamentar, editando
o ato normativo omitido, nem, menos ainda, lhe 'ermite ordenar, de
imediato, ato concreto de satis%ao do direito reclamado: mas, no 'edido,
'osto que de atendimento im'oss$vel, 'ara que o @ribunal o %aa, se contm
o 'edido de atendimento 'oss$vel 'ara a declarao de inconstitucionalidade
da omisso normativa, com ci+ncia ao -r*o com'etente 'ara que a su'ra.
>rditos ,udiciais contra a 7a(enda O)blica: 'a*amento 'arcelado (A0>@,
art. 33): 7aculdade do Ooder =&ecutivo. 8 art. 33 do A0>@ de 4F22 no
outor*ou direito ao credor da 7a(enda O)blica ao 'a*amento 'arcelado nele
'revisto, ao contr#rio, como %aculdade do Ooder =&ecutivo com'etente,
e&tinta com o transcurso do 'ra(o decadencial de 426 dias sem deciso a
res'eito. a omisso dela, 'or conse*uinte, no d# mar*em a mandado de
in,uno. (N 4M2, ?el. Nin. Se')lveda Oertence).
Anunciado da sDmula da #urisprud8ncia predominante do OKF!
S)mula 33F do S@7 W Co cabe ao 'oder Gudici#rio, que no tem %uno
le*islativa, aumentar vencimentos de servidores ')blicos sob %undamento de
isonomia.
E.?. Pr(n"=0(o #a For%a Normat(+a #a Const(tu(%&o
& Deve&se optar pela interpreta/"o ?ue tra$a ao sistema constitucional como
um todo sua (or/a normativa
& Ideia de Ronrad Iesse
E.Q. Pr(n"=0(o #a Con"or#In"(a PrCt("a ou Aarmon(<a%&o
& Di> ?ue poss<vel ;aver pondera/"o de valores entre princ<pios
constitucionais aparentemente contrapostos
22
5J1 Coordena/"o e combina/"o dos bens #ur<dicos em con(lito de
(orma a evitar o sacri(<cio de um deles;
5J2 Pondera/"o de valores;
5J9 +el;or campo de aplica/"o! Direitos Fundamentais;
5JP Astabelecimento de condicionantes rec<procos de (orma a
conse$uir uma ;armoni>a/"o ou concordYncia prHtica entre eles;
5JQ %tividade de otimi>a/"o;
5JJ %s solu/0es ser"o apresentadas caso a caso- a partir do princ<pio
da proporcionalidade;
E.E. Pr(n"=0(o #a Pro0or"(ona)(#a#e ou Ra<oab()(#a#e
& G um dos princ<pios mais importantes (caiu muito em concursos)
& % proporcionalidade relaciona&se = lin;a alem" % ra>oabilidade relaciona&
se = lin;a norte&americana +as n"o ;H di(eren/a substancial entre esses
termos
& Aste princ<pio estH diretamente li$ado = pondera/"o de valores em #o$o
Kenta tra/ar al$uns critrios para nortear a pondera/"o dos valores em
#o$o
Di> ?ue a limita/"o de al$um direito (undamental s. pode ocorrer se
;ouver um m<nimo de bom senso- ou se#a- se o motivo (or le$<timo ou ?ue
n"o se#a desarra>oado Kudo depende do motivo do caso
& O termo BmotivoC- no direito constitucional- ?uer di>er Bpro$noseC
le$islativa Oi$ni(ica Bpor ?ue motivoC A'iste tambm a pro$nose
le$islativa
& Ori$em do princ<pio! na %leman;a o princ<pio da proporcionalidade estH
dentro do Astado de Direito (conten/"o do poder do C;e(e de Astado-
$arantias (undamentais) %?ui o C;e(e de Astado e outros s. podem limitar
direitos mediante motivo le$<timo e de bom senso (proporcional) %?ui a
le$itima/"o (ilos.(ica o Astado de Direito
& % le$itima/"o (ilos.(ica nos Astados Mnidos o devido processo le$al (
um sin:nimo de proporcionalidade e ra>oabilidade)- s. ?ue sobre o prisma
material (nos AM%) Oi$ni(ica ?ue para ?ue ;a#a limita/"o de direitos- dever
;aver ra>oabilidade na decis"o ou na medida adotada
& Ea Fran/a ocorre viola/"o do princ<pio da proporcionalidade ou
ra>oabilidade ?uando ;H desvio de poder por parte do a$ente
Prognose Leg(s)at(+a
& G poss<vel controle preventivo de constitucionalidade de um PN com base
no motivo desse PN] G poss<vel o controle concentrado (#udicial) de
constitucionalidade de lei com base em seu motivo]
& 4esposta! S(m- claro ?ue poss<vel o controle com base no motivo-
tanto em (ase de PN- ?uanto em uma lei #H aprovada- inclusive em rela/"o
=s muta/0es constitucionais
29
& A'emplo! PN ?ue virou lei na )avaria (re$i"o da %leman;a) Observou&se
?ue animais transportados por via (rrea so(riam muito- mas apesar disso
essa tipo de transporte continuava sendo utili>ado pois ;avia um reembolso
ao utili>ar esse transporte 2eri(icou&se- posteriormente- ?ue a pro$nose
le$islativa n"o era verdadeira
& O casu<smo n"o necessariamente determinante para macular ou se
?uestionar a pro$nose le$islativa
& Ea anHlise de pro$nose le$islativa- estH&se diante da ade?ua/"o da norma
Sub0r(n"=0(os #a 0ro0or"(ona)(#a#e
& Kem&se ?ue (a>er re(er8ncia (apontar) = norma ou ao princ<pio
constitucional onde se encontra ou no ?ual se baseia a proporcionalidade
& Como se analisa a constitucionalidade de uma leia apenas sob a .tica da
proporcionalidade] Mtili>ando esses subprinc<pios O"o eles!
a; ADEFUARSO! Parte do con;ecimento (veri(ica/"o) dos motivos da lei
%nalisa&se se os motivos s"o ade?uados para o alcance pretendido pela
norma Ou se a medida estipulada capa> de levar = situa/"o buscada pela
norma
b; E-I>IKILIDADE! Luando se estiver diante da le$itima/"o de direito
(undamental- a e'i$ibilidade di> ?ue deve&se adotar a medida menos
atentat.ria contra tais direitos- ou menos $ravosa (lesiva)
"; PROPORCIONALIDADE :em sent(#o estr(to;! G a pondera/"o de
valores em #o$o- = lu> do caso concreto
Oe n"o (or observado pelo menos um desses subprinc<pios- cab<vel o
?uestionamento da pro$nose le$islativa com base no princ<pio da
proporcionalidade X ra>oabilidade
& O OKF pode e deve (a>er essa anHlise de proporcionalidade Lual?uer
intrprete deve (a>er essa anHlise
E.E.*. & Eos Astados Mnidos! a concreti>a/"o material do devido processo
le$al & BOubstantive Due ProcessC 1 BProcedural Due ProcessC
& Ea %leman;a- considerado princ<pio constitucional n"o&escrito- inerente
ao Astado de Direito
& Ea Fran/a- sur$iu com a ideia do detournement du poivoir
E.E./. Inda$a&se sobre os valores ?ue nortearam a escol;a dos (ins- a
le$itimidade dos (ins eleitos pelo le$islador e se os meios empre$ados ou
escol;idos s"o compat<veis com esse (im * C%OO D%O +IEIOC%O * %
importYncia da Pro$nose Ne$islativa como au'iliar do mtodo de
interpreta/"o;
2P
& Di> o +inistro ,ilmar +endes!
8.6 ConseWuOn"(as #a .er(f("a%&o #o Dficit na
F(Ga%&o #e Fatos e Prognoses 0e)o Leg(s)a#or
>um're inda*ar sobre quando eventual d%icit na an#lise dos %atos
veri%icados 'or 'arte do -r*o le*islativo acarreta a ile*itimidade da lei.
Se se constata que a veri%icao dos %atos levada a e%eito 'elo le*islador
incorreta numa deciso de car#ter restritivo, ento dever# o @ribunal dis'or
de outra alternativa que no a da declarao de sua inconstitucionalidade .
Assim, houve 'or bem a >orte >onstitucional declarar a
inconstitucionalidade da lei sobre 'roteo de animais que, no seu P 43, n F,
'roibia o trans'orte de animais sob o sistema de reembolso (Nachnahme),
com o %undamento de que essa %orma de remessa ense,ava, no raras ve(es, a
recusa 'or 'arte do destinat#rio, o que ocasionaria um tratamento
inadequado dos animais e um tem'o de trans'orte acima do toler#vel.
A'-s veri%icar que *rande 'arte do trans'orte de animais se o'erava sob o
re*ime de reembolso, tanto 'elos correios como 'ela em'resa %errovi#ria, a
>orte >onstitucional constatou que os re*istros %ornecidos 'elo Ninistrio
da A*ricultura indicavam um n)mero quase ine&'ressivo de devoluo ou de
qualquer outro obst#culo na entre*a dos animais a seus destinat#rios
4
. Co
que res'eita s %alhas de 'ro*n-sticos, a >orte adota uma soluo
di%erenciada, avaliando se a 'ro*nose le*islativa se revela %alha de in$cio
(Xim Ansatz verfehltY) ou se se cuida de um erro de 'ro*n-stico que somente
se 'ode constatar a posteriori, a'-s uma continuada a'licao da lei.
Co 'rimeiro caso, o dficit de 'ro*nose ense,a a nulidade da lei.
Ca se*unda hi'-tese, quando se veri%ica a %alha na 'ro*nose le*islativa a'-s
o decurso de certo tem'o, considera o @ribunal irrelevante do 'risma
constitucional o erro de 'ro*n-stico cometido, desde que se,a 'arte
inte*rante de uma deciso tomada de %orma re*ular ou obri*at-ria. Co
chamado XNZhlen"EeschlussY dei&ou assente o @ribunal que Xerros sobre a
evoluo do desenvolvimento econmico devem ser admitidos, at por!ue o
legislador est obrigado no limite do poss"vel, para evitar perigos futuros, a
tomar decis#es cu$a eficcia depende de fatores variados e !ue, por isso,
podem ter desenvolvimentos no dese$ados %ou diversos da!ueles
dese$ados&Y.
Cesse caso, dever# o le*islador, todavia, em'reender os es%oros necess#rios
'ara su'erar o estado de inconstitucionalidade com a 'reste(a necess#riaK.
E.E.8. Eos Astados Mnidos- o princ<pio sur$iu com o Per=o#o Lo"9ner
(Caso Lochner s! "e# $or% * inconstitucionalidade de lei ?ue limitava a
car$a ;orHria dos padeiros * viola/"o ao princ<pio do contrato); tambm o
caso Ad%ins s! Children&s Hos'ital * inconstitucionalidade de lei ?ue
(i'ava limite de salHrio m<nimo para mul;eres
1
E!er%B= 3M, 57: X'mbora ine(ista um levantamento estat"stico confivel, um levantamento relativo ao
m)s de setembro de *+,- indica, no transporte ferrovirio, !ue, das *..-/0 remessas de animais levadas
a efeito, verificaram1se -- casos de obstculos na entrega. 2uperados esses obstculos, somente */
remessas foram devolvidas ao remetenteY.
2Q
E.E.6. % consolida/"o do princ<pio decorreu do #ul$amento pela Ouprema
Corte norte&americana de uma srie de casos- a saber (a men/"o desses
casos em provas si$ni(icam um $rande di(erencial- especialmente em direito
comparado)!
55P1 (iranda s! Arizona )*+,,- * inconstitucional a pris"o de
suspeitos sem ?ue dantes ocorra a leitura dos seus direitos-
especialmente o direito de permanecer em sil8ncio e o de n"o
constituir prova contra si mesmo
& Caso importante por?ue si$ni(icou a possibilidade de declara/"o de
inconstitucionalidade sem a nulidade da norma Importante por?ue
si$ni(icou a miti$a/"o da nulidade das leis declaradas
inconstitucionais %dmitiu&se- atravs de pondera/"o de valores
(ra>oabilidade) ?ue em al$uns casos a nulidade absoluta mais
pre#udicial- devendo a nulidade se restrin$i ao caso concreto
& Eos AM% uma lei declarada inconstitucional nula- portanto- com
e(eitos ex-tunc
55P2 .ro#n s! .oard of /ducation )*+01- 2 (im da teoria de
BI$uais- mas separadosC & se$re$a/"o racial
& Fim da teoria da se$re$a/"o racial- #H estudado anteriormente
55P9 Gris#old s! Connecticut )*+,0- & inconstitucionalidade de
lei por meio da ?ual se criminali>ava a utili>a/"o de mtodos
anticoncepcionais
& Decidiu&se ?ue devia prevalecer a liberdade da mul;er
55PP 3oe s! 4ade )*+56- & inconstitucionalidade de lei do Ke'as
por meio da ?ual se criminali>ava o aborto A'emplo clHssico de
pondera/"o de valores- entre a liberdade de escol;a da mul;er e o
direito = vida do embri"o! at 9 meses! prevalece o direito de escol;a
da mul;er; entre 9 e J meses! cada Astado pode le$islar sobre ?ual
valor deve prevalecer; ap.s J meses! prevalece o direito = vida do
embri"o
& Caso important<ssimo- pois nele (oi decidida a ?uest"o do aborto nos
AM% Asse caso (e> uma e(etiva pondera/"o de valores
55PQ Critrios norteadores da ra>oabilidade! a?uilo ?ue con(orme
a ra>"o- o e?uil<brio- o bom senso- a modera/"o e a ;armonia
55PJ G ra>oHvel ou proporcional o ?ue n"o arbitrHrio ou
capric;oso- o ?ue n"o pessoal ou acintoso
& Eo )rasil n"o e'iste uma distin/"o precisa entre princ<pio da ra>oabilidade
e proporcionalidade % ra>oabilidade estH mais voltada para o cun;o
material da norma (art QV- NI2- CF)
E.E.?. Es"o)a A)em&: Sub0r(n"=0(os #a Pro0or"(ona)(#a#e
55Q1 Ade7uao * as medidas s"o aptas a atin$ir os ob#etivos
pretendidos]
2J
& 1V passo * saber a pro$nose le$islativa (ob#etivo da norma) G necessHrio
primeiro (a>er um #u<>o de valor sobre o motivo da norma %de?uado em
rela/"o a ?u8] Luando a pro$nose n"o aceita por?ue ela n"o
ade?uada
55Q2 "ecessidade ou e8i9ibilidade * ;H al$um meio menos $ravoso
para atin$ir os (ins visados (proibi/"o de e'cesso)]
& Luando se trata de interven/"o a direito (undamental- o meio adotado
para alcan/ar os ob#etivos da norma tem ?ue ser o menos $ravoso Am tese-
nen;um direito (undamental mais importante ?ue outro- depende do caso
concreto Deve&se ter um cuidado para ?ue o Astado n"o inter(ira
desmedidamente na vida das pessoas
55Q9 :ro'orcionalidade em sentido estrito * (pondera/"o de valores)
pondera/"o entre o :nus imposto e o bene(<cio tra>ido * compatibilidade
entre a medida e os valores do sistema constitucional
& Deve&se buscar outras alternativas antes da proibi/"o total
E.E.Q. A ut()(<a%&o #o 0r(n"=0(o #a Pro0or"(ona)(#a#e no D(re(to
Kras()e(ro:
A; ADI H?? Pesagem #e bot(1'es #e gCs:
A0 2KK N> L O? W OA?ACJ
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 64L67L4FF3 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"64"46"4FF3 OO"16141 =N=C@ !8;"6474F"64
OO"66674
E M E N T A " B#s lique%eito de 'etr-leo: lei estadual que determina a
'esa*em de boti,9es entre*ues ou recebidos 'ara substituio a vista do
consumidor, com 'a*amento imediato de eventual di%erena a menor:
ar*uio de inconstitucionalidade %undada nos arts. 11, ! e ! (ener*ia e
metrolo*ia), 15 e OA?S., 1K, OA?. 1., 132, alm de violao ao 'rinc$'io
de 'ro'orcionalidade e ra(oabilidade das leis restritivas de direitos:
'lausibilidade ,ur$dica da ar*uio que aconselha a sus'enso cautelar da
lei im'u*nada, a %im de evitar danos irre'ar#veis a economia do setor, no
caso de vir a declarar"se a inconstitucionalidade: liminar de%erida.
K; AC H/.6/6 Caso #os 3u#eus.
& Krata&se de um dos mais importantes casos #ul$ados pelo OKF G o nosso
caso Roe vs Wade (no sentido da importYncia ?ue teve para o )rasil) IC
dos @udeus- ?ue $erou um livro BCrime de 4acismoC * Aditora )ras<lia
@ur<dica (Ner o ac.rd"o)
@recho e&tra$do do voto"vista do Ninistro Narco Aurlio, no [> n 21.515:
25
!. A coliso entre os direitos "undamentais # o princpio da
proporcionalidade
A aplicao do princpio da proporcionalidade sur$e como o mecanismo
e"icaz a realizar a ponderao e%i$ida no caso concreto, devido &
semel'ana de 'ierarquia dos valores em (o$o) de um lado, a ale$ada
proteo & di$nidade do povo (udeu* de outro, a $arantia da
mani"estao do pensamento. + conte,do central do princpio da
proporcionalidade - "ormado por subprincpios que abarcam
parcialmente certa amplitude sem.ntica da proporcionalidade. /o eles
a ideia de con"ormidade ou de adequao dos meios, a e%i$ibilidade ou
necessidade desses meios e a proporcionalidade em sentido estrito.
0asso, ento, & anlise do ac1rdo do Tribunal de 2ustia do 3io 4rande
do /ul # pronunciamento condenat1rio 5, a partir desses subprincpios,
sob um .n$ulo di"erente daquele e"etuado pelo ilustre ministro 4ilmar
Mendes.
& 4esumo do caso! Mm cidad"o do 4io ,rande do Oul tin;a uma editora ?ue
publica livros antissemitas Os livros dessa editora- na verdade- (a>iam um
discurso revisionista acerca da perse$ui/"o na>ista aos #udeus- per(a>endo
uma nova vis"o da ;ist.ria (di(erente do descrito abai'o) %nte o teor das
revis0es- o dono da editora (oi #ul$ado pelo crime de racismo Ant"o ele
disse ?ue n"o poderia ser #ul$ado pelo crime de racismo contra #udeu
por?ue #udeu n"o ra/a O ent"o +in +oreira %lves emitiu seu voto
di>endo ?ue o ru n"o poderia ser condenado pois #udeu n"o H ra/a- da< n"o
;aver racismo Contudo- +aur<cio Corr8a a(irmou ?ue do ponto de vista
cultural o racismo e'iste na medida em ?ue se descrimine uma pessoa por
pertencer a determinado $rupo O OKF conclui- por maioria- ?ue #udeu n"o
ra/a e ra/as n"o e'istem- mas e'iste racismo do ponto de vista cultural
Ant"o o ru (oi condenado e o livro (oi proibido de circular
& Ner os votos do +in +aur<cio Corr8a e ,ilmar +endes- neste caso (ler para
a pr.'ima aula) A comparar o voto do +in +arco %urlio com o do ,ilmar
+endes %mbos analisaram o caso com base no princ<pio da
proporcionalidade- porm com entendimentos di(erentes
& +arco %urlio! Pro$nose! evitar o racismo no )rasil Proibir o livro irH
combater o racismo] A'iste racismo contra #udeu no )rasil]
preconceito! interno- sub#etivo Aste- por ser interno- imposs<vel de
combater
discrimina/"o! ?uando o preconceito sai da mente e contamina as
atitudes G a mani(esta/"o- e'teriori>a/"o do preconceito
& % pro(essora discorda dessa decis"o do OKF
& %p.s a 1 ,uerra +undial a situa/"o da %leman;a era e'tremamente
di(<cil O pa<s estava completamente arrasado e pobre % in(la/"o era
imensa- o din;eiro n"o valia nada- e a misria era absoluta E"o ;avia
empre$o Am meio a taman;a misria dos alem"es- os #udeus estavam
tran?uilos e n"o passavam por di(iculdades- pois eram os $randes
ban?ueiros e detentores do capital na poca Criou&se um discurso ?ue
condenava a cobran/a de #uros altos por parte dos #udeus em des(avor do
26
povo alem"o ?ue ;avia acol;ido os #udeus (essa era a ima$em vendida na
poca)
& A'iste ;o#e um consenso mundial perante os $eneticistas (do ano 2UUU-
ap.s a total decodi(ica/"o do DE% ;umano) n"o e'iste divis"o de ra/as
;umanas do ponto de vista biol.$ico A BetniaC seria um mero sin:nimo de
Bra/aC Os $eneticistas di>em ?ue o racismo ?ue criou a divis"o em ra/as
,eneticamente ra/as n"o e'istem- porm- culturalmente o racismo ainda
e'iste- o ?ue deve veementemente combatido e at penali>ado
& Outras considera/0es!
A. O subprinc<pio da con(ormidade ou da ade?ua/"o dos meios
(,eein$net;eit) e'amina se a medida adotada apropriada para concreti>ar
o ob#etivo visado- com vistas ao interesse pDblico %ssim- cabe inda$ar se
condenar o paciente e proibi&lo de publicar os pensamentos- apreender e
destruir as obras editadas s"o os meios ade?uados para acabar com a
discrimina/"o contra o povo #udeu ou com o risco de se incitar a
discrimina/"o Penso ?ue n"o- uma ve> ?ue o (ato de o paciente ?uerer
transmitir a terceiros a sua vers"o da ;ist.ria n"o si$ni(ica ?ue os leitores
ir"o concordar- e- ainda ?ue concordem- n"o si$ni(ica ?ue v"o passar a
discriminar os #udeus- mesmo por?ue- ante a passa$em ine'orHvel do
tempo- ;o#e os envolvidos s"o outros
K. O se$undo subprinc<pio o da e'i$ibilidade ou da necessidade
(Ar(orderlic;Seit)- se$undo o ?ual a medida escol;ida n"o deve e'ceder ou
e'trapolar os limites indispensHveis = conserva/"o do ob#etivo ?ue pretende
alcan/ar Com esse subprinc<pio- o intrprete re(lete- no caso- se n"o
e'istem outros meios n"o considerados pelo Kribunal de @usti/a ?ue
poderiam i$ualmente atin$ir o (im alme#ado- a um custo ou dano menor aos
interesses dos cidad"os em $eral Paulo )onavides re$istra ?ue esse cYnone
c;amado de princ<pio da escol;a do meio mais suave
2
5
C. Finalmente- o Dltimo subprinc<pio o da proporcionalidade em sentido
estrito (2er;^ltnism^ssi$Seit)- tambm con;ecido como Blei da
pondera/"oC O intrprete deve ?uestionar se o resultado obtido
proporcional ao meio empre$ado e = car$a coativo&interventiva dessa
medida G reali>ado um #u<>o de pondera/"o no ?ual se en$loba a anHlise de
ade?ua/"o entre meio e (im- levando&se em conta os valores do
ordenamento #ur<dico vi$ente 4obert %le'Z- relativamente a esse
subprinc<pio- adu>6! BLuanto mais $rave a interven/"o em um direito
(undamental- tanto mais $raves devem ser as ra>0es ?ue a #usti(i?uemC A
Celso %nt:nio )andeira de +ello e'plica! BG ?ue nin$um deve estar
obri$ado a suportar constri/0es em sua liberdade ou propriedade ?ue n"o
se#am indispensHveis = satis(a/"o do interesse pDblicoC7 %ssim- cumpre
per?uirir se ra>oHvel- dentro de uma sociedade plural como a brasileira-
restrin$ir&se determinada mani(esta/"o de opini"o por meio de um livro-
ainda ?ue preconceituosa e despropositada- sob o ar$umento de ?ue tal
ideia incitarH a prHtica de viol8ncia- considerando&se- todavia- o (ato de
ine'istirem m<nimos ind<cios de ?ue o livro causarH tal revolu/"o na
sociedade brasileira A mais- se ra>oHvel punir o paciente pela edi/"o de
2
Oaulo Eonavides, 6urso de Direito 6onstitucional, '#*. 3M4. A;=:\, ?obert. 6oliso de Direitos
7undamentais e realizao de direitos "undamentais no Estado de Direito Democrtico. n: ?evista de 0ireito
Administrativo, 147: W !, ?io de Ganeiro: =ditora ?enovar, ,ulLset. 4FFF, '. 72.
27
livros al;eios- responsabili>H&lo por ideias ?ue nem se?uer l;e pertencem-
tendo em vista ?ue ;H outras maneiras mais (Hceis- rHpidas e econ:micas
de a popula/"o ter acesso a tais pensamentos- como a InternetC
C; RE nX 6*8.EH/ Caso #a Pro(b(%&o #os Ta)onCr(os F(s"a(s
& Eeste recurso o PlenHrio da Corte discutiu se o cancelamento de inscri/"o
no Cadastro ,eral de Contribuintes e a proibi/"o de emiss"o de notas
(iscais- ?uando o contribuinte estivesse em dbito para com a Fa>enda-
seriam ou n"o ;arm:nicos com a Carta da 4epDblica Com base no princ<pio
da proporcionalidade- o Kribunal (i'ou o entendimento de ?ue veda/0es
desarra>oadas = prHtica pro(issional do contribuinte o(endem o livre
e'erc<cio do trabal;o- o(<cio ou pro(iss"o- bem como o e'erc<cio da atividade
econ:mica
AD8 !99: M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< MED8DA 6A=TE<A3 NA
A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE 3elator@aA) Min.
6E</+ DE ME<<+ 2ul$amento) BC;D9;!DD! Er$o 2ul$ador) Tribunal
0leno 0ublicao) D2 B!5DF5!DDG 005DDDF9 EMENT H+<5D!BGF5D! 005
DD!:I
E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " ;=
0S@?@A; QI= 0SO]= S8E?= A =NSST8 0= >=?@7>A08 0=
>8C>;IST8 08 >I?S8 = QI= AI@8?^A 8 78?C=>N=C@8 0=
[S@U?>8 =S>8;A? OA?A A;IC8S
0A @=?>=?A SH?= 08 =CSC8 NH08 QI= >8NO?8!A?=N
AO?8!AST8 =N !=S@EI;A? OA?A CB?=SS8 =N >I?S8 0=
C_!=; SIO=?8? " ;= 0S@?@A; QI= ISI?OA >8NO=@DC>A
;=BS;A@!A 8I@8?BA0A ` ICT8 7=0=?A; O=;A
>8CS@@IST8 0A ?=ORE;>A " >8CS0=?AS]=S =N @8?C8
0AS ;A>ICAS O?==C>[_!=S " C8?NA 0=S@@I_0A 08
C=>=SSJ?8 >8=7>=C@= 0= ?A^8AE;0A0= " 87=CSA A8
O?C>_O8 0A O?8O8?>8CA;0A0= " A@!0A0= ;=BS;A@!A
=:=?>0A >8N 0=S!8 0= O80=? " O;AISE;0A0= GI?_0>A
08 O=008 " 0=7=?N=C@8 0A N=00A >AI@=;A? >8N
=7>J>A /=: @IC>/. A ISI?OAST8 0A >8NO=@DC>A
;=BS;A@!A, QIAC08 O?A@>A0A O8? QIA;QI=? 0AS
O=SS8AS =S@A@AS, QIA;7>A"S= >8N8 A@8 0=
@?ACSB?=SST8 >8CS@@I>8CA;. " A >onstituio da ?e')blica,
nas hi'-teses de com'et+ncia concorrente (>7, art. 15), estabeleceu
verdadeira situao de condom$nio le*islativo entre a Inio 7ederal, os
=stados"membros e o 0istrito 7ederal (?AI; NA>[A08 [8?@A,
/=studos de 0ireito >onstitucional/, '. 3MM, item n. 1, 4FFK, 0el ?ea), da$
resultando clara re'artio vertical de com'et+ncias normativas entre essas
'essoas estatais, cabendo, Inio, estabelecer normas *erais (>7, art. 15, P
9U
Au)a 5Q $
*L7567/5**
4), e, aos =stados"membros e ao 0istrito 7ederal, e&ercer com'et+ncia
su'lementar (>7, art. 15, P 1). " A >arta Ool$tica, 'or sua ve(, ao instituir
um sistema de condom$nio le*islativo nas matrias ta&ativamente indicadas
no seu art. 15 " dentre as quais avulta, 'or sua im'ort<ncia, aquela
concernente ao ensino (art. 15, :) ", de%eriu ao =stado"membro e ao 0istrito
7ederal, em /ine&istindo lei %ederal sobre normas *erais/, a 'ossibilidade de
e&ercer a com'et+ncia le*islativa 'lena, desde que /'ara atender a suas
'eculiaridades/ (art. 15, P 3). " 8s =stados"membros e o 0istrito 7ederal
no 'odem, mediante le*islao autVnoma, a*indo /ultra vires/, trans*redir a
le*islao %undamental ou de 'rinc$'ios que a Inio 7ederal %e( editar no
desem'enho le*$timo de sua com'et+ncia constitucional e de cu,o e&erc$cio
deriva o 'oder de %i&ar, validamente, diretri(es e bases *erais 'ertinentes a
determinada matria (educao e ensino, na es'cie). " >onsidera9es
doutrin#rias em torno da questo 'ertinente s lacunas 'reench$veis. @808S
8S A@8S =NACA08S 08 O80=? ORE;>8 =S@T8
C=>=SSA?AN=C@= SIG=@8S, OA?A =7=@8 0= SIA !A;0A0=
NA@=?A;, ` C0=>;CJ!=; 8ES=?!bC>A 0= OA0?]=S
N_CN8S 0= ?A^8AE;0A0=. " As normas le*ais devem observar, no
'rocesso de sua %ormulao, critrios de ra(oabilidade que *uardem estrita
conson<ncia com os 'adr9es %undados no 'rinc$'io da 'ro'orcionalidade,
'ois todos os atos emanados do Ooder O)blico devem a,ustar"se cl#usula
que consa*ra, em sua dimenso material, o 'rinc$'io do /substantive due
'rocess o% lac/. ;ei 0istrital que, no caso, no observa 'adr9es m$nimos de
ra(oabilidade. A =:BDC>A 0= ?A^8AE;0A0= QIA;7>A"S=
>8N8 OA?bN=@?8 0= A7=?ST8 0A >8CS@@I>8CA;0A0=
NA@=?A; 08S A@8S =S@A@AS. " A e&i*+ncia de ra(oabilidade " que
visa a inibir e a neutrali(ar eventuais abusos do Ooder O)blico, notadamente
no desem'enho de suas %un9es normativas " atua, enquanto cate*oria
%undamental de limitao dos e&cessos emanados do =stado, como
verdadeiro 'ar<metro de a%erio da constitucionalidade material dos atos
estatais. AO;>AE;0A0= 0A @=8?A 08 0=S!8 0= O80=? A8
O;AC8 0AS A@!0A0=S C8?NA@!AS 08 =S@A08. " A teoria do
desvio de 'oder, quando a'licada ao 'lano das atividades le*islativas,
'ermite que se contenham eventuais e&cessos decorrentes do e&erc$cio
imoderado e arbitr#rio da com'et+ncia institucional outor*ada ao Ooder
O)blico, 'ois o =stado no 'ode, no desem'enho de suas atribui9es, dar
causa instaurao de situa9es normativas que com'rometam e a%etem os
%ins que re*em a 'r#tica da %uno de le*islar. A =7>J>A =: @IC> 0A
N=00A >AI@=;A? CT8 S= O?=SIN=, O8S 0=O=C0= 0=
=:O?=SSA 0=@=?NCAST8 >8CS@AC@= 0A 0=>ST8 QI= A
0=7=?=, =N S=0= 0= >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8. " A
medida cautelar, em sede de %iscali(ao normativa abstrata, reveste"se,
ordinariamente, de e%ic#cia /e& nunc/, /o'erando, 'ortanto, a 'artir do
momento em que o Su'remo @ribunal 7ederal a de%ere/ (?@G 415L26).
=&ce'cionalmente, no entanto, e 'ara que no se %rustrem os seus ob,etivos,
a medida cautelar 'oder# 'ro,etar"se com e%ic#cia /e& tunc/, com
consequente re'ercusso sobre situa9es 'retritas (?@G 432L2M),
retroa*indo os seus e%eitos ao 'r-'rio momento em que editado o ato
normativo 'or ela alcanado. Oara que se outor*ue e%ic#cia /e& tunc/ ao
'rovimento cautelar, em sede de %iscali(ao concentrada de
constitucionalidade, im'9e"se que o Su'remo @ribunal 7ederal
e&'ressamente assim o determine, na deciso que conceder essa medida
e&traordin#ria (?@G 4M5LK6M"K6F, K62, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8).
Situao e&ce'cional que se veri%ica no caso ora em e&ame, a'ta a ,usti%icar
a outor*a de 'rovimento cautelar com e%ic#cia /e& tunc/.
91
D; Caso #as A)gemas
& IC 67P27 X 4O * 4OED`EI%
I%)A%O CO4PMO
4elator(a)! +in Ca4+AE NbCI%
@ul$amento! 22XU6X2UUJ cr$"o @ul$ador! Primeira Kurma
EMENTA: [AE=AS >8?OIS. O=CA;. IS8 0= A;B=NAS C8
N8N=C@8 0A O?ST8. AISDC>A 0= GIS@7>A@!A =N 7A>=
0A >8C0I@A OASS!A 08 OA>=C@=. >8CS@?ACBN=C@8
;=BA;. O?=>=0=C@=S.
4. 8 uso le*$timo de al*emas no arbitr#rio, sendo de nature(a
e&ce'cional, a ser adotado nos casos e com as %inalidades de im'edir,
'revenir ou di%icultar a %u*a ou reao indevida do 'reso, desde que ha,a
%undada sus'eita ou ,usti%icado receio de que tanto venha a ocorrer, e 'ara
evitar a*resso do 'reso contra os 'r-'rios 'oliciais, contra terceiros ou
contra si mesmo. 8 em're*o dessa medida tem como bali(amento ,ur$dico
necess#rio os 'rinc$'ios da 'ro'orcionalidade e da ra(oabilidade.
Orecedentes. 1. [abeas cor'us concedido.
E; O CASO DA PROIKIRS DOS LANCAES >ORDUROSOS
36L6FL62 " 44h67 " Atuali(ado em 36L6FL62 " 44h67 W 8 B;8E8
0roibir re"ri$erante na escola tem pouco impacto sobre consumo da bebida
=scolas sem as bebidas t+m s- 5d menos alunos que as
consomem. H 'reciso atacar h#bitos alimentares
domsticos, di(em mdicos.
Eric Na$ourneJ 0o eCec \orf @imese
OerH ?ue proibir a venda de re(ri$erante em escolas do ensino
(undamental redu> a ?uantidade in$erida dessa bebida pelas crian/as] Mm
pouco- mas n"o muito- se$undo um novo estudo
Pes?uisadores a(irmam ?ue- ?uando compararam o consumo de
re(ri$erante de crian/as de escolas onde a bebida vendida com o de
crian/as de escolas onde a venda era proibida- n"o encontraram $rande
di(eren/a Oomente cerca de Pd menos crian/as das escolas sem
re(ri$erante disseram ?ue n"o tomam a bebida eIsso n"o estH resolvendo o
problemae- disse +eenaSs;i + Fernandes- autor do estudo- ?ue aparece na
edi/"o de setembro da revista mdica eK;e @ournal o( t;e %merican Dietetic
%ssociatione
Fernandes- da Pardee 4%ED ,raduate Oc;ool em Oanta +onica-
Cali(.rnia- analisou pes?uisas reali>adas em 2UUP ?ue abran$eram mais de
1U mil alunos da ?uinta srie em PU estados americanos Foi per$untado
aos estudantes com ?ue (re?u8ncia eles beberam re(ri$erante na semana
anterior- e ?uanto dessa ?uantidade (oi in$erida na escola
92
4e(ri$erantes eram vendidos em cerca de PUd das 29UU escolas
pes?uisadas Cerca de um ?uarto das crian/as nessas escolas in(ormou
consumir a bebida- e cerca de metade da ?uantidade de re(ri$erante era
in$erida na escola +otivados pelo aumento da obesidade in(antil- a$entes
do $overno em todo o pa<s t8m considerado proibir a venda de re(ri$erantes
em escolas pDblicas do ensino (undamental
%pesar de tais restri/0es terem seu valor- a(irmam pes?uisadores-
a$entes de saDde precisam a$ir de (orma mais ampla- concentrando&se em
;Hbitos alimentares domsticos e (a>endo mais a/0es para motivar a
alimenta/"o saudHvel
TA!KY! NO RIO DE 3ANEIRO: Contro)e #e Obes(#a#e agora , )e(
% e'emplo do ?ue acontece em Eova
Ior?ue- nos Astados Mnidos- a cidade do 4io
de @aneiro tambm entrou na $uerra contra
a obesidade O e' pre(eito Csar +aia-
decretou ?ue as cadeias de (ast&(ood
e'ibam- nos pontos de atendimento- tabelas
com o valor nutricional dos alimentos
(tabela de calorias)
O decreto determina- ainda- ?ue a in(orma/"o sobre o valor cal.rico
tambm se#a estendido as promo/0es ?ue reDnam sandu<c;e- batatas (ritas
e re(ri$erantes
O e'&pre(eito Csar +aia disse ?ue a medida visa prevenir a
obesidade desde a in(Yncia #H ?ue as crian/as e adolescentes est"o entre os
principais clientes das lanc;onetes
Am outro decreto Csar +aia (i'ou pra>o de um ano para as
empresas ?ue vendem alimentos industriali>ados in(ormarem a
concentra/"o nos produtos de Hcidos $ra'os trans- presentes
principalmente nos alimentos em conserva
4epresentantes das duas principais redes de (ast&(ood a(irmaram ?ue
est"o preparados para se$uir as determina/0es do decreto inclusive com a
distribui/"o de campan;as de manuais com in(orma/0es sobre os produtos
o(erecidos Os representantes acreditam- no entanto- ?ue a ideia deve sem
estendida a outros estabelecimentos de venda de alimentos- como as
c;urrascarias
Eo )rasil- como nos Astados Mnidos e na Auropa os nDmeros sobre a
obesidade s"o alarmantes Am 175Q- 1Qd das mul;eres e 2Jd dos ;omens
estavam acima do peso %tualmente- ?uase trinta anos depois- o percentual
sobe para 96d para os dois se'os Para se ter uma ideia do consumo de
alimentos e bebidas cal.ricas- no )rasil- desde 175Q at ;o#e- o consumo de
cerve#a aumentou sete ve>es e de re(ri$erante cinco
%pesar da (ome e (alta de comida principalmente nos pa<ses
a(ricanos- 1-5 bil;0es de pessoas em todo o mundo est"o obesas
Pes?uisa da Mniversidade de Iarvard- nos Astados Mnidos- comprova
?ue indiv<duos obesos t8m entre QUd e 1UUd mais de risco de morrer
prematuramente vitimas de cYncer- ;ipertens"o- diabete- problemas na
articula/"o- ou doen/as no sistema circulat.rio
99
% Or$ani>a/"o +undial da OaDde divul$ou em mar/o passado um dos
maiores estudos tcnicos #H (eitos sobre obesidade O or$anismo
internacional adverte aos $overnos mundiais ?ue necessHrio tomar uma
atitude diante da epidemia do e'cesso de peso ?ue atin$e todas as classes
sociais
Eunca demais lembrar ?ue no )rasil ;H pelo menos 5U mil;0es de
pessoas (PUd da popula/"o) acima do peso- distribu<das em todas as
classes sociais Ea re$i"o Oudeste- por e'emplo- 1Pd das mul;eres pobres
est"o acima do peso @H as ?ue pertencem =s classe mdia e mdia alta o
<ndice de 7d
Ea avalia/"o da O+O a obesidade n"o resultado de e'cesso de
comida e sim da mH alimenta/"o % Or$ani>a/"o +undial de OaDde adverte
?ue combater a (ome e a obesidade s"o a/0es con#untas e ur$entes dos
$overnos
ESTADSO4 /Q75H7/55L
Pro0agan#a #e a)(mento terC frase #e
a#+ertOn"(a4 "omo os rem,#(os
+esmo com norma da indDstria- %nvisa publicarH re$ras para produto
com alto n<vel de a/Dcar- sal e $ordura
+esmo com a autorre$ulamenta/"o anunciada ontem pelos
(abricantes de alimentos e bebidas- a %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia
OanitHria (%nvisa) publicarH at o (im do ano novas re$ras para a
propa$anda de produtos com altos n<veis de a/Dcar- sal e $orduras- como
c;ocolates- bolos- bolac;as rec;eadas- sal$adin;os e re(ri$erantes %s
pe/as publicitHrias voltadas para crian/as ou veiculadas durante pro$ramas
in(antis ter"o restri/0es ainda maiores
Pelo te'to- a propa$anda desses alimentos deverH conter (rases
in(ormativas- a e'emplo do ?ue ocorre com medicamentos & e nos mesmos
moldes de taman;o e cor Por e'emplo- um comercial de bolac;a de
c;ocolate deverH tra>er- por escrito e lido pelo narrador- uma (rase
alertando ?ue se trata de um produto com altos <ndices de a/Dcar
(substYncia ?ue- se in$erida em e'cesso- pode provocar diabete- aumento
do colesterol e obesidade) %lm disso- a propa$anda diri$ida a crian/as s.
poderH ser veiculada entre as 21 e J ;oras %nima/0es e uso de
persona$ens de desen;os in(antis nos comerciais (icam proibidos Kambm
n"o poder"o ser (eitas a/0es de marSetin$ em escolas e materiais
escolares
%s re$ras ser"o vHlidas para propa$andas em revistas- #ornais-
televis"o- rHdio e internet e% re$ulamenta/"o trarH re$ras para as
propa$andas ?ue in(luenciam no consumo de determinados produtos entre
a popula/"o- at mesmo in(antile- di> a $erente&$eral de Fiscali>a/"o de
Propa$anda da %nvisa- +aria @os Del$ado Oe$undo ela- a decis"o estH
baseada no aumento da incid8ncia de doen/as cr:nicas no Pa<s- como
diabete- ;ipertens"o- s<ndrome metab.lica e problemas card<acos
Ontem- a %ssocia/"o )rasileira das IndDstrias da %limenta/"o (%bia)-
a %ssocia/"o )rasileira de %nunciantes (%)%) e 2P indDstrias aliment<cias
9P
prometeram acabar- a partir de #aneiro- com a publicidade diri$ida a
crian/as e pr&adolescentes de at 12 anos
O te'to- porm- mais brando do ?ue o discurso & se$undo o
documento- o (im dos anDncios (ica restrito =s m<dias e aos pro$ramas ?ue
ten;am pelo menos metade da audi8ncia (ormada por crian/as- al$o n"o
t"o simples de medir
Dados do +inistrio da OaDde mostram ?ue cerca de JUd dos $astos
ambulatoriais e ;ospitalares do Oistema bnico de OaDde ocorrem no
atendimento a complica/0es decorrentes das doen/as cr:nicas Pes?uisas
reali>adas em amostras populacionais mostram ?ue o sobrepeso e
obesidade atin$em cerca de 9Ud das crian/as
% re$ulamenta/"o da %nvisa estH em estudo desde 2UUJ- ?uando o
tema (oi colocado para consulta pDblica Desde ent"o- su$est0es (oram
recebidas e uma audi8ncia pDblica (oi reali>ada na semana passada- Dltimo
passo para a elabora/"o do te'to (inal % iniciativa tem provocado discuss"o
com a indDstria- ?ue ?uestiona a compet8ncia da a$8ncia para
re$ulamentar propa$anda eE.s temos embasamento #ur<dico para a
?uest"o % le$isla/"o di> apenas ?ue leis estaduais ou municipais n"o
podem le$islar sobre propa$andae- di> +aria @os
O FUE FUER A AN.ISA
%dvert8ncia! Pe/as publicitHrias de alimentos com alto teor de a/Dcar- sal e
$orduras e pobres em nutrientes devem conter (rases e'plicativas- a
e'emplo do ?ue #H ocorre com os medicamentos
IorHrios! Propa$anda voltada =s crian/as s. das 21 =s J ;oras
Formato! % indDstria de alimentos e as a$8ncias n"o poder"o mais usar
anima/0es e persona$ens in(antis
+<dias! %s re$ras valer"o para propa$andas em revistas- #ornais- televis"o-
rHdio e internet
Ascolas! Propa$andas e a/0es de marSetin$ ser"o proibidas
%limentos n"o saudHveis! Possuem ?uantidade i$ual ou superior!
& a 1Q $ de a/Dcar por 1UU $ ou
& a Q $ de $ordura saturada por 1UU $ ou
& a U-J $ de $ordura trans por 1UU $ ou
& a PUU m$ de s.dio por 1UU $
>; O CASO DO KRONZEA!ENTO ARTIFICIAL
L(m(nar #a 3ust(%a Fe#era) autor(<a bron<eamento art(f("(a) em SP.
De"(s&o , +a)(#a 0ara asso"(a#os #o S(n#("ato #os Em0rega#ores
em Est,t("a e Cosmeto)og(a.
1Q de mar/o de 2U1U f 1P; U2
9Q
% @usti/a Federal de O"o Paulo de(eriu uma liminar no Dltimo dia 1U
suspendendo uma decis"o da %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria
(%nvisa) ?ue proibia o bron>eamento arti(icial no Astado % decis"o- do #ui>
(ederal 2ictorio ,iu>io Eeto- da 2P 2ara Federal C<vel de O"o Paulo- valida
para os associados do Oindicato dos Ampre$adores em Ampresas e
Pro(issionais Niberais em Asttica e Cosmetolo$ia do Astado de O"o Paulo
(Oeemples)
Para 2ictorio ,iu>io- a proibi/"o do
bron>eamento arti(icial viola o princ<pio da
proporcionalidade- ?ue recomenda ao
Poder PDblico evitar a despropor/"o entre
a provid8ncia adotada e os valores ?ue
pretende preservar eOem pre#u<>o da
aparente boa inten/"o da %nvisa-
pretender proibir uma atividade
econ:mica ?ue a ri$or n"o se limita ao
)rasil e'trapola as suas atribui/0es- n"o
sendo dispensHvel a(irmar ?ue toda ve>
em ?ue se adota como solu/"o uma
proibi/"o- raramente ela evitada-
passando apenas para a clandestinidadee
O #ui> ressalta ?ue n"o cabe neste momento (anHlise de tutela)
discutir se o bron>eamento arti(icial nocivo ou n"o =
saDde e (a> uma compara/"o! eo ?ue se sabe ?ue as
radia/0es solares o s"o (nocivas)- e nin$um ousaria
proibir o bron>eamento nas praias deste pa<se
2ictorio ,iu>io Eeto de(ende ?ue a %nvisa re$ule a atividade sem ?ue
;a#a proibi/"o eOob o aspecto da compet8ncia da %nvisa- n"o ;H dDvida
?ue se#a ra>oHvel ?ue se estabele/am re$ras m<nimas para o e'erc<cio da
atividade- ?ual se#a- a se$uran/a dos e?uipamentos- dos locais- en(im-
?uest0es relacionadas = ;i$iene e ainda- ?ue os interessados se#am
advertidos das conse?u8nciase
CR[TICA \ PROPORCIONALIDADE O PROKLE!A DO >O.ERNO
DOS 3U[ZES.
DE!OCRACIA G 3URISDIRSO CONSTITUCIONAL
3UDICIALIZARSO :#e"orrOn"(a #o mo#e)o #e "onst(tu(%&o ana)=t("a
e #o am0)o s(stema #e "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e no Kras(); -
ATI.IS!O 3UDICIAL :0ostura #o (nt,r0rete4 mo#o 0ro at(+o e
eG0ans(+o #e (nter0retar a Const(tu(%&o4 0ara a),m #o )eg(s)a#or
or#(nCr(o;.
Cr=t("a D 0ro0or"(ona)(#a#e
T At(+(smo 1u#("(a) G ?uando o #udiciHrio passa a (ormular pol<ticas
pDblicas (pol<ticas) Ou se#a- ?uando o #udiciHrio passa a a$ir como
le$islador % per$unta - ?uem con(eriu le$itimidade a um #ui> para
Ble$islarC] (sem ter sido eleito pelo povo)
9J
Gustia 7ederal de SO de%ende que a Anvisa re*ule a
atividade sem que ha,a 'roibio.
& Luest"o de prova! Discorra sobre o ativismo #udicial considerando os votos
dos ministros +arco %urlio e ,ilmar +endes- envolvendo a aplica/"o da
proporcionalidade (no caso dos #udeus)
& Eem sempre o ativismo #udicial tem rela/"o com o princ<pio da
proporcionalidade e visse versa
& Asses analisaram o caso dos #udeus sob o ponto de vista da
proporcionalidade Porm c;e$aram a conclus0es di(erentes- mesmo
analisando os respectivos subprinc<pios Como poss<vel isso
& ,adamer analisa a ade?ua/"o das proibi/0es Kambm Nui> 4oberto
)arroso (dois te'tos- um deles o dos medicamentos) )arroso (a> uma
distin/"o de #udiciali>a/"o do direito e ativismo #udicial Di> ?ue mais
?uest0es (oram levadas ao @udiciHrio Di> ?ue ativismo ?uando o #ui> vai
alm de suas atribui/0es e come/a a adentrar nas atribui/0es do le$islador
& A'iste o problema- ainda- da discricionariedade Lue se intensi(ica em (ace
do sub#etivismo do a$ente
& Os limites do ativismo #udicial s"o discuss0es bastante intensas no meio
;o#e em dia %tualmente o OKF tem se mostrado bastante ativista- sob o
ar$umento da omiss"o do le$islador
& Outros problemas do ativismo s"o a (alta de le$itimidade- (alta de
con;ecimento tcnico da demanda social- (alta da dimens"o do alcance de
sua decis"o etc
T Dre# S"ott +s Stan#for#
& Caso emblemHtico de como o ativismo #udicial pode ser perverso para uma
sociedade
& Foi #ul$ado em 16Q5- nos AM%
& Os AM% se dividiram em estados do norte e do sul- atravs de uma lin;a
ima$inHria Firmou&se um compromisso di>endo ?ue poderia ;aver
escravid"o somente nas col:nias do sul- nas no norte n"o Dred Ocott era
escrava e morava no sul #unto com seus proprietHrios Oeu proprietHrio
via#ou para o norte e o levou Eo norte- seu proprietHrio morreu Oua esposa
n"o se interessou por ser proprietHria Ocott voltou para o sul e come/ou a
trabal;ar Ant"o- o irm"o da esposa de seu proprietHrio in$ressou na #usti/a
pleiteando os salHrios de Ocott Am Ymbito estadual o #ui> disse ?ue Ocott
era livre e assim deveria permanecer (once free, always free) % suprema
corte (icou de decidir se Ocott era escravo ou n"o % suprema corte- ent"o-
indo alm da ?uest"o posta em #ul$amento- numa postura totalmente
ativista- decidiu ?ue n"o s. Ocott permanecia escravo- e din;eiro deveria se
entre$ue a Otand(ord- e disse ainda ?ue ?ual?uer tentativa de limitar a
escravid"o no pa<s era (la$rantemente inconstitucional- por?ue o(endia do
direito de propriedade- em rela/"o = propriedade de escravos por cidad"os
norte&americanos Assa (oi a se$unda ve> em ?ue ;ouve a declara/"o de
inconstitucionalidade de uma lei nos AM% O primeiro (oi no caso +ar$ue vs
+attison- em 16U9 Pior decis"o da suprema corte Assa decis"o (oi
problemHtica por?ue levou = $uerra civil Os estados do norte se revoltaram
e conse$uiram ele$er um abolicionista (%bra;am Nincoln)- eleito
basicamente pelos estados do norte % resposta dos estados do sul (oi a sua
sa<da de (edera/"o e (orma/"o de uma con(edera/"o e- em se$uida- a
decreta/"o de $uerra contra o restante dos AM% 4esultado- um ter/o da
popula/"o (oi di>imada por causa da?uela decis"o #udicial Mma cultura e
uma lei n"o podem ser mudadas por uma decis"o #udicial
95
& G preciso muito cuidado com o ativismo #udicial Luem tem ?ue e'i$ir o
cumprimento das pol<ticas pDblicas- mediante a devida atividade le$i(erante
do Ne$islativo e cumprimento por parte do A'ecutivo- a popula/"o- ?ue
?uem tem le$itimidade para isso- e para isso deveria se mobili>ar
& 2er o site [[[direitos(undamentaisnet (temas $erais de direito
constitucional abordados nessa apostila)
/E75/7/55E $ *L:/? $ A#e0o) Wuest(ona "onst(tu"(ona)(#a#e #e
#(s0os(t(+os #o Estatuto #a Cr(an%a e #o A#o)es"ente
% %ssocia/"o dos Dele$ados de Pol<cia do )rasil (%depol) a#ui>ou %/"o
Direta de Inconstitucionalidade (%DI 96Q7)- no Oupremo Kribunal Federal
(OKF)- contra os parH$ra(os 9V- PV e QV do arti$o 121 do Astatuto da Crian/a
e do %dolescente
Oe$undo a %DI- a norma atacada recon;ece- nos casos de
criminalidade violenta e reitera/"o de atos in(racionais $raves praticados
por menores- a interna/"o como uma medida de priva/"o de liberdade de
Dltima instYncia % %depol destaca ?ue o carHter determinado da senten/a
de interna/"o tra> risco para esses menores in(ratores- bem como n"o se
converte em uma medida de prote/"o = sociedade
BO re(erido arti$o (i'ou- inconstitucionalmente- o limite mH'imo de
priva/"o de liberdade em tr8s anos O parH$ra(o QV estabelece a
obri$atoriedade de se colocar o menor in(rator- em ?ual?uer caso- em
liberdade- assim ?ue este completar 21 anos- sem ?ue o #ui> possa decidir-
atravs de parecer tcnico competente- se ;ouve ou n"o a cessa/"o de
periculosidade do menorC- disse a %depol
% %ssocia/"o di>- tambm- ?ue a norma viola o princ<pio da
proporcionalidade em sentido estrito (arti$o QV- NI2 da Constitui/"o Federal)-
e o devido processo le$al Oendo assim- pede se#a declarada a
inconstitucionalidade dos dispositivos atacados ou ?ue se#a dada
interpreta/"o con(orme a Carta +a$na
Am carHter liminar- a entidade pede a suspens"o da e(icHcia dos
parH$ra(os 9V- PV e QV do arti$o 121 do Astatuto da Crian/a e do
%dolescente
O ATI.IS!O 3UDICIAL
CONSTITUIRSO FEDERAL DE *L8E:
Art. L6 & G vedado ao Poder @udiciHrio con;ecer de ?uest0es
e'clusivamente pol<ticas
Not="(as STF
96
Luarta&(eira- 29 de %bril de 2UU6
Ce)so !e))o #efen#e at(+(smo 1u#("(a) #o Su0remo e 0esWu(sas
"(ent=f("as
O decano do Oupremo Kribunal Federal (OKF)- ministro Celso de +ello-
abriu nesta tarde (29) os discursos pro(eridos na posse do novo presidente
da Corte- ministro ,ilmar +endes Durante Q9 minutos- ele ressaltou o
trabal;o da Corte como $uardi" incondicional da Constitui/"o Federal- disse
?ue n"o se pode censurar o Beventual ativismo #udicialC e'ercido pelo
Oupremo e criticou atos contra prerro$ativas ?ue classi(icou de essenciais-
como a liberdade de pes?uisas cient<(icas BComo todos sabemos- desde
,alileu e Coprnico- a Kerra se move e n"o mais o centro do MniversoC-
disse
Ale ressaltou ?ue os tr8s Poderes da 4epDblica- sem e'ce/"o- devem
respeito = Constitui/"o- ?ue n"o pode ser burlada por conveni8ncia pol<tica
ou pra$matismo institucional BEada mais nocivo- peri$oso e ile$<timo do
?ue elaborar uma Constitui/"o- sem a vontade de (a>8&la cumprir
inte$ralmente- ou- ent"o- de apenas e'ecutH&la com o prop.sito subalterno
de tornH&la aplicHvel somente nos pontos ?ue se mostrarem convenientes
aos des<$nios dos $overnantes- em detrimento dos interesses maiores dos
cidad"osC Oe$undo Celso de +ello- o Oupremo Bn"o se curva a nin$um
nem tolera a prepot8ncia dos $overnantes nem admite os e'cessos e
abusos ?ue emanam de ?ual?uer es(era dos tr8s Poderes da 4epDblicaC-
desempen;ando as suas (un/0es institucionais Bde modo compat<vel com os
estritos limites ?ue l;e tra/ou a pr.pria Constitui/"oC
Contra censuras (eitas pelo Beventual ativismo #udicialC e'ercido pelo
OKF- ele (oi ta'ativo! BPrHticas de ativismo #udicial- embora moderadamente
desempen;adas por esta Corte em momentos e'cepcionais- tornam&se uma
necessidade institucional- ?uando os .r$"os do Poder PDblico se omitem ou
retardam- e'cessivamente- o cumprimento de obri$a/0es a ?ue est"o
su#eitos por e'pressa determina/"o do pr.prio estatuto constitucional- ainda
mais se se tiver presente ?ue o Poder @udiciHrio- tratando&se de
comportamentos estatais o(ensivos = Constitui/"o- n"o pode se redu>ir a
uma posi/"o de pura passividadeC
P Desaf(os
%o (alar sobre a Bcrise de (uncionalidadeC vivenciada pelo @udiciHrio-
Celso de +ello lembrou a importYncia dos institutos da sDmula vinculante e
da repercuss"o $eral e a(irmou ?ue a re(orma da @usti/a uma ?uest"o ?ue
Benvolve- de modo solidHrio- a responsabilidade de todos- tanto dos Poderes
da 4epDblica ?uanto das institui/0es da sociedade civil e dos pr.prios
cidad"osC
Ale elo$iou o trabal;o desenvolvido pela ministra Allen ,racie nos
Dltimos dois anos = (rente da presid8ncia do OKF e (risou o ?uanto a
administra/"o dela adotou medidas para moderni>ar- racionali>ar e a$ili>ar
as prHticas processuais na Corte
Oobre o novo presidente do Oupremo- ,ilmar +endes- o decano
ressaltou as ?ualidades de B$rande #uristaC e Bdoutrinador constitucionalC
Ale a(irmou ?ue n"o (altam a +endes Bt<tulos nem compet8ncia e
?uali(ica/"o- para- #untamente com os demais Poderes da 4epDblica-
(ormular solu/0es- adotar decis0es e implementar medidas ?ue
e(etivamente permitam superar os $rav<ssimos problemas com ?ue se
97
de(ronta- ;o#e- o sistema #udiciHrio nacional- especialmente em rela/"o =
?uest"o da celeridade dos processos #udiciais e da resolu/"o dos lit<$ios em
tempo socialmente ade?uadoC
Celso de +ello re$istrou- ainda- a importYncia de +endes poder
contar com o Bapoio se$uro e competenteC do ministro Ce>ar Peluso- ?ue
;o#e tomou posse na vice&presid8ncia do Oupremo BKen;o certe>a- sen;or
presidente- considerados os atributos ?ue real/am a (i$ura do ministro
Ce>ar Peluso- de ?ue- ao seu lado- estH um #ui> dotado de elevada
?uali(ica/"o e de irrecusHvel (idelidade = causa da @usti/aC
A FIDELIDADE PARTID]RIA
;nfidelidade :artid<ria e =ac>ncia de (andato 2 6
%sseverou&se ?ue o direito reclamado pelos partidos pol<ticos
a(etados pela in(idelidade partidHria n"o sur$iria da resposta ?ue o KOA dera
= Consulta 1976XDF- mas representaria emana/"o direta da pr.pria
Constitui/"o ?ue a esse direito con(eriu realidade e deu suporte le$itimador-
notadamente em (ace dos (undamentos e dos princ<pios estruturantes em
?ue se apoia o Astado DemocrHtico de Direito (CF- art 1V- I- II e 2)
4essaltou&se n"o se tratar de imposi/"o- ao parlamentar in(iel- de san/"o de
perda de mandato- por mudan/a de partido- a ?ual n"o con(i$uraria ato
il<cito- n"o incidindo- por isso- o art QQ da CF- mas de recon;ecimento de
ine'ist8ncia de direito sub#etivo aut:nomo ou de e'pectativa de direito
aut:nomo = manuten/"o pessoal do car$o- como e(eito sist8mico&normativo
da reali>a/"o ;ist.rica da ;ip.tese de des(ilia/"o ou trans(er8ncia
in#usti(icada- entendida como ato culposo incompat<vel com a (un/"o
representativa do ideHrio pol<tico em cu#o nome o parlamentar (oi eleito
%du>iu&se ?ue- em (ace de situa/0es e'cepcionais aptas a le$itimar o
voluntHrio desli$amento partidHrio g a mudan/a si$ni(icativa de orienta/"o
pro$ramHtica do partido e a comprovada perse$ui/"o pol<tica g- ;aver&se&H
de asse$urar- ao parlamentar- o direito de res$uardar a titularidade do
mandato le$islativo- e'ercendo- ?uando a iniciativa n"o (or da pr.pria
a$remia/"o partidHria- a prerro$ativa de (a>er instaurar- perante o .r$"o
competente da @usti/a Aleitoral- procedimento no ?ual- em observYncia ao
princ<pio do devido processo le$al (CF- art QV- NI2 e N2)- se#a a ele poss<vel
demonstrar a ocorr8ncia dessas #usti(icadoras de sua des(ilia/"o partidHria
%(astou&se a ale$a/"o de ?ue o Oupremo estaria usurpando atribui/0es do
Con$resso Eacional- por competir a ele- $uardi"o da Constitui/"o-
interpretH&la e- de seu te'to- e'trair a mH'ima e(icHcia poss<vel De i$ual
modo- re#eitou&se a assertiva de ?ue o prevalecimento da tese consa$rada
pelo KOA desconstituiria todos os atos administrativos e le$islativos para
cu#a (orma/"o concorreram parlamentares in(iis- tendo em conta a
possibilidade da ado/"o da teoria do a$ente estatal de (ato Diante da
mudan/a substancial da #urisprud8ncia da Corte acerca do tema- ?ue vin;a
sendo no sentido da inaplicabilidade do princ<pio da (idelidade partidHria aos
parlamentares empossados- e atento ao princ<pio da se$uran/a #ur<dica-
reputou&se necessHrio estabelecer um marco temporal a delimitar o in<cio
da e(icHcia do pronunciamento da matria em e'ame Eo ponto- (i'ou&se a
data em ?ue o KOA apreciara a Consulta 1976XDF- ou se#a- 2592UU5- ao
(undamento de ?ue- a partir desse momento- tornara&se veemente a
possibilidade de revis"o #urisprudencial- especialmente por ter intervindo-
com votos concorrentes- na?uele procedimento- tr8s +inistros do Oupremo
Eo caso concreto- entretanto- veri(icou&se ?ue todos os parlamentares
desli$aram&se do partido de ori$em- pelo ?ual se ele$eram- e mi$raram
PU
para outras a$remia/0es partidHrias- em datas anteriores = aprecia/"o
da?uela consulta
+O 2JJU2XDF- rel +in Aros ,rau- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU2)
+O 2JJU9XDF- rel +in Celso de +ello- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU9)
+O 2JJUPXDF- rel +in Carmen NDcia- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJUP)
;nfidelidade :artid<ria e =ac>ncia de (andato ? 1
Os +inistros Aros ,rau- 4icardo Ne[ando[sSi e @oa?uim )arbosa
inde(eriram a ordem por (undamentos diversos O +in Aros ,rau considerou
;aver dDvida ra>oHvel a comprometer a li?uide> e certe>a do direito
ale$ado pelo impetrante- ;a#a vista ?ue os parlamentares teriam in(ormado
?ue dei'aram os ?uadros do partido por mudan/a do ideHrio da a$remia/"o
e de perse$ui/0es pol<ticas internas- cu#a apura/"o demandaria ade?uada
instru/"o probat.ria- incab<vel na via eleita %du>iu- ademais- n"o
encontrar- na Constitui/"o Federal- tendo em conta o disposto no seu art
QQ- seus incisos e __ 2V e 9V- preceito do ?ual se pudesse e'trair a a(irma/"o
da compet8ncia do Presidente da CYmara dos Deputados para declarar a
vacYncia e convocar os suplentes- sem prvia mani(esta/"o do PlenHrio ou
da +esa dessa Casa Ne$islativa- e ap.s o pleno e'erc<cio- pelos
parlamentares- de ampla de(esa- aos ?uais- ainda ?ue n"o se aplicassem
a?ueles dispositivos- acudiria o previsto no art QV- N2- da CF 4essaltou-
ainda- ?ue a Constitui/"o n"o prescreve a perda de mandato ao
parlamentar ?ue solicite cancelamento de (ilia/"o partidHria ou- eleito por
uma le$enda- trans(ira&se para outra No 0onto4 es")are"eu Wue a
Emen#a Const(tu"(ona) *7QL estabe)e"(a o 0r(n"=0(o #a f(#e)(#a#e
0art(#Cr(a4 o Wua) +e(o a ser su0r(m(#o 0e)a Emen#a Const(tu"(ona)
/?7H?4 n&o o ten#o a#ota#o a +(gente Const(tu(%&o4 Wue4 no ro)
taGat(+o #e "ausas #e 0er#a #e man#ato e)en"a#as no seu art. ??4
n&o (nser(u a #esf()(a%&o 0art(#Cr(a. Con")u(u Wue a "r(a%&o #e
9(02tese #e 0er#a #e man#ato 0ar)amentar 0e)o 3u#("(Cr(o4 fa<en#o
as +e<es #e Po#er Const(tu(nte #er(+a#o4 afrontar(a os +a)ores
fun#amenta(s #o Esta#o #e D(re(to
+O 2JJU2XDF- rel +in Aros ,rau- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU2)
+O 2JJU9XDF- rel +in Celso de +ello- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU9)
+O 2JJUPXDF- rel +in Carmen NDcia- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJUP)
& O (ato de o Oupremo decidir ?ue o pol<tico ?ue mudar de partido em
determinado pra>o perderH o mandato- caso de (la$rante ativismo #udicial
(n"o previsto no art QQ- da CF) %lm disso- essa postura do Oupremo
atropela a re(orma pol<tica ?ue encontra&se em discuss"o no Con$resso
Eacional
A DE!ARCARSO DA RAPOSA SERRA DO SOL :PET 88HH;
O !(n(stro !ene<es D(re(to4 em +oto$+(sta4 #eterm(nou a
0ro"e#On"(a 0ar"(a) #o 0e#(#o #es#e Wue obe#e"(#as #(+ersas
T"on#(%'esU4 "r(a#as 0or e)e mesmo. O 0ro"esso fo( 1u)ga#o 0e)a
#emar"a%&o "ont=nua4 res0e(ta#as as "on#(%'es.
PLEN]RIO
P1
Demar"a%&o #e Terras In#=genas: Ra0osa7Serra #o So) *8
Am conclus"o- o Kribunal- por maioria- #ul$ou parcialmente
procedente pedido (ormulado em a/"o popular a#ui>ada por Oenador da
4epDblica contra a Mni"o- em ?ue se impu$nava o modelo cont<nuo de
demarca/"o da Kerra Ind<$ena 4aposaXOerra do Ool- situada no Astado de
4oraima- e pleiteava a declara/"o de nulidade da Portaria Q9PX2UUQ- do
+inistro de Astado da @usti/a- e do Decreto ;omolo$at.rio de 1QP2UUQ- do
Presidente da 4epDblica g v In(ormativos Q15 e Q92 Ea sess"o de
1792UU7- o Kribunal- inicialmente- em vota/"o ma#oritHria- re#eitou
?uest"o de ordem suscitada por representante de comunidade ind<$ena
assistente- no sentido de renova/"o da oportunidade de sustenta/"o oral
das partes- em (ace de novos (atos sur$idos no #ul$amento-
consubstanciados nas condi/0es submetidas = aprecia/"o da Corte no voto&
vista do +in +ene>es Direito 2encido- no ponto- o +in @oa?uim )arbosa-
?ue acol;ia a ?uest"o de ordem- ao (undamento de ?ue as re(eridas
condi/0es inovariam radicalmente em rela/"o ao ?ue proposto na a/"o
popular- n"o se tendo debatido sobre elas em nen;um momento no curso
do processo Pet 9966X44- rel +in Carlos )ritto- 16 e 1792UU7 (Pet&9966)
Demar"a%&o #e Terras In#=genas: Ra0osa7Serra #o So) $ *6
Luanto ao mrito- prevaleceu o voto do +in Carlos )ritto- relator-
?ue assentou a condi/"o ind<$ena da Hrea demarcada como 4aposaXOerra
do Ool- em sua totalidade- tendo o Kribunal aprovado- ainda- a partir das
e'plicita/0es (eitas pelo +in +ene>es Direito- as se$uintes condi/0es! 1) o
usu(ruto das ri?ue>as do solo- dos rios e dos la$os e'istentes nas terras
ind<$enas (CF- art 291- _ 2V) pode ser relativi>ado sempre ?ue ;ouver-
como disp0e o art 291- _ JV- da CF- relevante interesse pDblico da Mni"o- na
(orma de lei complementar; 2) o usu(ruto dos <ndios n"o abran$e o
aproveitamento de recursos ;<dricos e potenciais ener$ticos- ?ue
dependerH sempre da autori>a/"o do Con$resso Eacional; 9) o usu(ruto dos
<ndios n"o abran$e a pes?uisa e lavra das ri?ue>as minerais- ?ue dependerH
sempre de autori>a/"o do Con$resso Eacional- asse$urando&se&l;es a
participa/"o nos resultados da lavra- na (orma da lei; P) o usu(ruto dos
<ndios n"o abran$e a $arimpa$em nem a (aisca/"o- devendo- se (or o caso-
ser obtida a permiss"o da lavra $arimpeira; Q) o usu(ruto dos <ndios n"o se
sobrep0e ao interesse da Pol<tica de De(esa Eacional; a instala/"o de bases-
unidades e postos militares e demais interven/0es militares- a e'pans"o
estrat$ica da mal;a viHria- a e'plora/"o de alternativas ener$ticas de
cun;o estrat$ico e o res$uardo das ri?ue>as de cun;o estrat$ico- a
critrio dos .r$"os competentes (+inistrio da De(esa e Consel;o de De(esa
Eacional)- ser"o implementados independentemente de consulta =s
comunidades ind<$enas envolvidas ou = FME%I; J) a atua/"o das For/as
%rmadas e da Pol<cia Federal na Hrea ind<$ena- no Ymbito de suas
atribui/0es- (ica asse$urada e se darH independentemente de consulta =s
comunidades ind<$enas envolvidas ou = FME%I; 5) o usu(ruto dos <ndios n"o
impede a instala/"o- pela Mni"o Federal- de e?uipamentos pDblicos- redes
de comunica/"o- estradas e vias de transporte- alm das constru/0es
necessHrias = presta/"o de servi/os pDblicos pela Mni"o- especialmente os
de saDde e educa/"o; 6) o usu(ruto dos <ndios na Hrea a(etada por unidades
de conserva/"o (ica sob a responsabilidade do Instituto C;ico +endes de
Conserva/"o da )iodiversidade; 7) o Instituto C;ico +endes de Conserva/"o
da )iodiversidade responderH pela administra/"o da Hrea da unidade de
P2
conserva/"o tambm a(etada pela terra ind<$ena com a participa/"o das
comunidades ind<$enas- ?ue dever"o ser ouvidas- levando&se em conta os
usos- as tradi/0es e os costumes dos ind<$enas- podendo para tanto contar
com a consultoria da FME%I; 1U) o trYnsito de visitantes e pes?uisadores
n"o&<ndios deve ser admitido na Hrea a(etada = unidade de conserva/"o nos
;orHrios e condi/0es estipulados pelo Instituto C;ico +endes de
Conserva/"o da )iodiversidade; 11) devem ser admitidos o in$resso- o
trYnsito e a perman8ncia de n"o&<ndios no restante da Hrea da terra
ind<$ena- observadas as condi/0es estabelecidas pela FME%I; 12) o in$resso-
o trYnsito e a perman8ncia de n"o&<ndios n"o podem ser ob#eto de cobran/a
de ?uais?uer tari(as ou ?uantias de ?ual?uer nature>a por parte das
comunidades ind<$enas; 19) a cobran/a de tari(as ou ?uantias de ?ual?uer
nature>a tambm n"o poderH incidir ou ser e'i$ida em troca da utili>a/"o
das estradas- e?uipamentos pDblicos- lin;as de transmiss"o de ener$ia ou
de ?uais?uer outros e?uipamentos e instala/0es colocadas a servi/o do
pDblico- ten;am sido e'clu<dos e'pressamente da ;omolo$a/"o ou n"o; 1P)
as terras ind<$enas n"o poder"o ser ob#eto de arrendamento ou de ?ual?uer
ato ou ne$.cio #ur<dico ?ue restrin#a o pleno e'erc<cio do usu(ruto e da
posse direta pela comunidade ind<$ena ou pelos <ndios; 1Q) vedada- nas
terras ind<$enas- a ?ual?uer pessoa estran;a aos $rupos tribais ou
comunidades ind<$enas- a prHtica da ca/a- pesca ou coleta de (rutas- assim
como de atividade a$ropecuHria e'trativa; 1J) as terras sob ocupa/"o e
posse dos $rupos e das comunidades ind<$enas- o usu(ruto e'clusivo das
ri?ue>as naturais e das utilidades e'istentes nas terras ocupadas-
observado o disposto nos arti$os P7- 12I- e 291- _ 9V- da Constitui/"o da
4epDblica- bem como a renda ind<$ena- $o>am de plena imunidade
tributHria- n"o cabendo a cobran/a de ?uais?uer impostos- ta'as ou
contribui/0es sobre uns ou outros; 15) vedada a amplia/"o da terra
ind<$ena #H demarcada; 16) os direitos dos <ndios relacionados =s suas
terras s"o imprescrit<veis e estas s"o inalienHveis e indispon<veis; 17)
asse$urada a participa/"o dos entes (ederados no procedimento
administrativo de demarca/"o das terras ind<$enas- encravadas em seus
territ.rios- observada a (ase em ?ue se encontrar o procedimento
Determinou&se- por (im- a e'ecu/"o imediata do ac.rd"o-
independentemente da sua publica/"o- (icando cassada a medida cautelar
concedida na a/"o cautelar 2UU7X44- por meio da ?ual se suspendera a
desintrus"o dos n"o&<ndios das Hreas demarcadas Deliberou&se- ainda- ?ue
a supervis"o da e'ecu/"o caberH ao +in Carlos )ritto- relator- ?ue (arH
essa e'ecu/"o em entendimento com o Kribunal 4e$ional Federal da 1
4e$i"o- especialmente o seu Presidente Pet 88HH7RR4 re). !(n. Car)os
Kr(tto4 *H e *L.8./55L. :Pet$88HH;
Demar"a%&o #e Terras In#=genas: Ra0osa7Serra #o So) $ *?
Luanto = condi/"o 15- (i>eram ressalva os +inistros Carlos )ritto-
relator- Aros ,rau e Carmen NDcia O relator- no ponto- tendo em conta o
marco temporal adotado pela maioria da Corte- admitia a amplia/"o de
terras ind<$enas demarcadas antes da Constitui/"o de 1766 Ficaram
vencidos os +inistros @oa?uim )arbosa- ?ue #ul$ava o pedido improcedente-
e +arco %urlio- ?ue o #ul$ava procedente O +in +arco %urlio-
preliminarmente- declarava a nulidade do processo- apontando a aus8ncia
de! 1) cita/"o das autoridades ?ue editaram a Portaria Q9PX2UUQ e o
Decreto ;omolo$at.rio; 2) cita/"o do Astado de 4oraima e dos +unic<pios
de Miramut"- Pacaraima e Eormandia; 9) interven/"o oportuna do +inistrio
PDblico na instru/"o da a/"o popular; P) cita/"o de todas as etnias
P9
ind<$enas; Q) produ/"o de provas; J) intima/"o dos detentores de t<tulo de
propriedade 4elativamente ao mrito- (i'ava os se$uintes parYmetros para
uma nova a/"o administrativa demarcat.ria- ao (undamento de ser nula a
anterior! 1) audi/"o de todas as comunidades ind<$enas e'istentes na Hrea
a ser demarcada; 2) audi/"o de posseiros e titulares de dom<nio
consideradas as terras envolvidas; 9) levantamento antropol.$ico e
topo$rH(ico para de(inir a posse ind<$ena- tendo&se como termo inicial a
data da promul$a/"o da Constitui/"o Federal- dele participando todos os
inte$rantes do $rupo interdisciplinar- ?ue deveriam subscrever o laudo a ser
con(eccionado; P) em conse?\8ncia da premissa constitucional de se levar
em conta a posse ind<$ena- a demarca/"o deveria se (a>er sob tal Yn$ulo-
a(astada a abran$8ncia ?ue resultou da primeira- ante a inde(ini/"o das
Hreas- ou se#a- a (orma cont<nua adotada- com participa/"o do Astado de
4oraima bem como dos +unic<pios de Miramut"- Pacaraima e Eormandia no
processo demarcat.rio; Q) audi/"o do Consel;o de De(esa Eacional ?uanto
=s Hreas de (ronteira Pet 9966X44- rel +in Carlos )ritto- 16 e 1792UU7
& Astava em discuss"o se a demarca/"o seria por il;as ou cont<nua Assa
uma op/"o totalmente pol<tica Ant"o o OKF decidiu ?uais seriam os
re?uisitos para demarca/"o de Hrea ind<$ena- para ?ue o A'ecutivo pudesse
proceder Krata&se de mais um caso de ativismo #udicial
USO DE AL>E!AS
& (IC 717Q2) * O Kribunal basicamente restrin$iu o uso das al$emas a
poucas ;ip.teses Adi/"o da ODmula nV 11
& +ais um caso de ativismo #udicial (sDmula vinculante 11) Krata&se de
ativismo- pois o OKF proibiu um uso de al$emas- sem con;ecer
ade?uadamente a realidade do uso da necessidade de al$emas
/,mula Hinculante BB do 234 1 25 l"cito o uso de algemas em caso de
resist)ncia e de fundado receio de fuga ou de perigo 6 integridade f"sica
pr5pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, $ustificada a
e(cepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil
e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da priso ou do ato
processual a !ue se refere, sem pre$u"zo da responsabilidade civil do
'stado.
$ DIREITO CO!PARADO!
a- Caso Dred Scott s! Standford !"#$%
& Caso emblemHtico de como o ativismo #udicial pode ser perverso para uma
sociedade
& Foi #ul$ado em 16Q5- nos AM%
& Os AM% se dividiram em estados do norte e do sul- atravs de uma lin;a
ima$inHria Firmou&se um compromisso di>endo ?ue poderia ;aver
escravid"o somente nas col:nias do sul- nas no norte n"o Dred Ocott era
escrava e morava no sul #unto com seus proprietHrios Oeu proprietHrio
PP
via#ou para o norte e o levou Eo norte- seu proprietHrio morreu Oua esposa
n"o se interessou por ser proprietHria Ocott voltou para o sul e come/ou a
trabal;ar Ant"o- o irm"o da esposa de seu proprietHrio in$ressou na #usti/a
pleiteando os salHrios de Ocott Am Ymbito estadual o #ui> disse ?ue Ocott
era livre e assim deveria permanecer (once free, always free) % suprema
corte (icou de decidir se Ocott era escravo ou n"o % suprema corte- ent"o-
indo alm da ?uest"o posta em #ul$amento- numa postura totalmente
ativista- decidiu ?ue n"o s. Ocott permanecia escravo- e din;eiro deveria se
entre$ue a Otand(ord- e disse ainda ?ue ?ual?uer tentativa de limitar a
escravid"o no pa<s era (la$rantemente inconstitucional- por?ue o(endia do
direito de propriedade- em rela/"o = propriedade de escravos por cidad"os
norte&americanos Assa (oi a se$unda ve> em ?ue ;ouve a declara/"o de
inconstitucionalidade de uma lei nos AM% O primeiro (oi no caso +ar$ue vs
+attison- em 16U9 Pior decis"o da suprema corte Assa decis"o (oi
problemHtica por?ue levou = $uerra civil Os estados do norte se revoltaram
e conse$uiram ele$er um abolicionista (%bra;am Nincoln)- eleito
basicamente pelos estados do norte % resposta dos estados do sul (oi a sua
sa<da de (edera/"o e (orma/"o de uma con(edera/"o e- em se$uida- a
decreta/"o de $uerra contra o restante dos AM% 4esultado- um ter/o da
popula/"o (oi di>imada por causa da?uela decis"o #udicial Mma cultura e
uma lei n"o podem ser mudadas por uma decis"o #udicial
& G preciso muito cuidado com o ativismo #udicial Luem tem ?ue e'i$ir o
cumprimento das pol<ticas pDblicas- mediante a devida atividade le$i(erante
do Ne$islativo e cumprimento por parte do A'ecutivo- a popula/"o- ?ue
?uem tem le$itimidade para isso- e para isso deveria se mobili>ar
b- Caso @nited States s :aradise !&"$% ' (pto de )eguran*a +,blica
do -stado do .labama/ 0..1+/ 2uiz implementou cotas raciais, para cada
contrata*3o de um branco, deveria entrar um negro/
.II NOR^ES K]SICAS DE DIREITOS FUNDA!ENTAIS
I D(re(tos Fun#amenta(s
& Ner os te'tos correlatos Q- 6 e 7 O te'to cinco #H (oi dado Ner os te'tos 6 e
7 pre(erencialmente
*. Intro#u%&o. A(st2r(a. D(+ers(#a#e #e Correntes sobre os D(re(tos
Natura(s
*.*. Luestiona&se a le$itimidade do Direito Positivo ?ue imposto aos
;omens
PQ
Au)a 5L $
5L75?7/5**
& Iistoricamente estH relacionado aos direitos naturais- a?ueles inerentes =
condi/"o ;umana
& 4elaciona&se =?uilo ?ue eterno- universal- transcendental- imutHvel
& % ideia de direitos naturais remonta a mil;ares de anos Oua #usti(icativa #H
se modi(icou ao lon$o do tempo O"o vHrias teorias
*./. % Es"o)Cst("a de O"o KomHs de %?uino * Os Direitos Eaturais com
(undamento reli$ioso * os ;omens (oram criados = ima$em e semel;an/a
de Deus- de modo ?ue possuem direitos inerentes = pr.pria nature>a
;umana Kais direitos deveriam subordinar o direito positivo- pois se
acreditava ?ue B4ex in5usta non lex estC
& Krata&se de (undamento reli$ioso de direitos (undamentais- ?ue prev8
direitos inalienHveis do ;omem
*.8. % Ascola C)Css("a de Direitos Eaturais * os DE dei'am de ter conteDdo
reli$ioso- passam a ser (undamentados na ra>"o ;umana Keorias
Contratualistas * a no/"o de Contrato So"(a) (os ;omens viviam em um
Astado de Eature>a at o advento da propriedade privada- ?uando o retorno
ao estado inicial se tornou imposs<vel Os ;omens ent"o se reuniram e
(i>eram um BContrato OocialC por meio do ?ual se instituiu o Astado para
(ins de preservar a liberdade e $arantir a i$ualdade entre os ;omens) O
(undamento do Astado seria- ent"o- o Contrato Oocial- e- por isso- direitos
como liberdade- propriedade- i$ualdade poderiam ser opostos contra o
Astado
& Anvolve as teorias contratualistas de (orma/"o do Astado ,eralmente
iluministas A'istem vHrias teorias contratualistas
& Por essa teoria- o Astado seria criado mediante um contrato social %l$uns
dos de(ensores das teorias contratualistas!
Rousseau * o ;omem vivia em estado de nature>a * o estado em ?ue
os ;omens eram livres- uma vis"o buc.lica do ser ;umano Ale ac;ava ?ue
os ;omens viviam de maneira pura- em ;armonia etc Antende ?ue essa
vis"o buc.lica do ser ;umano (oi ?uebrado ?uando o primeiro indiv<duo
inventou der cercar a sua propriedade- tra>endo o mal para a sociedade Am
sua vis"o- o maior mal para a sociedade (oi a cria/"o da propriedade-
$erando con(litos- con(us"o etc Antende ?ue ?uando sur$em os con(litos-
necessHrio ?ue as pessoas se reDnam e criem um terceiro ente para mediar
os con(litos e or$ani>ar a sociedade Isso seria (eito mediante contrato
social em ?ue tais pessoais depositariam le$itimidade
& % partir da?ui o poder passa a pertencer ao povo- devendo prevalecer a
vontade desse povo e os interesses da coletividade
Aobbes * em sua vis"o o Astado sur$iu para ?ue os ;omens n"o se
matem- procurando evitar a barbHrie e a imposi/"o do mais (raco sobre o
mais (orte (evitar o estado de $uerra) Da< a necessidade de um contrato
social ?ue tente evitar esse estado de $uerra O ;omem precisa ter o seu
estado de nature>a controlado % pro(essora concorda com Iobbes
& O contratualismo vai in(luenciar todas as revolu/0es liberais do sculo
12III
PJ
*.6. In(lu8ncia do Contratualismo na De")ara%&o #e D(re(tos #o Kom
Po+o #a .(rg=n(a4 #e *EEQ (O arti$o 1V proclama ?ue todos os ;omens
s"o livres por nature>a e possuem direitos inatos ?ue n"o se despo#am- ao
passarem a viver em sociedade) e na De")ara%&o #os D(re(tos #o
Aomem e #o C(#a#&o #e *EHL (%rti$o 2V! a (inalidade de toda associa/"o
pol<tica a conserva/"o dos direitos naturais e imprescrit<veis do ;omem)
*.?. Outros documentos ?ue podem ser citados como e'emplos relativos de
prote/"o aos Direitos Fundamentais! !agna Carta #e */*? (prote/"o a
direitos de nobres) e o K()) of R(g9ts de 1J67
/. Const(tu"(ona)(smo
/.*. >era%'es #e D(re(tos Fun#amenta(s:
& Io#e o ?ue se entende de direitos (undamentais estH li$ado ao
constitucionalismo moderno- mais especi(icamente acerca da necessidade
de limitar o poder para asse$urar os direitos (undamentais
& %tualmente se (ala mais em Bdimens"oC do ?ue em B$era/"oC +as- na
verdade- o termo irrelevante
T D(re(tos #e Pr(me(ra >era%&o :CI.IS E POL[TICOS; Obr(ga%&o #e
N&o$Fa<er * DI4AIKOO DA NI)A4D%DA
& Constitui/"o liberal * ?ue ?ueria de(ender o indiv<duo em (ace d a atua/"o
e'cessiva do Astado (Astado absolutista) Niberdade de ir e vir- liberdade de
e'press"o etc
& %?ui o Astado ad?uire a obri$a/"o de (icar ausente Astado m<nimo
Observe&se ?ue atualmente estH&se vivendo uma espcie de retorno do
Astado interventor
& IH ?ue se ter um cuidado especial com a clHusula $eral de interesse
pDblico- sob pena de interven/"o e'a$erada do Astado
& % t:nica do estado liberal ?ue este m<nimo e as liberdades individuais
s"o maiores
T D(re(tos #e Segun#a >era%&o :ECON_!ICOS4 SOCIAIS E
CULTURAIS; Obr(ga%&o #e Fa<er * DI4AIKOO DA I,M%ND%DA
& %?ui o Astado passa a ter obri$a/"o de (a>er %$ora dese#a&se ?ue o
Astado interven;a para tentar resolver as desi$ualdades- da< serem
con;ecidos por direitos de i$ualdade %?ui se insere a ideia de Astado
social
& Procura tratar os desi$uais na medida de suas desi$ualdades
& % t:nica do estado social ?ue ele enorme e o indiv<duo pe?ueno
& % car$a tributHria alta- a (im de poder sustentar a motiva/"o social do
Astado
& G o estado tirando de al$uns a (im de o(erecer a todos
P5
T D(re(tos #e Ter"e(ra >era%&o :DIREITOS DE TITULARIDADE DIFUSA
OU COLETI.A; * DI4AIKOO DA F4%KA4EID%DA
& Direitos ao meio ambiente ecolo$icamente e?uilibrado- consumo se$uro e
e(ica> etc
T D(re(tos #e Fuarta >era%&o Ce)so Lafer4 Pau)o Kona+(#es
:DIREITO \ PAZ4 \ AUTODETER!INARSO DOS PO.OS;
& Oeria a .tica internacional dos direitos (undamentais
& %utodetermina/"o dos povos * ?uer di>er direito de (ormar uma
comunidade e lutar por sua independ8ncia Asta Ble$itimariaC at mesmo
uma $uerra
& +uito pr.prio de pa<ses em ?ue ;H con(litos tnicos- e'! )l$ica
(atualmente)
NS 114M5 L SO " ST8 OAI;8 NAC0A08 0= S=BI?ACSA ?elator(a):
Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 36L46L4FFK Ur*o Gul*ador:
@?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"47"44"4FFK OO"3F16M =N=C@
!8;"6426F"6K OO"644KK
=N=C@A: ?=78?NA AB?A?A " NU!=; ?I?A; S@IA08 C8
OAC@ACA; NA@8"B?8SS=CS= " 0=SAO?8O?AST8"SACST8 (>7,
A?@. 425) " O8SSE;0A0= W (...) O8SSE;0A0= GI?_0>A 0=
=:O?8O?AST8 0= NU!=S ?I?AS C=;= S@IA08S, OA?A
7CS 0= ?=78?NA AB?A?A. " A C8?NA CS>?@A C8 A?@. 11K,
OA?AB?A78 5., 0A >8CS@@IST8 CT8 A@IA, =N @=S=, >8N8
NO=0N=C@8 GI?_0>8 A =7=@!AST8, O=;A ICT8 7=0=?A;,
0= A@!0A0= =:O?8O?A@8?A 0=S@CA0A A O?8N8!=? = A
=:=>I@A? O?8G=@8S 0= ?=78?NA AB?A?A CAS A?=AS
?=7=?0AS C=SS= O?=>=@8 >8CS@@I>8CA;, C8@A0AN=C@=
C8S NU!=S ?I?AS S@IA08S C8 OAC@ACA; NA@8"
B?8SS=CS=. A O?8O?A >8CS@@IST8 0A ?=OIE;>A, A8
NO8? A8 O80=? OIE;>8 8 0=!=? 0= 7A^=? ?=SO=@A? A
C@=B?0A0= 08 OA@?NgC8 ANE=C@A;, CT8 8 CE=,
QIAC08 C=>=SSA?A A C@=?!=CST8 =S@A@A; CA =S7=?A;
08NCA; O?!A0A, 0= O?8N8!=? A 0=SAO?8O?AST8 0=
NU!=S ?I?AS OA?A 7CS 0= ?=78?NA AB?A?A,
=SO=>A;N=C@= O8?QI= IN 08S CS@?IN=C@8S 0=
?=A;^AST8 0A 7ICST8 S8>A; 0A O?8O?=0A0= >8CSS@=,
O?=>SAN=C@=, CA SIENSSA8 08 08N_C8 A C=>=SS0A0=
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CA@I?AS 0SO8C!=S = 0= 7A^=? O?=S=?!A? 8 =QI;E?8
08 N=8 ANE=C@= (>7, A?@. 42M, ), S8E O=CA 0=, =N
0=S>INO?C08 =SS=S =C>A?B8S, =:O8?"S= A
0=SAO?8O?AST8"SACST8 AQI= S= ?=7=?= 8 A?@. 425 0A ;=
7IC0AN=C@A;. A QI=S@T8 08 0?=@8 A8 N=8 ANE=C@=
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B=?AST8 " O?C>_O8 0A S8;0A?=0A0=. " 8 0?=@8 A
C@=B?0A0= 08 N=8 ANE=C@= " @O>8 0?=@8 0=
@=?>=?A B=?AST8 " >8CS@@I O?=??8BA@!A GI?_0>A 0=
@@I;A?0A0= >8;=@!A, ?=7;=@C08, 0=C@?8 08 O?8>=SS8
0= A7?NAST8 08S 0?=@8S [INAC8S, A =:O?=SSA8
SBC7>A@!A 0= IN O80=? A@?EI08, CT8 A8 C0!0I8
P6
0=C@7>A08 =N SIA SCBI;A?0A0=, NAS, CIN S=C@08
!=?0A0=?AN=C@= NAS AE?ACB=C@=, A O?8O?A
>8;=@!0A0= S8>A;. =CQIAC@8 8S 0?=@8S 0= O?N=?A
B=?AST8 (0?=@8S >!S = O8;@>8S) " QI= >8NO?==C0=N
AS ;E=?0A0=S >;ASS>AS, C=BA@!AS 8I 78?NAS "
?=A;>AN 8 O?C>_O8 0A ;E=?0A0= = 8S 0?=@8S 0=
S=BIC0A B=?AST8 (0?=@8S =>8C8N>8S, S8>AS =
>I;@I?AS) " QI= S= 0=C@7>A >8N AS ;E=?0A0=S
O8S@!AS, ?=AS 8I >8C>?=@AS " A>=C@IAN 8 O?C>_O8 0A
BIA;0A0=, 8S 0?=@8S 0= @=?>=?A B=?AST8, QI=
NA@=?A;^AN O80=?=S 0= @@I;A?0A0= >8;=@!A
A@?EI08S B=C=?>AN=C@= A @80AS AS 78?NAS]=S
S8>AS, >8CSAB?AN 8 O?C>_O8 0A S8;0A?=0A0= =
>8CS@@I=N IN N8N=C@8 NO8?@AC@= C8 O?8>=SS8 0=
0=S=C!8;!N=C@8, =:OACSA8 = ?=>8C[=>N=C@8 08S
0?=@8S [INAC8S, >A?A>@=?^A08S, =CQIAC@8 !A;8?=S
7IC0AN=C@AS C0SO8C!=S, O=;A C8@A 0= INA
=SS=C>A; C=:AI?E;0A0=. >8CS0=?AS]=S
08I@?CA?AS.
& O OKF adota essa classi(ica/"o
8. Cara"ter=st("as
& A'istem vHrias caracter<sticas Oer"o abordadas as principais
8.*. D(re(tos un(+ersa(s e abso)utos
& %s limita/0es normativas e as limita/0es con(ormadoras dos Direitos
Fundamentais
& BuniversaisC * no sentido de ?ue pertencem a todos
& % pro(essora pre(ere a Keoria do direito natural de conteDdo variHvel!
%pesar da ideia de ser inerente = condi/"o ;umana- a (orma de e'ercer
(conteDdo) esses direitos serH di(erente dependendo do povo- ou do pa<s
Portanto- o princ<pio ou direito (undamental n"o seria universal em rela/"o a
seu conteDdo- mas ?ue seria relativi>ado Am se tratando de princ<pios e
direitos (undamentais necessHrio conte'tuali>ar Ou se#a- depende do
povo- ou do pa<s onde se aplica ()arroso de(ende essas ideias)
& Kais direitos tambm n"o s"o necessariamente absolutos- pois todos os
direitos podem ser relativi>ados- mesmo o direito = vida
8./. A(stor("(#a#e
& G a ideia de ?ue os direitos (undamentais t8m ?ue ser ;istoricamente
conte'tuali>ados (conte'to social- cronol.$ico etc)
& Kra> a ideia tambm de ?ue os direitos (undamentais v8m evoluindo ao
lon$o dos tempos
8.8. Ina)(enab()(#a#e e (n#(s0on(b()(#a#e
P7
& % pessoa n"o pode renunciar a todos os direitos (undamentais Pode (a>er
uma renDncia relativa ou momentYnea dependendo da situa/"o em ?ue se
estH no momento Portanto- renDncias pontuais s"o permitidas
& % ideia de indispon<vel tambm depende de cada comunidade
& Ideia de di$nidade da pessoa ;umana * venda de partes do corpo- por
e'emplo
& Constitui/"o Federal *
Art. 4FF. A assist+ncia sa)de livre iniciativa 'rivada.
(...)
P 5 " A lei dis'or# sobre as condi9es e os requisitos que %acilitem a
remoo de -r*os, tecidos e subst<ncias humanas 'ara %ins de trans'lante,
'esquisa e tratamento, bem como a coleta, 'rocessamento e trans%uso de
san*ue e seus derivados, sendo vedado todo ti'o de comerciali(ao.
AD8 FIB! ; E/ 5 E/0K38T+ /ANT+ A>?+ D83ETA DE
8N6+N/T8T=68+NA<8DADE 3elator@aA) Min. E3+/ 43A=
2ul$amento) BI;D!;!DD9 Er$o 2ul$ador) Tribunal 0leno
EMENTA) A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE. <E8
N. :.:F:;!DDG, D+ E/TAD+ D+ E/0K38T+ /ANT+. 4A3ANT8A DE
ME8A ENT3ADA A+/ D+AD+3E/ 3E4=<A3E/ DE /AN4=E.
A6E//+ A <+6A8/ 0LM<86+/ DE 6=<T=3A E/0+3TE E
<ANE3. 6+M0ETON68A 6+N6+33ENTE ENT3E A =N8?+,
E/TAD+/5MEMM3+/ E + D8/T38T+ 7EDE3A< 0A3A <E48/<A3
/+M3E D83E8T+ E6+NPM86+. 6+NT3+<E DA/ D+A>QE/ DE
/AN4=E E 6+M03+HANTE DA 3E4=<A38DADE. /E63ETA38A
DE E/TAD+ DA /ALDE. 6+N/T8T=68+NA<8DADE. <8H3E
8N868AT8HA E +3DEM E6+NPM86A. ME36AD+.
8NTE3HEN>?+ D+ E/TAD+ NA E6+N+M8A. A3T84+/ BR, FR, B:D
E BCC, S GR DA 6+N/T8T=8>?+ D+ M3A/8<. B. T certo que a ordem
econUmica na 6onstituio de B.CVV de"ine opo por um sistema no
qual (o$a um papel primordial a livre iniciativa. Essa circunst.ncia no
le$itima, no entanto, a assertiva de que o Estado s1 intervir na
economia em situaWes e%cepcionais. Muito ao contrrio. !. Mais do que
simples instrumento de $overno, a nossa 6onstituio enuncia
diretrizes, pro$ramas e "ins a serem realizados pelo Estado e pela
sociedade. 0ostula um plano de ao $lobal normativo para o Estado e
para a sociedade, in"ormado pelos preceitos veiculados pelos seus
arti$os BR, FR e B:D. F. A livre iniciativa - e%presso de liberdade titulada
no apenas pela empresa, mas tamb-m pelo trabal'o. 0or isso a
6onstituio, ao contempl5la, co$ita tamb-m da Xiniciativa do
EstadoX* no a privile$ia, portanto, como bem pertinente apenas &
empresa. G. A 6onstituio do Mrasil em seu arti$o BCC, S GR, veda todo
tipo de comercializao de san$ue, entretanto estabelece que a lei
in"raconstitucional dispor sobre as condiWes e requisitos que "acilitem
a coleta de san$ue. I. + ato normativo estadual no determina
recompensa "inanceira & doao ou estimula a comercializao de
san$ue. 9. Na composio entre o princpio da livre iniciativa e o direito
& vida ' de ser preservado o interesse da coletividade, interesse p,blico
primrio. :. Ao direta de inconstitucionalidade (ul$ada improcedente.
QU
& %?ui o OKF entendeu ?ue n"o era comerciali>a/"o de san$ue- mas apenas
um incentivo
8.6. .(n"u)a%&o #os Po#eres P@b)("os
T As0e"to 0o)Om("o! a proibi/"o do retrocesso (A(eito Cli?uet) Cr<tica a
essa teoria O en$essamento constitucional % Keoria da 4eserva do
Poss<vel
a) % tese ainda n"o convenceu totalmente o OKF * ver %c.rd"os da %DI 91UP
e 4A P1J625;
b) +as #H c;e$ou a ser utili>ado como (undamento de votos * ver 4A
97626P e +O 2P65Q
& Os direitos (undamentais vinculam os poderes pDblicos e tambm a
determinadas atua/0es e direitos de particulares
& A(eito Cli?uet G poss<vel retirar direitos (undamentais #H con?uistados
(retrocesso)] Assa teoria do retrocesso sur$iu em rela/"o a direitos
coletivos- na %leman;a O. se aplica a direitos sociais % supress"o de
direitos (undamentais n"o totalmente proibida (ver art 15- %DCK CF) E"o
adotada no )rasil % proibi/"o de retrocesso se aplica a direitos sociais
con?uistados
8.?. A0)("ab()(#a#e (me#(ata (%rti$o QV- _1V! %s normas de(inidoras dos
direitos e $arantias (undamentais t8m aplica/"o imediataC)
& 2Hrios direitos ainda n"o t8m aplica/"o imediata por?ue depende de lei
?ue ainda n"o (oi criada
8.Q. Const(tu"(ona)(<a%&o * ImportYncia relativa! o parH$ra(o 2V do arti$o
QV! TOs #(re(tos e garant(as eG0ressos nesta Const(tu(%&o n&o
eG")uem outros #e"orrentes #o reg(me e #os 0r(n"=0(os 0or e)a
a#ota#os4 ou #os trata#os (nterna"(ona(s em Wue a Re0@b)("a
Fe#erat(+a #o Kras() se1a 0arteU % di(erencia/"o entre Direitos
Fundamentais e Direitos Iumanos criada pelo Oupremo Kribunal Federal * a
?uest"o da ;ierar?uia dos Kratados % inser/"o do parH$ra(o terceiro no
%rti$o QV pela AC nV PQX2UUP!
Art. K, P3, >7: +s tratados e convenWes internacionais sobre direitos
'umanos que "orem aprovados, em cada 6asa do 6on$resso Nacional,
em dois turnos, por trYs quintos dos votos dos respectivos membros,
sero equivalentes &s emendas constitucionais.
Q1
Au)a *5 $
*575?7/5**
& Asse parH$ra(o terceiro um avan/o ou um retrocesso- na opini"o do OKF]
Lual a vis"o atual do OKF sobre tratados anteriores = emenda constitucional
PQ]
& Oer"o considerados constitucionais os direitos inseridos na constitui/"o A
ser"o considerados direitos ;umanos- os direitos (undamentais de Ymbito
internacional- previstos em tratados etc
& %ntes da emenda PQ ;avia uma dDvida ?uanto = posi/"o dos tratados
internacionais no ordenamento #ur<dico nacional Ea vis"o de ,alindo
(inte$rante dos internacionalistas) antes da emenda os tratados eram
incorporados como norma constitucional O OKF- contudo- mesmo depois da
emenda PQ- sempre entendeu- con(orme posicionamento descrito abai'o-
?ue os tratados deviam ser incorporados ao ordenamento como lei
ordinHria 2er art QV- N12II- CF % (inalidade da pris"o civil do depositHrio
in(iel (or/ar o devedor a e(etuar o pa$amento Krata&se de norma
constitucional ori$inHria- ?ue impass<vel de declara/"o de
inconstitucionalidade- nos termos do art JU- _ PV- CF % ?uest"o do
depositHrio in(iel (oi ainda mais complicada pois ;avia um decreto ?ue
re$ulamentava a pris"o civil (Decreto&Nei 711XJ7) Krata&se de norma
especial ?ue deve prevalecer sobre norma $eral O OKF entendeu ?ue a
aliena/"o (iduciHria em $arantia era uma espcie de contrato de dep.sito
A' compra de um carro (inanciado * a?ui o ve<culo (ica no nome do banco-
e o consumidor um mero depositHrio do bem en?uanto pa$a por ele O
outro tipo de contrato de dep.sito do depositHrio propriamente dito (cu#o
depositHrio inadimplente con;ecido por BdepositHrio in(ielC) % assinatura
e incorpora/"o do Pacto Oan @os de Costa 4ica ao ordenamento #ur<dico
brasileiro n"o impede a pris"o civil do depositHrio in(iel- em ?ual?uer dos
casos acima
& Oemel;ante situa/"o ocorreu com a conven/"o 1Q6 da OIK
& %tualmente- a posi/"o do OKF acerca dos tratados anteriores = emenda PQ-
independentemente da matria- de suprale$alidade- con(orme voto do
+in ,ilmar +endes- acompan;ado pela maioria da Corte Ouprema Frise&se
?ue at a?ui n"o se (ala na emenda PQ
& % pris"o civil de depositHrio in(iel n"o tem nen;uma rela/"o com a emenda
PQ- pois o tratado do Pacto Oan @os de Costa 4ica da dcada de JU e
incorporado ao ordenamento #ur<dico pHtrio da dcada de 7U- portanto
anterior = emenda PQ
& Per$unta&se- como pode uma norma suprale$al (o tratado recepcionado)
revo$ar uma norma constitucional] A ainda por cima ori$inHria] G ?ue o
tratado- tido como suprale$al- revo$ou o decreto 711XJ7- por ser
;ierar?uicamente superior a este Oem a vi$8ncia do decreto ?ue
re$ulamentava a pris"o civil- o dispositivo constitucional do art QV- N12II-
perdeu a sua e(icHcia Aste somente poderH voltar a ter e(icHcia se essa
matria (or re$ulamentada por emenda constitucional
& % vis"o de ,eor$e ,alindo- acerca da posi/"o dos tratados- em (ace do _
9V- art QV de ?ue si$ni(icou um retrocesso- pois relativi>ou a interpreta/"o
?ue poderia ter sido concedida ao _2V do art QV- com base no _1V do mesmo
arti$o- no sentido de ?ue as normas de(inidoras dos direitos e $arantias
(undamentais t8m (teriam) aplica/"o imediata
Pos(%&o #o STF antes #a EC 6?7/556:
Q2
A 038/?+ 68H8< D+ DE0+/8TZ38+ 8N78E<)
X=sta >orte, 'or seu Olen#rio ([> 71.434), %irmou o entendimento de que,
em %ace da >arta Na*na de 4F22, 'ersiste a constitucionalidade da 'riso
civil do de'osit#rio in%iel em se tratando de alienao %iduci#ria, bem como
de que o 0acto de /o 2os- da 6osta 3ica, al-m de no poder contrapor5
se & permisso do arti$o IR, <[H88, da mesma 6onstituio, no
derro$ou, por ser norma in"raconstitucional $eral, as normas
in"raconstitucionais especiais sobre priso civil do depositrio in"iel.
=sse entendimento voltou a ser rea%irmado recentemente, em 17L6KLF2,
tambm 'or deciso do Olen#rio, quando do ,ul*amento do ?= 16M.521.
0essa orientao diver*iu o ac-rdo recorrido. nconstitucionalidade da
inter'retao dada ao arti*o 7, item 7, do Oacto de So Gos da >osta ?ica
no sentido de derro*ar o 0ecreto";ei F44LMF no tocante admissibilidade da
'riso civil 'or in%idelidade do de'osit#rio em alienao %iduci#ria em
*arantia.Y (?= 1K3.674, ?el. Nin. Noreira Alves, 0G 1FL6ML64). Co mesmo
sentido: ?= 1K6.241, 0G 64L61L61. [> 7K.F77, 0G 63L63L66. [> 7K.M27, 0G
16L65L64. [> 73.655, 0G 16L6FLFM).
!UDANRA DE ENTENDI!ENTO DO STF: PRE.AL`NCIA DA POSIRSO
DA SUPRALE>ALIDADE DOS TRATADOS :POSIRSO DO !IN. >IL!AR
!ENDES;:
Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? *
O Kribunal iniciou #ul$amento de recurso e'traordinHrio no ?ual se
discute a constitucionalidade da pris"o civil nos casos de aliena/"o
(iduciHria em $arantia (DN 711XJ7! B%rt PV Oe o bem alienado
(iduciariamente n"o (or encontrado ou n"o se ac;ar na posse do devedor- o
credor poderH re?uerer a convers"o do pedido de busca e apreens"o- nos
mesmos autos- em a/"o de dep.sito- na (orma prevista no Cap<tulo II- do
K<tulo I- do Nivro I2- do C.di$o de Processo CivilC) O +in Ce>ar Peluso-
relator- ne$ou provimento ao recurso- por entender ?ue o art PV do DN
711XJ7 n"o pode ser aplicado em todo o seu alcance- por
inconstitucionalidade mani(esta %(irmou- inicialmente- ?ue entre os
contratos de dep.sito e de aliena/"o (iduciHria em $arantia n"o ;H
a(inidade- cone'"o te.rica entre dois modelos #ur<dicos- ?ue permita sua
e?uipara/"o %sseverou- tambm- n"o ser cab<vel interpreta/"o e'tensiva =
norma do art 1Q9- _ 15- da AC 1XJ7 g ?ue e'clui da veda/"o da pris"o civil
por d<vida os casos de depositHrio in(iel e do responsHvel por
inadimplemento de obri$a/"o alimentar g nem analo$ia- sob pena de se
ani?uilar o direito de liberdade ?ue se ordena prote$er sob o comando
e'cepcional 4essaltou ?ue- = lei- s. poss<vel e?uiparar pessoas ao
depositHrio com o (im de l;es autori>ar a pris"o civil como meio de compeli&
las ao adimplemento de obri$a/"o- ?uando n"o se de(orme nem deturpe- na
situa/"o e?uiparada- o ar?utipo do dep.sito convencional- em ?ue o
su#eito contrai obri$a/"o de custodiar e devolver 4A PJJ9P9XOP- rel +in
Ce>ar Peluso
Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? B
Am se$uida- o +in ,ilmar +endes acompan;ou o voto do relator-
acrescentando aos seus (undamentos ?ue os tratados internacionais de
direitos ;umanos subscritos pelo )rasil possuem status normativo
suprale$al- o ?ue torna inaplicHvel a le$isla/"o in(raconstitucional com eles
Q9
con(litantes- se#a ela anterior ou posterior ao ato de rati(ica/"o e ?ue- desde
a rati(ica/"o- pelo )rasil- sem ?ual?uer reserva- do Pacto Internacional dos
Direitos Civis e Pol<ticos (art 11) e da Conven/"o %mericana sobre Direitos
Iumanos & Pacto de Oan @os da Costa 4ica (art 5V- 5)- n"o ;H mais base
le$al para a pris"o civil do depositHrio in(iel %du>iu- ainda- ?ue a pris"o civil
do devedor&(iduciante viola o princ<pio da proporcionalidade- por?ue o
ordenamento #ur<dico prev8 outros meios processuais&e'ecut.rios postos =
disposi/"o do credor&(iduciHrio para a $arantia do crdito- bem como em
ra>"o de o DN 711XJ7- na lin;a do ?ue #H considerado pelo relator- ter
institu<do uma (ic/"o #ur<dica ao e?uiparar o devedor&(iduciante ao
depositHrio- em o(ensa ao princ<pio da reserva le$al proporcional A02s os
+otos #os !(n(stros Carmen L@"(a4 R("ar#o LeJan#oJsM(4 3oaWu(m
Karbosa4 Car)os Kr(tto e !ar"o Aur,)(o4 Wue tamb,m
a"om0an9a+am o +oto #o re)ator4 0e#(u +(sta #os autos o !(n.
Ce)so #e !e))o.
4A PJJ9P9XOP- rel +in Ce>ar Peluso- 22112UUJ (4A&PJJ9P9)
Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? 1
O Kribunal retomou #ul$amento de recurso e'traordinHrio no ?ual se
discute a constitucionalidade da pris"o civil do depositHrio in(iel nos casos
de aliena/"o (iduciHria em $arantia (DN 711XJ7! B.rt/ 67 )e o bem alienado
fiduciariamente n3o for encontrado ou n3o se achar na posse do devedor, o
credor poder8 re9uerer a convers3o do pedido de busca e apreens3o, nos
mesmos autos, em a*3o de dep:sito, na forma prevista no 1ap;tulo <<, do
T;tulo <, do 4ivro <=, do 1:digo de +rocesso 1ivil/C) g v In(ormativos PP7 e
PQU O +in Celso de +ello- em voto&vista- acompan;ou o voto do relator- no
sentido de ne$ar provimento ao recurso- ao (undamento de ?ue a norma
impu$nada n"o (oi recebida pelo vi$ente ordenamento constitucional
Oalientou- inicialmente- ?ue- em (ace da relevYncia do assunto debatido-
seria mister a anHlise do processo de crescente internacionali>a/"o dos
direitos ;umanos e das rela/0es entre o direito nacional e o direito
internacional dos direitos ;umanos- sobretudo diante do disposto no _ 9V do
art QV da CF- introdu>ido pela AC PQX2UUP %sseverou ?ue a veda/"o da
pris"o civil por d<vida possui e'tra/"o constitucional e ?ue- nos termos do
art QV- N12II- da CF- abriu&se- ao le$islador comum- a possibilidade- em
duas ;ip.teses- de restrin$ir o alcance dessa veda/"o- ?uais se#am!
inadimplemento de obri$a/"o alimentar e in(idelidade depositHria
4A PJJ9P9XOP- rel +in Ce>ar Peluso- 1292UU6 (4A&PJJ9P9)
Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? 0
O +in Celso de +ello- entretanto- tambm considerou- na lin;a do
?ue e'posto no voto do +in ,ilmar +endes- ?ue- desde a rati(ica/"o- pelo
)rasil- do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Pol<ticos (art 11) e da
Conven/"o %mericana sobre Direitos Iumanos & Pacto de Oan @os da Costa
4ica (art 5V- 5)- n"o ;averia mais base le$al para a pris"o civil do
depositHrio in(iel Contra0on#o$se4 0or outro )a#o4 ao !(n. >()mar
!en#es no Wue res0e(ta D atr(bu(%&o #e status su0ra)ega) aos
trata#os (nterna"(ona(s #e #(re(tos 9umanos subs"r(tos 0e)o Kras()4
af(rmou terem estes 9(erarWu(a "onst(tu"(ona). No 0onto4 #esta"ou
a eG(stOn"(a #e trOs #(st(ntas s(tua%'es re)at(+as a esses trata#os:
QP
*; os trata#os "e)ebra#os 0e)o Kras() :ou aos Wua(s e)e a#er(u;4 e
regu)armente (n"or0ora#os D or#em (nterna4 em momento anter(or
ao #a 0romu)ga%&o #a CF7HH4 re+est(r$se$(am #e =n#o)e
"onst(tu"(ona)4 9a1a +(sta Wue forma)mente re"eb(#os nessa
"on#(%&o 0e)o a /X #o art. ?X #a CFN /; os Wue +(erem a ser
"e)ebra#os 0or nosso Pa=s :ou aos Wua(s e)e +en9a a a#er(r; em #ata
0oster(or D #a 0romu)ga%&o #a EC 6?7/5564 0ara terem nature<a
"onst(tu"(ona)4 #e+er&o obser+ar o (ter 0ro"e#(menta) #o a 8X #o
art. ?X #a CFN 8; aWue)es "e)ebra#os 0e)o Kras() :ou aos Wua(s nosso
Pa=s a#er(u; entre a 0romu)ga%&o #a CF7HH e a su0er+en(On"(a #a EC
6?7/5564 assum(r(am "arCter mater(a)mente "onst(tu"(ona)4 0orWue
essa 9(erarWu(a 1ur=#("a ter(a s(#o transm(t(#a 0or efe(to #e sua
(n")us&o no b)o"o #e "onst(tu"(ona)(#a#e
4A PJJ9P9XOP- rel +in Ce>ar Peluso- 1292UU6 (4A&PJJ9P9)
A FUESTSO DO DUPLO >RAU DE 3URISDIRSO CO!O >ARANTIA
FUNDA!ENTAL
3\6 :C:VI ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
3E6=3/+ EM \AMEA/ 6+30=/
3elator@aA) Min. /E0L<HEDA 0E3TEN6E
2ul$amento) !C;DF;!DDD Er$o 2ul$ador) Tribunal 0leno
0ublicao) D2 DATA5!!5BB5!DD! 005DDDI: EMENT H+<5D!DC!5D!
005DD!VD 3T2 H+<5DDBVF5DF 005DBDBD
EMENTA) 8. Duplo $rau de (urisdio no Direito brasileiro, & luz da
6onstituio e da 6onveno Americana de Direitos \umanos. B. 0ara
corresponder & e"iccia instrumental que l'e costuma ser atribudo, o
duplo $rau de (urisdio ' de ser concebido, & moda clssica, com seus
dois caracteres espec"icos) a possibilidade de um ree%ame inte$ral da
sentena de primeiro $rau e que esse ree%ame se(a con"iado & 1r$o
diverso do que a pro"eriu e de 'ierarquia superior na ordem (udiciria.
!. 6om esse sentido pr1prio 5 sem concessWes que o desnaturem 5 no -
possvel, sob as sucessivas 6onstituiWes da 3ep,blica, eri$ir o duplo
$rau em princpio a $arantia constitucional, tantas so as previsWes, na
pr1pria <ei 7undamental, do (ul$amento de ,nica inst.ncia ordinria,
( na rea cvel, (, particularmente, na rea penal. F. A situao no se
alterou, com a incorporao ao Direito brasileiro da 6onveno
Americana de Direitos \umanos @0acto de /o 2os-A, na qual,
e"etivamente, o art. VR, !, ', consa$rou, como $arantia, ao menos na
es"era processual penal, o duplo $rau de (urisdio, em sua acepo
mais pr1pria) o direito de Xtoda pessoa acusada de delitoX, durante o
processo, Xde recorrer da sentena para (uiz ou tribunal superiorX. G.
0revalYncia da 6onstituio, no Direito brasileiro, sobre quaisquer
convenWes internacionais, includas as de proteo aos direitos
'umanos, que impede, no caso, a pretendida aplicao da norma do
0acto de /o 2os-) motivao. 88. A 6onstituio do Mrasil e as
convenWes internacionais de proteo aos direitos 'umanos)
prevalYncia da 6onstituio que a"asta a aplicabilidade das clusulas
convencionais antinUmicas. B. ]uando a questo 5 no est$io ainda
QQ
primitivo de centralizao e e"etividade da ordem (urdica internacional
5 - de ser resolvida sob a perspectiva do (uiz nacional 5 que, 1r$o do
Estado, deriva da 6onstituio sua pr1pria autoridade (urisdicional 5
no pode ele buscar, seno nessa 6onstituio mesma, o crit-rio da
soluo de eventuais antinomias entre normas internas e normas
internacionais* o que - bastante a "irmar a supremacia sobre as ,ltimas
da 6onstituio, ainda quando esta eventualmente atribua aos tratados
a prevalYncia no con"lito) mesmo nessa 'ip1tese, a primazia derivar da
6onstituio e no de uma apriorstica "ora intrnseca da conveno
internacional. !. Assim como no o a"irma em relao &s leis, a
6onstituio no precisou dizer5se sobreposta aos tratados) a 'ierarquia
est nsita em preceitos inequvocos seus, como os que submetem a
aprovao e a promul$ao das convenWes ao processo le$islativo
ditado pela 6onstituio e menos e%i$ente que o das emendas a ela e
aquele que, em conseq^Yncia, e%plicitamente admite o controle da
constitucionalidade dos tratados @67, art. BD!, 888, bA. F. Alin'ar5se ao
consenso em torno da estatura in"raconstitucional, na ordem positiva
brasileira, dos tratados a ela incorporados, no implica assumir
compromisso de lo$o com o entendimento 5 ma(oritrio em recente
deciso do /T7 @AD8nM6 B.GVDA 5 que, mesmo em relao &s convenWes
internacionais de proteo de direitos "undamentais, preserva a
(urisprudYncia que a todos equipara 'ierarquicamente &s leis
ordinrias. G. Em relao ao ordenamento ptrio, de qualquer sorte,
para dar a e"iccia pretendida & clusula do 0acto de /o 2os-, de
$arantia do duplo $rau de (urisdio, no bastaria sequer l'e conceder o
poder de aditar a 6onstituio, acrescentando5l'e limitao oponvel &
lei como - a tendYncia do relator) mais que isso, seria necessrio
emprestar & norma convencional "ora ab5ro$ante da 6onstituio
mesma, quando no dinamitadoras do seu sistema, o que no - de
admitir. 888. 6ompetYncia ori$inria dos Tribunais e duplo $rau de
(urisdio. B. Toda vez que a 6onstituio prescreveu para determinada
causa a competYncia ori$inria de um Tribunal, de duas uma) ou
tamb-m previu recurso ordinrio de sua deciso @67, arts. BD!, 88, a*
BDI, 88, a e b* B!B, S GR, 888, 8H e HA ou, no o tendo estabelecido, - que o
proibiu. !. Em tais 'ip1teses, o recurso ordinrio contra decisWes de
Tribunal, que ela mesma no criou, a 6onstituio no admite que o
institua o direito in"raconstitucional, se(a lei ordinria se(a conveno
internacional) - que, a"ora os casos da 2ustia do Trabal'o 5 que no
esto em causa 5 e da 2ustia Militar 5 na qual o /TM no se superpWe a
outros Tribunais 5, assim como as do /upremo Tribunal, com relao a
todos os demais Tribunais e 2uzos do 0as, tamb-m as competYncias
recursais dos outros Tribunais /uperiores 5 o /T2 e o T/E 5 esto
enumeradas ta%ativamente na 6onstituio, e s1 a emenda
constitucional poderia ampliar. F ._ "alta de 1r$os (urisdicionais ad
qua, no sistema constitucional, indispensveis a viabilizar a aplicao do
princpio do duplo $rau de (urisdio aos processos de competYncia
ori$inria dos Tribunais, se$ue5se a incompatibilidade com a
6onstituio da aplicao no caso da norma internacional de outor$a da
$arantia invocada.
& O OKF tem receio de conceder status de norma constitucional aos tratados
internacionais pelos se$uintes motivos- con(orme #ul$ado acima!
& O duplo $rau de #urisdi/"o n"o direito (undamental- pois o devido
processo le$al n"o respalda- necessariamente- o duplo $rau de #urisdi/"o
Isso por?ue ;H situa/0es- por e'emplo- em ?ue a compet8ncia ori$inHria
QJ
para #ul$amento do OKF- n"o ;avendo instYncia superior a recorrer-
portanto- n"o ;avendo duplo $rau de #urisdi/"o
A FUESTSO DA CON.ENRSO *?H DA OIT
Not="(as STF
Luarta&(eira- U9 de @un;o de 2UU7
A#(a#a #e"(s&o sobre ret(ra#a un()atera) #o Kras() #a Con+en%&o
*?H #a OIT
O #ul$amento sobre denDncia da Conven/"o 1Q6 da Or$ani>a/"o
Internacional do Krabal;o (OIK)- ?ue prote$e o trabal;ador contra a
demiss"o arbitrHria- teve sua conclus"o adiada mais uma ve> % ministra
Allen ,racie pediu vista da %/"o Direta de Inconstitucionalidade (%DI) 1J2Q
a#ui>ada pela Con(edera/"o Eacional dos Krabal;adores na %$ricultura
(Conta$) e pela Central bnica dos Krabal;adores (CMK)
%s entidades contestam o Decreto (ederal 21UUX7J do ent"o
presidente da 4epDblica- Fernando Ienri?ue Cardoso- no ?ual in(orma a
retirada do )rasil do acordo internacional relativo ao trmino da rela/"o de
trabal;o por iniciativa do empre$ador
%le$am as entidades ?ue um ato unilateral do presidente da
4epDblica relativo a tratado internacional (ere o arti$o P7- I- da Constitui/"o
Federal- ?ue trata das compet8ncias do Con$resso Eacional
.oto .(sta
O #ul$amento de ;o#e come/ou com a apresenta/"o do voto vista do
ministro @oa?uim )arbosa ?ue abriu uma nova vertente no #ul$amento do
caso O ministro se pronunciou no sentido de #ul$ar totalmente procedente
a a/"o da CMK e da Conta$ para declarar inconstitucional o decreto
presidencial ?ue e'cluiu a aplicabilidade no )rasil da Conven/"o 1Q6 da OIK
Ea avalia/"o de @oa?uim )arbosa- da mesma (orma ?ue um acordo
internacional para vi$orar no )rasil precisa ser assinado pelo presidente da
4epDblica e submetido = rati(ica/"o do Con$resso Eacional- a e'tin/"o
desse tratado deve passar pelo mesmo processo Caso contrHrio- disse o
ministro- ;H viola/"o h(ormali do te'to constitucional- uma ve> ?ue o
processo le$islativo n"o (oi respeitado
@oa?uim )arbosa- a(irmou ?ue na Constitui/"o brasileira n"o ;H
norma sobre jdenDncia de tratadok- mas observou ?ue um acordo
internacional tem (or/a de lei e ?ue no )rasil nen;um ato com (or/a de lei
vi$ora sem a anu8ncia do Parlamento O ministro citou como e'emplo as
medidas provis.rias ?ue s"o editadas pelo poder A'ecutivo- mas dependem
de aprecia/"o do Ne$islativo
Par"(a) 0ro"e#On"(a
O relator da matria- ministro +aur<cio Corr8a (aposentado) e o
ministro Carlos %Zres )ritto- inicialmente votaram pela proced8ncia parcial
da a/"o movida pela Conta$ e Cut O #ul$amento come/ou em outubro de
2UU9 e nele os ministros de(enderam ?ue- assim como o Con$resso
Eacional rati(ica os tratados internacionais- tambm tem o poder de decidir
sobre a e'tin/"o deste tratado- por meio de decreto le$islativo
Q5
%ssim- ambos os ministros ;aviam decidido ?ue o decreto
presidencial em ?uest"o deve ter interpreta/"o con(orme o arti$o P7- inciso
I da Constitui/"o Federal- de (orma a condicionar a denDncia da Conven/"o
1Q6 da OIK ao re(erendo do Con$resso Eacional
Im0ro"e#On"(a
@H em #ul$amento reali>ado em mar/o de 2UUJ- o ministro Eelson
@obim (aposentado) votou pela total improced8ncia da a/"o e a manuten/"o
do decreto presidencial ?ue denunciou a conven/"o 1Q6 da OIK Ea
avalia/"o de @obim- a denDncia de tratado internacional (eita
unilateralmente pelo presidente da 4epDblica ?ue o .r$"o ?ue representa
o pa<s na a/"o e independe da aprecia/"o do Con$resso Eacional
Den@n"(a
Luando um tratado internacional (irmado- como no caso da
Conven/"o 1Q6 da OIK- os pa<ses si$natHrios t8m um pra>o para rati(icar o
acordo e tambm para contestH&lo %o apresentar uma denDncia- o pa<s
denunciante in(orma e torna pDblico ?ue a partir de uma determinada data
a?uele tratado dei'arH de vi$orar internamente- ou se#a- ?ue ;ouve
rompimento do tratado
Eo decreto contestado- o ent"o presidente da 4epDblica- Fernando
Ienri?ue Cardoso- in(orma ?ue a partir de 2U de novembro de 1775 a
Conven/"o 1Q6 da OIK dei'aria de ser cumprida no )rasil % conven/"o (oi
adotada em ,enebra (Ou</a) em #un;o de 1762 e relativa ao trmino da
rela/"o de trabal;o por iniciativa do empre$ador * c;amada de demiss"o
arbitrHria
6. FUNR^ES DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS
P A Teor(a #os Fuatro Status #e 3ELLINEK4 *L5? Wua(s as 0os(%'es
Wue o (n#(+=#uo 0ossu( #(ante #o Esta#o:
& Lual a (un/"o ou status ou posi/"o ?ue o indiv<duo pode estar diante do
Astado]
P1 Status Pass(+o * su#ei/"o do indiv<duo Oitua/"o em ?ue n"o se $eram
direitos- mas sim deveres dos cidad"os diante do Astado % situa/"o de
imposi/"o em (ace do Astado A' tributo
P2 Status At(+o * Eesse status- o indiv<duo des(ruta de compet8ncia para
in(luir sobre a (orma/"o da vontade do Astado- como ?uando e'erce os
direitos pol<ticos Direitos = Participa/"o O indiv<duo participa ativamente
da (orma/"o de vontade estatal A'! voto- audi8ncias pDblicas do PDOK-
audi8ncias pDblicas sobre cotas raciais O indiv<duo sai de uma situa/"o de
inrcia e participa da vontade estatal
P9 Status Negat(+o * Eesse status- o indiv<duo des(ruta de uma es(era de
atua/"o na ?ual n"o deve ;aver inter(er8ncia do Astado O"o tambm
Q6
con;ecidos como Direitos de De(esa Di> respeito a direitos de primeira
$era/"o (direitos de de(esa do indiv<duo perante o Astado) G uma situa/"o
em ?ue o indiv<duo participa e'i$indo ?ue o Astado n"o inter(ira na vida
dele O Astado via se abster de inter(erir na vida da pessoa %bsten/"o
estatal
Pode tambm ser visuali>ado no direito a n"o&elimina/"o de determinadas
posi/0es #ur<dicas * :roibio do 3etrocesso A'emplos!
T O direito de n"o ser obri$ado a (a>er ou dei'ar de (a>er al$o sen"o em
virtude de lei
T % liberdade de mani(esta/"o de pensamento- de cren/a- de e'erc<cio de
culto- de e'press"o art<stica- cient<(ica e intelectual
T % inviolabilidade da vida privada- da intimidade- o si$ilo das
comunica/0es- a liberdade de e'erc<cio de trabal;o- o(<cio ou pro(iss"o
T % liberdade de locomo/"o- a proibi/"o de penas de carHter perptuo
PP Status Pos(t(+o (direitos de presta/"o) * Eesse status- o indiv<duo
possui o direito de e'i$ir ?ue o Astado atue em seu (avor G o oposto do
anterior G ?uando o indiv<duo passa e'i$ir uma atua/"o estatal O Astado
estH devendo uma presta/"o para o indiv<duo- ?ue podem ser de dois tipos!
a; DIREITOS \ PRESTARSO !ATERIAL RESER.A DO POSS[.ELN
A'! ;ospital- escola- saDde- ensino- crec;e Eo Astado social esses direitos
s"o imensos
T DIREITO \ CRECAE :RE 68QLLQ; E A !EDICA!ENTOS :RE 8L8*E?;
Art. 162. 8 dever do =stado com a educao ser# e%etivado mediante a
*arantia de: ! " atendimento em creche e 'r"escola s crianas de (ero a
seis anos de idade.
/A educao in%antil re'resenta 'rerro*ativa constitucional indis'on$vel,
que, de%erida s crianas, a estas asse*ura, 'ara e%eito de seu
desenvolvimento inte*ral, e como 'rimeira eta'a do 'rocesso de educao
b#sica, o atendimento em creche e o acesso 'r"escola (>7, art. 162, !).
=ssa 'rerro*ativa ,ur$dica, em conseqZ+ncia, im'9e, ao =stado, 'or e%eito da
alta si*ni%icao social de que se reveste a educao in%antil, a obri*ao
constitucional de criar condi9es ob,etivas que 'ossibilitem, de maneira
concreta, em %avor das hcrianas de (ero a seis anos de idadei (>7, art. 162,
!), o e%etivo acesso e atendimento em creches e unidades de 'r"escola, sob
'ena de con%i*urar"se inaceit#vel omisso *overnamental, a'ta a %rustrar,
in,ustamente, 'or inrcia, o inte*ral adim'lemento, 'elo Ooder O)blico, de
'restao estatal que lhe im'Vs o 'r-'rio te&to da >onstituio 7ederal. A
educao in"antil, por quali"icar5se como direito "undamental de toda
criana, no se e%pWe, em seu processo de concretizao, a avaliaWes
meramente discricionrias da Administrao 0,blica, nem se subordina
a razWes de puro pra$matismo $overnamental.Y (?= 53M.FFM"A*?, ?el.
Nin. >elso de Nello, 0G 63L61L6M). Co mesmo sentido: ?= 5M3.146"A*?,
?el. Nin. >arlos !elloso, 0G 63L61L6M.
Q7
Not="(as STF
Segun#a$fe(ra4 /E #e Abr() #e /55L
3u(< 0e#e Wue STF n&o Tfe"9e as 0ortasU 0ara 3u#("(Cr(o na Crea #a
sa@#e
& % ?uest"o da #udiciali>a/"o da saDde e a ?uest"o do ativismo #udicial (?ue
poder advir sobre as prioridades de(inidas pelas secretarias e ministrio da
saDde) Astes dois dos temas mais discutidos atualmente no OKF
%o se classi(icar como um adepto = #udiciali>a/"o do direito = saDde-
o #ui> e doutor pela Mniversidade de +uni?ue In$o F Oarlet a(irmou ser
necessHrio Bsuperar a era dos e'tremosC na Hrea Oe$undo ele- preciso
re#eitar a impossibilidade de a ma$istratura decidir casos concretos
relacionados ao direito = saDde- mas ?ue tambm essencial controlar o
B(amoso pediu levouC- em ?ue o ma$istrado n"o se aten;a para as
conse?u8ncias da decis"o #udicial
Oarlet (oi o stimo e Dltimo convidado a (alar durante o primeiro dia
de audi8ncia pDblica ?ue discute- no Oupremo Kribunal Federal (OKF)- o
direito = saDde e a interven/"o do Poder @udiciHrio na Hrea
Antres as poss<veis rede(ini/0es de estrat$ias por parte do Poder
@udiciHrio em rela/"o ao direito = saDde- Oarlet citou a possibilidade de se
criar assessorias tcnicas na Hrea para bali>ar as decis0es Por um lado- ele
(oi en(Htico ao e'pressar a preocupa/"o de ?ue o poder do #ui> para decidir
na Hrea n"o se#a esva>iado Por outro- disse ?ue se deve cobrar dos
ma$istrados a responsabilidade de se (a>er um e'ame criterioso dos casos
concretos
Para Oarlet- o sistema @udiciHrio deve minimi>ar os e(eitos colaterais
de decis0es ?ue- por ventura- ven;am a $erar um e(eito discriminat.rio ou
anti&ison:mico- mas ?ue isso n"o pode inviabili>ar a interven/"o da
ma$istratura na Hrea
BO ?ue me preocupa a?ui a dupla e'clus"oC- a(irmou- re(erindo&se
=?ueles ?ue n"o recebem tratamento do OMO hOistema bnico de OaDdei e
(icariam impedidos de encontrar a solu/"o por via #udicial BOe se (or
avan/ar com a edi/"o de uma sDmula vinculante- espera&se ?ue o OKF n"o
(ec;e as portas para o e'ame responsHvel dos casos concretosC- concluiu
O ministro Carlos %lberto +ene>es Direito aproveitou a ocasi"o para
tambm re(or/ar a importYncia do #ui> de primeiro $rau e e'pressar sua
preocupa/"o com a situa/"o deles diante da necessidade de decidir- muitas
ve>es de (orma ur$ente- sobre situa/0es dramHticas ?ue envolvem casos de
vida ou morte
Oe$undo +ene>es Direito- essa situa/"o concreta do #ui> ?ue deve
ser avaliada para ?ue o OKF possa adotar al$uma orienta/"o na Hrea BE.s
n"o podemos dei'ar de considerar a realidade concreta da demanda ?ue
(eita ao #ui> de primeiro $rau G muito (Hcil n.s teori>armos- mas muito (Hcil
mesmo O di(<cil saber- na?uele momento- ?ue decis"o tomar diante da
realidade ?ue se apresentaC- ponderou
O ministro avaliou ?ue uma poss<vel solu/"o- #H em prHtica em al$uns
estados- a reali>a/"o de reuni0es peri.dicas de #u<>es com as autoridades
de saDde do estado de modo a estabelecer um critrio ra>oHvel de
JU
atendimento- mesmo ?ue a medica/"o ou tratamento n"o este#am inclu<dos
na lista de disponibilidade do estado
B+as- de todos os modos- preciso res$uardar permanentemente a
situa/"o e a nature>a da (un/"o #urisdicional- particularmente da?ueles
e'traordinHrios #u<>es de primeiro $rau ?ue- ao lon$o de todo este )rasil-
cumprem o seu dever- muitas ve>es com enorme di(iculdadeC- concluiu
OHbado- 17 de Oetembro de 2UU7
Pres(#ente #o STF #e"(#e a%&o sobre forne"(mento #e rem,#(os
"om subs=#(os #a au#(On"(a 0@b)("a sobre sa@#e
Com base em in(orma/0es coletadas na
audi8ncia pDblica sobre saDde- reali>ada no Oupremo
Kribunal Federal (OKF)- o presidente da Corte- ministro
,ilmar +endes- entendeu ?ue medicamentos
re?ueridos para tratamento de saDde devem ser
(ornecidos pelo Astado Asta a primeira ve> ?ue o
Oupremo utili>a subs<dios da audi8ncia para (i'ar
orienta/0es sobre a ?uest"o
Os dados (oram utili>ados na anHlise de Ouspens0es de Kutela
%ntecipada (OK%s) %s OK%s 15Q e 156 (oram (ormuladas- respectivamente-
pela Mni"o e pelo munic<pio de Fortale>a para a suspens"o de ato do
Kribunal 4e$ional Federal da Q 4e$i"o ?ue determinou = Mni"o- ao Astado
do CearH e ao munic<pio de Fortale>a o (ornecimento do medicamento
denominado lavesca (+i$lustat)- em (avor de C%CE
@H na OK% 2PP- o estado do ParanH pediu a suspens"o da decis"o da
1 2ara da Fa>enda PDblica de Curitiba- ?ue determinou o (ornecimento do
medicamento Ea$la>Zme (,alsul(ase) por tempo indeterminado
De"(s&o
%p.s ouvir os depoimentos prestados na audi8ncia pDblica convocada
pela Presid8ncia do OKF para a participa/"o dos diversos setores da
sociedade envolvidos no tema- o ministro ,ilmar +endes entendeu ser
necessHrio redimensionar a ?uest"o da #udiciali>a/"o do direito = saDde no
)rasil Para isso- destacou pontos (undamentais a serem observados na
aprecia/"o #udicial das demandas de saDde- na tentativa de construir
critrios ou parYmetros de decis"o
Oe$undo o ministro- deve ser considerada a e'ist8ncia- ou n"o- de
pol<tica estatal ?ue abran#a a presta/"o de saDde pleiteada pela parte Para
ele- ao de(erir uma presta/"o de saDde inclu<da entre as pol<ticas sociais e
econ:micas (ormuladas pelo Oistema bnico de OaDde (OMO)- o @udiciHrio n"o
estH criando pol<tica pDblica- mas apenas determinando o seu cumprimento
BEesses casos- a e'ist8ncia de um direito sub#etivo pDblico a determinada
pol<tica pDblica de saDde parece ser evidenteC- entendeu +endes
De acordo com o presidente do OKF- Bse a presta/"o de saDde
pleiteada n"o estiver entre as pol<ticas do OMO- imprescind<vel distin$uir
se a n"o presta/"o decorre de uma omiss"o le$islativa ou administrativa-
de uma decis"o administrativa de n"o (ornec8&la ou de uma veda/"o le$al =
sua dispensa/"oC Ale observou a necessidade de re$istro do medicamento
J1
na %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria (%E2IO%)- alm da e'i$8ncia de
e'ame #udicial das ra>0es ?ue levaram o OMO a n"o (ornecer a presta/"o
dese#ada
Tratamento #(+erso #o SUS
O ministro salientou ?ue obri$ar a rede pDblica a (inanciar toda e
?ual?uer a/"o e presta/"o de saDde $eraria $rave les"o = ordem
administrativa e levaria ao comprometimento do OMO- Bde modo a
pre#udicar ainda mais o atendimento mdico da parcela da popula/"o mais
necessitadaC Dessa (orma- ele considerou ?ue deverH ser privile$iado o
tratamento (ornecido pelo OMO em detrimento de op/"o diversa escol;ida
pelo paciente- Bsempre ?ue n"o (or comprovada a ine(icHcia ou a
impropriedade da pol<tica de saDde e'istenteC
Antretanto- o presidente destacou ?ue essa conclus"o n"o a(asta a
possibilidade de o Poder @udiciHrio- ou a pr.pria %dministra/"o- decidir ?ue
medida di(erente da custeada pelo OMO deve ser (ornecida a determinada
pessoa ?ue- por ra>0es espec<(icas do seu or$anismo- comprove ?ue o
tratamento (ornecido n"o e(ica> no seu caso BInclusive- como ressaltado
pelo pr.prio +inistro da OaDde na %udi8ncia PDblica- ;H necessidade de
revis"o peri.dica dos protocolos e'istentes e de elabora/"o de novos
protocolos %ssim- n"o se pode a(irmar ?ue os Protocolos Cl<nicos e
Diretri>es Kerap8uticas do OMO s"o in?uestionHveis- o ?ue permite sua
contesta/"o #udicialC- (inali>ou
Con")us&o
% partir dessas considera/0es e ao veri(icar ?ue o medicamento estH
re$istrado na %E2IO%- o ministro ,ilmar +endes concluiu ?ue- nos casos em
?uest"o- as provas #untadas atestam ?ue os medicamentos s"o necessHrios
para o tratamento das respectivas patolo$ias Ea ;ip.tese espec<(ica da OK%
2PP- +endes a(irmou ?ue Ba terapia de reposi/"o en>imHtica (Ea$la>Zne)
constitui o Dnico tratamento e(ica> para a doen/a- e o Dnico tratamento
?ue pode salvar o paciente de complica/0es $ravesC
De acordo com ele- os entes (ederados n"o teriam comprovado
ocorr8ncia de $rave les"o = ordem- = saDde e = economia pDblicas capa> de
#usti(icar a e'cepcionalidade da suspens"o de tutela
P DEFINIRAO DE POL[TICAS PbKLICAS RESER.A DO POSS[.EL -
![NI!O E-ISTENCIAL
ACP. CONTROLE 3UDICIAL. POL[TICAS PbKLICAS.
Krata&se- na ori$em- de a/"o civil pDblica (%CP) em ?ue o +P pleiteia
do Astado o (ornecimento de e?uipamento e materiais (altantes para
;ospital universitHrio
% Kurma entendeu ?ue os direitos sociais n"o podem (icar
condicionados = mera vontade do administrador- sendo imprescind<vel ?ue
o @udiciHrio atue como .r$"o controlador da atividade administrativa
Iaveria uma distor/"o se se pensasse ?ue o princ<pio da separa/"o dos
poderes- ori$inalmente concebido para $arantir os direitos (undamentais-
pudesse ser utili>ado como empecil;o = reali>a/"o dos direitos sociais-
J2
i$ualmente (undamentais Mma correta interpreta/"o da?uele princ<pio- em
matria de pol<ticas pDblicas- deve ser apenas no sentido de utili>H&lo
?uando a %dministra/"o atua dentro dos limites concedidos pela lei Luando
a %dministra/"o e'trapola os limites de sua compet8ncia e a$e sem sentido
ou (o$e da (inalidade = ?ual estava vinculada- n"o se deve aplicar o re(erido
princ<pio Eesse caso- encontra&se o Poder @udiciHrio autori>ado a
recon;ecer ?ue o A'ecutivo n"o cumpriu sua obri$a/"o le$al ?uando
a$rediu direitos di(usos e coletivos- bem como a corri$ir tal distor/"o
restaurando a ordem #ur<dica violada %ssim- a atua/"o do Poder @udiciHrio
no controle das pol<ticas pDblicas n"o se (a> de (orma discriminada- pois
violaria o princ<pio da separa/"o dos poderes % inter(er8ncia do @udiciHrio
le$<tima ?uando a %dministra/"o PDblica- de maneira clara e indubitHvel-
viola direitos (undamentais por meio da e'ecu/"o ou (alta in#usti(icada de
pro$rama de $overno Fuanto ao 0r(n"=0(o #a reser+a #o 0oss=+e)4 e)e
n&o 0o#e ser o0osto ao 0r(n"=0(o #o m=n(mo eG(sten"(a). Oomente
depois de atin$ido o m<nimo e'istencial ?ue se pode co$itar da e(etiva/"o
de outros $astos No$o- se n"o ;H comprova/"o ob#etiva da incapacidade
econ:mico&(inanceira da pessoa estatal- ine'istirH empecil;o #ur<dico para
?ue o @udiciHrio ordene a inclus"o de determinada pol<tica pDblica nos
planos or/amentHrios do ente pol<tico % omiss"o in#usti(icada da
%dministra/"o em e(etivar as pol<ticas pDblicas essenciais para a promo/"o
de di$nidade ;umana n"o deve ser assistida passivamente pelo Poder
@udiciHrio- pois esse n"o mero departamento do Poder A'ecutivo- mas sim
poder ?ue detm parcela de soberania nacional %ssim- a Kurma con;eceu
em parte do recurso e- nessa parte- ne$ou&l;e provimento Precedentes
citados do OKF! +C na %DPF PQ&DF- D@ PXQX2UUP; %$4$ no 4A Q7QQ7Q&OC-
D@e 27XQX2UU7; do OK@! 4Asp Q5Q776&+,- D@ 1JX11X2UUP- e 4Asp P27Q5U&
,O- D@ 22X9X2UUP REs0 *.56*.*LE$!S4 Re). !(n. Aumberto !art(ns4
1u)ga#o em /?7H7/55L.
5L7**7/55? $ *H:8H $ De"(s&o 1u#("(a) obr(ga o mun("=0(o #e Santo
An#r, a matr("u)ar "r(an%a em "re"9e
G dever do Astado $arantir = crian/a de >ero a seis anos de idade o
acesso = crec;e e ao ensino (undamental- independentemente da
oportunidade e conveni8ncia do Poder PDblico % partir desse entendimento-
o ministro Celso de +ello- do Oupremo Kribunal Federal- asse$urou a um
menino- ;o#e com ?uatro anos de idade- a matr<cula em crec;e pDblica
administrada pela Pre(eitura +unicipal de Oanto %ndr (OP)
O ministro deu provimento ao 4ecurso A'traordinHrio (4A) P9J77J
apresentado pelo +inistrio PDblico do Astado de O"o Paulo contra o
+unic<pio de Oanto %ndr- ?ue se recusava a matricular a crian/a Desde
?ue o menino tin;a nove meses de idade- os pais tentavam obter va$a em
uma das crec;es municipais para ?ue pudessem dei'ar a crian/a en?uanto
trabal;avam
% a/"o (oi proposta na @usti/a paulista em nome do menino- ?ue
$an;ou a causa em primeira instYncia O munic<pio recorreu e a
determina/"o (oi suspensa %$ora- a decis"o do ministro Celso de +ello
restabelece a senten/a de primeiro $rau- ?ue obri$a o munic<pio a $arantir
a va$a em crec;e pr.'ima = resid8ncia da crian/a
Ambora o munic<pio ten;a ar$umentado ?ue n"o tem recursos
(inanceiros para asse$urar a matr<cula de mil;ares de crian/as em cerca de
1Q crec;es municipais- Celso de +ello ressaltou ?ue o arti$o 2U6- inciso I2
da Constitui/"o obri$a o Astado a criar condi/0es ob#etivas para o acesso e
atendimento a essas crian/as
J9
Oe$undo o ministro- a Constitui/"o delineou um Bn<tido pro$rama a
ser implementado mediante ado/"o de pol<ticas pDblicas conse?uentes e
responsHveis * notadamente a?uelas ?ue visem a (a>er cessar- em (avor da
in(Yncia carente- a in#usta situa/"o de e'clus"o social e de desi$ual acesso
=s oportunidades de atendimento em crec;e e pr&escolaC Ea avalia/"o de
Celso de +ello- a n"o&reali>a/"o dessa meta deverH ser ?uali(icada como
uma censurHvel situa/"o de inconstitucionalidade por omiss"o imputHvel ao
Poder PDblico
Am sua decis"o- o ministro ressaltou ainda ?ue a (ormula/"o e a
implementa/"o de pol<ticas pDblicas n"o est"o entre as (un/0es
institucionais do Poder @udiciHrio Eo entanto- o @udiciHrio poderH incumbir&
se e'cepcionalmente dessa tare(a ?uando os .r$"os estatais competentes
vierem a comprometer a e(icHcia e inte$ridade de direitos individuais eXou
coletivos amparados pelo te'to constitucional
D(re(to D +(#a e D sa@#e $ Pessoa "arente $ Forne"(mento
gratu(to #e me#("amentos $ De+er "onst(tu"(ona) #o Po#er
P@b)("o
4A 97915QX4Om
4AN%KO4! +IE CANOO DA +ANNO
EMENTA: 0A68ENTE/ >8N =SQI^87?=CA OA?ACU0= E
08=CSA NAC_A>8"0=O?=SS!A >?gC>A, 6+M E08/ED8+/ DE
TENTAT8HA DE /=86KD8+. O=SS8AS DE/T8T=KDA/ 0=
?=>I?S8S 7CAC>=?8S. D83E8T+ _ H8DA E _ /ALDE.
NE6E//8DADE 8M0E38+/A 0= S= O?=S=?!A?, 0+3 3ANQE/ 0=
>A?J@=? H@>8"GI?_0>8, A 8NTE438DADE 0=SS= 0?=@8
=SS=C>A;. 78?C=>N=C@8 43AT=8T+ 0= N=0>AN=C@8S
C0SO=CSJ!=S EM 7AH+3 0= O=SS8AS >A?=C@=S. DEHE3
6+N/T8T=68+NA< D+ E/TAD+ (67, A?@S. K, X>AOI@Y, = 4FM).
03E6EDENTE/ (S@7). 3E>8C[=>08 E O?8!08.
DE68/?+) 8 presente recurso e&traordin#rio busca re"ormar deciso
'ro%erida 'elo =. @ribunal de Gustia do =stado do ?io Brande do Sul,
consubstanciada em ac-rdo assim ementado ("ls. CG):
7CONSTITUCIONAL. DIREITO VIDA. FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTOS. 4A83A 9' P:;<A =9>N'A ?@AN3; A; :=2A;
9' <=9A. IMPOSSIBILIDADE.
1. desnecessrio, para acudir 6 via $urisdicional, esgotar ou pleitear na
instBncia administrativa. O orneci!en"o #r$"%i"o de medicamentos, pelo
'stado, e&i#e '%e o re!(dio se$a e(cepcional e indispensvel 6 vida do
paciente.
-. AP'8ACD; DESPROVIDA. 2'N3'NCA REFORMADA.E %#riei&
Entendo assistir plena razo aos recorrentes, que so irmos, pois
o desacol'imento de sua 'retenso recursal 'oder# *erar resultado
inaceitvel sob a 'ers'ectiva constitucional do direito vida e sa)de. H
JP
que " considerada a irreversibilidade, no momento 'resente, dos e"eitos
danosos 'rovocados pelas patolo$ias que a%etam os recorrentes (que so
portadores de esqui(o%renia 'aran-ide e de doena man$aco"de'ressiva
crVnica) " a ausYncia de ca'acidade %inanceira que os a%li*e impede5l'es,
in,ustamente, o acesso ao tratamento inadi#vel e ao %ornecimento dos
medicamentos a que tYm direito e que se revelam essenciais &
preservao da inte*ridade do seu estado de hi*ide( mental e de sua 'r-'ria
vida, porque os seus antecedentes 'essoais re$istram e'is-dios de tentativa
de suic$dio.
Ca realidade, o cumprimento do dever 'ol$tico"constitucional
consa$rado no art. 4FM da ;ei 7undamental do =stado, consistente na
obri$ao de asse*urar, a todos, a 'roteo sa)de, representa %ator, que,
associado a um im'erativo de solidariedade social, impWe5se ao Ooder
O)blico, qualquer que se,a a dimenso institucional em que atue no 'lano de
nossa or*ani(ao %ederativa.
A imposter$abilidade da e%etivao desse dever constitucional
autoriza o acol'imento do 'leito recursal ora dedu(ido na 'resente causa.
Tal como pude en"atizar em deciso 'or mim 'ro%erida no
e&erc$cio da Oresid+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal, em conte%to
assemel'ado ao da 'resente causa (0et B.!G9;/6), entre 'rote*er a
inviolabilidade do direito vida e sa)de, que se quali"ica como direito
sub,etivo inalienvel asse*urado a todos 'ela 'r-'ria >onstituio da
?e')blica (art. K, Xca'utY e art. 4FM), ou "azer prevalecer, contra essa
'rerro*ativa %undamental, um interesse "inanceiro e secundrio do =stado,
entendo " uma ve( con%i*urado esse dilema " que ra(9es de ordem tico"
,ur$dica impWem ao (ul$ador uma s1 e possvel opo: aquela que
privile$ia o res'eito indeclin#vel vida e sa)de humanas.
6umpre no perder de perspectiva que o direito ')blico sub,etivo
sa)de re'resenta 'rerro*ativa ,ur$dica indis'on$vel asse*urada
$eneralidade das 'essoas 'ela 'r-'ria >onstituio da ?e')blica. @radu(
bem ,ur$dico constitucionalmente tutelado, 'or cu,a inte*ridade deve velar,
de maneira responsvel, o Ooder O)blico, a quem incumbe %ormular " e
implementar " 'ol$ticas sociais e econVmicas que visem a $arantir, aos
cidados, o acesso universal e i*ualit#rio assist+ncia mdico"hos'italar.
+ carter pro$ramtico da re*ra inscrita no art. 4FM da >arta
Ool$tica " que tem 'or destinat#rios todos os entes 'ol$ticos que com'9em,
no 'lano institucional, a or*ani(ao %ederativa do =stado brasileiro (G8SH
>?=@=;;A GRC8?, X 6omentrios & 6onstituio de BCVV Y, vol.
!L5331"5335, item n. 424, 4FF3, 7orense Iniversit#ria) " no pode
converter5se em promessa constitucional inconsequente , sob pena de o
Ooder O)blico, "raudando ,ustas e&'ectativas nele de'ositadas 'ela
coletividade, substituir, de maneira ile$tima , o cum'rimento de seu
im'oster*#vel dever, 'or um *esto irresponsvel de in%idelidade
*overnamental ao que determina a 'r-'ria ;ei 7undamental do =stado.
Cesse conte&to, incide, sobre o Ooder O)blico, a $ravssima
obri*ao de tornar e%etivas as prestaWes de sa,de, incumbindo"lhe
'romover, em "avor das 'essoas e das comunidades, medidas " 'reventivas
e de recu'erao ", que, %undadas em 'ol$ticas ')blicas idUneas, tenham 'or
%inalidade viabilizar e dar concreo ao que 'rescreve, em seu art. BC9, a
>onstituio da ?e')blica.
8 sentido de "undamentalidade do direito & sa,de " que
representa , no conte&to da evoluo hist-rica dos direitos b#sicos da 'essoa
humana, uma das e&'ress9es mais relevantes das liberdades reais ou
concretas " impWe ao Ooder O)blico um dever de prestao positiva que
JQ
somente se ter# 'or cum'rido, pelas inst.ncias $overnamentais , quando
estas adotarem 'rovid+ncias destinadas a 'romover, em 'lenitude, a
satis"ao e"etiva da determinao ordenada 'elo te&to constitucional.
HY5se, desse modo, que, mais do que a simples positivao dos
direitos sociais " que traduz est$io necessrio ao 'rocesso de sua
a%irmao constitucional e que atua como pressuposto indispensvel sua
e%ic#cia ,ur$dica (G8SH A78CS8 0A S;!A, X0oder 6onstituinte e
0oder 0opularY, '. 4FF, itens ns. 16L14, 1666, Nalheiros) ", recai, sobre o
=stado, ina"astvel vnculo institucional consistente em con%erir real
e"etividade a tais 'rerro*ativas b#sicas, em ordem a 'ermitir, &s pessoas,
nos casos de in,usti%ic#vel inadimplemento da obri*ao estatal, que
ten'am elas acesso a um sistema or*ani(ado de *arantias instrumentalmente
vinculadas realizao, 'or 'arte das entidades *overnamentais, da tare"a
que lhes im'Vs a pr1pria >onstituio.
No basta, 'ortanto, que o =stado meramente 'roclame o
reconhecimento %ormal de um direito. Torna5se essencial que, para al-m da
sim'les declarao constitucional desse direito, se,a ele inte$ralmente
res'eitado e plenamente *arantido, es'ecialmente naqueles casos em que o
direito " como o direito & sa,de " se quali%ica como 'rerro*ativa ,ur$dica de
que decorre o poder do cidado de e&i*ir, do =stado, a implementao de
'resta9es 'ositivas impostas 'elo 'r-'rio ordenamento constitucional.
6umpre assinalar, %inalmente, que a essencialidade do direito &
sa,de %e( com que o le*islador constituinte quali%icasse, como prestaWes
de relev.ncia p,blica, as a9es e servios de sa)de (67, art. 4F7), em
ordem a le$itimar a atuao do Ninistrio O)blico e do Ooder Gudici#rio
naquelas 'ip1teses em que os -r*os estatais, anomalamente, dei%assem de
respeitar o mandamento constitucional, "rustrando5l'e, arbitrariamente, a
e%ic#cia ,ur$dico"social, se(a 'or intolervel omisso, se(a 'or qualquer
outra inaceitvel modalidade de com'ortamento *overnamental desviante.
Todas essas razWes levam5me a acol'er a pretenso recursal
dedu(ida nos 'resentes autos, ainda mais se se considerar que o ac-rdo
ora recorrido diver$e, %rontalmente, da orientao (urisprudencial que o
Su'remo @ribunal 7ederal "irmou no e&ame da matria em causa (3T2
B:B;F!95F!:, ?el. Nin. ;NA? BA;!T8 W A8 G9!.I9F;3/, ?el. Nin.
>A?;8S !=;;8S8 W A8 GV9.VB95A$3;32, ?el. Nin. >A?;8S
!=;;8S8 W A8 IF!.9V:;M4, ?el. Nin. =?8S B?AI W A8 IF:.!F:;0E,
?el. Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= " 3E BCI.BC!;3/, ?el. Nin. NA?>8
AI?H;8 W 3E BCV.!9F;3/, ?el. Nin. S\0C=\ SAC>[=S W 3E
!F:.F9:;3/, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??DA W 3E !G!.VIC;3/, ?el. Nin.
;NA? BA;!T8 W 3E !G9.!G!;3/, ?el. Nin. CH? 0A S;!=?A W 3E
!:C.IBC;3/, ?el. Nin. C=;S8C G8EN W 3E !C:.!:9;/0, ?el. Nin.
>=^A? O=;IS8 W 3E FG!.GBF;03, ?el. Nin. =;;=C B?A>= W 3E
FIF.FF9;3/, ?el. Nin. >A?;8S E?@@8 W A8 I:D.GII;3/, ?el. Nin.
>=;S8 0= N=;;8, v.$.):
)OA>=C@= >8N [!LA0S * PESSOA 9'23=3@F9A DE RECURSOS
FINANCEIROS * 9=:'=3; VIDA E SA+DE *
FORNECIMENTO G:A3@=3; DE MEDICAMENTOS * 9'<':
CONSTITUCIONAL DO PODER P+BLICO ,A4- ARTS. ./- AAP@3- E
1012 * P:'A'9'N3'2 ,STF2 * RECURSO DE A3RAVO =HP:;<=9;.
; 9=:'=3; I 2AJ9' :'P:'2'N3A A;N2'?KLNA=A
A;N23=3@A=;NA8 =N9=22;A=M<'8 9; 9=:'=3; I <=9A.
JJ
5 8 direito ')blico sub,etivo sa)de representa prerro$ativa (urdica
indis'on$vel asse$urada & *eneralidade das pessoas pela 'r-'ria
6onstituio da 3ep,blica @art. BC9A. @radu( bem (urdico
constitucionalmente tutelado, por cu(a inte$ridade deve velar, de
maneira res'ons#vel, o 0oder 0,blico, a quem incumbe "ormular 5 e
im'lementar 5 polticas sociais e econUmicas idVneas que visem a *arantir,
aos cidados, inclusive queles 'ortadores do v$rus [!, o acesso
universal e i$ualitrio & assistYncia "armacYutica e !(dico*4os5i"$6$r.
* O direi"o 7 s$8de * alm de '%$6iic$r*se co!o direi"o %nd$!en"$6 '%e
$ssis"e $ todas $s 5esso$s * representa conse'%9nci$
cons"i"%cion$6 indissocivel do direi"o 7 :id$. O Poder P8;6ico-
!ual!uer '%e se<$ $ eser$ ins"i"%cion$6 de s%$ $"%$=>o no 56$no d$
or#$ni?$=>o eder$"i:$ ;r$si6eir$- no pode mostrar1se indiferente $o
5ro;6e!$ d$ s$8de d$ 5o5%6$=>o- sob pena de incidir- $ind$ '%e 5or
censurvel o!iss>o- e! grave co!5or"$!en"o incons"i"%cion$6.
A C@=?O?=@AST8 0A C8?NA O?8B?ANJ@>A CT8 O80=
TRANSFORM@* LA EM PROMESSA
CONSTI TUCI ONAL INCONSEABENTE.
1 ; carter programtico da regra inscrita no art. *+N da Aarta Pol"tica 1 !ue
tem por destinatrios todos os entes pol"ticos !ue comp#em, no plano
institucional, a organizao federativa do 'stado brasileiro 1 no pode
converter1se em promessa constitucional inconse!uente, sob pena de o Poder
Pblico, fraudando $ustas e(pectativas nele depositadas pela coletividade,
substituir, de maneira ileg"tima, o cumprimento de seu impostergvel dever, por
um gesto irresponsvel de infidelidade governamental ao !ue determina a
pr5pria 8ei 4undamental do 'stado.
J5
9=23:=O@=CD; G:A3@=3A 9' H'9=AAH'N3;2 A P'22;A2
AA:'N3'2.
1 ; reconhecimento $udicial da validade $ur"dica de programas de
distribuio gratuita de medicamentos a pessoas carentes, inclusive 6!uelas
portadoras do v"rus P=<QA=92, d efetividade a preceitos fundamentais da
Aonstituio da :epblica %arts. RS, caput, e *+N& e representa, na concreo do
seu alcance, um gesto reverente e solidrio de apreo 6 vida e 6 sade das
pessoas, especialmente da!uelas !ue nada t)m e nada possuem, a no ser a
consci)ncia de sua pr5pria humanidade e de sua essencial dignidade.
Precedentes do 234.Y
%RTC 1D.E1F1F*1F1G, :el. Hin. A'82; 9' H'88;&
Sendo assim, 'elas ra(9es e&'ostas, e acolhendo, ainda, o 'arecer da douta
Orocuradoria"Beral da ?e')blica (%ls. 434L431), conheo e dou
'rovimento ao 'resente recurso e&traordin#rio (>O>, art. KK7, P 4 " A), em
ordem a ,ul*ar 'rocedente a ao ordin#ria a,ui(ada 'ela 'arte ora recorrente,
restabelecendo, desse modo, 'or inteiro, a r. sentena 'ro%erida 'elo
ma*istrado estadual de 'rimeira inst<ncia (%ls. M5LMF).
Oublique"se.
Eras$lia, 4 de %evereiro de 166M.
Ninistro >=;S8 0= N=;;8
?elator
Not="(as STF
Luarta&(eira- 19 de abril de 2U11
* Turma garante tratamento em Cuba a 0orta#ores #e #oen%a
o"u)ar * mais um caso de ativismo #udicial
Um gru0o #e 0essoas 0orta#oras #e uma #oen%a rara
"9ama#a ret(nose 0(gmentar4 Wue )e+a D 0er#a 0rogress(+a #a
+(s&o4 re"eberam o #(re(to #e rea)(<ar tratamento em Aa+ana4 Cuba.
A #e"(s&o o"orreu #urante a sess&o eGtraor#(nCr(a #a Pr(me(ra
Turma #o Su0remo Tr(buna) Fe#era) :STF;4 nesta Wuarta$fe(ra :*8;4
na Wua)4 0or ma(or(a #os +otos4 fo( nega#o 0ro+(mento a um
Re"urso EGtraor#(nCr(o :RE 8QH?Q6; #a Un(&o "ontra autor(<a%&o #o
Tr(buna) Reg(ona) Fe#era) #a * Reg(&o :TRF$*; 0ara o tratamento
no eGter(or.
Na or(gem4 o gru0o (m0etrou um man#a#o #e seguran%a "om
o ob1et(+o #e Wue o !(n(st,r(o #a Sa@#e 0agasse +(agem 0ara Cuba4
a f(m #e serem trata#as. O !S fo( nega#o 0e)o 1u(< #e 0r(me(ra
(nstIn"(a4 Wue af(rmou Wue a ass(stOn"(a D sa@#e #e+e ser
0rest(g(a#a4 mas4 no "aso4 o Conse)9o Kras()e(ro #e Ofta)mo)og(a
:CKO; #eu um )au#o #(<en#o Wue n&o 9C
tratamento es0e"=f("o 0ara a #oen%a #entro ou fora #o Kras().
Ao ana)(sar o re"urso4 o TRF$* enten#eu Wue4 0or 9a+er #(re(to
)=Wu(#o e "erto4 a seguran%a #e+er(a ser "on"e#(#a4 ressa)tan#o Wue
a sa@#e ser(a obr(ga%&o #o Esta#o.
J6
3u)gamento
% anHlise da matria teve in<cio em sess"o reali>ada no dia 6 de abril
de 2UU6- ?uando o relator- ministro +ene>es Direito ((alecido)- entendeu
?ue o pedido do $rupo n"o poderia ser de(erido- votando no sentido de
prover o recurso da Mni"o Oe$undo ele- essa doen/a n"o tem cura e a
via$em para Cuba seria in.cua- (eita =s custas do erHrio
O relator a(irmou = poca ?ue o direito con(erido se e'iste a
possibilidade certi(icada de cura- Bde ?ue e'iste o tratamento- de ?ue
poss<vel perante os re?uisitos ?ue o Astado estabeleceu! laudo- parecer-
indica/"oC Eo entanto- avaliou ?ue no caso concreto ;H um laudo do
Consel;o )rasileiro de O(talmolo$ia- se$undo o ?ual n"o e'iste tratamento
em lu$ar al$um
O ministro +arco %urlio- ao pro(erir seu voto&vista- ne$ou o recurso e
abriu diver$8ncia- ao permitir a via$em ao e'terior Oe$undo ele- o direito =
saDde (undamental e um dever do Astado- Bencontra&se em ;armonia
com reiterados pronunciamentos da Corte (4A 1762JQ e 2P69UP)C Eesses
#ul$ados- o ministro Celso de +ello teria consi$nado a impossibilidade de
(a>er prevalecer sobre o interesse do cidad"o o aspecto econ:mico&
(inanceiro- considerado o direito = vida e = saDde
BAu n"o posso compreender ?ue se articule a ine'ist8ncia de lastro
econ:mico&(inanceiro para se ne$ar um tratamento = saDde a um cidad"oC-
disse- ao citar como precedente o 4ecurso A'traordinHrio (4A) 25126J BPelo
?ue leio nos ve<culos de comunica/"o- o tratamento dessa doen/a- com
8'ito- estH realmente em CubaC- completou
%ssim- o ministro +arco %urlio votou para ne$ar o recurso- sem
#ul$ar com base em ?uest0es re(erentes ao carHter e'perimental do
tratamento e ?uanto = e'ist8ncia ou n"o- no )rasil- de pro(issionais
;abilitados a implementH&lo- por terem sido temas n"o analisados na
ori$em 2otou- no mesmo sentido- a ministra Carmen NDcia %ntunes 4oc;a
Retoma#a #o 1u)gamento
%o apresentar seu voto&vista na sess"o de ;o#e- o ministro 4icardo
Ne[ando[sSi trou'e a ?uest"o novamente para o e'ame da Kurma Ale se
uniu ao voto do relator pelo provimento do recurso- mas ambos (icaram
vencidos
BE"o pode o @udiciHrio- em especial esta Ouprema Corte * $uardi" dos
valores constitucionais * de(inir de maneira pontual e individuali>ada como
a %dministra/"o deve distribuir os recursos pDblicos destinados = saDdeC-
disse Ne[ando[sSi- entendendo ?ue o caso (ere princ<pio da isonomia Ale
a(irmou ter sido sensibili>ado pela considera/"o do relator de ?ue a doen/a
incurHvel e ?ue seria um mero paliativo- alm de onerar o or/amento da
Mni"o em detrimento de outros com doen/as mais srias
Kambm votou ;o#e o ministro Nui> Fu' Ale considerou ?ue o recurso
da Mni"o deveria ser ne$ado BAu sou muito determinado nessa ?uest"o da
esperan/a
Eunca acreditei na vers"o de ?ue o tratamento em Cuba da retinose
pi$mentar n"o tin;a cura- pelo contrHrio- eu entendo ?ue se eles s"o
especialistas nisso- deve ;aver uma esperan/a com rela/"o a essa curaC-
avaliou- ao completar ?ue a (un/"o do Oupremo tutelar a di$nidade da
vida ;umana e a presta/"o da saDde pelo Astado
J7
Not="(as STF
Oe$unda&(eira- UP de +aio de 2UU7
De"(s'es 1u#("(a(s afetam eWu(#a#e na #(str(bu(%&o #e
me#("amentos4 #(<em es0e"(a)(stas
De"(s'es 1u#("(a(s obr(gan#o o Po#er P@b)("o a forne"er
me#("amentos "aros e n&o (n")u=#os na re)a%&o #e fCrma"os bCs("os
#o S(stema bn("o #e Sa@#e :SUS; ou na re)a%&o #e rem,#(os "om
"omer"(a)(<a%&o autor(<a#a 0e)a AgOn"(a Na"(ona) #e .(g()In"(a
San(tCr(a :An+(sa; +Om (m0e#(n#o os esta#os #e "um0r(r
a#eWua#amente os 0)anos #e #(str(bu(%&o #e me#("amentos
me#(ante obser+In"(a #os 0r(n"=0(os #a un(+ersa)(#a#e e eWu(#a#e.
Asta (oi a conclus"o unYnime dos tr8s Dltimos con(erencistas da
man;" desta se$unda&(eira (P)- durante a P etapa da audi8ncia pDblica
sobre direito = saDde promovida pelo Oupremo Kribunal Federal (OKF) Ea
sess"o de ;o#e- (oram en(ocados aspectos do re$istro na %$8ncia Eacional
de 2i$ilYncia OanitHria (%nvisa)- protocolos e diretri>es terap8uticas e-
tambm- pol<ticas pDblicas e assist8ncia (armac8utica O evento (oi
presidido pelo ministro ,ilmar +endes- presidente do OKF- e a pr.'ima
sess"o serH reali>ada na ?uarta&(eira pela man;"
Pre1u=<os
O Dltimo con(erencista- Neonardo )andarra- presidente do Consel;o
Eacional dos Procuradores&,erais de @usti/a do +inistrio PDblico dos
Astados e da Mni"o- observou ?ue atendimentos individuais caros
pre#udicam a assist8ncia universali>ada de popula/0es v<timas de doen/as
end8micas como ;ansen<ase- malHria e tuberculose- por e'emplo
+as ponderou- por outro lado- ?ue Bpol<ticas pDblicas pobres tendem
a ser pobresC e disse ?ue preciso a$ilidade do poder pDblico na
elabora/"o de novos protocolos e diretri>es ?ue permitam = %nvisa
incorporar novos e mais e(ica>es medicamentos para tratamento de casos
e'cepcionais
Kambm observou ?ue a situa/"o criada se deve- em parte- a
pol<ticas pDblicas insu(icientes e descartou a prioridade de aspectos
econ:micos por ocasi"o da elabora/"o dos or/amentos do poder pDblico em
detrimento da saDde
Ale observou- no entanto- ?ue a atual pol<tica (armac8utica do pa<s (oi
con?uistada com importante participa/"o do Poder @udiciHrio A- nesse
conte'to- destacou ?ue Ba pol<tica de saDde pDblica deve ser compelida a
superar di(iculdadesC
Pro0ostas
)andarra prop:s ?ue os #u<>es- ao decidir demandas sobre o
(ornecimento de (Hrmacos- admitam o (ornecimento de medicamentos
e'perimentais somente ?uando suas pes?uisas #H estiverem adiantadas e
obede/am as re$ras le$ais no sentido de ?ue os laborat.rios ?ue usam
seres ;umanos como cobaias devem continuar dando assist8ncia a eles
5U
?uando conclu<da a pes?uisa- sem ?ue esse :nus recaia sobre o Poder
PDblico
Ale prop:s- tambm- ?ue os protocolos cl<nicos se#am elemento
pre(erencial nas decis0es- mas ?ue possam ser e'cepcionados
medicamentos #H aprovados pela %nvisa Isso por?ue- se$undo ele- n"o
aceitHvel a concess"o de tratamentos com medicamentos n"o re$istrados
na %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria
Prob)emas no RS
% procuradora do Astado do 4io ,rande do Oul @ana<na )arbier
,on/alves a(irmou ?ue a #urisprud8ncia brasileira tem entendido ?ue o
direito = saDde- estabelecido no arti$o 17J da Constitui/"o Federal (CF)- B
um direito ilimitado ?ue implica a obri$a/"o do poder pDblico de (ornecer
todo e ?ual?uer medicamentoC
Antretanto- como ela observou- este dispositivo restritivo- pois
condiciona o seu cumprimento a pol<ticas sociais e econ:micas Portanto-
se$undo ela- esse atendimento dever ser $lobal e submeter&se aos planos
or/amentHrios do respectivo .r$"o pDblico
E)a #(sse Wue a Pro"ura#or(a >era) #o R(o >ran#e #o Su) n&o
"ontesta as a%'es em Wue s&o #eman#a#os me#("amentos
eG"e0"(ona(s 0res"r(tos #e a"or#o "om os 0roto"o)os #o !(n(st,r(o
#a Sa@#e. Entretanto4 segun#o e)a4 a ma(or(a #as a%'es 1u#("(a(s
0ro0ostas no 0a=s re")aman#o o forne"(mento #e me#("amentos
eG"e0"(ona(s n&o obser+a esses 0roto"o)os.
>astos
Ala in(ormou ?ue os $astos com decis0es #udiciais v8m sendo
verti$inosos- no 4io ,rande do Oul Dados da Oecretaria de OaDde do estado
por ela citados indicam ?ue- atualmente- P1d do or/amento da?uele .r$"o
s"o $astos com a pol<tica de assist8ncia (armac8utica IH- se$undo tais
dados- 657JJ pacientes atendidos pela via administrativa e 2UP75 pela via
#udicial BPortanto- 16-72d da assist8ncia (armac8utica do estado est"o
sendo administrados pelo @udiciHrioC- observou a procuradora
%inda se$undo ela- embora ;ouvesse- em 2UU6- acrscimo de PUd na
a?uisi/"o de medicamentos pela via administrativa- isso n"o diminuiu o
nDmero de a/0es #udiciais- ?ue cresceram 1Jd- no ano passado em rela/"o
a 2UU5
Ala ressaltou ?ue- na via #udicial- apenas 1P-91d dos processos
envolvem demanda de medicamentos especiais e 7-Pd de e'cepcionais-
prescritos de acordo com os protocolos do +inistrio da OaDde- ?ue s"o os
medicamentos cu#o (ornecimento compete ao estado An?uanto isso-
5J-29d das demandas #udiciais contra o estado abran$em medicamentos
?ue n"o s"o de sua compet8ncia- sendo ?ue 16-2Qd s"o relativas a
medicamentos prescritos em desacordo com os protocolos cl<nicos e
PJ-6Pd a produtos ?ue n"o s"o (ornecidos pelo OMO- entre eles
medicamentos importados e sem re$istro na %nvisa
%lm disso- JJd dos medicamentos e'cepcionais (ornecidos por via
#udicial n"o atendem aos protocolos cl<nicos e =s diretri>es terap8uticas do
+inistrio da OaDde- observou
51
Am ra>"o das decis0es #udiciais- o estado obri$ado a (ornecer 99UU
apresenta/0es (armac8uticas- das ?uais somente cerca de QUU (a>em parte
dos elencos atendidos administrativamente e 26UU s"o (ornecidos por (or/a
de decis0es #udiciais- em antecipa/"o de tutela para (ornecimento em P6 ou
52 ;oras- sob pena de blo?ueio de verbas or/amentHrias
%ssim- se$undo a procuradora- Ba interven/"o #udicial um dos
.bices a ?ue o estado do 4io ,rande do Oul cumpra re$ularmente suas
obri$a/0es de (ornecimento de medicamentos na via administrativaC
Ala prop:s ?ue s. se#a permitido o acesso a medicamento pela via
#udicial ?uando o produto (or re$istrado na %nvisa e ?ue- (ora da lista do
OMO ou com re$istro na %nvisa- s. se determine o (ornecimento em casos
muito e'cepcionais e somente em senten/a (inal
Part("(0a%&o 0o0u)ar
Oueli ,andol(i Dallari- representante do Centro de Astudos e Pes?uisa
de Direito OanitHrio da Mniversidade de O"o Paulo (MOP)- sustentou ?ue o
direito = saDde- em virtude de sua $rande comple'idade * e nele inclu<do o
direito a medicamentos *- e'i$e uma e(etiva participa/"o popular na
de(ini/"o das pol<ticas pDblicas para o setor BImposs<vel de(ini&la em Dltima
instYncia num $abineteC- a(irmou BG necessHrio ?ue o povo di$a o ?ue
entende por saDde e por pol<ticas de saDdeC
Oe$undo Oueli Dallari- deve ;aver o controle #udicial em todas as
(ases de de(ini/"o das pol<ticas de saDde Antretanto- Bn"o se deve
trans(ormar o #ui> em mdico ou $estor pDblico Ale deve- sim- observar os
protocolos cl<nicos e as diretri>es do +inistrio da OaDdeC
Not="(as STF
Luarta&(eira- 15 de +ar/o de 2U1U
Po#er P@b)("o #e+e "ustear me#("amentos e tratamentos #e a)to
"usto a 0orta#ores #e #oen%as gra+es4 #e"(#e o P)enCr(o #o STF
O PlenHrio do Oupremo Kribunal Federal inde(eriu
nove recursos interpostos pelo Poder PDblico contra
decis0es #udiciais ?ue determinaram ao Oistema bnico de
OaDde (OMO) o (ornecimento de remdios de alto custo ou
tratamentos n"o o(erecidos pelo sistema a pacientes de
doen/as $raves ?ue recorreram = @usti/a
Com esse resultado- essas pessoas $an;aram o direito de receber os
medicamentos ou tratamentos pedidos pela via #udicial
O ministro ,ilmar +endes (oi o relator das Ouspens0es de Kutela
(OK%) 15Q- 211 e 256; das Ouspens0es de Oe$uran/a 952P- 27PP- 29J1-
99PQ e 99QQ; e da Ouspens"o de Niminar (ON) P5 Eo seu voto ele disse ?ue
se tem constatado a crescente controvrsia #ur<dica sobre a possibilidade de
decis0es #udiciais determinarem ao Poder PDblico o (ornecimento de
medicamentos e tratamentos * decis0es nas ?uais se discute- inclusive- os
critrios para o (ornecimento
,ilmar +endes a(irmou ?ue no Ymbito do Oupremo recorrente a
tentativa do Poder PDblico de suspender decis0es #udiciais nesse sentido
52
BEa Presid8ncia do Kribunal e'istem diversos pedidos de suspens"o de
se$uran/a- de suspens"o de tutela antecipada e de suspens"o de liminar
com vistas a suspender a e'ecu/"o de medidas cautelares ?ue condenam a
Fa>enda PDblica ao (ornecimento das mais variadas presta/0es de saDde *
como (ornecimento de medicamentos- suplementos alimentares- .rteses e
pr.teses- cria/"o de va$as de MKIs e de leitos ;ospitalares- contrata/"o de
servidores da OaDde- reali>a/"o de cirur$ias e e'ames- custeio de
tratamento (ora do domic<lio e inclusive no e'terior- entre outrosC-
e'empli(icou
O ministro contou ?ue ouviu diversos se$mentos li$ados ao tema na
audi8ncia pDblica sobre a saDde- ocorrida em abril de 2UU7 B%p.s ouvir os
depoimentos prestados por representantes dos diversos setores envolvidos-
(icou constatada a necessidade de se redimensionar a ?uest"o da
#udiciali>a/"o do direito = saDde no )rasil- isso por?ue na maioria dos casos
a interven/"o #udicial n"o ocorre em ra>"o de uma omiss"o absoluta em
matria de pol<ticas pDblicas voltadas = produ/"o do direito = saDde- mas
tendo em vista uma necessHria determina/"o #udicial para o cumprimento
de pol<ticas #H estabelecidasC- sublin;ou
Caute)a
%pesar de #ul$ar (avoravelmente aos pacientes ?ue precisam de
medicamentos e tratamentos de alto custo- o ministro ,ilmar +endes (oi
cauteloso para ?ue cada caso se#a avaliado sob critrios de necessidade Ale
disse ?ue obri$ar a rede pDblica a (inanciar toda e ?ual?uer a/"o e
presta/"o de saDde e'istente $eraria $rave les"o = ordem administrativa e
levaria ao comprometimento do OMO- de modo a pre#udicar ainda mais o
atendimento mdico da parcela da popula/"o mais necessitada
+endes di(erenciou- por e'emplo- tratamentos puramente
e'perimentais da?ueles #H recon;ecidos- mas n"o testados pelo sistema de
saDde brasileiro Eo caso da?ueles- ele (oi en(Htico em di>er ?ue o Astado
n"o pode ser condenado a (ornec8&los
BLuanto aos novos tratamentos ainda n"o incorporados pelo OMO-
preciso ?ue se ten;a cuidado redobrado na aprecia/"o da matria Como
(risado pelos especialistas ouvidos na audi8ncia pDblica- o con;ecimento
mdico n"o estan?ue- sua evolu/"o muito rHpida e di(icilmente
acompan;Hvel pela burocracia administrativaC- citou- lembrando ?ue a
aprova/"o de novas indica/0es terap8uticas pode ser muito lenta e- como
resultado disso- pacientes do OMO podem ser e'clu<dos de tratamentos #H
o(erecidos ;H tempos pela iniciativa privada
BIH necessidade de revis"o peri.dica dos protocolos e'istentes e de
elabora/"o de novos protocolos %ssim n"o se pode a(irmar ?ue os
protocolos cl<nicos e diretri>es terap8uticas dos OMO s"o in?uestionHveis- o
?ue permite sua contesta/"o #udicialC- completou
Outros +otos
O ministro (oi acompan;ado- em seu voto- por todos os demais
presentes = sess"o O ministro 4icardo Ne[ando[sSi entendeu ?ue os
a$ravantes (Mni"o e estados) n"o demonstraram a potencialidade danosa =
saDde- = economia e = ordem pDblica do (ornecimento dos medicamentos
ou tratamentos re(erentes =s nove a/0es
59
@H o ministro Celso de +ello #ul$ou ?ue a @usti/a precisa a$ir ?uando o
poder pDblico dei'a de (ormular pol<ticas pDblicas ou dei'a de adimpli&las-
especialmente ?uando emanam da Constitui/"o BO direito = saDde
representa um pressuposto de ?uase todos os demais direitos- e essencial
?ue se preserve esse estado de bem&estar (<sico e ps<?uico em (avor da
popula/"o- ?ue titular desse direito pDblico sub#etivo de estatura
constitucional- ?ue o direito = saDde e = presta/"o de servi/os de saDdeC-
completou
b; DIREITOS \ PRESTARSO 3UR[DICA & direito = emiss"o de normas para
?ue os indiv<duos possam $o>ar dos direitos constitucionalmente previstos
A'! arti$o QV- inciso 1III
& G ?uando o indiv<duo e'i$e do Astado a edi/"o de uma lei para (a>er valer
o seu direito Outros e'emplos! cria/"o de de(ensorias pDblicas- as a/0es
a(irmativas por parte do Astado etc
T O problema da le$isla/"o simb.lica * a previs"o das Cotas- institu<das por
meio de lei- como tentativa de concreti>a/"o do princ<pio da i$ualdade;
ADI e PROUNI * G
8 relator, da mesma %orma, re'utou descabida a a%irmao de que o art. 1 da
;ei 44.6FML166K a%rontaria o art. K, e ;!, da >7. Salientando que a
i*ualdade valor que tem no combate aos %atores de desi*ualdade o seu
modo 'r-'rio de reali(ao, entendeu que a desi*ualao em %avor dos
estudantes que cursaram o ensino mdio em escolas ')blicas e os e*ressos
de escolas 'rivadas que tivessem sido contem'lados com bolsa inte*ral
constituiria discr$men que acom'anharia a toada da com'ensao de uma
anterior e %actual in%erioridade. @ambm no acolheu a tese de que o art. 7
da norma em questo violaria o 'rinc$'io da autonomia universit#ria (>7,
art. 167), visto que o O?8IC seria um 'ro*rama concebido 'ara o'erar 'or
ato de adeso ou 'artici'ao absolutamente volunt#ria. =s*rimiu, ademais,
o ar*umento de o%ensa ao 'rinc$'io da livre iniciativa (>7, art. 476), ao
%undamento de que este 'ostulado ,# nasceria relativi(ado 'ela 'r-'ria
>onstituio, 'ois a liberdade de iniciativa estaria su,eita aos limites
im'ostos 'ela atividade normativa e re*uladora do =stado, que se ,usti%icasse
'elo ob,etivo maior de 'roteo de valores tambm *arantidos 'ela ordem
constitucional e reconhecidos 'ela sociedade como relevantes 'ara uma
e&ist+ncia di*na, con%orme os ditames da ,ustia social. Oor %im, rechaou o
a'ontado desres'eito 'elo art. F da lei em causa ao art. K, ::::, da >7,
'orquanto a matria nele versada no seria de nature(a 'enal. 7risou que o
re%erido dis'ositivo elencaria as )nicas san9es a'lic#veis aos casos de
descum'rimento das obri*a9es, assumidas 'elo estabelecimento de ensino
su'erior, de'ois da assinatura do termo de adeso ao 'ro*rama,
sancionamento este que estaria a car*o do Ninistrio da =ducao, ao qual
incumbiria, ainda, o controle e *erenciamento do 'ro*rama, 'or se tratar de
matria essencialmente administrativa. A'-s, 'ediu vista dos autos o Nin.
Goaquim Earbosa.
A0 3336L07, rel. Nin. >arlos Eritto, 1.5.1662. (A0"3336)
5P
AS AR^ES AFIR!ATI.AS
O CONCEITO DE !INORIA APTO \ PROTERSO ESTATAL
A%&o Af(rmat(+a * G ?ual?uer pro$rama pra inclus"o de minoria
& % ?uest"o ! ?ual o conceito de minoria] Depende do local- do conte'to
etc
& G poss<vel ser a (avor do $8nero a/"o a(irmativa e- ao mesmo tempo- ser
contrHrio a determinadas a/0es a(irmativas espec<(icas
?. TITULARIDADE DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS
T D(re(tos Fun#amenta(s e Pessoa 3ur=#("a! Direito = i$ualdade- direito
de resposta- de propriedade- si$ilo de correspond8ncia- inviolabilidade de
domic<lio- $arantias de direito ad?uirido (direito ao nome)- ato #ur<dico
per(eito- coisa #ul$ada- dentre outros
& Portanto- a pessoa #ur<dica tambm titular de direitos (undamentais
T Ca0a"(#a#e #e Fato e Ca0a"(#a#e #e D(re(to * % menoridade pode
ser vista como um .bice ao e'erc<cio de Direitos Fundamentais]
& O (ato de a pessoa ser incapa> n"o tem rela/"o com a titularidade de
direitos (undamentais
5Q
Q. DI!ENS^ES DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS:
& Krata&se de teoria alem" dos direitos (undamentais
& 4elacionado = percep/"o e (ormas de Astado adotadas em cada pa<s
& 2eri(ica&se ?ue os direitos (undamentais s"o analisados na sociedade
Duas dimens0es (maneiras) de encarar os direitos (undamentais
& Kodo direito (undamental possui as duas dimens0es descritas abai'o
Q.*. Sub1et(+a * nesse sentido- os direitos (undamentais s"o vistos sob a
.ptica do su#eito passivo Corresponde = caracter<stica de os direitos
(undamentais ense#arem uma pretens"o a ?ue se adote determinado
comportamento- ou a um poder de vontade de produ>ir e(eitos sobre certas
rela/0es #ur<dicas
& G a (orma como indiv<duo pretende e'ercer seu direito (undamental A'!
liberdade de e'press"o
& O ?ue interessa a?ui a .tica do titular ao e'ercer determinado direito
& %t mesmo a Constitui/"o nessa poca- praticamente n"o abordava os
direitos (undamentais- apenas re$ulava os Astado Prevalecia a autonomia
da vontade
& Para ?ue a dimens"o sub#etiva se#a observada- ela deve estar de acordo
com a dimens"o ob#etiva (interesse pDblico)
P /ra da Codificao! :realncia da autonomia de ontade!
Q./. Ob1et(+a staatliche )chutzpflichten ' >dever de prote*3o estatal?% &
?uando os direitos (undamentais s"o vistos como princ<pios bHsicos da
ordem constitucional Os bens prote$idos s"o considerados como valores
em si e podem impor restri/0es aos direitos (undamentais do pr.prio su#eito
desses direitos e ob#eto da prote/"o #ur<dica ob#etiva
& Oi$ni(ica ?uando os direitos (undamentais dei'am de ser analisados por
valores em si mesmos em uma comunidade- sem se ater = .tica do titular
do direito
& Deve&se perceber os direitos (undamentais como valor para o meio social
%?ui se insere a ideia do interesse pDblico
& Por ?ue essa di(eren/a importante] Por?ue em determinadas sociedades
a dimens"o ob#etiva t"o (orte ?ue vai $erar o dever de prote/"o estatal
Por ve>es o interesse comum estarH em con(lito com a vontade do titular
A'! Por ?ue o Astado me impede de in#etar ;ero<na
& Assa a teoria ?ue le$itima a inter(er8ncia do Astado em nome dos
valores relevantes para todos de uma comunidade- e ?ue por isso
importante de(ender
5J
Au)a 5H $
5/75?7/5**
& Eo )rasil- adota&se a teoria da prote/"o estatal ( a teoria da dimens"o
ob#etiva) Eo a dimens"o ob#etiva sempre prevalece sobre a sub#etiva +as
;H casos em ?ue essas dimens0es na se distin$uem t"o (acilmente
& Assa concep/"o estH li$ada = ideia de o Astado re$ular o interesse social-
incluindo os direitos sociais
P /ra da Constitucionalizao! :realncia do interesse 'Cblico! D
"eoconstitucionalismo! As Cl<usulas Gerais!
A'! obri$atoriedade do uso do cinto de se$uran/a- preserva&se o valor 2ID%-
e IEKA,4ID%DA FnOIC%- ainda ?ue o su#eito n"o o ?ueira;
& BAra da Constitucionali>a/"oC & G o momento em ?ue Constitui/"o passou
a ser vista como a norma mais importante de ordenamento #ur<dico de um
pa<s
& Eeoconstitucionalismo & % constitui/"o vista como topo do ordenamento
#ur<dico- (o direito a partir de valores da sociedade) E"o si$ni(ica ?ue (oi
sur$imento da Constitui/"o- at por?ue #H ;aviam constitui/0es na
dimens"o sub#etiva
& %?ui- si$ni(ica tambm ?ue todas as demais normas devem ser
interpretadas em aplicadas con(orme a Constitui/"o 2ale di>er ?ue nem
tudo o ?ue n"o previsto em lei- serH permitido- como autonomia da
vontade Di(erente da dimens"o sub#etiva
& % clHusula $eral um das alternativas ?ue o intrprete tem para di>er ?ue
determinada autonomia da vontade n"o atende ao interesse social- por
e'emplo- n"o atende = (un/"o social- n"o observa do princ<pio da boa&(
ob#etiva etc (?ue s"o clausuras $erais)
P A 7uesto da transfuso de San9ue ? Ds Eestemunhas de Feo<
& Eeste caso a dimens"o ob#etiva di> ?ue o direito = vida prevalece sobre a
liberdade reli$iosa
E. SU3EITO PASSI.O DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS. A EFIC]CIA
AORIZONTAL :D3;EE4;3G@"G;
& Keoria da e(icHcia dos direitos * G outra alternativa para resolver o
problema da observYncia do interesse pDblico ou da autonomia da vontade
Ocorre ?uando o direito (undamental de um se c;oca com direito
(undamental de outro Pressup0es as dimens0es ob#etiva e sub#etiva dos
direitos (undamentais
Ef("C"(a +ert("a) #os #(re(tos fun#amenta(s * o indiv<duo tendo ?ue
se submete = vontade do Astado
& O problema se coloca ?uando a outra pessoa ?ue estH limitando o seu
direito (undamental n"o o Astado- mas outro particular %?ui se estH na
dimens"o sub#etiva das partes Os valores envolvidos ser"o ponderados
para ?ue se c;e$ue = dimens"o ob#etiva %?ui e(icHcia ;ori>ontal (e'
conven/"o de condom<nio- por?ue al$um #H le$islou e convencionou antes-
55
contudo nem sempre o Astado poderH prever todas as situa/0es) Kudo
dependerH dos valores Bvi$entesC na sociedade
& Kais con(litos de direitos (undamentais ser"o en(rentados ou pela
pondera/"o ?ue c;e$ue = dimens"o ob#etiva ou pela aplica/"o de clHusulas
$erais (estas Dltimas podem estar na dimens"o ob#etiva)
& % e(icHcia ;ori>ontal serH muito comum entre os direitos de particulares-
?ue est"o em mesmo n<vel de i$ualdade
E.*. Kradicionalmente e ;istoricamente- o su#eito passivo dos Direitos
Fundamentais (oi o Poder PDblico De (ato- os primeiros Direitos
Fundamentais sur$iram devido = necessidade de limita/"o do Astado;
E./. % partir da percep/"o de ?ue os Direitos Fundamentais possuem uma
dimens"o ob#etiva- a obri$ar n"o somente o Astado- observa&se ?ue o
respeito aos direitos (undamentais tambm deve partir dos pr.prios
indiv<duos- nas suas rela/0es entre si A'emplo! diante do princ<pio
constitucional da i$ualdade- poss<vel ?ue um pai doe ?uota dispon<vel a
apenas um dos seus (il;os- em detrimento dos demais] O"o poss<veis
restri/0es aos direitos (undamentais previstas em contrato] O problema da
o(ensa = autonomia privada O problema da veda/"o das clHusulas
puramente potestativas
E.8. C.di$o Civil! %rt 122 O"o l<citas- em $eral- todas as condi/0es n"o
contrHrias = lei- = ordem pDblica ou aos bons costumes; entre as condi/0es
de(esas se incluem as ?ue privarem de todo e(eito o ne$.cio #ur<dico- ou o
su1e(tarem ao 0uro arb=tr(o #e uma #as 0artes %rt 1J19 O"o
ine(ica>es a condi/"o e o termo apostos ao ato de recon;ecimento do (il;o
06/06/2008 - 08h00
MP investigar caso de shopping que barrou entrada de jovens da
periferia em Curitiba
Marcus Vincius Gomes
Especial para o UOL
Em Curitiba
O +inistrio PDblico do ParanH in(ormou nesta ?uarta (P) ?ue vai
investi$ar as denDncias envolvendo #ovens da peri(eria ?ue (oram barrados
por se$uran/as na entrada do O;oppin$ Paladium- inau$urado
recentemente em Curitiba (P4)
4achada do shopping Palladium, !ue tem selecionado seus clientes.
IH duas semanas- cerca de 1QU
adolescentes promoveram um protesto em
(rente ao s;oppin$ depois ?ue um $rupo (oi
impedido de entrar- sob a ale$a/"o de ?ue
representava eriscoe para os clientes e poderia
epromover badernae Os #ovens mais visados
56
seriam oriundos da peri(eria- vestidos com camisas de clubes e tra#es de
;ip&;op (roupas e'a$eradamente lar$as)
% Promotoria de De(esa do Consumidor de Curitiba- .r$"o do
+inistrio PDblico- determinou a abertura de procedimento para apurar as
denDncias Oe$undo o(<cio e'pedido pelo promotor de @usti/a +a'imiliano
4ibeiro Deliberador- responsHvel pelo caso- a promotoria vai apurar- entre
outras ?uest0es- se ;ouve o(ensa a princ<pios $arantidos pela Constitui/"o
Federal- como a i$ualdade perante a lei- sem distin/"o de ?ual?uer nature>a
e o direito ?ue todos t8m para reunir&se paci(icamente- sem armas- em
locais abertos ao pDblico independentemente de autori>a/"o
Eo in<cio da semana- depois de manter a determina/"o impedindo o
acesso de $rupos de mais de ?uatro #ovens- a dire/"o do s;oppin$ ne$ou
?ual?uer tipo de discrimina/"o e $arantiu ?ue as restri/0es s"o em rela/"o
ao comportamento e =s atitudes O consultor #ur<dico da %ssocia/"o
Comercial do ParanH- Cleverson +arin;o Kei'eira- a(irmou ?ue s;oppin$s
t8m o direito de evitar a presen/a de $rupo de pessoas ?ue representem
risco de tumulto e sustentou ?ue- eainda ?ue se trate de local pDblico- o
s;oppin$ tambm uma propriedade particular- #H ?ue teria um donoe
& G poss<vel proibir uma pessoa de entrar em s;oppin$ por?ue
possivelmente arruaceiro] Pode&se impedir uma mani(esta/"o dentro um
s;oppin$] O"o casos de e(icHcia ;ori>ontal dos direitos (undamentais
!a(s sobre Cur(t(ba
De acordo com o o(<cio do +P- o s;oppin$ tem cinco dias para se
pronunciar sobre o caso Asta a se$unda pol8mica em ?ue o Palladium se
envolve desde a sua inau$ura/"o- no dia 1U do m8s passado O +P tambm
a#ui>ou a/"o civil pDblica na 9 2ara C<vel de Curitiba- ?uestionando a
abertura do s;oppin$ sem ?ue este atestasse as devidas condi/0es de
se$uran/a
Outros s9o00(ngs #a "(#a#e tOm regras (#Ont("as
% determina/"o do Palladium de barrar o acesso de $rupo de
adolescentes da peri(eria estende&se tambm para outros s;oppin$s da
capital paranaense
Os se$uran/as do O;oppin$ Curitiba- locali>ado na ?uadrilHtero
central da capital- por e'emplo- recebem ordens para limitar a entrada de
$rupos de #ovens e ainda s"o orientados a impedir ?ue eles se reDnam nas
pra/as de alimenta/"o e% ordem dispersare- di> um se$uran/a ?ue
pre(ere n"o se identi(icar
O mesmo ocorre no O;oppin$ CrZstal e no O;oppin$ Asta/"o- ?ue
reDnem um $rande nDmero de adolescentes- principalmente nos (ins de
semana % determina/"o- ainda ?ue velada- evitar a entrada de mais de
dois adolescentes e dar epre(er8nciae a casais
Am comunicado divul$ado nesta semana a %ssocia/"o )rasileira de
)ares e Casas Eoturnas (%brabar) mani(estou&se a (avor das determina/0es
impostas pelo O;oppin$ Paladium e sustentou ?ue elas s"o a Dnica (orma de
um eestabelecimento salva$uardar seu ne$.cio e $arantir a tran?uilidade
de seus clientese
57
Oe$undo o presidente da %brabar- FHbio %$uaZo- muitos bares e
casas noturnas a(i'am carta>es na entrada estipulando as re$ras da casa
eAssa a Dnica (orma de evitar bri$as e atender bem a clientelae- a(irma
Garota expulsa de shopping nos EUA processa
estabelecimento
30/09/2008 - 09:38
Alem foi e(pulsa de um shopping em
:ichmond, TentucUV, por causa do tamanho
do vestido !ue usava. 4otoW
:eproduoQ<"deoQ-,XTY3
Kcmber)c C)em- 2U-
estudante universitHria ?ue
(oi e'pulsa de um s;oppin$
em 4ic;mond- no RentucSZ-
AM%- por causa do
comprimento de seu vestido-
in$ressou na #usti/a contra o
estabelecimento e a empresa
responsHvel pela se$uran/a
do local
Oe$undo FesleZ )ro[ne- advo$ado de RZmberlZ- o s;oppin$ tem se
recusado a entrar em contato com sua cliente desde o dia do ocorrido- 1U
de a$osto % #ovem e'i$ia um pedido de desculpas (ormal da $er8ncia do
4ic;mond +all Oe$undo in(orma/0es divul$adas na Dltima se'ta&(eira- 2J-
pela emissora de K2 FK2o- a $arota acusa o s;oppin$ de a$ress"o- cHrcere
privado e conduta abusiva
& % limita/"o mediata opera&se pela aplica/"o de clHusulas $erais %
limita/"o imediata resolve&se mediante a e(icHcia ;ori>ontal dos direitos
(undamentais
E.6. A EFIC]CIA AORIZONTAL NOS EUA. A TEORIA DA SEAE/ ACE;D".
T O tema posto em discuss"o no #ul$amento do 1ivil Rights 1ases era se o
%to dos Direitos Civis de 165Q
3
- por meio do ?ual se proibiam discrimina/0es
9
%to dos Direitos Civis de 165Q Oe/"o 1 Lue todas as pessoas sob a #urisdi/"o
dos Astados Mnidos possam ter direito = completa e ao i$ual aproveitamento de
acomoda/0es- vanta$ens- (acilidades e privil$ios em ;ospedarias- transportes
pDblicos terrestres ou mar<timos- teatros- e outros lu$ares de entretenimento
pDblico- su#eitos apenas =s condi/0es e =s limita/0es estabelecidas em leis e
6U
Au)a 5L $
5L75?7/5**
raciais em ;otis- meios de transporte- teatros e demais lu$ares de
entretenimento- violava ou n"o a Dcima Luarta Amenda = Constitui/"o
norte&americana
& Eeste #ul$amento- a Ouprema Corte disse a lei n"o podia limitar autonomia
de vontade entre particulares % autonomia do particular s. podia ser
superada se no outro polo estivesse o Astado
& Oomente o caso concreto ?ue dirH ?ual direito de particular irH
prevalecer- ou se#a- ?ual serH observado em detrimento do outro
& Eo Ymbito de direitos privados- ;H ?ue se ter ainda mais ra>oabilidade
para limitar o direito do particular
& % )tate .ction (AM%) n"o se trata propriamente de uma e(icHcia ;ori>ontal-
mas dia$onal (?uando envolve direitos entre particulares- mas o direito em
discuss"o tem (un/"o pDblica) % )tate .ction busca e?uiparar a (un/"o
desenvolvida por determinada entidade particular a (un/"o pDblica 2isa
relativi>ar teoria da autonomia da vontade Assa teoria n"o ?uer di>er
e'atamente Astado- mas ?uase isso IH uma preponderYncia em (ace dos
direitos particulares comuns Fun/"o pDblica predominante % )tate .ction
relativi>a a ne$ativa/"o da teoria da e(icHcia ;ori>ontal nos AM%
& O termo Bdia$onalC (oi criado pela pro(essora
T O 1ivil Rights 1ase demonstrou o con(lito das di(erentes correntes de
pensamento ?ue e'istiam na Ouprema Corte- entre os liberais e os
conservadores % vis"o conservadora adotava um entendimento restrito-
acreditando ?ue a Amenda Dcima Kerceira t"o&somente abolira a
escravid"o e ?ue a Amenda Dcima Luarta prote$ia os recm&libertos
apenas da discrimina/"o e(etuada pelo Astado Eesse sentido- uma lei
votada pelo Con$resso n"o poderia (i'ar re$ras de conduta para
particulares- (undamentando&se na Dcima Luarta Amenda % posi/"o
liberal- por sua ve>- acreditava ?ue as Amendas prote$iam os ne$ros de
aplicHveis sem distin/0es a todos os cidad"os- de todas as ra/as e cores- sem levar
em considera/"o nen;uma condi/"o de servid"o Oe/"o 2 Lue todas as pessoas
?ue violarem a se/"o precedente- por ne$arem a ?ual?uer cidad"o- e'ceto por
ra>0es determinadas em lei e aplicHveis a todos os cidad"os de cada ra/a e cor- e
sem levar em considera/"o ?ual?uer condi/"o prvia de servid"o- o completo
aproveitamento de ?ual?uer uma das acomoda/0es- vanta$ens- (acilidades ou
privil$ios enumerados na se/"o anterior- ou por a#udar ou incitar essa ne$a/"o-
deve- por cada uma das o(ensas- entre$ar e pa$ar a importYncia de pQUU para a
pessoa a(li$ida com a sua atitude- como ressarcimento em uma a/"o de dbito-
com custas totais- e deve- alm- para cada uma das o(ensas- ser considerado
culpado de contraven/"o- e sobre esta condena/"o deve ser multado por n"o
menos ?ue pQUU e n"o mais ?ue p1UUU- ou ent"o deve ser aprisionado por n"o
menos ?ue 9U dias e n"o mais ?ue 1 ano Determine&se ?ue todas as pessoas
possam escol;er ou processar pela penalidade supramencionada- ou proceder
con(orme os costumes e estatutos le$ais- e ;avendo eleito processar de uma
maneira ou de outra- cessam&se os direitos a procederem em outra #urisdi/"o +as
esta provis"o n"o deve ser aplicada a procedimentos criminais- tampouco sobre
este ato ou lei criminal de ?ual?uer Astado A determine&se- tambm- ?ue uma
condena/"o em (avor da parte pre#udicada- ou um #ul$amento sob acusa/"o- deve
ser uma restri/"o a um dos processos- respectivamente
61
?ual?uer tipo de mani(esta/"o preconceituosa- pouco importando ?uem as
e'ecutasse- se os particulares ou se o Astado
& % suprema corte (i'ou a?ui ?ue- no Ymbito- privado- era poss<vel
discriminar- s. ?ue apenas o estado poderia (a>er isso
T O 2ustice )radleZ (ormulou o pensamento ma#oritHrio e- por 6 votos a 1-
prevaleceu o entendimento conservador de ?ue a Amenda Dcima Luarta
apenas prote$ia os cidad"os da discrimina/"o estatal Oe$undo esse
entendimento- a Nei dos Direitos Civis de 165Q se constitu<a em uma
tentativa indevida de o Con$resso re$ular as rela/0es privadas O Kribunal
entendeu ?ue a Dcima Luarta Amenda n"o proibia os atos discriminat.rios
praticados por indiv<duos particulares- mas apenas os praticados por atos do
,overno- declarando ent"o a inconstitucionalidade da Nei dos Direitos Civis
O (ato de um particular n"o aceitar a presen/a de ne$ros em seu
estabelecimento ou ;otel n"o violava a Constitui/"o- uma ve> ?ue o
particular n"o representava o Astado Assa maneira de pensar
restritivamente os direitos dos ne$ros condu>iu = era de se$re$a/"o e de
discrimina/"o nos Astados Mnidos da %mrica
T A 0art(r #essa #e"(s&o4 assentou$se na Su0rema Corte o
enten#(mento #e Wue a 0rote%&o aos #(re(tos fun#amenta(s
0re+(stos na Const(tu(%&o e nas suas emen#as ser(a a0)("a#a
a0enas a ent(#a#es go+ernamenta(s4 e n&o em re)a%&o a entes
0r(+a#os. A0enas a D,"(ma Ter"e(ra Emen#a4 0or me(o #a Wua) se
abo)(u a es"ra+(#&o4 esta+a #(re"(ona#a a 0art("u)ares
T %os poucos a Ouprema Corte norte&americana (oi alar$ando o conceito de
-stado - ampliando a no/"o do su#eito ativo ?ue pode vir a o(ender os
direitos dos cidad"os Oe$undo a teoria do )tate .ction - a Corte recon;ece
?ue al$umas atividades e'ercidas por particulares possuem um carHter
eminentemente pDblico- desempen;ando praticamente uma (un/"o estatal-
e ?ue- assim- as suas condutas poderiam ser limitadas pelas restri/0es
estabelecidas pelos direitos (undamentais previstos na Constitui/"o e nas
emendas constitucionais
& )tate .ction * uma teoria ?ue visa conse$uir dar abertura para ?ue o
@udiciHrio apli?ue #ul$ue com base na teoria da e(icHcia ;ori>ontal %?ui- os
americanos come/aram a inserir aos poucos al$umas condicionantes-
sobretudo para de(inir o ?ue seria a/"o estatal
& Ea prHtica- o direito americano ora (le'ibili>arH- ora restrin$irH a
abran$8ncia da (un/"o pDblica (state action)- con(orme a conveni8ncia ou
mel;or solu/"o determinada situa/"o
E.? A 3ur(s0ru#On"(a #o Su0remo Tr(buna) Fe#era):
T 4A nV 1Q621Q- 4el +inistro +arco %urlio!
62
6++0E3AT8HA 5 E[6<=/?+ DE A//+68AD+ 5 6A3ZTE3
0=N8T8H+ 5 DEH8D+ 03+6E//+ <E4A<. Na 'ip1tese de e%cluso
de associado decorrente de conduta contrria aos estatutos, impWe5se a
observ.ncia ao devido processo le$al, viabilizado o e%erccio amplo da
de"esa. /imples desa"io do associado & assembleia $eral, no que toca &
e%cluso, no - de molde a atrair adoo de processo sumrio.
+bserv.ncia obri$at1ria do pr1prio estatuto da cooperativa.`
& %preciou a e'puls"o de associado sem teori>ar (nem mencionar) sobre
e(icHcia ;ori>ontal sobre direito (undamental- apesar de ter aplicado a
e(icHcia ;ori>ontal
T 4A&2U1617 & Oociedade Civil de Direito Privado e %mpla De(esa
?= 16424F L ?G " ?8 0= GAC=?8
?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8
?elator(a): Nin. =;;=C B?A>=
?elator(a) 'L Ac-rdo: Nin. B;NA? N=C0=S
Gul*amento: 44L46L166K Ur*o Gul*ador: Se*unda @urma
EMENTA) /+68EDADE 68H8< /EM 78N/ <=63AT8H+/. =N8?+
M3A/8<E83A DE 6+M0+/8T+3E/. E[6<=/?+ DE /E68+ /EM
4A3ANT8A DA AM0<A DE7E/A E D+ 6+NT3AD8TE38+.
E786Z68A D+/ D83E8T+/ 7=NDAMENTA8/ NA/ 3E<A>QE/
038HADA/. 3E6=3/+ DE/03+H8D+. 8. E786Z68A D+/
D83E8T+/ 7=NDAMENTA8/ NA/ 3E<A>QE/ 038HADA/. As
violaWes a direitos "undamentais no ocorrem somente no .mbito das
relaWes entre o cidado e o Estado, mas i$ualmente nas relaWes
travadas entre pessoas "sicas e (urdicas de direito privado. Assim, os
direitos "undamentais asse$urados pela 6onstituio vinculam
diretamente no apenas os poderes p,blicos, estando direcionados
tamb-m & proteo dos particulares em "ace dos poderes privados. 88.
+/ 038N6K08+/ 6+N/T8T=68+NA8/ 6+M+ <8M8TE/ _
A=T+N+M8A 038HADA DA/ A//+68A>QE/. A ordem (urdico5
constitucional brasileira no con"eriu a qualquer associao civil a
possibilidade de a$ir & revelia dos princpios inscritos nas leis e, em
especial, dos postulados que tYm por "undamento direto o pr1prio te%to
da 6onstituio da 3ep,blica, notadamente em tema de proteo &s
liberdades e $arantias "undamentais. + espao de autonomia privada
$arantido pela 6onstituio &s associaWes no est imune & incidYncia
dos princpios constitucionais que asse$uram o respeito aos direitos
"undamentais de seus associados. A autonomia privada, que encontra
claras limitaWes de ordem (urdica, no pode ser e%ercida em
detrimento ou com desrespeito aos direitos e $arantias de terceiros,
especialmente aqueles positivados em sede constitucional, pois a
autonomia da vontade no con"ere aos particulares, no domnio de sua
incidYncia e atuao, o poder de trans$redir ou de i$norar as restriWes
postas e de"inidas pela pr1pria 6onstituio, cu(a e"iccia e "ora
normativa tamb-m se impWem, aos particulares, no .mbito de suas
relaWes privadas, em tema de liberdades "undamentais. 888.
69
/+68EDADE 68H8< /EM 78N/ <=63AT8H+/. ENT8DADE ]=E
8NTE43A E/0A>+ 0LM<86+, A8NDA ]=E N?+5E/TATA<.
AT8H8DADE DE 6A3ZTE3 0LM<86+. E[6<=/?+ DE /E68+
/EM 4A3ANT8A D+ DEH8D+ 03+6E//+ <E4A<.A0<86A>?+
D83ETA D+/ D83E8T+/ 7=NDAMENTA8/ _ AM0<A DE7E/A E
A+ 6+NT3AD8TE38+. As associaWes privadas que e%ercem "uno
predominante em determinado .mbito econUmico e;ou social, mantendo
seus associados em relaWes de dependYncia econUmica e;ou social,
inte$ram o que se pode denominar de espao p,blico, ainda que no5
estatal. A =nio Mrasileira de 6ompositores 5 =M6, sociedade civil sem
"ins lucrativos, inte$ra a estrutura do E6AD e, portanto, assume posio
privile$iada para determinar a e%tenso do $ozo e "ruio dos direitos
autorais de seus associados. A e%cluso de s1cio do quadro social da
=M6, sem qualquer $arantia de ampla de"esa, do contradit1rio, ou do
devido processo constitucional, onera consideravelmente o recorrido, o
qual "ica impossibilitado de perceber os direitos autorais relativos &
e%ecuo de suas obras. A vedao das $arantias constitucionais do
devido processo le$al acaba por restrin$ir a pr1pria liberdade de
e%erccio pro"issional do s1cio. + carter p,blico da atividade e%ercida
pela sociedade e a dependYncia do vnculo associativo para o e%erccio
pro"issional de seus s1cios le$itimam, no caso concreto, a aplicao
direta dos direitos "undamentais concernentes ao devido processo le$al,
ao contradit1rio e & ampla de"esa @art. IR, <8H e <H, 67;VVA. 8H.
3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ DE/03+H8D+.
& %?ui- ,ilmar +endes teori>ou sobre a e(icHcia ;ori>ontal De(endeu essa
e(icHcia se aplica no )rasil
Luanto mais relevante o direito em #o$o- mais necessHria a aplica/"o da
e(icHcia ;ori>ontal- e vice&versa
3E B9B!GF ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+
3elator@aA) Min. 6A3<+/ HE<<+/+
2ul$amento) !C;BD;BCC9 Er$o 2ul$ador) /e$unda Turma
0ublicao) D2 DATA5BC5B!5BCC: 005DDDI: EMENT H+<5DBVC95DG
005DD:I9
EMENTA) 6+N/T8T=68+NA<. T3AMA<\+. 038N6K08+ DA
84=A<DADE. T3AMA<\AD+3 M3A/8<E83+ EM03E4AD+ DE
EM03E/A E/T3AN4E83A) E/TAT=T+/ D+ 0E//+A< DE/TA)
A0<86AM8<8DADE A+ T3AMA<\AD+3 E/T3AN4E83+ E A+
T3AMA<\AD+3 M3A/8<E83+. 6.7., BC9:, art. BIF, S BR* 6.7., BCVV,
art. IR, caput. 8. 5 Ao recorrente, por no ser "rancYs, no obstante
trabal'ar para a empresa "rancesa, no Mrasil, no "oi aplicado o
Estatuto do 0essoal da Empresa, que concede vanta$ens aos
empre$ados, cu(a aplicabilidade seria restrita ao empre$ado de
nacionalidade "rancesa. +"ensa ao princpio da i$ualdade) 6.7., BC9:,
art. BIF, S BR* 6.7., BCVV, art. IR, caputA. 88. 5 A discriminao que se
baseia em atributo, qualidade, nota intrnseca ou e%trnseca do
indivduo, como o se%o, a raa, a nacionalidade, o credo reli$ioso, etc., -
inconstitucional. 0recedente do /T7) A$ BBD.VG9@A$3$A503, 6-lio
6P
Mor(a, 3T2 BBC;G9I. 888. 5 7atores que autorizariam a desi$ualizao
no ocorrentes no caso. 8H. 5 3.E. con'ecido e provido.
& %?ui- o OKF disse ?ue n"o podia- pois os empre$ados (a>iam as mesmas
(un/0es
3E B9D!!! ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+
3elator@aA) Min. /E0L<HEDA 0E3TEN6E
2ul$amento) BB;DG;BCCI Er$o 2ul$ador) 038ME83A T=3MA
0ublicao) D2 DATA5DB5DC5BCCI 005!:GD! EMENT H+<5DB:CV5D:
005DBGGF
E M E N T A 5 8. 3ecurso e%traordinrio) le$itimao da o"endida 5
ainda que equivocadamente arrolada como testemun'a 5, no 'abilitada
anteriormente, o que, porem, no a inibe de interpor o recurso, nos
quinze dias se$uintes ao termino do prazo do Minist-rio 0,blico , @/T7,
/ums. !BD e GGVA. 88. 6onstran$imento ile$al) submisso das operarias
de ind,stria de vesturio a revista intima, sob ameaa de dispensa*
sentena condenat1ria de primeiro $rau "undada na $arantia
constitucional da intimidade e ac1rdo absolut1rio do Tribunal de
2ustia, porque o constran$imento questionado a intimidade das
trabal'adoras, embora e%istente, "ora admitido por sua adeso ao
contrato de trabal'o) questo que, mal$rado a sua relev.ncia
constitucional, ( no pode ser solvida neste processo, dada a prescrio
superveniente, contada desde a sentena de primeira inst.ncia e (amais
interrompida, desde ento.
& O OKF entendeu ?ue n"o seria tolerada a revista <ntima
H. Re)a%'es Es0e"(a(s #e Su1e(%&o #os D(re(tos Fun#amenta(s
& Luando os titulares dos direitos est"o em uma posi/"o sin$ular diante dos
Poderes PDblicos- como por e'emplo os +ilitares- FuncionHrios PDblicos-
Presos- Astran$eiros n"o&residentes no Pa<s A'emplo! militar * su#eito a
sistema de direitos di(erentes A' $reve de militar * n"o pode!

[> n 76.245. ?elator Ninistro >elso de Nello. 0G 15L6MLF5. A
administrao 'enitenci#ria, com %undamento em ra(9es de se*urana
')blica, de disci'lina 'risional ou de 'reservao da ordem ,ur$dica, 'ode,
sem're e&ce'cionalmente, e desde que res'eitada a norma inscrita no art. 54,
'ar#*ra%o )nico, da ;ei n 7.146L25, 'roceder interce'tao da
corres'ond+ncia remetida 'elos sentenciados, eis que a cl#usula tutelar da
inviolabilidade do si*ilo e'istolar no 'ode constituir instrumento de
salva*uarda de 'r#ticas il$citas.
6Q
>? 46K73 L E=
>A?@A ?8BA@U?A
?elator(a) Nin. NA?>8 AI?H;8 0G 0A@A"6FL6KL1663 O " 66611
Gul*amento 1KL65L1663
0=>ST8 >A?@A ?8BA@U?A " >INO?N=C@8 OA?>A;. 4. >om
esta carta ro*at-ria, ori*in#ria do @ribunal de Orimeira nst<ncia de
Eru&elas, no ?eino da El*ica, ob,etiva"se a reali(ao das se*uintes
'rovid+ncias (%olha 13 1K): 4) !eri%icar se as 'essoas se*uintes so
conhecidas dos servios de 'ol$cia e das autoridades ,udici#rias do 'a$s: "
bCB=;A SA>?AN=C@8 SAC@8S " NJ?8 EABC8;C, ali#s
NA?8 0=;!AI:, ali#s NA?8 0=NA?S " OAI;8 >=;S8 SAC@8S
>=?QI=?A " G8?B= AC@UC8 " AE0A;A AEI7[=;= 1) !eri%icar
se os eventuais 'rocessos re'ressivos que lhes di(em res'eito im'licam
nacionais euro'eus, bel*as ou estran*eiros residentes na =uro'a ou na
El*ica. 3) !eri%icar se os 'recitados constam de uma ou v#rias sociedades
de direito brasileiro e, em caso 'ositivo, identi%icar o ob,eto social, os
estatutos, o ou os res'ons#veis, bem como os bens mobili#rios e imobili#rios
de que se,a ou se,am titulares, ane&ar ainda documentao %inanceira sobre a
ou as sociedades e qualquer outro elemento de interesse 'ara a instruo em
causa. 5) !eri%icar se os 'recitados so 'ro'riet#rios no Erasil de bens
mobili#rios eLou imobili#rios, identi%ic#"los e determinar"lhes o valor e a
ori*em. K) Orosse*uir o inqurito nos or*anismos %inanceiros e banc#rios da
'raa e 'articularmente os que %a(em 'arte da e&'osio dos %actos acima,
isto , EAC>8 08 E?AS;, [SE> EAN=?C0IS e 7CC!=S@
=SO=>A;. Se necess#rio %or 'ara obter as in%orma9es requeridas,
'roceder ou mandar 'roceder a uma 'erquirio nos seus 'r-'rios locais
'ara: a. identi%icar os co%res e as contas abertas em nome de: " bn*ela
SA>?AN=C@8 SAC@8S " N#rio EABC8;C " N#rio 0=;!AI: "
N#rio 0=NA?S " a sociedade S8NA@=: ou sobre os quais a ou as
'essoas 'recitadas 'ossuiriam uma 'rocurao. nsisto alm disso no
interesse da mani%estao da verdade que o seu servio 'roceda, o mais
ra'idamente 'oss$vel, ao bloqueio 'rovis-rio e con%iscao de todas as
contas, co%res e haveres assim identi%icados. b. 'roceder a uma 'erquirio
nos co%res identi%icados com vista a 'rocurar qualquer 'ea com'rometedora
ou elemento susce't$vel de estar relacionado com o 'resente 'rocesso. c.
comunicar a c-'ia dos documentos relativos abertura de contas e co%res,
desi*nao do bene%ici#rio econVmico, aos mandatos e 'rocura9es e s
aberturas de crdito. d. comunicar o hist-rico desde a data de abertura das
contas at ao 'resente, bem como c-'ia dos elementos com'rovativos e de
todos os documentos que 'ermitam determinar a ori*em e o destino dos
%undos e&istentes na conta ou que 'or ela transitaram. e. con%iscar nos co%res
identi%icados todos os documentos relativos s transa9es %inanceiras que
'ossam ter transitado ou tenham sido movimentadas 'ela ou 'elas 'essoas
'recitadas, e isto com vista a determinar a ori*em e o destino dos res'ectivos
%undos. M) Nandar 'roceder 'elos servios de 'ol$cia com'etentes audio
circunstanciada do denominado Oaulo >elso SAC@8S >=?QI=?A
quanto: " s suas atividades 'ro%issionais, " aos seus rendimentos e encar*os,
" aos seus bens mobili#rios e imobili#rios, " s trans%er+ncias em euros
e%etuadas 'elo denominado N#rio EABC8;C 'ara a sua conta n
671M327566 no EAC>8 @AI S.A., Avenida do =stado KK33, E?"
6346K666 SO So Oaulo, ao %inanciamento da aquisio da ou das suas salas
de des'orto. 7) Oroceder, ou mandar 'roceder, a todo o dever com'lementar
6J
)til ao inqurito. 2) =nviar"nos, o mais ra'idamente 'oss$vel, a 'resente
comisso ro*at-ria acom'anhada ,untamente com as 'eas relativas sua
e&ecuo. 0e acordo com o arti*o 11M e P 1 do ?e*imento nterno do
Su'remo @ribunal 7ederal, determinei, em K de novembro de 1661, %ossem
intimados os interessados (%olha 3K). A Orocuradoria Beral da ?e')blica, s
%olhas 24, 21 e 2M, 'reconi(a o de%erimento da e&ecuo a'enas no que di(
res'eito veri%icao da e&ist+ncia de inquritos 'oliciais ou de 'rocessos
,udiciais alusivos aos interessados, no alcanando os atos que a%rontem /a
*arantia constitucional do si*ilo e, consequentemente, a soberania nacional/,
tais como a /identi%icao de co%res e contas abertos, movimenta9es e
hist-ricos das contas, bloqueio 'rovis-rio e con%isco de contas, co%res e
haveres/. 8 Ninistrio O)blico o'ina, quanto interessada bn*ela
Sacramento Santos " 'or se encontrar 'resa na El*ica e res'ondendo a
'rocesso naquele 'a$s ", 'ela concesso da e&ecuo 'ara que se,am obtidas
/in%orma9es relativas a v$nculo com sociedades de direito brasileiro, bem
como aos res'ectivos ob,etos sociais, estatutos, res'ons#veis e a titularidade
de bens m-veis e im-veis/, re*istrando ainda a 'ossibilidade do
%ornecimento de dados sobre eventuais bens m-veis e im-veis de
'ro'riedade da interessada, com a identi%icao dos valores e da ori*em. Co
que concerne aos interessados N#rio Ea*nolini e Abdala Abu%hele, o 'arecer
'ela ine&ist+ncia de -bice e&ecuo, 'or no serem brasileiros e no
morarem aqui, no estando, assim, 'rote*idos 'elas *arantias constitucionais
'revistas no arti*o K da >arta Ool$tica da ?e')blica. 1. >oncedo a e&ecuo
'arcial do ob,eto desta carta, a ser cum'rida no tocante ao %ornecimento de
in%orma9es 'essoais, 'oliciais e 'rocessuais atinentes a todos os
interessados, bem como no que tan*e ao encaminhamento dos dados
re%erentes bn*ela Sacramento dos Santos. As demais medidas, se,a 'or
contarem com car#ter e&ecut-rio, se,a 'or o%enderem a soberania nacional e
a ordem ')blica, no merecem ser cum'ridas. 0estaco que as in%orma9es
relacionadas com os interessados N#rio Ea*nolini e Abdala Abu%hele
'odero ser 'restadas sem qualquer restrio, ,# que so estran*eiros no
residentes no Oa$s. 3. 8 instrumento deve ser enviado Gustia 7ederal no
=stado de So Oaulo, ob,etivando as 'rovid+ncias cab$veis. ?essalto a
necessidade de todo o em'enho 'oss$vel na locali(ao dos interessados.
Ima ve( cum'rido, devolva"se a esta >orte, 'ara devoluo, 'or via
di'lom#tica, ori*em. 5. Oublique"se. Eras$lia, 1K de abril de 1663. Ninistro
NA?>8 AI?H;8 Oresidente
D(feren%a entre Aomo)oga%&o #e senten%a e Carta Rogat2r(a
& Carta rogat2r(a * comunica/"o ?ue o $overno estran$eiro ?uer dar
con;ecimento a?ui no )rasil- e'ceto nos pa<ses do +ercosul- ?ue cabe
ro$at.ria de nature>a e'ecut.ria (n"o tem nature>a decis.ria- uma
comunica/"o * cita/"o- intima/"o etc E"o tem nature>a e'ecut.ria- a n"o
ser no +A4COOMN Eo caso de nature>a e'ecut.ria s. seria poss<vel por
;omolo$a/"o de senten/a)
& Aomo)oga%&o #e senten%a estrange(ra (?uando #H se tem decis0es
#udiciais ou administradas de(initivas) & ato de nature>a e'ecut.ria
P Estrange(ro n&o res(#ente no Kras() $ >arant(a #o #e+(#o 0ro"esso
$ Interrogat2r(o 1u#("(a) $ Co$r,u Re0ergunta :Trans"r(%'es;
AC L65*Q !C7SPd
65
?=;A@8?: NC. >=;S8 0= N=;;8
EMENTA) \AMEA/ 6+30=/`. =S@?ACB=?8 CT8
08N>;A08 C8 E?AS;. >8C0ST8 GI?_0>A QI= CT8 8
0=SQIA;7>A >8N8 SIG=@8 0= 0?=@8S. O;=C@I0= 0=
A>=SS8, =N >8CS=QjDC>A, A8S CS@?IN=C@8S
O?8>=SSIAS 0= @I@=;A 0A ;E=?0A0=. ?=SO=@8, O=;8
O80=? ORE;>8, `S O?=??8BA@!AS GI?_0>AS QI=
>8NO]=N 8 O?UO?8 =S@A@I@8 >8CS@@I>8CA; 08 0?=@8
0= 0=7=SA. A BA?AC@A >8CS@@I>8CA; 08 X0I= O?8>=SS
87 ;AkY >8N8 =:O?=SS!A ;N@AST8 ` A@!0A0=
O=?S=>I@U?A 08 =S@A08 (C!=S@BAST8 O=CA; =
O?8>=SS8 O=CA;). 8 >8C@=R08 NA@=?A; 0A >;JISI;A 0=
BA?AC@A 08 X0I= O?8>=SSY. C@=??8BA@U?8 GI0>A;.
CA@I?=^A GI?_0>A. O8SSE;0A0= 0= QIA;QI=? 08S
;@S>8CS8?@=S O=CAS OASS!8S 78?NI;A? ?=O=?BIC@AS
A8S 0=NAS >8"?HIS, C8@A0AN=C@= S= AS 0=7=SAS 0= @AS
A>ISA08S S= N8S@?A?=N >8;0=C@=S. O?=??8BA@!A
GI?_0>A >IGA ;=B@NAST8 0=>8??= 08 O8S@I;A08
>8CS@@I>8CA; 0A ANO;A 0=7=SA. O?=>=0=C@= 08 S@7
(O;=C8). NABS@H?8 0A 08I@?CA. N=00A >AI@=;A?
0=7=?0A.
DE68/?+: @rata"se de Xhabeas cor'usY, com 'leito de ordem cautelar,
im'etrado contra deciso emanada de eminente Ninistro de @ribunal
Su'erior da Inio, que, em sede de outra ao de Xhabeas cor'usY ainda em
curso no Su'erior @ribunal de Gustia ([> 466.165LSO), dene*ou medida
liminar que lhe havia sido requerida em %avor do ora 'aciente, que 'ossui
nacionalidade russa, que tem domic$lio no ?eino Inido e 'ortador de
'assa'orte brit<nico (%ls. 61).
Oresente tal conte&to, im'ende veri%icar, desde lo*o, se a situao
'rocessual versada nestes autos ,usti%ica, ou no, o a%astamento, sem're
e&ce'cional, da S)mula MF4LS@7.
>omo se sabe, o Su'remo @ribunal 7ederal, ainda que em car#ter
e&traordin#rio, tem admitido o a%astamento, Xhic et nuncY, da S)mula
MF4LS@7, em hi'-teses nas quais a deciso questionada divir,a da
,uris'rud+ncia 'redominante nesta >orte ou, ento, veicule situa9es
con%i*uradoras de abuso de 'oder ou de mani%esta ile*alidade ([>
2K.42KLSO, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 W [> 2M.M35"N>L?G, ?el. Nin.
>=;S8 0= N=;;8 " [> 2M.2M5"N>LSO, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 "
[> 27.5M2LSO, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 W [> 2F.61K"N>"A*?LSO, ?el.
Nin. G8AQIN EA?E8SA " [> F6.441"N>LO?, ?el. Nin. >=^A?
O=;IS8, v.*.).
Oarece"me que a situao e&'osta nesta im'etrao a,usta"se s
hi'-teses que autori(am a su'erao do obst#culo re'resentado 'ela S)mula
MF4LS@7. Oasso, em conseqZ+ncia, a e&aminar a 'ostulao cautelar ora
dedu(ida nesta sede 'rocessual.
>um're reconhecer, desde lo*o, 'or necess#rio, que o %ato de o 'aciente
ostentar a condio ,ur$dica de estran*eiro e de no 'ossuir domic$lio no
Erasil no lhe inibe, s- 'or si, o acesso aos instrumentos 'rocessuais de
tutela da liberdade nem lhe subtrai, 'or tais ra(9es, o direito de ver
res'eitadas, 'elo Ooder O)blico, as 'rerro*ativas de ordem ,ur$dica e as
*arantias de $ndole constitucional que o ordenamento 'ositivo brasileiro
66
con%ere e asse*ura a qualquer 'essoa que so%ra 'ersecuo 'enal instaurada
'elo =stado.
sso si*ni%ica, 'ortanto, na linha do ma*istrio ,uris'rudencial desta
Su'rema >orte (?0A KKL4F1 W ?7 4F1L411) e dos @ribunais em *eral (?0A
KFL31M W ?@ 341L3M3), que o s)dito estran*eiro, mesmo o no domiciliado
no Erasil, tem 'lena le*itimidade 'ara im'etrar os remdios constitucionais,
como o mandado de se*urana ou, notadamente, o Xhabeas corpusY:
X1 Z in!uestionvel o direito de sditos estrangeiros a$uizarem, em
causa pr5pria, a ao de [habeas corpus\, eis !ue esse remdio
constitucional 1 por !ualificar1se como verdadeira ao popular 1 pode ser
utilizado por !ual!uer pessoa, independentemente da condio $ur"dica
resultante de sua origem nacional.Y
(?@G 4M5L4F3"4F5, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8)
>abe advertir, ainda, que tambm o estran*eiro, inclusive aquele que
no 'ossui domic$lio em territ-rio brasileiro, tem direito ')blico sub,etivo,
nas hi'-teses de 'ersecuo 'enal, observ<ncia e ao inte*ral res'eito, 'or
'arte do =stado, das 'rerro*ativas que com'9em e do si*ni%icado cl#usula
do devido 'rocesso le*al, 'ois W como reiteradamente tem 'roclamado esta
Su'rema >orte (?@G 435LKM"K2 W ?@G 477L52K"522 " ?@G 42KL3F3"3F5, v.*.)
W a condio ,ur$dica de no"nacional do Erasil e a circunst<ncia de esse
mesmo ru estran*eiro no 'ossuir domic$lio em nosso 'a$s no le*itimam a
adoo, contra tal acusado, de qualquer tratamento arbitr#rio ou
discriminat-rio.
8 %ato irrecus#vel um s-: o s)dito estran*eiro, ainda que no
domiciliado no Erasil, assume, sem're, como qualquer 'essoa e&'osta a atos
de 'ersecuo 'enal, a condio indis'on$vel de su,eito de direitos, cu,a
intan*ibilidade h# de ser 'reservada 'elos ma*istrados e @ribunais deste
'a$s, es'ecialmente 'or este Su'remo @ribunal 7ederal.
Cesse conte&to, im'9e"se, ao Gudici#rio, o dever de asse*urar, mesmo
ao ru estran*eiro sem domic$lio no Erasil, os direitos b#sicos que resultam
do 'ostulado do devido 'rocesso le*al, notadamente as 'rerro*ativas
inerentes *arantia da am'la de%esa, *arantia do contradit-rio, i*ualdade
entre as 'artes 'erante o ,ui( natural e *arantia de im'arcialidade do
ma*istrado 'rocessante.
A essencialidade dessa *arantia de ordem ,ur$dica reveste"se de
tamanho si*ni%icado e im'ort<ncia no 'lano das atividades de 'ersecuo
'enal que ela se quali%ica como requisito le*itimador da 'r-'ria X'ersecutio
criminisY.
0a$ a necessidade de se de%inir o alcance concreto dessa cl#usula de
limitao que incide sobre o 'oder 'ersecut-rio do =stado.
8 e&ame da *arantia constitucional do Xdue process of la]Y 'ermite
nela identi%icar al*uns elementos essenciais sua 'r-'ria con%i*urao,
destacando"se, dentre eles, 'or sua inquestion#vel im'ort<ncia, as se*uintes
'rerro*ativas: (a) direito ao 'rocesso (*arantia de acesso ao Ooder
Gudici#rio). (b) direito citao e ao conhecimento 'rvio do teor da
acusao. (c) direito a um ,ul*amento ')blico e clere, sem dila9es
indevidas. (d) direito ao contradit-rio e 'lenitude de de%esa (direito
autode%esa e de%esa tcnica). (e) direito de no ser 'rocessado e ,ul*ado
com base em leis Xe( post factoY. (%) direito i*ualdade entre as 'artes. (*)
direito de no ser 'rocessado com %undamento em 'rovas revestidas de
67
ilicitude. (h) direito ao bene%$cio da *ratuidade. (i) direito observ<ncia do
'rinc$'io do ,ui( natural. (,) direito ao sil+ncio ('rivil*io contra a
autoincriminao). (l) direito 'rova. e (m) direito de 'resena e de
X'artici'ao ativaY nos atos de interro*at-rio ,udicial dos demais
litisconsortes 'enais 'assivos, quando e&istentes.
Co constitui demasia assinalar, neste 'onto, analisada a %uno
de%ensiva sob uma 'ers'ectiva *lobal, que o direito do ru observ<ncia,
'elo =stado, da *arantia 'ertinente ao Xdue process of la]Y, alm de tradu(ir
e&'resso concreta do direito de de%esa, tambm encontra su'orte
le*itimador em conven9es internacionais que 'roclamam a essencialidade
dessa %ranquia 'rocessual, que com'9e o 'r-'rio estatuto constitucional do
direito de de%esa, enquanto com'le&o de 'rinc$'ios e de normas que
am'aram qualquer acusado em sede de 'ersecuo criminal, mesmo que se
trate de ru estran*eiro, sem domic$lio em territ-rio brasileiro, aqui
'rocessado 'or su'osta 'r#tica de delitos a ele atribu$dos.
A ,usta 'reocu'ao da comunidade internacional com a 'reservao da
inte*ridade das *arantias 'rocessuais b#sicas reconhecidas s 'essoas
meramente acusadas de 'r#ticas delituosas tem re'resentado, em tema de
'roteo aos direitos humanos, um dos t-'icos mais sens$veis e delicados da
a*enda dos or*anismos internacionais, se,a em <mbito re*ional, como o
Oacto de So Gos da >osta ?ica (Arti*o 2), a'lic#vel ao sistema
interamericano, se,a em <mbito *lobal, como o Oacto nternacional sobre
0ireitos >ivis e Ool$ticos (Arti*o 45), celebrado sob a *ide da 8r*ani(ao
das Ca9es Inidas, e que re'resentam instrumentos que reconhecem, a
qualquer ru, dentre outras liberdades eminentes, o direito 'lenitude de
de%esa e s demais 'rerro*ativas que derivam da cl#usula concernente
*arantia do devido 'rocesso.
?econhecido, desse modo, que o s)dito estran*eiro, mesmo aquele sem
domic$lio no Erasil, tem direito a todas as 'rerro*ativas b#sicas que derivam
da cl#usula constitucional do Xdue process of la]Y, 'asso a e&aminar o
'edido de medida cautelar ora %ormulado nesta sede 'rocessual.
=, ao %a(+"lo, entendo que a ma*nitude do tema constitucional versado
na 'resente im'etrao im'9e que se conceda a 'resente medida cautelar,
se,a 'ara im'edir que se desres'eite uma *arantia institu$da 'ela
>onstituio da ?e')blica em %avor de qualquer ru, se,a 'ara evitar
eventual declarao de nulidade do 'rocesso 'enal instaurado contra o ora
'aciente e em curso 'erante a Gustia 7ederal da 4l Subseo Gudici#ria do
=stado de So Oaulo (So OauloL>a'ital).
A questo suscitada nesta causa concerne ao debate em torno da
'ossibilidade ,ur$dica de um dos litisconsortes 'enais 'assivos, invocando a
*arantia do Xdue process of la]Y, ver asse*urado o seu direito de %ormular
re'er*untas aos co"rus, quando do res'ectivo interro*at-rio ,udicial.
0a$ as ra(9es que do su'orte 'resente im'etrao dedu(ida em %avor
de um s)dito estran*eiro que no 'ossui domic$lio no territ-rio brasileiro e
que, no obstante tais circunst<ncias, 'retende ver res'eitado, em
'rocedimento 'enal contra ele instaurado, o direito 'lenitude de de%esa e ao
tratamento 'arit#rio com o Ninistrio O)blico, em ordem a que se lhe
*aranta, 'or intermdio de seus Advo*ados, X%...& a oportunidade de
participao no interrogat5rio dos demais co1rus %...&Y (%ls. 65).
Co %oi 'or outro motivo que os ora im'etrantes, 'ara ,usti%icar sua
'retenso, buscam, 'or este meio 'rocessual, que se 'ermita, X%...& aos
defensores de co1ru, no s5 a [presena\ nos interrogat5rios dos demais
co1rus, mas, igualmente, sua [participao ativa\ 1 nas e(atas palavras do
Plenrio dessa egrgia Aorte no precedente citado %Ag: AP 0,/, Hin.
7U
^;A?@=H OA:O;2A& 1, o e(erc"cio do contradit5rio e da ampla defesa,
formulando as reperguntas !ue entenderem necessrias, ficando a critrio
do magistrado !ue preside o ato faz)1las, ou no, ao interrogando, de
acordo com a pertin)ncia de cada esclarecimento re!ueridoY (%ls. 16 "
*ri%ei).
As ra(9es ora e&'ostas ,usti%icam W ao menos em ,u$(o de estrita
delibao W a 'lausibilidade ,ur$dica da 'retenso dedu(ida nesta sede
'rocessual, es'ecialmente se se considerar o 'recedente que o Olen#rio desta
Su'rema >orte %irmou no e&ame da matria:
X%...& ACD; P'NA8 ;:=G=NM:=A %...&. =N3'::;GA3_:=;2 %...&.
PA:3=A=PACD; 9;2 A;1:Z@2. AA:M3': 4AA@83A3=<;.
=N3=HACD; 9;2 9'4'N2;:'2 N; ^@F`; 9'P:'AA9;.
.......................................................
Z leg"timo, em face do !ue disp#e o artigo *aa do APP, !ue as defesas
dos co1rus participem dos interrogat5rios de outros rus. 9eve ser
fran!ueada 6 defesa de cada ru a oportunidade de participao no
interrogat5rio dos demais co1rus, evitando1se a coincid)ncia de datas, mas
a cada um cabe decidir sobre a conveni)ncia de comparecer ou no 6
audi)ncia %...&.Y
(AO 576"A*?LNB, ?el. Nin. G8AQIN EA?E8SA " *ri%ei)
Cin*um i*nora a im'ort<ncia de que se reveste, em sede de 'ersecuo
'enal, o interro*at-rio ,udicial, cu,a nature(a ,ur$dica 'ermite quali%ic#"lo,
notadamente a'-s o advento da ;ei n 46.7F1L1663, como ato de de%esa
(A0A O=;;=B?C B?C8!=?, X8 interro*at-rio como meio de de%esa
(;ei 46.7F1L1663)Y, XinY ?evista Erasileira de >i+ncias >riminais n K3L42K"
166. BI;[=?N= 0= S8I^A CI>>, X>-di*o de Orocesso Oenal
>omentadoY, '. 327, item n. 3, Ml ed., 1667, ?@. 0ANJS8 =. 0= G=SIS,
X>-di*o de Orocesso Oenal AnotadoY, '. 475, 14l ed., 1665, Saraiva.
0?>=I A. 0. >C@?A G?., X>-di*o de Orocesso Oenal e sua nter'retao
GurisdicionalY, coordenao: A;E=?@8 S;!A 7?AC>8 e ?I S@8>8,
'. 4.214, 1l ed., 1665, ?@. 7=?CAC08 0A >8S@A @8I?C[8 7;[8,
XOrocesso OenalY, vol. 3L1MF"173, item n. 4, 12l ed., 166M, Saraiva, v.*.),
ainda que 'ass$vel de considerao, embora em 'lano secund#rio, como
%onte de 'rova, em %ace dos elementos de in%ormao que dele emer*em.
=ssa 'articular quali%icao ,ur$dica do interro*at-rio ,udicial, ainda que
nele se ve,a um ato simultaneamente de de%esa e de 'rova (GI;8
7AEE?C N?AE=@=, X>-di*o de Orocesso Oenal nter'retadoY, '. K46,
item n. 42K.4, 44l ed., 1667, Atlas, v.*.), ,usti%ica o reconhecimento de que
se revela 'oss$vel, no 'lano da persecutio criminis in $udicio, X(...) que as
de%esas dos co"rus 'artici'em dos interro*at-rios de outros rus (...)Y (AO
576"A*?LNB, ?el. Nin. G8AQIN EA?E8SA, Oleno W *ri%ei)
=sse entendimento que o Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal %irmou
no 'recedente re%erido re%lete"se, 'or i*ual, no ma*istrio da doutrina, como
resulta claro da lio de =IBDC8 OA>=;; 0= 8;!=?A (X>urso de
Orocesso OenalY, '. 1F, item n. 3.4.5, Fl ed., 1662, ;umen Guris):
X'mbora ainda ha$a defensores da ideia de !ue a ampla defesa vem a
ser apenas o outro lado ou a outra medida do contradit5rio, bem de ver
!ue semelhante argumentao peca at mesmo pela base.
71
Z !ue, da perspectiva da teoria do processo, o contradit5rio no pode
ir alm da [garantia de participao\, isto , a garantia de a parte poder
impugnar 1 no processo penal, sobretudo a defesa 1 toda e !ual!uer
alegao contrria a seu interesse, sem, todavia, maiores indaga#es
acerca da concreta efetividade com !ue se e(erce aludida impugnao.
', e(atamente por isso, no temos dvidas em ver inclu"do, no
princ"pio da ampla defesa, o direito 6 participao da defesa tcnica 1 do
advogado 1 de co1ru durante o interrogat5rio de [todos os acusados\. =sso
por!ue, em tese, perfeitamente poss"vel a coliso de interesses entre os
rus, o !ue, por si s5, $ustificaria a participao do defensor da!uele co1ru
sobre !uem recaiam acusa#es por parte de outro, por ocasio do
interrogat5rio. A ampla defesa e o contradit5rio e(igem, portanto, a
participao dos defensores de co1rus no interrogat5rio de [todos os
acusados\.Y (*ri%ei)
=sse mesmo entendimento, 'or sua ve(, 'er%ilhado 'or AC@8C8
S>A?AC>= 7=?CAC0=S (XOrova e suced<neos da 'rova no 'rocesso
'enalY, XinY ?evista Erasileira de >i+ncias >riminais n MM, '. 115, item n.
41.1):
X%...& :essalta1se !ue, em virtude de recente reforma do A5digo, o
advogado do co1ru tem direito a participar do interrogat5rio e formular
perguntas.Y (*ri%ei)
*ual 'erce'o do tema revelada 'or AI?\ ;8O=S G? (X0ireito
Orocessual e sua >on%ormidade >onstitucionalY, vol. LM63"M6K, item n. 1.3,
1667, ;umen Guris):
XNo !ue tange 6 disciplina processual do ato, cumpre destacar !ue 1
havendo dois ou mais rus 1 devero eles ser interrogados separadamente,
como e(ige o art. *+* do APP. A!ui e(iste uma !uesto muito relevante e
!ue no tem obtido o devido tratamento por parte de alguns $u"zes, at pela
dificuldade de compreenso do alcance do contradit5rio inserido nesse ato,
por fora da 8ei nS */.,+-Q-//., !ue alterou os arts. *aR a *+N do APP.
At essa modificao legislativa, o interrogat5rio era um ato pessoal
do $uiz, no submetido ao contradit5rio, pois no havia !ual!uer
interveno da defesa ou acusao.
Agora a situao radicalmente distinta. 3anto a defesa como a
acusao podem formular perguntas ao final. =sso manifestao do
contradit5rio.
Nessa linha, discute1se a possibilidade de a defesa do co1ru fazer
perguntas no interrogat5rio. Pensamos !ue, principalmente se as teses
defensivas forem colidentes, deve o $uiz permitir o contradit5rio pleno, com
o defensor do outro co1ru %tambm& formulando perguntas ao final. ;u
se$a, deve o $uiz admitir !ue o defensor do interrogando formule suas
perguntas ao final, mas tambm deve permitir !ue o advogado do%s&
outro%s& co1ru%s& o faa. Aontribui para essa e(ig)ncia o fato de !ue 6
palavra do co1ru dado, pela maioria da $urisprud)ncia, o valor
probat5rio similar ao de prova testemunhal.Y (*ri%ei)

As ra(9es que venho de e&'or, como 'recedentemente ,# havia
salientado nesta deciso, convencem"me da absoluta 'lausibilidade ,ur$dica
de que se acha im're*nada a 'retenso dedu(ida 'elos ilustres im'etrantes.
72
>oncorre, 'or i*ual, o requisito concernente ao X'ericulum in moraY,
que %oi adequadamente demonstrado na 'resente im'etrao (%ls. 13L15).
Sendo assim, e em %ace das ra(9es e&'ostas, de%iro o 'edido de medida
liminar, em ordem a sus'ender, cautelarmente, at %inal ,ul*amento da
'resente ao de Xhabeas cor'usY, o andamento do Orocesso"crime n
166M.M4.24.662M57"2, ora em tramitao 'erante a Ml !ara >riminal 7ederal
da 4l Subseo Gudici#ria do =stado de So Oaulo.
>omunique"se, com ur*+ncia, encaminhando"se c-'ia da 'resente
deciso ao =. Su'erior @ribunal de Gustia ([> 466.165LSO), ao =. @ribunal
?e*ional 7ederal da 3l ?e*io ([> n 1662.63.66.664633"M) e ao NN. Gui(
da Ml !ara >riminal 7ederal da 4l Subseo Gudici#ria do =stado de So
Oaulo (Orocesso n 166M.M4.24.662M57"2).
1. 8%icie"se ao NN. Gui( 7ederal da Ml !ara >riminal 7ederal da 4l
Subseo Gudici#ria do =stado de So Oaulo, 'ara que esclarea em que %ase
se acha, 'resentemente, o Orocesso"crime n 166M.M4.24.662M57"2.
Oublique"se.
Eras$lia, 67 de abril de 1662.
Ninistro >=;S8 0= N=;;8
?elator
& Estrange(ros n&o res(#entes no Kras() * obvio ?ue a maioria dos
direitos concedidos aos brasileiros e estran$eiros residentes tambm
concedida aos estran$eiros n"o residentes A'ce/"o! direito de votar etc
L. RESTRIR^ES AOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS
& Ea teoria constitucional- dentre as diversas possibilidades de restri/0es a
Direitos Fundamentais- citam&se!
a; restr(%'es "onst(tu"(ona(s #(retasN
b; restr(%'es estabe)e"(#as 0or )e(4 me#(ante autor(<a%&o
eG0ressa #a Const(tu(%&oN
"; )(m(tes (manentes ou (m0)="(tos.
& Frise&se ?ue os direitos (undamentais podem ser relativi>ados
& Astas limita/0es v"o alm das colis0es de princ<pios (undamentais
L.* Restr(%'es "onst(tu"(ona(s #(retas! os direitos (undamentais
encontram&se limitados e'pressamente pela Nei +aior- o ?ue l;es con(ere
79
Au)a ** $
*875?7/5**
uma maior prote/"o- por?uanto o le$islador ordinHrio (ica sem possibilidade
de atuar de modo a ampliar ou redu>ir tais limites dispostos
constitucionalmente A'emplos!
a Arti$o IR, [H8: todos 'odem reunir"se 'aci%icamente, sem armas, em
locais abertos ao ')blico, inde'endentemente de autori(ao, desde que no
%rustrem outra reunio anteriormente convocada 'ara o mesmo local, sendo
a'enas e&i*ido 'rvio aviso autoridade com'etente.
& Eo inciso acima a CF #H estabelece os re?uisitos para reuni"o em local
pDblico Oe vier uma nova lei com o intuito de re$ulamentar esse tema-
mas- na verdade- ampliar as restri/0es criando novos re?uisitos- ela serH
inconstitucional- pois a lei n"o pode criar novos re?uisitos- mas t"o somente
re$ulamentar o inciso constitucional
L./. As Restr(%'es estabe)e"(#as 0or )e(- mediante autori>a/"o
e'pressa da Constitui/"o- podem ser de dois tipos!
T RESER.A LE>AL SI!PLES
& O Constituinte autori>a uma interven/"o le$islativa sem (a>er ?ual?uer
e'i$8ncia ?uanto ao conteDdo ou = (inalidade da lei
& Ocorre ?uando a CF apenas (a> men/"o acerca de lei ?ue irH re$ulamentar
determinado assunto Eeste caso a CF prev8 ?ue os re?uisitos ser"o criados
por lei % di(eren/a para o outro tipo de reserva le$al ?ue a CF n"o di>
?uais ser"o os termos da lei- mas apenas di> Bna (orma da leiC ou Bnos
termos da leiC- concedendo- assim- maior liberdade ao le$islador
& A'emplos!
Art. K (...)
! " inviol#vel a liberdade de consci+ncia e de crena, sendo asse*urado o
livre e&erc$cio dos cultos reli*iosos e *arantida, na %orma da lei, a 'roteo
aos locais de culto e a suas litur*ias.
! " asse*urada, nos termos da lei, a 'restao de assist+ncia reli*iosa nas
entidades civis e militares de internao coletiva.
:! " livre a locomoo no territ-rio nacional em tem'o de 'a(, 'odendo
qualquer 'essoa, nos termos da lei, nele entrar, 'ermanecer ou dele sair com
seus bens.
:;! " nenhuma 'ena 'assar# da 'essoa do condenado, 'odendo a obri*ao
de re'arar o dano e a decretao do 'erdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles e&ecutadas, at o limite do valor
do 'atrimVnio trans%erido.
:;! " a lei re*ular# a individuali(ao da 'ena e adotar#, entre outras, as
se*uintes (...):
;! " o civilmente identi%icado no ser# submetido a identi%icao
criminal, salvo nas hi'-teses 'revistas em lei.
P RESER.A LE>AL FUALIFICADA
7P
& % restri/"o ao direito (undamental (eita tendo em vista a persecu/"o de
determinado ob#etivo ou ao atendimento de re?uisito de(inido na
Constitui/"o Federal
& %?ui a restri/"o a direito (undamental (eita tendo em vista outro
ob#etivo Eo inciso abai'o esse novo ob#etivo demonstrado ( ?uali(icado)
pelos termos Bpor ordem #udicialC e Bpara (ins de investi$a/"o criminal ou
instru/"o processual penalC %?ui a (inalidade ou ob#etivo para (ins penais-
ou se#a- (inalidade penal
& A'emplos!

Art. K (...)
: " inviol#vel o si*ilo da corres'ond+ncia e das comunica9es
tele*r#%icas, de dados e das comunica9es tele%Vnicas, salvo, no )ltimo caso,
'or ordem ,udicial, nas hi'-teses e na %orma que a lei estabelecer 'ara %ins
de investi*ao criminal ou instruo 'rocessual 'enal.
;: " a lei s- 'oder# restrin*ir a 'ublicidade dos atos 'rocessuais quando a
de%esa da intimidade ou o interesse social o e&i*irem.
L.8 L(m(tes (manentes aos D(re(tos Fun#amenta(s
& +esmo ?ue n"o ;a#a restri/0es estabelecidas previamente no te'to
constitucional- a nature>a aberta- poliss8mica- indeterminada das normas
de direitos (undamentais- (a> com ?ue se#am poss<veis restri/0es n"o
previstas inicialmente- o ?ue se convencionou denominar de limites
imanentes Isso ocorre- por e'emplo- ?uando a pretens"o do indiv<duo n"o
se inclui no Ymbito de prote/"o do direito por ele invocado
& Dimens"o ob#etiva dos atos (undamentais O Direito (undamental encontra
limites dentro dos valores da?uela comunidade A'emplo! Prostitui/"o n"o
crime- mas ;H limites ?uanto a tais prHticas- em decorr8ncia de limites
imanentes ao e'erc<cio de tal direito
& Outros e'emplos! a liberdade reli$iosa n"o inclui o curandeirismo- a
liberdade de e'press"o n"o inclui o discurso de .dio!
3\6 ICBDG ; /0 5 /?+ 0A=<+
3E6=3/+ EM \AMEA/ 6+30=/
3elator@aA) Min. M+3E83A A<HE/
2ul$amento) !I;DC;BCVB Er$o 2ul$ador) /E4=NDA T=3MA
0ublicao) D2 DATA5DF5BB5BCVB 045BDCF9 EMENT H+<5DB!F!5DB
045DD!BF
/\AMEA/ 6+30=//. /@?8@@8? (%a(er o 'onto na 'rostituio)/.
O=008 0= SA;!8 >8C0I@8 OA?A O?A@>A";8. CT8 [J
0?=@8 >8CS@@I>8CA;N=C@= ASS=BI?A08 A O?A@>A 0=
/@?8@@8?/, A QIA; = >8C@?A?A A8S E8CS >8S@IN=S,
87=CS!A 0A N8?A;0A0= ORE;>A = 78C@= 0=
7Q
>8CS@?ACBN=C@8 OA?A @?ACS=IC@=S = ?=S0=C@=S.
?=>I?S8 8?0CJ?8 A QI= S= C=BA O?8!N=C@8.
3\6 9!!GD ; /0 5 /?+ 0A=<+
3E6=3/+ EM \AMEA/ 6+30=/
3elator@aA) Min. 73AN68/6+ 3ENEb
2ul$amento) BF;B!;BCVG Er$o 2ul$ador) /E4=NDA T=3MA
0ublicao) D2 DATA5D!5DV5BCVI 045B!DG9 EMENT H+<5DBFVI5DB
045DDBF9 3T2 H+<5DDBBG5DF 045DBDFV
\AMEA/ 6+30=/. >I?AC0=?SN8. >8C0=CAST8 >?NCA;
7IC0A0A =N 7A@8S C>8C7IC0!=S >8N 8 N=?8
=:=?>_>8 0A ;E=?0A0= ?=;B8SA. O?8>=SS8 O=CA; QI=
CT8 S= O80= C!A;0A? =N [AE=AS >8?OIS. ?=>I?S8
0=SO?8!08.
*5. TEORIA DOS LI!ITES AOS LI!ITES
& A 0rote%&o ao N@")eo Essen"(a)! %rti$o 17- II- da Nei Fundamental
%lem"- de 17P7 )uscou&se evitar o peri$o do esva>iamento do Direito
Fundamental pela a/"o do le$islador democrHtico
& Os limites aos direitos (undamentais devem prote$er o nDcleo essencial
Asse nDcleo essencial pode ser de(inido em $eral ou apenas no caso
concreto] % resposta estH nas teorias abai'o!
P TEORIA AKSOLUTA * entende o nDcleo essencial dos Direitos
Fundamentais como uma unidade substancial aut:noma ?ue estaria a salvo
da limita/"o pelo le$islador Iaveria uma parte do nDcleo ?ue poderia ser
alterada e outra parte imutHvel
P TEORIA RELATI.A * entende ?ue o nDcleo essencial ;averH de ser
de(inido caso a caso- mediante a pondera/"o- utili>ando&se do princ<pio da
proporcionalidade para controlar o e'cesso de poder O nDcleo essencial
seria- ent"o- o m<nimo insuscept<vel de restri/"o ou redu/"o com base na
pondera/"o Asta teoria a ?ue encontra mais adeptos

**. A DISTINRSO ENTRE DIREITOS E >ARANTIAS
& Astas visam a limitar o e'erc<cio do Poder- asse$urando ao indiv<duo a
possibilidade de e'i$ir- dos Poderes PDblicos- o respeito aos direitos
instrumentali>adores
& As0e"to mater(a) (direitos (undamentais) e as0e"to 0ro"essua) dos
direitos (undamentais ($arantias constitucionais * a (orma processual de
(a>er valer os direitos das pessoas)
7J
*/. DIREITOS FUNDA!ENTAIS CO!O >ARANTIAS INSTITUCIONAIS
& Preserva/"o de determinadas institui/0es ou institutos pela importYncia
?ue possuem no ordenamento #ur<dico O nDcleo essencial de direitos deve
ser preservado da a/"o erosiva do le$islador A'emplos! arti$os 2UJ e 2U5
da Constitui/"o Federal (ver arti$os)
& Keoria elaborada pelo alem"o Carl Oc;midt
& Ob#etiva identi(icar determinadas institui/0es dentro da CF- e- nesse
sentido- a e'ist8ncia da?uele instituto- da (orma como a CF prev8- passa a
ser um direito (undamental da pessoa A'! %s pessoas t8m o direito
(undamental de ?ue a (am<lia se#a respeitada e preservada do #eito ?ue a CF
previu Asse #eito ?ue CF previu passa a ser um direito (undamental da
pessoa Outro e'emplo de direito de toda a sociedade! a autonomia do +P
Portanto essa teoria uma $arantia institucional
*8. DIREITOS FUNDA!ENTAIS E! ESPYCIE
& Cr<tica da pro(essora! % verdade da vida ?ue o OKF n"o se assume E"o
assume as suas decis0es G tudo mentira- tudo uma (arsa
& O assunto a se$uir t"o complicado ?ue pou?u<ssimos autores abordam
esse tema- ?ue inclusive tem eliminado muitos candidatos em concurso
*6!*! A 'roteo ao Direito Ad7uiridoH ao Ato Furdico :erfeito e I
Coisa Ful9adaJ
& G a teoria das retroatividades acerca de tudo o ?ue poss<vel retroa$ir
2er art QV- 1112I- CF
& Lue lei pode pre#udicar os direitos acima]
& O ?ue uma lei retroativa] Oeu e(eito retroa$e ao passado Lue leis s"o
retroativas Ner 2oto do +in +oreira %lves da %DI P79 (especi(ica os tipos
de retroatividade) (sempre cai em concurso)
& Frise&se ?ue n"o ;H nen;um direito absoluto- nem o direito = vida- nem o
direito ad?uirido KMDO G 4AN%KI2O
PROTERSO CONSTITUCIONAL4 NO DIREITO KRASILEIRO. A ADI NX
6L87*LL/. OS TIPOS DE IRRETROATI.IDADE:
a; RETROATI.IDADE !]-I!A * ocorre ?uando a leiXConstitui/"o nova
ataca a coisa #ul$ada e os (atos consumados Ocorre ?uando uma lei
determina a desconstitui/"o dos e(eitos passados de um ato passado %
contribui/"o de inativos seria retroatividade mH'ima se- por e'emplo- o
aposentado contribu<sse desde o primeiro dia em ?ue aposentou Contudo
caso de retroatividade m<nima Pode acontecer- desde ?ue prevista
e'pressamente no te'to constitucional ori$inHrio @H ;ouve no )rasil- e'!
%rti$o 7J da Constitui/"o Federal de 1795!
A3T84+ C9, 6+N/T8T=8>?+ 7EDE3A< DE BCF:)
75
S- 'or maioria absoluta de votos da totalidade dos seus Gu$(es
podero os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de
ato do 0residente da 3ep,blica.
Pargrafo nico 5 No caso de ser declarada a inconstitucionalidade
de uma lei que, a (uzo do 0residente da 3ep,blica, se(a
necessria ao bem5estar do povo, & promoo ou de"esa de
interesse nacional de alta monta, poder o 0residente da
3ep,blica submetY5la novamente ao e%ame do 0arlamento) se
este a con"irmar por dois teros de votos em cada uma das
6.maras, "icar sem e"eito a deciso do Tribunal.
m =&em'lo de a'licao do arti*o FM:
0ecreto"lei n 4.KM5 de K de setembro de 4F3F
>on%irma os te&tos da lei, decretados 'ela Inio que su,eitaram ao
imposto de renda os vencimentos pa$os pelos co"res p,blicos
estaduais e municipais.
8 Oresidente da ?e')blica, usando da atribuio que lhe con%ere o arti$o
BVD da 6onstituio, e para os e"eitos do arti$o C9,
par$ra"o,
>onsiderando que o Su'remo @ribunal 7ederal declarou a
inconstitucionalidade da incidYncia do imposto de renda, decretado
pela =nio no uso de sua competYncia privativa, sobre os
vencimentos pa$os pelos co"res p,blicos estaduais e municipais*
>onsiderando que essa deciso ,udici#ria no consulta o interesse nacional
e o 'rinc$'io da diviso equitativa do Vnus do im'osto, decreta:
Arti*o )nico. So con%irmados os te&tos da lei, decretados 'ela Inio,
que su,eitaram ao im'osto de renda os vencimentos 'a*os 'elos co%res
')blicos estaduais e munici'ais, %icando sem e%eito as decis9es do
Su'remo @ribunal 7ederal e de quaisquer outros tribunais e ,u$(es que
tenham declarado a inconstitucionalidade desses mesmos te&tos.
b; RETROATI.IDADE !YDIA * ?uando a leiXconstitui/"o nova atin$e os
e(eitos pendentes de atos passados %?ui o ato ou (ato #H passou- mas o ?ue
estH pendente s"o os e(eitos Pode acontecer- desde ?ue prevista
e'pressamente no te'to constitucional ori$inHrio A'! uma lei ?ue limitasse
a ta'a de #uros e (osse aplicada aos casos em ?ue os #uros #H tivessem
vencido- mas n"o tivessem sido pa$os
"; RETROATI.IDADE ![NI!A * a retroatividade ordinHria da
Constitui/"o- por isso ?ue (rente ao Poder Constituinte Ori$inHrio n"o se
podem invocar direitos ad?uiridos G ?uando a lei nova atin$e os e(eitos
(uturos de atos passados %s 4etroatividades +dias e +H'imas s"o
poss<veis se previstas pelo constituinte ori$inHrio- desde ?ue previstas
e'pressamente @H a retroatividade m<nima pr.pria do poder constituinte
76
ori$inHrio A'! corre/"o monetHria e parcelas- em um contrato Outro
e'emplo ;ipottico! se a lei alterasse todos os contratos de casamento
vi$entes %?ui o ato ou (ato #H passou- mas os e(eitos se renovam a cada
dia Asta a retroatividade ordinHria de um te'to constitucional E"o ;H
direito ad?uirido ?uando vier um novo te'to constitucional Kodo te'to
constitucional novo tem no m<nimo a retroatividade m<nima- ou se#a-
pr.prio do poder constituinte ori$inHrio % retroatividade m<nima n"o precisa
estar e'pressa no te'to constitucional ori$inHrio- pois inerente a ele Outro
e'emplo! re$ime #ur<dico de servidor pDblico Outro e'emplo! lei ?ue altera
ou permite alterar o re$ime de casamento (Eovo C.di$o Civil * lei de ordem
privada) Outro e'emplo! arts 2U9Q e 2U91- CCXU2 * Baplica/"o imediata
da leiC e'emplo de retroatividade m<nima Portanto- na prHtica- poss<vel
a retroatividade m<nima no )rasil
AD8 GCF ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
A8]?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE
3elator@aA) Min. M+3E83A A<HE/
2ul$amento) !I;D9;BCC! Er$o 2ul$ador) T38M=NA< 0<EN+
0ublicao) D2 DATA5DG5DC5BCC! 005BGDVC EMENT H+<5
DB9:G5D! 005DD!9D 3T2 H+<5DDBGF5 DF 005DD:!G
Ao direta de inconstitucionalidade. 5 /e a lei alcanar os
e"eitos "uturos de contratos celebrados anteriormente a ela, ser
essa lei retroativa @retroatividade mnimaA porque vai inter"erir na
causa, que e um ato ou "ato ocorrido no passado.
5 + disposto no arti$o I, [[[H8, da 6onstituio 7ederal se
aplica a toda e qualquer lei in"raconstitucional, sem qualquer
distino entre lei de direito p,blico e lei de direito privado, ou
entre lei de ordem p,blica e lei dispositiva. 0recedente do /.T.7.. 5
+corrYncia, no caso, de violao de direito adquirido. A ta%a
re"erencial @T3A no e ndice de correo monetria, pois,
re"letindo as variaWes do custo primrio da captao dos dep1sitos
a prazo "i%o, no constitui ndice que re"lita a variao do poder
aquisitivo da moeda. 0or isso, no ' necessidade de se e%aminar a
questo de saber se as normas que alteram ndice de correo
monetria se aplicam imediatamente, alcanando, pois, as
prestaWes "uturas de contratos celebrados no passado, sem
violarem o disposto no arti$o I, [[[H8, da 6arta Ma$na. 5
Tamb-m o"endem o ato (urdico per"eito os dispositivos
impu$nados que alteram o crit-rio de rea(uste das prestaWes nos
contratos ( celebrados pelo sistema do 0lano de EquivalYncia
/alarial por 6ate$oria 0ro"issional @0E/;60A. Ao direta de
inconstitucionalidade (ul$ada procedente, para declarar a
inconstitucionalidade dos arti$os BV, XcaputX e par$ra"os B e G*
!D* !B e par$ra"o ,nico* !F e par$ra"os* e !G e par$ra"os, todos
da <ei n. V.B::, de B de maio de BCCB.
77
% ?uest"o relativa ao direito intertemporal % retroatividade das leis %
ine'ist8ncia de direito ad?uirido a re$ime #ur<dico como espcie de
4etroatividade +<nima- ainda ?ue n"o recon;ecida pelo OKF!
3E BB99VF ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+
3elator@aA) Min. 6E</+ DE ME<<+
2ul$amento) BB;D9;BCCB Er$o 2ul$ador) 038ME83A T=3MA
0ublicao) D2 BF5DF5BCC! 005D!C!: EMENT H+<5DB9IF5DF 005DD9BF
3T2 H+<5DDBF:5DB 005 DDFCV
7=N68+NZ38+ 0LM<86+ E/TAT=TA38+ 5 EN]=AD3AMENT+
EM N+H+ 0<AN+ DE 6A33E83A 5 D8/63868+NA38EDADE DA
ADM8N8/T3A>?+ 0LM<86A 5 A=/ON68A DE D83E8T+
AD]=838D+ 5 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ N?+ 6+N\E68D+.
A Administrao 0,blica, observados os limites ditados pela
6onstituio 7ederal, atua de modo discricionrio ao instituir o re$ime
(urdico de seus a$entes e ao elaborar novos 0lanos de 6arreira, no
podendo o servidor a ela estatutariamente vinculado invocar direito
adquirido para reivindicar enquadramento diverso daquele
determinado pelo 0oder 0,blico, com "undamento em norma de carter
le$al.
3E BFD!BF ; /0 5 /?+ 0A=<+
3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+
3elator@aA) Min. 8<MA3 4A<H?+
2ul$amento) !F;DF;BCCF Er$o 2ul$ador) 038ME83A T=3MA
0ublicao) D2 !F5DG5BCCF 005D9C!F EMENT H+<5DB:DD5DI 005DDVBD
EMENTA) ADM8N8/T3AT8H+. 0+<868A8/ M8<8TA3E/ D+
E/TAD+ DE /?+ 0A=<+. <E8 6+M0<EMENTA3 N. !II, DE
!B;I;VB. 638TT38+ DE 6A<6=<+ DE HANTA4EN/, E/T80=<AD+
N+ A3T. !.. /=0E3HEN8EN68A DA N+3MA D+ A3T. C!, H888, DA
6+N/T8T=8>?+ D+ E/TAD+, ]=E + M+D8786+=. \ip1tese em
que a nova re$ra tem incidYncia imediata. As relaWes entre o Estado e
seus servidores so de natureza estatutria* o re$ime (urdico do servio
p,blico pode ser alterado pela le$islao, sem violao ao princpio do
direito adquirido. 3ecurso no con'ecido.
3E :99D: ; /o 0aulo 5 /?+ 0A=<+
3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+
1UU
3elator@aA) Min. MA33+/ M+NTE83+
2ul$amento) BC;BD;BC:F Er$o 2ul$ador) /E4=NDA T=3MA
0ublicao) D2 B:5BD5BC:G 005ccccc EMENT H+<5DDC9F5DB 005
ccccc
8N+6+33EN68A DE D83E8T+ AD]=838D+. BA A
43AT8786A>?+ DE DED8 6A>?+ E[6<=/8 HA,
6+N/8 /T8 ND+ EM A63T/68 M+ 03+0+368+NA< A+
HA<+3 6+33E/0+NDENTE A 3E7E3EN68A N=ME386A
D+ 6A34+ 3E/0E6T8H+, 6+N/T8T=8 HANTA4EM
A6E//+38A DA]=E<A E, 6+M+ TA<, \Z DE /E4=83 A /=A
NAT=3ENA 2=3KD86A, 8NTE43AND+ A 3E<A>?+
E/TAT=TA38A. !A /E +/ /E3H8D+3E/ 0=M<86+/ N?+ TEM
HEN68MENT+/ 833ED=T8HE8/ @/.!:A, 6+M MA8+3 7+3>A DE
3AN?+ 833ED=T8HE8/ N?+ /E3?+ /8M0<E/
A6E//+38+/ DA]=E<E/. FA XA +0>?+ 0+3 =M
3E48ME DE T3AMA<\+, A=T+38 NADA EM <E8,
N?+ 0+DE /E T+3NA3 6+NT3AT=A<, 0+3 H+NTADE
DA/ 0A3TE/, 6+M+ /E E/T8HE//EM E//A/ A48ND+ EM
6AM0+ 2=3KD86+ EM ]=E 7+//EM <868TA/ A/
T3AN/A>QE/ E A/ 3EN=N68A/X @M8N8/T3+ 6A3<+/
MEDE83+/A. GA 8N+6+33E, NA E/0T68E, +7EN/A A+
A3T84+ BIF, 0A3A43A7+ B E F, DA 6+N/T8T=8>?+, E +
A<E4AD+ D8//8D8+ 03ET+38AN+, EM 7A6E DA AT=A<
+38ENTA>?+ D+ 6+<END+ /=03EM+ T38M=NA<
7EDE3A<. IA 03E6EDENTE/ D+ /=03EM+ T38M=NA<
7EDE3A<. 9A 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ N?+ 6+N\E68D+.
T G poss<vel tambm ale$ar a ine'ist8ncia de direito ad?uirido a re$ime
#ur<dico tambm no Direito Privado (e'ce/"o = re$ra $eral de situa/0es
sub#etivas- o ?ue ocorre devido = importYncia ?ue certos institutos #ur<dicos
possuem para a coletividade- como Direito de Fam<lia)!
?=s' 736K5M L NB . ?=>I?S8 =SO=>A; 166KL663M1M3"6
?elator: Ninistro G8?B= S>A?@=^^C
QIA?@A @I?NA 13L62L166K. 0G 63.46.166K '. 17F
68H8< 5 3E48ME MAT38M+N8A< DE MEN/ 5
A<TE3A>?+ 2=D868A< # 6A/AMENT+ +6+338D+ /+M
A T48DE D+ 66; BCB9 @<E8 Nd F. D:BA 5
0+//8M8<8DADE 5 A3T. !.DFC D+ 66;!DD! @<E8 Nd BD.GD9A
5 6+33ENTE/ D+=T38NZ38A/ 5 A3T. B.9FC, S !d, 6;6 A3T.
!.DFI D+ 66;!DD! 5 N+3MA 4E3A< DE A0<86A>?+
8MED8ATA.
4 " A'resenta"se ra(o#vel, in case, no considerar o art. 1.63F do
>>L1661 como -bice a'licao de norma *eral, constante do art.
4.M3F, P 1A, do >>L1661, concernente alterao incidental de
re*ime de bens nos casamentos ocorridos sob a *ide do >>L4F4M,
desde que ressalvados os direitos de terceiros e a'uradas as ra(9es
invocadas 'elos cVn,u*es 'ara tal 'edido, no 'avendo que se "alar em
1U1
retroatividade le$al, vedada nos termos do art. IR, [[[H8, da
67;VV, mas, ao rev-s, nos termos do art. !.DFI do 66;!DD!, em
aplicao de norma $eral com e"eitos imediatos.
1 " ?ecurso conhecido e 'rovido 'ela al$nea /a/ 'ara, $d!i"indo*
se $ 5ossi;i6id$de de $6"er$=>o do re#i!e de ;ens $do"$do 5or oc$si>o
de !$"ri!Hnio re$6i?$do so; o 56io do CCE1011- de"er!in$r o
re"orno dos $%"os 7s ins"Inci$s ordinri$s $ i! de '%e 5roced$! 7
$n6ise do 5edido- nos "er!os do $r". 1.1G0- J FK- do CCEFLLF.
% necessidade de ;armoni>a/"o da $arantia prevista no arti$o Qq- inciso
1112I- da Constitui/"o Federal com o interesse pDblico (retroatiidade
mnima ou a'licao imediata da leiK)
$ A emen#a "onst(tu"(ona) n"o pode ter retroatividade mH'ima- nem
mdia Luanto = m<nima- o .bice estH previsto no art QV- 1112I- CF
Antretanto- o OKF admitiu a contribui/"o de inativos Portanto a emenda n"o
poderia (a>er retroatividade mH'ima- nem mdia- nem m<nima- pois o art
JU- _ PV da CF prote$e- dentre outros direitos (undamentais- o ato #ur<dico
per(eito Luanto =s leis- muito menos Keoricamente nen;uma lei pode
retroa$ir no )rasil Per$unta&se- como poss<vel uma lei alterar a moeda do
pa<s- alterando os contratos nela baseados] Come/am a sur$ir e'ce/0es-
?ue $eram $rande con(us"o- especialmente para ?uem estH estudando para
concursos
BG;DC;!DDI 5 BC)!G 5 0lenrio decide) Tablita - constitucional
8 'len#rio do Su'remo @ribunal 7ederal ,ul*ou constitucional $
T$;e6$ de De6$=Mes ,T$;6i"$2- cri$d$ d%r$n"e $ :i#9nci$ do P6$no
Bresser 5$r$ corre=>o in6$cionri$ dos con"r$"os de $56ic$=>o
in$nceir$ co! :$6or de res#$"e 5r(*i&$do N o Cer"iic$do de Cr(di"o
B$ncrio- con4ecido co!o CDB.
Oor unanimidade os ministros do Su'remo conheceram do
Rec%rso E&"r$ordinrio ,RE 1O110L2 $5resen"$do 5e6$
Co!5$n4i$ T9&"i6 Ni$?i C4o4i con"r$ o B$nco de Cr(di"o N$cion$6
SEA ,BCN2. No en"$n"o- decidir$!- 5or !$iori$ de :o"os- n>o d$r
5ro:i!en"o $o rec%rso $5resen"$do 5e6$ e!5res$.
>om isso, o 'len#rio manteve a validade do 0ecreto";ei
F.GOFEPD '%e crio% $ T$;6i"$ co!o Qndice de6$"or N $6"er$ndo o Decre"o*
Lei F.GG.EPD ,P6$no Bresser2 '%e es"$;e6ece% o con#e6$!en"o dos
5re=os de !erc$dori$s- ser:i=os e "$ri$s 58;6ic$s 5$r$ o con"ro6e
in6$cionrio. A nor!$ crio% $ind$ $ Unid$de de Reer9nci$ de Pre=os
,URP2.
8 ,ul*amento havia sido interrom'ido em setembro de 1664,
devido a um 'edido de vista do ministro Se')lveda Oertence. Ao
retom#"lo ho,e (45LF), os ministros Se')lveda Oertence, Goaquim
Earbosa, >e(ar Oeluso e Bilmar Nendes se*uiram o entendimento
do relator, ministro lmar Balvo (a'osentado), 'ara considerar que o
decreto de criao da @ablita cons"i"%cion$6. Nes"e !es!o sen"ido
< "in4$! :o"$do os !inis"ros Ne6son Co;i!- E66en 3r$cie- M$%rQcio
Corre$ e C$r6os Ve66oso.
1U2
8s ministros consideraram que a a'licao da @ablita em ne$9cio
(urdico realizado antes da vi$Yncia do Decreto5lei !.FG!;V: no o"ende
o princpio do ato (urdico per"eito. /e$undo eles, o decreto apenas
abran$eu os e"eitos dos contratos que se pro(etaram al-m da data de
vi$Yncia da norma, "azendo com que esses contratos estivessem su(eitos
& incidYncia do ndice de"lator @TablitaA.
=ntenderam ainda que o decreto norma de ordem p,blica,
portanto de aplicao e alcance imediatos sobre todos os contratos em
curso. 0ara a maioria dos ministros, trata5se de uma questo de de"esa
da economia, em que o Estado pode intervir para manuteno do
equilbrio dos contratos "irmados no perodo. @$.nA
8s ministros >elso de Nello e Narco Aurlio ,# tinham votado
e diver*iram dos demais. =les ,ul*aram inconstitucional a a'licao dos
%atores de de%lao da @ablita sobre os contratos co! c6%s%6$ de corre=>o
!one"ri$ 5r(*i&$d$.
Ao in$6- o P6enrio $sse#%ro% $ :$6id$de d$ T$;6i"$ 5or no:e :o"os
$ dois- !$n"endo $cRrd>o do Tri;%n$6 de A6=$d$ de S>o P$%6o ,TAESP2 e
$ sen"en=$ de 5ri!eir$ ins"Inci$ '%e <%6#o% $ $=>o d$ e!5res$ "9&"i6
Ni$?i C4o4i i!5roceden"e.
T Am outro #ul$ado relativo ao tema- no 4A nV 1Q666U- a maioria dos
ministros do OKF assentou ?ue se lei posterior altera o padr"o monetHrio
vi$ente- deverH ser implementada de imediato- alcan/ando e alterando
inclusive clHusulas de acordos coletivos #H ;omolo$ados pela @usti/a do
Krabal;o- por meio de senten/as normativas A ?ue- na ;ip.tese- n"o se
;averia de ale$ar viola/"o ao direito ad?uirido- ao ato #ur<dico per(eito ou =
coisa #ul$ada- por mani(estamente incab<veis!
?= 4K2.226L?S, redator 'ara o acMrdo Nin. Naur$cio 6orrYa, D.2.
de BV.C.CV)
/=N=C@A: ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8. A;@=?AST8 08
OA0?T8 N8C=@J?8. ?=AGIS@= 0= SA;J?8 O?=!S@8
=N S=C@=CSA C8?NA@!A. A>8?08 >8;=@!8
[8N8;8BA08. SIO=?!=CDC>A 0= C8!A O8;_@>A
SA;A?A; 7:A0A O=;8 B8!=?C8. 0?=@8 A0QI?08.
C=:S@DC>A.
B 5 A sentena normativa tem natureza sin$ular e pro(eta no mundo
(urdico apenas norma de carter $en-rico e abstrato, embora nela se
recon'ea a e%istYncia da e"iccia da coisa (ul$ada "ormal no perodo
de vi$Yncia mnimo de"inido em lei @art. V:F, 6<TA, e, no .mbito do
direito substancial, coisa (ul$ada material em relao & e"iccia
concreta ( produzida. T norma editada no vazio le$al. 4.4 5
So brevindo a lei, norma de carter imperativo que se sobrepWe a
todas as demais "ontes secundrias de direito 5 conveno, acordo
ou sentena normativa 5, ser nula de pleno direito disposio de
6onveno ou Acordo 6oletivo que, direta ou
indiretamente, contrarie norma $overnamental disciplinadora da
poltica econUmico5"inanceira ou concernente & poltica salarial
vi$ente @art. 9!F, 6<TA. ! 5 A sentena normativa "irmada ante os
1U9
pressupostos le$ais vi$entes pode ser derro$ada por normas
posteriores que ven'am a imprimir nova poltica econUmico5monetria,
por serem de ordem p,blica, portanto, de aplicao imediata e $eral.
!.B. 5 A"i$ura5se demasiado e%tremismo a"irmar que, tendo a deciso
recorrida adequado os rea(ustes salariais da cate$oria, emer$entes de
acordo em dissdio coletivo, ao plano de estabilizao econUmica,
restaram violados o ato (urdico per"eito, o direito adquirido e a coisa
(ul$ada. F 5 3ea(uste de salrio previsto em acordo coletivo 'omolo$ado,
ou sentena normativa transitada em (ul$ado. /uperveniYncia de nova
poltica salarial. Direito adquirido. 8ne%istYncia. 3ecurso e%traordinrio
no con'ecido.X @$.nA.
& Portanto- a #urisprud8ncia do OKF di> ?ue ?uando a lei alterar o padr"o
monetHrio- com certe>a ;averH retroatividade m<nima- sob o ar$umento de
ser de direito pDblico Antende o OKF ?ue n"o ;H direito ad?uirido para lei de
ordem pDblica- em ?ue pese n"o ;aver distin/"o entre lei de ordem pDblica
e lei dispositiva em rela/"o = retroatividade m<nima Antende o OKF ?ue n"o
;H direito ad?uirido = padr"o monetHrio
@H no #ul$amento dos Ambar$os Declarat.rios no 4ecurso
A'traordinHrio nV 17PJJ2- em 11X12X2UU2- o Colendo OKF concedeu
e(eito modi(icativo aos embar$os- acol;endo&os- para concluir ?ue o
diss<dio coletivo (irmado entre sindicatos- para vi$orar de setembro
de 1767 a a$osto de 177U- n"o prevalece diante da Nei 6U9UX7U-
posterior ao pacto- por meio da ?ual se instituiu novo sistema de
rea#uste de pre/os e salHrios no $overno Collor
Ea ;ip.tese- ;avia uma clHusula da conven/"o coletiva acertada entre os
dois sindicatos- por meio da ?ual se previam rea#ustes mensais aos
trabal;adores Am parH$ra(o desta clHusula- no entanto- previa&se
e'pressamente ?ue a superveni8ncia de lei- se pre#udicial aos empre$ados-
n"o poderia a(astar a aplica/"o do ?ue estava sendo pactuado por meio
da conven/"o
Am setembro de 2UU1- a Oe$unda Kurma #ul$ou o 4ecurso A'traordinHrio-
no sentido de ?ue deveria prevalecer a conven/"o O ar$umento do relator-
+inistro +arco %urlio- (oi no sentido de ?ue a conven/"o um ato #ur<dico
per(eito e- desse modo- deveria ser respeitada Antretanto- em novembro de
2UU2- a interposi/"o de Ambar$os Declarat.rios por um dos Oindicatos
levou a Kurma a modi(icar totalmente o #ul$amento iniciado Por meio dos
embar$os- apontavam&se omiss0es no ac.rd"o do OKF- por n"o ter levado
em considera/"o a #urisprud8ncia paci(icada da Casa- conver$ente para a
interpreta/"o de ?ue o ato #ur<dico per(eito e o direito ad?uirido n"o
poderiam ser de(endidos ?uando a matria tratada em lei nova (osse de
ordem pDblica- a de(ender o interesse de todos %o (im- (oi dado provimento
aos embar$os re(eridos- e restabelecido o entendimento de ?ue nem o ato
#ur<dico per(eito .bice = aplica/"o imediata da lei nova aos e(eitos de
pactos celebrados no passado
1UP
CASOS NO ST3 DE RETROATI.IDADE ![NI!A:
3E6=3/+ E/0E68A< NR 99F.:VB 5 32 @!DDG;DD:FCB!5BA
3E<AT+3 ) M8N8/T3+ 2+/T DE<4AD+
EMENTA
D83E8T+ E6+NPM86+. MANDAD+ DE /E4=3AN>A.
TKT=<+/ 0LM<86+/. N+TA/ D+ TE/+=3+ NA68+NA<.
AT=A<8NA>?+ M+NETZ38A. 0<AN+ 3EA<. A0<86A>?+
DA <E8 V.VVD;CG. N+3MA DE +3DEM 0LM<86A.
B. >uidam os autos de mandado de se*urana im'etrado 'or 0>
>orretora de @$tulos e !alores Nobili#rios SLA ob,etivando que, a
'artir de 64.64.F5, 'or ocasio do res*ate de Cotas do @esouro
Cacional que adquiriu, %ossem observados os critrios de atuali(ao
monet#ria a,ustados no contrato de aquisio desses t$tulos, com
incid+ncia do BON e no dos $ndices institu$dos 'ela ;ei 2.226LF5. 8
,u$(o monocr#tico concedeu a se*urana e o @?7L1l ?e*io, 'or
maioria de votos, re%ormou a sentena, dando 'rovimento remessa
o%icial e ao a'elo volunt#rio do EA>=C. =mbar*os de declarao
%oram o'ostos 'ela autora e re,eitados. =sta inter'Vs recurso es'ecial
a'ontando in%rin*+ncia dos arts. 1A da ;ei 2.15FLF4 e MA da ;>>,
alm de diver*+ncia ,uris'rudencial. >ontrarra(9es o%erecidas
de%endendo a manuteno do aresto ver*astado.
!. A ;ei 2.226LF5 alterou o sistema de 'adro monet#rio do Oa$s e o
critrio de c#lculo dos $ndices de correo monet#ria, tomando como
'ar<metro a variao dos 'reos em ?eal (art.32). Cesse conte&to, o
Boverno 'assou a adotar o BO"1, e no o BON, na atuali(ao dos
t$tulos que seriam res*atados a 'artir de ,ulho de 4FF5.
F. + princpio da obri$atoriedade dos cumprimentos dos contratos #
5$c"$ s%n" ser:$nd$ # no pode ser levantado em "ace de uma
norma de ordem p,blica, no 'avendo razo para que uma avena
de natureza eminentemente privada se sobrepon'a ao interesse
')blico .
G. As leis de natureza re$uladora do mercado "inanceiro so de
ordem p,blica, podendo alterar os ndices de correo monetria e
aplic5los imediatamente para atualizar os valores dos ttulos
p,blicos em circulao no mercado.
K. ?ecurso es'ecial im'rovido.
.ISSO DO !INISTRO !OREIRA AL.ES A
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART4 /.58? DO NO.O CeDI>O CI.IL:
T No+o C2#(go C(+()4 Art. /.58?! % validade dos ne$.cios e demais atos
#ur<dicos- constitu<dos antes da entrada em vi$or deste C.di$o- obedece ao
disposto nas leis anteriores- re(eridas no art 2UPQ- mas os seus e(eitos-
produ>idos apJs a vi$8ncia deste C.di$o- aos preceitos dele se subordinam-
salvo se ;ouver sido prevista pelas partes determinada (orma de e'ecu/"o
1UQ
T Art. /.58*. %s associa/0es- sociedades e (unda/0es- constitu<das na
(orma das leis anteriores- ter"o o pra>o de um ano para se adaptarem =s
disposi/0es deste C.di$o- a partir de sua vi$8ncia; i$ual pra>o concedido
aos empresHrios
CONTRADIRSO NOS CONCURSOS PARA PROCURADOR DO DF$ NO
PRI!EIRO CONCURSO4 DE /5564 O E-A!INADOR NSO AD!ITE A
RETROATI.IDADE ![NI!A4 ENFUANTO FUE NO SE>UNDO
CONCURSO AD!ITE:
*. Pro"ura#or DF Esaf /556 $ Se a )e( "(+() a)"an%ar os efe(tos
futuros #e "ontratos "e)ebra#os anter(ormente a e)a4 serC essa )e(
retroat(+a :retroat(+(#a#e m=n(ma;4 0ortanto (n"onst(tu"(ona)4
0orWue +a( (nterfer(r na "ausa4 Wue , um ato ou fato o"orr(#o no
0assa#o. Sobre esta assert(+a4 estC "orreto af(rmar:
a; verdadeira a assertiva apenas ?uando a lei- ?ue alcan/ou os
e(eitos dos contratos celebrados anteriormente a ela- (or dispositiva
b; verdadeira a assertiva apenas ?uando a lei- ?ue alcan/ou os
e(eitos dos contratos celebrados anteriormente a ela- (or uma norma
de ordem pDblica
"; verdadeira a assertiva- desde ?ue a lei nova tra$a bene(<cios
para as partes
#; a +e#a%&o D a0)("a%&o #a norma Wue ma"u)e a "o(sa 1u)ga#a4 o
ato 1ur=#("o 0erfe(to e o #(re(to a#Wu(r(#o se a0)("a a Wua)Wuer )e(
(nfra"onst(tu"(ona)4 sem Wua)Wuer #(st(n%&o entre )e( #e #(re(to
0@b)("o e )e( #e #(re(to 0r(+a#o4 ou entre )e( #e or#em 0@b)("a e )e(
#(s0os(t(+a.
e; a assertiva verdadeira- desde ?ue n"o se re(ira a um novo C.di$o Civil-
pois essa norma (ruto do Poder Constituinte Decorrente- sendo vedado
?ue seus e(eitos se#am obstados pela simples e'ist8ncia de contratos
celebrados anteriormente a ela
/. Pro"ura#or DF Esaf /55E $ A"er"a #o Po#er Const(tu(nte4 #a
reforma4 #o ato 1ur=#("o 0erfe(to e #o #(re(to a#Wu(r(#o4 ass(na)e a
o0%&o "orreta.
a; E"o ;H limites para a a/"o do poder constituinte ori$inHrio
b; % caracter<stica da superioridade do poder constituinte ori$inHrio
deriva do (ato de este ser anterior a todas as outras mani(esta/0es de
um Astado
"; O eGer"="(o #o 0o#er "onst(tu(nte #er(+a#o4 ou 0o#er "onst(tu=#o4
sofre )(m(ta%'es #e or#em "(r"unstan"(a)4 mater(a)4 0ro"essua) e
tem0ora)4 #os Wua(s a)gumas 0o#em ser (m0)="(tas.
#; Considere a se$uinte situa/"o ;ipottica Mm cidad"o (irma contrato de
mDtuo com uma empresa- na vi$8ncia de lei ?ue permite pen;ora de
1UJ
determinados bens- em caso de inadimplemento da d<vida Posteriormente-
entra em vi$or nova lei- ?ue passa a classi(icar como impen;orHveis al$uns
da?ueles bens Eesse caso- se o mutuHrio vier a ser e'ecutado- poder"o ser
pen;orados todos os bens admitidos pela lei vi$ente ?uando da (orma/"o
do contrato (AOO% FOI D%D% CO+O IECO44AK%- OM OA@%- ErO A4% P%4%
OA %D+IKI4 % PAEIO4%- POIO O CO44AKO OA4I% % 4AK4O%KI2ID%DA
+nEI+%- E% 2IOrO DO A1%+IE%DO4)
e; Por ser inte$rante da Constitui/"o- a norma constitucional ?ue
enumera as clHusulas ptreas- tambm c;amadas de clHusulas de
inamovibilidade- pass<vel de altera/"o como outros dispositivos
constitucionais Desse modo- #uridicamente poss<vel a aprova/"o de
emenda constitucional ?ue altere o rol da?uelas clHusulas
8. Pro"ura#or DF Esaf /55E $ Ass(na)e a o0%&o "orreta:
a; Por meio da a/"o direta de inconstitucionalidade n"o poss<vel
declarar a invalidade de uma lei anterior = atual Constitui/"o- sob o
(undamento de ?ue tal lei violara a Constitui/"o em vi$or ao tempo
da sua edi/"o- mas poss<vel a declara/"o da inconstitucionalidade
dessa mesma lei- por ser materialmente incompat<vel com a nova
b; O direito brasileiro n"o con;ece instrumento apto para ?ue o
@udiciHrio pronuncie a inconstitucionalidade de lei anterior =
Constitui/"o em vi$or- por ser tal lei in(rin$ente da Constitui/"o ?ue
estava em vi$or ?uando editada
"; Firmou&se no )rasil o entendimento de ?ue o poder constituinte de
re(orma pode suprimir um direito prote$ido como clHusula ptrea-
desde ?ue- num primeiro momento- esse direito se#a subtra<do da
lista e'pressa das limita/0es materiais ao poder de emenda =
Constitui/"o
#; Re"on9e"e$se4 9o1e4 no Kras()4 "omo t=0("o #as normas #o 0o#er
"onst(tu(nte or(g(nCr(o serem e)as #ota#as #e ef("C"(a retroat(+a
m=n(ma4 1C Wue se enten#e "omo 0r20r(o #essas normas at(ng(r
efe(tos futuros #e fatos 0assa#os.
e; O Oupremo Kribunal Federal n"o tem compet8ncia para a(irmar a
inconstitucionalidade de emenda = Constitui/"o votada se$undo o
procedimento estabelecido pelo poder constituinte ori$inHrio
& E"o ;H apostila para esses assuntos Deve&se recorrer a al$uns livros e
te'tos para os se$uintes assuntos da se$unda prova!
1U5
Au)a */ $
/675?7/5**
A%'es Af(rmat(+as
T %/0es %(irmativas = )rasileira * 4oberta Fra$oso Rau(mann * NDmem @uris
T %rti$o ?ue estH na Hrea da escola
T Peti/"o da %DI para impu$nar as cotas raciais- de autoria da pro(essora
Po#er Const(tu(nte
T Os te'tos J- 5- 1P e 1Q da primeira apostila
T Poder Constituinte dos estados membros (al$o parecido) & 4eo 4eoncy &
Oaraiva
Contro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e
T Controle de constitucionalidade no Direito )rasileiro * 4u;s Roberto
@arroso (n<vel bHsico)
T Curso de Direito Constitucional ou livros espec<(icos sobre controle *
Ailmar Bendes (n<vel avan/ado)
D("a! ao estudar #ul$ados- n"o ler apenas as ementa Deve&se- se poss<vel-
pre(erir ler todo o inteiro teor do ac.rd"o- a (im de veri(icar se o ?ue na estH
na ementa realmente corresponde ao ?ue teve relevYncia no #ul$ado
(continua/"o da matria)
*6!B! D 'rinc'io da ;9ualdade e as ALes Afirmatias 'ara ne9ros
no .rasil!
& G preciso analisar a/0es a(irmativas- especialmente ?uanto a sua
constitucionalidade- considerando o conte'to ;ist.rico- econ:mico e cultural
em ?ue estH inserido o se$mento ($rupo) bene(iciHrio da a/"o a(irmativa
& %s a/0es a(irmativas procuram con(erir bene(<cios
TrOs es")are"(mentos!
T O modelo de a/0es a(irmativas- na maior parte dos casos- estH vinculado a
um modelo de Astado social * Astado ?ue visa redu>ir as desi$ualdades
Contudo- as a/0es a(irmativas n"o est"o necessariamente li$adas a um
Astado social- at por?ue as primeiras sur$iram nos AM% (estado liberal)
T %/0es a(irmativas como concreti>a/"o do princ<pio da i$ualdade (este
princ<pio teria a dimens"o (ormal (todos s"o i$uais perante a lei) e a
dimens"o material (considerando ?ue na verdade n"o ;H i$ualdade
absoluta- ra>"o pela ?ual se tenta minimi>ar as desi$ualdades no mundo
(Htico- atravs de uma compensa/"o reali>ada no mundo #ur<dico * tratar os
desi$uais nas medidas de suas desi$ualdades)) Antretanto- essa anHlise
n"o pode ser (eita de (orma super(icial- pois- do contrHrio- ser"o criadas
inDmeras a/0es a(irmativas para as diversas situa/0es di(erentes O
conceito de minoria apta a ser contemplada com al$uma a/"o a(irmativa
depende do conte'to social
1U6
T % mera veri(ica/"o da i$ualdade material de uma a/"o a(irmativa n"o
implica em sua constitucionalidade- necessHrio analisH&la de acordo com o
conte'to social
& %s medidas a(irmativas devem ser observadas pontualmente
T A'emplos!
& Ea nndia- os Dalits (casta in(erior- da ?ual n"o se pode evoluir) receberam
cotas no servi/o pDblico
& Eos AM%- n"o ;H a/0es a(irmativas para $rHvidas- mas ;H- para e$ressos
da $uerra do 2ietn"
T A'emplo importante!
ADI *L6Q * %/"o a(irmativa criada #urisprudencialmente em rela/"o a
$8nero no )rasil %tendeu a nosso princ<pio da i$ualdade
Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que
visem melhoria de sua condio social:
(...)
:! " licena *estante, sem 're,u$(o do em're*o e do sal#rio, com a
durao de cento e vinte dias.
(...)
& Discutiu&se nessa %DI ?uem ?ue iria pa$ar o e'cedente ao teto do IEOO
no per<odo de licen/a maternidade Oeria o IEOO ou o empre$ador] O IEOO
disse ?ue n"o pa$aria Ocorre- porm- ?ue com vistas a n"o $erar uma
espcie de discrimina/"o (repDdio) = contrata/"o de mul;eres no mercado
de trabal;o Para evitar esse problema o OKF (e> uma interpreta/"o
con(orme a Constitui/"o (do art 1P da AC 2U) para e'cluir do teto disposto
nesse arti$o o salHrio da $estante Asse um e'emplo de a/"o a(irmativa
criada pelo Oupremo
& Outros e'emplos! aposentadoria ap.s menos tempo de contribui/"o para
as mul;eres ?ue para os ;omens; meia entrada; isen/"o de ta'a de
concurso para pobre ?ue doa san$ue etc
Cotas 0ara negros , a0enas uma es0,"(e #o gOnero a%&o
af(rmat(+a.
Traba)9o #a Professora: A #es"onstru%&o #o m(to #a ra%a e a
(n"onst(tu"(ona)(#a#e #e "otas ra"(a(s no Kras() & Roberta Cragoso
Daufmann
1U7
& Premissas acerca da discuss"o desse tema! n"o se discute a
constitucionalidade de a/0es a(irmativas como $8nero E"o se discute ?ue o
)rasil um pa<s social A n"o se de(ende ?ue ine'iste- totalmente- racismo-
preconceito ou discrimina/"o no )rasil Kambm- por outro- n"o implica
di>er ?ue a discuss"o sobre o tema decorre de eventual postura racista
& G poss<vel combater o racismo- discrimina/"o e preconceito com leis
pr.prias- como #H se (a> na lei ?ue prev8 o racismo Ea prHtica- muito se
#ul$a com base na in#Dria ?uali(icada pela postura racista
2er blo$ da pro(essora! ;ttp!XXnoracebrblo$spotcom
& Mm dos principais l<deres das causas dos ne$ros no mundo- +artin Nut;er
Rin$- era contrHrio =s cotas para ne$ros Posi/"o de(endida em (amoso
discurso B< have a dream///C
& Ea vis"o da pro(essora- o preconceito e a discrimina/"o- por si s.s- n"o
s"o bastantes a le$itimar a/0es a(irmativas Oe assim o (osse- no )rasil
ter<amos ?ue conviver com inDmeras a/0es a(irmativas
& Am rela/"o = de(esa do ar$umento da ine'ist8ncia de ra/as- e'istem
dados ?ue demonstram ?ue toda a discuss"o racial $ravita em torno de
U-U9Qd do $enoma ;umano Portanto- do ponto de vista do or$anismo
interno ;umano- n"o ;H ra/as di(erentes- at por?ue s"o apenas 1U $enes
?ue de(inem a cor de uma pessoa O autor brasileiro Or$io Penna de(ine
bem esse tema do $enoma ;umano Or$io Penna ?uestiona a le$itimidade
do critrio escol;ido para de(inir racismo- no caso o critrio da cor Poderia
ser ?ual?uer outro critrio- como altura etc % teoria ?ue de(iniu o racismo-
por si s.- #H era racista G preciso desmisti(icar o mito do racismo
& Luando o Astado le$isla sobre ra/a- ao invs de en(ra?uecer o mito da
ra/a- ele- na verdade- (ortalece o racismo Asse o peri$o do racismo
institucionali>ado- pois (omenta prHticas racistas
TrOs teor(as Wue 1ust(f("am a%'es af(rmat(+as!
*. Teor(a "om0ensat2r(a * os ne$ros ;o#e s"o descendentes de ne$ros
?ue (oram escravos- lo$o preciso (avorec8&los de modo a compensar o
?ue ocorreu no passado
& Eo )rasil ;H di(iculdades para #usti(icar a a/"o a(irmativa com base nessa
teoria
/. Teor(a D(str(but(+a * )aseia&se em desi$ualdades veri(icadas no
presente
8. Teor(a #a D(+ers(#a#e * preciso implementar cotas para ?ue um
$rupo possa conviver com o outro $rupo
& Assa teoria era de(endida por 4onald D[orSin$ Caso PlessZ vs Fer$uson
,erou o re$ime de secess"o A'istiam as leis com base no sistema @I+
11U
C4OF (sistema de culturas paralelas)- ?ue eram leis racistas Iouve um
per<odo de mais de um sculo de racismo institucionali>ado Desde o
nascimento at outros se$mentos sociais eram separados em se$mentos
para ne$ros e para brancos Asse tipo de se$re$a/"o n"o permite o conv<vio
com pessoas de outra cor A'! o casamento entre pessoas de outra cor
somente (oi permitido nos AM% a partir de 1755 Assa se$re$a/"o $erava
uma cultura e uma identidade paralela- o ?ue di(icultava as tentativas de
miti$ar e eliminar o racismo Eo )rasil o ar$umento de culturas paralelas
(teoria da diversidade) n"o le$itima a implementa/"o de a/0es a(irmativas
& Eo )rasil n"o necessHrio institucionali>ar o racismo para combat8&lo Eo
)rasil at a proclama/"o da 4epDblica nunca ;ouve di(erencia/"o com base
na cor O ?ue e'istia era a distin/"o de direitos entre escravos e n"o
escravos
& O sistema @I+ C4OF para le$itimar sua postura teve ?ue criar um critrio
ob#etivo para de(inir cor (ra/a)- o critrio da B$ota de san$ueC- com base no
?ual ou a pessoa branca ou preta Lual?uer antepassado ne$ro de(ine a
ra/a da pessoa como preta +esmo com esse lar$o re?uisito da
ascend8ncia- atualmente somente 1Ud da popula/"o norte&americana
considerada ne$ra +esmo na poca na escravid"o esse percentual era de
apenas 19d da popula/"o Isso decorre do (ato de a proibi/"o de mistura de
ra/as sempre ter sido institucionali>ada nos AM% Am 16JU- 7Ud dos ne$ros
ainda eram escravos @H no )rasil- em 1665 65-Qd dos ne$ros #H eram livres
Asses dados contribuem para um tratamento diverso dado ao tema nos dois
pa<ses A'! ap.s a aboli/"o da escravatura ;ouve o estouro da $uerra civil-
alm da cria/"o da RM RNM1 RN%E- destinada a perse$uir e matar ne$ros
Eo )rasil- ao contrHrio- o povo todo celebrou a aboli/"o da escravatura
Portanto- no )rasil ;avia a possibilidade de um ne$ro ter postos de
desta?ue- dependendo de sua (orma/"o
& Eos AM% as cotas raciais n"o sur$iram do ponto de vista compensat.rio
T Discrimina/"o reversa * um dos ar$umentos de ?uem contra a cota
racial di> ?ue as cotas $eram discrimina/"o reversa O :nus das cotas para
ne$ros nas universidades suportado pelos ?ue s"o preteridos nessa
pol<tica- essa a discrimina/"o reversa Para o Astado .timo- pois se trata
de medida simb.lica- na medida em ?ue o Astado BdemonstraC estar
a$indo- s. ?ue sem $astar nada- eis ?ue ele n"o abriu mais va$as G por
isso ?ue nem nos AM% as cotas raciais em matria de educa/"o n"o (oram
consideradas constitucionais Caso Mniversidade da Cali(.rnia vs )aSSe *
cotas raciais s"o inconstitucionais- n"o poss<vel distin/"o de direitos na
educa/"o com base na cor O ?ue ;ouve (oram a/0es a(irmativas $erais ?ue
alcan/avam tambm a educa/"o %s cotas sur$iram nos AM% em
decorr8ncia de caso pontual- o ?ue se n"o tivesse sido implementado-
causaria o estouro da se$unda $uerra civil no pa<s Ei'on- presidente
e'tremamente conservador- implementou pol<ticas de cotas raciais- na
dcada de 17JU- para evitar a se$unda $uerra civil- ante a $rande e
crescente ;ostilidade vi$ente entre brancos e ne$ros- especialmente ap.s o
111
assassinato de RennedZ e principalmente +artin Nut;er Rin$ em 17J6 Foi
uma medida simb.lica- a (im de dar al$um retorno para a sociedade- a (im
de evitar a se$unda $uerra civil
(continua/"o de cotas a(irmativas * cotas raciais para ne$ros)
& %pesar de os AM% terem se posicionado (avoravelmente =s cotas- as cotas
raciais (oram entendidas inconstitucionais no ?ue tan$e = educa/"o Caso
4oe vs Fade
& O ar$umento da diversidade (de culturas e ra/as * teoria de D[orSin$)-
n"o tem e(etividade- n"o tem cabimento em rela/"o =s a/0es a(irmativas no
)rasil %?ui n"o daria certo
& +uitos s"o contra as cotas raciais no )rasil- em virtude de receio de $erar
um racismo institucionali>ado
& Luando o Astado (ala sobre ra/a ele le$itima a tese de ?ue as di(eren/as
raciais t8m sentido
A'emplos de conse?u8ncias do racismo institucionali>ado!
Ruan#a! ,enoc<dio (Iutus 1 Kutsis) * 177P * ,erou o (ilme BIotel
4uandaC Pa<s coloni>ado pela )l$ica
& O critrio para de(inir uma ra/a ou outra em 4uanda era a lar$ura no nari>
e a cresposidade do cabelo
]fr("a #o Su)! 4e$ime do %part;eid
A)eman9a! Ea>ismo e ;olocausto
& % de(ini/"o dada por Iitler de #udeu- era a?uele ?ue (il;o de m"e #udia
Krata&se de um tipo de ;tero identi(ica/"o Identi(ica/"o com base no ?ue
o estadista ou o tribunal ac;a da pessoa- e n"o o ?ue a pessoa realmente
cbices = implementa/"o das cotas raciais no )rasil!
a; I#e(a #o s(stema mu)t(rra"(a) bras()e(ro
+isci$ena/"o ampla (aus8ncia de nDcleos (amiliares- escravid"o precoce-
reli$i"o cat.lica)
112
Au)a *8 $
/E75?7/5**
& Eo in<cio da coloni>a/"o do )rasil vieram apenas portu$ueses ;omens-
muitos dos ?uais casados (sem seus nDcleos (amiliares) %o c;e$ar ao )rasil
a misci$ena/"o entre brancos- <ndios e ne$ros (oi inevitHvel Eessa poca
;ouve estupros e ;ouve rela/0es espontYneas tambm
% op/"o pelo escravo ne$ro! os lucros do trH(ico
& Eo )rasil a escravid"o #H (oi adotada desde a coloni>a/"o (1Q9P) @H nos
AM%- a escravid"o s. veio no sculo 12III (15) Oempre e'istiu escravid"o
no mundo- e o critrio era o dos derrotados nas batal;as e domina/0es Por
?ue (oram escol;idos os ne$ros e n"o os <ndios para escravos no )rasil] %o
contrHrio do ?ue a ;ist.ria do )rasil versa nas escolas- na verdade (oi por
um critrio econ:mico- decorrente do Pacto Colonial Pelo pacto Portu$al
impun;a a compra de escravos (no trH(ico de escravos) por parte do )rasil
(eita somente perante Portu$al Os lucros com o trH(ico de ne$ros era em
mdia de JUUUd por ne$ro Portu$al bai'ou vHrias normas proibindo a
escravid"o do <ndio- a (im de n"o pre#udicar o seu interesse econ:mico com
o trH(ico ne$reiro Obviamente- Portu$al n"o e'ternava a real pro$nose
dessas normas Eesse conte'to (ica pre#udicada a teoria compensat.ria no
)rasil
Keoria da @usti/a Compensat.ria! em 1665- 7Ud dos ne$ros eram livres
Ordem 1591
Problemas do ar$umento da teoria compensat.ria no )rasil!
*; Por?ue a?ui- di(erentemente do ?ue aconteceu nos AM%- ser ne$ro n"o
si$ni(icava- necessariamente- ser escravo Kanto ?ue al$uns escravos
brasileiros livres tin;am escravos
/; % pr.pria teoria da responsabilidade civil (?uem causa dano tem ?ue
reparar- e ?uem (oi lesionado tem o direito ter seu dano reparado) Mm dos
entraves a?ui a possibilidade de ocorrer discrimina/"o reversa
& Curiosidade! Ienri?ue Dias- ne$ro- (oi o primeiro brasileiro condecorado
como ;er.i- por ter lutado bravamente na insurrei/"o pernambucana contra
o dom<nio ;oland8s no sculo 12II (1JP5)
Ine'ist8ncia de correla/"o entre cor e ancestralidade
& Eo )rasil n"o e'iste ?ual?uer rela/"o entre cor e ancestralidade- por?ue os
$enes relacionados a ra/a e cor podem n"o corresponder = real apar8ncia
Assa correla/"o imposs<vel no )rasil por causa da ancestralidade
O mito da democracia racial! PE%D 175J (19Q cores)
& 7Jd dos brasileiros declaram n"o ter preconceitos de cor Isso , a for%a
#o m(to #e #emo"ra"(a ra"(a) "omo (#ea) a ser 0ersegu(#o Oi$ni(ica
?ue o brasileiro- mesmo talve> sendo preconceituoso- ele se constran$e em
discriminar % (or/a desse mito n"o pode ser i$norada- sob pena de se abrir
espa/o para o racismo Krata&se de uma (orma/"o de identidade nacional
b; A farsa #os tr(buna(s ra"(a(s
119
& Composi/"o secreta- critrios secretos Foi composta uma espcie de
tribunal racial por al$umas universidades e tribunais (Mn)- MA+IO- MFO+-
MFP4- I4)4 (Instituto 4io )ranco)- K@P4) Assas decis0es e posturas secretas
s"o completamente inconstitucionais
& Asse tribunal racial passou a de(inir critrios para de(inir ra/a %
di(iculdade maior de(inir a ra/a de ?uem tem cor parda
"; A man(0u)a%&o #as estat=st("as
& Primeiramente- em rela/"o = palavra Bne$roC %s estat<sticas s"o
manipuladas (ora revelam um nDmero- ora revelam outro- con(orme as
conveni8ncias- sobretudo pelo movimento ne$ro)
#; As "otas ra"(a(s D )u< #o 0r(n"=0(o #a 0ro0or"(ona)(#a#e
& %o invs de cotas raciais- dever&se&ia implementar "otas so"(a(s
T %de?ua/"o
T A'i$ibilidade
T Proporcionalidade em sentido restrito
!ATYRIA DA / PRO.A A PARTIR DAFUI
!at,r(a #a / 0ro+a:
& E"o serH cobrado a/0es a(irmativas
& +atria cobrada!
Po#er "onst(tu(nteN e
Contro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e.
& Inclusive as normas de reprodu/"o obri$at.ria e de reprodu/"o vedada
.III $ PODER CONSTITUINTE
*. No%'es
*.*. Teor(a #a )eg(t(ma%&o #o 0o#er
11P
Au)a *6 $
8*75?7/5**
& O poder constituinte o poder ?ue tenta resolver a inade?ua/"o da norma
= lu> dos (atos O poder constituinte pode KMDO- menos alterar as clHusulas
ptreas
*./. Y a )(ga%&o entre rea)(#a#e e #(re(to 7 fat("(#a#e e
normat(+(#a#eN
& Oi$ni(ica a rela/"o entre as normas e os (atos Consiste em pe$ar a
realidade- veri(icar o ?u"o di(erente ela estH- e adaptar a CF = nova
realidade A'! PAC dos precat.rios
*.8. De"(s&o #a +onta#e 0o)=t("a.
/. T(tu)ar(#a#e
/.*. No%'es #e Soberan(a (ver te'to do 4onaldo Poletti)
& O poder constituinte serH e'ercido pelo titular da soberania
& % (orma/"o dos Astados nacionais trou'e poder para as m"os dos reis
& Portu$al (oi o primeiro Astado nacional ?ue ser (ormou
/./. Soberan(a Estata)
& Oculo 12I * Forma/"o dos Astados Eacionais )odin- )ossuet e Iobbes-
te.ricos do %bsolutismo O Astado se con(unde com o +onarca
& Ara uma soberania ?ue con(undia o Astado com o monarca BO Astado sou
euC % vontade do rei era a vontade do Astado
/.8. Soberan(a Na"(ona)
* Oculo 12III * %bade OiZss BO ?ue o Kerceiro Astado]C 4evolu/"o
Francesa % Ea/"o como primeiro valor moral da sociedade politicamente
or$ani>ada
& 2eio com a 4evolu/"o Francesa
& %?ui o paradi$ma de poder n"o mais a vontade do 4ei- mas tambm
ainda n"o a vontade do povo
& Eo/"o de na/"o * sentimento c<vico em rela/"o a um $rupo de pessoas
%bade disse ?ue o poder n"o pertence ao monarca- mas = na/"o Disse ?ue
o sentimento de na/"o era um BpoderC ?ue unia a sociedade
/.6. Soberan(a Po0u)ar
& Oculo 12III * 4ousseau * % Ooberania n"o pode ser representada
& Ea vis"o de 4osseau- a verdadeira soberania n"o pode ser representada
(si$ni(ica ?ue a verdadeira democracia s. a direta * e'ercida diretamente
pelo povo)
/.?. Soberan(a #e C)asses
11Q
& Oculo 1I1 * +ar' e An$els
& +ar' disse ?ue a soberania n"o pertence ao povo- mas ao proletariado
8. C)asses
8.*. Po#er Const(tu(nte Or(g(nCr(o:
& Krata&se de Poder Constituinte criado e institu<do pelo Poder
Constituinte Ori$inHrio- e- nesse sentido- deverH obedecer =s limita/0es
impostas por tal Poder Kambm con;ecido por ser @ur<dico- Institu<do- de
Oe$undo ,rau
& Instaura uma nova ordem #ur<dica- rompendo com a ordem #ur<dica
precedente Kambm con;ecido por ser Pol<tico- Inicial- Ilimitado-
%ut:nomo- Incondicionado
& %ut:nomo- incondicionado- soberano- ilimitado- poder de (a>er tudo Assa
ideia de poder (a>er tudo- entretanto- estH sendo ?uestionada O poder
constituinte ori$inHrio- n"o possui limites #ur<dicos- mas possui limites
meta(<sicos- circunstanciais etc
8./. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o:
& O poder constituinte ori$inHrio vai tra/ar condi/0es para o e'erc<cio do
poder constituinte derivado G poder de se$undo $rau Oo(re limita/0es
#ur<dicas
8./.*. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o De"orrente
& G poder constituinte dos estados&membros (art 2Q- CF) G o poder
constituinte e'ercido pelo princ<pio da simetria tendo como paradi$ma a
Mni"o Deve&se analisar o princ<pio da simetria tra/ado pelo OKF
Art. 1K. 8s =stados or*ani(am"se e re*em"se 'elas >onstitui9es e leis que
adotarem, observados os 'rinc$'ios desta >onstituio.
P 4 " So reservadas aos =stados as com'et+ncias que no lhes se,am
vedadas 'or esta >onstituio.
P 1 " >abe aos =stados e&'lorar diretamente, ou mediante concesso, os
servios locais de *#s canali(ado, na %orma da lei, vedada a edio de
medida 'rovis-ria 'ara a sua re*ulamentao.(?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n K, de 4FFK)
P 3 " 8s =stados 'odero, mediante lei com'lementar, instituir re*i9es
metro'olitanas, a*lomera9es urbanas e microrre*i9es, constitu$das 'or
a*ru'amentos de munic$'ios lim$tro%es, 'ara inte*rar a or*ani(ao, o
'lane,amento e a e&ecuo de %un9es ')blicas de interesse comum.
%nHlise do princ<pio da simetria = lu> do OKF (aula posterior)
8././. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o Reforma#or
11J
& G o poder das emendas constitucionais Eo )rasil a re(orma n"o tem pra>o
(limite temporal para acontecer)- pode acontecer inclusive lo$o ap.s a
promul$a/"o da Constitui/"o
8./.8. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o Re+(sor
& Outra (orma de altera/"o constitucional % revis"o constitucional Kin;a
pra>o certo (passados Q anos de publica/"o da Carta * #H aconteceu)
& Dupla revis"o * Canotil;o di> ?ue a possibilidade de se alterar as re$ras
de altera/"o da constitui/"o na vi$8ncia da mesma constitui/"o %lterar a
(orma de alterar a constitui/"o Isso n"o poss<vel no )rasil- um limite
impl<cito
6. L(m(tes (m0)="(tos ao 0o#er "onst(tu(nte #er(+a#o
6.*. Pr(n"=0(os meta1ur=#("os :1ust(%a4 0a<4 #(gn(#a#e #a 0essoa
9umana;.
6./. .(n"u)a%&o ao "onteGto so"(a)4 0o)=t("o e "u)tura).
I- $ !uta%&o e Reforma Const(tu"(ona)
*. !UTARSO CONSTITUCIONAL
D(feren%a entre Reforma e !uta%&o Const(tu(%&o
f 4e(orma! ?uando ;H um procedimento espec<(ico de altera/"o
e'pressa (inclus"o- altera/"o- e'clus"o) do te'to constitucional
+uta/"o! %ltera/"o de sentido da norma sem altera/"o do te'to da
norma G uma interpreta/"o ou compreens"o di(erenciada
*.*. A)tera%&o #e sent(#o #as Const(tu(%'es sem mu#an%a
#e seu enun"(a#o.
*./. Cara"ter=st("a #as normas semant("amente abertas.
*.8. E)emento fun#amenta) #e estab()(#a#e #as
Const(tu(%'es s(nt,t("as.
& A Constitui/"o dos Astados Mnidos! 5 arti$os- 25 emendas
115
& O e'emplo da Keoria da Otate %ction no Direito Eorte&%mericano
*.6. A#a0tab()(#a#e Ds "(r"unstIn"(as 9(st2r("as e aos
#(ferentes "onteGtos so"(a(s e 0o)=t("os.
*.?. Fa"()mente obser+C+e) nos 0r(n"=0(os e #e #(f="()
o"orrOn"(a nas regras.
*.Q. Cara"ter=st("a fun#amenta) 0ara a "onser+a%&o #a
efet(+(#a#e e )eg(t(m(#a#e #e uma Const(tu(%&o.
*.E. A)tera%&o sut() e s()en"(osa #o sent(#o #a Const(tu(%&o.
*.H. L(m(tes #a muta%&o "onst(tu"(ona):
161 Pretens"o de sentido visivelmente di(erente dos limites do
enunciado constitucional
162 Oentido das normas ?ue eventualmente possa (erir al$um
princ<pio outro da Constitui/"o
169 Distanciamento da realidade social
A'emplo de muta/"o constitucional! o Caso dos Correios (%DPF PJ)!
Quarta-feira, 05 de Agosto de 2009.
STF mantm monop!lio dos Correios para correspond"ncias pessoais
#atuali$ada%
Por seis votos a quatro, o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF)
declarou que a Lei 6.538/78, que trata do monoplio dos Correios, foi recepcionada
e est de acordo com a Constituio Federal. Com isso, cartas pessoais e
comerciais, cartes-postais, correspondncias agrupadas (malotes) s
podero ser transportados e entregues pela empresa pblica. Por outro lado& o
Plen'rio entendeu (ue as transportadoras privadas n)o cometem crime ao
entregar outros tipos de correspond"ncias e encomendas*
A deciso foi tomada no julgamento da Arguio de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) 46, na qual a Associao Brasileira
das Empresas de Distribuio reclamava o direito de as
transportadoras privadas a!erem entre"as de encomendas,
como #$ acontece na pr$tica% & ob#eto da ADPF era a 'ei 6%()*+,*,
principalmente o seu arti"o 4-, que caracteri!a como crime
.coletar, transportar, transmitir ou distribuir, sem observ/ncia das
condi0es le"ais, ob#etos de qualquer nature!a su#eitos ao
monop1lio da 2nio, ainda que pa"as as tarias postais ou de
tele"ramas3% A punio prevista no arti"o 4 de at4 dois meses de
deteno ou o pa"amento de multa%
116
3
No entendimento dos ministros, essa tipificao de crime s deve acontecer
caso o objeto transportado se#a de distribuio e5clusiva dos 6orreios,
como previsto no arti"o 78 da lei impu"nada% Esse arti"o restrin"e
ao monop1lio da empresa p9blica o recebimento, transporte e
entre"a, no territ1rio nacional, e a e5pedio, para o e5terior, de
carta, carto:postal e de correspond;ncia a"rupada, al4m da
abricao, emisso de selos e de outras 1rmulas de
ranqueamento postal%
Conceito de carta
Na definio de carta, esto includas as correspondncias, com ou sem
envoltrio, sob a forma de comunicao escrita, de natureza administrativa, social,
comercial, ou qualquer outra, que contenha informao de interesse especfico do
destinatrio (art. 47 da Lei 6.538/78).
A corrente que prevaleceu na votao ocorrida no Plenrio do Supremo
foi sustentada pelos ministros Eros <rau (que redi"ir$ o ac1rdo),
Ellen <racie, 6$rmen '9cia, =oaquim Barbosa, 6e!ar Peluso e
6arlos A>res Britto% &s que ?aviam votado pela quebra do
monop1lio dos 6orreios em encomendas, mas tamb4m em cartas
comerciais, oram os ministros 6elso de @ello, <ilmar @endes e
Aicardo 'eBandoBsCi% =$ o relator, ministro @arco Aur4lio, votou
pela completa quebra do monop1lio dos 6orreios%
Um destaque entre a votao iniciada na segunda-feira e a terminada
hoje foi o esclarecimento da posio do ministro 6arlos A>res
Britto% Ele reiterou seu voto di!endo que seu conceito de carta
.no 4 reducionista3, pois abran"e as correspond;ncias
comerciais, por e5emplo% Para ele, est$ e5cluDda do conceito de
servio postal a entre"a de impressos (peri1dicos, por e5emplo) e
de encomendas e, portanto, esses itens icariam ora do privil4"io
dos 6orreios% 6ontudo, ele recon?eceu estar mais alin?ado E
corrente que votou pela improced;ncia do pedido da ADPF
porque acredita .no Estado como carteiro entre o emissor e o
destinat$rio da mensa"em3%
Questionado por jornalistas, ao final do julgamento, o ministro Gilmar
Mendes, presidente da 6orte, disse que tal0es de c?eque, cart0es de
cr4dito, por e5emplo, podem ser considerados encomenda% .A
ri"or, o conceito de encomenda 4 compartil?ado% Ft compet;ncia
compartil?ada3, airmou o presidente%
A'! %DPF PJ & dos Correios!
& Desde 1671 a CF prev8 ?ue compete = Mni"o manter o servi/o postal Am
162P (primeira CF do )rasil) n"o ;avia a ideia do ente Mni"o % ideia de
(ederalismo (oi criada pelos AM% O (ederalismo brasileiro s. veio com a
proclama/"o da 4epDblica Am 1671- a acep/"o da palavra BmanterC
implicava em e'ercer o monop.lio do servi/o (e'ecutar na prHtica- prestar
diretamente) Com a industriali>a/"o e urbani>a/"o do )rasil- uma lei de
1756 concedeu esse monop.lio a uma empresa pDblica- no caso a A)CK
(Ampresa )rasileira de Correios e Kel$ra(os) %t ent"o estava tudo
tran?uilo- at ?ue veio a %DPF (%DPF por?ue trata&se de lei de 1756-
anterior = CFX66 Per$unta&se! lei posterior = CFX66 somente pode ter sua
constitucionalidade ?uestionada mediante %DI] E"o- depende da matria
Oe (or de compet8ncia estadual- cabe %DI; se (or de compet8ncia municipal-
117
cabe %DPF Assa distin/"o entre matria estadual e municipal aplica&se
tambm ao DF) Ant"o veio a discuss"o! em matria de cartas o monop.lio
dos Correios- pois a parte do servi/o ?ue n"o dH lucro IH servi/os ?ue
s"o subsidiados- pois o custo normal n"o compensaria Am rela/"o =
entre$a de encomendas- ar$umentou&se ?ue a lei ?ue (alava do monop.lio
dos Correios n"o ;avia sido recepcionada no conceito da palavra BmanterC
%o (im- o OKF admitiu ?ue outras empresas atuem na entre$a de
encomendas- n"o ;avendo mais monop.lio desse servi/o espec<(ico Fe>&se
uma analo$ia com os servi/os de telecomunica/0es 2er art 21- 1I (vers"o
atual e anterior)- CF O ar$umento dos Correios era (alacioso- pois n"o era
necessHrio o monop.lio para subsidiar os servi/os de entre$a de cartas
Art. 14. >om'ete Inio:
(...)
: " e&'lorar, diretamente ou mediante autori(ao, concesso ou 'ermisso,
os servios de telecomunica9es, nos termos da lei, que dis'or# sobre a
or*ani(ao dos servios, a criao de um -r*o re*ulador e outros as'ectos
institucionais.(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 2, de 4KL62LFK:)
(...)
/. REFOR!A CONSTITUCIONAL
& Ob#etiva manter a ade?ua/"o do te'to = realidade % re(orma
constitucional muito mais comum nas constitui/0es anal<ticas Eossa CF
muito anal<tica- e'! matria tributHria- ?uase toda constitucional
/.*. SeWuOn"(a #e 0ro"e#(mentos Wue "u)m(nam na
a)tera%&o forma) #a Constitui/"o (altera/"o da reda/"o da norma
constitucional)
/./. Cara"ter=st("a #as Const(tu(%'es r=g(#as.
/.8. Cara"ter=st("a #as Const(tu(%'es ana)=t("as.
/.6. Ob1et(+a "onser+ar )eg(t(m(#a#e e efet(+(#a#e #a
Const(tu(%&o #e mane(ra mais incisiva ao lon$o do tempo
/.?. Ob1et(+a "onser+ar abertura #e 0ro"e#(mento 0ara
a#a0ta%'es 9(st2r("as ?ue e'travasem os limites de uma
interpreta/"o constitucional
/.Q. A sua (neG(stOn"(a frag()(<ar(a a 0r20r(a Const(tu(%&o4
0o(s a "o)o"ar(a pr.'ima de situa/0es de en$essamento e de
distanciamento da realidade social e pol<tica
12U
/.E. EGer"(ta#o 0e)o Po#er Const(tu(nte Der(+a#o
Reforma#or.
/.H. L(m(ta%'es eG0ressas ao 0o#er #e reformar
/.H.*. L(m(ta%'es tem0ora(s
& Previs"o de pra>o durante o ?ual (ica vedada ?ual?uer altera/"o
constitucional 2er arti$o 15P da Constitui/"o de 162P!
Art. 475. Se 'assados quatro anos, de'ois de ,urada a >onstituio do
Era(il, se conhecer, que al*um dos seus arti*os merece re%orma, se %ar# a
'ro'osio 'or escri'to, a qual deve ter ori*em na >amara dos 0e'utados, e
ser a'oiada 'ela tera 'arte delles. (>7 de 4215)
$ E"o e'iste essa limita/"o no te'to da CFX66 para emendas constitucionais
G poss<vel ?ue uma CF admita esse tipo de limita/"o- $eralmente desi$nada
para o in<cio da vi$8ncia da nova ordem constitucional % CF de 162P previa
um limite temporal E"o con(undir com o limite temporal para o e'erc<cio do
poder revisor
T Obs! Oe/"o con#unta (a?ui n"o e'iste prerro$ativa) di(erente de se/"o
unicameral (a?ui ;H prerro$ativa de iniciar a vota/"o por parte da CYmara
dos Deputados- pois ela representa o povo)
/.H./. Tamb,m o Art(go 8X #o ADCT.
Art. 3. A reviso constitucional ser# reali(ada a'-s cinco anos, contados
da 'romul*ao da >onstituio, 'elo voto da maioria absoluta dos membros
do >on*resso Cacional, em sesso unicameral.
/.H.8. L(m(ta%'es "(r"unstan"(a(s
& Interven/"o Federal- Astado de O<tio e Astado de De(esa (anti$amente-
especialmente na poca da ditadura militar- eles aproveitavam para alterar
a CF nesse per<odo em ?ue o Con$resso Eacional (CE) n"o estaria
(uncionando)
/.H.6. L(m(ta%'es mater(a(s
& E"o serH ob#eto de delibera/"o a proposta de emenda tendente a abolir a
(orma (ederativa de Astado- o voto direto- secreto- universal ou peri.dico- a
121
Au)a *? $
5E75Q7/5**
separa/"o de poderes e os direitos e $arantias (undamentais %s clHusulas
ptreas a tradu>irem a inte$ridade da Constitui/"o
f T!ater(a(sC * 4e(ere&se =s clHusulas ptreas 2er art JU- _ PV- CF O
le$islador n"o mencionou a?ui a B4epDblicaC Isso ocorreu por?ue a
4epDblica ou +onar?uia ainda iria ser escol;ida mediante plebiscito Io#e a
4epDblica uma clHusula ptrea impl<cita
Art. M6. A >onstituio 'oder# ser emendada mediante 'ro'osta:
(...)
P 5 " Co ser# ob,eto de deliberao a 'ro'osta de emenda tendente a abolir:
" a %orma %ederativa de =stado.
" o voto direto, secreto, universal e 'eri-dico.
" a se'arao dos Ooderes.
! " os direitos e *arantias individuais.
(...)
& Portanto- uma AC n"o pode alterar o disposto nesse parH$ra(o Como
$eralmente se apresenta uma AC tendente a modi(icar clHusula ptrea] 2er
art 1QQ- _ 2V- 1- CF (alterado pela AC P2X2UU9 * disse ?ue n"o incide IC+O
nos bens su#eitos a e'porta/"o Desonerar o produto na ori$em para tornH&
lo mais competitivo no mercado internacional) A'iste %DI tramitando contra
essa AC ( poss<vel %DI contra AC- desde ?ue esta este#a violando limite
material (clHusula ptrea) ou limite circunstancial) %s clHusulas ptreas n"o
est"o apenas no art QV da CF- est"o tambm espal;adas por todo o te'to
constitucional (o OKF (i'ou essa compreens"o no #ul$amento do IP+F Asse
imposto (oi inserido por meio de AC (com o ob#etivo de violar o princ<pio da
anterioridade tributHria) Foi ar$uida a inconstitucionalidade sob o
ar$umento de ?ue se estaria violando a (orma (ederativa de estado
(clHusula ptrea)- na medida em ?ue a autonomia dos estados estaria sendo
maculada) O OKF teve ?ue (a>er uma $inHstica mental para di>er ?ue o
princ<pio da anterioridade tributHria estaria inserido implicitamente nos
princ<pios (undamentais- sendo- portanto- uma clHusula ptrea- e- assim-
n"o podendo ser alterada mediante AC
Art. 4KK. >om'ete aos =stados e ao 0istrito 7ederal instituir im'ostos sobre:
(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3)
(...)
P 1. 8 im'osto 'revisto no inciso atender# ao se*uinte: (?edao dada
'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3)
()
: " no incidir#:
a) sobre o'era9es que destinem mercadorias 'ara o e&terior, nem sobre
servios 'restados a destinat#rios no e&terior, asse*urada a manuteno e o
a'roveitamento do montante do im'osto cobrado nas o'era9es e 'resta9es
anteriores. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663)
122
b) sobre o'era9es que destinem a outros =stados 'etr-leo, inclusive
lubri%icantes, combust$veis l$quidos e *asosos dele derivados, e ener*ia
eltrica.
c) sobre o ouro, nas hi'-teses de%inidas no art. 4K3, P K.
d) nas 'resta9es de servio de comunicao nas modalidades de
radiodi%uso sonora e de sons e ima*ens de rece'o livre e *ratuita.
(nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663)
(...)
& Outro e'emplo! %rt 1J- CF * princ<pio da anualidade da lei eleitoral
(anterioridade eleitoral) 2er art 15- __ 1V e 2V- CF Eem o OKF sabe de
todas as clHusulas ptreas da CF 2er AC Q2X2UUJ
Art. 4M. At que se e%etive o dis'osto no art. 31, P 1, da >onstituio, caber#
ao Oresidente da ?e')blica, com a a'rovao do Senado 7ederal, indicar o
Bovernador e o !ice"Bovernador do 0istrito 7ederal.
P 4 " A com'et+ncia da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal, at que se
instale, ser# e&ercida 'elo Senado 7ederal.
P 1 " A %iscali(ao cont#bil, %inanceira, orament#ria, o'eracional e
'atrimonial do 0istrito 7ederal, enquanto no %or instalada a ><mara
;e*islativa, ser# e&ercida 'elo Senado 7ederal, mediante controle e&terno,
com o au&$lio do @ribunal de >ontas do 0istrito 7ederal, observado o
dis'osto no art. 71 da >onstituio.
P 3 " ncluem"se entre os bens do 0istrito 7ederal aqueles que lhe vierem a
ser atribu$dos 'ela Inio na %orma da lei.
Art. 47. 8s vencimentos, a remunerao, as vanta*ens e os adicionais, bem
como os 'roventos de a'osentadoria que este,am sendo 'ercebidos em
desacordo com a >onstituio sero imediatamente redu(idos aos limites
dela decorrentes, no se admitindo, neste caso, invocao de direito
adquirido ou 'erce'o de e&cesso a qualquer t$tulo.
P 4 " H asse*urado o e&erc$cio cumulativo de dois car*os ou em're*os
'rivativos de mdico que este,am sendo e&ercidos 'or mdico militar na
administrao ')blica direta ou indireta.
P 1 " H asse*urado o e&erc$cio cumulativo de dois car*os ou em're*os
'rivativos de 'ro%issionais de sa)de que este,am sendo e&ercidos na
administrao ')blica direta ou indireta.
AD8 CFC L 07 " 0S@?@8 7=0=?A; AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 4KL41L4FF3 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao:
0G 0A@A"42"63"4FF5 OO"6K4MK =N=C@ !8;"64737"61 OO"664M6 ?@G
!8;"664K4"63 OO"667KK
EMENTA: " 0ireito >onstitucional e @ribut#rio. Ao 0ireta de
nconstitucionalidade de =menda >onstitucional e de ;ei >om'lementar.
.O.N.7. m'osto Orovis-rio sobre a Novimentao ou a @ransmisso de
129
!alores e de >rditos e 0ireitos de Cature(a 7inanceira " .O.N.7. Arti*os
K., 'ar. 1., M6, 'ar. 5., incisos e !, 4K6, incisos , /b/, e !, /a/, /b/, /c/ e
/d/, da >onstituio 7ederal. 4. Ima =menda >onstitucional, emanada,
'ortanto, de >onstituinte derivada, incidindo em violao a >onstituio
ori*inaria, 'ode ser declarada inconstitucional, 'elo Su'remo @ribunal
7ederal, cu,a %uno 'rec$'ua e de *uarda da >onstituio (art. 461, , /a/, da
>.7.). 1. A =menda >onstitucional n. 3, de 47.63.4FF3, que, no art. 1.,
autori(ou a Inio a instituir o .O.N.7., incidiu em v$cio de
inconstitucionalidade, ao dis'or, no 'ar#*ra%o 1. desse dis'ositivo, que,
quanto a tal tributo, no se a'lica /o art. 4K6, , /b/ e !/, da >onstituio,
'orque, desse modo, violou os se*uintes 'rinc$'ios e normas imut#veis
(somente eles, no outros): 4. " o 'rinc$'io da anterioridade, que *arantia
individual do contribuinte (art. K., 'ar. 1., art. M6, 'ar. 5., inciso ! e art. 4K6,
, /b/ da >onstituio). 1. " o 'rinc$'io da imunidade tributaria rec$'roca
(que veda a Inio, aos =stados, ao 0istrito 7ederal e aos Nunic$'ios a
instituio de im'ostos sobre o 'atrimVnio, rendas ou servios uns dos
outros) e que *arantia da 7ederao (art. M6, 'ar. 5., inciso ,e art. 4K6, !,
/a/, da >.7.). 3. " a norma que, estabelecendo outras imunidades im'ede a
criao de im'ostos (art. 4K6, ) sobre: /b/): tem'los de qualquer culto.
/c/): 'atrimVnio, renda ou servios dos 'artidos 'ol$ticos, inclusive suas
%unda9es, das entidades sindicais dos trabalhadores, das institui9es de
educao e de assist+ncia social, sem %ins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei. e /d/): livros, ,ornais, 'eri-dicos e o 'a'el destinado a sua im'resso.
3. =m conseqZ+ncia, e inconstitucional, tambm, a ;ei >om'lementar n. 77,
de 43.67.4FF3, sem reduo de te&tos, nos 'ontos em que determinou a
incid+ncia do tributo no mesmo ano (art. 12) e dei&ou de reconhecer as
imunidades 'revistas no art. 4K6, !, /a/, /b/, /c/ e /d/ da >.7. (arts. 3., 5. e
2. do mesmo di'loma, ;.>. n. 77LF3). 5. Ao 0ireta de
nconstitucionalidade ,ul*ada 'rocedente, em 'arte, 'ara tais %ins, 'or
maioria, nos termos do voto do ?elator, mantida, com relao a todos os
contribuintes, em car#ter de%initivo, a medida cautelar, que sus'endera a
cobrana do tributo no ano de 4FF3.
//7587/55Q $ /5:6Q $ Su0remo mant,m +ert("a)(<a%&o 0ara as
e)e(%'es #e /55Q!
+ Plen'rio do Supremo Tribunal Federal decidiu (ue as novas regras
contidas na Emenda Constitucional ,-./0& (ue p1s 2im 3 verticali$a4)o nas
coliga45es partid'rias& n)o poder)o ser aplicadas 3s elei45es deste ano* Por
nove votos a dois& os ministros entenderam (ue& no caso& deve ser
obedecido o princ6pio da anterioridade eleitoral& contido no artigo 70 da
Constitui4)o Federal* + dispositivo prev" (ue altera4)o do processo eleitoral
s! ter' validade ap!s decorrido um ano do in6cio da vig"ncia da norma.
Assim, o Plenrio julgou procedente o pedido formulado pelo Conselho
Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Ao Direta de
nconstitucionalidade (AD) 3685, vencidos os ministros Marco Aurlio e Seplveda
Pertence.
A relatora da ao, ministra Ellen Gracie, afirmou ser inegvel a posio
de destaque dada pelo constituinte de 1988 ao princpio da anterioridade eleitoral,
"como instrumento indispensvel a uma mnima defesa da insuspeita e verdadeira
representatividade que deve marcar o regime democrtico de Estado.
Ela salientou que se as emendas constitucionais, conforme previsto na
Constituio, so produtos gerados na existncia de um processo legislativo,
tambm elas podem, com muito mais gravidade, servir como instrumento de
12P
abusos e casusmos capazes de desestabilizar a normalidade ou a prpria
legitimidade do processo eleitoral.
8esse sentido& reconheceu (ue a emenda violou a Constitui4)o
Federal e 9ulgou procedente o pedido 2ormulado para declarar a
inconstitucionalidade da express)o :aplicando;se 3s elei45es (ue ocorrer)o
no ano de -//-<& contida no artigo -= da emenda atacada* A ministra tambm
deu interpreta4)o con2orme 3 Constitui4)o 3 parte remanescente da emenda&
no sentido de (ue as novas regras se9am aplicadas somente ap!s um ano da
data de sua vig"ncia.
O ministro Ricardo Lewandowski tambm julgou procedente o
pedido formulado pela OAB. Argumentou que, com a retroatividade
dos efeitos da emenda s eleies de 2002, que j ocorreram,
pretendeu-se, em verdade, contornar o princpio da anualidade
contemplado no artigo 16 da Constituio Federal. Acrescentou que
o princpio da anualidade visa preservar a segurana do processo
eleitoral, afastando qualquer alterao feita ao sabor das
convenincias de momento, seja por emenda constitucional, seja por
lei complementar ou ordinria. Assim, concluiu que o legislador
"utilizou-se de expediente mediante o qual se busca atingir um fim
ilcito utilizando meio aparentemente legal. Em outras palavras,
disse que se trata, no caso, de "atalhamento da Constituio
Federal.
O ministro Eros Grau tambm votou pela no aplicao das
novas regras nas eleies de 2006. Segundo ele, "o casusmo que o
artigo 2 da EC 52/06 estabeleceria em relao s eleies que
ocorreriam no ano de 2002 no prevaleceu, porque ela apenas foi
promulgada posteriormente a 2002. Esse casusmo no se translada
ao presente, de modo que o artigo 2 da EC 52/06 efetivamente no
se ope ao artigo 16 da Constituio, ressaltou.
O ministro Joaquim Barbosa declarou no haver dvida de que as
mudanas teriam um "formidvel impacto nas prximas eleies. "No preciso
grande esforo interpretativo para se concluir que uma mudana de tal magnitude
interferiria de maneira significativa no quadro de expectativa que o eleitor, o titular
dos direitos
polticos, e as agremiaes partidrias vinham concebendo em vista do
pleito que se avizinha, disse. Assim, ele acompanhou o voto condutor e excluiu a
aplicao da emenda s eleies de 2006.
"Essa emenda no se aplica s eleies gerais, de carter at
presidencial, sobretudo, do corrente ano de 2006, afirmou o ministro Carlos Ayres
Britto, que tambm seguiu o voto da ministrarelatora, Ellen Gracie.
O ministro Cezar Peluso votou no mesmo sentido. Segundo ele, a nova
redao emprestada ao artigo 17, pargrafo 1, que pe fim chamada
verticalizao das coligaes poltico-partidrias, "no pode incidir sobre as
eleies que vo se realizar ainda neste ano, sob pena de violao de norma
constitucional imutvel.
Tambm acompanhou integralmente a relatora o ministro Gilmar Mendes.
Ele afirmou que "uma mudana na regra do jogo eleitoral sem a observncia do
artigo 16 da Constituio altera radicalmente esse processo, no s para os
partidos polticos, mas tambm para os candidatos. No se trata da expectativa de
direito, mas ao prprio Direito.
No mesmo sentido, votou o ministro Celso de Mello. Ele observou que o
princpio da anterioridade eleitoral ganha relevo a partir do julgamento, uma vez
que se garante a segurana jurdica ao submeter o artigo 16 da Constituio ao rol
das clusulas ptreas.
12Q
Para Celso de Mello, a emenda fere a garantia do devido processo
eleitoral, a igualdade de condies para a disputa e a estabilidade das regras
eleitorais. Celso de Mello lembrou o ministro aposentado Paulo Brossard ao
afirmar: "O Congresso Nacional pode muito, mas no pode tudo e acrescentou
que "a Cmara e o Senado no podem transgredir o ncleo da Constituio.
Por fim, o ministro Nelson Jobim votou com a relatora. Fundamentou seu
voto no sentido de que, para julgar a ao, "deve-se fazer uma distino
fundamental entre interpretao de lei e lei. De acordo com o ministro, "ou o TSE
tem a competncia de interpretar a lei ou no tem. E se tem a competncia de
faz-lo, a leitura e a interpretao so a consistncia da lei. Temos que distinguir
entre interpretar uma lei vigente e modificar uma lei vigente. O que se passou foi a
alterao do sistema legal. O fato, disse Jobim, de que a interpretao do TSE
no a criao de nova lei, mas sim a vigncia e a leitura da lei.
>iverg"ncia
O ministro Marco Aurlio abriu a dissidncia ao considerar improcedente a
ao da OAB. Segundo Marco Aurlio, a emenda constitucional no trouxe
inovaes, apenas ajustou o artigo 6 da Lei Eleitoral (Lei n 9.504/97), no sendo,
na avaliao dele, matria constitucional.
Dessa forma, o ministro Marco Aurlio manteve seu entendimento
contrrio prtica da verticalizao, por consider-la lesiva autonomia dos
partidos polticos, uma vez que os submete a uma "camisa-de-fora".
Assim, Marco Aurlio divergiu da relatora quanto prtica da
verticalizao e julgou prejudicada a expresso aplicando-se s eleies de
2002, contida na parte final do artigo 2 da emenda.
O ministro Seplveda Pertence votou com a divergncia aberta pelo
ministro Marco Aurlio. O ministro questionou se bastaria a deciso do TSE para
a emenda constitucional, que adota corrente contrria, ento vencida, ser uma
alterao no devido processo legal eleitoral? No chego a tanto quando se cuida
de uma emenda constitucional, afirmou Pertence.
EC ?H7/55L (%ltera a reda/"o do inciso I2 do caput do art 27 e do art
27&% da Constitui/"o Federal- tratando das disposi/0es relativas =
recomposi/"o das CYmaras +unicipais)
Presid"ncia da ?ep@blica
Casa Civil
Subche2ia para Assuntos Aur6dicos
EBE8>A C+8STCTUCC+8AD 8= ,E& >E -F >E SETEBG?+ >E -//H
Altera a redao do inciso V do caput do art. 29 e do art.
29-A da Constituio Federal, tratando das disposies
relativas recomposio das Cmaras Municipais.
As !esas #a CImara #os De0uta#os e #o Sena#o
Fe#era)4 nos termos #o a 8X #o art. Q5 #a Const(tu(%&o
Fe#era)4 0romu)gam a segu(nte Emen#a ao teGto
"onst(tu"(ona):
12J
Ar". 1/ O inciso IV do c$5%" do $r". F0 d$ Cons"i"%i=>o Feder$6 5$ss$ $
:i#or$r co! $ se#%in"e red$=>oS
/Art. 1F .
..................................................................................................
IV * 5$r$ $ co!5osi=>o d$s CI!$r$s M%nici5$is- ser o;ser:$do o 6i!i"e
!&i!o deS
0 ,no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de $"( 1..LLL ,'%in?e !i62
4$;i"$n"esT
11 ,on?e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1..LLL ,'%in?e !i62
4$;i"$n"es e de $"( GL.LLL ,"rin"$ !i62 4$;i"$n"esT
1G ,"re?e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios co! !$is de GL.LLL ,"rin"$ !i62
4$;i"$n"es e de $"( .L.LLL ,cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT
1. ,'%in?e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de .L.LLL ,cin'%en"$
!i62 4$;i"$n"es e de $"( PL.LLL ,oi"en"$ !i62 4$;i"$n"esT
1D ,de?esse"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de PL.LLL ,oi"en"$
!i62 4$;i"$n"es e de $"( 1FL.LLL ,cen"o e :in"e !i62 4$;i"$n"esT
10 ,de?eno:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1FL.LLL ,cen"o e
:in"e !i62 4$;i"$n"es e de $"( 11L.LLL ,cen"o sessen"$ !i62 4$;i"$n"esT
*) 14 (vinte e um) !ereadores, nos Nunic$'ios de mais de 4M6.666 (cento e
sessenta mil) habitantes e de at 366.666 (tre(entos mil) habitantes.
125
FG ,:in"e e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de GLL.LLL
,"re?en"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( O.L.LLL ,'%$"rocen"os e
cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT
F. ,:in"e e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de O.L.LLL
,'%$"rocen"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1LL.LLL
,seiscen"os !i62 4$;i"$n"esT
FD ,:in"e e se"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1LL.LLL
,seiscen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( D.L.LLL ,se"ecen"os cin'%en"$
!i62 4$;i"$n"esT
F0 ,:in"e e no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de D.L.LLL
,se"ecen"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 0LL.LLL ,no:ecen"os
!i62 4$;i"$n"esT
G1 ,"rin"$ e %!2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 0LL.LLL
,no:ecen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.L.L.LLL ,%! !i64>o e
cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT
GG ,"rin"$ e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.L.L.LLL
,%! !i64>o e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.FLL.LLL ,%!
!i64>o e d%?en"os !i62 4$;i"$n"esT
G. ,"rin"$ e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.FLL.LLL
,%! !i64>o e d%?en"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.G.L.LLL ,%! !i64>o e
"re?en"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT
GD ,"rin"$ e se"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de 1.G.L.LLL ,%!
!i64>o e "re?en"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1..LL.LLL
,%! !i64>o e '%in4en"os !i62 4$;i"$n"esT
G0 ,"rin"$ e no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1..LL.LLL
,%! !i64>o e '%in4en"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.PLL.LLL ,%!
!i64>o e oi"ocen"os !i62 4$;i"$n"esT
O1 ,'%$ren"$ e %!2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.PLL.LLL
,%! !i64>o e oi"ocen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( F.OLL.LLL ,dois
!i64Mes e '%$"rocen"os !i62 4$;i"$n"esT
OG ,'%$ren"$ e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de F.OLL.LLL
,dois !i64Mes e '%$"rocen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( G.LLL.LLL ,"r9s
!i64Mes2 de 4$;i"$n"esT
O. ,'%$ren"$ e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de G.LLL.LLL
,"r9s !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( O.LLL.LLL ,'%$"ro !i64Mes2 de
4$;i"$n"esT
OD ,'%$ren"$ e se"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de O.LLL.LLL
,'%$"ro !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( ..LLL.LLL ,cinco !i64Mes2 de
4$;i"$n"esT
O0 ,'%$ren"$ e no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de ..LLL.LLL
,cinco !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( 1.LLL.LLL ,seis !i64Mes2 de
4$;i"$n"esT
:2 .1 ,cin'%en"$ e %!2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.LLL.LLL
,seis !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( D.LLL.LLL ,se"e !i64Mes2 de
4$;i"$n"esT
126
.G ,cin'%en"$ e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de D.LLL.LLL
,se"e !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( P.LLL.LLL ,oi"o !i64Mes2 de
4$;i"$n"esT e
.. ,cin'%en"$ e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de
P.LLL.LLL ,oi"o !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT
/(C?)
Ar". FK O $r". F0*A d$ Cons"i"%i=>o Feder$6 5$ss$ $ :i#or$r co! $
se#%in"e red$=>oS
/Art. 1F"A .
I * DU ,se"e 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o de $"(
1LL.LLL ,ce! !i62 4$;i"$n"esT
II * 1U ,seis 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o en"re
1LL.LLL ,ce! !i62 e GLL.LLL ,"re?en"os !i62 4$;i"$n"esT
III * .U ,cinco 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o en"re GLL.LL1
,"re?en"os !i6 e %!2 e .LL.LLL ,'%in4en"os !i62 4$;i"$n"esT
IV * O-.U ,'%$"ro in"eiros e cinco d(ci!os 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios
co! 5o5%6$=>o en"re .LL.LL1 ,'%in4en"os !i6 e %!2 e G.LLL.LLL ,"r9s
!i64Mes2 de 4$;i"$n"esT
V * OU ,'%$"ro 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o en"re
G.LLL.LL1 ,"r9s !i64Mes e %!2 e P.LLL.LLL ,oi"o !i64Mes2 de
4$;i"$n"esT
VI * G-.U ,"r9s in"eiros e cinco d(ci!os 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co!
5o5%6$=>o $ci!$ de P.LLL.LL1 ,oi"o !i64Mes e %!2 4$;i"$n"es.
/(C?)
Ar". GK Es"$ E!end$ Cons"i"%cion$6 en"r$ e! :i#or n$ d$"$ de s%$
5ro!%6#$=>o- 5rod%?indo eei"osS
" o dis'osto no art. 4A, a 'artir do 'rocesso eleitoral de 1662. e
II * o dis5os"o no $r". FK- $ 5$r"ir de 1K de <$neiro do $no s%;se'%en"e
$o d$ 5ro!%6#$=>o des"$ E!end$.
Kras=)(a4 em /8 #e setembro #e /55L.
RE *LEL*E !un("=0(o #e !(ra Estre)a
& O munic<pio tin;a poucos ;abitantes- mas possu<a o nDmero mH'imo de
vereadores (re(erente a um munic<pio com nDmero muito maior de
;abitantes) Criou&se um coe(iciente pelo ?ual a cada 1P mil e poucos
;abitantes aumenta&se um vereador Di>ia&se ?ue a lei or$Ynica do
munic<pio era inconstitucional- pois n"o previa a correta representatividade
municipal % decis"o (inal do OKF acerca do tema (or/ou o Con$resso
Eacional a editar AC Q6X2UU7 Asse caso (oi importante- eis ?ue representou
uma e'ce/"o ao posicionamento do OKF- pois- do contrHrio- poderia $erar
uma srie de problemas no munic<pio- uma ve> ?ue as leis e atos aprovados
pela CYmara +unicipal n"o teriam validade
127
& Eo controle di(uso (eito pelo OKF a e(icHcia inter 'artes e o e(eito e82
tunc- pois- por ?uest"o l.$ica- a decis"o precisa alcan/ar a situa/"o das
partes do processo ?ue ense#ou a decis"o do 4A O ob#eto central do
controle di(uso nunca a declara/"o de inconstitucionalidade
& Eo controle de constitucionalidade di(uso- o controle incidental Een;um
#ui> pode declarar a inconstitucionalidade de lei em tese % ?uest"o da
insconstitucionalidade apenas um ar$umento no controle di(uso O
controle de constitucionalidade di(uso um controle em tese O controle de
constitucionalidade concentrado um controle em abstrato O controle
concentrado e'ercido por meio de %DI- %DC- %DPF ou %DI por omiss"o Os
le$itimados est"o no art 1U9- CF O controle di(uso e'ercido por meio de
4A
Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao
declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n 5K, de 1665)
" o Oresidente da ?e')blica.
" a Nesa do Senado 7ederal.
" a Nesa da ><mara dos 0e'utados.
! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito
7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665)
! " o Bovernador de =stado ou do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela
=menda >onstitucional n 5K, de 1665)
! " o Orocurador"Beral da ?e')blica.
! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil.
! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional.
: " con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito nacional.
P 4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas
a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal.
P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar
e%etiva norma constitucional, ser# dada ci+ncia ao Ooder com'etente 'ara a
adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de -r*o
administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias.
P 3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade,
em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado"
Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado.
& Eo controle concentrado o e(eito pode ser ex-tunc ou ex-nunc-
dependendo do caso
& 2er art 25 da lei 76J6X77
Art. 17. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo
em vista ra(9es de se*urana ,ur$dica ou de e&ce'cional interesse social,
'oder# o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria de dois teros de seus
membros, restrin*ir os e%eitos daquela declarao ou decidir que ela s- tenha
19U
e%ic#cia a 'artir de seu tr<nsito em ,ul*ado ou de outro momento que venha a
ser %i&ado.
(;ei F.2MFLFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ao direta de
inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade 'erante o
Su'remo @ribunal 7ederal).
& Para resolver o problema acima- o OKF aproveitou os re?uisitos para %DI e
os adaptou para #ul$ar 4A O controle de constitucionalidade n"o processo
civil E"o dH para compreender o controle de constitucionalidade
recorrendo&se ao processo civil E"o ;ouve pre?uestionamento por?ue
matria de ordem pDblica
& % causa de pedir em controle concentrado aberta Oi$ni(ica ?ue pouco
interessa o (undamento ou motivo da %DI- %DC- %DPF ou %DIom (%DI por
omiss"o) Oe al$um in$ressar com %DI di>endo ?ue determinada lei
inconstitucional pelos motivos %- ) e C- o #ul$ador pode entender ?ue a lei
inconstitucional ou constitucional pelo motivo D
& Io#e em dia- a anti$a dicotomia entre controle di(uso e controle
concentrado estH praticamente superada %tualmente eles se misturam
AD8 GFD: 3E75M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
?=7=?=C08 =N N=0.>AI@. AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. >J?N=C ;R>A
Gul*amento: 44L44L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. =N=C0A
>8CS@@I>8CA; C. K2L166F. A<TE3A>?+ NA 6+M0+/8>?+ D+/
<8M8TE/ MZ[8M+/ DA/ 6eMA3A/ M=N8680A8/. A3T. !C, 8N6.
8H, DA 6+N/T8T=8>?+ DA 3E0LM<86A. 3ET3+A>?+ DE
E7E8T+/ _ E<E8>?+ DE !DDV @A3T. FR, 8N6. 8A . O8SS= 0=
!=?=A08?=S. !=0A0A AO;>AST8 0A ?=B?A ` =;=ST8 QI=
8>8??A A@H IN AC8 AOUS 8 C_>8 0= SIA !BDC>A: A?@. 4M
0A >8CS@@IST8 0A ?=ORE;>A. N=00A >AI@=;A?
?=7=?=C0A0A, >8N =7=@8S e=: @IC>e, OA?A SIS@A? 8S
=7=@8S 08 C>S8 08 A?@. 3 0A =N=C0A
>8CS@@I>8CA; C. K2, 0= 13.F.166F, A@H 8 GI;BAN=C@8 0=
NH?@8 0A O?=S=C@= AST8. 4. >abimento de ao direta de
inconstitucionalidade 'ara questionar norma constante de =menda
>onstitucional. Orecedentes. 1. Norma que determina a retroao dos
e"eitos das re$ras constitucionais de composio das 6.maras
Municipais em pleito ocorrido e encerrado a"ronta a $arantia do
pleno e%erccio da cidadania popular @arts. BR, par$ra"o ,nico e BG da
6onstituioA e o princpio da se$urana (urdica. F. +s eleitos pelos
cidados "oram diplomados pela (ustia eleitoral at- BV.B!.!DDC e
tomaram posse em !DDC. 0osse de suplentes para le$islatura em
curso, em relao a eleio "inda e acabada, descumpre o princpio
democrtico da soberania popular. 5. m'ossibilidade de com'atibili(ar a
'osse do su'lente no eleito 'elo su%r#*io secreto e universal: ato que caracteri(a
verdadeira nomeao e no eleio. 8 voto instrumento da democracia
constru$da 'elo cidado: im'ossibilidade de a%ronta a essa e&'resso da
liberdade de mani%estao. K. A a'licao da re*ra questionada im'ortaria
191
vereadores com mandatos di%erentes o que a%rontaria o 'rocesso 'ol$tico
,uridicamente 'er%eito. M. Nedida cautelar concedida re%erendada.
& Considerou o processo pol<tico #uridicamente per(eito como clHusula
ptrea Portanto a AC acima (oi considerada inconstitucional
/.H.?. L(m(ta%'es forma(s!
g INICIATI.A (%rt JU- I- II- e III)!
& E"o ?ual?uer um ?ue pode propor a inconstitucionalidade de
norma- deve ocorrer por!
a; Proposta de um ter/o- no m<nimo dos membros da CYmara dos
Deputados ou do Oenado Federal;
b; Proposta do Presidente da 4epDblica;
"; Proposta de mais da metade das %ssembleias Ne$islativas das
unidades da Federa/"o- mani(estando&se- cada uma delas- pela
maioria relativa de seus membros
Art. M6. A >onstituio 'oder# ser emendada mediante 'ro'osta:
" de um tero, no m$nimo, dos membros da ><mara dos 0e'utados ou do
Senado 7ederal.
" do Oresidente da ?e')blica.
" de mais da metade das Assembleias ;e*islativas das unidades da
7ederao, mani%estando"se, cada uma delas, 'ela maioria relativa de seus
membros.
(...)
h FUeRU! DE .OTARSO (art JU- _2V)!
& _ 2V & % proposta serH discutida e votada em cada Casa do Con$resso
Eacional- em dois turnos- considerando&se aprovada se obtiver- em ambos-
tr8s ?uintos dos votos dos respectivos membros
Art. M6.
(...)
P 1 " A 'ro'osta ser# discutida e votada em cada >asa do >on*resso
Cacional, em dois turnos, considerando"se a'rovada se obtiver, em ambos,
tr+s quintos dos votos dos res'ectivos membros.
(...)
T P O * NAI CO+PNA+AEK%4 * +%IO4I% %)OONMK% * %4K J7 X NAI
O4DIEa4I% * +%IO4I% OI+PNAO * %4K P5
192
Art. MF. As leis com'lementares sero a'rovadas 'or maioria absoluta.
Art. 57. Salvo dis'osio constitucional em contr#rio, as delibera9es de
cada >asa e de suas >omiss9es sero tomadas 'or maioria dos votos,
'resente a maioria absoluta de seus membros.
i PRO!UL>ARSO (%4K JU- _9V)
& % promul$a/"o serH reali>ada pelas +esas da CYmara dos Deputados e do
Oenado Federal (#untas)- com o respectivo nDmero de ordem Ine'iste veto
ou san/"o presidencial em emenda constitucionalt
Art. M6.
(...)
P 3 " A emenda >onstituio ser# 'romul*ada 'elas Nesas da ><mara dos
0e'utados e do Senado 7ederal, com o res'ectivo n)mero de ordem.
(...)
j PRE3U[ZO (%4K JU- _QV)
& % matria constante de proposta de emenda constitucional re#eitada ou
;avida por pre#udicada n"o pode ser ob#eto de nova proposta na mesma
sess"o le$islativa
Art. M6.
(...)
P K " A matria constante de 'ro'osta de emenda re,eitada ou havida 'or
're,udicada no 'ode ser ob,eto de nova 'ro'osta na mesma sesso
le*islativa.
(...)
/.L. L(m(ta%'es tC"(tas :(m0)="(tas; ao 0o#er #e reformar
& Assas limita/0es n"o est"o e'pressas em lu$ar nen;um Decorrem de
consenso da doutrina
/.L.*. EGtens&o #a reforma
& E"o pode alterar todos os arti$os- sob pena de ser uma nova Constitui/"o
/.L./. !o#(f("a%&o #o 0ro"esso #e reforma :TPro(b(%&o #a Du0)a
Re+(s&oU;
199
& E"o poss<vel ?ue uma emenda ven;a a alterar o processo de re(orma da
Constitui/"o
/.L.8. E+entua) subst(tu(%&o #o Po#er Const(tu(nte Der(+a#o 0or um
or(g(nCr(o
& Luando a mani(esta/"o t"o $rande- passa a se tornar uma nova ordem
constitucional
8. RE.ISSO CONSTITUCIONAL
& %penas revis"o constitucional- e n"o re(orma Previs"o no art 9V do %DCK
Art. 3. A reviso constitucional ser# reali(ada a'-s cinco anos, contados da
'romul*ao da >onstituio, 'elo voto da maioria absoluta dos membros do
>on*resso Cacional, em sesso unicameral. (A0>@)
8.*. Pro"e#(mento eG"e0"(ona) #e mu#an%a #a Const(tu(%&o.
8./. Res0e(ta a "ertos "r(t,r(os (m0ostos 0e)o Po#er Const(tu(nte
Or(g(nCr(o.
8.8. Por ser eG"e0"(ona)4 trata$se #e 0ro"e#(mento ma(s
atenua#o.
6. PODER CONSTITUINTE DERI.ADO DECORRENTE * os Astados&
membros
& %t ?ue ponto o Astado Federado do )rasil implica em autonomia a seus
estados&membros] A fe#era%&o se "onf(rma na me#(#a em Wue
se "onfere autonom(a 0ara os esta#os e mun("=0(os "r(arem
a suas )e(s e ger(rem seus re"ursos.
$ At, Wue 0onto os esta#os #a fe#era%&o s&o )(+res 0ara
#(s0or em suas "onst(tu(%'es o Wue Wu(serk AC )(m(tes 0ara
essa autonom(ak E)es tOm Wue segu(r em tu#o a Un(&ok
Fuem )(m(ta (ssok Y a CF Wue #eterm(na o Wue tem e o Wue
n&o tem Wue ser obser+a#o.
& Por se tratar #e 0o#er "onst(tu(nte #er(+a#o4 "abe "ontro)e
#e "onst(tu"(ona)(#a#e 0or 0arte #o STF. TDe"orrenteU
0orWue #e"orre na CF.
& G uma matria di(<cil4 0o(s n&o estC eG0ressa na CF ou nas
#ema(s normas4 e 0orWue "aberC um estu#o #a
1ur(s0ru#On"(a #o STF e (nformat(+os sobre o tema4 "om
atua)(<a%&o "onstante. !u(to "obra#o em "on"ursos.
& OerH estudado o panorama atual do OKF- ?ue poderH mudar a ?ual?uer
momento
19P
& Consultar o livro do Pro"ura#or #o DF4 Dr. Lo Ferreira NeoncZ &
1ontrole de 1onstitucionalidade -stadual.
& Consultar o art(go #o Prof. Rau) !a"9a#o Aorta :estC na
a0ost()a;.
6.*. Art(go /? #a Const(tu(%&o Fe#era)
Art. 1K. 8s =stados or*ani(am"se e re*em"se 'elas >onstitui9es e leis
que adotarem, observados os 'rinc$'ios desta >onstituio.
P 4 So reservadas aos =stados as com'et+ncias que no lhes se,am vedadas 'or
esta >onstituio.
6./. Art(go ** #o ADCT:
Art. 44. >ada Assembleia ;e*islativa, com 'oderes constituintes,
elaborar# a >onstituio do =stado, no 'ra(o de um ano, contado da
'romul*ao da >onstituio 7ederal, obedecidos os 'rinc$'ios desta.
Pargrafo nico. Oromul*ada a >onstituio do =stado, caber# ><mara
Nunici'al, no 'ra(o de seis meses, votar a ;ei 8r*<nica res'ectiva, em dois
turnos de discusso e votao, res'eitado o dis'osto na >onstituio
7ederal e na >onstituio =stadual. (A0>@)
6.8. O Pr(n"=0(o #a S(metr(a. Normas #e Re0ro#u%&o - Normas #e
Im(ta%&o :Re0et(%&o;
& O Prof. Rau) !a"9a#o Aorta )e"(ona Wue eG(stem as:
a; Eormas "onst(tu"(ona(s fe#era(s #e re0ro#u%&o * podem
ser!
normas constitucionais de reprodu/"o obri$at.ria * normas da CF ?ue
obri$atoriamente os estados dever"o reprodu>ir em suas constitui/0es Oe
essa reprodu/"o n"o e'istir- serH indi(erente- pois a CF #H prev8 tais normas-
vinculando os estados Isso por?ue CF deve ser vista tambm como norma
de uni(ica/"o das normas nacionais
T Nei (ederal * vincula a Mni"o como ente (ederativo A'! Nei 6112X7U * lei
(ederal ?ue n"o vincula os estados
T Nei nacional * vincula todos os entes #a fe#er&o. EG. C2#(go
Tr(butCr(o Na"(ona)4 C2#(go #e TrIns(to Na"(ona) et".
normas constitucionais de reprodu/"o vedada aWue)as "u1as
"om0etOn"(as s&o +e#a#as 0ara os #ema(s entes
fe#erat(+os.
19Q
b; Normas "onst(tu"(ona(s fe#era(s #e re0et(%&o!
& TDe re0et(%&oU 0orWue , fa"u)tat(+o. Nesse es0a%o
fa"u)tat(+o , Wue res(#e a autonom(a #o ente. CaberC ao
esta#o membro re0et(r a norma "onst(tu"(ona) se Wu(ser4
sem (n"orrer em +(o)a%&o4 "aso n&o re0(ta.
6.6. Pr(n"=0(os #a Const(tu(%&o Fe#era) #e Re0ro#u%&o Obr(gat2r(a
nas Const(tu(%'es Esta#ua(s:
a; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s Sens=+e(s (%rt 9P- Inciso 2II)
Art. 35. A Inio no intervir# nos =stados nem no 0istrito 7ederal, e&ceto
'ara:
" manter a inte*ridade nacional.
" re'elir invaso estran*eira ou de uma unidade da 7ederao em outra.
" 'Vr termo a *rave com'rometimento da ordem ')blica.
! " *arantir o livre e&erc$cio de qualquer dos Ooderes nas unidades da
7ederao.
! " reor*ani(ar as %inanas da unidade da 7ederao que:
a) sus'ender o 'a*amento da d$vida %undada 'or mais de dois anos
consecutivos, salvo motivo de %ora maior.
b) dei&ar de entre*ar aos Nunic$'ios receitas tribut#rias %i&adas nesta
>onstituio, dentro dos 'ra(os estabelecidos em lei.
! " 'rover a e&ecuo de lei %ederal, ordem ou deciso ,udicial.
! " asse*urar a observ<ncia dos se*uintes 'rinc$'ios constitucionais:
a) %orma re'ublicana, sistema re'resentativo e re*ime democr#tico.
b) direitos da 'essoa humana.
c) autonomia munici'al.
d) 'restao de contas da administrao ')blica, direta e indireta.
e) a'licao do m$nimo e&i*ido da receita resultante de im'ostos estaduais,
com'reendida a 'roveniente de trans%er+ncias, na manuteno e
desenvolvimento do ensino e nas a9es e servios ')blicos de sa)de.
(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 1F, de 1666)
& Oe o estado n"o obedecer poderH ;aver interven/"o (ederal
b; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s EGtens=+e(s (%rt 5Q)
& S&o 0receitos constitucionais de or$ani>a/"o da Mni"o estendidos aos
estados membros
& G de mais (Hcil observYncia por?ue a CF #H remete ao estado membro
19J
Art. 7K. As normas estabelecidas nesta seo a'licam"se, no que couber,
or*ani(ao, com'osio e %iscali(ao dos @ribunais de >ontas dos =stados
e do 0istrito 7ederal, bem como dos @ribunais e >onselhos de >ontas dos
Nunic$'ios.
Pargrafo nico. As >onstitui9es estaduais dis'oro sobre os @ribunais de
>ontas res'ectivos, que sero inte*rados 'or sete >onselheiros.
"; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s Estabe)e"(#os (A's arts 95 e 97)
& Princ<pios de subordina/"o normativa- predi>em o conteDdo do Direito
Constitucional e ordinHrio a ser editado pelos .r$"os de produ/"o normativa
do estado&membro
& O"o normas de reprodu/"o obri$at.ria- pois est"o e'pressas na CF
#; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s #e Preor#ena%&o Institucional (%rts 25
e 26)
& De(inem- antecipadamente- a estrutura (composi/"o e (uncionamento) de
.r$"os estaduais A'! Alei/"o para $overnador- o nDmero de deputados da
%ssembleia Ne$islativa
!a(s eGem0)os #e normas #e re0ro#u%&o obr(gat2r(a!
& % partir da?ui come/a a parte di(<cil para o estudo- pois n"o ;H
disposi/"o na CF Depende unicamente do entendimento do OKF- ?ue
vive mudando- vive evoluindo Por essa di(iculdade- serH necessHrio
DACO4%4 as disposi/0es #urisprudenciais (n"o precisa decorar os
nDmeros delas)
CPI e Re'%isi"os 5$r$ $ Cri$=>o N F
=m se*uida, asseverou"se que os requisitos indispensveis &
criao de 6omissWes 0arlamentares de 8nqu-rito encontram5se
dispostos no art. IV, S FR, da 67, preceito de observ.ncia compuls1ria
pelas casas le$islativas estaduais @princpio da simetriaA. Desse modo,
entendeu5se que a criao de 608 independe de deliberao plenria,
sendo bastante a apresentao do requerimento de B;F dos membros da
Assembleia <e$islativa ao seu 0residente, somada aos demais requisitos
constitucionais. Salientou"se, tambm, que a 'ublicao desse requerimento
tem e%eito meramente declarat-rio, de modo a con%erir 'ublicidade a ato
anterior, constitutivo da criao da >omisso. Cesse sentido, a%irmou"se que,
no ato da a'resentao do requerimento ao Oresidente da Assembleia
;e*islativa, desde que cum'ridas as condi9es necess#rias, sur*e a
comisso, cabendo aos subscritores do requerimento, de'ois de numerado,
lido e 'ublicado, reunirem"se, com qualquer n)mero, 'ara materiali(ar a sua
instalao. Co 'onto, ressaltou"se que a su,eio do requerimento de criao
deliberao 'len#ria equivaleria %rustrao da *arantia das minorias
'arlamentares. Oor %im, no tocante e&'resso Xs5 ser submetido 6
discusso e votao decorridas -0 horas de sua apresentao, eY, constante
do aludido P 4 do art. 35, considerou"se no haver motivo 'ara a submisso
do requerimento de constituio de >O a qualquer outro -r*o da
Assembleia ;e*islativa. !encido o Nin. Narco Aurlio que, di%erenciando o
ato de requerer do ato de criar, ,ul*ava im'rocedente o 'edido ao
195
%undamento de que os dis'ositivos re%erem"se ao crivo a ser e&ercido 'ara a
criao da 'r-'ria >O. Orecedente citado: NS 15234L07 (0GI de 5.2.166M).
A0 3M4FLSO, rel. Nin. =ros Brau, 4.2.166M. (A0"3M4F)
& O art Q6- _ 9V n"o di> ?ue uma norma obri$at.ria para os estados&
membros Pelo dispositivo le$al n"o se pode in(erir isso G obri$at.ria
por?ue o OKF disse ?ue Com base na #urisprud8ncia colacionada acima
poderia ser inda$ar sobre a autonomia do estado&membro- uma ve> ?ue
?uem estaria determinando as re$ras o OKF
Art. K2. 8 >on*resso Cacional e suas >asas tero comiss9es 'ermanentes e
tem'or#rias, constitu$das na %orma e com as atribui9es 'revistas no
res'ectivo re*imento ou no ato de que resultar sua criao.
(...)
P 3 " As comiss9es 'arlamentares de inqurito, que tero 'oderes de
investi*ao 'r-'rios das autoridades ,udiciais, alm de outros 'revistos nos
re*imentos das res'ectivas >asas, sero criadas 'ela ><mara dos 0e'utados
e 'elo Senado 7ederal, em con,unto ou se'aradamente, mediante
requerimento de um tero de seus membros, 'ara a a'urao de %ato
determinado e 'or 'ra(o certo, sendo suas conclus9es, se %or o caso,
encaminhadas ao Ninistrio O)blico, 'ara que 'romova a res'onsabilidade
civil ou criminal dos in%ratores.
(...)
(COEKIEM%urO)
& %s normas constitucionais dos estados&membros decorrentes da CF
(normas obri$at.rias) podem ser consideradas inconstitucionais- isso em
observYncia ao princ<pio da simetria
Pr(n"=0(o #a s(metr(a * uma constru/"o #urisprudencial reali>ada pelo
OKF ob#etivando ;armoni>ar as constitui/0es dos estados&membros = CF
& Outra cr<tica a miti$a/"o da autonomia do ente (ederativo
& 2er art J1- CF (tudo de observYncia obri$at.ria pelos estados&membros)
Art. M4. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer
membro ou >omisso da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal ou do
>on*resso Cacional, ao Oresidente da ?e')blica, ao Su'remo @ribunal
196
Au)a *Q $
*575Q7/5**
7ederal, aos @ribunais Su'eriores, ao Orocurador"Beral da ?e')blica e aos
cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta >onstituio.
P 4 " So de iniciativa 'rivativa do Oresidente da ?e')blica as leis que:
" %i&em ou modi%iquem os e%etivos das 7oras Armadas.
" dis'onham sobre:
a) criao de car*os, %un9es ou em're*os ')blicos na administrao direta e
aut#rquica ou aumento de sua remunerao.
b) or*ani(ao administrativa e ,udici#ria, matria tribut#ria e orament#ria,
servios ')blicos e 'essoal da administrao dos @errit-rios.
c) servidores ')blicos da Inio e @errit-rios, seu re*ime ,ur$dico,
'rovimento de car*os, estabilidade e a'osentadoria.(?edao dada 'ela
=menda >onstitucional n 42, de 4FF2)
d) or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da 0e%ensoria O)blica da Inio, bem
como normas *erais 'ara a or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da
0e%ensoria O)blica dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios.
e) criao e e&tino de Ninistrios e -r*os da administrao ')blica,
observado o dis'osto no art. 25, ! (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n 31, de 1664)
%) militares das 7oras Armadas, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento de car*os,
'romo9es, estabilidade, remunerao, re%orma e trans%er+ncia 'ara a
reserva.(nclu$da 'ela =menda >onstitucional n 42, de 4FF2)
P 1 " A iniciativa 'o'ular 'ode ser e&ercida 'ela a'resentao ><mara dos
0e'utados de 'ro,eto de lei subscrito 'or, no m$nimo, um 'or cento do
eleitorado nacional, distribu$do 'elo menos 'or cinco =stados, com no
menos de tr+s dcimos 'or cento dos eleitores de cada um deles.
& O OKF #H decidiu ?ue o art J1 da CF uma norma de iniciativa obri$at.ria
por parte dos estados&membros
& % pro(essora considera ?ue o princ<pio da simetria diminui (ou miti$a) a
autonomia le$islativa ?ue realmente deveria ser concedida aos estados&
membros E"o ;H uma autonomia verdadeira
& 7Ud dos pro#etos de lei do DF tem v<cio de iniciativa (?uer di>er ?ue o v<cio
de iniciativa parlamentar- sendo ?ue n"o o poderia) Eeste caso a lei
viciada desde a ori$em- si$ni(icando um v<cio (ormal- em ?ue nem se?uer se
adentra ao mrito da lei
& A'emplos de v<cios de iniciativa le$islativa!
a; cria/"o de car$os
b; territ.rios
"; re$ime #ur<dico ( de iniciativa reservada de c;e(e do A'ecutivo *
ver art 97- caput- CF * a?ui norma de observYncia obri$at.ria)
Eeste caso n"o poss<vel ?ue o estado&membro ten;a a iniciativa
le$islativa- n"o por?ue o estado&membro estH limitado no caso- pois se
(osse assim n"o ;averia autonomia O motivo ?ue o poder
constituinte derivado decorrente n"o de iniciativa do poder
A'ecutivo- pass<vel de inconstitucionalidade por v<cio de iniciativa do
processo le$islativo
d) atribui/0es de secretarias
197
Atc
AD8 !B9 M6 ; 0M # 0A3A8MA
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. >=;8 E8?GA
?elator(a) 'L Ac-rdo: Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 13L6KL4FF6 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " >8CS@@IST8
=S@A0IA; " O?8>=SS8 ;=BS;A@!8 " A QI=S@T8 0A
8ES=?!AC>A >8NOI;S8?A, 8I CT8, 0= S=IS O?C>_O8S,
O=;8S =S@A08S"N=NE?8S " C8!A >8C>=OST8 0=
7=0=?A;SN8 >8CSAB?A0A CA >8CS@@IST8 0= 4F22 "
O=?7; 0A 7=0=?AST8 E?AS;=?A " =:@=CSA8 08 O80=?
>8CS@@IC@= 08S =S@A08S"N=NE?8S " ?=;=!8 GI?_0>8 08
@=NA " SISO=CST8 ;NCA? 0=7=?0A. 8 O=?7; 0A
7=0=?AST8 E?AS;=?A, ?=0=7C08 O=;A >8CS@@IST8 0=
4F22, =NE8?A A>;ANA08 O8? A@?EI? NA8? B?AI 0=
AI@8C8NA 08S =S@A08S"N=NE?8S, H !S@8 >8N ?=S=?!A
O8? A;BICS 08I@?CA08?=S, QI= >8CS0=?AN O=?SS@?
C8 E?AS; IN 7=0=?A;SN8 AC0A A7=@A08 O8? =:>=SS!A
>=C@?A;^AST8 =SOA>A; 08 O80=? =N @8?C8 0A ICT8
7=0=?A;. S= H >=?@8 QI= A C8!A >A?@A O8;@>A
>8C@=NO;A IN =;=C>8 N=C8S AE?ACB=C@= 0= O?C>_O8S
>8CS@@I>8CAS S=CS!=S, A 0=C8@A?, >8N SS8, A
=:OACSA8 0= O80=?=S GI?0>8S CA =S7=?A 0AS
>8;=@!0A0=S AI@8C8NAS ;8>AS, 8 N=SN8 CT8 S= O80=
A7?NA? QIAC@8 A8S O?C>_O8S 7=0=?AS =:@=CS!=S =
A8S O?C>_O8S >8CS@@I>8CAS =S@AE=;=>08S, 8S QIAS,
=NE8?A 0SS=NCA08S O=;8 @=:@8 >8CS@@I>8CA;, O8S@8
QI= CT8 H @8O>A A SIA ;8>A;^AST8, >8C7BI?AN
A>=?!8 =:O?=SS!8 0= ;N@AS]=S 0=SSA AI@8C8NA
;8>A;, >IGA 0=C@7>AST8 " A@H N=SN8 O=;8S =7=@8S
?=S@?@!8S QI= 0=;=S 0=>8??=N " NO]="S= ?=A;^A?. A
QI=S@T8 0A C=>=SSJ?A 8ES=?!bC>A, 8I CT8, O=;8S
=S@A08S"N=NE?8S, 0AS C8?NAS = O?C>_O8S C=?=C@=S A8
O?8>=SS8 ;=BS;A@!8, O?8!8>A A 0S>ISST8 S8E?= 8
A;>AC>= 08 O80=? GI?_0>8 0A ICT8 7=0=?A; 0= NO8?,
8I CT8, `S 0=NAS O=SS8AS =S@A@AS QI= C@=B?AN A
=S@?I@I?A 0A 7=0=?AST8, 8 ?=SO=@8 C>8C0>8CA; A
OA0?8=S [=@=?8C8N8S O8? =;A O?8O?A CS@@I08S
>8N8 7A@8?=S 0= >8NOI;S8?A AO;>AST8. =SS= @=NA,
QI= S= ?=!=;A =SS=C>A; ` 8?BAC^AST8 O8;_@>8"
A0NCS@?A@!A 08 =S@A08 E?AS;=?8, AC0A CT8 78
0=>008 O=;8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A;. 0A ?=S8;IST8
0=SSA QI=S@T8 >=C@?A;, =N=?B?J A 0=7CST8 08
N80=;8 0= 7=0=?AST8 A S=? =7=@!AN=C@= 8ES=?!A08
CAS O?J@>AS CS@@I>8CAS. =CQIAC@8 CT8 S8E?=!=?
=SS= O?8CIC>AN=C@8, NO]="S=, >8N8 N=00A 0=
>AI@=;A, A SISO=CST8 ;NCA? 0= O?=>=@8S CS>?@8S =N
>8CS@@IS]=S =S@A0IAS, QI= CT8 [AGAN 8ES=?!A08 8S
OA0?]=S GI?_0>8S 7=0=?AS, 0= =:@?AST8
1PU
>8CS@@I>8CA;, >8C>=?C=C@=S A8 O?8>=SS8
;=BS;A@!8.
& % situa/"o vista no #ul$ado acima #H estH paci(icada pelo OKF no sentido
do ?ue disp0e esse #ul$ado
AD8 !!: ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA
Gul*amento: 4FL44L4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@. 77,
:! 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 08 ?8 0= GAC=?8.
7A>I;0A0= 08 S=?!08? 0= @?ACS78?NA? =N O=>RCA
C0=C^A@U?A A ;>=CSA =SO=>A; = 7H?AS CT8 B8^A0AS.
A7?8C@A A8S A?@S. M4, P 4, , /A/ = 4MF 0A >8CS@@IST8
7=0=?A;. 4. A >onstituio 7ederal, ao con%erir aos =stados a ca'acidade
de auto"or*ani(ao e de auto*overno, im'9e a obri*at-ria observ<ncia aos
seus 'rinc$'ios, entre os quais o 'ertinente ao 'rocesso le*islativo, de modo
que o le*islador constituinte estadual no 'ode validamente dis'or sobre as
matrias reservadas iniciativa 'rivativa do >he%e do =&ecutivo. 1. 8
'rinc$'io da iniciativa reservada im'lica limitao ao 'oder do =stado"
Nembro de criar como ao de revisar sua >onstituio e, quando no trato da
re%ormulao constitucional local, o le*islador no 'ode se investir da
com'et+ncia 'ara matria que a >arta da ?e')blica tenha reservado
e&clusiva iniciativa do Bovernador. 3. >onstituio do =stado do ?io de
Ganeiro. 7aculdade do servidor de trans%ormar em 'ec)nia indeni(at-ria a
licena es'ecial e %rias no *o(adas. >oncesso de vanta*ens. Natria
estranha >arta =stadual. >onverso que im'lica aumento de des'esa.
nconstitucionalidade. Ao direta de inconstitucionalidade 'rocedente.
& %s iniciativas previstas no #ul$ado acima s"o totalmente e'clusivas do
A'ecutivo
D(feren%a entre uma PEC #e (n("(at(+a #o EGe"ut(+o e PL #e
(n("(at(+a #o EGe"ut(+o!
$ % di(eren/a ?ue numa PAC o A'ecutivo somente detm a iniciativa E"o
tem direito nem a san/"o nem a veto % pro(essa entende ?ue a
interpreta/"o do OKF s. vale para PN
L(m(tes Ds emen#as 0ar)amentares a 0ro1etos #e )e( #e (n("(at(+a
#o EGe"ut(+o- s"o dois!
a) E"o pode ;aver aumento de despesa
b) Kem ;aver rela/"o com a matria
& % lei or/amentHria anual (NO%) a Dnica e'ce/"o a essa re$ra
1P1
Sobre o tema4 +er o art. Q*4 a*l4 II4 #a CF :mu(to "obra#o em
"on"ursos;4 bem "omo o art. Q84 #a CF
Art. M4. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer
membro ou >omisso da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal ou do
>on*resso Cacional, ao Oresidente da ?e')blica, ao Su'remo @ribunal
7ederal, aos @ribunais Su'eriores, ao Orocurador"Beral da ?e')blica e aos
cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta >onstituio.
P 4 " So de iniciativa 'rivativa do Oresidente da ?e')blica as leis que:
(...)
" dis'onham sobre:
a) criao de car*os, %un9es ou em're*os ')blicos na administrao direta e
aut#rquica ou aumento de sua remunerao.
b) or*ani(ao administrativa e ,udici#ria, matria tribut#ria e orament#ria,
servios ')blicos e 'essoal da administrao dos @errit-rios.
c) servidores ')blicos da Inio e @errit-rios, seu re*ime ,ur$dico,
'rovimento de car*os, estabilidade e a'osentadoria.(?edao dada 'ela
=menda >onstitucional n 42, de 4FF2)
d) or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da 0e%ensoria O)blica da Inio, bem
como normas *erais 'ara a or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da
0e%ensoria O)blica dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios.
e) criao e e&tino de Ninistrios e -r*os da administrao ')blica,
observado o dis'osto no art. 25, ! (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n 31, de 1664)
%) militares das 7oras Armadas, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento de car*os,
'romo9es, estabilidade, remunerao, re%orma e trans%er+ncia 'ara a
reserva.(nclu$da 'ela =menda >onstitucional n 42, de 4FF2)
(...)
& PN de iniciativa parlamentar pode aumentar al<?uota do IP2%] )im pode,
pois a al;nea b s. aplica a territ.rios
& Mma lei n"o pode criar outros tributos alEm dos 9ue est3o previstos na
1C/ Qual9uer outro assunto relacionado a tributo pode ser tratado por
lei/
L(m(tes ao 0o#er #e emen#a #e (n("(at(+a 0ar)amentar
& G poss<vel ?ue o parlamentar se aproveite dos PNs de iniciativa do Poder
A'ecutivo para incluir emendas variadas] Oim- aliHs- essa a re$ra- desde
?ue n"o ;a#a aumento de despesas e ?ue ten;a rela/"o com a matria
Art. M3. Co ser# admitido aumento da des'esa 'revista:
" nos 'ro,etos de iniciativa e&clusiva do Oresidente da ?e')blica,
ressalvado o dis'osto no art. 4MM, P 3A e P 5A.
1P2
" nos 'ro,etos sobre or*ani(ao dos servios administrativos da ><mara
dos 0e'utados, do Senado 7ederal, dos @ribunais 7ederais e do Ninistrio
O)blico.
& O Inciso I- acima- n"o tem rela/"o com as duas limita/0es anteriores
1P9
Pro"esso Leg(s)at(+o $ In("(at(+a Reser+a#a $ Emen#as
Par)amentares :Trans"r(%'es;
A8 !IVD9:;32c
3E<AT+3) M8N. 6E</+ DE ME<<+.
EMENTA) 03+6E//+ <E48/<AT8H+. 038N6K08+/
6+N/T8T=68+NA8/ ]=E 3E4EM + 03+6E//+ DE 7+3MA>?+
DA/ <E8/. A0<86AM8<8DADE A+/ E/TAD+/5MEMM3+/ E A+/
M=N86K08+/. 3E48ME 2=3KD86+ D+/ /E3H8D+3E/ 0LM<86+/
@3T2 BV:;C:, 3E<. M8N. 6E</+ DE ME<<+A. 3EM=NE3A>?+
7=N68+NA<. MATT38A /=2E8TA _ 3E/E3HA DE 8N868AT8HA
D+ 6\E7E D+ 0+DE3 E[E6=T8H+. A ]=E/T?+ 0E3T8NENTE
A+ 0+DE3 DE EMENDA D+/ 0A3<AMENTA3E/.
03E33+4AT8HA DE KND+<E 0+<KT86+52=3KD86A 6=2+
E[E36K68+, 0E<+/ MEMM3+/ D+ 0+DE3 <E48/<AT8H+,
EMM+3A H8ZHE< N+/ 03+6ED8MENT+/ DE 8N868AT8HA
3E/E3HADA, /=MMETE5/E A <8M8TA>QE/ DE +3DEM
6+N/T8T=68+NA<. D+=T38NA. 03E6EDENTE/. 3E6=3/+
8M03+H8D+.
DE68/?+: 8 recurso e&traordin#rio a que se re%ere o 'resente a*ravo de
instrumento %oi inter'osto contra ac-rdo, que, 'ro%erido, em sede de
?e'resentao de nconstitucionalidade, 'elo Ur*o =s'ecial do =. @ribunal
de Gustia do =stado do ?io de Ganeiro, est# assim ementado (%ls.
32):X?e'resentao contra dis'ositivos de ;ei Nunici'al decorrentes de
emendas a 'ro,etos do =&ecutivo. Se h# e&tenso a outras cate*orias
ine*#vel a inconstitucionalidade 'or v$cio de iniciativa. =menda que
aumenta des'esa ')blica sem indicao da %onte de receita. 0is'ositivo que
re'ete 'ro'osta do =&ecutivo no que res'eita a rea,uste *radual e
crono*rama da *radualidade, sem eiva de violao da >onstituio.
Oroced+ncia Oarcial.Y (*ri%ei) A an#lise dos autos evidencia que o ac-rdo
mencionado a,usta"se diretri( ,uris'rudencial que esta Su'rema >orte
%irmou na a'reciao da controvrsia em causa. >om e%eito, o tema suscitado
na 'resente sede recursal concerne ao alcance do 'oder de emenda con%erido
ao ;e*islativo na a'reciao de 'ro'osi9es que veiculam, como sucede na
es'cie, normas relativas a matrias reservadas, quanto sua iniciativa, ao
>he%e do Ooder =&ecutivo. 8 e&erc$cio do 'oder de emenda constitui,
quando concretamente mani%estado, um dos incidentes do 'rocesso de
%ormao das es'cies le*islativas. @rata"se de 'rerro*ativa, que, 'or ser
inerente %uno le*islativa do =stado, quali%ica"se como 'oder de $ndole
eminentemente constitucional. 8 'oder de emendar, nada mais sendo do que
uma 'ro,eo do 'r-'rio 'oder de le*islar, so%re, em %uno da matri(
constitucional que lhe con%ere su'orte ,ur$dico, a'enas as limita9es
de%inidas no te&to da >arta Ool$tica. 8 saudoso Ninistro @[=NS@8>;=S
E?AC0T8 >A!A;>AC@, ao versar esse tema em sede de controle
normativo abstrato, salientou (?0A F7L143): X( ... ) Oode"se dividir em tr+s a
orientao doutrin#ria sobre o 'oder de emenda. A 'rimeira entende que a
%uno de emendar inerente %uno le*islativa. A se*unda, que o 'oder
de emenda limitado, 'reciso ter a%inidade l-*ica com o 'ro,eto. = a
terceira que vincula o 'oder de emenda ao 'oder de iniciativa ( ... ).Y
(*ri%ei) A 6onstituio 7ederal de BCVV, presti$iando o e%erccio da
"uno parlamentar, a"astou muitas das restriWes que incidiam,
455
especi"icamente, sobre o poder de emenda recon'ecido aos membros
do <e$islativo. + le$islador constituinte, ao assim proceder,
certamente pretendeu repudiar a concepo re$alista de Estado,
que eliminaria, na prtica, o poder de emenda das Assembleias`
@3T2 F!;BGF 5 3T2 FF;BD: 5 3T2 FG;9 5 3T2 GD;FGVA. Dentro desse
conte%to, a 6onstituio 7ederal, ao de"inir o .mbito de atuao do
poder de emendar, elasteceu, si$ni"icativamente, a possibilidade do
e%erccio dessa prerro$ativa parlamentar. No que concerne aos
pro(etos de iniciativa reservada, a 6arta 0oltica estabeleceu
restrio vedat1ria das emendas que possam $erar aumento da
despesa $lobal prevista. Esse novo tratamento constitucional
dispensado ao poder de emenda parlamentar, mesmo naquelas
'ip1teses que envolvam pro(etos de lei submetidos & clusula
constitucional que impWe reserva de iniciativa, mereceu, de M86\E<
TEME3 @Elementos de Direito 6onstitucional`, p. BFC, If ed., BCVC,
3TA, correta apreciao) + art. 9F, 8 e 88, inadmite emendas aos
pro(etos de lei que aumentem a despesa prevista nos pro(etos cu(a
iniciativa se(a da e%clusiva competYncia do 0residente da 3ep,blica e
naqueles re"erentes & or$anizao dos servios administrativos da
6.mara, do /enado, dos Tribunais 7ederais e do Minist-rio 0,blico.
Emendas que no aumentem a despesa podero ser o"erecidasg
0arece5nos que sim. Mesmo que se modi"ique, pela emenda, o
ob(etivo dese(ado pelo proponente, ao dar incio ao processo de
"ormao da lei. + que a 6onstituio con"ere, ao reservar iniciativa,
- a de"inio do momento em que se deva le$islar sobre determinada
mat-ria. + proponente do pro(eto - sen'or da oportunidade. + mais
se passa no interior do 0oder <e$islativo, no e%erccio constitucional
de sua atividade inovadora da ordem (urdica em nvel
imediatamente in"raconstitucional. /1 no pode, por emenda,
aumentar a despesa no pro(eto.Y (*ri%ei) 0esse modo, a nova
>onstituio re'eliu a inter'retao " que certa ve( 'revaleceu nesta
>orte (?7 4MKL4KK) " no sentido de que, sendo o 'oder de emenda
corol#rio do 'oder de iniciativa, resultava inadmiss$vel (se*undo tal
e&e*ese restritiva) qualquer alterao, 'ela inst<ncia 'arlamentar, dos
'ro,etos decorrentes da com'et+ncia 'rivativa dos outros 'oderes ou
-r*os. =sse entendimento, contudo, no 'ros'erou. 0a$ a observao de
NAC8=; B8CQA;!=S 7=??=?A 7;[8 (X>oment#rios
>onstituio Erasileira de 4F22Y, vol. 1L46K, 4FF1, Saraiva): XA
>onstituio vi*ente admite a a'resentao de emendas aos 'ro,etos de
iniciativa reservada, desde que no aumentem a des'esa 'revista. ( ... ).
Assim, ho,e no mais cabe discusso. 0esde que a emenda no aumente a
des'esa *lobalmente 'revista, ela cab$vel. A atual >onstituio
estendeu a re*ra iniciativa reservada a outros -r*os que no o
Oresidente da 3ep,blica. 6om isto, a 6onstituio permite a
in$erYncia parlamentar na pr1pria or$anizao dos servios
administrativos dos tribunais "ederais @ ... A.` @$ri"eiA T preciso ter
presente, neste ponto, a advertYncia do saudoso Ministro H86T+3
N=NE/ <EA< @3T2 F9;FVIA) @ ... A A Assembleia no pode "icar
reduzida ao papel de dizer sim e no, como se "osse 5 "rase con'ecida
5 composta de mudos, que apenas pudessem bai%ar a cabea, vertical
ou 'orizontalmente. Ela pode introduzir elementos novos no pro(eto,
desde que no o des"i$ure, que no mude a sua subst.ncia, que no
estabelea incompatibilidade entre o sentido $eral do pro(eto e as
disposiWes a ele acrescidas pelo 1r$o le$islativo.` @$ri"eiA A
45K
e%trao constitucional do poder de emenda, de outro lado, no
permite presumir a e%istYncia de vedaWes que no as decorrentes de
clusula constitucional e%plcita, como a que resulta # presente o
conte%to em e%ame # da norma inscrita no art. 9F, inciso 8, da
6onstituio da 3ep,blica, ressalvado o entendimento, que esta
6orte ( proclamou @AD8 I:G;D7, 3el. Min. 8<MA3 4A<H?+, D2=
de DV;D9;CFA, de que se revela implcita, no sistema constitucional
brasileiro, a e%i$Yncia de que as emendas parlamentares $uardem
relao de pertinYncia @a"inidade l1$icaA com o ob(eto da proposio
le$islativa. A tese consa*rada no ac-rdo ob,eto do recurso
e&traordin#rio em questo " aumento da des'esa *lobal resultante de
emenda de iniciativa 'arlamentar " reveste"se de inteira correo ,ur$dica
e encontra %undamento na 'r-'ria ,uris'rud+ncia desta >orte, que,
de%rontando"se com quest9es virtualmente id+nticas, e tendo 'resente a
cl#usula inscrita no art. 1K da ;ei 7undamental, 'roclamou a vinculao
dos =stados"membros ao modelo %ederal 'ertinente ao 'rocesso de
%ormao das leis, inclusive no que concerne s restri9es decorrentes
dos arts. M4, P 4, e M3 da >arta Ool$tica (A0 26K"N>L?S, ?el. Nin.
>=;S8 0= N=;;8 W A0 2MKLNA, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8):
XAST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@B8S 14,
1K, 1M, 17, 31 = 33 08 A@8 0AS 0SO8SS]=S
>8CS@@I>8CAS @?ACS@U?AS 08 =S@A08 0= NCAS
B=?AS, 0= 14 0= S=@=NE?8 0= 4F2F. Cormas que, 'or dis'orem,
sem e&ceo, sobre servidores ')blicos do =stado, 'adecem do v$cio de
inconstitucionalidade %ormal, 'or inobserv<ncia do 'rinc$'io da reserva
da iniciativa le*islativa ao >he%e do Ooder =&ecutivo, corol#rio do
'ostulado da se'arao dos 'oderes, im'osto aos =stados 'elo art. 1K da
>7L22 e, es'ecialmente, ao constituinte estadual, no art. 44 do A0>@L22,
combinados, no 'resente caso, com o art. M4, 'ar#*ra%o 4, al$neas hai e
hci, da mesma >arta.Y (A0 2FLNB, ?el. Nin. ;NA? BA;!T8 "
*ri%ei) XAST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
>AI@=;A?. C>S. !, !, ! = :, 08 A?@. 4M, 0A ;=
=S@A0IA; C 4.437, 0= 45 0= S=@=NE?8 0= 4FF1. A;=BA0A
A7?8C@A A8S A?@S. M4, P 4, , hAi = h>i, = A?@. M3, , 0A
>8CS@@IST8 7=0=?A;. Olausibilidade da incre'ao, tendo em
vista tratar"se de dis'ositivos resultantes de emenda da Assembleia,
acarretadora de aumento de des'esa, a 'ro,eto de lei que lhe %oi enviado
'elo >he%e do Ooder =&ecutivo, no e&erc$cio de com'et+ncia le*islativa
'rivativa. >oncorr+ncia do h'ericulum in morai, consistente na
'ossibilidade de virem a ser e%etuados 'a*amentos de vanta*ens
%uncionais indevidas. >autelar de%erida.Y (A0 24M"N>LS>, ?el. Nin.
;NA? BA;!T8 " *ri%ei) XOrocesso le*islativo: consolidao da
,uris'rud+ncia do S@7 no sentido de que " no obstante a aus+ncia de
re*ra e&'l$cita na >onstituio de 4F22 " im'9em"se observ<ncia do
'rocesso le*islativo dos =stados"membros as linhas b#sicas do
corres'ondente modelo %ederal, 'articularmente as de reserva de
iniciativa, na medida em que con%i*uram elas 'risma relevante do 'er%il
do re*ime 'ositivo de se'arao e inde'end+ncia dos 'oderes, que
'rinc$'io %undamental ao qual se vinculam com'ulsoriamente os
ordenamentos das unidades %ederadas.Y (A0 271"N>L?S, ?el. Nin.
S=OR;!=0A O=?@=C>= " *ri%ei) !ale observar, no 'onto, 'or
relevante, que o entendimento ora e&'osto consolidou"se na
,uris'rud+ncia constitucional desta Su'rema >orte: XAST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= W ;= =S@A0IA; QI= =S@=C0= A
45M
0=@=?NCA0A >A@=B8?A 7IC>8CA; 8 ?=A;C[AN=C@8
?=NIC=?A@U?8 0=7=?08 A S=?!08?=S ORE;>8S
0!=?S8S W =:@=CST8 0=SS= E=C=7_>8 O=>ICJ?8
?=SI;@AC@= 0= =N=C0A 0= C>A@!A OA?;AN=C@A?
AO?8!A0A O=;A ASS=NE;HA ;=BS;A@!A W !=@8
?=G=@A08 W O?8NI;BAST8 0A ;= O=;8 O?=S0=C@= 0A
ASS=NE;HA ;=BS;A@!A ;8>A; W AIN=C@8 0A 0=SO=SA
B;8EA; O?=!S@A C8 O?8G=@8 0= ;= AO?=S=C@A08 O=;8
>[=7= 08 O80=? =:=>I@!8 W NO8SSE;0A0=
>8CS@@I>8CA; 0=SSA NAG8?AST8 O8? =7=@8 0=
=N=C0A 0= C>A@!A OA?;AN=C@A? W C>0DC>A 0A
?=S@?ST8 O?=!S@A C8 A?@. M3, , 0A >8CS@@IST8 0A
?=ORE;>A " N=00A >AI@=;A? 0=7=?0A. O?8>=SS8
;=BS;A@!8 = =S@A08"N=NE?8. " A atuao dos membros da
Assembleia ;e*islativa dos =stados acha"se submetida, no 'rocesso de
%ormao das leis, limitao im'osta 'elo art. M3, , da >onstituio,
que veda " ressalvadas as 'ro'osi9es de nature(a orament#ria " o
o%erecimento de emendas 'arlamentares de que resulte o aumento da
des'esa 'revista nos 'ro,etos su,eitos ao e&clusivo 'oder de iniciativa do
Bovernador do =stado. 8 =:=?>_>8 08 O80=? 0= =N=C0A,
O=;8S N=NE?8S 08 OA?;AN=C@8, QIA;7>A"S= >8N8
O?=??8BA@!A C=?=C@= ` 7ICST8 ;=BS;A@!A 08
=S@A08. " 8 'oder de emendar " que no constitui derivao do 'oder
de iniciar o 'rocesso de %ormao das leis " quali%ica"se como
'rerro*ativa de%erida aos 'arlamentares, que se su,eitam, no entanto,
quanto ao seu e&erc$cio, s restri9es im'ostas, em hnumerus claususi,
'ela >onstituio 7ederal. " A >onstituio 7ederal de 4F22, 'resti*iando
o e&erc$cio da %uno 'arlamentar, a%astou muitas das restri9es que
incidiam, es'eci%icamente, no re*ime constitucional anterior, sobre o
'oder de emenda reconhecido aos membros do ;e*islativo. 8 le*islador
constituinte, ao assim 'roceder, certamente 'retendeu re'udiar a
conce'o re*alista de =stado (?@G 31L453 W ?@G 33L467 W ?@G 35LM W
?@G 56L352), que su'rimiria, caso 'revalecesse, o 'oder de emenda dos
membros do ;e*islativo. " ?evela"se 'lenamente le*$timo, desse modo, o
e&erc$cio do 'oder de emenda 'elos 'arlamentares, mesmo quando se
tratar de 'ro,etos de lei su,eitos reserva de iniciativa de outros -r*os e
Ooderes do =stado, incidindo, no entanto, sobre essa 'rerro*ativa
'arlamentar " que inerente atividade le*islativa ", as restri9es
decorrentes do 'r-'rio te&to constitucional (>7, art. M3, e ), bem assim
aquela %undada na e&i*+ncia de que as emendas de iniciativa 'arlamentar
sem're *uardem relao de 'ertin+ncia com o ob,eto da 'ro'osio
le*islativa. 0outrina. Orecedentes.Y (A0 F73"N>LAO, ?el. Nin. >=;S8
0= N=;;8, Oleno) @odas as considera9es que venho de %a(er
'ermitem"me reconhecer que o ac-rdo ob,eto do recurso e&traordin#rio
a que se re%ere o 'resente a*ravo de instrumento re%lete, com %idelidade, a
diretri( ,uris'rudencial que esta Su'rema >orte %irmou no tema
concernente s limita9es que o e&erc$cio do 'oder de emenda so%re,
quando 'raticado 'or membros do ;e*islativo no conte&to do 'rocesso
de %ormao das leis, cu,a instaurao su,eita"se cl#usula de reserva de
iniciativa. >abe re*istrar, %inalmente, tratando"se da hi'-tese 'revista no
art. 41K, P 1, da >onstituio da ?e')blica, que o 'rovimento e o
im'rovimento de recursos e&traordin#rios inter'ostos contra ac-rdos
'ro%eridos 'or @ribunais de Gustia em sede de %iscali(ao normativa
abstrata t+m sido veiculados em decis9es monocr#ticas emanadas dos
457
Ninistros ?elatores da causa no Su'remo @ribunal 7ederal, desde que, tal
como sucede na es'cie, o lit$*io constitucional ,# tenha sido de%inido
'ela ,uris'rud+ncia 'revalecente no <mbito deste @ribunal (?=
153.F7KL?S, ?el. Nin. =;;=C B?A>= " ?= 335.2M2"A*?L?G, ?el.
Nin. >A?;8S E?@@8 " ?= 33M.1M7LSO, ?el. Nin. >A?;8S E?@@8
" ?= 3K3.3K6" A*?L=S, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 " ?=
3MF.51KL?S, ?el. Nin. N8?=?A A;!=S " ?= 374.227LSO, ?el. Nin.
>J?N=C ;R>A " ?= 3FM.K54L?S, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 "
?= 54K.K47LSO, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 " ?= 514.174"A*?L?G, ?el.
Nin. B;NA? N=C0=S " ?= 555.KMKL?S, ?el. Nin. B;NA?
N=C0=S " ?= 5M4.147LS>, ?el. Nin. =?8S B?AI " ?= K64.F43LNB,
?el. Nin. N=C=^=S 0?=@8 " ?= KF1.577LSO, ?el. Nin. ?>A?08
;=kAC08kSn " ?= M64.16MLSO, ?el. Nin. =?8S B?AI, v.*.). Sendo
assim, 'elas ra(9es e&'ostas, e considerando os 'recedentes re%eridos, ne*o
'rovimento ao 'resente a*ravo de instrumento, 'or revelar"se invi#vel o
recurso e&traordin#rio a que ele se re%ere. Oublique"se. Eras$lia, 42 de
setembro de 166F. Ninistro >=;S8 0= N=;;8 ?elator o deciso
'ublicada no 0G= de 1F.F.166F.
Pro+C+e) Dbter Dictum sobre a Wuest&o :a +ota%&o 0ara es"o)9a
#e membro #o Tr(buna) #e Contas 0e)a Assemb)e(a Leg(s)at(+a #e+e
ser aberta ou se"retak AC (n"(#On"(a #o Pr(n"=0(o #a S(metr(ak;. 2er
art Q2- III- b- CF!
Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal:
" a'rovar 'reviamente, 'or voto secreto, a'-s ar*uio ')blica, a escolha
de:
b) Ninistros do @ribunal de >ontas da Inio indicados 'elo Oresidente da
?e')blica.
m Oi$ni(icado de Dbter Dictum !
& % e'press"o latina obter dictum vem $an;ando espa/o nos precedentes
#udiciais- sobretudo no Ymbito do OKF
& O seu si$ni(icado Bde passa$emC- Bre(er8ncia passa$eiraC- Bpara
ar$umentarC
& O obter dictum mani(esta/"o de .r$"o #urisdicional (.r$"o cole$iado ou
.r$"o individuali>ado) dispensHvel = solu/"o do tema submetido =
aprecia/"o do Poder @udiciHrio Krata&se de um (undamento de re(or/o-
complementar ou ret.rico E"o o ar$umento nuclear da (undamenta/"o-
mas- sim- mar$inal ou peri(rico- #amais pre#udicando a estrutura do
#ul$ado Observe&se- tambm- ?ue o obter dictum #amais estarH ordenado
na parte dispositiva da decis"o
& Por esse motivo- essa mani(esta/"o n"o vincula os casos subse?uentes-
tendo- apenas- e(icHcia persuasiva- na medida da (or/a de seus
(undamentos
3cl 9:D! M65A$3 ; 03 # 0A3ANZ
452
AB.?=B.CA N=00A >AI@=;A? CA ?=>;ANAST8
?elator(a): Nin. ?>A?08 ;=kAC08kSn
Gul*amento: 65L63L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: AB?A!8 ?=BN=C@A; =N ?=>;ANAST8
>8CS@@I>8CA;. 0=C=BAST8 0= ;NCA?. A@8 0=>SU?8
>8C@?J?8 ` SRNI;A !C>I;AC@= 43 08 S@7. C=O8@SN8.
C8N=AST8 OA?A 8 =:=?>_>8 08 >A?B8 0= >8CS=;[=?8
08 @?EICA; 0= >8C@AS 08 =S@A08 08 OA?ACJ. CA@I?=^A
A0NCS@?A@!A 08 >A?B8. !_>8S C8 O?8>=SS8 0=
=S>8;[A. !8@AST8 AE=?@A. AOA?=C@= C>8NOA@E;0A0=
>8N A SS@=NJ@>A 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. O?=S=CSA
08 7INIS E8C I?S = 08 O=?>I;IN C N8?A. ;NCA?
0=7=?0A =N O;=CJ?8. AB?A!8 O?8!08. " A vedao do
ne'otismo no e&i*e a edio de lei %ormal 'ara coibir a 'r#tica, uma ve(
que decorre diretamente dos 'rinc$'ios contidos no art. 37, ca'ut, da
>onstituio 7ederal. " 8 car*o de >onselheiro do @ribunal de >ontas do
=stado do Oaran# reveste"se, 'rimeira vista, de nature(a administrativa,
uma ve( que e&erce a %uno de au&iliar do ;e*islativo no controle da
Administrao O)blica. " A'arente ocorr+ncia de v$cios que maculam o
'rocesso de escolha 'or 'arte da Assembleia ;e*islativa 'aranaense. ! " `
lu( do 'rinc$'io da simetria, o 'rocesso de escolha de membros do @ribunal
de >ontas 'ela Assembleia ;e*islativa 'or votao aberta, o%ende, a
'rinc$'io, o art. K1, , b, da >onstituio. ! " Oresena, na es'cie, dos
requisitos indis'ens#veis 'ara o de%erimento do 'edido liminarmente
'leiteado. ! " A*ravo re*imental 'rovido.
& %?ui ;H norma de iniciativa obri$at.ria- ?ual se#a a escol;a por voto
secreto dos consel;eiros dos tribunais de contas dos estados Para car$o de
nature>a administrativa ou #ur<dica incide a proibi/"o de nepotismo Para
car$o de nature>a pol<tica n"o ;H veda/"o ao nepotismo Eos car$os dos
tribunais de contas- proibido o nepotismo- pois s"o car$os administrativos
& Alementos de um ac.rd"o!
T Amenta;
T +otivos da decis"o;
T Parte dispositiva;
T Fbter dictum * tudo (comentHrios paralelos etc) ?ue n"o (oi
e'tremamente relevante para a decis"o e'ternada no #ul$ado Am
re$ra s"o os assuntos ?ue n"o (oram ob#eto de discuss"o no
#ul$amento
45F
Au)a *E $
*E75Q7/5**
& NO pode alterar NC- nos aspectos da NC ?ue poderiam ser tratados por NO
& 2er arts 1PJ e P1- %DCK- CF!
Art. 45M. >abe lei com'lementar:
" dis'or sobre con%litos de com'et+ncia, em matria tribut#ria, entre a
Inio, os =stados, o 0istrito 7ederal e os Nunic$'ios.
" re*ular as limita9es constitucionais ao 'oder de tributar.
" estabelecer normas *erais em matria de le*islao tribut#ria,
es'ecialmente sobre:
a) de%inio de tributos e de suas es'cies, bem como, em relao aos
im'ostos discriminados nesta >onstituio, a dos res'ectivos %atos
*eradores, bases de c#lculo e contribuintes.
b) obri*ao, lanamento, crdito, 'rescrio e decad+ncia tribut#rios.
c) adequado tratamento tribut#rio ao ato coo'erativo 'raticado 'elas
sociedades coo'erativas.
d) de%inio de tratamento di%erenciado e %avorecido 'ara as microem'resas
e 'ara as em'resas de 'equeno 'orte, inclusive re*imes es'eciais ou
sim'li%icados no caso do im'osto 'revisto no art. 4KK, , das contribui9es
'revistas no art. 4FK, e PP 41 e 43, e da contribuio a que se re%ere o art.
13F. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663)
Pargrafo nico. A lei com'lementar de que trata o inciso , d, tambm
'oder# instituir um re*ime )nico de arrecadao dos im'ostos e
contribui9es da Inio, dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos Nunic$'ios,
observado que: (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663)
" ser# o'cional 'ara o contribuinte. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional
n 51, de 4F.41.1663)
" 'odero ser estabelecidas condi9es de enquadramento di%erenciadas 'or
=stado. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663)
" o recolhimento ser# uni%icado e centrali(ado e a distribuio da 'arcela
de recursos 'ertencentes aos res'ectivos entes %ederados ser# imediata,
vedada qualquer reteno ou condicionamento. (nclu$do 'ela =menda
>onstitucional n 51, de 4F.41.1663)
! " a arrecadao, a %iscali(ao e a cobrana 'odero ser com'artilhadas
'elos entes %ederados, adotado cadastro nacional )nico de contribuintes.
(nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663)
Art. 54. 8s Ooderes =&ecutivos da Inio, dos =stados, do 0istrito 7ederal e
dos Nunic$'ios reavaliaro todos os incentivos %iscais de nature(a setorial
ora em vi*or, 'ro'ondo aos Ooderes ;e*islativos res'ectivos as medidas
cab$veis.
P 4 " >onsiderar"se"o revo*ados a'-s dois anos, a 'artir da data da
'romul*ao da >onstituio, os incentivos que no %orem con%irmados 'or
lei.
P 1 " A revo*ao no 're,udicar# os direitos que ,# tiverem sido adquiridos,
quela data, em relao a incentivos concedidos sob condio e com 'ra(o
certo.
4K6
P 3 " 8s incentivos concedidos 'or conv+nio entre =stados, celebrados nos
termos do art. 13, P M, da >onstituio de 4FM7, com a redao da =menda
>onstitucional n 4, de 47 de outubro de 4FMF, tambm devero ser
reavaliados e recon%irmados nos 'ra(os deste arti*o. (A0>@)
(continua/"o de normas de observYncia obri$at.ria ?ue n"o est"o
e'pressas na CF)
& 2er os arts 57 e 69- CF!
Art. 7F. Substituir# o Oresidente, no caso de im'edimento, e suceder"lhe"#,
no de va*a, o !ice"Oresidente.
Pargrafo nico. 8 !ice"Oresidente da ?e')blica, alm de outras
atribui9es que lhe %orem con%eridas 'or lei com'lementar, au&iliar# o
Oresidente, sem're que 'or ele convocado 'ara miss9es es'eciais.
Art. 23. 8 Oresidente e o !ice"Oresidente da ?e')blica no 'odero, sem
licena do >on*resso Cacional, ausentar"se do Oa$s 'or 'er$odo su'erior a
quin(e dias, sob 'ena de 'erda do car*o.
AD8 F9G: ; MA # MA3AN\?+
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. G8AQIN EA?E8SA
Gul*amento: 47L6FL1667 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=. >8CS@@IST8 08 =S@A08 08
NA?AC[T8. NO=0N=C@8 8I A7AS@AN=C@8 0=
B8!=?CA08? 8I !>="B8!=?CA08?. 87=CSA A8S A?@B8S
7F = 23 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. NO8SSE;0A0= 0=
/A>=7A;A/ C8 bNE@8 08 O80=? =:=?>I@!8.
O?=>=0=C@=S. AST8 0?=@A GI;BA0A O?8>=0=C@=. A aus+ncia
do Oresidente da ?e')blica do 'a$s ou a aus+ncia do Bovernador do =stado
do territ-rio estadual ou do 'a$s uma causa tem'or#ria que im'ossibilita o
cum'rimento, 'elo >he%e do Ooder =&ecutivo, dos deveres e
res'onsabilidades inerentes ao car*o. 0esse modo, 'ara que no ha,a
ace%alia no <mbito do Ooder =&ecutivo, o 'residente da ?e')blica ou o
Bovernador do =stado deve ser devidamente substitu$do 'elo vice"'residente
ou vice"*overnador, res'ectivamente. nconstitucionalidade do P K do art.
KF da >onstituio do =stado do Naranho, com a redao dada 'ela
=menda >onstitucional =stadual 52L166K. Em decorrYncia do princpio da
simetria, a 6onstituio Estadual deve estabelecer sano para o
a"astamento do 4overnador ou do Hice54overnador do Estado sem a
devida licena da Assembleia <e$islativa. 8nconstitucionalidade do
par$ra"o ,nico do arti$o 9! da 6onstituio maran'ense, com a
redao dada pela Emenda 6onstitucional Estadual GV;!DDI.
?e'ristinao da norma anterior que %oi revo*ada 'elo dis'ositivo declarado
inconstitucional. Ao direta de inconstitucionalidade ,ul*ada 'rocedente.
4K4
AD8 :FV ; 4+ # 4+8Z/
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA
Gul*amento: 43L44L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
>8CS@@IST8 08 =S@A08 0= B8JS. B8!=?CA08? = !>="
B8!=?CA08?. ;>=CSA OA?A S= AIS=C@A?=N 08 OA_S O8?
QIA;QI=? O=?_808. B. A"ronta os princpios constitucionais da
'armonia e independYncia entre os 0oderes e da liberdade de locomoo
norma estadual que e%i$e pr-via licena da Assembleia <e$islativa para
que o 4overnador e o Hice54overnador possam ausentar5se do 0as por
qualquer prazo. !. Esp-cie de autorizao que, se$undo o modelo
"ederal, somente se (usti"ica quando o a"astamento e%ceder a quinze
dias. Aplicao do princpio da simetria. Orecedentes. Ao direta de
inconstitucionalidade ,ul*ada 'rocedente.
& Fa>&se uma cr<tica ao princ<pio da simetria- no sentido de ?ue seria uma
camisa de (or/a para o estado&membro- comprometendo ainda mais sua
autonomia- ?ue #H um tanto ?uanto restrita %lm disso- como e'emplo-
veri(ica&se ?ue os principais tributos dos estados (IC+O) e dos munic<pios
(IOO) s"o de le$isla/"o e'clusiva da Mni"o
Poss(b()(#a#e #e a#o%&o #e me#(#as 0ro+(s2r(as 0e)os esta#os$
membros4 #es#e Wue a#otem o mo#e)o fe#era) :0r(n"=0(o #a
s(metr(a;!
AD8 G!I ; T+ # T+6ANT8N/
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA
Gul*amento: 65L6FL1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
O?=;NCA?. >8CS@@IST8 08 =S@A08. O?8>=SS8
;=BS;A@!8. N=00A O?8!SU?A. >8NO=@pC>A 08
B8!=?CA08? OA?A =0@J";A. AIN=C@8 0= ?=NIC=?AST8
0= S=?!08?=S ORE;>8S. C>A@!A. 08AST8 0= E=CS 08
=S@A08. NAG8?AST8 08 O=?>=C@IA; 0= OA?@>OAST8 08S
NIC>_O8S CA A??=>A0AST8 08 >NS. =7>J>A ;=BA;
;N@A0A C8 @=NO8. O?=GI0>A;0A0=. B. 0odem os Estados5
membros editar medidas provis1rias em "ace do princpio da simetria,
obedecidas as re$ras bsicas do processo le$islativo no .mbito da =nio
@67, arti$o 9!A. !. 6onstitui "orma de restrio no prevista no vi$ente
sistema constitucional ptrio @67, S BR do arti$o !IA qualquer limitao
imposta &s unidades "ederadas para a edio de medidas provis1rias.
4K1
<e$itimidade e "acultatividade de sua adoo pelos Estados5membros, a
e%emplo da =nio 7ederal. 3. ;ei 14FLF6. ?ea,uste de remunerao dos
car*os de con%iana e&ercidos 'or servidores do =stado. niciativa reservada
ao >he%e do Ooder =&ecutivo. ;e*itimidade. ne&ist+ncia de a%ronta ao
'rinc$'io da moralidade. Oedido im'rocedente. 5. ;ei 116LF6. Autori(ao
le*islativa 'ara venda e doao de lotes situados em #rea urbana es'ec$%ica.
Ool$tica habitacional im'lantada na >a'ital de =stado em %ase de
consolidao. Aus+ncia de violao >arta 7ederal. m'roced+ncia. K. ;ei
14KLF6. 8%ensa ao 'rinc$'io da se'arao dos Ooderes 'or norma que atribui
ao Bovernador autori(ao 'ara dis'or, se*undo sua conveni+ncia, de bens
')blicos do =stado, sem es'eci%ic#"los. nstrumento anVmalo de dele*ao
de 'oderes. nobserv<ncia do 'rocesso le*islativo concernente s leis
dele*adas. Ao, no 'onto, ,ul*ada 'rocedente. M. ;ei 142LF6. =levao do
'ercentual da arrecadao do >NS a ser re'assado aos Nunic$'ios 'or
re'artio das receitas tribut#rias, no 'er$odo com'reendido entre os anos de
4FF6 e 4FFK. Sus'enso cautelar. ?e*ra cu,a e%ic#cia e&auriu"se 'elo
decurso do tem'o de sua vi*+ncia. Oedido 're,udicado 'or 'erda
su'erveniente do ob,eto. Ao direta ,ul*ada 'rocedente em 'arte 'ara
declarar a inconstitucionalidade da ;ei estadual 14KLF6.
A eGe"u%&o #as #e"(s'es #o Tr(buna) #e Contas Esta#ua) n&o
0o#e ser rea)(<a#a 0e)a 0r20r(a Corte #e Contas:
3E !!FDF: ; /E # /E3480E
?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8
?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA
Gul*amento: 61L6KL1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8. @?EICA; 0= >8C@AS
08 =S@A08 0= S=?BO=. >8NO=@DC>A OA?A =:=>I@A? SIAS
O?UO?AS 0=>S]=S: NO8SSE;0A0=. C8?NA O=?NSS!A
>8C@0A CA >A?@A =S@A0IA;. C>8CS@@I>8CA;0A0=. B.
As decisWes das 6ortes de 6ontas que impWem condenao patrimonial
aos responsveis por irre$ularidades no uso de bens p,blicos tYm
e"iccia de ttulo e%ecutivo @67, arti$o :B, S FRA. No podem, contudo,
ser e%ecutadas por iniciativa do pr1prio Tribunal de 6ontas, se(a
diretamente ou por meio do Minist-rio 0,blico que atua perante ele.
AusYncia de titularidade, le$itimidade e interesse imediato e concreto. !.
A ao de cobrana somente pode ser proposta pelo ente p,blico
bene"icirio da condenao imposta pelo Tribunal de 6ontas, por
interm-dio de seus procuradores que atuam (unto ao 1r$o (urisdicional
competente. F. Norma inserida na 6onstituio do Estado de /er$ipe,
que permite ao Tribunal de 6ontas local e%ecutar suas pr1prias decisWes
@6E, arti$o 9V, [8A. 6ompetYncia no contemplada no modelo "ederal.
Declarao de inconstitucionalidade, inciden"er "$n"%! , por violao ao
princpio da simetria @67, arti$o :IA. ?ecurso e&traordin#rio no
conhecido.
4K3
& Portanto- as conclus0es do KCM s"o enviadas para o +inistrio PDblico
(Mnidade do +P distinta da ?ue atua perante KCM- n"o o +PF) para
iniciar a e'ecu/"o
EGem0)o #e Norma #e Re0ro#u%&o .e#a#a!
& G a norma da CF cu#a reprodu/"o nas constitui/0es estaduais vedada-
con(orme entendimento do OKF
$ .er art. HQ4 CF 0r(n"=0(o #a (rres0onsab()(#a#e 0ena) #o
Pres(#ente #a Re0@b)("a.
Art. 2M. Admitida a acusao contra o Oresidente da ?e')blica, 'or dois
teros da ><mara dos 0e'utados, ser# ele submetido a ,ul*amento 'erante o
Su'remo @ribunal 7ederal, nas in%ra9es 'enais comuns, ou 'erante o
Senado 7ederal, nos crimes de res'onsabilidade.
P 4 " 8 Oresidente %icar# sus'enso de suas %un9es:
" nas in%ra9es 'enais comuns, se recebida a den)ncia ou quei&a"crime 'elo
Su'remo @ribunal 7ederal.
" nos crimes de res'onsabilidade, a'-s a instaurao do 'rocesso 'elo
Senado 7ederal.
P 1 " Se, decorrido o 'ra(o de cento e oitenta dias, o ,ul*amento no estiver
conclu$do, cessar# o a%astamento do Oresidente, sem 're,u$(o do re*ular
'rosse*uimento do 'rocesso.
P 3 " =nquanto no sobrevier sentena condenat-ria, nas in%ra9es comuns,
o Oresidente da ?e')blica no estar# su,eito a 'riso.
P 5 " 8 Oresidente da ?e')blica, na vi*+ncia de seu mandato, no 'ode ser
res'onsabili(ado 'or atos estranhos ao e&erc$cio de suas %un9es.
AD8 C:V ; 0M # 0A3A8MA
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8
?el. Ac-rdo
Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 4FL46L4FFK Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"15"44"4FFK OO"56377 =N=C@ !8;"6426F"64 OO"
66664
E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= "
>8CS@@IST8 08 =S@A08 0A OA?AEA " 8I@8?BA 0=
O?=??8BA@!AS 0= >A?J@=? O?8>=SSIA; O=CA; A8
B8!=?CA08? 08 =S@A08 " NIC0A0= A O?ST8 >AI@=;A? =
A QIA;QI=? O?8>=SS8 O=CA; O8? 0=;@8S =S@?AC[8S A
7ICST8 B8!=?CAN=C@A; " CA0NSSE;0A0= " 87=CSA A8
O?C>_O8 ?=OIE;>AC8 " ISI?OAST8 0= >8NO=@DC>A
;=BS;A@!A 0A ICT8 " O?=??8BA@!AS C=?=C@=S A8
O?=S0=C@= 0A ?=OIE;>A =CQIAC@8 >[=7= 0= =S@A08
(>7L22, A?@. 2M, OA?. 3. = 5.) " AST8 0?=@A O?8>=0=C@=.
4K5
O?C>_O8 ?=OIE;>AC8 = ?=SO8CSAE;0A0= 08S
B8!=?CAC@=S. " A res'onsabilidade dos *overnantes ti'i%ica"se como
uma das 'edras an*ulares essenciais a con%i*urao mesma da ideia
re'ublicana. A consa*rao do 'rinc$'io da res'onsabilidade do >he%e do
Ooder =&ecutivo, alm de re%letir uma conquista b#sica do re*ime
democr#tico, constitui conseqZ+ncia necess#ria da %orma re'ublicana de
*overno adotada 'ela >onstituio 7ederal. 8 'rinc$'io re'ublicano
e&'rime, a 'artir da ideia central que lhe e sub,acente, o do*ma de que todos
os a*entes ')blicos " os Bovernadores de =stado e do 0istrito 7ederal, em
'articular " so i*ualmente res'ons#veis 'erante a lei.
?=SO8CSAE;0A0= O=CA; 08 B8!=?CA08? 08 =S@A08. " 8s
Bovernadores de =stado " que dis'9em de 'rerro*ativa de %oro ratione
muneris 'erante o Su'erior @ribunal de Gustia (>7, art. 46K, , a) " esto
'ermanentemente su,eitos, uma ve( obtida a necess#ria licena da res'ectiva
Assembleia ;e*islativa (?= 4K3.FM2"EA, ?el. Nin. ;NA? BA;!A8. ?=
4KF.136"OE, ?el. Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=), a 'rocesso 'enal
condenat-rio, ainda que as in%ra9es 'enais a eles im'utadas se,am estranhas
ao e&erc$cio das %un9es *overnamentais. " A imunidade do >he%e de =stado
a 'ersecuo 'enal deriva de cl#usula constitucional e&orbitante do direito
comum e, 'or tradu(ir conseqZ+ncia derro*at-ria do 'ostulado re'ublicano,
s- 'ode ser outor*ada 'ela 'r-'ria >onstituio 7ederal. Orecedentes: ?@G
455L43M, ?el. Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=. ?@G 45ML5M7, ?el. Nin.
>=;S8 0= N=;;8. Analise do direito com'arado e da >arta Ool$tica
brasileira de 4F37. NIC0A0= A O?ST8 >AI@=;A? "
O?=??8BA@!A 08 O?=S0=C@= 0A ?=OIE;>A "
NO8SSE;0A0= 0= SIA =:@=CSA8, N=0AC@= C8?NA 0A
>8CS@@IST8 =S@A0IA;, A8 B8!=?CA08? 08 =S@A08. " +
Estado5membro, ainda que em norma constante de sua pr1pria
6onstituio, no dispWe de competYncia para outor$ar ao 4overnador
a prerro$ativa e%traordinria da imunidade a priso em "la$rante, a
priso preventiva e a priso temporria, pois a disciplinao dessas
modalidades de priso cautelar submete5se, com e%clusividade, ao poder
normativo da =nio 7ederal, por e"eito de e%pressa reserva
constitucional de competYncia de"inida pela 6arta da 3epublica. 5 A
norma constante da 6onstituio estadual 5 que impede a priso do
4overnador de Estado antes de sua condenao penal de"initiva 5 no se
reveste de validade (urdica e, consequentemente, no pode subsistir em
"ace de sua evidente incompatibilidade com o te%to da 6onstituio
7ederal. 03E33+4AT8HA/ 8NE3ENTE/ A+ 03E/8DENTE DA
3E0=M<86A EN]=ANT+ 6\E7E DE E/TAD+. 5 +s Estados5
membros no podem reproduzir em suas pr1prias 6onstituiWes o
conte,do normativo dos preceitos inscritos no art. V9, 0A3.F. e G., da
6arta 7ederal, pois as prerro$ativas contempladas nesses preceitos da
<ei 7undamental 5 por serem unicamente compatveis com a condio
institucional de 6'e"e de Estado # so apenas e%tensveis ao 0residente
da 3epublica.
EGem0)o #e NOR!A DE REPETIRSO FACULTATI.A
& Ocorre ?uando o OKF (aculta a reprodu/"o da norma constitucional nas
constitui/0es estaduais- a car$o do estado&membro Oi$ni(ica ?ue a?ui
n"o ;averH obri$atoriedade de aplica/"o do princ<pio da simetria
4KK
& % re$ra a %,M de(ender interesses da Mni"o O OKF decidiu- na %DI
1J1J- ?ue na ;ip.tese de ser assunto de #urisprud8ncia paci(icada- a
%,M nem se?uer precisaria de(ender tese contrHria- em nome dos
interesses da Mni"o E"o sendo matria paci(icada em #urisprud8ncia- a
%,M deve de(ender
& A'emplo de normas ?ue $eram certa con(us"o! art 21- 1I2 e 1PP- _ JV-
CF O +PDFK n"o tem nen;uma rela/"o com o $overnador- por isso o DF
o Dnico estado&membro ?ue n"o conse$ue (a>er $uerra (iscal %
con(us"o reside predominantemente em rela/"o =s pol<cias- ?ue ser"o
or$ani>adas e mantidas pela Mni"o (art 21- 1I2- CF)- porm dever"o se
submeter ao $overnador (art 1PP- _ JV- CF)
Art. 14. >om'ete Inio:
(...)
:! " or*ani(ar e manter a 'ol$cia civil, a 'ol$cia militar e o cor'o de
bombeiros militar do 0istrito 7ederal, bem como 'restar assist+ncia
%inanceira ao 0istrito 7ederal 'ara a e&ecuo de servios ')blicos, 'or meio
de %undo 'r-'rio.(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 4F, de 4FF2)
(...)
Art. 455. A se*urana ')blica, dever do =stado, direito e res'onsabilidade de
todos, e&ercida 'ara a 'reservao da ordem ')blica e da incolumidade das
'essoas e do 'atrimVnio, atravs dos se*uintes -r*os:
" 'ol$cia %ederal.
" 'ol$cia rodovi#ria %ederal.
" 'ol$cia %errovi#ria %ederal.
! " 'ol$cias civis.
! " 'ol$cias militares e cor'os de bombeiros militares.
(...)
P M " As 'ol$cias militares e cor'os de bombeiros militares, %oras au&iliares
e reserva do =&rcito, subordinam"se, ,untamente com as 'ol$cias civis, aos
Bovernadores dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios.
(...)
& O %,M curador da lei (compete a ele de(ender o ato impu$nado- nos
termos da CF)- nesse sentido obri$ado a se mani(estar ?uando al$uma
lei (ederal (or ?uestionada mediante %DI (declarada inconstitucional)
O preYmbulo da CF um e'emplo de norma de repeti/"o (acultativa!
& PreImbu)o #a Const(tu(%&o! n"o constitui norma central Invoca/"o da
prote/"o de Deus! n"o se trata de norma de reprodu/"o obri$at.ria na
Constitui/"o estadual- n"o tendo (or/a normativae (%DI 2U5J- 4el +in
Carlos 2elloso- D@ U6XU6XU9)
AD8 !F:B M6 ; E/ 5 E/0K38T+ /ANT+
4KM
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 67L63L1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"67"61"1663 OO"66614 =N=C@ !8;"616F7"63 OO"
66574
EMENTA: Ao direta de inconstitucionalidade. Nedida liminar. P K do
arti*o K2 da >onstituio do =stado do =s'$rito Santo na redao dada 'ela
=menda >onstitucional 17L1666. 7alta de relev<ncia ,ur$dica da
%undamentao da ar*uio de inconstitucionalidade 'ara a concesso de
liminar. " =sta >orte, ,# na vi*+ncia da atual >onstituio " assim, nas
A0Ces 7F1 e 7F3 e nas A0N=>es 4.K12, 1.1M1 e 1.1F1, as duas )ltimas
,ul*adas recentemente ", tem entendido, na esteira da orientao adotada na
?e'resentao n 4 .15K com re%er+ncia ao arti*o 36, 'ar#*ra%o )nico, letra
/%/, da =menda >onstitucional n 4LMF, que o S GR do arti$o I:, que veda a
reconduo dos membros das Mesas das 6asas le$islativas "ederais para
os mesmos car$os na eleio imediatamente subsequente, no -
princpio constitucional de observ.ncia obri$at1ria pelos Estados5
membros. 5 6om maior razo, tamb-m no - princpio constitucional de
observ.ncia obri$at1ria pelos Estados5membros o preceito, contido na
primeira parte desse mesmo S GR do arti$o I: da atual 6arta Ma$na,
que s1 estabelece que cada uma das 6asas do 6on$resso Nacional se
reunir, em sessWes preparat1rias, a partir de BR de "evereiro, no
primeiro ano da le$islatura, para a posse de seus membros e a eleio
das respectivas Mesas, sem nada aludir 5 e, portanto, sem estabelecer
qualquer proibio a respeito 5 & data dessa eleio para o se$undo
biYnio da le$islatura. Oedido de liminar inde%erido.
ADI NX 6/LH !EDIDA LI!INAR
AD8 G!CV M6, ?elator(a): Nin. >=^A? O=;IS8, @ribunal Oleno, ,ul*ado
em 67L46L166F, 0Ge"113 0!I;B 1M"44"166F OIE;> 17"44"166F
=N=C@ !8;"61325"64 OO"666F3
(...) 1. C>8CS@@I>8CA;0A0=. Ao direta. ;ei n 1.4K5L166F, do
=stado do @ocantins. =leio de Bovernador e !ice"Bovernador. [i'-tese
de car*os va*os nos dois )ltimos anos de mandato. =leio indireta 'ela
Assembleia ;e*islativa. !otao nominal e aberta. >onstitucionalidade
a'arente reconhecida. ?e'roduo do dis'osto no art. 24, P 4, da >7. No
obri$atoriedade. E%erccio da autonomia do Estado5membro. ;iminar
inde%erida. Orecedente. =m sede tutela anteci'ada em ao direta de
inconstitucionalidade, a'arenta constitucionalidade a lei estadual que 'rev+
eleio 'ela Assembleia ;e*islativa, 'or votao nominal e aberta, 'ara os
car*os de Bovernador e !ice"Bovernador, va*os nos dois )ltimos anos do
mandato.
& 2er o art 61 da CF!
4K7
Art. 24. !a*ando os car*os de Oresidente e !ice"'residente da ?e')blica,
%ar"se"# eleio noventa dias de'ois de aberta a )ltima va*a.
P 4 " 8correndo a vac<ncia nos )ltimos dois anos do 'er$odo 'residencial, a
eleio 'ara ambos os car*os ser# %eita trinta dias de'ois da )ltima va*a,
'elo >on*resso Cacional, na %orma da lei.
EGem0)o Wue a Wuest&o n&o , s(m0)es e Wue o 0r20r(o STF Ds
+e<es tem #@+(#as sobre a nature<a #a norma fe#era) se #e
re0ro#u%&o obr(gat2r(a ou fa"u)tat(+a:
*; Nomea%&o #o Pro"ura#or$gera) #o esta#o: )(+re nomea%&o4
obe#e"en#o ao 0r(n"=0(o #a s(metr(a :art. *8* #a CF;k Ou 9C
autonom(a #o ente fe#erat(+ok
A; 0r(me(ro enten#(mento:
AD8 !B: ; 0M # 0A3AKMA
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8
Gul*amento: 12L62L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@S.
43K, . = 432, >AOI@ = P 3., 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 0A
OA?A_EA. AI@8C8NA CS@@I>8CA; 0A O?8>I?A08?A"
B=?A; 08 =S@A08. ?=QIS@8S OA?A A C8N=AST8 08
O?8>I?A08?"B=?A;, 08 O?8>I?A08?"B=?A; A0GIC@8 = 08
O?8>I?A08?">8??=B=08?. 8 inciso do mencionado art. 43K, ao
atribuir autonomia %uncional, administrativa e %inanceira Orocuradoria
'araibana, desvirtua a con%i*urao ,ur$dica %i&ada 'elo te&to constitucional
%ederal 'ara as Orocuradorias estaduais, desres'eitando o art. 431 da >arta da
?e')blica. +s demais dispositivos, ao estabelecerem requisitos para a
nomeao dos car$os de c'e"ia da 0rocuradoria54eral do Estado,
limitam as prerro$ativas do 6'e"e do E%ecutivo estadual na escol'a de
seus au%iliares, al-m de disciplinarem mat-ria de sua iniciativa
le$islativa, na "orma da letra c do inciso 88 do S BR do art. 9B da
6onstituio 7ederal. Ao ,ul*ada 'rocedente.
K; SE>UNDO ENTENDI!ENTO * %DI 2J62
AD8 !9V! ; A0 # AMA0Z
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S
Gul*amento: 41L61L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: Ao 0ireta de nconstitucionalidade. 1. E%presso
Xpre"erencialmenteX contida no art. BIF, S BR, da 6onstituio do Estado
do Amap. art. M da ;ei >om'lementar 44L4FFM, do =stado do Ama'#, na
'arte em que con%eriu nova redao ao art. 33 da ;ei >om'lementar ML4FF5
do mesmo =stado. e redao ori*in#ria do art. 33, P 4, da ;ei >om'lementar
ML4FF5, do =stado do Ama'#. 3. ?e,eitada a 'reliminar de in'cia da 'etio
4K2
inicial. A mera indicao de %orma errVnea de um dos arti*os im'u*nados
no obsta o 'rosse*uimento da ao, se o requerente tecer coerentemente sua
%undamentao e transcrever o dis'ositivo constitucional im'u*nado. G.
0rovimento em comisso, de livre nomeao e e%onerao pelo
4overnador, dentre advo$ados, dos car$os de 0rocurador54eral do
Estado, 0rocurador de Estado 6orre$edor, /ubprocurador54eral do
Estado e 0rocurador de Estado 6'e"e. Ale$ada violao ao art. BF! da
6onstituio 7ederal. A "orma de provimento do car$o de 0rocurador5
4eral do Estado, no prevista pela 6onstituio 7ederal @art. BF!A, pode
ser de"inida pela 6onstituio Estadual, competYncia esta que se insere
no .mbito de autonomia de cada Estado5membro. Orecedentes: A0
1.K24 e A0 147. >onstitucionalidade dos dis'ositivos im'u*nados em
relao aos car*os de Orocurador"Beral do =stado e de seu substituto,
Orocurador de =stado >orre*edor. !encida a tese de que o Orocurador"Beral
do =stado, e seu substituto, devem, necessariamente, ser escolhidos dentre
membros da carreira. K. !iola o art. 37, incisos e !, norma que cria car*o
em comisso, de livre nomeao e e&onerao, o qual no 'ossua o car#ter
de assessoramento, che%ia ou direo. Orecedentes. nconstitucionalidade dos
dis'ositivos im'u*nados em relao aos car*os de Sub'rocurador"Beral do
=stado e de Orocurador de =stado >he%e. M. Ao ,ul*ada 'arcialmente
'rocedente.
Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009.
STF decide (ue governador do Amap' pode escolher livremente procurador;
geral do Estado*
Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, na
tarde desta quinta-feira (12), que o governador do Amap pode nomear livremente
o procurador-geral do Estado e seu eventual substituto, o procurador corregedor,
mesmo entre profissionais estranhos carreira da advocacia pblica estadual.
Mas que no pode escolher livremente os cargos de subprocurador, procurador de
estado e procurador-chefe.
Ao votar no julgamento da Ao Direta de nconstitucionalidade (AD)
2682, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, lembrou de dois precedentes
julgados pela Corte sobre o tema. Na AD 217, disse Gilmar Mendes, os ministros
reconheceram que os parmetros fixados pela Constituio Federal (artigo 131)
quanto livre nomeao do advogado-geral da Unio pelo presidente da
Repblica, devem ser observados para a investidura dos procuradores-gerais dos
Estados, que seriam, assim, de livre nomeao e exonerao por parte do
governador.
J na AD 2581, lembrou Gilmar Mendes, a concluso a que chegou o
Pleno foi de que o cargo de advogado-geral da Unio se equipara ao cargo de
ministro de Estado, da mesma forma que o procurador-geral do Estado tem status
de secretrio estadual ambos, portanto, de livre nomeao por parte do chefe do
Executivo.
Ao acompanhar o relator, o ministro Cezar Peluso acrescentou que o
artigo 235, V, da Constituio Federal, deixa claro como sero escolhidos os
cargos, mas s at que sejam promulgadas as constituies estaduais. Dessa
forma, arrematou Peluso, a Constituio da Repblica permitiu que as
constituies estaduais disciplinassem a matria.
Concurso p@blico
4KF
A ao foi ajuizada na Corte pela Ordem dos Advogados do Brasil, em
julho de 2002, questionando o artigo 135, pargrafo 1 da Constituio do estado
do Amap, e as Leis Complementares 6/94 e 11/96, tambm do estado. Segundo
a OAB, a norma ofenderia o artigo 132 da Constituio de 1988, alm de permitir
que cerca de 40% dos cargos de procurador, atualmente em atividade no estado,
sejam exercidos por pessoas que no se submeteram a concurso pblico,
desrespeitando o artigo 37 da Carta Magna.
C; TERCEIRO ENTENDI!ENTO !
& 4etorno = norma de reprodu/"o obri$at.ria * obri$atoriedade da livre
nomea/"o- nos moldes do arti$o 191 CF!
Art. 434. A Advocacia"Beral da Inio a instituio que, diretamente ou
atravs de -r*o vinculado, re'resenta a Inio, ,udicial e e&tra,udicialmente,
cabendo"lhe, nos termos da lei com'lementar que dis'user sobre sua
or*ani(ao e %uncionamento, as atividades de consultoria e assessoramento
,ur$dico do Ooder =&ecutivo.
P 4 " A Advocacia"Beral da Inio tem 'or che%e o Advo*ado"Beral da
Inio, de livre nomeao 'elo Oresidente da ?e')blica dentre cidados
maiores de trinta e cinco anos, de not#vel saber ,ur$dico e re'utao ilibada.
P 1 " 8 in*resso nas classes iniciais das carreiras da instituio de que trata
este arti*o %ar"se"# mediante concurso ')blico de 'rovas e t$tulos.
P 3 " Ca e&ecuo da d$vida ativa de nature(a tribut#ria, a re'resentao da
Inio cabe Orocuradoria"Beral da 7a(enda Cacional, observado o dis'osto
em lei.
Quarta-feira, 07 de Abril de 2010
>eclarada inconstitucional regra do BT sobre indica4)o de procurador;geral
do estado*
O Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que
inconstitucional parte da Constituio do estado de Mato Grosso no ponto que se
refere indicao do procuradorgeral do estado (chefe da advocacia pblica no
estado).
A deciso ocorreu na sesso plenria desta quarta-feira (7) no julgamento
da Ao Direta de nconstitucionalidade (AD) 291, proposta pelo procurador-geral
da Repblica contra a Assembleia Legislativa matogrossense.
Entre os pontos considerados inconstitucionais, o relator, ministro Joaquim
Barbosa, destacou o trecho que afirma que o procurador-geral do estado deve ser
escolhido dentre os integrantes da carreira de procurador, atravs de lista trplice
elaborada pelo Colgio de Procuradores, para mandato de dois anos, permitida
uma reconduo*
Ele relembrou (ue o pr!prio STF 9' entendeu& no 9ulgamento
da A>C -,E7& (ue a nomea4)o do procuradorgeral do estado deve
ser de livre escolha do governador*
:Por entender (ue cabe ao governador escolher e nomear
para o cargo em comiss)o de procurador;geral do estado a(uele
(ue no seu entender melhor desempenhar' essa 2un4)o& eu voto
4M6
pela inconstitucionalidade do par'gra2o -I do artigo 777 da
Constitui4)o do estado do Bato Grosso<& a2irmou o ministro*
+utra regra considerada inconstitucional a (ue permitia a
inamovibilidade do procurador estadual& pois& na opini)o do
relator& incompat6vel com o status 2uncional& uma ve$ (ue a
Constitui4)o Federal garantiu essa prerrogativa somente aos
membros da magistratura& do Binistrio P@blico e da >e2ensoria
P@blica*
Ele tambm entendeu (ue o artigo 7/- da constitui4)o
estadual estabeleceu outras 2un45es aos procuradores do estado&
extrapolando as prerrogativas taxativamente estipuladas no artigo
7F- da Constitui4)o Federal*
Alm desses pontos& o Plen'rio declarou a inconstitucionalidade
dos incisos 22 e 23 do artigo 26; a ntegra do artigo 39; o inciso 2 do artigo 67; a
ntegra do pargrafo nico do artigo 110; a cabea do artigo 111; o pargrafo 2
do artigo 111; os incisos 2 e 6 do artigo 112; o pargrafo nico do artigo 112 e o
inciso segundo do artigo 113.
- $ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
*. INTRODURSO. NORSO >ERAL.
*.*. I#e(a "ara"ter=st("a #as Const(tu(%'es r=g(#as.
*./. Ne"ess(#a#e #e "onser+a%&o #os 0r(n"=0(os bas()ares 0re+(stos
na Const(tu(%&o.
*.8. Nature<a 0o)=t("o 1ur=#("a #o "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e.
*.6. E)emento (ntr=nse"o #o esWuema "on"reto #e se0ara%&o #e
0o#eres #a Const(tu(%&o.
*.?. Fun%&o #e )eg(s)a#or negat(+o.
T Caracter<sticas do controle de constitucionalidade di(uso (incidental)!
& A'&tunc;
& Inter partes;
& Caso concreto;
& Controle di(uso;
& 2ia recursal
& Pode ser distribu<do por ?ual?uer #ui>
4M4
Au)a *H $
/*75Q7/5**
/. !ODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DE LEIS!
/.*. !o#e)o Norte$amer("ano ou !o#e)o #e Contro)e #(fuso
/.*.*. Prim.rdios do sistema
/.*./. Clebre decis"o Barbury 1 Badison - de 16U9- da Ouprema Corte
%mericana O @ui> +ars;al (i'ou o se$uinte entendimento!
X8u havemos de admitir que a >onstituio anula qualquer medida
le*islativa que a contrarie ou anuir em que a le*islatura 'ossa alterar 'or
medidas ordin#rias a >onstituio. 8u a >onstituio uma lei su'erior,
soberana, irre%orm#vel 'or meios comuns. ou se nivela com os atos da
le*islao usual, e, como estes, re%orm#vel ao sabor da le*islatura. Se a
'rimeira 'ro'osio verdadeira, ento o ato le*islativo, contr#rio
>onstituio, no ser# lei. se verdadeira a se*unda, ento as constitui9es
escritas so absurdos es%oros do 'ovo, 'or limitar um 'oder de sua nature(a
ilimit#vel. 8ra, com certe(a todos os que t+m %ormulado constitui9es
escritas, sem're o %i(eram com o intuito de assentar a lei %undamental e
su'rema da nao, e, consequentemente, a teoria de tais *overnos deve ser
que qualquer ato da le*islatura, o%ensivo da >onstituio, nulo. =sta
doutrina est# essencialmente li*ada s >onstitui9es =scritas e, 'ortanto,
deve"se observar como um dos 'rinc$'ios %undamentais de nossa
sociedadeY.
/.*.8. % se$unda declara/"o de inconstitucionalidade pela Ouprema Corte *
O Caso Dre# S"ott +. Stan#for# g JU MO 979 (16Q5)& ?uando a Ouprema
Corte colocou em prHtica a doutrina de controle de constitucionalidade das
leis estaduais- dantes elaborada no caso (arburM ! (adison!
/.*.8.*. At(+(smo 3u#("(a) * inter(er8ncia em ?uest0es
pol<ticas Aste caso- um dos mais pol8micos na ;ist.ria da
Ouprema Corte norte& americana- e considerado por
muitos como o mais importante #H #ul$ado nos Astados
Mnidos da %mrica- teve "onseWuOn"(as re)e+antes4 ao
0re"(0(tar o (n="(o #a >uerra C(+().
/.*.8./. Os fatos & Eascido na 2ir$<nia- em 1577- Dred
era um escravo ne$ro de Ot Nouis- +issouri- ?ue (ora
levado pelo dono- o sen;or @o;n Amerson- para Illinois e-
de lH- para Fisconsin Ocorre ?ue nesses dois Dltimos
lu$ares a escravid"o era proibida O dono de Dred morre
em 16P9- e este continua trabal;ando para a esposa do
dono- a sen;ora Amerson Am 16PJ- ao retornar ao estado
de ori$em- +issouri- Ocott in$ressou com uma a/"o
#udicial pleiteando ?ue l;e (osse recon;ecida a liberdade-
4M1
#H ?ue residira em solo livre- baseando&se- para tanto- na
determina/"o ?ue previa! once freeH al#aMs free n
uma +e< )(+re4 sem0re )(+re. O "aso fo( 1u)ga#o 0e)a
0r(me(ra +e< em *H6E4 mas 0or o "on+en"(mento #o
1u(< ter s(#o basea#o em um testemun9o (n#(reto
sobre os fatos4 a #e"(s&o fo( anu)a#a e #eu ense1o a
um no+o 1u)gamento4 o"orr(#o em *H?54 #esta fe(ta
garant(n#o a )(ber#a#e #o es"ra+oN
/.*.8.8. Asse lapso temporal entre o primeiro e o se$undo
#ul$amento (oi determinante para o desenrolar da causa Durante
os tr8s anos em ?ue n"o (icara decidido se Dred era ou n"o um
;omem livre- os salHrios ?ue obteve dos servi/os prestados a
terceiros (icaram sob dep.sito #udicial Eesse meio tempo- a
sen;ora Amerson casou novamente e se mudou para a re$i"o
con;ecida como Eova In$laterra- trans(erindo ao irm"o @o;n
Otan(ord a $est"o dos ne$.cios Aste- ent"o- ob#etivando a
propriedade dos valores $uardados- apelou = Corte estadual-
visando a reverter a decis"o de primeiro $rau ?ue concedera
liberdade ao escravo % Corte Astadual concedeu&l;e o $an;o da
causa Dred Ocott- ent"o- recorreu = Ouprema Corte Otan(ord
contra&ar$umentou- a(irmando ?ue o escravo n"o cidad"o- e
?ue- portanto- n"o teria o direito de interpor recurso no Ymbito
(ederal %du>iu- ainda- serem inconstitucionais as leis emanadas
do Con$resso visando a proibir a escravid"o nos estados- e ?ue o
$overno (ederal n"o poderia privar os proprietHrios de seus
pertences sem o devido processo le$al % ?uest"o dei'ou de ser
se o Astado do +issouri poderia ou n"o aprisionar uma pessoa
livre- mas se em al$um momento Dred c;e$ou a ter a alme#ada
liberdade % Ouprema Corte manteve a escravid"o por 5 votos a
2 O voto do Presidente- 4o$er ) KaneZ- (oi o condutor da
maioria Am seu voto- KaneZ determinou ?ue um ne$ro at
poderia ser considerado cidad"o em al$um estado espec<(ico- mas
?ue isso n"o o tornava cidad"o dos Astados Mnidos a ponto de ter
o direito de recorrer nas cortes (ederais De ?ual?uer maneira- o
pedido (ormulado no recurso n"o merecia prosperar- por?ue Ocott
nunca c;e$ara a ser um ;omem livre A Corte #e")arou Wue
o Congresso eG"e#era D autor(#a#e #e)ega#a 0e)a
Const(tu(%&o4 Wuan#o 0ro(b(u ou abo)(u a es"ra+(#&o
nos esta#os. N&o 0ossu=a a Casa Leg(s)at(+a
)eg(t(m(#a#e 0ara 0romu)gar normas #essa
nature<a4 uma +e< Wue a Carta !agna 0roteg(a a
0ro0r(e#a#e #os sen9ores sobre os es"ra+os.
Determ(nou Tanec:
/e a 6onstituio recon'ece o direito de propriedade do
dono sobre um escravo, e no "az distino entre esse tipo de
propriedade e outra qualquer possuda por um cidado,
nen'um tribunal, que a(a sob a autoridade dos Estados =nidos,
se(a ele le$islativo, e%ecutivo ou (udicirio, tem o direito de
"azer tal distino, ou de ne$ar5l'e o bene"cio das estipulaWes
4M3
ou $arantias "ornecidas para a proteo da propriedade
privada contra os abusos do $overno.
8ra (...), o direito de 'ro'riedade sobre um escravo distinto e
e&'ressamente a%irmado na >onstituio. 8 direito de ne*oci#"lo, como um
arti*o comum de mercadoria e de 'ro'riedade, %oi *arantido aos cidados
dos =stados Inidos, em todos os =stados que o dese,em, 'or vinte anos. = o
*overno, em termos e&'ressos, obri*ado a 'rote*+"lo em todo o tem'o
%uturo, se o escravo esca'ar do dono... = nenhuma 'alavra da >onstituio
d# ao >on*resso um 'oder maior sobre a 'ro'riedade escrava, ou ,usti%ica o
%ato de ter uma 'ro'riedade desse *+nero menos 'roteo do que qualquer
outra. 8 )nico 'oder con%erido o que se associa ao dever de *uardar e
'rote*er o dono em seus direitos.
7eitas essas considera9es, o'ina o tribunal que a ;ei do >on*resso que
'roibia um cidado de ter e 'ossuir 'ro'riedades desse *+nero no territ-rio
dos =stados Inidos ao norte da linha su'ramencionada, no sendo
autori(ada 'ela >onstituio, , 'ortanto, nula, e que nem o 'r-'rio 0red
Scott, nem nin*um da sua %am$lia, %oram libertados 'or terem sido
trans'ortados 'ara esse territ-rio. mesmo que tivessem sido levados 'ara l#
'elo dono, com a inteno de ali residir 'ermanentementeY.
/.*.6. Controle atribu<do a todos os .r$"os do Poder @udiciHrio
/.*.?. Dimens"o da decis"o limitada ao caso concreto em e'ame
/.*.Q. % Ouprema Corte decide a constitucionalidade apenas como
Dltimo .r$"o e n"o como Dnico .r$"o & Fudicial reie#
/.*.E. %nHlise de 4elevYncia & FudiciarM Act4 #e *L/? A
Su0rema Corte 0assa a ter o "ontro)e #aWu()o Wue (rC 1u)gar.
4rit of CertiorarM Carta ReWu(s(t2r(a. Stare Decisis et non
7uieta moere T!anten9a$se a #e"(s&o e n&o mo+a o Wue
estC em re0ousoU efe(to +(n"u)ante #as #e"(s'es #a
Su0rema Corte.
& 4e$ra do Rule of Cour (nos AM%)- pois a corte (ormada por nove
#ustices % decis"o deles n"o e'i$e motiva/"o- n"o ;H voto- a se/"o
secreta e n"o cabe recurso al$um
& Eos AM%- em ra>"o do alto volume de processo ?ue c;e$ava = corte
suprema- sur$iu o 4rit of certiorarM G uma (orma de os ministros
decidirem o ?ue v"o ou n"o v"o #ul$ar G uma decis"o de cun;o
pol<tico A'istem alternativas de (iltros- como a Brepercuss"o $eralC
Asta sur$iu tardiamente no )rasil- apenas em 2UUP Deveria ter
sur$ido muito antes
& Amicus Curiae * ami$o da corte O ?ue se entende desse tema (oi
inventado pelos norte&americanos %l$uns doutrinadores vinculam a
teoria (de 179U) dos ami$os da corte a Peter I^rbele (% sociedade
aberta dos intrpretes da Constitui/"o * anos 17QU) Di>ia ?ue todos
4M5
devem ser intrpretes da Constitui/"o E"o (oi ele ?ue inspirou o
amicus curiae- mas um $rande de(ensor do amicus curiae- no
sentido de ?ue ?uanto mais opini"o ;ouver sobre um tema debatido-
mel;or
& Luando uma discuss"o do caso concreto c;e$a = suprema corte- na
verdade n"o mais serH discutido apenas o caso concreto- mas serH
discutido e decidido o tema em ?uest"o- decis"o essa ?ue muito
provavelmente envolverH repercuss"o $eral
& )randeis )rie( * (oi um caso de amicus curiae muito importante O
amicus curiae no )rasil tem sido mal utili>ado % ideia do amicus
curiae nos AM% (unciona da se$uinte (orma! a suprema corte passa
seis meses apenas por conta de apreciar as ideias e ar$umentos
tra>idos pelos amicus curiae- depois de ter sido divul$ado para a
sociedade o #ul$amento de determinado tema Eos AM% a Corte
Ouprema #ul$a 6U processos por ano Eo )rasil o OKF #ul$a 2UUUUU
processos por ano
& Eesse caso eles estavam #ul$ando se ;omens e mul;eres teriam
?ue ter #ornadas de trabal;o i$uais ou n"o IH coisas ?ue o direito-
na verdade- n"o #ul$a A esse um dos casos Luem poderia resolver
era a medicina ou a psicolo$ia etc Foi importante por?ue em uma
pH$ina ele (alou do direito- e em 77 outras pH$inas ele (alou de
?uest0es psicol.$icas- biol.$icas- peda$.$icas etc Portanto- esse
#ul$amento trou'e ar$umentos alm do direito O valor do amicus
curiae n"o s. apresentar ar$umentos #ur<dicos- mas tra>er outros
prismas- outras vis0es- sob o ponto de vista de outras ci8ncias- ou
at mesmo tra>er ar$umentos contrHrios
& O te'to em espan;ol BN% O)OONAOCAECI% DA N% )IPON%4ID%D
K4%DICIOE%N (+ODANO %+A4IC%EO * +ODANO AM4OPAO&RANOAEI%EO) DA
NOO OIOKA+%O DA @MOKICI% COEOKIKMCIOE%NC- enviado pela pro(essora-
re$istra ?ue estH ocorrendo a abstrativi>a/"o do controle di(uso- de
modo ?ue a anti$a dicotomia entre controle di(uso e controle
concentrado estH cada ve> mais miti$ada O caso concreto no
controle di(uso perde cada ve> mais espa/o
& %t a liberdade de e'press"o relativi>ada % verdade da vida- em
rela/"o aos direitos- estH na sociedade %?uilo ?ue a sociedade
le$itima e n"o le$itima
/.*.H. Eo )rasil- a AC nq PQX2UUP acrescentou o _9q ao arti$o 1U2
da Constitui/"o Federal- por meio do ?ual se prev8 a necessidade
de o recorrente demonstrar a repercuss"o $eral das ?uest0es
constitucionais discutidas no caso!
Art. 461. (...)
P3A " Co recurso e&traordin#rio o recorrente dever# demonstrar a
re'ercusso *eral das quest9es constitucionais discutidas no caso, nos termos
4MK
da lei, a %im de que o @ribunal e&amine a admisso do recurso,
somente 'odendo recus#"lo 'ela mani%estao de dois teros de seus
membros.
& O caso )randeis )rie( (oi copiado recentemente para o )rasil- pela inser/"o
do _ 9V ao art 1U2 da CF- pela AC PQX2UUP
& Oe a minoria ?uiser #ul$ar- a ?uest"o serH #ul$ada A necessHria a recusa
de pelos oito inte$rantes
/.*.L. Processo Oub#etivo ou Ob#etivo] Carl Ieinric; Tr(e0e)- #urista
alem"o- em 172U- a(irmava ?ue os americanos ;aviam desenvolvido o mais
ob#etivo dos processos ?ue se poderia ima$inar O instituto do .micus
1uriae * %mi$o da Corte
O controle di(uso no )rasil se$ue o modelo norte&americano
& Observa/"o de Kriepel (estH no te'to em espan;ol) & O atual controle
di(uso se apro'ima muito do controle concentrado europeu- #ustamente no
sentido de ?ue atualmente- para se c;e$ar ao controle di(uso- a ?uest"o
praticamente #H envolverH repercuss"o $eral
/./. !o#e)o Euro0eu ou !o#e)o #e Contro)e "on"entra#o
& Asclarecimentos preliminares!
Contro)e D(fuso Processo sub#etivo W e'istem partes- ou se#a- ;ouve
um caso concreto % ?uest"o c;e$a = Ouprema Corte pela via recursal
Contro)e Con"entra#o Processo ob#etivo W n"o ;H partes- n"o ;H
caso concreto- toda a discuss"o reali>ada em abstrato % ?uest"o c;e$a =
Ouprema Corte pela via direta O pai do processo ob#etivo Ians Relsen-
em seu livro 2urisdi*3o 1onstitucional (um clHssico- de leitura obri$at.ria)
Discute a ?uest"o em tese (teoricamente)- sem analisar caso concreto %
decis"o tem e(icHcia erga omnes- pois n"o ;H caso concreto e e(icHcia ex-
nunc (teoria da anulabilidade das leis (a leis tiveram validade at a
declara/"o de inconstitucionalidade)- di(erente de teoria da nulidade das
leis (norte&americana) * e(icHcia ex-tunc)
/./.*. Pr(m2r#(os #o s(stema
/././. Formula/0es te.ricas de Ians Relsen ?ue (oram adotadas pela
Constitui/"o %ustr<aca de 172U
/././.*. Fuem #e+e ser o #efensor #a Const(tu(%&ok
& Discuss"o travada entre os dois autores abai'o Luem
deve di>er o conteDdo do direito constitucional
/././.*.*. Pos(%&o #e Car) S"9m(tt
4MM
& Di>ia ?ue o de(ensor da Constitui/"o deveria ser o
C;e(e do A'ecutivo- (a>endo o controle de
constitucionalidade das leis- pois s. ele poderia avaliar
o mel;or momento e a mel;or (orma de aplicar as
decis0es e implementH&las Oua teoria acabou
contribuindo para ascens"o do na>ismo
/././.*./. Pos(%&o #e Aans Ke)sen
& E"o conse$uiu encampar sua ideia Oustenta ?ue
?uem deveria ditar o direito seria uma corte de #u<>es
destinada a decidir apenas a constitucionalidade das
leis- uma corte constitucional- ?ue tratasse somente do
controle de constitucionalidade- sem rela/"o com o
poder #udiciHrio % ideia de corte constitucional de
Relsen (a 1 (oi a corte constitucional de 172U)
/./.8. % Corte Constitucional detm e'clusividade no e'erc<cio da
atribui/"o de analisar a constitucionalidade de leis ou atos normativos Ea
%leman;a- ap.s se veri(icar o (racasso devido ao arti$o P6 da Constitui/"o
de Feimar (1717)- ?ue possibilitou o Presidente a (a>er uma Blei de
autori>a/"oC a #usti(icar o na>ismo e o (ato de n"o ;aver um .r$"o
le$itimado a declarar tal lei inconstitucional- adotou&se o modelo de controle
e'ercido pelos Kribunais Constitucionais- em 17P7
& % atual Constitui/"o de )onn- na %leman;a- criou o Kribunal
Constitucional %lem"o
T Os Kribunais Constitucionais (oram ent"o criados em inDmeros pa<ses da
Auropa Ocidental! ItHlia (17QJ)- C;ipre (17JU)- Kur?uia (17J1)- ,rcia
(175Q)- Aspan;a (1756)- Portu$al (1762) e )l$ica (176P)
/./.6. % ?uest"o da Constitucionalidade de leis levada ao Kribunal por
dois modos!
/./.6.*. Pela via da a/"o em ?ue ;H um nDmero limitado de
le$itimados ao e'erc<cio dessa (un/"o
/./.6./. Pela via do incidente em ?ue o #ui>- na resolu/"o do caso
concreto- remete ao Kribunal a ?uest"o constitucional para ?ue
esse a resolva
T Ea %leman;a- o Kribunal Constitucional composto por dois BOenadosC-
cada ?ual com 6 membros O 1q Oenado #ul$a matrias relativas a direitos
(undamentais O 2q Oenado #ul$a ?uest0es relativas = Or$ani>a/"o do
Astado Os #u<>es s"o escol;idos para mandato de 12 anos- vedada a
recondu/"o %os J6 anos- devem aposentar&se- compulsoriamente
4M7
T %inda na %leman;a! os le$itimados para propor o controle abstrato s"o!
,overno Federal- ,overnos Astaduais e um ter/o da CYmara Federal
& Eo caso da %leman;a- na prHtica- s"o pou?u<ssimos os le$itimados para
propor a/0es de inconstitucionalidade
/.8. !o#a)(#a#es #e Contro)e #e Const(tu"(ona)(#a#e:
/.8.*. FUANTO \ NATUREZA DO eR>SO DE CONTROLE:
A; Contro)e 0o)=t("o
& A'! Consel;o Constitucional Franc8s- ?ue n"o inte$ra o Poder @udiciHrio e
se mani(esta previamente = promul$a/"o de determinada lei
& O controle de constitucionalidade (ranc8s preventivo (antes da norma
entrar em vi$or)- em n"o #udicial
K; Contro)e 1u#("(a)
& Controle repressivo Eo )rasil
/.8./. FUANTO AO !O!ENTO DE E-ERC[CIO DO CONTROLE:
A; Contro)e 0re+ent(+o! $ No Kras():
A'ecutivo! Poder de 2eto (art JJ- _ 1 q- da CF);
Ne$islativo! Comiss"o de Constitui/"o e @usti/a- 4e#ei/"o ao veto do
C;e(e do Poder A'ecutivo- Ousta/"o de ato normativo do A'ecutivo ?ue
e'orbite o poder re$ulamentar ou os limites da dele$a/"o le$islativa
Art. MM. A >asa na qual tenha sido conclu$da a votao enviar# o 'ro,eto de
lei ao Oresidente da ?e')blica, que, aquiescendo, o sancionar#.
P 4 " Se o Oresidente da ?e')blica considerar o 'ro,eto, no todo ou em
'arte, inconstitucional ou contr#rio ao interesse ')blico, vet#"lo"# total ou
'arcialmente, no 'ra(o de quin(e dias )teis, contados da data do
recebimento, e comunicar#, dentro de quarenta e oito horas, ao Oresidente do
Senado 7ederal os motivos do veto.
(...)
& Eo )rasil n"o e'iste controle preventivo de constitucionalidade de pro#eto
de lei
K; Contro)e re0ress(+o: & Eo )rasil!
f 3u#("(a) $ eGer"(#o 0e)o Po#er 3u#("(Cr(o.
4M2
/.8.8. FUANTO AO eR>SO 3UDICIAL FUE E-ERCE O
CONTROLE!
A; Contro)e D(fusoN
K; Contro)e Con"entra#o.
/.8.6. FUANTO \ FOR!A OU !ODO DE CONTROLE 3UDICIAL!
A; Contro)e 0or +(a (n"(#enta)
& E"o necessariamente reali>Hvel por meio do controle di(uso
& Decorre de caso concreto E"o necessariamente decorrente de controle
di(uso
K; Contro)e 0or +(a 0r(n"(0a) ou a%&o #(reta
& O )rasil um dos pa<ses ?ue t8m mais le$itimados
Tera-feira, 12 de Maio de 2009
Controle concentradoJ Degalidade de leis ou atos normativos (uestionada
em 7*/K/ a45es no STF
Tramitam atualmente no Supremo Tribunal Federal (STF) 1.040 aes que
fazem o chamado "controle concentrado' de constitucionalidade quando se
contesta diretamente a legalidade de uma determinada lei ou ato normativo.
Dados fornecidos pela Assessoria de Gesto Estratgica do STF do conta de que
a Ao Direta de nconstitucionalidade o instrumento mais utilizado nesses
questionamentos, com 976 pedidos em curso na Corte.
Para realizar o "controle concentrado' de constitucionalidade, h quatro
tipos de instrumentos jurdicos que podem ser apresentados no STF: as Aes
Diretas de nconstitucionalidade (ADs), as Arguies de Descumprimento de
Preceito Fundamental (ADPFs), as Aes Declaratrias de Constitucionalidade
(ADCs) e as Aes Diretas de nconstitucionalidade por Omisso (ADOs).
Diferentemente do controle concentrado, o "controle difuso' ocorre quando
as inconstitucionalidades de normas so questionadas indiretamente, por meio da
anlise de situaes concretas. Qualquer magistrado pode fazer esse tipo de
controle ao analisar um caso. No Brasil, os dois sistemas so adotados, o que
considerado um sistema misto, hbrido.
As leis que regulamentam ADC e AD (Lei 9868/99), assim como ADPF
(Lei 9882/99), completam, em 2009, 10 anos de vigncia.
A>Cs
Dos 1.040 processos em tramitao na Corte, 976 so ADs, que tm por
finalidade declarar que uma lei ou parte dela inconstitucional. At abril deste ano,
foram distribudas no Supremo 4.230 ADs. Dessas, 2.797 contam com deciso
final.
A maior parte delas 1.769 (41,8%) no chegou sequer a ser
"conhecida', ou seja, efetivamente julgada. Nesses casos, os pedidos so
arquivados. Do total que chegou a ter o pedido de mrito analisado, 686 (16,2%)
4MF
foram consideradas procedentes, resultando na declarao de
inconstitucionalidade de alguma norma legal.
Uma parte pequena dessas ADs foi julgada procedente em parte ao
todo foram 173 (4,1%). Outras 169 aes, 4% do total com deciso final, foram
julgadas improcedentes.
Os governadores lideram o ranking de autoridades que mais ajuzam
pedidos de ADs no Supremo. At abril deste ano foram 1.061 (25,1%). Depois
deles esto as confederaes sindicais ou entidades de classe, com 928 pedidos
(21,9%), seguidas do procurador-geral da Repblica, com 903 (21,3%) aes. A
relao dos legitimados a ajuizar Ao Direta de nconstitucionalidade est no
artigo 103 da Constituio Federal.
A>PFs
As Arguies de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) so
a segunda categoria de instrumento jurdico mais ajuizado no Supremo para fazer
o "controle concentrado de uma determinada norma ou ato normativo. As ADPFs
servem para evitar ou reparar uma violao de algum preceito fundamental da
Constituio Federal.
At abril deste ano chegaram Corte 166 ADPFs. Dessas, 101 j contam
com deciso final. Trs foram julgadas procedentes, uma foi julgada improcedente
e a maioria, 97 (58,4%), no foi conhecida. Outras 54 (32,5%) ainda aguardam
julgamento de mrito.
Entre as autoridades autorizadas para apresentar ADPFs no Supremo, as
confederaes sindicais e entidades de classe de mbito nacional so as que mais
o fazem. At abril, elas foram responsveis por 49 (29,5%) do total de ADPFs
apresentadas Corte.
A>Cs
Das 22 Aes Declaratrias de Constitucionalidade (ADCs) ajuizadas no
Supremo at o momento, somente quatro aguardam julgamento de mrito. As
ADCs tm por finalidade confirmar a constitucionalidade de uma lei federal e
garantir que essa constitucionalidade no seja questionada em outras aes.
Das 13 ADCs com deciso final, a maioria, 7 (31,8%), no foi conhecida;
cinco (22,7%) foram julgadas procedentes e uma foi julgada procedente em parte.
Novamente as confederaes sindicais e entidades de classe de mbito
nacional lideram o ajuizamento de ADCs. At abril deste ano, foram 7 (31,8%).
Depois delas, est o presidente da Repblica, com cinco pedidos (22,7%), e
governadores de estado, com quatro (18,2%).
A>+s
A Ao Direta de nconstitucionalidade por Omisso (ADO) uma classe
processual criada ano passado para abranger pedidos em que se aponta omisso
na criao de norma para tornar efetiva uma regra constitucional.
Segundo o pargrafo 2 do artigo 103 da Constituio, uma vez "declarada
a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornar efetiva norma
constitucional, ser dada cincia ao Poder competente para a adoo das
providncias necessrias e, em se tratando de rgo administrativo, para faz-lo
em trinta dias".
Desde que a nova classe foi criada, foram ajuizadas no Supremo 7
pedidos de ADOs. Quatro so de confederaes sindicais e entidades de classe
de mbito nacional; duas so de partidos polticos e uma de governador de
estado. Todas aguardam julgamento pelo STF.
476
-I $ O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO
KRASIL
& O )rasil adota os dois modelos de controle de constitucionalidade
mencionados anteriormente Ale ao mesmo tempo Corte Constitucional e
Oupremo Kribunal
*. E.OLURSO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO KRASIL
*.*. Const(tu(%&o #e *H/6.
*.*.*. N&o "ont(n9a Wua)Wuer esWuema #e "ontro)e #e
"onst(tu"(ona)(#a#e.
*.*./. Os #outr(na#ores #a ,0o"a :P(menta Kueno; enten#(am
Wue somente o Leg(s)at(+o #et(n9a )eg(t(m(#a#e 0ara sus0en#er
seus 0r20r(os atos.
*.*.8. Soberan(a #o 0ar)amento.
*.*.6. O 0o#er mo#era#or fu)m(na+a4 0or "om0)eto4 Wua)Wuer
"9an"e #e "ontro)e 1ur(s#("(ona):
Art. F2. 8 Ooder Noderador a chave de toda a or*ani(ao Ool$tica, e
dele*ado 'rivativamente ao m'erador, como >he%e Su'remo da Cao, e
seu Orimeiro ?e'resentante, 'ara que incessantemente vele sobre a
manuteno da nde'end+ncia, equil$brio, e harmonia dos mais Ooderes
Ool$ticos. (>7 4215)
Art. FF. A Oessoa do m'erador inviol#vel, e Sa*rada: =le no est# su,eito
res'onsabilidade al*uma. (>7 4215)
& Eessa Constitui/"o- o )rasil ainda era imprio e n"o era estado (ederativo
(n"o ;avia Mni"o- estado&membro etc) Foi assim at a Proclama/"o da
4epDblica- em 1667
$ N&o 9a+(a Wua)Wuer "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e. S2
9a+(a o 0o#er mo#era#or4 eGer"(#o 0e)o Im0era#or.
Pre+a)e"(a a +onta#e #o Im0era#or no "ontro)e #as )e(s.
474
Au)a *L $
//75Q7/5**
*./. Const(tu(%&o #e *HL*.
*./.*. A Re0@b)("a tra< no+a "on"e0%&o4
*././. Inf)uOn"(a #o mo#e)o norte$amer("ano :"ontro)e #(fuso;
a#+(n#a #e Ru( Karbosa4 mas sem a (m0orta%&o #o TStare De"(s(sU.
& Inspirada por 4ui )arbosa Ale copiou toda estrutura de controle de
constitucionalidade e o modelo (ederativo norte&americano Antretanto- n"o
copiou o )tare (ecisis.
P Stare Decisis * (orma abreviada da e'press"o latina stare decisis
et non 7uieta moere ((icar como (oi decidido e n"o mover o ?ue estH em
repouso) % decis"o #udicial inserida nesse sistema eassume a (un/"o n"o s.
de dirimir uma controvrsia- mas tambm a de estabelecer um precedente-
com (or/a vinculante- de modo a asse$urar ?ue- no (uturo- um caso anHlo$o
ven;a a ser decidido da mesma (ormaC Portanto- consiste em elevar
decis0es anteriores a um plano superior- por institu<rem princ<pios #ur<dicos
a serem se$uidos no (uturo
*./.8. O STF re+er(a o "ontro)e #(fuso em @)t(ma (nstIn"(a.
& Am 167U (oi editada a lei ?ue instituiu o OKF Our$e o controle di(uso de
constitucionalidade * a?uele controle de constitucionalidade ?ue pode ser
e'ercido por ?ual?uer #ui> do )rasil (#ui> da vara de (am<lia- vara de (a>enda
etc- ?ual?uer um) O Dnico empecil;o para o controle di(uso ?ue o ob#eto
n"o se#a a inconstitucionalidade em abstrato da norma G necessHrio ?ue se
trate de controle incidental
& Am 1671 sur$iu a primeira constitui/"o brasileira a prever o controle di(uso
de constitucionalidade
& Eo controle incidental- a demanda c;e$a ao OKF em Dltima instYncia- pela
via recursal
*./.6. Controle da constitucionalidade das leis passa a ser
compet8ncia de todos os #u<>es e Kribunais do Pa<s * Nei Federal nq 221- de
167P
*./.?. E"o ;avia ainda a cultura de respeito =s decis0es #udiciais
Floriano Pei'oto! BOe o OKF conceder Iabeas Corpus aos presos pol<ticos-
?uem irH conceder ;abeas corpus aos
#ul$adores- por?ue certamente ir"o precisarC
*./.Q. O e'ame da constitucionalidade n"o poderia ocorrer de
(orma abstrata 4ui )arbosa! BO 5udicial review um poder de
;ermen8utica- e n"o um poder de le$isla/"oC
Art. KF " Ao Su'remo @ribunal 7ederal com'ete:
P 4A " 0as sentenas das Gustias dos =stados, em )ltima inst<ncia, haver#
recurso 'ara o Su'remo @ribunal 7ederal:
471
b) quando se contestar a validade de leis ou de atos dos Bovernos dos
=stados em %ace da >onstituio, ou das leis %ederais, e a deciso do
@ribunal do =stado considerar v#lidos esses atos, ou essas leis im'u*nadas.
(>7 42F4)
*.8. Const(tu(%&o #e *L86
& O Oenado passa a ter a compet8ncia para suspender a norma declarada
inconstitucional pelo OKF- mediante resolu/"o- concedendo e(eitos er$a&
omnes = decis"o do OKF
*.8.*. Profun#as a)tera%'es no s(stema surge a (#e(a #e um
"ontro)e abstrato #e "onst(tu$"(ona)(#a#e.
& Easce o embri"o de controle concentrado de constitucionalidade E"o o
in<cio e(etivo de controle concentrado de constitucionalidade- mas apenas
uma pe?uenina ideia desse tema
*.8./. O Sena#o 0assa a ter "om0etOn"(a 0ara sus0en#er a
eGe"u%&o #e )e( #e")ara#a (n"onst(tu"(ona) 0e)o STF em0resta
efe(to erga omnes D #e"(s&o #o STF :art. L*4 (n"(so I.;.
*.8.8. Cr(a%&o #a re0resenta%&o (nter+ent(+a (interven/"o
(ederal nos estados&membros O ob#etivo da interven/"o (ederal
n"o e'ercer controle de constitucionalidade): o STF 0assa a ter
a compet8ncia de declarar- ou n"o- a constitucionalidade da lei ?ue
determinasse a interven/"o (ederal O P,4 atuava como le$itimado- nas
;ip.teses de atos normativos estatais ?ue (endessem os princ<pios
constitucionais sens<veis (composi/"o #udicial de con(litos (ederativos)!
Art. 41 " A Inio no intervir# em ne*-cios 'eculiares aos =stados, salvo:
" 'ara manter a inte*ridade nacional.
" 'ara re'elir invaso estran*eira, ou de um =stado em outro.
" 'ara 'Vr termo *uerra civil.
! " 'ara *arantir o livre e&erc$cio de qualquer dos Ooderes O)blicos
estaduais.
! " 'ara asse*urar a observ<ncia dos 'rinc$'ios constitucionais es'eci%icados
nas letras XaY a XhY , do art. 7, n , e a e&ecuo das leis %ederais.
! " 'ara reor*ani(ar as %inanas do =stado que, sem motivo de %ora maior,
sus'ender, 'or mais de dois anos consecutivos, o servio da sua d$vida
%undada.
! " 'ara a e&ecuo de ordens e decis9es dos Gu$(es e @ribunais %ederais.
P 4 " Ca hi'-tese do n !, assim como 'ara asse*urar a observ<ncia dos
'rinc$'ios constitucionais (art. 7, n ), a interveno ser# decretada 'or lei
%ederal, que lhe %i&ar# a am'litude e a durao, 'rorro*#vel 'or nova lei. A
><mara dos 0e'utados 'oder# ele*er o nterventor, ou autori(ar o Oresidente
da ?e')blica a nome#"lo.
473
P 1 " 8correndo o 'rimeiro caso do n !, a interveno s- se e%etuar# de'ois
que a >orte Su'rema, mediante 'rovocao do Orocurador"Beral da
?e')blica, tomar conhecimento da lei que a tenha decretado e lhe declarar a
constitucionalidade.
*.6. Const(tu(%&o #e *L8E
*.6.*. Retro"esso no s(stema.
& 4epresenta um retrocesso no controle de constitucionalidade * %utori>a
uma das retroatividades mH'imas- pois permitia ?ue o c;e(es do e'ecutivo
desconstitu<sse determinada decis"o do Oupremo eXou seus e(eitos
*.6./. O C9efe #o Po#er EGe"ut(+o 0o#er(a submeter
no+amente ao 0ar)amento uma )e( 1u)ga#a (n"onst(tu"(ona) 0e)o STF
0or mot(+o #e bem$estar #o 0o+o e 0romo%&o #a #efesa #o
(nteresse na"(ona).
Arti$o C9: XS- 'or maioria absoluta de votos da totalidade dos seus Gu$(es
'odero os @ribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do
Oresidente da ?e')blica.
Pargrafo nico " Co caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma
lei que, a ,u$(o do Oresidente da ?e')blica, se,a necess#ria ao bem"estar do
'ovo, 'romoo ou de%esa de interesse nacional de alta monta, 'oder# o
Oresidente da ?e')blica submet+"la novamente ao e&ame do Oarlamento: se
este a con%irmar 'or dois teros de votos em cada uma das ><maras, %icar#
sem e%eito a deciso do @ribunalY. (>7 4F37)
Decreto5lei nR B.I9G de I de setembro de BCFC
>on%irma os te&tos da lei, decretados 'ela Inio que su,eitaram ao im'osto
de renda os vencimentos 'a*os 'elos co%res ')blicos estaduais e munici'ais.
8 Oresidente da ?e')blica, usando da atribuio que lhe con%ere o arti*o 426
da >onstituio, e 'ara os e%eitos do arti*o FM, 'ar#*ra%o,
>onsiderando que o Su'remo @ribunal 7ederal declarou a inconstituciona"
lidade da incid+ncia do im'osto de renda, decretado 'ela Inio no uso de
sua com'et+ncia 'rivativa, sobre os vencimentos 'a*os 'elos co%res ')blicos
estaduais e munici'ais.
>onsiderando que essa deciso ,udici#ria no consulta o interesse nacional e
o 'rinc$'io da diviso equitativa do Vnus do im'osto, decreta:
Arti$o ,nico. So con%irmados os te&tos da lei, decretados 'ela Inio, que
su,eitaram ao im'osto de renda os vencimentos 'a*os 'elos co%res ')blicos
estaduais e munici'ais, %icando sem e%eito as decis9es do Su'remo @ribunal
7ederal e de quaisquer outros tribunais e ,u$(es que tenham declarado a
inconstitucionalidade desses mesmos te&tos.
475
*.6.8. Doutr(na#ores "on"or#aram "om a me#(#a "omo Fran"(s"o
Cam0os e A)fre#o Ku<a(# :mat,r(a 0o)=t("a n&o 0o#er(a f("ar na m&o
soberana #e um tr(buna);.
*.?. Const(tu(%&o #e *L6Q
*.?.*. Restaura%&o #o "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e $ Com
o 0res(#ente Dutra.
*.?./. Conser+ou$se a "om0etOn"(a #o Sena#o 0ara
sus0en#er a eGe"u%&o #e )e( #e")ara#a (n"onst(tu"(ona).
*.?.8. Re0resenta%&o (nter+ent(+a:
*.?.8.*. P,4;
*.?.8./. 4es$uardar princ<pios sens<veis;
*.?.8.8. Interven/"o a partir da declara/"o de
inconstitucionalidade do OKF
*.Q. Emen#a *Q #e *LQ?
*.Q.*. Inst(tu(%&o #o mo#e)o #e "ontro)e "on"entra#o #e
"onst(tu"(ona)(#a#e. A#o%&o #o s(stema m(sto4 "om Onfase no
"ontro)e #(fuso.
& Assa (oi a $rande contribui/"o da Constitui/"o de 17PJ Cr(ou o
"ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e no Kras(). A
0art(r #a= o STF 0assou a ter "arCter #@0)("e. CarCter #e
Tr(buna) Re"ursa)4 fa<en#o "ontro)e #(fuso #e
"onst(tu"(ona)(#a#e4 nos mo)#es #o mo#e)o norte$
amer("ano4 e "arCter #e Corte Const(tu"(ona)4 fa<en#o o
"ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e4 "ontro)e
abstrato4 nos mo)#es #o mo#e)o austr=a"o euro0eu. A bem
#a +er#a#e4 nessa ,0o"a4 o STF era mu(to ma(s )(ga#o ao
"ontro)e #(fuso Wue ao "on"entra#o.
*.Q./. In("(at(+a eG")us(+a #o P>R4 o Wua)4 a),m #e atuar na
#efesa #a so"(e#a#e4 tamb,m eGer"(a a fun%&o #e re0resentante
1u#("(a) #a Un(&o.
& O P,4 detin;a le$itima/"o e'clusiva para in$ressar com representa/"o de
inconstitucionalidade Eessa poca- ?ual?uer autoridade ?ue ?uisesse
contestar a constitucionalidade de norma teria ?ue representar ao P,4
Contudo- o OKF- na poca- decidiu ?ue a atua/"o do P,4 era discricionHria-
o ?ue o permitia n"o levar adiante as representa/0es encamin;adas por
outras autoridades
47K
& Eessa poca n"o e'istia a %,M (a (un/"o da %,M de(ender os interesses
da Mni"o- ?ue- na maioria das ve>es- n"o coincide com os interesses da
sociedade) 4enato %lessi (administrativista italiano) (e> a distin/"o entre o
interesse pDblico primHrio (interesse da sociedade) e interesse pDblico
secundHrio (interesse do ente Astado * pessoa #ur<dica de direito pDblico
interno * Mni"o- estado&membro- DF e munic<pio)
& Ea poca em ?ue (oi criado o controle concentrado- o P,4 acumulava as
(un/0es de de(ender os interesses pDblicos primHrios e secundHrios %
(i$ura do %,M s. sur$iu com a CFX66 Iavia (orte in(lu8ncia pol<tica do
$overno sobre o P,4- dado ?ue era car$o de livre nomea/"o do c;e(e do
A'ecutivo
*.Q.8. O Su0remo Tr(buna) Fe#era) f(Gara o enten#(mento #e Wue o
P>R n&o esta+a obr(ga#o "onst(tu"(ona)mente a (nstaurar o
"ontro)e abstrato4 sem0re Wue so)("(ta#o 0ara tanto. Kratava&se de
compet8ncia discricionHria do Procurador&,eral decidir se e 7uando deveria
ser o(erecida representa/"o para a a(eri/"o da constitucionalidade de lei
P

*.Q.6. Desne"ess(#a#e #e remessa #a #e"(s&o #e


(n"onst(tu"(ona)(#a#e4 no "ontro)e abstrato4 ao Sena#o Fe#era). O
STF n&o ser(a ")ube )=r("o$0o,t("o$re"reat(+o.
*.Q.?. Poss(b()(#a#e #e os Esta#os a#otarem "ontro)e abstrato #e
normas 0ara eGam(nar )e(s mun("(0a(s.
*.E. Const(tu(%&o #e QE7QL
*.E.*. !anuten%&o #o s(stema #e "ontro)e.
*.E./. O "ontro)e #e )e( mun("(0a) ser(a fe(to 0ara f(ns #e
(nter+en%&o.
*.E.8. Emen#a Const(tu"(ona) nX 5E7EE 0erm(t(u o
#efer(mento #e me#(#as "aute)ares em ADI ef("C"(a eG$nun".
*.H. Const(tu(%&o #e *LHH
& Com essa nova ordem constitucional vieram muitas mudan/as!
P
>on%ira"se com a ementa da ?eclamao 414, relator o ministro 0,aci 7alco, ,ul*ada em 63L41L4F26: X?eclamao
movida 'elo 'residente da 8AE " Seo do estado do ?io de ,aneiro, contra ato do Orocurador"*eral da ?e')blica. 8
titular )nico da re'resentao de inconstitucionalidade o Orocurador"*eral da ?e')blica, con%orme dis'9e o art"44F,
inc", letra l, da >onstituio, bem assim o art. 4MF do novo re*imento interno do Su'remo @ribunal 7ederal.
0estarte, na qualidade de seu titular tem a %aculdade de o%erecer a re'resentao ou arquiv#"la. Ao interessado %ica
reservada a via 'rocessual comum 'ara a ar*uio de inconstitucionalidade, diante do caso concreto. m'roced+ncia
da reclamaoY.
47M
*.H.*. Pr(ma<(a #o "ontro)e "on"entra#o am0)a
)eg(t(ma%&o4 0reste<a e "e)er(#a#e no 1u)gamento.
T 1 $rande mudan/a * amplia/"o dos le$itimados para propor
inconstitucionalidade
T 2 $rande mudan/a * a 8n(ase de atua/"o do OKF passa a ser a de Corte
Constitucional % amplia/"o dos le$itimados um sinal disso %demais- o
OKF- atualmente- se v8- e dese#a cada ve> mais ser uma Corte
Constitucional- ;a#a vista os vHrios (iltros criados
& 2er art 1U9- CF
Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao
declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n 5K, de 1665)
" o Oresidente da ?e')blica.
" a Nesa do Senado 7ederal.
" a Nesa da ><mara dos 0e'utados.
! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito
7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665)
! " o Bovernador de =stado ou do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela
=menda >onstitucional n 5K, de 1665)
! " o Orocurador"Beral da ?e')blica.
! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil.
! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional.
: " con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito nacional.
P 4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas
a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal.
P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar
e%etiva norma constitucional, ser# dada ci+ncia ao Ooder com'etente 'ara a
adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de -r*o
administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias.
P 3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade,
em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado"
Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado.
*.H./. Demo"rat(<a%&o #o a"esso ao "ontro)e "on"entra#o.
*.H.8. D(+ers(f("a%&o #os (nstrumentos #e "ontro)e.
& % CFX66- alm #o #(s0osto anter(ormente4 am0)(ou as formas
#e a"esso ao STF4 0or me(o #a ADI4 ADPF4 ADC e ADI 0or
om(ss&o4 "omo formas #e eGer"er o "ontro)e "on"entra#o
#e "onst(tu"(ona)(#a#e4 eG(g(n#o a atua%&o #e Corte
Const(tu"(ona) 0or 0arte #o STF.
477
*.H.6. `nfase no "ontro)e "on"entra#o: 0ro"esso ob1et(+o4 no
Wua) n&o 9C 0artes e se #est(na4 0re"(0uamente4 D #efesa #a
Const(tu(%&o e n&o D #efesa #e #(re(tos sub1et(+os.
& Os le$itimados (art 1U9- CF) no processo ob#etivo n"o s"o partes
ConseWuOn"(as #o 0ro"esso ob1et(+o (conse?u8ncias de n"o ;aver
partes no processo de controle concentrado de constitucionalidade)!
a; E"o pode ;aver desist8ncia
b; Causa de pedir aberta! n"o se adstrin$e aos (undamentos constitucionais
invocados pelo re?uerente- mas abran$e todas as normas ?ue inte$ram a
Constitui/"o Federal
"; Pode&se prescindir das in(orma/0es dos Poderes ou .r$"os de ?uem
emanou o ato normativo impu$nado
& Por?ue a causa de pedir n"o vincula o #ul$ador Ale n"o estarH vinculado
aos motivos ale$ados pelo le$itimado na pe/a Ou se#a- a causa de pedir
pode ter sido %- ) e C e o #ul$ador pode #ul$ar com base em D (a lei pode
ser #ul$ada inconstitucional por motivos n"o ale$ados pelo le$itimado) Eo
controle di(uso- para ?ue o 4A se#a apreciado- preciso pre?uestionamento
(debate e decis"o prvios acerca de determinada ?uest"o) Eo controle
di(uso- o OKF estH vinculado ao pre?uestionamento O OKF atua nos limites
do pre?uestionamento ( a decis"o recorrida do K@) Eo processo sub#etivo-
o interesse n"o prote$er o ordenamento #ur<dico- mas o interesse das
partes (e(eito inter partes) Inclusive a declara/"o de inconstitucionalidade
n"o pode ser o pedido principal- sob pena de usurpa/"o de le$itimidade
discutir constitucionalidade de norma
#; N&o se a#m(te (nter+en%&o #e ter"e(ros.
e; N&o , "ab=+e) a%&o res"(s2r(a4 a #e"(s&o , (rre"orr=+e)4 sa)+o
embargos #e")arat2r(os.
& Oe o processo (osse sub#etivo- a parte (pessoa (<sica ou #ur<dica) poderia
desistir do processo Eo processo ob#etivo isso n"o poss<vel
& Luando al$um in$ressa com uma %DI (controle concentrado)- por
e'emplo- o ?ue se ?uer prote$er a CF E"o necessHrio ;aver um caso
concreto
Autonom(a #o Pro"esso Const(tu"(ona)4 #(st(nto #o Pro"esso C(+():
0ET BB!D;/0, Min. 6elso de Mello
A import.ncia de quali"icar o controle normativo abstrato de
constitucionalidade como processo ob(etivo vocacionado
e%clusivamente
472
& de"esa, em tese, da 'armonia do sistema constitucional, "erida pela
manuteno de lei produzida em desrespeito & 6onstituioX
@6E</+
38ME83+ MA/T+/, X6urso de Direito 6onstitucionalX, p. F!:, BB!
ed.,
BCVC, /araivaA 5 B al-m de re"letir entendimento e%posto em
autorizado
ma$ist-rio @6<hME3/+N ME3<8N 6<hHE, XA 7iscalizao
Abstrata
de 6onstitucionalidade no Direito MrasileiroX, p. BB!, BCCI, 3T*
NA48M
/<A8M8 78<\+, XAo Declarat1ria de 6onstitucionalidadeX, p.
BD9, !C
ed., BCCI, 7orense* 48<MA3 7E33E83A MENDE/, X6ontrole de
6onstitucionalidade 5 Aspectos 2urdicos e 0olticosX, 0. !ID, BCCD,
/araivaA, encontra apoio na pr1pria (urisprudYncia do /upremo
Tribunal 7ederal, que, por mais de uma vez, ( en"atizou a
ob(etividade
desse instrumento de proteo in abstracto da ordem constitucional
@3T2 BBFB!!, 3el. Min. NT38 DA /8<HE83A* 3T2 BFBBBDDB, 3el.
Min. 6E</+ DE ME<<+* 3T2 BF9;G9:, 3el. Min. 6E</+ DE
ME<<+A.
T preciso ter presente, neste ponto 5 considerada a autonomia
instrumental do processo constitucional, irredutvel, em seus
lineamentos "undamentais, & $eneralidade das normas que se
aplicam ao
processo comum 5r que o princpio da subsidiariedade, tratando5se
de
"iscalizao abstrata, no se revela ordinariamente invocvel nas
aWes
diretas. 8sso si$ni"ica 5 uma vez admitido o per"il ob(etivo que tipi"ica
a
"iscalizao abstrata de constitucionalidade @48<MA3 7E33E83A
MENDE/, X2urisdio 6onstitucionalX, 0. B!C;BFD, BCC9, /araivaA 5
que,i em re$ra, no se deve recon'ecer, como pauta usual de
comportamento 'ermenYutico, a possibilidade de aplicao
sistemtica,
em carter supletivo, das normas concernentes aos processos de
ndole
sub(etiva, especialmente daquelas re$ras meramente le$ais @como a
inscrita no art. G! da <ei n! V.GF:;C!A que delimitam o poder cautelar
dos Tribunais de 2ustia em sede de controle abstrato de
constitucionalidade ou que restrin$em a pr1pria e"iccia da
suspenso
de aplicabilidade de leis ou atos do 0oder 0,blico local, contestados
em
"ace da 6onstituio do Estado5membro.
8 reconhecimento da 'ossibilidade de inibir, mediante sim'les
re*ra le*al de conteno, o alcance da sus'enso cautelar de e%ic#cia de
normas munici'ais, re'utadas, ainda que em ,u$(o de mera delibao,
abstratamente in%rin*entes da ordem normativa consubstanciada no
te&to da >onstituio do =stado"membro, im'licaria a%etar o 'r-'rio
sistema de controle institu$do 'or essa unidade 'ol$tica da 7ederao,
47F
ense,ando a 'artir da medida de contracautela 'revista no di'loma
le*islativo em questo a virtual %rustrao desse e&'ressivo instrumento
de de%esa e 'reservao da su'remacia normativa da >arta estadual,
no obstante a cl#usula de autori(ao inscrita no art. 41K, P 11, da ;ei
7undamental da ?e')blica.
A compreenso da natureza ob(etiva do processo de controle
concentrado 5 que, insista5se, supWe a discusso meramente abstrata
de questWes (urdicas atinentes & con"ormao constitucional dos atos
estatais 5 torna (usti"icvel a assero de que, em princpio, o
postulado da subsidiariedade no encontra vi$Yncia irrestrita no
.mbito do processo de "iscalizao normativa de constitucionalidade.
Da a advertYncia do ma$ist-rio doutrinrio @H8TA<8N+ 6ANA/,
X+s 0rocessos de 7iscalizao da 6onstitucionalidade e da
<e$alidade pelo Tribunal 6onstitucional 5 Natureza e 0rincpios
EstruturantesX, p. V:;VC, BCV9, 6oimbra EditoraA, que, "azendo clara
distino entre o processo constitucional de controle abstrato, de
ndole ob(etiva, e o processos comum ou $eral, de carter sub(etivo,
assinala, verbis) XDe tudo o que escrevemos nas p$inas anteriores
s1 se pode e%trair uma concluso) o direito processual constitucional
no pode dei%ar de ser um direito processual autUnomo, re$ido por
princpios pr1prios, necessariamente pouco "un$veis com os dos
processos (urisdicionais tpicos. Estes ,ltimos tYm por "im resolver
lides ou con"litos intersub(etivos de interesses que se mani"estem em
concreto. E se no se quiser "icar preso no conceito, porventura
demasiado r$ido, de lide, pelo menos ter de se recon'ecer que
nesses processos vYm sempre envolvidos interesses sub(etivos.
Di"erentemente, os processos de "iscalizao da constitucionalidade
so processos ob(etivos, ( que no visam o (ul$amento de lides ou
at- mesmo de simples controv-rsias @embora por vezes 'a(a
controv-rsia sobre a questo* isso no -, por-m, indispensvel ou
inevitvelA, mas sim de questWes de constitucionalidade suscitadas em
abstracto. 0or esse, os princpios processuais a que est submetido o
processo constitucional no so ios mesmos que re$em., por
natureza, os processos (urisdicionais. + processo constitucional e%i$e,
por tanto, um corpo pr1prio de re$ras de processo Esta ultima
condio requer do Tribunal 6onstitucional uma constante vi$lia,
de modo a evitar tentativas de aplicao contra naturam das re$ras
do processo civil a situaWes em que elas no podem ser aplicadas.X
6onsideradas essas premissas, ten'o para mim que a norma
inscrita no art. G! da <ei n! V.GF:;C! no se aplica &s 'ip1teses de
suspenso de liminar de"erida em ao direta de
inconstitucionalidade
ori$inariamente a(uizada perante Tribunal de 2ustia @67, art. B!I,
S
!!A, pois o diploma le$islativo em questo re"ere5se, se$undo entendo,
a
provimentos cautelares unicamente concedidos em sede de processo
de
carter sub(etivo, em cu(o .mbito 5 como precedentemente
acentuado
instaura5se controv-rsia pertinente a situaWes concretas e
individuais.
426
O PRINC[PIO DO ESTADO DE DIREITO CO!O PRINC[PIO
ESTRUTURANTE NO DIREITO KRASILEIRO.
& O C;e(e do A'ecutivo pode dei'ar de cumprir uma norma por ac;H&la
inconstitucional] E"o pode dei'ar de cumprir por?ue- com base na
triparti/"o de poderes- n"o cabe ao A'ecutivo declarar a
inconstitucionalidade de norma ou dei'ar de cumpri&la- sob pena de
en(ra?uecer o Astado de Direito
& Assa discuss"o sur$iu por?ue anti$amente o OKF c;e$ou a #ul$ar decretos
?ue determinavam = %dministra/"o ?ue descumprisse normas
*. O Esta#o Demo"rCt("o #e D(re(to (limita/"o do Poder PDblico) Alias
D<a>!
& o Im0,r(o #a Le( * a lei como e'press"o da vontade $eral;
& a D(+(s&o #e Po#eres;
& a Lega)(#a#e #a A#m(n(stra%&o * atua/"o se$undo a lei e
su(iciente controle #udicial;
& os D(re(tos e L(ber#a#es Fun#amenta(s * como $arantia #ur<dico&
(ormal e a e(etiva reali>a/"o material Oubmiss"o da %dministra/"o
PDblica ao princ<pio da le$alidade
I!PYRIO DA LEI
O C;e(e do A'ecutivo pode dei'ar de cumprir a lei por entend8&la
inconstitucional]
T Oeabra Fa$undes! B%dministrar aplicar a lei- de o(<cioC
T Celso %nt:nio )andeira de +ello e'plica! BO princ<pio da le$alidade
espec<(ico do Astado de Direito- #ustamente a?uele ?ue o ?uali(ica e ?ue
l;e dH identidade pr.pria Por isso mesmo o princ<pio basilar do re$ime
#ur<dico&administrativo- #H ?ue o Direito %dministrativo nasce com o Astado
de Direito! uma conse?\8ncia dele G- em suma! a consa$ra/"o da ideia
de ?ue a %dministra/"o PDblica s. pode ser e'ercida na con(ormidade da lei
e ?ue- em conse$uinte- a atividade administrativa atividade suble$al-
in(rale$alC
T O problema antes da Constitui/"o Federal de 1766 Ne$itimidade %tiva
para a#ui>ar 4epresenta/"o Interventiva limitada ao Procurador&,eral da
4epDblica- na AC nV1JXJQ Poder DiscricionHrio do P,4 ?uanto ao
a#ui>amento
3p CVD ; /0 5 /?+ 0A=<+
?=O?=S=C@AST8
?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 14L44L4F7F Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"4F"6F"4F26 OB"67161 =N=C@ !8;"64425"64 OB"
66466 ?@G !8;"666FM"63 OB"665FM
424
= >8CS@@I>8CA; 0=>?=@8 0= >[=7= 0= O80=? =:=>I@!8
=S@A0IA; QI= 0=@=?NCA A8S U?BT8S A =;=
SIE8?0CA08S QI= S= AES@=C[AN 0A O?A@>A 0= A@8S
QI= NO;QI=N A =:=>IST8 0= 0SO8S@!8S ;=BAS
!=@A08S O8? 7A;@A 0= C>A@!A =:>;IS!A 08 O80=?
=:=>I@!8. >8CS@@I>8CA;0A0= 08 0=>?=@8 C. 7.2M5, 0=
36 0= AE?; 0= 4F7M, 08 B8!=?CA08? 08 =S@A08 0= ST8
OAI;8. ?=O?=S=C@AST8 GI;BA0A NO?8>=0=C@=.
3M/ BGII: ; /0 5 /?+ 0A=<+
?=>I?S8 =N NAC0A08 0= S=BI?ACSA
?elator(a): Nin. >AC008 N8@@A
Gul*amento: 47L6KL4FMK Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"13"6M"4FMK OB"ooooo =N=C@ !8;"66M13"61 OB"
66M55 ?@G !8;"66633"63 OB"66336
ACI;AST8 0= @@I;8S 0= =7=@!AST8 0= 7IC>8CJ?8S
>8N EAS= =N ;= C>8CS@@I>8CA;. A ?=>ISA 08
>INO?N=C@8 0A ;=, O8? C>8CS@@I>8CA;0A0= SU =
O8SS!=; QIAC08 =!0=C@=. O=>I;A?0A0= 08 >AS8.
& Os precedentes (acima) ?ue- em tese- autori>ariam o c;e(e do e'ecutivo a
descumprir a lei- s"o todos anteriores = CFX66
-II $ O CONTROLE AKSTRATO DE NOR!AS NA CF DE
*LHH
$ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
* $ A ARSO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE :ADI; E A ARSO
DECLARATeRIA DE CONSTITUCIONALIDADE :ADC; * Amendas nV U9X79-
PQXUP e Nei 76J6X77 (De"orar essa )e()
As0e"tos gen,r("os #e ambas :ADI e ADC;!
f Pro"esso Ob1et(+o4 sem 0artes4 #est(na#o D 0rote%&o #o 0r20r(o
or#enamento 1ur=#("o4 Wue n&o se 0resta D tute)a #e #(re(tos
sub1et(+os ou #e s(tua%'es 1ur=#("as (n#(+(#ua(s.
421
& % lei 76J6X77 n"o c;e$ou a inovar totalmente nesse tema- pois o autor da
lei (,ilmar +endes * ?uando era %,M) simplesmente pe$ou a #urisprud8ncia
consolidada do OKF e inseriu nessa lei
& Nivro recomendado! Boreira .lves e o 1ontrolo de 1onstitucionalidade no
)upremo * autor! ,ilmar +endes
*.*. AD; 2 ANOD D;3/EA D/ ;"CD"SE;E@C;D"AL;DAD/
*.*.*. PRESSUPOSTOS DE AD!ISSIKILIDADE
& O OKF tem o entendimento de ?ue o re?uerente deverH apresentar
procura/"o na ?ual constem poderes espec<(icos para atacar a norma ob#eto
de impu$na/"o!
AD8 !BV: ]+ ; MA 5 MA\8A
QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. 8>@A!8 BA;;8@@
Gul*amento: 15L6KL1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 41"41"1663 OO"666M1 =N=C@ !8;"6143M"64 OO66623
EMENTA: H de e&i*ir"se, em ao direta de inconstitucionalidade, a
a'resentao, 'elo 'ro'onente, de instrumento de 'rocurao ao advo*ado
subscritor da inicial, com 'oderes es'ec$%icos 'ara atacar a norma
im'u*nada.
& %l$uns dos le$itimados do art 1U9- CF precisam de procura/"o (advo$ado
do partido pol<tico- do sindicato- da entidade de classe)- outros n"o (P4-
$overnador etc) % procura/"o n"o pode ser $enrica- tem ?ue ter (inalidade
espec<(ica- concedendo poderes especi(icamente para a#ui>ar a/"o direta de
inconstitucionalidade- tendo como ob#etivo a declara/"o de
inconstitucionalidade da lei tal (mencionando o ato normativo ?ue serH
atacado)
Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao
declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n 5K, de 1665)
" o Oresidente da ?e')blica.
" a Nesa do Senado 7ederal.
" a Nesa da ><mara dos 0e'utados.
! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito
7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665)
! " o Bovernador de =stado ou do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela
=menda >onstitucional n 5K, de 1665)
! " o Orocurador"Beral da ?e')blica.
! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil.
! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional.
423
: " con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito nacional.
P 4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas
a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal.
P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar
e%etiva norma constitucional, ser# dada ci+ncia ao Ooder com'etente 'ara a
adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de -r*o
administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias.
P 3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade,
em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado"
Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado.
T % despeito de n"o ;aver previs"o e'pressa na Nei nV 76J6X77- por meio da
@urisprud8ncia do OKF recon;ece&se ?ue pode ;aver a#(tamento da inicial
da %DI- desde ?ue se#a (eito antes do pedido de in(orma/0es aos .r$"os ou
=s autoridades das ?uais emanou a lei ou o ato normativo impu$nado
AD8 GF: ]+ ; /6 5 /ANTA 6ATA38NA
QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 64L63L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 4F"61"4FF3 OO"61634 =N=C@ !8;"64MF1"64 OO664K2
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " QI=S@T8 0=
8?0=N " O=@ST8 C>A; " A0@AN=C@8 " ?=QISST8 0=
C78?NAS]=S GA 8?0=CA0A" NO8SSE;0A0= " O=008
C0=7=?08. N=00A ;NCA? " C78?NAS]=S
>8CS0=?A0AS C0SO=CSA!=S A SIA AO?=>AST8 "
0SO=CSA C0=7=?0A. >8N A ?=QISST8 0= C78?NAS]=S
A8 U?BT8 0= QI= =NAC8I A ;= 8I A@8 C8?NA@!8
A?BI08 0= C>8CS@@I>8CA; 8O=?A"S= A O?=>;ISA8 08
0?=@8, ?=>8C[=>08 A8 AI@8? 0A AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=, 0= A0@A? A O=@ST8 C>A;.
T Passo a 0asso #a ADI * ver os arts JV; 6V e ss da Nei 76J6X77
1 * In(orma/0es (art JV);
2 * Oitivas do %,M (mani(esta/"o como curador) e do P,4 (se
mani(esta do #eito ?ue ?uiser) (art 6V);
9 * 4elat.rio e solicita/"o de data para o #ul$amento (art 7V)
Art. M
o
8 relator 'edir# in%orma9es aos -r*os ou s autoridades das quais
emanou a lei ou o ato normativo im'u*nado.
Pargrafo nico. As in%orma9es sero 'restadas no 'ra(o de trinta dias
contado do recebimento do 'edido.
425
Art. 7
o
Co se admitir# interveno de terceiros no 'rocesso de ao direta
de inconstitucionalidade.
P 4
o
(VETADO)
P 1
o
8 relator, considerando a relev<ncia da matria e a re'resentatividade
dos 'ostulantes, 'oder#, 'or des'acho irrecorr$vel, admitir, observado o
'ra(o %i&ado no 'ar#*ra%o anterior, a mani%estao de outros -r*os ou
entidades.
Art. 2
o
0ecorrido o 'ra(o das in%orma9es, sero ouvidos, sucessivamente, o
Advo*ado"Beral da Inio e o Orocurador"Beral da ?e')blica, que devero
mani%estar"se, cada qual, no 'ra(o de quin(e dias.
Art. F
o
!encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o relat-rio,
com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento.
P 4
o
=m caso de necessidade de esclarecimento de matria ou circunst<ncia
de %ato ou de not-ria insu%ici+ncia das in%orma9es e&istentes nos autos,
'oder# o relator requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito ou
comisso de 'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou %i&ar data
'ara, em audi+ncia ')blica, ouvir de'oimentos de 'essoas com e&'eri+ncia e
autoridade na matria.
P 1
o
8 relator 'oder#, ainda, solicitar in%orma9es aos @ribunais Su'eriores,
aos @ribunais %ederais e aos @ribunais estaduais acerca da a'licao da
norma im'u*nada no <mbito de sua ,urisdio.
P 3
o
As in%orma9es, 'er$cias e audi+ncias a que se re%erem os 'ar#*ra%os
anteriores sero reali(adas no 'ra(o de trinta dias, contado da solicitao do
relator.
(;ei F.2M2L4FFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ao direta de
inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade 'erante o
Su'remo @ribunal 7ederal).
(COEKIEM%urO)
T .(n"u)a%&o ao 0e#(#o4 mas n&o D "ausa #e 0e#(r :Causa #e Pe#(r
Aberta;!
AD8 B9D9 M6 ; /6 5 /ANTA 6ATA38NA
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 42L6FL4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 34"46"4FF7 OO"KKK56 =N=C@ !8;"6422F"64 OO66461
42K
Au)a /5 $
/H75Q7/5**
EMENTA: Ao direta de inconstitucionalidade. P 7A do arti*o 416 da
>onstituio do =stado de Santa >atarina, com a redao dada 'ela =menda
>onstitucional nA 41, de 13 de de(embro de 4FFM. " ?elev<ncia de
%undamento " ainda que no invocado diretamente 'elo requerente " , que
'ode ser levado em considerao 'ela >orte, dado que a /causa 'etendi/
nessa ao aberta, relativo it in%rin*+ncia, no caso, do 'rinc$'io da
inde'end+ncia dos Ooderes (arti*o 1A da >onstituio 7ederal). " 8corr+ncia,
tambm, do /'ericulum in mora/. Oedido de liminar de%erido 'ara sus'ender,
at o ,ul*amento %inal dessa ao direta, a e%ic#cia, /e& nunc/, do P 7A do
arti*o 416 da >onstituio do =stado de Santa >atarina, com a redao dada
'ela =menda >onstitucional nA 41, de 13 de de(embro de 4FFM.
O Pe#(#o na ADI e ADC
& Di(eren/a entre causa de pedir e pedido
& Ea causa de pedir a motiva/"o aberta O OKF n"o estH limitado ao
motivo e'plicitado pelo autor na a/"o
& O Pedido vincula o OKF (re$ra $eral) O pedido tem ?ue ser espec<(ico-
descrevendo a motiva/"o da impu$na/"o de cada arti$o (ou pe?ueno
$rupos de arti$os) ?uestionado Asse cuidado n"o serH necessHrio ?uando o
v<cio (or (ormal- eis ?ue este macula a norma inteira
& Oe a constitucionalidade de uma norma (or ?uestionada por v<cio de
iniciativa- isso deve ser (eito em rela/"o a toda a norma Oe a
inconstitucionalidade (or material- pode a norma ser ?uestionada
parcialmente (at mesmo um Dnico arti$o da lei)
& Assa a re$ra $eral- ou se#a- ?ue o pedido vincula- (ec;ado
& E"o poss<vel impu$na/"o $enrica
Teor(a #a In"onst(tu"(ona)(#a#e 0or Arrastamento
T O 4e?uerente deverH (undamentar pela inconstitucionalidade de cada um
dos arti$os ob#eto de anHlise pelo Oupremo- por?ue o pedido vincula o
Kribunal A'cepcionalmente- admite&se a declara/"o de
inconstitucionalidade de outras normas- ?uando (orem corolHrias l.$icas da
declara/"o de inconstitucionalidade pedida % isso se c;ama IECOEOKIKM&
CIOE%NID%DA PO4 %44%OK%+AEKO
T Assa teoria (oi inventada pelo pr.prio OKF (?ue pode aplica&la ou n"o)- e se
trata de e'ce/"o = re$ra de ?ue o pedido vincula a %DI ou %DC se al$um
pediu a declara/"o de inconstitucionalidade- (ver art 9V da Nei 76J6X77) a
peti/"o inicial tem ?ue indicar os arti$os impu$nados %rti$os n"o
mencionados na inicial da %DI- mas ?ue t8m rela/"o estreita com arti$os
impu$nados
& ,eralmente ocorre com matrias muito importantes politicamente Cabe
em rela/"o = Decreto] Keoricamente n"o seria necessHrio- pois uma ve>
declarada a inconstitucionalidade da norma- n"o ;averia mais o (undamento
de validade do decreto- ense#ando a sua inaplicabilidade na prHtica
%demais- n"o cabe %DI contra decreto- pois este possui v<cio de le$alidade-
constituindo o(ensa apenas indireta % o(ensa teria ?ue ser direta- a n"o ser
42M
9
?ue (osse decreto aut:nomo (?ue precisa de lei como (undamento de
validade +as estes n"o c;e$am a re$ulamentar direitos)
% teoria da inconstitucionalidade por arrastamento deve ser aplicada
?uando a declara/"o da inconstitucionalidade de um dispositivo da lei
estendida a outro dispositivo- em ra>"o da e'ist8ncia de uma correla/"o-
cone'"o ou depend8ncia entre eles Asse tipo de declara/"o de
inconstitucionalidade ocorre em duas situa/0es distintas- ?ue nomearemos
CORRELARSO Le>ICA ou CORRELARSO !ATERIAL
& % inconstitucionalidade por arrastamento na CORRELARSO Le>ICA
ocorre nas situa/0es em ?ue di(erentes dispositivos inte$ram um Dnico
sistema normativo- de (orma ?ue a declara/"o da inconstitucionalidade de
um opera a impossibilidade l.$ica de sobreviv8ncia dos demais dispositivos-
simplesmente por?ue tais dispositivos n"o possuem ?ual?uer si$ni(icado
aut:nomo Am situa/0es como essas- o Poder @udiciHrio poderH determinar a
e'tens"o da declara/"o da inconstitucionalidade a dispositivos n"o
impu$nados e'pressamente na peti/"o inicial- em ra>"o da depend8ncia
e'istente entre eles An(im- a rela/"o de depend8ncia entre os dispositivos
(a> com ?ue a declara/"o da inconstitucionalidade de um a(ete a validade
dos demais Di>&se- ent"o- ?ue a declara/"o da inconstitucionalidade de um
dispositivo acaba por atin$ir- por arrastamento- a validade do outro
& O (undamento para esse tipo de declara/"o de inconstitucionalidade
muito simples! se as normas le$ais $uardam intercone'"o e mant8m- entre
si- v<nculo de depend8ncia #ur<dica- (ormando&se uma incind<vel unidade
estrutural- n"o poderH o Poder @udiciHrio proclamar a inconstitucionalidade
de apenas al$umas dessas normas- mantendo as outras no ordenamento
#ur<dico- sob pena de causar uma verdadeira desa$re$a/"o do pr.prio
sistema normativo a ?ue se ac;am incorporadas Isto ocorre- por e'emplo-
em uma situa/"o em ?ue o @udiciHrio declara a inconstitucionalidade do
arti$o 1 q de determinada lei e- por arrastamento- tambm do arti$o 2q- ?ue
nada mais (a>ia do ?ue re$ulamentar o arti$o 1 q Observa&se- desta (eita-
?ue n"o ;H condi/0es de o arti$o 2q sobreviver na aus8ncia do arti$o 1 q
& Eo entanto- e'iste tambm outra espcie de inconstitucionalidade
por arrastamento recon;ecida na prH'is do Oupremo Kribunal Federal
G a situa/"o da inconstitucionalidade por arrastamento por
CORRELARSO !ATERIAL Asta a ;ip.tese em ?ue di(erentes
dispositivos dever"o ser declarados inconstitucionais por?ue possuem
uma similitude na causa de pedir Ou se#a- os motivos ?ue levam o
intrprete a declarar a inconstitucionalidade de determinado arti$o
tambm autori>ariam a declara/"o de inconstitucionalidade de outros
arti$os da mesma lei- ainda ?ue n"o e'pressamente impu$nados
Ora- se a causa de pedir vHlida para diversos arti$os- se (or
impu$nada a validade de apenas um deles- certamente a declara/"o
da inconstitucionalidade deste condu>irH- por arrastamento- =
invalidade dos demais
& Eo )rasil- o Oupremo Kribunal Federal admite a declara/"o da
inconstitucionalidade Bpor arrastamentoC ou Bpor atra/"oC de outras
normas ?ue o autor n"o ten;a e'pressamente re?uerido na inicial-
em ra>"o da cone'"o ou interdepend8ncia com os dispositivos le$ais
especi(icamente impu$nados ou por semel;an/a na causa de pedir
427
P
Oegun#o o Tr(buna)4 nesses "asos n&o 9C ne"ess(#a#e #e
(m0ugna%&o eG0ressa 0e)o autor4 #(s0os(t(+o 0or #(s0os(t(+o4
uma +e< Wue o e+entua) re"on9e"(mento #o +="(o
re)at(+amente a "ertos #(s0os(t(+os "on#u<(rC4 0or
arrastamento4 D (m0oss(b()(#a#e #o a0ro+e(tamento #os
#ema(s (%DI 2JQ9X+K- rel +in Carlos 2elloso; %DI 975XOP- rel +in
Aros ,rau; %DI (+C) 2JP6&CA- rel +in +aur<cio Corr8a; %DI (+C)
2JU6&DF- rel +in Celso de +ello)
& Eesses termos- a #urisprud8ncia do Oupremo Kribunal Federal alin;a&
se no sentido de recon;ecer a necessidade de o Kribunal declarar
tambm a inconstitucionalidade de normas ?ue ten;am teor anHlo$o
=s ?ue (oram ob#eto da a/"o Con(ira&se com o se$uinte trec;o
publicado no In(ormativo nV 9Q2 do OKF- no #ul$amento da Luest"o de
Ordem na %DI nV 2762&CA- rel o min ,ilmar +endes!
XCo mrito, tendo em conta que os dis'ositivos 'ossu$am teor an#lo*o, que a
causa de 'edir era id+ntica, e, ainda, que a declarao de inconstitu"
cionalidade dos arti*os im'u*nados na inicial acabaria 'or atin*ir os
acrescidos no Oarecer, tornando"os ina'lic#veis, reti%icou"se o voto
anteriormente 'ro%erido e estendeu"se a declarao de inconstitucionalidade,
'or arrastamento, ao arti*o KA e ao 'ar#*ra%o )nico do art. 1K da lei
cearenseY.
& % correla/"o material em inconstitucionalidade por arrastamento
poss<vel ?uando o OKF entende ?ue- em ra>"o da semel;an/a da matria e
mesmos motivos da causa de pedir- outra norma poderia ser considerada
inconstitucional pelos mesmos motivos de outra #H declarada
inconstitucional
& % inconstitucionalidade por arrastamento- at ;o#e- s. ocorreu dentro de
uma mesma lei Eunca envolveu outra lei- o ?ue n"o poderia ser (eito
Portanto essa teoria da inconstitucionalidade por arrastamento s. se
aplicada dentro da mesma lei- e- ainda- envolvendo a mesma matria 2er
art 26 da Nei 76J6X77 % decis"o do OKF n"o vincula o le$islador E"o ;H
men/"o a e(eito vinculante em rela/"o ao le$islativo Isso si$ni(ica ?ue no
dia se$uinte o le$islativo pode editar outra lei de conteDdo id8ntico- o ?ue
n"o vedado por lei
Art. 12. 0entro do 'ra(o de de( dias a'-s o tr<nsito em ,ul*ado da deciso, o
Su'remo @ribunal 7ederal %ar# 'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio da
Gustia e do 0i#rio 8%icial da Inio a 'arte dis'ositiva do ac-rdo.
Pargrafo nico. A declarao de constitucionalidade ou de incons"
titucionalidade, inclusive a inter'retao con%orme a >onstituio e a
declarao 'arcial de inconstitucionalidade sem reduo de te&to, t+m
e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante em relao aos -r*os do Ooder
Gudici#rio e Administrao O)blica %ederal, estadual e munici'al.
(;ei F.2MFLFF)
422
T O 4e?uerente deve- ainda- observar se a norma anterior = norma
impu$nada tambm padece do mesmo v<cio de inconstitucionalidade- para
atacar ambas na mesma a/"o
& O autor do pedido de inconstitucionalidade deverH ter o cuidado de
veri(icar se a declara/"o de inconstitucionalidade n"o repristinarH outra lei
cu#os e(eitos seriam semel;antes = lei impu$nada- sob pena de n"o ser
con;ecido o pedido 2er art 11 da Nei 76J6X77
Art. 44. >oncedida a medida cautelar, o Su'remo @ribunal 7ederal %ar#
'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio 8%icial da Inio e do 0i#rio da Gustia
da Inio a 'arte dis'ositiva da deciso, no 'ra(o de de( dias, devendo
solicitar as in%orma9es autoridade da qual tiver emanado o ato,
observando"se, no que couber, o 'rocedimento estabelecido na Seo deste
>a'$tulo.
P 4
o
A medida cautelar, dotada de e%ic#cia contra todos, ser# concedida com
e%eito e( nunc, salvo se o @ribunal entender que deva conceder"lhe e%ic#cia
retroativa.
P 1
o
A concesso da medida cautelar torna a'lic#vel a le*islao anterior
acaso e&istente, salvo e&'ressa mani%estao em sentido contr#rio.
AD8 !BF! M6 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 64L61L1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 6K"65"1661 OO"66637 =N=C@ !8;"616M3"64 OO"66645
EMENTA: " Ao direta de inconstitucionalidade. ;ei 3.357, de 1F.41.FF,
do =stado do ?io de Ganeiro. " =mbora o requerente se re%ira a toda a ;ei em
causa, e&clui ele e&'ressamente dos ataques relativos inconstitucionalidade
%ormal e material os seus arti*os K, M e 7, bem como s- %undamenta a ao
quanto aos arti*os 4 e 5 e aos dis'ositivos *ri%ados do Ane&o (@abela), a
que eles aludem, constantes dessa mesma ;ei, sem %a(er qualquer ale*ao
de inconstitucionalidade no tocante aos arti*os 1, 3 e 2, ra(o 'or que se
tem como ob,eto desta ao a'enas os re%eridos arti*os 4 e 5 e os
dis'ositivos *ri%ados do Ane&o /A/. " >om relao ao arti*o 5, no se 'ode
conhecer da 'resente ao no tocante a ele, 'orque, quer quanto ale*ao
de inconstitucionalidade %ormal, quer quanto ale*ao de
inconstitucionalidade material, se ,ul*adas 'rocedentes, dessa 'roced+ncia
resultaria a restaurao imediata da e%ic#cia da redao ori*in#ria do arti*o
F da ;ei 1.MM1, de 17 de de(embro de 4FFM, que estariam eivados dos
mesmos v$cios a'ontados como neles incidente a nova redao desse
dis'ositivo le*al. " Quanto ao arti*o 4, no t+m relev<ncia ,ur$dica, em
e&ame 'ara a concesso de liminar, as ale*a9es de inconstitucionalidade
%ormal e material contra ele. " 7inalmente, no tocante aos itens im'u*nados
do Ane&o dessa ;ei estadual, no se 'ode conhecer da 'resente ao direta,
'orquanto a eles se a'lica o 'rinc$'io de que no de se conhecer da A0C,
se, declarada a inconstitucionalidade %ormal de um dis'ositivo normativo,
dessa declarao resultar a restaurao imediata do 'or ele revo*ado, que
a'resenta o mesmo v$cio de inconstitucionalidade e que no %oi ob,eto da
re%erida ao. Ao direta conhecida em 'arte, e nela inde%erido o 'edido de
liminar.
42F
115 @AD85!!BIA
@$tulo
A0n e =%eito ?e'ristinat-rio (@ranscri9es)
Arti*o
A0n e =%eito ?e'ristinat-rio (@ranscri9es) A0n 1.14K"O= (Nedida
>autelar)o
?=;A@8?: NC. >=;S8 0= N=;;8
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
>8CS0=?AS]=S S8E?= 8 !A;8? 08 A@8 C>8CS@@I>8CA;.
78?NI;AS]=S @=U?>AS. 8 S@A@IS QIA=S@8CS CA
GI?SO?I0DC>A 08 S@7. >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8
0= >8CS@@I>8CA;0A0= = =7=@8 ?=O?S@CA@U?8. A
QI=S@T8 08 =7=@8 ?=O?S@CA@U?8 C0=S=GA08.
C=>=SS0A0=, =N @A; [OU@=S=, 0= 78?NI;AST8 0=
O=008S SI>=SS!8S 0= 0=>;A?AST8 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= @AC@8 08 0O;8NA AE"?8BA@U?8
QIAC@8 0AS C8?NAS O8? =;= ?=!8BA0AS, 0=S0= QI=
@ANEHN =!A0AS 08 !_>8 0A ;=B@N0A0=
>8CS@@I>8CA;. AISDC>A 0= NOIBCAST8, C8 >AS8, 08
0O;8NA ;=BS;A@!8 >IGA =7>J>A ?=S@AI?A?"S="A =N
7ICST8 08 =7=@8 ?=O?S@CA@U?8. [OU@=S= 0=
C>8BC8S>E;0A0= 0A AST8 0?=@A. O?=>=0=C@=S. AST8
0?=@A CT8 >8C[=>0A.
T %ssim- se a declara/"o de inconstitucionalidade repristinar o direito
anterior aplicado = espcie- acaso e'istente- e o diploma anterior tambm
(or inconstitucional- ambos os diplomas normativos dever"o ser ob#eto da
%DI- sob pena de n"o&con;ecimento desta!
AD8 !I:G ; A0 # AMA0Z
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. >A?;8S !=;;8S8
Gul*amento: 61L46L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"1F"62"1663 OO"66647 =N=C@ !8;"61414"65 OO"
66721
EMENTA: >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=: =7=@8 ?=O?S@CA@U?8: C8?NA
AC@=?8? >8N 8 N=SN8 !_>8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
. " Co caso de ser declarada a inconstitucionalidade da norma ob,eto da
causa, ter"se"ia a re'ristinao de 'receito anterior com o mesmo v$cio de
inconstitucionalidade. Ceste caso, e no im'u*nada a norma anterior, no
de se conhecer da ao direta de inconstitucionalidade. Orecedentes do S@7.
. " A0n no conhecida.
4F6
(Continua/"o)
Oe o conteDdo da norma atacada tiver sido substancialmente alterado por
norma posterior a %DI serH #ul$ada pre#udicada!
AD8 BII! ; =7
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a) Nin. >=;S8 0= N=;;8
0G 0A@A"47L65L1661 Gul*amento 44L65L1661
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
CS@?IN=C@8 0= A7?NAST8 0A SIO?=NA>A 0A 8?0=N
>8CS@@I>8CA;. 8 OAO=; 08 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A;
>8N8 ;=BS;A08? C=BA@!8. A C8ST8 0=
>8CS@@I>8CA;0A0=LC>8CS@@I>8CA;0A0= >8N8
>8C>=@8 0= ?=;AST8. A QI=S@T8 O=?@C=C@= A8 E;8>8
0= >8CS@@I>8CA;0A0=. O8SS]=S 08I@?CJ?AS
0!=?B=C@=S =N @8?C8 08 S=I >8C@=R08. 8 SBC7>A08
08 E;8>8 0= >8CS@@I>8CA;0A0= >8N8 7A@8?
0=@=?NCAC@= 08 >A?J@=? >8CS@@I>8CA;, 8I CT8, 08S
A@8S =S@A@AS. C=>=SS0A0= 0A !BDC>A A@IA;, =N S=0=
0= >8C@?8;= AES@?A@8, 08 OA?A0BNA >8CS@@I>8CA;
A;=BA0AN=C@= !8;A08. SIO=?!=C=C@=
N807>AST8LSIO?=SST8 08 OA?bN=@?8 0= >8C7?8C@8.
O?=GI0>A;0A0= 0A AST8 0?=@A. " A revo*ao su'erveniente
da norma constitucional, invocada como 'ar<metro de con%ronto, torna
're,udicada a ao direta de inconstitucionalidade, 'orque, em nosso sistema
,ur$dico, o 'rocesso de %iscali(ao normativa abstrata no se revela vi#vel "
no 'odendo instaurar" se, nem 'rosse*uir ", quando a %ormulao do ,u$(o
de constitucionalidade, sub,acente controvrsia ,ur$dica, de'ender do
e&ame de 'aradi*mas hist-ricos, consubstanciados em normas
constitucionais que ,# no mais se acham em vi*or. Doutrina.
0recedentes.
/=sta >orte, modi%icando orientao anterior, %irmou o entendimento de que,
destinando"se a ao direta de inconstitucionalidade a de%esa da ordem
constitucional vi*ente, 'erde ela o seu ob,eto quando revo*ada a norma
que nela se im'u*na, 'odendo seus e%eitos concretos ser atacados incidenter
tantum. 8ra, 'or identidade de ra(o o mesmo ocorre quando a vi*+ncia da
lei cessa 'or causas intr$nsecas, o que se veri%ica, como observam =duardo
=s'$nola e =duardo =s'$nola 7ilho (hA ;ei de ntroduo ao >-di*o >ivil
Erasileiro comentada na ordem dos seus arti*osi, vol. , n. 31, '. 76, ;ivraria
=ditora 7reita Eastos, ?io de Ganeiro, 4F53), hquando, 'ela 'r-'ria nature(a
da lei, a sua vida se limita a determinado tem'o, ou a certo %im, caso em que
tra( ela, em si mesma, um limite de durao, 'ara a sua validadei./ (A0
F53, ?el. Nin. Noreira Alves, 0G 15L44LFK).
4F4
Au)a /* $
5?75H7/5**
Opini"o contrHria! +inistro ,ilmar Ferreira +endes %l$uns precedentes
no Oupremo demonstram poss<vel mudan/a na interpreta/"o
aA AD8 F!F! W ?evo*ao da lei quando a A0 ,# estava em 'auta. A Ao
continuou sendo ,ul*ada.
bA AD8 G!CV M6,
?elator(a): Nin. >=^A? O=;IS8, @ribunal Oleno,
,ul*ado em 67L46L166F,
0Ge"113 0!I;B 1M"44"166F OIE;> 17"44"166F =N=C@ !8;"61325"
64 OO"666F3.
EMENTA/: 4. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>85
NA<8DADE 5 AD8. 0etio inicial. Emenda antes do
(ul$amento do pedido de liminar. Admissibilidade. 3evo$ao
da lei ori$inalmente impu$nada. <ei nova que, na pendYncia do
processo, reproduziria normas inconstitucionais da lei
revo$ada. Aproveitamento das causas de pedir. Economia
processual. Em ao direta de inconstitucionalidade, admite5se
emenda da petio inicial antes da apreciao do requerimento
de liminar, quando ten'a por ob(eto lei revo$adora que
reproduz normas ar$uidas de inconstitucionais da lei revo$ada
na pendYncia do processo.
1. C>8CS@@I>8CA;0A0=. Ao direta. ;ei n 1.4K5L166F, do
=stado do @ocantins. =leio de Bovernador e !ice"Bovernador. [i'-tese
de car*os va*os nos dois )ltimos anos de mandato. =leio indireta 'ela
Assembleia ;e*islativa. !otao nominal e aberta. >onstitucionalidade
a'arente reconhecida. ?e'roduo do dis'osto no art. 24, P 4, da >7. Co
obri*atoriedade. =&erc$cio da autonomia do =stado"membro. ;iminar
inde%erida. Orecedente. =m sede tutela anteci'ada em ao direta de
inconstitucionalidade, a'arenta constitucionalidade a lei estadual que 'rev+
eleio 'ela Assembleia <e$islativa, por votao nominal e
aberta, para os car$os de 4overnador e Hice54overnador,
va$os nos dois ,ltimos anos do mandato.
cA AD8 FFD9,
?elator (a): Nin. B;NA? N=C0=S, @ribunal Oleno,
,ul*ado em 47L63L1644,
0Ge"462 0!I;B 6M"6M"1644 OIE;> 67" 6M"1644. =N=C@ !8;"61K32"
64 OO"6666F.
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
?=S8;IS]=S 0A >bNA?A ;=BS;A@!A 08 0S@?@8 7=0=?A;
QI= 0SO]=N S8E?= 8 ?=AGIS@= 0A ?=NIC=?AST8 0= S=IS
S=?!08?=S. ?=S=?!A 0= ;=. . O?=;NCA?. ?=!8BAST8 0=
A@8S C8?NA@!8S NOIBCA08S AOUS A O?8O8S@I?A 0A
AST8 0?=@A. 7?AI0= O?8>=SSIA;. >8C@CI0A0= 08
GI;BAN=C@8.
Su'erveni+ncia de ;ei 0istrital que convalidaria as resolu9es atacadas.
Sucessivas leis distritais que tentaram revo*ar os atos normativos
im'u*nados. Oosterior edio da ;ei 0istrital nA 5.351, de 11 de ,unho de
166F, a qual instituiu novo Olano de >ar*os, >arreira e ?emunerao dos
4F1
servidores e revo*ou tacitamente as ?esolu9es 4F7L63, 164L63, 161L63 e
165L63, 'or ter re*ulado inteiramente a matria 'or elas tratadas, e
e&'ressamente as ?esolu9es ns 161L63 e 165L63. 7atos que no
caracterizaram o pre(uzo da ao. ]uadro "tico que su$ere a
inteno de burlar a (urisdio constitucional da 6orte.
6on"i$urada a "raude processual com a revo$ao dos atos
normativos impu$nados na ao direta, o curso procedimental
e o (ul$amento "inal da ao no "icam pre(udicados.
0recedente) AD8 nd F.!F!;T+, 3el. Min. 6ezar 0eluso, D2
F.BD.!DDV.
3EM=NE3A>?+ D+/ /E3H8D+3E/ 0LM<86+/.
038N6K08+ DA 3E/E3HA DE <E8. A Emenda 6onstitucional
BC;CV, com a alterao "eita no art. F:, [, da 6onstituio,
instituiu a reserva le$al para a "i%ao da remunerao dos
servidores p,blicos. E%i$e5se, portanto, lei "ormal e espec"ica.
A 6asa <e$islativa "ica apenas com a iniciativa de lei.
0recedentes) AD85M6 F.F9C;D7, 3elator Min. 6arlos Helloso,
D2 D!.D!.DI* AD85M6 !.D:I, 3el. Min. 6elso de Mello, D2
!:.D9.!DDF. As resoluWes da 6.mara Distrital no constituem
lei em sentido "ormal, de modo que vo de encontro ao disposto
no te%to constitucional, padecendo, pois, de patente
inconstitucionalidade, por violao aos arti$os F:, [* IB, 8H* e
I!, [888, da 6onstituio 7ederal.
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= GI;BA0A
O?8>=0=C@=
E"o cabe impu$na/"o $enrica!
AD8 B:DV ; MT 5 MAT+ 43+//+
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8
Gul*amento: 17L44L4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 43"63"4FF2 OO"66664 =N=C@ !8;"64F61"64 OO"666M1
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " >AISA 0= O=0?
= O=008 " >um're ao Autor da ao 'roceder aborda*em, sob o <n*ulo
da causa de 'edir, dos diversos 'receitos atacados, sendo im'r-'rio %a(+"lo
de %orma *enrica. A %le&ibilidade ,uris'rudencial de outrora no mais se
,usti%ica, isso diante do elastecimento constitucional do rol dos le*itimados
'ara a re%erida ao. Acolhimento de re'resentao a'resentada 'or terceiro
no le*itimado, visando ao a,ui(amento 'elo Orocurador Beral da ?e')blica,
h# de %a(er"se de %orma criteriosa.
4F3
Da decis"o ?ue #ul$ar pre#udicada a inicial da %DI- cabe a$ravo- mas o
pra>o n"o contado em dobro se o recorrente (or Pessoa @ur<dica de Direito
PDblico- ;a#a vista ser processo ob#etivo!
Art. 5 A 'etio inicial ine'ta, no %undamentada e a mani%estamente
im'rocedente sero liminarmente inde%eridas 'elo relator.
Pargrafo nico. >abe a*ravo da deciso que inde%erir a 'etio inicial.
(;ei n F.2M2L4FFF)
AD8 !BFD A$3 ; /6 5 /ANTA 6ATA38NA
AB. ?=B. CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 63L46L1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 45"41"1664 OO"66634 =N=C@ !8;"616K3"63 OO"6652K
E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
AGI^A0A O8? B8!=?CA08? 0= =S@A08 " 0=>ST8 QI= CT8
A A0N@=, O8? C>AE_!=; " ?=>I?S8 0= AB?A!8 C@=?O8S@8
O=;8 O?UO?8 =S@A08"N=NE?8 " ;=B@N0A0= ?=>I?SA;
0=SSA O=SS8A O8;_@>A " CAO;>AE;0A0=, A8 O?8>=SS8
0= >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8, 08 A?@. 422 08 >O> "
?=>I?S8 0= AB?A!8 CT8 >8C[=>08. 8 =S@A08"N=NE?8
CT8 O8SSI ;=B@N0A0= OA?A ?=>8??=? =N S=0= 0=
>8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8. " 8 =stado"membro no dis'9e
de le*itimidade 'ara inter'or recurso em sede de controle normativo
abstrato, ainda que a ao direta de inconstitucionalidade tenha sido a,ui(ada
'elo res'ectivo Bovernador, a quem assiste a 'rerro*ativa le*al de recorrer
contra as decis9es 'ro%eridas 'elo ?elator da causa (;ei n F.2M2LFF, art. 5,
'ar#*ra%o )nico) ou, e&ce'cionalmente, contra aquelas emanadas do 'r-'rio
Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal (;ei n F.2M2LFF, art. 1M). CT8 [J
O?A^8 ?=>I?SA; =N 08E?8 C8 O?8>=SS8 0= >8C@?8;=
>8C>=C@?A08 0= >8CS@@I>8CA;0A0=. " Co se a'lica, ao
'rocesso ob,etivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma
inscrita no art. 422 do >O>, cu,a incid+ncia restrin*e"se, unicamente, ao
dom$nio dos 'rocessos sub,etivos, que se caracteri(am 'elo %ato de
admitirem, em seu <mbito, a discusso de situa9es concretas e individuais.
Orecedente. ne&iste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a
'ossibilidade de o 'ra(o recursal ser com'utado em dobro, ainda que a 'arte
recorrente dis'onha dessa 'rerro*ativa es'ecial nos 'rocessos de $ndole
sub,etiva.
E"o ;H possibilidade de o re?uerente desistir do pedido liminar
eventualmente (ormulado * ADI HL/
*.*./. LE>ITI!ARSO ATI.A
4F5
T Eo Ymbito do DIOK4IKO FADA4%N- para propositura perante o Kribunal de
@usti/a em (ace da NAI O4,vEIC%!
<E8 NR BB.9C:, de BF;D9;!DDV
(0is'9e sobre a or*ani(ao ,udici#ria do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios).
Art. 2 (...)
P 1 Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade:
W o Bovernador do 0istrito 7ederal.
W a Nesa da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal.
W o Orocurador"Beral de Gustia.
! W a 8rdem dos Advo*ados do Erasil, Seo do 0istrito 7ederal.
! W as entidades sindicais ou de classe, de atuao no 0istrito 7ederal,
demonstrando que a 'retenso 'or elas dedu(ida *uarda relao de
'ertin+ncia direta com os seus ob,etivos institucionais.
! W os 'artidos 'ol$ticos com re'resentao na ><mara ;e*islativa.
P 3 Oodem 'ro'or a ao declarat-ria de constitucionalidade:
W o Bovernador do 0istrito 7ederal.
W a Nesa da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal.
W o Orocurador"Beral de Gustia.
(...)
Leg(t(ma#os 0ara 0ro0or ADI no Imb(to #o STF4 em fa"e #a CF
:art. *58;:
Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao
declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n 5K, de 1665)
" o Oresidente da ?e')blica.
" a Nesa do Senado 7ederal.
" a Nesa da ><mara dos 0e'utados.
! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito
7ederal.
! " o 4overnador de Estado ou do Distrito 7ederal*
H8 5 o 0rocurador54eral da 3ep,blica*
H88 5 o 6onsel'o 7ederal da +rdem dos Advo$ados do Mrasil*
H888 5 partido poltico com representao no 6on$resso Nacional*
8[ 5 con"ederao sindical ou entidade de classe de .mbito nacional.
4FK
Con"e(to #e Confe#era%&o S(n#("a)!
& Antidade ;<brida- ?ue a$rupa sindicatos e associa/0es representativos de
diversas cate$orias- ou ainda ?ue da mesma cate$oria- n"o s"o
considerados con(edera/"o sindical
AD8 IBB ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. OAI;8 E?8SSA?0
Gul*amento: 64L65L4FF1 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"4K"6K"4FF1 OO"6M724 =N=C@ !8;"64MM4"64 OO"
666KK ?@G !8;"66456"63 OO"667K1
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;e*itimidade " art.
463, :, da >7. 7ederao Cacional do 7isco =stadual. (7=CA7S>8).
=ntidade h$brida que a*ru'a sindicatos e associa9es, que con*re*am
'arcela determinada do %uncionalismo ')blico estadual, no constitui
entidade sindical. ?equisitos e condi9es 'ara se enquadrar como entidade
sindical de *rau su'erior (>a'. , @it. !, >;@). ne&istentes. Ao no
conhecida 'or %alta de le*itimidade da autora. Nedida >autelar 're,udicada.
Aentral Jnica dos 3rabalhadores %A@3&. 4alta de legitimao ativa. 2endo
!ue a autora constitu"da por pessoas $ur"dicas de natureza vria, e !ue
representam categorias profissionais diversas, no se en!uadra ela na
e(presso b entidade de classe de Bmbito nacional b, a !ue alude o artigo
*/. da Aonstituio, contrapondo1se 6s confedera#es sindicais, por!uanto
no uma entidade !ue congregue os integrantes de uma determinada
atividade ou categoria profissional ou econmica, e !ue, portanto,
represente, em Bmbito nacional, uma classe. Por outro lado, no a autora
b e nem ela pr5pria se en!uadra nesta !ualificao b uma confederao
sindical, tipo de associao sindical de grau superior devidamente previsto
em lei %A83 artigos R.. e R.R&, o !ual ocupa o cimo da hierar!uia de nossa
estrutura sindical e ao !ual ine!uivocamente alude a primeira parte do
inciso =c do artigo */. da Aonstituio.E %A9= -,*1HA, :el. Hin. Horeira
Alves, 9^ /NQ/+Q/*&.
& BCon(edera/"o sindicalC * se entidade ocupar o ultimo n<vel da?uela
cate$oria Kem ?ue representar uma cate$oria espec<(ica- n"o pode ser
muito $enrica
A'! CMK * n"o tem le$itimidade ativa se$undo o OKF * #urisprud8ncia
restritiva * clHusula de barreira para n"o admitir %DI de muitas cate$orias
T De a"or#o "om o STF4 a C>T :ADI 886; e a UNE :ADI HL6; n&o
0reen"9em a "on#(%&o #e ent(#a#e #e ")asseo
& Kambm ocorre assim com a MEAC * Mni"o Eacional dos Astudantes; C,K *
Con(edera/"o ,eral dos Krabal;adores Oe representa- tudo n"o ;H
representa/"o especiali>ada
Fuanto D "om0os(%&o #as ent(#a#es #e ")asse:
4FM
& 1V entendimento do OKF! se uma associa/"o ?ue reDne diversas
associa/0es n"o ;H le$itimidade (n"o parte le$<tima) A'! associa/"o de
associa/"o
AD8 BIVD ]+ ; =7 5 =N8?+ 7EDE3A<
QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 6KL6ML4FF7 Ur*o
Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"1K"6K"1664 OO"6666F =N=C@ !8;"61631"61 OO"
661K2
EMENTA: N=00A >AI@=;A? =N AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=. AO8S=C@A08?A 0= NABS@?A08S
>;ASSS@AS @=NO8?J?8S 0A GIS@SA 08 @?AEA;[8: A?@. M
0A N=00A O?8!SU?A C 4.K13, 0= 12.6K.F7. O?=;NCA?:
;=B@N0A0= A@!A A0 >AISAN 0A ?=QI=?=C@=. 4. A
requerente entidade nacional que con*re*a, e&clusivamente, Associa9es
?e*ionais de Gu$(es >lassistas do @rabalho. 1. =ste @ribunal vem
entendendo que a chamada /associao de associa9es/ no entidade de
classe de <mbito nacional a que se re%ere a se*unda 'arte do inciso : da
>onstituio, 'ara o %im de de%la*rar o controle abstrato e concentrado de
constitucionalidade das leis, 'orque elas re'resentam 'essoas ,ur$dicas, e no
'essoas %$sicas, eis que somente estas que 'odem re'resentar uma classe. 3.
Ao direta no conhecida 'or ile*itimidade ativa ad causam da requerente.
& 2V entendimento do OKF! %ssocia/"o de %ssocia/0es- desde ?ue
representando a mesma cate$oria- parte le$<tima para a#ui>ar %DI!
& %tualmente o OKF admite- desde ?ue este#am representando a mesma
cate$oria A'! uma associa/"o nacional dos servidores #udiciHrios n"o seria
poss<vel
8n"ormativo F9B @AD85FBIFA
Associao de Associa9es: ;e*itimidade 'ara A0 (@ranscri9es)
?=;A@8? OL A>U?0T8: NC. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Hoto: Oresidente, volta ao Olen#rio um 'roblema cu,a soluo, na
,uris'rud+ncia da >orte, ,amais, 'essoalmente, me convenceu: a que baniu
da le*itimao 'ara a ao direta de inconstitucionalidade o que se tem
chamado /associao de associa9es/. A meu ver, nada o ,usti%ica. >he*ou"
se a %alar que uma /associao de associa9es/ s- 'oderia de%ender os
interesses das suas associadas, vale di(er, das associa9es que con*re*a.
Nas, data v+nia, o 'aralo*ismo 'atente. A entidade de classe, da classe
reunida nas associa9es estaduais que lhe so %iliadas. 8 seu ob,etivo a
de%esa da mesma cate*oria social. = o %ato de uma determinada cate*oria se
reunir, 'or mimetismo com a or*ani(ao %ederativa do Oa$s, em associa9es
corres'ondentes a cada =stado, e essas associa9es se reunirem 'ara, 'or
meio de uma entidade nacional, 'erse*uir o mesmo ob,etivo institucional de
de%esa de classe, a meu ver, no descaracteri(a a entidade de *rau su'erior
como o que ela realmente : uma entidade de classe. Co <mbito sindical, isso
indiscut$vel. As entidades le*itimadas ao direta so as con%edera9es,
que, 'or de%inio, no t+m como associados 'essoas %$sicas, mas, sim,
associa9es delas. Co ve,o, ento, no <mbito das associa9es civis comuns
4F7
no sindicais, como %a(er a distino. Oeo todas as v+nias ao eminente
?elator " ali#s ,# discutimos a res'eito, desde de 'elo menos o caso >I@ e
>B@, na A0 174 " 'ara dar 'rovimento ao a*ravo re*imental, a %im de que
se 'rocesse a ao direta. o ac-rdo 'endente de 'ublicao
Con"e(to #e ent(#a#e #e ")asse #e Imb(to na"(ona)!
& 4epresenta/"o em pelo menos 7 estados da (edera/"o- em analo$ia ao
?ue disp0e a le$isla/"o eleitoral (Nei Or$Ynica dos Partidos Pol<ticos)
& Partido pol<tico com e'press"o nacional tem ?ue ter representa/"o em
pelo menos 7 estados da Federa/"o %ssim (oi ?ue o OKF decidiu em rela/"o
=s entidades de classe
AD8 FV9 ; /0 5 /?+ 0A=<+
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 65L65L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"12"6M"4FF4 OO"62F65 =N=C@ !8;"64M1M"64 OO"
66652 ?@G !8;"6643M"61 OO"6657F
" AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;=B@N0A0=
A@!A. =C@0A0= 0= >;ASS= 0= bNE@8 CA>8CA; (A?@. 463,
:, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;). CT8 H =C@0A0= 0= >;ASS=
0= bNE@8 CA>8CA;, OA?A 8S =7=@8S 08 C>S8 : 08 A?@.
463 0A >8CS@@IST8, A QI= SU ?=IC= =NO?=SAS S=00AS
C8 N=SN8 =S@A08, C=N A QI= >8CB?=BA 8I@?AS 0=
AO=CAS QIA@?8 =S@A08S 0A 7=0=?AST8. AST8 CT8
>8C[=>0A, O8? ;=B@N0A0= A@!A /A0 >AISAN/.
&3 /8ceo!
& IH e'ce/0es nesse entendimento! %ssocia/"o de e'tratores de sal *
nacional- mas apenas ;avia representa/"o nos estados ?ue
e'traemXprodu>em sal- ?ue s"o menos de 7 Considerando ?ue a entidade
n"o possui representa/"o em 7 estados- pelo de a atividade estar restrita a
poucos estados- o OKF resolveu (le'ibili>ar a possibilidade
AD85M6 !V99 ; 3N 5 38+ 43ANDE D+ N+3TE
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8
CA;0A0=
?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S
Gul*amento: 1KL6FL1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oarte(s) ?=Q@=.(S) : ASS8>AST8 E?AS;=?A 08S =:@?A@8?=S
= ?=7CA08?=S 0= SA; W AE=?SA;
A0!08.(ALS) : =0IA?08 08NCB8S E8@@A;;8 = 8I@?8 (ALS)
?=Q08.(ALS) : ASS=NE;HA ;=BS;A@!A 08 =S@A08 08 ?8
B?AC0= 08 C8?@=
EMENTA: Ao 0ireta de nconstitucionalidade a,ui(ada 'ela Associao
Erasileira dos =&tratores e ?e%inadores de Sal " AE=?SA; contra a ;ei
=stadual n 2.1FF, de 1F de ,aneiro de 1663, do =stado do ?io Brande do
Corte, que /dis'9e sobre %ormas de escoamento do sal marinho 'rodu(ido no
4F2
?io Brande do Corte e d# outras 'rovid+ncias/. 1. ;e*itimidade ativa. 3.
na'licabilidade, no caso, do critrio adotado 'ara a de%inio do car#ter
nacional dos 'artidos 'ol$ticos (;ei n F.6FM, de 4F.F.4FFK: art. 7), ha,a vista
a relev<ncia nacional da atividade dos associados da AE=?SA;, no
obstante a 'roduo de sal ocorrer em 'oucas unidades da %ederao. 5.
Olausibilidade da ar*uio de inconstitucionalidade. K. >om'et+ncia da
Inio 'ara le*islar sobre comrcio (art. 11, !, da >onstituio).
Orecedentes: A0 126, ?el. Nin. ?e(ef, 0G de 47.M.F5. A0(N>) 35F, ?el.
Nin. Narco Aurlio, 0G de 1M.46.4FF6. e A0 1MKM, ?el. Nin. Naur$cio
>orr+a, 0G de 4.2.1663. M. >onveni+ncia da sus'enso do dis'ositivo, ha,a
vista a e&'ressiva 'artici'ao do =stado do ?io Brande Corte na 'roduo
nacional de sal marinho. 7. >oncesso unilateral de incentivos %iscais. 2.
A'arente o%ensa re*ra do art. 4KK, P 1, :, *. F. ;iminar de%erida 'ara
sus'ender o art. M, ca'ut e P 5, o art. 7 e o art. F da lei estadual
im'u*nada.
Part(#o 0o)=t("o!
& 1V AEKAEDI+AEKO DO K4I)ME%N! Oe o #ul$amento ainda n"o tivesse sido
iniciado- e o partido pol<tico tivesse perdido a representa/"o no Con$resso
Eacional- a %DI restaria pre#udicada Oe o #ul$amento #H tivesse se iniciado-
a %DI prosse$uiria normalmente- #H ?ue se trata de um processo ob#etivo
em ?ue n"o cabe desist8ncia!
& G necessHrio um representante- ao menos- no Con$resso Oe o partido
politico tin;a representa/"o na ;ora do a#ui>amento- a a/"o prosse$ue
mesmo em caso de perda do representante e- assim- a le$itimidade
AD8 !!FG A$3 ; 4+ # 4+8Z/
AB.?=B.CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 16L63L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"61"6K"1663 OO"66617 =N=C@ !8;"61462"61 OO"
66111
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
OA?@08 O8;_@>8 QI=, C8 >I?S8 08 O?8>=SS8, !=N A
O=?0=? A ?=O?=S=C@AST8 OA?;AN=C@A? C8 >8CB?=SS8
CA>8CA; " 7A@8 SIO=?!=C=C@= QI= 0=S>A?A>@=?^A A
;=B@N0A0= A@!A 0A AB?=NAST8 OA?@0J?A (>7, A?@.
463, !) " NA@H?A 0= 8?0=N ORE;>A " O8SSE;0A0= 0=
?=>8C[=>N=C@8, e=: 877>8e, O=;8 ?=;A@8? 0A >AISA "
AST8 0?=@A O?=GI0>A0A. 4. Orecedentes: AB?A0 nos 1.161,
1.M43, 1.73K e 1.21M. 1. Adotados os res'ectivos %undamentos ne*a"se
'rovimento a este A*ravo.
<ei nR C.V9V;CC
Art. K Oro'osta a ao direta, no se admitir# desist+ncia.
Art. 4M. Oro'osta a ao declarat-ria, no se admitir# desist+ncia.
4FF
AD8 !DIG ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8
?el. Ac-rdo Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 61L65L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"47"46"1663 OO"66643 =N=C@ !8;"61412"64 OO"
666F7
EMENTA: . ;iberdade de associao. 4. ;iberdade ne*ativa de associao:
sua e&ist+ncia, nos te&tos constitucionais anteriores, como corol#rio da
liberdade 'ositiva de associao e seu alcance e inteli*+ncia, na
>onstituio, quando se cuide de entidade destinada a viabili(ar a *esto
coletiva de arrecadao e distribuio de direitos autorais e cone&os, cu,a
%orma e or*ani(ao se remeteram lei. 1. 0ireitos autorais e cone&os:
sistema de *esto coletiva de arrecadao e distribuio 'or meio do =>A0
(; FM46LF2, art. FF), sem o%ensa do art. K, :! e ::, da >onstituio, cu,a
a'licao, na es%era dos direitos autorais e cone&os, ho de conciliar"se com
o dis'osto no art. K, ::!, b, da 'r-'ria ;ei 7undamental. 3. ;iberdade
de associao: *arantia constitucional de duvidosa e&tenso s 'essoas
,ur$dicas. . Ao direta de inconstitucionalidade: no a inviabili(a que lei
anterior, 'r"constitucional, se 'udesse atribuir a mesma incom'atibilidade
com a >onstituio, se a lei nova, 'arcialmente questionada, e&'ressamente
a revo*ou 'or dis'ositivo no im'u*nado. . Ao direta de
inconstitucionalidade: le*itimao de 'artido 'ol$tico no a%etada 'ela 'erda
su'erveniente de sua re'resentao 'arlamentar, quando ,# iniciado o
,ul*amento.
& 2V AEKAEDI+AEKO DO K4I)ME%N! mesmo se o #ul$amento ainda n"o tiver
sido iniciado- e o partido pol<tico tiver perdido a representa/"o no Con$resso
Eacional- a %DI n"o mais restarH pre#udicada- devendo ser #ul$ada por?ue
as condi/0es da a/"o devem ser analisadas no momento da propositura e
n"o se admite desist8ncia da %/"o!
8n"ormativo FI9 @AD85!BICA
Oerda de ?e'resentao de Oartido e ;e*itimidade 'ara A0. 8 @ribunal, 'or
maioria, deu 'rovimento a a*ravo re*imental inter'osto contra deciso do
Nin. >arlos !elloso, relator, que, 'or ile*itimidade ativa ad causam, ne*ara
se*uimento a ao direta de inconstitucionalidade a,ui(ada 'elo Oartido
Social ;iberal " OS; contra as e&'ress9es /con,unta dos Oresidentes da
?e')blica, da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal e/, constantes do
art. 7 da =menda >onstitucional 4FLF2, que inclu$ra o inciso :! no art. 52
da >7, dis'ondo sobre a iniciativa le*islativa 'ara a %i&ao do subs$dio dos
Ninistros do S@7. Entendeu5se que a a"erio da le$itimidade deve ser
"eita no momento da propositura da ao e que a perda superveniente
de representao do partido poltico no 6on$resso Nacional no o
desquali"ica como le$itimado ativo para a ao direta de
inconstitucionalidade. !encidos o Nin. >arlos !elloso, relator, e >elso de
Nello, que consideravam que a 'erda da re'resentao im'licava a 'erda da
ca'acidade 'ostulat-ria. =m se*uida, declarou"se 're,udicado o 'edido, em
%ace do advento da =menda >onstitucional 54L1663, que alterou o inciso :!
do art. 52 da >7, na redao que lhe havia sido dada 'ela => 4FLF2. A0
14KF A*?L07, rel. ori*in#rio Nin. >arlos !elloso, rel. 'L ac-rdo Nin.
Bilmar Nendes, 41.2.1665.(A0"14KF).
166
Ne"ess(#a#e #e Demonstrar a PERTIN`NCIA TE!]TICA
& Ee'o de a(inidade entre os ob#etivos institucionais do autor da a/"o e o
conteDdo material da norma impu$nada
& G uma constru/"o da #urisprud8ncia do OKF- considerando ?ue os
le$itimados s"o muitos em rela/"o a todas as atribui/0es ?ue o OKF possui
Por isso o OKF criou essa clHusula de barreira para (rear um $rande numero
de %DI a serem propostas
4e?uisito da pertin8ncia temHtica! obr(ga%&o #e a)guns #os
)eg(t(ma#os #e #emonstrar Wue a )e( Wue estC sen#o (m0ugna#a
at(nge #(retamente seus (nteresses.
T Possuem Pertin8ncia KemHtica %bsoluta!
1 Presidente da 4epDblica;
2 +esas do Oenado e da CYmara Federal;
9 Procurador&,eral da 4epDblica;
P Consel;o Federal da O%);
Q Partido Pol<tico com representa/"o no Con$resso Eacional;
T Precisam demonstrar a Pertin8ncia KemHtica!
1 +esa da %ssembleia Ne$islativa;
2 ,overnador do Astado;
9 Con(edera/"o Oindical;
P Antidade de classe de Ymbito nacional
& Os demais possuem le$itima/"o universal * presun/"o de ?ue atuam do
ponto de vista nacional Impedir in$er8ncias politicas e partidHrias no
a#ui>amento da %DI Provar ne'o entre atividade ?ue e'ercem e a %DI
AD8 BID: M65A$3 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
AB.?=B.CA N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8"CA;0A0=
?elator(a): Nin. >A?;8S !=;;8S8
Gul*amento: 63L61L4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"6M"6M"4FF7 OO"15273 =N=C@ !8;"64271"61 OO"
661FF
EMENTA: " >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I"
>8CA;0A0=: S=BIN=C@8 C=BA08 O=;8 ?=;A@8?.
>8NO=@DC>A 08 ?=;A@8? (?LS@7, art. 14, P 4. ;ei 2.632, de 4.FF6,
art. 32): >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=: S=BIN=C@8 C=BA08 O=;8
?=;A@8?. >8NO=@DC>A 08 ?=;A@8? (?S@7, art. 14, P 4. ;ei
164
2.632, de 4.FF6, art. 32): >8CS@@I>8CA;0A0=. AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=: ;=B@N0A0= A@!A:
O=?@CDC>A @=NJ@>A. . " @em le*itimidade constitucional a
atribuio con%erida ao ?elator 'ara arquivar ou ne*ar se*uimento a 'edido
ou recurso intem'estivo, incab$vel ou im'rocedente e, ainda, quando
contrariar a ,uris'rud+ncia 'redominante do @ribunal ou %or evidente a sua
incom'et+ncia (?LS@7, art. 14, P 4. ;ei 2.632LF6, art. 32), desde que,
mediante recurso " a*ravo re*imental, 'or e&em'lo " 'ossam as decis9es ser
submetidas ao controle do cole*iado. Orecedentes do S@7. . " A
le$itimidade ativa da con"ederao sindical, entidade de classe de
.mbito nacional, Mesas das Assembleias <e$islativas e 4overnadores,
para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula5se ao ob(eto da
ao, pelo que deve 'aver pertinYncia da norma impu$nada com os
ob(etivos do autor da ao. . " Orecedentes do S@7: A0n 36K"?C (?@G
4K3L512). A0n 4.4K4"NB (/0G/ de 4F.6K.FK). A0n 4.6FM"?S (/;=:"
GS@7/, 144LK5). A0n 4.K4F"A;, ,ul*. em 6M.44.FM. A0n 4.5M5"?G, /0G/
de 43.41.FM. !. " nocorr+ncia, no caso, de 'ertin+ncia das normas
im'u*nadas com os ob,etivos da entidade de classe autora da ao direta.
Ce*ativa de se*uimento da inicial. A*ravo no 'rovido.
AD8 !FC9 M6 ; M/ 5 MAT+ 43+//+ D+ /=<
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. =;;=C B?A>=
Gul*amento: 1ML6FL1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"45"41"1664 OO"66613 =N=C@ !8;"616K3"63 OO"
66M6K
EMENTA: 4. A0C. ;e*itimidade ativa de Bovernador de =stado e
'ertin+ncia tem#tica. Oresente a necessidade de de%esa de interesses do
=stado, ante a 'ers'ectiva de que a lei im'u*nada venha a im'ortar em
%echamento de um mercado consumidor de 'rodutos %abricados em seu
territ-rio, com 're,u$(o *erao de em're*os, ao desenvolvimento da
economia local e arrecadao tribut#ria estadual, reconhece"se a
le*itimidade ativa do Bovernador do =stado 'ara 'ro'ositura de A0n.
Oosio mais abran*ente mani%estada 'elo Nin. Se')lveda Oertence.
AD8 BBIB M6 ; M4 5 M8NA/ 4E3A8/
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
?el. Ac-rdo Nin. NA?>8 AI?H;8
Gul*amento: 44L44L4FF5 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"4F"6K"4FFK OO"43FF1 =N=C@ !8;"64727"61 OO"
6635F
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " ;=B@NAST8 "
>8C7=0=?AST8 SC0>A; " O=?@C=C>A @=NA@>A. NA
A>?+ A2=8NADA 0+3 ENT8DADE /8ND86A<, 0E3]=83E5/E A
<E48T8MA>?+ 6+N/8DE3ADA A 0E3T8NEN68ATEMAT86A, +=
/E2A, + E<+ ENT3E +/ +M2ET8H+/ /+68A8/ DA
161
6+N7EDE3A>?+ E + A<6AN6E DA N+3MA ]=E /E
03ETENDA HE3 7=<M8NADA. 8/T+ N?+ +6+33E ]=AND+
ATA6AD+ 03E6E8T+ A<=/8H+ A AN8/T8A E A 3EM8//A+,
H8/AND+5/E A 03E/E3HA>?+ D+ E3A38+ " A?@B8 5. 0A ;=
C. 44.K62, 0= 12 0= GIC[8 0= 4FF5, 08 =S@A08 NCAS B=?AS.
O A(;C@S C@3;A/ !
& .micus curiae * amici curiae (plural)! observador pol<tico
& Peter I^berle * le$itima/"o democrHtica dos interpretes da CF
& Como todo mundo le$itimado para interpretar a CF * serve para ampliar
essa le$itima/"o para postular %DI
& Our$e nos AM%
& Considerou amicus curiae ?ual?uer pessoa ?ue entre$asse memorial ?ue
(osse encamin;ado a ministro Eo )rasil n"o e'iste esse precedente- isso
n"o possibilita- por e'emplo- ?ue a pessoa (ale em audi8ncia pDblica!
Kamares +edina de(ende essa possibilidade no )rasil
& 2er os arts 5V (outros .r$"os ou entidades somente) e JV da Nei 76J6X77
<ei nR C.V9V;CC)
Art. 7 Co se admitir# interveno de terceiros no 'rocesso de ao direta
de inconstitucionalidade.
P 4 (!=@A08)
P 1 8 relator, considerando a relev<ncia da matria e a re'resentatividade
dos 'ostulantes, 'oder#, 'or des'acho irrecorr$vel, admitir, observado o
'ra(o %i&ado no 'ar#*ra%o anterior, a mani%estao de outros -r*os ou
entidades.
Art. M A'reciado o 'edido de liminar, o relator solicitar# as in%orma9es s
autoridades res'ons#veis 'ela 'r#tica do ato questionado, no 'ra(o de de(
dias.
P 4 Se entender necess#rio, 'oder# o relator ouvir as 'artes nos 'rocessos
que ense,aram a ar*uio, requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito
ou comisso de 'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou ainda,
%i&ar data 'ara declara9es, em audi+ncia ')blica, de 'essoas com
e&'eri+ncia e autoridade na matria.
P 1 Oodero ser autori(adas, a critrio do relator, sustentao oral e ,untada
de memoriais, 'or requerimento dos interessados no 'rocesso.
AD8 !F!B M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 1KL46L1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 46"6M"166K OO"66665 =N=C@ !8;"614FK"4 OO"6665M
163
E M E N T A: (...). O?8>=SS8 8EG=@!8 0= >8C@?8;= C8?NA"
@!8 AES@?A@8 " O8SSE;0A0= 0= C@=?!=CST8 08
/AN>IS >I?A=/: IN 7A@8? 0= O;I?A;^AST8 = 0=
;=B@NAST8 08 0=EA@= >8CS@@I>8CA;. " 8 ordenamento
'ositivo brasileiro 'rocessuali(ou, na re*ra inscrita no art. 7, P 1, da ;ei n
F.2M2LFF, a %i*ura do /amicus curiae/, 'ermitindo, em conseqZ+ncia, que
terceiros, desde que investidos de re'resentatividade adequada, se,am
admitidos na relao 'rocessual, 'ara e%eito de mani%estao sobre a questo
de direito sub,acente 'r-'ria controvrsia constitucional. A interveno do
/amicus curiae/, 'ara le*itimar"se, deve a'oiar"se em ra(9es que tornem
dese,#vel e )til a sua atuao 'rocessual na causa, em ordem a 'ro'orcionar
meios que viabili(em uma adequada resoluo do lit$*io constitucional. " A
ideia nuclear que anima os prop1sitos teleol1$icos que motivaram a
"ormulao da norma le$al em causa, viabilizadora da interveno do
Xamicus curiaeX no processo de "iscalizao normativa abstrata, tem
por ob(etivo essencial pluralizar o debate constitucional, permitindo,
desse modo, que o /upremo Tribunal 7ederal ven'a a dispor de todos os
elementos in"ormativos possveis e necessrios & resoluo da
controv-rsia, visando5se, ainda, com tal abertura procedimental,
superar a $rave questo pertinente & le$itimidade democrtica das
decisWes emanadas desta /uprema 6orte, quando no desempen'o de seu
e%traordinrio poder de e"etuar, em abstrato, o controle concentrado de
constitucionalidade. (...)
& Am nen;um local estH e'plicito ?ue uma pessoa (<sica possa ser amicus
curiae
& Eo )rasil a (i$ura do amicus curiae estH desvirtuada de sua (un/"o %?ui
n"o se apresenta elementos
& % (un/"o verdadeiramente tra>er novos elementos alm da?ueles
levantados pelo autor da inicial
& Eos AM%! percebe ?ue esse caso n"o serH novamente debatido e ;H
interesse da pessoa em ?ue o tema se#a discutido de determinado modo
& AM%! Nei ?ue limitava car$a ;oraria trabal;o Poderia ;aver] Inicialmente
n"o (oi admitido- mas o amicus curiae trou'e o ponto de vista da saDde da
mul;er
& Kra> outras perspectivas Alementos n"o #ur<dicos E"o dei'ar ?ue
determinados pontos (ossem analisados- isso torna muito inse$uro- pode
perceber ?ue dei'ou de analisar por um en(o?ue e pouco depois mudar de
posicionamento PNM4%NID%DA E% %4,M+AEK%urO
O .micus 1uriae e a possibilidade de Oustenta/"o Oral !
& 1Q minutos para (alar! presidente- autor- ru * ap.s amicus curiae (ala %rt
191- _9V- re$imento interno do OKF Oustenta/"o oral para ami$o da corte *
art 192 * parte (alarH pelo tempo mH'imo de 1Q minutos- divide os minutos
entre os amicus curiae- ?ue serH de 9U minutos por ter pra>o em dobro
8n"ormativo FGC @\65VFD!DA
@$tulo: A0 e Amicus >uriae (@ranscri9es)
Arti*o
165
(v. n%ormativo 331) A0 1777 Q8LSOo ?=;. OL 8 A>U?0T8:
NCS@?8 S=OR;!=0A O=?@=C>= !oto: Sr. Oresidente, che*uei a
sustentar, na questo de ordem na Oetio 1.113, que a lei no admitia a
sustentao oral dos amici curiae. 7undei"me, 'ara isso, numa inter'retao
do art. 7 da ;ei n F.2M2, em combinao, ali#s, com um 'ar#*ra%o anterior
vetado, que %ora, de certo modo, at uma su*esto minha, na discusso da
A0> 4, de um 'rocedimento"edital 'elo qual se desse ci+ncia aos
le*itimados do in*resso de uma ao direta de inconstitucionalidade, ou de
uma ao declarat-ria de constitucionalidade, 'ara que 'udessem eles
intervir no 'rocesso e, eventualmente, 'ro'or uma ao em sentido contr#rio.
=sse 'ar#*ra%o %oi vetado (um dia vou contar, nas mem-rias, que es'ero no
escrever, 'or in%lu+ncia de quem). Nas o certo que nele se 'revia que,
naquele 'ra(o, que o ?elator admitiria a mani%estao do amicus curiae.
=nquanto corria o 'ra(o do edital 'ara que os outros le*itimados viessem ao
'rocesso, o ?elator 'oderia, alm deles, que teriam o in*resso asse*urado,
admitir os outros, como amici curiae. [o,e me conveno que a questo, a
ri*or, no le*al. menor, re*imental. Easta ler a ;. F.2M2. =la, im'ondo
uma virada na orientao re*imental anterior, 'reviu, como direito do
requerente e do requerido, a sustentao oral no ,ul*amento cautelar, mas
no se 'reviu no ,ul*amento de mrito. =nto, se redu($ssemos o 'roblema
da sustentao oral ao 'lano da inter'retao literal, che*ar$amos soluo
'arado&al de que, mesmo as 'artes %ormais, nesse 'rocesso sui *eneris de
controle abstrato, s- 'oderiam %alar no ,ul*amento liminar, no no de%initivo.
8 que mostra, ri*orosamente, que a lei 'ode im'or sustenta9es orais em
determinados momentos que considere essenciais. Nas, dei&a sem're em
aberto o que no re*ulou, 'ara que o @ribunal a admita, ou no, em outras
%ases. >omovido sinceramente 'elos valores que os Ninistros >elso de
Nello, >arlos Eritto e Bilmar Nendes realaram ho,e nessa questo,
a'arentemente menor tenho, 'orm " talve( 'ela res'onsabilidade de estar
sentado a*ora nesta cadeira de decano, tenho de recordar, tambm " como o
%aria o meu insi*ne antecessor nela " uma outra res'onsabilidade do
@ribunal: a res'onsabilidade com a sua sobreviv+ncia, sua viabilidade e sua
%uncionalidade. 6om as mani"estaWes 'avidas, vou admitir, 'o(e, a
sustentao requerida para provocar o Tribunal. Mas entendo ur$ente,
que, mediante norma re$imental, ven'amos a encontrar uma "1rmula
que, sem comprometer a viabilidade do "uncionamento do Tribunal 5
nesta, que - a sua "uno mais nobre) o (ul$amento dos processos
ob(etivos do controle de constitucionalidade 5, possamos, ouvir, o que me
parece e%tremamente relevante, o amicus curiae admitido. Admito,
'o(e, a sustentao oral e insto o Tribunal a que ima$inemos uma
"1rmula re$imental que a discipline, em especial, para as 'ip1teses em
que se(am muitos os admitidos & discusso da causa.
O amicus curiae e a impossibilidade de recurso !
& %micus curiae n"o pode recorrer- n"o pode se insur$ir contra a decis"o O
Dnico recurso a ele cab<vel o de embar$os de declara/"o em rela/"o a %DI e
o OKF n"o autori>a ?ue os amici curiae embar$uem a decis"o da %DI G
poss<vel embar$os de declara/"o com e(eitos in(rin$entes * o OKF pode
modular e(eitos
.Amicus 6uriae3G Processo &b#etivo de 6ontrole de 6onstitucionalidade e
Fnteresse Aecursal%
16K
No so cabveis os recursos interpostos por terceiros estranhos relao
processual nos processos objetivos de controle de constitucionalidade, nesses
includos os que ingressam no feito na qualidade de amicus curiae. Com base
nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, no conheceu de embargos de
declarao opostos contra acrdo proferido em ao direta de
inconstitucionalidade, em que se apontava contradio entre parte dos
fundamentos e a atribuio, sem ressalva, do efeito ex nunc declarao de
inconstitucionalidade da norma impugnada. Vencidos os Ministros Carlos Britto e
Gilmar Mendes que conheciam dos embargos de declarao, reputando presente
o interesse recursal, ante o fato de ter havido sustentao oral do embargante.
& %DI 9J1Q ADX P)- rel +in CHrmen NDcia- 1592UU6
@AD85F9BIA AD8 F9BI ED ; 0M # 0A3AKMA
=NE.0=>;.CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. >J?N=C ;R>A
Gul*amento: 47L63L1662 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
=NEA?B8S 0= 0=>;A?AST8 8O8S@8S O8? AN>IS >I?A=.
AISDC>A 0= ;=B@N0A0=. C@=?O?=@AST8 08 P 1 0A ;=
C. F.2M2LFF. B. A (urisprudYncia deste /upremo Tribunal - assente
quanto ao no5cabimento de recursos interpostos por terceiros
estran'os & relao processual nos processos ob(etivos de controle de
constitucionalidade. !. E%ceo apenas para impu$nar deciso de no5
admissibilidade de sua interveno nos autos. 3. Orecedentes. 5.
=mbar*os de declarao no conhecidos.
O .micus 1uriae e o limite temporal para in$resso no processo !
& In$resso de ami$os da corte s. poss<vel at a entrada do processo em
pauta
& 4ecurso contra decis"o do relator ?ue ne$a a entrada com ami$o da corte
W a$ravo re$imental talve> possa ser recurso cab<vel * decis"o de admiss"o
ou inadmiss"o como amicus curiae E"o e'iste #urisprud8ncia sobre isso
Quarta-feira, 22 de Abril de 2009
Cngresso de amigos da Corte s! poss6vel at entrada do processo em
pauta*
Por seis votos a trs, o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF)
reconheceu na tarde desta quarta-feira (22) que o ingresso de terceiros os
chamados amigos da corte (ou amici curiae) , nos processos de controle
concentrado de constitucionalidade (AD, ADCs e ADPFs) s deve ser permitido
at o momento em que o processo encaminhado pelo relator para incluso na
pauta de julgamentos.
A deciso foi tomada no julgamento de um recurso (agravo regimental)
interposto contra o arquivamento da Ao Direta de nconstitucionalidade (AD)
4071, ajuizada pelo PSDB contra o artigo 56 da Lei 9.430/96. Depois que o relator
determinou o arquivamento da ao, trs entidades pediram para ingressar no
processo como amigos da Corte. O ministro Carlos Alberto Menezes Direito negou
os pedidos, porque foram feitos depois que o processo havia sido apresentado em
mesa para julgamento.
Os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Cezar
Peluso e Marco Aurlio acompanharam o entendimento do relator, no sentido de
16M
que em processos de controle concentrado de constitucionalidade, depois que
concluda a instruo, ouvida a Procuradoria Geral da Repblica e encerrada a
participao do relator, com o encaminhamento do processo para ser includo em
pauta, no cabe mais a entrada de terceiros na matria.
"Se o interessado pode fazer antes (o pedido de ingresso), porque faz de
ltima hora?", questionou o ministro Cezar Peluso, ressaltando que esse
comportamento faz parte da cultura do brasileiro.
>iverg"ncia
Os ministros Carlos Ayres Britto, Celso de Mello e Gilmar Mendes
discordaram desse entendimento. Para esses ministros, a participao de
terceiros no processo, solicitado a qualquer instante, um fator que legitima ainda
mais as decises do STF. Para Celso de Mello, "essa interveno pluraliza o
debate constitucional, com fundamentos e razes que podem muito bem orientar a
Corte no desempenho de sua funo constitucional.
Mesmo concordando com a relevncia da participao dos amigos da
Corte, os ministros que formaram a maioria pelo indeferimento dos pedidos
frisaram que a regra processual (que permite o ingresso de terceiros) tem que ter
alguma limitao. Se no houver regra, pontuou o ministro Menezes Direito, o
amicus curiae vai acabar se tornando o regente do processo, quando na verdade
sua funo ajudar na instruo do processo. "No momento em que o julgador
libera para pauta, encerra seu ofcio. No pode haver mais qualquer interveno,
salientou o ministro.
No mrito, o Plenrio desproveu o agravo, seguindo o voto do relator, que
baseou sua deciso individual em dois precedentes da Corte, ambos de relatoria
do ministro Gilmar Mendes, que reconheceu a constitucionalidade da norma
questionada pelo PSDB.
AD8 GD:B A$3
?elator(a): Nin. N=C=^=S 0?=@8
Gul*amento: 11L65L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 4ML46L166F
EMENTA: A*ravo re*imental. Ao direta de inconstitucionalidade
mani%estamente im'rocedente. nde%erimento da 'etio inicial 'elo ?elator.
Art. 5 da ;ei n F.2M2LFF. 4. H mani%estamente im'rocedente a ao direta
de inconstitucionalidade que verse sobre norma (art. KM da ;ei n F.536LFM)
cu(a constitucionalidade "oi e%pressamente declarada pelo 0lenrio do
/upremo Tribunal 7ederal, mesmo que em recurso e%traordinrio. 1.
A'licao do art. 5 da ;ei n F.2M2LFF, se*undo o qual /a 'etio inicial
ine'ta, no %undamentada e a mani%estamente im'rocedente sero
liminarmente inde%eridas 'elo relator/. 3. A alterao da ,uris'rud+ncia
'ressu'9e a ocorr+ncia de si*ni%icativas modi%ica9es de ordem ,ur$dica,
social ou econVmica, ou, quando muito, a su'erveni+ncia de ar*umentos
nitidamente mais relevantes do que aqueles antes 'revalecentes, o que no se
veri%ica no caso. 5. + amicus curiae somente pode demandar a sua
interveno at- a data em que o 3elator liberar o processo para pauta.
K. A*ravo re*imental a que se ne*a 'rovimento
a 3E48MENT+ 8NTE3N+ D+ /T7)
167
Art. 434. Cos ,ul*amentos, o Oresidente do Olen#rio ou da @urma, %eito o
relat-rio, dar# a 'alavra, sucessivamente, ao autor, recorrente, 'eticion#rio
ou im'etrante, e ao ru, recorrido ou im'etrado, 'ara sustentao oral.
(...)
P 3q Admitida a interveno de terceiros no 'rocesso de controle
concentrado de constitucionalidade, %ica"lhes %acultado 'rodu(ir sustentao
oral, a'licando"se, quando %or o caso, a re*ra do P 1A do arti*o 431 deste
?e*imento.
q Atuali(ado com a introduo da =menda ?e*imental n. 4KL65.
Art. 431. >ada uma das 'artes %alar# 'elo tem'o m#&imo de 4K minutos,
e&cetuada a ao 'enal ori*in#ria, na qual o 'ra(o ser# de uma hora,
'rorro*#vel 'elo Oresidente.
(...)
P 1A Se houver litisconsortes no re'resentados 'elo mesmo advo*ado, o
'ra(o, que se contar# em dobro, ser# dividido i*ualmente entre os do mesmo
*ru'o, se diversamente entre eles no se convencionar.
m + conceito de A!ic%s C%ri$e :
Um dos casos mais paradigmticos em tema de limitao de poder de
polcia radica em 1908 quando se julgou o caso Muller v. Oregon. O estado de
Oregon promulgou lei que proibia mulheres de trabalharem mais de dez horas por
dia. Previu-se que o responsvel pelo emprego de mulheres, na condio proibida
por lei, ensejava tipificao penal. Muller era um supervisor de uma empresa de
lavagem de roupas, e que foi processado e condenado, por ter empregado
mulheres que trabalhavam mais de dez horas por dia. Em seguida a condenao,
Muller apelou para a Suprema Corte do estado de Oregon, alegando que a
restrio mitigava e menosprezava a liberdade de contrato, questo central no
capitalismo norte-americano.
Manteve-se a deciso originria e Muller levou a questo para a Suprema
Corte norte-americana. Muller perdeu. Estava em jogo suposta antinomia entre lei
do estado de Oregon que restringia horas de trabalho e a 14 emenda
constituio norte-americana. A Suprema Corte determinou que no h liberdade
absoluta de se formularem contratos, especialmente em mbito de direito do
trabalho. Embora apenas circunstncias excepcionais justificassem a interferncia
do Estado. E tais circunstncias eram evidenciadas no caso, dado que inerente
seria a diferena entre os sexos. Havia interesse na proteo das mulheres. Na
viso da Suprema Corte, estrutura fsica e maternidade justificavam que a lei
protegesse as mulheres, o que no ocorreria em relao aos homens.
Conseqentemente, os limites que a lei previa para o trabalho de mulheres,
restringindo-se amplitude de contratos, beneficiavam as mulheres em particular e
a sociedade em geral (cf. WOLOCH, 1996).
O processo marcou o incio do uso de um tipo de petio, o Brandeis Brief,
por meio da qual o advogado invoca questes sociais e econmicas, em desfavor
da literalidade da lei. O advogado Louis Brandeis, que posteriormente serviu como
juiz na Suprema Corte norte-americana, quem deu incio a esse modelo de
documento jurdico.
& %micus curiae * depende do relator Kem ministros ?ue consideram ?ue
servem para plurali>ar a discuss"o
162
AD8 FGVG ; 3N 5 38+ 43ANDE D+ N+3TE
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator Ninistro Bilmar Nendes
?essalto que com'ete ao ?elator, 'or meio de des'acho irrecorr$vel, acolher
ou no 'edido de interessados 'ara que atuem na situao de amici curiae,
hi'-tese diversa da %i*ura 'rocessual da interveno de terceiros. =sclareo
que, em 'rinc$'io, a eventual mani%estao deveria ocorrer no 'ra(o das
in%orma9es (arts. M e 7, P 1, da ;ei no F.2M2L4FFF). =m recente
,ul*amento, 'orm, o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria, resolveu
questo de ordem no ,ul*amento das A0nes nos 1.M7K"O= (?el. Nin. >arlos
!elloso) e 1.777"SO (?el. Nin. >e(ar Oeluso), ambas ,ul*adas em
17.44.1663, 'ara reconhecer, e&ce'cionalmente, a 'ossibilidade de
reali(ao de sustentao oral 'or terceiros, admitidos no 'rocesso de
%iscali(ao abstrata de normas, sob a condio de amicus curiae. =ssa nova
orientao, a'esar de ter contrariado os 'recedentes e&istentes rA0n (N>)
no 1.314"07, ?el. Nin. >elso de Nello, 0G de 34.46.1666. A0n (N>) no
1.436"S>, ?el. Nin. >elso de Nello, 0G de 61.61.1664. A0n (Q8) no
1.113"07, ?el. Nin. Narco Aurlio, 0G de 1M.46.1664s, *arante a
'ossibilidade de que o 'rocedimento de instruo da ao direta de
inconstitucionalidade se,a subsidiado 'or novos ar*umentos e di%erentes
alternativas de inter'retao da >onstituio. =sse 'arece ser, 'elo menos, o
es'$rito da norma constante da 'arte %inal do art. 7, P 1 da ;ei no
F.2M2L4FFF. T verdade que essa disposio remete ao par$ra"o anterior
5 S BR 5, que restou vetado pelo 0residente da 3ep,blica @+ S BR do art.
:o da <ei no C.V9V;BCCC dispun'a que) X+s demais titulares re"eridos no
art. !d podero mani"estar5se, por escrito, sobre o ob(eto da ao e pedir
a (untada de documentos reputados ,teis para o e%ame da mat-ria, no
prazo das in"ormaWes, bem como apresentar memoriais.XA Assim, em
princpio, a mani"estao dos amici curiae 'averia de se "azer no prazo
das in"ormaWes. No entanto, especialmente diante da relev.ncia do caso
ou, ainda, em "ace da not1ria contribuio que a mani"estao possa
trazer para o (ul$amento da causa, - possvel co$itar de 'ip1teses de
admisso de amicus curiae, ainda que "ora desse prazo. Cecess#rio
ressaltar, contudo, que essa 'ossibilidade no un<nime na ,uris'rud+ncia
do S@7. A esse res'eito, vale mencionar a A0n no 1.132"07, ?el. Nin.
lmar Balvo. Cesse caso, o relator considerou ser im'oss$vel a admisso de
amicus curiae quando o ,ul*amento do %eito ,# estiver em andamento, 'or
considerar tal mani%estao destinada, unicamente, a instruir a A0n. Ca
A0n no 1.MF6"?C (?el. Nin. Bilmar Nendes), o ?elator, considerando a
converso da ao 'ara o rito do art. 41 da ;ei no F.2M2LFF, admitiu a
'artici'ao do 0istrito 7ederal, dos =stados de Boi#s, de Oernambuco, do
?io de Ganeiro, da Associao Erasileira de ;oterias =staduais (AE;=) e,
ainda, determinou uma nova audi+ncia da Orocuradoria Beral da ?e')blica.
=ssa construo ,uris'rudencial su*ere a adoo de um modelo
'rocedimental que o%erea alternativas e condi9es 'ara 'ermitir, de modo
cada ve( mais intenso, a inter%er+ncia de uma 'luralidade de su,eitos,
ar*umentos e vis9es no 'rocesso constitucional. =ssa nova realidade
'ressu'9e, alm de am'lo acesso e 'artici'ao de su,eitos interessados no
sistema de controle de constitucionalidade de normas, a 'ossibilidade e%etiva
de o @ribunal >onstitucional contem'lar as diversas 'ers'ectivas na
a'reciao da le*itimidade de um determinado ato questionado. +bserva5se
tamb-m que a constatao de que, no processo de controle de
constitucionalidade, se "az, necessria e inevitavelmente, a veri"icao de
16F
"atos e pro$noses le$islativos, su$ere a necessidade de adoo de um
modelo procedimental que outor$ue ao Tribunal as condiWes
necessrias para proceder a essa a"erio. Esse modelo pressupWe no s1
a possibilidade de o Tribunal se valer de todos os elementos t-cnicos
disponveis para a apreciao da le$itimidade do ato questionado, mas
tamb-m um amplo direito de participao por parte de terceiros
@desAinteressados. + c'amado XMrandeis5Mrie"X 5 memorial utilizado
pelo advo$ado <ouis D. Mrandeis, no Xcase M^ller versus +re$onX
@BCDVA, contendo duas p$inas dedicadas &s questWes (urdicas e outras
BBD voltadas para os e"eitos da lon$a durao do trabal'o sobre a
situao da mul'er 5 permitiu que se desmisti"icasse a concepo
dominante, se$undo a qual a questo constitucional con"i$urava simples
Xquesto (urdicaX de a"erio de le$itimidade da lei em "ace da
6onstituio. @6"., a prop1sito, \A<<, bermit <. @or$anizadorA, T'e
+%"ord 6ompanion to t'e /upreme 6ourt o" =nited /tates, +%"ord,
Nej korl, BCC!, p. VIA. [o,e no h# como ne*ar a /comunicao entre
norma e %ato/ (nommunifation (cischen Corm und Sachverhalt), que, como
ressaltado, constitui condio da 'r-'ria inter'retao constitucional. H que
o 'rocesso de conhecimento aqui envolve a investi*ao inte*rada de
elementos %#ticos e ,ur$dicos. (>%., NA?=C[8;^, =rnst Bott%ried,
!er%assun*sinter'retation aus 'raftischer Sicht, in: !er%assun*srecht
(cischen kissenscha%t und ?ichterfunst, [omena*em aos 76 anos de
nonrad [esse, [eidelber*, 4FF6, '. K3 (K5)). Cesse sentido, a 'r#tica
americana do amicus curiae brie% 'ermite >orte Su'rema converter o
'rocesso a'arentemente sub,etivo de controle de constitucionalidade em um
'rocesso verdadeiramente ob,etivo (no sentido de um 'rocesso que interessa
a todos) ", no qual se asse*ura a 'artici'ao das mais diversas 'essoas e
entidades. A 'ro'-sito, re%erindo"se ao caso kebster versus ?e'roductive
[ealth Services (....), que 'oderia ense,ar uma reviso do entendimento
estabelecido em ?oe versus kade (4F73), sobre a 'ossibilidade de
reali(ao de aborto, a%irma 0corfin que a >orte Su'rema recebeu, alm do
memorial a'resentado 'elo Boverno, 77 outros memoriais (brie%s) sobre os
mais variados as'ectos da controvrsia " 'ossivelmente o n)mero mais
e&'ressivo ,# re*istrado " 'or 'arte de 1K senadores, de 44K de'utados
%ederais, da Associao Americana de Ndicos e de outros *ru'os mdicos,
de 124 historiadores, de 22K 'ro%essores de 0ireito e de um *rande *ru'o de
or*ani(a9es contra o aborto (c%. 0k8?nC, ?onald. 7reedomes ;ac.
>ambrid*e" Nassachussetts. 1.l ed., 4FFM, '. 5K). =vidente, assim, que essa
%-rmula 'rocedimental constitui um e&celente instrumento de in%ormao
'ara a >orte Su'rema. Co h# d)vida, outrossim, de que a 'artici'ao de
di%erentes *ru'os em 'rocessos ,udiciais de *rande si*ni%icado 'ara toda a
sociedade cum're uma %uno de inte*rao e&tremamente relevante no
=stado de 0ireito. A prop1sito, 0eter \mberle de"ende a necessidade de
que os instrumentos de in"ormao dos (uzes constitucionais se(am
ampliados, especialmente no que se re"ere &s audiYncias p,blicas e &s
XintervenWes de eventuais interessadosX, asse$urando5se novas "ormas
de participao das potYncias p,blicas pluralistas enquanto int-rpretes
em sentido amplo da 6onstituio (c%. [tberle, Oeter. [ermen+utica
>onstitucional. A Sociedade Aberta dos ntr'retes da >onstituio:
contribuio 'ara a nter'retao Oluralista e /Orocedimental/ da
>onstituio. @raduo de Bilmar 7erreira Nendes. Oorto Ale*re, 4FF7, '.
57"52). Ao ter acesso a essa 'luralidade de vis9es em 'ermanente di#lo*o,
este Su'remo @ribunal 7ederal 'assa a contar com os bene%$cios decorrentes
dos subs$dios tcnicos, im'lica9es 'ol$tico",ur$dicas e elementos de
re'ercusso econVmica que 'ossam vir a ser a'resentados 'elos /ami*os da
>orte/. =ssa inovao institucional, alm de contribuir 'ara a qualidade da
'restao ,urisdicional, *arante novas 'ossibilidades de le*itimao dos
146
,ul*amentos do @ribunal no <mbito de sua tare%a 'rec$'ua de *uarda da
>onstituio. H certo, tambm, que, ao cum'rir as %un9es de >orte
>onstitucional, o @ribunal no 'ode dei&ar de e&ercer a sua com'et+ncia,
es'ecialmente no que se re%ere de%esa dos direitos %undamentais em %ace de
uma deciso le*islativa, sob a ale*ao de que no dis'9e dos mecanismos
'robat-rios adequados 'ara e&aminar a matria. =ntendo, 'ortanto, que a
admisso de amicus curiae con%ere ao 'rocesso um colorido di%erenciado,
em'restando"lhe car#ter 'luralista e aberto, %undamental 'ara o
reconhecimento de direitos e a reali(ao de *arantias constitucionais em um
=stado 0emocr#tico de 0ireito.
AD8 FG:G ; MA # MA\8A
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a) Nin. >=^A? O=;IS8
DE68/?+: 4. A Associao dos Auditores dos @ribunais de >ontas do
=stado e dos Nunic$'ios da Eahia (ASSAI0"EA) requer admisso no
'rocesso, na condio de amicus curiae (%ls. 321L323). Oara tanto, adu( ser
entidade re'resentativa dos interesses dos auditores e auditores substitutos
dos @ribunais de >ontas do =stado e dos Nunic$'ios da Eahia, -r*os de
onde emanaram as normas im'u*nadas na ao. 1. A interveno deve
autori(ada. >on%orme se e&trai do estatuto da requerente, constitui ela
associao destinada a /con*re*ar os auditores e auditores substitutos de
conselheiros, dos @ribunais de >ontas do =stado e dos Nunic$'ios da Eahia
e de%ender os interesses, a soluo de 'roblemas comuns, relacionados com
o livre e&erc$cio de suas com'et+ncias, direitos e 'rerro*ativas
constitucionais de seus membros ,unto a qualquer entidade, 'oder ou es%era
de *overno, a o'inio ')blica e a sociedade/ (%ls. 32K). @em 'or %inalidade,
ainda, /'u*nar, ,unto a -r*os e 'oderes ')blicos, 'ela de%esa de direitos e
interesses dos associados/ (%ls. 32M). !+"se, 'ois, que ostenta adequada
re'resentatividade (adequaca o% re'resentation) dos interesses envolvidos na
causa, con%orme e&i*ido 'elo art. 7, P 1, da ;ei n F.2M2, de 46.44.4FFF,
como requisito de viabilidade da interveno a t$tulo de amicus curiae.
A%inal, a requerente a entidade re'resentativa dos membros dos @ribunais
de >ontas do =stado e dos Nunic$'ios da Eahia, -r*os dos quais se
ori*inaram os atos normativos questionados na ao direta de
inconstitucionalidade. H verdade que a mani%estao da interveniente veio
aos autos a'-s o decurso do 'ra(o destinado colheita das in%orma9es. =
conhece"se a inter'retao se*undo a qual o termo %inal das in%orma9es
seria o )nico reservado interveno do amicus curiae, a des'eito do veto
im'osto ao P 4 do art. 7 da ;ei n F.2M2, de 4FFF, no qual estava 'revisto
aquele 'ra(o (c%. A0 n 4.465, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S, 0G de
61.46.1661). =u 'r-'rio ,# o sustentei alhures. Nas ,# no me 'arece deva
ser esse o resultado da inter'retao sistem#tica e teleol-*ica da modalidade
interventiva de que se cuida. A admisso le*al da %i*ura do amicus curiae,
tradicional no sistema da common lac, constitui evidente mani%estao do
im'acto que o ,ul*amento de ao de controle concentrado de
constitucionalidade 'rodu( sobre a ordem ,ur$dico"social. >om 'rev+"la,
abre"se um canal valioso 'ara a 'artici'ao de membros do cor'o social
interessados no 'rocesso de tomada de deciso da >orte, em re%oro da
le*itimidade e do car#ter 'lural e democr#tico da atividade e&ercida 'elo
,ul*ador. >omo ,# bem se asseverou: /A admisso de terceiro, na condio
de amicus curiae, no 'rocesso ob,etivo de controle normativo abstrato,
quali%ica"se como %ator de le*itimao social das decis9es da Su'rema >orte,
144
enquanto @ribunal >onstitucional, 'ois viabili(a, em obsquio ao 'ostulado
democr#tico, a abertura do 'rocesso de %iscali(ao concentrada de
constitucionalidade, em ordem a 'ermitir que nele se reali(e, sem're sob
uma 'ers'ectiva eminentemente 'lural$stica, a 'ossibilidade de 'artici'ao
%ormal de entidades e de institui9es que e%etivamente re'resentem os
interesses *erais da coletividade ou que e&'ressem os valores essenciais e
relevantes de *ru'os, classes ou estratos sociais. =m suma: a re*ra inscrita
no art. 7, P 1, da ;ei n F.2M2LFF " que contm a base normativa
le*itimadora da interveno 'rocessual do amicus curiae " tem 'or 'rec$'ua
%inalidade 'lurali(ar o debate constitucional/ (A0 n 1.436"N>, ?el. Nin.
>=;S8 0= N=;;8, 0G de 61.61.1664). Se o dis'ositivo que 'revia 'ra(o
'ara o in*resso do amicus curiae no 'rocesso %oi ob,eto de veto, no
descubro %undamento normativo 'ara indu(ir a'licabilidade do que se
'ro,etava como norma, que, vetada sem remdio, no che*ou a inte*rar o
ordenamento ,ur$dico 'ositivo, de modo a condicionar a 'ossibilidade da
interveno. Co sil+ncio da lei, mais ra(o#vel re'ut#"la admiss$vel, ainda
ao de'ois do termo do 'ra(o das in%orma9es, inter'retao que, ,# acolhida
neste @ribunal (A0 n 4.465, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S, 0G de
1F.46.1663), encontra su'orte anal-*ico na disci'lina da interveno do
assistente (art. K6, P )nico, do >O>). A conseqZ+ncia da interveno tardia
do amicus h# de ser a'enas a im'ossibilidade de 'raticar atos 'rocessuais
cu,o 'ra(o ,# se tenha e&aurido. =m outras 'alavras, o interveniente recebe o
'rocesso no estado em que o encontre. 3. 0e%iro, 'ortanto, o in*resso da
requerente na qualidade de amicus curiae, devendo a Secretaria 'roceder s
anota9es 'ertinentes. Autori(o a ASSAI0"EA a sustentar oralmente suas
ra(9es con*ruo tem'ore, con%orme decidido na A0 n 1.777"Q8 (?el. Nin.
>=^A? O=;IS8, 0G de 4K.41.1663). Oublique"se. nt.. Eras$lia, 43 de
outubro de 166K. Ninistro >=^A? O=;IS8 ?elator.
A34n8>?+ DE DE/6=M038MENT+ DE 03E6E8T+
7=NDAMENTA< BV: D8/T38T+ 7EDE3A<
H + T +
(sL 'edido %ormulado 'ela Associao Erasileira de =studos Sociais do uso
de Osicoativos " AE=SIO)
+ /EN\+3 M8N8/T3+ 6E</+ DE ME<<+ " (?elator):
?e*istro que admiti, %ormalmente, como Xamici curiaeY (%ls. 453 e
MMF), a Associao Erasileira de =studos Sociais do Iso de Osicoativos "
AE=SIO (%ls. 416L414) e o nstituto Erasileiro de >i+ncias >riminais W
E>>?N (%ls. M35LM3F), cu,os 'ronunciamentos, dando es'ecial +n%ase s
liberdades constitucionais de reunio e de mani%estao do 'ensamento,
conver*em, em seus as'ectos essenciais, no sentido 'retendido 'ela autora
da 'resente ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental. . A
interveno do Xamicus curiaeY: 'lurali(ao do debate constitucional e
e&tenso e limites dos 'oderes 'rocessuais desse Xterceiro interessadoY no
<mbito dos 'rocessos de %iscali(ao abstrata de constitucionalidade [#, no
entanto, Senhor Oresidente, outra questo 'rvia a ser analisada e que se
re%ere e&tenso e aos limites dos 'oderes 'rocessuais de que se acha
investido o Xamicus curiaeY. =ssa inda*ao se im'9e 'elo %ato de a
AE=SIO claramente am'liar o ob,eto da 'resente demanda, delimitado, com
'reciso, 'ela douta Orocuradoria"Beral da ?e')blica, que 'ostula,
unicamente, se,a dado, ao art. 127 do >-di*o Oenal, inter'retao con%orme
141
>onstituio Xde %orma a e&cluir qualquer e&e*ese que 'ossa ense,ar a
criminali(ao da de%esa da le*ali(ao das dro*as, ou de qualquer
subst<ncia entor'ecente es'ec$%ica, inclusive atravs de mani%esta9es e
eventos ')blicosY (%ls. 45 W *ri%ei). >om e%eito, a AE=SIO 'retende o
reconhecimento da le*itimidade ,ur$dica, com a consequente declarao de
aus+ncia de ti'icidade 'enal, de determinadas condutas (%ls. 422L42F), tais
como o cultivo domstico, o 'orte de 'equena quantidade e o uso em <mbito
'rivado da maconha. a utili(ao de re%erida subst<ncia 'ara %ins medicinais,
inclusive 'ara e%eito de reali(ao de 'esquisas mdicas. o uso ritual da
maconha em celebra9es lit)r*icas. a utili(ao da subst<ncia can#bica 'ara
%ins econVmicos, admitidos, quanto a ela, o 'lantio, a e&'ortao e
im'ortao, a distribuio ou a venda de insumos ou de 'rodutos dela
oriundos, sem qualquer vinculao ao consumo da 'lanta 'ro'riamente dito.
ou, ento, a submisso de tais 'leitos Xa um 'rocesso 'rvio de
re*ulamentao via S=CA0L>8CA0, com a 'artici'ao democr#tica dos
-r*os e entidades que mani%estem interesse no assuntoY.
A AE=SIO tambm 'leiteia a concesso, de o%$cio, em car#ter
abstrato, de ordem de Xhabeas cor'usY em %avor de quaisquer 'essoas que
incidam nos com'ortamentos anteriormente re%eridos (%ls. 4K4). 0estaco,
'ara e%eito de re*istro, esse 'leito que a Associao Erasileira de =studos
Sociais do Iso de Osicoativos W AE=SIO dedu(iu nos 'resentes autos (%ls.
422L42F): XSe,a concedida ordem de hhabeas cor'usi de o%$cio, em car#ter
abstrato, inter'retando a ;ei 44353L166M, em destaque seus arti*os 1 e 12,
de modo a *arantir e%ic#cia aos 'receitos constitucionais im'l$citos e os
estabelecidos nos arti*os K, hca'uti e inciso !. M. 476. 4FM e 4F7, da >arta
7ederal, a %im de que se,a reconhecida a ati'icidade: a) do cultivo domstico
da hcannabisi e do 'orte de 'equena quantidade, sendo vedado
e&'ressamente o comrcio, admitindo"se o uso to"somente no <mbito
'rivado (...). b) do uso da hcannabisi 'ara %ins medicinais, em sentido hlatoi,
en*lobando, tambm, a 'ossibilidade de reali(ao de 'esquisas mdicas. c)
do uso reli*ioso da hcannabisi, na qualidade de sacramento inerente ao ritual.
d) da utili(ao 'ara %ins econVmicos, admitindo o 'lantio, a e&'ortao e
im'ortao, a distribuio ou a venda de insumos ou 'rodutos oriundos do
hc<nhamoi, sem qualquer vinculao no que di( res'eito ao consumo da
'lanta 'ro'riamente dito. ou e) alternativamente, caso a >orte ,ul*ue
conveniente, que reali(e o dimensionamento dos e%eitos da deciso,
condicionando todos os 'leitos acima lanados, e&cetuado o da liberdade de
e&'resso, a um 'rocesso 'rvio de re*ulamentao via S=CA0L>8CA0,
com a 'artici'ao democr#tica dos -r*os e entidades que mani%estem
interesse no assunto.Y (*ri%ei) =ntendo que o Xamicus curiaeY, no obstante o
inquestion#vel relevo de sua 'artici'ao, como terceiro interveniente, no
'rocesso de %iscali(ao normativa abstrata, no dis'9e de 'oderes
'rocessuais que, inerentes s 'artes, viabili(em o e&erc$cio de determinadas
'rerro*ativas que se mostram unicamente acess$veis s 'r-'rias 'artes,
como, '. e&., o 'oder que assiste, ao ar*uente (e no ao Xamicus curiaeY), de
delimitar, tematicamente, o ob,eto da demanda 'or ele instaurada. Sabemos
que entidades dotadas de re'resentatividade adequada 'odem in*ressar,
%ormalmente, em sede de ar*uio de descum'rimento de 'receito
%undamental, na condio de terceiros interessados, 'ara e%eito de
'artici'ao e mani%estao sobre a controvrsia constitucional suscitada 'or
quem dis'9e de le*itimidade ativa 'ara o a,ui(amento de re%erida ao
constitucional. =sse entendimento, que reconhece a 'ossibilidade de
'artici'ao do Xamicus curiaeY na ar*uio de descum'rimento de 'receito
%undamental, i*ualmente 'er%ilhado 'or ilustres autores, como o eminente
Ninistro B;NA? 7=??=?A N=C0=S (XAr*uio de 0escum'rimento
de Oreceito 7undamental: >oment#rios ;ei n. F.221, de 3"41"4FFFY, '. 41M,
item n. 65, 1667, Saraiva), cu,o ma*istrio, no tema, merece ser re'rodu(ido:
143
XA ;ei n. F.221LFF %aculta ao relator a 'ossibilidade de ouvir as 'artes nos
'rocessos que ense,aram a ar*uio (art. M, P 4). 8utor*a"se, assim, s
'artes nos 'rocessos sub,etivos um hlimitadoi direito de 'artici'ao no
'rocesso ob,etivo submetido a'reciao do S@7. H que, talve( em
decorr+ncia do universo demasiado am'lo dos 'oss$veis interessados, tenha
'retendido o le*islador ordin#rio outor*ar ao relator al*uma %orma de
controle quanto ao direito de 'artici'ao dos milhares de interessados no
'rocesso. =m %ace do car#ter ob,etivo do 'rocesso, %undamental que no s-
os re'resentantes de 'otenciais interessados nos 'rocessos que deram ori*em
ao de descum'rimento de 'receito %undamental, mas tambm os
le*itimados 'ara 'ro'or a ao, 'ossam e&ercer direito de mani%estao.
nde'endentemente das cautelas que ho de ser tomadas 'ara no
inviabili(ar o 'rocesso, deve"se anotar que tudo recomenda que, tal como a
ao direta de inconstitucionalidade e a ao declarat-ria de
constitucionalidade, a ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental
assuma, i*ualmente, uma %eio 'luralista, com a am'la 'artici'ao de
hamicus curiaei.Y(*ri%ei).
@al como assinalei em decis9es anteriores (A0 1.436"N>LS>, ?el.
Nin. >=;S8 0= N=;;8, 0GI 61L61L1664), a interveno do Xamicus
curiaeY, 'ara le*itimar"se, deve a'oiar"se em ra(9es que tornem dese,#vel e
)til a sua atuao 'rocessual na causa, em ordem a 'ro'orcionar meios que
viabili(em uma adequada resoluo do lit$*io constitucional. m'9e"se
destacar, neste 'onto, 'or necess#rio, a ideia nuclear que anima os 'ro'-sitos
teleol-*icos que motivam a interveno do Xamicus curiaeY no 'rocesso de
%iscali(ao normativa abstrata. Co se 'ode 'erder de 'ers'ectiva que a
interveno 'rocessual do Xamicus curiaeY tem 'or ob,etivo essencial
'lurali(ar o debate constitucional, 'ermitindo que o Su'remo @ribunal
7ederal venha a dis'or de todos os elementos in%ormativos 'oss$veis e
necess#rios resoluo da controvrsia, visando"se, ainda, com tal abertura
'rocedimental, su'erar a *rave questo 'ertinente le*itimidade
democr#tica das decis9es emanadas desta >orte, quando no desem'enho de
seu e&traordin#rio 'oder de e%etuar, em abstrato, o controle concentrado de
constitucionalidade, tal como destacam, em 'ronunciamento sobre o tema,
eminentes doutrinadores (BIS@A!8 EC=CE8GN, XA Cova Gurisdio
>onstitucional ErasileiraY, 1l ed., 1665, ?enovar. AC0?H ?AN8S
@A!A?=S, X@ribunal e Gurisdio >onstitucionalY, '. 74LF5, 4FF2, >elso
Eastos =ditor. A;=:AC0?= 0= N8?A=S, XGurisdio >onstitucional e
@ribunais >onstitucionaisY, '. M5L24, 1666, Atlas. 0ANA?=S N=0CA,
XAmicus >uriae: Ami*o da >orte ou Ami*o da OarteuY, 1646, Saraiva, v.*.).
!alioso, a 'ro'-sito dessa 'articular questo, o ma*istrio e&'endido
'elo eminente Ninistro B;NA? N=C0=S (X0ireitos 7undamentais e
>ontrole de >onstitucionalidadeY, '. K63LK65, 1l ed., 4FFF, >elso Eastos
=ditor), em 'assa*em na qual '9e em destaque o entendimento de O=@=?
[vE=?;=, 'ara quem o @ribunal Xh# de desem'enhar um 'a'el de
intermedi#rio ou de mediador entre as di%erentes %oras com le*itimao no
'rocesso constitucionalY ('. 5F2), em ordem a 'lurali(ar, em aborda*em que
deriva da abertura material da >onstituio, o 'r-'rio debate em torno da
controvrsia constitucional, con%erindo"se, desse modo, e&'resso real e
e%etiva ao 'rinc$'io democr#tico, sob 'ena de se instaurar, no <mbito do
controle normativo abstrato, um indese,#vel Xd%icitY de le*itimidade das
decis9es que o Su'remo @ribunal 7ederal venha a 'ronunciar no e&erc$cio,
Xin abstractoY, dos 'oderes inerentes ,urisdio constitucional. 0a$,
se*undo entendo, a necessidade de asse*urar, ao Xamicus curiaeY, mais do
que o sim'les in*resso %ormal no 'rocesso de %iscali(ao abstrata de
constitucionalidade, a 'ossibilidade de e&ercer o direito de %a(er
sustenta9es orais 'erante esta Su'rema >orte, alm de dis'or da %aculdade
145
de submeter, ao ?elator da causa, 'ro'ostas de requisio de in%orma9es
adicionais, de desi*nao de 'erito ou comisso de 'eritos, 'ara que emita
'arecer sobre quest9es decorrentes do lit$*io, de convocao de audi+ncias
')blicas e, at mesmo, a 'rerro*ativa de recorrer da deciso que tenha
dene*ado o seu 'edido de admisso no 'rocesso de controle normativo
abstrato, como esta >orte tem reiteradamente reconhecido. >um're
rememorar, nesta 'assa*em, a irre'reens$vel observao do eminente
Ninistro B;NA? N=C0=S, no %ra*mento doutrin#rio ,# re%erido,
constante de sua valios$ssima 'roduo acad+mica, em que e&'9e
considera9es de irrecus#vel 'ertin+ncia em tema de interveno 'rocessual
do Xamicus curiaeY (Xo'. loc. cit.Y): X!+"se, assim, que, enquanto -r*o de
com'osio de con%litos 'ol$ticos, 'assa a >orte >onstitucional a constituir"
se em elemento %undamental de uma sociedade 'luralista, atuando como
%ator de estabili(ao indis'ens#vel ao 'r-'rio sistema democr#tico. H claro
que a >orte >onstitucional no 'ode olvidar a sua ambival+ncia democr#tica.
Ainda que se deva reconhecer a le*itimao democr#tica dos ,u$(es,
decorrente do com'le&o 'rocesso de escolha e de nomeao, e que a sua
inde'end+ncia constitui requisito indis'ens#vel 'ara o e&erc$cio de seu
mister, no se 'ode dei&ar de en%ati(ar que aqui tambm reside aquilo que
Brimm denominou de hrisco democr#ticoi (...). H que as decis9es da >orte
>onstitucional esto inevitavelmente imunes a qualquer controle
democr#tico. =ssas decis9es 'odem anular, sob a invocao de um direito
su'erior que, em 'arte, a'enas e&'licitado no 'rocesso decis-rio, a
'roduo de um -r*o direta e democraticamente le*itimado. =mbora no se
ne*ue que tambm as >ortes ordin#rias so dotadas de um 'oder de
con%ormao bastante am'lo, certo que elas 'odem ter a sua atuao
re'ro*ramada a 'artir de uma sim'les deciso do le*islador ordin#rio. Ao
revs, eventual correo da ,uris'rud+ncia de uma >orte >onstitucional
somente h# de se %a(er, quando 'oss$vel, mediante emenda. =ssas
sin*ularidades demonstram que a >orte >onstitucional no est# livre do
'eri*o de converter uma vanta*em democr#tica num eventual risco 'ara a
democracia. Assim como a atuao da ,urisdio constitucional 'ode
contribuir 'ara re%orar a le*itimidade do sistema, 'ermitindo a renovao
do 'rocesso 'ol$tico com o reconhecimento dos direitos de novos ou
'equenos *ru'os e com a inau*urao de re%ormas sociais, 'ode ela tambm
bloquear o desenvolvimento constitucional do Oa$s.
8 equil$brio inst#vel que se veri%ica e que 'arece constituir o aut+ntico
'roblema da ,urisdio constitucional na democracia a%i*ura"se necess#rio e
inevit#vel. @odo o es%oro que se h# de %a(er , 'ois, no sentido de 'reservar
o equil$brio e evitar dis%un9es. =m 'lena com'atibilidade com essa
orientao, [tberle no s- de%ende a e&ist+ncia de instrumentos de de%esa da
minoria, como tambm 'ro'9e uma abertura hermen+utica que 'ossibilite a
esta minoria o o%erecimento de halternativasi 'ara a inter'retao
constitucional. [tberle es%ora"se 'or demonstrar que a inter'retao
constitucional no W nem deve ser W um evento e&clusivamente estatal.
@anto o cidado que inter'9e um recurso constitucional, quanto o 'artido
'ol$tico que im'u*na uma deciso le*islativa so intr'retes da >onstituio.
Oor outro lado, a insero da >orte no es'ao 'luralista W ressalta [tberle
W que evita distor9es que 'oderiam advir da inde'end+ncia do ,ui( e de sua
estrita vinculao lei.Y (*ri%ei) Ca verdade, consoante ressalta OA8;8
EAC>[, em estudo sobre o tema (XIniAmici(ia nteressata: ;iamicus
curiae 0avanti Alla >orte Su'rema 0e*li Stati InitiY, XinY XBiuris'ruden(a
A0O7 427 L 07"46 >ostitu(ionaleY, 7asc. M, novLde( de 4FFK, Ano :,
Biu%%r), a admisso do terceiro, na condio de Xamicus curiaeY, no
'rocesso ob,etivo de controle normativo abstrato, quali%ica"se como %ator de
le*itimao social das decis9es do @ribunal >onstitucional, viabili(ando, em
obsquio ao 'ostulado democr#tico, a abertura do 'rocesso de %iscali(ao
14K
concentrada de constitucionalidade, em ordem a 'ermitir que, nele, se reali(e
a 'ossibilidade de 'artici'ao de entidades e de institui9es que
e%etivamente re'resentem os interesses *erais da coletividade ou que
e&'ressem os valores essenciais e relevantes de *ru'os, classes ou estratos
sociais. =ssa 'erce'o do tema %oi lucidamente e&'osta 'elo eminente
Oro%essor C8>DC>8 NJ?@?=S >8=;[8 (XAs deias de Oeter [tberle
e a Abertura da nter'retao >onstitucional no 0ireito ErasileiroY, XinY
?0A 144L41K"435, 433): XAdmitida, 'ela %orma indicada, a 'resena do
hamicus curiaei no 'rocesso de controle de constitucionalidade, no a'enas
se reitera a im'essoalidade da questo constitucional, como tambm se
evidencia que o deslinde desse ti'o de controvrsia interessa ob,etivamente a
todos os indiv$duos e *ru'os sociais, at 'orque ao esclarecer o sentido da
>arta Ool$tica, as cortes constitucionais, de certa maneira, acabam
reescrevendo as constitui9es.Y (*ri%ei). H 'or tais ra(9es que entendo que a
atuao 'rocessual do Xamicus curiaeY no deve limitar"se mera
a'resentao de memoriais ou 'restao eventual de in%orma9es que lhe
venham a ser solicitadas ou, ainda, 'roduo de sustenta9es orais 'erante
esta Su'rema >orte. =ssa viso do 'roblema W que restrin*isse a e&tenso
dos 'oderes 'rocessuais do Xcolaborador do @ribunalY W culminaria 'or %a(er
'revalecer, na matria, uma incom'reens$vel 'ers'ectiva reducionista, que
no 'ode (nem deve) ser aceita 'or esta >orte, sob 'ena de total %rustrao
dos altos ob,etivos 'ol$ticos, sociais e ,ur$dicos visados 'elo le*islador na
'ositivao da cl#usula que, a*ora, admite o %ormal in*resso do Xamicus
curiaeY no 'rocesso de %iscali(ao concentrada de constitucionalidade.
>um're 'ermitir, desse modo, ao Xamicus curiaeY, em e&tenso maior, o
e&erc$cio de determinados 'oderes 'rocessuais. =sse entendimento
'er%ilhado 'or autori(ado ma*istrio doutrin#rio, cu,as li9es acentuam a
essencialidade da 'artici'ao le*itimadora do Xamicus curiaeY nos
'rocessos de %iscali(ao abstrata de constitucionalidade (BIS@A!8
EC=CE8GN, XA Cova Gurisdio >onstitucional ErasileiraY, '. 4K7L4M5, 1l
ed., A0O7 427 L 07 41 1665, ?enovar. BI;[=?N= O=wA 0=
N8?A=S, X0ireito >onstitucionalL@eoria da >onstituioY, '. 167L162, item
n. 5.46.1.3, 5l ed., 1667, ;umen Guris, v.*.), reconhecendo"lhe o direito de
'romover, 'erante esta >orte Su'rema, a 'ertinente sustentao oral
(7?=0= 00=? G?., XOossibilidade de Sustentao 8ral do Amicus
>uriaeY, XinY X?evista 0ialtica de 0ireito OrocessualY, vol. 2L33" "32, 1663.
C=;S8C C=?\ G?.L?8SA NA?A 0= AC0?A0= C=?\, X>-di*o de
Orocesso >ivil >omentado e ;e*islao =&trava*anteY, '. 4322, 7l ed., 1663,
?@. =0BA?0 S;!=?A EI=C8 7;[8, XAmicus >uriae: a
democrati(ao do debate nos 'rocessos de controle de constitucionalidadeY,
XinY X0ireito 7ederalY, vol. 76L417"432, AGI7=, v.*.) ou, ainda, a %aculdade
de solicitar a reali(ao de e&ames 'ericiais sobre o ob,eto ou sobre quest9es
derivadas do lit$*io constitucional ou a 'rerro*ativa de 'ro'or a requisio
de in%orma9es com'lementares, bem assim a de 'edir a convocao de
audi+ncias ')blicas, sem 're,u$(o, como esta >orte ,# o tem a%irmado, do
direito de recorrer de decis9es que recusam o seu in*resso %ormal no
'rocesso de controle normativo abstrato.
>abe observar que o Su'remo @ribunal 7ederal, em assim a*indo, no
s- *arantir# maior e%etividade e atribuir# maior le*itimidade s suas
decis9es, mas, sobretudo, valori(ar#, sob uma 'ers'ectiva eminentemente
'lural$stica, o sentido essencialmente democr#tico dessa 'artici'ao
'rocessual, enriquecida 'elos elementos de in%ormao e 'elo acervo de
e&'eri+ncias que o Xamicus curiaeY 'oder# transmitir >orte >onstitucional,
notadamente em um 'rocesso " como o de controle abstrato de
constitucionalidade W cu,as im'lica9es 'ol$ticas, sociais, econVmicas,
,ur$dicas e culturais so de irrecus#vel im'ort<ncia, de indiscut$vel
ma*nitude e de inquestion#vel si*ni%icao 'ara a vida do Oa$s e a de seus
14M
cidados. >omo anteriormente salientado, o Xamicus curiaeY 'ode recorrer
da deciso dene*at-ria de seu in*resso %ormal no 'rocesso de controle
abstrato, no 'odendo, contudo se*undo ,uris'rud+ncia ainda 'revalecente
nesta >orte, im'u*nar as demais decis9es 'ro%eridas em sede de %iscali(ao
concentrada (A0 1.3KF"=0"A*?L=S, ?el. Nin. =?8S B?AI W A0 3.46K"
=0L07, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 W A0 3.F35"=0"A*?L07, ?el. Nin.
?>A?08 ;=kAC08kSn, v.*.): XAST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=. =NEA?B8S 0= 0=>;A?AST8
8O8S@8S O8? hAN>IS >I?A=i. AISDC>A 0= ;=B@N0A0=.
(...). 4. A ,uris'rud+ncia deste Su'remo @ribunal assente quanto ao no"
cabimento de recursos inter'ostos 'or terceiros estranhos relao
'rocessual nos 'rocessos ob,etivos de controle de constitucionalidade. 1.
=&ceo a'enas 'ara im'u*nar deciso de no""admissibilidade de sua
interveno nos autos. 3. Orecedentes. 5. =mbar*os de declarao no
conhecidos.Y (A0 3.M4K"=0LOE, ?el. Nin. >J?N=C ;R>A W *ri%ei).
H certo, no entanto, que h# autores eminentes, como o ilustre
Oro%essor BIS@A!8 EC=CE8GN (X@emas de 0ireito Administrativo e
>onstitucionalY, '. 421L427, 1662, ?enovar), que sustentam a 'ossibilidade
de o Xamicus curiaeY 'oder im'u*nar, em sede recursal, qualquer deciso
'ro%erida na causa em que tenha sido %ormalmente admitido, como se v+ do
%ra*mento a se*uir re'rodu(ido: X>omo se v+, muito mais que um mero
colaborador in%ormal, o hamicus curiaei, tal como disci'linado 'ela ;ei n
F.2M2LFF, intervm nos autos do 'rocesso da ao direta, 'assando a inte*rar
a relao 'rocessual na condio de hterceiro es'eciali. Assim, a 'rimeira
'rerro*ativa 'rocessual que se reconhece ao hamicus curiaei a de
a'resentar mani%estao escrita sobre as quest9es de seu interesse atinentes
ao direta em curso, que ser# ,unta aos autos do 'rocesso. (...). Nas os
'oderes 'rocessuais do hamicus curiaei no se cin*em a'resentao de
ra(9es escritas. Co que toca 'ossibilidade de reali(ao de sustentao
oral, 'elo 'atrono do hamicus curiaei, o Su'remo @ribunal 7ederal
recentemente reviu seu 'osicionamento anterior, 'assando a admiti"la.
(...).>onsi*nadas, assim, as %aculdades de o hamicus curiaei mani%estar"se
'or escrito ou oralmente, resta e&aminar a 'ossibilidade de o hamicus curiaei
insur*ir"se contra as decis9es 'ro%eridas no curso e ao %inal da ao direta,
atravs dos recursos cab$veis. >um're, em 'rimeiro lu*ar, e&aminar a
'ossibilidade de o 'ostulante a hamicus curiaei se insur*ir, 'ela via recursal
'r-'ria, contra a deciso do relator que no o admite no %eito em tal
qualidade. (...).?esta, ainda, inda*ar da 'ossibilidade de o hamicus curiaei
recorrer das demais decis9es W interlocut-rias e %inal " 'ro%eridas nos autos
da ao direta. 8 art. 5FF do >-di*o de Orocesso >ivil asse*ura le*itimidade
recursal ao Ninistrio O)blico e ao hterceiroi 're,udicado. ?econhecendo,
ho,e, a doutrina e a ,uris'rud+ncia, a nature(a ,ur$dica de hterceiro es'eciali
ao hamicus H certo, no entanto, que h# autores eminentes, como o ilustre
Oro%essor BIS@A!8 EC=CE8GN (X@emas de 0ireito Administrativo e
>onstitucionalY, '. 421L427, 1662, ?enovar), que sustentam a 'ossibilidade
de o Xamicus curiaeY 'oder im'u*nar, em sede recursal, qualquer deciso
'ro%erida na causa em que tenha sido %ormalmente admitido, como se v+ do
%ra*mento a se*uir re'rodu(ido: X>omo se v+, muito mais que um mero
colaborador in%ormal, o hamicus curiaei, tal como disci'linado 'ela ;ei n
F.2M2LFF, intervm nos autos do 'rocesso da ao direta, 'assando a inte*rar
a relao 'rocessual na condio de hterceiro es'eciali. Assim, a 'rimeira
'rerro*ativa 'rocessual que se reconhece ao hamicus curiaei a de
a'resentar mani%estao escrita sobre as quest9es de seu interesse atinentes
ao direta em curso, que ser# ,unta aos autos do 'rocesso. (...). Nas os
'oderes 'rocessuais do hamicus curiaei no se cin*em a'resentao de
ra(9es escritas. Co que toca 'ossibilidade de reali(ao de sustentao
oral, 'elo 'atrono do hamicus curiaei, o Su'remo @ribunal 7ederal
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recentemente reviu seu 'osicionamento anterior, 'assando a admiti"la.
(...).>onsi*nadas, assim, as %aculdades de o hamicus curiaei mani%estar"se
'or escrito ou oralmente, resta e&aminar a 'ossibilidade de o hamicus curiaei
insur*ir"se contra as decis9es 'ro%eridas no curso e ao %inal da ao direta,
atravs dos recursos cab$veis. >um're, em 'rimeiro lu*ar, e&aminar a
'ossibilidade de o 'ostulante a hamicus curiaei se insur*ir, 'ela via recursal
'r-'ria, contra a deciso do relator que no o admite no %eito em tal
qualidade. (...).?esta, ainda, inda*ar da 'ossibilidade de o hamicus curiaei
recorrer das demais decis9es W interlocut-rias e %inal " 'ro%eridas nos autos
da ao direta. 8 art. 5FF do >-di*o de Orocesso >ivil asse*ura le*itimidade
recursal ao Ninistrio O)blico e ao hterceiroi 're,udicado. ?econhecendo,
ho,e, a doutrina e a ,uris'rud+ncia, a nature(a ,ur$dica de hterceiro es'eciali
ao hamicus curiaei, no h# como se lhe ne*ar a le*itimidade recursal 'ara
mani%estar sua insur*+ncia contra as decis9es que no acolherem seus
ar*umentos. =nsina Sr*io Eermudes que a %inalidade dos recursos a de
'ro'orcionar o ha'er%eioamento das decis9es ,udiciais.i Assim, no h#
motivo l-*ico 'ara que, ao hamicus curiaei, se,a asse*urado o direito de
a'resentar seus ar*umentos, 'or escrito e oralmente, 'erante o @ribunal e,
como desdobramento natural, no 'ossa se insur*ir contra as decis9es que
contrariem tais ar*umentos, 'or meio dos recursos cab$veis. H evidente que,
em sede de controle de constitucionalidade, tal a'er%eioamento se torna
ainda mais dese,#vel. 0e %ato, diante do im'acto e da re'ercusso 'ol$tica,
econVmica e social de uma deciso declarat-ria de inconstitucionalidade,
ainda maior o interesse do =stado"Gurisdio e da sociedade como um todo
no sentido de que as decis9es se,am submetidas ao mais r$*ido escrut$nio. A
re%er+ncia ao hterceiroi do art. 5FF do >-di*o de Orocesso >ivil hdesi*na o
estranho ao 'rocesso, titular da relao ,ur$dica atin*ida (ainda que 'or via
re%le&a) 'ela sentenai. H evidente que as entidades e -r*os que
eventualmente venham a %i*urar como hamicus curiaei, 'odem so%rer
im'actos diretos em ra(o da deciso em controle abstrato, 'odendo, at
mesmo, 'erder direitos antes reconhecidos 'ela lei atacada. 0essa %orma, o
hamicus curiaei titular de um direito 'ass$vel de ser atin*ido " ao menos
'otencialmente W 'or ac-rdo declarat-rio de inconstitucionalidade,
'ossuindo, assim, le*itimidade recursal como terceiro interessado,
a'licando"se, analo*icamente, o art. 5FF do >O>. 0eve"se destacar, todavia,
que, mesmo a se entender que no ha,a, num caso qualquer, im'acto hdiretoi
sobre direito sub,etivo do hamicus curiaei, haver# le*itimidade recursal
deste, 'ois, 'ara que se,a o terceiro a'to a recorrer, hbasta que a sua es%era
,ur$dica se,a atin*ida 'ela deciso, embora 'or via re%le&ai, o que,
evidentemente, sem're ocorrer#. Ademais, interessante notar que a
'artici'ao do hamicus curiaei, que ,# era aceita antes mesmo do advento da
;ei F2M2LFF, , %undamentalmente, uma decorr+ncia do 'rinc$'io
democr#tico. Oode"se di(er, assim, que a interveno do hamicus curiaei,
hcom os meios e recursos 'r-'rios asse*urados aos terceiros em *erali,
re'resenta *arantia do e&erc$cio democr#tico da ,urisdio constitucional.
=m s$ntese, a interveno do hamicus curiaei constitui uma das m)lti'las
%aces da *arantia do acesso Gustia (>7, art. K, :::!) no <mbito de um
=stado 0emocr#tico de 0ireito (>7, art. 4A). Oor derradeiro, alm das
'rerro*ativas 'rocessuais at aqui mencionadas, 'oder# o hamicus curiaei
suscitar, 'erante o relator, ha adoo das 'rovid+ncias instrut-riasi 'revistas
no art. F, PP 4, 1 e 3, da ;ei n F.2M2LFF. >on%ira"se o teor do dis'ositivo,
hverbisi: hArt. F !encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o
relat-rio, com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento. P 4
=m caso de necessidade de esclarecimento de matria ou circunst<ncia de
%ato ou de not-ria insu%ici+ncia das in%orma9es e&istentes nos autos, 'oder#
o relator requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito ou comisso de
'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou %i&ar data 'ara, em
142
audi+ncia ')blica, ouvir de'oimentos de 'essoas com e&'eri+ncia e
autoridade na matria.P 1 8 relator 'oder#, ainda, solicitar in%orma9es aos
@ribunais Su'eriores, aos @ribunais %ederais e aos @ribunais 'ersistiria o
mesmo. H 'reciso, outrossim, que %ique claro: a 'roteo ,udicial ora
'ostulada no contem'la W e nem 'oderia %a(+"lo W a criao de um es'ao
')blico circunstancialmente imune ao %iscali(at-ria ordin#ria do =stado.
menos ainda se 'ro'u*na que, no e&erc$cio das liberdades ora reivindicadas,
mani%estantes 'ossam incorrer em ilicitude de qualquer es'cie, como, 'or
e&em'lo, consumir dro*as. 8 es'ectro de liberdade que se ob,etiva ver
asse*urado aquele inerente W 'ortanto, adequado e necess#rio W aos direitos
%undamentais im'licados, sem que da$ decorra im'l$cita 'ermisso 'r#tica
de conduta que se 'ossa tradu(ir em violao s normas inte*radoras do
0ireito em vi*or.Y (*ri%ei)
88. + uso ritual de plantas alucin1$enas e de dro$as ilcitas em
celebraWes lit,r$icas.
Co desconheo, no entanto, Senhor Oresidente, o relevo das quest9es
suscitadas 'ela Associao Erasileira de =studos Sociais do Iso de
Osicoativos W AE=SIO e que se re%erem, dentre outros temas, ao uso
cerimonial de 'lantas e subst<ncias alucin-*enas ou 'sicoativas nas
celebra9es lit)r*icas, Xna qualidade de sacramento inerente ao ritualY, como
e&'ressamente salientado 'or esse mesmo Xamicus curiaeY. H claro que esse
tema, intimamente cone&o ao 'ostulado %undamental da liberdade reli*iosa,
considerada esta em suas m)lti'las 'ro,e9es, como aquela que com'reende
a 'roteo constitucional das mani%esta9es lit)r*icas (>7, art. K, inciso !,
Xin %ineY), 'oder# constituir ob,eto de eventual 'rocesso de controle abstrato,
instaur#vel 'or quem dis'onha de qualidade 'ara a*ir. >um're re%erir, no
entanto, ainda que 'ara e%eito de mero re*istro, que, no Erasil, esse tema W
envolvendo o uso ritual, em celebrao lit)r*ica, no conte&to de cerimVnia
reli*iosa (como as do Santo 0aime, Inio do !e*etal e Earquinha), da
Aaahuasca ou [uasca (bebida com e%eitos 'sicoativos) W constituiu ob,eto
de a'reciao 'elo >onselho Cacional de Ool$ticas sobre 0ro*as, que
considerou le*$tima a utili(ao reli*iosa de tal subst<ncia, havendo
estabelecido, em ato 'r-'rio, que o Xseu uso restrito a rituais reli*iosos, em
locais autori(ados 'elas res'ectivas dire9es das entidades usu#rias, vedado
o seu uso associado a subst<ncias 'sicoativas il$citasY (?esoluo >8CA0
n 4L1646). A ?esoluo em causa, ao assim de%inir o tema, 'reserva a
liberdade reli*iosa, cu,o conte)do material com'reende, na abran*+ncia de
seu am'lo si*ni%icado, dentre outras 'rerro*ativas essenciais, a liberdade de
crena (que tradu( uma das 'ro,e9es da liberdade de consci+ncia), a
liberdade de culto, a liberdade de or*ani(ao reli*iosa, a liberdade de
elaborao de um Xcor'usY doutrin#rio e a liberdade contra a inter%er+ncia do
=stado, que re'resentam valores intrinsecamente vinculados e necess#rios
'r-'ria con%i*urao da ideia de democracia, cu,a noo se alimenta,
continuamente, dentre outros %atores relevantes, do res'eito ao 'luralismo.
>abe ressaltar, neste 'onto, que a matria veiculada nessa 'ro'osta da
AE=SIO, embora no com'onha nem se inclua no ob,eto da 'resente
demanda, 'arece haver sensibili(ado, ,# em 4F74, a comunidade
internacional, 'ois a >onveno de !iena sobre Subst<ncias Osicotr-'icas,
assinada 'elo Erasil, na ca'ital austr$aca, em 4F74, %ormalmente incor'orada
ao ordenamento 'ositivo nacional (0ecreto n 7F.322L77), admitiu a
'ossibilidade, desde que o%erecida a 'ertinente XreservaY (%aculdade no
utili(ada 'or nosso Oa$s), de utili(ao l$cita de X'lantas silvestres que
contenham subst<ncias 'sicotr-'icas (...) em rituais m#*icos e reli*iosos
(...)Y (Arti*o 31, n. 5). H interessante acentuar, 'or o'ortuno, considerado o
que estabelece a >onveno de !iena, que o =stado brasileiro, ao editar a
14F
sua nova ;ei de 0ro*as, embora no havendo mani%estado, %ormalmente,
qualquer reserva ao Arti*o 31, n. 5, do te&to convencional, e&cluiu, assim
mesmo, da norma de 'roibio inscrita em re%erido di'loma le*al, o uso
ritual de 'lantas alucin-*enas em celebra9es reli*iosas, desde que obtida,
'ara tanto, autori(ao le*al ou re*ulamentar, como resulta claro do art. 1,
Xca'utY, da ;ei n 44.353L166M, que assim dis'9e: XArt. 1. 7icam 'roibidas,
em todo o territ-rio nacional, as dro*as, bem como o 'lantio, a cultura, a
colheita e a e&'lorao de ve*etais e substratos dos quais 'ossam ser
e&tra$das ou 'rodu(idas dro*as, ressalvada a hi'-tese de autori(ao le*al ou
re*ulamentar, bem como o que estabelece a >onveno de !iena, das
Ca9es Inidas, sobre Subst<ncias Osicotr-'icas, de 4F74, a res'eito de
'lantas de uso estritamente ritual$stico"reli*ioso.Y (*ri%ei) 8 e&ame do
'receito le*al ora re'rodu(ido revela que se trata de e&'ressiva inovao
introdu(ida em nosso sistema de direito 'ositivo, 'ois re%lete a 'reocu'ao
do Ooder O)blico em res'eitar a liberdade reli*iosa e, notadamente, em
manter inc-lumes os rituais e as celebra9es lit)r*icas de qualquer
denominao con%essional, em ordem a e&cluir a 'ossibilidade de
interveno re'ressiva do =stado motivada 'or atos que, re*istrados durante
o culto, 'ossam culminar em utili(ao cerimonial de bebidas ou de 'lantas
alucin-*enas cu,o consumo se,a do*maticamente quali%icado como 'r#tica
essencial, em termos es'irituais, se*undo os c<nones e as conce'9es
teol-*icas %ormulados com a'oio no cor'o doutrin#rio que d# sustentao
te-rica a uma 'articular comunidade de %iis. 8bservo, a t$tulo de mera
ilustrao, que a Su'rema >orte dos =stados Inidos da Amrica, em 166M,
no ,ul*amento do caso XBon(ales v. 8 >entro =s'$rita Eene%icente Inio do
!e*etalY (K5M I.S. 542), que se re%eria utili(ao ritual da Aaahuasca
'elos se*uidores do >entro =s'$rita Eene%icente Inio do !e*etal, entidade
reli*iosa %undada no Erasil, com re'resentao no =stado do Covo N&ico
(=IA), 'ro%eriu deciso un<nime (2 & 6) que reconheceu, no conte&to do
direito %undamental liberdade reli*iosa, a 'ossibilidade do uso lit)r*ico de
re%erida bebida (Xsacramental teaY), no obstante identi%icada 'or seus
not-rios e%eitos 'sicoativos, a%astando a incid+ncia, nesse caso es'ec$%ico, de
estatutos %ederais norte"americanos, como o X?eli*ious 7reedom ?estoration
Act (?7?A)Y. @al discusso, 'orm, embora 'ro'osta 'ela AE=SIO (que,
'ara tanto, am'liou, indevidamente, o ob,eto da 'resente demanda), no est#
em causa neste 'rocesso, como en%ati(ado em 'assa*em anterior deste voto,
no tendo 'ertin+ncia, 'ortanto, na 'resente sede 'rocessual. [# de se
reconhecer, ainda, a inadequao do Xhabeas cor'usY 'ara o %im 'ostulado
'ela AE=SIO, eis que im'etrado, na es'cie, em car#ter abstrato, sem
vinculao concreta a um caso es'ec$%ico, ob,etivando *arantir a aus+ncia de
re'resso estatal, 'or e%eito do 'retendido reconhecimento, mediante deciso
desta Su'rema >orte, da ati'icidade 'enal de determinadas condutas, tais
como o cultivo domstico, o 'orte de 'equena quantidade e o uso em <mbito
'rivado da maconha. a utili(ao de re%erida subst<ncia 'ara %ins medicinais,
inclusive 'ara e%eito de reali(ao de 'esquisas mdicas (o que,
a'arentemente, ,# se acha 'revisto no art. 1, 'ar#*ra%o )nico, da ;ei n
44.353L166M). o uso ritual da maconha em celebra9es lit)r*icas. a utili(ao
da subst<ncia can#bica 'ara %ins econVmicos, admitidos, quanto a ela, o
'lantio, a e&'ortao e im'ortao, a distribuio ou a venda de insumos ou
de 'rodutos dela oriundos, sem qualquer vinculao ao consumo da 'lanta
'ro'riamente dito. >um're rememorar, neste 'onto, que a ,uris'rud+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal tem advertido, 'resente tal conte&to, em que se
evidencia a absoluta indeterminao sub,etiva dos 'acientes, com aus+ncia
de uma dada e es'ec$%ica situao concreta, que no se revela 'ertinente o
remdio constitucional do Xhabeas cor'usY, quando utili(ado, como sucede
na es'cie, sem que se demonstre a real con%i*urao de o%ensa imediata,
atual ou iminente, ao direito de ir, vir e 'ermanecer de 'essoas e%etivamente
116
submetidas a atos de in,usto constran*imento (?@G 43KLKF3, ?el. Nin.
S\0C=\ SAC>[=S W ?@G 43ML411M, ?el. Nin. N8?=?A A;!=S " ?@G
451L2FM, ?el. Nin. 8>@A!8 BA;;8@@ W ?@G 4K1L456, ?el. Nin.
>=;S8 0= N=;;8 W ?@G 426LFM1, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8, v.*.).
Oor tais ra(9es, no considerarei a am'liao do ob,eto da demanda 'ro'osta
'ela AE=SIO, cin*indo"me, unicamente, no ,ul*amento da controvrsia
constitucional, ao e&ame do 'edido, tal A0O7 427 L 07. 1K. como
estritamente delimitado 'ela eminente Senhora Orocuradora"Beral da
?e')blica, em e&erc$cio. Cesse sentido, o meu voto.
Poss(b()(#a#e #e Au#(On"(a P@b)("a 0ara es")are"(mentos sobre a
mat,r(a #e fato!
& Possibilidade de o relator convocar audi8ncia pDblica * inova/"o da Nei
76J6X77 * poucas ve>es utili>ado no OKF & em casos importantes e di(<ceis
do ponto de vista #ur<dico- busca esclarecimentos ?ue v"o alm da
compreens"o meramente #ur<dica da matria % audi8ncia pDblica serve
para ?ue especialistas (alem sobre a matria- ?uando a corte n"o tem
dom<nio sobre o tema Oerve para esclarecer (atos e n"o para convencer o
relator ou os ministros de al$o Para a pro(essora as outras es(eras de
con;ecimento ?ue s"o importantes na audi8ncia pDblica A'! ?uest"o do
(eto anence(Hlico
& @urisprud8ncia paci(ica ?ue o OKF tin;a de ?ue n"o cabe %DI ?uando a
anHlise envolver matria (Htica * para a pro(essora a possibilidade de
audi8ncia pDblica superou essa #urisprud8ncia * permite anHlise (Htica *
outras es(eras do con;ecimento s"o analisadas
<E8 NR C.V9V;BCCC:
Art. F !encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o relat-rio,
com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento.
P4 =m caso de necessidade de esclarecimento de matria ou
circunst<ncia de %ato ou de not-ria insu%ici+ncia das in%orma9es e&istentes
nos autos, 'oder# o relator requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito ou
comisso de 'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou %i&ar data
'ara, em audi+ncia ')blica, ouvir de'oimentos de 'essoas com e&'eri+ncia e
autoridade na matria.
T +atrias ?ue #H (oram submetidas = %udi8ncia PDblica no OKF!
1) CGNMN%O&K4OECO (%DI nq 9Q1U %udi8ncia PDblica reali>ada em
2UU5);
2) FAKO %EAECAFaNICO (%DPF nq QP %udi8ncia PDblica em 2UU6);
9) I+PO4K%urO DA PEAMO MO%DOO (%DPF nq 1U1 %udi8ncia PDblica
em 2UU6);
P) @MDICI%NIl%urO D% O%bDA (Ouspens"o de Kutela %ntecipada ns 9J-
16Q- 211 e 256 %udi8ncia PDblica em 2UU7);
?; COTAS RACIAIS :mar%o #e /5*5;.
114
T Ne$itimados para propor %DI no DF no Ymbito do Kribunal de @usti/a (ver o
art 6V- 2V da Nei de Or$ani>a/"o @udiciHria do DF)!
Art. 2 (...)
P 1 Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade:
W o Bovernador do 0istrito 7ederal.
W a Nesa da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal.
W o Orocurador"Beral de Gustia.
! W a 8rdem dos Advo*ados do Erasil, Seo do 0istrito 7ederal.
! W as entidades sindicais ou de classe, de atuao no 0istrito 7ederal,
demonstrando que a 'retenso 'or elas dedu(ida *uarda relao de
'ertin+ncia direta com os seus ob,etivos institucionais.
! W os 'artidos 'ol$ticos com re'resentao na ><mara ;e*islativa.
(...)
(;ei n 44.FM7L1662 " 0is'9e sobre a or*ani(ao ,udici#ria do 0istrito
7ederal e dos @errit-rios...)
*.*.8. OK3ETO DA ADI
& 2er art 1U2- a- II- CF!
Art. 461. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal, 'reci'uamente, a *uarda
da >onstituio, cabendo"lhe:
" 'rocessar e ,ul*ar, ori*inariamente:
a) a ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo %ederal ou
estadual e a ao declarat-ria de constitucionalidade de lei ou ato normativo
%ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3)
(...)
ATOS NOR!ATI.OS
$ Neis (ormais n"o podem ser ob#eto de %DI * possuem Balma de ato
administrativo- mas corpo de leiC
& @urisprud8ncia de 1771- anti$a Luer di>er ?ue lei muito especi(ica n"o
considerada lei do ponto de vista da abstra/"o e $eneralidade ?ue s"o
re?uisitos para ?ue O ato se#a considerado lei @urisprud8ncia no sentido de
?ue lei muito casu<stica n"o pode ser ob#eto de %DI
& O OKF se utili>ava disso para impedir %DI em +edida Provis.ria de matria
or/amentHriaXleis or/amentHrias & matria provis.ria & di>endo ?ue era uma
lei de e(eito concreto- por ter validade anual e ap.s n"o teria mais e(eito
& Oe n"o (osse por %DI nin$um mais poderia discutir a matria- pois n"o
;averia a pessoa com interesse- um caso concreto para impu$nar o ato O
111
OKF ent"o concluiu ?ue n"o mais se aplicada essa @urisprud8ncia! ,ilmar
+endes
& Cabe %DI de lei (ederal e estadual * a(asta lei municipal o dispositivo
acima
AD8 9GF ; /0 5 /?+ 0A=<+
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 4FL41L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"63"65"4FF1 OO"6512F =N=C@ !8;"64MKM"64 OO"
66442 ?@G !8;"6643F"64 OO"66673
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " =S@A08 0= ST8
OAI;8 " ;= C. 7.146LF4 " 08AST8 0= E=CS CS=?!!=S =L8I
=:>=0=C@=S A =C@0A0= 0= 0?=@8 O?!A08 " A@8
NA@=?A;N=C@= A0NCS@?A@!8 " NO8SSE;0A0= 0=
>8C@?8;= >8C>=C@?A08 0= >8CS@@I>8CA;0A0= " CT8
>8C[=>N=C@8. " 8b,eto do controle normativo abstrato, 'erante a
Su'rema >orte, so, em nosso sistema de direito 'ositivo, e&clusivamente,
os atos normativos %ederais ou estaduais. ?e%o*em a essa ,urisdio
e&ce'cional de controle os atos materialmente administrativos, ainda que
incor'orados ao te&to de lei %ormal. " +s atos estatais de e"eitos concretos 5
porque despo(ados de qualquer coe"iciente de normatividade ou de
$eneralidade abstrata 5 no so passveis de "iscalizao (urisdicional,
Xem tese,X quanto a sua compatibilidade vertical com o te%to da
6onstituio. ;ei estadual, cu,o conte)do veicule ato materialmente
administrativo (doao de bens ')blicos a entidade 'rivada), no se e&'9e a
,urisdio constitucional concentrada do Su'remo @ribunal 7ederal, em sede
de ao direta.
% ?uest"o (oi ao PlenHrio do OKF mais recentemente e ;ouve-
aparentemente- uma revis"o da #urisprud8ncia!
@edida Provis1ria e Abertura de 6r4dito E5traordin$rio : H
O Tribunal iniciou julgamento de ao direta proposta pelo Partido da
Social Democracia Brasileira - PSDB em que se pleiteia a declarao da
inconstitucionalidade da Medida Provisria 405/2007, que abre crdito
extraordinrio, em favor da Justia Eleitoral e de diversos rgos do Poder
Executivo. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, conheceu da ao, por
entender estar-se diante de um tema ou de uma controvrsia constitucional
suscitada em abstrato - independente do carter geral ou especfico, concreto ou
abstrato de seu objeto - de inegvel relevncia jurdica e poltica, que deveria ser
analisada a fundo. Asseverou-se que os atos do Poder Pblico sem carter de
generalidade no se prestam ao controle abstrato de normas, eis que a prpria
Constituio adotou como objeto desse processo os atos tipicamente normativos,
ou seja, aqueles dotados de um mnimo de generalidade e abstrao. Considerou-
se, entretanto, que outra deveria ser a interpretao no caso de atos editados sob
a forma de lei. Ressaltou-se que essas leis formais decorreriam ou da vontade do
legislador ou do prprio constituinte, que exigiria que certos atos, mesmo que de
efeito concreto, fossem editados sob a forma de lei. Assim, se a Constituio
submeteu a lei ao processo de controle abstrato, meio prprio de inovao na
ordem jurdica e instrumento adequado de concretizao da ordem constitucional,
113
no seria admissvel que o intrprete debilitasse essa garantia constitucional,
isentando um grande nmero de atos aprovados sob a forma de lei do controle
abstrato de normas e, talvez, de qualquer forma de controle. Aduziu-se, ademais,
no haver razes de ndole lgica ou jurdica contra a aferio da legitimidade das
leis formais no controle abstrato de normas, e que estudos e anlises no plano da
teoria do direito apontariam a possibilidade tanto de se formular uma lei de efeito
concreto de forma genrica e abstrata quanto de se apresentar como lei de efeito
concreto regulao abrangente de um complexo mais ou menos amplo de
situaes. Concluiu-se que, em razo disso, o Supremo no teria andado bem ao
reputar as leis de efeito concreto como inidneas para o controle abstrato de
normas. Vencido, no ponto, o Min. Cezar Peluso que no conhecia da ao, por
reputar no se tratar no caso de uma lei, sequer no aspecto formal.
AD 4048 MC/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 17.4.2008.
T %to normativo secundHrio n"o Bato normativoC para ser impu$nado
mediante %DI!
8n"ormativo FI9
(A0"1M42) A0 e Ato ?e*ulamentar
>om base no entendimento su'racitado, quanto le*itimidade ativa 'ara a
A0, o @ribunal, 'or maioria, deu 'rovimento a a*ravo re*imental inter'osto
contra deciso do Nin. >arlos !elloso, relator, que, tambm 'or
ile*itimidade ativa ad causam, ne*ara se*uimento a a*ravo re*imental em
ao direta de inconstitucionalidade a,ui(ada 'elo Oartido Social ;iberal "
OS; contra o Orovimento n 35, de 12 de de(embro de 1666, da
>orre*edoria"Beral do @ribunal de Gustia do =stado do Oaran#, que
re*ulamenta a ;ei dos Gui(ados =s'eciais (/Orovimento n 35, de
12.41.1666. >a'$tulo 42, Gui(ado =s'ecial >riminal. Seo, 1, nqurito
Oolicial e @ermo >ircunstanciado: e42.1.4 " A autoridade 'olicial, civil ou
militar, que tomar conhecimento da ocorr+ncia, lavrar# termo
circunstanciado, comunicando""se com a secretaria do ,ui(ado es'ecial 'ara
a*endamento da audi+ncia 'reliminar com intimao imediata dos
envolvidose/). !encidos, no 'onto, os Ninistros >arlos !elloso e >elso de
Nello, 'elas mesmas ra(9es acima mencionadas. =m se*uida, ne*ou"se
'rovimento ao a*ravo re*imental inter'osto contra a deciso do Nin. >arlos
!elloso, relator, que ne*ara se*uimento mencionada ao direta de
inconstitucionalidade. Entendeu5se que o ato normativo impu$nado no -
ato normativo primrio, mas secundrio, interpretativo de lei ordinria
@<ei C.DCC;CIA, tratando a questo, no de inconstitucionalidade, mas de
ile$alidade se o ato re$ulamentar vai al-m do conte,do da lei. A0 1M42
A*?A*?LO?, rel. Nin. >arlos !elloso, 41.2.1665" A0"1M42)
De"retos autVnomos 0o#em ser ob1eto #e ADI!
& Decreto meramente re$ulamentar de uma lei (di> como a lei vai ser
e'ecutada) n"o cabe %DI * OKF tem #urisprud8ncia de ?ue a o(ensa tem ?ue
ser direta = CF e n"o o(ensa re(le'a Ocorre ?ue se o decreto a(ronta a CF
esse decreto a(ronta a lei- ile$al
115
& E"o cabe %DI em decreto- salvo se se tratar de decreto aut:nomo +as no
)rasil n"o se pode re$ulamentar atos por decreto- mas somente por lei
Kambm em caso de portaria e re$ulamento
AD85M6 BC9C ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8
Gul*amento: 15L63L4FFF Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " 8EG=@8 "
0=>?=@8. 0ossuindo o decreto caracterstica de ato autUnomo
abstrato, adequado - o ataque da medida na via da ao direta de
inconstitucionalidade. sso ocorre relativamente a ato do Ooder =&ecutivo
que, a 'rete&to de com'atibili(ar a liberdade de reunio e de e&'resso com
o direito ao trabalho em ambiente de tranquilidade, acaba 'or em'restar
>arta re*ulamentao im'r-'ria, sob os <n*ulos %ormal e material.
;E=?0A0= 0= ?=ICT8 = 0= NAC7=S@AST8 ORE;>A "
;N@AS]=S. 0e in$cio, sur*e com relev<ncia $m'ar 'edido de sus'enso
de decreto mediante o qual %oram im'ostas limita9es liberdade de reunio
e de mani%estao ')blica, 'roibindo"se a utili(ao de carros de som e de
outros equi'amentos de veiculao de ideias.
Consultas ao KOA n&o s&o atos normativos !
AD8 !9!9 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 42L65L1665 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"6K"63"1665 OO"66643 =N=C@ !8;"61451"63
OO"663K5
A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE. OA?JB?A78 4
08 A?@B8 5 0A CS@?IST8 C KK, AO?8!A0A O=;A
?=S8;IST8 C 16.FF3, 0= 1M.61.1661, 08 @?EICA; SIO=?8?
=;=@8?A;. A?@. M 0A ;= C F.K65LF7. =;=S]=S 0= 1661.
>8;BAST8 OA?@0J?A. A;=BAST8 0= 87=CSA A8S A?@B8S
K, = ;!, 4M, 47, P 4, 11, = 52, >AOI@, 0A >8CS@@IST8
7=0=?A;. A@8 C8?NA@!8 S=>IC0J?8. !8;AST8
C0?=@A. NO8SSE;0A0= 08 >8C@?8;= AES@?A@8 0=
>8CS@@I>8CA;0A0=. @endo sido o dis'ositivo im'u*nado %ruto de
res'osta consulta re*ularmente %ormulada 'or 'arlamentares no ob,etivo de
esclarecer o disci'linamento das coli*a9es tal como 'revisto 'ela ;ei
F.K65LF7 em seu art. M, o ob,eto da ao consiste, ine*avelmente, em ato de
inter'retao. Saber se esta inter'retao e&cedeu ou no os limites da
norma que visava inte*rar, e&i*iria, necessariamente, o seu con%ronto com
esta re*ra, e a >asa tem rechaado as tentativas de submeter ao controle
concentrado o de le*alidade do 'oder re*ulamentar. Orecedentes: A0 n
1.153, ?el. Nin. Narco Aurlio, A0 n 4.F66, ?el. Nin. Noreira Alves,
A0 n 457, ?el. Nin. >arlos Nadeira. Oor outro lado, nenhum dis'ositivo
da >onstituio 7ederal se ocu'a diretamente de coli*a9es 'artid#rias ou
estabelece o <mbito das circunscri9es em que se dis'utam os 'leitos
11K
eleitorais, e&atamente, os dois 'ontos que levaram inter'retao 'elo @S=.
Sendo assim, no h# como vislumbrar, o%ensa direta a qualquer dos
dis'ositivos constitucionais invocados. Ao direta no conhecida. 0eciso
'or maioria.
4esolu/0es administrativas de Kribunais s&o atos normativos !
& 4esolu/0es de tribunais * O OKF entende ?ue podem ser ob#eto de %DI-
pois s"o atos normativos
AD8 !BCI M6 ; MT 5 MAT+ 43+//+
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 1KL6KL1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"6F"61"1664 OO"66642 =N=C@ !8;"61642"64 OO"
666K1
E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= "
?=S8;IS]=S A0NCS@?A@!AS =0@A0AS O=;8 @?@L13l
?=BT8 " >A?J@=? C8?NA@!8 " O?=>=0=C@=S 08 SIO?=N8
@?EICA; 7=0=?A; S8E?= 0DC@>A >8C@?8!H?SA,
7?NA08S =N S=0= 0= N=?A 0=;EAST8 " =7>J>A =: @IC>
0A SISO=CST8 >AI@=;A? " O8SSE;0A0= " N=00A
>AI@=;A? 0=7=?0A. ?=S8;IS]=S A0NCS@?A@!AS
=NACA0AS 0= @?EICAS GI0>J?8S, 0=S0= QI=
?=!=S@0AS 0= >8C@=R08 C8?NA@!8, QIA;7>AN" S=
>8N8 =SOH>=S =S@A@AS SIS>=@_!=S 0= 7S>A;^AST8
>8C>=C@?A0A 0= >8CS@@I>8CA;0A0=. " A ,uris'rud+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal (?@G 432L53M), em tema de %iscali(ao
concentrada de constitucionalidade, %irmou"se no sentido de que a
instaurao desse controle somente tem 'ertin+ncia, se o ato estatal
questionado assumir a quali%icao de es'cie normativa, cu,as notas
ti'ol-*icas derivam da con,u*ao de diversos elementos inerentes e
essenciais sua 'r-'ria com'reenso: (a) coe%iciente de *eneralidade
abstrata, (b) autonomia ,ur$dica, (c) im'essoalidade e (d) e%ic#cia vinculante
das 'rescri9es dele constantes. A =7>J>A =: @IC> 0A N=00A
>AI@=;A? CT8 S= O?=SIN=, O8S 0=O=C0= 0= =:O?=SSA
0=@=?NCAST8 >8CS@AC@= 0A 0=>ST8 QI= A 0=7=?=, =N
S=0= 0= AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. " A medida
cautelar, em ao direta de inconstitucionalidade, reveste"se, ordinariamente,
de e%ic#cia e& nunc, /o'erando, 'ortanto, a 'artir do momento em que o
Su'remo @ribunal 7ederal a de%ere/ (?@G 415L26). =&ce'cionalmente, no
entanto, e 'ara que no se %rustrem os seus ob,etivos, a medida cautelar
'oder# 'ro,etar"se com e%ic#cia e& tunc, em car#ter retroativo, com
re'ercusso sobre situa9es 'retritas (?@G 432L2M). Oara que se outor*ue
e%ic#cia e& tunc ao 'rovimento cautelar, em sede de ao direta de
inconstitucionalidade, im'9e"se que o Su'remo @ribunal 7ederal assim o
determine, e&'ressamente, na deciso que conceder essa medida
e&traordin#ria (?@G 4M5LK6M"K6F, K62, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8 " A0
1.46K"07, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8).
11M
Anunciados de ODmula de @urisprud8ncia Dominante n&o s&o atos
normativos (ressalva de ?ue este entendimento (oi (i'ado antes da AC
PQX2UUP- por meio do ?ual (oi prevista a sDmula vinculante)
& ODmula de #urisprud8ncia n"o pode ser impu$nada por %DI (n"o cabe %DI)-
pois n"o ato normativo
AD8 C!F A$3 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AB.?=B.CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 14L62L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"17"6F"1661 OO"66624 =N=C@ !8;"61625"64 OO"
6661M
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 0= SRNI;A 08
@?EICA; SIO=?8? 08 @?AEA;[8. 0=S>AEN=C@8, O8? CT8
S= @?A@A? 0= A@8 C8?NA@!8 (A?@. 461, , /a/ 0A >.7.). 4.
Se*uimento (da A.0..) ne*ado 'elo ?elator, 'or %alta de 'ossibilidade
,ur$dica do 'edido. 1. Orecedentes: A0(s) ns. 2FF, KF5 e 4.5F3. 3. A*ravo
im'rovido. 0eciso un<nime.

A ofensa #a )e( #e+e ser #(reta D Const(tu(%&o
& O OKF tem #urisprud8ncia restritiva e n"o admite %DI ?uando para se
analisar a o(ensa de uma lei estadual (rente a Constitui/"o Federal ten;a
?ue se e'aminar primeiro se ;ouve o(ensa a lei (ederal O con(ronto da lei
estadual deve ser direto com a Constitui/"o Federal
& 2er arts 22 e 2P- CF Kodas as ve>es ?ue a ?uest"o envolver a anHlise
desses dois arti$os- serH o(ensa re(le'a- em decorr8ncia de con(lito de
compet8ncia
& % o(ensa n"o pode ser indireta ao te'to constitucional Kem ?ue ?uer ser
direta
& Eo caso de compet8ncia concorrente- o estado&membro- por e'emplo-
obviamente pode le$islar- s. ?ue n"o de maneira $eral- ou se#a- de modo a
n"o adentrar = compet8ncia le$islativa $eral da Mni"o e a compet8ncia
le$islativa de outros entes da (edera/"o
& Eo Ymbito dos estados&membros eles le$islar"o em carHter procedimental
(procedimentos pr.prios)
& Para uma lei estadual- por e'emplo- ser #ul$ada inconstitucional por meio
de %DI a o(ensa tem ?ue ser direta ao te'to constitucional E"o cabe %DI de
decreto dito inconstitucional- pois a o(ensa n"o re(le'a- mas direta
T Eorma $eral! norma de carHter nacional (se aplica =s es(eras (ederal-
estadual e municipal) A'! CKE- CDC etc
117
Au)a // $
*575H7/5**
T Nei Federal! norma relacionada ao Ymbito da Mni"o A'! lei 6112X7U
(aplica&se- em princ<pio- apenas aos servidores (ederais) etc
& O OKF disp0e de B#ul$ado curin$aC Luando n"o ?uer #ul$ar determinado
tema ale$a n"o ;aver o(ensa direta = CF- mas apenas o(ensa re(le'a
Luando a matria importante- na prHtica o OKF desconsidera a o(ensa
re(le'a e #ul$a o assunto Luando n"o ?ue #ul$ar determinada matria-
ale$a n"o ;aver compet8ncia direta- mas indireta Ea opini"o da pro(essora-
esse tipo de #urisprud8ncia #urisprud8ncia de barreira Depende do
interesse pol<tico em #o$o- con(orme a relevYncia social
"O Plenrio desta Corte, ao julgar a ADN 1.540, decidiu que no cabe ao direta
de inconstitucionalidade para se examinar a ocorrncia, ou no, de invaso de
competncia entre a Unio Federal e os Estados-Membros, porquanto, nesse
caso, para a anlise da inconstitucionalidade argida, h necessidade do
confronto entre leis infraconstitucionais. (AD 384, Rel. Min. Moreira Alves, DJ
21/02/03).
AD8 !.FGG5M6;/0
?elator o Ninistro >elso de Nello:

/EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
>8NO=@DC>A >8C>8??=C@= (>7, A?@. 15) " A;=BA0A
C!AST8 0= >8NO=@DC>A 0A ICT8 7=0=?A;, O8? 0O;8NA
;=BS;A@!8 =0@A08 O8? =S@A08"N=NE?8 " C=>=SS0A0=
0= O?H!8 >8C7?8C@8 =C@?= ;=S 0= >A?J@=?
C7?A>8CS@@I>8CA; " CA0NSSE;0A0= =N S=0= 0=
>8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8 " AST8 0?=@A CT8
>8C[=>0A. " Cas hi'-teses de com'et+ncia concorrente (>7, art. 15),
nas quais se estabelece verdadeira situao de condom$nio le*islativo entre a
Inio 7ederal e os =stados"membros (?AI; NA>[A08 [8?@A,
e=studos de 0ireito >onstitucionale, '. 3MM, item n. 1, 4FFK, 0el ?ea), da$
resultando clara re'artio vertical de com'et+ncias normativas, a
,uris'rud+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal %irmou"se no sentido de
entender incab$vel a ao direta de inconstitucionalidade, se, 'ara o
es'ec$%ico e%eito de e&aminar"se a ocorr+ncia, ou no, de invaso de
com'et+ncia da Inio 7ederal, 'or 'arte de qualquer =stado"membro,
tornar"se necess#rio o con%ronto 'rvio entre di'lomas normativos de car#ter
in%raconstitucional: a le*islao nacional de 'rinc$'ios ou de normas *erais,
de um lado (>7, art. 15, P 4), e as leis estaduais de a'licao e e&ecuo das
diretri(es %i&adas 'ela Inio 7ederal, de outro (>7, art. 15, P 1).
Orecedentes. H que, tratando"se de controle normativo abstrato, a
inconstitucionalidade h# de trans'arecer de modo imediato, derivando, o seu
reconhecimento, do con%ronto direto que se %aa entre o ato estatal
im'u*nado e o te&to da 'r-'ria >onstituio da ?e')blica. Orecedentes./
(/0.G./ de 61.2.1661).
Eo entanto- o OKF admite al$umas e'ce/0es- ?uando #ul$a conveniente!
AD8 F9GI ; 03 # 0A3ANZ
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
112
?elator(a): Nin. =;;=C B?A>=
Gul*amento: 34L6KL166M Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;= 45.2M4L6K, 08
=S@A08 08 OA?ACJ. C78?NAST8 QIAC@8 ` O?=S=CSA 0=
8?BACSN8S B=C=@>AN=C@= N807>A08S =N A;N=C@8S
= CB?=0=C@=S A;N=C@A?=S 0=S@CA08S A8 >8CSIN8
[INAC8 = ACNA;. ;= 7=0=?A; 44.46KL6K = 0=>?=@8S 5.M26L63
= K.KF4L6K. >8NO=@DC>A ;=BS;A@!A >8C>8??=C@= OA?A
0SO8? S8E?= O?80IST8, >8CSIN8 = O?8@=ST8 = 0=7=SA
0A SAR0=. A?@. 15, ! = :, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;.
=S@AE=;=>N=C@8 0= C8?NAS B=?AS O=;A ICT8 =
>8NO=@DC>A SIO;=N=C@A? 08S =S@A08S. 4. Oreliminar de
o%ensa re%le&a a%astada, uma ve( que a des'eito da constatao, 'elo
@ribunal, da e&ist+ncia de normas %ederais tratando da mesma tem#tica, est#
o e&ame na ao adstrito eventual e direta o%ensa, 'ela lei atacada, das
re*ras constitucionais de re'artio da com'et+ncia le*islativa. Orecedente:
A0 1.K3K"N>, rel. Nin. Se')lveda Oertence, 0G 14.44.63. 1. Se,a dis'ondo
sobre consumo (>7, art. 15, !), se,a sobre 'roteo e de%esa da sa)de (>7,
art. 15, :), busca o 0i'loma estadual im'u*nado inau*urar
re*ulamentao 'aralela e e&'licitamente contra'osta le*islao %ederal
vi*ente. 3. 8corr+ncia de substituio " e no su'lementao " das re*ras que
cuidam das e&i*+ncias, 'rocedimentos e 'enalidades relativos rotula*em
in%ormativa de 'rodutos trans*+nicos 'or norma estadual que dis'Vs sobre o
tema de maneira i*ualmente abran*ente. =&tra'olao, 'elo le*islador
estadual, da autori(ao constitucional voltada 'ara o 'reenchimento de
lacunas acaso veri%icadas na le*islao %ederal. Orecedente: A0 3.63K, rel.
Nin. Bilmar Nendes, 0G 45.46.6K. 5. Declarao de inconstitucionalidade
consequencial ou por arrastamento de decreto re$ulamentar
superveniente em razo da relao de dependYncia entre sua validade e
a le$itimidade constitucional da lei ob(eto da ao. Orecedentes: A0 537"
Q8, rel. Nin. >elso de Nello, 0G 4F.61.F3 e A0 473"N>, rel. Nin.
Noreira Alves, 0G 17.65.F6. K. Ao direta cu,o 'edido %ormulado se ,ul*a
'rocedente.
& Isso n"o compet8ncia le$islativa estadual- mas o(ensa re(le'a
Le(s mun("(0a(s
& Neis municipais n"o podem ser ob#eto de controle por meio de %DI diante
da Constitui/"o Federal- somente diante da Constitui/"o Astadual g %rti$o
12Q- _2q- CF
Art. 41K. 8s =stados or*ani(aro sua Gustia, observados os 'rinc$'ios
estabelecidos nesta >onstituio.
(...)
P 1 " >abe aos =stados a instituio de re'resentao de
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou munici'ais em
%ace da >onstituio =stadual, vedada a atribuio da le*itimao 'ara a*ir a
um )nico -r*o.
(...)
11F
& Fala da %DI estadual A'iste a %DI no Ymbito do OKF (em (ace da CF) e no
Ymbito do estado&membro * no Kribunal de @usti/a (em (ace da Constitui/"o
Astadual) E"o se pode a#ui>ar %DI da Constitui/"o Federal perante o K@ (art
1U2- I- CF * compet8ncia ori$inHria do OKF)
%s leis distritais ?ue decorrerem da compet8ncia municipal do Distrito
Federal n"o podem ser ob#eto de %DI perante o OKF
& %rt 9U- CF * cabe ao munic<pio le$islar sobre interesse local (somente o
caso concreto pode determinar o ?ue interesse local- pois trata&se de
conceito va$o) A' de compet8ncia municipal! ;orHrio de (uncionamento de
banco; cemitrio etc
& Portanto- n"o cabe %DI de lei municipal (ou distrital em compet8ncia
municipal) perante o OKF- pois a CF n"o autori>a Cabe %DI de lei municipal
perante o K@
& 2er os arts 2Q- _ 1V; 9U- I- CF!
Art. 1K. 8s =stados or*ani(am"se e re*em"se 'elas >onstitui9es e leis que
adotarem, observados os 'rinc$'ios desta >onstituio.
P 4 " So reservadas aos =stados as com'et+ncias que no lhes se,am
vedadas 'or esta >onstituio.
(...)
Art. 36. >om'ete aos Nunic$'ios:
" le*islar sobre assuntos de interesse local.
" su'lementar a le*islao %ederal e a estadual no que couber.
(...)
& A'! Caso mencionado pela pro(essora- em ?ue o ,DF pretendia $astar
todo o or/amento da secretaria de cultura com um Dnico evento de carHter
particular ()O) +usic Festival) Assa previs"o n"o decorreu de decreto-
como deveria- mas de iniciativa de parlamentar %p.s a#ui>amento de %DI
perante o K@- esse Kribunal declarou a constitucionalidade da norma Eo
caso em tela- o art J1- CF n"o (oi observado (nem o corresponde na CA *
Constitui/"o Astadual- o art 51) Assa situa/"o pode ense#ar o a#ui>amento
de %DI perante o OKF- pois a norma $uerreada viola preceito constitucional
Art. M4. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer
membro ou >omisso da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal ou do
>on*resso Cacional, ao Oresidente da ?e')blica, ao Su'remo @ribunal
7ederal, aos @ribunais Su'eriores, ao Orocurador"Beral da ?e')blica e aos
cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta >onstituio.
(...)
136
Art. 74. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer
membro ou comisso da ><mara ;e*islativa, ao Bovernador do 0istrito
7ederal e, nos termos do art. 25, !, ao @ribunal de >ontas do 0istrito
7ederal, assim como aos cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta ;ei
8r*<nica.
P 4 >om'ete 'rivativamente ao Bovernador do 0istrito 7ederal a iniciativa
das leis que dis'onham sobre:
W criao de car*os, %un9es ou em're*os ')blicos na administrao direta,
aut#rquica e %undacional, ou aumento de sua remunerao.
W servidores ')blicos do 0istrito 7ederal, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento
de car*os, estabilidade e a'osentadoria.
W or*ani(ao da Orocuradoria"Beral do 0istrito 7ederal.
! W criao, estruturao, reestruturao, desmembramento, e&tino,
incor'orao, %uso e atribui9es das Secretarias de =stado do 0istrito
7ederal, Ur*os e entidades da administrao ')blica. (nciso com a redao
da =menda ;ei 8r*<nica n 55, de 166K.)
! W 'lano 'lurianual, oramento anual e diretri(es orament#rias.
P 1 Co ser# ob,eto de deliberao 'ro'osta que vise a conceder *ratuidade
ou subs$dio em servio ')blico 'restado de %orma indireta, sem a
corres'ondente indicao da %onte de custeio.
(>onstituio do 0istrito 7ederal)
AD8 IDV ; M4 5 M8NA/ 4E3A8/
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 41L61L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"13"6K"1663 OO"66636 =N=C@ !8;"61444"63 OO"
66M64
EMENTA: 0?=@8 >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= 0= ;= 8I A@8 C8?NA@!8
NIC>OA;, =N 7A>= 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;: >AEN=C@8
A0N@08 O=;A >8CS@@IST8 08 =S@A08 0= NCAS B=?AS,
QI= A@?EI >8NO=@DC>A A8 @?EICA; 0= GIS@SA OA?A
O?8>=SSJ";A = GI;BJ";A. CA0NSSE;0A0=. 4. 8 ordenamento
constitucional brasileiro admite A9es 0iretas de nconstitucionalidade de
leis ou atos normativos munici'ais, em %ace da >onstituio estadual, a
serem 'rocessadas e ,ul*adas, ori*inariamente, 'elos @ribunais de Gustia
dos =stados (arti*o 41K, 'ar#*ra%o 1A da >.7.). 1. Co, 'orm, em %ace da
>onstituio 7ederal. 3. Ali#s, nem mesmo o Su'remo @ribunal 7ederal tem
com'et+ncia 'ara A9es dessa es'cie, 'ois o art. 461, , /a/, da >.7. s- a
'rev+ 'ara A9es 0iretas de nconstitucionalidade de lei ou ato normativo
%ederal ou estadual. Co, assim, munici'al. 5. 0e sorte que o controle de
constitucionalidade de leis ou atos normativos munici'ais, diante da
>onstituio 7ederal, s- se %a(, no Erasil, 'elo sistema di%uso, ou se,a no
,ul*amento de casos concretos, com e%ic#cia, /inter 'artes/, no /er*a
omnes/. K. Orecedentes. M. Ao 0ireta ,ul*ada 'rocedente, 'elo [email protected]., 'ara
declarar a inconstitucionalidade das e&'ress9es /e da >onstituio da
?e')blica/ e /em %ace da >onstituio da ?e')blica/, constantes do art. 46M,
al$nea /h/, e do 'ar#*ra%o 4A do art. 442, todos da >onstituio de Ninas
Berais, 'or con%erirem ao res'ectivo @ribunal de Gustia com'et+ncia 'ara o
134
'rocesso e ,ul*amento de A.0.. de lei ou ato normativo munici'al, em %ace
da >onstituio 7ederal. 7. Olen#rio. 0eciso un<nime.
Le(s anter(ores D Const(tu(%&o Fe#era) n&o 0o#em ser ob1eto #e
"ontro)e 0or me(o #e ADI :n&o$a0)("a%&o #a teor(a #a
T(n"onst(tu"(ona)(#a#e su0er+en(enteU;N
& % teoria da inconstitucionalidade superveniente tem rela/"o com o
(en:meno da recep/"o ou n"o de leis anteriores = nova ordem constitui/"o
O OKF n"o adota essa teoria
AD8 ! ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. OAI;8 E?8SSA?0
Gul*amento: 6ML61L4FF1 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G
0A@A"14"44"4FF7 OO"M6K2K =N=C@ !8;"642F1"64 OO"66664
EMENTA: >8CS@@IST8. ;= AC@=?8? QI= A >8C@?A?=.
?=!8BAST8. C>8CS@@I>8CA;0A0= SIO=?!=C=C@=.
NO8SSE;0A0=. 4. A lei ou constitucional ou no lei. ;ei
inconstitucional uma contradio em si. A lei constitucional quando %iel
>onstituio. inconstitucional na medida em que a desres'eita, dis'ondo
sobre o que lhe era vedado. 8 v$cio da inconstitucionalidade con*+nito
lei e h# de ser a'urado em %ace da >onstituio vi*ente ao tem'o de sua
elaborao. ;ei anterior no 'ode ser inconstitucional em relao
>onstituio su'erveniente. nem o le*islador 'oderia in%rin*ir >onstituio
%utura. A >onstituio sobrevinda no torna inconstitucionais leis anteriores
com ela con%litantes: revo*a"as. Oelo %ato de ser su'erior, a >onstituio no
dei&a de 'rodu(ir e%eitos revo*at-rios. Seria il-*ico que a lei %undamental,
'or ser su'rema, no revo*asse, ao ser 'romul*ada, leis ordin#rias. A lei
maior valeria menos que a lei ordin#ria. 1. ?ea%irmao da anti*a
,uris'rud+ncia do S@7, mais que cinquenten#ria. 3. Ao direta de que se
no conhece 'or im'ossibilidade ,ur$dica do 'edido.
)iblio$ra(ia recomendada! Contro)e #e Const(tu"(ona)(#a#e no
D(re(to Kras()e(ro * Nu<s 4oberto )arroso * Oaraiva (mel;or ?ue o livro
do ,ilmar +endesXPaulo ,ustavo ,onet- pois ,ilmar +endes diva$a
muito)
*.*.6. PARp!ETRO DE CONTROLE
TeGto "onst(tu"(ona) em +(gor * re$ra $eral! pre#u<>o da %DI se o te'to
constitucional tiver sido substancialmente alterado ou revo$ado
AD8 B9:G ; 4+ # 4+8Z/
131
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 1FL63L4FFF Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"12"6K"4FFF OO"66665 =N=C@ !8;"64FK1"64 OO"
66411
EMENTA: " 0?=@8 >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= 0A =N=C0A >8CS@@I>8CA; C 16,
0= 46.6F.4FF7, 08 =S@A08 0= B8JS, QI= A>?=S>=C@8I 8 P 2
A8 A?@. F1 0A >8CS@@IST8 =S@A0IA;. @=@8 0=
!=C>N=C@8S = O?8!=C@8S (A?@. 37, :, 0A >8CS@@IST8
7=0=?A; 0= 4FF2). !AC@AB=CS O=SS8AS (A?@. 3F, P 4).
SIO=?!=CDC>A 0A =.>. C 4F, 0= 65.6M.4FF2. A.0..
O?=GI0>A0A. 4. A medida cautelar, no caso, %oi de%erida a 15 de
setembro de 4FF7, quando ainda estavam em vi*or, em sua redao
ori*in#ria, os te&tos do art. 37, :, e do art. 3F, P 4, da >onstituio 7ederal
de 6K.46.4F22. 1. >ontudo, a K de ,unho de 4FF2, entrou em vi*or a =menda
>onstitucional n 4F, de 5 de ,unho de 4FF2, que deu tratamento inteiramente
diverso s matrias neles re*uladas. 3. =m suma, ,# no esto em vi*or os
te&tos ori*in#rios do art. 37, :, e do art. 3F, P 4, da >.7.L22, cu,a a'arente
violao %oi levada em considerao, 'ara o e%eito da concesso da medida
cautelar de sus'enso da =.>. n 16, de 46.6F.4FF7, do =stado de Boi#s, que
acrescentou o P 2 ao art. F1 da >onstituio =stadual. 5. 8ra, 'ac$%ica a
,uris'rud+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal, no sentido de que, no controle
concentrado de constitucionalidade, reali(ado no <mbito da Ao 0ireta de
nconstitucionalidade, de que trata o art. 461 da >.7L22, o te&to a ser
con%rontado com a >onstituio de ato normativo %ederal ou estadual
elaborado durante sua vi*+ncia e desde que aquela (a >onstituio) continue
em vi*or. K. Co caso, 'orm, a norma im'u*nada (P 2 do art. F1 da
>onstituio de Boi#s, acrescentado 'ela =menda >onstitucional =stadual n
16, de 46.6F.4FF7) anterior nova redao dos re%eridos arti*os 37, :, e
3F, P 4, da >.7.L22. M. Se esse novo te&to das normas constitucionais
%ederais revo*ou, ou no, a norma estadual ob,eto da im'u*nao, questo
que s- se 'ode resolver no controle di%uso de constitucionalidade, ou se,a, na
soluo de casos concretos, nas inst<ncias 'r-'rias. Co, assim, no controle
concentrado, /in abstrato/, da Ao 0ireta de nconstitucionalidade, na qual
o Su'remo @ribunal 7ederal s- leva em conta o te&to constitucional em
vi*or, no, 'ortanto, o revo*ado ou substancialmente alterado. 7. =m
circunst<ncias assemelhadas, o Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal ,#
,ul*ou 're,udicadas al*umas A9es 0iretas de nconstitucionalidade, em
%ace de altera9es substanciais no te&to ori*in#rio da >.7.L22 (A9es 0iretas
de nconstitucionalidade ns 4.437, K7K, K41 e 4.F67). 2. Ao 0ireta de
nconstitucionalidade ,ul*ada 're,udicada, %icando, em conseqZ+ncia,
cassada a medida cautelar.
In#e0en#On"(a #o Po#er Const(tu(nte Esta#ua) % Constitui/"o
Astadual n"o estH obri$ada a adotar o mesmo rol dos le$itimados previstos
no modelo Federal Aventuais e'a$eros podem ser corri$idos por meio da
e'i$8ncia do re?uisito da pertin8ncia temHtica pelo Kribunal de @usti/a!
& O OKF #H disciplinou ?ue cada Constitui/"o Astadual livre para le$itimar
?uem ?uiser- desde ?ue n"o se#a apenas um

AD8 IIV M6 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
133
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 4ML62L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 1M"63"4FF3 OO"6K664 =N=C@ !8;"64MF7"61 OO"6613K
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=: NOIBCAST8 A
!A?8S O?=>=@8S 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 08 ?8 0=
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C0=7=?0A, A !S@A 08 A?@. 41K, OA?. 5., 0A >8CS@@IST8
7=0=?A;. 3. 0=7=CS8?A ORE;>A: A?BjST8 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= 0= C8?NAS QI= ;[= >8C7=?=N
A@?EIST8 OA?A: A) A 8?=C@AST8 GI?_0>A, A
O8S@I;AST8 = A 0=7=SA =N GI_^8 08S 0?=@8S =
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0=S@CA0AS A O?8@=ST8 0= C@=?=SS=S /07IS8S/ (A?@. 47M,
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/0=N/, =N 7A!8? 0= ASS8>AS]=S 0= 0=7=SA 0=
C@=?=SS=S />8;=@!8S/ (A?@. 47M, OA?. 1., !, /=/, 1., OA?@=):
SISO=CST8 ;NCA? 0=7=?0A, =N @=?N8S, OA?A
?=S@?CB? O?8!S8?AN=C@= A AO;>AST8 08 0SO8S@!8
A [OU@=S= =N QI= S= >I0= 0= =C@0A0= >!; 0=SO?8!0A
0= N=8S OA?A 8 >IS@=8 08 O?8>=SS8. 0) OA@?8>CA? 8S
0?=@8S = C@=?=SS=S 08 >8CSIN08? ;=SA08, CA 78?NA
0A ;= (A?@. 47M, OA?. 1., !, /7/): N=00A >AI@=;A? 0=7=?0A
=N @=?N8S SN;A?=S A 0A A;C=A />/ SIO?A. 5. !=?=A08?,
NIC0A0=S: NOIBCAST8 A C8?NA >8CS@@I>8CA;
;8>A; QI= ;[=S =S@=C0= NIC0A0=S O?8>=SSIAS =
O=CAS ASS=BI?A0AS A8S N=NE?8S 08 >8CB?=SS8
CA>8CA; (>7, A?@. K3, OA?S. 4., 1., 3., K. = 7.) = A8S 0=OI@A08S
=S@A0IAS (>7, A?@. 17, OA?. 4.. >8CS@. =S@. ?G, A?@. 461, OA?S.
4., 1., 3., K. = M.), =N 7A>= 0A >8NO=@DC>A O?!A@!A 0A
ICT8 OA?A ;=BS;A? S8E?= 0?=@8 O=CA; = 0?=@8
O?8>=SSIA;: SISO=CST8 ;NCA? 0=7=?0A. K.
C@=?!=CST8 =S@A0IA; C8 NIC>_O8 O8? SISO=CST8 0A
0_!0A 7IC0A0A (>7, A?@. 3K, ): NOIBCAST8 A C8?NA
>8CS@@I>8CA; ;8>A;, QI= =:>;I A C@=?!=CST8,
/QIAC08 8 CA0NO;=N=C@8 =S@=GA !C>I;A08 A B=S@A8
135
AC@=?8?/ (>. =S@. ?G, A?@. 3K1, OA?AB. RC>8): SISO=CST8
;NCA? >8C>=00A.
Poss(b()(#a#e #e "umu)a%&o #e normas #e esta#os$membros
#(ferentes
& Por uma ?uest"o de economia processual- em ra>"o de matria comum a
todas elas A' $uerra (iscal Dever ;aver identidade de matria
AD85]+ !VGG ; 03 # 0A3ANZ
QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"
CA;0A0=
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 15L65L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: A0n " ao direta de inconstitucionalidade) cumulao
ob(etiva de ar$uiWes de inconstitucionalidade de atos normativos de
entidades estatais diversas) 'ip1teses e%cepcionais de admissibilidade)
aditamento recebido. . =m 'rinc$'io, no de admitir, no mesmo 'rocesso
de ao direta, a cumulao de ar*ui9es de inconstitucionalidade de atos
normativos emanados de di%erentes entes da 7ederao, ainda quando lhes
se,a comum o %undamento ,ur$dico invocado. . [#, no entanto, duas
hi'-teses 'elo menos em que a cumulao ob,etiva considerada, mais que
%acultada, necess#ria: a) a 'rimeira aquela em que, dada a imbricao
substancial entre a norma %ederal e a estadual, a cumulao indis'ens#vel
'ara viabili(ar a e%ic#cia do 'rovimento ,udicial visado: assim, 'or e&em'lo,
quando, na #rea da com'et+ncia concorrente da Inio e dos =stados, a lei
%ederal de normas *erais e a lei local contiverem 'receitos normativos
id+nticos ou similares cu,a eventual inconstitucionalidade ha,a de ser
simultaneamente declarada, sob 'ena de %a(er"se in-cua a deciso que s- a
um deles alcanasse. b) a se*unda aquela em que da relao material entre
os dois di'lomas resulta que a inconstitucionalidade de um 'ossa tornar"se
questo 're,udicial da invalide( do outro, como sucede na es'cie.
O (n="(o #o efe(to +(n"u)ante #a #e"(s&o #o STF!
& Oe$undo o OKF- a declara/"o de constitucionalidade ou de
inconstitucionalidade de uma norma tem e(eitos a partir da publica/"o da
ata de #ul$amento da decis"o no DiHrio de @usti/a- ainda ?ue n"o ten;a
;avido o trYnsito em #ul$ado da decis"o
& Luando come/a a valer a decis"o do OKF]
& E"o con(undir com o pra>o para recurso- ?ue se inicia ?uando o ac.rd"o
(or publicado
& 2er art 26 da lei 76J6X77
Art. 12. 0entro do 'ra(o de de( dias a'-s o tr<nsito em ,ul*ado da deciso, o
Su'remo @ribunal 7ederal %ar# 'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio da
Gustia e do 0i#rio 8%icial da Inio a 'arte dis'ositiva do ac-rdo.
13K
Pargrafo nico. A declarao de constitucionalidade ou de incons"
titucionalidade, inclusive a inter'retao con%orme a >onstituio e a
declarao 'arcial de inconstitucionalidade sem reduo de te&to, t+m
e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante em relao aos -r*os do Ooder
Gudici#rio e Administrao O)blica %ederal, estadual e munici'al.
(;ei F.2MFLFF)
& O e(eito da decis"o do OKF vincula toda a %dministra/"o PDblica
Antretanto- o e(eito vinculante da decis"o do OKF n"o vincula o pr.prio OKF-
nem vincula o Ne$islativo
Fu2rum 0ara +ota%&o: H m(n(stros. Fu2rum #e #e"(s&o: Q
m(n(stros.
& Asse ?u.rum se re(ere ao OKF
& O ?u.rum para re(erendar eventual liminar em %DI o mesmo
<ei nR C.V9V;BCCC
Art. 11. A deciso sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da
lei ou do ato normativo somente ser# tomada se 'resentes na sesso 'elo
menos oito Ninistros.
Art. 13. =%etuado o ,ul*amento, 'roclamar"se"# a constitucionalidade ou a
inconstitucionalidade da dis'osio ou da norma im'u*nada se num ou
noutro sentido se tiverem mani%estado 'elo menos seis Ninistros, quer se
trate de ao direta de inconstitucionalidade ou de ao declarat-ria de
constitucionalidade.
Pargrafo nico. Se no %or alcanada a maioria necess#ria declarao de
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ninistros
em n)mero que 'ossa in%luir no ,ul*amento, este ser# sus'enso a %im de
a*uardar"se o com'arecimento dos Ninistros ausentes, at que se atin,a o
n)mero necess#rio 'ara 'rolao da deciso num ou noutro sentido.
*.*.?. O PASSO A PASSO DA ADI
;= 7=0=?A; C F.2M2L4FFF
Art. M 8 relator 'edir# in%orma9es aos -r*os ou s autoridades das quais
emanou a lei ou o ato normativo im'u*nado.
Pargrafo nico. As in%orma9es sero 'restadas no 'ra(o de trinta dias
contado do recebimento do 'edido.
Art. 2 0ecorrido o 'ra(o das in%orma9es, sero ouvidos, sucessivamente, o
Advo*ado"Beral da Inio e o Orocurador"Beral da ?e')blica, que devero
mani%estar"se, cada qual, no 'ra(o de quin(e dias.
13M
Art. F !encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o relat-rio,
com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento.
& E"o cabe liminar monocrHtica em %DI
FUEST^ES I!PORTANTES!
Contro+,rs(a sobre a man(festa%&o #o A>U :art. *584 CF;!
Art. 463. (...)
P4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas
a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal.
(...)
P3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade,
em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado"
Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado.
& % CF disp0e ?ue o %,M deve de(ender ?ual?uer ato impu$nando-
inclusive norma distrital- por e'emplo Oua (un/"o de curador do ato
normativo O problema ocorre ?uando a ?uest"o #H (oi e'austivamente
discutida e de(inida como absolutamente inconstitucional- especialmente
em (ace da #urisprud8ncia Am ra>"o disso- sur$iu o #ul$ado abai'o
Tem0eramentos #a 0art("(0a%&o #o A>U % %DI 1J1J
EMENTA: (....) A0!8BA08"B=?A; 0A ICT8. 0=7=SA 08 A@8
NOIBCA08 0= QI= =:S@=N O?=>=0=C@=S 08 S@7.
O8SSE;0A0=.
(...)
5. 8 m)nus a que se re%ere o im'erativo constitucional (>7, arti*o 463, P 3)
deve ser entendido com tem'eramentos. + Advo$ado5 4eral da =nio no
est obri$ado a de"ender tese (urdica se sobre ela esta 6orte ( "i%ou
entendimento pela sua inconstitucionalidade. Ao ,ul*ada 'rocedente
'ara declarar inconstitucional a ?esoluo Administrativa do @ribunal
?e*ional do @rabalho da Ml ?e*io, tomada na Sesso Administrativa de 36
de abril de 4FF7.
& Contudo- recentemente o OKF trou'e nova ?uest"o para anHlise!
137
NO.A ALTERARSO %DI 971J Am anHlise de %DI sobre a carreira da
Pol<cia Civil- o Oupremo entende n"o ser obri$at.ria de(esa de lei pelo %,M
(supera/"o parcial do entendimento (irmado na %DI 1J1J)
A Advocacia Geral da Unio pode deixar de defender a constitucionalidade
de norma questionada perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa foi a
concluso do Plenrio do STF durante anlise de uma questo de ordem na Ao
Direta de nconstitucionalidade (AD) 3916.
Luest)o de ordem
O ministro Marco Aurlio levantou questo de ordem quanto
obrigatoriedade de a Advocacia Geral da Unio se manifestar em defesa da lei
questionada. Segundo ele, a Constituio Federal imperativa quando estabelece
que a AGU deve defender o ato atacado ( 3 do art. 103 da CF).
Ocorre que, ao receber vista dos autos, a AGU considerou que os artigos
deveriam ser declarados inconstitucionais pela Corte, pois estariam "eivados de
vcio de inconstitucionalidade formal, uma vez que a carreira de policial civil do DF
sempre teve seu estatuto regido por lei federal.
Para o ministro Marco Aurlio "a AGU no tem opo, tendo em vista que
deve haver um contraponto, ou seja, "algum deve defender o ato normativo.
Nesse ponto, foi seguido pelo ministro Joaquim Barbosa, segundo o qual o texto
da CF claro.
Entretanto, a maioria dos ministros entendeu que a AGU teria autonomia
para agir. "A AGU manifesta-se pela convenincia da constitucionalidade e no da
lei, disse a ministra Crmen Lcia. Para Ayres Britto, a Advocacia Geral deveria
ter a oportunidade de escolher como se manifestar, "conforme a convico
jurdica completou Peluso.
& O ?ue estava em #o$o era lei distrital ?ue criava direitos para a Pol<cia Civil
do DF Eo entanto essa compet8ncia privativa da Mni"o (em rela/"o =
Pol<cia Civil- +ilitar e Corpo de )ombeiros) A ainda de iniciativa do C;e(e do
A'ecutivo %inda n"o ;avia #urisprud8ncia do OKF espec<(ica sobre o tema do
#ul$ado em tela
& Asse precedente n"o superou a %DI 1J1J- por?ue no caso concreto a
de(esa do ato o(endia o interesse da Mni"o Iavendo con(ronto entre a
de(esa do ato normativo e a de(esa dos interesses da Mni"o- deve
prevalecer a se$unda ;ip.tese %ssim- o %,M n"o pode dei'ar de de(ender o
ato normativo ?uando ?uiser Portanto- a (le'ibili>a/"o permitida pelo OKF
relativa- pois o %,M somente n"o estarH obri$ado a de(ender o ato
normativo ?uando violar interesse da Mni"o ou ?uando ;ouver
#urisprud8ncia pac<(ica di>endo ?ue ato normativo inconstitucional
& Considerando ?ue o %,M o curador do ato normativo- ele- em re$ra-
sempre obri$ado a de(ender a constitucionalidade da lei- mesmo as leis
mani(estamente inconstitucionais
*./. ADC 2 ANOD D/CLA3AEP3;A D/ CD"SE;E@C;D"AL;DDAD/
& Praticamente tudo o ?ue se (alou at a$ora em rela/"o = %DI se aplica =
%DC
132
& Ea %DC pede&se ?ue determinado ato se#a declarado constitucional-
mesmo #H ;avendo a presun/"o de constitucionalidade das leis
& Cab<vel ?uando ;H $rande con(us"o em rela/"o = constitucionalidade da
lei 2isa resolver controvrsia #udicial relevante ( re?uisito)
Krata&se de mecanismo ob#etivando o recon;ecimento e'presso- pelo
Oupremo Kribunal Federal- da compatibilidade entre determinada norma e a
Constitui/"o- em ;ip.teses nas ?uais ;a#a interpreta/0es #udiciais
con(litantes )usca&se- com isso- a(astar a incerte>a #ur<dica e estabelecer
orienta/"o ;omo$8nea sobre a matria
Iist.rico! na 4epresenta/"o nV 7Q- em 17P5- o ent"o Procurador&,eral da
4epDblica- K;em<stocles Cavalcanti- a despeito de ter sido o autor da a/"o-
mani(estou&se pela constitucionalidade do preceito impu$nado- ?uando do
parecer (inal sobre o mrito da a/"o Antretanto- re(erida a/"o n"o (oi
con;ecida- por?uanto o Oupremo l;e atribuiu o carHter de consulta
& % %DC relativamente recente (sur$iu em 1779) Di(erente da %DI ?ue
sur$iu em 17JQ- em controle abstrato
@H na 4epresenta/"o nV 19P7- ?uando o P,4 in$ressou diretamente com a
4epresenta/"o pleiteando o recon;ecimento da constitucionalidade da lei- a
Corte entendeu ser inepta a inicial!
3p BFGC ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
?=O?=S=C@AST8
?elator(a): Nin. A;0? OASSA?C[8
Gul*amento: 62L6FL4F22 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"46"62"4F2F OB"41F4M =N=C@ !8;"64KK6"64 OB"
66467
?=O?=S=C@AST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
C>8CS@@I>8CA;0A0= CT8 ?=>8C[=>0A 0= C>8 O=;A
O?8>I?A08?A B=?A; 0A ?=OIE;>A A8 87=?=>=? A
?=O?=S=C@AST8. CT8 H 0= S= >8C[=>=? 0A
?=O?=S=C@AST8 OA?A 0=>;A?AST8 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0=, CA >8C78?N0A0= 08 0SO8S@8
C8 A?@B8 44F, , e;e 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;, >8NECA08
>8N 8 A?@. 4MF, 08 ? 08 [email protected]., QIAC08 8 O?UO?8
O?8>I?A08? B=?A; 0A ?=OIE;>A ;8B8 A8 87=?=>=? A
?=O?=S=C@AST8 0=>;A?A C=:S@? =!A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= CA ;= 8EG=@8 0A A?BjST8 QI=
;[= 78 0?B0A O8? @=?>=?8S. ;= C. 7131, 0= 1F.46.25.
0=>?=@8";= 1163"25. 0=>?=@8 F6.MK5 = 0=>?=@8 F6.7KML25.
Obs! n"o cabe nada contra sDmula- nem %DI- %DF- nada 2er sDmula 991-
I2 (KOK)
13F
/,mula FFB, T/T 8H " 8 inadim'lemento das obri*a9es trabalhistas,
'or 'arte do em're*ador, im'lica a res'onsabilidade subsidi#ria do tomador
dos servios, quanto quelas obri*a9es, inclusive quanto aos -r*os da
administrao direta, das autarquias, das %unda9es ')blicas, das em'resas
')blicas e das sociedades de economia mista, desde que ha,am 'artici'ado
da relao 'rocessual e constem tambm do t$tulo e&ecutivo ,udicial (art. 74
da ;ei n 2.MMM, de 14.6M.4FF3). (Alterado 'ela ?es. FML1666, 0G
42.6F.1666)
Seme)9an%a entre ADC e ADI:
a) Deve ;aver controvrsia #udicial relevante
D(feren%as entre ADC e ADI:
a; Ob1eto! s. cabe %DC de lei (ederal- apenas
b; Leg(t(m(#a#e! alterado com a AC nq PQX2UUP!
P TeGto Pr(m(t(+o :EC nl 87L8;:
P 5. A ao declarat-ria de constitucionalidade 'oder# ser 'ro'osta 'elo
Oresidente da ?e')blica, 'ela Nesa do Senado 7ederal, 'ela Nesa da
><mara dos 0e'utados ou 'elo Orocurador"Beral da ?e')blica. (nclu$do
'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3) (?evo*ado 'ela =menda
>onstitucional n 5K, de 1665)
TeGto Atua) :EC nl 6?7/556;:
Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao
declarat1ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional nA 5K, de 1665)
" o Oresidente da ?e')blica.
" a Nesa do Senado 7ederal.
" a Nesa da >amara dos 0e'utados.
! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara Le#is6$"i:$ do
Dis"ri"o Feder$6T
V * o 3o:ern$dor de Es"$do o% do Dis"ri"o Feder$6T
VI * o Proc%r$dor*3er$6 d$ Re58;6ic$T
! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil.
156
Au)a /8 $
*?75H7/5**
! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional.
: W con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito
nacional.
ReWu(s(tos #a ADC no STF:
a; O. cabe em (ace de lei (ederal
b; Ne$itimados! os mesmos da %DI
"; Controvrsia #udicial relevante Aste re?uisito pode ser a maior
clHusula de barreira imposta pelo OKF- pois essa Corte pode entender
?ue a controvrsia irrelevante
A'! racionamento de ener$ia no in<cio dos anos 2UUU
& % ideia da %DC evitar a lon$a espera da ?uest"o c;e$ar ao OKF pela via
recursal e'traordinHria- de modo ?ue a controvrsia relevante possa ser
apreciada direta e rapidamente pelo OKF
E"o ;H necessidade de mani(esta/"o do %dvo$ado&,eral da Mni"o como
curador do ato normativo- tal como ocorre na %DI
& Obs! E"o cabe mani(esta/"o do %,M na %DC- eis ?ue o ato normativo estH
sendo de(endido desde a inicial
Eecessidade de demonstrar controvrsia #udicial relevante (n"o apenas
doutrinHria) sobre a aplica/"o da norma ob#eto da a/"o declarat.ria
"O ajuizamento da ao declaratria de constitucionalidade, que faz
instaurar processo objetivo de controle normativo abstrato, supe a existncia de
efetiva controvrsia judicial em torno da legitimidade constitucional de determinada
lei ou ato normativo federal. Sem a observncia desse pressuposto de
admissibilidade, torna-se invivel a instaurao do processo de fiscalizao
normativa in abstracto, pois a inexistncia de pronunciamentos judiciais
antagnicos culminaria por converter, a ao declaratria de constitucionalidade,
em um inadmissvel instrumento de consulta sobre a validade constitucional de
determinada lei ou ato normativo federal, descaracterizando, por completo, a
prpria natureza jurisdicional que qualifica a atividade desenvolvida pelo Supremo
Tribunal Federal. (ADC 8-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 04/04/03).
Y 0oss=+e) "aute)ar em ADC:
<ei nR C.V9V;CC
Art. 14. 8 Su'remo @ribunal 7ederal, 'or deciso da maioria absoluta de
seus membros, 'oder# de%erir 'edido de medida cautelar na ao declarat-ria
de constitucionalidade, consistente na determinao de que os ,u$(es e os
154
@ribunais sus'endam o ,ul*amento dos 'rocessos que envolvam a a'licao
da lei ou do ato normativo ob,eto da ao at seu ,ul*amento de%initivo.
Pargrafo nico. >oncedida a medida cautelar, o Su'remo @ribunal 7ederal
%ar# 'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio 8%icial da Inio a 'arte
dis'ositiva da deciso, no 'ra(o de de( dias, devendo o @ribunal 'roceder ao
,ul*amento da ao no 'ra(o de cento e oitenta dias, sob 'ena de 'erda de
sua e%ic#cia.
*.8. Controle de Constitucionalidade das leis estaduais e munici'ais
'erante o Eribunal de Fustia
& Oe o interessado ?uiser a#ui>ar %DI perante o OKF- tal a/"o terH ?ue ocorrer
em (ace da CF De semel;ante modo- a %DI perante o K@ se darH em (ace da
Constitui/"o Astadual Assa ?uest"o envolve a compet8ncia de cada Corte
de @usti/a Eo caso- o OKF- o $uardi"o da CF
Autonom(a #os ParImetros #e Contro)e * o %rti$o 12Q- _2V- da CF
autori>ou e'pressamente o controle abstrato do direito municipalXestadual
perante a Constitui/"o Astadual- no Ymbito do Kribunal de @usti/a
Art. 41K. 8s =stados or*ani(aro sua Gustia, observados os 'rinc$'ios
estabelecidos nesta >onstituio.
(...)
P 1 " >abe aos =stados a instituio de re'resentao de
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou munici'ais em
%ace da >onstituio =stadual, vedada a atribuio da le*itimao 'ara a*ir a
um )nico -r*o.
(...)
Poss(b()(#a#e #e 1u)gamento s(mu)tIneo #e ADI no Tr(buna) #e
3ust(%a e no Su0remo Tr(buna) Fe#era) Wuan#o o 0arImetro #e
"ontro)e #o T3 for norma "onst(tu"(ona) esta#ua) #e re0ro#u%&o
obr(gat2r(a ou +e#a#a Oe (orem a#ui>adas ao mesmo tempo- deverH
;aver o sobrestamento da %DI no K@- a$uardando&se o #ul$amento pelo OKF
& E"o importa ?ual das %DIs (oi a#ui>ada primeiro- a %DI a#ui>ada perante o
K@ terH ?ue a$uardar o #ul$amento da %DI pelo OKF Oe a norma (or de
repeti/"o (reprodu/"o) obri$at.ria ou vedada- a decis"o do OKF
possivelmente pre#udicarH = do K@ Oe a norma (or de repeti/"o (acultativa- a
Dltima palavra serH do K@ Eeste caso- o OKF via di>er ?ue o estado&membro
poderH a$ir como ?uiser- por se tratar de norma de repeti/"o (acultativa-
(icando a Dltima palavra com o K@
& 2er art Q5- _PV- CF!
151
Art. K7. 8 >on*resso Cacional reunir"se"#, anualmente, na >a'ital 7ederal,
de 1 de %evereiro a 47 de ,ulho e de 4 de a*osto a 11 de de(embro.
(Redao dada pela Emenda Constitucional n 50, de 2006)
(...)
P 5 >ada uma das >asas reunir"se"# em sess9es 're'arat-rias, a 'artir de 4
de %evereiro, no 'rimeiro ano da le*islatura, 'ara a 'osse de seus membros e
eleio das res'ectivas Nesas, 'ara mandato de 1 (dois) anos, vedada a
reconduo 'ara o mesmo car*o na eleio imediatamente subsequente.
(Redao dada pela Emenda Constitucional n 50, de 2006)
(...)
& Oomente no caso concreto o OKF poderH veri(icar se se trata de norma de
reprodu/"o obri$at.riaXvedada ou (acultativa
& %s decis0es do Oupremo em normas de repeti/"o obri$at.ria ou vedada
vinculam o K@ (n"o ocorre e(eito vinculante em rela/"o ao Ne$islativo e ao
pr.prio OKF) 77d dos casos encontram&se a?ui
& 2er art 1U2- _ 2V- CF * e(eito vinculante das decis0es de %DI e %DC Eas
;ip.teses de repeti/"o (acultativa o OKF n"o dirH se ou n"o constitucional-
a (im de evitar o e(eito vinculante- dei'ando tal decis"o para o K@
Art. 461. (...)
P 1 As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo Su'remo @ribunal
7ederal, nas a9es diretas de inconstitucionalidade e nas a9es declarat-rias
de constitucionalidade 'rodu(iro e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante,
relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e administrao
')blica direta e indireta, nas es%eras %ederal, estadual e munici'al. (?edao
dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665)
(...)
AD8 FDG9 ; /0 5 /?+ 0A=<+
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 4KL65L1665 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"12"6K"1665 OO"665F1 =N=C@ !8;"614K3"63 OO"
66647
EMENTA: . Ao direta de inconstitucionalidade (>7, art. 461, , a) e
re'resentao 'or inconstitucionalidade estadual (>7, art. 41K, P 1). A
eventual re'roduo ou imitao, na >onstituio do =stado"membro, de
'rinc$'io ou re*ras constitucionais %ederais no im'ede a ar*uio imediata
'erante o Su'remo @ribunal da incom'atibilidade direta da lei local com a
>onstituio da ?e')blica. ao contr#rio, a 'ro'ositura aqui da ao direta
que bloqueia o curso simult<neo no @ribunal de Gustia de re'resentao
lastreada no desres'eito, 'elo mesmo ato normativo, de normas
constitucionais locais: 'recedentes. . Se'arao e inde'end+ncia dos
Ooderes: 'esos e contra'esos: im'eratividade, no 'onto, do modelo %ederal.
4. Sem embar*o de diversidade de modelos concretos, o 'rinc$'io da diviso
dos 'oderes, no =stado de 0ireito, tem sido sem're concebido como
instrumento da rec$'roca limitao deles em %avor das liberdades cl#ssicas:
da$ constituir em trao marcante de todas as suas %ormula9es 'ositivas os
/'esos e contra'esos/ adotados. 1. A %iscali(ao le*islativa da ao
153
administrativa do Ooder =&ecutivo um dos contra'esos da >onstituio
7ederal se'arao e inde'end+ncia dos Ooderes: cuida"se, 'orm, de
inter%er+ncia que s- a >onstituio da ?e')blica 'ode le*itimar. 3. 0o relevo
'rimacial dos /'esos e contra'esos/ no 'aradi*ma de diviso dos 'oderes,
se*ue"se que norma in%raconstitucional " a$ inclu$da, em relao 7ederal,
a constituio dos =stados"membros ", no dado criar novas inter%er+ncias
de um Ooder na -rbita de outro que no derive e&'l$cita ou im'licitamente de
re*ra ou 'rinc$'io da ;ei 7undamental da ?e')blica. 5. 8 'oder de
%iscali(ao le*islativa da ao administrativa do Ooder =&ecutivo
outor*ado aos -r*os coletivos de cada c<mara do >on*resso Cacional, no
'lano %ederal, e da Assembleia ;e*islativa, no dos =stados. nunca, aos seus
membros individualmente, salvo, claro, quando atuem em re'resentao
(ou 'resentao) de sua >asa ou comisso. . nter'retao con%orme a
>onstituio: tcnica de controle de constitucionalidade que encontra o
limite de sua utili(ao no raio das 'ossibilidades hermen+uticas de e&trair
do te&to uma si*ni%icao normativa harmVnica com a >onstituio.
AD85M6 BG!F ; /0 5 /?+ 0A=<+
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@"
@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 16L6ML4FFM Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: Ao direta de inconstitucionalidade. Oedido de liminar. ;ei n
F.331, de 17 de de(embro de 4FFK, do =stado de So Oaulo. " ?e,eio das
'reliminares de litis'end+ncia e de contin+ncia, 'orquanto, quando tramitam
'aralelamente duas a9es diretas de inconstitucionalidade, uma no @ribunal
de Gustia local e outra no Su'remo @ribunal 7ederal, contra a mesma lei
estadual im'u*nada em %ace de 'rinc$'ios constitucionais estaduais que so
re'roduo de 'rinc$'ios da >onstituio 7ederal, sus'ende"se o curso da
ao direta 'ro'osta 'erante o @ribunal estadual at o ,ul*amento %inal da
ao direta 'ro'osta 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal, con%orme
sustentou o relator da 'resente ao direta de inconstitucionalidade em voto
que 'ro%eriu, em 'edido de vista, na ?eclamao 51K. " 8corr+ncia, no caso,
de relev<ncia da %undamentao ,ur$dica do autor, bem como de
conveni+ncia da concesso da cautelar. Sus'enso o curso da ao direta de
inconstitucionalidade n 34.24F 'ro'osta 'erante o @ribunal de Gustia do
=stado de So Oaulo, de%ere"se o 'edido de liminar 'ara sus'ender, e& nunc
e at deciso %inal, a e%ic#cia da ;ei n F.331, de 17 de de(embro de 4FFK, do
=stado de So Oaulo.
O "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e #os esta#os$membros
& 2er art 12Q- _2V- da CF!
/eo H888 D+/ T38M=NA8/ E 2=KNE/ D+/ E/TAD+/
Art. 41K. 8s =stados or*ani(aro sua Gustia, observados os 'rinc$'ios
estabelecidos nesta >onstituio.
155
P 4 " A com'et+ncia dos tribunais ser# de%inida na >onstituio do =stado,
sendo a lei de or*ani(ao ,udici#ria de iniciativa do @ribunal de Gustia.
P 1 " >abe aos =stados a instituio de re'resentao de
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou munici'ais em
%ace da >onstituio =stadual, vedada a atribuio da le*itimao 'ara a*ir a
um )nico -r*o.
Cab(mento #e Re"urso EGtraor#(nCr(o #e A"2r#&os Esta#ua(s "u1a
"ontro+,rs(a fo( eGam(na#a ten#o "omo 0arImetro a Const(tu(%&o
Esta#ua)
& % norma da Constitui/"o Astadual era de observYncia obri$at.ria ou de
observYncia vedada] Oe a norma era de observYncia obri$at.ria ou vedada-
caberH 4ecurso A'traordinHrio Oe (or de observYncia (acultativa- n"o
caberH 4A
T *X enten#(mento #o Su0remo Tr(buna) Fe#era) $ Re")ama%&o 8E5
Teor(a #as TNormas O"(osasU
& %s normas constitucionais estaduais cu#a repeti/"o das normas da
Constitui/"o Federal (osse obri$at.ria- n"o seriam de (ato normas
constitucionais
T /X e atua) enten#(mento #o Su0remo Tr(buna) Fe#era) $ RCL 8H8
Teor(a #a For%a Normat(+a #as Normas #a Const(tu(%&o Esta#ua) #e
Re0ro#u%&o Obr(gat2r(a!
3cl FVF ; /0 5 /?+ 0A=<+
?=>;ANAST8
?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 44L6ML4FF1 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"4FF3 OO"6F7MK =N=C@ !8;"64765"64 OO"
66664 ?@G !8;"66457"61 OO"66565
EMENTA: ?eclamao com %undamento na 'reservao da com'et+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal. Ao direta de inconstitucionalidade 'ro'osta
'erante @ribunal de Gustia na qual se im'u*na ;ei munici'al sob a ale*ao
de o%ensa a dis'ositivos constitucionais estaduais que re'rodu(em
dis'ositivos constitucionais %ederais de observ<ncia obri*at-ria 'elos
=stados. =%ic#cia ,ur$dica desses dis'ositivos constitucionais estaduais.
Gurisdio constitucional dos =stados"membros. " Admisso da 'ro'ositura
da ao direta de inconstitucionalidade 'erante o @ribunal de Gustia local,
com 'ossibilidade de recurso e&traordin#rio se a inter'retao da norma
constitucional estadual, que re'rodu( a norma constitucional %ederal de
observ<ncia obri*at-ria 'elos =stados, contrariar o sentido e o alcance desta.
?eclamao conhecida, mas ,ul*ada im'rocedente.
& A a decis"o de constitucionalidade emitida pelo K@ em Ymbito de %DI-
vincula o OKF] Cabe 4A ou uma nova %DI- a$ora perante o OKF Como
reverter #ul$amento do K@ ?ue declarou a inconstitucionalidade de norma]
15K
E"o ;H como reverter- nem mediante nova %DI- pois n"o ;H mais lei % lei
serH e'tinta O. caberH 4A- em (ace da indi$na/"o decorrente da declara/"o
de inconstitucionalidade Nembrando ?ue no Ymbito do K@ s. poss<vel
atacar lei estadual ou municipal Oe o K@ declarar a constitucionalidade de
lei- esta pode ser ?uestionada por meio de %DI ou por 4A perante o OKF-
desde ?ue o parYmetro de controle- a$ora- se#a a CF % %DI mais
interessante por conta da possibilidade de liminar- e tambm por?ue o 4A
em %DI $era repercuss"o $eral
& Como sur$iu esse 4A em %DI]
& Ale n"o decorre de nen;uma das ;ip.teses previstas no art 1U2- III da CF
Asse 4A uma cria/"o #urisprudencial do OKF AstH colocado em duas
reclama/0es ;ist.ricas! reclama/0es 95U e 969 (LER)
& % re")ama%&o a#ui>ada em casos de usurpa/"o da compet8ncia do OKF-
?uando esta n"o estH sendo observada
& % reclama/"o (a> parte do direito constitucional de peti/"o G uma (orma
de ter acesso ao OKF para di>er ?ue n"o est"o cumprindo decis"o do OKF ou
?ue est"o usurpando sua compet8ncia E"o se trata de a/"o
& Ea #urisprud8ncia acima- +oreira %lves entendia n"o ser caso de
reclama/"o- pois nin$um estava usurpando compet8ncia do OKF- eis ?ue
se tratava de controle de constitucionalidade de lei municipal em (ace da
CF- compet8ncia tal ?ue o OKF n"o detin;a na?uela poca %tualmente- essa
problemHtica perdeu sua (or/a- pois se pode recorrer a %DPF %demais- o
OKF decidiu ?ue de sua compet8ncia apreciar %DI de lei municipal em (ace
da CF
& 4A em %DI continua sendo controle concentrado Am se tratando de
controle concentrado- presume&se a repercuss"o $eral Para 4A em %DI n"o
necessHrio o re?uisito do pre?uestionamento- inserindo&se o re?uisito da
repercuss"o $eral
Desne"ess(#a#e #e o STF remeter a #e"(s&o 0rofer(#a em se#e #e
Re"urso EGtraor#(nCr(o ao Sena#o Fe#era) :Art(go ?/4 (n"(so -4 #a
CF;
Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal:
(...)
: " sus'ender a e&ecuo, no todo ou em 'arte, de lei declarada
inconstitucional 'or deciso de%initiva do Su'remo @ribunal 7ederal.
(...)
& % e(icHcia erga omnes decorre da pr.pria decis"o do OKF!
3E BV:BG! ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8
Gul*amento: 43L62L4FF2 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
=N=C@A: =S@A08 08 ?8 0= GAC=?8. ;= 8?BbC>A 08
NIC>_O8 0A >AO@A;, 0= 6K.65.F6, A?@S. 1K = 17. 0is'ositivos que
15M
se mostram incom'at$veis com a >onstituio 7ederal. Co 'rimeiro caso,
'or haverem le*itimado acumula9es no contem'ladas nos PP 4 e 1 do art.
47 do te&to transit-rio. e, no se*undo, 'or o%ensa ao art. 37, , do te&to
'ermanente da >arta da ?e')blica. ?ecurso e&traordin#rio 'rovido, com
declarao da inconstitucionalidade dos dis'ositivos im'u*nados. 8
@ribunal, 'or votao un<nime, conheceu do recurso e&traordin#rio e lhe deu
'rovimento 'ara declarar a inconstitucionalidade dos arts. 1K, 17 e
'ar#*ra%os, do Ato das 0is'osi9es @ransit-rias da ;ei 8r*<nica do
Nunic$'io do ?io de Ganeiro, de 6KL5LF6. !otou o Oresidente. =, em questo
de ordem levantada 'elo Oresidente (Ninistro Noreira Alves), decidiu que a
deciso tomada, como a 'resente, em recurso e&traordin#rio inter'osto em
ao direta de inconstitucionalidade estadual, tem e%ic#cia er*a omnes, 'or
se tratar de controle concentrado, e%ic#cia essa que se estende a todo o
territ-rio nacional. Ausentes, ,usti%icadamente, os Ninistro >arlos !elloso e
>elso de Nello, Oresidente. Oresidiu o ,ul*amento o Ninistro Noreira Alves.
Olen#rio, 43.2.F2.
& Am sede de controle di(uso necessHrio remeter a decis"o para o Oenado
retirar a norma de circula/"o +esmo ?ue o Oenado n"o retire a norma de
circula/"o- pelo menos o OKF terH decidido o caso concreto Ea prHtica- na
maioria das ve>es o Oenado n"o retira a norma de circula/"o
& Eo controle concentrado n"o se aplica o arti$o Q2- inciso 1- CF- de modo
?ue n"o necessHrio remeter a decis"o do OKF para o Oenado- at por?ue a
?uest"o n"o envolve caso concreto- e- ainda- por?ue- considerando ?ue o
Oenado $eralmente n"o retira as normas de circula/"o- a decis"o do OKF
poderia receber um carHter meramente opinativo- desmorali>ando a
atua/"o do OKF Portanto- o pr.prio OKF retira a norma de circula/"o
& +esmo se tratando de 4A em %DI n"o necessHrio mandar para o Oenado
O pr.prio OKF retira a norma de circula/"o Asse 4A- na verdade- uma %DI
( s. um meio de ter acesso ao OKF para ?uestionar a constitucionalidade
de norma)
T Eo Ymbito do mesmo processo- assim se pronunciou o +inistro +arco
%urlio!
X8 %ato de a matria ter che*ado ao Su'remo na via do e&traordin#rio no
descaracteri(a o 'rocesso em si. + processo continua sendo ob(etivo, o
controle continua sendo concentrado e a nossa deciso, a teor do
dis'ositivo K41 do >-di*o de Orocesso >ivil, substitui aquela 'rolatada 'elo
@ribunal de Gustia, com a e&tenso ,# anunciada 'or !. =&a., ou se,a,
nacionalY.
& Assa uma ;ip.tese em ?ue o 4A (nos casos de norma de reprodu/"o
obri$at.ria ou vedada) terH e(eito erga omnes- pois- na verdade- como visto
anteriormente- se trata de uma %DI
6ontrole de 6onstitucionalidade nos Estados @TranscriWesA
?cl 5531L@8o
?=;A@8?: NC. B;NA? N=C0=S
157
DE68/?+: @rata"se de reclamao, com 'edido de medida liminar,
'ro'osta 'elo Nunic$'io de Oalmas, contra deciso 'ro%erida 'elo @ribunal
de Gustia do =stado do @ocantins na Ao 0ireta de nconstitucionalidade
nA 4.K13, que sus'endeu a vi*+ncia de dis'ositivos das ;eis >om'lementares
Nunici'ais ns 467L1665 e 7FL1665 e do 0ecreto =&ecutivo nA 3K3L166K, que
tratam da ta&a de coleta de li&o no munic$'io.
Ale*a o requerente que a deciso reclamada, ao sus'ender a vi*+ncia
de atos normativos munici'ais com base em normas constitucionais
estaduais que a'enas re'rodu(em dis'ositivos da >onstituio 7ederal,
a%ronta a deciso 'ro%erida 'or esta >orte no ,ul*amento da A0 nA K62, na
qual %irmou"se o entendimento se*undo o qual o ordenamento constitucional
no 'rev+ a com'et+ncia dos @ribunais de Gustia dos =stados 'ara e&ercer o
controle concentrado de constitucionalidade de leis munici'ais em %ace da
>onstituio 7ederal.
A%irma que a sus'enso dos 'receitos normativos mencionados tem
causado X*rave leso ordem, sa)de, se*urana e economia ')blicaY
do Nunic$'io de Oalmas.
Assim, requer, em sede de medida liminar, a sus'enso imediata dos
e%eitos da deciso im'u*nada, 'ara que se,a restaurada a e%ic#cia dos
dis'ositivos das ;eis >om'lementares Nunici'ais ns 467L1665 e 7FL1665 e
do 0ecreto =&ecutivo nA 3K3L166K, at o ,ul*amento %inal desta reclamao.
@endo em vista o teor do 'edido %ormulado, solicitei in%orma9es ao
@ribunal de Gustia do =stado do @ocantins, que as 'restou s %ls. 3K4"3K1
dos autos.
Decido.
A questo versada na 'resente reclamao di( res'eito ao 'roblema
dos limites im'ostos aos @ribunais de Gustia dos =stados 'ara o e&erc$cio
do controle abstrato de constitucionalidade das leis ou atos normativos
estaduais e munici'ais em %ace da >onstituio estadual, o que im'lica a
inter'retao do art. 41K, P 1o da >onstituio 7ederal. 0e %orma mais
es'ec$%ica, questiona"se, neste caso, se e&istiriam normas da >onstituio do
=stado"membro que, 'or sua nature(a 'eculiar, estariam e&clu$das da
a'reciao do @ribunal de Gustia. A questo *anha relevo diante da
constatao de que muitas normas 'resentes nas >onstitui9es estaduais
a'enas re'rodu(em dis'ositivos da >onstituio 7ederal, ou, em outros
casos, a eles %a(em remisso.
Ale*a o reclamante que tais normas no 'odem servir de 'ar<metro
'ara a declarao de inconstitucionalidade de atos normativos munici'ais,
'ois dessa %orma estar"se"ia con%erindo ao @ribunal de Gustia a com'et+ncia
'ara e&ercer a %iscali(ao abstrata da constitucionalidade de leis ou atos
normativos munici'ais em %ace da >onstituio 7ederal, o que con%i*uraria
a%ronta deciso deste Su'remo @ribunal 7ederal na A0 nA K62LNB, ?el.
Nin. Sadnea Sanches, 0G 13.K.1663, a qual 'ossui a se*uinte ementa:
7'H'N3AW 9=:'=3; A;N23=3@A=;NA8. ACD; 9=:'3A 9'
=NA;N23=3@A=;NA8=9A9' 9' 8'= ;@ A3; N;:HA3=<;
H@N=A=PA8, 'H 4AA' 9A A;N23=3@=CD; 4'9':A8W AAO=H'N3;
A9H=3=9; P'8A A;N23=3@=CD; 9; '23A9; 9' H=NA2 G':A=2,
?@' A3:=O@= A;HP'3LNA=A A; 3:=O@NA8 9' ^@23=CA PA:A
P:;A'22M18A ' ^@8GM18A. =NA9H=22=O=8=9A9'. *. ; ordenamento
constitucional brasileiro admite A#es 9iretas de =nconstitucionalidade de
152
leis ou atos normativos municipais, em face da Aonstituio estadual, a
serem processadas e $ulgadas, originariamente, pelos 3ribunais de ^ustia
dos 'stados %artigo *-R, pargrafo -d da A.4.&. -. No, porm, em face da
Aonstituio 4ederal. .. Alis, nem mesmo o 2upremo 3ribunal 4ederal tem
compet)ncia para A#es dessa espcie, pois o art. */-, =, 7aE, da A.4. s5 a
prev) para A#es 9iretas de =nconstitucionalidade de lei ou ato normativo
federal ou estadual. No, assim, municipal. 0. 9e sorte !ue o controle de
constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais, diante da
Aonstituio 4ederal, s5 se faz, no Orasil, pelo sistema difuso, ou se$a no
$ulgamento de casos concretos, com eficcia, 7inter partesE, no 7erga
omnesE. R. Precedentes. N. Ao 9ireta $ulgada procedente, pelo 2.3.4.,
para declarar a inconstitucionalidade das e(press#es 7e da Aonstituio da
:epblicaE e 7em face da Aonstituio da :epblicaE, constantes do art.
*/N, al"nea 7hE, e do pargrafo *d do art. **a, todos da Aonstituio de
Hinas Gerais, por conferirem ao respectivo 3ribunal de ^ustia
compet)ncia para o processo e $ulgamento de A.9.=. de lei ou ato normativo
municipal, em face da Aonstituio 4ederal. ,. Plenrio. 9eciso
unBnime.E
?essalto, no entanto, que o Su'remo @ribunal 7ederal ,# teve a
o'ortunidade de analisar, em sede de reclamao, a questo relativa
com'et+ncia de @ribunal de Gustia estadual 'ara conhecer de ao direta de
inconstitucionalidade %ormulada contra lei munici'al em %ace de 'ar<metro
constitucional estadual que, na sua ess+ncia, re'rodu( dis'osio
constitucional %ederal.
>uidava"se de controvrsia sobre a le*itimidade do O@I institu$do
'or lei munici'al de So Oaulo, ca'ital (;ei munici'al n 44.4K1, de
36.41.F4). >oncedida a liminar 'elo @ribunal de Gustia de So Oaulo, o'Vs a
Ore%eitura da ca'ital daquele =stado reclamao 'erante o Su'remo @ribunal
7ederal, sustentando que, embora %undada na inobserv<ncia de 'receitos
constitucionais estaduais, a ao direta acabava 'or submeter a'reciao do
@ribunal de Gustia do =stado o contraste entre a lei munici'al e normas da
>onstituio 7ederal (?cl. n 323, ?el. Nin. Noreira Alves, ,ul*ada em
44.6M.4FF1, 0G de 14.6K.4FF3).
Anteriormente, ,ul*ando a ?eclamao n 376, a%irmara o Su'remo
@ribunal 7ederal que %aleceria com'et+ncia aos @ribunais de Gustia
estaduais 'ara conhecer de re'resentao de inconstitucionalidade de lei
estadual ou munici'al em %ace de 'ar<metros %ormalmente estaduais, mas
substancialmente inte*rantes da ordem constitucional %ederal. >onsiderou"se
ento que a re'roduo na >onstituio estadual de normas constitucionais
obri*at-rias em todos os n$veis da %ederao Xem termos estritamente
$ur"dicosY seria XociosaY (?cl. n 376, ?el. Nin. 8ctavio Ballotti, ,ul*ada em
6F.65.4FF1, 0G de 1F.6M.1664). Asseverou"se que o te&to local de
re'roduo %ormal ou material, Xno obstante a forma de proposio
normativa do seu enunciado, vale por simples e(plicitao da absoro
compuls5ria do preceito federal, essa, a norma verdadeira, !ue e(trai fora
de sua recepo pelo ordenamento local, e(clusivamente, da supremacia
hierr!uica absoluta da Aonstituio 4ederalY (?cl. n 376, ?el. Nin.
8ctavio Ballotti, ,ul*ada em 6F.65.4FF1, 0G de 1F.6M.1664).
A tese concernente ociosidade da re'roduo de normas
constitucionais %ederais obri*at-rias no te&to constitucional estadual esbarra
,# nos chamados 'rinc$'ios sens$veis, que im'9em, inequivocamente, aos
=stados"membros, a ri*orosa observ<ncia daqueles estatutos m$nimos (>7,
art. 35, !). Cenhuma d)vida subsiste de que a sim'les omisso da
>onstituio estadual, quanto inadequada 'ositivao de um desses
15F
'ostulados, no te&to ma*no estadual, ,# con%i*uraria o%ensa suscet$vel de
'rovocar a instaurao da re'resentao interventiva.
Co menos certo, 'or outro lado, que o =stado"membro deve
observar outras dis'osi9es constitucionais estaduais, de modo que, adotada
a orientao es'osada inicialmente 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, %icaria o
direito constitucional estadual W substancial " redu(ido, talve(, ao 're<mbulo
e s cl#usulas derro*at-rias. At 'orque, 'elo modelo anal$tico de
>onstituio adotado entre n-s, nem mesmo o direito tribut#rio estadual
'ode ser considerado, se*undo uma orientao ortodo&a, um direito
substancialmente estadual, ,# que, alm dos 'rinc$'ios *erais, a'lic#veis
Inio, aos =stados e Nunic$'ios (arts. 45K"45F), das limita9es ao 'oder de
tributar (arts. 4K6"4K1), contem'la o te&to constitucional %ederal, em se9es
autVnomas, os im'ostos dos =stados e do 0istrito 7ederal (Seo ! " art.
4KK) e os im'ostos munici'ais (Seo ! " art. 4KM). >omo se v+, 'or
demais estreito o es'ao e%etivamente va*o dei&ado ao alvedrio do
constituinte estadual. So elucidativas, a 'ro'-sito, as se*uintes 'assa*ens
do voto do Ninistro Noreira Alves na ?cl. n 323:
7Z petio de princ"pio dizer1se !ue as normas das Aonstitui#es estaduais
!ue reproduzem, formal ou materialmente, princ"pios constitucionais
federais obrigat5rios para todos os n"veis de governo na federao so
in5cuas, e, por isso mesmo, no so normas $ur"dicas estaduais, at por no
serem $ur"dicas, $ !ue $ur"dicas, e por isso eficazes, so as normas da
Aonstituio 4ederal reproduzidas, razo por !ue no se pode $ulgar, com
base nelas, no Bmbito estadual, ao direta de inconstitucionalidade,
inclusive, por identidade de razo, !ue tenha finalidade interventiva. %...&
'ssas observa#es todas servem para mostrar, pela inadmissibilidade das
conse!u)ncias da tese !ue se e(amina, !ue no e(ato pretender1se !ue as
normas constitucionais estaduais !ue reproduzem as normas centrais da
Aonstituio 4ederal %e o mesmo ocorre com as leis federais ou at
estaduais !ue fazem a mesma reproduo& se$am in5cuas e, por isso, no
possam ser consideradas normas $ur"dicas. 'ssas normas so normas
$ur"dicas, e t)m eficcia no seu Bmbito de atuao, at para permitir a
utilizao dos meios processuais de tutela desse Bmbito %como o recurso
especial, no tocante ao artigo NS da 8ei de =ntroduo ao A5digo Aivil, e as
a#es diretas de inconstitucionalidade em face da Aonstituio 'stadual&.
'las no so normas secundrias !ue correm necessariamente a sorte das
normas primrias, como sucede com o regulamento, !ue caduca !uando a
lei regulamentada revogada. 'm se tratando de norma ordinria de
reproduo ou de norma constitucional estadual da mesma natureza, por
terem eficcia no seu Bmbito de atuao, se a norma constitucional federal
reproduzida for revogada, elas, por terem eficcia no seu Bmbito de
atuao, persistem como normas $ur"dicas !ue nunca dei(aram de ser. ;s
princ"pios reproduzidos, !ue, en!uanto vigentes, se impunham
obrigatoriamente por fora apenas da Aonstituio 4ederal, !uando
revogados, permanecem, no Bmbito de aplicao das leis ordinrias
federais ou constitucionais estaduais, graas 6 eficcia delas resultante.Y
(?cl. n 323, ?el. Nin. Noreira Alves, ,ul*ada em 44.6M.4FF1, 0G de
14.6K.4FF3).
A 'revalecer a orientao advo*ada na ?eclamao n 376, restaria
com'letamente esva(iada a cl#usula contida no art. 41K, P 1, da
>onstituio, uma ve( que, antes de qualquer deciso, deveria o @ribunal de
Gustia veri%icar, como questo 'reliminar, se a norma constitucional
1K6
estadual no era mera re'roduo do direito constitucional %ederal. 0e resto,
no estaria a%astada a 'ossibilidade de que, em qualquer hi'-tese, %osse
chamado o Su'remo @ribunal 7ederal, em reclamao, 'ara dirimir
controvrsia sobre o car#ter %ederal ou estadual do 'ar<metro de controle. A
'ro'-sito, anotou, ainda, o Ninistro Noreira Alves:
X %....& em nosso sistema $ur"dico de controle constitucional, a ao
direta de inconstitucionalidade tem como causa petendi, no a
inconstitucionalidade em face dos dispositivos invocados na inicial como
violados, mas a inconstitucionalidade em face de !ual!uer dispositivo do
parBmetro adotado %a Aonstituio 4ederal ou a Aonstituio 'stadual&.
Por isso !ue no h necessidade, para a declarao de
inconstitucionalidade do ato normativo impugnado, !ue se forme maioria
absoluta !uanto ao dispositivo constitucional !ue leve cada $uiz da Aorte a
declarar a inconstitucionalidade do ato. ;ra, para se concluir, em
reclamao, !ue a inconstitucionalidade arguida em face da Aonstituio
'stadual seria uma arguio s5 admiss"vel em face de princ"pio de
reproduo estadual !ue, em verdade, seria princ"pio constitucional federal,
mister se faria !ue se e(aminasse a arguio formulada perante o 3ribunal
local no apenas b como o parecer da Procuradoria1Geral da :epblica
fez no caso presente, no !ue foi acompanhado pelo eminente Hinistro
<elloso no voto !ue proferiu b em face dos preceitos constitucionais
indicados na inicial, mas tambm, de todos o da Aonstituio 'stadual. '
mais, $ulgada procedente a reclamao, estar1se1ia reconhecendo !ue a lei
municipal ou estadual impugnada no feriria nenhum preceito
constitucional estritamente estadual, o !ue impossibilitaria nova arguio
de inconstitucionalidade em face de !ual!uer desses preceitos, se, na
converso feita por meio da reclamao, a ao direta estadual em face da
Aonstituio 4ederal fosse $ulgada improcedente, por no violao de
!ual!uer preceito constitucional federal !ue no apenas os invocados na
inicial. ' como, com essa transformao, o 2upremo 3ribunal 4ederal no
estaria su$eito ao e(ame da inconstitucionalidade da lei estadual ou
municipal em face dos preceitos constitucionais invocados na inicial
perante o 3ribunal de ^ustia, e tidos, na reclamao, como preceitos
verdadeiramente federais, mudar1se1ia a causa petendi da aoW de
inconstitucionalidade em face da Aonstituio 'stadual para
inconstitucionalidade em face da Aonstituio 4ederal, sem limitao,
evidentemente, aos preceitos invocados na inicialE. (?cl. n 323, ?el. Nin.
Noreira Alves, ,ul*ada em 44.6M.4FF1, 0G de 14.6K.4FF3).
A 'artir da deciso na ?cl. n 323 assentou"se no con%i*urada a
usur'ao de com'et+ncia quando os @ribunais de Gustia analisam, em
controle concentrado, a constitucionalidade de leis munici'ais ante normas
constitucionais estaduais que re'rodu(em re*ra da >onstituio de
observ<ncia obri*at-ria. 8 ac-rdo 'ossui a se*uinte ementa:
7'H'N3AW :eclamao com fundamento na preservao da compet)ncia
do 2upremo 3ribunal 4ederal. Ao direta de inconstitucionalidade
proposta perante 3ribunal de ^ustia na !ual se impugna 8ei municipal sob
a alegao de ofensa a dispositivos constitucionais estaduais !ue
reproduzem dispositivos constitucionais federais de observBncia obrigat5ria
pelos 'stados. 'ficcia $ur"dica desses dispositivos constitucionais
estaduais. ^urisdio constitucional dos 'stados1membros. 1 Admisso da
propositura da ao direta de inconstitucionalidade perante o 3ribunal de
^ustia local, com possibilidade de recurso e(traordinrio se a
interpretao da norma constitucional estadual, !ue reproduz a norma
1K4
constitucional federal de observBncia obrigat5ria pelos 'stados, contrariar
o sentido e o alcance desta. :eclamao conhecida, mas $ulgada
improcedente.E
Co mesmo sentido, cito a deciso 'ro%erida na A0"Q8 nA 4.K1FLN@,
?el. Nin. 8ct#vio Ballotti (0G 12.1.4FF7), assim ementada:
7'H'N3AW Z competente o 3ribunal de ^ustia %e no o 2upremo
3ribunal&, para processar e $ulgar ao direta contra lei estadual
contrastada com a norma da Aonstituio local, mesmo !uando venha esta
a consubstanciar mera reproduo de regra da Aarta 4ederal, cabendo, em
tese, recurso e(traordinrio de deciso !ue vier a ser proferida sobre a
!uesto.E
A questo tambm ob,eto de an#lise da doutrina es'eciali(ada no
tema, como se 'ode veri%icar nas 'recisas li9es de ;eo 7erreira ;eonca
(Aontrole de constitucionalidade estadual. So Oaulo: Saraiva, 166M, no
'relo):
7A despeito de ter outorgado aos 'stados o poder de institu"rem suas
pr5prias Aonstitui#es, o legislador constituinte federal !uase no dei(ou
espao para !ue os entes federativos inovassem nas matrias reservadas 6
sua compet)ncia. Prova disso o fato de a Aonstituio 4ederal ter
previamente ordenado, em muitos aspectos, por meio das chamadas normas
de observBncia obrigat5ria, a atividade do legislador constituinte
decorrente, para o !ual dei(ou como nica sa"da, em inmeras matrias, a
mera repetio do discurso constitucional federal, por via da transposio
de vrias normas constitucionais federais para o te(to da Aonstituio
'stadual.
Por outro lado, em matrias nas !uais a Aonstituio 4ederal outorgou
ampla compet)ncia para !ue o constituinte estadual deliberasse a seu
talante, com a possibilidade de edio das chamadas normas autnomas,
este selimitou a imitar o disciplinamento eventualmente constante do
modelo federal, mesmo !uando a ele no se encontrava subordinado.
; resultado de tal fenmeno a conviv)ncia, nos te(tos da Aonstituio da
:epblica e das Aonstitui#es 'staduais, de normas formal ou
materialmente iguais, a configurar uma identidade normativa entre os
parBmetros de controle federal e estadual.
'm vista disso, cabe indagar !ual o 3ribunal competente para apreciar a
ao direta de inconstitucionalidade de norma local !ue afrontar tais
normas constitucionais repetidas, se o guardio da Aonstituio 4ederal ou
o defensor da Aonstituio do respectivo 'stado1membro. %...&
%...& 3al !uesto vem a debate na medida em !ue, 6 primeira vista, uma vez
violada a norma constitucional estadual de repetio, tambm restaria
violada, ipso facto, a norma constitucional federal repetida. 9a" o interesse
em saber sob !ue parBmetro de controle se h de !uestionar a legitimidade
do ato in!uinado de inconstitucional e, resolvido isto, perante !ue 3ribunal
propor a ao direta correspondente.E
1K1
0elimitado o 'roblema, ;eo ;eonca, a'-s analisar a ,uris'rud+ncia do
Su'remo @ribunal 7ederal, assim conclui seu entendimento:
7Aom o entendimento firmado na :A8 .a., ficou assente !ue os parBmetros
de controle federal e estadual guardam autonomia entre si, para fins de
definir o 3ribunal competente para se pronunciar acerca da
inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo local. Assim, se a
ilegitimidade da norma arguida em face do parBmetro federal, de !uesto
constitucional federal se trata, e o 2upremo 3ribunal 4ederal competente
para resolver a !uesto em sede de controle abstratoe por outro lado, se a
ilegitimidade da norma suscitada em face do parBmetro estadual, de
!uesto constitucional estadual se trata, e o 3ribunal de ^ustia !ue ser
competente para se pronunciar acerca da !uesto em sede de controle
abstrato de normas. Nesse sentido, desde !ue proposta a ao direta em
face da Aonstituio 'stadual, ser competente o 3ribunal de ^ustia, !ue
o guardio do direito constitucional estadual. Aom isso, o !ue parece
definir a compet)ncia para $ulgamento de ao direta de
inconstitucionalidade o parBmetro de controle adotado %em outras
palavras, a causa de pedir formulada na petio inicial de ao direta&,
sendo irrelevante se, no caso de controle abstrato em face da Aonstituio
'stadual, o 3ribunal de ^ustia tiver !ue declarar a %i&legitimidade de
norma perante dispositivos constitucionais estaduais !ue so mera
reproduo de normas constitucionais federais de observBncia obrigat5ria
para os 'stados. 'ssa orientao $ foi diversas vezes reiterada pelo
3ribunal, !ue tem ressaltado !ue 7fog h -d do artigo *-R da Aonstituio
4ederal no contempla e(ceoW define a compet)ncia para a ao direta de
inconstitucionalidade, a causa de pedir lanada na iniciale sendo esta o
conflito da norma atacada com a Aarta do 'stado, imp#e1se concluir pela
compet)ncia do 3ribunal de ^ustia, pouco importando !ue ocorra
repetio de preceito da Aarta da :epblica de adoo obrigat5riaE %:'
*,,.aNR, :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio *a/*1*., p. -R/+. No mesmo
sentido, cf. :A8 Raa, :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio *aN.1/*, p. *.Ne
:' *R0./-a, :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio *+/01/-, p. 0*Re :'
*++-+., :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio -*Ra1., p. RN.&.
2e assim em relao 6s normas de reproduo %normas constitucionais
federais de observBncia obrigat5ria reproduzidas na Aarta local&, com
maior razo ser para as normas de imitao %normas constitucionais
federais no obrigat5rias imitadas pelo constituinte estadual&. Presentes na
Aonstituio do 'stado1membro por mera liberalidade do 5rgo
constituinte decorrente, !ue o faz no e(erc"cio e dentro dos limites de sua
autonomia constitucional, a impugnao de leis e atos normativos locais em
face dessas normas de imitao no serve de prete(to para se deslocar a
compet)ncia para processar e $ulgar a ao ao 2upremo 3ribunal 4ederal.
Z !ue tais normas 7so frutos da autonomia do 'stado1membro, da !ual
deriva a sua validade e, por isso, para todos os efeitos, so normas
constitucionais estaduaisE (?>; 376, ?el. Nin. 8ctavio Ballotti, =ment#rio
1637"4, '. KM).Y
;o*o, a deciso de @ribunal de Gustia estadual que, em controle
abstrato, declara a inconstitucionalidade de lei munici'al em %ace de norma
da >onstituio do =stado que constitui mera re'etio de dis'ositivo da
>onstituio 7ederal, no a%ronta o que decidido na A0 nA K62LNB, ?el.
Nin. Sadnea Sanches (0G 13.K.1663), na medida em que o 'ar<metro de
controle, nesse caso, a 'r-'ria norma constitucional estadual. 7eitas essas
di*ress9es, 'reciso dei&ar claro que, no caso em an#lise, como se 'ode
1K3
a%erir nas in%orma9es 'restadas 'elo @ribunal de Gustia do =stado do
@ocantins, a A0 nA 4.K13 tem como 'ar<metro de controle o art. MF, caput,
da >onstituio estadual, que assim dis'9e:
7Art. N+. 2em pre$u"zo de outras garantias asseguradas ao contribuinte,
aplicam1se ao 'stado e aos Hunic"pios as veda#es ao poder de tributar,
previstas no art. *R/ da Aonstituio 4ederal.E
8 Olen#rio do @ribunal de Gustia de @ocantins, a'reciando o 'edido
de medida cautelar, entendeu 'laus$veis as ale*a9es do requerente de que o
0ecreto nA 3K3L166K, que trata da ta&a de coleta de li&o no Nunic$'io de
Oalmas, violaria o re%erido art. MF, caput, da >onstituio do =stado,
es'eci%icamente, o 'rinc$'io da le*alidade como limite ao 'oder de tributar.
>omo se v+, o art. MF, caput, da >onstituio do =stado do @ocantins,
re'resenta o que a doutrina denomina de norma constitucional estadual de
carter remissivo, na medida em que, 'ara a disci'lina dos limites ao 'oder
de tributar, remete 'ara as dis'osi9es constantes do art. 4K6 da >onstituio
7ederal.
Sobre a 'roblem#tica da a'tido das normas remissivas 'ara com'or o
'ar<metro de controle em abstrato de constitucionalidade no <mbito do
=stado"membro, cito novamente as li9es de ;eo ;eonca (Aontrole de
constitucionalidade estadual. So Oaulo: Saraiva, 166M, no 'relo):
7A elevao da Aonstituio do 'stado1membro a parBmetro nico e
e(clusivo do controle abstrato de normas estaduais torna oportuna a
discusso acerca das normas constitucionais estaduais !ue podem ser
consideradas idneas para efeito de se realizar esse controle. ; !ue se !uer
saber se tal controle pode ser realizado em face de todas as normas da
Aonstituio 'stadual ou se, ao contrrio, haveria algum tipo de norma
!ue, em razo da sua natureza, no pudesse servir de parBmetro normativo
idneo. Nesse sentido, assume especial relevo a discusso acerca das
chamadas normas $ur"dicas remissivas presentes nas diversas Aonstitui#es
'staduais.
'm sua grande maioria, as normas $ur"dicas trazem elas pr5prias a
regulamentao imediata da matria a !ue concernem, merecendo, por isso,
a denominao de normas de regulamentao direta ou, em f5rmula mais
sinttica, normas materiais. Por outro lado, em contraposio a estas
normas, h outras em !ue a tcnica utilizada para a atribuio de efeitos
$ur"dicos a determinado fato contido na hip5tese normativa indireta,
7consistindo numa remisso para outras normas materiais !ue ao caso se
consideram, por esta via, aplicveisE. 3ais normas podem designar1se
normas de regulamentao indireta ou normas per relationem, sendo mais
apropriado, entretanto, denomin1las normas remissivas.
'ssa classificao das normas $ur"dicas em geral aplica1se tambm 6s
normas constitucionais em particular, sendo poss"vel, portanto, proceder 6
distino entre normas constitucionais materiais e normas constitucionais
remissivas, 7consoante encerram em si a regulamentao ou a devolvem
para a regulamentao constante de outras normasE. Aomo no poderia
dei(ar de ser, fenmeno semelhante ocorre com as normas contidas nas
diversas Aonstitui#es 'staduais.
Z comum o poder constituinte decorrente fazer constar das Aonstitui#es
'staduais um significativo nmero de proposi#es $ur"dicas remissivas 6
1K5
Aonstituio 4ederal. ; uso de tais f5rmulas acaba por revelar muitas
vezes a inteno da!uele constituinte de transpor para o plano
constitucional estadual a mesma disciplina normativa e(istente para uma
determinada matria no plano constitucional federal.
9iante dessa constatao, coloca1se o problema de saber se tais
proposi#es $ur"dicas remissivas constantes das Aonstitui#es 'staduais
configuram parBmetro normativo idneo para o efeito de se proceder, em
face delas, ao controle da legitimidade de leis ou atos normativos estaduais
ou municipais perante os 3ribunais de ^ustia dos 'stados.
@ma das dificuldades encontradas radica no fato de !ue, para se revelar o
contedo normativo da norma estadual de remisso, em face da !ual se
impugna a lei ou ato normativo local, seria necessrio valer1se antes do%s&
dispositivo%s& da Aonstituio 4ederal mencionado%s& ou remetido%s&.
Nesses termos, a norma constitucional estadual no possuiria contedo
pr5prio, por no revelar sentido normativo autnomo.
%...& Nesta hip5tese, a !uesto !ue se coloca pode ser assim formuladaW seria
poss"vel impugnar por meio de ao direta, perante 3ribunal de ^ustia, lei
ou ato normativo local por violao ao princ"pio da isonomia previsto na
Aonstituio 4ederal e ao !ual, segundo a!uela proposio remissiva
genrica, a Aonstituio do 'stado1membro faz refer)nciai
8 Su'remo @ribunal 7ederal en%rentou essa questo no ,ul*amento do
?= nA 143.416LEA, ?e. Nin. Naur$cio >orr+a, 0G 1.M.1666, diante de norma
remissiva constante da >onstituio do =stado da Eahia (art. 45F), que
'ossui o se*uinte teor: 7; sistema tributrio estadual obedecer ao disposto
na Aonstituio 4ederal, em leis complementares federais, em resolu#es do
2enado 4ederal, nesta Aonstituio e em leis ordinriasE. Ca ocasio, o
@ribunal entendeu que tal norma no 'oderia %i*urar como 'ar<metro de
controle de constitucionalidade 'erante o @ribunal de Gustia estadual. 8
,ul*ado est# assim ementado:
7'H'N3AW A;N3:;8' AO23:A3; 9' A;N23=3@A=;NA8=9A9' 9'
8'= H@N=A=PA8. P:'22@P;23;2. P=P_3'2' 9' N;:HA2 ?@'
4A`'H H':A :'H=22D; 4;:HA8 A;2 P:=NAFP=;2 3:=O@3M:=;2
A;N23=3@A=;NA=2. =HP;22=O=8=9A9'. *. A simples refer)ncia aos
princ"pios estabelecidos na Aonstituio 4ederal no autoriza o e(erc"cio
do controle abstrato da constitucionalidade de lei municipal por este
3ribunal. -. ; a$uizamento de ao direta de inconstitucionalidade perante
esta Aorte s5 permitido se a causa de pedir consubstanciar norma da
Aonstituio 'stadual !ue reproduza princ"pios ou dispositivos da Aarta da
:epblica. .. A hip5tese no se identifica com a $urisprud)ncia desta Aorte
!ue admite o controle abstrato de constitucionalidade de ato normativo
municipal !uando a Aonstituio 'stadual reproduz literalmente os
preceitos da Aarta 4ederal. 0. :ecurso e(traordinrio conhecido e provido
para declarar o autor carecedor do direito de ao.E
Oorm, esse 'osicionamento %oi su'erado no ,ul*amento da ?>; nA
733LEA, na qual o @ribunal, 'or unanimidade de votos, se*uiu o voto do
Ninistro lmar Balvo, relator, no sentido de que as normas 'ertencentes
>onstituio estadual, que remetem disci'lina de determinada matria na
>onstituio 7ederal, 'odem servir de 'ar<metro de controle abstrato de
constitucionalidade no <mbito estadual. Co caso, tratava"se do art. Ko, caput,
da >onstituio do =stado do Oiau$, que 'ossui o se*uinte teor: 7; 'stado
1KK
assegura, no seu territ5rio e nos limites de sua compet)ncia, a
inviolabilidade dos direitos e garantias fundamentais !ue a Aonstituio
4ederal confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pa"sE.
Sobre o acerto desse novo 'osicionamento do @ribunal, ;eo ;eonca tece os
se*uintes coment#rios, em an#lise cr$tica da deciso 'ro%erida anteriormente
no ?= nA 143.416:
7'm face de tal deciso %proferida no :' nd -*..*-/&, convm perguntar se
o uso de normas remissivas pelo constituinte estadual, para disciplinar
determinada matria !ue em outras normas elaboradas pelo constituinte
federal $ teve sua disciplina amplamente formulada, inviabiliza a defesa
processual da!uelas, em controle abstrato, perante o 3ribunal de ^ustia.
Para resolver essa !uesto, preciso desenvolver um pouco mais a noo
de norma $ur"dica remissiva, para, ao final, tecerem1se algumas conclus#es
a respeito. Para isso, far1se1 uso dos conhecimentos dispon"veis em teoria
geral do direito.
A remisso por meio de proposi#es $ur"dicas um recurso tcnico1
legislativo de !ue o legislador se vale para evitar repeti#es incmodas.
Proposi#es $ur"dicas dessa natureza 7remetem, tendo em vista um
elemento da previso normativa ou a conse!j)ncia $ur"dica, para outra
proposio $ur"dicaE. 9a" por!ue tais proposi#es serem consideradas
como proposi#es $ur"dicas incompletas.
Aonsideradas isoladamente, tais proposi#es carecem de maior significado,
apenas o ad!uirindo em unio com outras proposi#es $ur"dicas. 9a" se
afirmar !ue as proposi#es $ur"dicas incompletas so apenas partes de
outras proposi#es normativas.
Para 8arenz, 7ftgodas as proposi#es deste gnero so frases
gramaticalmente completas, mas so, en!uanto proposi#es $ur"dicas,
incompletasE. No obstante, tais normas so vlidas, so tidas como direito
vigente, recebendo sua fora constitutiva, fundamentadora de
conse!u)ncias $ur"dicas, !uando em cone(o com outras proposi#es
$ur"dico1normativas. 'sse carter incompleto das proposi#es $ur"dicas
remissivas remete ainda a uma outra classificao doutrinria. Nesse
sentido, outra dicotomia !ue merece ateno a relativa 6s normas
autnomas e 6s normas no autnomas ou dependentes, 7consoante valem
por si, cont)m todos os elementos de uma norma $ur"dica, ou somente valem
integradas ou con$ugadas com outrasE. 9esse modo, normas autnomas
7so as !ue t)m por si um sentido fnormativog completoE e no autnomas
ou dependentes as !ue 7e(igem a combinao com outrasE.
@ma proposio autnoma 7basta1se a si pr5pria, tem nos seus termos
todos os elementos necessrios para a definio do seu alcance normativoE.
Por outro lado, uma proposio no autnoma 7no contm todos esses
elementosE, devendo ser cone(ionada com outra proposio $ur"dica 7para
!ue o comando !ue nela se contm fi!ue completoE. =mbricando uma e
outra classificao, poss"vel afirmar !ue apenas as normas materiais
seriam normas autnomas, por!uanto as normas remissivas, por carecerem
dos elementos de uma outra norma $ur"dica com a !ual ganhariam sentido
se e !uando con$ugadas, constituem1se, em ltima anlise, em normas no
autnomas ou dependentes.
A norma constitucional estadual de remisso, na condio de norma
dependente, toma de emprstimo, portanto, um determinado elemento da
norma constitucional federal remetida, no se fazendo completa seno em
combinao com este componente normativo e(terno ao te(to da
Aonstituio 'stadual.
1KM
'ssa circunstBncia, todavia, no retira a fora normativa das normas
constitucionais estaduais de remisso, !ue, uma vez con$ugadas com as
normas 6s !uais se referem, gozam de todos os atributos de uma norma
$ur"dica. Z o !ue se e(trai da seguinte passagem de Tarl 8arenzW
7; serem proposi#es $ur"dicas, se bem !ue incompletas, significa !ue
comungam do sentido de validade da lei, !ue no so proposi#es
enunciativas, mas partes de ordena#es de vig)ncia. 3odavia, a sua fora
constitutiva, fundamentadora de conse!u)ncias $ur"dicas, recebem1na s5 em
cone(o com outras proposi#es $ur"dicasE.
Aom isso, se uma norma estadual ou municipal viola ou no uma
proposio constitucional estadual remissiva, circunstBncia !ue apenas se
saber ap5s a combinao entre norma remissiva e norma remetida, !ue o
!ue vai determinar o alcance normativo do parBmetro de controle a ser
adotado. 'ntretanto, uma vez determinado esse alcance, a anulao da
norma estadual ou municipal por violao a tal parBmetro nada mais do
!ue uma conse!j)ncia da supremacia da Aonstituio 'stadual no Bmbito
do 'stado1membro. 'm outras palavras, as conse!u)ncias $ur"dicas
decorrentes de eventual violao 6 proposio remissiva constante da
Aonstituio 'stadual derivam da pr5pria posio hierr!uico1normativa
superior desta no Bmbito do ordenamento $ur"dico do 'stado1membro, e no
da norma da Aonstituio 4ederal a !ue se faz refer)ncia.
Assim, se as proposi#es remissivas constantes das diversas Aonstitui#es
'staduais, apesar de seu carter dependente e incompleto, mant)m sua
condio de proposi#es $ur"dicas, no haveria razo para se lhes negar a
condio de parBmetro normativo idneo para se proceder, em face delas,
ao controle abstrato de normas perante os 3ribunais de ^ustia.
'ssa parece ser a tese sub$acente ao entendimento adotado pelo Plenrio do
2upremo 3ribunal 4ederal, !ue, no $ulgamento da :A8 ,.., por
unanimidade de votos, seguiu a orientao do Hin. =lmar Galvo, no
sentido de !ue as normas constitucionais estaduais remissivas 6 disciplina
de determinada matria prevista na Aonstituio 4ederal constituem
parBmetro idneo de controle no Bmbito local.%...&E
Oortanto, tal qual o entendimento adotado na ?>; nA 323 'ara as
hi'-teses de normas constitucionais estaduais que re'rodu(em dis'ositivos
da >onstituio 7ederal, tambm as normas constitucionais estaduais de
car#ter remissivo 'odem com'or o 'ar<metro de controle das a9es diretas
de inconstitucionalidade 'erante o @ribunal de Gustia estadual. 0essa %orma,
tambm aqui no 'oss$vel vislumbrar qualquer a%ronta A0 nA K62LNB,
?el. Nin. Sadnea Sanches (0G 13.K.1663). >om essas considera9es, ne*o
se*uimento 'resente reclamao, 'or ser mani%estamente im'rocedente,
%icando 're,udicado o 'edido de medida liminar (art. 14, P 4, do ?S@7).
Oublique"se.
Arquive"se.
Eras$lia, 17 de setembro de 166M.
Ninistro B;NA? N=C0=S
?elator
1K7
& Obs! % matria estudada neste cap<tulo (sobre as %DIs) aborda
con;ecimento $eral- aplicHvel- em al$uns pontos- a outras (ormas de
controle de constitucionalidade- como %DPF e outras
-III $ AR>UIRSO DE DESCU!PRI!ENTO DE
PRECEITO FUNDA!ENTAL $ ADPF
$ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
*. AR>UIRSO DE DESCU!PRI!ENTO DE PRECEITO FUNDA!ENTAL &
NAI Eq 7662X77
& % %DPF tem previs"o constitucional * art 1U2- _ 1V- CF
& ,ilmar +endes o pai da lei da %DPF e da %DC % lei da %DPF veio para
concreti>ar o disposto no art 1U2- _ 1V- CF Di(erente da %DI e %DC- ?ue #H
e'istiam na prHtica antes das respectivas leis ?ue disciplinaram seus
detal;es
& % %DPF (orma de controle de constitucionalidade para tudo o ?ue n"o
cabe %DI
& % decis"o da %DPF tem e(eito vinculante +ais viHvel ?ue o 4A- pois este
ainda teria ?ue ser remetidos ao Oenado para retirada de circula/"o
Art. 461. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal, 'reci'uamente, a *uarda
da >onstituio, cabendo"lhe:
(...)
P 4. A ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, decorrente
desta >onstituio, ser# a'reciada 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, na %orma
da lei. (@rans%ormado em P 4 'ela =menda >onstitucional n 3, de 47L63LF3)
(...)
OK3ETO DA ADPF!
& Avitar ou reparar les"o a preceito (undamental- resultante de ato #o
Po#er P@b)("o; e ?uando (or relevante o (undamento da controvrsia
constitucional sobre lei ou ato normativo (ederal- estadual ou mun("(0a)4
(n")u=#os os anter(ores D Const(tu(%&o
& B%to do poder pDblicoC n"o ?uer di>er apenas lei % %DPF se aplica
tambm a decretos- portarias- resolu/0es etc
1K2
& 2isa&se- ainda- com a %DPF- ter uma via de acesso mais rHpida ao OKF
& E"o cabe %DI contra leis anteriores = CFX66 Contra elas- cabe %DPF
& O (ato de ;aver %DPF no )rasil- n"o si$ni(ica a ado/"o da teoria da
inconstitucionalidade superveniente da norma- pois a norma ?ue (or
eventualmente a(astada em ra>"o da %DPF n"o serH tida por
inconstitucional- mas apenas n"o serH recepcionada no ordenamento
Im0en#e #esta"ar a eG(stOn"(a #e trOs 0ressu0ostos
fun#amenta(s 0ara o "ab(mento #a ADPF!
g % amea%a ou +(o)a%&o a 0re"e(to fun#amenta)N
h O ato #o Po#er P@b)("o "ausa#or #a )es&oN
i % (neG(stOn"(a #e Wua)Wuer outro me(o ef("a< #e
sanar a )es(+(#a#e "ausa#a 0e)o Po#er P@b)("o.
& B%to do poder pDblicoC pode ser ?ual?uer coisa! e' ata de reuni"o-
senten/a etc
& Contra sDmula n"o se admite %DPF
$ EG(ste a"2r#&o #o STF #(<en#o Wue n&o , 0oss=+e) e n&o se
0o#e #ef(n(r o "on"e(to #e 0re"e(to fun#amenta). Trata$se
#e T"arta bran"aU 0ara o STF se 0os("(onar4 #e forma ma(s
)(+re4 a"er"a #e temas Wue 1u)ga re)e+antes ou n&o.
Eecessidade de resolver controvrsias #udiciais de maneira clere- sem
esperar ?ue os casos concretos c;e$uem ao OKF por meio de 4A
% Nei nq 7662X77 veio re(or/ar- no direito brasileiro- a tend8ncia de
priori>ar&se a #urisdi/"o constitucional abstrata e concentrada- na tentativa
de p:r (im a inDmeras demandas individuais- sub#etivas e concretas
absolutamente id8nticas- cu#os resultados- muitas ve>es con(litantes-
apenas indu>iriam = desordem social e = inse$uran/a #ur<dica Eesse
sentido- importante destacar trec;o da decis"o pro(erida pelo ministro
OepDlveda Pertence- ?uando do #ul$amento da %DC nq 1XDF!
/=sta conviv+ncia rentre o sistema di%uso e o sistema concentrados no se
%a( sem uma 'ermanente tenso dialtica na qual, a meu ver, a e&'eri+ncia
tem demonstrado que ser# inevit#vel o re%oro do sistema concentrado,
sobretudo nos 'rocessos de massa. na multi'licidade de 'rocessos que
inevitavelmente, a cada ano, na din<mica da le*islao, sobretudo da
le*islao tribut#ria e matrias 'r-&imas, levar#, se no se criam
mecanismos e%ica(es de deciso relativamente r#'ida e uni%orme, ao
estran*ulamento da m#quina ,udici#ria, acima de qualquer 'ossibilidade de
sua am'liao e, 'ro*ressivamente, ao maior descrdito da Gustia, 'ela sua
1KF
total inca'acidade de res'onder demanda de centenas de milhares de
'rocessos ri*orosamente id+nticos, 'orque redu(idos a uma s- questo de
direito/.
T Cabe ao Su0remo #(<er4 no "aso "on"reto4 o Wue "onf(gura
0re"e(to fun#amenta)!
AD07 B ]+ ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
QI=S@T8 0= 8?0=N CA A?BjST8 0= 0=S>INO?N=C@8 0=
O?=>=@8 7IC0AN=C@A;
?elator(a): Nin. CH? 0A S;!=?A
Gul*amento: 63L61L1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"67"44"1663 OO"66621 =N=C@ !8;"61434"64 OO"
66664
EMENTA: Ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental. ;ei nA
F221, de 3.41.4FFF, que dis'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da re%erida
medida constitucional. 1. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal o ,u$(o
acerca do que se h# de com'reender, no sistema constitucional brasileiro,
como 'receito %undamental. 3. >abimento da ar*uio de descum'rimento
de 'receito %undamental. Cecessidade de o requerente a'ontar a leso
ou ameaa de o%ensa a 'receito %undamental, e este,
e%etivamente, ser reconhecido como tal, 'elo Su'remo @ribunal 7ederal. 5.
Ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental como instrumento de
de%esa da >onstituio, em controle concentrado. K. Ar*uio de
descum'rimento de 'receito %undamental: distino da ao direta de
inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade. M. 8
ob,eto da ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental h# de ser
/ato do Ooder O)blico/ %ederal, estadual, distrital ou munici'al, normativo ou
no, sendo, tambm, cab$vel a medida ,udicial /quando %or relevante o
%undamento da controvrsia sobre lei ou ato normativo %ederal, estadual ou
munici'al, inclu$dos os anteriores >onstituio/. 7. Ca es'cie, a inicial
a'onta como descum'rido, 'or ato do Ooder =&ecutivo munici'al do ?io de
Ganeiro, o 'receito %undamental da /se'arao de 'oderes/, 'revisto no art.
1A da ;ei Na*na da ?e')blica de 4F22. 8 ato do indicado Ooder =&ecutivo
munici'al veto a'osto a dis'ositivo constante de 'ro,eto de lei a'rovado
'ela ><mara Nunici'al da >idade do ?io de Ganeiro, relativo ao O@I. 2. Co
'rocesso le*islativo, o ato de vetar, 'or motivo de inconstitucionalidade ou
de contrariedade ao interesse ')blico, e a deliberao le*islativa de manter
ou recusar o veto, qualquer se,a o motivo desse ,u$(o, com'9em
'rocedimentos que se ho de reservar es%era de inde'end+ncia dos Ooderes
Ool$ticos em a'reo. F. Co , assim, enquadr#vel, em 'rinc$'io, o veto,
devidamente %undamentado, 'endente de deliberao 'ol$tica do Ooder
;e*islativo " que 'ode, sem're, mant+"lo ou recus#"lo, " no conceito de /ato
do Ooder O)blico/, 'ara os %ins do art. 4A, da ;ei nA F221L4FFF.
m'ossibilidade de interveno anteci'ada do Gudici#rio, " eis que o 'ro,eto
de lei, na 'arte vetada, no lei, nem ato normativo, " 'oder que a ordem
,ur$dica, na es'cie, no con%ere ao Su'remo @ribunal 7ederal, em via de
controle concentrado. 46. Ar*uio de descum'rimento de 'receito
%undamental no conhecida, 'orque no admiss$vel, no caso concreto, em
%ace da nature(a do ato do Ooder O)blico im'u*nado.
1M6
T Eecessidade de demonstrar a ine'ist8ncia de outro meio e(ica> de sanar a
lesividade Para ,ilmar +endes- o princ<pio da subsidiariedade s. deve ser
analisado em rela/"o a outros processos de nature>a ob#etiva!
A0O7 33 N>: Ar*uio de 0escum'rimento de Oreceito 7undamental x
A0O7. Nedida >autelar. Ato re*ulamentar. Autarquia estadual. nstituto de
0esenvolvimento =conVmico"Social do Oar# x 0=SO. ?emunerao de
'essoal. !inculao do quadro de sal#rios ao sal#rio m$nimo. Corma no
rece'cionada 'ela >onstituio de 4F22. A%ronta ao 'rinc$'io %ederativo e ao
direito social %undamental ao sal#rio m$nimo di*no (arts. 7A, inciso !, 4A e
42 da >onstituio). Nedida liminar 'ara im'edir o com'rometimento da
ordem ,ur$dica e das %inanas do =stado. 0receito 7undamental)
par.metro de controle a indicar os preceitos "undamentais passveis
de leso que (usti"iquem o processo e o (ul$amento da ar$uio de
descumprimento. Direitos e $arantias individuais, clusulas p-treas,
princpios sensveis) sua interpretao, vinculao com outros
princpios e $arantia de eternidade. Densidade normativa ou
si$ni"icado especi"ico dos princpios "undamentais. Direito pr-5
constitucional. 6lusulas de recepo da 6onstituio. Derro$ao
do direito pr-5constitucional em virtude de coliso entre este e a
6onstituio superveniente. 0ireito com'arado: desenvolvimento da
,urisdio constitucional e tratamento di%erenciado em cada sistema
,ur$dico. A ;ei nA F.221, de 4FFF, e a e&tenso do controle direto de
normas ao direito 'r"constitucional. 6lusula da subsidiariedade ou
do e%aurimento das inst.ncias. 8ne%istYncia de outro meio e"icaz para
sanar leso a preceito "undamental de "orma ampla, $eral e imediata.
6arter ob(etivo do instituto a revelar como meio e"icaz aquele apto
a solver a controv-rsia constitucional relevante. 6ompreenso do
princpio no conte%to da ordem constitucional $lobal. Atenuao do
si$ni"icado literal do princpio da subsidiariedade quando o
prosse$uimento de aWes nas vias ordinrias no se mostra apto para
a"astar a leso a preceito "undamental./ (A0O7 33"N>, ?el. Nin.
Bilmar Nendes, 0G 6ML62L65).
& O #ul$ado acima (oi a primeira %DPF a ser #ul$ada- momento em Wue
>()mar !en#es "9egou a es0e"(f("ar a)guns "on"e(tos.
& %rt PV- _ 2V- da Nei 7662X77 * trata&se do re?uisito do princ<pio da
subsidiariedade. N&o "aberC ADPF se 9ou+er outro me(o #e
reso)+er o 0rob)ema. Este , o #(+(sor #e Cguas #a ADPF. Y o
Wue tra< ma(or (m0ortIn"(a 0ara a ADPF. A ADPF4 a r(gor4
ser+e 0ara sa)+ar :)(+rar; o STF #a "9u+a #e REs. Esse
0r(n"=0(o #e+erC ser ana)(sa#o em re)a%&o aos #ema(s
0ro"essos #e "ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e.
Na 0rCt("a4 s2 se a1u=<a ADPF Wuan#o n&o "abe ADI.
<ei C.VV!;CC
Art. 5 A 'etio inicial ser# inde%erida liminarmente, 'elo relator, quando
no %or o caso de ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental,
%altar al*um dos requisitos 'rescritos nesta ;ei ou %or ine'ta.
P 4 Co ser# admitida ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental
quando houver qualquer outro meio e%ica( de sanar a lesividade.
1M4
P 1 0a deciso de inde%erimento da 'etio inicial caber# a*ravo, no 'ra(o
de cinco dias.
(;ei F.221LFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ar*uio de
descum'rimento de 'receito %undamental, nos termos do P 4 do art. 461 da
>onstituio 7ederal).
Con(ira&se tambm com trec;o da decis"o do ministro Celso de +ello-
?uando do #ul$amento da %DPF nq 15X2UU1!
/T claro que a mera possibilidade de utilizao de outros meios
processuais no basta, s1 por si, para (usti"icar a invocao do princpio
da subsidiariedade, pois, para que esse postulado possa le$itimamente
incidir, revelar5se5 essencial que os instrumentos disponveis mostrem5
se aptos a sanar, de modo e"icaz, a situao de lesividade. sso si*ni%ica,
'ortanto, que o 'rinc$'io da subsidiariedade no 'ode " e no deve " ser
invocado 'ara im'edir o e&erc$cio da ao constitucional de ar*uio de
descum'rimento de 'receito %undamental, eis que esse instrumento est#
vocacionado a viabili(ar, numa dimenso estritamente ob,etiva, a reali(ao
,urisdicional de direitos b#sicos, de valores essenciais e de 'receitos
%undamentais contem'lados no te&to da >onstituio da ?e')blica. Se assim
no se entendesse, a indevida a'licao do 'rinc$'io da subsidiariedade
'oderia a%etar a utili(ao dessa relevant$ssima ao de $ndole
constitucional, o que re'resentaria, em )ltima an#lise, a inaceit#vel
%rustrao do sistema de 'roteo, institu$do na >arta Ool$tica, de valores
essenciais, de 'receitos %undamentais e de direitos b#sicos, com *rave
com'rometimento da 'r-'ria e%etividade da >onstituio. Da a prudYncia
com que o /upremo Tribunal 7ederal deve interpretar a re$ra inscrita
no art. Gd, o Bd, da <ei nd C.VV!;CC, em ordem a permitir que a
utilizao da nova ao constitucional possa e"etivamente prevenir ou
reparar leso a preceito "undamental, causada por ato do 0oder
0,blicoX.
%lternativamente- o OKF #H recon;eceu a possibilidade de a %DPF ser
recebida como %/"o Direta de Inconstitucionalidade- em ;omena$em ao
princ<pio da (un$ibilidade processual- se observados na %DPF todos os
demais re?uisitos necessHrios = propositura da %DI & Luest"o de Ordem na
%DPF nq 52XP%- rel ministra Allen ,racie
& IH al$uns precedentes recentes admitindo a (un$ibilidade de %DPF para
%DI e vice&versa Os re?uisitos para %DPF s"o mais di(<ceis ?ue os re?uisitos
para a %DI
AD8 e Destinao de 3ecursos
Oor vislumbrar a'arente violao ao dis'osto nos arti*os M4, P 4A, , b, e
4MK, , da >7, o @ribunal re%erendou medida liminar em ao direta de
inconstitucionalidade, a,ui(ada como ar*uio de descum'rimento de
'receito %undamental, 'ro'osta 'elo Bovernador do 0istrito 7ederal contra a
;ei distrital 3.42FL1663 que inclui no calend#rio de eventos o%iciais do
0istrito 7ederal o /Eras$lia Nusic 7estival/. Sus'endeu"se, com e%ic#cia e&
1M1
tunc, at o ,ul*amento %inal da ao, a vi*+ncia do art. 1A e seu 'ar#*ra%o
)nico desse di'loma le*al, que estabelecem, res'ectivamente, que, de %orma
anual, o Ooder =&ecutivo destinar# Secretaria de >ultura, os recursos
necess#rios monta*em e reali(ao do evento, bem como que o a'arato
de se*urana e controle do tr<nsito necess#rio %icaro a car*o da Secretaria
de Se*urana O)blica. Em preliminar, com base no princpio da
"un$ibilidade, con'eceu5se da ar$uio proposta como ao direta de
inconstitucionalidade @<ei C.VV!;CC, art. Gd, S BdA, ante a per"eita
satis"ao dos requisitos e%i$idos & sua propositura @le$itimidade ativa,
ob(eto, "undamentao e pedidoA, reportando5se & orientao "irmada
no (ul$amento da AD07 :! DD;0A @D2= de !.B!.!DDIA. =ntendeu"se que a
norma em questo, de iniciativa %ormulada 'or 0e'utado 0istrital, ao 'rever
destinao de recursos, 'elo Ooder =&ecutivo, 'ara a Secretaria de >ultura,
com vista reali(ao do evento musical, e encar*o da Secretaria de
Se*urana O)blica 'ara o res'ectivo a'arato de se*urana e controle de
tr<nsito, teria usur'ado a com'et+ncia e&clusiva do >he%e do Ooder
=&ecutivo 'ara 'ro,etos de lei orament#ria e de or*ani(ao administrativa.
A0 5426 ?e%erendo"N>L07, rel. Nin. >e(ar Oeluso, 46.3.1646. (A0"
5426)
Os Anunciados das ODmulas do Oupremo n"o podem ser concebidos como
atos do Poder PDblico lesivos a preceito (undamental(%DPF 6U)
O OKF #H admitiu %DPF em (ace de decis"o #udicial (%DPF 11P- %DPF 1J5)!
?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia M 7
O Tribunal, por maioria, negou referendo deciso do Min. Eros Grau que
concedera liminar em argio de descumprimento de preceito fundamental, da
qual relator, proposta pelo Partido Democrtico Trabalhista - PDT contra o
Tribunal Superior Eleitoral - TSE, em ra$)o de decis5es 9udiciais (ue
reconheceram a compet"ncia origin'ria desse tribunal para processar e
9ulgar recursos contra a expedi4)o de diplomas decorrentes de elei45es
2ederais e estaduais* A liminar 2ora concedida para o e2eito de sobrestar o
9ulgamento de (ual(uer recurso contra a expedi4)o de diploma ou 2eitos
correlatos por a(uela Corte& at a decis)o do mrito desta A>PF. Sustenta o
argente que essas decises contrariam o disposto nos incisos L, L1V e LV do
art. 5, alm dos textos dos incisos e V do 40 do art. 121, todos da CF, visto
que o encaminhamento de recursos ao TSE pressuporia a existncia de deciso
do tribunal regional competente, resultando vedada Corte Especial a
impugnao do diploma quando no observado esse procedimento. Afirma, ainda,
violao do princpio do juiz natural, uma vez que as aes de que se trata
haveriam de ser propostas nos tribunais regionais, e que a apreciao direta da
impugnao do diploma pelo TSE consubstanciaria supresso da garantia do
duplo grau de jurisdio ordinria. Alega, por fim, a inexistncia de outro meio
processual eficaz para sanar a lesividade apontada. ADPF 167 Referendo em
MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167)
?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; -
+ Tribunal& por maioria& admitiu a a4)o* ?e9eitaram;se& de in6cio& as
preliminares (uanto ao n)o cabimento da A>PF suscitadas pelo Bin* Carlos
Gritto* Entendeu;se mostrar;se pass6vel de veicula4)o em sede de A>PF a
interpreta4)o 9udicial alegadamente violadora de preceitos 2undamentais e
1M3
de n)o ser necess'ria para o cabimento da A>PF aut1noma a demonstra4)o
da exist"ncia de controvrsia 9udicial sobre a (uest)o discutida. O Min.
Marco Aurlio, no ponto, referiu-se condio inscrita no art. 30, V, da Lei
9.882/99 ("Art. 30 A petio inicial dever conter: ... V - se for o caso, a
comprovao da existncia de controvrsia judicial relevante sobre a aplicao do
preceito fundamental que se considera violado."). O Min. Celso de Mello, por sua
vez, aduziu que o fato de a orientao do TSE impugnada nesta ao no ser
controvertida na jurisprudncia daquela Corte, mas antes reiterada e consolidada,
em nada afetaria a alegao de suposta violao a preceitos fundamentais contida
na petio inicial, isso porque o partido argente no fundamentaria o seu pleito
numa suposta insegurana jurdica decorrente de oscilao jurisprudencial do
TSE, e sim sustentaria, na linha do que tambm colocado pelo Min. Eros Grau,
relator, que a orientao questionada ofenderia normas constitucionais no
apenas definidoras da competncia da Justia Eleitoral, mas postulados
impregnados de carter fundamental, tais como o do juiz natural, da representao
popular e do respeito ao devido processo eleitoral. ADPF 167 Referendo em
MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167)
?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; F
?eputou;se& ademais& devidamente observado o princ6pio da
subsidiariedade& por n)o haver outro meio e2ica$ de sanar a lesividade
sustentada aos preceitos 2undamentais. Nessa parte, o Min. Marco Aurlio
observou que quanto alegao de que se poderia interpor recurso
extraordinrio servido por ajuizamento de medida cautelar que lhe pudesse
imprimir efeito suspensivo , tendo em conta o fato de a jurisprudncia do TSE
estar sedimentada h 40 anos no sentido de ser da sua competncia julgar os
recursos manejados contra a expedio, pelos Tribunais Regionais Eleitorais, de
diplomas de investiduras em cargos eletivos de natureza estadual e federal , o
TSE no imprimiria, considerada uma cautelar, a eficcia suspensiva ao apelo
extremo interposto. Registrou, ainda, a jurisprudncia pacfica do TSE, presente o
art. 216 do Cdigo Eleitoral ("Enquanto o Tribunal Superior no decidir o recurso
interposto contra a expedio do diploma, poder o diplomado exercer o mandato
em toda a sua plenitude."), segundo a qual, havendo pronunciamento cessando a
jurisdio do TSE, tem-se o afastamento do cargo. O Min. Celso de Mello,
afirmando que a subsidiariedade no deve ser analisada tendo como foco um
determinado processo especfico, mas sim a tutela da ordem jurdica de forma
global, verificou inexistir no ordenamento processual qualquer outro meio para
sanar a suposta leso a preceito fundamental apontada pelo partido argente,
muito menos no mbito da fiscalizao abstrata de constitucionalidade. O Min.
Gilmar Mendes, Presidente, ao perfilhar essas manifestaes, lembrou que a
Corte firmou orientao, a partir do julgamento da ADPF 33/PA (DJU de
16.12.2005), relativamente leitura que se faz do art. 40, 10, da Lei 9.882/99, no
sentido de que no a simples existncia de um meio outro que afasta a utilizao
da ADPF, porque ela, como processo objetivo, visa sanar, de uma vez por todas, a
leso causada pelo Poder Pblico. Assim, a existncia de mecanismos eventuais
de proteo de carter individual no elidiria a utilizao da ADPF. Quanto a essas
preliminares, ficaram vencidos integralmente o suscitante e os Ministros Cezar
Peluso e Ellen Gracie que consideravam no haver controvrsia jurdica relevante
ou preceito fundamental envolvido e tambm no estar atendido o princpio da
subsidiariedade. Vencido, ainda, o Min. Joaquim Barbosa, parcialmente, que
apenas no vislumbrava a existncia da controvrsia jurdica. ADPF 167
Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167)
?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; K
Em seguida, o Tribunal, de igual modo, afastou a preliminar de no
conhecimento suscitada pelo Advogado Geral da Unio por ausncia de
procurao com poderes especiais e especficos para o ajuizamento da ADPF.
No obstante fazendo meno orientao jurisprudencial da Corte acerca da
matria, no sentido de que so necessrios poderes especficos para o
1M5
ajuizamento da ADPF (AD 2187 QO/BA, DJU de 27.6.2000 e ADPF 110/R3, DJU
de 28.6.2007), afastou-se sua aplicao ao caso sob anlise, concedeu-se o prazo
de 5 dias para a complementao dos elementos faltantes na procurao
apresentada nos autos e deliberou-se prosseguir no exame do referendo da
cautelar, mormente diante do conhecimento de que o procurador seria de fato o
representante da agremiao e, salientando a seriedade da controvrsia, a fim de
permitir que o Tribunal cumprisse a finalidade para a qual se reunira pela segunda
vez. Vencidos, relativamente a essa questo, os Ministros Marco Aurlio, Eros
Grau, relator, Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, que, com base no art. 13 do CPC
("Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representao das
partes, o juiz, suspendendo o processo, marcar prazo razovel para ser sanado o
defeito."), determinavam a baixa dos autos em diligncia para que fosse
devidamente cumprida a regularizao da representao processual antes de se
prosseguir com o julgamento. ADPF 167 Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros
Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167)
?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; ,
Quanto ao referendo da cautelar, reputou-se no estarem presentes os
requisitos autorizadores da sua concesso. No se vislumbrou a plausibilidade
jurdica do pedido, considerada a jurisprudncia pacfica, em torno de 4 dcadas,
assentando a competncia originria do TSE para o julgamento dos recursos
contra a expedio de diplomas decorrentes de eleies federais e estaduais.
Tambm se entendeu que o periculum in mora, no caso, militaria no sentido
inverso, j que, se fossem paralisados os julgamentos em trmite e devolvidos os
processos para os Tribunais Regionais Eleitorais, haveria grande probabilidade de
esses processos no terminarem no curso da durao dos respectivos mandatos.
Alm disso, a manuteno da liminar geraria considervel insegurana jurdica.
Vencidos, quanto ao referendo, os Ministros Eros Grau, relator, Cezar Peluso, e
Gilmar Mendes, que referendavam a cautelar integralmente, asseverando a
razoabilidade jurdica da pretenso, e o Min. Marco Aurlio, que a referendava em
menor extenso, para que os processos que hoje esto originariamente no TSE
fossem remetidos aos Tribunais Regionais Eleitorais para que ocorresse a
seqncia pelos regionais e a interposio, se assim decidissem os prejudicados,
do recurso ordinrio para o TSE. ADPF 167 Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros
Grau, 30.9.2009 e 1.10.2009. (ADPF-167)
-I. $ TYCNICAS DE DECISSO NO CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
*. TYCNICAS DE DECISSO NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:
A; De")ara%&o #e Const(tu"(ona)(#a#e.
K; De")ara%&o #e anu)ab()(#a#e
& Inconstitucionalidade sem pronDncia de Eulidade (e(icHcia e'&nunc ou
prospectiva) Oenten/a Constitutiva Ee$ativa * Como ;armoni>ar diante do
sistema misto de controle] %pelo ao le$islador * lei ainda constitucional
1MK
& Teor(a #a anu)ab()(#a#e #a norma & a teoria ?ue concede e(eitos e'&
nunc (a partir de a$ora)
& Assa declara/"o de inconstitucionalidade ocorrerH sem pronDncia de
nulidade Ou se#a- a normal inconstitucional a partir de a$ora ou a partir
de um determinado momento (uturo Ou ?ue a norma estH em processo de
inconstitucionalidade An?uanto a norma ainda n"o inconstitucional-
c;ama&se de tcnica de apelo ao le$islador
<E8 Nd C.V9V;BCCC:
Art. 17. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo
em vista ra(9es de se*urana ,ur$dica ou de e&ce'cional interesse social,
'oder# o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria de dois teros de seus
membros, restrin*ir os e%eitos daquela declarao ou decidir que ela s- tenha
e%ic#cia a 'artir de seu tr<nsito em ,ul*ado ou de outro momento que venha a
ser %i&ado.
& O arti$o acima trata da previs"o da e(icHcia prospectiva Por e'emplo-
?uando o OKF di> ?ue a inconstitucionalidade de determinada prova
come/arH a valer da?ui a um ano
T %l$uns e'emplos de declara/"o de inconstitucionalidade e'&nunc eXou
prospectiva!
3E BFIF!V ; /0 5 /?+ 0A=<+
?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8
?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8
Gul*amento: 1FL6ML4FF5 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"16"65"1664 OO"66437 =N=C@ !8;"61617"6M OO"
644M5 ?@G !8;"66477"61 OO"6627F
;=B@N0A0= " AST8 /=: 0=;>@8/ " NCS@H?8 ORE;>8 "
0=7=CS8?A ORE;>A " A?@B8 M2 08 >U0B8 0= O?8>=SS8
O=CA; " >A?@A 0A ?=ORE;>A 0= 4F22. A teor do dis'osto no arti*o
435 da >onstituio 7ederal, cabe 0e%ensoria O)blica, instituio essencial
%uno ,urisdicional do =stado, a orientao e a de%esa, em todos os *raus,
dos necessitados, na %orma do arti*o KA, ;::!, da >arta, estando restrita a
atuao do Ninistrio O)blico, no cam'o dos interesses sociais e individuais,
queles indis'on$veis ('arte %inal do arti*o 417 da >onstituio 7ederal).
C>8CS@@I>8CA;0A0= O?8B?=SS!A " !AE;^AST8 08
=:=?>_>8 0= 0?=@8 ASS=BI?A08 >8CS@@I>8CA;N=C@=
" ASSS@DC>A GI?_0>A = GI0>J?A 08S
C=>=SS@A08S " SIESS@DC>A @=NO8?J?A 0A ;=B@NAST8
08 NCS@H?8 ORE;>8. Ao =stado, no que asse*urado
constitucionalmente certo direito, cum're viabili(ar o res'ectivo
e&erc$cio. =nquanto no criada 'or lei, or*ani(ada " e, 'ortanto, 'reenchidos
os car*os 'r-'rios, na unidade da 7ederao " a 0e%ensoria O)blica,
'ermanece em vi*or o arti*o M2 do >-di*o de Orocesso Oenal, estando o
Ninistrio O)blico le*itimado 'ara a ao de ressarcimento nele 'revista.
rrelev<ncia de a assist+ncia vir sendo 'restada 'or -r*o da Orocuradoria
Beral do =stado, em %ace de no lhe com'etir, constitucionalmente, a de%esa
1MM
daqueles que no 'ossam demandar, contratando diretamente 'ro%issional da
advocacia, sem 're,u$(o do 'r-'rio sustento.
& Luando as de(ensorias pDblicas (orem criadas e estiverem (uncionando
devidamente- o art J6 se tornarH inconstitucional E"o se sabe ?uando isso
irH acontecer
Art. M2. As leis dele*adas sero elaboradas 'elo Oresidente da ?e')blica,
que dever# solicitar a dele*ao ao >on*resso Cacional.
P 4 " Co sero ob,eto de dele*ao os atos de com'et+ncia e&clusiva do
>on*resso Cacional, os de com'et+ncia 'rivativa da ><mara dos 0e'utados
ou do Senado 7ederal, a matria reservada lei com'lementar, nem a
le*islao sobre:
" or*ani(ao do Ooder Gudici#rio e do Ninistrio O)blico, a carreira e a
*arantia de seus membros.
" nacionalidade, cidadania, direitos individuais, 'ol$ticos e eleitorais.
" 'lanos 'lurianuais, diretri(es orament#rias e oramentos.
P 1 " A dele*ao ao Oresidente da ?e')blica ter# a %orma de resoluo do
>on*resso Cacional, que es'eci%icar# seu conte)do e os termos de seu
e&erc$cio.
P 3 " Se a resoluo determinar a a'reciao do 'ro,eto 'elo >on*resso
Cacional, este a %ar# em votao )nica, vedada qualquer emenda.
& O apelo ao le$islador ocorre ?uando o OKF marca uma data certa
/8 @ribunal, a'licando e%eitos e& nunc, ,ul*ou 'rocedente 'edido %ormulado
em ao direta 'ro'osta 'elo Oartido da 7rente ;iberal W O7; 'ara declarar a
inconstitucionalidade do art. K4 do Ato das 0is'osi9es >onstitucionais
@ransit-rias da >onstituio do =stado da Oara$ba, que altera os limites
territoriais do Nunic$'io do >onde x v. n%ormativo 534. (...) Gusti%icou"se a
a'licao dos e%eitos e& nunc, em %ace da adoo do rito do art. 41 da ;ei
F.2M2LFF, uma ve( que, na es'cie, a norma hostili(ada 'ermanecera em
vi*or 'or de(esseis anos, 'er$odo em que diversas situa9es ,ur$dicas %oram
consolidadas, notadamente nos <mbitos %inanceiro, tribut#rio e
administrativo, as quais deveriam ser mantidas, sob 'ena de o%ensa
se*urana ,ur$dica./ (A0 3.M4K, ?el. Nin. =llen Bracie, n%ormativo 532).
Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada ; F
O Tribunal, unanimidade, julgou procedente pedido formulado em ao
direta ajuizada pelo Partido dos Trabalhadores - PT para declarar a
inconstitucionalidade da Lei 7.619/2000, do Estado da Bahia que criou o
Municpio de Lus Eduardo Magalhes, decorrente do desmembramento de rea
do Municpio de Barreiras e, por maioria, sem pronunciar a nulidade do ato
impugnado, manteve sua vigncia pelo prazo de 24 meses at que o legislador
estadual estabelea novo regramento - v. nformativo 427. Considerou-se que, no
obstante a inexistncia da lei complementar federal a que se refere o 4 do art.
18 da CF, o aludido Municpio fora efetivamente criado a partir de uma deciso
poltica, assumindo existncia de fato como ente federativo dotado de autonomia
h mais de 6 anos, o que produzira uma srie de efeitos jurdicos, no sendo
1M7
possvel ignorar essa realidade ftica, em respeito ao princpio da segurana
jurdica. Ressaltou-se, entretanto, que a soluo do problema no poderia advir da
simples deciso da improcedncia do pedido formulado, haja vista o princpio da
nulidade das leis inconstitucionais, mas que seria possvel primar pela otimizao
de ambos os princpios por meio de tcnica de ponderao. AD 2240/BA, rel. Min.
Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240).
& Eo caso acima- eventual declara/"o de inconstitucionalidade da lei ?ue
criou o munic<pio $eraria um caos incontornHvel = municipalidade e sua
popula/"o Portanto- tudo dependerH do caso concreto
Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada M K
Asseverou-se que a necessidade de ponderao entre esses princpios
constitui o motivo condutor do desenvolvimento de novas tcnicas de deciso no
controle de constitucionalidade e demonstrou- se ser cada vez mais comum
observar-se o emprego delas no direito comparado. Aduziu-se que, no Brasil,
tambm tem sido reconhecida a insuficincia ou a inadequao da mera pronncia
da nulidade ou cassao da lei para resolver todos os problemas relacionados
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo e que, nesse contexto, a
jurisprudncia do Supremo tem evoludo de forma significativa, especialmente
depois do advento da Lei 9.868/99, cujo art. 27 veio colmatar a lacuna existente no
mbito das tcnicas de deciso no processo de controle de constitucionalidade,
possibilitando que o Tribunal lanasse mo de novas tcnicas de deciso para
mitigao de efeitos da deciso de inconstitucionalidade. AD 2240/BA, rel. Min.
Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240)
Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada M ,
Em seguida, afirmou-se que a norma contida no art. 27 da Lei 9.868/99
tem carter fundamentalmente intemretativo, desde que se entenda que os
conceitos jurdicos indeterminados utilizados segurana jurdica e excepcional
interesse social se revestem de base constitucional, e que, consoante a
interpretao preconizada, o princpio da nulidade somente h de ser afastado se
se puder demonstrar, com base numa ponderao concreta, que a declarao de
inconstitucionalidade ortodoxa envolve o sacrificio da segurana jurdica ou de
outro valor constitucional materializvel sob a forma de interesse social. AD
2240/BA, rel. Min. Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240)
Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada ; 0
Assim, concluiu-se que, no caso, o Tribunal teria a oportunidade de aplicar
o art. 27 da Lei 9.868/99 em sua verso mais ampla, porquanto a declarao de
inconstitucionalidade e, portanto, da nulidade da lei instituidora de nova entidade
federativa, o Municpio, constituiria situao em que as conseqncias da deciso
tomada pela Corte poderiam gerar um verdadeiro caos jurdico, sendo necessria
a adoo de uma frmula que, reconhecendo a inconstitucionalidade da lei
impugnada, em face da remansosa jurisprudncia sobre o tema, resguardasse, na
maior medida possvel, os efeitos por ela produzidos. O Min. Seplveda Pertence
fez ressalva para, no caso concreto de criao de Municpio, achar plausvel a
frmula proposta, em razo de no antever situaes individuais que
pudessem ser atingidas por essa deciso. Vencido, em parte, o Min. Marco
Aurlio, que declarava a nulidade do ato questionado. O Min. Eros Grau, relator,
reajustou seu voto. AD 2240/BA, rel. Min. Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240)
1M2
3
Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada ; N
Na linha da orientao fixada no julgamento da AD 2240/BA, o Tribunal,
unanimidade, julgou procedente o pedido formulado pelo Procurador-Geral da
Repblica em outras duas aes diretas para declarar a inconstitucionalidade da
Lei 6.983/98, do Estado do Mato Grosso que criou o Municpio de Santo
Antnio do Leste, a partir de rea desmembrada do Municpio de Novo So
Joaquim e da Lei 12.294/2002, do Estado de Santa Catarina que anexa ao
Municpio de Monte Carlo a localidade Vila Arlete, desmembrada do Municpio de
Campos Novos e, por maioria, ao no pronunciar a nulidade dos atos
impugnados, manteve sua vigncia pelo prazo de 24 meses at que o legislador
estadual estabelea novo regramento. Vencido, quanto ao ltimo ponto, o Min.
Marco Aurlio, que declarava a nulidade dos atos questionados. O Min. Eros Grau,
relator, reajustou seu voto. AD 3316/MT e AD 3489/SC, rel. Min. Eros Grau,
9.5.2007. (AD-3316) (AD-3489)
Pres(#On"(a #a Re0@b)("a
Casa Civil
ubchefia para !ssuntos "ur#dicos
EBE8>A C+8STCTUCC+8AD 8I ,N& >E 7E >E >EOEBG?+ >E -//E
%crescenta arti$o ao %to das Disposi/0es
Constitucionais Kransit.rias para
convalidar os atos de cri a/"o- ( us"o-
i ncorpora/"o e desmembramento de
+unic<pios
As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3 do art.
60 da Constituio Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:
Art. 1 O Ato das Disposies Constitucionais Transitrias passa a vigorar acrescido do
seguinte art. 96:
$!rt% &6% 'icam conva(idados os atos de cria)*o+ fus*o+ incorpora)*o e
desmembramento de Munic#pios+ cuia (ei tenha sido pub(icada at, -. de de/embro
de 2006+ atendidos os requisitos estabe(ecidos na (egis(a)*o do respectivo 0stado 1
,poca de sua cria)*o%$
%rt 2q Asta Amenda Constitucional entra em vi$or na data de sua
publica/"o )ras<lia- em 7E de de>embro de 2UU6
1MF
& Assa (oi a solu/"o ?ue o OKF encontrou
A !ODULARSO #os efe(tos #a #e"(s&o #e (n"onst(tu"(ona)(#a#e e
a n&o$re"e0%&o
& Impossibilidade de aplicar a teoria da modula/"o dos e(eitos se n"o ;H um
#u<>o de inconstitucionalidade!
3E FIFIDV A$3 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
AB.?=B.C8 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+
3elator@aA) Min. 6E</+ DE ME<<+
2ul$amento) BIBDI;!DD: Er$o 2ul$ador) /e$unda Turma
=N=C@ A: O@I " ?=>I?S8 08 NIC>_O8 QI= EIS>A A
AO;>AST8, C8 >AS8, 0A @H>C>A 0A N80I;AST8 08S
=7=@8S @=NO8?AS 0A 0=>;A?AST8 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= " NO8SSE;0A0=, O=;8 7A@8 0= 8
SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A; CT8 [A!=? O?87=?08
0=>ST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= O=?@C=C@= A8 A@8
=S@A@A; QI=S@8CA08 " GI;BAN=C@8 0A SIO?=NA >8?@=
QI= S= ;N@8I A 78?NI;A?, CA =SOH>=, N=?8 GI_^8
C=BA@!8 0= ?=>=OST8 CT8"?=>=OST8 =
C>8CS@@I>8CA;0A0=: C8S]=S >8C>=@IAS QI= CT8 S=
>8C7IC0=N " ?=>I?S8 08 NIC>_O8 NO?8!08 " ?=>I?S8
0= AB?A!8 C@=?O8S@8 O8? >8C@?EIC@=S " O?=@=C00A
NO8SST8 0= NI;@A " AISDC>A 0= C@I@8
O?8>?AS@CA@U?8 " A@@I0= NA;>8SA QI= CT8 S=
O?=SIN= " CAO;>AE;0A0= 08 A?@. 42 08 >O> " ?=>I?S8
08S >8C@?EIC@=S NO?8!08.
4. >8CS0=?AS]=S S8E?= 8 !A;8? 08 A@8
C>8CS@@I>8CA; " 8S 0!=?S8S B?AIS 0= C!A;0A0= 08
A@8 =N >8C7;@8 >8N A >8CS@@IST8: A@8 C=:S@=C@=u
A@8 CI;8u A@8 ACI;J!=; (>8N =7>J>A /=: @IC>/ 8I >8N
=7>J>A /=: CIC>/)u " 78?NI;AS]=S @=U?>AS " 8 /S@A@IS
QIA=S@8CS/ CA GI?SO?I0DC>A 08 SIO?=N8 @?EICA;
7=0=?A;. 1. N80I;AST8 @=NO8?A; 08S =7=@8S 0A 0=>ST8
0= C>8CS@@I>8CA;0A0=: @H>C>A CAO;>J!=;
QIAC08 S= @?A@A? 0= GI_^8 C=BA@!8 0= ?=>=OST8 0=
A@8S O?H">8CS@@I>8CAS. " A declarao de
inconstitucionalidade reveste"se, ordinariamente, de e%ic#cia /e& tunc/
(?@G 45ML5M4"5M1 " ?@G 4M5LK6M"K6F), retroa*indo ao momento em que
editado o ato estatal reconhecido inconstitucional 'elo Su'remo @ribunal
7ederal. " 8 Su'remo @ribunal 7ederal tem reconhecido,
e&ce'cionalmente, a 'ossibilidade de 'roceder modulao ou limitao
tem'oral dos e%eitos da declarao de inconstitucionalidade, mesmo
quando 'ro%erida, 'or esta >orte, em sede de controle di%uso. Orecedente:
?= 4F7.F47LSO, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??DA (Oleno). " ?evela"se
ina'lic#vel, no entanto, a teoria da limitao tem'oral dos e%eitos, se e
quando o Su'remo @ribunal 7ederal, ao ,ul*ar determinada causa, nesta
176
%ormular ,u$(o ne*ativo de rece'o, 'or entender que certa lei 'r"
constitucional mostra"se materialmente incom'at$vel com normas
constitucionais a ela su'ervenientes. " A no"rece'o de ato estatal 'r"
constitucional, 'or no im'licar a declarao de sua
inconstitucionalidade " mas o reconhecimento de sua 'ura e sim'les
revo*ao (?@G 453L3KK " ?@G 45KL33F) ", descaracteri(a um dos
'ressu'ostos indis'ens#veis utili(ao da tcnica da modulao
tem'oral, que su'9e, 'ara incidir, dentre outros elementos, a necess#ria
e&ist+ncia de um ,u$(o de inconstitucionalidade. " na'licabilidade, ao
caso em e&ame, da tcnica da modulao dos e%eitos, 'or tratar"se de
di'loma le*islativo, que, editado em 4F25, no %oi rece'cionado, no
'onto concernente norma questionada, 'elo vi*ente ordenamento
constitucional. NI;@A 0=S>AEN=C@8 C8>8??DC>A 0=
>8NO8?@AN=C@8 O?8>=SSIA; NA;>8S8. " A mera
inter'osio de recurso no basta, s- 'or si, 'ara autori(ar a %ormulao,
contra a 'arte recorrente, de um ,u$(o de trans*resso ao 'ostulado da
lealdade 'rocessual. Co se 'resume o car#ter malicioso, 'rocrastinat-rio
ou %raudulento da conduta 'rocessual da 'arte que recorre, salvo se se
demonstrar, quanto a ela, de modo inequ$voco, que houve abuso do
direito de recorrer. >om'rovao ine&istente na es'cie.
O 0rob)ema #a "on+(+On"(a entre o "ontro)e #(fuso e o
"on"entra#o no Kras() seguran%a 1ur=#("a G mo#u)a%&o #os efe(tos
#a #e")ara%&o #e (n"onst(tu"(ona)(#a#e.
Quinta-feira, 12 de Junho de 2008
Plen'rio de2ine e2eitos do 9ulgamento sobre pra$os (uanto 3 exig"ncia de
contribui45es sociais
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na tarde desta
quinta-feira (12) modular os efeitos da declaraco de inconstitucionalidade dos
dispositivos que tratam dos prazos de prescrico e decadncia em matria
tributria. Por maioria de votos, o Plenrio decidiu aue a Fazenda Pblica no
pode exigir as contribuices sociais com o aproveitamento dos prazos de 10 anos
previstos nos dispositivos declarados inconstitucionais, na sesso plenria de
ontem. A restrico vale tanto para crditos j ajuizados, como no caso de crditos
aue ainda no so objeto de execuco fiscal. Nesse ponto, a deciso teve eficcia
retroativa, ou seja, a partir da edico da lei*
A modula4)o dos e2eitos da decis)o 2a$ uma ressalva& no
entanto& (uanto aos recolhimentos 9' reali$ados pelos
contribuintes& (ue n)o ter)o direito a restitui4)o& a menos (ue 9'
tenham a9ui$ado as respectivas a45es 9udiciais ou solicita45es
administrativas at a data do 9ulgamento #77 de 9unho%*
Dessa forma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Gilmar Mendes, explicou aue "so legtimos os recolhimentos efetuados nos
prazos previstos nos artigos 45 e 46 e no impugnados antes da concluso deste
julgamento".
Assim, os contribuintes aue ajuizaram aces at ontem (11), data do
julgamento no STF, sero beneficiados com a declaraco de inconstitucionalidade
e devero receber de volta o tributo aue foi recolhido indevidamente. 3 aqueles
174
contribuintes aue no ajuizaram aces at a ltima quarta- feira, no tero direito a
reaver o aue j pagaram.
Ao negar provimento aos Recursos Extraordinrios (REs) 556664,
559882, 559943 e 560626, na quarta-feira, o Plenrio reconheceu aue apenas lei
complementar pode dispor sobre normas gerais em matria tributria. No caso,
foram considerados inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei Ordinria 8.212/91,
aue haviam fixado em dez anos os prazos decadencial e prescricional das
contribuices da seguridade social, e tambm reconheceram a incompatibilidade
constitucional do pargrafo nico do artigo 5 do Decreto-Lei 1.569/77. Esse
dispositivo determinava aue o arquivamento administrativo das execuces fiscais
de crditos tributrios de pequeno valor seria causa de suspenso do curso do
prazo prescricional.
Essa proposta de modulao, indita no mbito do Supremo, foi feita pelo
presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, e tem o poder de garantir a
necessria seguranca jurdica na resoluo da matria. A Procuradoria da
Fazenda Nacional havia se pronunciado, durante o julgamento de ontem,
alegando aue a questo envolve em torno de R$ 96 bilhes, entre valores j
arrecadados e em vias de cobrana pela Unio com base nas leis declaradas
inconstitucionais.
C; De")ara%&o #e Nu)(#a#e: Senten%a De")arat2r(a
& G a?uela ?ue declara a norma como inconstitucional Pode ser!
TOTAL & eThe inconstitutional statute is not law at alle %do/"o da
teoria no Direito brasileiro * %l(redo )u>aid
& Eeste caso a inconstitucionalidade decorre de v<cio de
iniciativa- nem a san/"o posterior convalida o v<cio de iniciativa
% norma inteira declarada inconstitucional
A'! Nei do ,DF (%$nelo) relativa = $ratuidade em
estacionamentos de s;oppin$s e ;ipermercados Krata&se de lei
?ue re$ula matria de direito civil- o ?ue compet8ncia
privativa da Mni"o- ra>"o pela ?ual essa lei do ,DF serH pass<vel
de inconstitucionalidade total por v<cio de iniciativa
& % inconstitucionalidade em ra>"o da compet8ncia ou da
matria serH total (ou se#a- toda a lei declarada
inconstitucional)
PARCIAL!
& % CF pro<be o veto a parte de arti$o
a; Com redu/"o de te'to;
b; Oem redu/"o de te'to! o Kribunal identi(ica e declara ?ue
determinada interpreta/"o da norma inconstitucional
171
Au)a /6 $
8575H7/5**
& Eessa ;ip.tese- somente a tal interpreta/"o declarada
inconstitucional
D; Inter0reta%&o Conforme D Const(tu(%&o
& G mais uma tcnica de interpreta/"o do ?ue uma tcnica de decis"o
Procura encontrar limites no te'to impu$nado- visando a e'trair dele uma
si$ni(ica/"o normativa ;arm:nica com a Constitui/"o
& G o oposto da anterior (declara/"o de inconstitucionalidade sem redu/"o
de te'to)- apenas do ponto de vista te.rico- pois- na prHtica- o OKF n"o (a>
?ual?uer distin/"o entre a interpreta/"o anterior e essa (orma de
interpreta/"o O ?ue o OKF (a> ressalvar a norma- di>endo ?ue
determinada interpreta/"o constitucional
O OKF n"o (a> distin/"o entre eInterpreta/"o Con(ormee (caso em ?ue a
%DI deveria ser #ul$ada improcedente) e a eDeclara/"o de Eulidade sem
redu/"o de te'toe (?uando a %DI deveria ser #ul$ada procedente) O
problema ?ue a eInterpreta/"o Con(ormee pode ser para adicionar sentido
= norma
2er art 5V- 12III- CF * Blicen/a = $estante sem pre#u<>o do empre$o e
do salHrioC
AD8 BCG9 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 63L65L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G
0A@A"4M"6K"1663 OO"666F6 =N=C@ !8;"61446"64 OO"66413
EMENTA: " 0?=@8 >8CS@@I>8CA;, O?=!0=C>J?8 =
O?8>=SSIA; >!;. ;>=CSA"B=S@AC@=. SA;J?8. ;N@AST8.
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 08 A?@. 45 0A
=N=C0A >8CS@@I>8CA; CA 16, 0= 4K.41.4FF2. A;=BAST8 0=
!8;AST8 A8 0SO8S@8 C8S A?@B8S 3A, !, KA, , 7A, :!, = M6,
P 5A, !, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. 4. 8 le*islador brasileiro, a
'artir de 4F31 e mais claramente desde 4F75, vem tratando o 'roblema da
'roteo *estante, cada ve( menos como um encar*o trabalhista (do
em're*ador) e cada ve( mais como de nature(a 'revidenci#ria. =ssa
orientao %oi mantida mesmo a'-s a >onstituio de 6KL46L4F22, cu,o art.
MA determina: a 'roteo maternidade deve ser reali(ada /na %orma desta
>onstituio/, ou se,a, nos termos 'revistos em seu art. 7A, :!: /licena
*estante, sem 're,u$(o do em're*ado e do sal#rio, com a durao de cento e
vinte dias/. 1. 0iante desse quadro hist-rico, no de se 'resumir que o
le*islador constituinte derivado, na =menda 16LF2, mais 'recisamente em
seu art. 45, ha,a 'retendido a revo*ao, ainda que im'l$cita, do art. 76,
:!, da >onstituio 7ederal ori*in#ria. Se esse tivesse sido o ob,etivo da
norma constitucional derivada, 'or certo a =.>. nA 16LF2 conteria re%er+ncia
e&'ressa a res'eito. =, %alta de norma constitucional derivada, revo*adora
do art. 76, :!, a 'ura e sim'les a'licao do art. 45 da =.>. 16LF2, de
modo a torn#"la insubsistente, im'licar# um retrocesso hist-rico, em matria
social"'revidenci#ria, que no se 'ode 'resumir dese,ado. 3. Ca verdade, se
se entender que a Orevid+ncia Social, doravante, res'onder# a'enas 'or
?y4.166,66 (hum mil e du(entos reais) 'or m+s, durante a licena da
173
*estante, e que o em're*ador res'onder#, so(inho, 'elo restante, %icar#
sobremaneira, %acilitada e estimulada a o'o deste 'elo trabalhador
masculino, ao invs da mulher trabalhadora. =star#, ento, 'ro'iciada a
discriminao que a >onstituio buscou combater, quando 'roibiu di%erena
de sal#rios, de e&erc$cio de %un9es e de critrios de admisso, 'or motivo de
se&o (art. 76, inc. :::, da >.7.L22), 'roibio, que, em subst<ncia, um
desdobramento do 'rinc$'io da i*ualdade de direitos, entre homens e
mulheres, 'revisto no inciso do art. KA da >onstituio 7ederal. =star#,
ainda, conclamado o em're*ador a o%erecer mulher trabalhadora, quaisquer
que se,am suas a'tid9es, sal#rio nunca su'erior a ?y4.166,66, 'ara no ter
de res'onder 'ela di%erena. Co cr$vel que o constituinte derivado, de
4FF2, tenha che*ado a esse 'onto, na chamada ?e%orma da Orevid+ncia
Social, desatento a tais consequ+ncias. Ao menos no de se 'resumir que o
tenha %eito, sem o di(er e&'ressamente, assumindo a *rave res'onsabilidade.
5. A convico %irmada, 'or ocasio do de%erimento da Nedida >autelar,
com adeso de todos os demais Ninistros, %icou a*ora, ao ense,o deste
,ul*amento de mrito, re%orada substancialmente no 'arecer da
Orocuradoria Beral da ?e')blica. K. ?eiteradas as considera9es %eitas nos
votos, ento 'ro%eridos, e nessa mani%estao do Ninistrio O)blico %ederal,
a Ao Direta de 8nconstitucionalidade - (ul$ada procedente, em parte,
para se dar, ao art. BG da Emenda 6onstitucional nd !D, de BI.B!.BCCV,
interpretao con"orme & 6onstituio, e%cluindo5se sua aplicao ao
salrio da licena $estante, a que se re"ere o art. :d, inciso [H888, da
6onstituio 7ederal. M. Olen#rio. 0eciso un<nime.
& Eo caso acima o OKF tin;a ?ue #ul$ar ?ue pa$a (o IEOO ou as empresas)
Kambm tin;a ?ue decidir se a $estante estaria submetida ou n"o ao teto
do IEOO- ou se poderia receber a inte$ralidade de seu salHrio durante a
licen/a maternidade- con(orme o disposto no art 5V- 12III- CF Eo caso em
tela- o OKF criou verdadeira a/"o a(irmativa em (avor das mul;eres- ao
determinar ?ue o IEOO deve pa$ar a inte$ralidade do salHrio durante a
licen/a $estante- pois isso poderia diminuir a contrata/"o de mul;eres no
mercado de trabal;o se esse encar$o (icasse com as empresas
& O entendimento do OKF em rela/"o ao art 1P da emenda nX /5 #a CF
era 0ara #ar uma (nter0reta%&o "onforme 0ara ser eG")u=#a
#esse man#amento "onst(tu"(ona) o benef="(o #a )("en%a
gestante4 a f(m #e n&o 0re1u#("ar #(re(to #as gestantes.
AD8 B:BC ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. G8AQIN EA?E8SA
Gul*amento: 42L6ML1667 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
EMENTA: O=CA; = O?8>=SS8 O=CA;. GI^A08S =SO=>AS.
A?@. F6 0A ;= F.6FFL4FFK. AO;>AE;0A0=. C@=?O?=@AST8
>8C78?N= OA?A =:>;I? AS C8?NAS 0= 0?=@8 O=CA;
NAS 7A!8?J!=S A8 ?HI. 8 art. F6 da lei F.6FFL4FFK determina que
as dis'osi9es da lei dos Gui(ados =s'eciais no so a'lic#veis aos 'rocessos
'enais nos quais a %ase de instruo ,# tenha sido iniciada. =m se tratando de
normas de nature(a 'rocessual, a e&ceo estabelecida 'or lei re*ra *eral
contida no art. 1A do >OO no 'adece de v$cio de inconstitucionalidade.
>ontudo, as normas de direito 'enal que tenham conte)do mais ben%ico aos
rus devem retroa*ir 'ara bene%ici#"los, lu( do que determina o art. KA, :;
da >onstituio %ederal. nter'retao con%orme ao art. F6 da ;ei F.6FFL4FFK
175
'ara e&cluir de sua abran*+ncia as normas de direito 'enal mais %avor#veis
ao rus contidas nessa lei. 8 @ribunal, 'or unanimidade, ,ul*ou 'arcialmente
'rocedente a ao direta, 'ara dar inter'retao con%orme, nos termos do
voto do ?elator.
AD8 FB9V ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. G8AQIN EA?E8SA
Gul*amento: 62L6ML166M Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
=N=C@A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=.
GI^A08S =SO=>AS 7=0=?AS. ;= 46.1KFL1664, A?@. 46.
0SO=CSAE;0A0= 0= A0!8BA08 CAS >AISAS >_!=S.
NO?=S>C0E;0A0= 0A O?=S=CSA 0= A0!8BA08 CAS
>AISAS >?NCAS. AO;>AST8 SIES0J?A 0A ;= F.6FFL4FFK.
C@=?O?=@AST8 >8C78?N= A >8CS@@IST8. H constitucional o
art. 46 da ;ei 46.1KFL1664, que %aculta s 'artes a desi*nao de
re'resentantes 'ara a causa, advo*ados ou no, no <mbito dos ,ui(ados
es'eciais %ederais. Co que se re%ere aos 'rocessos de nature(a c$vel, o
Su'remo @ribunal 7ederal ,# %irmou o entendimento de que a
im'rescindibilidade de advo*ado relativa, 'odendo, 'ortanto, ser a%astada
'ela lei em relao aos ,ui(ados es'eciais. Orecedentes. Oerante os ,ui(ados
es'eciais %ederais, em 'rocessos de nature(a c$vel, as 'artes 'odem
com'arecer 'essoalmente em ,u$(o ou desi*nar re'resentante, advo*ado ou
no, desde que a causa no ultra'asse o valor de sessenta sal#rios m$nimos
(art. 3A da ;ei 46.1KFL1664) e sem 're,u$(o da a'licao subsidi#ria inte*ral
dos 'ar#*ra%os do art. FA da ;ei F.6FFL4FFK. G# quanto aos 'rocessos de
nature(a criminal, em homena*em ao 'rinc$'io da am'la de%esa,
im'erativo que o ru com'area ao 'rocesso devidamente acom'anhado de
'ro%issional habilitado a o%erecer"lhe de%esa tcnica de qualidade, ou se,a, de
advo*ado devidamente inscrito nos quadros da 8rdem dos Advo*ados do
Erasil ou de%ensor ')blico. A'licao subsidi#ria do art. M2, , da ;ei
F.6FFL4FFK. nter'retao con%orme, 'ara e&cluir do <mbito de incid+ncia do
art. 46 da ;ei 46.1KFL1664 os %eitos de com'et+ncia dos ,ui(ados es'eciais
criminais da Gustia 7ederal.
/. EFIC]CIA DAS DECIS^ES NO CONTROLE DE
CONSTITUCIONALIDADE
/.*. Ef("C"(a /r9a Dmnes
& A(icHcia contra todos & a decis"o do OKF passa a ter a (or/a da lei ?ue (oi
retirada
/./. Efe(to .(n"u)ante
& e% e(icHcia $eral e o e(eito vinculante de decis"o- pro(erida pelo Oupremo
Kribunal Federal- em a/"o direta de constitucionalidade ou de
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (ederal- s2 at(ngem os
#ema(s 2rg&os #o Po#er 3u#("(Cr(o e to#os os #o Po#er EGe"ut(+o4
n&o a)"an%an#o o )eg(s)a#or4 Wue 0o#e e#(tar no+a )e( "om (#Ont("o
17K
"onte@#o normat(+o4 sem ofen#er a autor(#a#e #aWue)a #e"(s&o
4essaltou&se ?ue entender de (orma contrHria a(etaria a rela/"o de
e?uil<brio entre o tribunal constitucional e o le$islador- redu>indo o Dltimo a
papel subordinado perante o poder incontrolHvel do primeiro- acarretando
pre#u<>o do espa/o democrHtico&representativo da le$itimidade pol<tica do
.r$"o le$islativo- bem como criando mais um (ator de resist8ncia a produ>ir
o inaceitHvel (en:meno da c;amada (ossili>a/"o da Constitui/"oe (4cl
2J15&%$4- 4el +in Ce>ar Peluso- D@ 2UXUQXUQ);
& IH determina/"o di>endo ?ue todo o Poder @udiciHrio e o Poder A'ecutivo
s"o obri$ados a se$uir a decis"o emitida pelo OKF com e(icHcia erga omnes-
?ue tem e(eito vinculante
& Oe o OKF manda a norma inconstitucional em controle di(uso para ?ue o
Oenado para ?ue este a retire de circula/"o- mas o Oenado n"o retira- resta
ao OKF a alternativa de editar sDmula vinculante Eo controle concentrado
n"o ;H necessidade de (a>er isso- pois nesse tipo de controle #H ;H e(eito
vinculante
& % importYncia do e(eito vinculante consiste em autori>ar o a#ui>amento de
uma reclama/"o perante o OKF O e(eito vinculante pressuposto de
con;ecimento de %DI a#ui>ada perante o OKF
& % decis"o em controle di(uso (e(icHcia inter partes)- n"o tem e(eito
vinculante
T Os fun#amentos #eterm(nantes #a #e"(s&o em regra n&o
+(n"u)am4 o Wue +(n"u)a ser(a a0enas a 0arte #(s0os(t(+a #a #e"(s&o
:#(ferentemente #o Wue a"onte"e na A)eman9a;
& Lue partes da decis"o $eram e(eito vinculante] O ?ue estH inserido dentro
do conceito de e(eito vinculante]
& 4eclama/"o constitucional * aplica&se para apontar al$um ?ue estH
descumprindo decis"o do OKF % reclama/"o pode ser decidida mediante
decis"o monocrHtica do OKF- por isso mais clere ?ue uma %DPF- por
e'emplo
606
Art. 5K2. So requisitos essenciais da sentena:
" o relat-rio, que conter# os nomes das 'artes, a suma do 'edido e da
res'osta do ru, bem como o re*istro das 'rinci'ais ocorr+ncias havidas no
andamento do 'rocesso.
" os %undamentos, em que o ,ui( analisar# as quest9es de %ato e de direito.
" o dis'ositivo, em que o ,ui( resolver# as quest9es, que as 'artes lhe
submeterem.
Arti*o 5MF. Co %a(em coisa ,ul*ada:
" os motivos, ainda que im'ortantes 'ara determinar o alcance da 'arte
dis'ositiva da sentena.
17M
T 4elativi>a/"o pelo OKF! a teoria da TRANSCEND`NCIA DOS !OTI.OS
DETER!INANTES ?uando se recon;ece a e(icHcia vinculante n"o apenas
= parte dispositiva do #ul$ado- mas tambm aos pr.prios (undamentos
(motivos) ?ue embasaram a decis"o
& Teor(a #a trans"en#On"(a #os mot(+os #eterm(nantes (criada pelo
OKF) 2em de encontro (contraria) ao disposto no arti$o PJ7- I do CPC Isso
evidencia ?ue o direito processual constitucional di(erente do direito
processual civil Oe essa teoria n"o (osse poss<vel- a ?uantidade de %DIs ou
%DPFs seria muito maior
& Assa teoria n"o totalmente aceita no OKF Am al$uns casos o OKF a(asta
essa teoria- pois ela s. pode ser aplicada em a/0es e'atamente i$uais-
devendo ser a(astada em casos semel;antes- mas ?ue possuem
particularidades relevantes
& 2er art 65 do %DCK!
AD6T
Art. 27. Oara e%eito do que dis'9em o P 3 do art. 466 da >onstituio
7ederal e o art. 72 deste Ato das 0is'osi9es >onstitucionais @ransit-rias
sero considerados de 'equeno valor, at que se d+ a 'ublicao o%icial das
res'ectivas leis de%inidoras 'elos entes da 7ederao, observado o dis'osto
no P 5 do art. 466 da >onstituio 7ederal, os dbitos ou obri*a9es
consi*nados em 'recat-rio ,udici#rio, que tenham valor i*ual ou in%erior a:
(nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661)
" quarenta sal#rios"m$nimos, 'erante a 7a(enda dos =stados e do 0istrito
7ederal. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661)
" trinta sal#rios"m$nimos, 'erante a 7a(enda dos Nunic$'ios. (nclu$do
'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661)
Pargrafo nico. Se o valor da e&ecuo ultra'assar o estabelecido neste
arti*o, o 'a*amento %ar"se"#, sem're, 'or meio de 'recat-rio, sendo
%acultada 'arte e&equente a ren)ncia ao crdito do valor e&cedente, 'ara
que 'ossa o'tar 'elo 'a*amento do saldo sem o 'recat-rio, da %orma 'revista
no P 3 do art. 466. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661)
& Am reclama/"o perante o OKF- o estado de Oer$ipe- com base na teoria da
transcend8ncia dos motivos determinantes- ar$umentou ?ue os motivos
(avorHveis ao pleito do Piau< tambm poderiam ser aplicados a Oer$ipe- eis
?ue para o estado do Piau< o OKF ;avia autori>ado a estipula/"o de
precat.rio de pe?ueno valor em apenas Q salHrios m<nimos
& Asse re?uisito da transcend8ncia dos motivos determinantes importante
em sede de reclama/"o- pois vai autori>ar o relator a decidir so>in;o
8n"ormativo F:C @3cB5!CV9A
A0 " @ranscend+ncia dos Notivos 0eterminantes " ?eclamao (?cl 1F2M
N>LS=) (@ranscri9es)
?cl 1F2M N>LS=o ?=;A@8?: NC. >=;S8 0= N=;;8 =N=C@A:
7S>A;^AST8 AES@?A@A 0= >8CS@@I>8CA;0A0=.
?=>8C[=>N=C@8, O=;8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A;, 0A
!A;0A0= >8CS@@I>8CA; 0A ;=BS;AST8 08 =S@A08 08
OAI_ QI= 0=7CI, OA?A 8S 7CS 08 A?@. 466, P 3A, 0A
177
>8CS@@IST8, 8 SBC7>A08 0= 8E?BAST8 0= O=QI=C8
!A;8?. 0=>ST8 GI0>A;, 0= QI= 8?A S= ?=>;ANA, QI=
=C@=C0=I C>8CS@@I>8CA; ;=BS;AST8, 0= 0DC@>8
>8C@=R08, =0@A0A O=;8 =S@A08 0= S=?BO=. A;=BA08
0=S?=SO=@8 A8 GI;BAN=C@8, O=;8 SIO?=N8 @?EICA;
7=0=?A;, 0A A0 1.2M2 (OAI_). E[AME DA ]=E/T?+
3E<AT8HA A+ E7E8T+ T3AN/6ENDENTE D+/ M+T8H+/
DETE3M8NANTE/ ]=E D?+ /=0+3TE A+ 2=<4AMENT+, X8N
AM/T3A6T+X, DE 6+N/T8T=68+NA<8DADE += DE
8N6+N/T8T=68+NA<8DADE. D+=T38NA. 03E6EDENTE/.
ADM8//8M8<8DADE DA 3E6<AMA5>?+. MED8DA 6A=TE<A3
DE7E38DA.
DE68/?+: Sustenta"se, nesta sede 'rocessual " 'resentes os motivos
determinantes que substanciaram a deciso que esta >orte 'ro%eriu na A0
1.2M2LO " que o ato, de que ora se reclama, teria desres'eitado a autoridade
desse ,ul*amento 'len#rio, que restou consubstanciado em ac-rdo assim
ementado: /AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;=
K.1K6L1661 08 =S@A08 08 OAI_. O?=>A@U?8S. 8E?BAS]=S 0=
O=QI=C8 !A;8?. >7 , A?@. 466, P 3A, A0>@, A?@. 27. Oossibilidade
de %i&ao, 'elos estados" membros, de valor re%erencial in%erior ao do art.
27 do A0>@, com a redao dada 'ela =menda >onstitucional 37L1661.
Ao direta ,ul*ada im'rocedente./ (A0 1.2M2LO, ?el. 'L o ac-rdo Nin.
G8AQIN EA?E8SA " *ri%ei) 8 lit$*io ,ur$dico"constitucional suscitado
em sede de controle abstrato (A0 1.2M2LO), e&aminado na 'ers'ectiva do
'leito ora %ormulado 'elo =stado de Ser*i'e, 'arece introdu(ir a
'ossibilidade de discusso, no <mbito deste 'rocesso reclamat-rio, do
denominado e%eito transcendente dos motivos determinantes da deciso
declarat-ria de constitucionalidade 'ro%erida no ,ul*amento 'len#rio da ,#
re%erida A0 1.2M2LO, ?el. 'L o ac-rdo Nin. G8AQIN EA?E8SA. >abe
re*istrar, neste 'onto, 'or relevante, que o Olen#rio do Su'remo @ribunal
7ederal, no e&ame %inal da ?cl 4.F27407, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??=A,
e&'ressamente admitiu a 'ossibilidade de reconhecer"se, em nosso sistema
,ur$dico, a e&ist+ncia do %enVmeno da /transcend+ncia dos motivos que
embasaram a deciso/ 'ro%erida 'or esta >orte, em 'rocesso de %iscali(ao
normativa abstrata, em ordem a 'roclamar que o e%eito vinculante re%ere"se,
tambm, 'r-'ria /r$"io decidendiX, pro(etando5se, em conseq^Yncia,
para al-m da parte dispositiva do (ul$amento, Xin abstractoX, de
constitucionalidade ou de inconstitucionalidade. Essa viso do "enUmeno
da transcendYncia parece re"letir a preocupao que a doutrina vem
e%ternando a prop1sito dessa espec"ica questo, consistente no
recon'ecimento de que a e"iccia vinculante no s1 concerne & parte
dispositiva, mas re"ere5se, tamb-m, aos pr1prios "undamentos
determinantes do (ul$ado que o /upremo Tribunal 7ederal ven'a a
pro"erir em sede de controle abstrato, especialmente quando
consubstanciar declarao de inconstitucionalidade, como resulta claro
do ma$ist-rio de 8HE/ 4AND3A DA /8<HA MA3T8N/;48<MA3
7E33E83A MENDE/ @X+ 6ontrole 6oncentrado de
6onstitucionalidadeX, p. FFV;FGI, itens ns. :.F.9.B a :.F.9.F, !DDB,
/araivaA e de A<E[AND3E DE M+3AE/ @X6onstituio do Mrasil
8nterpretada e <e$islao 6onstitucionalX, p. !.GDI;!.GD9, item n. !:.I, !
ed., !DDF, AtlasA. Na realidade, essa preocupao, realada pelo
ma$ist-rio doutrinrio, tem em perspectiva um dado de insupervel
relevo poltico5(urdico, consistente na necessidade de preservar5se, em
sua inte$ralidade, a "ora normativa da 6onstituio, que resulta da
indiscutvel supremacia, "ormal e material, de que se revestem as
normas constitucionais, cu(a inte$ridade, e"iccia e aplicabilidade, por
isso mesmo, 'o de ser valorizadas, em "ace de sua precedYncia,
172
43
autoridade e $rau 'ierrquico, como en"atiza o ma$ist-rio doutrinrio
@A<E[AND3E DE M+3AE/, X6onstituio do Mrasil 8nterpretada e
<e$islao 6onstitucionalX, p. BDC, item n. !.V, !i ed., !DDF, Atlas*
+/pA<D+ <=8N 0A<=, X6ontrole de 6onstitucionalidadeX, p. ID;I:,
BCCC, 3T* 38T8N\A A<N83A /TEHEN/+N, TE368+ /ABH80A8+
7E33AN 23. e MA38A \E<ENA D8N8N, X6onstituio de BCVV)
<e$itimidade, Hi$Yncia e E"iccia e /upremaciaX, p. CV;BDG, BCVC, Atlas*
AND3E 3AM+/ TAHA3E/, XTribunal e 2urisdio 6onstitucionalX,
p. V;BB, item n. !, BCCV, 6elso Mastos Editor* 6<hME3/+N BH8E3<8N
6<hHE, XA 7iscalizao Abstrata de 6onstitucionalidade no Direito
MrasileiroX, p. !BI;!BV, item n. F, BCCI, 3T, v.$.A. 6abe destacar, neste
ponto, tendo presente o conte%to em questo, que assume papel de
"undamental import.ncia a interpretao constitucional derivada das
decisWes pro"eridas pelo /upremo Tribunal 7ederal, cu(a "uno
institucional, de X$uarda da 6onstituioX @67, art. BD!, XcaputXA,
con"ere5l'e o monop1lio da ,ltima palavra em tema de e%e$ese das
normas positivadas no te%to da <ei 7undamental, como tem sido
assinalado, com particular Yn"ase, pela (urisprudYncia desta 6orte
/uprema) [email protected] A interpretao do te%to constitucional pelo /T7 deve
ser acompan'ada pelos demais Tribunais. @...A A no55observ.ncia da
deciso desta 6orte debilita a "ora normativa da 6onstituio. @...A.X
@3E !DF.GCV5A$3;D7, 3el. Min. 48<MA3 MENDE/ q $ri"eiA 8mpende
e%aminar, no entanto, antes de quaisquer outras consideraWes, se se
revela cabvel, ou no, na esp-cie, o empre$o da reclamao, quando
a(uizada em "ace de situaWes de ale$ado desrespeito a decisWes que a
/uprema 6orte ten'a pro"erido em sede de "iscalizao normativa
abstrata. + /upremo Tribunal 7ederal, ao apreciar esse aspecto da
questo, tem en"atizado, em sucessivas decisWes, que a reclamao
reveste5se de idoneidade (urdico5processual, se utilizada com o ob(etivo
de "azer prevalecer a autoridade decis1ria dos (ul$amentos emanados
desta 6orte, notadamente quando impre$nados de e"iccia vinculante)
X+ DE/3E/0E8T+ _ E786Z68A H8N6=<ANTE, DE38HADA DE
DE68/?+ EMANADA D+ 0<ENZ38+ DA /=03EMA 6+3TE,
A=T+38NA + =/+ DA 3E6<AMA>?+. 5 + descumprimento, por
quaisquer (uzes ou Tribunais, de decisWes pro"eridas com e"eito
vinculante, pelo 0lenrio do /upremo Tribunal 7ederal, em sede de
ao direta de inconstitucionalidade ou de ao declarat1ria de
constitucionalidade, autoriza a utilizao da via reclamat1ria, tamb-m
vocacionada, em sua espec"ica "uno processual, a res$uardar e a "azer
prevalecer, no que concerne & /uprema 6orte, a inte$ridade, a
autoridade e a e"iccia subordinante dos comandos que emer$em de
seus atos decis1rios. 0recedente) 3cl B.:!!;32, 3el. Min. 6E</+ DE
ME<<+ @0lenoA.X @3T2 BV:;BIB, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+, 0lenoA
6abe veri"icar, de outro lado, se terceiros q que no intervieram no
processo ob(etivo de controle normativo abstrato q dispWem, ou no, de
le$itimidade ativa para o a(uizamento de reclamao perante o
/upremo Tribunal 7ederal, quando promovida com o ob(etivo de "azer
restaurar o XimperiumX inerente &s decisWes emanadas desta 6orte,
pro"eridas em sede de ao direta de inconstitucionalidade ou de ao
declarat1ria de constitucionalidade. + 0lenrio do /upremo Tribunal
7ederal, a prop1sito de tal questo, ao analisar o alcance da norma
inscrita no art. !V da <ei nd C.V9V;CV @3cl B.VVD5A$3;/0, 3el. Min.
MA=3K68+ 6+33OAA, "irmou orientao que recon'ece, a terceiros,
qualidade para a$ir, em sede reclamat1ria, quando necessrio se torne
asse$urar o e"etivo respeito aos (ul$amentos desta /uprema 6orte,
pro"eridos no .mbito de processos de controle normativo abstrato) [email protected]
<E48T8M8DADE AT8HA 0A3A A 3E6<AMA>?+ NA \80ETE/E
17F
45
DE 8N+M/E3HeN68A D+ E7E8T+ H8N6=<ANTE. 5 Assiste plena
le$itimidade ativa, em sede de reclamao, &quele q particular ou no
q que ven'a a ser a"etado, em sua es"era (urdica, por decisWes de
outros ma$istrados ou Tribunais que se revelem contrrias ao
entendimento "i%ado, em carter vinculante, pelo /upremo Tribunal
7ederal, no (ul$amento dos processos ob(etivos de controle normativo
abstrato instaurados mediante a(uizamento, quer de ao direta de
inconstitucionalidade, quer de ao declarat1ria de constitucionalidade.
0recedente. @...A.X @3T2 BV:;BIB, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+, 0lenoA
HY5se, portanto, que assiste, ao ora reclamante, plena le$itimidade ativa
Xad causamX para "azer instaurar este processo reclamat1rio. 8mpende
veri"icar, a$ora, se a situao e%posta pelo Estado de /er$ipe, na
presente reclamao, pode traduzir, ou no, 'ip1tese de o"ensa &
autoridade da deciso que o /upremo Tribunal 7ederal pro"eriu, com
e%ic#cia vinculante, em sede de %iscali(ao normativa abstrata, no
,ul*amento de ao direta a,ui(ada em %ace de di'loma le*islativo editado
'or outra unidade da 7ederao. 8u, em outras 'alavras, cum're analisar,
'resente o conte&to ora em e&ame, se a /ratio decidendi/, que substancia o
,ul*amento desta >orte 'ro%erido na A0 1.2M2LO, a'resenta"se, ou no,
revestida de e%eito transcendente, em ordem a viabili(ar, 'rocessualmente, a
utili(ao do instrumento reclamat-rio. Oarece"me que sim, ao menos em
,u$(o de estrita delibao, es'ecialmente se considerada a deciso que o
Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal 'ro%eriu na ?cl 4.F27L07, ?el. Nin.
NAI?_>8 >8??=A: /(...) Ausente a e&ist+ncia de 'reterio, que
autori(e o sequestro, revela"se evidente a violao ao conte)do essencial do
ac-rdo 'ro%erido na mencionada ao direta, que 'ossui e%ic#cia er*a
omnes e e%eito vinculante. A deciso do @ribunal, em subst<ncia, teve sua
autoridade desres'eitada de %orma a le*itimar o uso do instituto da
reclamao. [i'-tese a ,usti%icar a transcend+ncia sobre a 'arte dis'ositiva,
dos motivos que embasaram a deciso e dos 'rinc$'ios 'or ela consa*rados,
uma ve( que os %undamentos resultantes da inter'retao da >onstituio
devem ser observados 'or todos os tribunais e autoridades, conte&to que
contribui 'ara a 'reservao e desenvolvimento da ordem constitucional./
(?cl 4.F27L07, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??DA " *ri%ei) =ssa mesma
orientao, que reconhece o car#ter transcendente e vinculante dos
%undamentos determinantes de deciso do Su'remo @ribunal 7ederal,
'ro%erida em sede de controle normativo abstrato, veio a ser rea%irmada no
,ul*amento 'len#rio da ?cl 1.3M3LOA, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S,
quando o eminente ?elator da causa %e( consi*nar, em e&'ressiva 'assa*em
do seu douto voto, o que se se*ue: /(...) Assinale"se que a a'licao dos
%undamentos determinantes de um h leading case i em hi'-teses semelhantes
tem"se veri%icado, entre n-s, at mesmo no controle de constitucionalidade
das leis munici'ais. =m um levantamento 'rec#rio, 'ude constatar que
muitos ,u$(es desta >orte t+m, constantemente, a'licado em caso de
declarao de inconstitucionalidade o 'recedente %i&ado a situa9es id+nticas
re'rodu(idas em leis de outros munic$'ios. @endo em vista o dis'osto no
zca'ute e y 4A"A do arti*o KK7 do >-di*o de Orocesso >ivil, que re(a sobre a
'ossibilidade de o relator ,ul*ar monocraticamente recurso inter'osto contra
deciso que este,a em con%ronto com s)mula ou ,uris'rud+ncia dominante do
Su'remo @ribunal 7ederal, os membros desta >orte v+m a'licando tese
%i&ada em 'recedentes onde se discutiu a inconstitucionalidade de lei, em
sede de controle di%usos emanada 'or ente %ederativo diverso daquele
'rolator da lei ob,eto do recurso e&traordin#rio sob e&ame. Co h# ra(o,
'ois, 'ara dei&ar de reconhecer o e%eito vinculante da deciso 'ro%erida na
A0n. Cesses termos, meu voto no sentido da 'roced+ncia da
'resente reclamao./ (*ri%ei) Assentadas tais 'remissas, 'asso a a'reciar o
'edido de medida cautelar ora %ormulado nesta sede 'rocessual. @rata"se de
126
reclamao, na qual se sustenta que o ato ,udicial ora questionado " emanado
do Gu$(o da Ka !ara do @rabalho de Araca,uLS= " teria desres'eitado a
autoridade da deciso do Su'remo @ribunal 7ederal 'ro%erida no ,ul*amento
%inal da A0 1.2M2LO, ?el. 'L o ac-rdo Nin. G8AQIN EA?E8SA. H que
o Gu$(o da Ka !ara do @rabalho de Araca,uLS=, ao ordenar a e%etivao do
sequestro ora im'u*nado nesta via reclamat-ria, a'oiou"se, 'ara tanto, em
ra(9es, cu,o teor anta*oni(a"se com os %undamentos sub,acentes ao ac-rdo
desta >orte, que, 'ro%erido na re%erida A0 1.2M2LO, invocado como
'aradi*ma de con%ronto 'ela 'arte ora reclamante. =is, no 'onto, o conte)do
da deciso ,udicial ora reclamada (%ls. 53): /Co que res'eita ao 'rocedimento
da e&ecuo mediante dis'ensa do 'recat-rio, veri%ica"se que a matria
encontra"se de%inida nestes autos, nos termos da deciso de %ls. 45ML4K6,
transitada em ,ul*ado con%orme certido de %l. 4K3, revelando"se, 'ortanto,
incab$vel o seu ree&ame. Oor outro lado, considerando que o valor constante
do o%icio requisit-rio de %l. 4M1 e&cede ao limite estabelecido 'ara crditos
de 'equeno valor, %i&ado nos termos do arti*o 27 ao Ato das 0is'osi9es
>onstitucionais @ransit-rias, tendo em vista ainda a mani%estao e&'ressa
do e&equente 'ela ren)ncia da quantia e&ecutada e&cedente a tal limite,
consoante 'etio de %l. 464, e&'ea"se novo o%icio requisitando e&ecutada
o 'a*amento do valor equivalente a 56 sal#rios m$nimos x ?y 46.566,66
(de( mil e quatrocentos reais) em %avor do e&equente, no 'ra(o de M6
(sessenta dias), sob 'ena de sequestro, tudo de acordo com o art. 47, zca'ute e
P 1A da ;ei nA 46.1KFL1664. ntime"se./ (*ri%ei) !+"se, 'ortanto, que o ato
,udicial de que ora se reclama 'arece haver desres'eitado os %undamentos
determinantes da deciso do Su'remo @ribunal 7ederal 'ro%erida no
,ul*amento %inal da A0 1.2M2LO, 'recisamente 'orque, naquela
o'ortunidade, o Olen#rio desta Su'rema >orte reconheceu como
constitucionalmente v#lida, 'ara e%eito de de%inio de 'equeno valor e de
consequente dis'ensa de e&'edio de 'recat-rio, a 'ossibilidade de %i&ao,
'elos =stados" membros, de valor re%erencial in%erior ao do art. 27 do
A0>@, na redao dada 'ela => 37L1661, o que %oi recusado, no entanto, no
<mbito do =stado de Ser*i'e, 'elo -r*o ,udici#rio ora reclamado. Ca
realidade, o caso versado nos 'resentes autos 'arece con%i*urar hi'-tese de
/violao ao conte)do essencial/ do ac-rdo consubstanciador do
,ul*amento da re%erida A0 1.2M2LO, o que caracteri(aria 'oss$vel
trans*resso ao e%eito transcendente dos %undamentos determinantes daquela
deciso 'len#ria emanada do Su'remo @ribunal 7ederal, ainda que 'ro%erida
em %ace de le*islao estranha ao =stado de Ser*i'e, 'arte ora reclamante.
Sendo assim, e 'resentes as ra(9es e&'ostas, de%iro a medida liminar ora
'ostulada (%ls. 67, item !) e, em conseqZ+ncia, sus'endo a e%ic#cia da
deciso reclamada (Orocesso nA 64.6K"4141L66 x Ka !ara do @rabalho de
Araca,uLS= x %ls. 53 e K1), sustando"se a 'r#tica de qualquer outro ato
'rocessual eLou administrativo que se relacione com o questionado ato
decis-rio. >omunique"se, com ur*+ncia, encaminhando"se c-'ia da 'resente
deciso ao Gu$(o da Ka !ara do @rabalho de Araca,uLS=. 1. ?equisitem"se
in%orma9es ilustre autoridade ,udici#ria que ora %i*ura como reclamada
nesta sede 'rocessual (;ei nA 2.632LF6, art. 45, ). Oublique"se. Eras$lia, 44
de maro de 166K. Ninistro >=;S8 0= N=;;8 ?elator o deciso 'endente
de 'ublicao.
3cl BCV: ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< 3E6<AMA>?+
?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA
Gul*amento: 64L46L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"1665 OO"66633 =N=C@ !8;"614K1"64 OO"
666K1
124
EMENTA: 3E6<AMA>?+. 6AM8MENT+. A73+NTA _
DE68/?+ 03+7E38DA NA AD8 B99!5/0. /E]nE/T3+ DE
HE3MA/ 0LM<86A/. O?=>A@U?8. !=C>N=C@8 08 O?A^8
OA?A OABAN=C@8. =N=C0A >8CS@@I>8CA; 36L66.
OA?JB?A78 1A 08 A?@B8 466 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. 4.
Oreliminar. >abimento. Admissibilidade da reclamao contra qualquer ato,
administrativo ou ,udicial, que desa%ie a e&e*ese constitucional consa*rada
'elo Su'remo @ribunal 7ederal em sede de controle concentrado de
constitucionalidade, ainda que a o%ensa se d+ de %orma obliqua. 1. 8rdem de
sequestro de%erida em ra(o do vencimento do 'ra(o 'ara 'a*amento de
'recat-rio alimentar, com base nas modi%ica9es introdu(idas 'ela =menda
>onstitucional 36L1666. 0eciso tida 'or violada " A0 4MM1"SO, Naur$cio
>orr+a, 0G de 4FL6FL1663: Ore,udicialidade da ao re,eitada, tendo em vista
que a su'erveni+ncia da => 36L66 no 'rovocou alterao substancial na
re*ra 'revista no P 1A do arti*o 466 da >onstituio 7ederal. 3.
=ntendimento de que a )nica situao su%iciente 'ara motivar o sequestro de
verbas ')blicas destinadas satis%ao de d$vidas ,udiciais alimentares a
relacionada ocorr+ncia de 'reterio da ordem de 'reced+ncia, a essa no
se equi'arando o vencimento do 'ra(o de 'a*amento ou a no" incluso
orament#ria. 5. Ausente a e&ist+ncia de 'reterio, que autori(e o sequestro,
revela"se evidente a violao ao conte)do essencial do ac-rdo 'ro%erido na
mencionada ao direta, que 'ossui e%ic#cia er*a omnes e e%eito vinculante.
A deciso do @ribunal, em subst<ncia, teve sua autoridade desres'eitada de
%orma a le*itimar o uso do instituto da reclamao. [i'-tese a ,usti%icar a
transcend+ncia sobre a 'arte dis'ositiva dos motivos que embasaram a
deciso e dos 'rinc$'ios 'or ela consa*rados, uma ve( que os %undamentos
resultantes da inter'retao da >onstituio devem ser observados 'or todos
os tribunais e autoridades, conte&to que contribui 'ara a 'reservao e
desenvolvimento da ordem constitucional. I. M-rito. Hencimento do
prazo para pa$amento de 'recat-rio. >ircunst<ncia insu%iciente 'ara
le*itimar a determinao de sequestro. >ontrariedade autoridade da
deciso 'ro%erida na A0 4MM1. ?eclamao admitida e ,ul*ada 'rocedente.
3cl !F9F ; 0A 5 0A3Z
?=>;ANAST8
?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S
Gul*amento: 13L46L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"64"65"166K OO"66667 =N=C@ !8;"6142K"64 OO"
6643F
EMENTA: ?=>;ANAST8. 1. Sequestro de recursos do Nunic$'io de
>a'ito Ooo. 0bitos trabalhistas. 3. A%ronta autoridade da deciso
'ro%erida na A0 4MM1. 5. Admisso de sequestro de verbas ')blicas
somente na hi'-tese de quebra da ordem cronol-*ica. Co equi'arao s
situa9es de no"incluso da des'esa no 8ramento. K. =%eito vinculante das
decis9es 'ro%eridas em ao direta de inconstitucionalda"
de. M. =%ic#cia que transcende o caso sin*ular. 7. Alcance do e%eito
vinculante que no se limita 'arte dis'ositiva da deciso. 2. A'licao das
ra(9es determinantes da deciso 'ro%erida na A0 4MM1. F. ?eclamao que
se ,ul*a 'rocedente.
121
& Oabendo ?ue- alm dos dispositivo- os motivos tambm se prestam para
determinar o e(eito vinculante- sur$e a necessidade de saber identi(icar
bem os motivos relevantes relacionados = ?uest"o discutida
Eecessidade de distin$uir os motivos determinantes da decis"o dos obter
dicta (plural de obter dictum Oi$ni(ica as coisas ditas de passa$em Coisas
?ue (oram (aladas no #ul$ado- mas ?ue n"o veem ao caso)!
E2eito Pinculante e +biter >ictum ; -
O Tribunal, por maioria, negou provimento a agravo regimental interposto
contra deciso que indeferira pedido de medida liminar em reclamao ajuizada
pela Unio, na qual se sustentava que julgado do STJ em que se entendera
que a iseno concedida pela LC 70/91 s sociedades prestadoras de servio no
pode ser revogada por lei ordinria teria ofendido a autoridade da deciso
proferida por esta Corte nos autos da ADC 1/DF (DJU de 6.6.95). Alegava-se, na
espcie, que a deciso proferida pelo STF na citada ADC, cujo efeito vinculante,
teria considerado a LC 70/91 como materialmente ordinria, e apenas formalmente
complementar, estando legitimada, portanto, a sua revogao por meio da Lei
9.430/96 v. nformativo 335. Reportando-se parte dispositiva e ementa do
acrdo proferido na referida ao declaratria, entendeu-se que o Tribunal, no
julgamento da ADC 1/DF, no decidira no sentido de que a LC 70/91 seria
materiahnente lei ordinria ou apenas formahnente complementar, e que a
afirmao de que a mencionada lei complementar seria materialmente ordinria,
constante dos votos do relator e do Min. Carlos Venoso, proferidos naquele
julgados caracterizara-se como obiter dictum, que no integra o dispositivo da
deciso, nem se sujeita ao efeito vinculante. Vencidos os Ministros Gilmar
Mendes, Crmen Lcia, Joaquim Barbosa e Celso de Mello que, salientando que a
referida afirmao constitura premissa essencial que conduzira concluso pela
constitucionalidade dos dispositivos em discusso naquele julgamento, proviam o
recurso, por entender que o alcance do efeito vinculante da deciso no est
limitado a sua parte dispositiva, devendo abranger, tambm, os chamados
"fundamentos determinantes".
Rcl 2475 AgR/MG, rel. orig. Min. Carlos Venoso, rel. p/ o acrdo Min. Marco
Aurlio, 2.8.2007. (Rc1-2475)
& O obter dictum n"o tem e(eito vinculante Ou se#a- obter dictum n"o tem
relevYncia su(iciente capa> de (a>er transcender os motivos para outros
casos semel;antes
& Obs! pela transcend8ncia do e(eito vinculante o #ui> passa a ter ?ue
con;ecer todas as decis0es emitidas pelo OKF- eis ?ue todo o Poder
@udiciHrio deve se$uir as decis0es do OKF
A'! no caso da decis"o do OKF ?ue de(iniu ?ue o candidato ?ue passar e se
classi(icar em concurso dentro do limite de va$as tem direito a nomea/"o-
se o candidato vier a ser pre#udicado pela n"o nomea/"o- poderH in$ressar
com +O- mas serH mel;or in$ressar diretamente com 4eclama/"o perante o
OKF- ar$umentando ?ue a %dministra/"o PDblica n"o estH observando a
decis"o do OKF ?ue tem incid8ncia $eral
123
& Eo entendimento da pro(essa o controle abstrato de constitucionalidade de
lei de teor id8ntico a mesma coisa ?ue a transcend8ncia dos motivos
determinantes
Y 0oss=+e) #e")ara%&o (n"(#enta) #e (n"onst(tu"(ona)(#a#e #e )e(
em Re")ama%&o
& 2er tambm a 4CN 9U1P
3eclamao) 6ontrole Abstrato de 6onstitucionalidade e <ei de Teor
8dYntico @TranscriWesA
?cl 5F27 N>LO=o
?=;A@8?: NC. B;NA? N=C0=S
DE68/?+W 3r$"$*se de rec6$!$=>o- co! 5edido de 6i!in$r- $<%i?$d$
5e6o M%nicQ5io de Pe"ro6in$EPE- e! $ce de decis>o do C%i? d$ i$ V$r$
do Tr$;$64o d$ Co!$rc$ de Pe"ro6in$EPE- 5roerid$ nos $%"os d$
Rec6$!$=>o Tr$;$64is"$ no L1FGG*FLL.*O11*L1*LL*1.
8 rec6$!$n"e n$rr$ '%e- 5or !eio d$ Lei M%nici5$6 no 1.P00- de 10 de
de?e!;ro de FLL1- es"$;e6ece% e! RV 0LL-LL ,no:ecen"os re$is2 o
reerenci$6 de 5e'%eno :$6or 5$r$ ins de $56ic$=>o do $r". 1LL- J Go-
d$ Cons"i"%i=>o Feder$6.
Assi! 5rocedendo- "eri$ e&ercido s%$ $%"ono!i$ 6e#is6$"i:$ 5$r$ $
deini=>o do reerenci$6 de 5e'%eno :$6or- "$6 co!o #$r$n"ido 5e6o $r".
PD do A"o d$s Dis5osi=Mes Cons"i"%cion$is Tr$nsi"Rri$s.
A5es$r disso- $ $%"orid$de rec6$!$d$ "eri$ $$s"$do $ $56ic$=>o dess$
nor!$ !%nici5$6 e- e! sede de rec6$!$=>o "r$;$64is"$- consider$do
co!o de 5e'%eno :$6or %!$ conden$=>o de RV O.F1D-10 ,'%$"ro !i6-
d%?en"os e de?esse"e re$is e sessen"$ e no:e cen"$:os2.
A5Rs- e! GL de <$neiro de FLLD- o M%nicQ5io rec6$!$n"e 5e"iciono% $o
<%Q?o rec6$!$do inor!$ndo $ e&is"9nci$ d$ Lei M%nici5$6 no
1.P00EFLL1. A se#%in"e decis>o oi en">o 5roerid$ ,6. FO2S
kA matria trabalhista regida por lei federal. Portanto, o teto legal para
e(ecuo independe de precat5rioe fi(ado por lei desta natureza.
Assim, considerando1se !ue a lei federal %art. a, do Ato das 9isposi#es
Aonstitucionais 3ransit5rias, acrescido pela 'menda Aonstitucional nd
.,Q-//-& fi(ou o teto em ./ salrios m"nimos, deve este ser observado.
A lei municipal no pode disciplinar matria de atribuio privativa de lei
federal.
Aumpra1se, pois, a ordem e(arada para pagamento.k %fl. -0&.
H contra essa deciso que o reclamante se insur*e.
Ale*a, em s$ntese, que o ato im'u*nado viola os %undamentos determinantes
da deciso 'ro%erida 'elo Su'remo @ribunal 7ederal na A0 no 1.2M2LO,
?el. Nin. >arlos Eritto, ?ed. 'L o ac-rdo Nin. Goaquim Earbosa, 0G
41.44.1665, a qual 'ossui a se*uinte ementa:
125
k'H'N3AW ACD; 9=:'3A 9' =NA;N23=3@A=;NA8=9A9'. 8'=
R.-R/Q-//- 9; '23A9; 9; P=A@F P:'AA3_:=;2. ;O:=GACl'2 9'
P'?@'N; <A8;:. A4, A:3. *//, h .d. A9A3, A:3. a,.
Possibilidade de fi(ao, pelos estados1membros, de valor referencial
inferior ao do art. a, do A9A3, com a redao dada pela 'menda
Aonstitucional .,Q-//-.
Ao direta $ulgada improcedente.k
Cessa ocasio, o S@7 teria %i&ado o entendimento de que os entes da
%ederao t+m liberdade 'ara de%inir o valor de seus dbitos de 'equeno
valor, valor esse que, 'oderia, inclusive, ser in%erior ao 'revisto no art. 27 do
A0>@.
8 reclamante cita, ainda, as decis9es liminares 'ro%eridas 'elo Ninistro
>elso de Nello na ?cl no 1.F2MLS= (0G 42.3.166K) e 'elo Ninistro >e(ar
Oeluso na ?cl no 5.1K6LO= (43.4 11.K.166M) como 'recedentes %avor#veis
sua 'retenso.
Quanto ur*+ncia da 'retenso cautelar ('ericulum in mora), adu( que seria
iminente o bloqueio de verbas ')blicas 'ara a satis%ao do crdito
considerado 'elo ,u$(o reclamado, a seu ver erroneamente, como de 'equeno
valor.
Oede, em car#ter liminar, a sus'enso dos e%eitos da deciso reclamada.
0asso a decidir o pedido de medida liminar.
=m an#lise sum#ria da controvrsia a'resentada nestes autos, entendo
'resentes os requisitos 'ara a concesso da medida liminar.
>reio que tal controv-rsia reside no na concesso de e"eito vinculante
aos motivos determinantes das decisWes em controle abstrato de
constitucionalidade, mas na possibilidade de se analisar, em sede de
reclamao, a constitucionalidade de lei de teor idYntico ou semel'ante &
lei que ( "oi ob(eto da "iscalizao abstrata de constitucionalidade
perante o /upremo Tribunal 7ederal.
A'-s re%letir sobre essa questo, e baseando"me em estudos doutrin#rios que
elaborei sobre o tema, no tenho nenhuma d)vida de que, ainda que no se
em'reste e"iccia transcendente @e"eito vinculante dos "undamentos
determinantesA & deciso, o Tribunal, em sede de reclamao contra
aplicao de lei idYntica &quela declarada inconstitucional, poder
declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade da lei ainda no
atin$ida pelo (uzo de inconstitucionalidade.
?essalto que essa tese no estranha >orte. Co ,ul*amento da ?cl nA
KFK (?el. Nin. Sadnea Sanches), o @ribunal declarou a
inconstitucionalidade de e&'resso contida na al$nea /c/ do inciso do
art. 46M da >onstituio do =stado de Ser*i'e, que outor*ava
com'et+ncia ao res'ectivo @ribunal de Gustia 'ara 'rocessar e ,ul*ar
ao direta de inconstitucionalidade de normas munici'ais em %ace da
>onstituio 7ederal.
=sse entendimento se*ue a tend+ncia da evoluo da reclamao como
ao constitucional voltada *arantia da autoridade das decis9es e da
com'et+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal.
12K
0esde o seu advento, %ruto de criao ,uris'rudencial, a reclamao tem"se
%irmado como im'ortante mecanismo de tutela da ordem constitucional.
6omo - sabido, a reclamao para preservar a competYncia do /upremo
Tribunal 7ederal ou $arantir a autoridade de suas decisWes - "ruto de
criao pretoriana. A"irmava5se que ela decorreria da ideia dos implied
pojers de"eridos ao Tribunal. + /upremo Tribunal 7ederal passou a
adotar essa doutrina para a soluo de problemas operacionais diversos.
A "alta de contornos de"inidos sobre o instituto da reclamao "ez,
portanto, com que a sua constituio inicial repousasse sobre a teoria
dos poderes implcitos.
=m 4FK7 a'rovou"se a incor'orao da ?eclamao no ?e*imento nterno
do Su'remo @ribunal 7ederal.
A >onstituio 7ederal de 4FM7, que autori(ou o S@7 a estabelecer a
disci'lina 'rocessual dos %eitos sob sua com'et+ncia, con%erindo %ora de lei
%ederal s dis'osi9es do ?e*imento nterno sobre seus 'rocessos, acabou
'or le*itimar de%initivamente o instituto da reclamao, a*ora %undamentada
em dis'ositivo constitucional.
>om o advento da >arta de 4F22, o instituto adquiriu, %inalmente, status de
com'et+ncia constitucional (art. 461, , 4). A >onstituio consi*nou, ainda,
o cabimento da reclamao 'erante o Su'erior @ribunal de Gustia (art. 46K,
8, "A, i$ualmente destinada & preservao da competYncia da 6orte e
& $arantia da autoridade das decisWes por ela e%aradas.
6om o desenvolvimento dos processos de ndole ob(etiva em sede de
controle de constitucionalidade no plano "ederal e estadual
@inicialmente representao de inconstitucionalidade e,
posteriormente, AD8, AD8+, AD6 e AD07A, a reclamao, na
qualidade de ao especial, acabou por adquirir contornos
di"erenciados na $arantia da autoridade das decisWes do /upremo
Tribunal 7ederal ou na preservao de sua competYncia.
A (urisprudYncia do /upremo Tribunal, no tocante & utilizao do
instituto da reclamao em sede de controle concentrado de normas,
tamb-m deu sinais de $rande evoluo no (ul$amento da questo de
ordem em a$ravo re$imental na 3el. nd B.VVD, em !F de maio de
!DD!, quando no Tribunal restou assente o cabimento da reclamao
para todos aqueles que comprovarem pre(uzo resultante de decisWes
contrrias &s teses do /T7, em recon'ecimento & e"iccia vinculante
er$a omnes das decisWes de m-rito pro"eridas em sede de controle
concentrado.
A anlise do quadro abai%o transcrito, sobre o n,mero de
representaWes propostas nos anos de BCCD a !DD:, parece indicar
que o re"erido instituto $an'ou si$ni"icativo relevo no .mbito da
competYncia do /T7.
Re")ama%'es Const(tu"(ona(s no Su0remo Tr(buna) Fe#era)
Pro"essos #(str(bu=#os no 0er=o#o #e *LL5 a /55E
%no
processo
E9 de processos %no Eq de
177U 2U 1777 2UU
1771 9U 2UUU Q22
1772 PP 2UU1 226
1779 9J 2UU2 2U2
12M
177P PQ 2UU9 25Q
177Q P7 2UUP P71
177J P7 2UUQ 799
1775 J2 2UUJ 695
1776 25Q 2UU5 Jm
matuali>ada at 9112UU5 Fonte! )ED4IXOKF
?essalte"se, ainda, que a => n. 5KL1665 consa*rou a s)mula vinculante, no
<mbito da com'et+ncia do Su'remo @ribunal, e 'reviu que a sua observ<ncia
seria asse*urada 'ela reclamao (art. 463"A, P 36 x /9o ato
administrativo ou deciso $udicial !ue contrariar a smula aplicvel ou !ue
indevidamente a aplicar, caber reclamao ao 2upremo 3ribunal 4ederal
!ue, $ulgando1a procedente, anular o ato administrativo ou cassar a
deciso $udicial reclamada, e determinar !ue outra se$a proferida com ou
sem aplicao da smula, conforme o caso/).
A tend+ncia hodierna, 'ortanto, de que a reclamao assuma cada ve( mais
o 'a'el de ao constitucional voltada 'roteo da ordem constitucional
como um todo. 8s v#rios -bices aceitao da reclamao em sede de
controle concentrado ,# %oram su'erados, estando a*ora o Su'remo @ribunal
7ederal em condi9es de am'liar o uso desse im'ortante e sin*ular
instrumento da ,urisdio constitucional brasileira.
Cessa 'ers'ectiva, 'arece bastante l-*ica a 'ossibilidade de que, em sede de
reclamao, o @ribunal analise a constitucionalidade de leis cu,o teor
id+ntico, ou mesmo semelhante, a outras leis que ,# %oram ob,eto do controle
concentrado de constitucionalidade 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal.
>omo e&'licado, no se est# a %alar, nessa hi'-tese, de a'licao da teoria da
/transcend+ncia dos motivos determinantes/ da deciso tomada no controle
abstrato de constitucionalidade. @rata"se, isso sim, de um 'oder $nsito
'r-'ria com'et+ncia do @ribunal de %iscali(ar incidentalmente a
constitucionalidade das leis e dos atos normativos. = esse 'oder realado
quando a >orte se de'ara com leis de teor id+ntico quelas ,# submetidas ao
seu crivo no <mbito do controle abstrato de constitucionalidade.
Assim, em relao & lei de teor idYntico &quela que ( "oi ob(eto do
controle de constitucionalidade no /T7, poder5se5, por meio da
reclamao, impu$nar a sua aplicao ou re(eio por parte da
Administrao ou do 2udicirio, requerendo5se a declarao incidental
de sua inconstitucionalidade, ou de sua constitucionalidade, con"orme o
caso.
Ca hi'-tese em e&ame, como ,# acentuado, no estamos a %alar em
/transcend+ncia dos motivos determinantes/ da deciso na A0 nA 1.2M2LO.
Co 'odemos olvidar, no entanto, que h# uma controvrsia constitucional
'osta ao crivo do @ribunal: a com'atibilidade ou no da ;ei Nunici'al nA
4.2FFL166M com o art. 27 do A0>@. =, 'or se tratar de uma questo
constitucional id+ntica quela que %oi ob,eto da A0 nA 1.2M2LO, estou certo
de que o @ribunal no 'ode se %urtar sua an#lise.
Ca A0 nA 1.2M2LO, de relatoria do Ninistro >arlos Eritto, o @ribunal %i&ou
o entendimento de que constitucional a lei da entidade %ederativa que %i&a
valores di%erenciados quele esti'ulado, em car#ter transit-rio, 'elo art. 27,
inciso , do A0>@. =ntendeu"se, assim, que o art. 466, P Ko, da
>onstituio, 'ermite que a lei %i&e valores distintos como re%erencial de
/'equeno valor/ a'to a a%astar a incid+ncia do sistema de 'a*amento, 'or
meio de 'recat-rios, dos dbitos da 7a(enda O)blica.
127
A teleolo*ia das normas constitucionais a de asse*urar a autonomia das
entidades %ederativas, de %orma que =stados e Nunic$'ios 'ossam adequar o
sistema de 'a*amento de seus dbitos s 'eculiaridades %inanceiras locais. 8
re%erencial de /'equeno valor/, 'ara a%astamento da a'licao do sistema de
'recat-rios, dever# ser %i&ado con%orme as es'eci%icidades orament#rias de
cada ente da %ederao.
Oarece claro, da mesma %orma, que essa autonomia do ente %ederativo dever#
res'eitar o 'rinc$'io da 'ro'orcionalidade. H di(er: no 'oder# o =stado ou o
Nunic$'io estabelecer um valor demasiado alm, ou aqum, do que seria o
valor ra(o#vel de /'equeno valor/ con%orme as suas dis'onibilidades
%inanceiras. >ada caso um caso, cu,o ,u$(o de 'ro'orcionalidade 'ressu'9e
a an#lise dos oramentos de cada ente %ederativo. A ;ei do Nunic$'io de
Oetrolina"O= %i&ou um valor de ?y F66,66 (novecentos reais), que me 'arece
bastante ra(o#vel, mesmo se com'arado com os 'ar<metros do art. 27 do
A0>@. ?ecordo, neste 'onto, que, no ,ul*amento da A0 nA 1.2M2LO, o
@ribunal considerou ra(o#vel valor no montante de K (cinco) sal#rios
m$nimos.
Ademais, ainda que o @ribunal no tenha se 'ronunciado e&'ressamente
sobre este t-'ico, a autonomia con"erida aos entes "ederativos pelo art.
BDD, S IR, da 6onstituio e pelo art. V: do AD6T, abran$e, inclusive, a
possibilidade de que o re"erencial de pequeno valor no se(a
necessariamente "i%ado em quantidade de salrios mnimos. 8 art. 27 do
A0>@ dei&a claro que os valores nele estabelecidos t+m vi*+ncia /at !ue
se d) a publicao oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da
7ederaoW. A 6ei de c$d$ en"e d$ eder$=>o 5oder i&$r o%"ros :$6ores
n>o :inc%6$dos $o s$6rio !Qni!o. Oortanto, o re%erencial de 'equeno
valor x ?y F66,66 (novecentos reais) x %i&ado 'ela ;ei Nunici'al nA
4.2FFL166M, 'ara %ins de a'licao do art. 466, P 3, da >onstituio 7ederal,
deve ser res'eitado 'elo Gu$(o da ia !ara do @rabalho da >omarca de
OetrolinaLO=.
>om essas considera9es, de%iro o 'edido de medida liminar 'ara sus'ender
os e%eitos da deciso do Gui( da !ara do @rabalho da >omarca de
OetrolinaLO=, 'ro%erida nos autos da ?eclamao @rabalhista no 64133"
166K"544"6M"66"M.
>omunique"se, com ur*+ncia.
Oublique"se.
?equisitem"se in%orma9es ao Gu$(o da V$r$ do Tr$;$64o d$ Co!$rc$ de
Pe"ro6in$EPE.
A5Rs- d9*se :is"$ dos $%"os 7 Proc%r$dori$*3er$6 d$ Re58;6ic$.
Br$sQ6i$- D de !$r=o de FLLD.
Ninistro 48<MA3 MENDE/
?elator
O (nst(tuto #a Re")ama%&o
& Am caso de inobservYncia do e(eito vinculante pelo #ui> ou pelo Kribunal-
caberH 4eclama/"o ao Oupremo Eo caso de descumprimento da orienta/"o
do Kribunal pelos .r$"os administrativos- caberH impu$na/"o pelos meios
#udiciais cab<veis- podendo inclusive dar ense#o = responsabili>a/"o do
a$ente pDblico
122
& A(eito vinculante si$ni(ica a possibilidade de a#ui>ar reclama/0es perante o
OKF % pessoa (<sica pode a#ui>ar reclama/"o
& % reclama/"o um instituto recente
& A'istia dDvida sobre se a nature>a #ur<dica da reclama/"o seria de a/"o ou
de recurso
& E"o seria viHvel prever a reclama/"o na Constitui/"o estadual- pois
le$islar sobre processo civil compet8ncia e'clusiva da Mni"o %demais- a
CF n"o autori>a ?ue os estados&membros a instituam em suas constitui/0es
% sa<da do OKF (oi di>er ?ue a reclama/"o estH relacionada ao direito de
peti/"o consa$rado aos cidad"os
& O OKF de(iniu ?ue a reclama/"o n"o a/"o nem recurso- mas direito de
peti/"o- desde ?ue ;a#a previs"o le$al autori>ando (previs"o na constitui/"o
estadual ou na lei de or$ani>a/"o #udiciHria- mas n"o o 4e$imento Interno
de Kribunal)
Leg(t(ma#os 0ara a1u(<ar re")ama%&o
& %tualmente- ?ual?uer um do povo ?ue se#a pre#udicado por al$uma
decis"o pode in$ressar diretamente com reclama/"o perante Oupremo-
mediante peti/"o simples
Primeiro entendimento do OKF! s. cabia reclama/"o para ?uem tivesse
sido parte na %DI (rol previsto no arti$o 1U9) ou- ent"o- para ?uem- mesmo
n"o tendo sido parte na %DI- poderia t8&lo sido
3d FC: M65]+ ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
QI=S@T8 0= 8?0=N CA N=00A >AI@=;A? CA ?=>;ANAST8
?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 1KL44L4FF1 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"4FF3 OO"6F7MK =N=C@ !8;"64765"64 OO"
664F7
=N=C@A: ?=>;ANAST8 " BA?AC@A 0A AI@8?0A0= 0=
0=>ST8 O?87=?0A O=;8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A; =N
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
=:>=O>8CA;0A0= 08 S=I >AEN=C@8 " AISDC>A 0=
;=B@N0A0= A@!A " O=008 CT8 >8C[=>08. " +
a(uizamento de ao direta de inconstitucionalidade, perante o
/upremo Tribunal 7ederal, "az instaurar processo ob(etivo, sem
partes, no qual ine%iste lit$io re"erente a situaWes concretas ou
individuais. A natureza eminentemente ob(etiva do controle
normativo abstrato a"asta o cabimento do instituto da reclamao
por inobserv.ncia de deciso pro"erida em ao direta @3cl FIG,
3el. Min. 6E</+ DE ME<<+A. 6oloca5se, contudo, a questo da
conveniYncia de que se atenue o ri$or dessa vedao
(urisprudencial, notadamente em "ace da not1ria insubmisso de
al$uns Tribunais (udicirios as teses (urdicas consa$radas nas
decisWes pro"eridas pelo /upremo Tribunal 7ederal em aWes
diretas de inconstitucionalidade. 5 A e%presso Xparte
interessadaX, constante da <ei n. V.DFV;CD, embora assuma
conte,do amplo no .mbito do processo sub(etivo, abran$endo,
inclusive, os terceiros (uridicamente interessados, devera no
12F
processo ob(etivo de "iscalizao normativa abstrata, limitar5se
apenas aos 1r$os ativa ou passivamente le$itimados a sua
instaurao @67, art. BDFA. 3eclamao que no e de ser
con'ecida, eis que "ormulada por ma$istrados, estran'os ao rol
ta%ativo do art. BDF da 6onstituio.
T +udan/a no entendimento com o %$4 na 4CN 166U (ler o inteiro teor
desse #ul$ado)! o munic<pio pre#udicado poderia a#ui>ar 4eclama/"o-
considerando a(ronta = decis"o pro(erida pelo OKF em sede de %DI]
3cl BVVD A$3 ; /0 5 /?+ 0A=<+
AB.?=B.CA 3E6<AMA>?+
3elator@aA) Min. MA=3K68+ 6+33OA
2ul$amento) D:;BB;!DD! Er$o 2ul$ador) Tribunal 0leno
Oublicao: 0G 0A@A"4F"63"1665 OO"66647 =N=C@ !8;"61455"61 OO"
66125
=N=C@A: ]=E/T?+ DE +3DEM. A>?+ D83ETA DE
8N6+N/T8T=568+NA<8DADE. 2=<4AMENT+ DE MT38T+.
OA?JB?A78 RC>8 08 A?@B8 12 0A ;= F2M2LFF:
>8CS@@I>8CA;0A0=. =7>J>A !C>I;AC@= 0A 0=>ST8.
?=7;=:8S. ?=>;ANAST8. ;=B@N0A0= A@!A. 4. H
constitucional lei ordin#ria que de%ine como de e%ic#cia vinculante os
,ul*amentos de%initivos de mrito 'ro%eridos 'elo Su'remo @ribunal 7ederal
em ao direta de inconstitucionalidade (;ei F2M2LFF, arti*o 12, 'ar#*ra%o
)nico). !. 0ara e"eito de controle abstrato de constitucionalidade de
lei ou ato normativo, h# similitude substancial de ob,etos nas a9es
declarat-ria de constitucionalidade e direta de inconstitucionalidade.
=nquanto a 'rimeira destina"se a%erio 'ositiva de constitucionalidade a
se*unda tra( 'retenso ne*ativa. =s'cies de %iscali(ao ob,etiva que, em
ambas, tradu(em mani%estao de%initiva do @ribunal quanto con%ormao
da norma com a >onstituio 7ederal. 3. A e%ic#cia vinculante da ao
declarat-ria de constitucionalidade, %i&ada 'elo y 1A do arti*o 461 da >arta
da ?e')blica, no se distin*ue, em ess+ncia, dos e%eitos das decis9es de
mrito 'ro%eridas nas a9es diretas de inconstitucionalidade. 5. ?eclamao.
?econhecimento de le*itimidade ativa ad causam de todos que com'rovem
're,u$(o oriundo de decis9es dos -r*os do Ooder Gudici#rios bem como da
Administrao O)blica de todos os n$veis, contr#rias ao ,ul*ado do @ribunal.
Am'liao do conceito de 'arte interessada (;ei 2632LF6, arti*o 43).
?e%le&os 'rocessuais da e%ic#cia vinculante do ac-rdo a ser 'reservado. K.
A'reciado o mrito da A0 4MM1"SO (0G de 36.62.64), est# o Nunic$'io
le*itimado 'ara 'ro'or reclamao. A*ravo re*imental 'rovido.
Antendimento atual! todo e ?ual?uer pre#udicado poderH- por meio da
4eclama/"o- atacar decis"o #udicial ErO K4%EOIK%D% A+ @MN,%DO- ?ue
contrarie ac.rd"o do OKF ?ue possua e(eito vinculante (re$ra $eral!
processos de controle concentrado de constitucionalidade- se#a decis"o
liminar ou de mrito)
1F6
Em outras 0a)a+ras: A Re")ama%&o n&o , su"e#Ineo #a A%&o
Res"(s2r(aooo
& O. cabe reclama/"o se a decis"o ?ue estiver desrespeitando a decis"o do
OKF n"o tiver transitado em #ul$ado Ou se#a- tem ?ue ser a#ui>ada no pra>o
do recurso cab<vel da decis"o- pois a reclama/"o n"o substitui a a/"o
rescis.ria 2er sDmula 59P do OKF
/,mula :FG do /T7 W Co cabe reclamao quando ,# houver transitado em
,ul*ado o ato ,udicial que se ale*a tenha desres'eitado deciso do su'remo
tribunal %ederal.
3cl !FCV ; T+ 5 T+6ANT8N/
?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8
Gul*amento: 6ML46L166K Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oarte(s)
?=>;@=.(S) : [AN;@8C 0= OAI;A E=?CA?08
A0!.(ALS) : [AN;@8C 0= OAI;A E=?CA?08
?=>;08.(ALS) : =S@A08 08 @8>AC@CS
A0!.(ALS) : O?8>I?A08?"B=?A; 08 =S@A08 08 @8>AC@CS
3E6<AMA>?+ " A>U?0T8 O?87=?08 C8 >8C@?8;= >8C"
>=C@?A08 0= >8CS@@I>8CA;0A0= " A0=QIAST8. A
,uris'rud+ncia do @ribunal mostra"se 'ac$%ica quanto 'ossibilidade de
manuseio da reclamao 'ara buscar"se a e%ic#cia de ac-rdo 'rolatado em
'rocesso ob,etivo. ?essalva de entendimento 'essoal. ?=>;ANAST8 "
A>U?0T8 O?87=?08 =N 0DC@>A N=00A. 0escabe %ormali(ar a
reclamao quando se alme,a a observ<ncia de ac-rdo 'ro%erido 'or %ora
de id+ntica medida. ;=B@N0A0= " ?=>;ANAST8 " A>U?0T8
O?8;A@A08 =N O?8>=SS8 8EG=@!8. A (urisprudYncia do
/upremo Tribunal 7ederal, em evoluo, - no sentido de se admitir a
le$itimidade para reclamao de todo e qualquer interessado em ver
prevalecente ac1rdo "ormalizado no controle concentrado de
constitucionalidade. ?essalva de entendimento 'essoal. ?=>;ANAST8 "
A>U?0T8 O?87=?08 CA AST8 0?=@A 0=
C>8CS@@I>8CA;0A0= CA KF2"7L@8 " A;>AC>=. Co h# como
vislumbrar desres'eito ao ac-rdo %ormali(ado na Ao 0ireta de
nconstitucionalidade nA KF2"7L@8, cu,o teor harmoni(a"se com a *losa, em
edital de concurso, de tratamento 're%erencial aos denominados Oioneiros do
@ocantins.
Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011.
Plen'rio reconhece legitimidade do BP estadual para propor reclama4)o no
Supremo*
Aps o voto vista do ministro Ayres Brido proferido na tarde desta quinta-
feira (24), o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente a
Reclamao (RCL) 7358, proposta pelo Ministrio Pblico de So Paulo contra
deciso do Tribunal de Justia daquele estado. A corte estadual teria afrontado o
disposto na Smula Vinculante no 9 do STF, que trata da perda de dias remidos
por apenados. Neste julgamento, os ministros reconheceram a legitimidade do MP
estadual para propor reclamao no Supremo.
No mrito, os ministros seguiram o entendimento da relatora do caso,
ministra Ellen Gracie, para quem a deciso do TJ, ao restabelecer o direito de
1F4
remio do executado apesar do cometimento de falta grave, deciso posterior
edio da Smula Vinculante no 9, desrespeitou realmente o teor do verbete.
Apenas os ministros Celso de Mello e Marco Aurlio discordaram da relatora.
BPE
Em uma discusso preliminar, por maioria de votos, os ministros
reconheceram a legitimidade autnoma do Ministrio Pblico Estadual (MPE) para
propor reclamao perante o Supremo Tribunal Federal. Votaram neste sentido os
ministros Celso de Mello, Marco Aurlio, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e
Cezar Peluso. J a relatora e os ministros Dias Toffoli, Joaquim Barbosa e Crmen
Lcia s reconheciam a competncia do MPE para ajuizar esse tipo de ao na
Corte Suprema com ratificao do procurador-geral da Repblica, nico que teria
competncia para atuar no Supremo, de acordo com a Constituio Federal.
No incio do julgamento, em maro de 2010, a relatora disse entender que
somente o procurador-geral da Repblica teria legitimidade ativa para propor
reclamao perante o STF. O Ministrio Pblico Estadual no estaria legitimado a
atuar na Suprema Corte. Ela foi acompanhada pelo ministro Dias Toffoli.
Discordaram da relatora, na ocasio, os ministros Marco Aurlio, Celso de
Mello e Cezar Peluso.
Na tarde de hoje, votaram seguindo a divergncia os ministros Ayres
Britto, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Em seu voto, o ministro Ayres
Britto falou que o Ministrio Pblico uma instituio gnero, compartimentada em
duas espcies o Ministrio Pblico da Unio e o Ministrio Pblico Estadual. E
que cada uma dessas espcies dotada de autonomia administrativa e funcional.
Segundo ele, seja qual for o agente que oficie neste ou naquele processo, o que
se faz presente o Ministrio Pblico.
O ministro Gilmar Mendes concordou. Ele se manifestou pela competncia
do MPE para ajuizar esse tipo de ao no STF. Para o ministro, no h monoplio
da representao por parte do procurador-geral, nem hierarquia com relao ao
MP estadual. Seria um tipo de tutela do MPE pelo rgo federal, o que
representaria leso ao modelo federativo, concluiu o ministro Gilmar Mendes.
Ao votar no sentido de que a competncia para atuar no STF exclusiva
do procurador- geral, a quem caberia ratificar a reclamao, a ministra Crmen
Lcia disse em seu voto que se baseava na Constituio Federal. O mesmo
entendimento foi declarado pelo ministro Joaquim Barbosa.
Segunda;2eira& -, de abril de -/77*
No cabe reclamao com base em smula sem efeito vinculante.
Com o argumento de que no cabe reclamao tendo como base smula
sem efeito vinculante, o ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF),
negou seguimento Reclamao (RCL) 11235. O autor questionava uma deciso
do Superior Tribunal de Justia, em um caso envolvendo dissoluo judicial, que
segundo ele teria violado a Smula 380 do STF.
A Smula citada afirma que cabvel a dissoluo judicial, com partilha do
patrimnio adquirido pelo esforo do casal, quando comprovada a existncia de
sociedade de fato entre os concubinos.
Em sua deciso, o ministro explicou que a reclamao a ferramenta
processual de preservao da competncia do STF e de garantia da autoridade de
suas decises. Mas as reclamaes, disse o ministro, s podem ser manejadas
com base em decises proferidas pelo STF em aes destinadas ao controle
abstrato de constitucionalidade, ou ainda em processo de ndole subjetiva, desde
que o eventual reclamante dela tenha participado. Ou ainda tendo por base
smulas vinculantes.
1F1
Ao negar seguimento ao pedido, o ministro lembrou que s
caberia reclamao, nesse caso, se o STF tivesse aprovado smula
com efeito vinculante sobre o tema, "o que no ocorreu nos presentes
autos".
& Cuidadot Pois toda decis"o em controle concentrado tem e(eito vinculante-
lo$o cabe reclama/"o Am rela/"o =s sDmulas- s. cabe reclama/"o em (ace
das ?ue t8m e(eito vinculante
T A no+a re#a%&o "onfer(#a 0e)a EC nl6?7/556 ao 0arCgrafo /l #o
art(go *5/!
P 1A As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo Su'remo @ribunal
7ederal, nas a9es diretas de inconstitucionalidade e nas a9es declarat-rias
de constitucionalidade 'rodu(iro e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante,
relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e administrao
')blica direta e indireta, nas es%eras %ederal, estadual e munici'al. (?edao
dada 'ela =menda >onstitucional nA 5K, de 1665).
3edao anterior:
P 1.A As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo Su'remo @ribunal
7ederal, nas a9es declarat-rias de constitucionalidade de lei ou ato
normativo %ederal, 'rodu(iro e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante,
relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e ao Ooder =&ecutivo.
(nclu$do em P 4A 'ela =menda >onstitucional nA 3, de 47L63LF3).
& Por essa reda/"o s. ;avia e(eito vinculante em ;ip.teses de mrito de
%DC O e(eito vinculante cria/"o #urisprudencial- vislumbrada pouco a
pouco em suas decis0es
& %tualmente- recon;ece&se e(eito vinculante em todas as decis0es do OKF
decorrentes de controle concentrado de constitucionalidade
Poss(b()(#a#e #e os esta#os$membros a#otarem a re")ama%&o!
AD8 !!B! ; 6E # 6EA3Z
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. =;;=C B?A>=
Gul*amento: 61L46L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"45"44"1663 OO"66644 =N=C@ !8;"61431"43 OO"
61563
AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@B8 462,
C>S8 !, A;_C=A 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 08 >=A?J
= A?@. 14, C>S8 !, ;=@?A G 08 ?=BN=C@8 08 @?EICA; 0=
GIS@SA ;8>A;. O?=!ST8, C8 bNE@8 =S@A0IA;, 08
CS@@I@8 0A ?=>;ANAST8. CS@@I@8 0= CA@I?=^A
O?8>=SSIA; >8CS@@I>8CA;, S@IA08 C8 bNE@8 08
0?=@8 0= O=@ST8 O?=!S@8 C8 A?@B8 KA, C>S8 :::!,
1F3
A;_C=A A 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. C=:S@DC>A 0=
87=CSA A8 A?@. 11, C>S8 0A >A?@A. 4. A nature(a ,ur$dica da
reclamao no a de um recurso, de uma ao e nem de um incidente
'rocessual. Situa"se ela no <mbito do direito constitucional de 'etio
'revisto no arti*o KA, inciso :::! da >onstituio 7ederal. =m
conseqZ+ncia, a sua adoo 'elo =stado"membro, 'ela via le*islativa local,
no im'lica em invaso da com'et+ncia 'rivativa da Inio 'ara le*islar
sobre direito 'rocessual (art. 11, da >7). 1. A reclamao constitui
instrumento que, a'licado no <mbito dos =stados"membros, tem como
ob,etivo evitar, no caso de o%ensa autoridade de um ,ul*ado, o caminho
tortuoso e demorado dos recursos 'revistos na le*islao 'rocessual,
ine*avelmente inconvenientes quando ,# tem a 'arte uma deciso de%initiva.
!isa, tambm, 'reservao da com'et+ncia dos @ribunais de Gustia
estaduais, diante de eventual usur'ao 'or 'arte de Gu$(o ou outro @ribunal
local. 3. A adoo desse instrumento 'elos =stados" membros, alm de estar
em sintonia com o 'rinc$'io da simetria, est# em conson<ncia com o
'rinc$'io da e%etividade das decis9es ,udiciais. 5. Ao direta de
inconstitucionalidade im'rocedente.
In"ab=+e) a "r(a%&o #e re")ama%&o 0or me(o #e reg(mento (nterno
& 4A PUQU91 Kem de ser por lei e'pressa- ou pela Constitui/"o
E+o)u%&o #a 3ur(s0ru#On"(a #o STF no Wue "on"erne ao efe(to
+(n"u)ante!
Efe(to +(n"u)ante #e )(m(nar em ADC!
AD6 G M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
N=00A >AI@=;A? CA AST8 0=>;A?A@U?A 0= >8CS@@I"
>8CA;0A0=
?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S
Gul*amento: 44L61L4FF2 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"4FFF OO"66661 =N=C@ !8;"64FK4"64 OO"
66664
EMENTA: AST8 0?=@A 0= >8CS@@I>8CA;0A0= 08 A?@. 4A
0A ;= C F.5F5, 0= 46.6F.4FF7, QI= 0S>O;CA A AO;>AST8 0A
@I@=;A AC@=>OA0A >8C@?A A 7A^=C0A ORE;>A. N=00A
>AI@=;A?: >AEN=C@8 = =SOH>=, CA A.0.>. ?=QIS@8S OA?A
SIA >8C>=SST8. 4. 0is'9e o art. 4A da ;ei nA F.5F5, da 46.6F.4FF7:
/Art. 4A . A'lica"se tutela anteci'ada 'revista nos arts. 173 e 5M4 do
>-di*o de Orocesso >ivil, o dis'osto nos arts KA e seu 'ar#*ra%o )nico e art.
7A da ;ei nA 5.352, de 1M de ,unho de 4FM5, no art. 4A e seu P 5A da ;ei nA
K.614, de 6F de ,unho de 4FMM, e nos arts. 4A , 3A e 5A da ;ei nA 2.537, de 36
de ,unho de 4FF1./ 1. Al*umas inst<ncias ordin#rias da Gustia 7ederal t+m
de%erido tutela anteci'ada contra a 7a(enda O)blica, ar*umentando com a
inconstitucionalidade de tal norma. 8utras inst<ncias i*ualmente ordin#rias e
at uma Su'erior " o [email protected]. " a t+m inde%erido, re'utando constitucional o
dis'ositivo em questo. 3. 0iante desse quadro, admiss$vel Ao 0ireta de
1F5
>onstitucionalidade, de que trata a r 'arte do inciso do art. 461 da >.7.,
'ara que o Su'remo @ribunal 7ederal dirima a controvrsia sobre a questo
're,udicial constitucional. Orecedente: A.0.>. n 4. Art. 1MK, !, do >-di*o
de Orocesso >ivil. 5. As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo
Su'remo @ribunal 7ederal, nas A9es 0eclarat-rias de >onstitucionalidade
de lei ou ato normativo %ederal, 'rodu(em e%ic#cia contra todos e at e%eito
vinculante, relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e ao Ooder
=&ecutivo, nos termos do art. 461, P 1A , da >.7. K. =m Ao dessa nature(a,
'ode a >orte conceder medida cautelar que asse*ure, tem'orariamente, tal
%ora e e%ic#cia %utura deciso de mrito. = assim , mesmo sem e&'ressa
'reviso constitucional de medida cautelar na A.0.>., 'ois o 'oder de
acautelar imanente ao de ,ul*ar. Orecedente do [email protected].: ?@G"7ML351. M. [#
'lausibilidade ,ur$dica na ar*uio de constitucionalidade, constante da
inicial (/%umus boni iuris/). Orecedente: A0N> " 4.K7M"4. 7. =st#
i*ualmente atendido o requisito do /'ericulum in mora/, em %ace da alta
conveni+ncia da Administrao O)blica, 'ressionada 'or liminares que,
a'esar do dis'osto na norma im'u*nada, determinam a incor'orao
imediata de acrscimos de vencimentos, na %olha de 'a*amento de *rande
n)mero de servidores e at o 'a*amento imediato de di%erenas atrasadas. =
tudo sem o 'recat-rio e&i*ido 'elo art. 466 da >onstituio 7ederal, e, ainda,
sob as ameaas noticiadas na inicial e demonstradas com os documentos que
a instru$ram. 2. Medida cautelar de"erida, em parte, por maioria de
votos, para se suspender, Xe% nuncX, e com e"eito vinculante, at- o
(ul$amento "inal da ao, a concesso de tutela antecipada contra a
7azenda 0,blica, que ten'a por pressuposto a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade do art. BR da <ei nR C.GCG, de BD.DC.C:, sustando5se,
i$ualmente Xe% nuncX, os e"eitos "uturos das decisWes ( pro"eridas,
nesse sentido.
Efe(to +(n"u)ante #e m,r(to em ADI
& 2er o a$r 4CN 166U.
Efe(to +(n"u)ante #e )(m(nar em ADI
3cl !!I9 ; 3N 5 38+ 43ANDE D+ N+3TE
?=>;ANAST8
?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S
Gul*amento: 44L6FL1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"36"655!DDG 005DDDFG EMENT H+<5D!BGC5DG
005 DD9F:
EMENTA: ?eclamao. 1. Barantia da autoridade de 'rovimento cautelar
na A0 4.736L?C. 3. 0eciso do @ribunal de Gustia do =stado do ?io
Brande do Corte em Nandado de Se*urana. ?eenquadramento de servidor
a'osentado, com e%eitos /e& nunc/. A'osentadoria com 'roventos
corres'ondentes remunerao de classe imediatamente su'erior. 5. 0eciso
que restabelece dis'ositivo cu,a vi*+ncia encontrava"se sus'ensa 'or deciso
do Su'remo @ribunal 7ederal, em sede de cautelar. K. =%ic#cia /er*a omnes/
e e%eito vinculante de deciso cautelar 'ro%erida em ao direta de
inconstitucionalidade. M. ?eclamao ,ul*ada 'rocedente.
1FK
Re")ama%&o e Prote%&o #a Or#em Const(tu"(ona) :Trans"r(%'es; &
4cl QP5UXP%m
?EDAT+?J BC8* GCDBA? BE8>ES
DECISSO: Trata-se de reclamao, com pedido de liminar, ajuizada
pelo Municpio de Moju/PA, em face de diversas decises proferidas pelo
Tribunal Superior do Trabalho, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8
Regio, e pelos Juzes das 1' e 2a Varas do Trabalho de Abaetetuba/PA.
Em despacho de fl. 198, fixei prazo para que o reclamante emendasse
a petio inicial, tendo em vista a evidente impossibilidade de exame do pedido tal
como formulado inicialmente. Eis o teor do despacho:
"Em anlise sumria dos autos, verifico que o Requerente no
individualizou, nem especificou, quais seriam as decises impugnadas de cada
Tribunal e/ou juzos trabalhistas, no havendo como verificar o teor das
referidas decises para fins de verificar a procedncia/improcedncia do pleito
aqui formulado.
Assim sendo, tendo em vista a impossibilidade de se examinar o pedido
na forma como instrudo, fixo o prazo de 10 (dez) dias para que o requerente
emende a petio inicial, delimitando precisamente o objeto desta reclamao,
ou seja, identificando e especificando cada deciso impugnada, com juzo de
origem, nmero do processo, partes, fundamentos e parte dispositiva, assim
como junte aos autos o inteiro teor de cada uma das decises eventualmente
impugnadas, sob pena de indeferimento liminar da petio inicial."
O reclamante, em resposta tempestiva ao referido despacho,
especificou o pedido, identificando um total de 208 (duzentas e oito) decises como
objeto desta reclamao, relacionadas da seguinte forma:
2 (duas) decises em processos distribudos nas la e 2a Varas de
Abaetetuba/PA, com audincias designadas para 24.9.2007 e 26.9.2007;
5 (cinco) em processos em grau de sentena tramitando pelas la e 2a
Varas do Trabalho de Abaetetuba/PA;
29 (vinte e nove) em processos em grau de recurso ordinrio tramitando
no TRT/8a Regio;
61 (sessenta e uma) em processos em grau de recurso de revista
tramitando no TRT/8a Regio;
25 (vinte e cinco) em processos com agravo de instrumento tramitando no
TRT/8a Regio para remessa ao TST;
21 (vinte e uma) em processos do TRT/8a Regio distribudos no TST;
20 (vinte) em processos em fase de execuo nas la e 2a Varas do
Trabalho de Abaetetuba/PA;
45 (quarenta e cinco) em processos em execues do NSS tramitando
pelas la e 2a Varas de Abaetetuba/PA.
>ecido*
O contedo do pedido formulado pelo reclamante, como parece
evidente, torna impraticvel o desenvolvimento regular da presente reclamao.
A reclamao, tal como prevista no art. 102, , "1", da Constituio, e
regulada nos artigos 13 a 18 da Lei n 8.038/90, e nos artigos 156 a 162 do
Regimento nterno do Supremo Tribunal Federal, constitui ao de rito
essencialmente clere, cuja estrutura procedimental, bastante singela, coincide
com o processo do mandado de segurana e de outras aes constitucionais de
rito abreviado.
1FM
A adoo de uma forma de procedimento sumrio especial para a
reclamao tem como razo a prpria natureza desse tipo de ao constitucional,
destinada salvaguarda da competncia e da autoridade das decises do
Tribunal, assim como da ordem constitucional como um todo.
Desde o seu advento, fruto de criao jurisprudencial, a reclamao tem-
se firmado como importante mecanismo de tutela da ordem constitucional.
Como sabido, a reclamao, para preservar a competncia do Supremo
Tribunal Federal ou garantir a autoridade de suas decises, fruto de criao
pretoriana. Afirmava-se que ela decorreria da idia dos implied powers deferidos
ao Tribunal. O Supremo Tribunal Federal passou a adotar essa doutrina para a
soluo de problemas operacionais diversos. A falta de contornos definidos sobre
o instituto da reclamao fez, portanto, com que a sua constituio inicial
repousasse sobre a teoria dos poderes implcitos.
Em 1957, aprovou-se a incorporao da Reclamao no Regimento
nterno do Supremo Tribunal Federal.
A Constituio Federal de 1967, que autorizou o STF a estabelecer a
disciplina processual dos feitos sob sua competncia, conferindo fora de lei
federal s disposies do Regimento nterno sobre seus processos, acabou por
legitimar definitivamente o instituto da reclamao, agora fundamentada em
dispositivo constitucional.
Com o advento da Carta de 1988, o instituto adquiriu, finalmente, status de
competncia constitucional (art. 102, , "1"). A Constituio consignou, ainda, o
cabimento da reclamao perante o Superior Tribunal de Justia (art. 105, , "f"),
igualmente destinada preservao da competncia da Corte e garantia da
autoridade das decises por ela exaradas.
Com o desenvolvimento dos processos de ndole objetiva em sede de
controle de constitucionalidade no plano federal e estadual (inicialmente
representao de inconstitucionalidade e, posteriormente, AD, ADO, ADC e
ADPF), a reclamao, na qualidade de ao especial, acabou por adquirir
contornos diferenciados na garantia da autoridade das decises do Supremo
Tribunal Federal ou na preservao de sua competncia.
Ressalte-se, ainda, que a EC n 45/2004 consagrou a smula vinculante,
no mbito da competncia do Supremo Tribunal, e previu que a sua observncia
seria assegurada pela reclamao (art. 103-A, 3 "Do ato administrativo ou
deciso judicial que contrariar a smula aplicvel ou que indevidamente a aplicar,
caber reclamao ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente,
anular o ato administrativo ou cassar a deciso judicial reclamada, e
determinar que outra seja proferida com ou sem aplicao da smula, conforme o
caso").
A tendncia hodierna, portanto, de que a reclamao assuma cada vez
mais o papel de ao constitucional voltada proteo da ordem constitucional
como um todo. Os vrios bices aceitao da reclamao, em sede de controle
concentrado, j foram superados, estando agora o Supremo Tribunal Federal em
condies de ampliar o uso desse importante e singular instrumento da jurisdio
constitucional brasileira.
Destarte, a ordem constitucional necessita de proteo por mecanismos
processuais cleres e eficazes. Esse o mandamento constitucional, que fica
bastante claro quando se observa o elenco de aes constitucionais voltadas a
esse mister, como o habeas corpus, o mandado de segurana, a ao popular, o
habeas data, o mandado de injuno, a ao civil pblica, a ao direta de
inconstitucionalidade, a ao declaratria de constitucionalidade e a argio de
descumprimento de preceito fundamental.
A reclamao constitucional sua prpria evoluo o demonstra no
mais se destina apenas a assegurar a competncia e a autoridade de decises
especficas e bem delimitadas do Supremo Tribunal Federal, mas tambm
constitui-se como ao voltada proteo da ordem constitucional como um todo.
A tese da eficcia vinculante dos motivos determinantes da deciso no controle
1F7
abstrato de constitucionalidade, j adotada pelo Tribunal, confirma esse papel
renovado da reclamao como ao destinada a resguardar no apenas a
autoridade de uma dada deciso, com seus contornos especficos (objeto e
parmetro de controle), mas a prpria interpretao da Constituio levada a efeito
pela Corte. Esse entendimento reforado quando se vislumbra a possibilidade de
declarao incidental da inconstitucionalidade de norma de teor idntico a outra
que j foi objeto de controle abstrato de constitucionalidade realizado pelo
Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido, parece certo que a eficcia da reclamao como ao
constitucional voltada proteo da ordem constitucional fica prejudicada ante o
alargamento desproporcional do pedido realizado pelo autor da demanda. A
pretenso de desconstituir cerca de 208 (duzentas e oito) decises de contedo
diverso, emanadas de diferentes rgos jurisdicionais, no pode ser comportada
por uma ao de rito sumrio especial.
A hip!tese torna impratic'vel a instru4)o do processo por meio de
m@ltiplas in2orma45es& pre9udica a an'lise clere da controvrsia pelo
Binistrio P@blico e inviabili$a a cogni4)o do pedido pelo !rg)o 9ulgador*
certo, por outro lado, que a reunio, em uma nica reclamao, de
mltiplas decises, pode decorrer, em alguns casos especficos, de um imperativo
da prpria celeridade e economia processuais, evitando a disperso do pedido em
diversas reclamaes individualizadas, o que poderia abrir a possibilidade, de fato,
de decises contraditrias. Nesses casos, porm, necessrio que os atos
impugnados tenham origem em uma mesma autoridade coatora, ou pelo menos
sejam de contedo idntico, tornando possvel sua reunio em uma nica ao.
No mbito do controle abstrato de constitucionalidade, o Tribunal j teve a
oportunidade de determinar o desmembramento de ao direta proposta contra 21
(vinte e uma) leis de diferentes Estados. Como o Tribunal no fica vinculado aos
fundamentos apresentados na pea inicial, a identidade de causas de pedir no
justifica a cumulao dos pedidos em uma nica ao (AD-Q0 n 28, Rel. Min.
Octavio Gallotti, DJ 25.10.1991).
Tambm na reclamao o entendimento no pode ser diverso. Nesse
tipo de ao, possvel que, ante o fundamento de violao a determinada
deciso, identifique o Tribunal a afronta a outra deciso no especificada na
petio inicial, assim como, de outro modo, reconhea usurpao de sua
competncia; e, alm disso, declare a inconstitucionalidade de norma de teor
idntico a outra que j foi objeto do crivo do Tribunal no controle abstrato de
constitucionalidade.
Assim, se a reclamao constitui, como ressaltado, ao destinada
proteo da ordem constitucional como um todo e, dessa forma, no fica o
Tribunal vinculado ao fundamento delimitado pelo autor , a identidade de causas
de pedir no pode servir de lastro para a formulao de pedido invivel, cujo
objeto constitudo de centenas de atos de contedos variados e emanados de
autoridades diversas.
Com efeito, uma nica deciso do Tribunal, dotada de efeito vinculante, ou
uma nica smula vinculante, podero servir de parmetro para impugnao
com ampla legitimao ativa (Rcl-AgR n 1.880/SP, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ
19.3.2004) - de qualquer ato administrativo ou deciso judicial que a elas sejam
contrrios - ainda que de forma oblqua (Rcl n 1.987/DF, Rel. Min. Maurcio
Corra, DJ 21.5.2004) -, sejam eles provenientes da Administrao direta ou
indireta, federal, estadual ou municipal, ou de qualquer outro rgo do Poder
Judicirio.
Para evitar problemas procedimentais, decorrentes principalmente de um
pedido cujo objeto abranja uma multiplicidade de atos e decises que torne
impraticvel o prprio desenvolvimento regular do processo, o Tribunal deve fixar
as balizas para a propositura e o trmite da reclamao. Por exemplo, a
Presidncia da Corte adotou a praxe de no aplicar, na hiptese de reclamao
por afronta a deciso tomada em processo objetivo de controle de
constitucionalidade, o art. 70 do Regimento nterno do STF e a parte final do
1F2
pargrafo nico do art. 13 da Lei n 8.038/1990, que determinam a distribuio da
ao ao relator da causa principal (Rcl n 2.091, DJ 21.6.2002; Rcl n 4.238, DJ
14.6.2006).
Outro no poderia ser o entendimento. Uma importante deciso em sede
de AD ou ADC pode abrir ensejo para uma multiplicidade de reclamaes contra
atos supostamente a elas contrrios. Nesse caso, a distribuio de todas as aes
ao mesmo relator da AD ou da ADC principal tornaria impraticvel o
desenvolvimento regular dos trabalhos no gabinete.
Portanto, a adoo desses entendimentos e a fixao de certas balizas
procedimentais tornam-se necessrias ante o desenvolvimento da reclamao e a
nova conformao assumida por essa ao constitucional na ordem constitucional
brasileira. Se, no mandado de segurana, por exemplo, no se torna possvel a
formulao de um pedido com objeto mltiplo como esse, ante os limites impostos
pela fixao da competncia originria do Tribunal de acordo com a autoridade
coatora (CF/88, art. 102, , "d"), na reclamao, por outro lado, uma nica deciso
do STF com efeito vinculante pode ser fundamento para uma ampla variedade de
aes ou para um pedido com objeto mltiplo.
Essas razes so suficientes para demonstrar que, na hiptese de uma
ampla quantidade e variedade de atos e decises, emanadas de diversas
autoridades, supostamente contrrios interpretao da Constituio fixada pelo
STF, a prpria natureza da reclamao, como ao constitucional de rito
sumrio especial, recomenda que sua propositura seja feita de forma a se
individualizar os atos de teor idntico ou semelhante, emanados de uma mesma
autoridade coatora.
inepta, portanto, a petio inicial nesta reclamao, por conter
pedido invivel no mbito do rito sumrio especial prprio desse tipo de
ao constitucional.
Ante o exposto, indefiro a petio inicial e declaro extinto o processo sem
resoluo de mrito (art. 267, , do CPC).
Publique-se.
Arquive-se.
Braslia, 29 de fevereiro de 2008.
Ministro GLMAR MENDES
Relator
Cr(a%&o #e !un("=0(os e S(tua%&o EG"e0"(ona) Conso)(#a#a
(Kranscri/0es)
#v* Cn2ormativo K00%
A>C --K/.GAQ
P+T+;PCSTA >+ BC8CST?+ GCDBA? BE8>ES
Partido dos Trabalhadores-PT props a presente ao direta de
inconstitucionalidade contra a 'ei nI ,%6H7, de )J de maro de
-JJJ, do Estado da Ba?ia, que criou o @unicDpio de 'uDs
Eduardo @a"al?es, decorrente do desmembramento do
@unicDpio de Barreiras+BA%
O undamento da impu"nao, se"uindo #urisprud;ncia
desta 6orte, 4, em sDntese, a ine5ist;ncia da lei complementar
ederal e5i"ida pelo art% H*, K 4I, da 6onstituio, com a
1FF
redao determinada pela E6 nI H(+76, para deinio do
perDodo em que os municDpios podero ser criados%
O Relator, Ministro Eros Grau, iniciou seu voto reafirmando o
entendimento assentado em jurisprudncia da Corte, nos seguintes termos:
"O 4 o artigo !8 a "onstitui#$o o %rasil& na rea#$o 'ue l(e )oi
atribu*a pela E6 nI H(+76, estabelece que a criao de @unicDpio
ser$ eita por lei estadual, dentro do perDodo determinado por
lei complementar ederal, dependendo de consulta pr4via%
Lo oi, at4 esta data, produ!ida a lei complementar ederal
mencionada no preceito% DaD porque a interpretao literal do
te5to desse K 4I do arti"o H* da 6onstituio do Brasil condu!iria,
em simples e5ercDcio de subsuno, E autom$tica declarao de
inconstitucionalidade da 'ei n% ,%6H7, de )J de maro de -JJJ, do
Estado da Ba?ia, que criou o @unicDpio de 'uDs Eduardo
@a"al?es%M
Em seguida, porm, o eminente Relator passou a proferir um profundo
estudo sobre a realidade ftica subjacente questo constitucional posta ao
crivo do Tribunal nesta ao direta, demonstrando as conseqncias drsticas
de uma eventual declarao de inconstitucionalidade da lei
impu"nada, nos se"uintes termosG
"Ocorre 'ue o Munic*+io )oi e)etivamente criao& assumino e,ist-ncia
e )ato como ente )eerativo otao e autonomia. "omo tal e,iste. ./ mais e
seis anos.
0or isso esta "orte n$o +oe limitar-se 1 +r/tica e um mero
e,erc*cio e subsun#$o. "um+re consierarmos +ruentemente a
circunst2ncia e estarmos iante e uma situa#$o e e,ce#$o e as
conse'3-ncias +erniciosas 'ue aviriam e eventual eclara#$o e
inconstitucionaliae a lei estaual.
O Munic*+io 4 +ermito-me re+eti-lo 4 o Munic*+io )oi e)etivamente
criao& assumino e,ist-ncia e )ato. 5o seu territ6rio )oram e,ercios
atos +r6+rios ao ente )eerativo otao e autonomia. 5o ia !9 e 7ul(o
e 2.00!& )oi +romulgaa a sua lei org2nica. O Munic*+io legisla sobre
assuntos e interesse local8 at9 maio e 2.00:& )oram sancionaas mais
e u;entas leis munici+ais. O Munic*+io elegeu seus 0re)eito e <ice-
0re)eito& bem assim seus <ereaores& em elei#=es reali;aas +ela
>usti#a ?leitoral. @nstituiu e arrecaou tributos e sua com+et-ncia. 0restou
e est/ a +restar servi#os +Ablicos e interesse local. ?,erce +oer e +ol*cia.
?m seu territ6rio 4 isto 9& no Munic*+io e Bu*s ?uaro Magal($es 4
)oram celebraos casamentos e registraos nascimentos e 6bitos. O
Munic*+io recebe recursos )eerais e estauais e +artici+a a
arrecaa#$o e tributos )eerais e estauais. Ceguno aos obtios no
s*tio o @%D? EFFF.ibge.gov.brG & no ano e 2.000 )oram reali;aas
elei#=es no Munic*+io e Buis ?uaro Magal($es& organi;aas +elo
HI?-%J& e 'ue +artici+aram 9.4!2 eleitores. ?m 2.004& eram 20.942 os
eleitores o Munic*+io. 5o ano e 2.00! o Munic*+io contava com
!8.KLK (abitantes& 'ue se movimentam numa )rota e 2.92! ve*culos.
J +o+ula#$o estimaa +elo @%D? em 2.00L 9 e 22.08! (abitantes. J
)rota& +or sua ve;& saltou +ara 3.928 ve*culos em 2.004. ?m 2.002 )oram
assentaos 4:9 nascimentos no cart6rio e registros +Ablicos. ?m 2.003
)oram 383 registros. Hamb9m em 2.002& o Munic*+io recebeu 'uotas o
Muno e 0artici+a#$o os Munic*+ios no valor e IN 4.0!!.3:4&34 e o
MO5P?M a orem e IN2.!28.4:!&L8. 5o ano seguinte& IN 4.23K.!8K&L2
o M0M e& em 2.004& IN 4.30L.244&00 +rovenientes o MO5P?M. ?m
2.003 contava com 8.!K4 alunos matriculaos& K.842 na ree munici+al e
ensino& com+osta +or !4 escolas e 2:2 ocentes. 5o s*tio a
366
0re)eitura Munici+al EFFF.luiseuaromagal(aes.ba.gov.brG & /-se
not*cia e 'ue a ciae +ossui K.000 a+arel(os e tele)one instalaos&
com o maior consumo +er ca+ita em tele)onia celular o ?stao a
%a(ia. ?m suma& o Munic*+io e Bu*s ?uaro Magal($es e,iste& e )ato&
como ente )eerativo otao e autonomia munici+al& a +artir e uma
ecis$o +ol*tica. ?sta realiae n$o +oe ser ignoraa. ?m boa-)9& os
cia$os omiciliaos no munic*+io su+=em se7a 7uriicamente regular a
sua autonomia +ol*tica.
?m boa )9 nutria inclusive +or este Hribunal& visto 'ue a lei estaual 9
e 30 e mar#o e 2.000 e a "orte +oeria em 7ul(o o mesmo ano& 'uatro
meses a+6s& ter eterminao a sus+ens$o os seus e)eitos. 5$o o
teno )eito& +ermitiu a consolia#$o a situa#$o e e,ce#$o 'ue a
e,ist-ncia concreta o munic*+io caracteri;a.
?mbora e e,ce#$o& essa e,ist-ncia& e,ist-ncia e )ato& ecorrente a
ecis$o +ol*tica 'ue im+ortou a sua instala#$o como ente )eerativo otao
e autonomia munici+al 4 re+ito 4 consubstancia uma situa#$o
consoliaa. O nomos o seu territ6rio )oi nele instalao. O Munic*+io
legislou& e moo 'ue uma +arcela o orenamento 7ur*ico brasileiro 9
(o7e com+osta +ela legisla#$o local emanaa esse ente )eerativo cu7a
e,ist-ncia n$o +oe ser negaa."
Toda essa descrio da realidade ftica fundada na lei impugnada foi
utilizada pelo Ministro Eros Grau para, embasado em longa e detalhada anlise do
princpio da segurana jurdica, defender a necessidade da preservao do
Municpio. Disse o Ministro Eros Grau:
"O Munic*+io e Bu*s ?uaro Magal($es e,iste& 9 verae& em con)ronto
com o is+osto no 4o o artigo !8 a "onstitui#$o o %rasil. Bembro& no
entanto& con(ecia observa#$o e QO5IJP .?CC?: na via a coletiviae (/
realiaes 'ue se encontram em contrai#$o com a "onstitui#$o& mas essas
realiaes n$o evem ser consieraas como insigni)icantes +elo int9r+rete a
"onstitui#$o. O im+ortante& em )ace elas& 9 )a;er tuo a'uilo 'ue se7a
necess/rio +ara im+eir o seu nascimento Ea realiae inconstitucionalG ou +ara
+6-la& essa realiae& novamente em concor2ncia com a "onstitui#$o. 5o caso&
e,iste uma realiae material& um Munic*+io& um ente )eerativo otao e
autonomia +ol*tica. 5$o 9 +oss*vel retornarmos ao +assao& +ara anular esta
realiae& 'ue +rou;iu e)eitos e +ermanece a +rou;i-los. O Munic*+io e Bu*s
?uaro Magal($es& ente a )eera#$o brasileira& 9 titular e autonomia munici+al
ese a sua cria#$o. "omo& agora& anular essa autonomiaR 0ois 9 certo 'ue a
su+ress$o essa autonomia& a)irmaa +or e)eitos concretos +rou;ios&
consubstanciaria )ranca agress$o 1 estrutura )eerativa& ao +rinc*+io )eerativo.
J ecis$o +ol*tica a cria#$o o Munic*+io violou a regra constitucional& mas )oi
a)irmaa& +rou;ino toos os e)eitos ela ecorrentes. O +receito veiculao
+elo 4 o artigo !8 a "onsti tui#$o visa a i m+eir a cri a#$o& a
i ncor+ora#$o& a )us$o e o esmembramento e Munic*+ios )ora e
+er*oo eterminao +or lei com+lementar )eeral. "omo o Begislativo omitiu-
se& ei,ano e +rou;ir essa lei com+lementar& e o ente )eerativo surgiu&
e,istino como tal& a a+lica#$o o +receito +ara 'ue se eclare a
inconstitucionaliae o ato legislativo estaual e a inconstitucionaliae
institucional o Munic*+io agravar/ a mol9stia o sistema. Ce a a+lica#$o e
uma norma resulta um esvio a )inaliae a 'ue ela se estina& ela )ina +or
n$o cum+rir o seu +a+el& ela e)orma. 0recisamente isso se aria no caso& se
a autonomia o ente )eerativo viesse a ser anulaa."
+ Binistro ?elator& en2im& concluiu pela improced"ncia da a4)o*
Pedi vista dos autos para melhor analisar o problema.
mpressionou-me a concluso a que c?e"ou o @inistro Eros <rau N
votou pela improced;ncia da ao N ap1s tecer percuciente
364
an$lise sobre a realidade $tica undada na lei impu"nada e o peso
que possui, no caso, o princDpio da se"urana #urDdica%
De fato, h toda uma situao consolidada que no pode ser
ignorada pelo Oribunal% 6om o sur"imento, no plano das
normas, de uma nova entidade ederativa, emer"iu, no plano
dos atos, uma "ama de situa0es decorrentes da pr$tica de
atos pr1prios do e5ercDcio da autonomia municipal% A realidade
concreta que se vincula E lei estadual impu"nada #$ oi ob#eto de
e5tensa descrio analDtica no voto proerido pelo @inistro Aelator,
e no pretendo aqui retom$:la% 6reio que o Oribunal #$ se encontra
plenamente inteirado das "raves repercuss0es de ordem polDtica,
econPmica e social de uma eventual deciso de
inconstitucionalidade%
A questo pendente neste julgamento est em definir quais os contornos
que a inevit$vel deciso do Oribunal deve assumir para que se#a,
na maior medida possDvel, menos "ravosa E realidade concreta
undada sobre a nova entidade ederativa%
A solu4)o para o problema& a meu ver& n)o pode advir da simples decis)o
de improced;ncia da ao% Qeria como se o Oribunal, ocando toda
sua ateno na necessidade de se asse"urar realidades
concretas que no podem mais ser deseitas e, portanto,
recon?ecendo plena aplicabilidade ao princDpio da se"urana
#urDdica, dei5asse de contemplar, na devida medida, o
princDpio da nulidade da lei inconstitucional%
No se pode negar a relevncia do princpio da segurana jurdica
neste caso. Porm, estou convicto de que possvel primar pela otimizao de
ambos os princpios, tentando aplic-los, na maior medida possvel,
segundo as possibilidades fticas e jurdicas que o caso concreto pode nos
apresentar.
No devemos nos esquecer de que esta Corte, em diversos julgados
recentes, declarou a inconstitucionalidade N e, portanto, a
nulidade N de leis estaduais, posteriores E E6 nI H(+76,
instituidoras de novos municDpios, por aus;ncia da lei
complementar ederal prevista pelo art% H*, K 4o, da 6onstituio
(ADF:@6 nI -%)*H+AQ, Ael% @in% Qep9lveda Pertence, D=
H4%H-%-JJHR ADF nI )%H47+Q6, Ael% @in% =oaquim Barbosa, D=
H%4%-JJ(R ADF nI -%,J-+PA, Ael% @in% @aurDcio 6orr;a, D= 6%-%-JJ4R
ADF nI -%76,+BA, Ael% @in% Qep9lveda Pertence, D= H7%)%-JJ4R ADF
nI -%6)-+BA, Ael% @in% Qep9lveda Pertence, D= H-%)%-JJ4)%
O Tribunal tem entendimento assentado no sentido de que o art. 18,
4o, da Constituio da Repblica, com a redao determinada pela EC n 15/96,
norma de eficcia limitada, dependente, portanto, da atuao legislativa no
sentido da feitura da lei complementar nele referida para produzir plenos efeitos.
Ainda que despida de eficcia plena, entende-se que tal norma constitucional tem o
condo de inviabilizar a instaurao de processos tendentes criao
de novas municipalidades, at4 o advento da reerida lei
complementar ederal%
Esse 4 um dado que deve ser devidamente equacionado% &
princDpio da nulidade da lei inconstitucional tamb4m tem um peso
elevado no caso, o que torna inevit$vel o recurso E t4cnica da
ponderao%
Essa necessidade de ponderao entre o princpio da nulidade
da lei inconstitucional e o princDpio da se"urana #urDdica
361
constitui o leitmotiv para o desenvolvimento de t4cnicas
alternativas de deciso no controle de constitucionalidade%
O recurso a tcnicas inovadoras de controle da constitucionalidade das
leis e dos atos normativos em "eral tem sido cada ve! mais comum
na realidade do direito comparado, na qual os tribunais no esto
mais aeitos Es solu0es ortodo5as da declarao de nulidade
total ou de mera deciso de improced;ncia da ao com a
conseqSente declarao de constitucionalidade%
Em estudo sobre a doutrina da declarao prospectiva da ineficcia
das leis inconstitucionais, <arcia de EnterrDa bem demonstra que
essa modalidade de deciso no controle de constitucionalidade
decorre de uma necessidade pr$tica comum a qualquer
#urisdio de peril constitucionalG
"Ba t9cnica e la anulaci6n +ros+ectiva se (a esarollao en las
7uris+ruencias constitucionales e otros +a*ses S en la e los Hribunales
su+ranacionales euro+eos en )unci6n e un +roblema es+eci)ico el control 7uicial
e las leSes. ?n +alavras Sa cl/sicas e Otto %ac(o) en su traba7o T?l 7ue;
constitucional entre el Perec(o S la 0ol*ticaT Ual 'ue So mismo me (e re)erio
eteniamente en el libro citao& Ba "onstituci6n como 5orma& ++. !K9& S sigsV&
+or'ue las Centencias anulatorias e una BeS W+ueen ocasionar cat/stro)es&
no solo +ara el caso concreto& sino +ara un invisible nAmero e casos8 cuano
esas Centencias son T+oliticamente e'uivocaasT Uen el sentio e 'ue esbaratan
las tareas +ol*ticas leg*timas e la irecci6n el ?staoV& la ecisi6n +uee
aXan;ar a la comunia +ol*tica enteraT. Js*& +ues& Tm/s 'ue el 7ue; e otros
/mbitos e la 7usticia& +uee S ebe el 7ue; constitucional no +erer e vista
las consecuencias 4 S tan )recuentemente consecuencias +ol*ticas 4 e sus
sentencias. 0ero 4 S 9sta es la cuesti6n a +lantearse - Y Zu9 in)luencia le es
+ermitio conceer a esas eventuales consecuencias sobre su sentenciaR
Y 0uee& le es +ermitio o ebe eclarar ine)ica; la e7ecuci6n e una BeS
a+licaa inc6lumemente urante largos a)*os eclarano una nulia 'ue
+rivara e so+orte a innumerables actos 7ur*icos& o 'ui;/ erribar a sectores
enteros aministrativos o econ6micos a causa e una in)racci6n constitucional
tariamente escubiertaR Y 5o se convertinTa a'ui e (ec(o el summum ius en
summa inuria sin utilia +ara naie S a)*o +ara moc(os o +ara la entera
comuniaR ... Js*& +ues& Y )iat 7ustitiae +ereat munosR T."
interessante notar que, nos prprios Estados Unidos da Amrica, onde a
doutrina acentuara to enfaticamente a idia de que a expresso "lei
inconstitucional" configurava uma contradictio in terminis, uma vez que "the
inconstitutional statute is not law at all", passou-se a admitir, aps a Grande
Depresso, a necessidade de se estabelecerem limites declarao de
inconstitucionalidade. A Suprema Corte americana considerou o problema
proposto pela eficcia retroativa de juzos de inconstitucionalidade a propsito de
decises em processos criminais. Se as leis ou atos inconstitucionais nunca
existiram enquanto tais, eventuais condenaes nelas baseadas quedam
ilegtimas, e, portanto, o juzo de inconstitucionalidade implicaria a possibilidade
de impugnao imediata de todas as condenaes efetuadas sob a vigncia da
norma inconstitucional. Por outro lado, se a declarao de inconstitucionalidade
afeta to-somente a demanda em que foi levada a efeito, no se ?$ que
co"itar de alterao de #ul"ados anteriores%
Qobre o tema, airma OribeG
"5o caso BinXletter v. [alXer& a "orte re7eitou ambos os
e,tremos: Ta "onstitui#$o nem +ro*be nem e,ige e)eito retroativo. T
0ara)raseano o >ustice "aro;o +ela assertiva e 'ue Ta constitui#$o
)eeral naa i; sobre o assunto & a "orte e BinXletter tratou a
'uest$o a retroativiae como um assunto +uramente e +ol*tica
U+ol*tica 7uici/riaV& a ser eciio novamente em caa caso. J
Cu+rema "orte coi)icou a aboragem e BinXletter no caso Ctovall v.
363
Penno: TOs crit9rios conutores a solu#$o a 'uest$o im+licam UaV o uso
a ser servio +elos novos +ar=es& UbV a e,tens$o a e+en-ncia as
autoriaes res+ons/veis +elo cum+rimento a lei com rela#$o aos
antigos +ar=es& e UcV o e)eito sobre a aministra#$o a 7usti#a e uma
a+lica#$o retroativa os novos +ar=es".
Segundo a doutrina, a jurisprudncia americana evoluiu para admitir, ao
lado da ecis$o e inconstitucionaliae com e)eitos retroativos am+los
ou limitaos Ulimite retros+ectivitS), a su+era#$o +ros+ectiva
U+ros+ective overruling), 'ue tanto +oe ser limitaa Ulimite
+ros+ectivitSV, a+lic/vel aos +rocessos iniciaos a+6s a ecis$o&
inclusive ao +rocesso origin/rio& como ilimitaa U+are +ros+ectivitSV,
'ue se'uer se a+lica ao +rocesso 'ue l(e eu origem.
V-se, pois, que o sistema difuso ou incidental mais tradicional do mundo
passou a admitir a miti"ao dos eeitos da declarao de
inconstitucionalidade e, em casos determinados, acol?eu at4
mesmo a pura declarao de inconstitucionalidade com eeito
e5clusivamente pro uturo*
No direito portugus, reconhece-se expressamente a possibilidade de o
Tribunal 6onstitucional limitar os eeitos da declarao de
inconstitucionalidade, nos termos no art% -*-, (4), da
6onstituioG
"Zuano a seguran#a 7ur*ica& ra;=es e e'3iae ou interesse
+Ablico e e,ce+cional relevo& 'ue ever/ ser )unamentao& o e,igirem&
+oer/ o Hribunal "onstitucional )i,ar os e)eitos a inconstitucionaliae
ou a ilegaliae com alcance mais restrito o 'ue o +revisto nos n ! e
2.".
Vale registrar, a propsito, a opinio abalizada de Jorge Miranda:
"J )i,a#$o os e)eitos a inconstitucionaliae estina-se a ae'u/-
los 1s situa#=es a via& a +onerar o seu alcance e a mitigar uma e,cessiva
rigie; 'ue +uesse com+ortar8 estina-se a evitar 'ue& +ara )ugir a conse'3-ncias
emasiao gravosas a eclara#$o& o Hribunal "onstitucional viesse a
n$o eciir +ela ocorr-ncia e inconstitucionaliae8 9 uma v/lvula e
seguran#a a +r6+ria )inaliae e a e)etiviae o sistema e
)iscali;a#$o.
Oma norma como a o art. 282& n 4& a+arece& +ortanto& em iversos
+a*ses& sen$o nos te,tos& +elo menos na 7uris+ru-ncia.
"omo escreve %ac(o) os tribunais constitucionais consieram-se
n$o s6 autori;aos mas inclusivamente obrigaos a +onerar as suas
ecis=es& a tomar em consiera#$o as +oss*veis conse'3-ncias estas.
\ assim 'ue eles veri)icam se um +oss*vel resultao a ecis$o n$o
seria mani)estamente in7usto& ou n$o acarretaria um ano +ara o bem
+Ablico& ou n$o iria lesar interesses ignos e +rote#$o e cia$os
singulares. 5$o +oe entener-se isto& naturalmente& como se os
tribunais tomassem como +onto e +artia o +resum*vel resultao a sua
ecis$o e +assassem +or cima a "onstitui#$o e a lei em aten#$o a um
resultao ese7ao. Mas a verae 9 'ue um resultao in7usto& ou +or
'ual'uer outra ra;$o uvioso& 9 tamb9m em regra 4 embora n$o sem+re
4 um resultao 7uriicamente errao."
Deve-se anotar que, alm de razes estritamente jurdicas segurana
jurdica e e'3iae 4& o constituinte +ortugu-s consagrou&
a+arentemente& uma cl/usula 7usti)icaora a limita#$o e e)eito tamb9m
e car/ter +ol*tico 4 o interesse +Ablico e e,ce+cional relevo.
365
Ressalte-se, ademais, que o instituto vem tendo ampla utilizao
desde a sua ao#$o. Ceguno Iui Meeiros& entre !983 e !98:& 'uase
um ter#o as eclara#=es e inconstitucionaliae com )or#a obrigat6ria
geral tiveram e)eitos restritos. ?ssa ten-ncia manteve-se tamb9m entre
!989 e !99K: as L0 eclara#=es e inconstitucionaliae +ro)erias em
+rocessos e controle abstrato e normas +elo menos !8 teriam sio com
limita#$o e e)eitos.
A despeito do carter de clusula geral ou conceito jurdico
indeterminado que marca o art. 282 U4V& a "onstitui#$o +ortuguesa& a
outrina e a 7uris+ru-ncia entenem 'ue a margem e escol(a
con)eria ao Hribunal +ara a )i,a#$o os e)eitos a ecis$o e
inconstitucionaliae n$o legitima a ao#$o e ecis=es arbitr/rias&
estano conicionaa +elo +rinc*+io e +ro+orcionaliae.
A propsito, Rui Medeiros assinala que as trs vertentes do
princpio da +ro+orcionaliae t-m a+lica#$o na es+9cie Uae'ua#$o&
necessiae e +ro+orcionaliae em sentio estritoV.
Peculiar relevo assume a proporcionalidade em sentido estrito na viso
de Rui Meeiros:
"J +ro+orcionaliae nesta terceira vertente tanto +oe ser
+ers+ectivaa +elo l ao a l i mi t a#$o e e) ei t os como +el o l ao a
ecl ar a#$o e inconstitucionaliae. Huo se reconu;& neste seguno caso&
a saber se 1 lu; o +rinc*+io a +ro+orcionaliae as conse'3-ncias gerais a
eclara#$o e inconstitucionaliae s$o ou n$o e,cessivas. @m+=e-se& +ara o
e)eito& +onera#$o os i)erentes interesses em 7ogo& e& concretamente& o
con)ronto entre interesses a)ectao +ela lei inconstitucional e a'ueles 'ue
(i+oteticamente seriam sacri)icaos em conse'3-ncia a eclara#$o e
inconstitucionaliae com e)ic/cia retroactiva e re+ristinat6ria.
Hoavia& aina 'uanto a esta terceira vertente o +rinc*+io a
+ro+orcionaliae& n$o 9 constitucionalmente ini)erente +ers+ectivar o
+roblema as conse'3-ncias a eclara#$o e inconstitucionaliae o
lao a limita#$o e e)eitos ou o lao a +r6+ri a ecl ara#$o e
i nconsti tuci onal i ae. J ecl ara#$o e inconstitucionaliae com
e)ic/cia e, tunc tem& mani)estamente +rioriae e a+lica#$o. Hoo o
sistema e )iscali;a#$o e constitucionaliae +ortugu-s est/ orientao
+ara a e,+urga#$o e normas inconstitucionais. \& ali/s& signi)icativa a
recusa de atribuio de ora obri"at1ria "eral Es decis0es de
no inconstitucionalidade% Lo basta, pois, airmar que Mo
Oribunal 6onstitucional deve a!er um #uD!o de proporcionalidade,
cote#ando o interesse na reairmao da ordem #urDdica N que a
eic$cia e5 tunc da declarao plenamente potencia T com o
interesse na eliminao do actor de incerte!a e de
inse"urana T que a retroactividade, em princDpio, acarreta
(Ac1rdo do Oribunal 6onstitucional nI )J*+7))M% U preciso
acrescentar que o Oribunal 6onstitucional deve declarar a
inconstitucionalidade com ora obri"at1ria "eral e eic$cia
retroactiva e repristinat1ria, a menos que uma tal soluo
envolva o sacriDcio e5cessivo da se"urana #urDdica, da
eqSidade ou de interesse p9blico de e5cepcional relevoM%
Acentue-se que, ao contrrio do imaginado por alguns autores, tambm o
conceito indeterminado relativo ao interesse p9blico de e5cepcional
relevo no 4 um mero conceito de Dndole polDtica% Em verdade, tal
como anota Aui @edeiros, a reer;ncia ao interesse p9blico de
e5cepcional relevo no contrariou qualquer inteno restritiva,
nem teve o prop1sito de substituir a constitucionalidade estrita por
36K
uma constitucionalidade polDtica ou de colocar a ra!o de Estado
em lu"ar da ra!o da lei* Essa opo nasceu da constatao de
que Ma se"urana #urDdica e a eqSidade no es"otavam o
universo dos valores 9ltimos do direito que, em situa0es
maniestamente e5cepcionais, podiam #ustiicar uma limitao de
eeitosM%
Resta, assim, evidente que o art. 282 (4) da Constituio portuguesa
adota, tambm em relao ao interesse p9blico de e5cepcional
relevo, um conceito #urDdico indeterminado para abarcar os
interesses constitucionalmente prote"idos no subsumDveis
nas no0es de se"urana #urDdica e de eqSidade%
Essa orientao enfatiza que os conceitos de segurana jurdica,
eqidade e interesse p9blico de e5cepcional relevo e5pressam
valores constitucionais e no simples 1rmulas de polDtica
#udici$ria%
Na Espanha, embora nem a Constituio nem a lei orgnica do
Tribunal 6onstitucional ten?am adotado e5pressamente
uma declarao de inconstitucionalidade com eeitos restritos,
a 6orte 6onstitucional, marcadamente inluenciada pela
e5peri;ncia constitucional alem, passou a adotar, desde H7*7, a
t4cnica da declarao de inconstitucionalidade sem a
pron9ncia da nulidade& como reportado por <arcia de EnterrDaG
"J recente +ublica#$o no %oletim O)icial o ?stao e 2 e mar#o Altimo
a 7/ )amosa Centen#a 4L/!989& e 20 e )evereiro& sobre
inconstitucionaliae o sistema e li'uia#$o con7unta o im+osto sobre a
rena a uniae )amiliar matrimonial& +ermite aos 7uristas uma re)le,$o
+ausaa sobre esta im+ortante ecis$o o Hribunal "onstitucional& ob7eto 7/
e mAlti+los coment/rios periodDsticos%
A deciso 4 importante, com eeito, por seu undamento, a
inconstitucionalidade que declara, tema no qual no ?aver sido
produ!ido at4 a"ora, discrep/ncia al"uma% @as parece:me
bastante mais importante ainda pela inovao que se sup0e na
determinao dos eeitos dessa inconstitucionalidade, que a
sentena remete ao que se indica no d4cimo:primeiro undamento
e este e5plica como uma eic$cia para o uturo, que no permite
reabrir as liquida0es administrativas ou dos pr1prios
contribuintes (auto:liquida0es) anterioresM%
Na mesma linha de entendimento, a Corte Constitucional tem
declarado a inconstitucionalidade sem pronncia da nulidade de dispositivos
constantes de leis oramentrias. Assim, na STC 13/92/17 assentou-se que "a
anulao dessas ota#=es or#ament/rias +oeria acarretar graves +re7u*;os e
+erturba#=es aos interesses gerais& tamb9m na "atalun(a& a)etano
situa#=es 7ur*icas consoliaas e +articularmente a +ol*tica econ]mica e
)inanceira o ?stao".
Essa sucinta anlise do direito comparado demonstra uma forte
tendncia no sentido da universalizao de alternativas normativas ou
jurisprudenciais em relao E t4cnica de nulidade% Pode:se di!er que,
independentemente do modelo de controle adotado, de peril
diuso ou concentrado, a criao de t4cnicas alternativas 4
comum aos mais diversos sistemas constitucionais% Oamb4m o
Oribunal da 6omunidade Europ4ia e o Oribunal Europeu de
Direitos Vumanos curvaram:se E necessidade de adoo de uma
t4cnica alternativa de deciso% U certo, outrossim, que esse
36M
desenvolvimento se a! com base em previs0es constitucionais ou
le"ais e5pressas ou implDcitas ou, ainda, com base em simples
opo de polDtica #udici$ria, como se recon?ece nos Estados
2nidos%
Em muitos casos, como visto, a adoo de uma declarao de
inconstitucionalidade miti"ada decorreu de construo pretoriana%
So os exemplos da Alemanha, na fase inicial, e da Espanha. Nesses dois
sistemas, dominava a id4ia do princDpio da nulidade como
princDpio constitucional no: escrito (K ,* da 'ei da 6orte
6onstitucional alemR art% )7 da 'ei &r"/nica da 6orte
6onstitucional espan?ola)% Essa orientao, todavia, no impediu
que, em casos determinados, ambas as 6ortes constitucionais se
aastassem da t4cnica da nulidade e passassem a desenvolver
1rmulas alternativas de deciso% Em outras palavras, a admisso
ormal do princDpio da nulidade no impediu a adoo de t4cnica
alternativa de deciso naqueles casos em que a nulidade poderia
revelar:se inadequada (v%"% casos de omisso parcial) ou tra!er
conseqS;ncias intoler$veis para o sistema #urDdico (ameaa de
caos #urDdico ou situao de inse"urana #urDdica)%
Ressalte-se, ainda, que a evoluo das tcnicas de deciso em sede de
controle 7uicial e constitucionaliae eu-se no sentio a 'uase integral
su+era#$o o sistema 'ue "anotil(o enominou e "silo gismo
tautol6gico": U!V uma lei inconstitucional 9 nula8 U2V uma lei 9 nula
+or'ue inconstitucional8 U3V a i nconst i t uci onal i ae r econu;-
se 1 nul i ae e a nul i ae 1 inconstitucionaliaeV. Hal como
emonstrao& a t9cnica a nuliae revela-se ae'uaa +ara solver as
viola#=es as normas constitucionais e conteAo negativo ou +roibitivo
Uv.g.& ireitos )unamentais en'uanto ireitos negativosV& mas mostra- se
ine+ta +ara arrostar o 'uaro e im+er)ei#$o normativa& ecorrente e
omiss$o legislativa +arcial ou a les$o ao +rinc*+io a isonomia. Jssente&
igualmente& 'ue o +rinc*+io a seguran#a 7ur*ica 9 um valor constitucional
relevante tanto 'uanto a +r6+ria i9ia e legitimiae. Iesta eviente 'ue
a teoria a nuliae n$o +oeria ser a+licaa na lin(a o vel(o a/gio
T)iai 7ustitia& +ereat munus".
No se poderia declarar a nulidade de uma lei que pudesse importar na
criao de um caos #urDdico ou, em casos e5tremos, produ!ir
aquilo que al"u4m c?amou de um MsuicDdio democr$ticoM, cu#o
mel?or e5emplo seria a declarao de nulidade de uma lei eleitoral
de aplicao nacional a re"ular a posse dos novos eleitos% Aestou,
assim, superada, por undamentos diversos, a 1rmula
apodD tica Mconstitucionalidade+nulidadeR anteriormente
dominante% Lo se poderia ne"ar que muitas situa0es impereitas
de uma perspectiva constitucional diicilmente seriam superadas
com a simples utili!ao da declarao de nulidade%
Essa tendncia, no sentido da adoo cada vez maior de tcnicas
diferenciadas de deciso no controle de constitucionalidade, tambm resultado
da conhecida relativizao do vetusto dogma kelseniano do "legislador negativo".
Sobre o tema, digno de nota o estudo de Joaqun Brage Camazano, do qual cito
a seguir alguns trechos:
"Ba ra*; esencialmente +ragm/tica e estas moaliaes at*+icas e
sentencias e la constitucionalia (ace su+oner 'ue su uso es +r/cticamente
inevitable& con una u otra enominaci6n S con unas u otras +articulariaes& +or
cual'uier 6rgano e la constitucionalia consoliao 'ue goce e una am+lia
7urisicci6n& en es+ecial si no se"uimos condicionados
367
inercialmente por la ma#estuosa, pero ?o> ampliamente
superada, concepci1n de Welsen del O6 como una suerte de
Xle"islador ne"ativoY% Qi al"una ve! los tribunales
constitucionales ueron le"isladores ne"ativos, sea como sea,
?o> es obvio que >a no lo sonR > #ustamente el rico YarsenalY
sentenciador de que disponen para iscali!ar la
constitucionalidad de l a 'e>, m$s al l $ del
pl ant eami ent o demasi ado si mpl e
Xconstitucionalidad+incons:titucionalidad, es un elemento m$s, >
de importancia, que viene a poner de relieve ?asta qu4 ponto es
asD% Z es que, como Fern$nde! Qe"ado destaca, [a pra5is de los
tribunales constitucionales no ?a ?ec?o sino avan!ar en esta
direcci1nY de la superaci1n de la idea de los mismos como
le"isladores ne"ativos, Ycertiicando \asD= la quiebra del modelo
Celseniano del le"islador ne"ativo%M
Assim, alm das muito conhecidas tcnicas de interpretao
conforme a "onstitui#$o& eclara#$o e nuliae +arcial sem reu#$o e
te,to& ou a eclara#$o e inconstitucionaliae sem a +ronAncia a nuliae&
a)eri#$o a "lei aina constitucional" e o a+elo ao legislaor& s$o tamb9m muito
utili;aas as t9cnicas e limita#$o ou restri#$o e e)eitos a ecis$o& o 'ue
+ossibilita a eclara#$o e inconstitucionaliae com e)eitos +ro )uturo a partir da
deciso ou de outro momento que ven?a a ser determinado pelo
tribunal%
Lo Brasil, ?$ muito vem a doutrina ressaltando as
limita0es da simples pron9ncia da nulidade ou da mera
cassao da lei para solver todos os problemas relacionados E
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo%
No so poucos os que apontam a insuficincia ou a inadequao da
declarao de nulidade da lei para superar al"umas situa0es de
inconstitucionalidade, sobretudo no /mbito do princDpio da
isonomia e da c?amada inconstitucionalidade por omisso%
Esse problema revela:se tanto mais s4rio se se considera que,
satiseitas as principais e5i";ncias constitucionais diri"idas ao
le"islador, passar$ a assumir relevo a c?amada omisso parcial&
decorrente da e5ecuo deeituosa do dever constitucional de
le"islar%
certo, outrossim, que, muitas vezes, a aplicao continuada de uma
lei por diversos anos torna quase impossDvel a declarao de sua
nulidade, recomendando a adoo de al"uma t4cnica
alternativa, com base no pr1prio princDpio constitucional da
se"urana #urDdica% Aqui, o princDpio da nulidade dei5aria de ser
aplicado com undamento no princDpio da se"urana #urDdica%
Nesse contexto, a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal tem
evoludo significativamente nos ltimos anos, sobretudo a partir do advento da
Lei n 9.868/99, cujo art. 27 abre ao Tribunal uma nova via para a mitigao de
efeitos da deciso de inconstitucionalidade. A prtica tem demonstrado que
essas novas tcnicas de deciso tm guarida tambm no mbito do controle
difuso de constitucionalidade%
& te5to inscrito na 'ei n% 7%*6*+77 4 resultado da proposta
constante do Pro#eto de 'ei n% -%76J+7,% La E5posio de @otivos
do aludido pro#eto, airmava:se, a prop1sitoG
" E..G "oerente com evolu#$o constataa no Pireito "onstitucional
com+arao& a +resente +ro+osta +ermite 'ue o +r6+rio Cu+remo Hribunal
362
Meeral& +or uma mai ori a i ) erenci aa& eci a sobre os e) ei t os a
ecl ara#$o e inconstitucionaliae& )a;eno um 7u*;o rigoroso e
+onera#$o entre o +rinc*+io a nuliae a lei inconstitucional& e um lao& e
os +ostulaos a seguran#a 7ur*ica e o interesse social& e outro Uart. 2KV.
Jssim& o +rinc*+io a nuliae somente ser/ a)astao "in concreto" se& a
7u*;o o +r6+rio Hribunal& se +uer a)irmar 'ue a eclara#$o e nuliae
acabaria +or istanciar-se aina mais a vontae constitucional.
?nteneu& +ortanto& a "omiss$o 'ue& ao lao a ortoo,a eclara#$o e
nuliae& (/ e se recon(ecer a +ossibiliae e o Cu+remo
Hribunal& em casos e,ce+cionais& meiante ecis$o a maioria
'uali)icaa Uois ter#os os votosV& estabelecer limites aos e)eitos a
eclara#$o e inconstitucionaliae& +ro)erino a inconstitucionaliae
com e)ic/cia e, nunc ou +ro )uturo& es+ecialmente na'ueles casos em
'ue a eclara#$o e nuliae se mostre inae'uaa Uv.g.: les$o +ositiva ao
+rinc*+io a isonomiaV ou nas (i+6teses em 'ue a lacuna resultante a
eclara#$o e nuliae +ossa ar ense7o ao surgimento e uma
situa#$o aina mais a)astaa a vontae constitucional.E..G "
O art. 27 da Lei n 9.868/99 veio preencher a lacuna j detectada pelo
Tribunal e,istente no 2mbito as t9cnicas e ecis$o no +rocesso e
controle e constitucionaliae. \ 'ue& como anotao com +recis$o
+elo Ce+Alvea 0ertence& "a al ternativa rai cal a 7 uri si#$o
consti tuci onal ortoo,a entre constitucionaliae +lena e a
eclara#$o e inconstitucionaliae ou revoga#$o +or
inconstitucionaliae a lei com )ulminante e)ic/cia e, tunc )a; abstra#$o
a evi-ncia e 'ue a im+lementa#$o e uma nova orem
constitucional n$o 9 um )ato instant2neo& mas um +rocesso (.)." ?ssa
e)ici-ncia se mostrou not6ria 7/ na ecis$o e 23.3.!994& na 'ual o
Cu+remo Hribunal Meeral teve o+ortuniae e am+liar a com+le,a
tessitura as t9cnicas e ecis$o no controle e
constitucionaliae& amitino 'ue lei 'ue conceia +ra;o em obro
+ara a e)ensoria +Ablica era e ser consieraa constitucional
en'uanto esses 6rg$os n$o estivessem eviamente (abilitaos ou
estruturaos.
Promulgada a Lei n 9.868, de 10.11.1999, a Confederao Nacional das
Profisses Biberais 4 "50B e a Orem os Jvogaos o %rasil
+ro+useram a#=es iretas e inconstitucionaliae contra alguns
is+ositivos a re)eria lei& entre eles o +r6+rio artigo 2K UJP@ n
2.!L4 e 2.2L8& Iel Min. Ce+Alvea 0ertenceV. O 7ulgamento e ambas
as a#=es )oi iniciao no Altimo ia !4 e )evereiro U200KV& +or9m )oi
sus+enso& +or )alta e 'u6rum& relativamente ao art. 2K U<ie
@n)ormativo CHM n 4L:/200KV. Pe 'ual'uer )orma& o Hribunal 7/ vem
sinali;ano seu entenimento a res+eito a +lena constitucionaliae
esse is+ositivo.
Com efeito, a falta de um instituto que permita estabelecer limites aos
efeitos da eclara#$o e inconstitucionaliae acaba +or obrigar os
Hribunais& muitas ve;es& a se abster e emitir um 7u*;o e censura&
eclarano a constitucionaliae e leis mani)estamente
inconstitucionais. "omo ressalta Darcia e ?nterria& "la
7uris+ruencia norteamericana S sus comentaristas (an invocao
erec(amente un argumento eviente: si no se amitiese el
+ronunciamiento +ros+ectivo no se eclararia la inconstitucionalia e un
gran nAmero e normas. Ba octrina e la absoluta S retroactiva nulia e
las BeSes inconstitucionales conuce Wen la irecci6n e la greater
restraint & el m/s )uerte )reno a los +ronunciamientos e
inconstitucionalia".
36F
O perigo de uma tal atitude desmesurada de self restraint (ou greater
restraint) pelas Cortes Constitucionais ocorre justamente nos casos em que,
como o presente, a nulidade da lei inconstitucional pode causar uma verdadeira
catstrofe para utilizar a expresso de Otto Bachof do ponto de vista
poltico, econmico e social. Como assevera Garcia de Enterria, "es&
7ustamente& la relaci6n estrec(a entre ambos conce+tos Unulia ^ cat/stro)eV la
'ue le (a llevao a buscar en el orenamiento constitucional otra soluci6n S (a
cre* o (aberla encontrao en la ao+ci6n el criterio e la inconstitucionalia
+ros+ectiva& (oS establecio S amitio +or los m/s im+ortantes sistemas
e 7usticia constitucional e internacional el muno entero" .
Como admitir, para ficarmos no exemplo de Walter Jellinek, a
declarao de inconstitucionalidade total, com eeitos retroativos,
de uma lei eleitoral tempos depois da posse dos novos eleitos
em um dado Estado[ Lesse caso, adota:se a teoria da nulidade
e declara:se inconstitucional e ipso #ure a lei, com todas as
conseqS;ncias, ainda que dentre elas este#a a eventual acealia do
Estado[ ]uest0es semel?antes podem ser suscitadas em tomo da
inconstitucionalidade de normas orament$rias% V$ de se admitir,
tamb4m aqui, a aplicao da teoria da nulidade tout court[
D9vida semel?ante poderia suscitar o pedido de
inconstitucionalidade, ormulado anos ap1s a promul"ao da lei
de or"ani!ao #udici$ria que instituiu um n9mero elevado de
comarcas, como #$ se veriicou entre n1s% &u, ainda, o caso de
declarao de inconstitucionalidade de re"ime de servidores
aplicado por anos sem contestao%
Essas questes parecem suficientes para demonstrar que, sem abandonar a
doutrina tradicional da nulidade da lei inconstitucional, 4
possDvel e, muitas ve!es, inevit$vel, com base no princDpio da
se"urana #urDdica, aastar a incid;ncia do princDpio da nulidade
em determinadas situa0es%
V-se, nesse passo, que o art. 27 da Lei 9.868/99 limita-se a explicitar
orientao que decorre do pr1prio sistema de controle de
constitucionalidade%
Lo se ne"a, pois, o car$ter de princDpio constitucional ao
princDpio da nulidade da lei inconstitucional% Entende:se, por4m,
que tal princDpio no poder$ ser aplicado nos casos em que se
revelar absolutamente inidPneo para a inalidade perse"uida
(casos de omissoR e5cluso de beneicio incompatDvel com o
princDpio da i"ualdade), bem como nas ?ip1teses em que, como
ocorre no presente caso, a sua aplicao pudesse tra!er danos
para o pr1prio sistema #urDdico constitucional ("rave ameaa E
se"urana #urDdica)%
Assim, configurado eventual conflito entre o princpio da nulidade e o princpio
da segurana jurdica, que, entre ns, tem status constitucional, a soluo da
questo h de ser, igualmente, levada a efeito em um processo de complexa
ponderao. Em muitos casos, ento, h de se preferir a declarao de
inconstitucionalidade com efeitos restritos insegurana jurdica de uma
declarao de nulidade, como demonstram os mltiplos exemplos do direito
comparado e do nosso direito. Nesses termos, fica evidente que a norma contida
no art. 27 da Lei n 9.868/99 tem carter fundamentalmente interpretativo, desde
que se entenda que os conceitos jurdicos indeterminados utilizados
segurana jurdica e excepcional interesse social se revestem de base
constitucional. No que diz respeito segurana jurdica, parece no haver
dvida de que encontra expresso no prprio princpio do Estado de Direito
consoante, amplamente aceito pela doutrina ptria e aliengena. Excepcional
346
interesse social pode encontrar fundamento em diversas normas
constitucionais.
O que importa assinalar que, segundo a interpretao aqui
preconizada, o princDpio da nulidade somente ?$ de ser aastado se
se puder demonstrar, com base numa ponderao concreta, que a
declarao de inconstitucionalidade ortodo5a envolveria o
sacriDcio da se"urana #urDdica ou de outro valor constitucional
materiali!$vel sob a orma de interesse social%
Portanto, o princpio da nulidade continua a ser a regra tambm no
direito brasileiro. O afastamento de sua incidncia depender de um severo
juzo de ponderao que, tendo em vista anlise fundada no princpio da
proporcionalidade, faa prevalecer a idia de segurana jurdica ou outro princpio
constitucional manifestado sob a forma de interesse social relevante. Assim,
aqui, como no direito portugus, a no-aplicao do princpio da nulidade no
se h de basear em considerao de poltica judiciria, mas em fundamento
constitucional prprio. Entre ns, cuidou o legislador de conceber um modelo
restritivo tambm no aspecto procedimental, consagrando a necessidade de um
quorum especial (dois teros dos votos) para a declarao de
inconstitucionalidade com efeitos limitados. Ter significado especial o
princpio da proporcionalidade, especialmente a proporcionalidade em sentido
estrito, como instrumento de aferio da justeza da declarao de
inconstitucionalidade (com efeito da nulidade), tendo em vista o confronto entre os
interesses afetados pela lei inconstitucional e aqueles que seriam eventualmente
sacrificados em conseqncia da declarao de
inconstitucionalidade.
No parecem procedentes, pois, as impugnaes constitucionalidade do
art. 27 da Lei n 9.868/99. certo que Supremo Tribunal Federal ainda no se
pronunciou, deinitivamente, sobre a constitucionalidade do art% -,
da 'ei nI 7%*6*+77% U not1rio, por4m, que o Oribunal #$ est$ a
aplicar o art% -, aos casos de controle incidental e controle
abstrato% Desse modo, parece superado o debate sobre a
le"itimidade da 1rmula positivada no reerido arti"o%
No presente caso, o Tribunal tem a oportunidade de aplicar o art. 27 da
Lei n 9.868/99 em sua verso mais ampla. A declarao de
inconstitucionalidade e, portanto, da nulidade da lei instituidora de
uma nova entidade ederativa, o @unicDpio, constitui mais um
dentre os casos N como os anteriormente citados, retirados de
e5emplos do direito comparado N em que as conseqS;ncias da
deciso tomada pela 6orte podem "erar um verdadeiro caos
#urDdico%
No h dvida, portanto, e todos os Ministros que aqui se encontram
parecem ter plena consci;ncia disso N de que o Oribunal deve
adotar uma 1rmula que, recon?ecendo a inconstitucionalidade
da lei impu"nada N diante da vasta e consolidada #urisprud;ncia
sobre o tema N, res"uarde na maior medida possDvel os eeitos
por ela produ!idos
Assim sendo& voto no sentido de& aplicando o art* -N da Dei nI H*E0E.HH&
declarar a inconstitucionalidade sem a pron@ncia da nulidade da lei
impugnada& mantendo sua vig"ncia pelo pra$o de -K #vinte e (uatro% meses&
lapso temporal ra$o'vel dentro do (ual poder' o legislador estadual
reapreciar o tema& tendo como base os parSmetros (ue dever)o ser 2ixados na lei
complementar 2ederal& con2orme decis)o desta Corte na A>C F*0E-.
* acrdo pendente de publicao
344
LEI. I!PRENSA. NSO RECEPRSO. RESP
>om o ,ul*amento da A0O7 436"07 no S@7, que culminou com a
declarao de que a ;ei de m'rensa (;ei n. K.1K6L4FM7) no %oi
rece'cionada 'ela >7L4F22, levando"se em conta que a ,uris'rud+ncia
daquele mesmo tribunal vem %irmando"se no sentido de que a no rece'o
no est# su,eita re*ra de modulao de e%eitos, %a("se necess#rio
estabelecer como 'roceder nos ,ul*amentos de recursos es'eciais em que
houve a discusso dessa matria antes da re%erida declarao. Anote"se,
'orm, que, em todas as hi'-teses, deve"se buscar ao m#&imo o
a'roveitamento do recurso e o ,ul*amento do 'rocesso. Assim, no caso em
que a ;ei de m'rensa %oi utili(ada como %undamento do ac-rdo recorrido e
o ?=s' discute, ,ustamente, a inter'retao e a a'licao daquela lei, h# de
se 'rocurar decidir a causa a'licando o direito es'cie (art. 1K7 do ?S@G).
Ca e&ce'cional hi'-tese em que isso no se,a 'oss$vel, anula"se o ac-rdo,
mesmo que no ha,a esse 'edido, devolvendo"se o 'rocesso ori*em 'ara
que se,a 'ro%erido outro, sem a a'licao da citada lei. Co caso em que a
re%erida lei %oi a'licada 'elo @ribunal a quo e o es'ecial 'leiteia seu
a%astamento, no h# necessidade de anulao, salvo e&ce'cionais hi'-teses.
Assim, deve dar"se 'rovimento ao ?=s' com o %ito de 'rivile*iar a
norma constitucional em detrimento da norma no rece'cionada. G# na
hi'-tese em que o ac-rdo recorrido no a'licou a ;ei de m'rensa e o
es'ecial busca sua incid+ncia, tambm no h# motivo 'ara anulao, 'ois o
?=s' no deve ser conhecido, visto que invoca a'licao de lei inv#lida,
salvo, tambm, e&ce'cionalidade a ser a'urada em cada 'rocesso. Ca
hi'-tese em que o ac-rdo adotou tanto a ;ei de m'rensa quanto outra lei
v#lida como %undamento (tal como dis'ositivos da ;ei >ivil), se o du'lo
%undamento re%ere"se ao mesmo tema e a'enas a ;ei de m'rensa %oi
abordada no recurso, mantm"se o ac-rdo recorrido 'or %ora da S)m. n.
123" S@7, 'rivile*iando"se a a'licao 'elo @ribunal a quo da lei v#lida em
detrimento da discusso da lei inv#lida. se o du'lo %undamento re%ere"se ao
mesmo tema e s- a 'arcela da le*islao civil %oi im'u*nada, deve"se
conhecer do es'ecial 'ara discutir essa 'arcela, descartando"se, no ac-rdo,
o %undamento inconstitucional no im'u*nado. mas, se o du'lo %undamento
re%ere"se a temas diversos, cum're a'reciar a questo caso a caso e s- anular
o ac-rdo se a a'licao da ;ei de m'rensa, devidamente im'u*nada 'ela
'arte, com'rometer de maneira de%initiva o ,ul*amento. Co caso dos autos, o
recurso tenta re%ormar o ac-rdo ao buscar a a'licao da limitao
disci'linada no art. K3, , da ;ei de m'rensa a %im de redu(ir a
indeni(ao, o que levou a @urma a ne*ar 'rovimento ao recurso, mantendo
o ac-rdo recorrido que no a'licou aquela lei. 8 Nin. Sidnei Eeneti
acom'anhou esse entendimento com reservas. Orecedentes citados do S@7:
A0O7 436"07, 0Ge ML44L166F. A*?* no A* 532.3MM"?G, 0G 36L3L1667. e
A*?* no A* K21.126"?G, 0G ML44L166M. ?=s' F5K.5M4"N@, ?el. Nin.
Canca Andri*hi, ,ul*ado em 4KL41L166F.
341
57
-. $ Pro"essos #e Contro)e #a Om(ss&o
In"onst(tu"(ona)
$ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
*. PROCESSOS DE CONTROLE DA O!ISSSO INCONSTITUCIONAL
*.*. A%&o D(reta #e In"onst(tu"(ona)(#a#e 0or Om(ss&o:
<E8 NR B!.D9F, DE !: DE +=T=M3+ DE !DDC.
(Acrescenta ;ei no F.2M2, de 46 de novembro de 4FFF, o >a'$tulo "A,
que estabelece a disci'lina 'rocessual da ao direta de inconstitucionalidade
'or omisso.)
8 O?=S0=C@= 0A ?=ORE;>A 7ao saber que o >on*resso Cacional
decreta e eu sanciono a se*uinte ;ei:
Art. 4 A <ei no C.V9V, de BD de novembro de BCCC, passa a
vi$orar acrescida do se$uinte 6aptulo 885A, que estabelece a
disciplina processual da ao direta de inconstitucionalidade
por omisso)
6aptulo 885
Da Ao Direta de 8nconstitucionalidade por +misso
Seo " 0a Admissibilidade e do Orocedimento da Ao 0ireta de
nconstitucionalidade 'or 8misso
Art. B!5A. 0odem propor a ao direta de inconstitucionalidade por
omisso os le$itimados & propositura da ao direta de
inconstitucionalidade e da ao declarat1ria de constitucionalidade.
Art. 41"E. A 'etio indicar#:
" a omisso inconstitucional total ou 'arcial quanto ao cum'rimento de
dever constitucional de le*islar ou quanto adoo de 'rovid+ncia de $ndole
administrativa.
" o 'edido, com suas es'eci%ica9es.
Pargrafo nico. A petio inicial, acompan'ada de instrumento
de procurao, se "or o caso, ser apresentada em ! @duasA vias,
devendo conter c1pias dos documentos necessrios para
comprovar a ale$ao de omisso.
Art. B!56. A petio inicial inepta, no "undamentada, e a
mani"estamente improcedente sero liminarmente inde"eridas
pelo relator.
343
Au)a /? $
5Q75L7/5**
Pargrafo nico. 6abe a$ravo da deciso que inde"erir a petio
inicial.
Art. B!5D. 0roposta a ao direta de inconstitucionalidade por
omisso, no se admitir desistYncia.
Art. B!5E. Aplicam5se ao procedimento da ao direta de
inconstitucionalidade por omisso, no que couber, as disposiWes
constantes da Seo do >a'$tulo desta ;ei.
P 4 8s demais titulares re%eridos no art. 1 desta ;ei 'odero mani%estar"se,
'or escrito, sobre o ob,eto da ao e 'edir a ,untada de documentos
re'utados )teis 'ara o e&ame da matria, no 'ra(o das in%orma9es, bem
como a'resentar memoriais.
P 1 8 relator 'oder# solicitar a mani%estao do Advo*ado"Beral da Inio,
que dever# ser encaminhada no 'ra(o de 4K (quin(e) dias.
P 3 + 0rocurador54eral da 3ep,blica, nas aWes em que no "or autor,
ter vista do processo, por BI @quinzeA dias, ap1s o decurso do prazo
para in"ormaWes.
/eo 88
Da Medida 6autelar em Ao Direta de 8nconstitucionalidade por
+misso Art. B!57. Em caso de e%cepcional ur$Yncia e relev.ncia da
mat-ria, o Tribunal, por deciso da maioria absoluta de seus membros,
observado o disposto no art. !!, poder conceder medida cautelar, ap1s
a audiYncia dos 1r$os ou autoridades responsveis pela omisso
inconstitucional, que devero pronunciar5se no prazo de I @cincoA dias.
P 4 A medida cautelar 'oder# consistir na sus'enso da a'licao da lei ou
do ato normativo questionado, no caso de omisso 'arcial, bem como na
sus'enso de 'rocessos ,udiciais ou de 'rocedimentos administrativos, ou
ainda em outra 'rovid+ncia a ser %i&ada 'elo @ribunal.
P 1 + relator, (ul$ando indispensvel, ouvir o 0rocurador5
4eral da 3ep,blica, no prazo de F @trYsA dias.
S Fo No (ul$amento do pedido de medida cautelar, ser
"acultada sustentao oral aos representantes (udiciais do
requerente e das autoridades ou 1r$os responsveis pela
omisso inconstitucional, na "orma estabelecida no 3e$imento
do Tribunal.
Art.B!54. 6oncedida a medida cautelar, o /upremo Tribunal
7ederal "ar publicar, em seo especial do Dirio +"icial da
=nio e do Dirio da 2ustia da =nio, a parte dispositiva da
deciso no prazo de BD @dezA dias, devendo solicitar as
in"ormaWes & autoridade ou ao 1r$o responsvel pela omisso
inconstitucional, observando5se, no que couber, o procedimento
estabelecido na /eo 8 do 6aptulo 88 desta <ei.
/eo 888
Da Deciso na Ao Direta de 8nconstitucionalidade por
+misso
Art. B!5\. Declarada a inconstitucionalidade por omisso, com
observ.ncia do disposto no art. !!, ser dada ciYncia ao 0oder
competente para a adoo das providYncias necessrias.
345
S BR Em caso de omisso imputvel a 1r$o administrativo, as
providYncias devero ser adotadas no prazo de FD @trintaA dias, ou em
prazo razovel a ser estipulado e%cepcionalmente pelo Tribunal, tendo
em vista as circunst.ncias espec"icas do caso e o interesse p,blico
envolvido.
P 1 A'lica"se deciso da ao direta de inconstitucionalidade 'or omisso,
no que couber, o dis'osto no >a'$tulo ! desta ;ei.Y
Art. 1 =sta ;ei entra em vi*or na data de sua 'ublicao.
Eras$lia, 17 de outubro de 166F. 422 da nde'end+ncia e 414 da
3ep,blica.
<=8N 8NZ68+ <=<A DA /8<HA
Tarso 4enro
;ui( n#cio ;ucena Adams
Ins0(ra#a no D(re(to PortuguOs * a decis"o tem e(icHcia
recomendativa- e n"o mandamental para o Poder Ne$islativo- mas se o
.r$"o responsHvel pela omiss"o (or administrativo- a decis"o terH e(eito
mandamental O problema da Kriparti/"o dos Poderes!
Art. 461, >7
,...2
P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar
e%etiva norma constitucional, ser dada ciYncia ao 0oder competente 'ara
a adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de 1r$o
administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias.
3cl BDB: # Min. 0ertenceW
0essa im'ossibilidade de re'arar 'or sim'les deciso declarat-ria a
inconstitucionalidade 'or omisso que advm, na hi'-tese mais dram#tica
da omisso le*islativa inconstitucional, a desanimadora veri"icao da
ine"iccia (urdica virtualmente absoluta dos mecanismos tentados para
o seu controle (urisdicional, tanto no direito portu$uYs 5 que
primeiramente a instituiu 5 quanto no direito brasileiro. ?ecusadas, l#
como aqui, as 'ro'ostas de su'rimento 'elo -r*o de controle da omisso
'ersistente do le*islador, o que restou %oi muito 'ouco alm da mera
declarao: em Oortu*al, a sim'les comunicao dela ao -r*o le*islativo.
no Erasil, a mesma ci+ncia da deciso ao Ooder com'etente X'ara a adoo
das 'rovid+ncias necess#riasY.
Diferena da AD; 'or Dmisso processo ob5etivo, n3o precisa
demonstrar a les"o) e #o !an#a#o #e In1un%&o (processo sub#etivo-
precisa demonstrar a les"o)!
T IaverH a perda do ob#eto da %/"o Direta de Inconstitucionalidade por
Omiss"o se o A'ecutivo encamin;ar ao Con$resso o pro#eto re(erente = lei
reclamada
34K
T O OKF n"o admite a (un$ibilidade da %/"o Direta de Inconstitucionalidade
por Omiss"o em +andado de In#un/"o- e vice& versa
A>C por +miss)oJ Cria4)o de Bunic6pio e Dei Complementar Federal T H
O Tribunal, por unanimidade, julgou procedente pedido formulado em ao
direta de inconstitucionalidade por omisso ajuizada pela Assemblia Legislativa
do Estado de Mato Grosso, para reconhecer a mora do Congresso Nacional em
elaborar a lei complementar federal a que se refere o 4 do art. 18 da CF, na
redao dada pela EC 15/96, e, por maioria, estabeleceu o prazo de 18 meses
para que este adote todas as providncias legislativas ao cumprimento da referida
norma constitucional. nicialmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou a preliminar de
ilegitimidade ativa do Presidente da Assemblia Legislativa do Estado de Mato
Grosso. Salientando-se a indefinio existente na Constituio quanto aos
legitimados para propor a ao direta de inconstitucionalidade por omisso,
considerou-se ser inevitvel, com base no princpio de hermenutica, que
recomenda a adoo da interpretao que assegure maior eficcia possvel
norma constitucional, que os entes e rgos legitimados a propor a ao direta
contra ato normativo possam instaurar o controle abstrato da omisso%
Acrescentou:se que as ale"a0es de irre"ularidade ormal da
representao da Assembl4ia, decorrente de no ?aver nos autos
deliberao da @esa, dando:l?e poder para a#ui!ar a ao,
entrariam em c?oque com a presuno de le"itimidade que
acompan?a a iniciativa, devendo, entre orma e subst/ncia,
preerir:se esta sempre que, na d9vida entre ambas, se#a o meio
adequado para atin"ir a inalidade do instituto #urDdico% ^encidos,
no ponto, os @inistros @arco Aur4lio e Qep9lveda Pertence que
acol?iam a preliminar, ao undamento de que apenas a @esa da
Assembl4ia 'e"islativa estaria le"itimada a propor a ao, tendo
em conta o disposto no art% HJ), F^, da 6F, e a ine5ist;ncia de
comprovao nos autos de deliberao pr4via da @esa no sentido
do a#ui!amento da ao%
ADF )6*-+@O, rel% @in% <ilmar @endes, 7%(%-JJ,% (ADF:)6*-)
Emenda & 6onstituio I:;!DDV
(Acrescenta arti*o ao Ato das 0is'osi9es >onstitucionais
@ransit-rias 'ara convalidar os atos de criao, %uso, incor'orao e
desmembramento de Nunic$'ios).
As Nesas da ><mara dos 0e'utados e do Senado 7ederal, nos
termos do P 3 do art. M6 da >onstituio 7ederal, 'romul*am a se*uinte
=menda ao te&to constitucional:
Art. 4 8 Ato das 0is'osi9es >onstitucionais @ransit-rias 'assa a vi*orar
acrescido do se*uinte art. FM:
/Art. FM. 7icam convalidados os atos de criao, %uso, incor'orao e
desmembramento de Nunic$'ios, cu,a lei tenha sido 'ublicada at 34 de
de(embro de 166M, atendidos os requisitos estabelecidos na le*islao do
res'ectivo =stado 'oca de sua criao./
34M
Art. 1 =sta =menda >onstitucional entra em vi*or na data de sua
'ublicao.
Eras$lia, em 42 de de(embro de 1662.
$ !an#a#o #e In1un%&o: !un("=0(o e I)eg(t(m(#a#e
+ Tribunal, por maioria, no con'eceu de mandado de in(uno
impetrado pelo Municpio de Nova Mrasil.ndia do +este;3+, em que se
ale$ava omisso le$islativa re"erente & lei complementar "ederal
prevista no S GR do art. BV da 67. =ntendeu"se no haver direito ou
'rerro*ativa constitucional do Nunic$'io im'etrante cu,o e&erc$cio estivesse
sendo obstaculi(ado 'ela aus+ncia da re%erida lei com'lementar %ederal.
Asseverou"se que o mandado de in,uno h# de ter 'or ob,eto o no"
cum'rimento de dever constitucional de le*islar que, de al*uma %orma, a%ete
direitos constitucionalmente asse*urados. 0ortanto, possuem le$itimao
ativa para a impetrao do jrit os titulares de direitos sub(etivos
constitucionais relacionados &s liberdades "undamentais, &
nacionalidade, & soberania ou & cidadania. ?essaltou"se, ademais, que o P
5 do art. 42 da >7 norma de e%ic#cia limitada que %i&a reservas de lei e
estabelece os requisitos m$nimos 'ara criao, %uso, desmembramento e
incor'orao de Nunic$'io, mas no con%ere nenhum direito ou 'rerro*ativa
aos Nunic$'ios da 7ederao, e que esses requisitos 'er%a(em um com'le&o
'rocedimento que de'ende da interveno direta de todos os entes da
7ederao e, assim, no se submete autonomia munici'al. !encido o Nin.
>arlos Eritto que conhecia do mandado de in,uno 'ara inde%eri"lo.
Orecedentes citados: N K37LS> (0GI de 44.F.1664). A0 1324 N>L?S
(0GI de 45.41.1664). A0 345FLS> (0GI de 4.5.166K). A0 1761LO?
(0GI de M.1.1665). A0 1FM7LEA (0GI de 4F.3.1665). A0 1M31LEA (0GI
de 41.3.1665).
N 71KL?8, rel. Nin. Bilmar Nendes, 46.K.1667. (N"71K)
*./. !an#a#o #e In1un%&o:
T Art. ?X4 (n"(so L--I & conceder&se&H mandado de in#un/"o sempre ?ue a
(alta de norma re$ulamentadora torne inviHvel o e'erc<cio dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerro$ativas inerentes = nacionalidade- =
soberania e = cidadania!
T Os 0rob)emas 0ara Wue o STF "r(asse a )e( 0ara o "aso "on"reto!
a; Kriparti/"o de Poderes;
b; Pol<ticas PDblicas;
"; Luest0es Or/amentHrias (B4eserva do Poss<velC);
347
& Pois os recursos s"o (initos- mas as demandas sociais s"o in(initas
O Astado n"o deve ser culpado por tudo
#; Luest0es Kcnicas
& O mandado de in#un/"o uma sa<da para (a>er valer ?ual?uer
mandado constitucional
8 mandado de in,uno nem autori(a o Gudici#rio a su'rir a omisso
le*islativa ou re*ulamentar, editando o ato normativo omitido, nem, menos
ainda, lhe 'ermite ordenar, de imediato, ato concreto de satis%ao do direito
reclamado: mas, no 'edido, 'osto que de atendimento im'oss$vel, 'ara que o
@ribunal o %aa, se contm o 'edido de atendimento 'oss$vel 'ara a
declarao de inconstitucionalidade da omisso normativa, com ci+ncia ao
-r*o com'etente 'ara que a su'ra.Y (N 4M2, ?el. Nin. Se')lveda Oertence,
0G 16L65LF6).
T Pos(%&o (n("(a) #o STF: nature<a #o !I leadin9 case !I *5E
& (Ner este caso)
T E+o)u%&o !I /H84 !I /H6!
M8 !VF ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
NAC0A08 0= CGICST8
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 16L63L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Ementa " Nandado de in,uno: mora le*islativa na edio da lei necess#ria
ao *o(o do direito a re'arao econVmica contra a Inio, outor*ado 'elo art.
2., 'ar. 3., A0>@: de"erimento parcial, com estabelecimento de prazo
para a pur$ao da mora e, caso subsista a lacuna, "acultando o titular
do direito obstado a obter, em (uzo, contra a =nio, sentena liquida de
indenizao por perdas e danos.
4. 8 S@7 admite " no obstante a nature(a mandamental do mandado de
in,uno (N 467 " Q8) " que, no 'edido constitutivo ou condenat-rio,
%ormulado 'elo im'etrante, mas, de atendimento im'oss$vel, se contem o
'edido, de atendimento 'oss$vel, de declarao de inconstitucionalidade da
omisso normativa, com ci+ncia ao -r*o com'etente 'ara que a su'ra (c%.
Nandados de n,uno 4M2, 467 e 131). 1. A norma constitucional invocada
(A0>@, art. 2., 'ar. 3. " /Aos cidados que "oram impedidos de e%ercer,
na vida civil, atividade pro"issional especi"ica, em decorrYncia das
0ortarias 3eservadas do Minist-rio da Aeronutica n. /5ID54MI, de BC
de (un'o de BC9G, e n. /5!VI54MI ser concedida reparao econUmica,
na "orma que dispuser lei de iniciativa do 6on$resso Nacional e a entrar
em vi$or no prazo de doze meses a contar da promul$ao da
6onstituio/ " vencido o 'ra(o nela 'revisto, le*itima o bene%ici#rio da
re'arao mandada conceder a im'etrar mandado de in,uno, dada a
e&ist+ncia, no caso, de um direito sub,etivo constitucional de e&erc$cio
obstado 'ela omisso le*islativa denunciada. 3. Se o su,eito 'assivo do
direito constitucional obstado e a entidade estatal a qual i*ualmente se deva
342
im'utar a mora le*islativa que obsta ao seu e&erc$cio, e dado ao Gudici#rio,
ao de%erir a in,uno, somar, aos seus e%eitos mandamentais t$'icos, o
'rovimento necess#rio a acautelar o interessado contra a eventualidade de
no se ultimar o 'rocesso le*islativo, no 'ra(o ra(o#vel que %i&ar, de modo a
%acultar"lhe, quanto 'oss$vel, a satis%ao 'rovis-ria do seu direito. G.
0remissas, de que resultam, na esp-cie, o de"erimento do mandado de
in(uno para) aA declarar em mora o le$islador com relao a ordem de
le$islar contida no art. V., par. F., AD6T, comunicando5o ao 6on$resso
Nacional e a 0residYncia da 3epublica* bA assinar o prazo de GI dias,
mais BI dias para a sano presidencial, a "im de que se ultime o
processo le$islativo da lei reclamada* cA se ultrapassado o prazo acima,
sem que este(a promul$ada a lei, recon'ecer ao impetrante a "aculdade
de obter, contra a =nio, pela via processual adequada, sentena liquida
de condenao a reparao constitucional devida, pelas perdas e danos
que se arbitrem* dA declarar que, prolatada a condenao, a
superveniYncia de lei no pre(udicara a coisa (ul$ada, que, entretanto,
no impedira o impetrante de obter os bene"cios da lei posterior, nos
pontos em que l'e "or mais "avorvel.
M8 !VG ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A<
NAC0A08 0= CGICST8
?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8
?elator(a) 'L Ac-rdo: Nin. >=;S8 0= N=;;8
Gul*amento: 11L44L4FF1 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
3econ'ecido o estado de mora inconstitucional do 6on$resso Nacional 5
,nico destinatrio do comando para satis"azer, no caso, a prestao
le$islativa reclamada 5 e considerando que, embora previamente
cienti"icado no Mandado de 8n(uno n. !VF, rel. Min. /E0L<HEDA
0E3TEN6E, absteve5se de adimplir a obri$ao que l'e "oi
constitucionalmente imposta, torna5se Xprescindvel nova comunicao
a instituio parlamentar, asse$urando5se aos impetrantes, Xdesde
lo$oX, a possibilidade de a(uizarem, XimediatamenteX, nos termos do
direito comum ou ordinrio, a ao de reparao de natureza econUmica
instituda em seu "avor pelo preceito transit1rio.
M8 !F! ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
NAC0A08 0= CGICST8
?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S
Gul*amento: 61L62L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8
Nandado de in,uno. " ;e*itimidade ativa da requerente 'ara im'etrar
mandado de in,uno 'or %alta de re*ulamentao do dis'osto no 'ar. 7. do
arti*o 4FK da >onstituio 7ederal. " +corrYncia, no caso, em "ace do
disposto no arti$o IC do AD6T, de mora, por parte do 6on$resso, na
re$ulamentao daquele preceito constitucional. Mandado de in(uno
con'ecido, em parte, e, nessa parte, de"erido para declarar5se o estado
de mora em que se encontra o 6on$resso Nacional, a "im de que, no
prazo de seis meses, adote ele as providencias le$islativas que se impWem
para o cumprimento da obri$ao de le$islar decorrente do arti$o BCI,
par. :., da 6onstituio, sob pena de, vencido esse prazo sem que essa
34F
obri$ao se cumpra, passar o requerente a $ozar da imunidade
requerida.
T D SEAH assimH em al9uns casosH conerteu a norma
constitucional de efic<cia contida em norma de efic<cia 'lena!
De 7ual7uer formaH em tais hi'tesesH o SEA no tee de fazer a
lei 'ara os casos concretos!
T O +I pode ser impetrado para ?ual?uer espcie normativa (lei ordinHria-
complementar- re$ulamento- resolu/"o- portaria- etc)
T Art! B1H da Lei nQ R!S6RT+S ? "o (andado de ;nUuno sero
obseradas as normas relatias ao (andado de Se9uranaH
en7uanto no editada le9islao es'ecfica!
T O OKF #H admitiu o +andado de In#un/"o Coletivo (+I 9J1)
T Se a omisso for do Chefe do :oder /8ecutioH em relao Is
normas de iniciatia le9islatia reseradaH no 'ode a omisso
le9islatia ser atribuda ao Con9resso "acional!
& O. cabe mandado de in#un/"o se a omiss"o (or total
& %plica&se ao mandado de in#un/"o a lei do mandado de se$uran/a
T SEAV Se o /8ecutio )nos casos de iniciatia reserada-
encaminhou mensa9em com 'roUeto de lei ao Con9ressoH ou se o
:roUeto de lei U< foi a'resentado I C>mara ou ao SenadoH
descabe o (andado de ;nUuno!
T OKF! se e'istir lei sobre o assunto- o (ato de a norma n"o satis(a>er os
ditames constitucionais n"o situa/"o e?uiparHvel = aus8ncia de norma
#ur<dica %ssim- n"o se per(a> ;ip.tese de cabimento do +I
T A(02tese #e o STF atuar "omo )eg(s)a#or4 no "aso "on"reto!
A; !ANDADO DE IN3UNRSO Nl QE5 E E*/ art. 8E4 (n"(so .II
& 1 evolu/"o * direito de $reve do servidor pDblico (abai'o)!
! " o direito de *reve ser# e&ercido nos termos e nos limites de%inidos em
lei es'ec$%ica. (?edao da => n 4FLF2)
& Argumento! O OKF #H ;avia #ul$ado- em 177P- o +I nq 2U- recon;ecendo a
mora do Con$resso Eacional
316
Tre"9o #o +oto #o m(n(stro Ce)so #e !e))o no 1u)gamento #o
man#a#o #e (n1un%&o nlQE5!
X0ecorridos quase 4F (de(enove) anos da 'romul*ao da vi*ente >arta
Ool$tica, ainda no se re*istrou " no que concerne norma inscrita no art. 37,
!, da >onstituio " a necess#ria interveno concreti(adora do >on*resso
Cacional, que se absteve de editar, at o 'resente momento, o ato le*islativo
essencial ao desenvolvimento da 'lena e%ic#cia ,ur$dica do 'receito
constitucional em questo, no obstante esta Su'rema >orte, em 4FL6KL4FF5
(h# quase 43 anos, 'ortanto), ao ,ul*ar o N 16L07, de N 741 L OA 7 que %ui
?elator, houvesse reconhecido o estado de mora (inconstitucional) do Ooder
;e*islativo da Inio, que ainda subsiste, 'orque no editada, at a*ora, a lei
disci'linadora do e&erc$cio do direito de *reve no servio ')blico.
?e*istra"se, 'ortanto, quase decorrido o 'er$odo de uma *erao, clara
situao 'ositivadora de omisso abusiva no adim'lemento da 'restao
le*islativa im'osta, 'ela >onstituio da ?e')blica, ao >on*resso Cacional.
Ca realidade, o retardamento abusivo na re*ulamentao le*islativa do te&to
constitucional quali%ica"se " 'resente o conte&to tem'oral em causa " como
requisito autori(ador do a,ui(amento da ao de mandado de in,uno, 'ois,
sem que se con%i*urasse esse estado de mora le*islativa W caracteri(ado 'ela
su'erao e&cessiva de 'ra(o ra(o#vel ", no haveria como reconhecer"se
ocorrente, na es'cie, o 'r-'rio interesse de a*ir em sede in,uncional, como
esta Su'rema >orte tem advertidoY.
K; !ANDADO DE IN3UNRSO Nl E/* $ %rti$o PU- _Pq! Oervidora %u'iliar de
An(erma$em ?ue trabal;ou 2Q anos em atividade insalubre
& 2 evolu/"o * aposentadoria especial (abai'o) Deve incluir as Hreas de
atividade de risco %lm da saDde- a se$uran/a (pol<cias) etc!
Art. 56. Aos servidores titulares de car*os e%etivos da Inio, dos =stados, do
0istrito 7ederal e dos Nunic$'ios, inclu$das suas autarquias e %unda9es,
asse*urado re*ime de 'revid+ncia de car#ter contributivo e solid#rio,
mediante contribuio do res'ectivo ente ')blico, dos servidores ativos e
inativos e dos 'ensionistas, observados critrios que 'reservem o equil$brio
%inanceiro e atuarial e o dis'osto neste arti*o. (?edao dada 'ela =menda
>onstitucional n 54, 4F.41.1663)
(...)
P 5 H vedada a adoo de requisitos e critrios di%erenciados 'ara a
concesso de a'osentadoria aos abran*idos 'elo re*ime de que trata este
arti*o, ressalvados, nos termos de%inidos em leis com'lementares, os casos
de servidores: (?edao da => n 57L6K)
" 'ortadores de de%ici+ncia. (=> n 57L6K)
" que e&eram atividades de risco. (=> n 57L6K)
" cu,as atividades se,am e&ercidas sob condi9es es'eciais que
're,udiquem a sa)de ou a inte*ridade %$sica. (=> n 57L6K)
314
(...)
$ A #es(gna%&o #e tem0o menor 0ara a0osenta#or(a , uma a%&o
af(rmat(+a 0ara Wuem #esem0en9a at(+(#a#e #e r(s"o.
!an#a#o #e In1un%&o e Art. 654 a 6X4 #a CF.
Ca linha da nova orientao ,uris'rudencial %i&ada no ,ul*amento do N
714L07 (0G= de 36.44.1667), o Tribunal (ul$ou procedente pedido
"ormulado em mandado de in(uno para, recon'ecendo a mora
le$islativa e a necessidade de se dar e"iccia &s normas
constitucionais e e"etividade ao direito do impetrante, suprir a "alta
da norma re$ulamentadora a que se re"ere o art. GD, S GR, da 67,
aplicando ao caso, no que couber e a partir da comprovao dos
dados perante a autoridade administrativa competente, o art. I: da
<ei V.!BF;CB. @ratava"se, na es'cie, de mandado de in,uno im'etrado
'or investi*ador da 'ol$cia civil do =stado de So Oaulo que 'leiteava
%osse su'rida a lacuna normativa constante do aludido P 5 do art. 56,
assentando"se o seu direito a'osentadoria es'ecial, em ra(o do
trabalho estritamente 'olicial, 'or 1K anos, em atividade considerada
'eri*osa e insalubre. =m se*uida, resolvendo questo de ordem suscitada
'elo Nin. Goaquim Earbosa, o @ribunal, 'or maioria, autori(ou que os
Ninistros decidam monocr#tica e de%initivamente os casos id+nticos.
!encido, no 'onto, o Nin. Narco Aurlio, que entendia no caber essa
autori(ao. 8utros 'recedentes citados: N M76L=S (0G= de
34.46.1662). N 762L07 (0G= de 34.46.1662). N 741LOA (0G= de
34.46.1662). N 74KL07 (0GI de 5.3.166K). N 7FKL07, rel. Nin.
>#rmen ;)cia, 4K.5.166F. (N"7FK)
Quarta-feira, 15 de Abril de 2009
STF permite aplica4)o de lei da Previd"ncia Social para concess)o de
aposentadoria especial a servidores
Nesta quarta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que
pedidos de aposentadoria de servidores pblicos que trabalham em situao de
insalubridade e de periculosidade sejam concedidos de acordo com as regras do
artigo 57 da Lei 8.213/91, que regulamenta a aposentadoria especial de celetistas.
Os pedidos devem ser analisados caso a caso e dependem de o interessado
provar que cumpre os requisitos legais previstos para a concesso do benefcio.
A deciso seguiu precedente (M 721) do Plenrio que, em agosto de
2007, permitiu a aplicao da norma a uma servidora da rea da sade. Ela teve
sua aposentadoria negada por falta de regulamentao do dispositivo
constitucional que permite a aposentadoria especial no caso de trabalho insalubre
e de atividades de risco.
A regra est disposta no pargrafo 4 do artigo 40 da Constituio Federal,
mas depende de regulamentao. Por isso, pedidos de aposentadoria feitos por
servidores pblicos acabam sendo rejeitados pela Administrao. Para garantir a
concesso do benefcio, o Supremo est permitindo a aplicao da Lei 8.213/91,
que regulamenta a concesso de benefcios da Previdncia Social.
311
Ao todo, foram julgados 18 processos de servidores, todos mandados de
injuno, instrumento jurdico apropriado para garantir o direito de algum
prejudicado diante da omisso legislativa na regulamentao de normas da
Constituio. Nesta tarde, os ministros decretaram a omisso legislativa do
presidente da Repblica em propor lei que trate da matria, que est sem
regulamentao h mais de 10 anos.
A Corte tambm determinou que os ministros podero aplicar
monocraticamente essa deciso aos processos que se encontram em seus
gabinetes, sem necessidade de levar cada caso para o Plenrio.
& (Postura e'tremamente ativista do OKF) (abai'o)
Quarta-feira, 22 de junho de 2011
STF admite 2ixar aviso prvio proporcional ao tempo de servi4o*
O Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quarta-
feira, o julgamento de quatro Mandados de njuno (M) cujos autores reclamam
o direito assegurado pelo artigo 7, inciso XX, da Constituio Federal (CF), de
"aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias,
nos termos da lei. Os mandados foram impetrados diante da omisso do
Congresso Nacional que, aps a promulgao da CF de 1988, ainda no
regulamentou o dispositivo.
O julgamento foi suspenso depois que o relator, ministro Gilmar Mendes,
se pronunciou pela procedncia das aes. Por sugesto do prprio relator,
entretanto, o Plenrio decidiu pela suspenso do julgamento para que se possa
examinar a explicitao do direito pleiteado, nos casos concretos em exame.
Dentre o manancial a ser pesquisado, h experincias de outros pases,
recomendaes da Organizao nternacional do Trabalho (OT) e, tambm,
projetos em tramitao no Congresso Nacional, propondo a regulamentao do
dispositivo constitucional.
Durante os debates em torno dos processos os Mandados de njuno
943, 1010, 1074 e 1090 -, os ministros observaram que a Suprema Corte deveria
manter o avano em relao a decises anteriores de omisso legislativa, em que
apenas advertiu o Congresso Nacional sobre a necessidade de regulamentar o
respectivo dispositivo invocado, e adotar uma regra para o caso concreto, at
mesmo para estimular o Poder Legislativo a votar uma lei regulamentadora.
Foram citados dois precedentes em que o STF, com base em parmetros
j existentes, estabeleceu regras para vigerem enquanto no houver
regulamentao legislativa. O primeiro deles foi o M 721, relatado pelo ministro
Marco Aurlio. Diante da omisso legislativa relativa ao pargrafo 4 do artigo 40
da CF, que confere o direito contagem diferenciada do tempo de servio em
decorrncia de atividade em trabalho insalubre, a Corte adotou como parmetro,
para a aposentadoria de uma trabalhadora que atuava em condies de
insalubridade, o sistema do Regime Geral de Previdncia Social (artigo 57 da Lei
8.213/1991), que dispe sobre a aposentadoria especial na iniciativa privada.
No segundo caso, o M 708, relatado pelo ministro Gilmar Mendes, a
Suprema Corte solucionou a omisso legislativa quanto ao direito de greve no
servio pblico, determinando a aplicao das regras vigentes para o setor privado
(Lei n 7.783, de 28 de junho de 1989), no que couber, at regulamentao do
dispositivo constitucional (artigo 37, inciso V, da CF).
Propostas
313
No incio dos debates, o ministro Luiz Fux apresentou propostas para uma
soluo concreta nos casos em discusso. Ele sugeriu a conjugao do dispositivo
constitucional com o artigo 8 da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), que
admite a aplicao do direito comparado, quando da existncia de lacuna
legislativa.
Nesse sentido, ele citou que uma recomendao da Organizao
nternacional do Trabalho (OT) sobre a extino da relao de trabalho sugere o
direito a um aviso prvio razovel ou a uma indenizao compensatria.
O ministro Luiz Fux relatou, neste contexto, experincias da Alemanha,
Dinamarca e Sua, onde o aviso prvio pode chegar a entre trs e seis meses,
dependendo da durao do contrato de trabalho e da idade do trabalhador; na
tlia, pode chegar a quatro meses.
J o ministro Marco Aurlio sugeriu que, alm do direito a aviso prvio de
30 dias, sejam acrescentados 10 dias por ano. Assim, ao cabo de 30 anos - caso
do autor do M 943, demitido de seu emprego aps 30 anos de servio -, teria
direito a 300 dias de aviso prvio, a serem por ele cumpridos, ou ento
indenizados.
O presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, sugeriu a indenizao de
um salrio-mnimo a cada cinco anos, adicionalmente ao direito mnimo a 30 dias
de aviso prvio. Por seu turno, o ministro Ricardo Lewandowski observou que h
um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) em tramitao no Congresso
Nacional.
Essas propostas, entretanto, esbarraram na objeo do ministro Marco
Aurlio, segundo o qual elas no guardam a proporcionalidade prevista no artigo
7, inciso XX, da CF.
ParSmetros
Ao sugerir a suspenso dos debates para aprofundar os estudos sobre o
tema, o ministro Gilmar Mendes observou que qualquer soluo para os casos
concretos hoje debatidos acabar se projetando para alm deles. "As frmulas
aditivas passam tambm a ser objeto de questionamentos, afirmou, ponderando
que o Poder com legitimidade para regulamentar o assunto o Congresso
Nacional.
Tera-feira, 06 de Janeiro de 2009
+miss5es legislativas em casos votados pelo STF ainda n)o 2oram
resolvidas%
O assunto mais abordado em encontros de cortes constitucionais ao redor
do mundo tem sido o papel do Judicirio frente omisso dos parlamentares em
elaborar leis que garantam os direitos previstos nas constituies. No Brasil no
diferente: o Mandado de njuno o instrumento mais comum pelo qual os
cidados e as entidades pedem que os magistrados resolvam problemas
decorrentes da falta de norma reguladora. A omisso legislativa tambm pode ser
questionada em aes diretas de inconstitucionalidade.
H aes em que o Supremo Tribunal Federal declarou a mora (omisso)
do Legislativo e que ainda esto pendentes de regulamentao. Cinco delas dizem
respeito ao mesmo assunto: o aviso prvio proporcional.
8o inciso TTC do artigo N=& a Constitui4)o Federal prev" como direito
de trabalhadores rurais e urbanos o aviso prvio proporcional ao tempo de
servi4o& com m6nimo de trinta dias e de acordo com os termos de uma lei
ordin'ria (ue& na verdade& nunca 2oi 2eita* >essa 2orma& (uem trabalha num
mesmo lugar h' vinte anos acaba por cumprir o mesmo tempo de aviso
315
prvio de (uem trabalha h' (uatro meses M desproporcionalidade (ue&
muitas ve$es& vai parar na Austi4a.
Servidores P@blicos
+ segundo assunto (ue mais rende declara45es de mora do
Degislativo pelo Audici'rio a aus"ncia de uma lei de greve para o servi4o
p@blico* 8a 2alta de uma regulamenta4)o espec62ica para os servidores& por
decis)o do STF& tem;se adotado na Administra4)o P@blica o padr)o de greve
da iniciativa privada& regulado pela Dei N*NEF.7HEH.
J foram deferidos trs mandados de injuno no sentido de apontar a
falha dos legisladores em regulamentar o assunto. Eles foram impetrados pelo
Sindicato dos Servidores da Polcia Civil no Estado do Esprito Santo (Sindipol);
pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educao do Municpio de Joo Pessoa
(Sintem); e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judicirio do Estado do
Par (Sinjep). Os trs (M 670, 708 e 712) pediram as garantias do exerccio do
direito de greve previsto no art. 37, V, da Constituio ("o direito de greve ser
exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica).
Servidores pblicos tambm j reivindicaram no Supremo, em mandados
de injuno deferidos pela Corte e ainda sem soluo, a aposentadoria especial
devido a condies de insalubridade no trabalho. No M 721, uma auxiliar de
enfermagem servidora do Ministrio da Sade pediu tendo por base a lei
trabalhista vigente na iniciativa privada o reconhecimento do direito a contagem
diferenciada do tempo de servio para fins de aposentadoria aps 25 anos de
servio.
Num outro caso, no M 758, foi a vez de um servidor pblico federal lotado
na funo de tecnologista da Fundao Oswaldo Cruz, pleitear a aposentadoria
especial alegando o contato com seres nocivos, portadores de molstias humanas
e com materiais e objetos contaminados. A comunicao ao Congresso Nacional
para que supra a omisso legislativa foi publicada no dia 1 de julho de 2008, mas
ainda no houve edio de lei.
Em um caso sobre a ausncia de lei que regulamenta as carreiras de
auditores e membros do Ministrio Pblico Especial junto ao Tribunal de Contas
do Cear a AD 3276 o Supremo tambm julgou que a omisso do legislativo
impedia o atendimento ao modelo federal, reproduzido nos estados.
Solu4)o
Uma das decises de maior repercusso no ano de 2008 foi a que
envolveu a criao de mais de 50 municpios em todo o Pas (AD 3682). O
Tribunal votou unnime pela procedncia do pedido de inconstitucionalidade por
omisso, ajuizado pela Assemblia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Com
isso, o STF reconheceu a mora do Congresso Nacional em elaborar a lei
complementar federal que abriria o prazo para criao, incorporao, fuso e
desmembramento de municpios.
+ Plen'rio do Supremo deu o pra$o de 7E meses M a partir de H de
maio de -//N M para (ue o v'cuo da lei 2osse preenchido* + Congresso
8acional& ent)o& aprovou a Emenda 3 Constitui4)o ,N no dia 7E de de$embro*
Ela convalida cria4)o& 2us)o& incorpora4)o e desmembramento de
munic6pios at F7 de de$embro de -//0& atendidos os re(uisitos
estabelecidos na legisla4)o do respectivo Estado 3 poca de sua cria4)o.
31K
-.I $ O !o#e)o Kras()e(ro #e Contro)e D(fuso #e
Const(tu"(ona)(#a#e
$ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
*. O !ODELO KRASILEIRO DE CONTROLE DIFUSO DE
CONSTITUCIONALIDADE
& O controle di(uso de constitucionalidade vem cada ve> mais perdendo
importYncia perante OKF- pois a postura mais recente do OKF aponta para
uma Corte Constitucional- e n"o mais para uma Corte 4ecursal- como ;H
al$uns anos
No mo#e)o #(fuso4 a Wuest&o "onst(tu"(ona) 0o#e ser )e+anta#a
em 0ro"essos #e Wua)Wuer nature<a4 se1a #e "on9e"(mento4 #e
eGe"u%&o ou "aute)ar.
& Lual?uer um pode e'ercer controle de constitucionalidade Mm #ui> pode
per(eitamente declarar a inconstitucionalidade de uma norma em ?ual?uer
processo % di(eren/a a (orma como o pedido serH (eito
& % %CP n"o substitutiva da %DI- mas s. ?uando ela usada
primordialmente para essa (inalidade De semel;ante modo o +O %
declara/"o de inconstitucionalidade por meio dessas a/0es e remdios teria
?ue ser incidental
O "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e serC eGer"(#o 0or to#os
os 2rg&os 1u#("(a(s (n#(st(ntamente4 tanto #e 0r(me(ro "omo
#e segun#o graus4 bem "omo aos Tr(buna(s Su0er(ores.
& Eo caso dos tribunais e'i$e&se a clHusula de reserva de plenHrio O
Kribunal vai ter ?ue abrir um incidente de inconstitucionalidade- submetido
ao Pleno- e depois ao Desembar$ador ou +inistro ?ue estH com o processo
$ Um !(n(stro ou Desembarga#or 1ama(s 0o#e4
mono"rat("amente :tem Wue ser4 no m=n(mo a Turma;4
#e")arar uma norma (n"onst(tu"(ona). A regra , a ")Cusu)a
#e reser+a #e 0)enCr(o :ad referendum #o P)enCr(o;.
A eG(gOn"(a Wue se fa< , Wue 9a1a um "onf)(to #e
(nteresses4 um "aso "on"reto. Isto 0orWue o "ontro)e
(n"(#enta) #e "onst(tu"(ona)(#a#e somente 0o#e o"orrer
0ara "onfer(r tute)a D 0retens&o sub1et(+a.
& Para se pleitear a inconstitucionalidade no caso concreto sempre deve
;aver um problema da parte para ser resolvido e a declara/"o deve ser
incidental no processo- em essa declara/"o de inconstitucionalidade n"o
pode ser o pedido principal da a/"o
31M
O ob#eto do pedido- assim- n"o o ata?ue = lei- mas a 0rote%&o a um
#(re(to Wue ser(a 0e)a )e( afeta#o :em suma: a Wuest&o
"onst(tu"(ona) , uma 0re1u#("(a) D so)u%&o #o 0rob)ema;.
Por ta(s ra<'es , Wue o Su0remo n&o a#m(te a (m0etra%&o
#e !an#a#o #e Seguran%a "ontra )e( em tese o !S n&o ,
su"e#Ineo #e ADI.
Pode ser ar$uida a inconstitucionalidade em %/"o Popular- tambm em
%/"o Civil PDblica- dentre outras a/0es- mas desde ?ue o ob#eto da
demanda se#a a tutela de uma pretens"o concreta- e n"o a declara/"o em
tese da inconstitucionalidade da lei
O controle incidental de constitucionalidade pode ser e'ercido em rela/"o
a normas emanadas dos tr8s n<veis de poder- de ?ual?uer ;ierar?uia-
inclusive as anteriores = Constitui/"o
CL]USULA DE RESER.A DE PLEN]RIO * CF- art 75 Por tal ra>"o- a
inconstitucionalidade de uma lei somente pode ser declarada pela maioria
absoluta dos membros do Kribunal ou do Jr$"o especial- onde este e'istir
Kal clHusula se aplica tanto para o controle di(uso- e'ercido pelos Kribunais-
como no controle concentrado
%s Kurmas ou .r$"os (racionHrios poder"o recon;ecer a
inconstitucionalidade da norma se o plenHrio ou .r$"o especial
anteriormente #H a ;ouver declarado
/. Fuest'es Interessantes #o !o#e)o D(fuso #e Const(tu"(ona)(#a#e!
& Luando se interp0e um 4A- nem sempre o mrito serH analisado pelo OKF
(a?ui se re(ere n"o aos pressupostos recursais- mas aos pressupostos
materiais- descritos abai'o)
T !ATYRIA F]TICA!
/,mula !:C do /T7 W Oara sim'les ree&ame de 'rova no cabe recurso
e&traordin#rio.
& Para se descobrir ?uest"o (Htica necessHrio e'aminar prova 4A s.
discute ?uest"o de direito Portanto- se a ?uest"o envolver matria (Htica-
n"o passarH nos pressupostos materiais
T !ATYRIA LE>AL!
317
/,mula !VD do /T7 W Oor o%ensa a direito local no cabe recurso
e&traordin#rio.
T DECISSO DE bLTI!A INSTpNCIA!
/,mula !VB do /T7 W H inadmiss$vel o recurso e&traordin#rio, quando
couber, na ,ustia de ori*em, recurso ordin#rio da deciso im'u*nada.
& Deve&se es$otar todos os recursos antes de in$ressar com 4A
T FALTA DE PREFUESTIONA!ENTO!
/,mula !V! do /T7 W H inadmiss$vel o recurso e&traordin#rio, quando no
ventilada, na deciso recorrida, a questo %ederal suscitada.
& E"o consiste apenas em ter mencionado arti$o da CF
& Pre?uestionamento & Oi$ni(ica debate e decis"o sobre o tema ?ue estH
sendo impu$nado
& % simples interposi/"o de embar$os declarat.rios pre?uestiona a matria
Os embar$os declarat.rios n"o suprem o pre?uestionamento 2is"o
ma#oritHria do OKF
& Antretanto- para o +inistro +arco %urlio isso n"o se aplica Para ele serH
necessHrio pleitear a nulidade do ac.rd"o pedindo a declara/"o ne$ativa de
presta/"o #urisdicional (art 79- I1- CF * ale$a&se ?ue (oi violado o art QV- NI2
e N2 da CF * contradit.rio e ampla de(esa) Assa vis"o do +inistro +arco
%urlio a vis"o adotada pelo OK@
Art. F3. ;ei com'lementar, de iniciativa do Su'remo @ribunal 7ederal,
dis'or# sobre o =statuto da Na*istratura, observados os se*uintes 'rinc$'ios:
(...)
: todos os ,ul*amentos dos -r*os do Ooder Gudici#rio sero ')blicos, e
%undamentadas todas as decis9es, sob 'ena de nulidade, 'odendo a lei limitar
a 'resena, em determinados atos, s 'r-'rias 'artes e a seus advo*ados, ou
somente a estes, em casos nos quais a 'reservao do direito intimidade do
interessado no si*ilo no 're,udique o interesse ')blico in%ormao.
(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665)
(...)
Art. K (...)
;:! " o 'reso tem direito identi%icao dos res'ons#veis 'or sua 'riso
ou 'or seu interro*at-rio 'olicial.
312
;:! " a 'riso ile*al ser# imediatamente rela&ada 'ela autoridade ,udici#ria.
(...)
T Para o STF: basta a (nter0os(%&o #os Embargos De")arat2r(os 0ara
a mat,r(a ser "ons(#era#a 0reWuest(ona#a4 #(ferentemente #o Wue
o"orre no ST3!
3E5A$3 FCCDFI ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
AB.?=B.C8 ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 1ML65L166K Ur*o Gul*ador: Orimeira @urma
EMENTA: 4. 3ecurso e%traordinrio) prequestionamento e embar$os
de declarao. A oposio de embar$os declarat1rios visando & soluo
de mat-ria antes suscitada basta ao prequestionamento, ainda quando o
Tribunal a quo persista na omisso a respeito (v.*. ?= 146.M32, 4l @.,
Oertence, 0G 4F.M.F2). 1. >ontrole de constitucionalidade de normas: reserva
de 'len#rio (>7, art. F7): re'uta"se declarat-rio de inconstitucionalidade o
ac-rdo que " embora sem o e&'licitar " a%asta a incid+ncia da norma
ordin#ria 'ertinente lide 'ara decidi"la sob critrios diversos ale*adamente
e&tra$dos da >onstituio (v.*. ?= 156.6FM, Oertence, 4l @., 0G 14.K.FF).
9 A(02teses #e Cab(mento!
Art. 461. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal:
" ,ul*ar, mediante recurso e&traordin#rio, as causas decididas em )nica ou
)ltima inst<ncia, quando a deciso recorrida:
a) contrariar dispositivo desta 6onstituio*
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei %ederal.
c) (ul$ar vlida lei ou ato de $overno local contestado em "ace
desta 6onstituio.
d) (ul$ar vlida lei local contestada em "ace de lei "ederal.
@8ncluda pela Emenda 6onstitucional nR GI, de !DDGA.
& Portanto- a interposi/"o de 4A serH cab<vel sempre ?ue uma decis"o- na
vis"o do recorrente- violar arti$o da CF
6. A Re0er"uss&o >era)
Art. 461. (...)
P 3 Co recurso e&traordin#rio o recorrente dever# demonstrar a re'ercusso
*eral das quest9es constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a
%im de que o @ribunal e&amine a admisso do recurso, somente 'odendo
31F
recus#"lo 'ela mani%estao de dois teros de seus membros. (nclu$da 'ela
=menda >onstitucional n 5K, de 1665).
& % repercuss"o $eral re?uisito important<ssimo para o 4A
& Kodos os tribunais do mundo possuem (iltros recursais Luest0es menores
n"o devem ser discutidas em sede de Corte Ouprema
& Obs. >era)! ?uando da aprecia/"o de repercuss"o $eral-
presume&se ?ue todos os re?uisitos para o 4A #H ten;am sidos
observados +as nem sem0re o"orre #esta forma.
T De"(s&o #e "un9o 0o)=t("o4 n&o 1ur=#("ooo
& Decis"o pol<tica no sentido da importYncia social e $eral da ?uest"o ?ue
c;e$a ao OKF para solu/"o
T Ante"e#entes: a argu(%&o #e re)e+In"(a :agora se "9ama
re0er"uss&o; (ntro#u<(#a no D(re(to Kras()e(ro 0e)a Emen#a
Reg(menta) n. 584 #e */7Q7*LE?4 Wue a)terou o art(go 85H #o RISTF.
& Asse re?uisito da ar$ui/"o de relevYncia (oi muito criticado- pois (icou
atrelada = ideia de instituto de e'ce/"o = ditadura militar
& % ar$ui/"o de relevYncia uma decis"o irrecorr<vel- em ?ue pese ;averem
(al;as A'! ter ?ue comprovar repercuss"o $eral em 4A de %DI
T EC nl 5E7EE a)terou o art(go **L4 0arCgrafo @n("o #a Carta #e
*LQL.
T Emen#a Reg(menta) nl 5/7*LH?!
DI4AIKO CO+P%4%DO! Am ambos os Kribunais (AM% e %leman;a)-
n"o obri$at.rio ?ue a Corte torne pDblicas as ra>0es ?ue levaram
ao n"o con;ecimento da matria
Eos AM%! Writ of 1ertiorary * discricionariedade da Corte
Constitucional ?uanto ao #u<>o de admissibilidade Eo entanto- ;H
tambm ?u.rum m<nimo em (avor do con;ecimento Ea dDvida-
deve&se con;ecer do recurso * Rule of Cour * dos 7 @ustices ?ue
comp0em a Corte- o voto de P (avorHveis ao Writ of 1ertiorary indu>
ao con;ecimento;
Ea %leman;a * O cabimento da ?uei'a constitucional tambm
discricionHrio
EGem0)os #e #esgaste #o S(stema!
7% -F./F.-//K ; 7NJ,E ; 7U Turma do STF inde2ere Vabeas Corpus a condenado
por dar canelada na sogra
336
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal indeferiu hoje (23/03)
Habeas Corpus (HC 83653), com pedido de liminar, impetrado em favor de
Francisco Jos Pinnola Neto, condenado pela prtica de leso corporal leve pelo
2 Juizado Especial Criminal de Duque de Caxias (RJ). Acusado de dar uma
canelada em sua sogra, ele foi condenado a trs meses de detenr,o (artigo 129
do Cdigo Penal), substituda pelo pagamento de multa de dois salrios mnimos.
Segundo a denncia, "em 6 de agosto de 2001, no interior da residncia
da vtima, o paciente desferiu-lhe um chute que atingiu sua perna direita,
causando-lhe as leses descritas no auto de Exame de Corpo de Delito.
nconformado de ver o seu recurso de apelar,o negado pela Primeira Turma
Recursal Criminal dos Juizados Especiais Criminais da Comarca do Rio de
Janeiro, impetrou Habeas no Supremo.
Alegou que houve retratar,o tcita da representar,o feita pela por sua
sogra, pois, aps o incidente, ambos continuaram morando na mesma residncia.
Pediu a anular,o das decises contra ele e o trancamento da Ar,o Penal,
argumentando ter direito ao determinado no artigo 564, inciso , do Cdigo de
Processo Penal. O dispositivo diz que a nulidade do feito ocorrer por falta de
denncia, queixa e representar,o, entre outros.
A liminar foi indeferida pelo relator da matria, ministro Joaquim Barbosa,
em outubro de 2003. "Em exame superficial, no vislumbro o fumus boni iuris
(juzo da probabilidade do bom direito), na medida em que a verificar,o da
ocorrncia, ou no, da retratar,o tcita exige cognir,o profunda de matria de
fato, disse Barbosa. Alegou, ainda, a inexistncia do periculum in mora (perigo de
leso na demora da deciso), uma vez que "o paciente foi condenado pena
pecuniria, que, caso cumprida, no implicar qualquer restrir,o liberdade.
No julgamento de hoje, o relator informou que "o crime de leso corporal
leve exige, para a instalar,o da persecur,o penal, representar,o da vtima ou de
quem a represente, de forma inequvoca. A representar,o, conforme consta da
audincia de instrur,o e julgamento, foi expressamente oferecida pela vtima em
duas oportunidades do processo, quais sejam, na delegacia e na audincia
preliminar.
"Preliminarmente, tenho que a impetrar,o sequer deve ser conhecida,
tendo em vista que o presente writ, nitidamente, tem sua finalidade desvirtuada. O
Habeas Corpus foi impetrado como se recurso fosse, visando, assim, ao amplo
debate sobre matria ftico probatria. A Corte, em reiteradas decises, tem
entendido ser impossvel tal pleito, disse Babosa, que votou pelo no
conhecimento do Habeas.
O ministro Marco Aurlio abriu divergncia sobre a preliminar levantada
por Barbosa. Argumentou que "o fato de o Habeas Corpus ganhar contornos de
recurso de apelar,o no obstaculiza a admissibilidade. "Por isso eu per,o vnia
ao ministro (Joaquim Barbosa) para conhecer da impetrar,o, disse Marco
Aurlio, no que foi seguido pelo ministro Seplveda Pertence.
"Como acentuou bem o ministro Marco Aurlio, para mim de mrito
saber se o constrangimento ilegal est demonstrado em termos que dele se possa
conhecer no mbito do procedimento sumrio e documental, disse Seplveda. O
relator, ento, acolheu as consideraes feitas por Marco Aurlio e reformulou seu
voto para conhecer do Habeas e indefer-lo. " Eu no tenho nenhum problema em
reformular nessa parte, disse Barbosa. Os demais ministros votaram com o
relator.
-% -F./F.-//K ; 7HJ-7 ; STF 9ulga VC (ue discute vassourada
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal indeferiu Habeas Corpus
(HC 83618) impetrado em favor do comerciante Arivelton Rodrigues Pinto, do Rio
334
de Janeiro. Denunciado por ameaa e leses corporais, ele foi condenado a trs
meses de deteno por agredir com uma vassoura uma senhora, tambm
comerciante, que trabalha prximo a ele.
A pena privativa de liberdade, estipulada pelo Juizado Especial, foi
convertida em restritiva de direitos, obrigando Arivelton a prestar servios a uma
entidade assistencial. No Habeas Corpus, o ru pediu a transformao da pena
aplicada em multa, conforme previsto no artigo 60 do Cdigo Penal (CP).
Para o relator, ministro Celso de Mello, a atribuio de multa deve
observar requisitos como a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do condenado, bem como as circunstncias e os motivos
envolvidos (art. 44 CP). Segundo ele, a converso em prestao de servios
comunidade foi devidamente fundamentada pelo Tribunal de Justia do Rio de
Janeiro e, por isso, negou o pedido de aplicao de multa, deciso acolhida por
unanimidade pela Segunda Turma.
F% Chega ao supremo o caso da mulher (ue atropelou o cachorro (ue 9'
estava morto
"Uma mulher, ao volante de um carro na BR 040 - que liga Braslia ao Rio
de Janeiro atropelou um cachorro. O animal j estava morto no momento do
atropelamento. Mesmo assim, a motorista se sentiu "emocionalmente abalada
com a coliso". Por isso, procurou a Justia para ser reparada pelo dano moral e
ressarcida dos gastos referentes aos danos materiais que sofreu. Ela teve ganho
de causa na primeira e segunda instncias dos Juizados Especiais Cveis - as
decises condenaram a Companhia de Concesso Rodoviria Juiz de Fora,
concessionria da estrada, a indeniz-la em R$ 523 por danos materiais e em
cinco salrios mnimos (R$ 1.750) por danos morais.
nconformada, a concessionria recorreu da deciso no STF. O agravo de
instrumento foi distribudo para o ministro Marco Aurlio, que agora ter que
decidir sobre o que, no tribunal, j ficou conhecido como "caso do cachorro morto
atropelado".
A mais alta corte de Justia do pas vai se ocupar de uma causa que
poderia ter alada somente at as Turmas Recursais dos Jecs.
Este um episdio comum no Supremo. No meio dos quase 10 mil
processos que cada ministro aprecia por ano, sempre aparecem casos como esse:
briga de vizinho, roubo de chinelo havaiana, luta por diferena de centavos etc.
geraram processos que percorreram todos as instncias judiciais.
Outro caso que ser julgado em breve um agravo de instrumento da Air
France. A empresa recorre de uma indenizao por danos morais e materiais a
que foi condenada por ter cobrado US$ 96 "indevidamente" de uma passageira
por excesso de bagagem. O ministro Marco Aurlio defende que preciso uma
mudana substancial para enxugar a competncia do Supremo e aponta a
necessidade de uma mudana de atitude. " preciso uma independncia tcnica
do advogado para sugerir acordos e no interpor recurso, mesmo com a certeza
de seu insucesso, apenas para dar um retorno ao cliente", afirma.
O STF, por princpio constante da Carta Magna, est limitado a julgar
matrias de natureza constitucional. Na prtica esta restrio nada restringe.
Basta alegar ofensa ao princpio da dignidade humana para que o recurso assuma
ares constitucionais e tome o rumo do Supremo. (A n 608644 e A n 611701 -
com informaes da revista Consultor Jurdico)".
GA 3E FG:I!V ; 32 5 38+ DE 2ANE83+
?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8
331
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 6ML65L1665 Ur*o Gul*ador: Orimeira @urma
EMENTA: 0esero de recurso 'ela di%erena de ?y 6,64 (um
centavo) entre a conta e o 're'aro e%etivado. Ao e&i*ir da
recorrente o cum'rimento de condio im'oss$vel de ser satis%eita "
recolhimento de valor no e&istente no sistema monet#rio brasileiro
(;. F6MFLFK, art. 4R, SS !R e IRA, a deciso recorrida, al-m de
ne$ar5l'e, na prtica, a 'restao ,urisdicional demandada, cerceou
claramente o seu direito de de%esa, o%endendo o arti*o K, :::! e ;!, da
>onstituio.
,% /H./-.-//N ; 7EJ,- ; STF 9ulga e d' provimento a KH/E ?ecursos sobre
:pens)o por morte<
Fato indito no Supremo Tribunal Federal #STF%& o Plen'rio 9ulgou
ho9e& em con9unto& KH/E ?ecursos Extraordin'rios #?Es% (ue tratavam de
:pens)o por morte<& dando provimento a todos& por unanimidade * A decis)o
seguiu o 9ulgamento de ontem #/E./-%& (uando& por maioria& se conheceu e
2oi dado provimento aos ?Es K70E-N e K7,K,K& interpostos pelo Cnstituto
8acional do Seguro Social #C8SS%*
+ Plen'rio analisou todos os recursos em con9unto* +s ministros
relatores #Sep@lveda Pertence& Gilmar Bendes& Csar Pelu$o& Carlos AWres
Gritto& ?icardo DeXandoXsYi e C'rmen D@cia% 2i$eram uma triagem em todos
os processos sob sua responsabilidade& (ue tratavam do tema e se
en(uadravam na decis)o dos recursos 9ulgados no dia anterior. O
julgamento em bloco tornou-se possvel aps a alterao instituda pelo artigo 131
do Regimento nterno do STF. A emenda altera o tempo de sustentao oral, de
15 minutos para as causas normais, para 30 minutos nos casos de recursos
idnticos ou causas conjuntas. Esse tempo ser compartilhado entre os
advogados presentes interessados na causa.
8o in6cio da sess)o& o ministro Barco Aurlio levantou (uest)o de
ordem& para (ue os processos 2ossem retirados de pauta e cada relator& ante
o precedente do plen'rio& atuassem de 2orma individual* Ele revelou sua
preocupa4)o :(uanto 3 inser4)o em pauta de KH/E processos<* Para ele& o
C8SS advoga para 2a$er 2rente a uma avalanche de processos* E (ue por
ve$es pode surgir um descompasso entre os 2undamentos da decis)o e as
ra$5es recursais& bem como a 2alta de oportunidade de observSncia do pra$o
recursal* :Aamais a corte 2e$ inserir em pauta processos a revelarem
?ecursos Extraordin'rios para serem apreciados sem se(uer o preg)o
espec6i2ico do processo& mediante remiss)o a listas_.
Marco Jur9lio a)irmou 'ue (/ situa#=es iversi)icaas em caa
um os recursos& al9m e situa#=es anteriores i)erentes. 0or isso a
'uest$o e orem. ?le isse 'ue o 7ulgamento em massa +oe
+rovocar a inter+osi#$o esen)reaa e embargos eclarat6rios. `\ um
+roceimento in9ito& 'ue +oer/ ter esobramentos ne)astos_&
)inali;ou o ministro.
J ministra ?llen Dracie& lembrou 'ue o ato e +autar esses
+rocessos resultou e uma iniciativa a +resi-ncia a "orte& e contou
com a concor2ncia a maioria os ministros. `"onsiero 'ue se
alguma 'uest$o (/& +erante esse CHM& 'ue mere#a o t*tulo e 'uest$o
e massa& (omog-nea e absolutamente uni)orme& 9 e,atamente a
'uest$o 'ue ontem eciimos nos ois I?s c(amaos a 7ulgamento_.
333
?la ressaltou 'ue tratar como se )ossem casos iniviuais& com
+eculiariaes e,tremas& uma 'uest$o 'ue 9 absolutamente
(omog-nea& `seria uma +era e tem+o_. ? concluiu i;eno 'ue a
+ro+osta e Marco Jur9lio& e 7ulgamentos monocr/ticos +or +arte os
relatores e caa +rocesso& atrairia& a mesma )orma& o agravo
regimental.
Pota4)o da Luest)o de +rdem
Sobre a questo de ordem, Crmen Lcia discordou de Marco Aurlio,
afirmando que os processos sob sua relatoria trazidos a plenrio, foram verificados
quanto aos pressupostos de admissibilidade e processabilidade do recurso,
quanto tempestividade e quanto ao prquestionamento. Joaquim Barbosa
ressaltou que no tem restrio quanto a julgamento em lista, mas que "fez uma
opo metodolgica, de aguardar os julgamentos de ontem, e depois resolver
monocraticamente.
Carlos Ayres Britto tambm discordou de Marco Aurlio.Ele assentou que
seu gabinete "fez uma triagem, e que todas as situaes so perfeitamente
enquadrveis na deciso de ontem. Para Cezar Peluso, "o tribunal vai retirar
desse julgamento uma experincia cujos resultados podero aprimorar os
processos de celeridade. Essa uma das solues possveis para se tornar vivel
o funcionamento da corte.
Gilmar Mendes disse ser notria a situao difcil e premente na qual se
encontra o STF. Essa "no uma frmula definitiva, um passo para um processo
de objetivao. Celso de Mello tambm disse aprovar o procedimento, como um
experimento de carter institucional importante. "A busca de celeridade processual
com a resoluo de conflitos multitudinrios, sem comprometimento da segurana
jurdica, representa um objetivo a ser perseguido pelo STF.
Por fim, Seplveda Pertence recordou alguns momentos da histria do
STF, quando o Supremo esteve beira da falncia, por ter proferido 7 mil
sentenas em um ano, e quando "havia casos em que antes que o processo
chegasse mesa do relator, os autos faziam dezesseis movimentos fsicos.
Dessa forma, ao apreciar a questo de ordem suscitada pelo ministro
Marco Aurlio, o plenrio deliberou por maioria dar prosseguimento ao julgamento
conjunto dos REs.
>ebate
Em sustentao oral, a procuradora do NSS disse que vinha "apenas e
to somente para requerer a aplicao em todos os processos ora pautados o
entendimento ontem ratificado. E prosseguiu, alertando que "o NSS no poderia
deixar de requerer a edio de smula vinculante, no momento oportuno e de
ofcio por essa casa. Mesmo sabendo que o NSS no tem legitimidade legal para
pleitear a edio da smula, Luciana disse esperar que o STF, de ofcio, "ratifique
o entendimento de que a lei nova mais benfica, que no tenha expressa previso
de retroatividade, essa lei no se aplica aos benefcios concedidos antes de sua
concesso, finalizou.
O defensor pblico da Unio, em nome dos pensionistas, afirmou no
ignorar a fora da deciso tomada pelo STF em relao aos recursos sobre
'penso por morte', mas disse acreditar que "uma noite tempo suficiente para
refletir e corrigir os enganos do dia anterior. Por isso, "os pensionistas e
aposentados, representados pela defensoria pblica da Unio, pedem que o
tribunal indefira os recursos apresentados pelo NSS, concluiu o advogado.
?esultado
Por unanimidade, o plenrio do STF conheceu dos recursos e lhes deu
provimento, aplicando o entendimento firmado na sesso Plenria de ontem.
335
A proposta do ministro Seplveda Pertence, de aplicar sucumbncia
parte vencida, no percentual de 1% do valor da causa para os que no requereram
o benefcio da justia gratuita, foi aprovada por unanimidade.
Presid"ncia da ?ep@blica
Casa Civil
Subche2ia para Assuntos Aur6dicos
DEC 8= 77*K7E& >E 7H >E >EOEBG?+ >E -//0*
Acrescenta Lei n
o
5.869, de 11 de janeiro
de 1973 - Cdigo de Processo Civil,
dispositivos que regulamentam o 3 do art.
102 da Constituio Federal.
+ P?ESC>E8TE >A ?EPZGDCCA Fao saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1 Esta Lei acrescenta os arts. 543-A e 543-B Lei n
o
5.869, de 11 de janeiro de 1973
Cdigo de Processo Civil, a fim de regulamentar o 3 do art. 102 da Constituio Federal.
Art. 2 A Lei n
o
5.869, de 11 de janeiro de 1973 Cdigo de Processo Civil, passa a vigorar
acrescida dos seguintes arts. 543-A e 543-B:
:Art* ,KF;A* + Supremo Tribunal Federal& em decis)o irrecorr6vel& n)o conhecer' do recurso
extraordin'rio& (uando a (uest)o constitucional nele versada n)o o2erecer
repercuss)o geral& nos termos deste artigo*
P 4 Oara e%eito da re'ercusso *eral, ser# considerada a e&ist+ncia, ou no, de quest9es
relevantes do 'onto de vista econVmico, 'ol$tico, social ou ,ur$dico, que ultra'assem os
interesses sub(etivos da causa.
S !R + recorrente dever demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciao
e%clusiva do /upremo Tribunal 7ederal, a e%istYncia da repercusso $eral.
P 3 [aver# re'ercusso *eral sem're que o recurso im'u*nar deciso contr#ria a s)mula ou
,uris'rud+ncia dominante do @ribunal.
P 5 Se a @urma decidir 'ela e&ist+ncia da re'ercusso *eral 'or, no m$nimo, 5 (quatro)
votos, "icar dispensada a remessa do recurso ao 0lenrio.
P K Ce*ada a e&ist+ncia da re'ercusso *eral, a deciso valer# 'ara todos os recursos sobre
mat-ria idYntica, que sero inde"eridos liminarmente, salvo reviso da tese, tudo nos
termos do 3e$imento 8nterno do /upremo Tribunal 7ederal.
33K
[ 0= + ?elator poder' admitir& na an'lise da repercuss)o geral& a mani2esta4)o de terceiros&
subscrita por procurador habilitado& nos termos do ?egimento Cnterno do Supremo
Tribunal Federal*
S :R A /,mula da deciso sobre a repercusso $eral constar de ata, que ser publicada no
Dirio +"icial e valer como ac1rdo.`
XArt. K53"E. Quando houver multi'licidade de recursos com %undamento em id+ntica
controv-rsia, a anlise da repercusso $eral ser processada nos termos do 3e$imento
8nterno do /upremo Tribunal 7ederal, observado o disposto neste arti$o.
P 4 >aber# ao @ribunal de ori*em selecionar um ou mais recursos re'resentativos da
controv-rsia e encamin'5los ao /upremo Tribunal 7ederal, sobrestando os demais at- o
pronunciamento de"initivo da 6orte.
P 1 Ce*ada a e&ist+ncia de re'ercusso *eral, os recursos sobrestados considerar"se"o
automaticamente no admitidos.
P 3 Gul*ado o mrito do recurso e&traordin#rio, os recursos sobrestados sero a'reciados pelos
Tribunais, Turmas de =ni"ormizao ou Turmas 3ecursais, que podero declar5los
pre(udicados ou retratar5se.
[ K= Bantida a decis)o e admitido o recurso& poder' o Supremo Tribunal Federal&
nos termos do ?egimento Cnterno& cassar ou re2ormar& liminarmente& o ac!rd)o
contr'rio 3 orienta4)o 2irmada*
P K 8 ?e*imento nterno do Su'remo @ribunal 7ederal dis'or# sobre as atribui9es dos
Ministros, das Turmas e de outros 1r$os, na anlise da repercusso $eral.`
Art. 3 Caber ao Supremo Tribunal Federal, em seu Regimento nterno, estabelecer
as normas necessrias execuo desta Lei.
Art. 4 Aplica-se esta Lei aos recursos interpostos a partir do primeiro dia de sua vigncia.
Art. 5 Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias aps a data de sua publicao.
T Re"urso EGtraor#(nCr(o no RISTF!
& O 4e$imento Interno do OKF so(re altera/0es com muita (re?u8ncia
6aptulo H
D+ 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+
?esoluoLS@7 547L166F: e"S@7.
?esoluoLS@7 517L1646: 'rocesso eletrVnico. ?esoluoLS@7 5K6L1646:
nova classe 'rocessual.
Art. 314. 8 recurso e&traordin#rio 'ara o @ribunal ser# inter'osto no 'ra(o
estabelecido na lei 'rocessual 'ertinente, com indicao do dis'ositivo que o
33M
autori(e, dentre os casos 'revistos nos arts. 461, , a, b, c, e 414, P 3, da
>onstituio 7ederal.
P 4 Se na causa tiverem sido vencidos autor e ru, qualquer deles 'oder#
aderir ao recurso da outra 'arte nos termos da lei 'rocessual civil.
P 1 Aplicam5se ao recurso adesivo as normas de admissibilidade,
preparo e (ul$amento do recurso e%traordinrio, no sendo
processado ou con'ecido, quando 'ouver desistYncia do recurso
principal, ou "or este declarado inadmissvel ou deserto.
S FR /e o recurso e%traordinrio "or admitido pelo Tribunal ou pelo
3elator do a$ravo de instrumento, o recorrido poder interpor
recurso adesivo (untamente com a apresentao de suas
contrarrazWes.
P 5 8 recurso e&traordin#rio no tem e%eito sus'ensivo. P K64 (?evo*ado.)
Art. 311. 8 @ribunal recusar# recurso e&traordin#rio cu,a questo
constitucional no o%erecer re'ercusso *eral, nos termos deste ca'$tulo.
Pargrafo nico. 0ara e"eito da repercusso $eral, ser considerada a
e%istYncia, ou no, de questWes que, relevantes do ponto de vista
econUmico, poltico, social ou (urdico, ultrapassem os interesses
sub(etivos das partes.
Art. F!F. ]uando no "or caso de inadmissibilidade do recurso por
outra razo, o@aA 3elator@aA ou o 0residente submeter, por meio
eletrUnico, aos demais Ministros, c1pia de sua mani"estao sobre a
e%istYncia, ou no, de repercusso $eral.
S BR Nos processos em que o 0residente atuar como 3elator, sendo
recon'ecida a e%istYncia de repercusso $eral, se$uir5se5 livre
distribuio para o (ul$amento de m-rito.
S !R Tal procedimento no ter lu$ar, quando o recurso versar questo
cu(a repercusso ( 'ouver sido recon'ecida pelo Tribunal, ou quando
impu$nar deciso contrria a s,mula ou a (urisprudYncia dominante,
casos em que se presume a e%istYncia de repercusso $eral.
S Fd Mediante deciso irrecorrvel, poder o@aA 3elator@aA admitir de
o"cio ou a requerimento, em prazo que "i%ar, a mani"estao de
terceiros, subscrita por procurador 'abilitado, sobre a questo da
repercusso $eral.
Art. 313"A. 8 ,ul*amento de mrito de quest9es com re'ercusso *eral, nos
casos de rea%irmao de ,uris'rud+ncia dominante da >orte, tambm 'oder#
ser reali(ado 'or meio eletrVnico.
Art. F!G. 3ecebida a mani"estao do@aA 3elator@aA, os demais Ministros
encamin'ar5l'e5o, tamb-m por meio eletrUnico, no prazo comum de
vinte dias, mani"estao sobre a questo da repercusso $eral.
S Bd Decorrido o prazo sem mani"estaWes su"icientes para recusa do
recurso, reputar5se5 e%istente a repercusso $eral.
S !d No incide o disposto no par$ra"o anterior quando o 3elator
declare que a mat-ria - in"raconstitucional, caso em que a ausYncia de
337
pronunciamento no prazo ser considerada como mani"estao de
ine%istYncia de repercusso $eral, autorizando a aplicao do art. IGF5
A, S Id, do 61di$o de 0rocesso 6ivil.
S FR + recurso e%traordinrio ser redistribudo por e%cluso do@aA
3elator@aA e dos Ministros que e%pressamente o@aA acompan'aram nos
casos em que "icarem vencidos.
Art. 31K. 8(A) ?elator(a) ,untar# c-'ia das mani%esta9es aos autos, quando
no se tratar de 'rocesso in%ormati(ado, e, uma ve( de%inida a e&ist+ncia da
re'ercusso *eral, ,ul*ar# o recurso ou 'edir# dia 'ara seu ,ul*amento, a'-s
vista ao Orocurador"Beral, se necess#ria. ne*ada a e&ist+ncia, %ormali(ar# e
subscrever# deciso de recusa do recurso.
Pargrafo nico. + teor da deciso preliminar sobre a e%istYncia da
repercusso $eral, que deve inte$rar a deciso monocrtica ou o
ac1rdo, constar sempre das publicaWes dos (ul$amentos no Dirio
+"icial, com meno clara & mat-ria do recurso.
Art. 31K"A. ?econhecida a re'ercusso *eral, sero distribu$dos ou
redistribu$dos ao ?elator do recurso 'aradi*ma, 'or 'reveno, os 'rocessos
relacionados ao mesmo tema.
Art. 31M. @oda deciso de ine&ist+ncia de re'ercusso *eral irrecorr$vel e,
valendo 'ara todos os recursos sobre questo id+ntica, deve ser comunicada,
'elo(a) ?elator(a), Oresid+ncia do @ribunal, 'ara os %ins do arti*o
subsequente e do art. 31F.
Art. 317. A Oresid+ncia do @ribunal recusar# recursos que no a'resentem
'reliminar %ormal e %undamentada de re'ercusso *eral, bem como aqueles
cu,a matria carecer de re'ercusso *eral, se*undo 'recedente do @ribunal,
salvo se a tese tiver sido revista ou estiver em 'rocedimento de reviso.
P 4A *ual com'et+ncia e&ercer# o(a) ?elator(a) sorteado(a), quando o
recurso no tiver sido liminarmente recusado 'ela Oresid+ncia.
P 1A 0a deciso que recusar recurso, nos termos deste arti*o, caber# a*ravo.
Art. 312. Orotocolado ou distribu$do recurso cu,a questo %or suscet$vel de
re'rodu(ir"se em m)lti'los %eitos, a Oresid+ncia do @ribunal ou o(a)
?elator(a), de o%$cio ou a requerimento da 'arte interessada, comunicar# o
%ato aos tribunais ou turmas de ,ui(ado es'ecial, a %im de que observem o
dis'osto no art. K53"E do >-di*o de Orocesso >ivil, 'odendo 'edir"lhes
in%orma9es, que devero ser 'restadas em cinco dias, e sobrestar todas as
demais causas com questo id+ntica.
Pargrafo nico. ]uando se veri"icar subida ou distribuio de
m,ltiplos recursos com "undamento em idYntica controv-rsia, a
0residYncia do Tribunal ou o@aA 3elator@aA selecionar um ou mais
representativos da questo e determinar a devoluo dos demais aos
tribunais ou turmas de (uizado especial de ori$em, para aplicao
dos par$ra"os do art. IGF5M do 61di$o de 0rocesso 6ivil.
332
Art. 312"A. Cos casos 'revistos no art. K53"E, ca'ut, do >-di*o de Orocesso
>ivil, o @ribunal de ori*em no emitir# ,u$(o de admissibilidade sobre os
recursos e&traordin#rios ,# sobrestados, nem sobre os que venham a ser
inter'ostos, at que o Su'remo @ribunal 7ederal decida os que tenham sido
selecionados nos termos do P 4A daquele arti*o.
P 4 Nos casos anteriores, o Tribunal de ori$em sobrestar os a$ravos
de instrumento contra decisWes que no ten'am admitido os recursos
e%traordinrios, (ul$ando5os pre(udicados nas 'ip1teses do art. IGF5
M, S !d, e, quando coincidente o teor dos (ul$amentos, S Fd.
S !R 2ul$ado o m-rito do recurso e%traordinrio em sentido contrrio
ao dos ac1rdos recorridos, o Tribunal de ori$em remeter ao
/upremo Tribunal 7ederal os a$ravos em que no se retratar.
Art. 31F. A Oresid+ncia do @ribunal 'romover# am'la e es'ec$%ica
divul*ao do teor das decis9es sobre re'ercusso *eral, bem como
%ormao e atuali(ao de banco eletrVnico de dados a res'eito.
T A)tera%&o em setembro7/5*5!
Arti*o 315 W A 'artir de a*ora, o ministro que %icar vencido quanto
discusso 'reliminar a res'eito da re'ercusso *eral da matria tratada em
recurso e&traordin#rio a ele distribu$do 'erder# a relatoria do 'rocesso. =sta
an#lise %eita no chamado XOlen#rio !irtualY, no qual os ministros debatem
se determinado tema submetido an#lise da >orte relevante sob o 'onto de
vista econVmico, 'ol$tico, social ou ,ur$dico, ultra'assando os interesses
sub,etivos das 'artes. [aver# nova distribuio quando o relator ori*in#rio
,ul*ar que o tema no tem re'ercusso *eral contra o voto da maioria. Sero
e&clu$dos do 'rocesso de redistribuio tambm os ministros que o
acom'anharam na mani%estao vencida.
T A)tera%&o em #e<embro7/5*5!
Quarta-feira, 01 de dezembro de 2010
STF altera dispositivos de seu regimento para aper2ei4oar instituto da
repercuss)o geral e cria nova classe processual
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram em sesso
administrativa realizada logo aps a sesso plenria de hoje (1) alterar o
Regimento nterno da Corte (artigo 323) para permitir que o ministro presidente
atue como relator dos recursos extraordinrios durante o processo de
reconhecimento de repercusso geral.
Caso a repercusso geral do tema tratado no recurso seja reconhecida, o
processo ser ento distribudo, mediante sorteio, a um ministro relator. O artigo
13 do Regimento nterno j permite que o presidente do STF atue como relator em
recursos extraordinrios e agravos de instrumento at eventual distribuio, mas
diante de dificuldades de gerenciamento interno dos recursos representativos da
controvrsia, a nova alterao foi proposta.
33F
Para dar celeridade e simplificar o julgamento de recursos em que se
aplica a jurisprudncia pacfica da Corte, foi aberta a possibilidade do julgamento
de mrito desses processos por meio eletrnico (Plenrio Virtual). Essas
alteraes foram aprovadas contra os votos dos ministros Marco Aurlio, Gilmar
Mendes e Dias Toffoli.
8a sess)o desta noite tambm 2oi alterado mais um artigo do
?egimento #art* F-,% com o ob9etivo de 2ortalecer o instituto da repercuss)o
geral& 2a$endo com (ue os chamados :representativos da controvrsia<
cumpram seu verdadeiro papel& ou se9a& 2orne4am o maior n@mero poss6vel
de subs6dios relativos ao tema ob9eto do recurso& 9' (ue o entendimento a
ser 2ixado pelo STF ser' uni2ormi$ado*
8a sistem'tica atual& o ministro relator tem acesso a um n@mero
redu$ido de processos& sendo os demais& de outros relatores& devolvidos por
decis)o monocr'tica 3 instSncia de ori-em& para (ue l' a-uardem a decis)o
do STF*
Com isso& os di2erentes ar-umentos tra$idos nos diversos processos
n)o s)o aproveitados* A emenda regimental resolve este problema& na
medida em (ue permite ao ministro relator do recurso paradi-ma 2a$er uma
reuni)o de processos& para (ue possa 2a$er uma an'lise mais ampla da
(uest)o tratada*
8ova classe processual
Na sesso administrativa de hoje, foi aprovada resoluo instituindo uma
nova classe processual no STF, denominada Recurso Extraordinrio com Agravo
(aRE) para o processamento de agravo apresentado contra deciso que no
admite recurso extraordinrio Corte. A medida foi necessria em razo da nova
lei do agravo (Lei n 12.322/2010), que entra em vigor na prxima semana. Agora
haver o RE e o RE com agravo (aRE).
Com a nova lei, os agravos destinados a provocar o envio de recursos
extraordinrios no admitidos no tribunal de origem deixam de ser encaminhados
por instrumento (cpias), para serem remetidos nos autos principais do recurso
extraordinrio. A nova regra processual modificou no somente o meio pelo qual o
agravo encaminhado ao STF, mas tambm a sua concepo jurdica, j que o
agravo deixa de ser um recurso autnomo, passando a influenciar o conhecimento
do prprio RE. Os ministros decidiram que essa sistemtica tambm se aplica
matria penal.
Not="(as STF
Luarta&(eira- U5 de %bril de 2U1U
Estat=st("as: 9C menos #e *55 m() 0ro"essos em tram(ta%&o 9o1e no
Su0remo
Tramitam hoje no Supremo
Tribunal Federal HE*0,- a45es. a
primeira vez em dez anos que so
registrados menos de 100 mil
processos em andamento na Corte. De
janeiro deste ano at agora, os
ministros deram 7K*EHH decis5es
2inais monocrticas ou colegiadas e ,K7 liminares.
O decrscimo no nmero de processos acontece, em muito, por causa da
exigncia de repercusso geral dos recursos extraordinrios (s so admitidos
aqueles cujo interesse vai alm das partes envolvidas). Mas no s isso. A
356
reduo foi uma consequncia da gesto estratgica do STF, que conseguiu
atingir a total sistematizao dos dados do Tribunal.
Atualmente, possvel a qualquer pessoa saber em tempo real, e pelo site
na nternet, como est cada ao em trmite na Corte, inclusive o deslocamento
fsico do processo. Alm disso, o acompanhamento de cada passo se d por meio
do sistema STF Push, que avisa aos interessados cadastrados os andamentos
processuais.
"Geramos controles precisos, ou seja, a informao que dada hoje tem
refinamento e exatido, diz o secretriogeral do STF, Luciano Felcio Fuck. "O
Tribunal est fazendo um trabalho srio para levar transparncia sociedade e, ao
mesmo tempo, para se autoconhecer o que nos ajuda a cumprir o planejamento
estratgico, completa.
No Planejamento Estratgico, alis, a meta de nmero 27 prev o
julgamento de todos os Recursos Extraordinrios e Agravos de nstrumento
autuados no Supremo at 2005. Quando foi criada a meta, eram 6.763 processos
a ser julgados. Hoje restam 1.331 aguardando deciso cerca de um quinto do
total.
"A preciso da estatstica fundamental para a gesto do tribunal e de
cada gabinete, de forma individualizada , destaca o secretrio-geral. Ele conta
que seria impossvel estabelecer metas e cumpri-las se o Tribunal no tivesse um
conhecimento pleno e profundo de todos os processos que esto na Corte.
"A partir desses controles nos organizamos. claro que ainda podemos
melhorar, mas hoje h um nvel de alimentao bastante adequado ao sistema de
informtica e estatstica, avalia.
Estat6sticas
Dentro do STF, uma equipe de sete servidores controla os dados
estatsticos da Corte. Eles trabalham com base na tabela nacional de assuntos e a
tabela de andamentos e movimentaes processuais, ambas elaboradas pelo
Conselho Nacional de Justia (CNJ).
"Os andamentos do Supremo so hoje compatveis com os andamentos
dos outros tribunais do Pas inteiro, explica a assessora-chefe de gesto
estratgica, Paula Crisstomo. Ela frisa que as estatsticas so um instrumento de
gesto interna e, ao mesmo tempo, de transparncia externa.
Segundo Paula, separar cada processo e andamento processual exige um
grau de organizao que s pode ser alcanado se forem observados padres.
Por isso, as categorias de andamento foram reduzidas para pouco mais da
metade e os nomes foram unificados para dar mais preciso ao levantamento.
Alguns ministros usam o termo "defiro o pedido de habeas corpus, outros
escrevem "concedo o pedido de habeas corpus, por exemplo. sso alterava o
banco de dados do Supremo, pois eram lanadas duas categorias de decises
diferentes. Atualmente, toda concesso de habeas corpus registrada
estatisticamente da mesma maneira. sso acontece com todas as outras classes
processuais.
Outra providncia que deu preciso s estatsticas foi a distino entre
decises finais, interlocutrias, liminares e especficas, como as de sobrestamento
e de devoluo de recursos extraordinrios, dentro do previsto pelo artigo 543-B
do Cdigo de Processo Civil (que instituiu a obrigatoriedade de repercusso geral).
O Re"urso EGtraor#(nCr(o "omo 0ro"esso sub1et(+ok A
a0roG(ma%&o #o mo#e)o "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e "om o
mo#e)o #(fuso4 no Kras() :e)ementos #e (nter"ess&o;!
354
& % apro'ima/"o do modelo concentrado de constitucionalidade com o
modelo di(uso assunto muito importante- atualmente
A0)("a%&o ao RE :fa)a$se em RE4 mas 0o#e ser Wua)Wuer 0ro"esso:
ACP4 !S et"; #o efe(to 0ros0e"t(+o #a #e")ara%&o #e
(n"onst(tu"(ona)(#a#e $ art(go /E #a Le( nX L.HQH7LL )e( Wue +ersa
sobre o "ontro)e "on"entra#o $ RE *LE.L*E :CASO DOS
.EREADORES;!
& Eesse caso n"o ;ouve pre?uestionamento por?ue nin$um ima$inava
?ue- a partir de uma %CP (?ue (oi o caso do munic<pio de +ira Astrela)-
al$um iria apontar a inconstitucionalidade de norma
Art. 17. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo
em vista ra(9es de se*urana ,ur$dica ou de e&ce'cional interesse social,
'oder# o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria de dois teros de seus
membros, restrin*ir os e%eitos daquela declarao ou decidir que ela s- tenha
e%ic#cia a 'artir de seu tr<nsito em ,ul*ado ou de outro momento que venha a
ser %i&ado.
(;ei F.FM2LFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ao direta de
inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade 'erante o
Su'remo @ribunal 7ederal).
No Kras()4 1C t(+emos eGem0)o #a (m0orta%&o #o mo#e)o #o
"ontro)e abstrato Wuanto D ef("C"(a #a #e"(s&o ao "ontro)e #(fuso
O art(go /E #a Le( nX L.HQH7LL!
& Obs! G poss<vel ?ue o #ui> ou desembar$ador manten;a as rela/0es
#ur<dicas #H constitu<das- n"o anulando seus e(eitos- caso o OKF declare a
inconstitucionalidade de norma- portanto- n"o se operando o e(eito e'&tunc-
dependendo do caso concreto Por isso vivemos em dupla modula/"o de
controle ?uanto aos e(eitos
3E BC:CB: ; /0 5 /?+ 0A=<+
?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8
?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA
Gul*amento: 6ML6ML1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 0A@A"67"6K"1665 OO"66662 =N=C@ !8;"614K6"63 OO"
663M2
?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8. NIC>_O8S. >bNA?A 0=
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NIC>OA;. =7=@8S OA?A 8 7I@I?8. S@IAST8
=:>=O>8CA;. 4. 8 arti*o 1F, inciso ! da >onstituio 7ederal, e&i*e
que o n)mero de !ereadores se,a 'ro'orcional it 'o'ulao dos Nunic$'ios,
observados os limites m$nimos e m#&imos %i&ados 'elas al$neas a, b e c. 1.
351
0ei&ar a critrio do le*islador munici'al o estabelecimento da com'osio
das ><maras Nunici'ais, com observ<ncia a'enas dos limites m#&imos e
m$nimos do 'receito (>7, arti*o 1F) tornar sem sentido a 'reviso
constitucional e&'ressa da 'ro'orcionalidade. 3. Situao real e
contem'or<nea em que Nunic$'ios menos 'o'ulosos t+m mais !ereadores
do que outros com um n)mero de habitantes v#rias ve(es maior. >asos em
que a %alta de um 'ar<metro matem#tico r$*ido que delimite a ao dos
le*islativos Nunici'ais im'lica evidente a%ronta ao 'ostulado da isonomia.
5. Orinc$'io da ra(oabilidade. ?estrio le*islativa. A a'rovao de norma
munici'al que estabelece a com'osio da ><mara de !ereadores sem
observ<ncia da relao co*ente de 'ro'oro com a res'ectiva 'o'ulao
con%i*ura e&cesso do 'oder de le*islar, no encontrando eco no sistema
constitucional vi*ente. K. Oar<metro aritmtico que atende ao comando
e&'resso na >onstituio 7ederal, sem que a 'ro'orcionalidade reclamada
tradu(a qualquer a%ronta aos demais 'rinc$'ios constitucionais e nem resulte
%ormas estranhas e distantes da realidade dos Nunic$'ios brasileiros.
Atendimento aos 'ostulados da moralidade, im'essoalidade e
economicidade dos atos administrativos (>7, arti*o 37). M. 7ronteiras da
autonomia munici'al im'ostas 'ela 'r-'ria >arta da ?e')blica, que admite a
'ro'orcionalidade da re'resentao 'ol$tica em %ace do n)mero de
habitantes. 8rientao que se con%irma e se reitera se*undo o modelo de
com'osio da ><mara dos 0e'utados e das Assembleias ;e*islativas (>7,
arti*os 17 e 5K, P 4). 7. nconstitucionalidade, incidenter tantum, da lei local
que %i&ou em 44 (on(e) o n)mero de !ereadores, dado que sua 'o'ulao de
'ouco mais de 1M66 habitantes somente com'orta 6F re'resentantes. V.
E"eitos. 0rincpio da se$urana (urdica. /ituao e%cepcional em que a
declarao de nulidade, com seus normais e"eitos e% tunc, resultaria
$rave ameaa a todo o sistema le$islativo vi$ente. 0revalYncia do
interesse p,blico para asse$urar, em carter de e%ceo, e"eitos pro
"uturo it declarao incidental de inconstitucionalidade. 3ecurso
e%traordinrio con'ecido e em parte provido.
Nei nq 11P16X2UUJ * %dmiss"o de Am("( Cur(ae nos processos de
Controle Di(uso de Constitucionalidade
4CN P99Q * Cabimento de 4eclama/"o em decis0es pro(eridas em
processos sub#etivos
% repercuss"o $eral da matria constitucional
A'ce/0es ao Pre?uestionamento!
O OKF tem (le'ibili>ado a e'i$8ncia do pre?uestionamento em prol da
(or/a normativa da Constitui/"o Eesse sentido- noticia o In(ormativo nV 9JQ
do OKF- (a>endo re(er8ncia ao %I 95QU11 %$4X4O- relatora +inistra Allen
,racie- em ?ue se privile$iou o entendimento do OKF com rela/"o =
inconstitucionalidade de <ndice a ser aplicado no rea#uste de servidores por
o(ensa a autonomia municipal em detrimento da aus8ncia de
pre?uestionamento 2ale tra>er- ?uanto ao aspecto- trec;o da transcri/"o a
in(ormar a tend8ncia da (le'ibili>a/"o no #ul$amento da Ouprema Corte!
353
X... 8 Su'remo @ribunal 7ederal, em recentes ,ul*amentos, vem dando
mostras de que o 'a'el do recurso e&traordin#rio na ,urisdio constitucional
est# em 'rocesso de rede%inio, de modo a con%erir maior e%etividade its
decis9es. ?ecordo discusso que se travou na Nedida >autelar no ?=
37M.2K1, de relatoria do Ninistro Bilmar Nendes (Olen#rio, 'or maioria, 0G
de 17.63.1663). Caquela ocasio, asseverou Sua =&cel+ncia o car#ter
ob,etivo que a evoluo le*islativa vem em'restando ao recurso
e&traordin#rio, como medida racionali(adora da e%etiva 'restao
,urisdicional.
?e*istro tambm im'ortante deciso tomada no ?= 1F2.MF5, rel. Nin.
Oertence, 'or maioria, 0G 13.65.1665, quando o Olen#rio desta >asa, a 'ar de
alterar anti*a orientao quanto ao ,u$(o de admissibilidade e de mrito do
a'elo e&tremo inter'osto 'ela al$nea XaY do 'ermissivo constitucional,
reconheceu a 'ossibilidade de um recurso e&traordin#rio ser ,ul*ado com
base em %undamento diverso daquele em que se lastrou a >orte a quo. =sses
,ul*ados, se*undo entendo, constituem um 'rimeiro 'asso 'ara %le&ibili(ao
do 'requestionamento nos 'rocesso cu,o tema de %undo %oi de%inido 'ela
com'osio 'len#ria desta >orte Su'rema, com o %im de im'edir a adoo
de solu9es di%erente em relao deciso cole*iada. H 'reciso valori(ar a
)ltima 'alavra das quest9es de direito 'ro%erida 'or esta >asa.Y
& Caso importante- pois e'ce/"o = necessidade de pre?uestionamento-
assim como o #ul$ado da +inistra Allen ,racie
3E !CV9CG ; /0 5 /?+ 0A=<+
?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8
?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=
Gul*amento: 6ML62L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno
Oublicao: 0G 13"65"1665 OO"6666F =N=C@ !8;"61452"6M OO"64176
EMENTAW =. :ecurso e(traordinrioW letra aW 5ossi;i6id$de de
conir!$=>o d$ decis>o recorrid$ 5or %nd$!en"o
cons"i"%cion$6 di:erso d$'%e6e e! '%e se $6icer=o% o $cRrd>o recorrido e
e! c%<$ in$56ic$;i6id$de $o c$so se ;$sei$ o rec%so e&"r$ordinrioS
!$n%"en=>o- 6$s"re$d$ n$ #$r$n"i$ d$ irred%"i;i6id$de de
:enci!en"os- d$ conc6%s>o do $cRrd>o recorrido- n>o o;s"$n"e
%nd$!en"$do es"e n$ :io6$=>o do direi"o $d'%irido. ==. :ecurso
e(traordinrioW letra aW alterao da tradicional orientao ,uris'rudencial
do S@7, se*undo a qual s- se conhece do ?=, a, se %or 'ara dar"lhe
'rovimento: distino necess#ria entre o ,u$(o de admissibilidade do ?=, a "
'ara o qual su%iciente que o recorrente ale*ue adequadamente a
contrariedade 'elo ac-rdo recorrido de dis'ositivos da >onstituio nele
'requestionados " e o ,u$(o de mrito, que envolve a veri%icao da
com'atibilidade ou no entre a deciso recorrida e a >onstituio, ainda que
sob 'risma diverso daquele em que se ha,am baseado o @ribunal a quo e o
recurso e&traordin#rio. . rredutibilidade de vencimentos: *arantia
constitucional que modalidade quali%icada da 'roteo ao direito adquirido,
na medida em que a sua incid+ncia 'ressu'9e a licitude da aquisio do
direito a determinada remunerao. !. rredutibilidade de vencimentos:
violao 'or lei cu,a a'licao im'licaria redu(ir vencimentos ,# rea,ustados
355
con%orme a le*islao anterior incidente na data a 'artir da qual se
'rescreveu a a'licabilidade retroativa da lei nova.
A Nature<a #a Sus0ens&o #e eGe"u%&o #a norma #e")ara#a
(n"onst(tu"(ona) O PAPEL DO SENADO FEDERAL NO CONTROLE
DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE
Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal:
(...)
: " sus'ender a e&ecuo, no todo ou em 'arte, de lei declarada
inconstitucional 'or deciso de%initiva do Su'remo @ribunal 7ederal.
(...)
& Compet8ncia do Oenado Federal & nature<a #(s"r("(onCr(a O Oenado n"o
estH obri$ado a proceder = edi/"o da resolu/"o suspensiva do ato estatal
inconstitucional 4essalte&se ?ue tal compet8ncia aplica&se = suspens"o
tanto de normas (ederais- como de estaduais- distritais e municipais
declaradas inconstitucionais pelo controle di(uso % resolu/"o do Oenado-
se$undo o +inistro ,ilmar- deverH ter os mesmos e(eitos da declara/"o do
OKF O Oenado estH vinculado = decis"o do OKF! n"o pode (a>er a resolu/"o
(ra$mentada Por sua ve>- se o Oenado retirar a norma de circula/"o depois
n"o poderH mais voltar atrHs
& % #urisprud8ncia construiu as ideia ?ue no controle concentrado n"o
necessHrio remeter a decis0es do OKF para o Oenado O art Q2- 1- CF
subsistiu apenas em rela/"o ao controle di(uso
& Assa resolu/"o do Oenado de retirar a norma de circula/"o pode se aplicar
a ?ual?uer espcie normativa (?ual?uer norma) ?ue o OKF entender
inconstitucional- em Ymbito (ederal- estadual o municipal
& O Oenado n"o obri$ado a atender a determina/"o do OKF- pois nen;um
poder se obri$a em (ace do outro
& Ea prHtica o Oenado ?uase nunca retira norma de circula/"o
& O Oenado emite a resolu/"o se ?uiser +as se eventualmente (i>er a
resolu/"o para retirada de norma de circula/"o- ent"o ele (ica vinculado
(nos limites) aos termos dispostos na decis"o do OKF
T ADI e Reso)u%&o #o Sena#o Fe#era)
O Tribunal resolveu questo de ordem suscitada em ao direta
ajuizada pelo Governador do Estado de So Paulo contra a Resoluo 7/2007, do
Senado Federal, que suspendeu a eficria dos artigos 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, da
Lei 6.556/89, e das Leis 7.003/90, 7.646/91 e 8.207/92, todas do Estado de So
Paulo , no sentido de autorizar a Presidncia do STF a prosseguir com o
relatrio do referendo da cautelar. Entendeu-se haver peculiaridades a
recomendar que a prpria Presidncia do STF levasse ao crivo do Plenrio os
fundamentos por ela utilizados para a concesso da medida cautelar, quais sejam:
de o processo que antecedera a resoluo impugnada, norteado pelo art. 52, X, da
35K
CF, ter sido deflagrado por comunicaes falhas, elaboradas e expedidas pela
Presidncia do STF, as quais contriburam de forma decisiva para a problemtica
surgida com a suspenso erga omnes, levada a efeito pelo ato normativo
contestado, da eficcia de importantes dispositivos legais referentes cobrana de
CMS no Estado de So de Paulo, e de no ser de todo incomum o exerccio pela
Presidncia da circunstancial relatoria de ao direta de inconstitucionalidade pelo
menos para apreciao de referendo da cautelar por ela concedida. Em seguida&
o Tribunal re2erendou a medida cautelar de2erida& para suspender os e2eitos
da ?esolu4)o N.-//N& do Senado Federal& t)o;somente com rela4)o aos
artigos 0I e NI& da Dei N*//F.H/ e aos artigos KI& EI& HI& 7/& 77& 7-& e 7F& da Dei
N*0K0.H7& ambas do Estado de S)o Paulo* Considerou;se o 2ato de a
?esolu4)o ter suspenso a e2ic'cia integral desses diplomas& (uando o
Tribunal declarara& incidenter tantum& apenas sua inconstitucionalidade
parcial& na parte (ue tratou da prorroga4)o da ma9ora4)o da al6(uota
2ulminada.
AD 3929 QO-MC/DF, rel. Min. Ellen Gracie, 29.8.2007. (AD-3929)
4ecentemente- o OKF analisou a possibilidade de utili>ar&se do instituto da
4eclama/"o a partir de uma decis"o ?ue ;avia sido dada pelo OKF em
processo sub#etivo (Iabeas Corpus) Ea ;ip.tese- n"o s. se admitiu o
cabimento da 4eclama/"o em processos ?ue n"o possu<am e(eito
vinculante (?ue o caso do Iabeas Corpus)- mas- sobretudo- o ministro
,ilmar +endes votou no sentido de rediscutir o papel do Oenado Federal no
controle de constitucionalidade no Direito )rasileiro Eesse sentido- a(irmou
?ue a nature>a da remessa da decis"o do OKF ao Oenado seria meramente
declarat.ria- para dar publicidade = decis"o- mas a e(icHcia vinculante e o
e(eito er$a omnes #H decorreriam da pr.pria decis"o do OKF- e n"o da
resolu/"o ?ue eventualmente poderia vir a ser editada pelo Oenado Federal
Con(ira&se!
/7./-.-//N ; -/J/E ; Cnterrompida an'lise de ?CD contra decis5es (ue
vedavam a progress)o de regime em crimes hediondos
Pedido de vista antecipado do ministro Eros Grau interrompeu o
julgamento da Reclamao (RCL) 4335 ajuizada pela Defensoria Pblica da
Unio. Na ao a Defensoria contesta deciso da Vara de Execues Penais de
Rio Branco (AC) que indeferiu o pedido de progresso de regime em favor de dez
condenados. Eles cumprem penas de recluso em regime integralmente fechado,
em decorrncia da prtica de crimes hediondos.
A possibilidade de progress)o de regime em crimes hediondos 2oi
decidida pelo Plen'rio do Supremo Tribunal Federal no 9ulgamento Vabeas
Corpus #VC% E-H,H& no dia -F de 2evereiro de -//0* 8a ocasi)o& a Corte& por
seis votos a cinco& reconheceu a inconstitucionalidade do par'gra2o 7=& do
artigo -=& da Dei E*/N-.7HH/ \:Dei dos Crimes Vediondos<]& (ue proibia a
progress)o de regime de cumprimento de pena nos crimes hediondos.
"om base no 7ulgamento o ." e alegano o)ensa 1 autoriae
a ecis$o a "orte& a Pe)ensoria solicitou 1 <ara e ?,ecu#=es
0enais 'ue )osse conceia +rogress$o e regime aos conenaos&
entretanto o +eio )oi negao& sob o argumento e vea#$o legal +ara
amiti-lo.
O relator a Ieclama#$o& ministro Dilmar Menes& e)eriu o
+eio e liminar& +ara 'ue )osse a)astaa a vea#$o legal e
35M
+rogress$o e regime& cabeno ao 7ui; e +rimeiro grau avaliar no caso
concreto os re'uisitos +ara go;o o re)erio bene)*cio.
Ceguno o ato contestao na reclama#$o& +ara 'ue a ecis$o
o Cu+remo - 'ue eclarou inconstitucional o +ar/gra)o !a& o artigo 2a&
a Bei 8.0K2/!990 no controle i)uso e constitucionaliae Ean/lise
os e)eitos a lei no caso concretoG - ten(a e)eito +ara toos Eerga
omnesG& seria necess/rio 'ue o Cenao sus+enesse a e,ecu#$o o
re)erio is+ositivo& con)orme +rev- o artigo L2& b& a "onstitui#$o
Meeral.
Poto do relator
: A n)o publica4)o pelo Senado de resolu4)o (ue nos termos do
artigo ,-& T& da Constitui4)o Federal& suspenderia a execu4)o da Dei
declarada inconstitucional pelo Supremo n)o ter' o cond)o de impedir (ue a
decis)o do Supremo assuma a sua real e2ic'cia 9ur6dica<& declarou o ministro
Gilmar Bendes& relator da reclama4)o* 8o 9ulgamento de ho9e& o ministro
manteve a concess)o da liminar e 9ulgou procedente a a4)o para cassar as
decis5es (ue& segundo ele& 2erem 9ulgado do Supremo*
+ ministro explicou (ue :o Senado n)o ter' a 2aculdade de publicar
ou n)o a decis)o& uma ve$ (ue n)o se cuida de uma decis)o substantiva&
mas de simples dever de publica4)o& tal como reconhecido a outros !rg)os
pol6ticos em alguns sistemas constitucionais<*
: Essa solu4)o resolve& a meu ver& de 2orma superior uma das
tormentosas (uest5es da nossa 9urisdi4)o constitucional* Superam;se assim
tambm as incongru"ncias cada ve$ mais marcantes entre a 9urisprud"ncia
do Supremo Tribunal Federal e a orienta4)o dominante na legisla4)o
processual& de um lado e de outro& a vis)o doutrin'ria ortodoxa e&
permitamos di$er& ultrapassada do disposto no artigo ,-& T<& a2irmou Gilmar
Bendes*
BDiante desse entendimento- = recusa do #ui> de Direito da 2ara de A'ecu/0es da Comarca de
4io )ranco (%C) em conceder o bene(<cio da pro$ress"o de re$ime nos casos de crimes ;ediondos- ?ue
;H- portanto- desrespeito = e(icHcia da decis"o do Oupremo- eu #ul$o procedente a 4eclama/"o para
cassar essas decis0es e determinar ?ue se#a aplicada a decis"o pro(erida pelo OupremoC- votou o
ministro&relator ,ilmar +endes Am se$uida- pediu vista o ministro Aros ,rau a (im de analisar a
matria
& Por en?uanto- o OKF- por meio de ,ilmar +endes- posicionou&se no sentido
de ?ue o controle di(uso tambm con(ere e(eito vinculante em controle
di(uso- de modo ?ue o Oenado deveria emitir a resolu/"o retirando a norma
$uerreada de circula/"o Eo seu entendimento- o art Q2- 1- CF serviria
apenas para con(erir publicidade = decis"o Outro +inistro- ?ue entende de
(orma di(erente- ar$umenta ?ue n"o seria necessHrio con(erir e(eito
vinculante em sede de controle di(uso- pois o mesmo ob#etivo poderia ser
alcan/ado atravs das sDmulas vinculantes Assa de(ini/"o ainda estH
pendente no OKF O OK@ #H adota a postura do +in ,ilmar +endes
?eclama4)oJ Cabimento e Senado Federal no Controle da
Constitucionalidade M ,
O Tribunal retomou julgamento de reclamao ajuizada contra decises do
Juiz de Direito da Vara de Execues Penais da Comarca de Rio Branco-AC,
pelas quais indeferira pedido de progresso de regime em favor de condenados a
penas de recluso em regime integralmente fechado em decorrncia da prtica de
crimes hediondos. Alega-se, na espcie, ofensa autoridade da deciso da Corte
no HC 82959/SP (DJU de 1.9.2006), em que declarada a inconstitucionalidade do
357
1 do art. 2 da Lei 8.072/90, que veda a progresso de regime a condenados
pela prtica de crimes hediondos v. nformativo 454. O Min. Eros Grau, em
voto-vista, julgou procedente a reclamao, acompanhando o voto do relator, no
sentido de que, pelo art. 52, X, da CF, ao Senado Federal, no quadro de uma
verdadeira mutao constitucional, est atribuda competncia apenas para dar
publicidade suspenso da execuo de lei declarada inconstitucional, no todo
ou em parte, por deciso definitiva do Supremo Tribunal Federal, haja vista que
essa deciso contm fora normativa bastante para suspender a execuo da lei.
Rcl 4335/AC, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.4.2007. (Rcl-4335)
?eclama4)oJ Cabimento e Senado Federal no Controle da
Constitucionalidade M 0
Em divergncia, o Min. Seplveda Pertence julgou improcedente a
reclamao, mas concedeu habeas corpus de ofcio para que o juiz examine os
demais requisitos para deferimento da progresso. Reportando-se aos
fundamentos de seu voto no RE 191896/PR (DJU de 29.8.97), em que se declarou
dispensvel a reserva de plenrio nos outros tribunais quando j houvesse
declarao de inconstitucionalidade de determinada norma legal pelo Supremo,
ainda que na via do controle incidente, asseverou que no se poderia, a partir da,
reduzir-se o papel do Senado, que quase todos os textos constitucionais
subseqiientes a 1934 mantiveram. Ressaltou ser evidente que a convivncia
paralela, desde a EC 16/65, dos dois sistemas de controle tem levado a uma
prevalncia do controle concentrado, e que o mecanismo, no controle difuso, de
outorga ao Senado da competncia para a suspenso da execuo da lei tem se
tornado cada vez mais obsoleto, mas afirmou que combat-lo, por meio do que
chamou de "projeto de decreto de mutao constitucional, j no seria mais
necessrio. Aduziu, no ponto, que a EC 45/2004 dotou o Supremo de um poder
que, praticamente, sem reduzir o Senado a um rgo de publicidade de suas
decises, dispensaria essa interveno, qual seja, o instituto da smula vinculante
(CF, art. 103- A).
Rcl 4335/AC, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.4.2007. (Rcl-4335)
?eclama4)oJ Cabimento e Senado Federal no Controle da
Constitucionalidade M N
Por sua vez, o Min. Joaquim Barbosa no conheceu da reclamao, mas
conheceu do pedido como habeas corpus e tambm o concedeu de ofcio.
Considerou que, apesar das razes expostas pelo relator, a suspenso da
execuo da lei pelo Senado no representaria obstculo ampla efetividade das
decises do Supremo, mas complemento. Aduziu, de incio, que as prprias
circunstncias do caso seriam esclarecedoras, pois o que suscitaria o interesse da
reclamante no seria a omisso do Senado em dar ampla eficcia deciso do
STF, mas a insistncia de um juiz em divergir da orientao da Corte enquanto
no suspenso o ato pelo Senado. Em razo disso, afirmou que resolveria a
questo o habeas corpus concedido liminarmente pelo relator. Afirmou, tambm,
na linha do que exposto pelo Min. Seplveda Pertence, a possibilidade de edio
de smula vinculante. Dessa forma, haveria de ser mantida a leitura tradicional do
art. 52, X, da CF, que trata de uma autorizao ao Senado de determinar a
suspenso de execuo do dispositivo tido por inconstitucional e no de uma
faculdade de cercear a autoridade do STF. Afastou, ainda, a ocorrncia da
alegada mutao constitucional. Asseverou que, com a proposta do relator,
ocorreria, pela via interpretativa, to-somente a mudana no sentido da norma
constitucional em questo, e, que, ainda que se aceitasse a tese da mutao,
seriam necessrios dois fatores adicionais no presentes: o decurso de um
espao de tempo maior para verificao da mutao e o conseqiiente e definitivo
desuso do dispositivo. Por fim, enfatizou que essa proposta, alm de estar
352
impedida pela literalidade do art. 52, X, da CF, iria na contramo das conhecidas
regras de auto-restrio. Aps, pediu vista dos autos o Min. Ricardo Lewandowski.
Rcl 4335/AC, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.4.2007. #?cl;KFF,%
/T2) 3E/0 V!V.BD9;/0. 3el. Mn. Teori Navascli. Bf Turma)
@ambm no 'ode ser desconsiderada a deciso do S@7 que reconheceu a
inconstitucionalidade. =mbora tomada em controle di%uso, deciso de
incontest#vel e natural vocao e&'ansiva, com e%ic#cia imediatamente
vinculante 'ara os demais tribunais, inclusive o S@G (>O>, art. 524, P )nico:
/8s -r*os %racion#rios dos tribunais no submetero ao 'len#rio, ou ao
-r*o es'ecial, a ar*uio de inconstitucionalidade, quando ,# houver
'ronunciamento destes ou do 'len#rio do Su'remo @ribunal 7ederal sobre a
questo/ ), e com %ora de inibir a e&ecuo de sentenas ,udiciais contr#rias,
que se tornam ine&i*$veis (>O>, art. 754, P )nico. art. 57K";, P 4, redao
da ;ei 44.131L6K: XOara e%eito do dis'osto no inciso do ca'ut deste arti*o,
considera"se tambm ine&i*$vel o t$tulo ,udicial %undado em lei ou ato
normativo declarados inconstitucionais 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, ou
%undado em a'licao ou inter'retao da lei ou ato normativo tidas 'elo
Su'remo @ribunal 7ederal como incom'at$veis com a >onstituio
7ederalY).
/ob esse en"oque, ' idYntica "ora de autoridade nas decisWes do /T7
em ao direta quanto nas pro"eridas em via recursal. Merece aplausos
essa apro%imao, cada vez mais evidente, do sistema de controle di"uso
de constitucionalidade ao do concentrado, que se $eneraliza tamb-m em
outros pases (S8@=;8, Gos ;ui( !asque(. XA ,uris'rud+ncia vinculante
na ecommon lace e na ecivil laceY, in @emas Atuais de 0ireito Orocessual
bero"Americano, ?io de Ganeiro, 7orense, 4FF2, '. 375. S=BA08,
7rancisco 7ernande(. ;a obsolesc+ncia de la bi'olaridad emodelo americano"
modelo euro'eo felsenianoe como critrio nalitico del control de
constitucionalidad a la b)squeda de una nueva ti'olo*$a e&'licativaY, a'ud
Oarlamento a >onstituci-n, Iniversida de >astilla";a Nancha, Anuario
(se'arata), nA M, '. 4"K3). Co atual est#*io de nossa le*islao, de que so
e&em'los esclarecedores os dis'ositivos acima transcritos, inevit#vel que
se 'asse a atribuir sim'les e%eito de 'ublicidade s resolu9es do Senado
'revistas no art. K1, :, da >onstituio. H o que de%ende, em doutrina, o
Ninistro Bilmar 7erreira Nendes, 'ara quem Xno 'arece haver d)vida de
que todas as constru9es que se v+m %a(endo em torno do e%eito
transcendente das decis9es tomadas 'elo Su'remo @ribunal 7ederal e 'elo
>on*resso Cacional, com o a'oio, em muitos casos, da ,uris'rud+ncia da
>orte, esto a indicar a necessidade de reviso da orientao dominante
antes do advento da >onstituio de 4F22/ (N=C0=S, Bilmar 7erreira. X8
'a'el do Senado 7ederal no controle de constitucionalidade: um caso
cl#ssico de mutao constitucionalY, ?evista de n%ormao ;e*islativa, n.
4M1, '. 4MK).
N&o "ab(mento #e ADI #e )e( #e")ara#a "onst(tu"(ona) 0e)o STF
em se#e #e RE
AD8 GD:B A$3
35F
EMENTA A*ravo re*imental. Ao direta de inconstitucionalidade
mani%estamente im'rocedente. nde%erimento da 'etio inicial 'elo ?elator.
Art. 5A da ;ei nA F.2M2LFF. 4. H mani%estamente im'rocedente a ao direta
de inconstitucionalidade que verse sobre norma (art. KM da ;ei nA F.536LFM)
cu(a constitucionalidade "oi e%pressamente declarada pelo 0lenrio do
/upremo Tribunal 7ederal, mesmo que em recurso e%traordinrio. 1.
A'licao do art. 5A da ;ei nA F.2M2LFF, se*undo o qual /a 'etio inicial
ine'ta, no %undamentada e a mani%estamente im'rocedente sero
liminarmente inde%eridas 'elo relator/. 3. A alterao da ,uris'rud+ncia
'ressu'9e a ocorr+ncia de si*ni%icativas modi%ica9es de ordem ,ur$dica,
social ou econVmica, ou, quando muito, a su'erveni+ncia de ar*umentos
nitidamente mais relevantes do que aqueles antes 'revalecentes, o que no se
veri%ica no caso. 5. + amicus curiae somente pode demandar a sua
interveno at- a data em que o 3elator liberar o processo para pauta.
K. A*ravo re*imental a que se ne*a 'rovimento.
A Sb!ULA .INCULANTE!
Art. BDF5A. + /upremo Tribunal 7ederal poder, de o"cio ou por
provocao, mediante deciso de dois teros dos seus membros, ap9s
reiteradas decisWes sobre mat-ria constitucional, aprovar s,mula que, a
partir de sua publicao na imprensa o"icial, ter e"eito vinculante em
relao aos demais 9r$os do 0oder 2udicirio e & administrao
p,blica direta e indireta, nas es"eras "ederal, estadual e municipal, bem
como proceder & sua reviso ou cancelamento, na "orma estabelecida em
lei. @8ncludo pela Emenda 6onstitucional nR GI, de !DDGA (!ide ;ei n
44.547, de 166M).
P 4A A s)mula ter# 'or ob,etivo a validade, a inter'retao e a e%ic#cia de
normas determinadas, acerca das quais ha,a controvrsia atual entre -r*os
,udici#rios ou entre esses e a administrao ')blica que acarrete *rave
inse*urana ,ur$dica e relevante multi'licao de 'rocessos sobre questo
id+ntica.
P 1A Sem 're,u$(o do que vier a ser estabelecido em lei, a a'rovao, reviso
ou cancelamento de s)mula 'oder# ser 'rovocada 'or aqueles que 'odem
'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade.
P 3A 0o ato administrativo ou deciso ,udicial que contrariar a s)mula
a'lic#vel ou que indevidamente a a'licar, caber# reclamao ao Su'remo
@ribunal 7ederal que, ,ul*ando"a 'rocedente, anular# o ato administrativo ou
cassar# a deciso ,udicial reclamada, e determinar# que outra se,a 'ro%erida
com ou sem a a'licao da s)mula, con%orme o caso./
ODmulas 2inculantes!
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