Este documento resume três tópicos principais sobre direito constitucional:
1) O constitucionalismo surgiu após revoluções liberais que limitaram o poder absoluto dos monarcas e introduziram direitos fundamentais.
2) Existem variações no sentido do constitucionalismo ao longo da história, desde o estado liberal até o social.
3) As constituições podem ser classificadas de acordo com seu conceito formal ou material e seu grau de rigidez.
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Constitucional - Anotações Das Aulas - Renato Vilela
Este documento resume três tópicos principais sobre direito constitucional:
1) O constitucionalismo surgiu após revoluções liberais que limitaram o poder absoluto dos monarcas e introduziram direitos fundamentais.
2) Existem variações no sentido do constitucionalismo ao longo da história, desde o estado liberal até o social.
3) As constituições podem ser classificadas de acordo com seu conceito formal ou material e seu grau de rigidez.
Título original
Constitucional - Anotações das aulas - Renato Vilela
Este documento resume três tópicos principais sobre direito constitucional:
1) O constitucionalismo surgiu após revoluções liberais que limitaram o poder absoluto dos monarcas e introduziram direitos fundamentais.
2) Existem variações no sentido do constitucionalismo ao longo da história, desde o estado liberal até o social.
3) As constituições podem ser classificadas de acordo com seu conceito formal ou material e seu grau de rigidez.
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Constitucional - Anotações Das Aulas - Renato Vilela
Este documento resume três tópicos principais sobre direito constitucional:
1) O constitucionalismo surgiu após revoluções liberais que limitaram o poder absoluto dos monarcas e introduziram direitos fundamentais.
2) Existem variações no sentido do constitucionalismo ao longo da história, desde o estado liberal até o social.
3) As constituições podem ser classificadas de acordo com seu conceito formal ou material e seu grau de rigidez.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
Prof: Dra. Roberta Fragoso Kaufmann FES!PDFT
Pro"ura#ora #o DF I $ Intro#u%&o $ Informa%'es sobre o "urso Direito Constitucional I at a 1 prova (Constitucionalismo e Direitos Fundamentais); Direito Constitucional II entre a 1 e a 2 prova (Poder constituinte e controle de constitucionalidade) Obs! todas as provas s"o sub#etivas e sem consulta al$uma %s provas baseiam&se nos te'tos (ornecidos pela pro(essora )iblio$ra(ia $eral & Curso de Direito Constitucional * +in ,ilmar Ferreira +endes- Dr Paulo ,ustavo ,onet II $ Const(tu"(ona)(smo *. Const(tu"(ona)(smo !o#erno *.*. Fruto #as Re+o)u%'es L(bera(s #o s,"u)o -.III & O constitucionalismo sur$iu ap.s as revolu/0es liberais dos sc 12III! 3 4evolu/"o Francesa * 1567; 3 Independ8ncia das 19 col:nias norte&americanas *./. Ins0(ra%&o 1usf()os2f("a: 3usnatura)(smo4 Ra"(ona)(smo4 I)um(n(smo4 Contratua)(smo e In#(+(#ua)(smo L(bera) & % Constitui/"o re(le'o do conte'to ;ist.rico e pol<tico de cada poca- em cada local do mundo & %s revoltas e revolu/0es tin;am como est<mulo- alm do combate =s limita/0es de liberdade e a escasse> de direitos e suporte- as ideias (ilos.(icas ?ue iam sendo criadas e disseminadas (inspira/0es #us(ilos.(icas * @usnaturalismo- 4acionalismo- Iluminismo etc) 1 Au)a 5* $ *67587/5** *.8. Su0era%&o #a +e)9a fonte #e )eg(t(ma%&o #o 0o#er :#(+(no ou tra#(%&o; & %s Constitui/0es sur$iram para criar e di(erenciar os interesses do Astado e dos administrados (o povo) %nti$amente as lideran/as pautavam&se num Bpoder dado por DeusC ou na Bvontade de DeusC *.6. Os 0r(m2r#(os #o Const(tu"(ona)(smo: *.6.*. Organ(<a%&o #o Esta#o & %s (un/0es do Astado na?uela poca eram apenas de $arantir a se$uran/a do pa<s em rela/"o a $uerras e reali>ar pou?u<ssimas obras pDblicas & % +onar?uia n"o (a>ia nada- nem o Clero e a Eobre>a %penas o povo (camponeses e a bur$uesia) trabal;ava a pa$ava tributos Astes sustentavam a?ueles & Prevaleciam somente os interesses do Astado absolutista Ea li/"o de +a' Feber- prevalecia o Astado Patrimonial- onde n"o ;avia distin/"o entre interesse privado e pDblico- e'! nepotismo (utili>ar do aparato pDblico para interesse particular) G utili>ar a coisa pDblica para (ins privados % oposi/"o o Astado )urocrHtico- ?ue visa asse$urar e preservar os (ins pDblicos A'iste- ainda- o Astado ,erencial- ?ue busca os mel;ores resultados independente dos meios Priori>a&se o resultado (inal *.6./. L(m(ta%&o #o Po#er Po)=t("o & % limita/"o do poder- como pilar do constitucionalismo moderno- e'i$ia do detentor do poder uma le$itimidade e (inalidade pDblica para a$ir *.6.8. >arant(a #e es0a%o #e )(ber#a#e (n#(+(#ua) & % no/"o de direitos (undamentais depende do conte'to cultural de cada povo *.6.6. % Constitui/"o norte&americana na sua vers"o ori$inHria era uma lei ?uase e'clusivamente or$ani>at.ria (5 arti$os)- desprovida da enuncia/"o e da $arantia de direitos (undamentais- os ?uais- todavia- (oram inseridos na primeira revis"o constitucional (1576)- nas primeiras de> emendas *.6.?. % Declara/"o dos Direitos do Iomem e do Cidad"o de 1571 * %rti$o 1J! BKoda sociedade na ?ual n"o este#a asse$urada a $arantia dos direitos nem determinada a separa/"o de poderes- n"o possui Constitui/"oC III Const(tu(%&o :Cara"ter=st("as e Con"e0%'es; *. I#e(a e e)ementos #a Const(tu(%&o *.*. D(mens&o "u)tura) :.er#@ e ABber)e; 2 *./. Sent(#os +ar(a#os em +(rtu#e #e sua nature<a4 sua re"ente 9(st2r(a e suas #(+ersas a"e0%'es em +Cr(os 0a=ses & Luando se trata de princ<pios constitucionais na verdade absoluta a le$itima/"o das leis depende do conte'to s.cio&cultural de cada povo Mma lei ?ue dH direitos para um determinado se$uimento num pa<s n"o necessariamente se aplica a outro pa<s & O modelo de Astado depende da cultura de cada povo /. .ar(a%'es #e sent(#o ao )ongo #a 9(st2r(a "onst(tu"(ona) /.*. O Esta#o L(bera) e a Const(tu(%&o L(bera) A Era #as Co#(f("a%'es & O Astado Niberal (Astado m<nimo) o menor poss<vel- Blaissez faire laissez passerC +aior e'emplo atual AM% O Astado n"o inter(ere ou inter(ere apenas o m<nimo necessHrio na vida de seu povo 211 Oupera/"o do Astado %bsoluto! Regis voluntas lex * (% vontade do 4ei lei suprema); Quod principi placuit legis habet vigorarem * (a?uilo ?ue a$rada ao pr<ncipe tem (or/a de lei); The king can do no wrong * (o 4ei n"o comete erros) 212 Fruto das 4evolu/0es Niberais 219 I$ualdade e liberdade na concep/"o (ormal 21P Direitos Fundamentais de 1 $era/"o 21Q Keoria Formal da Constitui/"o 21J Fun/"o da Constitui/"o! or$ani>ar o Astado e espel;ar as rela/0es de poder e'istentes (Ferdinand Nassale- Ians Relsen- ,eor$ @ellineS) /./. O Esta#o So"(a) e a Const(tu(%&o So"(a) A Era #a Const(tu"(ona)(<a%&o 221 %ltera/"o do paradi$ma social & Eo aspecto Btaman;oC do Astado- o Astado Oocial se apro'ima do Astado %bsolutista Contudo- di(erente deste- em ?ue prevalece a vontade do rei Ea?uele o ob#etivo a preval8ncia do interesse pDblico 9 Esta# o L(bera ) Esta# o So"(a) Astado Astado Indiv<du o Indiv<du o & Avolu/"o Astatal (nessa ordem)! %)OONMKIOK% NI)A4%N OOCI%N & A'istem Astados Oociais e Niberais de sucesso e de (racassos 222 4evolu/"o Industrial 229 %ltera/0es das rela/0es sociais- trabal;istas- comerciais 22P Avid8ncias de desi$ualdades & O Astado Oocial a$e para minimi>ar as desi$ualdades sociais 22Q Constitui/"o de Feimar (1717) e Constitui/"o do +'ico (1715) 22J Direitos Fundamentais de 2 $era/"o & Eo Astado Oocial come/aram a sur$ir os direitos de i$ualdade (direitos (undamentais de 2 $era/"o- pois os direitos (undamentais de 1 $era/"o eram os de liberdade * Astado Niberal) Constitui/"o alem" de Feimar (1717) 225 Constru/"o das bases da Keoria +aterial da Constitui/"o 226 Fun/"o da Constitui/"o! or$ani>ar o Astado- re$ular as rela/0es de poder e elaborar pro$ramas (sentido propositivo) /.8. O Esta#o Demo"rCt("o #e D(re(to 291 4ecuo do sentido intervencionista do Astado & O )rasil- atualmente- encontra&se entre a interven/"o m<nima do Astado e o Astado Oocial O $rande desa(io c;e$ar a um e?uil<brio entre a interven/"o do Astado e o ?ue interesse pDblico O interesse pDblico n"o pode le$itimar ?ual?uer conduta intervencionista e'a$erada 292 A?uil<brio entre a concep/"o paternalista e o princ<pio democrHtico 299 Desta?ue da dimens"o valorativo&a'iol.$ica da Constitui/"o 29P ,arantia dos direitos (undamentais di(usos 8. .ar(a%'es #e Sent(#o em re)a%&o D Con"e0%&o 3usf()os2f("a P 8.*. Con"e0%&o So"(o)2g("a :Fer#(nan# Lassa)e $ a)em&o; & Keve como principal ideali>ador Ferdinand Nassale Para ele a Constitui/"o um re(le'o da?uilo ?ue a sociedade ?uer e (a> Do contrHrio- serH uma mera fo)9a #e 0a0e) sem valor O ?ue interessa s"o os fatores rea(s #e 0o#er A ?uem detm esse poder o se$uimento dominante & % Oociolo$ia a ci8ncia do OA4 (um soci.lo$o descreve a realidade) & O Direito a ci8ncia do DA2A4 OA4 (;H uma indu/"o- uma prescri/"o de al$uma coisa a ser (eita ou recon;ecida) O Direito (unciona sob uma amea/a de san/"o a (im de alterar a realidade- modi(icando a conduta ;umana Oe o Direito n"o se prestar a isso ele n"o serve- n"o tem utilidade Da< a teoria de Nassale n"o ser vista por muitos como a mais completa e ade?uada Pois sua concep/"o redu> o direito = Oociolo$ia- ou se#a- apenas ao OA4 Ferdinand Nassale e Ronrad Iesse s"o autores clHssicos e suas teorias caem em todos os concursos 8./. Con"e0%&o Normat(+a :Konra# Aesse; N&o$re"e0%&o #e normas "ontrCr(as e Es"u#o Const(tu"(ona) & Kransmite a vis"o de ?ue o Direito deve in(luenciar a sociedade na medida em ?ue tende a inter(erir em sua conduta- mudando seu comportamento- sob pena de se aplicar certas san/0es & De(ende a (or/a normativa da lei- sobretudo da Constitui/"o & Oustenta ?ue a (or/a normativa constitucional opera como um (iltro- na medida em ?ue n"o recepciona vHrias normas anteriores contrHrias & Para Iesse n"o ;H norma ?ue se#a mera (ol;a de papel I. $ C)ass(f("a%&o #as Const(tu(%'es *. Con"e(tos #e Const(tu(%&o *.*. Con"e(to Forma) T Ori$em Constituinte (enunciadas de um Poder Constituinte); T 4i$ide> ou Oupremacia Formal (Iierar?uia Eormativa); T Fun/"o Eormativa Ori$inHria ((un/"o irradiadora para outras normas) & E"o se preocupa com o conteDdo- basta ?ue a previs"o este#a no te'to constitucional Q Au)a 5/ $ *E7587/5** Dica (pes?uisar mel;or este t.pico) U *./. Con"e(to mater(a) #e Const(tu(%&o. & Di> ?ue certas normas- apesar de estarem no te'to constitucional- n"o teriam cun;o material Oeria norma material na?uilo ?ue tratar de! . Or$ani>a/"o do Astado; . Compet8ncias; . Direitos e $arantias (undamentais (pes?uisar mel;or este t.pico) /. Fuanto D r(g(#e< /.*.Const(tu(%&o f)eG=+e) (pes?uisar mel;or este t.pico) /./. Const(tu(%&o r=g(#a (pes?uisar mel;or este t.pico) /.8. Const(tu(%&o sem($r=g(#a Art(go *EH #a Const(tu(%&o Im0er(a) #e *H/6 & Para as normas materialmente constitucionais o processo de altera/"o era mais di(<cil Para as normas (ormalmente constitucionais a altera/"o se processava como de lei ordinHria (pes?uisar mel;or este t.pico) /.6. Const(tu(%&o u)tra$r=g(#a & Oeria o caso das clHusulas ptreas- normas essas ?ue n"o poderiam ser emendadas (pes?uisar mel;or este t.pico) 8. Fuanto D eGtens&o 8.*. Const(tu(%&o s(nt,t("a (pes?uisar este t.pico) 8./. Const(tu(%&o ana)=t("a (pes?uisar este t.pico) 6. Fuanto D or(gem 6.*. Const(tu(%&o 0romu)ga#a (pes?uisar este t.pico) J 6./. Const(tu(%&o outorga#a (pes?uisar este t.pico) ?. C)ass(f("a%&o Onto)2g("a #e Const(tu(%&o ?.*. Im0ortIn"(a e #(feren%a #a ")ass(f("a%&o #e LoeJenste(n & G a classi(ica/"o mais importante & Importante por?ue analisa a Constitui/"o sob sua e(icHcia na sociedade Am outras palavras- analisa se o te'to constitucional ou n"o cumprido (pes?uisar mel;or este t.pico) ?./. Const(tu(%&o Normat(+a & %?uela ?ue encontra correspond8ncia na sociedade A'emplo! Btodos s"o i$uais perante a leiC e- ao analisar a sociedade- veri(ica&se ?ue- de (ato- todos s"o tratados com i$ualdade perante a lei %?ui e'iste um cumprimento ?uase per(eito da Constitui/"o A' Constitui/"o alem" (pes?uisar este t.pico) ?.8. Const(tu(%&o Nom(na) & Ocorre ?uando a Constitui/"o promete mais do ?ue e(etivamente pode cumprir A' % e'pectativa ?ue o salHrio m<nimo deve atender (art 5V- I2- CF * praticamente uma utopia) Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: (...) ! " sal#rio m$nimo , %i&ado em lei, nacionalmente uni%icado, ca'a( de atender a suas necessidades vitais b#sicas e s de sua %am$lia com moradia, alimentao, educao, sa)de, la(er, vestu#rio, hi*iene, trans'orte e 'revid+ncia social, com rea,ustes 'eri-dicos que lhe 'reservem o 'oder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao 'ara qualquer %im. (...) (pes?uisar este t.pico) ?.6. Const(tu(%&o SemInt("a & Krata&se de Constitui/"o de B(ac;adaC E"o estH preocupada em ser cumprida ou n"o Pretende apenas passar uma ima$em de le$itimidade a um titular ?ue na verdade um ditador (ou absolutista) E"o interessa o te'to constitucional- mas apenas a vontade do c;e(e de Astado G uma mentira- eis ?ue n"o interessa o cumprimento da norma e- ainda- por?ue n"o limita o poder do c;e(e de Astado O. ocorre em Astados totalitHrios ou ditatoriais (pes?uisar este t.pico) 5 . $ Ka)an%o >era): A Const(tu(%&o #e *LHH *. Const(tu(%&o #e *LHH /. O 0rob)ema #a Const(tu"(ona)(<a%&o e #a )eg(s)a%&o s(mb2)("a Ke'tos de +arcelo Eeves & Mm dos autores mais conceituados e respeitados no mundo & %tualmente consel;eiro no CE@ & Obra recomendada! A Constitucionalizao Simblica S(mbo)(smo no D(re(to Kras()e(ro a) AUTOPOIESE (BautoC W pr.prio X BpoieseC W cria/"o) & Oi$ni(ica ?ue o processo de cria/"o vem de si mesmo & %dotado por pa<ses de modernidade central b) ALOPOIESE (BaloC W outro X BpoieseC W cria/"o) & Oi$ni(ica ?ue o processo de cria/"o vem ou in(luenciado por outro subsistema & %dotado por pa<ses de modernidade peri(rica & N(M)as Lu9mann (soci.lo$o alem"o) * trou'e a classi(ica/"o descrita acima da )iolo$ia para as Ci8ncias Oociais %depto de uma teoria particularmente pr.pria do pensamento sist8mico- teori>ou a sociedade como um sistema autopoitico 2eri(icou ?ue cada subsistema (direito- reli$i"o- sociolo$ia etc) dotado de um c.di$o binHrio- observando o ?ue relevante para sua conduta- no caso do Direito- se a conduta l<cita ou il<cita Considerando ?ue o Direito n"o leva em conta a +oral- pois para ele irrelevante & A'emplo desse tipo de rela/"o binHria! Para o poder- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter poder; Para a reli$i"o- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter (; Para a (am<lia- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter amor; Para a economia- o c.di$o binHrio ter ou n"o ter din;eiro; AUTOPOIESE 6 r=g(#a4 0romu)ga#a4 es"r(ta4 ana)=t("a4 nom(na) Cai na Prova ! & Ocorre ?uando determinado sistema (ou subsistema)- apesar de so(rer in(lu8ncias e'ternas- tal condicionamento n"o serH determinante para o Direito (subsistema) O c.di$o binHrio de um outro subsistema ) n"o serH decisivo para reprodu/"o desse subsistema % A'emplo! ?uando um #ui> condiciona o #ul$amento de caso ao (ato de o ru ter ou n"o ter poder Eesse caso o Direito so(re in(lu8ncia e'terna- no caso- se demonstrando alopoitico & O processo le$islativo- em re$ra- autopoitico ALOPOIESE & Ocorre alopoiese ?uando a in(lu8ncia e'terna destrutiva- comprometendo a cria/"o ou reprodu/"o do direito A'! mensal"o- mensalin;o alopoiese & % vis"o da alopoiese destrutiva- e n"o de compreens"o & % alopoiese estH sempre li$ada a al$um tipo de corrup/"o e(etiva (din;eiro- trH(ico de in(lu8ncia etc) Obs! as convic/0es internas acerca de um subsistema n"o $eram alopoiese ?uando inter(erem no Direito A'! pela sua convic/"o de ( determinado +inistro do OKF n"o aprova o aborto de anenc(alo % contribui/"o de +arcelo Eeves entra na alopoiese- no ?ue tan$e ao cumprimento das normas- sob o ponto de vista da! 4ela/"o de sub(ntegra%&o * Ocorre ?uando al$umas pessoas s. t8m deveres e- na prHtica- n"o t8m direitos (por aus8ncia ou omiss"o do Astado) Oeriam os sub&cidad"os ou 4ela/"o de sobre(ntegra%&o * Ocorre ?uando al$umas pessoas est"o acima dos direitos- n"o sendo obri$adas a cumprir seus deveres e tendo o Astado bem presente para l;es conceder direitos O"o os privil$ios e prerro$ativas O"os os sobre&cidad"os & +arcelo Eeves- ent"o- come/ou a veri(icar o problema do direito alopoitico- bem como a ?uest"o do simbolismo a ele relacionado Obs! Oimbolismo nas leis ocorre em ?ual?uer lu$ar do mundo E"o tem- necessariamente- rela/"o com direito alopoitico ou autopoitico & Para Eeves- nos pa<ses de modernidade central o direito alopoitico pode at e'istir- mas n"o t"o pernicioso como nos pa<ses de modernidade peri(rica & O s(mbo)(smo estH na inten/"o ?uando da cria/"o de leis acerca das ?uais n"o se importa ?ue se#am cumpridas G claro ?ue- eventualmente- uma lei simb.lica pode ser cumprida Am outras palavras- ocorre simbolismo em uma lei ?uando ela elaborada apenas com uma motiva/"o de apar8ncia- para passar uma ima$em boa- por e'emplo- de democracia & Da< a cr<tica e a preocupa/"o de Eeves- pois entende ?ue as normas simb.licas (avorecem a alopoiese- na medida em ?ue o e(etivo cumprimento das re$ras nelas previstas pode vir a ser pre#udicado- mediante a in(lu8ncia destrutiva de outros subsistemas ?ue n"o o #ur<dico (alopoiese) 7 Considera/0es $erais! & Eem sempre uma Constitui/"o simb.lica nominalista & % rela/"o simb.lica n"o necessariamente tem rela/"o com o descumprimento das re$ras de uma lei & Eem sempre o simbolismo perverso & O simbolismo pernicioso ?uando a preocupa/"o principal do le$islador- ?uando da edi/"o da norma- dei'a de ser ao cumprimento da lei & % (un/"o simb.lica perniciosa desmorali>a o Direito & Eem sempre o simbolismo ine(ica> & A'emplos de simbolismo! a) PAC para asse$urar a (elicidade b) BDemiss"oC do $erDndio /0ecreto n 12.345, de 12 de setembro de 1667. 0emite o *er)ndio do 0istrito 7ederal, e d# outras 'rovid+ncias. 8 *overnador do 0istrito 7ederal, no uso das atribui9es que lhe con%ere o arti*o 466, incisos ! e ::!, da ;ei 8r*<nica do 0istrito 7ederal, 0=>?=@A: Art. 4A " 7ica demitido o Ber)ndio de todos os -r*os do Boverno do 0istrito 7ederal. Art. 1A " 7ica 'roibido a 'artir desta data o uso do *er)ndio 'ara descul'a de C=7>DC>A. Art. 3A " =ste 0ecreto entra em vi*or na data de sua 'ublicao. Art. 5 " ?evo*am"se as dis'osi9es em contr#rio. Eras$lia, 12 de setembro de 1667. 44F da ?e')blica e 52 de Eras$lia G8SH ?8E=?@8 A??I0A/ c) Decreto nV J11 de 22X11X2UU5 (art 1 V) 0J?8 87>A; C. 346K3 de 13L44L1667 BAEC=@= 0A B8!=?CA08?A 0 = > ? = @ 8 CA M44, 0= 11 0= C8!=NE?8 0= 1667. =stabelece 'rocedimentos 'ara a cust-dia de mulheres e adolescentes nas de'end+ncias das unidades da Ool$cia >ivil do =stado do Oar# e d# outras 'rovid+ncias. 1U A B8!=?CA08?A 08 =S@A08 08 OA?J, usando das atribui9es que lhe so con%eridas 'elo art. 43K, inciso !, da >onstituio =stadual, e >onsiderando, o bai&o n$vel de investimento em se*urana ')blica e no sistema 'enitenci#rio do =stado nos )ltimos anos. >onsiderando, que a ine&ist+ncia de uma 'ol$tica de se*urana ')blica e%iciente, le*ou ao =stado uma situao de *rave desa'arelhamento tanto 'ara o combate viol+ncia quanto 'ara o cum'rimento das normas 'revistas no =statuto da >riana e do Adolescentes e na ;ei de =&ecu9es Oenais, que 'rev+m condi9es es'ec$%icas 'ara a cust-dia de adolescentes e mulheres. >onsiderando, que a situao de descalabro administrativo que 'erdurava at recentemente na #rea da se*urana ')blica %e( com que a'enas dois munic$'ios, dos cento e quarenta e tr+s e&istentes no estado, 'ossuam instala9es 'ara salva*uardar adequadamente em dele*acias de 'ol$cia a inte*ridade %$sica e di*nidade de adolescentes e mulheres in%ratores. >onsiderando, ser ')blico e not-rio as recentes ocorr+ncias de violao de direitos humanos em dele*acias do =stado, que indi*nam o Ooder =&ecutivo e a sociedade em *eral,
? = S 8 ; ! =: Art. 4 A cust-dia de mulheres in%ratoras bem como de adolescentes a'reendidos nas de'end+ncias das Seccionais Irbanas, Su'erintend+ncias e 0ele*acias de Ool$cia da ca'ital e do interior do =stado do Oar# %ica condicionada a e&ist+ncia de instala9es que res'eitem as normas do =statuto da >riana e do Adolescente e *arantam o res'eito di*nidade e inte*ridade %$sica das mulheres, nos termos da ;ei 7ederal n 7.146, de 4F25 (;=O). Art. 1 A autoridade 'olicial ao 'roceder a lavratura de auto de 'riso em %la*rante delito contra mulher in%ratora, ao seu trmino dever# imediatamente comunicar o %ato delituoso ao ,ui( com'etente, bem como 'rovidenciar em se*uida a conduo e entre*a da citada in%ratora ao -r*o com'etente do Sistema Oenal do =stado, requerendo inclusive ao Ooder Gudici#rio, sua trans%er+ncia outra comarca quando ine&istir no local do %la*rante, de'end+ncias es'ec$%icas 'ara sua deteno nos termos 'revistos no art. 21, P 4 da ;ei n 7.146, de 44 de ,ulho de 4F25. Art. 3 Quando 'ela *ravidade do ato in%racional e sua re'ercusso social, deva o adolescente in%rator 'ermanecer sob internao 'ara *arantia de sua se*urana 'essoal ou manuteno da ordem ')blica, cu,o ato in%racional %or lavrado nas unidades da Ool$cia no interior do =stado, a autoridade 'olicial comunicar# imediatamente ao re'resentante do Ninistrio O)blico a sua a'reenso. Pargrafo nico. Cas localidades onde houver %alta de unidade 'olicial es'eciali(ada, o adolescente a*uardar# a a'resentao em de'end+ncia se'arada das destinadas as maiores de idade, no 'odendo em qualquer hi'-tese e&ceder o 'ra(o de 15 horas, na con%ormidade do P 1 do art. 47K, da ;ei n 2.6MF, de 43 de ,ulho 4FF6. 11 Art. 5 =m qualquer caso no 'ossuindo aLo in%rator(a) advo*ado constitu$do 'ara sua de%esa, dever# ser imediatamente comunicada a 0e%ensoria O)blica acerca da 'riso. Art. K 8 no cum'rimento das 'rovid+ncias acima estabelecidas su,eita a autoridade 'olicial ou seus a*entes a medidas disci'linares e 'enais cab$veis. Art. M 8 'resente 0ecreto entra em vi*or na data de sua 'ublicao. OA;J>8 08 B8!=?C8, 11 de novembro de 1667. ACA GR;A >A?=OA Bovernadora do =stado & Oimbolismo identi(icado no caso sobredito! ?ue (oi editado o art 1V desse decreto como se #H n"o ;ouvesse lei disciplinando o tema- no caso- a Nei de A'ecu/0es Penais (Nei nV 521UX6P) & Mm dos problemas do simbolismo- por ve>es- por?ue n"o en(renta o problema de uma ve> por todas- mas (ica apenas Bma?uiandoC uma Bsolu/"oC ?ue n"o resolve e(etivamente- mas apenas passa uma ima$em para a popula/"o de ?ue se BestH (a>endo al$oC .I $ Inter0reta%&o Const(tu"(ona) *. Cara"ter=st("as #a Inter0reta%&o 3ur=#("a *.*. At(+(#a#e sem0re (n"om0)eta e (n#ef(n(#aN & % interpreta/"o n"o uma conduta matemHtica (e'ata) *./. Nature<a aG(o)2g("a #o ato (nter0retat(+oN & Da leitura de um mesmo te'to por mais de uma pessoa podem advir interpreta/0es di(erentes- pois a interpreta/"o ocorre de uma atividade cultural e valorativa (e n"o e'ata) *.8. Crculo Hermenutico de Hans Gadamer :Teor(a #o C=r"u)o AermenOut("o; & Con(us"o entre ob#eto- mtodo e su#eito (o su#eito re(lete no ob#eto as suas pr&compreens0es) & Oustenta ?ue ?ual?uer processo interpretativo deve levar em conta os ob#etos- su#eitos e valores envolvidos na anHlise 12 & ,adamer disse! G imposs<vel pe$ar um ob#eto cultural (te'to- mDsica etc) e separH&lo do su#eito ?ue irH interpretH&lo com base em suas pr& compreens0es & Ou se#a- ?ual?uer ob#eto cultural ?ue precisa ser valorado terH- necessariamente- uma interpreta/"o di(erente por parte dos intrpretes & O valor pressuposto ao sentido da interpreta/"o & % neutralidade (imparcialidade) total imposs<vel- mesmo para os #u<>es- pois todas as pessoas tra>em para essa interpreta/"o seus valores- e'peri8ncias de vida- (ormas de ver a vida etc & %s pr&compreens0es s"o relevantes na interpreta/"o- pois a in(luenciam & A no Direito Constitucional as pr&compreens0es t8m ainda maior valor- pois o Direito essencialmente cultural
*.6. Formato "(r"u)ar ou es0(ra) #o ato (nter0retat(+oN (pes?uisar este t.pico) *.?. Nature<a 9(st2r("o$"on"reta #o ato (nter0retat(+o. (pes?uisar este t.pico) /. Con"e(to #e Norma: D(+(s&o entre Regras e Pr(n"=0(os & 4e$ras P Eormas & Princ<pios & % interpreta/"o com base em princ<pios bastante peculiar Princ<pios s"o normas abertas RE>RA! G uma espcie de norma em ?ue n"o ;H espa/o $rande para elocubra/0es A' Pra>o para interpor 4A 1Q dias e pronto 8. AusOn"(a #e Pr(n"=0(os & Eecessidade de uma disciplina normativa e'austiva e completa & Mm bom ordenamento #ur<dico n"o pode ser composto somente de princ<pios ou somente de re$ras- pois- no caso da aus8ncia de re$ras- o le$islador n"o conse$uiria prever todas as situa/0es Por outro- lado- um ordenamento composto sem re$ras traria inse$uran/a #ur<dica & O intrprete deve avaliar a norma (especialmente os princ<pios) de acordo com os valores s.cio&culturais de seu conte'to de conv<vio & Os valores do intrprete e da sociedade ?ue v"o condicionar a capacidade normativa dos princ<pios 19 Au)a 58 $ //7587/5** 6. AusOn"(a #e Regras & Inse$uran/a @ur<dica & E"o ;avendo re$ra prevendo determinada situa/"o- a mesma poderia ser #ul$ada mediante princ<pios- at por?ue vi$ora no ordenamento #ur<dico o princ<pio do BEon Ni?uidC- pelo ?ual o #ui> deve promover uma solu/"o para o caso com base no ordenamento #ur<dico & Da< a importYncia de ;aver tanto re$ras- como princ<pios no ordenamento #ur<dico ?. A (m0ortIn"(a #e se estu#ar a #(feren%a entre regras e 0r(n"=0(os & Os princ<pios concedem autonomia cient<(ica e metodol.$ica aos diversos ramos #ur<dicos- possibilitando a sua cate$ori>a/"o em es(eras distintas de con;ecimento- de modo ?ue cada 4amo do Direito possui princ<pios ?ue l;e s"o peculiares (A'emplos de Princ<pios de Direito Constitucional- de Direito %dministrativo- de Direito Penal) & Obri$a&nos a pensar o Direito n"o de (orma matemHtica- mas levando em considera/"o elementos a'iol.$icos e culturais de cada sociedade- na medida em ?ue analisamos as ?uest0es na dimens"o dos valores Asta a principal caracter<stica dos princ<pios- pois caberH ao intrprete preenc;er o $rau de normati>a/"o do princ<pio Oem isso o princ<pio se torna va>io & Os princ<pios s"o mandamentos nucleares do sistema #ur<dico- verdadeiros pedestais nos ?uais se assentam todas as demais normas % (un/"o normo$entica n"o abran$e apenas a cria/"o de outras re$ras- mas (undamentam tambm sub&princ<pios (Astado de Direito (limita/"o do poder; triparti/"o dos poderes etc) * 4esponsabili>a/"o; Oupremacia do Interesse PDblico * Impessoalidade) & Os princ<pios tambm (undamentam as muta/0es #ur<dicas A'! o conceito de Nivre Iniciativa * Petr.leo e Correios & Os princ<pios s"o a e'press"o mais alta de normatividade ?ue (undamenta a or$ani>a/"o do Poder !uta%&o #e 0r(n"=0(os! Ocorre muta/"o de princ<pios- pois a sociedade estH em constante mudan/a- e os princ<pios e normas constitucionais acabam por re(letir as muta/0es sociais !uta%&o 3ur=#("a! ocorre ?uando se estiver diante de uma altera/"o de sentido ?ue dada a uma norma- sem ?ue ;a#a altera/"o e'pressa do te'to da norma Isto tambm se aplica = CF muta/"o constitucional A'! %rt Q2- 1- CF Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal: (...) : " sus'ender a e&ecuo, no todo ou em 'arte, de lei declarada inconstitucional 'or deciso de%initiva do Su'remo @ribunal 7ederal. (...) 1P Porm- o Oenado n"o cumpre o disposto- simplesmente o i$nora Diante disso- o OKF (mais precisamente o +in ,ilmar +endes) disciplinou o tema (interpreta/"o) di>endo ?ue norma en?uadrada nos casos previstos no arti$o sobredito serH retirada do ordenamento #ur<dico em se$uida = decis"o do OKF- e ao Oenado caberH apenas mandar publicar a suspens"o (pois ao Oenado cabe reali>ar al$uma coisa nessa opera/"o- a (im de n"o tornar totalmente va>io o dispositivo constitucional em comento) Am provas- citar autores relacionados ao tema- #urisprud8ncia- direito comparado etc Casos emb)emCt("os no D(re(to Const(tu"(ona) mo#erno o"(#enta)! & 2isam e'empli(icar a $rande capacidade dos princ<pios de levar = muta/"o das normas & Citam&se- a se$uir- dois e'emplos de casos emblemHticos (relacionados entre os 1U tops) da Corte Ouprema norte&americana- ?ue interpretam de (orma di(erente o mesmo princ<pio da i$ualdade ?ue vi$ora nos AM%! a; Caso PlessZ vs Fer$uson (167J) & % ?uest"o racial sempre (oi muito (orte no seio da sociedade norte& americana Kanto ?ue nesse pa<s ;aviam separa/0es de direitos em ra>"o da cor (restaurantes- ;ospitais- cemitrios etc- tanto para brancos- ?uanto para ne$ros) O critrio para distin$uir se o cidad"o ne$ro ou branco era con;ecido como Buma $ota de san$ueC- ou se#a- se na ascend8ncia do cidad"o ;ouver al$um ne$ro (ou moreno etc) a pessoa serH considerada ne$ra Eos AM%- a classi(ica/"o de ra/a (cor) mani?ue<sta- ou se#a- s. ;H duas possibilidades! branco ou preto %t ;o#e assim nos AM% Obs! Eo )rasil nunca ;ouve distin/"o de direitos- muitos menos com base em normas- tendo como (undamento critrios racistas (ou baseado na cor da pele) Eo )rasil nunca ;ouve um critrio ob#etivo para de(inir ra/a ou cor & PlessZ ?ueria pe$ar um transporte mas (oi barrado em ra>"o de sua cor (moreno claro * mais pr.'imo do branco- mas (oi considerado ne$ro) Ale pensava ?ue n"o ;avia essa distin/"o em rela/"o = livre circula/"o pelas ruas- inclusive em por meio de transportes Am ra>"o desse constran$imento ele resolveu in$ressar na @usti/a- com (undamento na emenda 1I2 da Constitui/"o norte&americana- pela ?ual Btodos s"o i$uais perante a leiC %o #ul$ar esse caso- a Ouprema Corte norte&americana c;e$ou = important<ssima (para o conte'to social da poca) teoria Bi$uais- mas separadosC (e?ual- but separated) % Corte decidiu ?ue Bs"o i$uais- porm deveriam estar separadas em seus respectivos $uetosC b; Caso )ro[n vs )oard o( Aducation (17QP) & 2em contestar e por (im = teoria Bi$uais- mas separadosC no Ymbito da educa/"o- somente- pois a Corte Ouprema entendia ?ue tal medida drHstica seria inviHvel se aplicada de uma s. ve> a todos os se$mentos sociais- o ?ue poderia ocasionar at mesmo $uerras civis- eis ?ue o .dio racial na?uela poca era latente Kal decis"o da Corte de acabar com a se$re$a/"o no se$mento social da educa/"o- e'ternando sua mudan/a de 1Q Dica posicionamento- (undamentou&se no v<deo enviado pela Pro(essora (assistir o v<deo) Asse caso demorou ?uin>e anos para ser e'ecutado Os dois casos mencionados s"o e'emplos de muta/"o constitucional- pois- partindo de um mesmo princ<pio da i$ualdade- ;ouve interpreta/"o di(erenciada pela Corte Ouprema & Depois- paulatinamente- o princ<pio Bi$uais- mas separadosC (oi sendo retirado dos demais se$mentos sociais & % colis"o de re$ras (obs! sempre cai em concurso) se resolve na dimens"o validade & Luando se estH diante de uma re$ra- se estH diante do Btudo ou nadaC & +aiores autores sobre a postura universalistas dos princ<pios ! . 4onald D[orSin$ (norte&americano) . 4obert %le'Z (alem"o) * +anual de Direito Constitucional (leitura obri$at.ria) . Paulo )onavides * no )rasil & BKudo ou nadaC ?uer di>er ?ue n"o ;H muito espa/o para elocubra/"o Ou se cumpre ou se descumpre a norma O $rau de abstra/"o menor & Critrios de resolu/"o de antinomia! P Co)(s&o A0arente! ocorre ?uando poss<vel encontrar um critrio le$al dentro do Direito para resolver o con(lito A'! o critrio de ;ierar?uia entre a CF e lei ordinHria Outros critrios! especialidade- data de vi$8ncia etc P Co)(s&o rea)! ocorre ?uando n"o se conse$ue encontrar um critrio le$al ou de(inido no ordenamento #ur<dico para resolver o con(lito Assa situa/"o rara A'! %DPF (ar$\i/"o de descumprimento de preceito (undamental) 191 (depois convertida em %DIE) Obs! E"o ;H ;ierar?uia entre lei complementar e lei ordinHria- nem pela importYncia da matria tratada O critrio escol;ido (oi o maior ou menor consenso sobre a matria & maior consenso Nei ordinHria (NO); & menor consenso Nei complementar (NC) * a (im de ?ue possa ;aver mais discuss"o sobre o assunto & % norma in(erior precisa encontrar (undamento em norma superior para ser vHlida A'! o (undamento de validade de uma NO a CF 1J C F Nei s Decreto s e outros & D[orSin$ di> ?ue a colis"o de re$ras se resolve no plano da validade Obs! O OKF #H decidiu ?ue uma NO pode alterar NC- somente nas matrias ?ue n"o necessitariam ser tratadas por NC & Ilustra/"o! Mma lei ) revo$a uma lei % Mma determinada lei % ;avia sido re$ulamentada por um decreto % Depois- veio uma lei ) e revo$ou a lei % O ?ue acontecerH com o decreto %] & Neis anteriores = CF ser"o recepcionadas ou n"o con(orme (orem compat<veis ou n"o com a CF- ou se#a- com o seu (undamento de validade & De semel;ante modo- o decreto ?ue re$ula a lei % permanecerH vHlido se encontrar (undamento de validade (se (or compat<vel) com a lei )- revo$adora da lei % & Os princ<pios s"o considerados o pedestal (normas mais importantes) do ordenamento #ur<dico Contudo- nem sempre (oi assim- como na poca do #usnaturalismo e do positivismo (os princ<pios eram meras vHlvulas de escape- ante a aus8ncia de re$ras)- e'! NICC (princ<pios $erais do direito) & Eeoconstitucionalismo (atualmente) * principais nomes no )rasil! . Nui> 4oberto )arroso; . %na Paula de )arcelos . Daniel Oarmento & Antendem ?ue a Constitui/"o o centro do ordenamento #ur<dico- de modo ?ue as leis devem encontrar (undamento de validade na CF A'! ,ilmar +endes (4A 175715 * o caso dos vereadores de +ira Astrela) Q. D(st(n%&o entre regras e 0r(n"=0(os :>ENERALIDADE4 FUALIDADE4 FOR!A DE RESOLURSO DE CONFLITOS; Q.*. Regras Q.*.*. !a(or 0re"(s&o #e sent(#oN Q.*./. A0)("a$se a regra #o Ttu#o ou na#aU4 #(mens&o #e +a)(#a#e :DJorM(ng;N Q.*.8. >rau #e abstra%&o menorN Q.*.6. Im0ortIn"(a re)at(+(<a#a no or#enamento 1ur=#("oN 15 Q.*.?. S&o +(n"u)a#os aos 0r(n"=0(osN Q.*.Q. D(mens&o forma) #a un(#a#e #o s(stemaN Q.*.E. Im0erat(+os "ateg2r("os fe"9a#osN Q.*.H. A0)("am$se as regras #e afastamento #e "ontra#(%'es ou (n"om0at(b()(#a#es :so)u%&o )2g("a 0ara regras ant(nVm("as ou eG")u#entes;N Q.*.H.*. A norma ma(s es0e"=f("a afasta a norma ma(s gera) :es0e"(a)(#a#e;N Q.*.H./. a norma ma(s re"ente afasta a norma ma(s ant(ga :"rono)2g("o;N Q.*.H.8. a norma su0er(or afasta a norma (nfer(or :9(erCrWu("o;N Q./. Pr(n"=0(os & Diante de um princ<pio a atua/"o do intrprete serH (undamental- pois s. ele poderH (a>er a leitura correta (de(inir) a aplica/"o e(ica>- pois a ideia de cada princ<pio isolada n"o produ> e(eitos satis(at.rios %lm disso- ao aplicar um princ<pio- o intrprete o (arH com pr&compreens0es (,adamer) tra>idos por sua e'peri8ncia de vida Q./.*. Fases: T @usnaturalista :D(mens&o ,t("o$+a)orat(+a D(re(to Natura) - D(re(to Pos(t(+o; & Assa (ase representa pouco interesse para o Positivismo T Positivista :.C)+u)a #e Seguran%a; & Oustenta ?ue os princ<pios seriam uma vHlvula de escape- pois s. seriam empre$ados se n"o ;ouvesse lei para resolver T P.s&positivista :Pe#esta) normat(+o sobre o Wua) se assenta to#o o e#(f="(o 1ur=#("o o Neo"onst(tu"(ona)(smo; & Antende os princ<pios como superiores = norma Kodas as normas devem ser estudadas = lu> da Constitui/"o Federal O direito constitucional estH no centro do ordenamento #ur<dico e se irradia para todos os ramos Os princ<pios do direito constitucional ir"o nortear a 16 Au)a 56 $ 5Q7567/5** interpreta/"o e a aplica/"o das leis Importante do Eeoconstitucionalismo no )rasil! Nu<s 4oberto )arroso Q././. As Co)(s'es se reso)+em na #(mens&o #os +a)ores & %s colis0es entre princ<pios ser"o aparentes- pois comum ;aver c;o?ues % suposta colis"o se resolverH mediante a pondera/"o entre eles- para de(inir ?ual deles irH prevalecer- con(orme o caso concreto & %prioristicamente imposs<vel di>er ?ual o princ<pio irH prevalecer- de modo ?ue n"o si$ni(ica ?ue um princ<pio serH mais importante do ?ue o outro Kudo dependerH do caso concreto %s colis0es entre princ<pios se resolvem no plano dos valores & Os princ<pios se reali>ar"o na medida do poss<vel & E"o ;H ;ierar?uia entre princ<pios Q./.8. !enor 0re"(s&o #e sent(#o4 0o(s a"umu)am ma(or #ens(#a#e semInt("a :"on"e(tos e (#e(as +agas e (n#eterm(na#as; Q./.6. Pa0e) fun#amenta) no or#enamento 1ur=#("o Q./.?. >rau #e abstra%&o ma(or Q./.Q. Fun#amentam a e)abora%&o #as regras :Fun%&o Normogen,t("a; Q./.E. A0)("a$se a "on"or#In"(a 0rCt("a4 ou a 0on#era%&o #e +a)ores ou a(n#a a 0ro0or"(ona)(#a#e :"on+(+On"(a e "on"()(a%&o; Q./.H. N&o o"orrOn"(a #e "o)(s'es rea(s ou (n"om0at(b()(#a#es Q./.L. !an#atos #e ot(m(<a%&o rea)(<am$se na ma(or me#(#a 0oss=+e) Po#em ser "um0r(#as em graus #(st(ntos E. Pr(n"=0(os #e Inter0reta%&o Const(tu"(ona) A Const(tu(%&o "omo s(stema aberto #e Regras e Pr(n"=0(os Peter ABber)e 17 Au)a 5? $ *87567/5** & Am sua obra- % Oociedade %berta dos Intrpretes da Constitui/"o- o alem"o Peter I^berle- di> ?ue a Constitui/"o (unciona como sistema aberto de re$ras e princ<pios- pois a Constitui/"o estH em constante mudan/a- re(letindo as mudan/as da sociedade & Dica! leitura (undamental acerca de princ<pios constitucionais E.*. Pr(n"=0(o #a Un(#a#e #a Const(tu(%&o E.*.*. % Constitui/"o como o ponto de conver$8ncia e de unidade do sistema #ur<dico total; & Kodas as normas constitucionais t8m a mesma importYncia e a mesma ;ierar?uia dentro do te'to constitucional G importante por?ue (a> com ?ue n"o se admita ;ierar?uia entre ?ual?uer norma ou princ<pio constitucional ori$inHrios & Nimite material ao poder constituinte derivado s"o as clHusulas ptreas Porm nem elas mesmas implicam em ;ierar?uia dentro da CF- no ?ue tan$e =s normas #ur<dicas constitucionais decorrentes de poder constituinte ori$inHrio E.*./. G na Constitui/"o ?ue se encontra o elo de li$a/"o das diversas dimens0es do (en:meno pol<tico e #ur<dico; E.*.8. Mtili>a a pondera/"o de valores e es(or/o de otimi>a/"o & a interpreta/"o deve se dar de (orma a evitar contradi/0es e con(litos entre normas constitucionais; E.*.6. %(astamento da obra de Otto )ac;o( * BEormas Constitucionais Inconstitucionais]C (17Q1) & a Constitui/"o como o Dnico paradi$ma de controle de constitucionalidade & )ac;o( di> ?ue poss<vel ?ue se considere ?ue normas constitucionais ori$inHrias poderiam ser inconstitucionais & Por ?ue )ac;o( disse isso] Por?ue antes da lei (undamental de )onn- atual Constitui/"o da %leman;a- a constitui/"o vi$ente era a Constitui/"o de Fiemar (1717)- em ?ue seu art P6- _ 2V- previa ?ue o c;e(e do A'ecutivo poderia descumprir leis se (osse do interesse pDblico % le$itima/"o e a ascens"o de Iitler (oi constitucional por causa desse dispositivo )ac;o( #usti(ica ?ue uma norma constitucional ori$inHria poderia ser inconstitucional ?uando viesse a se c;ocar contra princ<pios ticos de ordem natural (metaprinc<pios)- direito material- ?ue estH acima da Constitui/"o Controle em (ace do direito natural * medo de aparecer outro Iitler & Eo )rasil a teoria de )ac;o( n"o (oi adotada E.*.?. %DI 61Q no OKF ( o leandin$ case dessa assunto) 2U A0 24K L 07 " 0S@?@8 7=0=?A; AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 12L63L4FFM Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"46"6K"4FFM OO"4K434 =N=C@ !8;"64217"61 OO"66341 =N=C@A: " Ao direta de inconstitucionalidade. Oar#*ra%os 4. e 1. do arti*o 5K da >onstituio 7ederal. " A tese de que h# hierarquia entre normas constitucionais ori*inarias dando a(o a declarao de inconstitucionalidade de umas em %ace de outras incom'oss$vel com o sistema de >onstituio r$*ida. " Ca atual >arta Na*na /com'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal, 'reci'uamente, a *uarda da >onstituio/ (arti*o 461, /ca'ut/), o que im'lica di(er que essa ,urisdio lhe atribu$da 'ara im'edir que se desres'eite a >onstituio como um todo, e no 'ara, com relao a ela, e&ercer o 'a'el de %iscal do Ooder >onstituinte ori*in#rio, a %im de veri%icar se este teria, ou no, violado os 'rinc$'ios de direito su'ra'ositivo que ele 'r-'rio havia inclu$do no te&to da mesma >onstituio. " Oor outro lado, as cl#usulas 'treas no 'odem ser invocadas 'ara sustentao da tese da inconstitucionalidade de normas constitucionais in%eriores em %ace de normas constitucionais su'eriores, 'orquanto a >onstituio as 'rev+ a'enas como limites ao Ooder >onstituinte derivado ao rever ou ao emendar a >onstituio elaborada 'elo Ooder >onstituinte ori*in#rio, e no como abarcando normas cu,a observ<ncia se im'Vs ao 'r-'rio Ooder >onstituinte ori*in#rio com relao s outras que no se,am consideradas como cl#usulas 'treas, e, 'ortanto, 'ossam ser emendadas. Ao no conhecida 'or im'ossibilidade ,ur$dica do 'edido. E.*.Q. G re?uisito essencial de validade e de supremacia constitucional a ine'ist8ncia de duas ou mais ordens #ur<dicas E./. Pr(n"=0(o #o Efe(to Integra#or & Ea solu/"o de problemas #ur<dico&constitucionais deve&se dar prima>ia a critrios ou pontos de vista ?ue (avore/am a inte$ra/"o pol<tica e social e sobrelevem a unidade constitucional e a unidade nacional & 2isa aplicar a ideia ?ue (avore/a a inte$ra/"o social- economia- unidade nacional etc E.8. Pr(n"=0(o #a !CG(ma Efet(+(#a#e & % interpreta/"o sempre deverH destacar a op/"o interpretativa ?ue d8 mais valor e e(icHcia = norma constitucional & )usca a aplica/"o mais rHpida poss<vel do modelo constitucional mais ade?uado & E"o o mesmo ?ue o princ<pio da simetria- por?ue este n"o se destina a (or/ar uma rHpida implementa/"o da norma constitucional EMENTA: . >onstituio: 'rinc$'io da e%etividade m#&ima e transio. 4. Na soluo dos problemas de transio de um para outro modelo 21 constitucional, deve prevalecer, sempre que possvel, a interpretao que viabilize a implementao mais rpida do novo ordenamento. . @ribunal de >ontas dos =stados: im'lementao do modelo de com'osio hetero*+nea da >onstituio de 4F22. A >onstituio de 4F22 rom'eu com a %-rmula tradicional de e&clusividade da livre indicao dos seus membros 'elo Ooder =&ecutivo 'ara, de um lado, im'or a 'redomin<ncia do ;e*islativo e, de outro, vincular a clientela de duas das tr+s va*as reservadas ao >he%e do Boverno aos quadros tcnicos dos Auditores e do Ninistrio O)blico es'ecial. Oara im'lementar, to ra'idamente quanto 'oss$vel, o novo modelo constitucional nas 'rimeiras va*as ocorridas a 'artir de sua vi*+ncia, a serem 'rovidas 'elo che%e do Ooder =&ecutivo, a 're%er+ncia deve caber s cate*orias dos auditores e membros do Ninistrio O)blico es'ecial: 'recedentes do S@7. (A0N> 1KFM, ?el. Nin. Se')lveda Oertence) E.6. Pr(n"=0(o #a Conform(#a#e Fun"(ona) & Lual?uer interpreta/"o deverH impedir a altera/"o das reparti/0es de (un/"o constitucionalmente estabelecida G mais um princ<pio de compet8ncia por?ue di> respeito aos .r$"os pDblicos (@udiciHrio- Ne$islativo e A'ecutivo! Mni"o- Astados e +unic<pios) & O ativismo #udicial tem levado a inDmeras e'ce/0es a este princ<pio O ativismo #udicial dH ense#o a ?ual?uer coisa EMENTA: Nandado de in,uno. Cature(a. 8 mandado de in,uno nem autori(a o Gudici#rio a su'rir a omisso le*islativa ou re*ulamentar, editando o ato normativo omitido, nem, menos ainda, lhe 'ermite ordenar, de imediato, ato concreto de satis%ao do direito reclamado: mas, no 'edido, 'osto que de atendimento im'oss$vel, 'ara que o @ribunal o %aa, se contm o 'edido de atendimento 'oss$vel 'ara a declarao de inconstitucionalidade da omisso normativa, com ci+ncia ao -r*o com'etente 'ara que a su'ra. >rditos ,udiciais contra a 7a(enda O)blica: 'a*amento 'arcelado (A0>@, art. 33): 7aculdade do Ooder =&ecutivo. 8 art. 33 do A0>@ de 4F22 no outor*ou direito ao credor da 7a(enda O)blica ao 'a*amento 'arcelado nele 'revisto, ao contr#rio, como %aculdade do Ooder =&ecutivo com'etente, e&tinta com o transcurso do 'ra(o decadencial de 426 dias sem deciso a res'eito. a omisso dela, 'or conse*uinte, no d# mar*em a mandado de in,uno. (N 4M2, ?el. Nin. Se')lveda Oertence). Anunciado da sDmula da #urisprud8ncia predominante do OKF! S)mula 33F do S@7 W Co cabe ao 'oder Gudici#rio, que no tem %uno le*islativa, aumentar vencimentos de servidores ')blicos sob %undamento de isonomia. E.?. Pr(n"=0(o #a For%a Normat(+a #a Const(tu(%&o & Deve&se optar pela interpreta/"o ?ue tra$a ao sistema constitucional como um todo sua (or/a normativa & Ideia de Ronrad Iesse E.Q. Pr(n"=0(o #a Con"or#In"(a PrCt("a ou Aarmon(<a%&o & Di> ?ue poss<vel ;aver pondera/"o de valores entre princ<pios constitucionais aparentemente contrapostos 22 5J1 Coordena/"o e combina/"o dos bens #ur<dicos em con(lito de (orma a evitar o sacri(<cio de um deles; 5J2 Pondera/"o de valores; 5J9 +el;or campo de aplica/"o! Direitos Fundamentais; 5JP Astabelecimento de condicionantes rec<procos de (orma a conse$uir uma ;armoni>a/"o ou concordYncia prHtica entre eles; 5JQ %tividade de otimi>a/"o; 5JJ %s solu/0es ser"o apresentadas caso a caso- a partir do princ<pio da proporcionalidade; E.E. Pr(n"=0(o #a Pro0or"(ona)(#a#e ou Ra<oab()(#a#e & G um dos princ<pios mais importantes (caiu muito em concursos) & % proporcionalidade relaciona&se = lin;a alem" % ra>oabilidade relaciona& se = lin;a norte&americana +as n"o ;H di(eren/a substancial entre esses termos & Aste princ<pio estH diretamente li$ado = pondera/"o de valores em #o$o Kenta tra/ar al$uns critrios para nortear a pondera/"o dos valores em #o$o Di> ?ue a limita/"o de al$um direito (undamental s. pode ocorrer se ;ouver um m<nimo de bom senso- ou se#a- se o motivo (or le$<timo ou ?ue n"o se#a desarra>oado Kudo depende do motivo do caso & O termo BmotivoC- no direito constitucional- ?uer di>er Bpro$noseC le$islativa Oi$ni(ica Bpor ?ue motivoC A'iste tambm a pro$nose le$islativa & Ori$em do princ<pio! na %leman;a o princ<pio da proporcionalidade estH dentro do Astado de Direito (conten/"o do poder do C;e(e de Astado- $arantias (undamentais) %?ui o C;e(e de Astado e outros s. podem limitar direitos mediante motivo le$<timo e de bom senso (proporcional) %?ui a le$itima/"o (ilos.(ica o Astado de Direito & % le$itima/"o (ilos.(ica nos Astados Mnidos o devido processo le$al ( um sin:nimo de proporcionalidade e ra>oabilidade)- s. ?ue sobre o prisma material (nos AM%) Oi$ni(ica ?ue para ?ue ;a#a limita/"o de direitos- dever ;aver ra>oabilidade na decis"o ou na medida adotada & Ea Fran/a ocorre viola/"o do princ<pio da proporcionalidade ou ra>oabilidade ?uando ;H desvio de poder por parte do a$ente Prognose Leg(s)at(+a & G poss<vel controle preventivo de constitucionalidade de um PN com base no motivo desse PN] G poss<vel o controle concentrado (#udicial) de constitucionalidade de lei com base em seu motivo] & 4esposta! S(m- claro ?ue poss<vel o controle com base no motivo- tanto em (ase de PN- ?uanto em uma lei #H aprovada- inclusive em rela/"o =s muta/0es constitucionais 29 & A'emplo! PN ?ue virou lei na )avaria (re$i"o da %leman;a) Observou&se ?ue animais transportados por via (rrea so(riam muito- mas apesar disso essa tipo de transporte continuava sendo utili>ado pois ;avia um reembolso ao utili>ar esse transporte 2eri(icou&se- posteriormente- ?ue a pro$nose le$islativa n"o era verdadeira & O casu<smo n"o necessariamente determinante para macular ou se ?uestionar a pro$nose le$islativa & Ea anHlise de pro$nose le$islativa- estH&se diante da ade?ua/"o da norma Sub0r(n"=0(os #a 0ro0or"(ona)(#a#e & Kem&se ?ue (a>er re(er8ncia (apontar) = norma ou ao princ<pio constitucional onde se encontra ou no ?ual se baseia a proporcionalidade & Como se analisa a constitucionalidade de uma leia apenas sob a .tica da proporcionalidade] Mtili>ando esses subprinc<pios O"o eles! a; ADEFUARSO! Parte do con;ecimento (veri(ica/"o) dos motivos da lei %nalisa&se se os motivos s"o ade?uados para o alcance pretendido pela norma Ou se a medida estipulada capa> de levar = situa/"o buscada pela norma b; E-I>IKILIDADE! Luando se estiver diante da le$itima/"o de direito (undamental- a e'i$ibilidade di> ?ue deve&se adotar a medida menos atentat.ria contra tais direitos- ou menos $ravosa (lesiva) "; PROPORCIONALIDADE :em sent(#o estr(to;! G a pondera/"o de valores em #o$o- = lu> do caso concreto Oe n"o (or observado pelo menos um desses subprinc<pios- cab<vel o ?uestionamento da pro$nose le$islativa com base no princ<pio da proporcionalidade X ra>oabilidade & O OKF pode e deve (a>er essa anHlise de proporcionalidade Lual?uer intrprete deve (a>er essa anHlise E.E.*. & Eos Astados Mnidos! a concreti>a/"o material do devido processo le$al & BOubstantive Due ProcessC 1 BProcedural Due ProcessC & Ea %leman;a- considerado princ<pio constitucional n"o&escrito- inerente ao Astado de Direito & Ea Fran/a- sur$iu com a ideia do detournement du poivoir E.E./. Inda$a&se sobre os valores ?ue nortearam a escol;a dos (ins- a le$itimidade dos (ins eleitos pelo le$islador e se os meios empre$ados ou escol;idos s"o compat<veis com esse (im * C%OO D%O +IEIOC%O * % importYncia da Pro$nose Ne$islativa como au'iliar do mtodo de interpreta/"o; 2P & Di> o +inistro ,ilmar +endes! 8.6 ConseWuOn"(as #a .er(f("a%&o #o Dficit na F(Ga%&o #e Fatos e Prognoses 0e)o Leg(s)a#or >um're inda*ar sobre quando eventual d%icit na an#lise dos %atos veri%icados 'or 'arte do -r*o le*islativo acarreta a ile*itimidade da lei. Se se constata que a veri%icao dos %atos levada a e%eito 'elo le*islador incorreta numa deciso de car#ter restritivo, ento dever# o @ribunal dis'or de outra alternativa que no a da declarao de sua inconstitucionalidade . Assim, houve 'or bem a >orte >onstitucional declarar a inconstitucionalidade da lei sobre 'roteo de animais que, no seu P 43, n F, 'roibia o trans'orte de animais sob o sistema de reembolso (Nachnahme), com o %undamento de que essa %orma de remessa ense,ava, no raras ve(es, a recusa 'or 'arte do destinat#rio, o que ocasionaria um tratamento inadequado dos animais e um tem'o de trans'orte acima do toler#vel. A'-s veri%icar que *rande 'arte do trans'orte de animais se o'erava sob o re*ime de reembolso, tanto 'elos correios como 'ela em'resa %errovi#ria, a >orte >onstitucional constatou que os re*istros %ornecidos 'elo Ninistrio da A*ricultura indicavam um n)mero quase ine&'ressivo de devoluo ou de qualquer outro obst#culo na entre*a dos animais a seus destinat#rios 4 . Co que res'eita s %alhas de 'ro*n-sticos, a >orte adota uma soluo di%erenciada, avaliando se a 'ro*nose le*islativa se revela %alha de in$cio (Xim Ansatz verfehltY) ou se se cuida de um erro de 'ro*n-stico que somente se 'ode constatar a posteriori, a'-s uma continuada a'licao da lei. Co 'rimeiro caso, o dficit de 'ro*nose ense,a a nulidade da lei. Ca se*unda hi'-tese, quando se veri%ica a %alha na 'ro*nose le*islativa a'-s o decurso de certo tem'o, considera o @ribunal irrelevante do 'risma constitucional o erro de 'ro*n-stico cometido, desde que se,a 'arte inte*rante de uma deciso tomada de %orma re*ular ou obri*at-ria. Co chamado XNZhlen"EeschlussY dei&ou assente o @ribunal que Xerros sobre a evoluo do desenvolvimento econmico devem ser admitidos, at por!ue o legislador est obrigado no limite do poss"vel, para evitar perigos futuros, a tomar decis#es cu$a eficcia depende de fatores variados e !ue, por isso, podem ter desenvolvimentos no dese$ados %ou diversos da!ueles dese$ados&Y. Cesse caso, dever# o le*islador, todavia, em'reender os es%oros necess#rios 'ara su'erar o estado de inconstitucionalidade com a 'reste(a necess#riaK. E.E.8. Eos Astados Mnidos- o princ<pio sur$iu com o Per=o#o Lo"9ner (Caso Lochner s! "e# $or% * inconstitucionalidade de lei ?ue limitava a car$a ;orHria dos padeiros * viola/"o ao princ<pio do contrato); tambm o caso Ad%ins s! Children&s Hos'ital * inconstitucionalidade de lei ?ue (i'ava limite de salHrio m<nimo para mul;eres 1 E!er%B= 3M, 57: X'mbora ine(ista um levantamento estat"stico confivel, um levantamento relativo ao m)s de setembro de *+,- indica, no transporte ferrovirio, !ue, das *..-/0 remessas de animais levadas a efeito, verificaram1se -- casos de obstculos na entrega. 2uperados esses obstculos, somente */ remessas foram devolvidas ao remetenteY. 2Q E.E.6. % consolida/"o do princ<pio decorreu do #ul$amento pela Ouprema Corte norte&americana de uma srie de casos- a saber (a men/"o desses casos em provas si$ni(icam um $rande di(erencial- especialmente em direito comparado)! 55P1 (iranda s! Arizona )*+,,- * inconstitucional a pris"o de suspeitos sem ?ue dantes ocorra a leitura dos seus direitos- especialmente o direito de permanecer em sil8ncio e o de n"o constituir prova contra si mesmo & Caso importante por?ue si$ni(icou a possibilidade de declara/"o de inconstitucionalidade sem a nulidade da norma Importante por?ue si$ni(icou a miti$a/"o da nulidade das leis declaradas inconstitucionais %dmitiu&se- atravs de pondera/"o de valores (ra>oabilidade) ?ue em al$uns casos a nulidade absoluta mais pre#udicial- devendo a nulidade se restrin$i ao caso concreto & Eos AM% uma lei declarada inconstitucional nula- portanto- com e(eitos ex-tunc 55P2 .ro#n s! .oard of /ducation )*+01- 2 (im da teoria de BI$uais- mas separadosC & se$re$a/"o racial & Fim da teoria da se$re$a/"o racial- #H estudado anteriormente 55P9 Gris#old s! Connecticut )*+,0- & inconstitucionalidade de lei por meio da ?ual se criminali>ava a utili>a/"o de mtodos anticoncepcionais & Decidiu&se ?ue devia prevalecer a liberdade da mul;er 55PP 3oe s! 4ade )*+56- & inconstitucionalidade de lei do Ke'as por meio da ?ual se criminali>ava o aborto A'emplo clHssico de pondera/"o de valores- entre a liberdade de escol;a da mul;er e o direito = vida do embri"o! at 9 meses! prevalece o direito de escol;a da mul;er; entre 9 e J meses! cada Astado pode le$islar sobre ?ual valor deve prevalecer; ap.s J meses! prevalece o direito = vida do embri"o & Caso important<ssimo- pois nele (oi decidida a ?uest"o do aborto nos AM% Asse caso (e> uma e(etiva pondera/"o de valores 55PQ Critrios norteadores da ra>oabilidade! a?uilo ?ue con(orme a ra>"o- o e?uil<brio- o bom senso- a modera/"o e a ;armonia 55PJ G ra>oHvel ou proporcional o ?ue n"o arbitrHrio ou capric;oso- o ?ue n"o pessoal ou acintoso & Eo )rasil n"o e'iste uma distin/"o precisa entre princ<pio da ra>oabilidade e proporcionalidade % ra>oabilidade estH mais voltada para o cun;o material da norma (art QV- NI2- CF) E.E.?. Es"o)a A)em&: Sub0r(n"=0(os #a Pro0or"(ona)(#a#e 55Q1 Ade7uao * as medidas s"o aptas a atin$ir os ob#etivos pretendidos] 2J & 1V passo * saber a pro$nose le$islativa (ob#etivo da norma) G necessHrio primeiro (a>er um #u<>o de valor sobre o motivo da norma %de?uado em rela/"o a ?u8] Luando a pro$nose n"o aceita por?ue ela n"o ade?uada 55Q2 "ecessidade ou e8i9ibilidade * ;H al$um meio menos $ravoso para atin$ir os (ins visados (proibi/"o de e'cesso)] & Luando se trata de interven/"o a direito (undamental- o meio adotado para alcan/ar os ob#etivos da norma tem ?ue ser o menos $ravoso Am tese- nen;um direito (undamental mais importante ?ue outro- depende do caso concreto Deve&se ter um cuidado para ?ue o Astado n"o inter(ira desmedidamente na vida das pessoas 55Q9 :ro'orcionalidade em sentido estrito * (pondera/"o de valores) pondera/"o entre o :nus imposto e o bene(<cio tra>ido * compatibilidade entre a medida e os valores do sistema constitucional & Deve&se buscar outras alternativas antes da proibi/"o total E.E.Q. A ut()(<a%&o #o 0r(n"=0(o #a Pro0or"(ona)(#a#e no D(re(to Kras()e(ro: A; ADI H?? Pesagem #e bot(1'es #e gCs: A0 2KK N> L O? W OA?ACJ N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 64L67L4FF3 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"64"46"4FF3 OO"16141 =N=C@ !8;"6474F"64 OO"66674 E M E N T A " B#s lique%eito de 'etr-leo: lei estadual que determina a 'esa*em de boti,9es entre*ues ou recebidos 'ara substituio a vista do consumidor, com 'a*amento imediato de eventual di%erena a menor: ar*uio de inconstitucionalidade %undada nos arts. 11, ! e ! (ener*ia e metrolo*ia), 15 e OA?S., 1K, OA?. 1., 132, alm de violao ao 'rinc$'io de 'ro'orcionalidade e ra(oabilidade das leis restritivas de direitos: 'lausibilidade ,ur$dica da ar*uio que aconselha a sus'enso cautelar da lei im'u*nada, a %im de evitar danos irre'ar#veis a economia do setor, no caso de vir a declarar"se a inconstitucionalidade: liminar de%erida. K; AC H/.6/6 Caso #os 3u#eus. & Krata&se de um dos mais importantes casos #ul$ados pelo OKF G o nosso caso Roe vs Wade (no sentido da importYncia ?ue teve para o )rasil) IC dos @udeus- ?ue $erou um livro BCrime de 4acismoC * Aditora )ras<lia @ur<dica (Ner o ac.rd"o) @recho e&tra$do do voto"vista do Ninistro Narco Aurlio, no [> n 21.515: 25 !. A coliso entre os direitos "undamentais # o princpio da proporcionalidade A aplicao do princpio da proporcionalidade sur$e como o mecanismo e"icaz a realizar a ponderao e%i$ida no caso concreto, devido & semel'ana de 'ierarquia dos valores em (o$o) de um lado, a ale$ada proteo & di$nidade do povo (udeu* de outro, a $arantia da mani"estao do pensamento. + conte,do central do princpio da proporcionalidade - "ormado por subprincpios que abarcam parcialmente certa amplitude sem.ntica da proporcionalidade. /o eles a ideia de con"ormidade ou de adequao dos meios, a e%i$ibilidade ou necessidade desses meios e a proporcionalidade em sentido estrito. 0asso, ento, & anlise do ac1rdo do Tribunal de 2ustia do 3io 4rande do /ul # pronunciamento condenat1rio 5, a partir desses subprincpios, sob um .n$ulo di"erente daquele e"etuado pelo ilustre ministro 4ilmar Mendes. & 4esumo do caso! Mm cidad"o do 4io ,rande do Oul tin;a uma editora ?ue publica livros antissemitas Os livros dessa editora- na verdade- (a>iam um discurso revisionista acerca da perse$ui/"o na>ista aos #udeus- per(a>endo uma nova vis"o da ;ist.ria (di(erente do descrito abai'o) %nte o teor das revis0es- o dono da editora (oi #ul$ado pelo crime de racismo Ant"o ele disse ?ue n"o poderia ser #ul$ado pelo crime de racismo contra #udeu por?ue #udeu n"o ra/a O ent"o +in +oreira %lves emitiu seu voto di>endo ?ue o ru n"o poderia ser condenado pois #udeu n"o H ra/a- da< n"o ;aver racismo Contudo- +aur<cio Corr8a a(irmou ?ue do ponto de vista cultural o racismo e'iste na medida em ?ue se descrimine uma pessoa por pertencer a determinado $rupo O OKF conclui- por maioria- ?ue #udeu n"o ra/a e ra/as n"o e'istem- mas e'iste racismo do ponto de vista cultural Ant"o o ru (oi condenado e o livro (oi proibido de circular & Ner os votos do +in +aur<cio Corr8a e ,ilmar +endes- neste caso (ler para a pr.'ima aula) A comparar o voto do +in +arco %urlio com o do ,ilmar +endes %mbos analisaram o caso com base no princ<pio da proporcionalidade- porm com entendimentos di(erentes & +arco %urlio! Pro$nose! evitar o racismo no )rasil Proibir o livro irH combater o racismo] A'iste racismo contra #udeu no )rasil] preconceito! interno- sub#etivo Aste- por ser interno- imposs<vel de combater discrimina/"o! ?uando o preconceito sai da mente e contamina as atitudes G a mani(esta/"o- e'teriori>a/"o do preconceito & % pro(essora discorda dessa decis"o do OKF & %p.s a 1 ,uerra +undial a situa/"o da %leman;a era e'tremamente di(<cil O pa<s estava completamente arrasado e pobre % in(la/"o era imensa- o din;eiro n"o valia nada- e a misria era absoluta E"o ;avia empre$o Am meio a taman;a misria dos alem"es- os #udeus estavam tran?uilos e n"o passavam por di(iculdades- pois eram os $randes ban?ueiros e detentores do capital na poca Criou&se um discurso ?ue condenava a cobran/a de #uros altos por parte dos #udeus em des(avor do 26 povo alem"o ?ue ;avia acol;ido os #udeus (essa era a ima$em vendida na poca) & A'iste ;o#e um consenso mundial perante os $eneticistas (do ano 2UUU- ap.s a total decodi(ica/"o do DE% ;umano) n"o e'iste divis"o de ra/as ;umanas do ponto de vista biol.$ico A BetniaC seria um mero sin:nimo de Bra/aC Os $eneticistas di>em ?ue o racismo ?ue criou a divis"o em ra/as ,eneticamente ra/as n"o e'istem- porm- culturalmente o racismo ainda e'iste- o ?ue deve veementemente combatido e at penali>ado & Outras considera/0es! A. O subprinc<pio da con(ormidade ou da ade?ua/"o dos meios (,eein$net;eit) e'amina se a medida adotada apropriada para concreti>ar o ob#etivo visado- com vistas ao interesse pDblico %ssim- cabe inda$ar se condenar o paciente e proibi&lo de publicar os pensamentos- apreender e destruir as obras editadas s"o os meios ade?uados para acabar com a discrimina/"o contra o povo #udeu ou com o risco de se incitar a discrimina/"o Penso ?ue n"o- uma ve> ?ue o (ato de o paciente ?uerer transmitir a terceiros a sua vers"o da ;ist.ria n"o si$ni(ica ?ue os leitores ir"o concordar- e- ainda ?ue concordem- n"o si$ni(ica ?ue v"o passar a discriminar os #udeus- mesmo por?ue- ante a passa$em ine'orHvel do tempo- ;o#e os envolvidos s"o outros K. O se$undo subprinc<pio o da e'i$ibilidade ou da necessidade (Ar(orderlic;Seit)- se$undo o ?ual a medida escol;ida n"o deve e'ceder ou e'trapolar os limites indispensHveis = conserva/"o do ob#etivo ?ue pretende alcan/ar Com esse subprinc<pio- o intrprete re(lete- no caso- se n"o e'istem outros meios n"o considerados pelo Kribunal de @usti/a ?ue poderiam i$ualmente atin$ir o (im alme#ado- a um custo ou dano menor aos interesses dos cidad"os em $eral Paulo )onavides re$istra ?ue esse cYnone c;amado de princ<pio da escol;a do meio mais suave 2 5 C. Finalmente- o Dltimo subprinc<pio o da proporcionalidade em sentido estrito (2er;^ltnism^ssi$Seit)- tambm con;ecido como Blei da pondera/"oC O intrprete deve ?uestionar se o resultado obtido proporcional ao meio empre$ado e = car$a coativo&interventiva dessa medida G reali>ado um #u<>o de pondera/"o no ?ual se en$loba a anHlise de ade?ua/"o entre meio e (im- levando&se em conta os valores do ordenamento #ur<dico vi$ente 4obert %le'Z- relativamente a esse subprinc<pio- adu>6! BLuanto mais $rave a interven/"o em um direito (undamental- tanto mais $raves devem ser as ra>0es ?ue a #usti(i?uemC A Celso %nt:nio )andeira de +ello e'plica! BG ?ue nin$um deve estar obri$ado a suportar constri/0es em sua liberdade ou propriedade ?ue n"o se#am indispensHveis = satis(a/"o do interesse pDblicoC7 %ssim- cumpre per?uirir se ra>oHvel- dentro de uma sociedade plural como a brasileira- restrin$ir&se determinada mani(esta/"o de opini"o por meio de um livro- ainda ?ue preconceituosa e despropositada- sob o ar$umento de ?ue tal ideia incitarH a prHtica de viol8ncia- considerando&se- todavia- o (ato de ine'istirem m<nimos ind<cios de ?ue o livro causarH tal revolu/"o na sociedade brasileira A mais- se ra>oHvel punir o paciente pela edi/"o de 2 Oaulo Eonavides, 6urso de Direito 6onstitucional, '#*. 3M4. A;=:\, ?obert. 6oliso de Direitos 7undamentais e realizao de direitos "undamentais no Estado de Direito Democrtico. n: ?evista de 0ireito Administrativo, 147: W !, ?io de Ganeiro: =ditora ?enovar, ,ulLset. 4FFF, '. 72. 27 livros al;eios- responsabili>H&lo por ideias ?ue nem se?uer l;e pertencem- tendo em vista ?ue ;H outras maneiras mais (Hceis- rHpidas e econ:micas de a popula/"o ter acesso a tais pensamentos- como a InternetC C; RE nX 6*8.EH/ Caso #a Pro(b(%&o #os Ta)onCr(os F(s"a(s & Eeste recurso o PlenHrio da Corte discutiu se o cancelamento de inscri/"o no Cadastro ,eral de Contribuintes e a proibi/"o de emiss"o de notas (iscais- ?uando o contribuinte estivesse em dbito para com a Fa>enda- seriam ou n"o ;arm:nicos com a Carta da 4epDblica Com base no princ<pio da proporcionalidade- o Kribunal (i'ou o entendimento de ?ue veda/0es desarra>oadas = prHtica pro(issional do contribuinte o(endem o livre e'erc<cio do trabal;o- o(<cio ou pro(iss"o- bem como o e'erc<cio da atividade econ:mica AD8 !99: M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< MED8DA 6A=TE<A3 NA A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE 3elator@aA) Min. 6E</+ DE ME<<+ 2ul$amento) BC;D9;!DD! Er$o 2ul$ador) Tribunal 0leno 0ublicao) D2 B!5DF5!DDG 005DDDF9 EMENT H+<5D!BGF5D! 005 DD!:I E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " ;= 0S@?@A; QI= 0SO]= S8E?= A =NSST8 0= >=?@7>A08 0= >8C>;IST8 08 >I?S8 = QI= AI@8?^A 8 78?C=>N=C@8 0= [S@U?>8 =S>8;A? OA?A A;IC8S 0A @=?>=?A SH?= 08 =CSC8 NH08 QI= >8NO?8!A?=N AO?8!AST8 =N !=S@EI;A? OA?A CB?=SS8 =N >I?S8 0= C_!=; SIO=?8? " ;= 0S@?@A; QI= ISI?OA >8NO=@DC>A ;=BS;A@!A 8I@8?BA0A ` ICT8 7=0=?A; O=;A >8CS@@IST8 0A ?=ORE;>A " >8CS0=?AS]=S =N @8?C8 0AS ;A>ICAS O?==C>[_!=S " C8?NA 0=S@@I_0A 08 C=>=SSJ?8 >8=7>=C@= 0= ?A^8AE;0A0= " 87=CSA A8 O?C>_O8 0A O?8O8?>8CA;0A0= " A@!0A0= ;=BS;A@!A =:=?>0A >8N 0=S!8 0= O80=? " O;AISE;0A0= GI?_0>A 08 O=008 " 0=7=?N=C@8 0A N=00A >AI@=;A? >8N =7>J>A /=: @IC>/. A ISI?OAST8 0A >8NO=@DC>A ;=BS;A@!A, QIAC08 O?A@>A0A O8? QIA;QI=? 0AS O=SS8AS =S@A@AS, QIA;7>A"S= >8N8 A@8 0= @?ACSB?=SST8 >8CS@@I>8CA;. " A >onstituio da ?e')blica, nas hi'-teses de com'et+ncia concorrente (>7, art. 15), estabeleceu verdadeira situao de condom$nio le*islativo entre a Inio 7ederal, os =stados"membros e o 0istrito 7ederal (?AI; NA>[A08 [8?@A, /=studos de 0ireito >onstitucional/, '. 3MM, item n. 1, 4FFK, 0el ?ea), da$ resultando clara re'artio vertical de com'et+ncias normativas entre essas 'essoas estatais, cabendo, Inio, estabelecer normas *erais (>7, art. 15, P 9U Au)a 5Q $ *L7567/5** 4), e, aos =stados"membros e ao 0istrito 7ederal, e&ercer com'et+ncia su'lementar (>7, art. 15, P 1). " A >arta Ool$tica, 'or sua ve(, ao instituir um sistema de condom$nio le*islativo nas matrias ta&ativamente indicadas no seu art. 15 " dentre as quais avulta, 'or sua im'ort<ncia, aquela concernente ao ensino (art. 15, :) ", de%eriu ao =stado"membro e ao 0istrito 7ederal, em /ine&istindo lei %ederal sobre normas *erais/, a 'ossibilidade de e&ercer a com'et+ncia le*islativa 'lena, desde que /'ara atender a suas 'eculiaridades/ (art. 15, P 3). " 8s =stados"membros e o 0istrito 7ederal no 'odem, mediante le*islao autVnoma, a*indo /ultra vires/, trans*redir a le*islao %undamental ou de 'rinc$'ios que a Inio 7ederal %e( editar no desem'enho le*$timo de sua com'et+ncia constitucional e de cu,o e&erc$cio deriva o 'oder de %i&ar, validamente, diretri(es e bases *erais 'ertinentes a determinada matria (educao e ensino, na es'cie). " >onsidera9es doutrin#rias em torno da questo 'ertinente s lacunas 'reench$veis. @808S 8S A@8S =NACA08S 08 O80=? ORE;>8 =S@T8 C=>=SSA?AN=C@= SIG=@8S, OA?A =7=@8 0= SIA !A;0A0= NA@=?A;, ` C0=>;CJ!=; 8ES=?!bC>A 0= OA0?]=S N_CN8S 0= ?A^8AE;0A0=. " As normas le*ais devem observar, no 'rocesso de sua %ormulao, critrios de ra(oabilidade que *uardem estrita conson<ncia com os 'adr9es %undados no 'rinc$'io da 'ro'orcionalidade, 'ois todos os atos emanados do Ooder O)blico devem a,ustar"se cl#usula que consa*ra, em sua dimenso material, o 'rinc$'io do /substantive due 'rocess o% lac/. ;ei 0istrital que, no caso, no observa 'adr9es m$nimos de ra(oabilidade. A =:BDC>A 0= ?A^8AE;0A0= QIA;7>A"S= >8N8 OA?bN=@?8 0= A7=?ST8 0A >8CS@@I>8CA;0A0= NA@=?A; 08S A@8S =S@A@AS. " A e&i*+ncia de ra(oabilidade " que visa a inibir e a neutrali(ar eventuais abusos do Ooder O)blico, notadamente no desem'enho de suas %un9es normativas " atua, enquanto cate*oria %undamental de limitao dos e&cessos emanados do =stado, como verdadeiro 'ar<metro de a%erio da constitucionalidade material dos atos estatais. AO;>AE;0A0= 0A @=8?A 08 0=S!8 0= O80=? A8 O;AC8 0AS A@!0A0=S C8?NA@!AS 08 =S@A08. " A teoria do desvio de 'oder, quando a'licada ao 'lano das atividades le*islativas, 'ermite que se contenham eventuais e&cessos decorrentes do e&erc$cio imoderado e arbitr#rio da com'et+ncia institucional outor*ada ao Ooder O)blico, 'ois o =stado no 'ode, no desem'enho de suas atribui9es, dar causa instaurao de situa9es normativas que com'rometam e a%etem os %ins que re*em a 'r#tica da %uno de le*islar. A =7>J>A =: @IC> 0A N=00A >AI@=;A? CT8 S= O?=SIN=, O8S 0=O=C0= 0= =:O?=SSA 0=@=?NCAST8 >8CS@AC@= 0A 0=>ST8 QI= A 0=7=?=, =N S=0= 0= >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8. " A medida cautelar, em sede de %iscali(ao normativa abstrata, reveste"se, ordinariamente, de e%ic#cia /e& nunc/, /o'erando, 'ortanto, a 'artir do momento em que o Su'remo @ribunal 7ederal a de%ere/ (?@G 415L26). =&ce'cionalmente, no entanto, e 'ara que no se %rustrem os seus ob,etivos, a medida cautelar 'oder# 'ro,etar"se com e%ic#cia /e& tunc/, com consequente re'ercusso sobre situa9es 'retritas (?@G 432L2M), retroa*indo os seus e%eitos ao 'r-'rio momento em que editado o ato normativo 'or ela alcanado. Oara que se outor*ue e%ic#cia /e& tunc/ ao 'rovimento cautelar, em sede de %iscali(ao concentrada de constitucionalidade, im'9e"se que o Su'remo @ribunal 7ederal e&'ressamente assim o determine, na deciso que conceder essa medida e&traordin#ria (?@G 4M5LK6M"K6F, K62, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8). Situao e&ce'cional que se veri%ica no caso ora em e&ame, a'ta a ,usti%icar a outor*a de 'rovimento cautelar com e%ic#cia /e& tunc/. 91 D; Caso #as A)gemas & IC 67P27 X 4O * 4OED`EI% I%)A%O CO4PMO 4elator(a)! +in Ca4+AE NbCI% @ul$amento! 22XU6X2UUJ cr$"o @ul$ador! Primeira Kurma EMENTA: [AE=AS >8?OIS. O=CA;. IS8 0= A;B=NAS C8 N8N=C@8 0A O?ST8. AISDC>A 0= GIS@7>A@!A =N 7A>= 0A >8C0I@A OASS!A 08 OA>=C@=. >8CS@?ACBN=C@8 ;=BA;. O?=>=0=C@=S. 4. 8 uso le*$timo de al*emas no arbitr#rio, sendo de nature(a e&ce'cional, a ser adotado nos casos e com as %inalidades de im'edir, 'revenir ou di%icultar a %u*a ou reao indevida do 'reso, desde que ha,a %undada sus'eita ou ,usti%icado receio de que tanto venha a ocorrer, e 'ara evitar a*resso do 'reso contra os 'r-'rios 'oliciais, contra terceiros ou contra si mesmo. 8 em're*o dessa medida tem como bali(amento ,ur$dico necess#rio os 'rinc$'ios da 'ro'orcionalidade e da ra(oabilidade. Orecedentes. 1. [abeas cor'us concedido. E; O CASO DA PROIKIRS DOS LANCAES >ORDUROSOS 36L6FL62 " 44h67 " Atuali(ado em 36L6FL62 " 44h67 W 8 B;8E8 0roibir re"ri$erante na escola tem pouco impacto sobre consumo da bebida =scolas sem as bebidas t+m s- 5d menos alunos que as consomem. H 'reciso atacar h#bitos alimentares domsticos, di(em mdicos. Eric Na$ourneJ 0o eCec \orf @imese OerH ?ue proibir a venda de re(ri$erante em escolas do ensino (undamental redu> a ?uantidade in$erida dessa bebida pelas crian/as] Mm pouco- mas n"o muito- se$undo um novo estudo Pes?uisadores a(irmam ?ue- ?uando compararam o consumo de re(ri$erante de crian/as de escolas onde a bebida vendida com o de crian/as de escolas onde a venda era proibida- n"o encontraram $rande di(eren/a Oomente cerca de Pd menos crian/as das escolas sem re(ri$erante disseram ?ue n"o tomam a bebida eIsso n"o estH resolvendo o problemae- disse +eenaSs;i + Fernandes- autor do estudo- ?ue aparece na edi/"o de setembro da revista mdica eK;e @ournal o( t;e %merican Dietetic %ssociatione Fernandes- da Pardee 4%ED ,raduate Oc;ool em Oanta +onica- Cali(.rnia- analisou pes?uisas reali>adas em 2UUP ?ue abran$eram mais de 1U mil alunos da ?uinta srie em PU estados americanos Foi per$untado aos estudantes com ?ue (re?u8ncia eles beberam re(ri$erante na semana anterior- e ?uanto dessa ?uantidade (oi in$erida na escola 92 4e(ri$erantes eram vendidos em cerca de PUd das 29UU escolas pes?uisadas Cerca de um ?uarto das crian/as nessas escolas in(ormou consumir a bebida- e cerca de metade da ?uantidade de re(ri$erante era in$erida na escola +otivados pelo aumento da obesidade in(antil- a$entes do $overno em todo o pa<s t8m considerado proibir a venda de re(ri$erantes em escolas pDblicas do ensino (undamental %pesar de tais restri/0es terem seu valor- a(irmam pes?uisadores- a$entes de saDde precisam a$ir de (orma mais ampla- concentrando&se em ;Hbitos alimentares domsticos e (a>endo mais a/0es para motivar a alimenta/"o saudHvel TA!KY! NO RIO DE 3ANEIRO: Contro)e #e Obes(#a#e agora , )e( % e'emplo do ?ue acontece em Eova Ior?ue- nos Astados Mnidos- a cidade do 4io de @aneiro tambm entrou na $uerra contra a obesidade O e' pre(eito Csar +aia- decretou ?ue as cadeias de (ast&(ood e'ibam- nos pontos de atendimento- tabelas com o valor nutricional dos alimentos (tabela de calorias) O decreto determina- ainda- ?ue a in(orma/"o sobre o valor cal.rico tambm se#a estendido as promo/0es ?ue reDnam sandu<c;e- batatas (ritas e re(ri$erantes O e'&pre(eito Csar +aia disse ?ue a medida visa prevenir a obesidade desde a in(Yncia #H ?ue as crian/as e adolescentes est"o entre os principais clientes das lanc;onetes Am outro decreto Csar +aia (i'ou pra>o de um ano para as empresas ?ue vendem alimentos industriali>ados in(ormarem a concentra/"o nos produtos de Hcidos $ra'os trans- presentes principalmente nos alimentos em conserva 4epresentantes das duas principais redes de (ast&(ood a(irmaram ?ue est"o preparados para se$uir as determina/0es do decreto inclusive com a distribui/"o de campan;as de manuais com in(orma/0es sobre os produtos o(erecidos Os representantes acreditam- no entanto- ?ue a ideia deve sem estendida a outros estabelecimentos de venda de alimentos- como as c;urrascarias Eo )rasil- como nos Astados Mnidos e na Auropa os nDmeros sobre a obesidade s"o alarmantes Am 175Q- 1Qd das mul;eres e 2Jd dos ;omens estavam acima do peso %tualmente- ?uase trinta anos depois- o percentual sobe para 96d para os dois se'os Para se ter uma ideia do consumo de alimentos e bebidas cal.ricas- no )rasil- desde 175Q at ;o#e- o consumo de cerve#a aumentou sete ve>es e de re(ri$erante cinco %pesar da (ome e (alta de comida principalmente nos pa<ses a(ricanos- 1-5 bil;0es de pessoas em todo o mundo est"o obesas Pes?uisa da Mniversidade de Iarvard- nos Astados Mnidos- comprova ?ue indiv<duos obesos t8m entre QUd e 1UUd mais de risco de morrer prematuramente vitimas de cYncer- ;ipertens"o- diabete- problemas na articula/"o- ou doen/as no sistema circulat.rio 99 % Or$ani>a/"o +undial da OaDde divul$ou em mar/o passado um dos maiores estudos tcnicos #H (eitos sobre obesidade O or$anismo internacional adverte aos $overnos mundiais ?ue necessHrio tomar uma atitude diante da epidemia do e'cesso de peso ?ue atin$e todas as classes sociais Eunca demais lembrar ?ue no )rasil ;H pelo menos 5U mil;0es de pessoas (PUd da popula/"o) acima do peso- distribu<das em todas as classes sociais Ea re$i"o Oudeste- por e'emplo- 1Pd das mul;eres pobres est"o acima do peso @H as ?ue pertencem =s classe mdia e mdia alta o <ndice de 7d Ea avalia/"o da O+O a obesidade n"o resultado de e'cesso de comida e sim da mH alimenta/"o % Or$ani>a/"o +undial de OaDde adverte ?ue combater a (ome e a obesidade s"o a/0es con#untas e ur$entes dos $overnos ESTADSO4 /Q75H7/55L Pro0agan#a #e a)(mento terC frase #e a#+ertOn"(a4 "omo os rem,#(os +esmo com norma da indDstria- %nvisa publicarH re$ras para produto com alto n<vel de a/Dcar- sal e $ordura +esmo com a autorre$ulamenta/"o anunciada ontem pelos (abricantes de alimentos e bebidas- a %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria (%nvisa) publicarH at o (im do ano novas re$ras para a propa$anda de produtos com altos n<veis de a/Dcar- sal e $orduras- como c;ocolates- bolos- bolac;as rec;eadas- sal$adin;os e re(ri$erantes %s pe/as publicitHrias voltadas para crian/as ou veiculadas durante pro$ramas in(antis ter"o restri/0es ainda maiores Pelo te'to- a propa$anda desses alimentos deverH conter (rases in(ormativas- a e'emplo do ?ue ocorre com medicamentos & e nos mesmos moldes de taman;o e cor Por e'emplo- um comercial de bolac;a de c;ocolate deverH tra>er- por escrito e lido pelo narrador- uma (rase alertando ?ue se trata de um produto com altos <ndices de a/Dcar (substYncia ?ue- se in$erida em e'cesso- pode provocar diabete- aumento do colesterol e obesidade) %lm disso- a propa$anda diri$ida a crian/as s. poderH ser veiculada entre as 21 e J ;oras %nima/0es e uso de persona$ens de desen;os in(antis nos comerciais (icam proibidos Kambm n"o poder"o ser (eitas a/0es de marSetin$ em escolas e materiais escolares %s re$ras ser"o vHlidas para propa$andas em revistas- #ornais- televis"o- rHdio e internet e% re$ulamenta/"o trarH re$ras para as propa$andas ?ue in(luenciam no consumo de determinados produtos entre a popula/"o- at mesmo in(antile- di> a $erente&$eral de Fiscali>a/"o de Propa$anda da %nvisa- +aria @os Del$ado Oe$undo ela- a decis"o estH baseada no aumento da incid8ncia de doen/as cr:nicas no Pa<s- como diabete- ;ipertens"o- s<ndrome metab.lica e problemas card<acos Ontem- a %ssocia/"o )rasileira das IndDstrias da %limenta/"o (%bia)- a %ssocia/"o )rasileira de %nunciantes (%)%) e 2P indDstrias aliment<cias 9P prometeram acabar- a partir de #aneiro- com a publicidade diri$ida a crian/as e pr&adolescentes de at 12 anos O te'to- porm- mais brando do ?ue o discurso & se$undo o documento- o (im dos anDncios (ica restrito =s m<dias e aos pro$ramas ?ue ten;am pelo menos metade da audi8ncia (ormada por crian/as- al$o n"o t"o simples de medir Dados do +inistrio da OaDde mostram ?ue cerca de JUd dos $astos ambulatoriais e ;ospitalares do Oistema bnico de OaDde ocorrem no atendimento a complica/0es decorrentes das doen/as cr:nicas Pes?uisas reali>adas em amostras populacionais mostram ?ue o sobrepeso e obesidade atin$em cerca de 9Ud das crian/as % re$ulamenta/"o da %nvisa estH em estudo desde 2UUJ- ?uando o tema (oi colocado para consulta pDblica Desde ent"o- su$est0es (oram recebidas e uma audi8ncia pDblica (oi reali>ada na semana passada- Dltimo passo para a elabora/"o do te'to (inal % iniciativa tem provocado discuss"o com a indDstria- ?ue ?uestiona a compet8ncia da a$8ncia para re$ulamentar propa$anda eE.s temos embasamento #ur<dico para a ?uest"o % le$isla/"o di> apenas ?ue leis estaduais ou municipais n"o podem le$islar sobre propa$andae- di> +aria @os O FUE FUER A AN.ISA %dvert8ncia! Pe/as publicitHrias de alimentos com alto teor de a/Dcar- sal e $orduras e pobres em nutrientes devem conter (rases e'plicativas- a e'emplo do ?ue #H ocorre com os medicamentos IorHrios! Propa$anda voltada =s crian/as s. das 21 =s J ;oras Formato! % indDstria de alimentos e as a$8ncias n"o poder"o mais usar anima/0es e persona$ens in(antis +<dias! %s re$ras valer"o para propa$andas em revistas- #ornais- televis"o- rHdio e internet Ascolas! Propa$andas e a/0es de marSetin$ ser"o proibidas %limentos n"o saudHveis! Possuem ?uantidade i$ual ou superior! & a 1Q $ de a/Dcar por 1UU $ ou & a Q $ de $ordura saturada por 1UU $ ou & a U-J $ de $ordura trans por 1UU $ ou & a PUU m$ de s.dio por 1UU $ >; O CASO DO KRONZEA!ENTO ARTIFICIAL L(m(nar #a 3ust(%a Fe#era) autor(<a bron<eamento art(f("(a) em SP. De"(s&o , +a)(#a 0ara asso"(a#os #o S(n#("ato #os Em0rega#ores em Est,t("a e Cosmeto)og(a. 1Q de mar/o de 2U1U f 1P; U2 9Q % @usti/a Federal de O"o Paulo de(eriu uma liminar no Dltimo dia 1U suspendendo uma decis"o da %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria (%nvisa) ?ue proibia o bron>eamento arti(icial no Astado % decis"o- do #ui> (ederal 2ictorio ,iu>io Eeto- da 2P 2ara Federal C<vel de O"o Paulo- valida para os associados do Oindicato dos Ampre$adores em Ampresas e Pro(issionais Niberais em Asttica e Cosmetolo$ia do Astado de O"o Paulo (Oeemples) Para 2ictorio ,iu>io- a proibi/"o do bron>eamento arti(icial viola o princ<pio da proporcionalidade- ?ue recomenda ao Poder PDblico evitar a despropor/"o entre a provid8ncia adotada e os valores ?ue pretende preservar eOem pre#u<>o da aparente boa inten/"o da %nvisa- pretender proibir uma atividade econ:mica ?ue a ri$or n"o se limita ao )rasil e'trapola as suas atribui/0es- n"o sendo dispensHvel a(irmar ?ue toda ve> em ?ue se adota como solu/"o uma proibi/"o- raramente ela evitada- passando apenas para a clandestinidadee O #ui> ressalta ?ue n"o cabe neste momento (anHlise de tutela) discutir se o bron>eamento arti(icial nocivo ou n"o = saDde e (a> uma compara/"o! eo ?ue se sabe ?ue as radia/0es solares o s"o (nocivas)- e nin$um ousaria proibir o bron>eamento nas praias deste pa<se 2ictorio ,iu>io Eeto de(ende ?ue a %nvisa re$ule a atividade sem ?ue ;a#a proibi/"o eOob o aspecto da compet8ncia da %nvisa- n"o ;H dDvida ?ue se#a ra>oHvel ?ue se estabele/am re$ras m<nimas para o e'erc<cio da atividade- ?ual se#a- a se$uran/a dos e?uipamentos- dos locais- en(im- ?uest0es relacionadas = ;i$iene e ainda- ?ue os interessados se#am advertidos das conse?u8nciase CR[TICA \ PROPORCIONALIDADE O PROKLE!A DO >O.ERNO DOS 3U[ZES. DE!OCRACIA G 3URISDIRSO CONSTITUCIONAL 3UDICIALIZARSO :#e"orrOn"(a #o mo#e)o #e "onst(tu(%&o ana)=t("a e #o am0)o s(stema #e "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e no Kras(); - ATI.IS!O 3UDICIAL :0ostura #o (nt,r0rete4 mo#o 0ro at(+o e eG0ans(+o #e (nter0retar a Const(tu(%&o4 0ara a),m #o )eg(s)a#or or#(nCr(o;. Cr=t("a D 0ro0or"(ona)(#a#e T At(+(smo 1u#("(a) G ?uando o #udiciHrio passa a (ormular pol<ticas pDblicas (pol<ticas) Ou se#a- ?uando o #udiciHrio passa a a$ir como le$islador % per$unta - ?uem con(eriu le$itimidade a um #ui> para Ble$islarC] (sem ter sido eleito pelo povo) 9J Gustia 7ederal de SO de%ende que a Anvisa re*ule a atividade sem que ha,a 'roibio. & Luest"o de prova! Discorra sobre o ativismo #udicial considerando os votos dos ministros +arco %urlio e ,ilmar +endes- envolvendo a aplica/"o da proporcionalidade (no caso dos #udeus) & Eem sempre o ativismo #udicial tem rela/"o com o princ<pio da proporcionalidade e visse versa & Asses analisaram o caso dos #udeus sob o ponto de vista da proporcionalidade Porm c;e$aram a conclus0es di(erentes- mesmo analisando os respectivos subprinc<pios Como poss<vel isso & ,adamer analisa a ade?ua/"o das proibi/0es Kambm Nui> 4oberto )arroso (dois te'tos- um deles o dos medicamentos) )arroso (a> uma distin/"o de #udiciali>a/"o do direito e ativismo #udicial Di> ?ue mais ?uest0es (oram levadas ao @udiciHrio Di> ?ue ativismo ?uando o #ui> vai alm de suas atribui/0es e come/a a adentrar nas atribui/0es do le$islador & A'iste o problema- ainda- da discricionariedade Lue se intensi(ica em (ace do sub#etivismo do a$ente & Os limites do ativismo #udicial s"o discuss0es bastante intensas no meio ;o#e em dia %tualmente o OKF tem se mostrado bastante ativista- sob o ar$umento da omiss"o do le$islador & Outros problemas do ativismo s"o a (alta de le$itimidade- (alta de con;ecimento tcnico da demanda social- (alta da dimens"o do alcance de sua decis"o etc T Dre# S"ott +s Stan#for# & Caso emblemHtico de como o ativismo #udicial pode ser perverso para uma sociedade & Foi #ul$ado em 16Q5- nos AM% & Os AM% se dividiram em estados do norte e do sul- atravs de uma lin;a ima$inHria Firmou&se um compromisso di>endo ?ue poderia ;aver escravid"o somente nas col:nias do sul- nas no norte n"o Dred Ocott era escrava e morava no sul #unto com seus proprietHrios Oeu proprietHrio via#ou para o norte e o levou Eo norte- seu proprietHrio morreu Oua esposa n"o se interessou por ser proprietHria Ocott voltou para o sul e come/ou a trabal;ar Ant"o- o irm"o da esposa de seu proprietHrio in$ressou na #usti/a pleiteando os salHrios de Ocott Am Ymbito estadual o #ui> disse ?ue Ocott era livre e assim deveria permanecer (once free, always free) % suprema corte (icou de decidir se Ocott era escravo ou n"o % suprema corte- ent"o- indo alm da ?uest"o posta em #ul$amento- numa postura totalmente ativista- decidiu ?ue n"o s. Ocott permanecia escravo- e din;eiro deveria se entre$ue a Otand(ord- e disse ainda ?ue ?ual?uer tentativa de limitar a escravid"o no pa<s era (la$rantemente inconstitucional- por?ue o(endia do direito de propriedade- em rela/"o = propriedade de escravos por cidad"os norte&americanos Assa (oi a se$unda ve> em ?ue ;ouve a declara/"o de inconstitucionalidade de uma lei nos AM% O primeiro (oi no caso +ar$ue vs +attison- em 16U9 Pior decis"o da suprema corte Assa decis"o (oi problemHtica por?ue levou = $uerra civil Os estados do norte se revoltaram e conse$uiram ele$er um abolicionista (%bra;am Nincoln)- eleito basicamente pelos estados do norte % resposta dos estados do sul (oi a sua sa<da de (edera/"o e (orma/"o de uma con(edera/"o e- em se$uida- a decreta/"o de $uerra contra o restante dos AM% 4esultado- um ter/o da popula/"o (oi di>imada por causa da?uela decis"o #udicial Mma cultura e uma lei n"o podem ser mudadas por uma decis"o #udicial 95 & G preciso muito cuidado com o ativismo #udicial Luem tem ?ue e'i$ir o cumprimento das pol<ticas pDblicas- mediante a devida atividade le$i(erante do Ne$islativo e cumprimento por parte do A'ecutivo- a popula/"o- ?ue ?uem tem le$itimidade para isso- e para isso deveria se mobili>ar & 2er o site [[[direitos(undamentaisnet (temas $erais de direito constitucional abordados nessa apostila) /E75/7/55E $ *L:/? $ A#e0o) Wuest(ona "onst(tu"(ona)(#a#e #e #(s0os(t(+os #o Estatuto #a Cr(an%a e #o A#o)es"ente % %ssocia/"o dos Dele$ados de Pol<cia do )rasil (%depol) a#ui>ou %/"o Direta de Inconstitucionalidade (%DI 96Q7)- no Oupremo Kribunal Federal (OKF)- contra os parH$ra(os 9V- PV e QV do arti$o 121 do Astatuto da Crian/a e do %dolescente Oe$undo a %DI- a norma atacada recon;ece- nos casos de criminalidade violenta e reitera/"o de atos in(racionais $raves praticados por menores- a interna/"o como uma medida de priva/"o de liberdade de Dltima instYncia % %depol destaca ?ue o carHter determinado da senten/a de interna/"o tra> risco para esses menores in(ratores- bem como n"o se converte em uma medida de prote/"o = sociedade BO re(erido arti$o (i'ou- inconstitucionalmente- o limite mH'imo de priva/"o de liberdade em tr8s anos O parH$ra(o QV estabelece a obri$atoriedade de se colocar o menor in(rator- em ?ual?uer caso- em liberdade- assim ?ue este completar 21 anos- sem ?ue o #ui> possa decidir- atravs de parecer tcnico competente- se ;ouve ou n"o a cessa/"o de periculosidade do menorC- disse a %depol % %ssocia/"o di>- tambm- ?ue a norma viola o princ<pio da proporcionalidade em sentido estrito (arti$o QV- NI2 da Constitui/"o Federal)- e o devido processo le$al Oendo assim- pede se#a declarada a inconstitucionalidade dos dispositivos atacados ou ?ue se#a dada interpreta/"o con(orme a Carta +a$na Am carHter liminar- a entidade pede a suspens"o da e(icHcia dos parH$ra(os 9V- PV e QV do arti$o 121 do Astatuto da Crian/a e do %dolescente O ATI.IS!O 3UDICIAL CONSTITUIRSO FEDERAL DE *L8E: Art. L6 & G vedado ao Poder @udiciHrio con;ecer de ?uest0es e'clusivamente pol<ticas Not="(as STF 96 Luarta&(eira- 29 de %bril de 2UU6 Ce)so !e))o #efen#e at(+(smo 1u#("(a) #o Su0remo e 0esWu(sas "(ent=f("as O decano do Oupremo Kribunal Federal (OKF)- ministro Celso de +ello- abriu nesta tarde (29) os discursos pro(eridos na posse do novo presidente da Corte- ministro ,ilmar +endes Durante Q9 minutos- ele ressaltou o trabal;o da Corte como $uardi" incondicional da Constitui/"o Federal- disse ?ue n"o se pode censurar o Beventual ativismo #udicialC e'ercido pelo Oupremo e criticou atos contra prerro$ativas ?ue classi(icou de essenciais- como a liberdade de pes?uisas cient<(icas BComo todos sabemos- desde ,alileu e Coprnico- a Kerra se move e n"o mais o centro do MniversoC- disse Ale ressaltou ?ue os tr8s Poderes da 4epDblica- sem e'ce/"o- devem respeito = Constitui/"o- ?ue n"o pode ser burlada por conveni8ncia pol<tica ou pra$matismo institucional BEada mais nocivo- peri$oso e ile$<timo do ?ue elaborar uma Constitui/"o- sem a vontade de (a>8&la cumprir inte$ralmente- ou- ent"o- de apenas e'ecutH&la com o prop.sito subalterno de tornH&la aplicHvel somente nos pontos ?ue se mostrarem convenientes aos des<$nios dos $overnantes- em detrimento dos interesses maiores dos cidad"osC Oe$undo Celso de +ello- o Oupremo Bn"o se curva a nin$um nem tolera a prepot8ncia dos $overnantes nem admite os e'cessos e abusos ?ue emanam de ?ual?uer es(era dos tr8s Poderes da 4epDblicaC- desempen;ando as suas (un/0es institucionais Bde modo compat<vel com os estritos limites ?ue l;e tra/ou a pr.pria Constitui/"oC Contra censuras (eitas pelo Beventual ativismo #udicialC e'ercido pelo OKF- ele (oi ta'ativo! BPrHticas de ativismo #udicial- embora moderadamente desempen;adas por esta Corte em momentos e'cepcionais- tornam&se uma necessidade institucional- ?uando os .r$"os do Poder PDblico se omitem ou retardam- e'cessivamente- o cumprimento de obri$a/0es a ?ue est"o su#eitos por e'pressa determina/"o do pr.prio estatuto constitucional- ainda mais se se tiver presente ?ue o Poder @udiciHrio- tratando&se de comportamentos estatais o(ensivos = Constitui/"o- n"o pode se redu>ir a uma posi/"o de pura passividadeC P Desaf(os %o (alar sobre a Bcrise de (uncionalidadeC vivenciada pelo @udiciHrio- Celso de +ello lembrou a importYncia dos institutos da sDmula vinculante e da repercuss"o $eral e a(irmou ?ue a re(orma da @usti/a uma ?uest"o ?ue Benvolve- de modo solidHrio- a responsabilidade de todos- tanto dos Poderes da 4epDblica ?uanto das institui/0es da sociedade civil e dos pr.prios cidad"osC Ale elo$iou o trabal;o desenvolvido pela ministra Allen ,racie nos Dltimos dois anos = (rente da presid8ncia do OKF e (risou o ?uanto a administra/"o dela adotou medidas para moderni>ar- racionali>ar e a$ili>ar as prHticas processuais na Corte Oobre o novo presidente do Oupremo- ,ilmar +endes- o decano ressaltou as ?ualidades de B$rande #uristaC e Bdoutrinador constitucionalC Ale a(irmou ?ue n"o (altam a +endes Bt<tulos nem compet8ncia e ?uali(ica/"o- para- #untamente com os demais Poderes da 4epDblica- (ormular solu/0es- adotar decis0es e implementar medidas ?ue e(etivamente permitam superar os $rav<ssimos problemas com ?ue se 97 de(ronta- ;o#e- o sistema #udiciHrio nacional- especialmente em rela/"o = ?uest"o da celeridade dos processos #udiciais e da resolu/"o dos lit<$ios em tempo socialmente ade?uadoC Celso de +ello re$istrou- ainda- a importYncia de +endes poder contar com o Bapoio se$uro e competenteC do ministro Ce>ar Peluso- ?ue ;o#e tomou posse na vice&presid8ncia do Oupremo BKen;o certe>a- sen;or presidente- considerados os atributos ?ue real/am a (i$ura do ministro Ce>ar Peluso- de ?ue- ao seu lado- estH um #ui> dotado de elevada ?uali(ica/"o e de irrecusHvel (idelidade = causa da @usti/aC A FIDELIDADE PARTID]RIA ;nfidelidade :artid<ria e =ac>ncia de (andato 2 6 %sseverou&se ?ue o direito reclamado pelos partidos pol<ticos a(etados pela in(idelidade partidHria n"o sur$iria da resposta ?ue o KOA dera = Consulta 1976XDF- mas representaria emana/"o direta da pr.pria Constitui/"o ?ue a esse direito con(eriu realidade e deu suporte le$itimador- notadamente em (ace dos (undamentos e dos princ<pios estruturantes em ?ue se apoia o Astado DemocrHtico de Direito (CF- art 1V- I- II e 2) 4essaltou&se n"o se tratar de imposi/"o- ao parlamentar in(iel- de san/"o de perda de mandato- por mudan/a de partido- a ?ual n"o con(i$uraria ato il<cito- n"o incidindo- por isso- o art QQ da CF- mas de recon;ecimento de ine'ist8ncia de direito sub#etivo aut:nomo ou de e'pectativa de direito aut:nomo = manuten/"o pessoal do car$o- como e(eito sist8mico&normativo da reali>a/"o ;ist.rica da ;ip.tese de des(ilia/"o ou trans(er8ncia in#usti(icada- entendida como ato culposo incompat<vel com a (un/"o representativa do ideHrio pol<tico em cu#o nome o parlamentar (oi eleito %du>iu&se ?ue- em (ace de situa/0es e'cepcionais aptas a le$itimar o voluntHrio desli$amento partidHrio g a mudan/a si$ni(icativa de orienta/"o pro$ramHtica do partido e a comprovada perse$ui/"o pol<tica g- ;aver&se&H de asse$urar- ao parlamentar- o direito de res$uardar a titularidade do mandato le$islativo- e'ercendo- ?uando a iniciativa n"o (or da pr.pria a$remia/"o partidHria- a prerro$ativa de (a>er instaurar- perante o .r$"o competente da @usti/a Aleitoral- procedimento no ?ual- em observYncia ao princ<pio do devido processo le$al (CF- art QV- NI2 e N2)- se#a a ele poss<vel demonstrar a ocorr8ncia dessas #usti(icadoras de sua des(ilia/"o partidHria %(astou&se a ale$a/"o de ?ue o Oupremo estaria usurpando atribui/0es do Con$resso Eacional- por competir a ele- $uardi"o da Constitui/"o- interpretH&la e- de seu te'to- e'trair a mH'ima e(icHcia poss<vel De i$ual modo- re#eitou&se a assertiva de ?ue o prevalecimento da tese consa$rada pelo KOA desconstituiria todos os atos administrativos e le$islativos para cu#a (orma/"o concorreram parlamentares in(iis- tendo em conta a possibilidade da ado/"o da teoria do a$ente estatal de (ato Diante da mudan/a substancial da #urisprud8ncia da Corte acerca do tema- ?ue vin;a sendo no sentido da inaplicabilidade do princ<pio da (idelidade partidHria aos parlamentares empossados- e atento ao princ<pio da se$uran/a #ur<dica- reputou&se necessHrio estabelecer um marco temporal a delimitar o in<cio da e(icHcia do pronunciamento da matria em e'ame Eo ponto- (i'ou&se a data em ?ue o KOA apreciara a Consulta 1976XDF- ou se#a- 2592UU5- ao (undamento de ?ue- a partir desse momento- tornara&se veemente a possibilidade de revis"o #urisprudencial- especialmente por ter intervindo- com votos concorrentes- na?uele procedimento- tr8s +inistros do Oupremo Eo caso concreto- entretanto- veri(icou&se ?ue todos os parlamentares desli$aram&se do partido de ori$em- pelo ?ual se ele$eram- e mi$raram PU para outras a$remia/0es partidHrias- em datas anteriores = aprecia/"o da?uela consulta +O 2JJU2XDF- rel +in Aros ,rau- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU2) +O 2JJU9XDF- rel +in Celso de +ello- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU9) +O 2JJUPXDF- rel +in Carmen NDcia- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJUP) ;nfidelidade :artid<ria e =ac>ncia de (andato ? 1 Os +inistros Aros ,rau- 4icardo Ne[ando[sSi e @oa?uim )arbosa inde(eriram a ordem por (undamentos diversos O +in Aros ,rau considerou ;aver dDvida ra>oHvel a comprometer a li?uide> e certe>a do direito ale$ado pelo impetrante- ;a#a vista ?ue os parlamentares teriam in(ormado ?ue dei'aram os ?uadros do partido por mudan/a do ideHrio da a$remia/"o e de perse$ui/0es pol<ticas internas- cu#a apura/"o demandaria ade?uada instru/"o probat.ria- incab<vel na via eleita %du>iu- ademais- n"o encontrar- na Constitui/"o Federal- tendo em conta o disposto no seu art QQ- seus incisos e __ 2V e 9V- preceito do ?ual se pudesse e'trair a a(irma/"o da compet8ncia do Presidente da CYmara dos Deputados para declarar a vacYncia e convocar os suplentes- sem prvia mani(esta/"o do PlenHrio ou da +esa dessa Casa Ne$islativa- e ap.s o pleno e'erc<cio- pelos parlamentares- de ampla de(esa- aos ?uais- ainda ?ue n"o se aplicassem a?ueles dispositivos- acudiria o previsto no art QV- N2- da CF 4essaltou- ainda- ?ue a Constitui/"o n"o prescreve a perda de mandato ao parlamentar ?ue solicite cancelamento de (ilia/"o partidHria ou- eleito por uma le$enda- trans(ira&se para outra No 0onto4 es")are"eu Wue a Emen#a Const(tu"(ona) *7QL estabe)e"(a o 0r(n"=0(o #a f(#e)(#a#e 0art(#Cr(a4 o Wua) +e(o a ser su0r(m(#o 0e)a Emen#a Const(tu"(ona) /?7H?4 n&o o ten#o a#ota#o a +(gente Const(tu(%&o4 Wue4 no ro) taGat(+o #e "ausas #e 0er#a #e man#ato e)en"a#as no seu art. ??4 n&o (nser(u a #esf()(a%&o 0art(#Cr(a. Con")u(u Wue a "r(a%&o #e 9(02tese #e 0er#a #e man#ato 0ar)amentar 0e)o 3u#("(Cr(o4 fa<en#o as +e<es #e Po#er Const(tu(nte #er(+a#o4 afrontar(a os +a)ores fun#amenta(s #o Esta#o #e D(re(to +O 2JJU2XDF- rel +in Aros ,rau- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU2) +O 2JJU9XDF- rel +in Celso de +ello- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJU9) +O 2JJUPXDF- rel +in Carmen NDcia- 9 e P1U2UU5 (+O&2JJUP) & O (ato de o Oupremo decidir ?ue o pol<tico ?ue mudar de partido em determinado pra>o perderH o mandato- caso de (la$rante ativismo #udicial (n"o previsto no art QQ- da CF) %lm disso- essa postura do Oupremo atropela a re(orma pol<tica ?ue encontra&se em discuss"o no Con$resso Eacional A DE!ARCARSO DA RAPOSA SERRA DO SOL :PET 88HH; O !(n(stro !ene<es D(re(to4 em +oto$+(sta4 #eterm(nou a 0ro"e#On"(a 0ar"(a) #o 0e#(#o #es#e Wue obe#e"(#as #(+ersas T"on#(%'esU4 "r(a#as 0or e)e mesmo. O 0ro"esso fo( 1u)ga#o 0e)a #emar"a%&o "ont=nua4 res0e(ta#as as "on#(%'es. PLEN]RIO P1 Demar"a%&o #e Terras In#=genas: Ra0osa7Serra #o So) *8 Am conclus"o- o Kribunal- por maioria- #ul$ou parcialmente procedente pedido (ormulado em a/"o popular a#ui>ada por Oenador da 4epDblica contra a Mni"o- em ?ue se impu$nava o modelo cont<nuo de demarca/"o da Kerra Ind<$ena 4aposaXOerra do Ool- situada no Astado de 4oraima- e pleiteava a declara/"o de nulidade da Portaria Q9PX2UUQ- do +inistro de Astado da @usti/a- e do Decreto ;omolo$at.rio de 1QP2UUQ- do Presidente da 4epDblica g v In(ormativos Q15 e Q92 Ea sess"o de 1792UU7- o Kribunal- inicialmente- em vota/"o ma#oritHria- re#eitou ?uest"o de ordem suscitada por representante de comunidade ind<$ena assistente- no sentido de renova/"o da oportunidade de sustenta/"o oral das partes- em (ace de novos (atos sur$idos no #ul$amento- consubstanciados nas condi/0es submetidas = aprecia/"o da Corte no voto& vista do +in +ene>es Direito 2encido- no ponto- o +in @oa?uim )arbosa- ?ue acol;ia a ?uest"o de ordem- ao (undamento de ?ue as re(eridas condi/0es inovariam radicalmente em rela/"o ao ?ue proposto na a/"o popular- n"o se tendo debatido sobre elas em nen;um momento no curso do processo Pet 9966X44- rel +in Carlos )ritto- 16 e 1792UU7 (Pet&9966) Demar"a%&o #e Terras In#=genas: Ra0osa7Serra #o So) $ *6 Luanto ao mrito- prevaleceu o voto do +in Carlos )ritto- relator- ?ue assentou a condi/"o ind<$ena da Hrea demarcada como 4aposaXOerra do Ool- em sua totalidade- tendo o Kribunal aprovado- ainda- a partir das e'plicita/0es (eitas pelo +in +ene>es Direito- as se$uintes condi/0es! 1) o usu(ruto das ri?ue>as do solo- dos rios e dos la$os e'istentes nas terras ind<$enas (CF- art 291- _ 2V) pode ser relativi>ado sempre ?ue ;ouver- como disp0e o art 291- _ JV- da CF- relevante interesse pDblico da Mni"o- na (orma de lei complementar; 2) o usu(ruto dos <ndios n"o abran$e o aproveitamento de recursos ;<dricos e potenciais ener$ticos- ?ue dependerH sempre da autori>a/"o do Con$resso Eacional; 9) o usu(ruto dos <ndios n"o abran$e a pes?uisa e lavra das ri?ue>as minerais- ?ue dependerH sempre de autori>a/"o do Con$resso Eacional- asse$urando&se&l;es a participa/"o nos resultados da lavra- na (orma da lei; P) o usu(ruto dos <ndios n"o abran$e a $arimpa$em nem a (aisca/"o- devendo- se (or o caso- ser obtida a permiss"o da lavra $arimpeira; Q) o usu(ruto dos <ndios n"o se sobrep0e ao interesse da Pol<tica de De(esa Eacional; a instala/"o de bases- unidades e postos militares e demais interven/0es militares- a e'pans"o estrat$ica da mal;a viHria- a e'plora/"o de alternativas ener$ticas de cun;o estrat$ico e o res$uardo das ri?ue>as de cun;o estrat$ico- a critrio dos .r$"os competentes (+inistrio da De(esa e Consel;o de De(esa Eacional)- ser"o implementados independentemente de consulta =s comunidades ind<$enas envolvidas ou = FME%I; J) a atua/"o das For/as %rmadas e da Pol<cia Federal na Hrea ind<$ena- no Ymbito de suas atribui/0es- (ica asse$urada e se darH independentemente de consulta =s comunidades ind<$enas envolvidas ou = FME%I; 5) o usu(ruto dos <ndios n"o impede a instala/"o- pela Mni"o Federal- de e?uipamentos pDblicos- redes de comunica/"o- estradas e vias de transporte- alm das constru/0es necessHrias = presta/"o de servi/os pDblicos pela Mni"o- especialmente os de saDde e educa/"o; 6) o usu(ruto dos <ndios na Hrea a(etada por unidades de conserva/"o (ica sob a responsabilidade do Instituto C;ico +endes de Conserva/"o da )iodiversidade; 7) o Instituto C;ico +endes de Conserva/"o da )iodiversidade responderH pela administra/"o da Hrea da unidade de P2 conserva/"o tambm a(etada pela terra ind<$ena com a participa/"o das comunidades ind<$enas- ?ue dever"o ser ouvidas- levando&se em conta os usos- as tradi/0es e os costumes dos ind<$enas- podendo para tanto contar com a consultoria da FME%I; 1U) o trYnsito de visitantes e pes?uisadores n"o&<ndios deve ser admitido na Hrea a(etada = unidade de conserva/"o nos ;orHrios e condi/0es estipulados pelo Instituto C;ico +endes de Conserva/"o da )iodiversidade; 11) devem ser admitidos o in$resso- o trYnsito e a perman8ncia de n"o&<ndios no restante da Hrea da terra ind<$ena- observadas as condi/0es estabelecidas pela FME%I; 12) o in$resso- o trYnsito e a perman8ncia de n"o&<ndios n"o podem ser ob#eto de cobran/a de ?uais?uer tari(as ou ?uantias de ?ual?uer nature>a por parte das comunidades ind<$enas; 19) a cobran/a de tari(as ou ?uantias de ?ual?uer nature>a tambm n"o poderH incidir ou ser e'i$ida em troca da utili>a/"o das estradas- e?uipamentos pDblicos- lin;as de transmiss"o de ener$ia ou de ?uais?uer outros e?uipamentos e instala/0es colocadas a servi/o do pDblico- ten;am sido e'clu<dos e'pressamente da ;omolo$a/"o ou n"o; 1P) as terras ind<$enas n"o poder"o ser ob#eto de arrendamento ou de ?ual?uer ato ou ne$.cio #ur<dico ?ue restrin#a o pleno e'erc<cio do usu(ruto e da posse direta pela comunidade ind<$ena ou pelos <ndios; 1Q) vedada- nas terras ind<$enas- a ?ual?uer pessoa estran;a aos $rupos tribais ou comunidades ind<$enas- a prHtica da ca/a- pesca ou coleta de (rutas- assim como de atividade a$ropecuHria e'trativa; 1J) as terras sob ocupa/"o e posse dos $rupos e das comunidades ind<$enas- o usu(ruto e'clusivo das ri?ue>as naturais e das utilidades e'istentes nas terras ocupadas- observado o disposto nos arti$os P7- 12I- e 291- _ 9V- da Constitui/"o da 4epDblica- bem como a renda ind<$ena- $o>am de plena imunidade tributHria- n"o cabendo a cobran/a de ?uais?uer impostos- ta'as ou contribui/0es sobre uns ou outros; 15) vedada a amplia/"o da terra ind<$ena #H demarcada; 16) os direitos dos <ndios relacionados =s suas terras s"o imprescrit<veis e estas s"o inalienHveis e indispon<veis; 17) asse$urada a participa/"o dos entes (ederados no procedimento administrativo de demarca/"o das terras ind<$enas- encravadas em seus territ.rios- observada a (ase em ?ue se encontrar o procedimento Determinou&se- por (im- a e'ecu/"o imediata do ac.rd"o- independentemente da sua publica/"o- (icando cassada a medida cautelar concedida na a/"o cautelar 2UU7X44- por meio da ?ual se suspendera a desintrus"o dos n"o&<ndios das Hreas demarcadas Deliberou&se- ainda- ?ue a supervis"o da e'ecu/"o caberH ao +in Carlos )ritto- relator- ?ue (arH essa e'ecu/"o em entendimento com o Kribunal 4e$ional Federal da 1 4e$i"o- especialmente o seu Presidente Pet 88HH7RR4 re). !(n. Car)os Kr(tto4 *H e *L.8./55L. :Pet$88HH; Demar"a%&o #e Terras In#=genas: Ra0osa7Serra #o So) $ *? Luanto = condi/"o 15- (i>eram ressalva os +inistros Carlos )ritto- relator- Aros ,rau e Carmen NDcia O relator- no ponto- tendo em conta o marco temporal adotado pela maioria da Corte- admitia a amplia/"o de terras ind<$enas demarcadas antes da Constitui/"o de 1766 Ficaram vencidos os +inistros @oa?uim )arbosa- ?ue #ul$ava o pedido improcedente- e +arco %urlio- ?ue o #ul$ava procedente O +in +arco %urlio- preliminarmente- declarava a nulidade do processo- apontando a aus8ncia de! 1) cita/"o das autoridades ?ue editaram a Portaria Q9PX2UUQ e o Decreto ;omolo$at.rio; 2) cita/"o do Astado de 4oraima e dos +unic<pios de Miramut"- Pacaraima e Eormandia; 9) interven/"o oportuna do +inistrio PDblico na instru/"o da a/"o popular; P) cita/"o de todas as etnias P9 ind<$enas; Q) produ/"o de provas; J) intima/"o dos detentores de t<tulo de propriedade 4elativamente ao mrito- (i'ava os se$uintes parYmetros para uma nova a/"o administrativa demarcat.ria- ao (undamento de ser nula a anterior! 1) audi/"o de todas as comunidades ind<$enas e'istentes na Hrea a ser demarcada; 2) audi/"o de posseiros e titulares de dom<nio consideradas as terras envolvidas; 9) levantamento antropol.$ico e topo$rH(ico para de(inir a posse ind<$ena- tendo&se como termo inicial a data da promul$a/"o da Constitui/"o Federal- dele participando todos os inte$rantes do $rupo interdisciplinar- ?ue deveriam subscrever o laudo a ser con(eccionado; P) em conse?\8ncia da premissa constitucional de se levar em conta a posse ind<$ena- a demarca/"o deveria se (a>er sob tal Yn$ulo- a(astada a abran$8ncia ?ue resultou da primeira- ante a inde(ini/"o das Hreas- ou se#a- a (orma cont<nua adotada- com participa/"o do Astado de 4oraima bem como dos +unic<pios de Miramut"- Pacaraima e Eormandia no processo demarcat.rio; Q) audi/"o do Consel;o de De(esa Eacional ?uanto =s Hreas de (ronteira Pet 9966X44- rel +in Carlos )ritto- 16 e 1792UU7 & Astava em discuss"o se a demarca/"o seria por il;as ou cont<nua Assa uma op/"o totalmente pol<tica Ant"o o OKF decidiu ?uais seriam os re?uisitos para demarca/"o de Hrea ind<$ena- para ?ue o A'ecutivo pudesse proceder Krata&se de mais um caso de ativismo #udicial USO DE AL>E!AS & (IC 717Q2) * O Kribunal basicamente restrin$iu o uso das al$emas a poucas ;ip.teses Adi/"o da ODmula nV 11 & +ais um caso de ativismo #udicial (sDmula vinculante 11) Krata&se de ativismo- pois o OKF proibiu um uso de al$emas- sem con;ecer ade?uadamente a realidade do uso da necessidade de al$emas /,mula Hinculante BB do 234 1 25 l"cito o uso de algemas em caso de resist)ncia e de fundado receio de fuga ou de perigo 6 integridade f"sica pr5pria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, $ustificada a e(cepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da priso ou do ato processual a !ue se refere, sem pre$u"zo da responsabilidade civil do 'stado. $ DIREITO CO!PARADO! a- Caso Dred Scott s! Standford !"#$% & Caso emblemHtico de como o ativismo #udicial pode ser perverso para uma sociedade & Foi #ul$ado em 16Q5- nos AM% & Os AM% se dividiram em estados do norte e do sul- atravs de uma lin;a ima$inHria Firmou&se um compromisso di>endo ?ue poderia ;aver escravid"o somente nas col:nias do sul- nas no norte n"o Dred Ocott era escrava e morava no sul #unto com seus proprietHrios Oeu proprietHrio PP via#ou para o norte e o levou Eo norte- seu proprietHrio morreu Oua esposa n"o se interessou por ser proprietHria Ocott voltou para o sul e come/ou a trabal;ar Ant"o- o irm"o da esposa de seu proprietHrio in$ressou na #usti/a pleiteando os salHrios de Ocott Am Ymbito estadual o #ui> disse ?ue Ocott era livre e assim deveria permanecer (once free, always free) % suprema corte (icou de decidir se Ocott era escravo ou n"o % suprema corte- ent"o- indo alm da ?uest"o posta em #ul$amento- numa postura totalmente ativista- decidiu ?ue n"o s. Ocott permanecia escravo- e din;eiro deveria se entre$ue a Otand(ord- e disse ainda ?ue ?ual?uer tentativa de limitar a escravid"o no pa<s era (la$rantemente inconstitucional- por?ue o(endia do direito de propriedade- em rela/"o = propriedade de escravos por cidad"os norte&americanos Assa (oi a se$unda ve> em ?ue ;ouve a declara/"o de inconstitucionalidade de uma lei nos AM% O primeiro (oi no caso +ar$ue vs +attison- em 16U9 Pior decis"o da suprema corte Assa decis"o (oi problemHtica por?ue levou = $uerra civil Os estados do norte se revoltaram e conse$uiram ele$er um abolicionista (%bra;am Nincoln)- eleito basicamente pelos estados do norte % resposta dos estados do sul (oi a sua sa<da de (edera/"o e (orma/"o de uma con(edera/"o e- em se$uida- a decreta/"o de $uerra contra o restante dos AM% 4esultado- um ter/o da popula/"o (oi di>imada por causa da?uela decis"o #udicial Mma cultura e uma lei n"o podem ser mudadas por uma decis"o #udicial & G preciso muito cuidado com o ativismo #udicial Luem tem ?ue e'i$ir o cumprimento das pol<ticas pDblicas- mediante a devida atividade le$i(erante do Ne$islativo e cumprimento por parte do A'ecutivo- a popula/"o- ?ue ?uem tem le$itimidade para isso- e para isso deveria se mobili>ar b- Caso @nited States s :aradise !&"$% ' (pto de )eguran*a +,blica do -stado do .labama/ 0..1+/ 2uiz implementou cotas raciais, para cada contrata*3o de um branco, deveria entrar um negro/ .II NOR^ES K]SICAS DE DIREITOS FUNDA!ENTAIS I D(re(tos Fun#amenta(s & Ner os te'tos correlatos Q- 6 e 7 O te'to cinco #H (oi dado Ner os te'tos 6 e 7 pre(erencialmente *. Intro#u%&o. A(st2r(a. D(+ers(#a#e #e Correntes sobre os D(re(tos Natura(s *.*. Luestiona&se a le$itimidade do Direito Positivo ?ue imposto aos ;omens PQ Au)a 5L $ 5L75?7/5** & Iistoricamente estH relacionado aos direitos naturais- a?ueles inerentes = condi/"o ;umana & 4elaciona&se =?uilo ?ue eterno- universal- transcendental- imutHvel & % ideia de direitos naturais remonta a mil;ares de anos Oua #usti(icativa #H se modi(icou ao lon$o do tempo O"o vHrias teorias *./. % Es"o)Cst("a de O"o KomHs de %?uino * Os Direitos Eaturais com (undamento reli$ioso * os ;omens (oram criados = ima$em e semel;an/a de Deus- de modo ?ue possuem direitos inerentes = pr.pria nature>a ;umana Kais direitos deveriam subordinar o direito positivo- pois se acreditava ?ue B4ex in5usta non lex estC & Krata&se de (undamento reli$ioso de direitos (undamentais- ?ue prev8 direitos inalienHveis do ;omem *.8. % Ascola C)Css("a de Direitos Eaturais * os DE dei'am de ter conteDdo reli$ioso- passam a ser (undamentados na ra>"o ;umana Keorias Contratualistas * a no/"o de Contrato So"(a) (os ;omens viviam em um Astado de Eature>a at o advento da propriedade privada- ?uando o retorno ao estado inicial se tornou imposs<vel Os ;omens ent"o se reuniram e (i>eram um BContrato OocialC por meio do ?ual se instituiu o Astado para (ins de preservar a liberdade e $arantir a i$ualdade entre os ;omens) O (undamento do Astado seria- ent"o- o Contrato Oocial- e- por isso- direitos como liberdade- propriedade- i$ualdade poderiam ser opostos contra o Astado & Anvolve as teorias contratualistas de (orma/"o do Astado ,eralmente iluministas A'istem vHrias teorias contratualistas & Por essa teoria- o Astado seria criado mediante um contrato social %l$uns dos de(ensores das teorias contratualistas! Rousseau * o ;omem vivia em estado de nature>a * o estado em ?ue os ;omens eram livres- uma vis"o buc.lica do ser ;umano Ale ac;ava ?ue os ;omens viviam de maneira pura- em ;armonia etc Antende ?ue essa vis"o buc.lica do ser ;umano (oi ?uebrado ?uando o primeiro indiv<duo inventou der cercar a sua propriedade- tra>endo o mal para a sociedade Am sua vis"o- o maior mal para a sociedade (oi a cria/"o da propriedade- $erando con(litos- con(us"o etc Antende ?ue ?uando sur$em os con(litos- necessHrio ?ue as pessoas se reDnam e criem um terceiro ente para mediar os con(litos e or$ani>ar a sociedade Isso seria (eito mediante contrato social em ?ue tais pessoais depositariam le$itimidade & % partir da?ui o poder passa a pertencer ao povo- devendo prevalecer a vontade desse povo e os interesses da coletividade Aobbes * em sua vis"o o Astado sur$iu para ?ue os ;omens n"o se matem- procurando evitar a barbHrie e a imposi/"o do mais (raco sobre o mais (orte (evitar o estado de $uerra) Da< a necessidade de um contrato social ?ue tente evitar esse estado de $uerra O ;omem precisa ter o seu estado de nature>a controlado % pro(essora concorda com Iobbes & O contratualismo vai in(luenciar todas as revolu/0es liberais do sculo 12III PJ *.6. In(lu8ncia do Contratualismo na De")ara%&o #e D(re(tos #o Kom Po+o #a .(rg=n(a4 #e *EEQ (O arti$o 1V proclama ?ue todos os ;omens s"o livres por nature>a e possuem direitos inatos ?ue n"o se despo#am- ao passarem a viver em sociedade) e na De")ara%&o #os D(re(tos #o Aomem e #o C(#a#&o #e *EHL (%rti$o 2V! a (inalidade de toda associa/"o pol<tica a conserva/"o dos direitos naturais e imprescrit<veis do ;omem) *.?. Outros documentos ?ue podem ser citados como e'emplos relativos de prote/"o aos Direitos Fundamentais! !agna Carta #e */*? (prote/"o a direitos de nobres) e o K()) of R(g9ts de 1J67 /. Const(tu"(ona)(smo /.*. >era%'es #e D(re(tos Fun#amenta(s: & Io#e o ?ue se entende de direitos (undamentais estH li$ado ao constitucionalismo moderno- mais especi(icamente acerca da necessidade de limitar o poder para asse$urar os direitos (undamentais & %tualmente se (ala mais em Bdimens"oC do ?ue em B$era/"oC +as- na verdade- o termo irrelevante T D(re(tos #e Pr(me(ra >era%&o :CI.IS E POL[TICOS; Obr(ga%&o #e N&o$Fa<er * DI4AIKOO DA NI)A4D%DA & Constitui/"o liberal * ?ue ?ueria de(ender o indiv<duo em (ace d a atua/"o e'cessiva do Astado (Astado absolutista) Niberdade de ir e vir- liberdade de e'press"o etc & %?ui o Astado ad?uire a obri$a/"o de (icar ausente Astado m<nimo Observe&se ?ue atualmente estH&se vivendo uma espcie de retorno do Astado interventor & IH ?ue se ter um cuidado especial com a clHusula $eral de interesse pDblico- sob pena de interven/"o e'a$erada do Astado & % t:nica do estado liberal ?ue este m<nimo e as liberdades individuais s"o maiores T D(re(tos #e Segun#a >era%&o :ECON_!ICOS4 SOCIAIS E CULTURAIS; Obr(ga%&o #e Fa<er * DI4AIKOO DA I,M%ND%DA & %?ui o Astado passa a ter obri$a/"o de (a>er %$ora dese#a&se ?ue o Astado interven;a para tentar resolver as desi$ualdades- da< serem con;ecidos por direitos de i$ualdade %?ui se insere a ideia de Astado social & Procura tratar os desi$uais na medida de suas desi$ualdades & % t:nica do estado social ?ue ele enorme e o indiv<duo pe?ueno & % car$a tributHria alta- a (im de poder sustentar a motiva/"o social do Astado & G o estado tirando de al$uns a (im de o(erecer a todos P5 T D(re(tos #e Ter"e(ra >era%&o :DIREITOS DE TITULARIDADE DIFUSA OU COLETI.A; * DI4AIKOO DA F4%KA4EID%DA & Direitos ao meio ambiente ecolo$icamente e?uilibrado- consumo se$uro e e(ica> etc T D(re(tos #e Fuarta >era%&o Ce)so Lafer4 Pau)o Kona+(#es :DIREITO \ PAZ4 \ AUTODETER!INARSO DOS PO.OS; & Oeria a .tica internacional dos direitos (undamentais & %utodetermina/"o dos povos * ?uer di>er direito de (ormar uma comunidade e lutar por sua independ8ncia Asta Ble$itimariaC at mesmo uma $uerra & +uito pr.prio de pa<ses em ?ue ;H con(litos tnicos- e'! )l$ica (atualmente) NS 114M5 L SO " ST8 OAI;8 NAC0A08 0= S=BI?ACSA ?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 36L46L4FFK Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"47"44"4FFK OO"3F16M =N=C@ !8;"6426F"6K OO"644KK =N=C@A: ?=78?NA AB?A?A " NU!=; ?I?A; S@IA08 C8 OAC@ACA; NA@8"B?8SS=CS= " 0=SAO?8O?AST8"SACST8 (>7, A?@. 425) " O8SSE;0A0= W (...) O8SSE;0A0= GI?_0>A 0= =:O?8O?AST8 0= NU!=S ?I?AS C=;= S@IA08S, OA?A 7CS 0= ?=78?NA AB?A?A. " A C8?NA CS>?@A C8 A?@. 11K, OA?AB?A78 5., 0A >8CS@@IST8 CT8 A@IA, =N @=S=, >8N8 NO=0N=C@8 GI?_0>8 A =7=@!AST8, O=;A ICT8 7=0=?A;, 0= A@!0A0= =:O?8O?A@8?A 0=S@CA0A A O?8N8!=? = A =:=>I@A? O?8G=@8S 0= ?=78?NA AB?A?A CAS A?=AS ?=7=?0AS C=SS= O?=>=@8 >8CS@@I>8CA;, C8@A0AN=C@= C8S NU!=S ?I?AS S@IA08S C8 OAC@ACA; NA@8" B?8SS=CS=. A O?8O?A >8CS@@IST8 0A ?=OIE;>A, A8 NO8? A8 O80=? OIE;>8 8 0=!=? 0= 7A^=? ?=SO=@A? A C@=B?0A0= 08 OA@?NgC8 ANE=C@A;, CT8 8 CE=, QIAC08 C=>=SSA?A A C@=?!=CST8 =S@A@A; CA =S7=?A; 08NCA; O?!A0A, 0= O?8N8!=? A 0=SAO?8O?AST8 0= NU!=S ?I?AS OA?A 7CS 0= ?=78?NA AB?A?A, =SO=>A;N=C@= O8?QI= IN 08S CS@?IN=C@8S 0= ?=A;^AST8 0A 7ICST8 S8>A; 0A O?8O?=0A0= >8CSS@=, O?=>SAN=C@=, CA SIENSSA8 08 08N_C8 A C=>=SS0A0= 0= 8 S=I @@I;A? I@;^A? A0=QIA0AN=C@= 8S ?=>I?S8S CA@I?AS 0SO8C!=S = 0= 7A^=? O?=S=?!A? 8 =QI;E?8 08 N=8 ANE=C@= (>7, A?@. 42M, ), S8E O=CA 0=, =N 0=S>INO?C08 =SS=S =C>A?B8S, =:O8?"S= A 0=SAO?8O?AST8"SACST8 AQI= S= ?=7=?= 8 A?@. 425 0A ;= 7IC0AN=C@A;. A QI=S@T8 08 0?=@8 A8 N=8 ANE=C@= =>8;8B>AN=C@= =QI;E?A08 " 0?=@8 0= @=?>=?A B=?AST8 " O?C>_O8 0A S8;0A?=0A0=. " 8 0?=@8 A C@=B?0A0= 08 N=8 ANE=C@= " @O>8 0?=@8 0= @=?>=?A B=?AST8 " >8CS@@I O?=??8BA@!A GI?_0>A 0= @@I;A?0A0= >8;=@!A, ?=7;=@C08, 0=C@?8 08 O?8>=SS8 0= A7?NAST8 08S 0?=@8S [INAC8S, A =:O?=SSA8 SBC7>A@!A 0= IN O80=? A@?EI08, CT8 A8 C0!0I8 P6 0=C@7>A08 =N SIA SCBI;A?0A0=, NAS, CIN S=C@08 !=?0A0=?AN=C@= NAS AE?ACB=C@=, A O?8O?A >8;=@!0A0= S8>A;. =CQIAC@8 8S 0?=@8S 0= O?N=?A B=?AST8 (0?=@8S >!S = O8;@>8S) " QI= >8NO?==C0=N AS ;E=?0A0=S >;ASS>AS, C=BA@!AS 8I 78?NAS " ?=A;>AN 8 O?C>_O8 0A ;E=?0A0= = 8S 0?=@8S 0= S=BIC0A B=?AST8 (0?=@8S =>8C8N>8S, S8>AS = >I;@I?AS) " QI= S= 0=C@7>A >8N AS ;E=?0A0=S O8S@!AS, ?=AS 8I >8C>?=@AS " A>=C@IAN 8 O?C>_O8 0A BIA;0A0=, 8S 0?=@8S 0= @=?>=?A B=?AST8, QI= NA@=?A;^AN O80=?=S 0= @@I;A?0A0= >8;=@!A A@?EI08S B=C=?>AN=C@= A @80AS AS 78?NAS]=S S8>AS, >8CSAB?AN 8 O?C>_O8 0A S8;0A?=0A0= = >8CS@@I=N IN N8N=C@8 NO8?@AC@= C8 O?8>=SS8 0= 0=S=C!8;!N=C@8, =:OACSA8 = ?=>8C[=>N=C@8 08S 0?=@8S [INAC8S, >A?A>@=?^A08S, =CQIAC@8 !A;8?=S 7IC0AN=C@AS C0SO8C!=S, O=;A C8@A 0= INA =SS=C>A; C=:AI?E;0A0=. >8CS0=?AS]=S 08I@?CA?AS. & O OKF adota essa classi(ica/"o 8. Cara"ter=st("as & A'istem vHrias caracter<sticas Oer"o abordadas as principais 8.*. D(re(tos un(+ersa(s e abso)utos & %s limita/0es normativas e as limita/0es con(ormadoras dos Direitos Fundamentais & BuniversaisC * no sentido de ?ue pertencem a todos & % pro(essora pre(ere a Keoria do direito natural de conteDdo variHvel! %pesar da ideia de ser inerente = condi/"o ;umana- a (orma de e'ercer (conteDdo) esses direitos serH di(erente dependendo do povo- ou do pa<s Portanto- o princ<pio ou direito (undamental n"o seria universal em rela/"o a seu conteDdo- mas ?ue seria relativi>ado Am se tratando de princ<pios e direitos (undamentais necessHrio conte'tuali>ar Ou se#a- depende do povo- ou do pa<s onde se aplica ()arroso de(ende essas ideias) & Kais direitos tambm n"o s"o necessariamente absolutos- pois todos os direitos podem ser relativi>ados- mesmo o direito = vida 8./. A(stor("(#a#e & G a ideia de ?ue os direitos (undamentais t8m ?ue ser ;istoricamente conte'tuali>ados (conte'to social- cronol.$ico etc) & Kra> a ideia tambm de ?ue os direitos (undamentais v8m evoluindo ao lon$o dos tempos 8.8. Ina)(enab()(#a#e e (n#(s0on(b()(#a#e P7 & % pessoa n"o pode renunciar a todos os direitos (undamentais Pode (a>er uma renDncia relativa ou momentYnea dependendo da situa/"o em ?ue se estH no momento Portanto- renDncias pontuais s"o permitidas & % ideia de indispon<vel tambm depende de cada comunidade & Ideia de di$nidade da pessoa ;umana * venda de partes do corpo- por e'emplo & Constitui/"o Federal * Art. 4FF. A assist+ncia sa)de livre iniciativa 'rivada. (...) P 5 " A lei dis'or# sobre as condi9es e os requisitos que %acilitem a remoo de -r*os, tecidos e subst<ncias humanas 'ara %ins de trans'lante, 'esquisa e tratamento, bem como a coleta, 'rocessamento e trans%uso de san*ue e seus derivados, sendo vedado todo ti'o de comerciali(ao. AD8 FIB! ; E/ 5 E/0K38T+ /ANT+ A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE 3elator@aA) Min. E3+/ 43A= 2ul$amento) BI;D!;!DD9 Er$o 2ul$ador) Tribunal 0leno EMENTA) A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE. <E8 N. :.:F:;!DDG, D+ E/TAD+ D+ E/0K38T+ /ANT+. 4A3ANT8A DE ME8A ENT3ADA A+/ D+AD+3E/ 3E4=<A3E/ DE /AN4=E. A6E//+ A <+6A8/ 0LM<86+/ DE 6=<T=3A E/0+3TE E <ANE3. 6+M0ETON68A 6+N6+33ENTE ENT3E A =N8?+, E/TAD+/5MEMM3+/ E + D8/T38T+ 7EDE3A< 0A3A <E48/<A3 /+M3E D83E8T+ E6+NPM86+. 6+NT3+<E DA/ D+A>QE/ DE /AN4=E E 6+M03+HANTE DA 3E4=<A38DADE. /E63ETA38A DE E/TAD+ DA /ALDE. 6+N/T8T=68+NA<8DADE. <8H3E 8N868AT8HA E +3DEM E6+NPM86A. ME36AD+. 8NTE3HEN>?+ D+ E/TAD+ NA E6+N+M8A. A3T84+/ BR, FR, B:D E BCC, S GR DA 6+N/T8T=8>?+ D+ M3A/8<. B. T certo que a ordem econUmica na 6onstituio de B.CVV de"ine opo por um sistema no qual (o$a um papel primordial a livre iniciativa. Essa circunst.ncia no le$itima, no entanto, a assertiva de que o Estado s1 intervir na economia em situaWes e%cepcionais. Muito ao contrrio. !. Mais do que simples instrumento de $overno, a nossa 6onstituio enuncia diretrizes, pro$ramas e "ins a serem realizados pelo Estado e pela sociedade. 0ostula um plano de ao $lobal normativo para o Estado e para a sociedade, in"ormado pelos preceitos veiculados pelos seus arti$os BR, FR e B:D. F. A livre iniciativa - e%presso de liberdade titulada no apenas pela empresa, mas tamb-m pelo trabal'o. 0or isso a 6onstituio, ao contempl5la, co$ita tamb-m da Xiniciativa do EstadoX* no a privile$ia, portanto, como bem pertinente apenas & empresa. G. A 6onstituio do Mrasil em seu arti$o BCC, S GR, veda todo tipo de comercializao de san$ue, entretanto estabelece que a lei in"raconstitucional dispor sobre as condiWes e requisitos que "acilitem a coleta de san$ue. I. + ato normativo estadual no determina recompensa "inanceira & doao ou estimula a comercializao de san$ue. 9. Na composio entre o princpio da livre iniciativa e o direito & vida ' de ser preservado o interesse da coletividade, interesse p,blico primrio. :. Ao direta de inconstitucionalidade (ul$ada improcedente. QU & %?ui o OKF entendeu ?ue n"o era comerciali>a/"o de san$ue- mas apenas um incentivo 8.6. .(n"u)a%&o #os Po#eres P@b)("os T As0e"to 0o)Om("o! a proibi/"o do retrocesso (A(eito Cli?uet) Cr<tica a essa teoria O en$essamento constitucional % Keoria da 4eserva do Poss<vel a) % tese ainda n"o convenceu totalmente o OKF * ver %c.rd"os da %DI 91UP e 4A P1J625; b) +as #H c;e$ou a ser utili>ado como (undamento de votos * ver 4A 97626P e +O 2P65Q & Os direitos (undamentais vinculam os poderes pDblicos e tambm a determinadas atua/0es e direitos de particulares & A(eito Cli?uet G poss<vel retirar direitos (undamentais #H con?uistados (retrocesso)] Assa teoria do retrocesso sur$iu em rela/"o a direitos coletivos- na %leman;a O. se aplica a direitos sociais % supress"o de direitos (undamentais n"o totalmente proibida (ver art 15- %DCK CF) E"o adotada no )rasil % proibi/"o de retrocesso se aplica a direitos sociais con?uistados 8.?. A0)("ab()(#a#e (me#(ata (%rti$o QV- _1V! %s normas de(inidoras dos direitos e $arantias (undamentais t8m aplica/"o imediataC) & 2Hrios direitos ainda n"o t8m aplica/"o imediata por?ue depende de lei ?ue ainda n"o (oi criada 8.Q. Const(tu"(ona)(<a%&o * ImportYncia relativa! o parH$ra(o 2V do arti$o QV! TOs #(re(tos e garant(as eG0ressos nesta Const(tu(%&o n&o eG")uem outros #e"orrentes #o reg(me e #os 0r(n"=0(os 0or e)a a#ota#os4 ou #os trata#os (nterna"(ona(s em Wue a Re0@b)("a Fe#erat(+a #o Kras() se1a 0arteU % di(erencia/"o entre Direitos Fundamentais e Direitos Iumanos criada pelo Oupremo Kribunal Federal * a ?uest"o da ;ierar?uia dos Kratados % inser/"o do parH$ra(o terceiro no %rti$o QV pela AC nV PQX2UUP! Art. K, P3, >7: +s tratados e convenWes internacionais sobre direitos 'umanos que "orem aprovados, em cada 6asa do 6on$resso Nacional, em dois turnos, por trYs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes &s emendas constitucionais. Q1 Au)a *5 $ *575?7/5** & Asse parH$ra(o terceiro um avan/o ou um retrocesso- na opini"o do OKF] Lual a vis"o atual do OKF sobre tratados anteriores = emenda constitucional PQ] & Oer"o considerados constitucionais os direitos inseridos na constitui/"o A ser"o considerados direitos ;umanos- os direitos (undamentais de Ymbito internacional- previstos em tratados etc & %ntes da emenda PQ ;avia uma dDvida ?uanto = posi/"o dos tratados internacionais no ordenamento #ur<dico nacional Ea vis"o de ,alindo (inte$rante dos internacionalistas) antes da emenda os tratados eram incorporados como norma constitucional O OKF- contudo- mesmo depois da emenda PQ- sempre entendeu- con(orme posicionamento descrito abai'o- ?ue os tratados deviam ser incorporados ao ordenamento como lei ordinHria 2er art QV- N12II- CF % (inalidade da pris"o civil do depositHrio in(iel (or/ar o devedor a e(etuar o pa$amento Krata&se de norma constitucional ori$inHria- ?ue impass<vel de declara/"o de inconstitucionalidade- nos termos do art JU- _ PV- CF % ?uest"o do depositHrio in(iel (oi ainda mais complicada pois ;avia um decreto ?ue re$ulamentava a pris"o civil (Decreto&Nei 711XJ7) Krata&se de norma especial ?ue deve prevalecer sobre norma $eral O OKF entendeu ?ue a aliena/"o (iduciHria em $arantia era uma espcie de contrato de dep.sito A' compra de um carro (inanciado * a?ui o ve<culo (ica no nome do banco- e o consumidor um mero depositHrio do bem en?uanto pa$a por ele O outro tipo de contrato de dep.sito do depositHrio propriamente dito (cu#o depositHrio inadimplente con;ecido por BdepositHrio in(ielC) % assinatura e incorpora/"o do Pacto Oan @os de Costa 4ica ao ordenamento #ur<dico brasileiro n"o impede a pris"o civil do depositHrio in(iel- em ?ual?uer dos casos acima & Oemel;ante situa/"o ocorreu com a conven/"o 1Q6 da OIK & %tualmente- a posi/"o do OKF acerca dos tratados anteriores = emenda PQ- independentemente da matria- de suprale$alidade- con(orme voto do +in ,ilmar +endes- acompan;ado pela maioria da Corte Ouprema Frise&se ?ue at a?ui n"o se (ala na emenda PQ & % pris"o civil de depositHrio in(iel n"o tem nen;uma rela/"o com a emenda PQ- pois o tratado do Pacto Oan @os de Costa 4ica da dcada de JU e incorporado ao ordenamento #ur<dico pHtrio da dcada de 7U- portanto anterior = emenda PQ & Per$unta&se- como pode uma norma suprale$al (o tratado recepcionado) revo$ar uma norma constitucional] A ainda por cima ori$inHria] G ?ue o tratado- tido como suprale$al- revo$ou o decreto 711XJ7- por ser ;ierar?uicamente superior a este Oem a vi$8ncia do decreto ?ue re$ulamentava a pris"o civil- o dispositivo constitucional do art QV- N12II- perdeu a sua e(icHcia Aste somente poderH voltar a ter e(icHcia se essa matria (or re$ulamentada por emenda constitucional & % vis"o de ,eor$e ,alindo- acerca da posi/"o dos tratados- em (ace do _ 9V- art QV de ?ue si$ni(icou um retrocesso- pois relativi>ou a interpreta/"o ?ue poderia ter sido concedida ao _2V do art QV- com base no _1V do mesmo arti$o- no sentido de ?ue as normas de(inidoras dos direitos e $arantias (undamentais t8m (teriam) aplica/"o imediata Pos(%&o #o STF antes #a EC 6?7/556: Q2 A 038/?+ 68H8< D+ DE0+/8TZ38+ 8N78E<) X=sta >orte, 'or seu Olen#rio ([> 71.434), %irmou o entendimento de que, em %ace da >arta Na*na de 4F22, 'ersiste a constitucionalidade da 'riso civil do de'osit#rio in%iel em se tratando de alienao %iduci#ria, bem como de que o 0acto de /o 2os- da 6osta 3ica, al-m de no poder contrapor5 se & permisso do arti$o IR, <[H88, da mesma 6onstituio, no derro$ou, por ser norma in"raconstitucional $eral, as normas in"raconstitucionais especiais sobre priso civil do depositrio in"iel. =sse entendimento voltou a ser rea%irmado recentemente, em 17L6KLF2, tambm 'or deciso do Olen#rio, quando do ,ul*amento do ?= 16M.521. 0essa orientao diver*iu o ac-rdo recorrido. nconstitucionalidade da inter'retao dada ao arti*o 7, item 7, do Oacto de So Gos da >osta ?ica no sentido de derro*ar o 0ecreto";ei F44LMF no tocante admissibilidade da 'riso civil 'or in%idelidade do de'osit#rio em alienao %iduci#ria em *arantia.Y (?= 1K3.674, ?el. Nin. Noreira Alves, 0G 1FL6ML64). Co mesmo sentido: ?= 1K6.241, 0G 64L61L61. [> 7K.F77, 0G 63L63L66. [> 7K.M27, 0G 16L65L64. [> 73.655, 0G 16L6FLFM). !UDANRA DE ENTENDI!ENTO DO STF: PRE.AL`NCIA DA POSIRSO DA SUPRALE>ALIDADE DOS TRATADOS :POSIRSO DO !IN. >IL!AR !ENDES;: Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? * O Kribunal iniciou #ul$amento de recurso e'traordinHrio no ?ual se discute a constitucionalidade da pris"o civil nos casos de aliena/"o (iduciHria em $arantia (DN 711XJ7! B%rt PV Oe o bem alienado (iduciariamente n"o (or encontrado ou n"o se ac;ar na posse do devedor- o credor poderH re?uerer a convers"o do pedido de busca e apreens"o- nos mesmos autos- em a/"o de dep.sito- na (orma prevista no Cap<tulo II- do K<tulo I- do Nivro I2- do C.di$o de Processo CivilC) O +in Ce>ar Peluso- relator- ne$ou provimento ao recurso- por entender ?ue o art PV do DN 711XJ7 n"o pode ser aplicado em todo o seu alcance- por inconstitucionalidade mani(esta %(irmou- inicialmente- ?ue entre os contratos de dep.sito e de aliena/"o (iduciHria em $arantia n"o ;H a(inidade- cone'"o te.rica entre dois modelos #ur<dicos- ?ue permita sua e?uipara/"o %sseverou- tambm- n"o ser cab<vel interpreta/"o e'tensiva = norma do art 1Q9- _ 15- da AC 1XJ7 g ?ue e'clui da veda/"o da pris"o civil por d<vida os casos de depositHrio in(iel e do responsHvel por inadimplemento de obri$a/"o alimentar g nem analo$ia- sob pena de se ani?uilar o direito de liberdade ?ue se ordena prote$er sob o comando e'cepcional 4essaltou ?ue- = lei- s. poss<vel e?uiparar pessoas ao depositHrio com o (im de l;es autori>ar a pris"o civil como meio de compeli& las ao adimplemento de obri$a/"o- ?uando n"o se de(orme nem deturpe- na situa/"o e?uiparada- o ar?utipo do dep.sito convencional- em ?ue o su#eito contrai obri$a/"o de custodiar e devolver 4A PJJ9P9XOP- rel +in Ce>ar Peluso Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? B Am se$uida- o +in ,ilmar +endes acompan;ou o voto do relator- acrescentando aos seus (undamentos ?ue os tratados internacionais de direitos ;umanos subscritos pelo )rasil possuem status normativo suprale$al- o ?ue torna inaplicHvel a le$isla/"o in(raconstitucional com eles Q9 con(litantes- se#a ela anterior ou posterior ao ato de rati(ica/"o e ?ue- desde a rati(ica/"o- pelo )rasil- sem ?ual?uer reserva- do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Pol<ticos (art 11) e da Conven/"o %mericana sobre Direitos Iumanos & Pacto de Oan @os da Costa 4ica (art 5V- 5)- n"o ;H mais base le$al para a pris"o civil do depositHrio in(iel %du>iu- ainda- ?ue a pris"o civil do devedor&(iduciante viola o princ<pio da proporcionalidade- por?ue o ordenamento #ur<dico prev8 outros meios processuais&e'ecut.rios postos = disposi/"o do credor&(iduciHrio para a $arantia do crdito- bem como em ra>"o de o DN 711XJ7- na lin;a do ?ue #H considerado pelo relator- ter institu<do uma (ic/"o #ur<dica ao e?uiparar o devedor&(iduciante ao depositHrio- em o(ensa ao princ<pio da reserva le$al proporcional A02s os +otos #os !(n(stros Carmen L@"(a4 R("ar#o LeJan#oJsM(4 3oaWu(m Karbosa4 Car)os Kr(tto e !ar"o Aur,)(o4 Wue tamb,m a"om0an9a+am o +oto #o re)ator4 0e#(u +(sta #os autos o !(n. Ce)so #e !e))o. 4A PJJ9P9XOP- rel +in Ce>ar Peluso- 22112UUJ (4A&PJJ9P9) Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? 1 O Kribunal retomou #ul$amento de recurso e'traordinHrio no ?ual se discute a constitucionalidade da pris"o civil do depositHrio in(iel nos casos de aliena/"o (iduciHria em $arantia (DN 711XJ7! B.rt/ 67 )e o bem alienado fiduciariamente n3o for encontrado ou n3o se achar na posse do devedor, o credor poder8 re9uerer a convers3o do pedido de busca e apreens3o, nos mesmos autos, em a*3o de dep:sito, na forma prevista no 1ap;tulo <<, do T;tulo <, do 4ivro <=, do 1:digo de +rocesso 1ivil/C) g v In(ormativos PP7 e PQU O +in Celso de +ello- em voto&vista- acompan;ou o voto do relator- no sentido de ne$ar provimento ao recurso- ao (undamento de ?ue a norma impu$nada n"o (oi recebida pelo vi$ente ordenamento constitucional Oalientou- inicialmente- ?ue- em (ace da relevYncia do assunto debatido- seria mister a anHlise do processo de crescente internacionali>a/"o dos direitos ;umanos e das rela/0es entre o direito nacional e o direito internacional dos direitos ;umanos- sobretudo diante do disposto no _ 9V do art QV da CF- introdu>ido pela AC PQX2UUP %sseverou ?ue a veda/"o da pris"o civil por d<vida possui e'tra/"o constitucional e ?ue- nos termos do art QV- N12II- da CF- abriu&se- ao le$islador comum- a possibilidade- em duas ;ip.teses- de restrin$ir o alcance dessa veda/"o- ?uais se#am! inadimplemento de obri$a/"o alimentar e in(idelidade depositHria 4A PJJ9P9XOP- rel +in Ce>ar Peluso- 1292UU6 (4A&PJJ9P9) Alienao Aiduci<ria e De'osit<rio ;nfiel ? 0 O +in Celso de +ello- entretanto- tambm considerou- na lin;a do ?ue e'posto no voto do +in ,ilmar +endes- ?ue- desde a rati(ica/"o- pelo )rasil- do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Pol<ticos (art 11) e da Conven/"o %mericana sobre Direitos Iumanos & Pacto de Oan @os da Costa 4ica (art 5V- 5)- n"o ;averia mais base le$al para a pris"o civil do depositHrio in(iel Contra0on#o$se4 0or outro )a#o4 ao !(n. >()mar !en#es no Wue res0e(ta D atr(bu(%&o #e status su0ra)ega) aos trata#os (nterna"(ona(s #e #(re(tos 9umanos subs"r(tos 0e)o Kras()4 af(rmou terem estes 9(erarWu(a "onst(tu"(ona). No 0onto4 #esta"ou a eG(stOn"(a #e trOs #(st(ntas s(tua%'es re)at(+as a esses trata#os: QP *; os trata#os "e)ebra#os 0e)o Kras() :ou aos Wua(s e)e a#er(u;4 e regu)armente (n"or0ora#os D or#em (nterna4 em momento anter(or ao #a 0romu)ga%&o #a CF7HH4 re+est(r$se$(am #e =n#o)e "onst(tu"(ona)4 9a1a +(sta Wue forma)mente re"eb(#os nessa "on#(%&o 0e)o a /X #o art. ?X #a CFN /; os Wue +(erem a ser "e)ebra#os 0or nosso Pa=s :ou aos Wua(s e)e +en9a a a#er(r; em #ata 0oster(or D #a 0romu)ga%&o #a EC 6?7/5564 0ara terem nature<a "onst(tu"(ona)4 #e+er&o obser+ar o (ter 0ro"e#(menta) #o a 8X #o art. ?X #a CFN 8; aWue)es "e)ebra#os 0e)o Kras() :ou aos Wua(s nosso Pa=s a#er(u; entre a 0romu)ga%&o #a CF7HH e a su0er+en(On"(a #a EC 6?7/5564 assum(r(am "arCter mater(a)mente "onst(tu"(ona)4 0orWue essa 9(erarWu(a 1ur=#("a ter(a s(#o transm(t(#a 0or efe(to #e sua (n")us&o no b)o"o #e "onst(tu"(ona)(#a#e 4A PJJ9P9XOP- rel +in Ce>ar Peluso- 1292UU6 (4A&PJJ9P9) A FUESTSO DO DUPLO >RAU DE 3URISDIRSO CO!O >ARANTIA FUNDA!ENTAL 3\6 :C:VI ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ 3E6=3/+ EM \AMEA/ 6+30=/ 3elator@aA) Min. /E0L<HEDA 0E3TEN6E 2ul$amento) !C;DF;!DDD Er$o 2ul$ador) Tribunal 0leno 0ublicao) D2 DATA5!!5BB5!DD! 005DDDI: EMENT H+<5D!DC!5D! 005DD!VD 3T2 H+<5DDBVF5DF 005DBDBD EMENTA) 8. Duplo $rau de (urisdio no Direito brasileiro, & luz da 6onstituio e da 6onveno Americana de Direitos \umanos. B. 0ara corresponder & e"iccia instrumental que l'e costuma ser atribudo, o duplo $rau de (urisdio ' de ser concebido, & moda clssica, com seus dois caracteres espec"icos) a possibilidade de um ree%ame inte$ral da sentena de primeiro $rau e que esse ree%ame se(a con"iado & 1r$o diverso do que a pro"eriu e de 'ierarquia superior na ordem (udiciria. !. 6om esse sentido pr1prio 5 sem concessWes que o desnaturem 5 no - possvel, sob as sucessivas 6onstituiWes da 3ep,blica, eri$ir o duplo $rau em princpio a $arantia constitucional, tantas so as previsWes, na pr1pria <ei 7undamental, do (ul$amento de ,nica inst.ncia ordinria, ( na rea cvel, (, particularmente, na rea penal. F. A situao no se alterou, com a incorporao ao Direito brasileiro da 6onveno Americana de Direitos \umanos @0acto de /o 2os-A, na qual, e"etivamente, o art. VR, !, ', consa$rou, como $arantia, ao menos na es"era processual penal, o duplo $rau de (urisdio, em sua acepo mais pr1pria) o direito de Xtoda pessoa acusada de delitoX, durante o processo, Xde recorrer da sentena para (uiz ou tribunal superiorX. G. 0revalYncia da 6onstituio, no Direito brasileiro, sobre quaisquer convenWes internacionais, includas as de proteo aos direitos 'umanos, que impede, no caso, a pretendida aplicao da norma do 0acto de /o 2os-) motivao. 88. A 6onstituio do Mrasil e as convenWes internacionais de proteo aos direitos 'umanos) prevalYncia da 6onstituio que a"asta a aplicabilidade das clusulas convencionais antinUmicas. B. ]uando a questo 5 no est$io ainda QQ primitivo de centralizao e e"etividade da ordem (urdica internacional 5 - de ser resolvida sob a perspectiva do (uiz nacional 5 que, 1r$o do Estado, deriva da 6onstituio sua pr1pria autoridade (urisdicional 5 no pode ele buscar, seno nessa 6onstituio mesma, o crit-rio da soluo de eventuais antinomias entre normas internas e normas internacionais* o que - bastante a "irmar a supremacia sobre as ,ltimas da 6onstituio, ainda quando esta eventualmente atribua aos tratados a prevalYncia no con"lito) mesmo nessa 'ip1tese, a primazia derivar da 6onstituio e no de uma apriorstica "ora intrnseca da conveno internacional. !. Assim como no o a"irma em relao &s leis, a 6onstituio no precisou dizer5se sobreposta aos tratados) a 'ierarquia est nsita em preceitos inequvocos seus, como os que submetem a aprovao e a promul$ao das convenWes ao processo le$islativo ditado pela 6onstituio e menos e%i$ente que o das emendas a ela e aquele que, em conseq^Yncia, e%plicitamente admite o controle da constitucionalidade dos tratados @67, art. BD!, 888, bA. F. Alin'ar5se ao consenso em torno da estatura in"raconstitucional, na ordem positiva brasileira, dos tratados a ela incorporados, no implica assumir compromisso de lo$o com o entendimento 5 ma(oritrio em recente deciso do /T7 @AD8nM6 B.GVDA 5 que, mesmo em relao &s convenWes internacionais de proteo de direitos "undamentais, preserva a (urisprudYncia que a todos equipara 'ierarquicamente &s leis ordinrias. G. Em relao ao ordenamento ptrio, de qualquer sorte, para dar a e"iccia pretendida & clusula do 0acto de /o 2os-, de $arantia do duplo $rau de (urisdio, no bastaria sequer l'e conceder o poder de aditar a 6onstituio, acrescentando5l'e limitao oponvel & lei como - a tendYncia do relator) mais que isso, seria necessrio emprestar & norma convencional "ora ab5ro$ante da 6onstituio mesma, quando no dinamitadoras do seu sistema, o que no - de admitir. 888. 6ompetYncia ori$inria dos Tribunais e duplo $rau de (urisdio. B. Toda vez que a 6onstituio prescreveu para determinada causa a competYncia ori$inria de um Tribunal, de duas uma) ou tamb-m previu recurso ordinrio de sua deciso @67, arts. BD!, 88, a* BDI, 88, a e b* B!B, S GR, 888, 8H e HA ou, no o tendo estabelecido, - que o proibiu. !. Em tais 'ip1teses, o recurso ordinrio contra decisWes de Tribunal, que ela mesma no criou, a 6onstituio no admite que o institua o direito in"raconstitucional, se(a lei ordinria se(a conveno internacional) - que, a"ora os casos da 2ustia do Trabal'o 5 que no esto em causa 5 e da 2ustia Militar 5 na qual o /TM no se superpWe a outros Tribunais 5, assim como as do /upremo Tribunal, com relao a todos os demais Tribunais e 2uzos do 0as, tamb-m as competYncias recursais dos outros Tribunais /uperiores 5 o /T2 e o T/E 5 esto enumeradas ta%ativamente na 6onstituio, e s1 a emenda constitucional poderia ampliar. F ._ "alta de 1r$os (urisdicionais ad qua, no sistema constitucional, indispensveis a viabilizar a aplicao do princpio do duplo $rau de (urisdio aos processos de competYncia ori$inria dos Tribunais, se$ue5se a incompatibilidade com a 6onstituio da aplicao no caso da norma internacional de outor$a da $arantia invocada. & O OKF tem receio de conceder status de norma constitucional aos tratados internacionais pelos se$uintes motivos- con(orme #ul$ado acima! & O duplo $rau de #urisdi/"o n"o direito (undamental- pois o devido processo le$al n"o respalda- necessariamente- o duplo $rau de #urisdi/"o Isso por?ue ;H situa/0es- por e'emplo- em ?ue a compet8ncia ori$inHria QJ para #ul$amento do OKF- n"o ;avendo instYncia superior a recorrer- portanto- n"o ;avendo duplo $rau de #urisdi/"o A FUESTSO DA CON.ENRSO *?H DA OIT Not="(as STF Luarta&(eira- U9 de @un;o de 2UU7 A#(a#a #e"(s&o sobre ret(ra#a un()atera) #o Kras() #a Con+en%&o *?H #a OIT O #ul$amento sobre denDncia da Conven/"o 1Q6 da Or$ani>a/"o Internacional do Krabal;o (OIK)- ?ue prote$e o trabal;ador contra a demiss"o arbitrHria- teve sua conclus"o adiada mais uma ve> % ministra Allen ,racie pediu vista da %/"o Direta de Inconstitucionalidade (%DI) 1J2Q a#ui>ada pela Con(edera/"o Eacional dos Krabal;adores na %$ricultura (Conta$) e pela Central bnica dos Krabal;adores (CMK) %s entidades contestam o Decreto (ederal 21UUX7J do ent"o presidente da 4epDblica- Fernando Ienri?ue Cardoso- no ?ual in(orma a retirada do )rasil do acordo internacional relativo ao trmino da rela/"o de trabal;o por iniciativa do empre$ador %le$am as entidades ?ue um ato unilateral do presidente da 4epDblica relativo a tratado internacional (ere o arti$o P7- I- da Constitui/"o Federal- ?ue trata das compet8ncias do Con$resso Eacional .oto .(sta O #ul$amento de ;o#e come/ou com a apresenta/"o do voto vista do ministro @oa?uim )arbosa ?ue abriu uma nova vertente no #ul$amento do caso O ministro se pronunciou no sentido de #ul$ar totalmente procedente a a/"o da CMK e da Conta$ para declarar inconstitucional o decreto presidencial ?ue e'cluiu a aplicabilidade no )rasil da Conven/"o 1Q6 da OIK Ea avalia/"o de @oa?uim )arbosa- da mesma (orma ?ue um acordo internacional para vi$orar no )rasil precisa ser assinado pelo presidente da 4epDblica e submetido = rati(ica/"o do Con$resso Eacional- a e'tin/"o desse tratado deve passar pelo mesmo processo Caso contrHrio- disse o ministro- ;H viola/"o h(ormali do te'to constitucional- uma ve> ?ue o processo le$islativo n"o (oi respeitado @oa?uim )arbosa- a(irmou ?ue na Constitui/"o brasileira n"o ;H norma sobre jdenDncia de tratadok- mas observou ?ue um acordo internacional tem (or/a de lei e ?ue no )rasil nen;um ato com (or/a de lei vi$ora sem a anu8ncia do Parlamento O ministro citou como e'emplo as medidas provis.rias ?ue s"o editadas pelo poder A'ecutivo- mas dependem de aprecia/"o do Ne$islativo Par"(a) 0ro"e#On"(a O relator da matria- ministro +aur<cio Corr8a (aposentado) e o ministro Carlos %Zres )ritto- inicialmente votaram pela proced8ncia parcial da a/"o movida pela Conta$ e Cut O #ul$amento come/ou em outubro de 2UU9 e nele os ministros de(enderam ?ue- assim como o Con$resso Eacional rati(ica os tratados internacionais- tambm tem o poder de decidir sobre a e'tin/"o deste tratado- por meio de decreto le$islativo Q5 %ssim- ambos os ministros ;aviam decidido ?ue o decreto presidencial em ?uest"o deve ter interpreta/"o con(orme o arti$o P7- inciso I da Constitui/"o Federal- de (orma a condicionar a denDncia da Conven/"o 1Q6 da OIK ao re(erendo do Con$resso Eacional Im0ro"e#On"(a @H em #ul$amento reali>ado em mar/o de 2UUJ- o ministro Eelson @obim (aposentado) votou pela total improced8ncia da a/"o e a manuten/"o do decreto presidencial ?ue denunciou a conven/"o 1Q6 da OIK Ea avalia/"o de @obim- a denDncia de tratado internacional (eita unilateralmente pelo presidente da 4epDblica ?ue o .r$"o ?ue representa o pa<s na a/"o e independe da aprecia/"o do Con$resso Eacional Den@n"(a Luando um tratado internacional (irmado- como no caso da Conven/"o 1Q6 da OIK- os pa<ses si$natHrios t8m um pra>o para rati(icar o acordo e tambm para contestH&lo %o apresentar uma denDncia- o pa<s denunciante in(orma e torna pDblico ?ue a partir de uma determinada data a?uele tratado dei'arH de vi$orar internamente- ou se#a- ?ue ;ouve rompimento do tratado Eo decreto contestado- o ent"o presidente da 4epDblica- Fernando Ienri?ue Cardoso- in(orma ?ue a partir de 2U de novembro de 1775 a Conven/"o 1Q6 da OIK dei'aria de ser cumprida no )rasil % conven/"o (oi adotada em ,enebra (Ou</a) em #un;o de 1762 e relativa ao trmino da rela/"o de trabal;o por iniciativa do empre$ador * c;amada de demiss"o arbitrHria 6. FUNR^ES DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS P A Teor(a #os Fuatro Status #e 3ELLINEK4 *L5? Wua(s as 0os(%'es Wue o (n#(+=#uo 0ossu( #(ante #o Esta#o: & Lual a (un/"o ou status ou posi/"o ?ue o indiv<duo pode estar diante do Astado] P1 Status Pass(+o * su#ei/"o do indiv<duo Oitua/"o em ?ue n"o se $eram direitos- mas sim deveres dos cidad"os diante do Astado % situa/"o de imposi/"o em (ace do Astado A' tributo P2 Status At(+o * Eesse status- o indiv<duo des(ruta de compet8ncia para in(luir sobre a (orma/"o da vontade do Astado- como ?uando e'erce os direitos pol<ticos Direitos = Participa/"o O indiv<duo participa ativamente da (orma/"o de vontade estatal A'! voto- audi8ncias pDblicas do PDOK- audi8ncias pDblicas sobre cotas raciais O indiv<duo sai de uma situa/"o de inrcia e participa da vontade estatal P9 Status Negat(+o * Eesse status- o indiv<duo des(ruta de uma es(era de atua/"o na ?ual n"o deve ;aver inter(er8ncia do Astado O"o tambm Q6 con;ecidos como Direitos de De(esa Di> respeito a direitos de primeira $era/"o (direitos de de(esa do indiv<duo perante o Astado) G uma situa/"o em ?ue o indiv<duo participa e'i$indo ?ue o Astado n"o inter(ira na vida dele O Astado via se abster de inter(erir na vida da pessoa %bsten/"o estatal Pode tambm ser visuali>ado no direito a n"o&elimina/"o de determinadas posi/0es #ur<dicas * :roibio do 3etrocesso A'emplos! T O direito de n"o ser obri$ado a (a>er ou dei'ar de (a>er al$o sen"o em virtude de lei T % liberdade de mani(esta/"o de pensamento- de cren/a- de e'erc<cio de culto- de e'press"o art<stica- cient<(ica e intelectual T % inviolabilidade da vida privada- da intimidade- o si$ilo das comunica/0es- a liberdade de e'erc<cio de trabal;o- o(<cio ou pro(iss"o T % liberdade de locomo/"o- a proibi/"o de penas de carHter perptuo PP Status Pos(t(+o (direitos de presta/"o) * Eesse status- o indiv<duo possui o direito de e'i$ir ?ue o Astado atue em seu (avor G o oposto do anterior G ?uando o indiv<duo passa e'i$ir uma atua/"o estatal O Astado estH devendo uma presta/"o para o indiv<duo- ?ue podem ser de dois tipos! a; DIREITOS \ PRESTARSO !ATERIAL RESER.A DO POSS[.ELN A'! ;ospital- escola- saDde- ensino- crec;e Eo Astado social esses direitos s"o imensos T DIREITO \ CRECAE :RE 68QLLQ; E A !EDICA!ENTOS :RE 8L8*E?; Art. 162. 8 dever do =stado com a educao ser# e%etivado mediante a *arantia de: ! " atendimento em creche e 'r"escola s crianas de (ero a seis anos de idade. /A educao in%antil re'resenta 'rerro*ativa constitucional indis'on$vel, que, de%erida s crianas, a estas asse*ura, 'ara e%eito de seu desenvolvimento inte*ral, e como 'rimeira eta'a do 'rocesso de educao b#sica, o atendimento em creche e o acesso 'r"escola (>7, art. 162, !). =ssa 'rerro*ativa ,ur$dica, em conseqZ+ncia, im'9e, ao =stado, 'or e%eito da alta si*ni%icao social de que se reveste a educao in%antil, a obri*ao constitucional de criar condi9es ob,etivas que 'ossibilitem, de maneira concreta, em %avor das hcrianas de (ero a seis anos de idadei (>7, art. 162, !), o e%etivo acesso e atendimento em creches e unidades de 'r"escola, sob 'ena de con%i*urar"se inaceit#vel omisso *overnamental, a'ta a %rustrar, in,ustamente, 'or inrcia, o inte*ral adim'lemento, 'elo Ooder O)blico, de 'restao estatal que lhe im'Vs o 'r-'rio te&to da >onstituio 7ederal. A educao in"antil, por quali"icar5se como direito "undamental de toda criana, no se e%pWe, em seu processo de concretizao, a avaliaWes meramente discricionrias da Administrao 0,blica, nem se subordina a razWes de puro pra$matismo $overnamental.Y (?= 53M.FFM"A*?, ?el. Nin. >elso de Nello, 0G 63L61L6M). Co mesmo sentido: ?= 5M3.146"A*?, ?el. Nin. >arlos !elloso, 0G 63L61L6M. Q7 Not="(as STF Segun#a$fe(ra4 /E #e Abr() #e /55L 3u(< 0e#e Wue STF n&o Tfe"9e as 0ortasU 0ara 3u#("(Cr(o na Crea #a sa@#e & % ?uest"o da #udiciali>a/"o da saDde e a ?uest"o do ativismo #udicial (?ue poder advir sobre as prioridades de(inidas pelas secretarias e ministrio da saDde) Astes dois dos temas mais discutidos atualmente no OKF %o se classi(icar como um adepto = #udiciali>a/"o do direito = saDde- o #ui> e doutor pela Mniversidade de +uni?ue In$o F Oarlet a(irmou ser necessHrio Bsuperar a era dos e'tremosC na Hrea Oe$undo ele- preciso re#eitar a impossibilidade de a ma$istratura decidir casos concretos relacionados ao direito = saDde- mas ?ue tambm essencial controlar o B(amoso pediu levouC- em ?ue o ma$istrado n"o se aten;a para as conse?u8ncias da decis"o #udicial Oarlet (oi o stimo e Dltimo convidado a (alar durante o primeiro dia de audi8ncia pDblica ?ue discute- no Oupremo Kribunal Federal (OKF)- o direito = saDde e a interven/"o do Poder @udiciHrio na Hrea Antres as poss<veis rede(ini/0es de estrat$ias por parte do Poder @udiciHrio em rela/"o ao direito = saDde- Oarlet citou a possibilidade de se criar assessorias tcnicas na Hrea para bali>ar as decis0es Por um lado- ele (oi en(Htico ao e'pressar a preocupa/"o de ?ue o poder do #ui> para decidir na Hrea n"o se#a esva>iado Por outro- disse ?ue se deve cobrar dos ma$istrados a responsabilidade de se (a>er um e'ame criterioso dos casos concretos Para Oarlet- o sistema @udiciHrio deve minimi>ar os e(eitos colaterais de decis0es ?ue- por ventura- ven;am a $erar um e(eito discriminat.rio ou anti&ison:mico- mas ?ue isso n"o pode inviabili>ar a interven/"o da ma$istratura na Hrea BO ?ue me preocupa a?ui a dupla e'clus"oC- a(irmou- re(erindo&se =?ueles ?ue n"o recebem tratamento do OMO hOistema bnico de OaDdei e (icariam impedidos de encontrar a solu/"o por via #udicial BOe se (or avan/ar com a edi/"o de uma sDmula vinculante- espera&se ?ue o OKF n"o (ec;e as portas para o e'ame responsHvel dos casos concretosC- concluiu O ministro Carlos %lberto +ene>es Direito aproveitou a ocasi"o para tambm re(or/ar a importYncia do #ui> de primeiro $rau e e'pressar sua preocupa/"o com a situa/"o deles diante da necessidade de decidir- muitas ve>es de (orma ur$ente- sobre situa/0es dramHticas ?ue envolvem casos de vida ou morte Oe$undo +ene>es Direito- essa situa/"o concreta do #ui> ?ue deve ser avaliada para ?ue o OKF possa adotar al$uma orienta/"o na Hrea BE.s n"o podemos dei'ar de considerar a realidade concreta da demanda ?ue (eita ao #ui> de primeiro $rau G muito (Hcil n.s teori>armos- mas muito (Hcil mesmo O di(<cil saber- na?uele momento- ?ue decis"o tomar diante da realidade ?ue se apresentaC- ponderou O ministro avaliou ?ue uma poss<vel solu/"o- #H em prHtica em al$uns estados- a reali>a/"o de reuni0es peri.dicas de #u<>es com as autoridades de saDde do estado de modo a estabelecer um critrio ra>oHvel de JU atendimento- mesmo ?ue a medica/"o ou tratamento n"o este#am inclu<dos na lista de disponibilidade do estado B+as- de todos os modos- preciso res$uardar permanentemente a situa/"o e a nature>a da (un/"o #urisdicional- particularmente da?ueles e'traordinHrios #u<>es de primeiro $rau ?ue- ao lon$o de todo este )rasil- cumprem o seu dever- muitas ve>es com enorme di(iculdadeC- concluiu OHbado- 17 de Oetembro de 2UU7 Pres(#ente #o STF #e"(#e a%&o sobre forne"(mento #e rem,#(os "om subs=#(os #a au#(On"(a 0@b)("a sobre sa@#e Com base em in(orma/0es coletadas na audi8ncia pDblica sobre saDde- reali>ada no Oupremo Kribunal Federal (OKF)- o presidente da Corte- ministro ,ilmar +endes- entendeu ?ue medicamentos re?ueridos para tratamento de saDde devem ser (ornecidos pelo Astado Asta a primeira ve> ?ue o Oupremo utili>a subs<dios da audi8ncia para (i'ar orienta/0es sobre a ?uest"o Os dados (oram utili>ados na anHlise de Ouspens0es de Kutela %ntecipada (OK%s) %s OK%s 15Q e 156 (oram (ormuladas- respectivamente- pela Mni"o e pelo munic<pio de Fortale>a para a suspens"o de ato do Kribunal 4e$ional Federal da Q 4e$i"o ?ue determinou = Mni"o- ao Astado do CearH e ao munic<pio de Fortale>a o (ornecimento do medicamento denominado lavesca (+i$lustat)- em (avor de C%CE @H na OK% 2PP- o estado do ParanH pediu a suspens"o da decis"o da 1 2ara da Fa>enda PDblica de Curitiba- ?ue determinou o (ornecimento do medicamento Ea$la>Zme (,alsul(ase) por tempo indeterminado De"(s&o %p.s ouvir os depoimentos prestados na audi8ncia pDblica convocada pela Presid8ncia do OKF para a participa/"o dos diversos setores da sociedade envolvidos no tema- o ministro ,ilmar +endes entendeu ser necessHrio redimensionar a ?uest"o da #udiciali>a/"o do direito = saDde no )rasil Para isso- destacou pontos (undamentais a serem observados na aprecia/"o #udicial das demandas de saDde- na tentativa de construir critrios ou parYmetros de decis"o Oe$undo o ministro- deve ser considerada a e'ist8ncia- ou n"o- de pol<tica estatal ?ue abran#a a presta/"o de saDde pleiteada pela parte Para ele- ao de(erir uma presta/"o de saDde inclu<da entre as pol<ticas sociais e econ:micas (ormuladas pelo Oistema bnico de OaDde (OMO)- o @udiciHrio n"o estH criando pol<tica pDblica- mas apenas determinando o seu cumprimento BEesses casos- a e'ist8ncia de um direito sub#etivo pDblico a determinada pol<tica pDblica de saDde parece ser evidenteC- entendeu +endes De acordo com o presidente do OKF- Bse a presta/"o de saDde pleiteada n"o estiver entre as pol<ticas do OMO- imprescind<vel distin$uir se a n"o presta/"o decorre de uma omiss"o le$islativa ou administrativa- de uma decis"o administrativa de n"o (ornec8&la ou de uma veda/"o le$al = sua dispensa/"oC Ale observou a necessidade de re$istro do medicamento J1 na %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria (%E2IO%)- alm da e'i$8ncia de e'ame #udicial das ra>0es ?ue levaram o OMO a n"o (ornecer a presta/"o dese#ada Tratamento #(+erso #o SUS O ministro salientou ?ue obri$ar a rede pDblica a (inanciar toda e ?ual?uer a/"o e presta/"o de saDde $eraria $rave les"o = ordem administrativa e levaria ao comprometimento do OMO- Bde modo a pre#udicar ainda mais o atendimento mdico da parcela da popula/"o mais necessitadaC Dessa (orma- ele considerou ?ue deverH ser privile$iado o tratamento (ornecido pelo OMO em detrimento de op/"o diversa escol;ida pelo paciente- Bsempre ?ue n"o (or comprovada a ine(icHcia ou a impropriedade da pol<tica de saDde e'istenteC Antretanto- o presidente destacou ?ue essa conclus"o n"o a(asta a possibilidade de o Poder @udiciHrio- ou a pr.pria %dministra/"o- decidir ?ue medida di(erente da custeada pelo OMO deve ser (ornecida a determinada pessoa ?ue- por ra>0es espec<(icas do seu or$anismo- comprove ?ue o tratamento (ornecido n"o e(ica> no seu caso BInclusive- como ressaltado pelo pr.prio +inistro da OaDde na %udi8ncia PDblica- ;H necessidade de revis"o peri.dica dos protocolos e'istentes e de elabora/"o de novos protocolos %ssim- n"o se pode a(irmar ?ue os Protocolos Cl<nicos e Diretri>es Kerap8uticas do OMO s"o in?uestionHveis- o ?ue permite sua contesta/"o #udicialC- (inali>ou Con")us&o % partir dessas considera/0es e ao veri(icar ?ue o medicamento estH re$istrado na %E2IO%- o ministro ,ilmar +endes concluiu ?ue- nos casos em ?uest"o- as provas #untadas atestam ?ue os medicamentos s"o necessHrios para o tratamento das respectivas patolo$ias Ea ;ip.tese espec<(ica da OK% 2PP- +endes a(irmou ?ue Ba terapia de reposi/"o en>imHtica (Ea$la>Zne) constitui o Dnico tratamento e(ica> para a doen/a- e o Dnico tratamento ?ue pode salvar o paciente de complica/0es $ravesC De acordo com ele- os entes (ederados n"o teriam comprovado ocorr8ncia de $rave les"o = ordem- = saDde e = economia pDblicas capa> de #usti(icar a e'cepcionalidade da suspens"o de tutela P DEFINIRAO DE POL[TICAS PbKLICAS RESER.A DO POSS[.EL - ![NI!O E-ISTENCIAL ACP. CONTROLE 3UDICIAL. POL[TICAS PbKLICAS. Krata&se- na ori$em- de a/"o civil pDblica (%CP) em ?ue o +P pleiteia do Astado o (ornecimento de e?uipamento e materiais (altantes para ;ospital universitHrio % Kurma entendeu ?ue os direitos sociais n"o podem (icar condicionados = mera vontade do administrador- sendo imprescind<vel ?ue o @udiciHrio atue como .r$"o controlador da atividade administrativa Iaveria uma distor/"o se se pensasse ?ue o princ<pio da separa/"o dos poderes- ori$inalmente concebido para $arantir os direitos (undamentais- pudesse ser utili>ado como empecil;o = reali>a/"o dos direitos sociais- J2 i$ualmente (undamentais Mma correta interpreta/"o da?uele princ<pio- em matria de pol<ticas pDblicas- deve ser apenas no sentido de utili>H&lo ?uando a %dministra/"o atua dentro dos limites concedidos pela lei Luando a %dministra/"o e'trapola os limites de sua compet8ncia e a$e sem sentido ou (o$e da (inalidade = ?ual estava vinculada- n"o se deve aplicar o re(erido princ<pio Eesse caso- encontra&se o Poder @udiciHrio autori>ado a recon;ecer ?ue o A'ecutivo n"o cumpriu sua obri$a/"o le$al ?uando a$rediu direitos di(usos e coletivos- bem como a corri$ir tal distor/"o restaurando a ordem #ur<dica violada %ssim- a atua/"o do Poder @udiciHrio no controle das pol<ticas pDblicas n"o se (a> de (orma discriminada- pois violaria o princ<pio da separa/"o dos poderes % inter(er8ncia do @udiciHrio le$<tima ?uando a %dministra/"o PDblica- de maneira clara e indubitHvel- viola direitos (undamentais por meio da e'ecu/"o ou (alta in#usti(icada de pro$rama de $overno Fuanto ao 0r(n"=0(o #a reser+a #o 0oss=+e)4 e)e n&o 0o#e ser o0osto ao 0r(n"=0(o #o m=n(mo eG(sten"(a). Oomente depois de atin$ido o m<nimo e'istencial ?ue se pode co$itar da e(etiva/"o de outros $astos No$o- se n"o ;H comprova/"o ob#etiva da incapacidade econ:mico&(inanceira da pessoa estatal- ine'istirH empecil;o #ur<dico para ?ue o @udiciHrio ordene a inclus"o de determinada pol<tica pDblica nos planos or/amentHrios do ente pol<tico % omiss"o in#usti(icada da %dministra/"o em e(etivar as pol<ticas pDblicas essenciais para a promo/"o de di$nidade ;umana n"o deve ser assistida passivamente pelo Poder @udiciHrio- pois esse n"o mero departamento do Poder A'ecutivo- mas sim poder ?ue detm parcela de soberania nacional %ssim- a Kurma con;eceu em parte do recurso e- nessa parte- ne$ou&l;e provimento Precedentes citados do OKF! +C na %DPF PQ&DF- D@ PXQX2UUP; %$4$ no 4A Q7QQ7Q&OC- D@e 27XQX2UU7; do OK@! 4Asp Q5Q776&+,- D@ 1JX11X2UUP- e 4Asp P27Q5U& ,O- D@ 22X9X2UUP REs0 *.56*.*LE$!S4 Re). !(n. Aumberto !art(ns4 1u)ga#o em /?7H7/55L. 5L7**7/55? $ *H:8H $ De"(s&o 1u#("(a) obr(ga o mun("=0(o #e Santo An#r, a matr("u)ar "r(an%a em "re"9e G dever do Astado $arantir = crian/a de >ero a seis anos de idade o acesso = crec;e e ao ensino (undamental- independentemente da oportunidade e conveni8ncia do Poder PDblico % partir desse entendimento- o ministro Celso de +ello- do Oupremo Kribunal Federal- asse$urou a um menino- ;o#e com ?uatro anos de idade- a matr<cula em crec;e pDblica administrada pela Pre(eitura +unicipal de Oanto %ndr (OP) O ministro deu provimento ao 4ecurso A'traordinHrio (4A) P9J77J apresentado pelo +inistrio PDblico do Astado de O"o Paulo contra o +unic<pio de Oanto %ndr- ?ue se recusava a matricular a crian/a Desde ?ue o menino tin;a nove meses de idade- os pais tentavam obter va$a em uma das crec;es municipais para ?ue pudessem dei'ar a crian/a en?uanto trabal;avam % a/"o (oi proposta na @usti/a paulista em nome do menino- ?ue $an;ou a causa em primeira instYncia O munic<pio recorreu e a determina/"o (oi suspensa %$ora- a decis"o do ministro Celso de +ello restabelece a senten/a de primeiro $rau- ?ue obri$a o munic<pio a $arantir a va$a em crec;e pr.'ima = resid8ncia da crian/a Ambora o munic<pio ten;a ar$umentado ?ue n"o tem recursos (inanceiros para asse$urar a matr<cula de mil;ares de crian/as em cerca de 1Q crec;es municipais- Celso de +ello ressaltou ?ue o arti$o 2U6- inciso I2 da Constitui/"o obri$a o Astado a criar condi/0es ob#etivas para o acesso e atendimento a essas crian/as J9 Oe$undo o ministro- a Constitui/"o delineou um Bn<tido pro$rama a ser implementado mediante ado/"o de pol<ticas pDblicas conse?uentes e responsHveis * notadamente a?uelas ?ue visem a (a>er cessar- em (avor da in(Yncia carente- a in#usta situa/"o de e'clus"o social e de desi$ual acesso =s oportunidades de atendimento em crec;e e pr&escolaC Ea avalia/"o de Celso de +ello- a n"o&reali>a/"o dessa meta deverH ser ?uali(icada como uma censurHvel situa/"o de inconstitucionalidade por omiss"o imputHvel ao Poder PDblico Am sua decis"o- o ministro ressaltou ainda ?ue a (ormula/"o e a implementa/"o de pol<ticas pDblicas n"o est"o entre as (un/0es institucionais do Poder @udiciHrio Eo entanto- o @udiciHrio poderH incumbir& se e'cepcionalmente dessa tare(a ?uando os .r$"os estatais competentes vierem a comprometer a e(icHcia e inte$ridade de direitos individuais eXou coletivos amparados pelo te'to constitucional D(re(to D +(#a e D sa@#e $ Pessoa "arente $ Forne"(mento gratu(to #e me#("amentos $ De+er "onst(tu"(ona) #o Po#er P@b)("o 4A 97915QX4Om 4AN%KO4! +IE CANOO DA +ANNO EMENTA: 0A68ENTE/ >8N =SQI^87?=CA OA?ACU0= E 08=CSA NAC_A>8"0=O?=SS!A >?gC>A, 6+M E08/ED8+/ DE TENTAT8HA DE /=86KD8+. O=SS8AS DE/T8T=KDA/ 0= ?=>I?S8S 7CAC>=?8S. D83E8T+ _ H8DA E _ /ALDE. NE6E//8DADE 8M0E38+/A 0= S= O?=S=?!A?, 0+3 3ANQE/ 0= >A?J@=? H@>8"GI?_0>8, A 8NTE438DADE 0=SS= 0?=@8 =SS=C>A;. 78?C=>N=C@8 43AT=8T+ 0= N=0>AN=C@8S C0SO=CSJ!=S EM 7AH+3 0= O=SS8AS >A?=C@=S. DEHE3 6+N/T8T=68+NA< D+ E/TAD+ (67, A?@S. K, X>AOI@Y, = 4FM). 03E6EDENTE/ (S@7). 3E>8C[=>08 E O?8!08. DE68/?+) 8 presente recurso e&traordin#rio busca re"ormar deciso 'ro%erida 'elo =. @ribunal de Gustia do =stado do ?io Brande do Sul, consubstanciada em ac-rdo assim ementado ("ls. CG): 7CONSTITUCIONAL. DIREITO VIDA. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. 4A83A 9' P:;<A =9>N'A ?@AN3; A; :=2A; 9' <=9A. IMPOSSIBILIDADE. 1. desnecessrio, para acudir 6 via $urisdicional, esgotar ou pleitear na instBncia administrativa. O orneci!en"o #r$"%i"o de medicamentos, pelo 'stado, e&i#e '%e o re!(dio se$a e(cepcional e indispensvel 6 vida do paciente. -. AP'8ACD; DESPROVIDA. 2'N3'NCA REFORMADA.E %#riei& Entendo assistir plena razo aos recorrentes, que so irmos, pois o desacol'imento de sua 'retenso recursal 'oder# *erar resultado inaceitvel sob a 'ers'ectiva constitucional do direito vida e sa)de. H JP que " considerada a irreversibilidade, no momento 'resente, dos e"eitos danosos 'rovocados pelas patolo$ias que a%etam os recorrentes (que so portadores de esqui(o%renia 'aran-ide e de doena man$aco"de'ressiva crVnica) " a ausYncia de ca'acidade %inanceira que os a%li*e impede5l'es, in,ustamente, o acesso ao tratamento inadi#vel e ao %ornecimento dos medicamentos a que tYm direito e que se revelam essenciais & preservao da inte*ridade do seu estado de hi*ide( mental e de sua 'r-'ria vida, porque os seus antecedentes 'essoais re$istram e'is-dios de tentativa de suic$dio. Ca realidade, o cumprimento do dever 'ol$tico"constitucional consa$rado no art. 4FM da ;ei 7undamental do =stado, consistente na obri$ao de asse*urar, a todos, a 'roteo sa)de, representa %ator, que, associado a um im'erativo de solidariedade social, impWe5se ao Ooder O)blico, qualquer que se,a a dimenso institucional em que atue no 'lano de nossa or*ani(ao %ederativa. A imposter$abilidade da e%etivao desse dever constitucional autoriza o acol'imento do 'leito recursal ora dedu(ido na 'resente causa. Tal como pude en"atizar em deciso 'or mim 'ro%erida no e&erc$cio da Oresid+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal, em conte%to assemel'ado ao da 'resente causa (0et B.!G9;/6), entre 'rote*er a inviolabilidade do direito vida e sa)de, que se quali"ica como direito sub,etivo inalienvel asse*urado a todos 'ela 'r-'ria >onstituio da ?e')blica (art. K, Xca'utY e art. 4FM), ou "azer prevalecer, contra essa 'rerro*ativa %undamental, um interesse "inanceiro e secundrio do =stado, entendo " uma ve( con%i*urado esse dilema " que ra(9es de ordem tico" ,ur$dica impWem ao (ul$ador uma s1 e possvel opo: aquela que privile$ia o res'eito indeclin#vel vida e sa)de humanas. 6umpre no perder de perspectiva que o direito ')blico sub,etivo sa)de re'resenta 'rerro*ativa ,ur$dica indis'on$vel asse*urada $eneralidade das 'essoas 'ela 'r-'ria >onstituio da ?e')blica. @radu( bem ,ur$dico constitucionalmente tutelado, 'or cu,a inte*ridade deve velar, de maneira responsvel, o Ooder O)blico, a quem incumbe %ormular " e implementar " 'ol$ticas sociais e econVmicas que visem a $arantir, aos cidados, o acesso universal e i*ualit#rio assist+ncia mdico"hos'italar. + carter pro$ramtico da re*ra inscrita no art. 4FM da >arta Ool$tica " que tem 'or destinat#rios todos os entes 'ol$ticos que com'9em, no 'lano institucional, a or*ani(ao %ederativa do =stado brasileiro (G8SH >?=@=;;A GRC8?, X 6omentrios & 6onstituio de BCVV Y, vol. !L5331"5335, item n. 424, 4FF3, 7orense Iniversit#ria) " no pode converter5se em promessa constitucional inconsequente , sob pena de o Ooder O)blico, "raudando ,ustas e&'ectativas nele de'ositadas 'ela coletividade, substituir, de maneira ile$tima , o cum'rimento de seu im'oster*#vel dever, 'or um *esto irresponsvel de in%idelidade *overnamental ao que determina a 'r-'ria ;ei 7undamental do =stado. Cesse conte&to, incide, sobre o Ooder O)blico, a $ravssima obri*ao de tornar e%etivas as prestaWes de sa,de, incumbindo"lhe 'romover, em "avor das 'essoas e das comunidades, medidas " 'reventivas e de recu'erao ", que, %undadas em 'ol$ticas ')blicas idUneas, tenham 'or %inalidade viabilizar e dar concreo ao que 'rescreve, em seu art. BC9, a >onstituio da ?e')blica. 8 sentido de "undamentalidade do direito & sa,de " que representa , no conte&to da evoluo hist-rica dos direitos b#sicos da 'essoa humana, uma das e&'ress9es mais relevantes das liberdades reais ou concretas " impWe ao Ooder O)blico um dever de prestao positiva que JQ somente se ter# 'or cum'rido, pelas inst.ncias $overnamentais , quando estas adotarem 'rovid+ncias destinadas a 'romover, em 'lenitude, a satis"ao e"etiva da determinao ordenada 'elo te&to constitucional. HY5se, desse modo, que, mais do que a simples positivao dos direitos sociais " que traduz est$io necessrio ao 'rocesso de sua a%irmao constitucional e que atua como pressuposto indispensvel sua e%ic#cia ,ur$dica (G8SH A78CS8 0A S;!A, X0oder 6onstituinte e 0oder 0opularY, '. 4FF, itens ns. 16L14, 1666, Nalheiros) ", recai, sobre o =stado, ina"astvel vnculo institucional consistente em con%erir real e"etividade a tais 'rerro*ativas b#sicas, em ordem a 'ermitir, &s pessoas, nos casos de in,usti%ic#vel inadimplemento da obri*ao estatal, que ten'am elas acesso a um sistema or*ani(ado de *arantias instrumentalmente vinculadas realizao, 'or 'arte das entidades *overnamentais, da tare"a que lhes im'Vs a pr1pria >onstituio. No basta, 'ortanto, que o =stado meramente 'roclame o reconhecimento %ormal de um direito. Torna5se essencial que, para al-m da sim'les declarao constitucional desse direito, se,a ele inte$ralmente res'eitado e plenamente *arantido, es'ecialmente naqueles casos em que o direito " como o direito & sa,de " se quali%ica como 'rerro*ativa ,ur$dica de que decorre o poder do cidado de e&i*ir, do =stado, a implementao de 'resta9es 'ositivas impostas 'elo 'r-'rio ordenamento constitucional. 6umpre assinalar, %inalmente, que a essencialidade do direito & sa,de %e( com que o le*islador constituinte quali%icasse, como prestaWes de relev.ncia p,blica, as a9es e servios de sa)de (67, art. 4F7), em ordem a le$itimar a atuao do Ninistrio O)blico e do Ooder Gudici#rio naquelas 'ip1teses em que os -r*os estatais, anomalamente, dei%assem de respeitar o mandamento constitucional, "rustrando5l'e, arbitrariamente, a e%ic#cia ,ur$dico"social, se(a 'or intolervel omisso, se(a 'or qualquer outra inaceitvel modalidade de com'ortamento *overnamental desviante. Todas essas razWes levam5me a acol'er a pretenso recursal dedu(ida nos 'resentes autos, ainda mais se se considerar que o ac-rdo ora recorrido diver$e, %rontalmente, da orientao (urisprudencial que o Su'remo @ribunal 7ederal "irmou no e&ame da matria em causa (3T2 B:B;F!95F!:, ?el. Nin. ;NA? BA;!T8 W A8 G9!.I9F;3/, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 W A8 GV9.VB95A$3;32, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 W A8 IF!.9V:;M4, ?el. Nin. =?8S B?AI W A8 IF:.!F:;0E, ?el. Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= " 3E BCI.BC!;3/, ?el. Nin. NA?>8 AI?H;8 W 3E BCV.!9F;3/, ?el. Nin. S\0C=\ SAC>[=S W 3E !F:.F9:;3/, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??DA W 3E !G!.VIC;3/, ?el. Nin. ;NA? BA;!T8 W 3E !G9.!G!;3/, ?el. Nin. CH? 0A S;!=?A W 3E !:C.IBC;3/, ?el. Nin. C=;S8C G8EN W 3E !C:.!:9;/0, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 W 3E FG!.GBF;03, ?el. Nin. =;;=C B?A>= W 3E FIF.FF9;3/, ?el. Nin. >A?;8S E?@@8 W A8 I:D.GII;3/, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8, v.$.): )OA>=C@= >8N [!LA0S * PESSOA 9'23=3@F9A DE RECURSOS FINANCEIROS * 9=:'=3; VIDA E SA+DE * FORNECIMENTO G:A3@=3; DE MEDICAMENTOS * 9'<': CONSTITUCIONAL DO PODER P+BLICO ,A4- ARTS. ./- AAP@3- E 1012 * P:'A'9'N3'2 ,STF2 * RECURSO DE A3RAVO =HP:;<=9;. ; 9=:'=3; I 2AJ9' :'P:'2'N3A A;N2'?KLNA=A A;N23=3@A=;NA8 =N9=22;A=M<'8 9; 9=:'=3; I <=9A. JJ 5 8 direito ')blico sub,etivo sa)de representa prerro$ativa (urdica indis'on$vel asse$urada & *eneralidade das pessoas pela 'r-'ria 6onstituio da 3ep,blica @art. BC9A. @radu( bem (urdico constitucionalmente tutelado, por cu(a inte$ridade deve velar, de maneira res'ons#vel, o 0oder 0,blico, a quem incumbe "ormular 5 e im'lementar 5 polticas sociais e econUmicas idVneas que visem a *arantir, aos cidados, inclusive queles 'ortadores do v$rus [!, o acesso universal e i$ualitrio & assistYncia "armacYutica e !(dico*4os5i"$6$r. * O direi"o 7 s$8de * alm de '%$6iic$r*se co!o direi"o %nd$!en"$6 '%e $ssis"e $ todas $s 5esso$s * representa conse'%9nci$ cons"i"%cion$6 indissocivel do direi"o 7 :id$. O Poder P8;6ico- !ual!uer '%e se<$ $ eser$ ins"i"%cion$6 de s%$ $"%$=>o no 56$no d$ or#$ni?$=>o eder$"i:$ ;r$si6eir$- no pode mostrar1se indiferente $o 5ro;6e!$ d$ s$8de d$ 5o5%6$=>o- sob pena de incidir- $ind$ '%e 5or censurvel o!iss>o- e! grave co!5or"$!en"o incons"i"%cion$6. A C@=?O?=@AST8 0A C8?NA O?8B?ANJ@>A CT8 O80= TRANSFORM@* LA EM PROMESSA CONSTI TUCI ONAL INCONSEABENTE. 1 ; carter programtico da regra inscrita no art. *+N da Aarta Pol"tica 1 !ue tem por destinatrios todos os entes pol"ticos !ue comp#em, no plano institucional, a organizao federativa do 'stado brasileiro 1 no pode converter1se em promessa constitucional inconse!uente, sob pena de o Poder Pblico, fraudando $ustas e(pectativas nele depositadas pela coletividade, substituir, de maneira ileg"tima, o cumprimento de seu impostergvel dever, por um gesto irresponsvel de infidelidade governamental ao !ue determina a pr5pria 8ei 4undamental do 'stado. J5 9=23:=O@=CD; G:A3@=3A 9' H'9=AAH'N3;2 A P'22;A2 AA:'N3'2. 1 ; reconhecimento $udicial da validade $ur"dica de programas de distribuio gratuita de medicamentos a pessoas carentes, inclusive 6!uelas portadoras do v"rus P=<QA=92, d efetividade a preceitos fundamentais da Aonstituio da :epblica %arts. RS, caput, e *+N& e representa, na concreo do seu alcance, um gesto reverente e solidrio de apreo 6 vida e 6 sade das pessoas, especialmente da!uelas !ue nada t)m e nada possuem, a no ser a consci)ncia de sua pr5pria humanidade e de sua essencial dignidade. Precedentes do 234.Y %RTC 1D.E1F1F*1F1G, :el. Hin. A'82; 9' H'88;& Sendo assim, 'elas ra(9es e&'ostas, e acolhendo, ainda, o 'arecer da douta Orocuradoria"Beral da ?e')blica (%ls. 434L431), conheo e dou 'rovimento ao 'resente recurso e&traordin#rio (>O>, art. KK7, P 4 " A), em ordem a ,ul*ar 'rocedente a ao ordin#ria a,ui(ada 'ela 'arte ora recorrente, restabelecendo, desse modo, 'or inteiro, a r. sentena 'ro%erida 'elo ma*istrado estadual de 'rimeira inst<ncia (%ls. M5LMF). Oublique"se. Eras$lia, 4 de %evereiro de 166M. Ninistro >=;S8 0= N=;;8 ?elator Not="(as STF Luarta&(eira- 19 de abril de 2U11 * Turma garante tratamento em Cuba a 0orta#ores #e #oen%a o"u)ar * mais um caso de ativismo #udicial Um gru0o #e 0essoas 0orta#oras #e uma #oen%a rara "9ama#a ret(nose 0(gmentar4 Wue )e+a D 0er#a 0rogress(+a #a +(s&o4 re"eberam o #(re(to #e rea)(<ar tratamento em Aa+ana4 Cuba. A #e"(s&o o"orreu #urante a sess&o eGtraor#(nCr(a #a Pr(me(ra Turma #o Su0remo Tr(buna) Fe#era) :STF;4 nesta Wuarta$fe(ra :*8;4 na Wua)4 0or ma(or(a #os +otos4 fo( nega#o 0ro+(mento a um Re"urso EGtraor#(nCr(o :RE 8QH?Q6; #a Un(&o "ontra autor(<a%&o #o Tr(buna) Reg(ona) Fe#era) #a * Reg(&o :TRF$*; 0ara o tratamento no eGter(or. Na or(gem4 o gru0o (m0etrou um man#a#o #e seguran%a "om o ob1et(+o #e Wue o !(n(st,r(o #a Sa@#e 0agasse +(agem 0ara Cuba4 a f(m #e serem trata#as. O !S fo( nega#o 0e)o 1u(< #e 0r(me(ra (nstIn"(a4 Wue af(rmou Wue a ass(stOn"(a D sa@#e #e+e ser 0rest(g(a#a4 mas4 no "aso4 o Conse)9o Kras()e(ro #e Ofta)mo)og(a :CKO; #eu um )au#o #(<en#o Wue n&o 9C tratamento es0e"=f("o 0ara a #oen%a #entro ou fora #o Kras(). Ao ana)(sar o re"urso4 o TRF$* enten#eu Wue4 0or 9a+er #(re(to )=Wu(#o e "erto4 a seguran%a #e+er(a ser "on"e#(#a4 ressa)tan#o Wue a sa@#e ser(a obr(ga%&o #o Esta#o. J6 3u)gamento % anHlise da matria teve in<cio em sess"o reali>ada no dia 6 de abril de 2UU6- ?uando o relator- ministro +ene>es Direito ((alecido)- entendeu ?ue o pedido do $rupo n"o poderia ser de(erido- votando no sentido de prover o recurso da Mni"o Oe$undo ele- essa doen/a n"o tem cura e a via$em para Cuba seria in.cua- (eita =s custas do erHrio O relator a(irmou = poca ?ue o direito con(erido se e'iste a possibilidade certi(icada de cura- Bde ?ue e'iste o tratamento- de ?ue poss<vel perante os re?uisitos ?ue o Astado estabeleceu! laudo- parecer- indica/"oC Eo entanto- avaliou ?ue no caso concreto ;H um laudo do Consel;o )rasileiro de O(talmolo$ia- se$undo o ?ual n"o e'iste tratamento em lu$ar al$um O ministro +arco %urlio- ao pro(erir seu voto&vista- ne$ou o recurso e abriu diver$8ncia- ao permitir a via$em ao e'terior Oe$undo ele- o direito = saDde (undamental e um dever do Astado- Bencontra&se em ;armonia com reiterados pronunciamentos da Corte (4A 1762JQ e 2P69UP)C Eesses #ul$ados- o ministro Celso de +ello teria consi$nado a impossibilidade de (a>er prevalecer sobre o interesse do cidad"o o aspecto econ:mico& (inanceiro- considerado o direito = vida e = saDde BAu n"o posso compreender ?ue se articule a ine'ist8ncia de lastro econ:mico&(inanceiro para se ne$ar um tratamento = saDde a um cidad"oC- disse- ao citar como precedente o 4ecurso A'traordinHrio (4A) 25126J BPelo ?ue leio nos ve<culos de comunica/"o- o tratamento dessa doen/a- com 8'ito- estH realmente em CubaC- completou %ssim- o ministro +arco %urlio votou para ne$ar o recurso- sem #ul$ar com base em ?uest0es re(erentes ao carHter e'perimental do tratamento e ?uanto = e'ist8ncia ou n"o- no )rasil- de pro(issionais ;abilitados a implementH&lo- por terem sido temas n"o analisados na ori$em 2otou- no mesmo sentido- a ministra Carmen NDcia %ntunes 4oc;a Retoma#a #o 1u)gamento %o apresentar seu voto&vista na sess"o de ;o#e- o ministro 4icardo Ne[ando[sSi trou'e a ?uest"o novamente para o e'ame da Kurma Ale se uniu ao voto do relator pelo provimento do recurso- mas ambos (icaram vencidos BE"o pode o @udiciHrio- em especial esta Ouprema Corte * $uardi" dos valores constitucionais * de(inir de maneira pontual e individuali>ada como a %dministra/"o deve distribuir os recursos pDblicos destinados = saDdeC- disse Ne[ando[sSi- entendendo ?ue o caso (ere princ<pio da isonomia Ale a(irmou ter sido sensibili>ado pela considera/"o do relator de ?ue a doen/a incurHvel e ?ue seria um mero paliativo- alm de onerar o or/amento da Mni"o em detrimento de outros com doen/as mais srias Kambm votou ;o#e o ministro Nui> Fu' Ale considerou ?ue o recurso da Mni"o deveria ser ne$ado BAu sou muito determinado nessa ?uest"o da esperan/a Eunca acreditei na vers"o de ?ue o tratamento em Cuba da retinose pi$mentar n"o tin;a cura- pelo contrHrio- eu entendo ?ue se eles s"o especialistas nisso- deve ;aver uma esperan/a com rela/"o a essa curaC- avaliou- ao completar ?ue a (un/"o do Oupremo tutelar a di$nidade da vida ;umana e a presta/"o da saDde pelo Astado J7 Not="(as STF Oe$unda&(eira- UP de +aio de 2UU7 De"(s'es 1u#("(a(s afetam eWu(#a#e na #(str(bu(%&o #e me#("amentos4 #(<em es0e"(a)(stas De"(s'es 1u#("(a(s obr(gan#o o Po#er P@b)("o a forne"er me#("amentos "aros e n&o (n")u=#os na re)a%&o #e fCrma"os bCs("os #o S(stema bn("o #e Sa@#e :SUS; ou na re)a%&o #e rem,#(os "om "omer"(a)(<a%&o autor(<a#a 0e)a AgOn"(a Na"(ona) #e .(g()In"(a San(tCr(a :An+(sa; +Om (m0e#(n#o os esta#os #e "um0r(r a#eWua#amente os 0)anos #e #(str(bu(%&o #e me#("amentos me#(ante obser+In"(a #os 0r(n"=0(os #a un(+ersa)(#a#e e eWu(#a#e. Asta (oi a conclus"o unYnime dos tr8s Dltimos con(erencistas da man;" desta se$unda&(eira (P)- durante a P etapa da audi8ncia pDblica sobre direito = saDde promovida pelo Oupremo Kribunal Federal (OKF) Ea sess"o de ;o#e- (oram en(ocados aspectos do re$istro na %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria (%nvisa)- protocolos e diretri>es terap8uticas e- tambm- pol<ticas pDblicas e assist8ncia (armac8utica O evento (oi presidido pelo ministro ,ilmar +endes- presidente do OKF- e a pr.'ima sess"o serH reali>ada na ?uarta&(eira pela man;" Pre1u=<os O Dltimo con(erencista- Neonardo )andarra- presidente do Consel;o Eacional dos Procuradores&,erais de @usti/a do +inistrio PDblico dos Astados e da Mni"o- observou ?ue atendimentos individuais caros pre#udicam a assist8ncia universali>ada de popula/0es v<timas de doen/as end8micas como ;ansen<ase- malHria e tuberculose- por e'emplo +as ponderou- por outro lado- ?ue Bpol<ticas pDblicas pobres tendem a ser pobresC e disse ?ue preciso a$ilidade do poder pDblico na elabora/"o de novos protocolos e diretri>es ?ue permitam = %nvisa incorporar novos e mais e(ica>es medicamentos para tratamento de casos e'cepcionais Kambm observou ?ue a situa/"o criada se deve- em parte- a pol<ticas pDblicas insu(icientes e descartou a prioridade de aspectos econ:micos por ocasi"o da elabora/"o dos or/amentos do poder pDblico em detrimento da saDde Ale observou- no entanto- ?ue a atual pol<tica (armac8utica do pa<s (oi con?uistada com importante participa/"o do Poder @udiciHrio A- nesse conte'to- destacou ?ue Ba pol<tica de saDde pDblica deve ser compelida a superar di(iculdadesC Pro0ostas )andarra prop:s ?ue os #u<>es- ao decidir demandas sobre o (ornecimento de (Hrmacos- admitam o (ornecimento de medicamentos e'perimentais somente ?uando suas pes?uisas #H estiverem adiantadas e obede/am as re$ras le$ais no sentido de ?ue os laborat.rios ?ue usam seres ;umanos como cobaias devem continuar dando assist8ncia a eles 5U ?uando conclu<da a pes?uisa- sem ?ue esse :nus recaia sobre o Poder PDblico Ale prop:s- tambm- ?ue os protocolos cl<nicos se#am elemento pre(erencial nas decis0es- mas ?ue possam ser e'cepcionados medicamentos #H aprovados pela %nvisa Isso por?ue- se$undo ele- n"o aceitHvel a concess"o de tratamentos com medicamentos n"o re$istrados na %$8ncia Eacional de 2i$ilYncia OanitHria Prob)emas no RS % procuradora do Astado do 4io ,rande do Oul @ana<na )arbier ,on/alves a(irmou ?ue a #urisprud8ncia brasileira tem entendido ?ue o direito = saDde- estabelecido no arti$o 17J da Constitui/"o Federal (CF)- B um direito ilimitado ?ue implica a obri$a/"o do poder pDblico de (ornecer todo e ?ual?uer medicamentoC Antretanto- como ela observou- este dispositivo restritivo- pois condiciona o seu cumprimento a pol<ticas sociais e econ:micas Portanto- se$undo ela- esse atendimento dever ser $lobal e submeter&se aos planos or/amentHrios do respectivo .r$"o pDblico E)a #(sse Wue a Pro"ura#or(a >era) #o R(o >ran#e #o Su) n&o "ontesta as a%'es em Wue s&o #eman#a#os me#("amentos eG"e0"(ona(s 0res"r(tos #e a"or#o "om os 0roto"o)os #o !(n(st,r(o #a Sa@#e. Entretanto4 segun#o e)a4 a ma(or(a #as a%'es 1u#("(a(s 0ro0ostas no 0a=s re")aman#o o forne"(mento #e me#("amentos eG"e0"(ona(s n&o obser+a esses 0roto"o)os. >astos Ala in(ormou ?ue os $astos com decis0es #udiciais v8m sendo verti$inosos- no 4io ,rande do Oul Dados da Oecretaria de OaDde do estado por ela citados indicam ?ue- atualmente- P1d do or/amento da?uele .r$"o s"o $astos com a pol<tica de assist8ncia (armac8utica IH- se$undo tais dados- 657JJ pacientes atendidos pela via administrativa e 2UP75 pela via #udicial BPortanto- 16-72d da assist8ncia (armac8utica do estado est"o sendo administrados pelo @udiciHrioC- observou a procuradora %inda se$undo ela- embora ;ouvesse- em 2UU6- acrscimo de PUd na a?uisi/"o de medicamentos pela via administrativa- isso n"o diminuiu o nDmero de a/0es #udiciais- ?ue cresceram 1Jd- no ano passado em rela/"o a 2UU5 Ala ressaltou ?ue- na via #udicial- apenas 1P-91d dos processos envolvem demanda de medicamentos especiais e 7-Pd de e'cepcionais- prescritos de acordo com os protocolos do +inistrio da OaDde- ?ue s"o os medicamentos cu#o (ornecimento compete ao estado An?uanto isso- 5J-29d das demandas #udiciais contra o estado abran$em medicamentos ?ue n"o s"o de sua compet8ncia- sendo ?ue 16-2Qd s"o relativas a medicamentos prescritos em desacordo com os protocolos cl<nicos e PJ-6Pd a produtos ?ue n"o s"o (ornecidos pelo OMO- entre eles medicamentos importados e sem re$istro na %nvisa %lm disso- JJd dos medicamentos e'cepcionais (ornecidos por via #udicial n"o atendem aos protocolos cl<nicos e =s diretri>es terap8uticas do +inistrio da OaDde- observou 51 Am ra>"o das decis0es #udiciais- o estado obri$ado a (ornecer 99UU apresenta/0es (armac8uticas- das ?uais somente cerca de QUU (a>em parte dos elencos atendidos administrativamente e 26UU s"o (ornecidos por (or/a de decis0es #udiciais- em antecipa/"o de tutela para (ornecimento em P6 ou 52 ;oras- sob pena de blo?ueio de verbas or/amentHrias %ssim- se$undo a procuradora- Ba interven/"o #udicial um dos .bices a ?ue o estado do 4io ,rande do Oul cumpra re$ularmente suas obri$a/0es de (ornecimento de medicamentos na via administrativaC Ala prop:s ?ue s. se#a permitido o acesso a medicamento pela via #udicial ?uando o produto (or re$istrado na %nvisa e ?ue- (ora da lista do OMO ou com re$istro na %nvisa- s. se determine o (ornecimento em casos muito e'cepcionais e somente em senten/a (inal Part("(0a%&o 0o0u)ar Oueli ,andol(i Dallari- representante do Centro de Astudos e Pes?uisa de Direito OanitHrio da Mniversidade de O"o Paulo (MOP)- sustentou ?ue o direito = saDde- em virtude de sua $rande comple'idade * e nele inclu<do o direito a medicamentos *- e'i$e uma e(etiva participa/"o popular na de(ini/"o das pol<ticas pDblicas para o setor BImposs<vel de(ini&la em Dltima instYncia num $abineteC- a(irmou BG necessHrio ?ue o povo di$a o ?ue entende por saDde e por pol<ticas de saDdeC Oe$undo Oueli Dallari- deve ;aver o controle #udicial em todas as (ases de de(ini/"o das pol<ticas de saDde Antretanto- Bn"o se deve trans(ormar o #ui> em mdico ou $estor pDblico Ale deve- sim- observar os protocolos cl<nicos e as diretri>es do +inistrio da OaDdeC Not="(as STF Luarta&(eira- 15 de +ar/o de 2U1U Po#er P@b)("o #e+e "ustear me#("amentos e tratamentos #e a)to "usto a 0orta#ores #e #oen%as gra+es4 #e"(#e o P)enCr(o #o STF O PlenHrio do Oupremo Kribunal Federal inde(eriu nove recursos interpostos pelo Poder PDblico contra decis0es #udiciais ?ue determinaram ao Oistema bnico de OaDde (OMO) o (ornecimento de remdios de alto custo ou tratamentos n"o o(erecidos pelo sistema a pacientes de doen/as $raves ?ue recorreram = @usti/a Com esse resultado- essas pessoas $an;aram o direito de receber os medicamentos ou tratamentos pedidos pela via #udicial O ministro ,ilmar +endes (oi o relator das Ouspens0es de Kutela (OK%) 15Q- 211 e 256; das Ouspens0es de Oe$uran/a 952P- 27PP- 29J1- 99PQ e 99QQ; e da Ouspens"o de Niminar (ON) P5 Eo seu voto ele disse ?ue se tem constatado a crescente controvrsia #ur<dica sobre a possibilidade de decis0es #udiciais determinarem ao Poder PDblico o (ornecimento de medicamentos e tratamentos * decis0es nas ?uais se discute- inclusive- os critrios para o (ornecimento ,ilmar +endes a(irmou ?ue no Ymbito do Oupremo recorrente a tentativa do Poder PDblico de suspender decis0es #udiciais nesse sentido 52 BEa Presid8ncia do Kribunal e'istem diversos pedidos de suspens"o de se$uran/a- de suspens"o de tutela antecipada e de suspens"o de liminar com vistas a suspender a e'ecu/"o de medidas cautelares ?ue condenam a Fa>enda PDblica ao (ornecimento das mais variadas presta/0es de saDde * como (ornecimento de medicamentos- suplementos alimentares- .rteses e pr.teses- cria/"o de va$as de MKIs e de leitos ;ospitalares- contrata/"o de servidores da OaDde- reali>a/"o de cirur$ias e e'ames- custeio de tratamento (ora do domic<lio e inclusive no e'terior- entre outrosC- e'empli(icou O ministro contou ?ue ouviu diversos se$mentos li$ados ao tema na audi8ncia pDblica sobre a saDde- ocorrida em abril de 2UU7 B%p.s ouvir os depoimentos prestados por representantes dos diversos setores envolvidos- (icou constatada a necessidade de se redimensionar a ?uest"o da #udiciali>a/"o do direito = saDde no )rasil- isso por?ue na maioria dos casos a interven/"o #udicial n"o ocorre em ra>"o de uma omiss"o absoluta em matria de pol<ticas pDblicas voltadas = produ/"o do direito = saDde- mas tendo em vista uma necessHria determina/"o #udicial para o cumprimento de pol<ticas #H estabelecidasC- sublin;ou Caute)a %pesar de #ul$ar (avoravelmente aos pacientes ?ue precisam de medicamentos e tratamentos de alto custo- o ministro ,ilmar +endes (oi cauteloso para ?ue cada caso se#a avaliado sob critrios de necessidade Ale disse ?ue obri$ar a rede pDblica a (inanciar toda e ?ual?uer a/"o e presta/"o de saDde e'istente $eraria $rave les"o = ordem administrativa e levaria ao comprometimento do OMO- de modo a pre#udicar ainda mais o atendimento mdico da parcela da popula/"o mais necessitada +endes di(erenciou- por e'emplo- tratamentos puramente e'perimentais da?ueles #H recon;ecidos- mas n"o testados pelo sistema de saDde brasileiro Eo caso da?ueles- ele (oi en(Htico em di>er ?ue o Astado n"o pode ser condenado a (ornec8&los BLuanto aos novos tratamentos ainda n"o incorporados pelo OMO- preciso ?ue se ten;a cuidado redobrado na aprecia/"o da matria Como (risado pelos especialistas ouvidos na audi8ncia pDblica- o con;ecimento mdico n"o estan?ue- sua evolu/"o muito rHpida e di(icilmente acompan;Hvel pela burocracia administrativaC- citou- lembrando ?ue a aprova/"o de novas indica/0es terap8uticas pode ser muito lenta e- como resultado disso- pacientes do OMO podem ser e'clu<dos de tratamentos #H o(erecidos ;H tempos pela iniciativa privada BIH necessidade de revis"o peri.dica dos protocolos e'istentes e de elabora/"o de novos protocolos %ssim n"o se pode a(irmar ?ue os protocolos cl<nicos e diretri>es terap8uticas dos OMO s"o in?uestionHveis- o ?ue permite sua contesta/"o #udicialC- completou Outros +otos O ministro (oi acompan;ado- em seu voto- por todos os demais presentes = sess"o O ministro 4icardo Ne[ando[sSi entendeu ?ue os a$ravantes (Mni"o e estados) n"o demonstraram a potencialidade danosa = saDde- = economia e = ordem pDblica do (ornecimento dos medicamentos ou tratamentos re(erentes =s nove a/0es 59 @H o ministro Celso de +ello #ul$ou ?ue a @usti/a precisa a$ir ?uando o poder pDblico dei'a de (ormular pol<ticas pDblicas ou dei'a de adimpli&las- especialmente ?uando emanam da Constitui/"o BO direito = saDde representa um pressuposto de ?uase todos os demais direitos- e essencial ?ue se preserve esse estado de bem&estar (<sico e ps<?uico em (avor da popula/"o- ?ue titular desse direito pDblico sub#etivo de estatura constitucional- ?ue o direito = saDde e = presta/"o de servi/os de saDdeC- completou b; DIREITOS \ PRESTARSO 3UR[DICA & direito = emiss"o de normas para ?ue os indiv<duos possam $o>ar dos direitos constitucionalmente previstos A'! arti$o QV- inciso 1III & G ?uando o indiv<duo e'i$e do Astado a edi/"o de uma lei para (a>er valer o seu direito Outros e'emplos! cria/"o de de(ensorias pDblicas- as a/0es a(irmativas por parte do Astado etc T O problema da le$isla/"o simb.lica * a previs"o das Cotas- institu<das por meio de lei- como tentativa de concreti>a/"o do princ<pio da i$ualdade; ADI e PROUNI * G 8 relator, da mesma %orma, re'utou descabida a a%irmao de que o art. 1 da ;ei 44.6FML166K a%rontaria o art. K, e ;!, da >7. Salientando que a i*ualdade valor que tem no combate aos %atores de desi*ualdade o seu modo 'r-'rio de reali(ao, entendeu que a desi*ualao em %avor dos estudantes que cursaram o ensino mdio em escolas ')blicas e os e*ressos de escolas 'rivadas que tivessem sido contem'lados com bolsa inte*ral constituiria discr$men que acom'anharia a toada da com'ensao de uma anterior e %actual in%erioridade. @ambm no acolheu a tese de que o art. 7 da norma em questo violaria o 'rinc$'io da autonomia universit#ria (>7, art. 167), visto que o O?8IC seria um 'ro*rama concebido 'ara o'erar 'or ato de adeso ou 'artici'ao absolutamente volunt#ria. =s*rimiu, ademais, o ar*umento de o%ensa ao 'rinc$'io da livre iniciativa (>7, art. 476), ao %undamento de que este 'ostulado ,# nasceria relativi(ado 'ela 'r-'ria >onstituio, 'ois a liberdade de iniciativa estaria su,eita aos limites im'ostos 'ela atividade normativa e re*uladora do =stado, que se ,usti%icasse 'elo ob,etivo maior de 'roteo de valores tambm *arantidos 'ela ordem constitucional e reconhecidos 'ela sociedade como relevantes 'ara uma e&ist+ncia di*na, con%orme os ditames da ,ustia social. Oor %im, rechaou o a'ontado desres'eito 'elo art. F da lei em causa ao art. K, ::::, da >7, 'orquanto a matria nele versada no seria de nature(a 'enal. 7risou que o re%erido dis'ositivo elencaria as )nicas san9es a'lic#veis aos casos de descum'rimento das obri*a9es, assumidas 'elo estabelecimento de ensino su'erior, de'ois da assinatura do termo de adeso ao 'ro*rama, sancionamento este que estaria a car*o do Ninistrio da =ducao, ao qual incumbiria, ainda, o controle e *erenciamento do 'ro*rama, 'or se tratar de matria essencialmente administrativa. A'-s, 'ediu vista dos autos o Nin. Goaquim Earbosa. A0 3336L07, rel. Nin. >arlos Eritto, 1.5.1662. (A0"3336) 5P AS AR^ES AFIR!ATI.AS O CONCEITO DE !INORIA APTO \ PROTERSO ESTATAL A%&o Af(rmat(+a * G ?ual?uer pro$rama pra inclus"o de minoria & % ?uest"o ! ?ual o conceito de minoria] Depende do local- do conte'to etc & G poss<vel ser a (avor do $8nero a/"o a(irmativa e- ao mesmo tempo- ser contrHrio a determinadas a/0es a(irmativas espec<(icas ?. TITULARIDADE DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS T D(re(tos Fun#amenta(s e Pessoa 3ur=#("a! Direito = i$ualdade- direito de resposta- de propriedade- si$ilo de correspond8ncia- inviolabilidade de domic<lio- $arantias de direito ad?uirido (direito ao nome)- ato #ur<dico per(eito- coisa #ul$ada- dentre outros & Portanto- a pessoa #ur<dica tambm titular de direitos (undamentais T Ca0a"(#a#e #e Fato e Ca0a"(#a#e #e D(re(to * % menoridade pode ser vista como um .bice ao e'erc<cio de Direitos Fundamentais] & O (ato de a pessoa ser incapa> n"o tem rela/"o com a titularidade de direitos (undamentais 5Q Q. DI!ENS^ES DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS: & Krata&se de teoria alem" dos direitos (undamentais & 4elacionado = percep/"o e (ormas de Astado adotadas em cada pa<s & 2eri(ica&se ?ue os direitos (undamentais s"o analisados na sociedade Duas dimens0es (maneiras) de encarar os direitos (undamentais & Kodo direito (undamental possui as duas dimens0es descritas abai'o Q.*. Sub1et(+a * nesse sentido- os direitos (undamentais s"o vistos sob a .ptica do su#eito passivo Corresponde = caracter<stica de os direitos (undamentais ense#arem uma pretens"o a ?ue se adote determinado comportamento- ou a um poder de vontade de produ>ir e(eitos sobre certas rela/0es #ur<dicas & G a (orma como indiv<duo pretende e'ercer seu direito (undamental A'! liberdade de e'press"o & O ?ue interessa a?ui a .tica do titular ao e'ercer determinado direito & %t mesmo a Constitui/"o nessa poca- praticamente n"o abordava os direitos (undamentais- apenas re$ulava os Astado Prevalecia a autonomia da vontade & Para ?ue a dimens"o sub#etiva se#a observada- ela deve estar de acordo com a dimens"o ob#etiva (interesse pDblico) P /ra da Codificao! :realncia da autonomia de ontade! Q./. Ob1et(+a staatliche )chutzpflichten ' >dever de prote*3o estatal?% & ?uando os direitos (undamentais s"o vistos como princ<pios bHsicos da ordem constitucional Os bens prote$idos s"o considerados como valores em si e podem impor restri/0es aos direitos (undamentais do pr.prio su#eito desses direitos e ob#eto da prote/"o #ur<dica ob#etiva & Oi$ni(ica ?uando os direitos (undamentais dei'am de ser analisados por valores em si mesmos em uma comunidade- sem se ater = .tica do titular do direito & Deve&se perceber os direitos (undamentais como valor para o meio social %?ui se insere a ideia do interesse pDblico & Por ?ue essa di(eren/a importante] Por?ue em determinadas sociedades a dimens"o ob#etiva t"o (orte ?ue vai $erar o dever de prote/"o estatal Por ve>es o interesse comum estarH em con(lito com a vontade do titular A'! Por ?ue o Astado me impede de in#etar ;ero<na & Assa a teoria ?ue le$itima a inter(er8ncia do Astado em nome dos valores relevantes para todos de uma comunidade- e ?ue por isso importante de(ender 5J Au)a 5H $ 5/75?7/5** & Eo )rasil- adota&se a teoria da prote/"o estatal ( a teoria da dimens"o ob#etiva) Eo a dimens"o ob#etiva sempre prevalece sobre a sub#etiva +as ;H casos em ?ue essas dimens0es na se distin$uem t"o (acilmente & Assa concep/"o estH li$ada = ideia de o Astado re$ular o interesse social- incluindo os direitos sociais P /ra da Constitucionalizao! :realncia do interesse 'Cblico! D "eoconstitucionalismo! As Cl<usulas Gerais! A'! obri$atoriedade do uso do cinto de se$uran/a- preserva&se o valor 2ID%- e IEKA,4ID%DA FnOIC%- ainda ?ue o su#eito n"o o ?ueira; & BAra da Constitucionali>a/"oC & G o momento em ?ue Constitui/"o passou a ser vista como a norma mais importante de ordenamento #ur<dico de um pa<s & Eeoconstitucionalismo & % constitui/"o vista como topo do ordenamento #ur<dico- (o direito a partir de valores da sociedade) E"o si$ni(ica ?ue (oi sur$imento da Constitui/"o- at por?ue #H ;aviam constitui/0es na dimens"o sub#etiva & %?ui- si$ni(ica tambm ?ue todas as demais normas devem ser interpretadas em aplicadas con(orme a Constitui/"o 2ale di>er ?ue nem tudo o ?ue n"o previsto em lei- serH permitido- como autonomia da vontade Di(erente da dimens"o sub#etiva & % clHusula $eral um das alternativas ?ue o intrprete tem para di>er ?ue determinada autonomia da vontade n"o atende ao interesse social- por e'emplo- n"o atende = (un/"o social- n"o observa do princ<pio da boa&( ob#etiva etc (?ue s"o clausuras $erais) P A 7uesto da transfuso de San9ue ? Ds Eestemunhas de Feo< & Eeste caso a dimens"o ob#etiva di> ?ue o direito = vida prevalece sobre a liberdade reli$iosa E. SU3EITO PASSI.O DOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS. A EFIC]CIA AORIZONTAL :D3;EE4;3G@"G; & Keoria da e(icHcia dos direitos * G outra alternativa para resolver o problema da observYncia do interesse pDblico ou da autonomia da vontade Ocorre ?uando o direito (undamental de um se c;oca com direito (undamental de outro Pressup0es as dimens0es ob#etiva e sub#etiva dos direitos (undamentais Ef("C"(a +ert("a) #os #(re(tos fun#amenta(s * o indiv<duo tendo ?ue se submete = vontade do Astado & O problema se coloca ?uando a outra pessoa ?ue estH limitando o seu direito (undamental n"o o Astado- mas outro particular %?ui se estH na dimens"o sub#etiva das partes Os valores envolvidos ser"o ponderados para ?ue se c;e$ue = dimens"o ob#etiva %?ui e(icHcia ;ori>ontal (e' conven/"o de condom<nio- por?ue al$um #H le$islou e convencionou antes- 55 contudo nem sempre o Astado poderH prever todas as situa/0es) Kudo dependerH dos valores Bvi$entesC na sociedade & Kais con(litos de direitos (undamentais ser"o en(rentados ou pela pondera/"o ?ue c;e$ue = dimens"o ob#etiva ou pela aplica/"o de clHusulas $erais (estas Dltimas podem estar na dimens"o ob#etiva) & % e(icHcia ;ori>ontal serH muito comum entre os direitos de particulares- ?ue est"o em mesmo n<vel de i$ualdade E.*. Kradicionalmente e ;istoricamente- o su#eito passivo dos Direitos Fundamentais (oi o Poder PDblico De (ato- os primeiros Direitos Fundamentais sur$iram devido = necessidade de limita/"o do Astado; E./. % partir da percep/"o de ?ue os Direitos Fundamentais possuem uma dimens"o ob#etiva- a obri$ar n"o somente o Astado- observa&se ?ue o respeito aos direitos (undamentais tambm deve partir dos pr.prios indiv<duos- nas suas rela/0es entre si A'emplo! diante do princ<pio constitucional da i$ualdade- poss<vel ?ue um pai doe ?uota dispon<vel a apenas um dos seus (il;os- em detrimento dos demais] O"o poss<veis restri/0es aos direitos (undamentais previstas em contrato] O problema da o(ensa = autonomia privada O problema da veda/"o das clHusulas puramente potestativas E.8. C.di$o Civil! %rt 122 O"o l<citas- em $eral- todas as condi/0es n"o contrHrias = lei- = ordem pDblica ou aos bons costumes; entre as condi/0es de(esas se incluem as ?ue privarem de todo e(eito o ne$.cio #ur<dico- ou o su1e(tarem ao 0uro arb=tr(o #e uma #as 0artes %rt 1J19 O"o ine(ica>es a condi/"o e o termo apostos ao ato de recon;ecimento do (il;o 06/06/2008 - 08h00 MP investigar caso de shopping que barrou entrada de jovens da periferia em Curitiba Marcus Vincius Gomes Especial para o UOL Em Curitiba O +inistrio PDblico do ParanH in(ormou nesta ?uarta (P) ?ue vai investi$ar as denDncias envolvendo #ovens da peri(eria ?ue (oram barrados por se$uran/as na entrada do O;oppin$ Paladium- inau$urado recentemente em Curitiba (P4) 4achada do shopping Palladium, !ue tem selecionado seus clientes. IH duas semanas- cerca de 1QU adolescentes promoveram um protesto em (rente ao s;oppin$ depois ?ue um $rupo (oi impedido de entrar- sob a ale$a/"o de ?ue representava eriscoe para os clientes e poderia epromover badernae Os #ovens mais visados 56 seriam oriundos da peri(eria- vestidos com camisas de clubes e tra#es de ;ip&;op (roupas e'a$eradamente lar$as) % Promotoria de De(esa do Consumidor de Curitiba- .r$"o do +inistrio PDblico- determinou a abertura de procedimento para apurar as denDncias Oe$undo o(<cio e'pedido pelo promotor de @usti/a +a'imiliano 4ibeiro Deliberador- responsHvel pelo caso- a promotoria vai apurar- entre outras ?uest0es- se ;ouve o(ensa a princ<pios $arantidos pela Constitui/"o Federal- como a i$ualdade perante a lei- sem distin/"o de ?ual?uer nature>a e o direito ?ue todos t8m para reunir&se paci(icamente- sem armas- em locais abertos ao pDblico independentemente de autori>a/"o Eo in<cio da semana- depois de manter a determina/"o impedindo o acesso de $rupos de mais de ?uatro #ovens- a dire/"o do s;oppin$ ne$ou ?ual?uer tipo de discrimina/"o e $arantiu ?ue as restri/0es s"o em rela/"o ao comportamento e =s atitudes O consultor #ur<dico da %ssocia/"o Comercial do ParanH- Cleverson +arin;o Kei'eira- a(irmou ?ue s;oppin$s t8m o direito de evitar a presen/a de $rupo de pessoas ?ue representem risco de tumulto e sustentou ?ue- eainda ?ue se trate de local pDblico- o s;oppin$ tambm uma propriedade particular- #H ?ue teria um donoe & G poss<vel proibir uma pessoa de entrar em s;oppin$ por?ue possivelmente arruaceiro] Pode&se impedir uma mani(esta/"o dentro um s;oppin$] O"o casos de e(icHcia ;ori>ontal dos direitos (undamentais !a(s sobre Cur(t(ba De acordo com o o(<cio do +P- o s;oppin$ tem cinco dias para se pronunciar sobre o caso Asta a se$unda pol8mica em ?ue o Palladium se envolve desde a sua inau$ura/"o- no dia 1U do m8s passado O +P tambm a#ui>ou a/"o civil pDblica na 9 2ara C<vel de Curitiba- ?uestionando a abertura do s;oppin$ sem ?ue este atestasse as devidas condi/0es de se$uran/a Outros s9o00(ngs #a "(#a#e tOm regras (#Ont("as % determina/"o do Palladium de barrar o acesso de $rupo de adolescentes da peri(eria estende&se tambm para outros s;oppin$s da capital paranaense Os se$uran/as do O;oppin$ Curitiba- locali>ado na ?uadrilHtero central da capital- por e'emplo- recebem ordens para limitar a entrada de $rupos de #ovens e ainda s"o orientados a impedir ?ue eles se reDnam nas pra/as de alimenta/"o e% ordem dispersare- di> um se$uran/a ?ue pre(ere n"o se identi(icar O mesmo ocorre no O;oppin$ CrZstal e no O;oppin$ Asta/"o- ?ue reDnem um $rande nDmero de adolescentes- principalmente nos (ins de semana % determina/"o- ainda ?ue velada- evitar a entrada de mais de dois adolescentes e dar epre(er8nciae a casais Am comunicado divul$ado nesta semana a %ssocia/"o )rasileira de )ares e Casas Eoturnas (%brabar) mani(estou&se a (avor das determina/0es impostas pelo O;oppin$ Paladium e sustentou ?ue elas s"o a Dnica (orma de um eestabelecimento salva$uardar seu ne$.cio e $arantir a tran?uilidade de seus clientese 57 Oe$undo o presidente da %brabar- FHbio %$uaZo- muitos bares e casas noturnas a(i'am carta>es na entrada estipulando as re$ras da casa eAssa a Dnica (orma de evitar bri$as e atender bem a clientelae- a(irma Garota expulsa de shopping nos EUA processa estabelecimento 30/09/2008 - 09:38 Alem foi e(pulsa de um shopping em :ichmond, TentucUV, por causa do tamanho do vestido !ue usava. 4otoW :eproduoQ<"deoQ-,XTY3 Kcmber)c C)em- 2U- estudante universitHria ?ue (oi e'pulsa de um s;oppin$ em 4ic;mond- no RentucSZ- AM%- por causa do comprimento de seu vestido- in$ressou na #usti/a contra o estabelecimento e a empresa responsHvel pela se$uran/a do local Oe$undo FesleZ )ro[ne- advo$ado de RZmberlZ- o s;oppin$ tem se recusado a entrar em contato com sua cliente desde o dia do ocorrido- 1U de a$osto % #ovem e'i$ia um pedido de desculpas (ormal da $er8ncia do 4ic;mond +all Oe$undo in(orma/0es divul$adas na Dltima se'ta&(eira- 2J- pela emissora de K2 FK2o- a $arota acusa o s;oppin$ de a$ress"o- cHrcere privado e conduta abusiva & % limita/"o mediata opera&se pela aplica/"o de clHusulas $erais % limita/"o imediata resolve&se mediante a e(icHcia ;ori>ontal dos direitos (undamentais E.6. A EFIC]CIA AORIZONTAL NOS EUA. A TEORIA DA SEAE/ ACE;D". T O tema posto em discuss"o no #ul$amento do 1ivil Rights 1ases era se o %to dos Direitos Civis de 165Q 3 - por meio do ?ual se proibiam discrimina/0es 9 %to dos Direitos Civis de 165Q Oe/"o 1 Lue todas as pessoas sob a #urisdi/"o dos Astados Mnidos possam ter direito = completa e ao i$ual aproveitamento de acomoda/0es- vanta$ens- (acilidades e privil$ios em ;ospedarias- transportes pDblicos terrestres ou mar<timos- teatros- e outros lu$ares de entretenimento pDblico- su#eitos apenas =s condi/0es e =s limita/0es estabelecidas em leis e 6U Au)a 5L $ 5L75?7/5** raciais em ;otis- meios de transporte- teatros e demais lu$ares de entretenimento- violava ou n"o a Dcima Luarta Amenda = Constitui/"o norte&americana & Eeste #ul$amento- a Ouprema Corte disse a lei n"o podia limitar autonomia de vontade entre particulares % autonomia do particular s. podia ser superada se no outro polo estivesse o Astado & Oomente o caso concreto ?ue dirH ?ual direito de particular irH prevalecer- ou se#a- ?ual serH observado em detrimento do outro & Eo Ymbito de direitos privados- ;H ?ue se ter ainda mais ra>oabilidade para limitar o direito do particular & % )tate .ction (AM%) n"o se trata propriamente de uma e(icHcia ;ori>ontal- mas dia$onal (?uando envolve direitos entre particulares- mas o direito em discuss"o tem (un/"o pDblica) % )tate .ction busca e?uiparar a (un/"o desenvolvida por determinada entidade particular a (un/"o pDblica 2isa relativi>ar teoria da autonomia da vontade Assa teoria n"o ?uer di>er e'atamente Astado- mas ?uase isso IH uma preponderYncia em (ace dos direitos particulares comuns Fun/"o pDblica predominante % )tate .ction relativi>a a ne$ativa/"o da teoria da e(icHcia ;ori>ontal nos AM% & O termo Bdia$onalC (oi criado pela pro(essora T O 1ivil Rights 1ase demonstrou o con(lito das di(erentes correntes de pensamento ?ue e'istiam na Ouprema Corte- entre os liberais e os conservadores % vis"o conservadora adotava um entendimento restrito- acreditando ?ue a Amenda Dcima Kerceira t"o&somente abolira a escravid"o e ?ue a Amenda Dcima Luarta prote$ia os recm&libertos apenas da discrimina/"o e(etuada pelo Astado Eesse sentido- uma lei votada pelo Con$resso n"o poderia (i'ar re$ras de conduta para particulares- (undamentando&se na Dcima Luarta Amenda % posi/"o liberal- por sua ve>- acreditava ?ue as Amendas prote$iam os ne$ros de aplicHveis sem distin/0es a todos os cidad"os- de todas as ra/as e cores- sem levar em considera/"o nen;uma condi/"o de servid"o Oe/"o 2 Lue todas as pessoas ?ue violarem a se/"o precedente- por ne$arem a ?ual?uer cidad"o- e'ceto por ra>0es determinadas em lei e aplicHveis a todos os cidad"os de cada ra/a e cor- e sem levar em considera/"o ?ual?uer condi/"o prvia de servid"o- o completo aproveitamento de ?ual?uer uma das acomoda/0es- vanta$ens- (acilidades ou privil$ios enumerados na se/"o anterior- ou por a#udar ou incitar essa ne$a/"o- deve- por cada uma das o(ensas- entre$ar e pa$ar a importYncia de pQUU para a pessoa a(li$ida com a sua atitude- como ressarcimento em uma a/"o de dbito- com custas totais- e deve- alm- para cada uma das o(ensas- ser considerado culpado de contraven/"o- e sobre esta condena/"o deve ser multado por n"o menos ?ue pQUU e n"o mais ?ue p1UUU- ou ent"o deve ser aprisionado por n"o menos ?ue 9U dias e n"o mais ?ue 1 ano Determine&se ?ue todas as pessoas possam escol;er ou processar pela penalidade supramencionada- ou proceder con(orme os costumes e estatutos le$ais- e ;avendo eleito processar de uma maneira ou de outra- cessam&se os direitos a procederem em outra #urisdi/"o +as esta provis"o n"o deve ser aplicada a procedimentos criminais- tampouco sobre este ato ou lei criminal de ?ual?uer Astado A determine&se- tambm- ?ue uma condena/"o em (avor da parte pre#udicada- ou um #ul$amento sob acusa/"o- deve ser uma restri/"o a um dos processos- respectivamente 61 ?ual?uer tipo de mani(esta/"o preconceituosa- pouco importando ?uem as e'ecutasse- se os particulares ou se o Astado & % suprema corte (i'ou a?ui ?ue- no Ymbito- privado- era poss<vel discriminar- s. ?ue apenas o estado poderia (a>er isso T O 2ustice )radleZ (ormulou o pensamento ma#oritHrio e- por 6 votos a 1- prevaleceu o entendimento conservador de ?ue a Amenda Dcima Luarta apenas prote$ia os cidad"os da discrimina/"o estatal Oe$undo esse entendimento- a Nei dos Direitos Civis de 165Q se constitu<a em uma tentativa indevida de o Con$resso re$ular as rela/0es privadas O Kribunal entendeu ?ue a Dcima Luarta Amenda n"o proibia os atos discriminat.rios praticados por indiv<duos particulares- mas apenas os praticados por atos do ,overno- declarando ent"o a inconstitucionalidade da Nei dos Direitos Civis O (ato de um particular n"o aceitar a presen/a de ne$ros em seu estabelecimento ou ;otel n"o violava a Constitui/"o- uma ve> ?ue o particular n"o representava o Astado Assa maneira de pensar restritivamente os direitos dos ne$ros condu>iu = era de se$re$a/"o e de discrimina/"o nos Astados Mnidos da %mrica T A 0art(r #essa #e"(s&o4 assentou$se na Su0rema Corte o enten#(mento #e Wue a 0rote%&o aos #(re(tos fun#amenta(s 0re+(stos na Const(tu(%&o e nas suas emen#as ser(a a0)("a#a a0enas a ent(#a#es go+ernamenta(s4 e n&o em re)a%&o a entes 0r(+a#os. A0enas a D,"(ma Ter"e(ra Emen#a4 0or me(o #a Wua) se abo)(u a es"ra+(#&o4 esta+a #(re"(ona#a a 0art("u)ares T %os poucos a Ouprema Corte norte&americana (oi alar$ando o conceito de -stado - ampliando a no/"o do su#eito ativo ?ue pode vir a o(ender os direitos dos cidad"os Oe$undo a teoria do )tate .ction - a Corte recon;ece ?ue al$umas atividades e'ercidas por particulares possuem um carHter eminentemente pDblico- desempen;ando praticamente uma (un/"o estatal- e ?ue- assim- as suas condutas poderiam ser limitadas pelas restri/0es estabelecidas pelos direitos (undamentais previstos na Constitui/"o e nas emendas constitucionais & )tate .ction * uma teoria ?ue visa conse$uir dar abertura para ?ue o @udiciHrio apli?ue #ul$ue com base na teoria da e(icHcia ;ori>ontal %?ui- os americanos come/aram a inserir aos poucos al$umas condicionantes- sobretudo para de(inir o ?ue seria a/"o estatal & Ea prHtica- o direito americano ora (le'ibili>arH- ora restrin$irH a abran$8ncia da (un/"o pDblica (state action)- con(orme a conveni8ncia ou mel;or solu/"o determinada situa/"o E.? A 3ur(s0ru#On"(a #o Su0remo Tr(buna) Fe#era): T 4A nV 1Q621Q- 4el +inistro +arco %urlio! 62 6++0E3AT8HA 5 E[6<=/?+ DE A//+68AD+ 5 6A3ZTE3 0=N8T8H+ 5 DEH8D+ 03+6E//+ <E4A<. Na 'ip1tese de e%cluso de associado decorrente de conduta contrria aos estatutos, impWe5se a observ.ncia ao devido processo le$al, viabilizado o e%erccio amplo da de"esa. /imples desa"io do associado & assembleia $eral, no que toca & e%cluso, no - de molde a atrair adoo de processo sumrio. +bserv.ncia obri$at1ria do pr1prio estatuto da cooperativa.` & %preciou a e'puls"o de associado sem teori>ar (nem mencionar) sobre e(icHcia ;ori>ontal sobre direito (undamental- apesar de ter aplicado a e(icHcia ;ori>ontal T 4A&2U1617 & Oociedade Civil de Direito Privado e %mpla De(esa ?= 16424F L ?G " ?8 0= GAC=?8 ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8 ?elator(a): Nin. =;;=C B?A>= ?elator(a) 'L Ac-rdo: Nin. B;NA? N=C0=S Gul*amento: 44L46L166K Ur*o Gul*ador: Se*unda @urma EMENTA) /+68EDADE 68H8< /EM 78N/ <=63AT8H+/. =N8?+ M3A/8<E83A DE 6+M0+/8T+3E/. E[6<=/?+ DE /E68+ /EM 4A3ANT8A DA AM0<A DE7E/A E D+ 6+NT3AD8TE38+. E786Z68A D+/ D83E8T+/ 7=NDAMENTA8/ NA/ 3E<A>QE/ 038HADA/. 3E6=3/+ DE/03+H8D+. 8. E786Z68A D+/ D83E8T+/ 7=NDAMENTA8/ NA/ 3E<A>QE/ 038HADA/. As violaWes a direitos "undamentais no ocorrem somente no .mbito das relaWes entre o cidado e o Estado, mas i$ualmente nas relaWes travadas entre pessoas "sicas e (urdicas de direito privado. Assim, os direitos "undamentais asse$urados pela 6onstituio vinculam diretamente no apenas os poderes p,blicos, estando direcionados tamb-m & proteo dos particulares em "ace dos poderes privados. 88. +/ 038N6K08+/ 6+N/T8T=68+NA8/ 6+M+ <8M8TE/ _ A=T+N+M8A 038HADA DA/ A//+68A>QE/. A ordem (urdico5 constitucional brasileira no con"eriu a qualquer associao civil a possibilidade de a$ir & revelia dos princpios inscritos nas leis e, em especial, dos postulados que tYm por "undamento direto o pr1prio te%to da 6onstituio da 3ep,blica, notadamente em tema de proteo &s liberdades e $arantias "undamentais. + espao de autonomia privada $arantido pela 6onstituio &s associaWes no est imune & incidYncia dos princpios constitucionais que asse$uram o respeito aos direitos "undamentais de seus associados. A autonomia privada, que encontra claras limitaWes de ordem (urdica, no pode ser e%ercida em detrimento ou com desrespeito aos direitos e $arantias de terceiros, especialmente aqueles positivados em sede constitucional, pois a autonomia da vontade no con"ere aos particulares, no domnio de sua incidYncia e atuao, o poder de trans$redir ou de i$norar as restriWes postas e de"inidas pela pr1pria 6onstituio, cu(a e"iccia e "ora normativa tamb-m se impWem, aos particulares, no .mbito de suas relaWes privadas, em tema de liberdades "undamentais. 888. 69 /+68EDADE 68H8< /EM 78N/ <=63AT8H+/. ENT8DADE ]=E 8NTE43A E/0A>+ 0LM<86+, A8NDA ]=E N?+5E/TATA<. AT8H8DADE DE 6A3ZTE3 0LM<86+. E[6<=/?+ DE /E68+ /EM 4A3ANT8A D+ DEH8D+ 03+6E//+ <E4A<.A0<86A>?+ D83ETA D+/ D83E8T+/ 7=NDAMENTA8/ _ AM0<A DE7E/A E A+ 6+NT3AD8TE38+. As associaWes privadas que e%ercem "uno predominante em determinado .mbito econUmico e;ou social, mantendo seus associados em relaWes de dependYncia econUmica e;ou social, inte$ram o que se pode denominar de espao p,blico, ainda que no5 estatal. A =nio Mrasileira de 6ompositores 5 =M6, sociedade civil sem "ins lucrativos, inte$ra a estrutura do E6AD e, portanto, assume posio privile$iada para determinar a e%tenso do $ozo e "ruio dos direitos autorais de seus associados. A e%cluso de s1cio do quadro social da =M6, sem qualquer $arantia de ampla de"esa, do contradit1rio, ou do devido processo constitucional, onera consideravelmente o recorrido, o qual "ica impossibilitado de perceber os direitos autorais relativos & e%ecuo de suas obras. A vedao das $arantias constitucionais do devido processo le$al acaba por restrin$ir a pr1pria liberdade de e%erccio pro"issional do s1cio. + carter p,blico da atividade e%ercida pela sociedade e a dependYncia do vnculo associativo para o e%erccio pro"issional de seus s1cios le$itimam, no caso concreto, a aplicao direta dos direitos "undamentais concernentes ao devido processo le$al, ao contradit1rio e & ampla de"esa @art. IR, <8H e <H, 67;VVA. 8H. 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ DE/03+H8D+. & %?ui- ,ilmar +endes teori>ou sobre a e(icHcia ;ori>ontal De(endeu essa e(icHcia se aplica no )rasil Luanto mais relevante o direito em #o$o- mais necessHria a aplica/"o da e(icHcia ;ori>ontal- e vice&versa 3E B9B!GF ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ 3elator@aA) Min. 6A3<+/ HE<<+/+ 2ul$amento) !C;BD;BCC9 Er$o 2ul$ador) /e$unda Turma 0ublicao) D2 DATA5BC5B!5BCC: 005DDDI: EMENT H+<5DBVC95DG 005DD:I9 EMENTA) 6+N/T8T=68+NA<. T3AMA<\+. 038N6K08+ DA 84=A<DADE. T3AMA<\AD+3 M3A/8<E83+ EM03E4AD+ DE EM03E/A E/T3AN4E83A) E/TAT=T+/ D+ 0E//+A< DE/TA) A0<86AM8<8DADE A+ T3AMA<\AD+3 E/T3AN4E83+ E A+ T3AMA<\AD+3 M3A/8<E83+. 6.7., BC9:, art. BIF, S BR* 6.7., BCVV, art. IR, caput. 8. 5 Ao recorrente, por no ser "rancYs, no obstante trabal'ar para a empresa "rancesa, no Mrasil, no "oi aplicado o Estatuto do 0essoal da Empresa, que concede vanta$ens aos empre$ados, cu(a aplicabilidade seria restrita ao empre$ado de nacionalidade "rancesa. +"ensa ao princpio da i$ualdade) 6.7., BC9:, art. BIF, S BR* 6.7., BCVV, art. IR, caputA. 88. 5 A discriminao que se baseia em atributo, qualidade, nota intrnseca ou e%trnseca do indivduo, como o se%o, a raa, a nacionalidade, o credo reli$ioso, etc., - inconstitucional. 0recedente do /T7) A$ BBD.VG9@A$3$A503, 6-lio 6P Mor(a, 3T2 BBC;G9I. 888. 5 7atores que autorizariam a desi$ualizao no ocorrentes no caso. 8H. 5 3.E. con'ecido e provido. & %?ui- o OKF disse ?ue n"o podia- pois os empre$ados (a>iam as mesmas (un/0es 3E B9D!!! ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ 3elator@aA) Min. /E0L<HEDA 0E3TEN6E 2ul$amento) BB;DG;BCCI Er$o 2ul$ador) 038ME83A T=3MA 0ublicao) D2 DATA5DB5DC5BCCI 005!:GD! EMENT H+<5DB:CV5D: 005DBGGF E M E N T A 5 8. 3ecurso e%traordinrio) le$itimao da o"endida 5 ainda que equivocadamente arrolada como testemun'a 5, no 'abilitada anteriormente, o que, porem, no a inibe de interpor o recurso, nos quinze dias se$uintes ao termino do prazo do Minist-rio 0,blico , @/T7, /ums. !BD e GGVA. 88. 6onstran$imento ile$al) submisso das operarias de ind,stria de vesturio a revista intima, sob ameaa de dispensa* sentena condenat1ria de primeiro $rau "undada na $arantia constitucional da intimidade e ac1rdo absolut1rio do Tribunal de 2ustia, porque o constran$imento questionado a intimidade das trabal'adoras, embora e%istente, "ora admitido por sua adeso ao contrato de trabal'o) questo que, mal$rado a sua relev.ncia constitucional, ( no pode ser solvida neste processo, dada a prescrio superveniente, contada desde a sentena de primeira inst.ncia e (amais interrompida, desde ento. & O OKF entendeu ?ue n"o seria tolerada a revista <ntima H. Re)a%'es Es0e"(a(s #e Su1e(%&o #os D(re(tos Fun#amenta(s & Luando os titulares dos direitos est"o em uma posi/"o sin$ular diante dos Poderes PDblicos- como por e'emplo os +ilitares- FuncionHrios PDblicos- Presos- Astran$eiros n"o&residentes no Pa<s A'emplo! militar * su#eito a sistema de direitos di(erentes A' $reve de militar * n"o pode!
[> n 76.245. ?elator Ninistro >elso de Nello. 0G 15L6MLF5. A administrao 'enitenci#ria, com %undamento em ra(9es de se*urana ')blica, de disci'lina 'risional ou de 'reservao da ordem ,ur$dica, 'ode, sem're e&ce'cionalmente, e desde que res'eitada a norma inscrita no art. 54, 'ar#*ra%o )nico, da ;ei n 7.146L25, 'roceder interce'tao da corres'ond+ncia remetida 'elos sentenciados, eis que a cl#usula tutelar da inviolabilidade do si*ilo e'istolar no 'ode constituir instrumento de salva*uarda de 'r#ticas il$citas. 6Q >? 46K73 L E= >A?@A ?8BA@U?A ?elator(a) Nin. NA?>8 AI?H;8 0G 0A@A"6FL6KL1663 O " 66611 Gul*amento 1KL65L1663 0=>ST8 >A?@A ?8BA@U?A " >INO?N=C@8 OA?>A;. 4. >om esta carta ro*at-ria, ori*in#ria do @ribunal de Orimeira nst<ncia de Eru&elas, no ?eino da El*ica, ob,etiva"se a reali(ao das se*uintes 'rovid+ncias (%olha 13 1K): 4) !eri%icar se as 'essoas se*uintes so conhecidas dos servios de 'ol$cia e das autoridades ,udici#rias do 'a$s: " bCB=;A SA>?AN=C@8 SAC@8S " NJ?8 EABC8;C, ali#s NA?8 0=;!AI:, ali#s NA?8 0=NA?S " OAI;8 >=;S8 SAC@8S >=?QI=?A " G8?B= AC@UC8 " AE0A;A AEI7[=;= 1) !eri%icar se os eventuais 'rocessos re'ressivos que lhes di(em res'eito im'licam nacionais euro'eus, bel*as ou estran*eiros residentes na =uro'a ou na El*ica. 3) !eri%icar se os 'recitados constam de uma ou v#rias sociedades de direito brasileiro e, em caso 'ositivo, identi%icar o ob,eto social, os estatutos, o ou os res'ons#veis, bem como os bens mobili#rios e imobili#rios de que se,a ou se,am titulares, ane&ar ainda documentao %inanceira sobre a ou as sociedades e qualquer outro elemento de interesse 'ara a instruo em causa. 5) !eri%icar se os 'recitados so 'ro'riet#rios no Erasil de bens mobili#rios eLou imobili#rios, identi%ic#"los e determinar"lhes o valor e a ori*em. K) Orosse*uir o inqurito nos or*anismos %inanceiros e banc#rios da 'raa e 'articularmente os que %a(em 'arte da e&'osio dos %actos acima, isto , EAC>8 08 E?AS;, [SE> EAN=?C0IS e 7CC!=S@ =SO=>A;. Se necess#rio %or 'ara obter as in%orma9es requeridas, 'roceder ou mandar 'roceder a uma 'erquirio nos seus 'r-'rios locais 'ara: a. identi%icar os co%res e as contas abertas em nome de: " bn*ela SA>?AN=C@8 SAC@8S " N#rio EABC8;C " N#rio 0=;!AI: " N#rio 0=NA?S " a sociedade S8NA@=: ou sobre os quais a ou as 'essoas 'recitadas 'ossuiriam uma 'rocurao. nsisto alm disso no interesse da mani%estao da verdade que o seu servio 'roceda, o mais ra'idamente 'oss$vel, ao bloqueio 'rovis-rio e con%iscao de todas as contas, co%res e haveres assim identi%icados. b. 'roceder a uma 'erquirio nos co%res identi%icados com vista a 'rocurar qualquer 'ea com'rometedora ou elemento susce't$vel de estar relacionado com o 'resente 'rocesso. c. comunicar a c-'ia dos documentos relativos abertura de contas e co%res, desi*nao do bene%ici#rio econVmico, aos mandatos e 'rocura9es e s aberturas de crdito. d. comunicar o hist-rico desde a data de abertura das contas at ao 'resente, bem como c-'ia dos elementos com'rovativos e de todos os documentos que 'ermitam determinar a ori*em e o destino dos %undos e&istentes na conta ou que 'or ela transitaram. e. con%iscar nos co%res identi%icados todos os documentos relativos s transa9es %inanceiras que 'ossam ter transitado ou tenham sido movimentadas 'ela ou 'elas 'essoas 'recitadas, e isto com vista a determinar a ori*em e o destino dos res'ectivos %undos. M) Nandar 'roceder 'elos servios de 'ol$cia com'etentes audio circunstanciada do denominado Oaulo >elso SAC@8S >=?QI=?A quanto: " s suas atividades 'ro%issionais, " aos seus rendimentos e encar*os, " aos seus bens mobili#rios e imobili#rios, " s trans%er+ncias em euros e%etuadas 'elo denominado N#rio EABC8;C 'ara a sua conta n 671M327566 no EAC>8 @AI S.A., Avenida do =stado KK33, E?" 6346K666 SO So Oaulo, ao %inanciamento da aquisio da ou das suas salas de des'orto. 7) Oroceder, ou mandar 'roceder, a todo o dever com'lementar 6J )til ao inqurito. 2) =nviar"nos, o mais ra'idamente 'oss$vel, a 'resente comisso ro*at-ria acom'anhada ,untamente com as 'eas relativas sua e&ecuo. 0e acordo com o arti*o 11M e P 1 do ?e*imento nterno do Su'remo @ribunal 7ederal, determinei, em K de novembro de 1661, %ossem intimados os interessados (%olha 3K). A Orocuradoria Beral da ?e')blica, s %olhas 24, 21 e 2M, 'reconi(a o de%erimento da e&ecuo a'enas no que di( res'eito veri%icao da e&ist+ncia de inquritos 'oliciais ou de 'rocessos ,udiciais alusivos aos interessados, no alcanando os atos que a%rontem /a *arantia constitucional do si*ilo e, consequentemente, a soberania nacional/, tais como a /identi%icao de co%res e contas abertos, movimenta9es e hist-ricos das contas, bloqueio 'rovis-rio e con%isco de contas, co%res e haveres/. 8 Ninistrio O)blico o'ina, quanto interessada bn*ela Sacramento Santos " 'or se encontrar 'resa na El*ica e res'ondendo a 'rocesso naquele 'a$s ", 'ela concesso da e&ecuo 'ara que se,am obtidas /in%orma9es relativas a v$nculo com sociedades de direito brasileiro, bem como aos res'ectivos ob,etos sociais, estatutos, res'ons#veis e a titularidade de bens m-veis e im-veis/, re*istrando ainda a 'ossibilidade do %ornecimento de dados sobre eventuais bens m-veis e im-veis de 'ro'riedade da interessada, com a identi%icao dos valores e da ori*em. Co que concerne aos interessados N#rio Ea*nolini e Abdala Abu%hele, o 'arecer 'ela ine&ist+ncia de -bice e&ecuo, 'or no serem brasileiros e no morarem aqui, no estando, assim, 'rote*idos 'elas *arantias constitucionais 'revistas no arti*o K da >arta Ool$tica da ?e')blica. 1. >oncedo a e&ecuo 'arcial do ob,eto desta carta, a ser cum'rida no tocante ao %ornecimento de in%orma9es 'essoais, 'oliciais e 'rocessuais atinentes a todos os interessados, bem como no que tan*e ao encaminhamento dos dados re%erentes bn*ela Sacramento dos Santos. As demais medidas, se,a 'or contarem com car#ter e&ecut-rio, se,a 'or o%enderem a soberania nacional e a ordem ')blica, no merecem ser cum'ridas. 0estaco que as in%orma9es relacionadas com os interessados N#rio Ea*nolini e Abdala Abu%hele 'odero ser 'restadas sem qualquer restrio, ,# que so estran*eiros no residentes no Oa$s. 3. 8 instrumento deve ser enviado Gustia 7ederal no =stado de So Oaulo, ob,etivando as 'rovid+ncias cab$veis. ?essalto a necessidade de todo o em'enho 'oss$vel na locali(ao dos interessados. Ima ve( cum'rido, devolva"se a esta >orte, 'ara devoluo, 'or via di'lom#tica, ori*em. 5. Oublique"se. Eras$lia, 1K de abril de 1663. Ninistro NA?>8 AI?H;8 Oresidente D(feren%a entre Aomo)oga%&o #e senten%a e Carta Rogat2r(a & Carta rogat2r(a * comunica/"o ?ue o $overno estran$eiro ?uer dar con;ecimento a?ui no )rasil- e'ceto nos pa<ses do +ercosul- ?ue cabe ro$at.ria de nature>a e'ecut.ria (n"o tem nature>a decis.ria- uma comunica/"o * cita/"o- intima/"o etc E"o tem nature>a e'ecut.ria- a n"o ser no +A4COOMN Eo caso de nature>a e'ecut.ria s. seria poss<vel por ;omolo$a/"o de senten/a) & Aomo)oga%&o #e senten%a estrange(ra (?uando #H se tem decis0es #udiciais ou administradas de(initivas) & ato de nature>a e'ecut.ria P Estrange(ro n&o res(#ente no Kras() $ >arant(a #o #e+(#o 0ro"esso $ Interrogat2r(o 1u#("(a) $ Co$r,u Re0ergunta :Trans"r(%'es; AC L65*Q !C7SPd 65 ?=;A@8?: NC. >=;S8 0= N=;;8 EMENTA) \AMEA/ 6+30=/`. =S@?ACB=?8 CT8 08N>;A08 C8 E?AS;. >8C0ST8 GI?_0>A QI= CT8 8 0=SQIA;7>A >8N8 SIG=@8 0= 0?=@8S. O;=C@I0= 0= A>=SS8, =N >8CS=QjDC>A, A8S CS@?IN=C@8S O?8>=SSIAS 0= @I@=;A 0A ;E=?0A0=. ?=SO=@8, O=;8 O80=? ORE;>8, `S O?=??8BA@!AS GI?_0>AS QI= >8NO]=N 8 O?UO?8 =S@A@I@8 >8CS@@I>8CA; 08 0?=@8 0= 0=7=SA. A BA?AC@A >8CS@@I>8CA; 08 X0I= O?8>=SS 87 ;AkY >8N8 =:O?=SS!A ;N@AST8 ` A@!0A0= O=?S=>I@U?A 08 =S@A08 (C!=S@BAST8 O=CA; = O?8>=SS8 O=CA;). 8 >8C@=R08 NA@=?A; 0A >;JISI;A 0= BA?AC@A 08 X0I= O?8>=SSY. C@=??8BA@U?8 GI0>A;. CA@I?=^A GI?_0>A. O8SSE;0A0= 0= QIA;QI=? 08S ;@S>8CS8?@=S O=CAS OASS!8S 78?NI;A? ?=O=?BIC@AS A8S 0=NAS >8"?HIS, C8@A0AN=C@= S= AS 0=7=SAS 0= @AS A>ISA08S S= N8S@?A?=N >8;0=C@=S. O?=??8BA@!A GI?_0>A >IGA ;=B@NAST8 0=>8??= 08 O8S@I;A08 >8CS@@I>8CA; 0A ANO;A 0=7=SA. O?=>=0=C@= 08 S@7 (O;=C8). NABS@H?8 0A 08I@?CA. N=00A >AI@=;A? 0=7=?0A. DE68/?+: @rata"se de Xhabeas cor'usY, com 'leito de ordem cautelar, im'etrado contra deciso emanada de eminente Ninistro de @ribunal Su'erior da Inio, que, em sede de outra ao de Xhabeas cor'usY ainda em curso no Su'erior @ribunal de Gustia ([> 466.165LSO), dene*ou medida liminar que lhe havia sido requerida em %avor do ora 'aciente, que 'ossui nacionalidade russa, que tem domic$lio no ?eino Inido e 'ortador de 'assa'orte brit<nico (%ls. 61). Oresente tal conte&to, im'ende veri%icar, desde lo*o, se a situao 'rocessual versada nestes autos ,usti%ica, ou no, o a%astamento, sem're e&ce'cional, da S)mula MF4LS@7. >omo se sabe, o Su'remo @ribunal 7ederal, ainda que em car#ter e&traordin#rio, tem admitido o a%astamento, Xhic et nuncY, da S)mula MF4LS@7, em hi'-teses nas quais a deciso questionada divir,a da ,uris'rud+ncia 'redominante nesta >orte ou, ento, veicule situa9es con%i*uradoras de abuso de 'oder ou de mani%esta ile*alidade ([> 2K.42KLSO, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 W [> 2M.M35"N>L?G, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8 " [> 2M.2M5"N>LSO, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 " [> 27.5M2LSO, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 W [> 2F.61K"N>"A*?LSO, ?el. Nin. G8AQIN EA?E8SA " [> F6.441"N>LO?, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8, v.*.). Oarece"me que a situao e&'osta nesta im'etrao a,usta"se s hi'-teses que autori(am a su'erao do obst#culo re'resentado 'ela S)mula MF4LS@7. Oasso, em conseqZ+ncia, a e&aminar a 'ostulao cautelar ora dedu(ida nesta sede 'rocessual. >um're reconhecer, desde lo*o, 'or necess#rio, que o %ato de o 'aciente ostentar a condio ,ur$dica de estran*eiro e de no 'ossuir domic$lio no Erasil no lhe inibe, s- 'or si, o acesso aos instrumentos 'rocessuais de tutela da liberdade nem lhe subtrai, 'or tais ra(9es, o direito de ver res'eitadas, 'elo Ooder O)blico, as 'rerro*ativas de ordem ,ur$dica e as *arantias de $ndole constitucional que o ordenamento 'ositivo brasileiro 66 con%ere e asse*ura a qualquer 'essoa que so%ra 'ersecuo 'enal instaurada 'elo =stado. sso si*ni%ica, 'ortanto, na linha do ma*istrio ,uris'rudencial desta Su'rema >orte (?0A KKL4F1 W ?7 4F1L411) e dos @ribunais em *eral (?0A KFL31M W ?@ 341L3M3), que o s)dito estran*eiro, mesmo o no domiciliado no Erasil, tem 'lena le*itimidade 'ara im'etrar os remdios constitucionais, como o mandado de se*urana ou, notadamente, o Xhabeas corpusY: X1 Z in!uestionvel o direito de sditos estrangeiros a$uizarem, em causa pr5pria, a ao de [habeas corpus\, eis !ue esse remdio constitucional 1 por !ualificar1se como verdadeira ao popular 1 pode ser utilizado por !ual!uer pessoa, independentemente da condio $ur"dica resultante de sua origem nacional.Y (?@G 4M5L4F3"4F5, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8) >abe advertir, ainda, que tambm o estran*eiro, inclusive aquele que no 'ossui domic$lio em territ-rio brasileiro, tem direito ')blico sub,etivo, nas hi'-teses de 'ersecuo 'enal, observ<ncia e ao inte*ral res'eito, 'or 'arte do =stado, das 'rerro*ativas que com'9em e do si*ni%icado cl#usula do devido 'rocesso le*al, 'ois W como reiteradamente tem 'roclamado esta Su'rema >orte (?@G 435LKM"K2 W ?@G 477L52K"522 " ?@G 42KL3F3"3F5, v.*.) W a condio ,ur$dica de no"nacional do Erasil e a circunst<ncia de esse mesmo ru estran*eiro no 'ossuir domic$lio em nosso 'a$s no le*itimam a adoo, contra tal acusado, de qualquer tratamento arbitr#rio ou discriminat-rio. 8 %ato irrecus#vel um s-: o s)dito estran*eiro, ainda que no domiciliado no Erasil, assume, sem're, como qualquer 'essoa e&'osta a atos de 'ersecuo 'enal, a condio indis'on$vel de su,eito de direitos, cu,a intan*ibilidade h# de ser 'reservada 'elos ma*istrados e @ribunais deste 'a$s, es'ecialmente 'or este Su'remo @ribunal 7ederal. Cesse conte&to, im'9e"se, ao Gudici#rio, o dever de asse*urar, mesmo ao ru estran*eiro sem domic$lio no Erasil, os direitos b#sicos que resultam do 'ostulado do devido 'rocesso le*al, notadamente as 'rerro*ativas inerentes *arantia da am'la de%esa, *arantia do contradit-rio, i*ualdade entre as 'artes 'erante o ,ui( natural e *arantia de im'arcialidade do ma*istrado 'rocessante. A essencialidade dessa *arantia de ordem ,ur$dica reveste"se de tamanho si*ni%icado e im'ort<ncia no 'lano das atividades de 'ersecuo 'enal que ela se quali%ica como requisito le*itimador da 'r-'ria X'ersecutio criminisY. 0a$ a necessidade de se de%inir o alcance concreto dessa cl#usula de limitao que incide sobre o 'oder 'ersecut-rio do =stado. 8 e&ame da *arantia constitucional do Xdue process of la]Y 'ermite nela identi%icar al*uns elementos essenciais sua 'r-'ria con%i*urao, destacando"se, dentre eles, 'or sua inquestion#vel im'ort<ncia, as se*uintes 'rerro*ativas: (a) direito ao 'rocesso (*arantia de acesso ao Ooder Gudici#rio). (b) direito citao e ao conhecimento 'rvio do teor da acusao. (c) direito a um ,ul*amento ')blico e clere, sem dila9es indevidas. (d) direito ao contradit-rio e 'lenitude de de%esa (direito autode%esa e de%esa tcnica). (e) direito de no ser 'rocessado e ,ul*ado com base em leis Xe( post factoY. (%) direito i*ualdade entre as 'artes. (*) direito de no ser 'rocessado com %undamento em 'rovas revestidas de 67 ilicitude. (h) direito ao bene%$cio da *ratuidade. (i) direito observ<ncia do 'rinc$'io do ,ui( natural. (,) direito ao sil+ncio ('rivil*io contra a autoincriminao). (l) direito 'rova. e (m) direito de 'resena e de X'artici'ao ativaY nos atos de interro*at-rio ,udicial dos demais litisconsortes 'enais 'assivos, quando e&istentes. Co constitui demasia assinalar, neste 'onto, analisada a %uno de%ensiva sob uma 'ers'ectiva *lobal, que o direito do ru observ<ncia, 'elo =stado, da *arantia 'ertinente ao Xdue process of la]Y, alm de tradu(ir e&'resso concreta do direito de de%esa, tambm encontra su'orte le*itimador em conven9es internacionais que 'roclamam a essencialidade dessa %ranquia 'rocessual, que com'9e o 'r-'rio estatuto constitucional do direito de de%esa, enquanto com'le&o de 'rinc$'ios e de normas que am'aram qualquer acusado em sede de 'ersecuo criminal, mesmo que se trate de ru estran*eiro, sem domic$lio em territ-rio brasileiro, aqui 'rocessado 'or su'osta 'r#tica de delitos a ele atribu$dos. A ,usta 'reocu'ao da comunidade internacional com a 'reservao da inte*ridade das *arantias 'rocessuais b#sicas reconhecidas s 'essoas meramente acusadas de 'r#ticas delituosas tem re'resentado, em tema de 'roteo aos direitos humanos, um dos t-'icos mais sens$veis e delicados da a*enda dos or*anismos internacionais, se,a em <mbito re*ional, como o Oacto de So Gos da >osta ?ica (Arti*o 2), a'lic#vel ao sistema interamericano, se,a em <mbito *lobal, como o Oacto nternacional sobre 0ireitos >ivis e Ool$ticos (Arti*o 45), celebrado sob a *ide da 8r*ani(ao das Ca9es Inidas, e que re'resentam instrumentos que reconhecem, a qualquer ru, dentre outras liberdades eminentes, o direito 'lenitude de de%esa e s demais 'rerro*ativas que derivam da cl#usula concernente *arantia do devido 'rocesso. ?econhecido, desse modo, que o s)dito estran*eiro, mesmo aquele sem domic$lio no Erasil, tem direito a todas as 'rerro*ativas b#sicas que derivam da cl#usula constitucional do Xdue process of la]Y, 'asso a e&aminar o 'edido de medida cautelar ora %ormulado nesta sede 'rocessual. =, ao %a(+"lo, entendo que a ma*nitude do tema constitucional versado na 'resente im'etrao im'9e que se conceda a 'resente medida cautelar, se,a 'ara im'edir que se desres'eite uma *arantia institu$da 'ela >onstituio da ?e')blica em %avor de qualquer ru, se,a 'ara evitar eventual declarao de nulidade do 'rocesso 'enal instaurado contra o ora 'aciente e em curso 'erante a Gustia 7ederal da 4l Subseo Gudici#ria do =stado de So Oaulo (So OauloL>a'ital). A questo suscitada nesta causa concerne ao debate em torno da 'ossibilidade ,ur$dica de um dos litisconsortes 'enais 'assivos, invocando a *arantia do Xdue process of la]Y, ver asse*urado o seu direito de %ormular re'er*untas aos co"rus, quando do res'ectivo interro*at-rio ,udicial. 0a$ as ra(9es que do su'orte 'resente im'etrao dedu(ida em %avor de um s)dito estran*eiro que no 'ossui domic$lio no territ-rio brasileiro e que, no obstante tais circunst<ncias, 'retende ver res'eitado, em 'rocedimento 'enal contra ele instaurado, o direito 'lenitude de de%esa e ao tratamento 'arit#rio com o Ninistrio O)blico, em ordem a que se lhe *aranta, 'or intermdio de seus Advo*ados, X%...& a oportunidade de participao no interrogat5rio dos demais co1rus %...&Y (%ls. 65). Co %oi 'or outro motivo que os ora im'etrantes, 'ara ,usti%icar sua 'retenso, buscam, 'or este meio 'rocessual, que se 'ermita, X%...& aos defensores de co1ru, no s5 a [presena\ nos interrogat5rios dos demais co1rus, mas, igualmente, sua [participao ativa\ 1 nas e(atas palavras do Plenrio dessa egrgia Aorte no precedente citado %Ag: AP 0,/, Hin. 7U ^;A?@=H OA:O;2A& 1, o e(erc"cio do contradit5rio e da ampla defesa, formulando as reperguntas !ue entenderem necessrias, ficando a critrio do magistrado !ue preside o ato faz)1las, ou no, ao interrogando, de acordo com a pertin)ncia de cada esclarecimento re!ueridoY (%ls. 16 " *ri%ei). As ra(9es ora e&'ostas ,usti%icam W ao menos em ,u$(o de estrita delibao W a 'lausibilidade ,ur$dica da 'retenso dedu(ida nesta sede 'rocessual, es'ecialmente se se considerar o 'recedente que o Olen#rio desta Su'rema >orte %irmou no e&ame da matria: X%...& ACD; P'NA8 ;:=G=NM:=A %...&. =N3'::;GA3_:=;2 %...&. PA:3=A=PACD; 9;2 A;1:Z@2. AA:M3': 4AA@83A3=<;. =N3=HACD; 9;2 9'4'N2;:'2 N; ^@F`; 9'P:'AA9;. ....................................................... Z leg"timo, em face do !ue disp#e o artigo *aa do APP, !ue as defesas dos co1rus participem dos interrogat5rios de outros rus. 9eve ser fran!ueada 6 defesa de cada ru a oportunidade de participao no interrogat5rio dos demais co1rus, evitando1se a coincid)ncia de datas, mas a cada um cabe decidir sobre a conveni)ncia de comparecer ou no 6 audi)ncia %...&.Y (AO 576"A*?LNB, ?el. Nin. G8AQIN EA?E8SA " *ri%ei) Cin*um i*nora a im'ort<ncia de que se reveste, em sede de 'ersecuo 'enal, o interro*at-rio ,udicial, cu,a nature(a ,ur$dica 'ermite quali%ic#"lo, notadamente a'-s o advento da ;ei n 46.7F1L1663, como ato de de%esa (A0A O=;;=B?C B?C8!=?, X8 interro*at-rio como meio de de%esa (;ei 46.7F1L1663)Y, XinY ?evista Erasileira de >i+ncias >riminais n K3L42K" 166. BI;[=?N= 0= S8I^A CI>>, X>-di*o de Orocesso Oenal >omentadoY, '. 327, item n. 3, Ml ed., 1667, ?@. 0ANJS8 =. 0= G=SIS, X>-di*o de Orocesso Oenal AnotadoY, '. 475, 14l ed., 1665, Saraiva. 0?>=I A. 0. >C@?A G?., X>-di*o de Orocesso Oenal e sua nter'retao GurisdicionalY, coordenao: A;E=?@8 S;!A 7?AC>8 e ?I S@8>8, '. 4.214, 1l ed., 1665, ?@. 7=?CAC08 0A >8S@A @8I?C[8 7;[8, XOrocesso OenalY, vol. 3L1MF"173, item n. 4, 12l ed., 166M, Saraiva, v.*.), ainda que 'ass$vel de considerao, embora em 'lano secund#rio, como %onte de 'rova, em %ace dos elementos de in%ormao que dele emer*em. =ssa 'articular quali%icao ,ur$dica do interro*at-rio ,udicial, ainda que nele se ve,a um ato simultaneamente de de%esa e de 'rova (GI;8 7AEE?C N?AE=@=, X>-di*o de Orocesso Oenal nter'retadoY, '. K46, item n. 42K.4, 44l ed., 1667, Atlas, v.*.), ,usti%ica o reconhecimento de que se revela 'oss$vel, no 'lano da persecutio criminis in $udicio, X(...) que as de%esas dos co"rus 'artici'em dos interro*at-rios de outros rus (...)Y (AO 576"A*?LNB, ?el. Nin. G8AQIN EA?E8SA, Oleno W *ri%ei) =sse entendimento que o Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal %irmou no 'recedente re%erido re%lete"se, 'or i*ual, no ma*istrio da doutrina, como resulta claro da lio de =IBDC8 OA>=;; 0= 8;!=?A (X>urso de Orocesso OenalY, '. 1F, item n. 3.4.5, Fl ed., 1662, ;umen Guris): X'mbora ainda ha$a defensores da ideia de !ue a ampla defesa vem a ser apenas o outro lado ou a outra medida do contradit5rio, bem de ver !ue semelhante argumentao peca at mesmo pela base. 71 Z !ue, da perspectiva da teoria do processo, o contradit5rio no pode ir alm da [garantia de participao\, isto , a garantia de a parte poder impugnar 1 no processo penal, sobretudo a defesa 1 toda e !ual!uer alegao contrria a seu interesse, sem, todavia, maiores indaga#es acerca da concreta efetividade com !ue se e(erce aludida impugnao. ', e(atamente por isso, no temos dvidas em ver inclu"do, no princ"pio da ampla defesa, o direito 6 participao da defesa tcnica 1 do advogado 1 de co1ru durante o interrogat5rio de [todos os acusados\. =sso por!ue, em tese, perfeitamente poss"vel a coliso de interesses entre os rus, o !ue, por si s5, $ustificaria a participao do defensor da!uele co1ru sobre !uem recaiam acusa#es por parte de outro, por ocasio do interrogat5rio. A ampla defesa e o contradit5rio e(igem, portanto, a participao dos defensores de co1rus no interrogat5rio de [todos os acusados\.Y (*ri%ei) =sse mesmo entendimento, 'or sua ve(, 'er%ilhado 'or AC@8C8 S>A?AC>= 7=?CAC0=S (XOrova e suced<neos da 'rova no 'rocesso 'enalY, XinY ?evista Erasileira de >i+ncias >riminais n MM, '. 115, item n. 41.1): X%...& :essalta1se !ue, em virtude de recente reforma do A5digo, o advogado do co1ru tem direito a participar do interrogat5rio e formular perguntas.Y (*ri%ei) *ual 'erce'o do tema revelada 'or AI?\ ;8O=S G? (X0ireito Orocessual e sua >on%ormidade >onstitucionalY, vol. LM63"M6K, item n. 1.3, 1667, ;umen Guris): XNo !ue tange 6 disciplina processual do ato, cumpre destacar !ue 1 havendo dois ou mais rus 1 devero eles ser interrogados separadamente, como e(ige o art. *+* do APP. A!ui e(iste uma !uesto muito relevante e !ue no tem obtido o devido tratamento por parte de alguns $u"zes, at pela dificuldade de compreenso do alcance do contradit5rio inserido nesse ato, por fora da 8ei nS */.,+-Q-//., !ue alterou os arts. *aR a *+N do APP. At essa modificao legislativa, o interrogat5rio era um ato pessoal do $uiz, no submetido ao contradit5rio, pois no havia !ual!uer interveno da defesa ou acusao. Agora a situao radicalmente distinta. 3anto a defesa como a acusao podem formular perguntas ao final. =sso manifestao do contradit5rio. Nessa linha, discute1se a possibilidade de a defesa do co1ru fazer perguntas no interrogat5rio. Pensamos !ue, principalmente se as teses defensivas forem colidentes, deve o $uiz permitir o contradit5rio pleno, com o defensor do outro co1ru %tambm& formulando perguntas ao final. ;u se$a, deve o $uiz admitir !ue o defensor do interrogando formule suas perguntas ao final, mas tambm deve permitir !ue o advogado do%s& outro%s& co1ru%s& o faa. Aontribui para essa e(ig)ncia o fato de !ue 6 palavra do co1ru dado, pela maioria da $urisprud)ncia, o valor probat5rio similar ao de prova testemunhal.Y (*ri%ei)
As ra(9es que venho de e&'or, como 'recedentemente ,# havia salientado nesta deciso, convencem"me da absoluta 'lausibilidade ,ur$dica de que se acha im're*nada a 'retenso dedu(ida 'elos ilustres im'etrantes. 72 >oncorre, 'or i*ual, o requisito concernente ao X'ericulum in moraY, que %oi adequadamente demonstrado na 'resente im'etrao (%ls. 13L15). Sendo assim, e em %ace das ra(9es e&'ostas, de%iro o 'edido de medida liminar, em ordem a sus'ender, cautelarmente, at %inal ,ul*amento da 'resente ao de Xhabeas cor'usY, o andamento do Orocesso"crime n 166M.M4.24.662M57"2, ora em tramitao 'erante a Ml !ara >riminal 7ederal da 4l Subseo Gudici#ria do =stado de So Oaulo. >omunique"se, com ur*+ncia, encaminhando"se c-'ia da 'resente deciso ao =. Su'erior @ribunal de Gustia ([> 466.165LSO), ao =. @ribunal ?e*ional 7ederal da 3l ?e*io ([> n 1662.63.66.664633"M) e ao NN. Gui( da Ml !ara >riminal 7ederal da 4l Subseo Gudici#ria do =stado de So Oaulo (Orocesso n 166M.M4.24.662M57"2). 1. 8%icie"se ao NN. Gui( 7ederal da Ml !ara >riminal 7ederal da 4l Subseo Gudici#ria do =stado de So Oaulo, 'ara que esclarea em que %ase se acha, 'resentemente, o Orocesso"crime n 166M.M4.24.662M57"2. Oublique"se. Eras$lia, 67 de abril de 1662. Ninistro >=;S8 0= N=;;8 ?elator & Estrange(ros n&o res(#entes no Kras() * obvio ?ue a maioria dos direitos concedidos aos brasileiros e estran$eiros residentes tambm concedida aos estran$eiros n"o residentes A'ce/"o! direito de votar etc L. RESTRIR^ES AOS DIREITOS FUNDA!ENTAIS & Ea teoria constitucional- dentre as diversas possibilidades de restri/0es a Direitos Fundamentais- citam&se! a; restr(%'es "onst(tu"(ona(s #(retasN b; restr(%'es estabe)e"(#as 0or )e(4 me#(ante autor(<a%&o eG0ressa #a Const(tu(%&oN "; )(m(tes (manentes ou (m0)="(tos. & Frise&se ?ue os direitos (undamentais podem ser relativi>ados & Astas limita/0es v"o alm das colis0es de princ<pios (undamentais L.* Restr(%'es "onst(tu"(ona(s #(retas! os direitos (undamentais encontram&se limitados e'pressamente pela Nei +aior- o ?ue l;es con(ere 79 Au)a ** $ *875?7/5** uma maior prote/"o- por?uanto o le$islador ordinHrio (ica sem possibilidade de atuar de modo a ampliar ou redu>ir tais limites dispostos constitucionalmente A'emplos! a Arti$o IR, [H8: todos 'odem reunir"se 'aci%icamente, sem armas, em locais abertos ao ')blico, inde'endentemente de autori(ao, desde que no %rustrem outra reunio anteriormente convocada 'ara o mesmo local, sendo a'enas e&i*ido 'rvio aviso autoridade com'etente. & Eo inciso acima a CF #H estabelece os re?uisitos para reuni"o em local pDblico Oe vier uma nova lei com o intuito de re$ulamentar esse tema- mas- na verdade- ampliar as restri/0es criando novos re?uisitos- ela serH inconstitucional- pois a lei n"o pode criar novos re?uisitos- mas t"o somente re$ulamentar o inciso constitucional L./. As Restr(%'es estabe)e"(#as 0or )e(- mediante autori>a/"o e'pressa da Constitui/"o- podem ser de dois tipos! T RESER.A LE>AL SI!PLES & O Constituinte autori>a uma interven/"o le$islativa sem (a>er ?ual?uer e'i$8ncia ?uanto ao conteDdo ou = (inalidade da lei & Ocorre ?uando a CF apenas (a> men/"o acerca de lei ?ue irH re$ulamentar determinado assunto Eeste caso a CF prev8 ?ue os re?uisitos ser"o criados por lei % di(eren/a para o outro tipo de reserva le$al ?ue a CF n"o di> ?uais ser"o os termos da lei- mas apenas di> Bna (orma da leiC ou Bnos termos da leiC- concedendo- assim- maior liberdade ao le$islador & A'emplos! Art. K (...) ! " inviol#vel a liberdade de consci+ncia e de crena, sendo asse*urado o livre e&erc$cio dos cultos reli*iosos e *arantida, na %orma da lei, a 'roteo aos locais de culto e a suas litur*ias. ! " asse*urada, nos termos da lei, a 'restao de assist+ncia reli*iosa nas entidades civis e militares de internao coletiva. :! " livre a locomoo no territ-rio nacional em tem'o de 'a(, 'odendo qualquer 'essoa, nos termos da lei, nele entrar, 'ermanecer ou dele sair com seus bens. :;! " nenhuma 'ena 'assar# da 'essoa do condenado, 'odendo a obri*ao de re'arar o dano e a decretao do 'erdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles e&ecutadas, at o limite do valor do 'atrimVnio trans%erido. :;! " a lei re*ular# a individuali(ao da 'ena e adotar#, entre outras, as se*uintes (...): ;! " o civilmente identi%icado no ser# submetido a identi%icao criminal, salvo nas hi'-teses 'revistas em lei. P RESER.A LE>AL FUALIFICADA 7P & % restri/"o ao direito (undamental (eita tendo em vista a persecu/"o de determinado ob#etivo ou ao atendimento de re?uisito de(inido na Constitui/"o Federal & %?ui a restri/"o a direito (undamental (eita tendo em vista outro ob#etivo Eo inciso abai'o esse novo ob#etivo demonstrado ( ?uali(icado) pelos termos Bpor ordem #udicialC e Bpara (ins de investi$a/"o criminal ou instru/"o processual penalC %?ui a (inalidade ou ob#etivo para (ins penais- ou se#a- (inalidade penal & A'emplos!
Art. K (...) : " inviol#vel o si*ilo da corres'ond+ncia e das comunica9es tele*r#%icas, de dados e das comunica9es tele%Vnicas, salvo, no )ltimo caso, 'or ordem ,udicial, nas hi'-teses e na %orma que a lei estabelecer 'ara %ins de investi*ao criminal ou instruo 'rocessual 'enal. ;: " a lei s- 'oder# restrin*ir a 'ublicidade dos atos 'rocessuais quando a de%esa da intimidade ou o interesse social o e&i*irem. L.8 L(m(tes (manentes aos D(re(tos Fun#amenta(s & +esmo ?ue n"o ;a#a restri/0es estabelecidas previamente no te'to constitucional- a nature>a aberta- poliss8mica- indeterminada das normas de direitos (undamentais- (a> com ?ue se#am poss<veis restri/0es n"o previstas inicialmente- o ?ue se convencionou denominar de limites imanentes Isso ocorre- por e'emplo- ?uando a pretens"o do indiv<duo n"o se inclui no Ymbito de prote/"o do direito por ele invocado & Dimens"o ob#etiva dos atos (undamentais O Direito (undamental encontra limites dentro dos valores da?uela comunidade A'emplo! Prostitui/"o n"o crime- mas ;H limites ?uanto a tais prHticas- em decorr8ncia de limites imanentes ao e'erc<cio de tal direito & Outros e'emplos! a liberdade reli$iosa n"o inclui o curandeirismo- a liberdade de e'press"o n"o inclui o discurso de .dio! 3\6 ICBDG ; /0 5 /?+ 0A=<+ 3E6=3/+ EM \AMEA/ 6+30=/ 3elator@aA) Min. M+3E83A A<HE/ 2ul$amento) !I;DC;BCVB Er$o 2ul$ador) /E4=NDA T=3MA 0ublicao) D2 DATA5DF5BB5BCVB 045BDCF9 EMENT H+<5DB!F!5DB 045DD!BF /\AMEA/ 6+30=//. /@?8@@8? (%a(er o 'onto na 'rostituio)/. O=008 0= SA;!8 >8C0I@8 OA?A O?A@>A";8. CT8 [J 0?=@8 >8CS@@I>8CA;N=C@= ASS=BI?A08 A O?A@>A 0= /@?8@@8?/, A QIA; = >8C@?A?A A8S E8CS >8S@IN=S, 87=CS!A 0A N8?A;0A0= ORE;>A = 78C@= 0= 7Q >8CS@?ACBN=C@8 OA?A @?ACS=IC@=S = ?=S0=C@=S. ?=>I?S8 8?0CJ?8 A QI= S= C=BA O?8!N=C@8. 3\6 9!!GD ; /0 5 /?+ 0A=<+ 3E6=3/+ EM \AMEA/ 6+30=/ 3elator@aA) Min. 73AN68/6+ 3ENEb 2ul$amento) BF;B!;BCVG Er$o 2ul$ador) /E4=NDA T=3MA 0ublicao) D2 DATA5D!5DV5BCVI 045B!DG9 EMENT H+<5DBFVI5DB 045DDBF9 3T2 H+<5DDBBG5DF 045DBDFV \AMEA/ 6+30=/. >I?AC0=?SN8. >8C0=CAST8 >?NCA; 7IC0A0A =N 7A@8S C>8C7IC0!=S >8N 8 N=?8 =:=?>_>8 0A ;E=?0A0= ?=;B8SA. O?8>=SS8 O=CA; QI= CT8 S= O80= C!A;0A? =N [AE=AS >8?OIS. ?=>I?S8 0=SO?8!08. *5. TEORIA DOS LI!ITES AOS LI!ITES & A 0rote%&o ao N@")eo Essen"(a)! %rti$o 17- II- da Nei Fundamental %lem"- de 17P7 )uscou&se evitar o peri$o do esva>iamento do Direito Fundamental pela a/"o do le$islador democrHtico & Os limites aos direitos (undamentais devem prote$er o nDcleo essencial Asse nDcleo essencial pode ser de(inido em $eral ou apenas no caso concreto] % resposta estH nas teorias abai'o! P TEORIA AKSOLUTA * entende o nDcleo essencial dos Direitos Fundamentais como uma unidade substancial aut:noma ?ue estaria a salvo da limita/"o pelo le$islador Iaveria uma parte do nDcleo ?ue poderia ser alterada e outra parte imutHvel P TEORIA RELATI.A * entende ?ue o nDcleo essencial ;averH de ser de(inido caso a caso- mediante a pondera/"o- utili>ando&se do princ<pio da proporcionalidade para controlar o e'cesso de poder O nDcleo essencial seria- ent"o- o m<nimo insuscept<vel de restri/"o ou redu/"o com base na pondera/"o Asta teoria a ?ue encontra mais adeptos
**. A DISTINRSO ENTRE DIREITOS E >ARANTIAS & Astas visam a limitar o e'erc<cio do Poder- asse$urando ao indiv<duo a possibilidade de e'i$ir- dos Poderes PDblicos- o respeito aos direitos instrumentali>adores & As0e"to mater(a) (direitos (undamentais) e as0e"to 0ro"essua) dos direitos (undamentais ($arantias constitucionais * a (orma processual de (a>er valer os direitos das pessoas) 7J */. DIREITOS FUNDA!ENTAIS CO!O >ARANTIAS INSTITUCIONAIS & Preserva/"o de determinadas institui/0es ou institutos pela importYncia ?ue possuem no ordenamento #ur<dico O nDcleo essencial de direitos deve ser preservado da a/"o erosiva do le$islador A'emplos! arti$os 2UJ e 2U5 da Constitui/"o Federal (ver arti$os) & Keoria elaborada pelo alem"o Carl Oc;midt & Ob#etiva identi(icar determinadas institui/0es dentro da CF- e- nesse sentido- a e'ist8ncia da?uele instituto- da (orma como a CF prev8- passa a ser um direito (undamental da pessoa A'! %s pessoas t8m o direito (undamental de ?ue a (am<lia se#a respeitada e preservada do #eito ?ue a CF previu Asse #eito ?ue CF previu passa a ser um direito (undamental da pessoa Outro e'emplo de direito de toda a sociedade! a autonomia do +P Portanto essa teoria uma $arantia institucional *8. DIREITOS FUNDA!ENTAIS E! ESPYCIE & Cr<tica da pro(essora! % verdade da vida ?ue o OKF n"o se assume E"o assume as suas decis0es G tudo mentira- tudo uma (arsa & O assunto a se$uir t"o complicado ?ue pou?u<ssimos autores abordam esse tema- ?ue inclusive tem eliminado muitos candidatos em concurso *6!*! A 'roteo ao Direito Ad7uiridoH ao Ato Furdico :erfeito e I Coisa Ful9adaJ & G a teoria das retroatividades acerca de tudo o ?ue poss<vel retroa$ir 2er art QV- 1112I- CF & Lue lei pode pre#udicar os direitos acima] & O ?ue uma lei retroativa] Oeu e(eito retroa$e ao passado Lue leis s"o retroativas Ner 2oto do +in +oreira %lves da %DI P79 (especi(ica os tipos de retroatividade) (sempre cai em concurso) & Frise&se ?ue n"o ;H nen;um direito absoluto- nem o direito = vida- nem o direito ad?uirido KMDO G 4AN%KI2O PROTERSO CONSTITUCIONAL4 NO DIREITO KRASILEIRO. A ADI NX 6L87*LL/. OS TIPOS DE IRRETROATI.IDADE: a; RETROATI.IDADE !]-I!A * ocorre ?uando a leiXConstitui/"o nova ataca a coisa #ul$ada e os (atos consumados Ocorre ?uando uma lei determina a desconstitui/"o dos e(eitos passados de um ato passado % contribui/"o de inativos seria retroatividade mH'ima se- por e'emplo- o aposentado contribu<sse desde o primeiro dia em ?ue aposentou Contudo caso de retroatividade m<nima Pode acontecer- desde ?ue prevista e'pressamente no te'to constitucional ori$inHrio @H ;ouve no )rasil- e'! %rti$o 7J da Constitui/"o Federal de 1795! A3T84+ C9, 6+N/T8T=8>?+ 7EDE3A< DE BCF:) 75 S- 'or maioria absoluta de votos da totalidade dos seus Gu$(es podero os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do 0residente da 3ep,blica. Pargrafo nico 5 No caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei que, a (uzo do 0residente da 3ep,blica, se(a necessria ao bem5estar do povo, & promoo ou de"esa de interesse nacional de alta monta, poder o 0residente da 3ep,blica submetY5la novamente ao e%ame do 0arlamento) se este a con"irmar por dois teros de votos em cada uma das 6.maras, "icar sem e"eito a deciso do Tribunal. m =&em'lo de a'licao do arti*o FM: 0ecreto"lei n 4.KM5 de K de setembro de 4F3F >on%irma os te&tos da lei, decretados 'ela Inio que su,eitaram ao imposto de renda os vencimentos pa$os pelos co"res p,blicos estaduais e municipais. 8 Oresidente da ?e')blica, usando da atribuio que lhe con%ere o arti$o BVD da 6onstituio, e para os e"eitos do arti$o C9, par$ra"o, >onsiderando que o Su'remo @ribunal 7ederal declarou a inconstitucionalidade da incidYncia do imposto de renda, decretado pela =nio no uso de sua competYncia privativa, sobre os vencimentos pa$os pelos co"res p,blicos estaduais e municipais* >onsiderando que essa deciso ,udici#ria no consulta o interesse nacional e o 'rinc$'io da diviso equitativa do Vnus do im'osto, decreta: Arti*o )nico. So con%irmados os te&tos da lei, decretados 'ela Inio, que su,eitaram ao im'osto de renda os vencimentos 'a*os 'elos co%res ')blicos estaduais e munici'ais, %icando sem e%eito as decis9es do Su'remo @ribunal 7ederal e de quaisquer outros tribunais e ,u$(es que tenham declarado a inconstitucionalidade desses mesmos te&tos. b; RETROATI.IDADE !YDIA * ?uando a leiXconstitui/"o nova atin$e os e(eitos pendentes de atos passados %?ui o ato ou (ato #H passou- mas o ?ue estH pendente s"o os e(eitos Pode acontecer- desde ?ue prevista e'pressamente no te'to constitucional ori$inHrio A'! uma lei ?ue limitasse a ta'a de #uros e (osse aplicada aos casos em ?ue os #uros #H tivessem vencido- mas n"o tivessem sido pa$os "; RETROATI.IDADE ![NI!A * a retroatividade ordinHria da Constitui/"o- por isso ?ue (rente ao Poder Constituinte Ori$inHrio n"o se podem invocar direitos ad?uiridos G ?uando a lei nova atin$e os e(eitos (uturos de atos passados %s 4etroatividades +dias e +H'imas s"o poss<veis se previstas pelo constituinte ori$inHrio- desde ?ue previstas e'pressamente @H a retroatividade m<nima pr.pria do poder constituinte 76 ori$inHrio A'! corre/"o monetHria e parcelas- em um contrato Outro e'emplo ;ipottico! se a lei alterasse todos os contratos de casamento vi$entes %?ui o ato ou (ato #H passou- mas os e(eitos se renovam a cada dia Asta a retroatividade ordinHria de um te'to constitucional E"o ;H direito ad?uirido ?uando vier um novo te'to constitucional Kodo te'to constitucional novo tem no m<nimo a retroatividade m<nima- ou se#a- pr.prio do poder constituinte ori$inHrio % retroatividade m<nima n"o precisa estar e'pressa no te'to constitucional ori$inHrio- pois inerente a ele Outro e'emplo! re$ime #ur<dico de servidor pDblico Outro e'emplo! lei ?ue altera ou permite alterar o re$ime de casamento (Eovo C.di$o Civil * lei de ordem privada) Outro e'emplo! arts 2U9Q e 2U91- CCXU2 * Baplica/"o imediata da leiC e'emplo de retroatividade m<nima Portanto- na prHtica- poss<vel a retroatividade m<nima no )rasil AD8 GCF ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< A8]?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE 3elator@aA) Min. M+3E83A A<HE/ 2ul$amento) !I;D9;BCC! Er$o 2ul$ador) T38M=NA< 0<EN+ 0ublicao) D2 DATA5DG5DC5BCC! 005BGDVC EMENT H+<5 DB9:G5D! 005DD!9D 3T2 H+<5DDBGF5 DF 005DD:!G Ao direta de inconstitucionalidade. 5 /e a lei alcanar os e"eitos "uturos de contratos celebrados anteriormente a ela, ser essa lei retroativa @retroatividade mnimaA porque vai inter"erir na causa, que e um ato ou "ato ocorrido no passado. 5 + disposto no arti$o I, [[[H8, da 6onstituio 7ederal se aplica a toda e qualquer lei in"raconstitucional, sem qualquer distino entre lei de direito p,blico e lei de direito privado, ou entre lei de ordem p,blica e lei dispositiva. 0recedente do /.T.7.. 5 +corrYncia, no caso, de violao de direito adquirido. A ta%a re"erencial @T3A no e ndice de correo monetria, pois, re"letindo as variaWes do custo primrio da captao dos dep1sitos a prazo "i%o, no constitui ndice que re"lita a variao do poder aquisitivo da moeda. 0or isso, no ' necessidade de se e%aminar a questo de saber se as normas que alteram ndice de correo monetria se aplicam imediatamente, alcanando, pois, as prestaWes "uturas de contratos celebrados no passado, sem violarem o disposto no arti$o I, [[[H8, da 6arta Ma$na. 5 Tamb-m o"endem o ato (urdico per"eito os dispositivos impu$nados que alteram o crit-rio de rea(uste das prestaWes nos contratos ( celebrados pelo sistema do 0lano de EquivalYncia /alarial por 6ate$oria 0ro"issional @0E/;60A. Ao direta de inconstitucionalidade (ul$ada procedente, para declarar a inconstitucionalidade dos arti$os BV, XcaputX e par$ra"os B e G* !D* !B e par$ra"o ,nico* !F e par$ra"os* e !G e par$ra"os, todos da <ei n. V.B::, de B de maio de BCCB. 77 % ?uest"o relativa ao direito intertemporal % retroatividade das leis % ine'ist8ncia de direito ad?uirido a re$ime #ur<dico como espcie de 4etroatividade +<nima- ainda ?ue n"o recon;ecida pelo OKF! 3E BB99VF ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ 3elator@aA) Min. 6E</+ DE ME<<+ 2ul$amento) BB;D9;BCCB Er$o 2ul$ador) 038ME83A T=3MA 0ublicao) D2 BF5DF5BCC! 005D!C!: EMENT H+<5DB9IF5DF 005DD9BF 3T2 H+<5DDBF:5DB 005 DDFCV 7=N68+NZ38+ 0LM<86+ E/TAT=TA38+ 5 EN]=AD3AMENT+ EM N+H+ 0<AN+ DE 6A33E83A 5 D8/63868+NA38EDADE DA ADM8N8/T3A>?+ 0LM<86A 5 A=/ON68A DE D83E8T+ AD]=838D+ 5 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ N?+ 6+N\E68D+. A Administrao 0,blica, observados os limites ditados pela 6onstituio 7ederal, atua de modo discricionrio ao instituir o re$ime (urdico de seus a$entes e ao elaborar novos 0lanos de 6arreira, no podendo o servidor a ela estatutariamente vinculado invocar direito adquirido para reivindicar enquadramento diverso daquele determinado pelo 0oder 0,blico, com "undamento em norma de carter le$al. 3E BFD!BF ; /0 5 /?+ 0A=<+ 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ 3elator@aA) Min. 8<MA3 4A<H?+ 2ul$amento) !F;DF;BCCF Er$o 2ul$ador) 038ME83A T=3MA 0ublicao) D2 !F5DG5BCCF 005D9C!F EMENT H+<5DB:DD5DI 005DDVBD EMENTA) ADM8N8/T3AT8H+. 0+<868A8/ M8<8TA3E/ D+ E/TAD+ DE /?+ 0A=<+. <E8 6+M0<EMENTA3 N. !II, DE !B;I;VB. 638TT38+ DE 6A<6=<+ DE HANTA4EN/, E/T80=<AD+ N+ A3T. !.. /=0E3HEN8EN68A DA N+3MA D+ A3T. C!, H888, DA 6+N/T8T=8>?+ D+ E/TAD+, ]=E + M+D8786+=. \ip1tese em que a nova re$ra tem incidYncia imediata. As relaWes entre o Estado e seus servidores so de natureza estatutria* o re$ime (urdico do servio p,blico pode ser alterado pela le$islao, sem violao ao princpio do direito adquirido. 3ecurso no con'ecido. 3E :99D: ; /o 0aulo 5 /?+ 0A=<+ 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ 1UU 3elator@aA) Min. MA33+/ M+NTE83+ 2ul$amento) BC;BD;BC:F Er$o 2ul$ador) /E4=NDA T=3MA 0ublicao) D2 B:5BD5BC:G 005ccccc EMENT H+<5DDC9F5DB 005 ccccc 8N+6+33EN68A DE D83E8T+ AD]=838D+. BA A 43AT8786A>?+ DE DED8 6A>?+ E[6<=/8 HA, 6+N/8 /T8 ND+ EM A63T/68 M+ 03+0+368+NA< A+ HA<+3 6+33E/0+NDENTE A 3E7E3EN68A N=ME386A D+ 6A34+ 3E/0E6T8H+, 6+N/T8T=8 HANTA4EM A6E//+38A DA]=E<A E, 6+M+ TA<, \Z DE /E4=83 A /=A NAT=3ENA 2=3KD86A, 8NTE43AND+ A 3E<A>?+ E/TAT=TA38A. !A /E +/ /E3H8D+3E/ 0=M<86+/ N?+ TEM HEN68MENT+/ 833ED=T8HE8/ @/.!:A, 6+M MA8+3 7+3>A DE 3AN?+ 833ED=T8HE8/ N?+ /E3?+ /8M0<E/ A6E//+38+/ DA]=E<E/. FA XA +0>?+ 0+3 =M 3E48ME DE T3AMA<\+, A=T+38 NADA EM <E8, N?+ 0+DE /E T+3NA3 6+NT3AT=A<, 0+3 H+NTADE DA/ 0A3TE/, 6+M+ /E E/T8HE//EM E//A/ A48ND+ EM 6AM0+ 2=3KD86+ EM ]=E 7+//EM <868TA/ A/ T3AN/A>QE/ E A/ 3EN=N68A/X @M8N8/T3+ 6A3<+/ MEDE83+/A. GA 8N+6+33E, NA E/0T68E, +7EN/A A+ A3T84+ BIF, 0A3A43A7+ B E F, DA 6+N/T8T=8>?+, E + A<E4AD+ D8//8D8+ 03ET+38AN+, EM 7A6E DA AT=A< +38ENTA>?+ D+ 6+<END+ /=03EM+ T38M=NA< 7EDE3A<. IA 03E6EDENTE/ D+ /=03EM+ T38M=NA< 7EDE3A<. 9A 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ N?+ 6+N\E68D+. T G poss<vel tambm ale$ar a ine'ist8ncia de direito ad?uirido a re$ime #ur<dico tambm no Direito Privado (e'ce/"o = re$ra $eral de situa/0es sub#etivas- o ?ue ocorre devido = importYncia ?ue certos institutos #ur<dicos possuem para a coletividade- como Direito de Fam<lia)! ?=s' 736K5M L NB . ?=>I?S8 =SO=>A; 166KL663M1M3"6 ?elator: Ninistro G8?B= S>A?@=^^C QIA?@A @I?NA 13L62L166K. 0G 63.46.166K '. 17F 68H8< 5 3E48ME MAT38M+N8A< DE MEN/ 5 A<TE3A>?+ 2=D868A< # 6A/AMENT+ +6+338D+ /+M A T48DE D+ 66; BCB9 @<E8 Nd F. D:BA 5 0+//8M8<8DADE 5 A3T. !.DFC D+ 66;!DD! @<E8 Nd BD.GD9A 5 6+33ENTE/ D+=T38NZ38A/ 5 A3T. B.9FC, S !d, 6;6 A3T. !.DFI D+ 66;!DD! 5 N+3MA 4E3A< DE A0<86A>?+ 8MED8ATA. 4 " A'resenta"se ra(o#vel, in case, no considerar o art. 1.63F do >>L1661 como -bice a'licao de norma *eral, constante do art. 4.M3F, P 1A, do >>L1661, concernente alterao incidental de re*ime de bens nos casamentos ocorridos sob a *ide do >>L4F4M, desde que ressalvados os direitos de terceiros e a'uradas as ra(9es invocadas 'elos cVn,u*es 'ara tal 'edido, no 'avendo que se "alar em 1U1 retroatividade le$al, vedada nos termos do art. IR, [[[H8, da 67;VV, mas, ao rev-s, nos termos do art. !.DFI do 66;!DD!, em aplicao de norma $eral com e"eitos imediatos. 1 " ?ecurso conhecido e 'rovido 'ela al$nea /a/ 'ara, $d!i"indo* se $ 5ossi;i6id$de de $6"er$=>o do re#i!e de ;ens $do"$do 5or oc$si>o de !$"ri!Hnio re$6i?$do so; o 56io do CCE1011- de"er!in$r o re"orno dos $%"os 7s ins"Inci$s ordinri$s $ i! de '%e 5roced$! 7 $n6ise do 5edido- nos "er!os do $r". 1.1G0- J FK- do CCEFLLF. % necessidade de ;armoni>a/"o da $arantia prevista no arti$o Qq- inciso 1112I- da Constitui/"o Federal com o interesse pDblico (retroatiidade mnima ou a'licao imediata da leiK) $ A emen#a "onst(tu"(ona) n"o pode ter retroatividade mH'ima- nem mdia Luanto = m<nima- o .bice estH previsto no art QV- 1112I- CF Antretanto- o OKF admitiu a contribui/"o de inativos Portanto a emenda n"o poderia (a>er retroatividade mH'ima- nem mdia- nem m<nima- pois o art JU- _ PV da CF prote$e- dentre outros direitos (undamentais- o ato #ur<dico per(eito Luanto =s leis- muito menos Keoricamente nen;uma lei pode retroa$ir no )rasil Per$unta&se- como poss<vel uma lei alterar a moeda do pa<s- alterando os contratos nela baseados] Come/am a sur$ir e'ce/0es- ?ue $eram $rande con(us"o- especialmente para ?uem estH estudando para concursos BG;DC;!DDI 5 BC)!G 5 0lenrio decide) Tablita - constitucional 8 'len#rio do Su'remo @ribunal 7ederal ,ul*ou constitucional $ T$;e6$ de De6$=Mes ,T$;6i"$2- cri$d$ d%r$n"e $ :i#9nci$ do P6$no Bresser 5$r$ corre=>o in6$cionri$ dos con"r$"os de $56ic$=>o in$nceir$ co! :$6or de res#$"e 5r(*i&$do N o Cer"iic$do de Cr(di"o B$ncrio- con4ecido co!o CDB. Oor unanimidade os ministros do Su'remo conheceram do Rec%rso E&"r$ordinrio ,RE 1O110L2 $5resen"$do 5e6$ Co!5$n4i$ T9&"i6 Ni$?i C4o4i con"r$ o B$nco de Cr(di"o N$cion$6 SEA ,BCN2. No en"$n"o- decidir$!- 5or !$iori$ de :o"os- n>o d$r 5ro:i!en"o $o rec%rso $5resen"$do 5e6$ e!5res$. >om isso, o 'len#rio manteve a validade do 0ecreto";ei F.GOFEPD '%e crio% $ T$;6i"$ co!o Qndice de6$"or N $6"er$ndo o Decre"o* Lei F.GG.EPD ,P6$no Bresser2 '%e es"$;e6ece% o con#e6$!en"o dos 5re=os de !erc$dori$s- ser:i=os e "$ri$s 58;6ic$s 5$r$ o con"ro6e in6$cionrio. A nor!$ crio% $ind$ $ Unid$de de Reer9nci$ de Pre=os ,URP2. 8 ,ul*amento havia sido interrom'ido em setembro de 1664, devido a um 'edido de vista do ministro Se')lveda Oertence. Ao retom#"lo ho,e (45LF), os ministros Se')lveda Oertence, Goaquim Earbosa, >e(ar Oeluso e Bilmar Nendes se*uiram o entendimento do relator, ministro lmar Balvo (a'osentado), 'ara considerar que o decreto de criao da @ablita cons"i"%cion$6. Nes"e !es!o sen"ido < "in4$! :o"$do os !inis"ros Ne6son Co;i!- E66en 3r$cie- M$%rQcio Corre$ e C$r6os Ve66oso. 1U2 8s ministros consideraram que a a'licao da @ablita em ne$9cio (urdico realizado antes da vi$Yncia do Decreto5lei !.FG!;V: no o"ende o princpio do ato (urdico per"eito. /e$undo eles, o decreto apenas abran$eu os e"eitos dos contratos que se pro(etaram al-m da data de vi$Yncia da norma, "azendo com que esses contratos estivessem su(eitos & incidYncia do ndice de"lator @TablitaA. =ntenderam ainda que o decreto norma de ordem p,blica, portanto de aplicao e alcance imediatos sobre todos os contratos em curso. 0ara a maioria dos ministros, trata5se de uma questo de de"esa da economia, em que o Estado pode intervir para manuteno do equilbrio dos contratos "irmados no perodo. @$.nA 8s ministros >elso de Nello e Narco Aurlio ,# tinham votado e diver*iram dos demais. =les ,ul*aram inconstitucional a a'licao dos %atores de de%lao da @ablita sobre os contratos co! c6%s%6$ de corre=>o !one"ri$ 5r(*i&$d$. Ao in$6- o P6enrio $sse#%ro% $ :$6id$de d$ T$;6i"$ 5or no:e :o"os $ dois- !$n"endo $cRrd>o do Tri;%n$6 de A6=$d$ de S>o P$%6o ,TAESP2 e $ sen"en=$ de 5ri!eir$ ins"Inci$ '%e <%6#o% $ $=>o d$ e!5res$ "9&"i6 Ni$?i C4o4i i!5roceden"e. T Am outro #ul$ado relativo ao tema- no 4A nV 1Q666U- a maioria dos ministros do OKF assentou ?ue se lei posterior altera o padr"o monetHrio vi$ente- deverH ser implementada de imediato- alcan/ando e alterando inclusive clHusulas de acordos coletivos #H ;omolo$ados pela @usti/a do Krabal;o- por meio de senten/as normativas A ?ue- na ;ip.tese- n"o se ;averia de ale$ar viola/"o ao direito ad?uirido- ao ato #ur<dico per(eito ou = coisa #ul$ada- por mani(estamente incab<veis! ?= 4K2.226L?S, redator 'ara o acMrdo Nin. Naur$cio 6orrYa, D.2. de BV.C.CV) /=N=C@A: ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8. A;@=?AST8 08 OA0?T8 N8C=@J?8. ?=AGIS@= 0= SA;J?8 O?=!S@8 =N S=C@=CSA C8?NA@!A. A>8?08 >8;=@!8 [8N8;8BA08. SIO=?!=CDC>A 0= C8!A O8;_@>A SA;A?A; 7:A0A O=;8 B8!=?C8. 0?=@8 A0QI?08. C=:S@DC>A. B 5 A sentena normativa tem natureza sin$ular e pro(eta no mundo (urdico apenas norma de carter $en-rico e abstrato, embora nela se recon'ea a e%istYncia da e"iccia da coisa (ul$ada "ormal no perodo de vi$Yncia mnimo de"inido em lei @art. V:F, 6<TA, e, no .mbito do direito substancial, coisa (ul$ada material em relao & e"iccia concreta ( produzida. T norma editada no vazio le$al. 4.4 5 So brevindo a lei, norma de carter imperativo que se sobrepWe a todas as demais "ontes secundrias de direito 5 conveno, acordo ou sentena normativa 5, ser nula de pleno direito disposio de 6onveno ou Acordo 6oletivo que, direta ou indiretamente, contrarie norma $overnamental disciplinadora da poltica econUmico5"inanceira ou concernente & poltica salarial vi$ente @art. 9!F, 6<TA. ! 5 A sentena normativa "irmada ante os 1U9 pressupostos le$ais vi$entes pode ser derro$ada por normas posteriores que ven'am a imprimir nova poltica econUmico5monetria, por serem de ordem p,blica, portanto, de aplicao imediata e $eral. !.B. 5 A"i$ura5se demasiado e%tremismo a"irmar que, tendo a deciso recorrida adequado os rea(ustes salariais da cate$oria, emer$entes de acordo em dissdio coletivo, ao plano de estabilizao econUmica, restaram violados o ato (urdico per"eito, o direito adquirido e a coisa (ul$ada. F 5 3ea(uste de salrio previsto em acordo coletivo 'omolo$ado, ou sentena normativa transitada em (ul$ado. /uperveniYncia de nova poltica salarial. Direito adquirido. 8ne%istYncia. 3ecurso e%traordinrio no con'ecido.X @$.nA. & Portanto- a #urisprud8ncia do OKF di> ?ue ?uando a lei alterar o padr"o monetHrio- com certe>a ;averH retroatividade m<nima- sob o ar$umento de ser de direito pDblico Antende o OKF ?ue n"o ;H direito ad?uirido para lei de ordem pDblica- em ?ue pese n"o ;aver distin/"o entre lei de ordem pDblica e lei dispositiva em rela/"o = retroatividade m<nima Antende o OKF ?ue n"o ;H direito ad?uirido = padr"o monetHrio @H no #ul$amento dos Ambar$os Declarat.rios no 4ecurso A'traordinHrio nV 17PJJ2- em 11X12X2UU2- o Colendo OKF concedeu e(eito modi(icativo aos embar$os- acol;endo&os- para concluir ?ue o diss<dio coletivo (irmado entre sindicatos- para vi$orar de setembro de 1767 a a$osto de 177U- n"o prevalece diante da Nei 6U9UX7U- posterior ao pacto- por meio da ?ual se instituiu novo sistema de rea#uste de pre/os e salHrios no $overno Collor Ea ;ip.tese- ;avia uma clHusula da conven/"o coletiva acertada entre os dois sindicatos- por meio da ?ual se previam rea#ustes mensais aos trabal;adores Am parH$ra(o desta clHusula- no entanto- previa&se e'pressamente ?ue a superveni8ncia de lei- se pre#udicial aos empre$ados- n"o poderia a(astar a aplica/"o do ?ue estava sendo pactuado por meio da conven/"o Am setembro de 2UU1- a Oe$unda Kurma #ul$ou o 4ecurso A'traordinHrio- no sentido de ?ue deveria prevalecer a conven/"o O ar$umento do relator- +inistro +arco %urlio- (oi no sentido de ?ue a conven/"o um ato #ur<dico per(eito e- desse modo- deveria ser respeitada Antretanto- em novembro de 2UU2- a interposi/"o de Ambar$os Declarat.rios por um dos Oindicatos levou a Kurma a modi(icar totalmente o #ul$amento iniciado Por meio dos embar$os- apontavam&se omiss0es no ac.rd"o do OKF- por n"o ter levado em considera/"o a #urisprud8ncia paci(icada da Casa- conver$ente para a interpreta/"o de ?ue o ato #ur<dico per(eito e o direito ad?uirido n"o poderiam ser de(endidos ?uando a matria tratada em lei nova (osse de ordem pDblica- a de(ender o interesse de todos %o (im- (oi dado provimento aos embar$os re(eridos- e restabelecido o entendimento de ?ue nem o ato #ur<dico per(eito .bice = aplica/"o imediata da lei nova aos e(eitos de pactos celebrados no passado 1UP CASOS NO ST3 DE RETROATI.IDADE ![NI!A: 3E6=3/+ E/0E68A< NR 99F.:VB 5 32 @!DDG;DD:FCB!5BA 3E<AT+3 ) M8N8/T3+ 2+/T DE<4AD+ EMENTA D83E8T+ E6+NPM86+. MANDAD+ DE /E4=3AN>A. TKT=<+/ 0LM<86+/. N+TA/ D+ TE/+=3+ NA68+NA<. AT=A<8NA>?+ M+NETZ38A. 0<AN+ 3EA<. A0<86A>?+ DA <E8 V.VVD;CG. N+3MA DE +3DEM 0LM<86A. B. >uidam os autos de mandado de se*urana im'etrado 'or 0> >orretora de @$tulos e !alores Nobili#rios SLA ob,etivando que, a 'artir de 64.64.F5, 'or ocasio do res*ate de Cotas do @esouro Cacional que adquiriu, %ossem observados os critrios de atuali(ao monet#ria a,ustados no contrato de aquisio desses t$tulos, com incid+ncia do BON e no dos $ndices institu$dos 'ela ;ei 2.226LF5. 8 ,u$(o monocr#tico concedeu a se*urana e o @?7L1l ?e*io, 'or maioria de votos, re%ormou a sentena, dando 'rovimento remessa o%icial e ao a'elo volunt#rio do EA>=C. =mbar*os de declarao %oram o'ostos 'ela autora e re,eitados. =sta inter'Vs recurso es'ecial a'ontando in%rin*+ncia dos arts. 1A da ;ei 2.15FLF4 e MA da ;>>, alm de diver*+ncia ,uris'rudencial. >ontrarra(9es o%erecidas de%endendo a manuteno do aresto ver*astado. !. A ;ei 2.226LF5 alterou o sistema de 'adro monet#rio do Oa$s e o critrio de c#lculo dos $ndices de correo monet#ria, tomando como 'ar<metro a variao dos 'reos em ?eal (art.32). Cesse conte&to, o Boverno 'assou a adotar o BO"1, e no o BON, na atuali(ao dos t$tulos que seriam res*atados a 'artir de ,ulho de 4FF5. F. + princpio da obri$atoriedade dos cumprimentos dos contratos # 5$c"$ s%n" ser:$nd$ # no pode ser levantado em "ace de uma norma de ordem p,blica, no 'avendo razo para que uma avena de natureza eminentemente privada se sobrepon'a ao interesse ')blico . G. As leis de natureza re$uladora do mercado "inanceiro so de ordem p,blica, podendo alterar os ndices de correo monetria e aplic5los imediatamente para atualizar os valores dos ttulos p,blicos em circulao no mercado. K. ?ecurso es'ecial im'rovido. .ISSO DO !INISTRO !OREIRA AL.ES A INCONSTITUCIONALIDADE DO ART4 /.58? DO NO.O CeDI>O CI.IL: T No+o C2#(go C(+()4 Art. /.58?! % validade dos ne$.cios e demais atos #ur<dicos- constitu<dos antes da entrada em vi$or deste C.di$o- obedece ao disposto nas leis anteriores- re(eridas no art 2UPQ- mas os seus e(eitos- produ>idos apJs a vi$8ncia deste C.di$o- aos preceitos dele se subordinam- salvo se ;ouver sido prevista pelas partes determinada (orma de e'ecu/"o 1UQ T Art. /.58*. %s associa/0es- sociedades e (unda/0es- constitu<das na (orma das leis anteriores- ter"o o pra>o de um ano para se adaptarem =s disposi/0es deste C.di$o- a partir de sua vi$8ncia; i$ual pra>o concedido aos empresHrios CONTRADIRSO NOS CONCURSOS PARA PROCURADOR DO DF$ NO PRI!EIRO CONCURSO4 DE /5564 O E-A!INADOR NSO AD!ITE A RETROATI.IDADE ![NI!A4 ENFUANTO FUE NO SE>UNDO CONCURSO AD!ITE: *. Pro"ura#or DF Esaf /556 $ Se a )e( "(+() a)"an%ar os efe(tos futuros #e "ontratos "e)ebra#os anter(ormente a e)a4 serC essa )e( retroat(+a :retroat(+(#a#e m=n(ma;4 0ortanto (n"onst(tu"(ona)4 0orWue +a( (nterfer(r na "ausa4 Wue , um ato ou fato o"orr(#o no 0assa#o. Sobre esta assert(+a4 estC "orreto af(rmar: a; verdadeira a assertiva apenas ?uando a lei- ?ue alcan/ou os e(eitos dos contratos celebrados anteriormente a ela- (or dispositiva b; verdadeira a assertiva apenas ?uando a lei- ?ue alcan/ou os e(eitos dos contratos celebrados anteriormente a ela- (or uma norma de ordem pDblica "; verdadeira a assertiva- desde ?ue a lei nova tra$a bene(<cios para as partes #; a +e#a%&o D a0)("a%&o #a norma Wue ma"u)e a "o(sa 1u)ga#a4 o ato 1ur=#("o 0erfe(to e o #(re(to a#Wu(r(#o se a0)("a a Wua)Wuer )e( (nfra"onst(tu"(ona)4 sem Wua)Wuer #(st(n%&o entre )e( #e #(re(to 0@b)("o e )e( #e #(re(to 0r(+a#o4 ou entre )e( #e or#em 0@b)("a e )e( #(s0os(t(+a. e; a assertiva verdadeira- desde ?ue n"o se re(ira a um novo C.di$o Civil- pois essa norma (ruto do Poder Constituinte Decorrente- sendo vedado ?ue seus e(eitos se#am obstados pela simples e'ist8ncia de contratos celebrados anteriormente a ela /. Pro"ura#or DF Esaf /55E $ A"er"a #o Po#er Const(tu(nte4 #a reforma4 #o ato 1ur=#("o 0erfe(to e #o #(re(to a#Wu(r(#o4 ass(na)e a o0%&o "orreta. a; E"o ;H limites para a a/"o do poder constituinte ori$inHrio b; % caracter<stica da superioridade do poder constituinte ori$inHrio deriva do (ato de este ser anterior a todas as outras mani(esta/0es de um Astado "; O eGer"="(o #o 0o#er "onst(tu(nte #er(+a#o4 ou 0o#er "onst(tu=#o4 sofre )(m(ta%'es #e or#em "(r"unstan"(a)4 mater(a)4 0ro"essua) e tem0ora)4 #os Wua(s a)gumas 0o#em ser (m0)="(tas. #; Considere a se$uinte situa/"o ;ipottica Mm cidad"o (irma contrato de mDtuo com uma empresa- na vi$8ncia de lei ?ue permite pen;ora de 1UJ determinados bens- em caso de inadimplemento da d<vida Posteriormente- entra em vi$or nova lei- ?ue passa a classi(icar como impen;orHveis al$uns da?ueles bens Eesse caso- se o mutuHrio vier a ser e'ecutado- poder"o ser pen;orados todos os bens admitidos pela lei vi$ente ?uando da (orma/"o do contrato (AOO% FOI D%D% CO+O IECO44AK%- OM OA@%- ErO A4% P%4% OA %D+IKI4 % PAEIO4%- POIO O CO44AKO OA4I% % 4AK4O%KI2ID%DA +nEI+%- E% 2IOrO DO A1%+IE%DO4) e; Por ser inte$rante da Constitui/"o- a norma constitucional ?ue enumera as clHusulas ptreas- tambm c;amadas de clHusulas de inamovibilidade- pass<vel de altera/"o como outros dispositivos constitucionais Desse modo- #uridicamente poss<vel a aprova/"o de emenda constitucional ?ue altere o rol da?uelas clHusulas 8. Pro"ura#or DF Esaf /55E $ Ass(na)e a o0%&o "orreta: a; Por meio da a/"o direta de inconstitucionalidade n"o poss<vel declarar a invalidade de uma lei anterior = atual Constitui/"o- sob o (undamento de ?ue tal lei violara a Constitui/"o em vi$or ao tempo da sua edi/"o- mas poss<vel a declara/"o da inconstitucionalidade dessa mesma lei- por ser materialmente incompat<vel com a nova b; O direito brasileiro n"o con;ece instrumento apto para ?ue o @udiciHrio pronuncie a inconstitucionalidade de lei anterior = Constitui/"o em vi$or- por ser tal lei in(rin$ente da Constitui/"o ?ue estava em vi$or ?uando editada "; Firmou&se no )rasil o entendimento de ?ue o poder constituinte de re(orma pode suprimir um direito prote$ido como clHusula ptrea- desde ?ue- num primeiro momento- esse direito se#a subtra<do da lista e'pressa das limita/0es materiais ao poder de emenda = Constitui/"o #; Re"on9e"e$se4 9o1e4 no Kras()4 "omo t=0("o #as normas #o 0o#er "onst(tu(nte or(g(nCr(o serem e)as #ota#as #e ef("C"(a retroat(+a m=n(ma4 1C Wue se enten#e "omo 0r20r(o #essas normas at(ng(r efe(tos futuros #e fatos 0assa#os. e; O Oupremo Kribunal Federal n"o tem compet8ncia para a(irmar a inconstitucionalidade de emenda = Constitui/"o votada se$undo o procedimento estabelecido pelo poder constituinte ori$inHrio & E"o ;H apostila para esses assuntos Deve&se recorrer a al$uns livros e te'tos para os se$uintes assuntos da se$unda prova! 1U5 Au)a */ $ /675?7/5** A%'es Af(rmat(+as T %/0es %(irmativas = )rasileira * 4oberta Fra$oso Rau(mann * NDmem @uris T %rti$o ?ue estH na Hrea da escola T Peti/"o da %DI para impu$nar as cotas raciais- de autoria da pro(essora Po#er Const(tu(nte T Os te'tos J- 5- 1P e 1Q da primeira apostila T Poder Constituinte dos estados membros (al$o parecido) & 4eo 4eoncy & Oaraiva Contro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e T Controle de constitucionalidade no Direito )rasileiro * 4u;s Roberto @arroso (n<vel bHsico) T Curso de Direito Constitucional ou livros espec<(icos sobre controle * Ailmar Bendes (n<vel avan/ado) D("a! ao estudar #ul$ados- n"o ler apenas as ementa Deve&se- se poss<vel- pre(erir ler todo o inteiro teor do ac.rd"o- a (im de veri(icar se o ?ue na estH na ementa realmente corresponde ao ?ue teve relevYncia no #ul$ado (continua/"o da matria) *6!B! D 'rinc'io da ;9ualdade e as ALes Afirmatias 'ara ne9ros no .rasil! & G preciso analisar a/0es a(irmativas- especialmente ?uanto a sua constitucionalidade- considerando o conte'to ;ist.rico- econ:mico e cultural em ?ue estH inserido o se$mento ($rupo) bene(iciHrio da a/"o a(irmativa & %s a/0es a(irmativas procuram con(erir bene(<cios TrOs es")are"(mentos! T O modelo de a/0es a(irmativas- na maior parte dos casos- estH vinculado a um modelo de Astado social * Astado ?ue visa redu>ir as desi$ualdades Contudo- as a/0es a(irmativas n"o est"o necessariamente li$adas a um Astado social- at por?ue as primeiras sur$iram nos AM% (estado liberal) T %/0es a(irmativas como concreti>a/"o do princ<pio da i$ualdade (este princ<pio teria a dimens"o (ormal (todos s"o i$uais perante a lei) e a dimens"o material (considerando ?ue na verdade n"o ;H i$ualdade absoluta- ra>"o pela ?ual se tenta minimi>ar as desi$ualdades no mundo (Htico- atravs de uma compensa/"o reali>ada no mundo #ur<dico * tratar os desi$uais nas medidas de suas desi$ualdades)) Antretanto- essa anHlise n"o pode ser (eita de (orma super(icial- pois- do contrHrio- ser"o criadas inDmeras a/0es a(irmativas para as diversas situa/0es di(erentes O conceito de minoria apta a ser contemplada com al$uma a/"o a(irmativa depende do conte'to social 1U6 T % mera veri(ica/"o da i$ualdade material de uma a/"o a(irmativa n"o implica em sua constitucionalidade- necessHrio analisH&la de acordo com o conte'to social & %s medidas a(irmativas devem ser observadas pontualmente T A'emplos! & Ea nndia- os Dalits (casta in(erior- da ?ual n"o se pode evoluir) receberam cotas no servi/o pDblico & Eos AM%- n"o ;H a/0es a(irmativas para $rHvidas- mas ;H- para e$ressos da $uerra do 2ietn" T A'emplo importante! ADI *L6Q * %/"o a(irmativa criada #urisprudencialmente em rela/"o a $8nero no )rasil %tendeu a nosso princ<pio da i$ualdade Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social: (...) :! " licena *estante, sem 're,u$(o do em're*o e do sal#rio, com a durao de cento e vinte dias. (...) & Discutiu&se nessa %DI ?uem ?ue iria pa$ar o e'cedente ao teto do IEOO no per<odo de licen/a maternidade Oeria o IEOO ou o empre$ador] O IEOO disse ?ue n"o pa$aria Ocorre- porm- ?ue com vistas a n"o $erar uma espcie de discrimina/"o (repDdio) = contrata/"o de mul;eres no mercado de trabal;o Para evitar esse problema o OKF (e> uma interpreta/"o con(orme a Constitui/"o (do art 1P da AC 2U) para e'cluir do teto disposto nesse arti$o o salHrio da $estante Asse um e'emplo de a/"o a(irmativa criada pelo Oupremo & Outros e'emplos! aposentadoria ap.s menos tempo de contribui/"o para as mul;eres ?ue para os ;omens; meia entrada; isen/"o de ta'a de concurso para pobre ?ue doa san$ue etc Cotas 0ara negros , a0enas uma es0,"(e #o gOnero a%&o af(rmat(+a. Traba)9o #a Professora: A #es"onstru%&o #o m(to #a ra%a e a (n"onst(tu"(ona)(#a#e #e "otas ra"(a(s no Kras() & Roberta Cragoso Daufmann 1U7 & Premissas acerca da discuss"o desse tema! n"o se discute a constitucionalidade de a/0es a(irmativas como $8nero E"o se discute ?ue o )rasil um pa<s social A n"o se de(ende ?ue ine'iste- totalmente- racismo- preconceito ou discrimina/"o no )rasil Kambm- por outro- n"o implica di>er ?ue a discuss"o sobre o tema decorre de eventual postura racista & G poss<vel combater o racismo- discrimina/"o e preconceito com leis pr.prias- como #H se (a> na lei ?ue prev8 o racismo Ea prHtica- muito se #ul$a com base na in#Dria ?uali(icada pela postura racista 2er blo$ da pro(essora! ;ttp!XXnoracebrblo$spotcom & Mm dos principais l<deres das causas dos ne$ros no mundo- +artin Nut;er Rin$- era contrHrio =s cotas para ne$ros Posi/"o de(endida em (amoso discurso B< have a dream///C & Ea vis"o da pro(essora- o preconceito e a discrimina/"o- por si s.s- n"o s"o bastantes a le$itimar a/0es a(irmativas Oe assim o (osse- no )rasil ter<amos ?ue conviver com inDmeras a/0es a(irmativas & Am rela/"o = de(esa do ar$umento da ine'ist8ncia de ra/as- e'istem dados ?ue demonstram ?ue toda a discuss"o racial $ravita em torno de U-U9Qd do $enoma ;umano Portanto- do ponto de vista do or$anismo interno ;umano- n"o ;H ra/as di(erentes- at por?ue s"o apenas 1U $enes ?ue de(inem a cor de uma pessoa O autor brasileiro Or$io Penna de(ine bem esse tema do $enoma ;umano Or$io Penna ?uestiona a le$itimidade do critrio escol;ido para de(inir racismo- no caso o critrio da cor Poderia ser ?ual?uer outro critrio- como altura etc % teoria ?ue de(iniu o racismo- por si s.- #H era racista G preciso desmisti(icar o mito do racismo & Luando o Astado le$isla sobre ra/a- ao invs de en(ra?uecer o mito da ra/a- ele- na verdade- (ortalece o racismo Asse o peri$o do racismo institucionali>ado- pois (omenta prHticas racistas TrOs teor(as Wue 1ust(f("am a%'es af(rmat(+as! *. Teor(a "om0ensat2r(a * os ne$ros ;o#e s"o descendentes de ne$ros ?ue (oram escravos- lo$o preciso (avorec8&los de modo a compensar o ?ue ocorreu no passado & Eo )rasil ;H di(iculdades para #usti(icar a a/"o a(irmativa com base nessa teoria /. Teor(a D(str(but(+a * )aseia&se em desi$ualdades veri(icadas no presente 8. Teor(a #a D(+ers(#a#e * preciso implementar cotas para ?ue um $rupo possa conviver com o outro $rupo & Assa teoria era de(endida por 4onald D[orSin$ Caso PlessZ vs Fer$uson ,erou o re$ime de secess"o A'istiam as leis com base no sistema @I+ 11U C4OF (sistema de culturas paralelas)- ?ue eram leis racistas Iouve um per<odo de mais de um sculo de racismo institucionali>ado Desde o nascimento at outros se$mentos sociais eram separados em se$mentos para ne$ros e para brancos Asse tipo de se$re$a/"o n"o permite o conv<vio com pessoas de outra cor A'! o casamento entre pessoas de outra cor somente (oi permitido nos AM% a partir de 1755 Assa se$re$a/"o $erava uma cultura e uma identidade paralela- o ?ue di(icultava as tentativas de miti$ar e eliminar o racismo Eo )rasil o ar$umento de culturas paralelas (teoria da diversidade) n"o le$itima a implementa/"o de a/0es a(irmativas & Eo )rasil n"o necessHrio institucionali>ar o racismo para combat8&lo Eo )rasil at a proclama/"o da 4epDblica nunca ;ouve di(erencia/"o com base na cor O ?ue e'istia era a distin/"o de direitos entre escravos e n"o escravos & O sistema @I+ C4OF para le$itimar sua postura teve ?ue criar um critrio ob#etivo para de(inir cor (ra/a)- o critrio da B$ota de san$ueC- com base no ?ual ou a pessoa branca ou preta Lual?uer antepassado ne$ro de(ine a ra/a da pessoa como preta +esmo com esse lar$o re?uisito da ascend8ncia- atualmente somente 1Ud da popula/"o norte&americana considerada ne$ra +esmo na poca na escravid"o esse percentual era de apenas 19d da popula/"o Isso decorre do (ato de a proibi/"o de mistura de ra/as sempre ter sido institucionali>ada nos AM% Am 16JU- 7Ud dos ne$ros ainda eram escravos @H no )rasil- em 1665 65-Qd dos ne$ros #H eram livres Asses dados contribuem para um tratamento diverso dado ao tema nos dois pa<ses A'! ap.s a aboli/"o da escravatura ;ouve o estouro da $uerra civil- alm da cria/"o da RM RNM1 RN%E- destinada a perse$uir e matar ne$ros Eo )rasil- ao contrHrio- o povo todo celebrou a aboli/"o da escravatura Portanto- no )rasil ;avia a possibilidade de um ne$ro ter postos de desta?ue- dependendo de sua (orma/"o & Eos AM% as cotas raciais n"o sur$iram do ponto de vista compensat.rio T Discrimina/"o reversa * um dos ar$umentos de ?uem contra a cota racial di> ?ue as cotas $eram discrimina/"o reversa O :nus das cotas para ne$ros nas universidades suportado pelos ?ue s"o preteridos nessa pol<tica- essa a discrimina/"o reversa Para o Astado .timo- pois se trata de medida simb.lica- na medida em ?ue o Astado BdemonstraC estar a$indo- s. ?ue sem $astar nada- eis ?ue ele n"o abriu mais va$as G por isso ?ue nem nos AM% as cotas raciais em matria de educa/"o n"o (oram consideradas constitucionais Caso Mniversidade da Cali(.rnia vs )aSSe * cotas raciais s"o inconstitucionais- n"o poss<vel distin/"o de direitos na educa/"o com base na cor O ?ue ;ouve (oram a/0es a(irmativas $erais ?ue alcan/avam tambm a educa/"o %s cotas sur$iram nos AM% em decorr8ncia de caso pontual- o ?ue se n"o tivesse sido implementado- causaria o estouro da se$unda $uerra civil no pa<s Ei'on- presidente e'tremamente conservador- implementou pol<ticas de cotas raciais- na dcada de 17JU- para evitar a se$unda $uerra civil- ante a $rande e crescente ;ostilidade vi$ente entre brancos e ne$ros- especialmente ap.s o 111 assassinato de RennedZ e principalmente +artin Nut;er Rin$ em 17J6 Foi uma medida simb.lica- a (im de dar al$um retorno para a sociedade- a (im de evitar a se$unda $uerra civil (continua/"o de cotas a(irmativas * cotas raciais para ne$ros) & %pesar de os AM% terem se posicionado (avoravelmente =s cotas- as cotas raciais (oram entendidas inconstitucionais no ?ue tan$e = educa/"o Caso 4oe vs Fade & O ar$umento da diversidade (de culturas e ra/as * teoria de D[orSin$)- n"o tem e(etividade- n"o tem cabimento em rela/"o =s a/0es a(irmativas no )rasil %?ui n"o daria certo & +uitos s"o contra as cotas raciais no )rasil- em virtude de receio de $erar um racismo institucionali>ado & Luando o Astado (ala sobre ra/a ele le$itima a tese de ?ue as di(eren/as raciais t8m sentido A'emplos de conse?u8ncias do racismo institucionali>ado! Ruan#a! ,enoc<dio (Iutus 1 Kutsis) * 177P * ,erou o (ilme BIotel 4uandaC Pa<s coloni>ado pela )l$ica & O critrio para de(inir uma ra/a ou outra em 4uanda era a lar$ura no nari> e a cresposidade do cabelo ]fr("a #o Su)! 4e$ime do %part;eid A)eman9a! Ea>ismo e ;olocausto & % de(ini/"o dada por Iitler de #udeu- era a?uele ?ue (il;o de m"e #udia Krata&se de um tipo de ;tero identi(ica/"o Identi(ica/"o com base no ?ue o estadista ou o tribunal ac;a da pessoa- e n"o o ?ue a pessoa realmente cbices = implementa/"o das cotas raciais no )rasil! a; I#e(a #o s(stema mu)t(rra"(a) bras()e(ro +isci$ena/"o ampla (aus8ncia de nDcleos (amiliares- escravid"o precoce- reli$i"o cat.lica) 112 Au)a *8 $ /E75?7/5** & Eo in<cio da coloni>a/"o do )rasil vieram apenas portu$ueses ;omens- muitos dos ?uais casados (sem seus nDcleos (amiliares) %o c;e$ar ao )rasil a misci$ena/"o entre brancos- <ndios e ne$ros (oi inevitHvel Eessa poca ;ouve estupros e ;ouve rela/0es espontYneas tambm % op/"o pelo escravo ne$ro! os lucros do trH(ico & Eo )rasil a escravid"o #H (oi adotada desde a coloni>a/"o (1Q9P) @H nos AM%- a escravid"o s. veio no sculo 12III (15) Oempre e'istiu escravid"o no mundo- e o critrio era o dos derrotados nas batal;as e domina/0es Por ?ue (oram escol;idos os ne$ros e n"o os <ndios para escravos no )rasil] %o contrHrio do ?ue a ;ist.ria do )rasil versa nas escolas- na verdade (oi por um critrio econ:mico- decorrente do Pacto Colonial Pelo pacto Portu$al impun;a a compra de escravos (no trH(ico de escravos) por parte do )rasil (eita somente perante Portu$al Os lucros com o trH(ico de ne$ros era em mdia de JUUUd por ne$ro Portu$al bai'ou vHrias normas proibindo a escravid"o do <ndio- a (im de n"o pre#udicar o seu interesse econ:mico com o trH(ico ne$reiro Obviamente- Portu$al n"o e'ternava a real pro$nose dessas normas Eesse conte'to (ica pre#udicada a teoria compensat.ria no )rasil Keoria da @usti/a Compensat.ria! em 1665- 7Ud dos ne$ros eram livres Ordem 1591 Problemas do ar$umento da teoria compensat.ria no )rasil! *; Por?ue a?ui- di(erentemente do ?ue aconteceu nos AM%- ser ne$ro n"o si$ni(icava- necessariamente- ser escravo Kanto ?ue al$uns escravos brasileiros livres tin;am escravos /; % pr.pria teoria da responsabilidade civil (?uem causa dano tem ?ue reparar- e ?uem (oi lesionado tem o direito ter seu dano reparado) Mm dos entraves a?ui a possibilidade de ocorrer discrimina/"o reversa & Curiosidade! Ienri?ue Dias- ne$ro- (oi o primeiro brasileiro condecorado como ;er.i- por ter lutado bravamente na insurrei/"o pernambucana contra o dom<nio ;oland8s no sculo 12II (1JP5) Ine'ist8ncia de correla/"o entre cor e ancestralidade & Eo )rasil n"o e'iste ?ual?uer rela/"o entre cor e ancestralidade- por?ue os $enes relacionados a ra/a e cor podem n"o corresponder = real apar8ncia Assa correla/"o imposs<vel no )rasil por causa da ancestralidade O mito da democracia racial! PE%D 175J (19Q cores) & 7Jd dos brasileiros declaram n"o ter preconceitos de cor Isso , a for%a #o m(to #e #emo"ra"(a ra"(a) "omo (#ea) a ser 0ersegu(#o Oi$ni(ica ?ue o brasileiro- mesmo talve> sendo preconceituoso- ele se constran$e em discriminar % (or/a desse mito n"o pode ser i$norada- sob pena de se abrir espa/o para o racismo Krata&se de uma (orma/"o de identidade nacional b; A farsa #os tr(buna(s ra"(a(s 119 & Composi/"o secreta- critrios secretos Foi composta uma espcie de tribunal racial por al$umas universidades e tribunais (Mn)- MA+IO- MFO+- MFP4- I4)4 (Instituto 4io )ranco)- K@P4) Assas decis0es e posturas secretas s"o completamente inconstitucionais & Asse tribunal racial passou a de(inir critrios para de(inir ra/a % di(iculdade maior de(inir a ra/a de ?uem tem cor parda "; A man(0u)a%&o #as estat=st("as & Primeiramente- em rela/"o = palavra Bne$roC %s estat<sticas s"o manipuladas (ora revelam um nDmero- ora revelam outro- con(orme as conveni8ncias- sobretudo pelo movimento ne$ro) #; As "otas ra"(a(s D )u< #o 0r(n"=0(o #a 0ro0or"(ona)(#a#e & %o invs de cotas raciais- dever&se&ia implementar "otas so"(a(s T %de?ua/"o T A'i$ibilidade T Proporcionalidade em sentido restrito !ATYRIA DA / PRO.A A PARTIR DAFUI !at,r(a #a / 0ro+a: & E"o serH cobrado a/0es a(irmativas & +atria cobrada! Po#er "onst(tu(nteN e Contro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e. & Inclusive as normas de reprodu/"o obri$at.ria e de reprodu/"o vedada .III $ PODER CONSTITUINTE *. No%'es *.*. Teor(a #a )eg(t(ma%&o #o 0o#er 11P Au)a *6 $ 8*75?7/5** & O poder constituinte o poder ?ue tenta resolver a inade?ua/"o da norma = lu> dos (atos O poder constituinte pode KMDO- menos alterar as clHusulas ptreas *./. Y a )(ga%&o entre rea)(#a#e e #(re(to 7 fat("(#a#e e normat(+(#a#eN & Oi$ni(ica a rela/"o entre as normas e os (atos Consiste em pe$ar a realidade- veri(icar o ?u"o di(erente ela estH- e adaptar a CF = nova realidade A'! PAC dos precat.rios *.8. De"(s&o #a +onta#e 0o)=t("a. /. T(tu)ar(#a#e /.*. No%'es #e Soberan(a (ver te'to do 4onaldo Poletti) & O poder constituinte serH e'ercido pelo titular da soberania & % (orma/"o dos Astados nacionais trou'e poder para as m"os dos reis & Portu$al (oi o primeiro Astado nacional ?ue ser (ormou /./. Soberan(a Estata) & Oculo 12I * Forma/"o dos Astados Eacionais )odin- )ossuet e Iobbes- te.ricos do %bsolutismo O Astado se con(unde com o +onarca & Ara uma soberania ?ue con(undia o Astado com o monarca BO Astado sou euC % vontade do rei era a vontade do Astado /.8. Soberan(a Na"(ona) * Oculo 12III * %bade OiZss BO ?ue o Kerceiro Astado]C 4evolu/"o Francesa % Ea/"o como primeiro valor moral da sociedade politicamente or$ani>ada & 2eio com a 4evolu/"o Francesa & %?ui o paradi$ma de poder n"o mais a vontade do 4ei- mas tambm ainda n"o a vontade do povo & Eo/"o de na/"o * sentimento c<vico em rela/"o a um $rupo de pessoas %bade disse ?ue o poder n"o pertence ao monarca- mas = na/"o Disse ?ue o sentimento de na/"o era um BpoderC ?ue unia a sociedade /.6. Soberan(a Po0u)ar & Oculo 12III * 4ousseau * % Ooberania n"o pode ser representada & Ea vis"o de 4osseau- a verdadeira soberania n"o pode ser representada (si$ni(ica ?ue a verdadeira democracia s. a direta * e'ercida diretamente pelo povo) /.?. Soberan(a #e C)asses 11Q & Oculo 1I1 * +ar' e An$els & +ar' disse ?ue a soberania n"o pertence ao povo- mas ao proletariado 8. C)asses 8.*. Po#er Const(tu(nte Or(g(nCr(o: & Krata&se de Poder Constituinte criado e institu<do pelo Poder Constituinte Ori$inHrio- e- nesse sentido- deverH obedecer =s limita/0es impostas por tal Poder Kambm con;ecido por ser @ur<dico- Institu<do- de Oe$undo ,rau & Instaura uma nova ordem #ur<dica- rompendo com a ordem #ur<dica precedente Kambm con;ecido por ser Pol<tico- Inicial- Ilimitado- %ut:nomo- Incondicionado & %ut:nomo- incondicionado- soberano- ilimitado- poder de (a>er tudo Assa ideia de poder (a>er tudo- entretanto- estH sendo ?uestionada O poder constituinte ori$inHrio- n"o possui limites #ur<dicos- mas possui limites meta(<sicos- circunstanciais etc 8./. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o: & O poder constituinte ori$inHrio vai tra/ar condi/0es para o e'erc<cio do poder constituinte derivado G poder de se$undo $rau Oo(re limita/0es #ur<dicas 8./.*. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o De"orrente & G poder constituinte dos estados&membros (art 2Q- CF) G o poder constituinte e'ercido pelo princ<pio da simetria tendo como paradi$ma a Mni"o Deve&se analisar o princ<pio da simetria tra/ado pelo OKF Art. 1K. 8s =stados or*ani(am"se e re*em"se 'elas >onstitui9es e leis que adotarem, observados os 'rinc$'ios desta >onstituio. P 4 " So reservadas aos =stados as com'et+ncias que no lhes se,am vedadas 'or esta >onstituio. P 1 " >abe aos =stados e&'lorar diretamente, ou mediante concesso, os servios locais de *#s canali(ado, na %orma da lei, vedada a edio de medida 'rovis-ria 'ara a sua re*ulamentao.(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n K, de 4FFK) P 3 " 8s =stados 'odero, mediante lei com'lementar, instituir re*i9es metro'olitanas, a*lomera9es urbanas e microrre*i9es, constitu$das 'or a*ru'amentos de munic$'ios lim$tro%es, 'ara inte*rar a or*ani(ao, o 'lane,amento e a e&ecuo de %un9es ')blicas de interesse comum. %nHlise do princ<pio da simetria = lu> do OKF (aula posterior) 8././. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o Reforma#or 11J & G o poder das emendas constitucionais Eo )rasil a re(orma n"o tem pra>o (limite temporal para acontecer)- pode acontecer inclusive lo$o ap.s a promul$a/"o da Constitui/"o 8./.8. Po#er Const(tu(nte Der(+a#o Re+(sor & Outra (orma de altera/"o constitucional % revis"o constitucional Kin;a pra>o certo (passados Q anos de publica/"o da Carta * #H aconteceu) & Dupla revis"o * Canotil;o di> ?ue a possibilidade de se alterar as re$ras de altera/"o da constitui/"o na vi$8ncia da mesma constitui/"o %lterar a (orma de alterar a constitui/"o Isso n"o poss<vel no )rasil- um limite impl<cito 6. L(m(tes (m0)="(tos ao 0o#er "onst(tu(nte #er(+a#o 6.*. Pr(n"=0(os meta1ur=#("os :1ust(%a4 0a<4 #(gn(#a#e #a 0essoa 9umana;. 6./. .(n"u)a%&o ao "onteGto so"(a)4 0o)=t("o e "u)tura). I- $ !uta%&o e Reforma Const(tu"(ona) *. !UTARSO CONSTITUCIONAL D(feren%a entre Reforma e !uta%&o Const(tu(%&o f 4e(orma! ?uando ;H um procedimento espec<(ico de altera/"o e'pressa (inclus"o- altera/"o- e'clus"o) do te'to constitucional +uta/"o! %ltera/"o de sentido da norma sem altera/"o do te'to da norma G uma interpreta/"o ou compreens"o di(erenciada *.*. A)tera%&o #e sent(#o #as Const(tu(%'es sem mu#an%a #e seu enun"(a#o. *./. Cara"ter=st("a #as normas semant("amente abertas. *.8. E)emento fun#amenta) #e estab()(#a#e #as Const(tu(%'es s(nt,t("as. & A Constitui/"o dos Astados Mnidos! 5 arti$os- 25 emendas 115 & O e'emplo da Keoria da Otate %ction no Direito Eorte&%mericano *.6. A#a0tab()(#a#e Ds "(r"unstIn"(as 9(st2r("as e aos #(ferentes "onteGtos so"(a(s e 0o)=t("os. *.?. Fa"()mente obser+C+e) nos 0r(n"=0(os e #e #(f="() o"orrOn"(a nas regras. *.Q. Cara"ter=st("a fun#amenta) 0ara a "onser+a%&o #a efet(+(#a#e e )eg(t(m(#a#e #e uma Const(tu(%&o. *.E. A)tera%&o sut() e s()en"(osa #o sent(#o #a Const(tu(%&o. *.H. L(m(tes #a muta%&o "onst(tu"(ona): 161 Pretens"o de sentido visivelmente di(erente dos limites do enunciado constitucional 162 Oentido das normas ?ue eventualmente possa (erir al$um princ<pio outro da Constitui/"o 169 Distanciamento da realidade social A'emplo de muta/"o constitucional! o Caso dos Correios (%DPF PJ)! Quarta-feira, 05 de Agosto de 2009. STF mantm monop!lio dos Correios para correspond"ncias pessoais #atuali$ada% Por seis votos a quatro, o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que a Lei 6.538/78, que trata do monoplio dos Correios, foi recepcionada e est de acordo com a Constituio Federal. Com isso, cartas pessoais e comerciais, cartes-postais, correspondncias agrupadas (malotes) s podero ser transportados e entregues pela empresa pblica. Por outro lado& o Plen'rio entendeu (ue as transportadoras privadas n)o cometem crime ao entregar outros tipos de correspond"ncias e encomendas* A deciso foi tomada no julgamento da Arguio de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 46, na qual a Associao Brasileira das Empresas de Distribuio reclamava o direito de as transportadoras privadas a!erem entre"as de encomendas, como #$ acontece na pr$tica% & ob#eto da ADPF era a 'ei 6%()*+,*, principalmente o seu arti"o 4-, que caracteri!a como crime .coletar, transportar, transmitir ou distribuir, sem observ/ncia das condi0es le"ais, ob#etos de qualquer nature!a su#eitos ao monop1lio da 2nio, ainda que pa"as as tarias postais ou de tele"ramas3% A punio prevista no arti"o 4 de at4 dois meses de deteno ou o pa"amento de multa% 116 3 No entendimento dos ministros, essa tipificao de crime s deve acontecer caso o objeto transportado se#a de distribuio e5clusiva dos 6orreios, como previsto no arti"o 78 da lei impu"nada% Esse arti"o restrin"e ao monop1lio da empresa p9blica o recebimento, transporte e entre"a, no territ1rio nacional, e a e5pedio, para o e5terior, de carta, carto:postal e de correspond;ncia a"rupada, al4m da abricao, emisso de selos e de outras 1rmulas de ranqueamento postal% Conceito de carta Na definio de carta, esto includas as correspondncias, com ou sem envoltrio, sob a forma de comunicao escrita, de natureza administrativa, social, comercial, ou qualquer outra, que contenha informao de interesse especfico do destinatrio (art. 47 da Lei 6.538/78). A corrente que prevaleceu na votao ocorrida no Plenrio do Supremo foi sustentada pelos ministros Eros <rau (que redi"ir$ o ac1rdo), Ellen <racie, 6$rmen '9cia, =oaquim Barbosa, 6e!ar Peluso e 6arlos A>res Britto% &s que ?aviam votado pela quebra do monop1lio dos 6orreios em encomendas, mas tamb4m em cartas comerciais, oram os ministros 6elso de @ello, <ilmar @endes e Aicardo 'eBandoBsCi% =$ o relator, ministro @arco Aur4lio, votou pela completa quebra do monop1lio dos 6orreios% Um destaque entre a votao iniciada na segunda-feira e a terminada hoje foi o esclarecimento da posio do ministro 6arlos A>res Britto% Ele reiterou seu voto di!endo que seu conceito de carta .no 4 reducionista3, pois abran"e as correspond;ncias comerciais, por e5emplo% Para ele, est$ e5cluDda do conceito de servio postal a entre"a de impressos (peri1dicos, por e5emplo) e de encomendas e, portanto, esses itens icariam ora do privil4"io dos 6orreios% 6ontudo, ele recon?eceu estar mais alin?ado E corrente que votou pela improced;ncia do pedido da ADPF porque acredita .no Estado como carteiro entre o emissor e o destinat$rio da mensa"em3% Questionado por jornalistas, ao final do julgamento, o ministro Gilmar Mendes, presidente da 6orte, disse que tal0es de c?eque, cart0es de cr4dito, por e5emplo, podem ser considerados encomenda% .A ri"or, o conceito de encomenda 4 compartil?ado% Ft compet;ncia compartil?ada3, airmou o presidente% A'! %DPF PJ & dos Correios! & Desde 1671 a CF prev8 ?ue compete = Mni"o manter o servi/o postal Am 162P (primeira CF do )rasil) n"o ;avia a ideia do ente Mni"o % ideia de (ederalismo (oi criada pelos AM% O (ederalismo brasileiro s. veio com a proclama/"o da 4epDblica Am 1671- a acep/"o da palavra BmanterC implicava em e'ercer o monop.lio do servi/o (e'ecutar na prHtica- prestar diretamente) Com a industriali>a/"o e urbani>a/"o do )rasil- uma lei de 1756 concedeu esse monop.lio a uma empresa pDblica- no caso a A)CK (Ampresa )rasileira de Correios e Kel$ra(os) %t ent"o estava tudo tran?uilo- at ?ue veio a %DPF (%DPF por?ue trata&se de lei de 1756- anterior = CFX66 Per$unta&se! lei posterior = CFX66 somente pode ter sua constitucionalidade ?uestionada mediante %DI] E"o- depende da matria Oe (or de compet8ncia estadual- cabe %DI; se (or de compet8ncia municipal- 117 cabe %DPF Assa distin/"o entre matria estadual e municipal aplica&se tambm ao DF) Ant"o veio a discuss"o! em matria de cartas o monop.lio dos Correios- pois a parte do servi/o ?ue n"o dH lucro IH servi/os ?ue s"o subsidiados- pois o custo normal n"o compensaria Am rela/"o = entre$a de encomendas- ar$umentou&se ?ue a lei ?ue (alava do monop.lio dos Correios n"o ;avia sido recepcionada no conceito da palavra BmanterC %o (im- o OKF admitiu ?ue outras empresas atuem na entre$a de encomendas- n"o ;avendo mais monop.lio desse servi/o espec<(ico Fe>&se uma analo$ia com os servi/os de telecomunica/0es 2er art 21- 1I (vers"o atual e anterior)- CF O ar$umento dos Correios era (alacioso- pois n"o era necessHrio o monop.lio para subsidiar os servi/os de entre$a de cartas Art. 14. >om'ete Inio: (...) : " e&'lorar, diretamente ou mediante autori(ao, concesso ou 'ermisso, os servios de telecomunica9es, nos termos da lei, que dis'or# sobre a or*ani(ao dos servios, a criao de um -r*o re*ulador e outros as'ectos institucionais.(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 2, de 4KL62LFK:) (...) /. REFOR!A CONSTITUCIONAL & Ob#etiva manter a ade?ua/"o do te'to = realidade % re(orma constitucional muito mais comum nas constitui/0es anal<ticas Eossa CF muito anal<tica- e'! matria tributHria- ?uase toda constitucional /.*. SeWuOn"(a #e 0ro"e#(mentos Wue "u)m(nam na a)tera%&o forma) #a Constitui/"o (altera/"o da reda/"o da norma constitucional) /./. Cara"ter=st("a #as Const(tu(%'es r=g(#as. /.8. Cara"ter=st("a #as Const(tu(%'es ana)=t("as. /.6. Ob1et(+a "onser+ar )eg(t(m(#a#e e efet(+(#a#e #a Const(tu(%&o #e mane(ra mais incisiva ao lon$o do tempo /.?. Ob1et(+a "onser+ar abertura #e 0ro"e#(mento 0ara a#a0ta%'es 9(st2r("as ?ue e'travasem os limites de uma interpreta/"o constitucional /.Q. A sua (neG(stOn"(a frag()(<ar(a a 0r20r(a Const(tu(%&o4 0o(s a "o)o"ar(a pr.'ima de situa/0es de en$essamento e de distanciamento da realidade social e pol<tica 12U /.E. EGer"(ta#o 0e)o Po#er Const(tu(nte Der(+a#o Reforma#or. /.H. L(m(ta%'es eG0ressas ao 0o#er #e reformar /.H.*. L(m(ta%'es tem0ora(s & Previs"o de pra>o durante o ?ual (ica vedada ?ual?uer altera/"o constitucional 2er arti$o 15P da Constitui/"o de 162P! Art. 475. Se 'assados quatro anos, de'ois de ,urada a >onstituio do Era(il, se conhecer, que al*um dos seus arti*os merece re%orma, se %ar# a 'ro'osio 'or escri'to, a qual deve ter ori*em na >amara dos 0e'utados, e ser a'oiada 'ela tera 'arte delles. (>7 de 4215) $ E"o e'iste essa limita/"o no te'to da CFX66 para emendas constitucionais G poss<vel ?ue uma CF admita esse tipo de limita/"o- $eralmente desi$nada para o in<cio da vi$8ncia da nova ordem constitucional % CF de 162P previa um limite temporal E"o con(undir com o limite temporal para o e'erc<cio do poder revisor T Obs! Oe/"o con#unta (a?ui n"o e'iste prerro$ativa) di(erente de se/"o unicameral (a?ui ;H prerro$ativa de iniciar a vota/"o por parte da CYmara dos Deputados- pois ela representa o povo) /.H./. Tamb,m o Art(go 8X #o ADCT. Art. 3. A reviso constitucional ser# reali(ada a'-s cinco anos, contados da 'romul*ao da >onstituio, 'elo voto da maioria absoluta dos membros do >on*resso Cacional, em sesso unicameral. /.H.8. L(m(ta%'es "(r"unstan"(a(s & Interven/"o Federal- Astado de O<tio e Astado de De(esa (anti$amente- especialmente na poca da ditadura militar- eles aproveitavam para alterar a CF nesse per<odo em ?ue o Con$resso Eacional (CE) n"o estaria (uncionando) /.H.6. L(m(ta%'es mater(a(s & E"o serH ob#eto de delibera/"o a proposta de emenda tendente a abolir a (orma (ederativa de Astado- o voto direto- secreto- universal ou peri.dico- a 121 Au)a *? $ 5E75Q7/5** separa/"o de poderes e os direitos e $arantias (undamentais %s clHusulas ptreas a tradu>irem a inte$ridade da Constitui/"o f T!ater(a(sC * 4e(ere&se =s clHusulas ptreas 2er art JU- _ PV- CF O le$islador n"o mencionou a?ui a B4epDblicaC Isso ocorreu por?ue a 4epDblica ou +onar?uia ainda iria ser escol;ida mediante plebiscito Io#e a 4epDblica uma clHusula ptrea impl<cita Art. M6. A >onstituio 'oder# ser emendada mediante 'ro'osta: (...) P 5 " Co ser# ob,eto de deliberao a 'ro'osta de emenda tendente a abolir: " a %orma %ederativa de =stado. " o voto direto, secreto, universal e 'eri-dico. " a se'arao dos Ooderes. ! " os direitos e *arantias individuais. (...) & Portanto- uma AC n"o pode alterar o disposto nesse parH$ra(o Como $eralmente se apresenta uma AC tendente a modi(icar clHusula ptrea] 2er art 1QQ- _ 2V- 1- CF (alterado pela AC P2X2UU9 * disse ?ue n"o incide IC+O nos bens su#eitos a e'porta/"o Desonerar o produto na ori$em para tornH& lo mais competitivo no mercado internacional) A'iste %DI tramitando contra essa AC ( poss<vel %DI contra AC- desde ?ue esta este#a violando limite material (clHusula ptrea) ou limite circunstancial) %s clHusulas ptreas n"o est"o apenas no art QV da CF- est"o tambm espal;adas por todo o te'to constitucional (o OKF (i'ou essa compreens"o no #ul$amento do IP+F Asse imposto (oi inserido por meio de AC (com o ob#etivo de violar o princ<pio da anterioridade tributHria) Foi ar$uida a inconstitucionalidade sob o ar$umento de ?ue se estaria violando a (orma (ederativa de estado (clHusula ptrea)- na medida em ?ue a autonomia dos estados estaria sendo maculada) O OKF teve ?ue (a>er uma $inHstica mental para di>er ?ue o princ<pio da anterioridade tributHria estaria inserido implicitamente nos princ<pios (undamentais- sendo- portanto- uma clHusula ptrea- e- assim- n"o podendo ser alterada mediante AC Art. 4KK. >om'ete aos =stados e ao 0istrito 7ederal instituir im'ostos sobre: (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3) (...) P 1. 8 im'osto 'revisto no inciso atender# ao se*uinte: (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3) () : " no incidir#: a) sobre o'era9es que destinem mercadorias 'ara o e&terior, nem sobre servios 'restados a destinat#rios no e&terior, asse*urada a manuteno e o a'roveitamento do montante do im'osto cobrado nas o'era9es e 'resta9es anteriores. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) 122 b) sobre o'era9es que destinem a outros =stados 'etr-leo, inclusive lubri%icantes, combust$veis l$quidos e *asosos dele derivados, e ener*ia eltrica. c) sobre o ouro, nas hi'-teses de%inidas no art. 4K3, P K. d) nas 'resta9es de servio de comunicao nas modalidades de radiodi%uso sonora e de sons e ima*ens de rece'o livre e *ratuita. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) (...) & Outro e'emplo! %rt 1J- CF * princ<pio da anualidade da lei eleitoral (anterioridade eleitoral) 2er art 15- __ 1V e 2V- CF Eem o OKF sabe de todas as clHusulas ptreas da CF 2er AC Q2X2UUJ Art. 4M. At que se e%etive o dis'osto no art. 31, P 1, da >onstituio, caber# ao Oresidente da ?e')blica, com a a'rovao do Senado 7ederal, indicar o Bovernador e o !ice"Bovernador do 0istrito 7ederal. P 4 " A com'et+ncia da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal, at que se instale, ser# e&ercida 'elo Senado 7ederal. P 1 " A %iscali(ao cont#bil, %inanceira, orament#ria, o'eracional e 'atrimonial do 0istrito 7ederal, enquanto no %or instalada a ><mara ;e*islativa, ser# e&ercida 'elo Senado 7ederal, mediante controle e&terno, com o au&$lio do @ribunal de >ontas do 0istrito 7ederal, observado o dis'osto no art. 71 da >onstituio. P 3 " ncluem"se entre os bens do 0istrito 7ederal aqueles que lhe vierem a ser atribu$dos 'ela Inio na %orma da lei. Art. 47. 8s vencimentos, a remunerao, as vanta*ens e os adicionais, bem como os 'roventos de a'osentadoria que este,am sendo 'ercebidos em desacordo com a >onstituio sero imediatamente redu(idos aos limites dela decorrentes, no se admitindo, neste caso, invocao de direito adquirido ou 'erce'o de e&cesso a qualquer t$tulo. P 4 " H asse*urado o e&erc$cio cumulativo de dois car*os ou em're*os 'rivativos de mdico que este,am sendo e&ercidos 'or mdico militar na administrao ')blica direta ou indireta. P 1 " H asse*urado o e&erc$cio cumulativo de dois car*os ou em're*os 'rivativos de 'ro%issionais de sa)de que este,am sendo e&ercidos na administrao ')blica direta ou indireta. AD8 CFC L 07 " 0S@?@8 7=0=?A; AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 4KL41L4FF3 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"42"63"4FF5 OO"6K4MK =N=C@ !8;"64737"61 OO"664M6 ?@G !8;"664K4"63 OO"667KK EMENTA: " 0ireito >onstitucional e @ribut#rio. Ao 0ireta de nconstitucionalidade de =menda >onstitucional e de ;ei >om'lementar. .O.N.7. m'osto Orovis-rio sobre a Novimentao ou a @ransmisso de 129 !alores e de >rditos e 0ireitos de Cature(a 7inanceira " .O.N.7. Arti*os K., 'ar. 1., M6, 'ar. 5., incisos e !, 4K6, incisos , /b/, e !, /a/, /b/, /c/ e /d/, da >onstituio 7ederal. 4. Ima =menda >onstitucional, emanada, 'ortanto, de >onstituinte derivada, incidindo em violao a >onstituio ori*inaria, 'ode ser declarada inconstitucional, 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, cu,a %uno 'rec$'ua e de *uarda da >onstituio (art. 461, , /a/, da >.7.). 1. A =menda >onstitucional n. 3, de 47.63.4FF3, que, no art. 1., autori(ou a Inio a instituir o .O.N.7., incidiu em v$cio de inconstitucionalidade, ao dis'or, no 'ar#*ra%o 1. desse dis'ositivo, que, quanto a tal tributo, no se a'lica /o art. 4K6, , /b/ e !/, da >onstituio, 'orque, desse modo, violou os se*uintes 'rinc$'ios e normas imut#veis (somente eles, no outros): 4. " o 'rinc$'io da anterioridade, que *arantia individual do contribuinte (art. K., 'ar. 1., art. M6, 'ar. 5., inciso ! e art. 4K6, , /b/ da >onstituio). 1. " o 'rinc$'io da imunidade tributaria rec$'roca (que veda a Inio, aos =stados, ao 0istrito 7ederal e aos Nunic$'ios a instituio de im'ostos sobre o 'atrimVnio, rendas ou servios uns dos outros) e que *arantia da 7ederao (art. M6, 'ar. 5., inciso ,e art. 4K6, !, /a/, da >.7.). 3. " a norma que, estabelecendo outras imunidades im'ede a criao de im'ostos (art. 4K6, ) sobre: /b/): tem'los de qualquer culto. /c/): 'atrimVnio, renda ou servios dos 'artidos 'ol$ticos, inclusive suas %unda9es, das entidades sindicais dos trabalhadores, das institui9es de educao e de assist+ncia social, sem %ins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. e /d/): livros, ,ornais, 'eri-dicos e o 'a'el destinado a sua im'resso. 3. =m conseqZ+ncia, e inconstitucional, tambm, a ;ei >om'lementar n. 77, de 43.67.4FF3, sem reduo de te&tos, nos 'ontos em que determinou a incid+ncia do tributo no mesmo ano (art. 12) e dei&ou de reconhecer as imunidades 'revistas no art. 4K6, !, /a/, /b/, /c/ e /d/ da >.7. (arts. 3., 5. e 2. do mesmo di'loma, ;.>. n. 77LF3). 5. Ao 0ireta de nconstitucionalidade ,ul*ada 'rocedente, em 'arte, 'ara tais %ins, 'or maioria, nos termos do voto do ?elator, mantida, com relao a todos os contribuintes, em car#ter de%initivo, a medida cautelar, que sus'endera a cobrana do tributo no ano de 4FF3. //7587/55Q $ /5:6Q $ Su0remo mant,m +ert("a)(<a%&o 0ara as e)e(%'es #e /55Q! + Plen'rio do Supremo Tribunal Federal decidiu (ue as novas regras contidas na Emenda Constitucional ,-./0& (ue p1s 2im 3 verticali$a4)o nas coliga45es partid'rias& n)o poder)o ser aplicadas 3s elei45es deste ano* Por nove votos a dois& os ministros entenderam (ue& no caso& deve ser obedecido o princ6pio da anterioridade eleitoral& contido no artigo 70 da Constitui4)o Federal* + dispositivo prev" (ue altera4)o do processo eleitoral s! ter' validade ap!s decorrido um ano do in6cio da vig"ncia da norma. Assim, o Plenrio julgou procedente o pedido formulado pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na Ao Direta de nconstitucionalidade (AD) 3685, vencidos os ministros Marco Aurlio e Seplveda Pertence. A relatora da ao, ministra Ellen Gracie, afirmou ser inegvel a posio de destaque dada pelo constituinte de 1988 ao princpio da anterioridade eleitoral, "como instrumento indispensvel a uma mnima defesa da insuspeita e verdadeira representatividade que deve marcar o regime democrtico de Estado. Ela salientou que se as emendas constitucionais, conforme previsto na Constituio, so produtos gerados na existncia de um processo legislativo, tambm elas podem, com muito mais gravidade, servir como instrumento de 12P abusos e casusmos capazes de desestabilizar a normalidade ou a prpria legitimidade do processo eleitoral. 8esse sentido& reconheceu (ue a emenda violou a Constitui4)o Federal e 9ulgou procedente o pedido 2ormulado para declarar a inconstitucionalidade da express)o :aplicando;se 3s elei45es (ue ocorrer)o no ano de -//-<& contida no artigo -= da emenda atacada* A ministra tambm deu interpreta4)o con2orme 3 Constitui4)o 3 parte remanescente da emenda& no sentido de (ue as novas regras se9am aplicadas somente ap!s um ano da data de sua vig"ncia. O ministro Ricardo Lewandowski tambm julgou procedente o pedido formulado pela OAB. Argumentou que, com a retroatividade dos efeitos da emenda s eleies de 2002, que j ocorreram, pretendeu-se, em verdade, contornar o princpio da anualidade contemplado no artigo 16 da Constituio Federal. Acrescentou que o princpio da anualidade visa preservar a segurana do processo eleitoral, afastando qualquer alterao feita ao sabor das convenincias de momento, seja por emenda constitucional, seja por lei complementar ou ordinria. Assim, concluiu que o legislador "utilizou-se de expediente mediante o qual se busca atingir um fim ilcito utilizando meio aparentemente legal. Em outras palavras, disse que se trata, no caso, de "atalhamento da Constituio Federal. O ministro Eros Grau tambm votou pela no aplicao das novas regras nas eleies de 2006. Segundo ele, "o casusmo que o artigo 2 da EC 52/06 estabeleceria em relao s eleies que ocorreriam no ano de 2002 no prevaleceu, porque ela apenas foi promulgada posteriormente a 2002. Esse casusmo no se translada ao presente, de modo que o artigo 2 da EC 52/06 efetivamente no se ope ao artigo 16 da Constituio, ressaltou. O ministro Joaquim Barbosa declarou no haver dvida de que as mudanas teriam um "formidvel impacto nas prximas eleies. "No preciso grande esforo interpretativo para se concluir que uma mudana de tal magnitude interferiria de maneira significativa no quadro de expectativa que o eleitor, o titular dos direitos polticos, e as agremiaes partidrias vinham concebendo em vista do pleito que se avizinha, disse. Assim, ele acompanhou o voto condutor e excluiu a aplicao da emenda s eleies de 2006. "Essa emenda no se aplica s eleies gerais, de carter at presidencial, sobretudo, do corrente ano de 2006, afirmou o ministro Carlos Ayres Britto, que tambm seguiu o voto da ministrarelatora, Ellen Gracie. O ministro Cezar Peluso votou no mesmo sentido. Segundo ele, a nova redao emprestada ao artigo 17, pargrafo 1, que pe fim chamada verticalizao das coligaes poltico-partidrias, "no pode incidir sobre as eleies que vo se realizar ainda neste ano, sob pena de violao de norma constitucional imutvel. Tambm acompanhou integralmente a relatora o ministro Gilmar Mendes. Ele afirmou que "uma mudana na regra do jogo eleitoral sem a observncia do artigo 16 da Constituio altera radicalmente esse processo, no s para os partidos polticos, mas tambm para os candidatos. No se trata da expectativa de direito, mas ao prprio Direito. No mesmo sentido, votou o ministro Celso de Mello. Ele observou que o princpio da anterioridade eleitoral ganha relevo a partir do julgamento, uma vez que se garante a segurana jurdica ao submeter o artigo 16 da Constituio ao rol das clusulas ptreas. 12Q Para Celso de Mello, a emenda fere a garantia do devido processo eleitoral, a igualdade de condies para a disputa e a estabilidade das regras eleitorais. Celso de Mello lembrou o ministro aposentado Paulo Brossard ao afirmar: "O Congresso Nacional pode muito, mas no pode tudo e acrescentou que "a Cmara e o Senado no podem transgredir o ncleo da Constituio. Por fim, o ministro Nelson Jobim votou com a relatora. Fundamentou seu voto no sentido de que, para julgar a ao, "deve-se fazer uma distino fundamental entre interpretao de lei e lei. De acordo com o ministro, "ou o TSE tem a competncia de interpretar a lei ou no tem. E se tem a competncia de faz-lo, a leitura e a interpretao so a consistncia da lei. Temos que distinguir entre interpretar uma lei vigente e modificar uma lei vigente. O que se passou foi a alterao do sistema legal. O fato, disse Jobim, de que a interpretao do TSE no a criao de nova lei, mas sim a vigncia e a leitura da lei. >iverg"ncia O ministro Marco Aurlio abriu a dissidncia ao considerar improcedente a ao da OAB. Segundo Marco Aurlio, a emenda constitucional no trouxe inovaes, apenas ajustou o artigo 6 da Lei Eleitoral (Lei n 9.504/97), no sendo, na avaliao dele, matria constitucional. Dessa forma, o ministro Marco Aurlio manteve seu entendimento contrrio prtica da verticalizao, por consider-la lesiva autonomia dos partidos polticos, uma vez que os submete a uma "camisa-de-fora". Assim, Marco Aurlio divergiu da relatora quanto prtica da verticalizao e julgou prejudicada a expresso aplicando-se s eleies de 2002, contida na parte final do artigo 2 da emenda. O ministro Seplveda Pertence votou com a divergncia aberta pelo ministro Marco Aurlio. O ministro questionou se bastaria a deciso do TSE para a emenda constitucional, que adota corrente contrria, ento vencida, ser uma alterao no devido processo legal eleitoral? No chego a tanto quando se cuida de uma emenda constitucional, afirmou Pertence. EC ?H7/55L (%ltera a reda/"o do inciso I2 do caput do art 27 e do art 27&% da Constitui/"o Federal- tratando das disposi/0es relativas = recomposi/"o das CYmaras +unicipais) Presid"ncia da ?ep@blica Casa Civil Subche2ia para Assuntos Aur6dicos EBE8>A C+8STCTUCC+8AD 8= ,E& >E -F >E SETEBG?+ >E -//H Altera a redao do inciso V do caput do art. 29 e do art. 29-A da Constituio Federal, tratando das disposies relativas recomposio das Cmaras Municipais. As !esas #a CImara #os De0uta#os e #o Sena#o Fe#era)4 nos termos #o a 8X #o art. Q5 #a Const(tu(%&o Fe#era)4 0romu)gam a segu(nte Emen#a ao teGto "onst(tu"(ona): 12J Ar". 1/ O inciso IV do c$5%" do $r". F0 d$ Cons"i"%i=>o Feder$6 5$ss$ $ :i#or$r co! $ se#%in"e red$=>oS /Art. 1F . .................................................................................................. IV * 5$r$ $ co!5osi=>o d$s CI!$r$s M%nici5$is- ser o;ser:$do o 6i!i"e !&i!o deS 0 ,no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de $"( 1..LLL ,'%in?e !i62 4$;i"$n"esT 11 ,on?e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1..LLL ,'%in?e !i62 4$;i"$n"es e de $"( GL.LLL ,"rin"$ !i62 4$;i"$n"esT 1G ,"re?e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios co! !$is de GL.LLL ,"rin"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( .L.LLL ,cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT 1. ,'%in?e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de .L.LLL ,cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( PL.LLL ,oi"en"$ !i62 4$;i"$n"esT 1D ,de?esse"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de PL.LLL ,oi"en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1FL.LLL ,cen"o e :in"e !i62 4$;i"$n"esT 10 ,de?eno:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1FL.LLL ,cen"o e :in"e !i62 4$;i"$n"es e de $"( 11L.LLL ,cen"o sessen"$ !i62 4$;i"$n"esT *) 14 (vinte e um) !ereadores, nos Nunic$'ios de mais de 4M6.666 (cento e sessenta mil) habitantes e de at 366.666 (tre(entos mil) habitantes. 125 FG ,:in"e e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de GLL.LLL ,"re?en"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( O.L.LLL ,'%$"rocen"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT F. ,:in"e e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de O.L.LLL ,'%$"rocen"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1LL.LLL ,seiscen"os !i62 4$;i"$n"esT FD ,:in"e e se"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1LL.LLL ,seiscen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( D.L.LLL ,se"ecen"os cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT F0 ,:in"e e no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de D.L.LLL ,se"ecen"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 0LL.LLL ,no:ecen"os !i62 4$;i"$n"esT G1 ,"rin"$ e %!2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 0LL.LLL ,no:ecen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.L.L.LLL ,%! !i64>o e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT GG ,"rin"$ e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.L.L.LLL ,%! !i64>o e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.FLL.LLL ,%! !i64>o e d%?en"os !i62 4$;i"$n"esT G. ,"rin"$ e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.FLL.LLL ,%! !i64>o e d%?en"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.G.L.LLL ,%! !i64>o e "re?en"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"esT GD ,"rin"$ e se"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de 1.G.L.LLL ,%! !i64>o e "re?en"os e cin'%en"$ !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1..LL.LLL ,%! !i64>o e '%in4en"os !i62 4$;i"$n"esT G0 ,"rin"$ e no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1..LL.LLL ,%! !i64>o e '%in4en"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( 1.PLL.LLL ,%! !i64>o e oi"ocen"os !i62 4$;i"$n"esT O1 ,'%$ren"$ e %!2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.PLL.LLL ,%! !i64>o e oi"ocen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( F.OLL.LLL ,dois !i64Mes e '%$"rocen"os !i62 4$;i"$n"esT OG ,'%$ren"$ e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de F.OLL.LLL ,dois !i64Mes e '%$"rocen"os !i62 4$;i"$n"es e de $"( G.LLL.LLL ,"r9s !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT O. ,'%$ren"$ e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de G.LLL.LLL ,"r9s !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( O.LLL.LLL ,'%$"ro !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT OD ,'%$ren"$ e se"e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de O.LLL.LLL ,'%$"ro !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( ..LLL.LLL ,cinco !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT O0 ,'%$ren"$ e no:e2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de ..LLL.LLL ,cinco !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( 1.LLL.LLL ,seis !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT :2 .1 ,cin'%en"$ e %!2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de 1.LLL.LLL ,seis !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( D.LLL.LLL ,se"e !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT 126 .G ,cin'%en"$ e "r9s2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de D.LLL.LLL ,se"e !i64Mes2 de 4$;i"$n"es e de $"( P.LLL.LLL ,oi"o !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT e .. ,cin'%en"$ e cinco2 Vere$dores- nos M%nicQ5ios de !$is de P.LLL.LLL ,oi"o !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT /(C?) Ar". FK O $r". F0*A d$ Cons"i"%i=>o Feder$6 5$ss$ $ :i#or$r co! $ se#%in"e red$=>oS /Art. 1F"A . I * DU ,se"e 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o de $"( 1LL.LLL ,ce! !i62 4$;i"$n"esT II * 1U ,seis 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o en"re 1LL.LLL ,ce! !i62 e GLL.LLL ,"re?en"os !i62 4$;i"$n"esT III * .U ,cinco 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o en"re GLL.LL1 ,"re?en"os !i6 e %!2 e .LL.LLL ,'%in4en"os !i62 4$;i"$n"esT IV * O-.U ,'%$"ro in"eiros e cinco d(ci!os 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o en"re .LL.LL1 ,'%in4en"os !i6 e %!2 e G.LLL.LLL ,"r9s !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT V * OU ,'%$"ro 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o en"re G.LLL.LL1 ,"r9s !i64Mes e %!2 e P.LLL.LLL ,oi"o !i64Mes2 de 4$;i"$n"esT VI * G-.U ,"r9s in"eiros e cinco d(ci!os 5or cen"o2 5$r$ M%nicQ5ios co! 5o5%6$=>o $ci!$ de P.LLL.LL1 ,oi"o !i64Mes e %!2 4$;i"$n"es. /(C?) Ar". GK Es"$ E!end$ Cons"i"%cion$6 en"r$ e! :i#or n$ d$"$ de s%$ 5ro!%6#$=>o- 5rod%?indo eei"osS " o dis'osto no art. 4A, a 'artir do 'rocesso eleitoral de 1662. e II * o dis5os"o no $r". FK- $ 5$r"ir de 1K de <$neiro do $no s%;se'%en"e $o d$ 5ro!%6#$=>o des"$ E!end$. Kras=)(a4 em /8 #e setembro #e /55L. RE *LEL*E !un("=0(o #e !(ra Estre)a & O munic<pio tin;a poucos ;abitantes- mas possu<a o nDmero mH'imo de vereadores (re(erente a um munic<pio com nDmero muito maior de ;abitantes) Criou&se um coe(iciente pelo ?ual a cada 1P mil e poucos ;abitantes aumenta&se um vereador Di>ia&se ?ue a lei or$Ynica do munic<pio era inconstitucional- pois n"o previa a correta representatividade municipal % decis"o (inal do OKF acerca do tema (or/ou o Con$resso Eacional a editar AC Q6X2UU7 Asse caso (oi importante- eis ?ue representou uma e'ce/"o ao posicionamento do OKF- pois- do contrHrio- poderia $erar uma srie de problemas no munic<pio- uma ve> ?ue as leis e atos aprovados pela CYmara +unicipal n"o teriam validade 127 & Eo controle di(uso (eito pelo OKF a e(icHcia inter 'artes e o e(eito e82 tunc- pois- por ?uest"o l.$ica- a decis"o precisa alcan/ar a situa/"o das partes do processo ?ue ense#ou a decis"o do 4A O ob#eto central do controle di(uso nunca a declara/"o de inconstitucionalidade & Eo controle de constitucionalidade di(uso- o controle incidental Een;um #ui> pode declarar a inconstitucionalidade de lei em tese % ?uest"o da insconstitucionalidade apenas um ar$umento no controle di(uso O controle de constitucionalidade di(uso um controle em tese O controle de constitucionalidade concentrado um controle em abstrato O controle concentrado e'ercido por meio de %DI- %DC- %DPF ou %DI por omiss"o Os le$itimados est"o no art 1U9- CF O controle di(uso e'ercido por meio de 4A Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) " o Oresidente da ?e')blica. " a Nesa do Senado 7ederal. " a Nesa da ><mara dos 0e'utados. ! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) ! " o Bovernador de =stado ou do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) ! " o Orocurador"Beral da ?e')blica. ! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil. ! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional. : " con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito nacional. P 4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal. P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar e%etiva norma constitucional, ser# dada ci+ncia ao Ooder com'etente 'ara a adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de -r*o administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias. P 3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado" Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado. & Eo controle concentrado o e(eito pode ser ex-tunc ou ex-nunc- dependendo do caso & 2er art 25 da lei 76J6X77 Art. 17. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista ra(9es de se*urana ,ur$dica ou de e&ce'cional interesse social, 'oder# o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria de dois teros de seus membros, restrin*ir os e%eitos daquela declarao ou decidir que ela s- tenha 19U e%ic#cia a 'artir de seu tr<nsito em ,ul*ado ou de outro momento que venha a ser %i&ado. (;ei F.2MFLFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal). & Para resolver o problema acima- o OKF aproveitou os re?uisitos para %DI e os adaptou para #ul$ar 4A O controle de constitucionalidade n"o processo civil E"o dH para compreender o controle de constitucionalidade recorrendo&se ao processo civil E"o ;ouve pre?uestionamento por?ue matria de ordem pDblica & % causa de pedir em controle concentrado aberta Oi$ni(ica ?ue pouco interessa o (undamento ou motivo da %DI- %DC- %DPF ou %DIom (%DI por omiss"o) Oe al$um in$ressar com %DI di>endo ?ue determinada lei inconstitucional pelos motivos %- ) e C- o #ul$ador pode entender ?ue a lei inconstitucional ou constitucional pelo motivo D & Io#e em dia- a anti$a dicotomia entre controle di(uso e controle concentrado estH praticamente superada %tualmente eles se misturam AD8 GFD: 3E75M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< ?=7=?=C08 =N N=0.>AI@. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. >J?N=C ;R>A Gul*amento: 44L44L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. =N=C0A >8CS@@I>8CA; C. K2L166F. A<TE3A>?+ NA 6+M0+/8>?+ D+/ <8M8TE/ MZ[8M+/ DA/ 6eMA3A/ M=N8680A8/. A3T. !C, 8N6. 8H, DA 6+N/T8T=8>?+ DA 3E0LM<86A. 3ET3+A>?+ DE E7E8T+/ _ E<E8>?+ DE !DDV @A3T. FR, 8N6. 8A . O8SS= 0= !=?=A08?=S. !=0A0A AO;>AST8 0A ?=B?A ` =;=ST8 QI= 8>8??A A@H IN AC8 AOUS 8 C_>8 0= SIA !BDC>A: A?@. 4M 0A >8CS@@IST8 0A ?=ORE;>A. N=00A >AI@=;A? ?=7=?=C0A0A, >8N =7=@8S e=: @IC>e, OA?A SIS@A? 8S =7=@8S 08 C>S8 08 A?@. 3 0A =N=C0A >8CS@@I>8CA; C. K2, 0= 13.F.166F, A@H 8 GI;BAN=C@8 0= NH?@8 0A O?=S=C@= AST8. 4. >abimento de ao direta de inconstitucionalidade 'ara questionar norma constante de =menda >onstitucional. Orecedentes. 1. Norma que determina a retroao dos e"eitos das re$ras constitucionais de composio das 6.maras Municipais em pleito ocorrido e encerrado a"ronta a $arantia do pleno e%erccio da cidadania popular @arts. BR, par$ra"o ,nico e BG da 6onstituioA e o princpio da se$urana (urdica. F. +s eleitos pelos cidados "oram diplomados pela (ustia eleitoral at- BV.B!.!DDC e tomaram posse em !DDC. 0osse de suplentes para le$islatura em curso, em relao a eleio "inda e acabada, descumpre o princpio democrtico da soberania popular. 5. m'ossibilidade de com'atibili(ar a 'osse do su'lente no eleito 'elo su%r#*io secreto e universal: ato que caracteri(a verdadeira nomeao e no eleio. 8 voto instrumento da democracia constru$da 'elo cidado: im'ossibilidade de a%ronta a essa e&'resso da liberdade de mani%estao. K. A a'licao da re*ra questionada im'ortaria 191 vereadores com mandatos di%erentes o que a%rontaria o 'rocesso 'ol$tico ,uridicamente 'er%eito. M. Nedida cautelar concedida re%erendada. & Considerou o processo pol<tico #uridicamente per(eito como clHusula ptrea Portanto a AC acima (oi considerada inconstitucional /.H.?. L(m(ta%'es forma(s! g INICIATI.A (%rt JU- I- II- e III)! & E"o ?ual?uer um ?ue pode propor a inconstitucionalidade de norma- deve ocorrer por! a; Proposta de um ter/o- no m<nimo dos membros da CYmara dos Deputados ou do Oenado Federal; b; Proposta do Presidente da 4epDblica; "; Proposta de mais da metade das %ssembleias Ne$islativas das unidades da Federa/"o- mani(estando&se- cada uma delas- pela maioria relativa de seus membros Art. M6. A >onstituio 'oder# ser emendada mediante 'ro'osta: " de um tero, no m$nimo, dos membros da ><mara dos 0e'utados ou do Senado 7ederal. " do Oresidente da ?e')blica. " de mais da metade das Assembleias ;e*islativas das unidades da 7ederao, mani%estando"se, cada uma delas, 'ela maioria relativa de seus membros. (...) h FUeRU! DE .OTARSO (art JU- _2V)! & _ 2V & % proposta serH discutida e votada em cada Casa do Con$resso Eacional- em dois turnos- considerando&se aprovada se obtiver- em ambos- tr8s ?uintos dos votos dos respectivos membros Art. M6. (...) P 1 " A 'ro'osta ser# discutida e votada em cada >asa do >on*resso Cacional, em dois turnos, considerando"se a'rovada se obtiver, em ambos, tr+s quintos dos votos dos res'ectivos membros. (...) T P O * NAI CO+PNA+AEK%4 * +%IO4I% %)OONMK% * %4K J7 X NAI O4DIEa4I% * +%IO4I% OI+PNAO * %4K P5 192 Art. MF. As leis com'lementares sero a'rovadas 'or maioria absoluta. Art. 57. Salvo dis'osio constitucional em contr#rio, as delibera9es de cada >asa e de suas >omiss9es sero tomadas 'or maioria dos votos, 'resente a maioria absoluta de seus membros. i PRO!UL>ARSO (%4K JU- _9V) & % promul$a/"o serH reali>ada pelas +esas da CYmara dos Deputados e do Oenado Federal (#untas)- com o respectivo nDmero de ordem Ine'iste veto ou san/"o presidencial em emenda constitucionalt Art. M6. (...) P 3 " A emenda >onstituio ser# 'romul*ada 'elas Nesas da ><mara dos 0e'utados e do Senado 7ederal, com o res'ectivo n)mero de ordem. (...) j PRE3U[ZO (%4K JU- _QV) & % matria constante de proposta de emenda constitucional re#eitada ou ;avida por pre#udicada n"o pode ser ob#eto de nova proposta na mesma sess"o le$islativa Art. M6. (...) P K " A matria constante de 'ro'osta de emenda re,eitada ou havida 'or 're,udicada no 'ode ser ob,eto de nova 'ro'osta na mesma sesso le*islativa. (...) /.L. L(m(ta%'es tC"(tas :(m0)="(tas; ao 0o#er #e reformar & Assas limita/0es n"o est"o e'pressas em lu$ar nen;um Decorrem de consenso da doutrina /.L.*. EGtens&o #a reforma & E"o pode alterar todos os arti$os- sob pena de ser uma nova Constitui/"o /.L./. !o#(f("a%&o #o 0ro"esso #e reforma :TPro(b(%&o #a Du0)a Re+(s&oU; 199 & E"o poss<vel ?ue uma emenda ven;a a alterar o processo de re(orma da Constitui/"o /.L.8. E+entua) subst(tu(%&o #o Po#er Const(tu(nte Der(+a#o 0or um or(g(nCr(o & Luando a mani(esta/"o t"o $rande- passa a se tornar uma nova ordem constitucional 8. RE.ISSO CONSTITUCIONAL & %penas revis"o constitucional- e n"o re(orma Previs"o no art 9V do %DCK Art. 3. A reviso constitucional ser# reali(ada a'-s cinco anos, contados da 'romul*ao da >onstituio, 'elo voto da maioria absoluta dos membros do >on*resso Cacional, em sesso unicameral. (A0>@) 8.*. Pro"e#(mento eG"e0"(ona) #e mu#an%a #a Const(tu(%&o. 8./. Res0e(ta a "ertos "r(t,r(os (m0ostos 0e)o Po#er Const(tu(nte Or(g(nCr(o. 8.8. Por ser eG"e0"(ona)4 trata$se #e 0ro"e#(mento ma(s atenua#o. 6. PODER CONSTITUINTE DERI.ADO DECORRENTE * os Astados& membros & %t ?ue ponto o Astado Federado do )rasil implica em autonomia a seus estados&membros] A fe#era%&o se "onf(rma na me#(#a em Wue se "onfere autonom(a 0ara os esta#os e mun("=0(os "r(arem a suas )e(s e ger(rem seus re"ursos. $ At, Wue 0onto os esta#os #a fe#era%&o s&o )(+res 0ara #(s0or em suas "onst(tu(%'es o Wue Wu(serk AC )(m(tes 0ara essa autonom(ak E)es tOm Wue segu(r em tu#o a Un(&ok Fuem )(m(ta (ssok Y a CF Wue #eterm(na o Wue tem e o Wue n&o tem Wue ser obser+a#o. & Por se tratar #e 0o#er "onst(tu(nte #er(+a#o4 "abe "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e 0or 0arte #o STF. TDe"orrenteU 0orWue #e"orre na CF. & G uma matria di(<cil4 0o(s n&o estC eG0ressa na CF ou nas #ema(s normas4 e 0orWue "aberC um estu#o #a 1ur(s0ru#On"(a #o STF e (nformat(+os sobre o tema4 "om atua)(<a%&o "onstante. !u(to "obra#o em "on"ursos. & OerH estudado o panorama atual do OKF- ?ue poderH mudar a ?ual?uer momento 19P & Consultar o livro do Pro"ura#or #o DF4 Dr. Lo Ferreira NeoncZ & 1ontrole de 1onstitucionalidade -stadual. & Consultar o art(go #o Prof. Rau) !a"9a#o Aorta :estC na a0ost()a;. 6.*. Art(go /? #a Const(tu(%&o Fe#era) Art. 1K. 8s =stados or*ani(am"se e re*em"se 'elas >onstitui9es e leis que adotarem, observados os 'rinc$'ios desta >onstituio. P 4 So reservadas aos =stados as com'et+ncias que no lhes se,am vedadas 'or esta >onstituio. 6./. Art(go ** #o ADCT: Art. 44. >ada Assembleia ;e*islativa, com 'oderes constituintes, elaborar# a >onstituio do =stado, no 'ra(o de um ano, contado da 'romul*ao da >onstituio 7ederal, obedecidos os 'rinc$'ios desta. Pargrafo nico. Oromul*ada a >onstituio do =stado, caber# ><mara Nunici'al, no 'ra(o de seis meses, votar a ;ei 8r*<nica res'ectiva, em dois turnos de discusso e votao, res'eitado o dis'osto na >onstituio 7ederal e na >onstituio =stadual. (A0>@) 6.8. O Pr(n"=0(o #a S(metr(a. Normas #e Re0ro#u%&o - Normas #e Im(ta%&o :Re0et(%&o; & O Prof. Rau) !a"9a#o Aorta )e"(ona Wue eG(stem as: a; Eormas "onst(tu"(ona(s fe#era(s #e re0ro#u%&o * podem ser! normas constitucionais de reprodu/"o obri$at.ria * normas da CF ?ue obri$atoriamente os estados dever"o reprodu>ir em suas constitui/0es Oe essa reprodu/"o n"o e'istir- serH indi(erente- pois a CF #H prev8 tais normas- vinculando os estados Isso por?ue CF deve ser vista tambm como norma de uni(ica/"o das normas nacionais T Nei (ederal * vincula a Mni"o como ente (ederativo A'! Nei 6112X7U * lei (ederal ?ue n"o vincula os estados T Nei nacional * vincula todos os entes #a fe#er&o. EG. C2#(go Tr(butCr(o Na"(ona)4 C2#(go #e TrIns(to Na"(ona) et". normas constitucionais de reprodu/"o vedada aWue)as "u1as "om0etOn"(as s&o +e#a#as 0ara os #ema(s entes fe#erat(+os. 19Q b; Normas "onst(tu"(ona(s fe#era(s #e re0et(%&o! & TDe re0et(%&oU 0orWue , fa"u)tat(+o. Nesse es0a%o fa"u)tat(+o , Wue res(#e a autonom(a #o ente. CaberC ao esta#o membro re0et(r a norma "onst(tu"(ona) se Wu(ser4 sem (n"orrer em +(o)a%&o4 "aso n&o re0(ta. 6.6. Pr(n"=0(os #a Const(tu(%&o Fe#era) #e Re0ro#u%&o Obr(gat2r(a nas Const(tu(%'es Esta#ua(s: a; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s Sens=+e(s (%rt 9P- Inciso 2II) Art. 35. A Inio no intervir# nos =stados nem no 0istrito 7ederal, e&ceto 'ara: " manter a inte*ridade nacional. " re'elir invaso estran*eira ou de uma unidade da 7ederao em outra. " 'Vr termo a *rave com'rometimento da ordem ')blica. ! " *arantir o livre e&erc$cio de qualquer dos Ooderes nas unidades da 7ederao. ! " reor*ani(ar as %inanas da unidade da 7ederao que: a) sus'ender o 'a*amento da d$vida %undada 'or mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de %ora maior. b) dei&ar de entre*ar aos Nunic$'ios receitas tribut#rias %i&adas nesta >onstituio, dentro dos 'ra(os estabelecidos em lei. ! " 'rover a e&ecuo de lei %ederal, ordem ou deciso ,udicial. ! " asse*urar a observ<ncia dos se*uintes 'rinc$'ios constitucionais: a) %orma re'ublicana, sistema re'resentativo e re*ime democr#tico. b) direitos da 'essoa humana. c) autonomia munici'al. d) 'restao de contas da administrao ')blica, direta e indireta. e) a'licao do m$nimo e&i*ido da receita resultante de im'ostos estaduais, com'reendida a 'roveniente de trans%er+ncias, na manuteno e desenvolvimento do ensino e nas a9es e servios ')blicos de sa)de. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 1F, de 1666) & Oe o estado n"o obedecer poderH ;aver interven/"o (ederal b; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s EGtens=+e(s (%rt 5Q) & S&o 0receitos constitucionais de or$ani>a/"o da Mni"o estendidos aos estados membros & G de mais (Hcil observYncia por?ue a CF #H remete ao estado membro 19J Art. 7K. As normas estabelecidas nesta seo a'licam"se, no que couber, or*ani(ao, com'osio e %iscali(ao dos @ribunais de >ontas dos =stados e do 0istrito 7ederal, bem como dos @ribunais e >onselhos de >ontas dos Nunic$'ios. Pargrafo nico. As >onstitui9es estaduais dis'oro sobre os @ribunais de >ontas res'ectivos, que sero inte*rados 'or sete >onselheiros. "; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s Estabe)e"(#os (A's arts 95 e 97) & Princ<pios de subordina/"o normativa- predi>em o conteDdo do Direito Constitucional e ordinHrio a ser editado pelos .r$"os de produ/"o normativa do estado&membro & O"o normas de reprodu/"o obri$at.ria- pois est"o e'pressas na CF #; Pr(n"=0(os Const(tu"(ona(s #e Preor#ena%&o Institucional (%rts 25 e 26) & De(inem- antecipadamente- a estrutura (composi/"o e (uncionamento) de .r$"os estaduais A'! Alei/"o para $overnador- o nDmero de deputados da %ssembleia Ne$islativa !a(s eGem0)os #e normas #e re0ro#u%&o obr(gat2r(a! & % partir da?ui come/a a parte di(<cil para o estudo- pois n"o ;H disposi/"o na CF Depende unicamente do entendimento do OKF- ?ue vive mudando- vive evoluindo Por essa di(iculdade- serH necessHrio DACO4%4 as disposi/0es #urisprudenciais (n"o precisa decorar os nDmeros delas) CPI e Re'%isi"os 5$r$ $ Cri$=>o N F =m se*uida, asseverou"se que os requisitos indispensveis & criao de 6omissWes 0arlamentares de 8nqu-rito encontram5se dispostos no art. IV, S FR, da 67, preceito de observ.ncia compuls1ria pelas casas le$islativas estaduais @princpio da simetriaA. Desse modo, entendeu5se que a criao de 608 independe de deliberao plenria, sendo bastante a apresentao do requerimento de B;F dos membros da Assembleia <e$islativa ao seu 0residente, somada aos demais requisitos constitucionais. Salientou"se, tambm, que a 'ublicao desse requerimento tem e%eito meramente declarat-rio, de modo a con%erir 'ublicidade a ato anterior, constitutivo da criao da >omisso. Cesse sentido, a%irmou"se que, no ato da a'resentao do requerimento ao Oresidente da Assembleia ;e*islativa, desde que cum'ridas as condi9es necess#rias, sur*e a comisso, cabendo aos subscritores do requerimento, de'ois de numerado, lido e 'ublicado, reunirem"se, com qualquer n)mero, 'ara materiali(ar a sua instalao. Co 'onto, ressaltou"se que a su,eio do requerimento de criao deliberao 'len#ria equivaleria %rustrao da *arantia das minorias 'arlamentares. Oor %im, no tocante e&'resso Xs5 ser submetido 6 discusso e votao decorridas -0 horas de sua apresentao, eY, constante do aludido P 4 do art. 35, considerou"se no haver motivo 'ara a submisso do requerimento de constituio de >O a qualquer outro -r*o da Assembleia ;e*islativa. !encido o Nin. Narco Aurlio que, di%erenciando o ato de requerer do ato de criar, ,ul*ava im'rocedente o 'edido ao 195 %undamento de que os dis'ositivos re%erem"se ao crivo a ser e&ercido 'ara a criao da 'r-'ria >O. Orecedente citado: NS 15234L07 (0GI de 5.2.166M). A0 3M4FLSO, rel. Nin. =ros Brau, 4.2.166M. (A0"3M4F) & O art Q6- _ 9V n"o di> ?ue uma norma obri$at.ria para os estados& membros Pelo dispositivo le$al n"o se pode in(erir isso G obri$at.ria por?ue o OKF disse ?ue Com base na #urisprud8ncia colacionada acima poderia ser inda$ar sobre a autonomia do estado&membro- uma ve> ?ue ?uem estaria determinando as re$ras o OKF Art. K2. 8 >on*resso Cacional e suas >asas tero comiss9es 'ermanentes e tem'or#rias, constitu$das na %orma e com as atribui9es 'revistas no res'ectivo re*imento ou no ato de que resultar sua criao. (...) P 3 " As comiss9es 'arlamentares de inqurito, que tero 'oderes de investi*ao 'r-'rios das autoridades ,udiciais, alm de outros 'revistos nos re*imentos das res'ectivas >asas, sero criadas 'ela ><mara dos 0e'utados e 'elo Senado 7ederal, em con,unto ou se'aradamente, mediante requerimento de um tero de seus membros, 'ara a a'urao de %ato determinado e 'or 'ra(o certo, sendo suas conclus9es, se %or o caso, encaminhadas ao Ninistrio O)blico, 'ara que 'romova a res'onsabilidade civil ou criminal dos in%ratores. (...) (COEKIEM%urO) & %s normas constitucionais dos estados&membros decorrentes da CF (normas obri$at.rias) podem ser consideradas inconstitucionais- isso em observYncia ao princ<pio da simetria Pr(n"=0(o #a s(metr(a * uma constru/"o #urisprudencial reali>ada pelo OKF ob#etivando ;armoni>ar as constitui/0es dos estados&membros = CF & Outra cr<tica a miti$a/"o da autonomia do ente (ederativo & 2er art J1- CF (tudo de observYncia obri$at.ria pelos estados&membros) Art. M4. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer membro ou >omisso da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal ou do >on*resso Cacional, ao Oresidente da ?e')blica, ao Su'remo @ribunal 196 Au)a *Q $ *575Q7/5** 7ederal, aos @ribunais Su'eriores, ao Orocurador"Beral da ?e')blica e aos cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta >onstituio. P 4 " So de iniciativa 'rivativa do Oresidente da ?e')blica as leis que: " %i&em ou modi%iquem os e%etivos das 7oras Armadas. " dis'onham sobre: a) criao de car*os, %un9es ou em're*os ')blicos na administrao direta e aut#rquica ou aumento de sua remunerao. b) or*ani(ao administrativa e ,udici#ria, matria tribut#ria e orament#ria, servios ')blicos e 'essoal da administrao dos @errit-rios. c) servidores ')blicos da Inio e @errit-rios, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento de car*os, estabilidade e a'osentadoria.(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 42, de 4FF2) d) or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da 0e%ensoria O)blica da Inio, bem como normas *erais 'ara a or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da 0e%ensoria O)blica dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios. e) criao e e&tino de Ninistrios e -r*os da administrao ')blica, observado o dis'osto no art. 25, ! (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 31, de 1664) %) militares das 7oras Armadas, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento de car*os, 'romo9es, estabilidade, remunerao, re%orma e trans%er+ncia 'ara a reserva.(nclu$da 'ela =menda >onstitucional n 42, de 4FF2) P 1 " A iniciativa 'o'ular 'ode ser e&ercida 'ela a'resentao ><mara dos 0e'utados de 'ro,eto de lei subscrito 'or, no m$nimo, um 'or cento do eleitorado nacional, distribu$do 'elo menos 'or cinco =stados, com no menos de tr+s dcimos 'or cento dos eleitores de cada um deles. & O OKF #H decidiu ?ue o art J1 da CF uma norma de iniciativa obri$at.ria por parte dos estados&membros & % pro(essora considera ?ue o princ<pio da simetria diminui (ou miti$a) a autonomia le$islativa ?ue realmente deveria ser concedida aos estados& membros E"o ;H uma autonomia verdadeira & 7Ud dos pro#etos de lei do DF tem v<cio de iniciativa (?uer di>er ?ue o v<cio de iniciativa parlamentar- sendo ?ue n"o o poderia) Eeste caso a lei viciada desde a ori$em- si$ni(icando um v<cio (ormal- em ?ue nem se?uer se adentra ao mrito da lei & A'emplos de v<cios de iniciativa le$islativa! a; cria/"o de car$os b; territ.rios "; re$ime #ur<dico ( de iniciativa reservada de c;e(e do A'ecutivo * ver art 97- caput- CF * a?ui norma de observYncia obri$at.ria) Eeste caso n"o poss<vel ?ue o estado&membro ten;a a iniciativa le$islativa- n"o por?ue o estado&membro estH limitado no caso- pois se (osse assim n"o ;averia autonomia O motivo ?ue o poder constituinte derivado decorrente n"o de iniciativa do poder A'ecutivo- pass<vel de inconstitucionalidade por v<cio de iniciativa do processo le$islativo d) atribui/0es de secretarias 197 Atc AD8 !B9 M6 ; 0M # 0A3A8MA N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. >=;8 E8?GA ?elator(a) 'L Ac-rdo: Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 13L6KL4FF6 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " >8CS@@IST8 =S@A0IA; " O?8>=SS8 ;=BS;A@!8 " A QI=S@T8 0A 8ES=?!AC>A >8NOI;S8?A, 8I CT8, 0= S=IS O?C>_O8S, O=;8S =S@A08S"N=NE?8S " C8!A >8C>=OST8 0= 7=0=?A;SN8 >8CSAB?A0A CA >8CS@@IST8 0= 4F22 " O=?7; 0A 7=0=?AST8 E?AS;=?A " =:@=CSA8 08 O80=? >8CS@@IC@= 08S =S@A08S"N=NE?8S " ?=;=!8 GI?_0>8 08 @=NA " SISO=CST8 ;NCA? 0=7=?0A. 8 O=?7; 0A 7=0=?AST8 E?AS;=?A, ?=0=7C08 O=;A >8CS@@IST8 0= 4F22, =NE8?A A>;ANA08 O8? A@?EI? NA8? B?AI 0= AI@8C8NA 08S =S@A08S"N=NE?8S, H !S@8 >8N ?=S=?!A O8? A;BICS 08I@?CA08?=S, QI= >8CS0=?AN O=?SS@? C8 E?AS; IN 7=0=?A;SN8 AC0A A7=@A08 O8? =:>=SS!A >=C@?A;^AST8 =SOA>A; 08 O80=? =N @8?C8 0A ICT8 7=0=?A;. S= H >=?@8 QI= A C8!A >A?@A O8;@>A >8C@=NO;A IN =;=C>8 N=C8S AE?ACB=C@= 0= O?C>_O8S >8CS@@I>8CAS S=CS!=S, A 0=C8@A?, >8N SS8, A =:OACSA8 0= O80=?=S GI?0>8S CA =S7=?A 0AS >8;=@!0A0=S AI@8C8NAS ;8>AS, 8 N=SN8 CT8 S= O80= A7?NA? QIAC@8 A8S O?C>_O8S 7=0=?AS =:@=CS!=S = A8S O?C>_O8S >8CS@@I>8CAS =S@AE=;=>08S, 8S QIAS, =NE8?A 0SS=NCA08S O=;8 @=:@8 >8CS@@I>8CA;, O8S@8 QI= CT8 H @8O>A A SIA ;8>A;^AST8, >8C7BI?AN A>=?!8 =:O?=SS!8 0= ;N@AS]=S 0=SSA AI@8C8NA ;8>A;, >IGA 0=C@7>AST8 " A@H N=SN8 O=;8S =7=@8S ?=S@?@!8S QI= 0=;=S 0=>8??=N " NO]="S= ?=A;^A?. A QI=S@T8 0A C=>=SSJ?A 8ES=?!bC>A, 8I CT8, O=;8S =S@A08S"N=NE?8S, 0AS C8?NAS = O?C>_O8S C=?=C@=S A8 O?8>=SS8 ;=BS;A@!8, O?8!8>A A 0S>ISST8 S8E?= 8 A;>AC>= 08 O80=? GI?_0>8 0A ICT8 7=0=?A; 0= NO8?, 8I CT8, `S 0=NAS O=SS8AS =S@A@AS QI= C@=B?AN A =S@?I@I?A 0A 7=0=?AST8, 8 ?=SO=@8 C>8C0>8CA; A OA0?8=S [=@=?8C8N8S O8? =;A O?8O?A CS@@I08S >8N8 7A@8?=S 0= >8NOI;S8?A AO;>AST8. =SS= @=NA, QI= S= ?=!=;A =SS=C>A; ` 8?BAC^AST8 O8;_@>8" A0NCS@?A@!A 08 =S@A08 E?AS;=?8, AC0A CT8 78 0=>008 O=;8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A;. 0A ?=S8;IST8 0=SSA QI=S@T8 >=C@?A;, =N=?B?J A 0=7CST8 08 N80=;8 0= 7=0=?AST8 A S=? =7=@!AN=C@= 8ES=?!A08 CAS O?J@>AS CS@@I>8CAS. =CQIAC@8 CT8 S8E?=!=? =SS= O?8CIC>AN=C@8, NO]="S=, >8N8 N=00A 0= >AI@=;A, A SISO=CST8 ;NCA? 0= O?=>=@8S CS>?@8S =N >8CS@@IS]=S =S@A0IAS, QI= CT8 [AGAN 8ES=?!A08 8S OA0?]=S GI?_0>8S 7=0=?AS, 0= =:@?AST8 1PU >8CS@@I>8CA;, >8C>=?C=C@=S A8 O?8>=SS8 ;=BS;A@!8. & % situa/"o vista no #ul$ado acima #H estH paci(icada pelo OKF no sentido do ?ue disp0e esse #ul$ado AD8 !!: ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 4FL44L4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@. 77, :! 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 08 ?8 0= GAC=?8. 7A>I;0A0= 08 S=?!08? 0= @?ACS78?NA? =N O=>RCA C0=C^A@U?A A ;>=CSA =SO=>A; = 7H?AS CT8 B8^A0AS. A7?8C@A A8S A?@S. M4, P 4, , /A/ = 4MF 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. 4. A >onstituio 7ederal, ao con%erir aos =stados a ca'acidade de auto"or*ani(ao e de auto*overno, im'9e a obri*at-ria observ<ncia aos seus 'rinc$'ios, entre os quais o 'ertinente ao 'rocesso le*islativo, de modo que o le*islador constituinte estadual no 'ode validamente dis'or sobre as matrias reservadas iniciativa 'rivativa do >he%e do =&ecutivo. 1. 8 'rinc$'io da iniciativa reservada im'lica limitao ao 'oder do =stado" Nembro de criar como ao de revisar sua >onstituio e, quando no trato da re%ormulao constitucional local, o le*islador no 'ode se investir da com'et+ncia 'ara matria que a >arta da ?e')blica tenha reservado e&clusiva iniciativa do Bovernador. 3. >onstituio do =stado do ?io de Ganeiro. 7aculdade do servidor de trans%ormar em 'ec)nia indeni(at-ria a licena es'ecial e %rias no *o(adas. >oncesso de vanta*ens. Natria estranha >arta =stadual. >onverso que im'lica aumento de des'esa. nconstitucionalidade. Ao direta de inconstitucionalidade 'rocedente. & %s iniciativas previstas no #ul$ado acima s"o totalmente e'clusivas do A'ecutivo D(feren%a entre uma PEC #e (n("(at(+a #o EGe"ut(+o e PL #e (n("(at(+a #o EGe"ut(+o! $ % di(eren/a ?ue numa PAC o A'ecutivo somente detm a iniciativa E"o tem direito nem a san/"o nem a veto % pro(essa entende ?ue a interpreta/"o do OKF s. vale para PN L(m(tes Ds emen#as 0ar)amentares a 0ro1etos #e )e( #e (n("(at(+a #o EGe"ut(+o- s"o dois! a) E"o pode ;aver aumento de despesa b) Kem ;aver rela/"o com a matria & % lei or/amentHria anual (NO%) a Dnica e'ce/"o a essa re$ra 1P1 Sobre o tema4 +er o art. Q*4 a*l4 II4 #a CF :mu(to "obra#o em "on"ursos;4 bem "omo o art. Q84 #a CF Art. M4. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer membro ou >omisso da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal ou do >on*resso Cacional, ao Oresidente da ?e')blica, ao Su'remo @ribunal 7ederal, aos @ribunais Su'eriores, ao Orocurador"Beral da ?e')blica e aos cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta >onstituio. P 4 " So de iniciativa 'rivativa do Oresidente da ?e')blica as leis que: (...) " dis'onham sobre: a) criao de car*os, %un9es ou em're*os ')blicos na administrao direta e aut#rquica ou aumento de sua remunerao. b) or*ani(ao administrativa e ,udici#ria, matria tribut#ria e orament#ria, servios ')blicos e 'essoal da administrao dos @errit-rios. c) servidores ')blicos da Inio e @errit-rios, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento de car*os, estabilidade e a'osentadoria.(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 42, de 4FF2) d) or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da 0e%ensoria O)blica da Inio, bem como normas *erais 'ara a or*ani(ao do Ninistrio O)blico e da 0e%ensoria O)blica dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios. e) criao e e&tino de Ninistrios e -r*os da administrao ')blica, observado o dis'osto no art. 25, ! (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 31, de 1664) %) militares das 7oras Armadas, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento de car*os, 'romo9es, estabilidade, remunerao, re%orma e trans%er+ncia 'ara a reserva.(nclu$da 'ela =menda >onstitucional n 42, de 4FF2) (...) & PN de iniciativa parlamentar pode aumentar al<?uota do IP2%] )im pode, pois a al;nea b s. aplica a territ.rios & Mma lei n"o pode criar outros tributos alEm dos 9ue est3o previstos na 1C/ Qual9uer outro assunto relacionado a tributo pode ser tratado por lei/ L(m(tes ao 0o#er #e emen#a #e (n("(at(+a 0ar)amentar & G poss<vel ?ue o parlamentar se aproveite dos PNs de iniciativa do Poder A'ecutivo para incluir emendas variadas] Oim- aliHs- essa a re$ra- desde ?ue n"o ;a#a aumento de despesas e ?ue ten;a rela/"o com a matria Art. M3. Co ser# admitido aumento da des'esa 'revista: " nos 'ro,etos de iniciativa e&clusiva do Oresidente da ?e')blica, ressalvado o dis'osto no art. 4MM, P 3A e P 5A. 1P2 " nos 'ro,etos sobre or*ani(ao dos servios administrativos da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal, dos @ribunais 7ederais e do Ninistrio O)blico. & O Inciso I- acima- n"o tem rela/"o com as duas limita/0es anteriores 1P9 Pro"esso Leg(s)at(+o $ In("(at(+a Reser+a#a $ Emen#as Par)amentares :Trans"r(%'es; A8 !IVD9:;32c 3E<AT+3) M8N. 6E</+ DE ME<<+. EMENTA) 03+6E//+ <E48/<AT8H+. 038N6K08+/ 6+N/T8T=68+NA8/ ]=E 3E4EM + 03+6E//+ DE 7+3MA>?+ DA/ <E8/. A0<86AM8<8DADE A+/ E/TAD+/5MEMM3+/ E A+/ M=N86K08+/. 3E48ME 2=3KD86+ D+/ /E3H8D+3E/ 0LM<86+/ @3T2 BV:;C:, 3E<. M8N. 6E</+ DE ME<<+A. 3EM=NE3A>?+ 7=N68+NA<. MATT38A /=2E8TA _ 3E/E3HA DE 8N868AT8HA D+ 6\E7E D+ 0+DE3 E[E6=T8H+. A ]=E/T?+ 0E3T8NENTE A+ 0+DE3 DE EMENDA D+/ 0A3<AMENTA3E/. 03E33+4AT8HA DE KND+<E 0+<KT86+52=3KD86A 6=2+ E[E36K68+, 0E<+/ MEMM3+/ D+ 0+DE3 <E48/<AT8H+, EMM+3A H8ZHE< N+/ 03+6ED8MENT+/ DE 8N868AT8HA 3E/E3HADA, /=MMETE5/E A <8M8TA>QE/ DE +3DEM 6+N/T8T=68+NA<. D+=T38NA. 03E6EDENTE/. 3E6=3/+ 8M03+H8D+. DE68/?+: 8 recurso e&traordin#rio a que se re%ere o 'resente a*ravo de instrumento %oi inter'osto contra ac-rdo, que, 'ro%erido, em sede de ?e'resentao de nconstitucionalidade, 'elo Ur*o =s'ecial do =. @ribunal de Gustia do =stado do ?io de Ganeiro, est# assim ementado (%ls. 32):X?e'resentao contra dis'ositivos de ;ei Nunici'al decorrentes de emendas a 'ro,etos do =&ecutivo. Se h# e&tenso a outras cate*orias ine*#vel a inconstitucionalidade 'or v$cio de iniciativa. =menda que aumenta des'esa ')blica sem indicao da %onte de receita. 0is'ositivo que re'ete 'ro'osta do =&ecutivo no que res'eita a rea,uste *radual e crono*rama da *radualidade, sem eiva de violao da >onstituio. Oroced+ncia Oarcial.Y (*ri%ei) A an#lise dos autos evidencia que o ac-rdo mencionado a,usta"se diretri( ,uris'rudencial que esta Su'rema >orte %irmou na a'reciao da controvrsia em causa. >om e%eito, o tema suscitado na 'resente sede recursal concerne ao alcance do 'oder de emenda con%erido ao ;e*islativo na a'reciao de 'ro'osi9es que veiculam, como sucede na es'cie, normas relativas a matrias reservadas, quanto sua iniciativa, ao >he%e do Ooder =&ecutivo. 8 e&erc$cio do 'oder de emenda constitui, quando concretamente mani%estado, um dos incidentes do 'rocesso de %ormao das es'cies le*islativas. @rata"se de 'rerro*ativa, que, 'or ser inerente %uno le*islativa do =stado, quali%ica"se como 'oder de $ndole eminentemente constitucional. 8 'oder de emendar, nada mais sendo do que uma 'ro,eo do 'r-'rio 'oder de le*islar, so%re, em %uno da matri( constitucional que lhe con%ere su'orte ,ur$dico, a'enas as limita9es de%inidas no te&to da >arta Ool$tica. 8 saudoso Ninistro @[=NS@8>;=S E?AC0T8 >A!A;>AC@, ao versar esse tema em sede de controle normativo abstrato, salientou (?0A F7L143): X( ... ) Oode"se dividir em tr+s a orientao doutrin#ria sobre o 'oder de emenda. A 'rimeira entende que a %uno de emendar inerente %uno le*islativa. A se*unda, que o 'oder de emenda limitado, 'reciso ter a%inidade l-*ica com o 'ro,eto. = a terceira que vincula o 'oder de emenda ao 'oder de iniciativa ( ... ).Y (*ri%ei) A 6onstituio 7ederal de BCVV, presti$iando o e%erccio da "uno parlamentar, a"astou muitas das restriWes que incidiam, 455 especi"icamente, sobre o poder de emenda recon'ecido aos membros do <e$islativo. + le$islador constituinte, ao assim proceder, certamente pretendeu repudiar a concepo re$alista de Estado, que eliminaria, na prtica, o poder de emenda das Assembleias` @3T2 F!;BGF 5 3T2 FF;BD: 5 3T2 FG;9 5 3T2 GD;FGVA. Dentro desse conte%to, a 6onstituio 7ederal, ao de"inir o .mbito de atuao do poder de emendar, elasteceu, si$ni"icativamente, a possibilidade do e%erccio dessa prerro$ativa parlamentar. No que concerne aos pro(etos de iniciativa reservada, a 6arta 0oltica estabeleceu restrio vedat1ria das emendas que possam $erar aumento da despesa $lobal prevista. Esse novo tratamento constitucional dispensado ao poder de emenda parlamentar, mesmo naquelas 'ip1teses que envolvam pro(etos de lei submetidos & clusula constitucional que impWe reserva de iniciativa, mereceu, de M86\E< TEME3 @Elementos de Direito 6onstitucional`, p. BFC, If ed., BCVC, 3TA, correta apreciao) + art. 9F, 8 e 88, inadmite emendas aos pro(etos de lei que aumentem a despesa prevista nos pro(etos cu(a iniciativa se(a da e%clusiva competYncia do 0residente da 3ep,blica e naqueles re"erentes & or$anizao dos servios administrativos da 6.mara, do /enado, dos Tribunais 7ederais e do Minist-rio 0,blico. Emendas que no aumentem a despesa podero ser o"erecidasg 0arece5nos que sim. Mesmo que se modi"ique, pela emenda, o ob(etivo dese(ado pelo proponente, ao dar incio ao processo de "ormao da lei. + que a 6onstituio con"ere, ao reservar iniciativa, - a de"inio do momento em que se deva le$islar sobre determinada mat-ria. + proponente do pro(eto - sen'or da oportunidade. + mais se passa no interior do 0oder <e$islativo, no e%erccio constitucional de sua atividade inovadora da ordem (urdica em nvel imediatamente in"raconstitucional. /1 no pode, por emenda, aumentar a despesa no pro(eto.Y (*ri%ei) 0esse modo, a nova >onstituio re'eliu a inter'retao " que certa ve( 'revaleceu nesta >orte (?7 4MKL4KK) " no sentido de que, sendo o 'oder de emenda corol#rio do 'oder de iniciativa, resultava inadmiss$vel (se*undo tal e&e*ese restritiva) qualquer alterao, 'ela inst<ncia 'arlamentar, dos 'ro,etos decorrentes da com'et+ncia 'rivativa dos outros 'oderes ou -r*os. =sse entendimento, contudo, no 'ros'erou. 0a$ a observao de NAC8=; B8CQA;!=S 7=??=?A 7;[8 (X>oment#rios >onstituio Erasileira de 4F22Y, vol. 1L46K, 4FF1, Saraiva): XA >onstituio vi*ente admite a a'resentao de emendas aos 'ro,etos de iniciativa reservada, desde que no aumentem a des'esa 'revista. ( ... ). Assim, ho,e no mais cabe discusso. 0esde que a emenda no aumente a des'esa *lobalmente 'revista, ela cab$vel. A atual >onstituio estendeu a re*ra iniciativa reservada a outros -r*os que no o Oresidente da 3ep,blica. 6om isto, a 6onstituio permite a in$erYncia parlamentar na pr1pria or$anizao dos servios administrativos dos tribunais "ederais @ ... A.` @$ri"eiA T preciso ter presente, neste ponto, a advertYncia do saudoso Ministro H86T+3 N=NE/ <EA< @3T2 F9;FVIA) @ ... A A Assembleia no pode "icar reduzida ao papel de dizer sim e no, como se "osse 5 "rase con'ecida 5 composta de mudos, que apenas pudessem bai%ar a cabea, vertical ou 'orizontalmente. Ela pode introduzir elementos novos no pro(eto, desde que no o des"i$ure, que no mude a sua subst.ncia, que no estabelea incompatibilidade entre o sentido $eral do pro(eto e as disposiWes a ele acrescidas pelo 1r$o le$islativo.` @$ri"eiA A 45K e%trao constitucional do poder de emenda, de outro lado, no permite presumir a e%istYncia de vedaWes que no as decorrentes de clusula constitucional e%plcita, como a que resulta # presente o conte%to em e%ame # da norma inscrita no art. 9F, inciso 8, da 6onstituio da 3ep,blica, ressalvado o entendimento, que esta 6orte ( proclamou @AD8 I:G;D7, 3el. Min. 8<MA3 4A<H?+, D2= de DV;D9;CFA, de que se revela implcita, no sistema constitucional brasileiro, a e%i$Yncia de que as emendas parlamentares $uardem relao de pertinYncia @a"inidade l1$icaA com o ob(eto da proposio le$islativa. A tese consa*rada no ac-rdo ob,eto do recurso e&traordin#rio em questo " aumento da des'esa *lobal resultante de emenda de iniciativa 'arlamentar " reveste"se de inteira correo ,ur$dica e encontra %undamento na 'r-'ria ,uris'rud+ncia desta >orte, que, de%rontando"se com quest9es virtualmente id+nticas, e tendo 'resente a cl#usula inscrita no art. 1K da ;ei 7undamental, 'roclamou a vinculao dos =stados"membros ao modelo %ederal 'ertinente ao 'rocesso de %ormao das leis, inclusive no que concerne s restri9es decorrentes dos arts. M4, P 4, e M3 da >arta Ool$tica (A0 26K"N>L?S, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8 W A0 2MKLNA, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8): XAST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@B8S 14, 1K, 1M, 17, 31 = 33 08 A@8 0AS 0SO8SS]=S >8CS@@I>8CAS @?ACS@U?AS 08 =S@A08 0= NCAS B=?AS, 0= 14 0= S=@=NE?8 0= 4F2F. Cormas que, 'or dis'orem, sem e&ceo, sobre servidores ')blicos do =stado, 'adecem do v$cio de inconstitucionalidade %ormal, 'or inobserv<ncia do 'rinc$'io da reserva da iniciativa le*islativa ao >he%e do Ooder =&ecutivo, corol#rio do 'ostulado da se'arao dos 'oderes, im'osto aos =stados 'elo art. 1K da >7L22 e, es'ecialmente, ao constituinte estadual, no art. 44 do A0>@L22, combinados, no 'resente caso, com o art. M4, 'ar#*ra%o 4, al$neas hai e hci, da mesma >arta.Y (A0 2FLNB, ?el. Nin. ;NA? BA;!T8 " *ri%ei) XAST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. >AI@=;A?. C>S. !, !, ! = :, 08 A?@. 4M, 0A ;= =S@A0IA; C 4.437, 0= 45 0= S=@=NE?8 0= 4FF1. A;=BA0A A7?8C@A A8S A?@S. M4, P 4, , hAi = h>i, = A?@. M3, , 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. Olausibilidade da incre'ao, tendo em vista tratar"se de dis'ositivos resultantes de emenda da Assembleia, acarretadora de aumento de des'esa, a 'ro,eto de lei que lhe %oi enviado 'elo >he%e do Ooder =&ecutivo, no e&erc$cio de com'et+ncia le*islativa 'rivativa. >oncorr+ncia do h'ericulum in morai, consistente na 'ossibilidade de virem a ser e%etuados 'a*amentos de vanta*ens %uncionais indevidas. >autelar de%erida.Y (A0 24M"N>LS>, ?el. Nin. ;NA? BA;!T8 " *ri%ei) XOrocesso le*islativo: consolidao da ,uris'rud+ncia do S@7 no sentido de que " no obstante a aus+ncia de re*ra e&'l$cita na >onstituio de 4F22 " im'9em"se observ<ncia do 'rocesso le*islativo dos =stados"membros as linhas b#sicas do corres'ondente modelo %ederal, 'articularmente as de reserva de iniciativa, na medida em que con%i*uram elas 'risma relevante do 'er%il do re*ime 'ositivo de se'arao e inde'end+ncia dos 'oderes, que 'rinc$'io %undamental ao qual se vinculam com'ulsoriamente os ordenamentos das unidades %ederadas.Y (A0 271"N>L?S, ?el. Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= " *ri%ei) !ale observar, no 'onto, 'or relevante, que o entendimento ora e&'osto consolidou"se na ,uris'rud+ncia constitucional desta Su'rema >orte: XAST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= W ;= =S@A0IA; QI= =S@=C0= A 45M 0=@=?NCA0A >A@=B8?A 7IC>8CA; 8 ?=A;C[AN=C@8 ?=NIC=?A@U?8 0=7=?08 A S=?!08?=S ORE;>8S 0!=?S8S W =:@=CST8 0=SS= E=C=7_>8 O=>ICJ?8 ?=SI;@AC@= 0= =N=C0A 0= C>A@!A OA?;AN=C@A? AO?8!A0A O=;A ASS=NE;HA ;=BS;A@!A W !=@8 ?=G=@A08 W O?8NI;BAST8 0A ;= O=;8 O?=S0=C@= 0A ASS=NE;HA ;=BS;A@!A ;8>A; W AIN=C@8 0A 0=SO=SA B;8EA; O?=!S@A C8 O?8G=@8 0= ;= AO?=S=C@A08 O=;8 >[=7= 08 O80=? =:=>I@!8 W NO8SSE;0A0= >8CS@@I>8CA; 0=SSA NAG8?AST8 O8? =7=@8 0= =N=C0A 0= C>A@!A OA?;AN=C@A? W C>0DC>A 0A ?=S@?ST8 O?=!S@A C8 A?@. M3, , 0A >8CS@@IST8 0A ?=ORE;>A " N=00A >AI@=;A? 0=7=?0A. O?8>=SS8 ;=BS;A@!8 = =S@A08"N=NE?8. " A atuao dos membros da Assembleia ;e*islativa dos =stados acha"se submetida, no 'rocesso de %ormao das leis, limitao im'osta 'elo art. M3, , da >onstituio, que veda " ressalvadas as 'ro'osi9es de nature(a orament#ria " o o%erecimento de emendas 'arlamentares de que resulte o aumento da des'esa 'revista nos 'ro,etos su,eitos ao e&clusivo 'oder de iniciativa do Bovernador do =stado. 8 =:=?>_>8 08 O80=? 0= =N=C0A, O=;8S N=NE?8S 08 OA?;AN=C@8, QIA;7>A"S= >8N8 O?=??8BA@!A C=?=C@= ` 7ICST8 ;=BS;A@!A 08 =S@A08. " 8 'oder de emendar " que no constitui derivao do 'oder de iniciar o 'rocesso de %ormao das leis " quali%ica"se como 'rerro*ativa de%erida aos 'arlamentares, que se su,eitam, no entanto, quanto ao seu e&erc$cio, s restri9es im'ostas, em hnumerus claususi, 'ela >onstituio 7ederal. " A >onstituio 7ederal de 4F22, 'resti*iando o e&erc$cio da %uno 'arlamentar, a%astou muitas das restri9es que incidiam, es'eci%icamente, no re*ime constitucional anterior, sobre o 'oder de emenda reconhecido aos membros do ;e*islativo. 8 le*islador constituinte, ao assim 'roceder, certamente 'retendeu re'udiar a conce'o re*alista de =stado (?@G 31L453 W ?@G 33L467 W ?@G 35LM W ?@G 56L352), que su'rimiria, caso 'revalecesse, o 'oder de emenda dos membros do ;e*islativo. " ?evela"se 'lenamente le*$timo, desse modo, o e&erc$cio do 'oder de emenda 'elos 'arlamentares, mesmo quando se tratar de 'ro,etos de lei su,eitos reserva de iniciativa de outros -r*os e Ooderes do =stado, incidindo, no entanto, sobre essa 'rerro*ativa 'arlamentar " que inerente atividade le*islativa ", as restri9es decorrentes do 'r-'rio te&to constitucional (>7, art. M3, e ), bem assim aquela %undada na e&i*+ncia de que as emendas de iniciativa 'arlamentar sem're *uardem relao de 'ertin+ncia com o ob,eto da 'ro'osio le*islativa. 0outrina. Orecedentes.Y (A0 F73"N>LAO, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8, Oleno) @odas as considera9es que venho de %a(er 'ermitem"me reconhecer que o ac-rdo ob,eto do recurso e&traordin#rio a que se re%ere o 'resente a*ravo de instrumento re%lete, com %idelidade, a diretri( ,uris'rudencial que esta Su'rema >orte %irmou no tema concernente s limita9es que o e&erc$cio do 'oder de emenda so%re, quando 'raticado 'or membros do ;e*islativo no conte&to do 'rocesso de %ormao das leis, cu,a instaurao su,eita"se cl#usula de reserva de iniciativa. >abe re*istrar, %inalmente, tratando"se da hi'-tese 'revista no art. 41K, P 1, da >onstituio da ?e')blica, que o 'rovimento e o im'rovimento de recursos e&traordin#rios inter'ostos contra ac-rdos 'ro%eridos 'or @ribunais de Gustia em sede de %iscali(ao normativa abstrata t+m sido veiculados em decis9es monocr#ticas emanadas dos 457 Ninistros ?elatores da causa no Su'remo @ribunal 7ederal, desde que, tal como sucede na es'cie, o lit$*io constitucional ,# tenha sido de%inido 'ela ,uris'rud+ncia 'revalecente no <mbito deste @ribunal (?= 153.F7KL?S, ?el. Nin. =;;=C B?A>= " ?= 335.2M2"A*?L?G, ?el. Nin. >A?;8S E?@@8 " ?= 33M.1M7LSO, ?el. Nin. >A?;8S E?@@8 " ?= 3K3.3K6" A*?L=S, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 " ?= 3MF.51KL?S, ?el. Nin. N8?=?A A;!=S " ?= 374.227LSO, ?el. Nin. >J?N=C ;R>A " ?= 3FM.K54L?S, ?el. Nin. >A?;8S !=;;8S8 " ?= 54K.K47LSO, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 " ?= 514.174"A*?L?G, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S " ?= 555.KMKL?S, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S " ?= 5M4.147LS>, ?el. Nin. =?8S B?AI " ?= K64.F43LNB, ?el. Nin. N=C=^=S 0?=@8 " ?= KF1.577LSO, ?el. Nin. ?>A?08 ;=kAC08kSn " ?= M64.16MLSO, ?el. Nin. =?8S B?AI, v.*.). Sendo assim, 'elas ra(9es e&'ostas, e considerando os 'recedentes re%eridos, ne*o 'rovimento ao 'resente a*ravo de instrumento, 'or revelar"se invi#vel o recurso e&traordin#rio a que ele se re%ere. Oublique"se. Eras$lia, 42 de setembro de 166F. Ninistro >=;S8 0= N=;;8 ?elator o deciso 'ublicada no 0G= de 1F.F.166F. Pro+C+e) Dbter Dictum sobre a Wuest&o :a +ota%&o 0ara es"o)9a #e membro #o Tr(buna) #e Contas 0e)a Assemb)e(a Leg(s)at(+a #e+e ser aberta ou se"retak AC (n"(#On"(a #o Pr(n"=0(o #a S(metr(ak;. 2er art Q2- III- b- CF! Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal: " a'rovar 'reviamente, 'or voto secreto, a'-s ar*uio ')blica, a escolha de: b) Ninistros do @ribunal de >ontas da Inio indicados 'elo Oresidente da ?e')blica. m Oi$ni(icado de Dbter Dictum ! & % e'press"o latina obter dictum vem $an;ando espa/o nos precedentes #udiciais- sobretudo no Ymbito do OKF & O seu si$ni(icado Bde passa$emC- Bre(er8ncia passa$eiraC- Bpara ar$umentarC & O obter dictum mani(esta/"o de .r$"o #urisdicional (.r$"o cole$iado ou .r$"o individuali>ado) dispensHvel = solu/"o do tema submetido = aprecia/"o do Poder @udiciHrio Krata&se de um (undamento de re(or/o- complementar ou ret.rico E"o o ar$umento nuclear da (undamenta/"o- mas- sim- mar$inal ou peri(rico- #amais pre#udicando a estrutura do #ul$ado Observe&se- tambm- ?ue o obter dictum #amais estarH ordenado na parte dispositiva da decis"o & Por esse motivo- essa mani(esta/"o n"o vincula os casos subse?uentes- tendo- apenas- e(icHcia persuasiva- na medida da (or/a de seus (undamentos 3cl 9:D! M65A$3 ; 03 # 0A3ANZ 452 AB.?=B.CA N=00A >AI@=;A? CA ?=>;ANAST8 ?elator(a): Nin. ?>A?08 ;=kAC08kSn Gul*amento: 65L63L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: AB?A!8 ?=BN=C@A; =N ?=>;ANAST8 >8CS@@I>8CA;. 0=C=BAST8 0= ;NCA?. A@8 0=>SU?8 >8C@?J?8 ` SRNI;A !C>I;AC@= 43 08 S@7. C=O8@SN8. C8N=AST8 OA?A 8 =:=?>_>8 08 >A?B8 0= >8CS=;[=?8 08 @?EICA; 0= >8C@AS 08 =S@A08 08 OA?ACJ. CA@I?=^A A0NCS@?A@!A 08 >A?B8. !_>8S C8 O?8>=SS8 0= =S>8;[A. !8@AST8 AE=?@A. AOA?=C@= C>8NOA@E;0A0= >8N A SS@=NJ@>A 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. O?=S=CSA 08 7INIS E8C I?S = 08 O=?>I;IN C N8?A. ;NCA? 0=7=?0A =N O;=CJ?8. AB?A!8 O?8!08. " A vedao do ne'otismo no e&i*e a edio de lei %ormal 'ara coibir a 'r#tica, uma ve( que decorre diretamente dos 'rinc$'ios contidos no art. 37, ca'ut, da >onstituio 7ederal. " 8 car*o de >onselheiro do @ribunal de >ontas do =stado do Oaran# reveste"se, 'rimeira vista, de nature(a administrativa, uma ve( que e&erce a %uno de au&iliar do ;e*islativo no controle da Administrao O)blica. " A'arente ocorr+ncia de v$cios que maculam o 'rocesso de escolha 'or 'arte da Assembleia ;e*islativa 'aranaense. ! " ` lu( do 'rinc$'io da simetria, o 'rocesso de escolha de membros do @ribunal de >ontas 'ela Assembleia ;e*islativa 'or votao aberta, o%ende, a 'rinc$'io, o art. K1, , b, da >onstituio. ! " Oresena, na es'cie, dos requisitos indis'ens#veis 'ara o de%erimento do 'edido liminarmente 'leiteado. ! " A*ravo re*imental 'rovido. & %?ui ;H norma de iniciativa obri$at.ria- ?ual se#a a escol;a por voto secreto dos consel;eiros dos tribunais de contas dos estados Para car$o de nature>a administrativa ou #ur<dica incide a proibi/"o de nepotismo Para car$o de nature>a pol<tica n"o ;H veda/"o ao nepotismo Eos car$os dos tribunais de contas- proibido o nepotismo- pois s"o car$os administrativos & Alementos de um ac.rd"o! T Amenta; T +otivos da decis"o; T Parte dispositiva; T Fbter dictum * tudo (comentHrios paralelos etc) ?ue n"o (oi e'tremamente relevante para a decis"o e'ternada no #ul$ado Am re$ra s"o os assuntos ?ue n"o (oram ob#eto de discuss"o no #ul$amento 45F Au)a *E $ *E75Q7/5** & NO pode alterar NC- nos aspectos da NC ?ue poderiam ser tratados por NO & 2er arts 1PJ e P1- %DCK- CF! Art. 45M. >abe lei com'lementar: " dis'or sobre con%litos de com'et+ncia, em matria tribut#ria, entre a Inio, os =stados, o 0istrito 7ederal e os Nunic$'ios. " re*ular as limita9es constitucionais ao 'oder de tributar. " estabelecer normas *erais em matria de le*islao tribut#ria, es'ecialmente sobre: a) de%inio de tributos e de suas es'cies, bem como, em relao aos im'ostos discriminados nesta >onstituio, a dos res'ectivos %atos *eradores, bases de c#lculo e contribuintes. b) obri*ao, lanamento, crdito, 'rescrio e decad+ncia tribut#rios. c) adequado tratamento tribut#rio ao ato coo'erativo 'raticado 'elas sociedades coo'erativas. d) de%inio de tratamento di%erenciado e %avorecido 'ara as microem'resas e 'ara as em'resas de 'equeno 'orte, inclusive re*imes es'eciais ou sim'li%icados no caso do im'osto 'revisto no art. 4KK, , das contribui9es 'revistas no art. 4FK, e PP 41 e 43, e da contribuio a que se re%ere o art. 13F. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) Pargrafo nico. A lei com'lementar de que trata o inciso , d, tambm 'oder# instituir um re*ime )nico de arrecadao dos im'ostos e contribui9es da Inio, dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos Nunic$'ios, observado que: (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) " ser# o'cional 'ara o contribuinte. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) " 'odero ser estabelecidas condi9es de enquadramento di%erenciadas 'or =stado. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) " o recolhimento ser# uni%icado e centrali(ado e a distribuio da 'arcela de recursos 'ertencentes aos res'ectivos entes %ederados ser# imediata, vedada qualquer reteno ou condicionamento. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) ! " a arrecadao, a %iscali(ao e a cobrana 'odero ser com'artilhadas 'elos entes %ederados, adotado cadastro nacional )nico de contribuintes. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 51, de 4F.41.1663) Art. 54. 8s Ooderes =&ecutivos da Inio, dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos Nunic$'ios reavaliaro todos os incentivos %iscais de nature(a setorial ora em vi*or, 'ro'ondo aos Ooderes ;e*islativos res'ectivos as medidas cab$veis. P 4 " >onsiderar"se"o revo*ados a'-s dois anos, a 'artir da data da 'romul*ao da >onstituio, os incentivos que no %orem con%irmados 'or lei. P 1 " A revo*ao no 're,udicar# os direitos que ,# tiverem sido adquiridos, quela data, em relao a incentivos concedidos sob condio e com 'ra(o certo. 4K6 P 3 " 8s incentivos concedidos 'or conv+nio entre =stados, celebrados nos termos do art. 13, P M, da >onstituio de 4FM7, com a redao da =menda >onstitucional n 4, de 47 de outubro de 4FMF, tambm devero ser reavaliados e recon%irmados nos 'ra(os deste arti*o. (A0>@) (continua/"o de normas de observYncia obri$at.ria ?ue n"o est"o e'pressas na CF) & 2er os arts 57 e 69- CF! Art. 7F. Substituir# o Oresidente, no caso de im'edimento, e suceder"lhe"#, no de va*a, o !ice"Oresidente. Pargrafo nico. 8 !ice"Oresidente da ?e')blica, alm de outras atribui9es que lhe %orem con%eridas 'or lei com'lementar, au&iliar# o Oresidente, sem're que 'or ele convocado 'ara miss9es es'eciais. Art. 23. 8 Oresidente e o !ice"Oresidente da ?e')blica no 'odero, sem licena do >on*resso Cacional, ausentar"se do Oa$s 'or 'er$odo su'erior a quin(e dias, sob 'ena de 'erda do car*o. AD8 F9G: ; MA # MA3AN\?+ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. G8AQIN EA?E8SA Gul*amento: 47L6FL1667 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. >8CS@@IST8 08 =S@A08 08 NA?AC[T8. NO=0N=C@8 8I A7AS@AN=C@8 0= B8!=?CA08? 8I !>="B8!=?CA08?. 87=CSA A8S A?@B8S 7F = 23 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. NO8SSE;0A0= 0= /A>=7A;A/ C8 bNE@8 08 O80=? =:=?>I@!8. O?=>=0=C@=S. AST8 0?=@A GI;BA0A O?8>=0=C@=. A aus+ncia do Oresidente da ?e')blica do 'a$s ou a aus+ncia do Bovernador do =stado do territ-rio estadual ou do 'a$s uma causa tem'or#ria que im'ossibilita o cum'rimento, 'elo >he%e do Ooder =&ecutivo, dos deveres e res'onsabilidades inerentes ao car*o. 0esse modo, 'ara que no ha,a ace%alia no <mbito do Ooder =&ecutivo, o 'residente da ?e')blica ou o Bovernador do =stado deve ser devidamente substitu$do 'elo vice"'residente ou vice"*overnador, res'ectivamente. nconstitucionalidade do P K do art. KF da >onstituio do =stado do Naranho, com a redao dada 'ela =menda >onstitucional =stadual 52L166K. Em decorrYncia do princpio da simetria, a 6onstituio Estadual deve estabelecer sano para o a"astamento do 4overnador ou do Hice54overnador do Estado sem a devida licena da Assembleia <e$islativa. 8nconstitucionalidade do par$ra"o ,nico do arti$o 9! da 6onstituio maran'ense, com a redao dada pela Emenda 6onstitucional Estadual GV;!DDI. ?e'ristinao da norma anterior que %oi revo*ada 'elo dis'ositivo declarado inconstitucional. Ao direta de inconstitucionalidade ,ul*ada 'rocedente. 4K4 AD8 :FV ; 4+ # 4+8Z/ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 43L44L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. >8CS@@IST8 08 =S@A08 0= B8JS. B8!=?CA08? = !>=" B8!=?CA08?. ;>=CSA OA?A S= AIS=C@A?=N 08 OA_S O8? QIA;QI=? O=?_808. B. A"ronta os princpios constitucionais da 'armonia e independYncia entre os 0oderes e da liberdade de locomoo norma estadual que e%i$e pr-via licena da Assembleia <e$islativa para que o 4overnador e o Hice54overnador possam ausentar5se do 0as por qualquer prazo. !. Esp-cie de autorizao que, se$undo o modelo "ederal, somente se (usti"ica quando o a"astamento e%ceder a quinze dias. Aplicao do princpio da simetria. Orecedentes. Ao direta de inconstitucionalidade ,ul*ada 'rocedente. & Fa>&se uma cr<tica ao princ<pio da simetria- no sentido de ?ue seria uma camisa de (or/a para o estado&membro- comprometendo ainda mais sua autonomia- ?ue #H um tanto ?uanto restrita %lm disso- como e'emplo- veri(ica&se ?ue os principais tributos dos estados (IC+O) e dos munic<pios (IOO) s"o de le$isla/"o e'clusiva da Mni"o Poss(b()(#a#e #e a#o%&o #e me#(#as 0ro+(s2r(as 0e)os esta#os$ membros4 #es#e Wue a#otem o mo#e)o fe#era) :0r(n"=0(o #a s(metr(a;! AD8 G!I ; T+ # T+6ANT8N/ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 65L6FL1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. O?=;NCA?. >8CS@@IST8 08 =S@A08. O?8>=SS8 ;=BS;A@!8. N=00A O?8!SU?A. >8NO=@pC>A 08 B8!=?CA08? OA?A =0@J";A. AIN=C@8 0= ?=NIC=?AST8 0= S=?!08?=S ORE;>8S. C>A@!A. 08AST8 0= E=CS 08 =S@A08. NAG8?AST8 08 O=?>=C@IA; 0= OA?@>OAST8 08S NIC>_O8S CA A??=>A0AST8 08 >NS. =7>J>A ;=BA; ;N@A0A C8 @=NO8. O?=GI0>A;0A0=. B. 0odem os Estados5 membros editar medidas provis1rias em "ace do princpio da simetria, obedecidas as re$ras bsicas do processo le$islativo no .mbito da =nio @67, arti$o 9!A. !. 6onstitui "orma de restrio no prevista no vi$ente sistema constitucional ptrio @67, S BR do arti$o !IA qualquer limitao imposta &s unidades "ederadas para a edio de medidas provis1rias. 4K1 <e$itimidade e "acultatividade de sua adoo pelos Estados5membros, a e%emplo da =nio 7ederal. 3. ;ei 14FLF6. ?ea,uste de remunerao dos car*os de con%iana e&ercidos 'or servidores do =stado. niciativa reservada ao >he%e do Ooder =&ecutivo. ;e*itimidade. ne&ist+ncia de a%ronta ao 'rinc$'io da moralidade. Oedido im'rocedente. 5. ;ei 116LF6. Autori(ao le*islativa 'ara venda e doao de lotes situados em #rea urbana es'ec$%ica. Ool$tica habitacional im'lantada na >a'ital de =stado em %ase de consolidao. Aus+ncia de violao >arta 7ederal. m'roced+ncia. K. ;ei 14KLF6. 8%ensa ao 'rinc$'io da se'arao dos Ooderes 'or norma que atribui ao Bovernador autori(ao 'ara dis'or, se*undo sua conveni+ncia, de bens ')blicos do =stado, sem es'eci%ic#"los. nstrumento anVmalo de dele*ao de 'oderes. nobserv<ncia do 'rocesso le*islativo concernente s leis dele*adas. Ao, no 'onto, ,ul*ada 'rocedente. M. ;ei 142LF6. =levao do 'ercentual da arrecadao do >NS a ser re'assado aos Nunic$'ios 'or re'artio das receitas tribut#rias, no 'er$odo com'reendido entre os anos de 4FF6 e 4FFK. Sus'enso cautelar. ?e*ra cu,a e%ic#cia e&auriu"se 'elo decurso do tem'o de sua vi*+ncia. Oedido 're,udicado 'or 'erda su'erveniente do ob,eto. Ao direta ,ul*ada 'rocedente em 'arte 'ara declarar a inconstitucionalidade da ;ei estadual 14KLF6. A eGe"u%&o #as #e"(s'es #o Tr(buna) #e Contas Esta#ua) n&o 0o#e ser rea)(<a#a 0e)a 0r20r(a Corte #e Contas: 3E !!FDF: ; /E # /E3480E ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8 ?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 61L6KL1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8. @?EICA; 0= >8C@AS 08 =S@A08 0= S=?BO=. >8NO=@DC>A OA?A =:=>I@A? SIAS O?UO?AS 0=>S]=S: NO8SSE;0A0=. C8?NA O=?NSS!A >8C@0A CA >A?@A =S@A0IA;. C>8CS@@I>8CA;0A0=. B. As decisWes das 6ortes de 6ontas que impWem condenao patrimonial aos responsveis por irre$ularidades no uso de bens p,blicos tYm e"iccia de ttulo e%ecutivo @67, arti$o :B, S FRA. No podem, contudo, ser e%ecutadas por iniciativa do pr1prio Tribunal de 6ontas, se(a diretamente ou por meio do Minist-rio 0,blico que atua perante ele. AusYncia de titularidade, le$itimidade e interesse imediato e concreto. !. A ao de cobrana somente pode ser proposta pelo ente p,blico bene"icirio da condenao imposta pelo Tribunal de 6ontas, por interm-dio de seus procuradores que atuam (unto ao 1r$o (urisdicional competente. F. Norma inserida na 6onstituio do Estado de /er$ipe, que permite ao Tribunal de 6ontas local e%ecutar suas pr1prias decisWes @6E, arti$o 9V, [8A. 6ompetYncia no contemplada no modelo "ederal. Declarao de inconstitucionalidade, inciden"er "$n"%! , por violao ao princpio da simetria @67, arti$o :IA. ?ecurso e&traordin#rio no conhecido. 4K3 & Portanto- as conclus0es do KCM s"o enviadas para o +inistrio PDblico (Mnidade do +P distinta da ?ue atua perante KCM- n"o o +PF) para iniciar a e'ecu/"o EGem0)o #e Norma #e Re0ro#u%&o .e#a#a! & G a norma da CF cu#a reprodu/"o nas constitui/0es estaduais vedada- con(orme entendimento do OKF $ .er art. HQ4 CF 0r(n"=0(o #a (rres0onsab()(#a#e 0ena) #o Pres(#ente #a Re0@b)("a. Art. 2M. Admitida a acusao contra o Oresidente da ?e')blica, 'or dois teros da ><mara dos 0e'utados, ser# ele submetido a ,ul*amento 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal, nas in%ra9es 'enais comuns, ou 'erante o Senado 7ederal, nos crimes de res'onsabilidade. P 4 " 8 Oresidente %icar# sus'enso de suas %un9es: " nas in%ra9es 'enais comuns, se recebida a den)ncia ou quei&a"crime 'elo Su'remo @ribunal 7ederal. " nos crimes de res'onsabilidade, a'-s a instaurao do 'rocesso 'elo Senado 7ederal. P 1 " Se, decorrido o 'ra(o de cento e oitenta dias, o ,ul*amento no estiver conclu$do, cessar# o a%astamento do Oresidente, sem 're,u$(o do re*ular 'rosse*uimento do 'rocesso. P 3 " =nquanto no sobrevier sentena condenat-ria, nas in%ra9es comuns, o Oresidente da ?e')blica no estar# su,eito a 'riso. P 5 " 8 Oresidente da ?e')blica, na vi*+ncia de seu mandato, no 'ode ser res'onsabili(ado 'or atos estranhos ao e&erc$cio de suas %un9es. AD8 C:V ; 0M # 0A3A8MA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8 ?el. Ac-rdo Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 4FL46L4FFK Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"15"44"4FFK OO"56377 =N=C@ !8;"6426F"64 OO" 66664 E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " >8CS@@IST8 08 =S@A08 0A OA?AEA " 8I@8?BA 0= O?=??8BA@!AS 0= >A?J@=? O?8>=SSIA; O=CA; A8 B8!=?CA08? 08 =S@A08 " NIC0A0= A O?ST8 >AI@=;A? = A QIA;QI=? O?8>=SS8 O=CA; O8? 0=;@8S =S@?AC[8S A 7ICST8 B8!=?CAN=C@A; " CA0NSSE;0A0= " 87=CSA A8 O?C>_O8 ?=OIE;>AC8 " ISI?OAST8 0= >8NO=@DC>A ;=BS;A@!A 0A ICT8 " O?=??8BA@!AS C=?=C@=S A8 O?=S0=C@= 0A ?=OIE;>A =CQIAC@8 >[=7= 0= =S@A08 (>7L22, A?@. 2M, OA?. 3. = 5.) " AST8 0?=@A O?8>=0=C@=. 4K5 O?C>_O8 ?=OIE;>AC8 = ?=SO8CSAE;0A0= 08S B8!=?CAC@=S. " A res'onsabilidade dos *overnantes ti'i%ica"se como uma das 'edras an*ulares essenciais a con%i*urao mesma da ideia re'ublicana. A consa*rao do 'rinc$'io da res'onsabilidade do >he%e do Ooder =&ecutivo, alm de re%letir uma conquista b#sica do re*ime democr#tico, constitui conseqZ+ncia necess#ria da %orma re'ublicana de *overno adotada 'ela >onstituio 7ederal. 8 'rinc$'io re'ublicano e&'rime, a 'artir da ideia central que lhe e sub,acente, o do*ma de que todos os a*entes ')blicos " os Bovernadores de =stado e do 0istrito 7ederal, em 'articular " so i*ualmente res'ons#veis 'erante a lei. ?=SO8CSAE;0A0= O=CA; 08 B8!=?CA08? 08 =S@A08. " 8s Bovernadores de =stado " que dis'9em de 'rerro*ativa de %oro ratione muneris 'erante o Su'erior @ribunal de Gustia (>7, art. 46K, , a) " esto 'ermanentemente su,eitos, uma ve( obtida a necess#ria licena da res'ectiva Assembleia ;e*islativa (?= 4K3.FM2"EA, ?el. Nin. ;NA? BA;!A8. ?= 4KF.136"OE, ?el. Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=), a 'rocesso 'enal condenat-rio, ainda que as in%ra9es 'enais a eles im'utadas se,am estranhas ao e&erc$cio das %un9es *overnamentais. " A imunidade do >he%e de =stado a 'ersecuo 'enal deriva de cl#usula constitucional e&orbitante do direito comum e, 'or tradu(ir conseqZ+ncia derro*at-ria do 'ostulado re'ublicano, s- 'ode ser outor*ada 'ela 'r-'ria >onstituio 7ederal. Orecedentes: ?@G 455L43M, ?el. Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>=. ?@G 45ML5M7, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8. Analise do direito com'arado e da >arta Ool$tica brasileira de 4F37. NIC0A0= A O?ST8 >AI@=;A? " O?=??8BA@!A 08 O?=S0=C@= 0A ?=OIE;>A " NO8SSE;0A0= 0= SIA =:@=CSA8, N=0AC@= C8?NA 0A >8CS@@IST8 =S@A0IA;, A8 B8!=?CA08? 08 =S@A08. " + Estado5membro, ainda que em norma constante de sua pr1pria 6onstituio, no dispWe de competYncia para outor$ar ao 4overnador a prerro$ativa e%traordinria da imunidade a priso em "la$rante, a priso preventiva e a priso temporria, pois a disciplinao dessas modalidades de priso cautelar submete5se, com e%clusividade, ao poder normativo da =nio 7ederal, por e"eito de e%pressa reserva constitucional de competYncia de"inida pela 6arta da 3epublica. 5 A norma constante da 6onstituio estadual 5 que impede a priso do 4overnador de Estado antes de sua condenao penal de"initiva 5 no se reveste de validade (urdica e, consequentemente, no pode subsistir em "ace de sua evidente incompatibilidade com o te%to da 6onstituio 7ederal. 03E33+4AT8HA/ 8NE3ENTE/ A+ 03E/8DENTE DA 3E0=M<86A EN]=ANT+ 6\E7E DE E/TAD+. 5 +s Estados5 membros no podem reproduzir em suas pr1prias 6onstituiWes o conte,do normativo dos preceitos inscritos no art. V9, 0A3.F. e G., da 6arta 7ederal, pois as prerro$ativas contempladas nesses preceitos da <ei 7undamental 5 por serem unicamente compatveis com a condio institucional de 6'e"e de Estado # so apenas e%tensveis ao 0residente da 3epublica. EGem0)o #e NOR!A DE REPETIRSO FACULTATI.A & Ocorre ?uando o OKF (aculta a reprodu/"o da norma constitucional nas constitui/0es estaduais- a car$o do estado&membro Oi$ni(ica ?ue a?ui n"o ;averH obri$atoriedade de aplica/"o do princ<pio da simetria 4KK & % re$ra a %,M de(ender interesses da Mni"o O OKF decidiu- na %DI 1J1J- ?ue na ;ip.tese de ser assunto de #urisprud8ncia paci(icada- a %,M nem se?uer precisaria de(ender tese contrHria- em nome dos interesses da Mni"o E"o sendo matria paci(icada em #urisprud8ncia- a %,M deve de(ender & A'emplo de normas ?ue $eram certa con(us"o! art 21- 1I2 e 1PP- _ JV- CF O +PDFK n"o tem nen;uma rela/"o com o $overnador- por isso o DF o Dnico estado&membro ?ue n"o conse$ue (a>er $uerra (iscal % con(us"o reside predominantemente em rela/"o =s pol<cias- ?ue ser"o or$ani>adas e mantidas pela Mni"o (art 21- 1I2- CF)- porm dever"o se submeter ao $overnador (art 1PP- _ JV- CF) Art. 14. >om'ete Inio: (...) :! " or*ani(ar e manter a 'ol$cia civil, a 'ol$cia militar e o cor'o de bombeiros militar do 0istrito 7ederal, bem como 'restar assist+ncia %inanceira ao 0istrito 7ederal 'ara a e&ecuo de servios ')blicos, 'or meio de %undo 'r-'rio.(?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 4F, de 4FF2) (...) Art. 455. A se*urana ')blica, dever do =stado, direito e res'onsabilidade de todos, e&ercida 'ara a 'reservao da ordem ')blica e da incolumidade das 'essoas e do 'atrimVnio, atravs dos se*uintes -r*os: " 'ol$cia %ederal. " 'ol$cia rodovi#ria %ederal. " 'ol$cia %errovi#ria %ederal. ! " 'ol$cias civis. ! " 'ol$cias militares e cor'os de bombeiros militares. (...) P M " As 'ol$cias militares e cor'os de bombeiros militares, %oras au&iliares e reserva do =&rcito, subordinam"se, ,untamente com as 'ol$cias civis, aos Bovernadores dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios. (...) & O %,M curador da lei (compete a ele de(ender o ato impu$nado- nos termos da CF)- nesse sentido obri$ado a se mani(estar ?uando al$uma lei (ederal (or ?uestionada mediante %DI (declarada inconstitucional) O preYmbulo da CF um e'emplo de norma de repeti/"o (acultativa! & PreImbu)o #a Const(tu(%&o! n"o constitui norma central Invoca/"o da prote/"o de Deus! n"o se trata de norma de reprodu/"o obri$at.ria na Constitui/"o estadual- n"o tendo (or/a normativae (%DI 2U5J- 4el +in Carlos 2elloso- D@ U6XU6XU9) AD8 !F:B M6 ; E/ 5 E/0K38T+ /ANT+ 4KM N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 67L63L1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"67"61"1663 OO"66614 =N=C@ !8;"616F7"63 OO" 66574 EMENTA: Ao direta de inconstitucionalidade. Nedida liminar. P K do arti*o K2 da >onstituio do =stado do =s'$rito Santo na redao dada 'ela =menda >onstitucional 17L1666. 7alta de relev<ncia ,ur$dica da %undamentao da ar*uio de inconstitucionalidade 'ara a concesso de liminar. " =sta >orte, ,# na vi*+ncia da atual >onstituio " assim, nas A0Ces 7F1 e 7F3 e nas A0N=>es 4.K12, 1.1M1 e 1.1F1, as duas )ltimas ,ul*adas recentemente ", tem entendido, na esteira da orientao adotada na ?e'resentao n 4 .15K com re%er+ncia ao arti*o 36, 'ar#*ra%o )nico, letra /%/, da =menda >onstitucional n 4LMF, que o S GR do arti$o I:, que veda a reconduo dos membros das Mesas das 6asas le$islativas "ederais para os mesmos car$os na eleio imediatamente subsequente, no - princpio constitucional de observ.ncia obri$at1ria pelos Estados5 membros. 5 6om maior razo, tamb-m no - princpio constitucional de observ.ncia obri$at1ria pelos Estados5membros o preceito, contido na primeira parte desse mesmo S GR do arti$o I: da atual 6arta Ma$na, que s1 estabelece que cada uma das 6asas do 6on$resso Nacional se reunir, em sessWes preparat1rias, a partir de BR de "evereiro, no primeiro ano da le$islatura, para a posse de seus membros e a eleio das respectivas Mesas, sem nada aludir 5 e, portanto, sem estabelecer qualquer proibio a respeito 5 & data dessa eleio para o se$undo biYnio da le$islatura. Oedido de liminar inde%erido. ADI NX 6/LH !EDIDA LI!INAR AD8 G!CV M6, ?elator(a): Nin. >=^A? O=;IS8, @ribunal Oleno, ,ul*ado em 67L46L166F, 0Ge"113 0!I;B 1M"44"166F OIE;> 17"44"166F =N=C@ !8;"61325"64 OO"666F3 (...) 1. C>8CS@@I>8CA;0A0=. Ao direta. ;ei n 1.4K5L166F, do =stado do @ocantins. =leio de Bovernador e !ice"Bovernador. [i'-tese de car*os va*os nos dois )ltimos anos de mandato. =leio indireta 'ela Assembleia ;e*islativa. !otao nominal e aberta. >onstitucionalidade a'arente reconhecida. ?e'roduo do dis'osto no art. 24, P 4, da >7. No obri$atoriedade. E%erccio da autonomia do Estado5membro. ;iminar inde%erida. Orecedente. =m sede tutela anteci'ada em ao direta de inconstitucionalidade, a'arenta constitucionalidade a lei estadual que 'rev+ eleio 'ela Assembleia ;e*islativa, 'or votao nominal e aberta, 'ara os car*os de Bovernador e !ice"Bovernador, va*os nos dois )ltimos anos do mandato. & 2er o art 61 da CF! 4K7 Art. 24. !a*ando os car*os de Oresidente e !ice"'residente da ?e')blica, %ar"se"# eleio noventa dias de'ois de aberta a )ltima va*a. P 4 " 8correndo a vac<ncia nos )ltimos dois anos do 'er$odo 'residencial, a eleio 'ara ambos os car*os ser# %eita trinta dias de'ois da )ltima va*a, 'elo >on*resso Cacional, na %orma da lei. EGem0)o Wue a Wuest&o n&o , s(m0)es e Wue o 0r20r(o STF Ds +e<es tem #@+(#as sobre a nature<a #a norma fe#era) se #e re0ro#u%&o obr(gat2r(a ou fa"u)tat(+a: *; Nomea%&o #o Pro"ura#or$gera) #o esta#o: )(+re nomea%&o4 obe#e"en#o ao 0r(n"=0(o #a s(metr(a :art. *8* #a CF;k Ou 9C autonom(a #o ente fe#erat(+ok A; 0r(me(ro enten#(mento: AD8 !B: ; 0M # 0A3AKMA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8 Gul*amento: 12L62L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@S. 43K, . = 432, >AOI@ = P 3., 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 0A OA?A_EA. AI@8C8NA CS@@I>8CA; 0A O?8>I?A08?A" B=?A; 08 =S@A08. ?=QIS@8S OA?A A C8N=AST8 08 O?8>I?A08?"B=?A;, 08 O?8>I?A08?"B=?A; A0GIC@8 = 08 O?8>I?A08?">8??=B=08?. 8 inciso do mencionado art. 43K, ao atribuir autonomia %uncional, administrativa e %inanceira Orocuradoria 'araibana, desvirtua a con%i*urao ,ur$dica %i&ada 'elo te&to constitucional %ederal 'ara as Orocuradorias estaduais, desres'eitando o art. 431 da >arta da ?e')blica. +s demais dispositivos, ao estabelecerem requisitos para a nomeao dos car$os de c'e"ia da 0rocuradoria54eral do Estado, limitam as prerro$ativas do 6'e"e do E%ecutivo estadual na escol'a de seus au%iliares, al-m de disciplinarem mat-ria de sua iniciativa le$islativa, na "orma da letra c do inciso 88 do S BR do art. 9B da 6onstituio 7ederal. Ao ,ul*ada 'rocedente. K; SE>UNDO ENTENDI!ENTO * %DI 2J62 AD8 !9V! ; A0 # AMA0Z AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S Gul*amento: 41L61L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: Ao 0ireta de nconstitucionalidade. 1. E%presso Xpre"erencialmenteX contida no art. BIF, S BR, da 6onstituio do Estado do Amap. art. M da ;ei >om'lementar 44L4FFM, do =stado do Ama'#, na 'arte em que con%eriu nova redao ao art. 33 da ;ei >om'lementar ML4FF5 do mesmo =stado. e redao ori*in#ria do art. 33, P 4, da ;ei >om'lementar ML4FF5, do =stado do Ama'#. 3. ?e,eitada a 'reliminar de in'cia da 'etio 4K2 inicial. A mera indicao de %orma errVnea de um dos arti*os im'u*nados no obsta o 'rosse*uimento da ao, se o requerente tecer coerentemente sua %undamentao e transcrever o dis'ositivo constitucional im'u*nado. G. 0rovimento em comisso, de livre nomeao e e%onerao pelo 4overnador, dentre advo$ados, dos car$os de 0rocurador54eral do Estado, 0rocurador de Estado 6orre$edor, /ubprocurador54eral do Estado e 0rocurador de Estado 6'e"e. Ale$ada violao ao art. BF! da 6onstituio 7ederal. A "orma de provimento do car$o de 0rocurador5 4eral do Estado, no prevista pela 6onstituio 7ederal @art. BF!A, pode ser de"inida pela 6onstituio Estadual, competYncia esta que se insere no .mbito de autonomia de cada Estado5membro. Orecedentes: A0 1.K24 e A0 147. >onstitucionalidade dos dis'ositivos im'u*nados em relao aos car*os de Orocurador"Beral do =stado e de seu substituto, Orocurador de =stado >orre*edor. !encida a tese de que o Orocurador"Beral do =stado, e seu substituto, devem, necessariamente, ser escolhidos dentre membros da carreira. K. !iola o art. 37, incisos e !, norma que cria car*o em comisso, de livre nomeao e e&onerao, o qual no 'ossua o car#ter de assessoramento, che%ia ou direo. Orecedentes. nconstitucionalidade dos dis'ositivos im'u*nados em relao aos car*os de Sub'rocurador"Beral do =stado e de Orocurador de =stado >he%e. M. Ao ,ul*ada 'arcialmente 'rocedente. Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009. STF decide (ue governador do Amap' pode escolher livremente procurador; geral do Estado* Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, na tarde desta quinta-feira (12), que o governador do Amap pode nomear livremente o procurador-geral do Estado e seu eventual substituto, o procurador corregedor, mesmo entre profissionais estranhos carreira da advocacia pblica estadual. Mas que no pode escolher livremente os cargos de subprocurador, procurador de estado e procurador-chefe. Ao votar no julgamento da Ao Direta de nconstitucionalidade (AD) 2682, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, lembrou de dois precedentes julgados pela Corte sobre o tema. Na AD 217, disse Gilmar Mendes, os ministros reconheceram que os parmetros fixados pela Constituio Federal (artigo 131) quanto livre nomeao do advogado-geral da Unio pelo presidente da Repblica, devem ser observados para a investidura dos procuradores-gerais dos Estados, que seriam, assim, de livre nomeao e exonerao por parte do governador. J na AD 2581, lembrou Gilmar Mendes, a concluso a que chegou o Pleno foi de que o cargo de advogado-geral da Unio se equipara ao cargo de ministro de Estado, da mesma forma que o procurador-geral do Estado tem status de secretrio estadual ambos, portanto, de livre nomeao por parte do chefe do Executivo. Ao acompanhar o relator, o ministro Cezar Peluso acrescentou que o artigo 235, V, da Constituio Federal, deixa claro como sero escolhidos os cargos, mas s at que sejam promulgadas as constituies estaduais. Dessa forma, arrematou Peluso, a Constituio da Repblica permitiu que as constituies estaduais disciplinassem a matria. Concurso p@blico 4KF A ao foi ajuizada na Corte pela Ordem dos Advogados do Brasil, em julho de 2002, questionando o artigo 135, pargrafo 1 da Constituio do estado do Amap, e as Leis Complementares 6/94 e 11/96, tambm do estado. Segundo a OAB, a norma ofenderia o artigo 132 da Constituio de 1988, alm de permitir que cerca de 40% dos cargos de procurador, atualmente em atividade no estado, sejam exercidos por pessoas que no se submeteram a concurso pblico, desrespeitando o artigo 37 da Carta Magna. C; TERCEIRO ENTENDI!ENTO ! & 4etorno = norma de reprodu/"o obri$at.ria * obri$atoriedade da livre nomea/"o- nos moldes do arti$o 191 CF! Art. 434. A Advocacia"Beral da Inio a instituio que, diretamente ou atravs de -r*o vinculado, re'resenta a Inio, ,udicial e e&tra,udicialmente, cabendo"lhe, nos termos da lei com'lementar que dis'user sobre sua or*ani(ao e %uncionamento, as atividades de consultoria e assessoramento ,ur$dico do Ooder =&ecutivo. P 4 " A Advocacia"Beral da Inio tem 'or che%e o Advo*ado"Beral da Inio, de livre nomeao 'elo Oresidente da ?e')blica dentre cidados maiores de trinta e cinco anos, de not#vel saber ,ur$dico e re'utao ilibada. P 1 " 8 in*resso nas classes iniciais das carreiras da instituio de que trata este arti*o %ar"se"# mediante concurso ')blico de 'rovas e t$tulos. P 3 " Ca e&ecuo da d$vida ativa de nature(a tribut#ria, a re'resentao da Inio cabe Orocuradoria"Beral da 7a(enda Cacional, observado o dis'osto em lei. Quarta-feira, 07 de Abril de 2010 >eclarada inconstitucional regra do BT sobre indica4)o de procurador;geral do estado* O Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que inconstitucional parte da Constituio do estado de Mato Grosso no ponto que se refere indicao do procuradorgeral do estado (chefe da advocacia pblica no estado). A deciso ocorreu na sesso plenria desta quarta-feira (7) no julgamento da Ao Direta de nconstitucionalidade (AD) 291, proposta pelo procurador-geral da Repblica contra a Assembleia Legislativa matogrossense. Entre os pontos considerados inconstitucionais, o relator, ministro Joaquim Barbosa, destacou o trecho que afirma que o procurador-geral do estado deve ser escolhido dentre os integrantes da carreira de procurador, atravs de lista trplice elaborada pelo Colgio de Procuradores, para mandato de dois anos, permitida uma reconduo* Ele relembrou (ue o pr!prio STF 9' entendeu& no 9ulgamento da A>C -,E7& (ue a nomea4)o do procuradorgeral do estado deve ser de livre escolha do governador* :Por entender (ue cabe ao governador escolher e nomear para o cargo em comiss)o de procurador;geral do estado a(uele (ue no seu entender melhor desempenhar' essa 2un4)o& eu voto 4M6 pela inconstitucionalidade do par'gra2o -I do artigo 777 da Constitui4)o do estado do Bato Grosso<& a2irmou o ministro* +utra regra considerada inconstitucional a (ue permitia a inamovibilidade do procurador estadual& pois& na opini)o do relator& incompat6vel com o status 2uncional& uma ve$ (ue a Constitui4)o Federal garantiu essa prerrogativa somente aos membros da magistratura& do Binistrio P@blico e da >e2ensoria P@blica* Ele tambm entendeu (ue o artigo 7/- da constitui4)o estadual estabeleceu outras 2un45es aos procuradores do estado& extrapolando as prerrogativas taxativamente estipuladas no artigo 7F- da Constitui4)o Federal* Alm desses pontos& o Plen'rio declarou a inconstitucionalidade dos incisos 22 e 23 do artigo 26; a ntegra do artigo 39; o inciso 2 do artigo 67; a ntegra do pargrafo nico do artigo 110; a cabea do artigo 111; o pargrafo 2 do artigo 111; os incisos 2 e 6 do artigo 112; o pargrafo nico do artigo 112 e o inciso segundo do artigo 113. - $ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE *. INTRODURSO. NORSO >ERAL. *.*. I#e(a "ara"ter=st("a #as Const(tu(%'es r=g(#as. *./. Ne"ess(#a#e #e "onser+a%&o #os 0r(n"=0(os bas()ares 0re+(stos na Const(tu(%&o. *.8. Nature<a 0o)=t("o 1ur=#("a #o "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e. *.6. E)emento (ntr=nse"o #o esWuema "on"reto #e se0ara%&o #e 0o#eres #a Const(tu(%&o. *.?. Fun%&o #e )eg(s)a#or negat(+o. T Caracter<sticas do controle de constitucionalidade di(uso (incidental)! & A'&tunc; & Inter partes; & Caso concreto; & Controle di(uso; & 2ia recursal & Pode ser distribu<do por ?ual?uer #ui> 4M4 Au)a *H $ /*75Q7/5** /. !ODELOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DE LEIS! /.*. !o#e)o Norte$amer("ano ou !o#e)o #e Contro)e #(fuso /.*.*. Prim.rdios do sistema /.*./. Clebre decis"o Barbury 1 Badison - de 16U9- da Ouprema Corte %mericana O @ui> +ars;al (i'ou o se$uinte entendimento! X8u havemos de admitir que a >onstituio anula qualquer medida le*islativa que a contrarie ou anuir em que a le*islatura 'ossa alterar 'or medidas ordin#rias a >onstituio. 8u a >onstituio uma lei su'erior, soberana, irre%orm#vel 'or meios comuns. ou se nivela com os atos da le*islao usual, e, como estes, re%orm#vel ao sabor da le*islatura. Se a 'rimeira 'ro'osio verdadeira, ento o ato le*islativo, contr#rio >onstituio, no ser# lei. se verdadeira a se*unda, ento as constitui9es escritas so absurdos es%oros do 'ovo, 'or limitar um 'oder de sua nature(a ilimit#vel. 8ra, com certe(a todos os que t+m %ormulado constitui9es escritas, sem're o %i(eram com o intuito de assentar a lei %undamental e su'rema da nao, e, consequentemente, a teoria de tais *overnos deve ser que qualquer ato da le*islatura, o%ensivo da >onstituio, nulo. =sta doutrina est# essencialmente li*ada s >onstitui9es =scritas e, 'ortanto, deve"se observar como um dos 'rinc$'ios %undamentais de nossa sociedadeY. /.*.8. % se$unda declara/"o de inconstitucionalidade pela Ouprema Corte * O Caso Dre# S"ott +. Stan#for# g JU MO 979 (16Q5)& ?uando a Ouprema Corte colocou em prHtica a doutrina de controle de constitucionalidade das leis estaduais- dantes elaborada no caso (arburM ! (adison! /.*.8.*. At(+(smo 3u#("(a) * inter(er8ncia em ?uest0es pol<ticas Aste caso- um dos mais pol8micos na ;ist.ria da Ouprema Corte norte& americana- e considerado por muitos como o mais importante #H #ul$ado nos Astados Mnidos da %mrica- teve "onseWuOn"(as re)e+antes4 ao 0re"(0(tar o (n="(o #a >uerra C(+(). /.*.8./. Os fatos & Eascido na 2ir$<nia- em 1577- Dred era um escravo ne$ro de Ot Nouis- +issouri- ?ue (ora levado pelo dono- o sen;or @o;n Amerson- para Illinois e- de lH- para Fisconsin Ocorre ?ue nesses dois Dltimos lu$ares a escravid"o era proibida O dono de Dred morre em 16P9- e este continua trabal;ando para a esposa do dono- a sen;ora Amerson Am 16PJ- ao retornar ao estado de ori$em- +issouri- Ocott in$ressou com uma a/"o #udicial pleiteando ?ue l;e (osse recon;ecida a liberdade- 4M1 #H ?ue residira em solo livre- baseando&se- para tanto- na determina/"o ?ue previa! once freeH al#aMs free n uma +e< )(+re4 sem0re )(+re. O "aso fo( 1u)ga#o 0e)a 0r(me(ra +e< em *H6E4 mas 0or o "on+en"(mento #o 1u(< ter s(#o basea#o em um testemun9o (n#(reto sobre os fatos4 a #e"(s&o fo( anu)a#a e #eu ense1o a um no+o 1u)gamento4 o"orr(#o em *H?54 #esta fe(ta garant(n#o a )(ber#a#e #o es"ra+oN /.*.8.8. Asse lapso temporal entre o primeiro e o se$undo #ul$amento (oi determinante para o desenrolar da causa Durante os tr8s anos em ?ue n"o (icara decidido se Dred era ou n"o um ;omem livre- os salHrios ?ue obteve dos servi/os prestados a terceiros (icaram sob dep.sito #udicial Eesse meio tempo- a sen;ora Amerson casou novamente e se mudou para a re$i"o con;ecida como Eova In$laterra- trans(erindo ao irm"o @o;n Otan(ord a $est"o dos ne$.cios Aste- ent"o- ob#etivando a propriedade dos valores $uardados- apelou = Corte estadual- visando a reverter a decis"o de primeiro $rau ?ue concedera liberdade ao escravo % Corte Astadual concedeu&l;e o $an;o da causa Dred Ocott- ent"o- recorreu = Ouprema Corte Otan(ord contra&ar$umentou- a(irmando ?ue o escravo n"o cidad"o- e ?ue- portanto- n"o teria o direito de interpor recurso no Ymbito (ederal %du>iu- ainda- serem inconstitucionais as leis emanadas do Con$resso visando a proibir a escravid"o nos estados- e ?ue o $overno (ederal n"o poderia privar os proprietHrios de seus pertences sem o devido processo le$al % ?uest"o dei'ou de ser se o Astado do +issouri poderia ou n"o aprisionar uma pessoa livre- mas se em al$um momento Dred c;e$ou a ter a alme#ada liberdade % Ouprema Corte manteve a escravid"o por 5 votos a 2 O voto do Presidente- 4o$er ) KaneZ- (oi o condutor da maioria Am seu voto- KaneZ determinou ?ue um ne$ro at poderia ser considerado cidad"o em al$um estado espec<(ico- mas ?ue isso n"o o tornava cidad"o dos Astados Mnidos a ponto de ter o direito de recorrer nas cortes (ederais De ?ual?uer maneira- o pedido (ormulado no recurso n"o merecia prosperar- por?ue Ocott nunca c;e$ara a ser um ;omem livre A Corte #e")arou Wue o Congresso eG"e#era D autor(#a#e #e)ega#a 0e)a Const(tu(%&o4 Wuan#o 0ro(b(u ou abo)(u a es"ra+(#&o nos esta#os. N&o 0ossu=a a Casa Leg(s)at(+a )eg(t(m(#a#e 0ara 0romu)gar normas #essa nature<a4 uma +e< Wue a Carta !agna 0roteg(a a 0ro0r(e#a#e #os sen9ores sobre os es"ra+os. Determ(nou Tanec: /e a 6onstituio recon'ece o direito de propriedade do dono sobre um escravo, e no "az distino entre esse tipo de propriedade e outra qualquer possuda por um cidado, nen'um tribunal, que a(a sob a autoridade dos Estados =nidos, se(a ele le$islativo, e%ecutivo ou (udicirio, tem o direito de "azer tal distino, ou de ne$ar5l'e o bene"cio das estipulaWes 4M3 ou $arantias "ornecidas para a proteo da propriedade privada contra os abusos do $overno. 8ra (...), o direito de 'ro'riedade sobre um escravo distinto e e&'ressamente a%irmado na >onstituio. 8 direito de ne*oci#"lo, como um arti*o comum de mercadoria e de 'ro'riedade, %oi *arantido aos cidados dos =stados Inidos, em todos os =stados que o dese,em, 'or vinte anos. = o *overno, em termos e&'ressos, obri*ado a 'rote*+"lo em todo o tem'o %uturo, se o escravo esca'ar do dono... = nenhuma 'alavra da >onstituio d# ao >on*resso um 'oder maior sobre a 'ro'riedade escrava, ou ,usti%ica o %ato de ter uma 'ro'riedade desse *+nero menos 'roteo do que qualquer outra. 8 )nico 'oder con%erido o que se associa ao dever de *uardar e 'rote*er o dono em seus direitos. 7eitas essas considera9es, o'ina o tribunal que a ;ei do >on*resso que 'roibia um cidado de ter e 'ossuir 'ro'riedades desse *+nero no territ-rio dos =stados Inidos ao norte da linha su'ramencionada, no sendo autori(ada 'ela >onstituio, , 'ortanto, nula, e que nem o 'r-'rio 0red Scott, nem nin*um da sua %am$lia, %oram libertados 'or terem sido trans'ortados 'ara esse territ-rio. mesmo que tivessem sido levados 'ara l# 'elo dono, com a inteno de ali residir 'ermanentementeY. /.*.6. Controle atribu<do a todos os .r$"os do Poder @udiciHrio /.*.?. Dimens"o da decis"o limitada ao caso concreto em e'ame /.*.Q. % Ouprema Corte decide a constitucionalidade apenas como Dltimo .r$"o e n"o como Dnico .r$"o & Fudicial reie# /.*.E. %nHlise de 4elevYncia & FudiciarM Act4 #e *L/? A Su0rema Corte 0assa a ter o "ontro)e #aWu()o Wue (rC 1u)gar. 4rit of CertiorarM Carta ReWu(s(t2r(a. Stare Decisis et non 7uieta moere T!anten9a$se a #e"(s&o e n&o mo+a o Wue estC em re0ousoU efe(to +(n"u)ante #as #e"(s'es #a Su0rema Corte. & 4e$ra do Rule of Cour (nos AM%)- pois a corte (ormada por nove #ustices % decis"o deles n"o e'i$e motiva/"o- n"o ;H voto- a se/"o secreta e n"o cabe recurso al$um & Eos AM%- em ra>"o do alto volume de processo ?ue c;e$ava = corte suprema- sur$iu o 4rit of certiorarM G uma (orma de os ministros decidirem o ?ue v"o ou n"o v"o #ul$ar G uma decis"o de cun;o pol<tico A'istem alternativas de (iltros- como a Brepercuss"o $eralC Asta sur$iu tardiamente no )rasil- apenas em 2UUP Deveria ter sur$ido muito antes & Amicus Curiae * ami$o da corte O ?ue se entende desse tema (oi inventado pelos norte&americanos %l$uns doutrinadores vinculam a teoria (de 179U) dos ami$os da corte a Peter I^rbele (% sociedade aberta dos intrpretes da Constitui/"o * anos 17QU) Di>ia ?ue todos 4M5 devem ser intrpretes da Constitui/"o E"o (oi ele ?ue inspirou o amicus curiae- mas um $rande de(ensor do amicus curiae- no sentido de ?ue ?uanto mais opini"o ;ouver sobre um tema debatido- mel;or & Luando uma discuss"o do caso concreto c;e$a = suprema corte- na verdade n"o mais serH discutido apenas o caso concreto- mas serH discutido e decidido o tema em ?uest"o- decis"o essa ?ue muito provavelmente envolverH repercuss"o $eral & )randeis )rie( * (oi um caso de amicus curiae muito importante O amicus curiae no )rasil tem sido mal utili>ado % ideia do amicus curiae nos AM% (unciona da se$uinte (orma! a suprema corte passa seis meses apenas por conta de apreciar as ideias e ar$umentos tra>idos pelos amicus curiae- depois de ter sido divul$ado para a sociedade o #ul$amento de determinado tema Eos AM% a Corte Ouprema #ul$a 6U processos por ano Eo )rasil o OKF #ul$a 2UUUUU processos por ano & Eesse caso eles estavam #ul$ando se ;omens e mul;eres teriam ?ue ter #ornadas de trabal;o i$uais ou n"o IH coisas ?ue o direito- na verdade- n"o #ul$a A esse um dos casos Luem poderia resolver era a medicina ou a psicolo$ia etc Foi importante por?ue em uma pH$ina ele (alou do direito- e em 77 outras pH$inas ele (alou de ?uest0es psicol.$icas- biol.$icas- peda$.$icas etc Portanto- esse #ul$amento trou'e ar$umentos alm do direito O valor do amicus curiae n"o s. apresentar ar$umentos #ur<dicos- mas tra>er outros prismas- outras vis0es- sob o ponto de vista de outras ci8ncias- ou at mesmo tra>er ar$umentos contrHrios & O te'to em espan;ol BN% O)OONAOCAECI% DA N% )IPON%4ID%D K4%DICIOE%N (+ODANO %+A4IC%EO * +ODANO AM4OPAO&RANOAEI%EO) DA NOO OIOKA+%O DA @MOKICI% COEOKIKMCIOE%NC- enviado pela pro(essora- re$istra ?ue estH ocorrendo a abstrativi>a/"o do controle di(uso- de modo ?ue a anti$a dicotomia entre controle di(uso e controle concentrado estH cada ve> mais miti$ada O caso concreto no controle di(uso perde cada ve> mais espa/o & %t a liberdade de e'press"o relativi>ada % verdade da vida- em rela/"o aos direitos- estH na sociedade %?uilo ?ue a sociedade le$itima e n"o le$itima /.*.H. Eo )rasil- a AC nq PQX2UUP acrescentou o _9q ao arti$o 1U2 da Constitui/"o Federal- por meio do ?ual se prev8 a necessidade de o recorrente demonstrar a repercuss"o $eral das ?uest0es constitucionais discutidas no caso! Art. 461. (...) P3A " Co recurso e&traordin#rio o recorrente dever# demonstrar a re'ercusso *eral das quest9es constitucionais discutidas no caso, nos termos 4MK da lei, a %im de que o @ribunal e&amine a admisso do recurso, somente 'odendo recus#"lo 'ela mani%estao de dois teros de seus membros. & O caso )randeis )rie( (oi copiado recentemente para o )rasil- pela inser/"o do _ 9V ao art 1U2 da CF- pela AC PQX2UUP & Oe a minoria ?uiser #ul$ar- a ?uest"o serH #ul$ada A necessHria a recusa de pelos oito inte$rantes /.*.L. Processo Oub#etivo ou Ob#etivo] Carl Ieinric; Tr(e0e)- #urista alem"o- em 172U- a(irmava ?ue os americanos ;aviam desenvolvido o mais ob#etivo dos processos ?ue se poderia ima$inar O instituto do .micus 1uriae * %mi$o da Corte O controle di(uso no )rasil se$ue o modelo norte&americano & Observa/"o de Kriepel (estH no te'to em espan;ol) & O atual controle di(uso se apro'ima muito do controle concentrado europeu- #ustamente no sentido de ?ue atualmente- para se c;e$ar ao controle di(uso- a ?uest"o praticamente #H envolverH repercuss"o $eral /./. !o#e)o Euro0eu ou !o#e)o #e Contro)e "on"entra#o & Asclarecimentos preliminares! Contro)e D(fuso Processo sub#etivo W e'istem partes- ou se#a- ;ouve um caso concreto % ?uest"o c;e$a = Ouprema Corte pela via recursal Contro)e Con"entra#o Processo ob#etivo W n"o ;H partes- n"o ;H caso concreto- toda a discuss"o reali>ada em abstrato % ?uest"o c;e$a = Ouprema Corte pela via direta O pai do processo ob#etivo Ians Relsen- em seu livro 2urisdi*3o 1onstitucional (um clHssico- de leitura obri$at.ria) Discute a ?uest"o em tese (teoricamente)- sem analisar caso concreto % decis"o tem e(icHcia erga omnes- pois n"o ;H caso concreto e e(icHcia ex- nunc (teoria da anulabilidade das leis (a leis tiveram validade at a declara/"o de inconstitucionalidade)- di(erente de teoria da nulidade das leis (norte&americana) * e(icHcia ex-tunc) /./.*. Pr(m2r#(os #o s(stema /././. Formula/0es te.ricas de Ians Relsen ?ue (oram adotadas pela Constitui/"o %ustr<aca de 172U /././.*. Fuem #e+e ser o #efensor #a Const(tu(%&ok & Discuss"o travada entre os dois autores abai'o Luem deve di>er o conteDdo do direito constitucional /././.*.*. Pos(%&o #e Car) S"9m(tt 4MM & Di>ia ?ue o de(ensor da Constitui/"o deveria ser o C;e(e do A'ecutivo- (a>endo o controle de constitucionalidade das leis- pois s. ele poderia avaliar o mel;or momento e a mel;or (orma de aplicar as decis0es e implementH&las Oua teoria acabou contribuindo para ascens"o do na>ismo /././.*./. Pos(%&o #e Aans Ke)sen & E"o conse$uiu encampar sua ideia Oustenta ?ue ?uem deveria ditar o direito seria uma corte de #u<>es destinada a decidir apenas a constitucionalidade das leis- uma corte constitucional- ?ue tratasse somente do controle de constitucionalidade- sem rela/"o com o poder #udiciHrio % ideia de corte constitucional de Relsen (a 1 (oi a corte constitucional de 172U) /./.8. % Corte Constitucional detm e'clusividade no e'erc<cio da atribui/"o de analisar a constitucionalidade de leis ou atos normativos Ea %leman;a- ap.s se veri(icar o (racasso devido ao arti$o P6 da Constitui/"o de Feimar (1717)- ?ue possibilitou o Presidente a (a>er uma Blei de autori>a/"oC a #usti(icar o na>ismo e o (ato de n"o ;aver um .r$"o le$itimado a declarar tal lei inconstitucional- adotou&se o modelo de controle e'ercido pelos Kribunais Constitucionais- em 17P7 & % atual Constitui/"o de )onn- na %leman;a- criou o Kribunal Constitucional %lem"o T Os Kribunais Constitucionais (oram ent"o criados em inDmeros pa<ses da Auropa Ocidental! ItHlia (17QJ)- C;ipre (17JU)- Kur?uia (17J1)- ,rcia (175Q)- Aspan;a (1756)- Portu$al (1762) e )l$ica (176P) /./.6. % ?uest"o da Constitucionalidade de leis levada ao Kribunal por dois modos! /./.6.*. Pela via da a/"o em ?ue ;H um nDmero limitado de le$itimados ao e'erc<cio dessa (un/"o /./.6./. Pela via do incidente em ?ue o #ui>- na resolu/"o do caso concreto- remete ao Kribunal a ?uest"o constitucional para ?ue esse a resolva T Ea %leman;a- o Kribunal Constitucional composto por dois BOenadosC- cada ?ual com 6 membros O 1q Oenado #ul$a matrias relativas a direitos (undamentais O 2q Oenado #ul$a ?uest0es relativas = Or$ani>a/"o do Astado Os #u<>es s"o escol;idos para mandato de 12 anos- vedada a recondu/"o %os J6 anos- devem aposentar&se- compulsoriamente 4M7 T %inda na %leman;a! os le$itimados para propor o controle abstrato s"o! ,overno Federal- ,overnos Astaduais e um ter/o da CYmara Federal & Eo caso da %leman;a- na prHtica- s"o pou?u<ssimos os le$itimados para propor a/0es de inconstitucionalidade /.8. !o#a)(#a#es #e Contro)e #e Const(tu"(ona)(#a#e: /.8.*. FUANTO \ NATUREZA DO eR>SO DE CONTROLE: A; Contro)e 0o)=t("o & A'! Consel;o Constitucional Franc8s- ?ue n"o inte$ra o Poder @udiciHrio e se mani(esta previamente = promul$a/"o de determinada lei & O controle de constitucionalidade (ranc8s preventivo (antes da norma entrar em vi$or)- em n"o #udicial K; Contro)e 1u#("(a) & Controle repressivo Eo )rasil /.8./. FUANTO AO !O!ENTO DE E-ERC[CIO DO CONTROLE: A; Contro)e 0re+ent(+o! $ No Kras(): A'ecutivo! Poder de 2eto (art JJ- _ 1 q- da CF); Ne$islativo! Comiss"o de Constitui/"o e @usti/a- 4e#ei/"o ao veto do C;e(e do Poder A'ecutivo- Ousta/"o de ato normativo do A'ecutivo ?ue e'orbite o poder re$ulamentar ou os limites da dele$a/"o le$islativa Art. MM. A >asa na qual tenha sido conclu$da a votao enviar# o 'ro,eto de lei ao Oresidente da ?e')blica, que, aquiescendo, o sancionar#. P 4 " Se o Oresidente da ?e')blica considerar o 'ro,eto, no todo ou em 'arte, inconstitucional ou contr#rio ao interesse ')blico, vet#"lo"# total ou 'arcialmente, no 'ra(o de quin(e dias )teis, contados da data do recebimento, e comunicar#, dentro de quarenta e oito horas, ao Oresidente do Senado 7ederal os motivos do veto. (...) & Eo )rasil n"o e'iste controle preventivo de constitucionalidade de pro#eto de lei K; Contro)e re0ress(+o: & Eo )rasil! f 3u#("(a) $ eGer"(#o 0e)o Po#er 3u#("(Cr(o. 4M2 /.8.8. FUANTO AO eR>SO 3UDICIAL FUE E-ERCE O CONTROLE! A; Contro)e D(fusoN K; Contro)e Con"entra#o. /.8.6. FUANTO \ FOR!A OU !ODO DE CONTROLE 3UDICIAL! A; Contro)e 0or +(a (n"(#enta) & E"o necessariamente reali>Hvel por meio do controle di(uso & Decorre de caso concreto E"o necessariamente decorrente de controle di(uso K; Contro)e 0or +(a 0r(n"(0a) ou a%&o #(reta & O )rasil um dos pa<ses ?ue t8m mais le$itimados Tera-feira, 12 de Maio de 2009 Controle concentradoJ Degalidade de leis ou atos normativos (uestionada em 7*/K/ a45es no STF Tramitam atualmente no Supremo Tribunal Federal (STF) 1.040 aes que fazem o chamado "controle concentrado' de constitucionalidade quando se contesta diretamente a legalidade de uma determinada lei ou ato normativo. Dados fornecidos pela Assessoria de Gesto Estratgica do STF do conta de que a Ao Direta de nconstitucionalidade o instrumento mais utilizado nesses questionamentos, com 976 pedidos em curso na Corte. Para realizar o "controle concentrado' de constitucionalidade, h quatro tipos de instrumentos jurdicos que podem ser apresentados no STF: as Aes Diretas de nconstitucionalidade (ADs), as Arguies de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs), as Aes Declaratrias de Constitucionalidade (ADCs) e as Aes Diretas de nconstitucionalidade por Omisso (ADOs). Diferentemente do controle concentrado, o "controle difuso' ocorre quando as inconstitucionalidades de normas so questionadas indiretamente, por meio da anlise de situaes concretas. Qualquer magistrado pode fazer esse tipo de controle ao analisar um caso. No Brasil, os dois sistemas so adotados, o que considerado um sistema misto, hbrido. As leis que regulamentam ADC e AD (Lei 9868/99), assim como ADPF (Lei 9882/99), completam, em 2009, 10 anos de vigncia. A>Cs Dos 1.040 processos em tramitao na Corte, 976 so ADs, que tm por finalidade declarar que uma lei ou parte dela inconstitucional. At abril deste ano, foram distribudas no Supremo 4.230 ADs. Dessas, 2.797 contam com deciso final. A maior parte delas 1.769 (41,8%) no chegou sequer a ser "conhecida', ou seja, efetivamente julgada. Nesses casos, os pedidos so arquivados. Do total que chegou a ter o pedido de mrito analisado, 686 (16,2%) 4MF foram consideradas procedentes, resultando na declarao de inconstitucionalidade de alguma norma legal. Uma parte pequena dessas ADs foi julgada procedente em parte ao todo foram 173 (4,1%). Outras 169 aes, 4% do total com deciso final, foram julgadas improcedentes. Os governadores lideram o ranking de autoridades que mais ajuzam pedidos de ADs no Supremo. At abril deste ano foram 1.061 (25,1%). Depois deles esto as confederaes sindicais ou entidades de classe, com 928 pedidos (21,9%), seguidas do procurador-geral da Repblica, com 903 (21,3%) aes. A relao dos legitimados a ajuizar Ao Direta de nconstitucionalidade est no artigo 103 da Constituio Federal. A>PFs As Arguies de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) so a segunda categoria de instrumento jurdico mais ajuizado no Supremo para fazer o "controle concentrado de uma determinada norma ou ato normativo. As ADPFs servem para evitar ou reparar uma violao de algum preceito fundamental da Constituio Federal. At abril deste ano chegaram Corte 166 ADPFs. Dessas, 101 j contam com deciso final. Trs foram julgadas procedentes, uma foi julgada improcedente e a maioria, 97 (58,4%), no foi conhecida. Outras 54 (32,5%) ainda aguardam julgamento de mrito. Entre as autoridades autorizadas para apresentar ADPFs no Supremo, as confederaes sindicais e entidades de classe de mbito nacional so as que mais o fazem. At abril, elas foram responsveis por 49 (29,5%) do total de ADPFs apresentadas Corte. A>Cs Das 22 Aes Declaratrias de Constitucionalidade (ADCs) ajuizadas no Supremo at o momento, somente quatro aguardam julgamento de mrito. As ADCs tm por finalidade confirmar a constitucionalidade de uma lei federal e garantir que essa constitucionalidade no seja questionada em outras aes. Das 13 ADCs com deciso final, a maioria, 7 (31,8%), no foi conhecida; cinco (22,7%) foram julgadas procedentes e uma foi julgada procedente em parte. Novamente as confederaes sindicais e entidades de classe de mbito nacional lideram o ajuizamento de ADCs. At abril deste ano, foram 7 (31,8%). Depois delas, est o presidente da Repblica, com cinco pedidos (22,7%), e governadores de estado, com quatro (18,2%). A>+s A Ao Direta de nconstitucionalidade por Omisso (ADO) uma classe processual criada ano passado para abranger pedidos em que se aponta omisso na criao de norma para tornar efetiva uma regra constitucional. Segundo o pargrafo 2 do artigo 103 da Constituio, uma vez "declarada a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornar efetiva norma constitucional, ser dada cincia ao Poder competente para a adoo das providncias necessrias e, em se tratando de rgo administrativo, para faz-lo em trinta dias". Desde que a nova classe foi criada, foram ajuizadas no Supremo 7 pedidos de ADOs. Quatro so de confederaes sindicais e entidades de classe de mbito nacional; duas so de partidos polticos e uma de governador de estado. Todas aguardam julgamento pelo STF. 476 -I $ O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO KRASIL & O )rasil adota os dois modelos de controle de constitucionalidade mencionados anteriormente Ale ao mesmo tempo Corte Constitucional e Oupremo Kribunal *. E.OLURSO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO KRASIL *.*. Const(tu(%&o #e *H/6. *.*.*. N&o "ont(n9a Wua)Wuer esWuema #e "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e. *.*./. Os #outr(na#ores #a ,0o"a :P(menta Kueno; enten#(am Wue somente o Leg(s)at(+o #et(n9a )eg(t(m(#a#e 0ara sus0en#er seus 0r20r(os atos. *.*.8. Soberan(a #o 0ar)amento. *.*.6. O 0o#er mo#era#or fu)m(na+a4 0or "om0)eto4 Wua)Wuer "9an"e #e "ontro)e 1ur(s#("(ona): Art. F2. 8 Ooder Noderador a chave de toda a or*ani(ao Ool$tica, e dele*ado 'rivativamente ao m'erador, como >he%e Su'remo da Cao, e seu Orimeiro ?e'resentante, 'ara que incessantemente vele sobre a manuteno da nde'end+ncia, equil$brio, e harmonia dos mais Ooderes Ool$ticos. (>7 4215) Art. FF. A Oessoa do m'erador inviol#vel, e Sa*rada: =le no est# su,eito res'onsabilidade al*uma. (>7 4215) & Eessa Constitui/"o- o )rasil ainda era imprio e n"o era estado (ederativo (n"o ;avia Mni"o- estado&membro etc) Foi assim at a Proclama/"o da 4epDblica- em 1667 $ N&o 9a+(a Wua)Wuer "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e. S2 9a+(a o 0o#er mo#era#or4 eGer"(#o 0e)o Im0era#or. Pre+a)e"(a a +onta#e #o Im0era#or no "ontro)e #as )e(s. 474 Au)a *L $ //75Q7/5** *./. Const(tu(%&o #e *HL*. *./.*. A Re0@b)("a tra< no+a "on"e0%&o4 *././. Inf)uOn"(a #o mo#e)o norte$amer("ano :"ontro)e #(fuso; a#+(n#a #e Ru( Karbosa4 mas sem a (m0orta%&o #o TStare De"(s(sU. & Inspirada por 4ui )arbosa Ale copiou toda estrutura de controle de constitucionalidade e o modelo (ederativo norte&americano Antretanto- n"o copiou o )tare (ecisis. P Stare Decisis * (orma abreviada da e'press"o latina stare decisis et non 7uieta moere ((icar como (oi decidido e n"o mover o ?ue estH em repouso) % decis"o #udicial inserida nesse sistema eassume a (un/"o n"o s. de dirimir uma controvrsia- mas tambm a de estabelecer um precedente- com (or/a vinculante- de modo a asse$urar ?ue- no (uturo- um caso anHlo$o ven;a a ser decidido da mesma (ormaC Portanto- consiste em elevar decis0es anteriores a um plano superior- por institu<rem princ<pios #ur<dicos a serem se$uidos no (uturo *./.8. O STF re+er(a o "ontro)e #(fuso em @)t(ma (nstIn"(a. & Am 167U (oi editada a lei ?ue instituiu o OKF Our$e o controle di(uso de constitucionalidade * a?uele controle de constitucionalidade ?ue pode ser e'ercido por ?ual?uer #ui> do )rasil (#ui> da vara de (am<lia- vara de (a>enda etc- ?ual?uer um) O Dnico empecil;o para o controle di(uso ?ue o ob#eto n"o se#a a inconstitucionalidade em abstrato da norma G necessHrio ?ue se trate de controle incidental & Am 1671 sur$iu a primeira constitui/"o brasileira a prever o controle di(uso de constitucionalidade & Eo controle incidental- a demanda c;e$a ao OKF em Dltima instYncia- pela via recursal *./.6. Controle da constitucionalidade das leis passa a ser compet8ncia de todos os #u<>es e Kribunais do Pa<s * Nei Federal nq 221- de 167P *./.?. E"o ;avia ainda a cultura de respeito =s decis0es #udiciais Floriano Pei'oto! BOe o OKF conceder Iabeas Corpus aos presos pol<ticos- ?uem irH conceder ;abeas corpus aos #ul$adores- por?ue certamente ir"o precisarC *./.Q. O e'ame da constitucionalidade n"o poderia ocorrer de (orma abstrata 4ui )arbosa! BO 5udicial review um poder de ;ermen8utica- e n"o um poder de le$isla/"oC Art. KF " Ao Su'remo @ribunal 7ederal com'ete: P 4A " 0as sentenas das Gustias dos =stados, em )ltima inst<ncia, haver# recurso 'ara o Su'remo @ribunal 7ederal: 471 b) quando se contestar a validade de leis ou de atos dos Bovernos dos =stados em %ace da >onstituio, ou das leis %ederais, e a deciso do @ribunal do =stado considerar v#lidos esses atos, ou essas leis im'u*nadas. (>7 42F4) *.8. Const(tu(%&o #e *L86 & O Oenado passa a ter a compet8ncia para suspender a norma declarada inconstitucional pelo OKF- mediante resolu/"o- concedendo e(eitos er$a& omnes = decis"o do OKF *.8.*. Profun#as a)tera%'es no s(stema surge a (#e(a #e um "ontro)e abstrato #e "onst(tu$"(ona)(#a#e. & Easce o embri"o de controle concentrado de constitucionalidade E"o o in<cio e(etivo de controle concentrado de constitucionalidade- mas apenas uma pe?uenina ideia desse tema *.8./. O Sena#o 0assa a ter "om0etOn"(a 0ara sus0en#er a eGe"u%&o #e )e( #e")ara#a (n"onst(tu"(ona) 0e)o STF em0resta efe(to erga omnes D #e"(s&o #o STF :art. L*4 (n"(so I.;. *.8.8. Cr(a%&o #a re0resenta%&o (nter+ent(+a (interven/"o (ederal nos estados&membros O ob#etivo da interven/"o (ederal n"o e'ercer controle de constitucionalidade): o STF 0assa a ter a compet8ncia de declarar- ou n"o- a constitucionalidade da lei ?ue determinasse a interven/"o (ederal O P,4 atuava como le$itimado- nas ;ip.teses de atos normativos estatais ?ue (endessem os princ<pios constitucionais sens<veis (composi/"o #udicial de con(litos (ederativos)! Art. 41 " A Inio no intervir# em ne*-cios 'eculiares aos =stados, salvo: " 'ara manter a inte*ridade nacional. " 'ara re'elir invaso estran*eira, ou de um =stado em outro. " 'ara 'Vr termo *uerra civil. ! " 'ara *arantir o livre e&erc$cio de qualquer dos Ooderes O)blicos estaduais. ! " 'ara asse*urar a observ<ncia dos 'rinc$'ios constitucionais es'eci%icados nas letras XaY a XhY , do art. 7, n , e a e&ecuo das leis %ederais. ! " 'ara reor*ani(ar as %inanas do =stado que, sem motivo de %ora maior, sus'ender, 'or mais de dois anos consecutivos, o servio da sua d$vida %undada. ! " 'ara a e&ecuo de ordens e decis9es dos Gu$(es e @ribunais %ederais. P 4 " Ca hi'-tese do n !, assim como 'ara asse*urar a observ<ncia dos 'rinc$'ios constitucionais (art. 7, n ), a interveno ser# decretada 'or lei %ederal, que lhe %i&ar# a am'litude e a durao, 'rorro*#vel 'or nova lei. A ><mara dos 0e'utados 'oder# ele*er o nterventor, ou autori(ar o Oresidente da ?e')blica a nome#"lo. 473 P 1 " 8correndo o 'rimeiro caso do n !, a interveno s- se e%etuar# de'ois que a >orte Su'rema, mediante 'rovocao do Orocurador"Beral da ?e')blica, tomar conhecimento da lei que a tenha decretado e lhe declarar a constitucionalidade. *.6. Const(tu(%&o #e *L8E *.6.*. Retro"esso no s(stema. & 4epresenta um retrocesso no controle de constitucionalidade * %utori>a uma das retroatividades mH'imas- pois permitia ?ue o c;e(es do e'ecutivo desconstitu<sse determinada decis"o do Oupremo eXou seus e(eitos *.6./. O C9efe #o Po#er EGe"ut(+o 0o#er(a submeter no+amente ao 0ar)amento uma )e( 1u)ga#a (n"onst(tu"(ona) 0e)o STF 0or mot(+o #e bem$estar #o 0o+o e 0romo%&o #a #efesa #o (nteresse na"(ona). Arti$o C9: XS- 'or maioria absoluta de votos da totalidade dos seus Gu$(es 'odero os @ribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do Oresidente da ?e')blica. Pargrafo nico " Co caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei que, a ,u$(o do Oresidente da ?e')blica, se,a necess#ria ao bem"estar do 'ovo, 'romoo ou de%esa de interesse nacional de alta monta, 'oder# o Oresidente da ?e')blica submet+"la novamente ao e&ame do Oarlamento: se este a con%irmar 'or dois teros de votos em cada uma das ><maras, %icar# sem e%eito a deciso do @ribunalY. (>7 4F37) Decreto5lei nR B.I9G de I de setembro de BCFC >on%irma os te&tos da lei, decretados 'ela Inio que su,eitaram ao im'osto de renda os vencimentos 'a*os 'elos co%res ')blicos estaduais e munici'ais. 8 Oresidente da ?e')blica, usando da atribuio que lhe con%ere o arti*o 426 da >onstituio, e 'ara os e%eitos do arti*o FM, 'ar#*ra%o, >onsiderando que o Su'remo @ribunal 7ederal declarou a inconstituciona" lidade da incid+ncia do im'osto de renda, decretado 'ela Inio no uso de sua com'et+ncia 'rivativa, sobre os vencimentos 'a*os 'elos co%res ')blicos estaduais e munici'ais. >onsiderando que essa deciso ,udici#ria no consulta o interesse nacional e o 'rinc$'io da diviso equitativa do Vnus do im'osto, decreta: Arti$o ,nico. So con%irmados os te&tos da lei, decretados 'ela Inio, que su,eitaram ao im'osto de renda os vencimentos 'a*os 'elos co%res ')blicos estaduais e munici'ais, %icando sem e%eito as decis9es do Su'remo @ribunal 7ederal e de quaisquer outros tribunais e ,u$(es que tenham declarado a inconstitucionalidade desses mesmos te&tos. 475 *.6.8. Doutr(na#ores "on"or#aram "om a me#(#a "omo Fran"(s"o Cam0os e A)fre#o Ku<a(# :mat,r(a 0o)=t("a n&o 0o#er(a f("ar na m&o soberana #e um tr(buna);. *.?. Const(tu(%&o #e *L6Q *.?.*. Restaura%&o #o "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e $ Com o 0res(#ente Dutra. *.?./. Conser+ou$se a "om0etOn"(a #o Sena#o 0ara sus0en#er a eGe"u%&o #e )e( #e")ara#a (n"onst(tu"(ona). *.?.8. Re0resenta%&o (nter+ent(+a: *.?.8.*. P,4; *.?.8./. 4es$uardar princ<pios sens<veis; *.?.8.8. Interven/"o a partir da declara/"o de inconstitucionalidade do OKF *.Q. Emen#a *Q #e *LQ? *.Q.*. Inst(tu(%&o #o mo#e)o #e "ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e. A#o%&o #o s(stema m(sto4 "om Onfase no "ontro)e #(fuso. & Assa (oi a $rande contribui/"o da Constitui/"o de 17PJ Cr(ou o "ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e no Kras(). A 0art(r #a= o STF 0assou a ter "arCter #@0)("e. CarCter #e Tr(buna) Re"ursa)4 fa<en#o "ontro)e #(fuso #e "onst(tu"(ona)(#a#e4 nos mo)#es #o mo#e)o norte$ amer("ano4 e "arCter #e Corte Const(tu"(ona)4 fa<en#o o "ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e4 "ontro)e abstrato4 nos mo)#es #o mo#e)o austr=a"o euro0eu. A bem #a +er#a#e4 nessa ,0o"a4 o STF era mu(to ma(s )(ga#o ao "ontro)e #(fuso Wue ao "on"entra#o. *.Q./. In("(at(+a eG")us(+a #o P>R4 o Wua)4 a),m #e atuar na #efesa #a so"(e#a#e4 tamb,m eGer"(a a fun%&o #e re0resentante 1u#("(a) #a Un(&o. & O P,4 detin;a le$itima/"o e'clusiva para in$ressar com representa/"o de inconstitucionalidade Eessa poca- ?ual?uer autoridade ?ue ?uisesse contestar a constitucionalidade de norma teria ?ue representar ao P,4 Contudo- o OKF- na poca- decidiu ?ue a atua/"o do P,4 era discricionHria- o ?ue o permitia n"o levar adiante as representa/0es encamin;adas por outras autoridades 47K & Eessa poca n"o e'istia a %,M (a (un/"o da %,M de(ender os interesses da Mni"o- ?ue- na maioria das ve>es- n"o coincide com os interesses da sociedade) 4enato %lessi (administrativista italiano) (e> a distin/"o entre o interesse pDblico primHrio (interesse da sociedade) e interesse pDblico secundHrio (interesse do ente Astado * pessoa #ur<dica de direito pDblico interno * Mni"o- estado&membro- DF e munic<pio) & Ea poca em ?ue (oi criado o controle concentrado- o P,4 acumulava as (un/0es de de(ender os interesses pDblicos primHrios e secundHrios % (i$ura do %,M s. sur$iu com a CFX66 Iavia (orte in(lu8ncia pol<tica do $overno sobre o P,4- dado ?ue era car$o de livre nomea/"o do c;e(e do A'ecutivo *.Q.8. O Su0remo Tr(buna) Fe#era) f(Gara o enten#(mento #e Wue o P>R n&o esta+a obr(ga#o "onst(tu"(ona)mente a (nstaurar o "ontro)e abstrato4 sem0re Wue so)("(ta#o 0ara tanto. Kratava&se de compet8ncia discricionHria do Procurador&,eral decidir se e 7uando deveria ser o(erecida representa/"o para a a(eri/"o da constitucionalidade de lei P
*.Q.6. Desne"ess(#a#e #e remessa #a #e"(s&o #e
(n"onst(tu"(ona)(#a#e4 no "ontro)e abstrato4 ao Sena#o Fe#era). O STF n&o ser(a ")ube )=r("o$0o,t("o$re"reat(+o. *.Q.?. Poss(b()(#a#e #e os Esta#os a#otarem "ontro)e abstrato #e normas 0ara eGam(nar )e(s mun("(0a(s. *.E. Const(tu(%&o #e QE7QL *.E.*. !anuten%&o #o s(stema #e "ontro)e. *.E./. O "ontro)e #e )e( mun("(0a) ser(a fe(to 0ara f(ns #e (nter+en%&o. *.E.8. Emen#a Const(tu"(ona) nX 5E7EE 0erm(t(u o #efer(mento #e me#(#as "aute)ares em ADI ef("C"(a eG$nun". *.H. Const(tu(%&o #e *LHH & Com essa nova ordem constitucional vieram muitas mudan/as! P >on%ira"se com a ementa da ?eclamao 414, relator o ministro 0,aci 7alco, ,ul*ada em 63L41L4F26: X?eclamao movida 'elo 'residente da 8AE " Seo do estado do ?io de ,aneiro, contra ato do Orocurador"*eral da ?e')blica. 8 titular )nico da re'resentao de inconstitucionalidade o Orocurador"*eral da ?e')blica, con%orme dis'9e o art"44F, inc", letra l, da >onstituio, bem assim o art. 4MF do novo re*imento interno do Su'remo @ribunal 7ederal. 0estarte, na qualidade de seu titular tem a %aculdade de o%erecer a re'resentao ou arquiv#"la. Ao interessado %ica reservada a via 'rocessual comum 'ara a ar*uio de inconstitucionalidade, diante do caso concreto. m'roced+ncia da reclamaoY. 47M *.H.*. Pr(ma<(a #o "ontro)e "on"entra#o am0)a )eg(t(ma%&o4 0reste<a e "e)er(#a#e no 1u)gamento. T 1 $rande mudan/a * amplia/"o dos le$itimados para propor inconstitucionalidade T 2 $rande mudan/a * a 8n(ase de atua/"o do OKF passa a ser a de Corte Constitucional % amplia/"o dos le$itimados um sinal disso %demais- o OKF- atualmente- se v8- e dese#a cada ve> mais ser uma Corte Constitucional- ;a#a vista os vHrios (iltros criados & 2er art 1U9- CF Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) " o Oresidente da ?e')blica. " a Nesa do Senado 7ederal. " a Nesa da ><mara dos 0e'utados. ! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) ! " o Bovernador de =stado ou do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) ! " o Orocurador"Beral da ?e')blica. ! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil. ! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional. : " con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito nacional. P 4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal. P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar e%etiva norma constitucional, ser# dada ci+ncia ao Ooder com'etente 'ara a adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de -r*o administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias. P 3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado" Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado. *.H./. Demo"rat(<a%&o #o a"esso ao "ontro)e "on"entra#o. *.H.8. D(+ers(f("a%&o #os (nstrumentos #e "ontro)e. & % CFX66- alm #o #(s0osto anter(ormente4 am0)(ou as formas #e a"esso ao STF4 0or me(o #a ADI4 ADPF4 ADC e ADI 0or om(ss&o4 "omo formas #e eGer"er o "ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e4 eG(g(n#o a atua%&o #e Corte Const(tu"(ona) 0or 0arte #o STF. 477 *.H.6. `nfase no "ontro)e "on"entra#o: 0ro"esso ob1et(+o4 no Wua) n&o 9C 0artes e se #est(na4 0re"(0uamente4 D #efesa #a Const(tu(%&o e n&o D #efesa #e #(re(tos sub1et(+os. & Os le$itimados (art 1U9- CF) no processo ob#etivo n"o s"o partes ConseWuOn"(as #o 0ro"esso ob1et(+o (conse?u8ncias de n"o ;aver partes no processo de controle concentrado de constitucionalidade)! a; E"o pode ;aver desist8ncia b; Causa de pedir aberta! n"o se adstrin$e aos (undamentos constitucionais invocados pelo re?uerente- mas abran$e todas as normas ?ue inte$ram a Constitui/"o Federal "; Pode&se prescindir das in(orma/0es dos Poderes ou .r$"os de ?uem emanou o ato normativo impu$nado & Por?ue a causa de pedir n"o vincula o #ul$ador Ale n"o estarH vinculado aos motivos ale$ados pelo le$itimado na pe/a Ou se#a- a causa de pedir pode ter sido %- ) e C e o #ul$ador pode #ul$ar com base em D (a lei pode ser #ul$ada inconstitucional por motivos n"o ale$ados pelo le$itimado) Eo controle di(uso- para ?ue o 4A se#a apreciado- preciso pre?uestionamento (debate e decis"o prvios acerca de determinada ?uest"o) Eo controle di(uso- o OKF estH vinculado ao pre?uestionamento O OKF atua nos limites do pre?uestionamento ( a decis"o recorrida do K@) Eo processo sub#etivo- o interesse n"o prote$er o ordenamento #ur<dico- mas o interesse das partes (e(eito inter partes) Inclusive a declara/"o de inconstitucionalidade n"o pode ser o pedido principal- sob pena de usurpa/"o de le$itimidade discutir constitucionalidade de norma #; N&o se a#m(te (nter+en%&o #e ter"e(ros. e; N&o , "ab=+e) a%&o res"(s2r(a4 a #e"(s&o , (rre"orr=+e)4 sa)+o embargos #e")arat2r(os. & Oe o processo (osse sub#etivo- a parte (pessoa (<sica ou #ur<dica) poderia desistir do processo Eo processo ob#etivo isso n"o poss<vel & Luando al$um in$ressa com uma %DI (controle concentrado)- por e'emplo- o ?ue se ?uer prote$er a CF E"o necessHrio ;aver um caso concreto Autonom(a #o Pro"esso Const(tu"(ona)4 #(st(nto #o Pro"esso C(+(): 0ET BB!D;/0, Min. 6elso de Mello A import.ncia de quali"icar o controle normativo abstrato de constitucionalidade como processo ob(etivo vocacionado e%clusivamente 472 & de"esa, em tese, da 'armonia do sistema constitucional, "erida pela manuteno de lei produzida em desrespeito & 6onstituioX @6E</+ 38ME83+ MA/T+/, X6urso de Direito 6onstitucionalX, p. F!:, BB! ed., BCVC, /araivaA 5 B al-m de re"letir entendimento e%posto em autorizado ma$ist-rio @6<hME3/+N ME3<8N 6<hHE, XA 7iscalizao Abstrata de 6onstitucionalidade no Direito MrasileiroX, p. BB!, BCCI, 3T* NA48M /<A8M8 78<\+, XAo Declarat1ria de 6onstitucionalidadeX, p. BD9, !C ed., BCCI, 7orense* 48<MA3 7E33E83A MENDE/, X6ontrole de 6onstitucionalidade 5 Aspectos 2urdicos e 0olticosX, 0. !ID, BCCD, /araivaA, encontra apoio na pr1pria (urisprudYncia do /upremo Tribunal 7ederal, que, por mais de uma vez, ( en"atizou a ob(etividade desse instrumento de proteo in abstracto da ordem constitucional @3T2 BBFB!!, 3el. Min. NT38 DA /8<HE83A* 3T2 BFBBBDDB, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+* 3T2 BF9;G9:, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+A. T preciso ter presente, neste ponto 5 considerada a autonomia instrumental do processo constitucional, irredutvel, em seus lineamentos "undamentais, & $eneralidade das normas que se aplicam ao processo comum 5r que o princpio da subsidiariedade, tratando5se de "iscalizao abstrata, no se revela ordinariamente invocvel nas aWes diretas. 8sso si$ni"ica 5 uma vez admitido o per"il ob(etivo que tipi"ica a "iscalizao abstrata de constitucionalidade @48<MA3 7E33E83A MENDE/, X2urisdio 6onstitucionalX, 0. B!C;BFD, BCC9, /araivaA 5 que,i em re$ra, no se deve recon'ecer, como pauta usual de comportamento 'ermenYutico, a possibilidade de aplicao sistemtica, em carter supletivo, das normas concernentes aos processos de ndole sub(etiva, especialmente daquelas re$ras meramente le$ais @como a inscrita no art. G! da <ei n! V.GF:;C!A que delimitam o poder cautelar dos Tribunais de 2ustia em sede de controle abstrato de constitucionalidade ou que restrin$em a pr1pria e"iccia da suspenso de aplicabilidade de leis ou atos do 0oder 0,blico local, contestados em "ace da 6onstituio do Estado5membro. 8 reconhecimento da 'ossibilidade de inibir, mediante sim'les re*ra le*al de conteno, o alcance da sus'enso cautelar de e%ic#cia de normas munici'ais, re'utadas, ainda que em ,u$(o de mera delibao, abstratamente in%rin*entes da ordem normativa consubstanciada no te&to da >onstituio do =stado"membro, im'licaria a%etar o 'r-'rio sistema de controle institu$do 'or essa unidade 'ol$tica da 7ederao, 47F ense,ando a 'artir da medida de contracautela 'revista no di'loma le*islativo em questo a virtual %rustrao desse e&'ressivo instrumento de de%esa e 'reservao da su'remacia normativa da >arta estadual, no obstante a cl#usula de autori(ao inscrita no art. 41K, P 11, da ;ei 7undamental da ?e')blica. A compreenso da natureza ob(etiva do processo de controle concentrado 5 que, insista5se, supWe a discusso meramente abstrata de questWes (urdicas atinentes & con"ormao constitucional dos atos estatais 5 torna (usti"icvel a assero de que, em princpio, o postulado da subsidiariedade no encontra vi$Yncia irrestrita no .mbito do processo de "iscalizao normativa de constitucionalidade. Da a advertYncia do ma$ist-rio doutrinrio @H8TA<8N+ 6ANA/, X+s 0rocessos de 7iscalizao da 6onstitucionalidade e da <e$alidade pelo Tribunal 6onstitucional 5 Natureza e 0rincpios EstruturantesX, p. V:;VC, BCV9, 6oimbra EditoraA, que, "azendo clara distino entre o processo constitucional de controle abstrato, de ndole ob(etiva, e o processos comum ou $eral, de carter sub(etivo, assinala, verbis) XDe tudo o que escrevemos nas p$inas anteriores s1 se pode e%trair uma concluso) o direito processual constitucional no pode dei%ar de ser um direito processual autUnomo, re$ido por princpios pr1prios, necessariamente pouco "un$veis com os dos processos (urisdicionais tpicos. Estes ,ltimos tYm por "im resolver lides ou con"litos intersub(etivos de interesses que se mani"estem em concreto. E se no se quiser "icar preso no conceito, porventura demasiado r$ido, de lide, pelo menos ter de se recon'ecer que nesses processos vYm sempre envolvidos interesses sub(etivos. Di"erentemente, os processos de "iscalizao da constitucionalidade so processos ob(etivos, ( que no visam o (ul$amento de lides ou at- mesmo de simples controv-rsias @embora por vezes 'a(a controv-rsia sobre a questo* isso no -, por-m, indispensvel ou inevitvelA, mas sim de questWes de constitucionalidade suscitadas em abstracto. 0or esse, os princpios processuais a que est submetido o processo constitucional no so ios mesmos que re$em., por natureza, os processos (urisdicionais. + processo constitucional e%i$e, por tanto, um corpo pr1prio de re$ras de processo Esta ultima condio requer do Tribunal 6onstitucional uma constante vi$lia, de modo a evitar tentativas de aplicao contra naturam das re$ras do processo civil a situaWes em que elas no podem ser aplicadas.X 6onsideradas essas premissas, ten'o para mim que a norma inscrita no art. G! da <ei n! V.GF:;C! no se aplica &s 'ip1teses de suspenso de liminar de"erida em ao direta de inconstitucionalidade ori$inariamente a(uizada perante Tribunal de 2ustia @67, art. B!I, S !!A, pois o diploma le$islativo em questo re"ere5se, se$undo entendo, a provimentos cautelares unicamente concedidos em sede de processo de carter sub(etivo, em cu(o .mbito 5 como precedentemente acentuado instaura5se controv-rsia pertinente a situaWes concretas e individuais. 426 O PRINC[PIO DO ESTADO DE DIREITO CO!O PRINC[PIO ESTRUTURANTE NO DIREITO KRASILEIRO. & O C;e(e do A'ecutivo pode dei'ar de cumprir uma norma por ac;H&la inconstitucional] E"o pode dei'ar de cumprir por?ue- com base na triparti/"o de poderes- n"o cabe ao A'ecutivo declarar a inconstitucionalidade de norma ou dei'ar de cumpri&la- sob pena de en(ra?uecer o Astado de Direito & Assa discuss"o sur$iu por?ue anti$amente o OKF c;e$ou a #ul$ar decretos ?ue determinavam = %dministra/"o ?ue descumprisse normas *. O Esta#o Demo"rCt("o #e D(re(to (limita/"o do Poder PDblico) Alias D<a>! & o Im0,r(o #a Le( * a lei como e'press"o da vontade $eral; & a D(+(s&o #e Po#eres; & a Lega)(#a#e #a A#m(n(stra%&o * atua/"o se$undo a lei e su(iciente controle #udicial; & os D(re(tos e L(ber#a#es Fun#amenta(s * como $arantia #ur<dico& (ormal e a e(etiva reali>a/"o material Oubmiss"o da %dministra/"o PDblica ao princ<pio da le$alidade I!PYRIO DA LEI O C;e(e do A'ecutivo pode dei'ar de cumprir a lei por entend8&la inconstitucional] T Oeabra Fa$undes! B%dministrar aplicar a lei- de o(<cioC T Celso %nt:nio )andeira de +ello e'plica! BO princ<pio da le$alidade espec<(ico do Astado de Direito- #ustamente a?uele ?ue o ?uali(ica e ?ue l;e dH identidade pr.pria Por isso mesmo o princ<pio basilar do re$ime #ur<dico&administrativo- #H ?ue o Direito %dministrativo nasce com o Astado de Direito! uma conse?\8ncia dele G- em suma! a consa$ra/"o da ideia de ?ue a %dministra/"o PDblica s. pode ser e'ercida na con(ormidade da lei e ?ue- em conse$uinte- a atividade administrativa atividade suble$al- in(rale$alC T O problema antes da Constitui/"o Federal de 1766 Ne$itimidade %tiva para a#ui>ar 4epresenta/"o Interventiva limitada ao Procurador&,eral da 4epDblica- na AC nV1JXJQ Poder DiscricionHrio do P,4 ?uanto ao a#ui>amento 3p CVD ; /0 5 /?+ 0A=<+ ?=O?=S=C@AST8 ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 14L44L4F7F Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"4F"6F"4F26 OB"67161 =N=C@ !8;"64425"64 OB" 66466 ?@G !8;"666FM"63 OB"665FM 424 = >8CS@@I>8CA; 0=>?=@8 0= >[=7= 0= O80=? =:=>I@!8 =S@A0IA; QI= 0=@=?NCA A8S U?BT8S A =;= SIE8?0CA08S QI= S= AES@=C[AN 0A O?A@>A 0= A@8S QI= NO;QI=N A =:=>IST8 0= 0SO8S@!8S ;=BAS !=@A08S O8? 7A;@A 0= C>A@!A =:>;IS!A 08 O80=? =:=>I@!8. >8CS@@I>8CA;0A0= 08 0=>?=@8 C. 7.2M5, 0= 36 0= AE?; 0= 4F7M, 08 B8!=?CA08? 08 =S@A08 0= ST8 OAI;8. ?=O?=S=C@AST8 GI;BA0A NO?8>=0=C@=. 3M/ BGII: ; /0 5 /?+ 0A=<+ ?=>I?S8 =N NAC0A08 0= S=BI?ACSA ?elator(a): Nin. >AC008 N8@@A Gul*amento: 47L6KL4FMK Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"13"6M"4FMK OB"ooooo =N=C@ !8;"66M13"61 OB" 66M55 ?@G !8;"66633"63 OB"66336 ACI;AST8 0= @@I;8S 0= =7=@!AST8 0= 7IC>8CJ?8S >8N EAS= =N ;= C>8CS@@I>8CA;. A ?=>ISA 08 >INO?N=C@8 0A ;=, O8? C>8CS@@I>8CA;0A0= SU = O8SS!=; QIAC08 =!0=C@=. O=>I;A?0A0= 08 >AS8. & Os precedentes (acima) ?ue- em tese- autori>ariam o c;e(e do e'ecutivo a descumprir a lei- s"o todos anteriores = CFX66 -II $ O CONTROLE AKSTRATO DE NOR!AS NA CF DE *LHH $ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE * $ A ARSO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE :ADI; E A ARSO DECLARATeRIA DE CONSTITUCIONALIDADE :ADC; * Amendas nV U9X79- PQXUP e Nei 76J6X77 (De"orar essa )e() As0e"tos gen,r("os #e ambas :ADI e ADC;! f Pro"esso Ob1et(+o4 sem 0artes4 #est(na#o D 0rote%&o #o 0r20r(o or#enamento 1ur=#("o4 Wue n&o se 0resta D tute)a #e #(re(tos sub1et(+os ou #e s(tua%'es 1ur=#("as (n#(+(#ua(s. 421 & % lei 76J6X77 n"o c;e$ou a inovar totalmente nesse tema- pois o autor da lei (,ilmar +endes * ?uando era %,M) simplesmente pe$ou a #urisprud8ncia consolidada do OKF e inseriu nessa lei & Nivro recomendado! Boreira .lves e o 1ontrolo de 1onstitucionalidade no )upremo * autor! ,ilmar +endes *.*. AD; 2 ANOD D;3/EA D/ ;"CD"SE;E@C;D"AL;DAD/ *.*.*. PRESSUPOSTOS DE AD!ISSIKILIDADE & O OKF tem o entendimento de ?ue o re?uerente deverH apresentar procura/"o na ?ual constem poderes espec<(icos para atacar a norma ob#eto de impu$na/"o! AD8 !BV: ]+ ; MA 5 MA\8A QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. 8>@A!8 BA;;8@@ Gul*amento: 15L6KL1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 41"41"1663 OO"666M1 =N=C@ !8;"6143M"64 OO66623 EMENTA: H de e&i*ir"se, em ao direta de inconstitucionalidade, a a'resentao, 'elo 'ro'onente, de instrumento de 'rocurao ao advo*ado subscritor da inicial, com 'oderes es'ec$%icos 'ara atacar a norma im'u*nada. & %l$uns dos le$itimados do art 1U9- CF precisam de procura/"o (advo$ado do partido pol<tico- do sindicato- da entidade de classe)- outros n"o (P4- $overnador etc) % procura/"o n"o pode ser $enrica- tem ?ue ter (inalidade espec<(ica- concedendo poderes especi(icamente para a#ui>ar a/"o direta de inconstitucionalidade- tendo como ob#etivo a declara/"o de inconstitucionalidade da lei tal (mencionando o ato normativo ?ue serH atacado) Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) " o Oresidente da ?e')blica. " a Nesa do Senado 7ederal. " a Nesa da ><mara dos 0e'utados. ! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) ! " o Bovernador de =stado ou do 0istrito 7ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) ! " o Orocurador"Beral da ?e')blica. ! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil. ! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional. 423 : " con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito nacional. P 4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal. P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar e%etiva norma constitucional, ser# dada ci+ncia ao Ooder com'etente 'ara a adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de -r*o administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias. P 3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado" Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado. T % despeito de n"o ;aver previs"o e'pressa na Nei nV 76J6X77- por meio da @urisprud8ncia do OKF recon;ece&se ?ue pode ;aver a#(tamento da inicial da %DI- desde ?ue se#a (eito antes do pedido de in(orma/0es aos .r$"os ou =s autoridades das ?uais emanou a lei ou o ato normativo impu$nado AD8 GF: ]+ ; /6 5 /ANTA 6ATA38NA QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 64L63L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 4F"61"4FF3 OO"61634 =N=C@ !8;"64MF1"64 OO664K2 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " QI=S@T8 0= 8?0=N " O=@ST8 C>A; " A0@AN=C@8 " ?=QISST8 0= C78?NAS]=S GA 8?0=CA0A" NO8SSE;0A0= " O=008 C0=7=?08. N=00A ;NCA? " C78?NAS]=S >8CS0=?A0AS C0SO=CSA!=S A SIA AO?=>AST8 " 0SO=CSA C0=7=?0A. >8N A ?=QISST8 0= C78?NAS]=S A8 U?BT8 0= QI= =NAC8I A ;= 8I A@8 C8?NA@!8 A?BI08 0= C>8CS@@I>8CA; 8O=?A"S= A O?=>;ISA8 08 0?=@8, ?=>8C[=>08 A8 AI@8? 0A AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=, 0= A0@A? A O=@ST8 C>A;. T Passo a 0asso #a ADI * ver os arts JV; 6V e ss da Nei 76J6X77 1 * In(orma/0es (art JV); 2 * Oitivas do %,M (mani(esta/"o como curador) e do P,4 (se mani(esta do #eito ?ue ?uiser) (art 6V); 9 * 4elat.rio e solicita/"o de data para o #ul$amento (art 7V) Art. M o 8 relator 'edir# in%orma9es aos -r*os ou s autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo im'u*nado. Pargrafo nico. As in%orma9es sero 'restadas no 'ra(o de trinta dias contado do recebimento do 'edido. 425 Art. 7 o Co se admitir# interveno de terceiros no 'rocesso de ao direta de inconstitucionalidade. P 4 o (VETADO) P 1 o 8 relator, considerando a relev<ncia da matria e a re'resentatividade dos 'ostulantes, 'oder#, 'or des'acho irrecorr$vel, admitir, observado o 'ra(o %i&ado no 'ar#*ra%o anterior, a mani%estao de outros -r*os ou entidades. Art. 2 o 0ecorrido o 'ra(o das in%orma9es, sero ouvidos, sucessivamente, o Advo*ado"Beral da Inio e o Orocurador"Beral da ?e')blica, que devero mani%estar"se, cada qual, no 'ra(o de quin(e dias. Art. F o !encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o relat-rio, com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento. P 4 o =m caso de necessidade de esclarecimento de matria ou circunst<ncia de %ato ou de not-ria insu%ici+ncia das in%orma9es e&istentes nos autos, 'oder# o relator requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito ou comisso de 'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou %i&ar data 'ara, em audi+ncia ')blica, ouvir de'oimentos de 'essoas com e&'eri+ncia e autoridade na matria. P 1 o 8 relator 'oder#, ainda, solicitar in%orma9es aos @ribunais Su'eriores, aos @ribunais %ederais e aos @ribunais estaduais acerca da a'licao da norma im'u*nada no <mbito de sua ,urisdio. P 3 o As in%orma9es, 'er$cias e audi+ncias a que se re%erem os 'ar#*ra%os anteriores sero reali(adas no 'ra(o de trinta dias, contado da solicitao do relator. (;ei F.2M2L4FFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal). (COEKIEM%urO) T .(n"u)a%&o ao 0e#(#o4 mas n&o D "ausa #e 0e#(r :Causa #e Pe#(r Aberta;! AD8 B9D9 M6 ; /6 5 /ANTA 6ATA38NA N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 42L6FL4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 34"46"4FF7 OO"KKK56 =N=C@ !8;"6422F"64 OO66461 42K Au)a /5 $ /H75Q7/5** EMENTA: Ao direta de inconstitucionalidade. P 7A do arti*o 416 da >onstituio do =stado de Santa >atarina, com a redao dada 'ela =menda >onstitucional nA 41, de 13 de de(embro de 4FFM. " ?elev<ncia de %undamento " ainda que no invocado diretamente 'elo requerente " , que 'ode ser levado em considerao 'ela >orte, dado que a /causa 'etendi/ nessa ao aberta, relativo it in%rin*+ncia, no caso, do 'rinc$'io da inde'end+ncia dos Ooderes (arti*o 1A da >onstituio 7ederal). " 8corr+ncia, tambm, do /'ericulum in mora/. Oedido de liminar de%erido 'ara sus'ender, at o ,ul*amento %inal dessa ao direta, a e%ic#cia, /e& nunc/, do P 7A do arti*o 416 da >onstituio do =stado de Santa >atarina, com a redao dada 'ela =menda >onstitucional nA 41, de 13 de de(embro de 4FFM. O Pe#(#o na ADI e ADC & Di(eren/a entre causa de pedir e pedido & Ea causa de pedir a motiva/"o aberta O OKF n"o estH limitado ao motivo e'plicitado pelo autor na a/"o & O Pedido vincula o OKF (re$ra $eral) O pedido tem ?ue ser espec<(ico- descrevendo a motiva/"o da impu$na/"o de cada arti$o (ou pe?ueno $rupos de arti$os) ?uestionado Asse cuidado n"o serH necessHrio ?uando o v<cio (or (ormal- eis ?ue este macula a norma inteira & Oe a constitucionalidade de uma norma (or ?uestionada por v<cio de iniciativa- isso deve ser (eito em rela/"o a toda a norma Oe a inconstitucionalidade (or material- pode a norma ser ?uestionada parcialmente (at mesmo um Dnico arti$o da lei) & Assa a re$ra $eral- ou se#a- ?ue o pedido vincula- (ec;ado & E"o poss<vel impu$na/"o $enrica Teor(a #a In"onst(tu"(ona)(#a#e 0or Arrastamento T O 4e?uerente deverH (undamentar pela inconstitucionalidade de cada um dos arti$os ob#eto de anHlise pelo Oupremo- por?ue o pedido vincula o Kribunal A'cepcionalmente- admite&se a declara/"o de inconstitucionalidade de outras normas- ?uando (orem corolHrias l.$icas da declara/"o de inconstitucionalidade pedida % isso se c;ama IECOEOKIKM& CIOE%NID%DA PO4 %44%OK%+AEKO T Assa teoria (oi inventada pelo pr.prio OKF (?ue pode aplica&la ou n"o)- e se trata de e'ce/"o = re$ra de ?ue o pedido vincula a %DI ou %DC se al$um pediu a declara/"o de inconstitucionalidade- (ver art 9V da Nei 76J6X77) a peti/"o inicial tem ?ue indicar os arti$os impu$nados %rti$os n"o mencionados na inicial da %DI- mas ?ue t8m rela/"o estreita com arti$os impu$nados & ,eralmente ocorre com matrias muito importantes politicamente Cabe em rela/"o = Decreto] Keoricamente n"o seria necessHrio- pois uma ve> declarada a inconstitucionalidade da norma- n"o ;averia mais o (undamento de validade do decreto- ense#ando a sua inaplicabilidade na prHtica %demais- n"o cabe %DI contra decreto- pois este possui v<cio de le$alidade- constituindo o(ensa apenas indireta % o(ensa teria ?ue ser direta- a n"o ser 42M 9 ?ue (osse decreto aut:nomo (?ue precisa de lei como (undamento de validade +as estes n"o c;e$am a re$ulamentar direitos) % teoria da inconstitucionalidade por arrastamento deve ser aplicada ?uando a declara/"o da inconstitucionalidade de um dispositivo da lei estendida a outro dispositivo- em ra>"o da e'ist8ncia de uma correla/"o- cone'"o ou depend8ncia entre eles Asse tipo de declara/"o de inconstitucionalidade ocorre em duas situa/0es distintas- ?ue nomearemos CORRELARSO Le>ICA ou CORRELARSO !ATERIAL & % inconstitucionalidade por arrastamento na CORRELARSO Le>ICA ocorre nas situa/0es em ?ue di(erentes dispositivos inte$ram um Dnico sistema normativo- de (orma ?ue a declara/"o da inconstitucionalidade de um opera a impossibilidade l.$ica de sobreviv8ncia dos demais dispositivos- simplesmente por?ue tais dispositivos n"o possuem ?ual?uer si$ni(icado aut:nomo Am situa/0es como essas- o Poder @udiciHrio poderH determinar a e'tens"o da declara/"o da inconstitucionalidade a dispositivos n"o impu$nados e'pressamente na peti/"o inicial- em ra>"o da depend8ncia e'istente entre eles An(im- a rela/"o de depend8ncia entre os dispositivos (a> com ?ue a declara/"o da inconstitucionalidade de um a(ete a validade dos demais Di>&se- ent"o- ?ue a declara/"o da inconstitucionalidade de um dispositivo acaba por atin$ir- por arrastamento- a validade do outro & O (undamento para esse tipo de declara/"o de inconstitucionalidade muito simples! se as normas le$ais $uardam intercone'"o e mant8m- entre si- v<nculo de depend8ncia #ur<dica- (ormando&se uma incind<vel unidade estrutural- n"o poderH o Poder @udiciHrio proclamar a inconstitucionalidade de apenas al$umas dessas normas- mantendo as outras no ordenamento #ur<dico- sob pena de causar uma verdadeira desa$re$a/"o do pr.prio sistema normativo a ?ue se ac;am incorporadas Isto ocorre- por e'emplo- em uma situa/"o em ?ue o @udiciHrio declara a inconstitucionalidade do arti$o 1 q de determinada lei e- por arrastamento- tambm do arti$o 2q- ?ue nada mais (a>ia do ?ue re$ulamentar o arti$o 1 q Observa&se- desta (eita- ?ue n"o ;H condi/0es de o arti$o 2q sobreviver na aus8ncia do arti$o 1 q & Eo entanto- e'iste tambm outra espcie de inconstitucionalidade por arrastamento recon;ecida na prH'is do Oupremo Kribunal Federal G a situa/"o da inconstitucionalidade por arrastamento por CORRELARSO !ATERIAL Asta a ;ip.tese em ?ue di(erentes dispositivos dever"o ser declarados inconstitucionais por?ue possuem uma similitude na causa de pedir Ou se#a- os motivos ?ue levam o intrprete a declarar a inconstitucionalidade de determinado arti$o tambm autori>ariam a declara/"o de inconstitucionalidade de outros arti$os da mesma lei- ainda ?ue n"o e'pressamente impu$nados Ora- se a causa de pedir vHlida para diversos arti$os- se (or impu$nada a validade de apenas um deles- certamente a declara/"o da inconstitucionalidade deste condu>irH- por arrastamento- = invalidade dos demais & Eo )rasil- o Oupremo Kribunal Federal admite a declara/"o da inconstitucionalidade Bpor arrastamentoC ou Bpor atra/"oC de outras normas ?ue o autor n"o ten;a e'pressamente re?uerido na inicial- em ra>"o da cone'"o ou interdepend8ncia com os dispositivos le$ais especi(icamente impu$nados ou por semel;an/a na causa de pedir 427 P Oegun#o o Tr(buna)4 nesses "asos n&o 9C ne"ess(#a#e #e (m0ugna%&o eG0ressa 0e)o autor4 #(s0os(t(+o 0or #(s0os(t(+o4 uma +e< Wue o e+entua) re"on9e"(mento #o +="(o re)at(+amente a "ertos #(s0os(t(+os "on#u<(rC4 0or arrastamento4 D (m0oss(b()(#a#e #o a0ro+e(tamento #os #ema(s (%DI 2JQ9X+K- rel +in Carlos 2elloso; %DI 975XOP- rel +in Aros ,rau; %DI (+C) 2JP6&CA- rel +in +aur<cio Corr8a; %DI (+C) 2JU6&DF- rel +in Celso de +ello) & Eesses termos- a #urisprud8ncia do Oupremo Kribunal Federal alin;a& se no sentido de recon;ecer a necessidade de o Kribunal declarar tambm a inconstitucionalidade de normas ?ue ten;am teor anHlo$o =s ?ue (oram ob#eto da a/"o Con(ira&se com o se$uinte trec;o publicado no In(ormativo nV 9Q2 do OKF- no #ul$amento da Luest"o de Ordem na %DI nV 2762&CA- rel o min ,ilmar +endes! XCo mrito, tendo em conta que os dis'ositivos 'ossu$am teor an#lo*o, que a causa de 'edir era id+ntica, e, ainda, que a declarao de inconstitu" cionalidade dos arti*os im'u*nados na inicial acabaria 'or atin*ir os acrescidos no Oarecer, tornando"os ina'lic#veis, reti%icou"se o voto anteriormente 'ro%erido e estendeu"se a declarao de inconstitucionalidade, 'or arrastamento, ao arti*o KA e ao 'ar#*ra%o )nico do art. 1K da lei cearenseY. & % correla/"o material em inconstitucionalidade por arrastamento poss<vel ?uando o OKF entende ?ue- em ra>"o da semel;an/a da matria e mesmos motivos da causa de pedir- outra norma poderia ser considerada inconstitucional pelos mesmos motivos de outra #H declarada inconstitucional & % inconstitucionalidade por arrastamento- at ;o#e- s. ocorreu dentro de uma mesma lei Eunca envolveu outra lei- o ?ue n"o poderia ser (eito Portanto essa teoria da inconstitucionalidade por arrastamento s. se aplicada dentro da mesma lei- e- ainda- envolvendo a mesma matria 2er art 26 da Nei 76J6X77 % decis"o do OKF n"o vincula o le$islador E"o ;H men/"o a e(eito vinculante em rela/"o ao le$islativo Isso si$ni(ica ?ue no dia se$uinte o le$islativo pode editar outra lei de conteDdo id8ntico- o ?ue n"o vedado por lei Art. 12. 0entro do 'ra(o de de( dias a'-s o tr<nsito em ,ul*ado da deciso, o Su'remo @ribunal 7ederal %ar# 'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio da Gustia e do 0i#rio 8%icial da Inio a 'arte dis'ositiva do ac-rdo. Pargrafo nico. A declarao de constitucionalidade ou de incons" titucionalidade, inclusive a inter'retao con%orme a >onstituio e a declarao 'arcial de inconstitucionalidade sem reduo de te&to, t+m e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante em relao aos -r*os do Ooder Gudici#rio e Administrao O)blica %ederal, estadual e munici'al. (;ei F.2MFLFF) 422 T O 4e?uerente deve- ainda- observar se a norma anterior = norma impu$nada tambm padece do mesmo v<cio de inconstitucionalidade- para atacar ambas na mesma a/"o & O autor do pedido de inconstitucionalidade deverH ter o cuidado de veri(icar se a declara/"o de inconstitucionalidade n"o repristinarH outra lei cu#os e(eitos seriam semel;antes = lei impu$nada- sob pena de n"o ser con;ecido o pedido 2er art 11 da Nei 76J6X77 Art. 44. >oncedida a medida cautelar, o Su'remo @ribunal 7ederal %ar# 'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio 8%icial da Inio e do 0i#rio da Gustia da Inio a 'arte dis'ositiva da deciso, no 'ra(o de de( dias, devendo solicitar as in%orma9es autoridade da qual tiver emanado o ato, observando"se, no que couber, o 'rocedimento estabelecido na Seo deste >a'$tulo. P 4 o A medida cautelar, dotada de e%ic#cia contra todos, ser# concedida com e%eito e( nunc, salvo se o @ribunal entender que deva conceder"lhe e%ic#cia retroativa. P 1 o A concesso da medida cautelar torna a'lic#vel a le*islao anterior acaso e&istente, salvo e&'ressa mani%estao em sentido contr#rio. AD8 !BF! M6 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 64L61L1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 6K"65"1661 OO"66637 =N=C@ !8;"616M3"64 OO"66645 EMENTA: " Ao direta de inconstitucionalidade. ;ei 3.357, de 1F.41.FF, do =stado do ?io de Ganeiro. " =mbora o requerente se re%ira a toda a ;ei em causa, e&clui ele e&'ressamente dos ataques relativos inconstitucionalidade %ormal e material os seus arti*os K, M e 7, bem como s- %undamenta a ao quanto aos arti*os 4 e 5 e aos dis'ositivos *ri%ados do Ane&o (@abela), a que eles aludem, constantes dessa mesma ;ei, sem %a(er qualquer ale*ao de inconstitucionalidade no tocante aos arti*os 1, 3 e 2, ra(o 'or que se tem como ob,eto desta ao a'enas os re%eridos arti*os 4 e 5 e os dis'ositivos *ri%ados do Ane&o /A/. " >om relao ao arti*o 5, no se 'ode conhecer da 'resente ao no tocante a ele, 'orque, quer quanto ale*ao de inconstitucionalidade %ormal, quer quanto ale*ao de inconstitucionalidade material, se ,ul*adas 'rocedentes, dessa 'roced+ncia resultaria a restaurao imediata da e%ic#cia da redao ori*in#ria do arti*o F da ;ei 1.MM1, de 17 de de(embro de 4FFM, que estariam eivados dos mesmos v$cios a'ontados como neles incidente a nova redao desse dis'ositivo le*al. " Quanto ao arti*o 4, no t+m relev<ncia ,ur$dica, em e&ame 'ara a concesso de liminar, as ale*a9es de inconstitucionalidade %ormal e material contra ele. " 7inalmente, no tocante aos itens im'u*nados do Ane&o dessa ;ei estadual, no se 'ode conhecer da 'resente ao direta, 'orquanto a eles se a'lica o 'rinc$'io de que no de se conhecer da A0C, se, declarada a inconstitucionalidade %ormal de um dis'ositivo normativo, dessa declarao resultar a restaurao imediata do 'or ele revo*ado, que a'resenta o mesmo v$cio de inconstitucionalidade e que no %oi ob,eto da re%erida ao. Ao direta conhecida em 'arte, e nela inde%erido o 'edido de liminar. 42F 115 @AD85!!BIA @$tulo A0n e =%eito ?e'ristinat-rio (@ranscri9es) Arti*o A0n e =%eito ?e'ristinat-rio (@ranscri9es) A0n 1.14K"O= (Nedida >autelar)o ?=;A@8?: NC. >=;S8 0= N=;;8 EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. >8CS0=?AS]=S S8E?= 8 !A;8? 08 A@8 C>8CS@@I>8CA;. 78?NI;AS]=S @=U?>AS. 8 S@A@IS QIA=S@8CS CA GI?SO?I0DC>A 08 S@7. >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8 0= >8CS@@I>8CA;0A0= = =7=@8 ?=O?S@CA@U?8. A QI=S@T8 08 =7=@8 ?=O?S@CA@U?8 C0=S=GA08. C=>=SS0A0=, =N @A; [OU@=S=, 0= 78?NI;AST8 0= O=008S SI>=SS!8S 0= 0=>;A?AST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= @AC@8 08 0O;8NA AE"?8BA@U?8 QIAC@8 0AS C8?NAS O8? =;= ?=!8BA0AS, 0=S0= QI= @ANEHN =!A0AS 08 !_>8 0A ;=B@N0A0= >8CS@@I>8CA;. AISDC>A 0= NOIBCAST8, C8 >AS8, 08 0O;8NA ;=BS;A@!8 >IGA =7>J>A ?=S@AI?A?"S="A =N 7ICST8 08 =7=@8 ?=O?S@CA@U?8. [OU@=S= 0= C>8BC8S>E;0A0= 0A AST8 0?=@A. O?=>=0=C@=S. AST8 0?=@A CT8 >8C[=>0A. T %ssim- se a declara/"o de inconstitucionalidade repristinar o direito anterior aplicado = espcie- acaso e'istente- e o diploma anterior tambm (or inconstitucional- ambos os diplomas normativos dever"o ser ob#eto da %DI- sob pena de n"o&con;ecimento desta! AD8 !I:G ; A0 # AMA0Z AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. >A?;8S !=;;8S8 Gul*amento: 61L46L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"1F"62"1663 OO"66647 =N=C@ !8;"61414"65 OO" 66721 EMENTA: >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=: =7=@8 ?=O?S@CA@U?8: C8?NA AC@=?8? >8N 8 N=SN8 !_>8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. . " Co caso de ser declarada a inconstitucionalidade da norma ob,eto da causa, ter"se"ia a re'ristinao de 'receito anterior com o mesmo v$cio de inconstitucionalidade. Ceste caso, e no im'u*nada a norma anterior, no de se conhecer da ao direta de inconstitucionalidade. Orecedentes do S@7. . " A0n no conhecida. 4F6 (Continua/"o) Oe o conteDdo da norma atacada tiver sido substancialmente alterado por norma posterior a %DI serH #ul$ada pre#udicada! AD8 BII! ; =7 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a) Nin. >=;S8 0= N=;;8 0G 0A@A"47L65L1661 Gul*amento 44L65L1661 EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. CS@?IN=C@8 0= A7?NAST8 0A SIO?=NA>A 0A 8?0=N >8CS@@I>8CA;. 8 OAO=; 08 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A; >8N8 ;=BS;A08? C=BA@!8. A C8ST8 0= >8CS@@I>8CA;0A0=LC>8CS@@I>8CA;0A0= >8N8 >8C>=@8 0= ?=;AST8. A QI=S@T8 O=?@C=C@= A8 E;8>8 0= >8CS@@I>8CA;0A0=. O8SS]=S 08I@?CJ?AS 0!=?B=C@=S =N @8?C8 08 S=I >8C@=R08. 8 SBC7>A08 08 E;8>8 0= >8CS@@I>8CA;0A0= >8N8 7A@8? 0=@=?NCAC@= 08 >A?J@=? >8CS@@I>8CA;, 8I CT8, 08S A@8S =S@A@AS. C=>=SS0A0= 0A !BDC>A A@IA;, =N S=0= 0= >8C@?8;= AES@?A@8, 08 OA?A0BNA >8CS@@I>8CA; A;=BA0AN=C@= !8;A08. SIO=?!=C=C@= N807>AST8LSIO?=SST8 08 OA?bN=@?8 0= >8C7?8C@8. O?=GI0>A;0A0= 0A AST8 0?=@A. " A revo*ao su'erveniente da norma constitucional, invocada como 'ar<metro de con%ronto, torna 're,udicada a ao direta de inconstitucionalidade, 'orque, em nosso sistema ,ur$dico, o 'rocesso de %iscali(ao normativa abstrata no se revela vi#vel " no 'odendo instaurar" se, nem 'rosse*uir ", quando a %ormulao do ,u$(o de constitucionalidade, sub,acente controvrsia ,ur$dica, de'ender do e&ame de 'aradi*mas hist-ricos, consubstanciados em normas constitucionais que ,# no mais se acham em vi*or. Doutrina. 0recedentes. /=sta >orte, modi%icando orientao anterior, %irmou o entendimento de que, destinando"se a ao direta de inconstitucionalidade a de%esa da ordem constitucional vi*ente, 'erde ela o seu ob,eto quando revo*ada a norma que nela se im'u*na, 'odendo seus e%eitos concretos ser atacados incidenter tantum. 8ra, 'or identidade de ra(o o mesmo ocorre quando a vi*+ncia da lei cessa 'or causas intr$nsecas, o que se veri%ica, como observam =duardo =s'$nola e =duardo =s'$nola 7ilho (hA ;ei de ntroduo ao >-di*o >ivil Erasileiro comentada na ordem dos seus arti*osi, vol. , n. 31, '. 76, ;ivraria =ditora 7reita Eastos, ?io de Ganeiro, 4F53), hquando, 'ela 'r-'ria nature(a da lei, a sua vida se limita a determinado tem'o, ou a certo %im, caso em que tra( ela, em si mesma, um limite de durao, 'ara a sua validadei./ (A0 F53, ?el. Nin. Noreira Alves, 0G 15L44LFK). 4F4 Au)a /* $ 5?75H7/5** Opini"o contrHria! +inistro ,ilmar Ferreira +endes %l$uns precedentes no Oupremo demonstram poss<vel mudan/a na interpreta/"o aA AD8 F!F! W ?evo*ao da lei quando a A0 ,# estava em 'auta. A Ao continuou sendo ,ul*ada. bA AD8 G!CV M6, ?elator(a): Nin. >=^A? O=;IS8, @ribunal Oleno, ,ul*ado em 67L46L166F, 0Ge"113 0!I;B 1M"44"166F OIE;> 17"44"166F =N=C@ !8;"61325" 64 OO"666F3. EMENTA/: 4. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>85 NA<8DADE 5 AD8. 0etio inicial. Emenda antes do (ul$amento do pedido de liminar. Admissibilidade. 3evo$ao da lei ori$inalmente impu$nada. <ei nova que, na pendYncia do processo, reproduziria normas inconstitucionais da lei revo$ada. Aproveitamento das causas de pedir. Economia processual. Em ao direta de inconstitucionalidade, admite5se emenda da petio inicial antes da apreciao do requerimento de liminar, quando ten'a por ob(eto lei revo$adora que reproduz normas ar$uidas de inconstitucionais da lei revo$ada na pendYncia do processo. 1. C>8CS@@I>8CA;0A0=. Ao direta. ;ei n 1.4K5L166F, do =stado do @ocantins. =leio de Bovernador e !ice"Bovernador. [i'-tese de car*os va*os nos dois )ltimos anos de mandato. =leio indireta 'ela Assembleia ;e*islativa. !otao nominal e aberta. >onstitucionalidade a'arente reconhecida. ?e'roduo do dis'osto no art. 24, P 4, da >7. Co obri*atoriedade. =&erc$cio da autonomia do =stado"membro. ;iminar inde%erida. Orecedente. =m sede tutela anteci'ada em ao direta de inconstitucionalidade, a'arenta constitucionalidade a lei estadual que 'rev+ eleio 'ela Assembleia <e$islativa, por votao nominal e aberta, para os car$os de 4overnador e Hice54overnador, va$os nos dois ,ltimos anos do mandato. cA AD8 FFD9, ?elator (a): Nin. B;NA? N=C0=S, @ribunal Oleno, ,ul*ado em 47L63L1644, 0Ge"462 0!I;B 6M"6M"1644 OIE;> 67" 6M"1644. =N=C@ !8;"61K32" 64 OO"6666F. EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ?=S8;IS]=S 0A >bNA?A ;=BS;A@!A 08 0S@?@8 7=0=?A; QI= 0SO]=N S8E?= 8 ?=AGIS@= 0A ?=NIC=?AST8 0= S=IS S=?!08?=S. ?=S=?!A 0= ;=. . O?=;NCA?. ?=!8BAST8 0= A@8S C8?NA@!8S NOIBCA08S AOUS A O?8O8S@I?A 0A AST8 0?=@A. 7?AI0= O?8>=SSIA;. >8C@CI0A0= 08 GI;BAN=C@8. Su'erveni+ncia de ;ei 0istrital que convalidaria as resolu9es atacadas. Sucessivas leis distritais que tentaram revo*ar os atos normativos im'u*nados. Oosterior edio da ;ei 0istrital nA 5.351, de 11 de ,unho de 166F, a qual instituiu novo Olano de >ar*os, >arreira e ?emunerao dos 4F1 servidores e revo*ou tacitamente as ?esolu9es 4F7L63, 164L63, 161L63 e 165L63, 'or ter re*ulado inteiramente a matria 'or elas tratadas, e e&'ressamente as ?esolu9es ns 161L63 e 165L63. 7atos que no caracterizaram o pre(uzo da ao. ]uadro "tico que su$ere a inteno de burlar a (urisdio constitucional da 6orte. 6on"i$urada a "raude processual com a revo$ao dos atos normativos impu$nados na ao direta, o curso procedimental e o (ul$amento "inal da ao no "icam pre(udicados. 0recedente) AD8 nd F.!F!;T+, 3el. Min. 6ezar 0eluso, D2 F.BD.!DDV. 3EM=NE3A>?+ D+/ /E3H8D+3E/ 0LM<86+/. 038N6K08+ DA 3E/E3HA DE <E8. A Emenda 6onstitucional BC;CV, com a alterao "eita no art. F:, [, da 6onstituio, instituiu a reserva le$al para a "i%ao da remunerao dos servidores p,blicos. E%i$e5se, portanto, lei "ormal e espec"ica. A 6asa <e$islativa "ica apenas com a iniciativa de lei. 0recedentes) AD85M6 F.F9C;D7, 3elator Min. 6arlos Helloso, D2 D!.D!.DI* AD85M6 !.D:I, 3el. Min. 6elso de Mello, D2 !:.D9.!DDF. As resoluWes da 6.mara Distrital no constituem lei em sentido "ormal, de modo que vo de encontro ao disposto no te%to constitucional, padecendo, pois, de patente inconstitucionalidade, por violao aos arti$os F:, [* IB, 8H* e I!, [888, da 6onstituio 7ederal. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= GI;BA0A O?8>=0=C@= E"o cabe impu$na/"o $enrica! AD8 B:DV ; MT 5 MAT+ 43+//+ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8 Gul*amento: 17L44L4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 43"63"4FF2 OO"66664 =N=C@ !8;"64F61"64 OO"666M1 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " >AISA 0= O=0? = O=008 " >um're ao Autor da ao 'roceder aborda*em, sob o <n*ulo da causa de 'edir, dos diversos 'receitos atacados, sendo im'r-'rio %a(+"lo de %orma *enrica. A %le&ibilidade ,uris'rudencial de outrora no mais se ,usti%ica, isso diante do elastecimento constitucional do rol dos le*itimados 'ara a re%erida ao. Acolhimento de re'resentao a'resentada 'or terceiro no le*itimado, visando ao a,ui(amento 'elo Orocurador Beral da ?e')blica, h# de %a(er"se de %orma criteriosa. 4F3 Da decis"o ?ue #ul$ar pre#udicada a inicial da %DI- cabe a$ravo- mas o pra>o n"o contado em dobro se o recorrente (or Pessoa @ur<dica de Direito PDblico- ;a#a vista ser processo ob#etivo! Art. 5 A 'etio inicial ine'ta, no %undamentada e a mani%estamente im'rocedente sero liminarmente inde%eridas 'elo relator. Pargrafo nico. >abe a*ravo da deciso que inde%erir a 'etio inicial. (;ei n F.2M2L4FFF) AD8 !BFD A$3 ; /6 5 /ANTA 6ATA38NA AB. ?=B. CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 63L46L1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 45"41"1664 OO"66634 =N=C@ !8;"616K3"63 OO"6652K E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= AGI^A0A O8? B8!=?CA08? 0= =S@A08 " 0=>ST8 QI= CT8 A A0N@=, O8? C>AE_!=; " ?=>I?S8 0= AB?A!8 C@=?O8S@8 O=;8 O?UO?8 =S@A08"N=NE?8 " ;=B@N0A0= ?=>I?SA; 0=SSA O=SS8A O8;_@>A " CAO;>AE;0A0=, A8 O?8>=SS8 0= >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8, 08 A?@. 422 08 >O> " ?=>I?S8 0= AB?A!8 CT8 >8C[=>08. 8 =S@A08"N=NE?8 CT8 O8SSI ;=B@N0A0= OA?A ?=>8??=? =N S=0= 0= >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8. " 8 =stado"membro no dis'9e de le*itimidade 'ara inter'or recurso em sede de controle normativo abstrato, ainda que a ao direta de inconstitucionalidade tenha sido a,ui(ada 'elo res'ectivo Bovernador, a quem assiste a 'rerro*ativa le*al de recorrer contra as decis9es 'ro%eridas 'elo ?elator da causa (;ei n F.2M2LFF, art. 5, 'ar#*ra%o )nico) ou, e&ce'cionalmente, contra aquelas emanadas do 'r-'rio Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal (;ei n F.2M2LFF, art. 1M). CT8 [J O?A^8 ?=>I?SA; =N 08E?8 C8 O?8>=SS8 0= >8C@?8;= >8C>=C@?A08 0= >8CS@@I>8CA;0A0=. " Co se a'lica, ao 'rocesso ob,etivo de controle abstrato de constitucionalidade, a norma inscrita no art. 422 do >O>, cu,a incid+ncia restrin*e"se, unicamente, ao dom$nio dos 'rocessos sub,etivos, que se caracteri(am 'elo %ato de admitirem, em seu <mbito, a discusso de situa9es concretas e individuais. Orecedente. ne&iste, desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a 'ossibilidade de o 'ra(o recursal ser com'utado em dobro, ainda que a 'arte recorrente dis'onha dessa 'rerro*ativa es'ecial nos 'rocessos de $ndole sub,etiva. E"o ;H possibilidade de o re?uerente desistir do pedido liminar eventualmente (ormulado * ADI HL/ *.*./. LE>ITI!ARSO ATI.A 4F5 T Eo Ymbito do DIOK4IKO FADA4%N- para propositura perante o Kribunal de @usti/a em (ace da NAI O4,vEIC%! <E8 NR BB.9C:, de BF;D9;!DDV (0is'9e sobre a or*ani(ao ,udici#ria do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios). Art. 2 (...) P 1 Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade: W o Bovernador do 0istrito 7ederal. W a Nesa da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal. W o Orocurador"Beral de Gustia. ! W a 8rdem dos Advo*ados do Erasil, Seo do 0istrito 7ederal. ! W as entidades sindicais ou de classe, de atuao no 0istrito 7ederal, demonstrando que a 'retenso 'or elas dedu(ida *uarda relao de 'ertin+ncia direta com os seus ob,etivos institucionais. ! W os 'artidos 'ol$ticos com re'resentao na ><mara ;e*islativa. P 3 Oodem 'ro'or a ao declarat-ria de constitucionalidade: W o Bovernador do 0istrito 7ederal. W a Nesa da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal. W o Orocurador"Beral de Gustia. (...) Leg(t(ma#os 0ara 0ro0or ADI no Imb(to #o STF4 em fa"e #a CF :art. *58;: Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declarat-ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) " o Oresidente da ?e')blica. " a Nesa do Senado 7ederal. " a Nesa da ><mara dos 0e'utados. ! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal. ! " o 4overnador de Estado ou do Distrito 7ederal* H8 5 o 0rocurador54eral da 3ep,blica* H88 5 o 6onsel'o 7ederal da +rdem dos Advo$ados do Mrasil* H888 5 partido poltico com representao no 6on$resso Nacional* 8[ 5 con"ederao sindical ou entidade de classe de .mbito nacional. 4FK Con"e(to #e Confe#era%&o S(n#("a)! & Antidade ;<brida- ?ue a$rupa sindicatos e associa/0es representativos de diversas cate$orias- ou ainda ?ue da mesma cate$oria- n"o s"o considerados con(edera/"o sindical AD8 IBB ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. OAI;8 E?8SSA?0 Gul*amento: 64L65L4FF1 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"4K"6K"4FF1 OO"6M724 =N=C@ !8;"64MM4"64 OO" 666KK ?@G !8;"66456"63 OO"667K1 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;e*itimidade " art. 463, :, da >7. 7ederao Cacional do 7isco =stadual. (7=CA7S>8). =ntidade h$brida que a*ru'a sindicatos e associa9es, que con*re*am 'arcela determinada do %uncionalismo ')blico estadual, no constitui entidade sindical. ?equisitos e condi9es 'ara se enquadrar como entidade sindical de *rau su'erior (>a'. , @it. !, >;@). ne&istentes. Ao no conhecida 'or %alta de le*itimidade da autora. Nedida >autelar 're,udicada. Aentral Jnica dos 3rabalhadores %A@3&. 4alta de legitimao ativa. 2endo !ue a autora constitu"da por pessoas $ur"dicas de natureza vria, e !ue representam categorias profissionais diversas, no se en!uadra ela na e(presso b entidade de classe de Bmbito nacional b, a !ue alude o artigo */. da Aonstituio, contrapondo1se 6s confedera#es sindicais, por!uanto no uma entidade !ue congregue os integrantes de uma determinada atividade ou categoria profissional ou econmica, e !ue, portanto, represente, em Bmbito nacional, uma classe. Por outro lado, no a autora b e nem ela pr5pria se en!uadra nesta !ualificao b uma confederao sindical, tipo de associao sindical de grau superior devidamente previsto em lei %A83 artigos R.. e R.R&, o !ual ocupa o cimo da hierar!uia de nossa estrutura sindical e ao !ual ine!uivocamente alude a primeira parte do inciso =c do artigo */. da Aonstituio.E %A9= -,*1HA, :el. Hin. Horeira Alves, 9^ /NQ/+Q/*&. & BCon(edera/"o sindicalC * se entidade ocupar o ultimo n<vel da?uela cate$oria Kem ?ue representar uma cate$oria espec<(ica- n"o pode ser muito $enrica A'! CMK * n"o tem le$itimidade ativa se$undo o OKF * #urisprud8ncia restritiva * clHusula de barreira para n"o admitir %DI de muitas cate$orias T De a"or#o "om o STF4 a C>T :ADI 886; e a UNE :ADI HL6; n&o 0reen"9em a "on#(%&o #e ent(#a#e #e ")asseo & Kambm ocorre assim com a MEAC * Mni"o Eacional dos Astudantes; C,K * Con(edera/"o ,eral dos Krabal;adores Oe representa- tudo n"o ;H representa/"o especiali>ada Fuanto D "om0os(%&o #as ent(#a#es #e ")asse: 4FM & 1V entendimento do OKF! se uma associa/"o ?ue reDne diversas associa/0es n"o ;H le$itimidade (n"o parte le$<tima) A'! associa/"o de associa/"o AD8 BIVD ]+ ; =7 5 =N8?+ 7EDE3A< QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 6KL6ML4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"1K"6K"1664 OO"6666F =N=C@ !8;"61631"61 OO" 661K2 EMENTA: N=00A >AI@=;A? =N AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. AO8S=C@A08?A 0= NABS@?A08S >;ASSS@AS @=NO8?J?8S 0A GIS@SA 08 @?AEA;[8: A?@. M 0A N=00A O?8!SU?A C 4.K13, 0= 12.6K.F7. O?=;NCA?: ;=B@N0A0= A@!A A0 >AISAN 0A ?=QI=?=C@=. 4. A requerente entidade nacional que con*re*a, e&clusivamente, Associa9es ?e*ionais de Gu$(es >lassistas do @rabalho. 1. =ste @ribunal vem entendendo que a chamada /associao de associa9es/ no entidade de classe de <mbito nacional a que se re%ere a se*unda 'arte do inciso : da >onstituio, 'ara o %im de de%la*rar o controle abstrato e concentrado de constitucionalidade das leis, 'orque elas re'resentam 'essoas ,ur$dicas, e no 'essoas %$sicas, eis que somente estas que 'odem re'resentar uma classe. 3. Ao direta no conhecida 'or ile*itimidade ativa ad causam da requerente. & 2V entendimento do OKF! %ssocia/"o de %ssocia/0es- desde ?ue representando a mesma cate$oria- parte le$<tima para a#ui>ar %DI! & %tualmente o OKF admite- desde ?ue este#am representando a mesma cate$oria A'! uma associa/"o nacional dos servidores #udiciHrios n"o seria poss<vel 8n"ormativo F9B @AD85FBIFA Associao de Associa9es: ;e*itimidade 'ara A0 (@ranscri9es) ?=;A@8? OL A>U?0T8: NC. S=OR;!=0A O=?@=C>= Hoto: Oresidente, volta ao Olen#rio um 'roblema cu,a soluo, na ,uris'rud+ncia da >orte, ,amais, 'essoalmente, me convenceu: a que baniu da le*itimao 'ara a ao direta de inconstitucionalidade o que se tem chamado /associao de associa9es/. A meu ver, nada o ,usti%ica. >he*ou" se a %alar que uma /associao de associa9es/ s- 'oderia de%ender os interesses das suas associadas, vale di(er, das associa9es que con*re*a. Nas, data v+nia, o 'aralo*ismo 'atente. A entidade de classe, da classe reunida nas associa9es estaduais que lhe so %iliadas. 8 seu ob,etivo a de%esa da mesma cate*oria social. = o %ato de uma determinada cate*oria se reunir, 'or mimetismo com a or*ani(ao %ederativa do Oa$s, em associa9es corres'ondentes a cada =stado, e essas associa9es se reunirem 'ara, 'or meio de uma entidade nacional, 'erse*uir o mesmo ob,etivo institucional de de%esa de classe, a meu ver, no descaracteri(a a entidade de *rau su'erior como o que ela realmente : uma entidade de classe. Co <mbito sindical, isso indiscut$vel. As entidades le*itimadas ao direta so as con%edera9es, que, 'or de%inio, no t+m como associados 'essoas %$sicas, mas, sim, associa9es delas. Co ve,o, ento, no <mbito das associa9es civis comuns 4F7 no sindicais, como %a(er a distino. Oeo todas as v+nias ao eminente ?elator " ali#s ,# discutimos a res'eito, desde de 'elo menos o caso >I@ e >B@, na A0 174 " 'ara dar 'rovimento ao a*ravo re*imental, a %im de que se 'rocesse a ao direta. o ac-rdo 'endente de 'ublicao Con"e(to #e ent(#a#e #e ")asse #e Imb(to na"(ona)! & 4epresenta/"o em pelo menos 7 estados da (edera/"o- em analo$ia ao ?ue disp0e a le$isla/"o eleitoral (Nei Or$Ynica dos Partidos Pol<ticos) & Partido pol<tico com e'press"o nacional tem ?ue ter representa/"o em pelo menos 7 estados da Federa/"o %ssim (oi ?ue o OKF decidiu em rela/"o =s entidades de classe AD8 FV9 ; /0 5 /?+ 0A=<+ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 65L65L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"12"6M"4FF4 OO"62F65 =N=C@ !8;"64M1M"64 OO" 66652 ?@G !8;"6643M"61 OO"6657F " AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;=B@N0A0= A@!A. =C@0A0= 0= >;ASS= 0= bNE@8 CA>8CA; (A?@. 463, :, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;). CT8 H =C@0A0= 0= >;ASS= 0= bNE@8 CA>8CA;, OA?A 8S =7=@8S 08 C>S8 : 08 A?@. 463 0A >8CS@@IST8, A QI= SU ?=IC= =NO?=SAS S=00AS C8 N=SN8 =S@A08, C=N A QI= >8CB?=BA 8I@?AS 0= AO=CAS QIA@?8 =S@A08S 0A 7=0=?AST8. AST8 CT8 >8C[=>0A, O8? ;=B@N0A0= A@!A /A0 >AISAN/. &3 /8ceo! & IH e'ce/0es nesse entendimento! %ssocia/"o de e'tratores de sal * nacional- mas apenas ;avia representa/"o nos estados ?ue e'traemXprodu>em sal- ?ue s"o menos de 7 Considerando ?ue a entidade n"o possui representa/"o em 7 estados- pelo de a atividade estar restrita a poucos estados- o OKF resolveu (le'ibili>ar a possibilidade AD85M6 !V99 ; 3N 5 38+ 43ANDE D+ N+3TE N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8 CA;0A0= ?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S Gul*amento: 1KL6FL1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oarte(s) ?=Q@=.(S) : ASS8>AST8 E?AS;=?A 08S =:@?A@8?=S = ?=7CA08?=S 0= SA; W AE=?SA; A0!08.(ALS) : =0IA?08 08NCB8S E8@@A;;8 = 8I@?8 (ALS) ?=Q08.(ALS) : ASS=NE;HA ;=BS;A@!A 08 =S@A08 08 ?8 B?AC0= 08 C8?@= EMENTA: Ao 0ireta de nconstitucionalidade a,ui(ada 'ela Associao Erasileira dos =&tratores e ?e%inadores de Sal " AE=?SA; contra a ;ei =stadual n 2.1FF, de 1F de ,aneiro de 1663, do =stado do ?io Brande do Corte, que /dis'9e sobre %ormas de escoamento do sal marinho 'rodu(ido no 4F2 ?io Brande do Corte e d# outras 'rovid+ncias/. 1. ;e*itimidade ativa. 3. na'licabilidade, no caso, do critrio adotado 'ara a de%inio do car#ter nacional dos 'artidos 'ol$ticos (;ei n F.6FM, de 4F.F.4FFK: art. 7), ha,a vista a relev<ncia nacional da atividade dos associados da AE=?SA;, no obstante a 'roduo de sal ocorrer em 'oucas unidades da %ederao. 5. Olausibilidade da ar*uio de inconstitucionalidade. K. >om'et+ncia da Inio 'ara le*islar sobre comrcio (art. 11, !, da >onstituio). Orecedentes: A0 126, ?el. Nin. ?e(ef, 0G de 47.M.F5. A0(N>) 35F, ?el. Nin. Narco Aurlio, 0G de 1M.46.4FF6. e A0 1MKM, ?el. Nin. Naur$cio >orr+a, 0G de 4.2.1663. M. >onveni+ncia da sus'enso do dis'ositivo, ha,a vista a e&'ressiva 'artici'ao do =stado do ?io Brande Corte na 'roduo nacional de sal marinho. 7. >oncesso unilateral de incentivos %iscais. 2. A'arente o%ensa re*ra do art. 4KK, P 1, :, *. F. ;iminar de%erida 'ara sus'ender o art. M, ca'ut e P 5, o art. 7 e o art. F da lei estadual im'u*nada. Part(#o 0o)=t("o! & 1V AEKAEDI+AEKO DO K4I)ME%N! Oe o #ul$amento ainda n"o tivesse sido iniciado- e o partido pol<tico tivesse perdido a representa/"o no Con$resso Eacional- a %DI restaria pre#udicada Oe o #ul$amento #H tivesse se iniciado- a %DI prosse$uiria normalmente- #H ?ue se trata de um processo ob#etivo em ?ue n"o cabe desist8ncia! & G necessHrio um representante- ao menos- no Con$resso Oe o partido politico tin;a representa/"o na ;ora do a#ui>amento- a a/"o prosse$ue mesmo em caso de perda do representante e- assim- a le$itimidade AD8 !!FG A$3 ; 4+ # 4+8Z/ AB.?=B.CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 16L63L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"61"6K"1663 OO"66617 =N=C@ !8;"61462"61 OO" 66111 EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= OA?@08 O8;_@>8 QI=, C8 >I?S8 08 O?8>=SS8, !=N A O=?0=? A ?=O?=S=C@AST8 OA?;AN=C@A? C8 >8CB?=SS8 CA>8CA; " 7A@8 SIO=?!=C=C@= QI= 0=S>A?A>@=?^A A ;=B@N0A0= A@!A 0A AB?=NAST8 OA?@0J?A (>7, A?@. 463, !) " NA@H?A 0= 8?0=N ORE;>A " O8SSE;0A0= 0= ?=>8C[=>N=C@8, e=: 877>8e, O=;8 ?=;A@8? 0A >AISA " AST8 0?=@A O?=GI0>A0A. 4. Orecedentes: AB?A0 nos 1.161, 1.M43, 1.73K e 1.21M. 1. Adotados os res'ectivos %undamentos ne*a"se 'rovimento a este A*ravo. <ei nR C.V9V;CC Art. K Oro'osta a ao direta, no se admitir# desist+ncia. Art. 4M. Oro'osta a ao declarat-ria, no se admitir# desist+ncia. 4FF AD8 !DIG ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8 ?el. Ac-rdo Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 61L65L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"47"46"1663 OO"66643 =N=C@ !8;"61412"64 OO" 666F7 EMENTA: . ;iberdade de associao. 4. ;iberdade ne*ativa de associao: sua e&ist+ncia, nos te&tos constitucionais anteriores, como corol#rio da liberdade 'ositiva de associao e seu alcance e inteli*+ncia, na >onstituio, quando se cuide de entidade destinada a viabili(ar a *esto coletiva de arrecadao e distribuio de direitos autorais e cone&os, cu,a %orma e or*ani(ao se remeteram lei. 1. 0ireitos autorais e cone&os: sistema de *esto coletiva de arrecadao e distribuio 'or meio do =>A0 (; FM46LF2, art. FF), sem o%ensa do art. K, :! e ::, da >onstituio, cu,a a'licao, na es%era dos direitos autorais e cone&os, ho de conciliar"se com o dis'osto no art. K, ::!, b, da 'r-'ria ;ei 7undamental. 3. ;iberdade de associao: *arantia constitucional de duvidosa e&tenso s 'essoas ,ur$dicas. . Ao direta de inconstitucionalidade: no a inviabili(a que lei anterior, 'r"constitucional, se 'udesse atribuir a mesma incom'atibilidade com a >onstituio, se a lei nova, 'arcialmente questionada, e&'ressamente a revo*ou 'or dis'ositivo no im'u*nado. . Ao direta de inconstitucionalidade: le*itimao de 'artido 'ol$tico no a%etada 'ela 'erda su'erveniente de sua re'resentao 'arlamentar, quando ,# iniciado o ,ul*amento. & 2V AEKAEDI+AEKO DO K4I)ME%N! mesmo se o #ul$amento ainda n"o tiver sido iniciado- e o partido pol<tico tiver perdido a representa/"o no Con$resso Eacional- a %DI n"o mais restarH pre#udicada- devendo ser #ul$ada por?ue as condi/0es da a/"o devem ser analisadas no momento da propositura e n"o se admite desist8ncia da %/"o! 8n"ormativo FI9 @AD85!BICA Oerda de ?e'resentao de Oartido e ;e*itimidade 'ara A0. 8 @ribunal, 'or maioria, deu 'rovimento a a*ravo re*imental inter'osto contra deciso do Nin. >arlos !elloso, relator, que, 'or ile*itimidade ativa ad causam, ne*ara se*uimento a ao direta de inconstitucionalidade a,ui(ada 'elo Oartido Social ;iberal " OS; contra as e&'ress9es /con,unta dos Oresidentes da ?e')blica, da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal e/, constantes do art. 7 da =menda >onstitucional 4FLF2, que inclu$ra o inciso :! no art. 52 da >7, dis'ondo sobre a iniciativa le*islativa 'ara a %i&ao do subs$dio dos Ninistros do S@7. Entendeu5se que a a"erio da le$itimidade deve ser "eita no momento da propositura da ao e que a perda superveniente de representao do partido poltico no 6on$resso Nacional no o desquali"ica como le$itimado ativo para a ao direta de inconstitucionalidade. !encidos o Nin. >arlos !elloso, relator, e >elso de Nello, que consideravam que a 'erda da re'resentao im'licava a 'erda da ca'acidade 'ostulat-ria. =m se*uida, declarou"se 're,udicado o 'edido, em %ace do advento da =menda >onstitucional 54L1663, que alterou o inciso :! do art. 52 da >7, na redao que lhe havia sido dada 'ela => 4FLF2. A0 14KF A*?L07, rel. ori*in#rio Nin. >arlos !elloso, rel. 'L ac-rdo Nin. Bilmar Nendes, 41.2.1665.(A0"14KF). 166 Ne"ess(#a#e #e Demonstrar a PERTIN`NCIA TE!]TICA & Ee'o de a(inidade entre os ob#etivos institucionais do autor da a/"o e o conteDdo material da norma impu$nada & G uma constru/"o da #urisprud8ncia do OKF- considerando ?ue os le$itimados s"o muitos em rela/"o a todas as atribui/0es ?ue o OKF possui Por isso o OKF criou essa clHusula de barreira para (rear um $rande numero de %DI a serem propostas 4e?uisito da pertin8ncia temHtica! obr(ga%&o #e a)guns #os )eg(t(ma#os #e #emonstrar Wue a )e( Wue estC sen#o (m0ugna#a at(nge #(retamente seus (nteresses. T Possuem Pertin8ncia KemHtica %bsoluta! 1 Presidente da 4epDblica; 2 +esas do Oenado e da CYmara Federal; 9 Procurador&,eral da 4epDblica; P Consel;o Federal da O%); Q Partido Pol<tico com representa/"o no Con$resso Eacional; T Precisam demonstrar a Pertin8ncia KemHtica! 1 +esa da %ssembleia Ne$islativa; 2 ,overnador do Astado; 9 Con(edera/"o Oindical; P Antidade de classe de Ymbito nacional & Os demais possuem le$itima/"o universal * presun/"o de ?ue atuam do ponto de vista nacional Impedir in$er8ncias politicas e partidHrias no a#ui>amento da %DI Provar ne'o entre atividade ?ue e'ercem e a %DI AD8 BID: M65A$3 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ AB.?=B.CA N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8"CA;0A0= ?elator(a): Nin. >A?;8S !=;;8S8 Gul*amento: 63L61L4FF7 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"6M"6M"4FF7 OO"15273 =N=C@ !8;"64271"61 OO" 661FF EMENTA: " >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I" >8CA;0A0=: S=BIN=C@8 C=BA08 O=;8 ?=;A@8?. >8NO=@DC>A 08 ?=;A@8? (?LS@7, art. 14, P 4. ;ei 2.632, de 4.FF6, art. 32): >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=: S=BIN=C@8 C=BA08 O=;8 ?=;A@8?. >8NO=@DC>A 08 ?=;A@8? (?S@7, art. 14, P 4. ;ei 164 2.632, de 4.FF6, art. 32): >8CS@@I>8CA;0A0=. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=: ;=B@N0A0= A@!A: O=?@CDC>A @=NJ@>A. . " @em le*itimidade constitucional a atribuio con%erida ao ?elator 'ara arquivar ou ne*ar se*uimento a 'edido ou recurso intem'estivo, incab$vel ou im'rocedente e, ainda, quando contrariar a ,uris'rud+ncia 'redominante do @ribunal ou %or evidente a sua incom'et+ncia (?LS@7, art. 14, P 4. ;ei 2.632LF6, art. 32), desde que, mediante recurso " a*ravo re*imental, 'or e&em'lo " 'ossam as decis9es ser submetidas ao controle do cole*iado. Orecedentes do S@7. . " A le$itimidade ativa da con"ederao sindical, entidade de classe de .mbito nacional, Mesas das Assembleias <e$islativas e 4overnadores, para a ao direta de inconstitucionalidade, vincula5se ao ob(eto da ao, pelo que deve 'aver pertinYncia da norma impu$nada com os ob(etivos do autor da ao. . " Orecedentes do S@7: A0n 36K"?C (?@G 4K3L512). A0n 4.4K4"NB (/0G/ de 4F.6K.FK). A0n 4.6FM"?S (/;=:" GS@7/, 144LK5). A0n 4.K4F"A;, ,ul*. em 6M.44.FM. A0n 4.5M5"?G, /0G/ de 43.41.FM. !. " nocorr+ncia, no caso, de 'ertin+ncia das normas im'u*nadas com os ob,etivos da entidade de classe autora da ao direta. Ce*ativa de se*uimento da inicial. A*ravo no 'rovido. AD8 !FC9 M6 ; M/ 5 MAT+ 43+//+ D+ /=< N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. =;;=C B?A>= Gul*amento: 1ML6FL1664 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"45"41"1664 OO"66613 =N=C@ !8;"616K3"63 OO" 66M6K EMENTA: 4. A0C. ;e*itimidade ativa de Bovernador de =stado e 'ertin+ncia tem#tica. Oresente a necessidade de de%esa de interesses do =stado, ante a 'ers'ectiva de que a lei im'u*nada venha a im'ortar em %echamento de um mercado consumidor de 'rodutos %abricados em seu territ-rio, com 're,u$(o *erao de em're*os, ao desenvolvimento da economia local e arrecadao tribut#ria estadual, reconhece"se a le*itimidade ativa do Bovernador do =stado 'ara 'ro'ositura de A0n. Oosio mais abran*ente mani%estada 'elo Nin. Se')lveda Oertence. AD8 BBIB M6 ; M4 5 M8NA/ 4E3A8/ N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= ?el. Ac-rdo Nin. NA?>8 AI?H;8 Gul*amento: 44L44L4FF5 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"4F"6K"4FFK OO"43FF1 =N=C@ !8;"64727"61 OO" 6635F AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " ;=B@NAST8 " >8C7=0=?AST8 SC0>A; " O=?@C=C>A @=NA@>A. NA A>?+ A2=8NADA 0+3 ENT8DADE /8ND86A<, 0E3]=83E5/E A <E48T8MA>?+ 6+N/8DE3ADA A 0E3T8NEN68ATEMAT86A, += /E2A, + E<+ ENT3E +/ +M2ET8H+/ /+68A8/ DA 161 6+N7EDE3A>?+ E + A<6AN6E DA N+3MA ]=E /E 03ETENDA HE3 7=<M8NADA. 8/T+ N?+ +6+33E ]=AND+ ATA6AD+ 03E6E8T+ A<=/8H+ A AN8/T8A E A 3EM8//A+, H8/AND+5/E A 03E/E3HA>?+ D+ E3A38+ " A?@B8 5. 0A ;= C. 44.K62, 0= 12 0= GIC[8 0= 4FF5, 08 =S@A08 NCAS B=?AS. O A(;C@S C@3;A/ ! & .micus curiae * amici curiae (plural)! observador pol<tico & Peter I^berle * le$itima/"o democrHtica dos interpretes da CF & Como todo mundo le$itimado para interpretar a CF * serve para ampliar essa le$itima/"o para postular %DI & Our$e nos AM% & Considerou amicus curiae ?ual?uer pessoa ?ue entre$asse memorial ?ue (osse encamin;ado a ministro Eo )rasil n"o e'iste esse precedente- isso n"o possibilita- por e'emplo- ?ue a pessoa (ale em audi8ncia pDblica! Kamares +edina de(ende essa possibilidade no )rasil & 2er os arts 5V (outros .r$"os ou entidades somente) e JV da Nei 76J6X77 <ei nR C.V9V;CC) Art. 7 Co se admitir# interveno de terceiros no 'rocesso de ao direta de inconstitucionalidade. P 4 (!=@A08) P 1 8 relator, considerando a relev<ncia da matria e a re'resentatividade dos 'ostulantes, 'oder#, 'or des'acho irrecorr$vel, admitir, observado o 'ra(o %i&ado no 'ar#*ra%o anterior, a mani%estao de outros -r*os ou entidades. Art. M A'reciado o 'edido de liminar, o relator solicitar# as in%orma9es s autoridades res'ons#veis 'ela 'r#tica do ato questionado, no 'ra(o de de( dias. P 4 Se entender necess#rio, 'oder# o relator ouvir as 'artes nos 'rocessos que ense,aram a ar*uio, requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito ou comisso de 'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou ainda, %i&ar data 'ara declara9es, em audi+ncia ')blica, de 'essoas com e&'eri+ncia e autoridade na matria. P 1 Oodero ser autori(adas, a critrio do relator, sustentao oral e ,untada de memoriais, 'or requerimento dos interessados no 'rocesso. AD8 !F!B M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 1KL46L1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 46"6M"166K OO"66665 =N=C@ !8;"614FK"4 OO"6665M 163 E M E N T A: (...). O?8>=SS8 8EG=@!8 0= >8C@?8;= C8?NA" @!8 AES@?A@8 " O8SSE;0A0= 0= C@=?!=CST8 08 /AN>IS >I?A=/: IN 7A@8? 0= O;I?A;^AST8 = 0= ;=B@NAST8 08 0=EA@= >8CS@@I>8CA;. " 8 ordenamento 'ositivo brasileiro 'rocessuali(ou, na re*ra inscrita no art. 7, P 1, da ;ei n F.2M2LFF, a %i*ura do /amicus curiae/, 'ermitindo, em conseqZ+ncia, que terceiros, desde que investidos de re'resentatividade adequada, se,am admitidos na relao 'rocessual, 'ara e%eito de mani%estao sobre a questo de direito sub,acente 'r-'ria controvrsia constitucional. A interveno do /amicus curiae/, 'ara le*itimar"se, deve a'oiar"se em ra(9es que tornem dese,#vel e )til a sua atuao 'rocessual na causa, em ordem a 'ro'orcionar meios que viabili(em uma adequada resoluo do lit$*io constitucional. " A ideia nuclear que anima os prop1sitos teleol1$icos que motivaram a "ormulao da norma le$al em causa, viabilizadora da interveno do Xamicus curiaeX no processo de "iscalizao normativa abstrata, tem por ob(etivo essencial pluralizar o debate constitucional, permitindo, desse modo, que o /upremo Tribunal 7ederal ven'a a dispor de todos os elementos in"ormativos possveis e necessrios & resoluo da controv-rsia, visando5se, ainda, com tal abertura procedimental, superar a $rave questo pertinente & le$itimidade democrtica das decisWes emanadas desta /uprema 6orte, quando no desempen'o de seu e%traordinrio poder de e"etuar, em abstrato, o controle concentrado de constitucionalidade. (...) & Am nen;um local estH e'plicito ?ue uma pessoa (<sica possa ser amicus curiae & Eo )rasil a (i$ura do amicus curiae estH desvirtuada de sua (un/"o %?ui n"o se apresenta elementos & % (un/"o verdadeiramente tra>er novos elementos alm da?ueles levantados pelo autor da inicial & Eos AM%! percebe ?ue esse caso n"o serH novamente debatido e ;H interesse da pessoa em ?ue o tema se#a discutido de determinado modo & AM%! Nei ?ue limitava car$a ;oraria trabal;o Poderia ;aver] Inicialmente n"o (oi admitido- mas o amicus curiae trou'e o ponto de vista da saDde da mul;er & Kra> outras perspectivas Alementos n"o #ur<dicos E"o dei'ar ?ue determinados pontos (ossem analisados- isso torna muito inse$uro- pode perceber ?ue dei'ou de analisar por um en(o?ue e pouco depois mudar de posicionamento PNM4%NID%DA E% %4,M+AEK%urO O .micus 1uriae e a possibilidade de Oustenta/"o Oral ! & 1Q minutos para (alar! presidente- autor- ru * ap.s amicus curiae (ala %rt 191- _9V- re$imento interno do OKF Oustenta/"o oral para ami$o da corte * art 192 * parte (alarH pelo tempo mH'imo de 1Q minutos- divide os minutos entre os amicus curiae- ?ue serH de 9U minutos por ter pra>o em dobro 8n"ormativo FGC @\65VFD!DA @$tulo: A0 e Amicus >uriae (@ranscri9es) Arti*o 165 (v. n%ormativo 331) A0 1777 Q8LSOo ?=;. OL 8 A>U?0T8: NCS@?8 S=OR;!=0A O=?@=C>= !oto: Sr. Oresidente, che*uei a sustentar, na questo de ordem na Oetio 1.113, que a lei no admitia a sustentao oral dos amici curiae. 7undei"me, 'ara isso, numa inter'retao do art. 7 da ;ei n F.2M2, em combinao, ali#s, com um 'ar#*ra%o anterior vetado, que %ora, de certo modo, at uma su*esto minha, na discusso da A0> 4, de um 'rocedimento"edital 'elo qual se desse ci+ncia aos le*itimados do in*resso de uma ao direta de inconstitucionalidade, ou de uma ao declarat-ria de constitucionalidade, 'ara que 'udessem eles intervir no 'rocesso e, eventualmente, 'ro'or uma ao em sentido contr#rio. =sse 'ar#*ra%o %oi vetado (um dia vou contar, nas mem-rias, que es'ero no escrever, 'or in%lu+ncia de quem). Nas o certo que nele se 'revia que, naquele 'ra(o, que o ?elator admitiria a mani%estao do amicus curiae. =nquanto corria o 'ra(o do edital 'ara que os outros le*itimados viessem ao 'rocesso, o ?elator 'oderia, alm deles, que teriam o in*resso asse*urado, admitir os outros, como amici curiae. [o,e me conveno que a questo, a ri*or, no le*al. menor, re*imental. Easta ler a ;. F.2M2. =la, im'ondo uma virada na orientao re*imental anterior, 'reviu, como direito do requerente e do requerido, a sustentao oral no ,ul*amento cautelar, mas no se 'reviu no ,ul*amento de mrito. =nto, se redu($ssemos o 'roblema da sustentao oral ao 'lano da inter'retao literal, che*ar$amos soluo 'arado&al de que, mesmo as 'artes %ormais, nesse 'rocesso sui *eneris de controle abstrato, s- 'oderiam %alar no ,ul*amento liminar, no no de%initivo. 8 que mostra, ri*orosamente, que a lei 'ode im'or sustenta9es orais em determinados momentos que considere essenciais. Nas, dei&a sem're em aberto o que no re*ulou, 'ara que o @ribunal a admita, ou no, em outras %ases. >omovido sinceramente 'elos valores que os Ninistros >elso de Nello, >arlos Eritto e Bilmar Nendes realaram ho,e nessa questo, a'arentemente menor tenho, 'orm " talve( 'ela res'onsabilidade de estar sentado a*ora nesta cadeira de decano, tenho de recordar, tambm " como o %aria o meu insi*ne antecessor nela " uma outra res'onsabilidade do @ribunal: a res'onsabilidade com a sua sobreviv+ncia, sua viabilidade e sua %uncionalidade. 6om as mani"estaWes 'avidas, vou admitir, 'o(e, a sustentao requerida para provocar o Tribunal. Mas entendo ur$ente, que, mediante norma re$imental, ven'amos a encontrar uma "1rmula que, sem comprometer a viabilidade do "uncionamento do Tribunal 5 nesta, que - a sua "uno mais nobre) o (ul$amento dos processos ob(etivos do controle de constitucionalidade 5, possamos, ouvir, o que me parece e%tremamente relevante, o amicus curiae admitido. Admito, 'o(e, a sustentao oral e insto o Tribunal a que ima$inemos uma "1rmula re$imental que a discipline, em especial, para as 'ip1teses em que se(am muitos os admitidos & discusso da causa. O amicus curiae e a impossibilidade de recurso ! & %micus curiae n"o pode recorrer- n"o pode se insur$ir contra a decis"o O Dnico recurso a ele cab<vel o de embar$os de declara/"o em rela/"o a %DI e o OKF n"o autori>a ?ue os amici curiae embar$uem a decis"o da %DI G poss<vel embar$os de declara/"o com e(eitos in(rin$entes * o OKF pode modular e(eitos .Amicus 6uriae3G Processo &b#etivo de 6ontrole de 6onstitucionalidade e Fnteresse Aecursal% 16K No so cabveis os recursos interpostos por terceiros estranhos relao processual nos processos objetivos de controle de constitucionalidade, nesses includos os que ingressam no feito na qualidade de amicus curiae. Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, no conheceu de embargos de declarao opostos contra acrdo proferido em ao direta de inconstitucionalidade, em que se apontava contradio entre parte dos fundamentos e a atribuio, sem ressalva, do efeito ex nunc declarao de inconstitucionalidade da norma impugnada. Vencidos os Ministros Carlos Britto e Gilmar Mendes que conheciam dos embargos de declarao, reputando presente o interesse recursal, ante o fato de ter havido sustentao oral do embargante. & %DI 9J1Q ADX P)- rel +in CHrmen NDcia- 1592UU6 @AD85F9BIA AD8 F9BI ED ; 0M # 0A3AKMA =NE.0=>;.CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. >J?N=C ;R>A Gul*amento: 47L63L1662 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. =NEA?B8S 0= 0=>;A?AST8 8O8S@8S O8? AN>IS >I?A=. AISDC>A 0= ;=B@N0A0=. C@=?O?=@AST8 08 P 1 0A ;= C. F.2M2LFF. B. A (urisprudYncia deste /upremo Tribunal - assente quanto ao no5cabimento de recursos interpostos por terceiros estran'os & relao processual nos processos ob(etivos de controle de constitucionalidade. !. E%ceo apenas para impu$nar deciso de no5 admissibilidade de sua interveno nos autos. 3. Orecedentes. 5. =mbar*os de declarao no conhecidos. O .micus 1uriae e o limite temporal para in$resso no processo ! & In$resso de ami$os da corte s. poss<vel at a entrada do processo em pauta & 4ecurso contra decis"o do relator ?ue ne$a a entrada com ami$o da corte W a$ravo re$imental talve> possa ser recurso cab<vel * decis"o de admiss"o ou inadmiss"o como amicus curiae E"o e'iste #urisprud8ncia sobre isso Quarta-feira, 22 de Abril de 2009 Cngresso de amigos da Corte s! poss6vel at entrada do processo em pauta* Por seis votos a trs, o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu na tarde desta quarta-feira (22) que o ingresso de terceiros os chamados amigos da corte (ou amici curiae) , nos processos de controle concentrado de constitucionalidade (AD, ADCs e ADPFs) s deve ser permitido at o momento em que o processo encaminhado pelo relator para incluso na pauta de julgamentos. A deciso foi tomada no julgamento de um recurso (agravo regimental) interposto contra o arquivamento da Ao Direta de nconstitucionalidade (AD) 4071, ajuizada pelo PSDB contra o artigo 56 da Lei 9.430/96. Depois que o relator determinou o arquivamento da ao, trs entidades pediram para ingressar no processo como amigos da Corte. O ministro Carlos Alberto Menezes Direito negou os pedidos, porque foram feitos depois que o processo havia sido apresentado em mesa para julgamento. Os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Marco Aurlio acompanharam o entendimento do relator, no sentido de 16M que em processos de controle concentrado de constitucionalidade, depois que concluda a instruo, ouvida a Procuradoria Geral da Repblica e encerrada a participao do relator, com o encaminhamento do processo para ser includo em pauta, no cabe mais a entrada de terceiros na matria. "Se o interessado pode fazer antes (o pedido de ingresso), porque faz de ltima hora?", questionou o ministro Cezar Peluso, ressaltando que esse comportamento faz parte da cultura do brasileiro. >iverg"ncia Os ministros Carlos Ayres Britto, Celso de Mello e Gilmar Mendes discordaram desse entendimento. Para esses ministros, a participao de terceiros no processo, solicitado a qualquer instante, um fator que legitima ainda mais as decises do STF. Para Celso de Mello, "essa interveno pluraliza o debate constitucional, com fundamentos e razes que podem muito bem orientar a Corte no desempenho de sua funo constitucional. Mesmo concordando com a relevncia da participao dos amigos da Corte, os ministros que formaram a maioria pelo indeferimento dos pedidos frisaram que a regra processual (que permite o ingresso de terceiros) tem que ter alguma limitao. Se no houver regra, pontuou o ministro Menezes Direito, o amicus curiae vai acabar se tornando o regente do processo, quando na verdade sua funo ajudar na instruo do processo. "No momento em que o julgador libera para pauta, encerra seu ofcio. No pode haver mais qualquer interveno, salientou o ministro. No mrito, o Plenrio desproveu o agravo, seguindo o voto do relator, que baseou sua deciso individual em dois precedentes da Corte, ambos de relatoria do ministro Gilmar Mendes, que reconheceu a constitucionalidade da norma questionada pelo PSDB. AD8 GD:B A$3 ?elator(a): Nin. N=C=^=S 0?=@8 Gul*amento: 11L65L166F Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 4ML46L166F EMENTA: A*ravo re*imental. Ao direta de inconstitucionalidade mani%estamente im'rocedente. nde%erimento da 'etio inicial 'elo ?elator. Art. 5 da ;ei n F.2M2LFF. 4. H mani%estamente im'rocedente a ao direta de inconstitucionalidade que verse sobre norma (art. KM da ;ei n F.536LFM) cu(a constitucionalidade "oi e%pressamente declarada pelo 0lenrio do /upremo Tribunal 7ederal, mesmo que em recurso e%traordinrio. 1. A'licao do art. 5 da ;ei n F.2M2LFF, se*undo o qual /a 'etio inicial ine'ta, no %undamentada e a mani%estamente im'rocedente sero liminarmente inde%eridas 'elo relator/. 3. A alterao da ,uris'rud+ncia 'ressu'9e a ocorr+ncia de si*ni%icativas modi%ica9es de ordem ,ur$dica, social ou econVmica, ou, quando muito, a su'erveni+ncia de ar*umentos nitidamente mais relevantes do que aqueles antes 'revalecentes, o que no se veri%ica no caso. 5. + amicus curiae somente pode demandar a sua interveno at- a data em que o 3elator liberar o processo para pauta. K. A*ravo re*imental a que se ne*a 'rovimento a 3E48MENT+ 8NTE3N+ D+ /T7) 167 Art. 434. Cos ,ul*amentos, o Oresidente do Olen#rio ou da @urma, %eito o relat-rio, dar# a 'alavra, sucessivamente, ao autor, recorrente, 'eticion#rio ou im'etrante, e ao ru, recorrido ou im'etrado, 'ara sustentao oral. (...) P 3q Admitida a interveno de terceiros no 'rocesso de controle concentrado de constitucionalidade, %ica"lhes %acultado 'rodu(ir sustentao oral, a'licando"se, quando %or o caso, a re*ra do P 1A do arti*o 431 deste ?e*imento. q Atuali(ado com a introduo da =menda ?e*imental n. 4KL65. Art. 431. >ada uma das 'artes %alar# 'elo tem'o m#&imo de 4K minutos, e&cetuada a ao 'enal ori*in#ria, na qual o 'ra(o ser# de uma hora, 'rorro*#vel 'elo Oresidente. (...) P 1A Se houver litisconsortes no re'resentados 'elo mesmo advo*ado, o 'ra(o, que se contar# em dobro, ser# dividido i*ualmente entre os do mesmo *ru'o, se diversamente entre eles no se convencionar. m + conceito de A!ic%s C%ri$e : Um dos casos mais paradigmticos em tema de limitao de poder de polcia radica em 1908 quando se julgou o caso Muller v. Oregon. O estado de Oregon promulgou lei que proibia mulheres de trabalharem mais de dez horas por dia. Previu-se que o responsvel pelo emprego de mulheres, na condio proibida por lei, ensejava tipificao penal. Muller era um supervisor de uma empresa de lavagem de roupas, e que foi processado e condenado, por ter empregado mulheres que trabalhavam mais de dez horas por dia. Em seguida a condenao, Muller apelou para a Suprema Corte do estado de Oregon, alegando que a restrio mitigava e menosprezava a liberdade de contrato, questo central no capitalismo norte-americano. Manteve-se a deciso originria e Muller levou a questo para a Suprema Corte norte-americana. Muller perdeu. Estava em jogo suposta antinomia entre lei do estado de Oregon que restringia horas de trabalho e a 14 emenda constituio norte-americana. A Suprema Corte determinou que no h liberdade absoluta de se formularem contratos, especialmente em mbito de direito do trabalho. Embora apenas circunstncias excepcionais justificassem a interferncia do Estado. E tais circunstncias eram evidenciadas no caso, dado que inerente seria a diferena entre os sexos. Havia interesse na proteo das mulheres. Na viso da Suprema Corte, estrutura fsica e maternidade justificavam que a lei protegesse as mulheres, o que no ocorreria em relao aos homens. Conseqentemente, os limites que a lei previa para o trabalho de mulheres, restringindo-se amplitude de contratos, beneficiavam as mulheres em particular e a sociedade em geral (cf. WOLOCH, 1996). O processo marcou o incio do uso de um tipo de petio, o Brandeis Brief, por meio da qual o advogado invoca questes sociais e econmicas, em desfavor da literalidade da lei. O advogado Louis Brandeis, que posteriormente serviu como juiz na Suprema Corte norte-americana, quem deu incio a esse modelo de documento jurdico. & %micus curiae * depende do relator Kem ministros ?ue consideram ?ue servem para plurali>ar a discuss"o 162 AD8 FGVG ; 3N 5 38+ 43ANDE D+ N+3TE AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator Ninistro Bilmar Nendes ?essalto que com'ete ao ?elator, 'or meio de des'acho irrecorr$vel, acolher ou no 'edido de interessados 'ara que atuem na situao de amici curiae, hi'-tese diversa da %i*ura 'rocessual da interveno de terceiros. =sclareo que, em 'rinc$'io, a eventual mani%estao deveria ocorrer no 'ra(o das in%orma9es (arts. M e 7, P 1, da ;ei no F.2M2L4FFF). =m recente ,ul*amento, 'orm, o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria, resolveu questo de ordem no ,ul*amento das A0nes nos 1.M7K"O= (?el. Nin. >arlos !elloso) e 1.777"SO (?el. Nin. >e(ar Oeluso), ambas ,ul*adas em 17.44.1663, 'ara reconhecer, e&ce'cionalmente, a 'ossibilidade de reali(ao de sustentao oral 'or terceiros, admitidos no 'rocesso de %iscali(ao abstrata de normas, sob a condio de amicus curiae. =ssa nova orientao, a'esar de ter contrariado os 'recedentes e&istentes rA0n (N>) no 1.314"07, ?el. Nin. >elso de Nello, 0G de 34.46.1666. A0n (N>) no 1.436"S>, ?el. Nin. >elso de Nello, 0G de 61.61.1664. A0n (Q8) no 1.113"07, ?el. Nin. Narco Aurlio, 0G de 1M.46.1664s, *arante a 'ossibilidade de que o 'rocedimento de instruo da ao direta de inconstitucionalidade se,a subsidiado 'or novos ar*umentos e di%erentes alternativas de inter'retao da >onstituio. =sse 'arece ser, 'elo menos, o es'$rito da norma constante da 'arte %inal do art. 7, P 1 da ;ei no F.2M2L4FFF. T verdade que essa disposio remete ao par$ra"o anterior 5 S BR 5, que restou vetado pelo 0residente da 3ep,blica @+ S BR do art. :o da <ei no C.V9V;BCCC dispun'a que) X+s demais titulares re"eridos no art. !d podero mani"estar5se, por escrito, sobre o ob(eto da ao e pedir a (untada de documentos reputados ,teis para o e%ame da mat-ria, no prazo das in"ormaWes, bem como apresentar memoriais.XA Assim, em princpio, a mani"estao dos amici curiae 'averia de se "azer no prazo das in"ormaWes. No entanto, especialmente diante da relev.ncia do caso ou, ainda, em "ace da not1ria contribuio que a mani"estao possa trazer para o (ul$amento da causa, - possvel co$itar de 'ip1teses de admisso de amicus curiae, ainda que "ora desse prazo. Cecess#rio ressaltar, contudo, que essa 'ossibilidade no un<nime na ,uris'rud+ncia do S@7. A esse res'eito, vale mencionar a A0n no 1.132"07, ?el. Nin. lmar Balvo. Cesse caso, o relator considerou ser im'oss$vel a admisso de amicus curiae quando o ,ul*amento do %eito ,# estiver em andamento, 'or considerar tal mani%estao destinada, unicamente, a instruir a A0n. Ca A0n no 1.MF6"?C (?el. Nin. Bilmar Nendes), o ?elator, considerando a converso da ao 'ara o rito do art. 41 da ;ei no F.2M2LFF, admitiu a 'artici'ao do 0istrito 7ederal, dos =stados de Boi#s, de Oernambuco, do ?io de Ganeiro, da Associao Erasileira de ;oterias =staduais (AE;=) e, ainda, determinou uma nova audi+ncia da Orocuradoria Beral da ?e')blica. =ssa construo ,uris'rudencial su*ere a adoo de um modelo 'rocedimental que o%erea alternativas e condi9es 'ara 'ermitir, de modo cada ve( mais intenso, a inter%er+ncia de uma 'luralidade de su,eitos, ar*umentos e vis9es no 'rocesso constitucional. =ssa nova realidade 'ressu'9e, alm de am'lo acesso e 'artici'ao de su,eitos interessados no sistema de controle de constitucionalidade de normas, a 'ossibilidade e%etiva de o @ribunal >onstitucional contem'lar as diversas 'ers'ectivas na a'reciao da le*itimidade de um determinado ato questionado. +bserva5se tamb-m que a constatao de que, no processo de controle de constitucionalidade, se "az, necessria e inevitavelmente, a veri"icao de 16F "atos e pro$noses le$islativos, su$ere a necessidade de adoo de um modelo procedimental que outor$ue ao Tribunal as condiWes necessrias para proceder a essa a"erio. Esse modelo pressupWe no s1 a possibilidade de o Tribunal se valer de todos os elementos t-cnicos disponveis para a apreciao da le$itimidade do ato questionado, mas tamb-m um amplo direito de participao por parte de terceiros @desAinteressados. + c'amado XMrandeis5Mrie"X 5 memorial utilizado pelo advo$ado <ouis D. Mrandeis, no Xcase M^ller versus +re$onX @BCDVA, contendo duas p$inas dedicadas &s questWes (urdicas e outras BBD voltadas para os e"eitos da lon$a durao do trabal'o sobre a situao da mul'er 5 permitiu que se desmisti"icasse a concepo dominante, se$undo a qual a questo constitucional con"i$urava simples Xquesto (urdicaX de a"erio de le$itimidade da lei em "ace da 6onstituio. @6"., a prop1sito, \A<<, bermit <. @or$anizadorA, T'e +%"ord 6ompanion to t'e /upreme 6ourt o" =nited /tates, +%"ord, Nej korl, BCC!, p. VIA. [o,e no h# como ne*ar a /comunicao entre norma e %ato/ (nommunifation (cischen Corm und Sachverhalt), que, como ressaltado, constitui condio da 'r-'ria inter'retao constitucional. H que o 'rocesso de conhecimento aqui envolve a investi*ao inte*rada de elementos %#ticos e ,ur$dicos. (>%., NA?=C[8;^, =rnst Bott%ried, !er%assun*sinter'retation aus 'raftischer Sicht, in: !er%assun*srecht (cischen kissenscha%t und ?ichterfunst, [omena*em aos 76 anos de nonrad [esse, [eidelber*, 4FF6, '. K3 (K5)). Cesse sentido, a 'r#tica americana do amicus curiae brie% 'ermite >orte Su'rema converter o 'rocesso a'arentemente sub,etivo de controle de constitucionalidade em um 'rocesso verdadeiramente ob,etivo (no sentido de um 'rocesso que interessa a todos) ", no qual se asse*ura a 'artici'ao das mais diversas 'essoas e entidades. A 'ro'-sito, re%erindo"se ao caso kebster versus ?e'roductive [ealth Services (....), que 'oderia ense,ar uma reviso do entendimento estabelecido em ?oe versus kade (4F73), sobre a 'ossibilidade de reali(ao de aborto, a%irma 0corfin que a >orte Su'rema recebeu, alm do memorial a'resentado 'elo Boverno, 77 outros memoriais (brie%s) sobre os mais variados as'ectos da controvrsia " 'ossivelmente o n)mero mais e&'ressivo ,# re*istrado " 'or 'arte de 1K senadores, de 44K de'utados %ederais, da Associao Americana de Ndicos e de outros *ru'os mdicos, de 124 historiadores, de 22K 'ro%essores de 0ireito e de um *rande *ru'o de or*ani(a9es contra o aborto (c%. 0k8?nC, ?onald. 7reedomes ;ac. >ambrid*e" Nassachussetts. 1.l ed., 4FFM, '. 5K). =vidente, assim, que essa %-rmula 'rocedimental constitui um e&celente instrumento de in%ormao 'ara a >orte Su'rema. Co h# d)vida, outrossim, de que a 'artici'ao de di%erentes *ru'os em 'rocessos ,udiciais de *rande si*ni%icado 'ara toda a sociedade cum're uma %uno de inte*rao e&tremamente relevante no =stado de 0ireito. A prop1sito, 0eter \mberle de"ende a necessidade de que os instrumentos de in"ormao dos (uzes constitucionais se(am ampliados, especialmente no que se re"ere &s audiYncias p,blicas e &s XintervenWes de eventuais interessadosX, asse$urando5se novas "ormas de participao das potYncias p,blicas pluralistas enquanto int-rpretes em sentido amplo da 6onstituio (c%. [tberle, Oeter. [ermen+utica >onstitucional. A Sociedade Aberta dos ntr'retes da >onstituio: contribuio 'ara a nter'retao Oluralista e /Orocedimental/ da >onstituio. @raduo de Bilmar 7erreira Nendes. Oorto Ale*re, 4FF7, '. 57"52). Ao ter acesso a essa 'luralidade de vis9es em 'ermanente di#lo*o, este Su'remo @ribunal 7ederal 'assa a contar com os bene%$cios decorrentes dos subs$dios tcnicos, im'lica9es 'ol$tico",ur$dicas e elementos de re'ercusso econVmica que 'ossam vir a ser a'resentados 'elos /ami*os da >orte/. =ssa inovao institucional, alm de contribuir 'ara a qualidade da 'restao ,urisdicional, *arante novas 'ossibilidades de le*itimao dos 146 ,ul*amentos do @ribunal no <mbito de sua tare%a 'rec$'ua de *uarda da >onstituio. H certo, tambm, que, ao cum'rir as %un9es de >orte >onstitucional, o @ribunal no 'ode dei&ar de e&ercer a sua com'et+ncia, es'ecialmente no que se re%ere de%esa dos direitos %undamentais em %ace de uma deciso le*islativa, sob a ale*ao de que no dis'9e dos mecanismos 'robat-rios adequados 'ara e&aminar a matria. =ntendo, 'ortanto, que a admisso de amicus curiae con%ere ao 'rocesso um colorido di%erenciado, em'restando"lhe car#ter 'luralista e aberto, %undamental 'ara o reconhecimento de direitos e a reali(ao de *arantias constitucionais em um =stado 0emocr#tico de 0ireito. AD8 FG:G ; MA # MA\8A AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a) Nin. >=^A? O=;IS8 DE68/?+: 4. A Associao dos Auditores dos @ribunais de >ontas do =stado e dos Nunic$'ios da Eahia (ASSAI0"EA) requer admisso no 'rocesso, na condio de amicus curiae (%ls. 321L323). Oara tanto, adu( ser entidade re'resentativa dos interesses dos auditores e auditores substitutos dos @ribunais de >ontas do =stado e dos Nunic$'ios da Eahia, -r*os de onde emanaram as normas im'u*nadas na ao. 1. A interveno deve autori(ada. >on%orme se e&trai do estatuto da requerente, constitui ela associao destinada a /con*re*ar os auditores e auditores substitutos de conselheiros, dos @ribunais de >ontas do =stado e dos Nunic$'ios da Eahia e de%ender os interesses, a soluo de 'roblemas comuns, relacionados com o livre e&erc$cio de suas com'et+ncias, direitos e 'rerro*ativas constitucionais de seus membros ,unto a qualquer entidade, 'oder ou es%era de *overno, a o'inio ')blica e a sociedade/ (%ls. 32K). @em 'or %inalidade, ainda, /'u*nar, ,unto a -r*os e 'oderes ')blicos, 'ela de%esa de direitos e interesses dos associados/ (%ls. 32M). !+"se, 'ois, que ostenta adequada re'resentatividade (adequaca o% re'resentation) dos interesses envolvidos na causa, con%orme e&i*ido 'elo art. 7, P 1, da ;ei n F.2M2, de 46.44.4FFF, como requisito de viabilidade da interveno a t$tulo de amicus curiae. A%inal, a requerente a entidade re'resentativa dos membros dos @ribunais de >ontas do =stado e dos Nunic$'ios da Eahia, -r*os dos quais se ori*inaram os atos normativos questionados na ao direta de inconstitucionalidade. H verdade que a mani%estao da interveniente veio aos autos a'-s o decurso do 'ra(o destinado colheita das in%orma9es. = conhece"se a inter'retao se*undo a qual o termo %inal das in%orma9es seria o )nico reservado interveno do amicus curiae, a des'eito do veto im'osto ao P 4 do art. 7 da ;ei n F.2M2, de 4FFF, no qual estava 'revisto aquele 'ra(o (c%. A0 n 4.465, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S, 0G de 61.46.1661). =u 'r-'rio ,# o sustentei alhures. Nas ,# no me 'arece deva ser esse o resultado da inter'retao sistem#tica e teleol-*ica da modalidade interventiva de que se cuida. A admisso le*al da %i*ura do amicus curiae, tradicional no sistema da common lac, constitui evidente mani%estao do im'acto que o ,ul*amento de ao de controle concentrado de constitucionalidade 'rodu( sobre a ordem ,ur$dico"social. >om 'rev+"la, abre"se um canal valioso 'ara a 'artici'ao de membros do cor'o social interessados no 'rocesso de tomada de deciso da >orte, em re%oro da le*itimidade e do car#ter 'lural e democr#tico da atividade e&ercida 'elo ,ul*ador. >omo ,# bem se asseverou: /A admisso de terceiro, na condio de amicus curiae, no 'rocesso ob,etivo de controle normativo abstrato, quali%ica"se como %ator de le*itimao social das decis9es da Su'rema >orte, 144 enquanto @ribunal >onstitucional, 'ois viabili(a, em obsquio ao 'ostulado democr#tico, a abertura do 'rocesso de %iscali(ao concentrada de constitucionalidade, em ordem a 'ermitir que nele se reali(e, sem're sob uma 'ers'ectiva eminentemente 'lural$stica, a 'ossibilidade de 'artici'ao %ormal de entidades e de institui9es que e%etivamente re'resentem os interesses *erais da coletividade ou que e&'ressem os valores essenciais e relevantes de *ru'os, classes ou estratos sociais. =m suma: a re*ra inscrita no art. 7, P 1, da ;ei n F.2M2LFF " que contm a base normativa le*itimadora da interveno 'rocessual do amicus curiae " tem 'or 'rec$'ua %inalidade 'lurali(ar o debate constitucional/ (A0 n 1.436"N>, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8, 0G de 61.61.1664). Se o dis'ositivo que 'revia 'ra(o 'ara o in*resso do amicus curiae no 'rocesso %oi ob,eto de veto, no descubro %undamento normativo 'ara indu(ir a'licabilidade do que se 'ro,etava como norma, que, vetada sem remdio, no che*ou a inte*rar o ordenamento ,ur$dico 'ositivo, de modo a condicionar a 'ossibilidade da interveno. Co sil+ncio da lei, mais ra(o#vel re'ut#"la admiss$vel, ainda ao de'ois do termo do 'ra(o das in%orma9es, inter'retao que, ,# acolhida neste @ribunal (A0 n 4.465, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S, 0G de 1F.46.1663), encontra su'orte anal-*ico na disci'lina da interveno do assistente (art. K6, P )nico, do >O>). A conseqZ+ncia da interveno tardia do amicus h# de ser a'enas a im'ossibilidade de 'raticar atos 'rocessuais cu,o 'ra(o ,# se tenha e&aurido. =m outras 'alavras, o interveniente recebe o 'rocesso no estado em que o encontre. 3. 0e%iro, 'ortanto, o in*resso da requerente na qualidade de amicus curiae, devendo a Secretaria 'roceder s anota9es 'ertinentes. Autori(o a ASSAI0"EA a sustentar oralmente suas ra(9es con*ruo tem'ore, con%orme decidido na A0 n 1.777"Q8 (?el. Nin. >=^A? O=;IS8, 0G de 4K.41.1663). Oublique"se. nt.. Eras$lia, 43 de outubro de 166K. Ninistro >=^A? O=;IS8 ?elator. A34n8>?+ DE DE/6=M038MENT+ DE 03E6E8T+ 7=NDAMENTA< BV: D8/T38T+ 7EDE3A< H + T + (sL 'edido %ormulado 'ela Associao Erasileira de =studos Sociais do uso de Osicoativos " AE=SIO) + /EN\+3 M8N8/T3+ 6E</+ DE ME<<+ " (?elator): ?e*istro que admiti, %ormalmente, como Xamici curiaeY (%ls. 453 e MMF), a Associao Erasileira de =studos Sociais do Iso de Osicoativos " AE=SIO (%ls. 416L414) e o nstituto Erasileiro de >i+ncias >riminais W E>>?N (%ls. M35LM3F), cu,os 'ronunciamentos, dando es'ecial +n%ase s liberdades constitucionais de reunio e de mani%estao do 'ensamento, conver*em, em seus as'ectos essenciais, no sentido 'retendido 'ela autora da 'resente ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental. . A interveno do Xamicus curiaeY: 'lurali(ao do debate constitucional e e&tenso e limites dos 'oderes 'rocessuais desse Xterceiro interessadoY no <mbito dos 'rocessos de %iscali(ao abstrata de constitucionalidade [#, no entanto, Senhor Oresidente, outra questo 'rvia a ser analisada e que se re%ere e&tenso e aos limites dos 'oderes 'rocessuais de que se acha investido o Xamicus curiaeY. =ssa inda*ao se im'9e 'elo %ato de a AE=SIO claramente am'liar o ob,eto da 'resente demanda, delimitado, com 'reciso, 'ela douta Orocuradoria"Beral da ?e')blica, que 'ostula, unicamente, se,a dado, ao art. 127 do >-di*o Oenal, inter'retao con%orme 141 >onstituio Xde %orma a e&cluir qualquer e&e*ese que 'ossa ense,ar a criminali(ao da de%esa da le*ali(ao das dro*as, ou de qualquer subst<ncia entor'ecente es'ec$%ica, inclusive atravs de mani%esta9es e eventos ')blicosY (%ls. 45 W *ri%ei). >om e%eito, a AE=SIO 'retende o reconhecimento da le*itimidade ,ur$dica, com a consequente declarao de aus+ncia de ti'icidade 'enal, de determinadas condutas (%ls. 422L42F), tais como o cultivo domstico, o 'orte de 'equena quantidade e o uso em <mbito 'rivado da maconha. a utili(ao de re%erida subst<ncia 'ara %ins medicinais, inclusive 'ara e%eito de reali(ao de 'esquisas mdicas. o uso ritual da maconha em celebra9es lit)r*icas. a utili(ao da subst<ncia can#bica 'ara %ins econVmicos, admitidos, quanto a ela, o 'lantio, a e&'ortao e im'ortao, a distribuio ou a venda de insumos ou de 'rodutos dela oriundos, sem qualquer vinculao ao consumo da 'lanta 'ro'riamente dito. ou, ento, a submisso de tais 'leitos Xa um 'rocesso 'rvio de re*ulamentao via S=CA0L>8CA0, com a 'artici'ao democr#tica dos -r*os e entidades que mani%estem interesse no assuntoY. A AE=SIO tambm 'leiteia a concesso, de o%$cio, em car#ter abstrato, de ordem de Xhabeas cor'usY em %avor de quaisquer 'essoas que incidam nos com'ortamentos anteriormente re%eridos (%ls. 4K4). 0estaco, 'ara e%eito de re*istro, esse 'leito que a Associao Erasileira de =studos Sociais do Iso de Osicoativos W AE=SIO dedu(iu nos 'resentes autos (%ls. 422L42F): XSe,a concedida ordem de hhabeas cor'usi de o%$cio, em car#ter abstrato, inter'retando a ;ei 44353L166M, em destaque seus arti*os 1 e 12, de modo a *arantir e%ic#cia aos 'receitos constitucionais im'l$citos e os estabelecidos nos arti*os K, hca'uti e inciso !. M. 476. 4FM e 4F7, da >arta 7ederal, a %im de que se,a reconhecida a ati'icidade: a) do cultivo domstico da hcannabisi e do 'orte de 'equena quantidade, sendo vedado e&'ressamente o comrcio, admitindo"se o uso to"somente no <mbito 'rivado (...). b) do uso da hcannabisi 'ara %ins medicinais, em sentido hlatoi, en*lobando, tambm, a 'ossibilidade de reali(ao de 'esquisas mdicas. c) do uso reli*ioso da hcannabisi, na qualidade de sacramento inerente ao ritual. d) da utili(ao 'ara %ins econVmicos, admitindo o 'lantio, a e&'ortao e im'ortao, a distribuio ou a venda de insumos ou 'rodutos oriundos do hc<nhamoi, sem qualquer vinculao no que di( res'eito ao consumo da 'lanta 'ro'riamente dito. ou e) alternativamente, caso a >orte ,ul*ue conveniente, que reali(e o dimensionamento dos e%eitos da deciso, condicionando todos os 'leitos acima lanados, e&cetuado o da liberdade de e&'resso, a um 'rocesso 'rvio de re*ulamentao via S=CA0L>8CA0, com a 'artici'ao democr#tica dos -r*os e entidades que mani%estem interesse no assunto.Y (*ri%ei) =ntendo que o Xamicus curiaeY, no obstante o inquestion#vel relevo de sua 'artici'ao, como terceiro interveniente, no 'rocesso de %iscali(ao normativa abstrata, no dis'9e de 'oderes 'rocessuais que, inerentes s 'artes, viabili(em o e&erc$cio de determinadas 'rerro*ativas que se mostram unicamente acess$veis s 'r-'rias 'artes, como, '. e&., o 'oder que assiste, ao ar*uente (e no ao Xamicus curiaeY), de delimitar, tematicamente, o ob,eto da demanda 'or ele instaurada. Sabemos que entidades dotadas de re'resentatividade adequada 'odem in*ressar, %ormalmente, em sede de ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, na condio de terceiros interessados, 'ara e%eito de 'artici'ao e mani%estao sobre a controvrsia constitucional suscitada 'or quem dis'9e de le*itimidade ativa 'ara o a,ui(amento de re%erida ao constitucional. =sse entendimento, que reconhece a 'ossibilidade de 'artici'ao do Xamicus curiaeY na ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, i*ualmente 'er%ilhado 'or ilustres autores, como o eminente Ninistro B;NA? 7=??=?A N=C0=S (XAr*uio de 0escum'rimento de Oreceito 7undamental: >oment#rios ;ei n. F.221, de 3"41"4FFFY, '. 41M, item n. 65, 1667, Saraiva), cu,o ma*istrio, no tema, merece ser re'rodu(ido: 143 XA ;ei n. F.221LFF %aculta ao relator a 'ossibilidade de ouvir as 'artes nos 'rocessos que ense,aram a ar*uio (art. M, P 4). 8utor*a"se, assim, s 'artes nos 'rocessos sub,etivos um hlimitadoi direito de 'artici'ao no 'rocesso ob,etivo submetido a'reciao do S@7. H que, talve( em decorr+ncia do universo demasiado am'lo dos 'oss$veis interessados, tenha 'retendido o le*islador ordin#rio outor*ar ao relator al*uma %orma de controle quanto ao direito de 'artici'ao dos milhares de interessados no 'rocesso. =m %ace do car#ter ob,etivo do 'rocesso, %undamental que no s- os re'resentantes de 'otenciais interessados nos 'rocessos que deram ori*em ao de descum'rimento de 'receito %undamental, mas tambm os le*itimados 'ara 'ro'or a ao, 'ossam e&ercer direito de mani%estao. nde'endentemente das cautelas que ho de ser tomadas 'ara no inviabili(ar o 'rocesso, deve"se anotar que tudo recomenda que, tal como a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declarat-ria de constitucionalidade, a ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental assuma, i*ualmente, uma %eio 'luralista, com a am'la 'artici'ao de hamicus curiaei.Y(*ri%ei). @al como assinalei em decis9es anteriores (A0 1.436"N>LS>, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8, 0GI 61L61L1664), a interveno do Xamicus curiaeY, 'ara le*itimar"se, deve a'oiar"se em ra(9es que tornem dese,#vel e )til a sua atuao 'rocessual na causa, em ordem a 'ro'orcionar meios que viabili(em uma adequada resoluo do lit$*io constitucional. m'9e"se destacar, neste 'onto, 'or necess#rio, a ideia nuclear que anima os 'ro'-sitos teleol-*icos que motivam a interveno do Xamicus curiaeY no 'rocesso de %iscali(ao normativa abstrata. Co se 'ode 'erder de 'ers'ectiva que a interveno 'rocessual do Xamicus curiaeY tem 'or ob,etivo essencial 'lurali(ar o debate constitucional, 'ermitindo que o Su'remo @ribunal 7ederal venha a dis'or de todos os elementos in%ormativos 'oss$veis e necess#rios resoluo da controvrsia, visando"se, ainda, com tal abertura 'rocedimental, su'erar a *rave questo 'ertinente le*itimidade democr#tica das decis9es emanadas desta >orte, quando no desem'enho de seu e&traordin#rio 'oder de e%etuar, em abstrato, o controle concentrado de constitucionalidade, tal como destacam, em 'ronunciamento sobre o tema, eminentes doutrinadores (BIS@A!8 EC=CE8GN, XA Cova Gurisdio >onstitucional ErasileiraY, 1l ed., 1665, ?enovar. AC0?H ?AN8S @A!A?=S, X@ribunal e Gurisdio >onstitucionalY, '. 74LF5, 4FF2, >elso Eastos =ditor. A;=:AC0?= 0= N8?A=S, XGurisdio >onstitucional e @ribunais >onstitucionaisY, '. M5L24, 1666, Atlas. 0ANA?=S N=0CA, XAmicus >uriae: Ami*o da >orte ou Ami*o da OarteuY, 1646, Saraiva, v.*.). !alioso, a 'ro'-sito dessa 'articular questo, o ma*istrio e&'endido 'elo eminente Ninistro B;NA? N=C0=S (X0ireitos 7undamentais e >ontrole de >onstitucionalidadeY, '. K63LK65, 1l ed., 4FFF, >elso Eastos =ditor), em 'assa*em na qual '9e em destaque o entendimento de O=@=? [vE=?;=, 'ara quem o @ribunal Xh# de desem'enhar um 'a'el de intermedi#rio ou de mediador entre as di%erentes %oras com le*itimao no 'rocesso constitucionalY ('. 5F2), em ordem a 'lurali(ar, em aborda*em que deriva da abertura material da >onstituio, o 'r-'rio debate em torno da controvrsia constitucional, con%erindo"se, desse modo, e&'resso real e e%etiva ao 'rinc$'io democr#tico, sob 'ena de se instaurar, no <mbito do controle normativo abstrato, um indese,#vel Xd%icitY de le*itimidade das decis9es que o Su'remo @ribunal 7ederal venha a 'ronunciar no e&erc$cio, Xin abstractoY, dos 'oderes inerentes ,urisdio constitucional. 0a$, se*undo entendo, a necessidade de asse*urar, ao Xamicus curiaeY, mais do que o sim'les in*resso %ormal no 'rocesso de %iscali(ao abstrata de constitucionalidade, a 'ossibilidade de e&ercer o direito de %a(er sustenta9es orais 'erante esta Su'rema >orte, alm de dis'or da %aculdade 145 de submeter, ao ?elator da causa, 'ro'ostas de requisio de in%orma9es adicionais, de desi*nao de 'erito ou comisso de 'eritos, 'ara que emita 'arecer sobre quest9es decorrentes do lit$*io, de convocao de audi+ncias ')blicas e, at mesmo, a 'rerro*ativa de recorrer da deciso que tenha dene*ado o seu 'edido de admisso no 'rocesso de controle normativo abstrato, como esta >orte tem reiteradamente reconhecido. >um're rememorar, nesta 'assa*em, a irre'reens$vel observao do eminente Ninistro B;NA? N=C0=S, no %ra*mento doutrin#rio ,# re%erido, constante de sua valios$ssima 'roduo acad+mica, em que e&'9e considera9es de irrecus#vel 'ertin+ncia em tema de interveno 'rocessual do Xamicus curiaeY (Xo'. loc. cit.Y): X!+"se, assim, que, enquanto -r*o de com'osio de con%litos 'ol$ticos, 'assa a >orte >onstitucional a constituir" se em elemento %undamental de uma sociedade 'luralista, atuando como %ator de estabili(ao indis'ens#vel ao 'r-'rio sistema democr#tico. H claro que a >orte >onstitucional no 'ode olvidar a sua ambival+ncia democr#tica. Ainda que se deva reconhecer a le*itimao democr#tica dos ,u$(es, decorrente do com'le&o 'rocesso de escolha e de nomeao, e que a sua inde'end+ncia constitui requisito indis'ens#vel 'ara o e&erc$cio de seu mister, no se 'ode dei&ar de en%ati(ar que aqui tambm reside aquilo que Brimm denominou de hrisco democr#ticoi (...). H que as decis9es da >orte >onstitucional esto inevitavelmente imunes a qualquer controle democr#tico. =ssas decis9es 'odem anular, sob a invocao de um direito su'erior que, em 'arte, a'enas e&'licitado no 'rocesso decis-rio, a 'roduo de um -r*o direta e democraticamente le*itimado. =mbora no se ne*ue que tambm as >ortes ordin#rias so dotadas de um 'oder de con%ormao bastante am'lo, certo que elas 'odem ter a sua atuao re'ro*ramada a 'artir de uma sim'les deciso do le*islador ordin#rio. Ao revs, eventual correo da ,uris'rud+ncia de uma >orte >onstitucional somente h# de se %a(er, quando 'oss$vel, mediante emenda. =ssas sin*ularidades demonstram que a >orte >onstitucional no est# livre do 'eri*o de converter uma vanta*em democr#tica num eventual risco 'ara a democracia. Assim como a atuao da ,urisdio constitucional 'ode contribuir 'ara re%orar a le*itimidade do sistema, 'ermitindo a renovao do 'rocesso 'ol$tico com o reconhecimento dos direitos de novos ou 'equenos *ru'os e com a inau*urao de re%ormas sociais, 'ode ela tambm bloquear o desenvolvimento constitucional do Oa$s. 8 equil$brio inst#vel que se veri%ica e que 'arece constituir o aut+ntico 'roblema da ,urisdio constitucional na democracia a%i*ura"se necess#rio e inevit#vel. @odo o es%oro que se h# de %a(er , 'ois, no sentido de 'reservar o equil$brio e evitar dis%un9es. =m 'lena com'atibilidade com essa orientao, [tberle no s- de%ende a e&ist+ncia de instrumentos de de%esa da minoria, como tambm 'ro'9e uma abertura hermen+utica que 'ossibilite a esta minoria o o%erecimento de halternativasi 'ara a inter'retao constitucional. [tberle es%ora"se 'or demonstrar que a inter'retao constitucional no W nem deve ser W um evento e&clusivamente estatal. @anto o cidado que inter'9e um recurso constitucional, quanto o 'artido 'ol$tico que im'u*na uma deciso le*islativa so intr'retes da >onstituio. Oor outro lado, a insero da >orte no es'ao 'luralista W ressalta [tberle W que evita distor9es que 'oderiam advir da inde'end+ncia do ,ui( e de sua estrita vinculao lei.Y (*ri%ei) Ca verdade, consoante ressalta OA8;8 EAC>[, em estudo sobre o tema (XIniAmici(ia nteressata: ;iamicus curiae 0avanti Alla >orte Su'rema 0e*li Stati InitiY, XinY XBiuris'ruden(a A0O7 427 L 07"46 >ostitu(ionaleY, 7asc. M, novLde( de 4FFK, Ano :, Biu%%r), a admisso do terceiro, na condio de Xamicus curiaeY, no 'rocesso ob,etivo de controle normativo abstrato, quali%ica"se como %ator de le*itimao social das decis9es do @ribunal >onstitucional, viabili(ando, em obsquio ao 'ostulado democr#tico, a abertura do 'rocesso de %iscali(ao 14K concentrada de constitucionalidade, em ordem a 'ermitir que, nele, se reali(e a 'ossibilidade de 'artici'ao de entidades e de institui9es que e%etivamente re'resentem os interesses *erais da coletividade ou que e&'ressem os valores essenciais e relevantes de *ru'os, classes ou estratos sociais. =ssa 'erce'o do tema %oi lucidamente e&'osta 'elo eminente Oro%essor C8>DC>8 NJ?@?=S >8=;[8 (XAs deias de Oeter [tberle e a Abertura da nter'retao >onstitucional no 0ireito ErasileiroY, XinY ?0A 144L41K"435, 433): XAdmitida, 'ela %orma indicada, a 'resena do hamicus curiaei no 'rocesso de controle de constitucionalidade, no a'enas se reitera a im'essoalidade da questo constitucional, como tambm se evidencia que o deslinde desse ti'o de controvrsia interessa ob,etivamente a todos os indiv$duos e *ru'os sociais, at 'orque ao esclarecer o sentido da >arta Ool$tica, as cortes constitucionais, de certa maneira, acabam reescrevendo as constitui9es.Y (*ri%ei). H 'or tais ra(9es que entendo que a atuao 'rocessual do Xamicus curiaeY no deve limitar"se mera a'resentao de memoriais ou 'restao eventual de in%orma9es que lhe venham a ser solicitadas ou, ainda, 'roduo de sustenta9es orais 'erante esta Su'rema >orte. =ssa viso do 'roblema W que restrin*isse a e&tenso dos 'oderes 'rocessuais do Xcolaborador do @ribunalY W culminaria 'or %a(er 'revalecer, na matria, uma incom'reens$vel 'ers'ectiva reducionista, que no 'ode (nem deve) ser aceita 'or esta >orte, sob 'ena de total %rustrao dos altos ob,etivos 'ol$ticos, sociais e ,ur$dicos visados 'elo le*islador na 'ositivao da cl#usula que, a*ora, admite o %ormal in*resso do Xamicus curiaeY no 'rocesso de %iscali(ao concentrada de constitucionalidade. >um're 'ermitir, desse modo, ao Xamicus curiaeY, em e&tenso maior, o e&erc$cio de determinados 'oderes 'rocessuais. =sse entendimento 'er%ilhado 'or autori(ado ma*istrio doutrin#rio, cu,as li9es acentuam a essencialidade da 'artici'ao le*itimadora do Xamicus curiaeY nos 'rocessos de %iscali(ao abstrata de constitucionalidade (BIS@A!8 EC=CE8GN, XA Cova Gurisdio >onstitucional ErasileiraY, '. 4K7L4M5, 1l ed., A0O7 427 L 07 41 1665, ?enovar. BI;[=?N= O=wA 0= N8?A=S, X0ireito >onstitucionalL@eoria da >onstituioY, '. 167L162, item n. 5.46.1.3, 5l ed., 1667, ;umen Guris, v.*.), reconhecendo"lhe o direito de 'romover, 'erante esta >orte Su'rema, a 'ertinente sustentao oral (7?=0= 00=? G?., XOossibilidade de Sustentao 8ral do Amicus >uriaeY, XinY X?evista 0ialtica de 0ireito OrocessualY, vol. 2L33" "32, 1663. C=;S8C C=?\ G?.L?8SA NA?A 0= AC0?A0= C=?\, X>-di*o de Orocesso >ivil >omentado e ;e*islao =&trava*anteY, '. 4322, 7l ed., 1663, ?@. =0BA?0 S;!=?A EI=C8 7;[8, XAmicus >uriae: a democrati(ao do debate nos 'rocessos de controle de constitucionalidadeY, XinY X0ireito 7ederalY, vol. 76L417"432, AGI7=, v.*.) ou, ainda, a %aculdade de solicitar a reali(ao de e&ames 'ericiais sobre o ob,eto ou sobre quest9es derivadas do lit$*io constitucional ou a 'rerro*ativa de 'ro'or a requisio de in%orma9es com'lementares, bem assim a de 'edir a convocao de audi+ncias ')blicas, sem 're,u$(o, como esta >orte ,# o tem a%irmado, do direito de recorrer de decis9es que recusam o seu in*resso %ormal no 'rocesso de controle normativo abstrato. >abe observar que o Su'remo @ribunal 7ederal, em assim a*indo, no s- *arantir# maior e%etividade e atribuir# maior le*itimidade s suas decis9es, mas, sobretudo, valori(ar#, sob uma 'ers'ectiva eminentemente 'lural$stica, o sentido essencialmente democr#tico dessa 'artici'ao 'rocessual, enriquecida 'elos elementos de in%ormao e 'elo acervo de e&'eri+ncias que o Xamicus curiaeY 'oder# transmitir >orte >onstitucional, notadamente em um 'rocesso " como o de controle abstrato de constitucionalidade W cu,as im'lica9es 'ol$ticas, sociais, econVmicas, ,ur$dicas e culturais so de irrecus#vel im'ort<ncia, de indiscut$vel ma*nitude e de inquestion#vel si*ni%icao 'ara a vida do Oa$s e a de seus 14M cidados. >omo anteriormente salientado, o Xamicus curiaeY 'ode recorrer da deciso dene*at-ria de seu in*resso %ormal no 'rocesso de controle abstrato, no 'odendo, contudo se*undo ,uris'rud+ncia ainda 'revalecente nesta >orte, im'u*nar as demais decis9es 'ro%eridas em sede de %iscali(ao concentrada (A0 1.3KF"=0"A*?L=S, ?el. Nin. =?8S B?AI W A0 3.46K" =0L07, ?el. Nin. >=^A? O=;IS8 W A0 3.F35"=0"A*?L07, ?el. Nin. ?>A?08 ;=kAC08kSn, v.*.): XAST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. =NEA?B8S 0= 0=>;A?AST8 8O8S@8S O8? hAN>IS >I?A=i. AISDC>A 0= ;=B@N0A0=. (...). 4. A ,uris'rud+ncia deste Su'remo @ribunal assente quanto ao no" cabimento de recursos inter'ostos 'or terceiros estranhos relao 'rocessual nos 'rocessos ob,etivos de controle de constitucionalidade. 1. =&ceo a'enas 'ara im'u*nar deciso de no""admissibilidade de sua interveno nos autos. 3. Orecedentes. 5. =mbar*os de declarao no conhecidos.Y (A0 3.M4K"=0LOE, ?el. Nin. >J?N=C ;R>A W *ri%ei). H certo, no entanto, que h# autores eminentes, como o ilustre Oro%essor BIS@A!8 EC=CE8GN (X@emas de 0ireito Administrativo e >onstitucionalY, '. 421L427, 1662, ?enovar), que sustentam a 'ossibilidade de o Xamicus curiaeY 'oder im'u*nar, em sede recursal, qualquer deciso 'ro%erida na causa em que tenha sido %ormalmente admitido, como se v+ do %ra*mento a se*uir re'rodu(ido: X>omo se v+, muito mais que um mero colaborador in%ormal, o hamicus curiaei, tal como disci'linado 'ela ;ei n F.2M2LFF, intervm nos autos do 'rocesso da ao direta, 'assando a inte*rar a relao 'rocessual na condio de hterceiro es'eciali. Assim, a 'rimeira 'rerro*ativa 'rocessual que se reconhece ao hamicus curiaei a de a'resentar mani%estao escrita sobre as quest9es de seu interesse atinentes ao direta em curso, que ser# ,unta aos autos do 'rocesso. (...). Nas os 'oderes 'rocessuais do hamicus curiaei no se cin*em a'resentao de ra(9es escritas. Co que toca 'ossibilidade de reali(ao de sustentao oral, 'elo 'atrono do hamicus curiaei, o Su'remo @ribunal 7ederal recentemente reviu seu 'osicionamento anterior, 'assando a admiti"la. (...).>onsi*nadas, assim, as %aculdades de o hamicus curiaei mani%estar"se 'or escrito ou oralmente, resta e&aminar a 'ossibilidade de o hamicus curiaei insur*ir"se contra as decis9es 'ro%eridas no curso e ao %inal da ao direta, atravs dos recursos cab$veis. >um're, em 'rimeiro lu*ar, e&aminar a 'ossibilidade de o 'ostulante a hamicus curiaei se insur*ir, 'ela via recursal 'r-'ria, contra a deciso do relator que no o admite no %eito em tal qualidade. (...).?esta, ainda, inda*ar da 'ossibilidade de o hamicus curiaei recorrer das demais decis9es W interlocut-rias e %inal " 'ro%eridas nos autos da ao direta. 8 art. 5FF do >-di*o de Orocesso >ivil asse*ura le*itimidade recursal ao Ninistrio O)blico e ao hterceiroi 're,udicado. ?econhecendo, ho,e, a doutrina e a ,uris'rud+ncia, a nature(a ,ur$dica de hterceiro es'eciali ao hamicus H certo, no entanto, que h# autores eminentes, como o ilustre Oro%essor BIS@A!8 EC=CE8GN (X@emas de 0ireito Administrativo e >onstitucionalY, '. 421L427, 1662, ?enovar), que sustentam a 'ossibilidade de o Xamicus curiaeY 'oder im'u*nar, em sede recursal, qualquer deciso 'ro%erida na causa em que tenha sido %ormalmente admitido, como se v+ do %ra*mento a se*uir re'rodu(ido: X>omo se v+, muito mais que um mero colaborador in%ormal, o hamicus curiaei, tal como disci'linado 'ela ;ei n F.2M2LFF, intervm nos autos do 'rocesso da ao direta, 'assando a inte*rar a relao 'rocessual na condio de hterceiro es'eciali. Assim, a 'rimeira 'rerro*ativa 'rocessual que se reconhece ao hamicus curiaei a de a'resentar mani%estao escrita sobre as quest9es de seu interesse atinentes ao direta em curso, que ser# ,unta aos autos do 'rocesso. (...). Nas os 'oderes 'rocessuais do hamicus curiaei no se cin*em a'resentao de ra(9es escritas. Co que toca 'ossibilidade de reali(ao de sustentao oral, 'elo 'atrono do hamicus curiaei, o Su'remo @ribunal 7ederal 147 recentemente reviu seu 'osicionamento anterior, 'assando a admiti"la. (...).>onsi*nadas, assim, as %aculdades de o hamicus curiaei mani%estar"se 'or escrito ou oralmente, resta e&aminar a 'ossibilidade de o hamicus curiaei insur*ir"se contra as decis9es 'ro%eridas no curso e ao %inal da ao direta, atravs dos recursos cab$veis. >um're, em 'rimeiro lu*ar, e&aminar a 'ossibilidade de o 'ostulante a hamicus curiaei se insur*ir, 'ela via recursal 'r-'ria, contra a deciso do relator que no o admite no %eito em tal qualidade. (...).?esta, ainda, inda*ar da 'ossibilidade de o hamicus curiaei recorrer das demais decis9es W interlocut-rias e %inal " 'ro%eridas nos autos da ao direta. 8 art. 5FF do >-di*o de Orocesso >ivil asse*ura le*itimidade recursal ao Ninistrio O)blico e ao hterceiroi 're,udicado. ?econhecendo, ho,e, a doutrina e a ,uris'rud+ncia, a nature(a ,ur$dica de hterceiro es'eciali ao hamicus curiaei, no h# como se lhe ne*ar a le*itimidade recursal 'ara mani%estar sua insur*+ncia contra as decis9es que no acolherem seus ar*umentos. =nsina Sr*io Eermudes que a %inalidade dos recursos a de 'ro'orcionar o ha'er%eioamento das decis9es ,udiciais.i Assim, no h# motivo l-*ico 'ara que, ao hamicus curiaei, se,a asse*urado o direito de a'resentar seus ar*umentos, 'or escrito e oralmente, 'erante o @ribunal e, como desdobramento natural, no 'ossa se insur*ir contra as decis9es que contrariem tais ar*umentos, 'or meio dos recursos cab$veis. H evidente que, em sede de controle de constitucionalidade, tal a'er%eioamento se torna ainda mais dese,#vel. 0e %ato, diante do im'acto e da re'ercusso 'ol$tica, econVmica e social de uma deciso declarat-ria de inconstitucionalidade, ainda maior o interesse do =stado"Gurisdio e da sociedade como um todo no sentido de que as decis9es se,am submetidas ao mais r$*ido escrut$nio. A re%er+ncia ao hterceiroi do art. 5FF do >-di*o de Orocesso >ivil hdesi*na o estranho ao 'rocesso, titular da relao ,ur$dica atin*ida (ainda que 'or via re%le&a) 'ela sentenai. H evidente que as entidades e -r*os que eventualmente venham a %i*urar como hamicus curiaei, 'odem so%rer im'actos diretos em ra(o da deciso em controle abstrato, 'odendo, at mesmo, 'erder direitos antes reconhecidos 'ela lei atacada. 0essa %orma, o hamicus curiaei titular de um direito 'ass$vel de ser atin*ido " ao menos 'otencialmente W 'or ac-rdo declarat-rio de inconstitucionalidade, 'ossuindo, assim, le*itimidade recursal como terceiro interessado, a'licando"se, analo*icamente, o art. 5FF do >O>. 0eve"se destacar, todavia, que, mesmo a se entender que no ha,a, num caso qualquer, im'acto hdiretoi sobre direito sub,etivo do hamicus curiaei, haver# le*itimidade recursal deste, 'ois, 'ara que se,a o terceiro a'to a recorrer, hbasta que a sua es%era ,ur$dica se,a atin*ida 'ela deciso, embora 'or via re%le&ai, o que, evidentemente, sem're ocorrer#. Ademais, interessante notar que a 'artici'ao do hamicus curiaei, que ,# era aceita antes mesmo do advento da ;ei F2M2LFF, , %undamentalmente, uma decorr+ncia do 'rinc$'io democr#tico. Oode"se di(er, assim, que a interveno do hamicus curiaei, hcom os meios e recursos 'r-'rios asse*urados aos terceiros em *erali, re'resenta *arantia do e&erc$cio democr#tico da ,urisdio constitucional. =m s$ntese, a interveno do hamicus curiaei constitui uma das m)lti'las %aces da *arantia do acesso Gustia (>7, art. K, :::!) no <mbito de um =stado 0emocr#tico de 0ireito (>7, art. 4A). Oor derradeiro, alm das 'rerro*ativas 'rocessuais at aqui mencionadas, 'oder# o hamicus curiaei suscitar, 'erante o relator, ha adoo das 'rovid+ncias instrut-riasi 'revistas no art. F, PP 4, 1 e 3, da ;ei n F.2M2LFF. >on%ira"se o teor do dis'ositivo, hverbisi: hArt. F !encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o relat-rio, com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento. P 4 =m caso de necessidade de esclarecimento de matria ou circunst<ncia de %ato ou de not-ria insu%ici+ncia das in%orma9es e&istentes nos autos, 'oder# o relator requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito ou comisso de 'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou %i&ar data 'ara, em 142 audi+ncia ')blica, ouvir de'oimentos de 'essoas com e&'eri+ncia e autoridade na matria.P 1 8 relator 'oder#, ainda, solicitar in%orma9es aos @ribunais Su'eriores, aos @ribunais %ederais e aos @ribunais 'ersistiria o mesmo. H 'reciso, outrossim, que %ique claro: a 'roteo ,udicial ora 'ostulada no contem'la W e nem 'oderia %a(+"lo W a criao de um es'ao ')blico circunstancialmente imune ao %iscali(at-ria ordin#ria do =stado. menos ainda se 'ro'u*na que, no e&erc$cio das liberdades ora reivindicadas, mani%estantes 'ossam incorrer em ilicitude de qualquer es'cie, como, 'or e&em'lo, consumir dro*as. 8 es'ectro de liberdade que se ob,etiva ver asse*urado aquele inerente W 'ortanto, adequado e necess#rio W aos direitos %undamentais im'licados, sem que da$ decorra im'l$cita 'ermisso 'r#tica de conduta que se 'ossa tradu(ir em violao s normas inte*radoras do 0ireito em vi*or.Y (*ri%ei) 88. + uso ritual de plantas alucin1$enas e de dro$as ilcitas em celebraWes lit,r$icas. Co desconheo, no entanto, Senhor Oresidente, o relevo das quest9es suscitadas 'ela Associao Erasileira de =studos Sociais do Iso de Osicoativos W AE=SIO e que se re%erem, dentre outros temas, ao uso cerimonial de 'lantas e subst<ncias alucin-*enas ou 'sicoativas nas celebra9es lit)r*icas, Xna qualidade de sacramento inerente ao ritualY, como e&'ressamente salientado 'or esse mesmo Xamicus curiaeY. H claro que esse tema, intimamente cone&o ao 'ostulado %undamental da liberdade reli*iosa, considerada esta em suas m)lti'las 'ro,e9es, como aquela que com'reende a 'roteo constitucional das mani%esta9es lit)r*icas (>7, art. K, inciso !, Xin %ineY), 'oder# constituir ob,eto de eventual 'rocesso de controle abstrato, instaur#vel 'or quem dis'onha de qualidade 'ara a*ir. >um're re%erir, no entanto, ainda que 'ara e%eito de mero re*istro, que, no Erasil, esse tema W envolvendo o uso ritual, em celebrao lit)r*ica, no conte&to de cerimVnia reli*iosa (como as do Santo 0aime, Inio do !e*etal e Earquinha), da Aaahuasca ou [uasca (bebida com e%eitos 'sicoativos) W constituiu ob,eto de a'reciao 'elo >onselho Cacional de Ool$ticas sobre 0ro*as, que considerou le*$tima a utili(ao reli*iosa de tal subst<ncia, havendo estabelecido, em ato 'r-'rio, que o Xseu uso restrito a rituais reli*iosos, em locais autori(ados 'elas res'ectivas dire9es das entidades usu#rias, vedado o seu uso associado a subst<ncias 'sicoativas il$citasY (?esoluo >8CA0 n 4L1646). A ?esoluo em causa, ao assim de%inir o tema, 'reserva a liberdade reli*iosa, cu,o conte)do material com'reende, na abran*+ncia de seu am'lo si*ni%icado, dentre outras 'rerro*ativas essenciais, a liberdade de crena (que tradu( uma das 'ro,e9es da liberdade de consci+ncia), a liberdade de culto, a liberdade de or*ani(ao reli*iosa, a liberdade de elaborao de um Xcor'usY doutrin#rio e a liberdade contra a inter%er+ncia do =stado, que re'resentam valores intrinsecamente vinculados e necess#rios 'r-'ria con%i*urao da ideia de democracia, cu,a noo se alimenta, continuamente, dentre outros %atores relevantes, do res'eito ao 'luralismo. >abe ressaltar, neste 'onto, que a matria veiculada nessa 'ro'osta da AE=SIO, embora no com'onha nem se inclua no ob,eto da 'resente demanda, 'arece haver sensibili(ado, ,# em 4F74, a comunidade internacional, 'ois a >onveno de !iena sobre Subst<ncias Osicotr-'icas, assinada 'elo Erasil, na ca'ital austr$aca, em 4F74, %ormalmente incor'orada ao ordenamento 'ositivo nacional (0ecreto n 7F.322L77), admitiu a 'ossibilidade, desde que o%erecida a 'ertinente XreservaY (%aculdade no utili(ada 'or nosso Oa$s), de utili(ao l$cita de X'lantas silvestres que contenham subst<ncias 'sicotr-'icas (...) em rituais m#*icos e reli*iosos (...)Y (Arti*o 31, n. 5). H interessante acentuar, 'or o'ortuno, considerado o que estabelece a >onveno de !iena, que o =stado brasileiro, ao editar a 14F sua nova ;ei de 0ro*as, embora no havendo mani%estado, %ormalmente, qualquer reserva ao Arti*o 31, n. 5, do te&to convencional, e&cluiu, assim mesmo, da norma de 'roibio inscrita em re%erido di'loma le*al, o uso ritual de 'lantas alucin-*enas em celebra9es reli*iosas, desde que obtida, 'ara tanto, autori(ao le*al ou re*ulamentar, como resulta claro do art. 1, Xca'utY, da ;ei n 44.353L166M, que assim dis'9e: XArt. 1. 7icam 'roibidas, em todo o territ-rio nacional, as dro*as, bem como o 'lantio, a cultura, a colheita e a e&'lorao de ve*etais e substratos dos quais 'ossam ser e&tra$das ou 'rodu(idas dro*as, ressalvada a hi'-tese de autori(ao le*al ou re*ulamentar, bem como o que estabelece a >onveno de !iena, das Ca9es Inidas, sobre Subst<ncias Osicotr-'icas, de 4F74, a res'eito de 'lantas de uso estritamente ritual$stico"reli*ioso.Y (*ri%ei) 8 e&ame do 'receito le*al ora re'rodu(ido revela que se trata de e&'ressiva inovao introdu(ida em nosso sistema de direito 'ositivo, 'ois re%lete a 'reocu'ao do Ooder O)blico em res'eitar a liberdade reli*iosa e, notadamente, em manter inc-lumes os rituais e as celebra9es lit)r*icas de qualquer denominao con%essional, em ordem a e&cluir a 'ossibilidade de interveno re'ressiva do =stado motivada 'or atos que, re*istrados durante o culto, 'ossam culminar em utili(ao cerimonial de bebidas ou de 'lantas alucin-*enas cu,o consumo se,a do*maticamente quali%icado como 'r#tica essencial, em termos es'irituais, se*undo os c<nones e as conce'9es teol-*icas %ormulados com a'oio no cor'o doutrin#rio que d# sustentao te-rica a uma 'articular comunidade de %iis. 8bservo, a t$tulo de mera ilustrao, que a Su'rema >orte dos =stados Inidos da Amrica, em 166M, no ,ul*amento do caso XBon(ales v. 8 >entro =s'$rita Eene%icente Inio do !e*etalY (K5M I.S. 542), que se re%eria utili(ao ritual da Aaahuasca 'elos se*uidores do >entro =s'$rita Eene%icente Inio do !e*etal, entidade reli*iosa %undada no Erasil, com re'resentao no =stado do Covo N&ico (=IA), 'ro%eriu deciso un<nime (2 & 6) que reconheceu, no conte&to do direito %undamental liberdade reli*iosa, a 'ossibilidade do uso lit)r*ico de re%erida bebida (Xsacramental teaY), no obstante identi%icada 'or seus not-rios e%eitos 'sicoativos, a%astando a incid+ncia, nesse caso es'ec$%ico, de estatutos %ederais norte"americanos, como o X?eli*ious 7reedom ?estoration Act (?7?A)Y. @al discusso, 'orm, embora 'ro'osta 'ela AE=SIO (que, 'ara tanto, am'liou, indevidamente, o ob,eto da 'resente demanda), no est# em causa neste 'rocesso, como en%ati(ado em 'assa*em anterior deste voto, no tendo 'ertin+ncia, 'ortanto, na 'resente sede 'rocessual. [# de se reconhecer, ainda, a inadequao do Xhabeas cor'usY 'ara o %im 'ostulado 'ela AE=SIO, eis que im'etrado, na es'cie, em car#ter abstrato, sem vinculao concreta a um caso es'ec$%ico, ob,etivando *arantir a aus+ncia de re'resso estatal, 'or e%eito do 'retendido reconhecimento, mediante deciso desta Su'rema >orte, da ati'icidade 'enal de determinadas condutas, tais como o cultivo domstico, o 'orte de 'equena quantidade e o uso em <mbito 'rivado da maconha. a utili(ao de re%erida subst<ncia 'ara %ins medicinais, inclusive 'ara e%eito de reali(ao de 'esquisas mdicas (o que, a'arentemente, ,# se acha 'revisto no art. 1, 'ar#*ra%o )nico, da ;ei n 44.353L166M). o uso ritual da maconha em celebra9es lit)r*icas. a utili(ao da subst<ncia can#bica 'ara %ins econVmicos, admitidos, quanto a ela, o 'lantio, a e&'ortao e im'ortao, a distribuio ou a venda de insumos ou de 'rodutos dela oriundos, sem qualquer vinculao ao consumo da 'lanta 'ro'riamente dito. >um're rememorar, neste 'onto, que a ,uris'rud+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal tem advertido, 'resente tal conte&to, em que se evidencia a absoluta indeterminao sub,etiva dos 'acientes, com aus+ncia de uma dada e es'ec$%ica situao concreta, que no se revela 'ertinente o remdio constitucional do Xhabeas cor'usY, quando utili(ado, como sucede na es'cie, sem que se demonstre a real con%i*urao de o%ensa imediata, atual ou iminente, ao direito de ir, vir e 'ermanecer de 'essoas e%etivamente 116 submetidas a atos de in,usto constran*imento (?@G 43KLKF3, ?el. Nin. S\0C=\ SAC>[=S W ?@G 43ML411M, ?el. Nin. N8?=?A A;!=S " ?@G 451L2FM, ?el. Nin. 8>@A!8 BA;;8@@ W ?@G 4K1L456, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8 W ?@G 426LFM1, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8, v.*.). Oor tais ra(9es, no considerarei a am'liao do ob,eto da demanda 'ro'osta 'ela AE=SIO, cin*indo"me, unicamente, no ,ul*amento da controvrsia constitucional, ao e&ame do 'edido, tal A0O7 427 L 07. 1K. como estritamente delimitado 'ela eminente Senhora Orocuradora"Beral da ?e')blica, em e&erc$cio. Cesse sentido, o meu voto. Poss(b()(#a#e #e Au#(On"(a P@b)("a 0ara es")are"(mentos sobre a mat,r(a #e fato! & Possibilidade de o relator convocar audi8ncia pDblica * inova/"o da Nei 76J6X77 * poucas ve>es utili>ado no OKF & em casos importantes e di(<ceis do ponto de vista #ur<dico- busca esclarecimentos ?ue v"o alm da compreens"o meramente #ur<dica da matria % audi8ncia pDblica serve para ?ue especialistas (alem sobre a matria- ?uando a corte n"o tem dom<nio sobre o tema Oerve para esclarecer (atos e n"o para convencer o relator ou os ministros de al$o Para a pro(essora as outras es(eras de con;ecimento ?ue s"o importantes na audi8ncia pDblica A'! ?uest"o do (eto anence(Hlico & @urisprud8ncia paci(ica ?ue o OKF tin;a de ?ue n"o cabe %DI ?uando a anHlise envolver matria (Htica * para a pro(essora a possibilidade de audi8ncia pDblica superou essa #urisprud8ncia * permite anHlise (Htica * outras es(eras do con;ecimento s"o analisadas <E8 NR C.V9V;BCCC: Art. F !encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o relat-rio, com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento. P4 =m caso de necessidade de esclarecimento de matria ou circunst<ncia de %ato ou de not-ria insu%ici+ncia das in%orma9es e&istentes nos autos, 'oder# o relator requisitar in%orma9es adicionais, desi*nar 'erito ou comisso de 'eritos 'ara que emita 'arecer sobre a questo, ou %i&ar data 'ara, em audi+ncia ')blica, ouvir de'oimentos de 'essoas com e&'eri+ncia e autoridade na matria. T +atrias ?ue #H (oram submetidas = %udi8ncia PDblica no OKF! 1) CGNMN%O&K4OECO (%DI nq 9Q1U %udi8ncia PDblica reali>ada em 2UU5); 2) FAKO %EAECAFaNICO (%DPF nq QP %udi8ncia PDblica em 2UU6); 9) I+PO4K%urO DA PEAMO MO%DOO (%DPF nq 1U1 %udi8ncia PDblica em 2UU6); P) @MDICI%NIl%urO D% O%bDA (Ouspens"o de Kutela %ntecipada ns 9J- 16Q- 211 e 256 %udi8ncia PDblica em 2UU7); ?; COTAS RACIAIS :mar%o #e /5*5;. 114 T Ne$itimados para propor %DI no DF no Ymbito do Kribunal de @usti/a (ver o art 6V- 2V da Nei de Or$ani>a/"o @udiciHria do DF)! Art. 2 (...) P 1 Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade: W o Bovernador do 0istrito 7ederal. W a Nesa da ><mara ;e*islativa do 0istrito 7ederal. W o Orocurador"Beral de Gustia. ! W a 8rdem dos Advo*ados do Erasil, Seo do 0istrito 7ederal. ! W as entidades sindicais ou de classe, de atuao no 0istrito 7ederal, demonstrando que a 'retenso 'or elas dedu(ida *uarda relao de 'ertin+ncia direta com os seus ob,etivos institucionais. ! W os 'artidos 'ol$ticos com re'resentao na ><mara ;e*islativa. (...) (;ei n 44.FM7L1662 " 0is'9e sobre a or*ani(ao ,udici#ria do 0istrito 7ederal e dos @errit-rios...) *.*.8. OK3ETO DA ADI & 2er art 1U2- a- II- CF! Art. 461. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal, 'reci'uamente, a *uarda da >onstituio, cabendo"lhe: " 'rocessar e ,ul*ar, ori*inariamente: a) a ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo %ederal ou estadual e a ao declarat-ria de constitucionalidade de lei ou ato normativo %ederal. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3) (...) ATOS NOR!ATI.OS $ Neis (ormais n"o podem ser ob#eto de %DI * possuem Balma de ato administrativo- mas corpo de leiC & @urisprud8ncia de 1771- anti$a Luer di>er ?ue lei muito especi(ica n"o considerada lei do ponto de vista da abstra/"o e $eneralidade ?ue s"o re?uisitos para ?ue O ato se#a considerado lei @urisprud8ncia no sentido de ?ue lei muito casu<stica n"o pode ser ob#eto de %DI & O OKF se utili>ava disso para impedir %DI em +edida Provis.ria de matria or/amentHriaXleis or/amentHrias & matria provis.ria & di>endo ?ue era uma lei de e(eito concreto- por ter validade anual e ap.s n"o teria mais e(eito & Oe n"o (osse por %DI nin$um mais poderia discutir a matria- pois n"o ;averia a pessoa com interesse- um caso concreto para impu$nar o ato O 111 OKF ent"o concluiu ?ue n"o mais se aplicada essa @urisprud8ncia! ,ilmar +endes & Cabe %DI de lei (ederal e estadual * a(asta lei municipal o dispositivo acima AD8 9GF ; /0 5 /?+ 0A=<+ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 4FL41L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"63"65"4FF1 OO"6512F =N=C@ !8;"64MKM"64 OO" 66442 ?@G !8;"6643F"64 OO"66673 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " =S@A08 0= ST8 OAI;8 " ;= C. 7.146LF4 " 08AST8 0= E=CS CS=?!!=S =L8I =:>=0=C@=S A =C@0A0= 0= 0?=@8 O?!A08 " A@8 NA@=?A;N=C@= A0NCS@?A@!8 " NO8SSE;0A0= 0= >8C@?8;= >8C>=C@?A08 0= >8CS@@I>8CA;0A0= " CT8 >8C[=>N=C@8. " 8b,eto do controle normativo abstrato, 'erante a Su'rema >orte, so, em nosso sistema de direito 'ositivo, e&clusivamente, os atos normativos %ederais ou estaduais. ?e%o*em a essa ,urisdio e&ce'cional de controle os atos materialmente administrativos, ainda que incor'orados ao te&to de lei %ormal. " +s atos estatais de e"eitos concretos 5 porque despo(ados de qualquer coe"iciente de normatividade ou de $eneralidade abstrata 5 no so passveis de "iscalizao (urisdicional, Xem tese,X quanto a sua compatibilidade vertical com o te%to da 6onstituio. ;ei estadual, cu,o conte)do veicule ato materialmente administrativo (doao de bens ')blicos a entidade 'rivada), no se e&'9e a ,urisdio constitucional concentrada do Su'remo @ribunal 7ederal, em sede de ao direta. % ?uest"o (oi ao PlenHrio do OKF mais recentemente e ;ouve- aparentemente- uma revis"o da #urisprud8ncia! @edida Provis1ria e Abertura de 6r4dito E5traordin$rio : H O Tribunal iniciou julgamento de ao direta proposta pelo Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB em que se pleiteia a declarao da inconstitucionalidade da Medida Provisria 405/2007, que abre crdito extraordinrio, em favor da Justia Eleitoral e de diversos rgos do Poder Executivo. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, conheceu da ao, por entender estar-se diante de um tema ou de uma controvrsia constitucional suscitada em abstrato - independente do carter geral ou especfico, concreto ou abstrato de seu objeto - de inegvel relevncia jurdica e poltica, que deveria ser analisada a fundo. Asseverou-se que os atos do Poder Pblico sem carter de generalidade no se prestam ao controle abstrato de normas, eis que a prpria Constituio adotou como objeto desse processo os atos tipicamente normativos, ou seja, aqueles dotados de um mnimo de generalidade e abstrao. Considerou- se, entretanto, que outra deveria ser a interpretao no caso de atos editados sob a forma de lei. Ressaltou-se que essas leis formais decorreriam ou da vontade do legislador ou do prprio constituinte, que exigiria que certos atos, mesmo que de efeito concreto, fossem editados sob a forma de lei. Assim, se a Constituio submeteu a lei ao processo de controle abstrato, meio prprio de inovao na ordem jurdica e instrumento adequado de concretizao da ordem constitucional, 113 no seria admissvel que o intrprete debilitasse essa garantia constitucional, isentando um grande nmero de atos aprovados sob a forma de lei do controle abstrato de normas e, talvez, de qualquer forma de controle. Aduziu-se, ademais, no haver razes de ndole lgica ou jurdica contra a aferio da legitimidade das leis formais no controle abstrato de normas, e que estudos e anlises no plano da teoria do direito apontariam a possibilidade tanto de se formular uma lei de efeito concreto de forma genrica e abstrata quanto de se apresentar como lei de efeito concreto regulao abrangente de um complexo mais ou menos amplo de situaes. Concluiu-se que, em razo disso, o Supremo no teria andado bem ao reputar as leis de efeito concreto como inidneas para o controle abstrato de normas. Vencido, no ponto, o Min. Cezar Peluso que no conhecia da ao, por reputar no se tratar no caso de uma lei, sequer no aspecto formal. AD 4048 MC/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 17.4.2008. T %to normativo secundHrio n"o Bato normativoC para ser impu$nado mediante %DI! 8n"ormativo FI9 (A0"1M42) A0 e Ato ?e*ulamentar >om base no entendimento su'racitado, quanto le*itimidade ativa 'ara a A0, o @ribunal, 'or maioria, deu 'rovimento a a*ravo re*imental inter'osto contra deciso do Nin. >arlos !elloso, relator, que, tambm 'or ile*itimidade ativa ad causam, ne*ara se*uimento a a*ravo re*imental em ao direta de inconstitucionalidade a,ui(ada 'elo Oartido Social ;iberal " OS; contra o Orovimento n 35, de 12 de de(embro de 1666, da >orre*edoria"Beral do @ribunal de Gustia do =stado do Oaran#, que re*ulamenta a ;ei dos Gui(ados =s'eciais (/Orovimento n 35, de 12.41.1666. >a'$tulo 42, Gui(ado =s'ecial >riminal. Seo, 1, nqurito Oolicial e @ermo >ircunstanciado: e42.1.4 " A autoridade 'olicial, civil ou militar, que tomar conhecimento da ocorr+ncia, lavrar# termo circunstanciado, comunicando""se com a secretaria do ,ui(ado es'ecial 'ara a*endamento da audi+ncia 'reliminar com intimao imediata dos envolvidose/). !encidos, no 'onto, os Ninistros >arlos !elloso e >elso de Nello, 'elas mesmas ra(9es acima mencionadas. =m se*uida, ne*ou"se 'rovimento ao a*ravo re*imental inter'osto contra a deciso do Nin. >arlos !elloso, relator, que ne*ara se*uimento mencionada ao direta de inconstitucionalidade. Entendeu5se que o ato normativo impu$nado no - ato normativo primrio, mas secundrio, interpretativo de lei ordinria @<ei C.DCC;CIA, tratando a questo, no de inconstitucionalidade, mas de ile$alidade se o ato re$ulamentar vai al-m do conte,do da lei. A0 1M42 A*?A*?LO?, rel. Nin. >arlos !elloso, 41.2.1665" A0"1M42) De"retos autVnomos 0o#em ser ob1eto #e ADI! & Decreto meramente re$ulamentar de uma lei (di> como a lei vai ser e'ecutada) n"o cabe %DI * OKF tem #urisprud8ncia de ?ue a o(ensa tem ?ue ser direta = CF e n"o o(ensa re(le'a Ocorre ?ue se o decreto a(ronta a CF esse decreto a(ronta a lei- ile$al 115 & E"o cabe %DI em decreto- salvo se se tratar de decreto aut:nomo +as no )rasil n"o se pode re$ulamentar atos por decreto- mas somente por lei Kambm em caso de portaria e re$ulamento AD85M6 BC9C ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8 Gul*amento: 15L63L4FFF Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " 8EG=@8 " 0=>?=@8. 0ossuindo o decreto caracterstica de ato autUnomo abstrato, adequado - o ataque da medida na via da ao direta de inconstitucionalidade. sso ocorre relativamente a ato do Ooder =&ecutivo que, a 'rete&to de com'atibili(ar a liberdade de reunio e de e&'resso com o direito ao trabalho em ambiente de tranquilidade, acaba 'or em'restar >arta re*ulamentao im'r-'ria, sob os <n*ulos %ormal e material. ;E=?0A0= 0= ?=ICT8 = 0= NAC7=S@AST8 ORE;>A " ;N@AS]=S. 0e in$cio, sur*e com relev<ncia $m'ar 'edido de sus'enso de decreto mediante o qual %oram im'ostas limita9es liberdade de reunio e de mani%estao ')blica, 'roibindo"se a utili(ao de carros de som e de outros equi'amentos de veiculao de ideias. Consultas ao KOA n&o s&o atos normativos ! AD8 !9!9 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 42L65L1665 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"6K"63"1665 OO"66643 =N=C@ !8;"61451"63 OO"663K5 A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE. OA?JB?A78 4 08 A?@B8 5 0A CS@?IST8 C KK, AO?8!A0A O=;A ?=S8;IST8 C 16.FF3, 0= 1M.61.1661, 08 @?EICA; SIO=?8? =;=@8?A;. A?@. M 0A ;= C F.K65LF7. =;=S]=S 0= 1661. >8;BAST8 OA?@0J?A. A;=BAST8 0= 87=CSA A8S A?@B8S K, = ;!, 4M, 47, P 4, 11, = 52, >AOI@, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. A@8 C8?NA@!8 S=>IC0J?8. !8;AST8 C0?=@A. NO8SSE;0A0= 08 >8C@?8;= AES@?A@8 0= >8CS@@I>8CA;0A0=. @endo sido o dis'ositivo im'u*nado %ruto de res'osta consulta re*ularmente %ormulada 'or 'arlamentares no ob,etivo de esclarecer o disci'linamento das coli*a9es tal como 'revisto 'ela ;ei F.K65LF7 em seu art. M, o ob,eto da ao consiste, ine*avelmente, em ato de inter'retao. Saber se esta inter'retao e&cedeu ou no os limites da norma que visava inte*rar, e&i*iria, necessariamente, o seu con%ronto com esta re*ra, e a >asa tem rechaado as tentativas de submeter ao controle concentrado o de le*alidade do 'oder re*ulamentar. Orecedentes: A0 n 1.153, ?el. Nin. Narco Aurlio, A0 n 4.F66, ?el. Nin. Noreira Alves, A0 n 457, ?el. Nin. >arlos Nadeira. Oor outro lado, nenhum dis'ositivo da >onstituio 7ederal se ocu'a diretamente de coli*a9es 'artid#rias ou estabelece o <mbito das circunscri9es em que se dis'utam os 'leitos 11K eleitorais, e&atamente, os dois 'ontos que levaram inter'retao 'elo @S=. Sendo assim, no h# como vislumbrar, o%ensa direta a qualquer dos dis'ositivos constitucionais invocados. Ao direta no conhecida. 0eciso 'or maioria. 4esolu/0es administrativas de Kribunais s&o atos normativos ! & 4esolu/0es de tribunais * O OKF entende ?ue podem ser ob#eto de %DI- pois s"o atos normativos AD8 !BCI M6 ; MT 5 MAT+ 43+//+ N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 1KL6KL1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"6F"61"1664 OO"66642 =N=C@ !8;"61642"64 OO" 666K1 E M E N T A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " ?=S8;IS]=S A0NCS@?A@!AS =0@A0AS O=;8 @?@L13l ?=BT8 " >A?J@=? C8?NA@!8 " O?=>=0=C@=S 08 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A; S8E?= 0DC@>A >8C@?8!H?SA, 7?NA08S =N S=0= 0= N=?A 0=;EAST8 " =7>J>A =: @IC> 0A SISO=CST8 >AI@=;A? " O8SSE;0A0= " N=00A >AI@=;A? 0=7=?0A. ?=S8;IS]=S A0NCS@?A@!AS =NACA0AS 0= @?EICAS GI0>J?8S, 0=S0= QI= ?=!=S@0AS 0= >8C@=R08 C8?NA@!8, QIA;7>AN" S= >8N8 =SOH>=S =S@A@AS SIS>=@_!=S 0= 7S>A;^AST8 >8C>=C@?A0A 0= >8CS@@I>8CA;0A0=. " A ,uris'rud+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal (?@G 432L53M), em tema de %iscali(ao concentrada de constitucionalidade, %irmou"se no sentido de que a instaurao desse controle somente tem 'ertin+ncia, se o ato estatal questionado assumir a quali%icao de es'cie normativa, cu,as notas ti'ol-*icas derivam da con,u*ao de diversos elementos inerentes e essenciais sua 'r-'ria com'reenso: (a) coe%iciente de *eneralidade abstrata, (b) autonomia ,ur$dica, (c) im'essoalidade e (d) e%ic#cia vinculante das 'rescri9es dele constantes. A =7>J>A =: @IC> 0A N=00A >AI@=;A? CT8 S= O?=SIN=, O8S 0=O=C0= 0= =:O?=SSA 0=@=?NCAST8 >8CS@AC@= 0A 0=>ST8 QI= A 0=7=?=, =N S=0= 0= AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. " A medida cautelar, em ao direta de inconstitucionalidade, reveste"se, ordinariamente, de e%ic#cia e& nunc, /o'erando, 'ortanto, a 'artir do momento em que o Su'remo @ribunal 7ederal a de%ere/ (?@G 415L26). =&ce'cionalmente, no entanto, e 'ara que no se %rustrem os seus ob,etivos, a medida cautelar 'oder# 'ro,etar"se com e%ic#cia e& tunc, em car#ter retroativo, com re'ercusso sobre situa9es 'retritas (?@G 432L2M). Oara que se outor*ue e%ic#cia e& tunc ao 'rovimento cautelar, em sede de ao direta de inconstitucionalidade, im'9e"se que o Su'remo @ribunal 7ederal assim o determine, e&'ressamente, na deciso que conceder essa medida e&traordin#ria (?@G 4M5LK6M"K6F, K62, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8 " A0 1.46K"07, ?el. Nin. >=;S8 0= N=;;8). 11M Anunciados de ODmula de @urisprud8ncia Dominante n&o s&o atos normativos (ressalva de ?ue este entendimento (oi (i'ado antes da AC PQX2UUP- por meio do ?ual (oi prevista a sDmula vinculante) & ODmula de #urisprud8ncia n"o pode ser impu$nada por %DI (n"o cabe %DI)- pois n"o ato normativo AD8 C!F A$3 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AB.?=B.CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 14L62L1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"17"6F"1661 OO"66624 =N=C@ !8;"61625"64 OO" 6661M AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 0= SRNI;A 08 @?EICA; SIO=?8? 08 @?AEA;[8. 0=S>AEN=C@8, O8? CT8 S= @?A@A? 0= A@8 C8?NA@!8 (A?@. 461, , /a/ 0A >.7.). 4. Se*uimento (da A.0..) ne*ado 'elo ?elator, 'or %alta de 'ossibilidade ,ur$dica do 'edido. 1. Orecedentes: A0(s) ns. 2FF, KF5 e 4.5F3. 3. A*ravo im'rovido. 0eciso un<nime.
A ofensa #a )e( #e+e ser #(reta D Const(tu(%&o & O OKF tem #urisprud8ncia restritiva e n"o admite %DI ?uando para se analisar a o(ensa de uma lei estadual (rente a Constitui/"o Federal ten;a ?ue se e'aminar primeiro se ;ouve o(ensa a lei (ederal O con(ronto da lei estadual deve ser direto com a Constitui/"o Federal & 2er arts 22 e 2P- CF Kodas as ve>es ?ue a ?uest"o envolver a anHlise desses dois arti$os- serH o(ensa re(le'a- em decorr8ncia de con(lito de compet8ncia & % o(ensa n"o pode ser indireta ao te'to constitucional Kem ?ue ?uer ser direta & Eo caso de compet8ncia concorrente- o estado&membro- por e'emplo- obviamente pode le$islar- s. ?ue n"o de maneira $eral- ou se#a- de modo a n"o adentrar = compet8ncia le$islativa $eral da Mni"o e a compet8ncia le$islativa de outros entes da (edera/"o & Eo Ymbito dos estados&membros eles le$islar"o em carHter procedimental (procedimentos pr.prios) & Para uma lei estadual- por e'emplo- ser #ul$ada inconstitucional por meio de %DI a o(ensa tem ?ue ser direta ao te'to constitucional E"o cabe %DI de decreto dito inconstitucional- pois a o(ensa n"o re(le'a- mas direta T Eorma $eral! norma de carHter nacional (se aplica =s es(eras (ederal- estadual e municipal) A'! CKE- CDC etc 117 Au)a // $ *575H7/5** T Nei Federal! norma relacionada ao Ymbito da Mni"o A'! lei 6112X7U (aplica&se- em princ<pio- apenas aos servidores (ederais) etc & O OKF disp0e de B#ul$ado curin$aC Luando n"o ?uer #ul$ar determinado tema ale$a n"o ;aver o(ensa direta = CF- mas apenas o(ensa re(le'a Luando a matria importante- na prHtica o OKF desconsidera a o(ensa re(le'a e #ul$a o assunto Luando n"o ?ue #ul$ar determinada matria- ale$a n"o ;aver compet8ncia direta- mas indireta Ea opini"o da pro(essora- esse tipo de #urisprud8ncia #urisprud8ncia de barreira Depende do interesse pol<tico em #o$o- con(orme a relevYncia social "O Plenrio desta Corte, ao julgar a ADN 1.540, decidiu que no cabe ao direta de inconstitucionalidade para se examinar a ocorrncia, ou no, de invaso de competncia entre a Unio Federal e os Estados-Membros, porquanto, nesse caso, para a anlise da inconstitucionalidade argida, h necessidade do confronto entre leis infraconstitucionais. (AD 384, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 21/02/03). AD8 !.FGG5M6;/0 ?elator o Ninistro >elso de Nello:
/EMENTA: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= >8NO=@DC>A >8C>8??=C@= (>7, A?@. 15) " A;=BA0A C!AST8 0= >8NO=@DC>A 0A ICT8 7=0=?A;, O8? 0O;8NA ;=BS;A@!8 =0@A08 O8? =S@A08"N=NE?8 " C=>=SS0A0= 0= O?H!8 >8C7?8C@8 =C@?= ;=S 0= >A?J@=? C7?A>8CS@@I>8CA; " CA0NSSE;0A0= =N S=0= 0= >8C@?8;= C8?NA@!8 AES@?A@8 " AST8 0?=@A CT8 >8C[=>0A. " Cas hi'-teses de com'et+ncia concorrente (>7, art. 15), nas quais se estabelece verdadeira situao de condom$nio le*islativo entre a Inio 7ederal e os =stados"membros (?AI; NA>[A08 [8?@A, e=studos de 0ireito >onstitucionale, '. 3MM, item n. 1, 4FFK, 0el ?ea), da$ resultando clara re'artio vertical de com'et+ncias normativas, a ,uris'rud+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal %irmou"se no sentido de entender incab$vel a ao direta de inconstitucionalidade, se, 'ara o es'ec$%ico e%eito de e&aminar"se a ocorr+ncia, ou no, de invaso de com'et+ncia da Inio 7ederal, 'or 'arte de qualquer =stado"membro, tornar"se necess#rio o con%ronto 'rvio entre di'lomas normativos de car#ter in%raconstitucional: a le*islao nacional de 'rinc$'ios ou de normas *erais, de um lado (>7, art. 15, P 4), e as leis estaduais de a'licao e e&ecuo das diretri(es %i&adas 'ela Inio 7ederal, de outro (>7, art. 15, P 1). Orecedentes. H que, tratando"se de controle normativo abstrato, a inconstitucionalidade h# de trans'arecer de modo imediato, derivando, o seu reconhecimento, do con%ronto direto que se %aa entre o ato estatal im'u*nado e o te&to da 'r-'ria >onstituio da ?e')blica. Orecedentes./ (/0.G./ de 61.2.1661). Eo entanto- o OKF admite al$umas e'ce/0es- ?uando #ul$a conveniente! AD8 F9GI ; 03 # 0A3ANZ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 112 ?elator(a): Nin. =;;=C B?A>= Gul*amento: 34L6KL166M Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;= 45.2M4L6K, 08 =S@A08 08 OA?ACJ. C78?NAST8 QIAC@8 ` O?=S=CSA 0= 8?BACSN8S B=C=@>AN=C@= N807>A08S =N A;N=C@8S = CB?=0=C@=S A;N=C@A?=S 0=S@CA08S A8 >8CSIN8 [INAC8 = ACNA;. ;= 7=0=?A; 44.46KL6K = 0=>?=@8S 5.M26L63 = K.KF4L6K. >8NO=@DC>A ;=BS;A@!A >8C>8??=C@= OA?A 0SO8? S8E?= O?80IST8, >8CSIN8 = O?8@=ST8 = 0=7=SA 0A SAR0=. A?@. 15, ! = :, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. =S@AE=;=>N=C@8 0= C8?NAS B=?AS O=;A ICT8 = >8NO=@DC>A SIO;=N=C@A? 08S =S@A08S. 4. Oreliminar de o%ensa re%le&a a%astada, uma ve( que a des'eito da constatao, 'elo @ribunal, da e&ist+ncia de normas %ederais tratando da mesma tem#tica, est# o e&ame na ao adstrito eventual e direta o%ensa, 'ela lei atacada, das re*ras constitucionais de re'artio da com'et+ncia le*islativa. Orecedente: A0 1.K3K"N>, rel. Nin. Se')lveda Oertence, 0G 14.44.63. 1. Se,a dis'ondo sobre consumo (>7, art. 15, !), se,a sobre 'roteo e de%esa da sa)de (>7, art. 15, :), busca o 0i'loma estadual im'u*nado inau*urar re*ulamentao 'aralela e e&'licitamente contra'osta le*islao %ederal vi*ente. 3. 8corr+ncia de substituio " e no su'lementao " das re*ras que cuidam das e&i*+ncias, 'rocedimentos e 'enalidades relativos rotula*em in%ormativa de 'rodutos trans*+nicos 'or norma estadual que dis'Vs sobre o tema de maneira i*ualmente abran*ente. =&tra'olao, 'elo le*islador estadual, da autori(ao constitucional voltada 'ara o 'reenchimento de lacunas acaso veri%icadas na le*islao %ederal. Orecedente: A0 3.63K, rel. Nin. Bilmar Nendes, 0G 45.46.6K. 5. Declarao de inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento de decreto re$ulamentar superveniente em razo da relao de dependYncia entre sua validade e a le$itimidade constitucional da lei ob(eto da ao. Orecedentes: A0 537" Q8, rel. Nin. >elso de Nello, 0G 4F.61.F3 e A0 473"N>, rel. Nin. Noreira Alves, 0G 17.65.F6. K. Ao direta cu,o 'edido %ormulado se ,ul*a 'rocedente. & Isso n"o compet8ncia le$islativa estadual- mas o(ensa re(le'a Le(s mun("(0a(s & Neis municipais n"o podem ser ob#eto de controle por meio de %DI diante da Constitui/"o Federal- somente diante da Constitui/"o Astadual g %rti$o 12Q- _2q- CF Art. 41K. 8s =stados or*ani(aro sua Gustia, observados os 'rinc$'ios estabelecidos nesta >onstituio. (...) P 1 " >abe aos =stados a instituio de re'resentao de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou munici'ais em %ace da >onstituio =stadual, vedada a atribuio da le*itimao 'ara a*ir a um )nico -r*o. (...) 11F & Fala da %DI estadual A'iste a %DI no Ymbito do OKF (em (ace da CF) e no Ymbito do estado&membro * no Kribunal de @usti/a (em (ace da Constitui/"o Astadual) E"o se pode a#ui>ar %DI da Constitui/"o Federal perante o K@ (art 1U2- I- CF * compet8ncia ori$inHria do OKF) %s leis distritais ?ue decorrerem da compet8ncia municipal do Distrito Federal n"o podem ser ob#eto de %DI perante o OKF & %rt 9U- CF * cabe ao munic<pio le$islar sobre interesse local (somente o caso concreto pode determinar o ?ue interesse local- pois trata&se de conceito va$o) A' de compet8ncia municipal! ;orHrio de (uncionamento de banco; cemitrio etc & Portanto- n"o cabe %DI de lei municipal (ou distrital em compet8ncia municipal) perante o OKF- pois a CF n"o autori>a Cabe %DI de lei municipal perante o K@ & 2er os arts 2Q- _ 1V; 9U- I- CF! Art. 1K. 8s =stados or*ani(am"se e re*em"se 'elas >onstitui9es e leis que adotarem, observados os 'rinc$'ios desta >onstituio. P 4 " So reservadas aos =stados as com'et+ncias que no lhes se,am vedadas 'or esta >onstituio. (...) Art. 36. >om'ete aos Nunic$'ios: " le*islar sobre assuntos de interesse local. " su'lementar a le*islao %ederal e a estadual no que couber. (...) & A'! Caso mencionado pela pro(essora- em ?ue o ,DF pretendia $astar todo o or/amento da secretaria de cultura com um Dnico evento de carHter particular ()O) +usic Festival) Assa previs"o n"o decorreu de decreto- como deveria- mas de iniciativa de parlamentar %p.s a#ui>amento de %DI perante o K@- esse Kribunal declarou a constitucionalidade da norma Eo caso em tela- o art J1- CF n"o (oi observado (nem o corresponde na CA * Constitui/"o Astadual- o art 51) Assa situa/"o pode ense#ar o a#ui>amento de %DI perante o OKF- pois a norma $uerreada viola preceito constitucional Art. M4. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer membro ou >omisso da ><mara dos 0e'utados, do Senado 7ederal ou do >on*resso Cacional, ao Oresidente da ?e')blica, ao Su'remo @ribunal 7ederal, aos @ribunais Su'eriores, ao Orocurador"Beral da ?e')blica e aos cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta >onstituio. (...) 136 Art. 74. A iniciativa das leis com'lementares e ordin#rias cabe a qualquer membro ou comisso da ><mara ;e*islativa, ao Bovernador do 0istrito 7ederal e, nos termos do art. 25, !, ao @ribunal de >ontas do 0istrito 7ederal, assim como aos cidados, na %orma e nos casos 'revistos nesta ;ei 8r*<nica. P 4 >om'ete 'rivativamente ao Bovernador do 0istrito 7ederal a iniciativa das leis que dis'onham sobre: W criao de car*os, %un9es ou em're*os ')blicos na administrao direta, aut#rquica e %undacional, ou aumento de sua remunerao. W servidores ')blicos do 0istrito 7ederal, seu re*ime ,ur$dico, 'rovimento de car*os, estabilidade e a'osentadoria. W or*ani(ao da Orocuradoria"Beral do 0istrito 7ederal. ! W criao, estruturao, reestruturao, desmembramento, e&tino, incor'orao, %uso e atribui9es das Secretarias de =stado do 0istrito 7ederal, Ur*os e entidades da administrao ')blica. (nciso com a redao da =menda ;ei 8r*<nica n 55, de 166K.) ! W 'lano 'lurianual, oramento anual e diretri(es orament#rias. P 1 Co ser# ob,eto de deliberao 'ro'osta que vise a conceder *ratuidade ou subs$dio em servio ')blico 'restado de %orma indireta, sem a corres'ondente indicao da %onte de custeio. (>onstituio do 0istrito 7ederal) AD8 IDV ; M4 5 M8NA/ 4E3A8/ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 41L61L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"13"6K"1663 OO"66636 =N=C@ !8;"61444"63 OO" 66M64 EMENTA: 0?=@8 >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 0= ;= 8I A@8 C8?NA@!8 NIC>OA;, =N 7A>= 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;: >AEN=C@8 A0N@08 O=;A >8CS@@IST8 08 =S@A08 0= NCAS B=?AS, QI= A@?EI >8NO=@DC>A A8 @?EICA; 0= GIS@SA OA?A O?8>=SSJ";A = GI;BJ";A. CA0NSSE;0A0=. 4. 8 ordenamento constitucional brasileiro admite A9es 0iretas de nconstitucionalidade de leis ou atos normativos munici'ais, em %ace da >onstituio estadual, a serem 'rocessadas e ,ul*adas, ori*inariamente, 'elos @ribunais de Gustia dos =stados (arti*o 41K, 'ar#*ra%o 1A da >.7.). 1. Co, 'orm, em %ace da >onstituio 7ederal. 3. Ali#s, nem mesmo o Su'remo @ribunal 7ederal tem com'et+ncia 'ara A9es dessa es'cie, 'ois o art. 461, , /a/, da >.7. s- a 'rev+ 'ara A9es 0iretas de nconstitucionalidade de lei ou ato normativo %ederal ou estadual. Co, assim, munici'al. 5. 0e sorte que o controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos munici'ais, diante da >onstituio 7ederal, s- se %a(, no Erasil, 'elo sistema di%uso, ou se,a no ,ul*amento de casos concretos, com e%ic#cia, /inter 'artes/, no /er*a omnes/. K. Orecedentes. M. Ao 0ireta ,ul*ada 'rocedente, 'elo [email protected]., 'ara declarar a inconstitucionalidade das e&'ress9es /e da >onstituio da ?e')blica/ e /em %ace da >onstituio da ?e')blica/, constantes do art. 46M, al$nea /h/, e do 'ar#*ra%o 4A do art. 442, todos da >onstituio de Ninas Berais, 'or con%erirem ao res'ectivo @ribunal de Gustia com'et+ncia 'ara o 134 'rocesso e ,ul*amento de A.0.. de lei ou ato normativo munici'al, em %ace da >onstituio 7ederal. 7. Olen#rio. 0eciso un<nime. Le(s anter(ores D Const(tu(%&o Fe#era) n&o 0o#em ser ob1eto #e "ontro)e 0or me(o #e ADI :n&o$a0)("a%&o #a teor(a #a T(n"onst(tu"(ona)(#a#e su0er+en(enteU;N & % teoria da inconstitucionalidade superveniente tem rela/"o com o (en:meno da recep/"o ou n"o de leis anteriores = nova ordem constitui/"o O OKF n"o adota essa teoria AD8 ! ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. OAI;8 E?8SSA?0 Gul*amento: 6ML61L4FF1 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"14"44"4FF7 OO"M6K2K =N=C@ !8;"642F1"64 OO"66664 EMENTA: >8CS@@IST8. ;= AC@=?8? QI= A >8C@?A?=. ?=!8BAST8. C>8CS@@I>8CA;0A0= SIO=?!=C=C@=. NO8SSE;0A0=. 4. A lei ou constitucional ou no lei. ;ei inconstitucional uma contradio em si. A lei constitucional quando %iel >onstituio. inconstitucional na medida em que a desres'eita, dis'ondo sobre o que lhe era vedado. 8 v$cio da inconstitucionalidade con*+nito lei e h# de ser a'urado em %ace da >onstituio vi*ente ao tem'o de sua elaborao. ;ei anterior no 'ode ser inconstitucional em relao >onstituio su'erveniente. nem o le*islador 'oderia in%rin*ir >onstituio %utura. A >onstituio sobrevinda no torna inconstitucionais leis anteriores com ela con%litantes: revo*a"as. Oelo %ato de ser su'erior, a >onstituio no dei&a de 'rodu(ir e%eitos revo*at-rios. Seria il-*ico que a lei %undamental, 'or ser su'rema, no revo*asse, ao ser 'romul*ada, leis ordin#rias. A lei maior valeria menos que a lei ordin#ria. 1. ?ea%irmao da anti*a ,uris'rud+ncia do S@7, mais que cinquenten#ria. 3. Ao direta de que se no conhece 'or im'ossibilidade ,ur$dica do 'edido. )iblio$ra(ia recomendada! Contro)e #e Const(tu"(ona)(#a#e no D(re(to Kras()e(ro * Nu<s 4oberto )arroso * Oaraiva (mel;or ?ue o livro do ,ilmar +endesXPaulo ,ustavo ,onet- pois ,ilmar +endes diva$a muito) *.*.6. PARp!ETRO DE CONTROLE TeGto "onst(tu"(ona) em +(gor * re$ra $eral! pre#u<>o da %DI se o te'to constitucional tiver sido substancialmente alterado ou revo$ado AD8 B9:G ; 4+ # 4+8Z/ 131 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 1FL63L4FFF Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"12"6K"4FFF OO"66665 =N=C@ !8;"64FK1"64 OO" 66411 EMENTA: " 0?=@8 >8CS@@I>8CA;. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 0A =N=C0A >8CS@@I>8CA; C 16, 0= 46.6F.4FF7, 08 =S@A08 0= B8JS, QI= A>?=S>=C@8I 8 P 2 A8 A?@. F1 0A >8CS@@IST8 =S@A0IA;. @=@8 0= !=C>N=C@8S = O?8!=C@8S (A?@. 37, :, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A; 0= 4FF2). !AC@AB=CS O=SS8AS (A?@. 3F, P 4). SIO=?!=CDC>A 0A =.>. C 4F, 0= 65.6M.4FF2. A.0.. O?=GI0>A0A. 4. A medida cautelar, no caso, %oi de%erida a 15 de setembro de 4FF7, quando ainda estavam em vi*or, em sua redao ori*in#ria, os te&tos do art. 37, :, e do art. 3F, P 4, da >onstituio 7ederal de 6K.46.4F22. 1. >ontudo, a K de ,unho de 4FF2, entrou em vi*or a =menda >onstitucional n 4F, de 5 de ,unho de 4FF2, que deu tratamento inteiramente diverso s matrias neles re*uladas. 3. =m suma, ,# no esto em vi*or os te&tos ori*in#rios do art. 37, :, e do art. 3F, P 4, da >.7.L22, cu,a a'arente violao %oi levada em considerao, 'ara o e%eito da concesso da medida cautelar de sus'enso da =.>. n 16, de 46.6F.4FF7, do =stado de Boi#s, que acrescentou o P 2 ao art. F1 da >onstituio =stadual. 5. 8ra, 'ac$%ica a ,uris'rud+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal, no sentido de que, no controle concentrado de constitucionalidade, reali(ado no <mbito da Ao 0ireta de nconstitucionalidade, de que trata o art. 461 da >.7L22, o te&to a ser con%rontado com a >onstituio de ato normativo %ederal ou estadual elaborado durante sua vi*+ncia e desde que aquela (a >onstituio) continue em vi*or. K. Co caso, 'orm, a norma im'u*nada (P 2 do art. F1 da >onstituio de Boi#s, acrescentado 'ela =menda >onstitucional =stadual n 16, de 46.6F.4FF7) anterior nova redao dos re%eridos arti*os 37, :, e 3F, P 4, da >.7.L22. M. Se esse novo te&to das normas constitucionais %ederais revo*ou, ou no, a norma estadual ob,eto da im'u*nao, questo que s- se 'ode resolver no controle di%uso de constitucionalidade, ou se,a, na soluo de casos concretos, nas inst<ncias 'r-'rias. Co, assim, no controle concentrado, /in abstrato/, da Ao 0ireta de nconstitucionalidade, na qual o Su'remo @ribunal 7ederal s- leva em conta o te&to constitucional em vi*or, no, 'ortanto, o revo*ado ou substancialmente alterado. 7. =m circunst<ncias assemelhadas, o Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal ,# ,ul*ou 're,udicadas al*umas A9es 0iretas de nconstitucionalidade, em %ace de altera9es substanciais no te&to ori*in#rio da >.7.L22 (A9es 0iretas de nconstitucionalidade ns 4.437, K7K, K41 e 4.F67). 2. Ao 0ireta de nconstitucionalidade ,ul*ada 're,udicada, %icando, em conseqZ+ncia, cassada a medida cautelar. In#e0en#On"(a #o Po#er Const(tu(nte Esta#ua) % Constitui/"o Astadual n"o estH obri$ada a adotar o mesmo rol dos le$itimados previstos no modelo Federal Aventuais e'a$eros podem ser corri$idos por meio da e'i$8ncia do re?uisito da pertin8ncia temHtica pelo Kribunal de @usti/a! & O OKF #H disciplinou ?ue cada Constitui/"o Astadual livre para le$itimar ?uem ?uiser- desde ?ue n"o se#a apenas um
AD8 IIV M6 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ 133 N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 4ML62L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 1M"63"4FF3 OO"6K664 =N=C@ !8;"64MF7"61 OO"6613K AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=: NOIBCAST8 A !A?8S O?=>=@8S 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 08 ?8 0= GAC=?8, >8N O=008 0= SISO=CST8 ;NCA? 08S A?@S. 466 (=N OA?@=), 4KF (=N OA?@=), 47M, />AOI@/ (=N OA?@=) = S=I OA?. 1., !, /=/ = /7/. 35M = 3K1, OA?AB. RC>8: N=00A >AI@=;A? 0=7=?0A OA?>A;N=C@=, S=N SISO=CST8 08 @=:@8, QIAC@8 A8 A?@. 47M, OA?. 1., !, /=/ = /7/, =, C@=B?A;N=C@=, QIAC@8 A8S A?@B. 35M = 3K1, OA?AB. RC>8. 4. ASS=NE;HA ;=BS;A@!A: NOIBCAST8 A8 S=I O80=? 0= >8C!8>A? OA?A =S>;A?=>N=C@8S 8S O?8>I?A08?=S" B=?AS 0= GIS@SA, 08 =S@A08 = 0A 0=7=CS8?A ORE;>A, >8NCAC08"S= A AISDC>A CGIS@7>A0A AS SACS]=S 08 >?N= 0= ?=SO8CSAE;0A0=: ;NCA? C0=7=?0A. 1. ?=O?=S=C@AST8 O8? C>8CS@@I>8CA;0A0= 0= C8?NAS ;8>AS =N 7A>= 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 (A?@. 4KF): A?BjST8 0= C!A;0A0=, =N 7A>= 08 N80=;8 7=0=?A; 08 A?@. 463 >7, 0A 8I@8?BA 0= ;=B@NAST8 A@!A A 0=OI@A08S =S@A0IAS = >8NSS]=S 0A ASS=NE;HA ;=BS;A@!A, ASSN >8N8 A8S O?8>I?A08?=S"B=?AS 08 =S@A08 = 0A 0=7=CS8?A ORE;>A: SISO=CST8 >AI@=;A? C0=7=?0A, A !S@A 08 A?@. 41K, OA?. 5., 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. 3. 0=7=CS8?A ORE;>A: A?BjST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 0= C8?NAS QI= ;[= >8C7=?=N A@?EIST8 OA?A: A) A 8?=C@AST8 GI?_0>A, A O8S@I;AST8 = A 0=7=SA =N GI_^8 08S 0?=@8S = C@=?=SS=S />8;=@!8S/ 08S C=>=SS@A08S (A?@. 47M, />AOI@/): 0=C=BAST8 0A ;NCA?. E) OA@?8>CA? (= CT8, O?8N8!=?) AST8 >!; =N 7A!8? 0= ASS8>AS]=S 0=S@CA0AS A O?8@=ST8 0= C@=?=SS=S /07IS8S/ (A?@. 47M, OA?. 1., !, /=/, 4., OA?@=): SISO=CST8 >AI@=;A? ?=>ISA0A. >) /0=N/, =N 7A!8? 0= ASS8>AS]=S 0= 0=7=SA 0= C@=?=SS=S />8;=@!8S/ (A?@. 47M, OA?. 1., !, /=/, 1., OA?@=): SISO=CST8 ;NCA? 0=7=?0A, =N @=?N8S, OA?A ?=S@?CB? O?8!S8?AN=C@= A AO;>AST8 08 0SO8S@!8 A [OU@=S= =N QI= S= >I0= 0= =C@0A0= >!; 0=SO?8!0A 0= N=8S OA?A 8 >IS@=8 08 O?8>=SS8. 0) OA@?8>CA? 8S 0?=@8S = C@=?=SS=S 08 >8CSIN08? ;=SA08, CA 78?NA 0A ;= (A?@. 47M, OA?. 1., !, /7/): N=00A >AI@=;A? 0=7=?0A =N @=?N8S SN;A?=S A 0A A;C=A />/ SIO?A. 5. !=?=A08?, NIC0A0=S: NOIBCAST8 A C8?NA >8CS@@I>8CA; ;8>A; QI= ;[=S =S@=C0= NIC0A0=S O?8>=SSIAS = O=CAS ASS=BI?A0AS A8S N=NE?8S 08 >8CB?=SS8 CA>8CA; (>7, A?@. K3, OA?S. 4., 1., 3., K. = 7.) = A8S 0=OI@A08S =S@A0IAS (>7, A?@. 17, OA?. 4.. >8CS@. =S@. ?G, A?@. 461, OA?S. 4., 1., 3., K. = M.), =N 7A>= 0A >8NO=@DC>A O?!A@!A 0A ICT8 OA?A ;=BS;A? S8E?= 0?=@8 O=CA; = 0?=@8 O?8>=SSIA;: SISO=CST8 ;NCA? 0=7=?0A. K. C@=?!=CST8 =S@A0IA; C8 NIC>_O8 O8? SISO=CST8 0A 0_!0A 7IC0A0A (>7, A?@. 3K, ): NOIBCAST8 A C8?NA >8CS@@I>8CA; ;8>A;, QI= =:>;I A C@=?!=CST8, /QIAC08 8 CA0NO;=N=C@8 =S@=GA !C>I;A08 A B=S@A8 135 AC@=?8?/ (>. =S@. ?G, A?@. 3K1, OA?AB. RC>8): SISO=CST8 ;NCA? >8C>=00A. Poss(b()(#a#e #e "umu)a%&o #e normas #e esta#os$membros #(ferentes & Por uma ?uest"o de economia processual- em ra>"o de matria comum a todas elas A' $uerra (iscal Dever ;aver identidade de matria AD85]+ !VGG ; 03 # 0A3ANZ QI=S@T8 0= 8?0=N CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8" CA;0A0= ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 15L65L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: A0n " ao direta de inconstitucionalidade) cumulao ob(etiva de ar$uiWes de inconstitucionalidade de atos normativos de entidades estatais diversas) 'ip1teses e%cepcionais de admissibilidade) aditamento recebido. . =m 'rinc$'io, no de admitir, no mesmo 'rocesso de ao direta, a cumulao de ar*ui9es de inconstitucionalidade de atos normativos emanados de di%erentes entes da 7ederao, ainda quando lhes se,a comum o %undamento ,ur$dico invocado. . [#, no entanto, duas hi'-teses 'elo menos em que a cumulao ob,etiva considerada, mais que %acultada, necess#ria: a) a 'rimeira aquela em que, dada a imbricao substancial entre a norma %ederal e a estadual, a cumulao indis'ens#vel 'ara viabili(ar a e%ic#cia do 'rovimento ,udicial visado: assim, 'or e&em'lo, quando, na #rea da com'et+ncia concorrente da Inio e dos =stados, a lei %ederal de normas *erais e a lei local contiverem 'receitos normativos id+nticos ou similares cu,a eventual inconstitucionalidade ha,a de ser simultaneamente declarada, sob 'ena de %a(er"se in-cua a deciso que s- a um deles alcanasse. b) a se*unda aquela em que da relao material entre os dois di'lomas resulta que a inconstitucionalidade de um 'ossa tornar"se questo 're,udicial da invalide( do outro, como sucede na es'cie. O (n="(o #o efe(to +(n"u)ante #a #e"(s&o #o STF! & Oe$undo o OKF- a declara/"o de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade de uma norma tem e(eitos a partir da publica/"o da ata de #ul$amento da decis"o no DiHrio de @usti/a- ainda ?ue n"o ten;a ;avido o trYnsito em #ul$ado da decis"o & Luando come/a a valer a decis"o do OKF] & E"o con(undir com o pra>o para recurso- ?ue se inicia ?uando o ac.rd"o (or publicado & 2er art 26 da lei 76J6X77 Art. 12. 0entro do 'ra(o de de( dias a'-s o tr<nsito em ,ul*ado da deciso, o Su'remo @ribunal 7ederal %ar# 'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio da Gustia e do 0i#rio 8%icial da Inio a 'arte dis'ositiva do ac-rdo. 13K Pargrafo nico. A declarao de constitucionalidade ou de incons" titucionalidade, inclusive a inter'retao con%orme a >onstituio e a declarao 'arcial de inconstitucionalidade sem reduo de te&to, t+m e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante em relao aos -r*os do Ooder Gudici#rio e Administrao O)blica %ederal, estadual e munici'al. (;ei F.2MFLFF) & O e(eito da decis"o do OKF vincula toda a %dministra/"o PDblica Antretanto- o e(eito vinculante da decis"o do OKF n"o vincula o pr.prio OKF- nem vincula o Ne$islativo Fu2rum 0ara +ota%&o: H m(n(stros. Fu2rum #e #e"(s&o: Q m(n(stros. & Asse ?u.rum se re(ere ao OKF & O ?u.rum para re(erendar eventual liminar em %DI o mesmo <ei nR C.V9V;BCCC Art. 11. A deciso sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente ser# tomada se 'resentes na sesso 'elo menos oito Ninistros. Art. 13. =%etuado o ,ul*amento, 'roclamar"se"# a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da dis'osio ou da norma im'u*nada se num ou noutro sentido se tiverem mani%estado 'elo menos seis Ninistros, quer se trate de ao direta de inconstitucionalidade ou de ao declarat-ria de constitucionalidade. Pargrafo nico. Se no %or alcanada a maioria necess#ria declarao de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ninistros em n)mero que 'ossa in%luir no ,ul*amento, este ser# sus'enso a %im de a*uardar"se o com'arecimento dos Ninistros ausentes, at que se atin,a o n)mero necess#rio 'ara 'rolao da deciso num ou noutro sentido. *.*.?. O PASSO A PASSO DA ADI ;= 7=0=?A; C F.2M2L4FFF Art. M 8 relator 'edir# in%orma9es aos -r*os ou s autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo im'u*nado. Pargrafo nico. As in%orma9es sero 'restadas no 'ra(o de trinta dias contado do recebimento do 'edido. Art. 2 0ecorrido o 'ra(o das in%orma9es, sero ouvidos, sucessivamente, o Advo*ado"Beral da Inio e o Orocurador"Beral da ?e')blica, que devero mani%estar"se, cada qual, no 'ra(o de quin(e dias. 13M Art. F !encidos os 'ra(os do arti*o anterior, o relator lanar# o relat-rio, com c-'ia a todos os Ninistros, e 'edir# dia 'ara ,ul*amento. & E"o cabe liminar monocrHtica em %DI FUEST^ES I!PORTANTES! Contro+,rs(a sobre a man(festa%&o #o A>U :art. *584 CF;! Art. 463. (...) P4 " 8 Orocurador"Beral da ?e')blica dever# ser 'reviamente ouvido nas a9es de inconstitucionalidade e em todos os 'rocessos de com'et+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal. (...) P3 " Quando o Su'remo @ribunal 7ederal a'reciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma le*al ou ato normativo, citar#, 'reviamente, o Advo*ado" Beral da Inio, que de%ender# o ato ou te&to im'u*nado. & % CF disp0e ?ue o %,M deve de(ender ?ual?uer ato impu$nando- inclusive norma distrital- por e'emplo Oua (un/"o de curador do ato normativo O problema ocorre ?uando a ?uest"o #H (oi e'austivamente discutida e de(inida como absolutamente inconstitucional- especialmente em (ace da #urisprud8ncia Am ra>"o disso- sur$iu o #ul$ado abai'o Tem0eramentos #a 0art("(0a%&o #o A>U % %DI 1J1J EMENTA: (....) A0!8BA08"B=?A; 0A ICT8. 0=7=SA 08 A@8 NOIBCA08 0= QI= =:S@=N O?=>=0=C@=S 08 S@7. O8SSE;0A0=. (...) 5. 8 m)nus a que se re%ere o im'erativo constitucional (>7, arti*o 463, P 3) deve ser entendido com tem'eramentos. + Advo$ado5 4eral da =nio no est obri$ado a de"ender tese (urdica se sobre ela esta 6orte ( "i%ou entendimento pela sua inconstitucionalidade. Ao ,ul*ada 'rocedente 'ara declarar inconstitucional a ?esoluo Administrativa do @ribunal ?e*ional do @rabalho da Ml ?e*io, tomada na Sesso Administrativa de 36 de abril de 4FF7. & Contudo- recentemente o OKF trou'e nova ?uest"o para anHlise! 137 NO.A ALTERARSO %DI 971J Am anHlise de %DI sobre a carreira da Pol<cia Civil- o Oupremo entende n"o ser obri$at.ria de(esa de lei pelo %,M (supera/"o parcial do entendimento (irmado na %DI 1J1J) A Advocacia Geral da Unio pode deixar de defender a constitucionalidade de norma questionada perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Essa foi a concluso do Plenrio do STF durante anlise de uma questo de ordem na Ao Direta de nconstitucionalidade (AD) 3916. Luest)o de ordem O ministro Marco Aurlio levantou questo de ordem quanto obrigatoriedade de a Advocacia Geral da Unio se manifestar em defesa da lei questionada. Segundo ele, a Constituio Federal imperativa quando estabelece que a AGU deve defender o ato atacado ( 3 do art. 103 da CF). Ocorre que, ao receber vista dos autos, a AGU considerou que os artigos deveriam ser declarados inconstitucionais pela Corte, pois estariam "eivados de vcio de inconstitucionalidade formal, uma vez que a carreira de policial civil do DF sempre teve seu estatuto regido por lei federal. Para o ministro Marco Aurlio "a AGU no tem opo, tendo em vista que deve haver um contraponto, ou seja, "algum deve defender o ato normativo. Nesse ponto, foi seguido pelo ministro Joaquim Barbosa, segundo o qual o texto da CF claro. Entretanto, a maioria dos ministros entendeu que a AGU teria autonomia para agir. "A AGU manifesta-se pela convenincia da constitucionalidade e no da lei, disse a ministra Crmen Lcia. Para Ayres Britto, a Advocacia Geral deveria ter a oportunidade de escolher como se manifestar, "conforme a convico jurdica completou Peluso. & O ?ue estava em #o$o era lei distrital ?ue criava direitos para a Pol<cia Civil do DF Eo entanto essa compet8ncia privativa da Mni"o (em rela/"o = Pol<cia Civil- +ilitar e Corpo de )ombeiros) A ainda de iniciativa do C;e(e do A'ecutivo %inda n"o ;avia #urisprud8ncia do OKF espec<(ica sobre o tema do #ul$ado em tela & Asse precedente n"o superou a %DI 1J1J- por?ue no caso concreto a de(esa do ato o(endia o interesse da Mni"o Iavendo con(ronto entre a de(esa do ato normativo e a de(esa dos interesses da Mni"o- deve prevalecer a se$unda ;ip.tese %ssim- o %,M n"o pode dei'ar de de(ender o ato normativo ?uando ?uiser Portanto- a (le'ibili>a/"o permitida pelo OKF relativa- pois o %,M somente n"o estarH obri$ado a de(ender o ato normativo ?uando violar interesse da Mni"o ou ?uando ;ouver #urisprud8ncia pac<(ica di>endo ?ue ato normativo inconstitucional & Considerando ?ue o %,M o curador do ato normativo- ele- em re$ra- sempre obri$ado a de(ender a constitucionalidade da lei- mesmo as leis mani(estamente inconstitucionais *./. ADC 2 ANOD D/CLA3AEP3;A D/ CD"SE;E@C;D"AL;DDAD/ & Praticamente tudo o ?ue se (alou at a$ora em rela/"o = %DI se aplica = %DC 132 & Ea %DC pede&se ?ue determinado ato se#a declarado constitucional- mesmo #H ;avendo a presun/"o de constitucionalidade das leis & Cab<vel ?uando ;H $rande con(us"o em rela/"o = constitucionalidade da lei 2isa resolver controvrsia #udicial relevante ( re?uisito) Krata&se de mecanismo ob#etivando o recon;ecimento e'presso- pelo Oupremo Kribunal Federal- da compatibilidade entre determinada norma e a Constitui/"o- em ;ip.teses nas ?uais ;a#a interpreta/0es #udiciais con(litantes )usca&se- com isso- a(astar a incerte>a #ur<dica e estabelecer orienta/"o ;omo$8nea sobre a matria Iist.rico! na 4epresenta/"o nV 7Q- em 17P5- o ent"o Procurador&,eral da 4epDblica- K;em<stocles Cavalcanti- a despeito de ter sido o autor da a/"o- mani(estou&se pela constitucionalidade do preceito impu$nado- ?uando do parecer (inal sobre o mrito da a/"o Antretanto- re(erida a/"o n"o (oi con;ecida- por?uanto o Oupremo l;e atribuiu o carHter de consulta & % %DC relativamente recente (sur$iu em 1779) Di(erente da %DI ?ue sur$iu em 17JQ- em controle abstrato @H na 4epresenta/"o nV 19P7- ?uando o P,4 in$ressou diretamente com a 4epresenta/"o pleiteando o recon;ecimento da constitucionalidade da lei- a Corte entendeu ser inepta a inicial! 3p BFGC ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< ?=O?=S=C@AST8 ?elator(a): Nin. A;0? OASSA?C[8 Gul*amento: 62L6FL4F22 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"46"62"4F2F OB"41F4M =N=C@ !8;"64KK6"64 OB" 66467 ?=O?=S=C@AST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. C>8CS@@I>8CA;0A0= CT8 ?=>8C[=>0A 0= C>8 O=;A O?8>I?A08?A B=?A; 0A ?=OIE;>A A8 87=?=>=? A ?=O?=S=C@AST8. CT8 H 0= S= >8C[=>=? 0A ?=O?=S=C@AST8 OA?A 0=>;A?AST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=, CA >8C78?N0A0= 08 0SO8S@8 C8 A?@B8 44F, , e;e 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;, >8NECA08 >8N 8 A?@. 4MF, 08 ? 08 [email protected]., QIAC08 8 O?UO?8 O?8>I?A08? B=?A; 0A ?=OIE;>A ;8B8 A8 87=?=>=? A ?=O?=S=C@AST8 0=>;A?A C=:S@? =!A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= CA ;= 8EG=@8 0A A?BjST8 QI= ;[= 78 0?B0A O8? @=?>=?8S. ;= C. 7131, 0= 1F.46.25. 0=>?=@8";= 1163"25. 0=>?=@8 F6.MK5 = 0=>?=@8 F6.7KML25. Obs! n"o cabe nada contra sDmula- nem %DI- %DF- nada 2er sDmula 991- I2 (KOK) 13F /,mula FFB, T/T 8H " 8 inadim'lemento das obri*a9es trabalhistas, 'or 'arte do em're*ador, im'lica a res'onsabilidade subsidi#ria do tomador dos servios, quanto quelas obri*a9es, inclusive quanto aos -r*os da administrao direta, das autarquias, das %unda9es ')blicas, das em'resas ')blicas e das sociedades de economia mista, desde que ha,am 'artici'ado da relao 'rocessual e constem tambm do t$tulo e&ecutivo ,udicial (art. 74 da ;ei n 2.MMM, de 14.6M.4FF3). (Alterado 'ela ?es. FML1666, 0G 42.6F.1666) Seme)9an%a entre ADC e ADI: a) Deve ;aver controvrsia #udicial relevante D(feren%as entre ADC e ADI: a; Ob1eto! s. cabe %DC de lei (ederal- apenas b; Leg(t(m(#a#e! alterado com a AC nq PQX2UUP! P TeGto Pr(m(t(+o :EC nl 87L8;: P 5. A ao declarat-ria de constitucionalidade 'oder# ser 'ro'osta 'elo Oresidente da ?e')blica, 'ela Nesa do Senado 7ederal, 'ela Nesa da ><mara dos 0e'utados ou 'elo Orocurador"Beral da ?e')blica. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 3, de 4FF3) (?evo*ado 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) TeGto Atua) :EC nl 6?7/556;: Art. 463. Oodem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declarat1ria de constitucionalidade: (?edao dada 'ela =menda >onstitucional nA 5K, de 1665) " o Oresidente da ?e')blica. " a Nesa do Senado 7ederal. " a Nesa da >amara dos 0e'utados. ! " a Nesa de Assembleia ;e*islativa ou da ><mara Le#is6$"i:$ do Dis"ri"o Feder$6T V * o 3o:ern$dor de Es"$do o% do Dis"ri"o Feder$6T VI * o Proc%r$dor*3er$6 d$ Re58;6ic$T ! " o >onselho 7ederal da 8rdem dos Advo*ados do Erasil. 156 Au)a /8 $ *?75H7/5** ! " 'artido 'ol$tico com re'resentao no >on*resso Cacional. : W con%ederao sindical ou entidade de classe de <mbito nacional. ReWu(s(tos #a ADC no STF: a; O. cabe em (ace de lei (ederal b; Ne$itimados! os mesmos da %DI "; Controvrsia #udicial relevante Aste re?uisito pode ser a maior clHusula de barreira imposta pelo OKF- pois essa Corte pode entender ?ue a controvrsia irrelevante A'! racionamento de ener$ia no in<cio dos anos 2UUU & % ideia da %DC evitar a lon$a espera da ?uest"o c;e$ar ao OKF pela via recursal e'traordinHria- de modo ?ue a controvrsia relevante possa ser apreciada direta e rapidamente pelo OKF E"o ;H necessidade de mani(esta/"o do %dvo$ado&,eral da Mni"o como curador do ato normativo- tal como ocorre na %DI & Obs! E"o cabe mani(esta/"o do %,M na %DC- eis ?ue o ato normativo estH sendo de(endido desde a inicial Eecessidade de demonstrar controvrsia #udicial relevante (n"o apenas doutrinHria) sobre a aplica/"o da norma ob#eto da a/"o declarat.ria "O ajuizamento da ao declaratria de constitucionalidade, que faz instaurar processo objetivo de controle normativo abstrato, supe a existncia de efetiva controvrsia judicial em torno da legitimidade constitucional de determinada lei ou ato normativo federal. Sem a observncia desse pressuposto de admissibilidade, torna-se invivel a instaurao do processo de fiscalizao normativa in abstracto, pois a inexistncia de pronunciamentos judiciais antagnicos culminaria por converter, a ao declaratria de constitucionalidade, em um inadmissvel instrumento de consulta sobre a validade constitucional de determinada lei ou ato normativo federal, descaracterizando, por completo, a prpria natureza jurisdicional que qualifica a atividade desenvolvida pelo Supremo Tribunal Federal. (ADC 8-MC, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 04/04/03). Y 0oss=+e) "aute)ar em ADC: <ei nR C.V9V;CC Art. 14. 8 Su'remo @ribunal 7ederal, 'or deciso da maioria absoluta de seus membros, 'oder# de%erir 'edido de medida cautelar na ao declarat-ria de constitucionalidade, consistente na determinao de que os ,u$(es e os 154 @ribunais sus'endam o ,ul*amento dos 'rocessos que envolvam a a'licao da lei ou do ato normativo ob,eto da ao at seu ,ul*amento de%initivo. Pargrafo nico. >oncedida a medida cautelar, o Su'remo @ribunal 7ederal %ar# 'ublicar em seo es'ecial do 0i#rio 8%icial da Inio a 'arte dis'ositiva da deciso, no 'ra(o de de( dias, devendo o @ribunal 'roceder ao ,ul*amento da ao no 'ra(o de cento e oitenta dias, sob 'ena de 'erda de sua e%ic#cia. *.8. Controle de Constitucionalidade das leis estaduais e munici'ais 'erante o Eribunal de Fustia & Oe o interessado ?uiser a#ui>ar %DI perante o OKF- tal a/"o terH ?ue ocorrer em (ace da CF De semel;ante modo- a %DI perante o K@ se darH em (ace da Constitui/"o Astadual Assa ?uest"o envolve a compet8ncia de cada Corte de @usti/a Eo caso- o OKF- o $uardi"o da CF Autonom(a #os ParImetros #e Contro)e * o %rti$o 12Q- _2V- da CF autori>ou e'pressamente o controle abstrato do direito municipalXestadual perante a Constitui/"o Astadual- no Ymbito do Kribunal de @usti/a Art. 41K. 8s =stados or*ani(aro sua Gustia, observados os 'rinc$'ios estabelecidos nesta >onstituio. (...) P 1 " >abe aos =stados a instituio de re'resentao de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou munici'ais em %ace da >onstituio =stadual, vedada a atribuio da le*itimao 'ara a*ir a um )nico -r*o. (...) Poss(b()(#a#e #e 1u)gamento s(mu)tIneo #e ADI no Tr(buna) #e 3ust(%a e no Su0remo Tr(buna) Fe#era) Wuan#o o 0arImetro #e "ontro)e #o T3 for norma "onst(tu"(ona) esta#ua) #e re0ro#u%&o obr(gat2r(a ou +e#a#a Oe (orem a#ui>adas ao mesmo tempo- deverH ;aver o sobrestamento da %DI no K@- a$uardando&se o #ul$amento pelo OKF & E"o importa ?ual das %DIs (oi a#ui>ada primeiro- a %DI a#ui>ada perante o K@ terH ?ue a$uardar o #ul$amento da %DI pelo OKF Oe a norma (or de repeti/"o (reprodu/"o) obri$at.ria ou vedada- a decis"o do OKF possivelmente pre#udicarH = do K@ Oe a norma (or de repeti/"o (acultativa- a Dltima palavra serH do K@ Eeste caso- o OKF via di>er ?ue o estado&membro poderH a$ir como ?uiser- por se tratar de norma de repeti/"o (acultativa- (icando a Dltima palavra com o K@ & 2er art Q5- _PV- CF! 151 Art. K7. 8 >on*resso Cacional reunir"se"#, anualmente, na >a'ital 7ederal, de 1 de %evereiro a 47 de ,ulho e de 4 de a*osto a 11 de de(embro. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 50, de 2006) (...) P 5 >ada uma das >asas reunir"se"# em sess9es 're'arat-rias, a 'artir de 4 de %evereiro, no 'rimeiro ano da le*islatura, 'ara a 'osse de seus membros e eleio das res'ectivas Nesas, 'ara mandato de 1 (dois) anos, vedada a reconduo 'ara o mesmo car*o na eleio imediatamente subsequente. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 50, de 2006) (...) & Oomente no caso concreto o OKF poderH veri(icar se se trata de norma de reprodu/"o obri$at.riaXvedada ou (acultativa & %s decis0es do Oupremo em normas de repeti/"o obri$at.ria ou vedada vinculam o K@ (n"o ocorre e(eito vinculante em rela/"o ao Ne$islativo e ao pr.prio OKF) 77d dos casos encontram&se a?ui & 2er art 1U2- _ 2V- CF * e(eito vinculante das decis0es de %DI e %DC Eas ;ip.teses de repeti/"o (acultativa o OKF n"o dirH se ou n"o constitucional- a (im de evitar o e(eito vinculante- dei'ando tal decis"o para o K@ Art. 461. (...) P 1 As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, nas a9es diretas de inconstitucionalidade e nas a9es declarat-rias de constitucionalidade 'rodu(iro e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante, relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e administrao ')blica direta e indireta, nas es%eras %ederal, estadual e munici'al. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) (...) AD8 FDG9 ; /0 5 /?+ 0A=<+ AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 4KL65L1665 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"12"6K"1665 OO"665F1 =N=C@ !8;"614K3"63 OO" 66647 EMENTA: . Ao direta de inconstitucionalidade (>7, art. 461, , a) e re'resentao 'or inconstitucionalidade estadual (>7, art. 41K, P 1). A eventual re'roduo ou imitao, na >onstituio do =stado"membro, de 'rinc$'io ou re*ras constitucionais %ederais no im'ede a ar*uio imediata 'erante o Su'remo @ribunal da incom'atibilidade direta da lei local com a >onstituio da ?e')blica. ao contr#rio, a 'ro'ositura aqui da ao direta que bloqueia o curso simult<neo no @ribunal de Gustia de re'resentao lastreada no desres'eito, 'elo mesmo ato normativo, de normas constitucionais locais: 'recedentes. . Se'arao e inde'end+ncia dos Ooderes: 'esos e contra'esos: im'eratividade, no 'onto, do modelo %ederal. 4. Sem embar*o de diversidade de modelos concretos, o 'rinc$'io da diviso dos 'oderes, no =stado de 0ireito, tem sido sem're concebido como instrumento da rec$'roca limitao deles em %avor das liberdades cl#ssicas: da$ constituir em trao marcante de todas as suas %ormula9es 'ositivas os /'esos e contra'esos/ adotados. 1. A %iscali(ao le*islativa da ao 153 administrativa do Ooder =&ecutivo um dos contra'esos da >onstituio 7ederal se'arao e inde'end+ncia dos Ooderes: cuida"se, 'orm, de inter%er+ncia que s- a >onstituio da ?e')blica 'ode le*itimar. 3. 0o relevo 'rimacial dos /'esos e contra'esos/ no 'aradi*ma de diviso dos 'oderes, se*ue"se que norma in%raconstitucional " a$ inclu$da, em relao 7ederal, a constituio dos =stados"membros ", no dado criar novas inter%er+ncias de um Ooder na -rbita de outro que no derive e&'l$cita ou im'licitamente de re*ra ou 'rinc$'io da ;ei 7undamental da ?e')blica. 5. 8 'oder de %iscali(ao le*islativa da ao administrativa do Ooder =&ecutivo outor*ado aos -r*os coletivos de cada c<mara do >on*resso Cacional, no 'lano %ederal, e da Assembleia ;e*islativa, no dos =stados. nunca, aos seus membros individualmente, salvo, claro, quando atuem em re'resentao (ou 'resentao) de sua >asa ou comisso. . nter'retao con%orme a >onstituio: tcnica de controle de constitucionalidade que encontra o limite de sua utili(ao no raio das 'ossibilidades hermen+uticas de e&trair do te&to uma si*ni%icao normativa harmVnica com a >onstituio. AD85M6 BG!F ; /0 5 /?+ 0A=<+ N=00A >AI@=;A? CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@" @I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 16L6ML4FFM Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: Ao direta de inconstitucionalidade. Oedido de liminar. ;ei n F.331, de 17 de de(embro de 4FFK, do =stado de So Oaulo. " ?e,eio das 'reliminares de litis'end+ncia e de contin+ncia, 'orquanto, quando tramitam 'aralelamente duas a9es diretas de inconstitucionalidade, uma no @ribunal de Gustia local e outra no Su'remo @ribunal 7ederal, contra a mesma lei estadual im'u*nada em %ace de 'rinc$'ios constitucionais estaduais que so re'roduo de 'rinc$'ios da >onstituio 7ederal, sus'ende"se o curso da ao direta 'ro'osta 'erante o @ribunal estadual at o ,ul*amento %inal da ao direta 'ro'osta 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal, con%orme sustentou o relator da 'resente ao direta de inconstitucionalidade em voto que 'ro%eriu, em 'edido de vista, na ?eclamao 51K. " 8corr+ncia, no caso, de relev<ncia da %undamentao ,ur$dica do autor, bem como de conveni+ncia da concesso da cautelar. Sus'enso o curso da ao direta de inconstitucionalidade n 34.24F 'ro'osta 'erante o @ribunal de Gustia do =stado de So Oaulo, de%ere"se o 'edido de liminar 'ara sus'ender, e& nunc e at deciso %inal, a e%ic#cia da ;ei n F.331, de 17 de de(embro de 4FFK, do =stado de So Oaulo. O "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e #os esta#os$membros & 2er art 12Q- _2V- da CF! /eo H888 D+/ T38M=NA8/ E 2=KNE/ D+/ E/TAD+/ Art. 41K. 8s =stados or*ani(aro sua Gustia, observados os 'rinc$'ios estabelecidos nesta >onstituio. 155 P 4 " A com'et+ncia dos tribunais ser# de%inida na >onstituio do =stado, sendo a lei de or*ani(ao ,udici#ria de iniciativa do @ribunal de Gustia. P 1 " >abe aos =stados a instituio de re'resentao de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou munici'ais em %ace da >onstituio =stadual, vedada a atribuio da le*itimao 'ara a*ir a um )nico -r*o. Cab(mento #e Re"urso EGtraor#(nCr(o #e A"2r#&os Esta#ua(s "u1a "ontro+,rs(a fo( eGam(na#a ten#o "omo 0arImetro a Const(tu(%&o Esta#ua) & % norma da Constitui/"o Astadual era de observYncia obri$at.ria ou de observYncia vedada] Oe a norma era de observYncia obri$at.ria ou vedada- caberH 4ecurso A'traordinHrio Oe (or de observYncia (acultativa- n"o caberH 4A T *X enten#(mento #o Su0remo Tr(buna) Fe#era) $ Re")ama%&o 8E5 Teor(a #as TNormas O"(osasU & %s normas constitucionais estaduais cu#a repeti/"o das normas da Constitui/"o Federal (osse obri$at.ria- n"o seriam de (ato normas constitucionais T /X e atua) enten#(mento #o Su0remo Tr(buna) Fe#era) $ RCL 8H8 Teor(a #a For%a Normat(+a #as Normas #a Const(tu(%&o Esta#ua) #e Re0ro#u%&o Obr(gat2r(a! 3cl FVF ; /0 5 /?+ 0A=<+ ?=>;ANAST8 ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 44L6ML4FF1 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"4FF3 OO"6F7MK =N=C@ !8;"64765"64 OO" 66664 ?@G !8;"66457"61 OO"66565 EMENTA: ?eclamao com %undamento na 'reservao da com'et+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal. Ao direta de inconstitucionalidade 'ro'osta 'erante @ribunal de Gustia na qual se im'u*na ;ei munici'al sob a ale*ao de o%ensa a dis'ositivos constitucionais estaduais que re'rodu(em dis'ositivos constitucionais %ederais de observ<ncia obri*at-ria 'elos =stados. =%ic#cia ,ur$dica desses dis'ositivos constitucionais estaduais. Gurisdio constitucional dos =stados"membros. " Admisso da 'ro'ositura da ao direta de inconstitucionalidade 'erante o @ribunal de Gustia local, com 'ossibilidade de recurso e&traordin#rio se a inter'retao da norma constitucional estadual, que re'rodu( a norma constitucional %ederal de observ<ncia obri*at-ria 'elos =stados, contrariar o sentido e o alcance desta. ?eclamao conhecida, mas ,ul*ada im'rocedente. & A a decis"o de constitucionalidade emitida pelo K@ em Ymbito de %DI- vincula o OKF] Cabe 4A ou uma nova %DI- a$ora perante o OKF Como reverter #ul$amento do K@ ?ue declarou a inconstitucionalidade de norma] 15K E"o ;H como reverter- nem mediante nova %DI- pois n"o ;H mais lei % lei serH e'tinta O. caberH 4A- em (ace da indi$na/"o decorrente da declara/"o de inconstitucionalidade Nembrando ?ue no Ymbito do K@ s. poss<vel atacar lei estadual ou municipal Oe o K@ declarar a constitucionalidade de lei- esta pode ser ?uestionada por meio de %DI ou por 4A perante o OKF- desde ?ue o parYmetro de controle- a$ora- se#a a CF % %DI mais interessante por conta da possibilidade de liminar- e tambm por?ue o 4A em %DI $era repercuss"o $eral & Como sur$iu esse 4A em %DI] & Ale n"o decorre de nen;uma das ;ip.teses previstas no art 1U2- III da CF Asse 4A uma cria/"o #urisprudencial do OKF AstH colocado em duas reclama/0es ;ist.ricas! reclama/0es 95U e 969 (LER) & % re")ama%&o a#ui>ada em casos de usurpa/"o da compet8ncia do OKF- ?uando esta n"o estH sendo observada & % reclama/"o (a> parte do direito constitucional de peti/"o G uma (orma de ter acesso ao OKF para di>er ?ue n"o est"o cumprindo decis"o do OKF ou ?ue est"o usurpando sua compet8ncia E"o se trata de a/"o & Ea #urisprud8ncia acima- +oreira %lves entendia n"o ser caso de reclama/"o- pois nin$um estava usurpando compet8ncia do OKF- eis ?ue se tratava de controle de constitucionalidade de lei municipal em (ace da CF- compet8ncia tal ?ue o OKF n"o detin;a na?uela poca %tualmente- essa problemHtica perdeu sua (or/a- pois se pode recorrer a %DPF %demais- o OKF decidiu ?ue de sua compet8ncia apreciar %DI de lei municipal em (ace da CF & 4A em %DI continua sendo controle concentrado Am se tratando de controle concentrado- presume&se a repercuss"o $eral Para 4A em %DI n"o necessHrio o re?uisito do pre?uestionamento- inserindo&se o re?uisito da repercuss"o $eral Desne"ess(#a#e #e o STF remeter a #e"(s&o 0rofer(#a em se#e #e Re"urso EGtraor#(nCr(o ao Sena#o Fe#era) :Art(go ?/4 (n"(so -4 #a CF; Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal: (...) : " sus'ender a e&ecuo, no todo ou em 'arte, de lei declarada inconstitucional 'or deciso de%initiva do Su'remo @ribunal 7ederal. (...) & % e(icHcia erga omnes decorre da pr.pria decis"o do OKF! 3E BV:BG! ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ ?elator(a): Nin. ;NA? BA;!T8 Gul*amento: 43L62L4FF2 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno =N=C@A: =S@A08 08 ?8 0= GAC=?8. ;= 8?BbC>A 08 NIC>_O8 0A >AO@A;, 0= 6K.65.F6, A?@S. 1K = 17. 0is'ositivos que 15M se mostram incom'at$veis com a >onstituio 7ederal. Co 'rimeiro caso, 'or haverem le*itimado acumula9es no contem'ladas nos PP 4 e 1 do art. 47 do te&to transit-rio. e, no se*undo, 'or o%ensa ao art. 37, , do te&to 'ermanente da >arta da ?e')blica. ?ecurso e&traordin#rio 'rovido, com declarao da inconstitucionalidade dos dis'ositivos im'u*nados. 8 @ribunal, 'or votao un<nime, conheceu do recurso e&traordin#rio e lhe deu 'rovimento 'ara declarar a inconstitucionalidade dos arts. 1K, 17 e 'ar#*ra%os, do Ato das 0is'osi9es @ransit-rias da ;ei 8r*<nica do Nunic$'io do ?io de Ganeiro, de 6KL5LF6. !otou o Oresidente. =, em questo de ordem levantada 'elo Oresidente (Ninistro Noreira Alves), decidiu que a deciso tomada, como a 'resente, em recurso e&traordin#rio inter'osto em ao direta de inconstitucionalidade estadual, tem e%ic#cia er*a omnes, 'or se tratar de controle concentrado, e%ic#cia essa que se estende a todo o territ-rio nacional. Ausentes, ,usti%icadamente, os Ninistro >arlos !elloso e >elso de Nello, Oresidente. Oresidiu o ,ul*amento o Ninistro Noreira Alves. Olen#rio, 43.2.F2. & Am sede de controle di(uso necessHrio remeter a decis"o para o Oenado retirar a norma de circula/"o +esmo ?ue o Oenado n"o retire a norma de circula/"o- pelo menos o OKF terH decidido o caso concreto Ea prHtica- na maioria das ve>es o Oenado n"o retira a norma de circula/"o & Eo controle concentrado n"o se aplica o arti$o Q2- inciso 1- CF- de modo ?ue n"o necessHrio remeter a decis"o do OKF para o Oenado- at por?ue a ?uest"o n"o envolve caso concreto- e- ainda- por?ue- considerando ?ue o Oenado $eralmente n"o retira as normas de circula/"o- a decis"o do OKF poderia receber um carHter meramente opinativo- desmorali>ando a atua/"o do OKF Portanto- o pr.prio OKF retira a norma de circula/"o & +esmo se tratando de 4A em %DI n"o necessHrio mandar para o Oenado O pr.prio OKF retira a norma de circula/"o Asse 4A- na verdade- uma %DI ( s. um meio de ter acesso ao OKF para ?uestionar a constitucionalidade de norma) T Eo Ymbito do mesmo processo- assim se pronunciou o +inistro +arco %urlio! X8 %ato de a matria ter che*ado ao Su'remo na via do e&traordin#rio no descaracteri(a o 'rocesso em si. + processo continua sendo ob(etivo, o controle continua sendo concentrado e a nossa deciso, a teor do dis'ositivo K41 do >-di*o de Orocesso >ivil, substitui aquela 'rolatada 'elo @ribunal de Gustia, com a e&tenso ,# anunciada 'or !. =&a., ou se,a, nacionalY. & Assa uma ;ip.tese em ?ue o 4A (nos casos de norma de reprodu/"o obri$at.ria ou vedada) terH e(eito erga omnes- pois- na verdade- como visto anteriormente- se trata de uma %DI 6ontrole de 6onstitucionalidade nos Estados @TranscriWesA ?cl 5531L@8o ?=;A@8?: NC. B;NA? N=C0=S 157 DE68/?+: @rata"se de reclamao, com 'edido de medida liminar, 'ro'osta 'elo Nunic$'io de Oalmas, contra deciso 'ro%erida 'elo @ribunal de Gustia do =stado do @ocantins na Ao 0ireta de nconstitucionalidade nA 4.K13, que sus'endeu a vi*+ncia de dis'ositivos das ;eis >om'lementares Nunici'ais ns 467L1665 e 7FL1665 e do 0ecreto =&ecutivo nA 3K3L166K, que tratam da ta&a de coleta de li&o no munic$'io. Ale*a o requerente que a deciso reclamada, ao sus'ender a vi*+ncia de atos normativos munici'ais com base em normas constitucionais estaduais que a'enas re'rodu(em dis'ositivos da >onstituio 7ederal, a%ronta a deciso 'ro%erida 'or esta >orte no ,ul*amento da A0 nA K62, na qual %irmou"se o entendimento se*undo o qual o ordenamento constitucional no 'rev+ a com'et+ncia dos @ribunais de Gustia dos =stados 'ara e&ercer o controle concentrado de constitucionalidade de leis munici'ais em %ace da >onstituio 7ederal. A%irma que a sus'enso dos 'receitos normativos mencionados tem causado X*rave leso ordem, sa)de, se*urana e economia ')blicaY do Nunic$'io de Oalmas. Assim, requer, em sede de medida liminar, a sus'enso imediata dos e%eitos da deciso im'u*nada, 'ara que se,a restaurada a e%ic#cia dos dis'ositivos das ;eis >om'lementares Nunici'ais ns 467L1665 e 7FL1665 e do 0ecreto =&ecutivo nA 3K3L166K, at o ,ul*amento %inal desta reclamao. @endo em vista o teor do 'edido %ormulado, solicitei in%orma9es ao @ribunal de Gustia do =stado do @ocantins, que as 'restou s %ls. 3K4"3K1 dos autos. Decido. A questo versada na 'resente reclamao di( res'eito ao 'roblema dos limites im'ostos aos @ribunais de Gustia dos =stados 'ara o e&erc$cio do controle abstrato de constitucionalidade das leis ou atos normativos estaduais e munici'ais em %ace da >onstituio estadual, o que im'lica a inter'retao do art. 41K, P 1o da >onstituio 7ederal. 0e %orma mais es'ec$%ica, questiona"se, neste caso, se e&istiriam normas da >onstituio do =stado"membro que, 'or sua nature(a 'eculiar, estariam e&clu$das da a'reciao do @ribunal de Gustia. A questo *anha relevo diante da constatao de que muitas normas 'resentes nas >onstitui9es estaduais a'enas re'rodu(em dis'ositivos da >onstituio 7ederal, ou, em outros casos, a eles %a(em remisso. Ale*a o reclamante que tais normas no 'odem servir de 'ar<metro 'ara a declarao de inconstitucionalidade de atos normativos munici'ais, 'ois dessa %orma estar"se"ia con%erindo ao @ribunal de Gustia a com'et+ncia 'ara e&ercer a %iscali(ao abstrata da constitucionalidade de leis ou atos normativos munici'ais em %ace da >onstituio 7ederal, o que con%i*uraria a%ronta deciso deste Su'remo @ribunal 7ederal na A0 nA K62LNB, ?el. Nin. Sadnea Sanches, 0G 13.K.1663, a qual 'ossui a se*uinte ementa: 7'H'N3AW 9=:'=3; A;N23=3@A=;NA8. ACD; 9=:'3A 9' =NA;N23=3@A=;NA8=9A9' 9' 8'= ;@ A3; N;:HA3=<; H@N=A=PA8, 'H 4AA' 9A A;N23=3@=CD; 4'9':A8W AAO=H'N3; A9H=3=9; P'8A A;N23=3@=CD; 9; '23A9; 9' H=NA2 G':A=2, ?@' A3:=O@= A;HP'3LNA=A A; 3:=O@NA8 9' ^@23=CA PA:A P:;A'22M18A ' ^@8GM18A. =NA9H=22=O=8=9A9'. *. ; ordenamento constitucional brasileiro admite A#es 9iretas de =nconstitucionalidade de 152 leis ou atos normativos municipais, em face da Aonstituio estadual, a serem processadas e $ulgadas, originariamente, pelos 3ribunais de ^ustia dos 'stados %artigo *-R, pargrafo -d da A.4.&. -. No, porm, em face da Aonstituio 4ederal. .. Alis, nem mesmo o 2upremo 3ribunal 4ederal tem compet)ncia para A#es dessa espcie, pois o art. */-, =, 7aE, da A.4. s5 a prev) para A#es 9iretas de =nconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. No, assim, municipal. 0. 9e sorte !ue o controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais, diante da Aonstituio 4ederal, s5 se faz, no Orasil, pelo sistema difuso, ou se$a no $ulgamento de casos concretos, com eficcia, 7inter partesE, no 7erga omnesE. R. Precedentes. N. Ao 9ireta $ulgada procedente, pelo 2.3.4., para declarar a inconstitucionalidade das e(press#es 7e da Aonstituio da :epblicaE e 7em face da Aonstituio da :epblicaE, constantes do art. */N, al"nea 7hE, e do pargrafo *d do art. **a, todos da Aonstituio de Hinas Gerais, por conferirem ao respectivo 3ribunal de ^ustia compet)ncia para o processo e $ulgamento de A.9.=. de lei ou ato normativo municipal, em face da Aonstituio 4ederal. ,. Plenrio. 9eciso unBnime.E ?essalto, no entanto, que o Su'remo @ribunal 7ederal ,# teve a o'ortunidade de analisar, em sede de reclamao, a questo relativa com'et+ncia de @ribunal de Gustia estadual 'ara conhecer de ao direta de inconstitucionalidade %ormulada contra lei munici'al em %ace de 'ar<metro constitucional estadual que, na sua ess+ncia, re'rodu( dis'osio constitucional %ederal. >uidava"se de controvrsia sobre a le*itimidade do O@I institu$do 'or lei munici'al de So Oaulo, ca'ital (;ei munici'al n 44.4K1, de 36.41.F4). >oncedida a liminar 'elo @ribunal de Gustia de So Oaulo, o'Vs a Ore%eitura da ca'ital daquele =stado reclamao 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal, sustentando que, embora %undada na inobserv<ncia de 'receitos constitucionais estaduais, a ao direta acabava 'or submeter a'reciao do @ribunal de Gustia do =stado o contraste entre a lei munici'al e normas da >onstituio 7ederal (?cl. n 323, ?el. Nin. Noreira Alves, ,ul*ada em 44.6M.4FF1, 0G de 14.6K.4FF3). Anteriormente, ,ul*ando a ?eclamao n 376, a%irmara o Su'remo @ribunal 7ederal que %aleceria com'et+ncia aos @ribunais de Gustia estaduais 'ara conhecer de re'resentao de inconstitucionalidade de lei estadual ou munici'al em %ace de 'ar<metros %ormalmente estaduais, mas substancialmente inte*rantes da ordem constitucional %ederal. >onsiderou"se ento que a re'roduo na >onstituio estadual de normas constitucionais obri*at-rias em todos os n$veis da %ederao Xem termos estritamente $ur"dicosY seria XociosaY (?cl. n 376, ?el. Nin. 8ctavio Ballotti, ,ul*ada em 6F.65.4FF1, 0G de 1F.6M.1664). Asseverou"se que o te&to local de re'roduo %ormal ou material, Xno obstante a forma de proposio normativa do seu enunciado, vale por simples e(plicitao da absoro compuls5ria do preceito federal, essa, a norma verdadeira, !ue e(trai fora de sua recepo pelo ordenamento local, e(clusivamente, da supremacia hierr!uica absoluta da Aonstituio 4ederalY (?cl. n 376, ?el. Nin. 8ctavio Ballotti, ,ul*ada em 6F.65.4FF1, 0G de 1F.6M.1664). A tese concernente ociosidade da re'roduo de normas constitucionais %ederais obri*at-rias no te&to constitucional estadual esbarra ,# nos chamados 'rinc$'ios sens$veis, que im'9em, inequivocamente, aos =stados"membros, a ri*orosa observ<ncia daqueles estatutos m$nimos (>7, art. 35, !). Cenhuma d)vida subsiste de que a sim'les omisso da >onstituio estadual, quanto inadequada 'ositivao de um desses 15F 'ostulados, no te&to ma*no estadual, ,# con%i*uraria o%ensa suscet$vel de 'rovocar a instaurao da re'resentao interventiva. Co menos certo, 'or outro lado, que o =stado"membro deve observar outras dis'osi9es constitucionais estaduais, de modo que, adotada a orientao es'osada inicialmente 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, %icaria o direito constitucional estadual W substancial " redu(ido, talve(, ao 're<mbulo e s cl#usulas derro*at-rias. At 'orque, 'elo modelo anal$tico de >onstituio adotado entre n-s, nem mesmo o direito tribut#rio estadual 'ode ser considerado, se*undo uma orientao ortodo&a, um direito substancialmente estadual, ,# que, alm dos 'rinc$'ios *erais, a'lic#veis Inio, aos =stados e Nunic$'ios (arts. 45K"45F), das limita9es ao 'oder de tributar (arts. 4K6"4K1), contem'la o te&to constitucional %ederal, em se9es autVnomas, os im'ostos dos =stados e do 0istrito 7ederal (Seo ! " art. 4KK) e os im'ostos munici'ais (Seo ! " art. 4KM). >omo se v+, 'or demais estreito o es'ao e%etivamente va*o dei&ado ao alvedrio do constituinte estadual. So elucidativas, a 'ro'-sito, as se*uintes 'assa*ens do voto do Ninistro Noreira Alves na ?cl. n 323: 7Z petio de princ"pio dizer1se !ue as normas das Aonstitui#es estaduais !ue reproduzem, formal ou materialmente, princ"pios constitucionais federais obrigat5rios para todos os n"veis de governo na federao so in5cuas, e, por isso mesmo, no so normas $ur"dicas estaduais, at por no serem $ur"dicas, $ !ue $ur"dicas, e por isso eficazes, so as normas da Aonstituio 4ederal reproduzidas, razo por !ue no se pode $ulgar, com base nelas, no Bmbito estadual, ao direta de inconstitucionalidade, inclusive, por identidade de razo, !ue tenha finalidade interventiva. %...& 'ssas observa#es todas servem para mostrar, pela inadmissibilidade das conse!u)ncias da tese !ue se e(amina, !ue no e(ato pretender1se !ue as normas constitucionais estaduais !ue reproduzem as normas centrais da Aonstituio 4ederal %e o mesmo ocorre com as leis federais ou at estaduais !ue fazem a mesma reproduo& se$am in5cuas e, por isso, no possam ser consideradas normas $ur"dicas. 'ssas normas so normas $ur"dicas, e t)m eficcia no seu Bmbito de atuao, at para permitir a utilizao dos meios processuais de tutela desse Bmbito %como o recurso especial, no tocante ao artigo NS da 8ei de =ntroduo ao A5digo Aivil, e as a#es diretas de inconstitucionalidade em face da Aonstituio 'stadual&. 'las no so normas secundrias !ue correm necessariamente a sorte das normas primrias, como sucede com o regulamento, !ue caduca !uando a lei regulamentada revogada. 'm se tratando de norma ordinria de reproduo ou de norma constitucional estadual da mesma natureza, por terem eficcia no seu Bmbito de atuao, se a norma constitucional federal reproduzida for revogada, elas, por terem eficcia no seu Bmbito de atuao, persistem como normas $ur"dicas !ue nunca dei(aram de ser. ;s princ"pios reproduzidos, !ue, en!uanto vigentes, se impunham obrigatoriamente por fora apenas da Aonstituio 4ederal, !uando revogados, permanecem, no Bmbito de aplicao das leis ordinrias federais ou constitucionais estaduais, graas 6 eficcia delas resultante.Y (?cl. n 323, ?el. Nin. Noreira Alves, ,ul*ada em 44.6M.4FF1, 0G de 14.6K.4FF3). A 'revalecer a orientao advo*ada na ?eclamao n 376, restaria com'letamente esva(iada a cl#usula contida no art. 41K, P 1, da >onstituio, uma ve( que, antes de qualquer deciso, deveria o @ribunal de Gustia veri%icar, como questo 'reliminar, se a norma constitucional 1K6 estadual no era mera re'roduo do direito constitucional %ederal. 0e resto, no estaria a%astada a 'ossibilidade de que, em qualquer hi'-tese, %osse chamado o Su'remo @ribunal 7ederal, em reclamao, 'ara dirimir controvrsia sobre o car#ter %ederal ou estadual do 'ar<metro de controle. A 'ro'-sito, anotou, ainda, o Ninistro Noreira Alves: X %....& em nosso sistema $ur"dico de controle constitucional, a ao direta de inconstitucionalidade tem como causa petendi, no a inconstitucionalidade em face dos dispositivos invocados na inicial como violados, mas a inconstitucionalidade em face de !ual!uer dispositivo do parBmetro adotado %a Aonstituio 4ederal ou a Aonstituio 'stadual&. Por isso !ue no h necessidade, para a declarao de inconstitucionalidade do ato normativo impugnado, !ue se forme maioria absoluta !uanto ao dispositivo constitucional !ue leve cada $uiz da Aorte a declarar a inconstitucionalidade do ato. ;ra, para se concluir, em reclamao, !ue a inconstitucionalidade arguida em face da Aonstituio 'stadual seria uma arguio s5 admiss"vel em face de princ"pio de reproduo estadual !ue, em verdade, seria princ"pio constitucional federal, mister se faria !ue se e(aminasse a arguio formulada perante o 3ribunal local no apenas b como o parecer da Procuradoria1Geral da :epblica fez no caso presente, no !ue foi acompanhado pelo eminente Hinistro <elloso no voto !ue proferiu b em face dos preceitos constitucionais indicados na inicial, mas tambm, de todos o da Aonstituio 'stadual. ' mais, $ulgada procedente a reclamao, estar1se1ia reconhecendo !ue a lei municipal ou estadual impugnada no feriria nenhum preceito constitucional estritamente estadual, o !ue impossibilitaria nova arguio de inconstitucionalidade em face de !ual!uer desses preceitos, se, na converso feita por meio da reclamao, a ao direta estadual em face da Aonstituio 4ederal fosse $ulgada improcedente, por no violao de !ual!uer preceito constitucional federal !ue no apenas os invocados na inicial. ' como, com essa transformao, o 2upremo 3ribunal 4ederal no estaria su$eito ao e(ame da inconstitucionalidade da lei estadual ou municipal em face dos preceitos constitucionais invocados na inicial perante o 3ribunal de ^ustia, e tidos, na reclamao, como preceitos verdadeiramente federais, mudar1se1ia a causa petendi da aoW de inconstitucionalidade em face da Aonstituio 'stadual para inconstitucionalidade em face da Aonstituio 4ederal, sem limitao, evidentemente, aos preceitos invocados na inicialE. (?cl. n 323, ?el. Nin. Noreira Alves, ,ul*ada em 44.6M.4FF1, 0G de 14.6K.4FF3). A 'artir da deciso na ?cl. n 323 assentou"se no con%i*urada a usur'ao de com'et+ncia quando os @ribunais de Gustia analisam, em controle concentrado, a constitucionalidade de leis munici'ais ante normas constitucionais estaduais que re'rodu(em re*ra da >onstituio de observ<ncia obri*at-ria. 8 ac-rdo 'ossui a se*uinte ementa: 7'H'N3AW :eclamao com fundamento na preservao da compet)ncia do 2upremo 3ribunal 4ederal. Ao direta de inconstitucionalidade proposta perante 3ribunal de ^ustia na !ual se impugna 8ei municipal sob a alegao de ofensa a dispositivos constitucionais estaduais !ue reproduzem dispositivos constitucionais federais de observBncia obrigat5ria pelos 'stados. 'ficcia $ur"dica desses dispositivos constitucionais estaduais. ^urisdio constitucional dos 'stados1membros. 1 Admisso da propositura da ao direta de inconstitucionalidade perante o 3ribunal de ^ustia local, com possibilidade de recurso e(traordinrio se a interpretao da norma constitucional estadual, !ue reproduz a norma 1K4 constitucional federal de observBncia obrigat5ria pelos 'stados, contrariar o sentido e o alcance desta. :eclamao conhecida, mas $ulgada improcedente.E Co mesmo sentido, cito a deciso 'ro%erida na A0"Q8 nA 4.K1FLN@, ?el. Nin. 8ct#vio Ballotti (0G 12.1.4FF7), assim ementada: 7'H'N3AW Z competente o 3ribunal de ^ustia %e no o 2upremo 3ribunal&, para processar e $ulgar ao direta contra lei estadual contrastada com a norma da Aonstituio local, mesmo !uando venha esta a consubstanciar mera reproduo de regra da Aarta 4ederal, cabendo, em tese, recurso e(traordinrio de deciso !ue vier a ser proferida sobre a !uesto.E A questo tambm ob,eto de an#lise da doutrina es'eciali(ada no tema, como se 'ode veri%icar nas 'recisas li9es de ;eo 7erreira ;eonca (Aontrole de constitucionalidade estadual. So Oaulo: Saraiva, 166M, no 'relo): 7A despeito de ter outorgado aos 'stados o poder de institu"rem suas pr5prias Aonstitui#es, o legislador constituinte federal !uase no dei(ou espao para !ue os entes federativos inovassem nas matrias reservadas 6 sua compet)ncia. Prova disso o fato de a Aonstituio 4ederal ter previamente ordenado, em muitos aspectos, por meio das chamadas normas de observBncia obrigat5ria, a atividade do legislador constituinte decorrente, para o !ual dei(ou como nica sa"da, em inmeras matrias, a mera repetio do discurso constitucional federal, por via da transposio de vrias normas constitucionais federais para o te(to da Aonstituio 'stadual. Por outro lado, em matrias nas !uais a Aonstituio 4ederal outorgou ampla compet)ncia para !ue o constituinte estadual deliberasse a seu talante, com a possibilidade de edio das chamadas normas autnomas, este selimitou a imitar o disciplinamento eventualmente constante do modelo federal, mesmo !uando a ele no se encontrava subordinado. ; resultado de tal fenmeno a conviv)ncia, nos te(tos da Aonstituio da :epblica e das Aonstitui#es 'staduais, de normas formal ou materialmente iguais, a configurar uma identidade normativa entre os parBmetros de controle federal e estadual. 'm vista disso, cabe indagar !ual o 3ribunal competente para apreciar a ao direta de inconstitucionalidade de norma local !ue afrontar tais normas constitucionais repetidas, se o guardio da Aonstituio 4ederal ou o defensor da Aonstituio do respectivo 'stado1membro. %...& %...& 3al !uesto vem a debate na medida em !ue, 6 primeira vista, uma vez violada a norma constitucional estadual de repetio, tambm restaria violada, ipso facto, a norma constitucional federal repetida. 9a" o interesse em saber sob !ue parBmetro de controle se h de !uestionar a legitimidade do ato in!uinado de inconstitucional e, resolvido isto, perante !ue 3ribunal propor a ao direta correspondente.E 1K1 0elimitado o 'roblema, ;eo ;eonca, a'-s analisar a ,uris'rud+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal, assim conclui seu entendimento: 7Aom o entendimento firmado na :A8 .a., ficou assente !ue os parBmetros de controle federal e estadual guardam autonomia entre si, para fins de definir o 3ribunal competente para se pronunciar acerca da inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo local. Assim, se a ilegitimidade da norma arguida em face do parBmetro federal, de !uesto constitucional federal se trata, e o 2upremo 3ribunal 4ederal competente para resolver a !uesto em sede de controle abstratoe por outro lado, se a ilegitimidade da norma suscitada em face do parBmetro estadual, de !uesto constitucional estadual se trata, e o 3ribunal de ^ustia !ue ser competente para se pronunciar acerca da !uesto em sede de controle abstrato de normas. Nesse sentido, desde !ue proposta a ao direta em face da Aonstituio 'stadual, ser competente o 3ribunal de ^ustia, !ue o guardio do direito constitucional estadual. Aom isso, o !ue parece definir a compet)ncia para $ulgamento de ao direta de inconstitucionalidade o parBmetro de controle adotado %em outras palavras, a causa de pedir formulada na petio inicial de ao direta&, sendo irrelevante se, no caso de controle abstrato em face da Aonstituio 'stadual, o 3ribunal de ^ustia tiver !ue declarar a %i&legitimidade de norma perante dispositivos constitucionais estaduais !ue so mera reproduo de normas constitucionais federais de observBncia obrigat5ria para os 'stados. 'ssa orientao $ foi diversas vezes reiterada pelo 3ribunal, !ue tem ressaltado !ue 7fog h -d do artigo *-R da Aonstituio 4ederal no contempla e(ceoW define a compet)ncia para a ao direta de inconstitucionalidade, a causa de pedir lanada na iniciale sendo esta o conflito da norma atacada com a Aarta do 'stado, imp#e1se concluir pela compet)ncia do 3ribunal de ^ustia, pouco importando !ue ocorra repetio de preceito da Aarta da :epblica de adoo obrigat5riaE %:' *,,.aNR, :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio *a/*1*., p. -R/+. No mesmo sentido, cf. :A8 Raa, :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio *aN.1/*, p. *.Ne :' *R0./-a, :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio *+/01/-, p. 0*Re :' *++-+., :el. Hin. Harco Aurlio, 'mentrio -*Ra1., p. RN.&. 2e assim em relao 6s normas de reproduo %normas constitucionais federais de observBncia obrigat5ria reproduzidas na Aarta local&, com maior razo ser para as normas de imitao %normas constitucionais federais no obrigat5rias imitadas pelo constituinte estadual&. Presentes na Aonstituio do 'stado1membro por mera liberalidade do 5rgo constituinte decorrente, !ue o faz no e(erc"cio e dentro dos limites de sua autonomia constitucional, a impugnao de leis e atos normativos locais em face dessas normas de imitao no serve de prete(to para se deslocar a compet)ncia para processar e $ulgar a ao ao 2upremo 3ribunal 4ederal. Z !ue tais normas 7so frutos da autonomia do 'stado1membro, da !ual deriva a sua validade e, por isso, para todos os efeitos, so normas constitucionais estaduaisE (?>; 376, ?el. Nin. 8ctavio Ballotti, =ment#rio 1637"4, '. KM).Y ;o*o, a deciso de @ribunal de Gustia estadual que, em controle abstrato, declara a inconstitucionalidade de lei munici'al em %ace de norma da >onstituio do =stado que constitui mera re'etio de dis'ositivo da >onstituio 7ederal, no a%ronta o que decidido na A0 nA K62LNB, ?el. Nin. Sadnea Sanches (0G 13.K.1663), na medida em que o 'ar<metro de controle, nesse caso, a 'r-'ria norma constitucional estadual. 7eitas essas di*ress9es, 'reciso dei&ar claro que, no caso em an#lise, como se 'ode 1K3 a%erir nas in%orma9es 'restadas 'elo @ribunal de Gustia do =stado do @ocantins, a A0 nA 4.K13 tem como 'ar<metro de controle o art. MF, caput, da >onstituio estadual, que assim dis'9e: 7Art. N+. 2em pre$u"zo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, aplicam1se ao 'stado e aos Hunic"pios as veda#es ao poder de tributar, previstas no art. *R/ da Aonstituio 4ederal.E 8 Olen#rio do @ribunal de Gustia de @ocantins, a'reciando o 'edido de medida cautelar, entendeu 'laus$veis as ale*a9es do requerente de que o 0ecreto nA 3K3L166K, que trata da ta&a de coleta de li&o no Nunic$'io de Oalmas, violaria o re%erido art. MF, caput, da >onstituio do =stado, es'eci%icamente, o 'rinc$'io da le*alidade como limite ao 'oder de tributar. >omo se v+, o art. MF, caput, da >onstituio do =stado do @ocantins, re'resenta o que a doutrina denomina de norma constitucional estadual de carter remissivo, na medida em que, 'ara a disci'lina dos limites ao 'oder de tributar, remete 'ara as dis'osi9es constantes do art. 4K6 da >onstituio 7ederal. Sobre a 'roblem#tica da a'tido das normas remissivas 'ara com'or o 'ar<metro de controle em abstrato de constitucionalidade no <mbito do =stado"membro, cito novamente as li9es de ;eo ;eonca (Aontrole de constitucionalidade estadual. So Oaulo: Saraiva, 166M, no 'relo): 7A elevao da Aonstituio do 'stado1membro a parBmetro nico e e(clusivo do controle abstrato de normas estaduais torna oportuna a discusso acerca das normas constitucionais estaduais !ue podem ser consideradas idneas para efeito de se realizar esse controle. ; !ue se !uer saber se tal controle pode ser realizado em face de todas as normas da Aonstituio 'stadual ou se, ao contrrio, haveria algum tipo de norma !ue, em razo da sua natureza, no pudesse servir de parBmetro normativo idneo. Nesse sentido, assume especial relevo a discusso acerca das chamadas normas $ur"dicas remissivas presentes nas diversas Aonstitui#es 'staduais. 'm sua grande maioria, as normas $ur"dicas trazem elas pr5prias a regulamentao imediata da matria a !ue concernem, merecendo, por isso, a denominao de normas de regulamentao direta ou, em f5rmula mais sinttica, normas materiais. Por outro lado, em contraposio a estas normas, h outras em !ue a tcnica utilizada para a atribuio de efeitos $ur"dicos a determinado fato contido na hip5tese normativa indireta, 7consistindo numa remisso para outras normas materiais !ue ao caso se consideram, por esta via, aplicveisE. 3ais normas podem designar1se normas de regulamentao indireta ou normas per relationem, sendo mais apropriado, entretanto, denomin1las normas remissivas. 'ssa classificao das normas $ur"dicas em geral aplica1se tambm 6s normas constitucionais em particular, sendo poss"vel, portanto, proceder 6 distino entre normas constitucionais materiais e normas constitucionais remissivas, 7consoante encerram em si a regulamentao ou a devolvem para a regulamentao constante de outras normasE. Aomo no poderia dei(ar de ser, fenmeno semelhante ocorre com as normas contidas nas diversas Aonstitui#es 'staduais. Z comum o poder constituinte decorrente fazer constar das Aonstitui#es 'staduais um significativo nmero de proposi#es $ur"dicas remissivas 6 1K5 Aonstituio 4ederal. ; uso de tais f5rmulas acaba por revelar muitas vezes a inteno da!uele constituinte de transpor para o plano constitucional estadual a mesma disciplina normativa e(istente para uma determinada matria no plano constitucional federal. 9iante dessa constatao, coloca1se o problema de saber se tais proposi#es $ur"dicas remissivas constantes das Aonstitui#es 'staduais configuram parBmetro normativo idneo para o efeito de se proceder, em face delas, ao controle da legitimidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais perante os 3ribunais de ^ustia dos 'stados. @ma das dificuldades encontradas radica no fato de !ue, para se revelar o contedo normativo da norma estadual de remisso, em face da !ual se impugna a lei ou ato normativo local, seria necessrio valer1se antes do%s& dispositivo%s& da Aonstituio 4ederal mencionado%s& ou remetido%s&. Nesses termos, a norma constitucional estadual no possuiria contedo pr5prio, por no revelar sentido normativo autnomo. %...& Nesta hip5tese, a !uesto !ue se coloca pode ser assim formuladaW seria poss"vel impugnar por meio de ao direta, perante 3ribunal de ^ustia, lei ou ato normativo local por violao ao princ"pio da isonomia previsto na Aonstituio 4ederal e ao !ual, segundo a!uela proposio remissiva genrica, a Aonstituio do 'stado1membro faz refer)nciai 8 Su'remo @ribunal 7ederal en%rentou essa questo no ,ul*amento do ?= nA 143.416LEA, ?e. Nin. Naur$cio >orr+a, 0G 1.M.1666, diante de norma remissiva constante da >onstituio do =stado da Eahia (art. 45F), que 'ossui o se*uinte teor: 7; sistema tributrio estadual obedecer ao disposto na Aonstituio 4ederal, em leis complementares federais, em resolu#es do 2enado 4ederal, nesta Aonstituio e em leis ordinriasE. Ca ocasio, o @ribunal entendeu que tal norma no 'oderia %i*urar como 'ar<metro de controle de constitucionalidade 'erante o @ribunal de Gustia estadual. 8 ,ul*ado est# assim ementado: 7'H'N3AW A;N3:;8' AO23:A3; 9' A;N23=3@A=;NA8=9A9' 9' 8'= H@N=A=PA8. P:'22@P;23;2. P=P_3'2' 9' N;:HA2 ?@' 4A`'H H':A :'H=22D; 4;:HA8 A;2 P:=NAFP=;2 3:=O@3M:=;2 A;N23=3@A=;NA=2. =HP;22=O=8=9A9'. *. A simples refer)ncia aos princ"pios estabelecidos na Aonstituio 4ederal no autoriza o e(erc"cio do controle abstrato da constitucionalidade de lei municipal por este 3ribunal. -. ; a$uizamento de ao direta de inconstitucionalidade perante esta Aorte s5 permitido se a causa de pedir consubstanciar norma da Aonstituio 'stadual !ue reproduza princ"pios ou dispositivos da Aarta da :epblica. .. A hip5tese no se identifica com a $urisprud)ncia desta Aorte !ue admite o controle abstrato de constitucionalidade de ato normativo municipal !uando a Aonstituio 'stadual reproduz literalmente os preceitos da Aarta 4ederal. 0. :ecurso e(traordinrio conhecido e provido para declarar o autor carecedor do direito de ao.E Oorm, esse 'osicionamento %oi su'erado no ,ul*amento da ?>; nA 733LEA, na qual o @ribunal, 'or unanimidade de votos, se*uiu o voto do Ninistro lmar Balvo, relator, no sentido de que as normas 'ertencentes >onstituio estadual, que remetem disci'lina de determinada matria na >onstituio 7ederal, 'odem servir de 'ar<metro de controle abstrato de constitucionalidade no <mbito estadual. Co caso, tratava"se do art. Ko, caput, da >onstituio do =stado do Oiau$, que 'ossui o se*uinte teor: 7; 'stado 1KK assegura, no seu territ5rio e nos limites de sua compet)ncia, a inviolabilidade dos direitos e garantias fundamentais !ue a Aonstituio 4ederal confere aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no pa"sE. Sobre o acerto desse novo 'osicionamento do @ribunal, ;eo ;eonca tece os se*uintes coment#rios, em an#lise cr$tica da deciso 'ro%erida anteriormente no ?= nA 143.416: 7'm face de tal deciso %proferida no :' nd -*..*-/&, convm perguntar se o uso de normas remissivas pelo constituinte estadual, para disciplinar determinada matria !ue em outras normas elaboradas pelo constituinte federal $ teve sua disciplina amplamente formulada, inviabiliza a defesa processual da!uelas, em controle abstrato, perante o 3ribunal de ^ustia. Para resolver essa !uesto, preciso desenvolver um pouco mais a noo de norma $ur"dica remissiva, para, ao final, tecerem1se algumas conclus#es a respeito. Para isso, far1se1 uso dos conhecimentos dispon"veis em teoria geral do direito. A remisso por meio de proposi#es $ur"dicas um recurso tcnico1 legislativo de !ue o legislador se vale para evitar repeti#es incmodas. Proposi#es $ur"dicas dessa natureza 7remetem, tendo em vista um elemento da previso normativa ou a conse!j)ncia $ur"dica, para outra proposio $ur"dicaE. 9a" por!ue tais proposi#es serem consideradas como proposi#es $ur"dicas incompletas. Aonsideradas isoladamente, tais proposi#es carecem de maior significado, apenas o ad!uirindo em unio com outras proposi#es $ur"dicas. 9a" se afirmar !ue as proposi#es $ur"dicas incompletas so apenas partes de outras proposi#es normativas. Para 8arenz, 7ftgodas as proposi#es deste gnero so frases gramaticalmente completas, mas so, en!uanto proposi#es $ur"dicas, incompletasE. No obstante, tais normas so vlidas, so tidas como direito vigente, recebendo sua fora constitutiva, fundamentadora de conse!u)ncias $ur"dicas, !uando em cone(o com outras proposi#es $ur"dico1normativas. 'sse carter incompleto das proposi#es $ur"dicas remissivas remete ainda a uma outra classificao doutrinria. Nesse sentido, outra dicotomia !ue merece ateno a relativa 6s normas autnomas e 6s normas no autnomas ou dependentes, 7consoante valem por si, cont)m todos os elementos de uma norma $ur"dica, ou somente valem integradas ou con$ugadas com outrasE. 9esse modo, normas autnomas 7so as !ue t)m por si um sentido fnormativog completoE e no autnomas ou dependentes as !ue 7e(igem a combinao com outrasE. @ma proposio autnoma 7basta1se a si pr5pria, tem nos seus termos todos os elementos necessrios para a definio do seu alcance normativoE. Por outro lado, uma proposio no autnoma 7no contm todos esses elementosE, devendo ser cone(ionada com outra proposio $ur"dica 7para !ue o comando !ue nela se contm fi!ue completoE. =mbricando uma e outra classificao, poss"vel afirmar !ue apenas as normas materiais seriam normas autnomas, por!uanto as normas remissivas, por carecerem dos elementos de uma outra norma $ur"dica com a !ual ganhariam sentido se e !uando con$ugadas, constituem1se, em ltima anlise, em normas no autnomas ou dependentes. A norma constitucional estadual de remisso, na condio de norma dependente, toma de emprstimo, portanto, um determinado elemento da norma constitucional federal remetida, no se fazendo completa seno em combinao com este componente normativo e(terno ao te(to da Aonstituio 'stadual. 1KM 'ssa circunstBncia, todavia, no retira a fora normativa das normas constitucionais estaduais de remisso, !ue, uma vez con$ugadas com as normas 6s !uais se referem, gozam de todos os atributos de uma norma $ur"dica. Z o !ue se e(trai da seguinte passagem de Tarl 8arenzW 7; serem proposi#es $ur"dicas, se bem !ue incompletas, significa !ue comungam do sentido de validade da lei, !ue no so proposi#es enunciativas, mas partes de ordena#es de vig)ncia. 3odavia, a sua fora constitutiva, fundamentadora de conse!u)ncias $ur"dicas, recebem1na s5 em cone(o com outras proposi#es $ur"dicasE. Aom isso, se uma norma estadual ou municipal viola ou no uma proposio constitucional estadual remissiva, circunstBncia !ue apenas se saber ap5s a combinao entre norma remissiva e norma remetida, !ue o !ue vai determinar o alcance normativo do parBmetro de controle a ser adotado. 'ntretanto, uma vez determinado esse alcance, a anulao da norma estadual ou municipal por violao a tal parBmetro nada mais do !ue uma conse!j)ncia da supremacia da Aonstituio 'stadual no Bmbito do 'stado1membro. 'm outras palavras, as conse!u)ncias $ur"dicas decorrentes de eventual violao 6 proposio remissiva constante da Aonstituio 'stadual derivam da pr5pria posio hierr!uico1normativa superior desta no Bmbito do ordenamento $ur"dico do 'stado1membro, e no da norma da Aonstituio 4ederal a !ue se faz refer)ncia. Assim, se as proposi#es remissivas constantes das diversas Aonstitui#es 'staduais, apesar de seu carter dependente e incompleto, mant)m sua condio de proposi#es $ur"dicas, no haveria razo para se lhes negar a condio de parBmetro normativo idneo para se proceder, em face delas, ao controle abstrato de normas perante os 3ribunais de ^ustia. 'ssa parece ser a tese sub$acente ao entendimento adotado pelo Plenrio do 2upremo 3ribunal 4ederal, !ue, no $ulgamento da :A8 ,.., por unanimidade de votos, seguiu a orientao do Hin. =lmar Galvo, no sentido de !ue as normas constitucionais estaduais remissivas 6 disciplina de determinada matria prevista na Aonstituio 4ederal constituem parBmetro idneo de controle no Bmbito local.%...&E Oortanto, tal qual o entendimento adotado na ?>; nA 323 'ara as hi'-teses de normas constitucionais estaduais que re'rodu(em dis'ositivos da >onstituio 7ederal, tambm as normas constitucionais estaduais de car#ter remissivo 'odem com'or o 'ar<metro de controle das a9es diretas de inconstitucionalidade 'erante o @ribunal de Gustia estadual. 0essa %orma, tambm aqui no 'oss$vel vislumbrar qualquer a%ronta A0 nA K62LNB, ?el. Nin. Sadnea Sanches (0G 13.K.1663). >om essas considera9es, ne*o se*uimento 'resente reclamao, 'or ser mani%estamente im'rocedente, %icando 're,udicado o 'edido de medida liminar (art. 14, P 4, do ?S@7). Oublique"se. Arquive"se. Eras$lia, 17 de setembro de 166M. Ninistro B;NA? N=C0=S ?elator 1K7 & Obs! % matria estudada neste cap<tulo (sobre as %DIs) aborda con;ecimento $eral- aplicHvel- em al$uns pontos- a outras (ormas de controle de constitucionalidade- como %DPF e outras -III $ AR>UIRSO DE DESCU!PRI!ENTO DE PRECEITO FUNDA!ENTAL $ ADPF $ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE *. AR>UIRSO DE DESCU!PRI!ENTO DE PRECEITO FUNDA!ENTAL & NAI Eq 7662X77 & % %DPF tem previs"o constitucional * art 1U2- _ 1V- CF & ,ilmar +endes o pai da lei da %DPF e da %DC % lei da %DPF veio para concreti>ar o disposto no art 1U2- _ 1V- CF Di(erente da %DI e %DC- ?ue #H e'istiam na prHtica antes das respectivas leis ?ue disciplinaram seus detal;es & % %DPF (orma de controle de constitucionalidade para tudo o ?ue n"o cabe %DI & % decis"o da %DPF tem e(eito vinculante +ais viHvel ?ue o 4A- pois este ainda teria ?ue ser remetidos ao Oenado para retirada de circula/"o Art. 461. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal, 'reci'uamente, a *uarda da >onstituio, cabendo"lhe: (...) P 4. A ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, decorrente desta >onstituio, ser# a'reciada 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, na %orma da lei. (@rans%ormado em P 4 'ela =menda >onstitucional n 3, de 47L63LF3) (...) OK3ETO DA ADPF! & Avitar ou reparar les"o a preceito (undamental- resultante de ato #o Po#er P@b)("o; e ?uando (or relevante o (undamento da controvrsia constitucional sobre lei ou ato normativo (ederal- estadual ou mun("(0a)4 (n")u=#os os anter(ores D Const(tu(%&o & B%to do poder pDblicoC n"o ?uer di>er apenas lei % %DPF se aplica tambm a decretos- portarias- resolu/0es etc 1K2 & 2isa&se- ainda- com a %DPF- ter uma via de acesso mais rHpida ao OKF & E"o cabe %DI contra leis anteriores = CFX66 Contra elas- cabe %DPF & O (ato de ;aver %DPF no )rasil- n"o si$ni(ica a ado/"o da teoria da inconstitucionalidade superveniente da norma- pois a norma ?ue (or eventualmente a(astada em ra>"o da %DPF n"o serH tida por inconstitucional- mas apenas n"o serH recepcionada no ordenamento Im0en#e #esta"ar a eG(stOn"(a #e trOs 0ressu0ostos fun#amenta(s 0ara o "ab(mento #a ADPF! g % amea%a ou +(o)a%&o a 0re"e(to fun#amenta)N h O ato #o Po#er P@b)("o "ausa#or #a )es&oN i % (neG(stOn"(a #e Wua)Wuer outro me(o ef("a< #e sanar a )es(+(#a#e "ausa#a 0e)o Po#er P@b)("o. & B%to do poder pDblicoC pode ser ?ual?uer coisa! e' ata de reuni"o- senten/a etc & Contra sDmula n"o se admite %DPF $ EG(ste a"2r#&o #o STF #(<en#o Wue n&o , 0oss=+e) e n&o se 0o#e #ef(n(r o "on"e(to #e 0re"e(to fun#amenta). Trata$se #e T"arta bran"aU 0ara o STF se 0os("(onar4 #e forma ma(s )(+re4 a"er"a #e temas Wue 1u)ga re)e+antes ou n&o. Eecessidade de resolver controvrsias #udiciais de maneira clere- sem esperar ?ue os casos concretos c;e$uem ao OKF por meio de 4A % Nei nq 7662X77 veio re(or/ar- no direito brasileiro- a tend8ncia de priori>ar&se a #urisdi/"o constitucional abstrata e concentrada- na tentativa de p:r (im a inDmeras demandas individuais- sub#etivas e concretas absolutamente id8nticas- cu#os resultados- muitas ve>es con(litantes- apenas indu>iriam = desordem social e = inse$uran/a #ur<dica Eesse sentido- importante destacar trec;o da decis"o pro(erida pelo ministro OepDlveda Pertence- ?uando do #ul$amento da %DC nq 1XDF! /=sta conviv+ncia rentre o sistema di%uso e o sistema concentrados no se %a( sem uma 'ermanente tenso dialtica na qual, a meu ver, a e&'eri+ncia tem demonstrado que ser# inevit#vel o re%oro do sistema concentrado, sobretudo nos 'rocessos de massa. na multi'licidade de 'rocessos que inevitavelmente, a cada ano, na din<mica da le*islao, sobretudo da le*islao tribut#ria e matrias 'r-&imas, levar#, se no se criam mecanismos e%ica(es de deciso relativamente r#'ida e uni%orme, ao estran*ulamento da m#quina ,udici#ria, acima de qualquer 'ossibilidade de sua am'liao e, 'ro*ressivamente, ao maior descrdito da Gustia, 'ela sua 1KF total inca'acidade de res'onder demanda de centenas de milhares de 'rocessos ri*orosamente id+nticos, 'orque redu(idos a uma s- questo de direito/. T Cabe ao Su0remo #(<er4 no "aso "on"reto4 o Wue "onf(gura 0re"e(to fun#amenta)! AD07 B ]+ ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ QI=S@T8 0= 8?0=N CA A?BjST8 0= 0=S>INO?N=C@8 0= O?=>=@8 7IC0AN=C@A; ?elator(a): Nin. CH? 0A S;!=?A Gul*amento: 63L61L1666 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"67"44"1663 OO"66621 =N=C@ !8;"61434"64 OO" 66664 EMENTA: Ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental. ;ei nA F221, de 3.41.4FFF, que dis'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da re%erida medida constitucional. 1. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal o ,u$(o acerca do que se h# de com'reender, no sistema constitucional brasileiro, como 'receito %undamental. 3. >abimento da ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental. Cecessidade de o requerente a'ontar a leso ou ameaa de o%ensa a 'receito %undamental, e este, e%etivamente, ser reconhecido como tal, 'elo Su'remo @ribunal 7ederal. 5. Ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental como instrumento de de%esa da >onstituio, em controle concentrado. K. Ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental: distino da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade. M. 8 ob,eto da ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental h# de ser /ato do Ooder O)blico/ %ederal, estadual, distrital ou munici'al, normativo ou no, sendo, tambm, cab$vel a medida ,udicial /quando %or relevante o %undamento da controvrsia sobre lei ou ato normativo %ederal, estadual ou munici'al, inclu$dos os anteriores >onstituio/. 7. Ca es'cie, a inicial a'onta como descum'rido, 'or ato do Ooder =&ecutivo munici'al do ?io de Ganeiro, o 'receito %undamental da /se'arao de 'oderes/, 'revisto no art. 1A da ;ei Na*na da ?e')blica de 4F22. 8 ato do indicado Ooder =&ecutivo munici'al veto a'osto a dis'ositivo constante de 'ro,eto de lei a'rovado 'ela ><mara Nunici'al da >idade do ?io de Ganeiro, relativo ao O@I. 2. Co 'rocesso le*islativo, o ato de vetar, 'or motivo de inconstitucionalidade ou de contrariedade ao interesse ')blico, e a deliberao le*islativa de manter ou recusar o veto, qualquer se,a o motivo desse ,u$(o, com'9em 'rocedimentos que se ho de reservar es%era de inde'end+ncia dos Ooderes Ool$ticos em a'reo. F. Co , assim, enquadr#vel, em 'rinc$'io, o veto, devidamente %undamentado, 'endente de deliberao 'ol$tica do Ooder ;e*islativo " que 'ode, sem're, mant+"lo ou recus#"lo, " no conceito de /ato do Ooder O)blico/, 'ara os %ins do art. 4A, da ;ei nA F221L4FFF. m'ossibilidade de interveno anteci'ada do Gudici#rio, " eis que o 'ro,eto de lei, na 'arte vetada, no lei, nem ato normativo, " 'oder que a ordem ,ur$dica, na es'cie, no con%ere ao Su'remo @ribunal 7ederal, em via de controle concentrado. 46. Ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental no conhecida, 'orque no admiss$vel, no caso concreto, em %ace da nature(a do ato do Ooder O)blico im'u*nado. 1M6 T Eecessidade de demonstrar a ine'ist8ncia de outro meio e(ica> de sanar a lesividade Para ,ilmar +endes- o princ<pio da subsidiariedade s. deve ser analisado em rela/"o a outros processos de nature>a ob#etiva! A0O7 33 N>: Ar*uio de 0escum'rimento de Oreceito 7undamental x A0O7. Nedida >autelar. Ato re*ulamentar. Autarquia estadual. nstituto de 0esenvolvimento =conVmico"Social do Oar# x 0=SO. ?emunerao de 'essoal. !inculao do quadro de sal#rios ao sal#rio m$nimo. Corma no rece'cionada 'ela >onstituio de 4F22. A%ronta ao 'rinc$'io %ederativo e ao direito social %undamental ao sal#rio m$nimo di*no (arts. 7A, inciso !, 4A e 42 da >onstituio). Nedida liminar 'ara im'edir o com'rometimento da ordem ,ur$dica e das %inanas do =stado. 0receito 7undamental) par.metro de controle a indicar os preceitos "undamentais passveis de leso que (usti"iquem o processo e o (ul$amento da ar$uio de descumprimento. Direitos e $arantias individuais, clusulas p-treas, princpios sensveis) sua interpretao, vinculao com outros princpios e $arantia de eternidade. Densidade normativa ou si$ni"icado especi"ico dos princpios "undamentais. Direito pr-5 constitucional. 6lusulas de recepo da 6onstituio. Derro$ao do direito pr-5constitucional em virtude de coliso entre este e a 6onstituio superveniente. 0ireito com'arado: desenvolvimento da ,urisdio constitucional e tratamento di%erenciado em cada sistema ,ur$dico. A ;ei nA F.221, de 4FFF, e a e&tenso do controle direto de normas ao direito 'r"constitucional. 6lusula da subsidiariedade ou do e%aurimento das inst.ncias. 8ne%istYncia de outro meio e"icaz para sanar leso a preceito "undamental de "orma ampla, $eral e imediata. 6arter ob(etivo do instituto a revelar como meio e"icaz aquele apto a solver a controv-rsia constitucional relevante. 6ompreenso do princpio no conte%to da ordem constitucional $lobal. Atenuao do si$ni"icado literal do princpio da subsidiariedade quando o prosse$uimento de aWes nas vias ordinrias no se mostra apto para a"astar a leso a preceito "undamental./ (A0O7 33"N>, ?el. Nin. Bilmar Nendes, 0G 6ML62L65). & O #ul$ado acima (oi a primeira %DPF a ser #ul$ada- momento em Wue >()mar !en#es "9egou a es0e"(f("ar a)guns "on"e(tos. & %rt PV- _ 2V- da Nei 7662X77 * trata&se do re?uisito do princ<pio da subsidiariedade. N&o "aberC ADPF se 9ou+er outro me(o #e reso)+er o 0rob)ema. Este , o #(+(sor #e Cguas #a ADPF. Y o Wue tra< ma(or (m0ortIn"(a 0ara a ADPF. A ADPF4 a r(gor4 ser+e 0ara sa)+ar :)(+rar; o STF #a "9u+a #e REs. Esse 0r(n"=0(o #e+erC ser ana)(sa#o em re)a%&o aos #ema(s 0ro"essos #e "ontro)e "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e. Na 0rCt("a4 s2 se a1u=<a ADPF Wuan#o n&o "abe ADI. <ei C.VV!;CC Art. 5 A 'etio inicial ser# inde%erida liminarmente, 'elo relator, quando no %or o caso de ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, %altar al*um dos requisitos 'rescritos nesta ;ei ou %or ine'ta. P 4 Co ser# admitida ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental quando houver qualquer outro meio e%ica( de sanar a lesividade. 1M4 P 1 0a deciso de inde%erimento da 'etio inicial caber# a*ravo, no 'ra(o de cinco dias. (;ei F.221LFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, nos termos do P 4 do art. 461 da >onstituio 7ederal). Con(ira&se tambm com trec;o da decis"o do ministro Celso de +ello- ?uando do #ul$amento da %DPF nq 15X2UU1! /T claro que a mera possibilidade de utilizao de outros meios processuais no basta, s1 por si, para (usti"icar a invocao do princpio da subsidiariedade, pois, para que esse postulado possa le$itimamente incidir, revelar5se5 essencial que os instrumentos disponveis mostrem5 se aptos a sanar, de modo e"icaz, a situao de lesividade. sso si*ni%ica, 'ortanto, que o 'rinc$'io da subsidiariedade no 'ode " e no deve " ser invocado 'ara im'edir o e&erc$cio da ao constitucional de ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, eis que esse instrumento est# vocacionado a viabili(ar, numa dimenso estritamente ob,etiva, a reali(ao ,urisdicional de direitos b#sicos, de valores essenciais e de 'receitos %undamentais contem'lados no te&to da >onstituio da ?e')blica. Se assim no se entendesse, a indevida a'licao do 'rinc$'io da subsidiariedade 'oderia a%etar a utili(ao dessa relevant$ssima ao de $ndole constitucional, o que re'resentaria, em )ltima an#lise, a inaceit#vel %rustrao do sistema de 'roteo, institu$do na >arta Ool$tica, de valores essenciais, de 'receitos %undamentais e de direitos b#sicos, com *rave com'rometimento da 'r-'ria e%etividade da >onstituio. Da a prudYncia com que o /upremo Tribunal 7ederal deve interpretar a re$ra inscrita no art. Gd, o Bd, da <ei nd C.VV!;CC, em ordem a permitir que a utilizao da nova ao constitucional possa e"etivamente prevenir ou reparar leso a preceito "undamental, causada por ato do 0oder 0,blicoX. %lternativamente- o OKF #H recon;eceu a possibilidade de a %DPF ser recebida como %/"o Direta de Inconstitucionalidade- em ;omena$em ao princ<pio da (un$ibilidade processual- se observados na %DPF todos os demais re?uisitos necessHrios = propositura da %DI & Luest"o de Ordem na %DPF nq 52XP%- rel ministra Allen ,racie & IH al$uns precedentes recentes admitindo a (un$ibilidade de %DPF para %DI e vice&versa Os re?uisitos para %DPF s"o mais di(<ceis ?ue os re?uisitos para a %DI AD8 e Destinao de 3ecursos Oor vislumbrar a'arente violao ao dis'osto nos arti*os M4, P 4A, , b, e 4MK, , da >7, o @ribunal re%erendou medida liminar em ao direta de inconstitucionalidade, a,ui(ada como ar*uio de descum'rimento de 'receito %undamental, 'ro'osta 'elo Bovernador do 0istrito 7ederal contra a ;ei distrital 3.42FL1663 que inclui no calend#rio de eventos o%iciais do 0istrito 7ederal o /Eras$lia Nusic 7estival/. Sus'endeu"se, com e%ic#cia e& 1M1 tunc, at o ,ul*amento %inal da ao, a vi*+ncia do art. 1A e seu 'ar#*ra%o )nico desse di'loma le*al, que estabelecem, res'ectivamente, que, de %orma anual, o Ooder =&ecutivo destinar# Secretaria de >ultura, os recursos necess#rios monta*em e reali(ao do evento, bem como que o a'arato de se*urana e controle do tr<nsito necess#rio %icaro a car*o da Secretaria de Se*urana O)blica. Em preliminar, com base no princpio da "un$ibilidade, con'eceu5se da ar$uio proposta como ao direta de inconstitucionalidade @<ei C.VV!;CC, art. Gd, S BdA, ante a per"eita satis"ao dos requisitos e%i$idos & sua propositura @le$itimidade ativa, ob(eto, "undamentao e pedidoA, reportando5se & orientao "irmada no (ul$amento da AD07 :! DD;0A @D2= de !.B!.!DDIA. =ntendeu"se que a norma em questo, de iniciativa %ormulada 'or 0e'utado 0istrital, ao 'rever destinao de recursos, 'elo Ooder =&ecutivo, 'ara a Secretaria de >ultura, com vista reali(ao do evento musical, e encar*o da Secretaria de Se*urana O)blica 'ara o res'ectivo a'arato de se*urana e controle de tr<nsito, teria usur'ado a com'et+ncia e&clusiva do >he%e do Ooder =&ecutivo 'ara 'ro,etos de lei orament#ria e de or*ani(ao administrativa. A0 5426 ?e%erendo"N>L07, rel. Nin. >e(ar Oeluso, 46.3.1646. (A0" 5426) Os Anunciados das ODmulas do Oupremo n"o podem ser concebidos como atos do Poder PDblico lesivos a preceito (undamental(%DPF 6U) O OKF #H admitiu %DPF em (ace de decis"o #udicial (%DPF 11P- %DPF 1J5)! ?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia M 7 O Tribunal, por maioria, negou referendo deciso do Min. Eros Grau que concedera liminar em argio de descumprimento de preceito fundamental, da qual relator, proposta pelo Partido Democrtico Trabalhista - PDT contra o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, em ra$)o de decis5es 9udiciais (ue reconheceram a compet"ncia origin'ria desse tribunal para processar e 9ulgar recursos contra a expedi4)o de diplomas decorrentes de elei45es 2ederais e estaduais* A liminar 2ora concedida para o e2eito de sobrestar o 9ulgamento de (ual(uer recurso contra a expedi4)o de diploma ou 2eitos correlatos por a(uela Corte& at a decis)o do mrito desta A>PF. Sustenta o argente que essas decises contrariam o disposto nos incisos L, L1V e LV do art. 5, alm dos textos dos incisos e V do 40 do art. 121, todos da CF, visto que o encaminhamento de recursos ao TSE pressuporia a existncia de deciso do tribunal regional competente, resultando vedada Corte Especial a impugnao do diploma quando no observado esse procedimento. Afirma, ainda, violao do princpio do juiz natural, uma vez que as aes de que se trata haveriam de ser propostas nos tribunais regionais, e que a apreciao direta da impugnao do diploma pelo TSE consubstanciaria supresso da garantia do duplo grau de jurisdio ordinria. Alega, por fim, a inexistncia de outro meio processual eficaz para sanar a lesividade apontada. ADPF 167 Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167) ?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; - + Tribunal& por maioria& admitiu a a4)o* ?e9eitaram;se& de in6cio& as preliminares (uanto ao n)o cabimento da A>PF suscitadas pelo Bin* Carlos Gritto* Entendeu;se mostrar;se pass6vel de veicula4)o em sede de A>PF a interpreta4)o 9udicial alegadamente violadora de preceitos 2undamentais e 1M3 de n)o ser necess'ria para o cabimento da A>PF aut1noma a demonstra4)o da exist"ncia de controvrsia 9udicial sobre a (uest)o discutida. O Min. Marco Aurlio, no ponto, referiu-se condio inscrita no art. 30, V, da Lei 9.882/99 ("Art. 30 A petio inicial dever conter: ... V - se for o caso, a comprovao da existncia de controvrsia judicial relevante sobre a aplicao do preceito fundamental que se considera violado."). O Min. Celso de Mello, por sua vez, aduziu que o fato de a orientao do TSE impugnada nesta ao no ser controvertida na jurisprudncia daquela Corte, mas antes reiterada e consolidada, em nada afetaria a alegao de suposta violao a preceitos fundamentais contida na petio inicial, isso porque o partido argente no fundamentaria o seu pleito numa suposta insegurana jurdica decorrente de oscilao jurisprudencial do TSE, e sim sustentaria, na linha do que tambm colocado pelo Min. Eros Grau, relator, que a orientao questionada ofenderia normas constitucionais no apenas definidoras da competncia da Justia Eleitoral, mas postulados impregnados de carter fundamental, tais como o do juiz natural, da representao popular e do respeito ao devido processo eleitoral. ADPF 167 Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167) ?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; F ?eputou;se& ademais& devidamente observado o princ6pio da subsidiariedade& por n)o haver outro meio e2ica$ de sanar a lesividade sustentada aos preceitos 2undamentais. Nessa parte, o Min. Marco Aurlio observou que quanto alegao de que se poderia interpor recurso extraordinrio servido por ajuizamento de medida cautelar que lhe pudesse imprimir efeito suspensivo , tendo em conta o fato de a jurisprudncia do TSE estar sedimentada h 40 anos no sentido de ser da sua competncia julgar os recursos manejados contra a expedio, pelos Tribunais Regionais Eleitorais, de diplomas de investiduras em cargos eletivos de natureza estadual e federal , o TSE no imprimiria, considerada uma cautelar, a eficcia suspensiva ao apelo extremo interposto. Registrou, ainda, a jurisprudncia pacfica do TSE, presente o art. 216 do Cdigo Eleitoral ("Enquanto o Tribunal Superior no decidir o recurso interposto contra a expedio do diploma, poder o diplomado exercer o mandato em toda a sua plenitude."), segundo a qual, havendo pronunciamento cessando a jurisdio do TSE, tem-se o afastamento do cargo. O Min. Celso de Mello, afirmando que a subsidiariedade no deve ser analisada tendo como foco um determinado processo especfico, mas sim a tutela da ordem jurdica de forma global, verificou inexistir no ordenamento processual qualquer outro meio para sanar a suposta leso a preceito fundamental apontada pelo partido argente, muito menos no mbito da fiscalizao abstrata de constitucionalidade. O Min. Gilmar Mendes, Presidente, ao perfilhar essas manifestaes, lembrou que a Corte firmou orientao, a partir do julgamento da ADPF 33/PA (DJU de 16.12.2005), relativamente leitura que se faz do art. 40, 10, da Lei 9.882/99, no sentido de que no a simples existncia de um meio outro que afasta a utilizao da ADPF, porque ela, como processo objetivo, visa sanar, de uma vez por todas, a leso causada pelo Poder Pblico. Assim, a existncia de mecanismos eventuais de proteo de carter individual no elidiria a utilizao da ADPF. Quanto a essas preliminares, ficaram vencidos integralmente o suscitante e os Ministros Cezar Peluso e Ellen Gracie que consideravam no haver controvrsia jurdica relevante ou preceito fundamental envolvido e tambm no estar atendido o princpio da subsidiariedade. Vencido, ainda, o Min. Joaquim Barbosa, parcialmente, que apenas no vislumbrava a existncia da controvrsia jurdica. ADPF 167 Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167) ?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; K Em seguida, o Tribunal, de igual modo, afastou a preliminar de no conhecimento suscitada pelo Advogado Geral da Unio por ausncia de procurao com poderes especiais e especficos para o ajuizamento da ADPF. No obstante fazendo meno orientao jurisprudencial da Corte acerca da matria, no sentido de que so necessrios poderes especficos para o 1M5 ajuizamento da ADPF (AD 2187 QO/BA, DJU de 27.6.2000 e ADPF 110/R3, DJU de 28.6.2007), afastou-se sua aplicao ao caso sob anlise, concedeu-se o prazo de 5 dias para a complementao dos elementos faltantes na procurao apresentada nos autos e deliberou-se prosseguir no exame do referendo da cautelar, mormente diante do conhecimento de que o procurador seria de fato o representante da agremiao e, salientando a seriedade da controvrsia, a fim de permitir que o Tribunal cumprisse a finalidade para a qual se reunira pela segunda vez. Vencidos, relativamente a essa questo, os Ministros Marco Aurlio, Eros Grau, relator, Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, que, com base no art. 13 do CPC ("Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representao das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcar prazo razovel para ser sanado o defeito."), determinavam a baixa dos autos em diligncia para que fosse devidamente cumprida a regularizao da representao processual antes de se prosseguir com o julgamento. ADPF 167 Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 10.10.2009. (ADPF-167) ?ecursos contra a Expedi4)o de >iplomas e Compet"ncia ; , Quanto ao referendo da cautelar, reputou-se no estarem presentes os requisitos autorizadores da sua concesso. No se vislumbrou a plausibilidade jurdica do pedido, considerada a jurisprudncia pacfica, em torno de 4 dcadas, assentando a competncia originria do TSE para o julgamento dos recursos contra a expedio de diplomas decorrentes de eleies federais e estaduais. Tambm se entendeu que o periculum in mora, no caso, militaria no sentido inverso, j que, se fossem paralisados os julgamentos em trmite e devolvidos os processos para os Tribunais Regionais Eleitorais, haveria grande probabilidade de esses processos no terminarem no curso da durao dos respectivos mandatos. Alm disso, a manuteno da liminar geraria considervel insegurana jurdica. Vencidos, quanto ao referendo, os Ministros Eros Grau, relator, Cezar Peluso, e Gilmar Mendes, que referendavam a cautelar integralmente, asseverando a razoabilidade jurdica da pretenso, e o Min. Marco Aurlio, que a referendava em menor extenso, para que os processos que hoje esto originariamente no TSE fossem remetidos aos Tribunais Regionais Eleitorais para que ocorresse a seqncia pelos regionais e a interposio, se assim decidissem os prejudicados, do recurso ordinrio para o TSE. ADPF 167 Referendo em MC/DF, rel. Min. Eros Grau, 30.9.2009 e 1.10.2009. (ADPF-167) -I. $ TYCNICAS DE DECISSO NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE *. TYCNICAS DE DECISSO NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: A; De")ara%&o #e Const(tu"(ona)(#a#e. K; De")ara%&o #e anu)ab()(#a#e & Inconstitucionalidade sem pronDncia de Eulidade (e(icHcia e'&nunc ou prospectiva) Oenten/a Constitutiva Ee$ativa * Como ;armoni>ar diante do sistema misto de controle] %pelo ao le$islador * lei ainda constitucional 1MK & Teor(a #a anu)ab()(#a#e #a norma & a teoria ?ue concede e(eitos e'& nunc (a partir de a$ora) & Assa declara/"o de inconstitucionalidade ocorrerH sem pronDncia de nulidade Ou se#a- a normal inconstitucional a partir de a$ora ou a partir de um determinado momento (uturo Ou ?ue a norma estH em processo de inconstitucionalidade An?uanto a norma ainda n"o inconstitucional- c;ama&se de tcnica de apelo ao le$islador <E8 Nd C.V9V;BCCC: Art. 17. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista ra(9es de se*urana ,ur$dica ou de e&ce'cional interesse social, 'oder# o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria de dois teros de seus membros, restrin*ir os e%eitos daquela declarao ou decidir que ela s- tenha e%ic#cia a 'artir de seu tr<nsito em ,ul*ado ou de outro momento que venha a ser %i&ado. & O arti$o acima trata da previs"o da e(icHcia prospectiva Por e'emplo- ?uando o OKF di> ?ue a inconstitucionalidade de determinada prova come/arH a valer da?ui a um ano T %l$uns e'emplos de declara/"o de inconstitucionalidade e'&nunc eXou prospectiva! 3E BFIF!V ; /0 5 /?+ 0A=<+ ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8 ?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8 Gul*amento: 1FL6ML4FF5 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"16"65"1664 OO"66437 =N=C@ !8;"61617"6M OO" 644M5 ?@G !8;"66477"61 OO"6627F ;=B@N0A0= " AST8 /=: 0=;>@8/ " NCS@H?8 ORE;>8 " 0=7=CS8?A ORE;>A " A?@B8 M2 08 >U0B8 0= O?8>=SS8 O=CA; " >A?@A 0A ?=ORE;>A 0= 4F22. A teor do dis'osto no arti*o 435 da >onstituio 7ederal, cabe 0e%ensoria O)blica, instituio essencial %uno ,urisdicional do =stado, a orientao e a de%esa, em todos os *raus, dos necessitados, na %orma do arti*o KA, ;::!, da >arta, estando restrita a atuao do Ninistrio O)blico, no cam'o dos interesses sociais e individuais, queles indis'on$veis ('arte %inal do arti*o 417 da >onstituio 7ederal). C>8CS@@I>8CA;0A0= O?8B?=SS!A " !AE;^AST8 08 =:=?>_>8 0= 0?=@8 ASS=BI?A08 >8CS@@I>8CA;N=C@= " ASSS@DC>A GI?_0>A = GI0>J?A 08S C=>=SS@A08S " SIESS@DC>A @=NO8?J?A 0A ;=B@NAST8 08 NCS@H?8 ORE;>8. Ao =stado, no que asse*urado constitucionalmente certo direito, cum're viabili(ar o res'ectivo e&erc$cio. =nquanto no criada 'or lei, or*ani(ada " e, 'ortanto, 'reenchidos os car*os 'r-'rios, na unidade da 7ederao " a 0e%ensoria O)blica, 'ermanece em vi*or o arti*o M2 do >-di*o de Orocesso Oenal, estando o Ninistrio O)blico le*itimado 'ara a ao de ressarcimento nele 'revista. rrelev<ncia de a assist+ncia vir sendo 'restada 'or -r*o da Orocuradoria Beral do =stado, em %ace de no lhe com'etir, constitucionalmente, a de%esa 1MM daqueles que no 'ossam demandar, contratando diretamente 'ro%issional da advocacia, sem 're,u$(o do 'r-'rio sustento. & Luando as de(ensorias pDblicas (orem criadas e estiverem (uncionando devidamente- o art J6 se tornarH inconstitucional E"o se sabe ?uando isso irH acontecer Art. M2. As leis dele*adas sero elaboradas 'elo Oresidente da ?e')blica, que dever# solicitar a dele*ao ao >on*resso Cacional. P 4 " Co sero ob,eto de dele*ao os atos de com'et+ncia e&clusiva do >on*resso Cacional, os de com'et+ncia 'rivativa da ><mara dos 0e'utados ou do Senado 7ederal, a matria reservada lei com'lementar, nem a le*islao sobre: " or*ani(ao do Ooder Gudici#rio e do Ninistrio O)blico, a carreira e a *arantia de seus membros. " nacionalidade, cidadania, direitos individuais, 'ol$ticos e eleitorais. " 'lanos 'lurianuais, diretri(es orament#rias e oramentos. P 1 " A dele*ao ao Oresidente da ?e')blica ter# a %orma de resoluo do >on*resso Cacional, que es'eci%icar# seu conte)do e os termos de seu e&erc$cio. P 3 " Se a resoluo determinar a a'reciao do 'ro,eto 'elo >on*resso Cacional, este a %ar# em votao )nica, vedada qualquer emenda. & O apelo ao le$islador ocorre ?uando o OKF marca uma data certa /8 @ribunal, a'licando e%eitos e& nunc, ,ul*ou 'rocedente 'edido %ormulado em ao direta 'ro'osta 'elo Oartido da 7rente ;iberal W O7; 'ara declarar a inconstitucionalidade do art. K4 do Ato das 0is'osi9es >onstitucionais @ransit-rias da >onstituio do =stado da Oara$ba, que altera os limites territoriais do Nunic$'io do >onde x v. n%ormativo 534. (...) Gusti%icou"se a a'licao dos e%eitos e& nunc, em %ace da adoo do rito do art. 41 da ;ei F.2M2LFF, uma ve( que, na es'cie, a norma hostili(ada 'ermanecera em vi*or 'or de(esseis anos, 'er$odo em que diversas situa9es ,ur$dicas %oram consolidadas, notadamente nos <mbitos %inanceiro, tribut#rio e administrativo, as quais deveriam ser mantidas, sob 'ena de o%ensa se*urana ,ur$dica./ (A0 3.M4K, ?el. Nin. =llen Bracie, n%ormativo 532). Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada ; F O Tribunal, unanimidade, julgou procedente pedido formulado em ao direta ajuizada pelo Partido dos Trabalhadores - PT para declarar a inconstitucionalidade da Lei 7.619/2000, do Estado da Bahia que criou o Municpio de Lus Eduardo Magalhes, decorrente do desmembramento de rea do Municpio de Barreiras e, por maioria, sem pronunciar a nulidade do ato impugnado, manteve sua vigncia pelo prazo de 24 meses at que o legislador estadual estabelea novo regramento - v. nformativo 427. Considerou-se que, no obstante a inexistncia da lei complementar federal a que se refere o 4 do art. 18 da CF, o aludido Municpio fora efetivamente criado a partir de uma deciso poltica, assumindo existncia de fato como ente federativo dotado de autonomia h mais de 6 anos, o que produzira uma srie de efeitos jurdicos, no sendo 1M7 possvel ignorar essa realidade ftica, em respeito ao princpio da segurana jurdica. Ressaltou-se, entretanto, que a soluo do problema no poderia advir da simples deciso da improcedncia do pedido formulado, haja vista o princpio da nulidade das leis inconstitucionais, mas que seria possvel primar pela otimizao de ambos os princpios por meio de tcnica de ponderao. AD 2240/BA, rel. Min. Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240). & Eo caso acima- eventual declara/"o de inconstitucionalidade da lei ?ue criou o munic<pio $eraria um caos incontornHvel = municipalidade e sua popula/"o Portanto- tudo dependerH do caso concreto Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada M K Asseverou-se que a necessidade de ponderao entre esses princpios constitui o motivo condutor do desenvolvimento de novas tcnicas de deciso no controle de constitucionalidade e demonstrou- se ser cada vez mais comum observar-se o emprego delas no direito comparado. Aduziu-se que, no Brasil, tambm tem sido reconhecida a insuficincia ou a inadequao da mera pronncia da nulidade ou cassao da lei para resolver todos os problemas relacionados inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo e que, nesse contexto, a jurisprudncia do Supremo tem evoludo de forma significativa, especialmente depois do advento da Lei 9.868/99, cujo art. 27 veio colmatar a lacuna existente no mbito das tcnicas de deciso no processo de controle de constitucionalidade, possibilitando que o Tribunal lanasse mo de novas tcnicas de deciso para mitigao de efeitos da deciso de inconstitucionalidade. AD 2240/BA, rel. Min. Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240) Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada M , Em seguida, afirmou-se que a norma contida no art. 27 da Lei 9.868/99 tem carter fundamentalmente intemretativo, desde que se entenda que os conceitos jurdicos indeterminados utilizados segurana jurdica e excepcional interesse social se revestem de base constitucional, e que, consoante a interpretao preconizada, o princpio da nulidade somente h de ser afastado se se puder demonstrar, com base numa ponderao concreta, que a declarao de inconstitucionalidade ortodoxa envolve o sacrificio da segurana jurdica ou de outro valor constitucional materializvel sob a forma de interesse social. AD 2240/BA, rel. Min. Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240) Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada ; 0 Assim, concluiu-se que, no caso, o Tribunal teria a oportunidade de aplicar o art. 27 da Lei 9.868/99 em sua verso mais ampla, porquanto a declarao de inconstitucionalidade e, portanto, da nulidade da lei instituidora de nova entidade federativa, o Municpio, constituiria situao em que as conseqncias da deciso tomada pela Corte poderiam gerar um verdadeiro caos jurdico, sendo necessria a adoo de uma frmula que, reconhecendo a inconstitucionalidade da lei impugnada, em face da remansosa jurisprudncia sobre o tema, resguardasse, na maior medida possvel, os efeitos por ela produzidos. O Min. Seplveda Pertence fez ressalva para, no caso concreto de criao de Municpio, achar plausvel a frmula proposta, em razo de no antever situaes individuais que pudessem ser atingidas por essa deciso. Vencido, em parte, o Min. Marco Aurlio, que declarava a nulidade do ato questionado. O Min. Eros Grau, relator, reajustou seu voto. AD 2240/BA, rel. Min. Eros Grau, 9.5.2007. (AD-2240) 1M2 3 Cria4)o de Bunic6pios e Situa4)o Excepcional Consolidada ; N Na linha da orientao fixada no julgamento da AD 2240/BA, o Tribunal, unanimidade, julgou procedente o pedido formulado pelo Procurador-Geral da Repblica em outras duas aes diretas para declarar a inconstitucionalidade da Lei 6.983/98, do Estado do Mato Grosso que criou o Municpio de Santo Antnio do Leste, a partir de rea desmembrada do Municpio de Novo So Joaquim e da Lei 12.294/2002, do Estado de Santa Catarina que anexa ao Municpio de Monte Carlo a localidade Vila Arlete, desmembrada do Municpio de Campos Novos e, por maioria, ao no pronunciar a nulidade dos atos impugnados, manteve sua vigncia pelo prazo de 24 meses at que o legislador estadual estabelea novo regramento. Vencido, quanto ao ltimo ponto, o Min. Marco Aurlio, que declarava a nulidade dos atos questionados. O Min. Eros Grau, relator, reajustou seu voto. AD 3316/MT e AD 3489/SC, rel. Min. Eros Grau, 9.5.2007. (AD-3316) (AD-3489) Pres(#On"(a #a Re0@b)("a Casa Civil ubchefia para !ssuntos "ur#dicos EBE8>A C+8STCTUCC+8AD 8I ,N& >E 7E >E >EOEBG?+ >E -//E %crescenta arti$o ao %to das Disposi/0es Constitucionais Kransit.rias para convalidar os atos de cri a/"o- ( us"o- i ncorpora/"o e desmembramento de +unic<pios As Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3 do art. 60 da Constituio Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional: Art. 1 O Ato das Disposies Constitucionais Transitrias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 96: $!rt% &6% 'icam conva(idados os atos de cria)*o+ fus*o+ incorpora)*o e desmembramento de Munic#pios+ cuia (ei tenha sido pub(icada at, -. de de/embro de 2006+ atendidos os requisitos estabe(ecidos na (egis(a)*o do respectivo 0stado 1 ,poca de sua cria)*o%$ %rt 2q Asta Amenda Constitucional entra em vi$or na data de sua publica/"o )ras<lia- em 7E de de>embro de 2UU6 1MF & Assa (oi a solu/"o ?ue o OKF encontrou A !ODULARSO #os efe(tos #a #e"(s&o #e (n"onst(tu"(ona)(#a#e e a n&o$re"e0%&o & Impossibilidade de aplicar a teoria da modula/"o dos e(eitos se n"o ;H um #u<>o de inconstitucionalidade! 3E FIFIDV A$3 ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ AB.?=B.C8 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ 3elator@aA) Min. 6E</+ DE ME<<+ 2ul$amento) BIBDI;!DD: Er$o 2ul$ador) /e$unda Turma =N=C@ A: O@I " ?=>I?S8 08 NIC>_O8 QI= EIS>A A AO;>AST8, C8 >AS8, 0A @H>C>A 0A N80I;AST8 08S =7=@8S @=NO8?AS 0A 0=>;A?AST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= " NO8SSE;0A0=, O=;8 7A@8 0= 8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A; CT8 [A!=? O?87=?08 0=>ST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= O=?@C=C@= A8 A@8 =S@A@A; QI=S@8CA08 " GI;BAN=C@8 0A SIO?=NA >8?@= QI= S= ;N@8I A 78?NI;A?, CA =SOH>=, N=?8 GI_^8 C=BA@!8 0= ?=>=OST8 CT8"?=>=OST8 = C>8CS@@I>8CA;0A0=: C8S]=S >8C>=@IAS QI= CT8 S= >8C7IC0=N " ?=>I?S8 08 NIC>_O8 NO?8!08 " ?=>I?S8 0= AB?A!8 C@=?O8S@8 O8? >8C@?EIC@=S " O?=@=C00A NO8SST8 0= NI;@A " AISDC>A 0= C@I@8 O?8>?AS@CA@U?8 " A@@I0= NA;>8SA QI= CT8 S= O?=SIN= " CAO;>AE;0A0= 08 A?@. 42 08 >O> " ?=>I?S8 08S >8C@?EIC@=S NO?8!08. 4. >8CS0=?AS]=S S8E?= 8 !A;8? 08 A@8 C>8CS@@I>8CA; " 8S 0!=?S8S B?AIS 0= C!A;0A0= 08 A@8 =N >8C7;@8 >8N A >8CS@@IST8: A@8 C=:S@=C@=u A@8 CI;8u A@8 ACI;J!=; (>8N =7>J>A /=: @IC>/ 8I >8N =7>J>A /=: CIC>/)u " 78?NI;AS]=S @=U?>AS " 8 /S@A@IS QIA=S@8CS/ CA GI?SO?I0DC>A 08 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A;. 1. N80I;AST8 @=NO8?A; 08S =7=@8S 0A 0=>ST8 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=: @H>C>A CAO;>J!=; QIAC08 S= @?A@A? 0= GI_^8 C=BA@!8 0= ?=>=OST8 0= A@8S O?H">8CS@@I>8CAS. " A declarao de inconstitucionalidade reveste"se, ordinariamente, de e%ic#cia /e& tunc/ (?@G 45ML5M4"5M1 " ?@G 4M5LK6M"K6F), retroa*indo ao momento em que editado o ato estatal reconhecido inconstitucional 'elo Su'remo @ribunal 7ederal. " 8 Su'remo @ribunal 7ederal tem reconhecido, e&ce'cionalmente, a 'ossibilidade de 'roceder modulao ou limitao tem'oral dos e%eitos da declarao de inconstitucionalidade, mesmo quando 'ro%erida, 'or esta >orte, em sede de controle di%uso. Orecedente: ?= 4F7.F47LSO, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??DA (Oleno). " ?evela"se ina'lic#vel, no entanto, a teoria da limitao tem'oral dos e%eitos, se e quando o Su'remo @ribunal 7ederal, ao ,ul*ar determinada causa, nesta 176 %ormular ,u$(o ne*ativo de rece'o, 'or entender que certa lei 'r" constitucional mostra"se materialmente incom'at$vel com normas constitucionais a ela su'ervenientes. " A no"rece'o de ato estatal 'r" constitucional, 'or no im'licar a declarao de sua inconstitucionalidade " mas o reconhecimento de sua 'ura e sim'les revo*ao (?@G 453L3KK " ?@G 45KL33F) ", descaracteri(a um dos 'ressu'ostos indis'ens#veis utili(ao da tcnica da modulao tem'oral, que su'9e, 'ara incidir, dentre outros elementos, a necess#ria e&ist+ncia de um ,u$(o de inconstitucionalidade. " na'licabilidade, ao caso em e&ame, da tcnica da modulao dos e%eitos, 'or tratar"se de di'loma le*islativo, que, editado em 4F25, no %oi rece'cionado, no 'onto concernente norma questionada, 'elo vi*ente ordenamento constitucional. NI;@A 0=S>AEN=C@8 C8>8??DC>A 0= >8NO8?@AN=C@8 O?8>=SSIA; NA;>8S8. " A mera inter'osio de recurso no basta, s- 'or si, 'ara autori(ar a %ormulao, contra a 'arte recorrente, de um ,u$(o de trans*resso ao 'ostulado da lealdade 'rocessual. Co se 'resume o car#ter malicioso, 'rocrastinat-rio ou %raudulento da conduta 'rocessual da 'arte que recorre, salvo se se demonstrar, quanto a ela, de modo inequ$voco, que houve abuso do direito de recorrer. >om'rovao ine&istente na es'cie. O 0rob)ema #a "on+(+On"(a entre o "ontro)e #(fuso e o "on"entra#o no Kras() seguran%a 1ur=#("a G mo#u)a%&o #os efe(tos #a #e")ara%&o #e (n"onst(tu"(ona)(#a#e. Quinta-feira, 12 de Junho de 2008 Plen'rio de2ine e2eitos do 9ulgamento sobre pra$os (uanto 3 exig"ncia de contribui45es sociais Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na tarde desta quinta-feira (12) modular os efeitos da declaraco de inconstitucionalidade dos dispositivos que tratam dos prazos de prescrico e decadncia em matria tributria. Por maioria de votos, o Plenrio decidiu aue a Fazenda Pblica no pode exigir as contribuices sociais com o aproveitamento dos prazos de 10 anos previstos nos dispositivos declarados inconstitucionais, na sesso plenria de ontem. A restrico vale tanto para crditos j ajuizados, como no caso de crditos aue ainda no so objeto de execuco fiscal. Nesse ponto, a deciso teve eficcia retroativa, ou seja, a partir da edico da lei* A modula4)o dos e2eitos da decis)o 2a$ uma ressalva& no entanto& (uanto aos recolhimentos 9' reali$ados pelos contribuintes& (ue n)o ter)o direito a restitui4)o& a menos (ue 9' tenham a9ui$ado as respectivas a45es 9udiciais ou solicita45es administrativas at a data do 9ulgamento #77 de 9unho%* Dessa forma, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, explicou aue "so legtimos os recolhimentos efetuados nos prazos previstos nos artigos 45 e 46 e no impugnados antes da concluso deste julgamento". Assim, os contribuintes aue ajuizaram aces at ontem (11), data do julgamento no STF, sero beneficiados com a declaraco de inconstitucionalidade e devero receber de volta o tributo aue foi recolhido indevidamente. 3 aqueles 174 contribuintes aue no ajuizaram aces at a ltima quarta- feira, no tero direito a reaver o aue j pagaram. Ao negar provimento aos Recursos Extraordinrios (REs) 556664, 559882, 559943 e 560626, na quarta-feira, o Plenrio reconheceu aue apenas lei complementar pode dispor sobre normas gerais em matria tributria. No caso, foram considerados inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei Ordinria 8.212/91, aue haviam fixado em dez anos os prazos decadencial e prescricional das contribuices da seguridade social, e tambm reconheceram a incompatibilidade constitucional do pargrafo nico do artigo 5 do Decreto-Lei 1.569/77. Esse dispositivo determinava aue o arquivamento administrativo das execuces fiscais de crditos tributrios de pequeno valor seria causa de suspenso do curso do prazo prescricional. Essa proposta de modulao, indita no mbito do Supremo, foi feita pelo presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, e tem o poder de garantir a necessria seguranca jurdica na resoluo da matria. A Procuradoria da Fazenda Nacional havia se pronunciado, durante o julgamento de ontem, alegando aue a questo envolve em torno de R$ 96 bilhes, entre valores j arrecadados e em vias de cobrana pela Unio com base nas leis declaradas inconstitucionais. C; De")ara%&o #e Nu)(#a#e: Senten%a De")arat2r(a & G a?uela ?ue declara a norma como inconstitucional Pode ser! TOTAL & eThe inconstitutional statute is not law at alle %do/"o da teoria no Direito brasileiro * %l(redo )u>aid & Eeste caso a inconstitucionalidade decorre de v<cio de iniciativa- nem a san/"o posterior convalida o v<cio de iniciativa % norma inteira declarada inconstitucional A'! Nei do ,DF (%$nelo) relativa = $ratuidade em estacionamentos de s;oppin$s e ;ipermercados Krata&se de lei ?ue re$ula matria de direito civil- o ?ue compet8ncia privativa da Mni"o- ra>"o pela ?ual essa lei do ,DF serH pass<vel de inconstitucionalidade total por v<cio de iniciativa & % inconstitucionalidade em ra>"o da compet8ncia ou da matria serH total (ou se#a- toda a lei declarada inconstitucional) PARCIAL! & % CF pro<be o veto a parte de arti$o a; Com redu/"o de te'to; b; Oem redu/"o de te'to! o Kribunal identi(ica e declara ?ue determinada interpreta/"o da norma inconstitucional 171 Au)a /6 $ 8575H7/5** & Eessa ;ip.tese- somente a tal interpreta/"o declarada inconstitucional D; Inter0reta%&o Conforme D Const(tu(%&o & G mais uma tcnica de interpreta/"o do ?ue uma tcnica de decis"o Procura encontrar limites no te'to impu$nado- visando a e'trair dele uma si$ni(ica/"o normativa ;arm:nica com a Constitui/"o & G o oposto da anterior (declara/"o de inconstitucionalidade sem redu/"o de te'to)- apenas do ponto de vista te.rico- pois- na prHtica- o OKF n"o (a> ?ual?uer distin/"o entre a interpreta/"o anterior e essa (orma de interpreta/"o O ?ue o OKF (a> ressalvar a norma- di>endo ?ue determinada interpreta/"o constitucional O OKF n"o (a> distin/"o entre eInterpreta/"o Con(ormee (caso em ?ue a %DI deveria ser #ul$ada improcedente) e a eDeclara/"o de Eulidade sem redu/"o de te'toe (?uando a %DI deveria ser #ul$ada procedente) O problema ?ue a eInterpreta/"o Con(ormee pode ser para adicionar sentido = norma 2er art 5V- 12III- CF * Blicen/a = $estante sem pre#u<>o do empre$o e do salHrioC AD8 BCG9 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 63L65L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"4M"6K"1663 OO"666F6 =N=C@ !8;"61446"64 OO"66413 EMENTA: " 0?=@8 >8CS@@I>8CA;, O?=!0=C>J?8 = O?8>=SSIA; >!;. ;>=CSA"B=S@AC@=. SA;J?8. ;N@AST8. AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= 08 A?@. 45 0A =N=C0A >8CS@@I>8CA; CA 16, 0= 4K.41.4FF2. A;=BAST8 0= !8;AST8 A8 0SO8S@8 C8S A?@B8S 3A, !, KA, , 7A, :!, = M6, P 5A, !, 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. 4. 8 le*islador brasileiro, a 'artir de 4F31 e mais claramente desde 4F75, vem tratando o 'roblema da 'roteo *estante, cada ve( menos como um encar*o trabalhista (do em're*ador) e cada ve( mais como de nature(a 'revidenci#ria. =ssa orientao %oi mantida mesmo a'-s a >onstituio de 6KL46L4F22, cu,o art. MA determina: a 'roteo maternidade deve ser reali(ada /na %orma desta >onstituio/, ou se,a, nos termos 'revistos em seu art. 7A, :!: /licena *estante, sem 're,u$(o do em're*ado e do sal#rio, com a durao de cento e vinte dias/. 1. 0iante desse quadro hist-rico, no de se 'resumir que o le*islador constituinte derivado, na =menda 16LF2, mais 'recisamente em seu art. 45, ha,a 'retendido a revo*ao, ainda que im'l$cita, do art. 76, :!, da >onstituio 7ederal ori*in#ria. Se esse tivesse sido o ob,etivo da norma constitucional derivada, 'or certo a =.>. nA 16LF2 conteria re%er+ncia e&'ressa a res'eito. =, %alta de norma constitucional derivada, revo*adora do art. 76, :!, a 'ura e sim'les a'licao do art. 45 da =.>. 16LF2, de modo a torn#"la insubsistente, im'licar# um retrocesso hist-rico, em matria social"'revidenci#ria, que no se 'ode 'resumir dese,ado. 3. Ca verdade, se se entender que a Orevid+ncia Social, doravante, res'onder# a'enas 'or ?y4.166,66 (hum mil e du(entos reais) 'or m+s, durante a licena da 173 *estante, e que o em're*ador res'onder#, so(inho, 'elo restante, %icar# sobremaneira, %acilitada e estimulada a o'o deste 'elo trabalhador masculino, ao invs da mulher trabalhadora. =star#, ento, 'ro'iciada a discriminao que a >onstituio buscou combater, quando 'roibiu di%erena de sal#rios, de e&erc$cio de %un9es e de critrios de admisso, 'or motivo de se&o (art. 76, inc. :::, da >.7.L22), 'roibio, que, em subst<ncia, um desdobramento do 'rinc$'io da i*ualdade de direitos, entre homens e mulheres, 'revisto no inciso do art. KA da >onstituio 7ederal. =star#, ainda, conclamado o em're*ador a o%erecer mulher trabalhadora, quaisquer que se,am suas a'tid9es, sal#rio nunca su'erior a ?y4.166,66, 'ara no ter de res'onder 'ela di%erena. Co cr$vel que o constituinte derivado, de 4FF2, tenha che*ado a esse 'onto, na chamada ?e%orma da Orevid+ncia Social, desatento a tais consequ+ncias. Ao menos no de se 'resumir que o tenha %eito, sem o di(er e&'ressamente, assumindo a *rave res'onsabilidade. 5. A convico %irmada, 'or ocasio do de%erimento da Nedida >autelar, com adeso de todos os demais Ninistros, %icou a*ora, ao ense,o deste ,ul*amento de mrito, re%orada substancialmente no 'arecer da Orocuradoria Beral da ?e')blica. K. ?eiteradas as considera9es %eitas nos votos, ento 'ro%eridos, e nessa mani%estao do Ninistrio O)blico %ederal, a Ao Direta de 8nconstitucionalidade - (ul$ada procedente, em parte, para se dar, ao art. BG da Emenda 6onstitucional nd !D, de BI.B!.BCCV, interpretao con"orme & 6onstituio, e%cluindo5se sua aplicao ao salrio da licena $estante, a que se re"ere o art. :d, inciso [H888, da 6onstituio 7ederal. M. Olen#rio. 0eciso un<nime. & Eo caso acima o OKF tin;a ?ue #ul$ar ?ue pa$a (o IEOO ou as empresas) Kambm tin;a ?ue decidir se a $estante estaria submetida ou n"o ao teto do IEOO- ou se poderia receber a inte$ralidade de seu salHrio durante a licen/a maternidade- con(orme o disposto no art 5V- 12III- CF Eo caso em tela- o OKF criou verdadeira a/"o a(irmativa em (avor das mul;eres- ao determinar ?ue o IEOO deve pa$ar a inte$ralidade do salHrio durante a licen/a $estante- pois isso poderia diminuir a contrata/"o de mul;eres no mercado de trabal;o se esse encar$o (icasse com as empresas & O entendimento do OKF em rela/"o ao art 1P da emenda nX /5 #a CF era 0ara #ar uma (nter0reta%&o "onforme 0ara ser eG")u=#a #esse man#amento "onst(tu"(ona) o benef="(o #a )("en%a gestante4 a f(m #e n&o 0re1u#("ar #(re(to #as gestantes. AD8 B:BC ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. G8AQIN EA?E8SA Gul*amento: 42L6ML1667 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno EMENTA: O=CA; = O?8>=SS8 O=CA;. GI^A08S =SO=>AS. A?@. F6 0A ;= F.6FFL4FFK. AO;>AE;0A0=. C@=?O?=@AST8 >8C78?N= OA?A =:>;I? AS C8?NAS 0= 0?=@8 O=CA; NAS 7A!8?J!=S A8 ?HI. 8 art. F6 da lei F.6FFL4FFK determina que as dis'osi9es da lei dos Gui(ados =s'eciais no so a'lic#veis aos 'rocessos 'enais nos quais a %ase de instruo ,# tenha sido iniciada. =m se tratando de normas de nature(a 'rocessual, a e&ceo estabelecida 'or lei re*ra *eral contida no art. 1A do >OO no 'adece de v$cio de inconstitucionalidade. >ontudo, as normas de direito 'enal que tenham conte)do mais ben%ico aos rus devem retroa*ir 'ara bene%ici#"los, lu( do que determina o art. KA, :; da >onstituio %ederal. nter'retao con%orme ao art. F6 da ;ei F.6FFL4FFK 175 'ara e&cluir de sua abran*+ncia as normas de direito 'enal mais %avor#veis ao rus contidas nessa lei. 8 @ribunal, 'or unanimidade, ,ul*ou 'arcialmente 'rocedente a ao direta, 'ara dar inter'retao con%orme, nos termos do voto do ?elator. AD8 FB9V ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. G8AQIN EA?E8SA Gul*amento: 62L6ML166M Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno =N=C@A: AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. GI^A08S =SO=>AS 7=0=?AS. ;= 46.1KFL1664, A?@. 46. 0SO=CSAE;0A0= 0= A0!8BA08 CAS >AISAS >_!=S. NO?=S>C0E;0A0= 0A O?=S=CSA 0= A0!8BA08 CAS >AISAS >?NCAS. AO;>AST8 SIES0J?A 0A ;= F.6FFL4FFK. C@=?O?=@AST8 >8C78?N= A >8CS@@IST8. H constitucional o art. 46 da ;ei 46.1KFL1664, que %aculta s 'artes a desi*nao de re'resentantes 'ara a causa, advo*ados ou no, no <mbito dos ,ui(ados es'eciais %ederais. Co que se re%ere aos 'rocessos de nature(a c$vel, o Su'remo @ribunal 7ederal ,# %irmou o entendimento de que a im'rescindibilidade de advo*ado relativa, 'odendo, 'ortanto, ser a%astada 'ela lei em relao aos ,ui(ados es'eciais. Orecedentes. Oerante os ,ui(ados es'eciais %ederais, em 'rocessos de nature(a c$vel, as 'artes 'odem com'arecer 'essoalmente em ,u$(o ou desi*nar re'resentante, advo*ado ou no, desde que a causa no ultra'asse o valor de sessenta sal#rios m$nimos (art. 3A da ;ei 46.1KFL1664) e sem 're,u$(o da a'licao subsidi#ria inte*ral dos 'ar#*ra%os do art. FA da ;ei F.6FFL4FFK. G# quanto aos 'rocessos de nature(a criminal, em homena*em ao 'rinc$'io da am'la de%esa, im'erativo que o ru com'area ao 'rocesso devidamente acom'anhado de 'ro%issional habilitado a o%erecer"lhe de%esa tcnica de qualidade, ou se,a, de advo*ado devidamente inscrito nos quadros da 8rdem dos Advo*ados do Erasil ou de%ensor ')blico. A'licao subsidi#ria do art. M2, , da ;ei F.6FFL4FFK. nter'retao con%orme, 'ara e&cluir do <mbito de incid+ncia do art. 46 da ;ei 46.1KFL1664 os %eitos de com'et+ncia dos ,ui(ados es'eciais criminais da Gustia 7ederal. /. EFIC]CIA DAS DECIS^ES NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE /.*. Ef("C"(a /r9a Dmnes & A(icHcia contra todos & a decis"o do OKF passa a ter a (or/a da lei ?ue (oi retirada /./. Efe(to .(n"u)ante & e% e(icHcia $eral e o e(eito vinculante de decis"o- pro(erida pelo Oupremo Kribunal Federal- em a/"o direta de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (ederal- s2 at(ngem os #ema(s 2rg&os #o Po#er 3u#("(Cr(o e to#os os #o Po#er EGe"ut(+o4 n&o a)"an%an#o o )eg(s)a#or4 Wue 0o#e e#(tar no+a )e( "om (#Ont("o 17K "onte@#o normat(+o4 sem ofen#er a autor(#a#e #aWue)a #e"(s&o 4essaltou&se ?ue entender de (orma contrHria a(etaria a rela/"o de e?uil<brio entre o tribunal constitucional e o le$islador- redu>indo o Dltimo a papel subordinado perante o poder incontrolHvel do primeiro- acarretando pre#u<>o do espa/o democrHtico&representativo da le$itimidade pol<tica do .r$"o le$islativo- bem como criando mais um (ator de resist8ncia a produ>ir o inaceitHvel (en:meno da c;amada (ossili>a/"o da Constitui/"oe (4cl 2J15&%$4- 4el +in Ce>ar Peluso- D@ 2UXUQXUQ); & IH determina/"o di>endo ?ue todo o Poder @udiciHrio e o Poder A'ecutivo s"o obri$ados a se$uir a decis"o emitida pelo OKF com e(icHcia erga omnes- ?ue tem e(eito vinculante & Oe o OKF manda a norma inconstitucional em controle di(uso para ?ue o Oenado para ?ue este a retire de circula/"o- mas o Oenado n"o retira- resta ao OKF a alternativa de editar sDmula vinculante Eo controle concentrado n"o ;H necessidade de (a>er isso- pois nesse tipo de controle #H ;H e(eito vinculante & % importYncia do e(eito vinculante consiste em autori>ar o a#ui>amento de uma reclama/"o perante o OKF O e(eito vinculante pressuposto de con;ecimento de %DI a#ui>ada perante o OKF & % decis"o em controle di(uso (e(icHcia inter partes)- n"o tem e(eito vinculante T Os fun#amentos #eterm(nantes #a #e"(s&o em regra n&o +(n"u)am4 o Wue +(n"u)a ser(a a0enas a 0arte #(s0os(t(+a #a #e"(s&o :#(ferentemente #o Wue a"onte"e na A)eman9a; & Lue partes da decis"o $eram e(eito vinculante] O ?ue estH inserido dentro do conceito de e(eito vinculante] & 4eclama/"o constitucional * aplica&se para apontar al$um ?ue estH descumprindo decis"o do OKF % reclama/"o pode ser decidida mediante decis"o monocrHtica do OKF- por isso mais clere ?ue uma %DPF- por e'emplo 606 Art. 5K2. So requisitos essenciais da sentena: " o relat-rio, que conter# os nomes das 'artes, a suma do 'edido e da res'osta do ru, bem como o re*istro das 'rinci'ais ocorr+ncias havidas no andamento do 'rocesso. " os %undamentos, em que o ,ui( analisar# as quest9es de %ato e de direito. " o dis'ositivo, em que o ,ui( resolver# as quest9es, que as 'artes lhe submeterem. Arti*o 5MF. Co %a(em coisa ,ul*ada: " os motivos, ainda que im'ortantes 'ara determinar o alcance da 'arte dis'ositiva da sentena. 17M T 4elativi>a/"o pelo OKF! a teoria da TRANSCEND`NCIA DOS !OTI.OS DETER!INANTES ?uando se recon;ece a e(icHcia vinculante n"o apenas = parte dispositiva do #ul$ado- mas tambm aos pr.prios (undamentos (motivos) ?ue embasaram a decis"o & Teor(a #a trans"en#On"(a #os mot(+os #eterm(nantes (criada pelo OKF) 2em de encontro (contraria) ao disposto no arti$o PJ7- I do CPC Isso evidencia ?ue o direito processual constitucional di(erente do direito processual civil Oe essa teoria n"o (osse poss<vel- a ?uantidade de %DIs ou %DPFs seria muito maior & Assa teoria n"o totalmente aceita no OKF Am al$uns casos o OKF a(asta essa teoria- pois ela s. pode ser aplicada em a/0es e'atamente i$uais- devendo ser a(astada em casos semel;antes- mas ?ue possuem particularidades relevantes & 2er art 65 do %DCK! AD6T Art. 27. Oara e%eito do que dis'9em o P 3 do art. 466 da >onstituio 7ederal e o art. 72 deste Ato das 0is'osi9es >onstitucionais @ransit-rias sero considerados de 'equeno valor, at que se d+ a 'ublicao o%icial das res'ectivas leis de%inidoras 'elos entes da 7ederao, observado o dis'osto no P 5 do art. 466 da >onstituio 7ederal, os dbitos ou obri*a9es consi*nados em 'recat-rio ,udici#rio, que tenham valor i*ual ou in%erior a: (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661) " quarenta sal#rios"m$nimos, 'erante a 7a(enda dos =stados e do 0istrito 7ederal. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661) " trinta sal#rios"m$nimos, 'erante a 7a(enda dos Nunic$'ios. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661) Pargrafo nico. Se o valor da e&ecuo ultra'assar o estabelecido neste arti*o, o 'a*amento %ar"se"#, sem're, 'or meio de 'recat-rio, sendo %acultada 'arte e&equente a ren)ncia ao crdito do valor e&cedente, 'ara que 'ossa o'tar 'elo 'a*amento do saldo sem o 'recat-rio, da %orma 'revista no P 3 do art. 466. (nclu$do 'ela =menda >onstitucional n 37, de 1661) & Am reclama/"o perante o OKF- o estado de Oer$ipe- com base na teoria da transcend8ncia dos motivos determinantes- ar$umentou ?ue os motivos (avorHveis ao pleito do Piau< tambm poderiam ser aplicados a Oer$ipe- eis ?ue para o estado do Piau< o OKF ;avia autori>ado a estipula/"o de precat.rio de pe?ueno valor em apenas Q salHrios m<nimos & Asse re?uisito da transcend8ncia dos motivos determinantes importante em sede de reclama/"o- pois vai autori>ar o relator a decidir so>in;o 8n"ormativo F:C @3cB5!CV9A A0 " @ranscend+ncia dos Notivos 0eterminantes " ?eclamao (?cl 1F2M N>LS=) (@ranscri9es) ?cl 1F2M N>LS=o ?=;A@8?: NC. >=;S8 0= N=;;8 =N=C@A: 7S>A;^AST8 AES@?A@A 0= >8CS@@I>8CA;0A0=. ?=>8C[=>N=C@8, O=;8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A;, 0A !A;0A0= >8CS@@I>8CA; 0A ;=BS;AST8 08 =S@A08 08 OAI_ QI= 0=7CI, OA?A 8S 7CS 08 A?@. 466, P 3A, 0A 177 >8CS@@IST8, 8 SBC7>A08 0= 8E?BAST8 0= O=QI=C8 !A;8?. 0=>ST8 GI0>A;, 0= QI= 8?A S= ?=>;ANA, QI= =C@=C0=I C>8CS@@I>8CA; ;=BS;AST8, 0= 0DC@>8 >8C@=R08, =0@A0A O=;8 =S@A08 0= S=?BO=. A;=BA08 0=S?=SO=@8 A8 GI;BAN=C@8, O=;8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A;, 0A A0 1.2M2 (OAI_). E[AME DA ]=E/T?+ 3E<AT8HA A+ E7E8T+ T3AN/6ENDENTE D+/ M+T8H+/ DETE3M8NANTE/ ]=E D?+ /=0+3TE A+ 2=<4AMENT+, X8N AM/T3A6T+X, DE 6+N/T8T=68+NA<8DADE += DE 8N6+N/T8T=68+NA<8DADE. D+=T38NA. 03E6EDENTE/. ADM8//8M8<8DADE DA 3E6<AMA5>?+. MED8DA 6A=TE<A3 DE7E38DA. DE68/?+: Sustenta"se, nesta sede 'rocessual " 'resentes os motivos determinantes que substanciaram a deciso que esta >orte 'ro%eriu na A0 1.2M2LO " que o ato, de que ora se reclama, teria desres'eitado a autoridade desse ,ul*amento 'len#rio, que restou consubstanciado em ac-rdo assim ementado: /AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. ;= K.1K6L1661 08 =S@A08 08 OAI_. O?=>A@U?8S. 8E?BAS]=S 0= O=QI=C8 !A;8?. >7 , A?@. 466, P 3A, A0>@, A?@. 27. Oossibilidade de %i&ao, 'elos estados" membros, de valor re%erencial in%erior ao do art. 27 do A0>@, com a redao dada 'ela =menda >onstitucional 37L1661. Ao direta ,ul*ada im'rocedente./ (A0 1.2M2LO, ?el. 'L o ac-rdo Nin. G8AQIN EA?E8SA " *ri%ei) 8 lit$*io ,ur$dico"constitucional suscitado em sede de controle abstrato (A0 1.2M2LO), e&aminado na 'ers'ectiva do 'leito ora %ormulado 'elo =stado de Ser*i'e, 'arece introdu(ir a 'ossibilidade de discusso, no <mbito deste 'rocesso reclamat-rio, do denominado e%eito transcendente dos motivos determinantes da deciso declarat-ria de constitucionalidade 'ro%erida no ,ul*amento 'len#rio da ,# re%erida A0 1.2M2LO, ?el. 'L o ac-rdo Nin. G8AQIN EA?E8SA. >abe re*istrar, neste 'onto, 'or relevante, que o Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal, no e&ame %inal da ?cl 4.F27407, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??=A, e&'ressamente admitiu a 'ossibilidade de reconhecer"se, em nosso sistema ,ur$dico, a e&ist+ncia do %enVmeno da /transcend+ncia dos motivos que embasaram a deciso/ 'ro%erida 'or esta >orte, em 'rocesso de %iscali(ao normativa abstrata, em ordem a 'roclamar que o e%eito vinculante re%ere"se, tambm, 'r-'ria /r$"io decidendiX, pro(etando5se, em conseq^Yncia, para al-m da parte dispositiva do (ul$amento, Xin abstractoX, de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade. Essa viso do "enUmeno da transcendYncia parece re"letir a preocupao que a doutrina vem e%ternando a prop1sito dessa espec"ica questo, consistente no recon'ecimento de que a e"iccia vinculante no s1 concerne & parte dispositiva, mas re"ere5se, tamb-m, aos pr1prios "undamentos determinantes do (ul$ado que o /upremo Tribunal 7ederal ven'a a pro"erir em sede de controle abstrato, especialmente quando consubstanciar declarao de inconstitucionalidade, como resulta claro do ma$ist-rio de 8HE/ 4AND3A DA /8<HA MA3T8N/;48<MA3 7E33E83A MENDE/ @X+ 6ontrole 6oncentrado de 6onstitucionalidadeX, p. FFV;FGI, itens ns. :.F.9.B a :.F.9.F, !DDB, /araivaA e de A<E[AND3E DE M+3AE/ @X6onstituio do Mrasil 8nterpretada e <e$islao 6onstitucionalX, p. !.GDI;!.GD9, item n. !:.I, ! ed., !DDF, AtlasA. Na realidade, essa preocupao, realada pelo ma$ist-rio doutrinrio, tem em perspectiva um dado de insupervel relevo poltico5(urdico, consistente na necessidade de preservar5se, em sua inte$ralidade, a "ora normativa da 6onstituio, que resulta da indiscutvel supremacia, "ormal e material, de que se revestem as normas constitucionais, cu(a inte$ridade, e"iccia e aplicabilidade, por isso mesmo, 'o de ser valorizadas, em "ace de sua precedYncia, 172 43 autoridade e $rau 'ierrquico, como en"atiza o ma$ist-rio doutrinrio @A<E[AND3E DE M+3AE/, X6onstituio do Mrasil 8nterpretada e <e$islao 6onstitucionalX, p. BDC, item n. !.V, !i ed., !DDF, Atlas* +/pA<D+ <=8N 0A<=, X6ontrole de 6onstitucionalidadeX, p. ID;I:, BCCC, 3T* 38T8N\A A<N83A /TEHEN/+N, TE368+ /ABH80A8+ 7E33AN 23. e MA38A \E<ENA D8N8N, X6onstituio de BCVV) <e$itimidade, Hi$Yncia e E"iccia e /upremaciaX, p. CV;BDG, BCVC, Atlas* AND3E 3AM+/ TAHA3E/, XTribunal e 2urisdio 6onstitucionalX, p. V;BB, item n. !, BCCV, 6elso Mastos Editor* 6<hME3/+N BH8E3<8N 6<hHE, XA 7iscalizao Abstrata de 6onstitucionalidade no Direito MrasileiroX, p. !BI;!BV, item n. F, BCCI, 3T, v.$.A. 6abe destacar, neste ponto, tendo presente o conte%to em questo, que assume papel de "undamental import.ncia a interpretao constitucional derivada das decisWes pro"eridas pelo /upremo Tribunal 7ederal, cu(a "uno institucional, de X$uarda da 6onstituioX @67, art. BD!, XcaputXA, con"ere5l'e o monop1lio da ,ltima palavra em tema de e%e$ese das normas positivadas no te%to da <ei 7undamental, como tem sido assinalado, com particular Yn"ase, pela (urisprudYncia desta 6orte /uprema) [email protected] A interpretao do te%to constitucional pelo /T7 deve ser acompan'ada pelos demais Tribunais. @...A A no55observ.ncia da deciso desta 6orte debilita a "ora normativa da 6onstituio. @...A.X @3E !DF.GCV5A$3;D7, 3el. Min. 48<MA3 MENDE/ q $ri"eiA 8mpende e%aminar, no entanto, antes de quaisquer outras consideraWes, se se revela cabvel, ou no, na esp-cie, o empre$o da reclamao, quando a(uizada em "ace de situaWes de ale$ado desrespeito a decisWes que a /uprema 6orte ten'a pro"erido em sede de "iscalizao normativa abstrata. + /upremo Tribunal 7ederal, ao apreciar esse aspecto da questo, tem en"atizado, em sucessivas decisWes, que a reclamao reveste5se de idoneidade (urdico5processual, se utilizada com o ob(etivo de "azer prevalecer a autoridade decis1ria dos (ul$amentos emanados desta 6orte, notadamente quando impre$nados de e"iccia vinculante) X+ DE/3E/0E8T+ _ E786Z68A H8N6=<ANTE, DE38HADA DE DE68/?+ EMANADA D+ 0<ENZ38+ DA /=03EMA 6+3TE, A=T+38NA + =/+ DA 3E6<AMA>?+. 5 + descumprimento, por quaisquer (uzes ou Tribunais, de decisWes pro"eridas com e"eito vinculante, pelo 0lenrio do /upremo Tribunal 7ederal, em sede de ao direta de inconstitucionalidade ou de ao declarat1ria de constitucionalidade, autoriza a utilizao da via reclamat1ria, tamb-m vocacionada, em sua espec"ica "uno processual, a res$uardar e a "azer prevalecer, no que concerne & /uprema 6orte, a inte$ridade, a autoridade e a e"iccia subordinante dos comandos que emer$em de seus atos decis1rios. 0recedente) 3cl B.:!!;32, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+ @0lenoA.X @3T2 BV:;BIB, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+, 0lenoA 6abe veri"icar, de outro lado, se terceiros q que no intervieram no processo ob(etivo de controle normativo abstrato q dispWem, ou no, de le$itimidade ativa para o a(uizamento de reclamao perante o /upremo Tribunal 7ederal, quando promovida com o ob(etivo de "azer restaurar o XimperiumX inerente &s decisWes emanadas desta 6orte, pro"eridas em sede de ao direta de inconstitucionalidade ou de ao declarat1ria de constitucionalidade. + 0lenrio do /upremo Tribunal 7ederal, a prop1sito de tal questo, ao analisar o alcance da norma inscrita no art. !V da <ei nd C.V9V;CV @3cl B.VVD5A$3;/0, 3el. Min. MA=3K68+ 6+33OAA, "irmou orientao que recon'ece, a terceiros, qualidade para a$ir, em sede reclamat1ria, quando necessrio se torne asse$urar o e"etivo respeito aos (ul$amentos desta /uprema 6orte, pro"eridos no .mbito de processos de controle normativo abstrato) [email protected] <E48T8M8DADE AT8HA 0A3A A 3E6<AMA>?+ NA \80ETE/E 17F 45 DE 8N+M/E3HeN68A D+ E7E8T+ H8N6=<ANTE. 5 Assiste plena le$itimidade ativa, em sede de reclamao, &quele q particular ou no q que ven'a a ser a"etado, em sua es"era (urdica, por decisWes de outros ma$istrados ou Tribunais que se revelem contrrias ao entendimento "i%ado, em carter vinculante, pelo /upremo Tribunal 7ederal, no (ul$amento dos processos ob(etivos de controle normativo abstrato instaurados mediante a(uizamento, quer de ao direta de inconstitucionalidade, quer de ao declarat1ria de constitucionalidade. 0recedente. @...A.X @3T2 BV:;BIB, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+, 0lenoA HY5se, portanto, que assiste, ao ora reclamante, plena le$itimidade ativa Xad causamX para "azer instaurar este processo reclamat1rio. 8mpende veri"icar, a$ora, se a situao e%posta pelo Estado de /er$ipe, na presente reclamao, pode traduzir, ou no, 'ip1tese de o"ensa & autoridade da deciso que o /upremo Tribunal 7ederal pro"eriu, com e%ic#cia vinculante, em sede de %iscali(ao normativa abstrata, no ,ul*amento de ao direta a,ui(ada em %ace de di'loma le*islativo editado 'or outra unidade da 7ederao. 8u, em outras 'alavras, cum're analisar, 'resente o conte&to ora em e&ame, se a /ratio decidendi/, que substancia o ,ul*amento desta >orte 'ro%erido na A0 1.2M2LO, a'resenta"se, ou no, revestida de e%eito transcendente, em ordem a viabili(ar, 'rocessualmente, a utili(ao do instrumento reclamat-rio. Oarece"me que sim, ao menos em ,u$(o de estrita delibao, es'ecialmente se considerada a deciso que o Olen#rio do Su'remo @ribunal 7ederal 'ro%eriu na ?cl 4.F27L07, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??=A: /(...) Ausente a e&ist+ncia de 'reterio, que autori(e o sequestro, revela"se evidente a violao ao conte)do essencial do ac-rdo 'ro%erido na mencionada ao direta, que 'ossui e%ic#cia er*a omnes e e%eito vinculante. A deciso do @ribunal, em subst<ncia, teve sua autoridade desres'eitada de %orma a le*itimar o uso do instituto da reclamao. [i'-tese a ,usti%icar a transcend+ncia sobre a 'arte dis'ositiva, dos motivos que embasaram a deciso e dos 'rinc$'ios 'or ela consa*rados, uma ve( que os %undamentos resultantes da inter'retao da >onstituio devem ser observados 'or todos os tribunais e autoridades, conte&to que contribui 'ara a 'reservao e desenvolvimento da ordem constitucional./ (?cl 4.F27L07, ?el. Nin. NAI?_>8 >8??DA " *ri%ei) =ssa mesma orientao, que reconhece o car#ter transcendente e vinculante dos %undamentos determinantes de deciso do Su'remo @ribunal 7ederal, 'ro%erida em sede de controle normativo abstrato, veio a ser rea%irmada no ,ul*amento 'len#rio da ?cl 1.3M3LOA, ?el. Nin. B;NA? N=C0=S, quando o eminente ?elator da causa %e( consi*nar, em e&'ressiva 'assa*em do seu douto voto, o que se se*ue: /(...) Assinale"se que a a'licao dos %undamentos determinantes de um h leading case i em hi'-teses semelhantes tem"se veri%icado, entre n-s, at mesmo no controle de constitucionalidade das leis munici'ais. =m um levantamento 'rec#rio, 'ude constatar que muitos ,u$(es desta >orte t+m, constantemente, a'licado em caso de declarao de inconstitucionalidade o 'recedente %i&ado a situa9es id+nticas re'rodu(idas em leis de outros munic$'ios. @endo em vista o dis'osto no zca'ute e y 4A"A do arti*o KK7 do >-di*o de Orocesso >ivil, que re(a sobre a 'ossibilidade de o relator ,ul*ar monocraticamente recurso inter'osto contra deciso que este,a em con%ronto com s)mula ou ,uris'rud+ncia dominante do Su'remo @ribunal 7ederal, os membros desta >orte v+m a'licando tese %i&ada em 'recedentes onde se discutiu a inconstitucionalidade de lei, em sede de controle di%usos emanada 'or ente %ederativo diverso daquele 'rolator da lei ob,eto do recurso e&traordin#rio sob e&ame. Co h# ra(o, 'ois, 'ara dei&ar de reconhecer o e%eito vinculante da deciso 'ro%erida na A0n. Cesses termos, meu voto no sentido da 'roced+ncia da 'resente reclamao./ (*ri%ei) Assentadas tais 'remissas, 'asso a a'reciar o 'edido de medida cautelar ora %ormulado nesta sede 'rocessual. @rata"se de 126 reclamao, na qual se sustenta que o ato ,udicial ora questionado " emanado do Gu$(o da Ka !ara do @rabalho de Araca,uLS= " teria desres'eitado a autoridade da deciso do Su'remo @ribunal 7ederal 'ro%erida no ,ul*amento %inal da A0 1.2M2LO, ?el. 'L o ac-rdo Nin. G8AQIN EA?E8SA. H que o Gu$(o da Ka !ara do @rabalho de Araca,uLS=, ao ordenar a e%etivao do sequestro ora im'u*nado nesta via reclamat-ria, a'oiou"se, 'ara tanto, em ra(9es, cu,o teor anta*oni(a"se com os %undamentos sub,acentes ao ac-rdo desta >orte, que, 'ro%erido na re%erida A0 1.2M2LO, invocado como 'aradi*ma de con%ronto 'ela 'arte ora reclamante. =is, no 'onto, o conte)do da deciso ,udicial ora reclamada (%ls. 53): /Co que res'eita ao 'rocedimento da e&ecuo mediante dis'ensa do 'recat-rio, veri%ica"se que a matria encontra"se de%inida nestes autos, nos termos da deciso de %ls. 45ML4K6, transitada em ,ul*ado con%orme certido de %l. 4K3, revelando"se, 'ortanto, incab$vel o seu ree&ame. Oor outro lado, considerando que o valor constante do o%icio requisit-rio de %l. 4M1 e&cede ao limite estabelecido 'ara crditos de 'equeno valor, %i&ado nos termos do arti*o 27 ao Ato das 0is'osi9es >onstitucionais @ransit-rias, tendo em vista ainda a mani%estao e&'ressa do e&equente 'ela ren)ncia da quantia e&ecutada e&cedente a tal limite, consoante 'etio de %l. 464, e&'ea"se novo o%icio requisitando e&ecutada o 'a*amento do valor equivalente a 56 sal#rios m$nimos x ?y 46.566,66 (de( mil e quatrocentos reais) em %avor do e&equente, no 'ra(o de M6 (sessenta dias), sob 'ena de sequestro, tudo de acordo com o art. 47, zca'ute e P 1A da ;ei nA 46.1KFL1664. ntime"se./ (*ri%ei) !+"se, 'ortanto, que o ato ,udicial de que ora se reclama 'arece haver desres'eitado os %undamentos determinantes da deciso do Su'remo @ribunal 7ederal 'ro%erida no ,ul*amento %inal da A0 1.2M2LO, 'recisamente 'orque, naquela o'ortunidade, o Olen#rio desta Su'rema >orte reconheceu como constitucionalmente v#lida, 'ara e%eito de de%inio de 'equeno valor e de consequente dis'ensa de e&'edio de 'recat-rio, a 'ossibilidade de %i&ao, 'elos =stados" membros, de valor re%erencial in%erior ao do art. 27 do A0>@, na redao dada 'ela => 37L1661, o que %oi recusado, no entanto, no <mbito do =stado de Ser*i'e, 'elo -r*o ,udici#rio ora reclamado. Ca realidade, o caso versado nos 'resentes autos 'arece con%i*urar hi'-tese de /violao ao conte)do essencial/ do ac-rdo consubstanciador do ,ul*amento da re%erida A0 1.2M2LO, o que caracteri(aria 'oss$vel trans*resso ao e%eito transcendente dos %undamentos determinantes daquela deciso 'len#ria emanada do Su'remo @ribunal 7ederal, ainda que 'ro%erida em %ace de le*islao estranha ao =stado de Ser*i'e, 'arte ora reclamante. Sendo assim, e 'resentes as ra(9es e&'ostas, de%iro a medida liminar ora 'ostulada (%ls. 67, item !) e, em conseqZ+ncia, sus'endo a e%ic#cia da deciso reclamada (Orocesso nA 64.6K"4141L66 x Ka !ara do @rabalho de Araca,uLS= x %ls. 53 e K1), sustando"se a 'r#tica de qualquer outro ato 'rocessual eLou administrativo que se relacione com o questionado ato decis-rio. >omunique"se, com ur*+ncia, encaminhando"se c-'ia da 'resente deciso ao Gu$(o da Ka !ara do @rabalho de Araca,uLS=. 1. ?equisitem"se in%orma9es ilustre autoridade ,udici#ria que ora %i*ura como reclamada nesta sede 'rocessual (;ei nA 2.632LF6, art. 45, ). Oublique"se. Eras$lia, 44 de maro de 166K. Ninistro >=;S8 0= N=;;8 ?elator o deciso 'endente de 'ublicao. 3cl BCV: ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< 3E6<AMA>?+ ?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 64L46L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"1665 OO"66633 =N=C@ !8;"614K1"64 OO" 666K1 124 EMENTA: 3E6<AMA>?+. 6AM8MENT+. A73+NTA _ DE68/?+ 03+7E38DA NA AD8 B99!5/0. /E]nE/T3+ DE HE3MA/ 0LM<86A/. O?=>A@U?8. !=C>N=C@8 08 O?A^8 OA?A OABAN=C@8. =N=C0A >8CS@@I>8CA; 36L66. OA?JB?A78 1A 08 A?@B8 466 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. 4. Oreliminar. >abimento. Admissibilidade da reclamao contra qualquer ato, administrativo ou ,udicial, que desa%ie a e&e*ese constitucional consa*rada 'elo Su'remo @ribunal 7ederal em sede de controle concentrado de constitucionalidade, ainda que a o%ensa se d+ de %orma obliqua. 1. 8rdem de sequestro de%erida em ra(o do vencimento do 'ra(o 'ara 'a*amento de 'recat-rio alimentar, com base nas modi%ica9es introdu(idas 'ela =menda >onstitucional 36L1666. 0eciso tida 'or violada " A0 4MM1"SO, Naur$cio >orr+a, 0G de 4FL6FL1663: Ore,udicialidade da ao re,eitada, tendo em vista que a su'erveni+ncia da => 36L66 no 'rovocou alterao substancial na re*ra 'revista no P 1A do arti*o 466 da >onstituio 7ederal. 3. =ntendimento de que a )nica situao su%iciente 'ara motivar o sequestro de verbas ')blicas destinadas satis%ao de d$vidas ,udiciais alimentares a relacionada ocorr+ncia de 'reterio da ordem de 'reced+ncia, a essa no se equi'arando o vencimento do 'ra(o de 'a*amento ou a no" incluso orament#ria. 5. Ausente a e&ist+ncia de 'reterio, que autori(e o sequestro, revela"se evidente a violao ao conte)do essencial do ac-rdo 'ro%erido na mencionada ao direta, que 'ossui e%ic#cia er*a omnes e e%eito vinculante. A deciso do @ribunal, em subst<ncia, teve sua autoridade desres'eitada de %orma a le*itimar o uso do instituto da reclamao. [i'-tese a ,usti%icar a transcend+ncia sobre a 'arte dis'ositiva dos motivos que embasaram a deciso e dos 'rinc$'ios 'or ela consa*rados, uma ve( que os %undamentos resultantes da inter'retao da >onstituio devem ser observados 'or todos os tribunais e autoridades, conte&to que contribui 'ara a 'reservao e desenvolvimento da ordem constitucional. I. M-rito. Hencimento do prazo para pa$amento de 'recat-rio. >ircunst<ncia insu%iciente 'ara le*itimar a determinao de sequestro. >ontrariedade autoridade da deciso 'ro%erida na A0 4MM1. ?eclamao admitida e ,ul*ada 'rocedente. 3cl !F9F ; 0A 5 0A3Z ?=>;ANAST8 ?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S Gul*amento: 13L46L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"64"65"166K OO"66667 =N=C@ !8;"6142K"64 OO" 6643F EMENTA: ?=>;ANAST8. 1. Sequestro de recursos do Nunic$'io de >a'ito Ooo. 0bitos trabalhistas. 3. A%ronta autoridade da deciso 'ro%erida na A0 4MM1. 5. Admisso de sequestro de verbas ')blicas somente na hi'-tese de quebra da ordem cronol-*ica. Co equi'arao s situa9es de no"incluso da des'esa no 8ramento. K. =%eito vinculante das decis9es 'ro%eridas em ao direta de inconstitucionalda" de. M. =%ic#cia que transcende o caso sin*ular. 7. Alcance do e%eito vinculante que no se limita 'arte dis'ositiva da deciso. 2. A'licao das ra(9es determinantes da deciso 'ro%erida na A0 4MM1. F. ?eclamao que se ,ul*a 'rocedente. 121 & Oabendo ?ue- alm dos dispositivo- os motivos tambm se prestam para determinar o e(eito vinculante- sur$e a necessidade de saber identi(icar bem os motivos relevantes relacionados = ?uest"o discutida Eecessidade de distin$uir os motivos determinantes da decis"o dos obter dicta (plural de obter dictum Oi$ni(ica as coisas ditas de passa$em Coisas ?ue (oram (aladas no #ul$ado- mas ?ue n"o veem ao caso)! E2eito Pinculante e +biter >ictum ; - O Tribunal, por maioria, negou provimento a agravo regimental interposto contra deciso que indeferira pedido de medida liminar em reclamao ajuizada pela Unio, na qual se sustentava que julgado do STJ em que se entendera que a iseno concedida pela LC 70/91 s sociedades prestadoras de servio no pode ser revogada por lei ordinria teria ofendido a autoridade da deciso proferida por esta Corte nos autos da ADC 1/DF (DJU de 6.6.95). Alegava-se, na espcie, que a deciso proferida pelo STF na citada ADC, cujo efeito vinculante, teria considerado a LC 70/91 como materialmente ordinria, e apenas formalmente complementar, estando legitimada, portanto, a sua revogao por meio da Lei 9.430/96 v. nformativo 335. Reportando-se parte dispositiva e ementa do acrdo proferido na referida ao declaratria, entendeu-se que o Tribunal, no julgamento da ADC 1/DF, no decidira no sentido de que a LC 70/91 seria materiahnente lei ordinria ou apenas formahnente complementar, e que a afirmao de que a mencionada lei complementar seria materialmente ordinria, constante dos votos do relator e do Min. Carlos Venoso, proferidos naquele julgados caracterizara-se como obiter dictum, que no integra o dispositivo da deciso, nem se sujeita ao efeito vinculante. Vencidos os Ministros Gilmar Mendes, Crmen Lcia, Joaquim Barbosa e Celso de Mello que, salientando que a referida afirmao constitura premissa essencial que conduzira concluso pela constitucionalidade dos dispositivos em discusso naquele julgamento, proviam o recurso, por entender que o alcance do efeito vinculante da deciso no est limitado a sua parte dispositiva, devendo abranger, tambm, os chamados "fundamentos determinantes". Rcl 2475 AgR/MG, rel. orig. Min. Carlos Venoso, rel. p/ o acrdo Min. Marco Aurlio, 2.8.2007. (Rc1-2475) & O obter dictum n"o tem e(eito vinculante Ou se#a- obter dictum n"o tem relevYncia su(iciente capa> de (a>er transcender os motivos para outros casos semel;antes & Obs! pela transcend8ncia do e(eito vinculante o #ui> passa a ter ?ue con;ecer todas as decis0es emitidas pelo OKF- eis ?ue todo o Poder @udiciHrio deve se$uir as decis0es do OKF A'! no caso da decis"o do OKF ?ue de(iniu ?ue o candidato ?ue passar e se classi(icar em concurso dentro do limite de va$as tem direito a nomea/"o- se o candidato vier a ser pre#udicado pela n"o nomea/"o- poderH in$ressar com +O- mas serH mel;or in$ressar diretamente com 4eclama/"o perante o OKF- ar$umentando ?ue a %dministra/"o PDblica n"o estH observando a decis"o do OKF ?ue tem incid8ncia $eral 123 & Eo entendimento da pro(essa o controle abstrato de constitucionalidade de lei de teor id8ntico a mesma coisa ?ue a transcend8ncia dos motivos determinantes Y 0oss=+e) #e")ara%&o (n"(#enta) #e (n"onst(tu"(ona)(#a#e #e )e( em Re")ama%&o & 2er tambm a 4CN 9U1P 3eclamao) 6ontrole Abstrato de 6onstitucionalidade e <ei de Teor 8dYntico @TranscriWesA ?cl 5F27 N>LO=o ?=;A@8?: NC. B;NA? N=C0=S DE68/?+W 3r$"$*se de rec6$!$=>o- co! 5edido de 6i!in$r- $<%i?$d$ 5e6o M%nicQ5io de Pe"ro6in$EPE- e! $ce de decis>o do C%i? d$ i$ V$r$ do Tr$;$64o d$ Co!$rc$ de Pe"ro6in$EPE- 5roerid$ nos $%"os d$ Rec6$!$=>o Tr$;$64is"$ no L1FGG*FLL.*O11*L1*LL*1. 8 rec6$!$n"e n$rr$ '%e- 5or !eio d$ Lei M%nici5$6 no 1.P00- de 10 de de?e!;ro de FLL1- es"$;e6ece% e! RV 0LL-LL ,no:ecen"os re$is2 o reerenci$6 de 5e'%eno :$6or 5$r$ ins de $56ic$=>o do $r". 1LL- J Go- d$ Cons"i"%i=>o Feder$6. Assi! 5rocedendo- "eri$ e&ercido s%$ $%"ono!i$ 6e#is6$"i:$ 5$r$ $ deini=>o do reerenci$6 de 5e'%eno :$6or- "$6 co!o #$r$n"ido 5e6o $r". PD do A"o d$s Dis5osi=Mes Cons"i"%cion$is Tr$nsi"Rri$s. A5es$r disso- $ $%"orid$de rec6$!$d$ "eri$ $$s"$do $ $56ic$=>o dess$ nor!$ !%nici5$6 e- e! sede de rec6$!$=>o "r$;$64is"$- consider$do co!o de 5e'%eno :$6or %!$ conden$=>o de RV O.F1D-10 ,'%$"ro !i6- d%?en"os e de?esse"e re$is e sessen"$ e no:e cen"$:os2. A5Rs- e! GL de <$neiro de FLLD- o M%nicQ5io rec6$!$n"e 5e"iciono% $o <%Q?o rec6$!$do inor!$ndo $ e&is"9nci$ d$ Lei M%nici5$6 no 1.P00EFLL1. A se#%in"e decis>o oi en">o 5roerid$ ,6. FO2S kA matria trabalhista regida por lei federal. Portanto, o teto legal para e(ecuo independe de precat5rioe fi(ado por lei desta natureza. Assim, considerando1se !ue a lei federal %art. a, do Ato das 9isposi#es Aonstitucionais 3ransit5rias, acrescido pela 'menda Aonstitucional nd .,Q-//-& fi(ou o teto em ./ salrios m"nimos, deve este ser observado. A lei municipal no pode disciplinar matria de atribuio privativa de lei federal. Aumpra1se, pois, a ordem e(arada para pagamento.k %fl. -0&. H contra essa deciso que o reclamante se insur*e. Ale*a, em s$ntese, que o ato im'u*nado viola os %undamentos determinantes da deciso 'ro%erida 'elo Su'remo @ribunal 7ederal na A0 no 1.2M2LO, ?el. Nin. >arlos Eritto, ?ed. 'L o ac-rdo Nin. Goaquim Earbosa, 0G 41.44.1665, a qual 'ossui a se*uinte ementa: 125 k'H'N3AW ACD; 9=:'3A 9' =NA;N23=3@A=;NA8=9A9'. 8'= R.-R/Q-//- 9; '23A9; 9; P=A@F P:'AA3_:=;2. ;O:=GACl'2 9' P'?@'N; <A8;:. A4, A:3. *//, h .d. A9A3, A:3. a,. Possibilidade de fi(ao, pelos estados1membros, de valor referencial inferior ao do art. a, do A9A3, com a redao dada pela 'menda Aonstitucional .,Q-//-. Ao direta $ulgada improcedente.k Cessa ocasio, o S@7 teria %i&ado o entendimento de que os entes da %ederao t+m liberdade 'ara de%inir o valor de seus dbitos de 'equeno valor, valor esse que, 'oderia, inclusive, ser in%erior ao 'revisto no art. 27 do A0>@. 8 reclamante cita, ainda, as decis9es liminares 'ro%eridas 'elo Ninistro >elso de Nello na ?cl no 1.F2MLS= (0G 42.3.166K) e 'elo Ninistro >e(ar Oeluso na ?cl no 5.1K6LO= (43.4 11.K.166M) como 'recedentes %avor#veis sua 'retenso. Quanto ur*+ncia da 'retenso cautelar ('ericulum in mora), adu( que seria iminente o bloqueio de verbas ')blicas 'ara a satis%ao do crdito considerado 'elo ,u$(o reclamado, a seu ver erroneamente, como de 'equeno valor. Oede, em car#ter liminar, a sus'enso dos e%eitos da deciso reclamada. 0asso a decidir o pedido de medida liminar. =m an#lise sum#ria da controvrsia a'resentada nestes autos, entendo 'resentes os requisitos 'ara a concesso da medida liminar. >reio que tal controv-rsia reside no na concesso de e"eito vinculante aos motivos determinantes das decisWes em controle abstrato de constitucionalidade, mas na possibilidade de se analisar, em sede de reclamao, a constitucionalidade de lei de teor idYntico ou semel'ante & lei que ( "oi ob(eto da "iscalizao abstrata de constitucionalidade perante o /upremo Tribunal 7ederal. A'-s re%letir sobre essa questo, e baseando"me em estudos doutrin#rios que elaborei sobre o tema, no tenho nenhuma d)vida de que, ainda que no se em'reste e"iccia transcendente @e"eito vinculante dos "undamentos determinantesA & deciso, o Tribunal, em sede de reclamao contra aplicao de lei idYntica &quela declarada inconstitucional, poder declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade da lei ainda no atin$ida pelo (uzo de inconstitucionalidade. ?essalto que essa tese no estranha >orte. Co ,ul*amento da ?cl nA KFK (?el. Nin. Sadnea Sanches), o @ribunal declarou a inconstitucionalidade de e&'resso contida na al$nea /c/ do inciso do art. 46M da >onstituio do =stado de Ser*i'e, que outor*ava com'et+ncia ao res'ectivo @ribunal de Gustia 'ara 'rocessar e ,ul*ar ao direta de inconstitucionalidade de normas munici'ais em %ace da >onstituio 7ederal. =sse entendimento se*ue a tend+ncia da evoluo da reclamao como ao constitucional voltada *arantia da autoridade das decis9es e da com'et+ncia do Su'remo @ribunal 7ederal. 12K 0esde o seu advento, %ruto de criao ,uris'rudencial, a reclamao tem"se %irmado como im'ortante mecanismo de tutela da ordem constitucional. 6omo - sabido, a reclamao para preservar a competYncia do /upremo Tribunal 7ederal ou $arantir a autoridade de suas decisWes - "ruto de criao pretoriana. A"irmava5se que ela decorreria da ideia dos implied pojers de"eridos ao Tribunal. + /upremo Tribunal 7ederal passou a adotar essa doutrina para a soluo de problemas operacionais diversos. A "alta de contornos de"inidos sobre o instituto da reclamao "ez, portanto, com que a sua constituio inicial repousasse sobre a teoria dos poderes implcitos. =m 4FK7 a'rovou"se a incor'orao da ?eclamao no ?e*imento nterno do Su'remo @ribunal 7ederal. A >onstituio 7ederal de 4FM7, que autori(ou o S@7 a estabelecer a disci'lina 'rocessual dos %eitos sob sua com'et+ncia, con%erindo %ora de lei %ederal s dis'osi9es do ?e*imento nterno sobre seus 'rocessos, acabou 'or le*itimar de%initivamente o instituto da reclamao, a*ora %undamentada em dis'ositivo constitucional. >om o advento da >arta de 4F22, o instituto adquiriu, %inalmente, status de com'et+ncia constitucional (art. 461, , 4). A >onstituio consi*nou, ainda, o cabimento da reclamao 'erante o Su'erior @ribunal de Gustia (art. 46K, 8, "A, i$ualmente destinada & preservao da competYncia da 6orte e & $arantia da autoridade das decisWes por ela e%aradas. 6om o desenvolvimento dos processos de ndole ob(etiva em sede de controle de constitucionalidade no plano "ederal e estadual @inicialmente representao de inconstitucionalidade e, posteriormente, AD8, AD8+, AD6 e AD07A, a reclamao, na qualidade de ao especial, acabou por adquirir contornos di"erenciados na $arantia da autoridade das decisWes do /upremo Tribunal 7ederal ou na preservao de sua competYncia. A (urisprudYncia do /upremo Tribunal, no tocante & utilizao do instituto da reclamao em sede de controle concentrado de normas, tamb-m deu sinais de $rande evoluo no (ul$amento da questo de ordem em a$ravo re$imental na 3el. nd B.VVD, em !F de maio de !DD!, quando no Tribunal restou assente o cabimento da reclamao para todos aqueles que comprovarem pre(uzo resultante de decisWes contrrias &s teses do /T7, em recon'ecimento & e"iccia vinculante er$a omnes das decisWes de m-rito pro"eridas em sede de controle concentrado. A anlise do quadro abai%o transcrito, sobre o n,mero de representaWes propostas nos anos de BCCD a !DD:, parece indicar que o re"erido instituto $an'ou si$ni"icativo relevo no .mbito da competYncia do /T7. Re")ama%'es Const(tu"(ona(s no Su0remo Tr(buna) Fe#era) Pro"essos #(str(bu=#os no 0er=o#o #e *LL5 a /55E %no processo E9 de processos %no Eq de 177U 2U 1777 2UU 1771 9U 2UUU Q22 1772 PP 2UU1 226 1779 9J 2UU2 2U2 12M 177P PQ 2UU9 25Q 177Q P7 2UUP P71 177J P7 2UUQ 799 1775 J2 2UUJ 695 1776 25Q 2UU5 Jm matuali>ada at 9112UU5 Fonte! )ED4IXOKF ?essalte"se, ainda, que a => n. 5KL1665 consa*rou a s)mula vinculante, no <mbito da com'et+ncia do Su'remo @ribunal, e 'reviu que a sua observ<ncia seria asse*urada 'ela reclamao (art. 463"A, P 36 x /9o ato administrativo ou deciso $udicial !ue contrariar a smula aplicvel ou !ue indevidamente a aplicar, caber reclamao ao 2upremo 3ribunal 4ederal !ue, $ulgando1a procedente, anular o ato administrativo ou cassar a deciso $udicial reclamada, e determinar !ue outra se$a proferida com ou sem aplicao da smula, conforme o caso/). A tend+ncia hodierna, 'ortanto, de que a reclamao assuma cada ve( mais o 'a'el de ao constitucional voltada 'roteo da ordem constitucional como um todo. 8s v#rios -bices aceitao da reclamao em sede de controle concentrado ,# %oram su'erados, estando a*ora o Su'remo @ribunal 7ederal em condi9es de am'liar o uso desse im'ortante e sin*ular instrumento da ,urisdio constitucional brasileira. Cessa 'ers'ectiva, 'arece bastante l-*ica a 'ossibilidade de que, em sede de reclamao, o @ribunal analise a constitucionalidade de leis cu,o teor id+ntico, ou mesmo semelhante, a outras leis que ,# %oram ob,eto do controle concentrado de constitucionalidade 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal. >omo e&'licado, no se est# a %alar, nessa hi'-tese, de a'licao da teoria da /transcend+ncia dos motivos determinantes/ da deciso tomada no controle abstrato de constitucionalidade. @rata"se, isso sim, de um 'oder $nsito 'r-'ria com'et+ncia do @ribunal de %iscali(ar incidentalmente a constitucionalidade das leis e dos atos normativos. = esse 'oder realado quando a >orte se de'ara com leis de teor id+ntico quelas ,# submetidas ao seu crivo no <mbito do controle abstrato de constitucionalidade. Assim, em relao & lei de teor idYntico &quela que ( "oi ob(eto do controle de constitucionalidade no /T7, poder5se5, por meio da reclamao, impu$nar a sua aplicao ou re(eio por parte da Administrao ou do 2udicirio, requerendo5se a declarao incidental de sua inconstitucionalidade, ou de sua constitucionalidade, con"orme o caso. Ca hi'-tese em e&ame, como ,# acentuado, no estamos a %alar em /transcend+ncia dos motivos determinantes/ da deciso na A0 nA 1.2M2LO. Co 'odemos olvidar, no entanto, que h# uma controvrsia constitucional 'osta ao crivo do @ribunal: a com'atibilidade ou no da ;ei Nunici'al nA 4.2FFL166M com o art. 27 do A0>@. =, 'or se tratar de uma questo constitucional id+ntica quela que %oi ob,eto da A0 nA 1.2M2LO, estou certo de que o @ribunal no 'ode se %urtar sua an#lise. Ca A0 nA 1.2M2LO, de relatoria do Ninistro >arlos Eritto, o @ribunal %i&ou o entendimento de que constitucional a lei da entidade %ederativa que %i&a valores di%erenciados quele esti'ulado, em car#ter transit-rio, 'elo art. 27, inciso , do A0>@. =ntendeu"se, assim, que o art. 466, P Ko, da >onstituio, 'ermite que a lei %i&e valores distintos como re%erencial de /'equeno valor/ a'to a a%astar a incid+ncia do sistema de 'a*amento, 'or meio de 'recat-rios, dos dbitos da 7a(enda O)blica. 127 A teleolo*ia das normas constitucionais a de asse*urar a autonomia das entidades %ederativas, de %orma que =stados e Nunic$'ios 'ossam adequar o sistema de 'a*amento de seus dbitos s 'eculiaridades %inanceiras locais. 8 re%erencial de /'equeno valor/, 'ara a%astamento da a'licao do sistema de 'recat-rios, dever# ser %i&ado con%orme as es'eci%icidades orament#rias de cada ente da %ederao. Oarece claro, da mesma %orma, que essa autonomia do ente %ederativo dever# res'eitar o 'rinc$'io da 'ro'orcionalidade. H di(er: no 'oder# o =stado ou o Nunic$'io estabelecer um valor demasiado alm, ou aqum, do que seria o valor ra(o#vel de /'equeno valor/ con%orme as suas dis'onibilidades %inanceiras. >ada caso um caso, cu,o ,u$(o de 'ro'orcionalidade 'ressu'9e a an#lise dos oramentos de cada ente %ederativo. A ;ei do Nunic$'io de Oetrolina"O= %i&ou um valor de ?y F66,66 (novecentos reais), que me 'arece bastante ra(o#vel, mesmo se com'arado com os 'ar<metros do art. 27 do A0>@. ?ecordo, neste 'onto, que, no ,ul*amento da A0 nA 1.2M2LO, o @ribunal considerou ra(o#vel valor no montante de K (cinco) sal#rios m$nimos. Ademais, ainda que o @ribunal no tenha se 'ronunciado e&'ressamente sobre este t-'ico, a autonomia con"erida aos entes "ederativos pelo art. BDD, S IR, da 6onstituio e pelo art. V: do AD6T, abran$e, inclusive, a possibilidade de que o re"erencial de pequeno valor no se(a necessariamente "i%ado em quantidade de salrios mnimos. 8 art. 27 do A0>@ dei&a claro que os valores nele estabelecidos t+m vi*+ncia /at !ue se d) a publicao oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da 7ederaoW. A 6ei de c$d$ en"e d$ eder$=>o 5oder i&$r o%"ros :$6ores n>o :inc%6$dos $o s$6rio !Qni!o. Oortanto, o re%erencial de 'equeno valor x ?y F66,66 (novecentos reais) x %i&ado 'ela ;ei Nunici'al nA 4.2FFL166M, 'ara %ins de a'licao do art. 466, P 3, da >onstituio 7ederal, deve ser res'eitado 'elo Gu$(o da ia !ara do @rabalho da >omarca de OetrolinaLO=. >om essas considera9es, de%iro o 'edido de medida liminar 'ara sus'ender os e%eitos da deciso do Gui( da !ara do @rabalho da >omarca de OetrolinaLO=, 'ro%erida nos autos da ?eclamao @rabalhista no 64133" 166K"544"6M"66"M. >omunique"se, com ur*+ncia. Oublique"se. ?equisitem"se in%orma9es ao Gu$(o da V$r$ do Tr$;$64o d$ Co!$rc$ de Pe"ro6in$EPE. A5Rs- d9*se :is"$ dos $%"os 7 Proc%r$dori$*3er$6 d$ Re58;6ic$. Br$sQ6i$- D de !$r=o de FLLD. Ninistro 48<MA3 MENDE/ ?elator O (nst(tuto #a Re")ama%&o & Am caso de inobservYncia do e(eito vinculante pelo #ui> ou pelo Kribunal- caberH 4eclama/"o ao Oupremo Eo caso de descumprimento da orienta/"o do Kribunal pelos .r$"os administrativos- caberH impu$na/"o pelos meios #udiciais cab<veis- podendo inclusive dar ense#o = responsabili>a/"o do a$ente pDblico 122 & A(eito vinculante si$ni(ica a possibilidade de a#ui>ar reclama/0es perante o OKF % pessoa (<sica pode a#ui>ar reclama/"o & % reclama/"o um instituto recente & A'istia dDvida sobre se a nature>a #ur<dica da reclama/"o seria de a/"o ou de recurso & E"o seria viHvel prever a reclama/"o na Constitui/"o estadual- pois le$islar sobre processo civil compet8ncia e'clusiva da Mni"o %demais- a CF n"o autori>a ?ue os estados&membros a instituam em suas constitui/0es % sa<da do OKF (oi di>er ?ue a reclama/"o estH relacionada ao direito de peti/"o consa$rado aos cidad"os & O OKF de(iniu ?ue a reclama/"o n"o a/"o nem recurso- mas direito de peti/"o- desde ?ue ;a#a previs"o le$al autori>ando (previs"o na constitui/"o estadual ou na lei de or$ani>a/"o #udiciHria- mas n"o o 4e$imento Interno de Kribunal) Leg(t(ma#os 0ara a1u(<ar re")ama%&o & %tualmente- ?ual?uer um do povo ?ue se#a pre#udicado por al$uma decis"o pode in$ressar diretamente com reclama/"o perante Oupremo- mediante peti/"o simples Primeiro entendimento do OKF! s. cabia reclama/"o para ?uem tivesse sido parte na %DI (rol previsto no arti$o 1U9) ou- ent"o- para ?uem- mesmo n"o tendo sido parte na %DI- poderia t8&lo sido 3d FC: M65]+ ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ QI=S@T8 0= 8?0=N CA N=00A >AI@=;A? CA ?=>;ANAST8 ?elator(a): Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 1KL44L4FF1 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"4FF3 OO"6F7MK =N=C@ !8;"64765"64 OO" 664F7 =N=C@A: ?=>;ANAST8 " BA?AC@A 0A AI@8?0A0= 0= 0=>ST8 O?87=?0A O=;8 SIO?=N8 @?EICA; 7=0=?A; =N AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= =:>=O>8CA;0A0= 08 S=I >AEN=C@8 " AISDC>A 0= ;=B@N0A0= A@!A " O=008 CT8 >8C[=>08. " + a(uizamento de ao direta de inconstitucionalidade, perante o /upremo Tribunal 7ederal, "az instaurar processo ob(etivo, sem partes, no qual ine%iste lit$io re"erente a situaWes concretas ou individuais. A natureza eminentemente ob(etiva do controle normativo abstrato a"asta o cabimento do instituto da reclamao por inobserv.ncia de deciso pro"erida em ao direta @3cl FIG, 3el. Min. 6E</+ DE ME<<+A. 6oloca5se, contudo, a questo da conveniYncia de que se atenue o ri$or dessa vedao (urisprudencial, notadamente em "ace da not1ria insubmisso de al$uns Tribunais (udicirios as teses (urdicas consa$radas nas decisWes pro"eridas pelo /upremo Tribunal 7ederal em aWes diretas de inconstitucionalidade. 5 A e%presso Xparte interessadaX, constante da <ei n. V.DFV;CD, embora assuma conte,do amplo no .mbito do processo sub(etivo, abran$endo, inclusive, os terceiros (uridicamente interessados, devera no 12F processo ob(etivo de "iscalizao normativa abstrata, limitar5se apenas aos 1r$os ativa ou passivamente le$itimados a sua instaurao @67, art. BDFA. 3eclamao que no e de ser con'ecida, eis que "ormulada por ma$istrados, estran'os ao rol ta%ativo do art. BDF da 6onstituio. T +udan/a no entendimento com o %$4 na 4CN 166U (ler o inteiro teor desse #ul$ado)! o munic<pio pre#udicado poderia a#ui>ar 4eclama/"o- considerando a(ronta = decis"o pro(erida pelo OKF em sede de %DI] 3cl BVVD A$3 ; /0 5 /?+ 0A=<+ AB.?=B.CA 3E6<AMA>?+ 3elator@aA) Min. MA=3K68+ 6+33OA 2ul$amento) D:;BB;!DD! Er$o 2ul$ador) Tribunal 0leno Oublicao: 0G 0A@A"4F"63"1665 OO"66647 =N=C@ !8;"61455"61 OO" 66125 =N=C@A: ]=E/T?+ DE +3DEM. A>?+ D83ETA DE 8N6+N/T8T=568+NA<8DADE. 2=<4AMENT+ DE MT38T+. OA?JB?A78 RC>8 08 A?@B8 12 0A ;= F2M2LFF: >8CS@@I>8CA;0A0=. =7>J>A !C>I;AC@= 0A 0=>ST8. ?=7;=:8S. ?=>;ANAST8. ;=B@N0A0= A@!A. 4. H constitucional lei ordin#ria que de%ine como de e%ic#cia vinculante os ,ul*amentos de%initivos de mrito 'ro%eridos 'elo Su'remo @ribunal 7ederal em ao direta de inconstitucionalidade (;ei F2M2LFF, arti*o 12, 'ar#*ra%o )nico). !. 0ara e"eito de controle abstrato de constitucionalidade de lei ou ato normativo, h# similitude substancial de ob,etos nas a9es declarat-ria de constitucionalidade e direta de inconstitucionalidade. =nquanto a 'rimeira destina"se a%erio 'ositiva de constitucionalidade a se*unda tra( 'retenso ne*ativa. =s'cies de %iscali(ao ob,etiva que, em ambas, tradu(em mani%estao de%initiva do @ribunal quanto con%ormao da norma com a >onstituio 7ederal. 3. A e%ic#cia vinculante da ao declarat-ria de constitucionalidade, %i&ada 'elo y 1A do arti*o 461 da >arta da ?e')blica, no se distin*ue, em ess+ncia, dos e%eitos das decis9es de mrito 'ro%eridas nas a9es diretas de inconstitucionalidade. 5. ?eclamao. ?econhecimento de le*itimidade ativa ad causam de todos que com'rovem 're,u$(o oriundo de decis9es dos -r*os do Ooder Gudici#rios bem como da Administrao O)blica de todos os n$veis, contr#rias ao ,ul*ado do @ribunal. Am'liao do conceito de 'arte interessada (;ei 2632LF6, arti*o 43). ?e%le&os 'rocessuais da e%ic#cia vinculante do ac-rdo a ser 'reservado. K. A'reciado o mrito da A0 4MM1"SO (0G de 36.62.64), est# o Nunic$'io le*itimado 'ara 'ro'or reclamao. A*ravo re*imental 'rovido. Antendimento atual! todo e ?ual?uer pre#udicado poderH- por meio da 4eclama/"o- atacar decis"o #udicial ErO K4%EOIK%D% A+ @MN,%DO- ?ue contrarie ac.rd"o do OKF ?ue possua e(eito vinculante (re$ra $eral! processos de controle concentrado de constitucionalidade- se#a decis"o liminar ou de mrito) 1F6 Em outras 0a)a+ras: A Re")ama%&o n&o , su"e#Ineo #a A%&o Res"(s2r(aooo & O. cabe reclama/"o se a decis"o ?ue estiver desrespeitando a decis"o do OKF n"o tiver transitado em #ul$ado Ou se#a- tem ?ue ser a#ui>ada no pra>o do recurso cab<vel da decis"o- pois a reclama/"o n"o substitui a a/"o rescis.ria 2er sDmula 59P do OKF /,mula :FG do /T7 W Co cabe reclamao quando ,# houver transitado em ,ul*ado o ato ,udicial que se ale*a tenha desres'eitado deciso do su'remo tribunal %ederal. 3cl !FCV ; T+ 5 T+6ANT8N/ ?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8 Gul*amento: 6ML46L166K Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oarte(s) ?=>;@=.(S) : [AN;@8C 0= OAI;A E=?CA?08 A0!.(ALS) : [AN;@8C 0= OAI;A E=?CA?08 ?=>;08.(ALS) : =S@A08 08 @8>AC@CS A0!.(ALS) : O?8>I?A08?"B=?A; 08 =S@A08 08 @8>AC@CS 3E6<AMA>?+ " A>U?0T8 O?87=?08 C8 >8C@?8;= >8C" >=C@?A08 0= >8CS@@I>8CA;0A0= " A0=QIAST8. A ,uris'rud+ncia do @ribunal mostra"se 'ac$%ica quanto 'ossibilidade de manuseio da reclamao 'ara buscar"se a e%ic#cia de ac-rdo 'rolatado em 'rocesso ob,etivo. ?essalva de entendimento 'essoal. ?=>;ANAST8 " A>U?0T8 O?87=?08 =N 0DC@>A N=00A. 0escabe %ormali(ar a reclamao quando se alme,a a observ<ncia de ac-rdo 'ro%erido 'or %ora de id+ntica medida. ;=B@N0A0= " ?=>;ANAST8 " A>U?0T8 O?8;A@A08 =N O?8>=SS8 8EG=@!8. A (urisprudYncia do /upremo Tribunal 7ederal, em evoluo, - no sentido de se admitir a le$itimidade para reclamao de todo e qualquer interessado em ver prevalecente ac1rdo "ormalizado no controle concentrado de constitucionalidade. ?essalva de entendimento 'essoal. ?=>;ANAST8 " A>U?0T8 O?87=?08 CA AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= CA KF2"7L@8 " A;>AC>=. Co h# como vislumbrar desres'eito ao ac-rdo %ormali(ado na Ao 0ireta de nconstitucionalidade nA KF2"7L@8, cu,o teor harmoni(a"se com a *losa, em edital de concurso, de tratamento 're%erencial aos denominados Oioneiros do @ocantins. Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011. Plen'rio reconhece legitimidade do BP estadual para propor reclama4)o no Supremo* Aps o voto vista do ministro Ayres Brido proferido na tarde desta quinta- feira (24), o Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou procedente a Reclamao (RCL) 7358, proposta pelo Ministrio Pblico de So Paulo contra deciso do Tribunal de Justia daquele estado. A corte estadual teria afrontado o disposto na Smula Vinculante no 9 do STF, que trata da perda de dias remidos por apenados. Neste julgamento, os ministros reconheceram a legitimidade do MP estadual para propor reclamao no Supremo. No mrito, os ministros seguiram o entendimento da relatora do caso, ministra Ellen Gracie, para quem a deciso do TJ, ao restabelecer o direito de 1F4 remio do executado apesar do cometimento de falta grave, deciso posterior edio da Smula Vinculante no 9, desrespeitou realmente o teor do verbete. Apenas os ministros Celso de Mello e Marco Aurlio discordaram da relatora. BPE Em uma discusso preliminar, por maioria de votos, os ministros reconheceram a legitimidade autnoma do Ministrio Pblico Estadual (MPE) para propor reclamao perante o Supremo Tribunal Federal. Votaram neste sentido os ministros Celso de Mello, Marco Aurlio, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso. J a relatora e os ministros Dias Toffoli, Joaquim Barbosa e Crmen Lcia s reconheciam a competncia do MPE para ajuizar esse tipo de ao na Corte Suprema com ratificao do procurador-geral da Repblica, nico que teria competncia para atuar no Supremo, de acordo com a Constituio Federal. No incio do julgamento, em maro de 2010, a relatora disse entender que somente o procurador-geral da Repblica teria legitimidade ativa para propor reclamao perante o STF. O Ministrio Pblico Estadual no estaria legitimado a atuar na Suprema Corte. Ela foi acompanhada pelo ministro Dias Toffoli. Discordaram da relatora, na ocasio, os ministros Marco Aurlio, Celso de Mello e Cezar Peluso. Na tarde de hoje, votaram seguindo a divergncia os ministros Ayres Britto, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Em seu voto, o ministro Ayres Britto falou que o Ministrio Pblico uma instituio gnero, compartimentada em duas espcies o Ministrio Pblico da Unio e o Ministrio Pblico Estadual. E que cada uma dessas espcies dotada de autonomia administrativa e funcional. Segundo ele, seja qual for o agente que oficie neste ou naquele processo, o que se faz presente o Ministrio Pblico. O ministro Gilmar Mendes concordou. Ele se manifestou pela competncia do MPE para ajuizar esse tipo de ao no STF. Para o ministro, no h monoplio da representao por parte do procurador-geral, nem hierarquia com relao ao MP estadual. Seria um tipo de tutela do MPE pelo rgo federal, o que representaria leso ao modelo federativo, concluiu o ministro Gilmar Mendes. Ao votar no sentido de que a competncia para atuar no STF exclusiva do procurador- geral, a quem caberia ratificar a reclamao, a ministra Crmen Lcia disse em seu voto que se baseava na Constituio Federal. O mesmo entendimento foi declarado pelo ministro Joaquim Barbosa. Segunda;2eira& -, de abril de -/77* No cabe reclamao com base em smula sem efeito vinculante. Com o argumento de que no cabe reclamao tendo como base smula sem efeito vinculante, o ministro Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento Reclamao (RCL) 11235. O autor questionava uma deciso do Superior Tribunal de Justia, em um caso envolvendo dissoluo judicial, que segundo ele teria violado a Smula 380 do STF. A Smula citada afirma que cabvel a dissoluo judicial, com partilha do patrimnio adquirido pelo esforo do casal, quando comprovada a existncia de sociedade de fato entre os concubinos. Em sua deciso, o ministro explicou que a reclamao a ferramenta processual de preservao da competncia do STF e de garantia da autoridade de suas decises. Mas as reclamaes, disse o ministro, s podem ser manejadas com base em decises proferidas pelo STF em aes destinadas ao controle abstrato de constitucionalidade, ou ainda em processo de ndole subjetiva, desde que o eventual reclamante dela tenha participado. Ou ainda tendo por base smulas vinculantes. 1F1 Ao negar seguimento ao pedido, o ministro lembrou que s caberia reclamao, nesse caso, se o STF tivesse aprovado smula com efeito vinculante sobre o tema, "o que no ocorreu nos presentes autos". & Cuidadot Pois toda decis"o em controle concentrado tem e(eito vinculante- lo$o cabe reclama/"o Am rela/"o =s sDmulas- s. cabe reclama/"o em (ace das ?ue t8m e(eito vinculante T A no+a re#a%&o "onfer(#a 0e)a EC nl6?7/556 ao 0arCgrafo /l #o art(go *5/! P 1A As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, nas a9es diretas de inconstitucionalidade e nas a9es declarat-rias de constitucionalidade 'rodu(iro e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante, relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e administrao ')blica direta e indireta, nas es%eras %ederal, estadual e munici'al. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional nA 5K, de 1665). 3edao anterior: P 1.A As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, nas a9es declarat-rias de constitucionalidade de lei ou ato normativo %ederal, 'rodu(iro e%ic#cia contra todos e e%eito vinculante, relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e ao Ooder =&ecutivo. (nclu$do em P 4A 'ela =menda >onstitucional nA 3, de 47L63LF3). & Por essa reda/"o s. ;avia e(eito vinculante em ;ip.teses de mrito de %DC O e(eito vinculante cria/"o #urisprudencial- vislumbrada pouco a pouco em suas decis0es & %tualmente- recon;ece&se e(eito vinculante em todas as decis0es do OKF decorrentes de controle concentrado de constitucionalidade Poss(b()(#a#e #e os esta#os$membros a#otarem a re")ama%&o! AD8 !!B! ; 6E # 6EA3Z AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0= ?elator(a): Nin. =;;=C B?A>= Gul*amento: 61L46L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"45"44"1663 OO"66644 =N=C@ !8;"61431"43 OO" 61563 AST8 0?=@A 0= C>8CS@@I>8CA;0A0=. A?@B8 462, C>S8 !, A;_C=A 0A >8CS@@IST8 08 =S@A08 08 >=A?J = A?@. 14, C>S8 !, ;=@?A G 08 ?=BN=C@8 08 @?EICA; 0= GIS@SA ;8>A;. O?=!ST8, C8 bNE@8 =S@A0IA;, 08 CS@@I@8 0A ?=>;ANAST8. CS@@I@8 0= CA@I?=^A O?8>=SSIA; >8CS@@I>8CA;, S@IA08 C8 bNE@8 08 0?=@8 0= O=@ST8 O?=!S@8 C8 A?@B8 KA, C>S8 :::!, 1F3 A;_C=A A 0A >8CS@@IST8 7=0=?A;. C=:S@DC>A 0= 87=CSA A8 A?@. 11, C>S8 0A >A?@A. 4. A nature(a ,ur$dica da reclamao no a de um recurso, de uma ao e nem de um incidente 'rocessual. Situa"se ela no <mbito do direito constitucional de 'etio 'revisto no arti*o KA, inciso :::! da >onstituio 7ederal. =m conseqZ+ncia, a sua adoo 'elo =stado"membro, 'ela via le*islativa local, no im'lica em invaso da com'et+ncia 'rivativa da Inio 'ara le*islar sobre direito 'rocessual (art. 11, da >7). 1. A reclamao constitui instrumento que, a'licado no <mbito dos =stados"membros, tem como ob,etivo evitar, no caso de o%ensa autoridade de um ,ul*ado, o caminho tortuoso e demorado dos recursos 'revistos na le*islao 'rocessual, ine*avelmente inconvenientes quando ,# tem a 'arte uma deciso de%initiva. !isa, tambm, 'reservao da com'et+ncia dos @ribunais de Gustia estaduais, diante de eventual usur'ao 'or 'arte de Gu$(o ou outro @ribunal local. 3. A adoo desse instrumento 'elos =stados" membros, alm de estar em sintonia com o 'rinc$'io da simetria, est# em conson<ncia com o 'rinc$'io da e%etividade das decis9es ,udiciais. 5. Ao direta de inconstitucionalidade im'rocedente. In"ab=+e) a "r(a%&o #e re")ama%&o 0or me(o #e reg(mento (nterno & 4A PUQU91 Kem de ser por lei e'pressa- ou pela Constitui/"o E+o)u%&o #a 3ur(s0ru#On"(a #o STF no Wue "on"erne ao efe(to +(n"u)ante! Efe(to +(n"u)ante #e )(m(nar em ADC! AD6 G M6 ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< N=00A >AI@=;A? CA AST8 0=>;A?A@U?A 0= >8CS@@I" >8CA;0A0= ?elator(a): Nin. S\0C=\ SAC>[=S Gul*amento: 44L61L4FF2 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"14"6K"4FFF OO"66661 =N=C@ !8;"64FK4"64 OO" 66664 EMENTA: AST8 0?=@A 0= >8CS@@I>8CA;0A0= 08 A?@. 4A 0A ;= C F.5F5, 0= 46.6F.4FF7, QI= 0S>O;CA A AO;>AST8 0A @I@=;A AC@=>OA0A >8C@?A A 7A^=C0A ORE;>A. N=00A >AI@=;A?: >AEN=C@8 = =SOH>=, CA A.0.>. ?=QIS@8S OA?A SIA >8C>=SST8. 4. 0is'9e o art. 4A da ;ei nA F.5F5, da 46.6F.4FF7: /Art. 4A . A'lica"se tutela anteci'ada 'revista nos arts. 173 e 5M4 do >-di*o de Orocesso >ivil, o dis'osto nos arts KA e seu 'ar#*ra%o )nico e art. 7A da ;ei nA 5.352, de 1M de ,unho de 4FM5, no art. 4A e seu P 5A da ;ei nA K.614, de 6F de ,unho de 4FMM, e nos arts. 4A , 3A e 5A da ;ei nA 2.537, de 36 de ,unho de 4FF1./ 1. Al*umas inst<ncias ordin#rias da Gustia 7ederal t+m de%erido tutela anteci'ada contra a 7a(enda O)blica, ar*umentando com a inconstitucionalidade de tal norma. 8utras inst<ncias i*ualmente ordin#rias e at uma Su'erior " o [email protected]. " a t+m inde%erido, re'utando constitucional o dis'ositivo em questo. 3. 0iante desse quadro, admiss$vel Ao 0ireta de 1F5 >onstitucionalidade, de que trata a r 'arte do inciso do art. 461 da >.7., 'ara que o Su'remo @ribunal 7ederal dirima a controvrsia sobre a questo 're,udicial constitucional. Orecedente: A.0.>. n 4. Art. 1MK, !, do >-di*o de Orocesso >ivil. 5. As decis9es de%initivas de mrito, 'ro%eridas 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, nas A9es 0eclarat-rias de >onstitucionalidade de lei ou ato normativo %ederal, 'rodu(em e%ic#cia contra todos e at e%eito vinculante, relativamente aos demais -r*os do Ooder Gudici#rio e ao Ooder =&ecutivo, nos termos do art. 461, P 1A , da >.7. K. =m Ao dessa nature(a, 'ode a >orte conceder medida cautelar que asse*ure, tem'orariamente, tal %ora e e%ic#cia %utura deciso de mrito. = assim , mesmo sem e&'ressa 'reviso constitucional de medida cautelar na A.0.>., 'ois o 'oder de acautelar imanente ao de ,ul*ar. Orecedente do [email protected].: ?@G"7ML351. M. [# 'lausibilidade ,ur$dica na ar*uio de constitucionalidade, constante da inicial (/%umus boni iuris/). Orecedente: A0N> " 4.K7M"4. 7. =st# i*ualmente atendido o requisito do /'ericulum in mora/, em %ace da alta conveni+ncia da Administrao O)blica, 'ressionada 'or liminares que, a'esar do dis'osto na norma im'u*nada, determinam a incor'orao imediata de acrscimos de vencimentos, na %olha de 'a*amento de *rande n)mero de servidores e at o 'a*amento imediato de di%erenas atrasadas. = tudo sem o 'recat-rio e&i*ido 'elo art. 466 da >onstituio 7ederal, e, ainda, sob as ameaas noticiadas na inicial e demonstradas com os documentos que a instru$ram. 2. Medida cautelar de"erida, em parte, por maioria de votos, para se suspender, Xe% nuncX, e com e"eito vinculante, at- o (ul$amento "inal da ao, a concesso de tutela antecipada contra a 7azenda 0,blica, que ten'a por pressuposto a constitucionalidade ou inconstitucionalidade do art. BR da <ei nR C.GCG, de BD.DC.C:, sustando5se, i$ualmente Xe% nuncX, os e"eitos "uturos das decisWes ( pro"eridas, nesse sentido. Efe(to +(n"u)ante #e m,r(to em ADI & 2er o a$r 4CN 166U. Efe(to +(n"u)ante #e )(m(nar em ADI 3cl !!I9 ; 3N 5 38+ 43ANDE D+ N+3TE ?=>;ANAST8 ?elator(a): Nin. B;NA? N=C0=S Gul*amento: 44L6FL1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"36"655!DDG 005DDDFG EMENT H+<5D!BGC5DG 005 DD9F: EMENTA: ?eclamao. 1. Barantia da autoridade de 'rovimento cautelar na A0 4.736L?C. 3. 0eciso do @ribunal de Gustia do =stado do ?io Brande do Corte em Nandado de Se*urana. ?eenquadramento de servidor a'osentado, com e%eitos /e& nunc/. A'osentadoria com 'roventos corres'ondentes remunerao de classe imediatamente su'erior. 5. 0eciso que restabelece dis'ositivo cu,a vi*+ncia encontrava"se sus'ensa 'or deciso do Su'remo @ribunal 7ederal, em sede de cautelar. K. =%ic#cia /er*a omnes/ e e%eito vinculante de deciso cautelar 'ro%erida em ao direta de inconstitucionalidade. M. ?eclamao ,ul*ada 'rocedente. 1FK Re")ama%&o e Prote%&o #a Or#em Const(tu"(ona) :Trans"r(%'es; & 4cl QP5UXP%m ?EDAT+?J BC8* GCDBA? BE8>ES DECISSO: Trata-se de reclamao, com pedido de liminar, ajuizada pelo Municpio de Moju/PA, em face de diversas decises proferidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8 Regio, e pelos Juzes das 1' e 2a Varas do Trabalho de Abaetetuba/PA. Em despacho de fl. 198, fixei prazo para que o reclamante emendasse a petio inicial, tendo em vista a evidente impossibilidade de exame do pedido tal como formulado inicialmente. Eis o teor do despacho: "Em anlise sumria dos autos, verifico que o Requerente no individualizou, nem especificou, quais seriam as decises impugnadas de cada Tribunal e/ou juzos trabalhistas, no havendo como verificar o teor das referidas decises para fins de verificar a procedncia/improcedncia do pleito aqui formulado. Assim sendo, tendo em vista a impossibilidade de se examinar o pedido na forma como instrudo, fixo o prazo de 10 (dez) dias para que o requerente emende a petio inicial, delimitando precisamente o objeto desta reclamao, ou seja, identificando e especificando cada deciso impugnada, com juzo de origem, nmero do processo, partes, fundamentos e parte dispositiva, assim como junte aos autos o inteiro teor de cada uma das decises eventualmente impugnadas, sob pena de indeferimento liminar da petio inicial." O reclamante, em resposta tempestiva ao referido despacho, especificou o pedido, identificando um total de 208 (duzentas e oito) decises como objeto desta reclamao, relacionadas da seguinte forma: 2 (duas) decises em processos distribudos nas la e 2a Varas de Abaetetuba/PA, com audincias designadas para 24.9.2007 e 26.9.2007; 5 (cinco) em processos em grau de sentena tramitando pelas la e 2a Varas do Trabalho de Abaetetuba/PA; 29 (vinte e nove) em processos em grau de recurso ordinrio tramitando no TRT/8a Regio; 61 (sessenta e uma) em processos em grau de recurso de revista tramitando no TRT/8a Regio; 25 (vinte e cinco) em processos com agravo de instrumento tramitando no TRT/8a Regio para remessa ao TST; 21 (vinte e uma) em processos do TRT/8a Regio distribudos no TST; 20 (vinte) em processos em fase de execuo nas la e 2a Varas do Trabalho de Abaetetuba/PA; 45 (quarenta e cinco) em processos em execues do NSS tramitando pelas la e 2a Varas de Abaetetuba/PA. >ecido* O contedo do pedido formulado pelo reclamante, como parece evidente, torna impraticvel o desenvolvimento regular da presente reclamao. A reclamao, tal como prevista no art. 102, , "1", da Constituio, e regulada nos artigos 13 a 18 da Lei n 8.038/90, e nos artigos 156 a 162 do Regimento nterno do Supremo Tribunal Federal, constitui ao de rito essencialmente clere, cuja estrutura procedimental, bastante singela, coincide com o processo do mandado de segurana e de outras aes constitucionais de rito abreviado. 1FM A adoo de uma forma de procedimento sumrio especial para a reclamao tem como razo a prpria natureza desse tipo de ao constitucional, destinada salvaguarda da competncia e da autoridade das decises do Tribunal, assim como da ordem constitucional como um todo. Desde o seu advento, fruto de criao jurisprudencial, a reclamao tem- se firmado como importante mecanismo de tutela da ordem constitucional. Como sabido, a reclamao, para preservar a competncia do Supremo Tribunal Federal ou garantir a autoridade de suas decises, fruto de criao pretoriana. Afirmava-se que ela decorreria da idia dos implied powers deferidos ao Tribunal. O Supremo Tribunal Federal passou a adotar essa doutrina para a soluo de problemas operacionais diversos. A falta de contornos definidos sobre o instituto da reclamao fez, portanto, com que a sua constituio inicial repousasse sobre a teoria dos poderes implcitos. Em 1957, aprovou-se a incorporao da Reclamao no Regimento nterno do Supremo Tribunal Federal. A Constituio Federal de 1967, que autorizou o STF a estabelecer a disciplina processual dos feitos sob sua competncia, conferindo fora de lei federal s disposies do Regimento nterno sobre seus processos, acabou por legitimar definitivamente o instituto da reclamao, agora fundamentada em dispositivo constitucional. Com o advento da Carta de 1988, o instituto adquiriu, finalmente, status de competncia constitucional (art. 102, , "1"). A Constituio consignou, ainda, o cabimento da reclamao perante o Superior Tribunal de Justia (art. 105, , "f"), igualmente destinada preservao da competncia da Corte e garantia da autoridade das decises por ela exaradas. Com o desenvolvimento dos processos de ndole objetiva em sede de controle de constitucionalidade no plano federal e estadual (inicialmente representao de inconstitucionalidade e, posteriormente, AD, ADO, ADC e ADPF), a reclamao, na qualidade de ao especial, acabou por adquirir contornos diferenciados na garantia da autoridade das decises do Supremo Tribunal Federal ou na preservao de sua competncia. Ressalte-se, ainda, que a EC n 45/2004 consagrou a smula vinculante, no mbito da competncia do Supremo Tribunal, e previu que a sua observncia seria assegurada pela reclamao (art. 103-A, 3 "Do ato administrativo ou deciso judicial que contrariar a smula aplicvel ou que indevidamente a aplicar, caber reclamao ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anular o ato administrativo ou cassar a deciso judicial reclamada, e determinar que outra seja proferida com ou sem aplicao da smula, conforme o caso"). A tendncia hodierna, portanto, de que a reclamao assuma cada vez mais o papel de ao constitucional voltada proteo da ordem constitucional como um todo. Os vrios bices aceitao da reclamao, em sede de controle concentrado, j foram superados, estando agora o Supremo Tribunal Federal em condies de ampliar o uso desse importante e singular instrumento da jurisdio constitucional brasileira. Destarte, a ordem constitucional necessita de proteo por mecanismos processuais cleres e eficazes. Esse o mandamento constitucional, que fica bastante claro quando se observa o elenco de aes constitucionais voltadas a esse mister, como o habeas corpus, o mandado de segurana, a ao popular, o habeas data, o mandado de injuno, a ao civil pblica, a ao direta de inconstitucionalidade, a ao declaratria de constitucionalidade e a argio de descumprimento de preceito fundamental. A reclamao constitucional sua prpria evoluo o demonstra no mais se destina apenas a assegurar a competncia e a autoridade de decises especficas e bem delimitadas do Supremo Tribunal Federal, mas tambm constitui-se como ao voltada proteo da ordem constitucional como um todo. A tese da eficcia vinculante dos motivos determinantes da deciso no controle 1F7 abstrato de constitucionalidade, j adotada pelo Tribunal, confirma esse papel renovado da reclamao como ao destinada a resguardar no apenas a autoridade de uma dada deciso, com seus contornos especficos (objeto e parmetro de controle), mas a prpria interpretao da Constituio levada a efeito pela Corte. Esse entendimento reforado quando se vislumbra a possibilidade de declarao incidental da inconstitucionalidade de norma de teor idntico a outra que j foi objeto de controle abstrato de constitucionalidade realizado pelo Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido, parece certo que a eficcia da reclamao como ao constitucional voltada proteo da ordem constitucional fica prejudicada ante o alargamento desproporcional do pedido realizado pelo autor da demanda. A pretenso de desconstituir cerca de 208 (duzentas e oito) decises de contedo diverso, emanadas de diferentes rgos jurisdicionais, no pode ser comportada por uma ao de rito sumrio especial. A hip!tese torna impratic'vel a instru4)o do processo por meio de m@ltiplas in2orma45es& pre9udica a an'lise clere da controvrsia pelo Binistrio P@blico e inviabili$a a cogni4)o do pedido pelo !rg)o 9ulgador* certo, por outro lado, que a reunio, em uma nica reclamao, de mltiplas decises, pode decorrer, em alguns casos especficos, de um imperativo da prpria celeridade e economia processuais, evitando a disperso do pedido em diversas reclamaes individualizadas, o que poderia abrir a possibilidade, de fato, de decises contraditrias. Nesses casos, porm, necessrio que os atos impugnados tenham origem em uma mesma autoridade coatora, ou pelo menos sejam de contedo idntico, tornando possvel sua reunio em uma nica ao. No mbito do controle abstrato de constitucionalidade, o Tribunal j teve a oportunidade de determinar o desmembramento de ao direta proposta contra 21 (vinte e uma) leis de diferentes Estados. Como o Tribunal no fica vinculado aos fundamentos apresentados na pea inicial, a identidade de causas de pedir no justifica a cumulao dos pedidos em uma nica ao (AD-Q0 n 28, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 25.10.1991). Tambm na reclamao o entendimento no pode ser diverso. Nesse tipo de ao, possvel que, ante o fundamento de violao a determinada deciso, identifique o Tribunal a afronta a outra deciso no especificada na petio inicial, assim como, de outro modo, reconhea usurpao de sua competncia; e, alm disso, declare a inconstitucionalidade de norma de teor idntico a outra que j foi objeto do crivo do Tribunal no controle abstrato de constitucionalidade. Assim, se a reclamao constitui, como ressaltado, ao destinada proteo da ordem constitucional como um todo e, dessa forma, no fica o Tribunal vinculado ao fundamento delimitado pelo autor , a identidade de causas de pedir no pode servir de lastro para a formulao de pedido invivel, cujo objeto constitudo de centenas de atos de contedos variados e emanados de autoridades diversas. Com efeito, uma nica deciso do Tribunal, dotada de efeito vinculante, ou uma nica smula vinculante, podero servir de parmetro para impugnao com ampla legitimao ativa (Rcl-AgR n 1.880/SP, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 19.3.2004) - de qualquer ato administrativo ou deciso judicial que a elas sejam contrrios - ainda que de forma oblqua (Rcl n 1.987/DF, Rel. Min. Maurcio Corra, DJ 21.5.2004) -, sejam eles provenientes da Administrao direta ou indireta, federal, estadual ou municipal, ou de qualquer outro rgo do Poder Judicirio. Para evitar problemas procedimentais, decorrentes principalmente de um pedido cujo objeto abranja uma multiplicidade de atos e decises que torne impraticvel o prprio desenvolvimento regular do processo, o Tribunal deve fixar as balizas para a propositura e o trmite da reclamao. Por exemplo, a Presidncia da Corte adotou a praxe de no aplicar, na hiptese de reclamao por afronta a deciso tomada em processo objetivo de controle de constitucionalidade, o art. 70 do Regimento nterno do STF e a parte final do 1F2 pargrafo nico do art. 13 da Lei n 8.038/1990, que determinam a distribuio da ao ao relator da causa principal (Rcl n 2.091, DJ 21.6.2002; Rcl n 4.238, DJ 14.6.2006). Outro no poderia ser o entendimento. Uma importante deciso em sede de AD ou ADC pode abrir ensejo para uma multiplicidade de reclamaes contra atos supostamente a elas contrrios. Nesse caso, a distribuio de todas as aes ao mesmo relator da AD ou da ADC principal tornaria impraticvel o desenvolvimento regular dos trabalhos no gabinete. Portanto, a adoo desses entendimentos e a fixao de certas balizas procedimentais tornam-se necessrias ante o desenvolvimento da reclamao e a nova conformao assumida por essa ao constitucional na ordem constitucional brasileira. Se, no mandado de segurana, por exemplo, no se torna possvel a formulao de um pedido com objeto mltiplo como esse, ante os limites impostos pela fixao da competncia originria do Tribunal de acordo com a autoridade coatora (CF/88, art. 102, , "d"), na reclamao, por outro lado, uma nica deciso do STF com efeito vinculante pode ser fundamento para uma ampla variedade de aes ou para um pedido com objeto mltiplo. Essas razes so suficientes para demonstrar que, na hiptese de uma ampla quantidade e variedade de atos e decises, emanadas de diversas autoridades, supostamente contrrios interpretao da Constituio fixada pelo STF, a prpria natureza da reclamao, como ao constitucional de rito sumrio especial, recomenda que sua propositura seja feita de forma a se individualizar os atos de teor idntico ou semelhante, emanados de uma mesma autoridade coatora. inepta, portanto, a petio inicial nesta reclamao, por conter pedido invivel no mbito do rito sumrio especial prprio desse tipo de ao constitucional. Ante o exposto, indefiro a petio inicial e declaro extinto o processo sem resoluo de mrito (art. 267, , do CPC). Publique-se. Arquive-se. Braslia, 29 de fevereiro de 2008. Ministro GLMAR MENDES Relator Cr(a%&o #e !un("=0(os e S(tua%&o EG"e0"(ona) Conso)(#a#a (Kranscri/0es) #v* Cn2ormativo K00% A>C --K/.GAQ P+T+;PCSTA >+ BC8CST?+ GCDBA? BE8>ES Partido dos Trabalhadores-PT props a presente ao direta de inconstitucionalidade contra a 'ei nI ,%6H7, de )J de maro de -JJJ, do Estado da Ba?ia, que criou o @unicDpio de 'uDs Eduardo @a"al?es, decorrente do desmembramento do @unicDpio de Barreiras+BA% O undamento da impu"nao, se"uindo #urisprud;ncia desta 6orte, 4, em sDntese, a ine5ist;ncia da lei complementar ederal e5i"ida pelo art% H*, K 4I, da 6onstituio, com a 1FF redao determinada pela E6 nI H(+76, para deinio do perDodo em que os municDpios podero ser criados% O Relator, Ministro Eros Grau, iniciou seu voto reafirmando o entendimento assentado em jurisprudncia da Corte, nos seguintes termos: "O 4 o artigo !8 a "onstitui#$o o %rasil& na rea#$o 'ue l(e )oi atribu*a pela E6 nI H(+76, estabelece que a criao de @unicDpio ser$ eita por lei estadual, dentro do perDodo determinado por lei complementar ederal, dependendo de consulta pr4via% Lo oi, at4 esta data, produ!ida a lei complementar ederal mencionada no preceito% DaD porque a interpretao literal do te5to desse K 4I do arti"o H* da 6onstituio do Brasil condu!iria, em simples e5ercDcio de subsuno, E autom$tica declarao de inconstitucionalidade da 'ei n% ,%6H7, de )J de maro de -JJJ, do Estado da Ba?ia, que criou o @unicDpio de 'uDs Eduardo @a"al?es%M Em seguida, porm, o eminente Relator passou a proferir um profundo estudo sobre a realidade ftica subjacente questo constitucional posta ao crivo do Tribunal nesta ao direta, demonstrando as conseqncias drsticas de uma eventual declarao de inconstitucionalidade da lei impu"nada, nos se"uintes termosG "Ocorre 'ue o Munic*+io )oi e)etivamente criao& assumino e,ist-ncia e )ato como ente )eerativo otao e autonomia. "omo tal e,iste. ./ mais e seis anos. 0or isso esta "orte n$o +oe limitar-se 1 +r/tica e um mero e,erc*cio e subsun#$o. "um+re consierarmos +ruentemente a circunst2ncia e estarmos iante e uma situa#$o e e,ce#$o e as conse'3-ncias +erniciosas 'ue aviriam e eventual eclara#$o e inconstitucionaliae a lei estaual. O Munic*+io 4 +ermito-me re+eti-lo 4 o Munic*+io )oi e)etivamente criao& assumino e,ist-ncia e )ato. 5o seu territ6rio )oram e,ercios atos +r6+rios ao ente )eerativo otao e autonomia. 5o ia !9 e 7ul(o e 2.00!& )oi +romulgaa a sua lei org2nica. O Munic*+io legisla sobre assuntos e interesse local8 at9 maio e 2.00:& )oram sancionaas mais e u;entas leis munici+ais. O Munic*+io elegeu seus 0re)eito e <ice- 0re)eito& bem assim seus <ereaores& em elei#=es reali;aas +ela >usti#a ?leitoral. @nstituiu e arrecaou tributos e sua com+et-ncia. 0restou e est/ a +restar servi#os +Ablicos e interesse local. ?,erce +oer e +ol*cia. ?m seu territ6rio 4 isto 9& no Munic*+io e Bu*s ?uaro Magal($es 4 )oram celebraos casamentos e registraos nascimentos e 6bitos. O Munic*+io recebe recursos )eerais e estauais e +artici+a a arrecaa#$o e tributos )eerais e estauais. Ceguno aos obtios no s*tio o @%D? EFFF.ibge.gov.brG & no ano e 2.000 )oram reali;aas elei#=es no Munic*+io e Buis ?uaro Magal($es& organi;aas +elo HI?-%J& e 'ue +artici+aram 9.4!2 eleitores. ?m 2.004& eram 20.942 os eleitores o Munic*+io. 5o ano e 2.00! o Munic*+io contava com !8.KLK (abitantes& 'ue se movimentam numa )rota e 2.92! ve*culos. J +o+ula#$o estimaa +elo @%D? em 2.00L 9 e 22.08! (abitantes. J )rota& +or sua ve;& saltou +ara 3.928 ve*culos em 2.004. ?m 2.002 )oram assentaos 4:9 nascimentos no cart6rio e registros +Ablicos. ?m 2.003 )oram 383 registros. Hamb9m em 2.002& o Munic*+io recebeu 'uotas o Muno e 0artici+a#$o os Munic*+ios no valor e IN 4.0!!.3:4&34 e o MO5P?M a orem e IN2.!28.4:!&L8. 5o ano seguinte& IN 4.23K.!8K&L2 o M0M e& em 2.004& IN 4.30L.244&00 +rovenientes o MO5P?M. ?m 2.003 contava com 8.!K4 alunos matriculaos& K.842 na ree munici+al e ensino& com+osta +or !4 escolas e 2:2 ocentes. 5o s*tio a 366 0re)eitura Munici+al EFFF.luiseuaromagal(aes.ba.gov.brG & /-se not*cia e 'ue a ciae +ossui K.000 a+arel(os e tele)one instalaos& com o maior consumo +er ca+ita em tele)onia celular o ?stao a %a(ia. ?m suma& o Munic*+io e Bu*s ?uaro Magal($es e,iste& e )ato& como ente )eerativo otao e autonomia munici+al& a +artir e uma ecis$o +ol*tica. ?sta realiae n$o +oe ser ignoraa. ?m boa-)9& os cia$os omiciliaos no munic*+io su+=em se7a 7uriicamente regular a sua autonomia +ol*tica. ?m boa )9 nutria inclusive +or este Hribunal& visto 'ue a lei estaual 9 e 30 e mar#o e 2.000 e a "orte +oeria em 7ul(o o mesmo ano& 'uatro meses a+6s& ter eterminao a sus+ens$o os seus e)eitos. 5$o o teno )eito& +ermitiu a consolia#$o a situa#$o e e,ce#$o 'ue a e,ist-ncia concreta o munic*+io caracteri;a. ?mbora e e,ce#$o& essa e,ist-ncia& e,ist-ncia e )ato& ecorrente a ecis$o +ol*tica 'ue im+ortou a sua instala#$o como ente )eerativo otao e autonomia munici+al 4 re+ito 4 consubstancia uma situa#$o consoliaa. O nomos o seu territ6rio )oi nele instalao. O Munic*+io legislou& e moo 'ue uma +arcela o orenamento 7ur*ico brasileiro 9 (o7e com+osta +ela legisla#$o local emanaa esse ente )eerativo cu7a e,ist-ncia n$o +oe ser negaa." Toda essa descrio da realidade ftica fundada na lei impugnada foi utilizada pelo Ministro Eros Grau para, embasado em longa e detalhada anlise do princpio da segurana jurdica, defender a necessidade da preservao do Municpio. Disse o Ministro Eros Grau: "O Munic*+io e Bu*s ?uaro Magal($es e,iste& 9 verae& em con)ronto com o is+osto no 4o o artigo !8 a "onstitui#$o o %rasil. Bembro& no entanto& con(ecia observa#$o e QO5IJP .?CC?: na via a coletiviae (/ realiaes 'ue se encontram em contrai#$o com a "onstitui#$o& mas essas realiaes n$o evem ser consieraas como insigni)icantes +elo int9r+rete a "onstitui#$o. O im+ortante& em )ace elas& 9 )a;er tuo a'uilo 'ue se7a necess/rio +ara im+eir o seu nascimento Ea realiae inconstitucionalG ou +ara +6-la& essa realiae& novamente em concor2ncia com a "onstitui#$o. 5o caso& e,iste uma realiae material& um Munic*+io& um ente )eerativo otao e autonomia +ol*tica. 5$o 9 +oss*vel retornarmos ao +assao& +ara anular esta realiae& 'ue +rou;iu e)eitos e +ermanece a +rou;i-los. O Munic*+io e Bu*s ?uaro Magal($es& ente a )eera#$o brasileira& 9 titular e autonomia munici+al ese a sua cria#$o. "omo& agora& anular essa autonomiaR 0ois 9 certo 'ue a su+ress$o essa autonomia& a)irmaa +or e)eitos concretos +rou;ios& consubstanciaria )ranca agress$o 1 estrutura )eerativa& ao +rinc*+io )eerativo. J ecis$o +ol*tica a cria#$o o Munic*+io violou a regra constitucional& mas )oi a)irmaa& +rou;ino toos os e)eitos ela ecorrentes. O +receito veiculao +elo 4 o artigo !8 a "onsti tui#$o visa a i m+eir a cri a#$o& a i ncor+ora#$o& a )us$o e o esmembramento e Munic*+ios )ora e +er*oo eterminao +or lei com+lementar )eeral. "omo o Begislativo omitiu- se& ei,ano e +rou;ir essa lei com+lementar& e o ente )eerativo surgiu& e,istino como tal& a a+lica#$o o +receito +ara 'ue se eclare a inconstitucionaliae o ato legislativo estaual e a inconstitucionaliae institucional o Munic*+io agravar/ a mol9stia o sistema. Ce a a+lica#$o e uma norma resulta um esvio a )inaliae a 'ue ela se estina& ela )ina +or n$o cum+rir o seu +a+el& ela e)orma. 0recisamente isso se aria no caso& se a autonomia o ente )eerativo viesse a ser anulaa." + Binistro ?elator& en2im& concluiu pela improced"ncia da a4)o* Pedi vista dos autos para melhor analisar o problema. mpressionou-me a concluso a que c?e"ou o @inistro Eros <rau N votou pela improced;ncia da ao N ap1s tecer percuciente 364 an$lise sobre a realidade $tica undada na lei impu"nada e o peso que possui, no caso, o princDpio da se"urana #urDdica% De fato, h toda uma situao consolidada que no pode ser ignorada pelo Oribunal% 6om o sur"imento, no plano das normas, de uma nova entidade ederativa, emer"iu, no plano dos atos, uma "ama de situa0es decorrentes da pr$tica de atos pr1prios do e5ercDcio da autonomia municipal% A realidade concreta que se vincula E lei estadual impu"nada #$ oi ob#eto de e5tensa descrio analDtica no voto proerido pelo @inistro Aelator, e no pretendo aqui retom$:la% 6reio que o Oribunal #$ se encontra plenamente inteirado das "raves repercuss0es de ordem polDtica, econPmica e social de uma eventual deciso de inconstitucionalidade% A questo pendente neste julgamento est em definir quais os contornos que a inevit$vel deciso do Oribunal deve assumir para que se#a, na maior medida possDvel, menos "ravosa E realidade concreta undada sobre a nova entidade ederativa% A solu4)o para o problema& a meu ver& n)o pode advir da simples decis)o de improced;ncia da ao% Qeria como se o Oribunal, ocando toda sua ateno na necessidade de se asse"urar realidades concretas que no podem mais ser deseitas e, portanto, recon?ecendo plena aplicabilidade ao princDpio da se"urana #urDdica, dei5asse de contemplar, na devida medida, o princDpio da nulidade da lei inconstitucional% No se pode negar a relevncia do princpio da segurana jurdica neste caso. Porm, estou convicto de que possvel primar pela otimizao de ambos os princpios, tentando aplic-los, na maior medida possvel, segundo as possibilidades fticas e jurdicas que o caso concreto pode nos apresentar. No devemos nos esquecer de que esta Corte, em diversos julgados recentes, declarou a inconstitucionalidade N e, portanto, a nulidade N de leis estaduais, posteriores E E6 nI H(+76, instituidoras de novos municDpios, por aus;ncia da lei complementar ederal prevista pelo art% H*, K 4o, da 6onstituio (ADF:@6 nI -%)*H+AQ, Ael% @in% Qep9lveda Pertence, D= H4%H-%-JJHR ADF nI )%H47+Q6, Ael% @in% =oaquim Barbosa, D= H%4%-JJ(R ADF nI -%,J-+PA, Ael% @in% @aurDcio 6orr;a, D= 6%-%-JJ4R ADF nI -%76,+BA, Ael% @in% Qep9lveda Pertence, D= H7%)%-JJ4R ADF nI -%6)-+BA, Ael% @in% Qep9lveda Pertence, D= H-%)%-JJ4)% O Tribunal tem entendimento assentado no sentido de que o art. 18, 4o, da Constituio da Repblica, com a redao determinada pela EC n 15/96, norma de eficcia limitada, dependente, portanto, da atuao legislativa no sentido da feitura da lei complementar nele referida para produzir plenos efeitos. Ainda que despida de eficcia plena, entende-se que tal norma constitucional tem o condo de inviabilizar a instaurao de processos tendentes criao de novas municipalidades, at4 o advento da reerida lei complementar ederal% Esse 4 um dado que deve ser devidamente equacionado% & princDpio da nulidade da lei inconstitucional tamb4m tem um peso elevado no caso, o que torna inevit$vel o recurso E t4cnica da ponderao% Essa necessidade de ponderao entre o princpio da nulidade da lei inconstitucional e o princDpio da se"urana #urDdica 361 constitui o leitmotiv para o desenvolvimento de t4cnicas alternativas de deciso no controle de constitucionalidade% O recurso a tcnicas inovadoras de controle da constitucionalidade das leis e dos atos normativos em "eral tem sido cada ve! mais comum na realidade do direito comparado, na qual os tribunais no esto mais aeitos Es solu0es ortodo5as da declarao de nulidade total ou de mera deciso de improced;ncia da ao com a conseqSente declarao de constitucionalidade% Em estudo sobre a doutrina da declarao prospectiva da ineficcia das leis inconstitucionais, <arcia de EnterrDa bem demonstra que essa modalidade de deciso no controle de constitucionalidade decorre de uma necessidade pr$tica comum a qualquer #urisdio de peril constitucionalG "Ba t9cnica e la anulaci6n +ros+ectiva se (a esarollao en las 7uris+ruencias constitucionales e otros +a*ses S en la e los Hribunales su+ranacionales euro+eos en )unci6n e un +roblema es+eci)ico el control 7uicial e las leSes. ?n +alavras Sa cl/sicas e Otto %ac(o) en su traba7o T?l 7ue; constitucional entre el Perec(o S la 0ol*ticaT Ual 'ue So mismo me (e re)erio eteniamente en el libro citao& Ba "onstituci6n como 5orma& ++. !K9& S sigsV& +or'ue las Centencias anulatorias e una BeS W+ueen ocasionar cat/stro)es& no solo +ara el caso concreto& sino +ara un invisible nAmero e casos8 cuano esas Centencias son T+oliticamente e'uivocaasT Uen el sentio e 'ue esbaratan las tareas +ol*ticas leg*timas e la irecci6n el ?staoV& la ecisi6n +uee aXan;ar a la comunia +ol*tica enteraT. Js*& +ues& Tm/s 'ue el 7ue; e otros /mbitos e la 7usticia& +uee S ebe el 7ue; constitucional no +erer e vista las consecuencias 4 S tan )recuentemente consecuencias +ol*ticas 4 e sus sentencias. 0ero 4 S 9sta es la cuesti6n a +lantearse - Y Zu9 in)luencia le es +ermitio conceer a esas eventuales consecuencias sobre su sentenciaR Y 0uee& le es +ermitio o ebe eclarar ine)ica; la e7ecuci6n e una BeS a+licaa inc6lumemente urante largos a)*os eclarano una nulia 'ue +rivara e so+orte a innumerables actos 7ur*icos& o 'ui;/ erribar a sectores enteros aministrativos o econ6micos a causa e una in)racci6n constitucional tariamente escubiertaR Y 5o se convertinTa a'ui e (ec(o el summum ius en summa inuria sin utilia +ara naie S a)*o +ara moc(os o +ara la entera comuniaR ... Js*& +ues& Y )iat 7ustitiae +ereat munosR T." interessante notar que, nos prprios Estados Unidos da Amrica, onde a doutrina acentuara to enfaticamente a idia de que a expresso "lei inconstitucional" configurava uma contradictio in terminis, uma vez que "the inconstitutional statute is not law at all", passou-se a admitir, aps a Grande Depresso, a necessidade de se estabelecerem limites declarao de inconstitucionalidade. A Suprema Corte americana considerou o problema proposto pela eficcia retroativa de juzos de inconstitucionalidade a propsito de decises em processos criminais. Se as leis ou atos inconstitucionais nunca existiram enquanto tais, eventuais condenaes nelas baseadas quedam ilegtimas, e, portanto, o juzo de inconstitucionalidade implicaria a possibilidade de impugnao imediata de todas as condenaes efetuadas sob a vigncia da norma inconstitucional. Por outro lado, se a declarao de inconstitucionalidade afeta to-somente a demanda em que foi levada a efeito, no se ?$ que co"itar de alterao de #ul"ados anteriores% Qobre o tema, airma OribeG "5o caso BinXletter v. [alXer& a "orte re7eitou ambos os e,tremos: Ta "onstitui#$o nem +ro*be nem e,ige e)eito retroativo. T 0ara)raseano o >ustice "aro;o +ela assertiva e 'ue Ta constitui#$o )eeral naa i; sobre o assunto & a "orte e BinXletter tratou a 'uest$o a retroativiae como um assunto +uramente e +ol*tica U+ol*tica 7uici/riaV& a ser eciio novamente em caa caso. J Cu+rema "orte coi)icou a aboragem e BinXletter no caso Ctovall v. 363 Penno: TOs crit9rios conutores a solu#$o a 'uest$o im+licam UaV o uso a ser servio +elos novos +ar=es& UbV a e,tens$o a e+en-ncia as autoriaes res+ons/veis +elo cum+rimento a lei com rela#$o aos antigos +ar=es& e UcV o e)eito sobre a aministra#$o a 7usti#a e uma a+lica#$o retroativa os novos +ar=es". Segundo a doutrina, a jurisprudncia americana evoluiu para admitir, ao lado da ecis$o e inconstitucionaliae com e)eitos retroativos am+los ou limitaos Ulimite retros+ectivitS), a su+era#$o +ros+ectiva U+ros+ective overruling), 'ue tanto +oe ser limitaa Ulimite +ros+ectivitSV, a+lic/vel aos +rocessos iniciaos a+6s a ecis$o& inclusive ao +rocesso origin/rio& como ilimitaa U+are +ros+ectivitSV, 'ue se'uer se a+lica ao +rocesso 'ue l(e eu origem. V-se, pois, que o sistema difuso ou incidental mais tradicional do mundo passou a admitir a miti"ao dos eeitos da declarao de inconstitucionalidade e, em casos determinados, acol?eu at4 mesmo a pura declarao de inconstitucionalidade com eeito e5clusivamente pro uturo* No direito portugus, reconhece-se expressamente a possibilidade de o Tribunal 6onstitucional limitar os eeitos da declarao de inconstitucionalidade, nos termos no art% -*-, (4), da 6onstituioG "Zuano a seguran#a 7ur*ica& ra;=es e e'3iae ou interesse +Ablico e e,ce+cional relevo& 'ue ever/ ser )unamentao& o e,igirem& +oer/ o Hribunal "onstitucional )i,ar os e)eitos a inconstitucionaliae ou a ilegaliae com alcance mais restrito o 'ue o +revisto nos n ! e 2.". Vale registrar, a propsito, a opinio abalizada de Jorge Miranda: "J )i,a#$o os e)eitos a inconstitucionaliae estina-se a ae'u/- los 1s situa#=es a via& a +onerar o seu alcance e a mitigar uma e,cessiva rigie; 'ue +uesse com+ortar8 estina-se a evitar 'ue& +ara )ugir a conse'3-ncias emasiao gravosas a eclara#$o& o Hribunal "onstitucional viesse a n$o eciir +ela ocorr-ncia e inconstitucionaliae8 9 uma v/lvula e seguran#a a +r6+ria )inaliae e a e)etiviae o sistema e )iscali;a#$o. Oma norma como a o art. 282& n 4& a+arece& +ortanto& em iversos +a*ses& sen$o nos te,tos& +elo menos na 7uris+ru-ncia. "omo escreve %ac(o) os tribunais constitucionais consieram-se n$o s6 autori;aos mas inclusivamente obrigaos a +onerar as suas ecis=es& a tomar em consiera#$o as +oss*veis conse'3-ncias estas. \ assim 'ue eles veri)icam se um +oss*vel resultao a ecis$o n$o seria mani)estamente in7usto& ou n$o acarretaria um ano +ara o bem +Ablico& ou n$o iria lesar interesses ignos e +rote#$o e cia$os singulares. 5$o +oe entener-se isto& naturalmente& como se os tribunais tomassem como +onto e +artia o +resum*vel resultao a sua ecis$o e +assassem +or cima a "onstitui#$o e a lei em aten#$o a um resultao ese7ao. Mas a verae 9 'ue um resultao in7usto& ou +or 'ual'uer outra ra;$o uvioso& 9 tamb9m em regra 4 embora n$o sem+re 4 um resultao 7uriicamente errao." Deve-se anotar que, alm de razes estritamente jurdicas segurana jurdica e e'3iae 4& o constituinte +ortugu-s consagrou& a+arentemente& uma cl/usula 7usti)icaora a limita#$o e e)eito tamb9m e car/ter +ol*tico 4 o interesse +Ablico e e,ce+cional relevo. 365 Ressalte-se, ademais, que o instituto vem tendo ampla utilizao desde a sua ao#$o. Ceguno Iui Meeiros& entre !983 e !98:& 'uase um ter#o as eclara#=es e inconstitucionaliae com )or#a obrigat6ria geral tiveram e)eitos restritos. ?ssa ten-ncia manteve-se tamb9m entre !989 e !99K: as L0 eclara#=es e inconstitucionaliae +ro)erias em +rocessos e controle abstrato e normas +elo menos !8 teriam sio com limita#$o e e)eitos. A despeito do carter de clusula geral ou conceito jurdico indeterminado que marca o art. 282 U4V& a "onstitui#$o +ortuguesa& a outrina e a 7uris+ru-ncia entenem 'ue a margem e escol(a con)eria ao Hribunal +ara a )i,a#$o os e)eitos a ecis$o e inconstitucionaliae n$o legitima a ao#$o e ecis=es arbitr/rias& estano conicionaa +elo +rinc*+io e +ro+orcionaliae. A propsito, Rui Medeiros assinala que as trs vertentes do princpio da +ro+orcionaliae t-m a+lica#$o na es+9cie Uae'ua#$o& necessiae e +ro+orcionaliae em sentio estritoV. Peculiar relevo assume a proporcionalidade em sentido estrito na viso de Rui Meeiros: "J +ro+orcionaliae nesta terceira vertente tanto +oe ser +ers+ectivaa +elo l ao a l i mi t a#$o e e) ei t os como +el o l ao a ecl ar a#$o e inconstitucionaliae. Huo se reconu;& neste seguno caso& a saber se 1 lu; o +rinc*+io a +ro+orcionaliae as conse'3-ncias gerais a eclara#$o e inconstitucionaliae s$o ou n$o e,cessivas. @m+=e-se& +ara o e)eito& +onera#$o os i)erentes interesses em 7ogo& e& concretamente& o con)ronto entre interesses a)ectao +ela lei inconstitucional e a'ueles 'ue (i+oteticamente seriam sacri)icaos em conse'3-ncia a eclara#$o e inconstitucionaliae com e)ic/cia retroactiva e re+ristinat6ria. Hoavia& aina 'uanto a esta terceira vertente o +rinc*+io a +ro+orcionaliae& n$o 9 constitucionalmente ini)erente +ers+ectivar o +roblema as conse'3-ncias a eclara#$o e inconstitucionaliae o lao a limita#$o e e)eitos ou o lao a +r6+ri a ecl ara#$o e i nconsti tuci onal i ae. J ecl ara#$o e inconstitucionaliae com e)ic/cia e, tunc tem& mani)estamente +rioriae e a+lica#$o. Hoo o sistema e )iscali;a#$o e constitucionaliae +ortugu-s est/ orientao +ara a e,+urga#$o e normas inconstitucionais. \& ali/s& signi)icativa a recusa de atribuio de ora obri"at1ria "eral Es decis0es de no inconstitucionalidade% Lo basta, pois, airmar que Mo Oribunal 6onstitucional deve a!er um #uD!o de proporcionalidade, cote#ando o interesse na reairmao da ordem #urDdica N que a eic$cia e5 tunc da declarao plenamente potencia T com o interesse na eliminao do actor de incerte!a e de inse"urana T que a retroactividade, em princDpio, acarreta (Ac1rdo do Oribunal 6onstitucional nI )J*+7))M% U preciso acrescentar que o Oribunal 6onstitucional deve declarar a inconstitucionalidade com ora obri"at1ria "eral e eic$cia retroactiva e repristinat1ria, a menos que uma tal soluo envolva o sacriDcio e5cessivo da se"urana #urDdica, da eqSidade ou de interesse p9blico de e5cepcional relevoM% Acentue-se que, ao contrrio do imaginado por alguns autores, tambm o conceito indeterminado relativo ao interesse p9blico de e5cepcional relevo no 4 um mero conceito de Dndole polDtica% Em verdade, tal como anota Aui @edeiros, a reer;ncia ao interesse p9blico de e5cepcional relevo no contrariou qualquer inteno restritiva, nem teve o prop1sito de substituir a constitucionalidade estrita por 36K uma constitucionalidade polDtica ou de colocar a ra!o de Estado em lu"ar da ra!o da lei* Essa opo nasceu da constatao de que Ma se"urana #urDdica e a eqSidade no es"otavam o universo dos valores 9ltimos do direito que, em situa0es maniestamente e5cepcionais, podiam #ustiicar uma limitao de eeitosM% Resta, assim, evidente que o art. 282 (4) da Constituio portuguesa adota, tambm em relao ao interesse p9blico de e5cepcional relevo, um conceito #urDdico indeterminado para abarcar os interesses constitucionalmente prote"idos no subsumDveis nas no0es de se"urana #urDdica e de eqSidade% Essa orientao enfatiza que os conceitos de segurana jurdica, eqidade e interesse p9blico de e5cepcional relevo e5pressam valores constitucionais e no simples 1rmulas de polDtica #udici$ria% Na Espanha, embora nem a Constituio nem a lei orgnica do Tribunal 6onstitucional ten?am adotado e5pressamente uma declarao de inconstitucionalidade com eeitos restritos, a 6orte 6onstitucional, marcadamente inluenciada pela e5peri;ncia constitucional alem, passou a adotar, desde H7*7, a t4cnica da declarao de inconstitucionalidade sem a pron9ncia da nulidade& como reportado por <arcia de EnterrDaG "J recente +ublica#$o no %oletim O)icial o ?stao e 2 e mar#o Altimo a 7/ )amosa Centen#a 4L/!989& e 20 e )evereiro& sobre inconstitucionaliae o sistema e li'uia#$o con7unta o im+osto sobre a rena a uniae )amiliar matrimonial& +ermite aos 7uristas uma re)le,$o +ausaa sobre esta im+ortante ecis$o o Hribunal "onstitucional& ob7eto 7/ e mAlti+los coment/rios periodDsticos% A deciso 4 importante, com eeito, por seu undamento, a inconstitucionalidade que declara, tema no qual no ?aver sido produ!ido at4 a"ora, discrep/ncia al"uma% @as parece:me bastante mais importante ainda pela inovao que se sup0e na determinao dos eeitos dessa inconstitucionalidade, que a sentena remete ao que se indica no d4cimo:primeiro undamento e este e5plica como uma eic$cia para o uturo, que no permite reabrir as liquida0es administrativas ou dos pr1prios contribuintes (auto:liquida0es) anterioresM% Na mesma linha de entendimento, a Corte Constitucional tem declarado a inconstitucionalidade sem pronncia da nulidade de dispositivos constantes de leis oramentrias. Assim, na STC 13/92/17 assentou-se que "a anulao dessas ota#=es or#ament/rias +oeria acarretar graves +re7u*;os e +erturba#=es aos interesses gerais& tamb9m na "atalun(a& a)etano situa#=es 7ur*icas consoliaas e +articularmente a +ol*tica econ]mica e )inanceira o ?stao". Essa sucinta anlise do direito comparado demonstra uma forte tendncia no sentido da universalizao de alternativas normativas ou jurisprudenciais em relao E t4cnica de nulidade% Pode:se di!er que, independentemente do modelo de controle adotado, de peril diuso ou concentrado, a criao de t4cnicas alternativas 4 comum aos mais diversos sistemas constitucionais% Oamb4m o Oribunal da 6omunidade Europ4ia e o Oribunal Europeu de Direitos Vumanos curvaram:se E necessidade de adoo de uma t4cnica alternativa de deciso% U certo, outrossim, que esse 36M desenvolvimento se a! com base em previs0es constitucionais ou le"ais e5pressas ou implDcitas ou, ainda, com base em simples opo de polDtica #udici$ria, como se recon?ece nos Estados 2nidos% Em muitos casos, como visto, a adoo de uma declarao de inconstitucionalidade miti"ada decorreu de construo pretoriana% So os exemplos da Alemanha, na fase inicial, e da Espanha. Nesses dois sistemas, dominava a id4ia do princDpio da nulidade como princDpio constitucional no: escrito (K ,* da 'ei da 6orte 6onstitucional alemR art% )7 da 'ei &r"/nica da 6orte 6onstitucional espan?ola)% Essa orientao, todavia, no impediu que, em casos determinados, ambas as 6ortes constitucionais se aastassem da t4cnica da nulidade e passassem a desenvolver 1rmulas alternativas de deciso% Em outras palavras, a admisso ormal do princDpio da nulidade no impediu a adoo de t4cnica alternativa de deciso naqueles casos em que a nulidade poderia revelar:se inadequada (v%"% casos de omisso parcial) ou tra!er conseqS;ncias intoler$veis para o sistema #urDdico (ameaa de caos #urDdico ou situao de inse"urana #urDdica)% Ressalte-se, ainda, que a evoluo das tcnicas de deciso em sede de controle 7uicial e constitucionaliae eu-se no sentio a 'uase integral su+era#$o o sistema 'ue "anotil(o enominou e "silo gismo tautol6gico": U!V uma lei inconstitucional 9 nula8 U2V uma lei 9 nula +or'ue inconstitucional8 U3V a i nconst i t uci onal i ae r econu;- se 1 nul i ae e a nul i ae 1 inconstitucionaliaeV. Hal como emonstrao& a t9cnica a nuliae revela-se ae'uaa +ara solver as viola#=es as normas constitucionais e conteAo negativo ou +roibitivo Uv.g.& ireitos )unamentais en'uanto ireitos negativosV& mas mostra- se ine+ta +ara arrostar o 'uaro e im+er)ei#$o normativa& ecorrente e omiss$o legislativa +arcial ou a les$o ao +rinc*+io a isonomia. Jssente& igualmente& 'ue o +rinc*+io a seguran#a 7ur*ica 9 um valor constitucional relevante tanto 'uanto a +r6+ria i9ia e legitimiae. Iesta eviente 'ue a teoria a nuliae n$o +oeria ser a+licaa na lin(a o vel(o a/gio T)iai 7ustitia& +ereat munus". No se poderia declarar a nulidade de uma lei que pudesse importar na criao de um caos #urDdico ou, em casos e5tremos, produ!ir aquilo que al"u4m c?amou de um MsuicDdio democr$ticoM, cu#o mel?or e5emplo seria a declarao de nulidade de uma lei eleitoral de aplicao nacional a re"ular a posse dos novos eleitos% Aestou, assim, superada, por undamentos diversos, a 1rmula apodD tica Mconstitucionalidade+nulidadeR anteriormente dominante% Lo se poderia ne"ar que muitas situa0es impereitas de uma perspectiva constitucional diicilmente seriam superadas com a simples utili!ao da declarao de nulidade% Essa tendncia, no sentido da adoo cada vez maior de tcnicas diferenciadas de deciso no controle de constitucionalidade, tambm resultado da conhecida relativizao do vetusto dogma kelseniano do "legislador negativo". Sobre o tema, digno de nota o estudo de Joaqun Brage Camazano, do qual cito a seguir alguns trechos: "Ba ra*; esencialmente +ragm/tica e estas moaliaes at*+icas e sentencias e la constitucionalia (ace su+oner 'ue su uso es +r/cticamente inevitable& con una u otra enominaci6n S con unas u otras +articulariaes& +or cual'uier 6rgano e la constitucionalia consoliao 'ue goce e una am+lia 7urisicci6n& en es+ecial si no se"uimos condicionados 367 inercialmente por la ma#estuosa, pero ?o> ampliamente superada, concepci1n de Welsen del O6 como una suerte de Xle"islador ne"ativoY% Qi al"una ve! los tribunales constitucionales ueron le"isladores ne"ativos, sea como sea, ?o> es obvio que >a no lo sonR > #ustamente el rico YarsenalY sentenciador de que disponen para iscali!ar la constitucionalidad de l a 'e>, m$s al l $ del pl ant eami ent o demasi ado si mpl e Xconstitucionalidad+incons:titucionalidad, es un elemento m$s, > de importancia, que viene a poner de relieve ?asta qu4 ponto es asD% Z es que, como Fern$nde! Qe"ado destaca, [a pra5is de los tribunales constitucionales no ?a ?ec?o sino avan!ar en esta direcci1nY de la superaci1n de la idea de los mismos como le"isladores ne"ativos, Ycertiicando \asD= la quiebra del modelo Celseniano del le"islador ne"ativo%M Assim, alm das muito conhecidas tcnicas de interpretao conforme a "onstitui#$o& eclara#$o e nuliae +arcial sem reu#$o e te,to& ou a eclara#$o e inconstitucionaliae sem a +ronAncia a nuliae& a)eri#$o a "lei aina constitucional" e o a+elo ao legislaor& s$o tamb9m muito utili;aas as t9cnicas e limita#$o ou restri#$o e e)eitos a ecis$o& o 'ue +ossibilita a eclara#$o e inconstitucionaliae com e)eitos +ro )uturo a partir da deciso ou de outro momento que ven?a a ser determinado pelo tribunal% Lo Brasil, ?$ muito vem a doutrina ressaltando as limita0es da simples pron9ncia da nulidade ou da mera cassao da lei para solver todos os problemas relacionados E inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo% No so poucos os que apontam a insuficincia ou a inadequao da declarao de nulidade da lei para superar al"umas situa0es de inconstitucionalidade, sobretudo no /mbito do princDpio da isonomia e da c?amada inconstitucionalidade por omisso% Esse problema revela:se tanto mais s4rio se se considera que, satiseitas as principais e5i";ncias constitucionais diri"idas ao le"islador, passar$ a assumir relevo a c?amada omisso parcial& decorrente da e5ecuo deeituosa do dever constitucional de le"islar% certo, outrossim, que, muitas vezes, a aplicao continuada de uma lei por diversos anos torna quase impossDvel a declarao de sua nulidade, recomendando a adoo de al"uma t4cnica alternativa, com base no pr1prio princDpio constitucional da se"urana #urDdica% Aqui, o princDpio da nulidade dei5aria de ser aplicado com undamento no princDpio da se"urana #urDdica% Nesse contexto, a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal tem evoludo significativamente nos ltimos anos, sobretudo a partir do advento da Lei n 9.868/99, cujo art. 27 abre ao Tribunal uma nova via para a mitigao de efeitos da deciso de inconstitucionalidade. A prtica tem demonstrado que essas novas tcnicas de deciso tm guarida tambm no mbito do controle difuso de constitucionalidade% & te5to inscrito na 'ei n% 7%*6*+77 4 resultado da proposta constante do Pro#eto de 'ei n% -%76J+7,% La E5posio de @otivos do aludido pro#eto, airmava:se, a prop1sitoG " E..G "oerente com evolu#$o constataa no Pireito "onstitucional com+arao& a +resente +ro+osta +ermite 'ue o +r6+rio Cu+remo Hribunal 362 Meeral& +or uma mai ori a i ) erenci aa& eci a sobre os e) ei t os a ecl ara#$o e inconstitucionaliae& )a;eno um 7u*;o rigoroso e +onera#$o entre o +rinc*+io a nuliae a lei inconstitucional& e um lao& e os +ostulaos a seguran#a 7ur*ica e o interesse social& e outro Uart. 2KV. Jssim& o +rinc*+io a nuliae somente ser/ a)astao "in concreto" se& a 7u*;o o +r6+rio Hribunal& se +uer a)irmar 'ue a eclara#$o e nuliae acabaria +or istanciar-se aina mais a vontae constitucional. ?nteneu& +ortanto& a "omiss$o 'ue& ao lao a ortoo,a eclara#$o e nuliae& (/ e se recon(ecer a +ossibiliae e o Cu+remo Hribunal& em casos e,ce+cionais& meiante ecis$o a maioria 'uali)icaa Uois ter#os os votosV& estabelecer limites aos e)eitos a eclara#$o e inconstitucionaliae& +ro)erino a inconstitucionaliae com e)ic/cia e, nunc ou +ro )uturo& es+ecialmente na'ueles casos em 'ue a eclara#$o e nuliae se mostre inae'uaa Uv.g.: les$o +ositiva ao +rinc*+io a isonomiaV ou nas (i+6teses em 'ue a lacuna resultante a eclara#$o e nuliae +ossa ar ense7o ao surgimento e uma situa#$o aina mais a)astaa a vontae constitucional.E..G " O art. 27 da Lei n 9.868/99 veio preencher a lacuna j detectada pelo Tribunal e,istente no 2mbito as t9cnicas e ecis$o no +rocesso e controle e constitucionaliae. \ 'ue& como anotao com +recis$o +elo Ce+Alvea 0ertence& "a al ternativa rai cal a 7 uri si#$o consti tuci onal ortoo,a entre constitucionaliae +lena e a eclara#$o e inconstitucionaliae ou revoga#$o +or inconstitucionaliae a lei com )ulminante e)ic/cia e, tunc )a; abstra#$o a evi-ncia e 'ue a im+lementa#$o e uma nova orem constitucional n$o 9 um )ato instant2neo& mas um +rocesso (.)." ?ssa e)ici-ncia se mostrou not6ria 7/ na ecis$o e 23.3.!994& na 'ual o Cu+remo Hribunal Meeral teve o+ortuniae e am+liar a com+le,a tessitura as t9cnicas e ecis$o no controle e constitucionaliae& amitino 'ue lei 'ue conceia +ra;o em obro +ara a e)ensoria +Ablica era e ser consieraa constitucional en'uanto esses 6rg$os n$o estivessem eviamente (abilitaos ou estruturaos. Promulgada a Lei n 9.868, de 10.11.1999, a Confederao Nacional das Profisses Biberais 4 "50B e a Orem os Jvogaos o %rasil +ro+useram a#=es iretas e inconstitucionaliae contra alguns is+ositivos a re)eria lei& entre eles o +r6+rio artigo 2K UJP@ n 2.!L4 e 2.2L8& Iel Min. Ce+Alvea 0ertenceV. O 7ulgamento e ambas as a#=es )oi iniciao no Altimo ia !4 e )evereiro U200KV& +or9m )oi sus+enso& +or )alta e 'u6rum& relativamente ao art. 2K U<ie @n)ormativo CHM n 4L:/200KV. Pe 'ual'uer )orma& o Hribunal 7/ vem sinali;ano seu entenimento a res+eito a +lena constitucionaliae esse is+ositivo. Com efeito, a falta de um instituto que permita estabelecer limites aos efeitos da eclara#$o e inconstitucionaliae acaba +or obrigar os Hribunais& muitas ve;es& a se abster e emitir um 7u*;o e censura& eclarano a constitucionaliae e leis mani)estamente inconstitucionais. "omo ressalta Darcia e ?nterria& "la 7uris+ruencia norteamericana S sus comentaristas (an invocao erec(amente un argumento eviente: si no se amitiese el +ronunciamiento +ros+ectivo no se eclararia la inconstitucionalia e un gran nAmero e normas. Ba octrina e la absoluta S retroactiva nulia e las BeSes inconstitucionales conuce Wen la irecci6n e la greater restraint & el m/s )uerte )reno a los +ronunciamientos e inconstitucionalia". 36F O perigo de uma tal atitude desmesurada de self restraint (ou greater restraint) pelas Cortes Constitucionais ocorre justamente nos casos em que, como o presente, a nulidade da lei inconstitucional pode causar uma verdadeira catstrofe para utilizar a expresso de Otto Bachof do ponto de vista poltico, econmico e social. Como assevera Garcia de Enterria, "es& 7ustamente& la relaci6n estrec(a entre ambos conce+tos Unulia ^ cat/stro)eV la 'ue le (a llevao a buscar en el orenamiento constitucional otra soluci6n S (a cre* o (aberla encontrao en la ao+ci6n el criterio e la inconstitucionalia +ros+ectiva& (oS establecio S amitio +or los m/s im+ortantes sistemas e 7usticia constitucional e internacional el muno entero" . Como admitir, para ficarmos no exemplo de Walter Jellinek, a declarao de inconstitucionalidade total, com eeitos retroativos, de uma lei eleitoral tempos depois da posse dos novos eleitos em um dado Estado[ Lesse caso, adota:se a teoria da nulidade e declara:se inconstitucional e ipso #ure a lei, com todas as conseqS;ncias, ainda que dentre elas este#a a eventual acealia do Estado[ ]uest0es semel?antes podem ser suscitadas em tomo da inconstitucionalidade de normas orament$rias% V$ de se admitir, tamb4m aqui, a aplicao da teoria da nulidade tout court[ D9vida semel?ante poderia suscitar o pedido de inconstitucionalidade, ormulado anos ap1s a promul"ao da lei de or"ani!ao #udici$ria que instituiu um n9mero elevado de comarcas, como #$ se veriicou entre n1s% &u, ainda, o caso de declarao de inconstitucionalidade de re"ime de servidores aplicado por anos sem contestao% Essas questes parecem suficientes para demonstrar que, sem abandonar a doutrina tradicional da nulidade da lei inconstitucional, 4 possDvel e, muitas ve!es, inevit$vel, com base no princDpio da se"urana #urDdica, aastar a incid;ncia do princDpio da nulidade em determinadas situa0es% V-se, nesse passo, que o art. 27 da Lei 9.868/99 limita-se a explicitar orientao que decorre do pr1prio sistema de controle de constitucionalidade% Lo se ne"a, pois, o car$ter de princDpio constitucional ao princDpio da nulidade da lei inconstitucional% Entende:se, por4m, que tal princDpio no poder$ ser aplicado nos casos em que se revelar absolutamente inidPneo para a inalidade perse"uida (casos de omissoR e5cluso de beneicio incompatDvel com o princDpio da i"ualdade), bem como nas ?ip1teses em que, como ocorre no presente caso, a sua aplicao pudesse tra!er danos para o pr1prio sistema #urDdico constitucional ("rave ameaa E se"urana #urDdica)% Assim, configurado eventual conflito entre o princpio da nulidade e o princpio da segurana jurdica, que, entre ns, tem status constitucional, a soluo da questo h de ser, igualmente, levada a efeito em um processo de complexa ponderao. Em muitos casos, ento, h de se preferir a declarao de inconstitucionalidade com efeitos restritos insegurana jurdica de uma declarao de nulidade, como demonstram os mltiplos exemplos do direito comparado e do nosso direito. Nesses termos, fica evidente que a norma contida no art. 27 da Lei n 9.868/99 tem carter fundamentalmente interpretativo, desde que se entenda que os conceitos jurdicos indeterminados utilizados segurana jurdica e excepcional interesse social se revestem de base constitucional. No que diz respeito segurana jurdica, parece no haver dvida de que encontra expresso no prprio princpio do Estado de Direito consoante, amplamente aceito pela doutrina ptria e aliengena. Excepcional 346 interesse social pode encontrar fundamento em diversas normas constitucionais. O que importa assinalar que, segundo a interpretao aqui preconizada, o princDpio da nulidade somente ?$ de ser aastado se se puder demonstrar, com base numa ponderao concreta, que a declarao de inconstitucionalidade ortodo5a envolveria o sacriDcio da se"urana #urDdica ou de outro valor constitucional materiali!$vel sob a orma de interesse social% Portanto, o princpio da nulidade continua a ser a regra tambm no direito brasileiro. O afastamento de sua incidncia depender de um severo juzo de ponderao que, tendo em vista anlise fundada no princpio da proporcionalidade, faa prevalecer a idia de segurana jurdica ou outro princpio constitucional manifestado sob a forma de interesse social relevante. Assim, aqui, como no direito portugus, a no-aplicao do princpio da nulidade no se h de basear em considerao de poltica judiciria, mas em fundamento constitucional prprio. Entre ns, cuidou o legislador de conceber um modelo restritivo tambm no aspecto procedimental, consagrando a necessidade de um quorum especial (dois teros dos votos) para a declarao de inconstitucionalidade com efeitos limitados. Ter significado especial o princpio da proporcionalidade, especialmente a proporcionalidade em sentido estrito, como instrumento de aferio da justeza da declarao de inconstitucionalidade (com efeito da nulidade), tendo em vista o confronto entre os interesses afetados pela lei inconstitucional e aqueles que seriam eventualmente sacrificados em conseqncia da declarao de inconstitucionalidade. No parecem procedentes, pois, as impugnaes constitucionalidade do art. 27 da Lei n 9.868/99. certo que Supremo Tribunal Federal ainda no se pronunciou, deinitivamente, sobre a constitucionalidade do art% -, da 'ei nI 7%*6*+77% U not1rio, por4m, que o Oribunal #$ est$ a aplicar o art% -, aos casos de controle incidental e controle abstrato% Desse modo, parece superado o debate sobre a le"itimidade da 1rmula positivada no reerido arti"o% No presente caso, o Tribunal tem a oportunidade de aplicar o art. 27 da Lei n 9.868/99 em sua verso mais ampla. A declarao de inconstitucionalidade e, portanto, da nulidade da lei instituidora de uma nova entidade ederativa, o @unicDpio, constitui mais um dentre os casos N como os anteriormente citados, retirados de e5emplos do direito comparado N em que as conseqS;ncias da deciso tomada pela 6orte podem "erar um verdadeiro caos #urDdico% No h dvida, portanto, e todos os Ministros que aqui se encontram parecem ter plena consci;ncia disso N de que o Oribunal deve adotar uma 1rmula que, recon?ecendo a inconstitucionalidade da lei impu"nada N diante da vasta e consolidada #urisprud;ncia sobre o tema N, res"uarde na maior medida possDvel os eeitos por ela produ!idos Assim sendo& voto no sentido de& aplicando o art* -N da Dei nI H*E0E.HH& declarar a inconstitucionalidade sem a pron@ncia da nulidade da lei impugnada& mantendo sua vig"ncia pelo pra$o de -K #vinte e (uatro% meses& lapso temporal ra$o'vel dentro do (ual poder' o legislador estadual reapreciar o tema& tendo como base os parSmetros (ue dever)o ser 2ixados na lei complementar 2ederal& con2orme decis)o desta Corte na A>C F*0E-. * acrdo pendente de publicao 344 LEI. I!PRENSA. NSO RECEPRSO. RESP >om o ,ul*amento da A0O7 436"07 no S@7, que culminou com a declarao de que a ;ei de m'rensa (;ei n. K.1K6L4FM7) no %oi rece'cionada 'ela >7L4F22, levando"se em conta que a ,uris'rud+ncia daquele mesmo tribunal vem %irmando"se no sentido de que a no rece'o no est# su,eita re*ra de modulao de e%eitos, %a("se necess#rio estabelecer como 'roceder nos ,ul*amentos de recursos es'eciais em que houve a discusso dessa matria antes da re%erida declarao. Anote"se, 'orm, que, em todas as hi'-teses, deve"se buscar ao m#&imo o a'roveitamento do recurso e o ,ul*amento do 'rocesso. Assim, no caso em que a ;ei de m'rensa %oi utili(ada como %undamento do ac-rdo recorrido e o ?=s' discute, ,ustamente, a inter'retao e a a'licao daquela lei, h# de se 'rocurar decidir a causa a'licando o direito es'cie (art. 1K7 do ?S@G). Ca e&ce'cional hi'-tese em que isso no se,a 'oss$vel, anula"se o ac-rdo, mesmo que no ha,a esse 'edido, devolvendo"se o 'rocesso ori*em 'ara que se,a 'ro%erido outro, sem a a'licao da citada lei. Co caso em que a re%erida lei %oi a'licada 'elo @ribunal a quo e o es'ecial 'leiteia seu a%astamento, no h# necessidade de anulao, salvo e&ce'cionais hi'-teses. Assim, deve dar"se 'rovimento ao ?=s' com o %ito de 'rivile*iar a norma constitucional em detrimento da norma no rece'cionada. G# na hi'-tese em que o ac-rdo recorrido no a'licou a ;ei de m'rensa e o es'ecial busca sua incid+ncia, tambm no h# motivo 'ara anulao, 'ois o ?=s' no deve ser conhecido, visto que invoca a'licao de lei inv#lida, salvo, tambm, e&ce'cionalidade a ser a'urada em cada 'rocesso. Ca hi'-tese em que o ac-rdo adotou tanto a ;ei de m'rensa quanto outra lei v#lida como %undamento (tal como dis'ositivos da ;ei >ivil), se o du'lo %undamento re%ere"se ao mesmo tema e a'enas a ;ei de m'rensa %oi abordada no recurso, mantm"se o ac-rdo recorrido 'or %ora da S)m. n. 123" S@7, 'rivile*iando"se a a'licao 'elo @ribunal a quo da lei v#lida em detrimento da discusso da lei inv#lida. se o du'lo %undamento re%ere"se ao mesmo tema e s- a 'arcela da le*islao civil %oi im'u*nada, deve"se conhecer do es'ecial 'ara discutir essa 'arcela, descartando"se, no ac-rdo, o %undamento inconstitucional no im'u*nado. mas, se o du'lo %undamento re%ere"se a temas diversos, cum're a'reciar a questo caso a caso e s- anular o ac-rdo se a a'licao da ;ei de m'rensa, devidamente im'u*nada 'ela 'arte, com'rometer de maneira de%initiva o ,ul*amento. Co caso dos autos, o recurso tenta re%ormar o ac-rdo ao buscar a a'licao da limitao disci'linada no art. K3, , da ;ei de m'rensa a %im de redu(ir a indeni(ao, o que levou a @urma a ne*ar 'rovimento ao recurso, mantendo o ac-rdo recorrido que no a'licou aquela lei. 8 Nin. Sidnei Eeneti acom'anhou esse entendimento com reservas. Orecedentes citados do S@7: A0O7 436"07, 0Ge ML44L166F. A*?* no A* 532.3MM"?G, 0G 36L3L1667. e A*?* no A* K21.126"?G, 0G ML44L166M. ?=s' F5K.5M4"N@, ?el. Nin. Canca Andri*hi, ,ul*ado em 4KL41L166F. 341 57 -. $ Pro"essos #e Contro)e #a Om(ss&o In"onst(tu"(ona) $ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE *. PROCESSOS DE CONTROLE DA O!ISSSO INCONSTITUCIONAL *.*. A%&o D(reta #e In"onst(tu"(ona)(#a#e 0or Om(ss&o: <E8 NR B!.D9F, DE !: DE +=T=M3+ DE !DDC. (Acrescenta ;ei no F.2M2, de 46 de novembro de 4FFF, o >a'$tulo "A, que estabelece a disci'lina 'rocessual da ao direta de inconstitucionalidade 'or omisso.) 8 O?=S0=C@= 0A ?=ORE;>A 7ao saber que o >on*resso Cacional decreta e eu sanciono a se*uinte ;ei: Art. 4 A <ei no C.V9V, de BD de novembro de BCCC, passa a vi$orar acrescida do se$uinte 6aptulo 885A, que estabelece a disciplina processual da ao direta de inconstitucionalidade por omisso) 6aptulo 885 Da Ao Direta de 8nconstitucionalidade por +misso Seo " 0a Admissibilidade e do Orocedimento da Ao 0ireta de nconstitucionalidade 'or 8misso Art. B!5A. 0odem propor a ao direta de inconstitucionalidade por omisso os le$itimados & propositura da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declarat1ria de constitucionalidade. Art. 41"E. A 'etio indicar#: " a omisso inconstitucional total ou 'arcial quanto ao cum'rimento de dever constitucional de le*islar ou quanto adoo de 'rovid+ncia de $ndole administrativa. " o 'edido, com suas es'eci%ica9es. Pargrafo nico. A petio inicial, acompan'ada de instrumento de procurao, se "or o caso, ser apresentada em ! @duasA vias, devendo conter c1pias dos documentos necessrios para comprovar a ale$ao de omisso. Art. B!56. A petio inicial inepta, no "undamentada, e a mani"estamente improcedente sero liminarmente inde"eridas pelo relator. 343 Au)a /? $ 5Q75L7/5** Pargrafo nico. 6abe a$ravo da deciso que inde"erir a petio inicial. Art. B!5D. 0roposta a ao direta de inconstitucionalidade por omisso, no se admitir desistYncia. Art. B!5E. Aplicam5se ao procedimento da ao direta de inconstitucionalidade por omisso, no que couber, as disposiWes constantes da Seo do >a'$tulo desta ;ei. P 4 8s demais titulares re%eridos no art. 1 desta ;ei 'odero mani%estar"se, 'or escrito, sobre o ob,eto da ao e 'edir a ,untada de documentos re'utados )teis 'ara o e&ame da matria, no 'ra(o das in%orma9es, bem como a'resentar memoriais. P 1 8 relator 'oder# solicitar a mani%estao do Advo*ado"Beral da Inio, que dever# ser encaminhada no 'ra(o de 4K (quin(e) dias. P 3 + 0rocurador54eral da 3ep,blica, nas aWes em que no "or autor, ter vista do processo, por BI @quinzeA dias, ap1s o decurso do prazo para in"ormaWes. /eo 88 Da Medida 6autelar em Ao Direta de 8nconstitucionalidade por +misso Art. B!57. Em caso de e%cepcional ur$Yncia e relev.ncia da mat-ria, o Tribunal, por deciso da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. !!, poder conceder medida cautelar, ap1s a audiYncia dos 1r$os ou autoridades responsveis pela omisso inconstitucional, que devero pronunciar5se no prazo de I @cincoA dias. P 4 A medida cautelar 'oder# consistir na sus'enso da a'licao da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omisso 'arcial, bem como na sus'enso de 'rocessos ,udiciais ou de 'rocedimentos administrativos, ou ainda em outra 'rovid+ncia a ser %i&ada 'elo @ribunal. P 1 + relator, (ul$ando indispensvel, ouvir o 0rocurador5 4eral da 3ep,blica, no prazo de F @trYsA dias. S Fo No (ul$amento do pedido de medida cautelar, ser "acultada sustentao oral aos representantes (udiciais do requerente e das autoridades ou 1r$os responsveis pela omisso inconstitucional, na "orma estabelecida no 3e$imento do Tribunal. Art.B!54. 6oncedida a medida cautelar, o /upremo Tribunal 7ederal "ar publicar, em seo especial do Dirio +"icial da =nio e do Dirio da 2ustia da =nio, a parte dispositiva da deciso no prazo de BD @dezA dias, devendo solicitar as in"ormaWes & autoridade ou ao 1r$o responsvel pela omisso inconstitucional, observando5se, no que couber, o procedimento estabelecido na /eo 8 do 6aptulo 88 desta <ei. /eo 888 Da Deciso na Ao Direta de 8nconstitucionalidade por +misso Art. B!5\. Declarada a inconstitucionalidade por omisso, com observ.ncia do disposto no art. !!, ser dada ciYncia ao 0oder competente para a adoo das providYncias necessrias. 345 S BR Em caso de omisso imputvel a 1r$o administrativo, as providYncias devero ser adotadas no prazo de FD @trintaA dias, ou em prazo razovel a ser estipulado e%cepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunst.ncias espec"icas do caso e o interesse p,blico envolvido. P 1 A'lica"se deciso da ao direta de inconstitucionalidade 'or omisso, no que couber, o dis'osto no >a'$tulo ! desta ;ei.Y Art. 1 =sta ;ei entra em vi*or na data de sua 'ublicao. Eras$lia, 17 de outubro de 166F. 422 da nde'end+ncia e 414 da 3ep,blica. <=8N 8NZ68+ <=<A DA /8<HA Tarso 4enro ;ui( n#cio ;ucena Adams Ins0(ra#a no D(re(to PortuguOs * a decis"o tem e(icHcia recomendativa- e n"o mandamental para o Poder Ne$islativo- mas se o .r$"o responsHvel pela omiss"o (or administrativo- a decis"o terH e(eito mandamental O problema da Kriparti/"o dos Poderes! Art. 461, >7 ,...2 P 1 " 0eclarada a inconstitucionalidade 'or omisso de medida 'ara tornar e%etiva norma constitucional, ser dada ciYncia ao 0oder competente 'ara a adoo das 'rovid+ncias necess#rias e, em se tratando de 1r$o administrativo, 'ara %a(+"lo em trinta dias. 3cl BDB: # Min. 0ertenceW 0essa im'ossibilidade de re'arar 'or sim'les deciso declarat-ria a inconstitucionalidade 'or omisso que advm, na hi'-tese mais dram#tica da omisso le*islativa inconstitucional, a desanimadora veri"icao da ine"iccia (urdica virtualmente absoluta dos mecanismos tentados para o seu controle (urisdicional, tanto no direito portu$uYs 5 que primeiramente a instituiu 5 quanto no direito brasileiro. ?ecusadas, l# como aqui, as 'ro'ostas de su'rimento 'elo -r*o de controle da omisso 'ersistente do le*islador, o que restou %oi muito 'ouco alm da mera declarao: em Oortu*al, a sim'les comunicao dela ao -r*o le*islativo. no Erasil, a mesma ci+ncia da deciso ao Ooder com'etente X'ara a adoo das 'rovid+ncias necess#riasY. Diferena da AD; 'or Dmisso processo ob5etivo, n3o precisa demonstrar a les"o) e #o !an#a#o #e In1un%&o (processo sub#etivo- precisa demonstrar a les"o)! T IaverH a perda do ob#eto da %/"o Direta de Inconstitucionalidade por Omiss"o se o A'ecutivo encamin;ar ao Con$resso o pro#eto re(erente = lei reclamada 34K T O OKF n"o admite a (un$ibilidade da %/"o Direta de Inconstitucionalidade por Omiss"o em +andado de In#un/"o- e vice& versa A>C por +miss)oJ Cria4)o de Bunic6pio e Dei Complementar Federal T H O Tribunal, por unanimidade, julgou procedente pedido formulado em ao direta de inconstitucionalidade por omisso ajuizada pela Assemblia Legislativa do Estado de Mato Grosso, para reconhecer a mora do Congresso Nacional em elaborar a lei complementar federal a que se refere o 4 do art. 18 da CF, na redao dada pela EC 15/96, e, por maioria, estabeleceu o prazo de 18 meses para que este adote todas as providncias legislativas ao cumprimento da referida norma constitucional. nicialmente, o Tribunal, por maioria, rejeitou a preliminar de ilegitimidade ativa do Presidente da Assemblia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Salientando-se a indefinio existente na Constituio quanto aos legitimados para propor a ao direta de inconstitucionalidade por omisso, considerou-se ser inevitvel, com base no princpio de hermenutica, que recomenda a adoo da interpretao que assegure maior eficcia possvel norma constitucional, que os entes e rgos legitimados a propor a ao direta contra ato normativo possam instaurar o controle abstrato da omisso% Acrescentou:se que as ale"a0es de irre"ularidade ormal da representao da Assembl4ia, decorrente de no ?aver nos autos deliberao da @esa, dando:l?e poder para a#ui!ar a ao, entrariam em c?oque com a presuno de le"itimidade que acompan?a a iniciativa, devendo, entre orma e subst/ncia, preerir:se esta sempre que, na d9vida entre ambas, se#a o meio adequado para atin"ir a inalidade do instituto #urDdico% ^encidos, no ponto, os @inistros @arco Aur4lio e Qep9lveda Pertence que acol?iam a preliminar, ao undamento de que apenas a @esa da Assembl4ia 'e"islativa estaria le"itimada a propor a ao, tendo em conta o disposto no art% HJ), F^, da 6F, e a ine5ist;ncia de comprovao nos autos de deliberao pr4via da @esa no sentido do a#ui!amento da ao% ADF )6*-+@O, rel% @in% <ilmar @endes, 7%(%-JJ,% (ADF:)6*-) Emenda & 6onstituio I:;!DDV (Acrescenta arti*o ao Ato das 0is'osi9es >onstitucionais @ransit-rias 'ara convalidar os atos de criao, %uso, incor'orao e desmembramento de Nunic$'ios). As Nesas da ><mara dos 0e'utados e do Senado 7ederal, nos termos do P 3 do art. M6 da >onstituio 7ederal, 'romul*am a se*uinte =menda ao te&to constitucional: Art. 4 8 Ato das 0is'osi9es >onstitucionais @ransit-rias 'assa a vi*orar acrescido do se*uinte art. FM: /Art. FM. 7icam convalidados os atos de criao, %uso, incor'orao e desmembramento de Nunic$'ios, cu,a lei tenha sido 'ublicada at 34 de de(embro de 166M, atendidos os requisitos estabelecidos na le*islao do res'ectivo =stado 'oca de sua criao./ 34M Art. 1 =sta =menda >onstitucional entra em vi*or na data de sua 'ublicao. Eras$lia, em 42 de de(embro de 1662. $ !an#a#o #e In1un%&o: !un("=0(o e I)eg(t(m(#a#e + Tribunal, por maioria, no con'eceu de mandado de in(uno impetrado pelo Municpio de Nova Mrasil.ndia do +este;3+, em que se ale$ava omisso le$islativa re"erente & lei complementar "ederal prevista no S GR do art. BV da 67. =ntendeu"se no haver direito ou 'rerro*ativa constitucional do Nunic$'io im'etrante cu,o e&erc$cio estivesse sendo obstaculi(ado 'ela aus+ncia da re%erida lei com'lementar %ederal. Asseverou"se que o mandado de in,uno h# de ter 'or ob,eto o no" cum'rimento de dever constitucional de le*islar que, de al*uma %orma, a%ete direitos constitucionalmente asse*urados. 0ortanto, possuem le$itimao ativa para a impetrao do jrit os titulares de direitos sub(etivos constitucionais relacionados &s liberdades "undamentais, & nacionalidade, & soberania ou & cidadania. ?essaltou"se, ademais, que o P 5 do art. 42 da >7 norma de e%ic#cia limitada que %i&a reservas de lei e estabelece os requisitos m$nimos 'ara criao, %uso, desmembramento e incor'orao de Nunic$'io, mas no con%ere nenhum direito ou 'rerro*ativa aos Nunic$'ios da 7ederao, e que esses requisitos 'er%a(em um com'le&o 'rocedimento que de'ende da interveno direta de todos os entes da 7ederao e, assim, no se submete autonomia munici'al. !encido o Nin. >arlos Eritto que conhecia do mandado de in,uno 'ara inde%eri"lo. Orecedentes citados: N K37LS> (0GI de 44.F.1664). A0 1324 N>L?S (0GI de 45.41.1664). A0 345FLS> (0GI de 4.5.166K). A0 1761LO? (0GI de M.1.1665). A0 1FM7LEA (0GI de 4F.3.1665). A0 1M31LEA (0GI de 41.3.1665). N 71KL?8, rel. Nin. Bilmar Nendes, 46.K.1667. (N"71K) *./. !an#a#o #e In1un%&o: T Art. ?X4 (n"(so L--I & conceder&se&H mandado de in#un/"o sempre ?ue a (alta de norma re$ulamentadora torne inviHvel o e'erc<cio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerro$ativas inerentes = nacionalidade- = soberania e = cidadania! T Os 0rob)emas 0ara Wue o STF "r(asse a )e( 0ara o "aso "on"reto! a; Kriparti/"o de Poderes; b; Pol<ticas PDblicas; "; Luest0es Or/amentHrias (B4eserva do Poss<velC); 347 & Pois os recursos s"o (initos- mas as demandas sociais s"o in(initas O Astado n"o deve ser culpado por tudo #; Luest0es Kcnicas & O mandado de in#un/"o uma sa<da para (a>er valer ?ual?uer mandado constitucional 8 mandado de in,uno nem autori(a o Gudici#rio a su'rir a omisso le*islativa ou re*ulamentar, editando o ato normativo omitido, nem, menos ainda, lhe 'ermite ordenar, de imediato, ato concreto de satis%ao do direito reclamado: mas, no 'edido, 'osto que de atendimento im'oss$vel, 'ara que o @ribunal o %aa, se contm o 'edido de atendimento 'oss$vel 'ara a declarao de inconstitucionalidade da omisso normativa, com ci+ncia ao -r*o com'etente 'ara que a su'ra.Y (N 4M2, ?el. Nin. Se')lveda Oertence, 0G 16L65LF6). T Pos(%&o (n("(a) #o STF: nature<a #o !I leadin9 case !I *5E & (Ner este caso) T E+o)u%&o !I /H84 !I /H6! M8 !VF ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< NAC0A08 0= CGICST8 ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 16L63L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Ementa " Nandado de in,uno: mora le*islativa na edio da lei necess#ria ao *o(o do direito a re'arao econVmica contra a Inio, outor*ado 'elo art. 2., 'ar. 3., A0>@: de"erimento parcial, com estabelecimento de prazo para a pur$ao da mora e, caso subsista a lacuna, "acultando o titular do direito obstado a obter, em (uzo, contra a =nio, sentena liquida de indenizao por perdas e danos. 4. 8 S@7 admite " no obstante a nature(a mandamental do mandado de in,uno (N 467 " Q8) " que, no 'edido constitutivo ou condenat-rio, %ormulado 'elo im'etrante, mas, de atendimento im'oss$vel, se contem o 'edido, de atendimento 'oss$vel, de declarao de inconstitucionalidade da omisso normativa, com ci+ncia ao -r*o com'etente 'ara que a su'ra (c%. Nandados de n,uno 4M2, 467 e 131). 1. A norma constitucional invocada (A0>@, art. 2., 'ar. 3. " /Aos cidados que "oram impedidos de e%ercer, na vida civil, atividade pro"issional especi"ica, em decorrYncia das 0ortarias 3eservadas do Minist-rio da Aeronutica n. /5ID54MI, de BC de (un'o de BC9G, e n. /5!VI54MI ser concedida reparao econUmica, na "orma que dispuser lei de iniciativa do 6on$resso Nacional e a entrar em vi$or no prazo de doze meses a contar da promul$ao da 6onstituio/ " vencido o 'ra(o nela 'revisto, le*itima o bene%ici#rio da re'arao mandada conceder a im'etrar mandado de in,uno, dada a e&ist+ncia, no caso, de um direito sub,etivo constitucional de e&erc$cio obstado 'ela omisso le*islativa denunciada. 3. Se o su,eito 'assivo do direito constitucional obstado e a entidade estatal a qual i*ualmente se deva 342 im'utar a mora le*islativa que obsta ao seu e&erc$cio, e dado ao Gudici#rio, ao de%erir a in,uno, somar, aos seus e%eitos mandamentais t$'icos, o 'rovimento necess#rio a acautelar o interessado contra a eventualidade de no se ultimar o 'rocesso le*islativo, no 'ra(o ra(o#vel que %i&ar, de modo a %acultar"lhe, quanto 'oss$vel, a satis%ao 'rovis-ria do seu direito. G. 0remissas, de que resultam, na esp-cie, o de"erimento do mandado de in(uno para) aA declarar em mora o le$islador com relao a ordem de le$islar contida no art. V., par. F., AD6T, comunicando5o ao 6on$resso Nacional e a 0residYncia da 3epublica* bA assinar o prazo de GI dias, mais BI dias para a sano presidencial, a "im de que se ultime o processo le$islativo da lei reclamada* cA se ultrapassado o prazo acima, sem que este(a promul$ada a lei, recon'ecer ao impetrante a "aculdade de obter, contra a =nio, pela via processual adequada, sentena liquida de condenao a reparao constitucional devida, pelas perdas e danos que se arbitrem* dA declarar que, prolatada a condenao, a superveniYncia de lei no pre(udicara a coisa (ul$ada, que, entretanto, no impedira o impetrante de obter os bene"cios da lei posterior, nos pontos em que l'e "or mais "avorvel. M8 !VG ; D7 5 D8/T38T+ 7EDE3A< NAC0A08 0= CGICST8 ?elator(a): Nin. NA?>8 AI?H;8 ?elator(a) 'L Ac-rdo: Nin. >=;S8 0= N=;;8 Gul*amento: 11L44L4FF1 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 3econ'ecido o estado de mora inconstitucional do 6on$resso Nacional 5 ,nico destinatrio do comando para satis"azer, no caso, a prestao le$islativa reclamada 5 e considerando que, embora previamente cienti"icado no Mandado de 8n(uno n. !VF, rel. Min. /E0L<HEDA 0E3TEN6E, absteve5se de adimplir a obri$ao que l'e "oi constitucionalmente imposta, torna5se Xprescindvel nova comunicao a instituio parlamentar, asse$urando5se aos impetrantes, Xdesde lo$oX, a possibilidade de a(uizarem, XimediatamenteX, nos termos do direito comum ou ordinrio, a ao de reparao de natureza econUmica instituda em seu "avor pelo preceito transit1rio. M8 !F! ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ NAC0A08 0= CGICST8 ?elator(a): Nin. N8?=?A A;!=S Gul*amento: 61L62L4FF4 Ur*o Gul*ador: @?EICA; O;=C8 Nandado de in,uno. " ;e*itimidade ativa da requerente 'ara im'etrar mandado de in,uno 'or %alta de re*ulamentao do dis'osto no 'ar. 7. do arti*o 4FK da >onstituio 7ederal. " +corrYncia, no caso, em "ace do disposto no arti$o IC do AD6T, de mora, por parte do 6on$resso, na re$ulamentao daquele preceito constitucional. Mandado de in(uno con'ecido, em parte, e, nessa parte, de"erido para declarar5se o estado de mora em que se encontra o 6on$resso Nacional, a "im de que, no prazo de seis meses, adote ele as providencias le$islativas que se impWem para o cumprimento da obri$ao de le$islar decorrente do arti$o BCI, par. :., da 6onstituio, sob pena de, vencido esse prazo sem que essa 34F obri$ao se cumpra, passar o requerente a $ozar da imunidade requerida. T D SEAH assimH em al9uns casosH conerteu a norma constitucional de efic<cia contida em norma de efic<cia 'lena! De 7ual7uer formaH em tais hi'tesesH o SEA no tee de fazer a lei 'ara os casos concretos! T O +I pode ser impetrado para ?ual?uer espcie normativa (lei ordinHria- complementar- re$ulamento- resolu/"o- portaria- etc) T Art! B1H da Lei nQ R!S6RT+S ? "o (andado de ;nUuno sero obseradas as normas relatias ao (andado de Se9uranaH en7uanto no editada le9islao es'ecfica! T O OKF #H admitiu o +andado de In#un/"o Coletivo (+I 9J1) T Se a omisso for do Chefe do :oder /8ecutioH em relao Is normas de iniciatia le9islatia reseradaH no 'ode a omisso le9islatia ser atribuda ao Con9resso "acional! & O. cabe mandado de in#un/"o se a omiss"o (or total & %plica&se ao mandado de in#un/"o a lei do mandado de se$uran/a T SEAV Se o /8ecutio )nos casos de iniciatia reserada- encaminhou mensa9em com 'roUeto de lei ao Con9ressoH ou se o :roUeto de lei U< foi a'resentado I C>mara ou ao SenadoH descabe o (andado de ;nUuno! T OKF! se e'istir lei sobre o assunto- o (ato de a norma n"o satis(a>er os ditames constitucionais n"o situa/"o e?uiparHvel = aus8ncia de norma #ur<dica %ssim- n"o se per(a> ;ip.tese de cabimento do +I T A(02tese #e o STF atuar "omo )eg(s)a#or4 no "aso "on"reto! A; !ANDADO DE IN3UNRSO Nl QE5 E E*/ art. 8E4 (n"(so .II & 1 evolu/"o * direito de $reve do servidor pDblico (abai'o)! ! " o direito de *reve ser# e&ercido nos termos e nos limites de%inidos em lei es'ec$%ica. (?edao da => n 4FLF2) & Argumento! O OKF #H ;avia #ul$ado- em 177P- o +I nq 2U- recon;ecendo a mora do Con$resso Eacional 316 Tre"9o #o +oto #o m(n(stro Ce)so #e !e))o no 1u)gamento #o man#a#o #e (n1un%&o nlQE5! X0ecorridos quase 4F (de(enove) anos da 'romul*ao da vi*ente >arta Ool$tica, ainda no se re*istrou " no que concerne norma inscrita no art. 37, !, da >onstituio " a necess#ria interveno concreti(adora do >on*resso Cacional, que se absteve de editar, at o 'resente momento, o ato le*islativo essencial ao desenvolvimento da 'lena e%ic#cia ,ur$dica do 'receito constitucional em questo, no obstante esta Su'rema >orte, em 4FL6KL4FF5 (h# quase 43 anos, 'ortanto), ao ,ul*ar o N 16L07, de N 741 L OA 7 que %ui ?elator, houvesse reconhecido o estado de mora (inconstitucional) do Ooder ;e*islativo da Inio, que ainda subsiste, 'orque no editada, at a*ora, a lei disci'linadora do e&erc$cio do direito de *reve no servio ')blico. ?e*istra"se, 'ortanto, quase decorrido o 'er$odo de uma *erao, clara situao 'ositivadora de omisso abusiva no adim'lemento da 'restao le*islativa im'osta, 'ela >onstituio da ?e')blica, ao >on*resso Cacional. Ca realidade, o retardamento abusivo na re*ulamentao le*islativa do te&to constitucional quali%ica"se " 'resente o conte&to tem'oral em causa " como requisito autori(ador do a,ui(amento da ao de mandado de in,uno, 'ois, sem que se con%i*urasse esse estado de mora le*islativa W caracteri(ado 'ela su'erao e&cessiva de 'ra(o ra(o#vel ", no haveria como reconhecer"se ocorrente, na es'cie, o 'r-'rio interesse de a*ir em sede in,uncional, como esta Su'rema >orte tem advertidoY. K; !ANDADO DE IN3UNRSO Nl E/* $ %rti$o PU- _Pq! Oervidora %u'iliar de An(erma$em ?ue trabal;ou 2Q anos em atividade insalubre & 2 evolu/"o * aposentadoria especial (abai'o) Deve incluir as Hreas de atividade de risco %lm da saDde- a se$uran/a (pol<cias) etc! Art. 56. Aos servidores titulares de car*os e%etivos da Inio, dos =stados, do 0istrito 7ederal e dos Nunic$'ios, inclu$das suas autarquias e %unda9es, asse*urado re*ime de 'revid+ncia de car#ter contributivo e solid#rio, mediante contribuio do res'ectivo ente ')blico, dos servidores ativos e inativos e dos 'ensionistas, observados critrios que 'reservem o equil$brio %inanceiro e atuarial e o dis'osto neste arti*o. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 54, 4F.41.1663) (...) P 5 H vedada a adoo de requisitos e critrios di%erenciados 'ara a concesso de a'osentadoria aos abran*idos 'elo re*ime de que trata este arti*o, ressalvados, nos termos de%inidos em leis com'lementares, os casos de servidores: (?edao da => n 57L6K) " 'ortadores de de%ici+ncia. (=> n 57L6K) " que e&eram atividades de risco. (=> n 57L6K) " cu,as atividades se,am e&ercidas sob condi9es es'eciais que 're,udiquem a sa)de ou a inte*ridade %$sica. (=> n 57L6K) 314 (...) $ A #es(gna%&o #e tem0o menor 0ara a0osenta#or(a , uma a%&o af(rmat(+a 0ara Wuem #esem0en9a at(+(#a#e #e r(s"o. !an#a#o #e In1un%&o e Art. 654 a 6X4 #a CF. Ca linha da nova orientao ,uris'rudencial %i&ada no ,ul*amento do N 714L07 (0G= de 36.44.1667), o Tribunal (ul$ou procedente pedido "ormulado em mandado de in(uno para, recon'ecendo a mora le$islativa e a necessidade de se dar e"iccia &s normas constitucionais e e"etividade ao direito do impetrante, suprir a "alta da norma re$ulamentadora a que se re"ere o art. GD, S GR, da 67, aplicando ao caso, no que couber e a partir da comprovao dos dados perante a autoridade administrativa competente, o art. I: da <ei V.!BF;CB. @ratava"se, na es'cie, de mandado de in,uno im'etrado 'or investi*ador da 'ol$cia civil do =stado de So Oaulo que 'leiteava %osse su'rida a lacuna normativa constante do aludido P 5 do art. 56, assentando"se o seu direito a'osentadoria es'ecial, em ra(o do trabalho estritamente 'olicial, 'or 1K anos, em atividade considerada 'eri*osa e insalubre. =m se*uida, resolvendo questo de ordem suscitada 'elo Nin. Goaquim Earbosa, o @ribunal, 'or maioria, autori(ou que os Ninistros decidam monocr#tica e de%initivamente os casos id+nticos. !encido, no 'onto, o Nin. Narco Aurlio, que entendia no caber essa autori(ao. 8utros 'recedentes citados: N M76L=S (0G= de 34.46.1662). N 762L07 (0G= de 34.46.1662). N 741LOA (0G= de 34.46.1662). N 74KL07 (0GI de 5.3.166K). N 7FKL07, rel. Nin. >#rmen ;)cia, 4K.5.166F. (N"7FK) Quarta-feira, 15 de Abril de 2009 STF permite aplica4)o de lei da Previd"ncia Social para concess)o de aposentadoria especial a servidores Nesta quarta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que pedidos de aposentadoria de servidores pblicos que trabalham em situao de insalubridade e de periculosidade sejam concedidos de acordo com as regras do artigo 57 da Lei 8.213/91, que regulamenta a aposentadoria especial de celetistas. Os pedidos devem ser analisados caso a caso e dependem de o interessado provar que cumpre os requisitos legais previstos para a concesso do benefcio. A deciso seguiu precedente (M 721) do Plenrio que, em agosto de 2007, permitiu a aplicao da norma a uma servidora da rea da sade. Ela teve sua aposentadoria negada por falta de regulamentao do dispositivo constitucional que permite a aposentadoria especial no caso de trabalho insalubre e de atividades de risco. A regra est disposta no pargrafo 4 do artigo 40 da Constituio Federal, mas depende de regulamentao. Por isso, pedidos de aposentadoria feitos por servidores pblicos acabam sendo rejeitados pela Administrao. Para garantir a concesso do benefcio, o Supremo est permitindo a aplicao da Lei 8.213/91, que regulamenta a concesso de benefcios da Previdncia Social. 311 Ao todo, foram julgados 18 processos de servidores, todos mandados de injuno, instrumento jurdico apropriado para garantir o direito de algum prejudicado diante da omisso legislativa na regulamentao de normas da Constituio. Nesta tarde, os ministros decretaram a omisso legislativa do presidente da Repblica em propor lei que trate da matria, que est sem regulamentao h mais de 10 anos. A Corte tambm determinou que os ministros podero aplicar monocraticamente essa deciso aos processos que se encontram em seus gabinetes, sem necessidade de levar cada caso para o Plenrio. & (Postura e'tremamente ativista do OKF) (abai'o) Quarta-feira, 22 de junho de 2011 STF admite 2ixar aviso prvio proporcional ao tempo de servi4o* O Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quarta- feira, o julgamento de quatro Mandados de njuno (M) cujos autores reclamam o direito assegurado pelo artigo 7, inciso XX, da Constituio Federal (CF), de "aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos termos da lei. Os mandados foram impetrados diante da omisso do Congresso Nacional que, aps a promulgao da CF de 1988, ainda no regulamentou o dispositivo. O julgamento foi suspenso depois que o relator, ministro Gilmar Mendes, se pronunciou pela procedncia das aes. Por sugesto do prprio relator, entretanto, o Plenrio decidiu pela suspenso do julgamento para que se possa examinar a explicitao do direito pleiteado, nos casos concretos em exame. Dentre o manancial a ser pesquisado, h experincias de outros pases, recomendaes da Organizao nternacional do Trabalho (OT) e, tambm, projetos em tramitao no Congresso Nacional, propondo a regulamentao do dispositivo constitucional. Durante os debates em torno dos processos os Mandados de njuno 943, 1010, 1074 e 1090 -, os ministros observaram que a Suprema Corte deveria manter o avano em relao a decises anteriores de omisso legislativa, em que apenas advertiu o Congresso Nacional sobre a necessidade de regulamentar o respectivo dispositivo invocado, e adotar uma regra para o caso concreto, at mesmo para estimular o Poder Legislativo a votar uma lei regulamentadora. Foram citados dois precedentes em que o STF, com base em parmetros j existentes, estabeleceu regras para vigerem enquanto no houver regulamentao legislativa. O primeiro deles foi o M 721, relatado pelo ministro Marco Aurlio. Diante da omisso legislativa relativa ao pargrafo 4 do artigo 40 da CF, que confere o direito contagem diferenciada do tempo de servio em decorrncia de atividade em trabalho insalubre, a Corte adotou como parmetro, para a aposentadoria de uma trabalhadora que atuava em condies de insalubridade, o sistema do Regime Geral de Previdncia Social (artigo 57 da Lei 8.213/1991), que dispe sobre a aposentadoria especial na iniciativa privada. No segundo caso, o M 708, relatado pelo ministro Gilmar Mendes, a Suprema Corte solucionou a omisso legislativa quanto ao direito de greve no servio pblico, determinando a aplicao das regras vigentes para o setor privado (Lei n 7.783, de 28 de junho de 1989), no que couber, at regulamentao do dispositivo constitucional (artigo 37, inciso V, da CF). Propostas 313 No incio dos debates, o ministro Luiz Fux apresentou propostas para uma soluo concreta nos casos em discusso. Ele sugeriu a conjugao do dispositivo constitucional com o artigo 8 da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), que admite a aplicao do direito comparado, quando da existncia de lacuna legislativa. Nesse sentido, ele citou que uma recomendao da Organizao nternacional do Trabalho (OT) sobre a extino da relao de trabalho sugere o direito a um aviso prvio razovel ou a uma indenizao compensatria. O ministro Luiz Fux relatou, neste contexto, experincias da Alemanha, Dinamarca e Sua, onde o aviso prvio pode chegar a entre trs e seis meses, dependendo da durao do contrato de trabalho e da idade do trabalhador; na tlia, pode chegar a quatro meses. J o ministro Marco Aurlio sugeriu que, alm do direito a aviso prvio de 30 dias, sejam acrescentados 10 dias por ano. Assim, ao cabo de 30 anos - caso do autor do M 943, demitido de seu emprego aps 30 anos de servio -, teria direito a 300 dias de aviso prvio, a serem por ele cumpridos, ou ento indenizados. O presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, sugeriu a indenizao de um salrio-mnimo a cada cinco anos, adicionalmente ao direito mnimo a 30 dias de aviso prvio. Por seu turno, o ministro Ricardo Lewandowski observou que h um projeto do senador Paulo Paim (PT-RS) em tramitao no Congresso Nacional. Essas propostas, entretanto, esbarraram na objeo do ministro Marco Aurlio, segundo o qual elas no guardam a proporcionalidade prevista no artigo 7, inciso XX, da CF. ParSmetros Ao sugerir a suspenso dos debates para aprofundar os estudos sobre o tema, o ministro Gilmar Mendes observou que qualquer soluo para os casos concretos hoje debatidos acabar se projetando para alm deles. "As frmulas aditivas passam tambm a ser objeto de questionamentos, afirmou, ponderando que o Poder com legitimidade para regulamentar o assunto o Congresso Nacional. Tera-feira, 06 de Janeiro de 2009 +miss5es legislativas em casos votados pelo STF ainda n)o 2oram resolvidas% O assunto mais abordado em encontros de cortes constitucionais ao redor do mundo tem sido o papel do Judicirio frente omisso dos parlamentares em elaborar leis que garantam os direitos previstos nas constituies. No Brasil no diferente: o Mandado de njuno o instrumento mais comum pelo qual os cidados e as entidades pedem que os magistrados resolvam problemas decorrentes da falta de norma reguladora. A omisso legislativa tambm pode ser questionada em aes diretas de inconstitucionalidade. H aes em que o Supremo Tribunal Federal declarou a mora (omisso) do Legislativo e que ainda esto pendentes de regulamentao. Cinco delas dizem respeito ao mesmo assunto: o aviso prvio proporcional. 8o inciso TTC do artigo N=& a Constitui4)o Federal prev" como direito de trabalhadores rurais e urbanos o aviso prvio proporcional ao tempo de servi4o& com m6nimo de trinta dias e de acordo com os termos de uma lei ordin'ria (ue& na verdade& nunca 2oi 2eita* >essa 2orma& (uem trabalha num mesmo lugar h' vinte anos acaba por cumprir o mesmo tempo de aviso 315 prvio de (uem trabalha h' (uatro meses M desproporcionalidade (ue& muitas ve$es& vai parar na Austi4a. Servidores P@blicos + segundo assunto (ue mais rende declara45es de mora do Degislativo pelo Audici'rio a aus"ncia de uma lei de greve para o servi4o p@blico* 8a 2alta de uma regulamenta4)o espec62ica para os servidores& por decis)o do STF& tem;se adotado na Administra4)o P@blica o padr)o de greve da iniciativa privada& regulado pela Dei N*NEF.7HEH. J foram deferidos trs mandados de injuno no sentido de apontar a falha dos legisladores em regulamentar o assunto. Eles foram impetrados pelo Sindicato dos Servidores da Polcia Civil no Estado do Esprito Santo (Sindipol); pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educao do Municpio de Joo Pessoa (Sintem); e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judicirio do Estado do Par (Sinjep). Os trs (M 670, 708 e 712) pediram as garantias do exerccio do direito de greve previsto no art. 37, V, da Constituio ("o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica). Servidores pblicos tambm j reivindicaram no Supremo, em mandados de injuno deferidos pela Corte e ainda sem soluo, a aposentadoria especial devido a condies de insalubridade no trabalho. No M 721, uma auxiliar de enfermagem servidora do Ministrio da Sade pediu tendo por base a lei trabalhista vigente na iniciativa privada o reconhecimento do direito a contagem diferenciada do tempo de servio para fins de aposentadoria aps 25 anos de servio. Num outro caso, no M 758, foi a vez de um servidor pblico federal lotado na funo de tecnologista da Fundao Oswaldo Cruz, pleitear a aposentadoria especial alegando o contato com seres nocivos, portadores de molstias humanas e com materiais e objetos contaminados. A comunicao ao Congresso Nacional para que supra a omisso legislativa foi publicada no dia 1 de julho de 2008, mas ainda no houve edio de lei. Em um caso sobre a ausncia de lei que regulamenta as carreiras de auditores e membros do Ministrio Pblico Especial junto ao Tribunal de Contas do Cear a AD 3276 o Supremo tambm julgou que a omisso do legislativo impedia o atendimento ao modelo federal, reproduzido nos estados. Solu4)o Uma das decises de maior repercusso no ano de 2008 foi a que envolveu a criao de mais de 50 municpios em todo o Pas (AD 3682). O Tribunal votou unnime pela procedncia do pedido de inconstitucionalidade por omisso, ajuizado pela Assemblia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Com isso, o STF reconheceu a mora do Congresso Nacional em elaborar a lei complementar federal que abriria o prazo para criao, incorporao, fuso e desmembramento de municpios. + Plen'rio do Supremo deu o pra$o de 7E meses M a partir de H de maio de -//N M para (ue o v'cuo da lei 2osse preenchido* + Congresso 8acional& ent)o& aprovou a Emenda 3 Constitui4)o ,N no dia 7E de de$embro* Ela convalida cria4)o& 2us)o& incorpora4)o e desmembramento de munic6pios at F7 de de$embro de -//0& atendidos os re(uisitos estabelecidos na legisla4)o do respectivo Estado 3 poca de sua cria4)o. 31K -.I $ O !o#e)o Kras()e(ro #e Contro)e D(fuso #e Const(tu"(ona)(#a#e $ CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE *. O !ODELO KRASILEIRO DE CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE & O controle di(uso de constitucionalidade vem cada ve> mais perdendo importYncia perante OKF- pois a postura mais recente do OKF aponta para uma Corte Constitucional- e n"o mais para uma Corte 4ecursal- como ;H al$uns anos No mo#e)o #(fuso4 a Wuest&o "onst(tu"(ona) 0o#e ser )e+anta#a em 0ro"essos #e Wua)Wuer nature<a4 se1a #e "on9e"(mento4 #e eGe"u%&o ou "aute)ar. & Lual?uer um pode e'ercer controle de constitucionalidade Mm #ui> pode per(eitamente declarar a inconstitucionalidade de uma norma em ?ual?uer processo % di(eren/a a (orma como o pedido serH (eito & % %CP n"o substitutiva da %DI- mas s. ?uando ela usada primordialmente para essa (inalidade De semel;ante modo o +O % declara/"o de inconstitucionalidade por meio dessas a/0es e remdios teria ?ue ser incidental O "ontro)e #e "onst(tu"(ona)(#a#e serC eGer"(#o 0or to#os os 2rg&os 1u#("(a(s (n#(st(ntamente4 tanto #e 0r(me(ro "omo #e segun#o graus4 bem "omo aos Tr(buna(s Su0er(ores. & Eo caso dos tribunais e'i$e&se a clHusula de reserva de plenHrio O Kribunal vai ter ?ue abrir um incidente de inconstitucionalidade- submetido ao Pleno- e depois ao Desembar$ador ou +inistro ?ue estH com o processo $ Um !(n(stro ou Desembarga#or 1ama(s 0o#e4 mono"rat("amente :tem Wue ser4 no m=n(mo a Turma;4 #e")arar uma norma (n"onst(tu"(ona). A regra , a ")Cusu)a #e reser+a #e 0)enCr(o :ad referendum #o P)enCr(o;. A eG(gOn"(a Wue se fa< , Wue 9a1a um "onf)(to #e (nteresses4 um "aso "on"reto. Isto 0orWue o "ontro)e (n"(#enta) #e "onst(tu"(ona)(#a#e somente 0o#e o"orrer 0ara "onfer(r tute)a D 0retens&o sub1et(+a. & Para se pleitear a inconstitucionalidade no caso concreto sempre deve ;aver um problema da parte para ser resolvido e a declara/"o deve ser incidental no processo- em essa declara/"o de inconstitucionalidade n"o pode ser o pedido principal da a/"o 31M O ob#eto do pedido- assim- n"o o ata?ue = lei- mas a 0rote%&o a um #(re(to Wue ser(a 0e)a )e( afeta#o :em suma: a Wuest&o "onst(tu"(ona) , uma 0re1u#("(a) D so)u%&o #o 0rob)ema;. Por ta(s ra<'es , Wue o Su0remo n&o a#m(te a (m0etra%&o #e !an#a#o #e Seguran%a "ontra )e( em tese o !S n&o , su"e#Ineo #e ADI. Pode ser ar$uida a inconstitucionalidade em %/"o Popular- tambm em %/"o Civil PDblica- dentre outras a/0es- mas desde ?ue o ob#eto da demanda se#a a tutela de uma pretens"o concreta- e n"o a declara/"o em tese da inconstitucionalidade da lei O controle incidental de constitucionalidade pode ser e'ercido em rela/"o a normas emanadas dos tr8s n<veis de poder- de ?ual?uer ;ierar?uia- inclusive as anteriores = Constitui/"o CL]USULA DE RESER.A DE PLEN]RIO * CF- art 75 Por tal ra>"o- a inconstitucionalidade de uma lei somente pode ser declarada pela maioria absoluta dos membros do Kribunal ou do Jr$"o especial- onde este e'istir Kal clHusula se aplica tanto para o controle di(uso- e'ercido pelos Kribunais- como no controle concentrado %s Kurmas ou .r$"os (racionHrios poder"o recon;ecer a inconstitucionalidade da norma se o plenHrio ou .r$"o especial anteriormente #H a ;ouver declarado /. Fuest'es Interessantes #o !o#e)o D(fuso #e Const(tu"(ona)(#a#e! & Luando se interp0e um 4A- nem sempre o mrito serH analisado pelo OKF (a?ui se re(ere n"o aos pressupostos recursais- mas aos pressupostos materiais- descritos abai'o) T !ATYRIA F]TICA! /,mula !:C do /T7 W Oara sim'les ree&ame de 'rova no cabe recurso e&traordin#rio. & Para se descobrir ?uest"o (Htica necessHrio e'aminar prova 4A s. discute ?uest"o de direito Portanto- se a ?uest"o envolver matria (Htica- n"o passarH nos pressupostos materiais T !ATYRIA LE>AL! 317 /,mula !VD do /T7 W Oor o%ensa a direito local no cabe recurso e&traordin#rio. T DECISSO DE bLTI!A INSTpNCIA! /,mula !VB do /T7 W H inadmiss$vel o recurso e&traordin#rio, quando couber, na ,ustia de ori*em, recurso ordin#rio da deciso im'u*nada. & Deve&se es$otar todos os recursos antes de in$ressar com 4A T FALTA DE PREFUESTIONA!ENTO! /,mula !V! do /T7 W H inadmiss$vel o recurso e&traordin#rio, quando no ventilada, na deciso recorrida, a questo %ederal suscitada. & E"o consiste apenas em ter mencionado arti$o da CF & Pre?uestionamento & Oi$ni(ica debate e decis"o sobre o tema ?ue estH sendo impu$nado & % simples interposi/"o de embar$os declarat.rios pre?uestiona a matria Os embar$os declarat.rios n"o suprem o pre?uestionamento 2is"o ma#oritHria do OKF & Antretanto- para o +inistro +arco %urlio isso n"o se aplica Para ele serH necessHrio pleitear a nulidade do ac.rd"o pedindo a declara/"o ne$ativa de presta/"o #urisdicional (art 79- I1- CF * ale$a&se ?ue (oi violado o art QV- NI2 e N2 da CF * contradit.rio e ampla de(esa) Assa vis"o do +inistro +arco %urlio a vis"o adotada pelo OK@ Art. F3. ;ei com'lementar, de iniciativa do Su'remo @ribunal 7ederal, dis'or# sobre o =statuto da Na*istratura, observados os se*uintes 'rinc$'ios: (...) : todos os ,ul*amentos dos -r*os do Ooder Gudici#rio sero ')blicos, e %undamentadas todas as decis9es, sob 'ena de nulidade, 'odendo a lei limitar a 'resena, em determinados atos, s 'r-'rias 'artes e a seus advo*ados, ou somente a estes, em casos nos quais a 'reservao do direito intimidade do interessado no si*ilo no 're,udique o interesse ')blico in%ormao. (?edao dada 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665) (...) Art. K (...) ;:! " o 'reso tem direito identi%icao dos res'ons#veis 'or sua 'riso ou 'or seu interro*at-rio 'olicial. 312 ;:! " a 'riso ile*al ser# imediatamente rela&ada 'ela autoridade ,udici#ria. (...) T Para o STF: basta a (nter0os(%&o #os Embargos De")arat2r(os 0ara a mat,r(a ser "ons(#era#a 0reWuest(ona#a4 #(ferentemente #o Wue o"orre no ST3! 3E5A$3 FCCDFI ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ AB.?=B.C8 ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8 ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 1ML65L166K Ur*o Gul*ador: Orimeira @urma EMENTA: 4. 3ecurso e%traordinrio) prequestionamento e embar$os de declarao. A oposio de embar$os declarat1rios visando & soluo de mat-ria antes suscitada basta ao prequestionamento, ainda quando o Tribunal a quo persista na omisso a respeito (v.*. ?= 146.M32, 4l @., Oertence, 0G 4F.M.F2). 1. >ontrole de constitucionalidade de normas: reserva de 'len#rio (>7, art. F7): re'uta"se declarat-rio de inconstitucionalidade o ac-rdo que " embora sem o e&'licitar " a%asta a incid+ncia da norma ordin#ria 'ertinente lide 'ara decidi"la sob critrios diversos ale*adamente e&tra$dos da >onstituio (v.*. ?= 156.6FM, Oertence, 4l @., 0G 14.K.FF). 9 A(02teses #e Cab(mento! Art. 461. >om'ete ao Su'remo @ribunal 7ederal: " ,ul*ar, mediante recurso e&traordin#rio, as causas decididas em )nica ou )ltima inst<ncia, quando a deciso recorrida: a) contrariar dispositivo desta 6onstituio* b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei %ederal. c) (ul$ar vlida lei ou ato de $overno local contestado em "ace desta 6onstituio. d) (ul$ar vlida lei local contestada em "ace de lei "ederal. @8ncluda pela Emenda 6onstitucional nR GI, de !DDGA. & Portanto- a interposi/"o de 4A serH cab<vel sempre ?ue uma decis"o- na vis"o do recorrente- violar arti$o da CF 6. A Re0er"uss&o >era) Art. 461. (...) P 3 Co recurso e&traordin#rio o recorrente dever# demonstrar a re'ercusso *eral das quest9es constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a %im de que o @ribunal e&amine a admisso do recurso, somente 'odendo 31F recus#"lo 'ela mani%estao de dois teros de seus membros. (nclu$da 'ela =menda >onstitucional n 5K, de 1665). & % repercuss"o $eral re?uisito important<ssimo para o 4A & Kodos os tribunais do mundo possuem (iltros recursais Luest0es menores n"o devem ser discutidas em sede de Corte Ouprema & Obs. >era)! ?uando da aprecia/"o de repercuss"o $eral- presume&se ?ue todos os re?uisitos para o 4A #H ten;am sidos observados +as nem sem0re o"orre #esta forma. T De"(s&o #e "un9o 0o)=t("o4 n&o 1ur=#("ooo & Decis"o pol<tica no sentido da importYncia social e $eral da ?uest"o ?ue c;e$a ao OKF para solu/"o T Ante"e#entes: a argu(%&o #e re)e+In"(a :agora se "9ama re0er"uss&o; (ntro#u<(#a no D(re(to Kras()e(ro 0e)a Emen#a Reg(menta) n. 584 #e */7Q7*LE?4 Wue a)terou o art(go 85H #o RISTF. & Asse re?uisito da ar$ui/"o de relevYncia (oi muito criticado- pois (icou atrelada = ideia de instituto de e'ce/"o = ditadura militar & % ar$ui/"o de relevYncia uma decis"o irrecorr<vel- em ?ue pese ;averem (al;as A'! ter ?ue comprovar repercuss"o $eral em 4A de %DI T EC nl 5E7EE a)terou o art(go **L4 0arCgrafo @n("o #a Carta #e *LQL. T Emen#a Reg(menta) nl 5/7*LH?! DI4AIKO CO+P%4%DO! Am ambos os Kribunais (AM% e %leman;a)- n"o obri$at.rio ?ue a Corte torne pDblicas as ra>0es ?ue levaram ao n"o con;ecimento da matria Eos AM%! Writ of 1ertiorary * discricionariedade da Corte Constitucional ?uanto ao #u<>o de admissibilidade Eo entanto- ;H tambm ?u.rum m<nimo em (avor do con;ecimento Ea dDvida- deve&se con;ecer do recurso * Rule of Cour * dos 7 @ustices ?ue comp0em a Corte- o voto de P (avorHveis ao Writ of 1ertiorary indu> ao con;ecimento; Ea %leman;a * O cabimento da ?uei'a constitucional tambm discricionHrio EGem0)os #e #esgaste #o S(stema! 7% -F./F.-//K ; 7NJ,E ; 7U Turma do STF inde2ere Vabeas Corpus a condenado por dar canelada na sogra 336 A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal indeferiu hoje (23/03) Habeas Corpus (HC 83653), com pedido de liminar, impetrado em favor de Francisco Jos Pinnola Neto, condenado pela prtica de leso corporal leve pelo 2 Juizado Especial Criminal de Duque de Caxias (RJ). Acusado de dar uma canelada em sua sogra, ele foi condenado a trs meses de detenr,o (artigo 129 do Cdigo Penal), substituda pelo pagamento de multa de dois salrios mnimos. Segundo a denncia, "em 6 de agosto de 2001, no interior da residncia da vtima, o paciente desferiu-lhe um chute que atingiu sua perna direita, causando-lhe as leses descritas no auto de Exame de Corpo de Delito. nconformado de ver o seu recurso de apelar,o negado pela Primeira Turma Recursal Criminal dos Juizados Especiais Criminais da Comarca do Rio de Janeiro, impetrou Habeas no Supremo. Alegou que houve retratar,o tcita da representar,o feita pela por sua sogra, pois, aps o incidente, ambos continuaram morando na mesma residncia. Pediu a anular,o das decises contra ele e o trancamento da Ar,o Penal, argumentando ter direito ao determinado no artigo 564, inciso , do Cdigo de Processo Penal. O dispositivo diz que a nulidade do feito ocorrer por falta de denncia, queixa e representar,o, entre outros. A liminar foi indeferida pelo relator da matria, ministro Joaquim Barbosa, em outubro de 2003. "Em exame superficial, no vislumbro o fumus boni iuris (juzo da probabilidade do bom direito), na medida em que a verificar,o da ocorrncia, ou no, da retratar,o tcita exige cognir,o profunda de matria de fato, disse Barbosa. Alegou, ainda, a inexistncia do periculum in mora (perigo de leso na demora da deciso), uma vez que "o paciente foi condenado pena pecuniria, que, caso cumprida, no implicar qualquer restrir,o liberdade. No julgamento de hoje, o relator informou que "o crime de leso corporal leve exige, para a instalar,o da persecur,o penal, representar,o da vtima ou de quem a represente, de forma inequvoca. A representar,o, conforme consta da audincia de instrur,o e julgamento, foi expressamente oferecida pela vtima em duas oportunidades do processo, quais sejam, na delegacia e na audincia preliminar. "Preliminarmente, tenho que a impetrar,o sequer deve ser conhecida, tendo em vista que o presente writ, nitidamente, tem sua finalidade desvirtuada. O Habeas Corpus foi impetrado como se recurso fosse, visando, assim, ao amplo debate sobre matria ftico probatria. A Corte, em reiteradas decises, tem entendido ser impossvel tal pleito, disse Babosa, que votou pelo no conhecimento do Habeas. O ministro Marco Aurlio abriu divergncia sobre a preliminar levantada por Barbosa. Argumentou que "o fato de o Habeas Corpus ganhar contornos de recurso de apelar,o no obstaculiza a admissibilidade. "Por isso eu per,o vnia ao ministro (Joaquim Barbosa) para conhecer da impetrar,o, disse Marco Aurlio, no que foi seguido pelo ministro Seplveda Pertence. "Como acentuou bem o ministro Marco Aurlio, para mim de mrito saber se o constrangimento ilegal est demonstrado em termos que dele se possa conhecer no mbito do procedimento sumrio e documental, disse Seplveda. O relator, ento, acolheu as consideraes feitas por Marco Aurlio e reformulou seu voto para conhecer do Habeas e indefer-lo. " Eu no tenho nenhum problema em reformular nessa parte, disse Barbosa. Os demais ministros votaram com o relator. -% -F./F.-//K ; 7HJ-7 ; STF 9ulga VC (ue discute vassourada A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal indeferiu Habeas Corpus (HC 83618) impetrado em favor do comerciante Arivelton Rodrigues Pinto, do Rio 334 de Janeiro. Denunciado por ameaa e leses corporais, ele foi condenado a trs meses de deteno por agredir com uma vassoura uma senhora, tambm comerciante, que trabalha prximo a ele. A pena privativa de liberdade, estipulada pelo Juizado Especial, foi convertida em restritiva de direitos, obrigando Arivelton a prestar servios a uma entidade assistencial. No Habeas Corpus, o ru pediu a transformao da pena aplicada em multa, conforme previsto no artigo 60 do Cdigo Penal (CP). Para o relator, ministro Celso de Mello, a atribuio de multa deve observar requisitos como a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como as circunstncias e os motivos envolvidos (art. 44 CP). Segundo ele, a converso em prestao de servios comunidade foi devidamente fundamentada pelo Tribunal de Justia do Rio de Janeiro e, por isso, negou o pedido de aplicao de multa, deciso acolhida por unanimidade pela Segunda Turma. F% Chega ao supremo o caso da mulher (ue atropelou o cachorro (ue 9' estava morto "Uma mulher, ao volante de um carro na BR 040 - que liga Braslia ao Rio de Janeiro atropelou um cachorro. O animal j estava morto no momento do atropelamento. Mesmo assim, a motorista se sentiu "emocionalmente abalada com a coliso". Por isso, procurou a Justia para ser reparada pelo dano moral e ressarcida dos gastos referentes aos danos materiais que sofreu. Ela teve ganho de causa na primeira e segunda instncias dos Juizados Especiais Cveis - as decises condenaram a Companhia de Concesso Rodoviria Juiz de Fora, concessionria da estrada, a indeniz-la em R$ 523 por danos materiais e em cinco salrios mnimos (R$ 1.750) por danos morais. nconformada, a concessionria recorreu da deciso no STF. O agravo de instrumento foi distribudo para o ministro Marco Aurlio, que agora ter que decidir sobre o que, no tribunal, j ficou conhecido como "caso do cachorro morto atropelado". A mais alta corte de Justia do pas vai se ocupar de uma causa que poderia ter alada somente at as Turmas Recursais dos Jecs. Este um episdio comum no Supremo. No meio dos quase 10 mil processos que cada ministro aprecia por ano, sempre aparecem casos como esse: briga de vizinho, roubo de chinelo havaiana, luta por diferena de centavos etc. geraram processos que percorreram todos as instncias judiciais. Outro caso que ser julgado em breve um agravo de instrumento da Air France. A empresa recorre de uma indenizao por danos morais e materiais a que foi condenada por ter cobrado US$ 96 "indevidamente" de uma passageira por excesso de bagagem. O ministro Marco Aurlio defende que preciso uma mudana substancial para enxugar a competncia do Supremo e aponta a necessidade de uma mudana de atitude. " preciso uma independncia tcnica do advogado para sugerir acordos e no interpor recurso, mesmo com a certeza de seu insucesso, apenas para dar um retorno ao cliente", afirma. O STF, por princpio constante da Carta Magna, est limitado a julgar matrias de natureza constitucional. Na prtica esta restrio nada restringe. Basta alegar ofensa ao princpio da dignidade humana para que o recurso assuma ares constitucionais e tome o rumo do Supremo. (A n 608644 e A n 611701 - com informaes da revista Consultor Jurdico)". GA 3E FG:I!V ; 32 5 38+ DE 2ANE83+ ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8 331 ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 6ML65L1665 Ur*o Gul*ador: Orimeira @urma EMENTA: 0esero de recurso 'ela di%erena de ?y 6,64 (um centavo) entre a conta e o 're'aro e%etivado. Ao e&i*ir da recorrente o cum'rimento de condio im'oss$vel de ser satis%eita " recolhimento de valor no e&istente no sistema monet#rio brasileiro (;. F6MFLFK, art. 4R, SS !R e IRA, a deciso recorrida, al-m de ne$ar5l'e, na prtica, a 'restao ,urisdicional demandada, cerceou claramente o seu direito de de%esa, o%endendo o arti*o K, :::! e ;!, da >onstituio. ,% /H./-.-//N ; 7EJ,- ; STF 9ulga e d' provimento a KH/E ?ecursos sobre :pens)o por morte< Fato indito no Supremo Tribunal Federal #STF%& o Plen'rio 9ulgou ho9e& em con9unto& KH/E ?ecursos Extraordin'rios #?Es% (ue tratavam de :pens)o por morte<& dando provimento a todos& por unanimidade * A decis)o seguiu o 9ulgamento de ontem #/E./-%& (uando& por maioria& se conheceu e 2oi dado provimento aos ?Es K70E-N e K7,K,K& interpostos pelo Cnstituto 8acional do Seguro Social #C8SS%* + Plen'rio analisou todos os recursos em con9unto* +s ministros relatores #Sep@lveda Pertence& Gilmar Bendes& Csar Pelu$o& Carlos AWres Gritto& ?icardo DeXandoXsYi e C'rmen D@cia% 2i$eram uma triagem em todos os processos sob sua responsabilidade& (ue tratavam do tema e se en(uadravam na decis)o dos recursos 9ulgados no dia anterior. O julgamento em bloco tornou-se possvel aps a alterao instituda pelo artigo 131 do Regimento nterno do STF. A emenda altera o tempo de sustentao oral, de 15 minutos para as causas normais, para 30 minutos nos casos de recursos idnticos ou causas conjuntas. Esse tempo ser compartilhado entre os advogados presentes interessados na causa. 8o in6cio da sess)o& o ministro Barco Aurlio levantou (uest)o de ordem& para (ue os processos 2ossem retirados de pauta e cada relator& ante o precedente do plen'rio& atuassem de 2orma individual* Ele revelou sua preocupa4)o :(uanto 3 inser4)o em pauta de KH/E processos<* Para ele& o C8SS advoga para 2a$er 2rente a uma avalanche de processos* E (ue por ve$es pode surgir um descompasso entre os 2undamentos da decis)o e as ra$5es recursais& bem como a 2alta de oportunidade de observSncia do pra$o recursal* :Aamais a corte 2e$ inserir em pauta processos a revelarem ?ecursos Extraordin'rios para serem apreciados sem se(uer o preg)o espec6i2ico do processo& mediante remiss)o a listas_. Marco Jur9lio a)irmou 'ue (/ situa#=es iversi)icaas em caa um os recursos& al9m e situa#=es anteriores i)erentes. 0or isso a 'uest$o e orem. ?le isse 'ue o 7ulgamento em massa +oe +rovocar a inter+osi#$o esen)reaa e embargos eclarat6rios. `\ um +roceimento in9ito& 'ue +oer/ ter esobramentos ne)astos_& )inali;ou o ministro. J ministra ?llen Dracie& lembrou 'ue o ato e +autar esses +rocessos resultou e uma iniciativa a +resi-ncia a "orte& e contou com a concor2ncia a maioria os ministros. `"onsiero 'ue se alguma 'uest$o (/& +erante esse CHM& 'ue mere#a o t*tulo e 'uest$o e massa& (omog-nea e absolutamente uni)orme& 9 e,atamente a 'uest$o 'ue ontem eciimos nos ois I?s c(amaos a 7ulgamento_. 333 ?la ressaltou 'ue tratar como se )ossem casos iniviuais& com +eculiariaes e,tremas& uma 'uest$o 'ue 9 absolutamente (omog-nea& `seria uma +era e tem+o_. ? concluiu i;eno 'ue a +ro+osta e Marco Jur9lio& e 7ulgamentos monocr/ticos +or +arte os relatores e caa +rocesso& atrairia& a mesma )orma& o agravo regimental. Pota4)o da Luest)o de +rdem Sobre a questo de ordem, Crmen Lcia discordou de Marco Aurlio, afirmando que os processos sob sua relatoria trazidos a plenrio, foram verificados quanto aos pressupostos de admissibilidade e processabilidade do recurso, quanto tempestividade e quanto ao prquestionamento. Joaquim Barbosa ressaltou que no tem restrio quanto a julgamento em lista, mas que "fez uma opo metodolgica, de aguardar os julgamentos de ontem, e depois resolver monocraticamente. Carlos Ayres Britto tambm discordou de Marco Aurlio.Ele assentou que seu gabinete "fez uma triagem, e que todas as situaes so perfeitamente enquadrveis na deciso de ontem. Para Cezar Peluso, "o tribunal vai retirar desse julgamento uma experincia cujos resultados podero aprimorar os processos de celeridade. Essa uma das solues possveis para se tornar vivel o funcionamento da corte. Gilmar Mendes disse ser notria a situao difcil e premente na qual se encontra o STF. Essa "no uma frmula definitiva, um passo para um processo de objetivao. Celso de Mello tambm disse aprovar o procedimento, como um experimento de carter institucional importante. "A busca de celeridade processual com a resoluo de conflitos multitudinrios, sem comprometimento da segurana jurdica, representa um objetivo a ser perseguido pelo STF. Por fim, Seplveda Pertence recordou alguns momentos da histria do STF, quando o Supremo esteve beira da falncia, por ter proferido 7 mil sentenas em um ano, e quando "havia casos em que antes que o processo chegasse mesa do relator, os autos faziam dezesseis movimentos fsicos. Dessa forma, ao apreciar a questo de ordem suscitada pelo ministro Marco Aurlio, o plenrio deliberou por maioria dar prosseguimento ao julgamento conjunto dos REs. >ebate Em sustentao oral, a procuradora do NSS disse que vinha "apenas e to somente para requerer a aplicao em todos os processos ora pautados o entendimento ontem ratificado. E prosseguiu, alertando que "o NSS no poderia deixar de requerer a edio de smula vinculante, no momento oportuno e de ofcio por essa casa. Mesmo sabendo que o NSS no tem legitimidade legal para pleitear a edio da smula, Luciana disse esperar que o STF, de ofcio, "ratifique o entendimento de que a lei nova mais benfica, que no tenha expressa previso de retroatividade, essa lei no se aplica aos benefcios concedidos antes de sua concesso, finalizou. O defensor pblico da Unio, em nome dos pensionistas, afirmou no ignorar a fora da deciso tomada pelo STF em relao aos recursos sobre 'penso por morte', mas disse acreditar que "uma noite tempo suficiente para refletir e corrigir os enganos do dia anterior. Por isso, "os pensionistas e aposentados, representados pela defensoria pblica da Unio, pedem que o tribunal indefira os recursos apresentados pelo NSS, concluiu o advogado. ?esultado Por unanimidade, o plenrio do STF conheceu dos recursos e lhes deu provimento, aplicando o entendimento firmado na sesso Plenria de ontem. 335 A proposta do ministro Seplveda Pertence, de aplicar sucumbncia parte vencida, no percentual de 1% do valor da causa para os que no requereram o benefcio da justia gratuita, foi aprovada por unanimidade. Presid"ncia da ?ep@blica Casa Civil Subche2ia para Assuntos Aur6dicos DEC 8= 77*K7E& >E 7H >E >EOEBG?+ >E -//0* Acrescenta Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Cdigo de Processo Civil, dispositivos que regulamentam o 3 do art. 102 da Constituio Federal. + P?ESC>E8TE >A ?EPZGDCCA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 Esta Lei acrescenta os arts. 543-A e 543-B Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Cdigo de Processo Civil, a fim de regulamentar o 3 do art. 102 da Constituio Federal. Art. 2 A Lei n o 5.869, de 11 de janeiro de 1973 Cdigo de Processo Civil, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 543-A e 543-B: :Art* ,KF;A* + Supremo Tribunal Federal& em decis)o irrecorr6vel& n)o conhecer' do recurso extraordin'rio& (uando a (uest)o constitucional nele versada n)o o2erecer repercuss)o geral& nos termos deste artigo* P 4 Oara e%eito da re'ercusso *eral, ser# considerada a e&ist+ncia, ou no, de quest9es relevantes do 'onto de vista econVmico, 'ol$tico, social ou ,ur$dico, que ultra'assem os interesses sub(etivos da causa. S !R + recorrente dever demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciao e%clusiva do /upremo Tribunal 7ederal, a e%istYncia da repercusso $eral. P 3 [aver# re'ercusso *eral sem're que o recurso im'u*nar deciso contr#ria a s)mula ou ,uris'rud+ncia dominante do @ribunal. P 5 Se a @urma decidir 'ela e&ist+ncia da re'ercusso *eral 'or, no m$nimo, 5 (quatro) votos, "icar dispensada a remessa do recurso ao 0lenrio. P K Ce*ada a e&ist+ncia da re'ercusso *eral, a deciso valer# 'ara todos os recursos sobre mat-ria idYntica, que sero inde"eridos liminarmente, salvo reviso da tese, tudo nos termos do 3e$imento 8nterno do /upremo Tribunal 7ederal. 33K [ 0= + ?elator poder' admitir& na an'lise da repercuss)o geral& a mani2esta4)o de terceiros& subscrita por procurador habilitado& nos termos do ?egimento Cnterno do Supremo Tribunal Federal* S :R A /,mula da deciso sobre a repercusso $eral constar de ata, que ser publicada no Dirio +"icial e valer como ac1rdo.` XArt. K53"E. Quando houver multi'licidade de recursos com %undamento em id+ntica controv-rsia, a anlise da repercusso $eral ser processada nos termos do 3e$imento 8nterno do /upremo Tribunal 7ederal, observado o disposto neste arti$o. P 4 >aber# ao @ribunal de ori*em selecionar um ou mais recursos re'resentativos da controv-rsia e encamin'5los ao /upremo Tribunal 7ederal, sobrestando os demais at- o pronunciamento de"initivo da 6orte. P 1 Ce*ada a e&ist+ncia de re'ercusso *eral, os recursos sobrestados considerar"se"o automaticamente no admitidos. P 3 Gul*ado o mrito do recurso e&traordin#rio, os recursos sobrestados sero a'reciados pelos Tribunais, Turmas de =ni"ormizao ou Turmas 3ecursais, que podero declar5los pre(udicados ou retratar5se. [ K= Bantida a decis)o e admitido o recurso& poder' o Supremo Tribunal Federal& nos termos do ?egimento Cnterno& cassar ou re2ormar& liminarmente& o ac!rd)o contr'rio 3 orienta4)o 2irmada* P K 8 ?e*imento nterno do Su'remo @ribunal 7ederal dis'or# sobre as atribui9es dos Ministros, das Turmas e de outros 1r$os, na anlise da repercusso $eral.` Art. 3 Caber ao Supremo Tribunal Federal, em seu Regimento nterno, estabelecer as normas necessrias execuo desta Lei. Art. 4 Aplica-se esta Lei aos recursos interpostos a partir do primeiro dia de sua vigncia. Art. 5 Esta Lei entra em vigor 60 (sessenta) dias aps a data de sua publicao. T Re"urso EGtraor#(nCr(o no RISTF! & O 4e$imento Interno do OKF so(re altera/0es com muita (re?u8ncia 6aptulo H D+ 3E6=3/+ E[T3A+3D8NZ38+ ?esoluoLS@7 547L166F: e"S@7. ?esoluoLS@7 517L1646: 'rocesso eletrVnico. ?esoluoLS@7 5K6L1646: nova classe 'rocessual. Art. 314. 8 recurso e&traordin#rio 'ara o @ribunal ser# inter'osto no 'ra(o estabelecido na lei 'rocessual 'ertinente, com indicao do dis'ositivo que o 33M autori(e, dentre os casos 'revistos nos arts. 461, , a, b, c, e 414, P 3, da >onstituio 7ederal. P 4 Se na causa tiverem sido vencidos autor e ru, qualquer deles 'oder# aderir ao recurso da outra 'arte nos termos da lei 'rocessual civil. P 1 Aplicam5se ao recurso adesivo as normas de admissibilidade, preparo e (ul$amento do recurso e%traordinrio, no sendo processado ou con'ecido, quando 'ouver desistYncia do recurso principal, ou "or este declarado inadmissvel ou deserto. S FR /e o recurso e%traordinrio "or admitido pelo Tribunal ou pelo 3elator do a$ravo de instrumento, o recorrido poder interpor recurso adesivo (untamente com a apresentao de suas contrarrazWes. P 5 8 recurso e&traordin#rio no tem e%eito sus'ensivo. P K64 (?evo*ado.) Art. 311. 8 @ribunal recusar# recurso e&traordin#rio cu,a questo constitucional no o%erecer re'ercusso *eral, nos termos deste ca'$tulo. Pargrafo nico. 0ara e"eito da repercusso $eral, ser considerada a e%istYncia, ou no, de questWes que, relevantes do ponto de vista econUmico, poltico, social ou (urdico, ultrapassem os interesses sub(etivos das partes. Art. F!F. ]uando no "or caso de inadmissibilidade do recurso por outra razo, o@aA 3elator@aA ou o 0residente submeter, por meio eletrUnico, aos demais Ministros, c1pia de sua mani"estao sobre a e%istYncia, ou no, de repercusso $eral. S BR Nos processos em que o 0residente atuar como 3elator, sendo recon'ecida a e%istYncia de repercusso $eral, se$uir5se5 livre distribuio para o (ul$amento de m-rito. S !R Tal procedimento no ter lu$ar, quando o recurso versar questo cu(a repercusso ( 'ouver sido recon'ecida pelo Tribunal, ou quando impu$nar deciso contrria a s,mula ou a (urisprudYncia dominante, casos em que se presume a e%istYncia de repercusso $eral. S Fd Mediante deciso irrecorrvel, poder o@aA 3elator@aA admitir de o"cio ou a requerimento, em prazo que "i%ar, a mani"estao de terceiros, subscrita por procurador 'abilitado, sobre a questo da repercusso $eral. Art. 313"A. 8 ,ul*amento de mrito de quest9es com re'ercusso *eral, nos casos de rea%irmao de ,uris'rud+ncia dominante da >orte, tambm 'oder# ser reali(ado 'or meio eletrVnico. Art. F!G. 3ecebida a mani"estao do@aA 3elator@aA, os demais Ministros encamin'ar5l'e5o, tamb-m por meio eletrUnico, no prazo comum de vinte dias, mani"estao sobre a questo da repercusso $eral. S Bd Decorrido o prazo sem mani"estaWes su"icientes para recusa do recurso, reputar5se5 e%istente a repercusso $eral. S !d No incide o disposto no par$ra"o anterior quando o 3elator declare que a mat-ria - in"raconstitucional, caso em que a ausYncia de 337 pronunciamento no prazo ser considerada como mani"estao de ine%istYncia de repercusso $eral, autorizando a aplicao do art. IGF5 A, S Id, do 61di$o de 0rocesso 6ivil. S FR + recurso e%traordinrio ser redistribudo por e%cluso do@aA 3elator@aA e dos Ministros que e%pressamente o@aA acompan'aram nos casos em que "icarem vencidos. Art. 31K. 8(A) ?elator(a) ,untar# c-'ia das mani%esta9es aos autos, quando no se tratar de 'rocesso in%ormati(ado, e, uma ve( de%inida a e&ist+ncia da re'ercusso *eral, ,ul*ar# o recurso ou 'edir# dia 'ara seu ,ul*amento, a'-s vista ao Orocurador"Beral, se necess#ria. ne*ada a e&ist+ncia, %ormali(ar# e subscrever# deciso de recusa do recurso. Pargrafo nico. + teor da deciso preliminar sobre a e%istYncia da repercusso $eral, que deve inte$rar a deciso monocrtica ou o ac1rdo, constar sempre das publicaWes dos (ul$amentos no Dirio +"icial, com meno clara & mat-ria do recurso. Art. 31K"A. ?econhecida a re'ercusso *eral, sero distribu$dos ou redistribu$dos ao ?elator do recurso 'aradi*ma, 'or 'reveno, os 'rocessos relacionados ao mesmo tema. Art. 31M. @oda deciso de ine&ist+ncia de re'ercusso *eral irrecorr$vel e, valendo 'ara todos os recursos sobre questo id+ntica, deve ser comunicada, 'elo(a) ?elator(a), Oresid+ncia do @ribunal, 'ara os %ins do arti*o subsequente e do art. 31F. Art. 317. A Oresid+ncia do @ribunal recusar# recursos que no a'resentem 'reliminar %ormal e %undamentada de re'ercusso *eral, bem como aqueles cu,a matria carecer de re'ercusso *eral, se*undo 'recedente do @ribunal, salvo se a tese tiver sido revista ou estiver em 'rocedimento de reviso. P 4A *ual com'et+ncia e&ercer# o(a) ?elator(a) sorteado(a), quando o recurso no tiver sido liminarmente recusado 'ela Oresid+ncia. P 1A 0a deciso que recusar recurso, nos termos deste arti*o, caber# a*ravo. Art. 312. Orotocolado ou distribu$do recurso cu,a questo %or suscet$vel de re'rodu(ir"se em m)lti'los %eitos, a Oresid+ncia do @ribunal ou o(a) ?elator(a), de o%$cio ou a requerimento da 'arte interessada, comunicar# o %ato aos tribunais ou turmas de ,ui(ado es'ecial, a %im de que observem o dis'osto no art. K53"E do >-di*o de Orocesso >ivil, 'odendo 'edir"lhes in%orma9es, que devero ser 'restadas em cinco dias, e sobrestar todas as demais causas com questo id+ntica. Pargrafo nico. ]uando se veri"icar subida ou distribuio de m,ltiplos recursos com "undamento em idYntica controv-rsia, a 0residYncia do Tribunal ou o@aA 3elator@aA selecionar um ou mais representativos da questo e determinar a devoluo dos demais aos tribunais ou turmas de (uizado especial de ori$em, para aplicao dos par$ra"os do art. IGF5M do 61di$o de 0rocesso 6ivil. 332 Art. 312"A. Cos casos 'revistos no art. K53"E, ca'ut, do >-di*o de Orocesso >ivil, o @ribunal de ori*em no emitir# ,u$(o de admissibilidade sobre os recursos e&traordin#rios ,# sobrestados, nem sobre os que venham a ser inter'ostos, at que o Su'remo @ribunal 7ederal decida os que tenham sido selecionados nos termos do P 4A daquele arti*o. P 4 Nos casos anteriores, o Tribunal de ori$em sobrestar os a$ravos de instrumento contra decisWes que no ten'am admitido os recursos e%traordinrios, (ul$ando5os pre(udicados nas 'ip1teses do art. IGF5 M, S !d, e, quando coincidente o teor dos (ul$amentos, S Fd. S !R 2ul$ado o m-rito do recurso e%traordinrio em sentido contrrio ao dos ac1rdos recorridos, o Tribunal de ori$em remeter ao /upremo Tribunal 7ederal os a$ravos em que no se retratar. Art. 31F. A Oresid+ncia do @ribunal 'romover# am'la e es'ec$%ica divul*ao do teor das decis9es sobre re'ercusso *eral, bem como %ormao e atuali(ao de banco eletrVnico de dados a res'eito. T A)tera%&o em setembro7/5*5! Arti*o 315 W A 'artir de a*ora, o ministro que %icar vencido quanto discusso 'reliminar a res'eito da re'ercusso *eral da matria tratada em recurso e&traordin#rio a ele distribu$do 'erder# a relatoria do 'rocesso. =sta an#lise %eita no chamado XOlen#rio !irtualY, no qual os ministros debatem se determinado tema submetido an#lise da >orte relevante sob o 'onto de vista econVmico, 'ol$tico, social ou ,ur$dico, ultra'assando os interesses sub,etivos das 'artes. [aver# nova distribuio quando o relator ori*in#rio ,ul*ar que o tema no tem re'ercusso *eral contra o voto da maioria. Sero e&clu$dos do 'rocesso de redistribuio tambm os ministros que o acom'anharam na mani%estao vencida. T A)tera%&o em #e<embro7/5*5! Quarta-feira, 01 de dezembro de 2010 STF altera dispositivos de seu regimento para aper2ei4oar instituto da repercuss)o geral e cria nova classe processual Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram em sesso administrativa realizada logo aps a sesso plenria de hoje (1) alterar o Regimento nterno da Corte (artigo 323) para permitir que o ministro presidente atue como relator dos recursos extraordinrios durante o processo de reconhecimento de repercusso geral. Caso a repercusso geral do tema tratado no recurso seja reconhecida, o processo ser ento distribudo, mediante sorteio, a um ministro relator. O artigo 13 do Regimento nterno j permite que o presidente do STF atue como relator em recursos extraordinrios e agravos de instrumento at eventual distribuio, mas diante de dificuldades de gerenciamento interno dos recursos representativos da controvrsia, a nova alterao foi proposta. 33F Para dar celeridade e simplificar o julgamento de recursos em que se aplica a jurisprudncia pacfica da Corte, foi aberta a possibilidade do julgamento de mrito desses processos por meio eletrnico (Plenrio Virtual). Essas alteraes foram aprovadas contra os votos dos ministros Marco Aurlio, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. 8a sess)o desta noite tambm 2oi alterado mais um artigo do ?egimento #art* F-,% com o ob9etivo de 2ortalecer o instituto da repercuss)o geral& 2a$endo com (ue os chamados :representativos da controvrsia< cumpram seu verdadeiro papel& ou se9a& 2orne4am o maior n@mero poss6vel de subs6dios relativos ao tema ob9eto do recurso& 9' (ue o entendimento a ser 2ixado pelo STF ser' uni2ormi$ado* 8a sistem'tica atual& o ministro relator tem acesso a um n@mero redu$ido de processos& sendo os demais& de outros relatores& devolvidos por decis)o monocr'tica 3 instSncia de ori-em& para (ue l' a-uardem a decis)o do STF* Com isso& os di2erentes ar-umentos tra$idos nos diversos processos n)o s)o aproveitados* A emenda regimental resolve este problema& na medida em (ue permite ao ministro relator do recurso paradi-ma 2a$er uma reuni)o de processos& para (ue possa 2a$er uma an'lise mais ampla da (uest)o tratada* 8ova classe processual Na sesso administrativa de hoje, foi aprovada resoluo instituindo uma nova classe processual no STF, denominada Recurso Extraordinrio com Agravo (aRE) para o processamento de agravo apresentado contra deciso que no admite recurso extraordinrio Corte. A medida foi necessria em razo da nova lei do agravo (Lei n 12.322/2010), que entra em vigor na prxima semana. Agora haver o RE e o RE com agravo (aRE). Com a nova lei, os agravos destinados a provocar o envio de recursos extraordinrios no admitidos no tribunal de origem deixam de ser encaminhados por instrumento (cpias), para serem remetidos nos autos principais do recurso extraordinrio. A nova regra processual modificou no somente o meio pelo qual o agravo encaminhado ao STF, mas tambm a sua concepo jurdica, j que o agravo deixa de ser um recurso autnomo, passando a influenciar o conhecimento do prprio RE. Os ministros decidiram que essa sistemtica tambm se aplica matria penal. Not="(as STF Luarta&(eira- U5 de %bril de 2U1U Estat=st("as: 9C menos #e *55 m() 0ro"essos em tram(ta%&o 9o1e no Su0remo Tramitam hoje no Supremo Tribunal Federal HE*0,- a45es. a primeira vez em dez anos que so registrados menos de 100 mil processos em andamento na Corte. De janeiro deste ano at agora, os ministros deram 7K*EHH decis5es 2inais monocrticas ou colegiadas e ,K7 liminares. O decrscimo no nmero de processos acontece, em muito, por causa da exigncia de repercusso geral dos recursos extraordinrios (s so admitidos aqueles cujo interesse vai alm das partes envolvidas). Mas no s isso. A 356 reduo foi uma consequncia da gesto estratgica do STF, que conseguiu atingir a total sistematizao dos dados do Tribunal. Atualmente, possvel a qualquer pessoa saber em tempo real, e pelo site na nternet, como est cada ao em trmite na Corte, inclusive o deslocamento fsico do processo. Alm disso, o acompanhamento de cada passo se d por meio do sistema STF Push, que avisa aos interessados cadastrados os andamentos processuais. "Geramos controles precisos, ou seja, a informao que dada hoje tem refinamento e exatido, diz o secretriogeral do STF, Luciano Felcio Fuck. "O Tribunal est fazendo um trabalho srio para levar transparncia sociedade e, ao mesmo tempo, para se autoconhecer o que nos ajuda a cumprir o planejamento estratgico, completa. No Planejamento Estratgico, alis, a meta de nmero 27 prev o julgamento de todos os Recursos Extraordinrios e Agravos de nstrumento autuados no Supremo at 2005. Quando foi criada a meta, eram 6.763 processos a ser julgados. Hoje restam 1.331 aguardando deciso cerca de um quinto do total. "A preciso da estatstica fundamental para a gesto do tribunal e de cada gabinete, de forma individualizada , destaca o secretrio-geral. Ele conta que seria impossvel estabelecer metas e cumpri-las se o Tribunal no tivesse um conhecimento pleno e profundo de todos os processos que esto na Corte. "A partir desses controles nos organizamos. claro que ainda podemos melhorar, mas hoje h um nvel de alimentao bastante adequado ao sistema de informtica e estatstica, avalia. Estat6sticas Dentro do STF, uma equipe de sete servidores controla os dados estatsticos da Corte. Eles trabalham com base na tabela nacional de assuntos e a tabela de andamentos e movimentaes processuais, ambas elaboradas pelo Conselho Nacional de Justia (CNJ). "Os andamentos do Supremo so hoje compatveis com os andamentos dos outros tribunais do Pas inteiro, explica a assessora-chefe de gesto estratgica, Paula Crisstomo. Ela frisa que as estatsticas so um instrumento de gesto interna e, ao mesmo tempo, de transparncia externa. Segundo Paula, separar cada processo e andamento processual exige um grau de organizao que s pode ser alcanado se forem observados padres. Por isso, as categorias de andamento foram reduzidas para pouco mais da metade e os nomes foram unificados para dar mais preciso ao levantamento. Alguns ministros usam o termo "defiro o pedido de habeas corpus, outros escrevem "concedo o pedido de habeas corpus, por exemplo. sso alterava o banco de dados do Supremo, pois eram lanadas duas categorias de decises diferentes. Atualmente, toda concesso de habeas corpus registrada estatisticamente da mesma maneira. sso acontece com todas as outras classes processuais. Outra providncia que deu preciso s estatsticas foi a distino entre decises finais, interlocutrias, liminares e especficas, como as de sobrestamento e de devoluo de recursos extraordinrios, dentro do previsto pelo artigo 543-B do Cdigo de Processo Civil (que instituiu a obrigatoriedade de repercusso geral). O Re"urso EGtraor#(nCr(o "omo 0ro"esso sub1et(+ok A a0roG(ma%&o #o mo#e)o "on"entra#o #e "onst(tu"(ona)(#a#e "om o mo#e)o #(fuso4 no Kras() :e)ementos #e (nter"ess&o;! 354 & % apro'ima/"o do modelo concentrado de constitucionalidade com o modelo di(uso assunto muito importante- atualmente A0)("a%&o ao RE :fa)a$se em RE4 mas 0o#e ser Wua)Wuer 0ro"esso: ACP4 !S et"; #o efe(to 0ros0e"t(+o #a #e")ara%&o #e (n"onst(tu"(ona)(#a#e $ art(go /E #a Le( nX L.HQH7LL )e( Wue +ersa sobre o "ontro)e "on"entra#o $ RE *LE.L*E :CASO DOS .EREADORES;! & Eesse caso n"o ;ouve pre?uestionamento por?ue nin$um ima$inava ?ue- a partir de uma %CP (?ue (oi o caso do munic<pio de +ira Astrela)- al$um iria apontar a inconstitucionalidade de norma Art. 17. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista ra(9es de se*urana ,ur$dica ou de e&ce'cional interesse social, 'oder# o Su'remo @ribunal 7ederal, 'or maioria de dois teros de seus membros, restrin*ir os e%eitos daquela declarao ou decidir que ela s- tenha e%ic#cia a 'artir de seu tr<nsito em ,ul*ado ou de outro momento que venha a ser %i&ado. (;ei F.FM2LFF " 0is'9e sobre o 'rocesso e ,ul*amento da ao direta de inconstitucionalidade e da ao declarat-ria de constitucionalidade 'erante o Su'remo @ribunal 7ederal). No Kras()4 1C t(+emos eGem0)o #a (m0orta%&o #o mo#e)o #o "ontro)e abstrato Wuanto D ef("C"(a #a #e"(s&o ao "ontro)e #(fuso O art(go /E #a Le( nX L.HQH7LL! & Obs! G poss<vel ?ue o #ui> ou desembar$ador manten;a as rela/0es #ur<dicas #H constitu<das- n"o anulando seus e(eitos- caso o OKF declare a inconstitucionalidade de norma- portanto- n"o se operando o e(eito e'&tunc- dependendo do caso concreto Por isso vivemos em dupla modula/"o de controle ?uanto aos e(eitos 3E BC:CB: ; /0 5 /?+ 0A=<+ ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8 ?elator(a): Nin. NAI?_>8 >8??DA Gul*amento: 6ML6ML1661 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 0A@A"67"6K"1665 OO"66662 =N=C@ !8;"614K6"63 OO" 663M2 ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8. NIC>_O8S. >bNA?A 0= !=?=A08?=S. >8NO8SST8. AI@8C8NA NIC>OA;. ;N@=S >8CS@@I>8CAS. CRN=?8 0= !=?=A08?=S O?8O8?>8CA; ` O8OI;AST8. >7, A?@B8 1F, !. AO;>AST8 0= >?@H?8 A?@NH@>8 ?_B08. C!8>AST8 08S O?C>_O8S 0A S8C8NA = 0A ?A^8AE;0A0=. C>8NOA@E;0A0= =C@?= A O8OI;AST8 = 8 CRN=?8 0= !=?=A08?=S. C>8CS@@I>8CA;0A0=, C>0=C@=? @AC@IN, 0A C8?NA NIC>OA;. =7=@8S OA?A 8 7I@I?8. S@IAST8 =:>=O>8CA;. 4. 8 arti*o 1F, inciso ! da >onstituio 7ederal, e&i*e que o n)mero de !ereadores se,a 'ro'orcional it 'o'ulao dos Nunic$'ios, observados os limites m$nimos e m#&imos %i&ados 'elas al$neas a, b e c. 1. 351 0ei&ar a critrio do le*islador munici'al o estabelecimento da com'osio das ><maras Nunici'ais, com observ<ncia a'enas dos limites m#&imos e m$nimos do 'receito (>7, arti*o 1F) tornar sem sentido a 'reviso constitucional e&'ressa da 'ro'orcionalidade. 3. Situao real e contem'or<nea em que Nunic$'ios menos 'o'ulosos t+m mais !ereadores do que outros com um n)mero de habitantes v#rias ve(es maior. >asos em que a %alta de um 'ar<metro matem#tico r$*ido que delimite a ao dos le*islativos Nunici'ais im'lica evidente a%ronta ao 'ostulado da isonomia. 5. Orinc$'io da ra(oabilidade. ?estrio le*islativa. A a'rovao de norma munici'al que estabelece a com'osio da ><mara de !ereadores sem observ<ncia da relao co*ente de 'ro'oro com a res'ectiva 'o'ulao con%i*ura e&cesso do 'oder de le*islar, no encontrando eco no sistema constitucional vi*ente. K. Oar<metro aritmtico que atende ao comando e&'resso na >onstituio 7ederal, sem que a 'ro'orcionalidade reclamada tradu(a qualquer a%ronta aos demais 'rinc$'ios constitucionais e nem resulte %ormas estranhas e distantes da realidade dos Nunic$'ios brasileiros. Atendimento aos 'ostulados da moralidade, im'essoalidade e economicidade dos atos administrativos (>7, arti*o 37). M. 7ronteiras da autonomia munici'al im'ostas 'ela 'r-'ria >arta da ?e')blica, que admite a 'ro'orcionalidade da re'resentao 'ol$tica em %ace do n)mero de habitantes. 8rientao que se con%irma e se reitera se*undo o modelo de com'osio da ><mara dos 0e'utados e das Assembleias ;e*islativas (>7, arti*os 17 e 5K, P 4). 7. nconstitucionalidade, incidenter tantum, da lei local que %i&ou em 44 (on(e) o n)mero de !ereadores, dado que sua 'o'ulao de 'ouco mais de 1M66 habitantes somente com'orta 6F re'resentantes. V. E"eitos. 0rincpio da se$urana (urdica. /ituao e%cepcional em que a declarao de nulidade, com seus normais e"eitos e% tunc, resultaria $rave ameaa a todo o sistema le$islativo vi$ente. 0revalYncia do interesse p,blico para asse$urar, em carter de e%ceo, e"eitos pro "uturo it declarao incidental de inconstitucionalidade. 3ecurso e%traordinrio con'ecido e em parte provido. Nei nq 11P16X2UUJ * %dmiss"o de Am("( Cur(ae nos processos de Controle Di(uso de Constitucionalidade 4CN P99Q * Cabimento de 4eclama/"o em decis0es pro(eridas em processos sub#etivos % repercuss"o $eral da matria constitucional A'ce/0es ao Pre?uestionamento! O OKF tem (le'ibili>ado a e'i$8ncia do pre?uestionamento em prol da (or/a normativa da Constitui/"o Eesse sentido- noticia o In(ormativo nV 9JQ do OKF- (a>endo re(er8ncia ao %I 95QU11 %$4X4O- relatora +inistra Allen ,racie- em ?ue se privile$iou o entendimento do OKF com rela/"o = inconstitucionalidade de <ndice a ser aplicado no rea#uste de servidores por o(ensa a autonomia municipal em detrimento da aus8ncia de pre?uestionamento 2ale tra>er- ?uanto ao aspecto- trec;o da transcri/"o a in(ormar a tend8ncia da (le'ibili>a/"o no #ul$amento da Ouprema Corte! 353 X... 8 Su'remo @ribunal 7ederal, em recentes ,ul*amentos, vem dando mostras de que o 'a'el do recurso e&traordin#rio na ,urisdio constitucional est# em 'rocesso de rede%inio, de modo a con%erir maior e%etividade its decis9es. ?ecordo discusso que se travou na Nedida >autelar no ?= 37M.2K1, de relatoria do Ninistro Bilmar Nendes (Olen#rio, 'or maioria, 0G de 17.63.1663). Caquela ocasio, asseverou Sua =&cel+ncia o car#ter ob,etivo que a evoluo le*islativa vem em'restando ao recurso e&traordin#rio, como medida racionali(adora da e%etiva 'restao ,urisdicional. ?e*istro tambm im'ortante deciso tomada no ?= 1F2.MF5, rel. Nin. Oertence, 'or maioria, 0G 13.65.1665, quando o Olen#rio desta >asa, a 'ar de alterar anti*a orientao quanto ao ,u$(o de admissibilidade e de mrito do a'elo e&tremo inter'osto 'ela al$nea XaY do 'ermissivo constitucional, reconheceu a 'ossibilidade de um recurso e&traordin#rio ser ,ul*ado com base em %undamento diverso daquele em que se lastrou a >orte a quo. =sses ,ul*ados, se*undo entendo, constituem um 'rimeiro 'asso 'ara %le&ibili(ao do 'requestionamento nos 'rocesso cu,o tema de %undo %oi de%inido 'ela com'osio 'len#ria desta >orte Su'rema, com o %im de im'edir a adoo de solu9es di%erente em relao deciso cole*iada. H 'reciso valori(ar a )ltima 'alavra das quest9es de direito 'ro%erida 'or esta >asa.Y & Caso importante- pois e'ce/"o = necessidade de pre?uestionamento- assim como o #ul$ado da +inistra Allen ,racie 3E !CV9CG ; /0 5 /?+ 0A=<+ ?=>I?S8 =:@?A8?0CJ?8 ?elator(a): Nin. S=OR;!=0A O=?@=C>= Gul*amento: 6ML62L1663 Ur*o Gul*ador: @ribunal Oleno Oublicao: 0G 13"65"1665 OO"6666F =N=C@ !8;"61452"6M OO"64176 EMENTAW =. :ecurso e(traordinrioW letra aW 5ossi;i6id$de de conir!$=>o d$ decis>o recorrid$ 5or %nd$!en"o cons"i"%cion$6 di:erso d$'%e6e e! '%e se $6icer=o% o $cRrd>o recorrido e e! c%<$ in$56ic$;i6id$de $o c$so se ;$sei$ o rec%so e&"r$ordinrioS !$n%"en=>o- 6$s"re$d$ n$ #$r$n"i$ d$ irred%"i;i6id$de de :enci!en"os- d$ conc6%s>o do $cRrd>o recorrido- n>o o;s"$n"e %nd$!en"$do es"e n$ :io6$=>o do direi"o $d'%irido. ==. :ecurso e(traordinrioW letra aW alterao da tradicional orientao ,uris'rudencial do S@7, se*undo a qual s- se conhece do ?=, a, se %or 'ara dar"lhe 'rovimento: distino necess#ria entre o ,u$(o de admissibilidade do ?=, a " 'ara o qual su%iciente que o recorrente ale*ue adequadamente a contrariedade 'elo ac-rdo recorrido de dis'ositivos da >onstituio nele 'requestionados " e o ,u$(o de mrito, que envolve a veri%icao da com'atibilidade ou no entre a deciso recorrida e a >onstituio, ainda que sob 'risma diverso daquele em que se ha,am baseado o @ribunal a quo e o recurso e&traordin#rio. . rredutibilidade de vencimentos: *arantia constitucional que modalidade quali%icada da 'roteo ao direito adquirido, na medida em que a sua incid+ncia 'ressu'9e a licitude da aquisio do direito a determinada remunerao. !. rredutibilidade de vencimentos: violao 'or lei cu,a a'licao im'licaria redu(ir vencimentos ,# rea,ustados 355 con%orme a le*islao anterior incidente na data a 'artir da qual se 'rescreveu a a'licabilidade retroativa da lei nova. A Nature<a #a Sus0ens&o #e eGe"u%&o #a norma #e")ara#a (n"onst(tu"(ona) O PAPEL DO SENADO FEDERAL NO CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE Art. K1. >om'ete 'rivativamente ao Senado 7ederal: (...) : " sus'ender a e&ecuo, no todo ou em 'arte, de lei declarada inconstitucional 'or deciso de%initiva do Su'remo @ribunal 7ederal. (...) & Compet8ncia do Oenado Federal & nature<a #(s"r("(onCr(a O Oenado n"o estH obri$ado a proceder = edi/"o da resolu/"o suspensiva do ato estatal inconstitucional 4essalte&se ?ue tal compet8ncia aplica&se = suspens"o tanto de normas (ederais- como de estaduais- distritais e municipais declaradas inconstitucionais pelo controle di(uso % resolu/"o do Oenado- se$undo o +inistro ,ilmar- deverH ter os mesmos e(eitos da declara/"o do OKF O Oenado estH vinculado = decis"o do OKF! n"o pode (a>er a resolu/"o (ra$mentada Por sua ve>- se o Oenado retirar a norma de circula/"o depois n"o poderH mais voltar atrHs & % #urisprud8ncia construiu as ideia ?ue no controle concentrado n"o necessHrio remeter a decis0es do OKF para o Oenado O art Q2- 1- CF subsistiu apenas em rela/"o ao controle di(uso & Assa resolu/"o do Oenado de retirar a norma de circula/"o pode se aplicar a ?ual?uer espcie normativa (?ual?uer norma) ?ue o OKF entender inconstitucional- em Ymbito (ederal- estadual o municipal & O Oenado n"o obri$ado a atender a determina/"o do OKF- pois nen;um poder se obri$a em (ace do outro & Ea prHtica o Oenado ?uase nunca retira norma de circula/"o & O Oenado emite a resolu/"o se ?uiser +as se eventualmente (i>er a resolu/"o para retirada de norma de circula/"o- ent"o ele (ica vinculado (nos limites) aos termos dispostos na decis"o do OKF T ADI e Reso)u%&o #o Sena#o Fe#era) O Tribunal resolveu questo de ordem suscitada em ao direta ajuizada pelo Governador do Estado de So Paulo contra a Resoluo 7/2007, do Senado Federal, que suspendeu a eficria dos artigos 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, da Lei 6.556/89, e das Leis 7.003/90, 7.646/91 e 8.207/92, todas do Estado de So Paulo , no sentido de autorizar a Presidncia do STF a prosseguir com o relatrio do referendo da cautelar. Entendeu-se haver peculiaridades a recomendar que a prpria Presidncia do STF levasse ao crivo do Plenrio os fundamentos por ela utilizados para a concesso da medida cautelar, quais sejam: de o processo que antecedera a resoluo impugnada, norteado pelo art. 52, X, da 35K CF, ter sido deflagrado por comunicaes falhas, elaboradas e expedidas pela Presidncia do STF, as quais contriburam de forma decisiva para a problemtica surgida com a suspenso erga omnes, levada a efeito pelo ato normativo contestado, da eficcia de importantes dispositivos legais referentes cobrana de CMS no Estado de So de Paulo, e de no ser de todo incomum o exerccio pela Presidncia da circunstancial relatoria de ao direta de inconstitucionalidade pelo menos para apreciao de referendo da cautelar por ela concedida. Em seguida& o Tribunal re2erendou a medida cautelar de2erida& para suspender os e2eitos da ?esolu4)o N.-//N& do Senado Federal& t)o;somente com rela4)o aos artigos 0I e NI& da Dei N*//F.H/ e aos artigos KI& EI& HI& 7/& 77& 7-& e 7F& da Dei N*0K0.H7& ambas do Estado de S)o Paulo* Considerou;se o 2ato de a ?esolu4)o ter suspenso a e2ic'cia integral desses diplomas& (uando o Tribunal declarara& incidenter tantum& apenas sua inconstitucionalidade parcial& na parte (ue tratou da prorroga4)o da ma9ora4)o da al6(uota 2ulminada. AD 3929 QO-MC/DF, rel. Min. Ellen Gracie, 29.8.2007. (AD-3929) 4ecentemente- o OKF analisou a possibilidade de utili>ar&se do instituto da 4eclama/"o a partir de uma decis"o ?ue ;avia sido dada pelo OKF em processo sub#etivo (Iabeas Corpus) Ea ;ip.tese- n"o s. se admitiu o cabimento da 4eclama/"o em processos ?ue n"o possu<am e(eito vinculante (?ue o caso do Iabeas Corpus)- mas- sobretudo- o ministro ,ilmar +endes votou no sentido de rediscutir o papel do Oenado Federal no controle de constitucionalidade no Direito )rasileiro Eesse sentido- a(irmou ?ue a nature>a da remessa da decis"o do OKF ao Oenado seria meramente declarat.ria- para dar publicidade = decis"o- mas a e(icHcia vinculante e o e(eito er$a omnes #H decorreriam da pr.pria decis"o do OKF- e n"o da resolu/"o ?ue eventualmente poderia vir a ser editada pelo Oenado Federal Con(ira&se! /7./-.-//N ; -/J/E ; Cnterrompida an'lise de ?CD contra decis5es (ue vedavam a progress)o de regime em crimes hediondos Pedido de vista antecipado do ministro Eros Grau interrompeu o julgamento da Reclamao (RCL) 4335 ajuizada pela Defensoria Pblica da Unio. Na ao a Defensoria contesta deciso da Vara de Execues Penais de Rio Branco (AC) que indeferiu o pedido de progresso de regime em favor de dez condenados. Eles cumprem penas de recluso em regime integralmente fechado, em decorrncia da prtica de crimes hediondos. A possibilidade de progress)o de regime em crimes hediondos 2oi decidida pelo Plen'rio do Supremo Tribunal Federal no 9ulgamento Vabeas Corpus #VC% E-H,H& no dia -F de 2evereiro de -//0* 8a ocasi)o& a Corte& por seis votos a cinco& reconheceu a inconstitucionalidade do par'gra2o 7=& do artigo -=& da Dei E*/N-.7HH/ \:Dei dos Crimes Vediondos<]& (ue proibia a progress)o de regime de cumprimento de pena nos crimes hediondos. "om base no 7ulgamento o ." e alegano o)ensa 1 autoriae a ecis$o a "orte& a Pe)ensoria solicitou 1 <ara e ?,ecu#=es 0enais 'ue )osse conceia +rogress$o e regime aos conenaos& entretanto o +eio )oi negao& sob o argumento e vea#$o legal +ara amiti-lo. O relator a Ieclama#$o& ministro Dilmar Menes& e)eriu o +eio e liminar& +ara 'ue )osse a)astaa a vea#$o legal e 35M +rogress$o e regime& cabeno ao 7ui; e +rimeiro grau avaliar no caso concreto os re'uisitos +ara go;o o re)erio bene)*cio. Ceguno o ato contestao na reclama#$o& +ara 'ue a ecis$o o Cu+remo - 'ue eclarou inconstitucional o +ar/gra)o !a& o artigo 2a& a Bei 8.0K2/!990 no controle i)uso e constitucionaliae Ean/lise os e)eitos a lei no caso concretoG - ten(a e)eito +ara toos Eerga omnesG& seria necess/rio 'ue o Cenao sus+enesse a e,ecu#$o o re)erio is+ositivo& con)orme +rev- o artigo L2& b& a "onstitui#$o Meeral. Poto do relator : A n)o publica4)o pelo Senado de resolu4)o (ue nos termos do artigo ,-& T& da Constitui4)o Federal& suspenderia a execu4)o da Dei declarada inconstitucional pelo Supremo n)o ter' o cond)o de impedir (ue a decis)o do Supremo assuma a sua real e2ic'cia 9ur6dica<& declarou o ministro Gilmar Bendes& relator da reclama4)o* 8o 9ulgamento de ho9e& o ministro manteve a concess)o da liminar e 9ulgou procedente a a4)o para cassar as decis5es (ue& segundo ele& 2erem 9ulgado do Supremo* + ministro explicou (ue :o Senado n)o ter' a 2aculdade de publicar ou n)o a decis)o& uma ve$ (ue n)o se cuida de uma decis)o substantiva& mas de simples dever de publica4)o& tal como reconhecido a outros !rg)os pol6ticos em alguns sistemas constitucionais<* : Essa solu4)o resolve& a meu ver& de 2orma superior uma das tormentosas (uest5es da nossa 9urisdi4)o constitucional* Superam;se assim tambm as incongru"ncias cada ve$ mais marcantes entre a 9urisprud"ncia do Supremo Tribunal Federal e a orienta4)o dominante na legisla4)o processual& de um lado e de outro& a vis)o doutrin'ria ortodoxa e& permitamos di$er& ultrapassada do disposto no artigo ,-& T<& a2irmou Gilmar Bendes* BDiante desse entendimento- = recusa do #ui> de Direito da 2ara de A'ecu/0es da Comarca de 4io )ranco (%C) em conceder o bene(<cio da pro$ress"o de re$ime nos casos de crimes ;ediondos- ?ue ;H- portanto- desrespeito = e(icHcia da decis"o do Oupremo- eu #ul$o procedente a 4eclama/"o para cassar essas decis0es e determinar ?ue se#a aplicada a decis"o pro(erida pelo OupremoC- votou o ministro&relator ,ilmar +endes Am se$uida- pediu vista o ministro Aros ,rau a (im de analisar a matria & Por en?uanto- o OKF- por meio de ,ilmar +endes- posicionou&se no sentido de ?ue o controle di(uso tambm con(ere e(eito vinculante em controle di(uso- de modo ?ue o Oenado deveria emitir a resolu/"o retirando a norma $uerreada de circula/"o Eo seu entendimento- o art Q2- 1- CF serviria apenas para con(erir publicidade = decis"o Outro +inistro- ?ue entende de (orma di(erente- ar$umenta ?ue n"o seria necessHrio con(erir e(eito vinculante em sede de controle di(uso- pois o mesmo ob#etivo poderia ser alcan/ado atravs das sDmulas vinculantes Assa de(ini/"o ainda estH pendente no OKF O OK@ #H adota a postura do +in ,ilmar +endes ?eclama4)oJ Cabimento e Senado Federal no Controle da Constitucionalidade M , O Tribunal retomou julgamento de reclamao ajuizada contra decises do Juiz de Direito da Vara de Execues Penais da Comarca de Rio Branco-AC, pelas quais indeferira pedido de progresso de regime em favor de condenados a penas de recluso em regime integralmente fechado em decorrncia da prtica de crimes hediondos. Alega-se, na espcie, ofensa autoridade da deciso da Corte no HC 82959/SP (DJU de 1.9.2006), em que declarada a inconstitucionalidade do 357 1 do art. 2 da Lei 8.072/90, que veda a progresso de regime a condenados pela prtica de crimes hediondos v. nformativo 454. O Min. Eros Grau, em voto-vista, julgou procedente a reclamao, acompanhando o voto do relator, no sentido de que, pelo art. 52, X, da CF, ao Senado Federal, no quadro de uma verdadeira mutao constitucional, est atribuda competncia apenas para dar publicidade suspenso da execuo de lei declarada inconstitucional, no todo ou em parte, por deciso definitiva do Supremo Tribunal Federal, haja vista que essa deciso contm fora normativa bastante para suspender a execuo da lei. Rcl 4335/AC, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.4.2007. (Rcl-4335) ?eclama4)oJ Cabimento e Senado Federal no Controle da Constitucionalidade M 0 Em divergncia, o Min. Seplveda Pertence julgou improcedente a reclamao, mas concedeu habeas corpus de ofcio para que o juiz examine os demais requisitos para deferimento da progresso. Reportando-se aos fundamentos de seu voto no RE 191896/PR (DJU de 29.8.97), em que se declarou dispensvel a reserva de plenrio nos outros tribunais quando j houvesse declarao de inconstitucionalidade de determinada norma legal pelo Supremo, ainda que na via do controle incidente, asseverou que no se poderia, a partir da, reduzir-se o papel do Senado, que quase todos os textos constitucionais subseqiientes a 1934 mantiveram. Ressaltou ser evidente que a convivncia paralela, desde a EC 16/65, dos dois sistemas de controle tem levado a uma prevalncia do controle concentrado, e que o mecanismo, no controle difuso, de outorga ao Senado da competncia para a suspenso da execuo da lei tem se tornado cada vez mais obsoleto, mas afirmou que combat-lo, por meio do que chamou de "projeto de decreto de mutao constitucional, j no seria mais necessrio. Aduziu, no ponto, que a EC 45/2004 dotou o Supremo de um poder que, praticamente, sem reduzir o Senado a um rgo de publicidade de suas decises, dispensaria essa interveno, qual seja, o instituto da smula vinculante (CF, art. 103- A). Rcl 4335/AC, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.4.2007. (Rcl-4335) ?eclama4)oJ Cabimento e Senado Federal no Controle da Constitucionalidade M N Por sua vez, o Min. Joaquim Barbosa no conheceu da reclamao, mas conheceu do pedido como habeas corpus e tambm o concedeu de ofcio. Considerou que, apesar das razes expostas pelo relator, a suspenso da execuo da lei pelo Senado no representaria obstculo ampla efetividade das decises do Supremo, mas complemento. Aduziu, de incio, que as prprias circunstncias do caso seriam esclarecedoras, pois o que suscitaria o interesse da reclamante no seria a omisso do Senado em dar ampla eficcia deciso do STF, mas a insistncia de um juiz em divergir da orientao da Corte enquanto no suspenso o ato pelo Senado. Em razo disso, afirmou que resolveria a questo o habeas corpus concedido liminarmente pelo relator. Afirmou, tambm, na linha do que exposto pelo Min. Seplveda Pertence, a possibilidade de edio de smula vinculante. Dessa forma, haveria de ser mantida a leitura tradicional do art. 52, X, da CF, que trata de uma autorizao ao Senado de determinar a suspenso de execuo do dispositivo tido por inconstitucional e no de uma faculdade de cercear a autoridade do STF. Afastou, ainda, a ocorrncia da alegada mutao constitucional. Asseverou que, com a proposta do relator, ocorreria, pela via interpretativa, to-somente a mudana no sentido da norma constitucional em questo, e, que, ainda que se aceitasse a tese da mutao, seriam necessrios dois fatores adicionais no presentes: o decurso de um espao de tempo maior para verificao da mutao e o conseqiiente e definitivo desuso do dispositivo. Por fim, enfatizou que essa proposta, alm de estar 352 impedida pela literalidade do art. 52, X, da CF, iria na contramo das conhecidas regras de auto-restrio. Aps, pediu vista dos autos o Min. Ricardo Lewandowski. Rcl 4335/AC, rel. Min. Gilmar Mendes, 19.4.2007. #?cl;KFF,% /T2) 3E/0 V!V.BD9;/0. 3el. Mn. Teori Navascli. Bf Turma) @ambm no 'ode ser desconsiderada a deciso do S@7 que reconheceu a inconstitucionalidade. =mbora tomada em controle di%uso, deciso de incontest#vel e natural vocao e&'ansiva, com e%ic#cia imediatamente vinculante 'ara os demais tribunais, inclusive o S@G (>O>, art. 524, P )nico: /8s -r*os %racion#rios dos tribunais no submetero ao 'len#rio, ou ao -r*o es'ecial, a ar*uio de inconstitucionalidade, quando ,# houver 'ronunciamento destes ou do 'len#rio do Su'remo @ribunal 7ederal sobre a questo/ ), e com %ora de inibir a e&ecuo de sentenas ,udiciais contr#rias, que se tornam ine&i*$veis (>O>, art. 754, P )nico. art. 57K";, P 4, redao da ;ei 44.131L6K: XOara e%eito do dis'osto no inciso do ca'ut deste arti*o, considera"se tambm ine&i*$vel o t$tulo ,udicial %undado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais 'elo Su'remo @ribunal 7ederal, ou %undado em a'licao ou inter'retao da lei ou ato normativo tidas 'elo Su'remo @ribunal 7ederal como incom'at$veis com a >onstituio 7ederalY). /ob esse en"oque, ' idYntica "ora de autoridade nas decisWes do /T7 em ao direta quanto nas pro"eridas em via recursal. Merece aplausos essa apro%imao, cada vez mais evidente, do sistema de controle di"uso de constitucionalidade ao do concentrado, que se $eneraliza tamb-m em outros pases (S8@=;8, Gos ;ui( !asque(. XA ,uris'rud+ncia vinculante na ecommon lace e na ecivil laceY, in @emas Atuais de 0ireito Orocessual bero"Americano, ?io de Ganeiro, 7orense, 4FF2, '. 375. S=BA08, 7rancisco 7ernande(. ;a obsolesc+ncia de la bi'olaridad emodelo americano" modelo euro'eo felsenianoe como critrio nalitico del control de constitucionalidad a la b)squeda de una nueva ti'olo*$a e&'licativaY, a'ud Oarlamento a >onstituci-n, Iniversida de >astilla";a Nancha, Anuario (se'arata), nA M, '. 4"K3). Co atual est#*io de nossa le*islao, de que so e&em'los esclarecedores os dis'ositivos acima transcritos, inevit#vel que se 'asse a atribuir sim'les e%eito de 'ublicidade s resolu9es do Senado 'revistas no art. K1, :, da >onstituio. H o que de%ende, em doutrina, o Ninistro Bilmar 7erreira Nendes, 'ara quem Xno 'arece haver d)vida de que todas as constru9es que se v+m %a(endo em torno do e%eito transcendente das decis9es tomadas 'elo Su'remo @ribunal 7ederal e 'elo >on*resso Cacional, com o a'oio, em muitos casos, da ,uris'rud+ncia da >orte, esto a indicar a necessidade de reviso da orientao dominante antes do advento da >onstituio de 4F22/ (N=C0=S, Bilmar 7erreira. X8 'a'el do Senado 7ederal no controle de constitucionalidade: um caso cl#ssico de mutao constitucionalY, ?evista de n%ormao ;e*islativa, n. 4M1, '. 4MK). N&o "ab(mento #e ADI #e )e( #e")ara#a "onst(tu"(ona) 0e)o STF em se#e #e RE AD8 GD:B A$3 35F EMENTA A*ravo re*imental. Ao direta de inconstitucionalidade mani%estamente im'rocedente. nde%erimento da 'etio inicial 'elo ?elator. Art. 5A da ;ei nA F.2M2LFF. 4. H mani%estamente im'rocedente a ao direta de inconstitucionalidade que verse sobre norma (art. KM da ;ei nA F.536LFM) cu(a constitucionalidade "oi e%pressamente declarada pelo 0lenrio do /upremo Tribunal 7ederal, mesmo que em recurso e%traordinrio. 1. A'licao do art. 5A da ;ei nA F.2M2LFF, se*undo o qual /a 'etio inicial ine'ta, no %undamentada e a mani%estamente im'rocedente sero liminarmente inde%eridas 'elo relator/. 3. A alterao da ,uris'rud+ncia 'ressu'9e a ocorr+ncia de si*ni%icativas modi%ica9es de ordem ,ur$dica, social ou econVmica, ou, quando muito, a su'erveni+ncia de ar*umentos nitidamente mais relevantes do que aqueles antes 'revalecentes, o que no se veri%ica no caso. 5. + amicus curiae somente pode demandar a sua interveno at- a data em que o 3elator liberar o processo para pauta. K. A*ravo re*imental a que se ne*a 'rovimento. A Sb!ULA .INCULANTE! Art. BDF5A. + /upremo Tribunal 7ederal poder, de o"cio ou por provocao, mediante deciso de dois teros dos seus membros, ap9s reiteradas decisWes sobre mat-ria constitucional, aprovar s,mula que, a partir de sua publicao na imprensa o"icial, ter e"eito vinculante em relao aos demais 9r$os do 0oder 2udicirio e & administrao p,blica direta e indireta, nas es"eras "ederal, estadual e municipal, bem como proceder & sua reviso ou cancelamento, na "orma estabelecida em lei. @8ncludo pela Emenda 6onstitucional nR GI, de !DDGA (!ide ;ei n 44.547, de 166M). P 4A A s)mula ter# 'or ob,etivo a validade, a inter'retao e a e%ic#cia de normas determinadas, acerca das quais ha,a controvrsia atual entre -r*os ,udici#rios ou entre esses e a administrao ')blica que acarrete *rave inse*urana ,ur$dica e relevante multi'licao de 'rocessos sobre questo id+ntica. P 1A Sem 're,u$(o do que vier a ser estabelecido em lei, a a'rovao, reviso ou cancelamento de s)mula 'oder# ser 'rovocada 'or aqueles que 'odem 'ro'or a ao direta de inconstitucionalidade. P 3A 0o ato administrativo ou deciso ,udicial que contrariar a s)mula a'lic#vel ou que indevidamente a a'licar, caber# reclamao ao Su'remo @ribunal 7ederal que, ,ul*ando"a 'rocedente, anular# o ato administrativo ou cassar# a deciso ,udicial reclamada, e determinar# que outra se,a 'ro%erida com ou sem a a'licao da s)mula, con%orme o caso./ ODmulas 2inculantes! /LM=<A H8N6=<ANTE NR B 3K6 87=C0= A BA?AC@A >8CS@@I>8CA; 08 A@8 GI?_0>8 O=?7= @8 A 0=> ST8 QI=, S=N O8C0=?A? AS >?>ICS@bC>AS 08 >AS8 >8C>?=@8, 0=S>8CS0=?A A !A;0=^ = A =7>J>A 0= A>8?08 >8CS@AC@= 0= @=?N8 0 = A 0 = S T 8 C S @ @ I _ 0 8 O = ; A ; = >8NO;=N=C@A? CA 446L1664. /LM=<A H8N6=<ANTE NR ! 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