Senai Noções Mec. Automotiva
Senai Noções Mec. Automotiva
Senai Noções Mec. Automotiva
2005
ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO
2005. SENAI-SP
Noes de Mecnica Automotiva Publicao organizada e editorada pela Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo
Luiz Carlos Emanuelli Jos Antonio Messas Glaudinei Menegatti dos Santos Ulisses Miguel Teresa Cristina Mano de Azevedo
SENAI
Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Escola SENAI Conde Jos Vicente de Azevedo Rua Moreira de Godi, 226 - Ipiranga - So Paulo-SP - CEP. 04266-060 (0xx11) 6166-1988 (0xx11) 6160-0219 [email protected] http://www.sp.senai.br/automobilistica
SUMRIO
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SISTEMAS DE SUSPENSO
Suspenso Dianteira Suspenso Traseira
SISTEMAS DE DIREO
Sistema de Direo Servo-Assistida Alinhamento de Rodas Geometria de Direo Balanceamento de Rodas
SISTEMA DE FREIOS
Freios Freios a Tambor Freio a Disco Servo-Freio Sistema Anti-Bloqueio de Freios ABS Substituio de Componentes em Sitemas de Freios Freios de Estacionamento
TRANSMISSO MECNICA
Caixa de Mudanas Caixa de Mudanas Manual e Embreagem Componentes e Funcionamento da Embreagem Componentes da Caixa de Mudanas Manual e seu Funcionamento Caixa de Mudanas Automtica
36 36 37 37 38 39 40 41 41 42 42 43 45 48 48 50 50 51 53 54 55 56 56 57 58 58 59 59 60 61
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Arrefecimento a Ar Arrefecimento a gua
SISTEMA DE ALIMENTAO
Bomba de Combustvel A Funo do Carburador e da Injeo Eletrnica
INJEO ELETRNICA
Sistema de Ar Sistema de Combustvel
SISTEMA DE IGNIO
Bateria Chave de Ignio Distribuidor Bobina Cabos de Velas
61 63 63 65 66
APRESENTAO
A finalidade desta apostila a de facilitar a compreenso sobre os principais sistemas e componentes que fazem partes de um veculo. Os componentes aqui apresentados, so de grande importncia para o candidato mecnica ou ao usurio, pois lhe direcionar qual o caminho a seguir na profisso ou na hora de levar o veculo para conserto. A leitura desta apostila ser muito importante para voc. Leia uma, duas trs...., quantas vezes forem necessrias. Lembre-se que muitas vezes os ensinamentos adquiridos nos bancos escolares e as noes aprendidas no dia a dia da oficina precisam ser reavivados e reordenados para um melhor desempenho profissional. O SENAI espera que voc tire o mximo proveito deste Treinamento. E que, medida que voc se atualize, possa crescer cada vez mais na profisso que escolheu.
A HISTRIA DO AUTOMVEL
Desde os primrdios da civilizao, o homem j sentia a necessidade de transportar seus pertences. O boi e o cavalo foram, segundo alguns historiadores, os primeiros animais a servirem ao homem, mas sua bagagem foi-se tornando cada vez mais volumosa at o ponto em que os animais no podiam transport-la, tanto no que se refere a capacidade quanto rapidez. O homem ps-se a campo, e comeou a aproveitar o que existia a seu redor, pois a natureza nos oferece muito mais do que aquilo que aproveitamos atualmente. O mundo contemporneo depende do uso intenso de energia, pois ela est ligada diretamente aos ndices de produtividade humana. Para resistir s intempries e no morrer de fome, o homem construiu abrigos, vestiu-se, trabalhou a terra e alimentou-se. A mquina a vapor definiu os rumos da civilizao industrial. E, a partir do sculo XIX, o petrleo revelou-se uma das maiores conquistas do campo da energia, dando um vigoroso impulso ao progresso.
O desenvolvimento do motor de combusto interna deu feio ao uso de petrleo e a medida que a tecnologia e a industrializao avanavam, aplicaes cada vez maiores eram encontradas para este combustvel.
O AUTOMVEL
A inveno do automvel atribuda a vrias pessoas. Muitas existncias foram dedicadas na tentativa de produzi-lo. Torna-se importante citar os nomes daqueles que mais contriburam para que hoje, as facilidades oferecidas pelos automveis possam ser utilizadas. Tais facilidades, apenas para exemplificar so: Passear Transportar Trabalhar Rapidez em transpor distncias As pessoas da Histria do automobilismo que mais contriburam para essas conquistas foram: 1650 Hans Hautsch (Nuremberg). Carroa mecnica acionada por mecanismo de relgio. 1748 Vaucanson (Frana). Veculo acionado por fita de ao igual mola de relgio. 1770 Nicolas Joseph Cugnot (Frana). Carreta de artilharia acionada por caldeira a vapor. 1780 Dallery (Frana). Veculo acionado por caldeira tubular. 1801 Philippe Lebon. Motor de expanso a ar. Movido a gs de hulha inflamado. 1803 Trevithick (Estados Unidos). Carro a vapor usando biela e conjunto de engrenagens. 1823 Griffith (Estados Unidos). Veculo com caldeira tubular de grande rendimento. 1830 James Watt (Inglaterra). Veculo a vapor com presso diferente nos cilindros e mudana de velocidade. 1833 Dr. Chuch (Inglaterra). Carro a vapor para percorrer grandes distncias. 1834 John Scott Russel (Frana). Veculo coletivo movido a vapor em linha regular. 1860 Loan Joseph Lenoir (Frana). Motor a exploso com gs de hulha vaporizado em carburador. 1862 Nikolaus Augusto Otto (Alemanha). Motor de 4 tempos a combustvel comprimido e ignio (ciclo Otto). 1875 Amode Bolle (Frana). Veculo com 2 motores e 2 cilindros em V. Com mudana de velocidade. 1876 Bean de Rochas. Motor com mistura comprimida antes da combusto. 1883 Gotllieb Daimler (Alemanha). Motor a gasolina mais leve e mais rpido, o invento constitua-se de um tubo ligado cmara de combusto e aquecido externamente por uma chama. 1884 Dellomans Deboutteville (Frana). Veculo com motor de 2 cilindros horizontais alimentado a leo leve. 1885 Epopia dos veculos eltricos com tendncia a sobrepujar os demais.
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1886 Karl Benz (Alemanha). 1 veculo til com motor a gasolina de 0,8HP a 800 rpm.
1888 Leon Serpollet (Frana). Triciclo com cadeira a vapor. 1889 Jenatzi (Frana). Veculo eltrico com velocidade superior a 100km/h. 1891 Panhard e Lavassor. Criam o 1 automvel com motor a frente. 1892 Maybach. Inventa um carburador com bia. 1894 Vacheron. Lana o automvel com volante. 1895 Panhard. Fabrica o primeiro automvel fechado. Os irmos Andr e Edouard Michelin introduzem os primeiros pneus para automvel. 1896 Mors (Frana). Fabrica o primeiro motor V4. Graf e Stift (ustria), constrem o primeiro automvel a gasolina com trao nas rodas da frente. 1898 Daimler. Constri o primeiro motor de 4 cilindros em linha. 1899 Daimler. Utiliza o radiador em colmeia, com depsito de gua incorporado a mudana de marchas em H e o acelerador de pedal. Renault (Frana) o primeiro a utilizar o eixo de transmisso ligado ao eixo traseiro pr meio de cardans. 1901 Daimler. Lana na Alemanha o Mercedes. 1902 Spyker (Holanda). Fabrica um automvel com trao nas quatro rodas e com um motor de 6 cilindros em linha. 1903 Mors. Apresenta um automvel provido de amortecedores. Ader (Frana) fabrica o primeiro motor V8. 1904 Sturevant (Estados Unidos). Vende o primeiro automvel com transmisso automtica. A Cadillac, nos Estados Unidos, oferece como acessrio extra a primeira chave de ignio anti-roubo. 1906 Nos Estados Unidos surge os pra-choques nos veculos. 1908 A DELCO, nos Estados Unidos, fabrica o primeiro sistema de bobina e distribuidor de ignio. 1909 Christie (Estados Unidos). Instala um motor de 4 cilindros e a caixa de mudanas transversalmente em relao as rodas da frente. 1911 A Cadillac apresenta o motor de arranque eltrico e a iluminao eltrica com dnamo. Em Los Angeles instalado um telefone num automvel. A Isotta Fraschini (Itlia), cria o primeiro sistema eficaz de freios nas quatro rodas.
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1912 A Peugeot fabrica o primeiro motor com rvore de comando de vlvulas duplo no cabeote. Oakland e Hupmobile (Estados Unidos), fabricam carrocerias totalmente feitas em ao. 1913 So lanados nos Estados Unidos dois tipos de indicador de direo, ambos comandados por cabos. A Peugeot utiliza pela primeira vez a lubrificao forada em crter seco. Na Gr-Bretanha surge o carburador SU, de vcuo constante, com mbolo deslizante. 1915 Aparece, nos Estados Unidos os limpadores de pra-brisas acionados por vcuo. A Cadillac lana o sistema de arrefecimento com controle termosttico. 1916 A Packard pe a venda o primeiro automvel de srie equipado com motor V12. O Twin Six. Aparecem nos Estados Unidos, as luzes de freio acionadas pelo pedal de freio. 1920 Duesenberg, nos Estados Unidos, aplica freios hidrulicos de expanso interna nas quatro rodas. 1922 O Lancia Lambida apresenta, pela primeira vez a construo monobloco e a suspenso dianteira independente. 1923 Adiciona-se chumbo etlico a gasolina para reduzir a detonao. A Dodge nos Estados Unidos fabrica a primeira carroaria fechada totalmente em ao. A Fiat, na Itlia, monta uma coluna ajustvel de direo. 1925 Nos Estados Unidos, todos os automveis apresentam par-choques dianteiros e traseiros. 1926 Surge, nos Estados Unidos, o aquecimento interior dos automveis por meio de gua. 1927 A Studbaker e a Oldsmobile, nos Estados Unidos, utilizam os cromados. 1928 A Cadillac e a La Salle apresentam a caixa de mudanas sincronizada. 1929 Aparecem os rdios para automveis. 1930 O Vauxnall Cadet o primeiro europeu com mudanas sincronizadas. 1931 Embreagens automticas, acionadas por vcuo proveniente do motor, so adotadas pela Standard e pela Rover. 1933 A GENERAL MOTORS, nos Estados Unidos apresenta o sistema de ventilao sem correntes de ar. 1935 O Fiat apresenta um motor de 6 cilindros chassi com reforo central, freios hidrulicos, suspenso dianteira independente e formas aerodinmicas. 1937 A Studbaker apresenta jatos de gua para lavar os pra-brisas. 1938 Alemanha lana o Volkswagen. 1939 Os automveis Oldsmobile apresentam transmisso Hydra-Matic. 1940 A CHRYSLER apresenta limpadores de pra-brisa de 2 velocidades. 1945 A PHILIPS, na Holanda, produz a lmpada de filamento duplo para mudanas de luzes.
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1946 Nos Estados Unidos aparecem dispositivos eletrnicos para levantar e baixar os vidros das janelas. 1947 anunciado o lanamento do primeiro Ferrari V12, tipo 125, de 1,5 litros. 1948 A Jaguar lana o automvel esportivo XK120, capaz de desenvolver uma velocidade de 190 km/h. A Michelin apresenta o pneu radial X. A Triplex fabrica pra-brisas curvos. A Goodrich, nos Estados Unidos, lana o primeiro pneu sem cmara de ar. 1949 O Triumph Mayflower apresenta unidades conjuntas de mola helicoidal e amortecedores telescpicos. 1950 A Ford, na Gr-Bretanha, adota a suspenso dianteira independente Mac Pherson nos modelos Cnsul MK1. A Dunlop registra a patente de freios a disco com pastilhas aplicadas por pinas. 1951 A Chrysler e a Buick apresentam modelos com direo assistida. 1952 A GENERAL MOTORS instala pela primeira vez o ar condicionado. 1954 A Cadillac utiliza faris duplos. A Buick apresenta um pra-brisas envolvente. A Bosch na Alemanha, instala ao novo modelo Mercedes-Benz 300L um motor com injeo de combustvel. 1957 A Chrysler instala o piloto mecnico, dispositivo equipado com um boto sobre o qual se exerce presso a fim de manter uma acelerao constante na conduo na estrada. 1958 A DAF, na Holanda lana a transmisso automtica Variomatic, que funciona por meio de correias que giram sobre tambores expansveis. 1959 A BMC lana o mini com trao a frente, motor transversal e suspenso independente de borracha. 1961 A Renault R4 utiliza um circuito fechado de arrefecimento. 1962 A BMC anuncia o 1100, sucessor do Mini, com suspenso hidroelstica. 1963 A Dunlop demonstra a hidroplanagem, at ento no considerada. 1964 A Cibi e a Philips apresentam conjuntamente a lmpada de iodo. 1966 Nos Estados Unidos surge uma legislao sobre as normas de segurana nos automveis. 1967 A Cibi lana os faris de nivelamento automticos, criados para o Citroen.
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SISTEMAS DE SUSPENSO
O sistema de suspenso pode ser resumido nos pneumticos, nos amortecedores, nas molas e barras estabilizadoras. E tm por finalidade tornar o veculo confortvel, estvel, ter boa dirigibilidade e garantir seu desempenho dentro dos padres de segurana recomendados. Pequenas irregularidades das vias de rodagem so absorvidas pelos pneumticos. Quando essas irregularidades se tornam maiores, so absorvidas pelo sistema de molas que tem importncia fundamental na suspenso. Os amortecedores entram em ao para reduzir o nmero e a amplitude das oscilaes das molas. Nas suspenses so empregados diversos tipos de molas e amortecedores. As molas podem ser helicoidais, de ar, semi-elpticas ou barras de toro e os amortecedores podem ser comuns, de dupla ao, pressurizados a gs, podem ter controle eletrnico, etc.
Mola helicoidal
Barras de toro
Feixe de molas
Amortecedor
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A barra estabilizadora uma barra de seo circular confeccionada com ao liga de mangans, para poder sofrer tores sem se deformar. geralmente instalada, atravs de coxins de borracha, na suspenso dianteira, podendo tambm ser instalada na suspenso traseira. Tm a funo de diminuir a inclinao da carroaria nas curvas e irregularidades do piso.
SUSPENSO DIANTEIRA
Os sistemas de suspenso mais usados atualmente nos veculos so do tipo independente. Para isto utiliza-se suspenses do tipo Mac Pherson e suspenses Multi-Link, que uma suspenso de mltiplos braos, onde o cmber e o cster variam com o veculo em movimento. Uma vez que a maioria dos veculos atuais esto equipados com trao nas rodas dianteiras, o sistema de suspenso muito importante, pois deve suportar todo o peso da frente do veculo, das rodas de trao e da direo.
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O sistema Mac Pherson amplamente utilizado devido a seu projeto compacto. Um suporte tubular conecta o conjunto da roda ao chassi. Uma mola helicoidal envolve o suporte, com o amortecedor localizado no seu centro. Todo o conjunto pode mover-se lateralmente para esterar as rodas e flexionar para cima e para baixo, atravs das juntas esfricas e buchas de borracha, com os braos interligados com a finalidade de se acomodar as condies do piso de rodagem. O sistema requer apenas manuteno de rotina, de acordo com as instrues contidas no Plano de Manuteno Preventiva. Rolamento nas rodas permitem que elas girem livremente.
SUSPENSO TRASEIRA
A suspenso traseira, desde os primrdios dos tempos passou por vrias modificaes. Foi do tipo dependente, encontrada em veculos de trao traseira com eixo rgido. Atualmente, a mais empregada nos veculos a do tipo independente, onde tambm usada a suspenso Multi-Link.
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SISTEMAS DE DIREO
As rodas do veculo, assim como os pneus, bsicas para qualquer projeto, so apoiadas sobre mangas ou pontas de eixo, ficando o eixo propriamente dito fixado estrutura principal do carro ou chassis. A direo tem por objetivo alterar a angulao das rodas relativamente linha de centro do veculo de modo a permitir que este possa realizar alteraes de direo em curvas e manobras. So usados vrios tipos de sistemas de direo.
Sistema de cremalheira
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O tipo de direo servo-assistida que tem emprego mais freqente a do tipo hidrulico. O sistema possui um reservatrio de fludo e uma bomba acionada pelo motor do veculo. A bomba conectada caixa por meio de dutos adequados. Atualmente j se utiliza uma bomba eltrica para a circulao do fludo, aliviando-se assim o esforo realizado pelo motor.
ALINHAMENTO DE RODAS
Alinhamento de rodas o posicionamento preciso das rodas dianteiras e traseiras em relao aos sistemas de direo e suspenso. Para que as rodas de um veculo se mantenham paralelas e os pneus perfeitamente apoiados no solo, necessrio que os parmetros de alinhamento estejam com seus valores dentro das especificaes do fabricante. Desta forma se obter uma melhor estabilidade do veculo e uma maior vida til dos pneus. Os valores especificados para tais parmetros geralmente so reduzidos e seu controle deve ser realizado com aparelhagens especiais. O controle e as eventuais correes somente devero ser efetuadas desde que no hajam folgas excessivas nos terminais de direo, nos rolamentos, nos embuchamentos e pivs de suspenso ou aros defeituosos.
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GEOMETRIA DE DIREO
A geometria de direo composta de uma combinao de ngulos os quais influem diretamente na dirigibilidade e estabilidade do veculo. Em um alinhamento fundamental a medio desses ngulos e linhas, tais como: cmber, cster, convergncia, KPI, ngulo incluso, divergncia em curvas, SET BACK (diferena coaxial entre eixos), raio de giro, ngulo direcional do eixo traseiro e paralelismo total. A seguir explicaremos alguns deles.
CMBER
Termo em ingls que indica o ngulo de inclinao, ou seja, o ngulo compreendido entre a linha vertical e o plano mediano da roda, medido observando-se o veculo pela frente e com as rodas sem esterar. Obviamente, as duas rodas de um mesmo eixo devem ter a mesma inclinao. Ela positiva quando as rodas tm a parte superior inclinada para fora; e negativa quando a parte superior das rodas est inclinada para dentro.
Os construtores de veculos adotam ngulos diferentes para os diversos modelos que devem ser respeitados na manuteno do veculo, para no comprometer a performance, sobretudo em estradas, e causar um desgaste anormal dos pneus.
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CSTER
o ngulo formado pela inclinao longitudinal do pino mestre ou da linha imaginria que passa pelos pivs em relao a um plano vertical. Tal ngulo tem a finalidade de permitir o retorno das rodas dianteiras sua posio central, aps efetuada uma curva.
Se o ngulo cster estiver irregular e seu valor de inclinao no for correto para as duas rodas dianteiras, o veculo tender a derivar para o lado cuja roda estiver mais atrasada, provocando o arrastamento da mesma e consequentemente reduzindo a vida til do pneu. Outra irregularidade que pode ocorrer a vibrao (efeito shimmy) durante a marcha retilnea.
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CONVERGNCIA E DIVERGNCIA
Convergncia o ngulo formado entre o eixo longitudinal do veculo e a linha mediana das rodas. A convergncia positiva (toe in) quando as linhas medianas das rodas convergem para a parte dianteira do veculo e negativa (toe out), quando as duas linhas medianas tendem a se encontrar atrs do veculo. Nesse caso, fala-se, tambm, de divergncia. Em geral, a convergncia positiva adotada nos veculos com trao traseira e a negativa nos modelos com trao dianteira, nos quais as rodas, de certa forma, puxam o veculo. Caso o veculo trabalhe com convergncia ou divergncia fora das especificaes, os pneus sofrero um desgaste prematuro e irregular.
Convergncia + A>B
BALANCEAMENTO DE RODAS
Em geral, uma roda completa sempre possui certos desequilbrios, que se traduzem em vibraes, afetando o desgaste do pneu e o conforto, alm de reduzir a vida til dos rolamentos, dos amortecedores e elementos da suspenso e direo do veculo. Esses desequilbrios se classificam em estticos, dinmico simples e dinmico combinado.
DESEQUILBRIO ESTTICO
causado por uma massa disposta simetricamente em relao ao plano mediano vertical da roda. Com este desequilbrio ocorrem oscilaes no sentido vertical produzindo sucessivos impactos no pneu, que afetam a suspenso e a direo do veculo causando desgaste localizado na banda de rodagem do pneu.
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Diagonais
Radiais
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Importncia dos Pneus Para pneus radiais recomenda-se no inverter o sentido de rodagem. Devem ser usados sempre pneus da mesma marca e tipo. Se voc desejar um tamanho maior siga as recomendaes do fabricante. Lembre-se que no possvel misturar pneus diagonais com pneus radiais. A diferena bsica entre pneus diagonais (ou convencionais) e os radiais est principalmente na estrutura de suas carcaas.
TIPOS DE PNEUS
O pneu diagonal tem uma estrutura de lonas txteis cruzadas, umas em relao s outras, cujos cordonis formam um determinado ngulo. No pneu radial, a estrutura constituda de uma ou mais lonas cujos cordonis so colocados paralelamente e no sentido radial. Esta estrutura reforada com cinturas que envolvem toda a periferia do pneu, sob a banda de rodagem e mantm inalterada a circunferncia externa do pneu, permitindo que seja mantida constante a rea de contato com o solo, mesmo nas curvas.
Pneu Diagonal
Os pneus so itens de segurana, sua banda de rodagem dotada de sulcos e blocos que tem a funo de oferecer mxima aderncia em pisos molhados e estradas escorregadias. Essa aderncia tende a diminuir medida que o pneu se desgasta. Por isso o CONTRAN (Conselho Nacional do Trnsito) probe a circulao de veculos com pneus cujo desgaste tenha atingido os indicadores existentes na banda de rodagem (T.W.I.) ou cuja profundidade remanescente seja inferior a 1,6mm.
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SISTEMA DE FREIOS
FREIOS
Freios em bom estado so vitais para uma conduo segura do veculo. Seu funcionamento eficiente depende no apenas de suas prprias condies, como tambm das condies dos pneus, das estradas, ruas e do tempo de reflexo do motorista. Com todos esses fatores envolvidos, extremamente importante manter os freios sempre em condies ideais de funcionamento.
O princpio fundamental da frenagem o atrito. Vrias solues foram empregadas para parar ou reduzir os veculos, contudo, todas empregando a frico como elemento de parada ou de reduo da velocidade do veculo. Quando dois corpos so postos em contato e um deles se move e o outro no, ou ainda, quando ambos se movem em direes contrrias, ocorre entre eles um atrito dinmico que recebe o nome de frico. A frico promove a dissipao de energia sob a forma de calor. Nos automveis, o sistema mais simples que empregado, o sistema a tambor. O mais comum, em termos de maior segurana, o sistema de freios a disco e os sistemas servoassistidos.
FREIOS A TAMBOR
Praticamente suplantados nas rodas dianteiras pelos freios a disco, os freios a tambores ainda equipam as rodas traseiras de muitos modelos. O freio a tambor constitudo de um componente (o tambor) que gira junto com a roda e tem uma banda anular interna contra a qual, em uma frenagem, so pressionadas duas sapatas recobertas por material de atrito. O alargamento das sapatas obtido por meio de pequenos cilindros hidrulicos, fixados ao porta sapatas ( que tambm tem a funo de suportar as sapatas e fechar o tambor do lado oposto da roda) e ligados ao circuito de comando de freio por meio de tubulaes. Para retornar posio de repouso, as sapatas tm molas especiais.
Tambor de freio
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FREIO A DISCO
Os freios a disco substituram h muito tempo os freios a tambor nas rodas dianteiras e, em diversos modelos nas traseiras. Um freio a disco formado por uma pina, no interior da qual esto localizadas duas pastilhas recobertas por um material de atrito. Quando se pisa no pedal, as pastilhas comprimem com fora um disco ligado roda. As pinas podem ser fixas ou de duplo efeito e, nesse caso, possuem dois ou quatro pequenos pistes opostos dois a dois. As pinas flutuantes ou de efeito simples tm um pisto s (s vezes dois paralelos colocados do mesmo lado). O disco de freio normalmente feito de ferro, mas em alguns carros de corrida pode ser de carbono, assim como as pastilhas. Para garantir um resfriamento adequado ao sistema, o disco possui uma srie de passagens de ar radiais ou autoventilante.
SERVO-FREIO
O servo freio no proporciona uma frenagem mais rpida, mas apenas facilita a ao quando o pedal de freio acionado. Fica entre o cilindro mestre e o pedal de freio, aliviando grande parte do esforo fsico que seria necessrio para realizar a frenagem.
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Sensores informam uma central eletrnica sobre a velocidade de cada uma das rodas. Ela as compara entre si, calcula a desacelerao de cada uma e controla uma possvel tendncia ao travamento. Neste caso, intervm imediatamente e, por meio de um grupo de vlvulas, reduz a presso no circuito do freio conectado roda em questo. Assim, a central evita qualquer risco de travamento; restabelece a presso assim que o problema for eliminado. O ciclo reduo manuteno restabelecimento da presso repete-se vrias vezes por segundo, permitindo que todas as rodas sejam mantidas no campo de deslizamento durante frenagens de emergncias. Isso garante uma frenagem segura, j que o travamento pode levar perda de controle do veculo.
FREIOS DE ESTACIONAMENTO
Quando a alavanca do freio de estacionamento puxada, os cabos de ao so estirados, forando as sapatas contra o tambor, imobilizando o veculo. Se ele no permanecer imobilizado numa rampa, pode ser necessria uma regulagem dos cabos.
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TRANSMISSO MECNICA
CAIXA DE MUDANAS
Suponha que voc esteja andando de bicicleta por uma rua plana e asfaltada, sem dificuldade alguma para desenvolver uma boa velocidade. Ao chegar a uma ladeira, o esforo para subir faz com que voc pedale mais devagar. A velocidade ser cada vez menor e, se a subida for longa e ngreme, talvez voc no consiga mais pedalar. Para vencer as dificuldades que os percursos apresentam, as bicicletas atuais possuem marchas, que nada mais so do que um conjunto de engrenagens na roda traseira, a fim de auxiliar o pedalar, independentemente do tipo de percurso. No automvel, a caixa de mudanas tem a funo de adaptar e controlar a potncia do motor, de modo que o veculo possa ter uma arrancada suave, acelerao rpida, capacidade de subir ladeiras ngremes e transportar cargas pesadas.
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Basicamente ela formada pelo volante e plat, que so fixos ao virabrequim do motor e o disco da embreagem, que ligado ao eixo primrio da caixa de mudanas. O pedal, cabo da embreagem, garfo e rolamento so os demais componentes do sistema. O disco da embreagem se localiza entre o volante e o plat, sendo comprimido contra o volante pelo plat. Quando o pedal de embreagem no est sendo pressionado, os trs componentes (volante, plat e disco) giram com a rvore de manivelas. No momento em que o pedal pressionado, o cabo da embreagem aciona o garfo e este desloca o rolamento, que por sua vez, faz com que o plat deixe de comprimir o disco contra o volante e, desta forma, o motor desligado da caixa de mudanas. Neste instante, a alavanca de mudanas pode ser movimentada para efetuar a troca de marcha. Ao tirar o p do pedal da embreagem, o motor e a caixa de mudanas voltam a se ligar novamente.
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As engrenagens trabalham acopladas em pares. Para cada marcha existe um par de engrenagens.
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A rotao do motor entra na caixa de mudanas atravs do eixo primrio. Em seguida, movimenta a rvore intermediria, chamado trem de engrenagens (conhecido como carretel), que tem uma engrenagem para cada marcha. Paralelamente ao trem de engrenagens, existe um outro eixo, chamada rvore secundria, no qual existem outras engrenagens, as quais formam pares com aquelas do trem de engrenagens. Na rvore secundria, situam-se tambm os conjuntos sincronizados, que so comandados por garfos. Quando voc pressiona o pedal de embreagem e movimenta a alavanca de mudanas, esta aciona o garfo, que faz funcionar o conjunto sincronizador. Neste momento, este conjunto faz o acoplamento do par de engrenagens correspondente marcha que est sendo engatada. Quando a marcha a r engatada, engrenagens atuam, com a diferena que entre elas, existe uma engrenagem intermediria, que promove a inverso no sentido de rotao do eixo principal.
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Em sua configurao clssica formada por alguns grupos epicicloidais dispostos em srie e alojados dentro de uma caixa de liga de alumnio. A entrada e a sada do movimento ocorrem portanto, ao longo do mesmo eixo.
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Entre o motor e o cmbio automtico colocado um conversor de torque, que substitui a embreagem tradicional, e como o prprio nome j diz, multiplica o torque reduzindo as rotaes vindas do motor quando assim for necessrio. O engate de marchas obtido por meio de frices de multidisco comandadas hidraulicamente e que, de acordo com a necessidade, agem sobre os vrios elementos de cada grupo epicicloidal. Estes podem ser tanto bloqueados como receber ou transmitir movimento. O funcionamento ocorre segundo as necessidades de rodagem. Nas construes mais modernas, os cmbios automticos so comandados por uma central eletrnica de controle.
P Estacionamento destinada a travar o movimento do veculo Deve ser aplicada s depois do veculo estar parado e ter sido acionado o freio de estacionamento. Permite dar partida ao motor. R Marcha R Deve ser aplicada somente com o veculo parado, alguns veculos que possuem sistema de controle eletrnico, voc pode mudar a alavanca para esta posio, mesmo com o carro em movimento que a marcha s entrar depois que o veculo parar. No permite dar partida ao motor.
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N Neutro Pode ser aplicada juntamente com os freios nas paradas prolongadas, com o motor funcionando. Jamais use essa posio com o veculo em movimento. Deve ser usada normalmente com o veculo parado, estando o motor em funcionamento ou no. Permite dar a partida ao motor. D Marchas Frente destinada condies normais de movimento; todas as marchas so engrenadas automaticamente. No permite dar partida ao motor. 3 Nesta posio s sero engrenadas as 1, 2 e 3 marchas. usada quando no se deseja o engate da 4 marcha, normalmente em trnsito pesado. No permite dar partida ao motor. 2 Nesta posio s sero engrenadas a 1 e 2 marchas. usada quando estiver subindo ladeiras muito ngremes e no desejado o engate das 3 e 4 marchas. No permite dar partida ao motor. 1 Nesta posio s ser engrenada a 1 marcha. usada para descer ladeiras muito ngremes, pois nesta posio que o veculo vai poder contar com freio motor. No permite dar partida ao motor.
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A segunda tarefa executada pelo diferencial que formado por quatro engrenagens, duas chamadas de satlites e duas chamadas de planetrias, que criam o efeito de diferentes rotaes entre as rodas durante as curvas. Da, o nome Diferencial.
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Cardans
Cada rvore de transmisso balanceada com aparelhos sofisticados durante sua fabricao, para evitar vibraes quando o veculo roda. Danos por instalao incorreta e empenamento indevido da rvore de transmisso, provocam vibraes no veculo.
Cruzeta
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JUNTAS HOMOCINTICAS
No sistema de trao dianteira, os semi-eixos das rodas possuem em suas extremidades uma pea chamada junta homocinticas, cuja funo mudar o ngulo dos semi eixos de acordo com a modificao da altura da suspenso e do esteramento das rodas.
Homocintica
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O motor de combusto interna uma mquina termodinmica, na qual uma mistura de ar e combustvel inflamada e queimada. O calor liberado pela queima aumenta a presso dos gases previamente comprimidos. Esta presso gerada pela queima transformada em trabalho mecnico atravs do movimento retilneo dos mbolos, transformado em movimento rotativo pela rvore de manivelas. Aps cada tempo de trabalho os gases queimados so expelidos e admitida nova carga da mistura ar/combustvel.
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TIPOS
DE
MOTORES
O bloco do motor uma pea fundida, com uma srie de cavidades circulares chamadas cilindros, abertas em cima e embaixo. Se os cilindros estiverem todos alinhados, diz-se que o motor do tipo em linha, se estiverem dispostos em forma de um V, o motor do tipo em V e se os cilindros forem opostos diz-se motor de cilindros contrapostos (caso do motor a ar, Fusca). Os motores atuais variam de 4 at 12 cilindros, dispostos em linha, em V ou contrapostos.
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Por sua vez o pisto conectado ao virabrequim por intermdio da biela. O virabrequim responsvel pela transformao do movimento retilneo dos pistes em movimento circular que ser enviado para a caixa de cmbio.
Biela
Virabrequim
CILINDRADA
Cilindrada o volume deslocado por todos os mbolos desde o ponto mais alto do seu curso at o ponto mais baixo. Quando se diz motor 1,8 litros ou 1800cm3, ou seja, todos os cilindros juntos deslocam este volume durante o seu curso.
CABEOTE
No cabeote esto instaladas vlvulas que atuam como portas. A vlvula de admisso, permite a entrada da mistura de ar e combustvel, e a vlvula de escapamento permite a sada dos gases queimados. No cabeote tambm fica alojada a vela de ignio que fornece a centelha que inicia a queima da mistura.
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Para que o motor funcione, as vlvulas devem trabalhar em total sincronismo. Para haver sincronismo perfeito entre o movimento das vlvulas e dos mbolos, a rvore de comando acionada pela rvore de manivelas, por meio de correia dentada, engrenagens ou por corrente.
ENGRENAGEM CORREIA CORRENTE
1 2 3 4
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2 Tempo - Compresso A seguir a vlvula de admisso fecha-se. medida que o pisto desloca-se do PMI para o PMS, comprime a mistura de combustvel e ar. O virabrequim executa outra meia volta, completando a primeira volta (360).
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3 Tempo - Combusto Pouco antes do pisto atingir o PMS, o sistema de ignio transmite corrente eltrica vela, fazendo saltar uma centelha (fasca) entre os eletrodos desta, que inflama a mistura fortemente comprimida. Os gases em expanso, resultantes da combusto, foram o pisto do PMS para o PMI. O virabrequim efetua outra meia volta (540).
4 Tempo - Escape Depois da queima da mistura e expanso dos gases, a vlvula de escape se abre. Os gases queimados so forados para fora do cilindro, quando o pisto se movimenta do PMI para o PMS. O virabrequim executa outra meia volta, completando a segunda volta (720).
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Uma vez que o pisto realiza quatro tempos, admisso, compresso, combusto e escape, o nome tcnico dessa operao ciclo de quatro tempos. importante salientar que nos motores de quatro tempos somente no tempo de combusto se produz energia mecnica, enquanto que os outros trs tempos so auxiliares, isto , absorvem energia, que posteriormente so compensados pelo volante do motor que tem como funo receber, armazenar e transmitir fora motriz.
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Apesar de relativamente simples, um dos sistemas mais importante do motor. Falha nesse sistema promovendo lubrificao inadequada ou insuficiente causar srios danos no motor.
FUNES DO LUBRIFICANTE
Entre as funes do lubrificante podemos citar: evitar contato entre as partes metlicas mveis, reciclar e eliminar na medida do possvel o calor no interior do motor (refrigerar), e no deixar acontecer a formao de borras. Pela sua capacidade de formar pelculas, isto , resistncia ao escoamento, utilizado para preencher os espaos (folgas) indispensveis entre os pistes, anis e cilindros, vedando a passagem dos gases para o crter.
O leo circulado a partir de um reservatrio ou crter para as partes mveis do motor, pela ao de uma bomba de leo. A bomba puxa o leo do crter atravs do pescador, o leo sob presso passa pelo filtro de leo e conduzido pelos dutos at os pontos que necessitam de lubrificao.
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Os leos so classificados de acordo com a sua viscosidade atravs de uma srie numrica SAE (Society of Automotive Enginners) ou API (American Petroleum Institute).
CLASSIFICAO API DESIGNAO SA SB SC DESCRIO Lubrificantes para motores em servios leves. No requerem dados de performance. Lubrificantes para motores em servios leves. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1964. Devem proporcionar o controle dos depsitos em altas e baixas temperaturas, do desgaste, da oxidao e da corroso. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1968. Devem proporcionar proteo contra depsitos em altas e baixas temperaturas, contra o desgaste, a ferrugem e a corroso. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1972. Devem proporcionar maior resistncia oxidao, formao de depsitos am altas e baixas temperaturas, ferrugem e corroso que os SD. Podem ser usados onde esses so recomendados. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1980. Devem proporcionar maior estabilidade contra a oxidao e melhor desempenho antidesgaste que os SE. Tambm proporcionam proteo contra depsitos, ferrugem e corroso. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1989. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de julho de 1993. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de agosto de 1997. Podem substituir qualquer um dos anteriores. Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 2001. Devem proporcionar estabilidade oxidaes, detergncia a altas temperaturas, volatilidade e propriedade antiespumante melhores que a anterior.
SD
SE
SF SG
SH
SJ
SL
S = Spark
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SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Todos os motores de combusto interna so providos de um sistema de arrefecimento, visando lhes assegurar, uma temperatura ideal de funcionamento. Esta temperatura especificada pelos fabricantes de motores e deve ser mantida, uma vez que est relacionada com, economia de combustvel, durabilidade do motor e a diminuio da emisso de poluentes na atmosfera. Usa-se 2 tipos de agentes arrefecedores: ar e gua.
ARREFECIMENTO A AR
O sistema de arrefecimento a ar simples pois emprega apenas um ventilador, e algumas vezes equipado com uma saia que conduz o ar para as aletas do cabeote e cilindro. Assim sendo, quanto maior a velocidade do motor, maior a ventilao que recebe, mantendose desta forma na temperatura ideal de trabalho.
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ARREFECIMENTO A GUA
O sistema de arrefecimento a gua mais eficiente, pois mantm o motor sob uma temperatura adequada para o seu funcionamento. Dentre seus componentes podemos citar bomba dgua, radiador, ventilador, vlvula termosttica, interruptor trmico, etc.
Bomba dgua
Radiador
Vlvula termosttica
O sistema funciona basicamente da seguinte forma: Motor frio (incio de funcionamento) A vlvula termosttica est fechada, impedindo a passagem para o radiador e mantendo o lquido de arrefecimento no motor.
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Motor com temperatura de condies normais de trabalho A vlvula termosttica est parcialmente aberta, permitindo uma troca lenta de lquido de arrefecimento entre o motor e o radiador.
Motor com temperatura de condies severas de trabalho A vlvula termosttica est totalmente aberta, permitindo uma troca rpida de lquido de arrefecimento entre o motor e o radiador.
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SISTEMA DE ALIMENTAO
O sistema de alimentao fornece ao motor do veculo uma mistura adequada de ar e combustvel necessria ao seu funcionamento. Este sistema composto pelo tanque de combustvel, tubos ou mangueiras de combustvel, bomba, filtro e carburador, ou injeo eletrnica, indo literalmente de uma extremidade at a outra do veculo.
Alm destes componentes uma bia, instalada dentro do tanque, mede o nvel de combustvel e envia um sinal ao indicador de combustvel, situado no painel de instrumentos, para que o motorista possa saber quanto combustvel tem no tanque. O sistema de alimentao desempenha as seguintes funes: Armazenar o combustvel (tanque) Conduzi-lo at o motor (bomba, tubos ou mangueiras) Mistur-lo com o ar na proporo correta (carburador ou injeo eletrnica) Distribuir a mistura de ar e combustvel para as cmaras de combusto do motor para que seja ela queimada e produzir energia mecnica.
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BOMBA DE COMBUSTVEL
Atualmente, encontramos nos veculos bombas de combustvel de acionamento mecnico ou eltrico. As bombas de acionamento mecnico so utilizadas em veculos equipados com carburador e geralmente so fixadas no motor do veculo.
As bombas de acionamento eltrico so utilizadas em veculos equipados com injeo eletrnica e podem ser instaladas em qualquer ponto do veculo, inclusive dentro do tanque de combustvel.
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Antes do ar e do combustvel chegarem ao carburador, passam por elementos filtrantes no qual ficam retidas as impurezas.
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INJEO ELETRNICA
Este sistema substitui o carburador. A principal diferena que a injeo de combustvel controlada eletronicamente. Um exemplo de sistema de injeo eletrnica de combustvel apresentado a seguir.
O sistema de injeo eletrnica de combustvel pode ser melhor compreendido se forem separados em 2 sub-sistemas: Sistema de Ar Sistema de Combustvel
SISTEMA DE AR
Todo ar aspirado pelo deslocamento dos mbolos do motor, aps passar pelo filtro, se encaminha para o medidor de fluxo de ar (12). O volume de ar admitido controlado pela borboleta (11), que acionada pelo pedal do acelerador. Esta borboleta possui sensor que tem, como funo, enviar sinais central de comando eletrnica(6), informando a posio da borboleta. 56
ESCOLA SENAI CONDE JOS VICENTE DE AZEVEDO
Existem tambm dois sistemas auxiliares de ar adicional (17 e 18) que adicionam ar ao sistema, quando o motor est frio, em marcha lenta ou quando o ar condicionado acionado. Toda vez que a borboleta acionada, o volume de ar admitido alterado, fazendo com que o medidor de fluxo ar envie sinais central de comando eletrnica. A central, por sua vez, controla o tempo de abertura dos injetores.
SISTEMA DE COMBUSTVEL
Acionada pelo rel de comando (14), independente da central de comando, a bomba eltrica de combustvel (2) succiona o combustvel do tanque (1) e o envia ao tubo distribuidor (4), aps ele passar pelo filtro de combustvel (3). Com uma presso constante, a bomba eltrica mantm os injetores (7) alimentados. Quando ocorre uma queda ou elevao na presso do sistema, o regulador de presso (5) atua, diminuindo ou aumentando o retorno do combustvel para o tanque, at que a presso estabilize.
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SISTEMA DE IGNIO
O sistema de ignio tem a funo de criar e distribuir a centelha para cada cilindro no momento exato para que acontea a combusto. Os componentes descritos a seguir so partes integrantes do sistema de ignio.
BATERIA
A bateria um acumulador de energia eltrica que contm placas metlicas positivas e negativas montadas alternadamente dentro de uma caixa isolante e mergulhadas numa soluo eletroltica. A bateria alm de armazenar energia eltrica capaz de fornecer e reter corrente contnua, graas a reaes qumicas em seu interior.
As principais funes da bateria so: Fornecer energia para fazer funcionar o motor da partida. Prover de corrente eltrica o sistema de ignio durante a partida. Suprir de energia as lmpadas das lanternas de estacionamento e outros equipamentos que podero ser usados enquanto o motor no estiver operando. Agir como estabilizador de tenso para o sistema de carga e outros circuitos eltricos. Providenciar corrente quando a demanda de energia do automvel exceder a capacidade do sistema de carga (alternador).
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CHAVE DE IGNIO
Tem como funo ligar o sistema de ignio e outros componentes.
DISTRIBUIDOR
Distribui a corrente de ignio para as velas de acordo com os tempos de ignio. As partes do distribuidor so: eixos, contrapesos para avanos, platinados ou bobinas impulsoras, rotor, tampa com os segmentos e ligaes para os cabos das velas etc.
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Para adiantar automaticamente o ponto de ignio, de acordo com as rotaes do motor, possui sistema de avano centrfugo, e para avanar o ponto de acordo com a carga do motor conta com o avano a vcuo. A tampa do distribuidor deve estar seca e sem rachaduras, para evitar fuga de corrente e consequentemente, falhas do motor.
BOBINA
o componente de ignio que origina a corrente de alta tenso. Consiste de um ncleo de lminas de ferro, em redor do qual h o enrolamento primrio (de relativamente poucas espiras e fio mais espesso) e um enrolamento secundrio (de grande nmero de espiras e fio mais fino). A corrente de alta tenso induzida no enrolamento secundrio no momento em que o fluxo de corrente de baixa tenso interrompido.
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CABOS DE VELAS
Tem a funo de transportar a corrente de alta tenso da bobina para o distribuidor e do distribuidor para as velas e, em alguns casos, da bobina diretamente s velas.
VELAS
responsvel pelo incio da combusto no momento em que a centelha salta entre seus eletrodos.
As partes da vela so: carcaa com o eletrodo massa, corpo de isolao de porcelana com o eletrodo central e anis de vedao.
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Durante o trabalho do motor, as velas esto expostas a carga trmicas mais variadas, que devem ser dissipadas. Isto obtido pr meio do tipo e da forma da porcelana e dos eletrodos. Existem diversos graus calorficos das velas: velas frias, mdias e quentes.
Para que ocorra uma centelha eficiente para a combusto, os eletrodos devem estar em bom estado e a folga entre eles, de acordo com as especificaes do fabricante.
Os sistemas de ignio podem ser comandados por platinado (ignio convencional) ou eletronicamente (ignio eletrnica).
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IGNIO CONVENCIONAL
Esse sistema utiliza um platinado para interromper o fluxo da corrente de baixa tenso.
IGNIO ELETRNICA
No sistema de ignio eletrnica o platinado substitudo por um gerador de impulsos instalado no prprio distribuidor, aproximadamente no mesmo lugar dos ressaltos de um distribuidor convencional.
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Os impulsos so transmitidos a um mdulo que por sua vez atua na bobina de ignio para produzir a alta-tenso para as velas. Seu gerador de impulsos dispensa qualquer tipo de manuteno. Existem sistemas de ignio que no utilizam distribuidor, um mdulo eletrnico controla todo o sistema.
EXEMPLOS DE BOBINAS UTILIZADAS EM SISTEMAS SEM DISTRIBUIDOR
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O sistema de carga e partida composto por bateria, motor de partida e alternador. No momento que a chave de ignio acionada para ligar o motor, a bateria fornece corrente para o motor de partida.
O motor de partida, por sua vez, gira o motor de combusto interna o suficiente para que entre em funcionamento.
O alternador acionado pelo motor e a sua finalidade de - estando o motor em funcionamento - alimentar de energia eltrica todos os consumidores e repor a carga da bateria.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CHOLLET, H. M. Mecnicos de Automveis - O veculo s seus componentes. So Paulo. Hemus Editora, s.d. PUGLIESE, Mrcio. Manual Completo do Automvel. So Paulo. Hemus Editora, 1976.
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