Manual de SHST

Curso de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho
Compenditur Dep. Recursos Didcticos
Titulo: Manual de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho Autores: Departamento de Recursos Didcticos Da Compenditur Desenho Grfico: Redipapel Reproduo: Redipapel Deposito Legal: Em Tramitao
ndice
Prologo 6 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Legislao, Regulamentos e Normas sobre Segurana, Higiene e Sade no Trabalho A Unio Europeia e a Segurana e Sade no Trabalho A Organizao Internacional do Trabalho O.I.T. Princpios Fundamentais da Preveno dos Riscos Profissionais Acidentes de Trabalho Organizao e Qualidade do Posto de Trabalho Mquinas e Equipamentos Os Riscos e a Proteco Higiene no Trabalho As Doenas Sociais 8 20 26 32 38 52 65 85 112
Reservados todos os direitos. Proibida a reproduo, total ou parcial do texto ou das suas ilustraes sem autorizao expressa, dos editores/autores.
Prlogo
Este manual tem como objectivo principal sensibilizar os participantes neste curso para a importncia dos vrios aspectos relacionados com a problemtica da Segurana, Higiene, e Sade no Trabalho, tendo em conta as conformidades tcnicas especficas das vrias actividades profissionais.
Mdulo 1
1.1. Legislao, Regulamentos e Normas sobre Segurana, Higiene e Segurana no Trabalho
As actividades de segurana, higiene e sade no trabalho devem constituir, ao nvel da empresa, um elemento determinante da preveno de riscos profissionais e da promoo e vigilncia da sade dos trabalhadores. A realizao pessoal e profissional encontra na qualidade de vida do trabalho, particularmente a que favorecida pelas condies de segurana, higiene e sade, uma matriz fundamental para o seu desenvolvimento. A segurana no nada mais, nada menos, do que um conjunto de medidas que versam sobre as condies especiais de instalao dos estabelecimentos e suas mquinas, visando a garantia do trabalhador contra a natural exposio aos riscos da actividade profissional. A Higiene, tambm designada por medicina do trabalho, cuida da parte da preservao da sade do trabalhador, prevendo os perigos para a sade fsica e psquica que se originam no trabalho. Assim, a Higiene compreende a pessoal (vesturio, banhos, armrios, etc), e a ambiental (local de trabalho). Nesta mesma perspectiva que dever o ser compreendido o relevo
particularmente
significativo
ordenamento
jurdico-constitucional
portugus reservou matria de segurana, higiene e sade no trabalho, no lugar cimeiro que estas matrias adquiriram no frum mundial das questes do trabalho e da sade, nomeadamente na Organizao Internacional do Trabalho (OIT), e na Organizao Mundial de Sade (OMS), bem como a importncia de que se reveste para o contedo da dimenso social do mercado nico.
Para alm disso, as condies de segurana, higiene e sade no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de preveno de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com diminuio da sinistralidade.
1.2. O que um acidente de trabalho?

aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza directa ou indirectamente leso corporal, perturbao funcional ou doena de que resulte reduo na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte. Normalmente so o resultado de uma combinao de factores, entre os quais se destacam as falhas humanas e as falhas tcnicas. Grande parte destes ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentarem certos riscos. Leso Corporal qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele
leve (corte num dedo), ou grave (perda de um membro)
Perturbao Funcional prejuzo no funcionamento de qualquer

rgo ou sentido.
Doena Profissional so aquelas que so adquiridas na sequncia do

trabalho em si.
Doena do Trabalho so aquelas que so decorrentes das condies

especiais em que o trabalho realizado.
Ambas as doenas so consideradas acidentes de trabalho, se da resultar a incapacidade de trabalhar.
So tambm considerados acidentes de trabalho:

Aqueles que ocorram no trajecto de ida e de regresso para e do local de trabalho, nos termos em que vier a ser definido em regulamentao posterior; Na execuo de servios espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito econmico para a entidade empregadora; No local de trabalho, quando no exerccio do direito de reunio ou de actividade de representante dos trabalhadores, nos termos da lei; No local de trabalho, quando em frequncia de curso de formao profissional ou, fora do local de trabalho, quando exista autorizao expressa da entidade empregadora para tal frequncia; Em actividade de procura de emprego durante o crdito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com processo de cessao de contrato de trabalho em curso; Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execuo de servios determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos.
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar as suas tarefas por dias, meses ou de forma definitiva. Se o trabalhador no voltar ao trabalho imediatamente ou at o dia seguinte, temos o chamado acidente com afastamento, que pode resultar em incapacidade temporria, ou na incapacidade parcial e permanente, ou ainda na incapacidade total e permanente para o trabalho.
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Incapacidade Temporria a perda da capacidade de trabalhar

durante um perodo limitado de tempo, aps o qual o trabalhador volta s suas actividades normais.
Incapacidade Parcial e Permanente a diminuio por toda a vida

da capacidade fsica total para o trabalho.
Incapacidade Total e Permanente a invalidez incurvel para o

trabalho.
1.2.1. O Efeito Domin Vrios especialistas vm desde h muito tempo a estudar as causas dos acidentes, e um dos factores comprovados que, quando um acidente acontece, vrios factores entraram em aco anteriormente, de forma a permitir o acidente. Um acidente de trabalho pode muitas vezes ser comparado com o que acontece quando enfileiramos pedras de um domin, e depois damos um empurrozinho numa delas. Resultado: as pedras acabam por se derrubarem umas s outras, acabando pela ltima cair por terra.
Para este efeito contribuem cinco factores: Ambiente Social Causa Pessoal Causa mecnica Acidente Leso
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O ambiente social do trabalhador relaciona-se com a hereditariedade e a influncia social. As caractersticas fsicas e psicolgicas so transmitidas hereditariamente pelos pais e o comportamento influenciado pelo ambiente social em que cada um vive. A causa pessoal est relacionada com o conjunto de conhecimentos e habilidades que cada um possui para desempenhar determinada tarefa, em dado momento. A causa mecnica diz respeito s falhas materiais existentes no ambiente de trabalho. Falta de proteco de mquinas, m iluminao, inexistncia de manuteno, etc. Quando um ou mais dos factores anteriores se manifesta, ocorre o acidente que pode provocar ou no leso no trabalhador.
1.3. A Legislao
O primeiro diploma legal sobre acidentes de trabalho promulgado em Portugal foi a lei n 83 de 24 de Julho de 1913, inspirada na lei francesa de 1898. esteira dessa lei, determinava-se que as entidades patronais indemnizassem os trabalhadores dos danos sofridos, fosse qual fosse a causa do desastre. Embora Portugal tenha sido membro-fundador da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, a Repblica no chegou a ratificar nenhuma das convenes adoptadas, relativas proteco dos trabalhadores, o que pode ser imputado grande instabilidade poltica dos anos 20.
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1.3.1. Legislao Efectiva a) Lei dos Acidentes de trabalho b) Condies de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho c) Prescries mnimas de Segurana e Sade no trabalho d) Organizao e funcionamento das actividades de Segurana e Higiene no Trabalho e) Segurana e Sade nos locais de trabalho f) Segurana e Sade das condies de trabalho g) Prescries mnimas de Segurana e Sade
a) Lei dos Acidentes de Trabalho Lei instituda a 13 de Setembro de 1997, referente aos vrios tipos de acidentes de trabalho, e s reparaes emergentes por esses acidentes, por parte das entidades patronais.
b) Condies de Segurana, Higiene e Segurana no Trabalho Lei-quadro, que visa dotar o pas de referncias estratgicas e de um quadro jurdico global, que garanta uma efectiva preveno de riscos profissionais, dar cumprimento integral s obrigaes sobre Segurana, Sade dos Trabalhadores e Ambiente de Trabalho, e institucionalizar formas eficazes de participao e dilogo de todos os interessados na matria de segurana, sade dos trabalhadores e ambiente de trabalho.
c) Prescries mnimas de Segurana e Sade no trabalho Decreto-Lei de 1 de Outubro de 1993 constitudo por 6 art.s, que um instrumento de aco destinado a orientar actuaes quando se trate de conceber, projectar e instalar locais destinados a postos de trabalho,
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integrando especificaes e exigncias com vista a prevenir riscos profissionais e a garantir a proteco da segurana e da sade.
d) Organizao e funcionamento das actividades de Segurana e Higiene no Trabalho Decreto-Lei de 14 de Novembro constitudo por 4 captulos, que faz impender sobre as entidades empregadoras a obrigao de organizar actividades que remetam para a regulamentao prpria, aspectos atinentes ao regime da organizao e funcionamento dos servios, bem como os relativos s qualificaes dos tcnicos que asseguram tais funes.
e) Segurana e Sade nos locais de trabalho Decreto-Lei de 1 de Outubro de 1993, relativo s prescries mnimas de segurana e de sade nos locais de trabalho, nomeadamente materiais, mquinas e equipamentos de trabalho.
f) Segurana e Sade das condies de trabalho Decreto-Lei de 14 de Novembro de 1995 que estabelece os princpios que visam promover a segurana, higiene e sade no trabalho. O seu mbito de aplicao abrange todos os ramos de actividade, nos sectores pblico, privado ou cooperativo e social.
g) Prescries mnimas de Segurana e Sade Decreto-Lei de 16 de Maro de 1999, que determina a verificao obrigatria dos equipamentos de trabalho no incio da sua utilizao, a intervalos regulares e quando ocorrerem factos excepcionais que possam afectar gravosamente a sua segurana. So regulamentados os requisitos mnimos de segurana de alguns equipamentos de trabalho, designadamente equipamentos mveis e
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para elevao de cargas, e ainda, definidas regras sobre a utilizao dos equipamentos de trabalho.
1.4. O PNAP
Contudo, existem tambm normas e regulamentos institudos para a consolidao legal, como o caso da PNAP (Plano Nacional de Aco para a Preveno). Surge na sequncia do Acordo sobre Condies de Trabalho, Higiene e Segurana no Trabalho e Combate Sinistralidade, celebrado em 9 de Fevereiro de 2001, e integra um conjunto de medidas e aces com desenvolvimento previsto num horizonte temporal de trs anos, projectando-se em diversas e importantes vertentes da melhoria das condies de trabalho e do combate sinistralidade laboral, com particular incidncia nos domnios:
Da sensibilizao de empregadores, trabalhadores, mdicos e enfermeiros do trabalho e outros actores relevantes;
Do desenvolvimento e execuo de programas de preveno de riscos profissionais para os trabalhadores da administrao central, regional e local;
Da educao e formao para a segurana e sade no trabalho, incluindo trabalhadores, empregadores e respectivos representantes;
Do aperfeioamento das estatsticas sobre acidentes de trabalho e doenas profissionais.
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1.4.1. Medidas do PNAP O PNAP constitudo por um conjunto de medidas que a seguir se apresentam. Ministrios. MEDIDA A) Apuramento do impacto da legislao existente nas empresas e da respectiva eficincia no domnio da preveno de riscos profissionais, bem como a elaborao da regulamentao geral em falta. MEDIDA B) Estabelecimento ou aperfeioamento de normas especficas de segurana no trabalho em sectores mais expostos sinistralidade laboral, visando eliminar os factores que so causas mais frequentes de acidentes de trabalho e, em particular, acidentes graves, bem como alterar os processos produtivos que contribuem para o surgimento de incapacidades permanentes. MEDIDA C) Estabelecimento ou aperfeioamento de normas especficas de segurana no trabalho no sector da construo civil e obras pblicas, nos seguintes domnios:
Cada
medida
integra
vrias
aces,
envolvendo
vrios
Estruturao de um Sistema de Coordenao de Segurana, com vista a regular aspectos ligados qualificao dos coordenadores de segurana (a definio do perfil funcional, o perfil de formao, o reconhecimento da formao e respectiva certificao), bem como aos moldes em que se processa a sua aco;
Elaborao de um novo Regulamento de Segurana no Trabalho para os Estaleiros da Construo;
Harmonizao dos regimes sancionatrios;
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Incluso dos referenciais fundamentais sobre preveno de riscos profissionais nos regimes de empreitadas de obras pblicas e da urbanizao e edificao.
MEDIDA D) Reestruturao do sistema estatstico de acidentes de trabalho e doenas profissionais, em ordem a que seja produzida informao fidedigna, rigorosa e selectiva que sustente polticas cada vez mais eficazes: o sistema dever assegurar a produo de informao estatstica tambm sobre a incidncia sectorial e patolgica das doenas profissionais. MEDIDA E) Assegurar um efectivo rastreio das doenas profissionais, promovendo o cumprimento, por parte dos mdicos, da obrigatoriedade de participao de todos os casos de diagnstico de doena profissional ao Centro Nacional de Proteco contra Riscos Profissionais, designadamente atravs do lanamento de uma forte campanha de sensibilizao junto da classe mdica; MEDIDA F) Fomento e sedimentao de uma cultura de preveno, assente na promoo de boas prticas empresariais no mbito da preveno dos riscos profissionais; MEDIDA G) Realizao de campanhas de sensibilizao que permitam incutir nos empregadores, nos trabalhadores e na populao em geral uma cultura de preveno em matria de segurana, higiene e sade no trabalho; MEDIDA H) Realizao de campanhas de informao e sensibilizao por sectores, dinamizadas no esprito do dilogo social, nomeadamente, pelos parceiros sociais e por entidades pblicas;
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MEDIDA I) Desenvolvimento de programas de preveno de riscos profissionais para os trabalhadores da Administrao Central, Regional e Local; MEDIDA J) Medidas especficas de apoio a aces de formao nos domnios da segurana, higiene e sade no trabalho (SHST) para empresas e outras entidades formadoras acreditadas; MEDIDA L) Assegurar uma efectiva integrao das matrias relacionadas com a segurana, higiene e sade no trabalho nos currculos escolares, incluindo a formao de professores nestes domnios; MEDIDA M) Desenvolvimento de programas de preveno em meio laboral para combater o alcoolismo e outras toxicodependncias, susceptveis de provocar danos na sade dos trabalhadores e fazer perigar a segurana do local de trabalho.
O PNAP como instrumento de poltica global e de mdio prazo, permitir o desenvolvimento de uma rede de preveno dos riscos profissionais, sem a qual dificilmente se pode combater de forma eficaz a sinistralidade laboral e a incidncia de doenas profissionais.
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Mdulo 2
2.1. A Unio Europeia e a Sade e Segurana no Trabalho

Foi criada pela Unio Europeia a Directiva-quadro 89/391/CEE do Conselho, de 12 de Junho de 1989, relativa adopo de medidas que se destinam a promover a melhoria da segurana e da sade dos trabalhadores no local de trabalho, bem como uma Estratgia Comunitria, que se destina a facilitar a aplicao da legislao em vigor em matria de sade e segurana no trabalho e a dar um novo impulso a essa aplicao no perodo em causa. Esta estratgia baseia-se num levantamento da situao, na sequncia do qual a Comisso recorda as trs exigncias a satisfazer para criar um ambiente de trabalho seguro e saudvel: consolidao da cultura de preveno dos riscos, melhor aplicao da legislao em vigor e adopo de uma abordagem global de "bem-estar no trabalho", no s fsico, mas tambm moral e social, que no se mede apenas por uma ausncia de acidentes ou doenas profissionais. Para que seja possvel satisfazer estas condies, a estratgia comunitria prope trs grandes vias de aco:
Adaptao do quadro jurdico. Incentivar as "vias de progresso" (elaborao de melhores prticas, dilogo social, responsabilidade social das empresas). Integrao da problemtica da segurana e da sade no trabalho nas outras polticas comunitrias.
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2.2. Teor
A directiva aplica-se a todos os sectores de actividade, privados ou pblicos, excluindo determinadas actividades especficas na funo pblica e os servios de proteco civil. Obrigao dos empregadores:
Assegurar a segurana e sade dos trabalhadores em todos os aspectos ligados ao trabalho, nomeadamente com base nos princpios gerais de preveno enumerados, sem encargos financeiros para os trabalhadores;
Avaliar os riscos profissionais, incluindo a escolha dos equipamentos e a beneficiao dos locais de trabalho e colocao em funcionamento dos servios de proteco e preveno;
Elaborar uma lista e estabelecer as relaes no atinente aos acidentes de trabalho;
Organizar a prestao de primeiros socorros, a luta contra incndios, a evacuao dos trabalhadores e adoptar as medidas necessrias em caso de perigo grave imediato;
Informar os trabalhadores, consult-los e permitir a sua participao no mbito de todas as questes relativas segurana e sade no trabalho;
Assegurar que cada trabalhador receba uma formao suficiente e adequada no sentido da segurana e sade durante o horrio de trabalho.
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Obrigaes dos trabalhadores:
Utilizar correctamente as mquinas e outros equipamentos, o equipamento de proteco individual bem como os dispositivos de segurana;
Assinalar qualquer situao de trabalho que apresente um perigo grave imediato, qualquer mau funcionamento dos sistemas de proteco;
Concorrer para que sejam preenchidas as condies relativas s exigncias de proteco sanitria impostas e para permitir ao empregador assegurar que o meio e as condies de trabalho sejam seguros e sem riscos.
Todos os trabalhadores devem beneficiar de condies satisfatrias de proteco da segurana, higiene e sade no meio onde trabalha. Os estadosmembros empenham-se em promover a melhoria das condies de trabalho para protegerem a segurana e a sade dos trabalhadores e estabelecem como objectivo a harmonizao no progresso das condies existentes nesse domnio. A Unio Europeia determinou que o dia 28 de Abril fosse oficialmente consagrado como o Dia Mundial da Preveno e Segurana no Trabalho, sugerindo que no mbito das comemoraes se realizem campanhas de informao, formao e preveno com o objectivo de reduzir os acidentes de trabalho e doenas profissionais.
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2.3. reas de Actividade

De forma a progredir no combate aos problemas do mbito da sade e da segurana na Europa, da maior importncia que sejam prestadas aos decisores polticos e aos profissionais, informaes actualizadas e de grande qualidade sobre sade e segurana no trabalho. So quatro as principais reas de actividade: 1) Boas prticas; 2) Sistemas e programas; 3) Investigao sobre trabalho e sade; 4) Monitorizao da SST.
1) BP - Com base num estudo de especialistas em campanhas de SST em toda a Europa, planeia-se a execuo de campanhas de promoo eficazes, baseadas em prticas correctas e eficientes. 2) SP - Atingir a qualidade em todos os aspectos do emprego a chave da prioridade europeia. Trata-se no s de uma questo de direitos, como tambm da sobrevivncia da economia especialmente se considerarmos o aspecto humano, e os custos econmicos dos acidentes e doenas provocadas pelo trabalho. Da, a criao de sistemas e programas que proporcionem estas condies. 3) ITS - Desordens a nvel do pescoo e coluna so considerados graves problemas no que diz respeito sade e custos adjacentes. As prioridades foram identificadas, e os estados membros europeus prendem-se agora com a investigao de forma a solucionar os problemas de raiz. 4) MSST - Este projecto estabeleceu para reviso e anlise uma seleco representativa de sistemas de monitorizao de segurana e sade, para posterior elaborao de relatrios de SST.
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2.5. Agncia Europeia para a Segurana e sade no Trabalho

Por este motivo, nasceu a Agncia Europeia para a Segurana e Sade no Trabalho, com sede instalada em Bilbau (Espanha), que fornece s instncias comunitrias, aos Estados-Membros e aos meios interessados informaes de carcter tcnico, cientfico e econmico teis no domnio da segurana e da sade no trabalho. A principal rede de informaes de segurana e sade da Agncia constituda pelos Pontos Focais nos Estados Membros da UE, nos quatros pases da AECL (Associao Europeia de Comrcio Livre), e nos pases candidatos Unio Europeia. Esta rede parte integrante da organizao da Agncia e desempenha um importante papel na sua estrutura. Os pontos focais so designados por cada Governo como representantes oficiais da Agncia nesses pases e so, normalmente, a autoridade nacional competente em matria de segurana e sade no trabalho. Os Estados-Membros devem, nos seis meses subsequentes entrada em vigor do regulamento, comunicar Agncia os principais elementos que constituem as suas redes nacionais de informao em matria de segurana e de sade no trabalho. A Agncia, dotada de personalidade jurdica, ter um Conselho de Administrao composto por 78 membros, dos quais 25 em representao dos governos dos Estados-Membros, 25 em representao das organizaes patronais, 25 em representao das organizaes de trabalhadores e trs em representao da Comisso. O Instituto de Desenvolvimento e Inspeco das Condies de Trabalho (IDICT), futuro Instituto para a Segurana, Higiene e Sade no Trabalho, promove, a Semana Europeia para a Segurana e Sade no Trabalho, que programada e coordenada pela Agncia Europeia para a Segurana e Sade no Trabalho e desenvolvida, em simultneo, em cada um dos pases do espao europeu pelos Pontos Focais Nacionais da Agncia.
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Esta, mais uma forma de alertar para os problemas existentes a nvel da segurana e higiene no trabalho. Essa aco incluir pacotes informativos em todas as lnguas oficiais da UE, cartazes, folhetos e um website multilingue em http://osha.eu.int/ew2003/
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Mdulo 3
3.1. A Organizao Internacional do Trabalho O.I.T.

A Organizao Internacional do Trabalho (OIT), criada pelo Tratado de Paz assinado em Versalhes em Junho de 1919, a Agncia mais antiga do Sistema das Naes Unidas. Considerando que s se pode fundar uma paz universal e duradoura com base na justia social, a OIT foi estabelecida com o objectivo de definir e promover polticas sociais a nvel internacional numa fase marcada pela revoluo industrial. Desde a origem, a OIT integrou representantes dos Governos, das Organizaes sindicais e das Organizaes patronais. A participao de representantes dos empregadores e dos trabalhadores, colaborando em p de igualdade com os representantes dos Governos, tendo em vista a procura de consensos para promover o bem comum tripartismo ou cooperao tripartida constitui um trao distintivo da OIT em relao s demais Organizaes das Naes Unidas.
3.2. Quatro Objectivos Estratgicos

Tendo em conta estes princpios, a OIT definiu quatro objectivos estratgicos que orientam actualmente a sua aco: Promover e aplicar os princpios e direitos fundamentais no trabalho; Desenvolver as oportunidades para que os homens e as mulheres tenham um emprego digno;
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Alargar a proteco social; Reforar o tripartismo e o dilogo social.
3.3. Normas Internacionais do Trabalho

A actividade normativa da OIT, traduzida pela adopo de convenes e recomendaes internacionais do trabalho, constitui um instrumento essencial ao servio dos objectivos da Organizao. As regras de direito internacionais da OIT, elaboradas no seio da Conferncia com a participao de governos, empregadores e trabalhadores, uma vez ratificadas pelos Estados Membros, so aplicadas a nvel interno constituindo padres de orientao para os legisladores no aperfeioamento e promoo do direito do trabalho e das relaes profissionais. Existem mais de 70 Convenes e Recomendaes da OIT sobre questes de segurana e sade. Alm disso, a OIT publicou mais de 30 Cdigos de Prticas de Segurana e Sade no Trabalho.
3.4. Os rgos
A OIT compreende a nvel organizativo, trs rgos: A Conferncia Internacional do Trabalho, ou Assembleia-geral dos representantes tripartidos dos Estados Membros;
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O Conselho de Administrao, ou rgo de gesto da Organizao, formado por vinte e oito representantes dos Governos, catorze representantes dos empregadores e catorze representantes dos trabalhadores; O Bureau Internacional do Trabalho (BIT), ou rgo de Execuo da Organizao, com sede em Genebra.
3.5. A Direco
O Director Geral do BIT, eleito pelo Conselho de Administrao, e actualmente Juan Somavia, Chileno, anteriormente Embaixador do seu pas junto das Naes Unidas, e principal obreiro da Conferncia sobre o Desenvolvimento Social de Copenhaga.
3.6. Grandes Programas

A OIT realiza programas de cooperao tcnica numa gama diversificada de domnios, de que se indicam a ttulo de exemplo:

A luta contra o trabalho infantil A luta contra a pobreza A formao e qualificao para a empregabilidade O reforo das capacidades das organizaes de empregadores e de trabalhadores
o o
Organizaes Sindicais Organizaes de Empregadores
A promoo do tripartismo e da concertao social
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3.7. Prmio Nobel da Paz

Em 1969, ano em que a Organizao celebrou o seu 50 aniversrio, foi atribudo OIT o prmio Nobel da Paz, em homenagem ao seu contributo para a paz e a justia social no mundo. "Por seus esforos para construir um mundo mais pacfico e melhor organizado" (dividido com Kofi Annan)
3.8. Consideraes Gerais

3.8.1. A Preveno A OIT nunca aceitou a ideia de que os acidentes e as doenas so ossos do ofcio. A preveno funciona. A Organizao Internacional do Trabalho, tem como principal objectivo garantir a todas as pessoas o direito ao trabalho digno, trabalho em liberdade, e em segurana, o que inclui o direito a um ambiente saudvel e seguro. Adoptou uma abordagem integrada que visa conjugar todos os seus meios de aco, incluindo as actividades normativas, os cdigos e as directrizes, a cooperao tcnica e internacional, as anlises estatsticas e a divulgao de informao, para que os Estados-Membros sejam mais eficazes na implementao de medidas de segurana e sade no trabalho. Durante o sculo XX, os pases industrializados registaram uma diminuio substancial das leses graves, em parte como consequncia dos progressos alcanados no sentido de se criar um ambiente de trabalho mais saudvel e seguro. O desafio alargar essa experincia positiva a todo o mundo laboral.
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3.8.2. Cultura de Segurana A experincia demonstra que uma cultura de segurana slida benfica para os trabalhadores, os empregadores e os governos. Diversas tcnicas de preveno revelaram a sua eficcia tanto para evitar os acidentes de trabalho e as doenas profissionais como para melhorar o desempenho das empresas. As rigorosas normas de segurana actualmente existentes em certos pases so o resultado directo de polticas a longo prazo, que incentivaram o dilogo social tripartido e a negociao colectiva entre os sindicatos e os empregadores, assim como legislao de segurana e sade eficaz, apoiada numa inspeco do trabalho dotada dos meios necessrios. Esta cultura no local de trabalho engloba todos os valores, sistemas e prticas de gesto, princpios de participao e comportamentos laborais que favoream a criao de um ambiente de trabalho saudvel e seguro. Embora o desenvolvimento desta deva iniciar-se logo na educao das crianas desde tenra idade, a preveno eficaz dos acidentes de trabalho e das doenas profissionais comea na empresa. A preveno requer a participao dos governos e das organizaes de empregadores e de trabalhadores. A adopo de formas de organizao no trabalho, a formao e informao aos trabalhadores e as actividades de inspeco so instrumentos importantes para promover uma cultura de segurana e sade. As empresas que dispem de sistemas de gesto da segurana e da sade obtm melhores resultados, tanto no que respeita segurana como produtividade. Por outro lado, aos inspectores do trabalho que esto ao servio das autoridades governamentais cabe um papel fundamental. 130 Estados-Membros ratificaram a Conveno n81 sobre a Inspeco do Trabalho, de 1947, um dos instrumentos da OIT com maior nmero de ratificaes.
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As Directrizes da OIT relativamente aos sistemas de gesto da segurana e da sade no trabalho, so um instrumento poderoso para desenvolver uma cultura de segurana e sade sustentvel nas empresas e mecanismos para continuar a melhorar o ambiente de trabalho.
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Mdulo 4
4.1. Preveno dos Riscos Profissionais

Este tema aborda os principais riscos inerentes actividade laboratorial, tendo em conta os riscos associados a agentes qumicos, fsicos e biolgicos, e os conhecimentos bsicos de segurana, procedimentos e boas prticas de trabalho, como pr-requisitos na preveno dos acidentes de trabalho.
Qualquer incidente possvel de ocorrer, mais cedo ou mais tarde ocorrer.
4.2. Segurana, Higiene e Sade no Trabalho Aspectos Gerais

Nos anos 90, Portugal deu um passo importante em matria de segurana no trabalho, com a publicao de um volume significativo de legislao e a constituio do IDICT Instituto de Desenvolvimento e Inspeco de Condies no Trabalho. No obstante esse facto, resultou a constatao de uma grande lacuna de formao e informao nesta rea a nvel nacional, no s por parte dos empregadores assim como dos trabalhadores; o grande nmero de sinistros nas empresas portuguesas uma evidncia desta actual situao. De realar que, possuindo a legislao um carcter geral, a sua interpretao por profissionais sem a formao adequada tem provocado uma lacuna na sua aplicao.
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Por outro lado, a implementao desta legislao sem o recurso s correctas polticas de segurana, torna-a irrelevante. Por este motivo, torna-se peremptrio tomar medidas:
A necessidade de implementar medidas colectivas de segurana nas
empresas; A necessidade de sensibilizar os trabalhadores para o uso dos Equipamentos
de Proteco Individual; A necessidade de contratao de Tcnicos de Sade, Higiene e Segurana
no Trabalho; A importncia da verificao e manuteno das mquinas e equipamentos
nas empresas; A importncia da correcta sinalizao; A importncia da introduo e dinamizao de medidas preventivas em
matria de segurana; A importncia de uma correcta avaliao de riscos nas empresas.
Neste pas, onde as regras de segurana, muitas vezes as mais elementares, so sistematicamente desrespeitadas e onde o ndice de sinistralidade laboral atinge valores elevados, a punio de natureza criminal dos responsveis pela perda da vida ou por incapacidades fsicas graves dos trabalhadores, j uma realidade sobre a qual devemos reflectir. A vida ou a sade, perdida ou gravemente violada, devido omisso, dolosa ou grosseiramente negligente das regras de segurana, tem vindo a ser encarada duma forma diferente e hoje normal entender-se como crime contra algum que, com todo o direito, est no exerccio da sua actividade laboral.
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Os riscos do trabalho quer do ponto de vista do incumprimento das regras de segurana, da higiene quer da preveno da doena, so, desde h muito, sobejamente conhecidos existindo legislao suficiente, que a ser cumprida ajudaria sua minimizao.
4.3. Princpios Fundamentais da Preveno

Na preveno h que saber distinguir os trs factores principais: Eliminao do Risco significa torn-lo definitivamente inexistente. Neutralizao do Risco o risco existe mas est controlado. Sinalizao do Risco a medida que deve ser tomada, quando o risco
no poder ser eliminado ou neutralizado.
Formas de Prevenir Acidentes Elementos de Sucesso A preveno deve conduzir segurana e sade atravs de:

Estabelecer uma poltica de objectivos direccionados para a segurana. Providenciar recursos adequados para a implementao da poltica. Incluir a segurana e sade em todos os nveis das funes directivas e tomadas de decises.
Consultas junto dos trabalhadores. Monitorizao e reviso de verificao da eficcia da politica aplicada e de todo o sistema.
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Uma aproximao estruturada aos factores preventivos, e aos mtodos seguros de trabalho garante uma drstica reduo dos riscos. No entanto, devem ser efectuadas revises peridicas para confirmar a funcionalidade das medidas.
4.3.1. Modelo de Gesto da Preveno
Poltica de Gesto Estabelece um claro compromisso, objectivos,

responsabilidades e precedentes de organizao.
Planeamento Identifica e mede os riscos provenientes das actividades

laborais, e como podem ser controlados. As actividades includas no processo de planeamento so:
o o
Medio de riscos e identificao de medidas preventivas. Identificao de mtodos de gesto, e organizao no exerccio de controlo. Identificar as necessidades de prtica. Garantir que todos os meios estejam disponveis para o adquirir de conhecimentos sobre o assunto.
o o
Operao de Implementao Implica pr em prtica os planos. Isto pode

significar fazer mudanas, tanto a nvel da organizao como nos procedimentos, no ambiente de trabalho, equipamentos e produtos usados, gesto da prtica e pessoal especializado, ou comunicaes.
Aces de Superviso e Correco Devem ser monitorizadas. Podemse usar gravaes de acidentes, relatrios e dados dos inspectores ou auditorias do pessoal especializado. A investigao de um acidente deve identificar as causas imediatas e causas bsicas, incluindo falhas de gesto. O
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objectivo garantir que o sistema e os procedimentos funcionam, para que rapidamente se possam tomar medidas correctivas, se necessrio.
Gesto de Reviso e Auditoria Permite certificar a performance do

sistema de gesto e altera-lo se necessrio. As circunstncias externas podem alterar-se, nova legislao pode ser introduzida. Tambm existe a oportunidade de uma viso futurista, mudanas de estrutura empresarial, desenvolvimento de novos produtos ou a introduo de novas tecnologias. A reviso dos acidentes deve incluir lies de aprendizagem e nveis de gesto do risco. Auditar todos os registos para confirmar se a poltica de gesto, a organizao e o sistema esto de facto a produzir resultados.
4.4. Controlo da Segurana no Trabalho

A nvel do controle, a escala espacial mais limitada consiste no estabelecimento de parmetros de qualidade adequados para as condies de higiene e de segurana nos locais de trabalho. Nesta escala, o controlo ambiental centraliza-se no prprio interior do estabelecimento de trabalho. Apesar de bem delimitado no espao, trata-se de um sector com uma interveno ampla, abrangendo desde a definio das condies ergonmicas e de luminosidade, delimitao dos nveis de rudo, ou avaliao da exposio a substncias qumicas e agentes biolgicos.
4.4.1. Qualidade do ar em espaos interiores A proteco e controlo da qualidade do ar em espaos confinados so fundamentais para garantir boas condies de sade para a populao em geral. De facto, uma parte importante da populao desenvolve as suas actividades profissionais em espaos fechados, durante 8 a 12 horas por dia. Durante esse perodo, os trabalhadores, por vezes em esforo fsico, inalam
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massas de ar, cuja qualidade difere da do ar exterior. Este facto particularmente significativo nos espaos industriais, onde os trabalhadores, na ausncia de medidas preventivas, podero estar em exposio directa s emisses de poluentes atmosfricos. A legislao portuguesa refere nveis de qualidade para mais de 550 compostos qumicos; em muitos casos a monitorizao da situao passar pelo acompanhamento individualizado de um trabalhador. A micro-escala do problema da qualidade do ar interior reflecte-se igualmente nas solues aplicadas sua resoluo, que, por vezes, no se podem restringir instalao de sistemas de ventilao das naves industriais, exigindo a instalao de sistemas de captao em cada mquina ou a prpria proteco individualizada.
4.4.2. Exposio dos trabalhadores ao rudo O rudo constitui igualmente uma causa de incmodo para o trabalho, podendo representar um obstculo s comunicaes verbais e sonoras. Deste modo, a exposio ao rudo poder provocar fadiga adicional ao trabalhador e, em casos extremos, trauma auditivo e alteraes fisiolgicas extra-auditivas. Nveis elevados de rudo nos locais de trabalho implicam riscos para a sade e a segurana dos trabalhadores. A diminuio desses riscos, designadamente o de perda de audio, consegue-se pela limitao das exposies ao rudo, sem prejuzo das disposies aplicveis limitao da emisso sonora. A nvel nacional o quadro legal de proteco dos trabalhadores contra os riscos decorrentes da exposio ao rudo durante o trabalho definido pelo Dec.Lei n72/92 de 28 de Abril e pelo Decreto Regulamentar n9/92 com a mesma data, que estabelece as normas de proteco aos trabalhadores.
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Mdulo 5
5.1. Acidentes de Trabalho

O tema acidente de trabalho, ainda hoje, mais conhecido pela procura de sua reparao civil ou providenciria, do que pela sua consequncia desastrosa e violadora do bem mais precioso: a dignidade humana. Procurou-se entender a razo do crescimento estarrecedor dos infortnios oriundos da inadequao do ambiente laboral, cujos efeitos so danos, quase sempre, irreversveis para o trabalhador vitimado e sua famlia. Verificou-se, ser essencial procurar a origem dos sinistros laborais, de forma a poder agir sobre os mesmos e dessa forma preveni-los.
5.2. Acidentes do Trabalho Causas

Desde a Idade da Pedra, h mais de 2,5 milhes de anos os seres humanos j fabricavam e utilizavam instrumentos para facilitar a execuo de seus trabalhos. H medida que se deu a evoluo dos processos de produo aumentaram os riscos de acidentes do trabalho. Todavia, foi a partir da Revoluo Industrial sculo XVIII, que se verificou a intensificao da degradao do meio ambiente natural e humano (artificial, cultural e do trabalho). A exposio dos seres humanos aos riscos do trabalho aumentou desde ento.
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Os acidentes de trabalho, na maior parte das vezes, acontecem porque no se cumprem as normas de segurana e no se age preventivamente. O problema que os acidentes so uma realidade e em 2004, s em Portugal, morreram 124 pessoas. Frequentemente os acidentes de trabalho so atribudos ao "azar", ao "destino", "vontade de Deus", ou ento por uma fatalidade que poderia ser superada por aces preventivas. comum encontrar a opinio pr-concebida que o acidente decorrente de descuido, falha, negligncia ou imprudncia do prprio acidentado ou de algum colega. Ento, numa anlise simplista, surge o bvio: o acidente ocorre por culpa do acidentado e sua preveno possvel atravs de recomendaes de "maior ateno" ou "mais cuidado". Em geral, quando ocorre um acidente, a investigao encerrada quando encontrado o culpado. Com isso, o ambiente e condies de trabalho permanecem intocveis, ou seja, no feita a preveno. Cada vez mais, os trabalhadores se consciencializam que os acidentes, as doenas e a morte no trabalho no so factos naturais e inevitavelmente ligados ao processo, mas sim o resultado de como so aplicados os recursos tecnolgicos e as condies de trabalho s quais esto submetidos. Por isso, e para maior segurana dos trabalhadores, necessrio concretizar uma resposta, atravs de analise, previso e eliminao dos riscos. Acreditar que os acidentes de trabalho se devem a fatalidades um grave erro. Significaria que tudo o que se faz em prol da segurana no trabalho era intil. Todavia, do conhecimento geral que estes se podem evitar.
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Podemos dizer que existem duas causas principais para acidentes: as causas bsicas e as causas imediatas. Para poder prevenir acidentes necessrio, conhecer ambas e agir em conformidade com elas.
Causas Bsicas - Podem dividir-se em factores pessoais e factores de

trabalho. Os factores pessoais relacionam-se com a falta de conhecimento, de motivao ou at tentar poupar tempo sem as devidas precaues. Os factores de trabalho tm haver com a falta de regulamentao, hbitos incorrectos ou a m utilizao de materiais e produtos.
Causas Imediatas - Estas so constitudas pelos actos inseguros e

condies inseguras.
As causas do acidente, as aces humanas e condies materiais inseguras, combinadas ou no, propiciam a ocorrncia de acidentes e o acto inseguro, bem como, as condies inseguras so as causas que precedem ou ocasionam os acidentes de trabalho.
Actos Inseguros - so todas as aces levadas acabo pela profissional, sem os devidos cuidados ou com total falta de ateno (trabalhar com anis, fios ou objectos que podem ficar presos, no respeitar a capacidade dos elevadores, no avisar acerca de situaes graves observadas, etc). Condies Inseguras prendem-se com factores de carcter tcnico (condies inseguras, falta de espao para armazenar os produtos, pouca iluminao, armazenamento incorrecto, etc).
Sendo assim, a atitude correcta a de corrigir os actos inseguros e as condies inseguras, alm de analisar e prever todas as causas e condies possveis que possam resultar em acidente.
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A existncia de pessoas propensas a sofrer acidentes questionvel, pois existem pessoas com condies de sade, temperamento e estado de nimo contrrios a determinada actividade. A origem de tudo o homem e o meio, estes so os dois nicos factores inevitveis e inseparveis que originam todas as consequncias do acidente. Os demais factores, sejam pessoais, materiais, actos e condies inseguras podem ser controlados e evitados mediante o aperfeioamento do homem e do meio.
5.3. Acidentes de Trabalho Consequncias

Actualmente, em plena poca da globalizao, embora algumas empresas tenham implantado e implementado com sucesso as normas de segurana e medicina do trabalho, o ndice de acidentes ainda altssimo e aviltante. As consequncias podem ser categorizadas em:
Simples assistncia mdica - o segurado recebe atendimento mdico e retorna imediatamente s suas actividades profissionais;
Incapacidade temporria - o segurado fica afastado do trabalho por um perodo, at que esteja apto para retomar sua actividade profissional. Para a Segurana Social importante participar esse perodo seja inferior a 15 dias ou superior, uma vez que, no segundo caso, gerado um benefcio pecunirio, o auxlio-doena por acidente do trabalho;
Incapacidade permanente - o segurado fica incapacitado de exercer a actividade profissional que exercia poca do acidente. Essa incapacidade permanente pode ser total ou parcial. No primeiro caso o segurado fica impossibilitado de exercer qualquer tipo de trabalho e passa a receber uma
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aposentadoria por invalidez. No segundo caso o segurado recebe uma indemnizao pela incapacidade sofrida (auxlio-acidente), mas considerado apto para o desenvolvimento de outra actividade profissional;
Morte - o segurado falece em consequncia do acidente de trabalho.
A atribuio de indemnizaes ou penses de invalidez, alm de diferenciada, , em alguns casos, incompleta. A situao ainda mais crtica para as ocorrncias de leses mltiplas e para os acidentados com leses prexistentes. Danos humanos e materiais com custos para as empresas:
Custos directos: custos de seguros e respectivos agravamentos, vencimento e subsdios referentes ao dia do acidente, diferena de vencimentos. Custos indirectos: danos materiais e patrimoniais, diminuio da
produtividade, indemnizao a clientes por no cumprimento de prazos, imagem da empresa, substituio do sinistrado, formao do trabalhador substituto, tempos de paragem de outros trabalhadores, tempos de deslocao de terceiros a estabelecimentos hospitalares, tempos de investigao dos acidentes pela hierarquia e outros, mau ambiente de trabalho.
Todos os anos na Unio Europeia cerca de 5 milhes de pessoas so vtimas de acidentes de trabalho que ocasionam ausncias superiores a 3 dias, num total de aproximadamente 146 milhes de dias de trabalho perdidos. Algumas consequncias desses acidentes so permanentes e afectam a capacidade de trabalho das vtimas e a sua vida extra-laboral. Os acidentes de trabalho ocorrem em todas as indstrias e incluem escorreges, tropees, quedas de pessoas ou de objectos, objectos cortantes e quentes, e acidentes que envolvem veculos e mquinas.
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5.4 Os Custos dos Acidentes

Portugal apresenta o maior nvel de sinistralidade laboral na Unio Europeia. Segundo um estudo do IDICT em Novembro de 2004, o nmero de acidentes tem variado entre 200 e 300 mil por ano, e o nmero de vtimas mortais ascende a vrias centenas e os custos directos e indirectos da sinistralidade atinge cerca de 600 milhes de contos anuais, e uma perda de 6,5 milhes de horas de trabalho nas empresas portuguesas com mais de cem trabalhadores. Este nvel de absentismo representa prejuzos na ordem dos 172 milhes de euros, segundo o relatrio. Apesar destes valores o IDICT revela que a taxa de incidncia de sinistralidade laboral tem demonstrado uma evoluo positiva, sendo que a partir de 2000 se registou uma quebra significativa daquele indicador. Em 2000, a taxa de incidncia de acidentes de trabalho por mil trabalhadores era de 75,1, enquanto a taxa verificada em 2002 foi de 58,4 por mil. Estes custos resultam do nmero de dias de baixa, das mortes, de diversos graus de incapacidade temporria e permanente, indemnizaes, penses, doenas profissionais, baixas mdicas ou por acidente, tratamentos, internamentos, etc. Em resumo, e de acordo com o Instituto de Seguros de Portugal, o custo dos acidentes de trabalho, em milhes de contos, foi de 40.7 em 1990, 49.5 em 1991, 56.6 em 1992, 57.5 em 1993, 66.4 em 1994 e de 59.4 em 1995.
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Evoluo dos custos com as incapacidades temporrias e permanentes num perodo compreendido entre 93 e 96.
Incapacidades e danos Incapacidades temporrias Incapacidades Permanentes
1993
758 861
CUSTOS (euros) 1994 1995

894 559 414 112
1996
506 320 19 616 285
15 437 17 198 18 899 795 551 452 Fonte: Estatsticas da Segurana Social do MTS.
5.4. Classificao dos Acidentes

acidente ou incidente? Podemos considerar isto ou aquilo um acidente? Ento tudo o que fazemos na vida so incidentes... Estas so algumas dvidas que surgem no nosso dia-a-dia e importante esclarecer, para que no restem dvidas. Convm no entanto, e em complemento s definies (sempre difceis) acrescentar:
Incidente - Acontecimento no intencional que em circunstncias ligeiramente

diferentes poderia provocar danos corporais, danos materiais ou perdas de produo.
Acidente - Acontecimento no intencional que provoca danos corporais, danos

materiais ou perdas de produo. Sempre que um dano corporal necessitar de cuidados mdicos ou de enfermagem um acidente, mesmo que o acidentado, por razoes diversas, no tenha procurado esses cuidados.
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Um trabalhador sofre um acidente de trabalho quando uma destas situaes verificada:

1. vtima de um acidente em decorrncia das caractersticas da actividade profissional por ele desempenhada (acidente tpico); 2. Na execuo de servios espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito econmico para a entidade empregadora; 3. vtima de um acidente ocorrido no trajecto entre a residncia e o local de trabalho (acidente de trajecto); 4. No local de trabalho, quando no exerccio do direito de reunio ou de actividade de representante dos trabalhadores, nos termos da lei; 5. No local de trabalho, quando em frequncia de curso de formao profissional, ou fora do local de trabalho, quando exista autorizao expressa da entidade empregadora para tal frequncia; 6. Em actividade de procura de emprego durante o crdito de horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com processo de cessao de contrato de trabalho em curso; 7. vtima de um acidente ocasionado por qualquer tipo de doena profissional produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho, ou por doena do trabalho adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado, e com ele se relacione directamente; 8. Fora do local ou do tempo de trabalho, quando verificado na execuo de servios determinados pela entidade empregadora ou por esta consentidos.
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Entende-se por local de trabalho todo o lugar em que o trabalhador se
encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador. Entende-se por tempo de trabalho, alm do perodo normal de laborao, o que preceder o seu incio, em actos de preparao ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir, em actos tambm com ele relacionados, e ainda as interrupes normais ou forosas de trabalho. Se a leso corporal, perturbao ou doena for reconhecida a seguir a um acidente presume-se consequncia deste. Se a leso corporal, perturbao ou doena no for reconhecida a seguir a um acidente, compete ao sinistrado ou aos beneficirios legais provar que foi consequncia dele.
Os riscos de ocorrncia de acidentes, especialmente do primeiro e terceiro tipos, variam para cada ramo de actividade econmica, em funo de tecnologias utilizadas, condies de trabalho, caractersticas da mo-de-obra empregada e medidas de segurana adoptadas, entre outros factores, a natureza do risco profissional.
5.5. A Informao Estatstica Indicadores de sinistralidade

Em Portugal a taxa de incidncia dos acidentes de trabalho mortais em todas as actividades por 100 mil empregados de 7,7%, contra uma mdia comunitria de 3,4%. Apesar dos nmeros serem elevados, a Inspeco-geral do Trabalho assinala a diminuio dos acidentes mortais em 20,6% em relao ao primeiro
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trimestre de 2003, que se acentuou at 31 de Julho de 2004, dado terem havido 124 acidentes comparativamente com os primeiros 7 meses do ano anterior. Verifica-se que apesar da elevada sinistralidade laboral, Portugal est na mdia europeia, com uma taxa de sinistros da ordem dos 93 trabalhadores acidentados para cada cem mil, o que segundo o estudo "A situao Social na Unio Europeia 2002", a coloca a par da mdia europeia de 90 acidentes por cada cem mil trabalhadores.
5.5.1. Estatstica da O.I.T.
3400 foi o nmero de acidentes mortais em 2001; 650 000 foram os no mortais com necessidade de baixa mdica superior a trs dias;
Todos os dias morrem, em mdia, 5.000 pessoas devido a acidentes ou doenas relacionados com o trabalho;
4% do produto interno bruto (PIB) mundial (1.251.353 milhes de dlares dos Estados Unidos), perde-se devido aos custos das ausncias de trabalho, dos tratamentos das doenas, das incapacidades e das penses de sobrevivncia a que as leses, as mortes e as doenas do origem;
Todos os anos morrem 22.000 crianas em acidentes de trabalho;

Calcula-se que 10 por cento de todos os cancros da pele se devem exposio a substncias perigosas no local de trabalho.
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5.5.2. Estatstica da U.E.

Ocorre 1 acidente de trabalho em cada 5 segundos, na EU; Morre 1 trabalhador a cada 2 horas, vtima de acidente de trabalho, na EU; Dois teros das 30 000 substncias qumicas mais utilizadas na EU, no foram submetidas a testes toxicolgicos completos e sistemticos; Um quinto dos trabalhadores da UE - 32 milhes de pessoas esto expostos a agentes cancergenos;
Estes riscos so agravados por uma informao e cumprimento inadequados das normas de segurana. Um estudo, determinou que apenas 12% das empresas conheciam os seus deveres legais. Alm disso, um estudo separado revelou que 20% das Fichas de Dados de Segurana fornecidas pelos fabricantes de substncias perigosas continham erros. Apenas as substncias qumicas notificadas desde 1981 so obrigatoriamente submetidas a esses testes, embora a EU esteja a desenvolver uma estratgia para a avaliao sistemtica das chamadas substncias qumicas existentes. Estima-se que anualmente morrem cerca de dois milhes de homens e mulheres devido a acidentes de trabalho e a doenas profissionais. Em todo o mundo ocorrem por ano cerca de 270 milhes de acidentes de trabalho e so registadas mais de 160 milhes de doenas profissionais.
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5.6. Regime Jurdico
5.6.1. Regime Jurdico dos Acidentes de Trabalho e das Doenas Profissionais A Constituio da Repblica Portuguesa, no artigo 63., reconhece o direito segurana social, que abrange a proteco nos acidentes de trabalho e nas doenas profissionais. Por sua vez, o artigo 59. da Constituio consagra o direito de todos os trabalhadores assistncia e justa reparao, quando vtimas de acidente de trabalho ou de doena profissional, bem como prestao de trabalho em condies de segurana, higiene e sade, o que envolve a adopo de polticas de preveno dos acidentes de trabalho e das doenas profissionais. Obs. Para informaes mais aprofundadas e pormenorizadas sobre legislao para acidentes de trabalho, aconselhamos a consulta o site: http//:www.cidadevirtual.pt/asjp/leis/nlat.html
5.6.2. Actual Enquadramento Legislativo
Directivas
89/391/CEE de 12.06 89/654/CEE de 30.10 89/655/CEE de 30.11
Assunto
Directiva-Quadro e introduo de medidas para o desenvolvimento e implementao da segurana e sade no trabalho 1 Directiva Especial prescries mnimas de segurana e sade para os locais de trabalho 2 Directiva Especial prescries mnimas de segurana e sade na utilizao de equipamentos de trabalho 3 Directiva Especial prescries mnimas de segurana e sade na utilizao de equipamentos de proteco individual
Legislao Nacional
D.L. 441/91, de 14.11 D.L. 26/94, de 1.02
Regulamentao Nacional
D.L. 347/93, de 1.10
Port 987/93, de 6.10
D.L. 82/99, de 16.03
89/656/CEE de 30.11
D.L. 348/93, de 1.10
Port 988/93, de 6.10
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90/269/CEE de 29.05
90/270/CEE de 29.05
90/394/CEE de 28.06
90/679/CEE de 26.11
92/57/CEE, de 24.06
92/58/CEE, de 24.06
4 Directiva Especial prescries mnimas de segurana e sade respeitantes movimentao manual de cargas 5 Directiva Especial prescries mnimas de segurana e sade respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados de visor 6 Directiva Especial - proteco dos trabalhadores contra riscos ligados exposio a agentes cancergenos durante o trabalho 7 Directiva Especial - proteco da segurana e da sade dos trabalhadores contra os riscos da exposio a agentes biolgicos durante o trabalho. 8 Directiva Especial prescries mnimas de segurana e sade a aplicar nos estaleiros da construo 9 Directiva Especial prescries mnimas para a sinalizao de segurana e sade no trabalho 10 Directiva Especial - proteco de grvidas, purperas ou lactantes no trabalho 11 Directiva Especial prescries destinadas a melhorar a proteco da segurana e sade dos trabalhadores nas indstrias extractivas por perfurao 12 Directiva Especial prescries destinadas a melhorar a proteco da segurana e sade dos trabalhadores nas indstrias extractivas a cu aberto ou subterrneas 13 Directiva Especial prescries mnimas de segurana e sade a bordo dos navios de pesca 14 Directiva Especial - a proteco da segurana e sade dos trabalhadores contra riscos ligados exposio agentes qumicos
D.L.330/93, de 25.09
D.L.349/93, de 1.10
Port 989/93, de 6.10
D.L.301/2000de 20.11
D.L. 84/97, de 16.04
P n. 405/98, de 11.07
D.L. 273/03, de 29.10
Port 101/96, de 3.04
D.L.141/95, de 14.06 Lei n. 4/84 de 5.04, alterado por L17/95, L102/97, L18/98, L118/99, L142/99, DL 70/200
Port 1456-A/95, de 11.12
92/85/CEE, de 19.10
DL 230/2000 de 23.09
92/91/CEE, de 03.11
D.L. 324/95, de 29.11
Port 197/96, de 4.06
92/104/CEE de 3.12
D.L. 324/95, de 29.11
Port 198/96, de 4.06
93/103/CEE de 23.11
D.L.116/97, de 12.05
Port 356/98, de 24.06
98/24/CE, 07.04
D.L.290/01, de 16.11
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Mdulo 6
6.1. Organizao e Qualidade do Posto de trabalho

A melhoria da qualidade do emprego pressupe uma forte aposta na qualificao dos recursos humanos, adequada s necessidades dos trabalhadores e das empresas. Neste contexto, dever ser prestada particular ateno formao profissional permanente e ao combate s situaes de inadequao tecnolgica. Por outro lado, deve desenvolver-se um esforo significativo no sentido de reforar as condies de proteco do trabalho, nomeadamente ao nvel da segurana no trabalho. A adopo de formas de organizao no trabalho, a formao e informao aos trabalhadores e as actividades de inspeco so instrumentos importantes para promover uma cultura de segurana e sade. As empresas que dispem de sistemas de organizao do trabalho obtm melhores resultados, tanto no que respeita segurana como produtividade. A organizao desencadeia inevitavelmente a qualidade no trabalho. Se existe organizao, todos os processos se desenrolaro com eficcia, no existindo espao nem tempo para percalos, emergindo assim a qualidade no trabalho.
6.1.1. Organizao
Sinalize as reas em que estejam a ser realizadas obras, manuteno ou
mesmo limpezas;
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Ausncia
de
sinalizao,
iluminao,
desorganizao
de
mveis
mercadorias, materiais e ferramentas so aces decisivas para o acontecimento de acidentes. Por isso, sinalize todos os pontos do seu trabalho, mantenha uma boa iluminao e organizao; Buracos, fendas, tbuas soltas, etc podem provocar acidentes. Mantenha
uma boa conservao do seu local de trabalho; Fios fora dos eletrdutos e sem isolamento, ligaes improvisadas ou com
vrios aparelhos sem a capacidade devida podem acarretar sobrecarga rede e acidentes. Faa uma verificao de toda a rede elctrica para no ter surpresas; Fique atento para condies de limpeza de pisos, escadas e estado de
conservao de elevadores; Negligncia e falta de manuteno em mquinas, falta de reposio de
correias, peas e lubrificantes, etc colocam a segurana dos trabalhadores em risco. Faa sempre uma manuteno preventiva; Utilize sempre equipamentos de proteco individual como: capacetes,
mscaras contra gases, e protectores: facial, respiratrio, auriculares e oculares, capas, botas especiais, avental, colete, luvas, etc.
6.1.2 Qualidade A qualidade dever ser a fora motora do modelo profissional. No se trata de uma opo acessria, mas antes de um elemento essencial na forma como se trabalha: relacionando competitividade com coeso, produtividade com elevados padres de vida. No mundo do trabalho, as interaces so mltiplas. As polticas econmicas, sociais e de emprego apresentam-se interligadas e em sinergia. Melhores empregos so sinnimo de produtos e servios de maior qualidade. A qualidade no trabalho inseparvel da qualidade na vida, e requer competncia. A natureza do ambiente de trabalho, as condies de trabalho, as
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oportunidades de formao, os padres de higiene e segurana, so factores importantssimos para a qualidade. Assim, a melhoria da qualidade do trabalho parte integrante de um crculo virtuoso de produtividade acrescida, elevados padres de vida e crescimento econmico sustentado.
6.2. A Ergonomia
Imagine um trabalhador diante de computador Pentium 486 (bastante rpido), monitor TFT colorido de 17 polegadas, mesa revestida em pele, cadeira aerodinmica, ar-condicionado. Parece-lhe uma viso agradvel? Ento porque que este trabalhador, assim como a maior parte das pessoas se queixam de dores lombares, no pescoo, nas mos ou nas pernas? Imagine agora uma indstria de confeco, onde a produo levada a cabo num armazm de grande dimenso. Impera o rudo das mquinas, o calor das prensas, os odores dos tecidos acabados de sair da tinturaria, os resduos txteis formam uma poeira que enfraquece a iluminao geral, obrigando a que cada posto de trabalho tenha a sua prpria luz, aumentando assim a energia trmica e consequentemente a qualidade do ar. Esta indstria tem a certificao ISO-9000, e no entende porque recebeu uma notificao do DRT (Departamento de Relaes de Trabalho). Estes relatos acerca de situaes do quotidiano profissional de milhares de pessoas, revela que a actividade produtiva de homens, mulheres, idosos ou jovens, deve ser objecto de algum entendimento e de um estudo mais elaborado. a isto que se prope a Ergonomia. Produzir esse entendimento para que as mudanas possam ser levadas a cabo, os projectos mais bem elaborados, e as decises tecnolgicas bem assentes. A sade das pessoas, a eficincia dos servios e a segurana das instalaes estaro a partir da efectivamente incorporadas nas organizaes.
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6.2.1. Mas afinal, o que a Ergonomia? A Ergonomia no nada mais, nada menos, do que uma atitude profissional, que se agrega prtica de uma profisso definida. A palavra ERGO significa trabalho, e a palavra NOMIA, regras. Ou seja, o estudo entre o homem e o seu trabalho, equipamentos e meio ambiente. Onde que podemos aplicar a ergonomia? No lar, no transporte, no lazer, na escola, e principalmente no trabalho, isto , em todo o lado. A ergonomia a e cincia do conforto.
6.2.2. Mais Ergonomia Menos Esforo Fsico e Mental A ergonomia tem sido factor de aumento de produtividade e da qualidade do produto bem como da qualidade de vida dos trabalhadores, na medida em que a mesma aplicada com a finalidade de melhorar as condies ambientais, visando a interaco com o ser humano. Existem trs tipos distintos de Ergonomia: Ergonomia de Correco - Actua de maneira restrita modificando os
elementos parciais do posto de trabalho, como: dimenses, iluminao, rudo, temperatura etc. Tem eficcia limitada. Ergonomia de concepo - Interfere amplamente no projecto do posto de trabalho, do instrumento, da mquina ou do sistema de produo, organizao do trabalho e formao de pessoal.
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Ergonomia de Consciencializao - Ensina o trabalhador a usufruir dos

benefcios de seu posto de trabalho. Boa postura, uso adequado de mobilirios e equipamentos, implantao de pausas, ginstica laborativa (antes, no meio e depois da actividade).
A ergonomia estuda a situao de trabalho como actividade, ambientes fsicos, iluminao, rudo, temperatura. O posto de trabalho, dimenses, formas, concepo etc, tentando dar o mximo de conforto, segurana e eficincia. o conjunto de conhecimentos cientficos relativos ao homem, e necessrios para os engenheiros conceberem ferramentas, mquinas e conjuntos de trabalho que possam ser utilizados com o mximo de conforto, segurana e eficincia. Mas, a ergonomia relaciona-se com muitos outros domnios do estudo, de modo a conceber estes produtos, espaos e actividades para o homem. Retira ideias da engenharia, da psicologia, da estatstica, da informtica, da fisiologia e do design. A Ergonomia tem sido recentemente considerada como a soluo para os problemas relativos sade e segurana no trabalho.
6.2. Posturas de Trabalho
Com o passar dos anos, vamos submetendo a nosso corpo a uma srie de posturas inadequadas, impactos e esforos feitos sem nenhum cuidado. Saiba que os males da coluna, pescoo, e muitos outros, so perfeitamente evitveis, basta consciencializar-se de que deve adoptar a postura correcta. Muitas pessoas no conhecem o prprio corpo, como ele funciona (bem ou mal), nem como manter a sade geral do organismo.
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Gestos como andar, sentar e at mesmo dirigir o carro podem representar a diferena de uma coluna saudvel ou no. Muitos danos ocorrem quando se insiste numa postura errada. Se forem corrigidos e trabalhados o quanto antes, mais fcil ser eliminar os vcios posturais.
6.2.1. Quanto postura tome alguns cuidados:

Esteja sempre consciente da sua postura; Ao caminhar ou sentar-se, corrija qualquer curvatura das costas; Ao conduzir um carrinho-de-mo flicta os joelhos e no a coluna; Ao ficar de p, distribua o peso por ambas as pernas; Nunca virar o tronco abruptamente, os ps devem acompanhar o movimento
do corpo; No fique sentado durante horas a fio. Levante-se durante cinco minutos,
caminhe, alongue os braos e pernas, e volte ao trabalho; Coloque um apoio nos ps que possibilite mant-los num ngulo aproximado
de 90 graus; Regule o encosto e o assento da cadeira de acordo com sua altura; Evite apoiar os ps nas rodinhas da cadeira; Ao escrever no computador, mantenha o cotovelo mesma altura da mesa; Coloque o monitor do computador a uma distncia de 40 a 60 cm do rosto; Para digitar utilize apoios para o punho e o cotovelo, assim alivia o ombro; Ao levantar qualquer peso, fique de ccoras, flectindo os joelhos, pegue no
objecto e levante com a coluna recta, mantendo o objecte prximo ao corpo; Durma de lado usando uma almofada que mantenha o pescoo alinhado com
a coluna, e uma outra almofada entre os joelhos (que devem estar flectidos).
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No trabalho, sente-se numa cadeira de altura regulvel que permita que apoie
os dois ps no cho. Encoste sempre as costas ao encosto da cadeira.
As doenas do trabalho escolhem todos aqueles que adoptam posturas incorrectas para passar a maior parte do expediente. Elas no so exigentes com a idade ou sexo, mas esto atentas aos adeptos do computador, da cadeira mal posicionada, nos trabalhadores que carregam pesos excessivos e, principalmente, naqueles que ficam horas a realizar o mesmo movimento.
6.2.2. Alguns Exemplos Como sentar-se adequadamente?
A cadeira ideal tem encosto recto, de forma a apoiar a regio mdia da coluna, com abertura para as ndegas. As coxas devem estar apoiadas suavemente em todo o assento com os joelhos em 90 e os ps apoiados no cho. No use cadeiras reclinveis.
Como sentar-se no trabalho? No trabalho, em frente a uma mesa ou a digitar no computador, permanea com as pernas debaixo da mesa, coloque o computador a uma altura adequada e fique com os braos junto ao corpo. Utilize um suporte de texto para que este fique altura dos olhos, e em frente. Como a altura da mesa nem sempre a adequada, deve elevar o que se est a fazer, de forma a
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no curvar muito a cervical e dorsal. Estando sentado, nunca rode para pegar num objecto que se encontre atrs de si. E ateno: no apoie o telefone entre a orelha e o ombro pois isto fora a coluna cervical. Em p, qual o modo correcto de elevar pesos, colocar ou retirar objectos de lugares de difcil acesso? Se elevar um peso acima da cabea, estar a agredir tanto a cervical quanto a lombar. Para no prejudicar a sua coluna, apoie o objecto pesado no seu corpo e suba com a ajuda de uma escada ou banco, para deposit-lo adequadamente. Quando tivermos que realizar actividades com os braos elevados, como os professores ao escrever no quadro, mantenha-os altura do ombro, ou no mximo, at altura da cabea. Se necessrio, utilize uma escada, banco ou estrado. Tambm recomendvel no se curvar, por exemplo, para corrigir a lio do aluno, ou em situaes similares.
Qual a melhor postura para ler? A leitura deve ser feita em frente a uma mesa, com um apoio para o livro. Deficincias visuais (precisa de culos?) devem ser corrigidas para evitar posturas (do pescoo) inadequadas.
Qual a melhor forma de proteger a coluna ao trabalhar em p?
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Em profisses em que necessrio trabalhar de p, como dentistas, balconistas e outras, deve usar-se um banco alto de apoio, tendo o cuidado de colocar os ps no cho e evitar curvar a coluna. Como caminhar? Ao caminhar, olhe para a frente, mantendo o abdmen contrado. O tipo de sapato ideal para o dia-a-dia deve ser fechado atrs, para dar estabilidade s passadas, ter o salto de base larga e leve, com uma altura, no mximo, de 4 cm, e de preferncia, com amortecimento. Para caminhadas, utilize uns tnis adequados.
O seu trabalho baseia-se em actividades domsticas, trabalhos sobre mesa ou balco? Evite trabalhar com o tronco totalmente inclinado. Se trabalha em frente a uma bancada, ou se estiver a passar roupa, certifique-se de que a mesa tem a altura suficiente para que no precise se inclinar. Se for necessrio ficar muito tempo em p, aconselha-se a utilizar um pequeno suporte (mais ou menos do tamanho de um tijolo) para colocar alternadamente sob os ps. Em frente ao lavatrio da casa-de-banho e ao fazer a cama, dobre os joelhos. Ao varrer ou aspirar p ou em movimentos semelhantes, evite torcer a coluna.
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6.3. Movimentao de Cargas

As actividades de manuseamento de cargas pesadas, sem considerar as limitaes do ser humano, podem trazer srios riscos sade.
6.3.1. Caractersticas da carga A movimentao manual de uma carga pode apresentar um risco, nomeadamente dorso-lombar, nos seguintes casos:

Carga demasiado pesada ou demasiado grande; Carga muito volumosa ou difcil de agarrar; Carga em equilbrio instvel ou com contedo sujeito a deslocaes; Carga colocada de tal modo que deva ser mantida ou manipulada distncia do tronco ou com flexo ou toro do tronco;
Carga susceptvel de provocar leses no trabalhador, devido ao seu aspecto exterior e/ou sua consistncia, nomeadamente em caso de choque.
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6.3.2. Malefcios da movimentao de cargas O sistema circulatrio, em especial o corao, podem ser afectados, no que diz respeito ao ritmo cardaco e presso sangunea. Os problemas mais frequentes, advindos do manuseio e movimentao de cargas so: Hemorragias cerebrais em pessoas com arterioscleroses
(endurecimento das artrias);
Hrnia
abdominal
ou
outros
problemas
nos
rgos
abdominais podem surgir em pessoas frgeis, numa mudana de presso repentina (queda de um rgo pelo relaxamento dos ligamentos viscerais ou das paredes abdominais). Este problema acontece quando a pessoa faz este tipo de actividade de forma espordica, e sem os cuidados necessrios.
No trabalho frequente com cargas excessivas, principalmente quando iniciado numa idade em que o corpo ainda se est a desenvolver, a tenso e esforo constante em msculos, ligamentos, articulaes e ossos, podem causar deformaes, tais como:
Escolioses e Cifoses vertebrais; Deformao do arco do p; Estado Inflamatrio e Doloroso dos Msculos e Bolsas articulares, como a Mialgia.
Os trabalhadores que realizam trabalhos fsicos bastante duros, apresentam frequentemente diversas artroses nas articulaes das vrtebras, joelhos e tornozelos, devido aos repetidos micro-traumatismos.
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Fisicamente, a mulher possui uma capacidade inferior do homem para trabalhos que exijam esforo contnuo. Os principais problemas apresentados pelas mulheres que realizam este tipo de actividade, esto relacionados com:
Transtornos a nvel da circulao sangunea nos rgos pelvianos e extremidades inferiores; Transtornos na menstruao; Prolapso; Aborto ou parto prematuro.
Este quadro acentua-se se a mulher tiver realizado este tipo de actividade desde a infncia. No caso de crianas e adolescentes, este tipo de trabalho poder afectar o seu desenvolvimento fsico, especificamente o esqueleto, podendo surgir deformaes na coluna vertebral, plvis e trax. O levantamento e manuseamento de cargas pesadas um srio problema em todos os pases do mundo, provocando graves leses, e com grandes perdas para as economias mundiais. Em pases industrializados, as dores na coluna afectam 80% das pessoas, em algum momento da sua vida.
Estando em p, qual a melhor maneira de levantar e carregar pesos? Ao erguer um peso, baixe-se, flectindo os joelhos at baixo sem curvar a coluna. Se o objecto for volumoso e pesado, carregue-o junto ao tronco. Se possvel, coloque o objecto num carrinho e empurre-o em vez de o carregar.
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Como proteger a coluna ao trabalhar agachado? Ao trabalhar agachado, flicta os joelhos e mantenha as costas rectas. Se for possvel, apoie uma das mos num dos joelhos. Ou ento, ajoelhe-se sobre uma das pernas e apoie o tronco sobre a coxa, alternando entre uma perna e outra; ou ainda, use um pequeno banco para se sentar.
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Mdulo 7
7.1. Mquinas e Equipamentos Os Riscos e a Proteco
7.1.1. Riscos Profissionais Avaliao de Riscos: Exame sistemtico de todos os aspectos do trabalho para identificar o que poder provocar danos, eliminar os perigos se possvel, e adoptar medidas preventivas ou de proteco. Os perigos/danos resultam nomeadamente de: Concentrao no ar de poeiras, gases ou fumos e sua granulometria; Tempo e intensidade de exposio diria a substncias, agentes e processos
nocivos;
Falta de sinalizao de segurana; Falta de proteco nas mquinas e outros equipamentos.
Preveno de Riscos: A preveno a aco de evitar ou diminuir os riscos profissionais atravs de um conjunto de medidas tomadas no licenciamento e em todas as fases de actividade da empresa, do estabelecimento ou do servio.
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Os meios de preveno so diversificados e adequados situao em causa nomeadamente: Medidas de organizao de trabalho; Captao das poeiras, gases ou fumos na origem; Controlo dos nveis de exposio; Utilizao de equipamento de proteco; Proteco integrada nas mquinas, instrumentos e utenslios; Informao sobre tcnicas de segurana; Identificao e sinalizao de zonas e produtos perigosos; Vigilncia mdica.
7.2. Riscos da Electricidade

Todos conhecem a importncia da electricidade, dadas as suas mltiplas utilizaes. Tambm os seus perigos so conhecidos, embora muitas vezes no sejam tidos em conta. Por isso, continuam a verificar-se acidentes, por vezes mortais. Para os evitar preciso ter conscincia dos riscos inerentes ao manuseamento de instalaes elctricas. Os tcnicos que executam estas instalaes devem conhecer as regras da arte assim como os regulamentos de segurana oficiais. As regras de segurana a seguir no se restringem apenas aos aspectos inerentes tecnologia elctrica. Na verdade, muitos acidentes ocorrem, por exemplo, devido a quedas de escadas durante a execuo dos trabalhos. Particularmente perigosos so os trabalhos em alta tenso, pois os contactos com peas sob tenso so normalmente mortais. por esta razo que a alta tenso no pode ser utilizada em instalaes domsticas, estando reservada para grandes consumidores, nomeadamente instalaes industriais. Hoje em
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dia, as disposies de segurana em vigor, se forem cumpridas, evitam praticamente a ocorrncia de acidentes perigosos decorrentes do manuseamento da energia elctrica. De facto, as instalaes elctricas devem ser projectadas e executadas de forma que as partes condutoras que podem estar sob tenso no fiquem acessveis aos utilizadores normais. evidente que se forem foradas as condies normais previstas, podem ocorrer acidentes. Por exemplo, se for desmontada uma tomada, as partes sob tenso ficam acessveis, e pode da advir um choque elctrico. Isto pode acontecer porque as condies normais de utilizao foram alteradas. Para evitar situaes deste tipo com crianas, existem tomadas com alvolos protegidos que impossibilitam a introduo de peas metlicas no interior dos alvolos, salvo se for usada uma ficha especial.
Alm disso, hoje em dia usual a utilizao de disjuntores que protegem as instalaes e que evitam o choque elctrico devido ao contacto com peas condutoras normalmente sem tenso, como, por exemplo, partes metlicas de mquinas de lavar, ferros elctricos, etc, mas que, por avaria, podem eventualmente ficar sob tenso.
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Estes aparelhos desligam automaticamente a corrente elctrica em caso de avaria. A utilizao destes aparelhos de proteco obriga utilizao na instalao que protegem de condutor de proteco, que ligado terra no exterior da instalao. Existe outro tipo de proteco das pessoas, chamada diferencial, que acompanha o disjuntor de entrada nas habitaes e torna a utilizao da energia elctrica ainda mais segura.
7.2.1. Conselhos de Segurana Instalaes Elctricas
Cortar a Corrente:
Mesmo que esteja habituado a efectuar os seus prprios trabalhos de electricidade, no negligencie a segurana, e corte a corrente antes de comear a trabalhar, pelo menos, o circuito sobre o qual vai trabalhar. No hesite em desligar o disjuntor principal se for necessrio (ao lado do contador).
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Ferramentas Manuais / Elctricas:
Os perigos da electricidade esto naturalmente ligados conduo. Por isso deve limitar os riscos utilizando ferramentas isoladas. No utilize em caso algum ferramentas metlicas no isoladas! No utilize outras ferramentas elctricas que no dotadas de duplo isolamento.
O Corta-Circuitos de Fusvel:
Se um fusvel fundir no tente repar-lo com um fio de cobre ou outro condutor, deite-o fora e substitua-o imperativamente por outro fusvel do mesmo nvel.
As Unies Rpidas:
Para ligar dois fios nunca recorra s unies rpidas, utilize um dado de juno: eliminar assim os riscos de falta de isolamento, falsos contactos ou acidente.
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7.3. Proteco de Mquinas

7.3.1. Equipamento de Trabalho Qualquer mquina, ferramenta ou instalao, utilizados no trabalho. Utilizao de um Equipamento de Trabalho
Qualquer actividade em que o trabalhador entre em relao com um equipamento de trabalho, nomeadamente a colocao em servio ou fora dele, o uso, o transporte, a transformao, a manuteno, a conservao ou reparao.
Zona Perigosa
Qualquer zona dentro ou em torno de um equipamento de trabalho onde a presena de um trabalhador exposto o submeta a riscos para a sua segurana ou sade.
7.3.2. Prescries Mnimas Gerais de Proteco Os Equipamentos de Trabalho devem ser:

Estabilizados por fixao ou por outros meios; Utilizados s em operaes e em condies para as quais sejam apropriados; Providos de dispositivos facilmente identificveis que permitam isol-los de cada uma das suas fontes de energia; Providos de avisos e sinalizao indispensveis.
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As Zonas e Postos de Trabalho ou Manuteno devem ser:

Convenientemente iluminados em funo dos trabalhos; Acessveis e seguros.
7.3.3. Prescries Mnimas Especficas de Proteco Para evitar riscos profissionais no trabalho, so aplicveis aos equipamentos de trabalho prescries de segurana
Sistemas de Comando: Claramente visveis e identificveis e, se necessrio, com marcao

apropriada;
Colocados fora das zonas perigosas e de forma que o operador se certifique da

ausncia de pessoas nas zonas perigosas;
Arranque precedido de um sinal de aviso sonoro ou visual, sempre que

necessrio;
Devidamente seguros de forma a no provocar uma situao perigosa; Accionados somente por uma aco voluntria; Preparados para uma paragem real sempre em condies de segurana;
Prioridade da ordem de paragem sobre a ordem de arranque; Munidos de um dispositivo de paragem de emergncia.
Dispositivos de Segurana Adequados Preveno de Riscos contra:

Queda ou projeco de objectos; Emanao de gases, vapores ou lquidos; Emisso de poeiras; Estilhaamento ou rotura de elementos do equipamento;
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Contacto ou proximidade de temperaturas elevadas ou muito baixas; Incndio ou sobreaquecimento do prprio equipamento; Exploso do prprio equipamento ou de substncia por ele produzida, utilizadas ou armazenadas; Contacto directo ou indirecto com a energia elctrica.
7.4. Utenslios e Ferramentas Portteis

Em grande parte de algumas indstrias, principalmente na fase de acabamento, comum, ou melhor, necessrio, o uso de mquinas manuais ou portteis, as populares "maquitas", com as mais diversas finalidades, entre elas: cortar cermica, lixar madeira, furar peas de concreto, etc. O que vemos no dia a dia, quanto ao uso destas mquinas?
Inexistncia de bancadas especficas para o uso deste tipo de equipamento. Operrios sem qualquer Equipamento de Proteco Individual. Operrios em posies de operao, as mais incorrectas possveis, normalmente baixados, de joelhos e a segurar as peas e mquinas de forma insegura. Rudo excessivo, que prejudica os demais trabalhadores em seu torno.
Quem est na linha da frente na Segurana do Trabalho numa destas indstrias sabe como difcil acabar com esta forma de trabalho, estando a mesma arraigada na nossa cultura, e o prprio operrio alega "sei fazer esta tarefa, nunca me aconteceu nada e preciso trabalhar". Este operrio somente dar conta do erro quando sofrer um acidente ou presenciar um acidente com um colega, sendo tarde demais qualquer arrependimento. Como motivar a mo-de-obra a agir correctamente? Em primeiro lugar, devemos consciencializar o empregador sobre a sua responsabilidade em actos inseguros praticados pelos seus empregados, recordando-lhe que qualquer mquina, independente do porte, desde uma
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central de concreto at uma simples furadora domstica, deve ser manobrada por "operrio qualificado". Por outro lado, o operrio deve assimilar um sentimento de responsabilidade para com as suas tarefas e a sua segurana. A utilizao de equipamentos ou mquinas portteis deve ser cuidadosa, segura e apenas efectuada por profissionais. Os Tcnicos e os Engenheiros de Segurana no podem ignorar o mau uso deste equipamento apenas por ser difcil mudar a mentalidade de quem as utiliza, cabe-lhes, isto sim, uma aco firme e contnua em cursos, palestras, ordens de servio, cartas de advertncia e at punies mais srias para aqueles que insistirem no no cumprimento das regras de segurana. Vale tambm lembrar a necessidade de um livro de manuteno e acompanhamento para cada equipamento, preenchido pelo manobrador responsvel pelo mesmo, livro este que deve estar disposio da fiscalizao do trabalho, e ser revisto peridicamente por profissionais legalmente habilitados.
7.5. Escadas Portteis

So os equipamentos mais familiares a todos. Temos escadas de mo, escadas de abrir (aquelas com dobradia de metal ou corda), escadas extensveis. muito importante que se tenha um cuidado especial com estas escadas:
Verifique se h buracos ou desnveis no cho, onde esta ficar apoiada; Os ps destas escadas devem ser revestidos com borracha para evitar deslocamentos ou deslizes; Tenha sempre escadas apropriadas e em bom estado.
A preveno de riscos em trabalhos em altura merece especial ateno, j que, como sabido, as quedas constituem a principal causa imediata de
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acidentes de trabalho. As regras tcnicas actuais podem e devem ser melhoradas neste campo, particularmente no que diz respeito utilizao de escadas portteis. A mdia de pessoas adultas que sofrem quedas de escadas portteis em piso cermicos de 54%, advindo da entorses e contuses, que lesionam membros inferiores.
7.5.1. A Regra de Ouro Trabalhos nas Alturas Esta regra estabelece que todo o servio levado a cabo em lugares acima dos 2 metros de altura, em estruturas no convencionais, s deve ser realizado com a autorizao do PPT - Permisso Para Trabalho - emitida pelo departamento de segurana, e preciso ter em conta todas as medidas de preveno de acidentes, como, por exemplo, o uso de cinto de segurana, trava-quedas ou a utilizao de equipamento ou estruturas especficas para trabalhos em altura.
7.6. Equipamentos de Proteco Individual

Considera-se EPI todo o equipamento e qualquer complemento ou acessrio, a ser usado ou detido pelo trabalhador para a sua proteco contra um ou mais riscos susceptveis de ameaar a sua segurana ou sade no trabalho. pois necessrio que o equipamento em questo se destine especificamente a proteger a sade e a segurana do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer outro objectivo de interesse geral para a empresa como, por exemplo, o uso de uniformes. de salientar que os EPIs s devem ser utilizados quando no for possvel adoptar medidas de segurana de ordem geral, uma vez que estes
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no evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com os equipamentos colectivos. Os EPI devem ser:
Utilizados s quando os riscos existentes no puderem ser evitados ou suficientemente limitados por meios tcnicos de proteco colectiva ou por medidas, mtodos ou processos de organizao do trabalho; Adequados ao seu utilizador e de uso pessoal; Adequados preveno dos riscos que visam evitar e s condies existentes no local de trabalho; Fornecer gratuitamente aos trabalhadores; Adequado aos riscos a prevenir, que no seja, ele prprio, gerador de novos riscos e que tenha em conta parmetros pessoais associados ao utilizador e natureza do seu trabalho; Um equipamento para cada pessoa exposta. Se forem fornecidos a um trabalhador vrios EPI, estes devem ser compatveis entre si.
A entidade patronal deve velar para que as informaes necessrias utilizao dos EPI se encontrem disponveis na empresa, sob uma forma que possa ser compreendida pelos trabalhadores que os utilizam. Deve organizar sesses de formao e de treino dos trabalhadores em causa, a fim de garantir uma utilizao dos EPI em conformidade com os folhetos de instrues. Estima-se que 62% dos trabalhadores europeus nunca usam equipamento de proteco individual (EPIs), e 25% usam-no cerca de metade ou mais do horrio normal de trabalho.
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7.6.1. Como avaliar e Concluir a Necessidade de Uso de um EPI
Os principais riscos so:
Mecnicos Trmicos Elctricos Radiaes (ionizantes e no ionizantes) Rudo Riscos qumicos Aerossis Lquidos Gases e vapores Bactrias patognicas Vrus patognicos Fungos produtores de micoses Antignicos biolgicos no microbianos
Riscos fsicos
Quedas, choques, golpes, impactes, compresses perfuraes, cortes, abrases vibraes, escorregadelas. Queimaduras (frio ou quente). Choques e electrocusso. Cancro e envelhecimento precoce. Dano no tmpano, surdez, dores de cabea. Intoxicaes. Imerses, salpicos, projeces. Intoxicaes, queimaduras. Infeces, micoses, doenas de pele e nas vias respiratrias.
Riscos biolgicos
Um EPI deve:
Estar munido da etiqueta CE (produtos que respeitam os requisitos essenciais em matria de segurana e proteco da sade). Ser apropriado aos riscos corridos; Proteger realmente; Ser confortvel, bem conservado e bem utilizado; No deve perturbar o trabalho; Deve ser usado permanentemente enquanto durar a exposio ao risco contra o qual oferece proteco.
Deve-se ter sempre em conta que a proteco colectiva prioritria, os EPI so a ltima defesa contra riscos.
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7.7. Sinalizao de Segurana
7.7.1. Definio do termo "Sinalizao de Segurana de Sade" Tipo de sinalizao que proporciona uma indicao ou obrigao relativa segurana ou sade no trabalho, mediante um ou mais sinais em forma de painel colorido, sinal luminoso, acstico, gestual, ou ainda uma comunicao verbal.
Tambm se podem identificar nestes termos:

Sinal de proibio, de advertncia, de obrigao, de salvamento ou de socorro e indicativo; Sinal adicional; Cor de segurana; Smbolo ou pictografia.
Com o auxlio da Sinalizao de Segurana, devemos saber relacionar um objecto ou uma situao determinada, e identificar rapidamente a indicao que esta nos tenta transmitir, por meio de uma cor ou de um sinal de segurana. O seu objectivo chamar a ateno, de uma forma rpida e inteligvel, para objectos e situaes susceptveis de provocar determinados perigos.
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Certas formas de Sinalizao de Segurana podem ser utilizadas em conjunto:

Sinais luminosos e sinais acsticos; Sinais luminosos e comunicao verbal; Sinais gestuais e comunicao verbal.
7.7.2. Formas de Sinalizao
A sinalizao deve ser permanente para:

Proibies; Avisos; Obrigaes; Meios de salvamento ou de socorro; Equipamento de combate a incndios; Assinalar recipientes e tubagens; Riscos de choque ou queda; Vias de circulao;
A sinalizao deve ser acidental para:

Assinalar acontecimentos perigosos; Chamada de pessoas (bombeiros, enfermeiros, etc.); Evacuao de emergncia; Orientao dos trabalhadores que efectuam manobras.
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As indicaes que se seguem aplicam-se a toda a sinalizao que contenha uma cor de segurana:
Cor
Significado ou finalidade Sinal de proibio Perigo - Alarme
Vermelho
Indicaes e precises Atitudes perigosas. Stop, pausa, dispositivos de corte de emergncia. Evacuao.
Material e equipamento de combate Identificao e localizao. a incndios Amarelo ou Amarelo alaranjado Azul Sinal de aviso Ateno, precauo. Verificao.
Verde
Comportamento ou aco especfica; Obrigao de utilizar equipamento de proteco individual. Portas, sadas, vias de acesso, postos, Sinal de salvamento ou de socorro locais especficos, materiais. Situao de segurana Regresso normalidade. Sinal de obrigao
As placas de sinalizao devem obedecer s seguintes caractersticas:

Corresponder s especificaes definidas no quadro acima; Ser simples e resistentes; Ser visveis e compreensveis; Ser retiradas quando o risco desaparecer.
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7.8. Armazenagem
7.8.1. Norma NR 11 Movimentao e Armazenamento

As reas de armazenamento e os espaos em torno de mquinas e
equipamentos devem ser dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam movimentar-se com segurana; Os pisos onde se armazenam mquinas e equipamentos devem ser
vistoriados e mantidos em perfeito estado de conservao, higiene, limpeza e organizao. Estes pisos devero ser constitudos por materiais no escorregadios, sem aspereza, utilizando-se, de preferncia, o mstique asfltico; etc; O peso do equipamento armazenado no poder exceder a capacidade O equipamento armazenado dever ser disposto de forma a evitar a
obstruo de portas, equipamentos contra incndio, sadas de emergncias,
de carga calculada para o piso; O armazenamento dever obedecer aos requisitos de segurana
especiais a cada tipo de equipamento; Os equipamentos devem ser calculados e construdos de maneira que
ofeream as necessrias garantias de resistncia e segurana para serem conservados em perfeitas condies de trabalho.
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7.8.1. Sistemas de Armazenagem

Estantes
Paletizao
Convencional Compacta Dinmica Estantes para caixas; picking; plstico; especiais e acessrios para estantes Entre-pisos e plataformas Tendas e instalaes desmontveis Armrios compactos mveis Sistemas de armazenagem automtica
Armazns automticos
Armazns rotativos verticais ou Paternoster Armazns rotativos horizontais Transelevadores Armazns autoportantes
Mini-loud
Paletizao Outros sistemas de armazenagem Armrio de segurana produtos perigosos Sistemas de armazenagem para bides
O armazenamento nas devidas condies de segurana permite no s evitar o acidente, como tambm o desenvolvimento das tarefas de uma forma correcta e organizada, simplificando-as.
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7.9. Incndios e Exploses
7.9.1. Perigo de Incndio Um incndio s pode despoletar se trs elementos se combinarem: combustvel, calor e oxignio. Este ltimo inevitvel e incontrolvel, uma vez que um componente do ar e est presente em toda a atmosfera. A chama alimenta-se de oxignio. Ento, a nica hiptese de evitar um incndio controlando o combustvel (gasoso ou liquido), bem como a fonte de calor (fasca elctrica, ponta de cigarro, etc.), que podem e devem ser manipulados com as devidas precaues. A sua segurana, e a das pessoas sua volta, depende de si.
7.9.2. Perigo de Exploso Um combustvel queima em fraces de um segundo e expande-se da mesma forma. Na combusto de um produto inflamvel forma-se um grande volume de gases, que sem sada, criam uma enorme presso no ambiente, provocando a exploso. Esta presso cada vez maior no apenas pela formao dos gases, mas tambm porque estes quando aquecidos, expandem, aumentando consideravelmente as hipteses de exploso. A exploso apenas acontece no momento em que a mistura de combustvel e ar atingem uma certa percentagem. Por este motivo, sempre que se constate uma fuga, urgente transportar imediatamente o ambiente sob presso para o ar livre, e evitar categoricamente fascas ou chamas. Todos os produtos inflamveis so constitudos por milhes de partculas, que no podem ser divididas. Isto , as suas quantidades tm que
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ser programadas ao infinito pormenor. Quando esta quntica no respeitada, do-se as exploses. S para ter uma ideia do perigo, diremos que se quisermos contar o nmero de partculas existentes num centmetro cbico de oxignio, precisaramos que toda a populao do mundo (cerca de 5 bilies de pessoas) contasse durante 240 anos, 8 horas por dia, todos os dias!
7.9.3. Perigo de Asfixia A asfixia pode ocorrer devido a um incndio, uma vez que as chamas se alimentam de oxignio, pouco ou nada sobra para a vtima respirar. Por outro lado, o prprio fumo acaba por tornar o ar irrespirvel, e em ultima instncia, asfixiar. Mas a asfixia tambm se pode atribuir inalao de um gs. Se a vtima se encontrar num compartimento fechado (sem ventilao), e existir uma fuga de gs, este acaba por expulsar o oxignio obrigando sua inalao. Ao respirar consome-se oxignio, e isto vai fazer com que escasseie o ar no compartimento, levando inevitavelmente asfixia.
7.9.3. Preveno de Incndios ou Exploses
Para evitar incndios ou exploses, proceda do seguinte modo:

O combustvel do motor de uma mquina pode causar uma exploso ou incndio, no encha o reservatrio de combustvel com o motor em funcionamento; Na limpeza destas use um solvente no inflamvel para limpar as peas. Fascas ou chamas podem fazer explodir o hidrognio existente na bateria;
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Ao desligar os cabos da bateria, desligue primeiro o cabo negativo (-) e ao ligar

ser este o ltimo a ser ligado;
As fascas do sistema elctrico ou do escape do motor podero causar um

incndio ou uma exploso;
Antes de manobrar uma mquina em locais com poeira ou vapores inflamveis,

providencie uma boa ventilao;
Tenha sempre um extintor de incndios perto da mquina. Certifique-se de que

o extintor mantido de acordo com as instrues do seu fabricante;
Remova todo o lixo ou sujidade da mquina. Certifique-se de que no guarda

na mquina materiais inflamveis;
Verifique se existem quaisquer vazamentos, e substitua mangueiras ou tubos

que se apresentem gastos ou com danos. Aps de ter efectuado qualquer reparao, limpe a mquina antes de trabalhar com ela.
Acidentes catastrficos, resultam sempre em consequncias muito desastrosas para o ser humano e meio ambiente. Todo o cuidado pouco!
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Mdulo 8
8.1. Higiene no Trabalho

A higiene est intimamente ligada ao meio ambiente em que o Homem vive, e este inclui o ambiente de trabalho que um conjunto de factores fsicos, climticos ou quaisquer outros que interligados ou no, esto presentes e envolvem o local de trabalho de uma pessoa. Um meio ambiente sadio um direito transindividual por ser um direito de cada indivduo, e reconhecido como uma obrigao social do Estado, ou no caso do ambiente de trabalho, uma obrigao da entidade patronal.
8.2. Ambiente Trmico

O ambiente trmico pode ser definido como o conjunto das variveis trmicas ou meteorolgicas no local em questo, que influenciam as trocas de calor entre o meio e o organismo humano, sendo assim um factor que intervm, de forma directa ou indirecta na sade e bem-estar dos indivduos, e na realizao das suas tarefas dirias. Nos ambientes em que existem fontes de energia, como fornos, ou maaricos, ou pelo tipo de material utilizado e caractersticas da construo (insuficincia de janelas ou portas), as altas temperaturas podem ser prejudiciais para a sade dos trabalhadores. A sensao de calor proveniente da temperatura ambiente e de esforo fsico que fazemos para executar um trabalho.
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A temperatura efectiva admissvel situa-se entre os 21 e os 26C, enquanto que a humidade relativa do ar deve estar entre os 55% a 65%, e a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s. Contudo, o conforto trmico flexvel e deve ser analisado atravs de factores, como:
O nvel de actividade do individuo; A resistncia trmica das suas roupas; As relaes temperatura e humidade relativa do ambiente. Velocidade do ar.
Os ambientes trmicos podem ser classificados como: Quentes (fundies, cermicas, padarias); Frios (armazns frigorficos, actividades piscatrias); Neutros (escritrios). Logicamente, os problemas ocorrem em ambientes trmicos frios ou quentes, ou agudizam-se quando os dois se combinam.
8.2.1. Stress Trmico Em geral est relacionado com o desconforto do trabalhador em condies de trabalho, em que a temperatura ambiente muito elevada, podendo-se conjugar uma baixa humidade e uma circulao de ar deficiente. Mas, acontece tambm em ambientes com baixas temperaturas.
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8.2.1.a) Sintomas
Ambiente Trmico Quente:

Temperatura superficial da pele aumenta (dilatao dos vasos sanguneos); Temperatura interna aumenta ligeiramente; Sudao; Mal-estar generalizado; Tonturas e desmaios; Esgotamento e em ultimo caso a morte.
Ambiente Trmico Frio:

Frieiras localizadas nos ps s e nas mos; Alteraes na circulao sangunea, levando a que as extremidades do corpo P-das-Trincheiras (surge em situaes de grande humidade, e os ps ficam Enregelamento ( a congelao de tecidos devido exposio a
arrefeam e se tornem vermelho-azulado; extremamente frios e de cor violeta); temperaturas muito baixas, ou por contacto com superfcies muito frias).
8.2.1.b) Medidas de Preveno
As medidas a tomar para minimizar os efeitos do stress trmico passam por:

Uma correcta dieta alimentar para fortalecer o organismo; Ingerir bastante gua temperatura ambiente e no beber lcool;
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Evitar alimentao rica em gorduras, visto que estas retm os lquidos no
organismo, e moderar o consumo de cafena; Em situaes de elevada temperatura, deve-se ingerir gua deve conter uma Devem ser tomadas medidas de ventilao; Implementar turnos com menor carga horria em situaes onde ocorre Contra o calor radiante essencial o uso de viseiras, uma vez que a radiao
poro de sal para compensar as perdas da transpirao;
exposio a ambientes hostis; emitida por materiais em fuso levam ao surgimento de cataratas a nvel ocular.
8.3. Ventilao
O organismo humano uma mquina trmica de baixo rendimento (10% a 20%). Os 80% ou 90% transformam-se em calor. O conforto trmico permite que o individuo perca para o ambiente o calor compatvel com a actividade que est a praticar. Mas, para isto indispensvel que exista ventilao. A deficincia de oxignio, aliada concentrao de dixido de carbono torna-se um risco no interior de um espao confinado. O sistema respiratrio constitui uma interface muito importante do organismo humano com o meio ambiente, particularmente com o ar e seus constituintes, gases e aerossis, sob a forma lquida ou slida. A poluio do ar nos ambientes de trabalho associa-se a uma extensa gama de doenas do foro respiratrio, que acometem desde o nariz at o espao pleural. Entre os factores que influenciam os efeitos da exposio a esses agentes esto as propriedades qumicas e fsicas dos gases e aerossis, e as caractersticas prprias do indivduo como herana gentica, hbitos de vida, como tabagismo e doenas pr-existentes.
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O ar puro essencial para a sade, mais do que remdios e alimentos. A respirao, que nos d vida, precisa de ar puro, renovado continuamente. O ar puro proporciona o oxignio ideal para ser levado a todo o organismo, especialmente para o sistema nervoso, o crebro e todos os demais rgos. At o processo digestivo grandemente beneficiado pela boa oxigenao do organismo. As funes intelectuais, a memria, os sentidos de uma forma geral, ficam mais desenvolvidos. Muitos trabalhadores sofrem de doenas respiratrias por se encontrarem permanentemente em ambientes deficientemente ventilados, sem ar puro. O ar que respiram no vitaliza e por vezes at intoxica.
8.3.1.
Doenas Relacionadas com a Poluio Atmosfrica no
Ambiente de Trabalho A poluio atmosfrica caracteriza-se basicamente pela presena de gases txicos e partculas slidas no ar. As principais causas deste fenmeno so:
A eliminao de resduos por certos tipos de indstrias (siderrgicas,
petroqumicas, de cimento, etc.); A queima de carvo e petrleo em oficinas; Sistemas de aquecimento em ambientes fechados; Processos industriais de extraco e transformao; Processos de gerao de calor industrial; Transporte, estucagem e transferncia de combustveis;
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A poluio do ar provoca doenas respiratrias:

Asma, bronquite e enfisema pulmonar; Desconforto fsico (irritao dos olhos, nariz e garganta, dor de cabea, sensao de cansao, tosse); Agrava doenas cardio-respiratrias e contribui para o
desenvolvimento do cancro de pulmo.
Atravs de vrios estudos epidemiolgicos e toxicolgicos, reconhecidos pela Organizao Mundial de Sade, chegou-se concluso que estes problemas de sade relacionados com a poluio atmosfrica, tm um alto custo social, com gastos nos tratamentos de sade, perda de horas de trabalho e reduo da produtividade. Um relatrio divulgado ano passado pela Organizao Mundial da Sade (OMS), baseado em estudos sobre Meio Ambiente e Sade, revelou que, entre outras coisas, a exposio prolongada poluio laboral causou um adicional de 21 mil mortes prematuras por problemas respiratrios ou doenas do corao, em pessoas acima de 30 anos. A relao entre a baixa qualidade do ar e as doenas respiratrias, cardiovasculares bem alta. Quando respiramos numa atmosfera poluda, os pulmes tm dificuldade em filtrar o ar. Desta forma chega menos oxignio ao corao, que ter de trabalhar mais para suprir a carncia.
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8.3.2.
Medidas Preventivas
Manter boas condies ambientais e um adequado sistema de ventilao nos
espaos interiores;
Evitar os lugares densamente frequentados, as multides e os lugares pouco
ventilados; Se tiver um sistema de ar condicionado, deve deix-lo com a mxima entrada de
ar fresco, bem como deve manter o sistema com uma limpeza adequada e realizar a manuteno peridica, incluindo a substituio peridica das redes de filtros;
Em locais confinados, deve-se ter suprimento de ar por ventilao forada.

Os meios destinados renovao natural ou forada do ar no ambiente de
trabalho e instalaes comuns devem obedecer s seguintes regras: No produzir nem admitir substncias incmodas, txicas perigosas ou infecciosas; Os dispositivos artificiais de renovao do ar devem ser silenciosos.
Torna-se imperativo que a ventilao nos locais de trabalho seja o mais eficiente possvel, e adequada para cada situao.
8.4. Iluminao
Falar da importncia da viso humana pode parecer grande
redundncia. No entanto observando-se muitos locais de trabalho nas mais variadas empresas, nota-se que nem todos captaram ainda o quanto este sentido essencial para a execuo dos trabalhos. Tal facto na verdade no causa grande admirao, at porque outros itens mais evidentes no que diz
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respeito falta de condies adequadas no ambiente de trabalho so abundantes, e nem mesmo para estes so feitos esforos mais srios. Na verdade o olho humano o receptor mais importante de informaes. Alguns estudos mostram que de 80% a 90% de todas as nossas percepes ocorrem atravs da viso o que no muito diferente em muitos trabalhos que o homem realiza. Supostamente pode-se ento acreditar (pela experincia e vivncia), que grande parte da fadiga relativa ao trabalho passe pela sobrecarga dos olhos. Obviamente o ser humano foi projectado e dimensionado para trabalhar com a luz natural. A luz do dia, com cu claro e sem nebulosidades composta por 90% de luz solar directa e cerca de 10% de luz difusa. Sempre que possvel, os postos de trabalho devem ser planeados para o mximo de aproveitamento possvel da luz natural. Neste ponto interessante citar alguns nmeros:
Num dia nublado de vero possvel encontrarmos cerca de 10.000 a 30.000 lux em locais abertos. J em dias de vero os valores chegam aos 100.000 lux.
As premissas bsicas para a definio da iluminao num posto de trabalho, devem ter em conta que a mesma no deve gerar risco de acidentes e ao mesmo tempo seja condizente com as exigncias da tarefa a ser realizada. Para definir o tipo de iluminao, existe a necessidade de compreenderse melhor as tarefas visuais. Uma boa referencia para isso utilizar:
A dimenso dos contrastes de densidade luminosa e de cores que surgem; A dimenso dos principais elementos de estrutura; A velocidade com que estes devem ser detectados; A segurana desejada para a identificao; O tempo de durao do trabalho visual.
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Obviamente que quanto maior for o grau de dificuldade da tarefa visual, maior dever ser a qualidade da iluminao. Para atender a estas necessidades podemos valermo-nos de um iluminao geral ou de uma iluminao geral orientada para o posto de trabalho, ou ainda (nos casos mais complexos), de iluminao no prprio posto de trabalho individual ou no.
Uma iluminao deficiente pode provocar, para alm de doenas profissionais, a ocorrncia de acidentes. Por outro lado, o excesso de iluminao tambm prejudicial, causando o cansao visual e a consequente diminuio de rendimento no trabalho.
8.4.1. Viso, Iluminao e Trabalho O processo da viso bastante complexo e implica em uma srie de factores. Por isso mesmo de grande importncia tanto para a segurana das pessoas como para a qualidade do produto, que a iluminao do posto de trabalho seja adequada s exigncias da tarefa. Iluminao insuficiente implica directamente a perda de desempenho e o aumento do nmero de acidentes.
Um antigo e interessante estudo feito por Dall em 1973, mostrava a influncia da intensidade luminosa sobre o desempenho, refugo e acidentes:
Intensidade Empresa Metwood Co. Erickson Co. Luminosa (Lux) Antes 300 500 Depois 2000 2000 16 % 10 % 29 % 20 % 52 % 50 % Aumento de Desempenho Reduo de Refugo Reduo de Acidentes
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A qualidade da iluminao dos postos de trabalho no definida apenas pelo nvel de iluminao. Deve-se levar em conta tambm:
A distribuio da densidade luminosa; A limitao do ofuscamento; A direco da luz e da sombra; A cor da luz e reproduo das cores.
Sempre que possvel, deve-se procurar uma iluminao uniforme, por questes que so bvias devido s citaes anteriores. Devemos tambm ter em conta que alm do ofuscamento relativo, devido a grandes diferenas nas densidades luminosas do campo visual, tambm so significativas para a definio da iluminao: O ofuscamento directo Por reflexo Sendo o primeiro o olhar directamente para a fonte luminosa, e o segundo por reflexo em superfcies brilhantes. Nos trs casos (relativo, directo e por reflexo), no basta a capacidade de adaptao do olho para ajustar-se simultaneamente s diferentes densidades luminosas do campo visual. Assim, o ofuscamento directo, ou seja, olhar directamente para uma luz direccionada inadequadamente para o campo visual, ou para uma janela frontal ao posto de trabalho, deve ser evitado. Sempre que possvel a direco principal de incidncia de luz deve vir da parte superior esquerda, e havendo possibilidade, nenhuma luz num ngulo menor a 30 em relao ao plano de viso horizontal. Para evitar os ofuscamentos por fontes luminosas, estas devem ser instaladas paralelamente direco da viso. A reproduo de cores dos objectos de trabalho depende da constituio do espectro de cada tipo de luz. Por exemplo: a luz do dia tem uma parcela
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aproximadamente igual de azul, verde e amarelo, enquanto que as lmpadas florescentes tm uma poro menor de azul, porm, relativamente alta de vermelho. A constituio espectral determina a cor da luz da lmpada. Cada sistema de iluminao (seja por luz natural ou por luz artificial), deve ser estruturado de maneira que por um lado no existam diferenas de densidade luminosa muito grandes, e ao mesmo tempo seja evitada a monotonia pela falta de contrastes luminosos. Grandes diferenas de claridade dentro do campo visual implicam constantes processos de adaptao, que levam a um processo de rendimento visual diminudo. Outro ponto importante a ser levado em conta a definio das cores das instalaes, mquinas e equipamentos. uma tarefa muito mais complexa do que observar a mera questo de gosto ou esttica. A estruturao das cores, devido aos diferentes graus de contrastes e diferentes densidades luminosas, tem interferncia directa no estado de disposio humana. Fora isso, quando utilizadas correctamente, as cores so muito importantes para a sinalizao de segurana. Exemplo disso o uso da cor amarela, que por ter um alto grau de reflexo e ser facilmente distinguida mesmo em locais de baixa luminosidade, utilizada universalmente em contraste com o preto para sinalizao. Em suma, levar em conta a questo da iluminao, sem duvida alguma, contribuir para a obteno de um ambiente de trabalho mais seguro e saudvel.
8.5. Rudo
O Que o Rudo? O rudo , por definio, um som indesejvel. Varia a sua composio em termos de frequncia, intensidade e durao. Sons que so agradveis
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para algumas pessoas podem ser desagradveis para outras. Por exemplo, os sons de uma msica podem ser divertidos para alguns, mas outros j os consideram lesivos. Ento, para um som ser classificado como "rudo", deve ser julgado pelo ouvinte.
8.5.1. Perda de Audio Induzida pelo Rudo A exposio contnua a nveis de rudo superiores a 50 decibis, pode causar deficincia auditiva em algumas pessoas. H uma considervel variao de indivduo para indivduo, relativamente susceptibilidade ao barulho. Entretanto, padres tm sido estabelecidos que indicam, em mdia, o rudo que uma pessoa pode tolerar, em relao ao prejuzo da sua sade. Alm disso, o rudo aumenta os riscos de acidente, uma vez que os sinais de aviso ou os problemas mecnicos podem, frequentemente, no ser ouvidos. De acordo com um estudo da Agncia Europeia para a sade e a segurana no trabalho, 28% dos trabalhadores da UE esto expostos a um rudo que torna qualquer conversa difcil. Muitos sons no nosso ambiente excedem estes padres e a exposio contnua a esses sons pode causar at a perda da audio. A diferena em nveis de decibis maior do que se poderia esperar: num ambiente de 95 dB entra nos ouvidos 100 vezes mais energia sonora do que num ambiente de 75 dB. A perda auditiva tpica observada com as pessoas que possuem uma longa histria de exposio a rudo caracterizada por perda de audio na faixa entre 3000 e 6000 Hz. Na fase precoce exposio, observada uma perda de audio temporria ao fim de um perodo, desaparecendo aps algumas horas. A exposio contnua ao rudo resultar em perda auditiva permanente que ser de natureza progressiva e se tornar notvel subjectivamente ao trabalhador no decorrer do tempo. Estas mudanas nos
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limiares auditivos podem ser monitorizados atravs de testes audiomtricos, e isto alertar os mdicos para as medidas preventivas. Nos estgios avanados, uma perda de audio nas frequncias altas afectar seriamente a habilidade para entender a fala normal. Em geral, pessoas com perdas auditivas nas frequncias altas no experimentaro dificuldades para detectar a fala, mas tero problemas para entender conversas.
Tabela de Impacto de Rudos na Sade Volume/Reaco/Efeitos Negativos/Exemplos de Exposio

VOLUME At 50 dB Acima de 50 dB REAO Confortvel (limite da OMS) EFEITOS NEGATIVOS Nenhum EXEMPLOS DE LOCAIS Rua sem trfego.
O ORGANISMO HUMANO COMEA A SOFRER IMPACTOS DO RUDO.
Diminui o poder de A pessoa fica em concentrao e prejudica a De 55 a 65 dB estado de alerta, produtividade no trabalho no relaxa intelectual.
Agncia bancria
Aumenta o nvel de cortisona no sangue, diminuindo a resistncia imunolgica. Induz O organismo De 65 a 70 a libertao de endorfina, reage para tentar dB (incio tornando o organismo se adequar ao Bar ou restaurante das dependente. por isso que lotado ambiente, epidemias de muitas pessoas s conseguem minando as rudo) dormir em locais silenciosos defesas com o rdio ou TV ligados. Aumenta a concentrao de colesterol no sangue. O organismo fica sujeito ao stress Aumentam os riscos de enfarte, infeces, entre outras degenerativo alm de abalar a doenas srias sade mental Praa de alimentao de um centro comercial, rua de trfego intenso.
Acima de 70
Obs.: O quadro mostra rudos inseridos no quotidiano das pessoas. Rudos eventuais alcanam volumes mais altos. Um trio elctrico, por exemplo, chega facilmente a 130 dB (A), o que pode provocar perda auditiva induzida, temporria ou permanentemente.
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8.5.2. Zumbido Induzido pelo Rudo Embora a causa exacta do zumbido seja desconhecida, muitos trabalhadores que tm exposio ao rudo contnuo, apresentam zumbido. O rudo pode ser a causa mais provvel do zumbido, e este pode ou no ocorrer simultaneamente com perda auditiva. A maior parte dos trabalhadores que apresentam zumbido tambm tem problemas auditivos, mas uma pequena percentagem (menos de 10%) tem audio dentro dos limites da normalidade. O zumbido como resultado da exposio a rudo pode ocorrer sbita ou muito gradualmente. Quando ocorre subitamente, frequentemente percebido a uma intensidade razoavelmente alta e pode persistir nesse nvel permanentemente. Para outros, o zumbido temporrio, acabando por passar.
8.5.3.
Conservar a Audio
Afastar-se do rudo o mximo possvel; Usar um protector auditivo individual quando o rudo for inevitvel
ou no puder ser neutralizado; Reduzir o tempo que voc se expe ao barulho; Reduzir o barulho em sua fonte.
8.5.4. Outras Consequncias para a Sade Devido Exposio ao Rudo O rudo conhecido por ter efeitos nocivos no somente sobre a audio, como tambm causando stress em todo o sistema circulatrio, respiratrio e digestivo. A exposio prolongada ao rudo pode causar dores de cabea, cansao e elevao da presso arterial. O rudo pode interferir na aprendizagem das crianas e at mesmo afectar uma criana em gestao.
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Se contribuirmos para a reduo do rudo no ambiente de trabalho, cada rgo do nosso corpo, assim como das demais pessoas ao seu redor, estar a ser beneficiado. A cegueira separa o homem das coisas. A surdez separa o homem do homem.
Helen Keller
8.6. Vibraes
Vibrao um movimento peridico, ou aleatrio, de um elemento estrutural ou pea de uma mquina: movimento repetitivo a partir de uma posio de repouso. Embora praticamente inevitvel e algumas vezes at necessria, ela pode causar problemas de sade a quem sofre os seus efeitos. Estes problemas podem ir desde a sensao de enjoo (quando se viaja de barco ou avio), at trepidao incmoda de uma britadeira a ar-comprimido. Os engenheiros sabem que a vibrao pode danificar mquinas e estruturas, e por isso deve ser controlada e/ou isolada. Da mesma forma, o corpo humano tambm pode ser afectado. Da a necessidade de medir e estabelecer limites para a vibrao, como agente de insalubridade no trabalho. As vibraes constituem efectivamente um perigo potencial para o trabalhador, j que podem desencadear problemas osteomusculares, neurolgicos e vasculares. Na prtica, muito difcil evitar a vibrao, e as leses que provm desta podem incapacitar os trabalhadores
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Existem dois Tipos de Vibraes:
As vibraes transmitidas ao sistema mo-brao, que podem

ocasionar, em particular, problemas vasculares, de ossos ou de articulaes, nervosas ou musculares.
As vibraes transmitidas ao corpo inteiro, que podem desencadear,

em particular, lombalgias e leses na coluna vertebral.
8.6.1. Diagnstico e Preveno A exposio vibrao mo-brao pode ser reduzida caso a simplificao do produto o torne compatvel com a produo mecnica, ou o acabamento superficial necessrio seja alcanado por meio qumico e no mecnico. Em relao vibrao transmitida ao corpo inteiro, as actividades mais relacionadas so: motoristas de autocarro, camio, tractor; operadores de empilhadoras, cortadores de relva, marinheiros, entre outras. Todas estas mquinas devero ser pensadas no segundo os princpios da engenharia ergonmica, para proporcionarem o conforto necessrio durante a sua utilizao. Devem tambm ser adoptadas medidas que garantam o controlo adequado da sade dos trabalhadores. Estas medidas de controlo devem ter como objectivo a preveno e o diagnstico precoce de qualquer dano para a sade, como consequncia da exposio a vibraes mecnicas.
Este controlo apropriado quando:
A exposio do trabalhador s vibraes for de tal forma intensa que possa estabelecer-se uma relao entre a exposio e uma determinada enfermidade, ou um efeito nocivo para la sade;
100
Aja probabilidades de contrair uma enfermidade ou padecer o efeito nocivo nas condies laborais concretas do trabalhador.
Em qualquer um dos casos, o trabalhador exposto a um nvel de vibraes mecnicas superior aos valores que do lugar a uma aco deve ter um controlo apropriado da sua sade.
8.6.2. As Vibraes afectam um Trabalhador em cada quatro No momento de lanar uma nova legislao europeia, parece que 24% dos trabalhadores da Unio esto sujeitos a vibraes. Nas empresas de extraco, como as pedreiras ou as minas, no sector da construo, dos transportes ou da agricultura, as vibraes mecnicas das ferramentas ou mquinas utilizadas podem provocar leses nas articulaes, problemas neurolgicos ou traumatismos da coluna vertebral.
8.7. Radiaes
8.7.1. O que so radiaes? No final do sculo XIX, um minrio de urnio foi esquecido em cima de um fita de fotografia. Aps alguns dias, a fita foi verificada e visualizaram uma marca derivada de "algo" que saia do minrio de urnio. Na altura, denominaram "esse algo" de raios ou radiaes.
101
fenmeno
de
libertao
de
radiaes
foi
denominado
de
radioactividade, e os elementos qumicos que apresentavam esta propriedade foram designados de elementos radioactivos. Actualmente, definem-se radiaes, como sendo: ondas electromagnticas ou partculas que se propagam a alta velocidade e energia, e que quando interagem com a matria, podem produzir variados efeitos sobre ela.
8.7.2. De onde surgem as radiaes? Geralmente, elas podem ser geradas por fontes naturais (tomos instveis em declnio), ou por dispositivos desenvolvidos pelo homem (rdio AM, FM e fornos-microondas). Luz, microondas, ondas de rdio AM e FM, laser, raios X e radiao gama so as formas de radiao electromagnticas mais conhecidas. J feixes de
Radiao beta () Radiao gama() Meia-vida
Radiao alfa ()
electres, feixes de protes, partculas beta, partculas alfa e feixes de neutres so exemplos de radiao de partculas, ou seja, so radiaes com massa, que provm de tomos de elementos qumicos.
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8.7.3. Tipos de Radiaes
Emisses alfa (2a4)

Partculas com carga elctrica positiva, constitudas de 2 protes e 2 neutres. Possui uma velocidade mdia de 20000 km/s, com um poder de penetrao bastante reduzido (so detidas por pele, folha de papel ou 7 cm de ar). Contudo tm um elevado poder ionizante ao ar, isto , por onde passam capturam electres, transformando-se em tomos de Hlio.
Meia vida (P):

o perodo de tempo necessrio para que metade dos tomos presentes num elemento se desintegre. O tempo de meia vida uma caracterstica de cada istopo radioactivo, e no depende da quantidade inicial do istopo nem de factores Como presso e temperatura.
8.7.4. As Radiaes Ionizantes e No-Ionizantes Os dados de que hoje se dispe sobre os efeitos das radiaes ionizantes a que o homem est sujeito indicam que cerca de 68% resultam da exposio natural, e que cerca de 30% resultam ou provm de utilizaes mdicas. Nos restantes cerca de 2% esto includas vrias origens, das quais se destacam cerca de 0,15% atribuveis a descargas de indstrias nucleares. Este cenrio, extremamente esclarecedor, nunca correspondeu a uma verdade absoluta, nos tempos actuais est qualitativa e quantitativamente modificado. Na realidade, desde o incio do sculo at aos nossos dias, isto , em termos de sade pblica, desde a radiodermite, at s doenas rdioinduzidas por radionucldeos que atravessaram fronteiras areas, martimas e terrestres, tudo conduziu a que as radiaes ionizantes constitussem um factor sanitrio
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a ser ponderado pelas legislaes nacionais, pelas organizaes internacionais (OMS, AIEA, FAO, etc) e, obviamente, pelas Comunidades Europeias. Paralelamente, a radiao considerada no ionizante, includa desde o espectro electromagntico do ultravioleta at zona denominada por microondas, constitui hoje tambm fonte de preocupao para a sade pblica. A investigao cientfica permite-nos afirmar que a aco destes tipos de radiaes, em doses elevadas, tm iniludvel efeito sobre o patrimnio biolgico do homem e sobre a sade pblica.
8.8. Agentes Qumicos Riscos para a sade
8.8.1. Definio de Agente Qumico Qualquer elemento ou composto qumico, s ou em misturas, quer se apresente no seu estado natural quer seja produzido, utilizado ou libertado, inclusivamente libertado como resduo, por uma actividade laboral, quer seja ou no produzido intencionalmente ou comercializado.
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Tipos de Agentes Qumicos: Qualquer substncia perigosa desde que no faa parte das
substncias que apenas so classificadas como perigosas para o ambiente; Qualquer preparado perigoso, que no faa parte dos preparados que
s preenchem os critrios que os classificam como perigosos para o ambiente; Qualquer agente qumico que, embora no preencha os critrios que o
classificam como perigoso possa, devido s suas propriedades fsicoqumicas, qumicas ou toxicolgicas e forma como utilizado ou est presente no local de trabalho, apresentar riscos para a segurana e a sade dos trabalhadores, incluindo qualquer agente qumico que esteja sujeito a um valor-limite de exposio profissional.
O valor-limite de exposio profissional, salvo se especificado em contrrio, o limite da concentrao do agente qumico presente na atmosfera do local de trabalho ou na zona de respirao de um trabalhador, em relao a um perodo de tempo especfico. Os agentes ambientais so os maiores causadores em potencial de doenas profissionais devido sua aco qumica sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma slida, como lquida ou gasosa. Alm do grande nmero de materiais e substncias tradicionalmente utilizadas ou manufacturadas no meio industrial, vai sendo encontrada uma variedade enorme de novos agentes qumicos em potencial, devido quantidade sempre crescente de novos processos e compostos desenvolvidos.
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Eles podem ser classificados de diversas formas, segundo suas caractersticas txicas, estado fsico, etc.
Os agentes qumicos, quando se encontram em suspenso ou disperso no ar atmosfrico, so chamados de contaminantes atmosfricos. Estes podem ser classificados em: Aerodispersides, Gases e Vapores
Os Aerodispersides So disperses de partculas slidas ou lquidas de tamanho bastante reduzido (que mantm por longos perodos de tempo em suspenso no ar) Exemplos: poeiras (so partculas slidas, produzidas mecanicamente por ruptura de partculas maiores), fumos (so partculas slidas produzidas por condensao de vapores metlicos), nvoas (partculas lquidas produzidas mecanicamente, como por em processo spray) e neblinas (so partculas lquidas produzidas por condensaes de vapores). O tempo que os aerodispersides podem permanecer no ar depende do seu tamanho, peso especfico (quanto maior o peso especfico, menor o tempo de permanncia) e velocidade de movimentao do ar. Evidentemente, quanto mais tempo os aerodispersides permanecerem no ar, maior ser o perigo de serem inalados e produzirem intoxicaes no trabalhador. As partculas mais perigosas so as que apenas so visveis com auxlio de um microscpio. Estas constituem a chamada fraco respirvel, pois podem ser absorvidas pelo organismo atravs do sistema respiratrio. As partculas maiores, normalmente ficam retidas nas mucosas da parte superior do aparelho respiratrio, de onde so expelidas atravs da tosse, expectorao, ou pela aco dos clios.
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Os Gases So disperses de molculas no ar, misturadas completamente com este (o prprio ar uma mistura de gases). No possuem formas e volumes prprios e tendem a expandir-se indefinidamente. temperatura ambiente, mesmo sujeitos a fortes presses, no possvel serem total ou parcialmente reduzidos ao estado lquido.
Os Vapores So tambm disperses de molculas no ar, que ao contrrio dos gases, podem condensar-se para formar lquidos ou slidos em condies normais de temperatura e presso. Uma outra diferena importante que os vapores em recintos fechados podem alcanar uma concentrao mxima no ar, que no ultrapassada, chamada de saturao. Os gases, por outro lado, podem chegar a deslocar totalmente o ar de um recinto. Estas substncias compostas ou produtos penetram no organismo atravs das vias respiratrias, ou pelo contacto com a pele dependendo da natureza da actividade de exposio, ou ainda serem absorvidos pelo organismo por ingesto (poeiras, fumos, nvoas, neblina, gases e vapores). Por exemplo, a utilizao de tintas base de chumbo introduz no processo de trabalho um enorme risco, j que a simples inalao de tal substncia pode vir a ocasionar doenas como o saturnismo. Tal como os riscos fsicos, os riscos qumicos podem atingir tambm pessoas que no estejam em contacto directo com a fonte do risco, e em geral provocam leses imediatas (doenas). No entanto, estes no demandam a existncia de um meio para a propagao de sua nocividade, j que algumas substncias so nocivas por contacto directo.
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8.8.2. Toxicologia Ocupacional Actualmente no ambiente laboral, estamos em contacto contnuo com agentes txicos. Dependendo das propriedades qumicas ou fsicas, estes produtos podem ser absorvidos pelo trato gastrointestinal, pulmes e/ou pele. Conhecer a disposio dos qumicos de grande importncia quando julgamos a toxicidade dos produtos que nos agridem. A toxicologia ocupacional debrua-se sobre os efeitos nocivos causados pelas substncias qumicas ao interagirem com os organismos vivos, tendo por objectivo a avaliao do risco de intoxicao, estabelecendo medidas de segurana na utilizao de substncias qumicas e finalmente prevenindo a intoxicao (antes que ocorram alteraes da sade). A toxicologia Ocupacional uma forma de preveno, que quando utilizada correctamente pode significar a diferena entre a vida e a morte.
A monitorizao pode ser realizada de duas formas: 1. Monitorizao ambiental: avaliao directa da exposio, realizada
mediante a determinao de txicos presentes na atmosfera de trabalho, comparando os resultados com referncias apropriadas; 2. Monitorizao biolgica de exposio: avaliao indirecta da exposio de um nico trabalhador ou de um grupo de trabalhadores aos txicos presentes no ambiente de trabalho, tambm comparando os resultados com referncias apropriadas.
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Dentro das vantagens da monitorizao biolgica em relao ambiental, podemos citar: 1. Exposio relativa a um perodo de tempo prolongado; 2. Exposio como resultado da movimentao do trabalhador no ambiente de
trabalho;
3. Absoro de uma substncia, atravs das vrias vias de introduo e, no

apenas, atravs do sistema respiratrio;
4. Exposio global, decorrente de vrias fontes de exposio, seja ocupacional,

seja ambiental;
5. Quantidade da substncia absorvida pelo trabalhador, em funo de outros

factores (actividade fsica no trabalho e factores climticos);
6. Quantidade da substncia absorvida pelo trabalhador, em funo de factores

individuais (idade, sexo, caractersticas genticas, condies funcionais dos rgos relacionados com a biotransformao e eliminao de txicos).
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Formas de Preveno A entidade patronal deve em primeiro lugar determinar se existem agentes qumicos perigosos no local de trabalho, e ento avaliar os riscos para a segurana e a sade dos trabalhadores, decorrentes da presena de tais agentes qumicos, tendo em conta o seguinte:

As suas propriedades perigosas. A informao sobre segurana e sade fornecida pelo fabricante. O nvel, o tipo e a durao da exposio. As circunstncias de trabalho que envolvem esses agentes qumicos, incluindo a quantidade dos mesmos. Os valores-limite permitidos de exposio profissional ou biolgicos. O efeito das medidas preventivas tomadas ou a tomar. Se disponveis, as concluses a retirar de qualquer vigilncia da sade j efectuada.
fundamental a vigilncia da sade, exames peridicos ao trabalhador, com o objectivo de determinar o seu estado de sade relacionado com a exposio no local de trabalho, a agentes qumicos especficos perigosos com as suas propriedades intrnsecas e potencial para provocar danos.
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Mdulo 9
9.1. As Doenas Sociais
A sade do trabalhador implica numa srie de determinantes sociais que abrange o acesso de bens e servios como: alimentao, nutrio, transporte, renda, ambiente de trabalho saudvel, educao, saneamento bsico, lazer, etc. Morrem no mundo, num ano, cerca de 2 milhes de trabalhadores: 500 mortes por dia, quatro mortes em cada minuto. Estes nmeros, que incluem a morte de 12.000 crianas, por ano, devido a trabalho infantil, representam enormes custos econmicos. Mas o mais doloroso, so os custos sociais, particularmente os efeitos fsicos e psicossociais, responsveis por enormes sofrimentos para os trabalhadores afectados e seus familiares. O emprego deslocou-se para actividades com uma carga nervosa mais acentuada e a intensificao do trabalho constitui uma realidade. As tendinites deixam incapacitados milhares de trabalhadores, os problemas de sade mental tm vindo a crescer, cada vez mais trabalhadores sofrem de depresso, ansiedade e stress, de vrias formas de violncia no trabalho e intimidao. O excessivo stress no trabalho no , hoje, caracterstico de determinadas categorias profissionais ou de funes profissionais com maiores exigncias de responsabilidade, sendo praticamente inerentes a todas as profisses.
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9.1.1. Acompanhar a Evoluo no Mundo do Trabalho A evoluo da populao activa exige uma abordagem global da qualidade do emprego, que tenha em conta a situao especfica das faixas etrias e a dimenso da igualdade entre homens e mulheres. Assim, o aumento constante da percentagem de mulheres trabalhadoras est associado a certas exigncias especficas: as mulheres so mais vulnerveis a doenas profissionais diferentes das dos homens, e os acidentes de trabalho de que so vtimas so tambm diferentes. Devem ser desenvolvidos esforos em matria de ergonomia do posto de trabalho, e as diferenas fisiolgicas e psicolgicas devem ser tidas em considerao na organizao do trabalho. Os trabalhadores mais velhos (50 anos ou mais) so tambm vtimas de acidentes de trabalho mais graves, que esto na origem de uma taxa de mortalidade mais elevada, pois tendem a estar sub-representados nas profisses industriais manuais de maior risco.
9.1.2. Diversificao das formas de emprego O nmero crescente de contratos de trabalho temporrios e de horrios atpicos (trabalho por turnos ou nocturno) um factor que agrava os riscos em que incorrem os trabalhadores. Efectivamente, a formao destes trabalhadores frequentemente insuficiente, por vezes esto pouco motivados, devido ao seu contrato precrio, ou sofrem de perturbaes psicossomticas provocadas pelo ritmo de trabalho. Por fim, novas formas de emprego como, por exemplo, o tele-trabalho suscitam novos problemas que devem ser tidos mais atentamente em conta.
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9.1.3. Transformaes da natureza dos riscos As transformaes da organizao do trabalho (obrigao de resultados e maior flexibilidade) tm uma incidncia profunda nos problemas de sade no trabalho e, em termos mais gerais, no bem-estar dos trabalhadores. Constata-se que doenas como o stress, a depresso, a violncia, o assdio e a intimidao no trabalho so cada vez mais frequentes, representando j em 1999 18% (dados da EU) dos problemas de sade associados ao trabalho. As estratgias de preveno destes novos riscos sociais devero tambm integrar a incidncia das dependncias, em particular as relacionadas com o consumo de lcool e medicamentos na taxa de sinistralidade. Das dez principais causas de incapacidade em todo o mundo, cinco so doenas provocadas pelo stress. Se considerarmos mortalidade e morbilidade / incapacidade, verificamos que a depresso, em termos de carga global da doena, ocupa o quarto lugar a nvel mundial, e na projeco para 2020 estar em segundo lugar. Mas se olharmos apenas para os pases desenvolvidos, a depresso j a segunda causa, entre mais de 100 patologias avaliadas, de anos de vida perdidos ajustados para a incapacidade, e estima-se que passar para primeira em 2020.
114
9.2.
Exigncias Fundamentais para Criar um Ambiente de
Trabalho de Qualidade
Uma abordagem global do bem-estar no trabalho Deve ser promovida uma poltica de sade e segurana no trabalho para um verdadeiro "bem-estar no trabalho", no s fsico, mas tambm moral e social, que se no mede apenas por uma ausncia de acidentes ou doenas profissionais. Para atingir este objectivo devem ser tomadas vrias medidas complementares:

Reduo contnua dos acidentes de trabalho e das doenas profissionais; Preveno dos riscos sociais (stress, assdio no trabalho, depresso, ansiedade e dependncias);
Reforo da preveno das doenas profissionais, nomeadamente das doenas provocadas pelo amianto que provoca a perda de audio, e das patologias msculo-esquelticas;
Considerao da evoluo demogrfica e seus efeitos a nvel dos riscos, acidentes e doenas (trabalhadores mais velhos e proteco dos jovens no trabalho);
Integrao da dimenso da igualdade entre homens e mulheres na avaliao dos riscos, nas medidas de preveno e nos dispositivos de indemnizao e compensao;
Considerao das transformaes das formas de emprego e dos modos de organizao do trabalho (trabalho temporrio e atpico);
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Uma verdadeira cultura de preveno Para melhorar o conhecimento dos riscos sero necessrios:
Educao e formao (sensibilizao nos programas escolares, ensino ministrado nos cursos profissionais e no mbito da formao profissional contnua);
Sensibilizao das entidades patronais para o desafio da criao de um ambiente de trabalho controlado;
Antecipao dos riscos novos e emergentes, quer se trate dos riscos associados s inovaes tcnicas, quer dos decorrentes da evoluo social;
Melhor aplicao da legislao em vigor (a aplicao efectiva do direito humano uma condio necessria para a melhoria da qualidade do ambiente de trabalho).
As doenas sociais so no fundo todos os males que advm da vivncia em sociedade: o stress, o cansao, os horrios a cumprir, a alimentao cada vez mais plstica, as incertezas profissionais e remuneraes insatisfatrias, a conduta social tanto no trabalho como em sociedade, so tudo causas mais que provveis destas doenas. fundamental procurar-se um ambiente saudvel no trabalho, e isso implica conceitos de ergonomia, capacidade de gerir conflitos, implementao de qualidade nos locais de trabalho e regras de segurana, higiene e sade para todos.
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117
Este manual foi realizado pela Compenditur para os formandos do Curso de Segurana, Higiene e Sade no Trabalho , em Braga, a 18 de Novembro de 2004.
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1.1. Legislao, Regulamentos e Normas sobre Segurana, Higiene e Segurana no Trabalho

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1.2. O que um acidente de trabalho?

Perturbao Funcional prejuzo no funcionamento de qualquer

Doena Profissional so aquelas que so adquiridas na sequncia do

Doena do Trabalho so aquelas que so decorrentes das condies

Ambas as doenas so consideradas acidentes de trabalho, se da resultar a incapacidade de trabalhar.

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So tambm considerados acidentes de trabalho:

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Incapacidade Temporria a perda da capacidade de trabalhar

Incapacidade Parcial e Permanente a diminuio por toda a vida

Incapacidade Total e Permanente a invalidez incurvel para o

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Da sensibilizao de empregadores, trabalhadores, mdicos e enfermeiros do trabalho e outros actores relevantes;

Do aperfeioamento das estatsticas sobre acidentes de trabalho e doenas profissionais.

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Elaborao de um novo Regulamento de Segurana no Trabalho para os Estaleiros da Construo;

Harmonizao dos regimes sancionatrios;

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2.1. A Unio Europeia e a Sade e Segurana no Trabalho

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Elaborar uma lista e estabelecer as relaes no atinente aos acidentes de trabalho;

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Obrigaes dos trabalhadores: