7-Sistemas Segurança Activa Passiva
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DIAGNSTICO
E REPARAO
Concluso ________________________________________________________________________14
Designao da UFCD: Diagnstico e reparao em sistemas de segurana activa e passiva Cdigo: 5006 Carga Horria: 50 horas Objectivos
Identificar, caracterizar, descrever a funo e funcionamento e verificar sistemas de segurana activa e passiva. Diagnosticar, identificar e reparar avarias em sistemas de segurana activa.
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Paulo Fidalgo
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Um ABS tpico inclui uma unidade central de controlo electrnico (ECU), quatro sensores de velocidade da roda, e pelo menos duas vlvulas hidrulicas, dentro do sistema hidrulico do travo. A ECU monitoriza constantemente a velocidade de rotao de cada roda, de detectar uma roda a girar significactivamente mais devagar do que as outras, uma condio indicactiva de um possvel bloqueio da roda poder ser iminente. Ento a Centralina do ABS acciona as vlvulas para reduzir a presso hidrulica para o travo dessa roda, reduzindo assim a fora de travagem nessa roda. Inversamente, se a ECU detectar uma roda significactivamente mais rpida do que as outras, a presso hidrulica no travo para essa roda aumentada de modo a que a fora de travagem seja reaplicada, abrandando a roda. Este processo repetido continuamente e pode ser detectado pelo condutor atravs da pulsao no pedal do travo. Alguns sistemas de ABS podem aplicar ou libertar a presso de travagem cerca de 15 vezes por segundo. O ABS moderno aplica a presso de travagem de forma individual para todas as quatro rodas, por meio de um sistema de controlo que inserido no cubo, so a montados sensores e um micro controlador. O ABS obrigatrio na Europa, desde 2004, em todos os veculos com produo em srie acima de 500. Este equipamento de segurana tambm a base para sistemas de controlo electrnico de estabilidade, que esto a crescer rapidamente em popularidade, no s devido grande reduo no preo de produtos electrnicos para veculos ao longo dos anos como ao aumento do segurana que proporciona. Os modernos sistemas de controlo electrnico de estabilidade so uma evoluo do conceito ABS. Aqui, um mnimo de dois sensores adicionais so aplicados para ajudar o trabalho do sistema: um sensor de ngulo de direco da roda, e um sensor giroscpico. Na prtica a operao simples: quando o sensor giroscpico detecta que a direco tomada pelo carro no coincide com os relatrios da direco obtidos atravs do sensor da roda, o software (CES) ir travar a roda necessria de modo a que o veculo passe a obedecer inteno do condutor. O sensor de volante tambm ajuda na operao do Cornering Brake Control (CBC), quer isto dizer que o ABS actua sobre as rodas no interior da curva, travando mais as rodas sobre o lado de fora. O sistema ABS permite: Um controlo direccional do veculo mais eficaz, em situaes de desvio brusco de trajectria com travagem a fundo; Reduzir a distncia de travagem, especialmente em situao de baixo coeficiente de atrito como surge em piso contaminado ou escorregadio; Diminuir o desgaste dos pneus durante a travagem; Reduzir a energia do embate, por reduo da velocidade, em caso de coliso .
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O ABS nem sempre evita os acidentes porque: a sua capacidade de imobilizao (a taxa de desacelerao mxima) do veculo est limitada, fisicamente, ao coeficiente de atrito disponvel e resistncia dos traves ao sobreaquecimento (o factor eficincia da travagem); uma vez que a distncia de travagem tende a ser menor, se o veculo que segue atrs no possuir o sistema e/ou no mantiver uma distncia de segurana que, por definio, lhe permita parar em segurana, uma coliso resultar; por vezes, (e de acordo com estudos j efectuados), os condutores que conduzem veculos com ABS, confiando na eficcia que o sistema promove, tendem a conduzir de forma menos defensiva, isto , a circular a velocidades superiores mesmo em condies de piso pouco aderente e a manter distancias de segurana mais pequenas, propiciando os acidentes. Apesar da eficcia comprovada do ABS, o condutor no dever cometer o erro de confiar no sistema para resolver situaes crticas causadas ou potenciadas por excesso de confiana ou por falha grave na prtica de conduo defensiva. O princpio da conduo defensiva, nomeadamente no que toca velocidade de circulao, deve ser sempre respeitado independentemente do sistema de travagem do veculo.
Sistema de travagem elctrico (EBS), efectua a activao do travo de forma elctrica, permitindo uma actuao mais rpida dos traves. O sistema de controlo de trao, ou Traction Control (TC ou ARS), tem como base a gesto da quantidade de torque (binrio) transmitido s rodas. O princpio de funcionamento idntico ao do sistema de travagem anti bloqueio ABS, mas operando de forma inversa, ou seja, aplicado acelerao/trao. O sistema detecta a (s) roda (s) que derrapam em virtude do binrio/torque, transmitido pelo motor, limitando estrategicamente a sua aplicao consoante a intensidade da derrapagem. Este sistema especialmente eficiente em piso de baixo coeficiente de atrito, em piso contaminado (gua, leo ou gelo), tanto em recta como em curva, permitindo inclusivamente subir rampas praticamente impossveis de transpor sem sistema de controlo de trao. Em curva, o TC elimina a subviragem por excesso de acelerao, em veculos de trao dianteira, e elimina a sobreviragem por excesso de acelerao em veculos de traco traseira.
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Espere, espere, espere: como o carro sabe que voc est comeando a adormecer? Os pesquisadores esto ajustando as atuais tecnologias de segurana automotiva e aplicandoas de novas maneiras. Por exemplo, os sistemas de aviso para ponto cego dos carros digitais (em ingls) de hoje mantm um olho no lado de fora para os outros veculos em lugares que voc no consegue ver. Eles tambm analisam a relao do carro com a sua faixa e se a seta est ligada ou no. Junte a este sistema a direco automtica que assume o controle do carro quando voc cochila e voc tem parte de um sistema de alerta para motoristas sonolentos. Logo, voc e seu carro estaro mais ntimos do que nunca. A partir do momento em que voc comprar o seu Mercedes-Benz 2009 (em ingls) e comear a gui-lo, o computador de bordo analisa o seu modo particular de direco para criar um perfil. Ele combina este perfil com a sua situao de direco actual, ou seja, como voc est dirigindo, h quanto tempo est dirigindo num trecho e a hora actual. Se o seu comportamento no bater com o seu perfil, o carro consegue saber que algo no est certo e lhe emite um alerta. Ento, esteja voc cochilando, distrado ou experimentando a estrada, o alerta deve torn-lo mais consciente quando estiver no volante. E mais, o carro cria um perfil para cada motorista. O sistema da Volvo parecido; o carro tambm analisa o seu modo de dirigir, como a proximidade com os carros sua frente e se voc est se mantendo em sua faixa, para determinar o estado de alerta. O computador de bordo da Saab utiliza um software de reconhecimento facial para determinar se voc est ficando adormecido. Cmaras de viso nocturna treinadas em sua face analisam o repouso dos msculos faciais, os padres do piscar de olhos e por quanto tempo os olhos ficam fechados entre as piscadas. Uma vez concludo que voc no est mais acordado, o sistema activado para despert-lo de seu sono perigoso.
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Inrcia e coliso
A ideia bsica de um cinto de segurana impedir que a pessoa voe pelo pra-brisa ou v de encontro ao painel quando o carro pra abruptamente. Inrcia a tendncia de um objecto em continuar se movendo at que encontre algo interrompa seu deslocamento. Os objectos tendem a continuar seu movimento naturalmente. Em um veculo a 80km/h, a inrcia faz com que ele permanea a 80km/h e na mesma direco. A resistncia do ar e o atrito com a estrada reduzem constantemente a velocidade, mas o motor compensa essa perda de energia. Tudo que est dentro do carro, inclusive o motorista e os passageiros, possui sua prpria inrcia, que independente da inrcia do veculo. Se o carro colidir induziria o carro a uma parada brusca e sem o cinto de segurana o condutor chocaria com o volante a 80 km/h, ou atravessaria o pra-brisa a essa mesma velocidade. Um cinto de segurana aplica uma fora de resistncia no corpo por um perodo de tempo maior.
Aplicando resistncia
A tarefa de um cinto de segurana espalhar a fora de parada pelas partes mais firmes do corpo a fim de minimizar o dano. Um cinto de segurana comum consiste em um cinto abdominal, que passa pela plvis, e um cinto subabdominal, que se estende pelo trax. As duas partes esto presas a uma estrutura do carro para que os cintos segurem os passageiros em seus assentos. Quando o cinto colocado de maneira correta, a maior parte de sua fora de resistncia aplicada sobre a caixa torcica e a plvis, partes do corpo relativamente resistentes. Uma vez que os cintos se estendem por uma boa parte do corpo, a fora no fica concentrada em uma rea pequena, assim, no h como causar muito dano. O tecido do cinto de segurana feito de um material flexvel, permitindo que ele estique um pouco, o que significa que a tenso no to abrupta. A zona de deformao de um carro que realiza o verdadeiro trabalho de atenuar a pancada. As zonas de deformao so reas na parte dianteira e traseira do carro que se quebram facilmente. Ao invs do veculo inteiro parar bruscamente quando atinge um obstculo, ele absorve parte do impacto. A cabine do carro slida e no se deforma ao redor dos passageiros. Ela continua se movendo ligeiramente, comprimindo a frente do carro contra o obstculo. As zonas de deformao s vo proteger se os passageiros estiverem nos seus lugares com cinto de segurana. Os cintos de segurana dos automveis possuem a capacidade de extenso e retraco. possvel se inclinar para frente enquanto o cinto se estica. Entretanto, em uma coliso, o cinto vai puxar repentinamente e prender os passageiros ao assento. O tecido do cinto est conectado a um mecanismo de retraco. O elemento principal em um retractor a bobina, presa a uma das extremidades do tecido. Dentro do retractor, uma mola imprime uma fora de rotao, ou torque, bobina. Isso serve para rodar a bobina de modo que esta enrole qualquer tecido frouxo. Uma mola em espiral gira a bobina para manter o tecido do cinto de segurana esticado
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Quando a bobina puxada, ela gira em sentido anti-horrio, fazendo com que a mola tambm siga essa direco. A bobina giratria serve para desenrolar a mola. A mola tende a voltar para sua posio inicial, logo, resiste ao movimento de toro. Se o tecido for solto, a mola ir se contrair, girando a bobina no sentido horrio at que no sobre nenhuma folga no cinto. O retractor possui um mecanismo de trava que pra a rotao da bobina quando o carro colide. Actualmente existem dois tipos de mecanismos de trava muito usados: - Sistemas accionados pelo movimento do carro - Sistemas accionados pelo movimento do cinto O primeiro trava a bobina quando o carro desacelera rapidamente (quando atinge algo, por exemplo). O elemento principal de operao desse mecanismo o pndulo de equilbrio (ou peso). Quando o carro pra repentinamente, a inrcia faz com que o pndulo se mova para frente. A lingueta na outra ponta do pndulo prende o mecanismo de engrenagem dentado que est preso bobina. Com a lingueta prendendo um dos dentes, a engrenagem no pode girar no sentido anti-horrio, nem a bobina. Quando o tecido volta a se esticar aps a batida, a engrenagem gira no sentido horrio e a lingueta fica livre. O segundo tipo de sistema trava a bobina quando algo puxa bruscamente o tecido do cinto. A fora de activao na maioria dos modelos a velocidade de rotao da bobina. O elemento principal de operao nesse modelo a embraiagem centrfuga, uma alavanca de garra posicionada centralmente para rodar a bobina. Quando ela gira devagar, a alavanca no revolve em torno do eixo. Uma mola a mantm em sua posio. Entretanto, quando o tecido puxado, fazendo com que a bobina gire mais rapidamente, a fora centrfuga impulsiona o final da alavanca para fora. A alavanca empurra o excntrico no compartimento do retractor. O excntrico est conectado a uma lingueta central por um pino deslizante. medida que ele vai para a esquerda, o pino se move junto com um entalhe na lingueta. Isso puxa a lingueta para a engrenagem em rotao, que est presa bobina. A lingueta trava no dente da engrenagem, impedindo a rotao no sentido horrio. Em alguns sistemas novos, um pr-tensor tambm funciona para apertar o tecido do cinto.
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O pr-tensor
A ideia de um pr-tensor enrolar toda sobra de tecido do cinto no caso de uma batida. Enquanto o mecanismo convencional de trava em um retractor impede que o cinto se estenda alm do necessrio, o pr-tensor contrai no prprio cinto. Esta fora ajuda a mover o passageiro para uma boa posio no assento. Os pr-tensores normalmente funcionam em conjunto com os mecanismos de trava convencionais, mas no no lugar deles. H uma infinidade de sistemas de pr-tensores no mercado. Alguns impulsionam todo o mecanismo de retraco para trs, outros fazem a prpria bobina girar. Em geral, os pr-tensores esto ligados ao mesmo processador de controlo central que activa os airbags dos carros. O processador monitora sensores de movimento mecnicos ou elctricos que respondem a uma desacelerao brusca em um impacto. Quando um impacto detectado, o processador activa o pr-tensor e, em seguida, o airbag. Alguns pr-tensores so construdos em torno de motores elctricos ou solenides, mas os modelos mais populares usam a pirotecnia para puxar o cinto. O diagrama abaixo ilustra um exemplo representativo. Quando o gs injectado, a presso empurra o pisto para girar o retractor O elemento principal nesse pr-tensor um cilindro de gs combustvel. Dentro do cilindro, h um cilindro menor com um detonador de material explosivo. Este cilindro menor equipado com dois elctrodos, presos por cabos ao processador central. Quando o processador detecta uma coliso, emite imediatamente uma corrente elctrica pelos elctrodos. As fagulhas dos elctrodos accionam o detonador, que entra em combusto para inflamar o gs dentro do cilindro. O gs em combusto gera muita presso externa. A presso empurra o pisto do cilindro, forando-o para cima a grande velocidade. Uma engrenagem de resposta ligada a um dos lados do pisto. Quando o pisto dispara, a cremalheira junta uma embriaguem conectada ao sistema de retraco da bobina. A cremalheira roda a bobina fortemente, enrolando qualquer sobra de tecido.
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Limitadores de carga
Em batidas graves, quando um carro colide contra um obstculo a uma velocidade extremamente alta, o cinto de segurana pode causar leses srias. Como a velocidade inercial do passageiro aumenta, necessria uma fora muito maior para faz-lo parar. Em outras palavras, quanto mais rpido o impacto, mais forte o cinto segura o passageiro. Alguns sistemas de cinto de segurana usam limitadores de carga para minimizar o dano causado pelo cinto. A ideia bsica liberar um pouco mais de tecido quando uma fora muito grande aplicada ao cinto. O limitador de carga mais simples uma dobradia costurada no tecido do cinto de segurana. Os pontos costurados so feitos para serem rompidos quando uma certa quantidade de fora empregada ao cinto. Quando esses pontos se desfazem, o pano se desdobra, permitindo que o cinto se estenda mais um pouco. Os limitadores de carga mais avanados contam com uma barra de toro no mecanismo de retraco. Uma barra de toro apenas uma extenso de metal que se torce quando uma fora suficiente aplicada. Em um limitador de carga, a barra de toro presa pelo mecanismo de trava a uma extremidade e pela bobina de rotao na outra. Em acidentes menos graves, a barra de toro no se altera e a bobina tranca juntamente com o mecanismo de trava. Contudo, quando muita fora aplicada ao tecido (e, portanto, bobina), a barra de toro gira levemente. Isso permite que o tecido se estenda um pouco mais. Ao longo dos anos, os cintos de segurana comprovaram que so o dispositivo mais importante na segurana de carros. Entretanto, eles no so infalveis, e os engenheiros especializados em segurana automobilstica acreditam que h muito o que aprimorar no modelo actual.
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sdio em sdio metlico (Na) e em nitrognio molecular (N2). O nitrognio molecular libertado como um gs, que rapidamente enche o airbag. no entanto necessrio ter cuidado com o sdio, que um metal muito reactivo. Este reage rapidamente com nitrato de potssio, libertando mais nitrognio molecular, xido de sdio e xido de potssio. Finalmente estes xidos reagem com o xido de silcio formando-se vidro em p. O vidro formado filtrado de forma a no entrar na almofada. O nitrognio molecular um gs inerte e no combustvel. Em caso de coliso o nitrognio no reage, pelo que no um perigo para o condutor e passageiros. Quase ao mesmo tempo que a almofada se enche comea a esvaziar de forma controlada, outra forma de amortecer o choque.
Concluso
A segurana cada vez mais um dos factores mais fundamentais no automvel, comportando diversos dispositivos necessrios para tornar o automvel mais seguro. Mecanismos e dispositivos electrnicos melhoram muito a eficincia evitando acidentes, bloqueios que causam derrapagens no sistema de travagem e de traco, dispositivos de controle, navegao e sinalizao, dispositivos que melhoram a viso, o conforto de conduo e a previso do acontecimento, dispositivos de proteco para o condutor e passageiros num eventual sinistro. Alm disso necessria a manuteno e verificao do bom funcionamento dos dispositivos de segurana activa e passiva, diagnosticando se esto devidamente activos, prontos a actuar e de forma eficiente para poder responder prontamente sem falhas.
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